Os vinhos do Dão

Transcrição

Os vinhos do Dão
w w w. g a z e t a r u r a l . c o m
Especial
Feira do
Vinho Dão
Prove Dão e Douro
Director: José Luís Araújo | N.º 231
31 de Agosto de 2014 | Preço 2,00 Euros
Sumário
04 S. João da Pesqueira recebe a XII Vindouro 2014 Festa Pombalina
06 Festa das Vindimas vai ‘animar’ o concelho de Viseu
07 Feira das Grandes Culturas regressa a Valada do
Ribatejo
08 FICTON’14 apresenta cartaz musical de luxo
09 Região do Tejo bate recorde de mais de 180 medalhas em 2014
12 TerraFlor vai desdobrar se em três edições por ano
13 “Grandes cadeias de distribuição de ‘esmifrarem’ os
pequenos produtores”
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Produção de mel certificado da Serra da Lousã
pode chegar este ano às 30 toneladas
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Abelhas possuem grande diversidade genética e
adaptaram-se a alterações
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5 SETEMBRO sexta
17 Opinião: Uma década a informar sobre a agricultura
17:30 / Inauguração oficial da
12ª edição da Vindouro – Festa
Pombalina
Chuvas de Julho ameaçam produção de cereais e
maçãs
portuguesa
18 Mónica Sintra é figura de cartaz da Feira das Tradições e Sabores
feira
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
17:30 - 20:00 / Prova livre
com produtores da região
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
18:30 / “Marketing de vendas
no setor dos vinhos: ferramentas
essenciais”
LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL
20:00 / Jantar Pombalino
(Chefe Rui Paula / DOC)
6 SETEMBRO sabado
7 SETEMBRO domingo
10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado
interno e o mercado canadiano”
Workshop para profissionais do
setor
12:00 / Missa das vindimas
LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
16:00 - 16:30 / Conversas sobre o
vinho: vinhos do Douro para o dia
a dia
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
22:00 / Concerto Cuca Roseta
(fadista)
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
00:00 / After Hours: Dj Cherry
Chick
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
00:00 / After hours: Dj Su
14:00 - 20:00 / Prova livre
com produtores da região
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
14:00 - 20:00 / Prova livre
com produtores da região
22:00 / Concerto: “Sons Ibéricos”,
José Cid e Zé Perdigão ao vivo
LOCAL: JARDIM DO CABO
LOCAL: JARDIM DA DEVESA
15:00 - 15:30 / Conversas sobre
o vinho: como harmonizar vinhos
do Porto
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
16:30 / Desfile Pombalino
LOCAL: AVENIDA MARQUÊS DE SOVERAL,
RUA DA FIGUEIRA E PRAÇA DA REPÚBLICA
18:30 / Leilão de vinhos
Generosos
LOCAL: PRAÇA DA REPÚBLICA
www.vindouro.com
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
Em vésperas de vindima, três dias intensos de descoberta,
partilha de conhecimentos e experiências.
CONVERSAS SOBRE VINHO | MERCADO POMBALINO | EXPOSIÇÕES | LEILÃO DE VINHOS
JANTAR POMBALINO | MÚSICA AO VIVO | PROVA LIVRE COM PRODUTORES DO DOURO
Celebre o Douro, a paisagem, a história e a influência decisiva do Marquês de Pombal no desenvolvimento de uma região com vinhos únicos no Mundo!
ORGANIZAÇÃO
PRODUÇÃO
REVISTA OFICIAL
CO-FINANCIAMENTO
De 5 a 7 de Setembro
S. João da Pesqueira recebe
a XII Vindouro 2014 - Festa Pombalina
duas festas em conjunto revelou-se má,
pelo que optámos por não as fazer novamente coincidir.
Para a fazermos mais cedo, entendemos que não era o tempo adequado para
as vindimas, uma vez que a Vindouro está
vocacionada para o vinho. Portanto, aproveitando o atraso das vindimas e optamos
por realizar a Vindouro no primeiro fim-de-semana de Setembro.
De 5 a 7 de Setembro São João da
Pesqueira vai receber a XII edição da VINDOURO – Festa Pombalina, que junta o
melhor da região, como o vinho do Douro
e o azeite, com o regresso ao tempo do
Marques de Pombal.
Com um programa vasto e abrangente,
a Vindouro inclui prova livre de vinhos com
produtores DOC Douro e Porto, workshops
dirigidos ao público e a profissionais do
sector, a que se junta o tradicional desfile
da época, que recuperará a atmosfera do
século XVIII pelas ruas do centro histórico
da Vila, o jantar pombalino, confeccionado
por Rui Paula, reputado chef de cozinha, e
o já habitual leilão de vinhos generosos do
Douro.
No cartaz de espectáculos musicais, a
fadista Cuca Roseta, no dia 5, e José Cid e
Zé Perdigão, dia 6, são nomes de primeira
grandeza do panorama nacional.
A Vindouro – Festa Pombalina é uma
organização do Município de S. João da
Pesqueira, com produção da EV – Essência do Vinho.
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GR: Em termos de expositores não
tem havido grandes alterações. Que
perspectiva tem para a feira?
JAFT: A Vindouro do ano passado foi
bem conseguida e, como sempre, tentamos melhorar. Penso que não será muito
fácil, mas também depende do envolvimento que os próprios produtores queiram ter, porque o nosso sucesso será o
deles. Achamos que a Vindouro será um
sucesso se os produtores conseguirem divulgar o que melhor produzem.
Estamos numa região onde a maior
parte dos produtores de vinhos também
têm azeite. Deste modo, aproveitamos e
começamos a ajudar a divulgar o azeite
de cada produtor. O ano passado foi muito
bom, aproveitando também a presença da
RTP com a divulgação do evento. Tenho
tido um feedback muito positivo de alguns
agricultores que já estão a fazer negócios
“A Vindouro será um sucesso se na Ásia, nomeadamente na China, via Maos produtores conseguirem di- cau. Portanto, achamos que este ano é
vulgar o que melhor produzem” para continuar. Nós fazemos a nossa parte e os produtores também estão a fazer a
Em conversa com a Gazeta Rural, o deles. A adesão à Vindouro tem sido boa.
presidente da Câmara de S. João da Pesqueira mostra-se confiante num grande
GR: Tem havido a preocupação
evento. José António Fontão Tulha diz que da Câmara em trazer importadores,
a Vindouro será um sucesso “se os produ- nomeadamente da Ásia, ao concetores conseguirem divulgar o que melhor lho. Que importância atribui a essas
produzem”
visitas?
JAFT: Não só na época da Vindouro,
Gazeta Rural (GR): Depois de, mas noutras alturas do ano temos tido a
durante dois anos, antecipar a feira preocupação de trazer, quando mais vepara finais de Agosto, este ano vol- zes melhor, importadores asiáticos. Esse
taram à fórmula anterior. A que se trabalho não se faz num dia, nem num ano,
deveu essa mudança?
nem em dois. O intercâmbio que tem exisJosé António Fontão Tulha (JAFT): tido entre a Câmara da Pesqueira e a Ásia,
A data da Vindouro é um bocado incomo- através de Macau, tem sido sempre de cá
da para assumirmos uma data fixa, porque e de lá.
temos a realização das festas religiosas da
Há cerca de meio ano tivemos cá um
Pesqueira que, há muitos anos, são sem- grupo de cerca de 40 empresários chinepre no último domingo de Agosto, que este ses, numa acção informal, de perguntas e
ano foi no dia 31, pelo que não era aconse- de respostas, que decorreu no Salão Nolhável juntar os dois eventos. Aliás, a expe- bre da Câmara, onde se percebeu que o
riência que a Câmara teve ao promover as mercado asiático não é só aquele de mas-
sas, em que é preciso ter grandes volumes
para se iniciar o negócio com a China. Eles
têm nichos de mercado e também sabem
procurar o que é bom e distinguir a qualidade.
Sabendo que isso existe, queremos
apostar neste tipo de mercado, reconhecendo que os nossos produtores têm qualidade e direccioná-los para esses nichos
de mercado, porque nem todos os agricultores são grandes produtores de vinho e
cada um, à sua dimensão, possa fazer os
seus negócios.
GR: Esse tipo de iniciativas pode-se virar-se para outras latitudes?
JAFT: Claro que sim. No entanto, não
podemos querer fazer tudo de uma vez.
Devemos consolidar uma área, onde nos
queremos envolver e só depois de estar
consolidado devemos começar outra.
Esta é a minha opinião e aceito quem possa não concordar comigo. Penso que devemos consolidar bem uma posição e só
depois avançar com outra.
De qualquer forma, e através da Essência do Vinho, que este ano também faz
parceria connosco, o ano passado conseguimos trazer importadores brasileiros,
que voltarão este ano, e está tudo bem
encaminhado para termos cá de outros
países, nomeadamente Canadá.
achamos que era redutor falar só no vinho
do Douro. Há algum tempo estamos a trabalhar a parte pombalina, chamando ao sector,
e ao concelho, outras vertentes, como seja
o turismo, fazendo perceber que o Marques
de Pombal foi das pessoas mais importantes
para a região do Douro. As pessoas vêm cá
não só para provar os nossos vinhos, mas
também para conhecer o território. Acho
que estamos no bom caminho.
GR: Essa aposta tem dado resultados?
JAFT: Tem. O ano passado foi bastante bom, com um feedback acima da média.
Este ano vamos tentar manter essa aposta, embora não tenhamos transmissões
televisivas, porque tivemos no S. João. Porém, devido ao trabalho que temos feito, e
que vamos continuar a fazer, as pessoas já
ligam e perguntam-nos quando é a Festa
Pombalina.
GR: Tem sentido na região que há
gente a voltar a terra?
JAFT: Penso que não. No concelho,
desde sempre houve o pequeno produtor que normalmente vai cultivando a sua
horta e esse continua a fazê-lo. Agora, o
retorno propriamente dito, de pessoas que
acham que a agricultura está na moda,
não se tem verificado. As pessoas que cá
estão mantêm a tradição, mas o retorno
não. Tem-se apostado no investimento,
aproveitando os fundos comunitários para
fazer a reconversão das vinhas. Aí, sim,
tem havido uma forte aposta de pessoas
que têm vindo para o território.
GR: Como está o sector no concelho?
JAFT: Temos várias situações. Há as
grandes empresas exportadoras que estão
bem cimentadas no sector. Depois, temos
os produtores/engarrafadores em que
cada um vai tentando fazer o seu melhor
e, claro, haverá alguns que conseguem ter
uma maior dinâmica do que outros. Por fim
temos os mais desfavorecidos, que estamos a tentar ajudar, que são os pequenos
agricultores que trabalham a terra, que
trabalham a vinha e vendem as uvas.
GR: A Vindouro pode vir se a
transformar-se num certame mais
amplo, em torno dos produtos do
concelho, como o azeite?
JAFT: Já é. Quando se fala na Vindouro,
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Nos dias 10, 11 e 12 de Setembro
Feira das Grandes Culturas
regressa a Valada do Ribatejo
Pedro Torres.
Para o administrador da empresa promotora do evento,
“perante a adesão das organizações, a feira, do ponto de vista
estrutural, teve que dar uma resposta, desde logo com mais um
dia, mas também com maiores áreas de trabalho, para ter mais
dinâmica e interactividade, mais culturas e novidades, quer ao
nível do campo, quer ao nível do recinto da Feira”.
“As entidades ligadas ao sector têm gostado do modelo”,
refere Pedro Torres, acreditando por isso que este certame “veio
para ficar”, pois “é uma feira realizada no campo, 100% profissional, que decorre durante a semana, de uma forma interactiva,
que permite, por exemplo, ao nível das máquinas que as pessoas
as possam experimentar. Este modelo, que existe em muitas partes do mundo e de que fomos pioneiros, não poderá voltar para
trás”, sustenta o administrador da Valinveste.
De 12 a 16 de Setembro, em Tondela
FICTON’14 apresenta cartaz musical de luxo
Numa iniciativa da Câmara de Tondela, vai decorrer de 12 a
16 de Setembro a edição 2014 da FICTON - Feira Industrial e Comercial do Concelho de Tondela, evento que se tornou já numa
referência regional, registando níveis de dinamismo elevados,
com a inerente projecção, que atrai a esta cidade do Vale de
Besteiros inúmeros visitantes.
Este ano a FICTON tem programa musical de luxo, com nomes sonantes do panorama musical. Logo a abrir com Herman
José, a que juntam, nos dias seguintes, Richie Campbel, Ana Moura, Ala dos Namorados, Mastiksoul, fechando, a 16 de Setembro,
com Roberto Leal.
“Este evento representa também a vitalidade, a capacidade
empreendedora e a força liderante desta nossa região”, referiu o
presidente da Câmara de Tondela na apresentação do certame.
É que, diz José António Jesus, “temos a convicção que um investimento desta natureza também projectará o concelho de Tondela no contexto regional e nacional, promovendo esta região
nas suas múltiplas facetas e ofertas turísticas, gastronómicas,
patrimoniais, ambientais e culturais, reforçando a liderança regional”. Para o autarca, Tondela é “um concelho dinâmico e com
projecção, sendo estas realizações marcas que nos distinguem e
afirmam as nossas gentes”, frisou José António Jesus.
Por sua vez Pedro Adão, vereador responsável pelo certame,
salientou que “o grande objectivo está na presença industrial, no
comércio, nos serviços, na cultura, no nosso território associativo
e no artesanato” e “num conjunto de eventos associados, como
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seja o espaço da Festa das Freguesias”.
A FICTON marca também um espaço na gastronomia do
concelho, com nove associações e instituições locais, ligadas às
diferentes freguesias, que mostrarão o melhor que Tondela tem
para oferecer nesta área aos visitantes.
No total, marcarão presença na FICTON cerca de duas centenas de stands, representando diferentes áreas de expositores,
dentro do pavilhão desportivo municipal e nas áreas envolventes”. Entre estes, haverá um espaço destinado aos produtos endógenos e de qualidade do concelho, que contará com sessões
de show cooking, e que terá dezena e meia de expositores ou
produtores.
O certame ultrapassou as expectativas da organização em
termos da adesão de expositores. “O número de inscrições excedeu as expectativas”, pelo que “muitas empresas não foram
contempladas”, referiu Pedro Adão, para quem este “é um sinal
de que o concelho tem uma importância muito grande e que a
FICTON é um cartaz para exporem os seus produtos”.
Integrado no programa da FICTON, destaque para o desfile
“Moda Tondela 2014”, “um desafio que o município fez aos comerciantes locais das áreas do vestuário, calçado e estética”,
como referiu Pedro Adão, assim como a Semana Gastronómica
do Frango, nos restaurantes aderentes, assim como o Caramulo
Motorfestival.
Nos cerca de 170 há da herdade do Mouchão da Fonte Boa,
em Valada do Ribatejo, está tudo pronto para receber nos dias
10, 11 e 12 de Setembro a AGROGLOBAL – Feira das Grandes Culturas, considerada uma das maiores feiras agrícolas do País.
Neste certame as principais empresas que operam no negócio agrícola em Portugal vão mostrar, em condições reais, as
modernas soluções de mecanização e toda a gama de produtos
e serviços disponíveis para esta actividade económica. Do programa do evento constam também a organização de colóquios,
que pretendem cruzar perspectivas diferentes sobre a agricultura do País.
À semelhança das edições anteriores, são esperadas mais de
200 empresas e 15000 visitantes.
Numa parceria entre a Escola Superior Agrária de Elvas, New
Holland, Tomix e COTHN irão ser realizadas algumas demonstrações de soluções de Agricultura de Precisão.
Pedro Torres, administrador da Valinveste, empresa promotora do evento, referiu o “salto em dimensão” do certame, por
via do crescente interesse que o sector agrícola tem vindo a gerar. “Este ano a feira vai dar um salto importante em dimensão,
desde logo em termos de expositores, com o reforço da posição
dos principais agentes do negócio agrícola em Portugal, mas
também com a aproximação de muitas outras empresas que
começam a olhar para o sector agrícola como estratégico e importante, como a EDP e a Galp, que têm estado presentes mas
de forma simbólica, assim como os bancos e companhias de seguros que vêm na agricultura um negócio a crescer”, sublinhou
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De 18 a 21 de Setembro
Em concursos nacionais e internacionais
Festa das Vindimas
vai ‘animar’o concelho de Viseu
Região do Tejo bate recorde
de mais de 180 medalhas em 2014
O concelho de Viseu vai ser animado pela primeira Festa das
Vindimas, que promete, de 18 a 21 de Setembro, um programa
para todas as idades, descentralizado e capaz de atrair quer os
turistas, quer os residentes.
Durante o fim-de-semana, a “festa das vindimas” desafia visitantes, turistas e amantes dos vinhos a uma experiência
marcante em torno do Dão e da sua cidade e capital. As quintas
de Lemos, de Reis, Vinha Paz, da Turquide, Pedra Cancela e Vale
das Escadinhas abrem as suas portas, algumas pela primeira vez,
para as vindimas. Descobrir vinhedos, adegas e pomares, desafiar ao granjeio das uvas e à pisa tradicional, degustar néctares
e sabores, e revelar histórias e segredos farão a experiência dos
visitantes, sábado, 20 de Setembro, em períodos da manhã e da
tarde, para grupos até 15 pessoas.
“Viseu é a cidade vinhateira do Dão e tem um papel fundamental a cumprir na estratégia de atractividade ecoturística da
região. As vindimas do Dão não nos podem passar ao lado ou ser
indiferentes”, defendeu hoje o presidente da autarquia, Almeida
Henriques, durante a cerimónia de apresentação da iniciativa.
Na opinião do autarca social-democrata, “todas as regiões
vinhateiras precisam de uma cidade que lhes dê centralidade, património, animação e serviços turísticos” e “Viseu é essa
cidade para o Dão”. Almeida Henriques considerou que este é
o momento certo para arrancar com a Festa das Vindimas no
concelho, porque “os destinos vinhateiros estão na moda, o Dão
qualificou os seus vinhos para patamares de reconhecimento
nacional e internacional e Viseu está mais atractiva do que nunca”.
Mais de 20 parceiros institucionais, patrocinadores, programadores, quintas e adegas prepararam um programa que tem
momentos especialmente pensados para os visitantes, como as
vindimas nas quintas e a semana gastronómica.
No dia 20, seis quintas vão estar de portas abertas para
quem quiser participar nas vindimas (até um limite máximo de
200 pessoas). De 18 a 21, cerca de 20 restaurantes de Viseu
vão ter um menu especial com pratos tradicionais harmonizados com vinho do Dão. “Mas há eventos pensados para todos,
como a animação que está programada para o centro histórico
e as diferentes provas da meia maratona”, acrescentou Almeida
Henriques.
A partir das 22 horas de dia 20, Luísa Sobral e a sua banda
dão um concerto no adro da igreja da Misericórdia e, de seguida,
os mais jovens são desafiados para a Dão Party Irreverente, uma
festa nos claustros do Museu Grão Vasco que se prolongará pela
madrugada. “Os vinhos do Dão podem fazer parte da animação
da noite e de hábitos de consumo mais racionais. O vinho é, aliás,
uma bebida que favorece um consumo moderado”, defendeu.
Almeida Henriques garantiu que o município “está apostado
em construir redes de parceria, de cooperação e de cumplicidade com os atores locais, regionais e nacionais”. Por entender que
“o vinho tem um enorme potencial por explorar na região”, no
próximo ano, “o município está disponível para integrar e associar outros municípios vinhateiros do Dão a esta programação”,
avançou.
O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do
Dão, Arlindo Cunha, frisou que o vinho “é dos mais eficazes instrumentos de valorização do território” nas regiões vinhateiras.
Atendendo a que a CVR Dão não tem muitos recursos, Arlindo Cunha congratulou-se por estas sinergias que ajudam a
dar “um pouco de força ao nome de uma região que já foi muito grande, que ficou um pouco para trás, mas que vai subindo a
pulso” e começa a ficar na moda.
Os vinhos do Tejo atingiram, pela primeira vez na história, o
número recorde de 189 medalhas, de Janeiro a Julho de 2014, em
concursos nacionais e internacionais, contra as 142 de 2013, no
mesmo período. O grande contributo para este resultado adveio
da aposta na qualidade e na exportação, que os produtores da
região vitivinícola do Tejo têm vindo a fazer desde 2009.
Estes resultados foram conseguidos num total de 10 concursos: 2 nacionais, o Concurso Nacional de Vinhos e o Concurso
de Vinhos Engarrafados do Tejo, e 8 internacionais, International
Wine Challenge, International Wine & Spirit Competition, Concurso Mundial de Bruxelas, Mundus Vini, Vinalies International, Seliezione del Sindaco, Challenge International du Vin e Decanter.
“Das 189 medalhas conquistadas pelos nossos produtores,
131 são internacionais e 58 nacionais, o que prova que a grande
aposta que temos vindo a fazer na exportação está certa. Somos reconhecidos internacionalmente pela nossa qualidade e é
esse o caminho que temos que continuar seguir. Actualmente já
estamos a exportar 40% do que produzimos”, afirma João Silvestre, director-geral da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo
(CVR Tejo).
Ao todo foram distinguidos 123 vinhos tintos da região Tejo,
63 brancos e 3 rosés, num total de 3 medalhas de excelência, 5
de grande ouro, 57 de ouro, 80 de prata e 44 de bronze.
O maior destaque vai para os produtores Enoport United Wines, que arrecadou um total de 27 medalhas – 1 de excelência,
11 de ouro, 8 de prata e 7 de bronze – e Adega Cooperativa do
Cartaxo, com 20 medalhas – 8 de ouro, 8 de prata e 4 de bronze.
Desde 2009, os vinhos da região do Tejo já conquistaram
mais de 800 medalhas, num total de 12 concursos nacionais e
internacionais, resultados que acompanham o crescimento na
exportação, que de 2008 a 2013 aumentou 78%.
Decorrerá de 31 de Agosto a 07 de Setembro
Festa do Vinho Madeira
gera ocupação hoteleira de 87%
A secretária regional do Turismo da Madeira revelou que a
ocupação hoteleira na “Festa do Vinho Madeira/2014”, que decorrerá de 31 de agosto a 07 de Setembro é de 87 por cento,
igual à do ano passado. “É uma boa ocupação que poderá ainda
aumentar dado que a sondagem foi feita no dia 19 de agosto. No
ano passado, a percentagem foi aferida a quatro dias da mesma”, realçou Conceição Estudante na conferência de imprensa
de apresentação deste cartaz de animação do destino turístico
Madeira.
A “Festa do Vinho Madeira/2014” decorrerá no Funchal e no
Estreito de Câmara de Lobos, envolverá 1.350 participantes. O
evento contará com vindimas e pisar de uvas ao vivo, espectácu8
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los musicais, exposições etnográficas, quadros vivos, gastronomia regional com ‘show cookings’, barraquinhas para exposição
e provas de vinhos e projectos que associem o cartaz à história
do vinho, aos bordados e às flores.
A Festa inicia-se a 31 de Agosto com a XI Semana Europeia
de Folclore, na qual participarão dez grupos. Sete da Madeira,
dois de Portugal continental (o Grupo de Danças e Cantares Regionais do Orfeão da Feira, Aveiro, e o Rancho Folclórico e Etnográfico de Ramalhais, Porto) e a Associación Meiramar - Axóuxeres, Morrazo, Espanha. O investimento do Governo Regional da
Madeira neste evento é de 150 mil euros.
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I
EDITORIAL
Vinhos que nos Dão
Chegou mais uma Feira do Vinho do Dão, a maior montra
de um produto reconhecido internacionalmente e que está ao
nível dos melhores do mundo. O Dão mudou, cresceu e vive
hoje um momento alto, talvez não tão alto como merece, por
diferentes razões, em especial por aquilo que faltou fazer ao
longo de muitos anos.
Porém, e reconhecidamente, quem vem de fora eleva os
vinhos do Dão a uma patamar que talvez quem por cá anda
todos os dias não dá conta. Todos sabemos que o vinho do
Dão é um dos melhores, entre os melhores, mas reconhecemos isso no nosso dia-a-dia?
Tive o privilégio de acompanhar um grupo de gente ligada
ao vinho vinda do Brasil, liderado por José Carlos Santanita,
um reconhecido enólogo português, alentejano de nascimen-
II
to, mas apaixonado pelo Dão, e que tem dedicado nos últimos
anos a divulgar e promover os vinhos portugueses do outro lado
do Atlântico. Este grupo, depois de ter passado por regiões vitícolas de países como Itália, França e Espanha, chegou ao Dão,
depois de terem passado por outras regiões portuguesas.
Ouvir uma aula em plena vinha, dada por João Paulo Gouveia, provar um branco Encruzado, com a uva que só o Dão tem,
ou um Touriga Nacional, no berço da casta, é uma experiência
inolvidável. Os “resultados” estão espelhados ao longo destas
páginas, em quatro opiniões de gente insuspeita.
Agradeço ao José Carlos Santanita por incluir o Dão no roteiro que ‘desenhou’ para o grupo, mas especialmente à Eunice
Rocha, à Consuelo Ribas, à Carmen Lucia de Moraes e ao Wagner
Gabardo pelos seus contributos para este trabalho de divulgação dos vinhos do Dão, mas especialmente dos produtores que
diariamente labutam para nos proporcionar grandes momento
de prazer.
José Luís Araújo
(Director)
III
OFERTA
ESPECIAL
*
23ª Feira do Vinho do Dão 2014 | Expositores
AssociAções
Adega da Corga – Virgínia Marques Barbosa Formoso
Adegas do Dão
António F. L. Vaz Patto, Lda.
Caminhos Cruzados, Lda.
Casa da Ínsua
Chão da Quinta
Dão Sul, Sociedade Vitivinícola, S.A.
Fidalgas de Santar
Fonte de Gonçalvinho
Júlia Kemper Wines – CESCE Soc. Agrícola, S.A.
Ladeira da Santa, Lda.
Lusovini Distribuição, SA
Madre de Água
Magnum Vinhos
Palwines, Lda.
Quinta da Espinhosa
Quinta da Fata
Quinta das Maias / Quinta dos Roques /
Casa de Cello
Quinta das Marias
Quinta de Reis
Quinta do Carvalhão Torto
Quinta do Margarido / Quinta dos Garnachos
Quinta do Mondego - Munda
Quinta do Perdigão
Quinta do Sobral
Quinta do Tralcume
Quinta dos Cedros
Quinta dos Monteirinhos
Quinta Mendes Pereira
Quintas de Sirlyn Unip, Lda.
Sociedade Agrícola Castro Pena Alba, SA
Sociedade Agrícola da Quinta de Santo
António
SOGRAPE Vinhos, S.A.
Quinta dos Carvalhais / Grão Vasco
União Comercial da Beira, Lda.
Vinha Paz / Quinta da Pellada
Vinícola de Nelas, S.A.
ADD – Associação de Desenvolvimento
do Dão
Associação Recreativa e Cultural Santo
António (Bairro da Igreja)
CERV – Conselho Empresarial da Região
de Viseu
Cimo do Povo
Sociedade Musical 2 de Fevereiro de
Santar
SOS Animais de Nelas
Sport Lisboa e Nelas – Formação / 75º
Aniversário
instituições
Centro Paroquial de Nelas / Lar de São
Miguel
Comissão Vitivinícola do Dão
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro
Fundação Lapa do Lobo
comerciAis
Anadil – Comércio Geral e Importação,
SA
Casa do Miradouro Santar
Companhia das Águas Medicinais da
Felgueira, SA
Ergovisão
Máquinas Agrícolas Eurico – NATR, Lda.
Planycorpo Fisioterapia, Lda.
Remax Magistral
QueijAriAs, Pão, mel, doces,
chocolAte e enchidos regionAis
A Arte em Massa de Pão - Armindo Morais
ANCOSE – Assoc. Nac. Criadores de Ovinos Serra da Estrela
Chocolateria Delícia
Deliciosos Porquês - Loja de Produtos
Gourmet
Consultadoria e Mediação de Seguros
FEIRA DE NELAS
Enchidos Regionais – Quinta do Vale
Côvo – Penalva do Castelo
Fumeiro Flor de Sal
Paula Amaral – Pão & Mel
Queijo Serra da Estrela - Quinta da Lagoa
Quinta da Lapa – Queijo Serra da Estrela
Vilar Seco
VALE 2 EUROS NA COMPRA DE UMA GARRAFA DE
QUINTA MENDES PEREIRA
ÁreA descobertA – mÁQuinAs
AgrícolAs e AutomóVeis
Capital Motor, Lda.
J. Amaral & Almeida, Lda.
J & Coimbra, Lda.
M.T.A., Lda.
TractoPais, Lda.
Artesãos
Acessórios para Princesas
Alda Donas – Esculturas
Alzira C. Ferreira / Maria Odete Lopes
Anabela Artes
Antiguidades
Arte ao Cubo - (José e Marta Neto)
Artes da Beta
Arte de Brincar
As Coisinhas da Isabel
Cestaria Sampaio
Deolinda Pimenta
Dinis Pereira Fernandes
Francisco Madeira
Isabel Maria Nunes Soares
Jardim de Prata
Magic’ Art
Maria’s Design
Maria da Conceição Rodrigues de Sousa
Momentos Criativos
Rogério de Sá Alves da Silva - Gouveia
Rute Cláudia Paiva de Sousa
Segredos MR – Acessórios de Moda
Artesanal
Simão Monteiro
Teresa Ferreira
X-Arte
TINTO - ESCOLHA DA PRODUTORA 2006
Quinta da Sobreira, Oliveira do Conde - 3430-350 Carregal do Sal
Tlm.: 939 559 990
Email: [email protected]
Website: www.qmp.com.pt
Produtores de Vinho do dão
Director
José Luís Araújo (CP n.º 7515)
[email protected]
Filipe Figueiredo
[email protected]
Edição Especial
Classe Média, Lda.
Câmara Municipal de Nelas
Seguros
Colaboração Especial
C.V.R. Dão
Execução Gráfica
Sá Pinto Encadernadores - Viseu
Telef. 232 422 364
IV
*
OFERTA VÁLIDA NA APRESENTAÇÃO DESTE ANÚNCIO PARA COMPRA DE UMA GARRAFA POR PESSOA. BASTA APRESENTAR ESTA PÁGINA
V
INCLUÍDA NA REVISTA “GAZETA RURAL” NO STAND NÚMERO 13 - QUINTA MENDES PEREIRA, DE 6 A 8 DE SETEMBRO NA XXIII FEIRA DE NELAS
Diz o presidente da Câmara de Nelas
“A Feira do Vinho do Dão já faz parte do mapa
turístico da região e no mapa “vínico” do país”
las instituições que representam, e é para
nós um orgulho esta efectiva parceria no
terreno entre a CVR Dão, o CEV do Dão, a
Confraria dos Enófilos do Dão, a Associação Nacional de Escanções, a Associação
Nacional de Municípios do Vinho, Chefes
e especialistas de marketing em torno de
um único propósito que a Câmara de Nelas
aqui protagoniza e que é o crescimento da
notoriedade e qualidade dos vinhos do Dão
e a consequente dinamização turística de
toda a Região Demarcada do Dão.
Não podemos deixar de destacar a Praça de Alimentação, onde todos os visitantes
poderão almoçar e jantar com qualidade e
variedade, num farto convívio entre gastronomia e vinhos como todos procuram também sempre que visitam este certame.
Finalmente o enorme destaque que representa o Musical e Espectáculo de Vídeo
Mapping, que foi concebido totalmente
original para a Feira do Vinho de 2014, da
responsabilidade artística do encenador
António Leal. Nas três noites da feira, das
22 às 23 horas todos poderão assistir a um
espectáculo único raramente visto e produzido para um evento desta natureza. Nunca
o Vinho do Dão foi tão celebrado e eternizado. O espectáculo “As Músicas que os Vinhos Dão” conseguirá esse grande triunfo.
José Borges da Silva (JBS): A Feira deste
ano apresenta um programa muito vasto de
formação, workshops, showcookings com
conceituados chefes da nossa região e, pela
primeira vez neste evento, dois chefes estrela Michelin, o que muito dignifica o Vinho do Dão e a harmonia do mesmo com a
gastronomia portuguesa.
Para além disso, decorrem dois seminários onde se vão debater temáticas muito
importantes para o sector vitivinícola, quer
numa vertente mais técnica, a decorrer, dia
5, às 9 horas, no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão (CEV) (em Nelas, na Quinta da
Cale), quer numa vertente mais comercial e
Gazeta Rural (GR): Quais são as mudan- de promoção do Dão, a decorrer dia 6 às 15
ças mais visíveis que os visitantes poderão horas, no Auditório Municipal. Em ambos
notar na Feira do Vinho do Dão? Quais as o painel de oradores é de excelência, quer
expectativas?
pelas competências reconhecidas, quer peÉ a sua primeira feira enquanto presidente da Câmara de Nelas, mas José Borges
da Silva mostra-se confiante num grande
evento. O autarca, à Gazeta Rural, destaca
a adesão dos produtores e de um programa
vasto, mas lamenta a ausência de Assunção Cristas na inauguração do certame por
imperativos de agenda, que estará representada pelo Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar.
Borges da Silva diz que há muitos motivos
de interesse para visitar um certame que “já
faz parte do mapa turístico da região e no
mapa ‘vínico’ do país”.
VI
GR: Como viu a adesão dos produtores?
JBS: Excelente! Temos quase 40 produtores de toda a Região Demarcada do vinho
do Dão, isto é revelador da expectativa que
anualmente todos depositam na Feira do
Vinho do Dão em Nelas. Vamos ter vários
lançamentos de produtos/vinhos novos e
isso é muito importante para a confirmação
do que o Município de Nelas pretende com
este investimento, já anteriormente referido. Agradecemos a todos por engradecerem, ano após ano, um evento cada vez
mais no mapa turístico de uma região e no
mapa “vínico” do país!
GR: A integração do espaço do antigo
edifício da Federação dos Viticultores o
que pode trazer de novo?
JBS: É um marco histórico fundamental
do que se conhece hoje desta Região De-
marcada de vinhos, centralizado em Nelas,
tal como o Centro de Estudos Vínicos do
Dão, na Quinta da Cale. Com o protocolo
assinado recentemente com a CVR Dão obtivemos as condições necessárias para legitimar a utilização do mesmo, conseguindo
já este ano na feira do Vinho do Dão como
tanto pretendíamos.
A envolvência que o mesmo confere no
espaço interior em bruto, cheio de cubas
de vinho (apenas nos foi possível limpar e
garantir todas as condições de segurança)
irá, certamente, criar um ambiente perfeito
e emocional que ficará na memória dos que
terão o privilégio de o explorar nas actividades planeadas.
A integração do espaço da Federação
dos Viticultores do Dão, mais do que trazer algo de novo, traduz o nosso grande
respeito à história do Vinho do Dão e da
sua Região Demarcada pela valorização do
que hoje se faz e do que muito se fez no
passado.
GR: Há um conjunto de iniciativas e
parceiros no programa da Feira. O que
mais destacaria?
JBS: Todos eles sem excepção! Todos
os parceiros envolvidos na concretização
deste grande desafio foram importantes,
sem eles pouco seria possível em tão pouco tempo de executivo municipal. Desde os
parceiros institucionais, aos parceiros da
hotelaria e turismo, aos da área comercial,
aos associativos e a tantos “incógnitos” particulares, o nosso grande bem-haja! A Feira
é de todos e é para todos! Estão, por isso
mesmo, todos (muito bem) convidados!
GR: Afinal, ainda não é este ano que
um ministro da Agricultura inaugura a Feira?
JBS: Infelizmente a Sra. Ministra informou há dias que contrariamente à confirmação que nos tinha dado, por imperativos
de uma deslocação a Bruxelas, não conseguirá vir e será representada pelo Sr. Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Professor Dr. Nuno
Vieira de Brito. É para nós igualmente um
orgulho ver a Tutela representada na sessão
solene de abertura da Feira e consequente
visita oficial aos expositores presentes no
evento.
A dinâmica que esta região demarcada
necessita para se projectar cada vez mais
nos mercados nacional e internacional, depende muito de um envolvimento activo
de todas as instituições que representam
o sector, de todos os produtores, de todos
os 16 municípios Dão, mas sobretudo também do poder governativo como principal
decisor de políticas e estratégias de investimento que norteiem positivamente os interesses da região. Por isso, um membro do
governo na sessão de abertura da Feira é
revelador da importância do exposto.
VII
Revela o presidente da CVR Dão
Os vinhos do Dão “cresceram cerca de 6% no
primeiro semestre” de 2014 face a 2013
AC: Fizemos recentemente o Dão Primores, em Viseu, e o Dão Capital, em Lisboa. Participaremos activamente na Feira
do Vinho do Dão, em Nelas, e na Festa das
Vindimas, em Viseu. Estamos na Feira de
São Mateus com os nossos produtores.
Estamos envolvidos no Concurso A Mesa
dos Portugueses, em que os vinhos do Dão
aparecem a harmonizar com os pratos seleccionados e terão a devida divulgação
pública.
Vamos organizar a 24 de Outubro a
nossa Gala de entrega dos prémios do
Concurso dos Vinhos da Dão Engarrafados.
Em Novembro estaremos novamente em
Lisboa, no Encontro com o Vinho e os Sabores. E contamos assinar o Acto Fundador
da Rota do Vinho do Dão lá para Dezembro
com os produtores/empresas que forem
seleccionados. Além disso, temos um Protocolo de colaboração com a Viniportugal,
no quadro do qual apoiamos a presença
dos nossos produtores num conjunto de
acções promocionais nos principais mercados-alvo.
O presidente da Comissão Vitivinícola
Regional do Dão revela que se verificou
“um crescimento de cerca de 6% no primeiro semestre de 2014 face ao período homólogo de 2013” nas vendas de vinhos do
Dão. Arlindo Cunha, à Gazeta Rural, espera
que a Feira que se realiza em Nelas “seja
mais um contributo qualificado para a promoção dos nossos vinhos”.
Gazeta Rural (GR): Como olha para a
edição 2014 da Feira do Vinho do Dão e
que expectativa tem?
Arlindo Cunha (AC): Que seja mais um
contributo qualificado para a promoção
dos nossos vinhos. Mas este ano as expectativas são ainda mais elevadas pelas novas
dinâmicas introduzidas na sua organização, incluindo o aproveitamento do espaço
contíguo com armazéns, cubas de cimento
e logradouro que a CVR do Dão cedeu em
VIII
comodato à Câmara de Nelas para este tipo
de eventos.
Vão vir visitantes de todo o país, imprensa e profissionais do sector. Ora tudo
isso constitui uma considerável massa crítica para promover o vinho do Dão. De
registar ainda, como pontos importantes,
o envolvimento do Centro de Estudos Vitivinícolas, com a organização de um seminário dedicado aos impactos nos vinhos
da região das alterações climáticas e uma
prova de vinhos da rica enoteca do Centro.
GR: Como estão os vinhos do Dão, nos
mercados nacional e internacional?
AC: Estão bem, com um crescimento de
cerca de 6% no primeiro semestre de 2014
face ao período homólogo de 2013.
GR: Qual o ponto de situação em relação ao Centro de Estudos de Nelas?
AC: É sabido que os sucessivos governos, nos últimos 20 anos, têm deixado cair
a investigação e experimentação agrárias.
O CEV do Dão é um exemplo, entre muitos outros pelo país fora. Esperemos que
o Ministério da Agricultura tenha a lucidez
de aceitar uma parceria com entidades da
Região Demarcada para se injectarem novos recursos e se introduzir uma nova dinâmica. Para isso é preciso organizar uma
parceria alargada e estabelecer um programa de trabalho a longo prazo, aproveitando os fundos estruturais da União Europeia
para o período de 2014-2020. Urge absolutamente que o interesse global da região
prevaleça sobre os pequenos interesses
corporativos, pois num sector tão competitivo como este não há futuro sem investigação e experimentação.
GR: Quais as acções de promoção previstas para os próximos tempos?
IX
Assunção Cristas presidira à cerimónia de assinatura
Restruturação da antiga Adega de Nelas terá
um financiamento de 2,5 milhões de euros
alguns dos mais reputados enólogos e produtores nacionais
João Paulo Gouveia/Pedra Cancela, Domingos Alves de Sousa/Tapadinha, Álvaro de Castro/Quinta de Pinhanços, Ricardo Guerra/
Quinta das Hidrângeas, Anselmo Mendes, Marta Simões/Quinta
da Alorna, Luís Duarte/Monte Alcântara e Rapariga da Quinta,
entre outros.
Estas parcerias constituem, aliás, o ADN da empresa: juntar
o “know-how” do seu aparelho comercial ao “know-how” de
quem faz os vinhos, pondo-os a conceber e a afinar marcas em
conjunto.
Em 2013 a Lusovini aumentou o volume de negócios em 20%
e duplicou os resultados operacionais consolidados face a 2012.
Em 2013 os mercados externos continuaram a ser responsáveis
pela maior parte da facturação, 70% – com destaque para Angola,
Brasil e Norte da Europa. Em Portugal as vendas cresceram exactamente na mesma proporção que no estrangeiro: 20%.
Lusovini Distribuição, SA
A Ministra da Agricultura vai presidir, no próximo dia 6 de
Setembro, ao acto de assinatura do financiamento para a restruturação da antiga Adega de Nelas, o principal centro logístico da
Lusovini Distribuição.
O contrato entre a Lusovini e o Instituto de Financiamento da
Agricultura e Pescas (IFAP) diz respeito aos fundos europeus do
PRODER que irão financiar um investimento de 2,5 milhões de euros. Este irá restruturar as instalações da adega, hoje com mais de
60 anos, dotá-la da mais moderna tecnologia e, ao mesmo tempo,
valorizar os aspectos tradicionais que ao longo das décadas estiveram na origem de grandes vinhos do Dão.
“Quando o investimento estiver executado estas serão uma
das maiores e mais modernas instalações vinícolas do Dão”, afirma Casimiro Gomes, presidente da Lusovini. “Com o reforço desta
unidade, a Lusovini poderá assegurar o desenvolvimento da sua
estratégia de internacionalização e aumentar de forma significativa
a actividade exportadora”, assegura.
“Varanda da Serra” recupera a tradição
dos brancos de guarda
A anteceder aquele acto terá lugar a apresentação de uma das
grandes apostas das Lusovini para o futuro. O novo branco “Varanda da Serra” 2013, com uma edição limitada de três mil garrafas
todas numeradas, é um grande vinho produzido a partir de vinhas
com mais de 85 anos, engarrafado em garrafas de 1,5 litros e com
um enorme potencial de envelhecimento. É um vinho para décadas, pois tem estrutura, cremosidade, mineralidade, acidez, frescura e está fadado para grandes ocasiões.
A aposta tem a ver com as indicações que o Varanda da Serra,
2013 dá de se poder transformar num caso muito sério, um vinho
branco com capacidade para evoluir e crescer ao longo, não só de
X
anos, mas de décadas.
Tem origem em vinhas velhas, implantadas em solos graníticos e arenosos das encostas da margem esquerda (as mais frescas)
do Dão, no concelho de Nelas, a pouco mais de 500 metros do
rio. A base é Encruzado (80%), sendo as restantes castas MalvasiaFina, Cercial-Branco e Bical: a viticultura é de João Paulo Gouveia,
enólogo do Pedra Cancela e um investigador universitário dedicado à reinterpretação do comportamento das castas na região
do Dão.
A enologia, essa, é de Sónia Martins. Trata-se de um vinho
branco com alguma maceração pelicular, fermentação em barricas
de carvalho francês e “batonnage” (60%) e fermentação em depósito de inox também com “batonnage” (40%). Com graduação
de 13,5 Vol, o vinho apresenta-se com estrutura, cremosidade,
mineralidade, acidez e frescura. Sendo um vinho de guarda, tem a
madeira ainda presente, mas esta irá integrar-se cada vez melhor
ao logo dos anos em que o vinho evoluir na garrafa. Bebe-se já
com muito prazer, mas o tempo joga inteiramente a seu favor.
“O nosso objectivo foi recriar, com a viticultura e a enologia
de hoje, os grandes vinhos de guarda do Dão”, afirma Casimiro
Gomes. “Era norma nas casas senhoriais do Dão seleccionar lotes
de vinhos para engarrafar em garrafas de litro e meio e guardá-las
para momentos especiais, como o casamento de uma filha ou o
baptizado de um neto. É essa tradição que queremos ajudar a
recuperar”.
A apresentação do vinho na Feira do Vinho do Dão será feita
por Luís Lopes, director da Revista de Vinhos, no âmbito de uma
“Wine Party”.
A LusoVini apresenta-se no mercado como uma distribuidora
de serviço integrado. Fundada e gerida por elementos com fortes ligações à viticultura, enologia, produção e distribuição de
vinhos, oferece aos seus representantes toda essa experiência,
quer no desenvolvimento enológico dos seus produtos quer no
marketing e comercialização dos mesmos nos seus mercados de
actuação (nacional e internacional).
Todo este conhecimento e acompanhamento muito próximo
da produção são colocados ao serviço dos seus clientes através
de uma equipa profissional, que procura em cada caso sempre a
melhor solução para cada necessidade específica.
Atenta aos mais recentes desenvolvimentos no mercado
mundial, a LusoVini desenvolve alguns vinhos com responsabilidade em toda a fileira. Trata-se de vinhos desenhados desde a
vinha até à garrafa final para responderem às últimas tendências
que surgem no mercado português e internacional.
Morada: Avenida da Liberdade nº 15 Areal - 3520-061 Nelas
Telefone: 232 945 243
Email: [email protected]
Ano de fundação: 2009
Enóloga: Sónia Martins
Principais rótulos: Flor de Nelas, Flor de Viseu, Dikas e Cariz.
Website: www.lusovini.com
Empresa exporta 70% da produção
A Lusovini representa mais de 70 marcas de vinho em todo
o mundo, das quais quase cinquenta são feitas em parceria com
XI
Caminhos Cruzados
Novos Vinhos
A Caminhos Cruzados nasce pela iniciativa e vontade de
Paulo Santos, natural de Nelas,
que, determinado a regressar
às suas origens para investir no
mundo do vinho, decidiu transformar uma antiga empresa
agrícola numa moderna empresa produtora e engarrafadora
de vinhos.
A filosofia da empresa baseia-se na produção de vinhos
de qualidade, com uma vertente de tradição aliada ao modernismo e constante diferenciação que o mercado exige. Os
seus vinhos são feitos a partir
de uvas de produção própria e
de produtores seleccionados,
reconhecidos pela sua qualidade e excelência de castas, todos
na região do Dão.
Titular Encruzado 2013
Titular Touriga Nacional 2012
Titular Colheita Branco 2013
Lote constituído por
100% Encruzado. É um
vinho com grande frescura e mineralidade a
que se alia uma enorme
capacidade de evolução
positiva em garrafa.
Originalidades do
aroma, onde as notas
suavemente florais se
casam com apontamentos de frutos vermelhos
e alguma mineralidade.
Na boca realce para a
elegância e frescura e
para a superior vocação
gastronómica.
Lote constituído em
igual percentagem por
Encruzado, Malvasia-Fina e Bical. É um vinho
com boa acidez e aroma fresco e frutado. Na
boca apresenta-se bem
fresco com alguma estrutura e volume.
Titular Colheita Tinto 2012
Titular Reserva Tinto 2012
Lote
constituído
pelas castas de Touriga
Nacional, Alfrocheiro,
Tinta Roriz e Jaen. É um
vinho jovem, com uma
cor viva, aromas de fruta
vermelha e taninos equilibrados.
A exuberância aromática e volume da
Touriga Nacional, foram
temperadas pelos taninos firmes e mineralidade da Tinta Roriz, complementadas pela acidez
alegre do Alfrocheiro.
Titular Colheita Rosé 2013
Feito essencialmente a partir de TourigaNacional e Tinta-Roriz,
este vinho apresenta um
paladar muito jovem e
fresco, com aromas de
boca intenso, com fruta
vermelha bem viva
Caminhos Cruzados, Lda.
Titular branco Colheita 2013
Vinho Rosé 2013 - Medalha de Prata no Dão Primores (prémio mais elevado nesta categoria)
Vinho Tinto Alfrocheiro 2011 - Medalha de Bronze no International Wine Challenge 2014
Vinho Tinto Colheita Seleccionada 2010- Medalha de Prata no concurso “La Selezione del
Sindaco 2013”
Vinho Tinto Colheita 2012 – Medalha de Ouro no China Wine & Spirits awards 2014
Vinho Tinto Touriga Nacional 2012 - Medalha de Ouro no China Wine & Spirits awards 2014
Web: www.caminhoscruzados.net
Produzido a partir de
uma mistura de castas típicas da região (Encruzado, Malvasia-Fina e Bical)
e fruto de uma vinificação
muito cuidada, este vinho apresenta-se jovem,
com aromas de boca intenso, frutado e típico.
Vinho com paladar muito
jovem e fresco.
Morada: Largo Vasco da Gama, 23 - 3520-079 Nelas Telefone: 232 940 195
Email: [email protected]
Ano de fundação: 2012
Enólogos: Carlos Magalhães e Manuel Vieira
Principal rótulo: Titular
Principais prémios: Vinho Branco Encruzado 2013 - Medalha de Prata no Dão Primores
XII
XIII
A opinião dos outros
Dão
Quinta da Fata - Agricultura e Turismo
A Quinta da Fata é uma propriedade centenária, na qual se
insere uma vinha de aproximadamente 6 hectares, plantada numa
suave encosta exposta a sul e em solo granítico.
Após ter sofrido uma reconversão total em 1998, para a qual
se recorreu a clones, bem identificados e seleccionados, tem hoje
uma produção controlada de cerca de 30.000 garrafas.
A vindima é feita manualmente e a uva, depois de passar pela
extracção do cardaço, fermenta em lagares de granito, com pisa a
pé após o que sofre um estágio de tempo variável em barricas de
carvalho francês ou americano. Uma vez engarrafado fica em repouso na garrafeira o mínimo de 6 meses. Todos os nossos vinhos
possuem uma boa capacidade de envelhecimento.
O agroturismo e o enoturismo são actividades que a actual
geração (terceira) inclui nas suas ofertas em perfeita simbiose com
a produção do vinho.
Principal prémios:
Medalha de Ouro e Troféu IWC Londres, 3 Medalhas de Ouro
no AWC Áustria, 1º Prémio no concurso “O Melhor Vinho do Dão
no Produtor
Proposta gastronómica:
Vinho: Quinta da Fata Clássico 2012
Prato: Sardinhas assadas
Quinta da Fata
Morada: Quinta da Fata, Vilar-Seco - 3520-225 Nelas
Telefone: 232 942 332
Email: [email protected]
Ano de fundação: Século IXX, Reconversão em 1998
Enólogos: António Narciso e Eurico Ponces de Amaral (produtor)
Principais rótulos: Conde de Vilar-Seco, Quinta da Fata Clássico, Quinta da Fata Reserva, Touriga-Nacional “talhão do alto”
e Encruzado.
Website: www.quintadafata.com
XIV
Novo vinho:
Quinta da Fata Clássico 2012
Lote de Touriga Nacional, Tinta-Roriz e Alfrocheiro, com fermentação
em tradicionais lagares de
granito, seguindo-se um
estágio em barricas usadas
durante um ano. Resultou
assim um vinho estruturado, com frescura e concentrado na cor e aromas,
onde sobressai a fruta vermelha e silvestre e algumas
notas tostadas.
Vinho com final persistente e harmonioso.
Teve apenas estabilização natural e uma ligeira
filtração final de modo a
manter todo o seu potencial. Pode ganhar depósito
durante o envelhecimento
em garrafa. Consumir a
uma temperatura de 18º.
Contém sulfitos.
Aprender com o Dão
Na idade média, a vinha foi desenvolvida pelo clero, nomeadamente pelos monges de Cister. Era o clero que conhecia
as melhores práticas agrícolas. Em 1908 a área de produção
de vinho foi delimitada, tornando-se o Dão a segunda região
demarcada portuguesa.
A Região do Dão situa-se no centro-norte de Portugal e
as condições geográficas são excelentes para produção de
vinhos. As serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela
protegem as vinhas da influência de ventos marítimos. Nessa
região as vinhas situam-se entre os 400 e 700 metros de altitude e desenvolvem-se em solos xistosos ou graníticos.
O clima do Dão sofre, simultaneamente, a influência do
Atlântico e do interior, com invernos frios e chuvosos e verões
quentes e secos. É entre as serras e as águas dos rios Mondego
e Dão que nascem os brancos e os tintos da região. A região
produz alguns dos melhores vinhos nacionais e tradições preservadas. É também conhecida como a Borgonha Portuguesa.
A grande variedade gastronómica que a região oferece,
aliada à excelente qualidade e prestígio dos vinhos, resulta
numa magnífica harmonização de sabores.
Esta região portuguesa apresenta também um artesanato
rico e diversificado.
Viseu foi berço de um dos maiores artistas portugueses
do século XVI: Grão Vasco. E se é verdade que a cidade antiga
é encantadora, com muito por descobrir, também apresenta
modernidade. Seu povo é excelente anfitrião.
Eunice Rocha
Dentista e Somelier
Curitiba - Brasil
Tudo
que o Dão tem de bom para oferecer
Tudo que o Dão tem de bom para oferecer
Vilar Seco 3520-225 Nelas - Portugal
Vilar Seco 3520-225 Nelas - Portugal
Tel./Fax (+351) 232 942 332
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Tlm. 914 559 086
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Mail: [email protected]
Mail:
[email protected]
www.quintadafata.com
www.quintadafata.com
GPS:
N 40º 33' 33,01''
W 007º
52' 33'
25,84''
XV
GPS:
N 40º
33,01''
União das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA)
Em 21 de Maio de 1966 um conjunto de homens pioneiros e
de grande visão estratégica fundaram a União das Adegas Cooperativas da Região Demarcada do Dão (UDACA).
Os objectivos que levaram à sua fundação são hoje tão ou mais
importantes do que eram à época, por isso, a UDACA continua fiel
e empenhada em satisfazer com elevado rigor e profissionalismo
os seus clientes e associados, comercializando e promovendo os
vinhos e a Região Dão em todos os mercados onde actua, respeitando e preservando o meio ambiente social e físico; partilhando
o seu sucesso com os colaboradores, associados e todas as entidades com quem se relaciona.
Vinhos premiados como Dom Divino, Porta do Fontelo, Irreverente, Adro da Sé, Tesouro da Sé, entre outros, são o resultado de
uma combinação entre aquilo que o Dão tem de mais tradicional e
a imagem moderna e actual da UDACA.
A política da empresa consiste em dignificar a região do Dão,
os seus produtores e adegas associadas, comercializando vinhos
com qualidade superior e reconhecida que acompanham sempre
as novas tendências dos mercados. A UDACA aposta também na
internacionalização, estando já presente em diversos mercados
externos e exportando cerca de 50% do seu volume de negócios.
Lançamentos Recentes:
Tesouro da Sé Privat Seleciton Dão 2011
A grande magnitude dos Vinhos do Dão está
bem evidente neste vinho. O Tesouro da Sé Privat
Selection é resultante de uma cuidadosa vinificação das castas Touriga-Nacional e Alfrocheiro. Estagiou em barricas de carvalho francês durante 12
meses ao qual se seguiu o engarrafamento depois
de uma ligeira filtração. Apresenta cor rubi profunda com reflexos violeta. O aroma demonstra
notas de ameixa e amora madura com nuances de
baunilha fina, chocolate preto e especiarias. Na
boca é complexo, intenso e aveludado, com boa
estrutura de elegantes taninos contribuindo para
uma requintada persistência. Deve ser servido a
16 a 18 º C de temperatura.
Adro da Sé Reserva Dão 2011
O forte carácter dos vinhos do Dão, resultante da excelente combinação das castas desta região, é expresso harmoniosamente neste vinho.
O Adro da Sé, Reserva 2011 foi cuidadosamente
vinificado a partir das castas Touriga-Nacional,
Alfrocheiro, Tinta-Roriz e Jaen. Apresenta uma
cor vermelha muito profunda, com reflexos granada. O aroma é complexo e rico em notas de
ameixa preta, amora, violeta e bergamota casadas com nuances de baunilhas frescas ladeadas
com fragâncias balsâmicas. Revela um corpo
bem musculado e aveludado fruto da estrutura
firme e fina das castas e do caracter do nosso
terroir. Deve ser servido à temperatura de 16 a
18 º C.
Touriga-Nacional UDACA Dão 2011
A Touriga-Nacional é a casta de maior excelência de Portugal e encontra na Região do Dão
o seu berço, expressando aqui a sua maior exuberância. Reconhecendo este valor, a UDACA foi
umas das primeiras casas a dar a conhecer esta
casta no seu estado singular. Este vinho TourigaNacional 2011 é resultante de uma criteriosa vinificação de uvas colhidas no seu ponto óptimo
de maturação e plenitude. Estagiou em barricas
de carvalho Allier Fino durante 12 meses. Revela
uma magnífica cor vermelha forte com reflexa
púrpura, aroma muito complexo e requintado
de frutos vermelhos bem maduros aliados a notas de violeta e especiarias. Na boca é intenso
e aveludado, com boa estrutura de taninos, da
casta e do carvalho, que lhe conferem uma magnífica evolução na garrafa. Deve ser servido à
temperatura de 16 a 18 ºC.
Proposta Gastronómica:
Tesouro da Sé Privat Seleciton Dão 2011 - Cabrito assado típico da região.
Adro da Sé Reserva Dão 2011 - Bacalhau à lagareiro no forno.
Touriga-Nacional UDACA Dão 2011 – Vitela assada à moda
de Lafões.
Outros chefs de cozinha dinamizam o certame
Chef Diogo Rocha
em destaque na Feira de Vinhos do Dão
Natural da região do Dão, Canas de Senhorim,
o chefe Diogo Rocha ‘vestiu a camisola’ da XXIII
Feira de Vinhos do Dão e estará destacado em diversos momentos do evento. O chef, que já passou
por diversos projectos, encontra-se actualmente a
liderar a cozinha do restaurante ‘Mesa de Lemos’,
na Quinta de Lemos, em Passos de Silgueiros.
Na Feira do Vinho Diogo Rocha irá confeccionar um dos jantares mais emblemáticos que irá
decorrer no dia 5, no edifício da Federação dos
Viticultores do Dão. O espaço histórico, situado
mesmo ao lado da Câmara de Nelas, tem cerca de
meio hectare e está agora a ser dinamizado pela
autarquia com os mais variadíssimos eventos, sendo este jantar um momento único onde se conjugarão harmoniosamente vinhos do Dão com os
pratos de Diogo Rocha.
Outro momento alto do evento será no dia 6,
às 16 horas, no Espaço Formação, com «Conversas
de três», que junta o chef Diogo Rocha, o enólogo
Tiago Macena e o DJ Gryzzler numa prova de vinhos com muito boa disposição à mistura.
Já nos workshops da feira, as apostas do chefe
foram para a sub-chefe Inês Beja, sua colega no restaurante Mesa de Lemos, que fará nos dias 6 e 7,
às 11 horas, no Espaço Formação, uma masterclass
de cozinha saudável para crianças; e para o Chef
Nuno Fonte, uma jovem promessa da região, que
também dará a conhecer melhor o seu trabalho ao
público durante a feira, no dia 6, às 14,30 horas
“Estou muito contente de poder apoiar este
evento. A Feira do Vinho do Dão é um acontecimento importante da região, procurámos criar
para esta edição momentos especiais, para que
cada vez mais possamos surpreender os visitantes.
Os nossos vinhos e a nossa gastronomia têm de ser
cada vez mais valorizadas”, afirmou Diogo Rocha.
Além de Diogo Rocha, abrilhantam esta edição da Feira de Vinhos do Dão, outros conhecidos
chefes de cozinha convidados como é o caso de
Miguel Laffan (L’And Vineyards, 1 estrela Michelin); Chefe António Baptista (Hotel Madre d’Agua);
Henrique Sampaio (restaurantes Global wines/Dão
Sul); Paulo Cardoso (Casa da Ínsua); Renato Oliveira
(Casino da Figueira) e Francisco Siopa (Siopa Chocolatier).
União das Adegas Cooperativas Do Dão
Morada: Quinta da Misericórdia, Ranhados - 3500-322 Viseu
Tel: 232467060 Email: [email protected]
Enólogo: Carlos Silva
XVI
Principais marcas: Adro da Sé, Irreverente, Udaca Colheita,
Tesouro da Sé e Invulgar
Website: www.udaca.pt
XVII
Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
Novo vinho:
Adega de Penalva
Branco Malvasia Fina
2013
Vinho de cor citrina, aroma floral e notas de frutos exóticos.
Vinho fresco, com bom
volume de boca, revela
a elegância dos vinhos
de Malvasia-fina do
Dão.
Criada em Dezembro de 1960 por onze viticultores da região,
a Adega Cooperativa de Penalva do Castelo materializou a vontade de todos unirem as mãos em prol do bem comum e do vinho
do Dão, constituindo o primeiro passo de um percurso difícil mas
gratificante.
Em 1963 o projecto já contava com 43 associados, mas só
quatro anos mais tarde a adega ficou apta a vinificar as uvas de
todos.
A qualidade dos primeiros vinhos e a recompensa do esforço
de quem tinha confiado as suas uvas à Cooperativa ajudou a decidir muitos indecisos, que, aos poucos, foram aderindo à causa
e engrossando o movimento cooperativo das Terras de Penalva.
A fama dos vinhos foi-se consolidando, tanto em brancos como
em tintos, a obra foi crescendo e novos desafios foram surgindo.
Hoje, passado mais de meio século, todos reconhecem que valeu
a pena.
A Cooperativa tem cerca de 1 000 associados, recebe anualmente as uvas de mais de 1.200 ha de vinha, produz em média
seis milhões de litros de vinho, dispõem da mais moderna tecnologia de vinificação, estágio e engarrafamento de vinhos, engarrafa mais de 600.000 garrafas, tem uma gestão profissionalizada
e uma situação económica robusta, faz chegar o nome de Penalva
aos quatro cantos do mundo, é uma das maiores empresas do
concelho, uma referência incontornável dos vinhos do Dão e, acima de tudo, a menina dos olhos de todos os associados e suas
famílias.
A dinâmica com que a Adega Cooperativa de Penalva do Castelo tem enfrentado os desafios de um mercado globalizado e
muito competitivo é o garante de um futuro risonho para todos
os associados, um baluarte para o prestígio do vinho do Dão e
a prova provada de que os ideais cooperativos também podem
conduzir ao sucesso e ao bem-estar do mundo rural.
Propostas gastronómicas:
Adega de Penalva Branco Malvasia Fina
2013 – Pratos de peixe
Adega de Penalva Tinto Touriga Nacional 2010 - Carnes vermelhas
Adega de Penalva Rosé 2013 – Mariscos
Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
Morada: Calvário – Ínsua - 3550-167 Penalva do Castelo
Telefone: 232 642 264
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1960
Enólogos: Virgílio Loureiro e Reinaldo Pinho
Principais rótulos: Milénio - Reserva e Encostas De Penalva
Principais prémios:
Adega de Penalva Branco Malvasia Fina 2013 - Medalha de Ouro no Concurso de Vinhos Engarrafados da CVGR Dão 2013
Adega de Penalva Reserva 2010, Adega de Penalva Tinto Touriga Nacional 2009 e Adega de Penalva Rosé 2013 receberam a
medalha de prata no Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco” 2014
Website: www.adegapenalva.com
XVIII
XIX
A Região
Adega Cooperativa de Silgueiros
Novo vinho:
Adega de Silgueiros é uma cooperativa com
cerca de 2000 sócios, vitivinicultores da região de
Silgueiros. Foi fundada em 1962 e começou a sua
laboração em 1964. O objectivo a que esta adega se
propôs foi criar formas de produção e escoamento
para um tão afamado vinho, que é o vinho do Dão,
e, mais particularmente, o vinho de Silgueiros.
A região de Silgueiros situa-se no concelho de Viseu, a cerca de 9 km da sede do mesmo. Dada a sua
situação geográfica, encontra-se numa posição privilegiada para a feitura de tão precioso néctar.
Os seus solos, de origem franco-arenosa, proporcionam um aroma esplendoroso aos vinhos aí
produzidos. As suas encostas viradas para a Serra da
Estrela e para o rio Dão criam um clima único para a
maturação das uvas. Pode-se dizer que Silgueiros é
o coração da Região Demarcada dos Vinhos do Dão.
Morgado de Silgueiros
Branco 2013
Vinho branco de cor citrina, apresenta um aroma de
fruta branca de pomar aliada
a notas de fruta exótica, ananás e manga. Na boca é longo,
fresco, mineral e muito equilibrado.
Adega Cooperativa de Silgueiros
Morada: Loureiro de Silgueiros 3500-538 Silgueiros - Viseu
Telefone: 232 951 154
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1962
Enólogo: Miguel Oliveira
Principais rótulos: Adega Cooperativa de Silgueiros; Morgado de Silgueiros
e Dom Daganel
Website: www.adegasilgueiros.pt
XX
XXI
A opinião dos outros
Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem
Estive recentemente em Portugal numa viagem belíssima que fiz
com a Wine Senses, leia-se José Carlos Santanita e Joelma Santanita.
Foram visitas maravilhosas, degustações especiais e momentos inesquecíveis.
Um dos pontos altos desta viagem foi uma verdadeira aula que o
nosso grupo teve com o renomado professor Eng. Agrônomo João Paulo Gouveia, da Vines e Wines, em pleno coração do Dão, região de
grande riqueza e diversidade vitícola.
Pudemos conversar in loco sobre duas das principais castas da região: Touriga Nacional (tinta) - que proporciona estrutura, profundidade do aroma e delicadas notas florais -, e Encruzado (branca), - que
traduz-se em elegância, intensidade e equilíbrio -, além de outras castas tão importantes para o blend, como as tintas Alfrocheiro, Jaen, Aragonez, Rufete (Tinta Pinheira) e Alvarelhão, e as brancas Bical, Malvasia,
Verdelho e Cercial Branco.
João Paulo Gouveia destacou as condições do solo de xisto e granito,
a posição numa zona de transição entre os climas marítimo e continental,
e as dificuldades em trabalhar a região devido às características climáticas.
Degustamos um Pedro Cancela Touriga Nacional e um Pedro Cancela Encruzado e brindamos pelo sucesso dessa rica e encantadora região
de contrastes, de montanhas, colinas e vales, invernos frios e húmidos
e verões quentes e secos. Uma região que busca a internacionalização,
aprimorando-se em conhecimento e tecnologia de ponta, mas sem esquecer as tradições deste maravilhoso país. Viva o Dão!
Carmen Lucia de Moraes
Sommelier e Estudante de Pós-graduação em Viticultura e Enologia
Curitiba - Brasil
Novo vinho:
Fundada em 1954, a Adega Cooperativa de Vila Nova de
Tazem concebeu desde os seus
primórdios as suas infraestruturas como cooperativa. Receber e
vinificar as uvas cultivadas pelos
seus associados, assente nas castas típicas da região do Dão, foi
desde sempre o objectivo principal.
Com quase 60 anos de existência, a notoriedade e sobriedade das suas marcas vincam
o rigor desta Adega que vai de
encontro à qualidade demarcada
pela região do Dão.
A primeira vindima realizada
nas actuais instalações ocorreu
em 1967, tendo recebido uvas
de 198 associados. Nos primeiros anos de actividade a adega
vendia toda a sua produção a
granel, mas gradualmente foi
iniciando o processo de comercialização de vinhos engarrafados. A primeira marca “Encosta
da Serra” surgiu em 1980.
Em 1985 a Adega atinge um
passo importante na sua história, tornando-se a primeiro no
seu género a ter linha de engarrafamento própria. Ao mesmo
tempo lança no mercado a m
arca “Pedra D’Orca”.
Actualmente a Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem
aposta na melhor selecção de
uvas e castas para as suas produções. Enquanto produtora de
vinhos de qualidade, e através
do seu portfólio de marcas, pretende levar até à mesa dos consumidores a melhor companhia,
para qualquer ocasião.
Colocar ao dispor dos apreciadores os melhores vinhos,
distintos, elegantes, de aromas
intensos e frutados, reveladores
do carácter da região.
Propostas Gastronómicas:
Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem
- Fritada de peixe do rio com
o Pedra d’Orca Branco 2013
- Alambicada de Borrego
com o Grande Escolha 2010
- Migas de bacalhau no Lagar
com Touriga Nacional 2011
Morada: Rua Dr. António Borges, 122
XXII
Vinho do Dão: Riqueza, tradição e tecnologia
6290-632 Vila Nova de Tazem
Telefone: 238 486 182
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1954
Enólogos: Pedro Pereira
Principais rótulos: Encosta da Estrela, Pedra d’Orca, Tazem e Penedo
Website: www.adegatazem.pt
XXIII
Adega Cooperativa de Mangualde
Sandinus
cultura vitivinícola na região que permita aos seus visitantes sentir
intensamente todo o ciclo da vinha e do vinho, bem como os seus
costumes e sabores.
na mesma orientação, transmitindo uma simetria invulgar. A paisagem é ainda enriquecida com um pequeno olival em bordadura das
vinhas, elemento tradicional e diferenciador do Dão.
A nomenclatura da marca teve origem no cavaleiro de nome
Sandinus que possuía terras nestas áreas. Há notícias de um Sandinus Randúlfizi, no início do século XII; era proprietário de terras
na zona de Viseu e foi mandado por D. Teresa, mãe de D. Afonso
Henriques, presidir à alçada que inquiriu Viseu, seu aro e termo.
Dai a origem do nome da localidade onde se encontra a quinta Casal Sandinho.
Novos vinhos:
Castelo de Azurara Tinto 2011
Cor vermelha, aromas baunilhas, com toque suave a frutos secos. Na boca demonstra grande complexidade, originada pela sua
boa estrutura e taninos redondos.
Castelo de Azurara Encruzado 2013
Cor Amarelo palha, aroma floral com notas de especiarias. Na
boca demostra grande equilíbrio originado pela combinação da
sua mineralidade com a sua invulgar estrutura. Termina com frescura e equilíbrio.
A Adega Cooperativa de Mangualde nasceu na década de 60,
década marcada pela valorização, expansão e implementação do
espírito e valores cooperativos em Portugal. De facto, a agricultura na sociedade, potenciada pelo cooperativismo, possibilitou o
seu desenvolvimento e organização como componente socioeconómica estrutural nas diferentes regiões portuguesas.
Assim, no dia 4 de Dezembro de 1963, assente em valores democráticos e de responsabilidade social, foi constituída a Adega
Cooperativa de Mangualde, CRL. por escritura pública.
Em 1972, a Adega, já com sede própria, laborava pela primeira vez, aproximadamente meio milhão de quilos de uvas dos seus
cooperantes produtores de uvas. Sem recursos a apoios estatais,
foram os cooperantes a origem de todo o capital investido.
Na década de 90, iniciou-se um processo de investimento e
modernização, quer ao nível de instalações, como ao nível de
equipamentos laboratoriais e de controlo de qualidade dos vinhos. Pela primeira vez, a Adega recorreu a fundos estatais e comunitários, construindo um centro de vinificação e estabilização
para vinhos e investindo numa linha de engarrafamento própria.
Também, ao nível de recursos humanos, houve uma aposta na
formação e contratação de pessoal qualificado nas áreas de enologia e gestão e foram desenvolvidas parcerias com entidades e
instituições locais.
Actualmente, a Adega de Mangualde procura manter e melhorar os seus padrões de qualidade, que se reflectem nos seus vinhos. Também, a par da evolução tecnológica e social, existe uma
cultura de marketing em constante desenvolvimento, assente no
marketing sensorial, na estimulação dos sentidos. Nesse âmbito,
existe uma dinâmica de marcas e vinhos para diferentes públicos.
Tem-se assistido a uma evolução e associação crescente entre
o turismo e a agricultura. Assim, o vinho e os trabalhos associados à sua produção e concepção têm despertado um interesse
crescente para a sociedade e economias locais, não só na componente gastronómica, como também na componente do enoturismo.
Nesse sentido, em 2013 foi efectuada e aprovada a candidatura ao programa PRODER - Abordagem LEADER, estando neste momento a decorrer as obras que darão origem ao Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho da Adega Cooperativa de Mangualde,
com inauguração prevista para o segundo semestre do presente
ano. A nova valência visa a fortificação e implementação de uma
XXIV
Castelo de Azurara Aragonez 2012
Cor vermelha intensa, aroma complexo com notas a frutos secos. Na boca está equilibrado, encorpado com taninos redondos e
final de boca persistente.
Vinhos
Sandinus branco Encruzado 2013
Cor amarelo limão. Aroma floral com algumas especiarias à mistura, o que lhe confere grande complexidade. Na boca sente-se crocante, proporcionado pela sua estrutura e equilíbrio dos ácidos.
Sandinus Private Selection Reserva 2011
Cor vermelho vivo. Aroma a baunilha, com nuances de fruta
vermelha.
Sandinus surgiu do sonho de uma família nascida e criada nestas terras. Um sonho que querem partilhar. Sandinus é um projecto
inovador, ancorado na Adega Cooperativa de Mangualde. Ao abrigo do protocolo estabelecido entre a cooperativa e os associados
aderentes é permitido que o associado vinifique separadamente
nas instalações da Adega Cooperativa uma pequena parte das suas
uvas e que comercialize com marca própria.
A marca Sandinus insere-se num vasto projecto que está a ser
desenvolvido pelos proprietários da Quinta dos Cedros. O grande
enfoque do projecto é o Enoturismo. A Quinta dos Cedros conta
com uma adega tradicional, com lagar de pedra e chão de terra,
destinado a provas de vinho e organização de eventos até 20 pessoas. Deste projecto faz parte a reabilitação de três pequenas casas de campo que serão transformadas em habitações para férias.
A Quinta dos Cedros é uma pequena propriedade com cerca de
7 hectares, localizada na freguesia de Alcafache. O seu nome tem
origem na pequena mata de cedros que existe na propriedade,
onde se podem encontrar árvores com idades entre 1 e mais de 60
anos. As roseiras são uma constante, transmitindo energia, beleza
e muita cor à paisagem.
Propostas gastronómicas:
Na Quinta dos Cedros é possível a interacção com diversos aniSandinus branco Encruzado 2013 - Bacalhau à lagareiro
mais domésticos e do campo, como galinhas, patos, pombas, coelhos
Sandinus Private Selection Reserva 2011 - Borreguito assado
e porcos, não esquecendo os estimáveis cães e gatos. Os cerca de 5
hectares de vinha estão divididos em várias parcelas, todas alinhadas no forno de lenha
Sugestão Gastronómica
Castelo de Azurara Tinto 2011 - Torresmo da Beira
Castelo de Azurara Encruzado 2013 - Trutas abafadas
Castelo de Azurara Aragonez 2012 - Cabrito assado no forno
Adega Cooperativa de Mangualde
Quinta dos Cedros
Morada: Quinta do Melo - 3530-250 Mangualde
Telefone: 232 623845
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1963
Enólogo: Jaime Murça
Principais referências: Castelo de Azurara e Adega de Mangualde
Website: www.acmang.com
Morada: Rua da Quelha, 1, Casal Sandinho - 3530-022 Mangualde
Telefone: 965050115
Email: [email protected]
Ano de fundação: 2012
Enólogo: Jaime Murça
Principal rótulo: Sandinus
WEB: www.qcedros.pt - Faceboock.com/qcedros
XXV
A opinião dos outros
Quinta de São Francisco
Vinhos novos:
Chão da Quinta Classic 2012
É um vinho com aspecto brilhante, apresenta uma cor rubi
profunda com nuances violeta. Elegante aromaticamente, denotam-se desde logo as notas de frutos vermelhos bem maduros,
ameixa e amora, casados com um leve toque de pimenta preta,
cacau e baunilha. No palato é um vinho que revela um corpo bem
estruturado com bom volume de boca, com presença de taninos
firmes. O vinho apresenta elevado requinte e persistência, óptimo
para beber já mas que vai evoluir muito bem na garrafa. Pode
guardá-lo por mais 12 anos.
A história da Quinta de São Francisco remonta ao Século XVIII
e a função de origem da Quinta era como Solar do Visconde de
Treixedo, em Lourosa de Cima. A Quinta ostenta uns majestosos
jardins, cujo traçado e percurso foram desenhados ao estilo barroco.
A Quinta de São Francisco está localizada em plena Beira Alta
no coração da Região Demarcada do Dão, implantada numa das
zonas mais ricas de Portugal em termos de usos e costumes, está
perfeitamente enquadrada com a rusticidade do local e constitui
um bom exemplo da construção das casas senhoriais do século
XVIII.
A quinta foi adquirida em 1996 por Horácio Marques da Rua e
foi a concretização de um sonho – a produção de vinho. Não sendo
de origem uma quinta com produção de vinho, foi toda plantada
com as castas Touriga Nacional e Tinta Roriz em 1998.
A Quinta de S. Francisco apresenta uma área de 8 hectares de
vinha, que beneficiam de uma excelente exposição solar e encontram-se a uma altitude de cerca de 400 metros com solo granítico.
A Quinta iniciou a sua produção em 2010 com os vinhos “Chão
da Quinta”, que exprimem todo o terroir que esta região emana.
Os primeiros vinhos “Chão da Quinta apresentaram-se em duas
gamas de tinto, o Colheita (50% Touriga Nacional e 50% Tinta Roriz)
e um monocasta de Touriga Nacional. Em 2012 alargou o leque de
oferta e deu início à produção de um vinho branco sob a marca
Chão do Vale. Em 2013 alargou-se a gama Chão da Quinta, com a
introdução no final de 2013 de um lote especial de cerca de 1000
garrafas de Touriga Nacional com estágio mais prolongado em barricas. A par da marca Chão da Quinta, produz ainda um lote de vinho branco sob a marca “Chão do Vale”, um Lafões DOP, elaborado
a partir das castas Cerceal e Arinto.
Neste momento a Quinta de S. Francisco tem uma produção de
cerca de 40 mil garrafas/ano com tendência a aumentar.
Chão do Vale Branco 2013
Aspecto brilhante e cor citrina. Apresenta um
aroma complexo de fruta exótica aliado a uma mineralidade expressiva. Na boca é fresco, longo e muito
equilibrado
Novos lançamentos:
Chão da Quinta Touriga Nacional
Signature 2011
Em Novembro será lançado um lote
especial de cerca de 1200 garrafas de
Touriga Nacional, com um estágio mais
prolongado em barricas de carvalho
Francês. Este lote será lançado apenas
em anos muito bons.
Chão da Quinta Premium Selection 2011
O Chão da Quinta Premium Selection tem lançamento previsto para
meados de Setembro, num total de serão lançadas ainda cerca de 6700 garrafas.
Impressões do Dão
Portugal é um país vitícola fascinante. A diversidade
de terroir num território pequeno, se comparado com as
dimensões continentais do Brasil, nos permite viajar em
poucas horas de um lugar para a outro, tão distintos entre
si.
Ali, a interacção entre homem e natureza se dá de forma plena. Todo pedaço de terra é cultivado ou preservado.
Mesmo em terrenos onde a intervenção do homem parecia impossível estão plantadas videiras, olivais e outras
culturas.
A região do Dão, circundada pelas serras da Nave
(Norte), Estrela (nascente) e Caramulo) a poente, situada
no centro-norte do país, propiciam um microclima que
torna a região mais fresca, com boas variações de temperatura que parecem ser ideias para maturação das castas
autóctones. Castas, que originam vinhos com equilíbrio,
persistência, de aromas e sabores marcantes. Vinhos que
evidenciam as suas qualidades quando servidos à mesa,
acompanhando comidas regionais.
Os brancos da casta Encruzado, natural da região, surpreendem pela bela acidez, untuosidade e mineralidade.
Esta variedade, pouquíssimo conhecida e difundida, produz vinhos tão nobres e interessantes como os melhores
alvarinhos de Monção. Comparáveis a um grande Chardonnay da Borgonha.
Já os tintos são caldos com classe. Seduzem pelos aromas, enchem a boca e jamais cansam o paladar. Tintos gastronómicos, de acidez equilibrada, com taninos presentes,
porém bem resolvidos. Vinhos que merecidamente podem
ser chamados elegantes.
A Touriga Nacional encontrou ali o seu berço e onde
se expressa de forma plena, seja nos tradicionais cortes ou
em vinhos monocasta.
O montanhoso Dão merece sem dúvida destaque, dentro do ecléctico cenário vitícola lusitano. Terra de vinhos
com muito carácter, que ficam na memória.
Propostas gastronómicas:
Chão da Quinta Classic 2012
Deve ser servido à temperatura de 16 a 18ºC a acompanhar
pratos de carnes vermelhas e assados.
Chão do Vale Branco 2013 - Acompanha pratos de peixe
e mariscos.
Wagner Gabardo
Sommelier Wine Senses
Brasil
Quinta de S. Francisco
Morada: Quinta de S. Francisco, Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu
Telefone: 232 431 214 Email: [email protected]
Ano de fundação: 2010 Enólogos: Vines & Wines
Principais marcas: Chão da Quinta e Chão do Vale
Chão da Quinta Tinto 2010, Chão da Quinta Premium Selection, Chão do Vale.
Prémios: Chão da Quinta Premium Selection Colheita de 2010 - Medalha de Prata Concurso Mundus Vini 2012; Chão da Quinta
Premium Selection Colheita de 2011 - Medalha de Ouro - Concurso “Os melhores vinhos no Produtor 2012”, organizado pela CVR
Dão; Chão da Quinta Premium Selection Colheita de 2011 - Medalha de Bronze - Concurso Decanter 2013; Chão da Quinta Premium
Selection Colheita de 2011 - Medalha de Bronze - Concurso Vinhos de Portugal 2013; Chão da Quinta Premium Selection Colheita
de 2010 - Medalha de Prata - XV Concurso de Vinhos ACIC Coimbra 2013
Website: www.chaodesaofrancisco.pt
XXVI
XXVII
Quinta Mendes Pereira
Reserva Touriga Nacional 2010
Vinho estruturado, com volume
e fruta delicada, bem típica da casta.
Predominam as notas de compota de
fruta vermelha e toques doces, ao que
ajudou o estágio em madeira nova,
que concentrou o vinho, ficando assim
mais volumoso e redondo. Final persistente, onde ressalta a complexidade
de aromas, a mineralidade e frescura.
Reserva Rosé Touriga Nacional 2011
A Raquel Mendes Pereira não sabia nada de vinhas, de quintas,
de terroir, de castas e de Dão. A Raquel sabia pouco de Portugal.
Foi por amor, ao pai, às filhas e à terra que há dez anos deixou no
Brasil a cidade do sul que nunca dorme e veio viver para o pequeno rectângulo ancestral. Terra que foi de seu pai, de onde um dia
ele partiu para ganhar a vida no Brasil, sobretudo na cosmópole,
São Paulo.
A “braseleira”, como se ri de si própria quando esbarra o seu
sotaque paulista, naquela fala de “chechs” serrados típicos da
Beira Alta, aprendeu do início tudo o que havia para saber sobre
vinho, mas sobretudo a conhecer os homens, a terra e o tempo.
Arrancou, plantou, perdeu, afinou até que acertou.
Hoje a Quinta Mendes Pereira é uma referência nos elegantes e complexos vinhos do Dão e, por inerência, grandes vinhos
portugueses. Numa pequena exploração, onde entrou por investimento toda a tecnologia e não saiu nenhuma tradição.
Oliveira do Conde, aldeia bonita do concelho de Carregal do
Sal, tem no sangue das suas gentes o cultivo da vinha e a produção
de vinho. É essa a sua história e o seu passado. A Quinta Mendes
Pereira é uma das maiores explorações particulares de todo o Dão
e, na palavra dos entendidos, uma das melhores. “Mesmo em ano
de pouco vinho, aquelas terras são abençoadas por Deus” diz-se
lá em Oliveira. As coisas muito boas têm sempre por trás algo de
extraordinário.
XXVIII
No Dão este é um vinho com paladar muito jovem, com aromas de boca
intenso, com fruta vermelha bem viva.
Na boca apresenta-se fresco, estruturado e com final persistente.
Branco Encruzado 2011
Vinho com paladar fresco, com
aromas de boca intenso, bem frutado
e típico. Na boca apresenta-se intenso, estruturado e volumoso com final
persistente. Ressalta a untuosidade e
volume com acidez marcante.
Quinta Mendes Pereira
Morada: Quinta da Sobreira, Oliveira do Conde - 3430-350
Carregal do Sal
Telefone: 939 559 990
Email: [email protected]
Enólogo: António Narciso
Principais marcas: Quinta Mendes Pereira (QMP)
Website: www.qmp.com.pt
Na Feira do Vinho do Dão
Cooperativa de Olivicultores de Nelas lança
azeite virgem extra “Olivais do Dão
Após um desafio lançado aos produtores no ano passado, a Cooperativa de Olivicultores de Nelas vai lançar na Feira do
Vinho do Dão o azeite virgem extra “Olivais
do Dão. Em entrevista à Gazeta Rural, Madalena Prata Barros, presidente da Cooperativa, mostra-se confiante, na nova aposta,
para valorizar a variedade galega que produz azeites diferenciadores.
Gazeta Rural (GR): Qual a actividade da
Cooperativa de Olivicultores?
Madalena Prata Barros (MPB): A Cooperativa presta o serviço de extracção de azeite
aos agricultores que são sócios. Colhem e
transportam a azeitona até ao lagar e levantam a totalidade do azeite produzido.
GR: Que tipo de azeite produz?
MPB: A matéria-prima é fundamentalmente a azeitona de olivais tradicionais
com oliveiras centenárias. De forma geral
não são tratados, pelo que a azeitona não
é sã. O azeite obtido, é, assim, maioritariamente lampante, que só pode ser comercializado para a Indústria de Refinação.
A quantidade de azeite virgem extraído
por campanha é muito pequena. E a quantidade de azeite virgem extra é praticamente
diminuta. Esta situação tem inibido a Cooperativa de comercializar azeite.
GR: Na Feira do Vinho do Dão vão lançar o azeite virgem extra “Olivais do Dão”?
MPB: Sim. Na campanha anterior desafiámos um conjunto de agricultores, a alterarem alguns comportamentos nomeadamente
o não entulhamento da azeitona. Nós, num
sistema de extracção com possibilidades de
higienização entre produções, conseguimos
extrair azeite virgem extra. É este azeite que
vai ser colocado no mercado.
As quintas aderentes vão colocar no
mercado com as suas respectivas marcas e
a Cooperativa vai comercializar com a marca Olivais do Dão
GR: Como enquadra o azeite numa região
profundamente vitícola?
MPB: A oliveira antiga da galega faz
parte do património de quase todas as
explorações. O seu azeite, tem na minha
opinião características suficientemente
diferenciadoras para conquistar nichos de
mercado que o valorizem.
É necessário que cada agricultor se
posicione perante o intervalo de rentabilidade padrão da região que a Cooperativa
desenvolveu num estudo prático.
XXIX
Quinta dos Carvalhais
Casas do Lupo:
Turismo de charme na Lapa do Lobo
Novos vinhos:
Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010
A Sogrape entrou na região do Dão, em 1957, através da aquisição da sociedade Vinícola do Super Dão, que passou a denominar-se Vinícola do Vale do Dão e a produzir, para além do Reserva
Dão (“Dão Pipas”), o então lançado Dão Grão Vasco, que alcançaria, rapidamente, enorme sucesso. Coube então à Sogrape um importante papel pioneiro na modernização técnica, na valorização
e difusão das castas nobres regionais e na recuperação da imagem
de qualidade dos vinhos do Dão.
A compra da Quinta dos Carvalhais, uma bonita propriedade
no concelho de Mangualde, junto a Nelas e Alcafache, desencadeou em 1988 um processo de fortes investimentos da empresa
na Região Demarcada do Dão, com o plantio de novas vinhas com
castas nobres regionais (as tintas Touriga Nacional, Tinta Roriz,
Alfrocheiro, Jaen e Tinta Pinheira; e as brancas Encruzado, Assario, Verdelho, Bical e Cerceal), assim como a construção de um
moderno centro de vinificação na Quinta dos Carvalhais, que ficou
pronto no período recorde de nove meses, tendo começado a funcionar na vindima de 1990 com os primeiros estudos de monovarietais (Encruzado e Touriga Nacional) e o lançamento de um novo
vinho - “Duque de Viseu” - que se juntou ao Dão Grão Vasco numa
história de sucesso em qualidade e volume.
A Quinta dos Carvalhais é, actualmente, uma verdadeira referência na vitivinicultura portuguesa, tendo sido decisiva na defesa
dos interesses e das condições de vida de muitos pequenos vitivinicultores que aí entregam as suas uvas, bem como na produção
de vinhos de qualidade extra dirigida pela sabedoria e paixão da
enóloga Beatriz Cabral de Almeida.
Com uma área total de 105 hectares, 50 dos quais de vinhas, a
Quinta dos Carvalhais produz, exclusivamente com uvas próprias,
preciosos vinhos que honram a tradição e a reputação do Dão,
casos do Único, do Quinta dos Carvalhais Reserva, Quinta dos Carvalhais Colheita, todos os Quinta dos Carvalhais varietais, Quinta
dos Carvalhais Colheita Tardia, etc. Com uvas próprias e uvas adquiridas são produzidas o Duque de Viseu (Branco e Tinto) e o Dão
Grão Vasco (Branco e Tinto).
Feito com 58% Encruzado e 42% Verdelho
o Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010
é a nova pérola da região do Dão. Apresenta uma cor amarelo palha, clara e brilhante.
Com uma boa intensidade aromática, revela
notas de biscoito de manteiga, frutos secos
e mel, bem como toques minerais e algum
vegetal, conferindo frescura e complexidade
ao lote. O volume de boca, o aroma da barrica de carvalho onde estagiou e novamente as
notas de frutos secos e mel, estão perfeitamente equilibrados com a acidez muito viva.
É um vinho austero e elegante, que termina
num final longo e delicado.
Quinta dos Carvalhais Colheita Tinto 2010
Quinta dos Carvalhais Colheita é um vinho tinto do Dão de excepcional qualidade,
expoente máximo da elegância e riqueza e
herdeira dos saberes antigos. Feito com 59%
Touriga Nacional, 21% Alfrocheiro e 20% Tinta
Roriz apresenta uma cor vermelha muito densa e um aroma delicado, onde sobressaem os
frutos pretos (ameixa, amoras) e notas florais
em harmonia com aromas balsâmicos frescos
e um toque mineral. A madeira, bem integrada, está presente apenas em notas muito
delicadas, contribuindo para a complexidade
do vinho. Na boca tem um ataque estimulante, com taninos bem polidos e envolventes a
conferirem uma bela estrutura que, combinada com uma acidez viva, fazem deste vinho
um exemplo de equilíbrio e harmonia.
Propostas gastronómicas:
Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010 - Trufas brancas,
numa versão mais contemporânea, ou cabrito assado
Quinta dos Carvalhais Colheita Tinto 2010 - Excelente acompanhamento para pratos de carne, caça e queijos amanteigados.
Sogrape Vinhos
Ano de fundação: 1942
Morada: Rua 5 de Outubro, 4527 - 4430-761 Avintes
Telefone: 227 850 300
Email: [email protected]
Website: www.sograpevinhos.eu
Quinta dos Carvalhais
Enóloga: Beatriz Cabral de Almeida
Principais rótulos: Grão Vasco Branco, Grão Vasco Tinto,
Quinta dos Carvalhais, Duques de Viseu Branco e Duque de Viseu Tinto.
XXX
Quando em 2003 o empresário Carlos
Torres decidiu recuperar a casa dos avós,
José e Maria José Antunes da Cunha, onde
ia passar as férias quando era pequeno, na
aldeia da Lapa do Lobo, entusiasmou-se e
recuperou outras tantas casas, que deram
origem a um turismo de charme e ainda a
uma fundação muito activa e dinâmica, promotora das mais diversas iniciativas culturais.
Inauguradas em Maio deste ano, as Casas do Lupo são um dos grandes apoiantes
da XXIII Feira de Vinhos do Dão, sendo lá
também que pernoitarão alguns dos convidados. A recuperação destas casas foi fiel à
utilização de materiais de construção tradicionais da região, como o granito e a madeira. A decoração assentou na recuperação de
móveis antigos, muitos deles pertencentes
aos proprietários. Os espaços exteriores foram criados segundo um conceito minimalista, com contrastes entre a ancestralidade
das oliveiras existentes e a modernidade de
algumas intervenções.
O complexo Casas do Lupo é composto
por quatro casas e oito quartos, todos decorados de forma moderna mas diferentes uns
dos outros. É no núcleo principal de casas
que dão para o principal largo e ponto de
encontro da aldeia, onde também se encontram as zonas de lazer comuns, constituídas
por sala de pequenos-almoços, sala de estar
e bar, bem como o jardim, com piscina e bar
de apoio com esplanada.
Parte do projecto, a funcionar desde
2010, é a Fundação Lapa do Lobo, também
ela uma casa recuperada, onde como o próprio nome indica existe uma fundação com
objectivos culturais e pedagógicos, que in-
tegra um espaço cibernético, uma biblioteca, um espaço para exposições, um auditório para cerca de 90 pessoas e um espaço
multifuncional para organização de cursos
de aprendizagens diversas, o que necessariamente trouxe à localidade e à zona uma
grande dinamização cultural.
XXXI
O casal suíço Elisabeth e Peter Eckert comprou em Janeiro de
1991 uma quinta bastante abandonada com 4 ha na freguesia Oliveira do Conde, em Carregal do Sal. Peter Eckert tinha trabalhado
nos anos 80 como administrador de uma Companhia de Seguros
em Portugal. Viajara muito, conhecia bem o país, mas tinha uma
grande preferência pelo Dão. Como Elisabeth, a esposa, e as três
filhas do casal têm todas ‘Maria’ no nome, resolveram chamar à
propriedade “Quinta das Marias”.
Enquanto a esposa começou a renovar a casa, Peter Eckert
meteu mãos à obra na vinha. Surribaram-se dois ha de terreno,
com a ajuda de António Coelho Lopes, que entrou nos serviços
da Quinta em Fevereiro de 1991 e que ainda hoje é o responsável
da quinta. Esta vinha foi alargada ao longo dos anos através da
compra de vários terrenos adjacentes, tendo hoje a quinta 12 ha,
sendo 10 de vinha, com uma produção anual de 40 mil garrafas.
Em 1998 começou a frutuosa colaboração com o enólogo António Narciso que ainda hoje presta apoio enológico à Quinta.
Uma primeira adega foi construída em 1994 e uma segunda, bem
maior e melhor, em 2005. A Quinta das Marias apostou sempre
nas castas autóctones do Dão, como o Encruzado, para os brancos, e na Touriga-Nacional, Jaen e Alfrocheiro para os tintos, tendo
como referência a qualidade e o segmento Premium.
A Quinta das Marias foi eleita “Descoberta do ano” pela Revista Vinhos e ganhou várias medalhas nos concursos da CVRD.
A cereja no topo do bolo chegou em 2014, quando um júri internacional no Concurso Nacional dos Vinhos, organizado pela Viniportugal, atribuiu ao Touriga Nacional Reserva 2011 o prémio do
“Melhor Vinho Varietal do Ano”.
Vinhos
Nos brancos a Quinta das Marias tem um único vinho um monocasta “Encruzado”, que tem recebidos bastantes elogios e fama
nos bons restaurantes da Linha de Cascais, por acompanhar muito
bem os pratos de peixe e de marisco. Este vinho tem também uma
grande aceitação na Suíça, no Canada e na Alemanha.
Nos tintos, a Quinta das Marias lança todos os anos dois vinhos de monocasta, um Alfrocheiro, com uma edição limitada de
1200 garrafas, e um Reserva Touriga Nacional, que em 2014 recebeu o prémio do Melhor Vinho Varietal do Ano, no Concurso
Nacional de Vinhos.
Nos ‘blends’, a Quinta das Marias tem um vinho com o nome
“Lote”, feito com as quatro castas tradicionais do Dão, Touriga
Nacional, Tinta-Roriz, Alfrocheiro e Jaen. Produz todos os anos um
Reserva, com o nome de “Cuvée TT”, onde o TT salienta as castas Touriga Nacional e Tinta Roriz. Fora do ritmo anual, a Quinta
lançou em 2005 e em 2010 um vinho de “Garrafeira” que é actualmente o topo de gama.
Quinta das Marias
Morada: Oliveira do Conde - 3430-364 Carregal do Sal
Telefone: 935 807 031 Email: [email protected]
Ano de fundação: 1991
Enólogos: Peter Viktor Eckert e António Narciso
Principais rótulos: Quinta das Marias
Principais prémios: Várias medalhas de Ouro nos concursos da CVR do Dão
e o “Melhor Vinho Varietal do Ano”, no Concurso Nacional de Vinhos de 2014.
Website: www.quintadasmarias.com
XXXII
Símbolos de Qualidade
Quinta das Marias - Oliveira do Conde - 3430-364 Carregal do Sal
Tel. 93 580 70 31 - www.quintadasmarias.com
XXXIII
Vinícola de Nelas
Novos vinhos:
Vinho Tinto Quinta das Estrémuas
Touriga-Nacional 2008
A Vinícola de Nelas, situada no coração da Região Demarcada do Dão, foi fundada em 1939 dedicando-se desde o inicio ao
comércio de vinhos e seus derivados. Nesse mesmo ano, com o
inicio da Segunda Guerra Mundial, a Vinícola de Nelas teve logo
uma forte expansão na comercialização de vinhos e aguardentes,
destinados para o esforço de guerra dos países envolvidos.
Na década de cinquenta, o mercado ultramarino tornou-se
uma rampa de lançamento para uma nova etapa de crescimento da
empresa, culminando com a construção de modernas instalações
no porto de Luanda.
No ano de 1990, uma nova fase da empresa foi materializada
com a construção de um centro de vinificação com a capacidade
de produção de 2.500.000 litros/campanha, passando a ter uma
adega moderna com os mais recentes e adequados equipamentos,
permitindo o aproveitamento de todas as potencialidades das excelentes uvas adquiridas aos agricultores da Região do Dão.
A Vinícola de Nelas, ao longo dos seus 75 anos, para além do
mercado nacional, tem feito uma aposta forte no mercado externo, atingindo este ano 25% das suas vendas.
Apresenta uma cor vermelha forte, com
reflexos púrpura, aroma muito complexos e
requintados de frutos silvestres bem maduros, aliados a notas violeta e chocolate. Na
boca é profundo, cheio e musculado. Este
vinho demonstra uma excelente riqueza fenólica, o que lhe confere um elevado potencial de envelhecimento. É um vinho que se
apresenta pronto para se consumir no entanto a sua qualidade melhorará certamente
nos próximos 5 anos.
Deve ser servido à temperatura de 18 ºC
Vinho Tinto STATUS Grande Escolha 2012
Apresenta uma cor vermelha profunda
com reflexos púrpura, um aroma complexo
e requintado com nuances de frutos
vermelhos bem maduros, de elevada elegância.
Na boca revela-se intenso e profundo,
aveludado, apresentando um final requintado e persistente.
Os vinhos do Dão
Os vinhos do Dão revelam o melhor
da região onde nascem: diversidade,
exuberância, robustez e carácter. Os
tintos resultam complexos mas delicados, muito elegantes e encorpados e
com uma acidez excepcional. Revelam
um grande potencial de envelhecimento. Os brancos, de cor citrina, sugerem
aromas frutados, complexos e delicados, são frescos na boca e apresentam
uma acidez equilibrada. O final de boca
é exuberante.
No Dão também se produzem rosés com sedutores aromas florais e
frutados, que apresentam uma acidez
equilibrada e um sabor fresco e persistente. Os espumantes são verdadeiras expressões de requinte e sedução,
apresentando aromas frutados, sabores frescos e uma rara elegância.
Graças à sua diversidade, estes
vinhos harmonizam com uma grande
variedade de iguarias, desde as carnes
mais condimentadas (para os tintos)
aos peixes frescos e frutos do mar (para
os brancos ou rosés) passando pelas
entradas ou sobremesas (para rosés ou
espumantes).
Propostas gastronómicas:
Vinho Tinto Quinta das Estrémuas Touriga-Nacional 2008
Arroz de javali com míscaros; Rancho à moda de Viseu e com
todos os pratos robustos gastronomia portuguesa.
Vinho Tinto STATUS Grande Escolha 2012
Rojões à beirão; cabrito assado em forno de lenha, chanfana e
o tradicional enchido beirão.
STATUS Branco Colheita de 2013
Bacalhau à beirão; truta salmonada assada em forno de lenha,
perdiz de caça ou queijo Serra da Estrela com um ano de cura.
STATUS Branco Colheita de 2013
Apresenta um aspecto cristalino e cor
citrina. O aroma demonstra-se exuberante e requintado com nuances florais muito
frescas. Na boca revela-se fresco, com boa
estrutura, apresentando um final elegante e
longo.
Vinícola de Nelas, SA
Morada: Areal, Apartado 2 - 3520-061 Nelas
Telefone: 232 944 243 Email: [email protected]
Ano de fundação: 1939
Novo Status
Grande Escolha 2012,
Branco 2013
e Rosé 2013
Principais rótulos: Estrémuas, Escanção, Status, Oiro da Beira, Chão do Monte, Vinelas, Encosta de Nelas e VN.
Principais Prémios: Medalha de Ouro no Challenge International du Vin (França), na Vinexpo 1995; Medalha de Ouro no Challenge du Vin (França), na Vinexpo 1995 com o Escanção Branco de 1992; Medalha de Ouro no “10º concurso Enologico Internazionale” de “La Selezione del Sindaco” com o Status Touriga Nacional 2008 e Medalha de Prata - Concurso Nacional de Vinhos 2012
- Quinta das Estrémuas Touriga Nacional 2007
Website: www.vinicola-nelas.pt
XXXIV
XXXV
Adega da Corga
Castas Tintas do Dão
Touriga Nacional
Apesar de ser actualmente plantada noutras regiões de Portugal, é no Dão que revela todo o seu potencial, devido às características do clima e aos solos graníticos.
A Touriga Nacional acrescenta aos vinhos aromas frutados intensos e complexos. Torna-os cheios e enriquece-os em corpo, persistência e robustez. Uma das grandes particularidades dos vinhos
produzidos a partir da Touriga Nacional é o facto de envelhecerem
de forma extraordinária, com uma elegância e um aroma raros e
persistentes.
Jaen
Em Portugal, a presença da Jaen é quase exclusiva do Dão. Na
hora de produzir o vinho, dá origem a exemplares elegantes, perfumados, macios e com um teor alcoólico regular.
Aragonez ou Tinta Roriz
Depois de mais de 30 anos de experiência e plantados por
32 hectares de vinha, eis que surge a ideia de construir uma
adega e criar a sua própria marca. Esta a ideia que João Barbosa colocou em prática, depois de ter passado pela presidência
das Adegas Cooperativas de Penalva do Castelo e UDACA. Foi
assim que surgiu a Adega da Corga, marca com que o produtor
se apresenta no mercado.
É nas encostas do rio Dão, em Pindo, no concelho de Penalva do Castelo, num terroir magnífico, que estão situadas
as vinhas, onde se destaca a casta Rainha do Dão – a Touriga
Nacional -, que dão origem a vinhos topo de gama. Com mais
de 40 anos de história, estas cepas produzem um néctar criteriosamente seleccionado com as melhores uvas, para que
se atinja um padrão de qualidade bastante elevado, que os
clientes e os vários prémios obtidos comprovam.
A Adega da Corga tem instalações com capacidade de armazenamento para 500.000 litros, equipadas com tecnologia
de ponta, apenas engarrafa vinhos em anos de qualidade comprovada, produzindo cerca de 28.000 garrafas por ano.
Adega Da Corga Branco 2012
Vinho com boa acidez, que mostra a frescura e esplendor das
castas Arinto, Malvasia Fina e sobretudo Encruzado, características
da Região do Dão. Nariz vivo e elegante, com notas de aromas citrinos, de frutas bem maduras. Harmonioso e bom final de boca.
Deve ser bebido a uma temperatura de 10 a 12ºC
Adega Da Corga Rosé 2012
Vinho com uma estrutura complexa invulgar num rosado, derivado da monocasta que o compõe - a Touriga-Nacional. Notas de
framboesa, de frutas bem maduras e equilibrado, sensação de leveza
e frescura com um final muito elegante.
Deve ser bebido a uma temperatura de 10 a 12ºC
A Aragonez ou Tinta Roriz é a mais versátil das castas ibéricas,
capaz de se adaptar a diferentes climas e solos. Bem trabalhada,
esta casta produz vinhos harmoniosos, elegantes e com grande capacidade de envelhecimento.
Alfrocheiro
Originária do Dão mas já muito cultivada no sul do país, a casta
Alfrocheiro dá origem a vinhos ricos em cor e aromas frutados que
revelam um excelente equilíbrio entre álcool, taninos e acidez.
Adega da Corga Reserva Touriga Nacional 2011
‘Eleito O Grande Vinho do Dão’
Um Reserva bastante arredondado, com estrutura, donde se destaca
os aromas a frutos silvestres com leves notas de chocolate o que confere
nobreza ao vinho. Nariz complexo. Final de boca complexo e longo.
Adega da Corga
Morada: Rua da Capela - Corga - 3550-243 Pindo
Telefone: 919520975 - 967507201
Email: [email protected]
Enólogos: Wines & Wines e Rafael Formoso
Principais prémios:
XXXVI
“Adega da Corga Reserva Touriga Nacional” foi galardoado com o
prémio “O Grande Vinho do Dão” em 2010 e 2011
XXXVII
Castas Brancas
do Dão
Encruzado
O Encruzado é a casta branca por excelência do
Dão. Para além de ter uma grande capacidade de envelhecimento em garrafa, os vinhos resultantes desta
casta são delicados e elegantes, atingem um equilíbrio
quase perfeito entre o açúcar e a acidez.
Bical
A Quinta do Carvalhão Torto fica situada no concelho de Nelas,
centro geográfico da Região Demarcada do Dão. A sua história tem
um passado indelevelmente ligado à produção de vinho do Dão, sendo propriedade de uma família ancestralmente ligada à vitivinicultura, iniciou a produção de vinhos próprios em 2004. Possui uma
área de seis hectares de vinha repartidos pelas principais castas da
região do Dão, como Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro,
Encruzado e Malvasia Fina.
A estratégia da Quinta do Carvalhão Torto passa pelo controlo
rigoroso das vinhas, garantindo a produção de uvas de elevada qualidade organoléptica. Enologicamente é adepta das características
endógenas, da genuinidade dos vinhos produzidos, reveladores da
especificidade do “Terroir” local, sendo a enologia da responsabilidade da terceira geração da família. Alguns críticos consideram os
nossos vinhos como os que “melhor representam o Dão Clássico” - In
“Vinhos de Portugal de João Paulo Martins”.
A qualidade dos vinhos produzidos pela Quinta do Carvalhão
Torto tem sido reconhecida internacionalmente, como o demonstrem os galardões recebidos em vários concursos Internacionais.
Propostas gastronómicas:
Estrada da Corte - Branco Dão DOC de 2013 - Bacalhau à Lagareiro
Quinta do Carvalhão Torto - Reserva 2007 - Arroz de Entrecosto
em Vinha de Alhos
Quinta do Carvalhão Torto - Jaen Alfrocheiro 2005 - Cabrito Assado em forno de Lenha
Novos vinhos:
Da Bical nascem vinhos muito macios e aromáticos com boa graduação alcoólica e baixa acidez. Mas é
quando estagia em madeira que consegue os melhores
resultados.
Estrada da Corte Branco Dão DOC de 2013
Elaborado com as
castas Encruzado, Malvasia-fina, Rabo de Ovelha e
Bical, apresenta uma cor
citrina, muito aromático,
um sabor rico a fruta, mineral, com uma acidez que
lhe confere uma excelente
frescura. Na boca apresenta uma frescura crocante,
volumoso com um final
persistente.
Carvalhão Torto Tinto
2008
Malvasia Fina
A Malvasia Fina não precisa de estágio em madeira
para revelar as notas aromáticas de mel, cera e nozmoscada que a tornam tão apreciada. Dá origem a vinhos florais com uma acidez equilibrada e final elegante, mas é nos espumantes que assume maior destaque.
Cerceal Branco
Os vinhos produzidos a partir da Cerceal Branco
apresentam uma cor citrina e aromas frutados, mas é a
sua boa acidez que acentua o seu sabor. É muitas vezes
misturada com outras castas para lhe acrescentar mais
aroma e acidez.
Elaborado com as castas Touriga Nacional e Tinta Roriz, produzidas em
regime de protecção integrada, foi vinificado com
controlo de temperatura e
maceração prolongada.
Apresenta cor rubi e
aroma delicado, com forte
tipicidade. Na boca um sabor suave e aveludado.
Carvalhão Torto - Sociedade de Vinhos, Unipessoal, Lda
Morada: Rua Dr. Eurico Amaral, n.º 39 - 3520-050 Nelas
Telefone: 232 944 385
Email: [email protected]
Ano de fundação: 2004
Enólogos: José C. Lopes Oliveira e Luís M. H. Oliveira
Principais rótulos: Quinta do Carvalhão Torto e Estrada da Corte.
Principais prémios:
Premiado com “Wine Commended em 2008” “Quinta do Carvalhão Torto - Reserva 2004”;
Premiado com “Wine Commended em 2010” “Quinta do Carvalhão Torto 2005”; Medalha de Ouro em 2011 no concurso Internacional Selezione del Sindaco em Itália, com o Reserva de 2007, e em 2013 duas medalhas de Prata no concurso Selection, na Alemanha, com o Estrada da Corte Colheita 2011 e o Quinta do Carvalhão Torto 2008.
Website: www.carvalhaotorto.pt
XXXVIII
XXXIX
Fidalgas de Santar
A Fidalgas de Santar iniciou a sua actividade em 2010 e desde
logo a sua estratégia empresarial é dirigida para o mercado nacional, pretendendo destacar-se no mercado europeu. A empresa, sedeada em Santar, onde tem as suas vinhas, dedica-se à produção e
comercialização de vinhos e produtos da região. Apesar de jovem,
todo o seu processo produtivo é baseado nas técnicas e know how
tradicionais, a fim de realçar todo o costume vitivinícola da região,
aleado a um conceito inovador e potenciador de crescimento e
desenvolvimento de Santar. Dignificar e prestigiar a região e contribuir para o desenvolvimento económico é um dos objectivos
das Fidalgas de Santar.
Sendo o mercado vinícola extremamente competitivo, o vinho
Fidalgas de Santar, cuja primeira colheita é de 2011, distingue-se
pela sua personalidade única, sendo a sua qualidade reconhecida
em concursos da especialidade a nível nacional e internacional.
A Fidalgas de Santar pretende dar continuidade à tradição marcada pela história e dinamizar os sabores da região, contribuindo
para o desenvolvimento da economia local.
A empresa tem como missão atender com excelência os seus
clientes e oferecer uma diversidade de produtos, mantendo e dando continuidade à tradição e história, produzindo com paixão vinhos únicos que dignificam a região.
Vinhos premiados
Fidalgas de Santar Branco 2012; Fidalgas de Santar Colheita
Tinto 2011 e Fidalgas de Santar Reserva 2011 são os vinhos que
a empresa está a comercializar e que têm recebidos rasgados elogios da crítica e premiados no Concurso la “Selezione del Sindaco,”, em Itália, com medalhas de prata, bem como no como no
Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados” da CVR Dão, com
medalhas de prata.
Fidalgas de Santar Gourmet
A empresa dispõe de uma loja, Fidalgas de Santar Gourmet,
situada em Santar, junta à estrada Viseu – Nelas, onde comercializa
vinhos e produtos regional. Ao mesmo tempo, com este espaço,
pretende mostrar e dar continuidade ao que de melhor a região
tem, desde as compotas, o mel, o azeite, passando pelo famoso
queijo Serra da Estrela e, sobretudo, pelo vinho do Dão. Todos os
produtos da loja são únicos, reflectindo as emoções e o gosto por
manter acesas as tradições de uma região com história.
Proposta de degustação:
Branco 2012 – Queijo Serra da Estrela
Tinto 2011 – Carnes grelhadas
Reserva 2011 – Cabrito assado
XL
Fidalgas de Santar Gourmet
Morada: Rua Vale Moledo- EN 231 - 3520-111 Santar
Tel.: 232 945 504
Email: [email protected]
Enólogos: Jaime Murça e António Mendes
Marca: Fidalgas de Santar
Website: http://fidalgasdesantar.pt/
XLI
Quinta do Perdigão
change, Gotham Wines & Liquors, MCF
Rare Wine, Mister Wright Fine Wines e
Nancy’s Wines e nos restaurantes Aretsky’s Patroon, Dovetail, City Winery (Encruzado a copo), Corkbuzz (Encruzado a
copo) e no Koi Soho.
Vinho – A lançar na Feira do Vinho do
Dão 2014
Touriga-Nacional 2009
·Sabor intenso e esplendoroso… Memorável! Digno substituto do Touriga-Nacional 2008.
Outros Vinhos
A Quinta do Perdigão é uma propriedade de agricultura familiar, numa pequena quinta com apenas 7 hectares de vinha em
modo de produção biológica certificada. O objectivo principal é o
de criar vinhos de grande personalidade “Top Dão”, mantendo o
Curriculum Vitae como “A Quinta mais premiada do Dão, nacional
e internacionalmente desde 1999 até hoje”.
A Quinta está localizada a uma altitude de 365 metros, em
Pindelo de Silgueiros, a 9 Km de Viseu, Terras do Infante D. Henrique, “o Navegador”, I Duque de Viseu, na primeira encosta do
Rio Dão, cujo leito está a 200 metros de altitude.
Possui uma plantação de grande densidade, com cerca de 5.000
videiras por hectare, mas só produz pequenas quantidades de vinho
de alta qualidade das uvas tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro Preto,
Tinta Roriz/Aragonês e Jaen, e da uva branca Encruzado.
A pequena quantidade de vinhos produzidos, tinto, rosé e branco, resulta da severa vindima selectiva das uvas ainda em estado verde, para o chão, nos meses de Julho e Agosto, e da ultra-rigorosa vindima manual em Setembro e Outubro, onde se pretende encontrar o
ponto ideal de maturação de cada qualidade de uva.
A Adega da Quinta do Perdigão está referenciada pela Wine
Opus, entre as 4.000 melhores do mundo.
Em Portugal pode encontrar este vinho em alguns bons restaurantes, garrafeiras de prestígio, lojas gourmet e lojas do Aeroporto
de Lisboa e Porto. Os vinhos da Quinta do Perdigão estão representados ao mais alto nível na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha,
Inglaterra, Irlanda, Japão, Noruega, Suíça e USA (NY).
Em Inglaterra, o vinho está em locais de grande prestígio
como o Hotel du Vin e na loja The Sampler - Decanter Trophy
para a melhor loja de vinhos do Reino Unido 2014.
Em Nova York, nas lojas AOC Fine Wines, Brooklyn Wine Ex-
“Reserva” Branco Encruzado 2013
“…Pleno
e
fresco, vibrante e
complexo, mineral,
transparente e luminoso”. “Belíssimo…
Impressionante!” Homenagem a Josef
Kaempf, 1958-1914,
Designer, Galerista
de Arte, Homem de
Cultura, promotor
de espectáculos de
Jazz, Instalador e
Director de Produção da BODUM em Portugal.
“Reserva” Alfrocheiro 2009
90 pontos – Robert Parker/Mark Squires
Proposta gastronómica:
Branco Encruzado 2013 - Para acompanhar enchidos tradicionais, risoto de
cogumelos, sobremesas de frutos silvestres, café e chocolate…
“Reserva” Alfrocheiro 2009 - Para
acompanhar um cabrito grelhado nas vides, uma perdiz, sobremesas, café expresso e chocolate…
Quinta do Perdigão
Morada: Pindelo de Silgueiros - 3500-543 Silgueiros, Viseu
Telefone: 232 421 812
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1999
Enólogos: José Perdigão e Vines & Wines
Principal rótulo: Quinta do Perdigão
Website: www.quintadoperdigao.com
XLII
XLIII
Paço dos Cunhas de Santar
XLIV
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Sal
Principais marcas: Cabriz e Four C
Com sede na vila de Carregal do Sal, em pleno coração do Dão,
a Dão Sul é hoje uma empresa reconhecida no mercado como um
dos produtores mais dinâmicos e inovadores do panorama nacional. Cresceu em torno da marca Cabriz, uma referência dos vinhos
da região do Dão, produzindo também aqui os vinhos das marcas
Casa de Santar, Paço dos Cunhas de Santar e Grilos. A riqueza do
património vitivinícola português levou a Dão Sul a alargar a sua
produção a outras regiões com potencial quer no mercado nacional quer no mercado internacional. Assim, surgiram os projectos
nas regiões do Douro (Encostas do Douro), Bairrada (Quinta do
Encontro), Lisboa (Martim Joanes Gradil), Alentejo (Herdade Monte da Cal) e nos Vinhos Verdes (Quinta de Lourosa). A Dão Sul valoriza verticalmente o produto vinho, procurando levar sempre em
consideração a percepção das dinâmicas do mercado e do sector,
e garantindo a qualidade final do produto.
Telefone: 232 960 140 Email: [email protected]
Enólogo: Osvaldo Amado
Web: http://www.daosul.com
Redes Sociais: https://www.facebook.com/globalwi-
Dão Sul
Morada: Quinta das Sarzedas 3430-909 Carregal do
A Vila de Santar é um património histórico da região do Dão.
É emblemática pela sua reputação na produção de vinhos de grande qualidade e pelas suas casas apalaçadas. O Paço dos Cunhas de
Santar é uma propriedade datada do início do séc. XVII, com uma
forte tradição na produção de vinhos com qualidade reconhecida.
De forma a procurar a simbiose perfeita entre a Natureza e o trabalho do Homem e considerando que as questões ambientais são
um vector fundamental na cultura do Grupo Dão Sul, as vinhas do
Paço dos Cunhas de Santar foram reconvertidas para modo produção biológica. As uvas daqui resultantes são depois vinificadas
com um mínimo de operações tecnológicas e também sem recurso a quaisquer produtos enológicos. Igual tratamento tem o vinho
durante o seu estágio e maturação; não é filtrado, não estagia em
barricas e a sua estabilização é natural. Tudo isto tem como objectivo a sustentabilidade, o respeito pela genuinidade do vinho,
sem prejuízo da sua qualidade, e o prazer de proporcionar novas
sensações e bem-estar aos apreciadores de bom vinho.
Grupo Dão Sul
Vinha do Contador
Morada: Largo Do Paço – Santar 3520-130 Nelas
Telefone: 232 960 140
Principais marcas: Paço dos Cunhas de Santar e
Paço dos Cunhas de Santar
A história da Casa de Santar remonta aos tempos do Rei D.
Sancho II, com mais de 400 anos de tradição na produção de vinhos de qualidade reconhecida. Além da casa apalaçada dos séculos XVII e XVIII e dos magníficos jardins, possui uma adega perfeitamente enquadrada no conjunto arquitectónico da propriedade,
equipada com as mais modernas tecnologias. A vinha desta propriedade é a maior vinha contínua da região do Dão, com cerca de
100 hectares. A Casa de Santar pertence ao universo de empresas
do grupo Global Wines/Dão Sul desde 2006.
Morada: Casa de Santar – Santar, 3520-127 Nelas
Telefone: 232 960 140
Principais marcas: Casa de Santar, Condessa de
Sociedade Agrícola de Santar
Casa de Santar
Santar; Conde de Santar e Outono de Santar
Grupo Global Wines
A primeira unidade rural do seu segmento na região
Casas do Pátio oferecem
turismo de luxo nas Caldas da Felgueiras
Na típica aldeia Termal das Caldas da Felgueira, no concelho de Nelas, foi erguida a primeira unidade rural de luxo. A decoração é moderna,
simples e com vários apontamentos vintage – foram recuperadas peças
de mobiliário e utensílios que têm passado entre as várias gerações das
proprietárias.
No total são quatro casas que ganharam forma e vida sob o signo
dos 4 elementos (Ar, Terra, Fogo e Água), onde a arquitectura tradicional
se funde com a modernidade dos materiais aplicados.
Catarina Minhoto e Lídia Minhoto são as mentoras do projecto.
Duas jovens com ligações familiares muito fortes a Caldas da Felgueira.
Foi aqui que avós, pais e as próprias cresceram.
“A ideia de ver ruir a casa que tantas recordações nos trazem à memória
era algo que não podíamos permitir que acontecesse”, justificam as irmãs
que, em 2012 e com a ajuda de fundos comunitários, começaram a dar uma
nova vida às casas. Foram precisos 2 anos, 250.000 euros, e muita perseverança para tornar o sonho em algo real e com identidade.
Bem no coração do centro da aldeia termal das Caldas da Felgueira, “o
objectivo do empreendimento turístico é, em primeira instância, proporcionar momentos de bem-estar, conforto e privacidade a quem nos visita”.
“Queremos dar a conhecer o melhor da região de Nelas, com especial destaque para os afamados vinhos do Dão. Apostámos na criação
de programas vínicos que proporcionem experiências únicas aos nossos
clientes, desde passeios, visitas e provas de vinho em adegas com história. Claro que o turismo termal não fica de fora, ou não estivéssemos
numa estância termal, como é a de Caldas da Felgueira”, adiantam.
De entre as muitas missões traçadas, as Casas do Pátio têm criado
sinergias com agentes locais, com o objectivo de potenciar e valorizar
o que é tradicional e tem qualidade. Foram estabelecidas várias parcerias com agricultores, produtores e artesãos locais. “Por exemplo, nos
pequenos-almoços regionais (pequeno-almoço à carta), usamos essencialmente produtos regionais, também disponíveis para compra”. “Ser
tradicional não é sinónimo de falta de qualidade, pelo contrário. Queremos ser a prova disso mesmo!”.
As Casas do Pátio são o primeiro empreendimento turístico para o seu
segmento que conseguiu estabelecer parceria com a marca de cosméticos
NUXE®, responsável pelos amenities da unidade. “Ter a Nuxe® como parceiro, é um privilégio, não só pela qualidade e prestígio da marca e produtos, mas sobretudo pelo voto de confiança no nosso projecto”.
As Casas do Pátio querem posicionar-se para um target de classe
média-alta, com destaque para o mercado nacional, mas também para a
captação de turistas internacionais, oriundos de
Espanha, França, Holanda e Alemanha.
XLV
Durante todos os dias da feira
Quinta dos Roques
Localizada entre Mangualde e Nelas, no lugar de Abrunhosa do
Mato, a Quinta dos Roques é bem o exemplo do espírito com que
está a ser edificado o novo Dão. Desde os primitivos Roques, já lá
vai mais de um século, que a vinha e o vinho fazem parte do dia-adia desta família, embora durante muito tempo a produção satisfizesse pouco mais do que as necessidades de consumo da casa.
No início da década de oitenta virou-se uma página na história desta quinta. A agricultura tradicional de subsistência, onde
as vinhas eram cultivadas à força de braço e as uvas entregues na
cooperativa de Mangualde, chegou ao fim. Em seu lugar começou
a ser construído um projecto que visava a produção de vinho do
Dão da mais alta qualidade.
A primeira etapa deu prioridade à vinhas. Escolhidos os melhores terrenos de origem granítica e, por vezes, xistenta, situados
em encostas suaves viradas a Sul, neles foram plantadas as melhores castas da região segundo as técnicas mais modernas. Passados
alguns anos, quandoa produção das vinhas começou a ser consistente, foi construída a nova adega.
Actualmente a Quinta dos Roques dispõe de quarenta hectares
de vinhas modernas, que se distinguem das demais pela racionalidade dos sistemas de condução e pela qualidade das uvas produzidas. Cerca de 75 % da área é ocupada por castas tintas, onde
domina a Touriga Nacional (40 %), Jaen, Alfrocheiro, Tinta Roriz,
Tinto Cão e Tinta Pinheira; os restantes 25 % são de castas brancas,
onde prevalece o Encruzado (40 %), Malvasia Fina, Cercial e Bical. A
produção de vinho, com tendência para aumentar, ronda os cento
e cinquenta mil litros, dos quais cinco mil de espumante natural.
Novo vinho:
Quinta dos Roques Tinto 2012
Vinho de cor rubi, límpido, de aroma frutado, lembrando bagas silvestres e caruma do pinheiro, com notas de baunilha conferidas pela madeira de carvalho. Na boca mostra-se pujante com
a adstringência própria da juventude. Muito equilibrado, prenunciando um bom potencial de envelhecimento.
“As músicas que os vinhos Dão” na Feira do Vinho
espectáculo conceptual,
traça de uma forma alegórica o percurso e a
importância do vinho na
sociedade, transversal a
todas as classes sociais e
intemporal. Espero, obviamente, que o público
goste da proposta e se
divirta.
Quinta dos Roques
Morada: Rua da Paz, Abrunhosa do Mato - 3530-050 Cunha
Baixa
Telefone: 232 614 500 Email: [email protected]
Ano de fundação: 1989
Enólogos: Rui Reguinga e João Santiago
Principais rótulos: Quinta dos Roques e Quinta do Correio
Principais prémios:
Quinta do Correio tinto 2010 - Medalha de Prata no concurso
“International Wine Challenge 2013 - Londres”; Quinta dos
Roques Encruzado 2008 - Medalha de Prata no concurso
“International Wine Challenge 2010 - Londres”
Quinta dos Roques Reserva 2006 - Medalha de Ouro no concurso “Decanter World Wine Awards 2009 - Londres”
Website: www.quintaroques.pt/
Vinha de Reis
Os vinhedos da Quinta de Reis são propriedade da família Ferreira dos Reis há, pelo
menos, quatro gerações. Situados na Região
Demarcada do Dão têm o seu terroir na Sub
-região de Silgueiros, usufruindo de excelentes condições vitícolas: terrenos graníticos
com inclinações entre 4 e 8% em altitude média de 440m, voltadas a Sul, a escassos 3km
do rio que empresta o nome à região.
A marca “Vinha de Reis” iniciou a sua
existência em 2004 na velha adega familiar,
agora renovada e dotada de todas as tecnologias da moderna enologia. O proprietário,
Jorge Reis, deixava então o seu gabinete de
médico obstetra/ginecologista para se dedicar a tempo inteiro à vinha e aos vinhos.
Tem obtido, dentre outros concursos, as mais
altas classificações da Comissão Vitivinícola
Regional do Dão entre outros e, em 2006, foi
premiado com o galardão “O Grande Vinho
do Dão”.
As castas utilizadas nos vinhos tintos são
a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e
Jaen. Nos brancos Encruzado, Bical e Malvasia-Fina.
XLVI
António Leal apresenta
Morada: Quinta de Reis, Oliveira de Barreiros - 3500-892 Viseu
Telefone: 914 788 531 Email: [email protected]
Ano de fundação: 2004
Enólogos: Jorge Almeida F. Reis
Principais rótulos: Vinha de Reis Touriga Nacional, 2009, Vinha de Reis
Branco, 2010, Vinha de Reis Reserva 2008.
Prémios: International Wine Challenge 2010 - Wine Note 2008 – Medalha de prata;
Concurso Nacional de Vinhos 2011 – Touriga Nacional 2009 – Medalha de prata;
CVR Dão – Concurso Melhores Vinhos do Dão no Produtor - Tinto 2004 – Medalha
de Ouro; Tinto 2005 – Medalha de Ouro; Tinto 2006 – Medalha de prata; Touriga
Nacional 2006 – Medalha de Ouro – O Grande Vinho do Dão; Tinto 2008 – Medalha
de Ouro e Touriga Nacional 2009 – Medalha de Ouro
Website: www.quintadereis.com
GR: A musica é uma
boa companheira do vinho ou ao contrário?
AL: A música, tal
como o vinho, há da boa
e da má. Uma boa música
casa bem com um bom
vinho e vice -versa. Já
uma má música é como
um mau vinho e viceversa.
Conclusão: música e
vinho, quando de quaSerá uma das grandes surpresas da edi- lidade são bons compação deste ano da Feira de Vinhos do Dão. nheiros.
“As músicas que os vinhos Dão” é um espectáculo multimédia da autoria de AntóGR: Se tivesse que
nio e Sandra Leal, idealizado para o contex- optar por entre um copo
to específico do evento, que irá realizar-se de bom vinho do Dão e
à noite, durante todos os dias da feira.
uma sinfonia de Mozart
O espectáculo, que terá a duração apro- que escolheria?
ximada de 30 a 40 minutos, visa apresentar
AL: No contexto aco vinho de forma alegórica, dedicando-lhe tual e muito específico
total destaque. A celebração do vinho é português e dada a porevelada em diferentes contextos, estabe- breza cada vez maior
lecendo contrastes e pontos em comum de oferta cultural de
entre a sua presença mais sofisticada nos qualidade no nosso país,
meios nobiliárquicos e de alta sociedade, e admito que optaria pela
o seu lado mais popular e castiço, salien- sinfonia de Mozart. Fetando assim a sua transversalidade na so- lizmente, a oferta de
ciedade e na vida das pessoas.
vinho Dão de qualidade
António Leal, à Gazeta Rural, diz que é grande e acessível a
achou “interessante e apropriado abordar muitos. Infelizmente, o
num espectáculo o vinho, à luz de alguns mesmo não podemos digrandes temas musicais que o celebram”. O zer da cultura em Portuencenador espera que “o público goste da gal nos dias de hoje, nem
proposta e se divirta”.
das sinfonias de Mozart
que, nem abundam, nem
Gazeta Rural (GR): Que espectáculo é são acessíveis a muitos.
este e o que espera do público?
Mas só se a dita sinfonia
António Leal (AL): Resolvi intitular este fosse ao vivo. Em casa,
espectáculo de “As músicas que os vinhos felizmente, posso fazer
Dão” em virtude de o mesmo ter sido con- as duas coisas em simulcebido especificamente para a XXIII Fei- tâneo.
ra do Vinho do Dão. Achei interessante e
apropriado abordar num espectáculo o
vinho, à luz de alguns grandes temas musicais que o celebram. Assim sendo, este
XLVII
A Quinta do Mondego está situada na região vitivinícola do
Dão, nas Caldas da Felgueira, no concelho de Nelas. A vinha estende-se pelas margens do rio que lhe dá o nome, o Rio Mondego.
Em 1994 a família Fontes da Cunha adquiriu a Quinta do Mondego e a partir desse ano iniciou-se uma reestruturação profunda das vinhas velhas existentes e sucederam-se até hoje diversas
plantações, num crescimento constante, com as castas autóctones
do Dão com o objectivo principal de se produzirem de vinhos de
alta qualidade.
Após experiências iniciais de vinificação no ano de 2003, em
2005 iniciou-se a comercialização dos vinhos de Denominação de
Origem Controlada Dão da colheita de 2004 com duas marcas próprias - Munda e Quinta do Mondego -, as quais têm vindo a obter
Quinta do Mondego
Segundo a Autoridade
de Segurança Alimentar e Económica
excelentes resultados junto da crítica nacional e internacional.
“Munda”, nome que os romanos davam ao rio, originalmente
descrevia a transparência, claridade e pureza das águas do rio que
banha a quinta e do qual derivou o nome Mondego.
Em 2009, iniciou-se também a comercialização do vinho da
marca “Rosados”, de uvas provenientes da Quinta dos Rosados adquirida pela empresa em 2008. Em 2013 a empresa adicionou uma
marca nova ao seu portfólio - “Mondeco” - vinho branco e tinto.
Restaurantes livres
da obrigatoriedade de
vender “vinho da casa”
Munda Encruzado – Bacalhau com broa
Quinta do Mondego tinto – cabrito assado forno de lenha,
vitela a Lafões
Mondeco tinto – Sardinhas assada na brasa
Fontes da Cunha Consultadoria Estudos e Gestão, SA
Munda TN 2009.
Morada: Estrada do Mondego, 3520 Caldas da Felgueira
Escritórios: Rua Júlio de Brito nº 102 – 4150-449 Porto
Telefone: 22 6173525
Telefone: 22 6173525 22 6101836
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1994
Enólogos: Francisco Olazabal
Principais rótulos: Munda Encruzado, Munda Touriga Nacio-
Munda Encruzado
Medalha de Prata no IXº Concurso internacional de Vinhos
Selezione del Sindicato;
Os Melhores 365 Vinhos 2011 - Anibal Coutinho;
Wine spectator - 89 points MUNDA Encruzado 2010;
Decanter World Wine Awards 2013 - Medalha bronze - Munda
Encruzado 2011;
91 pontos Wine Enthusiast – MUNDA Encruzado 2011
nal, Quinta do Mondego, Rosados.
Principais Prémios:
Munda Touriga-Nacional
Top 10 of the 50 great portuguese wines 2012 by Doug Frost
- Munda TN 2008;
Top 50 great wines 2011 by Tom Cannavan - Munda TN 2007;
Wine spectator: 91 points Munda TN 2005 e 90 points Munda
TN 2009;
Concurso internacional de Vinhos Selezione del Sindicato :
2010 Medalha de Ouro – Munda TN 2007; 2011 Grande Medalha de Ouro – Munda TN 2008 e 2012 Medalha de Ouro –
XLVIII
O “vinho da casa” era de venda obrigatória em alguns restaurantes há mais de três décadas, mas esta obrigação legal deixou de existir, segundo a ASAE, porque não há uma tipificação
clara dos estabelecimentos aos quais pode ser aplicada.
Os restaurantes de II e de III, os estabelecimentos de bebidas de II e de III e os estabelecimentos sem interesse para o
turismo “deverão obrigatoriamente ter à disposição do consumidor o ‘vinho da casa’ e fazer constar o seu preço, quer da carta de vinhos quer das ementas das refeições com o respectivo
preçário”, lê-se numa portaria de 1984.
Em meados de 2011, por portaria do Governo, e para dar
cumprimento ao licenciamento zero previsto no programa SIMPLEX, foi aprovado o regime de classificação de estabelecimentos de restauração ou de bebidas.
A nova tipologia qualificou dois grupos: os estabelecimentos de restauração (alimentação e bebidas) e os estabelecimentos de bebidas (com serviço de bebidas e de cafetaria). “Como
as várias definições não são similares torna-se impossível fazer
a correspondência entre os estabelecimentos indicados” na
portaria de 1984 que obriga à disponibilização do “vinho da
casa” em alguns estabelecimentos, explica a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
A identificação dos estabelecimentos de restauração e bebidas que são considerados de III e de III é “impossível”, frisa,
precisando que também não existe legislação específica nesse
sentido. “Assim, sendo inexequível a aplicação da referida portaria [de 1984], por não existir uma tipificação clara dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas a que a mesma seria
aplicável, a mesma está tacitamente revogada, tendo deixado
de existir”, acrescenta a ASAE.
Em consequência, a obrigatoriedade por parte dos estabelecimentos de restauração e de bebidas de ter à disposição do
consumidor “o vinho da casa” também deixa de existir.
Quinta do Mondego
Decanter World Wine Awards 2013 - Medalha bronze - Medalha “comended” - Quinta do Mondego 2009;
International wine challenge 2013 - Medalha prata – Quinta do
Mondego tinto 2009;
Wine spectator - 89 points Quinta do Mondego tinto 2007;
Mondeco Tinto 2009 – 91 pontos Wine Enthusiast
Rosados Tinto 2009 - 89 Pontos Wine Specator
Mondeco branco 2012 - 89 pontos Wine Enthusiast
Website: www.quintadomondego.com
XLIX
A opinião dos outros
Ladeira da Santa
Os generosos vinhos do Dão
Após uma viagem incrível por várias regiões do
sul da Europa, concluímos a imersão no mundo vínico em Portugal, nossa terra-mãe, cujas vinícolas,
vinhedos, cidades históricas, gastronomia e vinhos
nos encantaram muito, com certeza.
Impossível visitar este país e não perceber a
calorosa hospitalidade do seu povo, a diversificada gastronomia e os maravilhosos vinhos. Verificamos que são muitas as castas e grandes vinhos a
oferecer ao consumidor de diferentes estilos.
Um gosto pessoal para o Dão, região com bom
potencial para vinhos que agradam ao consumidor,
diversificados para ter em casa e degustar calmamente em momentos merecedores, extremamente
generosos, elegantes, com qualidade em alta, que
ficaram na minha memória e que pretendo conhecer mais profundamente.
Os vinhos portugueses do Dão prometem
um futuro brilhante para sorte de apreciadores e
amantes de bons vinhos, como nós.
Os vinhos
A Ladeira da Santa surgiu em 1997 a partir da plantação de
uma pequena vinha. Apesar de ter iniciado por uma paixão à terra,
Ladeira da Santa Branco
e à vinha em particular, cedo se percebeu que o vinho produzido
Apresenta-se fresco e bastante aromático, muito bem estrutunaquele pequeno hectare tinha potencial. Assim, ao longo dos últimos anos a área de vinha tem aumentado, apresentando já seis rado em volume de boca e profundidade.
hectare, dos quais um se destina à produção de vinhos brancos e
Ladeira da Santa Rosé
cinco à produção de vinhos tintos.
Apresenta uma cor salmonada, aroma de fruta vermelha bem
As vinhas encontram-se a 500 metros de altitude no extremo
sul da Região Demarcada do Dão, permitindo uma heterogeneida- fresca com leves toques de violeta
de entre solos graníticos e xistosos, aliados a climas mais quentes.
Ladeira da Santa Tinto Reserva
A vinha é igualmente caracterizada por uma paisagem em redor
Apresenta aromas de frutos do bosque bem maduros, floral,
composta por florestas de pinheiros mansos, pinheiros bravos e
notas achocolatadas e especiarias;
carvalhos.
Actualmente são produzidos quatro tipos de vinhos.
Consuelo Ribas
Designer
Curitiba - Brasil
Ladeira da Santa Tinto Colheita
Apresenta aromas de fruta madura, frutos do bosque, nuances
a café e tosta.
Proposta gastronómica
Relativamente à gastronomia da região, os vinhos tintos Ladeira da Santa acompanham muito bem pratos mais condimentados,
nomeadamente Vitela à Lafões, Rancho à Moda de Viseu e Torresmos à Beira Alta. Já os Brancos e Rosés, para além de cocktails,
acompanham iguarias como Bogas do Rio Alva em molho de Escabeche, Cavalas Grelhadas e Bucho à Beira Serra.
Ladeira da Santa, Lda
Morada: Quinta das Corgas, São João da Boavista - 3420-226 Tábua
Telefone: 911 827 931
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1996
Enólogos: Vine & Wines e Miguel Oliveira
Principal rótulo: Ladeira da Santa
Prémios: Medalhas de Ouro no Concurso Nacional de Vinhos de 2010 para o Tinto
Reserva 2009 e 2011 para o Tinto Reserva de 2010; Medalha de Ouro no Concurso
O Melhor Vinho do Dão no Produtor para o Tinto Colheita 2010; Medalha de Prata
no Decanter World Wine Awards para o Tinto Reserva 2010.
L
Quinta das Corgas
São João da Boavista
3420-223 Tábua
Portugal
www.ladeiradasanta.com
http://www.facebook.com/ladeiradasanta
[email protected]
Telefone: 911827931
LI
Quinta dos Monteirinhos
A família Monteiro Albuquerque foi, desde há 100
anos, reconhecida pelo seu trabalho na agricultura e,
mais recentemente, na produção do vinho do Dão.
Nunca tiveram marca própria, mas envolveram-se activamente no reconhecimento e auxílio dos produtores
locais, sendo que António Monteiro foi, inclusivamente, sócio fundador da Adega Cooperativa de Mangualde, da Cooperativa Agrícola de Mangualde e ainda do
Lagar do Azeite.
Após a morte de Miguel Monteiro, que foi enólogo
em várias adegas do Dão, a família quis homenagear o
trabalho e sonho da mesma, criando uma marca alusiva
à família Monteirinhos (a forma como os 5 irmãos desta
geração eram tratados de forma carinhosa por quem
os conhecia).
Este projecto, encabeçado pelos filhos Miguel e
João Ginestal Monteiro, é auxiliado com a parceria do
amigo de sempre e reconhecido enólogo do Dão, Hugo
Chaves de Sousa, que tem um papel preponderante no
sucesso e qualidade do vinho da Quinta dos Monteirinhos.
As duas vinhas têm uma área total de 8ha e situamse em Água Levada e Moimenta de Maceira Dão, com a
Serra da Estrela no horizonte, nas terras graníticas do
planalto beirão. Trata-se de um projecto recente, jovem
e distinto pela qualidade, em detrimento da quantidade, e pelo amor à família e orgulho nas raízes vitivinícolas.
Branco Encruzado 2012
Trata-se de um vinho complexo, com aromas cítricos e minerais. Equilibrado na acidez,
volume e estrutura, o que lhe garante uma vida
longa. Foi recentemente lançado e tem características ao nível do aroma e da sua constituição
que lhe permitem não só envelhecer, como ser
apreciado com pratos mais outonais, podendo
inclusivamente ser apreciado como aperitivo. É
um vinho que acompanha peixe, marisco, queijo
e saladas, servido a uma temperatura de 10°.
Propostas Gastronómicas
Quinta do Cerrado Tinto Reserva Colheita 2011
Carnes bem condimentadas e queijos fortes.
Quinta do Cerrado Tinto Touriga Nacional Colheita 2013
Pratos criativos ou tradicionais das melhores carnes vermelhas ou caça grossa.
Quinta do Cerrado Branco Encruzado Colheita 2013
Quinta dos Monteirinhos Tinto 2011
Saladas, peixes, mariscos, carnes brancas e massas.
Feito com as castas Touriga Nacional e Tinta Roriz, é um vinho complexo, com aroma a frutos vermelhos, ameixa, cacau e tabaco. É excelente
para acompanhar pratos de carne e queijos e deverá ser servido a uma
temperatura de 16°.
Quinta dos Monteirinhos
Morada: Rua da Barroca - 3538-310 Moimenta de Maceira Dão
Telefone: 232416374/924141084
Email: [email protected]
Ano de fundação: 2013
Enólogo: Hugo Chaves de Sousa
Principal rótulo: Quinta dos Monteirinhos
Web: https://www.facebook.com/quintamonteirinhos
Fonte de Gonçalvinho
e grande conhecedor do terroir e das castas da Região do Dão, tem
contribuído para o sucesso da marca Fonte do Gonçalvinho, acompanhando a produção do vinho desde a vinha à adega.
Com uma visão “francesa” do mundo do vinho, utilizando técnicas
modernas, mas respeitando a tradição local, elaboram vinhos que expressam a riqueza do “terroir” local com sotaque francês, nascendo, assim, a
marca Fonte do Gonçalvinho.
A Quinta de Gonçalvinho situa-se no sopé da Serra da
Estrela, em Paranhos da Beira, no coração do Dão, entre as
vilas de Nelas e Seia. Os proprietários são um casal franco
-português, Casimir e Christelle, que decidiram deixar a sua
vida em França para abraçarem uma nova aventura: produzir vinhos na centenária Região Demarcada do Dão.
A sua chegada à Região do Dão, que não conheciam, foi
uma descoberta: no Dão, as vinhas estão escondidas pelos
pinheiros, pelas giestas, pelos silvados atrás de um muro. E
há as tradições gastronómicas, as romarias, os usos e costumes e o povo beirão!
Construíram a Quinta de raiz, plantando em 2004 cerca
de 12 hectares de vinha com as castas autóctones Touriga
Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen, para vinhos tintos,
e Encruzado e Arinto, para vinhos brancos. No processo
produtivo a quinta utiliza a protecção integrada, protegendo as vinhas de um modo economicamente rentável e eficaz, minimizando ao máximo a poluição do ambiente.
Casimir e Christelle eram apreciadores e consumidores
de vinho em França, mas a cultura da vinha e a elaboração
de um vinho foram uma descoberta que rapidamente se
tornou uma paixão. António Narciso, prestigiado enólogo
LII
União Comercial da Beira
Principal rótulo:
Fonte de Gonçalvinho
Principais prémios:
Medalha de Prata CVR do Dão - Touriga Nacional 2010 Cuvée
Adriane e Medalha de Ouro CVR do Dão pelo Touriga Nacional 2011
Propostas gastronómicas:
Branco 2012 (Encruzado e Malvasia Fina) – Queijo Serra da Estrela
Tinta Roriz 2010 – Cheesecake de Mirtilo
Touriga Nacional Cuveé Adriane 2010 – Bacalhau com batatas a
murro
“A história de um grande vinho confunde-se com a história de
uma família que ao longo dos anos soube criar e aperfeiçoar os seus
vinhos mantendo tradições, desenvolvendo técnicas e passando, à
terceira geração, a paixão pelo seu trabalho.
A União Comercial da Beira, fundada em 1942, empresa familiar
de vinhos é uma das mais antigas da Região do Dão. Na década de
80 adquiriu a Quinta do Cerrado a uns escassos 300 metros da sua
sede, onde plantou 20 hectares de vinha e aí instalou uma Adega
para vinificação das suas próprias uvas e das uvas que são adquiridas a viticultores da Região. Quinta do Cerrado está representada
no Brasil, USA, Canadá, Inglaterra, Bélgica, Suécia, Polónia, Macau,
Holanda e Alemanha.
Os vinhos da Quinta do Cerrado estão para além do tempo, pela
combinação das castas e do “terroir”. Quem comprou e guardou estas garrafas pode confiar na sua decisão e optar agora por bebê-las
ou guardá-las, na certeza de que este histórico do Dão oferecerá
ainda bons momentos no futuro. Ao longo dos anos mudaram os
enólogos, a estratégia comercial e no futuro a aposta será nos mercados internacionais.
As principais marcas comercializadas pela União Comercial da
Beira são, para além da Quinta do Cerrado, as marcas Lagares do
Cerrado, Cunha Martins, Príncipe do Dão e Prova dos 9, todas elas
premiadas em concursos nacionais e internacionais.
Uma parte do volume de negócios concentra-se nas principais
marcas das Grandes Cadeia de Distribuição, como sejam as marcas
Contemporal, do Grupo Sonae, Monástico, do Grupo Dia Minipreço, Monte Baixo, do Grupo Mackro, todas elas da Região do Dão e
recentemente com nova marca “Vale das Beiras” da Região da Beira
Interior.
Cristina Cunha Martins é a responsável pela empresa e pela
Quinta do Cerrado. A sede situa-se em Oliveirinha, no concelho de
Carregal do Sal.
SERVIÇOS:
Ceifeira condicionadora
Fardos de Rolos
Simples ou Plastificádos
União Comercial da Beira
Morada: Avenida da Estação, 82 - Oliveirinha - 3430-399
Carregal do Sal
Telefone: 232 968 224
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1942
Enóloga: Célia Costa
Principais referências: Quinta do Cerrado, Lagares do
Cerrado, Cunha Martins, Príncipe do Dão e Prova dos 9
Principais prémios: Medalha de Ouro - Dão Primores -
Colheitas 2013 – Vinho Tinto - Dão Quinta do Cerrado Touriga
Nacional 2013
Medalha de Ouro – Decanter World Wine Awards 2014 - Dão
Quinta do Cerrado Reserva 2011 75CL
Medalha de Prata – Dão Primores – Colheitas 2013 - Dão
Quinta do Cerrado Malvasia Fina 2013 75CL
Website: www.quintadocerrado.com
Agriema, Lda
Morada: Quinta de Gonçalvinho, Rua de Seixal - 6270-133
Paranhos da Beira Seia
Telefone: 964 000 598
Email: [email protected]
Ano de fundação: 2008
Enólogos: António Narciso
Website: www.fgoncalvinho.blogspot.pt
PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS
Rua Miguel Bombarda, n.º 80 | 3430-518 Beijós | Carregal do Sal
Quinta do Paitor - Canas de Senhorim
Telem.: 96 51 25 790 | Fax: 232 673 352
Email: [email protected] | http://viveiros-batista.blogspot.com
LIII
Palwines - Quinta dos Três Maninhos
que se quer mais próximo do artesanal que da produção em
massa.
A Quinta dos Três Maninhos não é só um vinho. É a enxertia de duas gerações. Três netos quiseram dar futuro ao labor
passado dos avôs. E ainda que recorram aos mais modernos
métodos da enologia, não deixaram de conservar as tradições.
O vinho é produzido no lagar onde sentiram, pela primeira
vez, o odor do mosto. E o esmagamento das uvas é feito com
prensa vertical incorporada e manual. Mais que industrializar a
produção, o objectivo é valorizar a componente aromática da
casta e o factor exclusividade.
Três irmãos, da Beira Alta, decidiram potenciar as vinhas da família para criarem um vinho singular, que cruzasse os actuais saberes de enologia com o sabor artesanal das memórias de mãos
calejadas e pés tingidos de roxo. Assim, a 27 de Julho de 2012, os
manos Borges lançaram a Palwines, empresa cuja designação é a
soma das iniciais dos seus nomes próprios: Pedro, Ana e Luís.
A matéria-prima que mobilizou os gestos destes três irmãos
foi uma vinha repartida por várias parcelas, sendo uma de Touriga
Nacional e as outras de vinha muito velha, do tempo dos bisavós.
Com a ajuda dos pais, investiram na exploração das propriedades
de pouco mais de 20.000 metros quadrados. E logo na estreia, enquanto produtora de vinho, a Palwines fez aquele que a Comissão
Vitivinícola Regional do Dão considerou ser o melhor tinto da campanha de 2012 no concurso Dão Primores 2012.
Os irmãos Borges dão valor aos saberes, sabores e labores que
passam de geração em geração. E, por isso, para estes três jovens
empreendedores faz todo o sentido estender o conceito de família
à própria produção do vinho. É familiar do início ao fim do processo, sem que haja intervenção de terceiros na criação de um tinto
Propostas gastronómicas:
Quinta dos três Maninhos para acompanhar – Torresmos à Beirão
Quinta dos três Maninhos – Reserva
para acompanhar à mesa Cabrito no Forno à
Padeiro
Palwines
Morada: Rua do Mondego, nº 13 - 3520-034 Nelas
Fundação: 2012
Web: http://www.palwines.pt/ - https://www.facebook.com/
palwines.nelas
Vinhos:
Terras de Santo António Colheita 2012
Envelhecido em inox e cascos de carvalho, feito com as castas
Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz, o Colheita 2012 tem cor
rubi fechada, apresenta aroma intenso, sensação de fruta madura,
cassis e notas florais. Mostra um paladar elegante no seu conjunto,
com taninos presentes e suaves.
LIV
A secular tradição vinícola da Casa da Ínsua surge reforçada com a sua integração no universo dos Montebelo Hotels &
Resorts, permitindo-lhe disponibilizar várias propostas na área
do Enoturismo, como o Programa Gourmet & Vinhos, que inclui alojamento e um menu de degustação acompanhado de
vinhos Casa da Ínsua, vários deles premiados e únicos na região
do Dão.
A produção vitivinícola secular da Casa da Ínsua beneficiou
de uma modernização profunda no século XIX, graças à acção
de Manuel de Albuquerque, um inovador em vinhas, tecnologia
e castas.
Vinho tinto Reserva 2006 (medalha prata concurso mundial
Bruxelas 2012)
Vinho tinto Reserva 2005 (medalha prata concurso internacional
“Selezione del Sindaco” 2011 - Itália)
Vinho tinto Colheita 2008 (medalha prata concurso internacional
“Selezione del Sindaco” 2012 - Itália)
Vinho tinto Colheita 2009 (medalha ouro concurso internacional
“Selezione del Sindaco” 2013 - Itália)
Vinho tinto Reserva 2008 (medalha prata concurso internacional
“Selezione del Sindaco” 2013 - Itália)
Principal marca: Quinta dos três Maninhos
Prémios: • Grande Vinho do Dão 2012 –
Quinta dos três Maninhos
• Ouro Reserva 2012 –
Quinta dos três Maninhos – Reserva
Quinta de Santo António
Com origens que remontam ao início do século XVI, a Quinta
de Santo António sempre se distinguiu pelo caracter único do seu
património arquitectónico e pela íntima ligação ao cultivo da vinha.
A imponente torre do relógio e a sua original janela de canto de
estilo manuelino, representam há séculos uma referência incontornável da região.
Com cerca de 30 hectares, situada em plena região nobre da
zona demarcada do Dão, a Quinta de Santo António rege-se pela
paixão, integridade e exigência, assumindo a responsabilidade de
levar a Portugal e ao mercado global a excelência das castas tradicionais do Dão.
O actual proprietário adquiriu-a em 1999, com o propósito de
produzir vinhos de grande qualidade que expressem o carácter único da região.
A partir das principais castas da região, Touriga Nacional, Tinta
Roriz, Jaen, Alfrocheiro e Rufete, da excelente exposição solar, dum
solo que reúne todos os ingredientes e da mais moderna tecnologia
enológica, produz-se o vinho Terras de Santo António.
Casa da Ínsua
Terras de Santo António Touriga Nacional 2011
Envelhecido em barricas de carvalho francês e americano
durante 12 meses, apresenta uma cor rubi profunda, aroma
com notas florais bem presentes a serem abraçadas pela fruta madura; Paladar com corpo envolvente, aveludado e com
taninos finos.
Terras de Santo António Reserva 2010
Envelhecido em barricas de carvalho francês e americano
durante 12 meses e feito com as castas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz, o Reserva 2010 tem uma cor rubi
intensa, aroma intenso com notas de especiarias e paladar com
bom porte, madeira bem integrada e arredondado.
Proposta gastronómica:
Terras de Stº António Touriga Nacional - Cabrito
assado no forno
Sociedade Agrícola da Quinta de Santo António, Lda.
Morada: Rua de Sto. António nº 1, 3530-071
Fornos de Maceira Dão
Telef.: 232 619 590
Email: miguel.verí[email protected]
Enólogo: Paolo Fiuza Nigra
Principal marca: Terras de Santo António
Empreendimentos Turísticos
Montebelo - Soc. de Turismo e
Recreio, S.A.
Morada: Ínsua - 3550-126 Penalva do Castelo
Telefone: 232 642 222
Email: [email protected], josematias@
visabeiraparticipacoes.com
Ano de fundação: 2009
Enólogos: Vines & Wines, José Matias
Principais rótulos: Vinhos Tintos Reserva, Vinhos Tinto
Colheita, Vinhos
Brancos Espumantes, Vinhos Brancos Colheita, Vinhos
Brancos Reserva, Vinhos Rosé.
Website: www.casadainsua.pt · www.visabeiraturismo.pt
FTP Vinhos
FTP Vinhos é a designação desta empresa que se dedica à
produção e comercialização de vinhos, pertencente ao Grupo
Tavfer, do empresário Fernando Tavares Pereira.
A FTP Vinhos tem a sua produção principal na região do Dão
desde 2005. É na Quinta do Mosteiro e na Quinta do Serrado,
em Penalva do Castelo, que junto à adega se situa grande parte da nossa produção de vinhos da Região Demarcada do Dão,
ficando a restante no concelho de Tábua, na Quinta Picos do
Couto, que foi o ponto de partida para a criação e desenvolvimento de todo este projecto.
Representados no mercado interno e externo com marcas de
grande qualidade, “Quinta do Serrado” e “Picos do Couto”
começam já a coleccionar prémios em concursos vínicos nacionais e internacionais, motivo para a FTP Vinhos continuar a
desenvolver produtos de excelente qualidade.
FTP Vinhos
Morada: Rua Virgílio Correia, Nº 41, 2º Esq. - 1600-221 Lisboa
Telefone: 232 642 428
Email: [email protected]
Enólogo: António Machado
Principais rótulos: Quinta do Serrado e Picos do Couto
Website: www.ftpvinhos.com
Quinta do Sobral
A Quinta do Sobral, situada na terra mais famosa do
Vinho do Dão - Santar - foi criada em 1997. Desde aí foi
reconstruindo vinhas velhas com novas plantações e foi
adaptando a sua adega com a mais avançada tecnologia.
Após as suas primeiras colheitas e passo a passo
criou em 2002 a sua adega onde estão inseridas num
só complexo: vinificação, caves, laboratórios, engarrafamento e wine shop.
Actualmente a Quinta do Sobral dispõe de 12 hectares de vinho em produção, 16 hectares de floresta e
um espaço de 400m2 para multiusos, onde as paredes
de granito, os tonéis antigos e os portões de ferro, aliados a uma deslumbrante paisagem, lhe conferem uma
aliciante visita.
Quinta do Sobral
Morada: Av. 25 de Abril - 3520113 Santar
Telefone: 232 949 384 · 914 553
766
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1997
Enólogo: Carlos Lucas
Principais rótulos: Vinha da Neta
e Quinta do Sobral
Website: www.quinta-sobral.com
LV
Madre de Água
O Madre de Água Hotel Rural é o refúgio certo para partir à descoberta de uma das regiões
mais emblemáticas de Portugal. Situado a cinco
minutos de Gouveia, junto à aldeia de Vinhó e
a pouco mais de 20 quilómetros da Torre, lá no
alto da Serra da Estrela, os 10 quartos do Madre
de Água Hotel Rural oferecem o conforto e a atmosfera ideal para viver o que há de mais autêntico e tradicional nesta região do país.
É o caso dos vinhos da Região Demarcada do
Dão, que pode conhecer logo a partir das vinhas
da quinta. Extremamente cuidadas, compõem a
paisagem que envolve todo o Hotel e é
através delas que se
produzem vinhos assentes em castas tão
tradicionais quanto a
Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro,
Jaen, Vinha Velha, Encruzado ou Gouveio.
O leite das ovelhas pastoreadas na
quinta é utilizado na
produção de queijos
de excelência, nível
de qualidade que se
estende à proposta
do restaurante. Com
produção própria de
frutos e hortícolas e
uma relação privilegiada com os melhores produtores locais
de carne, enchidos e
tantos outros ingredientes, o Madre de
Água Hotel Rural revela-se também uma
intensa experiência
gastronómica.
Os
cães de raça Serra da
Estrela, os Cavalos Lusitanos e os rebanhos
de cabras completam
o cenário bucólico da
Quinta, em si mesma
uma experiência rural
imperdível.
Novo vinho:
Encruzado 2013
O Encruzado 2013 Madre de Água
apresenta um aroma mineral com nuances
florais e a frutos brancos. Na boca tem um
excelente volume e uma acidez viva que
confere frescura e equilibra o conjunto.
Dado ser um vinho tão completo, sugere-se
este néctar para acompanhar uma posta de
bacalhau fresco com queijo Madre de Água,
confeccionado a baixa temperatura, cebola
loura e broa de milho frita em azeite Madre
de Água de 0.05 grau de acidez com batata
ao alhinho. O encruzado Madre de Água,
devido à sua elegância e longevidade, faz
o realce desta iguaria tão apreciada pelos
portugueses.
António F. L. Vaz Patto, Lda
António Vaz Patto é um pequeno produtor, sediado na aldeia de
Gramaços, concelho de Oliveira do Hospital, e emprega actualmente 10 trabalhadores permanentes.
A empresa surgiu em meados dos anos 80, com o produtor a juntar ao activo da mesma um rebanho de ovelhas Serra da Estrela, assim
como os diversos terrenos de floresta, pomares, prados e vinha. Construiu uma queijaria artesanal, onde produz queijo Serra da Estrela e
outros subprodutos do mesmo, compotas e marmeladas.
Com o encerramento da Adega Cooperativa de Nogueira do
Cravo, onde entregava as uvas, a produção de vinho de quinta era
já uma realidade e a empresa rapidamente se tornou produtora de
marca própria. Em 2005 a marca Dos Lobos tornou-se uma realidade e todos os produtos da empresa passaram a ostentar a mesma:
Vinho Dos Lobos, Queijo Serra da Estrela Dos Lobos e Mel Dos Lobos. A empresa detém, hoje, cerca de 15 ha de vinha, com as castas
típicas do Dão, como Jaen, Tinta Roriz, Alfrocheiro Tinto, Touriga
Nacional, Cerceal, Encruzado e Borrado das Moscas. Já em 2014 foi
plantada a vinha mais recente com cerca de 3,5 ha.
Em 2014, a empresa lançou os seus três vinhos Dão Dos Lobos,
colheita de 2013: Tinto, Branco e Rosé, resultado do acompanhamento dos enólogos António Mendes e Jaime Murça.
António F.L. Vaz Patto,
Lda
Morada: Rua Principal, nº
20, Gramaços, 3400-053
Oliveira do Hospital
Telefone: 91 997 08 46
Email: dos-lobos@hotmail.
com
Ano de fundação: 2001
Enólogo: António Mendes e
Jaime Murça
Principal rótulo: Dos Lobos
Web: www.dos-lobos.pt
Julia Kemper
CESCE - Sociedade
Agrícola - ETCA
Morada: Quinta do Cruzeiro,
Oliveira - 3530-239 Mangualde
Telefone: 934 457 707
Email: quintacruzeiro@gmail.
com
Ano de fundação: 1999
Enólogos: Júlia de Melo Kemper
e Vines & Wines
Principal marca: Julia Kemper
Prémios: “Julia Kemper” Tinto
2009 - Medalha de Ouro atribuída no Concurso Vinhos de Portugal 2013; “Julia Kemper” Touriga
Nacional 2009 - seleccionado
por Olly Smith como um dos 50
Melhores Vinhos Portugueses
para o Reino Unido em 2013
Website: www.juliakemper.
blogspot.pt
A Quinta do Cruzeiro é o nome colectivo que designa diferentes quintas,
algumas desde os tempos remotos, e
ao longo de vários séculos pertença
da família Mello. Júlia de Melo Kemper, advogada de profissão, abraçou a
tradição vínica familiar apresentando
em 2008 os primeiros vinhos, logo
aclamados pela crítica e imprensa especializada, com vários prémios em
Portugal e além-fronteiras.
Para Sarah Ahmed “fantástica
descoberta no Dão”; já para Jancis
Robinson “Os vinhos possuem uma
confiança impressionante”; Bruno
Agostini, n’ O Globo, classificou o
vinho tinto de 2008 como “uma explosão de aromas, pura elegância.”
Na revista Wine, “os vinhos Julia
Kemper, conseguiram evidenciar um
percurso sério e determinado” e na
Revista de Vinhos, João Afonso diz:
“o bom gosto nunca é demais na
Quinta do Cruzeiro.”
Quinta da Vegia
Madre de Água Hotel Rural
Morada: Vinhó – 6290-651 Gouveia Telefone: 238490500
Email: [email protected]
Ano de fundação: 2012
Enólogo: António Pina
Principal rótulo: Madre de Água
Principais prémios: Concurso da CVR Dão “A melhora Vinha”, medalha de Prata em 2012
LVI
e Bronze em 2013. Medalha de Ouro, em 2012, para as “Melhores Castas”
Web: www.quintamadredeagua.pt
A Quinta da Vegia, situado na região do Dão,
perto de Penalva de Castelo, tem 20 hectares de
vinha. As castas foram cuidadosamente escolhidas
- Touriga Nacional, Aragonês, Tinto Cão e Trincadeira-Preta – para criar os vinhos Quinta da Vegia.
Esta quinta é propriedade da Casa de Cello, um
negócio familiar de viticultura de 4 gerações. Foi na
década de 80 que um dos proprietários, João Pedro
Araújo, começou a profissionalizar e modernizar a
actividade da Casa de Cello. Ele fez a reorganização
da estrutura existente e implantou as melhores técnicas vinícolas e enológicas, para obter a expressão
ideal do seu “terroir”. As preocupações ambientais
e paisagem da Casa de Cello fez das suas Quintas
locais atraentes aos visitantes.
Casa de Cello Gestão Rural, Lda
Morada: Avenida da Boavista,
nº 1607 - 5º direito - 4100-132
Porto
Telefone: 226 095 877
Email: [email protected]
Ano de fundação: 1989
Enólogos: Anselmo Mendes
Principais rótulos: Vegia
2010, Quinta da Vegia 2010,
Quinta da Vegia Reserva 2007.
Website: www.casadecello.pt
LVII
Quinta da Pellada e Quinta de Saes
Quinta da Pellada
As primeiras referências históricas que se conhecem sobre a Quinta da Pellada aparecem por volta de 1570, aqui existe ainda uma casa
do séc. XVI construída de face para um pátio interior, como um solar
fortificado.
Álvaro de Castro é engenheiro civil e herdou esta propriedade
em 1980, dedicando-se exclusivamente a ela, restabeleceu a tradição
familiar na produção de vinho, quebrada há duas gerações.
Levando a peito as suas referências de juventude e recordando os
vinhos produzidos pelo Eng.º Vilhena do Centro de Estudos de Nelas.
O seu primeiro vinho aparece então com a vindima de 1989. Desde
essa altura até hoje tem sido apoiado na enologia por Magalhães Coelho e mais recentemente pela sua filha, Maria Castro, e também por
Ataíde Semedo.
Quinta de Saes
A Quinta de Saes tem origens muito remotas, as mais antigas referências datam de 1258. A presença da viticultura como actividade
agrícola é, igualmente muito antiga: registos de 1527 atestam que
Saes pagava de imposto ao Rei, anualmente, a considerável soma de
80 pipas de vinho.
Outeiro
O Outeiro está localizado numa encosta virada à Serra, uma vinha
mais perto da adega do que a Quinta de Saes ou Pelada. Foi primeiramente alugada e depois adquirida à Casa da Passarela em 2002 para
vir a originar o vinho PAPE (PA-Passarela e PE-Pellada).
Novo vinho
Primus 2012
Lançado dois anos depois após a colheita, o Primus provem de
uvas da mesma vinha, sendo este um dos factores de diferenciação.
Fermenta em barrica durante cerca de dois meses e meio e estagia
em garrafa.
É um vinho com estrutura e com caracter Atlântico. Ideal para
acompanhar ostras, pratos de peixe no forno e algumas carnes vermelhas.
LVIII
Quinta da Pellada
Quinta de Saes - 6270-141 Pinhanços - SEIA
Telefone: 238 486 133
E-mail: [email protected]
Enólogos: Álvaro Castro e Maria Castro
Principais marcas: Dão Álvaro Castro, Quinta da Pellada,
Quinta de Saes, Pape, Primus e Dado
Website: www.quintadapellada.com
LIX
LX
www.gazetarural.com
11
Anunciou o autarca de Vila Flor
Autarca fez um balanço muito positivo do evento
TerraFlor
vai desdobrar-se em três edições por ano
Festas de S. Bernardo 2014
atraíram milhares de visitantes ao Sátão
Os produtos de excelência do concelho de Vila Flor, no distrito de Bragança, estiveram em destaque durante a TerraFlor,
certame que vai desdobrar-se em três edições por ano, divulgou o município local.
Cerca de uma centena de expositores participaram na feira que há onze anos é uma montra dos produtos e sabores do
concelho e que passará a realizar-se, além da edição de Agosto, por altura da época da amêndoa, no final do Verão/início do
Outono, e no Inverno dedicada ao azeite e à caça. O anúncio
foi feito pelo presidente da Câmara, Fernando Barros, que realçou que a ideia é “aproveitar melhor a marca TerraFlor”, dando
destaque aos respectivos produtos sazonais em cada uma das
edições. A diversidade agrícola marca este concelho do Nordeste
Transmontano e esteve em destaque, nos produtos exposto na
TerraFlor, nomeadamente os cogumelos, queijos, azeite, vinho,
mel, frutícolas ou enchidos.
O certame decorreu pela primeira vez no parque de estacionamento coberto junto ao centro cultural da vila e teve nesta edição um espaço para a promoção de raças de gado autóctones
com um concurso da ovelha Churra e da cabra Serrana, mostra de
cão de gado Transmontano e uma exposição dedicada ao burro
mirandês.
A TerraFlor é organizada pela Câmara de Vila Flor e associações locais.
Alerta foi dado pelo presidente da Associação de Horticultores da Póvoa de Varzim
Verão atípico aumenta custos
e atrasa produção hortícola no norte litoral
As produções hortícolas na região norte litoral do país estão
ser afectadas pelo verão atípico em termos de temperaturas, o
que está atrasar as colheitas e a aumentar os custos de produção.
O alerta foi dado por Manuel Silva, presidente da Horpozim,
Associação de Horticultores da Póvoa de Varzim, que garante
que na sua região, uma das mais significativas do país na produção de horticultura, as dificuldades são transversais a todos
os agricultores.
“Está ser um ano atípico porque a temperatura tem sido
muito mais amena, há menos horas de luz nas zonas litorais por
causa dos nevoeiros, e a humidade é maior, o que tem criado
dificuldades nas produções”, explicou o dirigente.
“Isso repercute-se no crescimento das plantas, que não
se estão a desenvolver normalmente. Por outro lado, o gran12
www.gazetarural.com
de teor de humidade obriga-nos a um aumento dos tratamentos
fitofármacos, porque os fungos com esta temperatura baixa e humidade desenvolvem-se com mais facilidade”.
Ainda assim, Manuel Silva garante que “por enquanto as produções não estão em causa, porque os agricultores prepararam-se para tal”, mas apontou que devido ao aumento dos tratamentos “existe um acréscimo nos custos de produção entre os 20 a
25 por cento”. “Já temos de lidar com preços baixos que nos são
pagos e, com este aumento nos custos de produção, a rentabilidade dos horticultores vai ser, certamente, afectada”, vincou o
dirigente.
Manuel Silva alertou, ainda, que “pelo facto de o inverno ter
sido muito prolongado e o verão ainda não ter chegado em força
será natural que as colheitas se atrasem”, estando expectante sobre o tempo que se vai sentir em Setembro e Outubro.
Milhares de pessoas passaram pelo
Sátão, nas tradicionais Festas de S.
Bernardo, que este ano ofereceram um
programa que pretendeu ir ao encontro
dos mais variados gostos.
Destaque no dia da abertura para o
elefante Salomão, através do teatro de
rua “A Viagem do Elefante”, que passou
por terras de Sátão perante mais de mil
quinhentas pessoas. No dia seguinte
perícia automóvel permitiu aos amantes do desporto automóvel apreciar as
manobras dos carros participantes. De
tarde o Festival da Sopa permitiu que
muitas centenas de pessoas pudessem
degustar as variadas sopas, numa mostra da gastronomia do concelho.
No dia de S. Bernardo realizou-se a
habitual Feira Anual, que atraiu alguns
milhares de pessoas, numa manhã marcada pelo concurso de gado, que juntou
alguns criadores do concelho.
O presidente da Câmara de Sátão
mostrou-se satisfeito com o balanço
final das festas. Alexandre Vaz destacou
a participação da comunidade satense
no teatro de rua “A Viagem do Elefante”
e agradeceu a presença de todos num
evento que pretendeu que os satenses
e os visitantes pudessem passar momentos agradáveis e divertidos em terras de Sátão.
Acusa o presidente da Confederação das Cooperativas Agrícolas
“Grandes cadeias de distribuição
‘esmifrarem’ os pequenos produtores”
O presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (Confagri) acusou as grandes
cadeias de distribuição de
“esmifrarem” os pequenos
produtores, ao diminuir-lhes as margens de comercialização. “O problema
é que, em Portugal, só há
duas grandes cadeias de
comercialização. Essas é
que têm o grosso da coluna. Tudo o resto é praticamente paisagem e acabam por esmifrar o tecido produtivo nacional”, considerou Manuel dos Santos Gomes.
Em declarações aos jornalistas à margem da inauguração da
Feira Agrícola do Vale do Sousa, em Penafiel, o dirigente defendeu a necessidade de haver “regras sérias e transparentes” na
relação comercial entre os produtores e a distribuição.
Para o presidente da Confagri, impõe-se uma maior fiscalização, de acordo com o determinado na Plataforma de Acompanhamento nas Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA).
“A regulamentação tem coimas pesadas, mas se essa lei não for
efectivamente cumprida, o que é que nos serve?”, questionou.
Para Manuel dos Santos Gomes, o facto de não haver “grande
concorrência entre a grande distribuição é que causa alguns engulhos aos produtores”.
Depois de sublinhar a vitalidade do sector agrícola e cooperativo, o responsável exortou as cooperativas no sentido de continuarem a trabalhar na profissionalização da gestão. As cooperativas têm de ser geridas como uma empresa. Elas têm de pensar
em ser geridas profissionalmente e economicamente como qualquer outra empresa”, assinalou.
O dirigente participou na inauguração da XXXV edição da Agrival, Feira Agrícola do Vale do Sousa, certame que decorreu em Penafiel, e elogiou o evento, sobretudo por ser o maior da região norte,
contribuindo para o desenvolvimento económico do país.
www.gazetarural.com
13
Produção de mel
certificado da Serra
da Lousã pode chegar
este ano às 30 toneladas
A produção deste ano do mel certificado da Serra da Lousã
deve rondar as 30 toneladas, mais três que em 2013, admitiram
responsáveis da Cooperativa Lousamel.
No ano passado, a produção deste mel de urze com denominação de origem protegida (DOP) ascendeu a 27 toneladas, segundo a
directora executiva daquela empresa, Ana Paula Sançana.
Sem dados definitivos sobre os resultados da “cresta” (colheita do mel das colmeias) ainda em curso, o presidente da Lousamel, António Carvalho, reconheceu que a produção pode ser “superior” à do ano passado.
Nos dez municípios que integram a região do mel DOP Serra
da Lousã - Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis,
Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Vila Nova de Poiares - “está a verificar-se um desfasamento nas produções”, segundo Ana Paula Sançana. “Temos
apicultores com a melhor produção dos últimos 30 anos, nalguns
casos 30 a 40 quilogramas de mel por colmeia, quando a média
ronda oito a nove quilogramas”, disse. Para outros produtores,
“está a ser uma razia completa”, referiu Ana Paula Sançana.
A actual “cresta” vai ser “mais ou menos igual” à do ano passado, com os apicultores “que tiveram mais mel a compensarem
os que não tiveram nada”. As baixas produções, acrescentou, poderão “ter a ver com o controle das enxameações”, que consistem
na saída de enxames novos da colmeia de origem, cada um com
a sua rainha.
Quantas mais enxameações ocorrerem, menor será a quantidade de mel em cada ano. “O número de abelhas, que são, afinal,
a mão-de-obra disponível, está intimamente ligado com a produção”, afirmou a directora executiva da Lousamel, frisando que
uma colmeia pode reunir entre 60 a 100 mil abelhas.
Por outro lado, o mel desta colheita “está a sair mais claro”.
Nos anos em que chove muito, como este, “há menos meladas”
nas áreas florestais onde as abelhas procuram alimento.
Substância rica em açúcares, a melada, que determina a cor
escura do mel da Serra da Lousã, é excretada por insectos que se
alimentam da seiva de árvores e outras espécies vegetais.
Com quase 26 anos, a Lousamel reúne 350 apicultores e exporta mel DOP para a Alemanha, além de fornecer a rede de distribuição da Sonae.
Tem vindo a exportar também “pequenas quantidades” para
Angola e Noruega.
Responsável pela gestão da DOP, a Lousamel comercializa o mel
produzido por 45 associados e pela própria cooperativa, que possui
dois apiários, em Miranda do Corvo, com um total de 120 colmeias.
A vespa velutina (“Vespa velutina nigrithorax”), a invasora que
tem atacado os apiários no Minho, não foi até agora avistada na
Serra da Lousã, revelou Ana Paula Sançana.
Esta vespa asiática “não é mais perigosa para os seres humanos do que a tradicional vespa europeia”, segundo informação
do Ministério da Agricultura e do Mar, mas prejudica a actividade
apícola e a agricultura, ameaçando ainda a biodiversidade, ao eliminar abelhas e outros polinizadores.
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Segundo um estudo recentemente divulgado
Abelhas possuem grande diversidade
genética e adaptaram-se a alterações
As abelhas possuem uma grande diversidade no plano genético, o que lhes permitiu a adaptação a alterações sucessivas
desde o seu aparecimento, há cerca de 300 mil anos, segundo
um estudo recentemente divulgado.
“Utilizámos técnicas de ponta e identificámos um alto nível
de diversidade genética nas abelhas. Contrariamente a outras
espécies domésticas, a criação [deste animal] parece ter levado
a variações genéticas crescentes de abelhas provenientes de di-
ferentes locais do mundo”, resume um comunicado do principal
autor da investigação, Matthew Webster.
A abelha (apis mellifera) tem um papel crucial nas sociedades
humanas, já que um terço da produção de alimentos depende da
polinização de frutos e legumes pelos insectos.
O declínio das colónias de abelhas registado nos últimos
anos, relacionado com o aparecimento de doenças e com as
alterações climáticas, está a preocupar os cientistas e muitos
responsáveis de vários países.
Os autores deste trabalho da universidade sueca de Uppsala, publicado na revista britânica Nature Genetics, tentam compreender as forças e as fraquezas das diferentes espécies de
abelhas, inscritas no seu genoma, e analisaram e compararam
o ADN de 14 tipos presentes na Europa, África, Médio-Oriente,
EUA e Brasil.
Descobriram cerca de 3.000 genes resultantes da sua adaptação a diferentes ambientes ao longo do tempo, associados ao
sistema imunitário ou à capacidade hibernar.
Os resultados do estudo “parecem também indicar que os
cruzamentos intensivos não são a causa principal do declínio das
colónias”, salienta o investigador.
A análise genética da abelha doméstica sugere que esta não
é originária de África, como se pensava, parece antes ser descendente de uma espécie vinda da Ásia, há mais de 300 mil anos
e que se propagou rapidamente pela Europa e África.
A certificação mudou o mundo rural
O mundo mudou. Esta é a frase-cliché criada para explicar a
crise financeira que determinou mudanças no tecido económico
e empresarial mundial e, consequentemente, no nosso modo de
vida. A agricultura mudou. Esta é a constatação de uma realidade nacional, impulsionada por múltiplos factores, entre eles a tal
crise financeira que nos enviou a troika para dentro das nossas
fronteiras.
Esta mudança que ocorreu no mundo rural, pela entrada de
muitos jovens agricultores, que trouxeram visão, uma gestão
moderna e “update”, fez com que peças chave da gestão de
qualquer negócio de sucesso, como a certificação, ganhassem
relevo, importância e um valor decisivos para o êxito de um produto no mercado e junto dos consumidores.
A certificação é hoje um factor determinante para credibilizar
um projecto agrícola e garantir que o agricultor-empresário tenha a rentabilidade e a sua estratégia de gestão que o seu plano
de negócios justificava.
Certificar já é mais do que um ponto incontornável no processo de evolução do projecto empresarial, tendo como objectivo acrescentar mais-valias ao produto para vingar nos mercados internacionais.
Certificar impõe-se pela necessidade de preservar a auto-sustentabilidade ambiental e promover a segurança alimentar.
É uma mudança de paradigma que está em curso no mundo rural
e que determinará as bases do seu próprio sucesso.
Noutros países, a certificação também é uma realidade nova
no mundo agrícola, com cerca de uma década de implementação. É significativo verificar que hoje o papel da certificação é,
sem dúvida, dos mais importantes no processo de produção.
Ele está a mudar mentalidades, conceitos e rotinas. Isto é uma
mais-valia, porque as empresas certificadoras regem-se por
normas éticas, de responsabilidade social e pública, de transparência e rigor.
Liliana Perestrelo | Gerente da Naturalfa
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OPINIÃO
Segundo responsáveis
da Cooperativa Lousamel
OPINIÃO
Segundo as previsões do Instituto Nacional de Estatística
Chuvas de Julho
ameaçam produção de cereais e maçãs
As chuvas e humidade em Julho indiciam quebras na produção de Outono/Inverno dos cereais, vinho e maçãs, mas em
contrapartida aumentaram a produção de batata e arroz, segundo as previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE).
As previsões agrícolas, em 31 de Julho, apontam para uma
campanha cerealífera com produções aquém do esperado,
embora superiores às registadas no ano passado, devido essencialmente à elevada precipitação e humidade verificadas
no final do ciclo dos cereais que prejudicaram quer o volume da
produção, quer a qualidade do grão.
O INE estima que a área de milho de regadio diminua 10 por
cento face a 2013, mas ressalva que, apesar dos atrasos provocados pelas baixas temperaturas, as searas de milho apresentam um aspecto vegetativo normal. “O nível do preço do milho
tem sido a principal preocupação dos produtores, encontrando-se próximo dos praticados em 2013 e, a avaliar pela conjuntura internacional, com tendência para descer”, escreve o INE
no boletim de previsões agrícolas.
As condições meteorológicas também prejudicaram o rendimento da vinha para vinho, prevendo o INE decréscimos de
produtividade da ordem dos seis por cento para a maioria das
regiões vitivinícolas, em alguns casos, resultantes das baixas
temperaturas e elevadas precipitações.
A Península de Setúbal e as Terras de Cister são as únicas
regiões vitivinícolas onde as previsões apontam para aumentos
do rendimento da vinha, enquanto no Alentejo a produtividade
deverá ser próxima da de 2013.
A produtividade do arroz deve rondar as seis toneladas por
hectare, valor semelhante ao registado na campanha anterior,
mas regista algum atraso, estando a maioria das searas a meio
do afilhamento.
As temperaturas relativamente amenas têm sido favoráveis
ao desenvolvimento do milho de sequeiro, cultura circunscrita a
algumas regiões do Norte e Centro, prevendo-se um aumento
da produtividade de cinco por cento, face a 2013.
O desenvolvimento da batata de regadio decorreu com
normalidade, diz o INE, e a colheita já efectuada mostra boa
qualidade dos tubérculos, prevendo o INE um acréscimo de produtividade na ordem dos 10 por cento, relativamente à última
colheita.
A produção de batata de sequeiro deve registar um acréscimo de 15 por cento, resultado do aumento das áreas plantadas,
e da respectiva produtividade, mas o INE destaca dificuldades
de escoamento e subvalorizado no circuito comercial porque o
mercado se encontra abastecido por produção em quantidade e
boa qualidade, verificando-se.
O INE prevê que o tomate para a indústria registe uma produtividade próxima das 85 toneladas por hectare, mais 10 por cento
do que na campanha anterior, e que as macieiras tenham um decréscimo global de cinco por cento face a 2013.
A produção de pera deve aumentar três por cento, e a colheita
do pêssego um aumento na produtividade de 45 por cento face a
2013, quando a campanha foi fortemente afectada por condições
meteorológicas desfavoráveis e por problemas fitossanitários.
As culturas forrageiras e as pastagens, tanto em regadio como
em sequeiro, apresentaram na sua generalidade produções abundantes e de boa qualidade.
Ano X - N.º 231
Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.
Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais
Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo
Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320
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Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares
Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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Uma década a informar
sobre a agricultura portuguesa
A Gazeta Rural comemora em 2014 os seus 10 anos de
existência e tem vindo a partilhar, ao longo desse período,
com a CAP, com o sector agrícola e com os agricultores de
uma forma geral, momentos distintos na análise que podemos fazer sobre a história recente da agricultura portuguesa.
O nosso país viveu durante vários anos um deslumbramento tecnológico e financeiro que conduziu a uma desvalorização do sector agrícola, fazendo com que quase todos
acreditassem que teriam capacidade para importar tudo o
que consumissem, sem precisarem de se preocupar com o
sector produtivo. Esse deslumbramento tecnológico deu
lugar, mais recentemente, à evidência da necessidade de
produzir. Costumamos dizer que para consumir é preciso
produzir, e essa é uma realidade incontornável, com a qual
estamos todos confrontados na actualidade.
Parece ser hoje indiscutível que a agricultura tem uma
importância fundamental para o nosso país, como tem aliás
para todos os países, incluindo os mais ricos, os quais nunca
descuraram os seus sectores agrícolas, ao contrário do que
fez Portugal há alguns anos, acreditando que poderia negligenciar a produção e a agricultura e que teria sempre crédito
ilimitado para tudo importar.
Actualmente, a generalidade dos observadores reconhece o importante contributo que o sector agrícola está dar
para a recuperação da económica nacional, aumentando exponencialmente as exportações e contribuindo para o equilíbrio da balança comercial do país. A essa nova percepção
por parte da opinião pública não é de forma alguma alheio
o trabalho das publicações especializadas do nosso sector,
imprescindível para transmitir a verdadeira realidade da agricultura portuguesa.
Assim, a agricultura portuguesa está neste momento em
franca recuperação e a exportar de modo crescente e sustentado, contribuindo para equilibrar a balança comercial do
país. Esperemos que no futuro, quando tivermos possibilidade
de ultrapassar definitivamente a crise em que nos encontramos, não tenhamos memória curta e nos lembremos da importância de produzir e do sector agrícola em particular.
As nossas exportações da agricultura portuguesa são já
muito relevantes e, para além dos subsectores tradicionalmente exportadores, como a cortiça, o vinho e o azeite, que
crescem e reforçam as suas posições, áreas de produção
como as frutas e hortícolas aumentam enormemente os seus
índices de exportação, dando um novo impulso a esta recuperação.
De qualquer modo, o deslumbramento tecnológico e
financeiro que referi não passou sem deixar as suas consequências no terreno, nomeadamente no despovoamento do
interior do país. Só agora, com o que se tem vindo a designar
“regresso à terra” é que se assiste a alguma recuperação relativamente ao êxodo de ainda há não muitos anos. Se este
“regresso à terra” significar uma revalorização do sector produtivo primário como actividade económica de grande relevância, poderá contribuir para a dinamização da actividade
económica a nível local, regional e nacional, assim como para
a criação de emprego.
O desenvolvimento da actividade agrícola é fundamental
para a sustentabilidade das zonas rurais, quer do ponto de
vista socioeconómico, quer numa perspectiva puramente territorial. Sem actividade agrícola torna-se praticamente impossível
evitar o despovoamento do interior do país, assim como o aumento exponencial do risco de incêndios florestais. A agricultura
contribui assim para recuperar e desenvolver a economia nacional, atenuando o desemprego, aumentando as exportações
e substituindo as importações. No entanto, não podemos acreditar que as populações rurais subsistem se lhes retirarmos a assistência média, as escolas e a segurança.
É, portanto, indispensável que continuemos a informar e a
esclarecer a sociedade portuguesa sobre a realidade do nosso
sector, quer no que concerne ao valor económico da produção
agrícola para o país, quer relativamente aos valores e à cultura
do mundo rural.
João Machado
Presidente da CAP
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Em Vila Cova à Coelheira, a 14 de Setembro
Mónica Sintra é figura de cartaz
da Feira das Tradições e Sabores
A cantora Mónica Sintra é a cabeça de
cartaz da Feira das Tradições e Sabores,
que se realiza a 14 de Setembro na freguesia de Vila Cova à Coelheira, no concelho
de Vila Nova de Paiva.
A iniciativa desta autarquia das “Terras
do Demo” consiste numa feira de artesanato e de produtos gastronómicos da região, aliada ao XXXI Festival de Folclore de
Vila Cova à Coelheira. A autarquia espera
a inscrição de expositores de artesanato
tradicionais, nas áreas da cestaria, madeiras, ferro, tapeçaria, trabalhos em pedra,
tecelagem, burel, lãs, linhos, entre outros.
Haverá ainda a degustação de alguns
produtos regionais, confecção de bôlas
em forno de lenha e a exposição o Ciclo
do Pão.
Para além do Festival de Folclore, Mónica Sintra actuará pelas 18,30 horas. As
inscrições estão abertas para os expositores que pretendam participar na feira,
até as 17 horas do dia 6 de Setembro, no
Posto de Turismo da Câmara de Vila Nova
de Paiva.
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