Efeitos da nutrição das reprodutoras sobre a progênie

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Efeitos da nutrição das reprodutoras sobre a progênie
Efeitos da nutrição das reprodutoras sobre a progênie
Júlio Maria Ribeiro Pupa1, Carlota Coelho Barroca2
1
Médico Veterinário, Doutor em Zootecnia, Consultor Técnico All Nutri LTDA e Nutritime LTDA,
Viçosa, MG.
2
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia UFV – Viçosa-MG.
Introdução
A característica da fêmea suína moderna, selecionada intensamente nos últimos
anos visando o aumento da leitegada produzida, contrasta com o perfil das fêmeas
referenciadas em trabalhos das últimas décadas, principalmente na composição corporal
destas e no número de leitões produzidos. Atualmente os relatórios de desempenho
anual da indústria de suínos apresentam, entre os melhores índices, médias de nascidos
superiores a 14 leitões, demonstrando rápida evolução, principalmente nos últimos 10
anos, quando os melhores índices consistiam de dois a três leitões a menos do que os
atuais.
Fêmeas contemporâneas têm maior número de leitões ao nascer, maior número e
peso de leitões ao desmame, mais lactações por ano e restabelecem ciclicidade em um
intervalo mais curto após o desmame. Entretanto, as recomendações nutricionais são
baseadas em pesquisas com fêmeas menos prolíferas e produtivas do que as das granjas
de hoje (Magnabosco, 2011).
A suinocultura moderna exige melhores resultados a cada dia, por isso, não
deve-se abrir mão de algumas ferramentas que ajudam a maximizar o desempenho
reprodutivo dos animais.
Conhecimentos a respeito da nutrição e sua interação com a reprodução são
fundamentais para a elaboração de um bom programa nutricional, que é o primeiro
passo para a saúde e o bom desempenho de um reprodutor suíno, permitindo a plena
utilização do potencial genético dos suínos ao longo de toda a sua vida útil
(Zangeronimo et al., 2013).
Marrãs
A seleção e escolha de uma boa marrã são determinantes para obter matrizes de
elevada prolificidade. Deve-se levar em consideração a linhagem genética, a
produtividade de seus antecedentes, condições corporais e de sanidade. Não basta
atribuir somente a “carga genética dos animais” é preciso combinar outros efeitos como
os ambientais e a nutrição.
A infertilidade nutricional é comum em fêmeas devido as elevadas necessidades
nutricionais de um ciclo reprodutivo completo, incluindo ovulação, concepção, gestação
e lactação. Mas, pode ser em função de um inadequado plano nutricional estabelecido
durante a formação das marrãs. Segundo Foxcroft et al. (2000), fatores alimentares
podem afetar a reprodução e seus efeitos podem estar relacionados com conteúdo de
energia, proteína da dieta ou componentes como vitaminas e minerais.
Entre os mecanismos fisiológicos relacionados aos efeitos da nutrição sobre a
reprodução estão alguns hormônios e seus metabólitos, cujas liberações estão
condicionadas aos níveis de nutrientes e de energia ingeridos pelas fêmeas. As variações
nos níveis nutricionais são acompanhadas por flutuações nas concentrações circulantes
de hormônios como insulina, hormônio do crescimento, IGF-I, leptina, cortisol,
hormônios da tireoide e metabólitos como glicose, ácidos graxos livres e aminoácidos.
A insulina é estimulada pelo aumento da concentração sanguínea de glicose e
também por outros metabólitos, tais como alguns aminoácidos, principalmente arginina
e leucina, ou ácidos graxos como o ácido oleico e ácido palmítico. A secreção de
insulina é controlada por hormônios pancreáticos (glucagon e somatostatina) e por
neuropeptídios gastrintestinais, que são liberados durante a digestão do alimento. Penz
Jr. & Bruno (2000) relatam que a ação da insulina sobre a reprodução é discutível, de
modo que várias pesquisas evidenciaram a ausência de seu efeito ou mesmo efeito
negativo sobre a reprodução. Assim, é possível que as estratégias nutricionais
repercutam na reprodução não através de mediadores isolados, como a insulina, mas
através de todo o “status” metabólico do animal.
Há evidências de que o cromo afeta o metabolismo da insulina, agindo como um
cofator ao ligar a insulina a seus receptores específicos nas células alvo. Lindemann et
al. (2004) de fato demonstraram que a adição de níveis crescentes (0 a 1000 ppb) deste
mineral na dieta de porcas promoveu um aumento linear no número de leitões nascidos
vivos por leitegada, sendo que 600 ppb foi o nível que propiciou a melhor resposta.
A leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo, que atua como
mediador da interação entre a nutrição e a reprodução. A expressão do gene que
codifica este hormônio é estimulada pela hipertrofia das células adiposas em animais
que se encontram em balanço energético positivo. Contrariamente, os níveis deste
hormônio no sangue diminuem rapidamente, em consequência da privação de alimento
e de balanço energético negativo (Barb et al., 2001).
A leptina pode agir como um sinal permissivo à ativação do eixo reprodutivo e
do início da puberdade em marrãs. Este hormônio não causa estes efeitos diretamente,
mas a sua presença é necessária para que eles ocorram. Em parte, isto pode explicar o
porquê das marrãs com peso ou porcentagem de gordura corporal aquém dos
recomendados podem apresentar atraso no início da puberdade (Barb et al., 2006).
A sobrevivência embrionária está intimamente relacionada aos níveis
nutricionais. O aumento destes níveis promove uma elevação do fluxo de nutrientes na
corrente sanguínea, aumentando o metabolismo hepático e havendo uma maior
destruição da progesterona plasmática. A redução deste hormônio na corrente sanguínea
pode induzir a morte de embriões, já que a progesterona está relacionada com a
produção de proteínas uterinas responsáveis pela alimentação do embrião nos seus
primeiros 14 a 16 dias de vida.
O flushing nutricional é caracterizado por um aumento no consumo de energia
pelas marrãs, indicado no período de 11 a 14 dias até a inseminação ou cobertura. Seu
efeito pode ser potencializado pela utilização de dietas ricas em carboidratos como fonte
predominante de energia (Machado et al., 2008). Quanto maior o potencial genético da
fêmea, associado a um manejo eficiente desde a fase inicial do crescimento, maior será
a resposta ao flushing em estimular a taxa de ovulação das marrãs. Há evidências de que
esta prática permite a maximização do potencial ovulatório ou restabelece a taxa de
ovulação aos níveis normais em fêmeas mais velhas, que, por algum motivo, tiveram
restrição alimentar (Abreu, 2007).
Gestação
A nutrição durante a gestação influencia o desenvolvimento da fêmea, tamanho,
peso e uniformidade da leitegada, a produtividade no período da lactação e o intervalo
desmama-cio.
O programa nutricional deve levar em consideração as diferentes fases e
fenômenos metabólicos gestacionais, as diferenças de padrão de crescimento entre as
porcas, a ordem de parto e o estado metabólico da matriz após a lactação anterior
(Abreu et al., 2005).
No início da gestação, existe a necessidade do fornecimento de condições para a
sobrevivência embrionária com consequente aumento da leitegada. Uma subnutrição ou
supernutrição, neste período, pode ser prejudicial. A capacidade uterina pode afetar o
tamanho da leitegada e o peso ao nascimento dos leitões, que é altamente dependente da
quantidade de nutrientes fornecidos através da placenta. A formação placentária
apresenta um desenvolvimento expressivo do 12º a 30º dia de gestação e após este
período, a placenta encontra-se completamente formada (Echeverri, 2004).
A capacidade funcional da placenta é essencial para uma perfeita interação no
desenvolvimento dos leitões, uma vez que o desempenho pós-natal é determinado, em
grande parte, pelo desenvolvimento intrauterino (Foxcroft & Town, 2004). A placenta
forma estruturas que se ligam ao endométrio, formando uma superfície de contato
essencial para a troca de nutrientes, gases respiratórios e produtos do metabolismo entre
as circulações materna e fetal. Uma placenta pouco eficiente passa a ser a principal
responsável pelo aumento da taxa de mortalidade pré-natal (Wilson et al, 1998).
Uma alimentação desequilibrada, no início da gestação, pode resultar em menor
síntese de óxido nítrico e de poliaminas, resultando menor vascularização placentária e
transferência de nutrientes da mãe ao feto, levando a uma subnutrição fetal.
Altos níveis de consumo de energia podem exercer influência negativa sobre a
sobrevivência embrionária, devido a redução da concentração de progesterona
plasmática, que influencia as atividades secretórias do útero e oviduto, necessárias para
o embrião em desenvolvimento, ao aumento do fluxo sanguíneo e do catabolismo
hepático de progesterona.
Na fase gestacional intermediária, a nutrição materna está direcionada ao
desenvolvimento fetal, crescimento corporal das primíparas e aumento de reservas
corporais em porcas adultas. Nesta fase há recuperação das reservas corporais das
fêmeas multíparas, mobilizadas na lactação anterior, o estabelecimento do número de
fibras musculares nos fetos e uma subnutrição uterina pode afetar o peso dos leitões ao
nascimento.
No terço final, a nutrição das fêmeas deve garantir o crescimento fetal e o
desenvolvimento das glândulas mamárias (Trottier & Johston, 2001). A necessidade de
ganho e reserva energética torna-se maior, é a fase da gestação onde há intenso
crescimento fetal. O aumento do consumo energético e proteico pode aumentar o peso
ao nascimento dos leitões, este efeito é de vital importância para as linhagens
hiperprolíficas, com tendência a um maior crescimento materno e maior número de
leitões de baixo peso ao nascimento. O excesso de energia pode resultar em prejuízo na
formação da glândula mamária e, consequentemente, menor produção de leite durante a
lactação, especialmente em primíparas.
As exigências de energia de uma porca gestante correspondem ao somatório das
exigências para mantença, crescimento uterino e ganho materno. A exigência para
mantença varia de 70 a 90% da exigência total em função do ganho maternal. Fêmeas
de primeiro e segundo parto apresentam maior ganho maternal e consequentemente
maior exigência de energia para essa finalidade. A exigência para crescimento uterino
representa cerca de 5% da exigência energética total, mas a exigência diária aumenta
durante a gestação. Este aumento de exigência no final da gestação favorece um
consumo maior de energia durante este período para evitar a mobilização de reservas
corporais e para aumentar a deposição de proteína materna (Figura 1).
Fonte: Close (2001).
Figura 1 – Exigências energéticas de porcas de primeiro parto (a) e quarto parto
(b) em função do período de gestação.
O consumo de energia em excesso resulta em prejuízos como elevada
mortalidade embrionária, redução no desenvolvimento mamário, porcas gordas com
dificuldades de locomoção na hora do parto, redução do consumo durante a lactação e
desempenho lactacional (Kim et al., 2009). Por outro lado, o consumo insuficiente ou
desiquilibrado, provoca baixa reserva corporal de gordura ao parto ou ao desmame e,
geralmente, atraso na apresentação do estro e baixa taxa de concepção. Um único valor
não pode ser recomendado como exigência de energia para porcas em gestação (Figura
1). É mais pertinente considerar que a exigência de energia metabólica durante a
gestação difere com o peso corporal, número de parto, genótipo dos animais, ambiente,
perda de peso na lactação anterior e o ganho de peso líquido materno desejado.
Fêmeas em gestação necessitam de proteína para mantença, crescimento e
crescimento dos conceptos e desenvolvimento das glândulas mamárias (Kim & Wu,
2005). Esta necessidade aumenta com a evolução da gestação da mesma forma que a
necessidade de energia.
As linhagens comerciais atuais de matrizes aumentaram o potencial de
deposição muscular e o tamanho da leitegada, o que requer um adequado suprimento de
aminoácidos limitantes na dieta para máxima eficiência reprodutiva.
Tanto o tamanho da leitegada quanto a produção de leite aumentam com
sucessivas parições, provavelmente, esses fatos são determinantes para o aumento da
necessidade de proteína dietética. A necessidade de proteína dietética para porcas mais
velhas e pesadas se difere da necessidade pelas marrãs. Porcas mais velhas podem ter
menor necessidade de proteína para formação de músculos que as marrãs, porém,
possuem maior exigência para mantença (Figura 1).
Hashimoto et al., (2004) alterando os níveis de proteína bruta com fêmeas
gestantes de segundo e terceiro parto, concluíram que 13% PB atendem as exigências.
Sabioni et al., (2007) com um mesmo nível de consumo durante toda a gestação de
porcas de terceiro e quarto parto, observaram que o nível de 13,5% de PB na ração
proporcionou melhor balanço energético das porcas, maior número de leitões nascidos
vivos, maior peso médio dos leitões ao desmame, maior peso da leitegada ao parto e ao
desmame um maior ganho de peso médio diário da leitegada. Porém, os níveis de
proteína bruta sugeridos por Rostagno et al., (2011) e manuais das linhagens comerciais
recomendam valores maiores; 14 a 16% de PB, principalmente para primíparas.
A restrição proteica durante a gestação resulta em baixo peso dos leitões ao
nascer e ao desmame (Shields et al., 1985) mas geralmente não afeta o tamanho das
leitegadas. O excesso de proteína durante a gestação para porcas multíparas pode ser
utilizado para promover resposta benéfica pós-parto, com o aumento da produção de
leite, em função do aumento da proteína da dieta durante a gestação.
O aminoácido arginina desempenha múltiplos papéis no metabolismo animal
servindo de substrato para a síntese de proteína, intermediária no ciclo da ureia e
precursora na síntese de vários compostos metabólicos importantes, por exemplo,
precursora do óxido nítrico e responsável pela síntese de poliaminas.
O óxido nítrico é um importante fator vaso-relaxante que regula o fluxo
sanguíneo materno-fetal e, portanto, a transferência de oxigênio da mãe para o feto.
Uma redução em sua síntese e/ou liberação, certamente, levaria a uma alteração deste
suprimento. As poliaminas, que são sintetizadas na placenta suína a partir de substratos
derivados da prolina, regulam o DNA e síntese proteica, estando diretamente
relacionadas à proliferação e diferenciação celular (Wu et al, 2005). O óxido nítrico e as
poliaminas são as chaves reguladoras da angiogênese, embriogênese, assim como do
crescimento placentário e fetal (Wu et al, 2004). Recentemente, verificou-se que o
fluido alantoide dos suínos seria rico em arginina aos 40 dias de gestação e esta
abundância nos fluidos fetais estaria relacionada à elevada síntese de óxido nítrico e
poliaminas pela placenta suína durante a primeira metade da gestação, quando seu
crescimento é mais rápido.
Mateo et al. (2007), realizaram um estudo para verificar a hipótese de que
aumentando o fornecimento de L-arginina aumentaria o desempenho reprodutivo de
marrãs prenhas entre o 30º e 114º dias de gestação. Seus resultados indicaram que a
suplementação com 1,0% de arginina-HCL entre os dias 30 e 114 de gestação,
aumentaram a concentração em 77% de arginina, 53% de ornitina e 30% de prolina no
plasma. O tratamento com arginina não afetou o peso corporal e a espessura de toucinho
nas marrãs, mas aumentou o número de suínos nascidos em 22% e o peso total da
leitegada ao nascimento dos leitões nascidos vivos em 24%. A concentração plasmática
de arginina e seus metabólitos foram alterados com o tratamento entre o 70º e 110º dias
de gestação, o qual coincide com o período de rápido crescimento fetal (McPherson et
al., 2004). A suplementação com arginina reduziu o número de natimortos em 65%,
provavelmente devido a uma melhora no ambiente uterino para o crescimento e
desenvolvimento fetal (Wu et al., 2006).
A glutamina é considerada como aminoácido condicionalmente essencial,
principalmente em condições de estresse, tais como lesões, infecções, parto e desmame
(Zahn et al., 2008). Atua como principal substrato energético para células de intensa
multiplicação, como os enterócitos, linfócitos, macrófagos e células renais, participa em
muitos processos metabólicos, como a síntese de proteínas, gliconeogênese,
transferência de nitrogênios entre os órgãos, a biossíntese de acido nucléico, a resposta
imune, além de participar da síntese de poliaminas, moléculas essenciais para a
proliferação, diferenciação e reparo das células epiteliais (Wu, 2007).
A glutamina e o glutamato são os principais precursores para síntese intestinal
de arginina, sendo intensivamente catabolizados pelo intestino delgado. A síntese dos
nucleotídeos purina e pirimidina e da glutationa representam vias fisiologicamente
importantes para a utilização de glutamina e de glutamato, respectivamente (Wu, 1998).
A produção de arginina a partir de glutamina, na verdade, ocorre em várias reações, que
envolvem a produção de ornitina e citrulina. Portanto, a glutamina é importante para
manter uma baixa concentração de amônia pela formação de ureia, mantendo o
equilíbrio ácido-básico do organismo, evitando distúrbios do sistema nervoso central
(Freitas, 2000). Em condições elevadas de degradação de proteína, como na lactação, a
glutamina pode atuar como regulador metabólico para aumentar a síntese de proteína e
reduzir o catabolismo proteico.
A exigência diária do aminoácido treonina pode mudar para um maior grau do
início para o final da gestação. O crescimento das porcas durante a gestação leva a um
aumento nas exigências de manutenção maiores de treonina. No período final de
gestação as porcas apresentam uma mudança de ganho de proteína corporal materna
para as membranas mucosas, com aumento das concentrações de treonina em proteínas
da mucosa (Specian e Oliver, 1991). Junto com o aumento de 27 vezes no tecido
mamário (Ji et al., 2006), a relação de trato gastrointestinal:ganho de peso fetal total
aumenta 1,6 vezes no final da gestação (McPherson et al., 2004).
Na revisão para este artigo não foram encontradas citações ou referências para a
metionina, metionina + cistina. Sendo aminoácidos primordiais na síntese proteica,
acredita-se que suas demandas sejam supridas por outros metabólitos na rota de sua
síntese.
As recomendações de minerais para suínos não mudaram substancialmente nas
ultimas décadas com exceção ao selênio, embora a produtividade da porca tenha
aumentado neste mesmo período, assim o uso de níveis dietéticos mais elevados de
minerais, torna-se pratica rotineira. Embora esta prática seja lógica e possa ser
exatamente o que essas porcas necessitam para altas produtividades, geralmente não é
baseada em pesquisas, mas em observações práticas.
Os minerais exercem diferentes papéis no corpo e são essenciais para diversas
funções reprodutivas. Estão envolvidos no controle enzimático de diversos processos
metabólicos e hormonais e são importantes nos processos de crescimento, saúde e
controle imunológico. Quando fornecidos em excesso são retidos no fígado e em
maiores quantidade atuam como pró-oxidantes prejudicando as funções vitais.
Com o aumento das necessidades minerais pelas porcas, há simultaneamente um
interesse em aumentar níveis minerais nas dietas durante a gestação e a lactação. A
forma em que o elemento é fornecido ao animal pode ser fisiologicamente importante.
Quando as exigências dos suínos são satisfeitas com selênio orgânico ou inorgânico, o
sistema imune e anti-oxidante se ativa em ambos os casos. Quando fornecido em
excesso, uma grande parte do selênio orgânico se retém nos tecidos sem problemas de
toxicidade, mas um excesso de selênio inorgânico causa danos oxidativos nos tecidos e
prejudica o desempenho do animal.
Pesquisa realizada por Mahan et al., (2009), avaliou os níveis minerais das
porcas quando alimentadas com minerais inorgânicos ou orgânicos e três níveis de
minerais, sendo os preconizados pelo NRC (1998), os níveis usado pela indústria e os
níveis usado pela indústria enriquecido com cálcio e fósforo. Os resultados da pesquisa
demonstraram um maior número de leitões nascidos (total e vivo) quando as porcas
foram alimentadas com mineral orgânico em relação aos inorgânicos.
Porcas de alta produtividade têm maior ocorrência de desmineralização óssea
durante sua vida reprodutiva (Maxson e Mahan, 1986). Estes resultados sugerem que
durante períodos de crescimento e períodos reprodutivos há uma alta demanda e
mobilização por cálcio e fósforo. Mahan et al.(2006), conduziram um experimento para
avaliar a deposição fetal de macro e micro minerais, dos 45 dias após a cobertura ao
terço final de gestação, concluíram que há um grande aumento da quantidade de
minerais nos fetos suínos durante o final da gestação e que existe um aumento nas
exigências de minerais das porcas, particularmente de porcas de alta produtividade com
leitegada numerosa. Este aumento no final da gestação pode ser atribuído ao período em
que o feto retém minerais para sua vida pós-natal subsequente.
Segundo Mahan (2006), a quantidade exigida de ferro aumentou extremamente
durante o período final da gestação e ainda permanece abaixo daquele necessário para o
recém-nascido. Uma fonte exógena é necessária para impedir a anemia no neonato, uma
vez que a quantidade de ferro secretada no tecido mamário é considerada inadequada às
demandas elevadas de ferro do suíno em rápido crescimento. Esta grande retenção para
o desenvolvimento fetal exige uma maior transferência de cada mineral da dieta da
matriz ou de reservas teciduais maternas para os fetos. Se a dieta das matrizes não tiver
níveis adequados de minerais para suprir suas exigências reprodutivas, elas irão
mobilizar as reservas corporais antes do início da lactação. O declínio de reservas
minerais no início da lactação pode comprometer o subsequente desempenho
reprodutivo e lactacional das matrizes.
As vitaminas também possuem papel importante na nutrição de fêmeas e
consequentemente na produção e desenvolvimento de sua progênie, uma limitação no
fornecimento de vitaminas pode causar malformações no feto ou até a morte da
leitegada. A biotina possui papel relevante na nutrição das fêmeas em gestação, seu
suplemento tem comprovado o aumenta da superfície da placenta durante as últimas
fases de gestação, facilitando o fornecimento de nutrientes ao feto, principalmente na
fase da gestação que o feto está e crescimento rápido e a necessidade de vitaminas é
elevada. Algumas pesquisas comprovaram que o suplemento de vitaminas do complexo
B, como a biotina pode aumentar o tamanho dos cornos uterinos em 20%. Isto é
importante, principalmente em primíparas, que possuem capacidade uterina é menor, a
vitamina B12 está relacionada ao metabolismo de metionina nos leitões. O ácido fólico
tem sido associado com a fertilidade, redução da mortalidade embrionária e abortos,
bem como na implantação e desenvolvimento antecipado dos blastócistos, assegurando
aumentos em até 20% no número de leitões nascidos por matriz quando a dieta é
suplementada com a vitamina, recomendando-se 3 a 4 mg/kg como níveis apropriados
(Close & Cole, 2003).
A suplementação de vitamina E na dieta das porcas lactantes enriquece o
colostro e o leite e é assim transferida para os leitões. A vitamina E pode prevenir a
reação negativa provocada pela injeção de ferro nos leitões. Pesquisas demonstraram o
aumento da sobrevivência até ao sétimo dia de vida de 14% dos leitões procedentes de
porcas alimentadas com 66 mg vitamina E/kg, em comparação com porcas alimentadas
com 16 mg vitamina E/kg. A vitamina E está envolvida na síntese de prostaglandinas e
melhoria do estado imunológico, associada ao selênio (Close & Cole, 2003).
Uma das proteínas secretoras uterina (UPS’s) importantes ao estabelecimento e
manutenção da gestação, ao desenvolvimento embrionário e fetal é a proteína ligada ao
retinol que é dependente do nível da vitamina A. Ela pode atuar como modulador em
outras funções fisiológicas reprodutivas no suíno e sua suplementação pode aumentar o
tamanho da leitegada em fêmeas multíparas. A redução de ingestão de vitamina A pode
provocar o crescimento desproporcional de órgãos durante o desenvolvimento do feto.
Assegurar a ingestão de vitamina C por parte da porca, durante a gestação e
lactação, reduz a mortalidade pré-desmame, pois até à primeira semana de vida do
leitão, o leite materno é a única fonte desta vitamina.
Lactação
Deve-se adotar na suinocultura um conceito de porcas leiteiras e parideiras, pois
a lactação é um dos períodos mais críticos em todo o manejo alimentar e afetará tanto o
crescimento do leitão como influenciará no momento ao abate, assim como o futuro
potencial reprodutivo da porca.
As reprodutoras modernas apresentam exigências nutricionais ainda mais altas,
já que foram selecionadas para alta prolificidade e alta produção de leite. Aliado à alta
exigência nutricional, o consumo de ração normalmente é baixo. Assim, as fêmeas
entram em balanço energético negativo e as reservas corporais são prontamente
mobilizadas, caracterizando o catabolismo lactacional, mobilizando nutrientes de
diferentes tecidos corporais. O excesso de mobilização da proteína corporal, entretanto
afeta as condições da fêmea e seu desempenho reprodutivo subsequente, como tempo de
retorno ao cio, tamanho da leitegada ou falhas reprodutivas (Kim & Easter, 2003). É
importante para a fêmea, após chegar ao final da gestação em condições corporais
desejáveis, minimizar a mobilização de reservas orgânicas durante a lactação,
assegurando ao mesmo tempo o bom desempenho da leitegada.
As fêmeas em lactação exigem energia para sua a mantença e produção de leite,
cujas exigências dependem de seu peso, produção e composição de seu leite e das
condições ambientais sob as quais estão alojadas. Segundo Aherne & Foxcroft (2000),
de 25% a 80% das exigências energéticas das fêmeas lactantes são destinadas à
produção de leite e os 25% restantes, à mantença.
Nas duas primeiras parições a moderna lactante, normalmente, não ingere
quantidades satisfatórias de nutrientes para suprir as altas demandas da produção de
leite e do próprio crescimento. Atuais estratégias nutricionais visam para essa fêmea
maior consumo de ração durante a lactação de modo a minimizar as perdas corporais e
os reflexos negativos na gestação seguinte. É necessário, então, elevar a concentração
dos nutrientes dietéticos durante a lactação, adequando à relação entre energia e
proteína.
A exigência de energia metabolizável total durante a lactação corresponde ao
somatório da exigência energética de mantença e a exigência para a produção de leite.
As exigências energéticas totais de porcas em lactação são muito superiores do que as
de porca em gestação e podem não serem atendidas pelo consumo alimentar da porca.
As necessidades energéticas para matrizes que desmamam 12 leitões são
aproximadamente 12% superiores em relação a matrizes que desmamam 10 leitões
(Noblet et al. 1998).
O maior desenvolvimento mamário ocorre depois dos 75 dias de gestação,
período em que há crescimento exponencial na concentração (Kensinger et al, 1982) e
quantidade total (Weldon et al, 1991) de DNA e RNA na glândula mamária. Um
segundo período de substancial crescimento mamário ocorre durante a lactação (Tucker,
1987). Maior desenvolvimento mamário representa maior produção de leite durante a
próxima lactação. Portanto, um manejo alimentar que privilegie o desenvolvimento das
glândulas mamárias é o recomendável.
Quanto à produção de leite, a proteína dietética tem pouco efeito, uma vez que a
lactante é capaz de mobilizar reservas proteicas para assegurar os aminoácidos
necessários na síntese láctea, mas a severa restrição pode afetar a produção de leite
(Kim & Easter, 2003). É mais importante considerar a relação ou perfil desejável dos
aminoácidos, principalmente os limitantes para que a fêmea não mobilize reservas
corporais para a síntese de proteína do leite.
Quando as porcas não recebem quantidades adequadas de aminoácidos
dietéticos, tecidos proteicos maternos são mobilizados. Estabelecer a exigência
nutricional de porcas em lactação não está apenas restrito à maximização da produção
de leite, mas se estende para a manutenção da condição corporal da porca para os partos
subsequentes (Kim & Easter, 2003). A mobilização proteica ocorre em vários tecidos da
porca com diferentes taxas, sendo o músculo o maior doador de aminoácidos durante a
privação alimentar ou inadequado fornecimento de proteína dietética, considerando que
o trato reprodutivo contribui com a maior porção do seu próprio aminoácido (Kim &
Easter, 2001).
Na restrição proteica à porca lactante, a lisina torna-se o principal limitante na
indução da perda de peso (Touchette et al., 1998). Devido à importância desse
aminoácido nos processos de síntese proteica, sobretudo aquela que prioriza o acúmulo
de massa muscular (Trindade Neto et al., 2004). Matrizes que desmamam uma leitegada
de 12 leitões exigem aproximadamente 10 g de lisina/dia a mais que uma reprodutora
que desmama 10 leitões. Acima de 10 leitões, cada leitão a mais representa uma
produção de leite diária de aproximadamente 800 gramas e uma exigência de lisina de 5
gramas/dia para essa finalidade (Close & Cole, 2001).
A arginina é um aminoácido essencial para os leitões, devido a grande utilização
pelas múltiplas vias metabólicas (Li et al., 2007). O aumento da ingestão de arginina
pelo leite pode ser uma maneira efetiva de aumentar o crescimento dos leitões. Porém, o
consumo de arginina através do leite da porca é baixo em relação à exigência de
proteína dos leitões, menos que 40% da exigência diária de leitões lactentes com 7 dias
de idade (Kim et al., 2007).
Além de o consumo alimentar da porca e da intensidade de mamada dos leitões,
a produção de leite também é influenciada pela angiogênese do tecido mamário e pelo
fluxo sanguíneo para as glândulas mamárias, o qual aumenta o fornecimento de
nutrientes para as glândulas mamárias para a produção de leite (Trottier et al., 1997). O
fluxo sanguíneo mamário e a angiogênese são regulados pela arginina derivada do óxido
nítrico. Em altas dosagens, a arginina estimula a secreção de prolactina e hormônio do
crescimento, os quais são necessários para o desenvolvimento mamário (Lacasse &
Prosser, 2003).
Mateo et al. (2008) sugeriram a hipótese de que a suplementação de arginina em
dietas de fêmeas de primeiro parto durante a gestação e lactação pode estimular o ganho
de peso dos leitões lactantes, possivelmente pelo aumento da utilização de nutrientes e,
consequentemente, aumentando a produção de leite e modificando a composição
nutricional do leite. Nesse estudo, demonstraram que a suplementação de arginina na
dieta das porcas durante toda a lactação aumentou a concentração total de aminoácidos
no leite e melhorou o desempenho de crescimento dos leitões. O aumento de ganho de
peso da leitegada foi associado com o aumento na concentração total de aminoácidos no
leite no 7º dia de lactação.
A treonina é um aminoácido crítico para porcas com baixo consumo voluntario
de ração e com uma mobilização tecidual substancial durante a lactação, enquanto a
valina se torna crescentemente importante, para porcas que tem um alto consumo
alimentar e uma limitada mobilização tecidual durante a lactação (Kim & Wu, 2005).
Quando a dieta fornecida é deficiente em triptofano, é observada uma redução
no crescimento e na ingestão voluntária de alimento (Henry et al., 1992).
A glutamina aparece em grandes quantidades no leite de matrizes suínas,
culminando com uma redução pronunciada de glutamina na musculatura esquelética de
matrizes lactantes. Wu et al., (2005) citam que uma suplementação durante a lactação
poderia prevenir a perda de massa muscular de matrizes suínas gestantes.
Complementando esta afirmação, Lobley et al. (2001) acrescentaram que a glutamina
pode limitar a produção de proteína no leite, particularmente durante o período inicial
da lactação, quando as concentrações de glutamato e glutamina diminuíram em torno de
25%. Neste mesmo período, também ocorreu uma diminuição em torno de 25% de
glutamina no músculo das matrizes suínas.
O conteúdo de Fe no colostro e mais tarde no leite declina com o progresso da
lactação, e este teor durante lactação parece ser influenciado pelo número de leitões
lactentes. Leitões de leitegadas maiores recebem um leite com teor de ferro mais baixo
que os nutridos por porcas em leitegadas menores (Mahan, 2006).
Kim & Mahan (2001) avaliaram a resposta da suplementação de quatro níveis de
selênio orgânico ou inorgânico nas dietas de marrãs pré púberes em aumentar os níveis
de reservas teciduais de selênio e a contribuição deste pool corporal de selênio e na vida
reprodutiva futura das marrãs. Isto refletiu na redução do consumo de ração, conforme o
aumento do nível de selênio durante a fase de crescimento/terminação e lactação. A
suplementação com 7 ou 10 ppm de selênio orgânico resultou na redução do tamanho
das leitegadas. O tamanho das leitegadas e o peso dos leitões na desmama foram
menores nos maiores níveis de suplementação de selênio e os piores resultados foram
observados nos tratamentos de 7 a 10 ppm de Se orgânico.
Embora os resultados sejam inconstantes, em geral os estudos realizados com os
ácidos graxos ω3 e ω6, encontraram melhorias na produção com a suplementação das
dietas de gestação, lactação ou ambas. São de grande importância nutricional e
fisiológica, pois fazem parte das membranas celulares do cérebro, sistema nervoso
central e vasos sanguíneos, tornando-os fundamentais nos processos de formação rápida
de tecidos, como o crescimento fetal. É a partir deles que se produzem diferentes
eicosanoides (prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos) que estão relacionados nos
processos inflamatórios, imunológicos, pressão arterial, agregação de plaquetas entre
outros.
Segundo Moreno (2013) a relação ω6:ω3 ideal na dieta não está bem
estabelecida, apesar de em nutrição humana as recomendações serem de 4:1 a 8:1,
muito longe das obtidas com as formulações de ingredientes convencionais para animais
que normalmente ultrapassam 15:1. O ácido linoleico (ω6) é abundante em matériasprimas e gorduras de origem vegetal que são, no entanto, pobres no ácido linolênico
(ω3), com exceção do linho e do óleo de linhaça. O ácido docohexaenoico – DHA
(C22:6 ω3) e o ácido eicosapentaenoico – EPA (C20:5 ω3) são encontrados em óleos de
peixe e algas. Portanto, para diminuir a proporção ω6:ω3 estas matérias-primas devem
ser adicionadas ao alimento.
Considerações Finais
Para permitir um aumento de produtividade das fêmeas, deve-se considerar o
consumo diário de ração em relação ao consumo de nutrientes, cuja relação deve
atender as exigências de mantença e produção.
O manejo nutricional da marrã é uma das fases mais relevantes do plantel
destinado a reprodução e pode influenciar sua longevidade reprodutiva no rebanho.
Entre as exigências nutricionais e os níveis praticados em fêmeas gestantes de
ciclos reprodutivos diferentes com exigências metabólicas para mantença e produção,
muito há ser revelado, pois a dádiva de uma fêmea levar a gestação a termo,
independente muita das vezes de sua homeostase, é um dos grandes desafios quando se
realiza ensaios de reprodução.
A maioria das empresas de nutrição e genética fazem recomendações genéricas,
basicamente corretas, porém devem ser entendidas como indicativas e adaptadas às
características específicas do animal e fase de produção.
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