6. Avaliação econômico-financeira (cont.)

Transcrição

6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
CONFIDENCIAL
LAUDO DE AVALIAÇÃO ECONÔMICO- FINANCEIRA
São Paulo, 16 de setembro de 2009.
“RELATÓRIO FINAL”
Este relatório é para uso exclusivo do cliente. Nenhuma de suas partes pode ser veiculada, transcrita ou reproduzida
para distribuição fora da organização do cliente, sem prévio consentimento por escrito da BDO Trevisan
Conteúdo
1. Introdução
4
2. Perfil da empresa
7
3. Aspectos de mercado
30
4. Metodologia de avaliação
52
5. Taxa de desconto
55
6. Avaliação econômico-financeira
59
7. Conclusão
89
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
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Conteúdo
1. Introdução
4
2. Perfil da empresa
3. Aspectos de mercado
4. Metodologia de avaliação
5. Taxa de desconto
6. Avaliação econômico-financeira
7. Conclusão
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
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1. Introdução
• O propósito deste trabalho é o de elaborar um laudo de avaliação econômico-financeira (“Avaliação”) da Ibi Participações Ltda.
(“Ibi Part”), e suas investidas, para o Banco Bradesco S.A. (“BRADESCO”), novo acionista da empresa conforme “Instrumento
Particular de Compromisso de Incorporação de Ações e outras Avenças” celebrado em 04/06/2009, como parte do processo de
incorporação de ações da Ibi Participações S.A. São investidas da Ibi Part: Banco Ibi S.A. – Banco Múltiplo (“Banco Ibi”),Ibi
Corretora de Seguros Ltda. (“Ibi Corretora”) e Ibi Promotora de Vendas (“Ibi Promotora”).
Objetivo
• A Ibi Part é uma holding não operacional que tem como objetivo principal a participação em sociedades financeiras, comerciais e
civis. A empresa possui 100% das ações Banco Ibi, que por sua vez detém 100% das cotas da Ibi Corretora, e 100% das cotas
da Ibi Promotora*.
• O Banco Ibi, maior ativo da Ibi Part, é um banco que atua no mercado brasileiro de serviços financeiros, com foco na concessão
de crédito, cujos principais produtos são : IbiCred – produtos de empréstimos pessoal, cartão de crédito “private label”, cartões de
crédito Mastercard e Visa, desconto de duplicatas, antecipação de recebíveis, empréstimos consignados a beneficiários do INSS,
investimentos em CDB entre outros.
Breve
descrição da
avaliada
• Possui ainda, parcerias com empresas de diversos segmentos de mercado, das quais a mais relevante para seu resultado é a
rede varejista C&A, fator este que contribui para que o Banco Ibi seja o maior emissor de cartões private label do país.
• A Ibi Corretora e Ibi Promotora atuam na corretagem de seguros e comercialização de produtos financeiros. Seus serviços são
realizados através dos canais de distribuição do Banco Ibi e seus parceiros.
• Para a Avaliação da Ibi Part foram utilizadas as metodologias do fluxo de caixa descontado, de múltiplos de mercado e
transações.
Metodologia
de avaliação
• A metodologia do fluxo de caixa descontado é o método mais adequado para a determinação do valor de mercado do patrimônio
líquido de operações com plano de negócios consistente e com perspectivas de lucratividade.
•
A análise de múltiplos foi feita com o objetivo de balizar a análise de fluxo de caixa descontado.
• Para a avaliação da Ibi Part, foram consideras as seguintes informações: demonstração contábil em 31/04/2009 da Ibi Part
Base de
informações
e escopo
(auditado), demonstração contábil em 31/04/2009 do Banco Ibi, Ibi Corretora e Ibi Promotora (não auditados), demonstração
contábil do Banco Ibi em 31/12/2008, 31/12/2007 e 31/12/2006 (auditados), apresentação com serviços e produtos do Banco Ibi;
relatórios gerenciais, comerciais e informações mercadológicas e financeiras divulgadas pelo Banco Central, CNI, IPEA e FIESP.
• Além disso, baseamo-nos em discussões com a Administração do BRADESCO e do Banco Bradesco de Investimento S.A.
(“BBI”) e em informações escritas ou orais por elas fornecidas. Nessas discussões buscamos o melhor entendimento do
segmento de negócios da Ibi Part e das premissas consideradas na Avaliação.
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1. Introdução (cont.)
• Nosso trabalho consistiu na elaboração de um modelo de projeção financeira para refletir os fluxos de caixa futuros a serem
gerados pela Ibi Part. Nossas análises estão fundamentadas em informações fornecidas pela Administração do BRADESCO e do
BBI, conforme mencionado anteriormente. Cabe ressaltar que o modelo foi elaborado “As Is”, ou seja, não contempla as
possíveis sinergias em receitas e custos a serem obtidas pelo BRADESCO*.
• A BDO Trevisan tomou toda a cautela e agiu com elevados padrões de diligência para assegurar que as informações prestadas
Limitação
de escopo
pelo BRADESCO e BBI sejam verdadeiras, consistentes e suficientes. Não obstante, não há garantias de que tais informações
estejam corretas e sejam completas.
• Nesse sentido, a BDO Trevisan ressalta que, não há garantias de que quaisquer das premissas, estimativas, projeções,
resultados parciais ou totais ou conclusões apresentadas nesta Avaliação serão efetivamente alcançados ou virão a se verificar,
total ou parcialmente. Entendemos que os resultados finais verificados poderão ser diferentes das projeções.
• Para fins desta Avaliação, a BDO Trevisan declara que: (i) não executou auditoria ou procedimento de auditoria para a Ibi Part e
suas investidas; (ii) não é sócio da Ibi Part e suas investidas e que seu controlador e demais pessoas vinculadas não são titulares
e nem tem sob a sua administração discricionária ações/cotas da Ibi Part e suas investidas; e (ii) não há conflito de interesse que
lhe diminua a independência necessária ao desempenho de suas funções.
Uso e
divulgação do
laudo
Eventos
subseqüentes
• O presente laudo foi preparado para uso exclusivo da Administração do BRADESCO e não deverá ser divulgado a terceiros (ou
seja, pessoas jurídicas ou físicas que não sejam funcionárias do BRADESCO) sem o nosso prévio consentimento por escrito.
• Ressaltamos ainda que esta Avaliação está firmada na posição patrimonial da Ibi Part, em 31 de abril de 2009, e reflete os fatos
relevantes informados pela Administração do BRADESCO e do BBI que ocorreram entre essa data e a de emissão deste laudo.
• Eventuais fatos relevantes que tenham ocorrido nesse período e que não tenham sido levados ao conhecimento da BDO
Trevisan podem afetar o valor obtido para a Ibi Part.
Nota: * Compra da Ibi Part pelo BRADESCO encontra-se pendente de aprovação pelo BACEN.
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Conteúdo
1. Introdução
2. Perfil da empresa
7
3. Aspectos de mercado
4. Metodologia de avaliação
5. Taxa de desconto
6. Avaliação econômico-financeira
7. Conclusão
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2. Perfil da Ibi Participações Ltda.
As investidas e metodologia de análise
⇒ Antes da reestruturação societária
MORELIA
MORELIAS.A.
S.A.
⇒ Após a reestruturação societária*
COFRA
COFRALA
LA
49,99%
0,02%
CORTINES
CORTINESS.A.
S.A.
MORELIA
MORELIAS.A.
S.A.
CORTINES
CORTINESS.A.
S.A.
50,0%
50,0%
49,99%
Ibi
IbiParticipações
Participações
Ltda.
Ltda.
Ibi
IbiParticipações
Participações
Ltda.
Ltda.
50,2% ON
0,08%
24,86% ON
50,00% ON
Banco
BancoIbi
IbiS.A.
S.A.
Banco
BancoIbi
IbiS.A.
S.A.
99,99%
0,07%
Ibi
IbiPromotora
Promotorade
de
Vendas
VendasLtda.
Ltda.
Ibi
IbiPromotora
Promotorade
de
Vendas
VendasLtda.
Ltda.
99,99%
Ibi
IbiCorretora
Corretorade
de
Seguros
SegurosLtda.
Ltda.
24,81%
100,0%
100,0%
24,86% ON
50,00% ON
Ibi
IbiCorretora
Corretorade
de
Seguros
SegurosLtda.
Ltda.
50,31%
24,81%
ALIENAÇÃO
⇒ Metodologia de avaliação
⇒ Após a alienação para o BRADESCO
FLUXO
FLUXODE
DECAIXA
CAIXADESCONTADO
DESCONTADO
• Avaliação com base na soma dos fluxos de
caixa livres para o acionista no período
projetado e descontado a um custo de
capital próprio.
BRADESCO
BRADESCOS.A.
S.A.
100,0%
Ibi
IbiParticipações
Participações
Ltda.
Ltda.
100,0%
• Projeção de resultados para a Ibi Part, pois
esta é detentora de 100% de todos os
ativos objetos da alienação, e não possui
outros investimentos que possam distorcer
a Avaliação.
Nota: * Reestruturação societária feita antes da incorporação do BRADESCO, a pedido do mesmo.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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Banco
BancoIbi
IbiS.A.
S.A.
100,0%
Ibi
IbiPromotora
Promotorade
de
Vendas
VendasLtda.
Ltda.
99,99%
Ibi
IbiCorretora
Corretorade
de
Seguros
SegurosLtda.
Ltda.
7
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Informações financeiras
Perfil da Ibi Part e suas investidas
ƒ A Ibi Part é uma holding não operacional pertencente à MORELLI S.A., COFRA LA e CORTINES S.A. e tem por objetivo a participação em outras
sociedades financeiras, comerciais ou civis.
ƒ Suas investidas são:
ƒ Banco Ibi: banco múltiplo do grupo com perfil de atuação concentrado na concessão de crédito a consumidores de baixa e média rendas.
Possui parceria com a rede varejista C&A entre outros, o que contribui para que seja o maior emissor de cartões private label do país.
ƒ Ibi Corretora: empresa de seguros do grupo que oferta seus produtos utilizando-se dos canais de distribuição do Banco Ibi.
ƒ Ibi Promotora: empresa do grupo que concentra a força de venda de produtos/serviços financeiros nos parceiros e nas lojas Ibi. Atua como
correspondente não bancário.
Balanço Patrimonial Consolidado– 30/04/2009
Total Ativo
Circulante
Aplicações financeiras
Contas a receber
Crédito tributário
Outras contas a receber
Outros
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras
Contas a receber
Depósitos judiciais
Crédito tributário
Outros
Permanente
Intangível
Imobilizado
4.385.058
3.628.342
396.497
2.955.139
145.608
107.995
23.103
461.188
104.234
141.088
95.118
96.258
24.490
DRE Consolidado – 30/04/2009
Total Passivo + PL
Circulante
Depósitos
Empréstimos e financiamentos
Contas a pagar cartões de crédito
Outras contas a pagar
Outros
4.385.058
2.218.339
482.655
205.920
1.256.752
216.668
56.344
Exigível a longo prazo
Depósitos
Empréstimos e financiamentos
Provisão para contingências
Outros
1.247.845
815.475
100.376
300.735
31.259
Resultado de exercícios futuros
295.528
238.919 Patrimônio líquido
56.609 Capital social
Ajuste a valor de mercado de TVM
Reserva legal
Lucros acumulados
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
4.500
914.374
765.519
(23)
67.991
80.887
Resultado de prestação de serviços
Despesas com pessoal
Receitas financ c/ operações de crédito
PCLD
Outras despesas administrativas
Despesas tributárias
Outras (despesas) financeiras líquidas
Outras (despesas) operacionais líquidas
157.485
(49.835)
629.890
(372.611)
(214.801)
(44.831)
(55.050)
(115.670)
Resultado operacional
Resultado não operacional
(65.423)
(67)
Prejuízo antes do IR e CS
Ir e CS - Corrente
Ir e CS - Diferido
(65.490)
(5.852)
35.682
Prejuízo do período
(35.660)
8
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A.
Perfil do Banco Ibi
ƒ Banco múltiplo focado na concessão de crédito e private label a consumidores de baixa e média rendas, possuindo expertise na avaliação dos
riscos incorridos nestas operações.
ƒ É o 38º maior banco do Brasil em ativo total, com PL de 0,9 bilhões (dez/08).
ƒ Conta com 860 pontos de atendimento, considerando as agências independentes e agências localizadas nas instalações de parceiros de negócios.
ƒ Possui parceria em diversos segmentos, porém seu principal parceiro de negócio é a rede varejista C&A, que representou aproximadamente 80%
de seu resultado em 2008 (além do financiamento ao cliente final também oferece antecipação de recebíveis aos fornecedores da rede). Além da
C&A, o Banco Ibi conta com outras 20 parcerias em diversos segmentos (ex: Makro, Angeloni, McDonald’s, Araújo, Colombo, dentre outros).
ƒ Possui 22 milhões de clientes, sendo 40% deles não bancarizados, e 30 milhões de cartões emitidos, sendo o maior emissor private label do país,
com aproximadamente 10 milhões de cartões .
Linha do tempo
9 Torna-se banco com o propósito
estratégico de consolidar as
operações de financiamento aos
portadores de private label da C&A
9 Consolidação das divisões financeiras
do grupo através da incorporação da
empresa coligada Ibi Prom.
2004
2000/2001
2003
2008
9 Inicia suas atividades de
financiamento de crédito através
das bandeiras Mastercard e
Visa.
9 Atuação conservadora via-à-vis o
agravamento da conjuntura
econômica e aperto de liquidez.
Índice da Basiléia passa de
14,01% em junho para 18,8% em
setembro.
1984
9 Início das atividades como
unidade de financiamento ao
consumidor da C&A, não se
caracterizando como banco.
Fonte: Bradesco, BACEN e análise BDO Trevisan
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9
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Rede de distribuição
Rede de distribuição
ƒ O Banco Ibi oferece seus produtos e serviços através de lojas
independentes e nos estabelecimentos de seus parceiros comerciais.
ƒ No total são 727 lojas com presença em 23 estados brasileiro.
Canais de distribuição
ƒ O mapa ao lado apresenta as localidades em que o Banco Ibi é
representado de acordo com o canal de distribuição disponível.
ƒ Abaixo, está demonstrado os principais indicadores da distribuição do
Lojas Ibi
147
Lojas C&A
168
Outros parceiros
412
Banco Ibi.
Número de lojas - jan/09
Recebíveis de crédito- jan/09
Base de contas ativas* - jan/09
Unidades
R$ milhões
Em milhares
168
11.857
3.210
Outros
15%
Canal Jeans
28%
Colombo
147
1.611
630
7%
Catan
7%
Demais
parcerias
412
Demais
parcerias
361
Demais
parcerias
1.068
Angeloni
Makro
19%
24%
Nota: Conceito de contas ativas:: contas com saldo diferente de zero e até 359 dias de atraso.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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10
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Rede de distribuição (cont.)
Evolução das lojas Ibi
ƒ As lojas próprias do Banco Ibi apresentaram crescimento anual médio de 35% no período de 2002 a 2009, totalizando 147 pontos.
ƒ A maior parte destas lojas, 46%, estão concentradas na região sudeste do país, maior pólo consumidor do país.
ƒ A região Sul é a de menor presença, contando com apenas 9 lojas. Tal fato está relacionado com a forte atuação das Lojas Renner na região,
sendo este um dos principais concorrentes do maior parceiro do Banco Ibi, a rede varejista C&A.
Evolução do número de lojas Ibi
Localização das lojas Ibi por região – fev/09
Unidades
CAGR:
35%
145
147
147
2007
2008
2009
39 lojas
9 lojas
130
102
45
18
21
2002
2003
9 lojas
2004
2005
2006
81 lojas
9 lojas
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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11
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Rede de distribuição (cont.)
Comparativo 2008 x 2007
Quantidade por tipo de produto/serviço e variação anual
Unidades
2007
2008
Produtos
ƒ
Saques efetuados com o
limite do cartão de crédito.
ƒ
Cartões de crédito private
label e bandeirados
ƒ
Cartões de saque
ƒ
Diversas modalidades de
seguros oferecidos
(automóvel,vida, residência,
dentre outros)
ƒ
Seguro de perdas de
cartões.
ƒ
Recarga de telefones
móveis pré-pagos
Saques
2,3%
IbiCard
1.642.951 1.681.415
IbiCred
109,1%
-5,0%
-9,7%
47,2%
900.868
40,9%
547.481 520.063
465.724
430.809
420.700
219.822
Qtde. saques
Adesão ibicard
Adesão ibicred
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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323.567
Seguros
Seguros
390.292
277.080
PT
PT
Recarga Celular
Recarga
celular
12
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Joint Venture C&A
C&A
ƒ Presente no mundo desde 1867 e no Brasil desde 1976.
ƒ Maior empresa de varejo de moda do país com 168 lojas, representando 16,2% do total de lojas da rede no mundo.
ƒ Presente em 22 estados brasileiros, possuindo mais de 17,3 milhões de contas cadastradas.
ƒ Em 2008, 63% das vendas do varejo da rede foram realizadas através de cartões que contam com a parceria do Banco Ibi.
Linha do tempo
Início das atividades do Banco Ibi
9 Lançamento de Bankcards
(parceria c/ Credcard) e seguro
perda e roubo de cartões
9 Lançamento dos produtos
IbiCard e IbiInvest
1997
2008
2002
1984
9 Lançamento do cartão private
label C&A.
9 Novo modelo da JV e
lançamento do novo cartão
private label
1998-2001
9 Incremento no portfolio de
produtos e serviços oferecidos
(seguros, capitalização, IbiCred,
Cash Advanced).
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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2004-2007
9 Novos produtos no portfólio, tais
como: Ibi Odonto, CP cheque,
consignado, dentre outros.
13
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Joint Venture C&A (cont.)
Modelo de parceria
ƒ Profit sharing (50%), onde 50% do resultado líquido da operação do Banco Ibi é dividido com o parceiro.
ƒ Modelo financeiro com base em custos unitários, atualizado anualmente pelo IPCA.
ƒ Elevado grau de governança corporativa através da atribuição de responsabilidades, as quais são apresentadas abaixo.
Controles de RH e infra-estrutura nas lojas C&A
9
9
Definição das políticas de crédito e cobrança
Execução das políticas de crédito
9
Operação loja
9
Gestão de venda dos produtos financeiros
9
Definição dos processos de vendas
9
9
Processamento
Aplicação de treinamento no canal varejista
9
9
DisponIbilização dos materiais de treinamento
Atendimento ao cliente na loja
9
Atendimento ao cliente no telefone (p/ produtos acordados)
9
Gestão de portfolio de produtos financeiros
9
Definição do portfolio dos produtos financeiros comercializados nas lojas
9
9
Prover funding
Definir SLA's
9
Estratégias de MKT/Campanhas de motivação e vendas
9
Execução/Produção dos materiais de MKT e de campanha de motivação e venda
9
Operação de atividades de telemarketing ativo
9
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Join Venture Makro
Makro
ƒ O Makro Atacadista faz do parte do grupo holandês SHV (Steenkolen Handeis Vereeniging) e suas atividades tiveram início em 1968 na Holanda.
ƒ Possui presença nos mercados asiáticos e latino-americanos, contando com 159 lojas.
ƒ Passou a atuar no mercado brasileiro a partir de 1972, contando, atualmente, com 65 lojas.
ƒ O faturamento no mercado brasileiro, em 2008, atingiu R$ 4,3 bilhões, representando incremento de 9,75% perante o ano anterior.
ƒ Conforme demonstrado abaixo, segue a presença global da rede Makro demonstrando o número de lojas.
7
5
7
65
1
29
15
7
19
Fonte: Bradesco, site do Makro e análise BDO Trevisan
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2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Join Venture Makro (cont.)
Modelo de parceria
ƒ Profit sharing (50%), onde 50% do resultado líquido da operação do Banco Ibi é dividido com o parceiro.
ƒ Início de vigência do contrato: 18/12/2007 (prazo de vigência de 20 anos).
ƒ Condições:
ƒ Exclusividade na aceitação do cartão Makro por 5 anos.
ƒ Exclusividade de prover os cartões e outros instrumentos de crédito e financiamento.
ƒ Situação a definir para os demais produtos financeiros, bancários, securitários e/ou previdenciários (especificações e padrões mínimos de
qualidade definidas por parte Comitê Estratégico e o Banco Ibi terá 5 dias para apresentar uma proposta e o mesmo terá exclusividade sobre
essa.
Atribuição de responsabilidades
9 Prover funding
9 Pagar ao Makro a participação na lucratividade da exploração
conjunta dos produtos
9 Elaborar e aplicar políticas de aprovação de crédito e taxas e
encargos relativas aos produtos
9 Definir e aplicar políticas de cobrança
9 Promover e comercializar produtos financeiros através de sua
equipe de funcionário/prestadores de serviço devidamente
qualificados.
9 DisponIbilizar serviços de treinamento de vendas e instruções
para o treinamento
9 Administração de produtos
9 Operar atividades de telemarketing e atendimento (Central de
Atendimento)
9 Garantir que todos os check-outs (caixas/pontos de venda)
aceitem os meios de pagamentos da parceria para pagamentos
de compras
9 Ser correspondente não-bancário exclusivamente do Banco Ibi
9 DisponIbilizar o histórico de compras dos clientes Makro dos
últimos 12 meses, incluindo o número de passaporte
9 Garantir exclusividade aos cartões nos pagamentos efetuados
com cartões de crédito e débito, durante os 5 primeiros anos de
vigência da parceria
9 Prover espaço para a instalação, em todas as lojas, de stands de
cadastramento de potenciais clientes e de promoção dos
produtos da parceria
9 DisponIbilizar todo e qualquer equipamento, instalação e
mobiliário imediatamente disponível e pré-existente em cada
uma das lojas
9 Analisar propostas de adesão para novos clientes e, a seu
critério, aprova-las ou nega-las.
Fonte: Bradesco, site do Makro e análise BDO Trevisan
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2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Demais parcerias
Parcerias
mai-dez/08
9 Início das vendas: mai/08
9 Número de lojas: 186
¾Contas vendidas: 91.346
¾Taxa de ativação – D0 : 90%
¾Spending 2008: 33.740.788
¾Contas ativas: 36.347
9 Início das vendas: jun/08
jan-dez/08
¾Contas vendidas: 148.293
¾Taxa de ativação – D0 : 61%
¾Spending 2008: 66.309.364
¾Contas ativas: 296.612
9 Número de lojas: 41
9 Produto vendido: IbiCard e PT
9 Produto vendido: PL, IbiCard e PT
9 Tarifa: por extrato R$ 3,50
9 Tarifa: por extrato R$ 3,99
9 Modelo de parceria: free por conta vendida e ativada R$ 18,00
9 Modelo de parceria: free por conta vendida e ativada R$ 4,50
+ Fee pro PT (R$ 1,50)
9 Força de vendas: própria do parceiro
9 Média conta/mês: 11.400
9 Força de vendas: terceirizada (custo Ibi)
9 Média conta/mês: 6.100
jun-dez/08
9 Início das vendas: jul/06
9 Número de lojas: 23
¾Contas vendidas: 43.485
¾Taxa de ativação – D0 : 73%
¾Spending 2008: 5.655.562
¾Contas ativas: 31.933
9 Início das vendas: out/05
9 Número de lojas: 42
jan-dez/08
¾Contas vendidas: 14.249
¾Taxa de ativação – D0 : 44%
¾Spending 2008: 31.876.091
¾Contas ativas: 55.849
9 Produto vendido: PL e PT (lançamento do IbiCard – mar/09)
9 Produto vendido: PL, IbiCard e Seguros
9 Tarifa: por extrato R$ 2,99
9 Tarifa: por extrato R$ 3,99
9 Modelo de parceria: Profit sharing 50% MOD / 50% Ibi
9 Modelo de parceria: Profit sharing 20% CJ / 80 Ibi + Fee por
adesão (R$ 2,00) + Fee por ativação (R$ 2,00)
9 Força de vendas: terceirizada (custo da parceriai)
9 Média conta/mês: 1.200
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
9 Força de vendas: própria do parceiro
9 Média conta/mês: 12.300
17
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Demais parcerias (cont.)
Parcerias
jan-dez/08
¾Contas vendidas: 6.902
¾Taxa de ativação – D0: 53%
¾Spending 2008: 11.021.234
9 Início das vendas: jun/05
¾Contas ativas: 19.250
9 Número de lojas: 170 (shopping)
Shopping Belém
9 Início das vendas: nov/07
9 Número de lojas: 190 (shopping)
jan-dez/08
¾Contas vendidas: 9.026
¾Taxa de ativação – D0 : 53%
¾Spending 2008: 6.170.735
¾Contas ativas: 7.383
9 Produto vendido: IbiCard, IbiCred e seguros
9 Produto vendido: IbiCard, IbiCred e seguros
9 Tarifa: anuidade (3 x R$ 11,00)
9 Tarifa: anuidade (3 x R$ 11,00)
9 Modelo de parceria: fee por conta, ativação e seguro (R$
2,00) + Fee por empréstimo (R$ 3,00)
9 Modelo de parceria: fee por conta, seguro e empréstimos (R$
2,00)
9 Força de vendas: Ibi
9 Força de vendas: Ibi
9 Média conta/mês: 575
9 Média conta/mês: 750
ago-dez/08
¾Contas vendidas: 3.170
¾Taxa de ativação – D0 : 27%
¾Spending 2008: 472.577
9 Início das vendas: ago/08
¾Contas ativas: 1.373
9 Número de lojas: 150 (shopping)
9 Início das vendas: jan/09
9 Número de lojas: 300 (shopping)
9 Produto vendido: IbiCard, IbiCred e seguros
9 Produto vendido: IbiCard, IbiCred e seguros
9 Tarifa: anuidade (3 x R$ 11,00)
9 Tarifa: anuidade (3 x R$ 11,00)
9 Modelo de parceria: fee por conta, ativação e seguro (R$ 2,00)
+ Fee por empréstimo (R$ 3,00)
9 Modelo de parceria: fee por conta, seguro e empréstimos (R$
2,00)
9 Força de vendas: Ibi
9 Força de vendas: Ibi
9 Média conta/mês: 630
9 Média conta/mês: N/D
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
18
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Demais parcerias (cont.)
Parcerias
9 Início das vendas: fev/07
jan-dez/08
¾Contas vendidas: 37.157
¾Taxa de ativação – D0 : 67%
¾Spending 2008: 29.272.247
¾Contas ativas: 34.352
9 Início das vendas: out/08
out-dez/08
¾Contas vendidas: 3.000
¾Taxa de ativação – D0: 24%
¾Spending 2008: 6.170.735
¾Contas ativas: 7.383
9 Número de lojas: 18
9 Número de lojas: 41
9 Produto vendido: IbiCard, PL e PT
9 Produto vendido: PL, IbiCard e PT
9 Tarifa: por extrato R$ 3,90
9 Tarifa: por extrato R$ 3,99
9 Modelo de parceria: fee por conta vendida (R$ 2,00) + Fee por
ativada (R$ 3,00) + Fee por fatura emitida paga (R$ 0,50)
9 Modelo de parceria: free por conta vendida e ativada R$ 4,50
+ Fee pro PT (R$ 1,50)
9 Força de vendas: do parceiro
9 Força de vendas: terceirizada (custo Ibi)
9 Média conta/mês: 3.000
9 Média conta/mês: 6.100
jun-dez/08
9 Início das vendas: jan/07
9 Número de lojas: 15
¾Contas vendidas: 11.857
¾Taxa de ativação – D0 : 46%
¾Spending 2008: 8.239.166
¾Contas ativas: 8.089
9 Produto vendido: PL e PT
9 Tarifa: por extrato R$ 3,50
9 Modelo de parceria: fee por conta vendida (R$ 2,00) + Fee por
ativada (R$ 3,00) + Fee por fatura emitida paga (R$ 0,50)
9 Força de vendas: do parceiro
9 Média conta/mês: 1.000
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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19
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Aspectos financeiros
Principais indicadores financeiros
Receita de intermediação financeira
PCLD* e % receitas de operações de crédito
Lucro líquido e % sobre a receita total
R$ milhões
R$ milhões
R$ milhões
2.487
61,5%
1.983
1.345
55,0%
47,5%
40,8%
25,4%
1.417
1.062
7,5%
126
124
5,2%
59
513
1,9%
2006
2007
2008
2006
2007
2008
2006
2007
2008
ƒ Em função do perfil de risco das operações de crédito do Banco Ibi, do aperto de liquidez e da necessidade de atender as
exigências legais do BACEN, houve elevação significativa das Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa entre 2006 e
2008.
ƒ A atuação do Banco Ibi frente ao agravamento da conjuntura econômica a partir de setembro de 2008 se mostrou conservadora,
haja vista que seu índice da Basiléia alcançou 18,4% em dezembro de 2008, 61,4% superior ao mesmo período de 2007.
Nota: *Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
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2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Aspectos financeiros (cont.)
Indicadores de risco de crédito
Provisões da carteira de crédito por nível de risco do tomador
R$ mil
2008
2007
Nível de
risco
AA
Contratos
em curso
normal
Contratos
com
parcelas
vencidas
222.712
Total
Representati Provisão
vidade
mínima
222.712
4,1%
0
Valor
Provisão
efetiva
Nível de
risco
AA
0
Contratos
em curso
normal
Contratos
com
parcelas
vencidas
Total
Representati Provisão
vidade
mínima
Valor
Provisão
efetiva
338.184
338.184
7,1%
0
0
-
2.522.343
2.522.343
52,7%
0,5%
12.612
12.612
A
3.078.373
3.078.373
57,2%
0,5%
15.392
15.412
A
B
454.424
81.676
536.100
10,0%
1,0%
5.361
5.361
B
164.242
86.470
250.712
5,2%
1,0%
2.507
2.507
C
137.716
106.925
244.641
4,5%
3,0%
7.339
7.339
C
133.063
106322
239.385
5,0%
3,0%
7.182
7.182
D
69.495
112.426
181.921
3,4%
10,0%
18.192
18.192
D
51.272
131522
182.794
3,8%
10,0%
18.279
20.623
E
31.146
127.443
158.589
2,9%
30,0%
47.577
47.577
E
25.105
102798
127.903
2,7%
30,0%
38.371
40.135
F
20.560
127.348
147.908
2,7%
50,0%
73.954
73.954
F
17.141
102691
119.832
2,5%
50,0%
59.916
61.244
G
15.142
122.629
137.771
2,6%
70,0%
96.440
101.597
G
18.509
117947
136.456
2,9%
70,0%
95.519
96.575
H
59.151
618.862
678.013
12,6%
100,0%
678.013
678.013
H
62.559
803806
866.365
18,1%
100,0%
866.365
866.365
942.268
947.445
Total
Total
4.088.719 1.297.309 5.386.028
100,0%
31,73%
17,59%
3.332.418 1.451.556 4.783.974
43,56%
100,0%
1.100.751 1.107.243
23,14%
ƒ Elevação do ratio Contratos com parcela vencida/Contratos em curso normal conferem um maior grau de inadimplência dos
tomadores de crédito e conseqüentemente uma elevação das provisões para fazer frente a estas possíveis perdas.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
21
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Aspectos financeiros (cont.)
Demonstrativos financeiros
Balanço Patrimonial – 30/04/2009
Total Ativo
Circulante
Disponibilidades
Aplicações financeiras
Relações interfinanceiras
Contas a receber
Crédito tributário
Outras contas a receber
4.222.901
3.551.174
1.640
396.497
6.026
2.955.139
108.537
83.335
DRE – 30/04/2009
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Contas a pagar por cartões de crédito
Fiscais e previdenciárias
Outras contas a pagar
4.222.901
2.199.152
573.739
110.724
31.525
1.256.752
8.435
217.977
Exigível a longo prazo
Depósitos
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Provisão para contingências
Outros
1.161.096
815.475
74.006
2.371
240.356
28.888
Total Passivo + PL
Circulante
Depósitos
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras
Contas a receber
Depósitos judiciais
Crédito tributário
Outras contas a receber
417.971
104.234
141.088
51.901
96.258
24.490
Permanente
253.756 Resultado de exercícios futuros
Investimentos
Imobilizado
Intangível
22.808
15.983 Patrimônio líquido
214.965 Capital social
Ajuste a Mkt Value de TVM de controlada
Reserva de lucros
Lucros acumulados
300
Resultado dos investimentos
Resultado de equivalência patrimonial
Receita (despesas) operacionais
Resultado de prestação de serviços
Despesas com pessoal
Receitas financeiras com operações de crédito
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(55.877)
131.892
(32.989)
629.890
(372.611)
Administrativas e gerais
Despesas tributárias
Outras receitas/(despesas) financeiras
Outras receitas/(despesas) operacionais
(193.832)
(38.258)
(53.198)
(126.771)
Resultado operacional
Resultado não operacional
862.353
716.859
(23)
67.906
77.611
7.918
7.918
Lucro antes doIR e CS
Imposto de renda e contribuição social - corrente
Imposto de renda e contribuição social - diferido
Participação dos acionistas minoritários
Lucro líquido do exercício
(47.959)
275
(47.684)
(434)
25.114
(23.004)
ƒ O resultado do Banco Ibi no primeiro quadrimestre de 2009 tem mantido uma elevada relação entre PCLD e Receitas financeiras
com operações de crédito (59,15%).
ƒ Tal relação tem influenciado diretamente no resultado do período, o qual apresentou prejuízo de R$ 23 milhões.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
22
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Aspectos financeiros (cont.)
Composição do Balanço Patrimonial
Distribuição dos Ativos - 30/04/2009
Distribuição dos Passivos - 30/04/2009
Permanente
Realizável LP
6%
Patrimônio Líquido
20%
10%
Circulante
53%
Exigível LP
27%
84%
Circulante
Circulante
Realizável LP
Outros
3%
Cred trib
3%
Aplicações
11%
Outros
18%
Circulante
Aplicações
25%
Exigível LP
Outros
E&F*
6% 3%
Outros
Outras Ctas. 7%
10%
Provisões
21%
'
23%
26%
Cred. Trib
83%
Contas a receber
Depósitos
34%
Contas a receber
Nota: *Empréstimos e financiamentos
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
57%
Contas a pagar
70%
Depósitos
23
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Aspectos financeiros (cont.)
Principais contas do Balanço Patrimonial
Contas a Receber (não deduzida PCLD)
Ativo – Contas a Receber
Valor total: R$ 3 bilhões
Outros
9%
ƒ
ƒ
A composição do Contas a Receber do Banco Ibi demonstra
que o core de seu negócio está relacionado diretamente às
operações de cartões de crédito.
Crédito pessoal
10%
A participação total relativa a cartões de crédito foi de 81%,
haja vista que os Recebíveis referem-se a operações de
compras a vista e parceladas sem juros através deste meio
de pagamento.
Financiamento
cartão de crédito
55%
Recebíveis
ƒ
Mais de 95% do total do saldo de conta é de curto prazo.
ƒ
Cabe ressaltar que o salde PCLD foi R$ 960,1 milhões, o que
representou 23,7% do total de Contas a Receber.
Passivo - Depósitos
ƒ
Representa uma das fontes de financiamento das operações
do banco, sendo os depósitos interfinanceiros o mais
representativo deles.
ƒ
O estoque de depósitos de curto prazo representou 37,2% do
total de depósitos.
26%
Depósitos
Valor total: R$ 1,4 bilhão
A vista
1%
A prazo
40%
Interfinanceiro
59%
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
24
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Aspectos financeiros (cont.)
Principais contas do Balanço Patrimonial
Contas a pagar - cartões de crédito
Passivo – Contas a pagar por cartões de crédito
Valor total: R$ 1,3 bilhão
Outros
7%
ƒ
Observa-se uma ampla concentração nos cartões
bandeirados da Mastercard e Visa, totalizando 69% do saldo
da conta.
ƒ
Há ainda ampla concentração em apenas um de seus
parceiros, C&A, demonstrando a dependência do Banco Ibi
em relação a ele.
C&A
24%
Visa
26%
43%
Mastercard
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
25
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Banco Ibi S.A. – Aspectos financeiros (cont.)
Demonstrativo de Resultado
Principais linhas de receita
DRE – 30/04/2009
Receita com prestação de serviços
Valor total: R$ 131 milhões
Resultado dos investimentos
Resultado de equivalência patrimonial
7.918
7.918
Receita (despesas) operacionais
Resultado de prestação de serviços
Despesas com pessoal
Receitas financeiras com operações de crédito
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(55.877)
131.892
(32.989)
629.890
(372.611)
Administrativas e gerais
Despesas tributárias
Outras receitas/(despesas) financeiras
Outras receitas/(despesas) operacionais
(193.832)
(38.258)
(53.198)
(126.771)
Resultado operacional
Resultado não operacional
Lucro antes doIR e CS
Imposto de renda e contribuição social - corrente
Imposto de renda e contribuição social - diferido
Participação dos acionistas minoritários
Lucro líquido do exercício
(47.959)
275
(47.684)
(434)
25.114
(23.004)
Tarifas
Outras
1%
23%
Comissão
41%
Anuidades
35%
Receita com operações de crédito
Valor total: R$ 630 milhões
Recup. Cred.
Empréstimos
8%
16%
Títulos descontados
2%
74%
Financiamento
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
26
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Ibi Corretora de Seguros Ltda.
Perfil da Ibi Corretora
ƒ A Ibi Corretora é uma empresa no ramo de seguros que oferece seus serviços através dos canais de distribuição do Banco Ibi.
ƒ A constituição de tal sociedade se fez necessária em virtude da obrigatoriedade legal da comercialização de seguros ser realizada por um corretor,
sendo este pessoa física ou jurídica.
Lei nº 4.594 de 29 de dezembro de 1964:
Art . 1º O corretor de seguros, seja pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e a promover contratos de seguros,
admitidos pela legislação vigente, entre as Sociedades de Seguros e as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado.
Produtos
ƒ A Ibi Corretora oferece seguro nos seguintes segmentos:
ƒ Odontológico
ƒ Automóvel
ƒ Vida
ƒ Perda/Roubo de cartões
ƒ Residencial
DRE – 30/04/2009
Balanço Patrimonial – 30/04/2009
Total Ativo
Circulante
Disponibilidades
Aplicações financeiras
Outras contas a receber
25.152
25.152
77
19.778
5.297
Total Passivo + PL
Circulante
Fiscais e previdenciárias
Outras contas a pagar
25.152
1.501
598
903
Realizável a longo prazo
-
Exigível a longo prazo
Provisão para contingências
848
848
Permanente
-
Resultado de exercícios futuros
-
Patrimônio líquido
Capital social
Ajuste a Mkt Value de TVM de controlada
Reserva de lucros
Lucros acumulados
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
22.803
500
8.275
14.028
Resultado dos investimentos
Resultado de equivalência patrimonial
Receita (despesas) operacionais
Resultado de prestação de serviços
Administrativas e gerais
Despesas tributárias
Outras receitas/(despesas) financeiras
Outras receitas/(despesas) operacionais
Resultado operacional
Resultado não operacional
Lucro antes do IR e CS
Imposto de renda e contribuição social - corrente
Imposto de renda e contribuição social - diferido
Participação dos acionistas minoritários
Lucro líquido do exercício
9.377
11.222
(1.980)
(739)
587
287
9.377
9.377
(1.464)
7.913
27
2. Perfil da Ibi Participações Ltda. (cont.)
Ibi Promotora de Vendas Ltda.
Perfil da Ibi Promotora
ƒ A Ibi Promotora é responsável por grande parte da força de vendas de produtos e serviços do banco. A empresa atua como correspondente não
bancário do Banco Ibi.
ƒ A empresa foi criada com o objetivo de alocar os funcionários responsáveis por comercializarem produtos e serviços financeiros nas lojas do Banco
Ibi.
Balanço Patrimonial – 30/04/2009
Total Ativo
Circulante
Disponibilidades
Aplicações financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Crédito tributário
Outras contas a receber
Realizável a longo prazo
Depósitos judiciais
Permanente
Investimentos
Imobilizado
Intangível
252.220
151.375
13.109
70.610
2.896
33.974
30.786
DRE – 30/04/2009
Total Passivo + PL
Circulante
Depósitos
Empréstimos e financiamentos
Instrumentos financeiros derivativos
Fornecedores
Fiscais e previdenciárias
Outras contas a pagar
32.968
32.968 Exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos
67.877 Provisão para contingências
40.626 Resultado de exercícios futuros
27.251
Patrimônio líquido
Capital social
Ajuste Mkt Value de TVM de controlada
Reserva de lucros
Lucros acumulados
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
252.220
124.741
95.196
7.618
1.627
7.050
13.250
75.773
26.370
49.403
4.200
47.506
57.139
4.425
(14.058)
Resultado dos investimentos
Resultado de equivalência patrimonial
-
Receita (despesas) operacionais
Resultado de prestação de serviços
Despesas com pessoal
Administrativas e gerais
Despesas tributárias
Outras receitas/(despesas) financeiras
Outras receitas/(despesas) operacionais
(20.357)
52.603
(16.846)
(20.281)
(5.827)
(2.467)
(27.539)
Resultado operacional
(20.357)
Resultado não operacional
Lucro antes do IR e CS
Imposto de renda e contribuição social - corrente
Imposto de renda e contribuição social - diferido
Participação dos acionistas minoritários
Lucro líquido do exercício
(342)
(20.699)
(3.984)
10.624
(14.059)
28
Conteúdo
1. Introdução
2. Perfil da empresa
3. Aspectos de mercado
30
4. Metodologia de avaliação
5. Taxa de desconto
6. Avaliação econômico-financeira
7. Conclusão
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29
3. Aspectos de mercado
• Os segmentos de mercado em que a Banco Ibi atua são analisados conforme os itens mencionados abaixo.
Segmento de mercado
Aspectos analisados
a) Evolução do mercado
Mercado varejista
b) Perspectivas de crescimento
c) Aumento de renda e geração de emprego
a) Evolução do mercado
Crédito
b) Perspectivas de crescimento de volume
c) Taxas praticadas
a) Evolução do mercado
Cartões de crédito
b) Perspectivas de crescimento
a) Evolução do prêmio
Seguros
b) Rentabilidade por segmento
c) Perspectivas de crescimento
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30
3. Aspectos de mercado (cont.)
Mercado varejista
Mercado Brasileiro de Varejo
• Ao longo dos últimos anos a economia brasileira vem demonstrando resultados positivos, corroborado pela estabilidade político-econômica;
elevação da disponibilidade de crédito no mercado; queda da taxa de desemprego e aumento da renda disponível à população, que perduram no
cenário atual, mesmo com o advento da crise.
• O setor varejista, por sua vez, vem acompanhando esse crescimento, uma vez que seus desempenhos estão diretamente correlacionado a fatores
macroeconômicos, como por exemplo o já citado aumento do poder de compra do brasileiro.
Índices de receita real de vendas no comércio varejista total*
índice (2003 =100)
CAGR: 10,3%
109,6 110,5 117,6
130,8
87,8
56,7
51,9
65,0
70,6
49,2
O crescimento (em termos reais) anual
médio das vendas do setor varejista tem
sido de 10,3% desde o ano 2000.
Comparando-o ao crescimento anual médio
do PIB nacional, de 2000 a 2008, de 3,55%,
nota-se que o setor de varejo obteve um
reflexo ainda mais positivo das conjunturas
econômicas recente.
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 jun/09
Composição da receita de vendas no comércio varejista (junho/2009)
Em porcentagem (%)
Hipermercados e
supermercados
Tecidos, vestuário e calçados
Outros artigos de uso pessoal
e doméstico
Combustíveis e lubrificantes
Hipermercados,
supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo
18%
7%
10%
10%
13%
11%
9%
11%
11%
Artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, de
perfumaria e cosméticos
Livros, jornais, revistas e
papelaria
Equipamentos e materiais para
escritório, informática e
comunicação
Móveis e eletrodomésticos
O gráfico ao lado demonstra as nove
principais atividades do varejo nacional. Em
junho de 2009, a representatividade das
vendas de Tecidos, Vestuário e Calçados
dentro do setor de varejo era de 11%.
*Nota: Série com ajuste sazonal.
Fonte: IBGE e análise BDO Trevisan.
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31
3. Aspectos de mercado (cont.)
Mercado varejista (cont.)
Mercado Brasileiro de Varejo (cont.)
Índices de receita real de vendas no comércio varejista (Tecidos, calçados e vestuário)
índice (2003 =100)
CAGR: 9,3%
122,4 128,2
115,0 118,7
Observa-se que quando se leva em
consideração somente as atividades de varejo
Tecidos, Calçados e Vestuário, o crescimento
anual médio (em termos reais) do setor sofre
uma queda de 10,3% para 9,3%.
92,2
60,1
55,7
2000 2001
51,9
65,0
71,1
2002 2003 2004
2005 2006 2007
2008 jun/09
• Em meados de setembro de 2008, no estopim da crise financeira global, a taxa de desemprego se elevou junto à restrição de acesso a crédito,
diminuindo assim a renda disponível da população, o que levou à queda das vendas do setor. No entanto, em maio de 2009, o volume de vendas do
comércio varejista voltou a crescer, aumentando 0,8% em relação a abril. Na comparação anual, com maio de 2008, o volume de vendas e a receita
nominal do varejo cresceram 4,0% e 8,9%.
• Na comparação maio/abril de 2009, com ajuste sazonal, sete das nove atividades do Varejo apresentaram taxas de variação positiva para o volume de
vendas, sendo o resultado do aumento para Tecidos, vestuário e calçados de 1,7%.
• A urbanização é outro fator que afeta o desempenho do varejo, uma vez que são nas áreas urbanas que estão localizadas a maioria das lojas de
departamento.Atualmente, cerca de 81,2% da população brasileira vive em domicílios situados em áreas urbanas. Outro fator favorável ao setor
varejista é que cerca de 57,8% da população tem abaixo de 29 anos, população que geralmente gasta uma porcentagem significativa de sua renda em
vestuário (entre os três maiores gastos).
• Além das grandes redes de lojas de departamentos, o setor de varejo de vestuário no Brasil é composto por pequenas empresas varejistas locais que
carecem de escala, ampla base de fornecedores e eficiência operacional das grandes redes, porém são capazes de competir com as grandes lojas por
se adaptarem às preferências locais com maior flexIbilidade e atuarem de maneira informal.
• Segundo estudo do Ibope (em agosto/2009), os shopping centers tendem a dobrar sua participação no varejo. Atualmente, o setor de shoppings
responde por 21% do faturamento do varejo nacional, mas pode chegar a 40% devido ao aumento da percepção de que esse é um negócio mais de
varejo do que imobiliárioo. Ainda segundo o Ibope, de 2006 a 2009, o percentual de clientes que efetivamente realizaram compras em suas visitas aos
shopping centers subiu de 40% para 45%, com um crescimento de 31% na média de gastos com compras, de R$ 107 para R$ 140.
Fonte: IBGE e análise BDO Trevisan.
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32
3. Aspectos de mercado (cont.)
Mercado varejista (cont.)
Mercado Brasileiro de Varejo - renda
• Como citado anteriormente, a renda disponível para consumo da população é um dos maiores expoentes para o desenvolvimento do setor de
varejo.
• Apesar de haver uma grande desigualdade social na distribuição de renda no país, a participação da classe de baixa renda (classes C, D e E) no
mercado de consumo chega a representar 65% dos lares brasileiros, movimentando aproximadamente R$ 512 bilhões por ano.
• Aliando esse fato ao crédito facilitado, o consumo da população eleva-se como um todo, de forma que atualmente muitas empresas estão
direcionando seus produtos e esforços de comunicação somente a este segmento.
Evolução da classe média brasileira
Composição dos gastos da família brasileira média
Em % da população total
Em porcentagem (%) do orçamento mensal
45,5%
53,2%
23,9%
13,4% 12,6%
2005
2006
2007
6,4%
2008
5,2%
18,3%
2009
pe
za
18,4%
lim
20,8%
4,3%
7,0%
3,8%
e
2004
23,0%
ig
ie
ne
2003
24,4%
13,2%
10,2%
H
2002
27,9%
Tr
an
sp
or
te
29,2%
30,4%
ut
ro
s
44,1%
52,3%
O
41,6%
50,2%
La
ze
r
42,4%
48,2%
Classe média (Classe C)
Classe baixa renda (Classe E)
A contínua expansão da classe média (classe C) vem incrementando
o consumo e ajudando a expandir o desenvolvimento nacional. Esse
consumo, por sua vez, aquece o setor de varejo da economia.
* Nota: Dado A.T. Kearney
Fonte: FGV, O Estado de São Paulo, IBGE e análise BDO Trevisan
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O Brasil aponta como o mercado emergente mais atraente para
varejistas de roupas. A venda per capita anual de peças de vestuário
é equivalente a US$ 490 (cerca de R$914).*
33
3. Aspectos de mercado (cont.)
Mercado varejista (cont.)
Mercado Brasileiro de Varejo – renda (cont.)
• Segue abaixo o detalhamento das classes de consumo nacionais:
2005
2006
2007
15% da população
A/B
15%
18%
15%
28 milhões de pessoas
R$ 2.217 renda familiar
média
46% da população
C
34%
36%
46%
86,2 milhões de pessoas
R$ 1.062 de renda familiar
média
39% da população
D/E
51%
46%
39%
72,9 milhões de pessoas
R$ 580 de renda familiar
média
Somente classe A: Turismo interno,
marcas premium, carros importados,
artigos de luxo e singularidades,
imóveis (investimentos), gastos com
segurança e despesas no domicílio.
Inclui as classes B e C: Imóveis (troca),
construção civil, turismo,
entretenimento/cultura, alimentos,
eletrodomésticos, vestuários, carros
novos (modelos econômicos) e serviços
(escola, dentista, saúde, etc.)
Inclui as classes D e E:
Eletrodoméstico, construção civil,
cosméticos, higiene e limpeza,
vestuário, produtos farmacêuticos,
alimentos, caros usados e aluguéis.
Como pode ser observado, a maior base populacional está na classe C,
onde estão concentrados grande parte do esforço de venda dos
varejistas atualmente.
Fonte: Itaucard, Boanerges&Cia Consultoria em varejo financeiro e análise BDO Trevisan.
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34
3. Aspectos de mercado (cont.)
Mercado varejista (cont.)
Mercado Brasileiro de Varejo – emprego
ƒ
O nível de emprego de um país é um dos principais alicerces responsáveis por impulsionar o mercado de varejo nacional.
• Atualmente, o mercado de trabalho brasileiro demonstra recuperação com a criação de 138.402 novas vagas de trabalho com carteira assinada no
último mês de julho, atingindo o maior nível de 2009. No ano, a criação de empregos formais atingiu 437.908 novos postos, levando o país a
registrar 32.431.210 trabalhadores sob regime celetista.
• Houve ainda um crescimento do salário médio do brasileiro de R$752,96 para R$764,14, um aumento real de 1,49%.
• Essa recuperação do nível de emprego estimula a volta da produção em setores da economia, que em sua maioria, até então, estava adotando a
política de liquidação dos estoques provenientes do boom de aquecimento pré-crise.
Evolução mensal da taxa de desemprego*
Evolução da criação de emprego por períodos
Em porcentagem (%)
Em mil/ano
14
12
1.537
10
8
664
6
4
2
*Nota: Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por Regiões Metropolitanas
Fonte: IBGE e análise BDO Trevisan
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2009.04
2008.11
2008.06
2008.01
2007.08
2007.03
2006.10
2006.05
2005.12
2005.07
2005.02
2004.09
2004.04
2003.11
2003.06
2003.01
2002.08
2002.03
2001.10
0
-323
Média (1995 - 1999)
Média (2000 - 2003)
Média (2004 - 2008)
35
3. Aspectos de mercado (cont.)
Crédito
Mercado brasileiro de crédito
ƒ
O mercado brasileiro de crédito sofreu forte expansão nos últimos anos; prova disso é o ratio entre crédito Vs PIB que ultrapassou os 40% em
2009; entretanto o país ainda apresenta as maiores taxas de juros e de spread; isso em uma conjuntura internacional de redução de juros.
ƒ
Isso posto, há de se observar que ainda existe espaço para a concessão de crédito, visto que o spread, mesmo com a evolução macroeconômica
do país, não sofreu grande queda.
Evolução do volume nominal de operações de crédito
Evolução do spread bruto* médio
Em R$ bilhões
Em porcentagem (%)
56,9%
55,6%
48,9%
12.998,1
27,2%
27,0%
51,4%
46,4%
30,0%
44,5%
41,3%
36,3%
31,9%
28,1%
29,1%
28,5%
9.856,4
7.975,7
6.587,0
4.053,2 4.321,8
4.732,3
12,0%
5.471,0
11,8%
14,5%
14,7%
13,5%
13,8%
13,9%
25,3%
12,8%
37,7%
26,5%
15,3%
7.489,7
2.196,3
2000
jun
2001
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
jun
2009
2001
2002
2003
Pessoa jurídica
2004
2005
Pessoa física
2006
2007
2008
Consolidado
Observa-se que o volume de crédito aumentou substancialmente nos
últimos anos, entretanto o spread bruto médio não diminuiu na
mesma proporção, reforçando que ainda há espaço para queda de
juros.
Nota: *Operação de crédito com recursos livres
Fonte: FEBRABAN e análise BDO Trevisan
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36
3. Aspectos de mercado (cont.)
Crédito (cont.)
Mercado brasileiro de crédito (cont.)
Evolução das operações de crédito em % do PIB
Em porcentagem (%) e R$ milhões
3.500.000,0
40%
3.000.000,0
35%
30%
2.500.000,0
25%
2.000.000,0
20%
1.500.000,0
15%
1.000.000,0
10%
500.000,0
5%
0,0
A Confederação Nacional
das Indústrias estima que
em 2015 o índice de crédito
VS PIB será de
aproximadamente 70%. Tal
volume de crédito na
economia refletirá num
aumento de comercialização
de bens e serviços,
reforçando o pujante
crescimento do país.
0%
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
PIB
% Crédito
Evolução das operações de crédito em % do PIB
Em porcentagem (%), 2008
186,91%
194,78%
111,44%
114,43%
82,35%
34,76%
Japão
EUA
Alemanha
China
Fonte: BACEN, FEBRABAN e análise BDO Trevisan.
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Chile
Brasil
40,80%
A comparação com outros
países, torna evidente a
existência de espaço para o
crescimento de operações
de crédito no Brasil.
India
37
3. Aspectos de mercado (cont.)
Crédito (cont.)
Mercado brasileiro de crédito (cont.)
• Atualmente, com a melhora do cenário global após o ápice da crise, já se presencia o aumento da demanda por crédito da população, o que
demonstra o reaquecimento da economia.
• Em julho de 2009, o saldo total das operações de crédito encerrou o mês de Julho em 1,311 tri, o equivalente a 45% do PIB, recorde da série em
seu período mais recente. Em relação ao mês de Junho o crescimento foi de 2,6% e na comparação anual a variação foi positiva em 20,8%.
• Esse crescimento foi direcionado tanto pelas operações com recursos direcionados, que apresentaram evolução acentuada de 32,6% em
comparação a Julho de 2008, quanto com recursos livres, que obtiveram variação anual de 16,1%. Em recursos livres, o crescimento foi
condicionado também pelas operações com pessoas físicas, que aumentaram 1,5% no mês e 12,2% em um ano.
Evolução das operações de crédito com recursos livres (pessoas físicas)
Em R$ bilhões
471,4
327,3
168,2
37,0 57,6
74,0 58,4
90,6
jun/00 2001
dez/00
2002 2003
2004 2005
365,2
208,5
2006 2007
2008 jan/09
jun/09
A queda na evolução das operações de crédito, impulsionada pelo abalo da crise global, é
evidente a partir do segundo semestre de 2008. No entanto, divulgações recentes
demonstram maior estabilidade econômica, de forma que tal curva tende a inversão.
Fonte: FEBRABAN e análise BDO Trevisan.
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38
3. Aspectos de mercado (cont.)
Crédito (cont.)
Mercado brasileiro de crédito (cont.)
Evolução das taxas médias anuais (pré-fixadas) das operações de crédito com recursos livres (pessoa física)
Em % a.a.
223,5%
138,3%
122,7%
114,2%
105,3%
75,1% 69,8% 74,8% 77,8%
62,9% 61,4%
55,7%
47,7% 51,4% 49,2%
O bom momento da
economia é refletido no
gráfico ao lado, onde, nos
últimos anos nota-se a forte
queda na taxa repassada
pelas Instituições financeiras
a pessoa física, passando
de 223,5% a.a, em 1995,
para 49,2% a.a., em Junho
de 2009.
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 jun/09
Evolução do volume de crédito com recursos livres para pessoa física
Participação das linha de produto no crédito livre
Em R$ bilhões
Em porcentagem (%)
4.361,0
9%
3% 6%
3%
3.346,6
2.597,1
1.999,7
928,9
1.057,8
2.492,6
1.412,5
1.126,8
569,1
276,4 250,6 243,9
Outras
Cartão de crédito
29%
49%
Financiamento Bens
1%
Financiamento Veículos
Cheque especial
Crédito pessoal (inclui consignado)
Financiamento Imobiliário
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: FEBRABAN e análise BDO Trevisan.
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39
3. Aspectos de mercado (cont.)
Crédito (cont.)
Mercado brasileiro de crédito (cont.)
Evolução taxas médias mensal (pré-fixada) das operações de crédito com recursos livres – Crédito Pessoal (inclui consignado)
Em%
214%
130%
110%
É notória a melhora de percepção de
risco no país, vis-à-vis a queda na taxa
média cobrada em empréstimos para
pessoa física, bem como no volume
emprestado (com exceção do ápice da
crise no final de 2008 e início de 2009).
120%
106%
71%
78%
85%
91%
74%
69%
62%
51%
54%
50%
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Evolução do volume das operações de crédito (pré-fixado) com recursos livres – Crédito Pessoal (inclui consignado)
1410,4
1107,8
880,8
821,9
669,2
446,5
72,2
80,4
91,1
1997
1998
1999
161,6
2000
331,6
249,9 296,9
2001
2002
2003
2004
Fonte: FEBRABAN e análise BDO Trevisan.
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2005
2006
2007
2008
2009
A queda no volume das operações de
crédito advêm da crise de liquidez que
assolou o mundo em Setembro de 2008,
que perdura até os dias de hoje,
entretanto índices do mercado
financeiro, como taxa de desemprego e
volume de crédito já reforçam que a
tendência é de inversão da cursa
apresentada ao lado.
40
3. Aspectos de mercado (cont.)
Crédito (cont.)
Mercado brasileiro de crédito (cont.)
Evolução mensal do spread bruto anual médio das operações de crédito com recursos livres (pessoa jurídica)
Em pontos percentuais
59,4
54,9
37,9
69,3
52,0
51,7
53,6
52,1
47,6
51,1
37,7
40,8
Em virtude da crise, os bancos
diminuíram o volume de crédito (visto no
gráfico abaixo), bem como foram mais
rígidos na concessão de empréstimos,
refletido através do aumento do spread
no final de 2008 e início de 2009.
32,2
35,3
31,4 30,3
31,0
20,2
1998
58,7
55,3
58,2
1999
2000
15,3
16,0
2001
2002
24,9
29,7
28,7
23,8
23,7
21,5
24,2
20,3
19,3
19,9
19,2
17,8
19,5
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Desconto de duplicatas
Capital de giro
2009
Conta garantida
Evolução do volume de crédito com recursos livres para pessoa jurídica
Participação das modalidades no crédito livre (pessoa jurídica)*
Em R$ bilhões
Em porcentagem (%)
4.914,7
11,8%
0,4%
4,7%
2,9%
3.516,8
4,8%
2.805,9
2.340,3
1.649,5
1.183,7
748,9
751,4
787,4
1997
1998
1999
2000
2001
1.743,9
2002
1.802,9
2003
2.787,8
2.016,1
2004
2005
*Nota: Inclui apenas operações pré-fixadas.
Fonte: FEBRABAN e análise BDO Trevisan.
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2006
2007
2008
Capital de giro
Conta garantida 0,6%
Financiamento imobiliário
Financiamento de bens
15,7%
Vendor
Outras operações 1
Hot money
Desconto de duplicatas
59,1%
2009
41
3. Aspectos de mercado (cont.)
Crédito (cont.)
Mercado brasileiro de crédito (cont.)
• As 3 (três) modalidades de operações de crédito para pessoa jurídica mais comuns no mercado brasileiro são: Desconto de duplicatas, Capital de
Giro e Conta Garantida. Tais instrumentos de financiamentos são amplamente divulgados e conhecidos pela facilidade em acessar os mais
diversos tipos e tamanhos de empresa, bem como pelo agilidade em se obter essas linhas de crédito.
Evolução do volume das operações de crédito com recursos livres por modalidade (pessoa jurídica)
Em R$ bilhões
1.623,0
Desconto duplicatas
1.072,5
934,5
Capital de Giro
Conta garantida
681,1
546,2
369,8
547,2
418,7
289,6
152,3
94,6
43,4
1997
170,4
156,9
109,5
37,0
1998
116,9
31,9
1999
170,2
222,4
212,6
153,9
48,3
2000
243,8
255,1
292,3
339,2
382,9
432,0
285,7
69,3
78,2
102,6
119,9
130,1
145,1
165,9
63,0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
86,0
jun/09
Uma economia forte é refletida pelo desenvolvimento do mercado de capitais do país, sendo
assim, espera-se que nos próximos anos haja um maior volume de crédito, queda de spread e
maior número de instrumentos financeiros no mercado brasileiro.
Fonte: FEBRABAN e análise BDO Trevisan.
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42
3. Aspectos de mercado (cont.)
Cartão de crédito
Cartões de crédito
a) Evolução do mercado
• O mercado de transações eletrônicas através de cartões de crédito/débito/private label tem apresentado crescimento sustentado desde 2004, O
crescimento médio do número destes cartões foi de 16,7% a.a. entre 2004 e 2008.
• Tal evolução tem sido registrada, principalmente, em função da tendência de migração dos meios de pagamentos tradicionais, cheque e dinheiro,
para os meios de pagamentos eletrônicos. A participação de cartões de crédito/débito/private label no total de pagamentos realizados elevou-se em
16,5 p.p. no período.
Evolução do número de cartões
Evolução dos instrumentos de pagamentos
Milhões
% Volume transacionado
16,7
CAGR:
%
1.753
17,5%
16,3%
18,7%
19,7%
20,2%
11,3%
12,4%
12,0%
11,1%
9,9%
21,6%
23,9%
25,9%
28,2%
29,1%
22,2%
24,7%
23%
19%
16%
2006
2007
2008
1.580
1.429
1.265
1.135
15,7%
34%
2004
2005
2006
2007
2008
2004
18,1%
29%
2005
Cheque
Cartão de débito
20,4%
Cartão de crédito
Débito direto
Transferências
ƒ Evolução do segmento de pagamentos eletrônicos está diretamente relacionado à substituição dos meios de pagamentos tradicionais
pelos eletrônicos.
Fonte: Anbid, Abecs, IBGE e análise BDO Trevisan
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43
3. Aspectos de mercado (cont.)
Cartão de crédito (cont.)
a) Evolução do mercado (cont.)
• Além do fator comportamental dos consumidores, deve-se ressaltar que a melhoria das condições econômicas propiciaram uma elevação do
consumo privado à taxa média de 11,5% a.a. (nominal) entre 2004 e 2008, elevando sua representatividade em relação ao total do PIB em 3 p.p.
•
Por sua vez, a participação de compras através de cartões de crédito/débito/private label em relação ao consumo privado apresentou aumento de
7,4 p.p. no mesmo período acima citado, demonstrando crescimento superior à média dos demais segmentos de mercado.
Ratio consumo privado / PIB (nominal)
Volume de compra em cartões x consumo privado
R$ bilhões
% Volume transacionado
2.890
2.598
25%
21,4%
2.370
19,1%
2.147
20%
1.941
15,8%
1.700
1.478
979
63%
1.065
63%
1.179
15%
1.302
10%
63%
62%
60%
17,1%
14,0%
61%
58%
59%
60%
61%
61%
5%
8,4%
9,1%
3,7%
4,4%
1,9%
2,3%
9,9%
4,7%
2,5%
11,0%
5,2%
12,3%
6,1%
3,0%
2,9%
0%
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2004
Total
2005
Crédito
2006
Débito
2007
2008
Private label
ƒ Crescimento do salário real e redução dos níveis de desemprego resultaram em uma maior base de consumidores com melhor poder
aquisitivo.
ƒ A junção deste cenário ao de substituição dos meios de pagamentos tradicionais pelos eletrônicos propiciou um crescimento expressivo
do segmento de cartões de crédito/débito/private label
Fonte: IBGE, Abecs e análise BDO Trevisan
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44
3. Aspectos de mercado (cont.)
Cartão de crédito (cont.)
b) Perspectivas de crescimento
• Apesar da representatividade dos cartões de crédito prevalecerem sobre os demais em termos de número de transações e ticket médio os cartões
de débito tem apresentado crescimento mais acentuado em relação a estes índices.
• Tal evolução vai ao encontro de tendências observadas em mercados mais maduros, como o norte-americano, onde o número de transações
realizadas através de cartões de débitos supera as de crédito em 1,5 vezes. Por sua vez ,o ticket o ticket médio dos cartões de débito,
correspondem a 51,6% dos cartões de crédito.
• Desta forma, espera-se a manutenção do crescimento do número de transações de cartões de débito superior aos demais cartões e manutenção
da relação do ticket médio, haja vista a relação de 52% entre o ticket médio dos cartões de débito e crédito.
Ticket médio
Número de transações
R$
Em bilhões
CAGR
3,0%
98
91
90
87
93
86
2,5
2,2
2,1
2
1,9
1,6
1,5
1,5
60
53
49
CAGR
3,1%
53
52
44
45
45
46
2004
2005
2006
51
48
CAGR
4,2%
30
Crédito
1
Débito
2007
2008
Private Label
Fonte: Abecs, Federal Reserve Payments Study 2007 e análise BDO Trevisan
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0,5
1,1
1,3
1,2
0,9
0,5
1,7
1
0,9
CAGR
19,0%
CAGR
23,5%
CAGR
19,0%
0,7
0,6
0
2004
Crédito
2005
2006
Débito
2007
2008
Private Label
45
3. Aspectos de mercado (cont.)
Seguros
a) Evolução do prêmio e penetração
• O crescimento médio anual de 14,6% dos prêmios tem sido influenciado por um período de maior estabilidade econômica e possIbilidade de
planejamento por parte dos agentes.
• Um dos segmentos que mais tem se beneficiado desta situação é o de previdência, em função dos agentes poderem ter expectativas mais
confiáveis quanto à realização de seus rendimentos futuros.
• Nos últimos anos, o mercado segurador tem apresentado um crescimento médio superior ao PIB em 2,5 vezes.
Evolução do prêmio total* e penetração (PIB)
Mercado segurador* e PIB – variação anual
R$ bilhões
Em moeda constante
96
CAG
27%
84
4,6%
R: 1
24%
74
60
21%
66
18%
51
33
15%
43
12%
9%
6%
3%
Nota: * Inclui capitalização
Fonte: Fenaseg, IBGE e análise BDO Trevisan
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2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1995
1996
Prêmio total
Prêmio/PIB
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
0%
-3%
1997
2,3% 2,6% 2,7% 2,7%2,7% 2,8% 2,9% 2,9% 3,0% 3,1% 3,1% 3,1% 3,2% 3,3%
1996
16
28
22 25 26
38
30%
-6%
-9%
-12%
Prêmio total – CAGR: 7,4%
PIB – CAGR: 3,0%
46
3. Aspectos de mercado (cont.)
Seguros (cont.)
a) Evolução do prêmio e penetração (cont.)
• Os dois principais segmentos – Vida/Previdência e Auto/RE – apresentam um crescimento médio anual de 15,9% e 13,1% respectivamente.
Evolução do prêmio total por segmento
CAGR
(2003-2008)
96,3
51,1
6,0
Capitalização
21,0
Vida/Previdência
Saúde
59,0
6,4
25,1
65,6
6,9
73,6
7,1
84,3
7,8
13,5%
9,0
8,4%
43,8
38,7
15,9%
31,9
27,7
8,4
9,1
10,0
11,2
6,6
7,6
19,8
22,6
35
27,8
32,4
17,5
2003
2004
2005
2006
2007
2008
11,1%
13,1%
Auto/RE
Fonte: Fenaseg e análise BDO Trevisan
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47
3. Aspectos de mercado (cont.)
Seguros (cont.)
Mercado nacional de seguros – distribuição por região
PIB: 106,5 Bi
População: 15 MM
Mercado de Seguro Total*: 1,8%
Seguro Geral: 1,8%
PIB: 280,5 Bi
Previdência e Vida: 1,8%
População: 52 MM
Mercado de Seguro Total*: 7,4%
Seguro Geral: 7,8%
Previdência e Vida: 7,1%
Norte
PIB: 190,2 Bi
Nordeste
População: 13 MM
Mercado de Seguro Total*: 6,4%
Seguro Geral: 7,8%
CentroOeste
Previdência e Vida: 5,5%
PIB: 356,3 Bi
População: 27 MM
Mercado de Seguro Total*: 15,2%
Seguro Geral: 17,0%
Previdência e Vida: 13,9%
Sudeste
PIB: 1.200 Bi
Sul
População: 78 MM
Mercado de Seguro Total*: 69,2%
Seguro Geral: 65,6%
Previdência e Vida: 71,8%
* Inclui prêmios de seguros, contribuições retidas e receita de capitalização, referentes ao segmentos de Vida, Gerais e Previdência.
Fonte: Fenaseg, Susep e ANS.
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48
3. Aspectos de mercado (cont.)
Seguros (cont.)
b) Rentabilidade por segmentos
• O segmento de Vida e Previdência representa quase 50% do mercado segurador e ainda apresenta o maior retorno do capital empregado (ROE).
Em seguida, destaca-se o Auto/RE com 32,9% de market share, dos quais 16,1% referem-se à subdivisão de automóveis
Rentabilidade por segmento
ROE
60%
50%
40%
Vida e Previdência
Capitalização
Auto/RE
30%
9,3%
Saúde
20%
45,9%
32,9%
11,9%
10%
Market Share
0%
0%
10%
Fonte: Fenaseg e análise BDO Trevisan
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20%
30%
40%
50%
60%
49
3. Aspectos de mercado (cont.)
Seguros (cont.)
c) Perspectivas de crescimento
• O mercado brasileiro de seguros apresenta grande potencial de crescimento – prêmios pagos per capita e prêmios pagos/PIB equivalentes a 29% e
37% da média mundial, respectivamente.
Prêmio per capita e penetração no mundo
UK
7.000
11%
Prêmios pagos per capita - USD
6.000
França
5.000
USA
7%
31%
4.000
12%
Itália
Japão
3.000
6%
4%
Alemanha
2.000
Média mercados Oceania
emergentes
2%
Europa
40%
Brasil
1.000
Argentina
África
9%
0
0
1%
0,4%
2
4
0,8%
Fonte: Fenaseg e análise BDO Trevisan
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22%
6
Ásia
8
10
12
14
16
18
Prêmios pagos/PIB (%)
50
Conteúdo
1. Introdução
2. Perfil da empresa
3. Aspectos de mercado
4. Metodologia de avaliação
52
5. Taxa de desconto
6. Avaliação econômico-financeira
7. Conclusão
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51
4. Metodologia de avaliação
Metodologia de avaliação (Fluxo de caixa descontado)
• A natureza da operação bancária, cujo o endividamento e requerimentos de capital são pilares da operação, torna a avaliação
do negócio pela abordagem do fluxo de caixa operacional inapropriada.
• Adotamos o fluxo de caixa livre para o acionista (=dividendos) como abordagem para a determinação do valor de mercado da
Ibi Part.
Fluxo de
caixa
descontado
• Para tanto, o valor da empresa para os acionistas foi mensurado pelo montante de fluxo de caixa livre ao acionistas que se
(FCD)
• Os fluxos de caixa livres para os acionistas anuais foram, então, descontados pelo custo do capital próprio, obtido a partir do
espera gerar no futuro pelo negócio, descontado a valor presente, para refletir o efeito do tempo, o custo de oportunidade e o
risco associado ao negócio.
Modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM) . Posteriormente, os fluxos de caixa livres descontados são somados para se
obter o valor do negócio (Enterprise Value).
• Para se obter o valor da empresa avaliada (Equity Value), e conseqüentemente, o valor econômico das ações do Ibi Part,
foram somados e subtraídos os ativos e os passivos não operacionais existentes na data-base da avaliação.
Projeções
Demonstrativos financeiros
Receitas
Cálculo do valor da empresa
Custo de capital
Balanço patrimonial
Custos/Despesas
Valor residual
Demonstrativo do resultado
Fluxo de caixa
Outras entradas
e saídas de caixa
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Ativos e
passivos não
operacionais
52
4. Metodologia de avaliação (cont.)
Metodologia de avaliação (Avaliação por Múltiplos)
•
De forma a melhor fundamentar o valor obtido por meio da avaliação por fluxo de caixa descontado, foi utilizada a avaliação
por múltiplos de mercado.
•
A Avaliação se baseou em múltiplos de empresas congêneres cotadas na Bolsa de Valores (Múltiplos de Mercado) e
transações semelhantes (Múltiplos de Transações).
•
Na Avaliação por Múltiplos de Transações utilizou-se as principais transações, desde 1997 para as privatizações, e desde
2002 para as transações onde bancos privados foram adquiridos. Somente as transações em que houve transferência de
controle foram consideradas*.
•
Na Avaliação por Múltiplos de Mercado foram realizadas comparações com bancos similares ao Banco Ibi.
•
Optou-se pela utilização dos múltiplos relativos ao lucro líquido (Valor da Empresa/Lucro Líquido ou “P/E”) e patrimônio líquido
(Valor da Empresa/Patrimônio Líquido ou “P/B”), como parâmetros mais precisos a serem aplicados nos indicadores do Banco
Ibi.
Avaliação por
múltiplos
Múltiplos
utilizados
• Múltiplos de Mercado – P/E e P/BV
• Múltiplo de Transações – P/BV
Nota: *De acordo com o critério adotado, a recente aquisição de 49% do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil não foi considerada.
Fonte: Análise BDO Trevisan.
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53
Conteúdo
1. Introdução
2. Perfil da empresa
3. Aspectos de mercado
4. Metodologia de avaliação
5. Taxa de desconto
55
6. Avaliação econômico-financeira
7. Conclusão
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54
5. Taxa de desconto
• Para determinar o custo de capital próprio da Ibi Part, utilizou-se a metodologia do CAPM (Modelo de Precificação de Ativos
de Capital, do inglês, Capital Asset Pricing Model), de acordo com a seguinte fórmula:
Custo de
capital
próprio
(CAPM)
Ke = (Rf + β (Rm – Rf) + Rb + Rs) / (1+ CPI)
Ke
= Custo de capital próprio
Rf
= Retorno médio livre de risco
β
= Beta realavancado
Rm
= Retorno médio de longo prazo obtido pelo mercado acionário dos EUA
Rb
= Risco Brasil
Rs
= Prêmio pelo tamanho da empresa
CPI
= Consumer Price Index – índice de inflação norte-americano
Fonte: Análise BDO Trevisan.
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55
5. Taxa de desconto (cont.)
{ [ 1 + ( Rf + β (Rm – Rf) + Rb + Rs ) ] / (1+CPI) x (1+IPCA) } - 1
Cálculo Ke
•
Variável
Cálculo
Rf
z
Considerou-se a o retorno dos Títulos do Tesouro dos EUA (T-Bonds) de 30 anos, na data de 28/08/2009. (Fonte:
Bloomberg, Federal Reserve Board)
z
4,27%
β
z
Beta é o coeficiente de risco específico das ações de uma empresa em comparação a um índice de mercado.
z
0,54
z
Os efeitos tributários e o endividamento do setor são excluídos do Beta médio calculado, resultando em um Beta
desalavancado. Ele é realavancado de acordo com a estrutura de capital da empresa que está sendo avaliada,
utilizando a alíquota de imposto de renda em vigor no Brasil (25% de Imposto de Renda e 9% de Contribuição Social
do Lucro Líquido).
z
Para determinar o Beta adequado para a Ibi Part, considerou-se o Beta médio desalavancado de empresas
comparáveis ao Banco Ibi em mercados emergentes. (Fonte: Damodaran)
z
Prêmio de risco do mercado é o retorno adicional exigido por investidores para compensar um elemento de incerteza
maior em investimentos em ações versus investimentos livres de risco.
z
3,88%
z
Para a estimativa do prêmio de risco de mercado, considerou-se a média geométrica dos retornos anuais do índice
S&P 500 no período compreendido entre 1928 a 2008 menos a média geométrica dos retornos do T-Bonds de 10
anos (Rf) para o mesmo período. (Fonte: Damodaran, Federal Reserve Board)
z
Em função das demais variáveis serem compostas com base em dados do mercado norte-americano se faz
necessário nacionalizar tais informações. Desta forma, é adicionado o Risco Brasil à composição do cálculo do custo
de capital de terceiros, o qual corresponde ao retorno adicional exigido por um investidor ao alocar seus recursos em
ativos que não correspondam a títulos do tesouro norte-americano (considerados de risco zero).
z
2,42%
z
Com base na liquidez, maturidade e duração do projeto, e na atual conjuntura econômica, avaliamos que o Risco
Brasil mais apropriado consiste na média dos últimos 2 anos deste índice (fonte: Bloomberg).
Rs
z
Dada a natureza da empresa analisada, foi adicionado ao cálculo tradicional do custo do capital próprio um prêmio de
risco pelo tamanho da empresa, classificada como “Low Capitalization”. (Fonte: Ibbotson)
z
2,71%
CPI
z
Em virtude do modelo por nós utilizado ser em moeda nominal e em Reais, se faz necessário descontar a inflação.
Utilizamos a média da inflação americana – Consumer Price Index – de 1928 a 2008. (Fonte:
www.bls.gov/cpi/tables.htm)
z
3,25%
IPCA
z
Para obtermos a taxa de desconto nominal em Reais, fez-se necessário adicionar a inflação. Utilizamos a média do
IPCA considerado para o período projetivo. (Fonte: Bacen – Boletim Focus 14/08/2009)
z
4,32%
z
13,18%
[Rm – Rf]
Rb
Ke
Fonte: Bloomberg, Damodaran, Us Bureau of Labor Statistic, Ibboltsons, Federal Reserve Board e análise BDO Trevisan.
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Valor
56
5. Taxa de desconto (cont.)
• O gráfico abaixo apresenta o comportamento do Risco Brasil nos últimos 10 anos, em pontos percentuais.
25
Período eleitoral – eleição do Lula
20
Evolução do
Risco Brasil
15
(RB)
Data utilizada pela
BDO Trevisan para
determinar o risco
Brasil (28/08/2009)
10
5
fev-00
ƒ
fev-01
fev-02
fev-03
fev-04
fev-05
fev-06
fev-07
fev-08
fev-09
O período utilizado pela BDO Trevisan compreende o período entre junho de 2007 e junho de
2009 em que as taxas de inflação se mostraram controladas, houve um aumento das reservas
internacionais, os juros reais apresentaram redução, bem como o país apresentou uma política
monetária e fiscal responsáveis.
Fonte: Bloomberg e análise BDO Trevisan.
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57
Conteúdo
1. Introdução
2. Perfil da empresa
3. Aspectos de mercado
4. Metodologia de avaliação
5. Taxa de desconto
6. Avaliação econômico-financeira
59
7. Conclusão
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58
6. Avaliação econômico-financeira
Fluxo de caixa descontado
Moeda
• As projeções financeiras foram realizadas em moeda nominal, ou seja, incorpora a inflação projetada.
• Do ponto de vista teórico, considerando a continuidade dos negócios da empresa avaliada, o horizonte de projeção se
Horizonte de
projeção
estenderia ao infinito ou por prazos muito longos. Entretanto, por razões de ordem prática, é considerado um horizonte de
projeção de alguns anos, de acordo com as características do negócio da empresa avaliada, e ao fim desse período é
adicionado um valor terminal (perpetuidade).
• A data-base da Avaliação é de 30/04/2009. De acordo com as características do negócio da Ibi Part e com base em
discussões com a Administração do BRADESCO e BBI, consideramos um horizonte de projeção que se estende até 2019.
• Posteriormente, calculamos o valor terminal com base no fluxo perpétuo, assumindo apenas a inflação (crescimento real igual
a zero).
• Para a Avaliação foram utilizadas as premissas apresentadas nas páginas a seguir, com as quais se obteve as projeções das
demonstrações contábeis, para fins de projeção do fluxo de caixa futuro do Ibi Part.
• A Avaliação foi elaborada com base nas seguintes informações:
9 Balanços auditados de 31 de dezembro de 2006, 2007 e 2008 do Banco Ibi;
9 Demonstrativos de resultado auditados do Banco Ibi referentes aos exercícios de 2006, 2007 e 2008;
Premissas
gerais
9 Balanços consolidados do grupo auditados, contemplando Banco Ibi, Ibi Corretora, Ibi Promotora e Ibi Par de 31 de
dezembro de 2008 e 30 de abril de 2009;
9 Demonstrativos de resultado consolidados auditados do grupo, contemplando Banco Ibi, Ibi Corretora, Ibi Promotora e
Ibi Par de 2008 e 1º quadrimestre de 2009;
9 Apresentação dos produtos, canais de venda e aspectos financeiros do Ibi fornecidos pela Administração do
BRADESCO e BBI; e
9 Plano de Negócios do Banco Ibi elaborado pelo BRADESCO para os próximos 10 anos (2009-2018).
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59
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Metodologia de projeção
• As contas da Ibi Part foram projetadas conforme a seqüência de passos apresentada abaixo:
Projeção da carteira de crédito
9 Segmentação da carteira de crédito do Banco Ibi entre crédito pessoal, financiamento de cartões de crédito, cessão de crédito,
desconto de duplicatas, cédula de crédito bancária (CCB), conta garantida e capital de giro e projeção da carteira com base nos
drivers relevantes para cada produto.
Receitas com operações de crédito e prestação de serviços
9 Projeção da receita com operações de crédito com base na carteira projetada por produto e no spread cobrado por modalidade de
crédito em relação ao CDI, levando em conta o histórico do Banco Ibi, as taxas médias praticadas no mercado (Banco Central) e a
projeção para os próximos anos.
9 Divisão da receita com prestação de serviços entre comissões com interchange, comissões com seguros, outras comissões,
Premissas
gerais
anuidades, tarifas bancárias e outras tarifas. Projeção da cada linha de receita a partir da tarifa média histórica cobrada por serviço
e na estimativa de contas ativas, volume financeiro de cartão de crédito, número de cartões bandeirados e private label, de acordo
com o serviço prestado.
Despesas e capital de giro
9 Determinação da elasticidade das despesas com pessoal e administrativas em relação a carteira de crédito, com base no potencial
ganho de escala do Banco Ibi, tendo como base a representatividade das despesas do benchmark. Projeção das despesas
tributárias com base nas alíquotas de imposto por linha de receita.
9 Estimativa do ativo e passivo operacional de acordo com o número de dias histórico por conta em relação a linha de receita ou
despesa compatível.
Grau de alavancagem, depósitos e aplicações compulsórias
9 Projeção do Patrimônio Líquido de cada ano, com base no Índice da Basiléia histórico do Banco Ibi e na análise do benchmark.
9 Estimativa dos depósitos à vista, à prazo e interfinanceiro com base no Índice da Basiléia projetado e na conseqüente necessidade
de recursos de terceiros. Divisão por modalidade de depósito de acordo com o histórico.
9 Determinação das aplicações financeiras compulsórias de acordo com o percentual previsto em legislação por modalidade de
depósito.
9 Determinação das despesas financeiras decorrentes com base na taxa de captação projetada e das receitas financeiras das
aplicações compulsórias.
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60
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Carteira de crédito
• Para a projeção da carteira de financiamento com cartão de crédito e dos recebíveis com cartões de crédito, utilizou-se o seguinte
modelo de projeção:
9 Primeiramente, com base no Boletim Focus do Bacen e análise BDO, projetou-se o crescimento real de PIB de 2009-2019 e,
de acordo com dados do IPEA, estimou-se a representatividade do consumo interno em relação ao PIB para a determinação
do consumo privado de cada ano.
Cartões de
crédito
9 A partir do consumo privado estimado, projetou-se o volume financeiro de cartões de crédito no consumo interno, levando-se
em conta a estimativa de representatividade de pagamentos com cartões em relação ao consumo interno. Tal valor foi obtido
com base na análise da evolução histórica do mercado e na projeção da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de
Cartões de Crédito e Serviços). Posteriormente, projetou-se o volume financeiro de cartões de crédito (bandeirados e private
label), com base na proporção estimada entre o volume financeiro de cartões de crédito x cartões de débito.
9 Tendo como base a projeção do volume financeiro nacional movimentado por cartões de crédito, projetou-se o volume total do
Banco Ibi, assumindo a manutenção da participação de mercado observada em 2008.
9 Por último, o volume financeiro projetado foi dividido entre cartão de crédito (financiamento com cartão de crédito) e cartão de
crédito sem juros (recebíveis com cartão de crédito) de acordo com a proporção histórica.
• A carteira de crédito pessoal foi estimada da seguinte forma:
9 Projetou-se o crédito total brasileiro com base em sua participação em relação ao PIB a partir da análise da evolução histórica
Crédito
pessoal
e do comparativo com países selecionados, além de projeções do IPEA, Banco Central, FIESP e Confederação Nacional da
Indústria. Posteriormente, o crédito pessoal do Brasil foi estimado levando-se em conta sua participação no crédito total.
9 A carteira e crédito pessoal do Banco Ibi cresceu de forma similar ao mercado, assumindo a manutenção do market share
atual.
Capital de
giro, desconto
de duplicatas,
conta
garantida e
CCB
Cessão de
crédito
• A carteira de crédito de desconto de duplicatas, conta garantida, capital de giro e CCB por ser composta, predominantemente por
fornecedores da C&A, foi projetada da seguinte forma:
9 Analisou-se a correlação histórica (2001-2009) entre o crescimento trimestral do varejo vs. o crescimento trimestral do PIB
brasileiro e foi realizada uma regressão linear entre as duas variáveis. Dessa forma, projetou-se o crescimento do varejo de
2010 a 2019 com base no evolução anual do PIB. Em 2009, foi considerado o desempenho do primeiro semestre do ano.
9 Assumiu-se que a carteira de crédito do Banco Ibi apresentará, nos próximos anos, crescimento similar ao do varejo brasileiro.
• A carteira de cessão de crédito foi adquirida em 2008 e projetada de forma constante até 2019, uma vez que, de acordo com a
Administração do Bradesco BBI, não há perspectivas de aumento dessa modalidade.
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61
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Carteira de crédito (cont.)
Cartões de crédito
Projeção do PIB do Brasil
Consumo interno privado
Em R$ bilhões
Em R$ bilhões e % do PIB
: 8,2
CAGR
2.890 3.007
3.253 3.538
3.846
4.179
%
4.541
4.934
5.361
5.826
6.330
6.878
:
CAGR
1.753 1.845
8,2% 8,8% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7%
1.953 2.091
2.273
7,9 %
2.469
2.683
2.916
3.168
3.443
3.741
ƒ
Projeta-se para os próximos
anos um aumento da
representatividade dos cartões
em relação ao consumo interno
privado de 22,8%, em 2008, para
37%, em 2019, conforme
estimativa da ABECS -atualmente esse ratio
corresponde a 48% nos EUA.
ƒ
Além disso, de acordo com a
evolução histórica e a análise de
benchmark, existe uma tendência
de aumento do uso do cartão de
débito em detrimento do cartão
de crédito.
ƒ
Nesse cenário, projeta-se que a
representatividade do cartão de
crédito reduzirá de 71,1% sobre o
volume financeiro de cartões em
2008 para 63,9% em 2019 –
atualmente esse ratio
corresponde a 57% nos EUA.
4.065
60,7%61,4%60,0%59,1%59,1%59,1%59,1%59,1%59,1%59,1%59,1%59,1%
4,1%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Volume financeiro de cartões
Volume financeiro de cartões de crédito
Em R$ bilhões % do consumo interno privado
Em R$ bilhões e % sobre o volume financeiro de cartões
1.504
1.325
R: 1
CA G
488 545
400 443
619
703
2,8
%
960
1.167
R: 1 1
CAG
1.028
906
,7 %
798
284
313
341
377
424
477
536
854
760
602
677
32,4%33,9%35,4%37,0%
22,8%24,0%25,0%26,1%27,2%28,4%29,7%31,1%
71,1% 70,6%70,0%69,3% 68,6%67,9%67,2% 66,5%65,8%65,2% 64,5%63,9%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: Banco Central, CNI, IPEA, FIESP e análise BDO Trevisan.
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62
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Carteira de crédito (cont.)
Cartões de crédito (cont.)
Volume financeiro de cartão de crédito – Banco Ibi
Cartão de crédito com juros x cartão de crédito sem juros
Em R$ milhões e % do volume financeiro do Brasil
Em R$ milhões
Sem juros
,9
R: 9
CAG
3.934 3.609 3.937 4.357
4.897
5.503
11.084
9.863
%
6.185
Com juros
3.648
3.246
8.777
2.889
7.810
2.570
6.950
1.295 1.188 1.296
1.434
1.612
1.811
2.035
2.287
6.617
7.436
1,4% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2%
5.888
4.663 5.240
4.149
3.692
2.639 2.421 2.641 2.923 3.286
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
ƒ
A partir do volume financeiro total movimentado com cartões de crédito no Brasil, estimou-se o volume financeiro do
Banco Ibi, assumindo a participação de mercado observada em 2009.
ƒ
Para a determinação da carteira de crédito de financiamento de cartões de crédito e dos recebíveis decorrentes de
compras com cartão de crédito sem juros, utilizou-se a distribuição de 2008, de 67,1% com juros e 26,9% sem juros.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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63
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Carteira de crédito (cont.)
Crédito pessoal
Projeção do PIB do Brasil
Crédito total
Em R$ bilhões
Em R$ bilhões e % do PIB
CAGR
2.890 3.007
3.253 3.538
3.846
: 8,2 %
4.179
4.541
4.934
5.361
5.826
6.330
4.127
6.878
: 12,2
CAGR
1.573
1.751
1.949
2.169
%
2.415
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Crédito pessoal
Carteira de crédito pessoal – Banco Ibi
Em R$ bilhões % do crédito total
Em R$ milhões e % sobre o crédito pessoal Brasil
R:
CA G
195
217
241
%
1 2, 4
268
: 12,4
CAGR
%
1.190
333
299
696
775
ƒ
Por último, projetou-se a carteira
de crédito pessoal do Banco Ibi,
assumindo uma manutenção da
participação de mercado atual.
1.475
1.325
370
626
A partir da projeção do crédito
total do Brasil, considerou-se
que o crédito pessoal
apresentará a mesma
representatividade da média
entre 2005-2008.
2.688
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
459
ƒ
3.330
1.413
1.167
53% 54% 56% 57% 59% 60%
40% 47% 48% 49% 51% 52%
412
Estimou-se que a relação crédito
vs. PIB atingirá 60% em 2019,
levando-se em conta o
crescimento que esse ratio
apresentou nos últimos anos e
seu potencial de expansão,
quando comparado a outros
países em estágio de
desenvolvimento semelhante ao
Brasil.
2.992
8,2% 8,8% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7% 8,7%
4,1%
ƒ
3.707
863
960
1.069
175
157
127
10,9%11,1%11,1%11,1%11,1%11,1%11,1%11,1%11,1%11,1%11,1%11,1%
505 562
409
0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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64
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Carteira de crédito (cont.)
Capital de giro, desconto de duplicatas, conta garantida e CCB
Crescimento do PIB vs crescimento do varejo
Em %
Varejo
PIB
9,0%
ƒ
Em 2009, o crescimento do
varejo foi projetado com base na
variação do primeiro semestre do
ano e na expectativa para o
restante do ano.
ƒ
De 2010 a 2013, projeta-se que,
conforme regressão linear* com
dados trimestrais de 2001 a 2009,
o varejo crescerá, em média,
12,7% acima do PIB*.
ƒ
A partir de 2015, estima-se uma
convergência de modo que o
crescimento do varejo atinja o
mesmo patamar do PIB em 2019.
ƒ
O crescimento da carteira de
crédito de capital de giro,
desconto de duplicatas, conta
garantida e CCB variou conforme
a evolução do varejo, totalizando
um crescimento de 9,4% a.a..
9,9%
9,9%
9,8%
9,8%
9,6%
9,3%
9,0% 8,8%
8,7%
8,7%
8,7%
8,7%
8,7%
8,7%9,1% 8,7%8,9% 8,7%8,7%
8,2%
4,1%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Carteira de crédito capital de giro, desconto de duplicatas, conta garantida e CCB
2019
Em R$ milhões
: 9,4
CAGR
229
249
272
299
328
361
%
396
434
475
518
564
613
9,0% 9,0% 9,9% 9,9% 9,8% 9,8% 9,6% 9,3% 9,1% 8,9% 8,7%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Nota:* y (Varejo) = -1,846% + 1,785% * X (PIB) --- correlação histórica: 64%
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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65
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Carteira de crédito (cont.)
Evolução da carteira de crédito
Em R$ milhões
Carteira de crédito
2008
Real
2009
Proj.
2010
Proj.
2011
Proj.
2012
Proj.
2013
Proj.
2014
Proj.
2015
Proj.
2016
Proj.
2017
Proj.
2018
Proj.
2019
Proj.
409
505
23,5%
2.421
-8,2%
213
0,0%
129
9,0%
68
9,0%
26
9,0%
15
9,0%
3
9,0%
9
9,0%
1.188
-8,2%
562
11,3%
2.641
9,1%
213
0,0%
140
9,0%
74
9,0%
28
9,0%
17
9,0%
3
9,0%
10
9,0%
1.296
9,1%
626
11,3%
2.923
10,7%
213
0,0%
154
9,9%
81
9,9%
31
9,9%
19
9,9%
3
9,9%
11
9,9%
1.434
10,7%
696
11,3%
3.286
12,4%
213
0,0%
169
9,9%
89
9,9%
34
9,9%
20
9,9%
4
9,9%
12
9,9%
1.612
12,4%
775
11,3%
3.692
12,4%
213
0,0%
186
9,8%
98
9,8%
37
9,8%
22
9,8%
4
9,8%
13
9,8%
1.811
12,4%
863
11,3%
4.149
12,4%
213
0,0%
204
9,8%
107
9,8%
41
9,8%
25
9,8%
4
9,8%
14
9,8%
2.035
12,4%
960
11,3%
4.663
12,4%
213
0,0%
224
9,6%
118
9,6%
45
9,6%
27
9,6%
5
9,6%
16
9,6%
2.287
12,4%
1.069
11,3%
5.240
12,4%
213
0,0%
245
9,3%
129
9,3%
49
9,3%
29
9,3%
5
9,3%
17
9,3%
2.570
12,4%
1.190
11,3%
5.888
12,4%
213
0,0%
267
9,1%
140
9,1%
53
9,1%
32
9,1%
6
9,1%
19
9,1%
2.889
12,4%
1.325
11,3%
6.617
12,4%
213
0,0%
291
8,9%
153
8,9%
58
8,9%
35
8,9%
6
8,9%
20
8,9%
3.246
12,4%
1.475
11,3%
7.436
12,4%
213
0,0%
316
8,7%
166
8,7%
63
8,7%
38
8,7%
7
8,7%
22
8,7%
3.648
12,4%
4.577
-4,3%
4.985
8,9%
5.495
10,2%
6.136
11,7%
6.853
11,7%
7.657
11,7%
8.558
11,8%
9.567
11,8%
10.698 11.965 13.384
11,8% 11,8% 11,9%
Modalidade
Crédito pessoal
Crescimento
Financiamento de cartões de crédito
Crescimento
Cessão de crédito
Crescimento
Desconto de duplicatas indústria
Crescimento
Conta garantida indústria
Crescimento
Capital de giro comércio
Crescimento
CCB comércio
Crescimento
Desconto de duplicatas comércio
Crescimento
Desconto de duplicatas outros serviços
Crescimento
Recebíveis de cartão de crédito
Crescimento
Total
Crescimento
ƒ
2.639
213
118
62
24
14
3
8
1.295
4.784
CAGR
2008-2019
12,4%
9,9%
0,0%
9,4%
9,4%
9,4%
9,4%
9,4%
9,4%
9,9%
9,8%
Projeta-se um crescimento anual de 9,8% para a carteira de crédito do Banco Ibi de 2008 a 2019, valor impactado
negativamente pela retração da carteira de crédito observada em 2009.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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66
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Receita com operações de crédito
Spread por produto - 2008
X CDI
Spread por produto
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Real Proj. Proj. Proj. Proj. Proj. Proj. Proj. Proj. Proj. Proj. Proj.
5,06 5,12 5,03 4,93 4,84 4,75 4,67 4,58 4,50 4,41 4,33 4,25
1,54 2,37 2,33 2,28 2,24 2,20 2,16 2,12 2,08 2,04 2,01 1,97
4,37 4,37 4,29 4,21 4,13 4,05 3,98 3,91 3,84 3,76 3,70 3,63
1,37 1,34 1,32 1,30 1,27 1,25 1,23 1,20 1,18 1,16 1,14
5,67 5,67 5,57 5,47 5,37 5,27 5,17 5,08 4,98 4,89 4,80 4,71
2,65 2,65 2,60 2,56 2,51 2,46 2,42 2,37 2,33 2,29 2,25 2,20
2,25 2,25 2,21 2,17 2,13 2,09 2,05 2,01 1,97 1,94 1,90 1,87
Cartão de crédito
Títulos descontados
Crédito pessoal
Cessão de crédito
Conta garantida
Capital de giro
CCB
ƒ
A redução do spread por produto
baseia-se na média histórica da redução
do spread bancário nos últimos 5 anos
de 16,93%.
ƒ
Projeta-se que esta mesma redução
ocorrerá ao longo dos próximos 10
anos.
Evolução das taxas de juros cobrada por produto
Taxa de juros por produto
2008
Real
62,7%
19,0%
54,1%
0,0%
70,3%
32,8%
27,8%
Cartão de crédito
Títulos descontados
Crédito pessoal
Cessão de crédito
Conta garantida
Capital de giro
CCB
2009
Proj.
50,2%
23,2%
42,8%
13,4%
55,6%
26,0%
22,0%
2010
Proj.
46,0%
21,3%
39,2%
12,3%
51,0%
23,8%
20,2%
2011
Proj.
47,8%
22,2%
40,8%
12,8%
53,0%
24,8%
21,0%
2012
Proj.
47,3%
21,9%
40,4%
12,7%
52,4%
24,5%
20,8%
2013
Proj.
44,7%
20,7%
38,2%
12,0%
49,6%
23,2%
19,6%
2014
Proj.
43,9%
20,3%
37,5%
11,8%
48,7%
22,8%
19,3%
2015
Proj.
43,1%
20,0%
36,8%
11,5%
47,8%
22,3%
18,9%
2016
Proj.
42,3%
19,6%
36,1%
11,3%
46,9%
21,9%
18,6%
2017
Proj.
41,5%
19,2%
35,4%
11,1%
46,0%
21,5%
18,2%
2018
Proj.
40,8%
18,9%
34,8%
10,9%
45,2%
21,1%
17,9%
2019
Proj.
40,0%
18,5%
34,1%
10,7%
44,4%
20,7%
17,6%
Premissas adotadas
Cartão de
crédito
ƒ
Taxa média 2007/2008 do
Banco Ibi
Conta
garantida
ƒ
Média de mercado
Títulos
descontados
ƒ
Taxa do Banco prédefinida
Capital de giro
ƒ
Média de mercado
ƒ
Média de mercado
CCB
ƒ
Taxa média cobrada de
pessoa jurídica
ƒ
Taxa do Banco Ibi prédefinida
Crédito
pessoal
Cessão de
crédito
ƒ
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
A taxa de juros relativa a cada produto
foi estimada com base em seus
respectivos spreads em relação ao CDI
e na projeção da taxa do CDI.
67
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Receita com operações de crédito
Evolução da receita por produto
R$ mil
Receita por produto
2008
Real
1.686.324
2009
Proj.
1.172.008
-30,5%
2010
Proj.
1.163.937
-0,7%
2011
Proj.
1.331.245
14,4%
2012
Proj.
1.468.584
10,3%
2013
Proj.
1.560.495
6,3%
2014
Proj.
1.721.412
10,3%
2015
Proj.
1.898.923
10,3%
2016
Proj.
2.094.738
10,3%
2017
Proj.
2.310.746
10,3%
2018
Proj.
2.549.029
10,3%
2019
Proj.
2.811.733
10,3%
Títulos descontados
% crescimento
32.091
26.879
-16,2%
28.650
6,6%
32.638
13,9%
35.453
8,6%
36.819
3,9%
39.696
7,8%
42.748
7,7%
45.932
7,4%
49.246
7,2%
52.688
7,0%
56.252
6,8%
Empréstimos
% crescimento
379.103
269.850
-28,8%
281.163
4,2%
321.724
14,4%
350.280
8,9%
364.968
4,2%
395.104
8,3%
427.937
8,3%
463.624
8,3%
502.404
8,4%
544.540
8,4%
590.320
8,4%
Crédito pessoal
% crescimento
195.531
209.271
7,0%
242.406
15,8%
266.776
10,1%
280.753
5,2%
306.766
9,3%
335.188
9,3%
366.244
9,3%
400.177
9,3%
437.255
9,3%
477.776
9,3%
Cessão de crédito
% crescimento
28.555
26.172
-8,3%
27.235
4,1%
26.928
-1,1%
25.459
-5,5%
24.991
-1,8%
24.532
-1,8%
24.082
-1,8%
23.639
-1,8%
23.205
-1,8%
22.778
-1,8%
Conta garantida
% crescimento
36.076
36.041
-0,1%
41.058
13,9%
44.599
8,6%
46.318
3,9%
49.937
7,8%
53.776
7,7%
57.781
7,4%
61.951
7,2%
66.281
7,0%
70.763
6,8%
Capital de giro
% crescimento
6.418
6.411
-0,1%
7.304
13,9%
7.934
8,6%
8.240
3,9%
8.883
7,8%
9.566
7,7%
10.279
7,4%
11.020
7,2%
11.791
7,0%
12.588
6,8%
CCB
% crescimento
3.270
3.267
-0,1%
3.722
13,9%
4.043
8,6%
4.199
3,9%
4.527
7,8%
4.875
7,7%
5.238
7,4%
5.616
7,2%
6.008
7,0%
6.415
6,8%
Cartão de crédito
% crescimento
Total
% crescimento
2.097.518
1.468.737
-30,0%
1.473.749
0,3%
1.685.607
14,4%
1.854.317
10,0%
1.962.283
5,8%
2.156.212
9,9%
2.369.607
9,9%
2.604.294
9,9%
2.862.396
9,9%
3.146.257
9,9%
3.458.305
9,9%
Evolução recuperação de créditos
R$ mil
Recuperação de créditos
Recuperação de créditos
% sobre provisão
ƒ
2006
2007
2008
2009
Real
Real
Real
Proj.
89.545 129.525 153.437 155.491
22,4%
28,9%
16,2% 16,2%
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Proj.
Proj.
Proj.
Proj.
Proj.
Proj.
Proj.
Proj.
Proj.
Proj.
183.549 188.688 195.650 204.666 213.183 220.990 245.778 274.768 307.245 343.631
22,5%
22,5%
22,5%
22,5%
22,5%
22,5%
22,5%
22,5%
22,5%
22,5%
Para o cálculo de recuperação de créditos utilizou-se a média de 2006 a 2008 dos créditos recuperados em relação ao valor provisionado
no período anterior.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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68
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – PCLD
Constituição de PCLD e representatividade da carteira de crédito
Perfil da carteira de crédito por nível de risco
R$ mil
Provisão Efetiva Média 2006 - 2008
17,8%
23,1%
17,8%
17,6%
16,8%
15,8%
14,8%
13,8%
PCLD – R$
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
12,8%
2018
12,8%
1.709.474
2010
12,8%
1.528.162
1.092.999
2009
12,8%
1.366.352
982.763
2008
948.048
2007
910.169
2006
12,8%
1.221.921
12,8%
12,8%
870.076
2008
7,1%
52,7%
5,2%
5,0%
3,8%
2,7%
2,5%
2,9%
18,1%
23,0%
23,1%
839.117
2007
4,1%
57,2%
10,0%
4,5%
3,4%
2,9%
2,7%
2,6%
12,6%
17,5%
17,6%
816.260
0%
1%
1%
3%
10%
30%
50%
70%
100%
2006
10,5%
64,5%
4,2%
3,8%
2,3%
1,8%
1,7%
1,6%
9,5%
12,7%
12,8%
1.107.243
AA
A
B
C
D
E
F
G
H
Provisão mínima
Provisão efetiva
Representatividade
947.445
Provisão mínima
448.165
Nível de
risco
2019
% Carteira de crédito
ƒ
Para o cálculo de PCLD utilizou-se a média de 2006 a 2008 da provisão efetiva do Banco Ibi, considerando o nível de risco da carteira de
crédito apresentada.
ƒ
A realização dos prejuízos relativos a PCLD foi calculada considerando a média de 2006 a 2008 entre a constituição de provisão e a
baixa para prejuízo no período.
ƒ
Com base nos drivers mencionados, a representatividade da PCLD em relação à carteira de crédito atinge, ao final do período preditivo,
a mesma proporção observada em 2006.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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69
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Receita com serviços
• A receita com comissões foi dividida entre interchange, seguros, comissões e outros, que foram projetadas conforme as
premissas a seguir:
9 Para as comissões com interchange, foi mantido o percentual observado em 2008, de 1,55% em relação ao volume
financeiro de cartões de crédito. Com isso, as receitas evoluíram na mesma proporção do volume projetado de cartões de
crédito para o Banco Ibi.
Comissões
9 As comissões com seguros foram projetadas com base no crescimento histórico do setor observado entre 1996 e 2008, de
7,4% ao ano.
9 As comissões com capitalização foram projetadas com base no crescimento histórico do setor observado entre 2003 e
2008, de 13,5% ao ano.
9 Para as outras comissões, projetou-se o número de contas ativas com base no crescimento real do volume financeiro de
cartões de crédito, de forma que o ticket médio por conta permaneça constante ao longo doa projeção.
9 Com base no número de contas, a receita com outras comissões foi estimada considerando o reajuste à inflação da
comissão média por conta observada em 2008.
• A receita com anuidades foi estimada da seguinte forma:
9 Considerou-se o reajuste à inflação da anuidade média observada em 2008 de R$ 35,6, incidente apenas sobre as contas
Anuidades
bandeiradas, uma vez que não há anuidade para a modalidade private label.
9 Projeta-se uma manutenção da proporção entre as contas de private label e apresentação evolução equivalente ao
crescimento real do volume financeiro de cartão de crédito movimentado pelo Banco Ibi.
Tarifas
bancárias e
outras
• As tarifas bancárias e as demais tarifas foram projetadas a partir do reajuste à inflação da tarifa anual média por conta ativa
observada em 2008 de R$ 9,7 (tarifas bancárias) e R$ 0,58 (outras taxas) .
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
70
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Receita com serviços (cont.)
Número de contas ativas
Contas bandeiradas e private label
Em milhões de unidades
Em milhões de unidades
ƒ
Bandeiradas
: 5,3 %
C A GR
15
13
13
14
15
16
18
19
21
22
24
26
7,7% 7,8% 7,8% 7,8% 7,8% 7,8% 7,8% 7,8%
4,6% 5,9%
Private label
4,7
9,9
-12,1%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
4,1
8,7
4,3
9,1
4,9
4,5
9,6
5,3
5,7
6,1
6,6
7,1
7,6
8,2
17,5
15,1 16,2
13,0 14,0
12,0
10,4 11,2
O número de contas ativas do
Banco Ibi apresentará um
crescimento de 7,2% a.a. de
2009 a 2019, desconsiderando a
queda apresentada em 2008,
que provocou a retração da
carteira de crédito em um
cenário de desaceleração da
economia e aumento da
inadimplência.
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Número de contas ativas
Receita de serviços
Comissões
Crescimento
Anuidades
Crescimento
Tarifas bancárias
Crescimento
Outros
Crescimento
Total
% crescimento
2008
Real
223
166
96
8
493
2009
Proj.
225
0,9%
152
-8,2%
88
-8,2%
8
-8,2%
472
-4,1%
2010
Proj.
2011
Proj.
2012
Proj.
2013
Proj.
2014
Proj.
2015
Proj.
2016
Proj.
2017
Proj.
2018
Proj.
2019
Proj.
249
278
313
352
396
445
500
563
633
713
10,8%
11,6%
12,5%
12,5%
12,5%
12,5%
12,5%
12,5%
12,5%
12,5%
166
183
206
232
260
293
329
369
415
467
9,1%
10,7%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
96
106
119
134
150
169
190
213
240
269
9,1%
10,7%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
9
9
11
12
13
15
17
19
21
24
9,1%
10,7%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
12,4%
519
9,9%
577
11,1%
649
12,4%
729
12,4%
820
12,4%
921
12,4%
1.036
12,4%
1.165
12,4%
1.310
12,4%
1.473
12,5%
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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71
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado - Despesas administrativas, gerais e comerciais
• Para as projeções das despesas administrativas, gerais e comerciais foram consideradas as seguintes premissas:
9 As despesas foram segregadas entre despesas de pessoal, comunicação, serviços técnicos especializados, propaganda
Despesas
Adm., gerais e
comerciais
e publicidade, processamento de dados, serviços do sistema financeiro e outras despesas diversas.
9 Para cada tipo de despesa considerou-se um determinado grau de elasticidade, o qual foi estimado de acordo com a
potencialidade de ganhos de escala com a expansão da operações do Banco Ibi (driver utilizado para a expansão das
operações: carteira de crédito bruta de provisões). A média da elasticidade para as despesas apresentadas foi de 46%.
Evolução das despesas administrativas, gerais e comerciais
R$ mil
Despesas Adm. Gerais e Comerciais
Despesas com pessoal
Despesas de comunicação
Serviços técnicos especializados
Despesas de propaganda e publicidade
Despesas de processamento de dados
Serviços do sistema financeiro
Depreciação e amortização
Outras despesas diversas
2008
Real
(176.459)
(153.571)
(333.625)
(20.956)
(5.421)
(43.784)
(63.060)
(67.049)
2009
Proj.
(170.270)
(155.482)
(209.323)
(26.971)
(7.408)
(43.401)
(85.590)
(66.268)
2010
Proj.
(176.336)
(165.175)
(214.916)
(28.653)
(7.672)
(44.561)
(96.303)
(68.628)
2011
Proj.
(183.556)
(177.012)
(221.516)
(30.706)
(7.986)
(45.929)
(91.736)
(71.439)
2012
Proj.
(192.117)
(191.458)
(229.264)
(33.212)
(8.359)
(47.536)
(69.570)
(74.770)
2013
Proj.
(201.100)
(207.125)
(237.304)
(35.930)
(8.750)
(49.203)
(84.124)
(78.266)
2014
Proj.
(210.542)
(224.143)
(245.661)
(38.882)
(9.161)
(50.936)
(98.988)
(81.941)
2015
Proj.
(220.452)
(242.607)
(254.333)
(42.085)
(9.592)
(52.734)
(106.445)
(85.798)
2016
Proj.
(230.853)
(262.638)
(263.333)
(45.559)
(10.044)
(54.600)
(116.093)
(89.846)
2017
Proj.
(241.768)
(284.369)
(272.671)
(49.329)
(10.519)
(56.536)
(127.124)
(94.094)
2018
Proj.
(253.221)
(307.942)
(282.358)
(53.418)
(11.018)
(58.544)
(127.090)
(98.551)
2019
Proj.
(265.238)
(333.517)
(292.408)
(57.855)
(11.540)
(60.628)
(139.767)
(103.228)
Total
% carteira de crédito
(863.925)
18,1%
(764.714)
16,7%
(802.245)
16,1%
(829.881)
15,1%
(846.286)
13,8%
(901.803)
13,2%
(960.252)
12,5%
(1.014.046)
11,9%
(1.072.967)
11,2%
(1.136.410)
10,6%
(1.192.142)
10,0%
(1.264.183)
9,4%
Ratio despesas / carteira de crédito
Média
Desp. Pessoal
1,9%
Desp. Adm.
6,1%
ƒ
Despesas diretamente relacionadas a operações e/ou ao seu
crescimento apresentam maior elasticidade que as demais.
ƒ
Em função dos ganhos de escala auferidos com o crescimento
das operações, as despesas administrativas reduzem sua
representatividade em relação à carteira de crédito em 8,5 p.p.
ƒ
Apesar dos ganhos de escala considerados através da evolução
das operações, a média do benchmark não é atingida ao final do
período projetado.
8,0%
14,1%
15,2%
4,7%
5,5%
4,7%
2,6%
1,4%
2,8%
2,0%
2,0%
1,7%
0,9%
1,1%
1,9%
2,9%
0,6%
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
72
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado - Despesas tributárias e com parcerias/joint ventures
Evolução das despesas tributárias
R$ mil
Despesas Tributárias
% Tributação
2008
Real
Receitas com intercâmbio
Tributação
6,65%
2009
Proj.
111.280
(7.400)
Receitas Financeiras
Tributação
4,65%
1.606.012
(74.680)
1.657.298
(77.064)
1.874.296
(87.155)
2.049.967
(95.323)
2.166.948
(100.763)
2.369.396
(110.177)
2.590.597
(120.463)
2.850.072
(132.528)
3.137.164
(145.878)
3.453.502
(160.588)
3.801.936
(176.790)
Receita Super Protegido
Tributação
9,25%
107.091
(9.906)
120.054
(11.105)
134.585
(12.449)
150.876
(13.956)
169.138
(15.645)
189.610
(17.539)
212.561
(19.662)
238.290
(22.042)
267.133
(24.710)
299.467
(27.701)
335.715
(31.054)
Receita Anuidade
Tributação
9,25%
151.948
(14.055)
165.754
(15.332)
183.426
(16.967)
206.174
(19.071)
231.691
(21.431)
260.365
(24.084)
292.589
(27.064)
328.801
(30.414)
369.494
(34.178)
415.224
(38.408)
466.613
(43.162)
Receita outros serviços
Tributação
9,25%
102.108
(9.445)
111.985
(10.359)
124.516
(11.518)
140.502
(12.996)
158.539
(14.665)
178.927
(16.551)
201.980
(18.683)
228.054
(21.095)
257.554
(23.824)
290.940
(26.912)
328.738
(30.408)
(115.486)
(121.933)
(137.022)
(151.388)
(163.788)
(181.031)
(200.122)
(222.092)
(246.585)
(273.831)
(304.138)
2014
Proj.
(81.000)
(11.561)
2015
Proj.
(93.500)
(11.561)
2016
Proj.
(106.000)
(11.561)
2017
Proj.
(120.000)
(11.561)
2018
Proj.
(134.000)
(11.561)
2019
Proj.
(149.633)
(11.561)
Total
2010
Proj.
121.391
(8.073)
2011
Proj.
134.334
(8.933)
2012
Proj.
150.993
(10.041)
2013
Proj.
169.681
(11.284)
2014
Proj.
190.681
(12.680)
2015
Proj.
214.280
(14.250)
2016
Proj.
240.800
(16.013)
2017
Proj.
270.602
(17.995)
2018
Proj.
304.092
(20.222)
2019
Proj.
341.728
(22.725)
Evolução das despesas de profit sharing e acquirers
R$ mil
Despesas
Profit sharing
Despesas de comissão de "acquirers"
2008
Real
(13.151)
2009
Proj.
89.000*
(11.561)
2010
Proj.
(9.000)
(11.561)
2011
Proj.
(26.000)
(11.561)
2012
Proj.
(62.000)
(11.561)
2013
Proj.
(71.500)
(11.561)
ƒ
Fez-se uso das premissas do Bradesco para a evolução das despesas de profit sharing.
ƒ
Para as comissões de acquirers utilizou-se a evolução do número de cartões bandeirados ativos do Banco Ibi.
Nota: *A receita de profit sharing observada em 2009 refere-se ao compartilhamento de resultados com parceiros comercias, em especial C&A, na qual o Banco Ibi é
reembolsado de perdas de crédito superiores a um percentual pré-estabelecido.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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73
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Capital de giro
• O capital de giro foi projetado de acordo com o número de dias médio observado em 2008 de cada conta do ativo e do passivo
Capital
de giro
circulante operacionais, em relação ao seu respectivo driver.
• Para a projeção de cada conta, assumiu-se uma manutenção dos prazos médios de recebimento e pagamento de 2008,
expostos na tabela a seguir:
Driver
Ativo Circulante
Adiantamentos
Despesas antecipadas
Comissões de seguro a receber
Material em estoque
Dias
Dias Desp. pessoal, adm. e operacional
Dias Desp. pessoal, adm. e operacional
Dias de Rec. c/ seguro
Dias Desp gerais e adm.
Driver
Passivo Circulante
Valores a pagar às seguradoras
Provisões de serviços de terceiros
Provisão despesas administrativas
Fornecedores
Contas a pagar por cartão de crédito
0
20
13
1
ƒ
O elevado saldo do Passivo Circulante
em relação ao Ativo Circulante denota a
condição do Banco Ibi financiar-se
através das operações relativas a
cartões de crédito.
ƒ
Desta forma, o Banco Ibi não apresenta
necessidade de capital de giro para
financiar suas operações
Dias
Dias de Rec c/ seguro
Serviços técnico e de terceiros
Dias de Desp. Geral e Adm.
Dias Desp Geral e Adm.
Volume financeiro cartão de
crédito sem juros
144
55
9
1
144
Projeção das contas de capital de giro
R$ milhões
Em valores
Ativo Circulante
Adiantamentos
Despesas antecipadas
Comissões de seguro a receber
Material em estoque
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
595
42.645
3.949
1.675
624
44.738
4.427
1.764
646
46.279
4.963
1.821
658
47.194
5.564
1.843
701
50.290
6.237
1.974
747
53.550
6.992
2.112
789
56.550
7.838
2.236
835
59.836
8.787
2.373
884
63.374
9.851
2.521
927
66.481
11.043
2.645
983
70.499
12.380
2.815
Passivo Circulante
Valores a pagar a seguradoras
42.943
48.140
53.967
60.500
67.823
76.032
85.235
95.552
107.118 120.083 134.618
Provisões de serviços de terceiros
32.161
33.020
34.034
35.225
36.460
37.744
39.076
40.459
41.894
43.382
44.926
Provisão despesas administrativas
15.420
16.236
16.766
16.969
18.176
19.448
20.586
21.845
23.207
24.356
25.913
Fornecedores
1.229
1.294
1.336
1.352
1.448
1.550
1.640
1.741
1.849
1.941
2.065
Contas a pagar por cartão de crédito 1.444.775 1.576.048 1.744.085 1.960.380 2.203.002 2.475.652 2.782.046 3.126.360 3.513.287 3.948.101 4.436.728
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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74
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Patrimônio líquido
• Em função das exigências legais referentes ao índice de Basiléia, na qual somente as instituições financeiras que atingirem
valores mínimos de capital e patrimônio líquido, ajustado em valor compatível com o grau de risco de suas operações ativas são
autorizadas a atuar, projetou-se o Patrimônio Líquido de acordo com as seguintes premissas:
Patrimônio
líquido
9 Risco da carteira de crédito aos mesmos níveis observados em 2008.
9 Alcance do índice de Basiléia do benchmark selecionado a partir de 2010 e manutenção do mesmo durante o período
preditivo.
Evolução do Índice de Basiléia e Patrimônio Líquido
R$ mil
Índice de Basiléia
2008
Real
743.793
2012
2013
2014
Proj.
Proj.
Proj.
915.703 1.034.757 1.169.631
2015
Proj.
1.308.221
2016
Proj.
1.462.528
2017
Proj.
1.635.399
2018
Proj.
1.829.071
2019
Proj.
2.046.085
444.884
454.980
501.532
559.522
632.180
714.372
807.486
3.676.731 3.760.169 4.144.894 4.624.152 5.224.625 5.903.901 6.673.435
12,1%
12,1%
12,1%
12,1%
12,1%
12,1%
12,1%
903.165
7.464.173
12,1%
1.009.695
8.344.590
12,1%
1.129.041
9.330.918
12,1%
1.262.747
10.435.929
12,1%
1.412.569
11.674.124
12,1%
Patrimônio de Referência (PR)
Patrimônio de Referência Exigido (PRE)
Carteira de crédito líquida de provisão
Risco de crédito, de mercado e operacional
Índice de Basiléia
Patrimônio Líquido
2009
Proj.
731.730
18,39
17,69
928.414
973.596
2010
Proj.
726.462
15,93
2011
Proj.
810.460
15,93
15,93
15,93
15,93
15,93
15,93
968.328 1.052.326 1.157.569 1.276.623 1.411.497
15,93
15,93
15,93
1.550.087
1.704.394
1.877.265
2.070.937
2.287.951
Índice de Basiléia - 2008
ƒ
Em função dos bancos comparáveis ao Banco Ibi terem
realizado abertura de capital recentemente, pode haver
distorções quando da análise do índice de Basiléia dos
mesmos. Desta forma, optou-se pela comparação com os
principais bancos atuantes no mercado.
ƒ
O índice de Basiléia dos principais bancos foi, em média, de
15,9% em 2008.
16,10%
15,60%
16,10%
Fonte: Bloomberg, Bradesco e análise BDO Trevisan.
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
75
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Depósitos
• O Patrimônio Líquido do Banco Ibi foi projetado com o objetivo de tornar o Índice de Basiléia do banco similar aos benchmarks
analisados. As demais contas do Ativo e Passivo foram projetadas por número de dias de receita e custos de 2008 ou por
ajustes específicos. O total de Depósitos, portanto, foi projetado de forma a igualar Ativo e Passivo e mantendo as premissas
acima.
Carteira
Passiva Depósitos
• Foram utilizados os percentuais históricos do Banco Ibi de 2008 para definir os montantes anuais de depósitos à vista,
depósitos interfinanceiros e depósitos à prazo (1%, 57% e 42% do total de Depósitos, respectivamente).
Carteira Passiva - Depósitos
R$ milhões
ƒ
A Carteira Passiva projetada possui
CAGR de 14,1% no período de 2008 a
2019. Enquanto isso, a Carteira de
Crédito antes de provisões tem CAGR
de 9,8% no mesmo período.
ƒ
A diferença entre esses dois
crescimentos médios decorre,
fundamentalmente, da redução das
provisões de crédito de liquidação
duvidosa de 23,1% para 12,8% da
carteira de crédito e do Índice de
Basiléia, que evoluiu de 18,4% em 2008
para 15,9% em 2019, com o objetivo de
aproximar esse indicador do Banco Ibi
aos benchmarks de mercado.
3.801
3.394
: 14,1 %
C A GR
3.032
2.717
2.776
2.479
2.437
2.186
1.984
1.925
1.693
1.486
1.338
1.406
1.174
1.237
1.085
895
977
858
653
23
17
2008
2009
26
2010
29
2011
38
33
2012
Depósitos à vista
2013
1.596
2.214
1.780
43
48
53
59
66
74
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Depósitos a prazo
Depósitos interfinanceiros
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
76
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Custo de captação
• O custo de captação considerado no Modelo para o período projetivo é de 109,5% do CDI projetado. Este percentual foi
Custo de
Captação
Líquido
informado pelo BBI, embasado em dados históricos.
• O custo de captação líquido considera, além dos 109,5% da carteira passiva, as receitas financeiras obtidas nas aplicações
compulsórias, conforme podemos observar no gráfico abaixo.
Projeção do custo de captação
R$ milhões
649
579
518
527
465
471
417
421
371
298
213
177
ƒ
339
301
262
220
378
326
242
265
179
119
58
2009
41
49
56
2010
2011
2012
Custo de Captação
70
78
87
97
61
2013
2014
2015
2016
2017
Receita Aplicações Financeiras
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
109
2018
122
Depósitos Compulsórios – recursos
depositados no BACEN e remunerados
à CDI (com exceção de depósitos à vista
que não são remunerados)- foram
projetados de forma a cumprir exigência
legal, originando a receita de aplicações
financeiras mostrada no gráfico ao lado.
2019
Custo de Captação Líquido
77
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Novos investimentos e depreciação
Novos investimentos – CAPEX
• Para a projeção do novos investimentos – CAPEX - consideramos o percentual de Capex histórico de 2008 (1,4%) sobre a Carteira
de Crédito de 2009 a 2019. Para a projeção do CAPEX na perpetuidade, considerou-se valor igual à depreciação do último ano
projetado (2019).
Novos
investimentos e
depreciação
Depreciação/amortização
• Para a depreciação dos ativos fixos históricos, considerou-se a taxa de depreciação estipulada pelas normas contábeis brasileiras
para cada tipo de ativo permanente.
• Para os de novos investimentos em CAPEX, considerou-se a taxa de depreciação média por tipo de ativo (excluindo o ágio)
histórica de 2008.
• A amortização de ágio (incorporação da Gopic Promotora de Vendas e Administradora de Cartões Ltda em maio/2008) considera
amortização em 10 anos (10% por ano).
Projeção de Capex e Depreciação
R$ milhões
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
1,4%
182
1,4%
162
145
130
96
86
65 63
62
2008
2009
93
92
2010
Capex
75
2011
116
106
127
116
84
83
68
104
99
140
127
70
2012
2013
Depreciação e Amortização
2014
2015
2016
2017
2018
ƒ
As 2 grandes variações verificadas na
depreciação projetada (2009 e 2012) são
explicadas por:
ƒ 2009: Amortização do ágio da
Gopic.
ƒ 2012: Fim da vida útil de grande
parte dos ativos imobilizados
históricos do Banco Ibi.
2019
Capex em % da Carteira de Crédito
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
78
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado - Demonstrativo de resultado
DRE Projetado
Demonstrativo de resultado
2008
Real
2.769
2010
Proj.
2.164
10,6%
2011
Proj.
2.438
12,7%
2012
Proj.
2.685
10,1%
2013
Proj.
2.881
7,3%
2014
Proj.
3.173
10,1%
2015
Proj.
3.495
10,1%
2016
Proj.
3.867
10,7%
2017
Proj.
4.282
10,7%
2018
Proj.
4.742
10,7%
2019
Proj.
5.251
10,8%
Receitas financeiras com operações de crédito 2.251
Crescimento
Resultado de prestação de serviços
493
Crescimento
Outras receitas operacionais líquidas
25
Crescimento
1.606
1.657
-28,7%
3,2%
472
519
-4,1%
9,9%
-121
-12
-582,1% -90,0%
1.874
13,1%
577
11,1%
-13
5,9%
2.050
9,4%
649
12,4%
-14
7,7%
2.167
5,7%
729
12,4%
-15
7,8%
2.369
9,3%
820
12,4%
-16
7,8%
2.591
9,3%
921
12,4%
-17
7,8%
2.850
10,0%
1.036
12,4%
-19
7,8%
3.137
10,1%
1.165
12,4%
-20
7,8%
3.454
10,1%
1.310
12,4%
-22
7,8%
3.802
10,1%
1.473
12,5%
-23
7,8%
Custos e despesas
Crescimento
-2.689
-1.981
-26,3%
-2.285
6,1%
-2.428
6,3%
-2.576
6,1%
-2.742
6,4%
-2.983
8,8%
-3.272
9,7%
-3.594
9,8%
-3.938
9,6%
-4.334
10,1%
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Crescimento
Despesas financeiras líquidas
Crescimento
Despesas com pessoal
Crescimento
Despesas tributárias
Crescimento
Outras despesas administrativas
Crescimento
Profit sharing
Crescimento
(1.417)
(1.055)
-25,6%
(135)
-41,4%
(170)
-3,5%
(115)
-34,5%
(594)
-13,5%
89
(1.042) (1.079) (1.126) (1.174)
-1,2%
3,5%
4,4%
4,2%
(179)
(213)
(242)
(265)
32,1% 19,2% 13,4%
9,6%
(176)
(184)
(192)
(201)
3,6%
4,1%
4,7%
4,7%
(122)
(137)
(151)
(164)
5,6%
12,4% 10,5%
8,2%
(626)
(646)
(654)
(701)
5,3%
3,3%
1,2%
7,1%
(9)
(26)
(62)
(72)
-110,1% 188,9% 138,5% 15,3%
(1.218)
3,8%
(301)
13,6%
(211)
4,7%
(181)
10,5%
(750)
7,0%
(81)
13,3%
(1.337)
9,8%
(339)
12,5%
(220)
4,7%
(200)
10,5%
(794)
5,9%
(94)
15,4%
(1.493)
11,7%
(378)
11,5%
(231)
4,7%
(222)
11,0%
(842)
6,1%
(106)
13,4%
(1.670)
11,8%
(421)
11,5%
(242)
4,7%
(247)
11,0%
(895)
6,2%
(120)
13,2%
(1.868)
11,8%
(471)
11,8%
(253)
4,7%
(274)
11,0%
(939)
4,9%
(134)
11,7%
(2.089)
11,9%
(527)
12,0%
(265)
4,7%
(304)
11,1%
(999)
6,4%
(150)
11,7%
Receita total
Crescimento
(231)
(176)
(176)
(687)
2009
Proj.
1.957
-29,3%
-2.154
8,7%
LAIR
% da receita
80
2,9%
-24
-1,2%
10
0,5%
154
6,3%
257
9,6%
305
10,6%
431
13,6%
511
14,6%
595
15,4%
688
16,1%
803
16,9%
917
17,5%
Imposto de renda e Contribuição Social
(19)
21
(3)
(60)
(103)
(122)
(173)
(205)
(238)
(275)
(321)
(367)
Lucro Líquido
% da receita
61
2,2%
-4
-0,2%
8
0,3%
94
3,8%
154
5,7%
183
6,4%
259
8,2%
307
8,8%
357
9,2%
413
9,6%
482
10,2%
551
10,5%
As despesas com profit sharing de
2008 foram classificadas dentro de
outras receitas operacionais líquidas e
representaram uma receita de R$ 72
milhões.
Resultado
desconsiderando
resultado não
operacional de R$
5,5 milhões.
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Para a projeção considerou-se apenas as
despesas com “acquirers”. As despesas com
passivos contingentes, impairment, descontos
concedidos e receitas com reversão não foram
contempladas na projeção devido ao seu caráter
não recorrente.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
A redução do crescimento das
receitas com operações de crédito
de 2012 para 2013 decorre da
queda do CDI projetado de 9,77%
para 9,41%.
79
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Fluxo de caixa para o acionista
Fluxo de caixa para o acionista
• Com base nas premissas utilizadas, taxa de desconto calculada, informações fornecidas pela Administração do BRADESCO, BBI e análise BDO
Trevisan, foram projetados os fluxos de caixa aos acionistas da Ibi Part.
Fluxo de caixa ao acionista projetado
Fluxo de Caixa
mai-dez 2009
Proj.
32
2010
Proj.
8
2011
Proj.
94
2012
Proj.
154
2013
Proj.
183
2014
Proj.
259
2015
Proj.
307
2016
Proj.
357
2017
Proj.
413
2018
Proj.
482
2019
Proj.
551
Variação do Patrimônio Líquido
Depreciação e Amortização
Investimentos - CAPEX
(59)
64
(43)
5
96
(68)
(84)
92
(75)
(105)
70
(83)
(119)
84
(93)
(135)
99
(104)
(139)
106
(116)
(154)
116
(130)
(173)
127
(145)
(194)
127
(162)
(217)
140
(182)
Fluxo de caixa livre ao acionista
(6)
41
27
35
55
119
159
189
222
253
292
Fluxo de caixa livre descontado
(5)
36
20
24
33
63
74
78
81
81
83
Lucro Líquido
ƒ
Para o cálculo do fluxo de caixa para o acionista levou-se em conta o lucro líquido, a depreciação e amortização, os investimentos e a
variação do Patrimônio Líquido anual, obtida por meio da projeção do índice da Basiléia.
ƒ
O fluxo de caixa livre ao acionista foi descontado ao custo do capital próprio, levando em conta o número de períodos até a data-base da
projeção.
ƒ
O fluxo de caixa livre utilizado para o cálculo do valor terminal foi ajustado de forma que o investimento em CAPEX perpetuado é
equivalente à depreciação de 2019.
ƒ
O comportamento do lucro líquido é crescente de 2010 a 2019 devido à queda da inadimplência, expansão da carteira de crédito e ganhos
de escala em despesas de pessoal e administrativas que mais que compensam a queda do spread bancário e da taxa CDI.
ƒ
Em relação a o fluxo de caixa para o acionista, o único ano que destoa da tendência de crescimento é 2012, devido à queda da depreciação
justificada pelo fim da vida residual de grande parte do ativo permanente histórico.
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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80
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Fluxo de caixa descontado – Valor econômico-financeiro
Valor econômico-financeiro
• A estimativa do valor da Ibi Part (Enterprise Value) referente à operação, foi calculada com base no somatório dos fluxos de caixa operacionais
descontados do período projetivo adicionado ao valor terminal (perpetuidade).
• Sobre o valor do Enterprise Value, foram efetuados ajustes de forma a se obter o Equity Value, conforme apresentado a seguir:
Análise de sensIbilidade do Equity Value da Ibi Part $ mil
Crescimento da perpetuidade (g) x Ke
VP - Fluxos de caixa
R$ mil
VP - Perpetuidade
1.098.433
(=) Enterprise value
1.665.676
Provisão p/ contingências *
Crédito tributário**
Instrumentos financeiros derivativos
Relações interfinanceiras
(=) Equity value
Ke
Ke
567.244
Crescimento da
perpetuidade (g)
VALOR DA EMPRESA
(300.735)
225.777
2.361
6.026
1.599.105
11,18%
12,18%
13,18%
14,18%
15,18%
2,19%
1.866.406
1.597.365
1.381.903
1.206.269
1.060.976
3,19%
2.042.325
1.726.967
1.479.630
1.281.382
1.119.640
4,19%
2.268.602
1.889.023
1.599.105
1.371.537
1.188.983
5,19%
2.570.472
2.097.468
1.748.499
1.481.757
1.272.212
6,19%
2.993.409
2.375.549
1.940.658
1.619.577
1.373.964
13,18%
Crescimento da perpetuidade
4,19%
Notas: * A Provisão para contingências é dividida entre ações fiscais (R$ 267,5 milhões),
relativas à incidência de PIS e COFINS, e provisões cíveis (R$ 30,5 milhões).
** Os créditos tributários provenientes de base negativa de prejuízo fiscal não foram
contemplados no endividamento líquido, uma vez que seus impactos no Imposto de Renda
foi considerado na projeção. Os demais créditos tributários têm sua origem proveniente,
basicamente, de provisão para créditos de liquidação duvidosa (R$ 107,3 milhões) e
provisão para contingências (R$ 82,6 milhões).
ƒ
De acordo com a análise de sensibilidade acima e com os
parâmetros escolhidos, fixando-se o crescimento da
perpetuidade em 4,19%, há uma variação média positiva do
equity value de 13,8% para cada redução de 1% do Ke e negativa
de 19,1% para cada aumento de 1%.
ƒ
Analogamente, mantendo-se o Ke fixo em 13,18%, uma variação
positiva de 1% do g, implica em um aumento médio de 10,2% no
equity value, enquanto uma redução de 1%, impacta
negativamente em 7,0% (em média).
Fonte: Bradesco e análise BDO Trevisan.
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81
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Avaliação por múltiplos
Avaliação por múltiplos de mercado
Benchmark
•
A Avaliação levou em conta o valor de mercado (“Equity value”) das empresas selecionadas relativo à data de 31/08/2009.
•
As demais informações financeiras relativas à composição dos múltiplos são referentes aos resultados apurados até o primeiro
semestre de 2009, sendo eles:
• Lucro (Earnings): lucro acumulados nos últimos 12 meses.
Base de
dados
• Patrimônio Líquido (Book Value): valor do Patrimônio Líquido em 30/06/2009.
Ibi Part
•
Para a análise do Equity Value baseado no P/E utilizou-se o lucro líquido projetado da Ibi Part em 2012, descontado ao custo
de capital para a data-base de abril/2009. A adoção deste critério se deve ao referido ano ser o primeiro no qual a Ibi Part
passa a atingir estabilidade em seus resultados após recuperar-se do prejuízo que se projeta para o ano de 2009.
•
Por sua vez, a análise através do múltiplo P/BV fez uso do saldo da conta de Patrimônio Líquido em 30/04/2009.
Avaliação por múltiplos de transações
Benchmark
Base de
dados
•
O múltiplo é apresentado em termos da relação entre o valor da transação e do Patrimônio Líquido, P/BV, das referidas
instituições adquiridas.
•
Foram selecionadas transações entre 1998 e 2008 relativas a aquisições de instituições públicas, e entre 2002 e 2008 para
instituições privadas.
Ibi Part
•
Assim como na avaliação por múltiplos de mercado, utilizou-se o saldo da conta de Patrimônio Líquido em 30/04/2009.
Fonte: Análise BDO Trevisan
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6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Avaliação por múltiplos de mercado (cont.)
Benchmark
Total de Ativos*
(R$ milhões)
Lucro líquido*
(R$ milhões)
120
6.699
6.275
54
Nota: * jun/09
Fonte: Bloomberg em 31/08/2009 e análise BDO Trevisan
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1.632
1.159
59
1.698
156
10.002
4.473
1.261
87
6.196
6.620
805
86
10.096
719
811
42
2.295
Patrimônio líquido*
(R$ milhões)
13
851
83
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Avaliação por múltiplos de mercado (cont.)
Benchmark
Margem Líquida
Ratio P/E
Ratio P/BV
22,5
11,2%
1,0
9,6
3,1%
1,3
11,3
1,1
13,0%
9,9
1,1
12,4%
9,1
11,3%
1,5
15,7
7,3%
9,7
8,0%
-10,3%
0,9
1,1
1,2
0,0
12,56
1,14
Desvio padrão
4,95
0,18
Mediana
9,92
1,12
Média
Fonte: Bloomberg em 31/08/2009 e análise BDO Trevisan
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6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Avaliação por múltiplos de mercado (cont.)
Avaliação da Ibi Part – análise de múltiplos
P / L (R$ mil)
Lucro líquido – 2012*
P / BV (R$ mil)
102.715
9,92 x
Múltiplo
Equity Value
1.018.733
Patrimônio líquido – abr/09
Múltiplo
Equity Value
914.374
1,12 x
1.021.830
ƒ Com base nos múltiplos de mercado, P/E e P/BV, estimamos que o Equity Value da Ibi Part é de R$ 1.020.281 mil, valor inferior
ao apurado com base na metodologia de fluxo de caixa descontado.
Nota: * Lucro líquido projetado para o ano de 2012 a valor presente (adoção deste parâmetro em função do referido ano ser o primeiro no qual a Ibi Part passa
a atingir estabilidade em seus resultados)
Fonte: Análise BDO Trevisan
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85
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Avaliação por múltiplos de transação (cont.)
• Além da comparação com os parâmetros obtidos anteriormente, foi feita uma análise de múltiplos com dados de outras transações de aquisição
divulgadas no setor. Baseado no valor anunciado, no valor do Patrimônio Líquido e no Lucro Líquido de cada um dos vendedores (bancos
adquiridos), foi realizada a comparação com a transação da Ibi Part.
Múltiplos de transação bancos públicos:
Comprador
Adquiridos
ABN AMRO
BANDEPE
Bradesco
CREDIREAL
Santander
Banespa
Banco do Brasil
Branco do Estado do Piauí
Bradesco
BEM
Bradesco
BEA
Bradesco
BEP
Itaú
BANERJ
Banco do Brasil
Nossa Caixa
ABN AMRO
PARAIBAN
Itau Unibanco
Banco BEG S.A.
Itau Unibanco
Banestado
Santander
BANEB
Múltiplos de transação bancos privados:
Comprador
Bradesco
Itaú
Itaú
Bradesco
Itaú
Consórcio
Bradesco
Adquiridos
Mercantil de São Paulo
Banco BBA
Unibanco
Banco Zogbi
BankBoston Chile
ABN AMRO
Banco BMC
Price to Book (P/BV)
0,11
0,20
0,54
0,58
1,25
1,58
1,69
1,72
1,88
1,95
3,55
3,75
9,54
Price to Book (P/BV)
1,42
1,87
1,35
1,94
2,14
3,00
3,55
Ano
1998
1997
2000
2008
2004
2002
2005
1997
2008
2001
2001
2000
1999
Mediana privatizações
1,69
Média privatizações
1,70
Foram eliminados os outliers
para evitar viés no cálculo
da média.
Ano
2002
2002
2008
2003
2006
2007
2007
Mediana bancos privados 1,94
Média bancos privados
2,18
ƒ Ao aplicar a mediana do múltiplo P/BV das últimas transações entre bancos públicos (1,69) sobre o
Patrimônio Líquido do Ibi de abril de 2009, ou seja, R$ 914 mi, obtivemos um valor de R$ 1.545 mi.
ƒ Ainda, aplicando-se a mediana do múltiplo P/BV das últimas transações entre bancos privados
(1,94) sobre o Patrimônio Líquido do Ibi de abril de 2009, ou seja, R$ 914 mi, obtivemos um valor
de R$1.774 mi.
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86
6. Avaliação econômico-financeira (cont.)
Avaliação por múltiplos
Fluxo de caixa descontado x múltiplos
Avaliação Ibi (em R$milhòes)
Fluxo de caixa descontado
1.599
Múltiplo de empresas compará
comparáveis
1.020
Múltiplos de transaç
transações - público
1.545
Múltiplo de transaç
transações - privado
1.774
ƒ
Avaliamos que os valores obtidos por meio da análise de múltiplos constituem um balizador que fundamenta o resultado
encontrado via fluxo de caixa descontado.
ƒ
Nota-se que o valor encontrado a partir da aplicação do múltiplo de mercado de empresas comparáveis listadas em Bolsa de
Valores nos indicadores da Ibi Part resulta em um valor 36,2% inferior ao obtido por fluxo de caixa descontado. No entanto,
como os múltiplos das empresas listadas referem-se a participações minoritárias e não incorporam um prêmio de controle,
acreditamos que, para a avaliação de 100% das quotas da Ibi Part, o mais adequado seria a comparação com as transações
históricas ocorridas no setor bancário, público e privado, brasileiro.
ƒ
Nesse sentido, observa-se que o valor de R$ 1,599 milhões obtido pelo método do fluxo de caixa descontado encontra-se
num patamar próximo (3,6 % abaixo) daquele observado entre a média de transações de bancos públicos e privados
comparáveis nos últimos anos – R$ 1,660 milhões -- o que corrobora o resultado da projeção.
Fonte: Análise BDO Trevisan
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87
Conteúdo
1. Introdução
2. Perfil da empresa
3. Aspectos de mercado
4. Metodologia de avaliação
5. Taxa de desconto
6. Avaliação econômico-financeira
7. Conclusão
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89
88
7. Conclusão
Sendo assim, pelo melhor julgamento da BDO Consultores Ltda. e considerando as informações transmitidas pelo
BRADESCO, atribuímos o valor econômico para 100% das ações da Ibi Participações Ltda. de R$ 1.599 milhões (um
bilhão, quinhentos e noventa e nove milhões de reais).
São Paulo, 16 de setembro de 2009
Responsável Técnico
Luis Guilherme Raposo M. Costa
Economista – CORECON/RJ 24387
BDO Consultores Ltda.
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89
Anexo
Análise de benchmarks
Ativo total / PL
7,1
7,0
7,0
6,6
6,5
5,7
5,2
5,5
4,1
Dez/2007
Dez/2008
5,9
4,2
4,1
Mediana: 6,2
Projeção ratio Ativo total/PL
Em R$ mil
6,1
6,0 6,1
6,0 6,0
5,9
5,8 5,8
5,6 5,7
5,2
ƒ
Observa-se que a relação entre ativos
totais e PL da Ibi Part projetada alcança
um patamar coerente com o nível médio
do benchmark selecionado.
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: BACEN e análise BDO Trevisan
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90
Anexo
Análise de benchmarks (cont.)
Análise da projeção do ROE (Return on Equity)
ROE principais bancos - Brasil
Em percentual (%)
32,1%
32,3%
32,1%
29,1%
23,0%
23,6%
22,5%
22,0%
2006
2007
Bradesco
Os bancos líderes do mercado
nacional, Bradesco, ItaúUnibanco e
BB, em 2008, possuíam um Índice de
Basiléia médio de 15,93%, enquanto o
índice médio dos bancos de médio
porte era de 25,72%.
ƒ
Utilizamos a média dos três maiores
bancos brasileiros para balizar o ROE
do Banco Ibi projetado de 2009 a 2019,
conforme demonstrado a seguir.
21,5%
2008
ItaúUnibanco
Média (ROE):
ƒ
BB
26,5%
Projeção ROE – valuation Ibi Part
Em percentual (%)
Rentabilidade
ROE
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
0%
1%
9%
14% 15% 19% 21% 22% 23% 24%
Fonte: BACEN e análise BDO Trevisan
© 2009 BDO Trevisan. Todos os direitos reservados.
25%
O ROE projetado para
2019 encontra-se em um
patamar próximo à média
dos principais bancos
entre 2006 e 2008.
91
Anexo
Análise de benchmarks (cont.)
Desempenho das ações na Bovespa - Benchmark
Nov/07 a Ago/09
140%
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Cruzeiro do Sul
Banco Panamericano
Parana Banco
Banco Pine
Sofisa
BIC Banco
Banco ABC
Daycoval
IBOV
Fonte: Bloomberg e análise BDO Trevisan
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92

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