novos rumos - Volvo Trucks
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novos rumos - Volvo Trucks
TRAÇO CONTÍNUO O SEU VOLVO NA FAIXA CERTA ■ NO. 1 2008 NOVOS RUMOS ALFREDO MAIA COMANDA A TRANSMAIA EM DIRECÇÃO A MERCADOS E SERVIÇOS POR EXPLORAR NO CORAÇÃO DAS MONTANHAS PERUANAS CONDUZIR A 5.000 METROS DE ALTITUDE SEMPRE A POSTOS ASSISTÊNCIA PRONTA DO VOLVO ACTION SERVICE MELHOR AMBIENTE VOLVO COM LIPOR NO TRATAMENTO DE RESÍDUOS tc001.indd 1 03-03-2008 15:07:10 TRAÇO CONTíNUO conteúdo #1/2008 EDITORIAL Regresso à estrada! com natural expectativa de sucesso que regressamos ao vosso encontro depois de um ano que ficou marcado por um excelente desempenho da marca Volvo e da rede Auto Sueco em Portugal, a todos os níveis. Bem-vindos à edição que abre o ano de 2008! Cabe à empresa Transmaia o merecido destaque nestas páginas, testemunhando e partilhando connosco a sua visão do negócio. Por outro lado, conheça os serviços disponibilizados pela unidade de após-venda da Auto Sueco (Coimbra), situada no Centro do País, mais concretamente em Viseu, e agora com uma estrutura completamente remodelada. Temos ainda que, sendo um dos valores nucleares da marca Volvo, o respeito pelo meio ambiente e onde nos posicionamos como uma parte da solução, demos voz ao parceiro Lipor, que nos conta os projectos desenvolvidos e em curso neste domínio. Como é sabido, a rendibilidade das operações de transporte passa por reduzir os períodos de imobilização: o Volvo Action Service vai ao encontro desta premissa, e também pode conhecer aqui o objectivo deste serviço, que está enquadrado na nossa oferta. Entre outras reportagens e notícias, fomos ao Peru, registar uma jornada que testa os limites do homem e da máquina. Na secção “Como Funciona” apresentamos o programa inteligente de melhoria da estabilidade electrónica ESP – o protector dos motoristas de camiões em inúmeras situações de condução crítica. Boa viagem! É 8 Transporte de cortar a respiração Homem e máquina nos limites por estradas até quase 5.000 metros acima do nível do mar. Nesta edição fomos ao coração das montanhas peruanas com a empresa mineira Simsa, ao volante de um Volvo FH12. 4 CONSOLIDAR E DIVERSIFICAR PARA CRESCER Rigor e qualidade nos genes da Transmaia, uma empresa assumidamente familiar que para crescer aposta agora na diversificação dos serviços e mercados. 7 BOM SERVIÇO Sempre a postos, 24 horas por dia e 365 dias por ano, o Volvo Action Service (VAS) nasceu para contrariar imprevistos e assegurar que os clientes Volvo nunca fiquem pelo caminho. 17 LIPOR APOSTA NO AMBIENTE A Auto Sueco e a Lipor, associação dedicada à gestão de resíduos sólidos urbanos, têm vindo a estreitar a sua parceria e hoje a maioria da sua frota é composta por camiões Volvo. TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: 11 COMO FUNCIONA 15 EU & O MEU VOLVO 18 NOTÍCIAS VOLVO TRAÇO CONTÍNUO Auto Sueco, Unidade de Negócio Camiões e Autocarros, R. Conde da Covilhã, 1637, 4100-189 Porto Tlf.: 226 150 300 Fax: 226 150 395 E-mail: [email protected] Projecto gráfico e editorial: Tidningskompaniet, Box 2268, SE-40314, Gotemburgo, Suécia Edição: Divisão Customer Publishing da Edimpresa, Rua Calvet de Magalhães, 242, Laveiras, 2770-022 Paço de Arcos Tlf.: 214 698 776 E-mail: [email protected] Impressão: Minerva, Artes Gráficas, Lda. Tiragem: 4000 exemplares Periodicidade: Trimestral Distribuição: Gratuita N.º Depósito Legal: 258637/07 Inscrição no ERC n.º 125275 2 TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 HENRIQUE NOGUEIRA DIRECTOR AUTO SUECO UNIDADE DE NEGÓCIO CAMIÕES E AUTOCARROS INÍCIO NOTÍCIAS DO MUNDO DOS TRANSPORTES ACELERAR SAI CARO CÓDIGO(S) DA ESTRADA O que sabe, de facto, sobre a legislação europeia? Alguns países, incluindo a Noruega e a Bélgica, decidiram lidar de forma dura com os condutores que ultrapassem os limites de velocidade. Dependendo do nível desse excesso e do local onde o fazem, os condutores sujeitam-se a pagar multas muito elevadas. COLETE REFLECTOR NO VEÍCULO Em muitos países europeus, incluindo a Espanha, a Eslováquia, a Croácia e Itália, é agora obrigatório ter coletes reflectores nos veículos. E se tiver de sair do carro em estrada tem mesmo de utilizá-lo. Em Espanha, cada carro tem de ter dois coletes reflectores e pelo menos um deles tem de estar facilmente acessível. QUÃO LEGAL É A UTILIZAÇÃO DE TELEMÓVEL? Não é assim tão fácil estar por dentro de todas as regras dos diferentes Códigos da Estrada quando viajamos no estrangeiro. Aqui está um conjunto de dicas para o ajudar a conduzir com segurança na Europa. E para evitar multas de trânsito. OS PNEUS CERTOS A Alemanha junta-se ao grupo de países que obriga à utilização de pneus de Inverno (mas não pneus com pregos) – mesmo em auto-estrada –, o que não era necessário anteriormente. A utilização de pneus de Verão ou de pneus de Inverno demasiado gastos Gasóleo rodoviário: proposta em Março A SECRETÁRIA de Estado dos Transportes revelou que as secretarias de Estado dos Transportes e dos Assuntos Fiscais estão a trabalhar em conjunto numa proposta tendo em vista a criação do gasóleo rodoviário. Ao que tudo indica, a proposta estará pronta para apresentação já em Março: “Até finais de Fevereiro os estudos estarão concluídos e em Março teremos condições para tornar público aquilo que vamos fazer”, referiu Ana Paula Vitorino. A governante precisou, contudo, que as medidas serão aplicadas “de forma faseada”, pelo que não avançarão em simultâneo em todos os subsectores dos transportes (de mercadorias, de passageiros, pesados, ligeiros). A secretária de Estado dos Transportes revelou ainda que as orientações estratégicas para o sector rodoviário serão apresentadas ainda este ano. é agora interpretada como um risco de segurança elevado e os condutores serão mesmo autuados. LUZES ACESAS? Na maioria dos países, os médios têm de estar sempre ligados, mesmo em condução durante o dia. Alguns países instituíram a obrigatoriedade da sua utilização durante os meses mais “escuros”. Contudo, na Grécia apenas é possível conduzir com os médios acesos caso a viatura tenha matrícula estrangeira. Na Ucrânia existe uma proibição total da utilização dos médios durante o dia. Conduzir e falar ao telemóvel requer actualmente que esteja completamente por dentro das regras de trânsito do país onde circula. A Suécia é um dos poucos países da Europa onde ainda é legalmente possível falar e conduzir sem a utilização de um dispositivo de mãos-livres. A razão para tal é que os especialistas defendem que é a conversa em si que distrai o condutor e não o facto de este segurar o telefone na mão... E, FINALMENTE… Evite ser autuado cumprindo rigorosamente os diversos Códigos da Estrada, mas, pelo sim pelo não, tenha sempre à mão dinheiro na moeda do país onde circula, já que em muitos o pagamento das multas é exigido precisamente no local da infracção. Camiões (ainda) maiores está a considerar a utilização de camiões ainda maiores do que o comprimento máximo de 25,25 m actualmente permitido. A ideia ganhou força no passado mês de Novembro, quando alguns players do sector – entre os quais a Volvo, a Schenker e a Administração de Estradas da Suécia – se encontraram com o ministro do Ambiente, A SUÉCIA Andreas Carlgren, para discutir como os transportes em camião podem ser “ambientalmente neutros” no futuro. Testes com camiões de transporte de madeira já estão a ser levados a cabo no norte do país e o porto de Skandiahamnen está autorizado a utilizar camiões com 32 metros de comprimento para o transporte de contentores. Luz verde para o Galileo da União Europeia (UE) acordou o desenvolvimento e financiamento do sistema europeu de navegação por satélite Galileo (a versão europeia do GPS). Com este acordo o sistema deverá estar operacional em 2013. O CONSELHO A fase final de desenvolvimento do Galileo deverá custar 3,4 biliões de euros e é financiada através de fundos comunitários. O Galileo será um dos primeiros grandes projectos em que a Comissão Europeia assumirá responsabilidade directa na gestão. TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 tc003.indd 3 3 03-03-2008 11:00:52 TRANSPORTE INTERNACIONAL CONSOLIDAR E DIVERSIFICAR PARA CRESCER Assumidamente familiar, a Transmaia tem sabido construir uma imagem de rigor e de qualidade de serviço. Nos últimos anos, o crescimento do volume de negócios tem rondado os 30%, mas a Transmaia quer ir mais longe. Em 2008, a aposta da empresa será a concretização de uma parceria ibérica e a diversificação dos serviços e mercados. TEXTO TÚLIO GONÇALVES FOTOGRAFIA BRUNO BARBOSA 4 F oi nos anos 80 que os irmãos Alfredo, Mário e Henrique Maia decidiram adquirir a empresa paterna, Adriano Sousa Maia & Filhos, L.da, fundada na década de 60. Nascia assim, em 1982, a Transmaia – Transportes, L.da, uma empresa familiar em que quotas e tarefas estão divididas irmãmente: Alfredo Maia dirige as vertentes administrativa, comercial e dos contactos com clientes e fornecedores; Mário Maia gere a área de negócios dos camiões com grua e oficinas TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 tc004a006.indd 4 03-03-2008 10:50:51 componentes humana e circulante espelha igualmente a vitalidade da Transmaia, que em “1982 era composta por oito colaboradores e cinco viaturas pesadas. Hoje temos uma frota de 150 viaturas (70% delas Volvo), e 160 colaboradores”. Em 2007 foram comprados 30 novos tractores (26 deles Volvo FH 440), com os quais se visa dotar a empresa das ferramentas necessárias para os futuros desafios. Alfredo Maia justifica a escolha da Volvo como principal fornecedor de soluções de transporte com o bom aconselhamento profissional. Por outro lado, aponta também o facto de fornecer as soluções mais adaptadas ao tipo de transporte, de serviço e aos mercados e países onde pretendem operar. “Igualmente fundamental para nós é o desempenho ao nível das médias de consumo”, frisa Alfredo Maia. Aliás, a formação dada pelos técnicos da Volvo ao nível das caixas automáticas permitiu que se verificasse uma redução dos consumos de combustível na ordem de 5%. Em jeito de remate, salienta ainda “a assistência, que posso dizer que neste aspecto são os melhores, e a fiabilidade”. Vitais são também “os custos de aquisição e manutenção, assim como o conforto dos motoristas. As últimas 40 viaturas que adquirimos estão equipadas com climatizadores, que possibilitam manter temperaturas agradáveis na cabina, quer em climas quentes quer frios. Assim, o motorista pode descansar confortavelmente toda a noite”, salienta. e, por fim, Henrique Maia tem a seu cargo as cobranças, o licenciamento das viaturas, os orçamentos e a avaliação de potenciais clientes e negócios, a compra de peças e outros serviços externos. o volume de negócios da empresa tem vindo a crescer de forma consistente, cifrando-se na casa dos 30% anuais, fundamentalmente devido “à qualidade do serviço prestado”, afirma Alfredo Maia. A evolução das suas NOS ÚLTIMOS ANOS, Tal visa superar as dificuldades sentidas em 2007, resultantes da conjuntura económica, que culminaram num aumento do prazo médio dos recebimentos e em dificuldades de gestão de tesouraria. Mas o factor mais penalizante foi o impacto dos sucessivos máximos históricos atingidos pelo preço do gasóleo. “Ao representar 44% dos custos operacionais, o gasóleo impediu uma maior rentabilidade da empresa.” Face a esse factor penalizante, a Transmaia passou a abastecer os seus camiões em Espanha. “Além do preço ser inferior, reembolsamos o imposto do gasóleo profissional, o que não acontece em Portugal”, esclarece Alfredo Maia. Esta estratégia tem sido ainda complementada pela intensificação da condução económica e pela racionalização das viagens, evitando que os veículos voltem vazios. Este ano os irmãos Maia pretendem concretizar, finalmente, a sua expansão ibérica, protelada desde há dois anos devido à conjuntura económica. “Estamos em contacto com algumas empresas espanholas para firmar parcerias a pensar nesse objectivo. A economia espanhola está bem melhor do que a nossa”, pelo que a aposta neste mercado, assim como nos outros citados, é um passo natural. “As nossas previsões apontam ainda para uma continuidade do nosso crescimento, sustentado pela aposta no mercado da Grande Lisboa, da zona Centro e no serviço internacional, sem esquecer os serviços de portacontentores, que vamos aumentar”, diz Alfredo Maia. “Outro problema que encaramos com muita A PENÍNSULA IBÉRICA, seriedade é o do ambiente”, França e Itália estão na área e o da “exigível” renovação de actuação da empresa, das frotas de transportes sendo que os mercados rodoviários nacionais, frisa. do Benelux e da Alemanha Curiosamente, “embora são as novas prioridades. o governo e a UE exijam No mercado interno realiza Alfredo Maia, administrador a observância das normas da Transmaia. todo o tipo de transporte relativas às emissões nacional em carga geral, poluentes, repercutidas num aumento bem como transportes especiais. “Temos significativo das viaturas (passaram dos Euro 14 gruas a funcionar, além dos transportes 3 para os Euro 4), não recebemos qualquer de grandes dimensões”, explica Alfredo Maia. tipo de apoio. Temos vindo a adquirir, com Este ano a dinamização do departamento bastante esforço financeiro, viaturas Euro 4 e comercial é uma aposta para ganhar. “Através Euro 5, que nos permitem, por exemplo, na de um vendedor vamos empenhar-nos Alemanha e na Suíça, usufruir de descontos num contacto mais directo, procurando nas auto-estradas. Essa ‘modernização angariar novos clientes e explorar outras ambiental’ está – com sérias dificuldades – a áreas de negócio e serviços”, ser assumida apenas pelos transportadores. comenta Alfredo Maia. TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 tc004a006.indd 5 >> 5 03-03-2008 10:51:18 TRANSPORTE INTERNACIONAL Um FH 12 no parque da empresa, em São Mamede do Coronado. A frota foi alargada com a aquisição de 26 novas viaturas Volvo. >> Uma maior renovação da frota permitiria ter menos avarias e obter consumos muito mais baixos”, refere. não descura a formação dos seus profissionais. Sem contar com a formação ministrada pela Volvo, “de dois em dois meses temos, com todos os motoristas, uma formação promovida por nós ou por formadores externos”. Como resultado desse empenho, “face ao ano passado, este ano vamos ter uma redução dos prémios de seguro na ordem dos 70 mil euros”. Além dos objectivos nacionais e internacionais já referidos, e que deverão ser concretizados até 2010, a Transmaia possui outros trunfos para trabalhar mais eficazmente a zona de Lisboa e do Centro do País, quer ao nível de serviços nacionais, quer internacionais. “Adquirimos um parque em Benavente e outro em Albergaria. É um desafio grande, que visa aumentarmos A TRANSMAIA 6 a qualidade do serviço e o volume de vendas nessas áreas.” Entretanto, esses parques permitirão explorar outra área de negócios, ou seja, a criação de parques europeus de viaturas. Aí, outras empresas poderão alugar espaços para os seus motoristas descansarem e pernoitarem em segurança e com boas condições. Voltando a abordar os serviços de porta-contentores, Alfredo Maia esclarece que é “um grande desafio, pois não eram por nós explorados”. Mas há que acompanhar a evolução do mercado, pois, “por directrizes da UE e seguindo uma política europeia, tanto as importações como as exportações são feitas cada vez mais, seja por via marítima ou ferroviária, em porta-contentores. Prevê-se um aumento importante desse tipo de transporte”. No ano em curso, os sócios gerentes da Transmaia prevêem investir cerca de 750.000 euros, que serão aplicados na dinamização das suas várias apostas de negócio. ■ Factos, Transmaia Fundada em 1982 pelos irmãos Alfredo, Mário e Henrique Maia, tem a sua sede em São Mamede do Coronado (Trofa). As suas instalações são constituídas por um parque de 12.000 m2 e um armazém de 2.000 m2. Na mesma freguesia possuem ainda um parque com 7.500 m2. A Transmaia tem 160 colaboradores e possui uma frota de 150 camiões (70% deles Volvo), tendo adquirido em 2007 mais 30 viaturas, 26 delas Volvo. Nos últimos anos esta transportadora tem registado um crescimento anual do volume de negócios na ordem de 30%. Em 2008 a empresa vai alargar o número de parques através da construção de um Parque Europeu em Benavente (área total 120.000 m2 – área útil 30.000 m2) e de outro em Albergaria-a-Velha (12.500 m2). Para além de consolidar a sua presença em Portugal e Espanha, os objectivos para 2008 são alargar o leque de serviços com a introdução de novos produtos e soluções, bem como alargar a sua área de cobertura geográfica na Europa. O investimento estimado para 2008, cujo crescimento deverá manter-se nos 30%, rondará 750.000 euros. TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 tc004a006.indd 6 03-03-2008 10:51:39 ASSISTÊNCIA VOLVO A equipa VAS está sempre pronta para responder a qualquer imprevisto. Bom serviço O Volvo Action Service (VAS) minimiza os riscos, disponibilizando assistência 24 horas por dia e 365 dias por ano em reparação de veículos e em muitas outras áreas. TEXTO JOSÉ MIGUEL DENTINHO D isponibilizado pela marca, em toda a Europa, para emergências que ocorram em autocarros e camiões, o Volvo Action Service (VAS) – disponível em Portugal através do número de telefone 800 805 032 – foi criado a pensar nos proprietários dos veículos da marca. “A ideia por detrás do VAS é colocar o camião na estrada o mais rapidamente possível”, diz Rui Leão, do Desenvolvimento Oficinal da Auto Sueco. O serviço inclui tudo o que diz respeito ao veículo e ao que reboca. Como complemento, disponibiliza ajudas várias, incluindo dinheiro para pagamento de multas, apoio jurídico, etc. O VAS compreende uma rede de mais de 1.000 oficinas a nível europeu, a que os motoristas têm acesso através de um número de emergência gratuito. O contacto é feito através de um centro de atendimento que posteriormente desencadeia as acções necessárias para responder ao pedido encaminhando-o para a oficina disponível mais próxima. O VAS PROPORCIONA todo o tipo de auxílio que se possa imaginar. Responde, essencialmente, à desempanagem de camiões e autocarros mas também trata avarias de semi-reboques, assim como a caixa frigorífica de um veículo de transporte de fruta ou peixe. E compreende ainda o apoio jurídico que possa ser necessário em caso de acidentes, entre outros casos. O que diferencia o VAS da oferta de outros agentes do sector é a qualidade do serviço prestado em termos de rapidez, apoio económico e outros. Quem usufrui dele sabe que, garantidamente, o seu camião vai estar na estrada pouco tempo depois do pedido de assistência, já que o VAS disponibiliza de imediato uma carrinha para o local. Conforme a gravidade da avaria, os profissionais da equipa desempanam o mais rapidamente possível a viatura, para O mais difícil Em 1993, um Volvo FH novo avariou na Rússia, nas vésperas do Natal. A operação de resgate foi morosa e difícil devido às contingências por que passava o país nessa época. Os mecânicos não procediam à reparação durante a noite com medo de serem assaltados, havia falta de peças e até foi difícil arranjar combustível para rebocar a viatura até Moscovo. Foi mesmo o proprietário da viatura que desenvolveu os contactos para resolver o problema. O motorista teve de ser alojado e nem as peças vindas da Suécia solucionaram o problema. Depois de todas estas peripécias, só no dia 5 ou 6 de Janeiro é que se conseguiu que o camião fosse rebocado para a Finlândia, onde levou um motor novo. Vários anos após o incidente e num encontro ocasional, o cliente reconheceu que nenhuma outra marca o poderia ter ajudado como nós o fizemos naquela altura, naquele país e com as condições que eles tinham na época. que o motorista possa rapidamente prosseguir viagem. Só mais tarde é tratada a parte administrativa do caso com a empresa-cliente. Ou seja, se um cliente Auto Sueco tiver uma avaria durante a noite, sabe que pode estar de novo na estrada ainda nesse período. Sem burocracias. EXISTE UM COMPROMISSO da Volvo para que os veículos estejam de volta à estrada num máximo de oito horas. A maioria das operações não chega ao limite máximo mas outras ultrapassam-no devido à natureza da avaria. “Pela experiência que temos, também depende do local onde se encontra o camião”, diz Rui Leão. “Se for nos arredores do Porto ou Lisboa e outras cidades, ou perto das rotas principais, é mais rápido.” A densidade de ocupação do espaço europeu com oficinas não é sempre a mesma, mas em Portugal o espaço que é necessário percorrer entre cada uma delas e o local da ocorrência não excede 50 a 60 quilómetros. O VAS é disponibilizado por todas as oficinas da Auto Sueco no período diurno e há já nove unidades em Portugal a fazê-lo durante 24 horas: Braga, Porto, Albergaria, Viseu, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Setúbal e Faro. ■ TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 7 ASCENSÃO NO PERU TRANSPORTE DE CORTAR A RESPIRAÇÃO Diariamente, José Astete Torres conduz o seu Volvo FH até quase 5.000 metros acima do nível do mar para ir buscar um carregamento de zinco proveniente das minas situadas no coração das montanhas peruanas. Bem-vindo a uma jornada que irá testar os limites do homem e da máquina. TEXTO TOB IAS HAM MAR FOTOGRAFIA PONTUS JOHANSSON 8 S ão as primeiras horas da manhã e as nuvens vindas do oceano Pacífico pairam, como habitualmente, sobre Lima, a capital do Peru. Estamos estacionados numa garagem vedada, junto ao porto industrial de Lima. A plataforma de carga encontra-se vazia e o depósito de combustível cheio. Está uma manhã tranquila, apesar de o ruído crescente proveniente da cidade situada por trás do portão principal indicar que rapidamente tudo se irá alterar. José Astete Torres é motorista da Simsa, uma empresa que é há quase 65 anos uma das principais produtoras de zinco e de chumbo do Peru. A produção anual de 65 mil toneladas é enviada para indústrias ávidas por minerais um pouco por todo o mundo. A garagem é o ponto de partida de José. De dois em dois dias arranca daqui num Volvo FH12 amarelo-dourado para ir buscar um TRAÇO C ONTÍN UO # 1 2008 tc008a014.indd 8 VTMpo1_08_08-10_Peru.indd 8 03-03-2008 12:16:38 08-02-19 15.36.11 VTM 36.11 José Astete Torres espera que a sua águia da sorte e as grelhas de protecção dos faróis mantenham afastados os ladrões em busca de peças Volvo. carregamento de concentrado de zinco, um tipo de minério de zinco refinado, à mina da empresa, situada em San Ignacio, a mais de 300 quilómetros de distância, no coração do país. Ou antes: na “região montanhosa” do país. Porque para chegar à mina é necessário subir cerca de 5.000 metros acima do nível do mar. Pelo caminho José atravessa o topo da cadeia montanhosa dos Andes, passa por três zonas climatéricas e navega por entre o que pode educadamente designar-se de trânsito um tanto caótico, antes de dar meia-volta e regressar a casa com o camião totalmente carregado. E isto no espaço de algumas horas. Tudo começa assim que saímos da garagem. José desloca-se lentamente ao longo das congestionadas estradas da zona portuária. Mesmo a uma velocidade reduzida, sente necessidade de travar para evitar os buracos da estrada ou os outros condutores, apostados em roubar o seu pequeno pedaço de alcatrão na cada vez mais turbulenta hora de ponta matinal. “O trânsito é a parte mais dura do meu emprego, especialmente os autocarros”, afirma, apontando para um miniautocarro branco que, com o acelerador a fundo e pessoas penduradas nas portas abertas, se desvia abruptamente para a nossa faixa, a menos de um metro do enorme pára-choques dianteiro do Volvo. “Muitos destes condutores nunca tiveram carta de condução, estão sempre cheios de pressa e quando mudam de direcção nem se preocupam com luxos como os piscas ou os restantes sinais. Normalmente fazemos o nosso percurso nas faixas destinadas aos autocarros. É muito mais seguro seguir na sua peugada do que passar por eles quando andam numa busca desenfreada por passageiros!” APÓS CE RCA DE U MA HORA passamos pela zona limítrofe de Lima. À medida que a agitada metrópole fica para trás, o ar torna-se mais límpido. O sol surge no céu. A inclinação cada vez mais acentuada da estrada é uma prova evidente do local para onde nos dirigimos: as míticas encostas dos Andes. Consigo identificar a herança secular inca nas roupas coloridas da população rural do Peru, nos retorcidos contornos dos terrenos de cultivo dispostos em socalcos e na dificuldade ocasional em pronunciar o nome de uma aldeia. Aqui, no coração da América do Sul, os índios incas criaram uma civilização avançada muito antes de os espanhóis e os portugueses encontrarem as suas rotas a partir da distante Europa. A meio do percurso, já em plena montanha, a cerca de 3.000 metros de altitude, o ar começa subitamente a ficar mais rarefeito. Cada movimento é um esforço, cada batimento cardíaco relembra as duras condições existentes no exterior da cabina. Um velho e extenuado Volvo N7 à nossa frente ilustra o quão difícil pode ser a vida “A suspensão, a direcção assistida, o banco do motorista, a cama – conduzir um Volvo novo neste ambiente é um verdadeiro prazer.” JOSÉ ASTETE TOR R ES, MOTORISTA DA SIMSA TRAÇO C ONTÍN UO # 1 2008 tc008a014.indd 9 VTMpo1_08_08-10_Peru.indd 9 >> 9 03-03-2008 12:18:12 08-02-19 15.36.15 ASCENSÃO NO PERU José Astete Torres passa por três zonas climatéricas e transpõe o desfiladeiro da montanha Abra Anticona a uns impressionantes 4.818 metros acima do nível do mar. Faz parte da função. >> nesta região. A sua lenta batalha para subir a montanha, com o motor a roncar, enquanto transporta a sua carga, reflecte, de uma forma estranha, o sentimento crescente de inquietação nos meus pulmões. sem grande dificuldade, com o seu novíssimo FH12, mostra um enorme sorriso. “Já passei por tudo isto! Comecei a conduzir camiões em 1975, e precisamente com aquele modelo. Desde aí já conduzi praticamente todos os camiões existentes no mercado. Durante todos estes anos tive de batalhar por cada metro de montanha, por vezes mal conseguindo avançar. Apesar de tudo, hoje em dia já é muito mais fácil e rápido subir e descer as encostas. Então em termos de conforto nem há comparação possível”, afirma, começando a contar pelos dedos: “A suspensão, a direcção assistida, o banco do motorista, a cama – conduzir um Volvo novo neste ambiente é um verdadeiro prazer.” No entanto, o conforto dos camiões Volvo modernos não é nada comparado com o pequeno detalhe que mudou realmente as suas condições de trabalho diárias. O camião QUAN DO JOSÉ O U LTRAPASSA, 10 de José está equipado com o VEB, o poderoso travão de motor da Volvo – algo que permitiu reduzir em cerca de um quarto o tempo a sua viagem, possibilitando-lhe conduzir de forma mais rápida, e segura, pelas íngremes descidas dos Andes. Doze, 13 horas de condução com o coração na boca foram hoje reduzidas para dez seguras e confortáveis horas sentado ao volante, um facto por ele destacado com um tom de voz sério. “Permite-me poupar tempo, que posso despender a descansar e a relaxar um pouco mais e a realizar inspecções de segurança mais minuciosas. Tudo isto contribui para uma condução muito mais segura. Além disso, consigo reduzir a minha vulnerabilidade na estrada a ladrões e saqueadores. Especialmente à noite, o risco de ocorrer um assalto é um dos principais problemas e provoca uma tensão constante. Seja como for, actualmente consigo chegar aos nossos locais de descanso muito antes do pôr-do-sol.” Um vento penetrante e frio confirma que deixámos o clima costeiro e húmido de Lima para trás. Um enorme sinal na estrada transmite-nos a dura realidade: CH EGÁMOS AO TOPO. 4.818 metros acima do nível do mar – em apenas algumas horas de condução! Daqui, José irá dirigir-se para Este, em direcção à selva, no outro lado do cume onde fica situada a mina de zinco da Simsa. Solta uma gargalhada ao deixar-me na berma da estrada com a tez pálida e os pulmões arquejantes. “Soroche (mal das alturas)!”, afirma. “Contra o enjoo da altitude só há um remédio: um chá de folhas de coca e muito descanso.” ■ Factos sobre a Simsa QEmpresa mineira com sede em Lima, Peru. Especializada na exploração de zinco e chumbo. QNos últimos 35 anos, a sua principal unidade de produção foi a mina de San Vicente, 300 quilómetros a Leste de Lima. QProduz 62 mil toneladas de zinco e 3 mil toneladas de chumbo anuais. Grande parte da sua produção destina-se à exportação. QPossui uma frota de 31 camiões, 20 tractores para operações de transporte à superfície e 11 camiões de carroçaria móvel para operações de transporte no interior das minas. Doze desses tractores são do modelo Volvo FH. Todos os camiões utilizados na mina são do modelo Volvo FM. QTodos os camiões possuem um contrato de assistência. TRAÇO C ONTÍN UO # 1 2008 tc008a014.indd 10 VTMpo1_08_08-10_Peru.indd 10 03-03-2008 12:18:51 08-02-19 15.36.22 VTM Como funciona ESP – o auxílio nas situações difíceis O Controlo Electrónico de Estabilidade ESP é o anjo da guarda dos motoristas de camiões em inúmeras situações. Não só vigia em permanência o comportamento do camião como ainda intervem em caso iminente de despiste ou capotamento. TEXTO H E N R I K MOB E RG E R FOTOGRAFIA VOLVO TR UCKS DI R ECÇÃO O ESP inclui sensores que registam as acções do motorista no volante e nos pedais, bem como todos os movimentos do veículo. O sistema realiza cálculos instantâneos baseados no movimento do volante e na rotação do veículo sobre o seu eixo vertical (irá o reboque começar a virar?). Outro sensor mede a aceleração lateral (irá o reboque deslizar para fora da estrada ou corre o risco de virar?). AJ USTÁVE L O ESP é parte integrante do sistema electrónico do camião e tem ligação directa com a electrónica do motor, os diversos componentes do sistema de travagem e a própria rede electrónica do reboque. Quando o veículo se vê perante uma situação crítica, o ESP determina se a simples redução da potência do motor e uma travagem suave serão suficientes ou se será necessário carregar a fundo nos travões e utilizar todos os sistemas de retardamento disponíveis de forma interactiva. E de forma segura – para bem do condutor. TRAVÃO MOTOR Quando o camião entra numa situação crítica, o ESP regula o travão motor, reduzindo o binário do motor e iniciando a travagem de uma ou mais rodas do reboque, conforme necessário. O sistema sabe exactamente que roda(s) deve travar em qualquer situação – por exemplo uma roda dianteira externa combinada com todas as rodas do reboque (ao iniciar-se uma sobreviragem numa curva) ou apenas as rodas traseiras internas (caso ocorra uma subviragem). SISTE MA AVANÇADO DE TRAVAG E M O camião integra o sistema avançado de travagem electrónica da Volvo, o EBS, que inclui travões ABS e o sistema de controlo de tracção TCS. Estes sistemas incluem inúmeros sensores que monitorizam todas as forças e movimentos presentes no camião e nas rodas se, por exemplo, um pneu perder a sua aderência numa superfície escorregadia. Além disso, o sistema ESP actua igualmente ao nível do semireboque. O MOTOR ISTA O motorista é apenas um ser humano – alguém que comete erros. Pode, por exemplo, entrar numa curva a uma velocidade excessiva, descobrir tardiamente que a curva se torna cada vez mais apertada ou verificar, já no interior da curva, que o alcatrão está coberto de gelo ou de gravilha solta. Começa a entrar em pânico. Vira o volante para um lado para tentar escapar e carrega no travão para tentar parar o reboque. Mas nada parece ajudar – excepto o ESP. TRAÇO C ONTÍN UO # 1 2008 15.36.22 tc008a014.indd 11 VTMpo1_08_11_How it works.indd 11 11 03-03-2008 12:19:20 08-02-19 15.38.56 MELHOR NEGÓCIO NEGÓCIO PERSONALIZADO PROMOVE O CRESCIMENTO A indústria de transportes rodoviários é muito mais do que só camiões. As relações pessoais e as acções concertadas entre o fabricante e o cliente têm vindo a tornar-se cada vez mais importantes. É uma abordagem designada pela Volvo como “negócio personalizado”. TEXTO J E N NY PALM FOTOGRAFIA AN DE RS B RYNG E L, KI R I LL OVCH I N N I KOV & MAG N US LAU PA I magine que está numa loja a escolher um televisor. Comprará um modelo específico apenas porque lhe foi recomendado pelo vendedor? Se calhar não. No entanto, se o questionarem sobre as suas necessidades específicas e se alguém o orientar sobre a gama de modelos disponível, provavelmente sentir-se-á mais motivado a adquirir um televisor nessa loja – e sentir-se-á mais satisfeito. “Esta é uma indústria dependente das relações em muito maior escala do que as pessoas possam imaginar”, afirma Mikael Benzow, director de Desenvolvimento de Vendas a Retalho na Volvo Trucks Europe. E que tem, então, o cliente direito a exigir 12 a um concessionário? De acordo com Mikael Benzow, o mais importante é a capacidade de o concessionário identificar as necessidades do cliente para lhe conseguir oferecer o produto ideal para o seu próprio negócio. necessidades do cliente, é igualmente importante conseguir demonstrar que certos serviços suplementares podem auxiliar as suas operações diárias. E, como é óbvio, o concessionário pode também realizar um cálculo da economia nos transportes através de uma análise às operações do cliente”, refere Mikael Benzow. Mikael fala também sobre a importância da disponibilidade de oficinas. O facto de a Volvo “COM BASE NAS possuir as suas 1.100 oficinas de assistência autorizada espalhadas por toda a Europa é um factor altamente atractivo para os clientes que realizem operações internacionais. Um exemplo de crescimento de um cliente com a Volvo ocorreu quando a empresa instalou oficinas de assistência na Rússia com base nas instalações da Coca-Cola, quando esta empresa perspectivou o início da sua actividade naquele país. “Este é, obviamente, um exemplo extremo de assistência ao cliente, mas consideramos importante fornecer-lhes esse grau de compromisso. A Rússia possui um enorme potencial, que não se vê em mais nenhum ponto da Europa”, afirma Mikael Benzow. ■ TRAÇO C ONTÍN UO # 1 2008 tc008a014.indd 12 VTMpo1_08_12-14_Theme.indd 12 03-03-2008 12:20:04 08-02-19 15.48.40 VTM ALI N POPA, G R U PO E DY, ROMÉN IA “Ambos ganhamos com a nossa parceria” NA ROMÉN IA, tal como em muitos outros países, há poucos camionistas experientes. Este foi um grande problema para o Grupo Edy, a principal firma de transportes do país. A empresa pretendia igualmente desenvolver as suas operações, as quais, na época, eram relativamente modestas, mas tinha algumas dúvidas em relação à melhor forma de o fazer. Em 1996, o Grupo Edy contactou a Volvo, apresentou os desafios específicos que enfrentava – e encontrou a forma perfeita de cooperação. “Vejo-nos a nós e à Volvo mais como parceiros estratégicos do que como simples cliente e fornecedor. A nossa relação significa que ambos retiramos vantagens da nossa parceria. O nosso crescimento nos últimos anos foi espectacular”, afirma Alin Popa. Não possuir camiões com mais de quatro anos de idade, utilizar os apoios tecnológicos mais recentes, tais como o Dynafleet Online – o Grupo Edy é o principal utilizador na Europa do Dynafleet Online –, e investir fortemente em recursos, tais como a formação dos motoristas: eis a receita vencedora. “Como temos sempre acesso a soluções financeiras vantajosas através da Volvo Finance, conseguimos ter uma nova frota pronta a operar. Tal significa que possuímos uma vantagem sobre a concorrência, mas igualmente que conseguimos manter os nossos motoristas, pois os camiões novos constituem um bom ambiente de trabalho.” A colaboração próxima com a Volvo permitiu ao Grupo Edy desenvolver uma Academia do Motorista, na qual os motoristas em geral, e motoristas mais novos e inexperientes em particular, aprendem tudo sobre a operação, os camiões e as diversas soluções técnicas. E o Grupo Edy obteve a confirmação de que os seus investimentos estão realmente a receber importantes dividendos. Seis motoristas da empresa receberam prémios atribuídos pela União Internacional de Transportes Rodoviários em 2007. Os critérios para a atribuição destes prémios são inflexíveis: ao longo de um período de 20 anos e até um milhão de quilómetros percorridos não se pode sofrer um único incidente grave. “Naturalmente consideramos este facto como a confirmação de que estamos no bom caminho. A nossa elevada qualidade baseia-se em funcionários preparados e motivados”, afirma Alin Popa. Factos sobre o Grupo Edy 1992: O Grupo Edy era uma pequena companhia com operações locais. A frota era constituída por cinco camiões. 2007: O Grupo Edy possui actualmente 1.200 camiões Volvo e as suas operações expandiram-se para a esfera internacional. TRAÇO C ONTÍN UO # 1 2008 15.48.40 tc008a014.indd 13 VTMpo1_08_12-14_Theme.indd 13 13 05-03-2008 17:07:26 08-02-19 15.48.45 MELHOR NEGÓCIO MARTI N STOLP, FE LDSCH LÖSSCH E N, SUÍÇA “Encontramos sempre uma solução conjunta” E M 2002, A E M PR ESA SUÍÇA Factos sobre a Feldschlösschen 1970: A Feldschlösschen era uma empresa constituída por diversas empresas mais pequenas. A frota consistia em camiões de diferentes fabricantes. 2007: Actualmente a companhia é o principal fornecedor de bebidas na Suíça e possui 200 camiões Volvo. Feldschlösschen renovou a sua frota de camiões. No ano seguinte a empresa operava já com 200 novos camiões Volvo. “A nossa relação com a Volvo baseia-se mais em confiança mútua do que em questões legais, e ambos beneficiamos deste tipo de abordagem”, declara Martin Stolp, gestor de frota na Feldschlösschen, um dos principais fornecedores de bebidas da Suíça. A empresa faz parte do Grupo Carlsberg, uma das maiores cervejeiras do mundo. A distribuição de bebidas líquidas na Suíça faz-se em curtas deslocações, conduzindo-se durante alguns quilómetros e com longas paragens para descarregar nas instalações dos clientes, e a Feldschlösschen procurava um parceiro que compreendesse as suas necessidades específicas. “Procurávamos soluções globais e não apenas camiões.” A empresa acabou por cingir a procura da solução à Volvo, e actualmente tem alugados 200 camiões Volvo. Além de a Volvo ter sido capaz de oferecer um contrato que agradou à Feldschlösschen, a relação que a empresa passou a ter com o concessionário foi a principal razão para seleccionar este fornecedor específico. “Quando temos uma relação pessoal calorosa, limitamo-nos a sentar e a conversar sobre o que é realmente importante. Por vezes fazemos algumas concessões, outras vezes é a Volvo que as faz. Mas encontramos sempre uma solução com a qual ambos concordamos.” AN DR EY BOR NYAKOV, TK CE R B E R, RÚSSIA “Eles sabem o que precisamos… mesmo antes de nós próprios sabermos!” A COM PAN H IA R USSA TK Cerber descreve a sua relação com a Volvo com as palavras “profissionalismo, parceria e confiança”. Crescer de uma pequena empresa para uma empresa com 200 funcionários, que consegue operar no mercado russo de forma credível, requer um sem-número de capacidades. Uma boa ideia de negócio e bons produtos constituem obviamente a base, mas é também preciso obter auxílio para o desenvolvimento. De acordo com o director-geral Andrey Bornyakov, a TK Cerber teria provavelmente crescido mesmo sem a Volvo, mas a cooperação resultou em dinamismo e eficácia que beneficiam todo o negócio. Fora o facto de 14 a Volvo ter proposto os produtos fundamentais, Andrey considera que o factor mais importante é a dinâmica demonstrada pelo concessionário. “É como se soubessem do que necessitamos mesmo antes de nós o sabermos – no que diz respeito aos camiões, à assistência e às soluções financeiras”, explica. É esse pequeno pormenor que coloca o concessionário Volvo numa categoria à parte, de acordo com Andrey Bornyakov. “E o facto de conseguirmos obter soluções de transporte globais, desde o camião às soluções financeiras, através do mesmo interlocutor, é muitíssimo importante neste negócio. Em virtude disso crescemos como empresa”, afirma Andrey Bornyakov. Factos sobre a TK Cerber 1997: Pequena empresa com cinco camiões. 2007: A TK Cerber é actualmente uma das principais empresas da Rússia, com um total de 112 camiões, dos quais mais de metade foi fornecida pela Volvo. TRAÇO C ONTÍN UO # 1 2008 tc008a014.indd 14 VTMpo1_08_12-14_Theme.indd 14 03-03-2008 12:21:05 08-02-19 15.48.47 FOTOGRAFIA CARLOS CARDOSO eu & o meu volvo Viagens confortáveis a primeira viagem em que trabalhava com o tacógrafo digital. Na fronteira de Itália, ao arrancar para mais uma jornada, o aparelho indicava “ausência de cartão”. Conhecida como é a fiscalização – apertada – pelas autoridades neste domínio, recebeu indicações para se deslocar ao concessionário mais próximo, no Sul de França. Depois de uma hora e meia de viagem em sobressalto, e já às portas de Cannes, voltou a insistir com o tacógrafo, e lembrou-se de carregar no botão “2.º condutor”… e o cartão foi ejectado. A empresa não hesita em afirmar que “o João Fernandes dignifica a profissão.” Ao serviço da Transbranca, está afecto ao mesmo cliente desde 1997, percorrendo as linhas de Itália e Alemanha. O Volvo FH 13 que conduz é particularmente apreciado pelo conforto da cabina, como o aquecimento em parque. Equipado ainda com caixa I-shift, Dynafleet e GPS, regista uma média de consumo abaixo de 31 l/100 km. Incomparável… NÃO CHEGOU PARA O SUSTO, Nome: João Fernandes Idade: 39 Naturalidade: S. João da Madeira Empresa: Transbranca Veículo: Volvo FH 13 TRAÇO CONTíNUO # 1 2008 tc015.indd 15 15 03-03-2008 10:43:02 AUTO SUECO (COIMBRA) EM VISEU Nas instalações da Auto Sueco (Coimbra), em Viseu, os clientes têm acesso a um universo de serviços. Criar uma global satisfação dos clientes É este o lema pelo qual se guiam os funcionários da Unidade Após-Venda em Viseu. Nesta Unidade há uma oferta de serviços de valor acrescentado para, assim, aumentar os níveis de satisfação e fidelização dos seus clientes. TEXTO MIGUEL SATÚRIO PIRES FOTOGRAFIA BRUNO BARBOSA O edifício da Auto Sueco (Coimbra), em Viseu, é notoriamente vistoso. Com linhas modernas mas sóbrias a percorrer a sua fachada, em grande parte envidraçada, esconde no seu interior um verdadeiro universo de serviços, que vão desde a comercialização e após-venda de viaturas ligeiras (Volvo, Jaguar, Land Rover e Mazda) à comercialização e assistência após-venda aos camiões e autocarros Volvo, passando pela relação de proximidade com todos os clientes que os vários responsáveis se empenham em estabelecer. Inauguradas em 1983, as instalações dispõem, desde essa data, de uma área exclusivamente dedicada à manutenção total de autocarros, camiões e semi-reboques, contando esta moderna infra-estrutura com 14 postos de trabalho a funcionar em pleno e a colaboração de oito técnicos oficinais, cuja formação contínua é uma das principais apostas (importa aqui salientar a juventude da equipa e a pouca rotatividade de 16 TRAÇO CONTÌNUO # 1 2008 funcionários que se faz notar). A média diária de veículos que passa pelo após-venda desta Unidade anda na ordem dos oito a nove, todos alvo de um rigoroso controlo de qualidade quanto aos serviços efectuados – é detentora da certificação ISO 9001. O ambiente é também uma preocupação nos trabalhos realizados nas oficinas, sendo prova disso o facto de fazer parte dos seus quadros um responsável dedicado a esta área e de levar a cabo uma cuidada separação e consequente tratamento de resíduos, a que se juntam acções de sensibilização junto dos colaboradores. personalização da relação entre prestador de serviços e cliente, a aposta do Concessionário é assinalável: uma estratégia baseada, por exemplo, no VOSP – Volvo Service Program, o qual tem como objectivo, conforme referiu João Ascenso, responsável do após-venda do Grupo Auto Sueco (Coimbra) para camiões e autocarros, “estabelecer, entre ambas as partes, consoante as características de utilização da viatura, um calendário específico de manutenção o qual ajuda, também, a incentivar a fidelização”. Aliás, frisou ainda Ricardo Mota, gestor após-venda desta Unidade, esta aposta de fidelização dos clientes “tem vindo a dar os seus frutos”, nomeadamente com a realização de Contratos de Assistência. Entretanto, mais um novo serviço de valor acrescentado foi incluído no portefólio de após-venda da Auto Sueco (Coimbra). Trata-se do equipamento recentemente instalado que fará a aferição dos tacógrafos digitais instalados nos veículos pesados. Este importante equipamento encontra-se em fase final de certificação e entrará em funcionamento até ao final do primeiro trimestre deste ano. Outra oferta recente é o Express Service. Reformulado a partir de Outubro do ano passado, esta inquestionável mais-valia visa a resposta rápida a qualquer situação de avaria e pequenas reparações de curta duração que dêem entrada nas oficinas. A tempo inteiro, num ritmo de 24 horas por dia, o VAS – Volvo Action Service (ver página 7) conta com a colaboração de três técnicos em prevenção permanente (um mecânico, um electricista e um caixeiro). Acessível através do telefone 800 805 032, o VAS pode resolver todo o tipo de problemas a qualquer hora. ■ NO RESPEITANTE À Factos, ASC Viseu A Unidade de Viseu da Auto Sueco (Coimbra) situa-se na EN 16 (que liga Aveiro a Vilar Formoso). De segunda a sexta, aberta das 8h30 às 12h30 e das 14 às 18 horas; aos sábados, a oficina encontra-se aberta entre as 9 e as 13 horas. Tel.: 232 483 550; fax: 232 483 551. Informações na Internet, no endereço www.grupoasc.com, ou através do endereço de correio electrónico [email protected]. GESTÃO DE RESÍDUOS Lipor aposta no ambiente A Lipor utiliza camiões Volvo para transporte dos resíduos das suas oito câmaras associadas. TEXTO JOSÉ MIGUEL DENTINHO A parceria entre a Auto Sueco e a Lipor tem sido estreitada e a maioria dos camiões são hoje da marca Volvo. A Lipor é uma associação de municípios detida por oito câmaras municipais da Área Metropolitana do Porto, incluindo Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde. Gerida como empresa pública, tem como principal objectivo fazer a gestão de cerca de 1.400 toneladas de resíduos sólidos urbanos produzidos diariamente na região gerados por cerca de um milhão de cidadãos locais e depositados de forma indiferenciada ou selectivamente em contentores que são recolhidos pelas autarquias. “Depois, é-lhes dado o destino final na Lipor, conforme a sua tipologia”, diz Nuno Barros, coordenador do Gabinete de Sustentabilidade da Lipor. O projecto sustenta-se muito no transporte eficiente de resíduos. Desde cedo a instituição apostou, para isso, num produto eficaz, fiável e na disponibilidade de uma rede de assistência próxima dos locais de descarga e recolha dos resíduos urbanos. organizações deverá ter em breve novos desenvolvimentos, pois a Lipor tem em implementação um projecto para aproveitar óleos alimentares usados para produzir biodiesel nas suas instalações e empregá-lo na sua frota e na das câmaras associadas. A AUTO SUECO ACOMPANHOU a A LIPOR TEM QUATRO instalações Lipor desde o primeiro momento – primeiro, adequando os veículos às suas necessidades específicas; depois, estabelecendo serviços de após-venda nas proximidades das instalações da instituição e das câmaras suas associadas, garantindo a disponibilidade de assistência rápida e eficiente. A atitude tem contribuído para o desenvolvimento da parceria e hoje quase todos os 30 camiões para utilização própria e entregues às câmaras da instituição são Volvo. E a associação entre as duas principais. O centro de triagem e a central de valorização orgânica, localizados no pólo de Ermesinde, recebem matéria orgânica e materiais separados. A central de valorização energética e o aterro sanitário situam-se no pólo da Maia – a Lipor II –, que recebe indiferenciados. Os resíduos que chegam à Lipor dividem-se em três grupos principais: indiferenciado, matéria orgânica e recicláveis. Estes últimos, que incluem as embalagens, o vidro e o papel e o cartão, vão para o centro de triagem e depois para a reciclagem. O segundo grupo vai para a central de valorização orgânica para ser produzido composto. O que não é separado vai para a Lipor II para ser transformado em energia eléctrica. Sobram desta actividade cinzas e escórias, que são depositadas em aterro. A instituição tem uma comunicação aberta com os seus parceiros a montante e jusante, feita com o objectivo de aperfeiçoar a qualidade dos materiais que emprega e dos sistemas de gestão e de optimizar circuitos de recolha. Também contribui de outras formas para a melhoria da sociedade e do mundo em que vivemos, incrementando projectos ligados ao ambiente e à implementação do desenvolvimento sustentável. Tem, por exemplo, 12 pessoas a trabalhar na área da educação ambiental directamente com escolas, associações de moradores e outros, para levar as populações a perceberem a importância da protecção do ambiente. Por outro lado está a promover a Agenda 21 – que deriva da Cimeira do Rio de Janeiro – em 18 freguesias, para permitir um desenvolvimento mais sustentável nestas comunidades. ■ TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 17 NOTÍCIAS VOLVO INFORMAÇÃO ESSENCIAL DA AUTO SUECO – CAMIÕES E AUTOCARROS Fiabilidade posta à prova Transporte de um tigre terá efectuado em Dezembro do ano passado o transporte mais exótico da sua vida. Na sequência de um contacto da Volvo Trucks com a empresa Pall Cargo AB, o motorista transportou um tigre-de-amur fêmea no seu Volvo FH, equipado com um avançado sistema de controlo de temperatura. Uma unidade com a qual Urban Hansson se revela muito satisfeito, destacando, sobretudo, a transmissão Volvo I-Shift. Sparta viajou “à boleia” da Volvo, que assumiu os custos do transporte, entre o aeroporto de Arlanda, em Estocolmo, até ao parque Nordens Ark, em Sotënas – de que a Volvo é o principal patrocinador –, situado a cerca de 100 km a norte de Gotemburgo. “Foi a primeira vez, e provavelmente a última, que transportei um tigre”, referiu Urban Hansson com uma gargalhada. URBAN HANSSON Luiz Faulhaber, chefe de divisão dos Serviços de Equipamento da SMTUC, e Manuel Correia de Oliveira, administrador da empresa. INDO AO ENCONTRO da continuada política de defesa do meio ambiente, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) têm ao serviço desde o início de 2007 um autocarro Volvo B7RLE. Incorporando uma motorização turbo intercooler com gestão electrónica, desenvolve 290 hp de potência, com elevado rendimento e baixo nível de emissões poluentes, através do sistema SCR. Segundo a administração da SMTUC, “durante o período experimental de um ano, em regime normal de exploração, a viatura apresentou boas prestações, cumprindo todas as expectativas”, considerando o chassis Volvo “uma mais-valia para a sua frota de autocarros”. No que respeita ao consumo de combustível, este novo modelo tem-se revelado “muito económico”. Equipado com uma caixa de velocidades automática de seis velocidades, com retardador hidráulico incorporado, sistema de travagem ABS e sistemas eléctricos multiplex, a carroçaria privilegia a funcionalidade e o conforto dos passageiros, disponibilizando ar condicionado, piso rebaixado entre portas e rampa para acesso a deficientes motores. Acção "verde" A VOLVO TRUCKS convidou a imprensa especializada e clientes para uma apresentação em Ghent, na Bélgica, subordinada ao tema do ambiente. A acção gerou grande interesse, tendo, entre outros aspectos, servido para apresentar os sete modelos da marca que circulam com combustíveis alternativos. A iniciativa envolveu cerca de 180 jornalistas e 300 clientes, tendo sido também convidados membros do Parlamento Europeu e de diversas autoridades. Para Per Sundström, director de Relações Públicas na Divisão Europeia, a mensagem é clara: “Temos 18 TRAÇO CONTÍNUO # 1 2008 a tecnologia necessária para construir veículos que circulem com praticamente todos os combustíveis renováveis, com a nossa tecnologia diesel como base. Quando a sociedade concordar na utilização de combustíveis alternativos a longo prazo, estaremos prontos.” Na foto, Jonas Hellgren, da Volvo Technology (segundo a contar da esquerda), apresenta o desenho do camião híbrido utilizado na acção de imprensa a Lidija Supek, director de Relações Públicas da Volvo Trucks na Croácia e Eslovénia, e a duas jornalistas croatas. Viagens Atalaia reforçam a frota, de novo, com Volvo Volvo B12B foi o escolhido para acolher o primeiro modelo Atomic MK VIII (concebido pela Irmãos Mota), destinado ao serviço expresso e internacional da António Atalaia – Viagens & Turismo. Privilegiando o conforto, economia e fiabilidade, o modelo de 420 cv de potência e equipado com caixa I-shift é já o 16.º autocarro Volvo ao serviço da empresa. O CHASSIS