Boletim Aon Hewitt Março 2016_07.04
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Boletim Aon Hewitt Março 2016_07.04
Aon Hewitt Boletim Aon Nesta edição Gerir negócios neste ano em um país peculiar como o nosso e em um momento político-econômico ainda mais particular, é tarefa no mínimo desafiadora para qualquer organização, sem distinção de segmento ou porte. 01 Como a crise impacta os planos de saúde 02 Benefício Odontológico 03 Um selo de reconhecimento para a gestão de pessoas Abril 2016 Nesse sentido, a tomada de decisão assertiva é urgente e não só necessária, pois pode e fará a diferença fundamental no destino do negócio. De olho em nosso capital humano como um dos cernes de sustentação de qualquer estratégia organizacional, a gestão de riscos e benefícios e a promoção do engajamento serão pautas imprescindíveis nas agendas executivas e permearão ações e programas de recursos humanos por todo esse período de “crise” no Brasil e adiante. E quais as melhores ações? Quais os melhores programas? Pensando em apoiar essas resoluções estratégicas de pessoas – que são únicas para cada empresa e assinam seu “DNA”, estão presentes neste boletim assuntos que escolhemos com muito critério para as diferentes linhas de atuação, como opções de diferenciação no plano de benefícios, gestão integrada dos programas de saúde, reconhecimento de pessoas e atuação na saúde social. Acreditamos que nossos estudos e experiências geram conhecimento consultivos de alta relevância e que ajudam as organizações a traçar as melhores estratégias de atuação. O compromisso Aon é com o desenvolvimento de todos. Fazemos dos desafios de nossos clientes os nossos. Marcelo Borges Vice-Presidente Executivo Aon Hewitt Risk. Reinsurance. Human Resources. Saúde Como a crise impacta os planos de saúde Com as várias mudanças no cenário político e econômico do Brasil em 2015, a saúde suplementar foi um dos setores afetados. Situações como a queda do PIB, o aumento da taxa de desemprego, a alta da inflação, a maior taxa de juros dos últimos nove anos e a desvalorização do real frente ao dólar são fatores que interferem em diversos itens que compõem os custos dos planos de saúde. Para 2016, infelizmente, a projeção desses indicadores não é otimista. A moeda americana tem um impacto importante no percentual de Variação dos Custos MédicoHospitalares (VCMH) – divulgado pelas operadoras – em função da representatividade que os materiais e medicamentos têm na internação, considerada o principal evento e o de maior custo em um plano de saúde. Outro fator que impactou a saúde suplementar foi o aumento da taxa de desemprego, levando à diminuição de 1,5% na quantidade de beneficiários inscritos nos planos de saúde, o que equivale à perda de 760 mil pacientes. Vale destacar que essa redução, reflexo das inevitáveis demissões em decorrência do cenário econômico do Brasil, é um fator que ainda refletirá as empresas nas renovações em 2016 por causa do runoff desta utilização que fica no contrato. Com isso, a flexibilidade das operadoras tende a ser cada vez menor, porque ela é impactada por várias razões, entre elas o crescimento acelerado dos custos de saúde, o desperdício na utilização, a judicialização do setor e a sinistralidade em patamares acima do equilíbrio da carteira. Diante desse cenário de crise e com orçamentos cada vez menores, já que as despesas com os planos de saúde são o segundo maior custo das companhias, é indispensável uma atuação cada vez mais estratégica na saúde. Não se deve ficar limitado às negociações de reajuste anuais, pois os patamares de mudanças nos preços assistidos no mercado poderão afetar diretamente, no curto prazo, a sustentabilidade do programa de saúde das organizações. Para isso, é preciso trabalhar na gestão integrada do programa de saúde, providenciando um desenho de plano que reflita as necessidades e a realidade da empresa e à atenção que este mercado exige. Observar as práticas adotadas no mercado também é um dos itens que devem ser avaliados antes da tomada de decisão, pois hoje o plano de saúde é muito estratégico. Isso porque, além de ser considerado o principal benefício para a atração e retenção de talentos, é o terceiro item de maior desejo dos brasileiros. Em paralelo a todas essas discussões, o modelo do sistema de saúde no Brasil tem de passar por um grande ajuste, que depende não só das empresas, mas também da participação da sociedade e do governo. A instabilidade econômica de hoje e as adaptações que as organizações vêm fazendo para manter esse tipo de benefício viável ficam como aprendizado para gestões de saúde mais eficazes no futuro. É importante lembrar que alterações no desenho do plano – modelo de viabilização, coparticipação, contribuição fixa, redefinição da elegibilidade por operadora, nível de plano e cargo (downgrade de nível de plano ou de operadora) – feitas como alternativas de contenção dos custos são pontuais e de curto prazo. As companhias precisam criar uma cultura de saúde para que consigam obter resultados consistentes no médio e longo prazos, tornando o programa de saúde sustentável e eficaz, independentemente do momento de crise. Maria Carolina Pazianotto Gerente Técnica de Saúde e Atuária na Aon Boletim Aon | Benefícios e Capital Humano | Abril 2016 01 Odontologia Benefício odontológico: fidelize os seus melhores funcionários Em meio ao conturbado momento da economia brasileira, muitos colaboradores se sentem ameaçados pelo medo do desemprego e da competitividade, tornando-se inseguros e desmotivados para o trabalho, o que afeta até seu crescimento profissional. Diante desse contexto, as empresas precisam analisar qual seria a melhor alternativa para amenizar o problema e trazer soluções para impulsionar a satisfação profissional e, consequentemente, o aumento da produtividade, a qualidade de vida e o engajamento das equipes. Uma das propostas de inovação para elas é oferecer aos funcionários o benefício odontológico na modalidade de contratação contributária. Nele, o beneficiário contribui com o valor integral de seu benefício e de sua família, uma ótima saída neste momento em que as empresas estão preocupadas em conter gastos. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 22 milhões de pessoas possuem o benefício odontológico, 74% deles concentrados em coletivos empresariais, e, de acordo com a pesquisa Aon de Benefícios, atualmente 56% das organizações assumem apenas o papel de facilitadoras do processo de contratação desse benefício, realizando somente a gestão. Esses números mostram que ainda há mercado para as empresas continuarem apostando no plano odontológico como um diferencial de seu pacote de benefícios, mesmo neste momento econômico complicado e de grande competitividade entre os diversos setores. Além disso, com essa medida, as companhias auxiliam seus colaboradores a restabelecer a saúde bucal em relação à estética, funcionalidade e fonética, o que contribui para a saúde, a qualidade de vida, a segurança e a autoestima deles e de seus familiares. Dra. Eliane Santoro Líder de Odontologia Boletim Aon | Benefícios e Capital Humano | Abril 2016 02 Capital Humano Um selo de reconhecimento para a gestão de pessoas Há oito anos, a consultoria Aon e o jornal Valor Econômico realizam o estudo “As Melhores na Gestão de Pessoas”, aberto para participação de empresas de todo o Brasil. Com inscrições até 29 de abril, a pesquisa é notabilizada no mercado como um selo que reconhece a busca das companhias pela gestão genuína de pessoas como um adicional competitivo e também todos os seus esforços como organização para chegar a esse objetivo. Um dos elementos que se sobressaem no estudo como diferencial das empresas é a capacidade de promover o engajamento, ou seja, seu potencial cultural em criar ritos, processos e experiências que interfiram positivamente na relação de compromisso dos funcionários com seu trabalho. Essa capacidade de engajar tem sido cada vez mais valorizada nas organizações nos últimos anos, pois cresceu entre os gestores o entendimento de que a produtividade é diretamente influenciada por comportamentos de “compromisso”. Isso significa que, quanto maior a demonstração de identificação com os valores corporativos, quanto mais legítimo o desejo de pertencer ao grupo e, ainda, quanto maior o exercício do esforço adicional para cumprir metas diárias, mais assertiva é a previsão de sucesso de determinado negócio. Dessa forma, falar e zelar pelo engajamento e sua gestão – que é a combinação de todos esses fatores – tornou-se parte da agenda estratégica de CEOs e RHs de todo o mundo. A participação em um estudo de mercado como esse e a aplicação de pesquisas customizadas regulares de engajamento e clima organizacional são ações que permitem aos empregadores compreender e interferir nas necessidades de Boletim Aon | Benefícios e Capital Humano | Abril 2016 seus funcionários e na gestão. Tais mecanismos possibilitam, ainda, concentrar esforços nas áreas de desenvolvimento específicas que causam mais impacto nos resultados do negócio e nos índices de engajamento. Além disso, as empresas podem se posicionar diante do mercado, apresentando sua posição no ranking. Como parte da metodologia do estudo, as organizações também passam a conhecer melhor outros potenciais que impactam seus negócios, conforme demonstram nossos estudos mundiais. Um exemplo disso é que as empresas ranqueadas como as “Melhores na Gestão de Pessoas” são aquelas que, além do alto engajamento dos funcionários, apresentam liderança forte, reputação no mercado e foco no desempenho. A última pesquisa que realizamos com 270 organizações globais indica que esses aspectos culturais adicionais das “Melhores na Gestão de Pessoas” – liderança, reputação e foco – estimulam o crescimento do desempenho dos negócios em vendas, margem operacional e retorno total aos acionistas (TSR), ultrapassando a Zona de Alta Performance na escala de engajamento. Esses dados mostram que eleger um índice de engajamento como estratégico e de desejo da organização é garantir que a empresa está buscando, contratando, desenvolvendo, recompensando e retendo talentos que tenham a capacidade de estabilizar, inspirar, alinhar e engajar os demais. Revelam, ainda, que ela está no caminho certo para obter maior produtividade. Criar uma cultura em que os líderes corporativos consideram essas atividades cruciais pode colocar sua organização à frente da concorrência. Conheça mais sobre nosso estudo: http://valorcarreira.valor.com.br. Agatha Alves Líder de Desenvolvimento e Gestão 03