Tradução Artigos HIIT

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Tradução Artigos HIIT
Texto 1: Evidence Based Execise Clinical benefits of high intensity interval training Treinamento Intervalado de Alta Intensidade O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) envolve repetidos exercícios à uma alta intensidade por períodos 30”a poucos minutos, separados por 1-­‐5 minutos de recuperação (sem nenhum ou com exercício de baixa intensidade). HIIT vs. Exercício Moderado e Contínuo Em comparação com o exercício contínuo e moderado, o HIIT gera maior gasto calórico e aumenta a oxidação de gorduras após o exercício em relação ao exercício moderado e contínuo. Efeitos do HIIT na População de Alto Risco Em pacientes com doenças cardiovasculares, o HIIT tem se mostrado superior ao exercício moderado e contínuo nas melhoras: da pressão arterial, da função endotelial (vasos), do nível de lipídios plasmáticos, da capacidade aeróbica, do ventrículo esquerdo, em todas as funções do miocárdio, assim como na reversão das remodelações do ventrículo esquerdo em pacientes com falha cardíaca. De forma importante, o HIIT não é só efetivo como também seguro. O HIIT tem sido usado de forma efetiva em pacientes com diabetes, angina estável, falha cardíaca, após infarto do miocárdio, assim como após a colocação de stent e ponte de safena. Perspectivas aos Pacientes Em um dos estudos, mudanças similares foram identificadas após um período de 6 semanas em ambos os sujeitos que executaram HIIT ou exercício moderado contínuo, embora os sujeitos que fizeram HIIT executaram exercícios com apenas 20% de tempo de duração que o grupo que realizou o exercício moderado contínuo. Potenciais Desvantagens do HIIT Uma recente revisão sistemática não demonstrou nenhum evento letal associado a problemas cardíacos ou qualquer outro tipo de problema nos 7 estudos que aplicaram HIIT a pacientes com doenças arteriais coronarianas, sugerindo que o HIIT é muito seguro quando executado em ambientes controlados. Texto 2: Exercício Intermitente de Intensidade (HIIE) e Perda de Gordura Alta A maioria dos protocolos de exercícios desenvolvidos para induzir a perda de gordura corporal tem focado em exercícios contínuos como andar e correr, realizados em uma intensidade moderada. Os protocolos de HIIE possuem considerável variabilidade, porém tipicamente envolvem repetidos e breves tiros (sprints) em intensidade máxima (all-­‐out) imediatamente seguido por um exercício de baixa intensidade ou repouso. Respostas Agudas e Adaptações Crônicas ao Exercício Intermitente de Alta Intensidade As respostas agudas que foram identificadas no HIIE incluem mudanças na frequência cardíaca (FC), secreção hormonal, glicemia sanguínea, no lactato sanguíneo, sistema nervoso autônomo e reatividade metabólica. A resposta da FC é dependente da natureza do protocolo de HIIE utilizado, porém ela é tipicamente elevada durante o exercício e reduzida durante o período entre os tiros e na recuperação. Os hormônios que tem apresentado aumento durante o HIIE incluem as catecolaminas, cortisol e GH. A resposta significativa das catecolaminas ao HIIE é contrastante com os resultados apresentados nos exercícios contínuos e moderados, que apresentam um pequeno aumento de epinefrina e noraepinefrina (adrenalina e noradrenalina). A resposta significativa das catecolaminas ao HIIE é uma importante característica desse tipo de exercício, especialmente a adrenalina, que tem demonstrado conduzir à lipólise e é amplamente responsável pela quebra das reservas subcutâneas e intramusculares de gordura. De forma significativa, uma maior quantidade de receptores β-­‐adrenérgicos tem sido encontrados na gordura abdominal comparada à gordura subcutânea, sugerindo que o HIIE tem um maior potencial de reduzir os estoques abdominais de gordura. Nevil e colaboradores examinaram a resposta de secreção do GH a um tiro máximo na esteira, realizado por atletas homens e mulheres, e mostraram uma marcada resposta do GH a apenas um tiro máximo de 30 segundos, sendo a resposta similar entre homens e mulheres, porém maior em velocistas em comparação com maratonistas. A concentração de GH manteve-­‐se dez vezes mais alta que os valores de repouso após uma hora depois do exercício. A concentração de cortisol do sangue também se mostrou significativamente elevada após tiros consecutivos de 100m realizados pro atletas treinados. Com respeito às respostas metabólicas o HIIE inicialmente resulta em um decréscimo das reservas do ATP e do PC, seguido por um decréscimo das reservas de glicogênio através da glicólise anaeróbica. Gaitanos e colaboradores tem sugerido que após o encerramento de uma sessão de HIIE que consistiu em uma série de sprints repetidos (10 tiros máximos de 6 segundos) ocorre uma inibição da glicólise anaeróbica. Esses autores tem sugerido que ao final de uma sessão de HIIE, a ressíntese do ATP é derivada principalmente da degradação do PC e dos estoques intramusculares de triglicerídeos. Entretanto, este padrão de utilização de energia não foi ainda demonstrado em pesquisas com seres humanos. Após uma intensa sessão de HIIE, a completa recuperação do ATP pode levar de 3 a 4 minutos, porém a completa restauração dos níveis de pH e lactato sanguíneo podem levar horas. O tempo necessário para a recuperação muscular após a realização do HIIE para níveis pré-­‐exercício ainda não foi determinada. Após uma intensa sessão de exercícios aeróbicos, a recuperação tem tipicamente apresentado um comportamento bifásico, com uma fase de recuperação rápida inicial de 10 segundos até alguns minutos, seguida por uma fase de recuperação lenta que dura de alguns minutos até algumas horas. Durante essa recuperação, o consumo de oxigênio é elevado para ajudar a restaurar os processos metabólicos às condições iniciais pré-­‐exercício. Esse excesso no aumento da captação de oxigênio é necessário no repouso e é chamado de EPOC (excess postexercise oxigen consumption) ou excesso de consumo de oxigênio após o exercício. O EPOC durante o período lento de recuperação tem sido associado com a remoção do lactato e dos íons de hidrogênio, com o aumento da função pulmonar e cardíaca, aumento da temperatura corporal, efeito das catecolaminas e ressíntese do glicogênio. Entretanto, protocolos de exercícios aeróbicos que resultam em um prolongado EPOC, tem mostrado que esse EPOC corresponde a apenas 6-­‐15% do conteúdo total do custo de oxigênio do exercício. Laforgia e colaboradores concluíram que o maior impacto do exercício na massa corporal ocorre via gasto energético ocorrido durante a atividade. Em resumo, as respostas agudas de uma sessão de HIIE incluem significante aumento na frequência cardíaca, nas catecolaminas, no cortisol, no GH, lactato sanguíneo, glicemia e glicerol além de uma significativa redução na reatividade do sistema parassimpático após o HIIE, depleção do ATP, PC e estoques de glicogênio. As respostas crônicas ao treinamento com HIIE, incluem aumento da aptidão aeróbica e anaeróbica, adaptações musculares, e reduções na concentração da insulina em jejum e da sensibilidade à insulina.