Revista Segurança Eletrônica

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Revista Segurança Eletrônica
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TECNOLOGIA
AUTOMAÇÃO
Fechaduras eletrônicas
e digitais avançam
no segmento residencial
a preços competitivos
Sistema automatizado de
iluminação proporciona
economia de recursos
e muita praticidade
REVISTA TRIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS
DE SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA
/associacaoabese
[email protected]
www.abese.org.br
Nº 15 | Ano V | Abr./Maio./Jun. – 2016
Desde sua fundação, em 1995, a ABESE cresce em importância
como foro de debate sobre os interesses das empresas de sistemas
eletrônicos de segurança
Acesse o QR Code e veja a
versão digital da revista
DUAS DÉCADAS DE MUITO
TRABALHO E DE
RELEVANTES CONQUISTAS
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EDITORIAL
VENHA VENCER DESAFIOS COM A ABESE
SUMÁRIO
Inflação crescente, contração da economia, taxa
de juros e valor do dólar altos, muitos impostos,
instabilidade econômica e política. Como sobreviver,
ou melhor, vencer, em um cenário como esse?
Reduzir custos, buscar produtividade, ser
mais competitivo, fazer as melhores aplicações
financeiras, minimizar estoques, diversificar
produtos e serviços, se especializar...
Tudo isso pode ser muito importante. Porém,
não há uma fórmula que assegure a qualquer
empreendedor que sua estratégia de negócios
dará certo.
Isso não ocorre nem em situações de
estabilidade econômica, quem dirá numa situação
de crise sem precedentes, como a que estamos
vivendo, em nosso país.
Por essa razão é que precisamos, por mais
obstáculos que encontremos para desenvolver
e dar continuidade aos nossos negócios, nos
fortalecer, o que – acredito plenamente – é muito
mais fácil, quando estamos juntos, organizados,
associados, comprometidos com objetivos comuns.
O elo de tudo isso e que nos leva ao
fortalecimento, sem dúvida alguma, se chama
“espírito associativo”. Pois, somente com a
união para analisar, propor, discutir e encontrar
soluções para os desafios que enfrentamos como
empreendedores é que o nosso segmento de
atividade ganhará cada vez mais relevância.
Fazer parte de uma associação de classe
significa compartilhar, participar ativamente
do direcionamento que se deseja ao nosso
mercado de atuação, respaldado pelos benefícios
que a entidade lhe proporciona. Dessa forma,
todos ganhamos, empresários, funcionários e
consumidores de nossos produtos e serviços.
Quanto mais associados, mais fortes seremos
para vencer os desafios impostos pela crise. Por
isso, convido você que ainda não é associado da
ABESE, a juntar-se a nós, associando-se à nossa
entidade e tendo a oportunidade de participar de
ações imprescindíveis para o desenvolvimento
e o crescimento das atividades do segmento de
sistemas eletrônicos de segurança.
Entre em contato conosco, veja o nosso site,
saiba sobre todos os benefícios que a ABESE
proporciona a seus associados, suas realizações e
projetos para a valorização do segmento.
Queremos que você também seja um
protagonista dessa história de sucesso.
Boa leitura!
Selma Migliori
Presidente da ABESE
4
Notas
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Capa
Em duas décadas de atividades, a ABESE registra
uma trajetória de sucesso, grandes desafios e muitas
conquistas”.
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Entrevista
Entrevista com Antônio Carlos Martins Santos,
coordenador da Comissão de Estudos de Sistemas
Eletrônicos de Segurança da ABNT e membro do
COBEI.
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Automação
Novas soluções em sistemas de automação
valorizam a simplicidade, inteligência, economia e
sustentabilidade.
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Tecnologia
Cresce o mercado de fechaduras eletrônicas e digitais,
que proporcionam segurança e muita praticidade.
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NOTAS
2016 SERÁ UM ANO DE CAPACITAÇÃO
A ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos
de Segurança, por meio do CCPA – Centro de Capacitação Profissional –
ABESE, programou um calendário especial para 2016.
Os próximos cursos programados são: Gestão de Projetos e
Orçamentos em CFTV (20 de maio), e Vendas: Amplifique suas Vendas com
Foco no Cliente, a ser realizado (10 de junho).
Em 2016, afirma a presidente da ABESE, Selma Migliori, “nosso foco
será voltado à capacitação profissional e empresarial e também à
formação de consultores de sistemas eletrônicos de segurança.
Presidente Nacional: Selma Crusco Migliori
1º Vice-presidente: Augustus von Sperling
2º Vice-presidente: Claudinei Freire Santos
Diretor de Comunicação: Rony Carneiro Rodor
Diretor de Comunicação Adjunto: Oswaldo Oggiam
Diretor de Marketing: Wagner Luis Peres
Diretor de Marketing Adjunto: Reginaldo Gallo
Diretora Financeira: Denise Mury Rodrigues
Diretor Financeiro Adjunto:
Adroaldo Francisco Companhoni
Diretor Secretário: Marcelo Mengatto
Diretor Secretário Adjunto: Rogério Alberto dos Reis
Diretor de Serviço de Apoio e Benefícios:
Fernando Barbosa Mota
Diretora de Fomento de Negócios: Cláudia Perlin Ferraro
Diretor de Fomento de Negócios Adjunto:
Flavio Aparecido Peres Diretor do CCPA: Benito Boldrini
Diretor do CCPA Adjunto: Marco Zachello
Diretora de Coordenação Sindical: Ivana Cristina de
Oliveira Bezerra
Diretor de Coordenação Sindical Adjunto: Espiridião
Marques Gomes
Diretor de Coordenação Setorial:
Agnaldo Pereira dos Santos
Diretor de Coordenação Setorial Adjunto:
José Carlos Vasconcelos
Conselheiro Fiscal 1: Rodrigo Pereira Jorge
Conselheiro Fiscal 2: Paulo Parmigiani
Conselheiro Fiscal 3: Cledson Reis
Conselheiro Fiscal 4: Ruy Barbosa da Costa Jr.
Conselheiro Fiscal 5: Denis Frate
Coordenação Geral: Dalva Ferreira
A revista Segurança Inteligente é o veículo de
comunicação oficial da ABESE – Associação Brasileira
das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança
distribuída gratuitamente às empresas associadas,
entidades de classe, instituições privadas, órgãos
governamentais.
Obs.: Os textos de artigos assinados são de
responsabilidade de seus autores.
SIMPÓSIO DE MATO GROSSO DO SUL SERÁ
REALIZADO DIA 30 DE JUNHO
Já está definida a data e o local do Simpósio Regional ABESE – Mato
Grosso do Sul. Será dia 30 de junho, em Campo Grande, no Novotel
Campo Grande, localizado na Av. Mato Grosso, 5555. O evento será
gratuito para os associados da ABESE, mas estará à disposição dos não
associados, mediante pagamento de taxa de inscrição.
Um dos painéis vai debater a “Aplicação das leis ao negócio”, com as
seguintes palestras já definidas:
• Qual o limite da responsabilidade
• Impacto da periculosidade nos negócios
• Recomendações tributárias para empresas optantes do Simples
Nacional
Todos os painéis serão encerrados com espaço para debate.
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Conselho Editorial
Rony Rodor, Wagner Peres, Selma Migliori,
Augustus von Sperling e Claudinei Freire.
Projeto Gráfico e Editorial
Fazer Comunicação Integrada
Editores: Joaquim Ferreira e Wanderley Oliveira
Jornalista Responsável: Joaquim Ferreira (MTb 16.507)
Reportagem e Redação: Jô Pasquatto
Direção de Arte: Maurício Jarra
Diagramação: Felipe Marques
Periodicidade: trimestral
Tiragem: 3.000 exemplares
Distribuição: Nacional
Impressão: GRASS Industria Gráfica
Contato com a redação:
(11) 2858-0425
[email protected]
[email protected]
Contato comercial:
[email protected] | www.abese.org.br
Tel.: 11 3294-8033
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ABESE PROMOVE CONGRESSO E SIMPÓSIOS
A ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança promoverá, em 2016, além de
seu congresso anual, três simpósios regionais.
O Congresso ABESE 2016 será realizado no Rio de Janeiro, a exemplo de 2015, quando reuniu mais de 150
empresários e gestores de empresas do segmento e surpreendeu pela qualificação do público e geração de novos
negócios.
Os simpósios regionais serão realizados nos estados de Mato Grosso do Sul (30 de junho), Rio Grande do Norte
(16 de setembro) e no Distrito Federal (data a ser definida). E reunirão empresários e gestores do segmento de
segurança eletrônica do Nordeste e do Centro-Oeste.
Esses eventos têm o objetivo é propiciar atualização, troca de informações, networking e geração de novos
negócios, promovendo ainda mais o desenvolvimento do mercado de segurança eletrônica nessas regiões.
MONITORES INTERNOS E
EXTERNOS TÊM A ATIVIDADE
RECONHECIDA PELO CBO
A ABESE conseguiu junto ao Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE) a inclusão das atividades de
monitores internos e externos de sistemas eletrônicos
de segurança na Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO).
A inclusão é resultado do trabalho que a ABESE
desenvolveu desde o final de 2014, interagindo
com o MTE por meio de diligências em Brasília,
indicando empresas, funcionários e observadores
que contribuíram com os trabalhos de análise
desenvolvidos pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (FIPE), responsável técnica pela CBO.
Essa conquista foi um marco fundamental para
o segmento de sistemas eletrônicos de segurança,
conforme a presidente da ABESE, Selma Migliori.
“Além de reconhecer o papel desses profissionais,
essa inclusão representa ainda a distinção entre o
segmento de segurança eletrônica e o de vigilância”,
destaca a presidente.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
CONTINUA SUSPENSO
SUA EMPRESA PODE SER
ASSOCIADA À ABESE
As empresas do segmento que ainda não se
filiaram à ABESE têm até o fim de junho para
aproveitar as facilidades proporcionadas pela
associação.
A promoção estará em vigor a partir deste mês
de maio, na EXPOSEC. A ABESE está isentando a
taxa de adesão e concedendo desconto de 20% nos
planos anuais com parcelamento em 12 vezes sem
juros no cartão de crédito.
CÂMARAS SETORIAS DA ABESE
ATUALIZAM GUIA DO CONSUMIDOR
A ABESE, por meio do trabalho de suas Câmaras
Setoriais, está lançando uma nova versão do
Guia de Aquisição de Sistemas Eletrônicos de
Segurança. Trata-se de uma cartilha destinada
a instruir os consumidores sobre como adquirir
sistemas eletrônicos de segurança. A publicação
A Justiça Federal atendeu ao pedido da ABESE
de nulidade da portaria 1.565 do MTE - Ministério
do Trabalho e Emprego, que trata do adicional de
periculosidade a trabalhadores que atuam com
motocicletas e motonetas. Com a decisão da Justiça
Federal, a aplicação da portaria foi suspensa até que o
pedido da entidade seja julgado.
mostra o passo a passo para a compra de serviços
e produtos de segurança eletrônica de qualidade
e que atendam às necessidades do consumidor.
O guia já está disponível na versão digital, no site
da ABESE: www.abese.org.br.
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MATÉRIA DE CAPA
ABESE FAZ
20 ANOS
DE LUTAS E GLÓRIAS
D
esde 1995, anualmente, no
fim de novembro ou início
de dezembro, a Associação
Brasileira das Empresas de
Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE)
reúne os associados para comemorar as
vitórias obtidas no período. A entidade tem
tradição de enfrentar grandes batalhas e,
quando o ano se encerra, chega o momento
de colher os louros e encher de ânimo
associados e diretores que se uniram aos
esforços cotidianos da ABESE para defender
os interesses do segmento.
Esse evento anual é marcado por um
jantar, quando também a entidade aproveita
para apresentar as ações realizadas no ano,
mas sempre em ritmo de festa. Em 2015,
foi especial. A ABESE comemorou 20 anos
de vida e de muito trabalho, com uma lista
considerável de conquistas.
No jantar de 20 anos, realizado em 11
de dezembro de 2015, no Bufet França,
em São Paulo, a ABESE homenageou os
fundadores, patrocinadores e parceiros e
apresentou aos cerca de 150 associados
presentes as realizações das últimas duas
décadas.
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Expositores e visitantes
conheceram novidades,
tendências e fecharam
bons negócios no evento
mais importante de
segurança eletrônica da
América Latina.
DINAMISMO E CRIATIVIDADE
Uma das sócio-fundadoras da ABESE e
atualmente no cargo de presidente, Selma
Migliori recorda com orgulho a trajetória
vitoriosa de duas décadas da entidade. “A
história da ABESE, desde o início, em 1995,
tem sido marcada por grandes desafios
e conquistas”, afirma. “Nossa entidade
começou com um pequeno grupo de
empresários e, hoje, somos mais de 400
associados, construímos uma história
reconhecida em todo o Brasil e também
no exterior, e representamos um segmento
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Entre os homenageados,
destaque para os SIESEs.
A partir da esq.: Rogerio
Alberto dos Reis – SIESE-PR,
Agnaldo Pereira dos Santos
– SIESE-MG, Deoneida Lana
Lübe – SIESE-MS, Jackson
Ristow – SIESE-SC, Roberto
Castelo Branco Gomes –
SIESE-DF, Ivana Cristina de
Oliveira Bezerra – SIESE-RN,
Selma Migliori – presidente
da ABESE, Denise Mury –
SIESE-RJ e Rony Carneiro
Rodor – SIESE-ES.
A presidente da ABESE, Selma Migliori,
enalteceu a trajetória vitoriosa
da entidade em duas décadas e
conclamou à participação do trabalho
social, como a iniciativa Missão 500.
Dalva recebeu homenagem da
presidente Selma Migliori pela sua
dedicação à gestão da ABESE.
Outro destaque do evento foi a presença do deputado
Arnaldo Faria de Sá, que parabenizou a ABESE e a
presidente Selma pela firme atuação em defesa dos
interesses do segmento.
Depois das formalidades do
cerimonial, a descontração ganhou
espaço e os “hits” dançantes
atraíram vários casais para a pista.
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MATÉRIA DE CAPA
que dia a dia vem crescendo em importância,
colaborando com o desenvolvimento tecnológico,
social e econômico do país. Sim, temos muito a
comemorar”, resume Selma.
Os inúmeros avanços técnicos e científicos
ocorridos no período colaboraram para o progresso
da ABESE, tornando a entidade uma referência
obrigatória no segmento. “Todo o universo da
segurança eletrônica se desenvolveu muito nos
últimos 20 anos, alinhado à modernização das
tecnologias de comunicação e de informação”,
explica o diretor adjunto de marketing da ABESE,
Oswaldo Oggiam. Ele recorda do tempo em que o
custo de um sistema de segurança residencial era
equivalente ao de um carro zero. “Hoje, o custo
diminuiu muito, e foi o avanço da Tecnologia da
Informação (TI) que permitiu o desenvolvimento de
produtos e projetos a preços mais acessíveis”, afirma.
Acompanhar o amadurecimento e as exigências
do mercado ao longo de 20 anos exigiu da ABESE
dinamismo e criatividade, pois a estagnação
nunca foi uma das opções. Selma ressalta que de
Tibães: “Política
associativa, com a
criação de Sindicatos
Regionais, fortalece
mais a ABESE”.
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2011 a 2015, a média de crescimento anual do
segmento girou em torno de 9%, atingindo um
faturamento de R$ 5,4 bilhões em 2015. “Nosso
segmento tem cerca de 22 mil empresas atuando
no país, gera em torno de 220 mil empregos diretos
e aproximadamente dois milhões de empregos
indiretos”, completa.
CRESCIMENTO COM CREDIBILIDADE
O fortalecimento da entidade como um canal que,
de fato, traduz as necessidades dos seus associados
e promove oportunidades para mudanças foi e
ainda é um dos desafios da ABESE, avalia Marco
Antonio Tibães, um de seus fundadores e consultor
empresarial do segmento de sistemas de segurança
eletrônica. “Em um mercado tão pulverizado,
em um país com as dimensões continentais do
Brasil, somente por meio de uma entidade de
classe devidamente organizada e ciente de suas
responsabilidades é possível buscar as soluções
apropriadas para as questões que afetam direta e
indiretamente este segmento”, diz Tibães.
Na biografia da jovem entidade, Tibães destaca
algumas fases marcantes. “Nesses 20 anos,
diversas etapas foram vividas e inúmeros desafios
superados. Poderíamos resumir em quatro fases:
a primeira é a fundação da entidade e a definição
dos pontos a serem priorizados; a segunda, a
consolidação da entidade e a criação da EXPOSEC;
a terceira, o projeto de criação de ferramentas e
benefícios aos associados (como suporte jurídico,
por exemplo); e finalmente, a quarta fase, que é a
da consolidação política e associativa por meio da
criação de Sindicatos Regionais e Jurisprudências”,
descreve Tibães.
Um resumo dessa breve história conta o êxito
da entidade e sua vocação, avalia Oggiam. “Vimos
a ABESE ser fundada e o papel para o qual foi
desenhada ser alcançado: ser uma associação
de classe verdadeiramente representativa do
segmento privado de segurança eletrônica”,
afirma. Segundo Oggiam, as dificuldades por conta
da alta fragmentação do segmento, a luta por
uma legislação específica e o desenvolvimento
tecnológico constante fazem parte dessa narrativa.
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“Não é só vender câmeras de
segurança, como se dizia há 20
anos. É agregar os desagregados,
as pequenas empresas, é crescer
num mercado sem fronteiras,
com uma tecnologia que avança
sempre.”
Lázaro: “Respeito
conquistado em todo o
país por ideias e ações
bem executadas”.
IMAGEM CONSOLIDADA
Para o advogado José Lázaro
de Sá, assessor jurídico da
entidade, a consolidação de
uma imagem forte e respeitada
em todo o território nacional,
como a conquistada pela ABESE,
é fruto de ideias e ações bem
desenvolvidas e executadas.
“Em meio a uma cultura pouco
colaborativa no que tange à representação de
classe, e com poucos recursos financeiros, a ABESE
cativou empresários e autoridades públicas no
sentido de esclarecer ao mercado sobre as nuances
da segurança eletrônica, e hoje, após 20 anos, esse
mercado é percebido com razoável naturalidade”,
conta Lázaro.
O reconhecimento da categoria, dos associados
e de profissionais especializados é um fator
determinante na busca de novidades e melhorias,
acredita Lázaro. “Esse segmento se transforma
diariamente e por essa razão a entidade investe e
continuará investindo tempo e energia em projetos
de interesse dos associados”. Ele lembra que,
entre as principais realizações da entidade está
a criação dos SIESEs – Sindicatos das Empresas
de Sistemas Eletrônicos de Segurança, entidades
representativas regionais que levam o conceito
de eficiência da ABESE às distintas realidades
estaduais, necessidade própria de um país muito
grande como o Brasil.
EXPOSEC, PRINCIPAL EVENTO DE
SEGURANÇA ELETRÔNICA DA AMÉRICA
LATINA
Entre as conquistas e avanços promovidos pela
entidade, Selma Migliori destaca a realização da
EXPOSEC – International Security Fair, evento que
está entre as grandes feiras mundiais na área de
sistemas de segurança. Organizado pelo Grupo
Cipa Fiera Milano em parceria com a ABESE, o
encontro anual chega em 2016 em sua 19ª edição,
de 10 a 12 de maio próximo. “A EXPOSEC tornou-se
o mais importante evento de segurança eletrônica
da América Latina e, atualmente, é a maior vitrine
tecnológica do segmento”, afirma Selma. Ela
ressalta que a em 2015, a feira reuniu mais de 700
expositores e 38 mil visitantes.
A previsão para este ano, de acordo com
estimativa do diretor comercial da Cipa Fiera
Milano, Rimantas Sipas, é de reunir um público
de 42 mil pessoas e ter mais de 800 empresas
expositoras. “O que se viu ao longo dos anos
foi a consolidação da EXPOSEC como principal
centro gerador de negócios para o segmento
e ponto de encontro dos profissionais de todo
País”, garante Rimantas.
Também relevantes na agenda da ABESE são
os simpósios regionais e o Congresso Anual, já
em sua 11ª edição. O evento, em novembro de
2015, no Rio de Janeiro (RJ), discutiu a “Economia
Brasileira: Desafios e Oportunidades”, com quatro
painéis de debate - Projetos Integrados de Sistemas
Eletrônicos de Segurança: Novas Tecnologias
Disponíveis; Inovação e Tendências nos Serviços
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MATÉRIA DE CAPA
Rimantas:
“A EXPOSEC se
consolida como
principal centro
gerador de
negócios para o
segmento.”
de Monitoramento; Aplicação das Leis ao Negócio;
e Segurança Cibernética. “Reunimos mais de 150
gestores e empresários que tiveram a oportunidade
de se atualizar sobre as perspectivas econômicas
do segmento, tecnologias, legislação, fazer
networking e gerar novos negócios”, conta Selma.
CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS
Diante da necessidade de atualização e
normalização das atividades do segmento, a ABESE
trabalha desde 2009 com Câmaras Setoriais. “A
entidade reúne profissionais e empresas mais
ativas para, juntos, aprimorar o saber e fomentar
o aperfeiçoamento do mercado”, diz Selma. As
primeiras câmaras foram as de “monitoramento”,
“integradores” e “fabricantes” (tecnologia),
que trabalharam na definição de normas para
a condução de atividades. Nessa linha, a ABESE
participa da construção de normas técnicas junto
a ABNT/Cobei, que atua com grupos de trabalho de
alarmes, CFTV e controle de acesso.
Selma reforça a importância das câmaras ao
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abrir espaço para as ações dos grupos de trabalho
na EXPOSEC, como a validação das certificações
em uso pelo mercado. E, antecipando alguns
dos desafios para 2016, Selma acredita que o
trabalho da entidade deve caminhar também no
sentido da capacitação profissional e empresarial.
“Em especial, vamos direcionar esforços para a
formação de consultores de sistemas eletrônicos
de segurança, por meio do nosso CCPA - Centro de
Capacitação Profissional ABESE”, afirma.
Anualmente, o CCPA oferece cursos técnicos,
comerciais e de gestão, muitos deles em parceria
com outras entidades, como o SENAI. E a
profissionalização do mercado, proporcionada
por iniciativas como essa, reverte-se em benefício
do segmento e também do consumidor final.
A experiência positiva das câmaras setoriais,
por exemplo, demonstra que a necessidade
da profissionalização é uma realidade, avalia
Tibães. “Trata-se de uma prática que poderá
gerar excelentes resultados, desde que tenha
acompanhamento e controle efetivos, pois, para
dar bons resultados, o trabalho exige firmeza e
perseverança”, afirma.
SELO DE QUALIDADE, GARANTIA PARA
O CONSUMIDOR
Outra ação estratégica da entidade é o Selo de
Qualidade ABESE. Criado com o objetivo de ser uma
ferramenta de gestão profissional para empresas
de sistemas eletrônicos de segurança, o selo dá
ao consumidor maior segurança em relação à
empresa e aos produtos. “Nasceu para diferenciar
as companhias que primam pelo atendimento
profissional em relação à padronização de serviços,
atendimento e satisfação dos seus clientes”, explica
Selma. Ao criar o selo, um dos objetivos da ABESE
foi trabalhar para a eliminação de produtos não
autênticos, que geram concorrência desleal e
prejuízo ao consumidor e à sociedade.
Marco Antonio Tibães corrobora: “A ABESE
deve prestigiar estas empresas em todas as
oportunidades, pois o selo demonstra a intenção
do empresário em manter seu padrão de
qualidade”, analisa. A ABESE deve informar o
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EXPOSEC SE RENOVA A CADA ANO
Em sua 19ª edição, de 10 a 12 de maio de 2016, a EXPOSEC – Internaional Security Fair está consolidada como uma das grandes
feiras mundiais na área de sistemas eletrônicos de segurança e a maior do segmento na América Laina. Desde a sua inauguração,
em 1997, o grau de exigência e soisicação de serviços e produtos oferecidos durante a feira só avançou a cada ano.
A cada nova edição, as perspecivas de crescimento da EXPOSEC se conirmam, com números posiivos que indicam o êxito
da parceira entre a Grupo Cipa Fiera Milano e a ABESE. “A parceria surgiu como forma de esimular o desenvolvimento da
indústria, oimizando os resultados da EXPOSEC e dos expositores ao longo de todo o ano”, diz o diretor comercial do grupo
Cipa Fiera Milano, Rimantas Sipas.
A esimaiva de público para os três dias da EXPOSEC 2016 é de 42 mil pessoas, contra 39 mil visitantes da edição anterior. A
área de exposição deverá ser ampliada para 42 mil m² e reunir 800 empresas, pelo menos 100 a mais do que em 2015. “Um
ambiente adequado para a realização de negócios, troca de experiências, networking e atualização proissional”, ressalta
Rimantas.
NOVIDADES
Entre as novidades da EXPOSEC 2016, Rimantas destaca a “Ilha da
Segurança da Informação”, que reunirá empresas em um mesmo
local para apresentarem produtos e serviços de forma dinâmica
e personalizada aos visitantes, e a “1ª Paricipação EXPOSEC”,
um programa de relacionamento que visa oferecer atendimento
personalizado, de acordo com o porte do interessado em expor seus
produtos e serviços.
“Muitas vezes, o que o expositor precisa é de suporte e
infraestrutura para fazer parte de uma feira com grandes dimensões
como a EXPOSEC, em especial o pequeno empresário”, airma
Rimantas, sobre o programa de relacionamento. Ele cita ainda,
como parte especial da programação, o “EXPOSHOW”, série de
palestras para promover a troca de informações e tecnologias,
fortalecendo o intercâmbio entre empresas, proissionais e
visitantes de diversos países.
PARCERIA QUE DEU CERTO
Na avaliação do execuivo, a capacidade de mobilização da ABESE, que garante a presença de empresas representaivas de
todo o segmento, aliada a uma das principais promotoras de feiras de negócios do mundo, a Cipa Fiera Milano, resulta em
um evento de excelência de exposição e qualidade de visitação. “Em nossa parceria, não medimos esforços para que o evento
tenha resultados posiivos, o que impacta todo o segmento”, airma.
Além de ações estratégicas para ampliar negócios no Brasil, considerado um dos mercados prioritários, a Cipa Fiera Milano visa
fortalecer eventos consolidados e líderes no segmento, como a EXPOSEC. “As parcerias nos ajudam a fomentar as iniciaivas do
segmento de segurança e se estendem às associações, sindicatos, enidades, publicações especializadas do mercado”, explica
Rimantas.
Com sede em Milão, na Itália, a Cipa Fiera Milano é líder de mercado nos segmentos de feiras e congressos, tanto em número
de visitantes e expositores, quanto na excelência das exposições. Com escritórios em oito países, a empresa possui um
porfólio que se destaca das demais promotoras de feiras em termos de setores econômicos representados e qualidade dos
eventos. A cada ano, em média, suas exposições atraem mais de 30 mil expositores e cinco milhões de visitantes.
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MATÉRIA DE CAPA
mercado consumidor desse diferencial e enaltecer
o trabalho dessas empresas certificadas”, completa.
O Selo ABESE é uma garantia para o consumidor
de que as empresas seguirão sempre as normas de
qualidade do segmento. Tão importante quanto o
diferencial competitivo que o Selo proporciona é
o fato de ter prazo de validade de um ano, o que
exige constantemente das empresas certificadas a
revisão de seus processos internos.
AMPLIAR FRONTEIRAS REGIONAIS
E INTERNACIONAIS
Entre as iniciativas para expandir a sua
representatividade política, a ABESE ajudou a criar
os Sindicatos das Empresas de Sistemas Eletrônicos
de Segurança, os SIESEs, órgãos de defesa dos
interesses das empresas do segmento em todas
as regiões do país. “Também destaco a criação da
Federação Interestadual das Empresas de Sistemas
Eletrônicos de Segurança - FENABESE, ratificada
em 2015, e que eu considero uma das maiores
conquistas do segmento neste ano”, diz Selma.
Atualmente, quase todos os estados possuem um
SIESE, que atua na mesma linha que a ABESE nas
questões federais, regionais e municipais.
A fundação dos SIESEs, os órgãos estaduais que
compõem a base da FENABESE, foi imprescindível
para dar voz ativa à entidade, sendo um suporte
importante para a representação do empresariado
junto aos órgãos governamentais, bem como
para a defesa de uma legislação específica para o
As missões internacionais
proporcionam acesso a novos
conhecimentos e novas
tecnologias, além de mostrar
aos investidores estrangeiros o
potencial do mercado brasileiro.
O próximo destino já está definido:
Londres, de 19 a 25 de junho.
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segmento, entre outras questões. “Foi um grande
aprendizado montar os sindicatos e entender como
funciona o processo legislativo, na Câmara dos
Deputados, em Brasília”, explica Oggiam. “E esse
ganho federativo começou com o trabalho em cada
estado, em cada sindicato, foi uma batalha até a
criação da FENABESE”, relembra.
Além de potencializar o trabalho nos estados,
a ABESE busca disseminar sua atuação no
exterior por meio das missões empresariais
internacionais, um apoio aos associados que
buscam novos mercados e tecnologias, além
da troca de experiência. A importância dessa
iniciativa, conforme Selma, se estende à interação
com tecnologias e práticas do mercado externo.
“A ABESE está convencida de que todos ganham
com este projeto, principalmente o consumidor
final, com produtos e serviços de maior
qualidade”, avalia.
Ao se dedicar a esse trabalho, a ABESE investe
em mais uma de suas bandeiras: favorecer e
estimular a ampliação do conhecimento sobre
o mercado global. “As missões internacionais
são uma excelente oportunidade para fomentar
negócios, ter contato com novas tecnologias,
expandir o relacionamento com fornecedores,
distribuidores e fabricantes internacionais”,
considera Selma. “As missões são também uma
oportunidade para demonstrar aos investidores
estrangeiros o desenvolvimento e o potencial de
crescimento do mercado de segurança eletrônica
no Brasil.” O próximo destino já está definido:
Londres, de 19 a 25 de junho.
SEGURANÇA INTELIGENTE
06/05/16 14:38
NOVAS FILIAÇÕES NO RADAR
A expansão do quadro de associados e a
participação efetiva dos seus membros também
estão no radar da entidade. A ABESE sabe que suas
ações ajudam as empresas e despertam adesões.
Seu papel é conscientizar sobre o associativismo
e aperfeiçoar os serviços oferecidos, tornando os
resultados mais efetivos. “A evolução do quadro
associativo vem ocorrendo de forma gradativa”,
pontua Selma. E destaca, além de todos os
avanços e conquistas já citados, que a entidade
oferece assessoria nas áreas jurídica e contábil aos
associados.
Entre os atrativos para novos filiados,
Oggiam cita a EXPOSEC, que considera a grande
vitrine do segmento, aberta a associados
e não associados e a capacitação técnica
oferecida pelas câmaras setoriais. Ele admite
que o processo de levar as melhores práticas
aos associados pode demorar a apresentar
resultados, mas considera que a capacitação
agrega valor, cria opções de serviço e consolida
a ABESE como referência idônea no mercado.
“Hoje, por todo o trabalho realizado nesses 20
anos, podemos afirmar que reconhecemos a
paternidade da ABESE no DNA do segmento de
segurança eletrônica”, diz Oggiam.
REGULAMENTAÇÃO ESTÁ ENTRE
OS DESAFIOS DE 2016
Apesar de celebrar os inúmeros avanços obtidos
ao longo dos últimos 20 anos, Selma é enfática
ao retomar o debate sobre um tema que é um
dos desafios políticos da entidade em 2016: a
regulamentação do segmento. “Sob o aspecto
das relações políticas, é importante salientar que
a ABESE tem realizado um trabalho permanente
junto ao poder legislativo no sentido de
regulamentar a atividade de segurança eletrônica
e posicioná-la adequadamente no texto do
Projeto de Lei 4.238/12, que institui o Estatuto da
Segurança Privada e está para votação na Câmara
dos Deputados”, afirma Selma.
Entre os diversos tópicos abordados no texto,
o Estatuto prevê regulamentar a atuação das
Oggiam: “A ABESE
pode ser vista
claramente no
DNA do segmento
de segurança
eletrônica”.
empresas do segmento de segurança eletrônica
e penalizar os grupos que oferecem serviços
e produtos sem licença, não regulamentados.
“Daremos continuidade às nossas ações políticas
para a profissionalização, reconhecimento e
regulamentação do nosso segmento e, de uma
forma ou de outra, todas as atividades que
promovemos convergem para este fim”, garante
Selma. “A regulamentação é um dos objetivos
da ABESE, que vem trabalhando para isso
intensamente ao longo de sua história.”
O ano de 2016 será de muitos desafios para a
ABESE, para a área de segurança eletrônica e para
a economia brasileira em geral, destaca Selma, já
acostumada aos cenários adversos. Ela destaca a
consciência empresarial sobre o associativismo
como fator preponderante para a entidade avançar
em seus propósitos de representação e defesa dos
interesses do segmento.
FONTES:
ABESE e Cipa Fiera Milano
SEGURANÇA INTELIGENTE
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ENTREVISTA
NORMALIZAÇÃO
ANTONIO CARLOS MARTINS SANTOS
As vantagens da normalização no ambiente de
trabalho, ainda que não sejam visíveis, são
amplamente percebidas. Mesmo sem se dar
conta, todo mundo é beneficiado pela
padronização de normas que regulam uma
atividade, serviço ou produto. E no mercado
dos sistemas eletrônicos de segurança não é
diferente. Para a ABESE – Associação
Brasileira das Empresas de Sistemas
Eletrônicos de Segurança, a normalização é
um dos itens prioritários para a evolução do
segmento. E, por meio das suas Câmaras
Setoriais, a entidade participa ativamente das
discussões sobre o tema. Saiba mais detalhes
a respeito de normalização nesta entrevista
com o engenheiro de automação e controle
do grupo Legrand Brasil, Antônio Carlos
Martins Santos, coordenador da Comissão de
Estudos de Sistemas Eletrônicos de Segurança
da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas, membro do COBEI – Comitê
Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica,
Iluminação e Telecomunicações e da Câmara
Setorial de Especificação e Certificações de
Tecnologias da ABESE.
Garantia de desempenho
e
EFICIÊNCIA
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SEGURANÇA INTELIGENTE
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A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE AJUDA A COMPOR UMA COMUNIDADE
TÉCNICA PERMANENTE E DÁ CREDIBILIDADE E REPRESENTATIVIDADE AO
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS.
Qual é a importância da
normalização para o segmento
de sistemas eletrônicos de
segurança?
Antonio Carlos Martins
Santos – Sua relevância está
muito bem explicada no site
da ABNT: “A normalização
é o processo de formulação
e aplicação de regras para
a solução ou prevenção de
problemas, com a cooperação
de todos os interessados, e, em
particular, para a promoção
da economia global. No
estabelecimento dessas regras
recorre-se à tecnologia como o
instrumento para estabelecer,
de forma objetiva e neutra, as
condições que possibilitem que
o produto, projeto, processo,
sistema, pessoa, bem ou serviço
atendam às finalidades a que
se destinam, sem se esquecer
dos aspectos de segurança”.
E, nas atividades da CE79, na
elaboração das normas técnicas
do segmento de segurança
eletrônica, temos como
premissa aplicar esses conceitos
fundamentais que são de
reconhecimento internacional
e de aplicabilidade transversal,
ou seja, cabe em qualquer
segmento que se queira
normalizar.
O que é a CE79 e qual é a sua
atribuição?
É a abreviação da denominação
“Comissão de Estudos n° 79
da ABNT”, responsável pela
elaboração das normas técnicas
de Sistemas Eletrônicos de
Segurança e desenvolve
suas atividades no âmbito
do CB 03 - Comitê Brasileiro
de Eletricidade, da ABNT,
que é o único fórum oficial
do país responsável pela
publicação das normas técnicas
brasileiras. A gestão econômicoadministrativa do CB 03 é feita
pelo COBEI. A CE79 foi reativada
em agosto de 2013 e naquela
oportunidade fui incumbido de
ser o novo coordenador dessa
comissão de estudos, o que
para mim tem sido uma grande
satisfação e um desafio como
normalizador. A ABESE é uma
das entidades de classe que
tiveram importante papel na
reativação da CE79 da ABNT.
Como é composta uma
comissão de estudos da ABNT?
No Brasil, as atividades das
CEs são regidas pelo Estatuto
da ABNT. A participação é
composta por membros neutros
(universidades, laboratórios,
associações de classe,
instituições de pesquisas
etc.), membros Produtores
(empresas) e membros
Consumidores (entidades
de defesa do consumidor,
tomadores de serviços etc.). Essa participação da sociedade
compõe uma comunidade
técnica permanente
e dá credibilidade e
representatividade ao processo
de elaboração das normas
técnicas brasileiras que deve
ser realizado por uma comissão
de estudos.
Qual a relação entre a Câmara
Setorial da ABESE e a CE79 da
ABNT?
É importante entender que
se tratam de dois fóruns
completamente independentes,
mas que podem interagir entre
si. A CE79 da ABNT, com suas
atribuições de único fórum
oficial do país, é soberana e
tem a responsabilidade de
elaborar as normas técnicas
brasileiras pautada nos
conceitos fundamentais de
desempenho, segurança e meio
ambiente. A Câmara Setorial é
caracterizada como um fórum
setorial da entidade de classe,
com propósitos e atividades
de caráter de discussão de
mercado. Conceitualmente, a
CE79 não pode ser confundida
com a atividade de nenhuma
entidade de classe, porém,
seu coordenador ou seus
integrantes podem ser
convocados para participar
e colaborar, como comissão
de estudos, dentro de suas
atribuições em discussões
correlatas em qualquer
SEGURANÇA INTELIGENTE
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entidade de classe, inclusive
na ABESE. Aproveito para
parabenizar a Câmara
Setorial de Especificação e
Certificação de Tecnologias
da ABESE pelo trabalho que
vem desenvolvendo e reforço
que a CE79 está à disposição
para colaborar nas discussões
do segmento no âmbito das
normas técnicas. A ABESE tem
participado ativamente nas
atividades da CE79.
Quais melhorias obtidas podem
ser destacadas?
As futuras normas trarão a
metodologia e o procedimento
do “como fazer”. No estágio
atual, o que temos percebido
é a grande quantidade de
terminologias e termos técnicos
específicos das normas do
segmento de segurança
eletrônica. O maior trabalho
tem sido definir o nome
característico-conceitual, seja
de um tipo de dispositivo do
sistema, seja de uma função
específica de um dispositivo.
Por exemplo, no GT2-Alarmes,
a norma trata o termo “alarme”
como uma função; foi sinalizado
na comissão de estudo que
no Brasil o nome “alarme” é o
produto. Trata-se, portanto, de
AS CÂMARAS SETORIAIS SÃO CARACTERIZADAS
COMO UM FÓRUM DAS ENTIDADES DE CLASSE,
COM PROPÓSITOS E ATIVIDADES DE CARÁTER
DE DISCUSSÃO DE MERCADO.
um paradigma a ser quebrado
na aplicação da norma no
desenvolvimento do produto
final, mas que comercialmente
pode continuar a ser chamado
de alarme ou de central
de alarme. Outro aspecto
marcante é que os profissionais
desse mercado fazem uso
dos termos estrangeiros o
que é compreensível para
um segmento que ainda não
está normalizado por meio da
publicação das suas normas
técnicas específicas no país.
Na medida do possível, esses
termos devem ser traduzidos
para o português e isso deve
ser feito por uma comissão de
estudos da ABNT.
O que ainda precisa ser feito, ou
melhorado, nas atividades da
CE79?
O processo de normalização
contribui com o
desenvolvimento tecnológico do
ENTIDADES DE CLASSE COMO A ABESE TÊM
IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL NA INTEGRAÇÃO DE
NOVOS PARTICIPANTES E NAS NOVAS DEMANDAS
DE TRABALHO DAS COMISSÕES DE ESTUDO.
16
SI15.indb 3
país por meio de documentos
elaborados e publicados pelos
segmentos oficiais brasileiros. E
nesse segmento tão complexo,
como é o caso dos sistemas
eletrônicos de segurança, o
desafio é fazer com que os
futuros profissionais desse
mercado possam colher os
frutos do nosso trabalho, que
ainda está em fase inicial
comparado a outras CEs ativas
há décadas na ABNT. O processo
pode parecer lento, mas é
porque dá trabalho mesmo! Daí
a importância de mobilizarmos
a participação cada vez maior
de alguns players importantes
e que ainda não fazem parte
da CE79. Entidades de classe
como a ABESE têm importância
fundamental nesse processo
de integração de novos
participantes e de novas
demandas de trabalho. Uma
das funções de uma CE é prestar
suporte técnico-normativo
às demandas da sociedade e
esse tipo de atividade pode
contribuir para identificar a
necessidade de se elaborar
uma nova norma técnica para o
segmento.
FONTE:
Legrand Brasil
SEGURANÇA INTELIGENTE
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06/05/16 14:38
AUTOMAÇÃO
Controle de luz,
EFICIÊNCIA E PRATICIDADE
Novas soluções em sistemas de automação propõem
economizar tempo e recursos e ainda valorizar a saúde
Simples, inteligente, econômico e sustentável. Essas são
algumas características que não podem faltar a um sistema
de iluminação automatizado, seja ele destinado ao cliente
residencial ou ao corporativo. E, para atender aos desejos do
consumidor, que além de tudo é cada vez mais atraído por
novidades, as empresas do segmento buscam oferecer soluções
flexíveis de automação e gerenciamento nos sistemas de
iluminação, ampliando o conforto do usuário.
“Esse tipo de solução é muito
dinâmica, pois está interligada
diretamente à tecnologia, ou seja,
a cada equipamento eletrônico
novo apresentado no mercado,
aparece a possibilidade de integrar
a automação e transformar o dia a
dia das pessoas”, diz Celeste Silva,
coordenadora de marketing da
Legrand Brasil. O Grupo Legrand,
uma multinacional de origem
francesa, é especialista mundial em
sistemas elétricos e digitais para
infraestruturas prediais.
Atualmente, destaca Celeste,
toda a automação pode ser
controlada, local ou remotamente,
por comandos de paredes
18
SI15.indb 1
instalados no ambiente, displays
touch screen, smartphone e tablets.
“Podemos ter automação para
iluminação On/Of ou Dimmer,
inclusive para lâmpadas LED,
persianas, ar-condicionado, som
ambiente, alarme de intrusão,
videoporteiro, câmeras de CFTV,
áudio e vídeo de uma sala de
cinema ou uma sala comum,
projetores, entre outros.”
INTERNET DAS COISAS
Na avaliação de Rogério Garcia
Ribeiro, chefe de produto de BMS e
KNX da Schneider Electric, empresa
especialista global em gestão de
energia e automação, também de
origem francesa, há
uma forte orientação
no sentido de que as
soluções de automação em
iluminação se aproximem
cada vez mais da chamada
“Internet das Coisas” ou IoT,
do inglês Internet of Things),
que prevê a existência de
quase tudo conectado à rede de
computadores.
“A tendência para a iluminação
é ter cada ponto de iluminação
conectado em uma rede de
comunicação, o wifi, por exemplo”,
afirma Ribeiro. “Vemos, hoje,
algumas empresas fabricantes
de lâmpadas LED com uma
tecnologia que permite, através
do cabo de rede, levar a energia e
o controle para a lâmpada. É uma
convergência entre os dois meios, e
está cada vez mais presente, tanto
em ambiente residencial quanto em
corporativo”, completa.
UMA LUZ PARA CADA
MOMENTO
Como qualquer outro segmento
da economia brasileira, o da
SEGURANÇA INTELIGENTE
06/05/16 14:38
automação
de sistemas de
iluminação não é
imune à crise, que é
contornada com algum
ajuste. “Houve uma
redução na procura, mas na
maioria dos casos existe uma
adaptação ao tipo e tamanho
de instalação”, explica
Celeste. Ela enumera diversos
benefícios, do conforto à
sustentabilidade, sem esquecer
da segurança.
“O ambiente pode ser
conigurado para deixar a
situação mais confortável no
momento de leitura, de assisir
a TV, de jantar com a família ou
de receber amigos. A iluminação
dimerizada dá opções de ajustar em
níveis, não é só o convencional luz
ligada ou desligada. É o uso racional
da iluminação”, diz Celeste.
“Além desses beneícios, ainda
temos a questão de segurança, que
ica em segundo plano, mas não é
menos importante”, lembra Celeste.
Com acesso remoto por aplicaivo,
é possível transformar um ambiente
corporaivo ou residencial em um
ambiente habitado: acender/apagar
luzes, ligar som e ainda acessar
imagens via câmeras IP para saber se
está tudo bem.
Na linha de automação sem io,
um dos destaques da Legrand é o Wi
Connect. Segundo Celeste, entre as
principais vantagens, o produto não
demanda intervenções estruturais
de grande porte para ser instalado
e permite criar sistemas elétricos
avançados de fácil gerenciamento,
por meio de smartphone e tablet,
com aplicaivos. Pode ser usado
para iluminação On/Of e dimmer,
automação de persianas, áudio
e vídeo e ar condicionado, entre
outros, e criação de cenários. Os
controles podem ser local ou remoto.
ENERGIA E SAÚDE
A redução de gastos com energia
também é prioridade nos sistemas de
automação oferecidos pela Schneider
Electric. Com sensores que medem a
quantidade de luz, o sistema controla
reatores dimerizáveis para manter
um nível de luminosidade ideal, no
trabalho ou na residência. “Também incorporamos um sistema de medição
para monitorar se o sistema de controle
está sendo eficiente e economizando
energia”, destaca Ribeiro.
Além do aproveitamento da
iluminação natural e da criação de
cenários que permitem alterar a
percepção do local, como destacar
uma obra de arte, por exemplo, a
automação traz outro beneício. A
temperatura da iluminação, mais
amarela ou mais branca, destaca
Ribeiro, inluencia diretamente no
estado de atenção da pessoa e na
produção de hormônios do ciclo
circadiano, que fornece a base para
o ciclo biológico do ser humano,
inluenciado pela luz solar.
Ribeiro: “A tendência é a
automação da iluminação
se conectar à rede, na
chamada internet das
coisas, ou IoT”.
MERCADO EM CRESCIMENTO
Na avaliação de Ribeiro, o segmento
foi afetado pela crise, mas manteve
o equilíbrio por conta do aumento
de projetos de reformas. Ele
destaca, no entanto, que o mercado
da automação ainda é tímido,
restrito aos profissionais que
conhecem esse tipo de solução. “O
potencial de crescimento é enorme,
pois mesmo nos momentos de
crises podemos oferecer algo para a
redução de despesas fixas e mostrar
um retorno interessante desse
investimento”, afirma.
Para atender à demanda
diversiicada do mercado, a
Schneider Electric lançou o
Orion, uma linha de tomadas e
interruptores com dimerizador
para lâmpadas LED. Esse ipo de
iluminação, caracterizado por seu
baixo consumo de energia e maior
tempo de vida úil, agora pode
ter variações de luminosidades
controladas. São duas opções de
dimmer: rotaivo e digital, que
podem ser uilizados também em
lâmpadas convencionais.
FONTES:
Legrand Brasil e Schneider Electric
SEGURANÇA INTELIGENTE
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TECNOLOGIA
Conveniência e preços
acessíveis fazem
crescer mercado de
fechaduras eletrônicas
e digitais no segmento
residencial.
SEGURANÇA
NA
ponta
dos dedos
O avanço tecnológico na área
de segurança já faz parte do
cotidiano de um grande número
de pessoas, seja nas empresas,
seja nas casas. Para aqueles que
esquecem ou perdem as chaves
com alguma frequência, trocar a
fechadura tradicional por fechaduras
eletrônicas e digitais facilita o simples
ato de abrir e fechar portas.
O conceito de substituir
a fechadura tradicional, por
dispositivos que usam cartões,
senhas ou biometria já existe
20
SI15.indb 1
no Brasil há cerca de 20 anos. A
complexidade da fechadura, seja
do tipo eletrônica ou do tipo digital,
vai depender de quão sofisticado
é o sistema informatizado de
controle de acesso ao qual está
conectada. As mais simples podem
até ser montadas na fechadura
tradicional já existente, alterandose apenas o modo de abertura e de
fechamento.
COMO FUNCIONA
Presentes nas portas de quartos
de hotel, as fechaduras que
utilizam cartões talvez sejam as
mais conhecidas dos usuários:
basta inserir ou deslizar o cartão
magnético para abrir a porta.
Já aquelas que utilizam senha,
dispensam chaves e cartões e
a abertura da porta ocorre por
meio da digitação de um grupo de
números pré-escolhidos. No caso
da biometria, o sistema identifica
características físicas do usuário:
leitura das digitais, da íris ou das
veias para abrir a porta.
SEGURANÇA INTELIGENTE
06/05/16 14:38
MERCADO EM EXPANSÃO
Segundo diretor de vendas da HID
Global do Brasil, Rogério Coradini,
há uma grande variedade de tipos
de fechaduras além das tradicionais
mecânicas. “Podemos destacar
as eletromecânicas simples, as
eletromecânicas motorizadas e
as eletrônicas, estas com opções
de identificação: senha, cartão
ou chaveiro de proximidade e
biometria”, explica Coradini. Ele
destaca que, recentemente, a Assa
Abloy e a HID Global começaram
a comercializar fechaduras que
podem ser acionadas e abertas por
smartphones (mobile access).
Com preços entre R$ 200,00
e R$ 5.000,00, dependendo da
tecnologia e nível de complexidade
da aplicação, Coradini prevê
crescimento. “Existe o mercado
corporativo, já consolidado e
que cresce na mesma proporção
que o mercado imobiliário, e o
residencial, segmento que apesar
de novo está em franca expansão”,
avalia o executivo.
PERSPECTIVA DE
CRESCIMENTO MESMO
NA CRISE
Para o gerente de Segmento
de Fechaduras e Identificação
e Controle da Intelbras, Kledir
Nunes, a tendência também é de
crescimento para 2016. Empresa
100% brasileira, com sede em
Santa Catarina, a Intelbras atua
nas áreas de segurança, Telecom
e redes, e exporta para 15 países
da América Latina e da África.
“Para entendermos o potencial da
tecnologia de fechaduras digitais,
na Coreia do Sul, por exemplo, são
Coradini: “O mercado
corporativo, já consolidado,
cresce na mesma proporção
que os mercados imobiliário
e residencial”.
comercializadas 1,5 milhão
de unidades por ano, apenas
para uso na própria Coreia”,
conta Nunes.
O execuivo lembra que
os primeiros modelos de
fechaduras digitais surgiram
no Brasil em 2000. “Mas
somente a parir de 2010, com o
avanço tecnológico e o lançamento
de modelos mais baratos, o mercado
começou a crescer”, explica.
O público-alvo da empresa é o
segmento residencial, mas empresas
também utilizam a ferramenta.
“Esimamos em cerca de 70 mil
unidades comercializadas no Brasil
em 2015 e estamos projetando um
crescimento do mercado de 35% para
os próximos 3 anos”, calcula Nunes.
VARIEDADE E COMODIDADE
Escolher o modelo mais adequado
requer uma avaliação atenta. “Os
mais populares utilizam apenas
senha, ou senha + RFID, ou senha
+ biometria, ou RFID + biometria”,
explica Nunes. As versões com
biometria, no entanto, devem ter
sempre um segundo método de
identificação, visto que nem todos
conseguem cadastrar suas digitais,
destaca o executivo. A RFID é a
identificação por radiofrequência,
que permite identificar com
alguns metros de distância e em
movimento, como a utilizada nos
pedágios, por exemplo.
Segundo Nunes, os preços
variam: a partir de R$ 649,00,
para modelos de sobrepor com
identificação por senha ou RFID; a
partir de R$ 1,1 mil para modelos
de embutir com identificação por
senha ou RFID; e a partir de R$ 2
mil, para fechaduras de embutir
com identificação biométrica.
Ele lembra que existe também
a possibilidade de integração
da automação residencial com
fechaduras digitais, permitindo
gerenciar alarme, CFTV,
iluminação etc., tudo por meio
de um smartphone, gerando mais
comodidade.
CONEXÃO DE SERVIÇOS
“Ainda há pouca disponibilidade
de empresas e de produtos que
oferecem essa integração, contudo,
acreditamos que nos próximos
anos a oferta irá aumentar”, afirma
Nunes. Segundo Coradini, da HID,
a combinação de serviços que está
disponível para os usuários, como a
integração de alarmes e iluminação
aos sistemas de fechaduras
eletrônicas e digitais já faz parte do
cotidiano das pessoas. “Sim, isso
existe nos modelos mais completos
das fechaduras”, concorda.
No mercado corporativo
é comum a necessidade de
comunicação entre as fechaduras,
possibilitando controles mais
SEGURANÇA INTELIGENTE
SI15.indb 2
21
06/05/16 14:38
TECNOLOGIA
rígidos e a emissão de relatórios e
alarmes em tempo real, através de
um sistema de controle de acesso,
ressalta Coradini. “Quando olhamos
para o mercado residencial a
realidade é bem diferente, usando
em sua maioria produtos standalone, unidades independentes sem
qualquer tipo de comunicação com
sistemas de controle de acesso”,
explica. “A diferença básica está na
arquitetura da solução.”
Nunes: “Vai aumentar
a oferta de integração
entre automação
residencial e fechaduras
digitais, gerenciáveis por
smartphone”.
VANTAGENS
Entre as diferenças básicas listadas
por Coradini estão a tecnologia de
identificação (senha, biometria,
smartphone, cartão de proximidade)
e o tipo de fechadura (mecânica,
eletromecânica, eletromecânica
motorizada e eletrônica). Os modelos mais sofisticados,
segundo Coradini, oferecem uma
vantagem adicional: o controle do
acesso de prestadores de serviço
(empregadas domésticas, motoristas
etc.) criando uma tabela de horário
com as permissões de acesso (dias
e horários) desses prestadores.
Já, para o executivo da Intelbras,
a segurança é uma das maiores
vantagens do sistema de fechaduras
digitais oferecido pela empresa. “A
fechadura comum pode ser aberta
por qualquer chaveiro em menos de
10 segundos”, alerta Nunes.
Entre outros benefícios, Nunes
destaca que o usuário nunca vai
esquecer a porta aberta, pois a
maioria dos modelos possuem opção
de fechamento automático. Outra
vantagem é a facilidade na mudança
do segredo da fechadura. Para isso
basta bloquear a chave, ou seja,
descadastrar o acesso da pessoa que
22
SI15.indb 3
não deve mais entrar na residência,
como um ex-funcionário, por
exemplo. Da mesma forma, se um
parente chegou e não tem ninguém
em casa para recebê-lo, basta enviar
a senha para permitir o acesso.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
GARANTIDA
Em relação ao índice de manutenção
dos produtos, Nunes destaca que é
muito baixo, já que não são ligados à
rede elétrica e é necessário apenas a
troca anual de pilhas. “De qualquer
forma, para fabricantes nacionais
como a Intelbras, a manutenção é
realizada pela rede de assistência
técnica ou direto com a fabricante.”
Os produtos Intelbras são vendidos
por profissionais especializados e
também em lojas de varejo. Entre
os principais fornecedores dos
produtos estão a Intelbras, a Yalle e a
Samsung.
Nas fechaduras desenvolvidas
pela HID Global, a maioria dos
problemas está relacionada ao
desgaste mecânico das peças
internas, porém são pendências
de fácil manutenção, assegura
Coradini. “Nossos produtos
seguem a garantia estabelecida
na legislação brasileira e nosso
serviço de manutenção é realizada
por uma rede de assistências
técnicas autorizadas”, afirma. Entre
os principais fornecedores estão
a Assa Abloy (com as marcas La
Fonte, Yale e Abloy), HID Global,
Dorma-Kaba, Intelbras e HDL.
FONTES:
HID Global e Intelbras
SEGURANÇA INTELIGENTE
06/05/16 14:38
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