Inflação tem pior setembro desde 2003
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Inflação tem pior setembro desde 2003
Apenas o documento principal.Apenas o documento principal. Os preços medidos pelo índice oficial de inflação do Brasil, IPCA, cresceram 0,57% em setembro, na comparação com agosto. Com o resultado, no acumulado em 12 meses a inflação subiu novamente: 6,75% contra 6,51% no mês anterior. O resultado foi muito acima das expectativas do mercado, que apontavam +0,44% para setembro. Em Porto Alegre a variação foi menor que a média nacional: 0,41% no mês, com acumulado em 12 meses em 6,67%. Dentre os grupos de maior aumento encontramos: Brasil: Alimentação e bebeidas (+0,78%), Habitação (+0,77%), e Transportes (+0,63%); Porto Alegre: Transportes (+0,75%), Alimentos e bebidas (+0,74%) e Comunicação (+0,36%). Por fim, entre os de menor aumento estão: Brasil: Educação (+0,18%), Comunicação (+0,13%) e Saúde e cuidados pessoais (+0,33%); Porto Alegre: Artigos de residência (-0,23%), Vestuário (-0,02%), e Habitação (+0,14%). out/2014 nov/2014 dez/2014 jan/2015 fev/2015 mar/2015 abr/2015 Var. Var. acum. mensal 12 meses 0,50% 6,67% 0,60% 6,74% 0,67% 6,47% 0,79% 6,73% 0,66% 6,69% 0,54% 6,29% 0,58% 6,20% Fonte:Relatório FOCUS/Banco Central do Brasil. Elaboração: AE/CDL POA. 0,74 0,78 Alimentação e bebidas 0,36 Comunicação 0,13 0,18 0,18 0,22 Educação Despesas pessoais 0,39 0,27 0,33 Saúde e cuidados pessoais Transportes 0,63 -0,02 Vestuário Artigos de residência 0,57 -0,23 0,34 0,14 Habitação -0,40 0,77 -0,20 0,00 Porto Alegre Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA. 0,75 0,20 Brasil 0,40 0,60 0,80 1,00 Apenas o documento principal.Apenas o documento principal. A inflação acelerou novamente em setembro – após a estabilização ocorrida em julho frente a junho desse ano. O crescimento de 0,57%, entretanto, contratasta com o resultado dos últimos meses, onde a inflação apresentou certa desaceleração e, com isso, havia reduzido o risco de ultrapassar a margem de tolerância superior (6,5%) da meta (4,5%). O resultado contrasta com a queda na atividade econômica observada no PIB do segundo trimestre e em julho – o que significa que as expectativas descoladas do centro da meta já começam a surtir efeitos fortes sobre a inflação hoje. Assim, o resultado deste setembro foi o pior desde 2003, um ano marcado por troca de governo central e implementação de uma política fiscal mais restritiva – a fim de recuperar a economia das turbulências causadas, em 2002, pela perspectiva de vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais da época. 6,74% 6,75% 6,73% 6,51% 6,31% Expect Var. acum 12 Tolerância Superior Var. % acum. 12m Tolerância Inferior Meta Fontes: Relatório FOCUS/Banco Central do Brasil; IBGE. Elaboração: AE/CDL POA. Os comportamentos de destaque no mês foram: aceleração nos preços de alimentação, concentradas em Refeições (+1,02%, contribuindo com +0,05% para o índice); reajuste nas tarifas monitoradas de Energia Elétrica Residencial (+1,37%) e Gás de Botijão (+2,55%); set/15 ago/15 jul/15 jun/15 mai/15 abr/15 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 dez/13 nov/13 out/13 set/13 5,86% Apenas o documento principal.Apenas o documento principal. reajustes em preços monitorados de Planos de Saúde (+0,77%) Por fim, nossa análise aponta que; os efeitos defasados da taxa de juros devem continuar a impactar o índice de inflação pelos próximos meses; ao contrário do mês passado, o núcleo da inflação voltou a acelerar em agosto, subindo de 0,40% para 0,54%; contudo, conforme nossas últimas notas, os reajustes que ocorreram em muitos dos preços monitorados (sob influência do governo) ainda não foram integrais, como combustíveis e energia elétrica. Conforme nossa última nota, a redução nos aumentos de preços em julho abriu espaço para liberar os preços represados pelo governo em combustíveis e energia elétrica. Assim, a pressão sobre a inflação como um todo deve se manter até o final do ano. Com o resultado, a projeção do mercado para o acumulado ao final de 2014 subiu para 6,47% - muito próxima do limite de tolerância sobre a meta. Desta forma, não é possível descartar que a inflação ultrapasse o limite de tolerância – dado que os meses finais de ano usualmente representam pressão mais forte sobre os preços. Para outubro e novembro o mercado espera variação dos preços em 0,60% e 0,67%. Caso seja de seu interesse receber esse informativo em versão digital, por favor entre em contato através do e-mail [email protected] . A CDL POA permite a reprodução total ou parcial do conteúdo deste informativo, desde que devidamente citada a fonte e elaboração. As análises contidas nessa nota são de única e inteira responsabilidade de seu(s) elaborador(es), não representando necessariamente a visão da instituição, seus diretores, procuradores e (ou) demais representantes legitimamente escolhidos conforme seu estatuto. A CDL POA e autor(es) dessa nota não se responsabilizam por quaisquer decisões e ações tomadas com base nas informações e análises presentes nesses informativos.