Revista Fecomércio - Dezembro
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Revista Fecomércio - Dezembro
Revista do Sistema Fecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Ano XVIII nº 211 Dez/15 e Jan/2016 Tudo pronto para 2016! Os empresários que para enfrentar a crise, apostaram em treinamento das equipes, agora colhem os frutos positivos Entrevista // Pág. 8 Augusto Nardes Ministro do TCU Quando você precisa de um plano que une qualidade e economia, a Qualicorp está do seu lado. Empregador do Comércio: só a Qualicorp oferece o plano de saúde do jeito que você precisa. São inúmeras opções com o melhor da medicina para você escolher uma que atenda às suas necessidades. Somos líder de mercado e administramos os planos de milhões de brasileiros. Temos parceria com a FECOMÉRCIO-DF e mais de 500 entidades de classe para negociar o melhor para você. Planos a partir de 195 (valor mensal aproximado por pessoa)1 Opção, qualidade e credibilidade. 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Criado para contemplar jornalistas e veículos de da cidade, o prêmio destacará os trabalhos realizados nas seguintes categorias: Site/Blog, Coluna, Rádio, Apresentador de TV, Programa de TV, Impresso, Cobertura de Brasília e Jornalista do Ano. No último dia 23, a criadora do prêmio Kátia Cubel apresentou os finalistas. Na ocasião, o presidente da FecomércioDF, Adelmir Santana, entregou o diploma de finalista ao jornalista Claudio Humberto, por seu site Diário do Poder. Nova fase do Venâncio Shopping O Venâncio Shopping, Escritórios e Gastronomia deu início à entrega dos espaços para as obras das operações do mix do empreendimento. Serão mais de 150 lojas e 650 salas comerciais, distribuídas em duas torres. Marcas de peso nos setores de gastronomia, serviços e conveniência já estão confirmadas nessa etapa, como Pizza Hut, Toxtex, Chocolateria Brasileira, Bio Mundo, Helio Diff e a Premiere Fitness. Outras bandeiras Com o objetivo de promover a competição no mercado de cartões de crédito e débito, o Banco Central determinou recentemente a abertura a outras bandeiras, até então restritas à Visa e MasterCard. Será uma opção para micros e pequenos empreendedores, que buscam soluções para impulsionar as vendas. Para empresas como a Acqio Franchising, especializada em pagamentos eletrônicos, a notícia já gera expectativas, com a possibilidade de oferecer as bandeiras Amex, Elo e Hipercard nas máquinas Acqio. revista COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF Diego Recena REVISTA FECOMÉRCIO Diretor de Redação: Diego Recena Editora-Chefe: Taís Rocha Editora Senac: Ana Paula Gontijo Editor Sesc: Marcus César Alencar A QUANTIDADE DE TRIBUTOS QUE RECAI SOBRE O EMPRESARIADO DO SETOR DE SERVIÇOS É UM NÓ PARA A COMPETITIVIDADE E PARA A PRODUTIVIDADE BRASILEIRA. QUANTO MAIOR A CARGA, MENOR É A CAPACIDADE DE INVESTIMENTO DO SETOR PRIVADO” Edgar Segato Neto, presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac) @fecomerciodf 4 Revista Fecomércio DF /fecomerciodf fecomerciodf.com.br Fotógrafos: Joel Rodrigues e Raphael Carmona Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo Projeto Gráfico Gustavo Pinto e Anderson Ribeiro Diagramação: Gustavo Pinto Capa: Gustavo Pinto Revisora: Fátima Loppi Impressão: Coronário Tiragem: 60 mil exemplares REDAÇÃO SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Newton Rossi, 2º andar - Brasília - DF - 70.306-908 (61) 3038-7527 dezembro/2015 e janeiro/2016 34 12 8 Capa Equipes motivadas, oportunidades de franquias e novos empreendimentos comerciais no DF são as apostas para 2016 Entrevista Ministro Augusto Nardes Artigos 14 Economia Raul Velloso 18 Agenda Fiscal Adriano Marrocos 22 Doses Econômicas José Luiz Pagnussat 54 Direito no Trabalho Lirian Sousa Soares Destino de negócios Atividades relacionadas ao turismo corporativo no DF contribuem com 2,5% do PIB Colunas Joel Rodrigues 16 Gastronomix Rodrigo Caetano 22 Gente Gabriela Vieira e José do Egito 56 Tecnologia Máximo Migliari e Renato Carvalho 58 Vitrine Taís Rocha Seções 44 Bebidas de alto nível Confira a cerveja, o vinho, a cachaça e o suco natural mais premiados de Brasília 48 52 55 62 66 Indicadores do Comércio Caso de Sucesso Empresário do Mês Pesquisa Conjuntural Pesquisa Relâmpago Revista Fecomércio DF 5 CONSELHO CONSULTIVO Conselheiro Presidente Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITULARES) Presidente Adelmir Araujo Santana 1º Vice-presidente Miguel Setembrino Emery de Carvalho 2º Vice-presidente Francisco Maia Farias 3º Vice-presidente Fábio de Carvalho VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu Peron Carlos Hiram Bentes David Edy Elly Bender Kohnert Seidler Francisco das Chagas Almeida José Geraldo Dias Pimentel Glauco Oliveira Santana Tallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOS Vice-Presidente-Administrativo José Aparecido da Costa Freire 2º Diretor-Secretário Hamilton Cesar Junqueira Guimarães 3º Diretor-Secretário Roger Benac DIRETORES-TESOUREIROS Vice-Presidente-Financeiro Paolo Orlando Piacesi 2º Diretor-Tesoureiro Joaquim Pereira dos Santos 3º Diretor-Tesoureiro Charles Dickens Azara Amaral DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da Silva Diocesmar Felipe de Faria Francisco Valdenir Machado Elias DIRETOR DE ÁREA DE COMBUSTÍVEIS DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Jael Antônio da Silva DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto Bitencourt Ana Alice de Souza Antonio Carlos Aguiar Clarice Valente Aragão Edson de Castro Elaine Furtado Erico Cagali Fernando Bezerra Francisco Messias Vasconcelos Francisco Sávio de Oliveira Geraldo Cesar de Araújo Jó Rufino Alves Jose Fagundes Maia Jose Fernando Ferreira da Silva Luiz Alberto Cruz de Moraes Milton Carlos da Silva Miguel Soares Neto Roberto Gomide Castanheira Sérgio Lúcio Silva Andrade Sulivan Pedro Covre CONSELHO FISCAL: Titulares: Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos Santos Raul Carlos da Cunha Neto Suplentes: Antônio Fernandes de Sousa Filho Maria Auxiliadora Montandon de Macedo Henrique Pizzolante Cartaxo DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC Delegados Titulares 1- Adelmir Araujo Santana 2- Rogerio Torkaski Delegados Suplentes: 1 - Antônio José Matias de Sousa 2 - Mitri Moufarrege DIRETOR REGIONAL DO SESC José Roberto Sfair Macedo DIRETOR REGIONAL DO SENAC Luiz Otávio da Justa Neves SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO João Vicente Feijão Neto DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos SINDICATOS FILIADOS Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) SINDICATOS ASSOCIADOS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília-DF – 70306-911 – (61) 3038-7500 6 Revista Fecomércio DF editorial Tempo de acreditar bilhões. Ou seja, há saídas para o baixo crescimento, há saídas para a crise, basta treinamento, planejamento e atitude positiva. Nesta edição, tivemos a honra de entrevistarmos o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, que recentemente, em um ato histórico, desaprovou as contas do governo da presidente Dilma Rousseff. Para ele, um dos pontos da boa governança é esse: avaliar bem para poder direcionar bem. Acredito que não tem como o País crescer sem o crescimento de pequenas e médias empresas, que são os grandes geradores de empregos. Com planejamento adequado, as tomadas de decisão ficam mais fáceis e os resultados do trabalho, mais positivos.É um convite que eu faço aos empresários do DF nesta virada de ano. Não desistam dos seus negócios, não desistam do Brasil! Acredito que ainda não vamos deixar de falar de crise nos próximos meses, pois ela ainda não acabou, mas podemos tirar da adversidade bons resultados Cristiano Costa Um dos pensamentos que o filósofo Horácio nos deixou foi de que “a adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas”. Esse ensinamento é de grande importância para entendermos o cenário econômico atual. O País enfrentou, e ainda terá pela frente, um cenário árido, de baixa geração de emprego, consumo em queda e inadimplência em alta. Crise, desemprego, inflação, recessão. E acredito que ainda não vamos deixar de falar de crise nos próximos meses, pois ela ainda não acabou, mas podemos tirar da adversidade bons resultados. Os empresários que para enfrentar a crise, apostaram em treinamento das equipes, agora colhem os frutos positivos desses investimentos, da mesma forma que os que usaram a criatividade para interagir com os clientes de novas maneiras, como as redes sociais. Listamos novos empreendimentos comerciais que serão inaugurados em breve na cidade, capazes de movimentar vários setores da nossa economia. E não podemos esquecer os investimentos em franquias e as apostas promissoras para o próximo ano. Pesquisa da Associação Brasileira de Franchising apontou que o franchising registrou um aumento nominal do faturamento de 8,2% no 3º trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2014, com um total de R$ 35,5 bilhões. Já a receita do setor de janeiro a setembro de 2015 cresceu 10,1% em relação a igual período do ano passado, atingindo R$ 99,385 Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Revista Fecomércio DF 7 entrevista Guardião das contas //Por Taís Rocha Fotos: Raphael Carmona Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) desde 2005, Augusto Nardes tem desenvolvido a ideia da especialização e das auditorias coordenadas. Com isso, esse novo padrão de governança pública tem alcançado tribunais de todo o Brasil e, recentemente, barrou as contas do governo Dilma. Nesta entrevista exclusiva, Nardes fala do atual cenário político e econômico do País e é taxativo ao dizer que é preciso mudanças estruturantes para que as contas públicas fechem. O senhor está à frente do TCU desde 2005 e recentemente, ao analisar as contas da presidente Dilma Roussef, está enfrentando, talvez, o maior desafio desde sua entrada no tribunal. É a primeira vez que uma conta não é aprovada desde o governo Getúlio Vargas. Gostaria que o senhor falasse sobre isso. Qual a grande vitória nossa sobre as contas? É que já mandaram o orçamento para o ano que vem com déficit, ou seja, tiveram que admitir. Esse é um dos pontos da governança: avaliar bem para poder direcionar bem. A princípio, pode parecer que não há solução, mas quando você avalia outros países, acaba-se descobrindo no mundo algumas soluções. É necessário evitar que cheguemos à situação do Distrito Federal e demais 17 estados em situação de pré-falência. Estamos indo para uma situação de grande dificuldade de pagamento dos salários dos funcionários públicos, nos estados e municípios, onde a arrecadação caiu 11% em outubro, e a consequência disso recai sobre todos os estados brasileiros. Os tribunais, as assembleias e o Congresso Nacional não podem mais adiar a discussão da previdência e de reformas estruturais que a Nação precisa. Se não o fizerem, mais à frente serão responsabilizados pela falta de contenção de despesas sem capacidade de o estado arrecadar o suficiente para pagar essas despesas. Dentro da Lei da Responsabilidade Fiscal, o que são as pedaladas? Usar dinheiro de bancos públicos para pagar programas sociais em período eleitoral, o que não pode, e depois o estado fica sem capacidade de investimento. Ou seja, o que está claro e evidente é que nós não podemos mais continuar fazendo isso. O estado precisa ter capacidade de investir permanentemente. A capacidade de enfrentar esse dilema pode levar o País a uma agonia, que de certa forma é o que estamos vivendo hoje, em um curtíssimo ou médio espaço de tempo, porque não houve um planejamento adequado nas tomadas de decisão lá atrás. Isso é evidente hoje. Alguém tem que mostrar isso. E foi o que o TCU fez, teve coragem para fazer. Nada contra governo A, B ou C. Estamos defendendo a sociedade. Se as instituições deixam de cumprir seus deveres, se elas não são fortes, as nações fracassam. Seja o Tribunal de Contas do DF, seja o TCU, têm que cumprir com sua função. Como ex-deputado, de que modo o senhor analisa essa dualidade tão marcante que vivemos politicamente no País hoje? Essa dualidade nada mais é que o jogo do poder. Temos que estar conscientes de que quando o objetivo é o poder, e é preciso saber que quando se busca o poder, não importam os meios, sejam os éticos ou não éticos, o importante é estar no poder e implementar suas ideias, sejam elas com fatores positivos ou negativos. O que aconteceu no Brasil nos últimos anos é que nós tínhamos uma série de conquistas que pouco a pouco fomos perdendo, porque o País não conseguiu avaliar que não existem condições de fazer mudanças sem o crescimento da economia, sem o crescimento de pequenas e médias empresas, que são os grandes geradores de empregos. Também não conseguimos avaliar que só por aumentar a estrutura para beneficiar alguns segmentos em detrimento daqueles que pagam impostos e distribuem renda, não será possível fechar a conta, pois chega um momento em que a despesa é tão alta que o estado fica sem capacidade de investimento. O projeto recente do governo federal foi eficiente politicamente, eleitoralmente. Mas em termos de distribuir renda, gerar empregos e manter um equilíbrio econômico, foi “Tudo isso é um projeto para mudar o Brasil. É claro que precisa de composição política, o que cabe ao Congresso fazer, mas, hoje, por meio do controle, temos condições de mostrar para a sociedade por que o País paga impostos e não há retorno. É porque não existe uma boa governança. Precisamos transformar o Brasil, principalmente neste momento de crise, que talvez seja o momento de uma grande virada na nação” Revista Fecomércio DF 9 entrevista passageiro, porque retiraram os recursos de várias áreas e, por falta de uma boa governança, a corrupção aumentou e algumas empresas estatais foram utilizadas para desenvolver um projeto em nível nacional e estruturá-lo, mas sem a governança adequada (construir quatro refinarias ao mesmo tempo, por exemplo). Em tese, o governo diminuir a miséria é positivo, mas dar o peixe sem ensinar a pescar não é positivo. Positivo seria transformar essas pessoas que hoje recebem diversos tipos de auxílio em peças importantes para gerar emprego e distribuir renda. O Bolsa Família tem que continuar, mas precisa ser transformado. É fundamental investir em educação. Temos 51 milhões de jovens entre o ensino fundamental e médio. Desses, 25 mihões não terminam o ensino médio. Estão indo para serviços menos produtivos ou para as drogas e o crime. Como montar um projeto que possa ter um ativo mais produtivo e menos passivo? Esse é o grande desafio que o governo atual não enfrentou. Pior que desemprego é a guerra social. Melhor que o emprego é a paz social. O grande problema do governo atual é gerar empregos e distribuir renda. Desgaste ou rejeição dependem desse projeto. São os três pactos sobre os quais tenho falado muito: a presidente precisa fazer um pacto político, um pacto federativo com os estados e municípios e o da governança, de reforma política. Um dos pontos debatidos entre a então candidata 10 Revista Fecomércio DF Dilma e o Aécio foi este, o da governança. Antes disso, não se falava nisso. Em 2013, estive com a presidente falando sobre isso, quando ela não havia contabilizado R$ 2,3 trilhões da previdência autorial (ou seja, a projeção da aposentadoria dos que hoje estão trabalhando). Em quatro anos, acaba o bônus demográfico. Ou seja, se hoje oito contribuindo para um, o déficit é de R$ 194 bilhões, em 2040, será de quatro para um, o que inviabilizará a previdência. Em um relatório técnico que apresentei, mostro quais as mudanças devem acontecer. É um trabalho revolucionário feito a partir da governança. Mas a decisão não é nossa, é dos gestores. O senhor tem feito uma verdadeira revolução no TCU. Em linhas gerais, quais estão sendo essas transformações? Montamos uma nova estrutura no TCU, que é a ideia da especialização, das auditorias coordenadas, que antes não existiam. Fazer as auditorias em todo o Brasil, em conjunto com os outros tribunais, fazer em toda a América Latina e, com isso, criar outro modelo dentro do contexto do controle em nível mundial. Criamos esse modelo. Hoje o Brasil passou a ser destaque na controladoria. Partimos para um projeto inovador dentro do tribunal. Antes, cada auditor tratava de cinco, dez matérias. Não havia uma especialização. Em 2013, implantamos 22 secretarias especializadas, com cada uma tratando de dois temas. Hoje temos 45 tipos de atividades com pessoal especializado, gente que sabe sobre educação, engenharia, energia nuclear. Mudamos 400 pessoas de posição dentro do tribunal para que ele seja o grande auditor da República Federativa da União, para mostrar os entraves do País, por que não funciona a segurança, a saúde, enfim. Em seu livro, Governança Pública – O desafio do Brasil, o senhor fala de desafios históricos do Brasil e aponta algumas soluções. Como o TCU pode e vem trabalhando para atingir esses objetivos? O livro é o primeiro do gênero no Brasil. Ele trata de governança pública, que nada mais é que avaliar, monitorar. É uma busca para encontrar um novo caminho para o estado brasileiro ir tomando a iniciativa por intermédio de um tribunal, que não é governo, mas nós podemos mostrar para o governo onde estão os entraves e por que o Brasil não funciona. Eu poderia falar de governança pública, de pessoal, de tecnologia da informação, da área de aquisições etc. Em cada tema sobre o qual sou relator, vemos se está sendo aplicada a governança. E isso é possível por meio de um referencial de governança de uma parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a instituição mais avançada do planeta, em Paris, para utilizarmos as boas práticas de governança de 12 nações mais desenvolvidas do mundo. Eu fui até lá e entreguei um projeto no qual estamos trabalhando há três anos. Tudo isso é um projeto para mudar o Brasil. É claro que precisa de composição política, o que cabe ao Congresso fazer, mas, hoje, por meio do controle, temos condições de mostrar para a sociedade por que o País paga impostos e não há retorno. É porque não existe uma boa governança. Precisamos transformar o Brasil, principalmente neste momento de crise, que talvez seja o momento de uma grande virada na nação. Tomar essa crise que estamos vivendo, talvez a maior da história do País, e transformá-la em um momento de mudanças positivas. Tudo isso eu expus ao governo. O interesse pelo tema da governança só tem crescido. O IBMEC já adotou o livro e a governança pública como cadeira para ser estudada em nível nacional. Eu fiz palestras em todo o País para empresários, federações de comércio. Estou como em um apostulado, andando pelo País e divulgando a tese da governança, para transformar o Brasil de forma cooperativa com o governo. A disseminação desse conceito é fundamental para que a governança em si ocorra. Como o senhor avalia a atual situação financeira do DF? Aqui no DF, no início do ano, procurei o governador Rodrigo Rollemberg e estamos fazendo uma grande auditoria para falar sobre a questão fundiária. Não dá mais para Brasília permanecer como está, sem que ninguém tome uma atitude. Brasília era para ser um modelo de cidade para o País, e o Entorno está se tornando um grande problema social, porque não existe governaça nem da União nem do DF, para evitar as invasões. É necessário organizar essa questão da ausência do Estado. De certa forma, isso acontece no contexto geral da Nação, ou seja, vivemos uma questão crucial, que é uma desgovernança fiscal. As pedaladas fiscais nada mais são do que alguém que vai pedalando, pedalando, pedalando, empurrando com a barriga, utilizando o dinheiro dos bancos públicos, que pertence a todos, e, de repente, a bicicleta quebra, como aconteceu com a Grécia e está acontecendo com alguns estados brasileiros, como o Rio Grande do Sul e o DF, que não conseguem mais pagar a folha, por exemplo. O TCU tem que ser um orientador e um impedidor da desgovernança. Fazemos auditorias operacionais e damos prazo de 30 dias. Há também as auditorias de conformidade, que avaliam a legalidade dos atos, as operacionais e as auditorias financeiras – que chegaram às pedaladas. Meu próximo livro será “Da governança às pedaladas”. Será um resumo de todo esse trabalho que eu estou desenvolvendo, com linguagem jornalística, de fácil compreensão. Mesmo o DF, com o tratamento diferenciado que recebe ao ter acesso ao Fundo Constitucional, esse Fundo precisa ser muito bem utilizado, com muito rigor, para evitar um desequilíbrio se um dia ele deixar de existir. E não pode inchar o tamanho do estado. É preciso eficiência e racionalidade. Outro fator diferencial do DF é o fato de ainda ter um banco regional, o BRB. Sim, e as pedaladas fiscais nos estados são mais difíceis de acontecer porque há apenas três bancos com essas características atualmente no País, mas na União aconteceu. As pedaladas ultrapassaram os R$ 40 bilhões. Mas como as ideias erradas esparramam rapidamente, se o TCU não tivesse atuado com rigor, é uma ideia que acabaria se concretizando. E estão usando o dinheiro de depósitos judiciais, fora do contexto. Da mesma forma, não podemos adiar a discussão e a Lei da Responsabilidade Fiscal. Tem que haver cortes e o Estado precisa ser mais eficiente e eficaz. Tem que haver um processo de conscientização, de chamar as classes para participar desse debate. Mostrar esses números e a realidade. As contas públicas não têm como fechar por uma questão demográfica. O crescimento demográfico do País está em 1.8. Quem vai pagar a aposentadoria dos jovens de hoje? As famílias são menores hoje. O senhor foi um dos integrantes da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Qual sua relação com o comércio? Tenho um profundo vínculo com a área do comércio e das empresas. Agora, em novembro, fez 20 anos que eu fundei essa Frente. Ano que vem, no dia 6 de novembro, a Lei do Simples completa também 20 anos. O Simples passou de 600 mil empresas, para 10 milhões. Foi um trabalho iniciado com o Sebrae, com o Guilherme Afif. Havia um Estatuto da Micro e Pequena Empresa, que estava tramitando no Congresso Nacional e que foi usado de base para pressionarmos o governo a renegociar as dívidas em um modelo mais simples de pagar os impostos, que eram 12 ao todo. Com uma grande articulação, criamos a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, da qual fui presidente. Posteriormente, esse estatuto deu início a uma negociação e, a partir dele, conseguimos uma maioria para votá-lo. O então presidente Fernando Henrique Cardoso me procurou para dizer que, do modo como estava, o projeto não poderia ser votado. Então, formou-se o Grupo de Trabalho para a criação do Simples. Depois de cerca de 50 reuniões, chegou-se ao texto para criação da Medida Provisória que originou a Lei do Simples, em dezembro de 1996. Revista Fecomércio DF 11 turismo corporativo Viagens de negócios //Por Sílvia Melo Fotos: Joel Rodrigues As atividades ligadas ao turismo no DF contribuem com 2,5% do PIB, com o turismo corporativo como o principal segmento M issões empresariais, visitas técnicas, viagens corporativas, reuniões e rodadas de negócios, feiras, convenções, congressos, seminários, workshops, conferências e cursos são algumas das atividades que atraem turistas e têm movimentado a economia do Distrito Federal nos últimos anos. Considerado um dos segmentos que mais trazem visitantes a Brasília, o turismo de negócios e eventos representa hoje cerca de 30% dos turistas que visitam Brasília e corresponde, nos hotéis, a uma taxa de ocupação de quase 70%. Com mais de 29 mil leitos em meios de hospedagem e um aeroporto internacional próximo ao centro da cidade, a localização e estrutura da capital do País também favorecem o visitante. A maioria dos hotéis está localizada no centro da cidade, facilitando o acesso a pontos como a Esplanada dos Ministérios, embaixadas e órgãos oficiais do governo federal e local. Além disso, o Setor Hoteleiro está próximo aos espaços onde se realizam grande parte dos eventos na cidade, como os centros de convenções Ulysses Guimarães e o Brasil 21, o Estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o pavilhão de feiras do Parque 12 Revista Fecomércio DF da Cidade. No total, de acordo com pesquisa do Observatório do Turismo do Distrito Federal (OTDF), a cidade conta com 75 espaços para eventos, incluindo os auditórios e salas de hotéis, universidades, faculdades, hotéis fazendas, centros de convenções, restaurantes, entre outros. Conhecida por manter a taxa de ocupação dos hotéis mais elevada durante a semana, quando acontece a maioria dos eventos e reuniões de negócios, Brasília aos poucos está mudando essa particularidade. “Pelas características de Brasília, a hospedagem durante o meio da semana é muito maior. Porém, há turistas de eventos também que se hospedam aos fins de semana. Tem aumentado, inclusive, o número de eventos corporativos aos finais de semana. Isso é um trabalho que o próprio trade, nós aqui da Secretaria de Turismo, está realizando desde o início do ano para incentivar também maior ocupação nesse período. Este ano, inclusive, já houve alguns eventos corporativos que iniciaram na quinta ou na sexta e terminaram no domingo”, explica Jaime Recena, secretário adjunto de Turismo da Secretaria de Estado de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Distrito Federal. Sem ter ainda como mensurar o crescimento da área, a secretaria tem trabalhado para aprimorar os dados estatísticos do turismo no DF. “Há dois meses firmamos um acordo de cooperação, pela primeira vez, com a Associação dos Hotéis para que possamos receber de forma sistematizada as informações de ocupação na rede hoteleira, porque os dados que tínhamos antes eram produzidos pelo Ministério do Turismo de acordo com o desembarque, enfim, com as métricas que eles têm. E o setor sempre colocou que isso não condizia muito com a nossa realidade”, destacou Jaime Recena, lembrando que a pasta tem feito alguns acordos com entidades setoriais do turismo para obter dados mais precisos sobre o turismo em Brasília. “Ocupação em hotel, ocupação em restaurante, enfim, temos buscado com guias, agências de viagens, entender melhor quem é o turista que nos visita, de onde ele vem, quanto tempo ele fica, até mesmo para que possamos planejar nossas ações no futuro e sermos mais eficientes na utilização dos recursos”, afirma. EVENTOS O Brasil é o nono país que mais sedia eventos internacionais e a região Centro-Oeste é a quarta em captação de eventos segundo dados divulgados, este ano, pelo Ministério do Turismo. Em relação aos gastos, somente com passagens aéreas, diárias de hotel, locação de veículos, meios de pagamentos e serviços, foram movimentados R$ 6,95 bilhões em todo o Brasil. Há previsão de crescimento, entre 2015 e 2016, em torno de 4% a 5% em relação aos gastos efetuados por turistas estrangeiros de negócios e eventos no País. Em Brasília, cada turista desse segmento gasta em média R$ 700 na cidade, considerando a hospedagem, o deslocamento com táxi e a alimentação. Por ter uma localização estra- tégica, a capital da República tem grande potencial para sediar todos os tipos de eventos, gerando mais empregos e arrecadando tributos. “Brasília tem uma característica importante: é o centro do poder político. A cidade é muito mais bem preparada para esse tipo de turismo do que qualquer outra cidade do País porque as coisas acontecem aqui, no centro do poder político. O que falta para ficar ainda melhor é capacidade de captar mais eventos. É preciso ter mais movimento, gerar mais recursos, gerar emprego e organizar as entidades responsáveis por esse setor”, afirma Francisco Maia, presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Distrito Federal (Sindeventos-DF). Para fortalecer o turismo de negócios no DF, o sindicato acredita que é necessário melhorar a “Não temos crise, pois acreditamos que o atendimento dedicado ao cliente faz a diferença” Rogério Porfírio gerente do Imperial Plaza Hotel Revista Fecomércio DF 13 turismo corporativo infraestrutura, pois a cidade deixa de fazer grandes eventos por não possuir um espaço capaz de reunir oito mil pessoas, como acontece em eventos da área de saúde. “Algumas categorias profissionais, devido ao universo que abrangem, não realizam eventos em Brasília, como os congressos dos Conselhos de Enfermagem (Cofen), por exemplo, que reuniu esse ano oito mil pessoas. Dermatologia, pediatria, cardiologia e ginecologia também são congressos que não ocorrem em Brasília devido ao volume de pessoas que reúnem”, explica Reginaldo Rispoli, consultor do Sindeventos-DF. Em agosto, o sindicato entregou ao governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, uma carta com as prioridades defendidas pelo segmento, intitulada “Brasília Cidade dos Eventos”. Com o objetivo de transformar o DF em referência nacional e Brasília, a cidade dos eventos no Brasil, foram apresentadas na carta as principais prioridades para melhoria do setor, como a revisão da cessão gratuita de espaços públicos (isenção de taxas quando da utilização de espaços públicos pelo Governo Federal); priorizar estudos para viabilizar a redução da carga tributária relativa ao Imposto Sobre Serviços (ISS); ter apoio político na Câmara, com criação de leis que contribuam para a captação de grandes eventos, entre outros. “Apesar de ser um potencial, o turismo de negócios e eventos precisa ser melhorado. As entidades precisam se organizar mais, e o governo incentivar mais. É necessário captar eventos, fazer pesquisas de motivação e satisfação, preparar a infraestrutura da cidade, capacitar profissionais, entre outras estratégias”, explica Francisco Maia. MEIOS DE HOSPEDAGEM De acordo com o Ministério do Turismo, a permanência média do turista de negócios no local do evento é de quatro (doméstico) a oito (internacional) dias. Com escolaridade superior e poder aqui14 Revista Fecomércio DF “O que falta é capacidade de captar mais eventos. É preciso ter mais movimento, gerar mais recursos, gerar emprego e organizar as entidades responsáveis por esse setor” Francisco Maia presidente do Sindeventos-DF sitivo elevado, o visitante busca nas cidades em que se hospeda praticidade e comodidade. O turista que visita o DF tem à sua disposição 402 empresas, organizações e/ou espaços próprios para hospedagem, entre eles hotéis, motéis, pousadas, flats, apart hotéis, cama e café, pousadas rurais, albergues e pensões. Desse total, 232 são classificados como hospedagens tradicionais (hotéis, motéis, pousadas, flats e apart hotéis) e 164 são consideradas hospedagens alternativas (cama e café, pensão, albergues e pousadas rurais). Os 402 empreendimentos de meios de hospedagem dispõem de 16.347 Unidades Habitacionais (UHs) - quartos, apartamentos, flats, chalés, bangalôs ou suítes, onde são encontrados 29.777 leitos (quantidade de camas de uma Unidade Habitacional). A maioria das UHs (15.421) e leitos (27.098) estão nos meios de hospedagem tradicionais. Em relação à localização, do total de 402 empreendimentos de meios de hospedagem, 147 correspondem aos hotéis, onde a maioria (66 hotéis) se concentra na Região Administrativa de Brasília (RA I). Apostando em empreendimentos localizados em regiões administrativas mais distantes do centro do poder, a rede Imperial Plaza Hotel e Brisa Tower Hotel decidiu investir em Samambaia e Ceilândia. A localização estratégica dos dois hotéis atende à demanda de empresários que precisam ir a essas Regiões Administrativas para tratar de negócios e participar de reuniões e eventos corporativos. Ao contrário da maioria dos hotéis que estão no centro de Brasília, onde a ocupação predominante é de segunda a quinta-feira, a ocupação dos leitos da rede permanece aos fins de semana. “Hospedamos muitas bandas e artistas que fazem shows nos fins de semana em espaços próximos, como nos teatros do Sesc e Senai, por exemplo. Como os eventos culturais acontecem mais aos fins de semana, nossos hotéis recebem hóspedes de segunda a segunda”, afirma Rogério Luiz Porfírio, gerente comercial do Imperial Plaza Hotel. “Não temos crise, pois acreditamos que o atendimento dedicado ao cliente faz a diferença”, completa ele. EMPRES A IA UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas © UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas NC À IN F Â secure.unicef.org.br/empresasolidaria 0800 605 2020 [email protected] Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe. gastronomix http://bloggastronomix.blogspot.com Rodrigo Caetano [email protected] Jornalista e blogueiro www.facebook.com/portalgastronomix Varanda Pães Artesanais abre com estilo Quase da varanda da casa para a sala. Antes que a produção chegasse a esse ponto, Dilson Oliveira Meneses resolveu transportar e ampliar sua fabricação de pães artesanais do Sudoeste para a Asa Norte. A varanda expandiu-se pelas mãos do escritório Bloco Arquitetos. Com ares industriais, traços retos e bela serralheria, o espaço ganhou bonita forma. O que vem das fornadas diárias são pães diversos e de ótima qualidade. Todos os dias, a loja terá croissants, cinnamon rolls e levain baguettes. Há também uma agenda de fornadas especiais de quinta a sábado. Acompanhe a produção pelo site ou pelo Facebook. A fabricação é artesanal, quase toda manual. O proprietário usa farinhas orgânicas certificadas, de origem da agricultura familiar, e se controla toda a fermentação. Meneses é um entusiasta da panificação. Essa paixão começou quando estudava gastronomia no IESB. Em 2012, foi de mala e cuia para Nova Iorque, onde estudou no French Culinary Institute. Voltou à cidade e deu passos pequenos até chegar a sua nova casa. Veja alguns dos produtos da loja e consulte o site para conferir as fornadas especiais: • Pão de azeitonas com ervas – R$ 16 • Levain baguetes – R$ 6 • Pão de batatas com cebola – R$ 13 • São Francisco Sourdough – R$ 15 • Brioche com calabresa – R$ 15 • Minibaguetes com cerveja e calabresas – R$ 3 • Pão de centeio com avelãs – R$ 15 215 Norte, bloco, D loja 39 Viagens gastronômicas (61) 3033-2002 www.varandapaesartesanais.com.br São Paulo Piú – Quando se pensa que a Pauliceia está cheia de restaurantes italianos, chega o Piú para reforçar que existe espaço para quem quer fazer algo de diferente e interessante. O chef Marcelo Laskani criou receitas especiais como o bolinho de bacalhau em tempurá de lula e aioli (R$ 28) e o ravioli de gema com ricota, espinafre e molho caccio pepe (R$ 19). As massas prezam pela qualidade dos ingredientes e pelas ótimas combinações como o agnoloti de lagostim e foie gras ralado na mesa (R$ 53) e tortelinni de cabra com queijo boursin, figos, manteiga de sávia e amêndoas torradas (R$ 46). Rua Ferreira Araújo, 31, Pinheiros 16 Revista Fecomércio DF 11 3360-7718 Porchetta e indiano são as novidades da Quituart Quem ainda não descobriu os encantos da Quituart, no Lago Norte, não sabe o que está perdendo. Comida mineira, italiana, japonesa, árabe... Uma miscelânea de sabores. Duas novidades estrearam nesses últimos meses: Bhöjana, de comida indiana, e o Le Birosque, focada em produtos suínos. // Bhöjana é o mais novo restaurante indiano da capital, que agora conta com três casas especializadas em comida indiana (Piauíndia e Ashram Zen Lounge). De entradinhas, peça as samosas (pastel recheado de vegetais, batata e temperos indianos ). São quatro unidades crocantes e bem temperadinhas. De principal, a sugestão é o curry de legumes, picante na medida certa. Funciona sexta, das 19h às 23h, sábado e domingo, das 12h às 16h. QI 9/10, Box 10, Canteiro Central, Lago Norte 61 8115-0500 e 8117-1923 //Le Birosque apresenta sua estrela maior: a porchetta. O chef Luiz Trigo aposta nessa receita italiana feita com porco divinamente recheado, com pele pururucada, acompanhado de polenta cremosa. O quiosque ainda serve ragus, brandade de bacallhau, rillette de porco, arroz de puta rica e arroz de camarão. QI 9/10, Box 10, Canteiro Central, Lago Norte 61 8111-9853 Queijos do Brasil e do mundo Um dos maiores especialistas em vinhos do Brasil, José Osvaldo Albano do Amarante, tem também uma grande paixão por queijos – tema sobre o qual ministra palestras em todo o País desde 1993. Viajante inveterado, ele foi colecionando observações sobre os queijos que consumiu e aprofundou suas pesquisas ao longo das últimas três décadas. O resultado desse estudo está no livro Queijos do Brasil e do mundo – Para iniciantes e apreciadores (352 páginas, R$ 115), lançamento da Mescla Editorial. Trata-se de uma obra completa, com dados sobre produção, exportação e consumo dos principais queijos do Brasil e do mundo. O autor inclui ainda informações sobre compra, armazenamento, serviço, consumo e uso na culinária, além de receitas famosas que levam o queijo como principal ingrediente. NOVIDADES NO TAYPÁ Não há como enjoar do Taypá. O inquieto chef Marco Espinoza muda a cada seis meses o cardápio do restaurante peruano. São 23 novidades, entre entradas, pratos principais e sobremesas. Entre as novas estrelas chegaram Croquete de Pato Crocante (R$ 46,80), Causita Morocha (causa em tinta de lula, lulas em molho de espinafre e pimenta dedo de moça a R$ 61,80). Entre os ceviches, o de Trucha e Tangerina (truta, leite de tigre de tangerina e cogumelos), R$ 58,80, e o de Tamarindo (peixe do dia, camarão, polvo e leite de tigre de tamarindo), R$ 51,30. A lista é grande. Vale a pena desfrutar das novidades. Revista Fecomércio DF 17 agenda fiscal Preparando-se para 2016 Que o próximo ano não será nada fácil, já sabemos. Então vamos nos preparar. Uma questão importante é a opção tributária: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples. O Lucro Real requer mais investimentos e a despesa comprovada deve ser elevada; já no Lucro Presumido e no Simples, os controles são mais simplificados, mas há necessidade de avaliar restrições por parte da Receita Federal, que envolvem faturamento e atividades. Em relação ao Simples, lembre-se de que há data-limite para a mudança: 29/01/2016. Para essas análises e orientações, Calendário agende uma reunião com sua assessoria contábil. Outra questão relevante é a falta de planejamento do negócio, um dos motivos da alta taxa de mortalidade das micros e pequenas empresas. Nessa direção, devem os empresários também procurar orientação com sua assessoria contábil, que possui instrumentos para discutir possibilidades de ações com vista a mitigar custos e alcançar maiores resultados. Com a finalidade de aumentar as vendas das empresas em 2016 o GDF lançou o programa “Incluir MPE” pelo qual se compromete a adquirir produtos e serviços (prioridade nas licitações) de empresas optantes do Simples Nacional com sede no DF, o que é uma oportunidade interessante (desde que o governo pague). Esse mesmo programa pretende oportunizar a negociação fiscal para empresas inscritas no Pró-DF (Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal), além de viabilizar a concessão de crédito. Mas, aliado a essa ação, precisamos continuar buscando a regularização das empresas e o incremento de fomento para o desenvolvimento econômico do DF. 5 a 31/12/2015 O QUÊ e QUANDO pagar? 5/12 7/12 15/12 Data-limite para pagamento dos Salários referente a 11/2015 FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 11/2015 Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente a 11/2015 Contribuição Previdenciária (segurados empregados e contribuintes individuais e facultativos) referente a 11/2015 Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 11/2015 18/12 Contribuição Previdenciária referente a 13º/2015 Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 11/2015 Cristiano Costa 21/12 24/12 25/12 31/12 2ª parcela do 13º Salário (em geral) referente a 2015 2ª parcela do 13º Salário (empregados domésticos) referente a 2015 SIMPLES NACIONAL referente a 11/2015 ISS e ICMS referente a 11/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações) COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, referente a 11/2015 PIS e COFINS referente a 11/2015 Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 11/2015 3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 3º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado Carnê Leão referente a 11/2015 IRPJ e CSLL referente a 11/2015, por estimativa Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado) O QUÊ e QUANDO entregar? 7/12 15/12 22/12 31/12 Várias Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente a 11/2015 Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/Receita (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 10/2015 Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 10/2015 Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 11/2015 Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 11/2015: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009) Adriano de Andrade Marrocos Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF 18 Revista Fecomércio DF gente Botando banca //Por Gabriela Vieira Economia à base de trocas //Por José do Egidio Foto: Raphael Carmona Um profissional oferece seu serviço e, como forma de pagamento, recebe outro serviço de seu interesse. Esse é o mote do site FaZoQuê.com, uma rede que reúne profissionais de diversas áreas baseada no consumo colaborativo e com um objetivo em comum: trocar serviços entre si, sem colocar a mão no bolso. Para o idealizador do projeto, Saulo de Sena, 36 anos, a ideia surgiu após ele assistir a uma matéria em que chefs trocavam suas especialidades na cozinha. Então, o empresário e designer desenvolveu a ideia e criou um site que disponibiliza a relação dos profissionais na área do seu interesse. O usuário escolhe quem contatar e uma sala de negócios é aberta para que os dois interajam. “Queremos valorizar as relações pessoais trocando serviços de qualidade”, explica. O FaZoQuê foi criado em 2011, em versão de testes, por um grupo de amigos brasilienses que buscou ouvir alguns usuários cadastrados e aperfeiçoou a página. Lançado oficialmente no início de outubro, o site já possui 1.800 usuários cadastrados de todos os estados do Brasil. Para Saulo, o sucesso se deve ao fato de contemplar um estilo sustentável de troca e colaboração. “Trabalhamos a partir do conceito de consumo colaborativo. Queremos criar o hábito de ajudar e ser ajudado”, explica. 20 Revista Fecomércio DF Foto: Raphael Carmona Brasiliense de coração, mas nascida em Manaus (AM), a jornalista Conceição Freitas sempre sonhou em ter novamente uma banca de jornais. Ela já teve uma na juventude. Agora, aos 57 anos, encontrou uma oportunidade ao se deparar com uma banca à venda na 308 Sul, conhecida como a quadra modelo de Brasília. “Embora seja um comércio como qualquer outro, a banca tem uma aura romântica, de um tempo em que se lia no papel. E, em Brasília, as bancas compõem as superquadras, são parte das Unidades de Vizinhança”, conta. Para aliar sua profissão de jornalista à de proprietária da banca, ela mantém a página virtual “Blog da Conceição. Um blog que banca Brasília”, e classifica o projeto como “o casamento da jornalista com a jornaleira”. Ainda em reforma, mas já aberto, o local oferece artigos sobre a cidade, livros, revistas, souvenirs, mapas, guias, cartõespostais, entre outros. Quanto ao futuro da banca, Conceição deixa livre: “a banca vai me dizer qual será o futuro dela”. Cinco perguntas para Simon Pitel //Por Gabriela Vieira Simon Pitel, 79 anos, nasceu em Bruxelas, na Bélgica. É proprietário do restaurante mais antigo do Plano Piloto, o Roma, localizado na W3 Sul desde 1960. Como é carregar o título de restaurante mais antigo do Plano Piloto? É muita responsabilidade pelo fato de novos restaurantes surgirem a todo o momento. //Por José do Egito Foto: Raphael Carmona A revista Traços é um projeto de inserção social distribuída por moradores em situação de rua. A publicação tem como objetivo promover a inserção social por meio de sua comercialização. De acordo com o chefe de redação da revista, José Rezende Júnior, o modelo existe em mais de 120 cidades do mundo. “A intenção da nossa revista é ocupar o espaço cultural de Brasília. Com conteúdo de qualidade, os próprios moradores são os verdadeiros fomentadores de pautas para o projeto”. O preço de capa é de R$ 5, dos quais R$ 4 ficam com o vendedor e R$ 1 pode ser utilizado para a compra de um novo exemplar, promovendo um ciclo de geração de renda. Rezende explica que inicialmente foram cadastrados e capacitados 50 interessados para integrar o projeto como vendedores, chamados por ele de “porta-vozes da cultura”. Para ele, a estratégia de venda da revista funciona e faz com que os participantes deixem de ser invisíveis na sociedade. “Isso eleva a autoestima e esperança na vida de cada um deles”, conta. Quantos são os funcionários? Cerca de 30 ao todo e, em média,10 cozinheiros. Tenho um funcionário que está trabalhando aqui desde 1967. Raphael Carmona Porta-voz da cultura O restaurante já atendeu políticos importantes. Quais foram? A maioria dos presidentes do País já passou por aqui, como Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva, Castelo Branco, Fernando Collor, além de ministros e militares. O cardápio oferece apenas comida italiana? Não, além das massas fabricadas na Itália, oferecemos o famoso filé à parmegiana, frangos e peixes. Qual a média de preço dos pratos oferecidos? De R$ 120 a R$ 140 o casal. Revista Fecomércio DF 21 artigo doses econômicas 2015: um ano para se esquecer curso prazo? Na minha avaliação, sim, é possível construir uma saída no curto prazo. Primeiro, é imperioso restaurar a harmonia e confiança nas instituições e a governabilidade. Segundo, priorizar a agenda da retomada do desenvolvimento. O ambiente econômico ainda não é tão caótico como sugerem os indicadores insistente e amplamente divulgados. Mesmo no cenário de crise, o investimento produtivo estrangeiro no Brasil mantém-se elevado com grandes empresas multinacionais ampliando seus investimentos no País. O médio prazo é visto com confiança, e o Brasil continua uma boa opção de quem investe no mundo. A inflação está resistente, mas não há nenhum caso relevante na história dos países em que houve perda de controle da inflação com um volume de reservas internacionais tão elevado, como o caso brasileiro. Somam-se ainda a retomada dos superávits de comércio, com o crescimento das exportações brasileiras, e a tendência de ampliação das reservas no médio prazo. A dívida pública brasileira ainda é relativamente pequena quando comparada com as dos países ricos, que ampliaram enormemente suas dívidas no pós-crise de 2008. Parceria: José Luiz Pagnussat, Economista, ex-presidente do Corecon/DF e do COFECON 22 Revista Fecomércio DF Nesse período, o Brasil foi um dos países que tiveram menor crescimento de sua dívida pública. O setor produtivo brasileiro é competitivo. A agropecuária está entre as mais eficientes do mundo e tem um mercado externo comprador e em expansão. A indústria, com o ajuste no câmbio, já apresenta bons sinais de competitividade, apesar do elevado custo “fora das fábricas”, com a pesada carga tributária e o excesso de burocracia. A expectativa é que em 2016 o Brasil reverta esse quadro de crise, consolide a normalidade política, restaure a confiança dos agentes econômicos e inicie a retomada do crescimento de forma sustentada e com inflação e dívida controladas. Essa é a sinalização dada pelos grandes investidores mundiais. Cristiano Costa O ano de 2015 foi marcado por sucessivas notícias ruins e recordes negativos na economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu mais de 3%. A taxa de desemprego mais que dobrou no ano, perdendo-se todo o esforço de redução do desemprego dos últimos 15 anos. A inflação retornou aos dois dígitos, pela segunda vez em duas décadas (2002 e 2015). As agências de classificação de risco sinalizam a perda do grau de investimento e a reclassificação do Brasil para “investimento de risco”, mau pagador. A dívida pública assumiu trajetória insustentável no médio prazo e o governo não consegue equilibrar o orçamento, enviou para o Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual deficitário, para 2016. No campo político, o governo de coalizão se decompôs, atropelado pelas denúncias de corrupção. O TCU, pela primeira vez na história, recomenda a reprovação das contas de um presidente da República e o Congresso Nacional ameaça avançar a um processo de Impeachment. Enfim, os cenários econômico e político são preocupantes e o pessimismo do setor produtivo e dos consumidores é o maior da história. A pergunta que não cala é como sair dessa crise? E há uma saída no segurança Comodidade por um fio //Por Sacha Bourdette Fotos: Raphael Carmona Comércio 24 horas está cada vez mais raro no DF. Violência, falta de transporte público e pouca iluminação são alguns dos motivos F oi-se a época em que encontrar o comércio aberto durante a madrugada era comum no Distrito Federal. Tente listar os estabelecimentos que ainda funcionam 24 horas. Conseguiu? Pois é, com a baixa procura, o risco de assaltos e a falta de transporte público acabam por agravar a situação de quem precisa utilizar serviços depois do horário comercial. Para o empresário cujo negócio funciona durante a noite, o desafio é prestar atendimento, apesar dos riscos para manter a clientela que depende de horários alternativos. A realidade é que o tempo continua curto para muitos e deixar as portas abertas durante 24 Revista Fecomércio DF a madrugada chega a ser uma utilidade pública. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a insegurança é uma das preocupações que ameaçam o aumento do comércio 24 horas. “Brasília é uma cidade muito peculiar, as áreas são descentralizadas, o que torna mais difícil poder pensar que um dia teremos uma versão da Avenida Paulista ou das capitais europeias por aqui. A nossa cultura por consumir à noite também é pouco comum. A Lei do Silêncio e a Lei Seca também inibem a atuação de empresários durante a madrugada. A falta de segurança acaba sendo um dos maiores problemas em uma ci- dade em que cada um fica em seu núcleo. Por outro lado, alguns preferem e precisam investir neste mercado e conseguem lucrar com a economia noturna”, afirmou. Dados da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social apontam que de janeiro a setembro de 2015 foram registrados 1.964 roubos ao comércio. Segundo o capitão Michello Bueno, da Polícia Militar do DF, os patrulhamentos são realizados 24 horas por dia e houve uma redução de 37,2% no número de casos com relação a 2014. “Todos os dias apreendemos uma média de sete armas e detemos 130 pessoas, o que tem ajudado. Nos roubos e furtos de madrugada, o em- presário deve ter atenção redobrada e investir em sistema de segurança”, explicou. Para conter a criminalidade no comércio, o empresário tem a possibilidade de instalar o Serviço de Monitoramento e Acionamento Policial Imediato (SMAPI), uma espécie de botão de pânico que, ao ser pressionado, a PM promete chegar entre 2 e 3 minutos. No quesito barulho, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), órgão responsável por fiscalizar os ruídos na cidade, recebeu desde janeiro mais de 1,3 mil reclamações sobre poluição sonora. Durante a madrugada, o limite permitido na área comercial é de 55 decibéis. O número equivale a uma conversa normal. As penas aplicáveis para aqueles que excedem os limites estabelecidos são: advertência, multa, interdição parcial ou interdição total do estabelecimento, um risco que os empresários não querem correr. Na opinião do presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), Edson de Castro, a economia não pode parar, nem durante a madrugada. “É um setor que gera empregos e renda, além de bons serviços à sociedade. Entretanto, de fato, a insegurança é a principal causa do fechamento de várias lojas de conveniência, lanchonetes, bares e restaurantes. Esperamos que o Governo do Distrito Federal reveja e reforce seu esquema de segurança em todo o DF. Temos hoje mais de duas mil lojas fechadas na capital e um dos motivos é a falta de segurança. Além disso, sabe-se que, depois da 1 hora da madrugada, o transporte público inexiste”, defendeu. Cada posto decide como deve ser o seu horário, porém respeitando, no mínimo, portaria da Agência Nacional do Petróleo (ANP), órgão regulador e fiscalizador do setor de combustíveis no Brasil - que determina das 6h às 20h como horário-padrão de funcionamento. Porém, são cada vez mais preocupantes as notícias e acontecimentos relacionados à segurança, o que tem levado os empresários a fecharem os postos e muitas lojas de conveniência à noite. De acordo com o último levantamento da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF, de janeiro a outubro deste ano foram registrados 661 assaltos a postos de combustíveis no DF. De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do DF, Carlos Alves dos Santos, dos 322 postos do DF, cerca de 70% funcionam 24 horas. “Os trabalhadores que atuam nos postos correm risco sério de morte, pois mais da metade funciona durante a madrugada. Com isso, muitos bandidos se sentem atraídos para agirem à noite. Aqui no DF existe caso do mesmo posto ter sido assaltado mais de 20 vezes em um único ano”, alertou. O proprietário do posto de gasolina no Setor Hoteleiro Norte, Sérgio Per- renoud Vignoli, está avaliando se vai continuar funcionando 24 horas. “Ter um posto funcionando ininterruptamente proporciona um atendimento mais completo para o nosso cliente. É um público muito diversificado, recebo uma média de 50 a 100 pessoas, a maioria de servidores públicos. Por ficarmos ao lado da maior delegacia do DF, nunca tive um assalto, o que é uma grande vantagem, mas não é o que ocorre normalmente em outros postos. Ainda estou pensando em continuar nesse horário por conta dos altos custos trabalhistas e com a segurança. Por enquanto ainda está valendo a pena”, relatou. Para a advogada, Débora Leite, um dos maiores benefícios de poder abastecer o carro fora do horário comercial é contar com o serviço para qualquer emergência. “É muito importante ter estabelecimentos abertos durante a madrugada. É uma mão na roda para quem está saindo de noite ou tem alguma emergência. Outra coisa boa é não enfrentar filas, mas só procuro um posto que aparente ser confiável”, contou. NA OUTRA LINHA A rede de lanchonetes Subway conta com 30 lojas localizadas em postos de gasolina e em lojas de rua no DF. De acordo com o agente de ABASTECIMENTO NOTURNO Os postos de combustíveis são alvo de inúmeros assaltos. De acordo com dados do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal, é cada vez mais preocupante manter os estabelecimentos abertos durante a noite. Revista Fecomércio DF 25 segurança Desenvolvimento da empresa no Distrito Federal e Goiás, Leandro Batista, o número de pontos não diminuiu e sim aumentou. “Durante a madrugada ganhamos mais visibilidade da marca, conseguimos aumentar o faturamento e o atendimento ao cliente. O público é jovem, entre 18 e 30 anos, que volta das baladas. O número de pessoas que circulam é em torno de 35% em comparação ao público diurno”, revelou. O franqueado da Subway em um posto de gasolina, Celso Murilo Dias Soares, confirma o crescimento de vendas no período noturno. “Somos uma alternativa de alimentação quando as opções se reduzem após as 22h. Nesta área em que estamos, ter comércio é essencial, uma das partes mais boêmias da cidade, temos o Estádio Nacional na nossa frente. Quando há atrações e eventos, somos um ponto de apoio para alimentação. Acredito que nos lugares certos a cidade só tem a crescer com esse tipo de comércio, é um serviço de utilidade pública”, afirmou. O ator, Leandro Baumgratz, que frequenta lanchonetes e restaurantes durante a noite acha fundamental a presença dos estabelecimentos para movimentar uma cultura noturna. “É muito importante ter sempre funcionando algum lugar para comer. Sempre frequento o comércio de noite, mas às vezes é difícil encontrar. Acredito que não vemos muitos estabelecimentos abertos devido à segurança e à cultura de Brasília, não sei se é a falta de público ou a falta de estabelecimentos que não geram público”, apontou. SAÚDE COMPROMETIDA O Decreto nº 35.239 de 19 de março de 2014 regulamenta o horário e dia de funcionamento das farmácias no Distrito Federal. Segundo o documento, pelo menos 10% dos estabelecimentos são obrigados a funcionar 24 horas. Segundo o presidente do 26 Revista Fecomércio DF Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma), Francisco Messias, as farmácias ficam vulneráveis ao serem obrigadas a funcionar ininterruptamente apesar da insegurança. “Os estabelecimentos que ficam na região central ainda contam com mais segurança, mas as mais afastadas não têm a mesma sorte. Falta policiamento e muitas acabam fechando pelos constantes assaltos. Precisamos que o empresário se sinta seguro para manter o seu ponto aberto, ainda mais importante por se tratar da área de saúde”, explicou. Para o gerente regional da Farmácia Pague Menos, Wellington Araújo Souto, é muito raro ver policiamento durante a noite. “Ficamos muito vulneráveis e quando têm que fazer plantão, os funcionários pedem para sair, é muito arriscado. Decidimos fechar às 22h, mas mesmo assim muitos funcionários ficam com receio da volta para casa. A rotatividade é muito grande. Hoje os clientes não se sentem seguros em parar o carro e acabam montando em casa farmacinhas para qualquer emergência. Funcionar 24 horas é muita exposição para a criminalidade”, citou. O médico veterinário e proprietário de uma clínica na 508 Sul, Pérsio Montibello, relata que é sempre um risco atuar durante a madrugada. “Sou o plantonista da clínica e, como se trata da área de saúde, é preciso ter atendimento em casos de emergência. Em média atendo um paciente por noite, mas tenho animais internados que precisam de acompanhamento. A vantagem desta unidade é que fico ao lado de um supermercado que funciona 24 horas e movimenta um pouco a quadra, mas mesmo assim tive que instalar luzes mais fortes na porta de entrada, pois a iluminação pública não dá segurança ao cliente que chega de madrugada. Há pessoas que me ligam pedindo para esperar na entrada. Eu tinha uma clínica também em Taguatinga, mas fechei pela insegurança”, relatou indignado. CONTRA A MARÉ Já não é mais realidade voltar para casa depois do horário comercial. Grandes congestionamentos, mudanças na rotina do trabalho e estudos afetaram as atividades que antes eram realizadas em outros horários. Com o tempo curto, muitos optam por encher a geladeira e armários na madrugada também. A gerente de Marketing do SuperMaia, Nathalie Malkine, conta que das 15 unidades no DF, 13 são 24 horas. “O SuperMaia foi a primeira rede de Brasília que abriu 24 horas. Na época foi uma grande novidade. Tínhamos promoções específicas na madrugada. Criamos uma identidade nesse sentido e no início havia mais fila de madrugada do que de dia”, revelou. “Recentemente, fizemos uma ação na madrugada, mil produtos a preço de custo de meia-noite às 6h da manhã. Queremos realizar mais ações ainda neste ano. Tem valido a pena, boa parte de nossa concorrência deixou de operar 24 horas, uma parte por questão da segurança e porque as vendas às vezes não são tão expressivas, mas o cliente percebe isso como um serviço, um diferencial. Nós nos preocupamos em dar ao cliente a sensação de que eles estão seguros. Nesse sentido contamos com uma estrutura mais iluminada e, se a pessoa quiser, temos um funcionário que acompanha até o carro. Em algumas lojas a gente não vende bebida alcoólica durante a noite para não se criar arruaça”, finalizou Nathalie. BELEZA NÃO TEM HORA O empresário do Salão 24 Horas, Bruno D Lucca, percebeu que havia mercado para funcionar durante a madrugada. Ele começou em 2011 e hoje atua no Pistão Sul, em Taguatinga, e está inaugurando uma nova franquia. “O meu salão funciona próximo a duas universidades, o que me ajuda a receber muitos clientes à noite. Hoje realizo depilação, corte e muitas mulheres vêm aqui para fazer químicas porque não têm tempo de fazer durante o dia. Arrumo o cabelo de empresárias que têm que viajar 5h da manhã, gente do exército e do colégio militar que se esquece de cortar o cabelo de dia”, detalhou. Bruno ressalta que busca condições para fornecer segurança ao cliente. “Aqui no meu salão tenho portão eletrônico, o cliente pode estacionar aqui dentro. Eu nunca fui assaltado nem quero pagar para ver”, garantiu. O salão funciona em uma casa com seis quartos e uma equipe de plantão. Segundo o empresário, esse tipo de comércio tem chances de alcançar mais sucesso no futuro. “Brasília é uma cidade muito nova e se já temos um salão 24 horas, imaginem como será em alguns anos?”, concui. Revista Fecomércio DF 27 oportunidade Ensino para a vida //Por Por Gabriela Vieira Foto: Cristiano Costa Escolas do Sesc-DF que atendem a quatro mil estudantes estão com matrículas abertas em dezembro C om a chegada do fim do ano, uma das preocupações dos pais é buscar uma opção de ensino de boa qualidade e com mensalidades acessíveis e as escolas do Sesc-DF oferecem isso. A EduSesc – Educação do Serviço Social do Comércio atende em média 4 mil alunos e conta com cinco unidades em Taguatinga Norte (Módulo de Educação e Cultura), Samambaia, Ceilândia, Gama e Setor Comercial Sul. Disponibiliza à população ensino infantil para crianças dos 3 aos 5 anos, ensino fundamental, ensino médio e, a partir dos 15 anos, o Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Para quem já é estudante da EduSesc, a renovação das matrículas será entre 1º e 16 de dezembro. Para os novos alunos, é preciso realizar uma pré-inscrição para concorrer a uma vaga. Para as unidades de Taguatinga Norte e Ceilândia, essa pré-inscrição será feita entre 1º e 16 de dezembro, no site da EduSesc. Para as unidades de Samambaia, Gama e Setor Comercial Sul, as novas matrículas poderão ser feitas presencialmente após o período de renovação de matrículas. Com mensalidades acessíveis, as escolas do Sesc disponibilizam um ensino voltado para o desenvolvimento e formação de cidadãos críticos, autônomos e atuantes na sociedade. Oferecem infraestrutura equipada e de boa qualidade para atender aos alunos com serviços de enfermagem e convênio com UTI móvel, bibliotecas, quadras de esporte, salas de ciências, 28 Revista Fecomércio DF salas multimídia, salas de artes, laboratórios de ciências e informática, acompanhamento pedagógico e projetos culturais, sociais e ambientais como a Semana Literária e a Feira de Ciências e Tecnologia. Para o ensino infantil e os primeiros anos do ensino fundamental são oferecidos lanches. De acordo com Ana Maria Andreolli, coordenadora de Educação do Sesc-DF, o objetivo das escolas do Sesc vai além do papel desenvolvido dentro da instituição. “Vivenciamos uma prática pedagógica que envolve questões como ética, justiça, liberdade e autonomia para que os estudantes coloquem em prática também fora da escola, por meio do respeito ao bem comum e do convívio em sociedade”, explica. As vagas são limitadas e para a realização de matrículas são necessários: carteirinha do Sesc atualizada, histórico escolar, comprovante de residência com CEP, CPF do aluno e/ou responsável, 3 fotos 3x4 originais. Para os estudantes do EJA, são disponibilizadas bolsas integrais. @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br artigo economia Governo Dilma no corner Nessas condições, uma hora o PIB e a arrecadação parariam de crescer minimamente, e a crise fiscal aguda se mostraria com toda a força, pois o gasto federal, superrígido, cresce bastante e sempre, mesmo quando é submetido a uma tesoura tão afiada como a do ministro Levy. A recessão que veio a seguir foi só um passo. E o pior é que a recessão atual pode ser a mais demorada de toda a nossa história recente. Para piorar, voltaram à tona alertas, como os que fiz em 2012, de que a despesa corrente federal com pagamentos de benefícios previdenciários e assistenciais, além de pessoal, dobraria em % do PIB até 2040, caso não se retomasse o esforço de reforma há muito abandonado. Finalmente, a sensação de ter sido enganada na eleição de 2014 tem feito a população avaliar o governo como o pior possível, daí a rejeição hoje manifestada pelo Congresso. Nessas condições, como aprovar reformas que nos tirariam o alto risco de enveredar, de novo, em um ambiente em que só a hiperinflação reequilibra a trajetória da dívida fazendo-a virar pó? Por isso o governo está no corner. “Mesmo com a inédita dinheirama subsidiada que desaguou via BNDES, a taxa de investimento há anos só cai” Cristiano Costa Embalada pelo boom da economia mundial, a gestão Lula-Palocci promoveu o milagre de impedir o caos econômico que se imaginava inevitável em 2002-2003. Mais recentemente, os desdobramentos das políticas desastrosas seguidas pelo governo Dilma sobre as contas públicas brasileiras parecem ter jogado fora tudo de bom que se havia obtido na fase precedente. E não adiantou ter sinalizado uma forte reversão dessas políticas no final do ano passado. Mesmo tendo o atual governo nomeado um ministro da Fazenda cuja postura, junto à da equipe que o cercava, era diametralmente oposta à do longevo ministro e do time que lhes antecederam, o País vem colecionando fracasso sobre fracasso nos últimos três anos. E na área fiscal, sem espaço para mais detalhes, a herança maldita da gestão pré-Levy era muito pior do que se imaginava. Uma parte dessa herança foi a perda da capacidade de a economia seguir crescendo à taxa média de 4,5% ao ano, vigente antes da crise de 2008-2009, o que se deve ao esgotamento do modelo pró-consumo que o governo Dilma insistiu em manter operando, a despeito de todos os sinais para introduzir mudanças drásticas. Os assessores pregavam, contudo, o “pau na máquina do consumo”, pois o investimento necessariamente ocorreria. Mesmo com a inédita dinheirama subsidiada que desaguou via BNDES, a taxa de investimento há anos só cai, e a produção industrial há muito está estagnada. Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília Revista Fecomércio DF 29 teatro 12ª edição do Prêmio Sesc //Por Andrea Ventura Foto: Raphael Carmona Consagrada no DF, mostra incluiu neste ano a categoria infantil, premiando os melhores espetáculos C onsiderada a única mostra competitiva do Distrito Federal, a entrega do Prêmio Sesc do Teatro Candango ocorre no dia 8 de dezembro. A novidade deste ano foi a inclusão da categoria Melhor Espetáculo Infantil. Além dessa, serão premiados os melhores em Direção, Atriz, Ator, Dramaturgia, Cenografia, Iluminação e Sonoplastia. A instituição distribuirá aos vencedores troféus e quantia em dinheiro, que neste ano totaliza R$ 22,5 mil. É o maior valor distribuído desde o início da premiação, que está em sua 12ª edição. Além de premiar jovens talentos do teatro brasiliense, o evento homenageia artistas do cenário teatral brasileiro. Entre os nomes que já foram homenageados pelo Sesc estão Paulo Goulart, Nicete Bruno, Milton Gonçalves, Hugo Rodas, Nathália Timberg, Paulo Gracindo Júnior, Murilo Grossi e Ariano Suassuna, entre outros. O homenageado deste ano será o artista brasiliense Chico Simões. Com mais de 30 anos de profissão, Chico ganhou diversos prêmios por realizar trabalhos teatrais voltados para as crianças. “O nosso objetivo com o prêmio é estimular a produção teatral e ampliar o espaço institucional na área da cultura. Neste ano, com a novidade dos espetáculos infantis, queremos incentivar a formação de futuros espectadores”, revela o assistente de Ações Culturais do Ses30 Revista Fecomércio DF c-DF, Rogero Torquato. A comissão julgadora, formada por críticos e profissionais da área, escolheu cinco peças adultas para serem encenadas no Teatro Sesc Garagem (Sesc 913 Sul) e três espetáculos infantis no Sesc de Taguatinga Norte, em novembro. Além dos premiados, serão indicadas três peças adultas e uma infantil para participar da programação regional do Festival Palco Giratório – Brasília 2016, concorrendo, posteriormente, a uma possível inserção no projeto nacional de 2017. Saiba mais – Desde 2004, o Prêmio Sesc do Teatro Candango revela talentos e incentiva a divulgação dos trabalhos cênicos de atores, diretores e companhias teatrais da cidade. O ator Juliano Cazarré, da Rede Globo, já foi premiado como melhor ator na edição de 2005. Agraciado em diversas categorias em 2010, o espetáculo Cru, com direção de Sérgio Sartório e Alexandre Ribondi, foi adaptado para o cinema e escolhido como Melhor Filme, no Festival de Cinema de Brasília de 2011. @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br Revista Fecomércio DF 31 inscrições Chance para crescer //Por Sílvia Melo Faculdade Senac abre vagas para vestibular e pós-graduação O primeiro processo seletivo 2016 da Faculdade de Tecnologia Senac do Distrito Federal está com as inscrições abertas durante os meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016. As provas serão em diversas datas, sempre às quartas-feiras, às 19h, e aos sábados, às 9h. Em dezembro, o candidato pode escolher entre os dias 2, 5, 9 e 16 e em janeiro, o vestibular será aplicado nos dias 9, 13, 16, 20, 23, 27 e 30. As inscrições podem ser feitas pelo site (www.senacdf.com.br/ faculdade) ou presencialmente, na Central de Relacionamento da unidade 903 Sul, de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h30, até um dia antes da aplicação da prova. Os cursos oferecidos são: Gestão Comercial (noturno); Gestão da Tecnologia da Informação (noturno); Marke- ting (noturno); Gestão de Recursos Humanos (matutino e noturno); e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (matutino e noturno). A taxa de inscrição está no valor de R$ 20. PÓS-GRADUAÇÃO EM MAIS UNIDADES Para quem quer se especializar, as inscrições para as pós-graduações da Faculdade Senac estão abertas até o início de 2016. São sete opções de cursos com aulas, na unidade 903 Sul: Banco de Dados e Business Inteligence; MBA em Gestão Empreendedora de Negócios; Logística da Cadeia de Suprimentos; Gestão de Pessoas; Gestão de Projetos; Treinamento, Desenvolvimento e Educação Corporativa; e Governança de Tecnologia da Informação. Como novidade para 2016, alguns cursos serão ofertados nas unidades de Ceilândia (Gestão de Projetos e Treinamento, Desenvolvimento e Educação Corporativa), Sobradinho (MBA em Gestão Empreendedora de Negócios e Governança de Tecnologia da Informação) e Gama (MBA em Gestão Empreendedora de Negócios e Gestão de Pessoas). Para essas turmas, as aulas serão ministradas no período noturno, três vezes por semana. As inscrições devem ser feitas pelo site (www.senacdf.com.br/faculdade). Logo após, o aluno deverá comparecer à Central de Relacionamento da unidade 903 Sul para efetivar a matrícula. O atendimento é das 9h às 21h30, de segunda a sexta-feira e, aos sábados e domingos, das 8h às 14h. O número mínimo para início das turmas é de 20 participantes. Mais informações 32 Revista Fecomércio DF @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br Entre na era digital. A Fecomércio ajuda você a emitir e renovar os certificados necessários para sua empresa trabalhar com segurança, autenticidade e conveniência no mundo da internet. e-CPF Digital a partir de R$ 130 Assinatura digital, acesso a Receita Federal e conectividade social para FGTSs. e-CNPJ Digital a partir de R$ 185 Realiza transações bancárias eletrônicas, assina documentos digitais com validade jurídica e acessa o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. NF-e a partir de R$ 270 Reduz custos, emite notas fiscais eletrônicas com validade jurídica, evita multas por descumprimento de obrigações fiscais e acessórias. Em até 3 vezes sem juros (61) 3038 7507 – 3038 7524 [email protected] www.fecomerciodf.com.br Revista Fecomércio DF 33 capa TUDO PRONTO PARA 2016 //Por Fabíola Souza Fotos: Joel Rodrigues Empresas e shoppings investiram em treinamento, técnicas motivacionais e de integração das equipes, ferramentas para impulsionar as vendas no final do ano F inal do ano é tradicionalmente uma época em que o fluxo de clientes aumenta na maioria das lojas de rua e de shoppings. Vender é a principal motivação e, para incrementar as atividades no Distrito Federal, empresários utilizaram técnicas diversas para incentivar os vendedores a ter maior integração entre eles e, dessa 34 Revista Fecomércio DF forma, impulsionar as vendas de maneira eficiente. O Taguatinga Shopping, pela primeira vez, apostou em algo inovador. Em vez do contato direto com os lojistas do centro de compras, o empreendimento decidiu estreitar os laços com os vendedores das lojas que compõem o shopping em um projeto contínuo. A gerente de Marketing, Renata Monnerat, explica que existe um projeto chamado Clube Lojista, que reúne periodicamente os lojistas. “Detectamos neste ano em algumas reuniões que o empresário é importante e precisa ser ouvido e capacitado, mas começamos a identificar que a grande preocupação do lojista era com suas equipes de venda. Então começamos a estudar essa questão mais a fundo”, explica Monnerat. Dessa maneira, surgiu o projeto Equipes do Bem – um jogo dinâmico realizado entre os vendedores que funcionou da seguinte forma: ao longo de um mês, as equipes participantes foram desafiadas por meio de diversas atividades que visavam fazer as pessoas felizes, sejam elas colegas de trabalho, sejam clientes. Entre elas, houve a organização de um chá de bebê para uma gestante do grupo, a ajuda na limpeza da praça de alimentação no horário de almoço pelas equips e atividades para a criação de rimas sobre temas definidos. O objetivo foi criar uma cultura focada no bem-estar de todos os envolvidos, estimulando as equipes de todas as operações do centro de compras a melhorarem a cada dia. “Logicamente passamos pela parte de capacitação de vendas, mas queríamos trabalhar os conceitos de alegria, otimismo, amizade, felicidade. E fizemos várias provas voltadas para isso”, explicou a gerente. O prêmio para a equipe vencedora foi de R$ 23 mil divididos entre os participantes do grupo ganhador, além do sorteio de dez brindes de R$ 200 em compras. Ao todo, 200 pessoas participaram do projeto - a participação foi voluntária - e foram formados oito R$ 60 MIL foi o valor investido pelo Taguatinga Shopping no projeto Clube Lojista Hugo Moreira apostou na publicidade gratuita das redes sociais grupos de até 25 pessoas. O centro de compras investiu R$ 60 mil entre camisetas, consultoria, premiação e brindes. Estarlyson Almeida, 21 anos, foi um dos participantes do grupo ganhador. O vendedor trabalha na loja Taco e afirmou que todo o processo foi incrível e motivou todos os envolvidos a fazer um trabalho melhor. “Foi algo que trouxe realmente muito benefício em questões como compromisso nas vendas, que já é o nosso trabalho, mas agora realizado de forma mais positiva. Nos reunimos com um propósito só, com uma visão. Claro que teve o desejo de ganhar o prêmio, mas também existiu a vontade de unir, competir, conhecer novas pessoas”, explicou o vendedor. Para ele, esse tipo de ação deveria ser realizada periodicamente para gerar motivação a todos os envolvidos, pois o retorno é positivo em vários aspectos, tanto para os colaboradores quanto para os clientes. “Passamos mais tempo aqui do que na nossa casa e as pessoas que a gente convive todos os dias no trabalho têm que ser como se fossem parte da nossa família”, ressaltou. ABORDAGEM DESCONTRAÍDA O sócio da empresa de óculos Aventto Lifewear, Hugo Moreira, também criou algumas estratégias criativas para motivar a equipe de vendas. Para este final de ano, o empresário investiu na campanha “Moeda Social”, por meio da qual incentiva o consumo ao atrelar um percentual de descontos de acordo com o número de seguidores do cliente na rede social Instagram. O cliente entra na loja e o vendedor pergunta quantos seguidores ele tem no instagram. Para cada número de seguidores, é oferecido um desconto na compra de um artigo da loja se ele postar uma foto com a hashtag da campanha. A hashtag é uma ferramenta comum entre os usuários das redes sociais e consiste na utilização de uma palavra-chave antecedida pelo símbolo #, conhecido como “jogo da velha”. “Dependendo do número de seguidores do cliente, ele pode até levar um óculos de graça”, afirmou Moreira, que acredita que essa é uma abordagem descontraída e mais sutil em relação ao consumidor. A marca apostou em uma campanha publicitária que acabou se tornando uma brincadeira saudável. Hugo explica que, dessa forma, a empresa estimula as vendas entre os colaboradores, tem publicidade gratuita nas redes sociais, além de gerar uma interação benéfica entre Revista Fecomércio DF 35 capa o cliente e o vendedor. “A abordagem já começa descontraída, tirando um pouco o foco da venda em si para uma brincadeira”, apontou o empresário. Outra ação desenvolvida pela empresa, desde junho de 2015, é o Cine Aventto. Uma vez por mês os vendedores são convidados a assistirem a um filme relacionado a vendas, ao espírito de equipe e a conteúdos motivacionais. “Dessa forma, há uma interação entre o grupo e eles se sentem parte da equipe”, afirma Hugo. A Aventto Lifewear conta atualmente no DF com oito lojas, 45 vendedores e 55 colaboradores na empresa. INTEGRAÇÃO O ANO TODO O professor de Gestão de Pessoas e especialista em Comportamento Organizacional do Iesb, Francisco Guilherme Lima Macedo, diz que não há uma maneira certa para fazer o treinamento motivacional com os colaboradores, porém afirma que o modo mais eficaz de obter os resultados pretendidos é tirar o funcionário da rotina. “Fazer a integração entre os vendedores, por mais que não sejam da mesma unidade, dá ótimos resultados, pois faz com que as pessoas conheçam todos os processos da empresa e participem. Também é importante os donos participarem dessas ações, para melhor integração de todos”, comenta. Macedo aponta que os descontos em lojas de ruas e shoppings, principalmente no mês de janeiro, movimentam o comércio, porém não é o principal quando se trata de vendas. “Não adianta ter um ótimo produto, preços competitivos, se não há gente qualificada para vender”, diz o especialista. Para ele, as pessoas são as peças principais no processo de venda, por isso a importância de investir nesses tipos de técnica ao longo do ano. Nesse sentido, a Brasal montou um espaço exclusivo para propor36 Revista Fecomércio DF cionar melhoria de qualidade de vida e bem-estar aos colaboradores da companhia. “Além de ser uma tendência, esse tipo de local mais descontraído é uma aposta para melhorar o desempenho da equipe”, explica a coordenadora de Gestão de Pessoas da Brasal, Juliana Porte. O espaço com jogos coletivos fica aberto das 12h às 14h e pode ser utilizado por 20 pessoas por vez. Os trabalhadores se revezam de meia em meia hora para o momento de descontração. Segundo Porte, qualquer um dos 170 colaboradores que atuam na sede pode usufruir do ambiente. “O objetivo é proporcionar satisfação. A adesão é significativa e pode ser observada todos os dias no horário de almoço”, resume. Durante todo o dia são disponibilizados livros de colorir, lápis de cor, revistas, aparelhos de automassagem e brinquedos de raciocínio lógico. No horário de almoço são colocados vários jogos de aplicação coletiva, como dominó, dama e xadrez. Há ainda a realização de eventos corporativos, reuniões, confraternizações e palestras, em um espaço comum, denominado Praça. A coordenadora de Gestão de Pessoas explica que o ambiente estimula o planejamento, o raciocínio e o relacionamento interpessoal. “Outro ponto importante é que os colaboradores percebem que a empresa está preocupada com a motivação deles, o que é fundamental para o comprometimento e os bons resultados dos funcionários”, conclui Juliana. ANO-NOVO, NOVOS EMPREENDIMENTOS //Por Luciana Corrêa Diante de uma posição econômica delicada e todos falando de crise e falta de recursos, pelo menos um setor está com pensamentos positivos: o mercado de imóveis para comércio no Distrito Federal recebe, por parte das construtoras e incorporadoras, um investimento alto e uma confiança a mais para novos empreendimentos. Na capital, é possível encontrar diversos edifícios prontos, em obras, ou na planta com previsão para entrega em 2016 e propostas comerciais diferenciadas, em excelentes pontos. Andreas Yamagata apresenta a proposta diferenciada de shopping, o Vega Luxury Mall, no Setor Hoteleiro Norte A diretora-executiva da incorporadora e construtora Ipê Omni, Helena Peres, destaca, por exemplo, o crescimento comercial em Samambaia. Com a nova região na cidade, o Centro Urbano de Samambaia e uma proposta de mudança da sede do Governo do DF para o local, a construção de pontos comerciais é inevitável. “Samambaia vem crescendo muito e se destacando de cidades como Águas Claras, em termos residenciais e comerciais. E mesmo que tenha começado a ser explorado agora, os comerciantes a estão vendo como grande potencial. A classe média deverá ocupar a região e o comércio local crescer automaticamente”, explica. A Ipê Omni é responsável pelo lançamento e vendas do residencial e comercial Boulevard das Acácias, na quadra 302 de Samambaia. Com um terreno de 3 mil m² e entrega prevista para o primeiro semestre de 2016, o empreendimento oferece 148 apartamentos e 21 lojas. Com acessos separados, a ideia é atender aos moradores e também transeuntes do centro urbano “O próprio residencial trará a demanda para os empresários que estiverem no espaço. Mas acreditamos que haverá 30 mil pessoas circulando por dia, quando tudo estiver pronto”, espera Helena. A empresa comemora a venda de sete lojas e 70% do residencial, e prevê que o comércio abranja padaria, escola de idiomas, creche, pet shop, lanches rápidos, academias, entre outras atividades. MULTIUSO Em Águas Claras, mesmo com um comércio já diversificado, as empresas Mirante Incorporações, Saga Malls e LH Investimentos apostaram alto em um residencial com lojas de diversos ramos. Baseadas na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios, que mostrou uma renda domiciliar média de 18 salários-mínimos, perceberam o potencial para moradia e um potencial para um bom comércio. Surgiu então o complexo DF Century Plaza que integra mall, apart-hotel, residencial e salas comerciais, com uma proposta de empreendimento multiuso, onde o cliente encontra tudo o que precisa em um só lugar, e o empresário terá seu público já formado. Apesar de nova, a região já tem Revista Fecomércio DF 37 uma população de mais de 130 mil habitantes. Águas Claras foi criada oficialmente há apenas 10 anos e, para atender esse público exigente, o DF Plaza oferece 12 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL), entre 160 lojas e praça de alimentação, além de 3,5 mil vagas de estacionamento. Para a gastronomia, por exemplo, já estão garantidos restaurantes de destaque para o espaço: Coco Bambu, Outback, Soho, Balada Mix, entre outros. Atualmente, o espaço já possui 91 lojas contratadas que representam mais de 80% da ABL comercializada e espera-se um fluxo de 450 mil pessoas por mês com um público qualificado e tíquete médio alto. Um empreendimento como esse chega a gerar até 1.500 empregos diretos e indiretos. INOVAÇÕES Apesar de parecer já saturado, no centro de Brasília um empreendimento com poucos andares se destaca dentre tantos arranha-céus. Com uma proposta diferenciada de shopping, o Vega Luxury Mall, localizado no Setor Hoteleiro Norte, aposta nos estilos open mall e sky lounge e já tem boa parte comercializada. Com uma arquitetura baseada em perfis comerciais localizados no exterior, a empresa Cyrela colocou as lojas voltadas para fora, com um lote vazado, onde as pessoas podem transitar e utilizar os serviços do empreendimento. A empresa já fechou contratos com academia, restaurantes, cafeteria, entre outras operações e já prevê mais investidores. “Nesse período é uma ótima oportunidade de investir. As negociações ficam mais baratas, justamente por causa da crise e quem conseguir adquirir um espaço agora terá um bom preço”, declarou Andreas Yamagata, diretor Regional Centro-Oeste da Cyrela. Outro empreendimento que promete um novo perfil arrojado e com boa parte de sua estrutura sustentável é o Lumine Park 710, localizado no Noroeste. Composto de duas torres comerciais com 290 salas e um mall com 52 lojas e cinco quiosques, o empreendimento foi idealizado para seguir parâmetros de sustentabilidade e valorizar ao máximo a utilização de recursos naturais. “Toda a tecnologia aplicada no Lumine Park 710 nos leva a acreditar que o empreendimento será o ambiente ideal para profissionais autônomos, grandes escritórios e até mesmo para a Administração Pública”, afirma Cesar Durão, diretor de Incorporação da Odebrecht Realizações Imobiliárias. O projeto arquitetônico do espaço é da renomada arquiteta Denise Zuba e tem previsão de ser entregue em 2018. FRANQUIA, SEMPRE UM BOM NEGÓCIO //Por Andrea Ventura Números do setor de franquias apontam que nesse segmento não há crise. Mas é preciso dedicação e investimento O setor de franquias vai muito bem, obrigado. Apesar da crise econômica, tem registrado crescimento. Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontou que o franchising registrou um aumento nominal do faturamento de 8,2% no 3º trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2014, com um total de R$ 35,5 bilhões. Já a receita do setor de janeiro a setembro de 2015 cresceu 10,1% em relação a igual 38 Revista Fecomércio DF período do ano passado, atingindo R$ 99,385 bilhões. A presidente da ABF, Cristina Franco, credita a desvalorização do Real e o fato de o franchising ter um tíquete médio que cabe no bolso do brasileiro como impulsionadores de setores como o de turismo, beleza e alimentação. “Esses são segmentos tradicionais do franchising que souberam se adaptar rápido ao novo momento e capturaram uma oportunidade de um consumidor mais retraído, mas que não abre mão de alguns hábitos adquiridos como o cuidado com o bem-estar e a alimentação fora do lar”, afirma Cristina Franco. Os segmentos que mais cresceram em faturamento no 3º trimestre foram Educação e Treinamento, Negócios, Serviços e Outros Varejos e Veículos, com 15% de crescimento, seguidos por Hotelaria e Turismo, com 14% de expansão. Segundo o diretor da Regional Centro-Oeste da ABF, Claudio Miccieli, apesar de ter registrado cresci- mento, a expectativa não é das melhores. “Se olharmos o histórico de crescimento do setor não é um cenário tão bom assim. O ano de 2016 será um ano difícil, muito ruim. Mas o setor de franquias é resiliente, tende a reagir positivamente. As pessoas buscam um porto seguro para investimento e acabam investindo em franquias”, aponta. Um dos setores, segundo Michelli, no Centro-Oeste que tem potencial para crescimento é o de agronegócios. Para ele, em 2016 as pessoas darão preferência a investir em franquias que não exigem alto investimento, com valores de até R$ 300 mil. E completa: “há muita demanda no setor de serviços”. CULINÁRIA Com 351 lojas no Brasil e no exterior, a rede Spoleto, de culinária italiana possui 11 lojas próprias e 340 franquias. De acordo com o diretor da marca, Henrique Pamplona, o ano de 2015 registrou um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. “O mercado de franquias é promissor, ainda cresce muito, apesar da crise. É um segmento que cresce em números visíveis”, destaca. “Somado a isso, acrescenta Henrique, as demissões ocasionadas pela crise impulsionaram muitos executivos a investirem neste nicho de franquias”. Para o diretor, o segmento, muitas vezes, é voltado para quem quer certa segurança. “É razoavelmente seguro. Acredito que toda franquia tem que ter um propósito. A do Spoleto é democratizar a culinária italiana”, aponta. Outra estratégia é oferecer boa qualidade e preços competitivos. “A massa seca vem da Itália e para as frescas, trazemos o trigo daquela região”, esclarece. O investimento em uma franquia da marca gira entre R$ 450 e 500 mil, mais o ponto escolhido. E a franquia não quer parar de crescer. Além das lojas no Brasil, há Spoleto no México, Costa Rica e Orlando. No Brasil a meta é abrir mais 25 lojas em 2016. “Principalmente em praças no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília nas áreas mais afastadas do centro”, revela Henrique. CORAGEM E DIVERSIFICAÇÃO “Tem que ter muita coragem.” Assim diz o recifense João Henrique de Azevedo Ramos sobre trabalhar com franquia. “Eu prefiro me arrepender do que eu fiz do que por não ter feito.” Ele veio morar em Brasília há um ano e dois meses para montar a franquia do Helado Monterrey. “Eu vim morar em Brasília para ser fran- queado da Monterrey. Meu pai tem uma gráfica em Recife e eu trabalhava com ele. Só que eu tinha uma necessidade de investir em outra coisa, e vi uma boa possibilidade de investir em franquia pela facilidade de colocar uma franquia que, no aspecto do produto, já chega pronto”, explica. No caso da Monterrey, o investimento é entre R$ 150 e R$ 200 mil, mais o ponto. O negócio conta com a ajuda de mais três sócios – juntos possuem as lojas Monterrey em Brasília e Recife. Após um ano e meio trabalhando com franquia, João Henrique está satisfeito. “Não me arrependo de nada. Não tem como negar que o mercado está diferente, o final de 2015 será totalmente diferente de 2014. Mas eu acho que se ficar parado é pior. Se você ficar parado, vai chegar mais enfraquecido do que se fizer alguma coisa agora”, acredita. Por isso mesmo é que em setembro o empresário inaugurou a Dulce de Leche, especializada em churros. “Já inauguramos seis quiosques e vamos inaugurar mais um. Ainda estamos definindo a data, mas o local será o Pátio Brasil Shopping”, revela. O quiosque de churros foi uma ideia trazida dos Estados Unidos, mas adaptada aos padrões e exi- João Henrique Ramos viu na franquia uma boa oportunidade de investimento Revista Fecomércio DF 39 capa gências dos paladares brasileiros. João Henrique já planeja franquear a marca. “Eu gostei tanto de franquias, que quero ser franqueador. Tenho mais de 30 pedidos de franqueados no Brasil e até nos Estados Unidos”, destaca. Com o quiosque em Brasília e em Recife, a ideia é expandir os negócios para interessados, a partir de janeiro. “Queremos expandir para o Brasil todo. Nossa intenção é começar por Goiânia e, em seguida, Rio de Janeiro e São Paulo”, revela. O sócio aconselha a quem quer se aventurar em franquias. “Principalmente que a franquia seja o principal negócio. Franquia não é investimento, tem que mergulhar. Estudar e se dedicar, mesmo que você não tenha 100% do seu tempo para o negócio, não dá para ficar de longe – pois não verá resultado. Minha visão é essa e esse é o perfil que a gente vai procurar para o churros Dulce de Leche”, explica. João Henrique possui mais um negócio de quiosque de biscoitos artesanais. “Também estamos preparando para vender a franquia. Inauguramos em outubro e já está em mais dois shoppings e no aeroporto”, conta. SERVIÇOS Para o empresário Alessandro Oliveira Ramalho e proprietário da franquia Sobrancelha Design, não há crise no segmento de beleza. “Em tempo de dificuldade, a primeira coisa que você corta, que deixa de fazer, é aquilo que você talvez possa dar um jeito. No caso da sobrancelha, a gente tem a frequência um pouco menor das clientes; se a cliente fazia de 20 em 20 dias, passa Alessandro Ramalho acredita que o cenário econômico interfere, mas as estratégias que se criam podem driblar essas situações 40 Revista Fecomércio DF R$ 99,385 BI foi a receita do setor de franquias em 2015 a fazer uma vez por mês, mas continua utilizando o serviço”, destaca. Aberta em 2012, Ramalho acredita que a franquia hoje está ditando as regras no mundo sobre sobrancelha. “Ela não tem concorrência no tratamento de sobrancelha. Hoje são 190 unidades funcionando em todo o País”, revela. O investimento é de R$ 100 a R$ 250 mil. Em 2015 a franquia recebeu pela Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios o título de melhor franquia do Brasil no segmento de serviços. Para ampliar os negócios, um novo modelo está sendo implementado: quiosques nos shoppings. “O espaço oferecerá o mesmo que uma loja fora do centro de compras, mas modelo de quiosque é mais viável, mais fácil de trabalhar. Alguns shoppings no Brasil já têm – começou há quatro meses. Em Brasília fizemos uma consulta prévia e a ideia é entrar nos shoppings porque têm um volume de atendimento dobrado. É um público que passa, com um número infinitamente maior”, revela. Para Alessandro, o negócio de franquias é muito positivo. “A taxa de mortalidade de negócio próprio é de 45% e de franquia, 5%. E isso acontece porque o franqueado tem retaguarda, suporte. Quando você monta o negócio próprio, tudo vem da sua cabeça, você tem que pensar, produzir, fazer tudo. Muitas vezes a pessoa tem apenas uma ideia e ela aplica desde o dia que abriu a loja. A franquia, para se tornar franquia, tem que seguir exigências da ABF. Existe uma maturação do negócio de no mínimo três anos, ou seja, que se comprove que é um modelo de sucesso”, explica. Alessandro possui duas lojas em Brasília e registrou crescimento de 30% em relação ao ano passado. Para 2016, o empresário planeja continuar crescendo, mas é cauteloso. “O cenário econômico interfere, mas as estratégias que você cria podem driblar essas situações”, define. CARTÕES FECOMÉRCIO AS MELHORES SOLUÇÕES EM BENEFÍCIOS PARA AS EMPRESAS DO SISTEMA Mais de 60 mil estabelecimentos credenciados TOP 5 Of Mind de RH por 9 anos Fale com a gente: (61) 3327-0897 www.planvale.com.br Agência Cass FECOMÉRCIO DF. Presente em todas as regiões do país perfil De Sobral para Brasília Empresário Carlos Aguiar lança livro de memórias para retratar seus 60 anos de história //Por Taís Rocha E Foto: Raphael Carmona m 31 de dezembro de 2014, ao fazer uma retrospectiva de como tinha sido aquele ano, prestes a completar 60 anos de vida, o empresário Carlos Aguiar se deparou com um desafio: contar em um livro sua trajetória. “O sonho de escrever era antigo e estava adormecido, mas ressurgiu com a ideia de lançá-lo no dia do meu aniversário de 60 anos, em 25 de outubro.” A partir dali, se apoderou de um gravador e começou a registrar o que não poderia ficar de fora da obra. “Acordava, de madrugada, a hora que fosse, e ia com o meu gravador. Quando eu me lembrava, colocava tópicos e não deixava passar nada”, lembra. O trabalho foi longo, mas o resultado está sendo muito gratificante para o empresário, tanto é que, recentemente, em uma passagem por Brasília para fazer um show, o comediante Nelson Freitas virou seu fã. “Eu 42 Revista Fecomércio DF o presenteei com meu livro e ele ficou encantado com minha história. Fez questão de falar comigo pessoalmente e me garantiu que vai levar a obra para conhecimento de todo o País”, disse orgulhoso. Aguiar recorreu a historiadores como Assis Arruda, no Ceará, que é um importante historiador especializado nas famílias locais. “Em 1957, uma tia minha pegou umas anotações do meu bisavô falando da nossa família. Isso foi de fundamental importância para a composição da parte do livro em que eu falo dos meus pentavós”, explicou. A obra tem uma linguagem simples, de fácil leitura, dividida em capítulos curtos e é real, pois foi como tudo aconteceu, garante Aguiar. Paralelamente às lembranças, houve um extenso trabalho de pesquisa da origem genealógica, fotográfica e histórica. Fotos, recortes, documentos e anotações foram incluídas, além de citações e depoimentos de pessoas diversas. “Minhas origens, jamais poderiam ficar de fora, minha família, a história do meu pai, que era um matuto auto-didata. Falo da vida associativa, do lazer como o radioamadorismo, da vida empresarial, a filantrópica na Maçonaria”, conta. O lançamento aconteceu na festa de 60 anos de Aguiar. O que era para ter 200 páginas, acabou com 340 páginas. E, segundo o autor, ainda sobrou muita história para contar. “Minha vida sempre foi assim: se não pode contar, não faça! Falo da miséria, de uma vaca que morreu e meu pai teve que aproveitar a carne. Nunca vi tanta fartura! Infância na minha vida, não houve. Minha história já serviu para monografias, já fui sabatinado em programas de TV e rádio. Acredito que se você tem uma história, ela deve ser contada”, por isso, acredita que o livro é seu legado. Além de contar sua história, a segunda intenção do livro é aferir lucro, mas não para ele. Toda a renda obtida com a comercialização da obra será doada a instituições de caridade. Certamente, um destino certo será a comunidade de Sobral, no Ceará, onde Aguiar nasceu. O empresário está fazendo um levantamento das famílias do município e levará um presente de Natal para cada um. “Gostaria que um dia alguém, lá no passado, tivesse feito o mesmo por mim, com fome, na miséria, tivesse levado um presente, assim como eu estarei levando. Acredito que sem apoio, ninguém faz nada. O primeiro deles é o apoio da minha família, que sempre me ajuda em tudo o que sempre me proponho a fazer”, resume. VIDA EMPRESARIAL Pioneiro, Carlos Aguiar veio para Brasília em busca de uma vida me- lhor para ele e para os conterrâneos que lá ficaram. Com 12 anos de idade, Aguiar já produzia na lavoura o suficiente para seu sustento e para ajudar sua família. Veio do Ceará para Brasília, como “cumim”, ou seja, auxiliar de garçom, ganhando meio salário-mínimo por mês. Foi motorista de táxi, trabalhou em lanchonetes, barzinhos, no INSS localizado na W3 Sul, quando o prédio ainda era de madeira, arrendou um bar no dia 11 de setembro de 1977. Foi quando tudo começou. “Se vim em busca de melhora, quando encontro uma oportunidade eu jogo fora, o que sobra?”, filosofa. Os mulungus, assim como os ipês, anunciam a primavera, florescendo na mesma época. “Os mulungus me acompanharam na minha trajetória desde Sobral até Brasilia. Sou cearence de nascimento e brasiliense por decreto”, brinca. Cidadão honorário de Brasília, Aguiar não se considera um grande empresário, mas acredita que tem sucesso em seus empreendimentos. “Nunca dei um passo para trás, sempre para frente”. A KSA Materiais de Construção começou como vidraçaria e sempre foi uma empresa familiar. “Cheguei solteiro, e hoje trabalham lá comigo minha esposa, os três filhos e o neto. E o mais bacana: estão lá por opção. Meu neto, hoje com 16 anos, é menor aprendiz na loja”, conta orgulhoso. Em 38 anos de empresa, ele nunca faltou um dia sequer, a não ser por motivo de viagem e cirurgia. Passa nas duas lojas diariamente, preside o SindiMac (em sua 12a presidência à frente do SindiMac, sem nunca ter se candidatado para nenhum dos pleitos, sempre foi eleito por aclamação e desejo de seus pares), trabalha na Maçonaria e é vice-presidente nacional do Segmento de Material de Construção. Aguiar conta que emprega sempre com muito carinho e respeito seus colaboradores. “Não consigo demitir nenhum funcionário: dou folga, crio banco de horas, faço tudo, mas não demito. Porque quando eu demito, eu acho que estou demitindo uma família”, resume Aguiar. Durante sua vida, Carlos Aguiar carrega um lema: “Quem não nasceu para servir, não serve para viver. E eu, eu quero servir. Eu vim com um propósito, que é o de servir. O que mais me encanta é ser visto como uma pessoa de caráter, ético, verdadeiro, honesto e servidor. Quando resolvi me dedidar ao radioamadorismo, meu intuito era o de servir. Em uma época em que não existia internet, Whatsapp, em situações de calamidades, resolvia os problemas”, explica. Vivendo, Aprendendo e Morrendo sem Saber... uma história que a vida escreveu de Carlos Aguiar 339 páginas, R$ 39 vendas pelo telefone: (61) 3372-1400 [email protected] Revista Fecomércio DF 43 economia Bebidas made in Brasília //Por Liliam Rezende Fotos: Joel Rodrigues Da cachaça, da cerveja e do vinho, passando pelo suco natural – conheça as melhores bebidas produzidas na cidade O mercado de bebidas artesanais vem ganhando espaço no Distrito Federal. Na verdade, a produção dessas bebidas muitas vezes era apenas um hobby para seus idealizadores. Mas com investimentos e vontade de empreender, esse segmento está crescendo nacionalmente. Existem bebidas para todos os gostos que são preparadas no Cerrado: cachaça, vinho, cerveja artesanal e sucos especiais. Marcelo de Souza: “Temos no Cerrado as mesmas condições climáticas se comparadas ao verão mediterrâneo” 44 Revista Fecomércio DF VINHO Há poucos anos seria impossível pensar na produção de vinhos finos no Cerrado, mas com uma paixão de longa data por essa bebida, o médico otorrinolaringologista, Marcelo de Souza, decidiu inovar e implantar um vinhedo que produziu os primeiros vinhos nesse tipo de solo. Tudo começou em 2004 e a experiência foi tão bem-sucedida que, logo na primeira colheita comercial da safra, em 2010, o Banderas, um dos rótulos produzidos - predominância da uva barbera (85%) com 10% de tempranillo e 5% de sangiovese - foi apontado em 2012 como um dos 100 melhores vinhos tintos do mundo por uma publicação especializada em gastronomia. Outro rótulo da vinícula, o Intrépido - predominância de syrah (87%) com 13% de tempranillo - também é bem avaliado por especialistas. A cerca de 100km de Brasília, na parte leste de Goiás, Marcelo, que mora e trabalha em Brasília, garan- te ter encontrado na região as condições ideais para a produção de uvas. Hoje, a área do plantio é dividida em três setores, que produzem uvas do tipo syrah, barbera e tempranillo. “Temos as mesmas condições climáticas de regiões produtoras, com temperaturas semelhantes às do verão mediterrâneo. O Cerrado de altitude tem dias secos e quentes e noites frias, como nos países produtores de vinho. Temos o potencial climático para uma grande uva e, logo, um grande vinho”, destaca. Desde 2004, quando comprou a fazenda, Marcelo calcula que já investiu mais de R$ 1,6 milhão no empreendimento, dos quais R$ 100 mil destinados à implantação das uvas por hectare e R$ 300 mil investidos nos equipamentos da vinícola, fora a aquisição da fazenda. Recentemente, adquiriu mais dois hectares de terra e fechou com um parceiro que vai investir em mais dois para aumentar a produção. Mas o maior negócio está para ser finalizado e essa expansão deve chegar a 33 hectares. “Com essa compra de terras esperamos produzir o dobro de garrafas em um curto prazo. Já em médio prazo, a expectativa é de aumentar em quase quatro vezes nossa produtividade”. O empresário também instalou uma estrutura para receber turistas ao lado do vinhedo, com degustação e almoço harmomizado, ao custo de R$ 150 por pessoa. Depois de colher as dez toneladas da uva por safra, a fruta é levada para um galpão de produção e passa pelo processo de fermentação e maturação em tanques de inox. O período para atingir um vinho de qualidade é longo. Da colheita até o engarrafamento da bebida, o procedimento leva até dois anos. Mas a espera compensa e o sucesso comercial se traduz em números. A produção chegou a quatro mil garrafas da safra de 2014, das marcas Banderas e Intrépido, comercializadas a R$ 100. Porém, Marcelo ressalta que para esse segmento se desenvolver no Centro-Oeste é necessário apoio governamental. “Temos urgência em uma maior conexão com governo, para o crescimento desse setor ser viabilizado.” O produtor usa como comparativo os números do Rio Grande do Sul, onde quatro mil hectares de terra são responsáveis por 20% da produção de vinhos do Brasil. “Existe uma quantidade enorme de terras ociosas no DF e se o governo destinasse parte dessas áreas para a enocultura, os ganhos com emprego e renda seriam enormes. Em 10 anos evoluímos muito em relação ao manejo e conseguimos um grande sucesso técnico, em termos de qualidade, tornando esse projeto uma realidade que pode ser multiplicada ”, conclui. No DF, é possível encontrar os vinhos de Marcelo em algumas adegas especializadas ou em alguns restaurantes da cidade. A empresa também faz entregas em casa, com venda mínima. CACHAÇA Apaixonado por gastronomia e boas bebidas, o advogado Eduardo Moreth se converteu em empresário para criar uma cachaça de qualidade superior e com design arrojado, que leva o nome de Authoral. Em 2006, fez um MBA na Fundação Dom Cabral cuja pesquisa foi alambicagem e exportação de cachaça de alta qualidade para a Europa. Já em Eduardo Moreth: processo de produção cauteloso 2013, resolveu aprofundar seu conhecimento sobre o universo da cachaça. “Descobri que os processos industriais de produção eram muito ruins e mesmo os artesanais ainda eram muito rústicos e careciam de refinamento. Foi aí que comecei a elaborar uma bebida diferenciada que pode estar presente nas melhores mesas do mundo gastronômico”, revela o empreendedor. Produzida de forma sustentável em uma residência no Park Way, a cachaça Authoral foi lançada como a primeira cachaça premium do País a usar o conceito de home distilling. Do início ao fim, a elaboração das cinco mil garrafas da Authoral é realizada de forma artesanal. Da escolha de uma cana adequada ao clima de Brasília, passando pelo plantio manual até a seleção das partes boas e única prensa a frio, o processo de produção cauteloso com a qualidade do sabor final é acompanhado de perto pelo produtor. As canas são colhidas uma a uma, em seu ponto máximo de maturação. Depois, são lavadas manualmente e processadas em até economia Alexandre Xerxenevsky: é importante degustar para aperfeiçoar o paladar 3 horas após a colheita. Por fim, o caldo é obtido a partir da primeira prensa a frio. A cuidadosa fermentação mescla leveduras selecionadas para preservar o terroir e o envelhecimento do destilado ocorre em barris de carvalho francês, carvalho americano, bálsamo e cerejeira pelo sistema de “solera”, a mais de 1.000 metros de altitude, o que favorece a interação com a madeira. Segundo Eduardo, todo esse processo merecia uma embalagem à altura. “O produto é finalizado com garrafas importadas da França, que receberam um rótulo ilustrado com uma rosa dos ventos, e rolhas colocadas manualmente”. Já a identidade visual foi criada por Aliki Pappas, conceituada design de Brasília. O produto já foi avaliado com nota máxima pelo laboratório do Doutorado em cachaça da Universidade de São Paulo e ficou em primeiro lugar em um concurso de blends do Instituto Cana Brasil. A bebida está sendo comercializada ao custo de R$ 215 a unidade e pode ser adquirida pela internet, no site www.authoralcachaca.com.br. CERVEJA O mercado de cervejas artesanais deslanchou no Brasil nos últimos dez anos e se firmou como tendência há mais ou menos quatro anos, com um crescimento de 20% a 30% ao ano e faturamento anual de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Microcervejarias (Abracerva). A produção de cervejas artesa46 Revista Fecomércio DF nal não é uma atividade exatamente nova, mas, nos últimos anos, o interesse pela prática - e, principalmente, a degustação da bebida - cresceu consideravelmente no DF. O preço não é dos mais baixos. Uma garrafa com 350ml pode custar entre R$ 10 e R$ 180, dependendo de onde a bebida é fabricada. Por isso, em Brasília, o público que procura pelo produto é considerado de média e alta renda. Referência nesse mercado, a Microcervejaria X foi idealizada por Alexandre Xerxenevsky, de 43 anos. Um dos rótulos produzidos por ele, a Angel Triple, foi a cerveja ganhadora do II Concurso Acerva Paulista 2011. Já outro rótulo produzido pelo cervejeiro, a Oberkorn, levou a taça em 2014. Alexandre conta que é importante degustar para aperfeiçoar o paladar: depois de realizar muita leitura especializada, começou a própria produção, em 2010, com investimento inicial de R$ 1.500. Nessa época, os conhecimentos de cervejeiro vieram de forma autodidata. Após dois anos de produção caseira, ele fez um curso de técnico cervejeiro na renomada Siebel, em Chicago (EUA), e depois, um cur- so de microbiologia cervejeira, na mesma instituição, com sede em Montreal (Canadá). “Eu já conhecia o processo, mas não sabia ao certo o que fazer. Depois fiz cursos e me aperfeiçoei”, conta. A fabricação da Microcervejaria X hoje é realizada em Goiânia. O empresário considera o alto custo de insumos importados (malte e lúpulo) a maior dificuldade na produção. A situação piorou com a alta do dólar. Em geral, a tributação é menor em outras unidades da federação, por isso o processo de terceirizar a produção é intitulado de cervejaria cigana. “Os impostos no DF dificultam a presença de microcervejarias. Hoje, os empreendimentos do ramo pagam a mesma carga de impostos das grandes marcas, por isso o conceito de cervejeiro cigano é considerado mais barato e cada vez mais comum”. Atualmente, a Microcervejaria X produz uma média de cinco mil litros por mês, o que corresponde a 8.330 garrafas, de 600ml. Com um bom desempenho em vendas e seus rótulos se destacandos no mercado, a Microcervejaria X vai inaugurar em dezembro seu e-commerce. Hoje é possível encontrar os rótulos em casas espe- cializadas e na Super Adega, pelo valor médio de R$ 27. “As vendas pela internet vão servir como um ensaio. De acordo com a demanda vamos aumentando nossa produção, mas o principal objetivo é que nossas cervejas sejam nacionalmente conhecidas”, conclui. SUCO A ideia inicial do empresário Diniz Raposo, com seu sócio, Alex Mattos, era eleger uma nova área de atuação, na qual pudessem trabalhar com algo com que se identificassem. Adeptos de esportes ao ar livre, pensaram em algo que pudesse aliar sabor e saúde. “Após uma série de pesquisas no Brasil e no exterior, surgiu a linha de sucos Calango Juice, com elementos 100% naturais de Brasília”, destaca Diniz. A marca traz, a princípio, nove sabores diferentes, de 500ml, além da produção de suco de laranja e água de coco pausteurizados, na versão 250ml. Os sucos são produzidos de ingredientes adquiridos integralmente de produtores do Distrito Federal, de forma a contribuir com a geração de renda na cidade. O centro de produção de sucos artesanais está instalado na Vila Planalto e todo processo de produção e distribuição conta com oito funcionários. A empresa partiu de um capital inicial de R$100 mil e hoje a capacidade média é de 120 litros por dia, cerca de 3.600 litros por mês. A empresa contou com a consultoria de uma equipe de nutricionistas, que atuaram no controle de qualidade do produto final. A proposta é que os sucos sejam consumidos como complemento à alimentação, estimulando o metabolismo e a reposição energética depois da prática de exercícios. “O suco prensado a frio mantém as enzimas vivas e preserva mais vitaminas e nutrientes, já que deve ser consumido em até 48 horas. O grande ganho, con- tudo, é no sabor do produto final. Não há uma diferença de qualidade tão grande entre o suco prensado a frio e o feito no liquidificador - como muitos defendem, mas, há uma diferença de sabor e textura, que nos diferencia”, explica Diniz. Os sucos já estão sendo vendidos pelo site juice.calangosoul.com OS SABORES CALANGO JUICE Se Joga abacaxi, couve, gengibre, hortelã e laranja Relaxa laranja, maçã e canela Recupera beterraba, maracujá, maçã, e laranja Força abacaxi, espinafre, hortelã e laranja Partiu laranja, cenoura, lima da Pérsia, hortelã, maçã Curte canela, gengibre, maçã, maracujá e uva Refresca laranja e maracujá Relaxa laranja, maçã e canela Descubra suco supresa, sabor do dia Diniz Raposo, investiu em pesquisa para produzir suco natural e em lanchonetes, cafés, restaurantes, academias e spas parceiros. Os valores variam de R$ 10 a R$ 18. O campeão de vendas é o suco Recupera (R$ 12), cuja composição é 10,81% de beterraba, 8,11% de maracujá, 27,03% de maçã e 54,05% de laranja. Com a onda dos Food Trucks, uma Range Rover foi totalmente customizada para garantir a presença da Calango Juice em eventos esportivos e gastronômicos de Brasília. Mais que um ponto de vendas, o Juice Truck estimula o encontro e convívio de atletas, com boa música e alto astral. Segundo Diniz, o diferecial dessa estratégia é que o carro pode chegar a qualquer lugar. “Recentemente fomos até a Chapada dos Veadeiros com ele e no final do ano temos planos de levá-lo à Barra Grande, na Bahia, em uma aventura offroad”. economia Indicadores do comércio //Por José Eustáquio Moreira de Carvalho E m outubro, o cenário econômico e o político continuaram como entraves nas expectativas dos empresários. Sem dúvida, as expectativas das medidas de ajustes sejam de gastos, aumentos de impostos e volume de investimentos, ficaram para o próximo ano. Mesmo com as greves de servidores do GDF, não se esperam reajustes nos salários dos servidores públicos, o que reduz a injeção de recursos na economia do DF. O poder de compra do consumidor de Brasília continua reduzido, com tendência a se agravar, especialmente em decorrência do aumento do desemprego. O endividamento, a inadimplência e a possibilidade do “ca- PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Outubro Setembro Inadimplência Dívida Total 48 Revista Fecomércio DF Outubro 2015 Agosto 87,8 88,0 87,76 Cartão de Crédito Dívida impágavel lote” apresentaram leve queda. A intenção de consumo das famílias teve queda acentuada no semestre. A confiança dos empresários apresentou expressiva redução em todos os indicadores, especialmente em relação às expectativas do setor. Houve pequena redução no nível de endividamento das famílias em Brasília (77,9% em outubro contra 79,3% em setembro). Mas, como vem ocorrendo há algum tempo, superou o nível nacional (62,1%) em cerca de 17 pontos percentuais. A taxa de inadimplência atingiu 12,7%, apresentando elevação de 0,6 ponto percentual em relação a setembro. A dívida impagável ficou estanque em 0,3 ponto percentual. 0,3 0,3 0,5 12,7 12,1 12,5 77,9 79,3 81,5 Fonte: CNC A tendência de queda no ICF voltou a ocorrer no trimestre, depois de leve elevação no trimestre anterior. Em relação ao mês de setembro, o indicador global caiu 5,1 pontos. Houve queda expressiva nas famílias de renda maior que 10 salários mínimos (7,3 pontos). ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal Outubro Setembro Outubro 2015 Agosto 98,6 105,9 101,4 Mais de 10 SM 82,4 86,5 86,4 Até 10 SM As taxas de juros nominais, praticadas no mês de outubro, continuam em escalada de crescimento, com sinais de piora. Na comparação de outubro em relação a setembro, não houve alterações significativas em relação aos juros cobrados da Pessoa Jurídica. No crédito à Pessoa Física continuam absurdamente elevadas as taxas do Cheque Especial que, de 222,16% em setembro, subiram para 226,39% em outubro e do Cartão de Crédito, que se elevaram de 361,40% em setembro, para 368,27% em outubro. Taxas de Juros Pessoa Jurídica Conta garantida 87,5 92,6 91,1 Desconto de duplicatas Outubro 41,09% 34,17% SM: Salário-Mínimo Fonte: CNC Setembro 40,76% 33,55% O ICEC/DF em outubro apresentou elevação de 2,4 pontos no índice geral, em relação ao mês de setembro. Destacam-se: elevação de 5,6 pontos nas expectativas para o setor, 0,8 ponto no volume de investimentos e 0,9 ponto no indicador relativo às condições da economia. Agosto Geral ICEC - Índice de Confiança do Empresário do Comércio DF Outubro Indicadores investimento Setembro Geral Fonte: CNC 40,43% 32,99% Capital de giro 127,76% 125,98% 124,93% Fonte: ANEFAC Taxas de Juros Pessoa Física Outubro 2015 Outubro 2015 Outubro Agosto Empréstimo pessoal bancos 127,7 122,1 124,1 47,5 46,6 46,6 87,0 84,6 86,2 Setembro CDC automóveis 64,59% 63,84% 62,90% 30,15% 28,84% 28,93% 226,39% 222,16% 218,67% Cheque Especial 368,27% 361,40% 350,79% Cartão de Crédito Juros do Comércio Agosto 149,03% 146,28% 144,09% Empréstimo pessoal financeiras 85,8 85,0 87,8 Indicadores das expectativas Indicadores das condições atuais Setembro 2015 86,90% 86,26% 85,84% Fonte: ANEFAC Revista Fecomércio DF 49 aconteceu Senac realizou 2ª edição do Prêmio Excelência //Por Sílvia Melo Foto: Joel Rodrigues Alunos de seis ocupações e duas unidades se destacaram na premiação O Senac premiou, em novembro, os alunos e unidades que se destacaram na 2ª Edição do Projeto Educacional Prêmio Excelência Senac-DF. Realizado durante todo o ano, o Prêmio Excelência é um projeto pedagógico de iniciativa do Departamento Regional do DF com o objetivo de desenvolver perfis profissionais compatíveis com a qualidade exigida pelo mundo do trabalho e da cidadania, nos níveis e modalidades oferecidas pelo Senac. Nesta edição, foram contemplados os alunos que tiveram o melhor desempenho na competição por ocupação, a unidade que conseguiu o maior índice técnico na competição entre os alunos e a unidade que se destacou nas propostas de integração. A cerimônia de encerramento foi realizada, no dia 26, no auditório da unidade da 903 Sul e contou com a presença do presidente do Senac-DF, Adelmir Santana; do diretor regional, Luiz Otávio da Justa Neves; alunos e servidores do Senac. Em seu discurso, o presidente destacou que a repercussão após a primeira edição do Prêmio Excelência Senac teve um caráter motivador para os alunos, instrutores, professores e dirigentes da instituição. “Cria-se um sentimento saudável de competição e ao mesmo Mais informações 50 Revista Fecomércio DF tempo serve como integração entre todos nós”, afirmou Adelmir, lembrando da apresentação de dança realizada por cinco jovens na abertura da cerimônia. “Tivemos aqui uma apresentação belíssima, destacando os movimentos, que estão muito ligados às nossas afeições, escolhas, futuro, conquistas e capacidade inovadora. Essas eram as frases que estavam nas camisetas das pessoas que se apresentaram e que retratam o objetivo do Senac, que é estimular uma boa escolha por parte dos nossos alunos, instrutores e dirigentes”, destacou o presidente. Ele ressaltou ainda que o Senac proporciona isso por meio dos seus cursos continuados, que podem começar com os de pequena duração, passando pelos de média duração, técnicos, superiores e até pós-graduação. “Essas são as escolhas disponíveis para traçarmos um futuro brilhante, para evoluirmos do ponto de vista profissional e da formação, com conquistas e inovação. O mercado é exigente para todos nós”, disse. @senacdf /senacdistritofederal Após o discurso do presidente, o diretor regional do Senac, Luiz Otávio da Justa Neves, deu início à entrega das premiações, que foi dividida por categorias em que os três primeiros colocados em cada curso receberam certificado de excelência e medalha. Os alunos classificados em 4º lugar receberam certificados de participação. Na categoria Integração, o melhor Projeto Integrador foi o da unidade do Gama, na qual os alunos desenvolveram um aplicativo que acompanha o desempenho dos estudantes dos cursos de Aprendizagem. Na categoria Maior Índice Técnico, o prêmio foi para a unidade da 903 Sul, com o curso Técnico em Enfermagem. Entre os alunos, os medalhistas de ouro foram: Wesley Pereira da Silva (Confeiteiro); Keni Costa Matos (Técnico em Enfermagem); Antonio Leonardo Moura da Silva (Garçom); Ingrid Santana Silva (Técnico em Nutrição e Dietética); Katerine Alencar (Cabeleireiro); e Ricarla Nobre (Técnico em Design de Interiores). www.senacdf.com.br biblioteca Saber ao alcance de todos //Por Liliam Rezende Foto: Joel Rodrigues Unidade da 504 Sul reinaugura novo espaço, bem equipado e com oito mil livros C om uma rede espalhada em todos os estados brasileiros, o Sesc constrói bibliotecas para multiplicar e despertar o gosto pela leitura. Em grandes capitais ou em pequenos bairros, as bibliotecas do Sesc têm a função de oferecer conteúdo variado e de boa qualidade, sobre os mais diferentes temas. E, claro, desempenham o papel de informar e auxiliar na formação dos cidadãos. Fechada em 2013 para reforma, e entregue em outubro de 2015, agora a unidade do Sesc na 504 Sul conta com uma biblioteca ampla, moderna e equipada. Com um vasto acervo, que antes continha cinco mil livros, agora tem oito mil exemplares, e está preparada para receber toda a comunidade. Com a reinauguração do espaço na 504 Sul, passam a ser oferecidos serviços como: consulta local, empréstimo de livros, revistas, periódicos, e acesso à internet. A biblioteca possui um profissional especializado, com formação em Biblioteconomia, além de um espaço especial para crianças. De acordo com Cristina Nogueira, gerente do Sesc 504 Sul, a procura pelo ambiente já cresceu. “A Biblioteca propicia um local adequado para as pessoas lerem. E esse é o objetivo do Sesc, atender ao comerciário e à comunidade com excelência”, destaca. Atualizado periodicamente, o acervo do Sesc é escolhido para oferecer conteúdos variados aos leitores. Nas bibliotecas há literatura brasileira e estrangeira para jovens e adultos, periódicos como jornais e revistas, entre outros. Todos os anos, elas recebem ainda os contos e romances vencedores do Prêmio Sesc de Literatura. Outro destaque é a nova gibiteca, dentro da biblioteca. O espaço recebe crianças, jovens e adultos para lerem gibis variados, desde A Turma da Mônica até os super-heróis da Marvel. Lá, o acervo possui três mil revistas. Para quem está focado nos estudos, o ambiente é uma boa opção, com 60 lugares para as pessoas usufruírem. “A Biblioteca Demonstrativa está fechada e agora com a nossa reforma, o Sesc está suprindo essa carência de bibliotecas na Asa Sul”, conclui Cristina. Quem gosta de pesquisar, pode ainda utilizar uma das quatro cabines com computadores conectados à internet. A biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br Revista Fecomércio DF 51 caso de sucesso Do desemprego ao próprio negócio //Por Sílvia Melo Foto: Joel Rodrigues Empresária começou com a venda de bolos em uma faculdade e montou seu negócio após curso no Senac A brasiliense Tatiana Fonseca Leite, de 35 anos, deu início à carreira na área de confeitaria há oito anos, quando ficou desempregada e decidiu fazer bolos-bombom para ajudar a complementar a renda. Ela produzia e a irmã vendia em uma faculdade de Taguatinga. A paixão pela área fez com que buscasse profissionalização. Sem condições financeiras de pagar um curso, conseguiu uma bolsa de estudos no Senac-DF e fez o curso de Confeiteiro. Um ano depois, fez o de Confeitaria Francesa no Senac Nacional. Há dois anos é proprietária da empresa Tati Leite Bolos e Doces, localizada no Gama. Casada, mãe de dois filhos e grávida do terceiro, Tatiana está realizada profissionalmente, pois além de trabalhar com o que gosta, está sempre perto dos filhos. “Construí uma cozinha industrial ao lado de casa porque não queria perder o convívio com os meus filhos. Hoje consigo fazer as duas coisas ao mesmo tempo”, afirma, lembrando que o Senac forneceu subsídios para começar tudo que conquistou. “O curso foi ótimo porque me deu uma base que eu nunca tinha tido 52 Revista Fecomércio DF em relação à confeitaria. Fazia o que achava que era certo. Quando fiz o curso, aprendi muito. Foi um grande passo”, destaca. SOBRE O CURSO O curso de Confeiteiro possui carga horária de 300h e é oferecido pela Unidade de Gastronomia do Senac-DF, localizada no Setor Comercial Sul. As próximas turmas serão realizadas de 11 de janeiro a 3 de maio de 2016, nos períodos matutino, vespertino e noturno. O aluno aprenderá produzir e confeitar bolos, tortas, biscoitos finos, chocolates especiais, folhados, massas e doces. Para participar é preciso ter idade mínima de 18 anos e Ensino Fundamental completo. Mais informações: 3313-8877. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br Parceria com o Conte com a Assistência BB Gestante que a parceria oferece aos associados Fecomércio. Assistência Emergencial para Gestante: Garante o transporte* emergencial da gestante ao hospital mais próximo. Saiba mais em www.fecomerciodf.com.br ou se preferir, ligue 0800 729 0400 e informe ser associado Fecomércio DF Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570 7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br. Ao acionar a seguradora, um táxi terrestre realizará o transporte da gestante até o hospital ou local por ela indicado. artigo direito no trabalho Insegurança jurídica por alteração de súmulas do TST 54 Revista Fecomércio DF mentos das empresas durante esse período, esse erro foi da Justiça, e não das empresas. Sendo necessário que as empresas tenham um prazo para se adaptarem à nova interpretação, tendo em vista os elevados efeitos financeiros da mudança. Além da mudança de interpretação acarretar uma alteração do status quo existente sem a modulação dos efeitos da súmula, foi criado um passivo retroativo a cinco anos. O valor do custo é repassado para os produtos e serviços, o que só pode ser feito a partir da existência desses, agora quando se cria uma súmula com efeitos econômicos, sem modulação dos efeitos, o valor da mão de obra é alterado de forma retroativa, sem que as empresas possam passar isso para os seus preços, criando uma situação absurda, que tem acontecido na Justiça com a criação e/ou modificação de súmulas, com efeitos financeiros retroativos. Por isso é premente a necessidade da modulação dos efeitos das decisões que editam súmulas no TST, quando essas têm efeito econômico: no caso da insalubridade, as empresas passarão a ter uma dívida retroativa a cinco anos no percentual de 40% sobre o salário de todos os seus empregados. Há ainda uma contradição no ato do TST com o que prevê o § 17º do art. 896-c da Consolidação das Leis do Trabalho, que deixa claro que as decisões com repercussão econômica devem primar pela segu- Lirian Sousa Soares Cavalhero consultora jurídica da Fecomércio-DF e da Ope Legis Consultoria Empresarial rança jurídica, o que não tem ocorrido quando das edições das súmulas do TST, cabendo transcrever o texto da lei: § 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos repetitivos quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica, caso em que será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a égide da decisão anterior, podendo o TST modular os efeitos da decisão que a tenha alterado. Os pagamentos criados a partir da edição da súmula têm como ser incorporados em seus preços, mas o passivo de cinco anos criado não tem como ser administrado. Conclui-se pela necessidade imediata que o TST module suas decisões de modificação ou criação de súmulas com reflexos econômicos nas relações de trabalho para que sua vigência somente se dê a partir da publicação dessa, e não de forma retroativa. Raphael Carmona Em maio de 2014 foi publicada a Resolução 194/2014 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), com 11 novas Súmulas, cujo objeto de análise e reflexão será o inciso II da Súmula 448 com o seguinte teor: “II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano”. Ocorre que durante anos, o TST previu que não era devida a insalubridade na coleta de lixo de banheiro de residência e escritórios, nesse caso a limpeza de banheiros e coleta de lixo nos quartos dos hotéis, por terem caráter residencial, bem como de banheiros de edificios públicos ou privados por serem escritórios, não eram consideradas insalubres, não sendo devido o pagamento de insalubridade. Revendo sua interpretação, que muda com a nova súmula, sem adentrar na impertinência de equiparar coletivo com público, criou parcela antes inexistente para as empresas, com efeito econômico nas relações de trabalho, sem modulação, o que beira o absurdo, uma vez que o custo não existia à época da prestação do serviço, portanto, não fazia parte do preço do bem ou serviço. Os julgadores, quando editam súmulas ou as modificam, precisam ter consciência do efeito econômico dessas decisões nas relações de trabalho. E se o Tribunal interpretou de uma forma e mudou seu posicionamento, que gerou o erro nos recolhi- empresário do mês Herói da resistência //Por Daniel Alcântara Foto: Joel Rodrigues Proprietário da Cia do Vídeo no Guará, Dennys Nery mantém uma das poucas locadoras da cidade Há 23 anos no mercado de locadoras de filmes, o empresário Dennys Nery, da Cia do Vídeo, superou trancos e barrancos para manter seu empreendimento na ativa. De lá para cá, o movimento e o comércio se transformaram, as mercadorias mudaram, novas tecnologias apareceram e o público, de certa forma, foi perdendo o interesse pelas locadoras. Mas, isso não foi o suficiente para tirar Dennys do mercado. Segundo ele, o segmento de vídeo sempre oscilou muito e, para manter o negócio funcionando, é preciso estudar, ler e se adequar às novas realidades. Dennys começou o empreendimento com seu irmão Dayson Nery, em 1992, com uma loja localizada na QE 26, do Guará II. Em 1998, no ápice das locadoras, eles chegaram a ter três pontos no Guará. Hoje, eles mantêm uma loja na QI 25, a última locadora da região. “Tudo começou pela paixão por filmes, aliada ao desejo da família em montar um negócio. Em 1990 achamos uma loja para vender em Goiânia. Fomos até lá e fechamos a compra e trouxemos o estabelecimento para o DF. Na época era um bom negócio, porém o setor mudou muito”, ressalta Dennys. No entendimento do empresário, atualmente as pessoas possuem internet, Facebook, Youtube e várias ferramentas de interação, o que não acontecia tempos atrás. “Antigamente o cliente vinha a minha locadora e pegava cerca de cinco filmes para assistir com a família no final de semana todo. A globalização e o fácil acesso à informação exigem mais tempo das pessoas, resultando em uma nova forma de lazer caseiro, o que provoca certa perda de interesse pelos filmes”, acredita. Dennys explica ainda com o fortalecimento de outras mídias, o segmento de locadoras deve perder, com o passar do tempo, mais espaço no comércio. “Arrisco dizer que o segmento de locadoras não deve resistir muito tempo. Porém, enquanto for lucrativo, estarei aqui. Acredito que em um futuro não tão muito distante as locadoras po- derão se transformar em uma espécie de sebo”, diz Nery. Com isso, o movimento caiu e nos últimos anos muitas locadoras fecharam as portas. No Guará II, por exemplo, havia cerca de 30 locadoras no final dos anos 1990. Atualmente, apenas a Cia do Vídeo ainda funciona. “Quem tinha um custo elevado pra trabalhar não aguentou. Mercado de locação sofre com a instabilidade como todo comércio sofre. É preciso avaliar as vendas e investir em outros produtos como brinquedos, bombons, refrigerantes etc”, avalia. “Acredito que estamos abertos até hoje por termos achado um equilíbrio para atender aos clientes. Com a mudança no setor, visamos à compra de filmes com mais rentabilidade, atender a um público diferenciado, como as pessoas que gostam de filme alternativo ou clássico. Isso é organização, dedicação e ter os pés no chão. Não adianta só reclamar”, afirma. Revista Fecomércio DF 55 tecnologia Renato Carvalho Gerente de Mídias Sociais & Conteúdo da ClickLab www.clicklab.com.br Jens Schriver www.facebook.com/agencia.clicklab [email protected] Sócio da ClickLab Tendências para o e-commerce em 2016. O ano de 2015, conforme todos esperavam, foi muito difícil para vários setores da economia. Entre o descontrole da inflação, o aumento do dólar e a diminuição dos empregos formais, poucos são os negócios que têm algo a comemorar neste Réveillon. Entre as exceções, encontramos o e-commerce. Caminhando em sentido contrário à crise, a expectativa é que as lojas virtuais tenham um crescimento de 20% até o final de ano, segundo a pesquisa Webshoppers, da E-bit. Por esse motivo, e para terminarmos 2015 de forma positiva, trazemos para vocês quais são algumas das maiores tendências do e-commerce para 2016. A primeira tendência é o fortalecimento ainda maior do mobile. Em 2015, pela primeira vez na história, percebemos que as pessoas passaram a utilizar mais os smartphones e tablets para acessar a internet do que os desktops. Isso faz com que sites responsivos não sejam apenas uma boa prática e passem a ser também uma necessidade absoluta. De acordo com o especialista em e-commerce, Christoph Mayer-Loos, o processo de muitas compras online começa pelo smartphone e é concluído nos desktops em um segundo momento. Dessa forma, é necessário que a primeira experiência do consumidor seja a melhor possível. A segunda tendência é a dos blogs vinculados ao e-commerce. Por meio deles, as lojas virtuais podem criar conteúdo exclusivo para seus clientes, dando dicas de produtos, esclarecendo dúvidas, apresentando novidades e mais. Os blogs são formas incríveis de não só fidelizar seus clientes como também 20% expectativa de crescimento do e-commerce até o final de 2015 de virar referência dentro de seu nicho, cativando uma audiência que já é interessada nos produtos do seu mercado e que tem um maior potencial de se tornar consumidora. A terceira tendência é a do Big Data. Em 2016, quanto mais informações uma empresa conseguir coletar de seus clientes e analisar, mais munição terá para suas ações promocionais. Essas informações irão demonstrar tendências de mercado, definirão o perfil de seus clientes, suas preferências e seus desejos. Com isso, o empresário poderá segmentar melhor suas campanhas, atingindo o público certo para o produto que quer vender. O ano de 2016 ainda promete ser de grandes desafios para o Brasil. A expectativa dos especialistas é de uma inflação próxima dos 6%, com taxas de juros ultrapassando os 12%. Isso significa que os consumidores, no geral, estarão menos dispostos a gastar. Caberá a cada empresário criar a melhor estratégia para seu negócio e, nesta estratégia, todos deverão considerar o e-commerce com muito carinho. Um feliz natal para todos vocês, um próspero ano-novo e nos vemos em 2016. O novo iPhone 7 Você deve ter tomado um susto ao ler o título, mas acalme-se. Como já ocorre há algum tempo, o novo iPhone só deve ser lançado no segundo semestre de 2016. Mas como a coluna deste mês é dedicada às previsões, reunimos algumas referentes ao futuro telefone da Apple. Rumores que circulam falam de um smartphone que contará com uma tela de 4.7 polegadas, que ocupará todo o telefone, eliminando inclusive o já tradicional botão “home”. Uma porta USB-C (assim como o novo MacBook de 12 polegadas), processador A10, carregamento wireless, bateria com maior duração, 2-3 Gb de RAM e tecnologia de toque 3D. Outro rumor que ganhou bastante força é que o telefone será à prova d’água. Estamos ansiosos por saber mais detalhes. Valor: Ainda não definido 56 Revista Fecomércio DF Impressão 3D em alta em 2016 Com investimentos cada vez mais volumosos, o universo das impressões 3D tende a crescer em 2016. Atualmente uma grande variedade de materiais pode ser usada nas máquinas, incluindo ligas avançadas de níquel, fibra de carbono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, materiais farmacêuticos e biológicos. Isso faz com que as aplicações da impressão 3D possam ser aproveitadas em diversos setores, como o aeroespacial, médico, automotivo, de energia e militar. Especialistas apostam em um crescimento anual de 64,1% em carregamentos de impressoras 3D até 2019. De acordo com estudo realizado pela Canalys, agência de pesquisa de mercado, pela primeira vez na história, as vendas de impressora 3D superaram US$ 1 bilhão em um único trimestre. Um mercado muito promissor, mesmo em um momento de crise como o que estamos passando. Android de luxo Para quem quer unir tecnologia e estilo em um único wearable, foi lançado recentemente um relógio que promete impressionar. O TAG Heuer Connected é uma parceria entre o Google e a famosa marca de relógios, que trouxe para o mercado um smartwatch Android com todo o design reverenciado do clássico TAG Heuer Carrera. O relógio tem um processador Intel (Z34XX), display LCD de 1,5 polegada, 30 horas de bateria e conexão bluetooth com outros aparelhos Android. Seu corpo feito em titânio grau 2 dá a ele uma sensação incrivelmente sólida. Valor: US$ 1.500 Da TV para computador em um stick Uma união entre a Asus e o Google irá trazer para nós um novo gadget que transforma qualquer monitor em um computador. O Chromebit, aparelho de apenas 75 gramas que se conecta à porta HDMI, roda o sistema Chrome OS, traz um processador RK3288 com GPU Mali 760, 2GB de RAM e 16Gb de espaço interno. Além disso, o aparelho se conecta a teclado e mouse por meio de Bluetooth 4.0 e possui conectividade Wi-Fi 802.11ac. Ainda não há informações sobre a data de lançamento do aparelho no Brasil. Valor: US$ 75. 1860: ano de fundação da TAG Heuer Revista Fecomércio DF 57 vitrine Taís Rocha Jornalista, editora-chefe da Revista Fecomércio Havanna em Brasília 58 Revista (61) 3038-7525 Mais que tênis A marca argentina de alfajor Havanna acaba de desembarcar em Brasília. O primeiro local a abrir um quiosque foi o Iguatemi Shopping (Tel.: 3577-5215), no último dia 17. De acordo com Pedro Hott, proprietário de quatro das cinco franquias a serem abertas na cidade, até do final do ano, serão ao todo cinco pontos (Terraço Shopping, Parkshopping, Boulevard Shopping e Conjunto Nacional). Pronta para o verão 2016 [email protected] Em Brasília há um ano (ParkShopping, Térreo, 1º piso, 3233-5879), a loja Julia Plus acaba de lançar sua coleção Alto Verão 2016. Nas peças, sobreposições, texturas, transparências, cores claras, estampas alegres e cortes ousados tomaram lugar do “pretinho básico”. Blusas com detalhes em renda guipire são peças coringa que funcionam bem em qualquer ocasião. Vestidos longos e bermudas jeans também estão nas araras da marca na próxima temporada. Fecomércio DF Surgida em São Paulo há sete anos, a Kings Sneakers abriu em Brasília (ParkShopping, 2º Piso, 30362277) sua primeira loja no Centro-Oeste. Com um conceito de cultura de rua, a loja é especializada em tênis, bonés e acessórios de grifes como Adidas, Cavalera, Nike, New Era, além da marca própria, que é identificada pelo macaquinho com coroa de rei. Natal iluminado Uma das novidades do ParkShopping neste ano foi a instalação de uma gigantesca árvore de Natal, montada na área externa, em frente à EPIA. Ela tem 33m de altura, 800 estrobos, 300 snow falls, 60 canhões de leds, além de milhares de metros de mangueira luminosa de LED e de luz incandescente. A programação dos efeitos de iluminação da árvore é feita em estúdio com um simulador em 3D e o software que controla o sistema automatizado é o mesmo usado em shows de grandes bandas. institucional Instituto Fecomércio desenvolve ferramenta para captação de vagas de trabalho //Por Fabíola Souza Caminho do Emprego IF tem como foco atender ao micro e pequeno empresário do DF A partir deste mês o Instituto Fecomércio conta com mais um serviço em seu quadro de atividades: o Caminho do Emprego IF. Em parceria com o Sebrae-DF, o programa tem como objetivo a divulgação e captação de vagas de trabalho e cadastro de profissionais. E o melhor, nesse primeiro momento, os cadastros tanto das empresas como dos interessados em uma vaga de emprego serão totalmente gratuitos. De acordo com o presidente do Instituto Fecomércio, Adelmir Santana, esse é mais um desafio para a instituição, que já presta um serviço ágil e eficiente nas áreas de estágio e cursos In Company. “O nosso foco é ajudar o micro e pequeno empresário a conseguir com mais rapidez mão de obra qualificada, além de beneficiar a economia da nossa cidade, com geração de emprego e renda”, aponta Adelmir. COMPETÊNCIA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL CRESCIMENTO PROFISSIONAL INOVAÇÃO AGILIDADE CRESCIMENTO EMPRESARIAL ÉTICA PRINCIPAIS PONTOS DO CAMINHO DO EMPREGO IF A estratégia inovadora elevará a agilidade nos processos de recrutamento e seleção de pessoas com a ajuda da tecnologia, pois o cadastro é feito por meio da internet, no portal www.caminhodoempregoif.com.br. “Oferecer a oportunidade de cadastramento do currículo profissional e divulgação de vagas de emprego para recrutamento de pessoas por meio de uma interface amigável com acesso facilitado à pesquisa por parte das empresas e demais entidades que queiram se beneficiar do banco Caminho do Emprego IF é o nosso principal propósito”, ressalta a diretora-executiva do IF, Elizabet Campos. Mais informações @if_df /institutofecomerciodf institutofecomerciodf.com.br Revista Fecomércio DF 59 sindicatos Driblando a crise com glamour A //Por Daniel Alcântara Foto: Raphael Carmona Em ano com economia difícil, Sindicato dos Salões aposta nas festas de fim de ano para sair do vermelho s vendas não foram animadoras para o setor de cabeleireiros do Distrito Federal no decorrer de 2015. De acordo com o Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras (Sincaab-DF), várias lojas fecharam as portas em algumas regiões da cidade, como no Guará, Taguatinga e no Plano Piloto. Entretanto, as festas de fim de ano e as formaturas escolares podem dar uma engordada no caixa dos empresários do segmento. É o que aposta a presidente do sindicato, Elaine Furtado. De acordo com ela, a expectativa é de incremento em torno de 10% no período. Com o aumento da procura, é importante que os lojistas se preparem para aproveitar o bom momento. Planejamento deve ser a palavra de ordem, no entendimento da presidente do Sincaab, Elaine Furtado. “Durante o ano, os empresários que não se adequaram para enfrentar a crise e não se organizaram acabaram sendo penalizados”, diz Elaine. “Mesmo em contenção de gastos acredito que as pessoas querem passar as festas bonitas, com um corte renovado e as unhas feitas. Porém, para aproveitar o momento, os empresários têm que demonstrar sucesso, independentemente da crise, para atrair a clientela. Se eu for a cara da recessão econômica, o cliente nem entrará na minha loja, porque ele quer ver se sua empresa está bem”, explica. 60 Revista Fecomércio DF Apesar do aumento na procura no período do final do ano, Elaine se mostra cautelosa e afirma que não será igual aos outros anos, quando a economia do País estava boa. “Com a alta do dólar, os preços dos produtos, que em sua maioria são importados, subiram, o que causará certa resistência dos clientes. O ideal seria manter os valores, mas precisamos subir, pois o aluguel também subiu. A tabela tem que girar se não você não consegue ofertar um serviço de qualidade”, explica a empresária Elaine Furtado, que está há mais de 19 anos como empreendedora no setor. Já em relação às vendas no ano que vem, o sindicato não se mostra muito positivo. Segundo Elaine Furtado, Brasília vive uma sequência de problemas no governo, que acaba atrapalhando o desenvolvimento econômico local. Aliado a isso, a falta de diálogo com o setor produtivo não cria um cenário animador para 2016. “Brasília vem de uma sequência de problemas no governo. Tivemos o Arruda que foi cassado, o Agnelo que não conseguiu nem chegar ao segundo turno das eleições e não foi reeleito, e agora Brasília e a economia estão sofrendo as consequências”, diz Elaine. “Apesar de tudo, o empresário não pode ficar parado procurando um culpado pela queda nas vendas. É necessário que o empreendedor seja um profissional dentro do negócio dele”, diz. “Para 2016, só espero que as vendas não piorem”, salienta Elaine. atendimento bom, de boa qualidade”, acredita a presidente do Sincaab-DF. Para suprir essa carência de mão de obra, o Sincaab estabelece regularmente parcerias com empresas, entidades e escolas especializadas em qualificação profissional. Entre elas está o Senac-DF, que oferece vários cursos na área de beleza desde 1974, como: penteado, corte e escova, maquiagem, depilação, manicure, design de sobrancelhas, cabelereiro, entre outros. A funcionária do Senac-DF, Celina Eurípedis de Faria, do Núcleo de Produtos e Processos Educacionais, explica que os cursos têm uma procura alta e, em média, 400h/aula. “Geralmente, são 25 alunos por curso, a cada três meses começamos novas turmas”, explica Celina. Segundo ela, o Senac-DF faz parceria com os empresários para manter o mercado abastecido de profissionais. “Temos 30 empresários parceiros. Assim que o aluno se forma, já o mandamos para fazer estágio nos estabelecimentos”, acrescenta. Para mais informações sobre os cursos na área de beleza, os interessados podem ligar para o telefone: 33138877. O SINDICATO O Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras (Sincaab-DF) foi criado em 1982 com 47 associados, registrando mais de 30 anos de história na capital da República. Hoje, são 521. Uma das grandes conquistas da entidade foi o reconhecimento das profissões a ele ligadas. No início de 2012, foi sancionada a Lei 12.592, que reconhece o exercício das atividades profissionais de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador. Isso deu mais credibilidade ao segmento e, consequentemente, mais apoio e respeito para o segmento. FALTA DE MÃO DE OBRA Para alavancar o negócio, é necessário ter funcionários qualificados e bem treinados - o que está em falta no segmento de beleza do DF, gargalo recorrente e reclamação periódica de empresários. “Faltam profissionais qualificados em todos os níveis, desde o funcionário que faz a prestação de serviço, como cabeleireiro e manicure. Também é escasso o profissional que faz atendimento na recepção. É uma carência geral, e essa situação se agrava em períodos de economia ruins. O cliente fica naturalmente mais exigente, procura um Revista Fecomércio DF 61 pesquisa conjuntural Vendas em baixa //Por Fabíola Souza Apesar de pequeno, o declínio de -0,23% representa a sétima queda consecutiva para o comércio neste ano Maix Abr Jun x Mai Julx Jun Agox Jul Set x Ago Out/14 Autopeças e Acessórios 0,42% 4,51% -2,28% -3,18% -6,83% -36,91% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -7,64% 1,53% -1,92% -2,84% -2,93% -20,76% Calçados -3,94% -2,78% -5,89% 3,83% 4,25% -12,69% Farmácia e Perfumaria 0,50% 0,50% -3,50% -1,06% 0,86% -15,73% Floricultura 1,48% -2,16% -15,77% -5,58% -10,14% -10,64% Informática -0,57% 0,62% -2,05% -0,63% -2,51% -12,10% Livraria e Papelaria -0,79% -0,20% -0,60% -0,38% -7,59% -18,28% Lojas de Utilidades Domésticas -3,26% 4,12% 9,46% -13,61% -0,42% -13,79% Material de Construção -2,68% -5,95% -2,84% -0,45% -4,79% -27,09% Desempenho de vendas Mercado e Mercearia -1,10% -2,07% -3,66% -0,47% -2,58% -19,35% Móveis e Decoração 16,88% -7,14% 2,42% -2,28% -4,21% -25,62% Óticas 7,47% -2,65% 2,81% 4,88% -11,09% -18,54% Tecidos 5,71% 3,54% -19,90% 8,53% -7,24% 8,08% Vestuário 2,32% 4,14% -0,73% 1,40% -12,62% -10,82% Total -0,20% -0,16% -2,25% -1,27% -3,82% -20,06% Academia 0,84% -11,39% 2,91% 6,52% -5,54% -4,57% Agências de Viagem -3,88% -6,92% 26,06% -2,81% 13,14% 12,03% Aluguel de Artigos para Festa -21,88% 1,29% -2,40% -9,38% -6,19% -15,05% Autoescola 14,98% 17,14% -0,28% -11,87% -6,24% 30,42% Casa de Eventos -6,72% -8,22% -14,61% 11,77% -17,73% -47,91% Clínica de Estética 7,40% 1,68% 2,58% 7,60% -7,82% -33,51% Ensino de Idiomas -5,95% 0,22% 6,56% -6,80% -16,05% -13,84% Pet Shop 0,18% 0,01% -4,92% 6,88% -4,69% -13,88% Reparação de Eletroeletrônicos -13,20% 3,79% -16,78% 3,32% -14,29% -37,88% Salão de Beleza -0,60% 2,34% 0,71% -6,06% -6,36% -14,44% Total -4,83% -1,66% 5,82% -1,23% -5,96% -11,27% Total -5,11% -0,45% -0,40% -1,26% Comércio 62 Revista Fecomércio DF Serviço 4,27% -18,15% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. O comércio brasiliense registrou queda de -0,23% nas vendas no mês de outubro na comparação com setembro. Já o setor de serviços apresentou queda de -0,11%. Apesar de pequeno, o declínio representa a sétima queda consecutiva para o comércio neste ano. No acumulado dos últimos 12 meses (out.2014/ out.2015), comércio e serviços apresentam, juntos, um saldo negativo de -18,15%, esse índice acumulado apresenta piora nos três últimos meses. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio com apoio do Sebrae. De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a redução de salário e endividamento das famílias, a dificuldade de recolocação no mercado, ou mesmo a deterioração da confiança do consumidor no cenário socioeconômico têm impactado diretamente o setor terciário, gerando retração nas vendas. “Com esse -18,15% O declínio representa a sexta queda consecutiva para o comércio neste ano quadro, infelizmente não se observa mudança de tendência para o fechamento do ano”, aponta Adelmir. “Aliados a esses problemas, também podemos observar como principais fatores da sétima queda seguida nas vendas os aumentos da taxa básica de juros e a elevação dos impostos. Tudo isso afugenta cada vez mais os consumidores”, conclui Adelmir. Em outubro, os segmentos do comércio que registraram crescimento nas vendas foram: Tecidos (13,49%); Floricultura (8,86%); Autopeças e Acessórios (7,01%); Lojas de Utilidades Domésticas (6,23%); Vestuário (3,39%); Formas de pagamento // Outubro Serviçco 100% Comércio 100% 46,74% 27,04% 38,29% 22,01% 21,28% 12,21% 0,40% 0% À vista Cheque Cartão de Crédito Débito 3,21% 1,33% A prazo Boleto 10,83% 15,16% A prazo Boleto 1,51% 0% À vista Cheque Cartão de Crédito Débito Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 63 pesquisa conjuntural Móveis e Decoração (2,67%); Mercado e Mercearia (0,64%); Informática (0,11%). Os segmentos que apresentaram queda foram: Livraria e Papelaria (-6,05%); Farmácia e Perfumaria (-3,57%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-2,59%); Óticas (-1,86%); Calçados (-1,83%) e Material de Construção (-1,86%). No setor de serviços, houve crescimento nas vendas, em ou- Nível de emprego Mai1xAbr JunxMai JulxJun AgoxJul SetxAgo OutxSet Autopeças e Acessórios -7,60% 0,63% -2,52% -9,82% 0,00% 7,01% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -4,94% 0,52% -3,78% 1,46% -1,03% -2,59% Calçados -0,86% -6,96% 0,00% -2,80% -5,56% -1,83% Farmácia e Perfumaria -0,72% 1,09% 5,38% -4,45% -1,48% -3,57% Floricultura 7,69% -10,71% -8,00% 8,33% 4,00% 8,86% Informática -10,71% 0,00% 5,41% -3,85% -9,46% 0,11% Livraria e Papelaria -24,27% 20,27% -2,02% 1,03% -5,71% -6,05% Lojas de Utilidades Domésticas 11,54% -6,56% -3,51% 5,45% -1,61% 6,23% Material de Construção -12,72% 5,96% 3,75% 5,99% -1,61% -0,80% 2,02% 1,10% -2,21% 3,85% -4,16% 0,64% Mercado e Mercearia Móveis e Decoração 1,41% 0,00% -6,94% 4,62% -4,48% 2,67% Óticas -6,06% 0,00% 9,68% -17,65% 7,14% -1,86% Tecidos 4,17% 0,00% 4,00% -3,85% -7,69% 13,49% Vestuário 2,97% -1,08% -3,97% -1,50% 5,06% 3,39% Total -3,41% 0,72% -1,57% 0,14% -1,53% -0,23% Academia 4,49% -14,45% -0,81% -1,89% 0,73% 3,83% Agências de Viagem 0,00% 2,04% -2,99% -3,23% 7,14% -17,99% Aluguel de Artigos para Festa 5,74% -3,10% -16,80% 9,52% -10,26% 9,41% Autoescola -4,55% -9,52% -15,79% 9,38% -15,00% -5,86% Casa de Eventos 0,00% 0,00% 4,55% -7,89% -2,70% 12,29% Clínica de Estética -6,67% 2,70% 1,35% 7,50% -15,58% 1,85% Ensino de Idiomas 1,33% -27,63% 19,61% -7,52% 8,27% -3,12% Pet Shop 5,17% -4,10% -1,71% -6,72% -3,60% 2,76% Reparação de Eletroeletrônicos 0,93% -0,92% -5,56% 6,86% 3,19% -0,60% Salão de Beleza 1,05% -11,11% 15,91% -2,61% 3,41% 0,92% Total 2,06% -9,39% -0,20% -0,48% -1,28% -0,11% -1,93% -2,11% -1,21% -0,03% -1,46% -0,21% Total Comércio 64 Revista Fecomércio DF tubro, nos segmentos de Casa de Eventos (12,29%); Aluguel de Artigos Para Festas (9,41%); Academia (3,83%); Pet Shop (2,76%) e Clínica de Estética (1,85%); Salão de Beleza (0,92%). Os segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas foram: Agência de Viagem (-17,99%); Autoescola (-5,86%); Ensino de Idiomas (-3,12%) e Reparação de Eletroeletrônicos (-0,60%). Serviço Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Desempenho de vendas MaixAbr JunxMai JulxJun AgoxJul SetxAgo OutxSet Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 0,42% -1,97% -0,38% -2,35% -4,68% -4,68% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -7,64% 3,85% -6,49% 2,06% 5,70% 5,70% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -3,94% 4,52% -3,79% 0,97% -2,88% -2,88% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 0,50% 3,57% 0,40% 0,64% -4,60% -4,60% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 1,48% -1,86% -1,38% -1,14% -3,50% -3,50% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -0,57% -3,33% -8,02% -4,05% -6,54% -6,54% Total -0,79% -0,16% -2,25% -1,27% -3,82% -3,82% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -3,26% -2,16% 15,51% -1,89% 1,25% 1,25% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -2,68% -4,94% -3,90% 4,92% -18,93% -18,93% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -1,10% 0,50% -8,69% 6,77% -3,04% -3,04% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 16,88% 1,47% -3,17% -4,15% -14,13% -14,13% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 7,47% -1,18% -1,10% -2,31% -15,59% -15,59% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 5,71% -7,22% 8,66% -6,82% -10,59% -10,59% Total 2,32% -1,66% 5,82% -1,23% -5,96% -5,96% Total -0,20% -0,45% -0,40% -1,26% -4,27% -4,27% Comércio Serviço Nível de Emprego Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Mai1x Abr Junx Mai Jul x Jun Agox Jul Set x Ago Out15 x Set15 Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -2,83% -0,17% -1,03% 0,09% -0,35% -0,17% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -6,58% 5,19% 4,23% -6,04% 2,70% -4,00% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -9,12% 3,00% 1,89% 0,17% -4,58% 1,79% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -0,75% 1,14% -3,01% 7,08% 2,44% -10,00% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 1,01% -3,67% 2,41% -1,68% -1,39% 4,59% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 0,29% 1,72% -13,83% -0,31% -4,93% -1,87% -3,41% 0,72% -1,57% 0,14% -1,53% -0,45% Total Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 1,08% -2,08% -5,05% 1,02% -0,69% -1,40% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -1,89% 0,00% -3,92% -2,00% -14,04% 17,02% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 9,51% -7,28% -1,81% 1,23% -2,91% -0,32% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 0,85% -18,49% 12,37% -1,85% -8,26% 10,00% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -3,08% 3,17% 18,46% -1,27% 5,97% -4,41% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -4,35% -24,75% -1,76% -4,08% 6,11% -12,07% 2,06% -9,39% -0,20% -0,48% -1,28% -1,93% -2,11% -1,21% -0,03% -1,46% Total Total Comércio Serviço -1,12% -0,63% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 65 pesquisa relâmpago Uso da fosfoetanolamina no combate ao câncer Diego Cesar, balconista BOM Todo tratamento que colabore com cura da doença é uma boa iniciativa. Apenas 12% das estradas brasileiras são pavimentadas Multas para quem jogar lixo na rua BOM Ajudará a conservar mais o meio ambiente e a nossa cidade. RUIM Prejudica o trânsito e o fluxo de carros em todo o País PL 5069 que dificulta o aborto BOM Não temos o direito de tirar a vida de nenhuma pessoa seja qual for a circunstância. 1 66Untitled-4 Revista Fecomércio DF Francisco Horário, especialista em trânsito RUIM O uso sem os devidos testes pode acarretar outros problemas. BOM É uma questão de preservar as ruas limpas em razão das chuvas e de outros fatores. REGULAR A pavimentação é essencial, pois consegue levar qualidade para as nossas rodovias. REGULAR Ainda não tenho opinião formada. Marcelo Batista de Souza, professor de Direito do Icesp REGULAR Deve ser investido mais em estudos visando saber a real efetividade bem como os efeitos colaterais. BOM Obriga a população a seguir a norma trazendo uma punição para quem não a cumprir. RUIM Os altíssimos impostos que são pagos pela população não são revertidos para as finalidades para as quais foram propostos. REGULAR Não retira o direito da gestante do aborto em caso de risco de vida ou de estupro, só propõe um aumento de pena para o aborto clandestino. Daniel Vasconcelos, funcionário público BOM Estudos dirão se a droga é realmente eficaz; mas já há relatos de pessoas que se curaram, então pode sim ser um caminho. BOM Já estava na hora. Nossa cidade é suja porque as pessoas não cuidam. As multas serão uma ótima “ferramenta educacional”. RUIM Nosso País não consegue evoluir em sua logística. Investimentos mal feitos, incompetência geral, e o resultado é esse. BOM Sim à vida sempre! A argumentação próaborto é incoerente, confusa e mentirosa. A vida é preciosa demais, o feto nunca tem culpa. Marcelo Lucas de Souza, advogado BOM Todo tratamento que resguarda a vida do ser humano deve ser autorizado e utilizado para o bem da população. BOM É uma forma de educar a população e coibir e punir esse tipo de desacato social. RUIM Demonstra o mau uso do dinheiro público em relação aos interesses da população. REGULAR Apenas quem foi estuprada e ficou gestante deve ter o direito de não conceber esse filho em razão do delito. 18/11/10 11:29 Ainda há tempo de empreender. Em dezembro as capacitações continuam. Participe dos cursos, palestras e oficinas do Sebrae no DF. Produtor PR Rural Produtor PR Rural Empresa de EPP Pequeno Porte Empresa de EPP Pequeno Porte Potencial Microempreendedor PE MEI Empresário Potencial PE Empresário Individual Microempreendedor MEI Individual Inscreva-se já! Acesse o site df.sebrae.com.br ou ligue 0800 570 080 e saiba mais. Aproveite e empreenda. 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