Baixar - Downtown Filmes

Transcrição

Baixar - Downtown Filmes
Apresentação
A união de um humor capaz de agradar a todos os
públicos e um elenco afiado transformou “Até que
a Sorte nos Separe” na maior bilheteria nacional
do ano passado, visto por mais de 3,5 milhões de
pessoas. Dirigido por Roberto Santucci, campeão de
ingressos vendidos do cinema brasileiro nos últimos
três anos, o longa-metragem “Até que a Sorte nos
Separe 2” volta à hilária rotina de Tino (Leandro
Hassum) e Jane (Camila Morgado), casal que leva a
vida entre a riqueza e a falência.
Depois de perderem os R$ 200 milhões que ganharam
na Mega-Sena, a sorte sorri novamente para o nosso
querido perdulário e sua deslumbrada esposa:
tio Olavinho morre e deixa como herança R$ 100
milhões para a família. Como último desejo, ele exige
que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon.
Antes de cumprirem sua missão, Tino e sua família
resolvem dar uma “passadinha” em Las Vegas, onde
foi filmada 80% da comédia. Na capital mundial dos
jogos, o casal volta a testar sua sorte.
Também estão de volta Amauri (Kiko Mascarenhas) e
Laura (Rita Elmôr), o equilibrado casal que enlouquece
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com o esbanjamento sem fim de seus vizinhos; e
Teté (Julia Dalavia) e Juninho (Henry Fiuka), os filhos
mimados de Tino e Jane. Entre as participações
especiais, estão os atores Rodrigo Sant’anna, Arlete
Salles, Berta Loran e Marcius Melhem, além do
lutador de MMA Anderson Silva, que faz sua estreia
nos cinemas na pele de um suspeito segurança do
hotel-cassino onde fica hospedada a família de Tino.
Outro momento marcante é a atuação da lenda do
humor norte-americano Jerry Lewis, que vive um
mensageiro inspirado no clássico “Bellboy” (1960),
em uma de suas raras aparições recentes no cinema.
Fã de carteirinha, Leandro Hassum considerou
contracenar com o humorista o momento mais
marcante de sua carreira.
A comédia tem roteiro assinado por Paulo Cursino
e Chico Soares e conta com produção da Gullane;
coprodução e distribuição da Paris Filmes;
coprodução da RioFilme, Globo Filmes e Telecine e
codistribuição da RioFilme e Downtown. “Até que a
Sorte nos Separe 2” chega aos cinemas de todo o
Brasil no dia 27 de dezembro.
ÍNDICE
02 - Apresentação
04 - ELENCO / Ficha Técnica/ Sinopse
05 - Roberto Santucci
08 - Leandro Hassum
1 1 - CAMILA MORGADO
13 - Kiko Mascarenhas
16 - Rita Elmôr
18 - Participações Especiais
23 - Roteiro
24 - locações
25 - Produção
26 - Produção / Distribuição
Elenco
ficha Técnica
Leandro Hassum / Tino
Camila Morgado / Jane
Kiko Mascarenhas / Amauri
Rita Elmôr / Laura
Julia Dalávia / Tete
Henry Fiuka / Juninho
Arlete Salles / Estela
Charles Paraventi / Garcia
Berta Loran / Manuela
Henri Pagnocelli / Praxedes
Rodrigo Santanna / Manochaco
Anderson Silva / Andrew Silver
Jerry Lewis / Bellboy
Marcius Melhem / Bellboy 2
Ana Júlia Freitas / Vitória
Roberto Santucci / Diretor
Caio Gullane, Fabiano Gullane, Debora Ivanov e Gabriel Lacerda / Produtor
Paulo Cursino e Chico Soares / Roteiro
Juarez Pavelak / Diretor de Fotografia
Ula Schliemann / Direção de Arte
Gabriela Campos / Figurino
Sônia Penna / Maquiagem
Gabriela Guimarães / Elenco
Luiz Mario / Preparação de Elenco
Tatiana Fragoso / Assistente de Direção
Evandro Lima / Som Direto
Leo Clark / Edição
Patricia Nelly / Supervisão de Pós-Produção
Fernanda Laignier / Diretora de Produção
Formato: Scope som: Dolby SR tempo: 100 minutos
sinopse
Depois de perder toda a fortuna que ganhou na Mega-Sena em “Até que a Sorte nos Separe”, Tino (Leandro Hassum) volta
a passar dificuldades financeiras ao lado da esposa Jane (Camila Morgado) e dos filhos Teté (Júlia Dalávia) e Juninho (Henry
Fiuka). O que eles não esperavam é que Tio Olavinho fosse deixar uma herança de R$ 100 milhões ao morrer. Como último
desejo, o ricaço exige que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon. É então que Tino e a família resolvem dar uma
“passadinha” em Las Vegas. Depois de se meter em muitas encrencas com um antigo conhecido, Tino vai contar novamente
com a ajuda do casal Amauri (Kiko Mascarenhas) e Laura (Rita Elmôr).
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Roberto Santucci
Há três anos, os filmes nacionais de maior bilheteria recebem a assinatura do
diretor Roberto Santucci. Com a franquia “De Pernas pro Ar”, ele alcançou a maior
bilheteria de 2011 e 2013. Neste meio tempo, conseguiu a mesma façanha com a
comédia “Até que a Sorte nos Separe”. Agora, ele espera repetir o mesmo sucesso
com a sequência do longa-metragem protagonizado por Leandro Hassum e Camila
Morgado. Seu objetivo é resgatar o que o público mais gostou do original e criar
novidades que deem características únicas à continuação. Graduado em cinema no
Columbia College de Hollywood, Santucci começou sua carreira como assistente
de montagem. Sua estreia na direção aconteceu no Brasil, com o curta-metragem
“Bienvenido Brazil” (1995) e o longa “Olé” (2000). Naturalmente ligado ao gênero
da comédia, Santucci se define como um diretor de ação. E promete alguns projetos
nesse sentido.
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Como é trabalhar em uma sequência?
Basicamente, é repetir as coisas que o público
gostou em uma nova roupagem. Precisamos
buscar um pouco da estrutura original do filme,
mas apresentando algumas surpresas. O primeiro
filme serve como termômetro; é quando você vê
o que realmente funcionou. Estamos lidando com
uma equipe experiente: o (roteirista) Paulo Cursino
já havia trabalhado em “De Pernas pro Ar 2”, nosso
maior sucesso. Ele sabe equilibrar bem a questão
da repetição versus novidade. Este é o grande
segredo (risos)!
Você manteve a mesma linha do primeiro
filme ou mudou alguma coisa?
Quando você vai fazer uma sequência, com um
elenco com o qual se deu tão bem no primeiro filme,
tudo se torna mais fácil. Foi muito bom trabalhar com
o Leandro Hassum, que é um ator muito generoso
e carismático. Senti muito prazer no primeiro set
de filmagem. No “Até que a Sorte nos Separe 2”
afinamos ainda mais nossa relação. Hoje, estamos
muito entrosados e prontos para fazer vários filmes.
Já existe algum novo projeto com ele?
Sim. O Hassum vai protagonizar um filme sobre a
vida de um político bastante corrupto que, após uma
guinada em sua vida, não consegue mais mentir. Isso
acontece antes do segundo turno, enquanto ele tenta
sua reeleição. São várias brincadeiras para compor
uma sátira da nossa situação política. O lançamento
está previsto para as próximas eleições.
Como foram as gravações em Las Vegas?
É outro mundo, completamente diferente! Um pano
de fundo muito alegórico, que atribui um valor de
produção maior ao filme. Las Vegas tem a cara do
Tino. Levamos uma equipe brasileira e passamos
quase um mês lá fora. Foi uma produção bem
brasileira. Até conseguimos aproveitar um pouco,
afinal estávamos em um cassino (risos). Mas foi um
set realmente muito trabalhoso, com prazos bem
apertados.
A que você atribui o sucesso do primeiro
filme, que foi a produção nacional mais
vista de 2012?
Grande parte do sucesso se deve ao Leandro
Hassum, que é muito popular e carregou bastante
o filme. O elenco todo é fundamental nessa hora e
aproveito para citar o Kiko Mascarenhas, que é um
excelente ator nacional, e fez uma dupla maravilhosa
com o Hassum. No segundo filme, temos ainda
diversas participações que serão muito importantes
como a Arlette Salles, a Berta Loran e o Anderson
Silva, que é um cara muito humilde e que sabe rir
de si mesmo. Na verdade, uma série de elementos
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contribui para este sucesso. Afinal, não adianta ter
um elenco maravilhoso sem uma boa história. Nosso
roteirista sabe disso e escreveu uma trama boa, com
viradas e surpresas. Nossa ideia não é só fazer rir,
mas também emocionar o público. O drama é uma
peça muito importante para a comédia.
Além do “Até que a Sorte nos Separe”, você
dirigiu outros dois títulos de grande sucesso
no cinema nacional: “De Pernas pro Ar”, o
filme mais visto de 2011; e sua sequência,
o maior sucesso de 2013. Quais são as
expectativas para “Até que a Sorte nos
Separe 2”?
Claro que existe a vontade de repetir esse sucesso.
Ter uma franquia com uma identificação popular
tão forte é uma grande alegria. Os dois títulos são
comédias familiares, que geraram empatia por
parte do público. Quando as pessoas gostam do
personagem, elas querem continuar seguindo sua
história. Isso facilita na hora de levá-las para dentro
das salas de cinema – uma das maiores dificuldades
vividas hoje no mercado. Daí é dar ao público um
produto com a mesma qualidade do anterior ou até
mesmo melhor.
Os recordes de bilheteria te deixam
orgulhoso?
Claro, mas cinema é uma arte coletiva. O sucesso é a
junção de um bom roteiro com ótimos atores. Além disso, as pessoas nem sempre se lembram,
mas o lançamento e a distribuição do filme tem uma grande importância para o seu desempenho.
Saber colocá-lo na hora certa nos cinemas, romper a concorrência, investir nas mídias certas.
Muitas vezes, o filme pode ser bom, mas o público não sabe que ele está nos cinemas. Então
essa é outra etapa fundamental.
Você tem vontade de se dedicar a outro gênero?
Meu coração me diz que sou um diretor de ação. Sempre que faço uma comédia, tento colocar
cenas de ação no meio. Mas, na verdade, adoro cinema! Estou atrás de outro projeto, que pode
até ser um drama. Estou pesquisando a história do Marcos Valério, por exemplo. Também dirigi
um filme de detetive, que é “Bellini e a Esfinge” (2001); e fiz um thriller chamado “Alucinados”,
que ainda não foi lançado. Meu desafio é abrir um espaço na minha agenda para me dedicar a
filmes diferentes. Não sei se ele será alternativo ou um super filme de ação. É preciso variar e
estar sempre experimentando.
Quais são seus novos projetos?
Vou fazer outro filme com o Marcelo Sabback, roteirista de “De Pernas pro Ar”. O título é “Loucas
Pra Casar” e no elenco já temos a Ingrid Guimarães e Tatá Werneck. Contaremos a história de
três mulheres que descobrem estar se casando com o mesmo homem. Quase uma mistura de
“Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” com “Clube de Luta”. Além disso, há a vontade de
fazer o “De Pernas pro Ar 3” e fechar também uma trilogia para o “Até que a Sorte nos Separe”.
Nesse meio tempo, preciso fugir e fazer meu filme de ação (risos).
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Leandro HASSUM
Com 14 filmes em seu currículo, foi em “Até que a Sorte nos Separe” que Leandro
Hassum estreou como protagonista. Grande parte do sucesso do filme, que atingiu a
marca de melhor bilheteria de 2012, se deve à sua atuação – elogiada pelo público
e pela crítica especializada. Agora, o ator assume o desafio de reinventar seu
personagem na sequência do longa-metragem. Desta vez, Tino consegue perder
de uma vez a grande quantia em dinheiro, herdada do Tio Olavo, nos cassinos de
Las Vegas. O belo desempenho nos cinemas tem raiz nos palcos teatrais: Hassum
começou como ator aos 16 anos no Tablado. Desde então foram mais de 20
espetáculos, incluindo seu último sucesso, “Nós na Fita”, no qual divide o palco com
Marcius Melhem – que, junto com Anderson Silva, Arlete Salles e a lenda do humor
Jerry Lewis, faz uma participação especial em “Até que a Sorte nos Separe 2”.
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Como é protagonizar um longa-metragem?
Muito bacana, um processo divertido, gostoso e
cansativo. Mas esse reconhecimento por parte
do público é delicioso! Só depois da estreia é
que você tem a certeza que o trabalho ficou
bom. Diferentemente da televisão, o cinema não
é gravado em ordem cronológica e normalmente
fazemos mais material do que é visto em cena,
como uma margem de segurança. Isso tudo deixa
o ator um pouco inseguro. Só quando o filme entra
nas salas de cinema que você sabe se agradou
ao público. Acho que o segundo filme será uma
surpresa muito agradável.
E como é gravar uma sequência? Você
manteve a mesma linha de atuação do
primeiro filme ou construiu o personagem
a partir do resultado final?
É uma responsabilidade muito grande enquanto
protagonista, de carregar o filme e a história,
colocando meu tipo de humor em cena. Mas
em time que está ganhando a gente não mexe.
No primeiro filme, o personagem do Tino estava
muito bem construído e eu não fugi dessa linha.
Logicamente, a gente ganha mais confiança para
apostar em piadas novas e ousar mais na atuação.
Foi o que eu fiz, mas sempre buscando uma
coerência no que foi feito anteriormente.
Você então tinha bastante liberdade para
improvisar?
Sim! Tanto o (roteirista Paulo) Cursino quanto o
(diretor Roberto) Santucci têm muita confiança em
mim e se divertem com o que eu faço. Isso colabora
e me deixa à vontade para sugerir coisas diferentes.
Como foi filmar em Las Vegas?
Quase 80 por cento do filme se passa por lá. Foi uma
experiência muito legal, trabalhamos com boa parte
da equipe americana, o que dá a sensação de fazer
um filme em Hollywood (risos). Las Vegas já é, por si
só, um grande cenário. Onde você parar a câmera e
gritar “ação” vai ter uma boa fotografia. Isso deu uma
riqueza enorme para o filme. Foi ótimo, conheci muita
gente legal e tive a oportunidade de contracenar com
o meu grande ídolo: Jerry Lewis!
O filme teve participações mais do que
especiais. Como foi contracenar com
tanta gente boa?
Tenho 25 anos de experiência e trabalhar com o Jerry
Lewis foi, sem dúvida, o momento mais marcante
da minha carreira. Ele sempre foi a minha grande
inspiração! Fiquei muito nervoso no dia da filmagem,
sem saber como ele iria me receber ou se gostaria
do que eu estava fazendo. É uma responsabilidade
muito grande, mas sensacional! O Anderson Silva
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foi uma pessoa encantadora no set: um cara gentil,
que entendeu a brincadeira do filme e embarcou
totalmente. Vai ser uma grande surpresa para o
público! Ainda contamos com a Berta Loran, ícone
do humor nacional; Arlete Salles, sempre genial; o
Rodrigo Sant’Anna, para quem eu cheguei a dar aula.
É muito bom fazer um filme tão divertido com uma
galera que você tanto curte e admira.
E você também contracenou com seu
grande parceiro, Marcius Melhem. Conta
como foi?
A gente faz só uma brincadeira, ao final do filme,
com uma troca de olhares. Estamos pontuando
uma piada. Colocamos o Marcius nessa porque
ele também é super fã do Jerry Lewis. Aliás, esse
papo começou com uma ida nossa a Las Vegas
para assistir ao show dele, no ano passado.
Conversamos e surgiu a ideia de colocá-lo no filme.
Por causa disso, nada mais justo do que convidar
o Marcius para participar também. Trabalhar com
ele é sempre trabalhar em casa.
Você acha que o dinheiro mexe mesmo
com a cabeça das pessoas, como mexeu
com a do Tino?
Como aconteceu com o meu personagem, acho que
não, porque o Tino é um louco insano. Acho que eu
o mataria se eu o conhecesse (risos). Mas, logicamente, dinheiro muda as coisas. Talvez não
mude a sua essência, se você tem uma base boa. Mas ir tão rápido, da pobreza à riqueza, acaba
deslumbrando, sim. É difícil entender uma quantidade de dinheiro tão grande.
Se você tivesse tanto dinheiro, como gastaria?
Sou muito consumista. Separaria uma boa parte como reserva, para investir e de repente até
montar um negócio. Agora, ia pegar boa parte para fazer merda (risos)! Ia comprar um super um
carro, viajar para caramba! Adoro viajar. Só trabalho para ter dinheiro para viajar. E adoro roupas,
joias, relógios, carros. Ia gastar para cacete! Afinal de contas, caixão não tem gaveta, né (risos)?
Como é reviver a parceria com o Santucci e os Gullane?
É igual a um namoro. No primeiro, estávamos nos conhecendo. O início é legal, mas você sempre
fica mais nervoso. Depois, com o tempo, você ganha intimidade e ambas as partes conseguem
se colocar melhor. Isso só agrega para o filme e para o trabalho. Fomos para esta sequência com
muita intimidade e amizade, fazendo um jogo limpo e aberto. E o que é mais importante: todos
tendo voz. Um cacique, mas todo mundo podendo falar.
O filme acaba com uma abertura, uma possível continuação para o terceiro.
Você gostaria de fazer esse filme? Qual você acha que deveria ser o
desfecho do Tino?
Sim, estou bem ansioso. Já existem algumas ideias, mas a gente ainda não sentou para decidir o
melhor caminho. Mas acho que o Tino não deveria acabar milionário. Se ele tivesse uma vidinha
estável, já estaria de bom tamanho.
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camila Morgado
Camila Morgado nasceu em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro e, como a
maioria dos seus conterrâneos, veio estudar na capital. Desde cedo, ela sabia que
queria ser atriz e estudou na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), além de começar
a faculdade na Universidade do Rio de Janeiro (Unirio). Mais tarde, mudou-se para
São Paulo a fim de fazer parte da companhia de Gerald Thomas, com quem começou
a carreira no teatro profissional. Em 2002, estrelou o espetáculo “Mamãe Não Pode
Saber”, dirigido por João Fonseca, e despertou o interesse de Jayme Monjardim. Sua
estreia na TV foi em “A Casa das Sete Mulheres” e, desde então, integrou o elenco
de diversas novelas e minisséries, como “América” (2005), “Casos e Acasos” (2008)
e, mais recentemente, “Avenida Brasil” (2012). “Até que a Sorte nos Separe 2” é o
terceiro filme de seu currículo — precedido por “Olga” (2004) e “Vinícius” (2005).
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Como foi a construção da sua
personagem, a Jane?
Construí a Jane em cima de uma mulher cujo sonho
sempre foi constituir uma família. Ela é completamente
voltada para o marido e os filhos, adora ser uma donade-casa que cuida muito bem daquela família. Ela é o
pé no chão do Tino; sem ela, ele não seria ninguém.
Ela tem a função de organizar as coisas em casa. E
ela é muito feliz nesse lugar. Para passar credibilidade
para os espectadores, combinei com o Hassum de
que este seria um casal que se ama muito. Só com
um amor sólido assim ela consegue estar ao lado
dele, mesmo que ele se meta em várias encrencas.
E o trabalho com o Roberto Santucci?
Foi muito agradável. Ele é um diretor muito generoso
e educado. O Santucci trabalha sempre do lado do
ator. Percebi que o trabalho seria legal ao ver como
era a relação entre ele e o Leandro, pautada em muita
confiança. Sabia que seria bacana trabalhar com ele
porque me senti amparada. Ele tenta te ajudar o tempo
todo e, ao mesmo tempo, te deixa livre para criar.
Isso transforma o clima na hora das
gravações, né?
Com certeza! Foi muito tranquilo e, acima de tudo,
divertido. Eu ria do momento que eu acordava até a
hora de dormir. Trabalhar assim é maravilhoso!
Como você construiu sua relação com o
Leandro Hassum?
O Leandro acabou virando um grande amigo. Nós não
nos conhecíamos e eu soube que isso aconteceria
no primeiro encontro que tivemos, em uma leitura do
texto. Temos tudo a ver um com o outro e nos demos
muito bem trabalhando. Gosto demais dele e ele é
muito bom no que faz. Um excelente comediante e
um ator inteligente e rápido. É incrível trabalhar com
ele, ainda mais por sua generosidade. Ele veste a
camisa e te ajuda a construir o personagem. Não
tivemos problema nenhum nas gravações e nos
divertimos demais juntos.
Como foi filmar em Las Vegas?
Nunca havia ido, foi uma surpresa maravilhosa
descobrir que as filmagens seriam lá. Passamos
um mês, o que é raro para quem visita a cidade. Foi
uma experiência única. Las Vegas é um lugar muito
peculiar, onde tudo é permitido – para o bem e para
o mal. A impressão que você tem quando chega
naquela cidade é que tudo é inventado, parece
cenográfico. Não podia ter lugar melhor para o
Tino e a Jane viajarem. Não foi à toa que a minha
personagem fez muito sucesso por lá!
Você passou por alguma situação curiosa?
O lugar onde era nossa base não tinha banheiro,
então eu tinha que descer e passar pelo cassino para
achar um lugar para trocar de roupa. Nesse trajeto,
eu sempre fazia muito sucesso! A Jane é a cara de
Las Vegas: muito extrovertida, usa muitas joias e
cores. As pessoas me paravam para perguntar onde
eu tinha comprado aquelas roupas, os sapatos. As
mulheres me paravam e sempre elogiavam alguma
coisa do figurino, achavam que eu era uma pessoa
normal (risos). Ali eu vi que o personagem estava
funcionando bem.
Quando você explicava que fazia parte de
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um filme, atiçava mais a curiosidade das
pessoas?
No começo, nas duas primeiras vezes que isso
aconteceu, eu até tentei explicar. Depois, desisti e
comecei a inventar! Falava que tinha comprado as
roupas no Brasil ou que as joias tinham sido um
presente. Agradecia e seguia em frente. Depois
contava tudo para o pessoal do figurino (risos)!
Como foi fazer uma comédia como “Até
que a Sorte nos Separe 2”? É um gênero
que você gosta de trabalhar?
Sou atriz, então não tenho gênero favorito. Gosto
do projeto e pauto minhas escolhas a partir de cada
trabalho, seja uma trama legal ou um personagem
que me chama atenção. Para o “Até que a Sorte nos
Separe 2”, o convite chegou em cima da hora e foi uma
grande surpresa. Estava iniciando outro projeto – que
acabou não dando certo – totalmente diferente e foi
isso que mais me chamou atenção e causou uma certa
curiosidade. Daí li o roteiro e achei muito bem amarrado.
Fora o elenco, que é formidável. Ser comédia foi um
bônus, mas me deixou muito animada também. Um
fator decisivo para minha escolha foi perceber que esse
é um mercado que existe e cresce muito aqui no Brasil.
Você gosta de fazer cinema? Gostaria de
explorar mais essa área?
Este é meu terceiro filme, então ainda estou
engatinhando no cinema. É um lugar que eu gostaria,
sim, de adquirir mais experiência. Mas isso não é um
foco, não vou me dedicar só a isso. Sou atriz e tenho
o teatro e a TV do meu lado. Gosto de trabalhar, estou
aberta a convites e novos projetos!
Kiko Mascarenhas
Kiko Mascarenhas é um camaleão. O ator transita entre os mais diversos gêneros, seja no
cinema, na televisão ou, principalmente, no teatro. No seu currículo, estão presentes mais de
30 espetáculos, incluindo o recente sucesso “O Desaparecimento do Elefante”, inspirado em
contos do escritor Haruki Murakami. O ator também pode ser visto no seriado “Tapas e Beijos”,
na pele de um sujeito bronco chamado Tavares. Na franquia “Até que a Sorte nos Separe”, ele
é o oposto: Amauri é um consultor financeiro certinho, que se tornou grande amigo de Tino
(Leandro Hassum). O ator já trabalhou com nomes consagrados como Ulysses Cruz, Augusto
Boal, Paulo de Moraes (Cia. Armazém), Jefferson Miranda (Cia. Teatro Autônomo), Miguel
Falabella, José Wilker, Marcelo Saback, entre outros. Na televisão, estreou em “A Viagem”,
novela de Wolf Maia. Participou do remake de “Irmãos Coragem” e das séries “Os Normais”,
“Separação?!” e “Tapas & Beijos”. No cinema, integrou o elenco de longas como “Viva Voz”,
“Meu Nome Não É Johnny”, “Reis e Ratos”, “Totalmente Inocentes” e pretende retomar a
parceria com Hassum no longa metragem “Os Caras de Pau”, previsto para o ano que vem.
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Como é gravar uma sequência? Você
manteve a mesma linha de atuação do
primeiro filme ou construiu o personagem
a partir do resultado final?
Um pouco dos dois. Na verdade, continuei com as
mesmas referências. O Amauri é um cara austero e
dedicado ao trabalho. O que mudou foi sua família:
nasceram trigêmeos e ele está separado da esposa.
Revi o primeiro filme para me lembrar do tom do
personagem, mas percebi que neste roteiro existia
espaço para uma transformação. Ele não está em
uma fase tão boa como estava no primeiro filme, o
que amaciou um pouco sua personalidade.
Sua relação com o Tino mudou ao longo
do primeiro filme. Enquanto os dois eram
quase rivais no início, eles se tornam
amigos depois que o Tino perde tudo.
Isso segue no segundo filme?
O Tino e o Amauri ficaram amigos. No final do
primeiro filme, eles já estão convivendo e as famílias
se tornam unidas. Nesta sequência, a amizade entre
eles só se consolida. Tudo bem que ele pretende
ganhar dinheiro ao ajudar o Tino, mas, de qualquer
forma, ele move mundos e fundos para resolver
as confusões. De rivais, passam a ser parceiros.
Claro que ainda existe uma implicância e isso vai
haver sempre. Afinal, são homens completamente
diferentes. O Amauri se incomoda com aquele humor
desenfreado e com a irresponsabilidade do Tino.
Como foi filmar em Las Vegas?
Foi uma experiência inesquecível. Afinal, não existe
nenhum lugar do mundo parecido com Vegas. Por
um lado, foi muito interessante e o clima era de
euforia por filmar no exterior. Isso pode ajudar, mas
também atrapalha um pouco. O ambiente trazia as
referências de dinheiro, mas, na real, Las Vegas
é um caos. Filmar lá foi difícil. Tudo tem som: o
elevador, as ruas, o cassino, as varandas dos
quartos. É difícil manter a concentração. Foi um
grande desafio. Mas a cidade como pano de fundo
para o filme foi ideal.
Teve algum episódio engraçado por conta
disso?
Teve uma cena boba, em que a Camila precisava
descer uma escada rolante. Essa cena, obviamente,
se repetiu umas 20 vezes. Durante essa filmagem,
o som das máquinas atrapalhou muito. Até que
uma mulher que ganhou US$ 48 mil! A máquina
não parava de apitar, a mulher não parava de gritar!
Ela estava louca (risos)! Esse é só um exemplo de
tudo o que passamos.
Como foi retomar a parceria com o
Hassum e o Santucci?
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Trabalhar com eles justificou tudo. Tenho uma
química com o Leandro que só atores conseguem
ter um com o outro. Ele é o melhor parceiro na
hora da improvisação. Costumo dizer que sou o
suporte dele e tenho o maior orgulho disso. Eu
levanto a bola e ele corta todas! Fico o tempo
inteiro sustentando e mandando elementos para
ele. Daí ou você segue junto ou ele te atropela, ele
é um trator! Minha tarefa mais difícil nesse trabalho
é não rir da interpretação do Leandro. Enquanto o
Amauri não tem a menor paciência para as piadas
do Tino, eu acho o Leandro impagável.
Deve ser muito bom trabalhar assim, né?
É ótimo! Acho a minha profissão uma das melhores
do mundo. Ela demanda as mesmas coisas que
as outras: disciplina, responsabilidade, dedicação
integral. Mas ela te dá a sensação de que tudo é
uma grande brincadeira. Sempre me vejo como um
privilegiado por ter escolhido (ou ter sido escolhido)
para exercer essa função que eu tanto amo.
A que você atribui o sucesso deste filme,
que foi a maior bilheteria de 2012?
É da natureza do brasileiro gostar de comédia. É
uma tradição do nosso povo, que vem desde a
época das chanchadas. Especificamente, o “Até
que a Sorte nos Separe” fez sucesso por ser
despretensioso. É uma situação simples: um cara fez uma “fezinha” e ficou milionário. Isso
interessa às pessoas. Todo mundo sonha em ganhar a loteria, mesmo quem nem joga! Está
na alma do brasileiro imaginar o que faria com esse dinheiro.
Como é a sua relação com dinheiro? Você se parece mais com o Tino ou
com o Amauri?
Sou um meio-termo. Ao mesmo tempo em que sou muito organizado e tento administrar
bem meu dinheiro, sou uma pessoa que não se incomoda em gastar. Dinheiro no banco não
significa nada, é só um número no caixa eletrônico. Se eu for atropelado na rua, acabou.
Fico equilibrando períodos em que capitalizo e outros em que aplico esse capital numa
maneira confortável de viver. Não fico me privando. Não sou econômico, mas também não
sou esbanjador.
Já tem outros projetos no cinema?
Acabei de ser convidado para participar do filme “Os Caras de Pau”, com o Leandro Hassum
e o Marcius Melhem. Nem sei qual personagem vou fazer, mas já topei! As gravações
acontecem entre o final de dezembro e o início de janeiro.
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Rita Elmôr
Enquanto no primeiro “Até que a Sorte nos Separe” Laura sofria por não conseguir ter outro
filho, agora ela precisa se virar com trigêmeos. Rita Elmôr não poderia estar mais feliz com o
rumo de sua personagem que, segundo ela, mudou completamente entre as duas produções.
Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro (Unirio), a atriz celebra sua
quarta produção cinematográfica – tendo ainda em seu currículo participações em “Cilada.
com” e “De Corpo Inteiro”. A raiz de sua interpretação está no teatro, onde já fez mais de dez
espetáculos e diz poder mergulhar em outros gêneros, como o drama. Nas telonas, o foco é a
comédia e Rita promete fazer o público rir bastante com a reviravolta de sua personagem.
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Como foi a construção da Laura para o
primeiro filme? Você seguiu a mesma
linha nesta sequência ou optou por
mudar alguma coisa?
No primeiro filme, a Laura vive um drama pessoal,
querendo engravidar. Então, por mais que o filme
seja uma comédia, ela sofre durante muito tempo.
Até que, no final, ela engravida e isso se resolve.
No início do “Até que a Sorte nos Separe 2”, o
público já pode vê-la com trigêmeos, separada e
administrando uma nova vida. Ela está numa fase
completamente diferente daquela vivida no primeiro
filme, passou por uma mudança radical. Por conta
disso, decidimos dar outra cor para a personagem
e a deixamos mais solar. A partir daí, as mudanças
começaram a ocorrer no tom da personagem, na
relação dela como o marido e a expectativa pela
viagem para Las Vegas.
A Laura queria engravidar de novo e
acabou mãe de trigêmeos. Essa situação,
por mais que tenha sido desejada,
acaba sendo um pouco difícil para a
personagem, não é?
Ela
ela
ela
de
era
está bem nervosa (risos)! No primeiro filme,
é bem mais dondoca. Mesmo trabalhando,
tinha tempo de sobra e vivia com um padrão
vida alto. O casamento era monótono, mas
um porto seguro. Agora, ela se tornou uma
mulher mais comum, talvez até mais humanizada.
Os problemas são mais próximos dos que a gente
vive no cotidiano: filhos, casa, trabalho, crise no
casamento. Diferentemente do primeiro, em que
ela tinha uma vida em ordem até demais.
Com o Hassum, eu contracenei mais agora, nesta
sequência. Ele é uma delícia! Engraçado, muito
talentoso e generoso com quem está com ele. O
tipo de ator que ilumina quem está trabalhando ao
seu lado.
No teatro, vimos você interpretando
personagens fortes, com uma grande
carga dramática. Como é para você fazer
uma comédia no cinema?
E o trabalho com o Santucci? Já o
conhecia antes do primeiro filme? Como
foi retomar essa parceria?
Já fiz muita comédia na televisão, em seriados
como “Separação?!” (2010) e “Macho Man” (2011).
Então este é um lugar que gosto muito e já conheço.
Na verdade, gosto de tudo o que a minha profissão
oferece. Não sou uma comediante, mas uma atriz
que pode transitar em vários gêneros. O que me
interessa são bons personagens e bons roteiros.
Como atriz, tenho flexibilidade na hora de transitar
entre os dois caminhos.
Como foi contracenar com o Leandro
Hassum e o Kiko Mascarenhas?
Este é meu terceiro trabalho com o Kiko: fizemos
“Separação?!” juntos e o primeiro filme do “Até que
a Sorte nos Separe”. O Kiko é um grande amigo
e é muito bom trabalhar assim. Você pula uma
etapa, já tem intimidade e cria uma liberdade para
criar os personagens e dar pitaco no trabalho do
outro. O clima é muito divertido, existe muita troca.
17
Não o conhecia. Ele é um gentleman! Muito
delicado e sensível. Essas características o
tornaram o rei da comédia aqui no Brasil. Dá muita
segurança trabalhar com ele. Fora que o (roteirista)
Paulo Cursino também esteve presente durante
o set em Las Vegas. Foi um verdadeiro trabalho
de equipe, cada um prestava atenção em um
determinado ponto. Enquanto o Santucci se ligava
mais nas marcas e na parte técnica, o Cursino
complementava o personagem na hora, tinha ideias
ótimas e mudava as coisas ao longo das filmagens.
Foi um trabalho delicioso!
Ainda mais atuando em um lugar tão
diferente como Las Vegas, não é?
Nossa, demais! Foi uma sensação muito boa e um
clima muito diferente. No primeiro dia que escutei
“action” antes de gravar foi incrível (risos). Pensei:
“Uau, estou mesmo aqui”! Foi um grande privilégio,
ainda mais neste esquema profissional inspirado
nos seriados americanos, com o roteirista dentro do set, trabalhando com a gente. Com o
filme, percebi que não ficamos nada atrás dos moldes americanos, o que é maravilhoso para
o nosso cinema.
A que você atribui o sucesso do primeiro filme, maior bilheteria de 2012?
Ganhar e perder dinheiro são temas que interessam a todos nós. Quem nunca sonhou que
ganhou na loteria, mesmo sem nunca ter jogado? Isso trabalha com um imaginário muito forte.
Tem ainda a discussão de como administrar esse dinheiro e viver de uma forma que deixe seu
patrimônio resguardado. Quando você trata dessas questões de um jeito engraçado, alcança
um grande interesse por parte do público. As pessoas gostam de dar risada, o humor tem muita
força!
Você é mais conhecida pelo seu trabalho no teatro e na televisão. Pretende
fazer outros filmes? Tem vontade de experimentar outro gênero nas telonas?
Tenho, mas as pessoas rotulam muito os artistas. O mecanismo de escolha de elenco acaba
sendo meio óbvio: quem faz comédia, só é chamado para comédia. Como meus últimos trabalhos
no cinema e na televisão foram ligados a este gênero, duvido muito que me chamem para um
drama. Aliás, sou representante do time das malucas! E adoro fazer estes personagens, que
venham mais malucas para o meu currículo! Acabo me equilibrando no teatro, fazendo projetos
autorais com personagens de minha escolha.
O que mais te atrai no cinema?
Amo cinema, sou viciada. É uma paixão que surgiu independentemente de estar atuando. Fazer
parte disso já é uma realização enorme. A possibilidade de trabalhar essa linguagem me atrai
muito. No cinema, podemos realmente pensar o personagem nos mínimos detalhes, uma parte
que eu amo da interpretação. O ator pode viver um personagem quase sem interpretá-lo, só
entendendo seus requintes. Fora que essa é uma arte fundamental para o nosso país. Torço para
que a indústria cresça cada vez mais por aqui, fazer parte disso dá muito orgulho!
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Anderson Silva
Mais conhecido como Spider, Anderson da Silva estreou no Ultimate Fighting
Championship (UFC) em 2006, nos Estados Unidos. Depois de derrotar o até então
invencível Chris Leben com um nocaute aos 49 segundos do primeiro round, o lutador
brasileiro ganhou visibilidade mundial. Nascido em São Paulo, no dia 14 de abril de
1975, Anderson é especialista em Muay Thai, faixa preta em Taekwono e Jiu-Jitsu.
Antes das lutas, até tentou ser jogador de futebol, chegando a fazer um teste para o
Corinthians. Também fez aulas de balé quando criança e credita a elas seu jeito leve
nos ringues. Anderson é considerado um dos maiores lutadores de MMA do mundo
e foi detentor do cinturão do peso médio durante seis anos. Até hoje ele é dono
da maior sequência de vitórias e de títulos de defesa na história do UFC. No filme,
interpreta Andrew Silver, um suspeito segurança que trabalha em um hotel-cassino,
incrivelmente semelhante a certo lutador brasileiro.
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Jerry Lewis
Joseph Levitch é um comediante americano, nascido em Newark. Famoso por sua comédia
estilo pastelão, ganhou diversos prêmios honorários, incluindo os do American Comedy
Awards, The Golden Camera e Los Angeles Film Critics Association, além de ter duas
estrelas na Calçada da Fama. O ator trabalhou no teatro, no cinema e em programas da TV
e do rádio, onde ganhou fama na década de 40 ao lado do cantor Dean Martin, formando a
dupla Martin e Lewis. Foi professor de direção na University of Southern California, em Los
Angeles, tendo alunos como Steven Spielberg e George Lucas. Lewis traz em seu currículo
mais de 60 filmes, dentre os sucessos “Way...Way Out” (1966), de Gordon Douglas; e “The
King of Comedy” (1982), dirigido por Martin Scorsese. Também foi responsável pelo roteiro
e direção de diversos longas-metragens que participou. Em “Até que a Sorte nos Separe
2”, Jerry Lewis interpreta um mensageiro do hotel onde está hospedada a família de Tino
(Leandro Hassum), que vive pedindo gorjetas aos hóspedes. A participação é uma referência
ao filme “O Mensageiro Trapalhão” (“The Bellboy”), estrelado por Lewis em 1960.
20
Rodrigo Sant’Anna
Formado pela Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), o carioca Rodrigo Sant’Anna se tornou
conhecido pelo espetáculo “Os Suburbanos” (2005) – no qual assinou o roteiro, dirigiu e
atuou. Sucesso de crítica e público, a montagem ficou em cartaz durante cinco anos e
reuniu mais de meio milhão de espectadores. A partir daí, fez pequenas participações em
seriados na Rede Globo, como “A Diarista”, e integrou o elenco fixo do infantil “A Turma do
Didi”, idealizado por Renato Aragão. No final de 2009, passou a fazer parte do humorístico
“Zorra Total”, a convite do diretor Maurício Sherman. Logo no ano seguinte, realizou uma
participação ao lado da atriz Katiuscia Canoro (Lady Kate) e hoje encena com ela o quadro
de maior sucesso do humorístico, no qual encena a transexual Valéria Vasques. Rodrigo
Sant’Anna ateve um pequeno papel em “Até que a Sorte nos Separe” e agora volta à cena
como Manochaco, chefe da máfia mexicana para quem Tino (Leandro Hassum) perde toda
sua herança no cassino.
21
Arlete Salles
Nascida em Paudalho (Pernambuco), Arlete Salles Lopes iniciou sua carreira artística como
locutora na Rádio Jornal do Commercio, no Recife. Em 1960 foi para os Diários Associados,
trabalhando na Rádio Tamandaré e na TV Rádio Clube de Pernambuco. Integrou a companhia
teatral de Barreto Júnior, onde recebeu prêmio de atriz revelação em 1958. No mesmo ano,
se casou com o ator Lúcio Mauro, com quem teve dois filhos: o ator Alexandre Barbalho e o
cineasta Gilberto Salles. Com o marido, mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar como
atriz na TV Tupi. Em 1967, foi trabalhar na Rede Globo, emissora na qual estrelou papéis
engraçados e extravagantes em novelas e minisséries. No total, foram mais de 50 títulos, com
destaque para “Selva de Pedra” (1972), “Tieta” (1989), “Pedra Sobre Pedra” (1992) e “Toma Lá
Dá Cá” (2007). No teatro, um de seus últimos trabalhos foi o musical “Hairspray” (2009), no qual
interpretava a vilã Von Tussle. Integrou o elenco de 11 filmes entre 1963 e 2008, destacando “A
Dama das Camélias” (1972) e “Irma Vap - O Retorno” (2006). Em “Até que a Sorte nos Separe
2”, Arlete Salles vive Estela, mãe de Jane (Camila Morgado), que recebe metade da herança
deixada por Tio Olavinho após sua morte. Ela viaja para Las Vegas junto com a filha e o genro.
22
Berta Loran
Berta Loran nasceu em Varsóvia (Polônia) como Basza Ajs. Aos 11 anos, mudou-se com a
família para o Brasil, mais especificamente para o Rio de Janeiro. Ao ingressar no teatro por
incentivo do pai, na década de 40, decidiu mudar adotar o nome artístico. Iniciou a carreira
apresentando-se em clubes da comunidade judaica. Seu primeiro papel para o grande público
foi em um espetáculo do Teatro de Revista, apresentando em 1952 no Teatro Carlos Gomes.
Nos cinemas, seu primeiro papel foi na chanchada “Sinfonia Carioca” (1955), dirigida por
Watson Macedo. Sem nunca ter abandonado os palcos, apresentou-se em Portugal com a
peça “Fogo no Pandeiro” (1957) e acabou morando no país por quase seis anos. Ao retornar
para o Brasil, integrou o elenco do musical “Como Vencer na Vida sem Fazer Força”, ao lado
de nomes como Moacyr Franco e Marília Pêra. Já na televisão, sua estreia se deu no programa
“Espetáculos Tonelux” (1964) e, desde então, participou de diversas novelas e humorísticos,
com destaque para “Viva o Gordo” (1981); “Escolinha do Professor Raimundo” (1990), “Zorra
Total” (2005) e “A Grande Família” (2012). Em “Até que a Sorte nos Separe 2”, Berta Loran
vive Manuela, o grande amor da vida de Tio Olavinho. Ela trabalha como atendente no hotelcassino onde a família de Tino se hospeda e participa da cerimônia em homenagem ao antigo
namorado, realizada em Las Vegas.
23
Marcius Melhem
Marcius Vinícius de Assis Melhem é um ator e humorista brasileiro nascido em Nilópolis.
Formado em jornalismo pela PUC-Rio, é jornalista e diretor da Agência Leia, que produz
conteúdo em tempo real sobre economia. Em 2001, fez a minissérie “DNA” e foi autor do
programa “Ana e Beto”, para a GNT de Portugal. Em 2003, participou de sua primeira novela,
“Mulheres Apaixonadas”, na Rede Globo. Desde então, integrou o elenco de diversos outros
títulos, dentre seriados e programas semanais. O reconhecimento veio em 2005, quando
passou a fazer parte do elenco fixo do humorístico “Zorra Total”, no qual ainda é destaque.
Ao lado de Leandro Hassum, ganhou um programa próprio chamado “Os Caras de Pau”, que
conquistou o público dominical. No teatro, participou de espetáculos como “Z.É. – Zenas
Emprovisadas” (2008), “Enfim, Nós” (2012), “O Submarino” (2013) e “Nós na Fita” (2004), na
qual também é diretor e segue fazendo temporada até hoje. Marcius é casado com a estilista
Joana Rosenfeld, e é pai das gêmeas Manuela e Nina. Em “Até que a Sorte nos Separe 2”, o
ator interpreta outro mensageiro do cassino The Venetian/ The Palazzo.
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ROTEIRO
A assinatura de Paulo Cursino em um roteiro já virou
sinônimo de sucesso. O autor está por trás da franquia
“De Pernas para o Ar” e agora volta a trabalhar com
o diretor Roberto Santucci em “Até que a Sorte nos
Separe” – filmes que lideram as bilheterias nacionais
desde 2011. No longa-metragem de 2012, Cursino
usou como inspiração o livro “Casais Inteligentes
Enriquecem Juntos”, escrito por Gustavo Cerbasi.
Foi como surgiu a trama do perdulário Tino, vivido
por Leandro Hassum, que ganha R$200 milhões na
loteria e consegue esbanjar todo o dinheiro. Para a
sequência, o desafio do roteirista foi dar um novo
olhar para a história, sem perder sua essência. O
filme é coescrito por Chico Soares.
“Se você repetir o primeiro filme, o público vai se
decepcionar. Se você trouxer algo totalmente novo, o
decepcionará também. O segredo está no equilíbrio
entre as novidades e o que já foi. Uma saída é trazer
novos personagens, que sempre ajudam a arejar
a proposta”, avalia Cursino, referindo-se a Victor
Leal, Arlete Salles e Berta Loran, além do lutador
Anderson Silva e do comediante norte-americano
Jerry Lewis, que ganhou uma participação mais que
especial na trama.
Antes mesmo de rodar o primeiro filme, a equipe já
pensava numa sequência. Tio Olavo – interpretado
no longa original por Maurício Sherman – foi um
personagem criado a partir dessa ideia. Na nova
narrativa, o protagonista Tino ganha R$ 100 milhões
de herança do parente: “Uma herança é sempre
uma forma rápida de enriquecer um personagem,
assim como um cassino é uma forma rápida de
empobrecê-lo”.
E é exatamente o que acontece no segundo filme.
Para ganhar a bolada, Tino precisa atender ao último
desejo de Tio Olavo e jogar suas cinzas no Grand
Canyon. “Li há muito tempo numa revista de avião que
este é um dos dez pontos turísticos mais procurados
com essa finalidade”, explica. Toda a família embarca
na viagem e decide visitar Las Vegas, famosa por
seus inúmeros cassinos. Oitenta por cento do filme
foi gravado no estado de Nevada e Paulo Cursino
passou 12 dias acompanhando o set.
“O mérito vai para o diretor Roberto Santucci, que
dá espaço para o roteirista estar junto e dividir
o momento com os atores. É um grande ato de
generosidade e de inteligência da parte dele. Ter
25
mais uma pessoa da parte criativa no set é um luxo.
Por mim, iria sempre. Foi muito divertido, a locação
ajudava muito. Las Vegas é uma cidade inspiradora
para uma comédia”.
Comédia é a praia de Cursino, seja no cinema ou
na televisão. O roteirista participou de diversos
programas de humor, como “Zorra Total”, “A Grande
Família”, “SOS Emergência”, “Os Caras de Pau” e
“Sob Nova Direção”. O autor, contudo, não se
restringe a um único gênero.
“Adoraria escrever uma comédia de
humor negro ou até mesmo um filme
de terror. Também me interesso
por drama político e tenho várias
ideias anotadas. Meu problema
é a agenda! Já tenho projetos
fechados até o final de 2015,
sem contar o que faço para a
TV. Talvez eu conseguisse tempo
se ganhasse na loteria ou tivesse
acesso a uma herança inesperada.
Mas acho que isso só acontece
nos meus filmes mesmo (risos)”.
LOCAÇÕES
Las Vegas nasceu no deserto e é hoje a cidade que
mais cresce na América do Norte. Segundo o último
censo, possui cerca de 1,9 milhão de habitantes,
sendo a 30ª cidade mais populosa dos Estados
Unidos. Fundada em 1905, foi durante 30 anos o
palco de Elvis Presley, possui a maior concentração
de capelas por metro quadrado e casa 100 mil
pessoas por ano. Vegas também abriga 19 dos 20
maiores hotéis do mundo e é muito famosa por seus
cassinos. Um deles é o The Venetian | The Palazzo,
com quem a produção do filme “Até que a Sorte nos
Separe 2” fez um acordo e onde foi realizado 80% do
set de filmagens.
Durante cerca de dez dias, no final do último mês
de julho, a produção gravou as cenas iniciais do
longa-metragem no Rio de Janeiro. Lugares como o
Mercado São Sebastião, na Penha, e o Aeroporto de
Jacarepaguá serviram como locação. Mas o trabalho
duro começou mesmo no início de agosto, quando
uma equipe de 30 pessoas embarcou para o estado
de Nevada, onde passou cerca de um mês.
“O mais interessante em gravar no exterior foi
perceber que nossos profissionais não perdem em
nada para os americanos, muito pelo contrário.
Fiquei muito orgulhosa da nossa equipe e foi uma
experiência maravilhosa, realmente hollywoodiana”,
lembra Ula Schliemann, diretora de arte do filme.
As paisagens naturais do lugar foram amplamente
exploradas pela equipe. Algumas cenas foram
gravadas na Represa Hoover (Hoover Dam), uma
gigantesca construção de concreto considerada
o maior projeto de engenharia do país; outras no
Deserto de Nevada, onde a equipe passou por uma
tempestade de areia. No entanto, o grande cenário
era composto pelo colorido dos cassinos temáticos.
26
“Em Las Vegas, qualquer lugar se torna um grande
cenário! Onde quer que você olhe, encontra um
espaço bonito para gravar. Isso fez toda a diferença
para a arte do filme. No entanto, nossa grande estrela
eram os cassinos. São lugares muito diferentes,
onde você não sabe se é dia ou noite. Existe uma
quantidade de informações absurda: música,
luzes piscando, gente o tempo inteiro.
Isso talvez tenha dificultado um pouco
para os atores, que precisavam
se concentrar e passaram muito
tempo nessas condições. No
caso da arte, tentamos manter
o olhar atento para aproveitar o
melhor daquele cenário gigante
que é a cidade”, explica Ula,
que também foi responsável pela
direção de arte do primeiro “Até
que a Sorte nos Separe”.
Produção
Talvez o maior desafio de uma franquia seja reinventar
uma história de sucesso, mantendo em cena aquelas
características que mais agradaram o público no
original. O objetivo da produtora Gullane é alcançar
esse equilíbrio com “Até que a Sorte nos Separe 2”. No
primeiro longa-metragem, a proposta foi produzir em
um segmento que vem crescendo cada vez mais no
Brasil, mas que ainda não havia sido explorado pela
produtora: a comédia. O sucesso foi tão estrondoso
que transformou o filme na maior bilheteria nacional
de 2012. Agora, todos os envolvidos retomam a
parceria para o que promete ser mais um recorde do
cinema no Brasil.
Para Caio Gullane, cinema é uma aposta e os bons
números obtidos com o primeiro filme são a prova
de que eles apostaram certo. Desde o início, a ideia
era fazer uma continuação para o roteiro de Paulo
Cursino – escrito a partir do livro “Casais Inteligentes
Enriquecem Juntos”, de Gustavo Cerbasi. O cuidado
era dar um novo olhar para a trama, não permitindo
que ela fosse uma mera repetição: “Foi quando
surgiu a ideia de gravar em Las Vegas, que é o quinto
destino mais procurado pelos turistas brasileiros.
Sabíamos que este cenário nos possibilitaria explorar
uma nova faceta dos personagens, abusando de
temperos diferenciados”, explica Caio Gullane.
“A experiência com o primeiro filme foi muito
favorável, o que por si só já justifica uma continuação.
Temos uma história emocionante e divertida, que
une dois elementos que chamam a atenção do
brasileiro: amor e dinheiro. O trabalho com a equipe
e os sócios também funcionou muito bem. Somado
à boa aceitação do filme por parte do público,
estamos muito seguros com o novo projeto”, frisa
Fabiano Gullane, referindo-se à parceria com as
distribuidoras Paris Filmes, Downtown e RioFilme,
além das coprodutoras Globo Filmes e Telecine.
Assim, parte do elenco do filme – Leandro Hassum,
Camila Morgado, Kiko Mascarenhas e Rita Elmôr
– se deslocou em agosto deste ano para a cidade
mais conhecida do estado de Nevada, que recebe
anualmente cerca de 35 milhões de visitantes. Lá,
eles passaram quase trinta dias no hotel The Venetian
| The Palazzo, onde gravaram o que corresponde a
80% do filme.
“Acreditamos que, por tratar-se de uma cidade
globalizada, o filme terá identificação com outros
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públicos”, analisa Caio.
“Até que a Sorte nos Separe” marcou a estreia de
Leandro Hassum como protagonista no cinema. Ator
de apelo popular, é considerado um dos grandes
pilares do longa- metragem. “Ele é um cara muito
querido por quem vê televisão, quem vai ao teatro
e agora de quem o assistiu nos cinemas. Ele é uma
estrela muito importante, que ficará eternamente
gravada no coração e na mente das pessoas.
Claro que grande parte deste sucesso se
deve também ao trabalho de direção
do Roberto Santucci e do roteiro do
Paulo Cursino, que criaram uma
atmosfera favorável para que
a aceitação popular fosse tão
boa”, conclui Fabiano.
“Até que a Sorte nos Separe 2”
chega aos cinemas em 27 de
dezembro, pouco mais de um ano
após o lançamento do primeiro filme.
Uma possível sequência já está
sendo pensada, a fim de fechar a
trilogia assinada pela Gullane.
Produção
Fundada em 1996, a Gullane é uma
produtora de conteúdo para cinema
e televisão que mantém participação
ativa no crescimento do audiovisual brasileiro.
Suas obras conquistaram reconhecimento da crítica e de
um público cada vez maior. A qualidade técnica e artística
identificada em cada produção tornou-se referência,
garantindo à Gullane um espaço conceituado no mercado
cinematográfico.
Sua dedicação na produção é igualmente aplicada nas etapas
de lançamento em festivais e no circuito comercial. Esse
empenho permitiu à Gullane acumular mais de 100 prêmios em
sua carreira, além de ter seus filmes nas seleções oficiais dos
mais importantes festivais de cinema do mundo, como os de
Cannes, Veneza e Berlim.
O primeiro longa-metragem foi “Bicho de Sete Cabeças”, de
Laís Bodanzky, em parceria com as produtoras Buriti Filmes
e Dezenove Som e Imagens. Lançada em 2001 a obra é
considerada referência na retomada do cinema nacional.
Em seguida, realizou em coprodução com o diretor Hector
Babenco o filme “Carandiru” e a série “Carandiru, Outras
Histórias” (TV Globo). Depois de mais quatro títulos lançados
nos cinemas, a produtora realiza O Ano em que Meus Pais
Saíram de Férias”, de Cao Hamburger. Vendida para cerca de
40 países, a produção de 2006 foi elogiada de maneira unânime
pela imprensa nacional e estrangeira e foi considerada uma
das nove melhores produções internacionais do ano de acordo
com o comitê do Oscar.
Logo após, chegam às salas de exibição outras cinco produções
nacionais com assinatura da Gullane: o documentário “O
Mundo em Duas Voltas”, de David Schürman; o vencedor do
Prêmio Unicef, “Querô”, de Carlos Cortez; o filme voltado para
o público jovem “O Magnata”, de Johnny Araújo; o premiado
longa de terror de José Mojica Marins, “Encarnação do
Demônio”; a obra que marcou a volta de Tônia Carrero aos
cinemas, “Chega de Saudade”; e a produção brasileira com
maior retorno de mídia na história da distribuidora Warner
Bros. no país: “As Melhores Coisas do Mundo”, ambos de
Laís Bodanzky. Em 2011, lança “Meu País”, primeiro longametragem de ficção do diretor André Ristum, vencedor de
inúmeros prêmios no Festival de Brasília.
Em 2012, a comédia “Até que a Sorte nos Separe, de Roberto
Santucci, conquista 3,5 milhões de espectadores e se torna
recordista de bilheteria nacional no ano.
Em 2013, chegam aos cinemas os filmes “Chamada a Cobrar”,
de Anna Muylaert, e “Mundo Invisível”, com direção geral
de Leon Cakoff e Renata Almeida, o longa reúne curtas de
grandes diretores como Manoel de Oliveira, Atom Egoyan,
Wim Wenders, Theo Angelopoulos e Maria de Medeiros,
além de “Uma História de Amor e Fúria”, de Luiz Bolognesi,
realizado em coprodução com a Buriti Filmes e grande
vencedor do Festival de Annecy, o mais importante festival de
animação do mundo.
Como parte de uma estratégia contínua de busca de novos
mercados, a Gullane negocia seus filmes com importantes
distribuidoras e agentes de venda levando as produções
brasileiras ao mercado externo. E colabora, de forma
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consistente, com o aumento da participação brasileira
em coproduções ao trazer para o país talentos e recursos
estrangeiros. Alguns dos resultados dessa iniciativa pode ser
visto em TABU (2013), coprodução com Portugal, dirigida por
Miguel Gomes e vencedor do Alfred Bauer Prize no Festival
de Berlim; “A Sorte em Suas Mãos” (2013), filme dirigido por
Daniel Burman e coproduzido com a Argentina e Espanha, e
“Terra Vermelha” (2008), premiada coprodução entre Brasil e
Itália dirigida por Marco Bechis.
Atenta também ao mercado de televisão, a Gullane fortalece
sua atuação com a criação de conteúdo para esse segmento
e parceria com os principais emissoras do mercado tendo
realizado projetos como as séries de ficção “Fora de Controle”,
dirigido por Johnny Araújo e Daniel Rezende (Record, 2012); e
“Alice” e “Alice Especial”, com direção geral de Sérgio Machado
e Karim Aïnouz (HBO, 2008/10); os documentários “Lutas.doc”,
de Daniel Augusto e Luiz Bolognesi (TV Brasil, 2009); e “1981
– O Ano Rubro Negro”, de Eduardo Rajabally (ESPN, 2011); e a
série reality “Resgate Animal” (Discovery, 2013)
Buscando o contínuo aprimoramento da qualidade de suas
produções, a Gullane conta com uma equipe estruturada
para manter uma importante sequência de trabalhos e
colabora de forma ativa com o fortalecimento e a renovação
da indústria cinematográfica nacional ao lançar novos e
talentosos diretores.
Por seu perfil empresarial, seu histórico criativo e seu
expressivo volume de realizações audiovisuais, a Gullane
está posicionada hoje entre as principais produtoras de
conteúdo do Brasil.
Distribuição e Coprodução
A Paris Filmes é uma empresa brasileira que atua no mercado de distribuição, produção e exibição de filmes.
A companhia está alicerçada em uma estrutura independente, onde a qualidade de seus produtos e o respeito
com que se trabalha são elementos indispensáveis. Unidos, esses fatores fizeram e fazem da empresa hoje,
uma das mais respeitadas e tradicionais distribuidoras do país.
A partir de 2011, a empresa passou a atuar também na produção de filmes brasileiros. O investimento foi
um novo desafio que deu certo, desde sua primeira aposta, com o longa metragem ‘De Pernas Pro Ar’, do diretor Roberto Santucci.
Atualmente, onze filmes já foram produzidos pela companhia, entre eles: ‘E Aí Comeu’, ‘Cilada.com’ e ‘Minha Mãe É Uma Peça – O Filme’.
Em 2009 a companhia conseguiu firmar seu espaço no mercado se tornando líder dentre as distribuidoras nacionais ao apoiar grandes
e pequenas produções, nacionais e internacionais, dentre elas o fenômeno ‘A Saga Crepúsculo’. Em 2011, fechou o ano como a maior
distribuidora independente e a 3ª maior em participação de market share. E no ano seguinte, confirmou seu espaço ao conquistar o 1º lugar
em Market Share dentre todas as distribuidoras, majors e independentes, além de distribuir grandes sucessos como o filme brasileiro com
maior número de bilheteria no ano, ‘Até que a Sorte Nos Separe’, do diretor Roberto Santucci. Neste mesmo ano, a Paris Filmes lançou
a nova franquia cinematográfica ‘Jogos Vorazes’, além de distribuir os premiados: ‘O Artista’, ‘A Dama de Ferro’ e ‘Meia-Noite em Paris’.
A Paris Filmes segue sua trajetória de sucesso em 2013. São da distribuidora os dois maiores filmes nacionais até aqui, ‘De Pernas Pro
Ar 2’ e ‘Minha Mãe É Uma Peça - O Filme’, que por conta de seu sucesso já tem uma sequência encomendada. E a previsão é de mais
bilheteria com ‘Crô - O filme’, de Bruno Barreto e ‘Meu Passado me Condena’, de Júlia Rezende. Para os títulos internacionais, a previsão
também é ótima: depois de sucessos como ‘Truque de Mestre’ e ‘O Lado Bom da Vida’, as grandes produções até o final do ano incluem
‘Os Suspeitos’, com Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal; ‘Rota de Fuga’, com Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone; ‘Ender’s Game –
O Jogo do Exterminador’, de Gavin Hood; além de ‘Última Viagem a Vegas’, com Robert De Niro, Michael Douglas e Morgan Freeman e o
segundo filme da franquia Jogos Vorazes – Em Chamas’, de Francis Lawrence.
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Coprodução
Desde 1998, a Globo Filmes já participou de mais de 130 filmes, levando ao público o que há de melhor
no cinema brasileiro. Com a missão de contribuir para o fortalecimento da indústria audiovisual nacional,
a filmografia contempla vários gêneros, como comédias, infantis, romances, dramas e aventuras,
apostando em obras que valorizam a cultura brasileira. A Globo Filmes participou de alguns dos maiores
sucessos de público e de crítica como ‘Tropa de Elite 2’, ‘Se Eu Fosse Você 2’, ‘2 Filhos de Francisco’, ‘O
Palhaço’, ‘Xingu’, ‘Carandiru’, ‘Nosso Lar’ e ‘Cidade de Deus’ – com quatro indicações ao Oscar. Suas atividades se baseiam
em uma associação de excelência com produtores independentes e distribuidores nacionais e internacionais.
Há 22 anos, a Rede Telecine estreia na TV brasileira o melhor do cinema mundial, cada vez mais
rápido. Joint- venture entre a Globosat e os quatro maiores estúdios de Hollywood – Paramount,
MGM, Universal e Fox – também exibe com exclusividade as produções da Disney, além de sucessos
do mercado independente. Visando investir cada vez mais na produção cinematográfi ca nacional, a
Rede Telecine lançou em 2008 o Telecine Productions, selo de coprodução de títulos em parceria com grandes produtoras
brasileiras. Além de estimular a criação de novos fi lmes e garantir sua exibição com exclusividade nos canais da Rede, em
algumas produções o Telecine exibe versões exclusivas. A Rede Telecine é líder absoluta entre os canais de fi lmes da TV por
assinatura. Em 2013, pelo oitavo ano consecutivo, exibiu o fi lme mais assistido na TV paga brasileira. Com o menor índice
de repetição e os maiores e mais recentes longas do mercado brasileiro. O Telecine reúne sete das 10 maiores bilheterias do
cinema em 2012. Nos últimos 20 anos, estreou com exclusividade 13 vencedores do Oscar de Melhor Filme.
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Coprodução e codistribuição
A RioFilme é uma empresa pública de investimento em
audiovisual, vinculada à Prefeitura do Rio de Janeiro. Fundada
em 1992 para apoiar a produção e distribuição de cinema na
cidade, foi revitalizada em 2009 com a missão de promover o
desenvolvimento da indústria audiovisual carioca, levando em
conta seus impactos econômicos e sociais.
Em 20 anos de atuação, foi fundamental para a revitalização do cinema brasileiro a
partir dos anos 90, investindo no desenvolvimento, na produção e no lançamento de
longas, na produção de curtas e na realização de eventos. Com a revitalização, deixou
de ser apenas distribuidora e tornou-se uma investidora em produção, distribuição,
exibição, infraestrutura, difusão e capacitação, atuando também em parceria com a
iniciativa privada.
Desde então, a Prefeitura investiu, por meio da RioFilme, cerca de R$150 milhões
em 350 projetos de filmes, eventos, ampliação do acesso e capacitação. A empresa
também elevou sua receita, de cerca de R$1,5 milhão em 2008, para cerca de R$24
milhões em 2012, dinheiro que está sendo totalmente reinvestido no setor de audiovisual
carioca através de novos programas de financiamento em Cinema e TV, Capacitação
de profissionais do setor, implantação de novas salas do Cine Carioca, do Programa
Cinema na Escola e do Programa de Investimentos Não Reembolsáveis, que em 2013
contemplou 70 projetos em seis linhas de investimento: Desenvolvimento de Projetos
de Longa-metragem, Desenvolvimento de Projetos de Série de TV, Produção de
Curta-metragem, Produção e Finalização de Longa-metragem, Produção de Mostras
e Eventos e Produção de Documentário para TV por Assinatura, em parceria com o
Canal Brasil.
A empresa tem diversificado os investimentos e ampliado o seu alcance, multiplicou
o número de projetos apoiados e de empresas beneficiadas, assim como o público
impactado. A capacidade de investimento foi elevada e os resultados tornaram-se mais
significativos, beneficiando a indústria audiovisual carioca e a população da cidade.
CoDISTRIBUIÇÃO
Fundada em 2006 por Bruno Wainer, que tem em seu currículo a
distribuição de alguns dos maiores sucessos do cinema brasileiro,
entre os quais se destacam ‘Olga’, ‘Os Normais’, ‘Central do Brasil’ e
‘Cidade de Deus’, a Downtown Filmes especializou-se a partir de 2008
na distribuição exclusiva de filmes brasileiros. Isso garantiu à empresa o
lançamento de grandes sucessos de bilheteria como ‘Meu Nome Não é
Johnny’, ‘Divã’ e ‘Chico Xavier’.
Em 2011 foi responsável pela distribuição dos dois maiores sucessos do ano: as comédias
‘De Pernas Pro Ar’ e ‘Cilada.com’, que juntos venderam mais de 6,6 milhões de ingressos.
Outro lançamento importante foi o documentário ‘Lixo Extraordinário’, indicado ao Oscar
neste mesmo ano. Em 2013, a Downtown Filmes lançou dois grandes sucessos: ‘De Pernas
Pro Ar 2’, que ultrapassou a marca de 4,8 milhões de espectadores e ‘Minha Mãe É Uma
Peça - O Filme’, com mais de 4,6 milhões de ingressos vendidos. Até agosto deste ano, a
Downtown Filmes, em parceria com a Paris Filmes lançou 5 filmes e vendeu mais de 11,5
milhões de ingressos.
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