Mioma uterino incompleto

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Mioma uterino incompleto
Mioma uterino
Definição: tumor sólido, benigno, monoclonal, que origina-se no miométrio e é constituído de células de
musculatura lisa e predomínio de tecido fibroblástico conectivo (matriz extracelular). Hipertrofia e hiperplasia de
musculatura lisa,além de aumento da matriz extracelular
Incidência:
mulheres negras: 60% aos 35 anos , aumentando para 80% aos 50 anos.
mulheres brancas: a incidência é de 40% aos 35 anos e 70% aos 50 anos,
Mulheres em idade fértil : 20 a 30%
Mulheres acima de 40 anos : 40%
Antes do menacme : raro. Após menopausa : regride
Raça : negra 3 a 9x maior que branca.
Antecedentes familiares : importante
Etiopatogenia: fatores hormonais, fatores de crescimento e genéticos tem sido esclarecidos por estudos de biologia
molecular. Os fatores de iniciação provavelmente são alterações genéticas adquiridas no miométrio que
influenciadas por fatores promotores (hormônios) e efetores (fatores de crescimento) estão envolvidos na gênese
desse tumor. Perda da regulação do crescimento. Tem receptor estrogênico e produz aromatase.
Fatores de crescimento:
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Epidermal growth factoß
Insulim like growth factor ( IGF)
Transforming growth factor ß ( TGF-ß )
Platelet derived growth factor ( PDGF )
Fibroblast growth factor (FGF )
Macroscopia : nódulo circunscrito enucleável, pode ser confundido com pólipo
Microscopia : feixes de células musculares lisas que se entrelaçam em diferentes direções e sem atipias, permeadas
de colágeno e vasos sanguíneos
Gestação não faz surgir novos miomas, mas pode fazer aumentar os já existentes (+ 1º tri)
Mais comum em nulíparas
Obesidade facilita o crescimento de miomas
Tabaco é fator protetor para miomas
ACHO por tempo prolongado protege contra formação de novos miomas
Diagnóstico
Clínica:
Assintomáticos
Sintomáticos : 50 a 80%
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aumento do fluxo menstrual: hipermenorréia e menorragia
aumento do volume abdominal
dor pélvica
infertilidade
compressão de estruturas como bexiga e reto
Exames complementares
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Ultra-som abdominal, pélvico e TV: quantificar o número, tamanho e localização dos nódulos de
leiomioma. A visualização do endométrio e dos ovários também é de igual importância para afastar
outras doenças que possam coexistir. A via abdominal deve complementar a endovaginal em casos de
leiomiomas volumosos.
Histerossonografia : distensão com solução salina, permite avaliar a cavidade endometrial com
resultados semelhantes a histeroscopia. A distensão da cavidade pode ainda facilitar o grau de
acometimento intramural de nódulos com componente submucoso.
Histerossalpingografia: mostra o relevo da cavidade endometrial de forma indireta, através do contato
do contraste com o endométrio, mas não permite adequada avaliação miometrial. Este exame não tem
indicação para se avaliar detalhes dos leiomiomas, mas sim a sua eventual relação com a cavidade e
tubas.
Ressonância nuclear magnética: maior acurácia no mapeamento dos nódulos uterinos (número e
localização) e está formalmente indicada na presença de 4 ou mais nódulos ou volume uterino acima de
400 cc, no caso de programação cirúrgica conservadora.
Histeroscopia : realizada em ambiente ambulatorial e fornece informações importantes do canal
endocervical, cavidade endometrial e relação do nódulo com o miométrio.
Diagn diferencial
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Gestação
Tumor anexial
Tumor extra genital
Endometriose
Adenomiose
Leiomiossarcoma
Tratamento
.Assintomáticos: expectante
.Sintomáticos: (MEDCURSO)
- nodulo isolado: miomectomia
- nódulos difusos: HTA
- nódulos difusos com desejo de prole: análogo do GnRH
- gigante: embolização ( fazer RNM para excluir sarcomatose)
- mioma parido: retirar via vaginal, enviar para anatomo-patologico, histeroscopia com Bx
- submucoso: HTA + Bx
.Gestante: expectante
Clínico
- AINE: dor pélvica com útero pequeno – vasoconstrição
- Anticoncepcionais (todos): Controle de menorragia – excesso. Há controvérsias a respeito do uso de ACHO, pois
alguns estudos mostram que os miomas têm receptores de estrógeno, sendo assim, contra-indicado o uso de ACHO
combinados. O mais indicado é o ACHO isolado, apesar de alguns miomas apresentarem tbm receptores de
progesterona.
- Análogo de GnRH (3-6m): redução de 25-80% do volume uterino, melhora a amenorréia, dismenorréia e dor
pélvica. Ef col: síndrome climatérica, perda de massa óssea e piora do perfil lipídico. Indicações:
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Anemia;
Leiomiomas volumosos;
Leiomiomas de localização anômala (intraligamentar, próximo as tubas uterinas);
Prévio a miomectomia histeroscópica;
Programação de histerectomia vaginal em úteros grandes.
Cirúrgico
Indicação cirúrgica: dor intensa e/ou sangramento causando repercussão (anemia) e/ou útero >250cc.
Miomectomia convencional:
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Úteros Volumosos
Múltiplos Nódulos
Localização: posteriores, próximos as tubas uterinas
Permite Palpação
Miomectomia laparoscópica:
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Subseroso
Intramural ?
5 Nódulos ou 10 cm na somatória dos diâmetros
Instrumentos Adequados
Experiência do Cirurgião
Miomectomia histeroscópica:
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Submucoso (3 cm) Tipo 0 e Tipo I
Pode necessitar de vários tempos cirúrgicos
Fluído para distensão da cavidade:
o Manitol – SF 0,9%
Histerectomia abdominal:
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Úteros Volumosos
Suspeita de Malignidade
Endometriose
MIPA
Cirurgias Pélvicas
Histerectomia vaginal:
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Volume Uterino < 280cc ?
Mobilidade do Colo
Instrumentos Adequados
Experiência do Cirurgião
Histerectomia laparoscópica:
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Volume Uterino ??
Instrumentos Adequados
Experiência do Cirurgião

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