Caso clínico
Transcrição
Caso clínico
Caso clínico Clinical report Barvalento Médico 2008; 2 (vol.1): 26-30 Hemangioendothelioma Kaposiforme do Mediastino num adolescente Kaposiform Hemangioendothelioma of the Mediastinum in an adolescent patient Máximo Bernabeu-Wittel1, Salvador García-Morillo1, Jorge Fernández-Alonso2, José A. Cuello-Contreras1 1 - UCAMI, Servicio de Medicina Interna. Hospitales Universitarios Virgen del Rocío, Sevilla, Spain 2 - Servicio de Anatomía Patológica. Hospitales Universitarios Virgen del Rocío, Sevilla, Spain SUMÁRIO O hemoangioendotelioma kaposiforme é uma neoplasia vascular pouco frequente, localmente agressiva, que aparece principalmente na infância. Tem a sua origem geralmente na pele e atinge, posteriormente, os tecidos mais profundos por infiltração. Os autores descrevem um caso clínico de Hemangioendotelioma kaposiforme nomediastino associado com uma síndrome de Kassabach-Merrit sem envolvimento cutâneo, num doente de 16 anos. A histologia do tumor revelara áreas que recordavam um hemangioma capilar, juntamente com áreas de células espiculadas semelhantes às do Kaposi, formando canais vasculares. Este último componente cresceu dentro do lúmen linfangiomatoso e infiltrou os espaços perivasculares. Nos estudos com imunoperoxidase, as células endoteliais expressaram os CD34 e CD31, mas não se marcaram com anticorpos para o antígeno relação ao do com o Factor VIII; a reacção em cadeia da polimerase para detectar o ADN do herpes vírus humano 8 no tumor, também foi negativa. Apesar da ressecção cirúrgica extensa seguida por tratamento com interferão alfa-2ª, o doente faleceu sete meses depois. Tal como nas crianças nos doentes de maior idade, o aparecimento de uma coagulopatía de consumo na presença de um tumor vascular deverá fazer pensar, entre outras entidades, num hemangioendotelioma kaposiforme. Barlavento Médico 26 PALAVRAS CHAVE: Kaposiform hemangioendothelioma, mediastinum, Kassabach-Merrit syndrome Correspondência | Correspondence [email protected] ABSTRACT Kaposiform hemangioendothelioma is a rare, locally aggressive vascular neoplasm, that occurs mainly in childhood; it originates generally in the skin, affecting the deeper tissues with an infiltrative growth. A kaposiform hemangioendothelioma of the mediastinum associated with the Kasabach-Merritt syndrome, without cutaneous involvement, was diagnosed in a 16 year old patient. The histological findings of the tumour revealed areas resembling capillary hemangioma, mixed with Kaposi like areas of spindled cells lining the vascular channels. This latter component grew inside the lymphangiomatous lumina and infiltrated the perivascular spaces seen on immunoperoxidase studies.The endothelial cells expressed CD34 and CD31, but did not stain with the antibody to factor VIII-related antigen. The polymerasechain reaction to detect human herpesvirus 8 DNA in the tumour was also negative. In spite of extensive surgical resection followed by treatment with alfa-2a interferon, the patient died seven months later. As in children, in the older patients, the onset of a consumptive coagulopathy in the presence of a vascular tumour should make us suspicious of, among other entities, kaposiform hemangioendothelioma. KEY WORDS: Kaposiform hemangioendothelioma, mediastinum, Kassabach-Merrit syndrome INTRODUÇÃO INTRODUCTION O hemangioendotelioma kaposiforme (EK) é uma neoplasia vascular agressiva que afecta principalmente crianças1. Aparece como uma ou múltiplas massas que afectam a pele e tecidos moles, na maior parte dos casos associam-se com uma coagulopatía de consumo (Síndrome de Kasabach-Merritt) e uma linfangiomiomatose. Embora o envolvimento visceral seja pouco frequente, descreveramse vários casos com afectação de osso, retroperitoneu ou 2 mediastino . Estos tumores tendem a ser localmente Kaposiform hemangioendothelioma (KHE) is an aggressive vascular neoplasm that affects mainly children. It appears as one or multiple masses affecting the skin or soft tissues and, in most cases, is associated with consumptive coagulopathy (Kasabach-Merritt syndrome), and lymphangiomatosis; although visceral involvement is very uncommon, several cases of bone, retroperitoneal, 2 or mediastinal involvement have been described . These tumours tend to be locally invasive, but are not known to invasivos, mas não se sabe se produzem metástases à distância. O aparecimento de EK nos adolescentes ou adultos jovens é muito pouco frequente2. Descrevemos um caso de EK do mediastino num doente de 16 anos com características clínicas especiais. CASO CLÍNICO Uma doente de 16 anos, sem história médica ou epidemiológica relevante, apresentou-se com uma dispneia progressiva de um mês de evolução. Inicialmente foi-lhe diagnosticado um tamponamento cardíaco através da radiografia do tórax e de uma ecocardiografía. Por drenagem urgente do pericárdio extraíram-se 150 ml de líquido serohemático. Tratava-se de um exsudado com 1,200 células/µl (90% linfocitos), proteínas 4g/dl, glicose 95 mg/dl, adenosindeaminase 17 UI/L, e LDH 323 UI/dl. A cultura para aeróbios e anaeróbios, assim como preparações para bacilos acido álcool resistentes, foram negativas e os estudos histológicos não foram conclusivos. A Tomografía computorizada (TC) torácica mostrou uma grande massa mediastínica e um derrame pleuro pericárdico. Biopsias efectuadas durante uma toracoscopia revelaram um tecido linfangiomiomatoso que atingia estruturas mediastínicas e ambas cavidades pleurais. Tempo de coagulação e as contagens celulares foram normais. Doente operado através de toracotomía mediana, tendo-se procedido a uma ressecção ampla da massa, bem como a uma pericardiectomía subtotal; o estudo histológico revelou uma linfangiomato produce distant metastases. The development of KHE in adolescents or in the adult age is very rare 2. We describe a case of KHE of the mediastinum in a 16-year old patient, with special clinical features. CLINICAL SUMMARY A caucasian 16-year-old girl without relevant medical or epidemiologic history, was attended because of progressive dyspnea in the last month. On admission, a cardiac tamponade was diagnosed by chest-X-ray and transthoracic echocardiography. 150 ml of serohemorrhagic pericardial fluid were evacuated by urgent pericardial drainage. Characteristics of the fluid showed an exudate with 1,200 cells/μl (90% lymphocytes), proteins 4 g/dl, glucose 95 mg/dl, adenosindeaminase 17 IU/L, and lactate-dehydrogenase 323 IU/dl. Aerobic and anaerobic cultures as well as acid-fast stains of the fluid were negative, and pathologic studies were non-diagnostic. Computerized tomography (CT) of the thorax showed a large mediastinal mass and pleuro-pericardial effusions. Biopsies taken at videothoracoscopy revealed a lymphangiomatous tissue involving mediastinal structures and both pleural leaves. Coagulation times and blood cell count were normal. The patient underwent extensive resection of the mass, and a subtotal pericardiectomy through a median thoracotomy. Histopathological diagnosis evidenced extensive mediastinal lymphangiomatosis. Five months later, the dyspnea worsened. Physical examination showed tachyp- Fig. 1 - TC torácica com administração de contraste en el caso clínico. Podemos observar uma voluminosa massa ocupante de espacio que ocupa el mediastino superior yosespacios pleurales bilateralmente. Thoracic CT-scan after the administration of intravenous contrast in Case 1. A voluminous contrast-enhanced mass occupying the superior mediastinum and bilateral pleural spaces was evident. 27 Barlavento Médico 1Zukerberg LR, Nickoloff BJ, Weiss SW. Kaposiform hemangioendothelioma of infancy and chilhood. Am. J. Surg. Pathol. 1993; 17: 321-328. 2Enjolras O, Mulliken JB, Wassef M, Frieden IJ, Rieu PN, Burrows PE, Salhi A, Leaute-Labreze C, Kozakewich HP. Residual lesions after Kasabach-Merritt phenomenon in 41 patients. J. Am. Acad. Dermatol. 2000; 42:225-235. sis mediastínica exclusivamente. Cinco meses depois, a dispneia piorou. O exame físico apresentava taquipneia, taquicardia, cianose central, alterações no leito ungueal e fervores bilaterais. Os tempos de protrombina e parcial de tromboplastina estavam aumentados, os produtos de degradação do fibrinógeno elevados e a contagem de plaquetas e fibrinógeno diminuídos (60,000 por µL e 50 mg/dl respectivamente). A serología para Vírus da imunodeficiencia humana (VIH) foi negativa. A espirometría mostrou uma restrição grave ao fluxo aéreo. Em TC (figura 1), verificava-se uma massa heterogénea captadora de contraste que ocupava o mediastino e os espaços pleurais bilateralmente. Foi instituída terapêutica com salbutamol, metilprednisolona por vía parenteral, e interferón alfa-2ª em dose de 1 000 000 U/m2/día. O doente melhorou a sintomatología e regularizou a coagulação. No entanto, cerca de quatro semanas depois, teve que interromper o tratamento com interferón devido à instalação de sintomas psicóticos. Morreu de insuficiência respiratória progressiva dois meses mais tarde. HISTOLOGIA Barlavento Médico 28 No estudo post-mortem, os achados mais importantes encontravam-se no tórax. Todas as estruturas torácicas estavam encapsuladas por um tecido gordo denso, com áreas de espongificação, que substituía difusamente a gordura mediastínica e infiltrava os espaços intersticiais. nea, tachycardia, central cyanosis, nail clubbing and bilateral rales. Prothrombin, and partial thromboplastin times were enlarged, fibrin degradation products were elevated, and platelet count and fibrinogen decreased (60,000 per μL and 50 mg/dl, respectively). Human immunodeficiency virus (HIV) serology was negative. Spirogram parameters showed severe airway restriction. On CT scan (Figure 1), a voluminous contrast-enhanced heterogeneus mass occupying the mediastinum and bilateral pleural spaces was evident. Treatment with salbutamol, parenteral methilprednisolone, and alfa-2a interferon at 1,000,000 U/m2/day was initiated. Her symptoms improved and the coagulopathy resolved. However, four weeks later, interferon was discontinued due to development of psychotic symptoms. She died of progressive respiratory insufficiency two months later. PATHOLOGICAL FINDINGS On postmortem examination, major findings were evident in thorax. All thoracic structures were encased by a dense gray tissue with spongy areas, that replaced diffusely the mediastinal fat, and infiltrated the intersticial spaces. Microscopical examination (Figure 2a) revealed a vascular neoplasm with wide areas of empty vascular spaces (lumina) surrounded by islets of smooth muscle cells and scattered foci of lymphocytes, delimited by fibrous walls, overlapped with a lobular component resembling a capillary hemangioma, but with Kaposi-like areas of spindled Fig. 2a) - Estudo microscópico (x100) com hematoxilina-eosina das biopsias da massa mediastínica. Pode observar-se uma neoplasia vascular com amplas áreas de espacos vasculares vazios (lúmen) rodeados de ilhas de células musculares lisas e focos disseminados de linfocitos, delimitados por paredes fibrosas, sobrepostas a com um componente lobular que recorda um hemangioma capilar, com áreas Kaposi-like de células espiculadas alinhadas em forma de canais vasculares. Microscopal examination (x100) with Hematoxillin-Eosin stains of the mediatinal mass biopsy of Case 1. A vascular neoplasm with wide areas of empty vascular spaces (lumina) surrounded by islets of smooth muscle cells and scattered foci of lymphocytes, delimited by fibrous walls, overlapped with a lobular component resembling a capillary hemangioma, with Kaposi-like areas of spindled cells lining vascular channels, can be seen. Fig. 2b) -Exame microscópico (x100) da imunohistoquímica da biopsia da massa mediastínica da paciente. As células neoplásicas endoteliales expressavam CD34 e CD31. Microscopal examination (x100) of inmunohistochemistry of the mediastinal mass biopsy of Case 1. Neoplastic endothelial cells expressed CD34 and CD31. O estudo microscópico (Figura 2a) revelou uma neoplasia vascular com amplas áreas de espaços vasculares vazios (lúmen) rodeados de ilhas de células musculares lisas e focos disseminados de linfocitos, delimitados por paredes fibrosas, subrepostos com um componente lobular que recordava um hemangioma capilar, mas com áreas Kaposi-like de células espiculadas alinhadas formando canais vasculares. Este último componente cresceu dentro do lúmen dos hemangiomas e infiltrava os brônquios pulmonares e os espaços perivasculares. Observaram-se capilares bem formados com frequentes microtrombos de fibrina e hematopoese intravascular extramedular na periferia dos lóbulos do tumor. Nos estudos por imunoperoxidase com fixação com formalina, nos tecidos, impregnados em parafina, as células neoplásicas endoteliales expressaram o CD34 e o CD31, mas não se coraram com anticorpo anti antígenodofactor VIII. A reacção em cadeia para a polimerase para detector o ADN do herpes vírus 8 no tumor e no sangue foi negativa. O diagnóstico final foi KHE visceral que afecta o mediastino com linfangiomiomatosis torácica difusa e fenómeno de Kassabatch-Merritt DISCUSSÃO Descrevemos um caso raro de HEK neste artigo. Que seja do nosso conhecimento, só se apresentaram 11 casos previamente em adolescentes e adultos, e as séries mais 3 extensas consistem em 3 casos .Várias características deste caso Clínico merecem ser comentadas. Primeiro, a presentação clínica e a cronologia da doença, que apareceu sem lesões cutâneas. A tripla associação de HEK, síndrome de Kassabach-Merritt e linfangiomiomatose torácica, que é excepção em crianças menores de dois anos e não foi sido descrita em doentes de maior idade; por outra parte, neste doente, a linfangiomiomatose precedeu em vários meses o desenvolvimento do HEK. Esta sequência está de acordo com a imagem histopatológica de crescimento de um tumor vascular através de um linfangioma, que se observa de forma típica no 1,4,5 HEK . Não obstante, a causa de esta associação com 1,4 a linfangiomiomatose permanece desconhecida . Neste caso, a ausência inicial de coagulopatía e de sinais de HEK nos tecidos extirpados extensamente e o desenvolvimento tardio do síndrome de Kassabatch Merritt e do HEK, coloca a hipótese de que a linfangiomiomatose fosse a lesão primitiva, e que posteriormente leve ao desenvolvimento HEK; não obstante, este facto deverá ser posteriormente estudado. Em segundo lugar, as dificuldades dos clínicos para chegar a um diagnóstico. De facto, o diagnóstico clínico inicial não pode identificar o HEK. Isto pode ser devido à presença de um diagnóstico histopatológico prévio (linfangiomiomatose torácica) e a ausência de envolvimento cutânea durante o seguimento, facto que constitui uma raridade, devido a que o HEK afecta quase única e primariamente 1,4,5 a pele . Assim pensamos que o aparecimento de uma coagulopatía de consumo na presença de uma neoplasia cells lining vascular channels. This latter component grew inside lymphangiomatous lumina and infiltrated pulmonary bronchi and perivascular spaces. Well-formed capillaries with frequent fibrin microthrombi and extramedular intravascular haematopoiesis were seen in the perifery of the tumor lobules. On immunoperoxidase studies on formalin-fixed, paraffin-embedded tissue, the neoplastic endothelial cells expressed CD34 and CD31, but did not stain with antibody to factor VIII-related antigen. Polymerase-chain reaction to detect human herpesvirus 8 DNA in the tumor and in blood was negative. The final diagnosis was visceral KHE affecting the mediastinum with diffuse thoracic lymphangiomatosis and a KasabachMerritt phenomenon. DISCUSSION We describe an unusual case of KHE.. To our knowledge, only 11 cases have been previously reported in adolescents 3 and adults, and the biggest series consists of 3 cases . Several features of our case bear mentioning: To begin with, the clinical presentation and chronology of the disease, appears without cutaneous involvement. The triple association of KHE, Kasabach-Merritt syndrome, and thoracic lymphangiomatosis is exceptional in infants younger than two and has not been previously described in older patients. On the other hand, in our patient, KHE was preceded several months by the development of lymphangiomatosis This sequence agrees with the histopathological picture of a vascular tumour growing trough a lymphangioma, which 4,5 is typically observed in KHE1, ; nevertheless, the cause of this association with lymphangiomatosis remains 1,4 obscure . In the present case, the initial absence of coagulopathy, and signs of KHE in the extensively excised tissues, and the later developement of the KasabachMerritt syndrome and KHE brings up the hypothesis of lymphangiomatosis as the earlier lesion. This subsequently lead to the developement of KHE. Nevertheless, this fact will remain to be elucidated. Secondly, there were the difficulties the clinicians faced in the diagnosis. In fact, initially, the clinical diagnosis failed to identify the possibility of KHE. This may be due to the presence of a previous histopathologic diagnosis (thoracic lymphangiomatosis), and the absence of cutaneous involvement during the whole follow-up, a fact that constitutes a rarity, since KHE affects almost steadily and primarily 1,4,5 the skin . In this sense, we think that the onset of a consumptive coagulopathy in the presence of a vascular neoplasia should bring on the suspicion of a KHE as other authors have already suggested, indifferent to age 2,3,5,6 and even in the absence of cutaneous involvement . Lastly, the fatal outcome is an issue to remark. Several factors are associated with the outcome of patients with KHE. In a series of five patients followed during a mean period of 19 years, KHE did not metastatize, in spite of Barlavento Médico 3Mac-Moune Lai F, To KF, Choi PC, Leung PC, Kumta SM, Yuen PP, Lam WY, Cheung AN, Allen PW. Kaposiform hemangioendothelioma: five patinets with cutaneous lesion and long follow-up. Mod. Pathol. 2001; 14:1087-1092. 4Enzinger FM, Weiss SW. Hemangioendothelioma: vascular tumors of intermediate malignancy. In: Soft tissue tumors, third ed. Mosby, 1995; 332-334. 5Mentzel T, Mazzoleni G, Deitos AP, Fletcher CD. Kaposiform hemangioendothelioma in adults: clinicopathologic and inmunohistochemical analysis of three cases. Am. J. Clin. Pathology. 1997; 108:450-455. 29 vascular pode fazer suspeitar um HEK como outros autores já sugeriram, sem importar a idade da paciente e, 2,3,5,6 inclusivamente, na ausência de afectação cutânea . Finalmente, a morte da doente é um facto significativo. Vários factores associam-se ao prognóstico dos doentes com HEK. Numa série de cinco doentes seguidos durante um período de 19 anos, o HEK não metastatizou, apesar 3 da ausência de regressão espontánea . A acessibilidade a excisão cirúrgica, a localização (cutânea versus visceral), o tamanho da massa tumoral, a resposta clínica ao interferón, glucocorticoides e a ausência de linfangiomiomatosis e síndrome de Kassabatch-Merritt, pode ter remissões 2,5-8 espontáneas . Por outra parte, como neste caso, grandes massas viscerais supõem uma taxa de mortalidade de 40-50%, principalmente devido à falência progressiva dos órgãos infiltrados apesar do interferón, glucocorticoides e da quimioterapia de combinação. Em conclusão, descrevemos um caso pouco vulgar de HEK numa adolescente associado com um síndrome de Kassabatch-Merritt e uma linfangiomiomatose torácica. Como nas crianças, nos pacientes de maior idade, o aparecimento de uma coagulopatía de consumo junto com um tumor vascular, deverá fazer-nos suspeitar a presença, entre outras entidades, de um HEK. 3 absence of spontaneous regression . Accessibility to surgical excision, location (cutaneous versus visceral), size of tumoral mass, clinical response to interferon and glucocorticoids, and the absence of lymphangiomatosis and Kasa2,5-8 bach-Merritt syndrome, may obtain partial remissions . On the other hand, like our case, bulk visceral masses lead to a 40-50% mortality rate, mainly due to progressive failure of the infiltrated organ(s), in spite of interferon, glucocorticoids, and combined chemotherapy. In conclusion, we describe a rare case of KHE in an adolescent, associated with Kasabach-Merritt syndrome with thoracic lymphangiomatosis. In older patients, as well as in children, the onset of a consumptive coagulopathy following the presence of a vascular tumour should be suspicious, among other enitites, of KHE. Barlavento Médico 30 Referências | References 1. Zukerberg LR, Nickoloff BJ, Weiss SW. Kaposiform hemangioendothelioma of infancy and chilhood. Am. J. Surg. Pathol. 1993; 17: 321-328. 2. Enjolras O, Mulliken JB, Wassef M, Frieden IJ, Rieu PN, Burrows PE, Salhi A, Leaute-Labreze C, Kozakewich HP. Residual lesions after Kasabach-Merritt phenomenon in 41 patients. J. Am. Acad. Dermatol. 2000; 42:225-235. 3. Mac-Moune Lai F, To KF, Choi PC, Leung PC, Kumta SM, Yuen PP, Lam WY, Cheung AN, Allen PW. Kaposiform hemangioendothelioma: five patinets with cutaneous lesion and long follow-up. Mod. Pathol. 2001; 14:1087-1092. 4. Enzinger FM, Weiss SW. Hemangioendothelioma: vascular tumors of intermediate malignancy. In: Soft tissue tumors, third ed. Mosby, 1995; 332-334. 5. Mentzel T, Mazzoleni G, Deitos AP, Fletcher CD. Kaposiform hemangioendothelioma in adults: clinicopathologic and inmunohistochemical analysis of three cases. Am. J. Clin. Pathology. 1997; 108:450-455. 6. Vin-Christian K, McCalmont TH, Frieden IJ. Kaposiform hemangioendothelioma. An aggressive, locally invasive vascular tumor that can mimic hemangioma of infancy. Arch. Dermatol. 1997; 133:1573-1578. 7. Deb G, Jenker A, De Sio L, Boldrini R, Bosman C, Standoli N, Donfrancesco A. Spindle cell (kaposiform) hemangioendothelioma with Kasabach-Merritt syndrome in an infant: Successful treatment with α-2A interferon. Med. Pediatr. Oncol. 1997; 28:358-361. 8. Sarkar M, Mulliken JB, Kozakewich HP, Robertson RL, Burrows PE. Thrombocitopenic coagulopathy (Kasabach-Merritt phenomenon) is associated with Kaposiform hemangioendothelioma and not with common infantile hemangioma. Plast. Reconstr. Surg. 1997; 100:1377-1386.