AHK RJ leva grupo de empresários para 1º Programa Internacional
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AHK RJ leva grupo de empresários para 1º Programa Internacional
O Painel Brasil-Alemanha é uma publicação trimestral da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-Rio). Presidente Dr. Guilherme Stüssi Neves Diretor-executivo Hanno Erwes 3 Editorial 4 Eventos •Empresários alemães participam de duas rodadas de negócios na AHK-Rio •Fábrica de caminhões e ônibus da Volkswagen recebe diretoria da AHK •AHK RJ leva grupo de empresários para 1º Programa Internacional de Business e Marketing na Alemanha Conselho Editorial Dr. Guilherme Stüssi Neves Hanno Erwes Editora Ana Carolina Richard Jornalista Responsável Simone Guimarães (MT. 30268/RJ) Colaboração Alessandra Santos Produção Interligar - Branding & Design Impressão Gráfica Di Giorgio 8 Capa •Há 20 anos caía o Muro de Berlim e a Alemanha se tornava uma só nação 12 Saber nunca é demais 12 Acontecimentos •Comemoração de 10 anos da Protego-Leser do Brasil •Instituto da Criança é a mais nova parceira da AHK na área de Responsabilidade Social Fotografias Marden Matos Coordenação Comercial Ana Carolina Richard 14 Geral •Brasil Offshore 2009 Tiragem 1.000 exemplares Distribuição gratuita a todos os associados das Câmaras de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHKs), órgãos públicos e privados e associações internacionais. Os conceitos emitidos nas matérias não representam necessariamente a opinião oficial das AHKs. Deseja enviar sugestões de pautas ou artigos para nossa redação? Envie um e-mail para [email protected]. Nos reservamos o direito de reduzir e corrigir textos que nos sejam enviados. Para anúncios publicitários, entre em contato com a Câmara Brasil-Alemanha pelo telefone (+55 21) 2224-2123 – Ana Carolina Richard. www.ahk.com.br Painel Brasil-Alemanha • Nº2/2009 8 Por toda a cidade, marcas no chão identificam a antiga localização do muro de Berlim. Editorial Prezados leitores, Em 2009, Alemanha comemora dois grandes jubileus: os 60 anos da República Federal da Alemmanha e os 20 anos da queda do Muro de Berlim e da Unificação do lado oriental e ocidental do país. Nesse número da nossa revista, você poderá conferir uma reportagem especial sobre este fato tão importante da História Mundial. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha tem como objetivo maior a integração dos dois países e pensando nisso promove acordos comerciais, rodada de negócios e feiras entre empresas brasileiras e alemães. Veja a reportagem sobre a vinda de duas importantes deleggações alemães ao Brasil (até o fechamento deste edição) e a participação da AHK-Rio e seus associados na Feira Brasil Offshore, a maior feira de petróleo do Brasil, realizada em Macaé. Leia também: reportagem sobre o Instituto da Criança, novo parceiro da AHK-Rio e a coluna Você sabia. Boa leitura e bons negócios! Marcelo Bueno Marcelo Bueno Diretor da AHK RJ Nº2/2009 • Painel Brasil-Alemanha Eventos Empresários alemães participam de duas rodadas de negócios na AHK-Rio No dia 20 de julho de 2009, a AHK-Rio recebeu, no prédio da Firjan, empresários do estado alemão da Baviera para uma rodada de negócios com empresas brasileiras. A comitiva, composta de 21 pessoas entre políticos e empresários, foi liderada por Katja Hessel, secretária adjunta de Economia, Infraestrutura, Transporte e Tecnologia do Estado da Baviera. A Baviera é hoje um dos estados mais ricos da Alemanha e têm importantes empresas, tais como BMW, Audi, MAN, Knorr-Bremse, Infineon, Microsoft, Adidas, Puma, Siemens e EADS. A visita desta delegação, além de interesses econômicos e culturais, se deve também a comemoração do 10º ano de atuação da Representação do Estado de Baviera no Brasil. Mauricio Chacur, presidente da Investe Rio, foi o responsável por apresentar a situaçção econômica e social do Rio de Janeiro à delegação. Na reunião também estiveram presentes Guilherme Stüssi Neves e Carlos Mariano Bittencourt, respectivamente presiddente da AHK-RJ e vice-presidente da FIRJJAN, e Marcus Haas, cônsul geral adjunto da Alemanha. “Em três anos teremos em torno de 62 bilhões de dólares de investimentos no nosso Estado nas áreas de petróleo, gás, energia, siderúrgica, logística, nos esportes e no Programa de Aceleramento Social (PAC). Sem contar o pré-sal, que já é previsto a resserva de 80 bilhões de barris de óleo leve, com investimentos de 600 bilhões de dólarres” ressaltou Chacur. “O Brasil é o mais importante parceiro commercial da Baviera na América do Sul. Investtimos 1,6 bilhões de euros em 2008 e já são 300 milhões de euros só no primeiro trimesttre de 2009”, declarou a secretária do Estado de Baviera, Katja Hessel. E concluiu: “Esta Painel Brasil-Alemanha • Nº2/2009 Dr. Guilherme Stüssi Neves, Maurício Chacur, Katja Hessel, Carlos Mariani Bittencourt, Marcus Haas e Hanno Erwes visita só vem intensificar nossos acordos e gerar mais parcerias. Queremos também ajudar o Brasil para que as Olimpíadas sejam realizadas aqui”. Participaram do evento 11 empresas alemãs (Otto Klobe & Sohn GmbH, fabricante de máquinas para metalização à vácuo; Fraunm nhofer Institut, desenvolve micro bombas, micro válvulas e micro fluídos para as apliccações diversas, como na cura do glaucoma e câncer no cérebro; GAUFF GmbH & Engm gineering KG, gerenciamento de projetos, principalmente em construção civil, energia e saneamento; BioPark Regensburg GmbH, biotecnologia incubadora de empresas de Life Sciences e Ruhland, König & Co. Elektro GmbH, tecnologia especial na coloccação e remanejamento de dutos pequenos e flexíveis para água, esgoto, gás, fibra ótica e energia.) e 26 brasileiras (Carrera Advogm gados, especializada em meio ambiente e urbanismo; Engesystems, equipamentos de logística, armazenagem e distribuição de movimento de cargas; Heinz Consultoria e Serviços Ltda, consultoria em tecnologgia; Lentz S.A., atuação em petróleo, gás e energia; Seebla, gerenciamento e projetos, principalmente na área ambiental; GCT Bio, soluções inovadoras em bio-processos, energgia e água; Chrystaus Pacific Trading Ltda e Nivimport, serviço de usina de reciclagem de lixo e aquisição de maquinários para projjetos de reciclagem; Coppe/UFRJ e Eneltec, incubadora de empresas e responsável por energia elétrica e tecnologia, respectivamentte; Impulse Assessoria de Negócios Ltda, consultoria em organização empresarial, marketing e comércio exterior e Haztec, solluções integradas em sustentabilidade sócioambiental e segurança operacional). No dia 8 de maio, foi a vez dos empresários do estado alemão de Baden-Württemberg serem recebidos para uma nova rodada de negócios com empresas brasileiras. A comitivva, composta de 17 pessoas, foi liderada pelo secretário de Economia Richard Drautz. Badden-Württemberg representa um dos estaddos mais importantes da Alemanha quando falamos em tecnologia, pesquisa e desenvolvvimento. Para este intercâmbio comercial, o evento contou com quatro empresas alemmãs: a Calvatis GmbH (fornecedora de proddutos de limpeza para indústria alimentícia e de bebidas); a Wöhwa Waagenbau GmbH (responsável pela inovação na fabricação de esteiras, misturadores de fluxo, balanças veiculares voltados para área de mineração e controle de engenharia a Hermle Uhrenmm manufaktur GmbH (produtora de relógios) e a Reck+Gass (responsável por desenvolver projetos para planejamento de construções, plantas industriais e planejamentos de esttruturas). O Brasil foi representado por 17 empresas, dentre elas: a Opmac Metalúrgicm ca e Caldeiraria Ltda (foco em estruturas metálicas e de madeira), a Lutz Quaresma Arquitetos Associados Ltda (área de projjetos voltados para arquitetura); a Amsterdm dam Sauer (do ramo de jóias e relógios); e a Nippon Importadora (vendas de relógios, bebidas, perfumes, cosméticos, além de mannutenção na área de informática e consertos em geral). O Jorge Cunha, tradutora Petra Zimmermann, Cônsul alemão Hermann Erath, Dr. Guilherme Stüssi Neves, presidente da AHK e Richard Drautz, Secretário de Economia de Baden-Württemberg Fábrica de caminhões e ônibus da Volkswagen recebe diretoria da AHK Visitantes puderam testar os veículos produzidos em Resende Colaborou: Roberta Ribeiro Os membros da diretoria da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-Rio) tiveram a oportunidade de conhecer a linha de produção da fábrica de caminhões e ônibus da Volkswagen (VW), em Resende, durante a reunião de diretoria, realizada no dia 11 de agosto. Saindo do Aeroporto Santos Dumont, um ônibus da VW levou todos os visitantes até a cidade, que fica na região do Vale do Paraíba Fluminense. Na programação do encontro, além da reunnião dos empresários, que aconteceu na parte da manhã, houve também a apresenttação institucional da VW e a visita à linha de montagem dos veículos de grande porte da fábrica, que é feita por meio de um consórcio modular, ou seja, diferentes empresas forneccem peças e serviços para que os veículos sejam montados com o padrão de qualidade Volkswagen. O Test Drive dos caminhões e ônibus foi uma das atividades mais aguarddadas da programação. Durante a primeira parte do encontro, o pressidente da AHK-Rio, Guilherme Stüssi-Neves, ressaltou a necessidade e a relevância da promoção de ações que possibilitem ampliar a visibilidade do estado do Rio de Janeiro, no que diz respeito às oportunidades empresar- riais. “Queremos que, quando se veja o Brasil do exterior, ao se pensar em oportunidades de investimentos e negócios, não seja lembrado apenas o estado de São Paulo, mas também o Rio de Janeiro, entre outros”, afirmou. Guilherme falou ainda sobre o evento de grande porte que discutirá a possível separração, sob viés jurídico, do capital consideraddo privado do que é investido e acumulado por empresas. Ele ainda acrescentou que por ser uma preocupação de muitos empresários brasileiros e alemães, essa questão acaba inviabilizando o aumento do fluxo de investtimentos no Brasil. “Isto atrapalhará investimmentos futuros de médio prazo. Os tribunais não podem pôr em risco os patrimônios e possíveis investimentos. No desenvolvimentto do capitalismo no mundo, um dos pilares se deu pela separação do que é o capital púbblico e privado”, enfatizou. A efetivação do projeto do camarote da Câmara no carnaval carioca de 2010 foi anunciada por Hanno Erwes, fato que foi comemorado pelos executivos presentes. O espaço terá 40 metros quadrados decorados; bar com variados tipos de bebidas; buffet com cinco opções de jantar, entradas, comid- As dras. Laura Oliveira, do escritório Pinheiro Neto, e Karin Sodré, do Stüssi-Neves Advogados, mostraram a força feminina durante o test drive da japonesa e sobremesas. O camarote terá capacidade para 48 pessoas por noite. O relato de Pedro Werneck, presidente do Instituto da Criança (IC), uma organização do terceiro setor cujo objetivo é promover o empreendedorismo social, aliando as habbilidades e possibilidades de cada individuo e adequando-as às necessidades de determminados grupos, despertou o interesse de vários associados. A entidade atua como incubadora social de programas e instituições. Além disso, ajuda empresas do eixo Rio/São Paulo a implantarrem e desenvolverem práticas socialmente responsáveis. “Trabalhamos com o empreenddedorismo social e desenvolvemos ações nas quais as pessoas podem identificar potencciais. A idéia é buscar por meio da iniciativa privada investimentos para viabilizar ações. A hora de pensar em ajudar é sempre acrescida das perguntas: o que fazer? Como fazer? Se a instituição é séria? O IC atua no sentido de promover essa ligação”, explicou Werneck. O Visita à linha de Montagem Nº2/2009 • Painel Brasil-Alemanha Comitiva da AHK RJ marca boa presença no EE AHK RJ leva grupo de empresários para 1º Programa Internacional de Business e Marketing na Alemanha Demilson Guilhem* Thomas Timm, Vice-Presidente Executivo da AHK SP; Hermann Erath, Cônsul da Alemanha no Rio de Janeiro; o Ministro da Economia da Alemanha Karl-Theodor Zu Guttenberg; Michael Bohnhof, da MPC do Brasil e Hanno Erwes, Diretor Executivo da AHK RJ. A AHK RJ, liderada pelo seu presidente Guilherme Stüssi Neves, conseguiu agendar uma reunião com o Ministro da Economia da Alemanha Karl-Theodor Zu Guttenberg durante sua visita ao Brasil na ocasião do Encontro Econômico Brasil Alemanha, realizado em Vitória/ES, entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro. Entre as empresas que participaram do encontro estavam Muenchmeyer Petersen do Brasil, Laboratório B.Braun, Oiltanking Terminais, Rodenstock/Igal, MAN Diesel do Brasil e Schott do Brasil. O ministro alemão é o mais jovem a assummir o posto desde 1949. Com apenas 37 anos, ele um dos líderes da União Social Cristã da Bavária, jurista e cientista políticco. Um dos pontos defendidos por ele, ao assumir a função no ministério, é a reduçção da carga tributária alemã. A 27ª edição do Encontro Econômico, englobou o 27º Encontro Empresarial e a 36ª Reunião da Comissão Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica. Uma das novidades desse ano foi um espaço no site do evento, no qual os visitantes inscritos puderam escolher as rodadas de negócios de acordo com os interesses de atuação empresarial, sellecionando, por exemplo, fornecedores ou futuros clientes. O Painel Painel Brasil-Alemanha Brasil-Alemanha •• Nº2/2009 Nº2/2009 Durante o período de 20 a 31 de julho de 2009, oito executivos brasileiros do Rio de Janeiro de diversos segmentos participaram na Alemanha de um abrangente programa de Negócios e Marketeing Internacional, dividido em palestras e visitas técnicas, coordenado pelo professor Paulo Pfeil, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Câmara Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro, a Export-Akademie BadenWürttemberg GmbH e o Brasilen-Zentrum da Universidade de Tübingen. As palestras, todas a cargo de especialistas, abordaram temas relacionados com Gestão Intercultural, Estratégias de Marketing, Recurssos Humanos, Inovação, Mercado Farmacêuticco Internacional e Oportunidades e Riscos da Globalização na Economia Mundial. O programma foi aberto pelo Reitor (Chancellor) da Univversidade de Tübingen Andréas RothfuB. Neste programa, os participantes puderam entender as práticas modernas de produção utilizadas nas empresas dos mais diversos segmentos por intermédio de contato direto com profissionais competentes de empresas de grande e médio porte como Mercedes Benz, BASF, Kärcher, Hansgrohe e Ritter Sports. Em visita realizada no Wirtschaftsministerrium (Ministério da Economia do Estado de Baden-Wurttemberg), o grupo foi recebido pelo Ministro da Economia Ernst Pfister. Nestta oportunidade, foram discutidas possibiliddades de negócios entre empresas alemãs e brasileiras. Também foram realizadas visitas a Bolsa de Valores de Frankfurt a ao Banco UBS, em Zurique, Suíça. Durante o fim de semana, os participantes também passearam pela cidade de Munique e pelo Lago de Constança, o que proporcionou contato direto com a cultura, gastronomia e belezas do Sul da Alemanha. O * Demilson Guilhem é Gerente de Gestão e Controle da empresa Ben’s - Soluções em Gestão de Benefícios Empresa Hansgrohe – Schiltach - Alemanha Nº2/2009 • Painel Brasil-Alemanha Capa Há 20 anos caía o Muro de Berlim e a Alemanha se tornava uma só nação “Impedir a atividade inimiga das forças revanchistas e militares”. Com essa frase, dita em 1961, o chefe de Governo e secretáriogeral do Partido Socialista Unitário da República Democrática Alemã (RDA) Walter Ulbricht, justificava a construção daquele que seria uma dos maiores monumentos de ditadura e repressão à liberdade da história da Alemanha: o Muro de Berlim. Até 1989, ano da construção do Muro, a Alemmanha vivia entre o capitalismo e o socialismo. O pós-guerra exigiu certas concessões comercciais a países como os Estados Unidos, Inglatterra e França. Esse equilíbrio não se sustentou por muito tempo, pois os contrates eram muitto grandes. Como manter um regime socialista autêntico, abrindo brechas para a modernizaçção que o capitalismo proporcionava? Mas, para entender a razão da construção do Berliner Mauer e principalmente da queda do Muro precisamos voltar ainda mais no tempo. Antes disso, em 1949, após a 2ª Guerra Munddial, nascia aquela que hoje se tornaria uma das maiores potências econômicas do munddo: a Republica Federativa da Alemanha. Na madrugada do dia 13 de agosto de 1961, um muro foi construído para, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizar a divvisão do mundo em dois blocos: a República Federal da Alemanha (RFA), que era constittuído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democcrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. A construção do Muro de Berlim era para os alemães orientais como “uma muralha de proteção antifascista”. No dia 23 de maio de 1949, foi promulgadda a Lei Fundamental, uma Constituição do país que possuía 146 artigos. Essas leis eram regidas por um desejo, descrito em seu prefácio: “servir à paz do mundo, dentro de uma Europa unificada”. Mas, 12 anos depois, a visão de unificação não era mais o alicerce da democracia. Painel Brasil-Alemanha • Nº2/2009 Na justificativa oficial, porém, não foi citadda uma palavra sobre o êxodo da população alemã oriental para o lado oeste ou ocidental. Aliás, este era o verdadeiro motivo da consttrução do muro: impedir a fuga em massa da população, que começava a se intensificcar com o passar dos anos. A construção Na calada da noite, o chefe do governo Walter Ulbricht encarregou Erich Honecker, então secretário do Conselho Nacional de Defesa, de cercar imediatamente a frontteira. Às 1h05, de 13 de agosto de 1961, a iluminação de rua no Portão de Brandembburgo, o cartão de visita da cidade, foi apaggada. Cerca de 20 mil policiais da Guarda de Fronteira, soldados, funcionários do Stasi o poderoso serviço secreto e de segurança da RDA -, além de grupos de trabalhadores, avançaram rumo à demarcação do setor ocidental. De madrugada, eles arrancaram camadas de asfalto e paralelepípedos das ruas, empilhando-os para formar barricadas. Cercas de arame farpado e blocos de conccreto armado foram instalados. Onde isso ainda não era possível, tanques bloquearam a passagem. A cerca ao longo dos três setor- res ocidentais de Berlim dividiu ruas, cemittérios, linhas de bonde e trens, propriedades e até famílias, da noite para o dia. Seis horras depois, a fronteira, contornando os 155 quilômetros de Berlim Ocidental, estava toda cercada. Dos 81 postos fronteiriços em Berlim, 69 foram fechados nessa mesma noite e outtros cinco tiveram igual destino nos dias seguintes. Restaram sete, a partir de então utilizados para o tráfego de mercadorias e a entrada de pessoas que visitavam a Alemannha Oriental. Sua população não podia mais sair. Posteriormente, estabeleceu-se um riggoroso sistema de autorização de viagens ao Ocidente, que continuaram sendo um sonho para a grande maioria dos alemães orientais. A queda Alguns historiadores acreditam que sem o Muro de Berlim, a Alemanha Oriental não terria sobrevivido. Sua criação impediu o êxodo de milhares de pessoas. Originalmente, era na Berlim Oriental que se concentrava a poppulação operária. Mas, ano após ano, os protestos populares dos lados do Muro contra a RDA haviam se acirrado e se intensificaram ainda mais em 1989. Crescia a manifestação para que o Govverno Socialista alemão facilitasse o direito O Muro de Berlim em números 28 anos de existência (12 de agosto de 1961 a 9 de novembro de 1989). • 155 quilômetros de extensão, de uma faixa de fronteira de cerca de 1400 quillômetros que separavam a Alemanha Ociddental da Oriental. • •4 metros em média de altura. 43 quilômetros de comprimento só na área metropolitana de Berlim. • 8 linhas de trens urbanos, 4 de metrô, 193 ruas e avenidas, 24 quilômetros de rios e 30 quilômetros de bosques era atravvessados pelo “concreto”. • 24 horas por dia de vigilância feita por homens fortemente armados com ordens expressas para impedir qualquer tentativa de invasão a qualquer custo. • de viagem dos alemães orientais ao lado ocidental. Famílias inteiras foram separadas pelo Muro e as inúmeras mortes pelas tentattivas de cruzar a fronteira (ver box) aumentavvam ainda mais a pressão mundial para o fim da divisão territorial. A declaração do então líder soviétivo Mikhail Gorbachev em favor da “derrubada” do Muro, em 7 de outubro de 1989, se tornou “a gota d’água”, e a Alemanha Oriental acabou se rendendo aos apelos dos mais diversos líderes internacionais. O Muro começou a ser derrubado no dia 9 de novembro de 1989. Na prática o que acontteceu foi o anúncio da permissão imediata para que as pessoas pudessem atravessar a fronteira – principalmente no trecho que tinha ficado conhecido internacionalmente como “a faixa da morte”. A partir daí, a mobbilização foi totalmente popular. Naquela mesmo dia, milhares de pessoas se aglomerraram nos postos de fronteira e o “quebraquebra” do Muro foi inevitável. Foram dias de festa e demolição. Para o povo, quebrar à marretadas o maior símbolo de repressão à liberdade de ir e vir, só perdia em emoção para o reencontro de famílias que tinham sido separadas pelo concreto. De fato, ele começou a ser demolido oficialmente pelo Governo em 13 de junho de 1990 e, no fim de 1991, já não havia quase nenhum sinal da obra que o presidente do Conselho de Estado 300 torres de observação, com inúmeros postes com holofotes. • • 20 bunkers (instalações antiaéreas subterrrâneas). • 260 canis. • 100 metros de largura de área de fronteira, conhecida como a “faixa da morte”. 5075 pessoas fugiram no período de 28 anos, pelos métodos mais diversos: túneis através da cidade; veículos pequenos que passassem debaixo das traves ou preparados para esconder pessoas; caminhões pesados para arrebentar os obstáculos; barcos; ultralleves; balões e aviões improvisados; trem; utilização de documentos falsificados e ajudda de grupos da RFA que se dedicavam a orgganizar a fuga de alemães do Leste. • havia uma segunda barreira, com cercas com alarme, trincheiras profundas antiveícculos e minas terrestres. • pelo Parlamento da RDA Erich Honecker decclarara, em 1989, como “eterna”. Mas, a felicidade completa só veio em 3 de outubro de 1990, com a assinatura da Unifficação das duas Alemanhas, dando fim a República Democrática Alemã (RDA). Surge ali, uma só Alemanha, uma só capital, um só povo. Curiosamente, mesmo sendo a sede do Governo Oriental, e sendo vista como econommicamente mais atrasada do que Born (cappital do lado ocidental), a cidade de Berlim foi escolhida para se tornar a capital da Alemmanha Unificada. Era o desaparecimento do Bloco Socialista Europeu e para muitos o fim da Guerra Fria, que veio se consolidar em 31 de dezembro de 1991, com a extinção oficial da União das Repúblicas Socialistas Soviéticcas (URSS ou do russo CCCP). O “Muro” nos dias de hoje O governo comunista ainda tentou tirar provveito comercial do Muro. Em dezembro de 1989, a empresa exportadora da Alemanha Oriental Limex passou a negociar partes do colosso de concreto. Pelos trechos mais cobbiçados, chegou a faturar 50 mil marcos. Os pedaços espalharam-se pelo planeta, vendiddos ou dados como suvenir a estrangeiros por políticos e empresas alemãs, institutos culturais e pessoas comuns. O Parlamento alemão e a Prefeitura de Berlim chegaram • 870 milhões de marcos foram gastos para erguer o muro de concreto e as demmais instalações da fronteira. 4400 pessoas tentaram cruzar a fronteirra apenas no primeiro semestre de 1961 e seis meses depois, 18 mil e 300 foram conddenadas por tentativa de fuga e passaram anos nas prisões. • 270 mortes diretas foram registradas oficialmente pela Procuradoria Geral da República em tentativas de travessia do Muro. • 1065 é o número de mortes consideraddas pelo ONG Treze de Agosto (dados de 2004). Aqui foram consideradas todas as mortes ligadas à tentativa de fuga até suiccídios das pessoas que tiveram seus plannos descobertos. • Fonte: Deutsche Welle Nº2/2009 • Painel Brasil-Alemanha a presentear três partes do Muro às Nações Unidas, para exposição em frente da sede da ONU, em Nova Iorque. Nos Estados Unidos, há restos do Muro em vários lugares. No Freedom Park (Parque da Liberdade), em Washington, foram instaladdas oito partes dele e uma torre de vigia ao lado de uma estátua derrubada de Lênin. Outtros pedaços podem ser encontrados diante do Quartel-General da CIA, em Langley (Virggínia) e de várias universidades da Califórnnia. As bibliotecas presidenciais de Richard Nixon, Ronald Reagen e George Bush igualmmente possuem reminiscências do Muro em seus acervos. Segundo o site da Deutsche Welle, diversos sites garantem haver marcas da velha consttrução em pontos distantes na Terra, como na escola alemã da Cidade do México, e na Plaza Berlin na capital da Guatemala, assim como em Buenos Aires (Argentina), Camberr- ra (Austrália), Jacarta (Indonésia), Trelleborg (Suécia) e Fátima (Portugal). Em Berlim, junto ao Portão de Brandemburggo, o principal cartão postal da capital alemã, não há o menor sinal do Muro. Alguns parallelepípedos marcam pelo chão seu traçado no centro da cidade. Na Bernauer Strasse, um pedaço dele foi transformado em memmorial. Outra parte pode ser vista no terreno da antiga Gestapo nazista, na Niederkirchner Strasse. A faixa ao longo do Muro de Berlim foi transfformada em um parque e os alguns pedaços que ainda ficaram de pé foram grafitados, retirados e vendidos como suvenir nos anos após a queda. O trecho mais longo, superior a um quilômmetro, ainda está de pé próximo à Estação Ferroviária Leste (Ostbahnhof). Pintado por artistas, o paredão foi transformado em galeria de arte. Duas torres de vigia igualm- mente ainda permanecem no Schlesichen Busch, no bairro de Treptow, e na Kieler Strasse, no centro. As comemorações O atual prefeito de Berlim Klaus Wowereit apresentou a imprensa, em agosto deste ano, uma maquete de um dominó gigante que está sendo construído para marcar o aniversário da queda do Muro de Berlim. As peças de dominó gigantes, feitas por artisttas europeus, serão usadas na comemoração dos 20 anos da queda do Muro de Berlim, no próximo dia 9 de novembro. Serão mais de mil peças coloridas. Por toda a Alemanha esttão programadas festas e atos políticos para celebrar a queda do símbolo que separou a Alemanha em duas por 28 anos. O Fonte pesquisa: site da Deutsche Welle e de História Geral. Cronologia da construção e queda do Muro 8 de maio de 1945: Com o fim da 2ª Guerra Mundial, a Alemanha é dividida em quatro zonas (Inglaterra, França, EUA e URSS). 24 de junho de 1948: Soviéticos impeddem acessos terrestres a toda Berlim. Dois dias depois, os EUA criam a ponte aérea de abastecimento de Berlim Ocidental. “ninguém tem o objetivo de construir um muro”. 13 de agosto de 1961: Polícia e Forças Armadas da Alemanha comunista fecham a fronteira com Berlim Ocidental. 23 de agosto de 1961: RDA proíbe ociddentais de entrarem no lado Oriental. 5 de dezembro de 1948: Eleições à Câmmara na parte ocidental de Berlim consollidam a divisão da cidade. 13 de junho de 1968: RDA impõe vistto para visitantes alemães ocidentais em Berlim Oriental. 23 de maio de 1949: Fundação da Reppública Federal da Alemanha (RFA), abranggendo as zonas de ocupação inglesa, franccesa e norte-americana. Mundialmente, a RFA ficaria conhecida como Alemanha Ocidental. 26 de março de 1970: Aliados iniciam política de reaproximação. 7 de outubro de 1949: A zona soviética vira República Democrática Alemã (RDA). O lado comunista ficaria conhecido internnacionalmente como Alemanha Oriental. 26 de maio de 1952: RDA instala postos de controle ao longo de toda fronteira intteralemã e bloqueia as linhas telefônicas. 15 de junho de 1961: Chefe de Estaddo e de partido Walter Ulbricht declara: 10 Painel Brasil-Alemanha • Nº2/2009 31 de janeiro de 1971: RDA libera cinco linhas telefônicas entre os dois lados. Muro ainda vai durar 50 ou 100 anos. 5 de maio de 1989: Hungria começa remmoção de cerca na fronteira com a Áustria, provocando uma fuga em massa dos alemmães orientais para a Alemanha Ocidental através desses dois países. 7 de outubro de 1989: Durante a cerimmônia de 40 anos da RDA, o chefe de Estaddo soviético Mikhail Gorbatchov apela por reformas na Alemanha Oriental. 4 de novembro de 1989: Um milhão de manifestantes, em Berlim Oriental, protesttam por reformas. 21 de dezembro de 1972: Acordo prevê abertura de representações diplomáticas. 9 de novembro de 1989: Aprovada nova regulamentação sobre viagens para o Ociddente. Mal-entendido na comunicação leva uma multidão de alemães orientais a se dirigem aos postos de controle e forçar a abertura da fronteira. Historicamente, a data fica conhecida como o dia da queda do Muro. 1974: RDA instala a “área de segurança” - uma segunda linha de demarcação. 3 de outubro de 1990: Assinada a Unificcação da Alemanha. 19 de janeiro de 1989: Chefe de Estado e do Partido Socialista Unificado da Alemannha (PSUA), Erich Honecker garante que o Fonte: Deutsche Welle 5 de julho de 1973: Liberado pequeno trânsito de fronteira para alemães ocidenttais. Entrevista “A queda do Muro era inevitável”, analisa o Cônsul Geral Alemão Há três anos, Hermann Erath vive no Brasil. Em 2006, foi Cônsul Geral em São Paulo e desde julho de 2007 têm o posto de CônsulGeral da República Federal da Alemanha no Rio de Janeiro, com competência para os Esttados de Minas Gerais e Espírito Santo. Anttes, Hermann trabalhou como Embaixador na Venezuela e Tailândia, além de ter sido Chefe de Missão Adjunto na Embaixada da Alemannha na Jamaica e de ter tido Representação Permanente na ONU, em Nova Iorque. Mas é Singen-Baden-Württemberg, no sul da Alemmanha, a sua terra natal. E é da Alemanha que possui lembranças de um fato histórico que até hoje é lembrado pelo mundo: a Quedda do Muro de Berlim, em 1989. pobre e esta situação estava insustentável. Eu, inclusive, sempre tive a esperança que o Muro caísse. Henry Kissinger (secretário de Estado dos Estados Unidos da América, na década de 70, e filho de imigrantes alemães refugiados da guerra em 1938), sempre dizia que gente que gosta de futebol entende de política. Isto é a mais pura verdade e eu observava isto quando raramente ocorriam jogos de futebol entre times da Alemanha Ocidental e Oriental. As pessoas gritavam emocionadas por verem seus times jogando com o lado oposto. Até os jogadores eram considerados heróis. Nesta hora é que eu via o quanto o povo queria liberdade e como entendia toda política existente. Nesta entrevista, Hermann Erath conta como esta situação mexeu com o povo alemão pollítica, econômica e emocionalmente. PAINEL: O senhor tinha família do lado Oriental? PAINEL: Na época da queda do Muro de Berllim onde o senhor vivia? ERATH: Vivia em Bonn, uma pequena cidade escolhida para capital da Alemanha Ocidental. Eu trabalhava escrevendo discursos para o Dr. Klaus Kinkel que era o Ministro de Assuntos Estrangeiros. Na hora que o Muro caiu, eu vi pela TV e não acreditei. Foi surpreendente. PAINEL: Por quê? ERATH: Porque o povo queria muito que o Muro de Berlim fosse derrubado mas ninguém tinha idéia de quando isso ia acontecer. Desde 1961, as pessoas lidavam com a ditadura e a paciência estava cada vez no limite. O tempo passava, a esperança aumentava, mas parecia que o dia da libertação nunca chegaria. Meses antes da queda do Muro muitas manifestações ocorreram na parte leste (Alemanha Oriental) e acredito que isto deu uma força ao movimento de unificação. PAINEL: Então, o povo alemão estava saturaddo com a existência do Muro de Berlim? ERATH: Sim, as pessoas queriam ser livres. Todos percebiam isto, inclusive o governo. O lado Oriental sofria muito, era muito ERATH: Não. Minha família morava (e aindda mora - Hermann tem uma filha e uma irmã que moram na Alemanha) na parte Ocidental, mas vi de perto como a ditadura funcionava, pois, em 1967 eu estudava perto de Berlim e para chegar lá tinha que passar por fronteiras com vários soldados armados. Imagina viver esta situação todos os dias, como o caso dos moradores do lado leste? Eles viviam economicamente pior e tinham sua liberdade ameaçada a todo o momento. Coisas simples, como viajar, eram proibidas. Grupos faziam manifestações com slogans bem definidos. Lembro que o primeiro sloggan era “Queremos viajar para o Oeste” o que mais tarde se transformou em “Nós somos um só país”. Após a queda, o povo ficou tão feliz que pegaram seus carros, ou até mesmo vieram a pé até o Muro destruído e foram visitar seus amigos e parentes que moravam no outro lado. Foi emocionante. PAINEL: Então, na sua opinião, a queda do Muro de Berlim foi totalmente positiva? ERATH: A queda do Muro era inevitável e para mim foi positivo. A meu ver não se tinha outra saída, porque o mundo mudou e não há mais espaço para ditaduras. Mas, é claro, Cônsul Hermann Erath como qualquer fato, alguns pontos negativos podem ser vistos. Hoje em dia, o Leste ainda é menos desenvolvido do que o Oeste. As pessoas do lado leste têm pensamentos mais fechados, menos modernos. Parece que o Muro ainda existe na cabeça delas. Eles vivem como num clube fechado. Outra coisa a se observar é que a moeda utilizada na época, a Deutsche Mark, ficou desvalorizada. Com isto, houve quebra de muitas empresas e falta de emprego, atrapalhando economicamente até países como Polônia e Hungria, que tinham parcerias com empresas alemãs. Realmente houve um colapso econômico da parte Oriental. PAINEL: Como ficou a Alemanha após a queda do Muro de Berlim? ERATH: O Muro começou a ser derrubado no dia 9 de novembro de 1989, mas a unifficação da Alemanha só aconteceu quasse um ano depois, no dia 3 de outubro de 1990. Verificou-se que a parte da Alemannha Oriental estava desgastada em vários setores. Por isto, nestes últimos 20 anos, a parte Ocidental desembolsou 1,4 bilhões de euros para a antiga parte Oriental para que esta se erguesse. Desde então, 500 mil novas empresas foram abertas legalmente e 80% dos equipamentos das indústrias foram prodduzidos após a unificação. Sem contar que crescemos 60% economicamente. Estamos no caminho certo. O Nº2/2009 • Painel Brasil-Alemanha 11 Saber nunca é demais Acontecimentos Você sabia? Comemoração de 10 anos da Protego-Leser do Brasil ... que este ano comemoram-se os 200 anos de nascimento de Mendelssohn? Felix Mendelssohn-Bartholdy, nascido em 3 de fevereiro de 1809, foi o primeiro compositor judeu da Alemanha a receber honrarias, ocupar cargos significativos, assim como alcançar destaque social e ser celebrado em toda a Europa. ... que, no mês de agosto, um Hotel de Berllim foi palco da 35ª Competição Mundial de Coquetéis, organizada pela Associação Internacional de Barmen? Mais de 800 concorrentes de 52 países competiram em duas categorias: “clássica” - onde os barmen vestidos tradicionalmente tenttavam conquistar o paladar dos juízes - e “talentosa” - onde os competidores se apresentaram em números com malabarrismos. Em 2010, o torneiro será realizado em Cingapura. ... que mais de dois mil atletas de 202 naccionalidades, participaram do 12º Camppeonato Mundial de Atletismo da IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo, na sigla em inglês), entre os dias 15 e 23 de agosto, em Berlim? Dois canais alemães transmitiram o evento para mais de 190 países. A sede do Munddial foi o Estádio Olímpico de Berlim, o mesmo que sediou os Jogos Olímpicos de 1936 e a final da Copa do Mundo de futebbol de 2006. ... que a Alemanha comemorou o quadraggésimo aniversário de realização do Festtival de Música de Woodstock, com dois festivais hippies, entre os dias 16 a 19 de julho? O primeiro foi em Burg Herzberg, lugarejo situado no Estado do Hessen, e o segundo em Finkenbach, a 28 quilômetros de Heidelberg, em Baden-Württenberg. Woodstock foi o maior evento open-air da história da música pop e reuniu cercca de meio milhão de jovens na pequena cidade de Bethel, nas proximidades de Nova York. O 12 Painel Brasil-Alemanha • Nº2/2008 Nº2/2009 A PROTEGO-LESER do Brasil comemorou no dia 29 de abril 10 anos de existência com uma grande festa que contou com a presençça do cônsul geral adjunto da República Fedderal da Alemanha Marcus Hass, o presidentte da Câmara de Comércio Brasil Alemanha Dr. Guilherme Stüssi Neves, o diretor executtivo da Câmara de Comércio Brasil Alemannha Hanno Erwes além de representantes da Petrobras, Shell, Bayer e Basf. O diretor geral da PROTEGO-LESER do Brasil Francisco Siesttrup agradeceu a presença dos convidados e mostrou-se emocionado ao discorrer sobre as conquistas da empresa, numa apresentaçção que contou também com as saudações e agradecimentos dos presidentes das mattrizes na Alemanha Martin Leser e Hubert Leinemann, através de vídeo. A PROTEGO-LESER do Brasil resultou da união de duas empresas líderes de mercado no cenário mundial de Válvulas de Segurança, Corta-Chamas e Válvulas de Alívio de Pressão e Vácuo. Suas matrizes, a LESER de Hamburg e a PROTEGO de Braunschweig se destacam entre seus concorrentes por serem as maiores investidoras em pesquisa e desenvolvimento dentro de seus respectivos setores. Fundada em março de 1999, a PROTEGO-LESSER do Brasil teve sua primeira locação na Rua Guatemala, bairro da Penha, no estado do Rio de Janeiro. No início, seu quadro de funcionários era composto por apenas uma pessoa, Francisco Siestrup. Ao longo dos anos, através de árduo trabalho principalm- mente nos setores Químico e Óleo & gás, ficaram evidentes os ganhos. Em 2001, a empresa alugou o andar superior do prédio em que estava instalada. A nova área serviu para comportar os setores de engenharia e administração, deixando o espaço antigo exclusivamente para o setor de produção. Em 2007, em função do aumento contínuo, houve nova mudança, desta vez para a Rua Montevidéu, também no bairro da Penha, para área total de 960m², aproximadamente cinco vezes maior que a disponível em seu antigo endereço. A mudança possibilitou oferecer maior conforto aos seus funcionárrios melhor divisão dos setores e criação do setor de assistência técnica. A PROTEGO-LESER do Brasil é a principal fornecedora de válvulas de segurança, Cortta-Chamas e Válvulas de Alívio de Pressão e Vácuo para os segmentos Óleo & Gás e Químico. Consegue assegurar a qualidade de seus produtos viabilizando inúmeros certificcados emitidos por entidades certificadoras reconhecidas no mundo inteiro. Atua com sucesso dentro e fora do país, contando com a colaboração de seus 36 funcionários e das suas 23 representações situadas na maior parte do território nacional e América do Sul. Sua assistência técnica com mão-de-obra qualificada em todo o Brasil ressalta ainda mais sua excelência no ramo de atuação considerado, pois consegue estabelecer a identidade da empresa, que é a preservação da vida e do meio ambiente. O Dr. Guilherme Stüssi Neves, Presidente da Câmara de Comércio Brasil Alemanha, Marcus Hass, Cônsul Geral Adjunto da República Federal da Alemanha, Karin Sodré, Advogada da Stüssi-Neves Advogados, Willi Nass, Diretor Superintendente da BASF S.A. e Francisco Siestrup, Diretor Geral da Protego-Leser do Brasil. PAINEL: E como o IC atua junto às empresas? Primeira formatura do Programa “Pense Alto”, em dezembro de 2008 Instituto da Criança é a mais nova parceira da AHK na área de Responsabilidade Social Segundo a Associação Brasileira de Organizzações Não Governamentais, existem cerca de oito mil e 600 ONGs registradas no país. Em meio a tantas instituições, uma, com 12 anos de existência, se destaca com a forma única com que trabalha a responsabilidade social: o Instituto da Criança (IC). O Instituto da Criança, criado pelo adminnistrador de empresas Pedro Werneck em 1987, trabalha dando consultoria às instittuições sociais. Em ouras palavras, ela é a ponte entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar. “As pessoas querem ajudar, elas têm vontade de participar, colaborar, contribbuir, mas nem sempre sabem de que forma podem fazer isso. Esse é o nosso papel: dirrecionar a melhor maneira da realização do trabalho voluntário”, diz o presidente do IC. Atualmente, através de centenas de volunttários, de diferentes áreas de atuação, a ONG oferece auxilio jurídico, captação de recursos e outros serviços a nove instituições sociais no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com essa importante atuação, o IC se tornou parceira da Câmara Alemã do Rio de Janeirro com o intuito de divulgar seu trabalho na área de Responsabilidade Social junto aos associados da AHK. PAINEL: Como surgiu o seu interesse pelo trabalho voluntário? PEDRO WERNECK: Em 1994, eu conheci uma mulher chamada Flordelis, que era mãe de 45 filhos. Na época, ela morava na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e não consseguia manter os filhos sozinha. Comecei dando uma quantia semanal para ela. Deppois dessa ajuda de custo, eu e meu irmão nos organizamos, alugamos e regularizamos uma casa para que ela pudesse cuidar das crianças. Vimos que, depois de tudo, as coissas estavam funcionando e não tínhamos ficado mais ricos ou mais pobres por conta disso. E percebemos que, ao mesmo tempo, tínhamos transformado a vida daquelas pesssoas. Depois dessa experiência e de fazer outtros trabalhos de auxílio social, entendemos que tinha chegado a hora de fazer alguma coisa mais consistente, criar uma identidade para o nosso trabalho, fazer uma organizaçção regularizada e juridicamente legal. Daí, criamos o Instituto da Criança, em 1997. PAINEL: Na prática, como funciona o IC? PEDRO WERNECK: O Instituto busca recursos e os transfere para as nove organizações com que trabalha atualmente. Com esses recursos, eles investem no desenvolvimento das suas obras. Temos também três programas de educcação desenvolvidos pelo próprio IC. Um deles, o “Espaço Cidadão”, é voltado para adultos. O programa “Pense Alto” prepara jovens para ingressar no mercado de trabalho na área de vendas. E o projeto “Hora da Leitura” estimula o hábito da leitura entre as crianças. PAINEL: Como IC atrai as pessoas para o trabbalho voluntário? PEDRO WERNECK: Na verdade, o que o Insttituto faz é criar uma oportunidade para as pessoas exercerem o desejo que existe denttre delas. As pessoas querem ajudar, colabborar, contribuir de alguma forma mas nem sempre sabem como fazer isso. O IC é uma resposta para essa questão. Atualmente, nós temos uma equipe de 12 pessoas fixas e quase 100 voluntários. PEDRO WERNECK: Temos duas frentes na área de Responsabilidade Social Corporativa. Oferecemos consultoria, mostrando para a empresa, através de um diagnóstico, o que ela pode fazer, que tipo de ações ela pode desenvolver junto aos seus colaboradores e dentro da atividade que ela exerce. Outra forma é através de contrapartidas sociais, ou seja, a empresa adquire cotas do Instituto e investe mensalmente um determinado valor para, no final do ano, ser considerado coresponsável pelas ações que realizamos. PAINEL: Qual a diferença do trabalho do Instituto em relação ao de outras ONGs que atuam nessa área? PEDRO WERNECK: O Instituto criou um moddelo único de ação. A rede do IC é formada por pessoas de diversas áreas. Temos desde empresários até advogados, médicos, artisttas etc. Somos o elo entre as empresas e as demais instituições que precisam de ajuda. Este é um setor que precisa tanto de colabboração que quanto mais gente ajudando, melhor. PAINEL: Qual o tipo de trabalho que a AHK vai realizar junto ao IC? PEDRO WERNECK: Entendemos que a Câmmara possui uma importante rede de emppresas dentre seus associados. Cada uma delas representa um potencial parceiro do IC na medida em que existe atualmente uma expectativa de realização de ações de Responsabilidade Social Corporativa (RSC), proveniente dos stakeholders das empresas nos mais diversos setores. Assim, o Instituto oferece uma resposta concreta àqueles que queiram associar sua marca ao próprio IC, por intermédio de um programa de cotas, aonde a empresa compartilha benefícios e resultados. O Intituto oferece também a posssibilidade da empresa desenvolver internammente uma área própria de RSC, nesse caso, prestando consultoria. A participação do IC na Câmara representa um significativo passo no estreitamento de novas relações, que esttão contribuindo para a ampliação das ações promovidas pelo Instituto da Criança. Nós também estamos muito contentes com a parceria, especialmente porque a equipe que representa a AHK é formada por profissionnais comprometidos e dispostos a colaborar. Tenho a certeza que alcançaremos muitos resultados em conjunto. O Nº2/2009 • Painel Brasil-Alemanha 13 Geral Brasil Offshore 2009 *Martin Nietz Stand da AHK A exemplo dos anos 2005 e 2007, a AHK Rio de Janeiro organizou, entre os dias 16 e 19 de junho, um stand coletivo de empresas alemãs e brasileiras na Brasil Offshore, em Macaé, 3° maior feira do mundo no setor. Apesar dos presságios negativos ocasionaddos pela crise econômica mundial, a feira conseguiu resistir essa tendência. Com um resultado ainda melhor do que nas edições anteriores, Macaé, conhecida como “a cidade de petróleo”, atraiu 50 mil visitanttes e 636 expositores esse ano, com destaque para a diversidade nos perfis das empresas participantes, o que garantiu excelente troca de experiências entre técnicos, consultores e executivos. Não é difícil de explicar o grande interesse pela Brasil Offshore: de um lado, bilhões em investimentos anunciados pela Petrobras; de outro, enorme interesse de empresas estrangeiras em ingressar neste mercado o mais cedo possível. Somente em 2009, os investimentos planejados bateram a casa de US$ 28,6 bi e até 2013 serão mais US$ 175 bilhões. O stand coletivo da AHK contou com 10 emppresas. Para algumas alemãs, esse foi o primmeiro contato com o mercado brasileiro, o que para todas, sem exceção, foi positivo e muito promissor. Foi o caso da empresa Evollogics, que apresentou um novo modem para 14 Painel Brasil-Alemanha • Nº2/2009 a comunicação subaquática. Graças à vinda ao Brasil e também à participação na feira, a empresa conseguiu entrar em contato com o departamento de pesquisa e desenvolvimentto (CENPES) da Petrobras logo que chegou. Rudolf Bannasch, gerente e co-desenvolveddor de tecnologia da empresa, afirmou que o contato com a Petrobras é exatamente o que buscavam. E concluiu: “Certamente vai ajudar muito na comercialização do produto aqui no mercado brasileiro.” potências econômicas, especialmente em reccursos minerais e infra-estrutura. Empresas alemãs podem, como um mantenedor traddicional de tecnologia inovadora e alto connhecimento que são, se aproveitar desta boa localização”. E acrescentou: “O rótulo “Made in Germany” tem alto valor aqui. Grandes invvestimentos em anos anteriores e a própria feira Brasil Offshore são grandes indícios da enorme potência do país, e especialmente do estado do Rio de Janeiro.” A empresa de consultoria internacional em gestão T.A. Cook, de Berlim, atua no mercado brasileiro desde 2008 e viu no stand coletivo da AHK a chance de aumentar os negócios e achar novos parceiros. Stefan Vogel, gerente de projetos internacionais, vê grandes possibbilidades de fechar projetos interessantes na área petroquímica com os novos contatos estabelecidos no Rio de Janeiro. Além dos expositores, o stand da Câmara atraiu muitos visitantes alemães, que aproveitaram para conversar com empresários sobre as reais chances e oportunidades no mercado brasileiro. Entre as visitas, representantes da Associação da Indústria Alemã (VDI) e políticos como o Cônsul Geral Adjunto da Alemanha no Rio de Janeiro Marcus Haas. Oliver Döhne, correspondente da Germany Trade and Invest para o Brasil, é um especiallista do setor e representa a instituição aqui no Brasil. Para ele, a feira é um forte indicaddor de que “as indústrias naval e Offshore no Brasil e mais especificamente no Rio de Janneiro fomentam grandes interesses mundo a fora e oferecem boas oportunidades para as empresas alemãs”. O ótimo resultado e as boas impressões sobbre da feira Brasil Offshore 2009 confirmam a tendência de excelentes negócios entre empresas alemãs e brasileiras, o que poderá se repetir no ano que vem durante a Feira Rio Oil&Gas, quando novas oportunidades surgirrão para o comércio bilaterial entre os países. A AHK RJ marcará presença com seu stand e os interessados já podem procurar nosso setor de feiras para mais informações. O Segundo Hanno Erwes, diretor executivo da AHK no Rio de Janeiro, “o estado é rico em * Martin Nietz é coordenador de projetos na área do comércio exterior alemão da AHK RJ A sua marca reflete o seu negócio? Na busca por diferenciais em um mercado competitivo, é fundamental que a sua marca represente, de forma clara e consistente, os seus reais valores e atributos. Uma marca com valor reconhecido transmite um significado positivo ao produto ou serviço, antes mesmo de ser escolhida pelo cliente. Para que a sua marca esteja em evidência na mente do consumidor é fundamental a realização de ações integradas que a posicionem de forma adequada no mercado e impulsionem o seu sucesso. Com uma equipe de profissionais experientes, a Interligar - Branding & Design desenvolve projetos de design e comunicação, desde a concepção até a implementação, para a construção de uma imagem sólida e permanente. Áreas de atuação: • Branding • Identidade Corporativa • Design Gráfico e Editorial • Projeto de Embalagens • PDV • Marketing Cenográfico • Sinalização • Campanhas Promocionais • Mídia Digital • Web Design • Sistemas Web • Consultoria em Design Rua do Catete, 311 - sl. 1003 - Catete - Rio de Janeiro - RJ - 22220-901 - Brasil Tel.: (21) 2558-5510 • Fax: (21) 2556-0848 www.interligar.com.br • [email protected]