Rio de Moinhos um presépio vivo O RIOMOINHENSE 11

Transcrição

Rio de Moinhos um presépio vivo O RIOMOINHENSE 11
TRIMESTRAL * DEZEMBRO 2015 * ANO IV
O RIOMOINHENSE
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PUBLICAÇÃO NÚMERO
BOLETIM INFORMATIVO DA FREGUESIA
DE RIO DE MOINHOS
associação juvenil
remoinhos d’água
Rio de Moinhos
um presépio vivo
EMPREENDER
SALSICHARIA MF
UMA EMPRESA FAMILIAR
rePORTAGEM
CAFÉ “DUAS BICAS” ABRE
COM NOVA GERÊNCIA
PÁG. 4
PÁG. 13
ASSOCIATIVISMO
RANCHO FOLCLÓRICO
TRANSMITE A TRADIÇÃO
O RIOMOINHENSE
PÁG. 14
DEZEMBRO 2015
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FICHA TÉCNICA
EDITORIAL
Diretora
Joana Margarida Carvalho
RIO DE MOINHOS
UM CANTINHO
DO CÉU
Redação
André Virtuoso
André Santos
Bárbara Bretes
Catarina Assunção
Cláudia Ferreira
Daniela Gaspar
Joana Margarida Carvalho
Liliana Carvalho
Micaela Gonçalves
Nuno Lopes
Sónia Pacheco
Cronistas
Mário Pernadas
Nuno Miguel
Rui André
Publicidade
Adriana Antunes
Design e Paginação
Daniela Gaspar
Impressão
Gráfica Prova de Cor
Abrantes
Tiragem
200 exemplares
Contactos
918 818 740
[email protected]
Proprietária
Associação Juvenil
Remoinhos d’Água
APOIOS
JOANA MARGARIDA
CARVALHO
A
proxima-se uma época que deverá significar amor, partilha,
solidariedade, paz, e
acima de tudo união
– Família!
Finalizamos mais um ano e chega
o momento de refletir sobre o que é
que passou, o que é que foi mais e
menos relevante, o que é que deverá continuar a ser uma aposta e uma
máxima para cada um de nós.
A freguesia acompanhou o andar
dos tempos, por vezes mais ativa,
por vezes mais apagada, mas certo é
que Rio de Moinhos foi acordando
com novidades ao longo destes meses. Significa que ainda há pessoas
que têm a preocupação de dinamizar
e fazer mais e melhor pela sua terra.
Neste mês de dezembro, as coletividades vão arregaçar mangas e proporcionar momentos culturais para
todos os fregueses. A título de exemplo a Banda Filarmónica realizará o
seu tradicional concerto de Natal, o
Centro de Apoio a Idosos irá promover uma noite de fados, a Junta de
Freguesia repetirá o Bingo Social e
a Casa do Povo irá receber uma feira
de artesanato e a sua festa de Natal.
Numa altura destas, talvez pareça quase desnecessário refletir sobre
Rio de Moinhos, quando todos os
dias somos invadidos por notícias
que nos perturbam, que nos deixam
apreensivos, que nos dão a conhecer
um mundo cada vez mais violento
e inseguro. Contudo olhando para
as nossas ruas, casas e diversos espaços, talvez sejam eles verdadeiros
“cantinhos do céu”, onde se respira
tranquilidade, onde se confia nos demais e onde ainda há muito por fazer
em 2016.
No fim de contas, e tal como disse
Filipe Morais ao Riomoinhense “é
extremamente difícil viver longe dos
que mais amamos”, por isso quem
tem essa oportunidade e privilégio,
que aproveite e que neste Natal esteja junto de quem mais ama, valoriza
e que acima de tudo respeita!
Feliz Natal e um Bom Ano Novo
a todos os leitores!
ERRATA:
No Boletim O Riomoinhense nº6, no artigo da página nº3, relativo à
inauguração do Jardim de Santa Sofia de Amoreira, por lapso não foi referida a homenagem feita a Fernando Alberto Moura Neves e seu filho Vasco
Moura Neves, responsáveis pela doação do terreno para a construção do
referido jardim. Vimos por este meio pedir desculpa aos visados.
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O RIOMOINHENSE
DEZEMBRO 2015
FESTIVIDADES
Fotos de André Virtuoso
CASA DO POVO ENCHEU
PARA OUVIR CANTAR O FADO
R
ealizou-se
no
passado dia 21
de novembro,
na Casa do Povo
de Rio de Moinhos, a tradicional noite de fados. Este ano, a noite contou com os fadistas António
Pinto Basto e Dora Maria, acompanhados na viola por João Chora e na
guitarra portuguesa por Bruno Mira
e João Vaz.
O salão da Casa do Povo de Rio
de Moinhos foi decorado a rigor
para esta noite. A sala ficou repleta, com a presença de cerca de 80
pessoas para assistir ao espetáculo
que não defraudou as expectativas
dos presentes. A noite principiou
com o habitual jantar, de seguida os
fadistas convidados começaram os
fados demostrando a sua qualidade
vocalística.
O entusiasmo foi uma constante,
e todos os presentes acompanharam
os fadistas a cantar as músicas mais
conhecidas. Foram também convi-
dados alguns presentes a subir ao
palco e a demonstrar os seus dotes
de fadistas. No decorrer da noite,
todos os presentes puderam degustar o caldo verde e o chouriço assado, seguindo-se novamente a segunda parte do evento.
Os aplausos foram constantes, e
muitas foram as fotografias tiradas
durante a noite, sendo este um fee-
dback positivo, de que as pessoas
ficaram muito satisfeitas com o espetáculo que assistiram.
O sucesso da noite de fados foi
enaltecido pela direção da instituição que pretende continuar a dar
vida à freguesia, proporcionando
momentos culturais assinaláveis.
POR ANDRÉ VIRTUOSO
O RIOMOINHENSE
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EMPREENDER
“GOSTO DE CONTACTAR, GOSTO
DE FAZER, GOSTO DE PRODUZIR”
Júlio Manuel Dias Flôr tem 41 anos e a sua irmã, Maria Otília Dias Flôr, tem 38 anos. Após o
falecimento do seu pai Manuel da Costa Flôr, em 1997, começaram a tomar conta da salsicharia
com a sua mãe Maria da Luz Dias Pedro. Júlio é responsável pela área comercial, Otília pela
parte financeira e a sua mãe pela produção e controlo de qualidade.
Em que ano começou o negócio?
O negócio é bastante antigo. Foi
há muitos anos, foi o meu bisavô que
deu início à salsicharia. Estamos portanto na quarta geração.
Tinha quantos colaboradores?
Tínhamos mais colaboradores
porque fazíamos o abate dos porcos
e nesses dias eram necessárias mais
pessoas. Comprávamos os animais
vivos e o abate era feito aqui. Portanto no dia da matança tínhamos cerca
de doze pessoas (5 só para lavar as
tripas) e durante a semana 6 trabalhadores fixos. Hoje, temos 6 colaboradores.
Quem foram os mentores do
projeto?
O grande mentor foi o meu bisavô
e depois o negócio foi crescendo e
tornou-se uma empresa familiar que
passou para as gerações seguintes.
Quem sabe passe para as minhas filhas também (risos).
Hoje em dia quais são as valências do espaço de Rio de Moinhos?
Hoje em dia, compramos a carne
a três fornecedores que selecionamos
para garantir uma boa qualidade da
matéria-prima e basicamente dedicamo-nos à produção e transformação
da carne em enchidos. Ainda vendemos alguma carne fresca, mas é um
valor residual no volume de negócios
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O RIOMOINHENSE
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da empresa.
Que tipo de investimento fizeram para continuar a corresponder às exigências desta área de
negócios?
Ao longo dos anos ou melhor, todos os anos, temos estado a investir
apesar de continuarmos a manter um
fabrico artesanal. Fizemos as grandes obras quando remodelámos a
salsicharia no seu total. Passámos a
ter um circuito único de entrada da
matéria-prima onde a matéria-prima
entra e circula pelas várias salas de
preparação, armazenamento, depois
produção, fumeiro, embalamento,
expedição e saída. Hoje em dia, qualquer unidade destas tem de ter um
circuito onde a matéria-prima e os
produtos entram e nunca podem “andar para trás”.
Ao longo dos tempos temos continuado a investir em remodelação,
climatização de salas e novos equipamentos. Há uns quatro anos adquirimos um carro com frio. Vamos
sempre remodelando, mas continuamos a produzir manualmente, esse é
o nosso foco. Fumamos com lenha
de sobro e zinco sendo que a maior
parte das indústrias aplicam ar forçado e outros tipos de estufa, mas nós
mantemo-nos assim.
Vendem na vossa loja, mas
também para fora. Onde podemos encontrar os produtos MF?
Aqui na região e aqui à volta. Em
Abrantes a grande maioria das superfícies têm os nossos produtos.
Felizmente, temos também pontos de
venda em Santarém, Cartaxo e Rio
Maior. Podem sempre encontrar os
nossos produtos aqui em casa.
Que tipo de produção é que fazem?
Compramos a carne e depois preparamos: escolhemos, separamos,
temperamos. Depois fica a maturar, é
enchida a tripa, atada manualmente,
fumada e depois vai para o consumidor.
Como é que produzem com
tanta qualidade? Algum segredo?
O segredo é a dedicação e a qualidade da matéria-prima. Um produto artesanal que produzimos com
paixão. O segredo passa por fazer as
coisas com uma rigorosa seleção da
matéria-prima e dos ingredientes que
usamos. Tentamos sempre, com os
nossos fornecedores, escolher carne
de maior qualidade e na parte dos ingredientes também. Há muito tempo
que podíamos estar a usar outro tipo
de tripa, de massa de pimentão ou de
massa de alho mas não, usamos produtos de primeira qualidade, de marcas de referência. Nós também temos
um controlo onde regularmente solicitamos análises da matéria-prima
que nos fornecem para ver se estão
dentro dos padrões que queremos.
Nós temos um plano analítico que .
temos de cumprir. O fumo da lenha
de sobro e zinco também vai conferir
um gosto muito sui generis à carne.
E é o facto de ser artesanal, pois não
adicionamos qualquer intensificador
de sabor, qualquer aditivo no sentido
de conferir gostos, nem conservantes. Produzimos de forma mais tradicional possível.
Que produtos têm para venda?
Para venda neste momento temos
o chouriço de carne, as mouras, a farinheira, a morcela de assar, a morcela de arroz e a morcela de carne
(uma morcela que depois de cozida
é fumada). Temos ainda umas bolas
de carne, paios, linguiça de farinheira
e de carne. Brevemente, vamos lançar cacholeira, porque alguns clientes
têm pedido e fizemos alguns testes
que correram bem. Até ao final do
ano vamos lançar dois produtos novos, mas temos de aguardar, não quero divulgar já. São produtos diferentes, mas onde mantemos a qualidade
e assim “agarrar” o cliente .
Sendo que hoje em dia temos
um mercado tão competitivo,
como está a correr o vosso negócio?
O mercado é muito competitivo
e acima de tudo as exigências para
poder manter uma casa destas a funcionar são muitas. Os encargos mensais são muito elevados. Fazendo as
coisas da forma como trabalhamos
temos um custo na produção mais
elevado, mas é assim que queremos.
Claro que nos ressentimos, os nossos
clientes também se ressentem. Mas
felizmente, de ano para ano, temos
conseguido manter e ir crescendo a
nossa produção com passos sustentados.
Estamos a ficar um pouco apertados com a capacidade do nosso fumeiro e temos de pensar se damos
um passo importante para nós, mas
tem de ser bem pensado, avançar
para mais um fumeiro.
Havendo uma necessidade e começando a haver uma diversidade de
produtos começa a não existir espaço
suficiente e hoje em dia a rapidez é
importante. O cliente pede e nós temos de ter o produto para lhe fornecer porque se não vai comprar a outro
lado.
Com o envolvimento que têm
nas festividades da freguesia,
como classificam essa preocupação e importância?
Para nós é importante e motivo de
satisfação e sempre que nos é solicitado apoio, dentro das nossas possibilidades, tentamos apoiar as várias
coletividades da freguesia. É bom
para a coletividade e é bom para nós,
porque gostamos de estar presentes e
dar apoio para tentar que a freguesia
ganhe espaço e ganhe força e que as
pessoas também se unam à volta das
associações, porque sempre andaram
muito distantes.
O que tem sido mais difícil e
compensador?
Os votos que faço é que consiga
manter isto por muitos anos, porque
gosto. Nasci no meio deste trabalho e
gosto disto. Gosto de contactar, gosto de fazer, gosto de produzir, mas é
uma luta terrível para tentar manter
com as exigências de hoje em dia.
Fazer uma casa demora anos e depois
mantê-la é difícil.
Após a morte do meu pai, a minha
mãe já não queria continuar com o
negócio e foi precisamente na altura em que ou fazíamos obras ou isto
fechava. Foi nessa altura que eu e a
minha irmã avançámos e também
porque na altura conseguimos ter alguns apoios que foram importantes.
Não podemos esquecer essa parceria
importante. Fizemos as obras, asseguramos os postos de trabalho e
fizemos com que isto se mantivesse
porque infelizmente em Rio de Moinhos, freguesia que chegou a ter 5
salsicharias, agora só restamos nós.
Mas é preciso estar continuamente
a investir, a última vez que fizemos
investimento foi na parte de etiquetagem, tivemos de comprar uma nova
máquina para etiquetar.
Sem a minha mãe não era possível e sem o apoio das trabalhadoras
que é essencial. As pessoas têm a necessidade de trabalhar mas também
é preciso gostar disto. Há alturas em
que é duro, no inverno têm de se estar
a trabalhar com “frio”. As salas são
climatizadas e trabalhar com coisas
frias é desagradável. É o posto de trabalho delas que está em causa, porque antigamente este era um trabalho
sazonal. Hoje, já temos trabalho continuamente.
POR DANIELA GASPAR
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DESPORTO
AMOREIRA VENCE INCUP
2015 E RIO DE MOINHOS
GARANTE 3º LUGAR
A
equipa de futebol de Amoreira venceu
no passado dia 18 de outubro a taça
concelhia de pré-época inatel de futebol em Abrantes, batendo na final por
2-1 a equipa da Concavada. No mesmo dia, Rio de Moinhos conseguiu
também garantir o lugar no pódio após vencer a equipa
de Carvalhal por 3-1.
A competição decorreu de 26 de setembro a 18 de
outubro, sendo os jogos realizados nos fins-de-semana.
Este ano, o torneio apresentou um formato diferente de
anos anteriores, organizou-se por dois grupos distintos,
onde o primeiro classificado de cada grupo apurava-se
para a final, os segundos classificados para o jogo de
apuramento do 3º e 4º lugar e assim sucessivamente.
As duas equipas da nossa freguesia, integraram o grupo B da taça Incup, composto por mais 4 equipas, entre
elas, Sentieiras, Casais de Revelhos, Bemposta e a equipa da Venda Nova, convidada a participar nesta competição, pois não pertence ao concelho de Abrantes.
A equipa da Amoreira destacou-se em primeiro lugar
deste grupo completando os cinco jogos realizados com
quatro vitórias e um empate, conferindo um total de 13
pontos. Rio de Moinhos conseguiu o segundo lugar do
grupo com 8 pontos, conseguidos através de duas vitórias, dois empates e uma derrota. As duas equipas defrontaram-se no passado dia 10 de outubro, no campo de
futebol da Amoreira, tendo sido o resultado favorável à
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equipa da casa por 4-0.
Mais um ano de participação das equipas da nossa
freguesia neste torneio, onde os resultados têm sido bastante positivos, conseguindo classificações de destaque.
Em especial este ano, pois a equipa da Amoreira conseguiu arrebatar o troféu e fazer a festa, perante centenas
de espectadores que preencheram a bancada do Estádio
Municipal de Abrantes.
Importa destacar o fair-play de todas as equipas no
decorrer das competições, bem como a quantidade de
espectadores que assiste aos jogos pelas aldeias do concelho de Abrantes.
POR ANDRÉ VIRTUOSO
CRÓNICA
JÁ LÁ VÃO DOIS
ANOS DE MANDATO…
RUI ANDRÉ
PRESIDENTE DA JFRM
E
ste ano letivo
e em parceria
com a Câmara Municipal
de Abrantes
conseguimos ajudar o
jovem estudante universitário Daniel Seabra de
Amoreira, que frequenta o 1º ano do
curso de Comunicação Empresarial
da ESTA. Apesar das suas limitações motoras é um jovem promissor
que luta cada dia da sua vida para
melhorar as suas competências e
aptidões. O médico-psiquiatra Roberto Shinyashiki referiu que: “tudo
o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele
possa ser realizado”.O Daniel tem
essa força …
Por sua vez, já iniciámos, com
ajuda da autarquia abrantina, as
obras na antiga escola primária a
fim de instalar a Casa Mortuária.
Os Serviços Municipalizados de
Abrantes concluíram as obras da
nova conduta desde do adro até ao
depósito (junto ao cemitério) incluindo a Rua Dr. João de Deus, a
Rua do Adro e a Rua do Canto.
O projeto da Escola dos Sorrisos e do Esquecimento teve, no
ano letivo passado, uma avaliação
muito positiva. Este ano, as aulas
começaram no mês de setembro e
continuam a ter uma parceria com o
Centro de Apoio a Idosos. As áreas
lecionadas são: Troca de Saberes
(prof.a Conceição Martins), Trabalhos Manuais (prof.a Ana Catarina
Assunção) e Informática em parceria com a Cruz Vermelha (prof. João
Bexiga).
Este ano, foi realizado o Passeio
dos Idosos ao Convento da Graça
(Coimbra) e visitámos na mesma
localidade o Memorial da Irmã Lúcia.
Brevemente, a Junta de Freguesia
irá dispor de uma plataforma online
no sentido de puder aproximar dos
seus fregueses da autarquia. O Portal e-freguesias resulta da concretização do Projeto de Modernização
Administrativa das Freguesias promovido pela ANAFRE - Associação Nacional de Freguesias na qual
esta Junta de Freguesia concorreu e
recebeu gratuitamente equipamento
para o efeito. O Projeto permite a
conjugação de imperativos de eficácia e eficiência para com os utentes,
através da criação de uma nova estrutura de gestão de processos informáticos e a prestação de serviços no
âmbito do Atendimento Digital Assistido. Desta forma será possível às
Freguesias aumentarem a qualidade
dos serviços públicos numa lógica de modernidade e transparência, através da redução de custos,
simplificação, desburocratização e
racionalização de processos, com
recurso ao uso intensivo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
Um trabalho de proximidade
sempre a pensar no próximo e no
seu bem-estar.
Finalizo o meu texto referindo o Papa Francisco que disse um
dia: “Não chores pelo que perdeste,
luta pelo que tens. Não chores pelo
que está morto, luta por aquilo que
nasceu em ti. Não chores por quem
te abandonou, luta por quem está
contigo. Não chores por quem te
odeia, luta por quem te quer. Não
chores pelo teu passado, luta pelo
teu presente. Não chores pelo teu
sofrimento, luta pela tua felicidade.
Com as coisas que vão nos acontecendo vamos aprendendo que nada
é impossível de solucionar, apenas
siga adiante”.
Um bem-haja.
Boas Festas e Um Bom Ano de
2016
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REPORTAGEM
OS DIREITOS
NÃO ENVELHECEM
A
violência que envolve idosos
é um fenómeno em crescimento. Continua a ser tabu,
mas uma sociedade que se
remete ao silêncio é uma sociedade que compactua com
a violência perpetuada contra
os nossos idosos.
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais
em dignidade e direitos”. Começa assim a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Todos nós o defendemos, o afirmamos e repetimos inúmeras vezes.
Tantas e tantas vezes que, provavelmente, já nem damos conta do seu significado. Ou simplesmente nos
tornámos demasiado egoístas e apenas sabemos o que
significa quando as vítimas somos nós próprios. Esperemos que assim não seja!
Rio de Moinhos tem uma população maioritariamente envelhecida. Também já o repetimos inúmeras
vezes. No entanto, vamos dar um pouco mais de atenção a esta importante franja da sociedade. Mas agora,
olhemos para a população idosa de uma outra forma,
como potenciais vítimas de violência. Um tema que
parece continuar a ser tabu, masque não pode ser ignorado.
“As pessoas idosas têm direito à segurança económica e a condições de habitação e convívio familiar e
comunitário que respeitem a sua autonomia pessoal e
evitem e superem o isolamento ou a marginalização
social”, diz o artigo 72.º da Constituição da República Portuguesa. Ou seja, mulheres e os homens têm os
mesmos direitos que qualquer outra pessoa, independentemente da sua idade ou da sua situação de dependência.
Que direitos devem os idosos reivindicar? Preservação da sua imagem; integridade e desenvolvimento
da sua personalidade; respeito pelo seu percurso de
vida; privacidade e reserva da vida privada; liberdade
de expressão; liberdade de escolha; liberdade religiosa; uma vida social, afectiva e sexual; respeito pela
sua autonomia na gestão do seu património; garantia
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da qualidade dos cuidados que lhe são prestados; participação e convívio familiar e comunitário…
Porque devem os idosos exercer estes direitos?
Porque estimula o desenvolvimento pessoal e social,
o bem-estar emocional, o bem-estar material, o bem
-estar físico, a autonomia, a capacidade de escolha, a
participação, a integração social, as relações pessoais,
a qualidade de vida e o envelhecimento activo.
Que atitudes tomar para promover o exercício dos
seus direitos? Ser independente (planear o dia-a-dia e
o futuro), estar informado (procurar saber quais são
os seus direitos e os seus deveres), ser participativo
(participar na vida familiar, comunitária e social) e ser
comunicativo (contactar regularmente os amigos e familiares).
E se os seus direitos lhe forem negados? Peça ajuda.
A APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima)
pode disponibilizar apoio psicológico, jurídico, emocional e social, gratuito e confidencial. Basta contactar a Linha de Apoio à Vítima através do número 707
200 077. Pode ainda ligar para o número 144 (Linha
Nacional de Emergência Social), para o número 808
266 266 (VIA Segurança Social) ou para o número
800 203 531 (Linha do Cidadão Idoso). Em caso de
emergência contacte o 112 que chamará, de imediato,
a Polícia.
É aqui que a intervenção da sociedade se torna crucial, uma vez que a maioria das pessoas idosas vítimas
de violência se remetem ao silêncio. Porquê? Porque
muitas vezes, a pessoa idosa não conhece a existência
de vitimação; porque sofre de perda de memória ou
demências; porque não está informada sobre os seus
direitos enquanto vítima de crime; porque está socialmente isolada; porque aceita a violência como uma
realidade existencial, pois em muitos casos, conheceu
-a toda a vida; porque depende dos cuidados do seu
prestador de cuidados, tanto na prestação de cuidados
propriamente dita, como em termos económicos e afetivos; porque sente-se culpada e responsável pela própria vitimação; porque teme que, ao revelar a existência da vitimação, o agressor venha a ter problemas; .
DR
porque teme possíveis represálias por parte do agressor; porque tem vergonha; porque sofre chantagem
emocional; porque pensa que ninguém acreditaria em
si se contasse todos os detalhes da vitimação; porque…
É aqui que nós próprios nos tornamos cúmplices
do agressor se não o denunciarmos. Discretamente e
confidencialmente devemos conversar com a vítima,
informá-la do que pode fazer e apoiá-la no início do
fim da violência que sofre. No entanto, é importante
percebermos que nunca devemos culpabilizar a pessoa idosa por ser vítima e, principalmente, nunca devemos confrontar o alegado agressor porque pode ser
perigoso para quem denuncia e para a pessoa idosa.
Envelhecer com dignidade é um direito inato a
qualquer ser humano.
Qual a dimensão do problema?
A verdadeira dimensão do problema é desconhecida, precisamente porque são demasiadas as vítimas
que se remetem ao silêncio. No entanto, tendo em conta os dados revelados pela APAV em Setembro deste
ano, podemos retirar algumas conclusões.
Segundo o referido documento, o ano de 2014 regista, em Portugal, 852 pessoas idosas vítimas de cri-
mes, um aumento de 10,1% relativamente a 2013.
Quem são as vítimas? 80% são mulheres; 50% têm
entre 65 e 74 anos de idade; 45% são casadas e 27%
são viúvas; 32% inserem-se numa família nuclear com
filhos.
Quem são os agressores? 68% são homens; 22%
têm mais de 65 anos de idade; 40% são casados e 14%
são solteiros; 23% são pensionistas ou reformados;
19% são dependentes do álcool.
Que vitimação existe? A violência é continuada
sendo perpetuada por vários anos e em 55% dos casos acontece na residência comum, ou seja, a vítima
vive com os agressoresque são, maioritariamente, os
próprios filhos e o cônjuge. Relativamente aos crimes,
a violência doméstica é o mais registado (81%), destacando-se nesta categoria maus tratos psíquicos (29%),
maus tratos físicos (19%) e ameaças/coação (14%).
De sublinhar ainda que em muitos casos a mesma
pessoa idosa é vítima de vários agressores e é vítima
de vários crimes. Para além do referido, os agressores podem também ser outros familiares, cuidadores,
vizinhos, conhecidos ou qualquer outra pessoa, assim
como os idosos podem ainda ser vítimas de outros crimes como a violência sexual, negligência e abandono
ou até violência financeira.
POR SÓNIA PACHECO
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AMOREIRA
Quando o antigo regime mandou
construir as antigas escolas primárias estava longe de imaginar que em
pleno século XXI a maior parte estariam fechadas por falta de alunos.
Mas mais impensável ainda seria no
que muitas delas se transformaram.
A escola de Amoreira não foi exceção: uma sala é usada para fins de
cariz social e funciona como mesa de
votos durante as eleições, já a outra
foi transformada num Dojo (local de
prática de artes marciais).
Assim e com o apoio da Associação de Moradores de Amoreira,
entidade responsável pela escola primária, o Sensei Pedro Félix leciona a
antiga arte marcial japonesa do Ninjutsu. Mas muitas pessoas da nossa
freguesia embora saibam que há alguns anos que é lecionada esta antiga
arte marcial ainda não sabe a história
do Ninjutsu.
Vamos então situar-nos num Japão
feudal. Homens, mulheres e crianças
fugiam da guerra entre clãs, quando
as suas aldeias e bens eram destruídos, e os seus entes queridos eram
mortos. Refugiavam-se nas montanhas em múltiplas províncias. Duas
das mais conhecidas são Iga e Koga.
Aí travaram conhecimento com muitas pessoas de muitas províncias e
com muitas profissões. Trocaram
conhecimentos em variadas áreas:
astrologia, agricultura, jardinagem,
artes marciais de vários tipos, entre
muitas outras. Fundiram esses conhecimentos em diversas áreas, e
treinando em segredo desenvolveram
uma arte marcial, uma arte de guerra,
uma arte de sobrevivência, o Ninjutsu, mais conhecida pela arte dos
Ninjas, ou Shinobi (Guerreiros das
sombras).
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Nuno Lopes
À CONVERSA COM O
SENSEI PEDRO FÉLIX
Os Samurais seguiam uma conduta muito rígida, o BUSHIDO. Samurai que não cumprisse essa conduta
ou de alguma forma a desrespeitasse,
era submetido a um ritual, o SEPUKO ou HARAKIRI, ritual do suicídio.
O Sensei Félix refere que “na nossa escola temos cinco ideais que devemos ter sempre em mente não só
no Dojo, como durante a nossa vida
e perante as adversidades a que somos submetidos, e saber aplicá-los
em qualquer circunstância: Alegria,
Amizade, Lealdade, Harmonia e
Respeito”
Algumas noções do espírito
Ninja:
Ninja Seishin: É a essência do
Ninja que tem o poder de empregar
o corpo e o espírito, a mente e o coração. A esta força é unida a paciência
que um verdadeiro Ninja deve desenvolver treinando duramente. O resultado dará a capacidade de suportar
qualquer insulto e assim poder prevalecer sobre tudo aquilo que queira
fazer dano.
NintaiSheishin: O verdadeiro
significado de Nin, é yaba-shin que
representa a perseverança e o espírito
de sacrifício, não só do treino, mas
também perante as dificuldades da
vida.
“Mas um verdadeiro Ninja deve
recordar sempre e em cada momento, que nunca colocará o fio (lâmina)
da espada diante dos sentimentos e
do próprio coração”, avança Sensei
Félix.
Depois de um pouco de história,
afinal quem é o Sensei Pedro Félix?
É o representante português da Federação Japonesa de Ninjutsu, vamos
tentar conhecê-lo um pouco:
Como surgiu o gosto pelas artes Marciais?
Na minha família sempre houve
o gosto por desportos de combate. O
meu pai fez boxe e os meus tios Boxe
e Kickboxing, e cheguei a praticar
esse tipo de desportos. Mas o grande impulso era de ver na televisão, .
filmes do grande Bruce Lee. Aqueles
movimentos, saltos e até os gritos me
fascinavam, e eu sozinho sem que
ninguém visse tentava imitar o que
ele fazia. O fato de ele também ser
franzino ainda me seduzia mais.
E como aparece o Ninjutsu na
sua vida?
Eu conheci um colega que me falou a primeira vez do Ninjutsu, mas
nem ele sabia muito bem o que era.
Então pesquisei sobre a história do
Japão, onde falam de Ninjas e Samurais. Procurei pelo Ninjutsuem Portugal e descobri no Algarve uma associação de Ninjutsu. Entrei em contato
com o Presidente que é também o
Sensei (Mestre), Jorge Canelas. Depois de várias conversas fui ao Algarve e comecei a treinar com o Sensei
Canelas, e descobri o que realmente
é o Ninjutsu. Foi com ele que evoluí
até me tornar instrutor, e representante da sua associação no distrito de
Santarém. Sou graduado em 3º Dan
nesta associação.
O Ninjutsué a arte marcial
dos Ninjas, certo? Os Ninjas não
eram assassinos?
Sim, Ninjutsu é conhecida como
a arte marcial dos Ninjas ou Shinobis, é o termo em japonês para Ninja.
Desde sempre que se diz que os Ninjas são assassinos implacáveis sem
piedade, mas a história na sua realidade não diz isso. Os historiadores da
época eram Samurais, então é lógico
denegrir a imagem de um oponente
tão forte. Na realidade os Ninjas aparecem devido a situação de guerra
que se vivia na época. Não passavam
de agricultores, jardineiros, monges,
que se refugiavam nas montanhas e
fundiam os seus conhecimentos apenas para se defenderem. A conduta
de uma Ninja era muito simples, defender a sua família, a sua aldeia e os
seus bens.
Porque escolheu o Ninjutsu
e não outra arte marcial?
xonados por este estilo. O SenseiJuan
e os seus instrutores receberam-nos
com uma harmonia e humildade, e
por isso mesmo decidimos continuar
a pertencer a este grupo. Anos passaram, as caminhadas para Espanha
continuaram sempre com muita vontade até que me foi feito o convite.
Falei com alguns dos meus alunos,
que são mais do que apenas alunos,
somos companheiros, e amigos, um
grande suporte para mim em vários
aspetos e decidimos avançar.
Sei que também ensina crianças, é mais complicado ensinar
crianças ou adultos?
O que diria a quem quisesse
experimentar o Ninjutsu?
Eu costumo dizer que não escolhi,
eu é que fui escolhido. Nas brincadeiras de miúdo, lembro-me de comentarem que eu me escondia em lugares
diferentes e de maneiras diferentes,
tal como os ninjas. Aprendi a apreciar a natureza e a fazer alguns brinquedos, tal como os Ninjas aprenderam a usar a natureza para proveito
próprio, fossem armas, camuflagem,
etc. Acho que sem querer já fazia
Ninjutsu.
Sim, também ensino crianças. A
questão não é qual o mais difícil porque aí depende do grupo em si e não
se é adulto ou criança. Gosto muito
do que faço e são duas formas de
ensino muito diferentes, e principalmente nas crianças, sabe muito bem
ver a sua evolução. Não falo só na
evolução técnica, mas sim na evolução como pessoa. O chegar ao Dojo
e cumprimentar todos os presentes, a
forma como tratam o uniforme, o respeito pelo espaço onde estão ao fazer
uma vénia antes de pisar o tapete, pedir permissão para fazer determinadas coisas. São pormenores que vamos vendo, e que sabem muito bem.
O Pedro neste momento está a
representar uma Federação em
Portugal, como se proporcionou
o convite de ser o representante
de algo único no país?
(Risos) Eu conheci esta Federação
através de um amigo meu, o Leonel,
ele já tinha conhecimento da sua
existência há mais tempo do que eu.
Andámos muito tempo a falar em ir
ao nosso país vizinho, porque é lá a
sede, e conhecer o seu Fundador, o
Sensei Juan Hombre. Falámos com o
Sensei, e eu, o Leonel e um outro amigo, o Eduardo, fomos a um estágio de
inverno. Tudo em plena natureza tal
como imaginávamos e ficámos apai-
Apenas diria que o Ninjutsu levado com seriedade, pode ser encarado
como um modo de vida. Procurámos
tornar as pessoas em guerreiros com
a força necessária para encararem as
dificuldades da vida com honestidade, alegria e claro muito respeito. Os
treinos são na antiga escola primária
na Amoreira, às terças e quintas-feiras para adultos, das 19h00 às 21h00,
e aos sábados, das 16h00 às 17h00,
para crianças, e ainda das 17h00 às
19h00 para os adultos.
Que planos tem para o futuro?
Num futuro próximo gostaria de
realizar estágios em Portugal com
outras delegações estrangeiras, pois
nunca se realizou nenhum em Portugal.
Será no nosso concelho?
Gostava muito que assim fosse,
mas como responsável pela federação em Portugal já organizei alguns
eventos mas foi em Belver, onde
tenho obtido maiores apoios a nível
logístico.
Terminamos, dando um obrigado
ao Sensei Pedro Félix e desejando
continuação do bom trabalho que
tanto tem dignificado a nossa freguesia.
POR NUNO LOPES
O RIOMOINHENSE
DEZEMBRO 2015
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REPORTAGEM
“GOSTO DE CONVIVER COM
AS PESSOAS, GOSTO MUITO
DE ESTAR AQUI”
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O RIOMOINHENSE
DEZEMBRO 2015
Joana Margarida Carvalho
N
asceu em 1948, é
atualmente o espaço
de mercearia mais
antigo de Rio de
Moinhos, o seu proprietário chama-se João António Aires, mas hoje em dia é Maria Emília
Aires, com o apoio da sua família,
que toma conta deste espaço bastante
acarinhado por muitos.
A história é antiga, a mercearia
de João António Aires nasceu pelas
mãos dos seus pais. Na altura, o objetivo era ter o filho a trabalhar por
cá: “o João estava em Lisboa, trabalhava num armazém e a minha sogra
queria que ele regressasse à terra. Já
nesta altura, o patrão dele queria que
ele fosse para os Açores trabalhar, foi
então que se concretizou o regresso
a Rio de Moinhos”, conta ao Riomoinhense Maria Emília Aires. “Na
altura, existiam muitas lojas na nossa
terra, não haviam os supermercados e
tudo se vendia”, recorda.
O espaço é desde 1948 o mesmo, apenas expandiu com o passar
dos anos. Contudo há características
emblemáticas nesta pequena loja que
têm sido constantes ao longo dos
tempos, tais como os seus armários
bem antigos, a diversidade de produtos e a simpatia que Maria Emília
nunca perdeu mesmo com o passar
dos anos.
Com as novas tecnologias, a mercearia teve de acompanhar o desenvolvimento que lhe foi imposto. A
entrada da máquina de faturação representou um verdadeiro desafio para
João e Maria.
“Ao princípio não foi fácil, mas
Ana Pires e Maria Emília apoiam-se para manter a loja aberta
agora já está tudo bem. O João afastou-se devido à máquina e eu aprendi”, confessa.
Desde há muitos anos que é possível encontrar neste espaço, de tudo
um pouco, os produtos habituais de
mercearia, os hortícolas e as frutas
frescas, algumas roupas, jogos de
cama, edredons, etc.
Apesar das dificuldades do país,
Maria Emília avança que “a loja sustenta-se, dá para pagar aos fornecedores. Vendemos bastante e temos
clientes habituais de há muitos anos”.
Desde algum tempo, que a mercearia conta com a colaboração de
toda a família, nomeadamente de
Ana Pires, a neta mais velha dos proprietários, que destaca a importância
da fidelização dos clientes à loja: “os
clientes é que fazem em casa. Quando fechamos por momentos, as pessoas preocupam-se. Esta loja dá dinâmica e animo à rua”.
Sobre a afluência de clientes ao espaço, Ana adianta que “a loja é mais
movimentada durante a manhã e sobretudo nas épocas festivas e quando
chega a fruta e a hortaliça”. “Quem
toma as decisões é a minha avó, ela
é bastante autónoma nos serviços da
loja”, remata.
Quanto aos objetivos futuros,
Maria Emília refere que quer fazer
algumas melhorias ao nível do chão
e dos armários, mas o mais importante é “manter a casa aberta até que
consiga, a ideia é deixar o espaço aos
meus filhos e aos netos. Até lá gosto
de conviver com as pessoas, gosto
muito de estar aqui”.
Horário:
Dias utais das 9h00 às 13h00 e das
15h00 às 20h00
Sábado: das 9h00 às 13h00
POR JOANA MARGARIDA CARVALHO
REPORTAGEM
CAFÉ “DUAS BICAS”
CONTA COM NOVA GERÊNCIA
O café “Duas Bicas”, localizado na Rua das Conheiras, mudou de gerência
no verão passado e o Riomoinhense foi conhecer a sua nova proprietária
que também é uma residente recente na nossa freguesia.
Catarina Assunção
M
arta Alexandra Simões
Lopes tem
30 anos, é
casada
e
tem
dois
filhos. Nasceu em Coimbra, mas é
natural de Ribeira de Alge, freguesia
que pertence ao concelho de Figueiró
dos Vinhos. Antes de viver nos arredores de Abrantes a sua residência foi
em Portalegre, a terra da sua mãe. Foi
em 2013 que escolheu Rio de Moinhos para educar os seus filhos.
O primeiro contato com a nossa
aldeia foi um pouco antes de vir morar para cá. O motivo esteve relacionado com o facto de não ter vagas na
pré-escola do seu filho mais velho,
perto da sua zona de residência, que
na altura era na Encosta da Barata. O
Agrupamento Escolar indicou o Centro Escolar de Rio de Moinhos como
uma possível solução. E assim foi, a
Marta matriculou o Tiago na nossa
Escola que o acolheu muito bem e
também ele se adaptou bastante bem,
ao ponto de não querer uma nova
mudança. Para satisfazer as necessidades do filho, Marta mudou-se de
malas e bagagem para a nossa localidade.
O desafio de reabrir o café “Duas
Bicas” foi muito bem pensado, pois
a sua prioridade sempre foi os seus
filhos e o cuidar bem da rotina deles.
Quando a antiga proprietária deste
estabelecimento mostrou necessidade de fechar portas, houve vários
Marta Lopes e a sua mãe felizes com o novo desafio
clientes que sugeriram e incentivaram a Marta a reabri-lo, sendo que é
jovem e muito simpática. Mas o facto
de estar sozinha a educar dois filhos,
pois o marido por força dos tempos
está emigrado, e o tempo que necessita para as funções de mãe a tempo
inteiro é bastante, conciliar as duas
coisas seria arriscado, não fazendo
nenhuma das duas bem. Foi então
que a sua mãe, que vivia em Abrantes, e que tem sido o seu “braço direito”, se disponibilizou mais uma vez,
para apoiar Marta. Assim sendo, também se mudou para a nossa freguesia
para melhor executar essa tarefa.
Como ambas já têm bastante experiência neste ramo, porque os avós
de Marta tinham um restaurante e os
sogros um café, esta atividade não
era grande novidade e foi de fácil
adaptação. Marta já frequentava o
café e este já tinha clientes fixos, o
caminho foi perceber as necessidades
de cada um deles.
Atualmente, a gerente pretende
cativar novos clientes, melhorando
os vários serviços da casa, nomeadamente apostar num forno para que
o pão seja quente a qualquer hora do
dia. Por sua vez, às terças-feiras, que
é o dia de folga do espaço, a casa abre
portas até às 11h00 para vender pão.
Quando o café “Duas Bicas” fechou bastou uma “noite em branco”
de trabalho para repor o stock e na
manhã seguinte o espaço abriu com
nova gerência, para agradar os seus
clientes. O objetivo é que os mesmos
continuem a sua rotina diária de ali
comprarem o seu pão quente, beberem os seus cafés e passarem um
bom bocado no final de um dia de
trabalho.
POR CATARINA ASSUNÇÃO
O RIOMOINHENSE
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ASSOCIATIVISMO
RANCHO FOLCLÓRICO “OS MOLEIROS”
DESDE 1986 A TRANSMITIR
A TRADIÇÃO DE RIO DE MOINHOS
Há 29 anos que o Rancho Folclórico
“Os Moleiros” da Casa do Povo de
Rio de Moinhos representa a cultura
folclórica da nossa região pelo país.
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O RIOMOINHENSE
DEZEMBRO 2015
Rui André
E
m junho de 1986 foi fundado o
Rancho Folclórico “Os Moleiros” da Casa do Povo.
Na tentativa de não deixar
desaparecer as tradições da Ribeira de Rio de Moinhos, como
outrora foi seu nome. O rancho
folclórico recupera em todas as
suas atuações, as tradições e os costumes da nossa
terra.
Atualmente,o grupo tem 22 dançarinos, 6 tocadores
e 2 cantores. Na sua maioria os jovens dançam com
orgulho no traje que representam. Mas nem sempre
foi assim, o rancho já passou por várias dificuldades e
transformações ao nível de recursos humanos e materiais. Os elementos vão crescendo e por vezes procuram outras atividades para os seus tempos livres. Ao
longo dos anos, as músicas e danças foram mantidas
e sempre inspiradas nos costumes e nas profissões do
antigamente.
Desde sempre levamos as danças e os trajes para
as várias localidades do nosso país, onde somos bem
recebidos e acarinhados. Deixamos na memória daqueles que nos vêem os nossos trajes, são eles: os marítimos, as lavadeiras das ribeiras, o feitor da Quinta
do Azinhal, os trajes domingueiros e de trabalho no
campo. A dança mais tradicional do nosso grupo é o
“Fado de Moleiro”. É um fado dedicado aos moleiros
da nossa terra. Uma música que nos distingue pela
maneira como é cantada e dançada.
O nosso festival anual, habitualmente realizado no
mês de maio, é sempre um momento muito importante para o grupo. Mostra a vitalidade e o crescimento
do mesmo, num espírito de partilha social e associativa. Este convívio e troca de culturas fazem enriquecer
o grupo e dão a conhecer as raízes e as tradições da
nossa terra.
Somos um rancho ribatejano e pretendemos de
futuro crescer aos mais vários níveis na competição
folclórica. O principal objetivo é manter vivas as tradições e a amizade que se promove entre todos.
É muito importante para nós a participação de toda
a comunidade nas nossas iniciativas e atividades.
Ajuda-nos a levar por diante este projecto que por alguns é respeitado e valorizado.
POR LILIANA CARVALHO,
diretora técnica do grupo
CRÓNICA
ADN CRISTÃO (II)
ORAÇÕES DE QUEM SE DIZ IGREJA
(CONTINUAÇÃO DO ARTIGO ANTERIOR)
Sinal da Cruz
Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso
Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amén
Pai Nosso
Pai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o
vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feito
à vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão
nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas
ofensas, assim como nós perdoamos, a quem nos tenha ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas
livrai-nos do mal. Amén.
Avé Maria
Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria Mãe de Deus,
rogais por nós, pecadores, agora e na hora da nossa
morte. Amén
Salvé Rainha
Salvé Rainha Mãe de Misericórdia, vida, doçura
e esperança nossa salvé! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e
chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses olhos misericordiosos a nós volvei.
E depois deste desterro, nos mostrai Jesus, bendito
fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce
Virgem Maria, rogai por nós Santa Mãe de Deus, para
que sejamos dignos de alcançar as promessas de Cristo, Amén.
Consagração a Nossa Senhora
Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo(a) a vós, e em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia e para sempre, os meus
olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração
e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou
vosso(a), ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como propriedade vossa. Lembrai-vos que
vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa. Ah, guardaime e defendei-me como coisa própria vossa.
Credo
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador
do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor Jesus Cristo, Filho
unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os
séculos; Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro
de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por
nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus,
e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem
Maria, e se fez Homem. Também por nós foi cruxificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e
subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. De
novo há-de vir em sua glória, para julgar os vivos e os
mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito
Santo. Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele
que falou pelosprofetas. Creio na Igreja una, santa,
católica e apostólica. Professo um só baptismo para
a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos
mortos, e a vida do mundo que há-de vir. Amén.
Acto de Contrição
Meu Deus, porque sois infinitamente bom e eu vos
amo de todo o coração, pesa-me de vos ter ofendido e, com o auxilio da Vossa divina graça, proponho
firmemente emendar-me e nunca mais vos tornar a
ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas
pela Vossa infinita misericórdia. Amén.
Padre Nuno Miguel, Pároco
O RIOMOINHENSE
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FESTIVIDADES
REMOINHOS D´ÁGUA
PROMOVE MAGUSTO
N
o passado
dia 14 de
novembro, pelas
15h00, o
salão da
Casa do
Povo de
Rio de Moinhos foi o palco de um
Magusto, organizado pela Associação Juvenil Remoinhos d´Água.
A ação contou com atuação do
músico Diego Miguellis, com as
castanhas assadas e a boa jeropiga. Durante a tarde, foi constante
a boa disposição tanto da parte
da organização como da parte da
população que aderiu ao festejo.
Apesar da população não ter aderido como o esperado, as castanhas
saíram com bastante frequência.
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O RIOMOINHENSE
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Após o festejo realizou-se um petisco entre a organização e os seus
sócios.
No decorrer da noite festejouse o aniversário de dois elementos
da Associação Remoinhos d´Água
com um bolo surpresa. Este momento juntou os membros da Casa
do Povo, da associação e da população presente, onde se cantaram
os parabéns em conjunto.
Por fim, os aniversariantes ofereceram uma fatia de bolo aos
presentes, terminando assim um
dia de festa e de convívio entre os
jovens, sendo a Casa do Povo um
ponto de atração neste dia.
TEXTO E FOTOS POR
MICAELA GONÇALVES
CARTA
CARTA DE UM FILHO DA TERRA PARA TODOS OS RIOMOINHENSES…
“É EXTREMAMENTE DIFÍCIL VIVER
LONGE DOS QUE MAIS AMAMOS”
C
hamo-me Filipe Morais,
tenho 48 anos,
nasci e cresci em Rio de
Moinhos até
aos 21 anos,
freguesia
onde tenho os meus pais e muitos
amigos.
Casei e fui viver para o Canadá em 1989. A minha esposa já
estava a residir neste país. Desde
da minha chegada tem sido um
desafio super estimulante. Tirei o
curso profissional em informática,
chamado Micro-Computers and
Networks e laboro numa companhia área. Conheço bem a região
do Quebec e a parte francesa do
Canadá. Nós por cá falamos francês como primeira língua e inglês
também.
Este país tem uma qualidade
fenomenal e tem muitos recursos
naturais. Mesmo depois de estar
a residir há 26 anos por cá, continuo a ter uma saudade infinita da
minha família e dos meus amigos
que residem em Rio de Moinhos.
É extremamente difícil viver longe dos que mais amamos. Quando
tenho uma oportunidade volto ao
nosso país para os visitar o que não
é nada fácil.
Quanto a quadra de Natal, infelizmente não tenho família direta
a residir por cá. O meu sogro faleceu o ano passado e a minha sogra
encontra-se num lar de idosos com
alzheimer. Normalmente, passamos o Natal com o tio da minha
esposa e os seus filhos. O meu
coração está sempre dividido porque não tenho os meus pais perto
de mim. As saudades são tantas
que acompanho sempre com muita emoção tudo o que se passa na
nossa freguesia Rio de Moinhos.
As redes sociais e os órgãos de comunicação da informação são os
meios que me permitem ter uma ligação a Rio de Moinhos e ao concelho de Abrantes.
POR FILIPE MORAIS
O RIOMOINHENSE
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SAÚDE E BEM ESTAR
POR FAVOR CUIDE
DO SEU CORAÇÃO
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O RIOMOINHENSE
DEZEMBRO 2015
DR
A
o escrever este artigo reuni todos os esforços no sentido de ser o mais rigoroso
e atualizado possível. Tenho alguma formação em educação física e anatomia,
mas não pretendo, nem devo substituir
as suas consultas médicas regulares, mas antes que as
complemente. O seu médico é a única pessoa habilitada, com competência para fazer avaliações críticas,
diagnosticar problemas, receitar medicamentos e dar
conselhos necessários para o seu bem-estar.
A melhor definição do que é o coração é sem dúvida de uma bomba muscular que suga e expele sangue
para todo o organismo. As doenças cardiovasculares
são consideradas uma epidemia dos tempos modernos
e são responsáveis, segundo dados de 2004 por 18 milhões de mortos por ano em todo o mundo, das quais
4100 em Portugal. É minha intenção incentivá-lo a criar
uma melhor qualidade de vida com pequenas alterações
positivas.
Os portugueses levam vidas cada vez mais sedentárias, um estudo da Comissão Europeia conclui que 66%
dos portugueses nunca praticou atividades físicas, no
entanto o nosso organismo foi concebido para se submeter a exercício físico regular. Vamos referenciar alguns “inimigos” do coração que criam sempre debate
aceso entre a classe médica, mas com base no que se
sabe atualmente são fatores que afetam o coração: excesso de peso, colesterol, hipertensão, tabagismo, etc.
Relativamente ao excesso de peso, noutros tempos
uma silhueta magra era sinal de doença, de refeições
pobres e pouco dinheiro, agora estamos na era de grandes doses de batatas fritas, bolos cheios de açúcar, bebidas açucaradas, pacotes de pipocas, etc.
Tente fazer uma alimentação saudável e exercício
físico. Alguns investigadores estão a testar o potencial
de diversas hormonas para inibir o apetite, no entanto
não está disponível no mercado qualquer medicamento
milagroso para emagrecer.
O colesterol - o nome desta doença começa por surgir em 1950 nos jornais americanos, mas foram precisos mais de 20 anos para o resto do Mundo tomar consciência da sua importância, uma alimentação rica em
gordura saturada é sinónimo de demasiado colesterol
na circulação sanguínea. Existem dois tipos principais
de colesterol, o “mau” (LDL) que favorece a obstrução
das artérias, colesterol “bom” (HDL) que encaminha as
“LDL” para o fígado a fim de serem eliminadas. Não se
esqueça de consumir gorduras saudáveis que se encontram em alimentos como o peixe gordo, frutos secos e
azeite bem como a prática muito exercício físico.
Hipertensão arterial – atualmente mais de um quarto da população portuguesa adulta sofre de hipertensão arterial elevada, é reconhecida como o maior fator
de risco cardiovascular e como em geral não provoca
sintomas muitas vezes designada como “assassino silencioso”. Algumas alterações alimentares, prática de
exercício físico, perder peso e deixar de fumar (o tabaco é especialmente nocivo para o coração). Mais uma
vez insistimos no exercício físico porque ao praticá-lo
está a queimar substâncias químicas que aumentam a
sensação de bem-estar. E já agora caros leitores não
os quero assustar, mas se porventura fumarem não se
esqueçam que está provado cientificamente que os fumadores têm 70% mais probabilidades de morrer de
doença cardíaca.
Termino como comecei este meu artigo. Após a reflexão apresentada sobre os “inimigos do coração” saliento a necessidade de uma avaliação prévia à prática de
exercício físico que é tão importante. Além disso devo
referir mais uma vez que este artigo não pretende substituir o diagnóstico e cuidados médicos necessários.
A prática do desporto e uma alimentação saudável
são fatores fundamentais para uma melhor qualidade
de vida.
POR MÁRIO PERNADAS
PENSAR SOBRE
QUAL A MELHOR PRENDA QUE
PODERIA RECEBER NESTE NATAL?
JOSÉ PEDRO
Rio de Moinhos
Neste natal gostaria de continuar a contar com a presença e o carinho dos
meus familiares e amigos. Saúde e paz para todos é o que mais importa. Vai
ser uma noite, espero eu, junto da minha família e as prendas vão ser apenas
mais uma tradição a juntar ao bacalhau e às couves. Depois a missa do galo
onde se juntam os amigos. Desejo a todas um Feliz Natal de 2015!
LÚCIA FERREIRA
Pucariça
Hoje em dia, quando falamos no Natal imediatamente associamos aos presentes e ao consumismo. Por isso, este Natal se tivesse que escolher a melhor
prenda para receber não escolhia bens materiais, mas sim as coisas únicas da
vida, saúde, amor, liberdade e ser feliz.
LÚCIA PEDRO
Pucariça
Neste Natal podia desejar um presente material, mas nos dias de hoje esses
miminhos são para os mais jovens. Desejo então muita saúde, amor, trabalho
para mim e para os que me são queridos. Para o mundo desejo muita paz e um
Feliz e Santo Natal para todos.
TELMA ROSA
Pucariça
O que gostaria de receber como prenda de Natal seria ganhar o euro milhões,
ia facilitar a realização de alguns sonhos e planos para a minha vida pessoal
e profissional. Com esse dinheiro certamente fundaria uma ONG para cuidar
de crianças abandonadas ou vítimas de abuso. Acho que o que realmente faz a
diferença na nossa vida, é fazer a diferença na vida dos outros.
RECOLHA POR BÁRBARA BRETES
O RIOMOINHENSE
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Faça-se sócio, pense no seu futuro
e ajude quem neste momento precisa.
Tel: 241 881 308
Email: [email protected]
SAD: Serviço Apoio Domiciliário
CD: Centro de Dia - 9h às 17h
Consulta grátis com a Diretora Técnica
Pontos de distribuição do Riomoinhense:
- Casa do Povo de Rio de Moinhos;
- Junta de Freguesia e correios.
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