A estrutura concorrencial no setor supermercadista

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A estrutura concorrencial no setor supermercadista
13º Evento de Iniciação Científica da UFPR
13º EVINCI
Nº 000 A ESTRUTURA CONCORRENCIAL NO SETOR SUPERMERCADISTA:
O CASO CURITIBANO A PARTIR DA DÉCADA DE 90.
Aluno de Iniciação Científica: Rodrigo Cardoso de Lima (PET/Sesu)
Nº de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016521
Orientador: Prof. Dr.Armando João Dalla Costa
Departamento: Economia
Setor: Ciências Sociais e Aplicadas
Palavras-chave: supermercados,forças competitivas,concorrência.
Área de Conhecimento: Economia Regional – 6.03.09.01-6
A estrutura de mercado, no setor de supermercados de Curitiba, sofreu uma significativa
mudança a partir da década de 90. A abertura econômica, iniciada no governo Fernando
Collor de Mello; a estabilização dos preços, advinda com o plano Real, e o crescimento
populacional na região de Curitiba foram os principais determinantes dessas alterações. Este
cenário favorável permitiu a expansão das redes supermercadistas regionais, como foi o caso
dos grupos Condor, Festval, Mercadorama, Coletão, Parati e outros de menor porte como
Casa Fiesta e Flatel. Por outro lado, o mesmo processo gerou uma disputa pelas redes locais,
da parte dos maiores grupos nacionais e estrangeiros. Foi nesta ocasião que o grupo português
Sonae adquiriu o Mercadorama e o Coletão, e a Companhia Brasileira de Distribuição (Grupo
Pão de Açúcar) comprou o Parati. Também novas lojas foram abertas em diferentes regiões da
cidade, principalmente hipermercados. A propagação deste modelo de loja se deve em
especial à chegada das maiores empresas do setor, como Sonae(BIG), Muffatão, Wal-Mart
(supercenters) e Angeloni. Além da ampliação do Grupo Pão de Açúcar, com a bandeira
Extra, e do Carrefour, com seus hipermercados. Todas estas mudanças exigiram uma nova
postura dos supermercados regionais, bem como, uma adaptação dos novos concorrentes à
cultura dos consumidores da cidade. Usando dados quantitativos das empresas e do modelo de
cinco forças competitivas, de Michael Porter(1998), que analisa as relações entre
concorrentes, fornecedores e compradores, o artigo mostra como estas forças se realocaram.
Em que medida ocorreu uma mudança na estrutura concorrencial do setor e quais as
implicações disto. Baseando-se em Porter, verificou-se que há uma tendência oligopolista no
setor. Conseqüentemente, a relação entre fornecedores e as redes supermercadistas tornaramse tensas. Isto porque, na medida em que os supermercados passaram a trabalhar com
economia de escala, aumentou o poder de barganha em relação aos fornecedores, gerando às
vezes uma relação desleal. No entanto, apesar da concentração os pequenos supermercados de
bairro ainda têm força. Isto se deve a diversificação de seu produto que é a prestação de
serviço, já que existe uma relação mais próxima entre o comprador e o vendedor, estando o
primeiro mais adaptado aos gostos e cultura de seus clientes. Do ponto de vista do consumidor
verifica-se um benefício visto que a concentração acirrou a disputa entre os supermercados.
Independente de serem grandes ou pequenos, tradicionais ou novos na região, todas as
empresas supermercadistas tiveram de ajustar-se à nova realidade do setor, em um processo
que ainda se desenrola.
Livro de Resumos do 13º Evento de Iniciação Científica da UFPR
05 a 07 de Outubro de 2005

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