termo de referência para elaboraçao de projetos para o fhidro
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termo de referência para elaboraçao de projetos para o fhidro
Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) TERMOS DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇAO DE PROJETOS PARA O FHIDRO Edital 2013 Maio 2013 Índice 1 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 1. APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 4 2. RECOMENDAÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 4 3. PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DAS CHEIAS................................................................................. 9 3.1. AÇÕES ............................................................................................................................ 10 3.1.1. Barramento e Bacia de Contenção de Enxurradas ................................................ 10 3.1.2. Dragagem ............................................................................................................... 10 3.1.3. Recomposição do Leito Natural ............................................................................. 10 3.1.4. Práticas Mecânicas e Vegetativas de Conservação do Solo e da Água .................. 11 3.2. METODOLOGIA .............................................................................................................. 11 4. CONVIVÊNCIA COM A SECA E MITIGAÇÃO DA ESCASSEZ HÍDRICA ...................................... 12 4.1. AÇÕES ............................................................................................................................ 12 4.1.1. Cisterna Rural ......................................................................................................... 12 4.1.2. Barragens Subterrâneas ......................................................................................... 13 4.1.3. Barragens de Perenização ...................................................................................... 13 4.1.4. Bacias de Captação de Águas de Chuva (Barraginhas) .......................................... 13 4.1.5. Poços Tubulares ..................................................................................................... 14 4.2. METODOLOGIA .............................................................................................................. 14 5. RECUPERAÇÃO DE NASCENTES, ÁREAS DE RECARGA HÍDRICA, ÁREAS DEGRADADAS E REVEGETAÇÃO (INCLUINDO PRODUÇÃO DE MUDAS) DE MATAS CILIARES, TOPOS DE MORROS E DEMAIS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPS) ..................................... 15 5.1. EXPLANAÇÕES CONCEITUAIS E TÉCNICAS ..................................................................... 16 5.1.1. Nascentes e Fontes ................................................................................................ 16 5.1.2. Aspectos técnicos ................................................................................................... 17 5.1.3. Matas ciliares ......................................................................................................... 19 5.1.4. Áreas degradadas por processos erosivos ............................................................. 20 5.1.5. Aspectos técnicos ................................................................................................... 22 5.1.6. Práticas para o controle da erosão ........................................................................ 23 5.1.7. Terraços .................................................................................................................. 24 5.1.8. Bacias de contenção de enxurradas e de captação de águas pluviais ................... 25 5.2. ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS ..................................................... 26 5.2.1. Proteção, conservação e recuperação de nascentes, fontes, veredas, áreas de mata ciliar, recarga hídrica e topos de morro e recuperação de áreas degradadas por processos erosivos ........................................................................................................... 26 5.2.2. Estratégias de proteção ou isolamento da área .................................................... 27 5.2.3. Estratégias de conservação ou recuperação.......................................................... 27 5.2.4. Práticas mecânicas e de manejo e conservação do solo ....................................... 29 5.3. IMPLANTAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE VIVEIROS DE MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS................................................................................................................................ 31 6. SANEAMENTO E DRENAGEM URBANA ................................................................................ 33 6.1. SANEAMENTO ............................................................................................................... 33 6.1.1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................................................... 33 6.2.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................................... 38 6.3. DRENAGEM URBANA .................................................................................................... 50 6.3.1. Reservatório de Amortecimento de Cheias ........................................................... 51 2 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 6.3.2. Adequação de Canais para a Redução da Velocidade de Escoamento ................. 51 6.3.3. Sistemas de Drenagem por Infiltração ................................................................... 51 6.3.4. Controle de Sedimentos ......................................................................................... 53 6.3.5. Recuperação de Várzeas ........................................................................................ 53 6.3.6. Renaturalização de Cursos de Água ....................................................................... 53 6.4. METODOLOGIA .............................................................................................................. 53 7. REALIZAÇÃO DE ESTUDOS, DIAGNÓSTICOS E PESQUISAS PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E ADAPTAÇÃO DE APLICATIVOS E PLATAFORMAS DE MONITORAMENTO .... 54 7.1. GESTÃO E PRESERVAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS ...................................................... 55 7.2. IMPACTOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS RECURSOS HÍDRICOS ............................ 55 7.3. PREVISÃO DE TEMPO E CLIMA ...................................................................................... 55 8. MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO E HIDROSSEDIMENTOMÉTRICO, FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO DOS RECURSOS HÍDRICOS E DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS ......... 56 8.1. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVEM AÇÕES DE MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO ...................................................................................................... 56 8.2. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVAM AÇÕES DE MONITORAMENTO HIDROSSEDIMENTOMÉTRICO .............................................................................................. 57 8.3. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVAM AÇÕES DE MONITORAMENTO FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO DOS RECURSOS HÍDRICOS E DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS .......................................................................................................................... 57 8.4. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVAM AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEGRADAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS ASSOCIADOS A TANQUES-REDE........................... 58 8.5. RECOMENDAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 59 9. CAPACITAÇÃO TÉCNICA AMBIENTAL E EM RECURSOS HÍDRICOS ....................................... 59 9.1. DIRETRIZES..................................................................................................................... 59 9.2. ABORDAGEM PEDAGÓGICA .......................................................................................... 60 10. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 60 3 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 1. APRESENTAÇÃO O Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (FHIDRO) tem por objetivo dar suporte financeiro a programas e projetos que promovam a racionalização do uso e a melhoria dos aspectos quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos no Estado, inclusive aqueles relacionados à prevenção de inundações e ao controle da erosão do solo. Considerando o recebimento de projetos para concorrer aos recursos financeiros do Fundo, a Secretaria Executiva do FHIDRO (SEFHIDRO) apresenta esse Termo de Referência para elaboração de projetos que contemplem em seu escopo ações para: a) Prevenção e mitigação das cheias; b) Convivência com a seca e mitigação da escassez hídrica; c) Recuperação de nascentes, áreas de recarga hídrica, áreas degradadas e revegetação (incluindo produção de mudas) de matas ciliares, topos de morro e demais APPs; d) Saneamento e drenagem urbana; e) Realização de estudos, diagnósticos e pesquisas para o desenvolvimento tecnológico e adaptação de aplicativos e plataformas de monitoramento voltado para: e.1. a gestão e preservação de recursos hídricos; e.2. os impactos de mudanças climáticas nos recursos hídricos; e.3. a previsão de tempo e clima; f) Monitoramento hidrometeorológico e hidrossedimentométrico, físico, químico e biológico dos recursos hídricos e dos ecossistemas aquáticos; g) Capacitação técnica ambiental e em recursos hídricos. Esse termo de referência visa auxiliar a elaboração dos projetos a serem encaminhados ao FHIDRO, apresentando diretrizes e esclarecimentos gerais aos proponentes de projetos, bem como em relação às linhas de ação, no sentido de facilitar o entendimento sobre cada uma delas. Dessa forma, esse termo complementa o EDITAL SEMAD/IGAM Nº 01/2013 publicado em 17/05/2013. 2. RECOMENDAÇÕES GERAIS Na elaboração do projeto, é importante ter clareza dos objetivos que se quer alcançar e o detalhamento do que será realizado (incluindo as etapas, o cronograma, os custos, os recursos necessários etc.) para que, ao final, o projeto esteja suficientemente detalhado para que possa ser executado. É relevante também fornecer todas as informações que facilitem a análise do projeto, em termos de viabilidade técnica e justificativa do orçamento. De acordo com o roteiro constante no Anexo I da Resolução SEMAD/IGAM 1162/2010 para a elaboração de projetos, é importante que os 13 itens sejam atendidos e complementados com as informações relevantes recomendadas por este termo de referência, ou outras que se façam necessárias para o melhor entendimento do projeto. Apresentam-se, a seguir, algumas orientações para se atender ao solicitado na Resolução SEMAD/IGAM 1162/2010: 4 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 1. O Título explicita o objetivo geral do projeto, de forma clara e objetiva. 2. A Gestão do Projeto refere-se às informações do proponente, equipe e parceiros. As informações do proponente se compõem de “pessoa jurídica” (cujas informações devem ser inseridas no sistema computacional de cadastro de projetos antes das informações da pessoa física) e “pessoa física”, constituída pelo representante legal da instituição proponente e pelo responsável técnico. Quando o representante legal é também o responsável técnico, faz-se um único cadastro selecionando a opção “representante legal/responsável técnico”. A equipe diz respeito às pessoas e competências necessárias à execução do projeto. É informada ao se detalhar o orçamento e pode ser citada também na metodologia. Se houver parceiros, é importante informar em “entidades envolvidas” (no sistema está junto de “públicoalvo/beneficiados”) qual o papel a ser desempenhado por cada uma e anexar ao projeto (na aba 10 do sistema em “arquivos associados”) carta de parceria assinada pelo parceiro e o proponente, com a descrição da contribuição do parceiro no projeto. 3. A Introdução apresenta o projeto. Para isso, deve informar resumidamente do que se trata o projeto, sua finalidade, importância, local de implantação, atores sociais atendidos e o que motivou o projeto, ou seja, quais problemas percebidos na bacia levaram à sua proposição. 4. A Justificativa deve explicar o porquê de se executar o projeto. A fim de fundamentar a justificativa, deve-se caracterizar a bacia hidrográfica onde ocorrerá a intervenção, ressaltando a importância da execução do projeto no contexto da bacia. Recomenda-se, ainda, descrever o impacto social positivo previsto com a implantação do projeto. 5. A Área de Abrangência esclarece sobre a área onde o projeto será implantado (comunidade rural, distrito, sede municipal ou outra circunscrição espacial) e a hierarquia da região hidrográfica (bacia, sub-bacia ou microbacia). Deve-se definir em qual Unidade de Planejamento e Gestão (UPGRH) se localiza a área e a qual ou as quais municípios a área-alvo do projeto pertence. 6. O Objetivo apresenta o quê será feito. Deve-se definir o Objetivo Geral, que reflete a finalidade principal do projeto de forma sucinta, ampla e realista. Os Objetivos Específicos são as ações que serão executadas para se atingir o Objetivo Geral e descrevem as metas a serem alcançadas com a implantação do projeto. É imprescindível que o Objetivo Geral do projeto se enquadre aos objetivos do FHIDRO descritos no art. 1º do seu Decreto Regulamentador 44.314/05: promover a racionalização do uso da água e melhorar os aspectos qualitativos e quantitativos da água, inclusive os ligados à prevenção de inundações e ao controle da erosão do solo. Tais etapas devem estar dispostas de modo a caracterizarem a relevância das mesmas, estando ordenadas cronologicamente e sendo passíveis de serem alcançadas durante o tempo de execução proposto, devendo, ainda, ser mensuráveis. 5 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 7. O Público-alvo/Beneficiados descreve quem são os beneficiários do projeto a ser implantado, relacionando-os a estruturas sociais e explicitando o contexto em que estão inseridos. 8. A Metodologia descreve os procedimentos, métodos e técnicas a serem adotados para que se atinjam os objetivos propostos, estruturando objetivos, metas e atividades de acordo com uma hierarquia lógica. Preferencialmente, a descrição deve acompanhar as metas e resultados esperados relatados anteriormente. Uma boa metodologia prevê ainda o acompanhamento técnico sistemático e continuado, e desenvolvimento de ações de disseminação de informações e de conhecimentos junto à população envolvida. Tal item deve contemplar, também, para as obras de saneamento, os projetos básicos e executivos, inclusive o cadastro do sistema existente ou estudo de concepção do projeto, característicos dos empreendimentos propostos, bem como a descrição de toda legislação consultada para embasamento do projeto. Sugere-se que a implantação de qualquer sistema de saneamento esteja vinculada a um Programa de Educação Ambiental a ser proposto, como parte do item “Metodologia do Projeto”, ressaltando-se a importância de se conhecer: as razões de causa e efeito da natureza do projeto; a importância do empreendimento proposto para a melhor forma de vida do púbico alvo; a conscientização da população quanto às boas condições de uso efetivo e manutenção do sistema a ser implantado, com vistas à sua conservação e obtenção de resultados operacionais crescentes. 9. O Resultado Esperado retrata os produtos e/ou efeitos resultantes da execução do projeto. Eles devem traduzir os impactos gerados pela execução dos objetivos específicos. 10. O Tempo de Duração do Projeto refere-se ao período necessário de implantação, que deve ser informado na aba 6 do sistema, onde estão disponíveis os campos de início e término do projeto. Tal período deve estar coerente com as ações a serem desenvolvidas, bem como com o cronograma de execução proposto. 11. O Orçamento do Projeto pode ser definido como a determinação dos custos, de cada atividade ou serviço, necessários à realização de um projeto, de acordo com um planejamento previamente estabelecido. Os custos do projeto podem ser classificados como sendo diretos ou indiretos. Custos diretos referem-se às despesas realizadas com mão de obra, materiais e equipamentos diretamente relacionados ao produto, variando em função da maior ou menor produção. Custos indiretos referem-se às despesas coadjuvantes, de difícil alocação em uma atividade ou serviço, sendo, por isso, diluídos por um grupo de atividades ou mesmo por todo o projeto. Os custos do projeto podem ainda ser classificados como sendo fixos ou variáveis. Custos fixos, num orçamento, possuem um caráter contínuo em todo o processo, podendo ser alocados com equipe permanente do projeto, estrutura de apoio, entre outras despesas. Custos variáveis possuem caráter pontual, temporário, podendo ser alocados com equipe eventual ou com a contratação de serviços específicos a cada atividade. Para se obter um orçamento de projeto bem equilibrado, indica-se a elaboração de um plano de ação baseado numa perspectiva de 5W1H. Desta forma o plano de ação permitirá considerar todas as tarefas a serem executadas, assegurando sua implementação de forma organizada. 6 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Cada ação será identificada levando-se em consideração os seguintes itens: What? - O que será ou deverá ser realizado? When? – Quando será ou deverá ser realizado? Where? – Qual o local onde será ou deverá ser realizado? Why? – Por que será ou deverá ser realizado? Who? – Quem o realizará? How? – Como será ou deverá ser realizado? A partir das respostas obtidas com os questionamentos acima será possível montar o orçamento do projeto, etapa por etapa. Enfim, o orçamento deve trazer todas as informações necessárias para a averiguação, pela equipe de análise, da utilização da verba a ser investida. No caso de obras e intervenções, os preços deverão seguir bases de preços comumente adotadas pela administração pública – SINAPI, SETOP, SUDECAP, entre outras. Deverão, no entanto, ser referenciados item a item, inclusive quanto ao código utilizado, possibilitando conferência pelo analista. 11. O Cronograma de Execução deve apresentar em ordem lógica e cronológica de execução as metas, a(s) etapa(s) vinculada(s) a cada meta e sua(s) respectiva(s) descrição (“especificação”, no sistema de cadastro de projetos), bem como a unidade de medida, a quantidade e o período de execução. É a representação gráfica da execução de um projeto, indicando os prazos em que deverão ser executadas as atividades, demonstrados de forma lógica, para que o projeto termine dentro de condições previamente estabelecidas. O cronograma pode se elaborado por meio da representação em rede – PERT/CPM – ou por meio de barras – GANTT, sendo este último mais utilizado. Seguindo-se a lógica do plano de ação – 5W1H –,em que há a definição sobre as variáveis What, Who, When, How, é possível elaborar elaborar o cronograma de execução, uma vez que sabendo-se o que se deve fazer (quantidade de produto), quem deve fazer (quantidade de pessoas envolvidas), quando deverá ser iniciada e como deverá ser realizada, é possível mensurar a quantidade de tempo necessário para a execução. 12. O Plano de Aplicação é a representação da consolidação dos elementos de despesa do projeto em acordo com os códigos utilizados na contabilidade pública. Indica-se obter os códigos e respectivos detalhamentos por meio do Classificador de Despesas do Governo do Estado de Minas Gerais no site da SPLAG – MG endereço < http://www.planejamento.mg.gov.br/images/documentos/loa_lei_orcamentaria_an ual/formularios/classificador_da_despesa.pdf > 13. O Cronograma de Desembolso representa o fluxo de parcelamento dos recursos do projeto – repasse do Fundo FHIDRO e contrapartida da instituição proponente. O fluxo de pagamentos, preferencialmente, deverá ser compatível com o cronograma de execução. As parcelas mensais deverão ser unificadas em períodos trimestrais a semestrais, dependendo do prazo total de execução do projeto. Deve ser disposto de modo a se conseguir organizar não só para executar uma próxima etapa do seu projeto antes de um próximo desembolso, como deve atentar para a necessidade de comprovação do investimento. As informações solicitadas nos itens devem estar 7 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) contidas nas tabelas modelo apresentadas no Anexo da Resolução SEMAD 1162/06/2010. O proponente pode, ainda, acrescentar anexos com documentação complementar, fotos, estudos de concepção, trechos de bibliografias utilizadas e/ou legislação consultada, entre outros, que venham contribuir para o melhor entendimento e análise do projeto proposto. Na elaboração do projeto destinado ao FHIDRO, indica-se adotar como referência a bacia ou subbacia hidrográfica onde será executado, considerando-a como unidade físico-territorial de planejamento e gerenciamento, constituída por um sistema integrado que engloba os meios físico, biótico e antrópico. Os recursos hídricos da bacia devem ser o foco do projeto e, portanto, norteadores das ações a serem propostas. Neste sentido, é importante considerar a dinâmica da bacia hidrográfica e as fases do ciclo hidrológico, bem como evitar a proposição de ações pulverizadas ou distribuídas aleatoriamente ao longo da bacia, que não convertam em benefícios para os recursos hídricos e a bacia onde será desenvolvido o projeto, ou cujos benefícios, em termos de qualidade e quantidade de água, sejam difíceis de apurar. Recomenda-se que a educação ambiental e a mobilização, quando propostas, integrem os projetos de modo a complementar as intervenções físicas e/ou demais ações propostas e sejam destinadas ao público-alvo do projeto. É interessante que a educação ambiental e a mobilização abordem temas reflexivos sobre a importância dos recursos hídricos, informem ao público alvo as características da bacia hidrográfica de inserção do projeto e a relação das atividades desenvolvidas na bacia com os problemas observados em relação aos seus recursos hídricos. É importante esclarecer o tipo de mídia adotada (impressa, televisiva, rádio, internet, outros) e sua finalidade, bem como mencionar o seu quantitativo, permitindo justificar o orçamento apresentado. Para as ações propostas em propriedades de terceiros, deve-se esclarecer se estas são públicas ou privadas e a situação atual da propriedade em relação à sua titularidade. É importante apresentar, anexada ao projeto, a anuência formal dos proprietários para o desenvolvimento das ações em suas propriedades bem como informar qual a participação destes e as atividades que serão desenvolvidas nas propriedades em relação ao projeto. É permitida a proposição de aquisição de equipamentos, desde que sejam portáteis, de uso exclusivo no projeto, sem os quais a realização do projeto não seria possível e desde que justificados tecnicamente. O valor total com a aquisição de equipamentos não poderá ultrapassar 10% do valor do projeto. Para os equipamentos e aparelhos adquiridos e utilizados no projeto com recursos do FHIDRO, solicita-se informar a sua destinação final. Deve-se atentar que não poderá haver a proposição de pagamento, com recursos do Fundo, a profissionais pertencentes à instituição proponente, devendo-se considerá-los como contrapartida ao projeto. Quaisquer que sejam as opções escolhidas pelo proponente, as contratações deverão ser, obrigatoriamente, realizadas por meio de licitação pública. Caso a instituição, pela sua natureza jurídica, seja dispensada de realizar processos públicos de licitação, esta deverá realizar as contratações utilizando procedimentos análogos, observando os princípios da Lei 8.666/93. A sustentabilidade do projeto, ou seja, a continuidade de suas ações deve ser informada. Por exemplo, se alguma instituição irá assumir e manter o projeto. Indica-se mencionar outros projetos de mesma natureza apresentados ao FHIDRO ou já executados pelo proponente. 8 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Apresentar, quando for o caso, um Plano de Controle e Risco para o projeto, no qual sejam apontados possíveis fatores de riscos à sua execução (como períodos prolongados de seca ou de chuvas, épocas com características determinantes para a execução de certas ações etc.). No Plano de Controle e Risco é importante mencionar as medidas a serem adotadas para a conclusão do projeto para o caso da ocorrência dos fatores de risco. Para os projetos cujos aspectos de comunicação e divulgação são relevantes, descrever o Plano de Comunicação e Divulgação do projeto. Os resultados e produtos gerados por projetos que envolvam estudos, diagnósticos, pesquisas e monitoramento, bem como o material produzido para a capacitação técnica ambiental e em recursos hídricos deverão ser disponibilizados ao Igam. Sugere-se prever o georreferenciamento, até o final da execução do projeto, das áreas intervindas, como nascentes, fontes, veredas, matas ciliares, áreas de topos de morros e áreas de recarga hídrica protegidas, conservadas ou recuperadas; áreas degradadas recuperadas; terraços, bacias de captação de enxurradas e demais trabalhadas pelo projeto. É necessária a autorização do órgão gestor da Unidade de Conservação quando for previsto pelo projeto o desenvolvimento de ações no interior de quaisquer dos tipos de UCs existentes; Para a execução de ações que necessitem de prévia autorização do órgão ambiental competente, como coletas de sementes ou espécies da flora em áreas legalmente protegidas, captura de animais silvestres ou da ictiofauna, etc. apresentar a respectiva autorização até a data de entrega da readequação do projeto Para a apresentação de propostas e desenvolvimento dos trabalhos, sugere-se consultar, além dos termos de referências específicos de cada linha de ação do Edital, as seguintes fontes de informações: 1. Lei nº 13.199 de 29 de Janeiro de 1999. Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. 2. Lei nº 15.910 de 21 de dezembro de 2005. Dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais - FHIDRO, criado pela Lei nº 13.194, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras providências. 3. Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n.º 1162, de 29 de junho de 2010. Disciplina os procedimentos relativos à solicitação, enquadramento e aprovação dos pedidos de liberação de recursos relacionados ao Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais FHIDRO, e dá outras providências. 3. PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DAS CHEIAS As enchentes são fenômenos que ocorrem quando o volume da água que atinge simultaneamente o leito de um rio é superior à capacidade de drenagem de sua calha normal, também chamada de leito menor ou calha principal. Quando essa capacidade de escoamento é superada acontece a inundação das áreas ribeirinhas, também denominadas como planícies de inundação ou leito maior do rio. Os problemas gerados por uma inundação dependem fundamentalmente da forma e do grau de ocupação das áreas ribeirinhas e da frequência de ocorrências das cheias. 9 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) As cheias podem ser naturais ou provocadas pela intervenção humana. As enchentes naturais em uma bacia hidrográfica ocorrem independentemente da intervenção humana. Quando os efeitos das cheias naturais são atenuados ou ampliados em conseqüência da atuação antrópica as enchentes são denominadas naturais modificadas. Já as cheias causadas por rupturas de estruturas de contenção, tais como: barragens e diques são chamadas cheias causadas por intervenção humana. A convivência com as enchentes é possível a partir da implementação de medidas para controle da inundação que podem ser do tipo estrutural ou não estrutural. Essas medidas têm por objetivo minimizar as conseqüências das cheias e não controlar totalmente as inundações, o que é fisicamente e economicamente inviável em grande parte das situações. As medidas estruturais são intervenções de engenharia que procuram reduzir o risco de ocorrência de enchentes. Podem ser medidas que atuam diretamente sobre o rio, tais como: diques, reservatórios, bacias de amortecimento, canais de desvio, etc. Ou podem ser implementadas na bacia hidrográfica procurando alterar as relações entre as precipitações e as vazões, como por exemplo, a modificação da cobertura do solo que pode controlar a erosão, além de retardar e diminuir os picos de hidrogramas de cheia. (CPRM, 2004). 3.1. AÇÕES A linha de ação prevenção e mitigação das cheias, conforme disposto na cláusula 2.1, alínea a, do Edital SEMAD/IGAM Nº 01/2013, contemplará tanto a elaboração de projetos, como a execução de obras de regularização de vazão, por meio de barramentos e bacias de contenção de enxurradas, dragagens, recomposições do leito natural, além de práticas mecânicas e vegetativas de conservação do solo e da água. 3.1.1. Barramento e Bacia de Contenção de Enxurradas Barramentos são barreiras construídas perpendicularmente aos cursos d’água, unindo as duas margens com a finalidade de reter a maior quantidade de água possível e regularizar o fluxo a jusante durante a estação chuvosa. Bacias de contenção de enxurrada são bacias ou tanques implantados em pontos estratégicos do sistema de drenagem (geralmente nos pontos de quebra de greide ou de inflexão de declividade) que, através da redução da velocidade de escoamento, promovem a sedimentação dos sólidos suspensos nas águas pluviais. 3.1.2. Dragagem Neste contexto são obras de limpeza e remoção de sedimentos acumulados para o aumento da capacidade de escoamento. O projeto das obras de desassoreamento deve cuidar para que não haja desestabilização das margens e deve ser precedido de estudos de controle dos impactos a jusante, decorrentes do aumento da capacidade hidráulica do curso d’água. 3.1.3. Recomposição do Leito Natural São obras que visam recompor as áreas de inundação natural de rios e córregos. Aplicam-se geralmente às áreas ribeirinhas alteradas ainda não densamente ocupadas. A recomposição é importante para restabelecer as áreas naturais de inundação com efeitos positivos na 10 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) redução das inundações a jusante, na redução das cargas poluidoras de fontes difusas e à restauração do ecossistema ribeirinho. 3.1.4. Práticas Mecânicas e Vegetativas de Conservação do Solo e da Água São práticas que resultam na recuperação da vegetação ao longo da faixa de APP quando a vegetação tiver sido removida por ação antrópica. Entre as opções está o plantio de espécies originais da região ou pelo isolamento da área, após a remoção das espécies exóticas, para que a vegetação se recomponha naturalmente. Também, como prática mecânica possível de ser implementada está a estabilização e recomposição de margens de rios e canais rompidas pelo efeito da erosão, piping, sobrecarga do maciço, colapso de estruturas de contenção, dentre outros motivos. Os serviços de restauração de margens incluem: retaludamento, revegetação, revestimento e estruturas de contenção. É interessante optar por soluções que não envolvam estruturas pesadas. Sempre que for viável deverão ser utilizadas técnicas de renaturalização, procurando-se recompor as condições naturais do corpo d’água. 3.2. METODOLOGIA O FHIDRO aceitará o cadastramento de propostas que contemplem como objetivo geral a elaboração de projetos de engenharia e execução de obras relacionadas às áreas citadas no item anterior. Para proposta cujo objetivo contemple a elaboração de projetos de engenharia, o proponente poderá considerar a contratação de empresa especializada no ramo de projetos de engenharia, ficando responsável diretamente pela gestão dos recursos financeiros, coordenação do projeto, apresentação dos resultados e prestação de contas. Também poderá considerar a execução por administração direta (AD), ficando responsável neste caso também pela execução de toda a parte técnica do projeto. Optando pela terceirização da execução técnica, por meio da contratação de empresa de engenharia, para a formação do preço da proposta, o proponente deverá realizar consulta de mercado juntos a três empresas, no mínimo, e adotar a mediana dos preços como valor a ser proposto no orçamento do projeto. Para que consiga realizar tal consulta deverá padronizar o objeto da consulta de preço, possibilitando a comparação entre as propostas. Optando pela execução por administração direta, para a formação do preço, o proponente deverá relacionar todas as despesas com mão de obra e serviços, que somadas, resultarão no valor do projeto. O proponente poderá considerar neste caso a contratação de profissionais tecnicamente habilitados para a elaboração dos projetos de engenharia, por prazo determinado, durante o período de realização do projeto somente. Poderá também considerar a contratação de serviços especializados de plotagem e fotocópias, além de levantamentos planialtimétricos e outros necessários. Considerando que a instituição proponente já possua os projetos de engenharia necessários à execução de obras, a instituição proponente poderá propor a realização de obras citadas no item anterior. O proponente, ao elaborar sua proposta, deverá apresentar os projetos, de maneira a embasar a solicitação. Os projetos deverão estar devidamente aprovados junto à instituição proponente, assim como vir acompanhados das respectivas Anotações de Responsabilidade 11 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Técnica – ART, do projetista. Deverão ainda ser apresentados em duas vias, uma impressa, assinada, e outra em meio digital. Os arquivos de desenho deverão ter extensão “.DWG”, permitindo que sejam abertos por software CAD, possibilitando utilizar ferramentas de mensuração. Os desenhos deverão seguir o padrão da norma técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, utilizando formatos A1, A0 e derivados, com escalas compatíveis ao objeto a ser demonstrado. Além de desenhos os projetos deverão ser apresentados acompanhados de memoriais técnicos descritivos do processo de construção, de dimensionamento e de quantidades e, ainda, acompanhados de planilhas de orçamento. Os arquivos com planilhas deverão ser apresentados com extensão “.xls ou xlsx”, permitindo serem abertos por editores de planilha e manipulados por meio ferramentas de filtros. Atentar para a obrigatoriedade da obtenção das devidas licenças ambientais para intervenção, sem as quais não será possível realizar qualquer trabalho. Os preços no orçamento das obras deverão seguir bases de preços comumente adotadas pela administração pública – SINAPI, SETOP, SUDECAP, entre outras. Deverão, no entanto, ser referenciados item a item, inclusive quanto ao código utilizado, possibilitando conferência pelo analista do IGAM. 4. CONVIVÊNCIA COM A SECA E MITIGAÇÃO DA ESCASSEZ HÍDRICA A disponibilidade de água nas regiões norte e nordeste do estado, particularmente na região semiárida, continua a ser uma questão crucial no que concerne ao seu desenvolvimento socioeconômico. É fato que grandes esforços vêm sendo empreendidos com o objetivo de implantar infra-estruturas capazes de disponibilizar água suficiente para garantir o abastecimento humano e animal e viabilizar a irrigação para agricultura. Todavia, esses esforços ainda são, de forma global, insuficientes para resolver os problemas decorrentes da escassez de água, o que faz com que as populações continuem vulneráveis à ocorrência de secas, especialmente quando se trata do uso difuso da água no meio rural. A implantação de infra-estruturas hidráulicas, isoladas ou combinadas, constituem as ações importantes para mitigar a problemática da escassez de água na região. 4.1. AÇÕES A linha de ação convivência com a seca e mitigação da escassez hídrica, conforme disposto na cláusula 2.1, alínea b, do Edital SEMAD/IGAM Nº 01/2013, contemplará tanto a elaboração de projetos de engenharia, como execução de obras de implantação de cisternas rurais, barragens subterrâneas, barragens de perenização, bacias de captação de águas de chuva (barraginhas), poços tubulares, entre outras. 4.1.1. Cisterna Rural A cisterna rural é conhecida como um reservatório fechado para armazenar a água de chuva para consumo humano. É formada por um tanque de armazenamento, um sistema de filtragem de água e a área de captação. Esta área normalmente é o telhado das construções rurais, desde que tenha tamanho suficiente e que seja conservado para atender ao objetivo que se destina. O tanque de armazenamento é o próprio reservatório, que pode ser total ou 12 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) semi-enterrado. Existem diferentes tipos de cisterna, diferenciando-se em função dos materiais utilizados na construção. Os tipos são os seguintes: Cisterna de placas de cimento; Cisterna de tela-cimento; Cisterna de tijolos; Cisterna de ferro cimento; Cisterna de cal; Cisterna de plástico. 4.1.2. Barragens Subterrâneas A Barragem Subterrânea de acordo com SCHISTEK, 2001, é uma alternativa para o aproveitamento da água de chuva que escorre em abundância nos pequenos cursos de água na estação chuvosa. Trata-se de uma parede construída perpendicularmente abaixo do nível do fundo dos córregos, barrando as águas que fluem abaixo do solo, armazenando água por meio dessa barreira subterrânea, que permanece no lugar depois que acabam as chuvas e se prolonga pela estação seca. Assim, o terreno se conserva úmido durante um período longo de tempo após o período de chuva, proporcionando maior período de cultivo agrícola no leito seco. Permite ainda a abertura de cisternas para utilização dessas águas armazenadas para uso humano. Barragens subterrâneas contribuem para elevar localmente os níveis freáticos já existentes. 4.1.3. Barragens de Perenização São barreiras construídas perpendicularmente aos cursos de córregos, veredas e rios pequenos, unindo as duas margens com a finalidade de reter a maior quantidade de água possível e regularizar o fluxo a jusante durante a estação seca. Sua água é usada para o abastecimento da população da zona rural, para dessedentação de animais e também para irrigação. A construção de uma barragem pode resultar em desequilíbrios ecológicos, por causa da formação dos reservatórios, e também em desequilíbrios sociais, por causa da ocupação das áreas férteis de beiras de córregos, usadas pela população circunvizinha à barragem (Comissão Mundial de Barragens, 2007). 4.1.4. Bacias de Captação de Águas de Chuva (Barraginhas) Barraginhas são pequenas escavações no solo, em formato semicircular, que funcionam como se fossem caixas-d’água naturais, abertas nos declives dos morros preferencialmente onde fluem as enxurradas. Ao cair a chuva, essas caixas se enchem com enxurradas, evitando que a água escorra rapidamente e provoque erosões, armazenando água durante curto período e promovendo uma infiltração lenta. Ao cessar a chuva, a água que fica retida penetra no solo, abastece o lençol freático e as nascentes a jusante, e proporciona umidade ao solo por um período que ultrapassa a estação chuvosa. Essa técnica foi desenvolvida pelo pesquisador Luciano Cordoval, da Embrapa, e testada já em várias áreas do Semi-Árido. Segundo seu idealizador é uma técnica simples que contribui para elevar o nível do lençol freático e para revitalizar mananciais, rios e córregos. Observe-se, no entanto, que a proposta das bacias de captação não é fornecer diretamente a água armazenada para 13 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) consumo humano ou animal; embora isso possa efetivamente acontecer, seu objetivo principal é permitir infiltração lenta da água (Embrapa, 2007). 4.1.5. Poços Tubulares Poços tubulares são perfurações realizadas diretamente no solo, por meio de máquinas perfuratrizes à percussão, rotativas e rotopneumáticas, para captar água subterrânea do lençol superficial ou do lençol freático; neste último caso são poços artesianos. Eles têm abertura de, no máximo, 50 cm de diâmetro, são revestidas por canos de ferro ou plástico, e a água é sugada por meio de bomba e conduzida até o reservatório elevado para viabilizar a distribuição para a comunidade (Ministério do Meio Ambiente, 1998). Poços tubulares profundos atingem profundidades médias entre 80 a 120 m; os mini-poços, com profundidade entre 20 a 25 m, captam água de lençóis superficiais. Para a implantação do poço é necessária a outorga junto ao IGAM, órgão estadual responsável pela gestão dos recursos hídricos. 4.2. METODOLOGIA O Fundo FHIDRO aceitará o cadastramento de propostas que contemplem como objetivo geral a elaboração de projetos de engenharia e execução de obras relacionadas às áreas citadas no item anterior. Para proposta cujo objetivo contemple a elaboração de projetos de engenharia, o proponente poderá considerar a contratação de empresa especializada no ramo de projetos de engenharia, ficando responsável diretamente pela gestão dos recursos financeiros, coordenação do projeto, apresentação dos resultados e prestação de contas. Também poderá considerar a execução por administração direta (AD), ficando responsável neste caso também pela execução de toda a parte técnica do projeto. Optando pela terceirização da execução técnica, por meio da contratação de empresa de engenharia, para a formação do preço da proposta, o proponente deverá realizar consulta de mercado juntos a três empresas, no mínimo, e adotar a mediana dos preços como valor a ser proposto no orçamento do projeto. Para que consiga realizar tal consulta deverá padronizar o objeto da consulta de preço, possibilitando a comparação entre as propostas. Optando pela execução por administração direta, para a formação do preço, o proponente deverá relacionar todas as despesas com mão de obra e serviços, que somadas, resultarão no valor do projeto. O proponente poderá considerar neste caso a contratação de profissionais tecnicamente habilitados para a elaboração dos projetos de engenharia, por prazo determinado, durante o período de realização do projeto somente. Poderá também considerar a contratação de serviços especializados de plotagem e fotocópias, além de levantamentos planialtimétricos e outros necessários. Considerando que a instituição proponente já possua os projetos de engenharia necessários à execução de obras, a instituição proponente poderá propor a realização de obras de implantação das estruturas hidráulicas citadas no item anterior. Excetuando-se as cisternas rurais, as demais estruturas hidráulicas somente poderão ser construídas por empresa de engenharia, exclusivamente contratada. Tal empresa deverá ser 14 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) credenciada junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas Gerais – CREA-MG, devendo esta se responsabilizar tecnicamente pela obra. Para a implantação de cisternas rurais a instituição proponente poderá, a partir da contratação de profissional habilitado, propor a execução por administração direta, ficando tal profissional responsável tecnicamente pelas obras. O proponente, ao elaborar sua proposta, deverá apresentar os projetos, de maneira a embasar a solicitação. Os projetos deverão estar devidamente aprovados junto à instituição proponente, assim como vir acompanhados das respectivas Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) do projetista. Deverão ainda ser apresentados em duas vias, uma impressa, assinada, e outra em meio digital. Os arquivos de desenho deverão ter extensão “.DWG”, permitindo que sejam abertos por software CAD, possibilitando utilizar ferramentas de mensuração. Os desenhos deverão seguir o padrão da norma técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, utilizando formatos A1, A0 e derivados, com escalas compatíveis ao objeto a ser demonstrado. Além de desenhos, os projetos deverão ser apresentados acompanhados de memoriais técnicos descritivos do processo de construção, de dimensionamento e de quantidades e, ainda, acompanhados de planilhas de orçamento. Os arquivos com planilhas deverão ser apresentados com extensão “.xls ou xlsx”, permitindo serem abertos por editores de planilha e manipulados por meio ferramentas de filtros. Especificamente para o caso de cisternas rurais, aceitar-se-á a apresentação de projeto “tipo” (padrão). Para os casos de solicitação de perfuração de poços tubulares, o proponente deverá complementarmente apresentar estudo hidrogeológico da região onde se pretende implantar a estrutura. O estudo deverá ser completo, de forma a apresentar todas as informações necessárias que garanta a segurança da análise. Além disto, deverá ser comprovado que a região sofre com problemas de escassez hídrica e que não possui alternativas para captação de água. Os preços no orçamento das obras deverão seguir bases de preços comumente adotadas pela administração pública – SINAPI, SETOP, SUDECAP, entre outras. Deverão, no entanto, ser referenciados item a item, inclusive quanto ao código utilizado, possibilitando conferência pelo analista. 5. RECUPERAÇÃO DE NASCENTES, ÁREAS DE RECARGA HÍDRICA, ÁREAS DEGRADADAS E REVEGETAÇÃO (INCLUINDO PRODUÇÃO DE MUDAS) DE MATAS CILIARES, TOPOS DE MORROS E DEMAIS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPS) A proteção, conservação e recuperação de bacias hidrográficas, com foco na manutenção ou melhoria dos aspectos qualitativos e quantitativos de seus recursos hídricos, requerem, de um modo geral, intervenções físicas e mudanças comportamentais na área de influência do recurso hídrico que se quer busca proteger, conservar ou recuperar. Entre as intervenções físicas comumente adotadas, destacam-se as alternativas técnicas de proteção, conservação e recuperação de nascentes, fontes, veredas, topos de morro, áreas 15 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) de recarga hídrica, matas ciliares e recuperação de áreas degradadas. Estas, em conjunto ou separadas, têm constado em inúmeras iniciativas eficazes de conservação, proteção e recuperação de bacias hidrográficas e, portanto, tornado linha temática de projetos para captação de recursos financeiros junto ao FHIDRO para a qual se apresenta o presente Termo de Referência. Este foi dividido em duas partes. A primeira trata de explanações conceituais e técnicas acerca de alguns dos objetos da linha temática a que se refere o presente Termo. A segunda trata de orientações acerca das informações que devem constar em um projeto de modo a facilitar sua compreensão e a análise acerca de sua viabilidade técnica. O presente tópico apresenta orientações aos interessados em elaborar projetos e programas para captação de recursos financeiros junto ao FHIDRO, mediante modalidade não reembolsável, e que contemplem em seu escopo ações para: Proteção, Conservação e Recuperação de nascentes, fontes e veredas; Proteção, Conservação e recuperação de matas ciliares e demais APPs; Proteção, Conservação e Recuperação de topos de morro; Proteção, Conservação e Recuperação de áreas de recarga hídrica; Recuperação de áreas degradadas por processos erosivos; Implantação e ampliação de viveiros de mudas florestais nativas; produção de mudas de espécies florestais nativas. 5.1. EXPLANAÇÕES CONCEITUAIS E TÉCNICAS 5.1.1. Nascentes e Fontes Os conceitos de fontes e nascentes são variáveis e, dependendo do autor, tornam-se sinônimos. Para melhor compreensão dos projetos, optou-se por distinguir nascentes de fontes, conforme proposto por alguns autores uma vez que, ainda que estas tenham origens e afloramentos semelhantes, não apresentam a mesma dinâmica na bacia em relação à alimentação de cursos hídricos. Isto porque, após os lençóis alcançarem a superfície, podem ou não formar cursos d’água, sendo este o fator de distinção entre ambas. Para o presente Termo de Referência, em conformidade com Valente (2005), entendem-se como nascentes aquelas manifestações superficiais de lençóis subterrâneos que resultam na formação de córregos. Quando estas manifestações se resumem na acumulação de poças somente, são formadas as fontes, às vezes termais, quando a água vem de grandes profundidades. Assim, embora haja diversas denominações para ambas, como olho d’água, fio d’água, mina d’água, cabeceira, surgência, indica-se adotar os conceitos descritos anteriormente. Segundo Valente (2005), as nascentes, quanto às origens, podem ser formadas tanto por lençóis freáticos (apenas depositados sobre camadas impermeáveis), quanto artesianos (confinados entre duas camadas impermeáveis), sendo importante diferenciá-las, pois os lençóis responsáveis pelas nascentes freáticas são abastecidos por áreas mais próximas, enquanto os responsáveis pelas nascentes artesianas podem estar sendo abastecidos em 16 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) áreas distantes do ponto de emergência e de difícil identificação. As nascentes freáticas têm reações mais rápidas ao regime de chuvas ou ao uso da terra em áreas próximas ao local de sua ocorrência, sendo mais fáceis de serem trabalhadas para a recuperação e conservação de sua vazão. Em relação à vazão, as nascentes podem ser classificadas em perenes, intermitentes, temporárias ou efêmeras, de acordo com a persistência dos seus fluxos. Segundo Castro (2007), as nascentes perenes são caracterizadas por apresentarem um fluxo de água contínuo, ou seja, durante todo o ano, inclusive na estação seca, embora com menor vazão, em alguns casos com ponto de afloramento difuso. As nascentes intermitentes são aquelas que apresentam fluxo de água apenas durante a estação das chuvas, mas secam durante a estação seca do ano. Em alguns casos, seus fluxos podem perdurar de poucas semanas até meses. Em anos muito chuvosos podem dar a impressão de serem perenes. As nascentes efêmeras ou temporárias são aquelas que surgem durante uma chuva, permanecendo durante alguns dias e desaparecendo logo em seguida. Portanto elas surgem somente em resposta direta à chuva. Estas classificações, junto à descrição de algumas características da bacia como solo, declividade, altitude, vegetação predominante e atividades desenvolvidas bem como as características regionais como bioma, clima, precipitação (quantidade, distribuição e frequência das chuvas ao longo do ano), auxiliam na percepção da coerência entre as ações propostas e os resultados esperados de um projeto de conservação de nascentes, fontes e veredas. Isto porque as práticas adotadas para conservação das mesmas variam em função destes fatores. Entre os vários tipos de mananciais existentes numa propriedade rural, as nascentes são de fundamental importância, uma vez que a maioria delas pode fornecer água o ano todo, mesmo em períodos de estiagem e, além disso, elas são responsáveis pela origem de todos os cursos d’água. Segundo o mesmo autor, pode-se concluir que o desaparecimento de uma nascente resultará na redução do número de cursos d’água, significando a diminuição de água na região. Portanto, as nascentes têm um valor inestimável dentro de uma propriedade e deve ser tratada com todo cuidado especial. (CASTRO, 2007). 5.1.2. Aspectos técnicos Estima-se que 70% das águas das chuvas retornam à atmosfera por evaporação e/ou transpiração das plantas. Assim, 30% da água que atinge a superfície do solo têm como caminhos o escoamento superficial ou a infiltração no solo com ou sem posterior percolação por seu perfil. São as águas que percolam pelo perfil do solo que abastem os lençóis que disponibilizam água na bacia, ao longo do ano, por meio das nascentes e fontes. Estas últimas, por sua vez, são responsáveis pela alimentação de pequenos cursos como córregos e ribeirões que junto a outros abastecem cursos maiores como rios. Desta forma, projetos que objetivem conservar e recuperar nascentes devem considerar as possíveis áreas de recarga da bacia em suas ações, de modo a torná-las mais eficiente quanto à sua capacidade de infiltração e à diminuição do escoamento superficial. Conforme Castro (2007), o processo de recuperação e conservação das nascentes consiste, basicamente, em três fundamentos básicos: proteção da superfície do solo, criação de condições favoráveis à infiltração da água no solo e a redução da taxa de evapotranspiração. 17 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Assim, qualquer planejamento, no sentido de conservar ou recuperar uma nascente, tem como princípio básico criar condições favoráveis no solo para que a água de uma chuva possa infiltrar ao máximo, indo se depositar num aquífero que irá abastecer uma ou mais nascentes que se encontrem associadas a ele. Neste contexto, a infiltração deve ser pensada para toda a bacia, principalmente para suas áreas de recarga hídrica e não apenas para as áreas mais próximas às nascentes, também chamadas de contribuição dinâmica. Diversos são os fatores que interferem na disponibilização de água pelas nascentes, entre os quais podem ser citados, o tipo e a distribuição da vegetação existente ao longo da bacia; o solo, as práticas desenvolvidas; o clima, o relevo, a altitude, as precipitações. Alguns destes fatores influenciam nos parâmetros de infiltração e escoamento e outros na taxa de evapotranspiração. Como exemplo, tem-se nas bacias com maior declividade um escoamento superficial com maior velocidade, o que diminui o tempo para a água se infiltrar no solo. Já a altitude média da bacia influencia na quantidade de radiação que a mesma recebe, interferindo na evapotranspiração, temperatura e precipitação. Em altitudes mais elevadas, tem-se menores temperaturas, diminuindo as perdas por evapotranspiração, além de ter-se maiores quantidades de precipitação. As bacias orientadas para o norte e oeste recebem maior quantidade de calor que as orientadas para o sul e sudeste e tendem a apresentar maiores taxas de evapotranspiração CASTRO (2007). A seguir, são descritas algumas orientações técnicas propostas por alguns autores para projetos que tenham por finalidade a conservação ou recuperação de nascentes. Os projetos que visam à recuperação de nascentes e fontes devem ter suas ações iniciadas preferencialmente pelas cabeceiras dos cursos d’água, contemplando as suas áreas de recarga hídrica com ações conservacionistas ou de recuperação, além das medidas previstas para a proteção das nascentes e fontes. Orienta-se para que as ações do projeto concentrem-se em torno de um mesmo curso, bem como sejam distribuídas numa mesma bacia evitando a sua pulverização. As estratégias devem englobar o controle de erosão do solo (quando esta for observada), o que pode necessitar da adoção de práticas mecânicas e edáficas além das vegetativas; maximizar a sua capacidade de infiltração e reduzir o escoamento superficial, bem como deve evitar ao máximo a perda de água através da transpiração das plantas (CASTRO, 2007); A infiltração depende da porosidade da superfície do solo, da permeabilidade e do tempo de retenção da água na superfície antes do escoamento superficial. A vegetação tem grande importância na criação dessas condições. No entanto, é preciso cautela na escolha do tipo de espécies vegetais conforme o local onde se pretende introduzi-las (VALENTE 2005). É preciso atentar para a profundidade do sistema radicular das espécies e a distância deste em relação ao lençol freático. Especialmente para as áreas ao redor nas nascentes (área e contribuição dinâmica), é imprescindível atentar para este fator. Isto porque, as áreas mais próximas ao local de afloramento da água indicam uma maior proximidade da superfície ao lençol freático. Espécies arbóreas ou arbustivas e gramíneas com sistema radicular mais profundo ou capazes de atingirem o lençol possivelmente podem contribuir para a diminuição da disponibilização de água nas nascentes. Neste contexto, alerta-se para a introdução de plantas freatófitas nas áreas de contribuição dinâmica. Conforme Valente (2005), estas se desenvolvem diretamente nas áreas saturadas, até mesmo com lâminas d’água na superfície, a exemplo da taboa (Tipha 18 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) latifolia) e seu desenvolvimento diminui a produção de água devido ao aumento da transpiração no período diurno, com queda da vazão no período da tarde. Assim, no caso de adoção de plantios nas áreas de Preservação Permanente situadas no entorno das nascentes, fontes e veredas, as espécies selecionadas devem ser adequadas à área que se pretende recuperar (quanto ao bioma) considerando-se os aspectos mencionados, uma vez que, a presença de mata ciliar nas áreas de contribuição dinâmica, com possibilidades de ocupar áreas com lençóis a baixa profundidade, poderá produzir um grande consumo de água (CASTRO, 2007). É importante distribuir adequadamente a vegetação na bacia de contribuição da nascente, principalmente por meio da manutenção de cobertura nas encostas mais íngremes e nos topos dos morros, com espécies arbóreas para favorecer a infiltração de água no solo. Segundo Castro (2007) é indispensável à presença de árvores nos topos dos morros, estendendo-se até 1/3 das encostas, para a conservação e recuperação de nascentes. Contudo, é importante observar o risco da introdução de espécies arbóreas de grande porte em áreas cujas inclinação, susceptibilidade à erodibilidade, vulnerabilidade do solo, e ventos fortes possam criar condições propícias à queda de indivíduos arbóreos e início de processos erosivos; Deve-se adotar técnicas de manejo da vegetação e dos cultivos agrícolas que protejam bem o solo como manutenção de vegetação de cobertura entre fileiras de plantações, plantios diretos, plantios em faixas intercaladas em nível ou em contorno, faixas vegetativas de retenção, rotação de culturas, culturas de cobertura, adubação verde, capina em faixas, adubação orgânica, cobertura morta, bateção entre fileiras da plantação, bem como promover melhoria no estado vegetativo das pastagens, por técnicas como rodízio, adubação e substituição de espécies forrageiras, adoção de sistemas silvipastoris, bem como diminuição da quantidade de animais por área; Na impossibilidade de uso exclusivo de técnicas vegetativas ou manejo da vegetação para uma proteção da bacia de contribuição da nascente, pode-se optar pela adoção concomitante de práticas mecânicas como terraços, bacias de captação de águas de chuva, entre outras. De acordo com Valente (2005) nestas técnicas deve-se tomar cuidado com a ocorrência de camadas de argila muito compactadas a poucos metros de profundidade, formando camadas praticamente impermeáveis, pois provocam o aumento de escoamentos subsuperficiais, podendo provocar deslizamentos em áreas de maior declive. Nestes locais não são aconselháveis desenvolvê-las; Segundo Valente (2005), em regiões áridas, com chuvas anuais menores do que 600 mm, a manutenção de nascentes por práticas vegetativas fica praticamente inviabilizada e outros procedimentos, como captação e armazenamento de água de chuva em depósitos artificiais tornam-se necessários; É recomendável orientar os proprietários para que, em qualquer atividade que se desenvolvida na bacia evite-se poluir ou contaminar as águas por produtos químicos, pelo aumento de partículas minerais no solo, pela adição de matéria orgânica ou contato com coliformes (CASTRO, 2007). Ao mesmo tempo, é importante conscientizar as comunidades para não construírem currais, chiqueiros, galinheiros e fossas sépticas nas proximidades acima das nascentes bem como não jogar lixo ao seu redor e em margens de cursos d’água. 5.1.3. Matas ciliares As matas ciliares são elementos importantes no manejo e conservação de uma bacia hidrográfica, especialmente sob a ótica da manutenção ou melhoria dos aspectos qualitativos e quantitativos dos recursos hídricos a que estão associadas. Estão relacionadas 19 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) à proteção de mananciais pela estabilização de ribanceiras, prevenção de enchentes e contenção do carreamento de sedimentos e poluentes para os cursos d’água. Contribuem para a estabilização térmica e manutenção das características fisioquímicas da água e fornecem alimento à ictiofauna estabelecendo relações com o ambiente aquático. Desempenham ainda importantes funções ecológicas, como fonte de abrigo e alimento para a fauna em geral e como fonte de sementes de espécies nativas e barreiras naturais contra disseminação de pragas e doenças agrícolas. São importantes também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre populações de espécies animais e vegetais (MARTINS, 2008). Na literatura, as matas ciliares estão associadas a diversos tipos de recursos hídricos, como cursos d’água (rios, ribeirões e córregos), lagos, lagoas, açudes, nascentes, fontes (ou olhos d’água) e veredas, conforme cada autor. De acordo com Martins (2007), em razão da grande heterogeneidade fisionômica, florística e estrutural apresentada pelas formações que ocorrem ao longo dos cursos d’água, diversos termos têm sido propostos para designá-las. Para efeitos práticos de aplicação deste Termo de Referência entendem-se como “matas ciliares” quaisquer formações naturais de vegetações (florestas, matas, estepes, savanas, outros) situados às margens de cursos d’água (córregos, ribeirões ou rios), bem como as que rodeiam lagos e lagoas com as respectivas extensões previstas em lei. As formações vegetais situadas ao redor de nascentes também são denominadas por alguns autores como “matas ciliares”, sendo assim adotada também pelo Glossário de Termos do IGAM. Deste modo, as diversas nomenclaturas existentes para as vegetações ocorrentes às margens dos cursos d’água e ao redor de nascentes, lagos, lagoas e açudes (naturais ou artificiais) como florestas ripárias, matas de galeria, florestas beiradeiras, florestas ripícolas e florestas ribeirinhas, tornam-se sinônimas a matas ciliares para o presente Termo de Referência. 5.1.4. Áreas degradadas por processos erosivos A erosão é tão antiga quanto a Terra e consiste no processo de desprendimento das partículas do solo ocasionado pela ação da água ou resultante da ação do vento, constituindo a principal causa de degradação das terras agrícolas (PRUSK, 2008). É um processo natural, de grande importância para a formação da paisagem e para o rejuvenescimento dos solos. O problema é quando a erosão é acelerada em níveis danosos ao ambiente (PIRES E SOUZA, 2006). Especialmente quando ocasiona assoreamento de rios e outros recursos hídricos. Conforme Prusk (2008), a erosão é designada geológica ou natural, quando oriunda de fenômenos naturais que agem continuamente na crosta terrestre, como ocorrência normal do processo de modificação desta e constituindo processo benéfico para a formação do próprio solo. É inevitável e efetua-se em ritmo lento. Paralelamente ao fenômeno geológico normal, que faz parte da própria evolução da terra, existe a erosão acelerada, fenômeno artificial, consequência dos maus cuidados dispensados aos solos pelo homem. É consequência direta da modificação profunda ou da utilização desordenada dos habitas originais, as quais tiveram o início com a retirada da vegetação original e consequente rompimento do equilíbrio solo-vegetação (PIRES E SOUZA, 2006). 20 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) O processo de aceleração da erosão ocorre, muitas vezes, por práticas agropecuárias tradicionais, que não empregam técnicas conservacionistas, procedimentos incorretos de recuperação de áreas degradadas, ocupações desordenadas, e outros manejos e intervenções no solo e na vegetação a este associada. Estes podem levar à formação de áreas de cisalhamento no seu perfil ou permitirem a abertura de canais de acúmulo de água no seu interior de modo a desestruturá-lo. Existem dois tipos principais de erosão. A erosão eólica, causada pela ação dos ventos, que constitui problema sério quando a vegetação é removida e a hídrica. A erosão eólica ocorre com maior frequência em regiões planas, principalmente muito secas, em épocas de pouca chuva, onde a vegetação natural é escassa e que ocorrem ventos fortes. Geralmente técnicas que mantém a cobertura vegetal do solo, por si só são suficientes para a sua prevenção e controle. A erosão hídrica é o tipo de erosão de maior interesse para regiões tropicais predominantes no Brasil. É ocasionada pela ação das chuvas que após caírem no solo, correm em forma de enxurradas causando danos ao terreno. Em regiões de clima tropical, como o Brasil, a erosão hídrica é a mais importante e apresenta três etapas principais. A primeira trata do desprendimento ou desagregação do solo, normalmente promovido pelo impacto da gota de chuva em solo desprotegido (sem vegetação), posteriormente tem-se o transporte do material desagregado, pela ação da própria gota d’água que o arremessa para longe, pela enxurrada ou pelo vento que o arrasta. Finalmente, tem-se a deposição do material que foi desagregado e transportado (PIRES E SOUZA, 2006). A erosão hídrica começa com a incidência das precipitações onde parte do volume precipitado é interceptada pela vegetação, enquanto o restante atinge a superfície do solo. Neste processo há a desintegração dos agregados em partículas menores que obstruem os poros do solo e a compactação causada pelo impacto das gotas ocasionando o selamento de sua superfície, e consequentemente reduzindo a capacidade de infiltração da água. Tem-se criadas condições favoráveis ao escoamento superficial que transporta partículas do solo em suspensão, nutrientes químicos, matéria orgânica, sementes e defensivos agrícolas. Estes causam prejuízos à produção agrícola, problemas à qualidade e disponibilidade de água decorrentes da poluição dos mananciais, e favorecem a ocorrência de enchentes no período chuvoso, aumentando a escassez de água no período de estiagem (PRUSK, 2008). Entre os fatores que interferem na erosão hídrica do solo estão à declividade do terreno, a capacidade de infiltração da água no solo e a sua resistência à ação erosiva da água, a distância percorrida pelo escoamento superficial, a rugosidade superficial do terreno e o volume da cobertura do solo quando da ocorrência da chuva. Entre os fatores que interferem no desestruturamento do solo tem-se a intensidade da precipitação, a velocidade e o tamanho das gotas. Como modalidades de erosão hídrica foram destacadas por Pires e Souza (2006) e Prusk (2008): Erosão pelo impacto da gota, sendo talvez o mais importante a ser considerado no processo erosivo, uma vez que é o primeiro estágio da erosão. Ao atingir o solo descoberto, a gota d’água promove a formação de uma microcratera compactada, que pode ser até quatro vezes maior que o tamanho da gora, diminuindo a infiltração de no solo. Este impacto também rompe os 21 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) agregados do solo, desprendendo e transportando argila, matéria orgânica, silte e areia fina, causando obstrução dos poros do solo. A obstrução associada às microcrateras resulta no selamento da superfície do solo, que consiste na formação de uma crosta capaz de reduzira infiltração em até 2.000 vezes em relação ao solo não compactado, logo abaixo. As chuvas subsequentes intensificarão as taxas de enxurrada, potencializando as modalidades de erosão resultantes do escoamento superficial. Erosão laminar, sendo aquela que se faz pela remoção de delgadas camadas da superfícies do solo. Descama uniformemente, sobretudo nas vertentes suaves e regulares a camada superficial sem modificar o relevo durante os primeiros estágios. Em geral é pouco visível e, portanto, particularmente perigosa. Traduz-se apenas pela ligeira modificação na cor dos solos e pelo aparecimento de pedras que permanecem no local e pelo afloramento de raízes, enquanto o material mais fino, onde estavam submersas vai desaparecendo. Erosão em sulcos ou em dedos, assim denominada pela possibilidade de se apresentar de forma ramificada no terreno, sendo de fácil verificação. Trata da ocorrência de valas e sulcos irregulares formados pela concentração do escoamento superficial, ou seja, com a concentração da água de enxurrada em caminhos preferenciais do terreno, formando pequenas depressões que, aos poucos, vão aumentando se não forem controladas. É ocasionada por chuvas intensas em terrenos de elevada declividade e/ou de grandes comprimentos de rampa. Erosão em voçorocas ou ravinas é um sulco de dimensões avantajadas, superior a 30 cm e largura superior a 1 m, gerada pelo aprofundamento destes, sendo a forma mais rápida de erosão. Podem atingir vários quilômetros de extensão e vários metros de profundidade. Consiste no deslocamento de grandes volumes de terra, formando assim, depressões de grandes extensões ou verdadeiras grotas que podem ser profundas, largas e extensas. É ocasionada por grandes concentrações de enxurradas que passam, ano após ano, no mesmo sulco, que vai ampliando, formando grandes buracos no terreno. Os processos de erosão em voçorocas são intensificados em solos que possuem horizontes A + B modestos sobre horizonte C muito profundo. Após a remoção dos horizontes superficiais, há exposição do horizonte C que, apresenta baixa coesão entre suas partículas, sendo estas facilmente carreadas (principalmente as de fração silte). Essa situação é muito comum em LATOSSOLOS associados à CAMBISSOLOS, que são normalmente profundos e encontram-se em relevos muito movimentados (mar de morro), mas também podem ocorrer em declives suaves que apresentam comprimento de rampa muito longo, mesmo em condições de declive suave, situação esta predominante em Cerrado. As voçorocas podem ser originadas ainda pelo solapamento provocado pala água que se infiltrou (subterrânea), com consequente desabamento e remoção da camada superior. As práticas que mais têm fomentado o processo erosivo são: a falta de proteção do solo pela ausência de vegetação ou pelo plantio de culturas pouco protetoras, o uso e o preparo intensivo do solo, a não rotatividade de culturas, a adoção da monocultura, o pastoreio excessivo, plantios “morro abaixo”, queimas dos restos culturais, o uso do solo sem observar sua aptidão agrícola. 5.1.5. Aspectos técnicos O uso adequado da terra é o primeiro passo para a conservação do solo. Para isso, deve-se empregar cada parcela de terra de acordo com sua aptidão, capacidade de sustentação e produtividade econômica, de tal forma que os recursos naturais sejam colocados à disposição do homem para o seu melhor uso e benefício, ao mesmo tempo em que são preservados para gerações futuras (LERPSCH ET al., 1991 citado pro PRUSK, 2008). 22 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Para o planejamento conservacionista de uma bacia deverá ser realizado o levantamento dos recursos existentes como: tipos de solo, uso anterior e atual da terra, tipos de manejos utilizados, intensidade s de uso de insumos, práticas de conservação de solos empregada, relações entre trabalho e mão de obra, infraestrutura de transporte, principais problemas enfrentados pelos agricultores, etc. (PRUSK, 2008). O máximo esforço possível deve ser feito a fim de promover o aumento da capacidade de infiltração da água no solo e diminuir a intensidade e a distância percorrida pelo escoamento superficial. A infiltração deve ser garantida nas posições mais elevadas das encostas, e o processo erosivo deve ser minimizado com uso integrado de técnicas que considerem o ambiente como um todo. 5.1.6. Práticas para o controle da erosão O processo erosivo pode ser minimizado com o uso de práticas edáficas, vegetativas e mecânicas. Técnicas de bioengenharia também têm se mostrado eficazes na contenção de processos erosivos, especialmente em locais íngremes ou de maior inclinação, cuja fragilidade do solo dificulta a adoção de outras alternativas técnicas ou torna o processo de recuperação bastante oneroso, como quando adotadas técnicas convencionais de engenharia. As práticas edáficas de controle da erosão estão associadas ao sistema produtivo. São aquelas que buscam adequar o sistema de cultivo para manter a superfície do solo com maior cobertura, melhorando sua fertilidade e protegendo-o contra a erosão. Como exemplo tem-se: o controle das queimadas, adubação adequada, adoção de adubação verde e realização de calagem do solo, entre outras várias. As práticas vegetativas são aquelas em que se vale da própria vegetação para se proteger o solo da ação direta das chuvas, minimizando o processo erosivo. São utilizadas para minimizar as perdas do solo e baseiam-se na manutenção da superfície do solo coberta. Têm-se como exemplos: os plantios de espécies florestais, a manutenção e recuperação de pastagens, a utilização das plantas de cobertura, o cultivo em contorno, o cultivo em faixas, os cordões de vegetação permanente (barreiras vivas ou faixas de retenção), a substituição da capina pela ceifa das plantas daninhas, a alternância de capinas entre faixas, o uso de cobertura morta, a rotação de culturas. Já as práticas mecânicas são aquelas que adotam estruturas artificiais, construídas pelo homem, através de movimentação adequada de porções de terra, visando à interceptação e condução do escoamento superficial. Entre estas estão o terraceamento, a confecção de bacias de contenção de enxurradas ou bacias de captação de águas de chuva, canais escoadouros, etc. Estas práticas podem ser utilizadas isoladamente ou em conjunto, conforme o estágio erosivo presente, as condições físicas do solo e climáticas, e o perfil da propriedade. Em propriedades rurais deve-se maximizar a capacidade de infiltração da água no solo e reduzir o escoamento superficial, inclusive quando associado também às estradas. A recomendação da adoção de práticas edáficas pelos proprietários no seu sistema produtivo, torna-se importante forma de auxiliar as práticas vegetativas e mecânicas desenvolvidas. 23 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Entre as práticas mencionadas, merecem destaque os terraços e bacias de captação de águas pluviais e contenção de enxurradas, por serem as mais comumente adotadas. 5.1.7. Terraços Aos terraços são atribuídas diversas classificações, em razão da finalidade para qual serão construídos e em função das suas características. O tipo adequado de terraço a ser implantado varia em função da finalidade a que se destinam, das características das chuvas (quantidade, intensidade, duração e frequência), e do solo (profundidade, textura dos horizontes e permeabilidade). Além das características dos terraços, deve-se determinar ainda o espaçamento entre terraços e as suas seções transversais. Os terraços recebem denominações distintas em relação à sua função. Assim podem ser classificados como: a) Terraço de retenção, absorção ou em nível: construído com um canal em nível e as extremidades bloqueadas, de modo que a água decorrente do escoamento superficial seja retida e infiltrada no canal; b) Terraço de drenagem ou gradiente: construído com canal em pequeno declive, acumulando o excedente de água e conduzindo-o para fora d área protegida. c) Terraço misto: construído com canal em pequeno declive e com um volume de acumulação do escoamento superficial. Uma vez que esse volume de acumulação seja preenchido, esse começa a funcionar como um terraço de drenagem. Além da função, os terraços são classificados também em relação às suas características. Deste modo, em relação à sua forma, os terraços podem ser construídos em canal ou em camalhão. Quanto ao alinhamento podem ser paralelos, quando possuem espaçamento constante ao longo de toda a sua extensão ou não paralelos, cujo espaçamento varia ao longo da faixa terraceada. Quanto à faixa de movimentação da terra são denominados de terraço de base estreita, com faixa de movimentaçãode até 3m de largura; terraços de base média, com faixa de movimentação de terra de 3a 6 m de largura; base larga, com faixa de movimentação de 6 a 12 m de largura. Em relação ao seu perfil podem ser descritos como comum, em patamar, banquetas individuais, murundum ou embutido. Para o controle da erosão, o importante é que o terraço tenha capacidade e segurança para reter a água proveniente do escoamento superficial (para posterior infiltração ou condução para fora da área). Os sistemas de conservação de solo com terraço em nível são recomendados para solo com boa permeabilidade, possibilitando rápida infiltração da água, enquanto os terraços com gradiente são indicados para solos com permeabilidade moderada ou lenta. Prusk (2008). Para a locação e dimensionamento dos terraços deve-se utilizar-se de mapas, imagens aéreas, bem como realizar o levantamento planialtimétrico da área. Os sistemas de terraceamento devem ser planejados por profissionais técnicos habilitados e suas obras acompanhadas por profissional capacitado. Em projetos que contemplem a construção de terraços, devem ser previstas a sua manutenção periódica, de modo a assegurar que a capacidade de retenção de água no canal seja garantida ao longo do tempo. 24 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 5.1.8. Bacias de contenção de enxurradas e de captação de águas pluviais Conforme Evernari (1968) e Evernari, (1983) citado por Barros, o homem, desde a história antiga, armazenava águas superficiais de chuva em seu proveito. No ano de 106 D.C., os nabateos já produziam alimentos no deserto de Neguev (com precipitação média anual de 100 a 150 mm), utilizando sistemas de captação de água superficial, que era concentrada em tabuleiros nas partes baixas dos terrenos. Antes disso, a umidade residual armazenada no solo já tinha sido usada nos tempos do Rei Salomão, há cerca de dez séculos A. C., na mesma região do Neguev. Atualmente, sistemas para captação de águas de chuvas por meio de bacias são utilizados com finalidades diversificadas como aumentar a umidade do solo para produção de culturas, diminuir a velocidade de escoamento das águas a fim de evitar processos erosivos, proporcionar melhores condições para infiltração de água no perfil do solo para abastecimento de lençóis para maior disponibilização de água ao longo do ano, especialmente em épocas secas, perenização de cursos hídricos, entre outros. Sistemas semelhantes ao de captação de águas de chuvas são utilizados para contenção de enxurradas e muitas vezes estão associadas a outras obras ou ações conservacionistas como confecção de terraços, recuperação e conservação de nascentes, cursos hídricos, conservação de estradas vicinais. Podem ou não serem associadas a práticas vegetativas de conservação oferecendo condições para o estabelecimento de introdução de mudas, bem como auxiliares a sistemas produtivos. De acordo com a região, as bacias podem receber denominações variadas, como cacimbas, cisternas, bolsões, barraginhas, confundindo-se em alguns momentos com outros sistemas de captação de água que apresente finalidades distintas às previstas para estas bacias. Assim, para efeitos deste termo, entendem-se como bacias para captação de águas pluviais aquelas construídas com o objetivo de acumular água das chuvas de para alimentar o lençol freático, proporcionando um tempo maior para o processo de infiltração. As bacias de contenção de enxurradas são aquelas construídas de forma a diminuir a velocidade ou conter o escoamento superficial de terrenos diversos ou estradas e, consequentemente diminuir processos erosivos e assoreamentos de recursos hídricos. Podem estar associadas a outras práticas mecânicas como terraços e canais, bem como a práticas edáficas e vegetativas. Embora as bacias de captação de água não tenham como objetivo a contenção de processos erosivos, são práticas mecânicas que têm processo de construção semelhante às bacias de contenção de enxurradas, e por isso optou-se por contemplá-las em um mesmo tópico. Geralmente são utilizadas em regiões de escassez de chuvas, onde outras técnicas para otimizar a produção de água não são eficazes e o estabelecimento de diversas culturas fica limitado pela seca. Nestas regiões estas bacias são construídas também para proporcionar umedecimento de terrenos localizados em porções inferiores a estas, permitindo o estabelecimento de culturas. As bacias podem ser confeccionadas com materiais, dimensões e formatos variados, de acordo com a finalidade, com as características locais (solo, inclinação, precipitação), disponibilidade de recursos. Bem como podem ser confeccionadas isoladamente ou em conjunto, locadas em série ou em paralelo. Podem variar em relação ao tamanho, profundidade e à forma. Estas características são dependentes da finalidade, do tipo de solo, das chuvas (intensidade, frequência). Em caso de bacias de contenção de enxurradas, a quantidade e a velocidade do 25 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) escoamento superficial interferem no dimensionamento das bacias, que são influenciados pelas chuvas e pela declividade do terreno. 5.2. ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS 5.2.1. Proteção, conservação e recuperação de nascentes, fontes, veredas, áreas de mata ciliar, recarga hídrica e topos de morro e recuperação de áreas degradadas por processos erosivos Os projetos que contemplem ações de proteção, conservação ou recuperação de nascentes, fontes, veredas, matas ciliares, topos de morro, recarga hídrica e de recuperação de áreas de degradadas deverão conter, na medida das ações adotadas: Informações sobre a área de intervenção do projeto: - Quantidade e descrição das microbacias hidrográficas, municípios, bairros e comunidades envolvidos no projeto; - Esclarecimento se a área de intervenção do projeto trata de zona urbana ou rural; - Quantidade de propriedades incluídas na área total de intervenção e se tratam de propriedades públicas ou privadas; - Área total (m2 ou ha) contemplada pelas ações de intervenção física do projeto; - Distribuição espacial qualitativa e quantitativa das ações do projeto por microbacias hidrográficas, municípios, bairros, comunidades, propriedades (quando possível); - Quantidade total de nascentes, fontes e veredas a serem protegidas, recuperadas ou conservadas e distribuição destas por microbacias, município, bairros, comunidades, propriedades (quando possível); - Área (m2 ou ha) total de mata ciliar, topos de morro, área de recarga hídrica e áreas degradadas a serem protegidas, conservadas, recuperadas e a distribuição destas por microbacias hidrográficas, municípios, bairros, comunidades, propriedades (quando possível); Informações acerca da microbacia e dos cursos hídricos a que estão associados os objetos de intervenção do projeto (especialmente para o caso de ações voltadas a áreas de nascentes, matas ciliares, recarga hídrica e topos de morro) mencionar as características do curso d’água a que estão associadas e para os quais se busca melhoria da qualidade e/ou disponibilidade de água (nome do rio, córrego ou ribeirão; dimensões; características atuais; etc.); Informações sobre as características e a localização dos objetos (recursos hídricos e espaços a serem protegidos) a serem protegidos, conservados e/ou recuperados pelas ações do projeto: - Descrição das áreas que serão protegidas, conservadas e/ou recuperadas, no mínimo quanto ao bioma, ao meio físico ao clima; a fim de observar a compatibilidade entre estes e as espécies a serem introduzidas; - Esclarecimento se as áreas que serão protegidas e/ou recuperadas são encharcáveis em alguma época do ano a fim de observar a compatibilidade entre estes e as espécies a serem introduzidas. Exemplos: Formação ribeirinha com influência fluvial permanente (sob solo permanentemente encharcado); Formação ribeirinha com influência fluvial sazonal (sofrem influência sazonal do rio ou lençol freático); Formação ribeirinha sem influência fluvial (não são diretamente influenciados pela água do rio ou lençol freático); - Descrição do recurso hídrico a ser protegido ou recuperado (nascentes, fonte, vereda, lago, lagoa, córrego, rio, ribeirão), quando for o caso. Sempre que possível, 26 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) especialmente para nascentes e fontes, informar o fluxo natural destes (perenes intermitentes ou temporárias). Para nascentes e fontes, quando possível, caracterizá-las também quanto à origem (freáticas ou artesianas); - Mencionar a localização georreferenciada das nascentes, fontes ou veredas alvos do projeto ou prever no mesmo o georreferenciamento destas até o seu prazo final de execução; - Mencionar a localização georreferenciada das áreas de matas ciliares, recarga hídrica, topos de morro, e áreas degradadas alvos do projeto ou prever no mesmo o georreferenciamento destas até o seu prazo final de execução; - Descrever as características das nascentes, fontes e veredas, matas ciliares, áreas de recarga hídrica, topos de morro e áreas degradadas alvos do projeto, incluindo a situação atual e origens da degradação destas. Descrição dos problemas ou impactos negativos que se pretende mitigar ou solucionar, esclarecendo a origem ou causa destes; Descrição das estratégias de proteção, conservação ou recuperação adotadas pelo projeto: - Justificar a adoção, esclarecendo a finalidade das estratégias escolhidas; - Descrever a estratégia ou conjunto de estratégias adotadas para proteção, conservação ou recuperação de nascentes, fontes ou veredas; matas ciliares; áreas de recarga hídrica; topos de morro e áreas degradadas, esclarecendo se estão associadas umas às outras (relação entre estratégias e ações adotadas). 5.2.2. Estratégias de proteção ou isolamento da área Informar a área (m²) a ser protegida; Esclarecer qual o método de proteção adotada (cercas vivas, cercas de arame, outros); Descrever as características e os materiais a serem utilizados para o método escolhido. - Para cercas de arame, esclarecer qual tipo de arame, se liso ou farpado; tipo e dimensões dos mourões adotados; espaçamento entre mourões; espaçamento entre balancins, caso adotados; tipo de madeira dos mourões e se tratadas ou não; quantidade de fios; espaçamento entre fios; distância entre o primeiro fio e o solo. - Para cercas vivas, informar espécies adotadas (nome científico e família), espaçamento entre mudas. Na adoção desta estratégia de proteção, atentar para a capacidade das espécies escolhidas de se tornarem invasoras bem como para a sua capacidade em atrair animais dos quais se quer proteger a área. - Para outra estratégia de isolamento ou proteção, descrevê-la. 5.2.3. Estratégias de conservação ou recuperação Informar a área (m²) a ser conservada ou recuperada; Informar qual ou quais as estratégias, ações ou métodos adotados entre as práticas vegetativas e mecânicas para conservação e recuperação; Descrever as características e os materiais a serem utilizados para as estratégias, ações ou métodos escolhidos, conforme os aspectos a seguir: Práticas vegetativas ou manejo da vegetação: Informar o sistema de plantio adotado (regeneração natural, plantio de enriquecimento ou reflorestamento); 27 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Informar o modelo de plantio (plantio ao acaso ou sem espaçamento específico/ ilhas vegetativas/ modelos sucessionais como plantio em linha com espécies pioneiras e não pioneiras, plantio em quincôncio, plantio adensado/ nucleação/ sistemas agroflorestais); Informar a quantidade de sementes ou mudas em relação à extensão da área onde serão introduzidas; Apresentar a listagem das espécies com nome vulgar, científico e família, bem como o grupo ecológico ou classes sucessionais a que se enquadram (pioneiras, secundárias, clímax) e ao tipo de solo a que se adaptam em relação à umidade (úmidos, inundáveis, encharcados). Para a adoção de sementes, informar: - A procedência destas (se serão compradas ou coletadas); - A quantidade de sementes a ser adquirida; - As espécies; - Como serão armazenadas após aquisição; - Em caso de coleta, mencionar onde e por quem serão coletas as sementes, a quantidade que se pretende coletar, a capacidade da área selecionada para coleta em atender à demanda do projeto (especialmente no que se refere à disponibilidade da diversidade de sementes florestais com potencial de utilização no projeto compatível a este; e à compatibilidade entre as épocas de coletas de cada espécie, as épocas de plantio e o tempo de duração do projeto). Para a adoção de mudas, informar: - A quantidade de mudas a serem plantadas; - A quantidade de mudas a serem adquiridas e o percentual de replantio considerado para aquisição; - O espaçamento entre os indivíduos, quando for o caso; - A proporção entre as classes ecológicas das espécies utilizadas (pioneiras, secundárias, clímax); a listagem das espécies com nome vulgar, científico e família, bem como o grupo ecológico ou classes sucessionais a que se enquadram (pioneiras, secundárias, clímax) e ao tipo de solo a que se adaptam em relação à umidade (úmidos, inundáveis, encharcados); - A procedência das mudas (produzidas em viveiro próprio, compradas ou doadas); - Onde serão compradas ou por quem serão doadas; - O porte do viveiro de origem das mudas e a capacidade deste em atender ao projeto em relação à quantidade de mudas e à disponibilidade de espécies adotadas pelo projeto; - A distância do viveiro em relação à área de abrangência do projeto; - Onde as mudas ficarão após a aquisição até serem levadas ao campo para plantio. Mencionar as principais atividades a serem executadas, esclarecendo quem as executará, o tempo previsto para a execução, os materiais, instrumentos e insumos necessários: Para atividades de pré-plantio, quando adotadas, descrever: - Como se dará o preparo do solo; - As características dos aceiros; - Modo de limpeza da área (roçada ou capina); - Modo de abertura do dossel; - O controle de lianas e cipós; - Modo de combate a formigas; - Características das covas de plantio; - Preparo do solo (calagem, adubação, etc.) - Coroamento; - Transporte das mudas ao local de plantio; 28 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Para atividades de plantio, quando adotadas, informar: - Modo de distribuição das mudas (tubetes ou sacos plásticos); - Modo de estaqueamento ou tutoramento; - Modo de irrigação. Para atividades de pós-plantio, descrever, quando adotados, os métodos de: - Monitoramento e Manutenção (ronda e tratos culturais pós-plantio); - O controle de lianas e cipós; - Combate a pragas (especialmente formigas), doenças, plantas daninhas e invasoras; - Replantio; - Irrigação; - Adubação de cobertura; OBSERVAÇÃO: Para produção de mudas após a contratação do projeto, observar informações necessárias para implantação ou ampliação de viveiros para produção de mudas florestais nativas. Outras alternativas de práticas vegetativas (faixas vegetativas de retenção, adubação verde, sistema agropastoril, etc.). Informar a área (m2) total a ser abrangida pela técnica ou conjunto de técnicas; Esclarecer a distribuição do método, por municípios, bairros, comunidades, propriedades; Descrever o método ou técnicas adotadas quanto às suas etapas necessárias, materiais e insumos; Elencar as espécies da flora adotadas (nome científico e família); quantidade necessária de muda ou sementes; proporcionalidade das espécies quando consorciadas; Mencionar demais atividades, quando adotadas. OBSERVAÇÃO: Na adoção de práticas vegetativas, informar quando estas estiverem associadas a outras práticas (também vegetativas ou mecânicas), como bacias de captação de águas de chuvas e terraços (por exemplo: plantio ao redor de bacias de captação de águas pluviais). 5.2.4. Práticas mecânicas e de manejo e conservação do solo Descrever a prática ou técnica mecânica adotada ou conjunto destas, informando quando estiverem associadas umas às outras. Confecção de terraços As características relativas à forma, alinhamento, faixa de movimentação, perfil e extensão dos terraços; As características do solo e a declividade do terreno além das características dos terraços; A quantidade ou área terraceda, as características dos terraços (comprimento, largura, finalidade) e as características locais como solo, relevo, inclinação, precipitações (intensidade), procedimentos, instrumentos e materiais necessários bem como o pessoal envolvido; Mencionar a confecção de outras estruturas necessárias como calhas, canaletas ou canais de escoamento da água, caixas de contenção, outros. Informar como e por quem serão realizados o monitoramento e a manutenção (limpeza) após o período de execução do projeto, especificando por quem será realizado e onde serão dispostos os sedimentos retirados destas obras no processo de limpeza; 29 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Confecção de bacias de captação de águas de chuva ou contenção de enxurradas: A finalidade das bacias que serão confeccionadas: conter processos erosivos pela redução da velocidade de águas pluviais (contenção de enxurradas); evitar o transporte de sedimentos para recursos hídricos que estão situados em áreas mais baixas que as bacias; acúmulo de água de chuvas para recarga de lençóis; outras; A quantidade total de bacias, por microbacias hidrográficas, municípios, bairros, comunidades, propriedades; As características das bacias (forma e dimensões); Os materiais de constituição das bacias: terra, pedras, outros; O modo como será construído: isoladamente ou em sistemas (locadas em série ou em paralelo); A localização das bacias nas propriedades, em relação á áreas de recarga hídrica, aos recursos hídricos que se pretende conservar ou recuperar e a associação a outros elementos como estradas, terraços, etc.; Mencionar a confecção de outras estruturas necessárias como calhas, canaletas ou canais de escoamento da água, caixas de contenção, outros. Informar como e por quem serão realizados o monitoramento e a manutenção (limpeza) após o período de execução do projeto, especificando por quem será realizado e onde serão dispostos os sedimentos retirados destas obras no processo de limpeza; OBSERVAÇÃO: Para confecção de terraços, bacias e quaisquer outras que impliquem em revolvimento de solo, corte e aterro ou outros processos de desestruturação do mesmo, é preciso que se apresente em anexo um laudo técnico emitido por profissional habilitado afirmando a aptidão do solo para tais obras. É importante que sejam mencionadas as características e dimensões das obras, e sua distribuição pelas propriedades contempladas. Para o dimensionamento, planejamento e confecção de terraços, é prudente que se realize o levantamento planialtimétrico da área, deste modo, caso não seja realizado em etapa anterior ao planejamento do projeto, deve ser previsto no como uma das etapas do mesmo. Para este tipo de obra é essencial apresentação da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – do profissional responsável pelo planejamento dos terraços e bacias. Outras práticas mecânicas de manejo e conservação do solo: Descrevê-las, informando a finalidade destas, no que consistem, características, extensões abrangidas pelas práticas, etapas, materiais, equipamentos e pessoal necessários; Informar se as práticas adotadas estão associadas a outras práticas ou técnicas adotadas; Técnicas de bioengenharia, Obras de engenharia e Outras práticas ou técnicas adotadas Descrevê-las, informando a finalidade destas, no que consistem, características, extensões abrangidas pelas práticas, etapas, materiais, equipamentos e pessoal necessários; Informar se as práticas adotadas estão associadas a outras práticas ou técnicas adotadas. OBSERVAÇÃO: É necessário constar no projeto: Por quem serão realizadas ações de monitoramento e manutenção das atividades de plantio, controle de formigas, plantas daninhas e invasoras, pragas e doenças, de terraços e bacias (limpezas) ao longo de todo o projeto, bem como estas se darão após o seu término. É necessário descrever a mão de obra e o pessoal envolvido nas atividades previstas de modo a esclarecer: 30 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Por quem será feito o acompanhamento ou monitoramento das atividades desenvolvidas em campo, mencionando a formação e a carga horária do responsável; Se as atividades de intervenção física como confecção de cercas, plantio de mudas, entre outras, serão executadas pelos proprietários das áreas abrangidas pelo projeto ou por equipe contratada. Para o caso de equipe ou mão de obra contratada para execução das atividades, é necessário informar também: O tamanho da equipe para cada atividade ou etapa do projeto (quantidade de pessoas para preparo do solo, coveamento, plantio etc.); A produtividade de um indivíduo por dia para cada atividade (covas por dia/ homem; ou mudas plantadas por dia/homem; etc.); A carga horária diária ou semanal dos indivíduos. 5.3. IMPLANTAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE VIVEIROS DE MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS Os projetos que visem à implantação ou ampliação de viveiros precisam informar: A localização do viveiro e as condições de acesso; A finalidade do viveiro e a destinação final das mudas a serem produzidas (distribuição gratuita, venda, etc.); As características do local do viveiro em relação ao clima, à proximidade de áreas de culturas agrícolas, estradas e/ou florestas. Para o caso de implantação de viveiros, justificar a escolha do local; O tipo de propriedade (pública ou privada) onde o viveiro será construído ou ampliado; A titularidade do viveiro, esclarecendo a quem pertence a propriedade de instalação do viveiro bem como o viveiro propriamente dito. É importante apresentar, anexos, documentos que evidenciem a titularidade da propriedade de localização do viveiro e do próprio viveiro, bem como a permissão formal do proprietário do viveiro e do dono da propriedade (quando distintos) para realização das ações (implantação ou ampliação do viveiro) e utilização de ambos (viveiro e propriedade) para a execução das ações previstas no projeto; Se a área de implantação ou ampliação do viveiro está inserida no interior de alguma Unidade de Conservação ou outra área legalmente protegida; O porte pretendido do viveiro (capacidade anual de produção de mudas pretendida). Para projetos que visem à ampliação de viveiros devem ser mencionado o porte atual do viveiro e o pretendido após ampliação O tipo de viveiro a ser construído ou ampliado (alvenaria, rústico, outro) e suas características (permanentes ou temporários; dimensões; porte ou capacidade anual de produção de mudas); Os tipos de recipientes e acessórios adotados, suas dimensões e quantidade (tubetes, sacos plásticos, bandejas, outros); Os tipos de substratos adotados para preenchimento dos recipientes, procedência e quantidade necessária por ano ou semestre; Os tipos de propagação adotados se sexuada (por sementes) ou assexuada ou vegetativa (mergulhia, enxertia, estaquia) Para viveiros que adotem propagação sexuada (por sementes), informar quando adotadas: Semeadura em canteiros para posterior repicagem; Semeadura em canteiros para plantio de mudas com raiz nua; Semeadura direta nos recipientes; Procedência das sementes (aquisição ou coleta). 31 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) As dimensões do viveiro e a infraestrutura para produção e manutenção de mudas com suas características e quantidade: sementeiras, canteiros, estufas, espaço para rustificação, e sistema de irrigação; locais para procedimentos fitossanitários; As instalações diversas, obras, serviços ou mão de obra necessários à implantação, manutenção ou ampliação do viveiros, como: Cercamento da área do viveiro com descrição da área total (m 2 ou ha) cercada e características do cercamento (tipo de cerca, características da cerca, etc.); Limpeza da área de implantação ou ampliação do viveiro com a área total (m2 ou ha) e tipo de limpeza necessária; - Terraplanagem - área total (m2 ou ha); - Drenagem: área total (m2 ou ha); - Canaletas de proteção: características, extensão; - Quebra-ventos: características e extensão; - Escritório: características; - Vestiários/ sanitários: características, quantidade; - Galpões (para ferramentas, instrumentos, recipientes / armazenagem de sementes e insumos), características, dimensões e quantidade; - Caminhos, ruas, estradas: características; - Outros: especificar, descrever e quantificar. Materiais necessários para a operação do viveiro– especificar e quantificar (ferramentas, insumos, outros); A mão de obra: quem executará as atividades relacionadas à produção de mudas do viveiros e quantas pessoas são; a produtividade de um indivíduo por dia para cada atividade; a carga horária semanal dos indivíduos. O corpo técnico: formação dos Técnicos, funções, carga horária semanal. A seleção das espécies e sistema de propagação: Listagem das espécies a serem produzidas como nome vulgar, científico e família bem como grupo ecológico (pioneira, secundária, clímax). A dinâmica e as atividades desenvolvidas no(s) viveiro(s) como formas de propagação das mudas (semeadura, estacas); aquisição das sementes (coleta ou aquisição de terceiros); quebra de dormência das sementes; época da semeadura; fertilização; cobertura do leito da semeadura; sombreamento; irrigação; preenchimento dos recipientes; repicagem; desbaste ou raleio; capinas manuais; movimentação das embalagens; poda das raízes e das partes aéreas; rustificação; seleção e separação das mudas; controle de formigas; controle fitossanitário; tempo de permanência das mudas no viveiro até serem levadas à campo para plantio; como as mudas serão entregues aos proprietários ou transportadas para os locais de plantio; a estimativa do tempo de vida útil do viveiro; o uso previsto para o viveiro após o término do projeto; como as atividades de produção e distribuição das mudas prosseguirão após o término do projeto; outras. OBSERVAÇÃO 1: Para implantação ou ampliação de viveiros, é importante mencionar com quais recursos e por quem serão executadas obras não financiáveis com recursos do FHIDRO. OBSERVAÇÃO 2: No item ANEXO do projeto, é importante que sejam apresentados: A ART do profissional responsável (Engenheiro Florestal ou Agrônomo) pela elaboração do projeto executivo do viveiro; Planta ou croqui de localização da área; Planta do projeto do viveiro; Documentos: Titularidade da propriedade que terá o(s) viveiro(s) implantado(s); Permissão formal do proprietário para utilização da sua propriedade para a construção e uso do viveiro para as ações do projeto pelo o tempo previsto para a sua completa execução além dos Termos de Compromisso e/ou 32 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Parceria quando houver entidades parceiras do projeto, ou envolver pessoal não contratado para realização das atividades previstas. 6. SANEAMENTO E DRENAGEM URBANA Essa linha de ação prevê apoio financeiro a projetos de saneamento, limitado à destinação adequada de resíduos sólidos urbanos e esgotamento sanitário, bem como a projetos de drenagem urbana. 6.1. SANEAMENTO 6.1.1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Os resíduos sólidos urbanos podem ser divididos basicamente em quatro grandes grupos: 1. Resíduos orgânicos putrescíveis; 2. Resíduos inertes recicláveis; 3. Resíduos perigosos/especiais; 4. Resíduos não reaproveitáveis. Cada tipo de resíduo encaixa-se em uma diferente alternativa de gestão, que contemple as condições da comunidade onde se dará tal gerenciamento. O ponto de partida para o processo de gerenciamento é a segregação dos resíduos na origem, visando minimizar os gastos com um tratamento final dos mesmos. Para que tal objetivo seja alcançado, a participação da comunidade é fundamental, o que justifica a implantação de programas de educação ambiental junto à comunidade em questão para implementar os resultados passíveis de serem alcançados. O gerenciamento integrado leva em consideração os vários tipos de resíduos, suas proporções na massa total, sua composição típica, o tipo de coleta a ser implementado, o tratamento requerido para melhor aproveitamento dos resíduos e, finalmente, a disposição final dos rejeitos. Em face disso, o presente Termo de Referência trará as principais diretrizes a serem seguidas em projetos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos que abranjam especificamente a disposição final dos resíduos em UTC – Unidades de Triagem e Compostagem e Aterros Sanitários. 6.1.1.1. Aterro Sanitário O aterro sanitário é definido pela Norma NBR 8.419/94 como sendo uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde e à segurança, minimizando impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se for necessário. A implantação de um aterro sanitário deverá ser realizada de acordo com um projeto técnico aprovado por órgão ambiental competente. 33 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Assim, apresentam-se, a seguir, os objetivos de se estabelecer Diretrizes Básicas para os projetos de Aterros Sanitários, bem como as condições mínimas a serem atendidas pelos proponentes na apresentação de projetos básico e executivo de Aterros Sanitários ao FHIDRO. Objetivos O trabalho a ser realizado terá por objetivos: Identificar e caracterizar as áreas potencialmente adequadas para a instalação do Aterro Sanitário, incluindo a pesquisa sistemática de campo e o registro gráfico e fotográfico das características intrínsecas das mesmas, caso a caso; Análise técnica comparativa dos dados e informações obtidos ao longo da pesquisa de campo, resultando na classificação ordenada das glebas identificadas, conforme sua maior ou menor aptidão para a finalidade que se tem em vista; Execução dos levantamentos e estudos técnicos preliminares de caracterização física e ambiental da gleba selecionada para implantação do aterro sanitário; Desenvolvimento do projeto (básico e executivo completo) da unidade de destinação final (aterro sanitário) dos RSU não reaproveitáveis gerados nos municípios beneficiários do empreendimento; Elaboração de todos os documentos técnicos complementares necessários, segundo a legislação ambiental e as normas processuais em vigor no Estado de Minas Gerais, para a concessão das licenças prévia (LP) e de instalação (LI) concernentes ao empreendimento proposto; Acompanhamento técnico da tramitação do projeto junto aos órgãos de controle ambiental do Estado de Minas Gerais (SUPRAM’s / COPAM-MG), durante todas as fases do processo de análise técnica, aprovação e licenciamento do empreendimento (LP e LI), inclusive com o fornecimento oportuno de todas as informações complementares exigidas, ainda que impliquem na re-elaboração de partes ou da totalidade dos projetos e/ou dos documentos técnicos apresentados. Metodologia As fases a serem consideradas para desenvolvimento do projeto são: 1. Pesquisa e seleção da gleba a ser utilizada para a implantação do empreendimento proposto, abrangendo: Planejamento da pesquisa de campo, eventualmente com o auxílio de imagens de georreferenciamento, com definição preliminar da amplitude da região a ser pesquisada e das vias a serem percorridas durante essa atividade; e disponibilização dos métodos e instrumentos a serem utilizados para a localização com GPS e registro gráfico e fotográfico das glebas potencialmente utilizáveis a serem identificadas; Análise técnica sistemática das informações concernentes a cada uma das glebas identificadas e vistoriadas, com a utilização de métodos e instrumentos que permitam comparar essas glebas entre si, à luz de critérios objetivos especialmente importantes, tendo em vista a natureza intrínseca do empreendimento proposto; Classificação das glebas vistoriadas quanto ao seu maior ou menor nível de adequação para a implantação do empreendimento proposto. Tal classificação deverá considerar aspectos técnicos, econômico-financeiros e político-sociais, justificando-se a escolha da área selecionada. 2. Execução dos levantamentos e estudos técnicos preliminares de caracterização física e ambiental da gleba selecionada para implantação do aterro sanitário, abrangendo: 34 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) O levantamento topográfico plani-altimétrico da parcela da gleba a ser adquirida, realizado com utilização de instrumentos eletrônicos de elevada precisão e apresentado em meio digital (formato DWG), com curvas de nível distanciadas entre si de 1m; A sondagem do subsolo, por percussão (“Standard Penetration Test” - SPT) e com caracterização dos materiais encontrados, camada a camada, em pontos tais que possibilitem a consistente caracterização das diversas feições da gleba, sendo que os furos de sondagem deverão, preferivelmente, ser prolongados até o nível do lençol freático; ou, caso este não seja atingido antes, até o limite máximo de 30 m em relação à superfície, no local de cada furo, a menos da hipótese de se encontrar material considerado impenetrável à percussão à menor profundidade; O estudo dos materiais componentes do solo sub-superficial de modo a definir sua eventual aptidão para uso como selo impermeável para a base, bem como para a conformação das camadas de capeamento, diário e final, do aterro sanitário (ensaios de caracterização, inclusive granulometria e limite de contração; de adensamento; e de permeabilidade sob carga variável dos solos utilizáveis para capeamento impermeabilizante da base, intermediário e superior, tendo-se como referência o coeficiente de permeabilidade k = 1 x 10 – 6 cm/s); O levantamento das características ambientais da gleba de interesse e de seu entorno imediato, de conformidade com a legislação e as normas ambientais em vigor no Estado de Minas Gerais. 3. Desenvolvimento do projeto básico do aterro sanitário, abrangendo: O desenvolvimento dos cálculos para o dimensionamento preliminar do maciço do aterro sanitário (para uma vida útil de referência de 20 a 30 anos), com apresentação obrigatória da respectiva memória de cálculo e explicitação dos critérios utilizados quando de sua elaboração; O conjunto dos desenhos técnicos essenciais, tais que possibilitem a adequada compreensão das características físicas básicas do aterro sanitário proposto (planta de localização; planta do levantamento topográfico plani-altimétrico; planta da base projetada do aterro, contendo o lançamento preliminar e o pré-dimensionamento do sistema proposto de tratamento de efluentes líquidos, das vias internas, da sede administrativa e de apoio operacional e demais instalações e/ou edificações necessárias; planta da configuração final do maciço do aterro; secções longitudinais e/ou transversais típicas, abrangendo, no mínimo, o maciço do aterro e o sistema de tratamento de efluentes líquidos proposto); O conjunto dos documentos técnicos complementares exigidos pela legislação ambiental e pelas normas processuais em vigor no Estado de Minas Gerais, para a concessão da licença prévia (LP), abrangendo o acompanhamento técnico da tramitação do processo junto à SUPRAM, bem como o fornecimento oportuno, em tempo hábil, das informações complementares exigidas, até a concessão da referida licença. 4. Desenvolvimento do projeto executivo completo do aterro sanitário, abrangendo: O conjunto de desenhos técnicos, até o nível de detalhamento executivo, de todos os componentes físicos do empreendimento, inclusive: vias internas (permanente e transitórias) de acesso à frente de operações (plantas; perfil longitudinal médio; e perfis transversais, a cada 10m); sistema de drenagem e manejo de águas pluviais; sistema de impermeabilização da base e de captação e escoamento dos efluentes líquidos; sistema de tratamento dos efluentes líquidos (inclusive detalhamento da rede de lançamento dos efluentes tratados em seu corpo receptor); 35 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) sistema de captação e tratamento dos gases; plantas (globais e parciais, fase a fase) do maciço; projeto geométrico e de terraplanagem do arranjo final do aterro sanitário; secções, longitudinais e transversais, do maciço; poços de monitoramento da qualidade do lençol freático; edificações necessárias (guarita, sede administrativa e de apoio ao pessoal técnico e operacional, galpão para manutenção primária e guarda de máquinas e veículos operacionais, etc.); urbanização, paisagismo / revegetação e sinalização da gleba; memorial descritivo completo, incluindo os planos de operação (estratégia de implantação e operação, equipamentos e recursos humanos necessários, fase a fase, etc.) e de monitoramento ambiental do aterro sanitário; memorial técnico completo (memória de cálculo do maciço e dos demais componentes do aterro sanitário, inclusive do dimensionamento do sistema de tratamento de efluentes líquidos; e do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais); planilhas de especificação, quantificação e orçamento dos materiais a serem utilizados e dos serviços e obras a serem executados na implantação do aterro sanitário; elaboração e/ou fornecimento de todos os demais documentos necessários para o exame, aprovação e licenciamento do projeto executivo do aterro sanitário (licença de instalação, ou LI); e acompanhamento técnico da tramitação do processo de concessão dessa licença, por parte do sistema SUPRAM / COPAM-MG, implicando no fornecimento oportuno de todas as informações complementares exigidas, ainda que resultem na re-elaboração de partes ou da totalidade dos projetos e/ou dos documentos técnicos apresentados. Todos e cada um dos desenhos técnicos mencionados deverão ser apresentados em meio digital (formato DWG); e plotados em papel tipo sulfite, detalhadamente cotados e em escalas gráficas compatíveis com a natureza intrínseca dos diversos componentes construtivos que compõem seu objeto, caso a caso, tais que permitam a perfeita compreensão dos mesmos e sua adequada execução. 6.1.1.2. Usina de Triagem e Compostagem A compostagem é definida como um processo biológico aeróbio e controlado de tratamento e estabilização de resíduos orgânicos para a produção de húmus. O processo de compostagem envolve duas fases distintas, quais sejam a degradação ativa e maturação e cura. A usina de triagem e compostagem visa dar condições de se executar a separação dos resíduos a serem compostados dos resíduos a serem reciclados ou aterrados, proporcionando o acompanhamento do processo de modo controlado, gerando um produto passível de ser utilizado. Assim, apresentam-se, a seguir, os objetivos de se estabelecer Diretrizes Básicas para os projetos de Usinas de Triagem e Compostagem, bem como as condições mínimas a serem atendidas pelos proponentes na apresentação de projetos básico e executivo de tais Usinas ao FHIDRO. 36 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Objetivos O trabalho a ser realizado terá por objetivos: Identificar e caracterizar áreas potencialmente adequadas para a instalação da usina de triagem e compostagem, incluindo o potencial intrínseco em se reverter o material reaproveitável em material reciclado; Desenvolver o projeto (básico e executivo completo) da Usina de Triagem e Compostagem; Elaborar todos os documentos técnicos complementares necessários, segundo a legislação ambiental e as normas processuais em vigor no Estado de Minas Gerais, para a concessão das licenças prévia (LP) e de instalação (LI) concernentes ao empreendimento proposto; Proceder ao acompanhamento técnico da tramitação do projeto junto aos órgãos de controle ambiental do Estado de Minas Gerais, durante todas as fases do processo de análise técnica, aprovação e licenciamento do empreendimento, inclusive com o fornecimento oportuno de todas as informações complementares exigidas, ainda que impliquem na re-elaboração de partes ou da totalidade dos projetos e/ou dos documentos técnicos apresentados. Metodologia As fases a serem consideradas para desenvolvimento do projeto são: 1. Execução dos estudos técnicos preliminares e caracterização do empreendimento: O levantamento da caracterização do município deve ser feito investigando a população e sua condição sócio-econômica e os equipamentos e serviços, bem como a caracterização dos resíduos sólidos a serem encaminhados à Usina, levantando seus quantitativos e sua classificação em orgânicos e inorgânicos; 2. Determinação do local de implantação da usina de triagem e compostagem: Definição do local apropriado para implantação da Usina de Triagem e Compostagem, considerando aspectos técnicos, econômico-financeiros e político-sociais, justificando-se a escolha da área selecionada. 3. Desenvolvimento do projeto básico da Usina de Triagem e Compostagem, abrangendo: O desenvolvimento dos cálculos para o dimensionamento preliminar da área necessária para implantação da usina, com apresentação obrigatória da respectiva memória de cálculo e explicitação dos critérios utilizados quando de sua elaboração; A explicitação do tratamento a ser submetido os efluentes das leiras, bem como o efluente pluvial; O conjunto dos desenhos técnicos essenciais, tais que possibilitem a adequada compreensão das características do empreendimento; 4. Desenvolvimento do projeto executivo completo da Usina de Triagem e Compostagem, abrangendo: o conjunto de desenhos técnicos, até o nível de detalhamento executivo, de todos os componentes físicos do empreendimento: edificações necessárias (guarita, sede administrativa e de apoio ao pessoal técnico e operacional, galpão para manutenção primária e guarda de equipamentos e veículos operacionais, etc.); 37 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) urbanização, paisagismo; memorial descritivo completo, incluindo os planos de operação (estratégia de implantação e operação, equipamentos e recursos humanos necessários, fase a fase, etc.); memorial técnico completo; planilhas de especificação, quantificação e orçamento dos materiais a serem utilizados e dos serviços e obras a serem executados na implantação da UTC; Todos e cada um dos desenhos técnicos mencionados deverão ser apresentados em meio digital (formato DWG); e plotados em papel tipo sulfite, detalhadamente cotados e em escalas gráficas compatíveis com a natureza intrínseca dos diversos componentes construtivos que compõem seu objeto, caso a caso, tais que permitam a perfeita compreensão dos mesmos e sua adequada execução. 6.2.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Define-se como Sistema de Esgotamento Sanitário o conjunto de elementos que têm por objetivo a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final tanto do esgoto doméstico quanto do lodo resultante. O sistema de esgotamento sanitário, portanto, abrange a rede coletora e os interceptores, com todos os seus componentes, as estações elevatórias e as estações de tratamento de esgoto, bem como os tanques sépticos e emissários finais de esgoto. A implantação poderá se dar em soluções coletivas ou individuais: Soluções coletivas: 1. Ligações Prediais; 2. Rede coletora; 3. Interceptor; 4. Estação Elevatória; 5. Estação de Tratamento de Esgoto; 6. Emissário Final. Soluções individuais: 7. Ligações Prediais; 8. Fossas Sépticas com solução para efluente final. A implantação do sistema de esgotamento sanitário implica em melhoria das condições de higiene, segurança e conforto das comunidades. Neste contexto, pode-se assegurar que a implantação de um sistema de esgotamento sanitário, bem como sua correta operação, permite atingir os seguintes objetivos: a) Objetivos Sanitários Coleta e remoção rápida e segura das águas residuárias; Redução da poluição e contaminação de áreas a jusante do lançamento final; Disposição sanitária dos efluentes, devolvendo-os ao ambiente em condições de reuso; 38 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Melhoria da qualidade e quantidade de recursos hídricos utilizáveis disponíveis; Redução e/ou eliminação de doenças de veiculação hídrica, possibilitando o aumento da expectativa de vida média dos habitantes. b) Objetivos Sociais Melhoria da qualidade de vida da população. c) Objetivos Econômicos Preservação dos recursos naturais, valorizando as propriedades e promovendo o desenvolvimento industrial e comercial; Redução de gastos públicos com campanhas de imunização e/ou erradicação de moléstias endêmicas ou epidêmicas. Em face disso, o presente Termo de Referência traz diretrizes a serem seguidas em projetos de Sistemas de Esgotamento Sanitário que visem contribuir para melhoria da qualidade e quantidade dos recursos hídricos, em cumprimento à Resolução SEMAD 813/08 que abranjam redes coletoras, interceptores, estações elevatórias, estações de tratamento e tanques sépticos. 6.2.2.1. Redes Coletoras e Interceptores As tubulações de esgoto sanitário são regidas por Normas Técnicas distintas, tendo utilizações diversificadas como definido a seguir: A NBR 9649 trata dos projetos de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário, definindo-as como um conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto e seus órgãos acessórios, ou seja, as redes coletoras são as tubulações que recebem a contribuição dos ramais prediais, conduzindo-as aos interceptores, à unidade de tratamento ou ainda, em alguns casos, à disposição final. A NBR 12207 trata dos projetos de Interceptores, definindo-os como canalizações cuja função precípua é receber e transportar o esgoto sanitário já coletado, ou seja, é a tubulação que recebe as contribuições provenientes das redes coletoras, conduzindo-as à unidade de tratamento ou à disposição final. Assim, apresentam-se, a seguir, Diretrizes Básicas que rejam os projetos de Redes Coletoras e Interceptores, com as condições mínimas a serem atendidas pelos proponentes na apresentação dos projetos básico e executivo de tais unidades ao FHIDRO. As demais considerações necessárias para elaboração do projeto podem ser encontradas nas bibliografias técnicas relacionadas, bem como nas Normas Técnicas da ABNT citadas anteriormente. Objetivos O trabalho a ser realizado terá por objetivos: Identificar os locais de implantação das tubulações, justificando as características da tubulação escolhida, bem como a viabilidade de implantação nos locais escolhidos; Desenvolver os projetos (básico e executivo completo) da implantação de Redes Coletoras e Interceptores, de forma a atender às disposições das Normas Técnicas Brasileiras, bem como a legislação vigente, apresentando a documentação necessária para aprovação do projeto 39 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) proposto, procedendo seu acompanhamento técnico de tramitação nos órgãos competentes, inclusive fornecendo informações complementares necessárias à aprovação do projeto. Metodologia 1. Estudos de concepção e caracterização do empreendimento: Deve-se, inicialmente, proceder ao estudo de concepção do sistema de esgotamento sanitário, caracterizando os locais de implantação da tubulação, a população a ser atendida e as vazões de projeto no período de atendimento definido. Deve-se considerar o greide da via que será atendida, fazendo, se necessária, a interligação à rede pelo fundo do lote vizinho. Em caso de loteamentos, tal medida deve constar nas cláusulas contratuais. Deve-se realizar o levantamento planialtimétrico da área a ser atendida, bem como cadastro de alguma unidade de rede e/ou interceptor já existente, contemplando os pontos de interligação a serem considerados. 2. Desenvolvimento do projeto básico de Redes Coletoras e Interceptores de Esgoto Sanitário: De posse das informações adquiridas nos estudos preliminares, devem-se definir os parâmetros de projeto, fixando-se seus valores. Deve-se proceder ao dimensionamento hidráulico da tubulação e de seus órgãos acessórios. 3. Desenvolvimento do projeto executivo de Redes Coletoras e Interceptores, contendo, segundo as NBR 9649 e NBR12207: a) Memória de cálculo hidráulico contendo avaliação de vazões, dimensionamento e análise de funcionamento; b) Aspectos construtivos; c) Definição dos tubos, materiais e respectivas quantidades; d) Especificações de serviços; e) Orçamentos; f) Aspectos de operação e manutenção; g) Desenhos. Todos e cada um dos desenhos técnicos mencionados deverão ser apresentados em meio digital (formato DWG); e plotados em papel tipo sulfite, detalhadamente cotados e em escalas gráficas compatíveis com a natureza intrínseca dos diversos componentes construtivos que compõem seu objeto, caso a caso, tais que permitam a perfeita compreensão dos mesmos e sua adequada execução. 4. Requisitos para cumprimento das Normas Técnicas da ABNT: Serão apresentadas, a seguir, algumas considerações sobre dados a serem utilizados no dimensionamento do projeto proposto. O memorial descritivo deverá trazer informações concisas com a caracterização do empreendimento e o dimensionamento das unidades do sistema proposto, abrangendo: a) Reavaliação do estudo de concepção; 40 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) b) Estudos populacionais, abrangendo a população total e/ou a população atendida pelos sistemas de esgotamento de cada sub-bacia, quando for o caso, apresentando-se os seguintes detalhes: Vida útil do projeto proposto; Especificação da taxa de crescimento anual utilizada em coerência com informações oficiais de dados de contagem populacional (Ex.: censos IBGE); Estudo populacional para o tempo de vida útil especificado. c) Critérios e parâmetros de projeto: Determinação dos coeficientes de dia e hora de maior e menor consumo; Determinação do coeficiente de retorno; Determinação da vazão per capita utilizada; Determinação do formulário de cálculo. d) Cálculo das vazões de projeto: Mínima, média e máxima, considerando-se as contribuições industriais e vazões de infiltração. Caso não haja dados dos trechos a serem dimensionados, considerar a vazão mínima Q = 1,50 l/s; Determinação do valor adotado para a taxa de infiltração. e) Síntese do sistema proposto (características principais das unidades projetadas e particularidades do projeto); f) Dimensionamento hidráulico da rede coletora e interceptores (inclusive de trecho existente que receba a contribuição de trecho projetado) com apresentação das planilhas para as vazões de início e final de plano. Os Poços de Visita devem ser construídos em pontos singulares como início de rede, mudança de direção, de declividade, de diâmetro, de material e encontro de coletores. As planilhas de dimensionamento hidráulico deverão conter: Identificação do trecho, em metros, se possível com indicação do nome da(s) rua(s); Extensão do trecho, em metros; Coeficientes de contribuição no trecho (inicial e final, em l/s.m ou l/s.ha); Vazões concentradas: à montante e à jusante, em metros (l/s); Cotas do terreno: à montante e à jusante, em metros; Cotas do coletor: à montante e à jusante, em metros; Diferença de nível no coletor, em metros; Declividade (m/m); Diâmetro, em metros; Velocidade no trecho (m/s) Altura da lâmina no coletor; Tensão trativa (Pa); 41 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Velocidade crítica no trecho (m/s); Profundidade dos coletores: à montante e à jusante média, em metros; Profundidade do PV de jusante, em metros; Número de identificação do PV a jusante; Tipo de pavimentação; O dimensionamento hidráulico deve seguir os seguintes padrões: Tensão trativa ........................................................................... Tt > 1,0 Pa Vazão mínima de cálculo ................................................................. 1,5 l/s Velocidade máxima ....................................................................... 5,0 m/s Lâmina máxima .................................................................................. 75% Diâmetro mínimo ......................................................................... 100 mm Tubo de queda ......................................................... para degrau > 0,50 m g) Estudos e cálculos de obras especiais; h) Aspectos construtivos; i) Apresentação detalhada dos cálculos de otimização da divisão de etapas e das obras; j) Aspectos de operação e manutenção. k) Apresentação de plantas e perfis das redes coletoras e dos interceptores: Planta geral: em escala adequada contendo a descrição do sistema proposto; Planta de Locação: em escala 1:2.000 deverá trazer as malhas de coordenadas e curvas de nível de metro em metro, identificando os cursos d’água, a delimitação das bacias e sub-bacias de esgotamento, o arruamento, com nome dos logradouros e indicação do tipo de pavimento, traçado da rede projetada nos arruamentos, no terço médio mais desfavorável, traçado da rede existente (quando for o caso), lançamento da rede a implantar, indicação do sentido de escoamento, posição, numeração, profundidade e representação dos tubos de queda dos PVs, extensão dos trechos, indicação de interferências relativas aos dispositivos de infra-estrutura urbana, com cotas e dimensões (quando for o caso), indicação das vazões concentradas (quando for o caso), indicação de travessias, estações elevatórias e estações de tratamento, legenda com indicação de diferenciação dos tipos de coletores (projetados, existentes, a desativar e outros) e de PV, PV’s especiais e outros. Planta construtiva: em escala 1:2000, deverá trazer os nomes dos logradouros, delimitação de bacias e sub-bacias do projeto (quando for o caso); lançamento de toda a rede projetada e existente (quando houver), com indicação de cotas do terreno e dos coletores e da profundidade dos coletores junto aos poços de visita; numeração, extensão, material, diâmetro e declividade de cada trecho; indicação dos tubos de queda e rebaixo, do sentido de escoamento dos esgotos e da conformação das caneletas no fundo dos poços de visita; legenda. Planta e perfil: Para redes coletoras, planta e perfil deverão ser apresentadas em escala horizontal 1:2.000 e vertical 1:200 e para interceptores deverão ser apresentadas em escala horizontal 1:1.000 e vertical 1:100. O desenho deverá conter: o lançamento da tubulação, o nome do logradouro, a numeração dos poços de visita, o sentido de escoamento e as profundidades; no perfil: perfil do terreno e do coletor por rua; indicação das interferências 42 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) relativas a dispositivos de infraestrutura urbana, com cotas e dimensões (quando for o caso); indicação dos lançamentos em cursos d’água com NAmáx ou em PVs existentes (quando for o caso). A grade do perfil deverá conter: Numeração dos PVs; Cota do terreno e do tampão (caso sejam diferentes) e do coletor; Cotas das soleiras das tubulações de chegada e saída; Alturas de rebaixos ou de tubos de queda; Profundidades dos PVs; Extensão, vazão máxima de projeto, declividade e diâmetro de cada trecho; As vazões concentradas indicadas nos PVs de contribuição; Tipo de pavimentação; Material e norma da especificação do tubo. Demais dados relevantes. l) Observações finais: As convenções adotadas deverão ser explicitadas como nota em todos os desenhos; O sistema de coordenadas a ser utilizado deverá ser o de plantas aerofotogramétricas, sendo a malha de coordenadas verdadeiras indicada em todas as plantas (datum SAD 69 e meridiano central, conforme NBR 13133); Os RN’s e demais utilizados no levantamento topográfico deverão ser indicados nos desenhos, especificando-se localização, número e cota; As plantas e cortes de obras especiais tais como sifões, travessias aéreas, proteção de tubulação em trechos erodíveis, travessias de cursos d’água, travessias de rodovias, ferrovias, etc., deverão apresentar cotas e notas explicativas diferenciadas; Desde que justificado, poderão ser utilizadas escalas diferenciadas das propostas no presente documento e sugeridas em Norma Técnica. 6.2.2.2. Estações Elevatórias de Esgoto Segundo a NBR 12208, define-se Estação Elevatória de Esgoto Sanitário como sendo a instalação que se destina ao transporte do esgoto do nível do poço de sucção das bombas ao nível de descarga na saída do recalque, acompanhando aproximadamente as variações da vazão afluente. Visto a larga necessidade de implantação de tal unidade em um Sistema de Esgotamento Sanitário, apresentam-se, a seguir, Diretrizes Básicas que rejam os projetos de Estações Elevatórias, com as condições mínimas a serem atendidas pelos proponentes na apresentação dos projetos básico e executivo de tais unidades ao FHIDRO. As demais considerações necessárias para elaboração do projeto podem ser encontradas nas bibliografias técnicas relacionadas, bem como nas Normas Técnicas da ABNT citadas anteriormente. Objetivos O trabalho a ser realizado terá por objetivos: 43 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Identificar a necessidade de implantação da estação elevatória, justificando sua utilização; Desenvolver o projeto (básico e executivo completo) da Estação Elevatória de Esgoto de forma a atender às disposições das Normas Técnicas Brasileiras, bem como à legislação vigente, apresentando a documentação necessária para aprovação do projeto proposto, procedendo seu acompanhamento técnico de tramitação nos órgãos competentes, inclusive fornecendo informações complementares necessárias à aprovação do projeto. Metodologia 1. Estudos de concepção e caracterização do empreendimento: Deve-se, inicialmente, proceder ao estudo de viabilidade de implantação da estação elevatória de esgoto, atentando para o local de implantação e a possibilidade de adequação do sistema de modo a não necessitar da implantação da unidade. Assim, devem ser considerados aspectos técnicos e econômicos no estudo de viabilidade que justificará a implantação. Deve-se proceder à seleção da área de implantação da Estação Elevatória, realizando o levantamento planialtimétrico da área e do caminhamento da linha de recalque, bem como a sondagem de subsolo e de reconhecimento do nível do lençol freático e as cotas de inundação locais. Deve-se, ainda, caracterizar o tipo de elevatória, bem como o tipo de bomba a ser utilizado. Para escolha da bomba, deve-se proceder ao estudo de vazão afluente, bem como da altura manométrica necessária. Deve-se proceder ao dimensionamento hidráulico da linha de recalque visando à otimização do processo. 2. Desenvolvimento do projeto básico da Estação Elevatória de Esgoto: De posse das informações adquiridas nos estudos preliminares, devem-se definir os parâmetros de projeto, fixando-se seus valores. Deve-se proceder ao dimensionamento do poço de sucção, bombas, linha de recalque e demais equipamentos e acessórios componentes da unidade. 3. Desenvolvimento do projeto executivo da Estação Elevatória de Esgoto, contendo, segundo a NBR 12208: a) Memorial descritivo da instalação; b) Memória de cálculo hidráulico; c) Especificações, indicando os fabricantes consultados e os modelos selecionados para os equipamentos e dispositivos hidráulicos, mecânicos, elétricos e de instrumentalização; d) Especificação dos serviços e materiais; e) Quantificação dos serviços, materiais e equipamentos; f) Orçamento; g) Desenhos: Arquitetura e urbanização; Fundação e estrutura; 44 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Instalações prediais; Tubulações; Eletricidade; Perfil hidráulico para cada etapa de implantação; Esquemas e diagramas complementares. h) Manual de operação. Todos e cada um dos desenhos técnicos mencionados deverão ser apresentados em meio digital (formato DWG); e plotados em papel tipo sulfite, detalhadamente cotados e em escalas gráficas compatíveis com a natureza intrínseca dos diversos componentes construtivos que compõem seu objeto, caso a caso, tais que permitam a perfeita compreensão dos mesmos e sua adequada execução. 4. Requisitos para cumprimento das Normas Técnicas da ABNT: Serão apresentadas, a seguir, algumas considerações sobre dados a serem utilizados no dimensionamento do projeto proposto. Deverá ser demonstrado o cálculo da vazão afluente inicial e final utilizada no dimensionamento do projeto, especificando-se os parâmetros de projeto adotados e o formulário de cálculo utilizado; Deverão ser definidos volume, forma e dimensões do poço de sucção de acordo com a bomba a ser instalada, de modo a facilitar a instalação dos conjuntos moto-bomba facilitando, também, as condições de operação, não permitindo depósito de fundo, cuidando para não prejudicar algum dos conjuntos elevatórios e não permitindo a formação de vórtice; O poço de sucção deverá ser dimensionado de modo a se ter o menor tempo de detenção possível, não ultrapassando 30 minutos; Deverão ser calculadas as velocidades de sucção e recalque de modo a cumprir os requisitos de Norma; Na seleção dos conjuntos elevatórios devem ser consideradas vazão de recalque, altura manométrica e NPSH disponível; Deverão ser previstos no mínimo dois conjuntos elevatórios, de modo a deixar sempre um como reserva; Deverá ser previsto um sistema de remoção de sólidos grosseiros do poço de sucção para evitar danos ao equipamento elevatório; Deverá ser previsto um sistema de extravasão para o poço de sucção visando evitar o remanso do afluente e a inundação no local da elevatória; Devem-se especificar registros, válvulas, comportas, tubulações, equipamento de suspensão do equipamento elevatório, bem como ventilação, circulação de pessoal, iluminação, água de serviço e gerador de emergência. 6.2.2.3. Estações de Tratamento de Esgoto A Norma NBR 12209 define Estação de Tratamento de Esgoto como sendo o conjunto de unidades de tratamento, equipamentos, órgãos auxiliares, acessórios e sistemas de 45 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utilidades cuja finalidade é a redução das cargas poluidoras do esgoto sanitário e condicionamento da matéria residual resultante do tratamento. Visto a importância das estações de tratamento no sistema de esgotamento sanitário, apresentam-se, a seguir, Diretrizes Básicas que rejam seus projetos, com as condições mínimas a serem atendidas pelos proponentes na apresentação dos projetos básico e executivo de tais unidades ao FHIDRO. As demais considerações necessárias para elaboração do projeto podem ser encontradas nas bibliografias técnicas relacionadas, bem como nas Normas Técnicas da ABNT citadas anteriormente. Objetivos O trabalho a ser realizado terá por objetivos: Identificar a área de viabilidade técnica para implantação da estação de tratamento de esgoto, bem como o processo de tratamento a ser utilizado, justificando a escolha; Desenvolver o projeto (básico e executivo completo) da Estação de Tratamento de Esgoto de forma a atender às disposições das Normas Técnicas Brasileiras, bem como a legislação vigente, apresentando a documentação necessária para aprovação do projeto proposto, procedendo a seu acompanhamento técnico de tramitação nos órgãos competentes, inclusive fornecendo informações complementares necessárias à aprovação do projeto. Metodologia Para elaboração do projeto da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário, alguns requisitos deverão ser considerados, como descrito a seguir: 1. Estudos de concepção e caracterização do empreendimento: Deve-se, inicialmente, proceder ao estudo de concepção do sistema de esgotamento sanitário, caracterizando o local de implantação, a população a ser atendida e as vazões de projeto, no período de atendimento definido. Deve-se proceder à seleção da área de implantação da ETE, realizando o levantamento planialtimétrico da área, bem como a sondagem de subsolo e as cotas de inundação locais. Deve-se, ainda, caracterizar o tipo de tratamento a ser adotado e o ponto de lançamento do efluente no corpo receptor. 2. Desenvolvimento do projeto básico da Estação de Tratamento de Esgoto: De posse das informações adquiridas nos estudos preliminares, devem-se definir os parâmetros de projeto, fixando-se seus valores. Deve-se proceder ao dimensionamento das unidades componentes da Estação de Tratamento de Esgoto, bem como do tratamento preliminar, caso este não seja implantado junto à Estação Elevatória quando for o caso, dos órgãos acessórios e à seleção de equipamentos. Deve-se elaborar o perfil hidráulico em função do arranjo definido. 3. Desenvolvimento do projeto executivo da Estação de Tratamento de Esgoto, contendo, segundo a NBR 12209: a) Memorial descritivo e justificativo, contendo informações a respeito do destino a ser dado aos materiais residuais retirados da ETE, explicitando os meios que devem ser adotados para o seu transporte e disposição, projetando-os quando for o caso; 46 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) b) Memória de cálculo hidráulico; c) Planta de situação da ETE em relação à área de projeto e ao corpo receptor; d) Planta de locação das unidades; e) Fluxograma do processo e arranjo em planta (layout) com identificação das unidades de tratamento e dos órgãos auxiliares; f) Perfis hidráulicos nas diversas etapas; g) Plantas, cortes e detalhes; h) Planta de escavações e aterros; i) Especificações de materiais e serviços; j) Especificações de equipamentos e acessórios, indicando os modelos selecionados para elaboração do projeto; l) Orçamento; m) Manual de operação de processo, contendo, no mínimo, o seguinte: Descrição simplificada da ETE; Parâmetros utilizados no projeto; Fluxograma e arranjo em planta (layout) da ETE com identificação das unidades e órgãos auxiliares e informações sobre seu funcionamento; Procedimentos de operação com descrição de cada rotina e sua freqüência; Identificação dos problemas operacionais mais freqüentes e procedimentos a adotar em cada caso; Descrição dos procedimentos de segurança do trabalho; Modelos das fichas de operação a serem preenchidas pelo operador. Todos e cada um dos desenhos técnicos mencionados deverão ser apresentados em meio digital (formato DWG); e plotados em papel tipo sulfite, detalhadamente cotados e em escalas gráficas compatíveis com a natureza intrínseca dos diversos componentes construtivos que compõem seu objeto, caso a caso, tais que permitam a perfeita compreensão dos mesmos e sua adequada execução. 4. Requisitos para cumprimento das Normas Técnicas da ABNT: Serão apresentadas, a seguir, algumas considerações sobre dados a serem utilizados no dimensionamento do projeto proposto: Deverá ser apresentado estudo populacional para o tempo de alcance do projeto, considerandose taxa de crescimento anual compatível com dados apresentados em censos e/ou levantamentos populacionais oficiais (Ex.: censo IBGE); Deverá ser demonstrado o cálculo da vazão de projeto, especificando-se vazões domiciliares, vazões de infiltração, vazões industriais e a taxa de infiltração adotada; Deverão ser especificados os coeficientes de dia e hora de maior consumo, o coeficiente de retorno e a vazão per capita utilizados; 47 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Deverá ser previsto algum dispositivo de medição de vazão afluente à ETE; Deverão ser especificadas as unidades utilizadas no tratamento preliminar, justificando-se a opção pela opção pelo processo mecanizado ou não, de acordo com a vazão de projeto, conforme especificado em Norma Técnica; Deverá ser prevista unidade de separação de sólidos no tratamento da fase líquida; Deverão ser observados parâmetros como tempo de detenção, taxa de escoamento superficial, declividade e velocidade nas unidades componentes da Estação de Tratamento de Esgoto; A adoção da recirculação deve ser justificada; Deverá ser prevista unidade para destinação e queima dos gases; Deverá ser contemplada a destinação final do lodo resultante do tratamento; Deverá ser especificado o emissário final e o ponto de lançamento do efluente resultante do processo no corpo d’água. 6.2.2.4. Tanques Sépticos Os projetos de Tanques Sépticos são regidos pelas Normas NBR 7229 e NBR 13969. Segundo tais documentos, os Tanques Sépticos são unidades destinadas ao tratamento e à disposição de esgotos, mediante utilização do próprio tanque séptico e unidades complementares de tratamento e/ou disposição final de efluentes e lodo. Podem ser unidades cilíndricas ou prismáticas retangulares de fluxo horizontal, sendo compostas de um ou mais compartimentos para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão. É uma alternativa muito utilizada em zonas rurais que não possuam sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário, bem como em alguns locais onde o greide da via não permita o lançamento do efluente na rede coletora. Visto ser uma alternativa importante de tratamento e de larga utilização, apresentam-se, a seguir, Diretrizes Básicas que rejam os projetos de Tanques Sépticos, com as condições mínimas a serem atendidas pelos proponentes na apresentação dos projetos básico e executivo de tais unidades ao FHIDRO. As demais considerações necessárias para elaboração do projeto podem ser encontradas nas bibliografias técnicas relacionadas, bem como nas Normas Técnicas da ABNT citadas anteriormente. Objetivos O trabalho a ser realizado terá por objetivos: Identificar a viabilidade de implantação, localização, e utilização do tanque séptico, em locais que tenham redes coletoras de esgoto sanitário; Identificar a viabilidade de implantação, localização, e utilização do tanque séptico, em locais que não possuam outro sistema de coleta de esgoto sanitário; Desenvolver o projeto (básico e executivo completo) dos Tanques Sépticos de forma a atender às disposições das Normas Técnicas Brasileiras, bem como a legislação vigente, apresentando a documentação necessária para aprovação do projeto proposto, procedendo a seu acompanhamento técnico de tramitação nos órgãos competentes, inclusive fornecendo informações complementares necessárias à aprovação do projeto. Metodologia 48 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Para elaboração do projeto de Tanques Sépticos, alguns requisitos deverão ser considerados, como descrito a seguir: 1. Estudos de concepção e viabilidade de implantação do empreendimento: Deve-se, inicialmente, proceder ao estudo de concepção e viabilidade de implantação dos tanques sépticos, definindo-se os locais de implantação, a população a ser atendida e o tipo de tanque séptico a ser empregado. A área selecionada deve atentar para as distâncias mínimas propostas em norma. Deve-se, ainda, prever a eficiência do tratamento e a forma de limpeza da unidade. 2. Desenvolvimento do projeto básico dos Tanques Sépticos: De posse das informações adquiridas nos estudos preliminares, devem-se definir os parâmetros de projeto, fixando-se seus valores. Deve-se proceder ao dimensionamento dos tanques e seus dispositivos e acessórios. Deve-se elaborar o perfil hidráulico em função do arranjo definido. 3. Desenvolvimento do projeto executivo dos Tanques Sépticos, contendo, segundo as NBR 7229 e NBR 13969: a) Memorial descritivo e justificativo; b) Memória de cálculo hidráulico; d) Planta de locação das unidades; e) Fluxograma do processo e arranjo em planta (layout) com identificação das unidades de tratamento; g) Plantas, cortes e detalhes; i) Especificações de materiais e serviços; l) Orçamento; Todos e cada um dos desenhos técnicos mencionados deverão ser apresentados em meio digital (formato DWG); e plotados em papel tipo sulfite, detalhadamente cotados e em escalas gráficas compatíveis com a natureza intrínseca dos diversos componentes construtivos que compõem seu objeto, caso a caso, tais que permitam a perfeita compreensão dos mesmos e sua adequada execução. 4. Requisitos para cumprimento das Normas Técnicas da ABNT: Serão apresentadas, a seguir, algumas considerações sobre dados a serem utilizados no dimensionamento do projeto proposto. O sistema de tanques sépticos deverá ser utilizado primordialmente para tratamento de esgoto doméstico, a menos que sua utilização seja justificada para outros fins; O sistema deverá ser dimensionado para receber a totalidade dos despejos, excetuando águas pluviais e despejos que possam causar interferência negativa ou elevação excessiva da vazão de esgoto afluente, prejudicando o tratamento; 49 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Deverão ser observadas as distâncias mínimas especificadas em norma para construções, poços, elementos da natureza, entre outros, de acordo com a especificação técnica constante em Norma; Deverá ser verificada a resistência dos materiais utilizados na execução dos tanques sépticos; Deverá ser apresentado cálculo da contribuição dos despejos, considerando o número de pessoas a serem atendidas e 80% do consumo local de água; Deverá ser considerado o período de detenção como previsto em Norma; Deverão ser definidas geometria e profundidade dos tanques, respeitando as dimensões mínimas previstas em Norma, sendo definido, também, o número de câmaras e os dispositivos de entrada e saída no tanque; Deverão ser definidas as aberturas de inspeção dos tanques de modo que permitam a remoção de lodo e escuma acumulados; Deverá ser previsto o teste de estanqueidade dos tanques sépticos antes dos mesmos entrarem em funcionamento; Deverão ser previstos procedimentos de limpeza dos tanques, sendo prevista, também, a disposição de lodo e escuma retirados dos tanques. 6.3. DRENAGEM URBANA De acordo com CARDOSO NETO (2004), drenagem é o termo utilizado para definir as instalações destinadas ao escoamento do excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na malha urbana. Desta forma, pode-se definir drenagem urbana como um conjunto de sistemas destinado ao escoamento das águas de chuva no meio urbano; visando a atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos quais a sociedade está sujeita. No Brasil, muitas cidades sofrem com contínuos problemas relacionados com a drenagem das águas durante o período chuvoso. Problemas estes que acarretam elevados prejuízos ao meio ambiente, uma vez que o lançamento inadequado das águas de chuva pode causar um aumento da poluição dos rios locais e que devido à impermeabilização da bacia, a infiltração natural da água no solo fica reduzida, impedindo desta forma que os lençóis subterrâneos sejam recarregados. De acordo com CANHOLI (1995), diversos estudos realizados, principalmente por países desenvolvidos, têm apresentado um novo conceito sobre projetos de drenagem urbana. Este novo modelo incorpora técnicas inovadoras da engenharia como retenções em reservatórios, manutenção de canais abertos e de áreas permeáveis em locais como estacionamentos, dentre outros, visando atenuar as vazões de pico e possibilitando um maior controle sobre a concentração de poluentes das águas de chuva nas áreas urbanas. A linha de ação drenagem urbana, conforme disposto na cláusula 2.7 do Edital SEMAD/IGAM Nº 01/2013, contemplará a elaboração de projetos de engenharia para reservatórios de amortecimento de cheias, adequação de canais para a redução da velocidade de escoamento, sistemas de drenagem por infiltração, controle de sedimentos e recuperação de várzeas e a renaturalização de cursos de água. 50 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 6.3.1. Reservatório de Amortecimento de Cheias Reservatório de amortecimento de cheias é uma estrutura que acumula temporariamente as águas pluviais com a função de amortecer as vazões de cheias e reduzir os riscos de inundações a jusante. Os reservatórios de amortecimento podem ser em linha ou lateral de acordo com seu posicionamento em relação ao canal que contribui para o reservatório. O reservatório em linha é posicionado ao longo do canal. Possui uma estrutura de barramento dotada de um descarregador de fundo e um extravasor. A capacidade do descarregador é limitada à capacidade do trecho de canal a jusante. O extravasor funciona como um dispositivo de segurança para vazões superiores à vazão de projeto. O reservatório lateral é implantado ao lado do canal e recebe a vazão excedente por um vertedor lateral. O nível da soleira do vertedor é definido em função do nível máximo admitido no canal e as suas dimensões são determinadas em função da vazão excedente a ser lançada no reservatório. A descarga do reservatório lateral pode ser feita por gravidade, através de válvulas de retenção que se abrem quando o nível do canal baixa. Pode também ser realizada por bombeamento quando o nível do fundo do reservatório estiver abaixo do nível do fundo do canal. Quando mantido seco na estiagem, o reservatório é chamado de reservatório (ou bacia) de detenção. Quando o reservatório mantém um volume permanente de água, é chamado de reservatório (ou bacia) de retenção. Associado à reservatório de amortecimento tem-se o parque isolado que é um parque situado em posição estratégica na bacia hidrográfica, que tem como finalidade aumentar a área permeável e amortecer as vazões de cheias reduzindo, assim a necessidade de ampliar a capacidade do sistema de drenagem à jusante. O parque isolado deve ser concebido de modo a promover a infiltração das águas de chuva e contar com lagos que, além da função ornamental, devem ser projetados para amortecer o escoamento. Possui múltiplas funções, entre as quais: recarga do aqüífero subterrâneo e ampliação de área verde. 6.3.2. Adequação de Canais para a Redução da Velocidade de Escoamento Consiste em intervenções na calha de canais com a finalidade de reduzir a velocidade do escoamento e, assim retardar os picos de cheia, reduzindo os riscos de inundação a jusante. Este tipo de intervenção inclui as seguintes obras: Soleiras submersas: barramentos instalados abaixo da linha de água que promovem a elevação do nível de água; Degraus: que reduzem a declividade do canal; Aumento da rugosidade do revestimento; Ampliação da seção e redução da declividade. 6.3.3. Sistemas de Drenagem por Infiltração São sistemas projetados com o objetivo de promover a retenção, o retardamento e a infiltração das águas pluviais. São normalmente implantados associados às canalizações e 51 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) galerias. São exemplos de sistemas de infiltração: canaletas gramadas, valas de infiltração, trincheiras de infiltração e poços de infiltração. canaletas gramadas - são valas vegetadas abertas no terreno que funcionam como pequenos canais onde o escoamento pluvial é desacelerado e infiltrado durante o percurso. Substituem canaletas de concreto e galerias de águas pluviais em parques e loteamentos com a vantagem de reduzir os picos das vazões lançadas no sistema de drenagem; valas de infiltração – são valas dotadas de dispositivos que promovem o aumento da infiltração. Esses dispositivos consistem em pequenos barramentos transversais que desaceleram o escoamento, aumentam o tempo de retenção e, consequentemente, aumentam a capacidade de infiltração. Os efeitos esperados das valas de infiltração só são significativos para declividades menores de 5%. Em regiões sujeitas à chuvas de alta intensidade, a eficiência das valas pode ser limitada em função da velocidade de saturação do solo. Em regiões onde há chuvas muito freqüentes, mesmo que de baixas intensidades, deve-se atentar para os riscos de proliferação de insetos; trincheiras de infiltração - as trincheiras de infiltração são dispositivos lineares que captam o escoamento superficial para promover sua infiltração no solo natural. Existe uma variante, denominada trincheira de retenção, que é adaptada para solos pouco permeáveis e que é dotada de um extravasor que direciona o excesso de água para um exutório localizado. A trincheira é escavada no solo e preenchida com brita com alto índice de vazios. Pode ser descoberta ou coberta com vegetação ou outro revestimento permeável (é possível projetá-las de forma a serem “invisíveis” no arranjo urbanístico). As paredes, o topo e o fundo da trincheira são revestidos por um filtro geotêxtil para evitar penetração de sedimentos. Opcionalmente, o fundo da trincheira poderá receber uma camada de areia filtrante ao invés da manta geotêxtil. A água recolhida infiltra pelas paredes e pelo fundo e exige que o solo tenha capacidade de infiltração adequada. A trincheira de infiltração tem como função principal abater descargas de pico de um escoamento superficial e promover a recarga do aqüífero. Mas outra função importante é a de promover o tratamento das águas superficiais pela infiltração no solo. As trincheiras de infiltração devem ser dispostas a jusante de áreas pavimentadas com estacionamentos, ruas e calçadas. poços de infiltração - são poços que captam as águas pluviais e as infiltram nos solo, funcionando como uma espécie de sumidouro. Podem ser preenchidos ou não com pedra britada. No primeiro caso, a própria brita forma a estrutura do poço, o que dispensa a construção de paredes. Para isolar o solo da brita, são utilizadas mantas geotéxteis ou filtros de areia. Nesse tipo de poço a água se acumula nos vazios até se infiltrar, por isso quanto maior for o índice de vazios do agregado utilizado, maior é a capacidade de reservação do poço. No segundo caso, o poço é construído com estruturadas, obtendo-se assim um volume útil maior. As paredes possuem orifícios, devidamente protegidos por filtros, por onde a água é infiltrada no solo. Esse tipo de poço, por não ser preenchido, tem maior capacidade de acumulação por unidade de volume. Quando a camada superficial de solo é pouco permeável o poço pode ser aprofundado até atingir uma camada de solo mais favorável à infiltração. Quando o fundo do poço está abaixo do nível do aqüífero, passa-se a chamá-lo de poço de injeção pois a água captada é injetada diretamente no lençol subterrâneo. Poços de infiltração (ou de injeção) possuem a capacidade de abater o escoamento superficial de alguns milhares de metros quadrados. O escoamento pode ser direcionado diretamente ao poço ou receber contribuição de outras áreas através da conexão com um conduto pluvial. Representando uma técnica alternativa de redução e amortecimento de picos de escoamento superficial, os referidos poços integram-se muito bem à paisagem urbana, pois ocupam pouco espaço. A característica pontual faz dos poços de infiltração ou injeção dispositivos por excelência para um controle distribuído 52 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) do excesso de escoamento provocado pela impermeabilização do solo, permitindo uma economia significativa na construção de redes de drenagem convencionais. Assim como as demais técnicas de infiltração, os poços têm também como vantagem o aumento da recarga do aqüífero o que ajuda a reequilibrar o ciclo hidrológico urbano. 6.3.4. Controle de Sedimentos O controle de sedimentos poderá ser implementado por meio de reservatórios ou tanques implantados em pontos estratégicos do sistema de drenagem (geralmente nos pontos de quebra de greide ou de inflexão de declividade) que, através da redução da velocidade de escoamento, promovem a sedimentação dos sólidos suspensos nas águas pluviais. 6.3.5. Recuperação de Várzeas Também conhecida como recuperação de áreas úmidas, será alcançada por meio da realização de intervenções que visam recompor as áreas de inundação natural de rios e córregos. Se aplica geralmente às áreas ribeirinhas alteradas, mas ainda não densamente ocupadas. A recuperação de áreas úmidas é importante para restabelecer as áreas naturais de inundação com efeitos positivos na redução das inundações a jusante, na redução das cargas poluidoras de fontes difusas e à restauração do ecossistema ribeirinho. 6.3.6. Renaturalização de Cursos de Água Trata-se de técnica ainda pouco utilizada no Brasil, mas muito difundida em outros países. Pode ser aplicada em conjunto com a implantação de parques lineares e consiste em promover as condições necessárias para que o curso de água recupere suas condições naturais. Os benefícios principais alcançados com essa técnica são a redução dos picos de cheia, a diminuição dos processos erosivos, a melhoria da qualidade da água e o restabelecimento do ecossistema. 6.4. METODOLOGIA O Fundo FHIDRO aceitará o cadastramento de propostas que contemplem como objetivo geral a elaboração de projetos de engenharia relacionados às estruturas citadas no item anterior. Ao elaborar a proposta técnica o proponente deverá descrever os procedimentos que pretende adotar para atingir as metas previstas no projeto. A descrição deve compatibilizar as metas e os resultados esperados. Para o caso específico a proposta deverá contemplar a elaboração de estudo de concepção, projetos básicos e executivos, completos. O proponente, ao elaborar sua proposta, poderá considerar a contratação de empresa especializada no ramo de projetos de engenharia, para executar o objeto, ficando responsável diretamente pela gestão dos recursos financeiros, coordenação do projeto, apresentação dos resultados e prestação de contas. Também poderá considerar a execução por administração direta (AD), ficando responsável neste caso também pela execução de toda a parte técnica do projeto. Optando pela terceirização da execução técnica, por meio da contratação de empresa de engenharia, para a formação do preço da proposta, o proponente deverá realizar consulta 53 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) de mercado juntos a três empresas, no mínimo, e adotar a mediana dos preços como valor a ser proposto no orçamento do projeto. Para que consiga realizar tal consulta deverá padronizar o objeto da consulta de preço, possibilitando a comparação entre as propostas. Optando pela execução por administração direta, para a formação do preço, o proponente deverá relacionar todas as despesas com mão de obra e serviços, que somadas, resultarão no valor do projeto. O proponente poderá considerar neste caso a contratação de profissionais tecnicamente habilitados para a elaboração dos projetos de engenharia, por prazo determinado, durante o período de realização do projeto somente. Poderá também considerar a contratação de serviços especializados de plotagem e fotocópias, além de levantamentos planialtimétricos e outros necessários. Conforme cláusula 6.6 do Edital SEMAD/IGAM Nº 01/2013 é permitida a proposta de aquisição de equipamentos, desde que sejam portáteis, de uso exclusivo no projeto, sem os quais a realização não seria possível e desde que justificados tecnicamente. O valor total com a aquisição de equipamentos não poderá ultrapassar 10% do valor do projeto. Deve-se atentar que não poderá haver a proposição de pagamento, com recursos do Fundo, a profissionais pertencentes à instituição proponente, devendo-se considerá-los como contrapartida ao projeto. Quaisquer que sejam as opções escolhidas pelo proponente, as contratações deverão ser, obrigatoriamente, realizadas por meio de licitação pública. Caso a instituição, pela sua natureza jurídica, seja dispensada de realizar processos públicos de licitação, esta deverá realizar as contratações utilizando procedimentos análogos, observando os princípios da Lei 8.666/93. IMPORTANTE: Pelas características das estruturas não convencionais de drenagem propostas neste Termo de Referência, torna-se clara a necessidade de ter sido equacionado o problema do esgotamento sanitário no local para o qual serão propostas. É imprescindível que já exista solução (projetos elaborados ou obras executadas) de coleta de esgoto por meio de redes separadoras absolutas, garantindo que, ao serem implantadas as estruturas, não ocorra a contaminação com esgoto sanitário no sistema pluvial. Caso não exista solução alguma encaminhada, recomenda-se a proposição conjunta: elaboração de projetos de Sistema de Esgotamento Sanitário e de Drenagem Urbana. 7. REALIZAÇÃO DE ESTUDOS, DIAGNÓSTICOS E PESQUISAS PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E ADAPTAÇÃO DE APLICATIVOS E PLATAFORMAS DE MONITORAMENTO Essa linha de ação pretende atender a projetos que visem realizar estudos, pesquisas e diagnósticos que abordem limitações ou lacunas nos conhecimentos técnicos e científicos, associados ao desenvolvimento presente ou futuro de tecnologias, adaptação de aplicativos e de plataformas de monitoramento existentes, com a finalidade de atender às áreas de atuação e de conhecimento abaixo. Espera-se que os produtos e resultados gerados pelos projetos propostos dentro dessa linha de ação possibilitem o suporte teórico e experimental à modelagem e à simulação de cenários futuros, bem como à melhoria nas incertezas e nas abordagens para as seguintes áreas de conhecimento e atuação: 54 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 7.1. GESTÃO E PRESERVAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS Vários estudos apontam o salto de qualidade na gestão dos recursos hídricos, firmado com o enfoque multiobjetivo de gestão pública eficaz: sustentabilidade ambiental, social e econômica; legislação e instituições compatíveis; e novos arranjos políticos, de caráter participativo da sociedade (Folegatti et al, 2010). Os estudiosos apontam também a necessidade de avanços na análise estratégica dos recursos hídricos, bem como novas perspectivas e soluções inovadoras para a gestão e a preservação dos recursos hídricos (Bicudo, Tundisi & Scheuenstuhl, 2010). Dessa forma, essa linha de ação contempla estudos, diagnósticos e pesquisas para desenvolver tecnologias ou adaptar tecnologias existentes que visem acompanhar e gerenciar atividades voltadas ao preparo de documentos orientadores e normativos, à estruturação de sistemas gerenciais e à tomada de decisões, que têm por objetivo último promover o gerenciamento dos recursos hídricos através do levantamento, regulação do uso, controle e proteção das águas. 7.2. IMPACTOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS RECURSOS HÍDRICOS A disponibilidade de água está intimamente ligada ao clima. Devido às mudanças climáticas, é alta a vulnerabilidade dos recursos hídricos a estas anomalias climáticas e às mudanças projetadas nos padrões de precipitação e nos eventos hidrometeorológicos extremos (Marengo, Tomasella & Nobre, 2010). De acordo com dados divulgados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), os modelos hidrológicos do IPCC AR4 sugerem reduções nas vazões do rio São Francisco. Por outro lado, aponta tendência de aumento das vazões na bacia do Paraná-Prata, da qual as bacias dos rios Grande e Paranaíba são sub-bacias. Essas projeções são relevantes, pois as alterações de vazões podem mudar a freqüência de enchentes, o que pode produzir danos nos ecossistemas e afetar a produção de alimentos, transportes e energia. A partir desse contexto, essa linha de ação contempla estudos, diagnósticos e pesquisas para desenvolver tecnologias ou adaptar aplicativos e plataformas de monitoramento existentes, com foco nos impactos das mudanças nos padrões e nos regimes de precipitação sobre os sistemas hídricos. Projetos voltados à adaptação e mitigação, bem como planos de monitoramento dos recursos hídricos para avaliar os riscos climáticos também são contemplados por essa linha. Poderão ser abordadas a análise de processos, as mudanças ou a dinâmica evolutiva nos sistemas hidrográficos, sob a luz das mudanças climáticas. 7.3. PREVISÃO DE TEMPO E CLIMA A previsão do tempo e do clima é relevante para se prever o comportamento hídrico, que influencia a dinâmica da bacia hidrográfica. Assim, são contemplados projetos que visam conhecer eventos gerais e de particularidades do tempo, do clima e de recursos hídricos em Minas Gerais; esclarecer fenômenos hidrometeorológicos de contexto regional e melhorar o entendimento de cenários de incertezas climáticas. 55 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 8. MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO E HIDROSSEDIMENTOMÉTRICO, FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO DOS RECURSOS HÍDRICOS E DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS O escopo de ações contempladas nessa linha de ação refere-se a: Avaliação do nível da qualidade de recursos hídricos utilizando indicadores biológicos, físicos e químicos de qualidade da água; Avaliação do grau de degradação de recursos hídricos associados a tanques-rede. Nesse caso, deve ser proposto um produto que indique as ações remediadoras que devem ser tomadas para recuperação do corpo d’água; Avaliação do nível da qualidade de recursos hídricos utilizando indicadores físicos e químicos; Monitoramento hidrometeorológico e hidrossedimentométrico dos cursos d’água. 8.1. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVEM AÇÕES DE MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO O monitoramento hidrometeorológico é um dos principais recursos de gerenciamento de dados, composto por ações que objetivam mensurar o volume de chuvas, a evaporação da água, o nível e a vazão dos rios e a qualidade das águas. Os dados coletados por diversas estações espalhadas pelo Estado são utilizados para produzir estudos, definir políticas públicas, avaliar a disponibilidade hídrica e, por meio dela, os órgãos gestores de recursos hídricos podem monitorar eventos considerados críticos, como cheias e estiagens, disponibilizar informações para a execução de projetos pela sociedade, identificar o potencial energético, de navegação ou de lazer em um determinado ponto ou ao longo da calha do manancial, levantar as condições dos corpos d’água para atender a projetos de irrigação ou de abastecimento público, entre outros. Informações sobre o monitoramento hidrometeorológico no Estado de Minas Gerais, através do IGAM, podem ser obtidos através do Projeto Águas de Minas e do SIMGE. Informações mais detalhadas acerca dos parâmetros analisados e pontos monitorados podem ser obtidos no site do IGAM, Qualidade da Água, acessando os links Resumo Executivo de Águas Superficiais e Resumo Executivo de Águas Subterrâneas: http://www.igam.mg.gov.br/qualidade-das-aguas Para os projetos apresentados ao Fhidro, recomenda-se aos proponentes a observação anterior de todos os pontos já monitorados pelo IGAM (Projeto Águas de Minas e SIMGE), de forma a não haver sobreposição de ações – e de recursos públicos - para uma mesma área. Nestes projetos, várias poderão ser as variáveis monitoradas: nível milimétrico d’agua em determinado local de um rio; vazão; duração, quantidade e intensidade de chuva; temperaturas do ar (instantânea, máxima e mínima), umidade relativa do ar, direção e velocidade dos ventos, radiação global e pressão atmosférica. Outras variáveis podem ser adicionadas, de acordo com a necessidade e especificidade do projeto. Em relação à metodologia deverão ser apresentadas informações da análise de compatibilidade técnica e da qualidade dos resultados esperados. 56 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 8.2. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVAM AÇÕES DE MONITORAMENTO HIDROSSEDIMENTOMÉTRICO Nos projetos apresentados ao FHIDRO, várias poderão ser as variáveis monitoradas, no que diz respeito à análise sedimentométrica, dependendo da necessidade e especificidade de cada projeto. Os projetos poderão englobar apenas uma caracterização físico-química do sedimento, como também a avaliação da produção, transporte e deposição de sedimentos, a partir de medições de descargas líquidas e sólidas. Deverá ser observada no projeto a justificativa para a escolha dos equipamentos adequados, de forma a suprir as necessidades dos dados monitorados. Em relação à caracterização do sedimento, recomenda-se a observação do ANEXO da RESOLUÇÃO CONAMA N° 454, DE 1º DE NOVEMBRO DE 2012, que “Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos referenciais para o gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição nacional”. O anexo da Resolução deverá ser observado no que diz respeito à: AMOSTRAGEM e CARACTERIZAÇÃO DO SEDIMENTO (FÍSICA, QUÍMICA E ECOTOXICOLÓGICA). É importante observar que as variáveis que serão monitoradas dependerão da necessidade e especificidade de cada projeto, não sendo obrigatória a análise de todos os parâmetros citados na Resolução. Outros ensaios não citados neste Termo de Referência, reconhecidos por instituições de normalização, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, específicas para sedimentos, também poderão ser aceitos. 8.3. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVAM AÇÕES DE MONITORAMENTO FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO DOS RECURSOS HÍDRICOS E DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS Nos projetos apresentados ao FHIDRO, várias poderão ser as variáveis monitoradas, no que diz respeito ao monitoramento físico, químico e biológico dos recursos hídricos. No Projeto Águas de Minas as variáveis analisadas estão especificadas no Quadro I. Outras variáveis podem ser adicionadas, de acordo com a necessidade e especificidade de cada projeto. A RESOLUÇÃO CONAMA No357, DE 17 DE MARÇO DE 2005, que “Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de efluentes, e dá outras providências”, que é complementada pela RESOLUÇÃO CONAMA No430, DE 13 DE MAIO DE 2011, estabelece padrões de qualidade das águas, estabelecendo limites individuais para cada substância – de acordo com cada classe de qualidade de água, segundo seus usos preponderantes. Assim, os valores dos parâmetros pesquisados deverão ser comparados aos valores citados na RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357/05. Além do cálculo das variáveis de forma isolada, recomenda-se nos projetos o cálculo do IQA – Índice de Qualidade das Águas, como forma de futuras comparações com dados já disponibilizados pelo IGAM e outros órgãos gestores. Caso o proponente deseje, outros índices de qualidade de água poderão ser utilizados no projeto. As principais vantagens do uso de índices são as facilidades de comunicação com o público leigo, o status maior do que as variáveis isoladas e o fato de representar uma média de diversas variáveis em um único 57 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) número, combinando unidades de medidas diferentes em uma única unidade. No entanto, sua principal desvantagem consiste na perda de informação das variáveis individuais e da sua interação. O índice, apesar de fornecer uma avaliação integrada, jamais substituirá uma avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica (CETESB, 2007). Alguns exemplos de índices frequentemente utilizados (IQA (Índice de Qualidade das Águas); Índice De Contaminação Por Tóxicos; IAP - Índice de Qualidade de Águas Brutas para Fins de Abastecimento Público; IET: Índice do Estado Trófico; IVA - Índice de Proteção à Vida Aquática; IB - Índice de Balneabilidade) estão disponíveis no site da ANA, Portal da Qualidade das Águas: http://pnqa.ana.gov.br/IndicadoresQA/introdu%C3%A7%C3%A3o.aspx No site da ANA também poderão ser observadas as formas de cálculo e as limitações no uso dos índices. Quadro I: Parâmetros analisados no Projeto Águas de Minas, IGAM. 8.4. RECOMENDAÇÕES PARA PROJETOS QUE ENVOLVAM AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEGRADAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS ASSOCIADOS A TANQUES-REDE Para os projetos apresentados ao Fhidro que tenham como objetivo avaliar o grau de degradação de recursos hídricos associados a tanques-rede, recomenda-se que seja proposto um produto que indique as ações remediadoras que devem ser tomadas para recuperação do corpo d’água. O crescimento acelerado no Brasil da piscicultura intensiva em tanques-rede vem chamando a atenção dos órgãos gestores, devido aos seus potenciais 58 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) efeitos poluidores, que podem provocar a aceleração da eutrofização dos corpos de águas destinados a usos múltiplos. Há a necessidade de promover o gerenciamento sustentável dos recursos hídricos, onde o desenvolvimento de atividades geradoras de renda não altere a qualidade da água, impedindo assim os outros usos aos quais os mananciais foram destinados (BRITO, 2008). Nos projetos, caso estritamente necessário procederá coleta de ictiofauna, é imprescindível que se dê mediante autorização do IBAMA, IEF ou demais órgãos competentes, e que o material coletado seja tombado em coleções reconhecidas oficialmente. A identificação das unidades taxonômicas a nível de espécie deverá ser realizada por um biólogo especialista. A licença para coleta de material da fauna e flora destinado a fins científicos ou didáticos é concedida de acordo com a portaria n.º 332/90. Na página do IEF constam todas as orientações necessárias para solicitar a autorização para inventário de fauna aquática: http://www.ief.mg.gov.br/biodiversidade/autorizacao-para-inventariamento-de-faunaaquatica-e-flora 8.5. RECOMENDAÇÕES FINAIS Todo resultado deverá ser disponibilizado e poderá ser utilizado pelo IGAM e demais órgãos gestores de recursos hídricos e de meio ambiente do Estado de Minas Gerais (Feam, IEF e Semad), bem como poderá ser disponibilizado para instituições de pesquisa, comitês de bacias hidrográficas, agências de águas, dentre outras instituições, caso solicitado. 9. CAPACITAÇÃO TÉCNICA AMBIENTAL E EM RECURSOS HÍDRICOS Essa linha de ação visa contribuir para a formação de recursos humanos capacitados para a gestão ambiental de recursos hídricos e o desenvolvimento sustentável nas bacias hidrográficas. 9.1. DIRETRIZES Adotar como tema central dos cursos elaborados a Gestão Integrada de Bacias Hidrográficas, o qual deverá ser desenvolvido buscando difundir conhecimentos sobre planejamento e gerenciamento de recursos hídricos, bem como seus instrumentos de gestão; Abordar conhecimentos básicos da educação ambiental e de tecnologias de controle e preservação ambiental, permitindo aos participantes, ao final do curso, ter o conhecimento e utilizar os principais instrumentos de gestão integrada de bacias hidrográficas; Promover o conhecimento da aplicação de ferramentas e metodologias participativas que possibilitem que os envolvidos com a gestão ambiental da bacia hidrográfica tenham estímulo para assumir o compromisso com a gestão sustentável dos recursos hídricos de maneira contínua; Proporcionar a aquisição de conhecimentos técnicos necessários para estimular a visão das diferentes etapas do processo participativo de gestão da bacia destacando a inexistência de uma estrutura hierárquica de poder nos fóruns de negociação e resolução de problemas de maneira que se adquira conhecimentos relativos à importância fundamental da construção e participação coletiva nas tomadas de decisões; 59 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) Estimular a elaboração ou pesquisa, caso já exista, do diagnóstico ambiental e do Plano Diretor da Bacia Hidrográfica onde se pretende aplicar os conhecimentos adquiridos no curso através de programas, projetos ou ações propiciando, dessa forma, o contato inicial e detecção das necessidades, prioridades e diversidades inerentes à bacia bem como seus conflitos; Estimular a adoção de programas, projetos ou ações de Educação Ambiental nos projetos e intervenções a serem feitas na bacia objetivando difundir conhecimentos sobre a preservação e o uso racional dos recursos hídricos e sobre a importância da participação cidadã na implementação das Políticas Estadual e Nacional de Recursos Hídricos; Estimular os alunos a desenvolverem ações de capacitação e formação de multiplicadores nos projetos a serem desenvolvidos na bacia; Destacar que o Comitê de Bacia Hidrográfica é a célula central do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e que seus membros desempenham um papel político de representação e decisão considerando as demandas oriundas dos organismos de bacia e aquelas provenientes das lideranças que estão no entorno político, social e institucional desses colegiados; Destacar o que são e qual a importância dos instrumentos de gestão de recursos hídricos. 9.2. ABORDAGEM PEDAGÓGICA Visa incorporação de abordagens pedagógicas adicionais ao programa de curso que enfatizem um papel mais ativo e participativo do aluno durante as atividades de ensino, bem como sua proximidade com ações mais práticas e em campo. Criar e organizar Dias de Campo para os alunos terem contato in loco com as características da bacia ou do meio ambiente onde se pretende aplicar os conhecimentos; Elaborar material didático que possibilite estudo e consulta de informações durante e após o curso; Estimular constantemente a pesquisa ao longo do curso; Estimular a participação dos alunos em eventos ambientais locais; Organizar visitas técnicas de campo. (aterros controlados e sanitários, trilhas, margens de rios, lavouras, pastos, terrenos erodidos, etc.) Exibir filmes e documentários para abordagem do tema do curso quando couber. Sugerir bibliografia complementar atualizada contendo endereço de sites para consulta na internet. 10. REFERÊNCIAS Para a apresentação de propostas e desenvolvimento dos trabalhos, recomenda-se consultar as seguintes fontes de informações: RECOMENDAÇÕES GERAIS MINAS GERAIS, Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n.º 1162, de 29 de junho de 2010. Disciplina os procedimentos relativos à solicitação, enquadramento e aprovação dos pedidos de liberação de recursos relacionados ao Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais - FHIDRO, e dá outras providências. Belo Horizonte: IOF, 2010. 60 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ. Cartilha de elaboração de projetos para captação de recursos. Curitiba: Instituto de Promoção do Desenvolvimento, 32p. PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DAS CHEIAS CPRM . Sistema de Alerta contra Enchentes da Bacia do Rio Doce – Relatório Técnico da Operação do Sistema de Alerta no Período de Dezembro de 2003 a Março de 2004. Belo Horizonte, 2004. Lei nº 13.199 de 29 de Janeiro de 1999. Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. Lei nº 15.910 de 21 de dezembro de 2005. Dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais - FHIDRO, criado pela Lei nº 13.194, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras providências. Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n.º 1162, de 29 de junho de 2010. Disciplina os procedimentos relativos à solicitação, enquadramento e aprovação dos pedidos de liberação de recursos relacionados ao Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais - FHIDRO, e dá outras providências. CONVIVÊNCIA COM A SECA E MITIGAÇÃO DA ESCASSEZ HÍDRICA ARA O, V. M. e RIBEIRO, E. M. As guas no Rural do Semiárido Mineiro, disponível em eb.face.ufmg.br/cedeplar/site/seminarios/seminario.../D0 A05 .pdf > Acesso em 23/05/2013. Lei nº 13.199 de 29 de Janeiro de 1999. Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. Lei nº 15.910 de 21 de dezembro de 2005. Dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais FHIDRO, criado pela Lei nº 13.194, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras providências. GNADLINGER, J. Apresentação Técnica de Diferentes Tipos de Cisternas, Construídas em Comunidades Rurais do Semi-árido Brasileiro. 1999, disponível em: < http://www.irpaa.org/publicacoes/relatorios/9-conferencia-de-cisternas.pdf >. Acesso em 23/05/2013. SCHISTEK, H. Como conviver com o Semi-Árido. In: Água de chuva: o segredo da convivência com o Semi-Árido brasileiro/Cáritas Brasileira, Comissão Pastoral da Terra, Fian/Brasil, São Paulo: Paulinas, 2001. Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n.º 1162, de 29 de junho de 2010. Disciplina os procedimentos relativos à solicitação, enquadramento e aprovação dos pedidos de liberação de recursos relacionados ao Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais - FHIDRO, e dá outras providências. 61 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) RECUPERAÇÃO DE NASCENTES, ÁREAS DE RECARGA HÍDRICA, ÁREAS DEGRADADAS E REVEGETAÇÃO (INCLUINDO PRODUÇÃO DE MUDAS) DE MATAS CILIARES, TOPOS DE MORROS E DEMAIS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPS) ALBERTI, S.M. et al. Regeneração de mata ciliar em reservatórios e/ou rios. Disponível em http://www.lactec.org.br/OInstituto/downloads/Biblioteca/2003/044_2003.pdf. ANJOS, N. Guia prático sobre formigas cortadeiras em reflorestamentos. Norivaldo dos Anjos, Terezinha M. C. Della Lucia, Antônio José Mayhé Nunes. Ponte Nova, MG, 1998. 110p. :il ARAÚJO, Q.R., MARROCOS, P.C.L., SERÔDIO, M.H.C.F. Conservação do Solo e da Água. Ceplac Cepec-BA. Disponível em: http://www.ceplac.gov.br/radar/conservacaosolo.htm BARROS, L. C. Projeto piloto do ribeirão Paiol sobre barragens de contenção de águas superficiais de chuvas: um projeto social para colheita de enxurradas. Embrapa milho e sorgoSete Lagoas – MG. BRASIL. Lei 9.433 de 2007 – Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1º da Lei n. 8.001 de 1.990 que modificou a Lei n. 7.990 de 1.989. Disponível em: http://www.ana.gov.br/GestaoRecHidricos/CobrancaUso/_ARQSLegal/Geral/Legislacao%20Fed eral/Lei%209433%20-%2008Jan97%20-%20Institui%20a%20PNRH.pdf. Acessado em 15/02/09. Brasília. Recuperação e proteção de nascentes e áreas que margeiam os corpos d’água. Edital n. 02/2005. Brasília: Ministério do Meio Ambiente – Secretaria Executiva - FNMA, 2005. 74p. CASTRO, P.S; LIMA, F. Z.; LOPES, J.D.S. Recuperação e conservação de nascentes. Viçosa, MG, CPT,2007.272p. Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, Universidade Federal de Lavras - UFLA, Centro de Excelência em Matas Ciliares. Nascente; o verdadeiro tesouro da propriedade rural: o que fazer para conservar as nascentes nas propriedades rurais. 2 ed. ver. Belo Horizonte: Cemig, 2004. 20p. :il. EMBRAPA. Cerrado: adubação verde. Editado por Arminda Moreira de Carvalho, Renato Fernando Amabile. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados; 2006. 369p. il. Color. EMBRAPA. Cerrado: ecologia e caracterização. Editores técnicos Ludmilla Moura de Souza Aguiar Amabílio José Aires de Camargo. Planaltina, DF : Embrapa Cerrados; Brasília : Embrapa informação tecnológica, 2004. 249p. il. Color. EMBRAPA. 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Decreto nº 6.263, de 21 de Novembro de 2007: Institui o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima - CIM, orienta a elaboração do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, e dá outras providências. MINAS GERAIS. Decreto n.º 44.042, de 9 de junho de 2005: Institui o Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas; MINAS GERAIS. Decreto n.º 45.229, de 3 de dezembro de 2009: Regulamenta medidas do poder público do Estado de Minas Gerais referentes ao combate às mudanças climáticas e gestão de emissões de gases de efeito estufa e dá outras providências. MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO E HIDROSSEDIMENTOMÉTRICO, FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO DOS RECURSOS HÍDRICOS E DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS Brito, W. O. Outorga dos direitos de uso dos recursos hídricos na piscicultura: o caso do reservatório Acauá - PB. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Campina Grande Campina Grande – PB. 2008. CONAMA, 2000. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000. 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CAPACITAÇÃO TÉCNICA AMBIENTAL E EM RECURSOS HÍDRICOS www.ana.gov.br www.igam.mg.gov.br 67 Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 68