Edição 11 de 2008 - Sistema OCERGS

Transcrição

Edição 11 de 2008 - Sistema OCERGS
jornal do COOPERATIVISMO GAÚCHO - ano 35 - número 995 - novembro de 2008
CLARIDADE
VENCE O FESTIVAL
Páginas 11 a 15
REFLEXOS DA CRISE
NO COOPERATIVISMO
ENCONTRO DISCUTE
ADAPTAÇÃO À ANEEL
Economistas consideram que o ramo mais
vulnerável às oscilações provocadas pela
crise na economia mundial é o Agropecuário.
De qualquer forma, existe um otimismo pelas
medidas governamentais que vêm sendo
tomadas.
As cooperativas de eletrificação rural realizaram, em Porto Alegre, o Encontro Nacional
do Sistema Infracoop, com o objetivo de
discutirem a adaptação à regulamentação
da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
Página 7
Páginas 20 e 21
apresentação
2
novembro de 2008
editorial
A segunda edição do Festival O Rio Grande
Canta o Cooperativismo teve sua grande final
na noite de 29 de novembro, em Taquari, junto
à Lagoa Armênia. Cerca de 2.500 pessoas
assistiram à apresentação das 16 músicas
finalistas e à vitória da composição Claridade,
interpretada por Lú Schiavo e Robledo Martins,
de autoria de João Bosco Ayala Rodriguez e
Fábio Peralta e letra de Fernanda Irala Gomes.
Puderam também apreciar o show de Daniel
Torres, que encerrou a apresentação.
O Rio Grande Canta o Cooperativismo
reuniu mais de 8 mil pessoas ao longo das
cinco fases classificatórias e se firmou, na
opinião dos próprios artistas participantes,
como o maior e mais bem organizado festival
de música do Rio Grande do Sul na atualidade. Cumpriu plenamente seus objetivos, dos
quais o principal é a valorização e a promoção
do cooperativismo por intermédio da cultura
musical.
O Interior de novembro traz ainda uma
matéria sobre a crise da economia mundial,
que mudou paradigmas. O que mais se repete
é que “o mundo nunca mais será o mesmo”.
Ouvimos o assessor econômico da FecoAgro/
RS, Tarcísio Minetto, e o presidente do Sistema
Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, sobre os
reflexos desta nova situação no cooperativismo. Também entrevistamos o professor
e pesquisador da Fundação de Economia
e Estatística, Carlos Paiva, que enfatizou a
importância de se aproveitar o momento para
uma aproximação com a China.
Outro assunto desta edição é a visita de
uma comitiva de cooperativistas argentinos
ao Rio Grande do Sul. Eles vieram propor
intercâmbio cultural e comercial e conhecer
o cooperativismo gaúcho. Provenientes da
região de Entre Rios, fazem parte do grande
contingente de produtores rurais que parou
a Argentina em março, no protesto contra as
medidas da presidente Cristina Kirchner que
penalizavam a agropecuária argentina.
Boa leitura!
expediente
O Interior é uma publicação do Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul – SESCOOP/RS.
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Convênio: Sescoop/RS e Fundação de Cooperação para o
Desenvolvimento Cultural – Funcoop
artigo
A CRISE
econômica global
Esta década será inesquecível para o analista econômico. Iniciou com a crise da Nova Economia e está
chegando ao final com a crise das hipotecas.
De acordo com o Panorama Econômico Global do FMI, a economia dos Estados Unidos cresceu apenas
0,8% em 2001; e, segundo a mesma fonte, a maior economia do mundo deve crescer apenas 0,1% em
2009. Em ambas, formou-se uma bolha na Bolsa de Nova Iorque, que estourou e provocou um forte impacto
na economia norte-americana. E, assim, a locomotiva parou e a globalização propagou efeitos danosos no
nível da atividade econômica e na geração de emprego internacional.
Para a superação da crise do início da década, o Sistema de Reserva Federal reduziu a taxa básica
de juros para o piso de 1% ao ano. Paralelamente, o governo de
George W. Bush optou por eliminar o superávit fiscal herdado da
Gestão Clinton, devolvendo recursos aos investidores, e avançar
nos gastos com a máquina da guerra nos conflitos do Afeganistão
e do Iraque. Como pano de fundo, os norte-americanos geraram
maior desequilíbrio nas contas externas. A presença de dois déficits
fiscal e das contas externas fragilizou o dólar durante a década.
Dessa forma, a “fortaleza verde” passou a desvalorizar-se perante
as demais moedas, até a eclosão da crise atual.
No intervalo entre as duas crises, a economia mundial conviveu
com um período (2004-07) de intenso crescimento econômico.
O preço do barril de petróleo superou o patamar de US$ 140 e
a inflação retornou com força, obrigando o Sistema de Reserva
Federal a elevar a taxa básica de juros para níveis superiores a
5,0% ao ano.
Quem participou da euforia do setor habitacional no período
posterior à crise do início da década e que, inclusive, refinanciou
Antonio Carlos Fraquelli
a sua dívida, dada a valorização dos imóveis, deparou-se com uma
conjuntura econômica adversa. As taxas de juros, que estavam no piso na hora de o indivíduo contrair o
financiamento no começo do decênio, deslocaram-se para o teto à medida em que a economia transitava
de uma crise para outra.
A inadimplência junto àqueles que eram considerados devedores de alto risco (subprimes), que se
endividaram ainda mais por causa dos refinanciamentos e que foram alavancados por intermediários financeiros, gerou um ambiente econômico extremamente conturbado.
Ao deixar de honrar os compromissos financeiros com os bancos, os tomadores de empréstimos do setor
habitacional criaram uma crise de liquidez. Rapidamente o processo avançou para uma crise bancária e,
finalmente, transformou-se numa crise de confiança – onde ninguém empresta para ninguém –, quando as
autoridades monetárias norte-americanas socorreram o banco de investimento Merrill Lynch e a seguradora
AIG, mas permitiram a quebra do Lehman Brothers.
Recentemente, o governo de George W. Bush lançou um pacote de US$ 700 bilhões para eliminar os
débitos no âmbito da habitação, iniciativa esta que sofreu forte restrição para ser aprovada no Congresso. A
Europa também tomou medidas paralelas para corrigir os desequilíbrios vigentes, porém mudou o foco da
ação, concentrando os recursos nos próprios bancos. Henry Paulson, o Secretário do Tesouro dos Estados
Unidos, veio a público e, reconheceu que a iniciativa européia de priorizar os bancos ao invés das subprimes
liderada pela Inglaterra era a medida mais adequada para o momento. Neste início de dezembro, a recessão
nos Estados Unidos foi reconhecida pelo NBER, a instituição que mede os fenômenos dessa natureza.
Embora o Brasil seja afetado em maior ou menor intensidade pela crise internacional – crédito, exportações, câmbio e inflação – e o governo venha implementando medidas para reduzir o impacto da crise,
é importante lembrar se que o panorama econômico mundial estima que o desempenho da economia
mundial para o próximo ano decorrerá do comportamento das economias emergentes, dentre as quais, a
da China, Índia e Brasil.
Por último, verifica-se que os preços do barril de petróleo recuaram para US$ 50, que a inflação global
está sob controle, que as decisões sobre o destino dos bancos de investimentos foram tomadas e que há
uma convergência de medidas de política econômica entre as autoridades monetárias internacionais.
O Brasil está em situação melhor do que se encontrava na crise de 2001. Hoje, conta com um nível
significativo de reservas, além de forte reconhecimento internacional pelo esforço em estabilizar a economia.
Todavia, as limitações no crédito e a fragilidade dos seus parceiros no comércio internacional estão aí, a
exigir um monitoramento permanente da conjuntura econômica por parte das autoridades brasileiras.
Antonio Carlos Fraquelli
Economista da FEE (Fundação de Economia e Estatística)
COOPERATIVISMO
presente na Avisulat
Estande “Mundo Cooperativo Gaúcho” representou cooperativas no evento
O Sistema Ocergs-Sescoop/RS participou da Avisulat 2008 - Congresso Sul-Brasileiro de Avicultura,
Suinocultura e Laticínios, Feira de Equipamentos, Tecnologias e Serviços -, que ocorreu nos dias 19, 20 e
21 de novembro, em Bento Gonçalves. As cooperativas Agropecuárias Languiru, Santa Clara, Piá, Cosulati e
Cosuel tiveram espaço para mostrar seus produtos no estande “Mundo Cooperativo Gaúcho”. A Uniodonto
Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP) também esteve presente no local apresentando seus serviços.
O público-alvo do evento foi empresários, técnicos, produtores e outros representantes de atividades
ligadas direta e indiretamente aos segmentos de aves, suínos e lácteos. A programação do Congresso incluiu
painéis e palestras sobre assuntos técnicos, científicos e de mercado. Além disso, a Avisulat 2008 contou
paralelamente com uma feira de equipamentos, tecnologias e serviços.
MULHERES DISCUTEM CRIAÇÃO
DE COOPERATIVA
A Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional
e Comunitário da Ulbra (Prodic) e o Instituto Mulher
Aprendiz promoveram, no dia 19 de novembro, uma
reunião com as integrantes do projeto Mulheres em
Construção para discutir a possibilidade de criação
de uma cooperativa para potencializar a capacidade
de trabalho das alunas recém habilitadas a desenvolverem funções na área da construção civil. O
assessor de formação cooperativista do Sescoop/RS,
Paulo Vianna, palestrou para as participantes sobre
as vantagens e disposições legais para a criação de
uma cooperativa.
Segundo ele, o importante quando se pensa em
uma cooperativa é priorizar os objetivos coletivos.
“Quando uma cooperativa nasce é como uma
criança, é frágil. É preciso ter um senso de família,
em que os objetivos coletivos são colocados em
primeiro lugar. Pensar e agir deve ser no âmbito da
cooperação total, para que todos lucrem no final das
contas”, comentou.
Diversas mulheres esclareceram dúvidas e
ponderaram a respeito da criação de uma cooperativa para as integrantes do projeto Mulheres em
Construção, realizado pela Ulbra em parceria com
o Instituto Mulher Aprendiz. A diretora do Instituto
Mulher Aprendiz, Bia Kern, acredita que se a cooperativa realmente for fundada, trará benefícios
para todas. “Todas as alunas podem ganhar se estiverem unidas em uma cooperativa. Assim poderão
participar até de licitações para concorrer em obras
públicas”, declarou.
NOVA PETRÓPOLIS
É A CAPITAL
NACIONAL DO
COOPERATIVISMO
A Lei Estadual 13.077 de 25 de novembro
de 2008, oficializa Nova Petrópolis como
referência em cooperativismo no País. A governadora Yeda Crusius sancionou o Projeto
de Lei (PL) 209/2007 do deputado Giovani
Cherini que declara o município a capital
nacional do cooperativismo. O PL foi aprovado
por unanimidade na Assembléia Legislativa no
dia 4 de novembro, em uma sessão prestigiada por autoridades e cooperativistas como o
presidente e vice da Sicredi Pioneira RS, Édio
Spier e Werno Neumann; o assessor de comunicação da Cooperativa, Daniel Hillebrand; o
secretário da Educação e vice-prefeito eleito
de Nova Petrópolis, Ricardo Lawrenz; o presidente da Fetag, Elton Weber; e o assessor
de formação cooperativista do Sescoop/RS,
Silvino Wickert.
Presidente da Frencoop/RS (Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo) e autor
da proposição, Cherini afirmou que essa é uma
ação para ser comemorada. “Nova Petrópolis
nos traz exemplos de associativismo que são
um orgulho para o País. Parabenizo todas as
cooperativas da cidade e a administração municipal por essa conquista”, frisou.
NOVA PETRÓPOLIS
Foi no município que nasceu o cooperativismo de Crédito no Brasil, numa experiência
do padre jesuíta Theodor Amstad, que fundou
em 1902 a Cooperativa de Crédito Caixa Rural
de Nova Petrópolis, atualmente conhecida como
Sicredi Pioneira. Na Linha Imperial preserva-se
a casa onde funcionou a primeira cooperativa.
No núcleo urbano dessa localidade existe ainda
a casa onde morou Amstad, cujos restos mortais estão enterrados ao lado da igreja católica
onde o padre foi vigário.
Cooperativistas e autoridades municipais comemoram aprovação
do PL 209/2007, de autoria do deputado Giovani Cherini
Mulheres aprenderam processos para formação de uma cooperativa
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sistema ocergs-sescoop/RS
novembro de 2008
sistema ocergs-sescoop/RS
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COOPERATIVISTAS ARGENTINOS
fazem proposta de intercâmbio
Uma comitiva formada por 35 dirigentes de cooperativas da Argentina
chegou ao Rio Grande do Sul no dia 10
de novembro, com o objetivo de conhecer
o cooperativismo gaúcho e estabelecer
vínculos que permitam um futuro intercâmbio comercial e cultural. A pedido
dos argentinos, a Ocergs organizou um
roteiro de visitas.
Pertencentes à Cafer (Cooperativas
Agropecuárias Federadas de Entre Rios),
os dirigentes foram recepcionados na sede
do Sistema Ocergs-Sescoop/RS pelo presidente Vergilio Perius. Também visitaram
a Cooperativa Languiru, em Teutônia, e a
Cotrijal, em Não-Me-Toque. No dia 13.11
participaram de uma Audiência Pública na
Assembléia, com o tema “Apresentação
das estratégias pela valorização do agronegócio, realizada pelos produtores rurais
da Argentina”. Os cooperativistas da Cafer
integraram a mobilização que no primeiro
semestre deste ano parou a Argentina e
que reclamava melhores condições para
o meio rural. Em protesto ao aumento
de impostos e restrição à importação de
grãos, produtores chegaram a bloquear
dezenas de rodovias do país.
O Presidente da Cafer, Enzo Cardozo,
destacou que a luta dos agricultores na
Argentina clamou por respeito e valorização da produção agrícola. “Lutamos
simplesmente por nossos direitos”,
apontou Cardozo. A entidade foi criada em
1999 e congrega hoje nove cooperativas
do setor primário, com mais de 6,9 mil
sócios – sendo a maioria pequenos e
médios agricultores.
Comitiva ouviu palestras na sede do Sistema Ocergs-Sescoop/RS
O secretário da Federação Agrária
Argentina, Alfredo Bell, relatou a experiência da mobilização de milhares de argentinos, iniciada no mês de março deste ano.
Depois de diversos protestos públicos e
bloqueios de estradas, os ruralistas deram
uma trégua no período de negociação
com o governo de Cristina Kirchner. Na
audiência pública, dirigentes da Cafer
expuseram um vídeo das manifestações,
que duraram cerca de quatro meses. No
momento em que as imagens eram mostradas no telão, muitos se emocionaram
ao relembrar todo o esforço e dedicação
em torno da defesa do meio rural.
Na Assembléia Legislativa os argentinos apresentaram um vídeo sobre as manifestações de março último
Na mesma ocasião, o diretor da
Brasoja, Antônio Sartori, defendeu
que para o agronegócio ser valorizado
como atividade produtora de riqueza
é necessário uma união de todos os
setores da cadeia produtiva. “Somos
produtores de energia e se não formos
respeitados como tal, devemos impor
este respeito por meio de mobilização
e pressão”, defendeu.
COOPLANTIO
No último dia da visita, 13.11,
a comitiva visitou as instalações da
Cooplantio, em Eldorado do Sul, onde
foi recepcionada pelo presidente Daltro
Benvenuti. Ele considera que juntando
esforços “é possível ter excelente
retorno em nossas relações com os
argentinos. Nossa rivalidade com a
Argentina deve ficar no âmbito do
futebol”. Benvenuti acredita que existe
boas possibilidades de um intercâmbio
tecnológico.
Para ele, uma maior integração aumentaria a capacidade de negociação
dos principais produtos cultivados nestas
regiões, que são a soja, o milho, o trigo,
o arroz e a carne.
Na Cooplantio, conheceram o sistema de gerenciamento da cooperativa
ACI PROMOVE A PRIMEIRA FEIRA
de negócios entre cooperativas
O Sistema OCB esteve presente na ICA Expo 2008 representando o cooperativismo brasileiro
A Aliança Cooperativa Internacional
(ACI) ou International Cooperative Alliance
(ICA) é o órgão máximo de representação
das cooperativas no mundo. É uma
instituição independente e não-governamental, que representa mais de 800
milhões de pessoas de 87 países. Este
ano, a ACI organizou a primeira feira para
a promoção de negócios cooperativos: a
ICA Expo World Co-operatives Exhibition
(Exposição Mundial de Cooperativas). Ela
ocorreu em Lisboa, Portugal, nos dias 23,
24 e 25 de outubro.
Segundo o presidente da ICA Expo,
Luiz Branco, a Feira é resultado do amadurecimento dos eventos realizados pela
ACI desde 2003, quando houve o primeiro
grande congresso do setor cooperativista
mundial. “Chegamos à conclusão que
deveríamos lançar uma feira mundial do
cooperativismo, versando sobre negócios
e também as questões políticas, parcerias,
relacionamentos e marketing” – afirma ele.
A ICA Expo recebeu cerca de 8 mil
pessoas em uma área de 3.500 m² de
estandes. Como a Feira é focada em
vendas e negócios, os visitantes do
Parque das Nações, na capital portuguesa,
puderam degustar desde cafés angolanos
até condimentos iranianos, passando pelo
rum produzido no Brasil. Nosso sistema
cooperativista esteve presente com a
Organização das Cooperativas do Brasil
(OCB) e suas unidades estaduais, como
a Ocergs-Sescoop/RS.
Paralelamente à exposição mundial foi promovido também o 8º
Encontro Cooperativo dos Países de
Língua Portuguesa, do qual participaram
Angola, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor Leste. O evento é promovido pela Organização Cooperativista dos
Povos de Língua Portuguesa (OCPLP).
PRÓXIMO ENCONTRO
SERÁ NO RS
Os representantes do Sistema OcergsSescoop/RS que estiveram em Lisboa trouxeram uma notícia muito importante para o
cooperativismo do nosso Estado: a próxima
edição do Encontro Cooperativo dos Países
de Língua Portuguesa, que ocorrerá em
2010, será realizada na capital gaúcha.
“Hoje todos sabemos a importância da
China para estados exportadores como o
Rio Grande do Sul. A África será como a
China prometia ser há 30 anos. O encontro
da OCLPL permite a articulação de países
que representam um mercado enorme. Por
isso traremos o Encontro para cá” – declarou Derli Schmidt, coordenador técnico do
Sistema Ocergs-Sescoop/RS.
De acordo com o vice-presidente do
Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Irno Pretto,
a ICA Expo e o Encontro Cooperativo
dos Países de Língua Portuguesa deram
a oportunidade de conhecer o sistema
cooperativo de outros países. “Saímos
de Lisboa com a certeza de que temos
um cooperativismo estável e sólido. E
vimos que é necessária a intercooperação,
especialmente entre países de língua
portuguesa” – disse ele, que desde já
convida as cooperativas brasileiras a
participarem do Encontro.
Cooperativas dos países que formam a Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa
expuseram seus produtos durante o 8º Encontro
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sistema ocergs-sescoop/RS
novembro de 2008
perfil
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ORLANDO MÜLLER:
35 anos dedicados ao cooperativismo
A VIDA
COOPERATIVISTA
“Minha paixão
por esta forma
de organização
econômica veio
do contato com
lideranças que, com
seus exemplos de
vida e dedicação,
contaminavam,
envolviam e
comprometiam as
outras pessoas”
Orlando Borges Müller é presidente de uma
das cinco Cooperativas Centrais do Sistema de
Crédito Cooperativo (Sicredi) existentes no Brasil.
Ingressou no sistema cooperativista em 1973,
trabalhando na Coagrisol (Cooperativa Agrícola
Soledade Ltda.) como office boy. Passou por diversas funções, em diferentes áreas da Cooperativa,
até assumir a superintendência.
Em 1981 entrou para o cooperativismo de
Crédito, e participou do grupo de fundação da
Crediagro (hoje Sicredi Botucaraí), onde foi diretor
de crédito e, depois, presidente. Em 1997, assumiu
a vice-presidência da Central Sicredi – RS/SC e,
desde o ano 2000, ocupa o cargo de presidente.
Orlando conta que não nasceu cooperativista, apesar de seu pai, um agropecuarista, ser
associado da Coagrisol: “Minha paixão por esta
forma de organização econômica veio do contato
com lideranças que, com seus exemplos de vida
e dedicação, contaminavam, envolviam e comprometiam as outras pessoas”. O presidente da
Central Sicredi RS/SC crê que ainda tem muito a
fazer, tanto pelo sistema cooperativo quanto em
sua vida pessoal. “Peço saúde para poder continuar
trabalhando. Primeiro, para cumprir minha missão
no cooperativismo e, depois, para ir em busca
da realização de sonhos que até agora deixei em
segundo plano” – afirma.
ir à Fazenda dos Pinheirinhos, em Soledade, “para
voltar às origens, cultivar as amizades e preservar
a tradição”.
Orlando completou o Ensino Fundamental na
Escola Estadual Professora Maria de Abreu e Lima
e Ginásio São José e fez o curso Técnico Contábil
na Escola Técnica de Comércio Frei Clemente,
ambos em Soledade. É graduado em Economia
pela Universidade de Passo Fundo (UPF).
Hoje, Orlando reside em Porto Alegre. É casado
com Terezinha há 30 anos e com ela tem três filhos.
Patrícia, a mais velha, é formada em Psicologia e
reside em São Paulo; Mariana tem 24 anos e é
formada em Publicidade e Propaganda; o caçula
Maurício, que tem 17 anos, prestará vestibular para
o curso de Arquitetura.
PARTICULARIDADES
●
Político que mais admira: Não destaco nenhum
em especial, mas todos que contribuíram para
construir um mundo melhor.
●
País que gostaria de conhecer: Qualquer país
em que ainda não estive e que possa nos dar
exemplos de organização cooperativa, para
melhorarmos ainda mais o nosso sistema.
●
Sugestão de filme: “O Gladiador”, de Ridley
Scott, devido à mensagem de união em um
momento difícil.
●
Sugestão de livro: “O Nascimento da Era
Caórdica”, de Dee Hock. A obra relata a criação
da VISA.
A VIDA PESSOAL
Orlando Müller nasceu em Soledade, em 7 de
novembro de 1953. Seus pais, Matias e Valdomira,
tiveram sete filhos, que passaram a infância no
meio rural, envolvidos com atividades pecuárias e,
mais tarde, agrícolas. Ele conta que gosta muito de
●
Um site: www.ocergs.com.br
●
Tipo de música favorito: Nativista. Preserva nossas
raízes, cultura e tradição.
A dança das cadeiras
NA ECONOMIA MUNDIAL
Enquanto a música está tocando, tudo está bem, todos dançam alegres e felizes.
Quando a música pára, estabelece-se a confusão. Não há cadeira para todos.
Paiva defende aproximação com a China
Para Perius, a crise pode trazer vantagens ao cooperativismo
Minetto vê mais vulnerabilidade no ramo agropecuário
A imagem da dança das cadeiras está sendo usada
para explicar o que ocorre com a economia mundial no
momento. No caso do jogo, sempre falta cadeira para uma
pessoa. No mundo das finanças, quando pára a música,
ou seja, falta confiança, milhões correm aos bancos e
descobrem que não existe o dinheiro que eles pensavam
estar bem protegido nos investimentos.
Nenhum economista é capaz de dizer que o cooperativismo brasileiro está imune à contaminação pela crise. Na
sociedade globalizada, os sistemas financeiros dos países
se intercomunicam. O grande diferencial do cooperativismo é que toda sua riqueza é baseada na produção e não na
chamada economia especulativa ou virtual. Além disso, o
Brasil, ao contrário de países como os Estados Unidos, tem
o seu sistema financeiro sob o controle do Estado através
do Banco Central. Existe todo um regramento destinado
a reduzir os riscos das operações. Tanto que se diz que
no Brasil só se consegue dinheiro nos bancos quando se
prova que não se precisa. Bem ao contrário dos Estados
Unidos, onde os bancos emprestavam dinheiro para quem
sabiam que não poderiam pagar.
O economista Tarcísio Minetto, consultor da FecoAgro/
RS, vê o ramo Agropecuário do cooperativismo como
particularmente atingido pela crise devido ao alto endividamento de seus associados e à conseqüente necessidade de
crédito para o desenvolvimento de suas atividades, tanto na
pecuária quanto na produção de grãos. Muitas cooperativas
recorreram a fontes de recursos do sistema financeiro para
fornecer insumos aos seus associados e garantir a produção
e o recebimento da safra. Isto resultou no comprometimento
financeiro agravado pela escassez de crédito. Além disso,
estas cooperativas dependem da exportação, que se retraiu
como conseqüência do quadro internacional.
Em contrapartida, diz o economista, o governo federal
tem atendido boa parte dos pleitos do setor rural. Até agora
já foram injetados R$ 3,8 bilhões na agropecuária com a
aplicação dos instrumentos de apoio à comercialização das
safras, como os contratos de opção, Prêmio de Escoamento
da Produção (PEP), Empréstimo do Governo Federal (EGF)
e Aquisição do Governo Federal (AGF), entre outros. “O
apoio ainda é insuficiente devido à tendência de baixa dos
preços de algumas commodities”, diz Minetto.
Atualmente, os produtores estão fazendo seus acertos
de contas junto a suas cooperativas e renegociando as
dívidas com os bancos. Colheram o trigo, entregaram na
cooperativa e o mercado não é comprador. As cooperativas,
por sua parte, sem capital de giro, ainda têm que enfrentar
os gastos com a estocagem.
Perius também considera que a crise é a grande
oportunidade que o cooperativismo tem de se firmar
no mercado interno. “Temos demanda de consumo
suficiente e poder aquisitivo crescente. A crise só trouxe
vantagens, quem perdeu com ela foram os especuladores. O sistema cooperativo faz aplicações reais e produz
efetivamente. O cooperativismo tem que se reciclar
para melhor atender ao mercado interno, se voltando
para a agroindústria. A economia se reciclou e fez com
que os países deixassem de importar e se voltassem ao
consumo interno”, afirmou ele.
NOVO QUADRO
Minetto lembra que até o fim do primeiro semestre
o grande tema de debates era a crise de alimentos
versus a crise de energia. “Esta situação criava a
expectativa de um mercado promissor para as commodities agrícolas. Durou até julho, quando a soja
atingiu o preço recorde de US$ 16,58 o bushell. A
partir de então, o panorama mudou radicalmente, o
preço caiu para US$ 9 o bushell e o tema de debates
agora é a crise financeira e a queda das cotações das
commodities devido à retração do consumo”.
Minetto recomenda que os produtores rurais tenham
muita parcimônia na hora de fazerem seus investimentos na
lavoura, uma vez que esta é uma das safras mais caras dos
últimos 10 anos, por culpa dos aumentos desenfreados
dos insumos, principalmente os fertilizantes.
Uma forma de amenizar o impacto da crise, segundo
o economista, é o governo destinar parte do superávit
fiscal de 4,5% do PIB em investimentos em infra-estrutura,
como estradas, portos, armazenamento, pesquisa e outros,
dinamizando a economia.
CRISE É
OPORTUNIDADE
Para o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS,
Vergilio Perius, os efeitos da crise serão os menores possíveis para o cooperativismo, “pois ele sempre investiu na
economia real, não especulativa. O sistema cooperativo
não investe em papéis, está baseado em resultados”.
O cooperativismo de Crédito, por exemplo, financia a
produção, assim como o Agropecuário.
CHINA
O economista Carlos Paiva, da Fundação de Economia
e Estatística (FEE), tem outras recomendações. Depois de
garantir que os Estados Unidos nunca mais serão o que
foram até agora, ou seja, o centro econômico do mundo,
e lembrar que 40% da dívida norte-americana estão nas
mãos dos chineses, Paiva afirma que o momento atual
deve ser aproveitado pelo Brasil para se aliar à China em
termos comerciais. “A China quer a auto-suficiência em
proteína, mais especificamente em carne de porco, aves
e leite. Em leite eles nunca terão auto-suficiência, mas se
o Brasil não se apressar em fazer alianças, acordos e tudo
mais, vamos perder espaço para a Índia e a Nova Zelândia,
entre outros.”
Paiva conta que a China está adaptando a tecnologia às suas condições, “que são semelhantes às do
Brasil e que utilizam muita mão-de-obra. Portanto, há
plenas condições de se intercambiar tecnologia com
a China”.
Ele também considera que a crise é mais conjuntural.
Aponta que neste momento estão sobrando carros, soja,
laranja, etc., mas que no ano que vem haverá crescimento
menor, mas positivo em nosso País. Já em relação aos
Estados Unidos, o economista acredita que haverá crescimento negativo.
Pesquisador da FEE do Rio Grande do Sul e professor da Universidade de Santa Cruz do Sul, Carlos
Paiva passou 40 dias na China, pesquisando sobre a
economia e cultura daquele país.
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Economia
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OCB
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COOPERATIVISTAS DEBATEM
educação, governança e economia
O setor é
responsável
pela geração
de 250 mil
empregos
diretos, 6% do
PIB brasileiro
e cerca de
40% PIB
agropecuário
do País. No
estado do
Ceará, as 195
cooperativas
empregam em
torno de 7,4
mil pessoas e
contam com
mais de 90 mil
associados.
VII Seminário Tendências do Cooperativismo Contemporâneo contou com a participação de mais de 300 pessoas
Durante três dias, 300 líderes do
cooperativismo participaram de mesas
redondas sobre o tema “Economia social:
governança e educação cooperativa”
com foco nas tendências – transparência, legitimidade e sustentabilidade.
As discussões fizeram parte do VII
Seminário Tendências do Cooperativismo
Contemporâneo, realizado entre os dias
12 e 14 de novembro, em Fortaleza
(CE). Uma iniciativa da Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB) e
do Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo (Sescoop), o evento
contou com o apoio de suas respectivas
unidades estaduais no Ceará (OCBSescoop/CE) e da Seguros Unimed, além
de patrocínio do Banco do Brasil.
O encontro reuniu presidentes, superintendentes, técnicos e instrutores
das unidades estaduais e nacional do
Sescoop, representantes nacionais dos ramos do cooperativismo, líderes e dirigentes cooperativistas, bem como técnicos,
pesquisadores, executivos e consultores
com notória atuação no cooperativismo
brasileiro. O Sistema Ocergs-Sescoop/
RS participou do evento. Representaram
a unidade gaúcha o presidente Vergilio
Perius, o vice Irno Pretto e o superintendente Norberto Tomasini.
Para o presidente do Sistema OCB,
Márcio Lopes de Freitas, o encontro
promoveu uma reflexão mais ampla
sobre o papel das cooperativas diante da
sociedade. “Falou-se sobre a ética e o
necessário processo educacional transformador com vistas à sustentabilidade
A programação do evento incluiu visitas a três cooperativas cearenses
econômica, social e ambiental. Sem sombra de dúvida, a educação cooperativa é
a principal referência desse processo”,
avalia Freitas. Além de dimensionar a
responsabilidade das cooperativas com a
educação, tratar da formação de líderes e
profissionais especializados neste modelo
diferente de organização, de gestão e de
sociedade, os debates foram direcionados
às tendências globais que diferenciam as
cooperativas.
Com foco em tais pontos, a programação incluiu palestras e oficinas para
discussão em grupo sobre as linhas de
ação do Sescoop, promoção social,
monitoramento e formação profissional.
Em painéis, especialistas e autoridades
do Brasil e do exterior apresentaram
experiências práticas e processos bemsucedidos em cooperativas brasileiras
e estrangeiras. A palestra magna sobre
o tema central do evento foi ministrada
pelo deputado federal Ciro Gomes. A es-
pecialista Linda Shaw, professora PhD e
diretora de Pesquisa do The Co-operative
College Manchester (Inglaterra), falou ao
público sobre “Educação Cooperativa”.
Além dessas e outras palestras, também fizeram parte da sétima edição
do Seminário Tendências visitas a três
cooperativas cearenses dos ramos
Crédito, Saúde e Trabalho. A proposta
foi conhecer o cooperativismo do estado
anfitrião do evento.
Sistema OCB - O Sistema Cooperativista Brasileiro envolve hoje cerca de
25 milhões de pessoas, entre 7,7 milhões
de associados e suas famílias, reunidos
em 7,7 mil cooperativas de 13 ramos de
atividade econômicas. O setor é responsável pela geração de 250 mil empregos
diretos, 6% do PIB brasileiro e cerca de
40% PIB agropecuário do País. No estado
do Ceará, as 195 cooperativas empregam
em torno de 7,4 mil pessoas e contam
com mais de 90 mil associados.
Parlamentares apóiam Ocergs
NA DEFESA DO COOPERATIVISMO
O presidente
Perius salientou
que a tentativa
de alteração
na Lei do
Cooperativismo
pode implicar
em aumento de
impostos para o
sistema devido a
desconsideração
do Ato
Cooperativo
em várias
circunstâncias.
O senador Sérgio Zambiasi e o deputado Odacir Zonta, presidente da Frencoop Nacional, compareceram ao ato na sede da Ocergs
Um café da manhã, na sede do Sistema
Ocergs-Sescoop/RS, no dia 24.11, reuniu
dirigentes de cooperativas e parlamentares
federais e estaduais na defesa do cooperativismo, entre eles o senador Sérgio
Zambiasi e o presidente da Frente de Apoio
ao Cooperativismo da Câmara Federal
(Frencoop), Odacir Zonta (PP-SC).
Conforme salientou o presidente do
Sistema, Vergilio Perius, a legislação que
tramita atualmente no Senado Federal
traz sérias ameaças à própria existência do cooperativismo. Para corrigir
esta situação a Ocergs preparou duas
emendas: uma modificando o artigo que
previa a volta do cooperativismo à tutela
do Estado e outra que retira do Projeto
a proposta de revogação do parágrafo
único do artigo 442 da CLT, que garantia
a não existência de vínculo empregatício
entre o sócio e a cooperativa e com o
tomador de serviço dela.
As duas emendas referem-se ao
Projeto de Lei (PL) nº 131/2008, que já
foi aprovado na Câmara Federal e que
agora tramita no Senado e tem como
relatora a senadora Serys Slhessarenko
(PT-MT). A primeira emenda determina
a supressão do parágrafo único do artigo
5º, bem como o artigo 29, que, por sua
vez, revogariam o atual parágrafo único
do artigo 442 da CLT, que se constitui
numa das conquistas históricas das
cooperativas de trabalho no Congresso
Nacional ao definir que “qualquer que
seja o ramo de atividade da sociedade
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem
entre eles e os tomadores de serviços
daquela”. O PL define que não haverá
vínculo somente quando o poder público
assim o decidir e que “cabe ao Ministério
do Trabalho e Emprego a fiscalização do
cumprimento do disposto nesta Lei”.
Tal controle, advoga a Ocergs, fulmina
a autonomia das sociedades cooperativas
expressamente definida na Constituição
Federal, através do artigo 5º, inciso XVIII,
que reza: “a criação de associações e, na
forma da lei, a de cooperativas independem da autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
A segunda emenda proposta pela
Ocergs prevê a modificação do texto do
Projeto de Lei que delega ao Ministério
do Trabalho e Emprego poderes de fiscalização e de aplicação de penalidades
às cooperativas de Trabalho. O novo
texto ficaria assim: “cabe ao Ministério
do Trabalho e Emprego, no âmbito de
sua competência, o mais amplo apoio
e estímulo ao desenvolvimento das
cooperativas de Trabalho”.
O presidente Perius salientou que
a tentativa de alteração na Lei do
Cooperativismo pode implicar em
aumento de impostos para o sistema
devido à desconsideração do Ato
Cooperativo em várias circunstâncias.
O deputado Zonta contou que está
percorrendo os Legislativos dos estados
defendendo e divulgando o cooperativismo. Disse que o ato cooperativo
está garantido apenas nos ramos do
Crédito, Transporte, Infra-estrutura e
Agropecuário.
Participaram ainda do debate o
secretário de Relações Institucionais do
governo do RS e presidente do Conselho
Estadual do Cooperativismo - Cecoop,
Celso Bernardi; Paulo Dias, presidente
da Fetrabalho; os deputados Miki Breier
(PSB) e Giovani Cherini (PDT); coordenador da Frencoop/RS (Frente Parlamentar
de Apoio ao Cooperativismo) e demais
lideranças representando todos os ramos
do cooperativismo gaúcho.
Políticos, dirigentes cooperativistas e representantes da imprensa participaram do café da manhã
9
trabalho
novembro de 2008
sistema ocergs-sescoop/RS
10 novembro de 2008
Sistema Ocergs-Sescoop/RS realiza
SEMINÁRIO DE COMUNICAÇÃO
Cerca de 100 profissionais participaram do evento
O Sistema Ocergs-Sescoop/RS realizou, nos dias 19 e 20 de novembro, o
2º Seminário Estadual de Comunicação
Cooperativista, direcionado a jornalistas, publicitários, relações públicas
e profissionais responsáveis pela
comunicação das cooperativas com
seus públicos. O evento ocorreu no
Albert Express Hotel, no Centro de Porto
Alegre, e contou com a presença de
cerca de 100 pessoas.
A abertura do Seminário foi feita pelo vice-presidente do Sistema
Ocergs-Sescoop/RS, Irno Pretto, que
destacou o papel dos comunicadores
como “porta-vozes das mudanças
pelas quais o cooperativismo está
passando”. Logo após, o presidente
Vergilio Perius falou sobre o atual
momento econômico e as tendências
do sistema cooperativista brasileiro
frente à crise econômica. Antes, ele
saudou os participantes do Seminário:
“O cooperativismo tem a comunicação
como essência, pois a interação entre
as partes – sócios, colaboradores e
direção – é fundamental”.
Perius falou a respeito do difícil
momento vivido pela economia
mundial e enfatizou que o cooperativismo, ao contrário das grandes
organizações privadas, não tem sua
economia baseada em especulações.
“A economia cooperativista é real
desde suas origens, sem fundamentos especulativos, e isso nos faz mais
fortes nesta crise, que está abalando
as economias virtuais”.
PALESTRAS
O Seminário contou com palestras
de profissionais renomados e experientes, todas da área de Comunicação.
Geraldo Canali foi um dos palestrantes
Jacqueline Joner abordou o olhar fotográfico
Esber falou sobre a mídia e a assessoria de imprensa
Tema do professor Marques Leonam foi a notícia
O primeiro dia teve Geraldo Canali,
jornalista e professor universitário com
experiência como repórter e diretor de
jornais, revistas, agências de notícias,
rádios, redes de televisão e web. Canali
falou sobre “O papel que sobra para a
imprensa e o que sobra para a imprensa
sem papel”. Discorreu sobre “os cenários que podemos constatar ou imaginar
para o jornalismo e a imprensa em geral
neste ambiente de franca digitalização
e pulverização das mídias”.
Rogério Amaral Ribeiro, fotógrafo,
artista plástico, professor universitário
e especialista em Museologia, abordou o tema “Uma visão jornalística e
tecnológica da fotografia”, destacando
o fotojornalismo como registro e denúncia, usos da fotografia contemporânea
e a revolução da fotografia digital, entre
outros aspectos.
Jacqueline Joner, também fotógrafa,
com atuação no fotojornalismo desde
o início dos anos 70, falou sobre os
elementos que formam a linguagem
fotográfica: luz, fotometragem, enquadramento, ponto de vista, foco e
momento decisivo, utilizando exemplos
que formam a composição.
Na quinta-feira as palestras foram
ministradas pelo diretor de Redação
da Revista Amanhã, Eugênio Esber,
e pelo jornalista Marques Leonam
Borges da Cunha. Esber discorreu sobre “Assessoria de imprensa na visão
da mídia”. Por treinar jornalistas em
workshops, Esber pôde fazer observações sobre as carências de formação
técnica dos profissionais e como estas
limitações perturbam a correta interpretação de dados e declarações prestadas
pela empresa e por seus porta-vozes.
Marques da Cunha, desde 1982 professor da PUC, onde leciona a disciplina
Redação Jornalística, palestrou sobre a
importância da notícia, o assessorado
e a cobrança para ser colocado nos
veículos, as leis que regem o jornalista
e a visão jornalística do assessor.
Os comunicadores ainda tiveram
a oportunidade de conhecer a trajetória de 35 anos do jornal O Interior,
apresentada pelo jornalista do Sistema
Ocergs-Sescoop/RS, Otacílio Grivot.
CLARIDADE VENCE
O Rio Grande Canta o Cooperativismo
Interpretada por Lú Schiavo e Robledo Martins, a música Claridade,
de autoria de João Bosco Ayala Rodriguez e Fábio Peralta e letra de
Fernanda Irala Gomes, foi a grande vencedora da segunda edição do
Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo. A etapa final foi realizada na noite de 29 de novembro, em Taquari, na Lagoa Armênia. Cerca
de 2.500 pessoas assistiram à apresentação das 16 obras finalistas
e viram a premiação dos artistas e show de Daniel Torres. O público
também votou, elegendo a música mais popular.
A final do Rio Grande Canta ocorreu em Taquari, na Lagoa Armênia
CONFIRA OS GANHADORES DO FESTIVAL – EDIÇÃO 2008
Robledo Martins agradeceu ao Sistema Ocergs-Sescoop/RS
pelo tratamento dispensado aos artistas e desejou longa vida ao Festival
1º lugar: Claridade
Prêmio: R$ 6 mil e troféu
Letra de Fernanda Irala Gomes
Melodia de João Bosco Ayala Rodriguez e Fábio Peralta
Interpretação de Lú Schiavo e Robledo Martins
Os músicos de O milagre da multiplicação parabenizaram a organização do Festival e
afirmaram: “Fomos recebidos de coração aberto em todas as etapas”
2º lugar: O milagre da multiplicação
Prêmio: R$ 5 mil e troféu
Letra de Carlos Omar Villela Gomes
Melodia de Jean Kirchoff e Arison Martins
Interpretação de Jean Kirchoff
11
o rio grande canta o cooperativismo
novembro de 2008
o rio grande canta o cooperativismo
12 novembro de 2008
Pirisca Grecco, compositor e intérprete de De sonho à realidade:
“Sempre que o assunto for cooperativismo, contem conosco”
3º lugar: De Sonho à Realidade
Prêmio: R$ 4 mil e troféu
Letra de Rodrigo Bauer
Melodia de Pirisca Grecco e Pedro Olmedo Ribas
Interpretação de Pirisca Grecco e Cristiano Quevedo
A idéia de quem coopera foi a escolhida do público
Música mais popular: A idéia de quem coopera
Prêmio: R$ 2 mil e troféu
Letra de Mauro Dias Mauro Dias e Fábio Prates
Melodia de Fábio Prates
Interpretação de Leonardo Paim e Jorge Freitas
Luis Augusto
Corrêa dedicou o
prêmio de melhor
instrumentista a
sua mãe
João de Almeida Neto, que cantou Missões, legado e herança, foi eleito o melhor intérprete
Melhor instrumentista:
Luis Augusto Corrêa, acordeonista em Claridade
Prêmio: R$ 2 mil e troféu
Melhor intérprete:
João de Almeida Neto (Missões, legado e herança)
Prêmio: R$ 2 mil e troféu
O compositor da melhor letra do Festival, Flaubiano Lima, contou com a torcida organizada do Sicredi Nordeste, cooperativa da qual faz parte
Melhor letra: Flaubiano Lima (A Fábula dos Gansos)
Prêmio: R$ 3 mil e troféu
João Ayala, um dos compositores da melodia de Claridade: “Parabéns aos produtores
do Rio Grande Canta, que apostaram na arte para divulgar sua mensagem”
Claridade levou o prêmio de melhor melodia, além do primeiro lugar
Melhor melodia: João Bosco Ayala Rodriguez e Fábio Peralta (Claridade)
Prêmio: R$ 3 mil e troféu
Ao saudar o público presente na Lagoa Armênia, o presidente do Sistema
Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, enfatizou que todos os artistas da noite
são grandes vencedores. “Hoje à noite, nós teremos 16 aulas de cooperativismo. Não importa quem vai ganhar, pois a razão de ser do nosso Festival
é cantar o cooperativismo. Queremos que ele seja cantado em todo o Brasil,
mas o espírito começa aqui, no Rio Grande do Sul” – afirmou Perius, que
dedicou a etapa de Taquari ao ex-presidente da Certaja, Frederico Bavaresco,
falecido em fevereiro deste ano.
A noite ainda teve uma homenagem simbólica a duas cooperativas
gaúchas que receberam o “Prêmio Cooperativa do Ano”, promovido pela
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e revista Globo Rural, da
Editora Globo, no mês de agosto. Os presidentes da Coprel Cooperativa de
Energia, Jânio Vital Stefanello, e do Sicredi Alto Uruguai, Eugênio Poltonieri,
subiram ao palco para representar as ganhadoras, que receberam os prêmios
da categoria Infra-estrutura e Crédito, respectivamente.
Dani DK (e) e Lenin Nunez (c) são os responsáveis pelo melhor arranjo do Festival
Melhor arranjo: Dani DK e Lenin Nunez (Coração para florir)
Prêmio: R$ 2 mil e troféu
RETROSPECTIVA
A segunda edição do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo começou no
dia 15 de agosto, com a etapa de Soledade. As outras eliminatórias foram realizadas
em Lagoa Vermelha (05/09), Uruguaiana (04/10) e São Miguel das Missões (31/10).
Em cada fase foram classificadas quatro obras, que participaram da final em Taquari.
Cada noite de eliminatória foi encerrada com um show. Subiram ao palco do Festival
artistas consagrados, como Os Fagundes, Joca Martins, Mano Lima e Pedro Ortaça.
O Rio Grande Canta o Cooperativismo reuniu mais de 8 mil pessoas ao
longo das cinco fases e se firmou, na opinião dos próprios artistas participantes,
como o maior e mais bem organizado Festival de música tradicionalista do Rio
Grande do Sul na atualidade.
O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS agradeceu aos artistas
afirmando que “sua participação no Festival é uma grande vantagem no fortalecimento das cooperativas gaúchas”. Perius encerrou a segunda edição do
evento declarando: “Nosso objetivo é mostrar o valor da cooperação através
da cultura. Espero que esta parceria em favor do cooperativismo siga forte por
muito tempo”.
Conheça as letras vencedoras
Claridade
Tristonho abri minha janela
E vi tantas outras olhando o vazio
Tão fundas de breu todas elas
Buscando respostas na noite de frio
Janelas guardando os olhares
De gente escondida na sua clausura
Sonhando encontrar os seus pares
E ser claridade nas ruas escuras
De onde provém este medo
De ser mais um vulto sem rosto e sem par
Qual é o estranho segredo
De ser prisioneiro de um sétimo andar
A rua será sempre escura
Se cada janela seguir sem clarear
Mas veio um recado da lua
E cada um dos vultos clareou seu lugar
Cooperando
Com parceiros de verdade
Cooperando
Se encontra a claridade
Quando só, uma janela é quadro escuro
Quando juntas são portais para o futuro
Assim, bem assim, uma a uma
Em cada janela um lume acendeu
Mostrando o caminho entre as brumas
Mostrando que o nós é mais forte que o eu
A rua virou céu aberto
Pessoas e sonhos tomando as calçadas
Um céu de janelas abertas
Clareou o destino de tantas pegadas
Risonho, abri minha janela,
E vi outros rostos sorrindo pra mim
Confiantes que por nossos elos
A flor do progresso dirá sempre sim.
A rua será pela vida
Em vez de penumbra pintura tão bela
E o breu se tomou claridade
Na soma das luzes de tantas janelas!
13
o rio grande canta o cooperativismo
novembro de 2008
o rio grande canta o cooperativismo
14 novembro de 2008
O milagre da multiplicação
O pão que chega em nossa mesa tem estrada
A sua massa é muito mais que água e trigo
Ele tem gosto de uma história bem contada
À luz de um sonho que encontrou sonhos amigos
O pão que chega tem lugar nesta morada
Que foi erguida com o suor de várias mãos
Trouxe saúde e esperança renovada
Trouxe trabalho pra firmar nossas pegadas
Fortalecidas pela força da união
Se com dois peixes, cinco pães e dom divino
Cristo sozinho alimentou a multidão
Na nova história cooperar é o nosso hino
Eis o milagre dessa multiplicação
Não nos levamos por palavras e promessas
Almas parceiras construindo um ideal
Se uma nuvem por si só passa dispersa
Muitas unidas vão criar um temporal
E nesse chão tantas sementes nascerão
E nessa chuva jorrarão novos destinos
Trazendo crédito e fartura a cada irmão
Que, mais que pão, busca sua multiplicação
Nesse milagre que há no cooperativismo
De sonho à realidade
Se um homem grita sozinho pra não ficar esquecido
Seu grito ofende o silêncio mas pouco vai ser ouvido
Se dois ou mais gritam juntos, somando a força na luta
Por mais que alguém ignore, a maioria os escuta
Mas quando um sonho é sonhado por mais de um, na verdade
Traz vocação de transpor-se de sonho à realidade
A força cresce nos homens que a fazem cooperativa
E mesmo a fé se baseia nessa premissa exclusiva
Somados somos mais fortes, é tão exata a ciência
Que o próprio Cristo nos disse com propriedade de Rei
E a sociedade é a base que nos garante a existência
Se dois ou mais, em meu nome, se unirem, lá estarei
Unidos chegamos longe nesse interesse comum
De diminuir a distância que existe entre cada um
Nós somos os operários da terra que nos abriga
Cigarras unindo o canto com o labor das formigas
Se um homem sonha sozinho é outro sonho e mais nada
Quando amanhece ele acorda e esquece tudo na estrada
A idéia de quem coopera
Se da uva tenho o vinho
E da semente a colheita
Não sou completo sozinho
Pois da união que a estrada é feita
Á força que agora impera
Um mais um é mais que dois
Na idéia de quem coopera
Faço força para ser livre
Sem patrões ou senhorio
Quero um mundo onde se vive
Com a alma e o jeito de rio
Semente ruim não germina
E o joio sai na peneira
À sombra do velho pinheiro
Vejo a fartura na eira
Não importa pêlo ou marca
Negros, Índios, Caucasianos
Soberanos ou monarcas
Benfeitores ou tiranos
Todos hão de se dobrar
Seguindo os sete princípios
Na bandeira de sete cores
Aparo espinhos nos ramos
Para a colheita das flores
A Fábula dos Gansos
A um olhar mais atento não passa despercebido
Esta fábula de união que os gansos nos ensinam
Quando nos céus peregrinam em seu voar solidário
Povoando os olhos da gente com as lições que disseminam
Quando o bando bate asas, a formação em forquilha
Reduz a força do vento prá os que vem na retaguarda
E uns ajudando os outros se revezando na ponta
Vão longe, afinal de contas, fica mais leve a jornada
O líder que vai na frente quando cansa entrega o posto
E se recolhe por gosto ao lugar comum da culatra
E continua grasnando prá dar coragem aos outros
Para que um grito de fé torne a vida menos ingrata
Cooperação é assim, é uma direção comum
É um compartilhar de rumos pelas crenças coletivas
É só olhar para os gansos e ver em suas lições
Uma imensidão de razões prá andar em cooperativa
Estas aves migratórias que buscam amenidades
Ensinam tantas verdades que alguns teimam em não ver
Ensinam que prá vencer as agruras dos caminhos
Não se pode andar sozinho. É cooperar ou morrer
ETAPA DE SÃO MIGUEL
classifica as últimas concorrentes
AS QUATRO
MÚSICAS
CLASSIFICADAS
NA ETAPA DE SÃO
MIGUEL FORAM:
Coração para florir
Autor da letra: Tadeu Martins
Autor da música: Lenin Nunes
Intérprete: Shana Müller e
Grupo Buenas e Me Espalho
“No braço que une
Tem vinho e a cruz
A flor do trabalho
Renasce no homem
Searas do sul”
A quarta eliminatória do Festival foi realizada nas ruínas de São Miguel das Missões
Centelha de um tempo novo
O público que prestigiou a quarta etapa do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, ocorrida no
dia 31 de outubro, assistiu às apresentações musicais da noite em um cenário privilegiado: as ruínas de São
Miguel das Missões. O palco foi montado ao lado do sítio arqueológico das ruínas jesuítas da antiga redução
de São Miguel Arcanjo, declaradas Patrimônio Mundial pela Unesco em 1983. Por ele passaram os artistas
concorrentes da última eliminatória do Festival antes da grande final.
A platéia ainda assistiu ao “Som e Luz”, tradicional espetáculo que conta a história dos Sete Povos das
Missões, e ao coral dos índios Guaranis, que apresentaram músicas típicas da cultura missioneira indígena.
A noite foi encerrada com show de Pedro Ortaça.
Autor da letra: Caine Teixeira Garcia
Autor da música: Robledo Martins
Intérprete: Raineri Spohr
“Cooperar para crescer, pra progredir.
Por um futuro bem melhor para todos nós
Plantando sonhos,
para colher prosperidade:
Realidades que se tornam uma só voz”
Missões, legado e herança
Autor da letra: Eron Carvalho
Autor da música: Sérgio Rosa
Intérprete: João de Almeida Neto
“Cada pedra dessas ruínas
Nos remete à um sonho altivo
De corações solidários
Num mundo cooperativo”
Peão Meeiro
Autor da letra: Ramires Monteiro
Autor da música: Sabani Felipe de Souza
Intérprete: Leonardo Paim
Show de Pedro Ortaça encerrou a noite
“A lida nunca é páreo para quem luta
Da madrugada ao pôr-do-sol de cada dia
Quem já é forte em seu ofício solitário
Fica mais forte quando encontra parceria”
15
o rio grande canta o cooperativismo
novembro de 2008
crédito - transporte - educação
16 novembro de 2008
SICREDI E ENTIDADES
assinam convênio de cooperação
O Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) deu
mais um passo em direção ao desenvolvimento das
cadeias produtivas no Rio Grande do Sul. Durante o I
Congresso Sul-Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e
Laticínios (Avisulat 2008), o Sicredi assinou convênio
de cooperação técnica e financeira com o Sindicato da
Indústria de Laticínio e Produtos Derivados do Estado
do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Associação
Gaúcha de Avicultura (Asgav) e Sindicato das
Indústrias de Produtos Suínos (Sips/RS).
A Avisulat aconteceu em Bento Gonçalves, na serra
gaúcha, de 19 a 21 de novembro. O Sistema busca
com a parceria fomentar o crescimento das cadeias
produtivas do leite, da avicultura e da suinocultura.
“Estamos trabalhando para que essas três cadeias tenham todo o apoio necessário para sua qualificação”,
afirma Gerson Seefeld, vice-presidente da Central
Sicredi RS/SC.
Na ocasião, Gerson ressaltou o fato de a parceria
entre as quatro instituições ser em benefício de uma
parte significativa das cadeias produtivas do Estado.
“Esses setores ocupam uma importante fatia de
negócios do Rio Grande do Sul. Este documento
irá fortalecer e ampliar o compromisso do Sicredi
com as cadeias de aves, suínos e leite, além de
promover a integração entre diferentes segmentos”,
declarou Gerson.
Para o presidente da Asgav, Luiz Fernando Ross,
é um orgulho fazer parte do convênio. “A Asgav quer
participar do engrandecimento de todos os envolvidos
Gerson Seefeld, da Central Sicredi RS/SC; Osomildo Bieleski, da Sips; Luiz Fernando Ross, da Asgav; e Gilberto Piccinini, da Sindilat;
comemoram convênios
na parceria”, disse Luiz Fernando. Já o presidente da
Sips, Osmildo Bieleski, afirmou ser uma satisfação
contar com o Sicredi. “O Sistema sempre esteve ao
lado da cadeia de suinocultura, incentivando produtores e indústrias do setor”, declarou.
O presidente da Sindilat, Gilberto Piccinini, lembrou que a cadeia de laticínios é fonte de renda de
mais de 100 mil famílias gaúchas. “O Sicredi tem papel fundamental no desenvolvimento e fortalecimento
das comunidades que trabalham primordialmente com
o setor lácteo”, afirmou
COOPERLOGIN E COOPERMAAS
REALIZAM SEMINÁRIO
A Cooperlogin e a Coopermaas, que possuem unidades nos estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, realizaram o I Seminário Coopermas e o III Seminário
Cooperlogin, com o objetivo de melhorar as atividades internas e o relacionamento com clientes. Os dois
Seminários ocorreram nos dias 17 e 18 de outubro.
O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, fez a abertura dos Seminários e comentou
o investimento superior a 1 bilhão de reais feito pelo sistema cooperativo no Rio Grande do Sul este ano.
Perius também ressaltou a importância de eventos que integrem cooperados a clientes.
Os Seminários tiveram ainda palestras do consultor Dorly
Dickel, que falou sobre “Tributação
e Ato Cooperativo”, e do advogado
Eduardo Pastore, que tratou do tema
“Legislação Cooperativista”. Os
participantes assistiram a vídeos,
fizeram dinâmicas de Comunicação
e avaliaram o próprio trabalho através da análise de cases. Os eventos
foram encerrados pelo presidente da
Cooperlogin, Álvaro Nunes, e pelo
presidente da Coopermas, Ermus
Os funcionários da Cooperlogin e da Coopermaas participaram do Seminário em
Josilco Oss.
busca de aperfeiçoamento
INAUGURAÇÕES
Confira onde o Sicredi abriu unidades de
atendimento:
21 de novembro - Capinzal/SC: Rua XV de
novembro, 178
21 de novembro - Maravilha/SC: Av. Sul
Brasil, 81
ABERTAS AS
MATRÍCULAS
PARA O DIRETTO
O Instituto Educacional Diretto, de Passo
Fundo, está com matrículas abertas para os
cursos Técnicos em Administração, Informática e Secretariado Bilíngüe e para os
cursos de Ensino Médio (Educação de Jovens
e Adultos – EJA). Os cursos Técnicos iniciam
dia 25 de fevereiro; os EJA, em janeiro.
O Instituto Diretto é mantido pela Cooperativa Integral de Trabalhadores Ltda. Por isso,
tem seu ensino voltado aos valores do cooperativismo. Além de proporcionar a educação
formal, os alunos são incentivados a praticar
a solidariedade, cidadania e empreendedorismo. Associados de cooperativas têm 15%
de desconto na mensalidade.
Mais informações podem ser obtidas
através do fone (54) 3311 - 5606.
Languiru comemora aniversário
EM CLIMA DE OTIMISMO
“Eu não temo
pela Languiru
porque somos
eficientes no
que fizemos.
Este ano
pagamos o
melhor preço
do leite no
Estado. Em
momento
algum vamos
parar de
investir, isso
não passa pela
nossa cabeça.
A crise é igual
para todos.
Não podemos
parar”, declarou
Bayer.
Em clima festivo, apresentando uma
variada programação e com o objetivo
de interar o seu associado nos assuntos
que dizem respeito à Cooperativa, a
Languiru comemorou 53 anos no dia
13 de novembro. O evento ocorreu
no pavilhão social da Associação dos
Funcionários e reuniu aproximadamente 800 associados. Cerca de 15
municípios do Vale do Taquari estavam
representados no local. O presidente
da Languiru, Dirceu Bayer, informou
aos associados que o saldo geral da
Cooperativa até o momento é positivo
e que o volume de negócios este ano
pode repetir o do ano passado. “Nós
vendemos mais de R$ 1 milhão por dia.
Parabéns pela cultura de vocês, o gosto
pela diversificação. Isso está salvando
a Languiru, devemos comemorar isto”,
falou aos associados.
Ações recentes e o futuro da empresa também foram lembrados pelo
presidente. “Eu não temo pela Languiru
porque somos eficientes no que fizemos. Este ano pagamos o melhor
preço do leite no Estado. Em momento
algum vamos parar de investir, isso
não passa pela nossa cabeça. A crise é
igual para todos. Não podemos parar”,
disse. Bayer ressaltou que a Cooperativa
Languiru é a única empresa da região
Sul que está mantendo o seu projeto
de investimentos, mas pregou cautela
quanto a futuras implementações no
parque industrial da empresa. “Nossa
dívida está encolhendo e, em função
Presidente Dirceu Bayer afirmou que a Cooperativa não vai parar de investir
Cerca de 800 pessoas participaram da comemoração
disso, estamos preparando uma surpresa. Na próxima Assembléia esperamos
trazer bons números para vocês”,
adiantou.
Já o vice-presidente da Languiru,
Renato Kreimeier, afirmou que a Cooperativa investiu muito este ano e está
em um dos melhores momentos de sua
existência. “Eu tenho certeza que os
fundadores da Cooperativa Languiru não
imaginavam que a empresa chegaria
a comemorar 53 anos. Hoje é um dia
muito alegre para nós. Nos últimos anos
crescemos R$ 150 milhões e estamos
prevendo um faturamento de R$ 300
milhões este ano”, revelou.
SUPERMERCADO COTRIJAL ARRECADA ALIMENTOS
O Supermercado Cotrijal Sede distribuiu cerca de 400
quilos de alimentos na manhã do dia 21 de outubro para
três importantes entidades assistenciais de Não-Me-Toque:
Associação Beneficente de Amparo ao Menor (Asbam),
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e
Lar do Idoso São Vicente de Paulo. Para arrecadar os alimentos, o supermercado desenvolveu uma campanha junto
a seus clientes, em parceria com a Superação Editora, de
propriedade de Alexandre Roehe e Paulo Roberto Schneider.
A cada doação os clientes ganhavam um guia telefônico
regional produzido pela editora.
Para o diretor administrativo-financeiro da Cotrijal,
Dirceu Olair Hoffstaedter, o comprometimento com o
desenvolvimento social das comunidades em que está
presente é dever de toda instituição. “Com o apoio dos
nossos clientes, conseguimos mais uma vez cumprir nosso
Doações beneficiaram idosos, crianças e pessoas
com necessidades especiais
papel e beneficiar cerca de 330 idosos, crianças e pessoas
especiais”, afirma. A presidente da Apae, Sônia Gonçalves,
a segunda tesoureira do Lar do Idoso, Nelci Soder, e a secretária da Asbam, Fúlvia Schmtt, agradeceram a doação e
ressaltaram que gestos como esse têm contribuído para que
as entidades possam melhor atender seus assistidos.
17
agropecuário
novembro de 2008
saúde
18 novembro de 2008
Unimeds participam de Campanha de
PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PELE
A Unimed Erechim realizou, no dia
8 de novembro, a Campanha Unimed
de Prevenção ao Câncer de Pele, disponibilizando mais de 100 consultas de
diagnóstico de câncer de pele, todas
gratuitas. O público também recebeu
material informativo sobre cuidados
com a exposição solar, prevenção e
detecção da doença.
Foram detectados 63 casos de
lesões na pele. Dependendo do grau,
os casos foram encaminhados para
a biopsia, criocauterização, procedimento cirúrgico para retirada das
lesões ou outros procedimentos. Os
procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos serão realizados na Uniclínica e
em consultórios de dermatologia. Os
dados coletados durante a Campanha
possibilitam desenvolver estatísticas
sobre o perfil e as características
das pessoas que podem desenvolver
a doença.
Médicos cooperados da Unimed
Litoral Sul participaram da Campanha
de Prevenção ao Câncer de Pele como
parte das atividades promovidas pela
los raios UV. Porém, é possível desfrutar
do Sol e manter sua pele saudável,
como mostram as dicas de saúde da
Unimed:
●
● Na
praia ou piscina prefira filtros
resistentes à água, reaplique após
suor excessivo ou mergulho.
● Nenhuma
parte do corpo deve ficar
exposta sem proteção. Cuidado com
orelhas, nuca, lábios, mãos e pés.
● Chapéu
ou boné diminuem em 5
vezes a quantidade de raios UV recebidos diretamente no rosto, pescoço
e colo.
O público da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele surpreendeu os organizadores: foram realizadas
120 consultas gratuitas na Unimed Erechim
Sociedade Brasileira de Dermatologia,
também no dia 8. A iniciativa é um
esforço nacional para orientar a população sobre prevenção e detecção
precoce do câncer: este ano, mais
de 1.500 médicos voluntários participaram. No ambulatório do Hospital
Universitário, em Rio Grande, foram
disponibilizadas 400 fichas para exames gratuitos.
HOSPITAL DE RIO PARDO
GANHA MÓVEIS DA UNIMED
A Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP) começou a
beneficiar os hospitais credenciados com melhorias. No dia 21.11 o Hospital
Irmandade de Caridade do Senhor Bom Jesus dos Passos, de Rio Pardo,
recebeu móveis que agora compõem a recepção da instituição. Entre os
bens doados estão oito poltronas estofadas e um aparelho de televisão. O
médico Neori Gusson, Diretor de Desenvolvimento da Cooperativa, entregou
pessoalmente o termo de doação.
A doação faz parte do projeto para beneficiar os 35 hospitais credenciados com aparelhos e melhorias em hotelaria. Todo o processo é
realizado com base em critérios estabelecidos pela Cooperativa, a partir
da identificação das principais necessidades das instituições beneficiadas,
por meio de visitas e das percepções dos clientes e do corpo clínico.
Todos os 35 hospitais, divididos em dois grupos, serão beneficiados
anualmente, de forma alternada.
Recepção do Hospital passou
por processo de modernização
Aplique o protetor solar e reaplique a
cada duas horas.
DICAS PARA
UMA PELE
SAUDÁVEL
O Sol é essencial à vida, mas pode
significar altos riscos para a pele: 90%
do envelhecimento cutâneo são devidos
ao foto-envelhecimento provocado pe-
● A barraca de praia filtra 50% dos raios
diretos, mas 17% continuam difusos
pela areia.
● Óculos
escuros são indispensáveis.
● Não
exponha diretamente ao Sol
crianças menores de três anos por
período prolongado.
●
Consulte sempre seu dermatologista.
UNIMED VTRP BENEFICIA
ENTIDADES ASSISTENCIAS
A Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo
(VTRP) iniciou, no início de novembro, a
promoção Abraços Unimed, um projeto que
doa a entidades assistenciais 10% do valor da
primeira mensalidade de cada novo plano de
saúde adquirido.
Ao adquirir um plano, o cliente indica uma
instituição para receber a doação. A entidade
mais citada em cada uma das microrregiões
de atuação da Unimed VTRP (Jacuí, Vale do
Rio Pardo e Vale do Taquari) receberá, ao final
do promoção, um terço do valor arrecadado
Além de ajudar uma entidade assistencial, os novos
em materiais escolhidos pela própria.
clientes da Unimed VTRP também ganham um brinde
MÉDICOS LANÇAM LIVRO
A Unimed Porto Alegre e seu Conselho de Administração lançaram, no mês de novembro, a quinta edição do livro “Histórias e Estórias Médicas”, uma obra escrita por médicos
cooperados. Este ano o livro conta com mais de 50 autores.
“Histórias e Estórias Médicas” conta o dia-a-dia dos médicos em cenários como consultórios e salas de cirurgia, através de contos e crônicas que narram acontecimentos reais
e fictícios. Segundo o presidente do Conselho de Administração da Unimed Porto Alegre,
Márcio Pizzato, “esta obra é a oportunidade de conhecermos outros talentos de nossos
colegas cooperados”.
UNIMED FEDERAÇÃO/RS
promove “Café com Política”
O “Café da Manhã com Política” completou sete anos
A Federação Unimed/RS promoveu,
na manhã de 21 de novembro, em sua
sede, em Porto Alegre, uma edição
especial e ampliada do tradicional “Café
da Manhã com Política”, que comemorou sete anos. No último “Café” de
2008, os participantes acompanharam
uma programação especial, que incluiu
palestra com o diretor executivo da
agência Pólo RS, Ronald Krummenauer,
responsável pela organização das propostas concretas de interesse da sociedade rio-grandense. O tema da palestra
foi “Agenda 2020 - Um movimento que
Nilson Luiz May apresentou o livro que conta a trajetória de 35 anos da Federação Unimed/RS
une os gaúchos para agir em busca de
um futuro melhor”.
Após a palestra, a Unimed Federação
realizou uma cerimônia de reconhecimento às Unimeds Singulares que se
destacaram no Programa Gaúcho de
Qualidade e Produtividade (PGQP).
As Unimeds de Vale do Caí, Região da
Campanha-RS, Santa Rosa, Erechim,
Centro-RS, Vales do Taquari e Rio
Pardo, Uruguaiana, Região da FronteiraRS e Pelotas receberam o diploma de
participação no sistema de avaliação
2008 do PGQP.
No mesmo dia foi inaugurado o
auditório da Federação Unimed/RS, que
ganhou o nome “Dr. Paulo Revoredo
Camargo” em homenagem ao presidente da Unimed Planalto Médio (Passo
Fundo) e diretor administrativo e de informática na gestão 2000/2008, falecido
em março deste ano. O filho e esposa de
Camargo participaram da solenidade de
descerramento da placa e ressaltaram
a dedicação intensa de Camargo ao
cooperativismo de Saúde.
O “Café com Política” do dia 21
de novembro marcou ainda o lança-
mento do livro “35 Anos – Uma História
de Solidariedade e Cooperação” e
os DVDs dos 35 anos da Unimed
Federação/RS.
Por fim, o empresário Carlos
Alberto Bastos Ribeiro, ex-diretor da
empresa jornalística Caldas Junior
e atual diretor da Óleos Vegetais
Taquarassu recebeu o Troféu Amigo
Unimed 2008, entregue a pessoas que
interagem e agregam esforços com o
Cooperativismo de Saúde, contribuindo para fazer frutificar ações e resultados positivos para a sociedade.
Cardiopatia é tema de palestra da Unimed Erechim
As doenças cardíacas são responsáveis
por 45% das mortes em países industrializados e 25% em outros. Pensando em alterar
este quadro, a Unimed Erechim promoveu
uma palestra com a cardiologista Flávia
Gritti, no Espaço Vida da Cooperativa.
Flávia mencionou os cuidados necessários com a alimentação, que deve
privilegiar alimentos com pouca gordura,
sal e calorias e ricos em fibras alimentares.
“Um dos segredos é adicionar na dieta
alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas, como óleo de oliva, canola e frutos
do mar, e poliinsaturadas como vegetais,
frutos do mar, óleo de girassol e milho” –
aconselhou a médica, que também sugeriu
alternativas para a perda de peso. Algumas
delas são: comer porções menores várias
vezes ao dia; evitar repetir o prato; comer
menos gorduras, frituras, sobremesas
gordurosas e chocolate; comer mais frutas
e vegetais; comer alimentos com poucas
calorias como as saladas.
CONFIRA ALGUMAS DICAS PARA CUIDAR
BEM DO SEU CORAÇÃO
Faça exames
● A partir dos 20 anos: colesterol, TG e glicemia a cada 5 anos. Controle da pressão: a cada dois anos;
● Acima de 40 anos: colesterol, TG, glicemia, função renal e medida da pressão anualmente.
● Mantenha sob controle: pressão arterial, colesterol (HDL alto e LDL baixo), colesterol total até 200, HDL acima de
45, LDL abaixo de 100, obesidade; diabete melito.
Os dez mandatos do coração saudável
1- Exercício: melhor pouco do que nenhum;
2- Uma dieta saudável poderá melhorar sua saúde;
3- Fique de olho no seu peso;
4- Pare de fumar. Se necessário, procure ajuda médica;
5- Evite o estresse;
6- Consulte o seu médico regularmente;
7- Cheque sua pressão arterial;
8- Verifique e controle a diabete;
9- Monitore seu nível de colesterol;
10- Evite o excesso de álcool.
19
saúde
novembro de 2008
infra-estrutura
20 novembro de 2008
Infracoop discute
REGULAMENTAÇÃO DA ANEEL
“O trabalho
desenvolvido
pelas
cooperativas
brasileiras de
Infra-estrutura
leva energia
para 650 mil
propriedades
rurais,
beneficiando,
no campo, mais
de 5 milhões
de brasileiros,
ou seja, o
nosso trabalho
tem expressão
muito maior
no âmbito da
inclusão social
do que no
econômico”,
disse Jânio
Stefanello.
O vice-presidente, Irno Pretto, representou o Sistema Ocergs-Sescoop/RS
Com o desafio de se adaptarem à regulamentação da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
67 cooperativas de eletrificação e
desenvolvimento rural reuniram-se
em Porto Alegre no dia 27.11, no
XXVII Encontro Nacional do Sistema
Infracoop (Confederação Nacional das
Cooperativas de Infra-Estrutura).
No Encontro, foi apresentada
às cooperativas permissionárias e
autorizadas uma palestra sobre uma
visão geral dos regulamentos e o fluxo
de informações do relacionamento
com o consumidor e com a Aneel.
Estiveram presentes 120 pessoas,
entre presidentes, diretores, gerentes,
técnicos e contadores. O palestrante,
Flávio Rogério Vidiri, é especialista
na área de fiscalização de serviços
de eletricidade, consultor de concessionárias e ex-funcionário do Dnaee
(Departamento Nacional de Águas e
Energia Elétrica). Vidiri participou da
montagem do Manual de Fiscalização
da Distribuição de Energia.
A partir da assinatura dos contratos que permitirão que as cooperativas atuem como permissionárias
de energia, ou seja, como concessionárias, os ativos das cooperativas
ficarão à disposição da União e elas
serão remuneradas de acordo com as
tarifas de energia elétrica. O modelo
de gestão cooperativista, no entanto,
continua o mesmo.
Para o presidente da Infracoop,
Jânio Vital Stefanello, no passado
Cerca de 120 pessoas participaram do evento
havia pressões do setor de energia
para transformar estas cooperativas
em empresas privadas e, portanto,
a transformação em concessionárias
encerra uma luta de mais de 10 anos
pelo reconhecimento delas como
agentes do setor elétrico.
CONSUMIDORES
Stefanello também considera que
para os consumidores a medida é
benéfica. Eles passam a ter direitos
e deveres iguais aos clientes das
distribuidoras convencionais. A fiscalização será maior e, conseqüentemente, a qualidade para o consumidor
também. “O trabalho desenvolvido
pelas cooperativas brasileiras de
Infra-estrutura leva energia para 650
mil propriedades rurais, beneficiando,
no campo, mais de 5 milhões de
brasileiros, ou seja, o nosso trabalho
tem expressão muito maior no âmbito
da inclusão social do que no econômico”, diz o presidente.
Um ponto do contrato que ainda
deve ser discutido, segundo Jânio,
é sua duração. Pela lei ele será de
20 anos sem direito à prorrogação.
Ele espera que a prorrogação seja
negociada.
Atualmente, as cooperativas estão vivendo um tempo de transição
para se adequarem aos prazos e à
qualidade de serviços exigidos pela
Aneel. Stefanello diz que as cooperativas estão preparadas para enfrentar
esse processo. “Elas terão um tempo
de adequação e, nesse tempo, a
Aneel vai medir os serviços, avaliar
e estabelecer, principalmente, os
indicadores de qualidade e também
os investimentos necessários para
a melhoria do serviços”. Stefanello
também valoriza a necessidade das
cooperativas treinarem seus técnicos
para as novas exigências.
O QUE MUDARÁ PARA
as cooperativas de infra-estrutura?
O processo implica em ganhos e perdas. Os
ganhos serão basicamente benefícios sociais
fornecidos pelo governo e que poderão ser
repassados pelas cooperativas ao segmento de
baixa renda. As perdas serão nas relações entre
associado e cooperativa. Esta relação não irá
desaparecer, mas ficará mais parecida com a
relação empresa-cliente. Vai mudar a cultura que
existe hoje no setor.
José Grasso Comelli
Pres. da Fecoerusc (Federação das Cooperativas de Energia do Estado de Santa Catarina)
Estamos vivendo um momento de expectativa.
No Mato Grosso do Sul temos apenas cooperativas
autorizadas e até agora a Aneel não explicou exatamente como será o novo cenário. As autorizadas
vão continuar na categoria de consumidor, mas
ainda não sabemos como será o relacionamento
delas com a Aneel e com os demais agentes do
setor. Uma das principais dúvidas que temos é
em relação às tarifas de energia. A viabilidade das
cooperativas depende desta informação.
Valdir Pimenta da Silva
Representante do ramo Infra-Estrutura junto
à OCB
Embora o sistema de gestão da cooperativa
seja mantido, nós estaremos permanentemente
sob o controle do poder público, pela Aneel, em
relação ao nosso desempenho técnico, econômico e financeiro. Isto vai exigir uma qualificação
maior dos nossos gestores, que terão que se
adaptar à legislação do setor elétrico brasileiro.
Além disso, recairão sobre as cooperativas novos
encargos tributários, o que reduzirá o resultado
financeiro no fim do exercício.
Egon Édio Hoerlle
Presidente da Fecoergs (Federação das
Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul)
As cooperativas estão vivendo um novo
desafio porque a passagem para o controle da
Aneeel implicará em uma série de garantias
fornecidas pelo setor elétrico nacional. Estas
garantias incluem suprimento de energia, uma
vez que a cooperativa vai deixar de ser apenas
um consumidor simples e passará a ser um
agente do setor elétrico. Isto representa uma
grande vantagem para a cooperativa. Em contrapartida, a cooperativa terá o dever de dar aos
seus associados um tratamento com direito a
qualidade de serviços. Não que isto não esteja
sendo feito hoje, mas a partir de então será
sob a regulamentação da Aneel.
José Zordan
Superintendente da Infracoop (Confederação
Nacional das Cooperativas de Infra-estrutura)
Quando a Infracoop negociou esta política
de transição para o ambiente regulado, conseguimos prazos compatíveis com a estrutura das
cooperativas. O desafio agora é treinar muito os
nossos técnicos para este novo ambiente. Para
isto será fundamental continuarmos recebendo
o apoio do Sistema Ocergs-Sescoop/RS. Em relação aos nossos cooperados, temos confiança
que esta transição se dará de forma competente
devido à transparência que as cooperativas
têm em relação aos seus quadros. Quanto à
fiscalização externa que a Aneel fará, nós já
a realizamos através de nossos conselhos e
modelo de governança.
Jânio Vital Stefanello
Presidente da Infracoop (Confederação
Nacional das Cooperativas de Infra-Estrutura)
21
enquete
novembro de 2008
infra-estrutura
22 novembro de 2008
NOVO EQUIPAMENTO DA CERILUZ
otimiza geração de energia
Limpa grades melhora a distribuição de energia, aumenta a segurança no processo de limpeza e auxilia
na preservação do meio ambiente
“A Ceriluz investe para aperfeiçoar
a geração e distribuição de energia,
melhorando a qualidade e reduzindo
custos”, afirmou o presidente Iloir
de Pauli, referindo-se ao novo Limpa
Grades instalado no túnel da Usina José
Barasuol. A inauguração aconteceu no
dia 27 de outubro. O equipamento foi
posto em funcionamento e retirou uma
grande quantidade de resíduos - orgânicos e secos - trazidos pelo rio que está
com o nível de água elevado. O limpador
automático tem objetivo de desobstruir
regularmente as grades de proteção existentes na entrada do túnel que transporta
água até os geradores, normalizando o
fluxo e a geração de energia.
O presidente explicou que o
investimento realizado foi de aproximadamente R$ 250 mil. A previsão
é de que esse valor seja recuperado
em no máximo dois anos, apenas com
os benefícios proporcionados pela
nova máquina. “Essa relação custobenefício se dá pelo fato de não ser
mais necessário fazer o desligamento
das turbinas toda vez que é feita a lim-
peza do túnel”, afirmou Iloir de Pauli.
Mesmo em períodos de cheia, quando
a geração está no pico, era preciso
desligar as três turbinas para que
as equipes da Cooperativa fizessem
a desobstrução, deixando de gerar
energia. “Essa tecnologia aumenta
também a segurança no processo de
limpeza, foi muito bem planejada e
certamente vai trazer melhorias também para o quadro social”, acredita
o conselheiro Fiscal da Cooperativa,
Carlos Karlinski. “É um investimento
altamente viável, considerando o
desempenho, o rendimento que ele
proporciona às turbinas, que com esse
investimento poderão trabalhar com
todo o seu potencial”, ressalta Sênio
Kirst, conselheiro Administrativo.
O novo equipamento também faz
um alerta ambiental. “Impressiona
a quantidade de lixo. Além de galhos e troncos de árvores, durante
os primeiros testes foram retiradas
grandes quantidades de embalagens
de refrigerantes e de agrotóxicos,
potes de vidro e outros materiais não
Equipamentos têm a finalidade de regular automaticamente a tensão, mantendo a distribuição de
energia estável
degradáveis”, lamenta o presidente
da Ceriluz. O material orgânico que
é retirado é levado a uma composteira para virar adubo orgânico e os
demais produtos são encaminhados
à reciclagem.
NOVOS
REGULADORES
DE TENSÃO
A Ceriluz adquiriu 15 novos reguladores de tensão, que têm a finalidade de manter o equilíbrio da voltagem. “Os reguladores agem como
transformadores, com a diferença
de que, ao invés de só rebaixar, eles
regulam automaticamente a tensão,
ou seja, quando ela estiver baixa eles
a levantam e, se estiver alta, rebaixam”, explica o engenheiro eletricista
João Fernando Costa, responsável
pelo setor de redes. A tensão deve
manter-se estável, sempre em torno
de 23,1 mil volts.
CERTEL INAUGURA HOME CENTER EM SOLEDADE
A Certel inaugurou, em outubro, a Home Center Certel de Soledade. A loja oferece móveis,
eletrodomésticos e materiais de construção. Esta é a 59ª loja da rede, presente em várias regiões
do Estado. Para o presidente da Cooperativa, Egon Édio Hoerlle, a inauguração integra o projeto
de expansão das Lojas Certel. Além de proporcionar várias vantagens, as Lojas Certel zelam
pelo atendimento cordial e respeitoso, garantindo a satisfação de sua clientela. Paralelamente às
suas ofertas, a rede também oferece outros benefícios, como o Cartão Certel Caixa Mastercard,
consórcio de produtos, seguros e o programa habitacional Casa Pronta Certel.
Nova loja da Cooperativa é a 59ª da rede
A tensão desregulada proporciona
energia muito fraca aos associados,
ou então muito forte, podendo causar
a queima de equipamentos elétricos.
Estes novos reguladores automáticos
serão instalados nas regiões de Santo
Augusto e Augusto Pestana. Com os
novos equipamentos, a Ceriluz vai
totalizar 15 bancadas reguladoras de
voltagem instaladas, garantindo qualidade de energia para toda a região de
atuação. “Após a instalação atenderemos a todos os associados e a compra
de outros reguladores automáticos só
será necessária caso aumente a nossa
demanda”, afirma Costa.
Foram investidos R$ 480 mil na
aquisição dos reguladores de tensão,
porém a previsão é de um investimento de R$ 700 mil até a instalação completa. A estrutura de suporte exige,
além dos postes, o uso de isoladores,
pára-raios, aterramentos, entre outros
equipamentos. Algumas estruturas
já foram instaladas e a intenção é
concluir a instalação de todos os
reguladores até o final do ano.
Governadora facilita implantação do
PROGRAMA LUZ PARA TODOS
O secretário
José Alberto
Wenzel afirmou
que o Programa
vai proporcionar
uma série de
benefícios
mesmo às
famílias
residentes
nos locais
mais isolados
dessas regiões,
“mudando
definitivamente
o perfil
socioeconômico
dessas
comunidades”.
Governadora e chefe da Casa Civil assinaram os termos de compromisso
A governadora Yeda Crusius e o chefe da
Casa Civil, José Alberto Wenzel, assinaram
termos de compromisso entre o governo
do Rio Grande do Sul, governo federal
e a Certel, de Teutônia, para viabilizar a
implantação do Programa Nacional de
Universalização do Acesso e Uso da Energia
Elétrica, o Programa Luz para Todos, na
área de abrangência da Cooperativa, que
está presente em 47 municípios dos Vales
do Taquari, Rio Pardo, Caí e Paranhana. Os
termos assinados envolvem também as
cooperativas Cerfox, Creluz, Coopernorte,
Cermissões, Coprel e Certaja, além das
empresas Uhenpal, AES Sul e RGE.
Operacionalizado por empresas distribuidoras de energia elétrica, através do
Ministério de Minas e Energia (MME),
com a interveniência da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) e da Centrais
Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), o Programa
Luz para Todos tem o objetivo de levar energia elétrica às populações do meio rural que
ainda não têm acesso a esse benefício.
O secretário José Alberto Wenzel
afirmou que o Programa vai proporcionar uma série de benefícios mesmo
às famílias residentes nos locais mais
isolados dessas regiões, “mudando
definitivamente o perfil socioeconômico
dessas comunidades”. Explicou que,
com a chegada da luz elétrica, além de
as pessoas conquistarem maior conforto
no dia-a-dia do seu lar, poderão explorar
novas formas de aumentar a renda de
seus familiares.
DISTRIBUIDORAS CONTRA A FRAUDE DE ENERGIA
Profissionais das Cooperativas
Certaja, de Taquari, e Certel, de Teutônia,
além de representantes da AES Sul,
reuniram-se no dia 18 de outubro para
compartilhar experiências técnicas e
jurídicas sobre fraudes de energia, um
problema comum às empresas do setor. Os danos provenientes das fraudes
atingem não somente as empresas
distribuidoras, como também toda a população. Para as empresas, esses danos
dizem respeito à perda no faturamento
e à influência negativa nos índices de
qualidade do fornecimento DEC (duração das interrupções) e FEC (freqüência
das interrupções), que podem causar
ocorrências nas redes de distribuição. A
população é prejudicada quanto ao fornecimento da energia elétrica que, além
das interrupções, pode causar avarias em
aparelhos eletroeletrônicos e onerosidade
da tarifa. Sem contar a ocorrência de
acidentes com a rede elétrica provocada
pelas ligações irregulares.
A energia elétrica furtada através das
fraudes implica também na redução do
recolhimento do ICMS, sendo prejudicial para o Estado e para a população.
Portanto, a redução das perdas de
energia elétrica, além de financeiramente importante para as distribuidoras,
implica na melhoria da qualidade da
energia fornecida, reduzindo o número
de interrupções provocadas por ligações
clandestinas.
Fraudar energia elétrica é crime de
furto, logo, passível de punição. A pena
é reclusão de um a quatro anos, podendo ser elevada para dois a oito anos se
o crime for cometido mediante fraude
no medidor e multa. “É possível rastrear
os consumidores fraudadores. Temos
equipes em campo atentas a essa
irregularidade. Denúncias podem ser
feitas pelo Disque Certel Energia, através do telefone gratuito 0800 516300”,
salienta o gerente de distribuição de
energia elétrica da Certel, engenheiro
eletricista Francisco de Oliveira.
PRESENÇAS
Estiveram presentes o gestor de
fiscalização de perdas comerciais
Reinaldo Lima de Azevedo e o técnico de
fiscalização da AES Sul, Leandro Mattos,
representando o gerente comercial
Hercules Negreiros; o engenheiro eletricista Éderson Madruga e o eletrotécnico
da Certaja, Eleandro Luiz Marques da
Silva; o gerente de suprimento de energia elétrica, Ernani Aloísio Mallmann e
colaboradores da Certel.
23
infra-estrutura
novembro de 2008
destaque
novembro de 2008
INCENTIVOS MELHORAM
qualidade de vida dos sócios da Certel
Vilmar Secco, a esposa Claudete e o filho Itamar estão felizes com a nova casa
Érico e Ilse Brandt (c) comemoram a reforma da residência
O acesso para construir ou reformar
está cada vez mais facilitado. Ao contrário de alguns anos, quando a aprovação
de financiamentos demandava tempo e
paciência, hoje existem alternativas que
agilizam a liberação de recursos para
quem deseja melhorar sua qualidade de
vida. Os programas habitacionais Casa
Pronta Certel, Moradia Rural e Moradia
Familiar, que contam com a participação
das lojas da Certel, de Teutônia, contribuem neste sentido, beneficiando tanto
quem vive na cidade quanto no interior.
CASA PRONTA
CERTEL
Desde o dia 6 de setembro morando
em sua nova casa, Vilmar Secco, de
Ilópolis, apostou no programa Casa
Pronta Certel para oferecer mais comodidade a sua família. “Estamos muito felizes com a nova casa, que oferece mais
conforto e tranqüilidade”, comemora juntamente com a esposa Claudete e o filho
Itamar. “O financiamento oferecido pelo
programa através da Caixa Econômica
Federal foi negociado e concretizado
na própria loja, não enfrentamos fila e
demora. Quem paga aluguel deve optar
pelas facilidades existentes para obter a
casa própria”, recomenda.
pouco tempo atrás, tínhamos somente
incentivos para investir na construção
de pocilgas, aviários e estrebarias.
Carecíamos de um programa habitacional que beneficiasse também os produtores. Já construímos 68 casas novas e
reformamos 76, sendo que mais 11 estão
em andamento”, conta Becker.
MORADIA
CAMPONESA
Ornélio Vergutz e esposa com Hinrichsen (d) e representante da Certel
O programa é uma parceria da Certel
com a Caixa Econômica Federal. Além
do financiamento, são oferecidos vários
modelos de projetos para a construção.
O preenchimento do cadastro para o
financiamento e a simulação das prestações são feitos na própria loja. Compete
à Certel construir e entregar a chave da
casa pronta.
MORADIA RURAL
Com a casa reformada por meio do
programa Moradia Rural, o casal Érico
João e Ilse Brandt, de Picada Wasem,
Marques de Souza, agora não têm
mais motivos para reclamar. Através
de financiamento obtido, conseguiram
reboco, pintura, prontilage, substituíram assoalho por piso e aumentaram a
área de serviço, entre outras modificações. “Somos gratos ao Sindicato dos
Trabalhadores Rurais (STR) de Lajeado
que, em parceria com a Certel, nos
possibilitou a transformação. O programa
é importante por permitir que o homem
do campo tenha condições de construir e
reformar e, principalmente, de manter-se
em seu meio, evitando o êxodo rural”,
relata dona Ilse. Para ser beneficiado pelo
programa Moradia Rural, o produtor deve
inscrever-se junto ao STR.
De acordo com o vice-presidente
do STR de Lajeado, Bruno Becker, o
programa contribui para melhorar a
qualidade de vida do setor primário. “Até
Em Picada Aurora, Cruzeiro do Sul,
o produtor Ornélio José Vergutz também
reformou sua casa, mas por intermédio
do programa Moradia Camponesa, uma
parceria do Movimento dos Pequenos
Agricultores (MPA) com a Certel, STR e
Caixa Econômica Federal. Uma reforma
total foi efetuada na moradia, que agora
está mais confortável. Na visão do
presidente do STR de Cruzeiro do Sul e
coordenador regional do MPA, Marcos
Hinrichsen, o programa se traduz numa
das maiores conquistas em prol dos
agricultores. “Em nosso município,
já atendemos mais de 100 famílias
que estão de casa nova ou reformada
e outras 40 já estão inscritas. Temos
a certeza de que o interior é o melhor
lugar para se viver, pois é onde se tem
melhor qualidade de vida”, enfatiza.

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