história do cooperativismo

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história do cooperativismo
HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO:
Desde a pré-história é possível encontrar registros de diversas formas de associações de
pessoas. Isso demonstra que a cooperação tem sido uma constante no ser humano através dos
tempos. Os homens vêm trabalhando em conjunto desde os tempos primitivos, na colheita, na
caça, na pesca, na habitação e na produção de bens. Na Babilônia, no Egito e na Grécia já
existiam formas de cooperação nos campos de trigo e no artesanato, e no século XV, quando
do descobrimento da América, foram constatadas formas bem definidas de cooperação nas
civilizações Asteca, Maia e Inca, onde viviam em regime de verdadeira ajuda mútua.
O COOPERATIVISMO MODERNO
O Cooperativismo Moderno surgiu junto com a Revolução Industrial (surgimento das máquinas
a vapor), como forma de amenizar os traumas econômicos e sociais que assolavam a classe de
trabalhadores com suas mudanças e transformações. Na primeira fase da Revolução Industrial
(1760-1850), na Inglaterra e na França, foram organizadas diversas sociedades com
características de cooperativas. Esses movimentos de cooperação foram conduzidos por
idealistas, como Robert Owen, Louis Blanc, Charles Fourier, entre outros que defendiam
propostas baseadas nas ideias de ajuda mútua, igualdade, associativismo e auto-gestão.
Considerados por muitos os precursores do cooperativismo, estes pensadores socialistas
começaram a estudar as formas de organização das civilizações antigas, até que descobriram a
cooperação como instrumento de organização social. Com isto começaram a divulgar idéias e
experiências destinadas a modificar o comportamento da sociedade.
O processo de industrialização, na sua primeira etapa, fez com que os artesãos e trabalhadores
rurais migrassem para as grandes cidades, atraídos pelas fábricas em busca de melhores
condições de vida. Essa migração fez com que houvesse excesso de mão-de-obra, resultando
na exploração do trabalhador de forma abusiva e desumana. Ao serem prejudicados pelo novo
modelo industrial que substituiu o trabalho artesanal, 28 tecelões do bairro de Rochdale. Estes
tecelões fundaram um armazém comunitário, com um capital inicial de 28 libras,
representando uma libra que cada um do grupo havia economizado. Assim nasceu a primeira
cooperativa de consumo da história.
Dispondo de pequenos estoques de farinha, açúcar e aveia, este modesto estabelecimento,
administrado pelos seus próprios fundadores, foi alvo de deboche dos tradicionais
comerciantes da cidade. Porém, despertou a atenção dos consumidores locais e
principalmente das classes trabalhadoras, pela considerável prosperidade. O que
aparentemente parecia apenas um armazém, idealizado para oferecer aos seus associados
artigos de primeira necessidade, transformou-se na semente do movimento cooperativista.
Os tecelões aperfeiçoaram o sistema e desenvolveram um conjunto de princípios, conhecidos
mais tarde como Princípios Básicos do Cooperativismo, adotados posteriormente por
cooperativas surgidas em diversos países do mundo. Com o tempo, ocorreram algumas
modificações, contudo sua essência se manteve: adesão livre e voluntária, gestão democrática
pelos cooperados, participação econômica dos membros, autonomia e independência,
educação, formação, informação, intercooperação e interesse pela comunidade.
ORIGEM DO COOPERATIVISMO NO BRASIL
Por volta de 1610, quando foram fundadas no Brasil as primeiras Reduções Jesuíticas, houve as
primeiras tentativas da criação de um Estado Cooperativo em bases integrais. Incentivada
pelos padres jesuítas e baseada no principio do auxílio mútuo (mutirão), esta prática,
encontrada entre os indígenas brasileiros e em quase todos os povos primitivos, vigorou por
cerca de 150 anos, e deu exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo,
onde o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse econômico da
produção.
Porém, é em 1847 que situamos o início do movimento cooperativista no Brasil. Foi quando o
médico francês Jean Maurice Faivre, adepto das idéias reformadoras de Charles Fourier,
fundou, com um grupo de europeus, nos sertões do Paraná, a colônia Tereza Cristina,
organizada em bases cooperativas. Essa organização, apesar de sua breve existência,
contribuiu na memória coletiva como elemento formador do florescente cooperativismo
brasileiro.
Contudo, para aprofundar-nos no desenvolvimento histórico do cooperativismo no Brasil, é
necessário fazê-lo por ramos, ou seja, tipos de cooperativas, já que cada um teve a sua própria
história, com dificuldades e sucessos distintos, dependendo, quase sempre, das facilidades ou
obstáculos oferecidos pelo Governo.
O ESPÍRITO COOPERATIVISTA
Segundo a Lei 5.764/71, celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma
atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. As cooperativas são
sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à
falência, constituídas para prestar serviços aos associados.
A possibilidade da existência do cooperativismo não pode estar fundamentada apenas na
existência da instituição chamada cooperativa, mas sim na existência intrínseca do espírito
cooperativista. Pode-se cair num grande erro ao tentar criar a instituição para depois
desenvolver o espírito.
Além do compromisso de criar a cooperativa, é necessário que haja o compromisso de
transformar as relações que hoje são individualistas em cooperativistas. Não basta conhecer e
discursar acerca do ideal do cooperativismo. Os membros da cooperativa devem estar
imbuídos do espírito cooperativista, ou seja, devem estar dispostos a construir uma sociedade
melhor, baseada em valores nobres de ajuda mútua, solidariedade, igualdade de direitos e
deveres, responsabilidade e compromisso.
Neste instante, onde as pessoas buscam uma saída, uma luz no final do túnel, uma nova
consciência se forma no planeta. É aí que o cooperativismo se apresenta como uma alternativa
econômica, com fins sociais e humanitários. As cooperativas oferecem oportunidades para que
cada ser humano possa mudar a própria vida e em conseqüência, o cenário econômico e social
do mundo.
Nesta longa caminhada, por milhares de anos, o ser humano começa a perceber que não é
possível ser feliz sozinho. Temos que nos ajudar mutuamente. Os valores de Desde a préhistória é possível encontrar registros de diversas formas de associações de pessoas. Isso
demonstra que a cooperação tem sido uma constante no ser humano através dos tempos. Os
homens vêm trabalhando em conjunto desde os tempos primitivos, na colheita, na caça, na
pesca, na habitação e na produção de bens. Na Babilônia, no Egito e na Grécia já existiam
formas de cooperação nos campos de trigo e no artesanato, e no século XV, quando do
descobrimento da América, foram constatadas formas bem definidas de cooperação nas
civilizações Asteca, Maia e Inca, onde viviam em regime de verdadeira ajuda mútua.
O COOPERATIVISMO MODERNO
O Cooperativismo Moderno surgiu junto com a Revolução Industrial (surgimento das máquinas
a vapor), como forma de amenizar os traumas econômicos e sociais que assolavam a classe de
trabalhadores com suas mudanças e transformações. Na primeira fase da Revolução Industrial
(1760-1850), na Inglaterra e na França, foram organizadas diversas sociedades com
características de cooperativas. Esses movimentos de cooperação foram conduzidos por
idealistas, como Robert Owen, Louis Blanc, Charles Fourier, entre outros que defendiam
propostas baseadas nas idéias de ajuda mútua, igualdade, associativismo e autogestão.Considerados por muitos os precursores do cooperativismo, estes pensadores
socialistas começaram a estudar as formas de organização das civilizações antigas, até que
descobriram a cooperação como instrumento de organização social. Com isto começaram a
divulgar idéias e experiências destinadas a modificar o comportamento da sociedade.
O processo de industrialização, na sua primeira etapa, fez com que os artesãos e trabalhadores
rurais migrassem para as grandes cidades, atraídos pelas fábricas em busca de melhores
condições de vida. Essa migração fez com que houvesse excesso de mão-de-obra, resultando
na exploração do trabalhador de forma abusiva e desumana. Ao serem prejudicados pelo novo
modelo industrial que substituiu o trabalho artesanal, 28 tecelões do bairro de Rochdale. Estes
tecelões fundaram um armazém comunitário, com um capital inicial de 28 libras,
representando uma libra que cada um do grupo havia economizado. Assim nasceu a primeira
cooperativa de consumo da história.
Dispondo de pequenos estoques de farinha, açúcar e aveia, este modesto estabelecimento,
administrado pelos seus próprios fundadores, foi alvo de deboche dos tradicionais
comerciantes da cidade. Porém, despertou a atenção dos consumidores locais e
principalmente das classes trabalhadoras, pela considerável prosperidade. O que
aparentemente parecia apenas um armazém, idealizado para oferecer aos seus associados
artigos de primeira necessidade, transformou-se na semente do movimento cooperativista.
Os tecelões aperfeiçoaram o sistema e desenvolveram um conjunto de princípios, conhecidos
mais tarde como Princípios Básicos do Cooperativismo, adotados posteriormente por
cooperativas surgidas em diversos países do mundo. Com o tempo, ocorreram algumas
modificações, contudo sua essência se manteve: adesão livre e voluntária, gestão democrática
pelos cooperados, participação econômica dos membros, autonomia e independência,
educação, formação, informação, intercooperação e interesse pela comunidade.
ORIGEM DO COOPERATIVISMO NO BRASIL
Por volta de 1610, quando foram fundadas no Brasil as primeiras Reduções Jesuíticas, houve as
primeiras tentativas da criação de um Estado Cooperativo em bases integrais. Incentivada
pelos padres jesuítas e baseada no principio do auxílio mútuo (mutirão), esta prática,
encontrada entre os indígenas brasileiros e em quase todos os povos primitivos, vigorou por
cerca de 150 anos, e deu exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo,
onde o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse econômico da
produção.
Porém, é em 1847 que situamos o início do movimento cooperativista no Brasil. Foi quando o
médico francês Jean Maurice Faivre, adepto das idéias reformadoras de Charles Fourier,
fundou, com um grupo de europeus, nos sertões do Paraná, a colônia Tereza Cristina,
organizada em bases cooperativas. Essa organização, apesar de sua breve existência,
contribuiu na memória coletiva como elemento formador do florescente cooperativismo
brasileiro.
Contudo, para aprofundar-nos no desenvolvimento histórico do cooperativismo no Brasil, é
necessário fazê-lo por ramos, ou seja, tipos de cooperativas, já que cada um teve a sua própria
história, com dificuldades e sucessos distintos, dependendo, quase sempre, das facilidades ou
obstáculos oferecidos pelo Governo.
O ESPÍRITO COOPERATIVISTA
Segundo a Lei 5.764/71, celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma
atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. As cooperativas são
sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à
falência, constituídas para prestar serviços aos associados.
A possibilidade da existência do cooperativismo não pode estar fundamentada apenas na
existência da instituição chamada cooperativa, mas sim na existência intrínseca do espírito
cooperativista. Pode-se cair num grande erro ao tentar criar a instituição para depois
desenvolver o espírito.
Além do compromisso de criar a cooperativa, é necessário que haja o compromisso de
transformar as relações que hoje são individualistas em cooperativistas. Não basta conhecer e
discursar acerca do ideal do cooperativismo. Os membros da cooperativa devem estar
imbuídos do espírito cooperativista, ou seja, devem estar dispostos a construir uma sociedade
melhor, baseada em valores nobres de ajuda mútua, solidariedade, igualdade de direitos e
deveres, responsabilidade e compromisso.
Neste instante, onde as pessoas buscam uma saída, uma luz no final do túnel, uma nova
consciência se forma no planeta. É aí que o cooperativismo se apresenta como uma alternativa
econômica, com fins sociais e humanitários. As cooperativas oferecem oportunidades para que
cada ser humano possa mudar a própria vida e em conseqüência, o cenário econômico e social
do mundo.
Nesta longa caminhada, por milhares de anos, o ser humano começa a perceber que não é
possível ser feliz sozinho. Temos que nos ajudar mutuamente.

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