Literatura Espanhol
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Literatura Espanhol LEIA COM ATENÇÃO 01. Só abra este caderno após ler todas as instruções e quando for autorizado pelos fiscais da sala. 02. Preencha os dados pessoais. 03. Autorizado o início da prova, verifique se este caderno contém 32 (trinta e duas) questões. Se não estiver completo, exija outro do fiscal da sala. 04. Todas as questões desta prova são de proposições múltiplas e apresentam 5(cinco) alternativas numeradas de duplo zero (0-0) a duplo quatro (4-4), podendo ser todas verdadeiras, todas falsas ou algumas verdadeiras e outras falsas. Na folha de respostas, as verdadeiras devem ser marcadas na coluna I (das dezenas); as falsas, na coluna II (das unidades). 05. Ao receber a folha de respostas, confira o nome da prova, o seu nome e número de inscrição. Qualquer irregularidade observada, comunique imediatamente ao fiscal. 06. Assinale a resposta de cada questão no corpo da prova e, só depois, transfira os resultados para a folha de respostas. 07. Para marcar a folha de respostas, utilize apenas caneta esferográfica preta e faça as marcas de acordo com o modelo (● ● ● ● ● ●) . A marcação da folha de respostas é definitiva, não admitindo rasuras. 08. Não risque, não amasse, não dobre e não suje a folha de respostas, pois isto poderá prejudicá-lo. 09. Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião nem a prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das provas. Cabe única e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir. 10. Se a Comissão verificar que a resposta de uma questão é dúbia ou inexistente, a posteriormente anulada e os pontos a ela correspondentes No m e: I n sc ri ção : I d en ti d ad e: Ó rg ã o Exp ed id o r: questão será Assi n atu ra: COMISSÃO DE PROCESSOS SELETIVOS E TREINAMENTOS Fone: (81) 3231-4000 Fax: (81) 3231-4232 Literatura 01. Analise as afirmações abaixo, que versam sobre Sentimento do Mundo, obra de Carlos Drummond de Andrade. 0-0) Para o poeta, a primeira forma de olhar o mundo foi através de uma visão não-convencional, triste e pessimista. Mas em seguida, seus problemas individuais dão lugar à preocupação com o outro e com a sociedade, fase iniciada com o Sentimento do Mundo (1940). 1-1) Confessa ele, no livro, que tem apenas duas mãos e o sentimento do mundo, isto é, declara sua impotência e, ao mesmo tempo, seu envolvimento com o que acontece com a humanidade. 2-2) O livro reúne poemas que tratam do descobrimento amoroso, vinculado ao desejo e com uma dimensão trágica do sentimento. 3-3) É uma obra marcada pelo clima da então recente Guerra do Golfo, em que surge a constatação de um mundo opressor, mas onde já desponta a esperança de um mundo novo, quando vier a aurora (Aurora, eu te diviso ainda tímida, inexperiente das luzes que vais acender). 4-4) Nos poemas do livro, predominam os temas sociais: ele canta o medo que esteriliza os abraços e homenageia heróis da guerra, homens do povo, avisando que não será poeta de um mundo caduco nem de um tempo futuro, pois está preso à vida e olha seus companheiros. 02. Considerando o poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, analise as proposições abaixo. 0-0) É um Auto de Natal, isto é, seguindo os modelos medievais, descreve cenas do nascimento de Jesus Cristo, baseadas no Evangelho de São João, porém ambientadas no sertão nordestino. 1-1) É um longo poema em versos livres, cujo final revela o desespero e a solidão humana. 2-2) O personagem principal é um retirante que foge da seca, em direção ao Recife, mas só encontra fome e morte pelo caminho. 3-3) A cena do suicídio do personagem principal, Severino, quando ele salta de uma ponte no Recife, é a conclusão do poema. 4-4) Pode-se dividir o poema em duas partes: a viagem, que alterna monólogos do protagonista com diálogos dos que encontra pelo caminho; e a chegada ao Recife, onde Severino depara-se com Mestre Carpina, José, pai de um menino recém-nascido. 03. Manuel Bandeira reuniu grande parte da sua poesia em um único volume, o que nos permite observar que: 0-0) em Estrela da Vida Inteira estão reunidas várias antologias de Bandeira; entre outras, as primeiras, A Cinza das Horas e Carnaval, em que revela ainda tendências parnasianas e simbolistas, e outras, como Ritmo Dissoluto, Estrela da Manhã, Estrela da Tarde e, por último, Mafuá do Malungo. 1-1) as referências biográficas tornam-se necessárias, pois sua poesia tem caráter confidencial. A tuberculose, a decadência familiar, a saudade difusa da terra natal explicam a arte contida em “toda uma vida que poderia ter sido e que não foi.” 2-2) na evolução de sua obra, o poeta, em adesão ao Modernismo, abandonou o lirismo em favor de críticas mordazes ao Parnasianismo, adotando, a partir de então, somente formas estéticas radicais de vanguarda. 3-3) a tristeza do autor de Estrela da Vida Inteira tomou uma direção lamentosa e doentia. O poeta não conseguiu, assim, realizar o que disse em versos: ”Não quero saber do lirismo que não é libertação.“ 4-4) seus poemas trazem como marca a simplicidade da linguagem clara, acessível e direta, marcada pela consciência da fragilidade da vida, e revelam um olhar que capta o que está por trás das coisas. 04. Rachel de Queirós, romancista, teve e tem uma obra que se destacou na literatura brasileira. Sobre Rachel de Queirós e sua obra, podemos afirmar que: 0-0) seu romance de estréia foi O Quinze, escrito em 1930, com um forte conteúdo de denúncia social. Esse romance faz parte do segundo momento do Modernismo: o Romance Regional. 1-1) suas mudanças ideológicas estão expressas nas obras que publicou. O Quinze (1930), João Miguel (1932) e Caminho de Pedras (1937) são obras artísticas. Apresentam, porém, a finalidade de esclarecer a consciência política do público leitor, uma vez que a autora aí assumiu uma ideologia de esquerda. 2-2) Com As Três Marias (1939), Rachel abandona a abordagem político-social dos temas anteriores, preferindo a análise psicológica das personagens. O mesmo acontece, tempos depois, com Dora, Doralina (1975). 3-3) Em sua linguagem simples e direta, preferiu afastar-se dos padrões da norma culta. 4-4) Partindo de uma idéia já desenvolvida em Caminho de Pedras (1937), onde exaltava a participação feminina na política, escreveu, em 1994, O Memorial de Maria Moura, aderindo à ideologia feminista e transformando o personagem-título do romance numa líder política do sertão nordestino. 05. Capitães de Areia, de Jorge Amado, faz parte do Modernismo, dentro do Romance Regional de 30. Sobre essa obra, podemos afirmar que: 0-0) Capitães de Areia descreve a ação dos grupos revolucionários e faz parte da primeira fase das obras do autor, junto com Jubiabá. 1-1) o livro narra a vida de meninos abandonados nas ruas de Salvador, os quais, apesar de marginais (viviam de furto), ao final, organizam-se como um grupo político que defende idéias revolucionárias. 2-2) a narrativa é precedida de cartas à redação de jornais e de reportagens sobre a necessidade de se tomar providências em relação ao bando de delinqüentes juvenis (os capitães de areia), o que dá ares de veracidade à história. 3-3) a história dramática narrada no livro está dividida em três partes, sendo a última Canção da Bahia, Canção da Liberdade. “Porque a revolução é uma pátria e uma bandeira” é a frase final que dá um toque de esperança à obra. 4-4) o personagem central, Pedro Bala, torna-se líder político, comandando uma brigada de choque: “Intervém em comícios, greves, lutas obreiras. A luta mudou seus destinos.... para que depois continuasse a mudar o destino de outras crianças abandonadas do país”. 06. Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, é um livro autobiográfico. Sobre essa obra, podemos afirmar que: 0-0) escrito quando o autor esteve preso, no presídio de Ilha Grande, em 1936, com outros acusados de crime político, esse livro não inclui elementos ficcionais. 1-1) trata-se de um curto relato sobre o tempo que o autor passou na prisão, sob a ditadura de Getúlio Vargas. Esse relato caracteriza-se, sobretudo, por sua incontestável objetividade. 2-2) A obra extrapola a narração de sofrimentos pessoais, alcançando a universalidade ao denunciar a injustiça e a humilhação imposta pelos governos autoritários. 3-3) Só dez anos depois dos acontecimentos, ao filtrar e amadurecer as lembranças, é que o autor relatou suas impressões. E o fez, sempre, em discurso indireto, fugindo à narração em diálogos. 4-4) Graciliano teve, como companheira de prisão, Olga Benário Prestes (esposa de Prestes). No livro, descreve a cena em que Olga é arrastada do cárcere, para ser enviada à Gestapo, junto com outra estrangeira, Elisa Berger. 07. Comemora-se este ano o centenário de Os Sertões, de Euclides da Cunha, um livro que representa o despertar da consciência nacional. Sobre essa obra, procedem as seguintes afirmações: 0-0) A narração e a análise da Epopéia de Canudos, feitas pelo repórter e engenheiro carioca, mostraram o lado dramático, o abandono, a desolação e a revolta do sertão, culminando com a violência usada para destruir o Arraial. 1-1) Euclides utilizou, na sua análise, uma linguagem científica, para explicar os acontecimentos que observava. Registrou, no seu texto, muitas palavras desconhecidas e incompreensíveis para a maioria do público leitor. 2-2) As teses científicas, em que se apoiava Euclides da Cunha, continuam válidas até hoje, sobretudo, aquelas que procediam de princípios racistas do eurocentrismo cultural. 3-3) A presença forte e determinante de Os Sertões, na cultura brasileira, deve-se a razões que permanecem válidas até hoje: o determinismo do meio e da raça e a linguagem árdua e hiperbólica. 4-4) Os Sertões é um livro fascinante como expressão do drama vivido pelos fiéis de Antônio Conselheiro, em Canudos: a desproporção entre as forças do Exército e os recursos dos sertanejos. TEXTO 1 No Brasil, o Romantismo foi curiosamente paradoxal... Movimento importado, deu a volta por cima em nossas plagas, sobretudo em seus representantes mais categorizados. Absorveu nossa paisagem, nossas palmeiras, nossos sabiás, nossas borboletas e até mesmo, num exagero que quase lhe foi fatal, os nossos índios e índias. Contudo, o veio principal do Romantismo europeu continuou com suas pálidas donzelas - abaixo do equador - e seus cemitérios igualmente pálidos. Byron, de um lado e Victor Hugo do outro foram os gigantes que fizeram a cabeça dos nossos românticos (...) Os parnasianos não gostavam dos românticos, zombavam deles, mas foram pagos na mesma moeda, porque os modernistas, de 22 em diante, também caíram em cima deles e todos, parnasianos e românticos, saíram de moda. Como quem bate, leva, os modernistas também passaram e somente alguns se habilitam a ser eternos (...) De todos os movimentos literários que tivemos – todos importados, é bom que se diga - o Romantismo foi o que mais se adaptou à nossa gente e ao nosso cenário. O classicismo foi um absurdo geográfico e cultural, não fazia sentido imitar Virgílio e Camões em terras do mundo novo... No horizonte, boiando num rio, a copa de uma palmeira leva um homem e uma mulher que se amam, e em outra, canta um bem-te-vi (pois não há mais sabiás). 08. Sobre os Movimentos Literários no Brasil, analise o texto acima, do jornalista e acadêmico Carlos Heitor Cony (FSP de 12/09/2002), escrito em linguagem pouco ortodoxa e leve tom irônico. De acordo com as informações contidas no texto, podemos afirmar que: 0-0) o Romantismo, como movimento importado dos países europeus, não teve êxito na sua transplantação para o Brasil, pois não incorporou com sobriedade a figura do índio. 1-1) as figuras femininas do Romantismo Brasileiro seguiram os padrões do Romantismo Europeu. 2-2) os parnasianos combateram os românticos, mas, em 1922, a Semana de Arte Moderna, tendo como objetivo a destruição de velhas formas artísticas na literatura, investiu contra a poesia parnasiana rimada e metrificada. 3-3) 0s modernistas de 22 criaram modelos estéticos e literários que permanecem atuais. 4-4) enquanto o Classicismo revelou-se pouco produtivo em terras brasileiras, o Romantismo continua ainda hoje presente na memória e na cultura brasileira, como demonstram as alusões finais do texto. TEXTO 2 “Do Narrador a seus ouvintes: Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Com elas, quem pode porém? Foi Adão dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que nesta observação a Jó Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida pelo vento. ” Desenredo/ Guimarães Rosa 09. O texto acima é de Guimarães Rosa, autor mineiro, muito original nas suas narrativas. Sobre Guimarães Rosa e sua obra, podemos afirmar: 0-0) a obra de Guimarães Rosa segue a linha regionalista, acrescentando-lhe, contudo, um caráter filosófico: ultrapassa a problemática decorrente do espaço físico e social e passa a refletir sobre as questões eternas do homem, independente de tempo e lugar. 1-1) representa a fase mineira do Romance Regional de 30, pelos temas escolhidos e pela problemática abordada. 2-2) realiza uma transformação radical da linguagem, a qual envolve o emprego de expressões coloquiais e regionais, reformuladas literariamente, com uma sintaxe que deixa uma sensação de estranhamento. 3-3) sua linguagem transforma-se na mais inventiva da nossa literatura, pelo conjunto de arcaísmos, regionalismos e neologismos usados nas narrativas. 4-4) o conceito de sertão extrapola os limites geográficos, para simbolizar o próprio universo, onde se situam os conflitos humanos. TEXTO 3 “Há os que têm, E há os que não têm. É muito simples: a moça não tinha. Não tinha o quê? É apenas isso mesmo: não tinha. Se der para me entenderem, está bem. Se não, também está bem. Mas por que trato dessa moça quando o que mais desejo é trigo puramente maduro e ouro no estio?” (Clarice Lispector. A Hora da Estrela, 1977) 10. Sobre a escritora Clarice Lispector, podemos afirmar que: 0-0) filia-se ao Romantismo do século XIX, criando perfis femininos semelhantes aos de José de Alencar. 1-1) aborda, de modo profundo, os graves problemas existenciais do ser humano, questionando a própria subjetividade e a dificuldade de relacionamento entre as pessoas. 2-2) analisa a sociedade urbana contemporânea, utilizando a ironia na crítica de costumes. 3-3) utiliza uma temática já existente em alguns autores da segunda geração modernista. 4-4) descreve o mundo exterior em fragmentos, rompendo com a linearidade da narrativa e recorrendo, com freqüência, à técnica do monólogo interior. 11. “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria” (Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas) Machado de Assis escreveu uma vasta e variada obra, sobre a qual podemos afirmar: 0-0) é permeada pelo pessimismo do autor evidente na declaração que abre a questão aliado a uma fina ironia e a um aguçado senso crítico. 1-1) inclui contos, poemas e romances e supera estilos e modas, sendo uma literatura com características próprias e únicas. 2-2) como ficcionista, inicia-se no Romantismo e evolui para o Realismo; porém ultrapassa as limitações de escolas literárias. 3-3) tem em Memórias Póstumas de Brás Cubas seu livro-marco, a partir do qual se inicia a fase mais profunda e madura do autor. 4-4) seus personagens não são seres extraordinários, nem procedem de maneira heróica. O autor não se interessa pela descrição do exterior, mas penetra nas consciências dos personagens, revelando a verdade de cada um deles. 12. Ascenso Ferreira e Gilberto Freyre foram contemporâneos e estão entre os autores que produziram obras no Nordeste e sobre o Nordeste. Sobre esses autores, analise as afirmações abaixo. 0-0) Nascido em 1900, no Recife, Gilberto Freyre deixou obra vasta. Aprofundou-se na interpretação da vida social do Nordeste, como uma forma de se conhecer o caráter e a cultura do povo brasileiro. 1-1) Ascenso Ferreira, nascido em Palmares, em 1895, publicou Catimbó e, a seguir, Cana Caiana e Xenhenhém, poemas escritos com fortes marcas de regionalismo e de oralidade, em que explora a sonoridade das onomatopéias. 2-2) Gilberto Freyre e Ascenso Ferreira participaram do Movimento Regionalista do Recife, em meados da década de 20. Ascenso escreveu, na época, contos regionalistas que não tiveram o mesmo sucesso de suas poesias. 3-3) Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, escrito em 1933, tornou-se um clássico indispensável para se entender a formação da família brasileira, em especial a nordestina, com suas bases econômicas estabelecidas sobre a produção do açúcar. 4-4) Freyre escreveu ainda, entre outras obras, Sobrados e Mocambos e romances, como Fogo Morto e D. Sinhá e o filho Padre. 13. A Semana de Arte Moderna de 22 teve como idealizadores e realizadores, dois paulistas com igual sobrenome e sem nenhum parentesco, Oswald e Mário de Andrade. Sobre a Semana de Arte Moderna de 22, podemos afirmar: 0-0) a Semana de Arte Moderna foi realizada sob o domínio das doutrinas européias mal assimiladas e significou, apesar disso, o atestado de óbito da arte dominante. 1-1) faltou aos modernistas de 22, maior empenho social, maior compromisso com a angústia do tempo, pois eles colocaram a renovação estética acima da renovação do espírito. 2-2) o engajamento político está entre as linhas básicas do projeto modernista de 22, assim como a desintegração das linguagens tradicionais, a adoção das conquistas de vanguarda e a busca da identidade nacional. 3-3) Oswald de Andrade escreveu os textos mais corrosivos da estética modernista, como Memórias Sentimentais de João Miramar, Serafim Ponte Grande e Macunaíma. 4-4) Mário de Andrade, um talento plural, publicou, em 1922, Paulicéia Desvairada (“São Paulo, comoção da minha vida!”), obra que marcou seu amadurecimento como poeta/escritor, seguida dos livros de poesia Losango Cáqui e Clã do Jabuti e de obras de ficção, entre as quais, Amar, Verbo Intransitivo. TEXTO 4 “Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem. As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia: tudo pago adiantado (.... ) Graças à abundância de água que lá havia, como em nenhuma outra parte e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar: acudiram lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los. (Aluísio de Azevedo. O Cortiço). TEXTO 5 “Como lhe parecia ilógico com ele mesmo estar ali metido naquele estreito calabouço? pois ele, o Quaresma plácido, o Quaresma de tão profundos pensamentos patrióticos, merecia aquele triste fim?.... Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha feito ele de sua vida ? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para sua felicidade e prosperidade. Gastara toda sua mocidade nisso, a sua virilidade também, e agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. (Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma). 14. Os textos 4 e 5 estão próximos no estilo e no tempo, pois o primeiro é do final do século XIX (1890), e o segundo é do início do século XX (1911). Porém, pertencem a momentos diferentes da nossa literatura. Sobre esses textos e as escolas literárias a que pertencem, analise as afirmativas abaixo. 0-0) O primeiro texto é naturalista, movimento surgido na França, em fins do século XIX, cuja tese central, o homem é produto do meio, levou o escritor a descrever minuciosamente os ambientes. 1-1) O segundo texto faz parte do que se convencionou chamar de Pré-Modernismo, e representa o momento de transição cultural e literária, quando já surgem os problemas da realidade social brasileira. 2-2) Ambos os textos são representativos de Escolas Literárias que se destacaram por apresentar regras e princípios rígidos e definidos. 3-3) O texto naturalista recorre à descrição de detalhes e aborda a realidade tal qual ela se apresenta ao autor, o que não acontece no PréModernismo, que descrevia uma realidade idealizada. 4-4) O estilo de ambos os autores revela pontos de contato, pois ambos descartam, com uma prosa mais despojada, o sentimentalismo romântico e a excessiva formalidade dos períodos anteriores. Lima Barreto, no entanto, escrevia com um certo desleixo intencional, aproximando-se da linguagem coloquial. TEXTO 6 TEXTO 8 “Que sol! Que céu azul! Que doce d’alva Acorda a natureza mais louçã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã!” “Braços nervosos, brancas opulências Brumais brancuras, fúlgidas brancuras Alvuras castas, virginais alvuras Lactescências das raras lactescências”. Alvares de Azevedo. Lembrança de Morrer TEXTO 7 (Cruz e Souza. Broquéis) TEXTO 9 “Senhor Deus dos desgraçados ! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus... ” Castro Alves. O Navio Negreiro. 15. Os poetas autores dos versos acima pertencem ao mesmo movimento literário, mas apresentam características diversas. Sobre esses autores e o movimento a que pertencem, podemos afirmar: 0-0) O Romantismo no Brasil iniciou-se em 1836 e teve três momentos distintos; sobretudo na poesia, com temas ou visões de mundo diversos e constituindo três gerações distintas. 1-1) Na poesia romântica, as gerações que se sucederam foram: a nacionalista (que inclui a indianista), a subjetivista, (a que pertenceu Alvares de Azevedo) e a liberal, social ou condoreira (a que pertenceu Castro Alves). 2-2) A obra de Álvares de Azevedo teve como eixo central, além do amor frustrado, a morte e o tédio de viver. Traz, assim, a marca da adolescência, pois o poeta morreu aos 21 anos de idade. 3-3) Castro Alves, representando a poesia condoreira (são seus os versos: “A praça é do povo como o céu é do condor”), cantou, em poemas indignados, todas as causas libertárias, principalmente a causa da libertação dos escravos. Em sua obra, não se encontram poemas líricos. 4-4) Álvares de Azevedo, contraditoriamente, examina, por vezes, o mundo sem a exacerbação afetiva dos românticos e descreve a vida com surpreendente senso de humor e fina ironia. Pátria, latejo em ti, no teu lenho, por onde Circulo! E sou perfume, e sombra, e sol, e orvalho! E, em seiva, ao teu clamor a minha voz responde, E subo do teu cerne ao céu de galho em galho! (Olavo Bilac. Pátria). 16. Olavo Bilac e Cruz e Souza representam movimentos contemporâneos e opostos, o Parnasianismo e o Simbolismo. Sobre esses dois autores, é correto afirmar: 0-0) reação contra o sentimentalismo romântico, o Parnasianismo restringiu-se à poesia, tendo como características principais o culto à forma, a utilização de fórmulas poéticas fixas, a arte pela arte, a objetividade. Explorou temas grecolatinos. 1-1) Olavo Bilac não seguiu à risca os preceitos parnasianos: cultuou a forma com meticulosa precisão, mas teve dificuldades em adotar a impassibilidade exigida pela estética parnasiana. 2-2) A poesia de Olavo Bilac versou sobre temas greco-latinos, sobre a pátria, seus símbolos e seus heróis, porém não cantou o amor em sua poesia lírica. 3-3) O Simbolismo voltou-se contra o rigor do Arcadismo, propondo poesia pura e não conceitos, usando imagens, descendo ao inconsciente, sugerindo sem descrever, aproximando a poesia da música através de ritmos, combinações de fonemas, rimas exóticas, criando, assim, uma poesia hermética e misteriosa. 4-4) A poesia de Cruz e Souza, simbolista, procura desfazer-se de todos os referenciais concretos, tornando-se limpa das impurezas da vida, com linguagem requintada, musical e termos que remetem à cor branca. ESPANHOL TEXTO 1 Tres momias, pertenecientes a dos adultos y a una persona muy joven, fueron halladas en Machu Picchu, la "ciudad perdida" de los incas, en lo que constituye un verdadero acontecimiento arqueológico. La legendaria ciudad de los Andes peruanos fue construida por los incas entre 50 y 100 años antes de la llegada de los españoles. Pero como los españoles jamás supieron de ella, recién fue "presentada" al mundo en 1911 por un estudioso norteamericano, quien la encontró gracias a la información de un campesino peruano. Hiram Bingham, arqueólogo estadounidense, se llevó a la Universidad de Yale todas las momias que halló y nunca honró su promesa de devolver las reliquias en 18 meses. Por eso tiene especial importancia el hallazgo de tres nuevas momias: es el primero después de Bingham. Así que estas tres momias son hoy las únicas originales de Machu Picchu que Perú tiene en su poder. En la mañana del 9 de octubre último, Sabino Hancco, un arqueólogo cusqueño, su ayudante y los bachilleres en arqueología Antonio Cruz Huaman y Werner Delgado Villanueva, comenzaron una tarea programada con mucha anterioridad: la restauración de un recinto que amenazaba desmoronarse, cerca del límite nordeste de la ciudadela, en la zona de colcas (depósito de granos).No se sabía qué función cumplía esa construcción para los incas de Machu Picchu, aunque la forma de una roca que cubre el lugar como un voladizo hace recordar al famoso Templo del Cóndor, un recinto-escultura que posiblemente sirvió para el culto; fue alli donde los hombres encontraron la primera osamenta. Cinco días después, se confirmó algo que todos esperaban. Había otras momias. A tres pasos de la primera, hacia el Norte y junto a la misma pared, aparecieron primero los pequeños muros semicirculares que encierran a las momias, y después huesos y objetos. Los incas enterraban a sus muertos junto con algunas de sus pertenencias valiosas, y alimentos sólidos y líquidos. Las dos nuevas momias completan lo hallado en ese lugar. La más cercana a la encontrada el 9 de octubre parece pertenecer a una persona de poca edad — infante o adolescente, su sexo aún no se ha determinado. La tercera podría ser de una mujer. Si así fuera (según cree el equipo que hizo el hallazgo) se abrirían especulaciones que llegan al corazón... aunque sólo especulaciones: ¿Las tres tumbas serían de una familia? Y si lo son, ¿murieron juntos? ¿Cómo? ¿Por qué? El hallazgo de las momias seguramente servirá para darle aún más nombre a Machu Picchu, las ruinas incaicas más famosas, si bien no son las más importantes. Su fama se debe al misterio que las rodea. No se sabe qué función cumplía en el imperio inca ni por qué fue abandonada de un día para otro. Para este año esperan que unos 300.000 turistas visiten la misteriosa ciudad. A un costo de 20 dólares la entrada, aportará a los peruanos 6 millones de dólares solo por ese concepto. (Diario Clarín. Buenos Aires. 12/10/2002). 17. Luego de leer el texto, podemos decir que su objetivo principal consiste en 0-0) informar la localización de Machu Picchu. 1-1) suministrar el número de turistas que visitan Machu Picchu anualmente. 2-2) criticar la conducta de Hiram Bingham. 3-3) divulgar el hallazgo de tres momias en Machu Picchu. 4-4) confirmar el nombre de quienes descubrieron las momias. 18. Según el texto, se presume que Machu Picchu fue construida 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) por un campesino peruano alrededor de 1911. por un campesino peruano, en el siglo XIX. antes de que los españoles llegaran al Perú. antes de que los incas llegaran al Perú. hace varios siglos. 19. El texto informa que 0-0) las tres primeras momias mencionadas fueron halladas en Machu Picchu. 1-1) otras tres momias se encuentran en la Universidad de Yale. 2-2) todas las momias eran del sexo femenino. 3-3) todas las momias estaban enterradas en posición semicircular. 4-4) junto a las momias se encontraron diversos objetos. 20. El texto indica que la ciudad de Machu Picchu es famosa porque 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) fue abandonada de un día para otro. la visitan millones de turistas. la visitan centenas de miles de turistas. conserva muchos misterios. conserva algunas momias. 21. Según el texto, 0-0) 50 años antes de las tres últimas momias mencionadas, varias otras habían sido halladas. 1-1) los incas depositaban comida en las tumbas de sus muertos. 2-2) los incas se referían a Machu Picchu como “la ciudad perdida”. 3-3) el 9 de octubre fue descubierto el llamado Templo del Cóndor. 4-4) la zona de colcas (depósito de granos) estaba fuera de la ciudadela. 22. A partir del contexto en que se encuentra, podemos decir que en la frase “la forma de una roca que cubre el lugar como un voladizo”, la palabra voladizo significa: 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) algo que sobresale. algo que puede volar. algo que sirve como nido para los cóndores. algo que sirve como punto de observación. algo que sirve para cultos religiosos. 23. Leemos en el texto que el hallazgo de las tumbas fue realizado 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) por cuatro hombres. por cinco hombres. en el famoso Templo del Cóndor. junto a un recinto-escultura. en el sector nordeste de Machu Picchu. 24. El texto afirma que 0-0) el descubrimiento de las tumbas se dio por acaso. 1-1) las reliquias serán exhibidas entre pequeños muros semicirculares. 2-2) el descubrimiento de las tumbas ocurrió durante la restauración de un edificio. 3-3) había en Machu Picchu un sector en donde se conservaban las reservas alimenticias. 4-4) tras el primer hallazgo, fue una sorpresa encontrar otras dos tumbas. 25. La palabra aunque, en: (“No se sabia qué función cumpría esa construcción para los incas de Machu Picchu, aunque la forma de una roca que cubre el lugar como un voladizo hace recordar el famoso templo del Condor”) denota una cierta idea de oposición. Otras palabras que aparecen en el texto que también denotan esa idea son: 0-0) pero (“la legendária ciudad de los Andes peruanos fue construida (...) antes de la llegada de los espanholes. Pero como los españoles jamás supieron de ella, recién fue presentada al mundo”). 1-1) por eso (“Por eso tiene especial importancia el hallasgo de tres nuevas momias”). 2-2) cerca (“la restauración de un recinto que amenazaba desmoronarse, cerca del limite nordeste de la ciudadela”). 3-3) después (“ Cinco dias después se confirmó algo que todos esperaban”). 4-4) seguramente (“El hallazgo de las momias seguramente servirá para darle aún más nombre a Machu Picchu”). 26. El texto indica que Hiran Bingham 0-0) fue uno de los primeros estudiosos de la cultura inca. 1-1) tenía noticias de la existencia de Machu Picchu. 2-2) se había comprometido a devolver todas las 18 momias que había encontrado. 3-3) se había comprometido a devolver algunas de las momias que había encontrado. 4-4) colocó al Templo del Cóndor el nombre que lleva hasta hoy. TEXTO 2 Las escaleras se suben de frente, pues hacia atrás o de costado resultan particularmente incómodas. La actitud natural consiste en mantenerse de pie, los brazos colgando sin esfuerzo, la cabeza erguida aunque no tanto que los ojos dejen de ver los peldaños inmediatamente superiores al que se pisa, y respirando lenta y regularmente. Para subir una escalera se comienza por levantar esa parte del cuerpo situada a la derecha abajo, envuelta casi siempre en cuero o gamuza, y que salvo excepciones cabe exactamente en el escalón. Puesta en el primer peldaño dicha parte, que para abreviar llamaremos pie, se recoge la parte equivalente de la izquierda (también llamada pie, pero que no ha de confundirse con el pie antes citado), y llevándola a la altura del pie, se le hace seguir hasta colocarla en el segundo peldaño, con lo cual en éste descansará el pie, y en el primero descansará el pie. (Los primeros peldaños son siempre los más difíciles, hasta adquirir la coordinación necesaria. La coincidencia de nombre entre el pie y el pie hace difícil la explicación. Cuídese especialmente de no levantar al mismo tiempo el pie y el pie). Llegado en esta forma al segundo peldaño, basta repetir alternadamente los movimientos hasta encontrarse con el final de la escalera. Se sale de ella fácilmente, con un ligero golpe de talón que la fija en su sitio, del que no se moverá hasta el momento del descenso. (Julio Cortázar. “Instrucciones para subir una escalera”) 27. Podemos decir que el texto de Julio Cortázar pretende 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) defender una opción política. explicar un determinado procedimiento. renovar nuestras percepciones habituales. describir algunas escaleras. describir algunas partes del cuerpo humano. 28. La expresión “de frente” (“las escaleres se suben de frente”) equivale en el texto a: 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) frente a frente. hacia adelante. con la frente. hacia el medio. en dirección contraria. 29. La frase “esa parte del cuerpo situada a la derecha abajo, envuelta casi siempre en cuero o gamuza” se refiere a: 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) los dedos del pie. la rodilla. el empeine. el pie. el talón. 30. En el texto, se afirma que es conveniente subir una escalera 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) mirando fijamente el suelo. con una respiración constante. conteniendo la respiración. con los brazos sueltos. contando los peldaños. 31. La palabra ‘talón’ (“se sale de ella fácilmente, con un ligero golpe de talón que la fija en su sitio”) se refiere a 0-0) una parte de la mano. 1-1) una parte del pie. 2-2) una parte de la escalera. 3-3) la vista. 4-4) un movimiento rápido. 32. Podemos decir que en “instrucciones para subir una escalera” aparecen ciertos rasgos que caracterizan el texto, como, por ejemplo: 0-0) 1-1) 2-2) 3-3) 4-4) una secuencia temporal evidente. la presencia de comparaciones. la presencia de recomendaciones. una adjetivación excesiva. la invocación al lector.