Literatura Espanhol

Transcrição

Literatura Espanhol
Literatura
Espanhol
LEIA COM ATENÇÃO
01.
Só abra este caderno após ler todas as instruções e quando for autorizado pelos fiscais da sala.
02.
Preencha os dados pessoais.
03.
Autorizado o início da prova, verifique se este caderno contém 32 (trinta e duas) questões. Se não estiver
completo, exija outro do fiscal da sala.
04.
Todas as questões desta prova são de proposições múltiplas e apresentam 5(cinco) alternativas
numeradas de duplo zero (0-0) a duplo quatro (4-4), podendo ser todas verdadeiras, todas falsas ou
algumas verdadeiras e outras falsas. Na folha de respostas, as verdadeiras devem ser marcadas na
coluna I (das dezenas); as falsas, na coluna II (das unidades).
05.
Ao receber a folha de respostas, confira o nome da prova, o seu nome e número de inscrição. Qualquer
irregularidade observada, comunique imediatamente ao fiscal.
06.
Assinale a resposta de cada questão no corpo da prova e, só depois, transfira os resultados para a folha
de respostas.
07.
Para marcar a folha de respostas, utilize apenas caneta esferográfica preta e faça as marcas de acordo
com o modelo (●
●
●
●
●
●) . A marcação da folha de respostas é definitiva, não admitindo rasuras.
08.
Não risque, não amasse, não dobre e não suje a folha de respostas, pois isto poderá prejudicá-lo.
09.
Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião nem a prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das
provas. Cabe única e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir.
10.
Se a Comissão verificar que a resposta de uma questão é dúbia ou inexistente, a
posteriormente anulada e os pontos a ela correspondentes
No m e:
I n sc ri ção :
I d en ti d ad e:
Ó rg ã o Exp ed id o r:
questão será
Assi n atu ra:
COMISSÃO DE PROCESSOS
SELETIVOS E TREINAMENTOS
Fone: (81) 3231-4000
Fax: (81) 3231-4232
Literatura
01. Analise as afirmações
abaixo, que versam
sobre Sentimento do
Mundo, obra de
Carlos Drummond
de Andrade.
0-0) Para o poeta, a
primeira forma
de olhar o mundo
foi através de uma visão não-convencional,
triste e pessimista. Mas em seguida, seus
problemas individuais dão lugar à preocupação
com o outro e com a sociedade, fase iniciada
com o Sentimento do Mundo (1940).
1-1) Confessa ele, no livro, que tem apenas duas
mãos e o sentimento do mundo, isto é, declara
sua impotência e, ao mesmo tempo, seu
envolvimento com o que acontece com a
humanidade.
2-2) O livro reúne poemas que tratam do
descobrimento amoroso, vinculado ao desejo e
com uma dimensão trágica do sentimento.
3-3) É uma obra marcada pelo clima da então
recente Guerra do Golfo, em que surge a
constatação de um mundo opressor, mas onde
já desponta a esperança de um mundo novo,
quando vier a aurora (Aurora, eu te diviso ainda
tímida, inexperiente das luzes que vais
acender).
4-4) Nos poemas do livro, predominam os temas
sociais: ele canta o medo que esteriliza os
abraços e homenageia heróis da guerra,
homens do povo, avisando que não será poeta
de um mundo caduco nem de um tempo futuro,
pois está preso à vida e olha seus
companheiros.
02. Considerando o poema Morte e Vida Severina, de
João Cabral de Mello Neto, analise as proposições
abaixo.
0-0) É um Auto de Natal, isto é, seguindo os
modelos medievais, descreve cenas do
nascimento de Jesus Cristo, baseadas no
Evangelho de São João, porém ambientadas no
sertão nordestino.
1-1) É um longo poema em versos livres, cujo final
revela o desespero e a solidão humana.
2-2) O personagem principal é um retirante que foge
da seca, em direção ao Recife, mas só
encontra fome e morte pelo caminho.
3-3) A cena do suicídio do personagem principal,
Severino, quando ele salta de uma ponte no
Recife, é a conclusão do poema.
4-4) Pode-se dividir o poema em duas partes: a
viagem, que alterna monólogos do protagonista
com diálogos dos que encontra pelo caminho; e
a chegada ao Recife, onde Severino depara-se
com Mestre Carpina, José, pai de um menino
recém-nascido.
03. Manuel Bandeira reuniu grande parte da
sua poesia em um único volume, o que
nos permite observar que:
0-0) em Estrela da Vida Inteira estão
reunidas várias antologias de Bandeira;
entre outras, as primeiras, A Cinza das
Horas e Carnaval, em que revela
ainda tendências parnasianas e
simbolistas, e outras, como
Ritmo Dissoluto, Estrela da Manhã,
Estrela da Tarde e, por último, Mafuá do
Malungo.
1-1) as referências biográficas tornam-se
necessárias, pois sua poesia tem caráter
confidencial. A tuberculose, a decadência
familiar, a saudade difusa da terra natal
explicam a arte contida em “toda uma vida que
poderia ter sido e que não foi.”
2-2) na evolução de sua obra, o poeta, em adesão
ao Modernismo, abandonou o lirismo em favor
de críticas mordazes ao Parnasianismo,
adotando, a partir de então, somente formas
estéticas radicais de vanguarda.
3-3) a tristeza do autor de Estrela da Vida Inteira
tomou uma direção lamentosa e doentia. O
poeta não conseguiu, assim, realizar o que
disse em versos: ”Não quero saber do lirismo
que não é libertação.“
4-4) seus poemas trazem como marca a
simplicidade da linguagem clara, acessível e
direta, marcada pela consciência da fragilidade
da vida, e revelam um olhar que capta o que
está por trás das coisas.
04. Rachel de Queirós, romancista, teve e tem uma obra
que se destacou na literatura brasileira. Sobre
Rachel de Queirós e sua obra, podemos afirmar que:
0-0) seu romance de estréia foi O Quinze, escrito
em 1930, com um forte conteúdo de denúncia
social. Esse romance faz parte do segundo
momento do Modernismo: o Romance
Regional.
1-1) suas mudanças ideológicas estão expressas
nas obras que publicou. O Quinze (1930), João
Miguel (1932) e Caminho de Pedras (1937) são
obras artísticas. Apresentam, porém, a
finalidade de esclarecer a consciência política
do público leitor, uma vez que a autora aí
assumiu uma ideologia de esquerda.
2-2) Com As Três Marias (1939), Rachel abandona
a abordagem político-social dos temas
anteriores, preferindo a análise psicológica das
personagens. O mesmo acontece, tempos
depois, com Dora, Doralina (1975).
3-3) Em sua linguagem simples e direta, preferiu
afastar-se dos padrões da norma culta.
4-4) Partindo de uma idéia já desenvolvida em
Caminho de Pedras (1937), onde exaltava a
participação feminina na política, escreveu, em
1994, O Memorial de Maria Moura, aderindo à
ideologia feminista e transformando o
personagem-título do romance numa líder
política do sertão nordestino.
05. Capitães de Areia, de Jorge Amado, faz parte do
Modernismo, dentro do Romance Regional de 30.
Sobre essa obra, podemos afirmar que:
0-0) Capitães de Areia descreve a ação dos grupos
revolucionários e faz parte da primeira fase das
obras do autor, junto com Jubiabá.
1-1) o livro narra a vida de meninos abandonados nas
ruas de Salvador, os quais, apesar de marginais
(viviam de furto), ao final, organizam-se como um
grupo político que defende idéias revolucionárias.
2-2) a narrativa é precedida de cartas à redação de
jornais e de reportagens sobre a necessidade de
se tomar providências em relação ao bando de
delinqüentes juvenis (os capitães de areia), o que
dá ares de veracidade à história.
3-3) a história dramática narrada no livro está dividida
em três partes, sendo a última Canção da Bahia,
Canção da Liberdade. “Porque a revolução é uma
pátria e uma bandeira” é a frase final que dá um
toque de esperança à obra.
4-4) o personagem central, Pedro Bala, torna-se líder
político, comandando uma brigada de choque:
“Intervém em comícios, greves, lutas obreiras. A
luta mudou seus destinos.... para que depois
continuasse a mudar o destino de outras crianças
abandonadas do país”.
06. Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, é um
livro autobiográfico. Sobre essa obra, podemos
afirmar que:
0-0) escrito quando o autor esteve preso, no
presídio de Ilha Grande, em 1936, com outros
acusados de crime político, esse livro não inclui
elementos ficcionais.
1-1) trata-se de um curto relato sobre o tempo que o
autor passou na prisão, sob a ditadura de
Getúlio Vargas. Esse relato caracteriza-se,
sobretudo, por sua incontestável objetividade.
2-2) A obra extrapola a narração de sofrimentos
pessoais, alcançando a universalidade ao
denunciar a injustiça e a humilhação imposta
pelos governos autoritários.
3-3) Só dez anos depois dos acontecimentos, ao
filtrar e amadurecer as lembranças, é que o
autor relatou suas impressões. E o fez, sempre,
em discurso indireto, fugindo à narração em
diálogos.
4-4) Graciliano teve, como companheira de prisão,
Olga Benário Prestes (esposa de Prestes). No
livro, descreve a cena em que Olga é arrastada
do cárcere, para ser enviada à Gestapo, junto
com outra estrangeira, Elisa Berger.
07. Comemora-se este ano o centenário de Os Sertões, de
Euclides da Cunha, um livro que representa o despertar
da consciência nacional. Sobre essa obra, procedem
as seguintes afirmações:
0-0) A narração e a análise da Epopéia de Canudos,
feitas pelo repórter e engenheiro carioca,
mostraram o lado dramático, o abandono, a
desolação e a revolta do sertão, culminando com
a violência usada para destruir o Arraial.
1-1) Euclides utilizou, na sua análise, uma linguagem
científica, para explicar os acontecimentos que
observava. Registrou, no seu texto, muitas
palavras desconhecidas e incompreensíveis para
a maioria do público leitor.
2-2) As teses científicas, em que se apoiava Euclides
da Cunha, continuam válidas até hoje, sobretudo,
aquelas que procediam de princípios racistas do
eurocentrismo cultural.
3-3) A presença forte e determinante de Os Sertões,
na cultura brasileira, deve-se a razões que
permanecem válidas até hoje: o determinismo do
meio e da raça e a linguagem árdua e hiperbólica.
4-4) Os Sertões é um livro fascinante como expressão
do drama vivido pelos fiéis de Antônio
Conselheiro, em Canudos: a desproporção entre
as forças do Exército e os recursos dos
sertanejos.
TEXTO 1
No Brasil, o Romantismo foi curiosamente paradoxal...
Movimento importado, deu a volta por cima em nossas
plagas, sobretudo em seus representantes mais
categorizados. Absorveu nossa paisagem, nossas palmeiras,
nossos sabiás, nossas borboletas e até mesmo, num
exagero que quase lhe foi fatal, os nossos índios e índias.
Contudo, o veio principal do Romantismo europeu continuou
com suas pálidas donzelas - abaixo do equador - e seus
cemitérios igualmente pálidos. Byron, de um lado e Victor
Hugo do outro foram os gigantes que fizeram a cabeça dos
nossos românticos (...) Os parnasianos não gostavam dos
românticos, zombavam deles, mas foram pagos na mesma
moeda, porque os modernistas, de 22 em diante, também
caíram em cima deles e todos, parnasianos e românticos,
saíram de moda. Como quem bate, leva, os modernistas
também passaram e somente alguns se habilitam a ser
eternos (...) De todos os movimentos literários que tivemos –
todos importados, é bom que se diga - o Romantismo foi o
que mais se adaptou à nossa gente e ao nosso cenário. O
classicismo foi um absurdo geográfico e cultural, não fazia
sentido imitar Virgílio e Camões em terras do mundo novo...
No horizonte, boiando num rio, a copa de uma palmeira leva
um homem e uma mulher que se amam, e em outra, canta
um bem-te-vi (pois não há mais sabiás).
08. Sobre os Movimentos Literários no Brasil, analise o
texto acima, do jornalista e acadêmico Carlos Heitor
Cony (FSP de 12/09/2002), escrito em linguagem
pouco ortodoxa e leve tom irônico. De acordo com as
informações contidas no texto, podemos afirmar que:
0-0) o Romantismo, como movimento importado dos
países europeus, não teve êxito na sua
transplantação para o Brasil, pois não incorporou
com sobriedade a figura do índio.
1-1) as figuras femininas do Romantismo Brasileiro
seguiram os padrões do Romantismo Europeu.
2-2) os parnasianos combateram os românticos,
mas, em 1922, a Semana de Arte Moderna,
tendo como objetivo a destruição de velhas
formas artísticas na literatura, investiu contra a
poesia parnasiana rimada e metrificada.
3-3) 0s modernistas de 22 criaram modelos
estéticos e literários que permanecem atuais.
4-4) enquanto o Classicismo revelou-se pouco
produtivo em terras brasileiras, o Romantismo
continua ainda hoje presente na memória e na
cultura brasileira, como demonstram as alusões
finais do texto.
TEXTO 2
“Do Narrador a seus ouvintes:
Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como
cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Com
elas, quem pode porém? Foi Adão dormir, e Eva nascer.
Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que nesta
observação a Jó Joaquim apareceu.
Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão.
Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente
maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se.
Voando o mais em ímpeto de nau tangida pelo vento. ”
Desenredo/ Guimarães Rosa
09. O texto acima é de Guimarães Rosa, autor mineiro,
muito original nas suas narrativas.
Sobre Guimarães Rosa e sua obra, podemos
afirmar:
0-0) a obra de Guimarães Rosa segue a linha
regionalista, acrescentando-lhe, contudo, um
caráter filosófico: ultrapassa a problemática
decorrente do espaço físico e social e passa a
refletir sobre as questões eternas do homem,
independente de tempo e lugar.
1-1) representa a fase mineira do Romance
Regional de 30, pelos temas escolhidos e pela
problemática abordada.
2-2) realiza uma transformação radical
da
linguagem, a qual envolve o emprego de
expressões coloquiais e regionais, reformuladas
literariamente, com uma sintaxe que deixa uma
sensação de estranhamento.
3-3) sua linguagem transforma-se na mais inventiva
da nossa literatura, pelo conjunto de arcaísmos,
regionalismos e neologismos usados nas
narrativas.
4-4) o conceito de sertão extrapola os limites
geográficos, para simbolizar o próprio universo,
onde se situam os conflitos humanos.
TEXTO 3
“Há os que têm, E há os que não têm. É muito simples: a
moça não tinha. Não tinha o quê? É apenas isso mesmo:
não tinha. Se der para me entenderem, está bem. Se não,
também está bem. Mas por que trato dessa moça quando
o que mais desejo é trigo puramente maduro e ouro no
estio?”
(Clarice Lispector. A Hora da Estrela, 1977)
10. Sobre a escritora Clarice Lispector, podemos afirmar
que:
0-0) filia-se ao Romantismo do século XIX, criando
perfis femininos semelhantes aos de José de
Alencar.
1-1) aborda, de modo profundo, os graves
problemas existenciais do ser humano,
questionando a própria subjetividade e a
dificuldade de relacionamento entre as
pessoas.
2-2) analisa a sociedade urbana contemporânea,
utilizando a ironia na crítica de costumes.
3-3) utiliza uma temática já existente em alguns
autores da segunda geração modernista.
4-4) descreve o mundo exterior em fragmentos,
rompendo com a linearidade da narrativa e
recorrendo, com freqüência, à técnica do
monólogo interior.
11. “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o
legado da nossa miséria”
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas)
Machado de Assis escreveu uma vasta e variada
obra, sobre a qual podemos afirmar:
0-0) é permeada pelo pessimismo do autor evidente na declaração que abre a questão aliado a uma fina ironia e a um aguçado senso
crítico.
1-1) inclui contos, poemas e romances e supera
estilos e modas, sendo uma literatura com
características próprias e únicas.
2-2) como ficcionista, inicia-se no Romantismo e
evolui para o Realismo; porém ultrapassa as
limitações de escolas literárias.
3-3) tem em Memórias Póstumas de Brás Cubas
seu livro-marco, a partir do qual se inicia a fase
mais profunda e madura do autor.
4-4) seus
personagens
não
são
seres
extraordinários, nem procedem de maneira
heróica. O autor não se interessa pela
descrição do exterior, mas penetra nas
consciências dos personagens, revelando a
verdade de cada um deles.
12. Ascenso
Ferreira e Gilberto Freyre foram
contemporâneos e estão entre os autores que
produziram obras no Nordeste e sobre o Nordeste.
Sobre esses autores, analise as afirmações abaixo.
0-0) Nascido em 1900, no Recife, Gilberto Freyre
deixou
obra vasta.
Aprofundou-se na
interpretação da vida social do Nordeste, como
uma forma de se conhecer o caráter e a cultura
do povo brasileiro.
1-1) Ascenso Ferreira, nascido em Palmares, em
1895, publicou Catimbó e, a seguir, Cana
Caiana e Xenhenhém, poemas escritos com
fortes marcas de regionalismo e de oralidade,
em
que
explora
a
sonoridade
das
onomatopéias.
2-2) Gilberto Freyre e Ascenso Ferreira participaram
do Movimento Regionalista do Recife, em
meados da década de 20. Ascenso escreveu,
na época, contos regionalistas que não tiveram
o mesmo sucesso de suas poesias.
3-3) Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre,
escrito em 1933, tornou-se um clássico
indispensável para se entender a formação da
família brasileira, em especial a nordestina, com
suas bases econômicas estabelecidas sobre a
produção do açúcar.
4-4) Freyre escreveu ainda, entre outras obras,
Sobrados e Mocambos e romances, como Fogo
Morto e D. Sinhá e o filho Padre.
13. A Semana de Arte Moderna de 22 teve como
idealizadores e realizadores, dois paulistas com igual
sobrenome e sem nenhum parentesco, Oswald e
Mário de Andrade. Sobre a Semana de Arte Moderna
de 22, podemos afirmar:
0-0) a Semana de Arte Moderna foi realizada sob o
domínio
das
doutrinas
européias mal
assimiladas e significou, apesar disso, o
atestado de óbito da arte dominante.
1-1) faltou aos modernistas de 22, maior empenho
social, maior compromisso com a angústia do
tempo, pois eles colocaram a renovação
estética acima da renovação do espírito.
2-2) o engajamento político está entre as linhas
básicas do projeto modernista de 22, assim
como a desintegração das linguagens
tradicionais, a adoção das conquistas de
vanguarda e a busca da identidade nacional.
3-3) Oswald de Andrade escreveu os textos mais
corrosivos da estética modernista, como
Memórias Sentimentais de João Miramar,
Serafim Ponte Grande e Macunaíma.
4-4) Mário de Andrade, um talento plural, publicou,
em 1922, Paulicéia Desvairada (“São Paulo,
comoção da minha vida!”), obra que marcou
seu amadurecimento como poeta/escritor,
seguida dos livros de poesia Losango Cáqui e
Clã do Jabuti e de obras de ficção, entre as
quais, Amar, Verbo Intransitivo.
TEXTO 4
“Noventa e cinco casinhas comportou a imensa
estalagem. As casinhas eram alugadas por mês e as tinas
por dia: tudo pago adiantado (.... )
Graças à abundância de água que lá havia, como em
nenhuma outra parte e graças ao muito espaço de que se
dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência
às tinas não se fez esperar: acudiram lavadeiras de todos
os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem
longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto,
um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem
de pretendentes a disputá-los.
(Aluísio de Azevedo. O Cortiço).
TEXTO 5
“Como lhe parecia ilógico com ele mesmo estar ali metido
naquele estreito calabouço? pois ele, o Quaresma
plácido, o Quaresma de tão profundos pensamentos
patrióticos, merecia aquele triste fim?....
Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que
tinha feito ele de sua vida ? Nada. Levara toda ela atrás
da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la
muito, no intuito de contribuir para sua felicidade e
prosperidade. Gastara toda sua mocidade nisso, a sua
virilidade também, e agora que estava na velhice, como
ela o recompensava, como o premiava, como ela o
condecorava? Matando-o.
(Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma).
14. Os textos 4 e 5 estão próximos no estilo e no tempo,
pois o primeiro é do final do século XIX (1890), e o
segundo é do início do século XX (1911). Porém,
pertencem a momentos diferentes da nossa
literatura. Sobre esses textos e as escolas literárias a
que pertencem, analise as afirmativas abaixo.
0-0) O primeiro texto é naturalista, movimento
surgido na França, em fins do século XIX, cuja
tese central, o homem é produto do meio, levou
o escritor a descrever minuciosamente os
ambientes.
1-1) O segundo texto faz parte do que se
convencionou chamar de Pré-Modernismo, e
representa o momento de transição cultural e
literária, quando já surgem os problemas da
realidade social brasileira.
2-2) Ambos os textos são representativos de
Escolas Literárias que se destacaram por
apresentar regras e princípios rígidos e
definidos.
3-3) O texto naturalista recorre à descrição de
detalhes e aborda a realidade tal qual ela se
apresenta ao autor, o que não acontece no PréModernismo, que descrevia uma realidade
idealizada.
4-4) O estilo de ambos os autores revela pontos de
contato, pois ambos descartam, com uma prosa
mais despojada, o sentimentalismo romântico e
a excessiva formalidade dos períodos
anteriores. Lima Barreto, no entanto, escrevia
com
um
certo
desleixo
intencional,
aproximando-se da linguagem coloquial.
TEXTO 6
TEXTO 8
“Que sol! Que céu azul! Que doce d’alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!”
“Braços nervosos, brancas opulências
Brumais brancuras, fúlgidas brancuras
Alvuras castas, virginais alvuras
Lactescências das raras lactescências”.
Alvares de Azevedo. Lembrança de Morrer
TEXTO 7
(Cruz e Souza. Broquéis)
TEXTO 9
“Senhor Deus dos desgraçados !
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus... ”
Castro Alves. O Navio Negreiro.
15. Os poetas autores dos versos acima pertencem ao
mesmo movimento literário, mas apresentam
características diversas. Sobre esses autores e o
movimento a que pertencem, podemos afirmar:
0-0) O Romantismo no Brasil iniciou-se em 1836 e
teve três momentos distintos; sobretudo na
poesia, com temas ou visões de mundo
diversos e constituindo três gerações distintas.
1-1) Na poesia romântica, as gerações que se
sucederam foram: a nacionalista (que inclui a
indianista), a subjetivista, (a que pertenceu
Alvares de Azevedo) e a liberal, social ou
condoreira (a que pertenceu Castro Alves).
2-2) A obra de Álvares de Azevedo teve como eixo
central, além do amor frustrado, a morte e o
tédio de viver. Traz, assim, a marca da
adolescência, pois o poeta morreu aos 21 anos
de idade.
3-3) Castro Alves, representando a poesia
condoreira (são seus os versos: “A praça é do
povo como o céu é do condor”), cantou, em
poemas indignados, todas as causas libertárias,
principalmente a causa da libertação dos
escravos. Em sua obra, não se encontram
poemas líricos.
4-4) Álvares de Azevedo, contraditoriamente,
examina, por vezes, o mundo sem a
exacerbação afetiva dos românticos e descreve
a vida com surpreendente senso de humor e
fina ironia.
Pátria, latejo em ti, no teu lenho, por onde
Circulo! E sou perfume, e sombra, e sol, e orvalho!
E, em seiva, ao teu clamor a minha voz responde,
E subo do teu cerne ao céu de galho em galho!
(Olavo Bilac. Pátria).
16. Olavo Bilac e Cruz e Souza representam
movimentos contemporâneos
e opostos,
o
Parnasianismo e o Simbolismo. Sobre esses dois
autores, é correto afirmar:
0-0) reação contra o sentimentalismo romântico, o
Parnasianismo restringiu-se à poesia, tendo
como características principais o culto à forma,
a utilização de fórmulas poéticas fixas, a arte
pela arte, a objetividade. Explorou temas grecolatinos.
1-1) Olavo Bilac não seguiu à risca os preceitos
parnasianos: cultuou a forma com meticulosa
precisão, mas teve dificuldades em adotar a
impassibilidade
exigida
pela
estética
parnasiana.
2-2) A poesia de Olavo Bilac versou sobre temas
greco-latinos, sobre a pátria, seus símbolos e
seus heróis, porém não cantou o amor em sua
poesia lírica.
3-3) O Simbolismo voltou-se contra o rigor do
Arcadismo, propondo poesia pura e não
conceitos, usando imagens, descendo ao
inconsciente,
sugerindo sem
descrever,
aproximando a poesia da música através de
ritmos, combinações de fonemas, rimas
exóticas, criando, assim, uma poesia hermética
e misteriosa.
4-4) A poesia de Cruz e Souza, simbolista, procura
desfazer-se de todos os referenciais concretos,
tornando-se limpa das impurezas da vida, com
linguagem requintada, musical e termos que
remetem à cor branca.
ESPANHOL
TEXTO 1
Tres momias, pertenecientes a dos adultos y a una
persona muy joven, fueron halladas en Machu Picchu, la
"ciudad perdida" de los incas, en lo que constituye un
verdadero acontecimiento arqueológico. La legendaria
ciudad de los Andes peruanos fue construida por los incas
entre 50 y 100 años antes de la llegada de los españoles.
Pero como los españoles jamás supieron de ella, recién fue
"presentada" al mundo en 1911 por un estudioso
norteamericano, quien la encontró gracias a la información
de un campesino peruano.
Hiram Bingham, arqueólogo estadounidense, se llevó a la
Universidad de Yale todas las momias que halló y nunca
honró su promesa de devolver las reliquias en 18 meses. Por
eso tiene especial importancia el hallazgo de tres nuevas
momias: es el primero después de Bingham. Así que estas
tres momias son hoy las únicas originales de Machu Picchu
que Perú tiene en su poder.
En la mañana del 9 de octubre último, Sabino Hancco, un
arqueólogo cusqueño, su ayudante y los bachilleres en
arqueología Antonio Cruz Huaman y Werner Delgado
Villanueva, comenzaron una tarea programada con mucha
anterioridad: la restauración de un recinto que amenazaba
desmoronarse, cerca del límite nordeste de la ciudadela, en
la zona de colcas (depósito de granos).No se sabía qué
función cumplía esa construcción para los incas de Machu
Picchu, aunque la forma de una roca que cubre el lugar
como un voladizo hace recordar al famoso Templo del
Cóndor, un recinto-escultura que posiblemente sirvió para el
culto; fue alli donde los hombres encontraron la primera
osamenta.
Cinco días después, se confirmó algo que todos esperaban.
Había otras momias. A tres pasos de la primera, hacia el
Norte y junto a la misma pared, aparecieron primero los
pequeños muros semicirculares que encierran a las momias,
y después huesos y objetos. Los incas enterraban a sus
muertos junto con algunas de sus pertenencias valiosas, y
alimentos sólidos y líquidos. Las dos nuevas momias
completan lo hallado en ese lugar. La más cercana a la
encontrada el 9 de octubre parece pertenecer a una persona
de poca edad — infante o adolescente, su sexo aún no se ha
determinado. La tercera podría ser de una mujer. Si así fuera
(según cree el equipo que hizo el hallazgo) se abrirían
especulaciones que llegan al corazón... aunque sólo
especulaciones: ¿Las tres tumbas serían de una familia? Y si
lo son, ¿murieron juntos? ¿Cómo? ¿Por qué?
El hallazgo de las momias seguramente servirá para darle
aún más nombre a Machu Picchu, las ruinas incaicas más
famosas, si bien no son las más importantes. Su fama se
debe al misterio que las rodea. No se sabe qué función
cumplía en el imperio inca ni por qué fue abandonada de un
día para otro. Para este año esperan que unos 300.000
turistas visiten la misteriosa ciudad. A un costo de 20
dólares la entrada, aportará a los peruanos 6 millones de
dólares solo por ese concepto.
(Diario Clarín. Buenos Aires. 12/10/2002).
17. Luego de leer el texto, podemos decir que su objetivo
principal consiste en
0-0) informar la localización de Machu Picchu.
1-1) suministrar el número de turistas que visitan
Machu Picchu anualmente.
2-2) criticar la conducta de Hiram Bingham.
3-3) divulgar el hallazgo de tres momias en Machu
Picchu.
4-4) confirmar el nombre de quienes descubrieron
las momias.
18. Según el texto, se presume que Machu Picchu fue
construida
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
por un campesino peruano alrededor de 1911.
por un campesino peruano, en el siglo XIX.
antes de que los españoles llegaran al Perú.
antes de que los incas llegaran al Perú.
hace varios siglos.
19. El texto informa que
0-0) las tres primeras momias mencionadas fueron
halladas en Machu Picchu.
1-1) otras tres momias se encuentran en la
Universidad de Yale.
2-2) todas las momias eran del sexo femenino.
3-3) todas las momias estaban enterradas en
posición semicircular.
4-4) junto a las momias se encontraron diversos
objetos.
20. El texto indica que la ciudad de Machu Picchu es
famosa porque
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
fue abandonada de un día para otro.
la visitan millones de turistas.
la visitan centenas de miles de turistas.
conserva muchos misterios.
conserva algunas momias.
21. Según el texto,
0-0) 50 años antes de las tres últimas momias
mencionadas, varias otras habían sido halladas.
1-1) los incas depositaban comida en las tumbas de
sus muertos.
2-2) los incas se referían a Machu Picchu como “la
ciudad perdida”.
3-3) el 9 de octubre fue descubierto el llamado
Templo del Cóndor.
4-4) la zona de colcas (depósito de granos) estaba
fuera de la ciudadela.
22. A partir del contexto en que se encuentra, podemos
decir que en la frase “la forma de una roca que cubre
el lugar como un voladizo”, la palabra voladizo
significa:
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
algo que sobresale.
algo que puede volar.
algo que sirve como nido para los cóndores.
algo que sirve como punto de observación.
algo que sirve para cultos religiosos.
23. Leemos en el texto que el hallazgo de las tumbas fue
realizado
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
por cuatro hombres.
por cinco hombres.
en el famoso Templo del Cóndor.
junto a un recinto-escultura.
en el sector nordeste de Machu Picchu.
24. El texto afirma que
0-0) el descubrimiento de las tumbas se dio por
acaso.
1-1) las reliquias serán exhibidas entre pequeños
muros semicirculares.
2-2) el descubrimiento de las tumbas ocurrió durante
la restauración de un edificio.
3-3) había en Machu Picchu un sector en donde se
conservaban las reservas alimenticias.
4-4) tras el primer hallazgo, fue una sorpresa
encontrar otras dos tumbas.
25. La palabra aunque, en: (“No se sabia qué función
cumpría esa construcción para los incas de Machu
Picchu, aunque la forma de una roca que cubre el
lugar como un voladizo hace recordar el famoso
templo del Condor”) denota una cierta idea de
oposición. Otras palabras que aparecen en el texto
que también denotan esa idea son:
0-0) pero (“la legendária ciudad de los Andes
peruanos fue construida (...) antes de la llegada
de los espanholes. Pero como los españoles
jamás supieron de ella, recién fue presentada al
mundo”).
1-1) por eso (“Por eso tiene especial importancia el
hallasgo de tres nuevas momias”).
2-2) cerca (“la restauración de un recinto que
amenazaba desmoronarse, cerca del limite
nordeste de la ciudadela”).
3-3) después (“ Cinco dias después se confirmó algo
que todos esperaban”).
4-4) seguramente (“El hallazgo de las momias
seguramente servirá para darle aún más
nombre a Machu Picchu”).
26. El texto indica que Hiran Bingham
0-0) fue uno de los primeros estudiosos de la cultura
inca.
1-1) tenía noticias de la existencia de Machu Picchu.
2-2) se había comprometido a devolver todas las 18
momias que había encontrado.
3-3) se había comprometido a devolver algunas de
las momias que había encontrado.
4-4) colocó al Templo del Cóndor el nombre que
lleva hasta hoy.
TEXTO 2
Las escaleras se suben de frente, pues hacia atrás o de
costado resultan particularmente incómodas. La actitud
natural consiste en mantenerse de pie, los brazos
colgando sin esfuerzo, la cabeza erguida aunque no tanto
que los ojos dejen de ver los peldaños inmediatamente
superiores al que se pisa, y respirando lenta y
regularmente. Para subir una escalera se comienza por
levantar esa parte del cuerpo situada a la derecha abajo,
envuelta casi siempre en cuero o gamuza, y que salvo
excepciones cabe exactamente en el escalón. Puesta en
el primer peldaño dicha parte, que para abreviar
llamaremos pie, se recoge la parte equivalente de la
izquierda (también llamada pie, pero que no ha de
confundirse con el pie antes citado), y llevándola a la
altura del pie, se le hace seguir hasta colocarla en el
segundo peldaño, con lo cual en éste descansará el pie, y
en el primero descansará el pie. (Los primeros peldaños
son siempre los más difíciles, hasta adquirir la
coordinación necesaria. La coincidencia de nombre entre
el pie y el pie hace difícil la explicación. Cuídese
especialmente de no levantar al mismo tiempo el pie y el
pie).
Llegado en esta forma al segundo peldaño, basta repetir
alternadamente los movimientos hasta encontrarse con el
final de la escalera. Se sale de ella fácilmente, con un
ligero golpe de talón que la fija en su sitio, del que no se
moverá hasta el momento del descenso.
(Julio Cortázar. “Instrucciones para subir una escalera”)
27. Podemos decir que el texto de Julio Cortázar
pretende
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
defender una opción política.
explicar un determinado procedimiento.
renovar nuestras percepciones habituales.
describir algunas escaleras.
describir algunas partes del cuerpo humano.
28. La expresión “de frente” (“las escaleres se suben de
frente”) equivale en el texto a:
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
frente a frente.
hacia adelante.
con la frente.
hacia el medio.
en dirección contraria.
29. La frase “esa parte del cuerpo situada a la derecha
abajo, envuelta casi siempre en cuero o gamuza” se
refiere a:
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
los dedos del pie.
la rodilla.
el empeine.
el pie.
el talón.
30. En el texto, se afirma que es conveniente subir una
escalera
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
mirando fijamente el suelo.
con una respiración constante.
conteniendo la respiración.
con los brazos sueltos.
contando los peldaños.
31. La palabra ‘talón’ (“se sale de ella fácilmente, con un
ligero golpe de talón que la fija en su sitio”) se refiere
a
0-0) una parte de la mano.
1-1) una parte del pie.
2-2) una parte de la escalera.
3-3) la vista.
4-4) un movimiento rápido.
32. Podemos decir que en “instrucciones para subir una
escalera” aparecen ciertos rasgos que caracterizan
el texto, como, por ejemplo:
0-0)
1-1)
2-2)
3-3)
4-4)
una secuencia temporal evidente.
la presencia de comparaciones.
la presencia de recomendaciones.
una adjetivación excesiva.
la invocación al lector.