reprodutibilidade inter e intra avaliador e a validade

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reprodutibilidade inter e intra avaliador e a validade
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO - UNICID
PROGRAMA DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA
AURÉLIO DIAS SANTOS
REPRODUTIBILIDADE INTER E INTRA AVALIADOR E A
VALIDADE CONCORRENTE DO TESTE DE
SENSIBILIDADE TÁTIL DA PLANTA DOS PÉS POR MEIO
DOS MONOFILAMENTOS DE SEMMES – WEINSTEIN EM
PESSOAS IDOSAS
SÃO PAULO
2015
1
AURÉLIO DIAS SANTOS
REPRODUTIBILIDADE INTER E INTRA AVALIADOR E A
VALIDADE CONCORRENTE DO TESTE DE
SENSIBILIDADE TÁTIL DA PLANTA DOS PÉS POR MEIO
DOS MONOFILAMENTOS DE SEMMES – WEINSTEIN EM
PESSOAS IDOSAS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Fisioterapia, da
Universidade Cidade de São Paulo,
como requisito para obtenção do título
de Mestre em Fisioterapia sob a
orientação da Profa. Dra. Monica
Rodrigues Perracini.
SÃO PAULO
2015
Sistema de Bibliotecas do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional
S237r
Santos, Aurélio Dias.
Reprodutibilidade inter e intra avaliador e a validade
concorrente do teste de sensibilidade tátil da planta dos pés por
meio dos monofilamentos de Semmes-Weinstein em pessoas
idosas. / Aurélio Dias Santos. São Paulo, 2015.
95 p.
Inclui bibliografia
Dissertação (Mestrado) – Universidade Cidade de São Paulo Orientadora: Profa. Dra. Monica Rodrigues Perracini.
1. Reprodutibilidade dos testes - Validação . 2. Pé. 3. Idosos. I.
Perracini, Monica Rodrigues, orient. II. Título.
CDD 615.8
2
AURÉLIO DIAS SANTOS
REPRODUTIBILIDADE INTER E INTRA AVALIADOR E A
VALIDADE CONCORRENTE DO TESTE DE
SENSIBILIDADE TÁTIL DA PLANTA DOS PÉS POR MEIO
DOS MONOFILAMENTOS DE SEMMES – WEINSTEIN EM
PESSOAS IDOSAS
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado em Fisioterapia como requisito
exigido para obtenção do título de
Mestre.
Área de Concentração: Avaliação, intervenção e prevenção em Fisioterapia
Data de defesa: 13/03/2015
Resultado:__________________________________
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dra. Monica Rodrigues Perracini __________________________________________
Universidade Cidade de São Paulo
Prof. Dra. Luciana Dias Chiavegato ____________________________________________
Universidade Cidade de São Paulo
Prof. Dra. Cristina Dallemole Sartor Souza ________________________________________
Universidade São Paulo
3
Essencialmente
para
construção
desse
trabalho
tive
muitas
dificuldades temporais e distanciais. Nas dificuldades temporais
tiveram duas pessoas importantíssimas na minha vida que
contribuíram para me substituir durante minhas ausências em minha
atividade profissional, organizando e reabilitando. Essas duas estrelas
na minha vida são minha adorada Mamãe e amada irmã, são fontes
inspiradoras para realização de meus sonhos. Nas minhas ausências
distanciais, uma outra estrela que iluminou esse caminho de
aprendizados na fisioterapia e evidência é, de forma inspiradora, Dra.
Monica
Rodrigues
Perracini.
É
impressionante,
apaixonante,
cativante, estimulante e extremamente gratificante ter sido seu
orientando. Sua sabedoria, discernimento e humildade tocaram
profundamente a semente do aprendizado acadêmico, fazendo brotar
no meu coração o desejo continuo de querer cultivar a pesquisa na
minha prática docente. Saiba verdadeiramente que sou seu fã e irei
reproduzir seus ensinamentos categóricos em cada degrau da minha
vida profissional. Dra. Monica, você é simplesmente luz Divina que
brilha fortemente dentro de nossos corações e nos faz pulsar de
felicidade. Muito obrigado por fazer parte da minha história de vida!
4
AGRADECIMENTOS
Fundamentalmente à Deus por ser minha base sólida, meu refugio e minha essência
inspiradora de prosseguir, determinadamente, ultrapassando todas as barreiras extenuantes
desse caminho do conhecimento tão apaixonante e categoricamente ímpar. A todos aqueles
que contribuíram de forma direta e indiretamente, minhas adoradas mamãe, Irene Santos, e
irmã, Auricélia Santos. Aos amados amigos que, incansavelmente, dedicaram parte de seu
tempo precioso para auxiliar-me em momentos muito importantes dessa realização pessoal e
profissional: Monica Perracini, Karina Iglesia, Karine Tako, Rênia Nunes e Rosângela Frota.
Ao meu tão qualificado grupo de pesquisa: Amábile Araújo, Glêubia Silva, Maria Tavares,
Nara Oliveira, Rafael Souza. Muitíssimo feliz e realizado, agradeço imensamente à
participação de todos nessa pesquisa.
5
Sonhar é preciso, mas faz-se necessário torná-lo real
através do cultivo desta semente frágil diante das
instabilidades do tempo.
SANTOS, AD.
6
SANTOS, Aurélio Dias. Reprodutibilidade inter e intra avaliador e a validade
concorrente do teste de sensibilidade tátil da planta dos pés por meio dos
monofilamentos de Semmes – Weinstein em pessoas idosas. São Paulo: Universidade
cidade de São Paulo – UNICID (Programa de mestrado em fisioterapia), 2015.
RESUMO
Introdução: A informação somatossensorial proveniente dos membros inferiores,
especialmente a sensibilidade tátil da planta dos pés, é fundamental para a orientação postural,
e consequentemente para os mecanismos de controle do equilíbrio corporal. A diminuição da
sensibilidade tátil da planta dos pés é um fator de risco para quedas em idosos e,
consequentemente sua avaliação clínica é essencial para a prática da fisioterapia, tanto na
prevenção de quedas, quanto no tratamento dos distúrbios do equilíbrio corporal. No entanto,
existem poucos estudos que investigaram a aplicabilidade do uso dos monofilamentos de
Semmes-Weinstein na população idosa. Objetivos: Investigar a reprodutibilidade intra e inter
avaliadores do teste para avaliação da sensibilidade tátil da planta dos pés utilizando os
monofilamentos de Semmes- Weinstein e sua validade concorrente, em idosos da
comunidade. Método: Foram incluídos 200 idosos com 60 anos ou mais, de ambos os
gêneros, residentes na área de abrangência do Programa de Saúde da Família – PSF 06 no
município de Juazeiro do Norte, Ceará. Os participantes foram submetidos ao teste de
sensibilidade tátil da planta dos pés por meio dos monofilamentos de Semmes- Weinstein
(Sorri Bauru®) de 2g, 4g e 10g, em cinco sítios de aplicação: na região da falange distal do
hálux, do primeiro, terceiro e quinto metatarsos e do calcanhar, por dois avaliadores de forma
independente e pelo mesmo avaliador após uma semana. Foi considerada sensibilidade tátil
não alterada quando o participante sentisse pelo menos duas das três tentativas realizadas para
cada sítio de aplicação. A validação concorrente realizou-se comparando a sensibilidade para
cada sítio de aplicação com o desempenho funcional avaliado pelo WHODAS 2 e a
capacidade funcional avaliada pelo tempo gasto para executar o Timed Up and Go test e pelo
escore da Short Physical Performance Battery. A análise de reprodutibilidade inter e intra
avaliadores foi conduzida por meio do Índice de Kappa (K): 0,60-0,79 substancial e 0,80-1,00
quase perfeita. Na validade concorrente utilizou-se o teste Qui-quadrado, considerado um α ≤
0,05. Resultados: A amostra foi constituída por conveniência de 200 idosos que vivem na
comunidade e participam do Programa de Saúde da Família do município de Juazeiro do
Norte – Ceará. Do total, 139 (69,5%) eram mulheres, com idade média de 69,8±6,6. Em
relação às condições de saúde, 30 (15%) disseram sentir dor nos pés, 95 (47,5%) percebem
sua saúde como boa, 65 (32,5%) referiram ter sofrido ao menos uma queda nos últimos 12
meses. A média de comorbidades relatadas pelos idosos foi de 2,8±2,0. Avaliação de
problemas nos pés em idosos resultou que um terço dos idosos referiram dor nos pés e
apresentaram deformidades leves em hálux valgo. A confiabilidade do Kappa teve variação de
substancial à quase perfeito (p<0,001) para todas as gramaturas e sítios de aplicação. As
médias e (DP) das variáveis físico-funcionais da validação concorrente foram: SPPB
Moderado desempenho 88 (44,0), TUG até 12 segundos 147 (73,5) e WHODAS >13 pontos
(pior funcionalidade) 149 (74,5). Discussão: Nossos resultados apontam que o uso do teste de
sensibilidade tátil da planta dos pés é confiável, uma vez que a concordância inter e intra
avaliadores mostraram valores de Kappa que variaram de substancial à quase perfeita. A
validação concorrente dos instrumentos de medida para avaliar desempenho funcional,
mobilidade e funcionalidade física de membros inferiores mostraram que, para a maioria dos
sítios de aplicação e gramaturas, os idosos com pior desempenho e pior capacidade funcional
apresentaram comprometimento na sensibilidade tátil da planta dos pés, sendo esta associação
7
mais evidente para a mobilidade e funcionalidade física de membros inferiores do que para o
desempenho funcional em atividades. Conclusão: Este resultado é promissor, uma vez que
consolida o uso dos monofilamentos Semmes-Weinstein como uma ferramenta confiável da
avaliação da sensibilidade tátil da planta dos pés em idosos da comunidade. A validação
concorrente foi associada, significativamente, para funcionalidade física de membros
inferiores do que para o desempenho funcional em atividades.
Palavras- chave: Validação. Reprodutibilidade dos resultados. Pé. Idosos.
8
SANTOS, Aurélio Dias. Reproducibility inter and intra evaluator and the concurrent
validity of tactile sensitivity test soles of your feet through the Semmes- Weinstein in
older people. São Paulo: University city of São Paulo - UNICID (Program master's degree in
physical therapy), 2015.
ABSTRACT
Introduction: The somatosensory information from the lower limbs, especially the tactile
sensitivity of the soles of the feet, it is essential for postural orientation, and therefore to the
control mechanisms of the body balance. Decreased tactile sensitivity soles of the feet is a risk
factor for falls in the elderly and thus their clinical judgment is essential to the practice of
physical therapy in the prevention of falls, as in the treatment of balance disorders. However,
few studies have investigated the applicability of the use of Semmes-Weinstein in the elderly.
Objectives: To investigate the intra- and inter test evaluators to assess the tactile sensitivity of
the soles of the feet using the Semmes Weinstein monofilament and its concurrent validity, in
that group. Method: 200 The study included individuals aged 60 or more, of both genders,
residents in the area covered by the Health Family Program - PSF 06 in Juazeiro do Norte
County, Ceará. Participants were submitted to tactile sensitivity test soles of your feet through
the Semmes Weinstein monofilament (Smiling Bauru®) 2g, 4g and 10g, application in five
sites: the region of the distal phalanx of the hallux, the first, third and fifth metatarsal and
heel, by two reviewers independently by the same investigator after a week. Tactile sensitivity
was considered not change when the participant felt at least two of the three attempts for each
application site. The concurrent validation was performed comparing the sensitivity for each
application site with the functional performance assessed by WHODAS 2 and the functional
capacity assessed by the time taken to run the Timed Up and Go test and by the Short
Physical Performance Battery score. The analysis of reproducibility within and between
evaluators was conducted using the Kappa Index (K): from 0.60 to 0.79 and 0.80-1.00
substantial almost perfect. Concurrent validity was used the chi-square test, considered one α
≤ 0.05. Results: The sample consisted of 200 convenience elderly living in the community
and participate in the Health Program Juazeiro municipality Family - Ceará. Of the total, 139
(69.5%) were women, with a mean age of 69.8 ± 6.6. In relation to health, 30 (15%) said they
felt pain in the feet, 95 (47.5%) perceive their health as good, 65 (32.5%) reported having
experienced at least one fall in the last 12 months. The average of comorbidities reported by
the elderly was 2.8 ± 2.0. Valuation problems in the feet in the elderly resulted in a third of
the elderly reported pain in the feet and had mild hallux valgus deformities. The reliability of
Kappa was substantial variation in almost perfect (p <0.001) for all weights and application
sites. The means and (SD) of physical and functional variables of concurrent validity were:
Moderate performance SPPB 88 (44.0), up to 12 seconds TUG 147 (73.5) and WHODAS> 13
points (Worst functionality) 149 (74.5). Discussion: Our results indicate that the use of tactile
sensitivity test soles of the feet is reliable, since the inter and intra evaluators showed Kappa
values ranging from substantial to almost perfect. Concurrent validation of measuring
instruments to assess functional performance, mobility and physical functioning of the lower
limbs showed that for most application sites and weights, individuals with poor performance
and poor physical functioning were compromised in the tactile sensitivity of the soles of the
feet , this being more evident association for the mobility and physical function of lower
members than for functional performance activities. Conclusion: This result is promising as it
consolidates the use of Semmes-Weinstein monofilament as a reliable tool assessment of
tactile sensitivity of feet soles in community-dwelling elderly. Concurrent Validation was
9
significantly associated to the lower limbs physical functionality than for the functional
performance activities.
Keywords: Validation. Reproducibility of results. Foot. Elderly.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Kit de monofilamentos de Semmes-Weisntein ....................................................... 27
Figura 2 – Anteparo de oclusão da visão para o idoso apontar os sítios testados ................... 32
Figura 3- Posicionamento do idoso para a avaliação da sensibilidade tátil da planta do pé ... 33
Figura 4– Sítios para avaliação da sensibilidade tátil da planta dos pés ................................. 34
Figura 5- Procedimento para aplicação do monofilamento .................................................... 35
11
LISTA DE TABELAS E QUADROS
Quadro 1- Escala de diagnóstico de sensibilidade para o uso dos monofilamentos de
Semmes-Weisntein .................................................................................................................. 28
Tabela 1- Distribuição de frequência absoluta e relativa para caracterização da amostra de
200 idosos ................................................................................................................................. 37
Tabela 2- Distribuição de frequência absoluta e relativa do Índice de Comorbidade Funcional
para uma amostra de 200 idosos ............................................................................................... 39
Tabela 3- Distribuição de frequência absoluta e relativa da avaliação dos problemas nos pés
em idosos para amostra de 200 idosos...................................................................................... 40
Tabela 4- Caracterização dos participantes quanto às variáveis físico-funcionais, de
capacidade funcional e de nível de atividade física para uma amostra de 200 idosos ............. 41
Tabela 5- Valores de Kappa para a concordância inter avaliadores, nos sítios: hálux, 1º, 3º, 5º
metatarsos e calcanhar para os monofilamentos de Semmes-Weisntein de 2, 4 e 10 gramas
para uma amostra de 200 idosos. .............................................................................................. 42
Tabela 6- Valores de Kappa para a concordância intra avaliadores, nos sítios: hálux, 1º, 3º, 5º
metatarsos e calcanhar para os monofilamentos de Semmes-Weinstein de 2, 4 e 10 gramas
para uma amostra de 200 idosos. .............................................................................................. 44
Tabela 7- WHODAS x teste dos monofilamentos para as regiões do hálux, 1º, 3º e 5º
metatarsos e calcanhar com as gramaturas 2g, 4g e 10g considerando o percentil com valor de
corte p<=20. (n=200) ............................................................................................................... 45
Tabela 8- TUG x teste dos monofilamentos para as regiões do hálux, 1º, 3º e 5º metatarsos e
calcanhar com as gramaturas 2g, 4g e 10g, considerando o valor de corte< 12 seg (n=200) . 47
Tabela 9- SPPB x teste dos monofilamentos para as regiões do hálux, 1º, 3º e 5º metatarsos e
calcanhar com as gramaturas 2g, 4g e 10g, (n=200) ................................................................ 49
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IPEQ
Incidental and Planned Exercise Questionnaire-IPEQ
SORRI Bauru®
Sociedade de Recuperação e Reintegração do Incapacitado
SPPB
Short Physical Performance Battery
TUG
Timed Up and Go
WHODAS 2.0
World Health Organization Disability Assessment Schedule
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15
2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 18
2.1 Monofilamentos de Semmes-Weisntein ............................................................................. 20
3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 23
3.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 23
3.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 23
4 MÉTODO ............................................................................................................................. 24
4.1 Desenho do estudo .............................................................................................................. 24
4.2 População e Amostra .......................................................................................................... 24
4.3 Critérios de Elegibilidade da Pesquisa ............................................................................... 24
4.4 Instrumentos e Medidas ...................................................................................................... 25
4.4.1 Índice de Comorbidades Funcional ............................................................................. 26
4.4.2 Avaliação dos Problemas nos Pés em Idosos ............................................................... 26
4.4.3 Monofilamentos de Semmes-Weisntein ....................................................................... 26
4.4.4 Timed Up and Go – TUG .............................................................................................. 28
4.4.5 Short Physical Performance Battery – SPPB.............................................................. 29
4.4.6 WHODAS 2.0 ................................................................................................................. 29
4.4.7 Evaluation of the incidental and planned exercise questionnaire (IPEQ) – Versão
W .............................................................................................................................................. 30
4.5 Procedimentos .................................................................................................................... 31
4.6 Análise e interpretação dos dados ...................................................................................... 36
5 RESULTADOS .................................................................................................................... 37
5.1 Caracterização da amostra .................................................................................................. 37
5.2 Concordância inter avaliadores .......................................................................................... 41
5.3 Concordância intra avaliador .............................................................................................. 42
5.4 Validação concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weinstein, comparando a
sensibilidade tátil plantar de idosos com desempenho funcional medido pelo WHODAS II .. 44
5.5 Validação concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weinstein, comparando a
sensibilidade tátil plantar de idosos com a capacidade funcional avaliada por meio do Timed
Up and GoTest - TUG .............................................................................................................. 46
14
5.6 Validação concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weinstein, comparando a
sensibilidade tátil plantar de idosos com a capacidade funcional medido pelo Short Physical
Performance Battery – SPPB. .................................................................................................. 47
6 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 49
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 53
8 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 55
APÊNDICES ........................................................................................................................... 60
ANEXOS ................................................................................................................................. 67
15
1 INTRODUÇÃO
A sensação tátil da planta dos pés envia informações importantes ao sistema
somatossensorial acerca de diversos estímulos do ambiente, como percepção do toque e de
posição, para os sistemas nervoso central e periférico; contribuindo para a manutenção da
estabilidade corporal(1). No entanto, há uma diminuição desta sensação com o
envelhecimento, o que pode comprometer a marcha e aumentar o risco de quedas em pessoas
idosas(2-5).
As
manisfetações
do
envelhecimento
provocam
declínios
metabólicos,
cardiovasculares, respiratórios, nervosos, articulares, motricional, alterações de cunho
estrutural na anatomia dos pés, a pele torna-se mais seca e inelástica e diminuição do coxim
plantar(6).
As alterações do sistema nervoso central e periférico, que ocorrem com o
envelhecimento, envolvem diminuições: de fibras mielínicas e amielínicas (em espessura,
diâmetros e na quantidade), na velocidade da condução nervosa, na percepção sensorial
(diminuição dos receptores sensoriais, sendo de aproximadamente 30% nas fibras sensoriais
responsáveis pela inervação das células sensoriais periféricas(7), nas respostas autonômicas
das estruturas nervosas, na força muscular e no fluxo sanguíneo endoneural. Todavia, tais
alterações na morfologia e na composição bioquímica das estruturas nervosas, contribuem
para déficits somatossensoriais do limiar de sensibilidade tátil das mãos e dos pés em
idosos(8). Envolvendo declínio proprioceptivo da coordenação especializada de certos
movimentos articulares(9).
Os fatores senis e senescentes que envolvem o envelhecimento da região tátil plantar
viabilizam comprometimentos sensoriais e funcionais que afetam o controle postural dos
idosos. Tais alterações, repercutem em déficits na percepção sensorial da planta do pé:
alterações na percepção do toque, na sensação vibracional, na percepção dolorosa e de
temperatura; podendo contribuir, também, com limitações funcionais na vida cotidiana do
idoso, tornando-o mais dependente e suscetíveis à eventos de quedas(8-12).
O controle postural é considerado uma habilidade motora complexa derivada da
interação de vários processos sensório-motores. A orientação espacial do controle postural
baseia-se na interpretação da informação sensorial direcionada a partir dos sistemas
somatossensorial, vestibular e visual(13). Os receptores somatossensoriais de toque e de
posição têm especial relação com o controle postural. O equilíbrio postural envolve a
16
coordenação de estratégias sensoriais para estabilizar centro de massa do corpo. Indivíduos
com perda vestibular periférica ou perda somatossensorial são limitados em sua capacidade de
reposicionar sua postura e, assim, correm o risco de cair(14,
15)
. Em geral, quanto menos
informação sensorial estiver disponível, mais difícil é a tarefa de manter ou ajustar o
equilíbrio corporal frente às demandas da tarefa ou do ambiente(16).
Idosos com vida independente na comunidade, em sua grande maioria, apresentam
alterações no pé e tornozelos que estão relacionadas às deformidades nos dedos dos pés, hálux
valgo, diminuição da força muscular dos flexorores dos dedo do pé, alterações de mobilidade
do tornozelo, (em particular, a sensibilidade da região tátil plantar dos pés e a flexibilidade do
tornozelo foram fortemente correlacionadas com a oscilação postural) que são preditores
significativos dos distúrbios de equilíbrio, da capacidade funcional e quedas em idosos. Além
do mais, tais alterações e deformidades contribuem para mudanças na biomecânica do pé e do
tornozelo comprometendo a marcha (diminuição da dorsiflexão do tornozelo altera o
equilíbrio postural, podendo aumentar o risco de cair) e, consequentemente, a capacidade de
executar atividades funcionais integrais à vida diária(17). Estas instabilidades podem ocasionar
alterações nas fases de apoio do calcanhar e propulsão do antepé, podendo resultar em
prejuízos mórbidos que são os eventos de quedas(18).
Os dedos do pé desempenham um papel importante na estabilização do corpo quando
o centro de massa é deslocado e há inclinação para frente do corpo, na postura ortostática e
dinâmica, durante a atividade funcional da marcha. Por conseguinte, a habilidade reduzida dos
dedos de agarrar-se no solo, pode contribuir para a perda de equilíbrio e quedas(18).
Nos indivíduos com alteração dessas funções, estes fatores deletérios aparecem mais
associados aos distúrbio de equilíbrio, da capacidade funcional e da sensibilidade tátil da
região plantar dos pés, de tal forma que, se os testes funcionais do equilíbrio, da capacidade e
desempenho funcional e da sensibilidade da região tátil plantar dos pés forem realizados
conjuntamente; a identificação de sujeitos com distúrbios na estabilidade de manter-se na
postura ereta, torna-se mais acurada, principalmente, em idosos da comunidade que
aparentemente mostram-se independentes em suas atividades funcionais(19, 20).
O desequilíbrio tem sido considerado um fator de risco para quedas em idosos(21-24).
A diminuição da sensibilidade tátil da planta dos pés que ocorre com o avançar da idade pode
aumentar a suscetibilidade desta população a quedas(25). Nesse sentido, a avaliação da
sensibilidade tátil dos pés é realizada por meio do teste com monofilamentos de diversas
gramaturas, aplicados em diferentes regiões da planta do pé, denominados de monofilamentos
de Semmes-Weistein. Este teste é utilizado com a finalidade de identificar os níveis de
17
diminuição na função sensorial, por meio da quantificação de níveis crescentes de pressão
aplicadas na pele por meio dos monofilamentos(26, 27).
O uso dos monofilamentos de Semmes-Weistein é considerado um bom instrumento
de avaliação por ser de baixo custo, sendo o teste mais usado para diagnosticar alterações na
percepção sensorial tátil(28); o que viabiliza sua utilização em programas de prevenção e de
reabilitação funcional num país com tanta carência de recursos, como o Brasil. A utilização
desta ferramenta de avaliação possibilita a identificação rápida de idosos com alteração de
sensibilidade tátil e com maior risco de quedas(4).
Recentemente, foi desenvolvido um instrumento multifatorial para estratificação do
risco de quedas em idosos, o Quick csreen clinical falls risk assessment(29), composto por oito
itens, sendo o teste de sensibilidade tátil um deles.
Dessa forma, a avaliação clínica da sensibilidade tátil da planta dos pés, de forma
precisa e consistente por fisioterapeutas envolvidos em programas de prevenção de quedas ou
na reabilitação dos distúrbios do equilíbrio corporal em idosos é de extrema importância.
Principalmente na investigação e identificação de regiões específicas do pé, às quais sofrem
maiores sobrecargas na postura estática e dinâmica; sendo os níveis de distribuição dessa
pressão, concentrando-se em magnitudes diferentes nas regiões do calcâneo (60%), médio pé
(8%) e antepé (32%) distribuindo-se na cabeça do primeiro, terceiro e quinto metatarsos(30).
Portanto, as instabilidades relacionadas à mobilidade funcional (marcha, equilíbrio e
sensibilidade tátil plantar) influenciam diretamente na instabilidade do controle postural, no
que se diz respeito às alterações na captação dos estímulos sensoriais dessas áreas
especificadas da região tátil plantar onde se evidencia maiores sobrecargas biomecânicas(7).
Bretan (2010) sugere que idosos da comunidade, em sua maioria, podem apresentar
equilíbrio e sensibilidade cutânea plantar normais. No entanto, quando se detectam alterações
nessas duas funções, é necessário a realização conjunta dos testes de equilíbrio e de
sensibilidade tátil plantar; objetivando aumentar a precisão da avaliação funcional do idoso na
comunidade(19).
No entanto, a precisão e a validade do teste com os monofilamentos de SemmesWeistein não têm sido muito exploradas na população idosa da comunidade. Foram
encontrados na literatura apenas estudos com adultos saudáveis(31) e com pacientes em
condições específicas como diabetes(29, 32-34) e hanseníase(35-38), ou o uso dos monofilamentos
em outras regiões do corpo, especialmente na mão(39-41).
18
2 REVISÃO DA LITERATURA
De acordo com Webber (2004) e Alves (2011), com o passar dos anos, o ser humano
passa por diferentes alterações, entre elas estão às alterações psicológicas, anatômicas e
fisiológicas. As alterações mais apresentadas pelos idosos são o declínio da força muscular, da
massa óssea e amplitude de movimento. Tais perdas levam o idoso à perda da confiança,
dificultando sua mobilidade e aumentando o medo de quedas(42, 43).
Os limiares de sensibilidade tátil da planta dos pés em idosos apresentam alterações
no decorrer da idade devido às alterações na morfologia do receptor, à redução da densidade
do receptor, à diminuição da elasticidade da pele e à diminuição da condução nervosa(44);
estas alterações ocorrem, também, em relação ao tamanho dos campos receptivos e na
densidade de inervação, são os principais fatores que limitam a acurácia sensitiva onde os
estímulos táteis são percebidos(45).
As fibras sensoriais sofrem um declínio mais precoce, do que as fibras motoras,
ocorrendo em toda a vida útil e se acelerando em idade mais avançada. Existe uma perda
preferencial na estrutura anatômica e função fisiológica de grandes fibras mielinizadas e
receptores, favorecendo o declínio da propriocepção, da vibração e do tato discriminativo.
Acarretando alterações da sensibilidade cutânea dos membros inferiores, com possível
disfunção do equilíbrio. Portanto, salienta-se a importância da utilização e aperfeiçoamento de
ações de investigação sensorial, tais como: teste de vibração, teste dos monofilamentos, de
discriminação de dois pontos e teste de propriocepção que podem de forma confiável e
precisa avaliar a função de grandes fibras mielinizadas dos membros inferiores dos idosos(17).
A sensibilidade tátil da planta dos pés é uma importante fonte sensorial para o
controle do equilíbrio, pois os estímulos de tato e de propriocepção advindos do meio externo
na posição ortostática sofrem alterações no decorrer do envelhecimento. Tais alterações estão
relacionadas às mudanças, tanto, na distribuição de pressão em determinadas áreas da planta
dos pés, quanto na diminuição da mobilidade do pé devido o enfraquecimento muscular e
perda da amplitude de movimento do tornozelo. Nesse sentindo, as áreas de maior pressão
apresentam alterações de percepção sensorial ao solo e, consequentemente, à associação com
a mobilidade reduzida do pé, são fatores que resultam no desequilíbrio postural. Sendo assim,
as estratégias que o corpo busca para ajuste da estabilidade postural ficam comprometidas e
essas instabilidades sofridas no pé podem gerar eventos de quedas(44). Os primeiros sinais de
19
comprometimento sensorial dos pés decorrente do envelhecimento ou de neuropatias
periféricas podem resultar em déficits no controle postural e no equilíbrio(46).
O sistema somatossensorial ou sensorial somático é reconhecido pela sua ampla
variedade de sensações como tato, pressão, vibração, posição dos membros, calor, frio e dor
que são traduzidos por vários receptores que se localizam no interior da pele ou dos músculos
e redirecionados ao sistema nervoso central(47).
A sensação somatossensorial advém da atividade de fibras nervosas aferentes onde
os corpos celulares dessas fibras localizam-se em gânglios situados ao longo da medula
espinhal e tronco encefálico, sendo considerados integrantes ao sistema nervoso periférico.
Neurônios dos gânglios da raiz dorsal e dos nervos cranianos são pontes importantes para o
fornecimento de informações para circuitos do sistema nervoso central, no que se diz respeito
aos eventos sensoriais que ocorrem na periferia(48).
Os tipos de receptores sensoriais e os estímulos que eles detectam são classificados
em: mecanorreceptores que são responsáveis por detectar a compressão mecânica ou
estiramento; os termorreceptores que detectam as alterações de temperatura (frio e calor);
nociceptores que detectam lesões sofridas nos tecidos, sendo estes danos físicos ou químicos;
receptores eletromagnéticos que detectam a incidência da luz na retina dos olhos;
quimiorreceptores que detectam o sabor na superfície da boca (paladar), as sensações de
cheiro pelo nariz (olfato) e outros estímulos que são responsáveis pela química do corpo(47).
Estudos histológicos e fisiológicos caracterizaram os receptores tácteis em quatro
tipos principais de mecanorreceptores na pele glabra. Sendo dois receptores superficiais: os
corpúsculos de Meissner (responsável pela sensibilidade tátil à batida e à agitação) e os discos
receptores de Merkel (responsáveis pela sensibilidade à pressão e textura), ambos pequenos e
sensíveis, captam unicamente à deformação na pele glabra; os outros dois são receptores
subcutâneos: corpúsculo de Pacini (responsável pela sensibilidade à vibração) e as
terminações de Ruffini (responsável pela sensibilidade ao estiramento da pele) grandes e
sensíveis à deformação de uma área maior da pele(45).
Quando a área da superfície da pele é estimulada, esta informação sensorial é captada
pelos aferentes somestésicos, ocasionando uma alteração significativa nos potenciais de ação.
O tamanho do campo receptivo é caracterizado pelas ramificações dos aferentes no interior da
pele. Sendo menores ramificações resultantes de menores campos receptivos e ocorrem
variações de tamanho desses campos dependendo de sua localização. Os campos receptivos
localizados em regiões com densa inervação de fibras (dedos, lábios, artelhos) são pequenos
quando comparados com aqueles inseridos no antebraço ou costas que possuem menor
20
quantidade de fibras aferentes. Portanto, diferenças de localização no tamanho dos campos
receptivos e na densidade de inervação, são os principais fatores que limitam a acurácia
espacial onde os estímulos tácteis são percebidos(48).
Os discos de Merkel apresentam área do campo receptor pequeno, cerca de 9mm²,
localizados nas elevações das dobras epidérmicas com velocidade de condução da informação
sensorial de 40-65 m/s, sendo a resposta à endentação sustentada na pele, caracterizada por
adaptação lenta. Entretanto, as terminações de Ruffini possuem área do campo receptivo
grande 60mm², localizadas na derme com velocidade de condução da informação sensorial de
35-70m/s, tendo a mesma resposta à indentação da pele dos discos de Merkel(45).
A experiência sensorial, além de permitir o tipo de modalidade sensorial que
estimula o corpo, informa o local originário dessa informação sensorial, mede a quantidade de
energia desse estímulo e o seu tempo de manutenção. Através da localização espacial é
possível identificar a região exata de um objeto em contato tátil sobre a pele, porque esse tipo
de estímulo sensorial é mais precisamente identificado na superfície corporal em detrimento à
um tipo de estímulo dolorosamente profundo. A percepção da duração do estímulo sensorial é
caracterizada pela intensidade da quantidade de energia imposta ao corpo, em referência ao
toque na pele, se essa quantidade de energia dissipada é leve, moderado ou forte. Entretanto, a
duração do estímulo sensorial traduz nitidamente o início do contato na pele, a permanência
desta informação e o momento em que cessa essa via sensitiva; sendo a tradução dessa
informação sensorial, com maior ou menor exatidão(49).
Os mecanoceptores responsáveis pela captação do estímulo sensorial de pressão
(discos de Merkel) e o estímulo sensorial de estiramento da pele (terminação de Ruffini) são
os mecanorreceptores responsáveis pela percepção do toque através da aplicação dos
monofilamentos de Semmes-Weisntein na região plantar dos pés. Esses receptores respondem
ao estímulo sensorial na pele com adaptação lenta durante todo o tempo em que o estímulo
estiver presente, mantendo o sistema nervoso central informado constantemente sobre o
estado do corpo e sua relação com meio ambiente(47). Os receptores cutâneos são encontrados
em maior quantidade na pele glabra, regiões que por estarem sujeitas a maior atrito, possuem
camada mais grossa e não possuem folículos pilosos. De fato, regiões distais e de pele glabra,
como a palma da mão e planta dos pés, apresentam concentração significativa de receptores
cutâneos para possibilitarem uma melhor interação com o ambiente(50).
2.1 Monofilamentos de Semmes-Weisntein
21
Durante o final de 1800, Von Frey desenvolveu o teste de sensação de toque. Seu
enfoque estava centralizado no estudo da fisiologia, sendo que apenas leves limites de toques
foram avaliados. Em seus trabalhos, utilizavam-se fios de cabelo e pêlos de cavalo com
diâmetros e flexibilidade diferentes, para medir diferentes limiares de pressão e tato. Além
disso, desenvolveu um aparato para segurar o filamento, a fim de que houvesse um
reconhecimento mais apurado do limite de toque. A técnica de avaliação da sensibilidade tátil
da planta dos pés utilizando os monofilamentos de náilon foi desenvolvida por Semmes e
Weinstein a partir dos trabalhos de Von Frey(51).
Em 1960, Josephine Semmes e Sydney Weinstein começaram a usar o tipo atual de
monofilamento. A premissa colocada por eles era de que o aumento progressivo dos
diâmetros do monofilamento seria acompanhado de uma acentuação de força necessária para
incliná-lo. Desta forma, detectando uma escala progressiva para avaliação neurológica da
sensibilidade. Existem vários calibres, mas aquele que é usado convencionalmente para
detectar perda da sensibilidade tátil protetora dos pés é o monofilamento de 5.07/10g. O
número 5.07 refere-se ao tamanho do monofilamento (o diâmetro real é de 0.44) e 10g
relaciona-se com a força necessária para inclinar suavemente o filamento. A aplicação de
mais do que 10gr de força não aumenta significativamente a sensibilidade percebida pelo
paciente. Quando o monofilamento é aplicado em diferentes áreas do pé, o paciente deve ser
capaz de identificar a sua presença no momento do encurvamento em forma de C(51).
Os sítios de aplicação para avaliação da sensibilidade tátil da planta dos pés podem
englobar de 4 a 9 regiões do pé, dentre estes a falange distal do hálux, do primeiro e quinto
metatarsos e calcanhar(44).Souza propôs nove sítios de aplicação: cabeças do primeiro,
segundo e terceiro metatarsos, regiões do primeiro, segundo e terceiro metatarsos, região
lateral e medial do pé e calcanhar(27). Baseando-se nos estudos relatados, utilizamos os
seguintes sítios de aplicação para avaliação da reprodutibilidade do teste dos monofilamentos:
falange distal do hálux, cabeças do primeiro, terceiro e quinto metatarsos e calcanhar.
O Ministério da Saúde, em seu manual de prevenção de incapacidades, reforça que o
peso corporal exerce uma força de sobrecarga sobre os pés, seja na postura estática ou
dinâmica, no calcanhar, na base do quinto metatarsiano, nas cabeças dos metatarsianos e na
base do hálux e estes seriam pontos importantes para avaliação da sensibilidade tátil(52).
Apesar dessa informação, sabe-se que durante tarefas de locomoção, exemplificando a
marcha, as regiões do antepé que recebem maiores cargas na interação do pé com o solo são
as cabeças do 1º, 2º e 3º metatarsos(53, 54). Além disso, o trajeto do centro de pressão (COP) do
22
pé passa sobre essa região plantar e, neste sentido, a avaliação desses pontos é de fundamental
importância para a investigação de possíveis instabilidades na dinâmica postural. A perda da
sensibilidade tátil plantar dessa região anatômica, portanto, tem o potencial de alterar os
mecanismos de controles posturais e de contribuir com alterações da marcha(53).
Estudos indicaram que os monofilamentos de Semmes-Weisntein podem ser uma
ferramenta eficaz, fiável, sensível e de baixo custo para a identificação de pacientes com
diabetes que estão em risco para problemas nos pés(32,
33, 55)
. Os profissionais da saúde
precisam de um método fácil e confiável para testar a sensibilidade tátil da planta dos pés e
identificar os pacientes que estão em risco de desenvolver problemas nos pés(56).
Diante dos pressupostos evidenciados nos estudos abordados nessa pesquisa,
percebe-se a importância de validar um teste que seja confiável para avaliação da
sensibilidade tátil da planta dos pés de forma precisa pelos profissionais da área da saúde e
relacioná-lo com testes validados de capacidade e desempenho funcional. Promovendo uma
avaliação funcional, investigativamente, ampla da saúde do idoso na identificação de fatores
que possam desencadear episódios de quedas.
23
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Testar as propriedades clinimétricas dos monofilamentos de Semmes-Weisntein na
população idosa comunitária.
3.2 Objetivos específicos

Investigar a reprodutibilidade inter avaliadores e intra avaliador dos monofilamentos
de Semmes-Weisntein em idosos comunitários;

Realizar a validação concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weisntein,
comparando a sensibilidade tátil plantar de idosos com desempenho funcional
medido pelo WHODAS II e com a capacidade funcional avaliada por meio do Timed
Up and Go Test - TUG e da Short Physical Performance Battery – SPPB.
24
4 MÉTODO
4.1 Desenho do estudo
Estudo caracterizado no modelo de pesquisa do tipo observacional transversal.
4.2 População e Amostra
A população do estudo foi de 428 idosos, pertencentes ao Programa de Saúde da
Família, localizada na região leste de Juazeiro do Norte, com idade igual e superior à 60 anos
de ambos os sexos. Foi considerada uma amostra de 200 participantes adequados para este
estudo envolvendo 2 avaliadores independentes, com uma variável dicotômica (“sentiu e não
sentiu”), com um β estimado de 80%, assumindo a hipótese nula com um valor de kappa de
0,40 e uma projeção de detecção entre 0,50 e 0,70. O valor de Kappa moderado (0,60),
considerou-se um valor de α de 0,05(57).
A pesquisa abordou idosos de ambos os sexos, com idade igual ou superior à 60
anos. Os idosos foram recrutados na área de abrangência do Programa de Saúde da Família
(PSF-06), bairro Novo Juazeiro, na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. Atualmente, segundo
informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região possui 244.701
habitantes (destes 26.653 habitantes idosos) com área de unidade territorial de 248,832 Km²
(IBGE, 2010). Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade Cidade de São
Paulo, CAAE 16109013.2.0000.0064.
4.3 Critérios de Elegibilidade da Pesquisa
Foram excluídos os idosos que apresentaram declínio cognitivo avaliado por meio do
Mini Exame do Estado Mental (MEEM) proposto por Foistein, Foistein & McHugh (1975),
validado no Brasil por Bertolucci et al. em 1994; onde apresentaram pontuação menor que(58):
13 pontos para os analfabetos, 18 pontos para aqueles com 1 a 7 anos de escolaridade e 26
25
pontos para os com 8 anos ou mais de escolaridade(59) (Anexo A). Foram excluídos, também,
idosos que apresentaram: amputação de membros inferiores, diagnóstico de Diabetes referido
por algum médico em consulta, portadores de Hanseníase, dificuldade grave de audição ou
visão ou problemas graves de comunicação, cadeirantes ou que não fiquem na posição de pé
ou não deambulem, mesmo com a utilização de algum dispositivo para auxílio da marcha.
Apresentaram ainda: feridas abertas, cicatrizes, edema nos pés, insuficiência vascular
periférica grave de membros inferiores, doenças neurológicas (acidente vascular encefálico,
doença de Parkinson, doença de Alzheimer, distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica)
e outras doenças que desenvolvam alterações na sensibilidade tátil dos pés e ainda fizerem
uso de drogas ilícitas ou álcool de forma regular.
4.4 Instrumentos e Medidas
Os idosos participantes dessa pesquisa foram avaliados por um questionário semi
estruturado em dois momentos: no primeiro encontro, foi aplicado um questionário de
avaliação multidimensional (Apêndice A), dividido em dados: pessoais, sócio demográfico,
clínicos, econômicos, avaliação da capacidade funcional (TUG) e (SPPB), do desempenho
funcional (WHODAS 2.0), avaliação da sensibilidade tátil da planta do pé direito,
(investigação realizada de forma inter avaliadores: avaliador 1 e 2). Avaliou-se, também, o
índice de comorbidades funcional e avaliação dos problemas nos pés (foi realizada
exclusivamente pelo pesquisador, avaliador 1). O tempo da avaliação foi de 60 a 80 minutos,
sendo realizadas com o auxílio de 3 estudantes de fisioterapia devidamente treinados pelo
pesquisador.
Na caracterização da amostra foi utilizado o questionário semi estruturado
Multidimensional (idade, sexo, situação civil e ocupacional, renda, moradia, escolaridade,
quedas nos últimos doze meses, dor nos pés, tabagismo, remédios, fadiga nas pernas, saúde
subjetiva, avaliações: das deformidades dos pés, das comorbidades e do nível de atividade
física). No direcionamento dos objetivos propostos foram utilizados avaliações: da
sensibilidade tátil plantar, da capacidade e do desempenho funcionais.
No segundo encontro, realizado uma semana depois do primeiro(60-63) objetivando
testar o grau de reprodutibilidade da avaliação da sensibilidade (medição da mesma
grandeza), foi necessário repetir os testes, variando-se o tempo entre as coletas, porém
mantendo todos os procedimentos realizados anteriormente(64). Nesse momento, houve apenas
26
avaliação da sensibilidade tátil plantar (procedimento realizado pelo intra avaliador: somente
o avaliador 1) com duração de 5 a 10 minutos(63).
4.4.1 Índice de Comorbidades Funcional
Utilizou-se para caracterização da amostra, além de informações específicas da
avaliação multidimensional, o Índice de comorbidades funcional que contém diagnósticos de
diversas patologias que normalmente não são encontrados em índices de comorbidades
existentes. Esse índice é responsável por variações de escores relacionados à função física.
Apresenta 18 itens, fácil aplicação, com respostas dicotômicas, sendo “sim” (escore 1 ponto)
e “não” (valor zero).O escore total é obtido pelo somatório das comorbidades relatadas pelo
idoso. Esse índice não apresenta ainda adaptação transcultural brasileira(65). (Anexo B)
4.4.2 Avaliação dos Problemas nos Pés em Idosos
O questionário de avaliação dos problemas nos pés em idosos foi idealizado por
Menz, Tiedemann , Kwan (2003); utilizamos a versão validada para língua portuguesa por
Esotico (2009); também foi utilizado, nessa pesquisa, objetivando a caracterização da
amostra. Esse instrumento de avaliação é usado em idosos comunitários, de fácil aplicação e
baixo custo. Tal instrumento tem o objetivo de rastrear os principais problemas podais e
identifica a presença ou não de dor nos pés. O questionário consta dos seguintes quesitos:
dores nos pés, onde a resposta é dicotômica (sim ou não), a presença da dor recebe cinco
pontos, e a ausência não recebe pontuação. A presença das seguintes deformidades tem a
seguinte pontuação: o hálux valgo tem variação de pontos de 0 (sem deformidade) a 3 pontos
(deformidade grave).As deformidades dos artelhos são classificadas em: espessamento da pele
e/ou calosidades, articulação em flexão, fixa, extensão e proeminência óssea (a presença de
cada uma dessas deformidades recebem 1 ponto). Na superfície plantar, avalia-se
espessamentos e/ou calosidades (sendo 1 ponto para cada alteração encontrada. O escore total
é obtido pelo somatório de todas as alterações observadas(66). (Anexo C)
4.4.3 Monofilamentos de Semmes-Weisntein
27
Na a avaliação da sensibilidade tátil na planta dos pés foram utilizados os
monofilamentos de Semmes-Weisntein (SORRI Bauru®) apresentados na Figura 1, com o
objetivo de observar e quantificar o limiar de percepção de sensibilidade ao toque na região
plantar, ver figura 1(67).
Figura 1- Kit de monofilamentos de Semmes-Weisntein
Fonte: Primária, 2015.
Os monofilamentos de Semmes-Weisntein foram desenvolvidos no Gillis W. Long
Hansen'sDisease Center, em Carville, Louisiania, nos Estados Unidos da América.
Posteriormente, foi fabricado em Bauru, na Sociedade de Recuperação e Reintegração do
Incapacitado (SORRI), logo após as adaptações feitas no Brasil. Tais filamentos são
compostos por fios de nylon de diâmetros diferentes cada um com trinta e oito milímetros de
comprimento e fixados a uma haste, formando com esta um ângulo de noventa graus(27).
É um teste com adequado poder de detecção de alterações de sensibilidade tátil,
apresentando 91% de sensibilidade e 80 % de especificidade. A avaliação com os
monofilamentos de Semmes-Weisntein possibilita graduar o resultado do teste de
sensibilidade em vários níveis funcionais, desde normal até a perda da sensibilidade profunda,
passando por níveis intermediários, segundo o Quadro 1(68).
O Kit de monofilamentos da SORRI é composto por seis monofilamentos de
diferentes gramaturas, como descrito no Quadro 1.
28
Quadro 1- Escala de diagnóstico de sensibilidade para o uso dos monofilamentos de SemmesWeisntein
Monofilamentos
Verde - 0,05 g
Azul - 0,2 g
Violeta - 2,0 g
Vermelho - 4,0 g
Laranja - 10,0 g
Cada monofilamento corresponde a um nível funcional
Interpretação
sensibilidade normal na mão e no pé
sensibilidade diminuída na mão e normal no pé
dificuldade para discriminar textura (tato leve)
Sensibilidade protetora diminuída, permanecendo o suficiente para prevenir
lesões.
Dificuldade com a discriminação de forma e temperatura
perda da sensibilidade protetora na mão e às
vezes no pé
perda da discriminação de textura
incapacidade de discriminar formas e temperatura
perda da sensibilidade protetora no pé
perda da discriminação de textura
incapacidade de discriminar formas e temperatura
permanece apenas a sensação de pressão profunda na mão e no pé
perda da sensação de pressão profunda na mão e no pé não podendo sentir dor
Magenta - 300 g
Nenhuma resposta
Afirmativa
Fonte: Ministério da Saúde, 2008.
Em nosso estudo, os monofilamentos 0.05g e 0.2g não foram utilizados, uma vez que
a ausência de sensação tátil nestes filamentos é considerado normal para o pé. O
monofilamento de 300g também não foi utilizado, porque avalia pressão profunda e dor, não
sendo o interesse do estudo investigar. Portanto, os monofilamentos utilizados foram: 2,0g,
4,0g e 10g(69).
4.4.4 Timed Up and Go – TUG
Na avaliação da capacidade funcional foi utilizada o teste com Timed Up and Go
(TUG)(70). O TUG foi desenvolvido por Podsiadlo e Richardson em 1991, com o objetivo de
avaliar o equilíbrio dinâmico dos pacientes, mais especificamente a mobilidade e o
equilíbrio(71,
72)
. Foi utilizado o traduzido e validado para o Brasil por Cabral (2011)(73)
(Anexo D).
A execução do teste consiste em mensurar o tempo que o indivíduo leva para
levantar-se de uma cadeira padronizada com apoio de braços, de aproximadamente 46cm de
altura, deambular três metros até uma marcação no solo, realizar um giro de 180° e retornar à
cadeira e sentar-se o mais rápido possível, com segurança(74). Os participantes usaram seus
29
calçados habituais e óculos, foi realizada uma tentativa de familiarização. O tempo foi
mensurado em segundo utilizando-se um cronômetro Cronobio® modelo SW2018.
Bischoff et al. relatam que para adultos considerados saudáveis, o TUG deve ser
realizado em até 10 segundos; sendo esses classificados em independentes (sem risco de
quedas). Todavia, se o tempo do teste variar entre 11 a 20 segundos, são denominados
independentes parciais (baixo risco de quedas); e se for mais de 20 segundos, a dependência é
grave (alto risco de quedas). Contudo, esses autores consideram que um tempo de até 12
segundos é considerado normal quando se refere à idosos da comunidade(75).
4.4.5 Short Physical Performance Battery – SPPB
Na avaliação da capacidade funcional foi usada a bateria de testes Short Physical
Performance Battery (SPPB)(76). A SPPB configura-se um instrumento objetivo,
multidimensional, padronizado e de eficácia para avaliar o desempenho físico dos membros
inferiores de pessoas idosas(77). Também pode ser usado para rastreamento de idosos que
apresentem risco de desenvolver incapacidades no futuro e alterações na funcionalidade com
o passar dos anos(78-83). Foi validada e adaptada para o português por Nakano (2007)(76). É
constituída de três testes que avaliam sequencialmente o equilíbrio estático na posição de pé, a
velocidade da marcha em passo habitual e indiretamente, a força de membros inferiores para
levantar e sentar da cadeira sem apóio dos membros superiores. A pontuação para cada
categoria do teste varia numa escala de zero (pior desempenho) a quatro pontos (melhor
desempenho), somando-se 12 pontos no total, sendo um melhor escore considerado como
melhor desempenho(77, 84). (Anexo E) O tempo do teste foi mensurado em segundo utilizandose um cronômetro Cronobio® modelo SW2018.
4.4.6 WHODAS 2.0
A Escala de Avaliaçãode Incapacidades da Organização Mundial de Saúde
(WHODAS 2.0) elaborada no intuíto de avaliar o nível funcional do indivíduo em seis
domínios, sendo estes: participação da sociedade, atividades de vida diária, cognição,
30
autocuidado, mobilidade e convivência social. Foi utilizada a adaptada
e validada
(85)
transculturalmente para o portuquês por Silveira et al (2013)
No intuito de
.
avaliar a restrição em atividades ou desempenho funcional foi
utilizado o World Health OrganizationDisabilityAssessment Schedule (WHODAS 2.0), na
versão curta de 12 itens(86). O grau de dificuldade em cada atividade é avaliada por meio de
uma escala do tipo Likert de 1 a 5, sendo 1 nenhuma dificuldade e 5 dificuldade extrema ou
não consigo fazer. Foi transformada para 0 a 4 e será computada a soma total de pontos, que
irá variar de 0 sem restrição no desempenho a 48 pontos máxima restrição no desempenho.
(Anexo F) O escore total será apresentado em percentis (percentil 20)(87).
4.4.7 Evaluation of the incidental and planned exercise questionnaire
(IPEQ) – Versão W
Delbaere, Hauer, Lord(88) relatam que há uma necessidade para população idosa de se
esquematizar uma medida de para quantificar o nível de atividade física adequada para
utilização em pesquisa no envelhecimento, incluindo ensaios de prevenção de quedas. Foi
realizada uma validação formal do questionário incidental and planned exercise questionnaire
(IPEQ) for older people, objetivando investigar a sua estrutura e propriedades globais de
medição. Os autores explicam que uma versão semanal seria um reflexo mais preciso das
atividades físicas reais de uma pessoa que sofreu algum comprometimento recentemente. O
objetivo do questionário é avaliar o estilo de vida das pessoas mais velhas relacionando com
seu nível de atividade física semanal, que corresponde a versão W que utilizamos em nosso
estudo. Afinal, os autores relatam que a versão semanal seria um reflexo mais preciso das
atividades físicas reais de uma pessoa idosa.
O questionário aborda perguntas relacionadas à realização de atividade física em casa
ou fora, como sair pra caminhar, passear com cachorro, fazer trilhas, ir a
padaria/supermercado, atividades de vida diária. Para cada atividade é também questionado à
frequência e duração. É um instrumento de avaliação bem simples de ser aplicado, de fácil
compreensão e aplicação.
31
4.5 Procedimentos
Os participantes foram avaliados em suas residências, num local calmo, sem barulho,
bem iluminado e sem distrações(89). A avaliação da região tátil da planta do pé foi realizada
com o idoso sentado, confortavelmente, segurando um anteparo, uma pasta, com dimensões
(comprimento 60cmx largura 35cm); posicionada na frente dos olhos, com o auxílio de outro
examinador, em uma altura que ofereceu impossibilidade de visibilidade do idoso até o nível
do joelho para evitar que o idoso observasse o pé no momento da avaliação(28).
No anteparo foi fixado uma foto coloridada da planta do pé medindo (comprimento
30 cm x largura 22 cm), reproduzindo a mesma posição do pé que estava sendo avaliado,
conforme ilustra a figura 2. A foto foi usada para o idoso permanecer sempre atento, olhandoa e apontar com dedo, quando solicitado pelos pesquisadores 1 e 2, os sítios que o idoso
afirmou ter sentido com os monofilamentos no momento da avaliação. A função do
examinador era permanecer posicionado, em pé, ao lado do idoso e auxiliar na avaliação
orientando o idoso a permanecer sempre atento a foto, ajudar no posicionamento do anteparo
adequadamente (visibilidade não permitida do joelho) à frente da visão do idoso, observar o
local onde o idoso apontou o dedo na foto e transmitir essa informação ao avaliadores (1 e 2)
com expressões faciais de afirmação ou negação da resposta do teste.
Foi avaliado a região tátil plantar do membro inferior direito(90) devido este membro
ser relatado pela literatura com predominância de dominância, recebendo assim, maior
sobrecarga biomecânica. Esse segmento foi posicionado em um banco de ferro com superfície
de contato macia (almofada: largura 30cm x comprimento 25cm) (Figura 3)(26, 63).
32
Figura 2 – Anteparo de oclusão da visão para o idoso apontar os sítios testados.
Fonte: Primária, 2015
33
Figura 3- Posicionamento do idoso para a avaliação da sensibilidade tátil da planta do pé
Fonte: Primária, 2015
Os monofilamentos foram retirados do tubo e encaixados cuidadosamente no furo
lateral do cabo de apoio, após foram colocados em ordem crescente: menor gramatura para o
de maior gramatura (60), segundo os procedimentos de preparação do manual da SORRI.
Os sítios de aplicação para avaliação da sensibilidade tátil da planta do pé do
membro inferior direito foram: centro da falange distal do hálux, cabeças do 1º, 3º e 5º
metatarsos e centro do calcanhar.(Figura 4). Essas regiões basearam-se no estudo de Perry
(2006)(44) Giacomozzi et al (2002)(53). Quando existirem vestígios de calosidades será
escolhido um local próximo destes sítios, porque esta alteração na região tátil plantar do pé
interfere no teste de sensibilidade(26, 27, 52).
34
Figura 4– Sítios para avaliação da sensibilidade tátil da planta dos pés
Fonte: Primária, 2015.
O avaliador explicou ao idoso o procedimento da avaliação da seguinte forma:
“Agora iremos fazer a avaliação da sensibilidade da planta do seu pé direito. Para isso vou
lhe entregar uma pasta para que coloque na frente do rosto, porque o Sr(a) não pode ver o
local do seu pé onde vou tocar com este fio de nylon. Por favor, quando o Sr (a) sentir um
toque semelhante a este que estou lhe mostrando na sua mão, o Sr (a) deverá dizer: senti.
Neste caso afirmativo, vou pedir que o Sr(a) aponte com o dedo na foto do pé fixada na pasta
que estar na frente do seu rosto, em que região do pé o Sr(a) sentiu.”
O avaliador indagou se o idoso entendeu o teste. Em caso afirmativo, o avaliador dá
inicio ao teste, aproximando o fio de nylon de cada sítio da planta do pé de cada participante
com uma distância de 2 cm e o tocará por 1 a 2 segundos. O avaliador posicionará o cabo do
instrumento de maneira que o monofilamento fique perpendicular à superfície de cada sítio de
aplicação, até obter a curvatura em “c” do monofilamento, (Figura 5)(60, 90).
35
Figura 5- Procedimento para aplicação do monofilamento
Fonte: Primária, 2015.
A sequência dos sítios de aplicação foi aleatorizada(28,
60, 90)
. Se o monofilamento
escorregar na região de aplicação no momento do toque, esta aplicação não será considerada e
outra aplicação será realizada. O idoso será questionado se sentiu ou não o toque do
monofilamento e deverá responder “sim” quando sentir e “não” quando não sentir(90).
Os monofilamentos foram aplicados três vezes em cada sítio específico(28). Ao final
foi considerado que o idoso sentiu aquele sítio, caso ele tenha sentido ao menos 2 das 3
tentativas realizadas(90).
A escolha da mão como local de demonstração do teste(28) também é explicada,
segundo Cohen (2001)(50), porque a palma da mão e a planta dos pés apresentam
concentração significativa de receptores cutâneos. As respostas em cada sítio de aplicação
foram registradas no formulário de mapeamento (Tabela 2)(91).
Foi necessário, de acordo com os procedimentos da Sociedade de Reabilitação e
Reintegração do Incapacitado (SORRI), trocar o monofilamento cada 100 toques ou após
testar com 10 pacientes no mesmo dia. Também para efeito de calibração foi necessário
deixar que os monofilamentos descansem por 24hs(91).
36
4.6 Análise e interpretação dos dados
Para caracterização da amostras foram conduzidas análises descritivas por meio de
frequência absoluta e relativa para variáveis categóricas; média e desvio padrão para variáveis
quantitativas.
Na análise da concordância inter avaliadores e intra avaliador foi utilizado o
coeficiente de Kappa que é uma medida adequada de confiabilidade que mede o grau de
concordância entre avaliadores e também o grau de concordância além do que seria esperado
pelo acaso. Tendo como valor máximo “1” que representa total concordância e menor que
zero, negativo, sugere discordância. A classificação dos resultados seguirá as seguintes
denominações: valor 0 indicará concordância pobre, entre 0,01-0,20 leve concordância, entre
0,21-0,40 considerável concordância, entre 0,41-0,60 moderada concordância, entre 0,61-0,80
substancial concordância e entre 0,81-1,0 quase perfeita concordância(57).
A validade concorrente foi realizada comparando os resultados para cada
monofilamento de 2g, 4g e 10g com os escores obtidos do SPPB e o tempo total de realização
do TUG e o escore total do WHODAS 2.0 para observar a relação destes testes de capacidade
e desempenho funcional com o teste de sensibilidade tátil da planta do pé. Esta análise foi
feita utilizando-se o teste Qui-quadrado, considerado um α ≤ 0,05. Foi usado um nível de
significância de p<0,05 e as análises realizadas por meio do pacote estatístico SPSS versão
19.0 para Windows.
37
5 RESULTADOS
5.1 Caracterização da amostra
A amostra foi constituída por 200 idosos da comunidade cadastrados no Programa de
Saúde da Família do município de Juazeiro do Norte – Ceará. Foram avaliados no período de
Outubro de 2014 a Dezembro de 2014. Do total, 139 (69,5%) eram mulheres, 108 (54%) de
raça parda/mulata, com idade média de 69,8±6,6, variando de 60 a 94 anos. Não houve
diferença em relação à idade entre homens (69,8±6,8 anos) e mulheres (69,87±6,59)
(p=0,973).Quanto à escolaridade e renda, 69 (36.6%) participantes tinham cursado primário
completo ou outro nível acima e, 133 (66,5%) tinham renda até um salário mínimo. As
características sócio demográficas da amostra estão apresentadas na tabela 1.
Tabela 1- Distribuição de frequência absoluta e relativa para caracterização da amostra de
200 idosos
Variável
Categoria
N
%
Raça
Branca
66
33,0
Negra
13
6,5
Amarela
10
5,0
parda/mulata
108
54,0
Indígena
3
1,5
solteiro(a)
13
6,5
separado(a)
24
12,0
casado(a)
108
54,0
viuvo(a)
55
27,5
sozinho(a)
26
13,0
companheiro(a)
29
14,5
filho(as)
31
15,5
neto(as)
7
3,5
filhos+netos
14
7,0
conjuge+filhos
51
25,5
conjuge+filhos+netos
31
15,5
amigo(s)
11
5,5
Estado civil
Moradia
38
Escolaridade
Situação ocupacional
Salário mínimo
Analfabeto
46
23,0
Primário
35
17,5
primário incompleto
81
40,5
Colegial
20
10,0
colegial incompleto
8
4,0
Superior
8
4,0
Superior incompleto
2
1,0
aposentado(a)
131
65,5
Pensionista
19
9,5
aposentado+trabalha
18
9,0
trabalhador ativo
18
9,0
do lar
14
7,0
ate 1
133
66,5
de 2 a 3
42
21,0
de 3 a 4
4
2,0
de 4 a 5
5
2,5
5 ou mais
3
1,5
sem renda mensal
13
6,5
Fonte: Primária, 2015.
Em relação às condições de saúde, 29 (14,5%) pessoas idosas afirmaram não fumar,
65 (32,5%) referiram ter sofrido ao menos uma queda nos últimos 12 meses, 76 (38,0%)
relataram sentir fadiga nas pernas, 30 (15%) disseram sentir dor nos pés, 95 (47,5%)
percebem sua saúde como boa e 68 (34,0%) participantes como regular. Os participantes
referiram ingerir em média de forma regular 1,9±1,7 medicamentos ao dia, variando de 0 a 10
medicamentos. As mulheres em média, relataram fazer uso de maior número de
medicamentos do que os homens (2,1±1,7 vs. 1,3±1,6) (p=0,006).
Em relação às comorbidades (Índice de Comorbidade Funcional), 57 (28,5%)
participantes referiram ter artrite, 66 (33%) osteoporose; 77 (38,5) doenças vasculares e 63
(31,5%) relataram problemas visuais. A média de comorbidades relatadas pelos idosos foi de
2,8±2,0 e as mulheres (3,28±2,04) relataram um número significativamente maior de
comorbidades quando comparadas aos homens (1,89±1,68) (p<0,001).
39
Tabela 2- Distribuição de frequência absoluta e relativa do Índice de Comorbidade Funcional
para uma amostra de 200 idosos
Variável
N
%
Artrite
57
28,5
Osteoporose
66
33,0
DPOC
5
2,5
Asma
5
2,5
Angina
11
5,5
ICC
34
17,0
Infarto
3
1,5
Doenças neurológicas
1
0,5
AVE
5
2,5
Doenças vasculares
77
38,5
Doenças gástricas
48
24,0
Depressão
26
13,0
Ansiedade
54
27,0
Problemas Visuais
63
31,5
Problemas Auditivos
7
3,5
Problemas de coluna
85
42,5
Fonte: Primária, 2015
A avaliação dos pés foi realizada por meio do instrumento “Avaliação de problemas
nos pés em idosos” desenvolvido por Mez, Tiedeman, Kwan em 2003 que foi traduzido e
adaptado ao português falado no Brasil por Esotico em 2009 e os resultados estão
apresentados na tabela 3. Cerca de um terço dos idosos referiram dor nos pés e apresentaram
deformidades leves em hálux valgo. A avaliação dos artelhos, 106 (53,0%), tiveram
espessamentos e/ou calosidades. Em relação às deformidades articulares dos artelhos
(articulações em flexão, extensão ou proeminência óssea) observou-se que 122 (61,0%)
participantes apresentaram uma(s) e/ou outra(s) dessas deformidades nos idosos. Todos os
idosos apresentaram espessamentos na pele e/ou calosidades em alguma região da superfície
plantar.
40
Tabela 3- Distribuição de frequência absoluta e relativa da avaliação dos problemas nos pés
em idosos para amostra de 200 idosos
Variável
Categorias
Dor
Hálux valgo
Calosidades e espessamentos em
Artelhos
Deformidades articulares
Espessamentos e calosidades na
planta dos pés
Escore total
Sim
Não
Sem deformidade
Deformidade leve
Deformidade moderada
Deformidade grave
N
60
140
73
61
51
15
%
30,0
70,0
36,5
30,5
25,5
7,5
Sim
Não
Quantidade
Sim
Não
Quantidade
106
94
1,6±2,1
122
78
1,8±1,7
53,0
47,0
0-12
61,0
39,0
0-7
Sim
Não
Quantidade
200
0
17,9±7,2
23,6±9,1
100,0
0,0
1-37
2-45
Escore total do instrumento “Avaliação de problemas nos pés em idosos”
Fonte: Primária, 2015.
Em relação às variáveis físico-funcionais (SPPB, TUG), de capacidade funcional
(WHODAS) e nível de atividade física (IPEQ) as características da amostra estão descritas na
tabela 4.
41
Tabela 4- Caracterização dos participantes quanto às variáveis físico-funcionais, de
capacidade funcional e de nível de atividade física para uma amostra de 200 idosos
Variáveis
TUG em segundos, média (DP)
10,4 (3,4)
TUG categórica, n (%)
Até 12 segundos
147 (73,5)
12 segundos ou mais
53 (26,5)
SPPB, mediana (IIQ)
9,0 (3,0)
SPPB categórica
Muito ruim e baixo desempenho (0-6 pontos)
43 (21,5)
Moderado desempenho (7-9 pontos)
88 (44,0)
Bom desempenho (10 ou mais pontos)
69 (34,5)
WHODAS, mediana (IIQ)
17,0 (9,0)
WHODAS percentil 20, n (%)
≤13 pontos (melhor funcionalidade)
149 (74,5)
>13 pontos (pior funcionalidade)
51 (25,5)
Nível de Atividade Física- IPEQ, média (DP)*
36,7 (22,0)
Legenda: TUG: Timed up and go test; SPPB: Short Physical Performance Battery;
WHODAS: World Health Organization Disability Assessment Schedule; IPEQ: Incidental
and Planned exercise Questionnaire
*Nível de atividade física em horas por semana
Fonte: Primária, 2015.
5.2 Concordância inter avaliadores
Os resultados dos valores de concordância inter avaliadores para a região do hálux,
do 1º, 3º e 5º metatarsos e do calcanhar para os monofilamentos de 2g, 4g e 10g, para o
resultado final (presença/ausência da sensação tátil da planta do pé direito, em pelo menos
duas das 3 tentativas realizadas), evidenciaram valores expressivamente significativos
(p<0,001) para todas as gramaturas e sítios de aplicação. Observou-se que o valor do Kappa
teve variações de substancial à quase perfeita, conforme ilustra a tabela 5.
Para a região do Hálux observamos uma concordância de substancia à quase perfeita,
quanto ao resultado final para o monofilamento de 2g (0,754), de 4g (0,834) e de 10g (0,930).
Na região do 1º metatarso podemos observar que a concordância foi de substancial à
quase perfeita para os monofilamentos de 2g (0,727), 4g (0,793) e 10g (0,949).
42
Para a região do 3ºmetatarso observou-se valores de concordância de substancial à
quase perfeita para as gramaturas de 2g (0,777), 4g (0,863) e 10g (0,933).
Na região do 5º metatarso observou-se valores de concordância de substancial à
quase perfeita para as gramaturas de 2g (0,700), 4g (0,870 e 10g (0,966).
Para a região do calcanhar observou-se uma concordância de substancial à quase
perfeita para as gramaturas de 2g (0,796), 4g (0,940) e 10g (0,988).
Contudo, pode-se observar que o monofilamento de 2g apresentou, para todos os
sítios de aplicação, concordância substancial. Enquanto que os monofilamentos de 4g e 10g
apresentam em todos os sítios testados concordância quase perfeita, destacando-se apenas o
sítio do 1º metatarso para o monofilamento de 4g, onde a concordância foi substancial.
Tabela 5- Valores de Kappa para a concordância inter avaliadores, nos sítios: hálux, 1º, 3º, 5º
metatarsos e calcanhar para os monofilamentos de Semmes-Weisntein de 2, 4 e 10 gramas
para uma amostra de 200 idosos
Sítios de Aplicação
Monofilamentos
Hálux
1º metatarso
3º metatarso
5ºmetatarso
Calcanhar
2g
0,754
0,727
0,777
0,700
0,796
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
0,834
0,793
0,863
0,870
0,940
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
0,930
0,949
0,933
0,966
0,988
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
4g
10g
Todos os índices apresentaram valor de p<0,001
Fonte: Primária, 2014.
5.3 Concordância intra avaliador
Os achados dos valores de concordância intra avaliador para a região do hálux, do 1º,
3º e 5º metatarsos e do calcanhar para os monofilamentos de 2g, 4g e 10g, para o resultado
final (presença/ausência da sensação tátil da planta do pé direito, em pelo menos duas das 3
43
tentativas realizadas), evidenciaram valores expressivamente significativos (p<0,001) para
todas as gramaturas e sítios de aplicação. Observou-se que o valor do Kappa teve variações de
substancial à quase perfeita, conforme ilustra a tabela 6.
Na avaliação da região do hálux, percebeu-se uma concordância de substancial à
quase perfeita, quanto ao resultado final, para o monofilamento de 2g (0,809), 4g (0,852) e
10g (0,879).
Observando-se a região do 1º metatarso, evidenciou-se concordância de substancial à
quase perfeita, quanto ao resultado final, para o monofilamento de 2g (0,757), 4g (0,868) e
10g (0,912).
Em relação à região do 3º metatarso, percebeu-se que a concordância, também foi de
substancial à quase perfeita, quanto ao resultado final, para o monofilamento de 2g (0,710),
4g (0,826) e 10g (0,977).
O que se observa na região do 5º metatarso, é a mesma variação de concordância de
substancial à quase perfeita, quanto ao resultado final, para o monofilamento de 2g (0,720),
4g (0,802) e 10g (0,949)
Entretanto, para a região do calcanhar, todas as gramaturas obtiveram concordância
quase perfeita: 2g (0,816), 4g (0,830) e 10g (0,951).
Pode-se perceber que o monofilamento de 2g apresentou, para todos os sítios de
aplicação, concordância substancial, exceto no calcanhar que foi quase perfeita. Já o
monofilamento de 4g obteve concordância quase perfeita para todos os sítios, exceto no 5º
metatarso. Porém, o monofilamento de 10g evidenciou concordância quase perfeita para todos
os sítios testados.
Nesse sentido, deve-se ressaltar que os resultados inter e intra avaliadores, foram
expressivamente semelhantes nos monofilamentos de 2g (concordância substancial), exceto
no calcanhar do intra avaliador (concordância quase perfeita), o de 4g (concordância quase
perfeita) exceto para o 1º metatarso do inter avaliador e no 5º metatarso do intra avaliador e o
de 10g apresentou, tanto para o inter e intra avaliadores, concordância quase perfeita para
todos os sítios.
44
Tabela 6- Valores de Kappa para a concordância intra avaliador, nos sítios: hálux, 1º, 3º, 5º
metatarsos e calcanhar para os monofilamentos de Semmes-Weinstein de 2, 4 e 10 gramas
para uma amostra de 200 idosos.
Sítios de Aplicação
Monofilamentos
Hálux
1º metatarso
3º metatarso
5ºmetatarso
Calcanhar
2g
0,809
0,757
0,710
0,720
0,816
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
0,852
0,868
0,826
0,802
0,830
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
0,879
0,912
0,977
0,949
0,951
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
p=0,000
4g
10g
Todos os índices apresentaram valor de p<0,001
Fonte: Primária, 2015.
5.4 Validação concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weinstein,
comparando a sensibilidade tátil plantar de idosos com desempenho
funcional medido pelo WHODAS II
A validação concorrente tem o objetivo de verificar se a avaliação de sensibilidade
tátil da planta dos pés tem influencia sobre o desempenho funcional de idosos. Embora a
correlação entre a função sensorial de sensibilidade tátil não tenha necessariamente uma
relação direta com o desempenho em atividades, avaliado por meio de um instrumento amplo
e genérico, espera-se que os idosos com pior sensibilidade tátil tenham pior desempenho
funcional. Para tal, os idosos foram divididos em dois grupos de acordo como escore total do
WHODAS 2.0: aqueles com pontuação menor e igual ao percentil vinte (<=P20, idosos que
responderam ter melhor desempenho no WHODAS 2.0) e aqueles participantes com percentil
maior que vinte (>P20, idosos que responderam ter pior desempenho). Estes dois grupos
foram comparados aos resultados (sentiu/não sentiu) em cada um dos sítios de aplicação, com
cada gramatura e os resultados são encontrados na tabela 7.
45
Na região do hálux para todas as gramaturas testadas 2g (p = 0,426), 4g (p = 0,775) e
10g (p = 0,576) não houve diferenças significativas em nenhum dos dois grupos. No 1º
metatarso houve diferenças significativas para os monofilamentos de 2g (p = 0,007) e 4g (p =
0,038). Na região do 5º metatarso, não houve diferenças significativas entre os dois grupos
para os monofilamentos de 2g (p = 0,062) e 10g (p = 0,078). Porém, houve diferença
significativa no monofilamento de 4g (p = 0,017). Na região do calcanhar, observa-se
diferenças significativas para os monofilamentos de 2g (p = 0,024) e de 4g (p = 0,017).
Contudo, na região do 3º metatarso, não houve diferenças significativas em nenhuma das
gramaturas: 2g (p = 0,171), 4g (p = 0,127) e 10g (p = 0,500).
Tabela 7- WHODAS x teste dos monofilamentos para as regiões do hálux, 1º, 3º e 5º
metatarsos e calcanhar com as gramaturas 2g, 4g e 10g considerando o percentil com valor de
corte p<=20. (n=200)
Avaliação
1ª Avaliação
Sitio
Hálux
Gramas
2g
4g
10g
1º.metatarso
2g
4g
10g
5º.metatarso
2g
4g
10g
Calcanhar
2g
4g
10g
3º metatarso
2g
Percepção
<=P20
>P20
n
%
n
%
Sentiu
34
66,7
90
60,4
Não Sentiu
17
33,3
59
39,6
Sentiu
42
82,4
120
80,5
Não Sentiu
9
17,6
29
19,5
Sentiu
46
90,2
130
87,2
Não Sentiu
5
9,8
19
12,8
Sentiu
32
62,7
61
40,9
Não Sentiu
19
37,3
88
59,1
Sentiu
42
82,4
100
67,1
Não Sentiu
9
17,6
49
32,9
Sentiu
45
88,2
119
79,9
Não Sentiu
6
11,8
30
20,1
Sentiu
31
60,8
68
45,6
Não Sentiu
20
39,2
81
54,4
Sentiu
44
86,3
103
69,1
Não Sentiu
7
13,7
46
30,9
Sentiu
46
90,2
118
79,2
Não Sentiu
5
9,8
31
20,8
Sentiu
17
33,3
27
18,1
Não Sentiu
34
66,7
122
81,9
Sentiu
35
68,6
63
42,3
Não Sentiu
16
31,4
86
57,7
Sentiu
41
80,4
100
67,1
Não Sentiu
10
19,6
49
32,9
Sentiu
33
64,7
80
53,7
x2
0,633
p
0,426
0,081
0,775
0,313
0,576
7,262
0,007
**
4,285
0,038
*
1,803
0,179
3,487
0,062
5,735
0,017
*
3,116
0,078
5,124
0,024
*
10,553
0,001
**
3,221
0,073
1,876
0,171
46
4g
10g
Não Sentiu
18
35,3
69
46,3
Sentiu
43
84,3
110
73,8
Não Sentiu
8
15,7
39
26,2
Sentiu
46
90,2
129
86,6
Não Sentiu
5
9,8
20
13,4
2,325
0,127
0,455
0,500
*Diferenças estatisticamente significativas considerando p < 0,05 a partir do teste de Quiquadrado (X2)
**Diferenças estatisticamente significativas considerando p < 0,01 a partir do teste de Quiquadrado (X2)
Fonte: Primária, 2015.
5.5 Validação concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weinstein,
comparando a sensibilidade tátil plantar de idosos com a capacidade
funcional avaliada por meio do Timed Up and GoTest - TUG
A validação concorrente comparando o desempenho no TUG e a sensibilidade tátil
na planta dos pés teve o objetivo de avaliar a influencia desta função sensorial na mobilidade
de idosos. Para tal, os idosos foram classificados quanto ao tempo para realização do teste em
dois grupos: TUG < 12 segundos (melhor mobilidade e menor risco de quedas) e TUG > 13
segundos (pior mobilidade e maior risco de quedas).
Os resultados apontam que em todos os sítios de aplicação para todos as gramaturas,
detectou-se diferenças estatísticas significativas, exceto para a região do calcanhar para o
monofilamento de 2g (p = 0,157), conforme achados da Tabela 8.
Tabela 8– TUG x teste dos monofilamentos para as regiões do hálux, 1º, 3º e 5º metatarsos e
calcanhar com as gramaturas 2g, 4g e 10g, considerando o valor de corte< 12 seg (n=200)
Região
Hálux
Gramas
2g
4g
10g
1º.meta
2g
< 12 seg
Melhor
capacidade
N
%
> 13 seg
Menor
capacidade
n
%
Sentiu
102
69,4
22
Não Sentiu
45
30,6
Sentiu
126
Não Sentiu
TUG
Geral
N
%
41,5
124
62,0
31
58,5
76
38,0
85,7
36
67,9
162
81,0
21
14,3
17
32,1
38
19,0
Sentiu
135
91,8
41
77,4
176
88,0
Não Sentiu
12
8,2
12
22,6
24
12,0
Sentiu
76
51,7
17
32,1
93
46,5
X2
P
0,000
12,851
**
8,011
0,005
**
7,733
0,005
**
6,031
0,014
*
47
Não Sentiu
71
48,3
36
67,9
107
53,5
Sentiu
112
76,2
30
56,6
142
71,0
Não Sentiu
35
23,8
23
43,4
58
29,0
Sentiu
128
87,1
36
67,9
164
82,0
Não Sentiu
19
12,9
17
32,1
36
18,0
Sentiu
79
53,7
20
37,7
99
49,5
Não Sentiu
68
46,3
33
62,3
101
50,5
Sentiu
119
81,0
28
52,8
147
73,5
Não Sentiu
28
19,0
25
47,2
53
26,5
10g
Sentiu
129
87,8
35
66,0
164
2g
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
18
36
111
12,2
24,5
75,5
18
8
45
34,0
15,1
84,9
4g
Sentiu
80
54,4
18
Não Sentiu
67
45,6
Sentiu
111
Não Sentiu
4g
10g
5º.meta
2g
4g
Calcanhar
10g
3º meta
2g
4g
10g
7,258
0,007
**
9,679
0,002
**
3,992
0,046
*
15,817
0,000
**
82,0
12,448
0,000
**
36
44
156
18,0
22,0
78,0
2,004
0,157
34,0
98
49,0
6,525
0,011
*
35
66,0
102
51,0
75,5
30
56,6
141
70,5
6,695
0,010
*
36
24,5
23
43,4
59
29,5
Sentiu
92
62,6
21
39,6
113
56,5
8,357
0,004
**
Não Sentiu
55
37,4
32
60,4
87
43,5
Sentiu
123
83,7
30
56,6
153
76,5
15,878
0,000
**
Não Sentiu
24
16,3
23
43,4
47
23,5
Sentiu
135
91,8
40
75,5
175
87,5
9,538
0,002
**
Não Sentiu
12
8,2
13
24,5
25
12,5
*Diferenças estatisticamente significativas considerando p < 0,05 a partir do teste de Quiquadrado (X2)
**Diferenças estatisticamente significativas considerando p < 0,01 a partir do teste de Quiquadrado (X2)
Fonte: Primária, 2015.
5.6 Validação concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weinstein,
comparando a sensibilidade tátil plantar de idosos com a capacidade
funcional medido pelo Short Physical Performance Battery – SPPB.
A validação concorrente comparando o desempenho na SPPB e a sensibilidade tátil
na planta dos pés teve o objetivo de avaliar a influencia desta função sensorial na
funcionalidade física de membros inferiores (MMII) de idosos. Para tal, os idosos foram
48
divididos em três grupos de acordo como escore total da SPPB: participantes com
funcionalidade de MMII muito ruim e baixa (escore de 0 a 6 pontos), moderada
funcionalidade de MMII (escore de 7 a 9 pontos) e, boa funcionalidade de MMII (10 ou mais
pontos). O resultado final do teste de sensibilidade tátil da planta dos pés foi comparado nos
três grupos, para todos os sítios e gramaturas dos monofilamentos.
Observa-se que não ocorreram diferenças estatísticas significativas na região do 1º
metatarso com o monofilamento de 2g (p= 0,230), na região do calcanhar para as gramaturas
de 2g (p= 0,353) e 4g (p= 0,138), na região do 3º metatarso para o de 2g (p= 0,085). Para os
demais sítios de aplicação e gramaturas forma observadas diferenças estatisticamente
significativas entre os resultados do teste de sensibilidade tátil da planta dos pés em relação a
diferentes funcionalidades de MMII (tabela 9).
Tabela 9- SPPB x teste dos monofilamentos para as regiões do hálux, 1º, 3º e 5º metatarsos e
calcanhar com as gramaturas 2g, 4g e 10g, (n=200)
Região
Hálux
Gramas
2g
4g
10g
1º.metatarso
2g
4g
10g
5º.metatarso
2g
4g
10g
Calcanhar
2g
4g
10g
SPPB
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Sentiu
Não Sentiu
Funcionalidade de membros inferiores
Muito ruim
Moderada
Boa
e baixa
n
%
n
%
N
%
19
15,3
54
43,5
51
41,1
24
31,6
34
44,7
18
23,7
28
17,3
74
45,7
60
37,0
15
39,5
14
36,8
9
23,7
31
17,6
80
45,5
65
36,9
12
50,0
8
33,3
4
16,7
16
17,2
40
43,0
37
39,8
27
25,2
48
44,9
32
29,9
24
16,9
65
45,8
53
37,3
19
32,8
23
39,7
16
27,6
29
17,7
76
46,3
59
36,0
14
38,9
12
33,3
10
27,8
14
14,1
49
49,5
36
36,4
29
28,7
39
38,6
33
32,7
22
15,0
70
47,6
55
37,4
21
39,6
18
34,0
14
26,4
28
17,1
76
46,3
60
36,6
15
41,7
12
33,3
9
25,0
6
13,6
21
47,7
17
38,6
37
23,7
67
42,9
52
33,3
16
16,3
43
43,9
39
39,8
27
26,5
45
44,1
30
29,4
25
17,7
61
43,3
55
39,0
18
30,5
27
45,8
14
23,7
x2
9,963
P
0,007**
9,186
0,010*
13,523
0,001**
2,938
0,230
6,298
0,043*
7,885
0,019*
6,48
0,039*
14,033
0,001**
10,588
0,005**
2,08
0,353
3,955
0,138
6,032
0,049*
49
Sentiu
18
15,9
52
46,0
43
38,1
4,941
0,085
Não Sentiu 25
28,7
36
41,4
26
29,9
Sentiu
25
16,3
67
43,8
61
39,9
13,51
0,001**
4g
Não Sentiu 18
38,3
21
44,7
8
17,0
Sentiu
32
18,3
77
44,0
66
37,7
10,92
0,004**
10g
Não Sentiu 11
44,0
11
44,0
3
12,0
*Diferenças estatisticamente significativas considerando p < 0,05 a partir do teste de Qui-quadrado (X2)
**Diferenças estatisticamente significativas considerando p < 0,01 a partir do teste de Qui-quadrado (X2)
3º metatarso
2g
Fonte: Primária, 2015.
6 DISCUSSÃO
Esse estudo teve como objetivo avaliar a reprodutibilidade e realizar a validação
concorrente do teste de sensibilidade tátil da planta dos pés por meio do teste dos
monofilamentos Semmes – Weinstein em pessoas idosas que vivem na comunidade. Nossos
resultados apontam que o uso do teste de sensibilidade tátil da planta dos pés é confiável, uma
vez que a concordância inter avaliadores e intra avaliador mostraram valores de Kappa que
variaram de substancial à quase perfeita. Além disso, a validação concorrente em relação aos
instrumentos de medida para avaliar desempenho funcional, mobilidade e funcionalidade
física de membros inferiores mostraram que, para a maioria dos sítios de aplicação e
gramaturas, os idosos com pior desempenho e pior capacidade funcional apresentaram
comprometimento na sensibilidade tátil da planta dos pés, sendo esta associação mais
evidente para a mobilidade e funcionalidade física de membros inferiores do que para o
desempenho funcional em atividades.
Nossos resultados indicaram índices de confiabilidade com resultados que variaram
de substancial (valores de Kappa de 0,61 a 0,80) a quase perfeita (0,81 a 1,0) para todos os
sítios e gramaturas. Estes resultados foram mais adequados do que aqueles relatados por
outros autores(89,
92)
. Collins et al(89) avaliaram a confiabilidade intra avaliador e
interavaliadores dos monofilamentos de Semmes Weinstein para medir a sensibilidade
cutânea na mão e nos pés de 60 indivíduos saudáveis com média de idade 40,4 (DP 11,2)
anos, variando de 20 a 70 anos e observou valores de confiabilidade inter avaliador que
variaram de pobre à moderado (ICC 0,36 a 0,52) e valores de confiabilidade intra avaliador de
moderada à boa (ICC 0,52 a 0,78). Os autores justificam que diversos fatores podem ter
contribuido para esse resultado, tais como maior possibilidade de inconsistência nos
resultados, já que o teste foi realizado por três avaliadores diferentes, diminuição no nível
50
atencional para o teste, adormecimento das fibras sensitivas cutâneas em decorrencia da
redução do aporte circulatório dos pés com o resfriamento causado pela demora na avaliação.
Além disso, os autores usaram o ICC (a partir da identificação do menor limiar sentitivo que
corresponde a menor gramatura x log10) que depende da variablidade da amostra, que neste
caso foi reduzida em função do estudo ter sido realizado com participantes saudáveis.
Menz et al(93) em uma amostra pequena de 31 idosos (13 homens e 18 mulheres) com
idade média de 80,8 ±3,1 anos, observaram um valor moderado de ICC 0,70 (95% IC 0,190,74) ao realizarem o teste de monofilamentos de Semmes-Weisntein aplicados na região do
1º. metatarso.
De acordo com a revisão de literatura realizada não foram identificados estudos de
confiabilidade do teste de sensibilidade tátil plantar em idosos que vivem na comunidade.
Além disso, os poucos estudos encontrados, que envolveram idosos, foram realizados com
amostras pequenas. Os altos valores de confiabilidade observados no presente estudo podem
ser explicados pela uniformização nos procedimentos de aplicação e pelos critérios de seleção
dos participantes, uma vez que foram excluídos idosos com declínio cognitivo, com
problemas visuais e auditivos e quaisquer alterações decorrentes de doenças crônicodegenerativas que pudessem comprometer o teste de sensibilidade tátil, tais como os idosos
com diabetes e outras doenças neurológicas. Não foram observadas alterações de temperatura
que foram apontadas em outro estudo como um fator que pode contribuir na avaliação,
segundo estudo de Collins et al(89). A calibração dos monofilamentos foi realizada de acordo
com as normas do fabricante, que recomendam um limite máximo de 100 aplicações por
monofilamento.
O uso do teste de sensibilidade tátil da planta dos pés em idosos é usado para
identificar possíveis disfunções somatossensoriais que estão associadas à maior risco de
quedas, devido comprometimentos do controle do equilíbrio(18,
alterações funcionais da marcha
(18, 95)
.
Menz, Morris, Lord
(4)
94)
, pior mobilidade e
em um estudo prospectivo
que buscou avaliar o risco de quedas relacionadas às características do pé e do tornozelo,
observou que dos 176 idosos da amostra, (41%) relataram queda durante o período de
acompanhamento. Os idosos com maior risco de cair foram aqueles que apresentaram
diminuição da flexibilidade do tornozelo, severa deformidade do hálux em valgo, diminuição
da sensibilidade tátil plantar e diminuição da força muscular dos flexores plantares dos dedos
do pé.
Na validade concorrente, conduzida no presente estudo, só houveram influência do
comprometimento da sensibilidade tátil plantar na restrição de desempenho de atividades
51
avaliada pelo WHODAS 2.0 em alguns sitios de aplicação (1º. Metatarso, 5º. Metatarso e
calcanhar), apenas nas gramaturas de 2 e 4g.
Provavelmente essa associação não foi
substancial com o WHODAS II, devido ao fato de ser um instrumento de avaliação
amplamente genérico em sua abordagem investigativa do desempenho funcional, pois
apresenta vários domínios: participação em atividades, atividades de vida diária, cognição,
autocuidado, mobilidade e convivência social. Podendo resultar uma maior variação de
respostas subjetivas dos idosos avalidados.
A associação entre a sensibilidade tátil plantar e a mobilidade avaliada pelo TUG não
foi observada apenas no sítio calcanhar para o monofilamento de 2g e, sua associação com a
funcionalidade de MMII avaliada pela bateria SPPB não foi observada apenas nos sitios 1º, 3º
Metatarsos, e cancanhar. A associação observada para maioria dos sítios e gramaturas mostra
que há uma influencia importante da redução da sensibilidade na capacidade funcional de
idosos. Problemas nos pés e nos membos inferiores são relatados por uma em cada três
pessoas que vivem na comunidade com 65 anos ou mais, independente da influência da idade,
sexo, condições comuns de saúde e outros fatores sócio-demográficos. Barr et al (95)
observaram que alterações da sensibilidade tátil plantar estavam associadas a pior
desempenho no TUG, dificuldade em subir e descer escada e de andar um quilômetro.
Observaram ainda que o os idosos que relataram ter caído nos útimos 12 meses apresentavam
problemas de sensibilidade tátil.
Menz et al(18) relatam que as características do pé, deformidades dos dedos do pé
(incluindo hálux valgo) e diminuição da flexibilidade do tornozelo contribuem
significativamente para o desequilíbrio e diminuição da capacidade funcional em idosos. Em
particular, a sensibilidade da região tátil plantar dos pés e a flexibilidade do tornozelo foram
fortemente correlacionadas com a oscilação postural. Entretando, a flexibilidade do tornozelo
e a força dos músculos flexores plantares dos dedos do pé foram consistentemente associados
à testes de capacidade funcional. Além disso, os autores sugerem que intervenções com o
objetivo de aumentar a flexibilidade do tornozelo, a força dos músculos flexores plantares
dedo do pé e, em especial, aumentar a informação sensorial da região tátil plantar dos pés, são
determinates para melhora do equilibrio e da capacidade funcional em idosos e,
consequentemene auxiliariam na redução do risco de quedas em pessoas idosas. Menz et al(18)
sugerem que estudos de intervenção para reduzir o risco de quedas podem utilizar estratégias
de aumento da informações sensoriais na região tátil dos pés, a inclusão de alongamento e
fortalecimento com exercícios para o pé e tornozelo.
52
Este estudo, apesar de ter sido realizado com uma amostra adequada de idosos para o
objetivo do estudo, trata-se de uma amostra por conveniência que não pode ser considerada
representativa do contingente populacional de idosos da região, uma vez que foi escolhida
apenas uma área de abrangência do Programa de Saúde da Família. No entanto, estes idosos
representam parte dos usuários inseridos na atenção primária, que é de grande importância
para atuação da fisioterapia, no que diz respeito à avaliação e detecção precoce de disfunções,
de incapacidades e de restrição no desempenho funcional. A avaliação da sensibilidade tátil
plantar não é incorporada a avaliação do idoso regulamente pelos profissionais da área da
saúde, especialmente considerando-se que os idosos avaliados no presente estudo eram
saudáveis na comunidade e que uma busca ativa da disfunção da sensibilidade plantar não
teria indicação como procedimento investigativo de rotina.
53
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Algumas limitações no procedimento de aplicação só foram sanadas quando o
projeto piloto foi realizado. No projeto piloto o idoso permanecia de olhos vendados durante
todo o teste e isso dificultava a percepção sensorial e contribuía para demora na realização do
teste, o que poderia comprometer a atenção, motivação e colaboração dos participantes.
Porém, após a sugestão da banca de qualificação de colocar um anteparo à frente do olhar dos
idosos, isto facilitou muito à dinâmica e adesão ao teste, principalmente porque eles
respondiam de forma mais rápida e com maior precisão.
O fato do presente estudo ter sido realizado em domicílio fez com que os
pesquisadores tivessem que lidar com problemas psicológicos e sociais, contribuindo para a
demora na coleta dos dados. Percebeu-se muitas mulheres idosas que moravam sozinhas
apresentavam-se tristes, choravam, relatavam sentir mais dores, insônia e solicitavam maior
tempo de permanência dos pesquisadores.
Realmente foi de grande aprendizado pessoal e profissional esse contato face-a-face
na residência dos idosos, pois a fisioterapia observa de perto os problemas relacionados tanto
à saúde física quanto mental do idoso, proporcionando melhor segurança no momento de
orientar o idoso diante dos aspectos ambientais, fisiológicos e psicológicos que podem
contribuir com fatores deletérios para sua dependência funcional no que se refere à alterações
de equilíbrio, da força de membros inferiores, de mobilidade, da sensibilidade da região tátil
plantar dos pés e, possivelmente, dos eventos de quedas.
Em virtude dos resultados do nosso estudo no que se diz respeito à relação da
alteração de sensibilidade com a capacidade e desempenho funcional, percebe-se a
importância, de não só a fisioterapia, mas todos os profissionais de saúde, de avaliar a saúde
funcional do idoso com instrumentos validados, consistentes, reprodutíveis.
54
8 CONCLUSÃO
No geral, houve concordância substancial à quase perfeita entre os avaliadores e no
mesmo avaliador. Este resultado é promissor uma vez que sinaliza para a consolidação do uso
dos monofilamentos Semmes-Weinstein como uma ferramenta confiável da avaliação da
sensibilidade tátil da planta dos pés em idosos da comunidade. A validação concorrente foi
associada de forma mais evidente e significativa para mobilidade e funcionalidade física de
membros inferiores do que para o desempenho funcional em atividades.
A avaliação da sensibilidade tátil plantar não é uma prática incorporada à avaliação do
idoso de forma regular pelos profissionais da área da saúde. Especialmente considerando-se
que os idosos avaliados no presente estudo, eram “saudáveis na comunidade”; e que uma
busca ativa de alterações da sensibilidade plantar, para esse tipo de população, não teria
indicação como procedimento investigativo de rotina. Portanto, percebe-se que diante dos
resultados encontrados, há evidente importância dessa avaliação preventiva em idosos,
aparentemente, saudáveis da comunidade, como prioridade para possibilidade de prevenir
futuras quedas. Sendo assim, ressalta-se a importância de outros estudos com esse enfoque
investigativo e de acompanhamento de idosos da comunidade, objetivando avaliar a relação
da alteração de sensibilidade tátil plantar, capacidade funcional e quedas.
55
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60
APÊNDICES
61
APÊNDICE A- AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL
Nome:
Endereço:
Bairro:
Telefone:
Data Nascimento:
Data da entrevista: ____/____/____
Hora de início: ___:____
Avaliador:
Q1. Nº de Registro:
□□□
Q2 Idade:
Fatores demográficos
Q3. Sexo
1( ) masculino 2( ) feminino
Q4. Estado civil:
1() solteiro(a)
Q5. Raça
2()separado(a)
1()branca 2( ) negra
Q6. Moradia
1( ) sozinho(a)
3( ) casado(a)
3() amarela
2( )companheiro(a)
5( )filhos + netos
amigo(s)
4(
4( ) parda/mulata
3()filhos(a)(s)
6( ) cônjuge + filhos
) viúvo (a)
5( ) indígena
4() neto(a)(s)
7( ) cônjuge + filhos + netos
Fatores socioeconômicos
Q7. Escolaridade: anos de escolaridade completo ______
1() analfabeto
2() primário 1º grau
4() colegial 2º grau
6() superior
3() primário 1º incompleto
5() colegial 2º incompleto
7( ) superior incompleto
8( )
62
Q8. Situação ocupacional:
1 ( )Aposentado(a)
2 ( ) Pensionista
3 ( ) Aposentado (a) e trabalha/profissão:
____________________________________
4 ( ) Trabalhador ativo/profissão:
__________________________________________
5 ( ) Do lar
Q9. Renda mensal/ salário mínimo
1 ( ) até 1
2 ( ) de 2 a 3
3 ( ) de 3 a 4
4 ( ) de 4 a 5
5 ( ) 5 ou mais
6 ( ) sem renda mensal
Q10. Fatores relacionados à saúde
1( ) Hipertensão Arterial
2 () Osteoartrite
3 ( ) Incontinência Urinária
4 ( ) não
5 ( ) outros: _______________________________________________________
Q11. Medicamentos
1 ( ) sim/ quantidade: ________
Quais: __________________________________________________________________
2 ( ) não
Q12. História de queda nos últimos 12 meses
1 ( ) sim/quantidade _______
Local da queda:___________________________________________________________
2 ( ) não
Q13. Ocorreu fratura após a queda
1( ) sim/ região: __________________________________________________________
2. ( ) não
Q14. Estar sentindo dor
1 ( ) sim/ local: ___________________________________________________________
63
2 ( ) não
Q15. Sente Câimbras
1 ( ) sim/ região:__________________________________________________________
2. ( ) não
Q16. Sente formigamentos
1 ( ) sim/ região: __________________________________________________________
2 ( ) não
Q17. Sente fadiga/ cansaço
1 ( ) sim/ região: __________________________________________________________
2 ( ) não
Q18. Tabagista
1 ( ) sim/ quantos cigarros por dia: ___________________________________________
2 ( ) não
Q19. Ingestão diária de bebida alcoólica
1 ( ) sim 2 ( ) não
Q20. Usa drogas
1 ( ) sim 2 ( ) não
Q21. Durante o mês passado, como você avalia a qualidade geral do seu sono?
1 ( ) Excelente 2 ( ) boa 3 ( ) regular 4 ( ) ruim
Q22. Como você define sua saúde? (percepção subjetiva da saúde)
1 ( ) Excelente
2 ( ) boa
3 ( ) regular
4 ( ) ruim
Avaliação Com Monofilamentos de Semmes-Weinstein
Avaliador1 (pesquisador):
________________________________________________________
Data da avaliação: _____/_____/_____
Critérios de randomização: Especifique nos retângulos, abaixo, a ordem de sorteio/aplicação
do teste (1º, 2º, 3º e 4º).
Monofilamento 2g
Monofilamento 4g
64
Monofilamento 10g
Q23. Falange
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
distal do hálux
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim ( 2)não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: ( 1)sim (2 )não
Q24. Cabeça
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
primeiro
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
metatarso
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
cabeça 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
terceiro
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
metatarso
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
Q25. cabeça do 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
quinto metatarso
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
Sítios de
aplicação
Q25.
Q26. Calcanhar
Avaliação Com Monofilamentos de Semmes-Weinstein
Avaliador 2 (estudante de fisioterapia):
________________________________________________________
Data da avaliação: _____/_____/_____
Critérios de randomização: Especifique nos retângulos, abaixo, a ordem de sorteio/aplicação
do teste (1º, 2º, 3º e 4º).
Sítios de
Monofilamento 2g
Monofilamento 4g
Monofilamento 10g
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim ( 2)não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: ( 1)sim (2 )não
cabeça 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
primeiro
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
metatarso
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
aplicação
Q23.
Falange 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
distal do hálux
Q24.
65
Q25.
cabeça 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
terceiro
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
metatarso
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
Q25. cabeça do 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
quinto metatarso
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
Q26. Calcanhar
Avaliação com Monofilamentos de Semmes-Weinstein após uma semana
Avaliador 1 (pesquisador):
________________________________________________________
Data da avaliação: _____/_____/_____
Sítios de
Monofilamento 2g
Monofilamento 4g
Monofilamento 10g
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim ( 2)não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: ( 1)sim (2 )não
cabeça 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
primeiro
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
metatarso
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
cabeça 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
terceiro
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
metatarso
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
Q25. cabeça do 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
aplicação
Q23.
Falange 1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
distal do hálux
Q24.
Q25.
66
quinto metatarso
Q26. Calcanhar
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
1ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
2ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
3ª tentativa: (1 )sim (2 )não
Critérios de randomização: Especifique nos retângulos, abaixo, a ordem de sorteio/aplicação
do teste (1º, 2º, 3º e 4º).
67
ANEXOS
68
ANEXO A- Mini-Exame do Estado Mental
Instruções: Dar 20 segundos para cada resposta. Na parte de Atenção e cálculo:
Subtrair 7 de cada vez por cinco vezes, se der a resposta errada, pode emitir a correção.
Agora vou lhe fazer algumas perguntas que exigem atenção e um pouco da sua
memória. Por favor, tente se concentrar para respondê-las.
QUESTÕES
Que dia é hoje?
RESPOSTAS
Em que mês estamos?
Em que ano estamos?
Em que dia da semana estamos?
Que horas são agora aproximadamente?
(considere correta a variação de mais ou
menos uma hora)
Em que local estamos? (dormitório, sala,
apontando para o chão)
Que local é este aqui? (apontando ao
redor em sentido mais amplo para a casa)
Em que bairro nós estamos ou qual o
nome de uma rua próxima?
Em que cidade nós estamos?
Em que estado nós estamos?
Vou dizer 3 palavras e o (a) senhor(a) irá CARRO
repeti-las a seguir:
CARRO – VASO – TIJOLO
(Falar as 3 palavras em seqüência. Caso o VASO
idoso não consiga, repetir 3 vezes para
aprendizado. Pontue a primeira tentativa)
TIJOLO
Gostaria que o(a) senhor(a) me dissesse
quanto é:
100 – 7 _________
(Se houver erro, corrija e prossiga.
Considere correto se o examinador
espontaneamente se corrigir)
93 – 7 __________
PONTUAÇÃO
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
86 – 7 __________
( 1 ) certo
( 2 ) errado
79 – 7 __________
( 1 ) certo
( 2 ) errado
72 – 7 __________
( 1 ) certo
69
( 2 ) errado
Se a resposta for não, na questão acima, O (
peça-lhe para soletrar a palavra
“mundo” de trás para frente.
D(
)
( 1 ) certo
( 2 ) errado
)
( 1 ) certo
( 2 ) errado
N(
)
( 1 ) certo
( 2 ) errado
U(
)
( 1 ) certo
( 2 ) errado
M( )
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
O(A) senhor(a) consegue se lembrar das 3
palavras que lhe pedi que repetisse agora CARRO
há pouco?
VASO
( 1 ) certo
( 2 ) errado
TIJOLO
( 1 ) certo
( 2 ) errado
Mostre um relógio e peça ao entrevistado
que diga o nome.
Mostre uma caneta e peça ao entrevistado
que diga o nome.
Preste atenção: vou lhe dizer uma frase e
quero que repita depois de mim:
NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ
(Considere somente se a repetição for
perfeita)
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
Agora pegue este papel com a mão
direita. Dobre-o ao meio e coloque no
chão. (Falar todos os comandos de uma
vez só)
Vou lhe mostrar uma folha onde esta
escrito uma frase. Gostaria que fizesse o
que está escrito:
FECHE OS OLHOS
Gostaria que o(a) senhor(a) escrevesse
uma frase de sua escolha, qualquer uma,
não precisa ser grande.
Vou lhe mostrar um desenho e gostaria
que o(a) senhor(a) copiasse, tentando
fazer o melhor possível. Desenhar no
verso da folha. (Considere apenas se
houver 2 pentágonos interseccionado, 10
ângulos, formando uma figura com 4
lados ou com 2 ângulos).
( 1 ) certo
( 2 ) errado
MOSTRE
CARTÃO!
( 1 ) certo
O ( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
( 1 ) certo
( 2 ) errado
MOSTRE
CARTÃO!
Escore Total:
O
70
Ponto de corte segundo Bertolucci e colaboradores, 1994
Analfabetos = 13
Fundamental(até 8 anos de escolaridade) = 18
Médio(9 anos ou mais de escolaridade) 26
Anos de escolaridade: ____________
71
ANEXO B - Índice de Comorbidade Funcional
O (A) Senhor(a) tem algum desses problemas:
DOENÇA
PONTUAÇÃO
Artrite (reumatoide ou osteoartrite)
(1) Sim
(0) Não
Osteoporose
(1) Sim
(0) Não
Asma
(1) Sim
(0) Não
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Síndrome da Angústia
Respiratória Adquirida (SARA), ou enfisema
(1) Sim
(0) Não
Angina
(1) Sim
(0) Não
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ou doença do coração)
(1) Sim
(0) Não
Ataque do coração (infarto do miocárdio)
(1) Sim
(0) Não
Doença neurológica (como esclerose múltipla ou Parkinson)
(1) Sim
(0) Não
Acidente Vascular Encefálico ou Ataque Transitório Isquêmico
(1) Sim
(0) Não
Doenças Vasculares Periféricas
(1) Sim
(0) Não
Diabetes tipos I e II
(1) Sim
(0) Não
Doenças gastrointestinais altas (ulcera, hérnia, refluxo)
(1) Sim
(0) Não
Depressão
(1) Sim
(0) Não
Ansiedade ou ataques de pânico
(1) Sim
(0) Não
Alterações visuais (tais como catarata, glaucoma, degeneração macular)
(1) Sim
(0) Não
Deficiências auditivas (muito difícil de ouvir, mesmo com aparelho de
audição)
Doenças degenerativas discal (doença coluna, estenose espinal ou dor severa
crônica na coluna)
Obesidade e/ou índice de massa corporal > 30 (peso em Kg/estatura em
metros²)
Pontuação total
(1) Sim
(0) Não
(1) Sim
(0) Não
(1) Sim
(0) Não
Cálculo do IMC
Estatura = ________ cm
Peso = ___________ Kg
IMC = Peso x Estatura2
IMC = ____ x _____
IMC = _______
AVALIAÇÃO DA DOR
Esporádica
sim ( ) não ( )
Semanal
sim ( ) não ( )
Diária
sim ( ) não ( )
LOCAL DA DOR
Coluna (lombar, dorsal ou cervical) sim ( ) não ( )
Ombros
sim ( ) não ( )
Mãos
sim ( ) não ( )
Quadril
sim ( ) não ( )
Joelhos
sim ( ) não ( )
Tornozelo
sim ( ) não ( )
Pés
sim ( ) não ( )
72
ANEXO C- Avaliação de Problemas nos Pés em Idosos
Dor nos pés
O senhor tem ou sofre de dores nos pés?
[
] Sim (5 pontos) [
] Não (0 pontos)
Problemas nos pés
Observação: A presença e a gravidade do hálux valgo será determinada com base na escala de
Manchester, desenvolvida por Garrow e colaboradores. O examinador utilizará uma folha
contendo a representação fotográfica de quatro pés com diferentes graus de deformidade no
hálux. Para determinar a gravidade do hálux valgo o sujeito deverá permanecer em pé e será
instruído a dar alguns passos no lugar e em seguida parar numa posição relaxada. O
examinador deverá colocar a folha com a representação fotográfica ao lado do pé dominante,
ou de maior apoio, e selecionar a imagem que mais se assemelha ao grau de hálux valgo do
sujeito.
Instrução:
Por favor, fique em pé e dê alguns passos no lugar, pare e permaneça em pé.
Hálux valgo
[
] Sem deformidade (0 pontos)
[
] Deformidade leve (1 ponto)
[
] Deformidade moderada (2 pontos)
[
] Deformidade grave (3 pontos)
Artelhos (exceto o hálux)
Há espessamento de pele ou calosidades?
[
] Não [
] Sim Quantos?________
(1 ponto para cada espessamento ou calosidade)
Há deformidades articulares?
[
] Não [
] Sim Quantas? _______________
(1 ponto para cada articulação fixa em flexão, extensão ou com proeminência óssea)
73
Observação: Deformidades nos artelhos menores (todos os demais exceto o hálux) serão
classificadas de acordo com o número de articulações afetadas. Por exemplo, um artelho em
pinça, em que as articulações interfalangeanas proximal ou distal estão fixas e fletidas, devera
receber dois pontos, enquanto um artelho em martelo, em que apenas a articulação
intefalangeana proximal esta afetada receberá um ponto.
Instruções:
Por favor sente-se e levante o pé para que eu possa olhar a sola do seu pé.
Superfície plantar
Há espessamento de pele ou calosidades?
[
] Não [
] Sim Quantas?_______________
(1 ponto para cada espessamento ou calosidade)
74
ANEXO D- Levantar e Caminhar Cronometrado (Timed Up And Go Test)
Procedimentos:
O senhor(a) realiza uma vez o teste para se familiarizar e corrigir possíveis erros;
Utilizar calçados habituais e óculos (caso use) ou dispositivo de auxílio à marcha;
Usar cadeira com braços com altura do assento ao chão variando-se de 43-46 cm.
Instrução:
Sujeito sentado em uma cadeira com braços, com as costas apoiadas. Após o comando “vá” e
o senhor(a) desencosta do encosto da cadeira, aciona-se o cronometro. Deve-se levantar da
cadeira e andar um percurso linear de 3 metros, com passos seguros e retornar em direção à
cadeira e sentar-se novamente com as costa apoiadas no encosto, nesse momento pára-se o
cronometro.
TEMPO GASTO NA TAREFA:
segundos
75
ANEXO E- Versão Brasileira do SPP
76
77
78
79
80
ANEXO F- WHODAS II
A entrevista é sobre as dificuldades que as pessoas têm por causa de sua condição de
saúde.(ALCANCE O CARTÃO No. 1 PARA O RESPONDENTE).Por condição de saúde, eu
quero dizer doenças diagnosticadas pelo médico ou percebidas pelo paciente, outros
problemas de saúde que podem ser de curta ou de longa duração, lesões, problemas mentais
ou emocionais e problemas com álcool ou drogas.
Relembro que você deve ter em mente todos seus problemas de saúde enquanto
responde às perguntas. Quando eu perguntar sobre suas dificuldades para fazer uma atividade
pense em (APONTE PARA O CARTÃO No. 1).
(APONTE PARA O CARTÃO No. 1). Quando estiver respondendo, eu gostaria que
você pensasse sobre os últimos 30 dias. Eu também gostaria que você respondesse a estas
perguntas pensando no grau de dificuldade que você teve, na média dos últimos 30 dias,
enquanto fazia a atividade tal como geralmente a faz.
(ALCANCE O CARTÃO No. 2 PARA O RESPONDENTE).Utilize esta escala
enquanto estiver respondendo. (LEIA OS CARTÕES EM VOZ ALTA)
(OS CARTÕES No. 1& 2 DEVEM PERMANECER VISÍVEIS PARA O
RESPONDENTE DURANTE A ENTREVISTA. )
Q47
Como você avaliaria sua saúde geral nos últimos 30 dias?
1.Muito boa
2.Boa 3.Média
3. Ruim4.Muito ruim
(Leia as opções para o respondente)
MOSTRE O CARTÃO No. 2 para o participante.
Q48
Nos últimos 30 dias, que grau de dificuldade você teve em (ou para):
Nenhum
Leve
Médio
Grave
Extremo / Não
consigo fazer
Q49
Ficar de pé por períodos tão
longos quanto 30 minutos?
1
2
3
4
5
Q50
Aprender uma nova tarefa,
como, por exemplo,
aprender a chegar a um
lugar novo?
1
2
3
4
5
81
Q51
Você teve problema para se
engajar (participar) em
atividades da comunidade
(por exemplo, festividades,
atividades religiosas, etc.)
da mesma forma que
qualquer pessoa consegue?
Q52
Q53
Q54
1
2
3
4
5
Você foi emocionalmente
afetado por seus problemas
de saúde?
1
2
3
4
5
Concentrar-se por 10
minutos para fazer alguma
coisa?
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
Caminhar uma grande
distância, tal como um
quilômetro (ou dez
quadras)?
82
ANEXO G– IPEQ
Nos últimos 30 dias, que grau de dificuldade você teve em (ou para):
Nenhum
Leve
Médio
Grave
Extremo /
Não consigo
fazer
Q55
Lavar seu corpo todo?
1
2
3
4
5
Q56
Vestir-se?
1
2
3
4
5
Q57
Lidar com pessoas que você
não conhece?
1
2
3
4
5
Q58
Manter uma amizade?
1
2
3
4
5
Q59
Seu trabalho no dia a dia?
1
2
3
4
5
Q60
Nenhu
m
Leve
Médio
Grave
Extremo /
Não consigo
fazer
1
2
3
4
5
Em geral, em que grau essas
dificuldades interferem na
sua vida?(Leia as opções
para o respondente)
Em geral, nos últimos 30 dias, em
Q61 quantos dias essa dificuldade esteve
presente?
Nos últimos 30 dias, por quantos
dias você esteve totalmente
incapacitado de desempenhar suas
Q62
atividades usuais ou seu trabalho
em função de qualquer condição de
saúde?
Nos últimos 30 dias, sem contar os
dias em que você esteve totalmente
incapacitado, por quantos dias você
Q63 teve que cortar ou reduzir suas
atividades habituais ou seu trabalho
devido a alguma condição de
saúde?
REGISTRE O NÚMERO DE DIAS
___ ___
REGISTRE O NÚMERO DE DIAS
___ ___
REGISTRE O NÚMERO DE DIAS
___ ___
83
Versão Português-Brasileiro do Incidental and Planned Exercise Questionnaire-IPEQ
(versão W).
Estamos interessados em saber o quanto de atividade física você fez na última semana. Para
isto precisamos saber quais atividades você fez, quantas vezes por semana e por quanto
tempo. Responda sempre pensando na semana passada, mesmo que na última semana, por
algum motivo, você não tenha feito todas as atividades que costuma fazer.
Durante a última semana, quanto tempo mais ou menos você gastou por semana nas
atividades abaixo?
Caso você não faça nenhuma atividade, marque com (x) o parêntese abaixo e passe para a
questão 5
1. (
)nenhum
Tipo de exercício
- 30 min.
1. Aulas de ginástica
2. Exercícios em
casa (ex. bicicleta
ergométrica,
alongamento).
3. Se você faz outro
tipo de atividade
física, escreva na
linha abaixo:
_____________
4. Se você faz outro
tipo de atividade
física, escreva na
linha abaixo:
___________
Se você faz outro
tipo de atividade
física, escreva na
linha abaixo:
____________
Número de vezes
/semana
______
1 = 1 VEZ/ 2=
2VEZES
3= 3 VEZES/ 4=
4 + VEZES
Número de
vezes/semana
_____
1 = 1 VEZ/ 2=
2VEZES
3= 3 VEZES/ 4=
4 + VEZES
Número de
vezes/semana
_____
1 = 1 VEZ/ 2=
2VEZES
3= 3 VEZES/ 4=
4 + VEZES
Número de
vezes/semana
______
1 = 1 VEZ/ 2=
2VEZES
3= 3 VEZES/ 4=
4 + VEZES
Número de
vezes/semana
_____
1 = 1 VEZ/ 2=
2VEZES
3= 3 VEZES/ 4=
4 + VEZES
Duração por sessão
30-45 min.
+ 45 min.
1-2h
2-4h
2( )
3( )
4( )
5( )
6( )
2( )
3( )
4( )
5( )
6( )
2( )
3( )
4( )
5( )
6( )
2( )
3( )
4( )
5( )
6( )
2( )
3( )
4( )
5( )
6( )
84
Exemplos de outras atividades: bocha, musculação, tênis, natação, dança, corrida, andar de
bicicleta, Yoga, Lian Gong, vôlei, etc.
5. Durante a última semana, quantas vezes você saiu para caminhar, com o objetivo de se
exercitar, em média, por semana? (ou seja, andou no parque, andou na rua, fez caminhadas
ecológicas ou trilhas, caminhou com o cachorro, etc)
Todos os dias
1(
)
3-6 vezes/semana
2(
)
Duas vezes/semana
3(
)
Uma vez/semana
4(
)
Menos de uma vez/semana
5(
)
Nenhuma
6(
)Favor passar para a questão 7
6. Nestes tipos de caminhada que você mencionou acima, com o objetivo de se exercitar, por
quanto tempo você andou?
Menos de 15 minutos por dia
1(
)
De 15 a menos de 30 minutos por dia
2(
)
De 30 minutos a menos de uma hora por dia
3(
)
De uma hora a menos de duas horas por dia
4(
)
De duas a menos de quatro horas por dia
5(
)
Mais de quatro horas por dia
6(
)
7. Durante a última semana, quantas vezes na semana você fez outros tipos de caminhada
(por exemplo, foi a pé até o médico ou até a farmácia ou até a padaria/supermercado)?
Todos os dias
1(
)
3-6 vezes por semana
2(
)
Duas vezes por semana
3(
)
Uma vez por semana
3(
)
Menos de uma vez por semana
4(
)
Nenhuma
5(
)Favor passar para a questão 9
8. Nestes outros tipos de caminhadas (por exemplo, foi a pé até o médico ou até a farmácia ou
até a padaria/supermercado)por quanto tempo você andou?
Menos de 15 minutos por dia
1(
)
De 15 a menos de 30 minutos por dia
2(
)
De 30 minutos a menos de uma hora por dia
3(
)
De uma a menos de duas horas por dia
4(
)
De duas a menos de quatro horas por dia
5(
)
85
Mais de quatro horas por dia
6(
)
9. Durante a última semana, além das caminhadas que você mencionou acima, quanto
tempo você gastou por dia fazendo outras atividades ao ar livre (fora de casa), como reparos
na casa,cuidar do jardim ou plantas, varrer a calçada ou quintal e etc? (excluindo trabalho
doméstico e atividades dentro de casa)
Nenhum (não cuida do jardim ou plantas)
1(
)
Menos de 15 minutos por dia
2(
)
De 15 a menos de 30 minutos por dia
3(
)
De 30 a menos de 60 minutos por dia
4(
)
De uma a menos de duas horas por dia
5(
)
De duas a menos de quatro horas por dia
6(
)
Mais de quatro horas por dia
7(
)
10. Durante a última semana, quantas horas por dia você passou em pé, dentro de casa,
fazendo trabalho doméstico, cuidando de si ou de outra pessoa?
Nenhuma (vive num asilo ou numa residência para idosos) 1(
)
Menos de 15 minutos por dia
2(
)
De 15 a menos de 30 minutos por dia
3(
)
De 30 a menos de 60 minutos por dia
4(
)
De uma a menos de duas horas por dia
5(
)
De duas a menos de quatro horas por dia
6(
)
Mais de quatro horas por dia
7(
)
86
ANEXO H - Declaração de Riscos e Benefícios Envolvidos
Título da Pesquisa
“Avaliar a reprodutibilidade inter observadores e intra observador e a validade concorrente
dos monofilamentos de Semmes – Weinstein na população idosa comunitária.”
Pesquisador responsável / orientador: Profa Dra Monica Rodrigues Perracini
Especificação dos riscos envolvidos:
Os riscos da pesquisa são mínimos, já que os participantes serão apenas requisitados a realizar
atividades comuns do seu dia a dia levantar-se de uma cadeira, caminhar em superfície plana,
sentar-se novamente, e permanecer na posição ortostática. Ressalta-se que estarão sob
supervisão constante do examinador e serão instruídos a descansar sempre que necessário. Há
o risco mínimo de queda, semelhante ao que ele tem no seu cotidiano. Caso uma queda
ocorra, o idoso será avaliado na proporia residência por um médico, membro da equipe do
PSF que orientará o examinador e o idoso quanto ao encaminhamento necessário.
Data: 19/04/2013
_____________________________
Assinatura do Pesquisador
Responsável / Orientador
Formulário de encaminhamento de Pesquisa
(envolvendo seres humanos e animais)
Protocolo
1- IDENTIFICAÇÃO (pesquisador responsável / orientador – não omitir nem abreviar
nomes)
1.1 Nome: Monica Rodrigues Perracini
1.2 Endereço: Rua Cesário Galeno, 448
Telefone: (11) 21781565
e-mail: [email protected]
1.3 Nome e telefone de outros pesquisadores envolvidos na pesquisa:
Aurelio Dias Santos
tel: 088-99095598
87
2. DADOS SOBRE PESQUISA (não abreviar)
2.1 Título
Avaliar a reprodutibilidade inter observadores e intraobservadore a validade concorrente dos
monofilamentos de Semmes – Weinstein na população idosa comunitária
2.2 Área na qual o Projeto se enquadra (consultar tabela do CNPq – Vide Site)
Ciências da Saúde – Fisioterapia e Terapia Ocupacional
2.3 Resumo do Projeto (máximo 100 palavras)
O objetivo deste estudo é investigar a reprodutibilidade inter e intra-observador dos
monofilamentos de Semmes-Weinstein em idosos comunitários e realizar a validação
concorrente dos monofilamentos de Semmes-Weinstein comparando a sensibilidade cutânea
plantar de idosos com desempenho funcional medido pelo WHODAS II e com a capacidade
funcional avaliada por meio do TimedUpandGoTest - TUG e do Short Physical Performance
Battery – SPPB. Para tal serão avaliados idosos comunitários residentes na área de
abrangência do Programa de Saúde da Família do bairro de Novo Juazeiro em Juazeiro do
Norte.
3. ORIGEM DA PESQUISA
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)
 Monografia (Especialização)
XDissertação (Mestrado)
 Tese (Doutorado)
 Outros (Especificar): Projeto de Inciação Científica PIBIC
4. LOCAL DA REALIZAÇÃO DA PESQUISA
X Outras Instituições Local: sala de avaliação (Programa de saúde da Família)
5. DURAÇÃO DA PESQUISA EM MESES 24 meses
6. ANÁLISE PRESUMÍVEL DO RISCO PARA O(S) SUJEITO(S) DA PESQUISA:
Ausência de Risco _______
Grau de risco: Grande _______ Médio _______Pequeno X
88
7.
MANIFESTAÇÃO
DO
RESPONSÁVEL
PELO
LOCAL
ONDE
SERÁ
DESENVOLVIDA A PESQUISA
Declaro estar de acordo com a realização do trabalho de pesquisa nesta unidade e asseguro
facilitar as medidas cabíveis para o desenvolvimento deste trabalho.
Nome: ______________________________________ Unidade: ____________________
Cargo ou função:__________________________________________________________
São Paulo, ______________________
_________________________
Assinatura
89
ANEXO I - Manifestação do Responsável pela Unidade Onde o Pesquisador está Lotado
na UNICID
Declaro que estou ciente das atividades envolvidas neste projeto de pesquisa e
manifesto minha formal anuência de que, caso seja aprovado e levado a termo, serão tomadas
todas as medidas cabíveis para assegurar o correto desenvolvimento deste trabalho.
Declaro, ainda, que estou ciente de que, em caso de não cumprimento de quaisquer
aspectos éticos ao longo deste trabalho, serão considerados responsáveis o pesquisador
responsável / orientação, demais participantes e o responsável pela unidade onde será
desenvolvida a pesquisa.
Nome: ________________________________________________ Unidade: __________
Cargo ou Função: _________________________________________________________
São Paulo, ___/___/___
____________________
Assinatura
90
ANEXO J - Termo de Comprometimento de Sigilo
Eu,
_____________________________________________________________,
responsável pela pesquisa “Avaliar a Reprodutibilidade Inter Observadores e Intraobservador
e a Validade Concorrente dos Monofilamentos de Semmes – Weinstein na População Idosa
Comunitária” declaro meu comprometimento ético em manter o mais alto grau de segurança e
sigilo em relação aos dados coletados dos pacientes.
Data: __/__/___
__________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
91
ANEXO K - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
O Sr.(a) _________________________________________________________ RG
n.o ______________________, nascido em __________________, do sexo
___________________, residente em
(a)_____________________________________________________________________
na cidade de Juazeiro do Norte-CE, está sendo convidado a participar do estudo
“AVALIAR
A
REPRODUTIBILIDADE
INTER
OBSERVADORES
E
INTRAOBSERVADOR E A VALIDADE CONCORRENTE DOS MONOFILAMENTOS
DE SEMMES – WEINSTEIN NA POPULAÇÃO IDOSA COMUNITÁRIA”
Esse estudo tem o objetivo de esclarecer se a utilização dos monofilamentos (fios de
nylon) comumente utilizados para avaliar a sensibilidade cutânea da planta dos pés é
confiável e se o comprometimento da sensibilidade altera a capacidade funcional de idosos.
Para isto iremos tocar com um fio de nylon a planta do seu pé para investigar se é
capaz de sentir a pressão que foi aplicada. Além disso, o Sr(a) terá que responder algumas
perguntas relacionadas a sua saúde, tais como doenças, remédios que toma e realizar alguns
movimentos simples como sentar e levantar da cadeira, andar e ficar parado na posição de pé.
Neste estudo os riscos são mínimos, já que o Sr(a). só irá ficar em pé e parado,
caminhar, sentar e levantar da cadeira e responder a algumas perguntas sobre suas atividades
diárias. Então, os riscos são os mesmos que o Sr(a). corre durante o seu dia-dia. O Sr(a).
poderá sentir-se cansado porém será permitido uma pausa caso haja necessidade. Há um risco
mínimo de queda que será amenizado pela presença constante do pesquisador, caso uma
queda ocorra o médico do PSF será chamado e fará um pronto-atendimento e encaminhará a
outro serviço de saúde se houver necessidade.
Qualquer dúvida ou esclarecimento poderá ser dado pelo pesquisador responsável,
Monica Rodrigues Perracini e que pode ser encontrada na Rua Cesário Galeno, 448
(UNICID) ou através dos telefones 21781564 ou 21781565 e no celular (011) 991578206 ou
pelo pesquisador auxiliar Aurélio Dias Santos, residente a Rua Cícero Ribeiro de Alencar no.
24, Bairro Novo Juazeiro. Telefone: 088-99095598.
O Sr. (a) _________________________________________________________ tem
garantia de sigilo de todas as informações coletadas e pode retirar seu consentimento a
qualquer momento, sem nenhum prejuízo ou perda de benefício.
Declaro ter sido informado e estar devidamente esclarecido sobre os objetivos deste
estudo, sobre as técnicas e procedimentos a que estarei sendo submetido e sobre os riscos e
92
desconfortos que poderão ocorrer. Recebi garantias de total sigilo e de obter novos
esclarecimentos sempre que desejar. Assim, concordo em participar voluntariamente deste
estudo e sei que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem nenhum prejuízo
ou perda de qualquer benefício (caso o sujeito de pesquisa esteja matriculado na Instituição
onde a pesquisa está sendo realizada).
Data: __ /_/ __
_____________________________________________
Assinatura do sujeito da pesquisa ou representante legal
_____________________________________________
Pesquisador responsável / orientador
Eu,
_____________________________________________________________,
responsável pela pesquisa Avaliar a reprodutibilidade inter observadores e intraobservador e
a validade concorrente dos monofilamentos de Semmes – Weinstein na população idosa
comunitária e declaro que obtive espontaneamente o consentimento deste sujeito de pesquisa
para realizar este estudo.
Data: __/__/___
__________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
93
ANEXO L - Termo de Responsabilidade do Pesquisador / Orientador
Declaro que respeito e tenho pleno conhecimento dos procedimentos éticos que
envolvem a execução deste Projeto de Pesquisa: AVALIAR A REPRODUTIBILIDADE
INTER
OBSERVADORES
E
INTRAOBSERVADORE
A
VALIDADE
CONCORRENTE DOS MONOFILAMENTOS DE SEMMES – WEINSTEIN NA
POPULAÇÃO IDOSA COMUNITÁRIA”
Nome: ____________________________________________________________
São Paulo,___/___/___
____________________
Assinatura
DOCUMENTOS A ANEXAR(modelos disponíveis no site)
1. Projeto de Pesquisa(nos moldes definidos pela CAAP);
2. Currículo sintético dos pesquisadores;
3. Análise crítica de riscos e benefícios envolvidos;
4. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, quando cabível, a ser preenchido pelos
sujeitos da pesquisa;
5. Folha de Rosto para pesquisa a ser enviada ao CONEP em Brasília.
PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP)
DATA
____/____/____
1. APROVADO
2.  Aprovado com recomendações
3. Com pendências: _________________________________________________________
4. REPROVADO
Parecer:
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ANEXO M – Parecer Consubstancial do Comitê de Ética em Pesquisa