Edição No. 35 - Setembro/Outubro 2010 - Mundo Físico
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Edição No. 35 - Setembro/Outubro 2010 - Mundo Físico
MUND FÍSICO Projeto de Extensão Jornal Mundo Físico – Departamento de Física da UDESC – Joinville - SC, ano VII, No. 35 – Set/Out/2010 Curiosidade Você Sabia? Por Alex Sandro Decker por Kelaine C. G. Höfelmann Jabulani, A bola da Copa Jabulani é a bola que foi utilizada na Copa do Mundo FIFA de 2010, realizada na África do Sul. Foi produzida pela Adidas e apresentada em 4 de dezembro de 2009. A bola possui 11 cores diferentes, cada uma representando os dialetos e etnias diferentes da África do Sul. O nome da bola significa “celebrar”, em isiZulu. A bola foi muito criticada por jogadores da seleção brasileira como o Julio César, Felipe Melo, Luís Fabiano, Júlio Batista e Robinho qualificaram a bola da copa como “muito ruim” Julio César chagou a classificá-la como “bola de mercado”. Figura 1: Jabulani A Adidas, criadora da bola, porém, rebateu as críticas alegando que a mesma foi feita após muitos anos de estudo e aprimoramentos tecnológicos e descartou a criação de uma nova bola para o torneio. Muitos analistas também classificaram as críticas como sem fundamento, e desconfiam que estas podem ter surgido da rivalidade comercial entre empresas de material esportivo. Após tantas discussões a Jabulani, virou objeto de estudo da NASA. De acordo com os especialistas que analisaram a Jabulani, a bola fica imprevisível a partir dos 73km/h. A explicação: quando a bola atinge velocidade elevada, o ar ao redor da bola se desloca em um fluxo inconstante e assimétrico, o que pode gerar oscilações na trajetória. Além disso, vários estádios da Copa 2010 estão acima do nível do mar, com ar mais rarefeito, tornando a bola mais rápida, já que sofre menos resistência, e assim, sofre mais oscilações. Também sabemos que a microtextura e as ranhuras e a proximidade da perfeição esférica da bola mantêm a pressão do ar próximo da bola onde a rotação da mesma pode ter um efeito significante. A rugosidade da bola diminui a resistência ao ar a altas velocidades, por isso que as bolas de golfe possuem orifícios maiores é para atingir distâncias maiores. Então, concluímos que a esférica com poucas rugosidades novidades a um jogo de futebol, sobre si mesma também surpreendentes. textura lisa e a perfeição da Jabulani podem trazer porém a rotação da bola contribui para efeitos Como foi a experiência que levou Fahrenheit a desenvolver uma escala termométrica que levou o seu nome? Daniel Gabriel Fahrenheit, polonês e muito rico, viveu de 1686 a 1736. Inspirou-se, para construir a sua escala termométrica, com o grande físico dinamarquês Olaus Roemer, que foi a primeira pessoa a medir a velocidade da luz. Roemer construía termômetros, e Fahrenheit, que nessa época vivia em Copenhagen na Dinamarca, costumava visitálo para aprender a fazer termômetros também. Roemer usava como temperaturas a solução em equilíbrio de água e gelo e a temperatura do corpo humano. Quando começou a construir os seus termômetros, Fahrenheit procedia assim: colocava os termômetros em mistura de água com gelo e marcava neles o valor 30; a seguir os colocava na axila "de uma pessoa com saúde" e marcava 90. A esta altura os termômetros já estavam calibrados. Para testar a calibração, colocava-os depois em uma mistura de água, gelo e sal do mar, ou de água, gelo e sal de amônia, e exigia que todos marcassem a mesma temperatura. Essa mistura era feita na hora, sem proporções especificadas, pois servia só para verificar se todos marcavam a mesma temperatura. Isto está relatado no seu trabalho, publicado nas Philosophical Transactions of the Royal Society of London, volume 33, página 78, de 1724. Portanto, ele não diz em lugar nenhum quais as proporções da mistura. Mais tarde a temperatura da mistura água-gelo passou a ser chamada de 32, e a do corpo humano de 96. Esta última, é claro, não se usa mais na verdade usa-se a temperatura de ebulição da água a uma pressão bem estabelecida. O grau Fahrenheit (ºF) nesta escala o ponto de fusão da água é 32ºF e o ponto de ebulição 216ºF. Uma diferença de 1,8 graus Fahrenheit equivale 1ºC. A escala Fahrenheit foi utilizada principalmente pelos países que foram colonizados pelos britânicos, mas seu uso atualmente se restringe a poucos países de língua inglesa, como os Estados Unidos e Belize. Fonte:http://www.adorofisica.com.br Curiosidade por Marcelo Ricardo Jasper Soares Porque quando o gelo chega sai do congelador ele se prende a um objeto metálico ou mesmo a sua mão? A água se transforma em gelo ao chegar a uma temperatura próxima a zero graus Celsius. Quando o gelo sai do congelador ele sai a uma temperatura abaixo de zero. Ao encostar um metal a temperatura ambiente no gelo, ele vem a derreter-se no local em contato.Acontece que os metais tem baixa capacidade térmica, então o metal entra em equilíbrio térmico com o gelo rapidamente, adquirindo uma temperatura baixa. Como conseqüência, a água que o metal tinha derretido volta a solidificar, agindo como uma “cola” entre o gelo e o metal. Para realizar essa experiência é necessário que o gelo esteja a uma temperatura abaixo de zero, para poder conseguir resfriar a água após o contato com o metal. Outra dica é que o metal não deverá estar na mesma temperatura que o gelo, pois assim ambos não grudarão. Este mesmo efeito ocorrerá quando você colocar sua mão molhada num gelo que acabou de sair do congelador ou mesmo na gaveta de gelo.Quando você tiver oportunidade de visitar alguns países frios durante o inverno como EUA, Europa, entre outros, nunca segure um portão ou barra de metal com a mão molhada e muito menos encoste os lábios nisto, pois terá o perigo de ficar grudado imediatamente, isto acarretará muitos problemas, pois terá que aquecer o metal para desgrudar. Você Sabia? Por Pricila Bonatto Como funcionam os eletroímãs, fitas de audiocassete, disquetes e cartões magnéticos? Há um dispositivo no qual a eletricidade percorre um fio enrolado em um pedaço de ferro e que se comporta como um ímã formando um campo magnético, chamado de eletroímã. Ele pode ser construído com uma pilha comum, um pedaço de fio elétrico com as pontas desencabadas e uma chave de fenda. Os eletroímãs são usados nos guindastes para levantar sucata de ferro, nos telégrafos, telefones, disjuntor e campainha, por exemplo. As fitas de audiocassete são feitas de plástico revestido com um material magnético. Podemos dizer que esse material magnético é “pó de ímã”. Cada uma das partículas que compõem esse pó possui pólos norte e sul. Os sons são registrados a partir dessas partículas magnéticas que são posicionadas pelo gravador. Do mesmo modo que as letras adequadamente organizadas registram informações, as partículas magnéticas de uma fita cassete podem, quando organizadas adequadamente, registrar as informações. No momento em que o cartão magnético é passado por uma máquina de leitura, é alterada Figura 2: Disquete a freqüência da corrente elétrica dos bastonetes, modificando os tamanhos de cada um, formando códigos que serão interpretados pela máquina. Os cartões telefônicos também trazem informações gravadas em uma fita magnética. Já os disquetes e os discos rígidos existentes dentro das máquinas também armazenam informações por um processo semelhando ao das fitas cassete. Semana da Física por Ana Carolina da Costa Horstmann SEMANA DAS LICENCIATURAS A UDESC/Joinville promove de 20 a 24 de setembro no Centro de Ciências Tecnológicas – CCT, em Joinville, a Semana das Licenciaturas. O evento trata, simultaneamente, da X Semana da Física, da II Semana da Matemática e do II Simpósio Catarinense dos Professores de Física do Ensino Médio. A Semana da Física e da Matemática são eventos anuais e tem como objetivo proporcionar aos acadêmicos dos Cursos de Licenciatura a interação com outros professores e instituições brasileiras, bem como divulgar a Física e a Matemática junto à comunidade. O Simpósio Catarinense de Professores de Física do Ensino Médio ocorre a cada 5 anos. Reune os professores de Física de todo o estado de Santa Catarina com o objetivo de oferecer uma discussão sobre os subsídios formativos relacionados ao campo dos saberes pedagógicos, bem como ao dos saberes ligados aos conhecimentos da área de formação profissional. X Semana da Física e II Simpósio Catarinense dos Professores de Física do Ensino Médio. Por meio do Departamento de Física a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC/Joinville) oferece de 20 a 24 de setembro a X Semana da Física e o II Simpósio Catarinense dos Professores de Física do Ensino Médio. Este ano, entre outras atividades, teremos a apresentação de sete palestras e dez minicursos. Contamos com a participação de profissionais de destaque nas áreas de ensino e Física. Na abertura a Prof. Dra. Anna Maria Pessoa de Carvalho, da Faculdade de Educação da USP, apresenta a palestra “Repensando o Ensino das Ciências: a enculturação científica no ensino fundamental e médio”. No encerramento é o psicólogo e mestre Gilmar de Oliveira que abordará o tema “Geração Y e ciências exatas: desafios do professor na sociedade da informação”. Os autores de livros didáticos de Física, professor Ricardo Helou Doca e professor Dr. Alberto Gaspar estarão presentes nos dias 21 e 22/09, respectivamente. Falando sobre física de partículas, a também autora de livros, professora Dra. Maria Cristina Abdalla se fará presente no dia 24/09. O professor Dr. Osvaldo Pessoa Júnior, da USP, discorrerá sobre “O Fenômeno Cultural do Misticismo Quântico”, atualmente tema de grande discussão na sociedade e no meio acadêmico. Quatro palestras rápidas, de 30 min, sobre temas atuais da Física acontecerão nos dias 22, 23 e 24/09. Os temas escolhidos, sugeridos por alunos do Curso de Licenciatura em Física em pesquisa realizada, serão sobre Perícia Técnica, Radioterapia, Nanotecnologia e Meteorogia. Os assuntos relacionados aos minicursos são de um espectro bastante amplo, podendo o participante escolher de acordo com seu interesse. Entre os assuntos estão os temas Astronomia, Linux Educacional, Maple, Baú de Ciências, Óptica, História da Ciência, atividades experimentais e projetos temáticos. Além disso, os participantes da Semana da Física e do II Simpósio Catarinense dos Professores de Física do Ensino Médio terão a oportunidade de visitar os laboratórios de pesquisa e ensino do Departamento de Física, bem como visitar o Laboratório de Demonstrações e a exposição da empresa 3B Scientific, uma de nossas patrocinadoras. Falando em patrocinadores, além da UDESC e da 3B Scientific, teremos como parceiros financiadores do evento a CAPES, a Editora Saraiva e a Editora Ática. Contamos também temos o apoio das Livrarias Curitiba, Eurocabos e Secretaria do Estado da Educação do Estado de Santa Catarina. Serão distribuídos brindes e livros aos participantes. O cronograma completo e poderão ser consultados na página: outras informações http://www.joinville.udesc.br/portal/semanadaslicenciaturas/ Experiência Por Kelaine chaves Gomes Höfelmann como fazer uma bússola simples? Material: - Uma agulha - Uma rolha de cortiça - Um imã - Uma faca - Um vasilhame com água - Durex Procedimento: Figura 3: Bússula Magnetize a agulha esfregando uma de suas extremidades no imã (de preferência sempre na mesma direção). Corte a rolha deixando-a como um pequeno cilindro e fixe a agulha imantada. Disponha o aparato dentro do vasilhame com água e observe o alinhamento da agulha conforme mostra a figura acima. Biografia Por Kelaine C. G. Höfelmann JAMES CLERK MAXWELL Aos dezesseis anos, James começou a estudar matemática, filosofia natural e lógica na Universidade de Edimburgo. Em 1850 mudou-se para Cambridge, filiando-se ao Peterhouse College. Por ser mais fácil obter uma bolsa de estudos, mudou-se para o Trinity College, que havia sido frequentado por Isaac Newton (1642 – 1727). Figura 4: Maxwell Formou-se em 1854 em matemática com grande destaque entre os outros estudantes. Em 1871, foi trabalhar, após grande relutância por sua parte, como diretor do Laboratório Cavendish em Cambridge. Ele ajudou a projetar e desenvolver este importante laboratório, pelo qual, posteriormente passariam importantes físicos como J.J Thomsom e Ernest Rutherford. Entre 1874 e 1879, dedicou-se intensamente à edição dos trabalhos e manuscritos sobre matemática e eletricidade experimental de Henry Cavendish, que publicou em 1879. Nesta época, já apresentava sérios problemas de saúde por causa de um câncer no estômago, Maxwell sofria muitas dores e sua saúde continuou piorando mal conseguia caminhar logo veio a falecer. O lugar de Maxwell entre os grandes físicos do século XIX deve-se a suas pesquisas sobre eletromagnetismo, teoria cinética dos gases, visão colorida, anéis de Saturno, óptica geométrica, e alguns estudos sobre engenharia. Ele escreveu quatro livros e cerca de cem artigos científicos. Foi também editor científico da nona edição da Enciclopédia Britânica, para a qual contribuiu com vários verbetes. A famosa teoria da relatividade restrita descoberta por Einstein nasceu a partir de estudos de questões relacionadas ao eletromagnetismo às “equações de Maxwell”. Notícia Por Kelaine chaves Gomes Höfelmann Novas imagens de uma estrela brilhante O Observatório Europeu do Sul, ESO, divulgou novas imagens obtidas com o instrumento Wide Field Imager, situado no Observatório de La Silla, Chile, da estrela brilhante WR 22 e sua "vizinhança colorida". A estrela situa-se na região da Nebulosa de Catarina. O corpo celeste faz parte de um sistema de estrelas duplas e a sua massa é de pelo menos 70 vezes maior que a do Sol. Embora a estrela esteja a mais de 5 mil anos-luz de distância da Terra, é tão brilhante que pode ser observada a olho nu, se dispusermos de boas Figura 5: Estrela condições de observação. As estrelas de grande massa morrem novas e algumas delas emitem, ao final das suas vidas, uma radiação tão intensa que liberam matéria para o espaço milhões de vezes mais depressa que as estrelas relativamente calmas, como é o caso do Sol. Estas estrelas raras, muito quentes e de grande massa são conhecidas como estrelas Wolf-Rayet, nomeadas pelos dois astrônomos franceses que primeiro as identificaram em meados do século XIX. A WR 22 é um corpo celeste excepcionalmente brilhante. Associada à Nebulosa de Carina, também conhecida como NGC 3372, e a zona exterior desta imensa região de formação estelar. Situada no sul da Via Láctea forma o colorido pano de fundo desta imagem. Fonte: www.terra.com.br Você Sabia? Por Nayra Luiza Carminatti Se você tem pássaros ou conhece alguém que tenha e já os observou, certamente notou que em dias muito frios de inverno os pássaros eriçam suas penas, mas por quê? Imagine para um pássaro com seu corpo tão pequeno deve ser difícil mate-lo aquecido, portanto eriçar suas penas é um fenômeno que o ajuda a manter uma temperatura agradável, mas por que este fenômeno ocorre? Por um motivo simples, com as penas eriçadas a camada de ar que está parada em volta do seu corpo serve como isolante térmico, as penas eriçadas aumenta sua espessura e diminui a perda calórica e isso os mantém aquecidos. Caiu no vestibular Por Lucio Minoru Tozawa (UDESC/2010) Coloca-se 1,50 kg de gelo, à temperatura de 0 oC, no interior de um forno de micro-ondas de potência 1,0 kW. O tempo de funcionamento a que se deve programar o forno de micro-ondas para que toda a energia fornecida seja absorvida pelo gelo apenas para fundi-lo é: a.( ) 5,0 min b.( ) 3,0 min c.( ) 1,5 min d.( ) 8,0 min e.( ) 10 min E Q mLF . = = t t t Portanto o tempo necessário para fundir o gelo é t= Por que é tão importante possuir o fio terra nas tomadas de sua casa? A Equipe Lucio Minoru Tozawa – Coordenação Geral Kelaine C. G. Höfelmann – Edição Sugestões: [email protected] [email protected] Solução: Para fundir o gelo que está a temperatura de fusão do gelo que é 0 oC , é necessário uma quantidade de calor que é proporcional a massa m e da característica do objeto conhecida como calor latente de fusão LF .Para água temos L F =333 kJ / kg . O calor necessário é então Q=mL F . Como potência é a razão da energia E pelo tempo t e calor também e energia (E=Q), temos: P= DESAFIO DESTA EDIÇÃO mL F 1,50 kg. 333kJ / kg = =499,5 seg =8,325 min. P 1,0 kW Portanto a alternativa correta é a d. Um pouco de humor... Por Kelaine C. G. Höfelmann Desafios RESPOSTA DO DESAFIO DA EDIÇÃO ANTERIOR Por Lucio Minoru Tozawa O forno micro-ondas aquece alimentos que contém água devido a ressonância da molêcula da água H2O que é bipolar (carga negativa e positiva separada a uma distância pequena) com o campo elétrico gerado do micro-onda que oscila com frequencia de 2450 MHz, fazendo a molécula da água vibrar 2.450.000.000 vezes por segundo. Este movimento e a friccção com outras moléculas aquecem a água e assim o alimento que contenha água. O micro-ondas não aquece objetos que não tenham água, pois a frequencia que opera é otimizada para vibrar a água e não outras moléculas. No caso de objetos metálicos, como os elétrons são livres no metal que é um bom material condutor de eletricidade, o campo elétrico gerado pelo micro-ondas move facilmente os elétrons, e consequentemente gera corrente no objeto metálico, o que ocasiona faíscas e pode danificar o aparelho. OBS: A autoria e a veracidade das informações contidas nas diferentes reportagens são de responsabilidade de seus autores, identificados em cada uma delas.