FARMACOLOGIA DAS DISFUNÇÕES SEXUAIS Natan
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FARMACOLOGIA DAS DISFUNÇÕES SEXUAIS Natan
FARMACOLOGIA DAS DISFUNÇÕES SEXUAIS Natan Levy - Farmacêutico Bioquímico Resumo: Na atualidade, vários são os apelos sexuais aos quais a sociedade deve responder a altura e nem sempre está habilitada para isto. O stress, a ingestão de medicamentos (principalmente os antidepressivos) e outros fatores conduzem a uma vida sexual frustrada. Neste artigo buscamos soluções terapêuticas para resolver estes problemas comuns, ajudando estes pacientes de qualquer idade, a atingirem a satisfação sexual, agregando um grande diferencial na qualidade de vida. Palavras chave: disfunção sexual, Serotonina, ejaculação precoce, antidepressivos, Dapoxetina, disfunção erétil, orgasmo, Oxitocina, modulação hormonal bioidêntica. Com os apelos sobre a sexualidade na mídia em geral nos tempos atuais, cobra-se da sociedade um desempenho sexual melhor das pessoas. Isto independe da idade, do sexo ou da condição social; todos são impelidos de certa forma a terem um desempenho sexual quase atlético. Há que se considerar também a necessidade intrínseca da satisfação própria e do (a) companheiro (a) sob pena te trazer conseqüências na imagem individual das pessoas e conseqüentes problemas psicológicos de difícil controle sem uma ajuda médica apropriada. Por outro lado a satisfação sexual completa traz uma qualidade de vida melhor, mais saudável e mais tranqüila, aumentando a longevidade. Que é de fato o que se busca. Portanto todas as tentativas são válidas no sentido de ajudar os pacientes a terem uma vida sexual saudável e prazerosa em qualquer idade. Não é propósito deste artigo abordar as patologias graves ou não conformidades anatômicas, mas sim os dissabores comuns do cotidiano, oriundos de condições muitas vezes simples e que, com o arsenal terapêutico atual, pode-se ajudar sobremaneira os pacientes com queixa destas disfunções sexuais a atingirem o clímax. Sem dúvida as condições do verdadeiro amor no relacionamento, o fetiche, o jogo de sedução, a sensualidade, o estímulo sexual em todos os sentidos são preponderantes para o sucesso do bom desempenho. Porem tudo isto tem a ver com os neurotransmissores em nosso cérebro e os hormônios sexuais no organismo. Pesquisas mostraram que a 2 feniletilamina (PEA) é o neurotransmissor e neuromodulador responsável pelo amor e pela libido e o seu aumento faz com que o desejo sexual se aguce, aumenta a excitação e melhora a energia física, preparando o individuo para o ato sexual. A PEA, produzida no cérebro, age em conjunto com outros neurotransmissores: Dopamina e Serotonina cuja ação volta-se mais para o domínio emocional; e a Adrenalina a Noradrenalina voltadas mais para a ação. A PEA tem uma vida média muito curta e é degradada pelas enzimas da MAO rapidamente (em minutos); enquanto os outros têm uma vida média maior. A Dopamina, sintetizada a partir da Tirosina, parece estar envolvida com o desejo de prazer e de aventura. A Serotonina, formada a partir do Triptofano, é responsável pelo bom humor e é um antidepressivo natural. Sendo a vasodilatação no trato geniturinário extremamente importante no ato sexual, a Serotonina, além de produzir a contração dos músculos lisos, está diretamente envolvida na contração e dilatação destes vasos. Daí o fato dos inibidores seletivos da recaptação da Serotonina (Seletive Serotonin uptake inhibitors – SSRIs) serem extremamente importantes no processo sexual, como veremos mais adiante. A Adrenalina e Noradrenalina estão ligadas ao estresse. A Adrenalina provê energia para tarefas desafiadoras e para encarar dificuldades; enquanto a Noradrenalina, em conjunto com a PEA, ajuda na sensação de vitalidade e a manter o foco. Os grandes inimigos do melhor desempenho sexual sob o ponto de vista psicológico são a depressão e a ansiedade. A primeira ocasiona a falta da libido e dificulta a excitação e a segunda cria diversas situações de medo e sensação de incompetência. Ao mesmo tempo os efeitos colaterais dos antidepressivos empregados nestes casos dificultam ainda mais o ato sexual, por sua ação periférica serotoninérgica. Os antidepressivos inibidores da MAO, os tricíclicos e os SSRIs interferem com a Serotonina e sabidamente induzem as disfunções sexuais; diminuindo o desejo sexual e/ou retardando ou inibindo o orgasmo tanto em homens como em mulheres. Em um estudo com 344 homens e mulheres sob tratamento com SSRIs revelou que as dificuldades sexuais eram mais severas em mulheres do que nos homens, com perda da libido e dificuldades em atingir o orgasmo. Os mais comuns SSRIs empregados no nosso meio são: Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Venlafaxina.e os antidepressivos tricíclicos. Sendo que, no caso da Fluoxetina, existem relatos de dificuldade na ereção.. Os ansiolíticos e antipsicóticos por sua vez, pela ação de relaxamento e por serem antagonistas da Serotonina e Dopamina, causam um maior desinteresse sexual, bem como dificuldade na ereção e no clímax do orgasmo. Vamos descrever abaixo as soluções terapêuticas disponíveis nos sentido de auxiliar na maioria dos problemas acima citados. EJACULAÇÃO PRECOCE Este problema é mais comum do que se imagina. Acima de 20% dos homens são por ela afetados. A incapacidade de controlar a ejaculação com conseqüente orgasmo involuntário, antes ou imediatamente após a penetração, é motivo de grande frustração e insatisfação sexual para ambos os parceiros. Tradicionalmente trata-se o problema da ejaculação precoce com os antidepressivos tricíclicos, notadamente a Amitritpilina HCl, Clormipramina HCL e principalmente a Imipramina HCl. Todos os benefícios neste caso estão relacionados com a inibição da receptação da Serotonina, causando o retardamento da ejaculação (ou mesmo inibindo-a) O tratamento é diário e contínuo, em doses baixas. Em alguns homens com latência curta (menos de 1 minuto) a terapia continuada com uma dose diária de 20 a 30 mg de Clormipranina HCL é mais efetiva do que doses maiores. Existem trabalhos também citando o Escitalopram Oxalato na dose de 10 mg para este fim. Em mulheres o uso destas substâncias têm sido relacionado com anorgasmia ou retardo no orgasmo. Todavia recentemente foi lançada no mercado Europeu (Alemanha) uma nova substância a Dapoxetina HCl (Priligy ® - Janssen Cilag) com a finalidade precípua para o tratamento da ejaculação precoce. Sua principal vantagem é que seu uso é esporádico portanto devendo ser tomada apenas horas antes do ato sexual. Com isto minimizam-se os efeitos colaterais, sendo que sua única forte contra indicação é a proibição da associação com álcool, pois poderão ocorrer desmaios. A Dapoxetina HCl age da mesma forma que os SSRIs, com um perfil farmacocinético único pois atua de forma mais leve, é de curta duração (apenas algumas horas) e de fácil eliminação pelo organismo. Isto reduz a maioria dos efeitos secundários dos antidepressivos. A Dapoxetina HCl é de uso oral na dose de 30 a 60 mg de 1 a 3 horas antes do ato sexual. Não deve ser tomada mais de uma vez no período de 24 horas. A segurança e os efeitos da Dapoxetina HCL foi investigada em um programa de estudos internacionais em mais de 6000 indivíduos do sexo masculino, num total de cinco estudos controlados com placebo. Estes estudos mostraram os seguintes resultados: em média, o tempo medido foi aumentado, desde a penetraçao até a ejaculação, de 0,9 minutos (basal) para 3,1 minutos com menos de 30 mg de Dapoxetina HCL e de 3 a 6 minutos com 60 mg. O tempo com o uso da Dapoxetina HCl se mostrou sempre maior do que o do grupo placebo. Os homens que receberam a Dapoxetina HCl relataram uma melhora significativa em seu desempenho em geral, em relação à ejaculação e significativa melhora na satisfação sexual. Estas melhorias foram verificadas em um período de tratamento de 9 meses. Alguns pacientes (1 a 2%) reportaram náuseas, dores de cabeça, diarréia, insônia e cansaço, além do já citado desmaio. DISFUNÇAO ERÉTIL Bastante estudada e já bem resolvida do ponto de vista farmacológico a disfunção erétil é outro problema que atinge aos homens, notadamente na idade mais avançada. O advento do Sildenafil Citrato, Tadalafil e outras substâncias semelhantes trouxeram um maior alento a este problema comum. Sabe-se que, fisiologicamente, a ereção peniana é devida à liberação de óxido nítrico (NO) a nível do corpo cavernoso durante a estimulação sexual. Por ação do NO é ativada a enzima Guanilatociclase, que gera aumento na concentração do Monofosfato Cíclico de Guanosina (GMPc) o qual, ao relaxar a musculatura lisa do corpo cavernoso, permite a entrada de sangue. O Sildenafil Citrato e similares reforçam o efeito do óxido nítrico ao inibir a Fosfodiesterase 5 (PDE-5) responsável pela degradação do GMPc no corpo cavernoso. Durante a estimulação sexual libera-se localmente o NO, e a inibição da enzima PDE-5 pelo fármaco provoca aumento do GMPc no corpo cavernoso, dando então lugar ao relaxamento do músculo liso e à entrada de sangue. Este agente não possui ação relaxante direta sobre o corpo cavernoso humano isolado, nem tem efeito na ausência do estímulo sexual. A dose de Sildenafil Citrato varia de 25 a 100 mg administrado de 1 a 3 horas antes do coito. A dose do Tadalafil é de 5 a 10 mg 30 minutos antes da relação e sua eficácia perdura até 36 horas após a ingestão. Deve-se ter cuidado com pacientes que fazem uso de antifúngicos (Cetonazol, Itraconazol, etc) e antivirais, que potencializam a ação destas substâncias. Elas podem causar distúrbios oculares. Pacientes com problemas cardiovasculares devem ser muito bem monitorados. Em mulheres o Sildenafil Citrato tem sido usado para melhoria da libido, porém os resultados são controversos. DIFICULDADE EM ATINGIR O ORGASMO Este problema é mais comum nas mulheres. Nos homens, nos casos não patológicos, ocorre quando estes são medicados com o SSRIs; sendo que a simples suspensão do uso devolve a capacidade de atingir o orgasmo. Fisiologicamente o processo do orgasmo nos humanos é igual, a diferença é a ejaculação no homem. Sabidamente nas mulheres o estímulo sexual deve ser mais apurado e mais prolongado. Contudo mesmo assim ocorre uma maior dificuldade em atingirem a plena satisfação. A Oxitocina é um hormônio bioidêntico, um nonapeptídeo cíclico com uma estrutura idêntica ao hormônio produzido no hipotálamo e estocado no lobo posterior da glândula pituitária, que estimula a contração uterina e a eliminação de leite materno. A Oxitocina injetável (ou por infusão) tem sido usada em alguns casos de obstetrícia, e Oxitocina intranasal para estimular a lactação. A Oxitocina é totalmente degradada pelo suco gástrico. São mais de 30 substâncias envolvidas no mecanismo de ação da libido e do orgasmo. São neurotransmissores, peptídeos, hormônios. Dentre eles a Noradrenalina, Dopamina e claro a Serotonina (via 5 HTP). Foi verificado que durante a excitação sexual e durante o orgasmo os níveis de Oxitocina aumentam, com isto aumenta a contratura da musculatura lisa, facilitando o clímax. A liberação da Oxitocina é controlada pelos hormônios sexuais; em especial os estrógenos e a testosterona, enquanto a progesterona parece inibir-la. Sua maior liberação endógena é em pulsos durante o parto e na amamentação (como efeito reflexo). A estimulação da genital e dos seios libera a Oxitocina endógena, bem como a estimulação cognitiva apenas (mesmo sem estímulo visual ou táctil). Isto se deve ao complexo comportamento fisiológico da libido controlado, entre outras substâncias, pelos hormônios sexuais. Embora os níveis encontrados no homem e na mulher são semelhantes durante o coito, não se sabe muito bem a ação da Oxitocina no homem. Talvez a explicação esteja na sua ação sobre a contratura da musculatura lisa peniana e promova assim a formação da força do jato ejaculatório do sêmen. Existem trabalhos que demonstraram que o uso intravenoso da Oxitocina provocaria ereção, porém isto é controverso. Outros estudos demonstraram o retardo na ejaculação com o uso da Oxitocina. A ação fisiológica da Oxitocina sobre a contração da musculatura lisa nos órgãos sexuais femininos e os efeitos também fisiológicos no comportamento sexual aumentando a libido, é o que se busca na facilitação ao orgasmo das mulheres. A resposta sexual da Oxitocina é dose e tempo dependente; uma vez que sua vida média é muito curta (minutos). Por outro lado doses mais altas, ao contrário, parecem produzir uma inibição da libido, além de causarem hiperestimulação uterina com possíveis contrações tetânicas. O uso com a finalidade descrita é de uma nebulização nasal com 6,85 microgramas de Oxitocina bioidêntica minutos antes do coito. REPOSIÇÃO HORMONAL Tudo o que até agora se falou são tratamentos paliativos, de uso indicado em momento específico com premeditação e planejamento do emprego destes medicamentos. Ou seja, nenhum deles tem finalidade curativa. O único protocolo terapêutico efetivo e com resultados de longo prazo é de fato a Modulação Hormonal Bioidêntica com os hormônios sexuais. Na Modulação Hormonal Bioidêntica com finalidade de melhorarmos a desempenho sexual dos homens devemos avaliar os níveis de séricos e salivares e o histórico e então repor apenas a Testosterona bioidêntica, nos casos necessários. Já nas mulheres o estudo deve ser mais apurado no sentido de se avaliar todos os hormônios sexuais e repor todos necessários, conforme cada caso e histórico da paciente. Testosterona bioidêntica: Então, a Testosterona bioidêntica sabidamente tem ação positiva sobre a libido, ereção e o orgasmo. Nas mulheres está associado à sensação de bem-estar, aumento do desejo sexual e à redução de ansiedade e depressão. Sua modulação vem sendo estudada como adjunto à terapia de modulação de estrógenos, em mulheres com sintomas de deficiência androgênica e com níveis plasmáticos reduzidos, a fim de aliviar sintomas físicos e psicológicos, após menopausa cirúrgica ou fisiológica. Já nos homens, também está mais voltada à virilidade, produção do esperma, proteção do músculo cardíaco e potente ação na melhoria da depressão. É fato também que a deficiência androgênica é uma das principais causas da disfunção erétil. Repondo a Testosterona bioidêntica poderá se conseguir efeitos desejáveis em atingir a ereção, com resultado melhor distribuído ao longo do tempo, melhorando o desempenho sexual e psicológico dos pacientes. A sensação de bem estar que a Testosterona bioidêntica provoca nos pacientes em geral é digna de nota e de satisfação. Em muitos pacientes, o médico pode diminuir a dosagem ou mesmo eliminar a prescrição dos antidepressivos e/ou ansiolíticos usados anteriormente à reposição hormonal. Lembrado que estes inclusive, como já descrito acima, têm um efeito antagônico à boa atividade sexual almejada. A modulação com Testosterona bioidêntica influencia positivamente nos parâmetros de humor que incluem aumento da energia e de bons sentimentos. Novamente têm-se efeitos benéficos sobre a qualidade de vida. A dose posológica usual da Testosterona bioidêntica em mulheres na forma tópica, vaginal ou vulvar é de 0,5 a 5 mg ao dia, na forma de gotas sublinguais é de 0,25 a 2 mg ao dia; uma vez que é melhor absorvida por esta via. Nos homens a dose posológica da Testosterona bioidêntica é na forma tópica de 25 a 100 mg ao dia ou em pastilhas sublinguais de 25 mg de 1 a 4 vezes ao dia. Estrógenos bioidênticos: O Estradiol bioidêntico é o mais potente dos estrógenos, sendo o Estriol bioidêntico o de menor ação sobre a proliferação de células mamárias e do endométrio, e isto predispõe menor risco de câncer. Os Estrógenos bioidênticos são responsáveis pela manutenção do tônus e elasticidade das estruturas urogenitais, além da sua contribuição na formação dos contornos corporais nas mulheres. Porém destacamos aqui sua ação sobre o aumento da secreção e o fortalecimento da mucosa vaginal facilitando a penetração. Desta forma torna a penetração menos dolorida e mais prazerosa. A ação dos Estrógenos bioidênticos sobre a melhoria da sintomatologia no climatério; em especial nos fogachos, no sistema cardiovascular e na falta de memória; traz um benefício extra. Na síndrome pré menstrual (SPM) ocorre a predominância estrogênica onde há uma diminuição da progesterona com relativo aumento dos estrógenos. Com as conseqüências SPM há uma diminuição da libido, até porque a progesterona é o hormônio feminino que mais atua neste quesito. Então a reposição de Estrógenos bioidênticos deve ser acompanhada pela reposição da Progesterona bioidêntica. A dose posológica usual de Estradiol bioidêntico é de, na forma Oral/Percutânea/Vaginal, 0,05 a 2,5mg 1 a 2 vezes ao dia. A do Estriol bioidêntico nas mesmas formas é de 1 a 8 mg - 1 a 3 vezes ao dia Progesterona bioidêntica: A Progesterona bioidêntica inibe a contração uterina e afeta o epitélio vaginal e o muco cervical tornando-os impermeáveis ao esperma. Ela também inibe a lactação. Desta maneira aparenta ser contra indicada para fins da melhoria do desempenho sexual. Mas não é assim: a Progesterona bioidêntica como vimos é o hormônio feminino mais estimulador da libido. A ação fisiológica da progesterona é amplificada na presença de estrógenos, os quais regulam a expressão dos receptores da progesterona, uma vez que esta é capaz de contrapor a ação estrogênica como também antagonista nos receptores estrogênicos. Outro ponto importante é que a Progesterona bioidêntica melhora substancialmente a qualidade do sono com isto deixa a paciente mais relaxada. A dose posológica usual da Progesterona bioidêntica é de: na forma oral 25 a 200 mg - 1 a 2 vezes ao dia; e na forma percutânea / vaginal: 10 a 40 mg - 1 a 2 vezes ao dia. Bibliografia 1. Terapia de Modulação Hormonal Bioidêntica (TMHB) – Efrain Olszewer, Natan Levy e Reginalda Russo Aguiar – Editora Apes - Brazil 2. Carmichael MS, Warburton VL, Dixen J, Davidson JM. Relationship among cardiovascular,muscular, and oxytocin responses during human sexual activity. Arch Sex Behav 1994; 23:59–79. 3. Endocrine Aspects of Female Sexual Disfuntion – S.R. Davis - Australia 4. Evaluation of the Female Sexual Function Index in a Population Based Sample from Finland Katarina Witting, Pekka Santtila, Patrick Jern,Markus Varjonen, Ingrid Wager, Maria Hoglund, Ada Johansson, Nina Vikstro, Kenneth Sandnabba - Arch Sex Behav (2008) 37:912–924 5. Evidence that Serotonin Affects Female Sexual Functioning Via Peripheral Mechanisms – P. F. Frohlich, C. M. Meston – Phisiology & Behavior – 71 (2000) 383 – 393 6. Handbook of Sexual Dysfunction - Richard Balon, R. Taylor Segraves - Taylor & Francis – USA 7. Oxytocin and Sexual Behavior – C. Sue Carter - Neuroscience and Behavioral Reviews, Vol. 16, pp. 131-144, 1992 8. Oxytocin Involvement in SSRI-Induced Delayed Ejaculation: A Review of Animal Studies - Trynke R. de Jong, Jan G. Veening, Berend Olivier, and Marcel D. Waldinger - J Sex Med 2007;4:14–28 9. Physiology of Female Sexual and Pathophysiology of Female Sexual Dysfunction – I Goldstein – USA 10. Disorders of Erection, Cohabitation and Ejaculation – Hermann Van Ahlen, Sabine Kliesch Andrology Berlin 2010 11. Palmer, NR e Stuckey BG, Med J Aust. 188 (11) :662-6, 2008 12. McMohon, C. et al. J. Sex. Med 6 (Suppl. 2): 25 Abst PD-068, 2009 13. Pryor, JL et al. Lancet. 368 (9539) :929-37, 2006 14. Buvat, J. et al. J. Sex. Med 5 (Suppl 1) :4-41, 2008
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