baixe aqui - XXXIV Congresso da SOCESP

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baixe aqui - XXXIV Congresso da SOCESP
30, 31 de maio
01 de junho de 2013
Transamerica Expo Center • São Paulo – SP
Suplemento Especial da Revista da
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
Diretoria da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
Biênio 2012-2013
Presidente:
Carlos Costa Magalhães
Vice–Presidente:Francisco Antonio Helfenstein
Fonseca
1º Secretário:
Rui Manuel dos Santos Povoa
2º Secretário:
José Carlos Aidar Ayoub
1º Tesoureiro:
Rui Fernando Ramos
2º Tesoureiro:
Celso Biagi
Diretora Científica:Fernanda Marciano Consolim
Colombo
Diretor de Publicações:
Diretor de Regionais:
Diretor de Promoção
e Pesquisa:
Diretor de Informática:
Diretor Qualidade
Assistencial:
Diretor do Centro de
Emergências:
João Fernando Monteiro Ferreira
José Luiz Aziz
Andrei Carvalho Sposito
João Manoel Rossi Neto
Silas dos Santos Galvão Filho
Agnaldo Píspico
Conselho Editorial / Biênio 2012-2013
Álvaro Avezum
Amanda G. M. R. Sousa
Angelo Amato V. de Paola
Antonio Augusto B. Lopes
Antonio Carlos de C. Carvalho
Antonio Carlos Pereira Barretto
Antonio de Pádua Mansur
Ari Timerman
Auristela Isabel O. Ramos
Beatriz Bojikia Matsubara
Benedito Carlos Maciel
Bráulio Luna Filho
Bruno Caramelli
Caio de Brito Vianna
Carlos Alberto Buchpiguel
Carlos Costa Magalhães
Carlos Eduardo Rochitte
Carlos V. Serrano Jr.
Celso Amodeo
Dalmo Antonio R. Moreira
Daniel Born
Dante Marcelo A. Giorgi
Dirceu Rodrigues Almeida
Edson Stefanini
Expedito E. Ribeiro da Silva
Fabio Jatene
Fausto Feres
Felix José Alvarez Ramires
Fernanda Consolin Colombo
Fernando Bacal
Fernando Nobre
Flavio Tarasoutchi
Francisco Antonio H. Fonseca
Francisco Rafael M. Laurindo
Henry Abensur
Ibrahim Masciarelli Pinto
Ieda Biscegli Jatene
João Fernando Monteiro Ferreira
João Manoel Rossi Neto
João Nelson R. Branco
Jorge Eduardo Assef
José Carlos Nicolau
José Carlos Pachon Mateos
José Francisco Kerr Saraiva
José Henrique Andrade Vila
José Lazaro de Andrade
José Soares Jr.
Katashi Okoshi
Kleber G. Franchini
Leopoldo Soares Piegas
Lilia Nigro Maia
Luiz Antonio Machado César
Luiz Eduardo Mastrocola
Luiz Felipe P. Moreira
Marcelo B. Jatene
Marcelo Bertolami
Marcelo Luiz C. Vieira
Marcus Vinicius Simões
Maria Cristina Oliveira Izar
Maria Teresa Nogueira Bombig
Maria Virginia T. Santana
Mauricio Ibrahim Scanavacca
Max Grimberg
Miguel Antonio Moretti
Nabil Mitre
Nelson Kasinsky
Orlando Campos Filho
Otavio Rizzi Coelho
Paola Emanuela P. Smanio
Paulo Andrade Lotufo
Paulo José Ferreira Tucci
Paulo M. Pêgo Fernandes
Pedro Silvio Farsky
Raul Dias dos Santos Filho
Renato Azevedo
Romeu Sérgio Meneghelo
Rui Manuel dos Santos Póvoa
Ulisses Alexandre Croti
Valdir Ambrosio Moises
Valter Correia de Lima
William Azem Chalela
O Suplemento Especial da Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (ISSN 0103-8567) é editado pela Diretoria de
Publicações da SOCESP, Avenida Paulista, 2073 – Horsa I, 15º andar, cj. 1512 – CEP 01311-940 – Cerqueira César – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3179-0044 / E-mail: [email protected] / Website: www.socesp.org.br.
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quaisquer textos constantes desta edição sem autorização formal e expressa de seus editores.
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Diretoria de Publicações / Tel.: (11) 3179-0051 / E-mail: [email protected]
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
i
Órgão Oficial da Sociedade de Cardiologia
do Estado de São Paulo
Publicação Trimestral / Published Quarterly
Dados de Catalogação na Publicação Internacional (CIP)
Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
São Paulo – SP, Brasil, V . 1 – 1991 –
Inclui suplementos e números especiais.
Substitui Atualização Cardiológica, 1981 – 91
1991, 1:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A)
1992, 2:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
1993, 3:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
1994, 4:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
1995, 5:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
1996, 6:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
1997, 7:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
1998, 8:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 4 (supl B), 5 (supl A), 6 (supl A)
1999, 9:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
2000,10:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
2001,11:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
2002,12:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
2003,13:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
2004,14:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A)
2005,15:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 5 (supl B), 6 (supl A)
2006,16:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A)
2007,17:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A)
2008,18:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A)
2009,19:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A)
2010,20:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A)
2011,21:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A)
2012, 22: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A)
2013, 23: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B)
ISSN 0103-8567
RSCESP 72594
CDD 16 616.105
NLM W1
WG100
CDU 616.1(05)
Associação Paulista de Bibliotecários / Grupo de Bibliotecários Biomédicos
Normas para catalogação de publicações nas bibliotecas especializadas.
São Paulo, Ed. Polígono, 1972.
Indexada em:
LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(www.bireme.br)
Latindex – Sistema Regional de Información em Línea para Revistas Científicas de América
Latina,
El Caribe, España y Portugal
(www.latindex.unam.mx)
Impressa no Brasil
Tiragem: 1.000 exemplares
ii
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Mensagem aos Congressistas. ................................................................................................................4
Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica..........................................................................5
Comissão de Seleção de Temas Livres – Departamentos.......................................................................9
Comissão Julgadora do Prêmio
Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”..........................................................11
Comissão Julgadora do Prêmio
Melhor Pesquisa Básica “Cantídio de Moura Campos Filho”.........................................11
Comissão Julgadora do Prêmio
Jovem Pesquisador “Josef Feher”.......................................................................................11
Comissão Julgadora do Prêmio
Mérito Interdisciplinar......................................................................................................11
Trabalhos Selecionados para o Prêmio
Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”..........................................................12
Trabalhos Selecionados para o Prêmio
Melhor Pesquisa Básica “Cantídio de Moura Campos Filho”...........................................13
Trabalhos Selecionados para o Prêmio
Jovem Pesquisador “Josef Feher”.......................................................................................14
Trabalhos Selecionados para o Prêmio
Mérito Interdisciplinar......................................................................................................15
Trabalhos Selecionados para o Prêmio
Melhor Poster do Congresso............................................................................................17
Índice dos Autores dos Temas Livres e Pôsteres da Área Médica.......................................................20
Índice dos Autores dos Temas Livres e Pôsteres dos Departamentos..................................................81
Temas Livres da Área Médica............................................................................................................116
Pôsteres da Área Médica...................................................................................................................157
Temas Livres dos Departamentos.......................................................................................................207
Pôsteres dos Departamentos...............................................................................................................225
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
1
Presidente do XXXIV Congresso da SOCESP: Ieda Biscegli Jatene
Coordenador Científico
Maurício Wajngarten
Coordenador de Tema Livre
Ibraim Masciarelli Pinto
Coordenador de Casos Clínicos
Edson Renato Romano
Coordenador de Infraestrutura e Hands-On
João Fernando Monteiro Ferreira
Comissão Executiva
Coordenador: Miguel Antonio Moretti
Membros: Ari Timerman, Edson Stefanini,
Fernando Nobre, Leopoldo Soares Piegas,
Otavio Rizzi Coelho
Comissão de Tema Livre
Coordenador: Ibraim Masciarelli Pinto.
Membros: Claudia Maria Rodrigues Alves, Fernando Augusto
Alves da Costa, Francisco Carlos da Costa Darrieux,
Juliano Lara Fernandes
Comissão de Casos Clínicos
Coordenador: Edson Renato Romano
Membros: Jose Francisco Kerr Saraiva, Otavio Rizzi Coelho
Filho, Silas dos Santos Galvão Filho
Comissão de Infraestrutura e
Laboratório de Educação Interativo
Coordenador: João Fernando Monteiro Ferreira
Membros: Alberto F Piccolotto Naccarato, Alexandre Murad
Neto, Carlos Pedra, Ibraim Masciarelli Pinto, Marcelo Biscegli
Jatene, Marcelo José de C. Cantarelli,
Marcio Jansen de Oliveira Figueiredo, Marcos Valério C.
Resende, Mucio Tavares de Oliveira Junior,
Paulo Manuel Pego Fernandes, William Azem Chalela
Comissão Científica
Coordenador: Mauricio Wajngarten
Membros: Agnaldo Pispico, Auristela Isabel de Oliveira
Ramos, Carlos Alberto Pastore, Fabio Sandoli de Brito Jr.,
Felix Jose Alvarez Ramires, Hermes Toros Xavier, Jorge
Eduardo Assef, Jose Carlos Pachon Mateos, José Honorio de
A. Palma da Fonseca, Luiz Antonio Machado Cesar, Marcio
Jansen de Oliveira Figueiredo, Nabil Ghorayeb, Otavio Celso
Eluf Gebara, Otávio Rizzi Coelho, Patricia Figueiredo Elias,
Paulo José Ferreira Tucci, Rui Manuel dos Santos Povoa,
Sergio Almeida de Oliveira
Comissão Social e Eventos
Coordenadora: Isabel Regina Kaufmann Moreira
Membros: Alberto F Piccolotto Naccarato, Beatriz Freitas
Jatene, Ieda Maria Liguore Fernandes, João Chaker Saba
Comissão Encontro Estadual de Serviços de
Cardiopatias Congênitas
Coordenador: Edmar Atik
Comissão Grandes Destaques
Coordenador:: Antonio Carlos Palandri Chagas
Fórum Socesp Permanente de Prevenção
Presidente: Adib Domingos Jatene
Coordenador: Mauricio Wajngarten
Membros: Alvaro Avezum Jr., Bruno Caramelli,
Fernando Nobre, Jose Francisco Kerr Saraiva, Moacyr
Roberto Nobre, Otávio Rizzi Coelho, Protásio Lemos da Luz,
Carlos Alberto Machado
Diretorias dos Departamentos
Biênio 2012-2013
Educação Física e Esporte
Diretora Executiva: Denise de Oliveira Alonso
Secretária: Andréia Cristiane Carrenho Queiroz
Diretora Científica: Alessandra Medeiros
Diretora Científica: Ivana Cynthia de Moraes da Silva
Diretor Científico: Maria Urbana Pinto Brandão
Odontologia
Diretor Executivo: Frederico Buhaten Medeiros
Secretária: Ana Carolina Porrio de Andrade
Diretora Científica: Levy Anderson Cesar Alves
Diretora Científica: Maria Cristina Marino de Oliveira
Diretora Científica: Lilia Timerman
Enfermagem
Diretora Executiva: Ivany M. de Carvalho Baptista
Secretária: Rita de Cássia R. de Macedo
Diretora Científica: Rita de Cassia Gengo e Silva
Diretora Científica: Rosa Bosquetti
Diretora Científica: Andrea Cotait Ayoub
Psicologia
Diretora Executiva: Simone Kelly Niklis Guidugli
Secretária: Priscila Regina Torres Bueno
Diretora Científica: Greici Maestri Bussoletto
Diretora Científica: Mary Lee Faria Norris N. Foz
Diretora Científica: Sirlei Pereira Nunes
Fisioterapia
Diretora Executiva: Solange Guizilini
Secretária: Valéria Papa
Diretora Científica: Vera Lúcia dos Santos Alves
Diretora Científica: Vanessa Marques Ferreira Mendez
Diretor Científico: Robison José Quitério
Serviço Social
Diretora Executiva: Elaine Fonseca Amaral da Silva
Secretária: Teresinha Auad de Carvalho
Diretora Científica: Maria Barbosa da Silva
Diretora Científica: Regina Varga Amuri
Diretora Científica: Sandra dos Santos Cruz
Nutrição
Diretora Executiva: Regina Helena Marques Pereira
Secretária: Marcia Maria Godoy Gowdack
Diretora Científica: Tais Cleto Lopes Vieira
Diretora Científica: Bianca Masuchelli Chimenti Naves
Diretora Científica: Cibele Regina Laureano Gonsalves
2
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Diretorias das Regionais da
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
Biênio 2012-2013
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Silvio Cembranelli Neto
Roberto Andres Gomez Douglas
Rogério Krakauer
João Parisi Neto
Marília
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Araçatuba
Presidente:
Diretor Cientifico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Helena Cordeiro Barroso
Marcio Coutinho da Silveira
Paulo Francisco M. de Barros
Lillian Salvador do Amaral Asseis
Piracicaba
Presidente:
Diretora Cientifica:
1° Secretário:
2° Secretário:
Araraquara
Presidente:
Diretor Cientifico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Antonio Carlos Braga de Moraes
Joaquim Meireles Resende Filho
Helio Marques Malavolta
Edson Akira Kusumoto
Presidente Prudente
Presidente:
Orlando Henrique de Melo Sobrinho
Diretor Cientifico: Margaret Assad Cavalcante
1° Secretário:
Nabil Farid Hassan
2° Secretário:
Henrique Issa Artoni Ebaid
Araras
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Fernando Candido Martins
Jose Joaquim Fernandes Raposo Fo
Sandra Regina Hurtado
Antonio Carlos Assumpção
Ribeirão Preto
Presidente:
Paulo Cesar Grandini
Diretor Científico: Fernando Nobre
1° Secretário:
Moyses de Oliveira Lima Filho
2° Secretário:
Antonio Eduardo Pellegrino
Bauru
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário: Christiano Roberto Barros
Julio Cesar Vidotto
Caio Mario de Almeida Pessoa
Rubens Emil Cury
Santos
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Carlos Alberto Cyrillo Sellera
William da Costa
Suely Correa Cardoso dos Santos
Arnaldo Teixeira Ribeiro
Botucatu
Presidente:
Silméia Garcia Zanati
Diretora Científica: Meliza Goi Roscani
1° Secretário:
Daniéliso Renato Fusco
2° Secretário:
Ricardo Mattos Ferreira
São Carlos
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
José Cesar Briganti
Sergio Luis Berti
João Paulo Marrara
Roberto Mário Machado Verzola
Campinas
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Juliano de Lara Fernandes
Fabio Rossi Dos Santos
Daniel Lages Dias
Aloísio Marchi da Rocha
São José do Rio Preto
Presidente:
José Fernando Vilela Martin
Diretor Cinetífico: Maria Helena Mandi Dias Sardilli
1° Secretário:
Maria Christiane Valéria B. Braile
2° Secretário:
Adriana Pinto Bellini Miola
Franca
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Luiz Alfredo Husemann Patti
Rossini Rodrigues Machado
Ricardo Pereira C. de Oliveira
Carlos Alves Pereira
Sorocaba
Presidente:
Diretor Cientifico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Jundiaí
Presidente:
Diretor Científico:
1° Secretário:
2° Secretário:
Paulo Alexandre da Costa
Luis Anibal Larco Patino
Alberando Genari Filho
Elizeu de Sousa Santos
Vale do Paraíba
Presidente:
Fábio Roberto da Silva Baptista
Diretor Científico: Pedro Augusto Pascoli
1° Secretário:
Carlos Expedito Bento Leitão
2° Secretário:
Bruno Augusto Alcova Nogueira
ABCDM
André dos Santos Moro
Ronaldo de Oliveira Junior
Pascoal Trevizan Neto
Alexandre Rodrigues
Francisco Ramos Farina
Celise Alessandra Sobral Denardi
Humberto Magno Passos
Jorge Bertoldi Junior
Otávio Ayres da Silva Neto
Cássia Eliane Kusnir
Márcia Cristina Gambaro Carmignani
Ned Maciel Oliveira
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Mensagem aos Congressistas
Prezado (a) congressista
É motivo de grande alegria a credibilidade que o Congresso da SOCESP tem na comunidade
científica, o que é traduzido pelo maciço envio de temas livres para serem apresentados durante nosso
encontro anual.
Neste ano, igualamos a marca atingida em 2012 e mais de 1.200 trabalhos foram analisados pela
comissão julgadora. Chamou a atenção, por outro lado, a elevada qualidade do material submetido, o
que pode ser confirmado pelo fato de que a diferença entre as notas foi a menor de toda a história de
nossos congressos. Foi, portanto, depois de árduo trabalho por parte da comissão julgadora, que foram
selecionados 551 trabalhos para serem apresentados em sessões orais e de pôster, que representam
muito do que há de melhor na produção científica nacional.
Alguns destes temas concorrem aos prêmios das categorias Jovem Pesquisador – “Josef Feher”,
Pesquisa Básica – “Cantídio Moura Campos Filho” e Pesquisa Aplicada – “Luiz Veneré Decourt”.
As sessões relativas a estes prêmios receberão destaque especial, os trabalhos serão julgados por
comissões renovadas e que terão a difícil tarefa de escolher os vencedores. A todos os componentes
destas comissões já envidamos nossos agradecimentos antecipados.
É assim, com sensação de dever cumprido que agradeço em especial a todos que enviaram seus
trabalhos, à comissão julgadora, aos colaboradores da SOCESP, à SD Eventos e à IW que foram
fundamentais para que terminássemos mais esta tarefa a contento.
Esperamos que os trabalhos apresentados neste congresso em muito contribuam para o
enriquecimento da pesquisa científica nacional.
Ibraim Masciarelli Pinto
Coordenador de Temas Livres do XXXIV Congresso
4
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica
NOME
CIDADE
Abílio Augusto Fragata Filho
São Paulo
Adalberto Menezes Lorga
São José do Rio Preto
Adalberto Menezes Lorga Filho
São José do Rio Preto
Agnaldo Pispico
Araras
Alberto Liberman
Campinas
Almir Sergio Ferraz
São Paulo
Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa
São Paulo
Amit Nusbacher
São Paulo
Ana Paula Marte Chacra
São Paulo
Andre Labrunie
São Paulo
Andrea Claudia Sousa Abizaid
São Paulo
Angelo Amato Vincenzo de Paola
São Paulo
Antoninho Sanfins Arnoni
São Paulo
Antonio Sergio Tebexreni
São Paulo
Antonio Carlos Carvalho
São Paulo
Antonio Carlos Mugayar Bianco
São Paulo
Antonio Carlos Palandri Chagas
São Paulo
Antonio Carlos Pereira Barretto
São Paulo
Antonio Casella Filho
São Paulo
Antonio de Pádua Mansur
São Paulo
Ari Timerman
São Paulo
Áurea Jacob Chaves
São Paulo
Auristela Isabel de Oliveira Ramos
São Paulo
Barbara Maria Ianni
São Paulo
Beatriz Bojikian Matsubara
São Paulo
Bruno Caramelli
São Paulo
Bruno Mahler Mioto
São Paulo
Caio Brito Vianna
São Paulo
Carlos Alberto Buchpiguel
São Paulo
Carlos Alberto Cyrilo Sellera
São Paulo
Carlos Alberto Pastore
São Paulo
Carlos Costa Magalhães
São José dos Campos
Carlos Eduardo Rochitte
São Paulo
Carlos Vicente Serrano Junior
São Paulo
Célia Maria Camelo Silva
São Paulo
Celso Amodeo
São Paulo
Cesar Augusto Esteves
São Paulo
Cesar José Grupi
São Paulo
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
5
Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica
6
NOME
CIDADE
Claudia Felicia Gravina
São Paulo
Claudia Maria Rodrigues Alves
São Paulo
Claudio Cirenza
São Paulo
Dalmo Antonio Ribeiro Moreira
São Paulo
Daniel Branco de Araujo
São Paulo
Dante Marcelo Artigas Giorgi
São Paulo
Desidério Favarato
São Paulo
Dikran Armaganijan
São Paulo
Edileide de Barros Correa
São Paulo
Edimar Alcides Bocchi
São Paulo
Edmar Atik
São Paulo
Edmundo Arteaga Fernandez
São Paulo
Edson Stefanini
São Paulo
Eduardo Moacyr Krieger
São Paulo
Elias Knobel
São Paulo
Elizabete Giunco Alexandre
São Paulo
Enio Buffolo
São Paulo
Expedito Eustáquio Ribeiro da Silva
São Paulo
Fábio Biscegli Jatene
São Paulo
Fábio Fernandes
São Paulo
Fábio Gaiotto
São Paulo
Fábio Sandoli de Brito
São Paulo
Fábio Sandoli de Brito Junior
São Paulo
Fábio Villaça Filho
São Paulo
Felicio Savioli Neto
Cotia
Felix José Alvarez Ramires
São Paulo
Fernanda Marciano Consolim Colombo
São Paulo
Fernando Augusto Alves da Costa
São Paulo
Fernando Bacal
São Paulo
Flavio Antonio de Oliveira Borelli
Santo André
Flavio Tarasoutchi
São Paulo
Francisco Antonio H. Fonseca
São Paulo
Francisco Darrieux
São Paulo
Francisco Rafael M. Laurindo
São Paulo
Germano Emilio Conceição Souza
São Paulo
Gilmar Valdir Greque
São Paulo
Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira
São Paulo
Heitor Moreno Junior
Campinas
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica
NOME
CIDADE
Heno Ferreira Lopes
São Paulo
Hermes Toros Xavier
Santos
Humberto Pierri
São Paulo
Ibraim Masciarelli Pinto
São Paulo
Ieda Biscegli Jatene
São Paulo
Iran Gonçalves Junior
São Paulo
Japy Angelini Oliveira Filho
São Paulo
Jarbas Jakson Dinkhuysen
São Paulo
Jayme Diament
São Paulo
Jeane Mike Tsutsui
São Paulo
João Fernando Monteiro Ferreira
São Paulo
João Manoel Rossi Neto
São Paulo
João Pimenta
São Paulo
Jorge Eduardo Assef
São Paulo
José Antonio Franchini Ramires
São Paulo
José Antonio Marin-Neto
São Paulo
José Armando Mangione
São Paulo
José Carlos Aidar Ayoub
São José do Rio Preto
José Carlos Nicolau
São Paulo
José Claudio Meneghetti
São Paulo
José Eduardo Tanus dos Santos
São Paulo
José Francisco Kerr Saraiva
Campinas
José Honório de A. Palma da Fonseca
São Paulo
José Lazaro de Andrade
São Paulo
José Luiz Balthazar Jacob
São José do Rio Preto
Juan Carlos Yugar Toledo
São José do Rio Preto
Juliano Lara Fernandes
São Paulo
Katashi Okoshi
Botucatu
Leopoldo Soares Piegas
São Paulo
Lilia Nigro Maia
São José do Rio Preto
Luciano Moreira Baracioli
São Paulo
Ludhmilla Abrahão Hajjar
São Paulo
Luis Alberto Oliveira Dallan
São Paulo
Luis Antonio Machado Cesar
São Paulo
Luis Henrique Wolff Gowdak
São Paulo
Luiz Antonio Gubolino
Potirendaba
Luiz Aparecido Bortolotto
São Paulo
Luiz Carlos Bento de Souza
São Paulo
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
7
Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica
8
NOME
CIDADE
Luiz Eduardo Mastrocolla
São Paulo
Luiz Felipe Pinho Moreira
São Paulo
Marcelo Chiara Bertolami
São Paulo
Marcelo Eidi Ochiai
São Paulo
Marcelo Ferraz Sampaio
São Paulo
Marcelo José Carvalho Cantarelli
São Paulo
Marco Antonio Perin
São Paulo
Maria Angelica Binotto
São Paulo
Maria Cecília Solimene
São Paulo
Maria Claudia Irigoyen
São Paulo
Maria Cristina de Oliveira Izar
São Paulo
Martino Martinelli Filho
São Paulo
Mauricio Ibrahim Scanavacca
São Paulo
Mauricio Wajngarten
São Paulo
Max Grinberg
São Paulo
Miguel Antonio Moretti
São Paulo
Nabil Ghorayeb
São Paulo
Neusa A. Forti
São Paulo
Neuza Helena Lopes
São Paulo
Orlando Campos Filho
São Paulo
Osvaldo Kohlmann Junior
São Paulo
Oswaldo Passarelli Junior
São Paulo
Oswaldo Tadeu Greco
São José do Rio Preto
Otavio Celso Eluf Gebara
São Paulo
Otavio Rizzi Coelho
Campinas
Paola Smanio
São Paulo
Patrícia Figueiredo Elias
São Paulo
Paulo de Lara Lavitola
São Paulo
Paulo de Tarso Jorge Medeiros
São Paulo
Paulo Manuel Pego Fernandes
São Paulo
Paulo Roberto Nogueira
São José do Rio Preto
Pedro Alves Lemos Neto
São Paulo
Raul Dias dos Santos Filho
São Paulo
Renato Barroso Pereira de Castro
Ribeirão Preto
Roberto Alexandre Franken
São Paulo
Roberto Rocha C.V. Giraldez
São Paulo
Rodrigo Bellio de Mattos Barretto
São Paulo
Romeu Sergio Meneghelo
São Paulo
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica
NOME
CIDADE
Rui Fernando Ramos
São Paulo
Rui Manuel dos Santos Povoa
São Paulo
Samira Saady Mohry
São Paulo
Sergio Ferreira Oliveira
São Paulo
Silas dos Santos Galvão Filho
São Paulo
Silvia Helena Gelas Lage
São Paulo
Tania Leme Rocha Martinez
São Paulo
Valdir Ambrosio Moises
São Paulo
Valter Correia de Lima
São Paulo
Vera Maria Cury Salemi
São Paulo
Walkiria Samuel Ávila
São Paulo
Willian Azem Chalela
São Paulo
Wilson Mathias Junior
São Paulo
Zilda Machado Meneghelo
São Paulo
Comissão de Seleção de Temas Livres – Departamentos
Educação Física
NOME
CIDADE
Alessandra Medeiros
São Paulo
Anderson Sarans Zago
Ribeirão Preto
Andréia Cristiane Carrenho Queiroz
São Paulo
Angelina Zanesco
Rio Claro
Bruno Rodrigues
São Paulo
Claudia Lucia de Moraes Forjaz
São Paulo
Daniel Godoy Martinez
São Paulo
Denise de Oliveira Alonso
São Paulo
Ivana Cynthia de Moraes Silva
São Paulo
Ivani Credidio Trombetta
São Paulo
Júlio Ferreira
São Paulo
Kátia de Angelis
São Paulo
Luciana Diniz Nagem Janot de Matos
São Paulo
Maria Urbana Pinto Brandão Rondon
São Paulo
Marisa Passarelli
São Paulo
Paulo Rizzo Ramires
São Paulo
Sandra Lia do Amaral
Bauru
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
9
Comissão de Seleção de Temas Livres – Departamentos
ENFERMAGEM
Alexandre Pazetto
São Paulo
Ana Maria Cavalheiro
São Paulo
Andrea Cotait Ayoub
São Paulo
Consuelo Garcia Correa
São Paulo
Elisabete Sabetta Margarido
São Paulo
Eugenia Velludo Veiga
São Paulo
Fumico Sonoda
São Paulo
Ivany Machado de Carvalho Baptista
São José dos Campos
Juliana De Lima Lopes
São Paulo
Letícia De Carvalho Zanatta Daniel
São Paulo
Maria Keiko Assakura
São Paulo
Rita de Cássia Gengo e Silva
São Paulo
Rita de Cássia Ribeiro de Macedo
São Paulo
Rosa Bosquetti
São Paulo
fisioterapia
Renata Trimer
São Paulo
Vera Lucia dos Santos Alves
São Paulo
Solange Guizilini
São Paulo
nutrição
Ana Carolina Moron Galhiardi
São Paulo
Lis Proença Vieira
São Paulo
Marcelo Eidi Ochiai
São Paulo
Marcia Maria Godoy Gowdak
São Paulo
Regina Helena Marques Pereira
São Paulo
odontologia
Ana Carolina Porrio de Andrade
São Paulo
Frederico Buhatem Medeiros
São Paulo
Levy Anderson
São Paulo
psicologia
Alessandra Akamine
São Paulo
Eloisa Hilsdorf Gimenez
São Paulo
SERVIÇO SOCIAL
10
Maria Barbosa da Silva
São Paulo
Regina Amuri Vargas
São Paulo
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Comissão Julgadora do Prêmio Melhor pesquisa Aplicada
“Luiz Venere Décourt”
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Gilson Feitosa – Bahia
Prof. Dr. Antonio de Pádua Mansur – São Paulo
Prof. Paulo Cesar Brandão Veiga Jardim – Goiânia
Prof. Dr. Benedito Carlos Maciel – Ribeirão Preto
Prof. Dr. Joel Spadaro – Botucatu
Comissão Julgadora do Prêmio Melhor Pesquisa Básica
“Cantídio de Moura Campos Filho”
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Gilson Feitosa – Bahia
Profa. Dra. Carisi Anne Polanczyk – Porto Alegre
Prof. Paulo Cesar Brandão Veiga Jardim – Goiânia
Prof. Dr. Paulo José Tucci – São Paulo
Prof. Dr. Francisco H. Fonseca – São Paulo
Comissão Julgadora do Prêmio Jovem Pesquisador
“Josef Feher”
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Gilson Feitosa – Bahia
Profa. Dra. Carisi Anne Polanczyk – Porto Alegre
Prof. Paulo Cesar Brandão Veiga Jardim – Goiânia
Prof. Dr. André Schimdt – Ribeirão Preto
Prof. Dr. Angelo Amato Vicenzo de Paola – São Paulo
Comissão Julgadora do Prêmio Mérito Interdisciplinar
Banca Examinadora:
Francisco Carlos da Costa Darrieux – São Paulo
José Carlos Aidar Ayoub – São Paulo
Juliano de Lara Fernandes – Campinas
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”
TL 001 – Preditores multivariados para elevação da troponina em
pacientes com Síndrome Coronária Aguda sem Supra de ST
LUIZ MINUZZO, Elizabete Silva dos Santos, Ari Timerman, Roberta de Souza
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: As troponinas são os biomarcadores mais sensíveis e específicos para o diagnóstico
e prognóstico em pacientes com síndrome coronária aguda (SCA) sem supra de ST (SSST). Quais
fatores estão associados com elevação deste biomarcador nesta população tão heterogênea? Objetivo:
Determinar as características basais associadas com elevação da troponina I cardíaca (cTnI) em
SCASSST. Material e Métodos: Foi um estudo prospectivo de 457 pacientes com SCASSST admitidos
de setembro 2009 a outubro de 2010 submetidos à dosagem da cTnI. Foi realizada análise univariada de
variáveis clínicas, eletrocardiográficas e laboratoriais com possível associação com elevação da cTnI
(> 0,5ng/mL). Variáveis com nível de significância menor que 10% foram selecionadas para análise de
regressão logística múltipla. A acurácia preditiva do modelo foi avaliada pela estatística-C. Resultados:
Foram 176 (61,1%) homens e a média da idade de 61,2 (±10,6) anos. Elevação da cTnI ocorreu em
169pacientes(36,9%). Duasvariáveis independentes foram associadas com elevação da cTnI: glicemia
elevada na admissão hospitalar (Odds Ratio [OR] 1,008; IC 95% 1,003-1,013; p=0,003) e depressão
do segmento ST ≥ 0,5 mm em uma ou mais derivações (OR 2,641; IC 95% 1,447-4,818; p=0,0016).
O modelo mostrou boa calibração (teste de Hosmer-Lemeshow com p = 0,254) e a estatística-C foi de
0,774(p<0,001).Conclusão: Em pacientes com SCASSST características basais estão associadas com
elevação da cTnI. A análise dessas variáveis na admissão pode ajudar a estratificar o risco de eventos
adversos dessa população mesmo sem a disponibilidade deste biomarcador.
TL 002 – Elevados níveis da cholesteryl ester transfer protein (CETP)
na fase aguda do infarto do miocárdio se associam a reduzido fluxo
coronariano, hipoperfusão miocárdica e maior mortalidade em 30
dias, sem interferir na resposta oxidativo-inflamatória
Luiz Sergio F de Carvalho, Natalia Panzoldo, Simone Santos, Vitor V
Wilson, Fernanda Amaral, Eliana Cotta de Faria, Andrei Sposito
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE DE BRASILIA
- DF - BRASIL
Introdução: Nos últimos anos, os inibidores da cholesteryl ester transfer protein (CETP) têm ganhado
atenção em função de seu efeito sobre as lipoproteínas. Entretanto, evidências também indicam que
a CETP pode ter ação endotelial e favorecer a trombogenicidade arterial, mas seu papel no contexto
do infarto do miocárdio é desconhecido. Neste contexto, avaliamos o impacto da atividade da CETP
sobre a função endotelial, fluxo coronariano e perfusão miocárdica, bem como sobre a sobrevida em
curto prazo em pacientes com IMCSST.
Método: Pacientes consecutivos (n=116) com IMCSST foram acompanhados prospectivamente.
Medidas dos níveis plasmáticos de PCR, IL-2, TNFα, 8-isoprostana, óxido nítrico (NOx) e da atividade
da CETP (%) foram obtidas nas primeiras 24h (D1) e 5o dia (D5) após os sintomas do IM. Antes e após
angioplastia da artéria culpada foram medidos o myocardial blush grade (MBG) e o TIMI flow. No D30
foi realizada medida da dilatação fluxo-mediada (FMD) da artéria braquial por meio de ultrassonografia.
Resultados: Apesar de não haver relação entre a atividade de CETP à admissão e a variação entre D1/
D5 dos níveis plasmáticos de PCR, IL-2, TNFα ou 8-isoprostana, pacientes com atividade de CETP >
mediana apresentaram pior fluxo coronário (TIMI flow<3, ORajustado=22,1 IC95% 2.7–180;p=0.004) e
pior perfusão miocárdica pós-angioplastia (MBG<3, ORajustado=20.4 IC 1.8–101;p=0.001), comparado
com aqueles com atividade de CETP < mediana. Regressões logísticas mostraram que elevada atividade
12
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”
de CETP foi um preditor independente da incidência de mortes e reinfarto em 30 dias (OR=12.8, IC
1.3–132,p=0.032), bem como disfunção endotelial (FMD<mediana, OR=3.08, IC 1.01–1.12,p=0.048).
Consistentemente, com o objetivo de avaliar se a atividade da eNOS seria crítica para a associação entre
CETP e disfunção endotelial, observamos que apenas na presença do alelo T do polimorfismo rs1799983
da eNOS a correlação entre CETP e FMD se manteve (R=-0.602,p=0.002; ANCOVA ajustado p=0.04).
Conclusões: Este é o primeiro estudo a sugerir relação entre elevada atividade de CETP na fase aguda do
IMCSST e o aumento na incidência de mortes e reinfarto após 30 dias. O estudo ainda indica uma associação
entre exacerbada atividade de CETP e pior qualidade de reperfusão pós-angioplastia e disfunção endotelial.
TL 003 – Diagnóstico precoce de disfunção diastólica em pacientes
com doenças hematológicas malignas submetidos a regime de
quimioterapia. Resultados preliminares
Abduch MC, Vieira M, Alencar A, Coracin F, Barban A, Saboya R, Dulley F,
Mathias W
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, INSTITUTO DE FÍSICA DA USP - São
Paulo - SP - BR, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP - São Paulo - SP - BR
Introdução. O desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas tem conferido a
pacientes com câncer a possibilidade de cura ou de manter a doença sob controle; porém a quimioterapia
predispõe à lesão cardíaca, que pode evoluir para Insuficiência Cardíaca Congestiva. Novos parâmetros de
análise da mecânica cardíaca e de fluidos vem sendo usados para o estudo da função miocárdica, visando
o diagnóstico precoce e controle da evolução da doença. Este estudo objetiva detectar precocemente
disfunção miocárdica secundária à quimioterapia em pacientes com doenças hematológicas malignas.
Métodos. Foram arrolados pacientes com leucemia e linfoma, submetidos à quimioterapia, sem doenças
cardíacas conhecidas. Voluntários saudáveis formaram o grupo controle. Parâmetros ecocardiográficos
convencionais de análise da função miocárdica foram usados. O strain global longitudinal, circunferencial
e radial do ventrículo esquerdo (VE) foram determinados pelo speckle tracking (STE) 2D e 3D; o strain
de área mensurado pelo STE 3D; a torção, velocidade do twist e o untwisting/velocidade do untwisting
estudados pelo STE 2D. O tempo de formação do vórtex (VFT) do VE durante o enchimento diastólico
rápido foi estimado pela planimetria da valva mitral (VM) e pelo Doppler Pulsátil da via de entrada
do VE, de acordo com a fórmula: VFT= 4(1-ß)/π α3x FEVE; onde: 1-β= contribuição da onda E ao
volume ejetado pelo VE, α3= variável volumétrica relacionada à área da VM. Análise Estatística. Teste
t de Student, nível de significância= 5%. Resultados. Ver Tabela. Conclusões. Apesar das diferenças
no VSFVE, FEVE e E´entre os dois grupos, os valores ainda estão na faixa de normalidade para os
pacientes submetidos à quimioterapia, não sendo
notados no âmbito clínico. O SGL 3D tendeu a ser
menor entre os pacientes, sugerindo que talvez seja
uma variável mais acurada na análise da função
sistólica do VE do que o SGL 2D. O VFT é uma
medida do melhor desenvolvimento do vórtex no
interior do VE: reflete a eficiência do enchimento
ventricular e, portanto, da ejeção. Este índice foi
menor nos pacientes com doenças hematológicas
malignas submetidos à quimioterapia, indicando
prejuízo ao impulso e empuxo, sugerindo assim ser
um marcador mais precoce de disfunção diastólica
neste grupo.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
12a
Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”
TL 004 – Avaliação Seriada com Tomografia de Coerência Óptica do
Novo Suporte Vascular Bioabsorvível Liberador de Novolimus no
Estudo DESolve NX
Daniel Chamié, Alexandre Abizaid, J. Ribamar Costa Jr., Ricardo Costa, Andrea
Abizaid, John Ormiston, Stefan Verheye, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamentos: No estudo DESolve FIM, o suporte vascular bioabsorvível (SVB), composto de
ácido poli-L-láctico e liberador de Miolimus, demonstrou ausência de descontinuidade estrutural pósimplante e de recolhimento tardio aos 6 meses, com baixo percentual de obstrução (13%) e uniforme
cobertura das hastes (98.7%). Visamos apresentar análise seriada com tomografia de coerência
óptica (TCO) da versão liberadora de Novolimus do DESolve, investigada no estudo DESolve
NX Métodos: 126 pts com lesões coronárias únicas foram incluídos em 13 centros. Apresentamos
os resultados dos primeiros 25 pts que completaram avaliação seriada (pós-procedimento e 6 meses)
com TCO, cujas imagens foram analisadas em laboratório central independente, com intervalos de
0.6mm. Descontinuidade estrutural foi definida como ≥2 hastes sobrepostas no mesmo setor angular,
ou por hastes flutuando no lumen em completo desalinhamento com as hastes vizinhas. Variação nas
áreas do lumen, SVB e má aposição foram examinadas. Área neointimal aos 6 meses foi computada.
Frequência de cobertura e aposição das hastes foi calculada e espessura da neoíntima cobrindo cada
haste foi individualmente quantificada Resultados: Adequada expansão (93.75±9.21%) dos SVBs foi
obtida pós-implante. Descontinuidade estrutural foi identificada em 2 SVBs, curta (0.07±0.25 mm)
e comprometendo apenas 0.24±0.83% de todas 9.781 hastes analisadas pós-procedimento. Durante
6 meses, a área luminal reduziu de 6.80±1.35mm2 para 5.78±1.19mm (p<0.0001), enquanto os
SVBs apresentaram expansão media de 18% (6.95±1.32mm2 para 8.19±1.34mm2, p<0.0001). Área
neointimal mediu 0.73±0.26mm2, promovendo 11.73±4.12% de obstrução. Aos 6 meses, 9.330 hastes
foram analisadas, com 98.7% delas completamente recobertas por fina (0.11±0.03mm) camada de
neointima. Má aposicao foi identificada em 9 SVBs (0.19±0.18 mm2) pós-procedimento, persistindo
em apenas 2 SVBs (0.47±0.48 mm2) aos 6 meses. Nenhum caso de ma aposicao adquirida foi
identificado Conclusões: O SVB DESolve liberador de Novolimus confirma excelente performance
aguda, tolerando adequada expansão, virtualmente sem deformidades estruturais. Alta eficiência antiproliferativa foi mantida sem comprometer o alto percentual de cobertura das hastes
TL 005 – Moduladores Locais e Sistêmicos do Remodelamento
Coronariano Sequencial em Humanos: a Face Oculta da Doença
Aterosclerótica
Breno A A Falcão, Falcão JLA, Morais GR, Silva RC, Soares PR, Ribeiro EE,
Horta PE, Kajita LJ, Kalil-Filho R, Lemos PA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: O remodelamento vascular não é uma resposta passiva do vaso ao acúmulo ou regressão
da placa aterosclerótica. É possível que mediadores inflamatórios sistêmicos e características locais da
composição da placa aterosclerótica influenciem nesse processo. O objetivo desse estudo foi avaliar
a influência local da composição do ateroma na reposta de remodelamento coronário, bem como
identificar possíveis moduladores sistêmicos envolvidos nessa resposta.
Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo com pacientes encaminhados para intervenção
coronária percutânea. No tempo basal foram dosados biomarcadores séricos. Realizou-se ultrassom
intracoronário com histologia virtual (VH-IVUS) de toda a árvore coronária, com determinação dos
componentes do ateroma (fibrótico, fibrolipídico, núcleo necrótico e cálcio denso). Os pacientes foram
12b
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”
seguidos por 4 anos e aqueles submetidos por indicação clínica a reestudo coronário com VH-IVUS
foram incluídos nesse estudo. As coronárias foram divididas em segmentos de 10mm a partir do óstio,
pareados entre o ultrassom basal e o reestudo, sendo o tronco da coronária esquerda considerado um
segmento único. Avaliou-se o remodelamento em cada segmento, a partir da variação do volume
indexado da membrana elástica externa (EEM).
Resultados: Foram incluídos 52 pacientes com idade média de 57,8+9,1 anos, 64% do sexo masculino
e 44% diabéticos. A mediana do tempo de seguimento até o reestudo foi de 20,6 meses. Foram estudados
455 segmentos representando 184 artérias. Predominou o remodelamento constrictivo com variação
no volume indexado da EEM de - 0,43 + 2,03 (p<0,01) que correlacionou-se negativamente com o
volume indexado basal de componentes não-calcificados da placa (R=0,35; p<0,001). A variação da
EEM também correlacionou-se (p<0,05) positivamente com valores séricos basais de IL-6 (R=0,11)
e insulina (R=0,12) e negativamente com PCR de alta sensibilidade (R=0,13), MMP-9 (R=0,10) e
Lp-PLA2 (R=0,16).
Conclusão: O remodelamento vascular na coronária, em pacientes sob prevenção secundária, foi
influenciado localmente pela composição basal da placa aterosclerótica, de modo que maiores
quantidades basais de componentes não-calcificados associaram-se ao remodelamento constritivo.
Mediadores inflamatórios sistêmicos também parecem modular esse processo.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
12c
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Pesquisa
Básica “Cantídio de Moura Campos Filho”
TL 011 – Distúrbio perfusional miocárdico associa-se à inflamação no
modelo de cardiomiopatia chagásica crônica no hamster
OLIVEIRA L F L, CARVALHO E E V, MEJIA J, VAL F F A, SANTANA-SILVA J, ROMANNO M
M D, HIGUCHI M L, MACIEL B C, MARIN-NETO J A, SIMÕES M V
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - Ribeirão Preto - São Paulo
- Brasil
Fundamentos: Defeitos de perfusão miocárdica (DP) são frequentes na cardiomiopatia chagásica
crônica (CC), cujo significado fisiopatológico ainda não é claro. Nós objetivamos investigar as
alterações histopatológicas topográficas subjacentes associadas à ocorrência de DP em modelo
experimental de CC em hamsters. Métodos: Hamsters sírios fêmeas (n=34) foram infectados com
3,5x 104 ou 105 formas tripomastigotas sanguíneas de T. cruzi (cepa Y)e investigados após 6 ou 10
meses, empregando-se imagens in vivo da perfusão miocárdica com SPECT-Sestamibi-Tc99m de alta
resolução e da função sistólica segmentar e global do ventrículo esquerdo (VE) com Ecocardiograma
2D. DP foram identificados por análise quantitativa de mapas polares (pixels com captação <50%
em relação ao máximo). Procedeu-se à análise histológica para quantificação regional de fibrose e
inflamação. Utilizou-se segmentação do VE em 13 segmentos para todos os métodos. Resultados:
DP estavam presentes em 17 (50%) dos animais infectados. Os animais com perfusão alterada,
quando comparados aos animais sem defeito de perfusão, exibiram menor FEVE (65±21 e 81±9%,
p<0,01), maior intensidade de inflamação (172,8±89 e 111,5±54n/mm²; p=0,04), maior escore de
mobilidade segmentar (1,44±0,5 e 1,04±0,05%; p=0,003), mas semelhante extensão de fibrose
(8,4±3,9; 6,6±3,2%; p=0,06). Observou-se associação topográfica significativa entre presença de
defeito perfusional e alteração da mobilidade parietal (p<0,001). Os segmentos com DP (Grupo A,
n=57) quando comparados aos segmentos de animais sem defeitos (Grupo B, n=487) mostraram maior
intensidade de inflamação (175,8±145; 111,6±69,2n/mm²; p=0,001), maior escore de mobilidade
segmentar (1,65±0,6; 1,1±0,4; p<0,0001) e semelhante extensão de fibrose (10,5±18,6; 7,4±6,2%;
p=0,37). Conclusões: Os resultados mostram que os DP na CC relacionam-se com disfunção
sistólica regional e global do VE e estão associados a alterações inflamatórias subjacentes. Esses
dados sugerem que os defeitos perfusionais possam representar um marcador indireto de agressão
miocárdica inflamatória na CC.
TL 012 – Cardioproteção mediada pelaativação da enzima mitocondrial
aldeído desidrogenase 2 na insuficiência cardíaca
Gomes, K.M.S., Campos, J.C., Quelicone, B., Lima, V.M., Dourado, P.M.M., Mattos,
K.C., Kowaltowski, A., Brum, P.C., Ferreira, J.C.B.
Universidade de São Paulo - USP - São Paulo - São Paulo - Brasil, Instituto do
Coração - InCor - São Paulo - São Paulo – Brasil
A formação e o acúmulo de aldeídos decorrentes do estresse oxidativo são extremamente cardiotóxicos
e contribuem para o aparecimento das doenças cardiovasculares. O 4-hidroxi-2-nonenal (4-HNE)
apresenta grande poder deletério ao coração. A enzima mitocondrial aldeído desidrogenase 2 (ALDH2) é uma das principais responsáveis pela eliminação do 4-HNE. Demonstramos recentemente que a
ativação desta enzima utilizando Alda-1, um agonista seletivo da ALDH2, previne danos cardíacos
oriundos do processo de isquemia/reperfusão. Com o intuito de melhor entender o papel desta enzima
na insuficiência cardíaca (IC), bem como seu impacto na bioenergética mitocondrial, no presente
projeto tratamos ratos com IC de etiologia isquêmica com Alda-1. Foram utilizados ratos Wistar machos
divididos em 3 grupos:Sham; IC e IC tratado com Alda-1 por um período de 6 semanas (10mg/kg/dia).
As análises bioquímicas foram realizadas na área cardíaca livre de infarto. Os dados estão apresentados
13
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”
em média±epm (porcentagem do grupo Sham). Os animais com IC apresentaram acúmulo de proteínas
carboniladas (143±15%) e maior formação de adutos de 4-HNE (123±11%) comparados ao grupo Sham.
Essas alterações foram acompanhadas pela redução da respiração mitocondrial (77±13%), maior abertura
dos poros mitocondriais (179±3%) e exacerbada liberação de peróxido de hidrogênio mitocondrial
(391±133%), contribuindo para a redução da fração de encurtamento cardíaca (42±3,1%) em relação
ao grupo Sham. O tratamento com Alda-1 foi capaz de aumentar a atividade da ALDH2 (249±71%) e
normalizar os níveis de proteínas carboniladas (111±11%) e adutos de 4-HNE (98±4%) em relação ao
grupo Sham. Ainda, a Alda-1 foi capaz de restaurar a respiração mitocondrial (106±13%) e a abertura
dos poros mitocondriais (101±2%), diminuindo parcialmente da liberação de peróxido de hidrogênio
mitocondrial (184±53%). Por fim, o tratamento sustentado com Alda-1 foi capaz de melhorar, pelo
menos em parte, a fração de encurtamento ventricular (59±5%) comparado ao Sham.Dessa forma, nossos
achados pré-clínicos indicam que o ativador da ALDH2 (Alda-1) tem um importante papel na melhora
da bioenergética mitocondrial associada ao menor estresse oxidativo, contribuindo sobremaneira para a
regressão da fisiopatologia da IC. Apoio FAPESP 2012/02654-5 e 2012/05765-2.
TL 013 – Proteína dissulfeto isomerase é altamente expressa na
resposta vascular à angioplastia e tem ação anti-remodelamento
constritivo
Gustavo Ken Hironaka, Leonardo Yuji Tanaka, Haniel Alves Araújo, Celso
Kiyochi Takimura, Pedro Alves Lemos Neto, Francisco Rafael Martins
Laurindo
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Processos redox afetam o remodelamento vascular e neoíntima pós-lesão via mecanismos ainda pouco
claros. A proteína dissulfeto isomerase (PDI), uma chaperona redox do retículo endoplasmático (RE),
pode acoplar sinalização redox a eventos da resposta de reparação. Em modelo de angioplastia por
cateter balão em artérias ilíacas de coelho, observou-se aumento da expressão gênica da PDI 4, 7
e 14 dias após lesão e, principalmente, da expressão protéica (15 vezes maior em artérias 14 dias
após lesão versus controle), aumento concentrado principalmente na camada neointimal. Além disso,
detecção por imunofluorescência indicou importante aumento da PDI na região epi e/ou pericelular
(epcPDI). Por meio de abordagens específicas para inibir a PDI recém sintetizada ou intracelular
(RNA de interferência) e a epcPDI (anticorpo neutralizante, anti-PDI), observou-se que as mesmas
têm funções distintas na resposta à lesão. O silenciamento da PDI acentuou estresse do RE, morte
celular e o marcador de proliferação PCNA e diminuiu o marcador de diferenciação calponina, efeitos
que não ocorreram com inibição da epcPDI. Por outro lado, o bloqueio da epcPDI afetou de modo
importante o calibre vascular em artérias lesadas, diminuindo aproximadamente 42,4% com anti-PDI.
Tal efeito ocorreu: 1) por vasoconstrição persistente, uma vez que foi associado à menor produção
de dilatadores como óxido nítrico e peróxido de hidrogênio; 2) por promover uma desorganização da
matriz extracelular e do citoesqueleto de actina, conforme detectado à histoquímica. Importante, o
remodelamento constritivo pelo bloqueio da epcPDI associou-se à perda da capacidade de sustentar
expressão da GTPase RhoA (envolvida na organização do citoesqueleto), e induziu redução mensurável
da rigidez vascular em artérias lesadas (anticorpo controle 40,7 ±11,7% versus anti-PDI 64,0 ±6,3%
de relaxamento passivo, p<0,05). Concluindo, a PDI é altamente expressa e atua de forma importante
durante a reparação vascular à lesão: a PDI intracelular sustenta mecanismos de adaptação a estresse
ligados a atenuação da neoíntima e a epcPDI sustenta o calibre vascular por mecanismos redox ligados
à organização da matriz extracelular e citoesqueleto. O efeito anti-remodelamento constritivo da
epcPDI pode ter importantes implicações terapêuticas.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
13a
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Pesquisa
Básica “Cantídio de Moura Campos Filho”
TL 014 – INIBIÇÃO DA NADPH OXIDASE DIMINUI O ESTRESSE OXIDATIVO E NÃO
ATENUA O REMODELAMENTO CARDÍACO EM RATOS ESPONTANEAMENTE
HIPERTENSOS COM DIABETES MELLITUS
Camila Moreno Rosa, Rodrigo Gimenes, Dijon Henrique Salomé de Campos,
Gabriel Negretti Guirado, Camila Gimenes, Ana Angélica Henrique
Fernandes, Camila Pereira Braga, Raquel Muniz Queiroz, Marina Politi
Okoshi, Katashi Okoshi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: O remodelamento cardíaco causado por hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes
mellitus (DM) tem sido associado a aumento do estresse oxidativo. A NADPH oxidase é considerada
importante fonte de produção de espécies reativas de oxigênio no sistema cardiovascular. No entanto,
poucos estudos têm avaliado os efeitos da inibição da NADPH oxidase no coração, principalmente
na associação entre HAS e DM. Objetivo: Analisar a influência da inibição da NADPH oxidase por
apocinina (APO) sobre o remodelamento cardíaco em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) com
DM. Métodos: SHR, machos, com 7 meses de idade, foram divididos em quatro grupos: controle (CTL,
n=15); CTL+APO (n=15); DM (n=15); DM+APO (n=15). DM foi induzido por estreptozotocina (40
mg/kg, ip, dose única). Os grupos CTL+APO e DM+APO receberam APO (16 mg/kg/dia, diluída na
água dos animais) durante 8 semanas. Ao final desse período, foram realizados ecocardiograma (eco),
estudo da função miocárdica em músculo papilar do ventrículo esquerdo (VE) e análise da atividade
oxidativa no plasma. Estatística: As comparações foram realizadas por ANOVA – esquema fatorial
2x2 (p<0,05). Resultados: Nos grupos diabéticos, o eco mostrou aumento dos diâmetros do VE e
átrio esquerdo, ambos normalizados pelo peso corporal, e aumento no tempo de relaxamento do VE. O
estudo do músculo papilar mostrou comprometimento da função contrátil e de relaxamento, avaliados
pelos índices tempo para o pico da tensão desenvolvida, derivada positiva de tensão e derivada
negativa de tensão, nos grupos diabéticos em relação aos seus respectivos controles. Esses efeitos não
foram atenuados pela APO. No entanto, os grupos que receberam APO apresentaram diminuição do
estresse oxidativo.
Variáveis
CTL
CTL+APO
DM
DM+APO
Superóxido Dismutase
5,78 ± 0,63
4,71 ± 0,52 * #
4,97 ± 0,39 * #
5,92 ± 0,45
Gutationa Peroxidase
50,26 ± 4,87
39,26 ± 7,62 *
20,40 ± 4,53 * #
35,15 ± 9,57
Catalase
2,99 ± 0,60
1,25 ± 0,53 * #
2,72 ± 0,54
3,12 ± 1,67
Média±desvio padrão;*: p<0,05 vs. CTL; #: p<0,05 vs. DM+APO.
Conclusão: A apocinina diminui o estresse oxidativo, porém não atenua o remodelamento cardíaco
de ratos espontaneamente hipertensos com diabetes mellitus. Apoio: CAPES e CNPq.
TL 015 – BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS E RIGIDEZ ARTERIAL EM
HIPERTENSOS RESISTENTES
Natalia R. Barbaro, Ana P. C. Faria, Andrea R. Sabbatini, Rodrigo G. P. Modolo,
Gabriel Lima, Vanessa Fontana, Heitor Moreno
Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil
Introdução: A inflamação tem sido associada à fisiopatologia da hipertensão arterial e lesão de
órgão-alvo. Inclusive, níveis elevados de interleucinas 6 (IL-6), 10 (IL-10), 1β (IL-1β) e fator de
necrose tumoral-α (TNF-α) têm sido descritos em doenças cardiovasculares. Esses biomarcadores
inflamatórios estão implicados na rigidez arterial, um importante fator de risco cardiovascular. Dentre
13b
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”
os hipertensos, pacientes hipertensos resistentes (HAR) têm prognóstico desfavorável atribuído ao
difícil controle da pressão e a outros fatores de risco. Entretanto, na HAR ainda não foi estabelecido
o perfil desses biomarcadores e seu impacto sobre a rigidez vascular. Métodos: Foram incluídos 32
HAR, 20 hipertensos controlados (HAS) e 20 normotensos (NT), sendo avaliadas as concentrações
plasmáticas de IL-6, IL-10, IL-1β e TNF-α(ELISA) e rigidez vascular (velocidade de onda de pulsoVOP). Análise Estatística:O teste Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar as variáveis IL-6, TNFα e VOP e Qui-quadrado para as variáveis IL-10 (< e >1,0pg/mL) e IL-1β (< e >0,012 pg/mL). A
regressão logística múltipla foi conduzida no grupo geral para testar a associação independente das
citocinas (IL-6, TNF- α e IL-1β) na VOP. Resultados: Não foram encontradas diferenças de idade,
gênero e IMC entre os grupos. A VOP (média ± DP) nos NT, HAS e HAR foi 7,2±1,0; 8,7±2,1 e
10,5±2,2 m/s, respectivamente (p<0.05). Entre os hipertensos (HAS e HAR), os níveis de TNF-α
(média;(IC 95%) foram maiores que no grupo de NT (NT: 2,5(1,48–2,39); HAS: 2,6(2,61-3,56) e HAR:
3,3 (2,19–4,42) pg/mL; p<0,05) e não foram observadas diferenças entre IL-6. O grupo de HAR teve
maior proporção de pacientes com concentrações de IL-10 >1,0 pg/mL (NT: 20%; HAS: 50% e HAR:
78,1%) e IL-1β>0,012 pg/mL (NT: 25%; HAS: 45% e HAR: 100%) que os demais grupos (p<0.05).
Na regressão logística múltipla, a IL-1β foi independentemente associada à rigidez vascular (p=0,003;
OR= 10,25). Conclusão: Os biomarcadores inflamatórios podem estar relacionados com o grau de
hipertensão e VOP, podendo a IL-1β predizer a rigidez vascular. Ainda, os marcadores inflamatórios
elevados em HAR, apesar do uso de múltiplos anti-hipertensivos, indicam que o processo inflamatório
é um importante fator envolvido na fisiopatologia da doença e no risco cardiovascular.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
13c
Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher”
TL 006 – Óxido Nítrico Sintetase neuronal modula a atividade
autonômica após infarto do miocárdio em humanos
MUNHOZ, DB, VENANCIO, F. N. C., MAURÍCIO FILHO, M. A. F. Q., SILVA, W. M., ALMEIDA,
O. L. R., QUINAGLIA E SILVA, J. C., NOBREGA, O. T., SPOSITO, A. C.
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE DE BRASILIA
- DF - BRASIL, Hospital de Base do DF - Brasília - DF - Brasil
Introdução: Em modelos animais, a produção de óxido nítrico pela óxido nítrico sintetase isoforma
neuronal (nNOS) no bulbo ventrolateral rostral tem sido apontada como principal modulador da
atividade autonômica cardíaca. Esse mecanismo, no entanto, permanece a ser confirmado em
humanos. Nesse contexto, avaliamos prospectivamente a influência de uma mutação defectiva da
nNOS (rs41279104) na resposta autonômica cardíaca em pacientes em fase aguda do infarto do
miocárdio (IAM).
Métodos: Pacientes (n=112) consecutivos com IAM com supradesnivelamento do segmento ST
(CSST) foram arrolados. A genotipagem do nNOS foi realizada por PCR seguida de incubação com
enzima de restrição. A atividade simpática foi mensurada através da variabilidade da frequência
cardíaca (VFC) e avaliada pelas medidas do domínio da frequência e do tempo. A VFC foi registrada
pós-IAM nas primeiras 24 horas do evento e após 3 e 5 dias. A análise estatística foi realizada no
software SPSS versão 20 pelo método de ANCOVA ajustado.
Resultados: Os pacientes com pelo menos um alelo mutado tiveram uma diminuição da atividade
simpática, demonstrada pela queda da mediana da relação LF/HF no primeiro [1,99(0,81-3,75)],
terceiro [1,30(0,56-2,35)] e quinto dias [1,45(0,39-2,40)], enquanto aqueles sem nenhum alelo mutado
tiveram um aumento desta mesma relação denotando aumento da atividade simpática [1,67(0,533,64); 1,66(0,60-4,02); 1,82(1,05-3,79); respectivamente, p=0,045]. Este resultado se confirmou com
a análise do parâmetro parassimpático HF [74(26-164); 36(14-112); 68(27-112), p<0,0001] que variou
nos não portadores do alelo mutado em contraste com os portadores desse alelo [46(18-243); 45(12125); 43(8-124), p<0,0001].
Conclusão: Em pacientes na fase aguda do IAMCSST, uma menor atividade da nNOS está associada
à atenuação da resposta autonômica cardíaca. Desta maneira, o presente estudo confirma em humanos
o papel da síntese de óxido nítrico no tronco encefálico como forma de regulação da atividade
autonômica cardíaca.
TL 007 – Prevenção de lesão miocárdica após intervenção coronária
percutânea com uso do pré-condicionamento isquêmico remoto.
Análise comparativa com biomarcadores e ressonância magnética
cardiaca
Rodrigo Vieira de Melo, Leandro Costa, Fernando Oikawa, Rosa Rahmi
Garcia, Eduardo Lima, Cibele Garzillo, Paulo Rezende, Expedito Ribeiro,
José AF Ramires, Roberto Kalil
Introdução: Necrose miocárdica após procedimentos cardíacos está associada à piora no desfecho
clínico em longo prazo. O pré-condicionamento isquêmico remoto (PCR) é um fenômeno importante
de cardioproteção que pode atenuar a liberação de biomarcadores cardíacos após a intervenção
coronariana percutânea (ICP). A utilização da ressonância magnética cardíaca (RMC) com realce
tardio pelo gadolínio (RTG) neste contexto pode detectar até mesmo pequenas áreas de necrose
subendocárdica após ICP.
Objetivo: Avaliar a capacidade do PCR em atenuar a liberação de biomarcadores cardíacos após ICP
14
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher”
eletiva e prevenir a formação de fibrose miocárdica na RMC com RTG.
Métodos: Pacientes consecutivos com doença arterial coronariana (DAC) e função ventricular
preservada referenciados para ICP eletiva de pelo menos duas artérias coronárias principais foram
incluídos no protocolo. Os pacientes foram divididos em dois grupos (grupo PCR e grupo controle)
pareados por dados demográficos, clínicos e angiográficos em uma proporção de 1:2. Nos pacientes
designados para PCR insuflou-se um manguito em torno do seu braço não dominante superior até a
pressão 200mmHg durante 5 minutos, seguido de 5 minutos de deflação, e repetido mais 2 vezes. A
liberação de troponina e CKMB para o diagnóstico de lesão miocárdica foi definido como superior
a 5 vezes o percentil 99. RMC com RTG foi realizada em todos os pacientes antes e depois do
procedimento. A coleta dos biomarcadores cardíacos foi realizada sistematicamente antes e depois do
procedimento, a cada 6 horas até 48 horas.
Resultados: Vinte e nove pacientes foram incluídos (9 no grupo PCR e 20 no grupo controle). Os
dois grupos foram bem pareados para dados demográficos, clínicos, e angiográficos. Pacientes com
lesão miocárdica relacionada ao procedimento foram menos freqüentes no grupo PCR: 3 (33,3%)
vs 15 (75%), p = 0,048. O grupo PCR obteve menores médias de área sob a curva de troponina 10,9
(+ -15,1) vs 54,23 (+ -69,1), p = 0,014 e CKMB 76,3 (+ -52,9) vs 219,3 (+ -192,4), p = 0,005. Dois
pacientes apresentaram nova fibrose subendocárdica na RMC com RTG após o procedimento, ambos
no grupo controle.
Conclusão: Neste estudo, o pré-condicionamento isquêmico remoto parece conferir proteção contra
necrose miocárdica após intervenção coronariana percutânea eletiva.
TL 008 – Preditores de Marcapasso Definitivo após Implante de
Bioprótese Aórtica por Cateter: Dados do Registro Brasileiro.
fernanda farias vianna, Dimytri Siqueira, Luiz A. Carvalho, Rogério
Sarmento-Leite, José A. Mangione, Pedro Lemos, Alexandre Siciliano, Luiz
Eduardo São Tiago, Marcelo Katz, Fábio S.Brito Jr.
SBHCI - São Paulo - SP - BR
Introdução: A necessidade de marcapasso definitivo (MPD) relacionada ao implante de bioprótese
aórtica por cateter (TAVI) é uma complicação comum. Entretanto, por se tratar de uma técnica
relativamente recente, os dados disponíveis sobre esta complicação são escassos.
Objetivo: Identificar os preditores clínicos, eletrocardiográficos e ecocardiográficos da necessidade
de implante de marcapasso definitivo após TAVI.
Métodos: Entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012, 386 pacientes portadores de estenose
aórtica importante sintomática (área valvar < 1 cm2 e gradiente médio ≥ 40 mmHg) foram
submetidos à TAVI e incluídos no registro multicêntrico brasileiro. Dentre esses, excluíram-se
os óbitos no procedimento e os portadores de MPD, restando 337 pacientes. Para determinar
os preditores de implante de MPD foi realizado regressão logística multivariada ajustada para:
idade, sexo, tipo de bioprotese (CoreValve ou Edwards-Sapiens), pré e pós dilatação, ritmo antes
do procedimento, presença de bloqueio de ramo direito (BRD) ou outros tipos de distúrbio de
condução intraventricular e algum grau de bloqueio atrioventricular (BAV). O valor de p<0,05 foi
considerado estatisticamente significativo.
Resultados: A média etária foi de 82 ± 8 anos, 54% eram do sexo feminino, fração de ejeção de 58 ±
15% e a média do EuroSCORE foi de 19,8. O ritmo de base de fibrilação atrial (FA) estava presente em
42 pacientes (12%). Havia presença de algum grau de BAV pré-procedimento em 55 pacientes (16%)
e BRD em 40 pacientes (11,8%). A prótese Corevalve foi implantada em 291 pacientes (86,35%)
e a Edwards-Sapiens em 46 pacientes (13,65%). A incidência de implante de MPD foi de 26%
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14a
Trabalhos Selecionados para o
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(90/337). Pela análise multivariada, os dois fatores preditores de implante de MPD foram: implante de
CoreValve em relação aos que implantaram Edwards-Sapiens (OR 7,4; IC 95%, 2,06-26,82; p= 0,002)
e a presença de BRD (OR 4,9; IC 95%, 2,17-11,16; p=0,000). Fatores como FA, presença de algum
grau BAV, espessura do septo, pré e pós dilatação não estiveram associadas ao aumento de risco de
necessidade de MPD.
Conclusão: O implante de MPD é necessário em aproximadamente um quarto dos casos após TAVI.
A presença do BRD pré-implante e o emprego da prótese CoreValve são preditores independes
desta complicação.
TL 009 – Modelos do EuroSCORE em uma coorte de Valvopatas com alta
prevalência de doença reumática
RICARDO CASALINO SANCHES DE MORAES, Flávio Tarasoutchi, Guilherme
Spina, Marcelo Katz, Otavio Ranzani, Vitor Emer, Antonio Bacelar, Vitor
Borges, Roney Sampaio, Max Grinberg
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: O EuroSCORE (ES) é considerado um bom preditor de mortalidade em pacientes que
foram submetidos a cirurgia cardíaca e foi considerado um sistema de pontuação de fácil uso e boa
aplicabilidade. Em outubro de 2011 sua versão atualizada foi publicada com recalibração das variáveis
antigas e inclusão de novas variáveis (EuroSCORE II). Apesar de diferenças epidemiológicas marcantes
entre nossa população e a população que o ES foi validado essa ferramenta facilita a comunicação
entre instituições e homogeniza a linguagem em pesquisa científica.
Objetivo: O proposta deste estudo é avaliar a aplicabilidade dos modelos do ES em uma típica coorte
de paciente brasileiros com alta incidência de doença reumática.
Método: Estudo observacional prospectivo de 540 pacientes consecutivos encaminhados ao
ambulatório da fila cirúrgica de Valvopatia Clínica do InCor. No momento da indicação de cirurgia
todos pacientes tiveram seus ES aditivo e logístico calculados. Após publicação do ES II, este escore
de risco foi calculado retrospectivamente. Todos os modelos do ES foram incluídos na cálculo. A
capacidade discriminativa foi analisada através da área sob a curva ROC (ASCR) e para calibração
utilizou-se o teste de Hosmer-Lemeshow (H-L), que foi calculado para todo o grupo de pacientes
e para cada tercil de risco. Sub-análises com os mesmos métodos foram feitas para subgrupos de
Reumáticos e não Reumáticos, assim como cirurgia eletiva e de emergência.
Resultados: A mortalidade foi de 16% (6% na cirurgia eletiva and 32% na cirurgia de emergência/
urgência). A ASCR para ES aditivo foi (0.76, interval de confiança de 95% [IC 95%] 0.70-0.81), ES
logístico (0.76, 95% IC 95% 0.70-0.81) e ES II (0.81, IC 95% 0.70-0.82). Na etiologia Reumática a
ASCR foi de 0.76, 0.77 and 0.79 respectivamente para ES aditivo, logístico e ESII; nos não Reumáticos
a ASCR foi de 0.78, 0.77 e 0.84, respectivamente para respectivamente para ES aditivo, logístico e
ES II.Na cirurgia de emergência ASCR 0.70 para ES aditivo e logístico e 076 para ES II; Na cirurgia
eletiva ASCR 0.79 para ES aditivo e logístico e 0.80 para ES II.A calibração para todos modelos foi
boa H-L ;P>0.05.
Conclusão: Os modelos do ES apresentaram boa acurácia em nossa população, o ES II apresentou a
maior ASCR.
14b
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Trabalhos Selecionados para o
Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher”
TL 010 – Fatores Associados a Não Adesão ao Manejo Clinico de Pacientes
Cardiopatas em Hospital de Alta Complexidade
Antonio Jose Cordeiro Mattos, Claudia Stefani Marcilio, Roberta de
Souza, Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira, Alvaro Avezum
DIVISÃO DE PESQUISA TRANSLACIONAL - SAO PAULO - SAO PAULO - BRASIL, INSTITUTO
DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Racionalidade - A não adesão aos tratamentos constitui provavelmente a mais constante causa de
insucesso das terapêuticas, implicando distorções ao sistema publico de saúde através do aumento de
morbidade e mortalidade
Objetivos: Identificar os principais preditores independentes de não adesão ao tratamento em pacientes
cardiopatas.
Metodologia: Estudo observacional transversal, aplicado questionário padronizado para avaliar
fatores associados à não adesão, esta determinada pelo escore de Morysk. Variáveis contínuas foram
descritas por médias e desvio padrão; as variáveis categóricas foram descritas por freqüências. Para
avaliar o efeito das diferentes variáveis na não adesão foi delineado um modelo de regressão logística.
Diferenças foram consideradas estatisticamente significantes quando o nível descritivo do teste (valor
de p) < 5%. O efeito da associação entre as variáveis e não adesão ao tratamento foi medido por Odds
Ratio (OR) e seu respectivo intervalo de confiança (IC) de 95%. ­
Resultados: Foram incluídos 768 indivíduos, 52,6% do sexo feminino, idade média 59,1 ±11,7,
62,2% apresentaram baixa aderência. Os principais preditores de não adesão foram: efeito colateral
da medicação, OR 3,06 (IC 95% 2,05-4,59) p<0,001; falta de entendimento adequado sobre modo de
utilização dos medicamentos OR 2,68 (IC 95%1,35-5,33) p=0,005, falta de assiduidade às consultas
ambulatoriais OR 2,21 (IC 95%1,28-3,81) p=0,004, consumo de bebida alcoólica OR 1,94 (IC
95%1,03- 3,66) p=0,041e falta de medicamentos na farmácia do hospital OR 1,70 (IC 95%1,22- 2,38)
p=0,002.
Conclusão: A não adesão é um problema prevalente no cenário clínico, mesmo em hospitais de alta
complexidade e de caráter multifatorial, que envolve tanto aspectos psicossociais, do sistema de saúde,
e a relação profissional-paciente.
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14c
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Mérito Interdisciplinar
Educação Física
TL 008 – EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO RESISTIDO SOBRE A PRESSÃO
ARTERIAL, CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS E MARCADORES DE ADESÃO
CELULAR EM IDOSOS HIPERTENSOS
Fábio Tanil Montrezol, Alessandra Medeiros
UNIFESP - DEPARTAMENTO DE BIOCIÊNCIAS - SANTOS - SÃO PAULO - BRASIL, UNIMED
SANTOS - SANTOS - SÃO PAULO - BRASIL
Enfermagem
TL 023 – FATORES PREDITORES DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO APÓS
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
Gilmara Silveira da Silva, Alexandre Gonçalves de Sousa, Flávia Cortez
Colósimo, Raquel Ferrari Piotto
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL
Fisioterapia
TL 028 – A COEXISTÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM PACIENTES COM
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA AUMENTA A FADIGABILIDADE
MUSCULAR PERIFÉRICA
Medina LAR, Medeiros WM, Silva RM, Souza AS, Oliveira MF, Santos RCL,
Siqueira GO, Noman MC, Arbex FF, Neder JA
SETOR DE FISIOLOGIA CLÍNICA DO EXERCÍCIO (SEFICE). DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) - SÃO PAULO - SP - BRASIL
Nutrição
TL 048 – LICOPENO AUMENTA OS NÍVEIS DE ADIPONECTINA E MODULA A
EXPRESSÃO GÊNICA DE SIRT1 E FOXO1 NO TECIDO ADIPOSO DE RATOS OBESOS
Renata AM Luvizotto, Andre F Nascimento, Natalia CM Miranda, Damiana T
Pierine, Paula T Presti, Erika Imaizumi, Camila R Correa, Xiang-Dong Wang,
Ana Lucia A Ferreira
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU-UNESP - BOTUCATU - SP - BRASIL, HNRCATUFTS UNIVERSITY - BOSTON - MA - USA
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Trabalhos Selecionados para o Prêmio Mérito Interdisciplinar
Odontologia
TL 060 – ASSOCIAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM SÍNDROME CORONÁRIA
AGUDA - UM ESTUDO CASO-CONTROLE
Gabriella Avezum M. C. de Angelis, Ana Carolina Porrio Andrade, Lilia
Timerman, Valéria Cristina Leão Souza, Frederico Buhatem Medeiros,
Daniela Burrini Chaccur, Alvaro Avezum Júnior, Rodrigo M. C. de Angelis
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Psicologia
PO 220 – IMPLICAÇÕES EMOCIONAIS NO TRANSPLANTE CARDÍACO: UM ESTUDO
DE CASO
RIBEIRO, V S G, ISMAEL, S C
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Serviço Social
TL 063 – ANALISE DAS QUESTÕES APRESENTADAS POR USUÁRIOS NO PRIMEIRO
ATENDIMENTO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CARDIOLOGIA
Maria Aparecida de Souza Cardoso, Maria Barbosa da Silva
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
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Trabalhos Selecionados para o Prêmio
Melhor Poster do Congresso
PO 001 – Epidemiologia da Morte Súbita Cardíaca no Município de
Ribeirão Preto: Análise Através dos Casos Encaminhados ao Serviço
de Verificação de Óbitos.
Braggion-Santos MF, Volpe GJ, Pazin-Filho A, Maciel BC, Marin-Neto JA,
Schmidt A
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP - Ribeirão Preto - São Paulo
- Brasil
Introdução: Morte súbita cardíaca (MSC) é um evento relativamente frequente mas são escassos
os dados disponíveis em países em desenvolvimento e no Brasil. Este estudo teve como objetivo
descrever as características da MSC em Ribeirão Preto-SP baseando-se nos relatórios de autopsias do
Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
Métodos: Foram analisados retrospectivamente 4501 laudos de autopsias realizadas entre 2006 e
2010 utilizando-se a definição da Organização Mundial da Saúde. As características avaliadas foram:
causa mortis, dados demográficos das vítimas, data, hora e local do evento e realização de manobras
de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Foram excluídos óbitos fetais e natimortos; causa mortis
incompatível com MSC; morte súbita de origem não cardíaca e casos com dados incompatíveis ou
incompletos. Dados contínuos foram analisados através de ANOVA e variáveis categóricas pelo teste
de Qui-quadrado. Valores de p<0.05 foram considerados estatisticamente significativos.
Resultados: 20% dos casos foram caracterizados como MSC; incidência de 30 casos/100000
habitantes/ano, sem diferença no decorrer dos anos (p=0.88). A principal causa mortis foi doença
arterial coronariana (DAC) (64%), acometendo homens (67%), brancos (75%) entre a 6a e 7a décadas
(53%). A maioria dos eventos ocorreu em domicílio (53%), no período da manhã (30%, p<0.05),
sem preferência quanto ao mês do ano (p=0.06) ou dia da semana (p=0.79). RCP foi realizada em
49.7% das vítimas com uma tendência a um aumento no número de atendimentos no decorrer dos
anos (p=0.05). A comorbidade mais prevalente foi hipertensão arterial sistêmica (57.3%). Doença de
Chagas foi encontrada em 49 casos (5.5%). Conclusões: A incidência de MSC em Ribeirão Preto entre 2006 e 2010 foi de 30 casos/100000
habitantes/ano. A principal causa foi DAC acometendo homens, brancos, entre a 6a e 7a décadas,
preferencialmente no período da manhã. A importância deste estudo se mostra pelo fato de ser o primeiro
a avaliar MSC de maneira abrangente no Brasil, podendo ser de grande auxílio no desenvolvimento de
estratégias preventivas para este importante problema de saúde pública.
PO 002 – ASSOCIATIONS BETWEEN PARAOXONASE 1 POLYMORPHISM Q192R
AND LIPIDS, LIPOPROTEINS AND CARDIOVASCULAR RISK IN A BRAZILIAN
POPULATION SAMPLE
Daniel Zanetti Scherrer, Vanessa H.S. Zago, Eliane S Parra, Natalia B.
Panzoldo, Fernanda Alexandre, Isabela C Veira, Andrei Sposito, Edna
Nakandakare, Eder C.R. Quintão, Eliana C de Faria
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS
MÉDICAS – USP - SP - SP - BRASIL
Introduction:Evidence suggests that Paraoxonase 1 (PON1) confers important antioxidant and
anti-inflammatory properties when associated with high-density lipoprotein (HDL). The aim of this
study was to investigate the relationships of SNP p.Q192R (rs662) of the PON1 gene with clinical,
anthropometrical and biochemical determinants of a representative Brazilian population (n=590).
Material and Methods: In the present study we analyzed healthy normolipidemic volunteers
(Females= 332, Males= 260; 19 to 75 years of age). Total genomic DNA was extracted using standard
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Trabalhos Selecionados para o Prêmio
Melhor Poster do Congresso
techniques from peripheral blood and the SNPs detected in the OpenArray® Real Time PCR Platform
(Applied Biosystems). Serum cholesterol, triglycerides (TG), HDL-C, uric acid and urea (mg/dL)
were determined by enzymatic and kinetic methods in Modular Analytics EVO P (Roche). Very-low
density lipoprotein cholesterol (VLDL-C) was estimated as TG/5. PON activity was measured with
a chromogenic method using paraoxon as substrate. LDL particle size was estimated by TG/HDL-C
and Castelli index I by cholesterol/HDL-C. Results: The presence of the rare allele was found to be
associated with significant increases of paraoxonase activity (CC=14.49 ± 12.59; CT+TT=53.91 ±
26.58 umol/min; p<0.001) and HDL-C (CC=54 ± 19; CT+TT=58 ± 20mg/dL; p=0.009) and reductions
of TG (CC=82 ±30; CT+TT=76 ± 28mg/dL; p=0.025), VLDL-C (CC=16 ± 6; CT+TT= 15 ± 6 mg/
dL; p=0.030), Castelli index I (CC=3.48 ± 1.10; CT+TT=3.26 ± 1.00; p=0.018), LDL particle size
(CC=1.81 ± 1.11; CT+TT=1.55 ± 1.01; p=0.001) and uric acid (CC=4.65 ± 1.16; CT+TT=4.41 ± 1.17;
p=0.022). Conclusions: These results all together indicate an association between the allele p.Q192
of PON1 and atheroprotection.
Support: FAPESP (2006/60585-9), CNPq (159980/2012-7).
Keywords: PON1, HDL, Lipids, p.Q192R
PO 003 – Caracterização das Lesões Coronarianas Ateroscleróticas
em Jovens e suas Repercussões Cardíacas em Casos de Necropsias de
Institutos Médicos Legais no período de 2010 a 2011
Mauro Tupiniquim Bina, Luisa Allen Ciuffo, Renée Amorim dos Santos Félix,
Paulo Arnon Bremer Soares, Valdemiro Batista da Silva Filho
Universidade Federal da Bahia - Salvador - Bahia - Brasil
INTRODUÇÃO: A doença isquêmica do coração é a principal responsável pela mortalidade de
homens, sendo causa de 30% das mortes no país. A aterosclerose é a principal causa para a obstrução
das coronárias e da doença isquêmica do coração. Há uma elevada prevalência de placas ateromatosas
tipo I e II classificação American Heart Association (AHA) em pacientes com 12 a 33 anos e 97,34%
das artérias apresenta algum grau de aterosclerose. O IMC (índice de massa corpórea) e sexo masculino
demonstram uma possível associação com gravidade da lesão. MÉTODOS: Realizado estudo de corte
transversal, retrospectivo, com a revisão dos laudos cadavéricos e anatomopatológicos do coração de
jovens (12 a 33 anos) que foram necropsiados em Institutos Médicos Legais no período de 2010 a
2011.Os dados descritivos foram dispostos de acordo com sua frequência absoluta e relativa entre as
categorias, os dados numéricos foram descritos em termos de média e desvio padrão. RESULTADOS:
Foram revisados 299 casos, sendo desses 64,5% homens e 35,5% mulheres. A média de idade foi de
25,98 anos. A média do IMC foi de 26,86 Kg/m2, 18,4% apresentaram ateromatose coronária esquerda
(ACE) e 11,4% ateromatose coronariana direita, a média do percentual de obstrução foi de 5,73% e
2,06% na esquerda e direita, respectivamente. Grau de obstrução mais quantificado foi de 41 a 50% na
coronária esquerda e 21 a 30% na coronária direita, foi descrita associação entre o diagnóstico de ACE
e IMC (X2= 18,280. P= 0,003), hipertrofia do ventrículo esquerdo (X2 = 5,238. P = 0,035), idade (T =
4,623. P < 0,001) e o grau de fibrose do miocárdio X2= 10,216. P= 0,017). CONCLUSÃO: Não há
estudos brasileiros que quantifique o percentual de obstrução coronariana entre jovens. O nosso estudo
demonstra que esses jovens apresentam lesões que estreitam 41 a 50% das coronárias esquerdas e
21 a 30% das coronárias direitas. A amostra confirma as suspeitas de associação entre ACE e IMC,
hipertrofia, idade e fibrose do miocárdio estão associadas a esse tipo de lesão em jovens.
PO 004 – Dispositivo de assistência ventricular no infarto agudo de
tronco de coronária esquerda
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
17a
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
Priscila Megda João Job, Mariana Miotto Schnorr, Marcio Moreno Luize,
José Carlos Tarastchuk, Daniel Zanuttini, Sergio Gustavo Tarbine,
Marcelo de Freitas Santos, Costantino Ortiz Costantini, Vinicius
Woitowicz, Costantino Roberto F. Costantini
HOSPITAL CARDIOLÓGICO CONSTANTINI - PR - BRASIL
Introdução: Apesar dos avanços no manejo da insuficiência cardíaca após infarto agudo do miocárdio
(IAM), a taxa de mortalidade permanece elevada. Os dispositivos de assistência ventricular (DAV) são
empregados em choques cardiogênicos refratários, reduzindo o trabalho ventricular, melhorando o fluxo
periférico. DAV Levitronix® CentriMag é uma bomba de fluxo magnético centrífugo, que fornece fluxos
de até 10 L/min. Relata-se o uso deste dispositivo em um paciente com choque cardiogênico após IAM
por oclusão de tronco de coronária esquerda (TCE), submetido a angioplastia com stent farmacológico.
Relato de Caso: Homem de 52 anos, admitido por IAM ântero-septal, Killip Kimball IV. Cateterismo
demonstrou oclusão total de TCE, submetida a recanalização com balão e implante de stent
farmacológico em TCE em direção às artérias descendente anterior e circunflexa. Inserido balão intraaórtico, monitorização de artéria pulmonar e terapia inotrópica, encaminhado para unidade de terapia
intensiva. Após 48 horas, paciente com instabilidade hemodinâmica refratária à suporte inotrópico,
indicado DAV como ponte para transplante cardíaco. Inserido Centrimag por toracotomia mediana,
cânula do fluxo de entrada inserida no átrio esquerdo e a cânula de saída do dispositivo anastomosada
na aorta, mantendo fluxo de 4 L/min. No pós operatório imediato, redução significativa do suporte
inotrópico. No 5º dia, ecocardiograma transtorácico mostrava uma fração de ejeção (FE) de 25%. No
10º dia, após redução do fluxo do dispositivo para 0,5L/min, a FE era 41%. O desmame do dispositivo
foi planejado conforme os critérios de início de onda de pulso na pressão arterial invasiva, estabilidade
hemodinâmica e melhora da função ventricular. Iniciada redução progressiva do fluxo do dispositivo no
9º dia e, no 10º dia, cirurgia para retirada das cânulas. Apesar de sepse pulmonar durante internamento,
desmame efetivo da ventilação mecânica no 33º dia, com alta hospitalar após 47 dias de internamento. Desde então, paciente em programa de reabilitação cardiovascular.
Conclusão: Centrimag é um dispositivo seguro e confiável, gera mínima hemólise e pequena
necessidade de heparina. Parece ser um dispositivo adequado de assistência ventricular, acelerando a
recuperação e reduzindo a morbidade e mortalidade.
PO 005 – Síndrome Coronariana Aguda em Paciente com Plaquetopenia
Grave: Isquemia x Hemorragia uma balança de difícil equilibrio
Gustavo Martins Pereira Alves, Barbosa, C.J.D.G, Franci, A, Gaiane, M.A.E,
Serrano Jr, C.V, Nicolau, J.C
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Paciente de 82 anos, hipertensa, dislipidêmica e ex-tabagista, procura atendimento por dor epigástrica há
uma semana. Referia piora na manhã da admissão com duração de 2 horas. Encontrava-se com pulmões
limpos e boa perfusão PA: 140/90mmHg e FC: 67bpm. O ECG apresentava supradesnível do segmento
ST em parede inferior, apresentou melhora da dor e resolução espontânea do supradesnível de ST. Exames:
Hb 9,5 g/dl, leucócitos 1030 (630 neutrófilos), plaquetas 17.000, CKMB massa 28,5 mg/dl e troponina
2,51 mg/dl. O ecocardiograma demonstrou acinesia basal da parede inferior e FEVE:66%. Inicialmente
não medicada com antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes, realizou mielograma com aspirado
de medula óssea compatível com síndrome mielodisplásica AREB2. Apresentou recorrência da dor após
2 dias, sem alterações de ECG ou marcadores de necrose miocárdica, medicada com 200mg de AAS e
nitroglicerina. No próximo dia foi submetida a cateterismo cardíaco por via radial que demonstrou lesão
de 90% em terço médio de artéria coronária direita (ACD) com aspecto de placa ulcerada. Realizada
17b
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
angioplastia de ACD com stent convencional após 300mg de clopidogrel. Evoluiu sem complicações até a
alta, prescrito clopidogrel 75mg/dia e AAS 100mg/dia por 30 dias. No retorno permanecia assintomática,
sem episódios de sangramento e foi mantida em uso de AAS 100mg/dia.Discussão: Independentemente
do valor pacientes com plaquetopenia podem ser predispostos à trombose coronária, pois possuem
plaquetas maiores e mais aderentes ao endotélio. Apesar do risco isquêmico essa população é de alto
risco para eventos hemorrágicos. Existem poucos dados sobre a segurança dos anticoagulantes e
antiagregantes em pacientes com trombocitopenia, secundária a neoplasia ou disfunção medular, que se
apresentam com síndrome coronariana aguda. Sarkis e colaboradores demonstraram que o não uso de
AAS durante uma SCA implicou em sobrevida de apenas 6% comparada com 90% entre os medicados
com AAS.O presente relato mostra a dificuldade no manejo de uma paciente com plaquetopenia grave
durante uma síndrome coronariana de alto risco, onde o emprego de angioplastia com implante de stent
sob dupla antiagregação plaquetária se mostrou segura e eficaz.
PO 006 – Resultados angiográficos do novo suporte vascular
bioabsorvível liberador de novolimus DESolve Nx
Ricardo A. Costa, Alexandre Abizaid, J. Ribamar Costa, Jr., Daniel Chamie,
Andrea S. Abizaid, Joachim Schofer, John Ormiston, Roberto Botelho, J.
Eduardo Sousa, Stefan Verheye
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, CARDIOVASCULAR
RESEARCH CENTER - São Paulo - SP - Brasil
Fundamentos: O suporte bioabsorvível liberador de novolimus DESolve Nx (Elixir Co., Estados
Unidos) é um novo suporte vascular bioabsorvível que incorpora um suporte baseado em PLLA (ácido
poli-L-lático ) e um agente antiproliferativo potente similar ao sirolimus - novolimus, na dose de 5
microgramas por mm de extensão do suporte. Nós reportamos os resultados angiográficos do stent
DESolve Nx testado em lesões coronárias simples.
Métodos: Um total de 126 pacientes com lesões únicas de novo, localizadas em vaso coronário nativo
foram incluídos em 13 centros clínicos internacionais. Os critérios angiográficos incluíam extensão
da lesão ≤ 14mm, em vasos com diâmetro de referência (DR) entre 2,75 e 3,5 mm, e estenose do
diâmetro (ES) entre 50 e 90%. A análise angiográfica foi realizada em um Laboratório de Análises
Angiográficas independente (Cardiovascular Research Center, São Paulo, SP, Brasil). Pelo protocolo,
todos os pacientes foram assinalados para realização de seguimento angiográfico aos 6 meses.
Resultados: A maioria dos lesões estavam localizadas na artéria descendente anterior (38%), cálcio
moderado/grave estava presente em 18%, e a maioria das lesões (70%) foram classificadas como tipo
B1/B2. Pela angiografia coronária quantitativa (ACQ), as médias da extensão da lesão, DR, diâmetro
mínimo do lúmen (DML) e %ES no pré-procedimento eram 11,20mm, 3,06mm, 0,92mm, e 69,8%,
respectivamente. Durante o procedimento, pré-dilatação foi realizada em 100% (mandatório pelo
protocolo), o stent DESolve Nx foi implantado em 97,6% (123/126), e 58% realizaram pós-dilatação.
Ao final do procedimento, a análise de ACQ intra-suporte demonstrou DML 2,67mm e %ES 14%. No
seguimento de 6 meses (n=112), o DML e % ES intra-suporte foram, respecivamente, 2,46mm e 18%.
Em relação a reestenose binária, 4 lesões apresentaram recorrência, representando 3,6%, sendo que
em 3 casos a reestenose era do tipo focal (<10mm) e localizada dentre o suporte vascular; já o outro
caso apresentou morfologia difusa (>10mm).
Conclusões: Resultados angiográficos tardios com o stent DESolve Nx demonstraram elevada
patência do vaso tratado e baixas taxas de reestenose binária, sugerindo eficácia deste dispositivo na
prevenção de formação de hiperplasia neointimal. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
17c
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do Congresso
PO 007 – Associação de variáveis alélicas do gene eNOS com a evolução
clínica do infarto agudo do miocárdio: Coorte Brasília.
Wilcelly Machado da Silva, Luiz Sérgio F. de Carvalho, Osório Luís Rangel
de Almeida, Andrei C. Sposito, Otávio T. Nóbrega
UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, Hospital de Base - Brasília - DF - Brasil,
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - CAMPINAS - SP - BRASIL
Introdução: Dentre as doenças cardiovasculares, destaca-se o infarto agudo do miocárdio (IAM)
como causa isolada responsável pela maior proporção de mortes. O óxido nítrico (NO) produzido pelas
células endoteliais vasculares constitui mediador-chave por seu importante potencial vasodilatador, e
variações na expressão da enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) constitui aspecto contribuinte
para a fisiopatologia das doenças cardiovasculares. O presente estudo objetiva investigar a associação
das variantes alélicas de eNOS produzidas pela variação Glu298Asp (também denominado +894 G/T
ou rs1799983) com o comportamento de variáveis clínicas e bioquímicas representativas de risco de
recidiva no período pós-infarto.
Métodos: Pacientes consecutivos admitidos por IAM com supra desnivelamento do segmento ST
foram acompanhados durante a hospitalização e em consultas trimestrais por 4 anos, sendo avaliados
quanto a aspectos de antropometria,vasodilatação,análises bioquímicas e para o surgimento de eventos
isquêmicos recorrentes. Para obtenção dos alelos, foi realizada amplificação por PCR de segmento
contendo o sitio polimórfico, seguido por digestão enzimática. A análise estatística para variáveis
categóricas foi feita pelo teste do qui-quadrado, e para variáveis ​​paramétricas, por ANCOVA ajustada
para sexo e idade, substituído por Kruskall-Wallis para variáveis com distribuição não-normal.
Resultados: Para fins de análise, portadores do alelo T (grupo T_) foram agrupados entre si. Portadores
do genótipo GG apresentaram triglicerídeos 13,7 %maior (p = 0,020) que o grupo T_. A reserva
arterial foi maior em portadores do alelo T tanto na dilatação fluxo-mediada (p=0,037) quanto na
óxido nítrico-mediada DNM (p=0,04). Níveis absolutos de óxido nítrico à admissão e ao 5º dia pósinfarto não diferiram entre genótipos, porém a magnitude de variação entre tempos foi menor para o
grupoT_(p<0,001).
Conclusão: Nossos resultados apontam para uma associação do alelo T do SNP rs1799983 da eNOS
com melhor função arterial e perfil lipêmico menos propensos à recorrência de eventos cardiovasculares
após IAM. PO 008 – Endomiocardiofibrose de Ventrículo Direito associada a
cianose em paciente com forame oval patente. Relato de caso
Oliveira, F.G., Filho, R.B., Correia, E.B., Vasconcellos, M., Barbaroto, E.V.,
Faria, L.R.
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução:A Endomiocardiofibrose é uma cardiomiopatia rara, caracterizada pela deposição de
tecido fibroso no endocárdio e, em menor extensão, no miocárdio, do ápice de um ou ambos os
ventrículos e, quando isolada de ventrículo direito, (EMFVD) gera quadros de intensa sobrecarga
volêmica e ascite. Cianose não faz parte dos sinais desta patologia. Objetivo: Relatar caso de
uma paciente com endomiocardiofibrose que apresentou, na sua evolução, intensa cianose e
baqueteamento digital. Relato de caso: A.M.M,50 anos,natural de Rio Formoso, PE., previamente
hígida, a partir de 1995, passou a apresentar cansaço e dispneia progressiva aos esforços
moderados, com exame físico sem alterações. ECG com sinais de sobrecarga de ventriculo
direito. Ecocardiograma transtorácico identificou aumento importante de átrio direito com demais
cavidades normais e sinais de hipertensão pulmonar e imagem hiperecogênica preenchendo 2/3
17d
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
do ventrículo direto com importante restrição de enchimento, sugestivo de endomiocardiofibrose.
Estudo hemodinâmico em 05/08/97 confirmou o diagnóstico. A paciente evoluiu com cianose
intensa, baqueteamento digital, flutter atrial de repetição, policitemia e necessidades de
hemodiluições, e, posteriormente, após 15 anos de evolução,sinais de sobrecarga volêmica
discreta, sem ascite. Em ecocardiograma realizado na sua evolução, constatou-se a presença de
forame oval patente, confirmado em Tomografia computadorizada de coração, com shunt direitaesquerda. Conclusão: Cianose significativa com policitemia secundária pode ocorrer na evolução
de pacientes com EMFVD que apresentam forame oval patente e aumento importante da pressão
atrial direita. Discussão: A presença de cianose em pacientes com grande dilatação atrial direita
sugere o diagnóstico de Atresia Tricúspide e o diagnóstico diferencial com EMFVD é feito pela
ausência de sinais de sobrecarga volêmica. Neste caso, a presença de forame oval patente, com
shunt direito esquerdo, postergou a ocorrência de sobrecarga volêmica e a paciente apresentou
cianose como principal achado clínico.
PO 009 – INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE DAS METALOPROTEINASES 2 E 9 NA
DIMINUIÇÃO DO COLÁGENO TIPO I MIOCÁRDICO EM RATOS OBESOS
SILVA DCT, TOMASI LC, CAMPOS DHS, DEUS AF, ALVES CAB, FREIRE PP, NASCIMENTO
AF, PADOVANI CR, CICOGNA AC
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Em pesquisa recente realizada em nosso laboratório, utilizando ratos Wistar obesos, por dieta
hiperlipídica insaturada por 30 semanas, os níveis protéicos de colágeno intersticial tipo
I miocárdico foram menores em relação ao grupo controle.Em razão, do resultado acima e da
literatura mostrar que a leptina aumenta a atividade da metaloproteinase(MMP)-2e a expressão
gênica da MMP-9,a proposta deste estudo foi testar a hipótese que a redução do colágeno tipo
I miocárdico está associada ao aumento da atividade das MMPs 2 e 9 em ratos obesos por dieta
hiperlipídica insaturada.Ratos Wistar machos, com 30 dias, foram randomizados em dois grupos:
controle(C; n=25), que receberam ração padrão para roedores e obeso(Ob; n=25), um ciclo de
quatro rações hiperlipídicas, por 30 semanas. A obesidade foi definida pelo índice de adiposidade,
calculada pela somatória dos depósitos epididimal, retroperitoneal e visceral. Foram avaliados os
perfis nutricionais e metabólicos. A hipertrofia foi avaliada post mortem por análise macroscópica
e a análise molecular foi realizada por meio de análises do colágeno tipo I, leptina e inibidores
teciduais de metaloproteinases(TIMPs) através da técnica de Western Blot e a atividade das MMP2 e 9 por Zimografia. Os dados foram expressos por meio de medidas descritivas de posição e
variabilidade e submetidos ao teste ”t” de Student para amostras independentes. As associações
entre determinadas variáveis analisadas foram realizadas pelo teste de correlação de Pearson. O
nível de significância considerado para todas as variáveis foi de 5%.Os animais Ob apresentaram
peso corporal final, gordura corporal total, índice de adiposidade, níveis de glicose, insulina
e leptina séricos e pressão arterial sistêmica maiores em relação ao C. A obesidade promoveu
diminuição da expressão proteica do colágeno tipo I, dos TIMPs 1 e 2, aumento da atividade das
MMPs 2 e 9 e da leptina cardíaca. A análise de associação mostrou correlação significativa entre
colágeno tipo I e MMP-2, colágeno tipo I e MMP-9, MMP-2 e leptina, MMP-9 e leptina, TIMPs
1,2 e MMP-2, MMP-9 e TIMP 1, e TIMP 1 e leptina. A hipótese deste trabalho foi confirmada, pois
a redução do colágeno tipo I cardíaco está associado ao aumento da atividade das MMPs 2 e 9 em
ratos obesos por dieta hiperlipídica insaturada.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
17e
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
PO 010 – ASSOCIAÇÃO ENTRE GRAVIDADE DA ESTENOSE VALVAR AÓRTICA COM
ESPESSAMENTO MÉDIO-INTIMAL CAROTÍDEO.
SALGUEIRO,T.R.M., MEIRELES, M.N., ROSSI, D.A., GOBBI, J.I.F., CONEGLIAN, R.C., ZANATI,
Silméia Garcia, OKOSHI,K., HUEB,J.C., Matsubara, Beatriz B., ROSCANI, M.G.
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Objetivos: A estenose valvar aórtica senil está associada em pelo menos 30% dos casos à
doença arterial coronária. Acredita-se que a aterosclerose também exerça um papel importante
na progressão da estenose valvar aórtica. O objetivo deste estudo é investigar a associação de
espessamento médio-intimal carotídeo com estenose valvar aórtica e se a aterosclerose periférica se
correlaciona com manifestação desfavorável da doença. Metodologia: Foram incluídos 31 pacientes
consecutivos encaminhados dos ambulatórios com estenose aórtica. Foram submetidos à avaliação
clínica, ecocardiograma transtorácico e ultrassonografia de carótidas. Foi realizado levantamento
de quais variáveis consideradas de relevância na estenose valvar aórtica estão associadas à presença
de espessamento médio-intimal e se a aterosclerose periférica se correlaciona com a manifestação
desfavorável da doença, como: presença de sintomas atribuídos à doença valvar: angina, dispnéia
ou síncope, disfunção ventricular sistólico, hipertrofia ventricular ou critérios ecocardiográficos
de gravidade da doença. Resultados: Foi encontrada associação positiva entre espessura médiointimal e massa normalizada do ventrículo esquerdo (171,04 ± 48,08 vs. 219 ± 68,63; p=0,033)
e dos gradientes médio [32,0 (25,0-51,0) vs. 40,0 (31,0-60,0); p= 0,046] e máximo [49,5 (39,375,8) vs. 64,0 (49,0-91,0); p= 0,019] transvalvar aórtico. Também foi encontrada associação entre
hipertensão arterial sistêmica e placa de aterosclerose em carótidas (p=0,019). Especula-se que a
gravidade na estenose aórtica e estímulo para hipertrofia concêntrica podem estar sistemicamente
relacionadas com espessamento médio-intimal tanto devido à agressão mecânica quanto neurohumoral. Conclusão: Há associação entre critérios de gravidade da estenose aórtica e presença de
aterosclerose periférica. Palavras-Chave: insuficiência cardíaca, aterosclerose, doença valvar
Agradecimentos: FAPESP 2011/22389-1 e Projeto RENOVE - FUNDUNESP
PO 011 – Endocardite infecciosa por Histoplasma spp: Relato de Caso
Furlani, A.C., De Santis, A.S.A.L., Guimarães, P.O., Guabiru, A.T., Castelli, J.B.,
Sciliano, R.F., Accorsi, T.A.D., Spina, G.S., Tarasoutchi, F., Grinberg, M.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: O gênero fúngico Histoplasma spp mais comumente provoca doenças do trato respiratório,
estando raramente relacionado à infecções endovasculares, as quais caracteriza por alta morbimortalidade.
Relato do caso: Mulher de 40 anos, previamente hipertensa, admitida com queda do estado
geral e dispnéia progressiva há 6 meses, após episódio de dor torácica. Negava febre, tosse e
perda ponderal. Ao exame apresentava-se em regular estado geral, anasarcada, taquidispneica,
estertores crepitantes até terço médio bilateralmente, sopro sistólico regurgitativo em foco mitral
3+/6+ e sopro holodiastólico aspirativo em foco aórtico 3+/6+. Exames laboratoriais revelaram
leucocitose associada à elevação de provas inflamatórias. Radiografia de tórax com alargamento
mediastinal superior e cardiomegalia. Eletrocardiograma com sobrecarga de câmaras esquerdas.
Ecocardiograma transesofágico documentou função ventricular preservada, átrio esquerdo
aumentado, valva mitral com perfuração da cúspide anterior e insuficiência importante, além de
imagem de 20 mm sugestiva de vegetação. Valva aórtica bicúspide com imagem de 23 mm sugestiva
de vegetação e insuficiência importante. Angiotomografia revelou dilatação de 47 mm em aorta
17f
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do Congresso
torácica descendente associada à dissecção crônica desde planos valvares até bifurcação das artérias
ilíacas. Hemoculturas negativas. Considerado diagnóstico de endocardite infecciosa associada
à insuficiência cardíaca grave, recebendo indicação de tratamento combinado (antimicrobiano
e cirúrgico). Submetida à troca valvar mitro-aórtica por biopróteses, sem intercorrências. A
histopatologia do material cirúrgico demonstrou vegetações em valvas aórtica e mitral, compatíveis
com endocardite infecciosa fúngica por Histoplasma spp. A paciente referiu exposição domiciliar
a pombos. Realizado tratamento com anfotericina B lipossomal por 28 dias, com boa evolução
clínica, sem sinais de recidiva infecciosa. Indicada terapia de supressão fúngica prolongada com
itraconazol 400mg/dia por tempo indeterminado.
Discussão: A endocardite por histoplasmose é uma doença rara e grave, devendo ser considerada
em pacientes com história de exposição ambiental que se apresentam com evidências de infecção
endovascular sem isolamento de agente etiológico.
PO 012 – INFLUÊNCIA DO DIABETES EXPERIMENTAL NO PERFIL LIPÍDICO
PLASMÁTICO E CARDÍACO
Rafael Ferreira Rocha, Alcione Lescano Souza Junior, Andressa Bolsoni
Lopes, Rui Curi, Maria Claudia Irigoyen, Renata Kelly da Palma, Iris
Callado Saches, Katia De Angelis, Christiane Malfitano, Camila Paixão
dos Santos
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - SÃO PAUO - SÃO PAULO - BRASIL, INSTITUTO DO
CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução e Objetivo: Estudos mostram que a exposição ao meio hiperglicêmico ou diabetes protege
o coração contra insultos patológicos. Resultados do nosso grupo demonstraram redução do tamanho
do infarto, da expressão de citocinas pró-inflamatórias, aumento da expressão do transportador de
glicose tipo 1(Glut-1) e fatores de sobrevivência celular, além de diminuição da fibrose, resultando
em melhora da função cardíaca em ratos diabéticos infartados. Diante deste cenário, surgiu a hipótese
de que a melhora funcional e suas alterações moleculares observada nestes animais poderia estar
relacionadas ao aumento da utilização de substratos energéticos como os lipídeos. Assim, o objetivo
deste estudo foi avaliar os efeitos da hiperglicemia diabética sobre o perfil lipídico cardíaco e
plasmático em ratos diabéticos.
Métodos e Resultados: Foram avaliados em ratos machos Wistar(250g, n=8/grupo) submetidos ao
diabetes experimental por estreptozotocina(50mg/Kg/ev), acompanhados por 30 dias: dosagem de
ácidos graxos livres (AGL) e triglicerídeos (TG) no plasma e no ventrículo esquerdo (VE), e lipólise
dos adipócitos. As avaliações bioquímicas foram realizadas utilizando-se kits comerciais específicos.
O grupo D apresentou hiperglicemia (433±25mg/dl) e TG plasmáticos elevados(252±44mg/dl)
quando comparado com o grupo C(87±16; 82±6mg/dl, respectivamente) caracterizando um perfil
diabético clássico. Além disso, o grupo D apresentou elevado nível de AGL plasmático(21±3mg/dl)
comparado ao C (10±1mg/dl). No VE,os níveis de AGL(0,46±0,01) e TG (2±0,3mg/dl) do grupo D
foram semelhantes ao do grupo C(AGL: 0,51±0,03 e TG: 1,45±0,1 mg/dl). No grupo D observou-se
ativação da lipólise(2677±418mg/dl), avaliada pelo nível de glicerol nas células adiposas extraídas do
tecido periepididimal e submetidas ao isoproterenol, quando comparada ao C(7166±643mg/dl).
Conclusão: A partir da hipótese de que a melhora funcional observada previamente nos animais
diabéticos poderiam estar relacionadas ao aumento da utilização de glicose, este estudo demonstrou
que esses animais apresentaram aumento de AGL e TG plasmáticos e na manutenção dos substratos no
VE. Tal condição poderia conferir maior plasticidade e resistência celular à lesão isquêmica, sugerindo
um pré-condicionamento metabólico em ratos diabéticos.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
17g
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
PO 013 – Pode o BNP ser usado como marcador preditor de eventos
cardiovasculares em pacientes de alto risco,
submetidos a
quimoterapia com antraciclinas ?
Ariane Vieira Scarlatelli Macedo, Rita de Cássia Lacerda, Luciana P
Salgado, Enaldo Lima, Marcos Almeida Magalhães Andrade Jr
HOSPITAL MATERDEI - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL
INTRODUÇÃO: A cardiotoxicidade induzida pela quimioterapia é um problema clínico com um
impacto significativo, na qualidade de vida e sobrevida dos pacientes com câncer. A detecção precoce
do seu surgimento e tratamento eficaz imediato são a melhor abordagem. O conhecimento da
população de maior risco para o desenvolvimento de cardiotoxicidade e identificação precoce de seu
aparecimento, através da medição de biomarcadores sanguíneos nos permite agir de forma preventiva.
OBJETIVO: Identificar em pacientes com câncer de mama, em uso antraciclina, e com fatores de
risco adicionais para o surgimento de lesão cardíaca pela quimioterapia, se, medidas seriadas de
biomarcadores (troponina e BNP), através de um acompanhamento cardiológico regular, poderia
ajudar a predizer o surgimento de cardiotoxidade.
MÉTODOS: Avaliamos, todos os pacientes com câncer de mama do serviço de oncologia do Hospital
Mater Dei que iriam iniciar quimioterapia com antraciclina. Avaliação cardiológica consistindo de
história, exame físico, eletrocardiograma, ecocardiograma e biomarcadores cardíacos antes e durante
a quimioterapia , conforme protocolo.
RESULTADOS: Entre Fevereiro e Outubro de 2012, seguimos 40 pacientes. Nós aplicamos
o nosso modelo de monitoramento cardíaco em todos os pacientes que receberam antraciclina. A
cardiotoxicidade foi detectado em 10% dos pacientes (4 pacientes). A presença de mais de um factor
de risco cardiovascular (hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidemia) estava presente em 100% dos
pacientes que desenvolveram cardiotoxicidade. A elevação sérica de BNP, foi a alteração detectada
pela primeira vez durante o acompanhamento em todas as quatro pacientes nos quais foi identificada
cardiotoxicidade, precedendo outras anormalidades.
CONCLUSÃO: Considerando a alta morbidade relacionada à cardiotoxicidade é
essencial identificar grupos em maior risco de desenvolvimento de toxicidade cardíaca .Em nosso
grupo de pacientes, com câncer de mama tratadas com antraciclina, uma elevação de BNP sérico
foi o primeiro sinal de cardiotoxidade em pacientes de alto risco cardiovascular. São necessários
mais estudos para corroborar esta observação , o que pode ajudar a identificar precocemente a
lesão cardíaca pela quimioterapia.
PO 014 – Dissecção espontânea das artérias coronárias como etiologia
de choque cardiogênico no puerpério.
ECHENIQUE, LS, CAIXETA, AM, ANTONIO C. B. N. FILHO, ALEX L. CELULLARE,
NILTON CARNEIRO, CESAR H. NOMURA, MARCO A. PERIN, MARCIA R. P. MAKDISSE,
GILBERTO SZARF
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: a dissecção espontânea (DE) da artéria coronária é uma causa rara de síndrome
coronária aguda e morte súbita. É mais comum no sexo feminino e não há consenso sobre sua
fisiopatologia e tratamento. O presente caso relata a DE multiarterial no puerpério determinando
choque cardiogênico e parada cardiorrespiratória. Relato: SRRB, 31a, sexo feminino, deu entrada
com quadro de dorsalgia e dispnéia há 2 horas. A paciente encontrava-se no 7° dia após parto
cesáreo quando evoluiu com insuficiência respiratória aguda e necessidade de ventilação mecânica.
ECG: taquicardia sinusal e bloqueio de ramo direito. Rx de tórax: sinais de congestão pulmonar.
17h
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
Progrediu com instabilidade hemodinâmica, necessitando de drogas vasoativas em altas doses.
No segundo dia apresentou PCR em AESP, duração de 5 minutos, evoluindo com disfunções
orgânicas. Eco: pressão pulmonar normal, fração de ejeção de 33% e hipocinesia difusa. USG
venoso sem sinais de trombose venosa profunda. A paciente evoluiu com melhora hemodinâmica
sendo extubada no 11° dia. Com a melhora do choque cardiogênico e da função renal foi realizada
RM cardíaca que evidenciou hipocinesia difusa do ventrículo esquerdo, porém mais acentuada
na parede anterior com realce tardio identificando fibrose subendocárdica acometendo 75% da
espessura desta parede. Devido disfunção segmentar, foi submetida inicialmente a AngioTC
coronária que demonstrou espessamento parietal extenso da artéria descendente anterior (DA) e
“flap” de dissecção no segmento distal da coronária direita (CD), compatível com o diagnóstico de
DE destes dois vasos. A cinecoronariografia mostrou presença de DE extensa envolvendo o tronco
da coronária esquerda, terço proximal da DA e terço distal da CD. Tomografia de coerência óptica
confirma a presença de DE e hematoma intramural. Foi optado pelo tratamento clínico otimizado
da insuficiência cardíaca e aspirina, permanecendo em classe funcional I. Discussão: a DE deve
ser considerada nas mulheres com dor torácica e dispnéia sem fator de risco cardiovascular, no
puerpério ou com doenças do tecido conectivo. No puerpério, o diagnóstico diferencial é com
miocardite, embolia pulmonar e miocardiopatia periparto.O diagnóstico precoce proporciona o
tratamento adequado e melhor prognóstico. PO 015 – Distribuição das subfrações de colesterol HDL na Doença
de Dercum
Lívia Nascimento de Matos, Valéria Arruda Machado, Francisco Antônio
Helfenstein Fonseca, Celma Muniz Martins, Henrique Andrade Rodrigues
da Fonseca, Henrique Tria Bianco, Maria Cristina de Oliveira Izar
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo - São Paulo - Brasil
Introdução: A doença de Dercum, também chamada lipomatose dolorosa ou reumatismo adiposo é uma
doença rara de base genética desconhecida. Variáveis metabólicas e auto-imunes podem desempenhar
um papel no desenvolvimento da doença, que se associa a resistência insulínica e dislipidemia mista.
Objetivos: Determinar o perfil metabólico e lipoproteico, incluindo mapeamento de subfrações do
colesterol HDL (HDL) de indivíduo com diagnóstico confirmado de Doença de Dercum recebendo
tratamento clínico otimizado.
Métodos: Foi avaliada paciente feminina, adolescente, com diagnóstico confirmado de doença de
Dercum, em tratamento clínico há cinco anos incluindo atorvastatina, metformina, orientação
nutricional e exercícios físicos aeróbicos regulares. Determinou-se, após jejum noturno de doze horas,
níveis séricos de insulina, glicose, hemoglobina glicosilada (HbA1c), TSH, marcadores inflamatórios,
HDL, colesterol LDL (LDL), LDL pequenas e densas, triglicerídeos (TG), apolipoproteína A1 (Apo
A1), betalipoproteína, latosterol, NT-Pro-BNP, e foi realizado mapeamento das subfrações do HDL.
Realizou-se, ainda, genotipagem da apolipoproteina E e fator V de Leiden.
Resultados: paciente apresentou níveis normais de glicemia e HbA1c com hiperinsulinemia (81
mg/dL, 3,8% e 31,8 µU/mL, respectivamente). Apresentou função tireoidiana normal. O perfil
lipoproteico demonstrou HDL baixo (19,3 mg/dL), Apo A1 112, TG 320 mg/dL, betalipoproteinemia
118 mg/dL, LDL 108 mg/dL, LDL pequenas e densas > 40 mg/dL. O mapeamento das subfrações
do HDL demonstrou aumento na subfração pré-beta (29 mg/dL), subfração alfa 4 normal (< 5,3
mg/dL), aumento na subfração HDL-3 (33 mg/dL), níveis reduzidos na subfração HDL-2 e HDL-1
(19,3 mg/dL e 9,5 mg/dL, respectivamente). Os marcadores inflamatórios e NT-Pro_BNP séricos se
encontravam normais. Paciente apresentava Apo E genótipo E3/E4 e fator V de Leiden -/-. Latosterol
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
encontrava-se abaixo do nível detectável e as relações beta-sitosterol/colesterol e campesterol/
colesterol foram normais.
Conclusão: Os dados do mapeamento das subfrações de HDL realizado sugere uma dificuldade
na formação de partículas de HDL maiores, com excesso de partículas de HDL menores e menos
protetoras. Esse achado pode ser explicado, em parte, pela hipertrigliceridemia.
PO 016 – Miocardite Reumática Aguda
Xavier Jr., J.L., Soeiro, A.M., Santis, A.S., Goldstein, P.G., Freitas, M.S., Almeida,
M.C.F., Accorsi, T.A.D., Tavares Jr., M.O., Tarasoutchi, F., Grinberg, M.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A febre reumática (FR) é a principal causa de insuficiência cardíaca (IC) e morte
cardiovascular em crianças e adultos jovens em países em desenvolvimento. A manifestação cardíaca
predominante é o acometimento do aparato valvar, sendo a ocorrência de miocardite reumática aguda
(MRA) clinicamente manifesta evento incomum.
Relato do caso: Paciente feminina, 23 anos, cardiopatia reumática crônica, bioprótese mitral há 4
meses, compareceu à emergência com queixa de dispnéia em repouso, palpitações, náuseas, febre não
aferida e aumento do volume abdominal há 6 dias. Exame físico: afebril, taquicárdica, hipotensa e
taquidispnéica. Sopro regurgitante mitral, 2+/6+, estertores finos em bases pulmonares, hepatomegalia
e edema de membros inferiores. Exames: leucócitos, marcadores de inflamação e ASLO aumentados.
Radiografia de tórax: opacidades reticulares bilateralmente. Hipótese diagnóstica: endocardite
infecciosa e IC aguda. Iniciado ceftriaxona e oxacilina. O ecocardiograma transesofágico mostrou
importante nova disfunção biventricular e leve refluxo pela bioprótese, sem vegetações. Hemoculturas
negativas. FR agudizada também foi aventada. Para confirmação do quadro de MRA, foi solicitada
cintilografia, que foi positiva para processo inflamatório em atividade. A ressonância magnética (RM)
cardíaca mostrou disfunção biventricular importante difusa e processo inflamatório miocárdico.
Devido ao diagnóstico de MRA, foi iniciado corticóide. A paciente evoluiu com melhora importante
dos sintomas, recebendo alta hospitalar no 14º dia de internação.
Discussão: Na FR aguda, os três folhetos, pericárdio,
miocárdio e endocárdio, são acometidos simultaneamente,
entretanto em proporções desiguais, com lesão miocárdica
geralmente apenas subclínica. No diagnóstico de miocardite,
achados clínicos, eletrocardiográficos, laboratoriais e
radiográficos possuem baixa sensibilidade e especificidade.
Nesse sentido, a cintilografia e a RM têm despontado como
importantes ferramentas no diagnóstico da inflamação
miocárdica. Tal fato torna esse relato único devido à
captação da imagem em RM cardíaca comprovando a
inflamação miocárdica em vigência de surto agudo de FR.
PO 017 – Síndrome de Holt-Oram Familiar – um relato de caso
Larissa Oliveira, Ana Karyn E. Freitas, Daniane Rafael, Sabrina Pinto
Coelho, Gustavo Arruda Braga, Luiz A. F. Bettini
Hospital de Clínicas - UFPR - Curitiba - Paraná - Brasil
Introdução: A síndrome de Holt Oram é a mais comum das síndromes mão-coração. Caracteriza-se
por anomalias de membros superiores (bilaterais assimétricas ou unilaterais) associadas a cardiopatias
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster
do Congresso
congênitas, principalmente defeitos do septo atrial. Apesar de se tratar de uma alteração genética
de padrão autossômico dominante, há ainda poucos casos na literatura demonstrando a presença da
síndrome em mais de um membro da família, destacando a importância desse estudo. Relato do caso:
Paciente do sexo masculino, 60 anos, atendido com quadro de ortopneia e dispneia aos esforços, de
caráter progressivo, com limitação de atividades cotidianas. A história familiar incluía a presença de
malformação de membro superior no pai do paciente (já falecido), e em 3 irmãs (duas delas já falecidas),
além de dois filhos (um falecido aos dois meses de idade) e uma filha. Os dois filhos ainda vivos já
haviam sido diagnosticados com comunicação interatrial (CIA) tipo ostium secundum e submetidos
a atriosseptoplastia. Ao exame físico, apresentava sopro sistólico (++/4) e, como peculiaridade,
agenesia bilateral de polegares. Foi diagnosticado flutter atrial ao ECG e verificada a presença de CIA
tipo ostium secundum ao ecocardiograma, medindo 26x35 mm, com fluxo predominante da esquerda
para a direita. Além disso, apresentava hipertensão pulmonar (68mmHg) ao cateterismo. Diante deste
quadro, foi feito o diagnóstico de síndrome de Holt Oram. Foi realizada a correção cirúrgica da CIA.
Recebeu alta em bom estado, com acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Anormalidade em
membros superiores, especialmente a malformação da borda axial do radio, associada à história de
defeito do septo atrial ou da condução cardíaca é um dos dados clínicos mais importantes para o
diagnóstico da síndrome de Holt-Oram. Portanto, uma vez reconhecida essa alteração em um paciente,
este deve ser investigado para essa patologia assim como sua família. Afinal, como relatado, mais
casos na família podem apresentar o mesmo quadro, tendo o diagnóstico precoce um papel essencial
na prevenção de desfechos desfavoráveis.
PO 018 – CORREÇÃO DE REFLUXO PARAVALVAR AÓRTICO POR VIA PERCUTÂNEA
GUIADO POR ECOCARDIOGRAMA TRANSESOFÁGICO - RELATO DE CASO
ALVES, F B, Morello, A P, Marques, M C, Ribeiro, C O, Farinazzo, R J M, Leite, R,
Arruda, J A, Pazolini, C M
UNIFERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - UFES / CENTRO INTEGRADO ATENÇÃO
SAÚDE - CIAS - VITORIA - ES - BRASIL
Introdução: Refluxo paravalvar (RP) pode complicar em torno de 5 a 17% das cirurgias de troca valvar
conforme relatos de literatura. A correção cirúrgica constitui-se no tratamento de escolha do (RP) porém está
comumente associada a elevada morbimortalidade. A correção via percutânea (CVP) tem se demonstrado
alternativa interessante em pacientes com elevado risco cirúrgico. Relatamos 1 caso de RP aórtico
submetido a CVP com uso de prótese amplatzer tipo Plug III guiado por ecocardiograma transesofágico
(ECOTE) 2D. Relato do caso: Paciente do sexo feminino, 71 anos, Diabética, submetida à troca valvar
(TV)mitral por prótese metálica em 1986 e TV aórtica por prótese metálica em 2006 evoluindo com
insuficiência cardíaca (IC) classe funcional IV. ECOTE demonstrou RP Aórtico Importante. Paciente com
elevado risco cirúrgico optou-se por CVP guiada por ECOTE com implante de 1 dispositivo plug III por
abordagem retrógrada através de acesso femural. Procedimento realizado sem complicações, presença de
refluxo residual mínimo ao término. Paciente evoluiu com melhora dos sintomas recebendo alta hospitar.
Conclusão: A CVP tem se demonstrado alternativa terapêutica interessante em pacientes de elevado
risco cirúrgico, o uso de ECOTE 3D pode melhorar os índices de sucesso técnico imediato, o desfecho
desejado deve ser definido antes do procedimento conforme a
indicação, se indicado por IC, o objetivo deve ser a redução do
volume regurgitante, se devido a hemólise, o objetivo deve ser
a obliteração completa do orifício regurgitante.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Índice dos Autores dos
Temas Livres e Pôsteres da Área Médica
Autor
Nº do Trabalho
A Redheuil
A.karolina Cutrim
Abel Pereira
Abílio Augusto Fragata Filho
Adalberto M.L. Filho
Adelino Parro
Ademir G. Filho
Adriana Bertolami
Adriana Bertolami
Adriana Bertolami
Adriana Bertolami
Adriana Costa Moreira
Adriana Costa Moreira
Adriana Costa Moreira
Adriana D. Meinhart
Adriana Feio PAstana
Adriana Fernandes de Deus
Adriana Froes
Adriana Mazzuco
Adriana Moreira
Adriana Moreira
Adriana Moreira
Adriana Moreira
Adriana Morgan de Oliveira
Adriana Pastana
Adriana Pastana
Adriana Pereira Costa de Almeira
Adriane Dallanora Henriques
Adriano Alves Leite
Adriano C. Carneiro
Adriano Caixeta
Adriano Caixeta
Adriano Caixeta
Adriano Caixeta
ADRIANO CAMARGO DE CASTRO CARNEIRO
Adriano Henrique P Barbosa
Adriano Henrique P Barbosa
Adriano Henrique Pereira Barbosa
Adriano Henrique Pereira Barbosa
Aecio F. T. Gois
Afonso A Carvalho-Loureiro
Afonso Akio Shiozaki
Afonso Yoshikiro Matsumoto
Agenor Carvalho Correa Neto
TL 111
PO 171
PO 021
PO 055
TL 143
TL 143
TL 117
PO 023
TL 113
PO 118
PO 119
TL 034
TL 043
TL 047
TL 018
PO 081
PO 105
TL 063
TL 129
PO 042
PO 044
PO 049
PO 050
TL 057
PO 106
PO 107
PO 034
PO 019
PO 145
PO 160
TL 032
TL 044
TL 046
TL 048
PO 159
TL 082
PO 193
TL 039
TL 084
TL 164
TL 114
TL 027
TL 059
PO 048
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Autor
Nº do Trabalho
Agnes A. S. Albuquerque
Alayde Mendonça
Alberto Cliquet Jr
ALBERTO KANAAURA
Alberto Q Farias
Alberto Queiroz Farias
Alejandra Garcia
Aleksandra Morikawa
Alessandra da Graça Corrêa
Alessandra da Graça Correia
Alessandra da Graça Correia
Alessandra da Graça Correia
Alessandra da Graça Correia
Alessandra G Correia
Alessandra Graça Correa
Alessandra Medeiros
Alessandro Franciscon
Alex André Ferreira Queiroz
Alex André Ferreira Queiroz
Alex Ricardo Ferreira
Alex Teixeira Guabiru
Alex Teixeira Guabiru
Alex Yuri Simões Sato
Alexander Moreira de Almeida
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abizaid
Alexandre Abzaid
Alexandre Abzaid
Alexandre Anderson de Sousa Soares
Alexandre C Hueb
Alexandre C. Pereira
Alexandre Costa Pereira
Alexandre Costa Pereira
Alexandre da Costa Pereira
Alexandre de Matos Soeiro
Alexandre de Matos Soeiro
ALEXANDRE G SOUZA
Alexandre G. Silva
PO 060
PO 088
PO 026
TL 140
PO 079
PO 080
PO 083
TL 027
TL 165
PO 084
TL 135
PO 142
PO 145
PO 192
TL 161
PO 108
PO 209
TL 108
PO 172
TL 108
PO 212
PO 213
TL 109
PO 197
TL 032
TL 033
TL 035
TL 038
TL 045
TL 046
TL 050
TL 051
TL 118
PO 120
PO 175
TL 171
TL 044
TL 048
TL 028
PO 068
TL 071
PO 074
TL 131
TL 087
TL 120
PO 189
TL 068
TL 096
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA
ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA
ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA
Alexandre Holthausen Campos
Alexandre Siciliano
ALEXANDRE SPOSITO
Alexandre Sposito
Alexandre Volney Villa Alfredo Eyer
Alfredo Inacio Fiorelli
Alfredo Inacio Fiorelli
Alfredo Inácio Fiorelli
Alfredo Inácio Fiorelli
Alfredo J. Mansur
ALFREDO JOSÉ MANSUR
Alfredo José Mansur
Alfredo José Mansur
Alfredo José Mansur
Alfredo José Mansur
Alice Tatsuko Yamada
Alice Tatsuko Yamada
Aline A. I. Moraes
Aline A. I. Moraes
Aline Alves Santana
Aline Boveto Santamarina
Aline Cecília Silva Amaro
Aline Couto
Aline Couto
Aline de Moraes
Aline de Moraes
Aline Iannoni de Moraes
Aline Iannoni de Moraes
Aline Medeiros Pereira
Aline O Martins
ALINE REGINA RUIZ LIMA
ALINE REGINA RUIZ LIMA
Aline Regina Ruiz Lima
Aline Regina Ruiz Lima
Aline S. Souza
Alinne Katienny L S Macambira
Alline Katienny L S Macambira
Allysson Matos Porto Silva
Almir Ferraz
ALMIR FERRAZ
Altay A. L. de Souza
Alvaro Avezum
Alves MJNN
Amanda Bigarelli Groblackner
PO 063
PO 072
PO 073
TL 109
TL 037
TL 029
TL 036
PO 064
TL 082
TL 060
PO 053
TL 069
TL 123
PO 206
PO 090
TL 131
TL 133
PO 143
PO 144
TL 133
PO 144
PO 120
PO 175
TL 105
TL 105
PO 025
PO 067
PO 210
PO 023
TL 113
PO 118
PO 119
PO 046
PO 022
TL 125
PO 137
TL 125
PO 137
TL 129
PO 115
PO 114
PO 186
TL 094
TL 126
TL 067
TL 026
TL 103
PO 169
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Amanda G M R Sousa
Amanda G M R Sousa
Amanda G Sousa
Amanda G. M. R. Sousa
Amanda G. M. R. Sousa
Amanda G. Moraes Rego Sousa
Amanda G.M.R.Sousa
AMANDA GELD
Amanda GMR Sousa
Amanda GMR Sousa
Amanda GMR Sousa
Amanda Gonçalves
Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amaury Amaral
Amaury Amaral
AMAURY ZATORRE AMARAL
AMAURY ZATORRE AMARAL
AMÉRICO T JUNIOR
Amilton da Cruz Santos
Ana Angélica Fernandes
Ana Angélica H Fernandes
Ana Angélica Henrique Fernandes
Ana Angélica Henrique Fernandes
Ana Angélica Henrique Fernandes
Ana C. Aguirre
Ana C. Aguirre
Ana C. Santos Nussbaum
Ana Carolina Costa Redondo
Ana Carolina Junqueira Vasques ANA CAROLINE REINALDO DE OLIVEIRA
ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA
ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA
ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA
Ana Cláudia A. Santos Nussbaum
Ana Cláudia G P Petisco
Ana Cláudia G P Petisco
Ana Claudia Petisco Ana Cristina Andrade
Ana Cristina Andrade
PO 116
PO 127
TL 171
PO 118
PO 119
TL 034
TL 043
PO 035
TL 033
TL 051
PO 044
TL 046
TL 042
TL 035
TL 038
TL 045
TL 047
TL 050
PO 042
PO 049
PO 050
TL 113
TL 039
PO 193
PO 078
PO 205
TL 068
PO 095
PO 099
TL 098
TL 056
TL 014
TL 122
TL 016
TL 021
TL 136
TL 066
TL 081
PO 051
PO 078
TL 140
PO 205
PO 153
PO 116
PO 127
PO 066
TL 137
TL 149
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Ana Cristina P.P. Ludovice
Ana Cristina Sayuri Tanaka
Ana Elisabeth Leal Varjão
ANA HELENA VICENTE
Ana Lucia A Ferreira
Ana Luisa Guerra
Ana Luiza Sayegh
Ana Maria Braga
Ana Maria Fonseca Wanderley Braga
ANA MARIA OTAVIANO
Ana Marta Antunes Salgado Gali
Ana Paula C. de Faria
Ana Paula Cabral de Faria
Ana Paula Cabral de Faria
Ana Paula Cabral de Faria
Ana Paula Cabral de Faria
Ana Paula Cabral de Faria
ANA PAULA COLÓSIMO
Ana Paula de Cabral Faria
Ana Paula Tavares
Ana Raquel Superbi Vidal
Ana Regina Elmec
Ana Terra Fonseca Barreto
Ana Terra Fonseca Barreto
Ana Terra Fonseca Barreto
Ana Terra Fonseca Barreto
Ana Vellozo
Anali Galluce Torina
Anderson N Fava
Anderson Nunes Fava
Anderson Nunes Fava
Andre Arpad Faludi
André Coelho Marques
Andre Faludi
André Felipe Ferreira
André Fernande Reis
André Ferreira do Nascimento
ANDRE G SPADARO
Andre G. Spadaro
Andre G. Spadaro
Andre L. da Cruz
André Linhares
André Linhares
André Marantes Masciarelli Pinto
André Marantes Masciarelli Pinto
Andre Paciello
Andre Renno
André Schmidt
PO 084
TL 093
TL 108
TL 140
PO 022
TL 089
TL 128
TL 030
TL 101
TL 151
PO 174
TL 102
TL 015
TL 112
TL 115
PO 130
PO 135
TL 150
PO 113
PO 024
PO 182
PO 056
TL 139
TL 147
TL 148
PO 166
PO 199
TL 106
PO 192
TL 161
TL 165
PO 023
PO 145
PO 118
PO 088
TL 073
PO 022
PO 043
PO 036
PO 045
PO 087
PO 191
PO 077
TL 144
TL 146
TL 144
TL 117
PO 060
24
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
ANDRÉ SCHMIDT
ANDRÉ SCHMIDT
ANDRÉ SCHMIDT
ANDRÉ SCHMIDT
ANDRÉ SCHMIDT
André Schmidt
André Schmidt
André Schmidt
André Schmidt
André Schmidt
André Schmidt
Andre Schmidt Andre Spadaro
Andre Spadaro
André Spadaro
André V. T. Japiassú
Andrea Abizaid
Andrea Abizaid
Andrea Cangiani Furlani
Andréa de Freitas Gonçalves
Andréa de Freitas Gonçalves
Andréa de Freitas Gonçalves
Andréa F Gonçalves
Andrea Furlani
Andrea Maria Gomes Marinho Falcão
Andrea Marinho Falcão
Andrea Marinho Falcão
Andréa Marinho Falcão
Andréa Marinho Falcão
Andrea Pio de Abreu
Andrea Rodriguers Sabbatini
Andrea Rodrigues Sabbatini
Andrea Rodrigues Sabbatini
Andrea Rodrigues Sabbatini
Andrea Rodrigues Sabbatini
Andrea Sabbatini
Andrei C Sposito
Andrei C Sposito
Andrei C. Sposito
Andrei C. Sposito
Andrei Carvalho Sposito
Andrei Carvalho Sposito
Andrei Carvalho Sposito
Andrei Carvalho Sposito
Andrei Carvalho Sposito
Andrei Carvalho Sposito
Andrei Carvalho Sposito
Andrei Skromov Albuqerque
TL 145
PO 158
PO 167
PO 173
PO 174
TL 145
PO 158
PO 167
PO 173
PO 174
PO 209
PO 091
PO 040
PO 041
TL 078
TL 028
TL 033
TL 038
PO 213
TL 088
TL 098
TL 099
PO 098
PO 212
PO 169
PO 157
PO 170
PO 157
PO 170
TL 116
PO 135
TL 015
TL 112
TL 115
PO 130
PO 113
TL 156
TL 160
PO 019
TL 028
TL 017
TL 019
TL 040
TL 081
TL 106
TL 152
PO 194
TL 144
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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25
Autor
Nº do Trabalho
Andrei Skromov Albuquerque
Andreia Cristiane Carrenho Queiroz
Andréia Sevestrin Terêncio
Andressa Motta Aurich
Andrey J Serra
Andrey Jorge Serra
Andrey Serra
Andrezza Kinote
Anelisa Bueno Pereira
Angela Rosa da Silva
Angela Rubia Fuchs
ANGELA TERESA BAMPI
Angelo A. A. de Paola
Angelo A. V. de Paola
Angelo Amato V de Paola
Ângelo Amato V. de Paola
Ângelo Amato Vincenzo De Paola
Angelo de Paola
Angelo De Paola
Aníbal Eugênio Vercesi
Aniele Clemente
Aniele Clemente
Anna Myrna Jaguaribe de Lima
Anna Myrna Jaguaribe de Lima
Anne Karoline Silveira Moura
Anselmo A. Silva
Antonielle Figueiredo Macedo Tavares Reis
ANTONIO ALCEU DOS SANTOS
ANTONIO ALCEU DOS SANTOS
Antonio Bacelar
Antonio Beraldo
Antonio C B Nunes Filho
Antonio C Barretto
Antonio C Cicogna
Antonio C. C. Carvalho
Antonio C. C. Carvalho
Antonio C. Carvalho
Antonio C. Cicogna
Antônio C.C. Carvalho
ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO
ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO
ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO
ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO
Antonio Carlos C. Carvalho
Antônio Carlos C. Carvalho
Antônio Carlos Camargo Carvalho
Antonio Carlos Carvalho
Antonio Carlos Carvalho
TL 146
PO 112
PO 201
PO 139
PO 100
PO 108
PO 089
TL 117
PO 123
PO 136
TL 094
PO 035
TL 164
PO 140
TL 082
PO 183
TL 070
PO 067
PO 089
TL 102
PO 191
PO 077
PO 095
PO 095
PO 186
PO 026
PO 033
TL 068
PO 072
PO 208
PO 086
PO 192
PO 141
PO 022
PO 140
TL 164
TL 082
TL 107
PO 030
TL 044
TL 048
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PO 142
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PO 193
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Autor
Nº do Trabalho
Antonio Carlos Carvalho
Antônio Carlos Carvalho
Antonio Carlos Cicogna
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Antônio Carlos de Camargo Carvalho
Antônio Carlos de Camargo Carvalho
Antônio Carlos M.Bianco
Antonio Carlos Pedroso de Lima
Antonio Carlos Pereira Barretto
Antonio Carlos Pereira Barretto
Antônio Carlos Sobral Sousa
Antônio Carlos Sobral Sousa
Antônio Carlos Sobral Sousa Antônio Carlos Sobral Sousa
Antônio Carlos Sobral Sousa
Antônio Carlos Sobral Sousa
Antônio Célio C Moreno
Antonio Celio Moreno
Antonio Claudio do Amaral Baruzzi
Antonio Claudio do Amaral Baruzzi
Antonio Claudio do Amaral Baruzzi
ANTONIO CORDEIRO
Antonio Cordeiro Junior
Antonio Cordeiro S Jr
Antonio Cordeiro S Jr
ANTONIO E P PESARO
Antonio E. Filho
Antonio Eduardo Pereira Pesaro
Antonio Eduardo Pesaro
Antonio Eduardo Pesaro
Antonio Eduardo Pesaro
Antonio Esteves Filho
Antonio Esteves Filho
Antonio Esteves Filho
Antonio Esteves Filho
Antônio Esteves Filho
Antonio Esteves-Filho
Antônio Gabriel M.Jr
Antonio Gabriele Laurinavicius
Antonio Jose Cordeiro Mattos
Antonio M Kambara
Antonio M Kambara
Antonio M Kambara
Antonio M. Figueiredo-Neto
Antônio Massamitsu Kambara
PO 204
TL 073
PO 105
TL 084
PO 078
TL 153
PO 205
TL 070
PO 093
PO 062
TL 133
TL 128
PO 150
TL 095
PO 186
TL 139
TL 147
TL 148
PO 166
TL 082
TL 084
TL 166
PO 190
PO 198
TL 142
TL 113
PO 118
PO 119
PO 192
TL 049
TL 165
TL 135
PO 142
TL 161
PO 041
PO 043
PO 045
TL 078
TL 022
PO 039
PO 087
TL 020
TL 026
TL 051
PO 116
PO 127
TL 018
TL 042
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Antonio P. Mansur
Antônio Pazin Filho
Antônio Pazin Filho
Antônio Pazin Filho
Antônio Pazin Filho
Antônio Pazin-Filho
Antônio Pazin-Filho
Antonio Sergio de Santis A. Lopes
Antonio Sergio de Santis A. Lopes
Antonio Sergio de Santis A. Lopes
Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes
Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes
Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes
Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes
Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes
Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes
Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes
Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes
Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes
Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes
Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes
Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes
Antonio Sergio Lopes
Antonio Tito Paladino
Anwar Mouallem
Argemiro de Souza
Ari Timerman
Ari Timerman
Ariane Binoti Pacheco
Ariane Vieira Scarlatelli Macedo
Arnaldo Luiz Martins
ARTUR PIPOLO
Audrey Schnell
Augusto C Brasileiro
Augusto Hiroshi Uchida
Aureo Augusto de Almeida Delgado
Aurisetela Ramos
Auristela I. de Oliveira Ramos
Auristela Ramos
Auristela Ramos
Azevedo PS
Baracioli LM
Barbara Maria Ianni
Barbara Maria Ianni
Bárbara P. Torres
Basílio de Bragança Pereira
Beatriz Furlanetto
Beatriz Lustosa
TL 072
TL 134
PO 158
PO 167
PO 173
TL 145
PO 209
PO 207
PO 212
PO 213
TL 169
TL 169
TL 170
PO 211
PO 214
PO 215
TL 169
TL 169
TL 170
PO 211
PO 214
PO 215
PO 208
TL 027
TL 046
PO 088
TL 159
TL 167
PO 083
TL 138
PO 204
TL 068
TL 031
PO 082
TL 076
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TL 050
TL 171
TL 035
TL 051
TL 100
PO 188
TL 055
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Beatriz Vaz Domingues Moreno
Beatriz VD Moreno
Benedita Ferreira Machado
Benedito A.L. Fonseca
Benedito C. Maciel
Benedito Carlos Maciel
Benedito Carlos Maciel
Benedito Carlos Maciel
Benedito Carlos Maciel
Bento Bezerra
Bernardo A.Abreu
Bernardo Noya Alves de Abreu
BERNARDO NOYA ALVES DE ABREU
Bernardo Rodrigues Mendes Moraes
Bertha F Polegato
Bertha F Polegato
BERTOLETTO P R
BONOMO C
Breno A. A. Falcão
Breno A. A. Falcão
Breno A. Falcão
Breno Almeida de Oliveira
Breno Almeida de Oliveira
Breno de Alencar Araripe Falcão
Breno de Alencar Araripe Falcão
Breno de Alencar Araripe Falcão
Breno de Alencar Araripe Falcão
Breno de Oliveira Almeida
Breno Falcão
Breno O. Almeida
Breno Oliveira Almeida
Brian Ghoshhajra
Brivaldo Markman Filho
Bruna Abib
Bruna M. B. Leal
Bruna P M Rafacho
Bruna P M Rafacho
Bruna Paola Murino Rafacho
Bruno Biselli
Bruno Biselli
Bruno Biselli
Bruno Biselli
Bruno C. Ribeiro
Bruno Caramelli
Bruno Caramelli
Bruno Caramelli
Bruno de Freitas Leite
Bruno Geloneze
PO 135
PO 125
PO 114
TL 145
PO 167
PO 158
PO 173
PO 174
TL 053
PO 024
PO 160
PO 047
PO 159
PO 197
TL 099
PO 098
PO 103
TL 119
PO 036
PO 041
TL 032
TL 044
TL 048
TL 022
TL 025
PO 040
TL 078
TL 040
TL 049
TL 046
TL 032
PO 156
PO 082
PO 021
TL 164
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TL 136
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TL 081
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Bruno Leite
Bruno Luis Fonseca de Menezes
Bruno Mahler Mioto
Bruno Mahler Mioto
Bruno Mahler Mioto
Bruno Mahler Mioto
Bruno P Valdigem
Bruno Palmieri
Bruno Palmieri
Bruno Palmieri Bernardi
BRUNO PAPELBAUM
Bruno Pereira Valdigem
Bruno Pereira Valdigem
Bruno Rodrigues
BRUNO STEFANI LELIS SILVA
BRUNO VERAS BEZERRA
Caio B Vianna
Caio B Vianna
Caio Bottini Cruz
Caio César Jorge Medeiros
Caio de Brito Vianna
Camila Bonomo
Camila Bonomo
Camila Bonomo
Camila Camarço Batista
Camila Gabrilaitis
Camila Gimenes
Camila Gimenes
Camila Gimenes
Camila Lara Barcelos
Camila Lara Barcelos
Camila Maria Oliveira Tê
Camila Moreno Rosa
Camila Moreno Rosa
CAMILA MORENO ROSA
CAMILA MORENO ROSA
Camila Pereira Braga
Camila Pereira Braga
Camila R Correa
Camila Truzzi Penteado
Camilo Abdulmassih Neto
CAMPOS DHS
Campos DHS
Cantidio Campos
Cantidio Campos
Cantidio Campos
Cantidio Campos Neto
Cantidio Campos Neto
PO 171
PO 069
PO 020
TL 077
PO 075
PO 092
TL 089
PO 049
PO 050
TL 034
PO 147
TL 063
PO 084
TL 105
PPO 037
PPO 037
TL 077
PO 092
TL 132
PO 185
PO 074
TL 125
PO 137
PO 138
PO 066
PO 038
TL 056
TL 014
TL 122
PO 114
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Carina Hardy
Carla Carolina Cardoso Teixeira
Carla Carolina Cardoso Teixeira
Carla de Almeida
Carla Séptimio Margalho
Carla Vieira
CARLINDO MARQUES
CARLOS A CAMPOS
Carlos A Machado
Carlos A W Segre
CARLOS A. CAMPOS
Carlos A. Campos
CARLOS A. GONNELLI
Carlos A. H. M. Campos
CARLOS ALBERTO C DE ABREU FILHO
Carlos Alberto de Bragança Pereira
Carlos Alberto de Oliveira
Carlos Alberto Gonçalves Máximo
Carlos Alberto Mendez Contreras
Carlos Alexandre Wainrober Segre
Carlos Augusto Campos
Carlos Augusto Campos
Carlos Augusto Campos
Carlos Augusto H M Campos
Carlos E Negrão
Carlos E. Negrão
Carlos E.Prazeres
Carlos Eduardo Branco
Carlos Eduardo dos Santos Ferreira
CARLOS EDUARDO DUARTE
CARLOS EDUARDO ELIAS DOS PRAZERES
Carlos Eduardo Mendonça Tome
Carlos Eduardo Negrão
Carlos Eduardo Negrão
CARLOS EDUARDO NEGRÃO
Carlos Eduardo Negrão
Carlos Eduardo Negrão
Carlos Eduardo Negrão
Carlos Eduardo Negrão
Carlos Eduardo Negrão
Carlos Eduardo Negrão
Carlos Eduardo Ornelas
CARLOS EDUARDO ROCHITTE
CARLOS EDUARDO ROCHITTE
Carlos Eduardo S Leao
Carlos Eduardo Suaide Silva
Carlos Filho
Carlos Gun
TL 093
TL 139
TL 148
TL 063
PO 115
PO 171
PO 155
PO 043
PO 021
PO 068
TL 029
PO 039
PO 070
PO 036
TL 140
TL 131
PO 086
PO 055
TL 132
TL 076
TL 022
TL 036
PO 045
TL 083
PO 141
TL 155
PO 160
TL 169
PO 148
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PO 069
TL 101
TL 030
PO 090
PO 097
TL 121
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Carlos H. G. Uchôa
Carlos H. Miranda
Carlos Hossri
CARLOS HOSSRI
Carlos Negrão
Carlos Otto Berlowitz Filho
Carlos Pedra
Carlos R. Padovani
Carlos Roberto Padovani
Carlos Roberto Padovani
Carlos Roberto Padovani
Carlos Sierra
Carlos V Serrano Jr
Carlos V. Serrano Jr
Carlos V. Serrano Jr.
Carlos V. Serrano Jr.
Carlos Vicente Serrano Carlos Vinicius Abreu do Espírito Santo
Carolina Baeta
CAROLINA CASADEI
Carolina Casdei dos Santos
Carolina de Campos Gonzaga
CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA
CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA
CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA
CAROLINA GIUSTI BUZO
CAROLINA GIUSTI BUZO
Carolina Giusti Buzo
Carolina Giusti Buzo
Carolina Maria Nogueira Pinto
Carolina Moreira Montenegro
Carolina N. França
Carolina N. França
Carolina P. Amorim
Carolina Pereira
Carolina Pereira
CAROLINA PEREIRA
Carolina Porto
Carolina Soares Viana de Oliveira
Carolina Stoll
Caroline Patrícia Costa da Silva
Carsten Rickers
Carsten Rickers
Cassiana R.G. Giribela
Cassiana R.G. Giribela
Cassiana R.G. Giribela
Catarina de Andrade Barboza
Cecília Mary de Carvalho Viana Chianca
TL 067
TL 145
TL 094
TL 126
PO 109
PO 144
TL 089
TL 107
PO 057
PO 059
PO 105
TL 089
PO 192
TL 074
TL 120
PO 189
TL 161
PO 036
PO 210
TL 126
TL 132
PO 023
TL 113
PO 118
PO 119
PO 033
PO 035
PO 033
PO 035
PO 031
PO 055
TL 016
TL 021
PO 196
TL 020
PO 034
TL 079
TL 061
TL 073
PO 048
PO 179
TL 137
TL 149
PO 124
PO 133
PO 134
TL 105
PO 046
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164
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Cecília Meirelles Barros
Célia de Paula Pimenta Bonatto
Célia de Paula Pimenta Bonatto
Célia M C Strunz
Celia Maria Camelo Silva
Célia Maria Camelo Silva
Celia Maria Cassaro Strunz
Célia R. S. Rocha Nogueira
Celma M. Martins
Celso Amodeo
Celso Amodeo
Celso Amodeo
Celso Amodeo
Celso Amodeo
Celso Amodeo
Celso Amodeo
Celso Correa
Cepeda FX
Cesar Higa Nomura
Cesar Higa Nomura
Cesar Higa Nomura
Cesar J Grupi
Cesar José Grupi
Cesar José Grupi
Cesar José Grupi
Cesar Nomura
CEZAR MDM
Charles Mady
Charles Mady
Charles Mady
Charles Mady
Charles Mady
CHAVES J C
Christiane Malfitano
Christopher Hart
Christopher Hart
Cibele L Garzillo
Cibele Larrosa Garzillo
Christopher Hart
Cibele Larrosa Garzillo
Cicogna AC
Cinthia G. F. Dias
Cinthia G. F. Dias
Cintia Helena Santuzzi
Clarissa Antunes Thiers
Clarissa Karine Cardoso Teixeira CLÁUDIA CRISTIANY GARCIA LOPES
Claudia da Silva Fragata
PO 185
PO 057
PO 059
TL 072
TL 062
PO 093
PO 064
PO 033
TL 018
TL 113
PO 116
PO 118
PO 119
PO 120
PO 127
PO 175
PO 204
TL 103
TL 044
TL 048
TL 169
PO 075
TL 055
TL 058
PO 052
PO 064
TL 119
TL 055
TL 057
TL 058
TL 059
PO 052
PO 103
PO 110
TL 137
TL 149
PO 068
PO 061
PO 064
TL 076
PO 152
TL 120
PO 189
TL 104
TL 054
TL 139
PO 035
TL 063
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Claudia F Gravina
Claudia Fragata
Claudia Lucia de Moraes Forjaz
Claudia M. Rodrigues Alves
Claudia Maria R Alves
Claudia Maria R Alves
Claudia Maria Rodrigues Alves
Claudia Maria Rodrigues Alves
Claudia Maria Rodrigues Alves
Cláudia Maria Rodrigues Alves
Cláudia Maria Rodrigues Alves
Cláudia Maria Rodrigues Alves
Cláudia Maria Rodrigues Alves
Cláudia Maria Rodrigues Alves
Claudia Suzuki Yamada
Cláudio Cirenza
Cláudio Córdova
Claudio Henrique Fischer
Cláudio Teodoro de Souza
Claus Zeefried
Cléber Rene Alves
Costantino O. Costantini
Costantino O. Costantini
Costantino R. F. Costantini
Costantino R. F. Costantini
Cristiane Aparecida Moran
Cristiane Felix Ximenes Pessotti
Cristiane Felix Ximenes Pessotti
Cristiane Maki Nunes
Cristiane Felix Ximenes Pessotti
Cristiano A. Ballus
Cristiano Dietrich
Cristiano Freitas de Souza
Cristiano Freitas de Souza
Cristiano Guedes Bezerra
Cristiano Guedes Bezerra
Cristiano Mostarda
Cristiano Mostarda
Cristiano Pisani
Cristiano Ricardo Bastos de Macedo
Cristiano Ricardo Bastos de Macedo
Cristina Chaves dos Santos de Guerra
Cristina R Cardoso
Daisy Maria Machado
Dalmo A R Moreira
DALMO A. R. MOREIRA
Dalmo Antonio Ribeiro Moreira
Dalmo Antonio Ribeiro Moreira
PO 031
TL 090
PO 112
TL 075
TL 082
PO 204
TL 153
PO 193
PO 205
PO 030
TL 039
TL 073
PO 078
TL 026
TL 096
PO 183
PO 019
TL 044
TL 105
TL 039
TL 030
PO 048
PO 200
PO 048
PO 200
PO 058
TL 065
TL 066
TL 101
PO 097
TL 018
TL 118
TL 046
TL 075
TL 049
PO 036
PO 122
PO 123
TL 093
PO 111
PO 132
PO 115
PO 150
TL 062
TL 089
TL 090
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PO 168
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Dalmo Antônio Ribeiro Moreira
Dalmo Antônio Ribeiro Moreira
Dalmo Moreira
Dalmo Moreira
Dalmo Moreira
Dalton V Vassalo
Dalva Poyares
DAMATTO RL
Damiana Vieira dos Santos Rinaldi
DANIEL A MESSAGE DOS SANTOS
Daniel Arcuschin Oliveira
Daniel B Munhoz
Daniel Batista Munhoz
DANIEL BOUCHABKI DE ALMEIDA DIEHL
Daniel Branco de Araujo
Daniel Chamié
Daniel Chamié
Daniel Forman
DANIEL FRANCISCO TROMPIERI
Daniel G. Martinez
Daniel Godoy Martinez
Daniel J. Pereira
Daniel Martinez
DANIEL OLIVEIRA NETO BARBOSA
Daniel Pio de Oliveira
Daniel Pio de Oliveira
Daniel Z. Scherrer
Daniel Zanuttin
Daniel Zanuttini
DANIELA BAGGIO R. MARTINS
DANIELA BAGGIO R. MARTINS
Daniela Caetano Costa
Daniela CAlderaro
Daniela Fantato
Daniela M. Tegani
Daniela Tarasoutchi
Daniela Tarasoutchi
Daniela Tarasoutchi
Daniele M. Guizoni
Danielle A G C Oliveira
Danielle Cristina Tomaz da Silva
Danielle Menosi Gualandro
Danilo Marcelo L. Prado
Danilo Marshesotti Corvino
Danilo Ribeiro Galantini
Danilo Sales Bocalini
Danusa Ramos
Danusa Ramos
TL 091
TL 092
PO 083
PO 120
PO 175
TL 069
PO 140
TL 119
PO 139
PO 164
PO 184
TL 156
TL 152
PO 051
PO 023
TL 033
TL 038
PO 076
PO 063
TL 155
TL 101
TL 117
PO 109
PPO 037
PO 066
TL 139
PO 029
PO 048
PO 200
PO 078
PO 205
PO 091
PO 081
PO 024
TL 024
PO 020
TL 077
PO 092
TL 107
PO 082
PO 105
PO 081
TL 096
PO 057
TL 132
PO 108
PO 079
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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172
172
35
Autor
Nº do Trabalho
Dario Gonçalves Neto
Darlan Dadalt
David Le Bihan
David Le Bihan
David Le Bihan
DAYS O ANDRADE
De Tomasi LC
Debora Deus
Decio Mion Junior
Decio Mion Junior
Deize Caldeira
Deize Caldeira
Denis Moulin Bayerl
Denise Aparecida Botter
Denise C. Fernandes
Denise de Castro Fernandes
Denise Hachul
Denise Louzada Ramos
Denise Louzada Ramos
Denise Louzada Ramos
Denise Maria Servantes
Denise T Hachul
Denise Tessariol Hachul
Denise Tessariol Hachul
Denise Tessariol Hachul
Desiderio Favarato
Desiderio Favarato
Diandro Marinho Mota
Dias da Silva VJ
Diego Carvalho Maciel
Diego Carvalho Maciel
Diego F Batista
Diego Figueroa
Diego Gaia
Diego Gaia dos Santos
Diego Marcelo May
Diego Sant’Ana Sodré
Diego Sant’Ana Sodré
Dijon H. S. Campos
Dijon Henrique Salomé
Dijon Henrique Salomé Campos
DIJON HENRIQUE SALOMÉ CAMPOS
Dijon Henrique Salomé de Campos
Dijon Henrique Salomé de Campos
Dimytri A. Siqueira
Dimytri Siqueira
Dimytri Siqueira
Dimytri Siqueira
TL 108
PO 181
TL 050
TL 051
TL 171
PO 121
PO 152
TL 027
TL 116
PO 112
PO 077
PO 191
PO 181
PO 144
PO 138
TL 056
TL 093
PO 038
PO 139
PO 190
PO 146
PO 096
TL 055
TL 058
PO 052
PO 061
TL 076
PO 131
TL 103
TL 108
PO 172
TL 099
PO 110
PO 210
PO 067
TL 048
PO 111
PO 132
TL 107
PO 105
TL 056
TL 125
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TL 045
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TL 037
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Dimytri Siqueira
Dimytri Siqueira
Dinaldo C Oliveira
DIOGO GRATIVOL VENTURI
DIRCE MARIA ZANETTA
Dirceu R. Almeida
Dirceu Rodrigues Almeida
Dirceu Rodrigues de Almeida
Domingos Dias Lourenço Filho
Dorotéia R Silva Souza
DOUGLAS DE OLIVEIRA SOUZA
DOUGLAS N GARCIA DOUGLAS WILLIAN BOLZAN
Drager LF
Dulce Elena Casarini
E Bollache
E Mousseaux
Eder C. R. Quintão
Eder C.R. Quintão
Eder C.R. Quintão
Edgar Dias
Edgar G Victor
Edgar G Victor Filho
Edgar Toschi Dias
Edgar Toschi Dias
Edielle de Sant´Anna Melo
Edielle de Sant´Anna Melo
Edilamar M Oliveira Edilamar Menezes de Oliveira
Edilamar Menezes de Oliveira
Edilberto C. Pereira Jr.
EDILEIDE BARROS CORREIA
Edileide de Barros Correia
Edileide de Barros Correia
Edileide de Barros Correia
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Bocchi
Edmo Silveira
Edmundo Arteaga Edmundo Arteaga
Edmundo Arteaga
Edmundo Atrteaga-Fernández
TL 051
TL 171
PO 082
PO 101
TL 151
PO 140
PO 146
PO 149
TL 123
TL 114
PO 203
TL 068
TL 070
TL 103
TL 127
TL 111
TL 111
PO 028
TL 017
PO 029
PO 109
PO 082
PO 082
TL 101
PO 097
PO 106
PO 107
TL 130
TL 030
TL 127
TL 075
PO 051
PO 055
TL 091
PO 179
TL 060
PO 053
TL 136
PO 151
PO 153
PO 177
PO 178
PO 154
PO 088
TL 058
TL 059
PO 052
TL 052
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Edna Maria Marques de Oliveira
Edna Nakandakare
Edna R. Nakandakare
Edna R. Nakandakare
Ednei Antonio
Ednei L Antonio
Ednei Luiz Antonio
EDSON CASTARDELI
EDSON CASTARDELI
Edson Castardeli
Edson Marcos Campos Lessa Junior
EDSON R. ROMANO
Edson R. Romano
Edson Romano
Edson Romano
EDSON STEFANINI
Edson Stefanini
Edson Stefanini
Eduardo Bazanelli Junqueira Ferraz
Eduardo Davino Chiovatto
Eduardo Davino Chiovatto
Eduardo Elias Vieira de Carvalho
Eduardo Elias Vieira de Carvalho
Eduardo Elias Vieira de Carvalho
Eduardo Elias Vieira de Carvalho
EDUARDO ERUDILHO
Eduardo França Pessoa de Melo
Eduardo G Lima
Eduardo Gomes Lima
Eduardo Gomes Lima
Eduardo Pinheiro Venturelli Junior
Eduardo Próspero Amui
Eduardo R. Martins Lima
Eduardo Rodrigues Borato
Eduardo Segalla de Mello
Eduardo Sosa
Eduardo Sosa
Eduardo T Santana
Eduardo Tokura
Eduardo Vieira Fregolente
Eduesley Santana Santos
Edward Hulten
Edward Hulten
Elaine R. Tavares
Elayne Kelen de Oliveira
Elbio D’Amico
Elcio Tarkieltaub
Elcio Tarkieltaub
PO 115
TL 017
PO 028
PO 029
PO 089
PO 100
PO 108
TL 104
PO 101
TL 104
PO 117
PO 071
PO 196
TL 043
PO 042
PO 078
TL 153
PO 205
PO 195
PO 133
PO 134
TL 053
PO 091
PO 102
PO 176
PPO 037
PO 151
PO 068
PO 061
TL 076
PO 197
PO 202
TL 075
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Elenice Mantovani
Elenize J Pereira
Elenize pereira
Eleonora Tobaldini
Eliana C. de Faria
Eliana C. de Faria
Eliana Cotta de Faria
Eliana Meishin Lee
Eliane S. Parra
Eliane S. Parra
ELIEZER SILVA
Elina Assunção de Lima
Elisa Assunção de Lima
Eliza R.F.B.M. de Azevedo
Elizabete Silva dos Santos
Elizabete Silva dos Santos
Elson Reis Dantas
Elssi Celina Espinosa
Emilton Lima Jr.
EMMANUEL DE ALMEIDA BURDMANN
Emmanuel Lima de Almeida Santos
Enaldo Vieira de Melo
Enaldo Vieira de Melo
Enaldo Vieira de Melo
Enaldo Vieira de Melo
Enaldo Vieira de Melo
Enéas A. Rocco
Enilton Egito
ENILTON S. T. DO EGITO
Enilton T. do Egito
Enio Buffolo
Enio Buffolo
Enio Buffolo
Érica I.L. Gomes
Erika Mayumi Kasai Yamada
Ernani de Sousa Grell
Ernani de Sousa Grell
Eros M Dias
Erwin Soliva Junior
ERYCA VANESSA SANTOS DE JESUS
ERYCA VANESSA SANTOS DE JESUS
Esper Georges Kallás
Euclides M Barros Jr
EUGENIA JATENE BOU KHAZAAL
Euler Brancalhão
Evandro P. V. Felix
Evandro Ribeiro
Evandro Sbaraini
PO 178
PO 098
PO 099
PO 112
PO 028
PO 029
TL 017
PO 206
PO 028
PO 029
TL 140
PO 184
PO 184
PO 026
TL 159
TL 167
PO 084
TL 061
PO 117
TL 151
TL 095
TL 095
TL 139
TL 148
PO 166
PO 186
TL 096
PO 044
PO 071
PO 196
PO 065
PO 067
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PO 029
TL 133
TL 131
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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174
39
Autor
Nº do Trabalho
EVANDRO SBARAÍNI
Ewandro Luiz Rey Moura
EXPEDITO E RIBEIRO
Expedito E. Ribeiro
Expedito Eustáquio Ribeiro
Expedito R. Silva
Expedito Ribeiro
Expedito Ribeiro
Expedito Ribeiro
Expedito Ribeiro
Expedito Ribeiro
Fabiana de Salvi Guimarães
Fabiana de Santana Dória Fabiana Goulart Marcondes Braga
Fabiana Marques
Fabiana Marques
FABIANA MOREIRA PASSOS
FabianaV. Simões
Fabiane Rosa Rezende Honda Marui
FABIANO CASTRO ALBRETCH
Fabiano de Castro Albrecht
Fabiano de Castro Albrecht
Fábio Antonio Gaiotto
Fábio Antônio Gaiotto
Fabio Biscegli Jatene
Fábio Biscegli Jatene
Fabio Conejo
FÁBIO CONEJO
FÁBIO CONEJO
FÁBIO CONEJO
Fabio Coracin
Fabio Fernandes
Fabio Fernandes
Fabio Fernandes
Fabio Fernandes
Fábio G Dias
FABIO G. DE MELLO FRANCO
FABIO G. DE MELLO FRANCO
Fábio Ganassin
FABIO GAZELATO DE MELLO FRANCO
Fabio K.Dorfman
FABIO KIZNER DORFMAN
FÁBIO LÚCIO NOGUEIRA DE LOUREIRO
Fabio Sandoli de Brito Jr
Fabio Sandoli de Brito Jr.
Fábio Sandoli de Brito Junior
Fábio Sandoli de Brito Junior
Fabio Sandoli de Brito Junior,
PO 063
PO 207
PO 043
PO 039
PO 151
PO 041
TL 049
PO 038
PO 045
PO 190
PO 198
PO 108
TL 147
TL 136
TL 134
PO 136
TL 065
TL 069
PO 058
PO 051
PO 055
PO 179
PO 177
TL 080
TL 123
PO 177
TL 083
TL 029
TL 036
PO 043
TL 003
TL 055
TL 057
TL 058
PO 052
TL 114
TL 020
PO 034
TL 085
TL 079
PO 087
PO 063
PO 051
TL 032
TL 037
TL 044
TL 048
TL 046
40
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123
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Fábio Santos Lira
Fabio Trentin
Fábio V.Fernandes
Fábio Vieira Fernandes
FÁBIO VIEIRA FERNANDES
FAGUNDES D J
Fany Lima
Farsky Pedro
Fátima D. Cruz
Fátima Dumas Cintra
Fátima Dumas Cintra
FÁTIMA GUILHERME
Fausto Feres
Felicio Savioli Neto FELIPE A M STELA
Felipe Augusto de Oliveira Souza
Felipe Bortot César
Felipe Carrhá Machado
Felipe Crispim
Felipe Dourado Munhoz
Felipe Duarte Gaia
Felipe Franco Fonseca
Felipe Gomes de Oliveira
Felipe José de Andrade Falcão
Felipe José de Andrade Falcão
Felipe Paulitch
Felipe Teles de Arruda
Felipe W Sarinho
Felipe Xerez Cepeda Fonseca
Felipe Xerez Cepeda Fonseca
Felix Jose Alvarez Ramires
Felix Jose Alvarez Ramires
Felix Jose Alvarez Ramires
Felix Jose Alvarez Ramires
Fernado Roberto de Fazzio
Fernado Teiichi Costa Oikawa
Fernanado Bacal
Fernanda Chiuso-Minicucci
Fernanda Consolim-Colombo
Fernanda Duarte
Fernanda Gallinaro Pessoa
Fernanda Kmohan Paulino Patrício
Fernanda M. Consolim-Colombo
Fernanda M. Consolim-Colombo
Fernanda M. Consolim-Colombo
Fernanda M. Consolim-Colombo
Fernanda Marciano Consolim-Colombo
Fernanda Maria Silveira Souto TL 105
TL 049
PO 160
PO 047
PO 159
PO 103
TL 106
TL 162
PO 153
PO 084
PO 146
TL 150
TL 045
PO 031
TL 068
PO 183
PO 181
PO 179
TL 073
PO 184
PO 025
PO 182
PO 086
PO 030
TL 039
PO 033
PO 202
PO 082
TL 101
PO 097
TL 055
TL 057
TL 058
PO 052
PO 215
PO 064
TL 136
TL 098
PO 122
TL 085
TL 057
TL 133
PO 123
PO 124
PO 133
PO 134
TL 157
TL 147
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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41
Autor
Nº do Trabalho
Fernanda Maria Silveira Souto
Fernanda Maria Silveira Souto
Fernanda Raquel Freitas Tavares
Fernanda Reis Azevedo
Fernanda Reis Azevedo
Fernandes AA
Fernandes AAH
FERNANDO ARAÚJO
Fernando B. Roldan
Fernando Bacal
Fernando Bacal
Fernando Bacal
Fernando Bacal
Fernando Bacal
Fernando Bacal
Fernando Bacal
Fernando Bacal
FERNANDO BRUETTO RODRIGUES
Fernando C. Freire
Fernando Kenji Suzuki
Fernando Matheus
Fernando Morita Fernandes Silva
Fernando Morita Fernandes Silva
FERNANDO MORITA FERNANDES SILVA
Fernando Oliveira Costa
Fernando Oliveira Costa
Fernando Oliveira Costa
Fernando Roberto De Fazzio
Fernando Santos
Fernando Teiichi Costa Oikawa
Fernando Teiichi Costa Oikawa
Ferreira V
Ferreira João FM
Filipe Azevedo Moura
Filipe Azevedo Moura
Filipe Fernandes Conti
Filomena Regina Galas
Flair José Carrilho
Flair José Carrilho
Flávia Almeida De S Menezes Ferreira
Flávia Almeida de Santana Menezes Ferreira
Flávia B. Nerbass
Flávia Baggio Nerbass
Flávia Bittar Britto Arantes
FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO
FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO
FLAVIA M VALENTE
Flávia Oliva De Battisti
TL 148
PO 166
PO 048
PO 106
PO 107
TL 100
PO 152
PO 090
TL 143
TL 060
PO 053
PO 079
PO 080
TL 135
PO 142
PO 148
PO 153
TL 151
TL 143
TL 131
PO 207
TL 020
PO 034
TL 079
PO 124
PO 133
PO 134
PO 211
PO 122
PO 061
PO 068
TL 100
TL 162
TL 017
TL 019
PO 110
PO 177
PO 079
PO 080
TL 139
TL 148
TL 067
TL 052
PO 066
PO 072
PO 073
PO 121
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI
FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI
Flávio F. Arbex
Flavio Pivatelli
Flavio Tarasouchi
Flavio Tarasoutchi
Flavio Tarasoutchi
Flavio Tarasoutchi
Flavio Tarasoutchi
Flávio Tarasoutchi
Flávio Tarasoutchi
Flávio Tarasoutchi
Flávio Tarasoutchi
Flávio Tarasoutchi
Flávio Tarasoutchi
Flávio Tarasoutchi
Flavio Tarasouthci
Francisco A. Fonseca
Francisco A. Fonseca
Francisco A. Fonseca
Francisco A. Fonseca
Francisco A. Fonseca
Francisco Darrieux
Francisco Darrieux
Francisco Eberth Marinho Marques
FRANCISCO H. FEITOSA FILHO
Francisco K. Saraiva
Francisco R. Laurindo
Francisco Rafael Martins Laurindo
Frank Nelson Cruz Venâncio
Frank Venancio
Franscisco José Cerqueira Filho
Frederico Dulley
Frederico Homem
Frederico Homem da SIlva
Frederico J. N. Mancuso
Frederico J. N. Mancuso
Frederico Ribeiro dos Santos
FREDERICO SOMAIO
Gabriel Araújo de Lima
Gabriel Assis Lopes do Carmo
Gabriel Forato Anhê
Gabriel Forato Anhê
Gabriel Lima
Gabriel Negretti Guirado
GABRIEL PELEGRINETI TARGUETA
Gabriel Zago
Gabriela Cordeiro da Costa
PO 116
PO 127
TL 129
TL 074
TL 170
TL 044
TL 048
TL 135
PO 142
TL 169
PO 207
PO 208
PO 211
PO 212
PO 213
PO 215
PO 214
TL 016
TL 018
TL 021
TL 023
TL 024
TL 093
PO 096
PO 126
PO 043
TL 017
PO 138
TL 056
TL 152
TL 156
PO 059
TL 003
TL 153
TL 084
PO 140
TL 164
PO 180
PO 103
TL 112
PO 081
TL 112
TL 117
TL 015
TL 014
PO 051
TL 049
PO 117
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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43
Autor
Nº do Trabalho
Gabriela Del Valle Fuenmayor Contín
Gabriela Sato
Gabriela Venturini
Gabriela Venturini da Silva
Galo A Maldonado
Galo Alfredo Maldonado
Galo Maldonado
Galo Maldonado
Galo Maldonado
Galo Maldonado
Galo Maldonado
Geraldo Lorenzi Filho
Geraldo Lorenzi Filho
Geraldo Lorenzi Filho
Geraldo Lorenzi Filho
Geraldo Lorenzi-Filho
Geraldo Lorenzi-Filho
Geraldo Saburo Harada
Germano Emílio Conceição Souza
Gilberto Marchiori
Gilberto Marchiori
GILMAR G. SANTOS
GILMAR GERALDO DOS SANTOS
Gilmar Valdir Greque
GILMARA SILVEIRA DA SILVA
GILMARA SILVEIRA DA SILVA
GIMENES R
Giovana Colozza Mecatti
Giovani De Santi
Giovani Luiz De Santi
Giovanio Vieira Silva
Giovanna Cerri
Gisele Kruger Couto
Giselle Peixoto
Gistalini Rodrigues de Oliveira
Gizele Alves Neves
Gláucio Furlanetto
GLAUCIO MAUREN DA SILVA GERÔNIMO
GLAUCYLARA REIS GEOVANINI
Graziela S. Ferreira
Grazielle Bastos Torres Grazielle Bastos Torres
Guilherme Barreto Alves
Guilherme de Rossi
Guilherme Di Dio Krahenbuhl
Guilherme Fenelon
Guilherme Ferragut Attizzani Guilherme Ferragut Attizzani
TL 066
PO 034
PO 089
TL 087
PO 044
TL 034
TL 043
PO 042
PO 049
PO 050
PO 196
PO 025
TL 052
TL 101
PO 097
TL 067
TL 071
PO 131
PO 151
PO 036
PO 045
PO 070
PO 063
TL 074
PO 072
PO 073
TL 119
PO 195
PO 091
PO 176
TL 116
PO 117
TL 127
PO 085
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TL 061
PO 063
TL 071
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Guilherme Fonseca
Guilherme Melo Ferreira
Guilherme Sobreira Spina
Guilherme Sobreira Spina
Guilherme Sobreira Spina
Guilherme Sobreira Spina
Guilherme Sobreira Spina
Guilherme Sobreira Spina
Guilherme Sobreira Spina
Guilherme Spina
Guilhermo Guerra Guimarães
Gun Carlos
Gunther Di Dio Krahenbuhl
Gustavo A de Souza
Gustavo Alvares
Gustavo B.F. Oliveira
Gustavo Baptista de Almeida Faro
Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira
GUSTAVO FERREIRA CORREIA
Gustavo Ferreira Correia
Gustavo J. Volpe
Gustavo Monteiro
Gustavo Pignatari Rosas Mamprin
Gustavo R. Morais
Gustavo Rique Morais
Gustavo Rique Morais
Gustavo Rique Morais
Gustavo Rique Morais
Gustavo Zenatti
Gustavo Zenatti
Hans-Heiner Kramer
Hans-Heiner Kramer
Heitor Moreno Jr.
Heitor Moreno Junior
Heitor Moreno Junior
Heitor Moreno Junior
Heitor Moreno Junior
Heitor Moreno Junior
Heitor Moreno Junior
Heitor Moreno Júnior
Hélder Mauad
Helena T. Godoy
Helga Monteiro
Helga Priscila Giugno Bischoff
Hélio Castello
Helio Lima de Brito Junior
Helio Tedesco Silva Jr
Helison Rafael P. do Carmo
TL 128
TL 153
TL 169
TL 170
PO 207
PO 211
PO 213
PO 214
PO 215
PO 208
TL 045
TL 162
PO 195
TL 114
PO 088
TL 154
PO 186
TL 026
PO 090
PO 143
TL 145
PO 171
PO 195
PO 041
TL 022
TL 025
PO 040
TL 078
PO 212
PO 213
TL 137
TL 149
PO 135
TL 015
TL 112
TL 115
TL 117
PO 113
PO 130
TL 102
TL 104
TL 018
PO 171
PO 046
TL 085
PO 086
TL 075
TL 106
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Heloisa Khader
Heloisa Maria Khader
Heno F. Lopes
Heno F. Lopes
Heno F. Lopes
Heno Ferreira Lopes
Heno Ferreira Lopes
Henri Paulo Zatz
Henrique Andrade Rodrigues da Fonseca
Henrique Barbosa Ribeiro
Henrique Cesar de Almeida Maia
Henrique Cesar de Almeida Maia
Henrique César de Almeida Maia Henrique César de Almeida Maia
Henrique Godoy
Henrique Lane Staniak
Henrique Migliori Rodrigues da Rocha
Henrique S. Trad
Henrique S. Trad
Henrique S. Trad
Henrique Simão Trad
Henrique Simão Trad
Henrique T. Bianco
Henrique T. Bianco
Henrique T. Bianco
Henrique Takachi Moriya
Henrique Tria Bianco
Hertaline Menezes do Nascimento
Heverton Paulino
Hicham Skali
Hindalis B.Epifanio
Hiram Bezerra
Hiram Bezerra
Hui Tzu Lin-Wang
HUMBERTO F. G. DE FREITAS
Humberto F. G. Freitas
Humberto Felício Gonçalves de Freitas
Humberto G. Moreira
Humberto Pierri
Humberto Pierri
Ibraim Assub
Ibraim M F Pinto
Ibraim M F Pinto
Ibraim Masciarelli Francisco Pinto
Ibraim Masciarelli Francisco Pinto
Ibraim Masciarelli Francisco Pinto
Ibraim Masciarelli Pinto
Ibraim Pinto
TL 089
TL 063
PO 124
PO 133
PO 134
TL 055
PO 123
PO 023
PO 015
PO 151
PO 114
PO 115
PO 114
PO 115
PO 149
TL 086
PO 056
TL 145
PO 158
PO 167
PO 173
PO 174
TL 016
TL 021
TL 023
TL 052
PO 015
PO 172
PO 109
PO 076
PO 084
TL 031
TL 041
PO 083
TL 133
TL 032
PO 144
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PO 033
PO 035
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
IEDA BISCCEGLI JATENE
Ieda Biscegli Jatene
Igor de Mello Alvim
Igor Lucas Gomes dos Santos
Igor Lucas Gomes-Santos
IKEJIRI A T
Ilana C.Sincos
ILANA P. DE CARVALHO
Indira Vieira Pereira Torres
Inga Voges
Inga Voges
Iran Gonçalves
Iran Gonçalves Jr
Iran Gonçalves Jr
Iran Gonçalves Jr Iris Callado Saches
IRIS CALLADO SANCHES
Irlaneide Da Silva Tavares
Irlaneide Da Silva Tavares
Isabela C Vieira
Isabela J. M. Bensenor
Isabella Fagian Pansani
Isac de Castro
Isis Begot Valente Isly Maria Lucena de Barros
Iuri Resedá Magalhães
Iuri Resedá Magalhães
Ivan R. Rivera
Ivana Antelmi
Ivani Candidio Trombetta
Ivani Credidio Trombetta
Ivani Creididio Trombetta
Ivani Trombetta
Izo Helber
J Alberto Neder
J Eduardo Sousa
J Eduardo Sousa
J Eduardo Sousa
J Eduardo Sousa
J Eduardo Sousa
J Eduardo Sousa
J Ribamar Costa Jr
J Ribamar Costa Jr
J Ribamar Costa Jr
J. Eduardo Morais Reg Sousa
J. Eduardo Morais Reg Sousa
J. Eduardo Morais Reg Sousa
J. Eduardo Morais Reg Sousa
TL 065
TL 066
PO 182
TL 121
TL 127
PO 103
TL 143
PO 071
PO 056
TL 137
TL 149
PO 199
TL 082
PO 193
TL 039
PO 012
PO 110
TL 139
TL 148
PO 002
TL 086
PO 130
TL 116
PO 093
PO 024
PO 111
PO 132
PO 088
PO 143
TL 128
PO 097
TL 101
PO 109
PO 030
TL 129
TL 033
TL 035
TL 050
TL 051
PO 042
PO 044
TL 035
TL 050
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TL 034
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
J. Eduardo Morais Reg Sousa
J. Eduardo Morais Reg Sousa
J. Eduardo Sousa J. Eduardo Sousa J. Osmar Medina Pestana
J. Ribamar Costa Jr
J. Ribamar Costa Jr
J. Ribamar Costa Jr.
J. Ribamar Costa Jr.
J. Ribamar Costa Jr.
J.Eduardo Sousa
J.Eduardo Sousa
J.Ribamar Costa Jr
Jaciara Machado Viana
Jackson Rafael Stadler
Jairo Macedo da Rocha
Jairo Montemor
Jairo Montemor da Silva
Jakelyn Pimentel Ortiz
Jamil Ribeiro Cade
Jan Menezes Lopes
Janaina Barcellos Ferreira Jania Mesquita
Jania Mesquita
JANIA ROBERTA MESQUITA
Januário Manoel de Souza
Jaqueline M.A. Lazzari
JAQUELINE R. S. GENTIL
Jaqueline Scholz Issa
Jarbas J Dinkhuysen
Jari Metso
Jarly Oliveira Santos Almeida
Jarly Oliveira Santos Almeida
Jefferson Jaber
JERUSA ARANTES
Jim Stewart
Joalbo Matos Andrade
João Batista Guimarães
João E.Piccirillo
João Fernando Ferreira
João Gabriel Esper Kosmiskas
João Ítalo Dias França
João Ítalo Dias França
João Italo Dias França Joao Lourenço Herrmann
João Lourenço V Herrmann
João Luís Barbosa
Joao Luiz A. A. Falcao
PO 049
PO 050
PO 120
PO 175
TL 075
TL 034
TL 038
PO 006
PO 049
PO 050
TL 043
TL 047
TL 047
PO 209
TL 045
PO 114
PO 089
PO 108
TL 091
TL 032
PO 031
PO 122
TL 036
TL 083
TL 029
PO 180
TL 096
PO 136
PO 033
TL 132
PO 028
PO 095
PO 095
PO 087
TL 064
TL 033
TL 160
TL 085
PO 087
PO 074
PO 074
TL 026
TL 154
PO 066
TL 153
TL 082
TL 054
PO 041
48
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
João Luiz de Alencar Araripe Falcão
João Luiz de Alencar Araripe Falcão
João Luiz de Alencar Araripe Falcão
João Luiz Falcão
João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira
João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira
João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira
João Paulo Andrade Fonseca João Paulo Velasco Pucci
JOÃO PIMENTA
Joao Ricardo C. Fernandes
João Ricardo Cordeiro Fernandes
João Ricardo Cordeiro Fernandes
João Ricardo Cordeiro Fernandes
João Ricardo Cordeiro Fernandes
João Ricardo Cordeiro Fernandes
Joao Roberto Breda
João Roberto Breda
João Santana da Silva
JOÃO V. HOLTZ
JOAO VICENTE DA SILVEIRA
João Victor Lima Dantas
Joaquim Almeida
Jon Hainer
Jon Hainer
Jon Hainer
Jonas Augusto Cardoso da Silveira
Jonatas B. Amaral
Jonatas B. Amaral
Jordana Magalhães Siqueira
Jordana Magalhães Siqueira
Jorge A. Farran
Jorge A. Farran
Jorge Assef
Jorge Eduardo Assef Jorge Mejía Cabeza
JORGE RAUL CASTRO DORTICÓS
Jose A F Ramires
José A F Ramires
José A F Ramires
José A F Ramires
José A F Ramires
José A F Ramires
José A F Ramires
José A F Ramires
José A. Cipolli
José A. Cipolli
JOSE A. L. NETO
TL 022
TL 025
TL 078
PO 040
TL 055
TL 058
PO 052
TL 108
PO 147
TL 150
TL 169
TL 170
PO 211
PO 212
PO 213
PO 214
PO 067
PO 210
TL 053
PO 155
PO 203
TL 108
TL 118
TL 033
TL 038
PO 076
PO 027
TL 016
TL 021
TL 141
PO 163
PO 062
PO 071
TL 050
PO 066
TL 053
PO 147
PO 068
TL 072
TL 077
PO 075
PO 092
PO 157
PO 169
PO 170
PO 128
PO 129
PO 070
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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184
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Autor
Nº do Trabalho
José A. M. Meneghini
José A. Mangione
José A. Marin-Neto
José Agusto M. Souza
Jose Alexandre Silveira
José Antonio Maluf de Carvalho
José Antonio Maluf de Carvalho
José Antônio Marin Neto
José Antonio Marin-Neto
José Antonio Marin-Neto
José Antônio Marin-Neto
Jose Antonio S Jr
JOSÉ ARMANDO MANGIONE
José Augusto Aguiar Carrazedo Taddei
Jose Augusto Marcondes
José Augusto Marcondes de Souza
José Augusto Soare Barreto Filho
José Augusto Soares Barreto Filho
José Augusto Soares Barreto-Filho
José Augusto Tavares Monteiro
Jose C. Nicolau
José C. Nicolau
José C. Nicolau
Jose Carlos Quinaglia e Silva
Jose Carlos Quinaglia e Silva
Jose Carlos Quinaglia e Silva
José Carlos Quinaglia e SIlva
JOSÉ CARLOS TEIXEIRA
José Carlos Teixeira Garcia
Jose Carlos Trastchuk
José Claudio Meneghetti
José Claudio Meneghetti
José Claudio Meneghetti
José de Ribamar Costa Jr
JOSE DE RIBAMAR COSTA JR.
JOSE DE RIBAMAR COSTA JR.
JOSE DE RIBAMAR COSTA JR.
JOSÉ E TANUS-SANTOs José Eduardo de Sousa
Jose Eduardo Krieger
José Eduardo Krieger
José Eduardo Krieger
José Eduardo Martins Barbosa José Eduardo Moraes Rego Sousa
José Eduardo Sousa
JOSÉ F VILELA-MARTIN
JOSÉ F VILELA-MARTIN
José F Vilela-Martin
TL 143
TL 037
PO 167
TL 039
PO 149
TL 020
PO 034
PO 174
TL 053
PO 176
PO 158
PO 100
PPO 037
PO 027
PO 067
PO 210
PO 186
TL 095
TL 147
PO 074
TL 074
PO 024
TL 155
TL 152
TL 156
TL 160
TL 040
TL 140
TL 166
PO 200
PO 157
PO 169
PO 170
TL 043
TL 033
PO 042
PO 044
PO 121
TL 037
TL 131
PO 060
TL 087
PO 066
TL 042
TL 171
TL 114
PO 121
TL 114
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
José F Vilela-Martin
Jose Fabri Jr.
José FV Martin
José H. G. Colletes
José Honório de Almeida Palma da Fonseca
José Honório Palma
Jose Honorio Palma da Fonseca
José I. Gorla Jose Jayme Galvão de Lima
José L. Andrade
José L. Andrade
Jose L. B. Jacob
Jose Leao de Souza Jr
José M. Santana
José M. Santana
Jose Marconi A de Sousa
José Marconi Almeida de Sousa
JOSÉ MARCONI ALMEIDA DE SOUSA
JOSÉ MARCONI ALMEIDA DE SOUSA
José Marconi Almeida de Souza
José Maria Fernandes
Jose Maria Orlando
Jose Maria Orlando
José Nicolau
José Nogueira Paes Junior
José Nogueira Paes Junior
José Osmar Medina de Abreu Pestana
José R. Matos-Souza
José R. Matos-Souza
José R. Matos-Souza
José Ribamar Costa Jr.
Jose Ribeiro Lemos Junior
José Roberto Fioretto
José Sebastião de Abreu
José Sebastião de Abreu
JOSÉ TARCÍSIO MEDEIROS DE VASCONCELOS
Joselina Luiza Menezes Oliveira
Joselina Luzia Menezes Oliveira
Joselina Luzia Menezes Oliveira
Joselina Luzia Menezes Oliveira Joselina Luzia Menezes Oliveira
Joselina Luzia Menezes Oliveira
Joselina Luzia Menezes Oliveira
Joyce Kawakami
Joyce Kawakami
Joyce kawakami
JUAN C YUGAR-TOLEDO
JUAN C YUGAR-TOLEDO
PO 121
TL 120
PO 125
PO 029
PO 065
PO 210
PO 067
PO 026
TL 080
PO 079
PO 080
TL 074
TL 165
TL 021
TL 023
PO 204
TL 039
PO 078
PO 205
TL 073
PO 088
TL 153
PO 204
PO 109
TL 141
PO 163
PO 065
PO 026
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TL 045
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TL 141
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PO 147
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TL 095
PO 186
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Autor
Nº do Trabalho
Juan Carlos Yugar Toledo
Juan Carlos Yugar-Toledo
Juan Escalante
Juan Pablo Escalante
Julia Maria Pavan Soler
Juliana
JULIANA SILVA
Juliana Aparecida Soares
Juliana Aparecida Soares
Juliana Calhares
Juliana Cândida Oliveira Afonso
Juliana Galvão T. do Egito
Juliana H.M.Bello
JULIANA HIROMI SILVA MATSUMOTO BELLO
Juliana Nakamuta
Juliana Rodrigues de Souza Gentil
Juliano Cardoso
Júlio César Ayres Ferreira Filho Júlio César Ayres Ferreira-Filho
Julio Cesar Crescencio
Júlio César Crescêncio
Júlio César Crescêncio
Júlio César de Carvalho
Julio Cesar S Sousa
Júlio Sergio Marchini
Julio Y Takada
JULIUS CESAR BONIFACIO BARANAUSKAS
Juraci Aparecida Rocha
Juscelio T Sousa Filho
Juscelio Trajano de Sousa Filho
Juscélio Trajano de Sousa Filho
Juscélio Trajano de Sousa Filho
Karen Consuegra Alves
Karen Saori Shiraishi
Karen Yamashiro
Karina Garcez Reichow
Karina Garcez Reichow
Karina Iglesias Mellone
Karla Reichert
Karlos Alexandre de Souza Vilarinho
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
PO 135
PO 113
TL 136
PO 153
TL 131
PO 158
PO 155
PO 030
TL 084
PO 021
TL 165
PO 062
PO 160
PO 159
PO 089
PO 167
PO 150
TL 052
TL 127
PO 102
PO 091
PO 176
TL 163
PO 112
PO 136
TL 072
TL 065
TL 157
PO 193
TL 153
PO 030
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TL 066
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PO 095
PO 095
PO 046
TL 106
TL 106
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Katashi Okoshi
Kátia A. Reis de Toledo Borato
Katia Coelho Ortega
Katia De Angelis
Kátia De Angelis
Kátia De Angelis
Kátia de oliveira Nunes Leal
Katia Ortega
Keila C B Fonseca
Kelly Novaes
L Macron
Laercio Leitão
Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga
Lara Bernardes
LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR
LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR
Lara Buonalumi Tácito Yugar
LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR
Lara Romero Pereira Larissa Berreta Guimarães
Larissa F. Santos
Larissa Lucchesi Antunes de Oliveira
Larissa Santos
Laura Cortellazzi
Laura Costa
Laura Porto Mendes
Lauro Afonso Côrtes Bogniotti
Layde Rosane Paim
Leandro C. Portela
LEANDRO CORDEIRO PORTELA
Leandro Loureiro Buzatto
Leandro Loureiro Buzzato
Leandro Loureiro Buzzato
Leandro Loureiro Buzzato
Leandro Menezes Alves da Costa
Leandro Menezes Alves da Costa
LEANDRO UEDA
Leandro Yanase Rocha
Leonardo A M Zornoff
Leonardo A M Zornoff
Leonardo A. M. Zornoff
Leonardo Augusto Miana
LEONARDO CRISTIANO FRIGINI
Leonardo de Freitas Campos Guimarães
Leonardo Iquizli
TL 122
TL 125
PO 137
PO 138
PO 182
TL 116
PO 124
TL 105
PO 110
PO 055
PO 112
TL 057
PO 150
TL 111
PO 082
PO 093
PO 183
PO 125
PO 135
PO 125
PO 135
TL 160
PO 069
TL 155
PO 168
PO 109
TL 106
PO 024
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PO 026
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PO 070
PO 145
TL 135
PO 142
TL 165
PO 061
PO 064
PO 155
TL 105
TL 099
PO 098
PO 138
PO 197
TL 065
PO 030
TL 144
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Leonardo Iquizli
LEONARDO MACHADO
LEONARDO MACHADO
LEONARDO MACHADO
LEONARDO MACHADO
Leonardo Masashi Fujiwara
Leonardo Paschoal Camacho Varoni
Leonardo Zornoff
Leonardo Zornoff
Leonardo Zornoff
Leone Severino do Nascimento
Leone Severino do Nascimento
Leopoldo Soares Piegas
Leopoldo Soares Piegas
LESLIE KULIKOWSKI
Lia Rita Azeredo Bittencourt
Licio A. Velloso
Lielia Malaquias da Cunha Araujo
Lielia Malaquias da Cunha Araujo
Ligia Antunes-Correa
Ligia M Antunes Correa
Lígia M Antunes-Correa
Lila Missae Oyama
Lilia Nigro Maia
Lilian M Lopes
LILIANE ROCHA
LILIANE ROCHA
LIMA ARR
Lima FG
Lindemberg Mota Silveira Filho
LINO MIKIO TIBA
Livia Azouri
Livia Azouri
Lívia C Lins Lívia C. Lins
LIVIA HUCK
LIVIA MATOS
LIVIA MATOS
Lívia N. de Matos
Lívia N. de Matos
Lívia N. Matos
Lívia Nascimento de Matos
Lívia Nascimento de Matos
Lívia Nascimento de Matos
Lívia Nascimento de Matos
Lívia Ozzetti Azouri
Lorenzi-Filho G
Loreta Casquel Tomasi
TL 146
TL 142
PO 155
PO 164
PO 165
PO 144
PO 180
TL 088
TL 098
PO 099
PO 095
PO 095
TL 154
PO 196
TL 064
PO 146
TL 117
PO 114
PO 115
PO 141
TL 124
TL 130
TL 105
TL 158
TL 061
PO 078
PO 205
TL 119
PO 188
TL 106
TL 150
PO 157
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PO 078
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TL 016
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Lourenço Gallo Jr.
Lourenço Gallo Junior
Lourenço Gallo-Junior
Luana Salvoni Piante
LUANA URBANO PAGAN
Luana Urbano Pagan
Luana Urbano Pagan
Luana Urbano Pagan
Lucas Barbieri
Lucas Damiani
Lucas Damiani
Lucas do Santos da Mata Rezende
Lucas J. Tachotti Pires
Lucas José Tachotti Pires
Lucas José Tachotti Pires
Lucas Magalhães dos Reis
Lucas Rampazzo Diniz
Lucas Regatieri Barbieri
Luciana Alice Santana Teixeira
Luciana Armaganijan
Luciana Armaganijan
Luciana Armaganijan
Luciana Armaganijan
Luciana Braz Peixoto
Luciana D.N.J. de Matos
Luciana Julio Storti
Luciana N Cosenso-Martin
Luciana N Cosenso-Martin
Luciana O C Dourado
Luciana Oliveira Cascaes Dourado
Luciana Paula Seabra
Luciana Seabra Feitosa
Luciana Simão do Carmo
Luciana V Armaganijan
Luciana Venturini Rossoni
Luciana Vidal Armaganijan
Luciane Fujita
Luciano F Drager
Luciano F. Drager
Luciano F. Drager
Luciano Ferreira Drager
Luciano Ferreira Drager
Luciano Fonseca Lemos de Oliveira
Luciano Fonseca Lemos de Oliveira
Luciano Fonseca Lemos de Oliveira
Luciano Forlenza
Luciano M A Forlenza
Luciano Monte Alegre Forlenza
PO 091
PO 102
PO 176
TL 066
TL 119
TL 122
TL 125
PO 137
PO 087
PO 049
PO 050
PO 131
TL 169
PO 148
TL 170
PO 031
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TL 071
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TL 097
TL 089
TL 127
TL 092
PO 146
TL 071
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PO 025
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PO 091
PO 176
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Luciano Nastari
LUCIANO NUNES DOS SANTOS
Luciene Ferreira Azevedo
Ludhmila A Hajjar
Ludhmila Abrahão Hajjar
Ludhmila Abrahão Hajjar
Ludmila Hajjar
Ludmila Hajjar
Luis A. Bortolotto
Luis A. M. César
Luis Alberto Dallan
Luis Antonio Machado Cesar
Luis Augusto Riani Costa
Luis B. C. Seguro
Luis B. C. Seguro
Luis Carlos Wilke
Luis Enrique Campodonico Amaya
Luis F. Campos
LUIS FELIPE NEVES DOS SANTOS
Luis Fernando Bernal da Costa Seguro
Luis Fernando Bernal da Costa Seguro
Luís Gustavo Gali
Luís Gustavo Rico
Luis Gustavo Scopin Luis H Congio
Luis H.W. Gowdak
Luis Henrique W.Gowdak
Luís Henrique Wolff Gowdak
Luis Machado César
LUIS SALIBA
Luisa Allen Ciuffo
Luiz A C D’Albuquerque
Luíz A M César
Luiz A Quaglia
Luiz A. Medina
Luiz A. Quaglia
Luiz Antonio Carvalho
Luiz Antonio Cesar
Luiz Antonio Machado César
Luiz Antonio Machado César
Luiz Antônio Machado César
Luiz Antônio Machado César
Luiz Antônio Machado César
Luiz Aparecido Bortolotto
Luiz Aparecido Bortolotto
Luiz Aparecido Bortolotto
Luiz Aparecido Bortolotto
Luiz Aparecido Bortolotto
TL 058
PO 043
TL 121
PO 141
TL 080
PO 215
TL 120
PO 189
TL 080
TL 067
PO 074
TL 071
PO 112
TL 120
PO 189
TL 084
TL 163
PO 026
PO 089
PO 061
TL 076
PO 173
PO 201
PO 083
PO 098
TL 080
TL 071
TL 087
PO 085
TL 126
PO 054
PO 080
TL 072
TL 081
TL 129
PO 019
TL 037
PO 074
PO 020
PO 092
TL 077
TL 080
TL 087
PO 025
PO 052
PO 123
PO 124
PO 126
56
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183
183
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Luiz Aparecido Bortolotto
Luiz Aparecido Bortolotto
Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque
Luiz Augusto dos Santos Júnior
Luiz Borges Harada
Luiz C Wilke
Luiz Carlos V. de Andrade
Luiz Felipe Wili
LUIZ FERNANDO ESCOBAR GUZMAN
Luiz Flávio Galvão Gonçalves Luiz Francisco Ávila
Luiz G. Velloso
Luiz J. Kajita
Luiz J. Kajita
Luiz Junia Kajita
Luiz Junya Kajita
Luiz Mastrocola
LUIZ MASTROCOLLA
Luiz Minuzzo
Luiz Minuzzo
Luiz R. Moraes
Luiz S. Matsubara
Luiz Sergio F de Carvalho
Luiz Sergio F de Carvalho
Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho
Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho
Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho
Luiz T Giollo Jr
Luiz T Giollo Jr.
LUIZ T GIOLLO-JÚNIOR
Luiza Dantas Melo
Luiza Dantas Melo
Luiza Dantas Melo
Luiza Dantas Melo
Luiza Helena Miranda
Lurildo Cleano Ribeiro Saraiva
M Bensalah
M. Lúcia dos Santos Vaz
Machado Cesar LA
Machado Cesar LA
Madson Sousa de Freitas
Maeli Dal Pai-Silva
Magalhães Carlos C
Magaly Arraes
Magaly Arraes
Magaly Arraes
MAGALY ARRAIS DOS SANTOS
Magaly Marçula
PO 133
PO 134
PO 079
PO 031
PO 131
PO 193
PO 196
PO 195
PO 035
TL 147
PO 151
TL 032
PO 039
PO 045
PO 040
TL 025
TL 094
TL 126
TL 159
TL 167
TL 090
PO 138
TL 156
TL 160
TL 019
TL 081
PO 194
TL 114
PO 125
PO 121
TL 095
TL 147
TL 148
PO 166
PO 071
PO 187
TL 111
TL 075
PO 075
TL 162
TL 153
TL 107
TL 162
TL 050
TL 051
TL 171
TL 035
TL 131
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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57
Autor
Nº do Trabalho
Magaly Marçula
Magaly Marçula
Magaly Marçula
MAGDA CARNEIRO-SAMPAIO
Magda M. Atala
Magda M. Atala
Magda M. Atala
Maki-Nunes C
Manoel Herminio Aguiar-Oliveira
Manoel Nicolas Cano
Manuel Cano
Manuel Cano
Manuel Cano
Manuel Cano
Manuel Cano
Manuel Nicolás Cano
Mara Graziele Maciel Silveira
Marcel Costa
Marcel Figueiredo Fontes
Marcel Koenigkam Santos
Marcel Koenigkan Santos
Marcel Liberman
Marcel Superbia
Marcela AS Pinhel
Marcella Rodrigues Mendes Moraes
Marcello Franco
Marcelo B. Ulhoa Junior
Marcelo Bertolami
Marcelo Bertolami
Marcelo Bertolami
Marcelo Bettega
Marcelo Bettega
MARCELO BISCEGLI JATENE
Marcelo Botelho Ulhoa
Marcelo Cantarelli
Marcelo Chiara Bertolami
Marcelo D. M. Cezar
Marcelo de Freitas Santos
Marcelo Delano Bronstein
Marcelo Di Carli
Marcelo Di Carli
Marcelo Diacardia Mariano Cezar
MARCELO DIARCADIA MARIANO CEZAR
MARCELO DIARCADIA MARIANO CEZAR
Marcelo Eidi Ochiai
Marcelo Farinazzo
Marcelo Felipe de Souza Buto
MARCELO FRANKEN
TL 133
PO 143
PO 144
TL 064
PO 124
PO 133
PO 134
TL 103
PO 172
TL 034
TL 043
PO 042
PO 044
PO 049
PO 050
TL 042
PO 166
PO 169
PO 186
PO 174
PO 173
TL 097
PO 185
TL 114
PO 197
TL 118
TL 136
TL 113
PO 118
PO 119
PO 077
PO 191
TL 065
PO 153
TL 085
PO 023
PO 138
PO 200
PO 025
PO 076
PO 156
TL 122
TL 125
PO 137
PO 150
TL 085
PO 144
TL 161
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
MARCELO FRANKEN
MARCELO FRANKEN
MARCELO FRANKEN
Marcelo Jamus Rodrigues
Marcelo Jamus Rodrigues
Marcelo Jamus Rodrigues
MARCELO JATENE
Marcelo Katz
Marcelo Katz
Marcelo Katz
MARCELO KATZ
Marcelo Katz
Marcelo Katz
Marcelo Katz
MARCELO KATZ
MARCELO KATZ
MARCELO KATZ
Marcelo Katz
Marcelo L Vieira
Marcelo L. C. Vieira
MARCELO LUIZ PEIXOTO SOBRAL
MARCELO OCHIAI
Marcelo Ochiai
Marcelo Rodrigues dos Santos
Marcelo Rodrigues dos Santos
Marcelo Vieira
Márcia Cristiane Jurado
Márcia Koike
Márcia Makdisse
Marcia Martins Reis
Marcia Martins Reis
Marcia Martins Reis
Márcia R Makdisse
Marcia R. Sudin
Márcia Regina Holanda da Cunha
Marcia Regina P Makdisse
MARCIA REGINA P. MAKDISSE
Marcia Regina P. Makdisse
Marcia Regina Pinho Makdisse
Marcia Regina Pinho Makdisse
MARCÍLIA SIERRO GRASSI
Márcio Vinícius Lins de Barros
Marcio dos Santos
Marcio G Sousa
Márcio G. Sousa
MÁRCIO MATHEUS
Marcio Nascimento
MARCIO SOMMER BITTENCOURT
TL 165
PO 188
PO 192
TL 166
PO 190
PO 198
TL 064
TL 020
PO 034
TL 044
TL 079
TL 135
PO 142
PO 145
TL 161
TL 165
PO 192
PO 208
TL 048
PO 206
PO 063
PO 035
PO 141
TL 030
TL 128
TL 003
PO 106
PO 107
TL 165
TL 060
PO 053
PO 154
PO 192
PO 177
TL 104
TL 161
TL 079
PO 145
TL 135
PO 142
TL 064
TL 138
TL 074
PO 120
PO 175
TL 150
TL 083
TL 086
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
MARCIO SOMMER BITTENCOURT
MARCIO SOMMER BITTENCOURT
MARCO A FINGER
MARCO A FINGER
MARCO A PERIN
MARCO A. OLIVEIRA
MARCO A. OLIVEIRA
MARCO A. OLIVEIRA
Marco A. Perin
Marco A. Perin
Marco A. Perin
Marco A. Perin
Marco Antonio Arap
Marco Antonio Freitas de Queiróz Maurício Filho
Marco Antonio Mieza
Marco Antonio Mieza
MARCO ANTONIO O. BARBOSA
Marco Antonio Perin
Marco Antonio Perin
Marco Antonio Perin
Marco Antônio Perin
Marco Antonio Romeo Cuoco
Marco Costa
Marco Perin
Marcos Almeida Magalhães Andrade Jr
Marcos Barbosa
Marcos Barbosa
Marcos C Borges
Marcos Danillo Peixoto Oliveira
Marcos de Oliveira Vasconcelos
Marcos F Minicucci
Marcos F Minicucci
Marcos F Minicucci
Marcos Ferreira Minicucci
Marcos Martinelli
Marcos Minicucci
Marcos Paulo Lacerda Bernardo
Marcos Valério de Coimbra Resende
MARCOS VASCONCELLOS
Marcos Vicentim
Marcus Gama
Marcus Gomes Bastos
Marcus N. da Gama
Marcus N. da Gama
Marcus Nogueira Gama
Marcus V.B. Gaz
Marcus Vinicius Burato Gaz
Marcus Vinicius Burato Gaz
PO 076
PO 156
TL 126
TL 132
PO 043
TL 142
PO 155
PO 165
TL 046
TL 049
PO 039
PO 041
TL 128
TL 152
TL 166
PO 198
PO 071
TL 032
TL 044
TL 048
TL 025
PO 143
TL 041
PO 045
TL 138
PO 044
PO 196
TL 145
PO 031
PO 055
TL 098
TL 099
PO 098
TL 088
PO 085
PO 099
PO 179
PO 185
PO 051
TL 153
PO 040
PO 086
TL 049
PO 039
TL 022
TL 074
PO 211
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Marcus Vinicius Gimenes
Marcus Vinicius Simões
Marcus Vinicius Simões
Marcus Vinícius Simões
Marcus Vinícius Simões
Marcus Vinícius Simões
Marcus Vinícius Simões
María Brion
Maria C Abduch
Maria C. F. Almeida
Maria C. F. Almeida
Maria C. Izar
Maria Caludia Irigoyen
Maria Carolina Guido
Maria Clara Noman
Maria Claudia Irigoyen
Maria Claudia Irigoyen
Maria Cláudia Irigoyen
Maria Cláudia Irigoyen
Maria Claudina Camargo de Andrade
Maria Clementina P. Giorgi
Maria Cristina Elias
Maria Cristina Ferreira
Maria Cristina Izar
Maria Cristina Izar
Maria Cristina Izar
Maria Cristina Izar
Maria de Lourdes Higuchi
Maria de Lourdes Higuchi
Maria de Lourdes Higuchi
Maria de Lourdes Higuchi
Maria de Lourdes Higuchi
Maria do Socorro Brasileiro-Santos
Maria do Socorro Brasileiro-Santos
Maria dos Santos Barcelos
Maria dos Santos Barcelos
Maria E Martini
Maria Emilia Navajas Telles Pereira
MARIA ESTHER CECCON
MARIA FERNANDA ZULIANI MAURO
Maria Helena Albernaz Siqueira
Maria Janieire Alves
Maria Janieire Alves
Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves
Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves
Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves
Maria Janieire N N Alves
PO 210
TL 053
PO 102
PO 091
TL 134
PO 136
PO 176
PO 083
TL 003
TL 120
PO 189
TL 018
PO 123
TL 157
TL 129
TL 105
PO 110
PO 122
TL 157
TL 097
PO 126
PO 021
TL 037
TL 016
TL 021
TL 023
TL 024
TL 053
TL 060
PO 053
PO 154
PO 178
PO 095
PO 095
PO 114
PO 115
TL 061
TL 061
TL 064
PPO 037
TL 138
PO 109
PO 141
TL 124
TL 128
TL 101
PO 097
TL 130
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Maria Julia Silveira Souto
Maria Júlia Silveira Souto
Maria Letícia Nogueira
Maria Margarita Gonzalez
Maria Margarita Gonzalez
Maria Margarita Gonzalez
Maria Ondina Paganelli
Maria Sol Calero Revelo
Maria Stella Peccin
MARIA SUELY BEZERRA DIÓGENES
Maria Teresa Bombig
Maria U.P.B. Rondon
Maria Urbana P B Rondon
Maria Urbana P.B. Rondon
Maria Urbana P.B. Rondon
MARIA URBANA PINTO BRANDÃO RONDON
Maria Urbana Pinto Brandão Rondon Maria Urbana Pinto Brandão Rondon
Maria Urbana Rondon
Mariana Fuziy Nogueira
Mariana Guerreiro Nogueira de Melo
Mariana Janini Gomes
Mariana Lensi
Mariana Miotto Schnorr
Mariana Miotto Schnorr
Mariana Rabelo
Mariana Yumi Okada
Mariana Yumi Okada
Mariana Yumi Okada
Mariana Yumi Okada
Marianna Buchalla Barbar Cury
MARIELLE M BORGES
Marilia H Higuchi dos Santos
Marília I. Fonseca
Marina D. Coletta
Marina D. Coletta
Marina P. Okoshi
Marina Politi Okoshi
Marina Politi Okoshi
Marina Politi Okoshi
Marina Politi Okoshi
Marina Politi Okoshi
Marina Politi Okoshi
Marina Yumi Kawamura Takii
Mário Barbosa Guedes Nunes
Mário Barbosa Guedes Nunes
Mario Hirata
Mark Webster
PO 172
TL 108
PO 097
PO 184
PO 201
PO 202
PO 113
PO 066
PO 058
TL 062
PO 058
TL 124
TL 130
TL 121
TL 155
PO 090
TL 101
PO 097
PO 109
TL 063
PO 144
PO 137
PO 085
PO 048
PO 200
PO 171
PO 038
TL 166
PO 190
PO 198
TL 158
PO 121
PO 178
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TL 107
TL 056
TL 014
TL 122
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Maro Túlio de Mello
Marta F Lima
Marta Fernandes Lima
Marta Fernandes Lima
Marta L. C. Cherubini
Martha Sulzbach
Martha Trindade Manchini
Martín Nicolás Cano
Martino Martinelli
Martino Martinelli Filho
Matheus Miranda
Matti Jauhiainen
Mauricio N Machado
Maurício Nakashima Melo
Maurício P Bicudo
Mauricio S. Rocha
Mauricio Sa de Oliveira
Mauricio Scanavacca
Mauricio Scanavacca
MAURICIO WAJGARTEN
Maurício Wajngarten
Maurício Wajngarten
Mauro Barros
Mauro G. Albuquerque
Mauro Guimarães
MAURO S. V. MACHADO
MAURO TUPINIQUIM BINA
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Max Grinberg
Mayra Gomes
MAYRON FARIA DE OLIVEIRA
Meive Furtado
Meive Furtado
Melania A. Borges
Melânia Aparecida Borges
Melchior Luiz Lima
Mercedes Maldonado
Michael Jerosch-Herold
Michael Jerosch-Herold
Michel Batlouni
PO 146
TL 130
PO 161
PO 162
TL 143
PO 023
PO 100
TL 042
PO 085
TL 124
PO 065
PO 028
TL 158
PO 047
TL 143
PO 085
PO 046
TL 093
PO 096
TL 079
TL 020
PO 034
PO 088
TL 034
TL 047
PO 070
PO 054
TL 169
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PO 206
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PO 215
PO 088
TL 129
PO 079
PO 080
PO 084
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PO 055
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TL 094
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Michele Keiko Nisiyamamoto Molina
MICHELI ZANOTTI GALON
MICHELI ZANOTTI GALON
Michelle Sartori
Mieko Okada
Miguel A Moretti
Miguel Antonio Moretti
Miguel Antonio Moretti
Miguel Antonio Moretti
MIGUEL CENDOROGLO
Miguel Morita Fernandes da Silva
Miguel Morita Fernandes Silva
Miguel Srougi
Mihn Pham
Milena Curiati
Milena de Andrade Melo
Milena dos Santos Barros
Milena Fogal Felix Sardinha
Milena Novaes Cardoso Curiati
Milena Ribeiro Paixão
Milena Ribeiro Paixão
MILTON STEINMAN
Minh Pham
Minicucci M
Minna Moreira Dias Romano
Minna Moreira Dias Romano
Minna Moreira Dias Romano
Mioto Bruno M
Miriam Ikeda Ribeiro
Mirna Santos dos Anjos
Mirnaluci P. R. Gama
Mirnaluci Paulino Ribeiro Gama
Mitalee Patil
Moacir Novaes
Moacyr Roberto Cuce Nobre
Modesto PN
MOHAMAD SAID GHANDOUR
Mônica Buchalla
Monica Carneiro Sandoval
Monica Samuel Avila
Monica Samuel Avila
Monica Samuel Avila
Moreno Antonio Celio C
Mucio T. Oliveira Jr.
Mucio T. Oliveira Jr.
Muriel Reis
Murillo de Oliveira Antunes
Murillo Oliveira Antunes
TL 084
TL 031
TL 041
PO 122
PO 089
PO 075
PO 020
TL 077
PO 092
TL 140
PO 200
PO 048
TL 128
TL 149
PO 150
PO 185
TL 095
PO 046
PO 148
PO 207
PO 211
TL 140
TL 137
TL 100
TL 053
PO 173
PO 174
TL 162
PO 034
PO 186
PO 191
PO 077
PO 076
PO 024
PO 027
PO 099
PPO 037
TL 158
PO 144
TL 136
PO 153
PO 177
TL 162
TL 120
PO 189
TL 110
TL 059
TL 052
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Murilo Costa Sousa
Murilo Macedo
Murilo Macedo
N Kachenoura
NÁDIA DE MENDONÇA CARNIETO
Naiara Viudes Garcia Martins
NANA MIURA
Nana Miura
Nancy Toledo Coelho Natalia B Panzoldo
Natália B Panzoldo
Natalia B. Panzoldo
NATALIA DE FREITAS JATENE
Natalia Maria da Silva Fernandes Suassuna
Natalia Ruggeri
Natália Ruggeri Barabro
Natalia Ruggeri Barbaro
Natalia Ruggeri Barbaro
Natalia Ruggeri Barbaro
Natalia Ruggeri Barbaro
Natália Ruggeri Barbaro
Natália Ruggeri Barbaro
Natália Ruggeri Barbaro
Natália Ruggeri Barbaro
Natália Tonon Domingues
Natalino Yoshinari
Natan Daniel da Silva Junior
Natanael Morais
Natasha Priscila Xavier
Nathan V. Soubihe Jr.
Naury de Jesus Danzi-Soares
Naury J. Danzi-Soares
Nayara Fraccari Pires
Nayara Lima Pimentel
Nayara Lima Pimentel
Negrão CE
Neire N F Araujo
NELSON AKAMINE
Nelson Américo Hossne Jr.
Nelson de Luccia
Nelson Ithiro Tanaka
Neudir Frare Junior
Neuza Helena Moreira Lopes
NEUZA LOPES
Newton Callegari
Ney C. Borges
Nicola Montano
Nicolau JC
PO 184
PO 067
PO 210
TL 111
PPO 037
TL 019
TL 064
TL 093
PO 083
PO 028
PO 028
PO 029
TL 065
PO 086
TL 115
PO 113
TL 015
TL 112
PO 130
PO 135
TL 015
TL 112
PO 130
PO 135
PO 195
PO 178
PO 112
PO 024
TL 122
PO 060
TL 071
TL 067
TL 102
TL 141
PO 163
TL 103
PO 031
TL 140
PO 065
PO 081
PO 143
PO 117
PO 033
PO 035
PO 031
TL 024
PO 112
PO 188
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Nilson T. Poppi
Nilson Tavares Poppi
Nilson Tavares Poppi
nilton jose carneiro da silva
Nilton José Carneiro da Silva
Noedir A. G. Stolf
NOEDIR ANTONIO GROPPO STOLF
NOEDIR ANTONIO GROPPO STOLF
Odilson Marcos Silvestre
Odilson Marcos Silvestre
Odilson Silvestre
OKOSHI K
Okoshi K
OKOSHI MP
Oliveira Naide
Orlando Campos
Orlando Campos
Orlando Petrucci
Osório Luis Rangel de almeida
Osorio Luiz Rangel de Almeida
Osorio Luiz Rangel de Almeida
Osorio Rangel
Oswaldo César Almeida Filho
Otávio Coelho Bezerra
Otavio R Coelho
Otavio R Coelho
Otavio Ranzani
Otávio Rizzi Coelho
Otávio Rizzi Coelho
Otávio T. Nóbrega
Otoni Moreira Gomes
P Boutouyrie
Pablo Alberto Pomerantzeff
Pablo M. A. Pomerantzeff
Pablo Pomerantzeff
Padovani CR
Pai Ching Yu
Paiva SAR
Pâmela Ramona
Paola E P Smanio
Paola E P Smanio
PAOLA SMANIO
PAOLA SMANIO
PAOLA SMANIO
PAOLA SMANIO
PAOLA SMANIO
Paolo LaGuardia
Patricia A Oliveira
TL 071
TL 087
TL 166
PO 067
PO 084
TL 123
PO 063
PO 070
PO 079
PO 080
PO 148
TL 119
PO 152
TL 119
TL 162
PO 140
TL 164
TL 106
TL 152
TL 156
TL 160
TL 040
PO 174
TL 157
TL 156
TL 160
PO 208
TL 017
TL 040
PO 019
TL 069
TL 111
PO 053
PO 206
TL 060
PO 152
PO 081
TL 100
PO 108
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Patrícia Akissue Camargo Teixeira
Patricia C Brum
Patrícia Chakur Brum
Patrícia Chakur Brum
Patricia de Sá Perlingeiro
PATRICIA FIGUEIREDO ELIAS
PATRICIA FIGUEIREDO ELIAS
Patricia Forestieri
PATRICIA MARQUES DE OLIVEIRA
Patrícia Momoyo
Patrícia Momoyo
Patricia Oliveira
Patricia Oliveira Guimaraes
Patricia Oliveira Guimaraes
Patrícia Tavares Felipe
Paula Buck
Paula de Cássia Buck
Paula de Cássia Buck
Paula F. Martinez
Paula Felippe Martinez
Paula Felippe Martinez
Paula Felippe Martinez
PAULA FILIPPI
Paula S Azevedo
Paula S Azevedo
Paula Schmidt Azevedo Gaiola
Paula Vargas
Paulo A.da Costa
Paulo Andrade Lotufo
PAULO ARNON BREMER SOARES
Paulo C Rezende
Paulo Campos
Paulo Campos
Paulo Caramori
PAULO CESAR F. DIAS FILHO
PAULO CÉZAR FERRAZ DIAS FILHO
Paulo Chaccur
Paulo Cury Rezende
Paulo Cury Rezende
Paulo Cury Rezende
Paulo Fernando Marinho de Lima
Paulo Fernando Marinho de Lima
Paulo H N Saldiva
PAULO HENRIQUE DE ARAUJO GUERRA
Paulo JF Tucci
Paulo José Ferreira Tucci
PAULO M. B. MESQUITA
Paulo R. B. Evora
TL 131
TL 130
PO 108
TL 127
TL 121
TL 065
TL 066
PO 093
TL 065
PO 079
PO 080
TL 130
PO 212
PO 213
TL 138
TL 059
TL 055
TL 058
TL 107
TL 125
PO 137
PO 138
PO 165
TL 098
TL 099
TL 088
TL 063
PO 087
TL 086
PO 054
PO 068
TL 084
PO 204
TL 037
PO 071
PO 047
PO 055
PO 061
PO 064
TL 076
PO 095
PO 095
TL 057
PO 027
PO 100
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Paulo R. F. Rossi
Paulo R. F. Rossi
Paulo R. Soares
Paulo Roberto Araújo Mendes
Paulo Roberto Araújo Mendes
Paulo Roberto Chizzola
Paulo Rogério Soares
Paulo Rogério Soares
Paulo Rogério Soares
Paulo S. Gutierrez
Paulo Sampaio Gutierrez
Paulo Sampaio Gutierrez Paulo Soares
Paulo Soares
Paulo Tucci
Pedro Bortz
PEDRO A LEMOS
PEDRO A LEMOS
Pedro A. Lemos
Pedro A. Lemos
Pedro A. Lemos
Pedro A. Lemos
Pedro A. Lemos
Pedro Abílio Ribeiro Reseck
Pedro Alves Lemos
Pedro Alves Lemos Pedro Alves Lemos
Pedro Alves Lemos Neto
Pedro Alves Lemos Neto
Pedro Dal Lago
PEDRO E HORTA
Pedro E. Horta
Pedro E. Horta
Pedro Eduardo Horta
Pedro Gabriel Melo Barros e Silva
Pedro Gabriel Melo Barros e Silva
Pedro Gabriel Melo Barros e Silva
Pedro Gabriel Melo Barros e Silva
Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva
Pedro Garzon
Pedro Guilherme Costa Ponte
Pedro Lemos
Pedro Mattar
Pedro Paulo Martins de Oliveira
Pedro Puech Leao
Pedro Rubens Pereira Júnior
Pedro S. Farsky
Pedro Sabino Gomes neto
PO 077
PO 191
PO 039
PO 128
PO 129
PO 153
TL 022
TL 025
TL 078
PO 206
PO 107
TL 123
PO 040
PO 045
PO 089
TL 096
PO 040
PO 043
TL 049
PO 036
PO 039
PO 041
PO 045
PO 181
TL 022
TL 031
TL 041
TL 025
TL 078
PO 122
PO 043
TL 049
PO 039
TL 025
PO 038
TL 166
PO 190
PO 198
PO 139
TL 074
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TL 037
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TL 106
PO 081
PO 195
PO 062
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Autor
Nº do Trabalho
Pedro Sabino Gomes neto
Pedro Saddi-Rosa
Pedro Silvio Farsky
Pedro Silvio Farsky
Pedro Vellosa Schwartzmann
Pedro Vellosa Schwartzmann
Pedro Vellosa Schwartzmann
Pedro Veras
Percy Richard Chavez Taborga
Philippe Vieira Pires
Polegato B
Priscila Batista
Priscila Cardoso Leal PRISCILA CESTARI
PRISCILA CESTARI
PRISCILA CESTARI
Priscila F Silva
Priscila G. Goldstein
Priscila Megda João Job
Priscila Megda João Job
Priscila P Santos
Priscila P Santos
Priscila Portugal dos Santos
Priscila Santos
Priscila Santos
Quynh Truon
Rafacho B
RAFAEL AMORIM BELO NUNES
Rafael Amorim Belo Nunes
RAFAEL CARDOSO JUNG BATISTA
Rafael Cavalcante e Silva
Rafael Cavalcante e Silva
RAFAEL CAVALCANTE E SILVA
Rafael Cavalcante e Silva
Rafael Cavalcante e Silva
Rafael Cavalcante e Silva
Rafael Cavalcante e Silva
Rafael Cavalcante Silva
Rafael Di Biase Abt
Rafael do Rosário Azevedo Ferreira
Rafael Fernando Brandão Canineu
Rafael Gavinhos da SIlva
RAFAEL SOUZA DA SILVA
Rafael Tadeu Martins Bedolo
Rafaela Penalva
RAFAELA PENALVA
Raiane Pereira
Ralf Karbstein
PO 163
TL 073
PO 066
PO 069
PO 102
TL 134
PO 136
PO 024
PO 069
PO 148
TL 100
TL 069
PO 046
TL 142
PO 155
PO 165
TL 096
PO 189
PO 048
PO 200
TL 099
PO 098
TL 088
TL 098
PO 099
PO 156
TL 100
PO 090
TL 133
PO 147
TL 022
TL 025
TL 032
PO 041
TL 032
PO 041
TL 078
PO 040
PO 087
PO 154
PO 032
TL 059
PO 032
PO 179
PO 083
PO 203
TL 132
TL 074
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Ramiro Colleone Neto
Ramos R F
Rank Rybicki
Raphael Storti N. Puig
Raphael Rossi Ferreira
Raphaela V. Groehs
Raphaela Vilar Groehs
Raphaela Vilar Groehs
Raphaela Vilar Ramalho Groehs
Raquel Abib Cristales
Raquel D. de O. Conceição
RAQUEL F PIOTTO
RAQUEL FERRARI PIOTTO RAQUEL FERRARI PIOTTO
Raquel Muniz Queiroz
Raquel Soares
Raul Dias dos Santos
Raul DIas Santos Filho
Raul Maranhão
Raul S. Maranhão
Raymond Kwong
Redivaldo Deterlinquer de Oliveira
Regina Célia de Menezes Succi
Regina Elmec
REGINALDO CIPULLO
REGINALDO CIPULLO
RENAN DIAS IRABI
Renan Gianotto Oliveira
Renan Gianotto Oliveira
Renan Gianotto Oliveira
Renan Irabi
Renan Pinheiro Negrão
Renata A M Luvizotto
Renata Avila Cintra
Renata Ávila Cintra
Renata Ikegami
Renata Ikegami
Renata Lima Giolo
Renata Lima Giolo
Renata Machado de Souza
Renata Nishiyama Ikegami
Renata Rejane Linhares
Renata Santos Rodrigues Brum
Renata Sesti Costa
Renato Arnoni
RENATO BORGES
Renato Borges Filho
Renato Borges Filho
PO 199
TL 162
PO 156
TL 096
PO 204
TL 124
TL 130
PO 141
TL 128
TL 131
TL 020
TL 068
PO 072
PO 073
TL 014
PO 025
TL 081
TL 020
TL 027
TL 123
PO 076
PO 185
TL 062
PO 179
TL 126
TL 132
PO 170
PO 184
PO 201
PO 202
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PO 201
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PO 053
PO 084
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Renato David da Silva
Renato David da Silva
Renato Giestas Serpa
Renato Lopes
Renato Sevestrin Reche
Rene Ohtani
RENÉE AMORIM DOS SANTOS FÉLIX Reynaldo V Amato
Reynaldo V Amato
Reynaldo V Amato
Reynaldo V Amato
Rhaíssa Lorrany Souza Araújo
Rica Buchler
Ricardo A Costa
Ricardo A. Costa
Ricardo A. Costa
Ricardo A. Costa
Ricardo A. Costa
Ricardo Carneiro Amarante
Ricardo Casalino
Ricardo Costa
Ricardo Costa
Ricardo Costa
Ricardo Costa
Ricardo G Habib
Ricardo Garbe Habib
Ricardo Habib
RICARDO LADEIRA
Ricardo Luis Damatto
RICARDO LUIZ DAMATTO
Ricardo Mazzieri
Ricardo Pavanell
Ricardo Pavanello
Ricardo Quental Coutinho
Ricardo Quental Coutinho
Ricardo Ribeiro do Nascimento Teixeira
Ricardo Ribeiro do Nascimento Teixeira
RICCARDO LACCHINI
Rinaldo Siciliano
Rita C. Santos
Rita Simone Lopes Moreira
Rívia Siqueira Amorim
Roberta de Souza
Roberta de Souza
ROBERTA DUTRA
Roberta Souza
Roberta Souza
Roberta Souza
PO 114
PO 115
PO 181
TL 118
PO 201
PO 202
PO 054
PO 020
TL 077
PO 075
PO 092
PO 143
TL 094
PO 044
TL 034
TL 045
PO 049
PO 050
TL 091
PO 208
TL 038
TL 043
TL 047
PO 042
TL 089
TL 063
TL 090
TL 150
PO 137
TL 125
PO 180
PO 042
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PO 095
PO 111
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Roberto C.Cury
ROBERTO CALDEIRA CURY
Roberto Cintra de Azevedo Aragão
Roberto Coury Pedrosa
Roberto de Almeida César
Roberto F. D. Mesquita
ROBERTO FELIPE MARRERO
Roberto Kalil
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil Filho
Roberto Kalil-Filho
Roberto Ramos Barbosa
Roberto Schreiber
Roberto Schreiber
Roberto Schreiber
Rodolfo Sharovsky
Rodolfo Staico
Rodolfo Staico
Rodolfo Staico
Rodolfo Staico
Rodrigo Almeida Souza
RODRIGO B. ESPER
Rodrigo Barbosa Esper
Rodrigo Barreto
Rodrigo C. dos Santos
Rodrigo de Jesus Louzeiro Melo
Rodrigo Esper
Rodrigo Esper
Rodrigo Gimenes
Rodrigo Gimenes
Rodrigo Gimenes
Rodrigo Gimenez Pissuti Modolo
Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo
Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo
PO 160
PO 159
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TL 054
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PO 061
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PO 092
PO 157
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PO 039
PO 040
PO 045
TL 078
PO 181
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TL 118
PO 120
PO 175
TL 073
TL 029
PO 038
TL 035
TL 117
PO 179
TL 036
TL 083
TL 056
TL 014
TL 122
TL 015
TL 040
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo
Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo
Rodrigo Imada
Rodrigo Imada
Rodrigo Imada
Rodrigo Leandro Grinberg
Rodrigo Mallosto de Rezende Urbano
Rodrigo Marques
Rodrigo Modolo
Rodrigo Morel Vieira de Melo
Rodrigo Morel Vieira de Melo
Rodrigo Morel Vieira de Melo
Rodrigo N Costa
Rodrigo Oliveira Almeida
Rodrigo P. Pedrosa
Rodrigo Pedrosa
Rodrigo Pinto Pedrosa
Rodrigo Pinto Pedrosa
Rodrigo Pinto Pedrosa
Rodrigo Pissuti Gimenez Modolo
Rodrigo Takebe Arruda
Rodrigo Valente Ramos Rocha
Roger Frigério Castilho
ROGER RENAULT GODINHO
Roger Renault Godinho
Roger Renault Godinho
Rogerio Andalaft
Rogerio B Andalaft
Rogerio Baumgratz de Paula
Rogerio Braga Andalaft
Rogério Petrassi Ferreira
ROGERIO RUSCITTO PRADO
Rogério Sarmento-Leite
Rogerio Silva De Paula
Rogério Souza
Romerito Oliveira Rocha
ROMEU MENEGHELO
Romeu Sergio Meneghelo
Ron Blankstein
Ron Blankstein
Ronaldo Honorato B. Santos
Rondon MUPB
Roney Orismar Sampaio
Roney Sampaio
Rony L. Lage
Rony L. Lage
Roque Aras Junior
Roque Aras Junior
PO 113
PO 130
PO 157
PO 169
PO 170
PO 084
PO 197
PO 023
TL 115
PO 061
PO 064
PO 151
TL 089
PO 172
TL 067
PO 025
TL 052
PO 095
PO 095
PO 135
PO 195
PO 033
TL 102
TL 029
TL 036
TL 083
TL 090
TL 089
PO 086
TL 063
PO 180
TL 079
TL 037
PO 143
TL 066
TL 095
TL 126
TL 094
PO 076
PO 156
PO 177
TL 103
TL 169
PO 208
TL 155
PO 189
PO 111
PO 132
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Rosa Bosquetti
ROSA CM
Rosa Maria Rahmi Garcia
Rosaly Gonçalves
ROSANA GOBI BRUETTO
Rosaura Saboya
Roscani M
Rosley W. A. Fernandes
Rossano Cesar Bonatto
Rossano Cesar Bonatto
Rossi Neto JM
Rossi Neto JM
Rui Alberto Ferriani
RUI CAL
Rui Fernando Ramos Ruiter Carlos Arantes Filho
Ruiter Carlos Arantes Filho
Ryan de Alencar Araripe Falcão
S Laurent
Sabrina M Cezário
Salim Yusuf
Salomón Soriano Ordinola Rojas
SALVADOR ANDRÉ BAVARESCO CRISTÓVÃO
Samuel Martins Moreira
Sandra Alves Pereira
Sandra Baradel
Sandra Henriques da Costa
Sandrigo Mangini
Sandrigo Mangini
Sandrigo Mangini
Sandrigo Mangini
SANDRO FAIG
Sandro Faig
Sandro Faig
Sandro Faig
Sandro Felicioni
Sandro Gonçalves de Lima
Santos PP
Sara M. Brandao
SAULO S L BRITO
Sebastian Llubera
Sebastian Lluberas
Sebastian Lluberas
Sebastian Lluberas
Sérgio A R Paiva
Sérgio A R Paiva
Sérgio A R Paiva
Sergio Alberto Rupp de Paiva
PO 196
TL 119
TL 076
TL 085
TL 151
TL 003
TL 100
TL 075
PO 057
PO 059
TL 126
TL 132
PO 102
TL 140
TL 154
PO 114
PO 115
TL 078
TL 111
TL 114
TL 026
TL 163
PPO 037
TL 042
PO 034
TL 085
TL 061
TL 060
PO 053
PO 148
PO 154
TL 029
TL 036
PO 038
TL 083
TL 094
PO 187
TL 100
TL 136
TL 068
TL 171
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TL 050
TL 051
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TL 099
PO 098
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Sergio Almeida de Oliveira
Sérgio Castro pontes
Sergio F Siqueira
Sergio Ferreira
Sergio G. Tarbine
Sergio G. Tarbine
Sergio Paiva
Sérgio Siqueira
Sergio Timerman
Sergio Timerman
Sergio Timerman
Sergio Tufik
Sharmila Dorbala
Sheila Aparecida Simões
Sheila Aparecida Simões
Sheyla B. Thies
SILAS DOS SANTOS GALVÃO FILHO
Silmara C. Friolani
Silmara Cristina Friolani Silméia Garcia Zanati
Silva DCT
Silvana Bordin
Silvia Elaine Ferreira Melo
SILVIA ELAINE FERREIRA-MELO
Silvia Ferreira Melo
Silvia Judith Fortunato de Cano
Silvia Lacchini
Silvia Moreira Ayub Ferreira
Silvia Moreira Ayub Ferreira
Silvia Moreira Ayub Ferreira
Silvia S M Ihara
Sílvio A. Barbosa
Sílvio A. Barbosa
Silvio A. Oliveira Júnior
Silvio Assis de Oliveira Júnior
Silvio Gioppato
Simone Dal Corso
Simone de Assis Moura
Simone N. Santos
Simone N. Santos
Simone P. Barbosa
Simone P. Barbosa
Sissy L de Melo
Sissy Lara de Melo
Solange Bernardes Tatani
Solange D Avakian
Solange Guizilini
Solange Guizilini
PO 180
PO 182
TL 124
PO 068
PO 048
PO 200
PO 099
PO 085
PO 184
PO 201
PO 202
PO 146
PO 076
PO 190
PO 198
TL 096
PO 147
PO 062
PO 066
PO 137
PO 152
TL 117
TL 102
TL 117
PO 130
TL 042
TL 157
TL 136
PO 153
PO 177
PO 021
TL 023
TL 024
TL 107
PO 138
TL 085
PO 058
PO 033
PO 019
TL 028
TL 016
TL 021
PO 096
TL 093
TL 062
TL 072
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Autor
Nº do Trabalho
Solange Guizilini
SOMAIO U A
Soraia H. Kasmas
Stefan Verheye
Stefan Verheye
Stêfany Bruno de Assis Cau
Stephan Milhorini Pio
Stephanie Macedo Andrade
Stephanie Macedo Andrade Stephanie Macedo Andrade
Suely Aparecida Pinheiro Palomino Suely Palomino
Suely Palomino
Suely Pereira Zeferino
Suhny abbara
SUMAYA MAMERI EL AOUAR
Susan Pereira Ribeiro
Susimeire Buglia
SUSIMEIRE BUGLIA
Sydney Correia Leao
Tabata S Oliveira
Tais Tinucci
Talita Ayres Barbosa
Tamer Najar Seixas
Tamiris A S Oliveira
Tania L R Martinez
Tania Maria de Andrade Rodrigues
Tania Maria de Andrade Rodrigues
Tania Maria Ogawa Abe Tania Rubia Flores da Rocha
Tannas Jatene
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI
Tatiana Alves Kiyota
Tatiana Alves Kiyota
tatiana alves kiyota
Tatiana Alves Kiyota
Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão
Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão
Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão
PO 199
PO 103
TL 024
TL 033
TL 038
TL 088
PO 207
TL 095
TL 147
PO 166
PO 178
TL 060
PO 053
TL 080
PO 156
PO 051
TL 157
TL 094
TL 126
PO 172
PO 100
PO 112
TL 093
PO 114
PO 022
PO 021
TL 108
PO 172
PO 033
PO 081
TL 091
TL 169
TL 169
TL 170
PO 011
PO 207
PO 211
PO 212
PO 213
PO 214
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PO 128
PO 129
PO 128
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Telemaco da Silva Jr.
Telemaco Luiz Da Silva Júnior
Telma A Faraldo Corrêa
TÉRCIO LEMOS DE MORAIS
TÉRCIO LEMOS DE MORAIS
TÉRCIO LEMOS DE MORAIS
Teresa C. Nascimento
Tereza C P Diogenes
Tereza C P Diogenes
TERUYA T
Thais Gomes Casali
Thais Maria Romão
Thais Nobre
Thaís Simões Nobre Thais Simoes Nobre Pires Santos
Thalita Parisotto
Thamiris Quiqueto Marinelli
Thamiris Quiqueto Marinelli
Thatiana Peixoto
Thatiane Facholi Polastri
Thaysa Moreira Santos
Thiago Andrade de Macedo
Thiago Andrade Macedo
Thiago Andrade Macedo
Thiago Aquino de Amorim
Thiago Bruder do Nascimento
THIAGO E NISHIMURA
Thiago Florentino Lascala
Thiago Hueb
THIAGO K SANTOS
Thiago Liguori
Thiago Liguori
Thiago Matos Ferreira de Araújo
Thiago O Hueb
Thiago Ovanessian Hueb
Thiago Quinaglia Silva
Thomas Brady
Thyago Antônio Biagioni Furquim
Tiago Costa Bignoto
Tiago Costa Bignoto
Tiago Costa Bignoto
Tiago Fernandes
Tiago Senra
Tiago Senra
Tiago Senra Garcia dos Santos
TOSCHI-DIAS E
Tostes RC
Trombetta IC
PO 158
PO 167
PO 020
PO 124
PO 133
PO 134
TL 046
TL 141
PO 163
PO 103
PO 086
PO 180
PO 141
TL 130
TL 124
PO 170
PO 201
PO 202
PO 093
PO 202
PO 215
PO 198
TL 166
PO 190
PO 185
TL 088
TL 068
TL 134
PO 085
PO 121
PO 184
PO 202
TL 112
PO 068
PO 061
TL 111
PO 156
PO 031
TL 091
TL 092
PO 086
TL 127
TL 027
TL 171
TL 091
TL 103
TL 088
TL 103
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Udo Hoffmann
VALDEMIRO BATISTA DA SILVA FILHO Valdir A. Moises
Valdir A. Moises
Valdir Ambrósio Moisés
Valéria A. Costa-Hong
Valéria A. Machado
Valéria Costa Hong
Valéria Costa-Hong
Valéria da Costa Hong
Valeria da Costa-Hong
VALÉRIA DE MELO MOREIRA
VALÉRIA DE MELO MOREIRA
Valéria de Melo Moreira
VALÉRIA DE MELO MOREIRA
Valéria S. Nunes
Valéria S.Nunes
Valter Correa de Lima
Valter Furlan
Valter Furlan
Valter Furlan
Valter Furlan
Valter Furlan
Valter Furlan
Vanessa C Neves
Vanessa da Silva Rocha
VANESSA DE MARCO
Vanessa Fontana
Vanessa Fontana
Vanessa Fontana
Vanessa Fontana
Vanessa Fontana
Vanessa Guimarães Esmanhoto Andrioli
Vanessa Helena de Souza Zago
Vanessa Mendez
VANESSA MORAES ASSALIM
Vera L F O Tuda
Vera Lúcia de Laet
VERA LUCIA KREBS
Vera Maria Cury Salemi
Vera Maria Cury Salemi
Vera Maria Cury Salemi
Vera Maria Cury Salemi
Vera Maria Cury Salemi
Vicente N. Siqueira
VICTOR L. S. HADDAD
Vinicius Barreto Fontes
Vinícius C. Souza
PO 156
PO 054
PO 140
TL 164
TL 062
TL 080
TL 023
PO 126
PO 025
PO 052
PO 123
PO 159
PO 160
PO 159
PO 160
PO 028
PO 029
TL 075
PO 038
TL 096
PO 139
TL 166
PO 190
PO 198
PO 096
TL 104
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TL 112
TL 115
PO 113
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PO 029
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PO 032
PO 075
PO 093
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TL 052
TL 055
TL 057
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Vinícius Fraga Mauro
Vinicius Santos
Vinicius Vitro
Vinicius Vitro
Vitor de Andrade Vahle
Vitor Emer
Vitor Emer Egypto Rosa
Vitor Emer Egypto Rosa
Vitor Emer Egypto Rosa
Vitor Emer Egypto Rosa
VITOR LUIZ HADDAD
Vivian L. Amato
Vivian Marques Miguel Suen
VIVIANA GIAMPAOLI
Viviane Aparecida Fernandes
Viviane Aparecida Fernandes
Viviane Aparecida Fernandes
Viviane Aparecida Fernandes
Viviane Aparecida Fernandes
Viviane Arevalo Tabone
Viviane Cordeiro Veiga
Vivine G Ribeiro
Vnicius Santos
Wadih Hueb
Walkimar Ururay Glória Veloso
Walter J Gomes
Walter José Gomes
Wander Fagundes Soares de Lima
Wander Fagundes Soares de Lima
Wellington de Paula Martins
WENDY Y SIERRAALTA
Wercules A. Oliveira
WERTHER B. CARVALHO
Wesley Duilio Severino de Melo
Whady Hueb
Whady Hueb
William Azem Chalela
William Azem Chalela
William Chalela
WILSON JOSE DE SALES
Wilson Mathias
Wilson Mathias Jr
Wilson Max Almeida Monteiro de Moraes
Wilson Nadruz Jr
Wilson Nadruz Junior
Wilson Nadruz Junior
Wilson Nadruz Junior
Wilton Francisco Gomes
PO 181
PO 093
TL 039
PO 193
PO 036
PO 208
TL 169
TL 170
PO 207
PO 211
PO 063
PO 062
PO 136
PO 090
PO 038
PO 139
TL 166
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PO 198
TL 020
TL 163
PO 082
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PO 085
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PO 064
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Wladimir Gordo Mignoni
Wladimir M. Freitas
Wladimir M. Medeiros
Wladimir Magalhães de Freitas
Wladmir Mignone Gordo
Xiang-Dong Wang
Yara Nakamura
Zhao Wang
Zhao Wang
Zornoff LAM
TL 115
PO 019
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Índice dos Autores dos
Temas Livres e Pôsteres dos Departamentos
Autor
Nº do Trabalho
Nº da Página
EDUCAÇÃO FÍSICA
ANDREZA CAVALLI
ANDREZA CAVALLI
APARECIDA CRISTINA DE BRITTO COSTA
Ademar Avelar
Adiana Maluf Elias Sallum
Alessandra Medeiros
Alessandra Medeiros
Alessandra Medeiros
Alex Silva Ribeiro
Alexandre Galvão da Silva
Aline Cristina Tavares
Aline Mio Martuscelli
Aline Nóbrega Rabay
Aline Tavares
Amanda Alves
Amilton da Cruz Santos
Ana Cristina de Oliveira Marques Silvestre
Ana Lúcia de Sá- Pinto
Ana Paula Lima Leopoldo
Ana Paula Lima Leopoldo
Anderson Amaro
Andrey Jorge Serra
Andreza Cavalli
Andreza Cavalli
André Seabra
André Soares Leopoldo
André Soares Leopoldo
Andréia Cristiane Carrenho Queiroz
Andréia Cristiane Carrenho Queiroz
Andréia Cristiane Carrenho Queiroz
Angela R.C.N. Fuchs
Angela R.C.N.Fuchs
Angela Rubia Cavalcanti Neves Fuchs
Antonio Prista
Anttonio C.Simoes
Aparecida C.B. Costa
Aparecida C.B. Costa
Arina Hansen
Artur Junio Togneri Ferron
Artur Junio Togneri Ferron
Bianca Domingues Platini
Bruna Locci
Bruno Barbosa Rosa
Bruno F. Holanda
Bruno Gion de Andrade Cerazi
Bruno Gualano
TL 006
TL 013
PO 027
PO 024
TL 014
PO 004
PO 005
PO 019
PO 024
PO 028
PO 007
PO 003
TL 004
PO 008
PO 023
TL 004
TL 004
TL 014
PO 033
PO 034
PO 023
PO 037
TL 006
TL 013
TL 005
PO 033
PO 034
TL 006
TL 013
PO 001
PO 022
TL 002
PO 027
TL 005
PO 040
TL 002
PO 022
PO 021
PO 033
PO 034
PO 027
PO 021
PO 035
PO 040
PO 027
TL 014
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Bruno Rodrigues
Bruno Temoteo Modesto
CRISTIANO MOSTARDA
Camila Muniz de Andrade
Camila dos Santos Honório
Camila dos Santos Honório
Camila dos Santos Honório
Carla Janice Baister Lantieri
Carlos Alexandre Felício Brito
Carlos Alexandre Felício Brito
Carlos Alexandre Felício Brito
Carlos Eduardo de Fernandes Rocha
Cataria Barboza
Catarina de Andrade Barboza
Catarina de Andrade Barboza
Cecilia Bortoleto
Cezar Augusto Souza Casarin
Christiane Malfitano
Christina M.M. Brito
Claudia L. M. Forjaz
Claudia Lúcia de Moraes Forjaz
Claudia Lúcia de Moraes Forjaz
Claudia Lúcia de Moraes Forjaz
Claudia Lúcia de Moraes Forjaz
Claudia Lúcia de Moraes Forjaz
Claudia Lúcia de Moraes Forjaz
Clovis Artur Silva
Cláudia Forjaz
Cláudia Forjaz
Crivaldo Gomes Cardoso Jr.
Cássio Mascarenhas Robert Pires
Dalton Muller
Daniele Tavares Martins
Danielle Da Silva Dias
Danielle Da Silva Dias
Danielle Da Silva Dias
Danielle Da Silva Dias
Danielle da Silva Dias
Danielle da Silva Dias
Danielle da Silva Dias
Danielle da Silva Dias
Danilo Marcelo Leite do Prado
Danilo Sales Bocalini
Danúbia Carvalho
David Ohara
Debora A. dos Santos
Denise de Oliveira Alonso
Denise de Oliveira Alonso
Denise de Oliveira Alonso
Denise de Oliveira Alonso
Diego L. M. Barretti
Dinoelia Rosa de Souza
PO 018
PO 001
TL 010
PO 023
PO 006
PO 030
PO 031
PO 030
PO 006
PO 031
PO 038
PO 032
PO 015
TL 007
PO 018
PO 006
PO 037
PO 002
PO 040
TL 013
TL 003
TL 006
TL 012
PO 001
PO 012
PO 029
TL 014
TL 005
PO 026
PO 024
PO 014
PO 021
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Diogo Kosiski Neves de Almeida
Débora Dias Ferraretto Moura Rocco
Débora N. Moreira
Décio Mion Júnior
Décio Mion Júnior
Décio Mion Júnior
ELEONORA TOBALDINI
Edilamar M. Oliveira
Edilson Serpeloni Cyrino
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Alcides Bocchi
Edimar Bocchi
Edson C. Rezende
Eduardo Hiroshi Matsuo Júnior
Eduardo Tibiriçá
Elder D. Sousa
Eloisa Bonfá
Emmanuel Gomes Ciolac
Emmanuel Gomes Ciolac
Erick H. P. Eches
Erinaldo Luiz De Andrade
Erlan Félix de Lima Silva
Fabiana Benatti
Fabiana de Salvi Guimarães
Fabrícia Geralda Ferreira
Fernando Bacal
Fernando Bacal
Fernando dos Santos
Filipe F. Conti
Filipe Fernandes Conti
Filipe Fernandes Conti
Frank Suzuki
Fábio Tanil Montrezol
Fábio Tanil Montrezol
Fábio Thiago Maciel da Silva
Fábio Y. Nakamura
Gabriel Grizzo Cucato
Gabriel de Souza Zanini
Gabriela Alves Trevizani
Garry Tew
Gerson Luis Moraes Ferrari
Gerusa Dias Siqueira Vilela Terra
Giana Zarbato Longo
Giovania Verginia de Souza
Giulliano Gardenghi
Glaucia Figueiredo Braggion
Go Tani
Guilherme Lemos Shimojo
Guilherme Shimojo
Guilherme V. Guimarães
Guilherme Veiga Guimarães
Guilherme Veiga Guimarães
PO 027
PO 028
PO 013
TL 006
TL 013
PO 012
TL 006
TL 011
PO 024
PO 007
PO 011
PO 008
PO 009
PO 004
TL 009
PO 026
TL 014
PO 007
PO 011
PO 024
PO 037
TL 004
TL 014
PO 005
PO 020
PO 007
PO 011
TL 001
PO 015
TL 007
PO 002
PO 037
PO 017
PO 019
TL 004
PO 026
TL 012
PO 021
PO 010
TL 012
PO 036
PO 035
PO 020
PO 032
PO 023
PO 030
TL 005
PO 002
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Guilherme da Silva Ferreira
Hamilton Roschel
Hanna Karen Moreira Antunes
Henrique Lelis Clemente de Oliveira
Henrique Luiz Monteiro
Henriqueta Maria Vigarinho Jorge
Iram Neto
Iram Soares Teixeira Neto
Iram Soares Teixeira-Neto
Irena Zwieska
Iris Callado Sanches
Iris Callado Sanches
Iris Sanches Callado
Isabel C. Salles
Iury Pereira Sangi
Iury Pereira Sangi
JULIO CESAR SILVA DE SOUSA
Jacqueline Freire Machi
Japy Angeli Oliveira Filho
Jean Roque
Jeferson Macedo Vianna
John Michael Saxton
Jorge Perrout Jorge R. P. Lima
Jorge R. P. Lima
Joseph antonio Freire
José
José Alberto Aguilar Cortez
José Antônio Dias Garcia
José Cipolla Neto
José I. Silva
José Maia
João Paulo dos Anjos Souza Barbosa
Juliana Pereira Borges
Julio C. S. Sousa
Jéssica Aparecida Gonçalves
Jéssica Aparecida Gonçalves
Jóctan Pimentel Cordeiro
Jóctan Pimentel Cordeiro
Júlia Maria D’Andréa Greve
Júlia Maria D’Andréa Greve
Júlio Cesar Padredi
Katia Josiany Segheto
Katia Ortega
Katia Ortega
KÁTIA BILHAR SCAPINI
Kátia Coelho Ortega
Kátia De Angelis
Kátia De Angelis
Kátia De Angelis
Kátia De Angelis
Kátia De Angelis
PO 028
TL 014
PO 004
PO 010
PO 021
PO 027
PO 008
PO 011
PO 007
TL 012
TL 007
PO 015
PO 002
PO 040
PO 033
PO 034
TL 006
TL 001
PO 036
PO 008
PO 010
TL 012
PO 013
PO 009
PO 026
PO 020
PO 037
PO 040
PO 035
TL 003
PO 022
TL 005
TL 005
TL 009
TL 013
PO 006
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PO 027
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Kátia De Angelis
Kátia De Angelis
LIDIANE MOREIRA DE SOUZA
Laís Akemi Kinoshita
Leandro Campos de Brito
Leone Severino do Nascimento
Leslie Virmondes
Letícia B. Q. LIMA
Letícia Parada Moreira
Lilian Pinto da Silva
Lorena Paes
Luan da Rocha Sousa
Lucas Teixeira Reis
Luciano Basso
Luis A. R. Costa
Luiz Augusto Riani Costa
Luiz E. Mastrocolla
Luiz E. Mastrocolla
Luiz Eduardo Mastrocolla
Luiz Francisco Marcopito
Luiz Henrique Marchesi Bozi
Luiz Henrique Soares de Andrade
Luiz Silveira Menna Barreto
Lílian P. Silva
Marcel da Rocha Chehuen
Marcelle de Paula Ribeiro
Marcelo M. Santos
Marcelo M.Santos
Marcia Mendes Gouvea
Marco Tulio de Melo
Marcos Adriano da Rocha Lessa Maria Benta Apone
Maria Cecília Alves Bortoleto
Maria Cláudia Irigoyen
Maria Cláudia Irigoyen
Maria Cláudia Irigoyen
Maria Cláudia Irigoyen
Maria Cláudia Irigoyen
Maria do Socorro Brasileiro Santos
Maria-Cláudia Irigoyen
Mariana Balbi Seixas
Mariana Rotta Bonfim
Mary Ane Sartori
Maurício Morilha
Michelle Sartori
Michelle Sartori
Miguel Morita
Miguel Morita Fernandes da Silva
Márcio José Carrasco Degaspare
Márcio José Carrasco Degaspare
NATAN DANIEL DA SILVA JÚNIOR
NICOLA MONTANO
PO 018
PO 030
PO 003
PO 031
TL 003
TL 004
PO 028
TL 013
PO 028
PO 010
TL 009
TL 004
PO 020
TL 005
TL 013
PO 012
TL 002
PO 022
PO 027
PO 016
PO 005
PO 004
TL 003
PO 013
TL 012
PO 009
PO 022
TL 002
PO 020
PO 036
TL 009
PO 030
PO 031
TL 001
TL 007
TL 010
PO 015
PO 018
TL 004
PO 002
PO 010
PO 021
PO 014
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PO 025
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Autor
Nº do Trabalho
Nara Rejane Cruz de Oliveira
Natan D. da Silva Junior
Natan Daniel Silva Junior
Nathalia Bernardes
Nathalia Bernardes
Nathalia Bernardes
Nathalia Bernardes
Nathalia Bernardes
OSCAR ALBUQUERQUE DE MORAES
PAULA ARRUDA
Pamella Ramona Moraes de Souza
Patricia Chakur Brum
Patricia H.C.Franulovic
Paula Bessi Constantino
Paula Grippa Sant’ana
Paula Grippa Sant’ana
Paulo Sérgio Merino
Pedro Luiz Solda
Priscilla Mazi
Priscilla Mazi
Prof. Dr. Jose Rocha
Prof.Dra. Mara Patricia Traina Chakon-Mikail
RUYMAR CARDOSO JÚNIOR
Rafael Andrade Rezende
Rafael Catro
Rafael Ertner Castro
Rafael Ertner Castro
Rafael Francisco Pellizzari
Rafael Francisco Pellizzari
Rafael Rezende
Rafael Yokoyama Fecchio
Raphael Mendes Ritti Dias
Raphael Santos Teodoro de Carvalho
Raquel de Assis Sirvente
Regina C.B.M. Lauria
Regina C.B.M. Lauria
Renam da Silva Mendonça
Renan Nunes Torres
Renata Kelly da Palma
Renata Kelly da Palma
Renata P.L. Katayama
Renata Pimentel Leite Katayama
Renato L. Pelaquim
Renato L.Pelaquim
Rhenan B. Ferreira
Rhenan B. Ferreira
Rhenan B. Ferreira
Ricardo Amboni
Ricardo Saraceni Gomides
Rogério Brandão Wichi
Romeu Sergio Meneghelo
Rosa Maria Rodrigues Pereira
PO 019
TL 013
PO 029
TL 001
TL 007
PO 002
PO 015
PO 018
TL 010
TL 010
PO 005
PO 005
PO 040
PO 003
PO 033
PO 034
PO 016
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PO 022
PO 032
PO 032
TL 010
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PO 025
PO 039
TL 003
PO 001
TL 012
PO 014
PO 005
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TL 007
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PO 022
TL 002
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Sandra Lia do Amaral
Sarah Amorim Anceschi
Sarah Amorim Anceschi
Sergio Antonio Christiani Junior
Sergio Tufik
Silvana Barros
Silvia Moreira Ayub-Ferreira Silviana Fernandes de Magalhães
Silvio Lopes Alabarse
Suelen Borges Dalmaso
Suelen Borges Dalmaso
Tais Tinucci
Tais Tinucci
Tais Tinucci
Tais Tinucci
Tais Tinucci
Tais Tinucci
Tatyana de Oliveira d’Agosto
Teresa Bartholomeu
Thatiane Pedroso Cordeiro
Tiago Fernandes
Tiago Peçanha de Oliveira
Tiago Peçanha de Oliveira
Tiago de Oliveira
Ursula P. R. Soci
Valdir A Moises
Valeria Bonganha
Vera Maria Cury Salemi
Verônica Valério Furtado
Verônica Valério Furtado
Verônica Valério Furtado
Victor S. Rosa
Victor de Paula Pinheiro
Vinicius de Araujo Santos
Vinicius de Araujo Santos
Wellington Segheto
Wendell Alves da Silva
Wilson Max Almeida Monteiro de Moraes
Wilson Max Almeida Monteiro de Moraes
Élder Dutra de Sousa
PO 003
PO 033
PO 034
PO 014
PO 036
PO 012
PO 007
PO 035
PO 036
PO 033
PO 034
TL 003
TL 006
TL 013
PO 001
PO 012
PO 029
PO 013
PO 001
PO 031
TL 011
PO 009
PO 013
PO 026
TL 011
PO 036
PO 032
PO 005
PO 006
PO 030
PO 031
PO 022
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PO 043
PO 043
PO 071
PO 122
TL 015
PO 068
PO 041
PO 065
PO 041
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235
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ENFERMAGEM
Cássia Regina Vancini Campanharo
Meiry Fernanda Pinto Okuno
Nadja Lúcia Vasconcelos da Silva
ALEXANDRA JACOB COMARELLA
AMANDA DOS SANTOS
AMANDA DOS SANTOS
AMANDA DOS SANTOS OLIVEIRA
AMANDA MIRANDA DA SILVA
ANA CAROLINA QUEIROZ GODOY DANIEL
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Nº da Página
87
Autor
Nº do Trabalho
ANA ROSA VIEIRA ROSA
Ademar Avelar
Adriana Maria da Silva Félix
Adriana Olimpia Barbosa Felipe
Adriana Oliveira do N. B. de Almeida
Adriana Oliveira do Nascimento Batalha de Almeida
Adriana Paula Jordão Isabella
Adriana Paula Jordão Isabella
Adriana Paula Jordão Isabella
Adriano Alves Leite
Adriano Rogério Baldacin Rodrigues
Adriano Rogério Baldacin Rodrigues
Adriano Rogério Baldacin Rodrigues
Adriano Rogério Baldacin Rodrigues Adriano Rogério Baldacin Rodrigues
Adriano Rogério Baldacin Rodrigues
Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante
Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante
Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante
Alba Lucia B. L. de Barros
Alba Lucia Bottura Leite de Barros
Alba Lucia Bottura Leite de Barros
Alba Lucia Bottura Leite de Barros
Alba Lucia Bottura Leite de Barros
Alba Lucia Bottura Leite de Barros
Alessandra da Graça Correa
Alessandra da Graça Correa
Alessandra da Graça Correa
Alessandra da Graça Corrêa
Alessandra da Graça Corrêa
Alessandra da Graça Corrêa
Alessandra de Almeida Ramos
Alex Silva Ribeiro
Alexandra B. Zangrando
Alexandre Gonçalves de Sousa
Alexandre Gonçalves de Sousa
Alexandre Gonçalves de Sousa
Alexandre Gonçalves de Sousa
Aline Alcantara de Freitas
Aline Cristina Pedroso
Aline de Souza Leal
Aline de Souza Leal
Aluê Constantino Coelho
Amanda Santos Oliveira
Ana Carolina Moraes Rego Palmieri
Ana Carolina Sauer Liberato
Ana Carolina Sauer Liberato
Ana Cristina Mancussi de Faro
Ana Lucia Domingues Neves
Ana Lucia Domingues Neves
Ana Lucia Siqueira Costa
Ana Luiza Gradella
PO 123
PO 044
PO 075
TL 022
PO 095
PO 112
TL 020
PO 095
PO 112
PO 052
PO 055
PO 069
PO 079
PO 055
PO 069
PO 079
PO 046
PO 087
PO 106
PO 102
PO 046
PO 085
PO 087
PO 089
PO 106
PO 052
PO 064
PO 099
PO 052
PO 064
PO 099
PO 084
PO 044
PO 109
TL 023
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Ana Luiza de O. Carvalho
Ana Luiza de O. Carvalho
Ana Luiza de O. Carvalho
Ana Lúcia Domingues Neves
Ana Lúcia Domingues Neves
Ana Lúcia da Silva
Ana Maria Honorato Schoenawa
Ana Maria Pimenta de Carvalho
Ana Paula Fernandes
Ana Paula Oliveira Pedroso
Ana Paula da Conceição
Anderson Nunes Fava
Anderson Nunes Fava
Andrea Cotait Ayoub
Andrea Cotait Ayoub
Andrea Cotait Ayoub
Andressa Teoli Nunciaroni
Andréa Braz Vendramini Silva
Anelise Riedel Abrahão
Angelo Amato V. de Paola
Antonio C. do Amaral Baruzzi
Antonio Carlos C. Carvalho
Antonio Claudio do Amaral Baruzzi
Antonio Eduardo Pereira Pesaro
Antonio Eduardo Pereira Pesaro
Aparecida Ferreira Mendes
Aparecida Ferreira Mendes
Aparecida Yoshiko Eto
Aretusa Tamiozzo Ferreira Arnaldo Lichtenstein
Beatriz Akinaga Izidoro
Beatriz Akinaga Izidoro
Beatriz Bojikian Matsubara
Beatriz Castro Reis
Beatriz Izidodo
Beatriz Izidoro
Bruna Farias Finco
Bárbara M. Anginoni
Bárbara Marques Anginoni
Bárbara Marques Anginoni
Bárbara Marques Anginoni
Bárbara Reis Tamburim
CARLOS ALBERTO GONNELLI
CRISTIANI FERNANDA BUTINHÃO
CRISTIANI FERNANDA BUTINHÃO
Camila Gabrilaitis
Camila Gabrilaitis Cardoso
Camila Takáo Lopes
Camila Takáo Lopes
Camila Takáo Lopes
Camila Takáo Lopes
Camila Takáo Lopes
TL 026
PO 058
PO 115
PO 067
PO 092
PO 094
PO 084
TL 022
PO 105
PO 070
PO 080
PO 064
PO 099
PO 050
PO 073
PO 080
TL 019
PO 050
PO 103
PO 053
PO 061
PO 053
TL 027
PO 064
PO 099
PO 048
PO 072
PO 114
PO 086
PO 067
PO 061
PO 083
TL 025
PO 066
PO 121
PO 081
PO 117
PO 107
PO 088
PO 090
PO 098
PO 059
PO 122
PO 057
PO 124
PO 121
TL 027
PO 046
PO 050
PO 085
PO 087
PO 106
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Camila de Souza Carneiro
Camila de Souza Carneiro
CamilaGabrilaitis
Carina Aparecida Marosti Dessotte
Carine Cristiane Fusco
Carla Cristina Buri da Silva
Carolina Vieira Cagnacci
Carolina dos Santos Gasparino
Catia Maria Gonçalves dos Santos
Catia Maria Gonçalves dos Santos
Catiuscia Rebecca Santos de Lira
Celi Cristina Calamita Quiroga
Christiane Pereira Martins Casteli
Cibele L. Garzillo
Cibele L. Garzillo
Cibele L. Garzillo
Claúdia Umbelina Baptista Andrade
Cleonice Maria da Silva Seramin
Crivaldo Gomes Cardoso Jr.
Cássia Pinto Tavares DANTE GIORGI
Daiane Lopes Grisante
Damiana Rinaldi
Damiana Rinaldi
Damiana V. dos Santos Rinaldi
Damiana Vieira dos Santos Rinaldi
Daniel Alves da Silva
Daniele Andreza A. Rossi
David Ohara
Denise Blini Sierra
Denise G. Carmine
Denise Louzada
Denise Louzada
Denise Louzada Ramos
Denise Louzada Ramos
Denise Louzada Ramos
Denise Maria Servantes
Desidério Favarato
Douglas José Ribeiro
Douglas Soares
DÉBORA DA SILVA FARIA
ELIANA CAVALARI
ELIANA CAVALARI
ELISABETE MARGARIDO
EUGENIA VELLUDO VEIGA
EUGENIA VELLUDO VEIGA
EUGENIA VELLUDO VEIGA
EUGENIA VELLUDO VEIGA
EUGENIA VELLUDO VEIGA
EUGENIA VELLUDO VEIGA
EUGENIA VELLUDO VEIGA
Edilson Serpeloni Cyrino
PO 105
PO 125
PO 081
PO 077
PO 080
PO 048
PO 073
PO 074
PO 048
PO 072
PO 071
PO 123
PO 080
TL 026
PO 058
PO 115
TL 022
PO 118
PO 044
PO 062
TL 024
PO 050
PO 081
PO 121
PO 061
PO 083
PO 059
TL 025
PO 044
PO 055
PO 055
PO 081
PO 121
TL 027
PO 061
PO 083
PO 053
TL 026
PO 083
PO 116
PO 065
PO 041
PO 049
TL 024
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Edna Apparecida Moura Arcuri
Eduardo G. Lima
Eduardo G. Lima
Eduardo L. Gomes
Eduesley Santana Santos
Eduesley Santana dos Santos
Eliana Bittar
Eliana Cavalari
Eliana Cavalari
Eliana Siqueira Vicentin
Eliana Siqueira Vicentin
ElianePOntes Nunes
Eliete Cristina Soares
Elisabete Sabetta Margarido
Elson Reis Dantas
Erica Deji Moura
Erick H. P. Eches
Erinéia Viuna
Estela Bianchi
Estela Regina Ferraz Bianchi Evelise Helena Fadini Reis Brunori
Evelise Helena Fadini Reis Brunori
Evelise Helena Reis Fadini Brunori
Eylis Rejane Maciel
FABIANA VACARI
FABIANA VACARI
FERNANDA MAYRA SILVA
FLÁVIA AP. GABRIEL COUTO SILVA
Fabiana Boleala
Fabiana Bolela
Fabiana Bolela
Fabiana Bolela
Fabrizio Urbinatti Maroja
Fatima Dumas Cintra
Felipe Gonçalves dos Santos
Fernanda Aparecida Marques Moreira
Fernanda Ayache Nishi
Fernanda Barone
Fernanda Barone
Fernanda Freire Jannuzzi
Fernanda Freire Jannuzzi
Fernanda Souza e Silva Fernanda Souza e Silva
Fernando Bacal
Flavia Fernanda FrancoRuth
Flavia Martinelli Pelegrino
Flavia Martinelli Pelegrino
Flavia Martinelli Pelegrino
Flavio Lopes Cassiolato
Flavio Lopes Cassiolato
Flávia Cortez Colósimo
Flávia Cortez Colósimo
TL 020
PO 058
PO 115
TL 026
PO 055
PO 079
PO 110
PO 041
PO 049
PO 091
PO 120
PO 072
PO 093
PO 114
PO 052
PO 086
PO 044
PO 055
PO 080
PO 073
PO 046
PO 106
PO 087
PO 055
PO 057
PO 124
TL 017
PO 123
PO 077
TL 018
PO 042
PO 045
PO 053
PO 053
PO 043
PO 084
PO 108
PO 048
PO 072
TL 016
PO 051
TL 018
PO 077
PO 052
PO 047
TL 018
PO 042
PO 045
PO 088
PO 090
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Autor
Nº do Trabalho
Flávia Cortez Colósimo
Flávia Cortez Colósimo
Flávia Martinelli Pelegrino
Flávia Martinelli Pelegrino
Flávia Martinelli Pelegrino
Flávia Ribeiro Martins Macedo
Flávia da Costa Rodrigues Lima
Flávio Cassiolato
Flávio Lopes Cassiolato
Flávio Lopes Cassiolato
Flávio Lopes Cassiolato
Franciele Rezende Ferreira
Francisco Ceza Lavor Andrade
FÁBIO DE SOUZA TERRA
Fátima Gil Ferreira
Fátima Gil Ferreira
GEMA GALGANI DE MESQUITA DUARTE
GEMA GALGANI DE MESQUITA DUARTE
GRASIELE DE MATOS LIMA SANTOS
Gabriela Fulan e Silva Geraldo Magela Salomé
Geysiane Rocha
ilmara Matos da Silva
Gilmara Silveira da Silva
Gilmara Silveira da Silva
Gilmara Silveira da Silva
Gilmara Silveira da Silva
Grazia Maria Guerra
Hayanne Osiro Pauletti
Iara Aparecida de Almeida Rezende
Ilna Márcia Oliveira Rocha
Ilna Márcia Rocha
Inaiara Scalçone Almeida Corbi
Inaiara Scalçone de Almeida Corbi
Inaiara Scalçone de Almeida Corbi
Isadora Stefanini Guimarães
Isele José Rodrigues
Izabel Cristina Ribeiro da Silva Saccomann
Izabel Cristina Ribeiro da Silva Saccomann
JORDANA VALIM TORRES
JORDANA VALIM TORRES
JOSÉ ANTÔNIO DE LIAM NETO
JULIANA AGUIAR CHENCCI
JULIANA AGUIAR CHENCCI
JULIANA PEREIRA MACHADO
JULIANA PEREIRA MACHADO
JULIANA PEREIRA MACHADO
JULIANO DE SOUZA CALIARI
JUREMA PALOMO
Janaina Paulini
Januza Correia dos Santos
Januza Correia dos Santos
PO 076
PO 116
TL 018
PO 042
PO 045
TL 022
PO 071
PO 107
PO 088
PO 090
PO 098
PO 078
PO 120
TL 017
PO 067
PO 074
TL 017
PO 065
PO 123
PO 086
PO 066
PO 090
PO 120
TL 023
PO 060
PO 076
PO 116
PO 093
PO 059
PO 072
PO 105
PO 125
TL 018
PO 042
PO 045
PO 088
PO 117
PO 062
PO 070
PO 057
PO 124
PO 122
PO 104
PO 122
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Jaquelline Maria Jardim
Jeiel Carlos Lamonica Crespo
Josiane dos Santos Almeida
José Carlos Viana
João Carlos Hueb
Juliana CastilhoPOloni Gasques
Juliana I. F. Gobbi
Juliana de Lima Lopes
Juliana de Lima Lopes
Juliana de Lima Lopes
Juliana de Lima Lopes
Jurema da Silva Herbas Palomo
Jurema da Silva Herbas Palomo
Jurema da Silva Herbas Palomo
Jurema da Silva Herbas Palomo
Jurema da Silva Herbas Palomo
Júlio César de Carvalho
KEULLE TORRES CANDIDO
KEULLE TORRES CANDIDO
Karina Faria de Souza
Karine Aguiar Machado
Karoline Mazulli Silva
Karoline Mello Gama
Katashi Okoshi
Katherine Ogusuku
Kelli Cristina Silva de Oliveira
Kelli Cristina Silva de Oliveira
Kátia M Padilha
Kátia Maria Dias
LEANDRO CORDEIROPORTELA
LUCIANA RENATA CUBAS VOLPE
LUCIANA RENATA CUBAS VOLPE
LUCIANE SANTOS DA SILVA OLIVEIRA
LUCIANE SANTOS DA SILVA OLIVEIRA
LUIZ BORTOLOTTO
Larissa Bertacchini Oliveira
Larissa Bertacchini de Oliveira
Leandra Gonçalves Macedo Bedolo
Leandro Loureiro Buzatto
Leila maria Marchi Alves
Li Men Zhao
Lia Rita Bittencourt
Liane Lopes de Souza
Luana Cristina dos Santos Martins
Luana Danze
Luci Maria Ferreira
Lucia Monteiro da Silva
Luciana J. Storti
Luciane Vasconcelos Barreto de Carvalho
Luciano Monte Alegre Forlenza
Luciano Monte Alegre Forlenza
Luis Enrique Campodonico Amaya
PO 092
PO 055
PO 070
PO 109
TL 025
PO 067
TL 025
PO 067
PO 085
PO 089
PO 106
PO 048
PO 055
PO 072
PO 079
PO 114
PO 119
PO 057
PO 124
PO 108
PO 105
PO 059
PO 075
TL 025
PO 059
PO 100
PO 118
TL 021
PO 093
PO 122
PO 057
PO 124
PO 104
PO 122
TL 024
PO 092
PO 086
PO 090
PO 052
PO 049
PO 105
PO 053
PO 071
PO 070
PO 118
PO 048
PO 086
PO 053
PO 056
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Autor
Nº do Trabalho
Luisa Murakami
Luiza Antonieta Gasparino
Luiza Rosa C. Marques
Luiza Rosa Cavalcanti Marques
Lúcia Marinilza Beccaria
Lúcia Marinilza Beccaria
MAGNA MELO DE SOUZA
MARIA FERNANDA TRINDADE
MARIA FERNANDA TRINDADE
MARIA GERCINA BARBOSA BORGES
MAURO SÉRGIO VIEIRA MACHADO
MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES
MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES
MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES
MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES
MISLENE MALDONADO DOS SANTOS
MISLENE MALDONADO DOS SANTOS
Magda Vieira
Marcela Francisca da Silva
Marcela Francisca da Silva
Marcela Francisca da Silva
Marcelo Franken
Marcelo Franken
Marcelo Katz
Marcelo Katz
Marcelo Katz
Marcia Makdisse
Marcia Regina P. Makdisse
Marcia Regina P. Markdisse
Marcio José Correa Machado
Marco Antonio Mieza
Maria Aparecida Batistão
Maria Aparecida Batistão Gonçalves
Maria Cecilia Bueno Jayme Gallani
Maria Cecilia Bueno Jayme Gallani
Maria Cecília BJ Gallani
Maria Cecília BJ Gallani
Maria Cecília BJ Gallani
Maria Clara C. Matheus
Maria Lúcia Zanetti
Maria Roselene Alberto
Maria Teresa Freitas
Maria do Rosário Sobral de Oliveira
Mariana Nobrega Meireles
Mariana Sobral
Mariana Yumi Okada
Mariana Yumi Okada
Mariana Yumi Okada
Mariana Yumi Okada
Mariana Yumi Okada
Marta Motter Magri
Marília Doriguello Bergamin
PO 089
PO 074
PO 072
PO 048
PO 078
PO 117
PO 054
PO 057
PO 124
PO 082
PO 122
TL 015
TL 022
PO 041
PO 068
PO 057
PO 124
PO 093
TL 026
PO 058
PO 115
PO 064
PO 099
PO 052
PO 064
PO 099
PO 052
PO 064
PO 099
PO 084
TL 027
PO 072
PO 079
TL 019
PO 096
TL 016
TL 021
PO 051
PO 102
PO 100
PO 094
PO 092
PO 114
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Maurício Assami Fujimira
Meliza Goi Roscani
Melânia Aparecida Borges
Melânia Aparecida Borges
Miriam de O. Santos
Myrthes Takiuti
Myrthes Takiuti
Myrthes Takiuti
NATHALIA SPATTI
NEUSA FUKUYA
NEUSA FUKUYA
Natalia Campanholi Ribeiro
Nathalia Carvalho
Natália Parra Gonzalez
Natália Ramos Imamura
Natália Stanko Moreira
Nilza Lasta
Nilza Lasta
Nyagra Ribeiro de Araújo
PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA
PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA
PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA
PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA
PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA
PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA
Paloma César de Sales
Paloma Ferrer
Paloma Ferrer Gomez
Paloma Ferrer Gomez
Paloma Ferrer Gomez
Patricia Alves
Patrick Radimaker Burke
Patrícia Alves Moulin de Azevedo
Patrícia Costa dos Santos Silva
Patrícia M.P. Bezerra
Paula Bueno Ferrari
Pauliane S.J. Pires de Melo
Paulo Cobellis Gomes
Paulo Cury Rezende
Paulo Cury Rezende
Paulo Cury Rezende
Pedro Aurelio Mathiasi Neto
Pedro Barros
Pedro Barros
Pedro Gabriel Melo Barros e Silva
Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva
Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva
Priscila Fernanda da Silva
Priscilla de Brito Nunes Mendes
Priscyla Girardi
Priscyla Girardi
Priscyla Girardi
PO 066
TL 025
PO 052
PO 053
PO 109
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PO 058
PO 115
PO 097
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PO 068
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Autor
Nº do Trabalho
Pâmela Messias Duarte
ROBERTO DELLA ROSA MENDEZ
ROSÂNGELA A. O. SANTOS
RUTE TONSICH
Rafael Silva Cruz
Raquel Ferrari Piotto
Raquel Ferrari Piotto
Raquel Ferrari Piotto
Raquel Ferrari Piotto
Regina Célia Coneglian
Renata Dias Braga
Renata Dias Braga
Renata Guzzo Souza Belinelo
Renata Lima Giolo
Renata Lima Giolo
Renata Pavan
Renata S. de Macedo
Ricardo D’Oliveira Vieira
Rika Miyahara Kobayashi
Rita C.P. Coli
Rita Simone L. Moreira
Rita Simone Lopes Moreira
Rita Simone Lopes Moreira
Rita Simone Lopes Moreira
Rita Simone Lopes Moreira
Rita Simone Lopes Moreira
Rita Simone Moreira Lopes
Rita de Cassia Gengo e Silva
Rita de Cassia Gengo e Silva
Rita de Cassia Ribeiro de Macedo
Roberta Barbuio Macota
Roberta C M Rodrigues
Roberta CM Rodrigues
Roberta CM Rodrigues
Roberta Cunha Matheus Rodrigues
Roberto Catani
Rodrigo Galvão Bueno Gardona
Rodrigo Morel Vieira de Melo
Rosa Rahmi Garcia
Rosa Rhami Garcia
Rosana Aparecida Spadoti Dantas
Rosana Aparecida Spadoti Dantas
Rosane Pilot Pessa Ribeiro
Rosane Pilot Pessa Ribeiro
Rosane Pilot Pessa Ribeiro
Rosangela Santos da Silva
Roseli Aparecida Bimbatti
Rosianne de Vasconcelos
Ruth Ester Assayag Batista
Ruth Nanami Hashimoto
Ruth Romero Augusto Tonsich
Rúbia de Freitas Agondi
PO 062
PO 096
TL 017
TL 024
PO 054
TL 023
PO 060
PO 076
PO 116
TL 025
PO 095
PO 112
PO 050
PO 064
PO 099
TL 021
PO 109
PO 058
PO 073
PO 109
PO 107
PO 088
PO 090
PO 098
PO 105
PO 125
PO 059
PO 067
PO 074
PO 047
PO 110
TL 021
TL 016
PO 051
PO 096
PO 059
PO 066
PO 115
PO 115
PO 058
TL 018
PO 042
PO 045
PO 077
PO 049
PO 054
PO 091
PO 109
PO 043
PO 047
PO 114
TL 019
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
SAMANTHA VACCARI GRASSI MELARA
SAMANTHA VACCARI GRASSI MELARA
SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Salomón Soriano Ordinola Rojas
Sandra Regina Ramos da Silva
Sara Crivelari Naves
Sergio Tufik
Sheila Aparecida Simões
Sheila Simões
Sheila Simões
Silmeia Garcia Zanati
Silvana Barbosa Pena
Silvana Gondim Ribeiro Maglioni
Simone Alvarez Moretto
Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Sonia Aparecida Batista
Suzana Maria Bianchini
Sérgio Henrique Simonetti
THAIZE BRAZIL
Tarsila Peres Mota
Tarsila Peres Mota
Tarsila Perez Mota
Tatiana Cristina Bruno
Tatiana de Fatima Goncalves Galvão
Tatiane Lins da Silva
Thaisa M. Amaro
Thaisa Remigio Figueiredo
Thamires de Campos Santana
Thamires de Campos Santana
Thaysa Rodrigues de Morais Salgueiro
Thaís M São João
Thaís M São João
Thaís Moreira São João
Thiago Andrade de Macedo
Thiago O. Hueb
Thiago O. Hueb
Thiago O. Hueb
Ticiane Carolina Gonçalves Faustino Campanili
VALÉRIA COSTA-HONG
VANESSA BONAFIM JOLES
VANESSA BONAFIM JOLES
VANILCE OLIVEIRA NOGUEIRA
VIVIANE TEIXEIRA DE PAULA
Valter Furlan
PO 057
PO 124
PO 071
PO 082
PO 101
PO 119
TL 020
PO 092
PO 053
PO 061
PO 081
PO 121
TL 025
PO 096
PO 048
PO 063
PO 071
PO 082
PO 101
PO 059
PO 088
PO 090
PO 098
TL 027
PO 084
PO 073
PO 123
PO 064
PO 099
PO 052
PO 092
PO 052
PO 071
PO 109
PO 071
PO 064
PO 099
TL 025
TL 016
PO 051
PO 096
PO 061
TL 026
PO 058
PO 115
PO 079
TL 024
PO 057
PO 124
PO 122
TL 017
TL 027
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Valter Furlan
Valter Furlan
Valter Furlan
Valter Furlan
Vanessa Rossato Gomes
Vanessa Siqueira Rodrigues
Vanessa Siqueira Rodrigues
Vanessa de Alencar Barros
Vera L.G.S. Martins
Veridiana Ferreira Torres
Vicente Spinola Dias Neto
Vinícius A. Werneck
Vinícius Batista Santos
Vinícius Batista Santos
Viviane A. Fernades
Viviane Aparecida Ferandes
Viviane Aparecida Fernandes
Viviane Cordeiro Veiga
Viviane Fernandes
Viviane Fernandes
Viviane Martinelli Pelegrino Ferreira
WELLINGTON MACIEL
Walace de Souza Pimentel ZENAIDE ANDRADE CICOTE
ZENAIDE ANDRADE CICOTE
alexandra comarella jacob
juliana aguiar chencci
juliana aguiar chencci
luciane santos da silva oliveira
luciane santos da silva oliveira
valnice oliveira nogueira
vinicius batista santos
vinicius batista santos
PO 061
PO 081
PO 083
PO 121
PO 103
PO 056
PO 084
PO 071
PO 109
PO 084
PO 062
PO 109
PO 105
PO 125
PO 061
PO 083
TL 027
PO 119
PO 081
PO 121
PO 077
PO 122
PO 059
PO 057
PO 124
PO 104
PO 104
PO 122
PO 104
PO 122
PO 104
PO 105
PO 125
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PO 175
PO 189
PO 130
PO 131
PO 162
PO 159
PO 129
PO 129
PO 137
PO 174
PO 150
PO 151
PO 181
TL 031
PO 126
PO 149
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FISIOTERAPIA
ALINE FERNANDA BARBOSA BERNARDO
ALINE FERNANDA BARBOSA BERNARDO
Adauto Nunes Júnior
Aderbal Garcia Bernardes Junior
Aderbal Garcia Bernardes Junio
Adriana Claudia Lunardi
Adriana Dias Pirovani
Adriana Lários Nóbrega Gadioli
Adriana Mazzuco Bonança
Alana G. Cruz
Alberto Porta
Alberto Porta
Alberto Porta
Alessandra Xavier Inácio da Silva
Alexandre Fenley de Castro
Alexandre Fenley de Castro
98
Nº da Página
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Alexandre Gonçalves de Sousa
Alexandre Gonçalves de Sousa
Alexandre Gonçalves do Sousa
Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin
Aline A. Elias
Aline Cristina Tavares
Aline Cristina Tavares
Aline Cristina Tavares
Aline Cristina Tavares
Aline Soares de Souza Aline Soares de Souza
Ana Carolina Caporalli
Ana Carolina Caporalli
Ana Carolina Nociti
Ana Carolina Nociti
Ana Luiza de O. Carvalho
Ana Marice Teixeira Ladeia
Ana Paula Coelho Figueira Freire
Ana Tanaka
Ana Tanaka
Andreia da Silva Azevedo Cancio
Andressa P. L. Muchiut
André Schmidt
André Schmidt
André Schmidt
Anielle C. M. Takahashi
Anielle C. M. Takahashi
Anielle C. M. Takahashi
Anielle Cristhine de Medeiros Takahashi
Anne Kastelianne F Silva
Anny Karine Silva Simões Guimarães
Antonio C Carvalho
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Aná Luiza Pereira
Aparecida M. Catai
Aparecida M. Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Aparecida Maria Catai
Arthur Henrique de Souza
Audrey Borghi e Silva
Audrey Borghi e Silva
PO 155
PO 164
TL 039
TL 031
PO 179
PO 163
PO 172
PO 173
PO 183
TL 028
TL 029
PO 172
PO 173
PO 131
PO 162
PO 153
PO 135
PO 168
PO 163
PO 183
TL 037
PO 168
TL 041
PO 185
PO 187
PO 147
PO 151
PO 181
PO 150
PO 175
PO 154
PO 133
TL 034
TL 037
TL 038
PO 178
PO 171
PO 147
PO 181
TL 031
TL 042
TL 043
TL 044
PO 131
PO 150
PO 151
PO 158
PO 161
PO 162
PO 166
TL 043
PO 146
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Audrey Borghi e Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Audrey Borghi-Silva
Ayda Tieko Ajisaka Sousa
Barbara Amaral Barbara O. R. do Nascimento
Barros R
Beatriz Cirillo Amorim Bernardez S
Bianca Manzan Reis
Branco W
Brandão L
Brandão L
Brandão L
Bruno Araújo Ribeiro
Bruno F. C. Lucchetti
Bruno Marinho Bueno de Oliveira
Bruno Marinho Bueno de Oliveira
Bruno Marinho Bueno de Oliveira
Bruno Martinelli
Bárbara Reis Tamburim
Bárbara de Mattos Pimentel
CARLA CRISTINA ALVAREZ SERRÃO
Camila Gimenes
Camila Gomes Vasconcelos
Camila Zogaibe Napolitano Camila de C. Pereira
Camila de cássia Pereira
Carlos Eduardo Assumpção de Freitas
Carlos F R Lavagnoli
Carlos Fernando Ronchi
Carlos Marcelo Paste
Carlos Marcelo Pastre
Carlos Marcelo Pastre
Carlos Marcelo Pastre
Carlos Marcelo Pastre
Carolina Alves Braz
Celina Lumi Kushida
Celso Ferreira
Celso Ferreira
Celso Ferreira
Celso RF Carvalho
Chermont S
Christina May Moran de Brito
PO 158
TL 042
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PO 126
PO 145
PO 147
PO 149
PO 150
PO 151
PO 161
PO 181
PO 171
PO 138
PO 179
PO 142
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PO 141
PO 167
PO 142
PO 139
PO 141
PO 142
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PO 128
PO 130
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PO 171
PO 171
TL 032
PO 154
PO 157
PO 174
PO 170
PO 168
PO 152
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PO 189
TL 036
PO 148
PO 175
PO 188
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PO 159
PO 141
PO 172
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Christina May Moran de Brito
Cibele L. Garzillo
Cinthia Maria Xavier Costa
Cintya P. C. Ramos
Cintya da Costa Pereira Ramos
Claudio Ricardo de Oliveira
Cláudio S. Najas
Cristiane Aparecida Moran
Célia Maria Camelo Silva
César R de souza
Daniel Alves da Silva
Daniel Alves da Silva
Daniel Dias Penteado Martins
Daniel Dias Penteado Martins
Daniel Dias Penteado Martins
Daniel Figueiredo Alves da Silva
Daniel Figueiredo Alves da Silva
Daniel Figueiredo Alves da Silva
Daniel Santana da Silva
Daniel Santana da Silva
Daniela Bassi Dutra
Daniela Caetano Costa
Danielle Warol
Davi Dias
Debora Spechoto Basso
Deborah C. G. L. Fernani
Denise Mayumi Tanaka
Diego Passos Diogo
Dirceu Rodrigues Almeida
Dirceu Rodrigues de Almeida
Domingo Marcolino Braile
Douglas Willian Bolzan Lima
Débora Ramos Milhomem
Décio Gomes de Oliveira
ELIZABETH SILAID MUXFELDT
Edimar Bocchi
Edimar Bocchi
Ednaldo B Pizzolato
Ednilce Aparecida Lima
Ednilce Aparecida de Lima Eduardo Aguilar Arca
Eduardo Elias Vieira Carvalho
Eduardo Elias Vieira de Carvalho
Eduardo G. Lima
Elaine Soraya B O Severino
Eliete Ferreira Pinto
Ellen C. Gomes
Ester da Silva
Ester da Silva
Evandro T Mesquita
Evandro T Mesquita
Fabiana Marques
PO 173
PO 153
PO 154
PO 132
TL 030
PO 161
PO 177
PO 182
TL 034
TL 043
PO 143
PO 144
TL 041
PO 185
PO 187
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TL 030
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PO 179
PO 138
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PO 184
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PO 168
PO 134
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PO 183
TL 043
PO 127
PO 128
TL 032
PO 179
PO 184
PO 153
PO 152
PO 158
PO 147
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PO 184
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Fabiana Reis
Fabiana Reis
Fabiana dos Santos Prado
Fabiana dos Santos Prado
Fabricio Beltrame
Fernanda Regina de Moraes
Fernanda Regina de Moraes
Fernanda Stringuetta-Belik
Fernando Oikawa
Fernando Rocha Oliveira
Fernando Seiji da Silva
Fernando Seiji da Silva
Fernando Zanela da Silva Arêas
Fernando Zanela da Silva Arêas
Ferreira B
Ferreira J.B
Flues K.
Flávia Cortêz Colósimo
Flávia Cortêz Colósimo
Flávia Cortêz Colósimo
Flávia Cristina Caruso Rossi
Flávio D. M. Pissulin
Flávio Ferlin Arbex Flávio Ferlin Arbex
Flávio Gobbis Shiraishi
Flávio Socorro da Silva Castro
Flávio Socorro da Silva Castro
Franciele Marques Vanderlei
Francis L. Pacagnelli
Francis L. Pacagnelli
Francis Lopes Pacagnelli
Francis Lopes Pacagnelli
Francis Lopes Pacagnelli
Frederico José Neves Mancuso
Frederico José Neves Mancuso
Fábio do Nascimento Bastos
GIL FERNANDO C.M. SALLES
Gabriela Alves Trevizani
Gabriela Galdino
Gabriela Galdino
Gabriela Oliveira Siqueira Gabriela Oliveira Siqueira
Gabrielle Muniz Nogueira
Gabrielle Muniz Nogueira
Gelsomina A Pereira
Gelsomina A Pereira
Gilmara Silveira da Silva
Gilmara Silveira da Silv
Gilmara Silveira da Silv
Giulliano Gardenghi
Glaucio Oliveira Dutra
Gomes JC
PO 172
PO 173
TL 047
PO 169
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PO 167
PO 160
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TL 031
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PO 156
TL 039
PO 155
PO 164
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PO 160
PO 145
PO 146
PO 148
PO 174
PO 177
PO 157
PO 168
PO 170
TL 029
PO 137
PO 189
PO 134
TL 040
PO 131
PO 162
TL 028
PO 137
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Gualberto Ruas
Gualberto Ruas
Gualberto Ruas
Guilherme Guimarães
Guilherme Guimarães
Guilherme Peixoto Tinoco Arêas
Guilherme Peixoto Tinoco Arêas
Hanna Karla Costa e Silva
Hayanne Osiro Pauletti
Hayanne Osiro Pauletti
Hayanne Osiro Pauletti
Henrique Lelis Clemente de Oliveira
Hugo Valverde Reis
Hugo Valverde Reis
Hugo Valverde Reis
Iracema Ioco Kikuchi Umeda
Iracema Ioco Kikuchi Umeda
Iracema Umeda
Iram Neto
Iram Neto
Irigoyen MC
Isabela Arruda Verzola Aniceto
Isabela Corneta
Isadora Lessa Moreno
Isadora Lessa Moreno
Isadora Lessa Moreno
Isis Begot Valente
Isis Begot Valente
Izabela Biancardi
JOÃO CARLOS MORENO DE AZEVEDO
Jade Evelise Soares
Jade Evelise Soares
Jaqueline Rodrigues de Souza Gentil
Jeferson Macedo Vianna
Jefferson Petto
Joaquim P. de Pinto Junior
Jonathan Costa Gomes
Jonathan Gomes
Josielli S. Caetano
Josielli Souza Caetano
José Alberto Neder José Alberto Neder
José Alberto Neder
José Carlos Bonjorno Júnior
João Carlos Hueb
João Moreno
João Moreno
Juliana Bassalobre Carvalho Borges
Juliana C. Milan
Juliana C. Milan
Juliana C. Milan
Juliana Cristina Milan
PO 130
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PO 128
PO 163
PO 183
PO 145
PO 146
PO 186
PO 143
PO 144
PO 165
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PO 126
PO 149
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TL 030
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PO 183
PO 156
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TL 036
PO 148
PO 188
TL 034
TL 038
TL 031
PO 134
TL 030
PO 132
PO 184
TL 040
PO 135
PO 177
PO 140
PO 138
PO 174
PO 170
TL 028
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PO 137
PO 161
PO 160
PO 126
PO 149
PO 176
PO 147
PO 151
PO 181
TL 042
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Juliana Cristina Milan
Juliana Cristina Milan
Julio César Crescêncio
Julio César Crescêncio
Julio César Crescêncio
Julio César Crescêncio
Karlos Alexandre S Vilarinho
Karoline Mazulli Silva
Karoline Mazulli Silva
Karoline Mazulli Silva
Karoline Mazulli Silva
Karoline Mazulli da Silva
Katashi Okoshi
KoikeM.K
Laion Amaral
Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga
Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga
Larissa Freschi
Laura Carraro
Laura Maria Tomazi Neves
Laís Machado
Laís Machado Duarte
Lilian Cristina Gomes do Nascimento
Lilian Pinto da Silva
Lindemberg M Silveira-Filho
Linhares JM
Lourenço Gallo Junior
Lourenço Gallo Junior
Lourenço Gallo Junior
Lourenço Gallo Junior
Luana D. Kel de Souza
Luana Daniele Kel de Souza
Luana Marchese
Luana Marchese
Luana Marchese
Luana Mello
Luana Mello
Luana Rodrigues Rosseto Felipe
Lucas Lima Ferreira
Lucas Lima Ferreira
Lucas Russignoli de Almeida
Lucas Russignoli de Almeida
Lucas THiago Sampaio
Lucia Brandão Lucia Brandão
Lucia Brandão
Luciana Duarte Novais Silva
Luciana Duarte Novais Silva
Luciana Mara Camargo Pseiser
Luis Cuadrado Martin
Luiz A. R. Medina
Luiz Antonio Rodrigues Medina TL 044
PO 150
TL 041
PO 184
PO 185
PO 187
PO 152
PO 143
PO 144
PO 159
PO 165
PO 178
TL 032
PO 156
PO 133
TL 034
TL 038
PO 176
TL 033
TL 042
PO 133
TL 038
PO 167
TL 040
PO 152
PO 139
TL 041
PO 184
PO 185
PO 187
PO 132
TL 030
TL 035
TL 046
PO 138
TL 035
TL 046
PO 167
PO 175
PO 189
PO 127
PO 128
PO 136
TL 035
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PO 138
PO 131
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PO 160
PO 132
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Luiz Antonio Rodrigues Medina
Luiz Antônio R. Medina
Luiz Carlos Marques Vanderlei
Luiz Carlos Marques Vanderlei
Luiz Carlos Marques Vanderlei
Luiz Carlos Marques Vanderlei
Luiz Carlos Marques Vanderlei
Luiz Carlos Vanderlei
Luiz Carlos de Abreu
Luiz Carlos de Abreu
Luiz Carlos de Abreu
Luiz Otávio Murta Junior
Luiz Otávio Murta Junior
Luiz Otávio Murta Junior
Luiza Faim Nascimento
Luzia Takahashi
Lívia Anaruma Bueno
MAYRON FARIA DE OLIVEIRA
MAYRON FARIA DE OLIVEIRA
MAYRON FARIA DE OLIVEIRA
Maiara L. R. do Prado
Maiara L. R. do Prado
Maiara Lazaretti Rodrigues do Prado
Mara Lilian Soares Nasrala
Mara Lilian Soares Nasrala
Mara Lílian Soares Nasrala
Mara Lílian Soares Nasrala
Marcela Francisca da Silva
Marcelo de Castro Cesar
Marcelo de Castro Cesar
Marchese L
Marchese L
Marchese LD
Marcos Augusto de Moraes Silva
Marcus Vinícius Simões
Margaret A. Calvacanti
Margaret Assad Cavalcante
Maria Carolina Basso Sacilotto
Maria Clara Noman Maria Clara Noman
Maria Clara Noman
Maria Stella Peccin
Maria Teresa Bombig
Maria de Lourdes Borges
Maria de Lourdes Borges
Mariana Adami Leite
Mariana Adami Leite
Mariana Adami Leite
Mariana Balbi Seixas
Mariana Rodrigues Salviati
Mariana Rodrigues Salviati
Mariana Romanelli
PO 137
TL 030
TL 036
PO 148
PO 168
PO 175
PO 189
PO 188
TL 036
PO 148
PO 188
TL 041
PO 185
PO 187
PO 179
PO 136
PO 186
TL 028
TL 029
TL 033
PO 174
PO 177
PO 170
TL 047
PO 169
TL 047
PO 169
PO 153
TL 045
PO 180
PO 139
PO 142
PO 141
PO 176
PO 184
PO 177
PO 170
PO 152
TL 028
TL 029
PO 137
PO 182
PO 182
PO 131
PO 162
TL 041
PO 185
PO 187
TL 040
TL 045
PO 180
PO 133
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Autor
Nº do Trabalho
Mariana de Oliveira Gois
Mariana de Oliveira Gois
Mariane Mucelin
Marianne Penachini da Costa
Marilita Falanfola Accioly
Marina Neves do Nascimento
MarinaPOliti Okoshi
Marisa de Regenga Moraes
Marlus Karsten
Martins W
Matheus Garcia Gomes
Matheus Garcia Gomes
Mauricio de N Machado
Mayara Simões
Mayara Simões
Mayler Olombrada Nunes dos Santos Mayron Faria de Oliveira Mayron Faria de Oliveira
Mayron Faria de Oliveira
Mellik Bazan
Mellik Bazan
Mesquita ET
Mesquita ET
Michel Silva Reis
Michel Silva Reis
Milena Pelosi Rizk Sperling
Monica MP Quintão
Monica Quintão
Monica Quintão
Moreira E.D
Mostarda C
Mucelin M
Munique Alvarenga Nunes
Myrthes Takiuti
Mônica Furquim de Campos
Mônica Maria Pena Quintão
Naiara Maria de Souza
Naiara Maria de Souza
Natasha de Oliveira Marcondi
Natála M. Perseguini
Natália M. Perseguini
Natália M. Perseguini
Natália Maria Perseguini
Natália Maria Perseguini
Nayara Yamada Tamburus
Nayara Yamada Tamburus
Nayara Yamada Tamburús
Nayara Yamada Tamburús
Nicola Montano
Nicola Montano
Nicola Montano
Nilo Mitsuru Izukawa
TL 044
PO 189
PO 138
PO 189
PO 167
PO 179
TL 032
PO 136
TL 042
PO 141
PO 131
PO 162
TL 043
PO 131
PO 162
PO 166
TL 028
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PO 172
PO 173
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PO 126
PO 158
PO 161
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TL 046
PO 156
PO 156
PO 142
PO 167
PO 153
TL 031
PO 140
PO 175
PO 189
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Orlando Petrucci
Pamella Ramona Moraes de Souza
Patricia Forestierie
Patrícia Forestieri
Patrícia Forestieri
Patrícia Nobre Calheiros da Silva
Patrícia R. dos Santos
Patrícia R. dos Santos
Patrícia Rehder dos Santos
Paulo Costa Junior
Paulo Cury Rezende
Paulo R Correa
Pedro Paulo M Oliveira
Pedro Sávio Macêdo de Almeida
Pedro Vellosa Schwartzmann
Pereira JC
Priscila Sperandio
Priscyla Girardi
Quintão M
Quintão M
Quintão M
Rafael Castro
Rafael Castro
Rafael Zanarino Lobo
Rafael Zanarino Lobo
Raquel Ferrari Piotto
Raquel Ferrari Piotto
Raquel Ferrari Piotto
Rebeca Boltes Cecatto
Rebeca Boltes Cecatto
Renata Augusta Beloni Digiovani
Renata Claudino Rossi
Renata Claudino Rossi
Renata G Mendes
Renata Gonçalves Mendes
Renato Campos Freire Jr
Renato Campos Freire Jr.
Renato Murayama
Renato de Souza Gonçalves
Rita S.M. Lopes
Rita Simone Lopes
Rita Simone Moreira Lopes
Rita Simone Moreira Lopes
Rita Simone Moreira Lopes
Rita de Cássia Lima dos Santos Rita de Cássia Lima dos Santos
Rita de Cássia Lima dos Santos
Roberta Fernanda lopes de Paula
Roberta Fernanda lopes de Paula
Roberta G. Beraldi
Roberto Catani
Roberto Jorge da Silva Franco
PO 152
PO 156
PO 133
TL 034
TL 038
PO 154
PO 151
PO 181
PO 150
PO 168
PO 153
TL 043
PO 152
PO 171
PO 184
PO 139
TL 033
PO 153
PO 139
PO 141
PO 142
PO 163
PO 183
PO 126
PO 149
TL 039
PO 155
PO 164
PO 172
PO 173
PO 168
PO 148
PO 175
TL 043
PO 161
PO 146
PO 145
TL 033
PO 160
PO 178
PO 144
TL 037
PO 143
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PO 137
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PO 180
PO 174
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Autor
Nº do Trabalho
Robison José Quitério
Rodrigo Gimenes
Rodrigo Polaquini Simões
Rodrigo Polaquini Simões
Rodrigo Raimundo
Rosa Rahmi Garcia
Rosangela Maria da Silva Rosangela Maria da Silva
Rubens Fazan Junior
Rubens Fazan Junior
Rubens Fazan Junior
Rômulo Araújo Fernandes
Sabrina Agnezini Biaggi
Sabrina Bernardez Sabrina Bernardez
Sabrina Malfacini
Sabrina Malfacini
Santos F.
Sergio S Chermont
Sergio S.M.C.Chermont
Sergio S.M.C.Chermont
Sergio S.M.C.Chermont
Sergio S.M.C.Chermont
Silva J.G.F
Silva M.B
Silvia Regina Barrile
Simone Dal Corso
Solange Guiziline
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Solange Guizilini
Sonia Maria Faresin
Sylvia Rangel Jucá
Sérgio Luiz Soares Marcos da Cunha Chermont
Tallita Yossugo de Toledo
Thalissa Galvanin
Thatiana Cristina Alves Peixoto
Thatiana Cristina Alves Peixoto
Thatiana Peixoto
Thiago O. Hueb
Tiago Peçanha Oliveira
Tiago Peçanha de Oliveira
Tinoco G
Tito Bassani
Valéria Papa
Valéria Papa
TL 031
TL 032
TL 042
TL 044
PO 186
PO 153
TL 028
PO 137
TL 041
PO 185
PO 187
PO 175
TL 031
TL 035
TL 046
TL 035
TL 046
PO 156
PO 138
TL 035
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PO 139
PO 142
PO 156
PO 156
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TL 037
TL 047
PO 133
PO 143
PO 144
PO 165
PO 169
PO 178
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PO 133
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Vandeni Clarice Kunz
Vandeni Clarice Kunz
Vandeni Clarice Kunz
Vanessa Marques F. Mendéz
Vanessa Marques Ferreira Mendéz
Vera Lúcia de Laet
Victor de Paula Pinheiro
Vinicius Minatel
Vinicius Minatel
Vinicius Minatel
Vinicius Minatel
Vinicius Minatel
Vinicius Santos
Vinnicius Dantas
Vivian Maria Arakelian
Viviana Rugolo Oliveira e Silva
Viviane Castello Simões
Viviane Castello Simões
Viviane Castello Simões
Walace de Souza Pimentel
Walace de Souza Pimentel
Walace de Souza Pimentel
Walter J Gomes
Walter J Gomes
Walter J Gomes
Walter José Gomes
Walter José Gomes
Walter José Gomes
Walter José Gomes
Walter José Gomes
Warley Branco
Warol D
Waroll D
Weber Gutemberg Alves de Oliveira Wilson Luiz da Silveira
Wladimir Musetti Medeiros
Wladimir Musetti Medeiros
Wladimir Musetti Medeiros
Wolney Martins
Wolney Martins
Yasmin Rodrigues Sampaio
Yumi Gondo Lage
Yumi Gondo Lage
renata de andrade gomes
Élder Dutra de Sousa
Ísis Valente Begot
TL 044
TL 045
PO 180
PO 132
TL 030
TL 034
TL 040
TL 042
PO 147
PO 150
PO 151
PO 181
TL 034
PO 138
PO 161
PO 160
TL 042
TL 044
PO 147
PO 143
PO 144
PO 165
TL 034
PO 143
PO 144
TL 037
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PO 133
PO 169
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PO 142
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PO 157
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PO 137
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PO 204
PO 204
PO 203
276
276
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NUTRIÇÃO
JULIANA MENEZES
ANA MARGARET NASCIMENTO GOMES FARIAS SOARES
APARECIDA NATANE VIEIRA DE SOUZA
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Nº da Página
109
Autor
Nº do Trabalho
APARECIDA NATANE VIEIRA DE SOUZA
Ada Bartira Dias de Lima da Silva
Adriana Cruz Lopes
Adriana Fontes Valverde
Alexandre Francescucci Moleiro
Aline Medeiros
Amanda Cavalcante
Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa
Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Amanda Sousa
Ana Claudia Almeida Ferreira
Ana Claudia Almeida Ferreira
Ana Margaret N.G.F. Soares
Ana Maria Scaravelli Simões
AndreaPOlo Galante
Angela Rosa da Silva
Anna Maria Buehler
Antonio J Cordeiro Mattos
Antonio J Cordeiro Mattos
Aparecida Natane de Souza
Barbara Yuka Aoyagui Bernardete Weber
Bruna Costa Couto
Bruna Fernanda Camargo Silva
Bruno Mahler Mioto
Bruno Mahler Mioto
Bruno Mahler Mioto
CAMILA ANDRADE PEREIRA
CELMA MUNIZ MARTINS
CRISTIANE KOVACS
CRISTIANE KOVACS
CRISTIANE KOVACS
CRISTIANE KOVACS
CRISTIANE LOPES TEIXEIRA
Camila Mithie Hattori
Camila Mithie Hattori
Camila Ragne Torreglosa
Camila Regina Leite de Campos
Camila Regina Leite de Campos
Carlos Daniel Magnoni
Carlos Daniel Magnoni
Carlos Daniel Magnoni
Catharina Paiva
Catharina Callil João Paiva
Catharina Paiva
Catharina Paiva
Cláudia Stefani Marcilio
Cláudia Stefani Marcilio
Cristiana Alves Ferreira Amato
PO 206
PO 210
PO 200
PO 200
PO 192
PO 210
PO 212
PO 210
PO 212
TL 056
PO 201
PO 202
PO 207
PO 194
PO 198
PO 205
TL 055
TL 049
TL 050
TL 049
TL 051
TL 057
PO 209
PO 210
TL 049
PO 193
PO 211
TL 054
PO 190
PO 191
PO 206
PO 203
TL 052
TL 056
PO 201
PO 211
PO 204
PO 193
PO 205
TL 049
PO 205
PO 210
PO 193
PO 205
PO 212
TL 056
PO 201
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TL 051
TL 057
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Cíntia Fernandes Oliveira Rezende
DANIELA TARASOUTCHI
DANIELA TARASOUTCHI
DANIELA TARASOUTCHI
Daniel Magnoni
Daniel Magnoni
Daniel Magnoni
Daniel Magnoni
Daniel Magnoni
Daniel Magnoni
Daniel Magnoni
Daniel Magnoni
Daniela Casarine
Danielle Marques
Diana Gabriela Estevez Fernadez
Enilda Maria de Sousa Lara
Enith Hatsumi Fujimoto
Entih Hatsumi Fujimoto
Evelyn Kaoru Nakamoto Aguchiku
FERNANDA BANDUK CURY
FERNANDA BANDUK CURY
FERNANDA DALPICOLO
Fabiana Marques
Fabrícia Geralda Ferreira
Fernanda Amparo
Fernanda Banduk Cury
Fernanda Banduk Cury
Fernanda Caroline Batista
Fernanda Caroline Batista
Fernanda Cassullo Amparo
Fernanda Cassulo Amparo
Fernanda Cassulo Amparo
Fernanda Cristina Prata
Fernando Lucas Soares
Francisca Eugênia Zaina
Francisca Eugênia Zaina
Gabriela Ribeiro de Souza Benezath Segundo
Giana Zarbato Longo Giovanna Peixoto Barreto
Gustavo Bernardes F Oliveira
Gustavo Bernardes F Oliveira
Iolanda Karla Santana dos Santos
JESSICA DE OLIVEIRA APARCECIDA MAGALHÃES
JULIANA TIEKO KATO
Jaqueline Rodrigues de Souza Gentil
Jenny Tiawen Chiang
Joseph Antonio Freire
Joyce Vitor Da Silva
João Italo Dias França
João Italo Dias França
Jéssica Sillas
Karen Juliana George
PO 192
TL 054
PO 190
PO 191
TL 052
TL 056
PO 201
PO 202
PO 204
PO 207
PO 210
PO 211
PO 210
PO 212
TL 053
TL 049
PO 192
TL 055
PO 196
PO 204
PO 205
PO 206
TL 050
PO 195
PO 201
PO 204
PO 205
TL 052
PO 193
TL 056
TL 052
PO 211
PO 210
PO 194
PO 194
PO 198
PO 200
PO 195
PO 192
TL 051
TL 057
PO 196
PO 204
PO 203
TL 050
PO 199
PO 195
PO 205
TL 051
TL 057
TL 056
PO 193
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Autor
Nº do Trabalho
Karoline M Dias
Karoline M Dias
Karoline M Dias
Katia Josiany Segheto
LIZANDRA TRALDI MENDONÇA
Laura Fantazzini Grandisoli
Lenita G. Borba
Lenita Gonçalves de Borba
Lenita Gonçalves de Borba
Lenita Gonçalves de Borba
Lenita Gonçalves de Borba
Ligia de Oliveira Bassi
Lucas Alves Bassolli
Lucas Alves Bassolli
Lucas Teixeira Reis Luciene de Oliveira
Luciene de Oliveira
Luciene de Oliveira
Luciene de Oliveira
Luiz Antonio Machado César
Luiz Antonio Machado César
Luiz Antonio Machado César
MARLENE NUÑEZ ALDIN
Marcelo Cordeiro Pereira
Marcia Mendes Gouvea
Marcus Vinícius Simões
Maria Beatriz Ross Fernandes
Maria Jose Santos
Maria José dos Santos
Maria José dos Santos
Maria José dos Santos
Maria José dos Santos
Maria Rita Cardoso Albano
Mariana Tiyome Chen
Mariana Tiyome Chen
Mariana Tiyome Chen
Michele Antunes Canfild
Michele Antunes Germini
Miguel Antonio Moretti
Miguel Antonio Moretti
Miguel Antonio Moretti
Monica Romualdo
Monica Romualdo
Monica Romualdo
Monica Romualdo
Mônica C. S. Romualdo Silva
NATÁLIA CORREIA LOPES
NATÁLIA CORREIA LOPES
Natalia Correia Lopes
Natalia Correia Lopes
Nayara de Oliveira
Nágila Raquel Teixeira Damasceno
TL 054
PO 190
PO 191
PO 195
PO 206
PO 196
PO 205
PO 193
PO 204
PO 210
PO 212
TL 057
PO 197
PO 208
PO 195
TL 055
PO 192
PO 197
PO 208
TL 054
PO 190
PO 191
TL 053
PO 200
PO 195
TL 050
TL 049
PO 210
PO 193
PO 204
PO 205
PO 212
PO 212
TL 055
PO 197
PO 208
PO 202
PO 207
TL 054
PO 190
PO 191
TL 052
TL 056
PO 201
PO 211
PO 193
PO 203
PO 209
PO 203
PO 209
TL 057
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Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Nágila Raquel Teixeira Damasceno
Otávio Berwanger
PRISCILA DE LIMA SANCHES
Paula Carbolante Manzoli Falaschi
Pedro Vellosa Schwartzmann
Priscila Moreira
Priscila Moreira
Priscila Moreira
Priscila Moreira
Priscila Sanches
Profa. Dra. Maria Elisabeth Machado Pinto-e-Silva
REGINA GONÇALVES PLATA
REGINA GONÇALVES PLATA
ROSA BOSQUETTI
Rafael Marques Soares
Rebecca Baumgartner
Rebecca Baumgartner
Renam da Silva Mendonça
Renata Alves
Renata Alves
Renata Alves
Renata Alves
Renata Ferreira
Renato Rodrigues Sofia
Reynaldo V Amato
Reynaldo V Amato
Reynaldo V Amato
Rita SImona Lopes Moreira
Rita Simone Lopes Moreira
Rita Simone Lopes Moreira
Roberta Gonçalves da Silva
Roberto Catani
Rosana Perim Costa
Rosana Perim Costa
Rose Mei L. Liu
Salim Yusuf
Salim Yusuf
Sandra Teresa Gonçalves Tomaz
Santina J. Reis Silva
Sayuri Miyamoto
Solange Guizzilini
Solange Guizzilini
Solange Guizzilini
Tatiana Magalhães de Almeida
Tatiana Magalhães de Almeida
Tatiana Sadalla Collese
VALÉRIA ARRUDA MACHADO
VALÉRIA ARRUDA MACHADO
VIVIAM LOPES CASSOLI
Vera Lucia F O Tuda
Vera Lucia F O Tuda
Walace de Souza Pimentel
PO 196
TL 049
PO 203
PO 193
TL 050
TL 052
TL 056
PO 201
PO 211
PO 209
PO 199
PO 204
PO 205
PO 206
TL 049
PO 194
PO 198
PO 195
TL 052
TL 056
PO 201
PO 211
TL 056
PO 200
TL 054
PO 190
PO 191
TL 055
PO 197
PO 208
PO 207
PO 192
TL 049
PO 206
PO 192
TL 051
TL 057
PO 193
PO 205
TL 053
TL 055
PO 197
PO 208
PO 202
PO 207
TL 057
PO 203
PO 209
PO 204
TL 054
PO 190
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Autor
Nº do Trabalho
Wellington Segheto
Álvaro Avezum
Álvaro Avezum
Ângela Cristine Bersch Ferreira
PO 195
TL 051
TL 057
TL 049
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PO 215
TL 060
TL 060
TL 058
PO 213
PO 214
TL 059
TL 061
TL 059
PO 215
PO 217
PO 217
TL 060
TL 060
PO 213
PO 214
TL 062
TL 060
TL 058
PO 213
TL 062
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TL 061
PO 213
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TL 061
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PO 215
TL 061
PO 217
TL 062
PO 215
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TL 062
PO 214
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TL 060
TL 058
TL 061
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ODONTOLOGIA
Ana LúciaPOmpéia Fraga de Almeida
Alvaro Avezum Júnior
Ana Carolina POrrio Andrade
Ana Carolina Porrio de Andrade
Ana Carolina Porrio de Andrade
Ana Carolina Porrio de Andrade
Beatriz helena Eger Schmitt
Camila Eduarda Zambon
Carina Buriol Zampirolo
Celso Kenji Nishiyama
Cíntia Maria Carvalho Alencar
Cíntia Soares Borges
Daniela Burrini Chaccur
Frederico Buhatem Medeiros
Frederico Buhatem Medeiros
Frederico Buhatem Medeiros
Frederico Buhatem de Medeiros
Gabriella Avezum M. C. de Angelis
Gabriella Avezum Mariano da Costa de Angelis
Gabriella M. da C. de Angelis
Henrique Afonseca Parsons
Itamara Lúcia Itagiba Neves
Juliana Bertoldi Franco
Karem López Ortega
Levy Cesar Anderson Alves
Lidiane de Castro Pinto
Lilia Timerman
Luis Alberto Saporetti
Marcia Cossermelli Cana Brasil Dias
Marcia Mirolde Magno de Carvalho Santos
Maria Cristina Marino de Oliveira
Maria Paula Siqueira de Melo Peres
Monira Samaan Kallás
Nancy Mizue Kokitsu Nakata
Natália Moreira Barquette
Paulo Sérgio da Silva Santos
Paulo Sérgio da Silva Santos
Ricardo Simões Neves
Ricardo Tavares de Carvalho
Ricardo Tavares de Carvalho
Rodrigo Inácio Joaquim
Rodrigo Mariano da C. de Angelis
Silvia Coletti Martoni
Sumatra Melo da Costa Pereira Jales
114
Nº da Página
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Autor
Nº do Trabalho
Tiago Watanabe Rodrigues
Tânia Cristina Pedroso Montano
Valéria Cristina Leão Souza
Valéria Souza
Vanuzia Nunes dos Santos
Viviane Umeda Soares de Souza
PO 213
PO 217
TL 060
TL 058
TL 062
TL 058
278
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PO 219
PO 219
PO 219
PO 219
PO 219
PO 219
PO 219
PO 220
PO 220
PO 219
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279
279
279
279
279
280
280
279
TL 067
TL 068
TL 070
PO 221
TL 066
TL 067
TL 065
PO 221
TL 067
TL 071
TL 071
TL 063
TL 063
TL 065
TL 068
TL 070
TL 066
TL 069
PO 222
TL 071
TL 069
PO 222
TL 066
TL 069
PO 222
TL 066
223
224
224
PSICOLOGIA
Consolim-Colombo F
Cunha PJ
Ferreira NV
Hong V
Irigoyen MC
Mostarda C
Silva Rde C
Silvia Maria Cury Ismael
VIVIANE DOS SANTOS GONÇALVES RIBEIRO
da Costa DI
SERVIÇO SOCIAL
Ana Maria Santana de Alcântara
Ana Maria Santana de Alcântara
Ana Maria Santana de Alcântara
Cristhiene Montone Nunes Ramires
Dayane Aparecida Silva Costa
Eliane Malheiro F Carvalho
Felipe do Carmo Barbosa
Lara Terezinha Rodrigues Rosa
Lucia Helena Muricy Pereira
MARIA BARBOSA
Maria de Souza Cardoso
Maria Aparecida de Souza Cardoso
Maria Barbosa da Silva
Nilce Leocadio de Souza
Paulete Goldenberg
Paulete Goldenberg
Regina Maura Rezende
Regina Maura Rezende
Regina Maura Rezende
Tatiane Hsu Castellucci
VERENA CONTI VERENA CONTI
ZILDA CRISTINA DOS SANTOS
ZILDA CRISTINA DOS SANTOS
ZILDA CRISTINA DOS SANTOS
Érika Vanessa Silva Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
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Temas Livres da Área Médica
Aterosclerose e Dislipidemias
TL 016
Ezetimiba compromete o balanço de células endoteliais
progenitoras e micropartículas em pacientes estáveis de
alto risco e com níveis elevados de proteína C-reativa
Lívia C. Lins, Carolina N. França, Francisco A. Fonseca, Simone
P. Barbosa, Lívia N. de Matos, Ana C. Aguirre, Henrique T.
Bianco, Jonatas B. Amaral, Maria Cristina Izar
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Objetivos: A inflamação e a doença arterial coronariana modulam o balanço de células
endoteliais e podem prever desfechos. Nosso estudo teve por objetivo avaliar os efeitos
de terapias hipolipemiantes em células progenitoras endoteliais (CPE), micropartículas
endoteliais (MPE) e plaquetárias (MPP) em pacientes de alto-risco com níveis elevados
de proteína C-reativa (PCR).
Métodos: Pacientes com doença arterial coronariana ou seus equivalentes de alto risco,
em tratamento com estatinas e com LDL-C< 100mg/dL foram selecionados. Após 4
semanas com atorvastatina 10mg, os pacientes que possuíam níveis de PCR >2.0 mg/L
(N=63) foram randomizados para um de 3 grupos: atorvastatina 40mg, ezetimiba 10mg
ou a combinação de atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg por um período adicional de 4
semanas. O estudo foi randomizado, aberto com braços paralelos e desfechos cegos. CPE
(CD34+/CD133+/KDR+), MPE (CD51+) e MPP (CD42+/CD31+) foram quantificadas
por citometria de fluxo (FACS Calibur) no período basal e ao final do estudo.
Resultados: Os grupos atorvastatina 40mg e atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg
reduziram o LDL-C (P<0, 011 vs. basal, teste t-pareado); a terapia combinada reduziu
a PCR-us , enquanto ezetimiba isolada elevou LDL-C (P<0, 011 vs. basal, teste
t-pareado) e não modificou a PCR-us. Redução de CEP CD34+/KDR+ foi observada
com ezetimiba isolada (P=0, 011 vs. basal, teste de Wilcoxon) ou associada à
atorvastatina (P=0, 016 vs. basal, teste de Wilcoxon); a ezetimiba ainda elevou os níveis
de MPE CD51+ (P=0.017 vs. basal, teste de Wilcoxon), sugerindo comprometimento
do balanço de células endoteliais. Não houve associação entre os valores de LDL-C ou
a PCR e os níveis de CPE, MPE e MPP.
Conclusões: Estes resultados contribuem para compreender o elo entre inflamação e
homeostase vascular e destacar o benefício das estatinas na diminuição da inflamação e
na prevenção de liberação de micropartículas, um efeito não observado com a ezetimiba.
TL 018
Principais fontes e composição de fitosteróis em
uma dieta habitual e estimativa de seu consumo pela
população da Cidade de São Paulo
Celma M. Martins, Francisco A. Fonseca, Cristiano A. Ballus,
Antonio M. Figueiredo-Neto, Adriana D. Meinhart, Helena T.
Godoy, Maria C. Izar
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, FACULDADE DE
CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, Instituto de Física USP - São Paulo - SP - Brasil
Objetivos: Fitosteróis (FS) são utilizados de forma isolada ou combinados a
hipolipemiantes para redução do LDL-C e do risco cardiovascular, com reduções de
LDL-C ~10% na dose de 2, 0 g/dia. Existe considerável variação na composição de
FS nos alimentos de origem vegetal, e informações sobre seu consumo, em uma dieta
habitual em nosso meio, não são conhecidas. Assim, nosso objetivo foi determinar o
conteúdo de FS dos vegetais mais consumidos e estimar sua ingestão pela população.
Métodos: Determinou-se a ingestão de alimentos de origem vegetal de uma amostra
populacional representativa da Cidade de São Paulo (n=1609), selecionada de maneira
aleatória com base nos dados do Censo do IBGE 2010. Aplicou-se o questionário de
frequência alimentar (QFF) para grupos de alimentos de origem vegetal. Os alimentos
foram escolhidos entre os mais consumidos com base na Pesquisa de Orçamento
Familiar 2002-2003 e nos dados obtidos no QFF. A composição de FS de grãos, cereais,
sementes, frutas, legumes e óleos vegetais foi determinada por cromatografia gasosa
com detecção por ionização em chama. O conteúdo de FS foi estimado em mg.100g-‑1
da porção comestível de cada alimento e transposto para as informações do QFF dos
participantes. Foram calculados o cut-off de Goldberg e Black para verificar a acurácia
das informações, excluindo-se os indivíduos com respostas inadequadas ao QFF
(under e over-reporters, UR e OR). Fapesp 2009/06624-0.
Resultados: A ingestão média diária (EP) de FS na dieta entre os participantes foi de 100,
6 (1, 2) mg, sendo o β-sitosterol o componente mais abundante dos FS (65, 4%), seguido
pelo campesterol (23, 2%), e estigmasterol (10, 0%). Após exclusão dos UR eOR não se
observou diferença no consumo de FS, sendo nossa ingesta de FS semelhante à de alguns
países (~160mg/dia). Houve considerável variação no conteúdo de FS entre os vegetais,
sendo que os óleo de milho (727), grão de bico (56, 8), linhaça (44, 7), soja (33, 3), ervilhas
(25, 9)e abacate (25, 7) mg.100g-‑1, foram os alimentos com maior conteúdo em FS.
Conclusões: O conteúdo de FS nos vegetais varia entre os principais grupos de
alimentos. A ingestão de FS foi similar à de outros países e parece ter efeitos discretos
no LDL-C, havendo espaço para suplementação na hipercolesterolemia.
116
TL 017
O impacto da sazonalidade na prevalência de dislipidemia:
um estudo populacional de grande porte
Filipe A. Moura, Francisco K. Saraiva, Otavio R. Coelho, Edna
Nakandakare, Eder C.R. Quintão, Eliana Cotta de Faria, Andrei
C. Sposito
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Introdução: A avaliação rotineira do perfil lipídico é essencial para a estratificação
de risco cardiovascular. No entanto, trabalhos anteriores de pequeno poder estatístico
sugerem a existência de variação sazonal desses parâmetros, algo que poderia levar a
erros na interpretação do verdadeiro risco cardiovascular.
Métodos: Avaliamos o perfil lipídico de 227, 359 indivíduos atendidos em unidades
governamentais de atenção básica distribuídas nas cinco sub-regiões de Campinas no
período entre 2008 e 2010.
Análise Estatística: A existência da variação sazonal na prevalência de dislipidemia
foi determinada por análise Cosinor usando regressão não-linear, sendo estimados os
valores de Mesor (nível médio da série de cossenos (M)), de amplitude (diferença
vertical entre o Mesor e o pico da onda (A)), de Acrofase (tempo necessário até o
aumento da 1ª onda desde o 1º momento (Phi)) e de período (periodicidade da série
sazonal (Tau)), obtidos pela equação: Y = M + A*cos [(2πX)/Tau + Phi]. Para analisar
a relação entre as séries temporais dos parâmetros lipídicos foi utilizada a análise de
Cross-Correlation Function, que corresponde a uma medida da semelhança de duas
formas de onda como uma função de um lapso de tempo aplicado entre as mesmas. As
análises foram realizadas com software SAS para Windows.
Resultado: A amplitude de variação entre o verão e inverno foi de: 7±2 mg/dL em
lipoproteínas ricas em colesterol de densidade baixa (LDL) (p=0, 047), 3, 4±0, 3 em
lipoproteínas ricas em colesterol de densidade alta (HDL) (p=0, 005) e 12±9 mg/dL em
triglicerídeos (TG) (p=0, 058). A prevalência de hipercolesterolemia (LDL>130 mg/
dL) foi 8% maior durante o inverno quando comparado ao verão, sendo que houve
uma diferença mais pronunciada em mulheres e adultos de 40 a 64 anos de idade (p<0,
001). As prevalências de hipoalfaproteinemia (HDL<40 mg/dL) e hipertrigliceridemia
(TG>150 mg/dL) foram, respectivamente, 9% e 5% maiores durante o verão (p<0, 001).
Conclusão: Com base na maior população estudada até o momento, este trabalho confirma a existência de ritmos biológicos e a variação sazonal do perfil lipídico. Este
achado deve ser levado em consideração em análises transversais de dislipidemia,
investigação de metas de perfil lipídico e avaliação de risco relativo.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 019
Validação do HOMA2S baseado no CLAMP euglicêmicohiperinsulinêmico na fase aguda do Infarto do Miocárdio
Naiara Viudes Garcia Martins, Filipe Azevedo Moura, Luiz
Sérgio Fernandes de Carvalho, Andrei Carvalho Sposito
UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS
MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Introdução: A sensibilidade à insulina (SI) tem um papel importante na função
endotelial, trombogênese e, consequentemente, no risco de novos eventos
cardiovasculares durante situações de estresse como o infarto do miocárdio (IM).
O Homeostasis Modeling Assessment (HOMA2S) permite mensurar a SI de forma
mais prática se comparado ao CLAMP euglicêmico-hiperinsulinêmico – método
considerado padrão ouro na avaliação da SI. Porém o HOMA2S somente está validado
para situações de estabilidade metabólica.
Objetivos: O estudo propõe-se em validar o HOMA2S para situações de instabilidade
metabólica como a fase aguda do IM.
Metodologia: Foram realizados 56 CLAMPs euglicêmicos-hiperinsulinêmicos em
pacientes não diabéticos da coorte prospectiva Brazilian Heart Study (BHS) admitidos
nas primeiras 24 horas dos sintomas do IM com supradesnivelamento do segmento ST.
Os CLAMPs foram realizados no segundo (D2) (n=40) e sexto dia (D6) (n=16) pósIM. Paralelamente, todos os pacientes foram submetidos a coletas de sangue durante
a admissão e quinto dia pós IM, com dosagem da glicemia e insulinemia e posterior
cálculo do HOMA2S.
Análise Estatística: Para a análise comparativa entre o HOMA2S e SI determinada
por CLAMP (SIclamp) foram realizadas regressões lineares, curva ROC e curva BlandAltman para determinar se houve erro sistemático.
Resultados: As regressões lineares mostraram significância estatística entre HOMA2S
e SIclamp no D2 (R=0, 47; p=0, 004), HOMA2S e SIclamp no D6 (R=0, 54; p=0, 003)
e HOMA2S e SIclamp combinado no D2 e D6 (R=0, 52; p<0, 001). O gráfico BlandAltman mostrou não haver significativo viés sistemático. Nas curvas ROC para
discriminação da SIclamp no D2 e D6 acima do 66o percentil, obtivemos área sob a curva
de 0, 80 (IC95% 0, 68-0, 92; p<0, 001). No melhor ponto de corte da curva ROC, para
uma sensibilidade de 75% obtivemos especificidade de 83%.
Conclusão: Tomando por base a comparação com o CLAMP euglicêmicohiperinsulinêmico, o HOMA2S pode ser usado também na fase aguda do IM como
marcador confiável de SI.
TL 020
ASSOCIAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE SAÚDE E PERFIL
CARDIOMETABÓLICO
FGM FRANCO, AG LAURINAVICIUS, FMF SILVA, C PEREIRA, M KATZ,
VA TABONE, RD SANTOS, M WAJNGARTEN, RDO CONCEIÇÃO, JAM
CARVALHO
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: A percepção inadequada do estado de saúde pode ser um fator importante
para a falta de aderência à medidas preventivas que visam o controle dos principais
fatores de risco, como sedentarismo, alimentação inadequada, obesidade, tabagismo,
dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica e diabetes. Esse estudo teve como
objetivo avaliar a relação da percepção de saúde com os principais fatores de risco
cardiovascular.
Métodos: Foram avaliados 10 875 exames periódicos. Nesses exames, além do
questionamento quanto à percepção de saúde, foram colhidas informações clínicas e
laboratoriais dentro de um protocolo assistencial pré-definido. A percepção de saúde
foi determinada por cada indivíduo de acordo com a sua consciência do risco de sua
saúde cardiovascular, classificado como baixo risco, risco intermediário ou alto risco.
Análise Estatística: A análise dos dados categóricos foi realizada pelo teste do quiquadrado. Para dados contínuos foi utilizado a Análise de Variância (ANOVA) a para
o impacto de cada variável a Análise Multivariada.
Resultados: A idade média dos participantes foi de 42, 99±9, 54 anos e 73, 1%
da população era do sexo masculino. A prevalência de Percepção de Alto Risco
(PAR) e Percepção de Baixo Risco (PBR) foi respectivamente de 6, 65% e 64, 4%.
Quando comparado o grupo PAR com o grupo PBR houve diferença significativa na
prevalência de todos fatores de risco avaliados: hipertensão arterial sistêmica (OR 2,
69; p<0, 001), excesso de peso (OR 2, 32, p<0, 001), sedentarismo (OR 2, 29; p<0,
001), tabagismo (OR 1, 92; p<0, 001), diabetes (OR 1, 68; p<0, 001) e dislipidemia
(OR 1, 29; p<0, 001).
Conclusão: A percepção de risco cardiovascular guarda relação com o perfil
cardiometabólico do indivíduo. O impacto dos fatores de risco na percepção ocorre de
forma escalonada com destaque para a hipertensão arterial sistêmica.
TL 021
Efeitos da ezetimiba nos marcadores de síntese e
absorção de colesterol em pacientes de alto risco e com
proteína C-reativa elevada
Simone P. Barbosa, Lívia C Lins, José M. Santana, Lívia N.
Matos, Ana C. Aguirre, Henrique T. Bianco, Jonatas B. Amaral,
Carolina N. França, Francisco A. Fonseca, Maria Cristina Izar
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, Tasqa - Campinas - SP - Brasil
Objetivos: Pacientes de alto risco e com níveis aumentados de proteína C-reativa
(PCR) requerem estatinas potentes e associações de fármacos para alcance de metas
de LDL-c, e apresentam risco residual elevado de eventos cardiovasculares, mesmo
dentro das metas recomendadas. Avaliamos os efeitos de 3 terapias hipolipemiantes
nos lípides, parâmetros inflamatórios e marcadores de síntese e absorção de colesterol.
Métodos: Foi realizado estudo randomizado, aberto, com braços paralelos e análise
cega de desfechos. Pacientes estáveis, de alto risco ou seus equivalentes (NCEPIII/
SBC-DA 2007) receberam atorvastatina 10mg por 4 semanas (basal, b). Aqueles com
níveis de PCR de alta sensibilidade (as) ≥ 2, 0 mg/L (N=122) foram randomizados para
receber atorvastatina 40mg, ezetimiba 10mg ou a combinação de atorvastatina 40mg/
ezetimibe 10mg outras por 4 semanas. Lípides, níveis de campesterol, β-sitosterol
e desmosterol plasmáticos (Ultra Performance Liquid Chromatograp hy), PCRus (nefelometria) foram avaliados no período basal e ao final do estudo. Os dados
foram comparados por ANOVA ou Kruskal-Wallis entre grupos, e teste t-pareado ou
Wilcoxon intra-grupos, com nível de significância <0, 05. Apoio Fapesp 2009/50502-1
e INCT-FCx 08/57685-7.
Resultados: Tanto a atorvastatina 40 mg como a associação atorvastatina 40mg/
ezetimibe 10mg reduziram o LDL-c e a PCR-us (P<0, 002 vs. basal), enquanto a
ezetimiba isolada aumentou LDL-c (P<0, 0001 vs. atorvastatina 10mg) sem modificar
a PCR-as. Ezetimiba e a terapia combinada reduziram o campesterol e β-sitosterol,
enquanto observou-se aumento nesses marcadores com atorvastatibna isolada (P<0, 03
vs. basal). Houve aumento no s níveis de desmosterol com ezetimiba isolada (P=0, 004).
As relações desses esteróis com colesterol não foram modificadas pelos tratamentos.
Conclusões: Nossos resultados estão de acordo com a literatura e são oportunos
por estabelecer um elo entre as terapias modificadoras de lipídios, inflamação e
metabolismo de esteróis, sugerindo um benefício mais amplo da terapia combinada,
reduzindo a inflamação e evitando aumentos na síntese endógena de colesterol, um
efeito não observado com ezetimiba isolada.
TL 022
Determinantes Multifatoriais Locais e Sistêmicos do
Remodelamento Arterial: Avaliação Através de um Novo
Método para Estimar o Remodelamento em um Ponto no
Tempo da Evolução da Doença Coronária
Breno A A Falcão, Morais GR, Falcão JLA, Silva RC, Soares PR,
Campos CA, Gama MN, Esteves A, Kalil-FIlho R, Lemos PA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Estudos longitudinais para avaliação de remodelamento vascular são de
difícil realização pela necessidade de múltiplas avaliações invasivas ao longo do tempo.
Também, estudos transversais são limitados por definirem estado de remodelamento
com base em uma referência coronária quase sempre já acometida pela doença. Por
isso, a fisiopatologia do remodelamento coronariano persiste pouco conhecida. Neste
estudo descrevemos um novo método de avaliação do remodelamento e avaliamos
preditores locais e sistêmicos do estado de remodelamento da coronária.
Métodos: Pacientes com doença coronária manifesta foram investigados com ultrassom
intracoronário com histologia virtual nos três vasos. Admitindo-se que a luz de regiões
com carga de placa inferior a 40% não sofra modificação decorrente do acúmulo de
placa, desenvolveu-se um modelo de predição da luz para diferentes sítios coronarianos.
A partir da soma da área luminal predita com a área de placa aferida, estimou-se a área
da membrana elástica externa (EEM) teórica das regiões com carga de placa maior que
40%. Definiu-se o estado de remodelamento coronário, a partir da razão entre área real
e área teórica da EEM (EEMr/t): >1=expansivo; <1=constrictivo; 1=neutro. Através de
análises de regressão multivariada identificou-se preditores do remodelamento.
Resultados: Foram incluídos 67 pacientes, com 255 artérias, representadas por 31.461
secções coronarianas. Destas, 44% apresentaram carga de placa inferior a 40% e
foram utilizadas para construção do modelo de predição de área luminal (R2=0, 41).
Aplicando-se esse modelo, em adição a área de placa aferida, em cada quadro com
carga de placa superior a 40%, obteve-se a razão EEMr/t. Preditores independentes do
estado de remodelamento da coronária incluíram composição da placa (razão cálcio/
necrose), fatores de risco sistêmicos (hipertensão arterial, diabetes e microalbuminúria)
e biomarcadores séricos (razão triglicérides/HDL colesterol, LpPLA2, PAI-1 e BNP).
Conclusão: O remodelamento coronário parece ter determinantes multifatoriais locais
e sistêmicos, relacionados a fisiopatologia da aterosclerose, com preditores vinculados
a composição da placa aterosclerótica, tensão na parede arterial, disfunção renal,
metabolismo lipídico, inflamação, trombose e estresse miocárdico.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
117
TL 023
Efeitos da suplementação de fitosteróis à terapia
hipolipemiante máxima na hipercolesterolemia familiar
Efeitos da suplementação de fitosteróis à terapia
hipolipemiante máxima na hipercolesterolemia familar
Valéria A. Machado, Francisco A. Fonseca, Marília I. Fonseca,
Lívia N. de Matos, Sílvio A. Barbosa, Henrique T. Bianco, José M.
Santana, Maria Cristina Izar
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, Tasqa - Campinas - SP - Brasil
Objetivos: A hipercolesterolemia familiar (HF) é forma grave de dislipidemia herdada,
e requer altas doses de hipolipemiantes e associações de fármacos. Suplementação de
fitosteróis (FS) pode auxiliar no alcance de metas, porém seus efeitos na síntese e
absorção de esteróis merece ser avaliado, pois aumentos na fitosterolemia associam-se
ao risco cardiovascular. Avaliamos os efeitos da adição de FS à terapia hipolipemiante
isolada ou combinada nos lípides, marcadores de síntese e absorção de esteróis.
Métodos: Estudo prospectivo randomizado aberto com análise cega de resultados incluiu
42 indivíduos de ambos os sexos com diagnóstico clínico e/ou genético (Dutch MedPed,
Simon Broome) de HF heterozigótica. Após suspensão do hipolipemiante prévio e sob
dieta NCEP/ATPIII, os pacientes foram aleatorizados para receber 12 semanas (s) de
sinvastatina 80mg (S) ou sinvastatina 80mg/ezetimiba 10mg (SE). Na fase seguinte
associou-se 2g/dia de FS livre (Vegapure) encapsulado aos tratamentos prévios por
mais 12s. Lípides, apolipoproteínas (Apo), marcadores de absorção (campesterol e
β-sitosterol) e de síntese endógena (desmosterol) de colesterol (Ultra Performance Liquid
Chromatography/Mass Spectrometry), foram avaliados no período basal (b), 12 e 24s.
Resultados: Os grupos eram comparáveis no período basal. Na fase 1 (F1), ambas terapias
reduziram CT, LDL-c, triglicérides e Apo B (p<0, 001 vs. b, teste t-pareado), porém as
modificações foram maiores com SE (p<0, 05 vs. S, teste t-Student). A adição de 2g de
FS reduziu adicionalmente o CT, LDL-c e ApoB apenas no grupo SE (p<0, 05 vs. F1,
teste t-pareado). S isolada ou associada a FS não modificou os esteróis, porém as razões
campesterol/colesterol e β-sitosterol/colesterol aumentaram no grupo S isolada (p<0, 05
vs. F1, Wilcoxon). SE reduziu campesterol e beta-sitosterol nas duas fases (p<0, 001 vs.
b e F1, Wilcoxon). Níveis de campesterol e beta-sitosterol foram menores no grupo SE
(p<0, 001 vs. S, Mann-Whitney), sem diferenças nos valores obtidos para o desmosterol.
Conclusão: A adição de FS na HF traz benefícios adicionais nos lípides e Apo B apenas
quando o tratamento utiliza o inibidor de absorção de esteróis, ezetimiba. Modificações na
síntese e absorção de esteróis podem influenciar o resultado de intervenções hipolipemiantes.
TL 024
Efeitos da suplementação de fitosteróis nos níveis
plasmáticos de esteróis não-colesterol em pacientes
submetidos a diferentes regimes hipolipemiantes
Lívia Nascimento de Matos, Daniela M. Tegani, Soraia H.
Kasmas, Sílvio A. Barbosa, Ney C. Borges, Francisco A. Fonseca,
Maria Cristina Izar
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, Synchrophar Analítica Campinas - SP - Brasil
Objetivos: Suplementação de fitosteróis (FS) é considerada escolha saudável, porém
seus efeitos em adição às terapias hipolipemiantes nos níveis de esteróis plasmáticos
são controversos. Investigamos os efeitos da suplementação de 2g de FS a terapias
hipolipemiantes nos lípides, apolipoproteínas, marcadores de absorção (campesterol e
β-sitosterol) e de síntese endógena (desmosterol) de colesterol.
Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, com braços paralelos e análise
cega de desfechos incluiu 86 pacientes. Após 4 semanas recebendo atorvastatina 10mg
(basal, b) os pacientes foram aleatorizados em 3 grupos para receber atorvastatina
40mg, ezetimiba 10mg ou atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg ao dia por 4 semanas
(fase 1, F1). Cápsulas contendo 2, 0 g de FS livre (Vegapure) foram suplementadas
às terapias prévias por outras 4 semanas (F2). Lípides, apolipoproteínas (Apo),
desmosterol, campesterol e β-sitosterol) foram analisados em cada fase. Utilizou-se
ANOVA entre grupos e ANOVA-medidas repetidas intra-grupo. Fapesp 2008/54786-7.
Resultados: Atorvastatina isolada ou combinada à ezetimiba diminuiu o LDL-colesterol e apoB,
enquanto a ezetimiba isolada não modificou estes parâmetros lipídicos (P<0, 05). Atorvastatina
40mg aumentou β-sitosterol, a razão campesterol/colesterol e β-sitosterol/colesterol (P<0, 05
vs. b), e após adição de FS também elevou as relações campesterol/colesterol e β-sitosterol/
colesterol (P<0, 05 vs. b). Ezetimiba 10mg reduziu campesterol, campesterol/colesterol antes e
após adição de FS (P<0, 05 vs. b) e elevou desmosterol quando FS foram suplementados (P=0,
034, vs. b). Atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg reduziu campesterol, β-sitosterol, a relação
campesterol/colesterol (P<0, 05 vs. b), e estas modificações desapareceram com a adição de FS.
Conclusão: Atorvastatina aumenta a absorção de esteróis, enquanto a ezetimiba
aumenta a síntese endógena de colesterol. A adição de FS a estes hipolipemiantes teve
efeito discreto sobre os lípides e os esteróis não-colesterol. Combinação de dose alta
de estatina potente com meia-vida longa, como a atorvastatina, com ezetimiba pode
promover benefícios no perfil lipídico além de prevenir aumento da síntese endógena
e da fitosterolemia, especialmente quando FS são suplementados.
TL 025
O Implante de Stent Coronário Modifica a Evolução da
Aterosclerose da Artéria Tratada em Relação às Demais
Coronárias?
Breno A A Falcão, Silva RC, Falcão JLA, Morais GR, Soares PR,
Perin MA, Horta PE, Kajita LJ, Kalil-Filho R, Lemos PA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: O implante de stent coronário pode modificar a conformação espacial
da artéria tratada, interferindo na distribuição do shear stress. É possível que esse
efeito tenha impacto local na evolução da aterosclerose. O objetivo desse estudo foi
comparar a evolução da aterosclerose nas coronárias tratadas com stent versus nas
demais coronárias.
Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo que incluiu pacientes encaminhados
para intervenção coronária percutânea. Durante o procedimento basal, realizou-se
ultrassom intracoronário com histologia virtual do vaso-alvo e de pelo menos uma outra
coronária que não tenha sido objeto de intervenção. Os pacientes foram acompanhados
por 4 anos e aqueles que necessitaram de reestudo coronário, foram submetidos a
ultrassom intracoronário seriado dos mesmos vasos, sendo incluídos nesse estudo. A
evolução da aterosclerose nos vasos-alvo em comparação as demais coronárias foi
avaliada através de diferenças na variação dos parâmetros ultrassonográficos de carga
e composição da placa: fibrose, fibrolipídico, núcleo-necrótico e cálcio-denso.
Resultados: Foram incluídos 40 pacientes, com idade média de 57, 1+8, 6 anos, 62%
do sexo masculino e 40% diabéticos. A mediana do tempo de seguimento até o reestudo
ultrassonográfico foi de 19, 8 meses. Nesse período, os pacientes foram mantidos sob
prevenção secundária com mediana do LDL colesterol no reestudo de 85 (intervalo
interquartil: 65 a 105). Foram analisadas 82 artérias, 42 artérias que receceberam
stent e 40 artéria que não sofreram intervenção. Tanto nas artérias tratadas com stent
como nas demais coronárias, não houve variação significativa da área de placa, da
área do vaso ou da área luminal. Do ponto de vista da composição da placa tanto
as artérias tratadas com stent com as demais coronárias apresentaram modificações
significativas, com incremento na área do componente cálcio denso e redução na área
do componente fibrolipídico. Não houve diferença na magnitude da variação temporal
dos componentes da placa entre as artérias tratadas com stent e as demais coronárias.
Conclusão: Em pacientes sob prevenção secundária, o implante de stent não modificou
localmente a evolução da carga e da composição da ateroclerose nas artérias tratadas
em comparação às demais coronárias.
TL 026
Correlação entre os componentes da Gordura Corporal
estimados pela Impedância Bioelétrica e índices
antropométricos marcadores de risco cardiovascular –
Estudo PURE
Antonio Jose Cordeiro Mattos, Claudia Stefani Marcilio, João
Ítalo Dias França, Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira,
Alvaro Avezum, Salim Yusuf
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução – Obesidade é um importante fator de risco para doenças crônicas e
prevalente na população brasileira. Entretanto, existem discordâncias a respeito do
melhor método indireto para avaliar a composição da gordura corporal (GC), dada como
o real mediador de risco.Objetivo – Correlacionar os componentes da GC estimada
pela impedância bioelétrica (BIA) e índices antropométricos (IA) marcadores de risco
cardiovascular identificados no Estudo INTERHEART. Métodos – Corte transversal
na coorte prospectiva do Estudo PURE no Brasil. Utilizado questionário padronizado
para coleta de dados, os IA: índice de massa corpórea (IMC), circunferências da cintura
(CC), do quadril (CQ) e outros; e BIA seguiram a padronização do Estudo. Variáveis
contínuas foram descritas por médias e desvio padrão; as variáveis categóricas descritas
por frequências. Para correlação utilizou-se as medidas de Spearman. Calculado poder
discriminatório para os IA para o nível de gordura visceral (NGV) elevada. Teste exato
de Fisher e cálculo de efeito Odds Ration (OR) e intervalo de confiança (IC) 95%.
Regressão logística dos IA e NGV elevado ajustados por sexo e idade. Adotado nível de
significância de 5%. Resultados – 214 sujeitos, 61, 7% do sexo feminino, idade média 58,
7±9, IMC 27, 77 ±5 Kg/m², CC 94, 36±14, 33 cm, CQ 102, 7±9, 50 cm, GC 33, 72±7, 95
%, NGV 10, 94±5, 12. Tabela 1. Relação entre índices antropométricas de risco e nível
de gordura visceral aumentada com e sem ajuste para sexo e idade.
118
Indices
Antropométricos
OR
IC 95%
P-valor
OR
IC 95%
CC
6, 84
(2, 35-19, 94)
<0, 0001
40, 94
(10, 20-164, 25)
RCQ
7, 83
(3, 94-15, 54)
<0, 0001
6, 41
(2, 75-14, 91)
RCEst
17, 08
(2, 28-127, 98)
0, 0001
14, 66
(1, 75-122, 70)
IMC
24, 36
(5, 74-103, 27)
<0, 0001
33, 82
(6, 81-167, 84)
Não Ajustado
Ajustado
P-valor
<0,
0001
<0,
0001
0, 0132
<0,
0001
Conclusões – Os índices antropométricos possuem forte relação com os níveis de
gordura visceral, e se tornam melhores descritores se ajustados por sexo e idade,
com destaque para a circunferência da cintura. Portanto, o uso desses índices tanto
no ambiente controlado quanto na prática clínica é de fácil aplicabilidade e possuem
excelente capacidade descritiva da constituição física e clínica do indivíduo.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 027
Estudo preliminar do paclitaxel ligado a nanopartículas de
colesterol em pacientes com ateromatose grave da aorta
Afonso Akio Shiozaki, Tiago Senra, Raul Cavalcante
Maranhão, Aleksandra Morikawa, Debora Deus, Antonio Tito
Paladino Filho, Ibraim Masciarelli Francisco Pinto
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL,
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamento: Apesar da importância da doença carotídea e da FA como causas de AVC,
metade dos casos não tem etiologia definida. Aterosclerose na aorta, particularmente,
no arco aórtico tem sido responsabilizada pelos AVCs sem etilogia. Recentemente,
encontrou-se excelentes resultados no tratamento da aterosclerose da aorta em ensaios
com animais utilizando paclitaxel ligado a nanopartículas de LDL colesterol. Também
demonstrou-se alta afinidade de nanopartículas de colesterol ligadas a paclitaxel para
tecidos com elevada expressão de receptores de LDL no endotélio aterosclerosclerótico
e alguns tumores. Assim, a utilização de quimioterapia associada a nanoemulsão rica
em colesterol foi usada experimentalmente em pacientes com cancer com elevada
eficácia do fármaco e drástica redução de seus efeitos colaterais. Objetivo: Este
estudo piloto tentou avaliar a viabilidade de tratar pacientes com paclitaxel ligados
a nanopartículas de colesterol, portadores de extensa aterosclerose na aorta sem
condições clínicas para realizar qualquer tipo de tratamento cirúrgico, devido ao seu
alto risco e que foram voluntários para receber o fármaco nanomodificado. Metologia:
Apos aprovação pelo comitê de ética, 10 pacientes com aterosclerose da aorta severa
diagnosticados pela angiotomografia foram incluídos no estudo. Todos hipertensos,
com aneurismas de aorta abdominal, 70% diabéticos. Receberam a cada 3 semanas, 1
ciclo de paclitaxel ligado a nanopatículas de LDL na dose de 175mg/m2, totalizando 6
ciclos. A monitorização dos sintomas imediatos, bem como monitorização dos exames
laboratoriais, e análise dos possíveis efeitos colaterais do paclitaxel, foram realizadas
antes da infusão, durante a infusão e 1 semana após cada ciclo da infusão do fármaco
nanomodificado. Resultados: Nenhum efeito adverso imediato (náusea, vômitos,
arritmias, febre, dispnéia ou alopécia ) habitualmente relatado com o paclitaxel foi
registrados durante o acompanhamento dos ciclos do quimioterápico até 6 meses
após o término da infusão. Também não foram observados sinais de hepatoxocidade,
nefrotoxicidade, leucopenia, anemia ou plaquetopenia significativa.
Conclusão: A utilização do paclitaxel ligado a nanomoléculas de LDL colesterol
no tratamento da aterosclerose neste estudo piloto parece ser factível, e sem efeitos
colaterais significativos.
Cardiogeriatria
TL 028
Associação entre os níveis séricos do hormônio
paratireoidiano e hipertrofia ventricular esquerda no
muito idoso - Brazilian Health Ageing (BHA) Study
Soares, A. A. S., Freitas, W. M., Santos, S. N., Japiassú, A. V. T.,
Sposito, A. C.
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL,
UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, INSTITUTO DE
CARDIOLOGIA BIOCÁRDIOS - BRASÍLIA - DF - BRASIL
INTRODUÇÃO:Além do tempo prolongado de exposição a fatores de risco
clássicos, novos candidatos para explicar o aumento acentuado de risco de eventos
cardiovasculares nos muito idosos vêm surgindo. Recentemente, o nível sérico de
paratormônio (PTH) se mostrou capaz de predizer mortalidade cardiovascular no
muito idoso. Estudos em células mostram que o PTH pode induzir hipertrofia de
cardiomiócitos. Consistentemente, a prevalência de hipertrofia ventricular esquerda
(HVE) é elevada no hiperparatireoidismo primário e secundário à doença renal crônica
terminal. O nosso objetivo é verificar a associação entre os níveis séricos de PTH
e HVE em uma coorte de pacientes muito idosos sem evento cardiovascular prévio.
MÉTODO:Indivíduos de 80 anos ou mais saudáveis(n=90) foram submetidos
a dosagem de PTH, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e creatinina e medida de
pressão arterial. O clearance de creatinina (CLCr) foi estimado pela fórmula MDRD.
A presença de HVE foi identificada por ecocardiografia utilizando a fórmula de
Devereux e definida como índice de massa de ventrículo esquerdo (IMVE) >95g/m2
para mulheres e >115g/m2 para homens. Grupos separados pela mediana de PTH e
por presença de HVE foram comparados usando Kruskal–Wallis e studant-T teste.
Análise multivariada por regressão logística binária foi realizada tendo como variável
dependente HVE e independentes sexo, idade, pressão sistólica (PAS), PTH, diabetes,
índice de massa corporal e CLcr.RESULTADOS:A prevalência de hipertensos foi 85,
6%, diabéticos 28, 9% e o clearance de creatinina médio foi 70, 5 mL/min/1, 73m2.
Foram identificados 31(34, 4%) pacientes com HVE. A mediana de PTH foi 53 pg/mL,
com 31, 1% dos pacientes acima do valor de referência de 65 pg/mL. O grupo acima
da mediana de PTH teve IMVE mais elevado(p=0, 02), além de IMC(p=0, 01), produto
cálcio fósforo(p=0, 047) e fosfatase alcalina(0, 02), mas não houve diferença no CLcr.
Pacientes com HVE apresentaram PTH (p=0, 01) e PAS (p=0, 01) mais elevados do
que aqueles com IMVE normal. Em análise multivariada, o PTH(p=0, 03; Exp(B)=0,
026) e a PAS(p=0, 01; Exp(B)=0, 036) continuaram independentemente associados
com HVE.CONCLUSÃO:Níveis séricos elevados de PTH, além de comuns no muito
idoso, estão associados a HVE, lesão sublínica com conhecida relação causal com
eventos cardiovasculares.
TL 029
ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA DEFINIDA PELO “HEART TEAM” E
EVOLUÇÃO CLÍNICA TARDIA DE OCTOGENÁRIOS COM SÍNDROME
CORONÁRIA AGUDA
FÁBIO CONEJO, CARLOS A. CAMPOS, ALEXANDRE SPOSITO, RODRIGO
ESPER, JANIA R. MESQUITA, SANDRO FAIG, ROGER R. GODINHO
HOSPITAL SANCTA MAGGIORE LIBERDADE - SÃO PAULO - SÃO PAULO BRASIL
Fundamentos:Com o envelhecimento da população, há um incremento de indivíduos
idosos acometidos pelas síndromes coronárias agudas (SCA). No entanto, estes
pacientes são frequentemente excluídos em estudos clínicos, criando lacunas científicas
neste subgrupo. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, unicêntrico, realizado em
hospital terciário que procurou avaliar a escolha da estratégia terapêutica definida por
equipe multidisciplinar de acordo com o tipo de tratamento em que os pacientes foram
alocados. O objetivo primário foi a ocorrência de eventos cardíacos e cerebrovasculares
maiores (ECCAM); composto por óbito, infarto agudo do miocárdio, revascularização
do vaso alvo e acidente vascular encefálico (AVE) em octagenários com diagnóstico
de SCA. Resultados: Incluídos 111 pacientes consecutivos, de janeiro à dezembro de
2012. Destes, 42, 3% ficaram em tratamento clínico, 53, 1% submetidos a intervenção
coronária percutânea (ICP) e 4, 5% foram para cirurgia de revascularização miocárdica
(CRM). As características clínicas não diferiram significativamente entre as três
estratégias terapêuticas, onde a média de idade foi 84, 4± 3, 9 anos e 56, 7% eram
do sexo masculino. A maioria se apresentou com SCA sem supra ST (79, 3%), 35, 5%
eram diabéticos, 24, 5% possuíam insuficiência renal crônica, e 65, 7% possuía doença
coronária multiarterial. A necessidade de transfusão se fez mais presente no grupo CRM
(80% contra 6, 4% no grupo ICP e 1, 7% no grupo clinico, p<0, 001). Após 221 dias
(mediana do tempo de seguimento) a sobrevida livre de ECCAM para tratamento clínico,
ICP e CRM foi, respectivamente, de 93, 2%, 91, 3% e 80% (p=0, 76). A comparação
isolada dos desfechos adversos componentes de ECCAM mostrou semelhança entre
os grupos, exceto pela ocorrência de AVE, mais frequente no grupo CRM (20% versus
4, 4% no grupo ICP e 1, 8% no grupo clínico, p=0, 008). À análise multivariada, o
único preditor independente para ocorrência de ECCAM foi a realização de transfusão
sanguínea (OR 5, 4; IC 95% 1, 7-39, 9). Neste mesmo modelo, a realização de ICP teve
um efeito benéfico (OR 0, 24; IC 95% 0, 06-0, 87). Conclusão: Nesta população de
idosos com coronariopatia de alto risco, a terapêutica individualizada ditada por “time
de cardiologistas” demonstrou evolução favorável no seguimento tardio.
Cardiologia do Esporte
TL 030
A expressão do microRNA-206 está aumentada no sangue
e no músculo esquelético humano em resposta ao
treinamento físico aeróbico
Cléber Rene Alves, Jose Ribeiro Lemos Junior, Guilherme
Barreto Alves, Marcelo Rodrigues dos Santos, Ana Maria
Braga, Carlos Eduardo Negrão, Edilamar Menezes de
Oliveira
Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São
Paulo-EEFUSP - São Paulo - São Paulo - Brasil
Introdução - O músculo esquelético humano é um órgão altamente plástico, capaz de
alterar fenótipos em resposta ao treinamento físico aeróbico (TFA). Os microRNAs
(miRs) é uma classe de pequenas moléculas não codificantes, que desempenham
um papel central na regulação pós-transcricional da expressão gênica durante a
miogênese, adipogênese, metabolismo de gordura e homeostase da glicose. O miR-206
é necessário para eficiente regeneração da fibra muscular esquelética, sendo que sua
ausência acelera os processos degenerativos musculares. No entanto, suas ações, são
pouco estudadas. Portanto, avaliamos o miR-206 no sangue e no músculo esquelético
humano, em resposta ao treinamento físico aeróbico.
Métodos - Doze voluntários saudáveis ​​foram submetidos a biópsias no músculo vasto
lateral, e coletadas amostras de sangue. Freqüência cardíaca (FC), pressão arterial
média (PAM), consumo de oxigênio (VO2pico), fluxo de sangue no antebraço (FBF) e
condutância vascular no antebraço (CVA) foram avaliados. O níveis do miR-206 foram
analisados ​​por PCR em tempo real. O treinamento físico aeróbico foi realizado durante
18 semanas. Todas as variáveis foram
​​
reavaliadas.
Análise estatística - teste “t” student (dados pareados).
Resultados - Após o TFA, os indivíduos apresentaram um aumento nos níveis de
expressão do miR-206 de (97%) no músculo esquelético e (128%) no sangue. Estas
alterações foram acompanhadas por uma diminuição na bradicardia de repouso (12,
5%), aumentos no VO2pico (18%), aumentos no FBF (68%) e aumentos na CVA (63%).
Conclusão - Em indivíduos saudáveis, a expressão do microRNA-206 está aumentada
após o treinamento físico aeróbico, em paralelo com a melhora da função vascular e
capacidade no consumo de oxigênio. Portanto, sugerindo que o miR-206 pode ter um
papel na regeneração muscular e no metabolismo relacionado com alta performance.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
119
Cardiologia Intervencionista
TL 031
Quantificação de macrófagos nas lesões não culpadas
de pacientes com infarto agudo do miocárdio e angina
estável pela tomografia de coerência óptica.
GALON MZ, Wang Z, Attizzani GF, Schnell A, Lemos PA, Bezerra H
Cardiovascular Imaging Core Laboratory, Harrington Heart
& Vascular Institute, University Hospitals Case Medical
Center - Cleveland - Ohio - Estados Unidos, INSTITUTO DO
CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Devido a sua resolução axial (~10µm) a tomografia de coerência óptica
(TCO) é a única modalidade de imagem intravascular disponível para uso clínico
capaz de identificar infiltrado de macrófagos (MF) nas placas lipídicas, sendo este um
marcador de inflamação local com papel importante na patogênese da instabilidade da
placa. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar a presença de MF na capa
fibrosa (CF) de placas lipídicas de lesões não culpadas nas coronárias de pacientes
com infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST) e angina estável
(AE) utilizando a TCO.Métodos: Imagens de TCO de 69 lesões não culpadas de 30
pacientes com IAMCSST e 37 com AE foram analisadas. Ao identificar uma placa
lipídica a capa fibrosa foi quantificada a cada secção transversa e a quantificação de
MF feita baseada na intensidade e desvio padrão do sinal da TCO.
Análise
estatística:
As
análises
estatísticas foram realizadas através do
SAS 9.2 (SAS Institute Inc., NC, USA).
Dados categóricos foram comparados
pelo chi-quadrado ou teste exato de
Fisher. Variáveis contínuas foram
expressas com media±desvio padrão.
Teste T e Wilcoxon foram utilizados para
variáveis com distribuição normal e não
normal respectivamente. Resultados: A
área de MF contida na CF foi maior no
grupo IAMCSST, quando comparado ao
grupo AE, (0, 0024±0, 0009mm² vs 0, 0015±0, 00004 mm²; respectivamente, p=0, 01)
com índice de MF maior (0, 0217 ± 0.0081% vs 0, 0153 ± 0, 0045%, respectivamente;
p<0, 01) (figura1).Conclusão: A alta capacidade de resolução e contraste obtidos nas
imagens de TCO possibilitaram a quantificação de MC na CF. Pacientes com IAMCSST
apresentaram lesões não culpadas com maior presença de MF que pacientes com AE.
TL 032
Síndrome coronária aguda secundária a dissecção
espontânea de coronária: resultados de uma série
observacional multicêntrica.
Jamil R Cade, Breno A Falcão, Rafael C Silva, Humberto FG
Freitas, Luiz G Veloso, Adriano Caixeta, Breno O Almeida,
Alexandre Abizaid, Marco A Perin, Fabio S Brito Jr
HOSPITAL SÃO CAMILO - SÃO PAULO - SP - BRASIL, HOSPITAL ISRAELITA
ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: Dissecção espontânea de coronária (DCE) é uma causa rara e sub-diagnosticada
de síndrome coronária aguda (SCA), com fisiopatologia distinta da aterosclerose. A evolução
clínica a longo prazo e a melhor abordagem terapêutica são pouco conhecidos.
Métodos: Estudo observacional, multicêntrico, incluindo pacientes com DCE,
tratados clinicamente ou por angioplastia coronariana (ATC) entre 2004 até janeiro de
2013. Avaliou-se: a evolução clínica quanto a ocorrência de eventos cardíacos adversos
maiores definidos como óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou revascularização
miocárdica (RM). Nos pacientes submetidos à angiografia coronariana de controle
(angiotomografia ou cineangiocoronariografia) avaliou-se o comportamento
angiográfico das coronárias dissecadas em termos de resolução espontânea ou
persistência da dissecção.
Resultados: Incluíaram-se 23 pacientes, com média de idade de 46, 7±9, 9 anos, 22
(95%) sexo feminino, 7 (30%) tabagistas, 11 (36%) em peri-menopausa, 2 (9%) no
puerpério e 1 (4%) sob reposição hormonal. O quadro clínico de apresentação foi
SCA sem supradesnível de segmento ST em 17 (74%) e IAM com supradesnível
de segmento ST em 6 (26%). O tratamento clínico conservador isolado foi a opção
terapêutica em 17 (74%) dos pacientes. Houve necessidade de ATC convencional em 4
(17, 3%) casos para reestabelecer o fluxo coronariano e, o implante de stent em apenas
2 (8, 7%) casos. A mediana do tempo de seguimento foi de 627 dias (IQ, 91 - 1438).
Durante o acompanhamento, ocorreram 2 (8, 6%) óbitos, um de causa não cardíaca e
outro por choque cardiogênico devido à IAM decorrente de dissecção iatrogênica de
coronária. Houve um IAM por dissecção coronária espontânea recorrente e uma RM
cirúrgica. Entre os pacientes incluídos, 10 foram submetidos à angiografia coronária
de controle após 224 dias (IQ, 6-813), com resolução da dissecção em 8 (80%) casos e
persistência da dissecção ou oclusão vascular em apenas 2 (20%) pacientes.
Conclusão: Pacientes com SCA devido à DCE, tratados clinicamente ou ATC
convencional, apresentaram boa evolução clínica tardia, com baixa taxa eventos
coronarianos espontâneos. A evolução favorável foi corroborada pela elevada taxa de
resolução espontânea da dissecção ao longo do tempo.
TL 033
Avaliação inicial com ultrassom seriado de um novo
suporte vascular bioabsorvível: Resultados de seis meses
do estudo DESolve FIM
JOSE DE RIBAMAR COSTA JR., Alexandre Abizaid, Daniel Chamie,
Stefan Verheye, John Ormiston, Andrea Abizaid, Mark
Webster, Jim Stewart, Amanda Sousa, J Eduardo Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, Mercy
Hospital - Auckland - xx - Australia, Antwerp Cardiovascular
Institute - Antuérpia - xx - Bélgica
Introdução: Na última década, a idéia de um suporte vascular transitório, que por um
determinado período impedisse a excessiva hiperplasia intimal reparativa e, ao mesmo
tempo, evitasse o remodelamento negativo do vaso tratado e, então fosse reabsorvido,
fazendo com que o endotélio retornasse à sua condição funcional normal, tem ganho
destaque dentro da abordagem percutânea da doença coronária. Recentemente
desenvolvido, o DESolve possui matrix de PLLA com cobertura polimérica de
PDLLA26. Como fármaco anti-proliferativo utiliza o miolimus (5 mcg/mm), análogo do
sirolimus e eficácia já previamente demonstrada. Objetivamos apresentar os resultados
de ultrassom intracoronário (USIC) da 1a avaliação deste dispositivo em humanos.
Métodos: O estudo DESolve FIM, de braço único e multicêntrico, incluiu 15 pacientes
com lesões de novo, com extensão até 10mm em vasos nativos com diâmetro entre
3.0 e 3.5mm, passíveis de tratamento com apenas um dispositivo bioabsorvível. USIC
foi realizado ao final do procedimento e repetido no reestudo protocolar aos 6 meses.
Todas as análises foram realizadas por laboratório independente.
Resultados: Dos 15 pacientes incluídos no estudo, 11 possuíam USIC seriado de boa
qualidade para análise. Os principais achados desta avaliação preliminar demonstram
eficácia deste novo instrumental em reduzir a proliferação neointimal (5.6 ± 2.8 mm3,
com 7.18 ± 3.37% de obstrução luminar) e ausência de má-aposição das hastes. De
forma inédita entre os suportes vasculares absorvíveis, não se observou nenhum grau
de “recoil”(retração) do dispositivo nos primeiro 6 meses. Ao contrário, observou-se
incremento na área do dispositivo no seguimento de médio prazo (de 5, 35 ± 0, 78mm2
para 5, 61 ± 0, 81mm2, p=0, 04), sem no entanto se observar expressiva variação no
volume do vaso (de 148, 0 ± 37, 0 mm3 para 150 ± 35, 4 mm3, p=0, 7).
Conclusão: O novo suporte vascular bioabsorvível DESolve demonstrou a propriedade
única de expansão nos primeiros meses, sem nenhum sinal de retração vascular.
Os resultados desta análise de 6 meses demonstram ainda a efetividade deste novo
instrumental em reduzir formação de tecido neointimal, sugerindo excelente eficácia.
TL 034
Evolução muito tardia de pacientes submetidos ao
implante de stents farmacológicos em pontes de safena
no Registro DESIRE.
BRUNO PALMIERI BERNARDI, Amanda G. Moraes Rego Sousa, J.
Ribamar Costa Jr, Adriana Costa Moreira, Ricardo A. Costa,
Galo Alfredo Maldonado, Manoel Nicolas Cano, Mauro G.
Albuquerque, J.Eduardo Morais Rego sousa
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Fundamentos: A intervenção coronária percutânea (ICP) em pontes de safena
(PS), a despeito do uso de stents farmacológicos (SF), ainda representa um desafio
à cardiologia intervencionista devido às complicações agudas e a escassez de dados
referentes à efetividade tardia dos SF neste cenário.Métodos: Entre Maio de 2002
e Janeiro de 2013, todos os pacientes submetidos a ICP com SF no Hospital do
Coração foram incluídos consecutivamente neste registro e seguidos clinicamente com
1, 6 e 12 meses e a seguir, anualmente. Nesta presente análise foram selecionados
os P submetidos a ICP em PS e comparados com os P submetidos a ICP em lesões
em vasos nativos. Todos os P foram tratados com dupla antiagregação plaquetária
(AAS e Clopidogrel) e os P com lesões PS receberam durante 3 a 5 dias pré ICP,
heparina de baixo peso molecular (1mg/Kg, SC 12/12h), respeitando suas correções
para a idade e função renal. Durante o procedimento foi utilizado rotineiramente
adenosina intracoronaria.Resultados: 4.655 P foram submetidos a ICP, sendo que em
311 P foram tratadas apenas PS ( idade media dos enxertos 11, 2 anos). A amostra
foi dividida em 2 grupos de acordo com o tipo de vaso tratado (nativo vs. enxerto).
Não houve significativas diferenças entre os grupos em relação à idade (68, 4 vs 64
anos p=0, 99), sexo masculino (87 vs 77% p=0, 22) e diabetes mellitus (34% vs 30%
p=0, 16). Entretanto, angina instável foi a apresentação clínica mais frequente entre
pacientes com lesão em PS (31% vs 25% p=0, 009). No que se refere aos resultados
clínicos, pacientes com lesões em PS tiveram mais ECAM tanto na fase hospitalar
(11, 5 x 4%, p<0, 0001) quanto tardia (40% vs 20% p=0, 0001), sobretudo às custas
de infarto do miocárdio. Embora relativamente baixa, a trombose foi mais frequente
entre os pacientes com lesões em PS (3% vs. 2%, p=0, 05).Conclusão: A despeito do
inquestionável beneficio dos SF nos resultados tardios de ICP em pacientes complexos,
o tratamento percutâneo de pacientes com lesões em PS permanece como um desafio
à cardiologia intervencionista, com resultados agudos e tardios menos favoráveis que
os dos vasos nativos.
120
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 035
Implante de prótese aórtica transcateter para
tratamento de pacientes com estenose aórtica grave e
anel valvar pequeno
Sebastian Lluberas, Auristela Ramos, Alexandre Abizaid,
J Ribamar Costa Jr, Ibraim Pinto, Rodrigo Bellio Barreto,
MAGALY ARRAIS DOS SANTOS, Dimytri Siqueira, Amanda GMR
Sousa, J Eduardo MR Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL,
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: A desproporção prótese-paciente (DPP) é um marcador de
morbimortalidade pós-troca valvar aórtica e frequentemente relaciona-se com anel
valvar pré-operatório pequeno. O implante de prótese transcateter (TAVR) tem sido
utilizado como uma alternativa ao tratamento cirúrgico para a correção de estenose
aórtica grave em pacientes com alto risco. A incidência de DPP pós-TAVR e a sua
relação com o tamanho do anel valvar não foram completamente esclarecidas. Métodos: Entre 07/2009 e 01/2013, um total de 102 pacientes foram submetidos à
TAVR em 2 Instituições no Estado de SP. Para a presente análise foram incluídos os
primeiros 61 casos realizados por via transfemoral com 3 diferentes tipos de próteses
(CoreValve™, Edwards SAPIEN XT™ e Acurate TF™). A área valvar aórtica, a
área efetiva do fluxo da prótese (AEF), o anel aórtico e o gradiente transvalvar foram
avaliados por meio do ecocardiograma transtorácico. Os pacientes foram divididos em
2 grupos conforme o tamanho do anel aórtico pré-procedimento: grupo A (19-22mm;
N=35) e grupo B (23-29mm; N=26). A DPP foi considerada moderada quando a AEF
estava entre 0, 6 e 0, 85 cm2/m2 e grave quando estava abaixo de 0, 6cm2/m2. Resultados: A média do anel valvar no grupo A foi 21±1, 0 e no grupo B 24, 0±1, 2mm
(p<0, 01). No grupo A houve predominância do sexo feminino (80% vs 42, 3%, p=0, 002),
não havendo diferença no EuroSCORE I (25±15 vs 26±14; p=0, 6) e na superfície corpórea
(1, 7±0, 2 vs 1, 8±0, 2m2; p=0, 1). A gravidade da estenose aórtica, segundo a área valvar
aórtica indexada à superfície corporal, foi semelhante entre os grupos (A=0, 4±0, 1 e B=0,
4±0, 1cm2/m2, p=0, 3), porém o gradiente sistólico médio (GSmd) pré-TAVR foi mais
elevado no grupo A (62±15 vs 48±15mmHg, p<0, 01). A incidência de DPP moderada
foi 5, 2% no grupo A e 11, 5% no grupo B (p=0, 4), não ocorrendo DPP grave em ambas
as coortes. A AEF foi semelhante nos dois grupos (1, 1±0, 2 e 1, 1±0, 2cm2/m2, p=0, 72),
assim como o GSmd da prótese (12, 2±4mmHg e 10, 5±3mmHg, p=0, 06).
Conclusões: O anel valvar entre 19 e 22mm foi mais prevalente nas mulheres. Apesar
do anel valvar pequeno, não houve grave DPP em nenhum caso. Neste estudo, a
prótese transcateter proporcionou excelentes resultados hemodinâmicos, conforme o
AEF e o gradiente residual, mesmo em pacientes com anel valvar pequeno.
TL 036
Preditores de insucesso da utilização do acesso
transradial no laboratório de hemodinâmica
Roger Renault Godinho, Carlos Augusto Campos, Rodrigo
Esper, Sandro Faig, Fábio Conejo, Alexandre Sposito, Jania
Mesquita
Hospital Sancta Maggiore - São Paulo - SP - Brasil
Fundamentos:a adoção da via transradial tem apresentado sensível crescimento na
cardiologia intervencionista, devido a sólidas evidências de sua maior segurança quando
comparada com o acesso transfemoral. No entanto, diante dos modernos avanços nas
técnicas e materiais, existe um hiato científico acerca da frequência e fundamentos do
insucesso na realização de procedimentos intervencionistas pela artéria radial.
Métodos: registro observacional prospectivo, realizado em uma instituição terciária, no
período de 01 de janeiro à 15 de outubro de 2012. Foram incluídos pacientes consecutivos
submetidos a cineangiocoronariografia e intervenção coronária percutânea, onde a
via de escolha foi inicialmente a transradial. Os procedimentos foram realizados por
hemodinamicistas com experiência prévia com a técnica transradial.
Resultados: de um total de 1366 pacientes, 1275 (93, 7%) foram submetidos ao
procedimento pela via transradial, e 91 (6, 7%) pela via transfemoral por falha da
via transradial. A idade média foi de 72 anos, 36% eram diabéticos, o diagnóstico de
síndrome coronária aguda estava presente em 26% e a realização de procedimento
terapêutico ocorreu em 17% dos casos. As circunstâncias que levaram a falha foram
em ordem de frequência: falha de punção em 38, 7%; tortuosidade no trajeto em 25,
8%; espasmo arterial em 22, 6% e oclusão da artéria braquial por cateterismo cardíaco
prévio em 12, 9%. A falha na utilização do acesso transradial esteve associada a
maior exposição radiológica (P=0, 006), maior tempo de procedimento (P=0, 008)
e ocorrência de sangramento menor (P< 0, 001). Dentre os caracteres clínicos e
angiográficos, o peso menor que 61kg (OR 1, 635 IC 95% 1, 053-2, 538; P=0, 02),
altura menor que 1, 66m (OR 1, 73 IC 95% 1, 071-2, 76; P=0, 01) e a idade maior
que 62 anos (OR 1, 036 IC 95% 1, 002-1, 07; P=0, 05) foram caracterizados como
preditores independentes de risco para insucesso da utilização da técnica radial.
Conclusão: nesta população de mundo real, a falha do acesso transradial no
laboratório de hemodinâmica foi evento infrequente e esteve relacionado diretamente
com caracteres anatômicos e antoprométricos.
TL 037
Cinco anos de Implante Transcateter de Bioprótese
Aórtica no Brasil. Resultados do Registro Brasileiro
Brito Jr FS, Dimytri Siqueira, Luiz A. Carvalho, Rogério
Sarmento-Leite, José A. Mangione, Pedro Lemos, Alexandre
Siciliano, Paulo Caramori, Maria Cristina Ferreira, J. Eduardo
Sousa
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista - São Paulo - SP - Brasil
Introdução:O implante por cateter de bioprótese valvar aórtica é uma nova modalidade
de tratamento para portadores de estenose aórtica inoperáveis ou de alto risco cirúrgico,
que se iniciou no Brasil há 5 anos. O Registro Brasileiro de Implante de Bioprótese
Aórtica por Cateter foi idealizado pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e
Cardiologia Intervencionista para avaliar os resultados deste procedimento em nosso
meio. Objetivo: Descrever os resultados do implante por cateter de bioprótese aórtica
no Brasil. Métodos: Registro multicêntrico, prospectivo e retrospectivo. Os desfechos
clínicos foram analisados conforme os critérios VARC (Valve Academic Research
Consortium). Resultados: Entre 01/2008 e 12/2012, 386 pacientes com estenose
aórtica (375 casos) ou disfunção de bioprótese valvar aórtica (11 casos) e seguimento
clínico de ao menos 30 dias, foram icluídos de forma voluntária no Registro. Os
procedimentos foram realizados em 13 centros nacionais. A média de idade foi de
81, 6 ± 7, 7 anos, sendo 47, 4% do sexo masculino e 82, 6% em classe funcional III/
IV (NYHA). As estimativas de mortalidade cirúrgica conforme EUROscore logístico
e STS escore foram de 20, 1 ± 13, 8% e 14, 5 ± 13, 4%, respectivamente. A área
valvar pré-procedimento foi de 0, 6 ± 0, 2 cm2, e a fração de ejeção do VE de 57, 7 ±
15, 2%. As próteses auto-expansível Corevalve e balão expansível Sapien XT foram
empregadas em 320 (82, 9%) e 48 (12, 4%) casos, respectivamente. Obteve-se sucesso
do procedimento em 85, 2% dos pacientes, com significativa redução do gradiente
transvalvar médio (51, 1 ± 16, 4 p/ 10, 3 ± 5, 5 mmHg, p<0, 001). As complicações
incluíram AVC em 4, 1% e implante de marcapasso permanente em 23, 6% dos
casos. A taxa de sobrevida aos 30 dias foi de 90, 9% com 94, 3% dos pacientes em
classe funcional I/II. Conclusões:A experiência de 5 anos do implante transcateter de
bioprótese aórtica no Brasil demonstra tratar-se de um procedimento seguro e eficaz
em nosso meio, com mortalidade inferior a estimada por escores de risco cirúrgico.
TL 038
Primeira Investigação em Humanos do Novo Suporte
Vascular Bioabsorvível Liberador de Miolimus para
Tratamento de Artérias Coronárias Nativas: Avaliação
Seriada com Tomografia por Coerência Óptica no Estudo
DESolve FIM
Daniel Chamié, Alexandre Abizaid, J. Ribamar Costa Jr.,
Ricardo Costa, Andrea Abizaid, John Ormiston, Stefan
Verheye, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamentos: O suporte vascular bioabsorvível (SVB) DESolve é constituído por
uma base polimérica de ácido poli-L-lático (PLLA), recoberta por Miolimus (3 µg/
mm) com absorção completa programada entre 1 e 2 anos. Apresentamos análise
seriada deste SVB através de TCO, método de imagem de alta resolução (10-15
µm) Métodos: O estudo DESolve FIM incluiu 16 pacientes com artérias coronárias
nativas tratadas com SVB DESolve. TCO seriada (pós-procedimento e 6 meses) foi
realizada em 10 pacientes, cujas imagens foram analisadas independentemente por
um laboratório central, em intervalos de 0.6 mm. Descontinuidade estrutural do SVB
pós-procedimento foi definida como ≥2 hastes sobrepostas no mesmo setor angular,
ou pela presença de hastes flutuando no lumen em completo desalinhamento com
as hastes vizinhas. Aos 6 meses, alterações nas áreas do lumen, SVB e má-aposição
foram avaliadas. Área de tecido neointimal acumulada aos 6 meses foi computada.
Frequência de cobertura e aposição das hastes foi calculada e espessura de tecido
neointimal sobre cada haste foi individualmente quantificada Resultados: Nenhum
sinal de descontinuidade estrutural do SVB foi identificado pós-procedimento. A área
do SVB mediu 6.57±0.68 mm2 após o implante, sem evidência de recolhimento tardio
aos 6 meses (6.80±0.85 mm2, p=0.344). Redução significativa do lumen foi observada
(6.51±0.74mm2 vs. 4.68±0.59mm2, p=0.005). Área de neoíntima acumulada
mediu 0.71±0.36 mm2, gerando pequeno percentual de obstrução do dispositivo
(13.16±5.59%). Aos 6 meses, 2.575 hastes foram analisadas e, 98.7% estavam
completamente recobertas por uma fina camada (0.12±0.04 mm) de neoíntima.
Má aposição foi observada em 8 (80%) dispositivos após o procedimento. Todas
resolveram-se no curso de 6 meses, à exceção de um dispositivo que persistiu com
pequena área de má-aposição (0.0±0.01 mm2). A taxa de hastes mal apostas variou
de 2.0±2.75% para 0.04±0.12% (p=0.016). Nenhum caso de má-aposição adquirida
tardiamente foi observado Conclusões: O SVB DESolve exibiu manutenção da
integridade estrutural pós-implante, sem evidência de recolhimento tardio. Aos 6
meses, demonstrou eficiente supressão neointimal, sem comprometer o percentual de
cobertura das hastes, além de apresentar resolucão virtualmente completa de todas as
má aposições agudas.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
121
TL 039
Mortalidade Hospitalar em Pacientes com Infarto Agudo
do Miocárdio submetidos a Estratégia Fármaco-Invasiva:
Análise de 398 casos.
Felipe J. A. Falcão, Cláudia M.R. Alves, Adriano H.P. Barbosa,
José Marconi A. Sousa, José Augusto M. Souza, Iran Gonçalves
Jr, Amaury Amaral, Claus Zeefried, Vinicius Vitro, Antônio C.C.
Carvalho
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Intr:O número reduzido de serviços de cardiologia intervencionista disponíveis para
atendimento de urgência faz com que uma parcela considerável da população não
receba o tratamento ideal (angioplastia primária) no infarto agudo do miocárdio
com supradesnivelamento do segmento ST (IAMST). A estratégia fármaco-invasiva
(EFI) (trombólise pré-hospitalar ou no centro primário e otimização dessa terapia
com angioplastia (ATC) precoce no centro terciário) surge como opção terapêutica.
Obj:Identificar fatores relacionados a mortalidade hospitalar em pacientes submetidos
a EFI. Mét: No período entre nov/2010 e out/2012, foram estudados 567 pacientes com
diagnóstico de IAMST. Foram selecionados os pacientes(P) submetidos a trombólise
com tenecteplase e encaminhados para cateterismo precoce. Os pacientes foram incluídos
de forma consecutiva, alocados em dois grupos, de acordo com a mortalidade (G1 com
óbito hospitalar por qualquer causa e G2 sobreviventes). Estat: As variáveis categóricas
foram comparadas pelo uso dos testes exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson e as
variáveis contínuas, pelo teste t de Student. Result:Foram incluídos 398 P. A mortalidade
hospitalar foi de 5, 8%. Os P do G1 apresentaram maior média de idade, maior proporção
de diabéticos e insuficiência renal crônica e menor fração de ejeção (33.9 ± 20.2 vs 49.9 ±
12.5, p < 0.0001) do que os P do G2. O escore GRACE também foi maior no G1 (206.2
± 39.2 vs 144.6 ±33.7, p< 0.0001). Tempos dor-agulha (4, 8 vs 4, 4horas, p=0, 69) e
agulha balão (8 horas vs 17 horas, p=0, 053) foram semelhantes. Em relação aos achados
angiográficos, no G1, 39% apresentavam fluxo distal TIMI 2 ou 3 na artéria culpada no
momento do cateterismo, enquanto que isto ocorreu em 68% no grupo 2 (p<0.0001).
Fluxo distal TIMI 2 ou 3 pós ATC foram semelhantes (87 vs 91%, p=0, 4). Embora a
mortalidade tenha sido significantemente menor no grupo com sucesso da trombólise
comparado a sem sucesso (3, 4% vs 10, 4%, p=0, 005), foram fatores independentes para
mortalidade apenas o escore GRACE, a fração de ejeção e o BLUSH final 0-2. Concl:Na
EFI, critérios clássicos para prognóstico no IAM como escore GRACE e fração de ejeção
foram confirmados. BLUSH final inadequado pós-ATC c/ sucesso foi também marcador
de risco e revela provável inadequação ou retardo de reperfusão.
TL 040
Escore de cálcio é preditor independente para fluxo
coronariano e perfusão miocárdica pós-angioplastia na
fase aguda do IAM
Rodrigo G. P. Modolo, Breno O Almeida, José C Quinaglia-eSilva, Osorio Rangel, Otavio R Coelho, Andrei C Sposito
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Em indivíduos assintomáticos, o grau de calcificação das artérias coronárias (CAC)
está bem estabelecido como marcador de doença coronariana (DAC) subclínica. No
entanto, no paciente com DAC manifesta, o papel da CAC permanece obscuro. Nesse
contexto, avaliamos em pacientes na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM) se
há associação entre CAC e: (i) estenoses angiográficas, (ii) localização das lesões
culpadas, e (iii) resultado angiográfico pós angioplastia. Métodos. Foram avaliadas
cinecoronariografias (261 segmentos arteriais) e angioplastias realizadas na fase aguda
de IAM com supradesnivelamento do segmento ST de 67 pacientes (63±10 anos). Todos
também realizaram tomografia cardíaca com cálculo da CAC por segmento arterial e
total. As cinecoronariografias foram avaliadas de forma cega, por hemodinamicista
experiente com aplicação dos escores TIMI flow, Myocardial Blush Grade (MBG),
Friesinger e Gensini. Foi considerado bom resultado pós-angioplastia quando ambos
TIMI-flow e MBG foram iguais a 3. Resultados. Houve correlação entre CAC por
artéria e suas respectivas estenoses angiográficas (R=0, 242, p<0, 001). A maior CAC
ocorreu em 27% das lesões culpadas (Kappa, p=0, 7). A CAC da artéria culpada se
correlacionou com o TIMI-flow (R=-0, 333, p=0, 026) e com o MBG (R=-0, 347,
p=0, 019) pós-angioplastia. Os indivíduos com bom resultado pós-angioplastia foram
diferentes dos demais com relação à frequência cardíaca (82±17 vs 71±15 bpm;p=0,
02), PCR-us (1, 08±1, 4 vs 1, 58±2, 8 mg/L;p=0, 02) e escore de Gensini (75±69
vs 123±83;p=0, 01), respectivamente. Em regressão logística binária, usamos como
variável dependente a presença ou ausência de bom resultado pós-angioplastia. Nesse
modelo, demonstraram associação independente com mal resultado angiográfico:
presença de trombo na lesão culpada (OR 4, 6, 95%IC 1, 003-20, 078), frequência
cardíaca (OR 0, 97, 95%IC 0, 90-0, 99) e CAC>100 (OR 4, 4, 95%IC 1, 17-16, 3).
Conclusão. A CAC é localizador fraco, mas significante de estenose angiográfica e não
o é para lesão culpada. No entanto, o escore total é preditor independente de insucesso
angiográfico após angioplastia, i.e. pior fluxo coronariano e/ou perfusão miocárdica,
em pacientes na fase aguda do IAM.
TL 041
Análise volumétrica da capa fibrosa das lesões não culpadas
em pacientes com infarto agudo do miocárdio e angina
estável: um estudo pela tomografia de coerência óptica.
GALON MZ, Wang Z, Attizzani GF, Lemos PA, Bezerra H, Costa M
Cardiovascular Imaging Core Laboratory, Harrington Heart
& Vascular Institute, University Hospitals Case Medical
Center - Cleveland - Ohio - Estados Unidos, INSTITUTO DO
CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A tomografia de coerência óptica (TCO) é a única modalidade de imagem
intravascular disponível para uso clínico capaz de quantificar a espessura da capa fibrosa
das placas ateroscleróticas. Sabe-se que o fibroateroma de capa fina (FCF) está mais
susceptível a ruptura, desencadeando eventos clínicos como o infarto agudo do miocárdio
com supra de ST (IAMCSST). O objetivo deste estudo foi caracterizar e comparar a
morfologia da capa fibrosa (CaF) das lesões não culpadas encontradas nas coronárias
de pacientes com IAMCSST e angina estável (AE) utilizando a TCO.Métodos: Estudo
retrospectivo multicêntrico que analisou lesões não culpadas de 30 pacientes com
IAMCSST e 37 com AE por TCO, 1 artéria por paciente. Ao identificar uma placa lipídica
a capa fibrosa foi quantificada a cada secção transversa da TCO de forma semiautomática
utilizando um software capaz de fornecer sua reconstrução volumétrica. Esta segmentação
permitiu a identificação de espessura mínima, máxima e média da CaF, medida das áreas
absoluta (AA) e fracionada(AF) da CaF que foi classificada em 3 categorias: FCF:<65µm,
intermediária: 65-150 µm, >150 µm. Análise estatística: As análises estatísticas foram
realizadas através do SAS 9.2 (SAS Institute Inc., NC, USA). Dados categóricos foram
comparados pelo chi-quadrado ou teste exato de Fisher. Variáveis contínuas foram
expressas com media±desvio padrão. Resultados: As características clínicas dos 2
grupos foram similares. Foram analizadas 5503 seções transversas de TCO de pacientes
com IAMCSST e com AE. A presença de placa lipídica foi similar entre os 2 grupos
(IAMCSST=14, 6% e AE=12, 3%, p=0, 22). A espessura mínima da CaF foi menor no
IAMCSST do que na AE (31, 6±17, 1 mm vs 47, 3±26, 6mm; respectivamente; p=0, 01).
O grupo IAMCSST, quando comparado ao grupo AE, apresentou FCF com maior AA (0,
43±0, 4mm2 vs 0, 15±0, 2mm2; respectivamente, p=0, 01) e maior AF (1, 65±1, 56% vs 0,
74±1, 2%; respectivamente, p=0, 04)(figura1).
Conclusão: A quantificação volumétrica da CaF de
lesões não culpadas é possível em ambos os cenários
clínicos, IAMCSST e AE por TCO. Pacientes com
IAMCSST, apesar de apresentarem quantidade similar de
placas lipídicas, apresentam maiores áreas absoluta e
fracionada de fibroateroma de capa fina do que os com
AE.
TL 042
Comparação de dois sistemas de Proteção cerebral em
stent carotídeo: estudo randomizado
Cano MN, Kambara AM, Moreira SM, Cano SJF, Cano MN, Sousa
JEMR, Sousa AGMR
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
OBJETIVOS: Testar de forma aleatória a eficácia de dois diferentes princípios de
proteção embólica proximal e distal, utilizando a ressonância magnética ponderada em Difusão (RM-PD) para detectar novas lesões isquêmicas no encéfalo analisando
número, tamanho e localização.
MÉTODOS: Sessenta pacientes com indicação de SC, foram alocados aleatoriamente
para utilizar filtro distal Angioguard (30 pacientes) e balão de oclusão proximal Mo.Ma
(30 pacientes) desde julho de 2008 a 2011. Todos os pacientes realizaram RM-PD pré
e 48 horas pós o SC. Os resultados foram avaliados por neurologista independente e
cego ao tipo de proteção cerebral utilizada. Foram acompanhados por um período de
pelo menos um ano. Foi utilizado um modelo de regressão logística uni e multivariada
apropriados para a anâlise das novas lesões e alternativamente o escore de propensão
para diminuir bias devido a diferença entre os grupos. O modelo de regressão de
Poisson para o número de lesões.
RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significativa em quanto a
antecedentes clínicos ou características das lesões carotídeas entre os grupos, apenas as lesões eram mais calcificadas no grupo Angioguard (p < 0, 01). Não houve diferença
entre os grupos quanto a incidência de novas lesões isquêmicas (63, 3% AngioguardÒ
vs 66, 7% Mo.Ma, p = 0, 787). Quando presentes, as lesões isquêmicas por pacientes
o fizeram em número significativamente menor no grupo Mo.Ma, entre 1 e 43 lesões
(mediana = 6), comparado ao grupo Angioguard, entre 1 e 76 lesões (mediana = 10) com p < 0, 001. A maioria das lesões foi pequena < 0, 5 mm, e a maioria encontradas em
território ipsilateral. Três pacientes (5%) apresentaram eventos neurológicos em até 30
dias, 1 paciente teve um infarto agudo do miocárdio. CONCLUSÃO: Os dois sistemas
foram efetivos em evitar macro partículas, desde que não houve morte ou AVE maior
no seguimento de até pelo menos um ano. Entretanto o sistema proximal foi melhor
ao diminuir o número de lesões cerebrais detectadas pela RM-PD, quando presentes.
122
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 043
Análise do efeito tadio do Diabetes melito no tratamento
de portadores de doença arterial coronária com stents
farmacológicos.
ADRIANA MOREIRA, Amanda Sousa, José de Ribamar Costa Jr,
Ricardo Costa, Manuel Cano, Galo Maldonado, Ricardo
Pavanello, Edson Romano, J.Eduardo Sousa
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Fundamento: O diabetes melito é preditor de desfechos desfavoráveis de pacientes submetidos às diferentes formas de tratamento da doença coronária. O objetivo
deste estudo foi avaliar o efeito tardio do diabetes melito após o implante de stents
farmacológicos.
Métodos: O Registro DESIRE (Drug Eluting-Stents In the REal world) consiste em
um estudo unicêntrico, não-randomizado, prospectivo, de 4.772 pacientes submetidos
consecutivamente ao implante de stents farmacológicos desde Maio/02. Excluímos os
pacientes com IAM recente, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de evolução.
Os demais foram divididos em 2grupos: Grupo I: 857 diabéticos e grupo II:1.985 Não
diabéticos. O seguimento clínico realizado com 1, 6 e 12meses e anualmente a partir
de então.
Resultados: Os diabéticos apresentaram maior prevalência do sexo feminino(27,
9% VS. 22, 6%, p<0, 001);média das idades mais elevada 65, 2 + 9, 7 vs. 63, 4+11,
6anos, p<0, 001;maior comprometimento multiarterial (65, 5 vs.57%, p<0, 001). A
relação stents implantados/pacientes foi semelhante nos 2 grupos(1, 6)A mediana do
tempo de seguimento foi 3, 4 anos, com elevado porcentual de seguimento(98%).
No seguimento de até 10 anos, não houve diferença significativa com relação à
revasculariazação da lesão-alvo(5, 0 vs. 3, 6%, p=0, 09), infarto do miocárdio(5,
3% vs. 4, 95, P=0, 6). OS eventos maiores combinados 913, 6 vs.(10, 4, p=0, 02) e
o óbito (3, 8 vs. 10, 4, p=0, 09
Conclusão: As baixas taxas de eventos encontradas configuram baixo risco de eventos
cardíacos maiores após o implante de SF, constituindo-se numa boa opção terapêutica
a despeito da presença do diabetes melito.
TL 044
Prevalência e comportamento da plaquetopenia após
implante de bioprótese aórtica por cateter.
ANTONIO CARLOS BACELAR, Brito Junio, FS, Katz, M, Caixeta,
A, Abzaid, A, Fischer, CH, Almeida, BO, Nomura, CH, Perin, MA,
Tarasoutchi, F
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: Plaquetopenia é complicação frequente após cirurgia de troca valvar e
está associada à pior prognóstico. No entanto, seu comportamento e prevalência após
implante de bioprótese aórtica por cateter (TAVI) são desconhecidos. O objetivo
do presente estudo foi avaliar a prevalência de plaquetopenia após TAVI e seu
comportamento diante de complicações pós procedimento.
Métodos: Entre janeiro de 2008 a março de 2012, 50 pacientes consecutivos portadores
de estenose aórtica importante sintomática (área valvar < 1 cm2 e gradiente médio ≥
40 mmHg) foram submetidos à TAVI em um único centro. Do total, 41 apresentavam
dados clínicos e laboratoriais completos e foram incluídos no estudo. Consideramos
complicações cardiovasculares um composto de morte, acidente vascular cerebral,
complicações vasculares maiores e sangramentos maiores de acordo com as definições
VARC (Valvular Academic Research Consortium). A contagem plaquetária foi
realizada no pré e nas primeiras 48 horas após procedimento. Plaquetopenia leve foi
definida como < 150.000/ mm3 e plaquetopenia importante < 100.000/mm3. A análise
de regressão logística foi utilizada para testar a magnitude do efeito da plaquetopenia
leve no pré em relação a incidência de plaquetopenia importante no pós procedimento O valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8% (4 casos). A média etária foi de
82 ± 8 anos, 53, 7% eram do sexo feminino e a média do EuroSCORE foi de 17, 4 ±
11.A prevalência de plaquetopenia importante foi de 39% no pós procedimento, sendo
maior no sexo masculino (75% vs. 25%;p=0, 005). Os pacientes com plaquetopenia
leve antes do implante tiveram uma chance 17 vezes maior de apresentarem trombocitopenia importante no pós [OR=17, 56 (IC95% 2, 7-112, 9;p=0, 003)] . O
comportamento decrescente dos níveis plaquetários após procedimento (p<0, 001) foi
semelhante entre os pacientes com e sem complicações (Figura; p=0, 2).
Conclusões: Plaquetopenia importante é complicação frequente após TAVI,
ocorrendo independentemente da presença de complicações e deve ser valorizada na
medida em que estes pacientes recebem dupla antiagregação plaquetária. TL 045
Seguimento clínico tardio de pacientes portadores de
lesões coronárias complexas tratados com o novo stent
com revestimento polimérico MGuard
Guilhermo Guerra Guimarães, Ricardo A. Costa, J. Ribamar
Costa Jr., Rodolfo Staico, Dimytri A. Siqueira, Jackson R.
Stadler, Fausto Feres, Alexandre Abizaid, Amanda Sousa, J.
Eduardo Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamentos: A embolização de fragmentos de ateroma/trombo durante a intervenção
coronária percutânea (ICP) ocasionam distúrbios de fluxo/perfusão da microcirculação,
o que pode implicar em resultados clínicos adversos a curto e longo prazo. A ICP em
lesões complexas [trombo, ponte de safena (PS)] e em cenário de síndrome coronária
aguda (SCA), está frequentemente associada a tais distúrbios de perfusão. O novo
stent metálico MGuard (InspireMD, Israel) revestido com uma rede de tereftalato de
polietileno demonstrou eficácia na prevenção de complicações embólicas durante a
ICP primária. No entanto, a evolução clínica tardia de pacientes tratados com o stent
Mguard permanece desconhecida.
Métodos: Uma série de 65 pacientes portadores de lesões coronárias de novo tratados
com o stent MGuard em uma instituição clínica foram incluídos. Os dados clínicos
basais, do procedimento, e do seguimento tardio (média de tempo: 2, 6 anos) foram
coletados de maneira retrospectiva através da revisão de prontuários médicos e/ou
contatos telefônicos diretos.
Resultados: A média das idades era de 66 anos, 32% eram diabéticos, e 35% tinham
infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio, sendo que 45% apresentaram-se para ICP
com quadro clínico de SCA, incluindo 15% IAM com supra ST. Cerca de 68% das
lesões estavam localizadas em PS, 43% tinham trombo, e 85% foram classificadas
como tipo B2/C. Pré-dilatação foi realizada em 35%; o stent MGuard foi implantado
com sucesso em todos os casos; e 61% das lesões tiveram pós-dilatação. Durante
o procedimento de ICP, complicações embólicas (fluxo lento, embolização distal,
“no reflow”) foram identificadas em 29%. Ao final do procedimento, fluxo TIMI
3 foi alcançado em 93% e o sucesso angiográfico (fluxo TIMI 3, sem dissecção,
estenose residual <50%) foi 92%. No seguimento clínico tardio (2, 6 anos), a taxa
de eventos adversos incluíram óbito cardiovascular em 6, 2%; IAM não-fatal em 9,
2%; revascularização da lesão-alvo em 9, 2%; e trombose de stent definitiva/provável
em 1, 5%.
Conclusões: O seguimento clínico tardio (média 2, 6 anos) de pacientes com
lesões coronárias complexas tratados com o stent MGuard demonstrou mortalidade
cardiovascular em 6, 2% e taxa de revascularização da lesão-alvo <10%.
TL 046
Segurança e Eficácia de DES Eluidores de Biolimus com
Polímero Biodegradável:Registro EINSTEIN (Evaluation
of Next-generation drug-eluting STEnt IN patients with
coronary artery disease)
CRISTIANO FREITAS DE SOUZA, Anwar Mouallem, Fabio Sandoli
de Brito Junior, Alexandre Abizaid, Teresa C. Nascimento,
Amanda Gonçalves, Breno O. Almeida, Marco A. Perin, Adriano
Caixeta
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: Os stents farmacológicos (SF) fazem parte do arsenal terapêutico da
cardiologia intervencionista há mais de uma década. Neste período, pode-se observar
redução consistente nas taxas de reestenose. Entretanto, isso ocorreu à custa de maior
risco de trombose de stent tardia e muito tardia. Neste contexto, surgiram os SF de 3ª
geração com polímeros biodegradáveis cujo objetivo é alcançar maior segurança e
menores taxas de trombose de stent a longo prazo. Método: O registro EINSTEIN é
um estudo prospectivo, não-randomizado, unicêntrico, que incluiu consecutivamente
103 pacientes (152 lesões) tratados com o stent BioMatrix™ (com fármaco Biolimus
A9 e polímero biodegradável). O objetivo primário do estudo é avaliar a incidência
de eventos adversos cardíacos maiores(EACM) (morte cardíaca, infarto agudo do
miocárdio [IAM] ou necessidade de nova revascularização do vaso alvo [RVA]) em
um ano em pacientes do “mundo real”. O seguimento clínico foi realizado através de
contato telefônico ou visita médica aos 1, 6 e 12 meses e anualmente. Resultados:
A média das idades foi de 65, 0±12.4. Sexo masculino representou 83, 5% dos
pacientes. Do total de pacientes, 75, 7% eram hipertensos, 70, 9% dislipidêmicos
e 37, 9% diabéticos. A apresentação clínica mais prevalente foi de angina estável/
isquemia silenciosa (47, 6%), seguido de angina instável (23, 3%). A maioria dos
pacientes tratados eram multiarteriais (63%), incluindo um terço dos pacientes com
doença coronária triarterial. O tratamento incluiu lesões de novo e reestenose intrastent (12, 7%) e o tratamento de lesões de bifurcação em 16, 4%. Em um ano, EACM
ocorreram em 11, 7% dos pacientes, incluindo 2, 9% de morte não cardíaca, 4, 9%
de infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento-ST e 3, 9% de
revascularização do vaso-alvo; trombose de stent esteve presente em apenas 1% (um
paciente) após o seguimento clínico de um ano. Este único caso ocorreu nas primeiras
24 horas após a angioplastia (trombose subaguda), não tendo ocorrido nenhum caso de
trombose tardia e/ou muito tardia. Conclusão: O presente registro sugere que os novos
SF eluidores de Biolimus A9 com polímero biodegradável são seguros e eficazes em
pacientes da prática clínica diária, com baixas taxas de EACM no longo prazo.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
123
TL 047
Análise da interação entre gênero, idade e diabetes
melito em pacientes submetido ao implante de stents
farmacológicos. Estudo unicêntrico, prospectivo de
pacientes da prática clínica diária
ADRIANA MOREIRA, Amanda Sousa, J.Ribamar Costa Jr, Ricardo
Costa, Manuel Cano, Galo Maldonado, Marcos Barbosa,
Mauro Guimarães, Cantidio Campos, J.Eduardo Sousa
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: Dentre os portadores de doença arterial coronária, as mulheres destacamse por constituírem um subgrupo de maior complexidade clínica. O Diabetes(DM)
é sistematicamente descrito como preditor independente de desfechos clínicos
desfavoráveis após intervenções coronárias percutâneas com stents farmacológicos(SF).
O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do diabetes na evolução clínica tardia de
mulheres tratadas com stents farmacológicos.
Métodos: Desde maio/2002, 4.772 Pacientes(P) consecutivos foram tratados apenas
com SF e incluídos no Registro DESIRE (prospectivo, unicêntrico, não randomizado).
Excluímos os P com IAM recente, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de
evolução. Os demais (2217P)dividimos em 4 grupos: Homens Não DM(n=1206),
Homens DM(n=468), mulheres Não DM(n=359) e Mulheres DM(n=184). O protocolo
anti-trombótico consistiu no clopidogrel (600mg+75mg/dia) e AAS100mg/dia
mantidos por 1 ano.
Resultados: Os principais dados clínicos, angiográficos e evolutivos estão descritos na
tabela. A trombose protética foi similar nos grupos (2, 1%, 1, 9%, 0, 3% e 1, 6%, p=0,
12).O acompanhamento clínico (mediana=3, 4 anos) foi obtido em 98% da população.
Eventos
Homens Não
cardíacos
Diabéticos
maiores(%)
Revascularização
3, 7
lesão-alvo
Infarto do
4, 8
miocárdio
Óbito cardíaco
2, 0
Eventos maiores
10, 1
Homens
Diabéticos
Mulheres Não
Diabéticas
Mulheres
Diabéticas
p
3, 2
2, 2
8, 7
0, 002
6, 3
4, 2
2, 2
0, 157
3, 5
12, 7
2, 2
8, 6
3, 8
13, 7
0, 197
0, 124
TL 048
Resultados iniciais do implante de bioprótese aórtica por
cateter em pacientes idosos com estenose aórtica e alto
risco cirúrgico.
ANTONIO CARLOS BACELAR, Brito, FS, Caixeta, A, Oliveira, BA,
Abzaid, A, Vieira, ML, May, DM, Nomura, CH, Tarasoutchi, F,
Perin, MA
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: A estenose aórtica é valvopatia com elevada morbi-mortalidade e 30%
dos pacientes com idade avançada apresentam contra-indicação à cirurgia. Nesse
contexto, técnicas menos invasivas vem ganhando grande espaço. O objetivo do
presente estudo é descrever as características clínicas e laboratoriais de pacientes
submetidos ao implante de bioprótese aórtica por cateter (TAVI).
Métodos: Entre janeiro de 2008 a março de 2012, 50 pacientes consecutivos (82 ±
8 anos, 52% do sexo feminino e média do EuroSCORE de 18, 7 ± 13) portadores
de estenose aórtica importante sintomática (área valvar < 1 cm2 e gradiente médio
≥ 40 mmHg) foram submetidos à TAVI em um único centro. Para efeito de análise,
consideramos complicações cardiovasculares um composto de morte, acidente
vascular cerebral, complicações vasculares maiores e sangramentos maiores de acordo
com as definições VARC ( Valvular Academic Research Consortium). A comparação
das variáveis contínuas foi realizada através do teste t de Student ou Mann-Whitney.
As variáveis categóricas foram comparadas através do teste Qui-quadrado. O valor de
p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8% (4 casos). A taxa de complicações
em 30 dias foi de 32% (16 casos), sendo 3 acidentes vascular cerebral, 13 complicações
hemorrágicas maiores e 7 complicações vasculares maiores. As características clínicas
e laboratoriais podem ser vistas na tabela.
Conclusões: Os resultados iniciais do implante de bioprótese aórtica por cateter são
promissores e apresentam taxas aceitáveis de complicações.
Conclusões: No presente estudo, as mulheres diabéticas tratadas com os SF cursaram
com mais elevada taxa de revascularização da lesão-alvo.
TL 049
Segurança e Eficácia da Protamina Endovenosa para
a Retirada Imediata do Introdutor Arterial Após
Procedimento Percutâneo por via Femoral: Um Estudo
Prospectivo
Fábio Trentin, Gabriel Zago, Cristiano G Bezerra, Breno
Falcão, Marco A. Perin, Marcus N. da Gama, Antonio E. Filho,
Expedito Ribeiro, Pedro E. Horta, Pedro A. Lemos
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: O uso da protamina para reversão do efeito da heparina pode ser utilizado visando
a retirada precoce do introdutor arterial femoral em pacientes submetidos a angioplastia. No
entanto, essa opção terapêutica não é utilizada com freqüência na prática clínica.
Métodos: Estudo prospectivo, não randomizado, com objetivo de avaliar o perfil
de segurança e a eficácia do uso da protamina para retirada imediata do introdutor arterial
femoral em pacientes submetidos à angioplastia coronariana com heparina não-fracionada.
A protamina foi administrada imediatamente após o término do procedimento coronário,
sendo a sua dose e a retirada do introdutor guiadas pelo tempo de coagulação ativado
(TCA). O introdutor era retirado com um valor de TCA < 180 segundos. Foram também
avaliados pacientes incluídos prospectivamente em um grupo controle que tiveram o
introdutor retirado da maneira habitual, após 6 horas da administração da heparina.
Resultados: No total, foram incluídos 162 pacientes submetidos a angioplastia coronariana
com sucesso (111 no grupo da protamina e 51 no grupo controle). Não houve diferença
entre os 2 grupos com relação as caracteristicas basais. O número médio de stents utilizados
foi de 1, 4 ± 0, 73 no grupo da protamina vs. 1, 65 ± 1, 07 no grupo controle (p = 0, 1). Os
pacientes que receberam protamina tiveram um tempo médio de espera até a retirada do
introdutor de 41, 6 ± 20, 1 minutos, enquanto que no grupo controle este tempo foi de 323,
9 ± 57, 8 minutos (p < 0, 01). Não houve trombose de stents intra-hospitalar. A taxa de
eventos vasculares durante a hospitalização é mostrada na tabela:
TL 050
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL APÓS O IMPLANTE DE PRÓTESE
AÓRTICA TRANSCATETER EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL
CRÔNICA
Sebastian Lluberas, Dimytri Siqueira, Alexandre Abizaid,
José de Ribamar Costa Jr, Aurisetela Ramos, David Le
Bihan, Jorge Eduardo Assef, M Arraes, Amanda GMR Sousa, J
Eduardo MR Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, HOSPITAL
DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: A presença de insuficiência renal aguda (IRA) pós-operatória é um
marcador de morbimortalidade após cirurgia de troca valvar aórtica, sendo mais
frequente em pacientes com histórico de doença renal crônica. O implante de prótese
aórtica transcateter (TAVR) é um método eficaz para o tratamento da estenose aórtica
grave em pacientes de alto risco cirúrgico. Objetivamos determinar a incidência de
IRA e analisar a evolução hospitalar da função renal nos pacientes submetidos à TAVR.
Métodos: Entre 7/2009 e 1/2013, 102 pacientes foram submetidos a TAVR em 2
Instituições no Estado de SP. Neste estudo foram incluídos 69 pacientes que tiveram o
clearance de creatinina (ClCr) avaliado de forma seriada imediatamente pré intervenção
e com 24h, 48h, 72h pós-TAVR e na alta hospitalar. Estes pacientes foram divididos em
3 grupos conforme o ClCr pré: GI=ClCr ≥60ml/min (N=11); GII=ClCr entre 30 e 60ml/
min (N=43) e; GIII=ClCr ≤30ml/min (N=15). A variação do ClCr pré e pós procedimento
(∆) foi avaliada pelo teste ANOVA, e incidência de IRA segundo o VARC2.
Resultados: A maioria era do sexo feminino (68%), 27% diabéticos, com média de
idade de 81, 7±6, 9 anos. A média dos ClCr pré foi: GI=71, 7±11, 7ml/min; GII=42,
5±7, 6ml/min e GIII=25, 5±2, 64ml/min. A probabilidade de IRA prevista pelo STS
score foi: GI=5, 8±2, 4; GII=8, 1±3, 7; e GIII=11, 3±5, 1; (p=0, 03). A incidência
de IRA na população geral foi de 26% (N=18), e a incidência foi maior entre os
indivíduos com pior função renal (GI=0%, GII=28% e GIII=40%; p=0, 01). O volume
de contraste utilizado não diferiu de forma significativa entre os grupos. Entre os
indivíduos com pior função renal, observou-se melhora do ClCr 72h pós-TAVR, o que
se manteve até a alta hospitalar (Δ= + 6, 7ml/min; p=0, 002). Nos demais grupos não
se notou significativa variação do ClCr (GI Δ = -5, 6, p=0, 09 e GII Δ= + 3, 6; p=0,
2). O ClCr pré-TAVR teve impacto na mortalidade hospitalar (GI=0, GII=13, 9% e
GIII=20%; p=0, 04).
Conclusões: A presença de disfunção renal pré-TAVR correlacionou-se com
aumento na mortalidade no seguimento hospitalar. Entretanto, o subgrupo de
maior comprometimento renal prévio, apresentou melhora da função renal quando
submetidos a TAVR. Este efeito paradoxal poderia se justificar pela melhora no débito
cardíaco obtido após o implante valvar.
Protamina
(n=111 pts)
Pseudoaneurisma
0.9
Fístula AV
0.9
Trombose arterial
0
Hemorragia retroperitoneal
0
Hematoma femoral acentuado
0.9
Qualquer complicação vascular maior 2.7
Convencional
(n=51 pts)
0.0
0.0
0
0
2.0
2.0
124
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
P
>0.09
>0.09
0.5
>0.9
Conclusões: O uso da protamina se mostrou seguro e eficaz para a retirada precoce do
introdutor arterial femoral em pacientes submetidos a implante de stent coronariano. Observou-se redução significativa no tempo para retirada do introdutor neste grupo.
Isso pode traduzir-se em menor tempo de repouso após a angioplastia e em maior
conforto para o paciente.
TL 051
Implante de prótese aórtica transcateter para
tratamento de pacientes com estenose aórtica grave:
experiência inicial
Sebastian Lluberas, J Ribamar Costa Jr, Auristela Ramos,
Alexandre Abizaid, Dimytri Siqueira, Magaly Arraes, Antonio M
Kambara, David Le Bihan, Amanda GMR Sousa, J Eduardo Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, HOSPITAL
DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: O implante de prótese transcateter (TAVR) despontou como uma
alternativa eficaz para o tratamento de pacientes idosos com estenose aórtica grave
(EAo) e contra-indicação ou muito alto risco para a cirurgia de troca valvar. Porém, por
ser um procedimento de elevado custo e com razoável curva de aprendizagem, poucos
centros nacionais possuem adequada casuística para avaliar seus resultados.
Métodos: Entre 07/2009 e 01/2013, um total de 102 pacientes com EAo grave, sintomáticos
e de alto risco cirúrgico ou considerados inoperáveis, foram submetidos a TAVR em
2 Instituições no Estado de SP. Todos foram avaliados com múltiplas modalidades de
imagem (ecocardiograma, TC de coração/aorta/membros inferiores e coronariografia) e
tratados com TAVR (CoreValve™, Edwards SAPIEN XT™ e Acurate TF™) de acordo
com a via de acesso mais adequada. Objetivamos apresentar os resultados agudos deste
procedimento e os desfechos clínicos de 30 dias, de acordo com as definições do VARC 2.
Resultados: A média da idade foi 81, 7±6, 8 anos, sendo 64% do sexo feminino. O
EuroSCORE logístico foi de 24, 3±14, 1 e 20, 6% dos pacientes tinham antecedentes de
cirurgia cardíaca previa, enquanto 87% estavam em classe funcional III-IV (NYHA). A
maioria dos implantes foi realizado por via femoral (91%), seguido pela via transapical
(6%), transaórtica (2%) e pela subclávia (1%). O sucesso do procedimento foi de 91%.
Pós-procedimento houve uma queda significativa do gradiente sistólico médio (pré=
54, 6±9, 6mmHg vs pós=11, 5±3, 7mmHg; p<0, 001) e ganho da área valvar aórtica
(pré=0, 6±0, 2cm2 vs pós=1, 8±0, 3cm2; p<0, 01). As principais complicações foram:
insuficiência renal aguda (25%); refluxo paraprotético moderado (11%), complicações
vasculares (11%), necessidade de implante de marcapasso definitivo (9%) e AVC (3%).
A mortalidade total em 30 dias foi de 13%. Entretanto, se excluirmos os primeiros 30
pacientes (“curva de aprendizagem”), a ocorrência de óbito reduz-se a 8, 3%. Conclusões: Nossa experiência inicial indica que o TAVR é um procedimento terapêutico
eficaz para pacientes idosos com EAo grave e alto risco cirúrgico. Superada a curva
inicial de aprendizagem, este procedimento pode ser realizado com taxas de complicações
relativamente baixas e comparáveis as de centros internacionais com maiores casuísticas.
Cardiomiopatias e Doenças do Pericárdio
TL 052
Efeitos Hemodinâmicos Agudos do CPAP em Adultos com
Cardiomiopatia Hipertrófica
Flávia Baggio Nerbass, Júlio César Ayres Ferreira Filho, Vera Maria Cury Salemi,
Rodrigo Pinto Pedrosa, Murillo Oliveira Antunes, Edmundo Atrteaga-Fernández,
Henrique Takachi Moriya, Luciano F. Drager, Geraldo Lorenzi-Filho
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A Apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum na Cardiomiopatia
hipertrófica (CMH) e o tratamento padrão da AOS é a pressão positiva contínua nas vias
aéreas (CPAP). No entanto, como o CPAP reduz a pré-carga, seu uso pode ser deletério
para os pacientes com a forma obstrutiva da CMH (CMH-O). Nossa hipótese é de que
o CPAP possa piorar agudamente o desempenho cardíaco na CMH-O. Métodos: Este
estudo randomizado controlado cross-over recrutou pacientes com CMH-O e nãoobstrutiva (CMH-NO). Todos pacientes foram monitorados com a pressão arterial
batimento-a-batimento e eletrocardiograma contínuos, na posição supina e em vigília.
Ecocardiografia bidimensional foi realizada em repouso (Basal), após 20 minutos de
Sham-CPAP (pressão 1, 5 cmH2O) e de CPAP 10 cmH2O. O ecocardiografista não
tinha o conhecimento da pressão de CPAP, que foi aplicada de forma randomizada.
Resultados: Avaliamos 18 pacientes com CMH (9 com CMH-O e 9 com CMH-NO).
Como esperado, a ecocardiografia basal mostrou diferenças entre CMH-O e CMHNO, incluindo índice de massa do ventrículo esquerdo (p<0, 05), gradiente de via saída
ventrículo esquerdo (VSVE) (p<0, 001), pressão de capilar pulmonar (p<0, 05), volume
do átrio esquerdo (p<0, 05) e no volume do refluxo mitral (p<0, 05). A pressão arterial,
o gradiente de VSVE e o débito cardíaco permaneceram estáveis durante o estudo, em
ambos os grupos. Em relação ao basal e ao Sham-CPAP, o CPAP 10 cmH2O aumentou
agudamente o refluxo mitral nos pacientes com CMH-O [fração volume regurgitante: 6,
9 (4, 6-10, 2) vs 14, 7 (6, 6-26, 8) vs 27, 5 (6, 2-57, 3)%, respectivamente p<0, 001], o
que não foi observado nos com CMH-NO [1, 5 (0, 0-16, 6) vs 7, 0 (0, 0-16, 4) vs 2, 7
(0, 0-7, 3)%, respectivamente p=NS], havendo uma diferença estatística entre os grupos
p<0, 01. Além disso, houve aumento para as pressões de capilar pulmonar com CPAP
10cmH2O no grupo CMH-O quando comparado com CMH-NO [E/E’ septo 15.6 (10,
7-19, 5) vs 10, 4 (7, 8-11, 8) vs 18, 6 (13, 2-19, 5) e 8, 5 (5, 3-12, 0) vs 11, 2 (7, 1-13, 5) vs
7, 1 (5, 3-12, 2) g/m2, respectivamente, p<0, 05]. Conclusão: Ao contrário dos pacientes
com CMH-NO, o CPAP aumentou agudamente o refluxo mitral e as pressões de capilar
pulmonar na CMH-O, refletindo uma possível piora da obstrução. Estes dados podem ter
implicação clínica na segurança do tratamento com o CPAP em pacientes com CMH-O.
TL 053
Detecção de disfunção miocárdica incipiente em modelo
experimental de cardiopatia chagásica crônica no
hamster: importância das alterações da mobilidade
parietal segmentar
OLIVEIRA L F L, ROMANNO M M D, CARVALHO E E V, MEJIA J, SESTICOSTA R, SANTANA-SILVA J, HIGUCHI M L, MACIEL B C, MARIN-NETO J
A, SIMÕES M V
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto Ribeirão Preto - Brasil
Fundamentos: Classicamente, a detecção da disfunção ventricular esquerda em
modelos experimentais de cardiopatia chagásica crônica (CC) é feita mediante
quantificação da fração de ejeção (FE) do ventrículo esquerdo (VE). Porém, a doença
de Chagas tem padrão de acometimento segmentar, predominantemente nas porções
apicais de VE. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de alterações de
mobilidade segmentar de VE e sua correlação alterações histopatológicas em modelo
de CC no hamster. Métodos: Hamsters sírios fêmeas (n=34) foram infectados com 3,
5x 104 ou 105 formas tripomastigotas sanguíneas de T. cruzi (cepa Y)e investigados
após 6 ou 10 meses através de ecocardiografia bidimensional com equipamento Philips
HD11XE e transdutor linear L15. O VE foi analisado em 13 segmentos de acordo com
protocolo já descrito em literatura e a FE foi quantificada pelo método de Teicholz.
Análise histológica para quantificação regional de fibrose e inflamação foi realizada
através de amostragem topográfica coincidente com a segmentação praticada in vivo.
Um grupo controle não infectado também foi investigado (n=5). Resultados: Dos 34
animais, 10 (29%) apresentaram FE reduzida (48, 5±11, 4%) em relação aos controles
(82, 4±5, 5%), p<0, 0001. Entre os 24 animais com FE preservada (82, 9±5, 5%, p>0,
05 em comparação ao controle), 8 (33%) apresentavam alterações de mobilidade
segmentar que predominaram nos segmentos apicais, inferiores e póstero-laterais. O
escore de mobilidade segmentar correlacionou-se com a FE (r= -0, 60; p=0, 0002) e
com intensidade de inflamação (r=0, 53 - p=0, 0014), mas não exibiu correlação com
a extensão da fibrose (r=0, 25 - p=0, 16). De todos os segmentos analisados (n=438),
aqueles exibindo alteração de mobilidade segmentar (n=101) em comparação aos com
mobilidade normal (n=337), apresentaram maior extensão de fibrose (9, 34±5, 7 e 7±6,
3%, respectivamente, p=<0, 0001); maior intensidade de inflamação (218±111, 6 e
124, 5±84, 8n/mm², p<0, 0001). Conclusões: Em modelo experimental de cardiopatia
chagásica crônica no hamster, alterações da mobilidade segmentar são frequentes,
ocorrendo em animais com desempenho global ainda preservado identificando regiões
miocárdicas com maior grau de fibrose e inflamação.
TL 054
Impacto do uso de benzonidazol seguido de
suplementação antioxidante na prevalência de arritmias
ventriculares em pacientes com doença de Chagas
crônica: estudo piloto
João Luís Barbosa, Clarissa Antunes Thiers, Roberto Coury
Pedrosa, Basílio de Bragança Pereira
Instituto Nacional de Cardiologia - Rio de Janeiro - RJ - Brasil,
Univers Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Fundamento: Os pacientes com doença de Chagas na fase crônica na forma cardíaca
apresentam maior prevalência de extrassístoles ventriculares (EV) atribuídas à presença do
parasita no tecido cardíaco e da resposta imunoinflamatória amplificada pelo aumento do
estresse oxidativo. Desta forma, o tratamento sequencial com Benzonidazol e antioxidantes
pode reduzir a prevalência de extrassístoles ventriculares. O objetivo do estudo é determinar
se o tratamento etiológico para a Doença de Chagas seguido pela suplementação com os
agentes antioxidantes vitaminas E e C diminui a prevalência de extrassístoles ventriculares
e os marcadores de estresse oxidativo nos pacientes com doença de Chagas crônica.
Métodos: Uma amostra de 41 pacientes com doença de Chagas crônica foi selecionada
para o tratamento contra o agente etiológico utilizando Benzonidazol (5mg/Kg/dia)
durante 2 meses seguido da suplementação com agentes antioxidantes como as Vitaminas
E (800UI/dia) e C (500mg/dia) durante 6 meses. A prevalência de EV foi observada
através da realização de Holter 24 horas antes e após as exposições. Para avaliação do
status oxidativo foram realizadas as dosagens dos marcadores do extresse oxidativo.
Análise estatística: O teste t de Student pareado foi usado antes e após a intervenção,
admitindo um nível mínimo de significância de p < 0, 05.
Resultados: Observou-se uma diminuição na prevalência de EV de 65, 08% nos
pacientes, principalmente naqueles em estágios avançados da doença, com redução
não significativa no grupo II (p= 0, 431) e redução significativa no grupo III (p= 0,
00685). No grupo II a queda da média foi de 59, 1% enquanto no grupo III esta foi de
78, 0%. A terapia antioxidante com vitaminas E e vitamina C, diminuiu os níveis de PC
no grupo IA (p=0, 0034), no grupo IB (p=0, 0003) e no grupo II (p=0, 0014), porém
a redução não foi significativa no grupo III, e diminuiu o TBARS no grupo IA (p= 0,
0001), no grupo IB (p=0, 0007), no grupo II (p= 0, 0011), e no grupo III (p= 0, 0341).
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Conclusões: Nos pacientes com grau
avançado de comprometimento cardíaco, a
terapia combinada apresentou um importante
impacto terapêutico. O tratamento com
benzonidazol seguido pela suplementação
antioxidante pode ser capaz de atenuar o
dano oxidativo e diminuir a incidência de EV.
125
TL 055
Mediadores metabólicos e inflamatórios nas diversas
formas evolutivas da doença de Chagas: correlação com
disfunção autonômica
João Marcos Barbosa-Ferreira, Fábio Fernandes, Felix José
Alvarez Ramires, Barbara Maria Ianni, Vera Maria Cury
Salemi, Cesar José Grupi, Denise Tessariol Hachul, Heno
Ferreira Lopes, Paula de Cássia Buck, Charles Mady
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: A cardiopatia chagásica crônica (CCC) apresenta características
específicas como disfunção autonômica e atividade inflamatória exacerbada. Esta
fisiopatologia sugere que alguns parâmetros metabólicos podem estar alterados em
pacientes chagásicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o metabolismo e a atividade
inflamatória nas diversas formas evolutivas de doença de Chagas e sua correlação
com medidas de avaliação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA).MÉTODOS:
Foram avaliados 60 indivíduos divididos em 4 grupos (n=15): Grupo I - controle,
Grupo II - forma indeterminada, Grupo III - cardiopatia chagásica com alteração
eletrocardiográfica sem disfunção ventricular e Grupo IV - cardiopatia chagásica
com disfunção ventricular e insuficiência cardíaca. Os mediadores metabólicos
e inflamatórios avaliados foram as dosagens sanguíneas de insulina, leptina,
adiponectina, interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral (TNF). O SNA foi
avaliado através da variabilidade da frequência cardíaca no holter 24 horas e no teste
de inclinação. Os valores de pNN50, rMSSD e componente alta frequência foram
utilizados como estimativa da atividade parassimpática. Os valores do componente
de baixa frequência estimaram a atividade simpática. RESULTADOS: A insulina não
apresentou diferenças entre os grupos (p=0, 901). A leptina apresentou níveis menores
no grupo IV porém sem significância estatística (p=0, 626). A adiponectina apresentou
níveis maiores nos grupos III e IV comparados aos grupos I e II (GI: 5470, 37± 2579,
37; GII: 4894, 83 ± 2797, 07; GIII: 9630, 27 ± 4398, 77 e GIV: 10391, 00 ± 6947,
65 ng/ml; p< 0, 001). IL-6 e TNF foram maiores no Grupo IV em comparação aos
outros 3 grupos (p<0, 001 para IL-6 e p<0, 05 para TNF). A insulina, leptina e TNF
não apresentaram correlações significativas com medidas de avaliação do SNA. A
adiponectina e a IL-6 apresentaram correlação negativa com os índices que estimam
a atividade simpática e correlação positiva com índices de avaliação parassimpática.
CONCLUSÃO: A adiponectina foi maior nos grupos III e IV e a IL-6 e o TNF
foram maiores no grupo IV. A adiponectina e a IL-6 apresentaram associação com
medidas de avaliação do SNA (quanto menor a atividade simpática e maior a atividade
parassimpática maiores os níveis de adiponectina e IL-6).
TL 056
INFLUÊNCIA DA INIBIÇÃO DA NADPH OXIDASE SOBRE O
REMODELAMENTO CARDÍACO DE RATOS COM DIABETES MELLITUS
Rodrigo Gimenes, Camila Moreno Rosa, Camila Gimenes, Dijon
Henrique Salomé Campos, Ana Angélica Henrique Fernandes,
Camila Pereira Braga, Denise de Castro Fernandes, Francisco
Rafael Martins Laurindo, Marina Politi Okoshi, Katashi
Okoshi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, INSTITUTO DO
CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: O aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) está
envolvido na patogênese da miocardiopatia diabética. A NADPH oxidase é importante
via de produção de ERO no sistema cardiovascular, no entanto, poucos estudos têm
avaliado o efeito da inibição da NADPH oxidase sobre o coração de animais diabéticos.
Assim, o objetivo foi analisar a influência da inibição da NADPH oxidase por apocinina
(APO) sobre o remodelamento cardíaco de ratos com diabetes mellitus (DM). Métodos:
Ratos Wistar, 6 meses de idade, foram divididos em 4 grupos: controle (C, n=13);
C+APO (n=13); diabéticos (DM, n=12); DM+APO (n=13). DM foi induzido por
estreptozotocina (40 mg/kg). Os grupos C+APO e DM+APO receberam APO (16 mg/
kg/dia) por 8 sem. Estrutura e função cardíaca foram avaliadas por ecocardiograma
(Eco) e pela técnica do músculo papilar do ventrículo esquerdo (VE) em condição
basal e após estimulação com manobras inotrópicas. As enzimas glutationa peroxidase,
catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) foram dosadas no soro. Amostras do VE
foram obtidas para medida da fração colágena intersticial e da atividade da NADPH
oxidase. Estatística: ANOVA-fatorial 2x2 (p<0, 05). Resultados: Eco mostrou
dilatação das câmaras cardíacas esquerdas, aumento do índice de massa e piora da
função sistólica do VE nos grupos diabéticos; APO não alterou esses índices. A função
diastólica do VE melhorou no grupo DM+APO em relação ao DM (C: 1, 46±0, 16;
C+APO: 1, 55±0, 28; DM: 1, 29±0, 20; DM+APO: 1, 47±0, 30). Na análise do músculo
papilar, ocorreu piora contrátil e de relaxamento nos grupos diabéticos em condição
basal. A tensão desenvolvida máxima, após manobras de estimulação inotrópica, foi
maior no grupo DM+APO em relação ao DM. A fração colágena intersticial foi maior
no grupo DM, e a APO atenuou esse efeito (C: 2, 14±1, 29;C+APO: 1, 74±0, 90; DM:
5, 05±2, 98; DM+APO: 3, 12±1, 35). As enzimas antioxidantes estavam diminuídas
no grupo DM, e a APO elevou os níveis de catalase e SOD. Não houve diferença na
atividade da NADPH oxidase entre os grupos. Conclusão: apocinina proporciona
melhora da função diastólica ventricular, da função contrátil miocárdica e das enzimas
antioxidantes séricas, sem alterar a atividade da NADPH oxidase dos cardiomiócitos em
ratos com diabetes mellitus. Apoio: FAPESP e CNPq.
TL 057
Influência da poluição atmosférica no remodelamento
miocárdico
Adriana M de Oliveira, Felix Ramires, Keila C B Fonseca,
Vera Salemi, Fernanda G Pessoa, Fabio Fernandes, Paulo H N
Saldiva, Charles Mady
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução:Avanços tecnológicos trouxeram aumento da quantidade e variedade
de agentes dispostos na atmosfera. O aumento de material particulado pode causar
o estresse oxidativo, inflamação e apoptose. Essa cascata de eventos promove
remodelamento celular e molecular no miocárdio. Objetivo:Avaliar o papel da
poluição (PO) no remodelamento miocárdico usando um modelo experimental de
infarto (IAM). Materiais e Métodos: 90 ratos Wistar em 6 grupos estudados por 4
semanas: Controle (CT), CT+PO, Sham, IAM, IAM1 (expostos a PO antes e pós
IAM) e IAM2 (expostos a PO após IAM). Colágeno intersticial do ventrículo esquerdo
(FVCI-VE) por morfometria. Ecocardiograma avaliou a fração de ejeção do ventrículo
esquerdo (FE-%) e diâmetro diastólico do VE (DD-cm). Citocinas inflamatórias por
qRT-PCR, e estresse oxidativo por ELISA. Estatística com testes não paramétricos
considerado significativo p£0, 05. Resultados: FVCI-VE (%) maior nos grupos IAM
comparado aos CTs e Sham (p<0, 001), também foi maior no CT+PO em relação
ao CT (p<0, 001), porém sem diferença entre os grupos IAM expostos ou não a PO
(p=0, 9) (CT= 0, 35±0, 16; CT+EPO= 0, 67±0, 19; Sham= 0, 37±0, 04; IAM= 2,
77±1, 19; IAM1=3, 72±2, 61; IAM2= 3, 31±1, 97). Área de infarto sem alteração
pela PO (p=0, 66). A FE menor nos grupos IAM comparado com CTs e Sham (p<0,
001), também menor no CT+PO comprado ao CT (p=0, 06), mas não apresentou
diferença entre IAM exposto ou não a PO (p=0, 9) (CT= 84±3, CT+EPO= 78±6,
Sham= 74±4, IAM= 63±14, IAM1=55±8, IAM2= 69±10). O DD-VE foi maior nos
grupos IAM comparados aos CTs (p=0, 02), não apresentando alteração pela PO. A
expressão de TGFβ1 foi aumentada nos grupos IAM em comparação ao grupo CTs
(p<0, 001) e a PO não influenciou significativamente nessa via. No estresse oxidativo a
glutationa apresentou níveis mais elevados nos grupos IAM comparados ao CTs (p=0,
014), a PO também elevou significativamente quando comparado ao CT (p=0, 034),
mas não apresentou diferença nos grupos IAM expostos ou não a PO. Conclusões:
A poluição do ar promove intensa fibrose miocárdica no coração saudável além de
piorar sua função sistólica, entretanto, ela não amplifica a agressão causada pela injuria
isquêmica. A PO aumentou o estresse oxidativo no coração saudável, mas novamente
não amplificou essa resposta no coração com injuria.
TL 058
Acometimento dos ramos parassimpático e simpático nas
diversas formas evolutivas da doença de Chagas
João Marcos Barbosa-Ferreira, Fábio Fernandes, Felix José
Alvarez Ramires, Cesar José Grupi, Denise Tessariol Hachul,
Barbara Maria Ianni, Edmundo Arteaga, Luciano Nastari,
Paula de Cássia Buck, Charles Mady
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: Na década de 1950 foi introduzido o conceito de que a doença
de Chagas (DC) é uma doença “parassimpaticopriva”. Atualmente existem várias
evidências de que a DC associa-se a lesões do sistema parassimpático, mas também do
sistema simpático. O objetivo deste estudo foi avaliar o acometimento de cada ramo
do sistema nervoso autônomo (SNA) em cada grau evolutivo da DC.MÉTODOS:
Foram avaliados 60 indivíduos divididos em 4 grupos (n=15): Grupo controle,
Grupo FI - forma indeterminada, Grupo ECG - cardiopatia chagásica com alteração
eletrocardiográfica sem disfunção ventricular e Grupo IC - cardiopatia chagásica
com disfunção ventricular e insuficiência cardíaca.O SNA foi avaliado através da
medida da variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo e da frequência
através do holter 24 horas e do teste de inclinação. Os valores de pNN50, rMSSD
e componente alta frequência (AF) foram utilizados como estimativa da atividade
parassimpática. Os valores do componente de baixa frequência (BF) foram utilizados
como estimativa da atividade simpática. A relação BF/AF foi utilizada como estimativa
do balanço simpato-vagal (quando aumentada indicando predomínio da atividade
simpática e quando diminuída indicando predomínio da atividade parassimpática).
RESULTADOS: Quando comparado com o grupo controle, o grupo FI apresentou
todos os parâmetros de avaliação do ramo parassimpático reduzidos (pNN50 e rMSSD
no holter e o componente AF no holter e no teste de inclinação em posição supina e
ortostática). A relação BF/AF encontrava-se aumentada no holter 24 horas. O grupo IC
apresentou todos os parâmetros de avaliação do ramo simpático reduzidos em relação
ao grupo controle (componente BF no holter e no teste de inclinação em posição supina
e ortostática). A relação BF/AF encontrava-se reduzida no teste de inclinação em
posição supina e ortostática. No grupo ECG houve redução do componente AF no teste
de inclinação em posição supina e do componente BF no teste de inclinação em posição
supina e ortostática. A relação BF/AF não apresentou diferença em relação ao grupo
controle.CONCLUSÃO: Os resultados sugerem maior acometimento parassimpático
no grupo FI, maior acometimento simpático no grupo IC e acometimento balanceado
no grupo ECG.
126
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 059
Cardiomiopatia hipertrófica: estudo da relação entre
fibrose miocárdica e arritmias
Antunes MO, Arteaga E, Matsumoto AY, Silva RG, Mady C, Buck P
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade
São Francisco - Bragança Paulista - SP - Brasil
Fundamento: a associação de fibrose miocárdica e arritmias ventriculares complexas
tem sido considerada como fator de risco de morte súbita sendo utilizada na
indicação de cardiodesfibrilador implantável. Objetivo: Avaliar se a presença da
fibrose miocárdica representa substrato arritmogênico para ocorrência de arritmias
na cardiomiopatia hipertrófica. Método: Avaliamos a prevalência e frequência das
arritmias cardíacas no Holter de 24 horas e sua relação com a fibrose miocárdica
detectada pela técnica de realce tardio na ressonância magnética. Resultados: dos100
pacientes consecutivos com diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica (idade média
de 37±12 anos), 95% estavam em CF I-II NYHA e 38% na forma obstrutiva; 89/100
apresentavam fibrose miocárdica e 11 não. Extrassístoles ventriculares (EV) foram
mais prevalentes em pacientes com fibrose quando comparados com aqueles sem (80%
vs. 55% p=0.048). Os pacientes com fibrose também apresentavam maior número de
EV (549±1501 vs. 59±130 p=0.044). A prevalência de extrassístoles ventriculares
pareadas (EVP), taquicardia ventricular não sustentada (TVNS), extrassístoles
supraventriculares (ESV), taquicardia atrial não sustentada (TANS) e fibrilação
atrial (FA) não apresentaram diferenças quando comparados os pacientes com e sem
fibrose respectivamente (EVP: 23% vs. 0% p=0.56; TVNS: 26% vs. 18% p=0.582;
ESV: 29% vs. 45% p=0.265; TANS: 13% vs. 18% p=0.673; FA: 3% VS 0% p=0.538).
Conclusão: a presença de fibrose miocárdica esteve associada a maior ocorrência
de arritmias ventriculares em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, porém não
mostrou relação com arritmias ventriculares complexas.
TL 060
Inflamação em miocárdio de doadores: uma comparação
envolvendo miocardiopatias de diferentes etiologias
InCor HCFMUSP, Maria de Lourdes Higuchi, Renata Ikegami,
Joyce Kawakami, Marcia Martins Reis, Suely Palomino, Pablo
Alberto Pomerantzeff, Alfredo Inacio Fiorelli, Fernando
Bacal, Edimar Alcides Bocchi
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A morte encefálica, através de intensa ativação do sistema simpático, está
relacionada ao desenvolvimento de inflamação sistêmica, podendo comprometer a função
cardíaca de doadores e o resultado pós-transplante. No entanto, estudos de inflamação no
tecido miocárdico de doadores utilizados para transplante cardíaco são escassos.
Objetivo: determinar a intensidade de inflamação no tecido miocárdico de doadores
de transplante cardíaco em comparação envolvendo miocardiopatias de diferentes
etiologias.
Métodos: entre 2008 e 2011 foram estudados fragmentos de biopsia endomiocárdica
de 29 doadores utilizados no transplante cardíaco e 55 miocardiopatas de diferentes
etiologias (idiopática, chagásica, isquêmica e outras). Foram avaliados no tecido
miocárdico: celularidade inflamatória (quantificação de linfócitos T - CD3, macrófagos
- CD68, linfócitos B - CD20, leucócitos ativados - CD45R0), expressão de HLA classe
II e ICAM-I.
Resultados: a tabela demonstra a comparação entre as 2 populações
CD3 (céls/mm2)
Doadores (29)
4, 42 (1, 25 – 7, 9)
CD68 (céls/mm²)
27, 8 (14, 5 – 34, 6)
CD20 (céls/mm2)
CD45R0 (céls/mm²)
HLA II (% de área)
ICAM-I (% de área)
0 (0 – 0, 4)
8, 22 (3, 69 – 14, 85)
1, 33 (0, 68 – 2, 4)
1, 4 (0, 7 – 4, 86)
Miocardiopatias (55)
9, 99 (5, 84 – 24, 38)
21, 31 (13, 95 – 33,
75)
0, 5 ( 0 – 1, 62)
11, 17 (4, 83 – 28, 6)
1, 047 (0, 34 – 2, 01)
1, 46 (0, 64 – 3, 1)
p
<0, 0001
0, 51
0, 013
0, 19
0, 13
0, 58
Conclusão: os doadores de transplante cardíaco apresentam parâmetros de inflamação
no tecido miocárdico semelhantes aos miocardiopatas, exceto pela menor intensidade
de infiltrado linfocitário. Tais achados podem estar relacionados ao desenvolvimento de
eventos no pós-transplante cardíaco como disfunção do enxerto, rejeição e doença vascular.
Cardiopediatria
TL 061
Dupla translocação truncal: descrição da técnica e
resultados iniciais
Furlanetto Gláucio, Furlanetto Beatriz, Henriques da Costa
Sandra, Lopes M Lilian, Porto C, Martini E Maria, Pereira NT
Maria Emilia, Espinosa C Elssi
Instituto Furlanetto - Beneficência Portuguesa de São Paulo
- São Paulo - SP - Brasil
INTRODUÇÃO:Aoperação de Jatene (OJ) é a cirurgia de escolha para se corrigir Transposição
das Grandes Artérias (TGA). No seguimento tardio pode ocorrer obstrução coronariana,
dilatação da neoaorta e insuficiência da neovalva aórtica. Com o objetivo de se evitar o
desenvolvimento de dilatação da neoaorta e da lesão nas artérias coronárias, nós estamos
propondo a realização da cirurgia de Dupla Translocação Truncal (DTT).
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA CIRÚRGICA: Após realização de toracotomia mediana
transesternal, é instalado circulação extracorpórea (CEC) com hipotermia leve e
proteção miocárdica com solução cardioplégica sanguinea potássica. O tronco aórtico
é retirado do ventrículo direito incluindo a valva aórtica e as artérias coronárias e o
tronco pulmonar é retirado com a valva pulmonar do ventrículo esquerdo. Realiza-se
então a translocação do tronco aórtico para o ventrículo esquerdo e a translocação do
tronco pulmonar para o ventrículo direito.
Caso 1: Recém-nascido de 4 dias de vida com peso de 3.310 gr, do sexo masculino,
com diagnóstico ecocardiográfico de TGA com septo ventricular íntegro. Realizado
cirurgia de DTT e manobra de Lecompte. O tempo de CEC foi de 174 minutos e o de
pinçamento da aorta de 112 minutos.
Caso 2: Recém-nascido de 29 dias de vida com peso de 3.900 gr, do sexo feminino, com
diagnóstico ecocardiográfico de TGA com comunicação interventricular. Realizado
cirurgia de DTT sem manobra de LeCompte. O tempo de circulação extracorpórea foi
de 152 minutos e o de pinçamento da aorta de 104 minutos.
No seguimento de 1 ano as duas crianças estão em classe funcional I (NYHA) e
eletrocardiograma com ritmo sinusal, bloqueio de ramo direito e ausência de isquemia
miocárdica. O exame ecocardiográfico revelou função normal dos ventrículos direito e
esquerdo e ausência de regurgitação das valvas pulmonar e aórtica.
CONCLUSÃO: Acreditamos que a translocação aórtica pode reduzir a dilatação
da neoaorta e também as alterações do endotélio das artérias coronárias que podem
ocorrer no seguimento tardio da OJ. Acreditamos também que a realização da DTT
oferece uma correção anatômica completa em coracões com TGA, colocando o tronco
aórtico na via de saída do ventrículo esquerdo e o tronco pulmonar na via de saída do
ventrículo direito. TL 062
Estudo ecocardiográfico longitudinal em crianças com a
síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA): seguimento
de 17 anos
MARIA SUELY BEZERRA DIÓGENES, Regina Célia de Menezes Succi,
Valdir Ambrósio Moisés, Celia Maria Camelo Silva, Daisy
Maria Machado, Solange Bernardes Tatani, Antônio Carlos C.
Carvalho
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Fundamento: A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é uma doença
crônica causada pelo virus da imunodeficiência humana (HIV), caracterizada por
imunosupressão progressiva e comprometimento de múltiplos órgãos. O envolvimento
cardiovascular em crianças com SIDA ocorre de forma lenta e gradual e, é mais
frequente na fase avançada da doença. As alterações ecocardiográficas mais freqüentes
são dilatação e disfunção ventricular esquerda e embora essas alterações possam ser
subclínicas, representam fatores de risco para aumento da mortalidade.
Objetivos: Estudar prospectivamente o perfil cardiovascular de crianças com SIDA
pela ecocardiografia
Metodologia: Foram estudadas longitudinalmente pela ecocardiografia bidimensional
com Doppler entre 1995 e 2012, 46 crianças HIV-positivas com transmissão vertical
que evoluíram para SIDA, sendo 25 do sexo masculino e 21 do sexo feminino, idade
de inclusão entre 4 meses e 11 anos, média de 6 anos, com classificação clínicoimunológica variando de N1 a C3 segundo o “Centers for Disease Control” de1994. O
tempo médio de seguimento foi de seis anos por criança.
Resultados: foram encontradas alterações em 12 crianças (26%):
insuficiência tricúspide leve: 16, 6%; insuficiência mitral leve: 8, 3%; insuficiência
aórtica leve: 8, 3%; dilatação importante de aorta ascendente: 8, 3%; dilatação leve
de ventrículo esquerdo (VE): 8, 3%; derrame pericárdico grande com tamponamento:
16, 6%; dilatação com disfunção de VE variando de grau leve para importante: 33,
3%; hipertensão pulmonar de grau importante com disfunção de ventrículo direito:
8, 3%. Oito casos (66, 6%) pertenciam à classificação clínico-imunológica avançada
(C3) e os demais tinham sintomas e sinais moderados da SIDA. Houve reversão
da dilatação com disfunção grave de VE em uma paciente em fase avançada (C3),
atualmente clinicamente estável com idade de 18 anos. Quatro crianças faleceram:
3 tinham dilatação com disfunção ventricular (miocardiopatia dilatada) e uma tinha
hipertensão pulmonar grave.
Conclusões: as alterações cardiovasculares apresentaram-se a partir da classificação
B1 (fase moderada) e foram mais frequentes na classificação C3 (fase avançada). A
alteração mais comum foi a miocardiopatia dilatada e apesar de ter sido um sinal de
gravidade, houve reversão em um caso.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
127
TL 063
Síncope em adolescentes avaliados com escore clínico e
Tilt Test. Análise de 125 pacientes
ROGERIO ANDALAFT, Dalmo A R Moreira, Ricardo Habib, Heloisa
Khader, Paula Vargas, Carla de Almeida, Mariana F Nogueira,
Claudia Fragata, Bruno Valdigem, Adriana Froes
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: Síncopes são responsáveis, nos serviços pediátricos, por pelo menos
1%dos atendimentos em salas de emergência. Cerca de 15% das crianças apresentarão
pelo menos um episódio até a segunda década de vida. Os escores clínicos triam casos
de sincope cardíaca versus neuromediada, sendo úteis para uso em urgência pediátrica.
Objetivos: Traçar o perfil de 125 pacientes(p) adolescentes portadores de sincope e
ou pré sincope de característica neuromediada triada com escore clinico EGSYS(<3
indicativo sincope neuromediada) e submetidos ao Tilt Test (TT) sensibilizado ou
não farmacologicamente. Métodos: Todos os p foram avaliados clinicamente no
ambulatório de eletrofisiologia pediátrica e indicados para TT pelo escore EGSYS
menor que 3. Apenas 2 p tinham escore elevado (TT como ultimo exame). Os protocolos
de TT foram: a) passivo – 40 minutos de inclinação a 70 graus; b)sensibilizado –
utilizando isoproterenol e 40 minutos de inclinação. O exame era interrompido pelo
tempo maximo ou pela presença de sintomas de pré sincope e ou sincope. Resultados:
125 p (50 masc e 75 fem, idade media 15, 4 anos variando de 10 a 20 anos), com
coração normal (77, 6%) ou sem cardiopatias de repercussão no momento da avaliação
(22, 4%). O EGSYS era menor que 3 em 98, 4% dos p. Os p apresentavam em media 4,
7(± 5.9) episódios na vida com média de 3 (±4) episódios no último ano precedendo a
avaliação. 90p (72%) apresentavam historia de sincope isolada, 21p (16, 8%) possuíam
pré sincope associada a sincope e 14p(11, 2%) apresentavam apenas pré sincope. 53p
(42, 4%) apresentaram durante a avaliação TT positivo. A primeira avaliação passiva
do Tilt Test foi 32% (40 de 125p) (67, 5% resposta mista, 22.5% cardioinibitória, 7,
5% vasodepressora, 2, 5% taquicardia postural). A sensibilização do exame adicionou
apenas 10, 4% ao total de diagnósticos no TT.Conclusão: A utilização dos escores
clínicos com analise do ECG e do exame físico devem ser a base do diagnóstico dos
episódios de síncope neuromediada, pois o TT entre jovens pode apresentar resposta
variável em diferentes grupos e baixa sensibilidade, mesmo quando sensibilizado
farmacologicamente
TL 064
DIAGNÓSTICO PRECOCE DA SÍNDROME DE DIGEORGE EM
RECÉM-NASCIDOS E LACTENTES PORTADORES DE CARDIOPATIA
CONGÊNITA
MARCÍLIA SIERRO GRASSI, LESLIE KULIKOWSKI, JERUSA ARANTES,
ROBERTA DUTRA, MARIA ESTHER CECCON, VERA LUCIA KREBS,
NANA MIURA, MARCELO JATENE, WERTHER B. CARVALHO, MAGDA
CARNEIRO-SAMPAIO
INSTITUTO DA CRIANÇA DO HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil,
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: A Síndrome de DiGeorge (SDG) está associada à deleção 22q11.2 e
caracteriza-se por malformações congênitas, incluindo defeitos cardíacos e dos grandes
vasos, hipoplasia ou aplasia do timo (levando a imunodeficiência) e paratireoides e
dismorfismos faciais.
OBJETIVOS: Investigar SDG em recém-nascidos (RN) e lactentes portadores de
cardiopatia congênita, visando a detecção precoce e a abordagem clínica adequada.
METODOLOGIA: Em portadores de cardiopatia congênita com até 1 ano de vida
internados em UTI Neonatal e Cardiológica, está sendo realizada a triagem genômica
quantitativa por multiplex ligation-dependent probe amplification (MLPA), utilizandose os kits P250-B1 e P356-A1, que permitem a detecção rápida da variação do número
de cópias gênicas.
RESULTADOS: Num período de 6 meses foram avaliados 33 pacientes com as
seguintes cardiopatias: Tetralogia de Fallot (15, 7%), Transposição de Grandes
Artérias (13, 1%), Atresia Pulmonar/Estenose Pulmonar (10, 5%), Dupla Via de Saída
de VD/Dupla Via de Entrada de VE/ Interrupção do arco aórtico (7, 9%), Coarctação de
Aorta/ Drenagem Anômala das Veias Pulmonares (5, 3%), Atresia mitral/ Hipoplasia
do arco aórtico/ Origem anômala de artéria pulmonar/ Defeito total do septo A-V/
Estenose mitral/ estenose aórtica/ Arco aórtico à direita (2, 6%). Foi diagnosticada a
SDG em 2 pacientes entre os já examinados pela técnica de MLPA.
CONCLUSÃO: O diagnóstico precoce da DGS é fundamental, devido à significativa
morbimortalidade no primeiro ano de vida. O alerta para se suspeitar desse diagnóstico
em RN é a presença de cardiopatia congênita, associada ou não com hipocalcemia e/
ou hipoplasia ou ausência tímica no RX de tórax. É imprescindível a utilização de uma
técnica citogenética/genética molecular para confirmar o diagnóstico.
TL 065
Experiência do uso de homoenxerto em posição pulmonar
em crianças e adultos jovens, avaliando a incidência
de falência da prótese e os fatores possivelmente
envolvidos na evolução.
Frigini L. C., PESSOTTI C F X, JATENE M B, OLIVEIRA P M, PASSOS F M,
JATENE I B, ELIAS P F, KHAZAAL E J B, JATENE N F, BARANAUSKAS J C B
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP – BRASIL
Próteses valvares na faixa etária pediátrica tem sido objeto de frequentes estudos,
levando em conta a dificuldade na anticoagulação no uso de próteses metálicas e a
degeneração precoce dos produtos de material biológico, levando a um número
indesejável de reintervenções ao longo da vida. Neste contexto cirurgiões cardíacos
têm dado preferência ao uso do homoenxerto (HE) em substituição de valvas
cardíacas, na faixa etária pediátrica. No seguimento a médio e longo prazo de
pacientes que receberam HE para a reconstrução da via de saída do ventriculo direito
(RVSVD). Diversos estudos tem mostrado, em diferentes proporçoes, disfunção no
HE por degeneração e calcificação, levando a diferentes graus de estenose com e sem
necessidade de reintervenção. Objetivos Análisar o uso de HE na RVSD em serviço de
referência em cardiopatias congenitas da cidade de São Paulo, avaliando a evolução
tardia destes pacientes e ocorrência de disfunção da prótese, procurando identificar
o tempo de sobrevida livre de reintervenção e os fatores possivelmente envolvidos
na evolução desfavorável. Métodos Foram avaliados de maneira retrospectiva, 61
pacientes submetidos ao implante de HE em posição pulmonar na reconstrução da
via de saída do ventrículo direito, no período de 1995 a 2010, levando em conta o tipo
de cardiopatia congênita, a idade da primeira intervenção e idade do implante do HE.
Com relação a prótese, avaliamos o tipo, idade do doador, estado de conservação e
compatibilidade ABO-Rh. Avaliamos a implicação do uso de AAS e hemotransfusão
no pós-operatório. Considerando falência do HE a insuficiência, no mínimo moderada e
a estenose com no mínimo, 50 mmHg de gradiente sistólico. Resultados: 61 pacientes
submetidos a implante de HE em situação pulmonar com idade media de 11 anos (139 anos), sendo que 68% mantem acompanhamento atualmente e entre eles 50% tem
lesão residual significativa; 7 pacientes (11, 4%) necessitaram de intervenção no HE,
ou mesmo troca, sendo que um dos pacientes teve seu HE trocado por duas vezes,
devido a calcificação da prótese. 57% do sexo masculino. O tempo de seguimento foi
de 3 anos e seis meses, variando de 3 meses a 9 anos. Na evolução tardia, as próteses
descelularizadas ou criopreservadas não evidenciaram, superioridade na durabilidade.
TL 066
Perfil lipídico de uma população pediátrica portadora de
cardiopatia congênita
Elias, P F, Contín, G V F, Redondo, A C C, Shiraishi, K S, Pessotti, C
F X, Piante, L S, Souza, R, Jatene, I B
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP – BRASIL
Embora a determinação do colesterol total na população pediátrica seja parte das
recomendações atuais de triagem de dislipidemia, pouco se sabe sobre a prevalência
desta condição em crianças portadoras de cardiopatia congênita. O objetivo deste
trabalho foi descrever o perfil lipídico de uma população pediátrica portadora de
cardiopatia congênita seguida em um serviço terciário. Foi feita a análise retrospectiva
de todos os pacientes em seguimento que tiveram o perfil lipídico determinado ao
longo dos últimos 12 meses. A avaliação nutricional baseou-se no Z-score do Índice de
Massa Corporal (IMC) estabelecido pela OMS em 2007 enquanto que o perfil lipídico
foi determinado segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia
em 2005. Foram avaliados 52 pacientes, cuja média de idade foi de 10, 4 anos, com
proporção entre sexo feminino e masculino de 1, 38:1 e que foram divididos em três
grupos conforme o nível de Colesterol Total (CT): desejável (24 pacientes (46, 1%)),
limítrofe (11 pacientes(21, 2%)) e aumentado (17 pacientes(32, 7%)). Não houve
diferença na idade e no gênero entre os 3 grupos. Dos 17 pacientes com CT aumentado,
7 apresentavam níveis elevados de LDL caracterizando 13, 4% da população total
do estudo (IC95% de 6, 7 a 25, 2%), sendo que apenas 2 (28, 5%) destas crianças
eram obesas enquanto que 4 (57, 1%) eram eutróficas. Nossos resultados sugerem
uma prevalência de aumento de CT e LDL neste subgrupo semelhante a previamente
descrita para crianças sadias; mais ainda, reforçam a necessidade de rastrear a
presença de dislipidemia na população pediátrica portadora de cardiopatia congênita
independentemente do estado nutricional.
128
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Cirurgia Cardiovascular
TL 067
A Apneia Obstrutiva do Sono está Associada à Maior
Incidência de Complicações Pós-Operatórias em Pacientes
Submetidos à Revascularização Miocárdica
Carlos H. G. Uchôa, Naury J. Danzi-Soares, Altay A. L. de Souza,
Flávia B. Nerbass, Rodrigo P. Pedrosa, Luis A. M. César, Geraldo
Lorenzi-Filho, Luciano F. Drager
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição clínica muito comum
que tem sido associada com uma maior morbimortalidade cardiovascular. Em cirurgias
não cardíacas, a presença da AOS parece promover maiores complicações pós-operatórias.
No entanto, é pouco conhecido se a AOS está independentemente associada com maiores
complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à revascularização miocárdica (RM).
Métodos: Estudamos 67 pacientes consecutivos que foram internados para a cirurgia
de RM. No período pré-operatório, realizamos medidas antropométricas, questionários
de avaliação do sono (Berlin e Epworth) e a monitorização portátil do sono para
diagnóstico da AOS (definido por um índice de apneia-hipopneia >15 eventos/hora
de sono). Dados da cirurgia foram coletados. Os pacientes foram seguidos no período
pós-operatório (intra e extra- hospitalar).
Resultados: A AOS ocorreu em 37 pacientes (55, 2%). Nenhum paciente tinha o
diagnóstico prévio de AOS. Em comparação com indivíduos sem AOS, pacientes
com AOS tiveram uma tendência a serem mais velhos (56±7 vs. 59±8 anos; p=0,
05) e maior % do sexo masculino (63 vs. 84%; p=0, 08). Não houve diferenças nas
características da cirurgia de RM. O seguimento médio foi de 4, 5 anos. Em comparação
com indivíduos sem AOS, pacientes com AOS tiveram uma maior quantidade de
complicações pós-operatórias totais (30 vs. 92%; p=0, 0001), maior incidência de
novos episódios de angina típica (17 vs. 43%; p=0, 03) e fibrilação atrial (0 episódios
vs. 10 episódios; p=0, 0015). Não houve diferença na frequência combinada de eventos
cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, necessidade de revascularização e óbito
cardiovascular (2 vs. 4%; p=0, 68). Na análise multivariada, a presença da AOS foi um
fator independentemente associado à ocorrência de complicações pós-operatórias (OR
136, 1; IC 95% 9, 7 – 1901, 3; p<0, 001); angina típica (OR 20, 2; IC 95% 2, 2 – 184,
3; p=0, 008) e fibrilação atrial (OR 4, 48; IC 95% 0, 000; p=0, 003).
Conclusões: A AOS é muito comum, subdiagnosticada e está independentemente
associada à complicações cardiovasculares em pacientes submetidos à RM. Estes
achados sugerem que a AOS pode contribuir para aumentar a morbidade pós-operatória
deste procedimento cirúrgico.
TL 068
MORTALIDADE É DOSE-DEPENDENTE DE UNIDADES DE HEMÁCIAS
TRANSFUNDIDAS APÓS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO
MIOCÁRDICA
ANTONIO ALCEU SANTOS, ALEXANDRE G SOUZA, RAQUEL F PIOTTO,
FELIPE A M STELA, DOUGLAS N GARCIA, AMÉRICO T JUNIOR, THIAGO E
NISHIMURA, SAULO S L BRITO, ARTUR PIPOLO
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO As transfusões de sangue é uma prática médica amplamente utilizada
em cirurgia cardíaca. Em alguns hospitais a taxa de transfusão de glóbulos vermelhos
(TGV) chega a ser de 92, 8%. Isso tem contribuído para a escassez de hemoderivados
nos bancos de sangue em todo o mundo. No futuro, teremos que conviver com a
possibilidade de não haver sangue disponível para todos os procedimentos médicos.
Já está fortemente estabelecido a relação entre TGV e morbimortalidade após
cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Na última década, vários estudos
reportaram redução da sobrevida após hemotransfusões maciças. Alguns autores já
haviam evidenciado uma maior mortalidade com apenas uma unidade de hemácias
transfundida em CRM. Porém, recentemente, outro estudo tentou demonstrar que esse
efeito deletério na mortalidade se torna significativo somente quando se transfunde
quatro ou mais unidades de hemácias. OBJETIVO Avaliar se a mortalidade é dosedependente de unidades de hemácias transfundidas após CRM. MÉTODOS Entre
junho de 2009 e julho de 2010, analisamos 1888 pacientes. Dividimos estes em 6
subgrupos conforme receberam uma, duas, três, quatro, cinco e seis ou mais unidades
de hemácias e, após 1 ano da CRM, calculamos a taxa de mortalidade em cada
subgrupo. Para a obtenção do odds ratio foi utilizado o modelo de regressão logística
multivariada. RESULTADO A transfusão de apenas um concentrado de hemácias (CH)
já resulta em maior mortalidade (OR 1, 42; IC 95% 0, 87 – 2, 34; P = 0, 165). Com
2 CH esse efeito é, significativamente, maior com um odds ratio de 1, 94 (IC 95% 1,
22 – 3, 09; P = 0, 005); com 3 CH o odds ratio foi de 4, 17 (IC 95% 2, 56 – 6, 78; P <0,
001); com 4 bolsas temos odds ratio de 4, 22 (IC 95% 2, 43 – 7, 35; P <0, 001); com 5
bolsas tivemos um odds ratio de 8, 70 (IC 95% 4, 62 – 16, 38; P <0, 001) e, finalmente,
com 6 ou mais CH a mortalidade mostrou excessivamente alta com um odds ratio de
33, 33 (IC 95% 20, 81 – 53, 37; P <0, 001). CONCLUSÃO A mortalidade é dosedependente ao número de unidades de hemácias transfundidas em CRM, sendo que
quanto mais unidades de glóbulos vermelhos transfundidos maior será a mortalidade
no pós-operatório. É necessário e urgente mudar a prática médica transfusional e
buscar opções terapêuticas aos hemoderivados.
TL 069
Vascular reactivity after hypoxia-induced versus
cardioplegic solutions. Experimental study.
Fiorelli AI, Batista PR, Simões FV, Lima ML, Gomes OM, Vassalo DV
Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade
Federal do Espirito Santo - Vitória - Espirito Santo - Brasil,
Pós-Graduação da Fundação São Francisco de Assis – Minas
Gerias - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
Previous studies have demonstrated that the existing methods of myocardial
protection are not able to avoid the undesirable effects of ischemia and the reperfusion
phenomenon. However, the mechanisms of action of protecting solutions used for
cardiac transplantation on vascular function are not described yet.
This study aims to compare the efficiency of vascular protection by using the protecting
solutions, Krebs-Henseleit (KH), Ringer, Bretschneider-HTK (BHTK), St. Thomas
(ST) and Celsior solutions, in preparation of isolated aorta rings of rats submitted to
one-hour hypoxia.
Male Wistar rats, 3 months old, were used. The animals were anesthetized and the
thoracic aorta was removed and placed in KH solution for cleaning of connective tissue
and fat, and cut in rings with 3 to 5 mm. The record of isometric tension, as percentage
of KCl-induced contraction, of each ring was obtained as proposed by Marin et al.
(1998). Vascular reactivity was used to investigate pressor responses to phenylephrine
(PHE, 1010 to 10-4 M) before and after 1 hour of hypoxia, at 36.5OC, in rings exposed
to KH During hypoxia aortic rings were exposed to the protecting solutions, Ringer,
BHTK, ST and Celsior, and KH used as control. Financing: CAPES, FAPES/CNPq.
Results showed an increased maximum response (Rmax) (KH: 146±14.5% n = 7 vs
ST: 184±10.5%, p < 0.05 n=10) and sensitivity y (pD2) (KH:-6.02 ± 0.5 n = 7 vs ST8.07±0.24, p < 0.05 n=8) in aorta rings exposed to ST in KH solution. There was no
change of these parameters with the other protecting solutions.
This is the first report to show an increased vascular reactivity in aortic rings exposed
to the protective solution ST, when submitted to 1 hour of hypoxia, showing a pattern
that suggests endothelial dysfunction. Results suggested that the ST solution was the
less efficient for vascular protection. inducing endothelial injury due to an increased
content of ion Ca++ and K+ in its composition. Results also suggest that the ST
solution might be a risk factor for cardiac protection during transplantation procedures
TL 070
Ventilação com conceito de pulmão aberto determina
melhor preservação da função pulmonar, capacidade
funcional e resultados clínicos após cirurgia de
revascularização do miocárdio sem circulação
extracorpórea
DOUGLAS W BOLZAN, Vanessa Mendez, Antônio CC Carvalho,
Ângelo AV De Paola, Walter J Gomes, Solange Guizilini
Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil
Nós hipotetizamos que a ventilação com conceito de pulmão aberto (CPA) por
gerar menor impacto sobre a função pulmonar poderia ser capaz de promover uma
melhor preservação da capacidade funcional após a cirurgia de revascularização do
miocárdio (CRM) sem circulação extracorpórea (CEC). Objetivo: comparar a função
pulmonar, capacidade funcional, eventos respiratórios e resultados clínicos entre a
ventilação mecânica convencional (VMC) e a ventilação com CPA tardio e precoce
no pós operatório de CRM sem CEC. Métodos: Após randomização, um total de
92 pacientes submetidos a CRM eletiva sem CEC, divididos em 3 grupos foram
analisados: Grupo 1 - VMC; Grupo 2 - Ventilação com conceito de pulmão aberto
tardio (PAT) - iniciado somente após a chegada na UTI e Grupo 3 - Ventilação com
conceito de pulmão aberto precoce (PAP) - iniciado logo após a indução anestésica.
Em ambos os grupos com CPA, manobras de reexpansão pulmonar foram aplicadas e
PEEP de 10 cmH2O foi mantida até extubação. CVF e VEF1 foram avaliados a beira
do leito no pré, 1°, 3° e 5° dias de pós-operatório (PODs 1, 3 e 5). PaO2 e fração de
shunt pulmonar foram avaliadas no pré e POD1; o teste de caminhada de seis minutos
(TC6’) foi aplicado no pré e POD5. A ocorrência de eventos respiratórios (atelectasias,
derrame pleural, pneumonia, pneumotórax) e resultados clínicos (tempo de intubação e
permanência hospitalar) também foram avaliados. Resultados: ambos os grupos com
CPA apresentaram maior CVF e VEF1, expressa como uma percentagem do valor
pré-operatório, nos PODs 1, 3 e 5 em relação ao grupo VMC. Resultados semelhantes
foram encontrados em relação à distância percorrida no TC6’. A fração de shunt foi
mais baixa e a PaO2 foi maior nos dois grupos com CPA em relação ao grupo VMC.
Os grupos com CPA também apresentaram menor ocorrência de eventos respiratórios,
tempo de intubação e permanência hospitalar em relação ao grupo VMC. Não foi
encontrada diferença estatística em relação aos resultados acima mencionados, quando
os grupos PAP e PAT foram comparados. Conclusão: a ventilação com CPA foi capaz
de promover maior preservação da função pulmonar e da capacidade funcional, menor
prevalência de eventos respiratórios e melhores resultados clínicos após a CRM sem
CEC quando comparada a VMC.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
129
Doença Arterial Coronária
TL 071
Apnéia Obstrutiva do Sono no Espectro da Doença Arterial
Coronariana
Glaucylara R Geovanini, Naury de Jesus Danzi-Soares,
Luciano F Drager, Luciana O C Dourado, Nilson T. Poppi,
Alexandre C. Pereira, Luis Antonio Machado Cesar, Luis
Henrique W.Gowdak, Geraldo Lorenzi-Filho
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução:A Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) é uma condição clínica comum nas
doenças cardiovasculares, mas frequetemente subdiagnosticada. A AOS ainda não foi
avaliada no espectro da doença arterial coronariana (DAC), incluindo a DAC estável e a
angina refratária (AR), sendo esta última uma condição extrema e debilitante de DAC.
Métodos:Avaliamos pacientes (pac) consecutivos com DAC estável (com indicação
de revascularização miocárdica cirúrgica) e AR (sintomas isquêmicos persistentes
e graves, apesar de terapia anti-anginosa otimizada) em tratamento regular nos
ambulatórios de coronariopatias e de AR. Independentemente de queixas específicas do
sono e sem diagnóstico prévio, foram submetidos a questionários que avaliam o risco
de AOS, sintomas de sonolência excessiva diurna e exame de polissonografia noturna
(exame de escolha para o diagnóstico de AOS). Resultados:Avaliados 70 pac DAC
estável (75% masculino; idade média: 57±7, 5 anos; índice de massa corpórea (IMC):
28, 5±4 kg/m2) e 60 pac AR (60% masculino; idade média: 61±10 anos; IMC: 30±4,
5 kg/m2). Houve diferença estatística quanto aos grupos, o AR mais idoso e maior
IMC (p=0, 01 e 0, 03, respectivamente) e o DAC estável com maior porcentagem de
sexo masculino(p=0, 05).A frequencia da AOS (índice de apneia-hipopneia (IAH) ≥10
eventos/h de sono) foi comum na DAC estável (64, 5%), porém mais comum ainda na
AR (83, 5%; p=0, 01).A AOS grave (IAH ≥30 eventos/h de sono) também foi mais
prevalente no grupo AR comparado ao DAC estável (46%, X 27%-respectivamente,
p=0, 02). Após ajuste para idade, sexo e IMC, a taxa de risco para apnéia nos dois
grupos foi mais que o dobro no grupo AR (2, 47) em relação ao DAC estável (1, 0),
mas sem significância estatística (p=0, 06).Nos pac AR, observamos uma qualidade
do sono ruim com reduzidos tempo total de sono (299 min X 356 min, p<0, 001) e
eficiência do sono (65% X 79%, p<0, 001).A queixa de angina diurna esteve presente
no grupo DAC estável (74, 5%), sendo maior no grupo AR(90%), p=0, 02.Conclusões:
A AOS é comum em pac com DAC, especialmente naqueles pac portadores de AR. A
gravidade da AOS também esteve mais frequente no grupo AR o que nos alerta para
o subdiagnóstico desta doença neste grupo de pac já refratários a queixa de angina. A
queixa de angina pode estar correlacionada com a presença de AOS
TL 072
Predição de risco de múltiplos marcadores
trombogênicos e aterogênicos na doença arterial
coronária precoce.
ANTONIO P. MANSUR, Julio Y Takada, Célia M C Strunz, Solange D
Avakian, Luíz A M César, José A F Ramires
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
A participação de marcadores trombogênicos e aterogênicos na predição de risco
da doença arterial coronária (DAC) precoce é controversa. O objetivo deste estudo
foi analisar a predição de risco destes múltiplos marcadores no para DAC precoce.
Métodos: estudo transversal, caso-controle, pareados por idade, analisou em 336
pacientes com DAC precoce ( 50% de redução luminal), ou com um infarto do
miocárdio prévio diagnosticado por dor precordial e alterações eletrocardiográficas
típicas. Os dados clínicos e laboratoriais incluíram a análise dos fatores de trombofilia
(fibrinogênio, proteína C, proteína S e antitrombina III), fatores aterogênicos (glicose,
perfil lipídico, lipoproteína (a), PCRus e apolipoproteínas AI e B), e a mutação
rs909253 do fator de necrose tumoral (FNT). A variabilidade genética do FNT foi
determinada por amplificação do DNA genômico, por meio de reação em cadeia da
polimerase. Para a análise estatística utilizou-se dos testes qui-quadrado, testes t,
análise de variância, regressão logística e estatística C. Resultados: observou-se nos
pacientes com DAC menores concentrações de HDL-colesterol (45, 7 ± 13, 0 vs 40, 0
± 13.0mg/dL, p <0, 001), e os níveis mais elevados de glicose (91, 0 ± 11, 2 vs 99, 2
± 39.7mg/dL, p = 0, 005 ), lipoproteína (a) (31, 4 ± 32, 1 versus 43, 3 ± 45.0mg/dL, p
<0, 001), e proteína S (63, 4 ± 23, 0 versus 73, 0 ± 21, 7%, p = 0, 038). A frequência
de AA, AG, e genótipos GG da mutação rs909253 foram, respectivamente, 55, %, 37,
6%, e 7, 4% para os controlos e 42, 7%, 46, 0%, e 11, 3% para os pacientes (p = 0,
02). Além de tabagismo, dislipidemia familiar, Lp (a) (OR 1, 29 IC 95% 1, 01-1, 65, p
= 0, 042) e mutação rs909253 em homens (OR 3, 38, 95% CI 1, 03-11, 10, p = 0, 007)
foram as variáveis independentes para DAC. A AUC (estatística C) aumentou de 0,
779-0, 802 (p <0, 05) com a inclusão da Lp (a) e da mutação rs909253 aos fatores de
risco convencionais. Conclusão: a Lp (a) e a mutação do FNT aumentaram a previsão
de risco na DAC prematura.
TL 073
CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEIS CIRCULANTES DE ADIPONECTINA
TOTAL E DE ALTO PESO MOLECULAR COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA
E EXTENSÃO DA DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA EM PACIENTES
SUBMETIDOS À CORONARIOGRAFIA ELETIVA
Rodrigo A Souza, Cláudia M. R. Alves, Carolina V. S. de Oliveira,
Pedro Saddi-Rosa, Felipe Crispim, José M. A. de Sousa, André F.
Reis, Antônio C. Carvalho
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: Adiponectina, uma adipocina liberada pelo tecido adiposo e
codificada por gene que possui relação com a presença de doença arterial coronária
(DAC), tem demonstrado propriedades anti-inflamatórias e anti-aterogênicas. Seu
nível sérico tem relação inversa c/ presença e complexidade de DAC. OBJETIVO:
Correlacionar níveis de adiponectina total (AT), de alto peso molecular (HMW)
e a raz&ati lde;o entre estas c/ a extensão da DAC e a quadro clínico de pacientes
(P) submetidos a cateterismo cardíaco eletivo (cate). MÉTODOS: De mar/2008
a jun/2010, avaliados 626 P submetidos a cate em dois centros terciários. Pacientes
portadores de doença renal crônica (clearence de creatinina < 60 ml/min), inflamação
ativa, neoplasia, cirurgia de revascularização do miocárdio ou doença da tireóide
foram excluídos. Dados clínicos foram coletados transversalmente, bem como amostra
sanguínea p/ dosagem de AT e HMW. Cates foram revisados pelo pesquisador e por um
3o observador, qdo discordante do laudo oficial. Considerada estenose significativa,
obstrução > 70% em artéria epicárdica principal. Além disso, estimou-se carga
isquêmica pelo escore de risco angiográfico de Duke. ANÁLISE ESTATÍSTICA:
Varíaveis contínuas apresentadas em média ± DP ou mediana. Diferenças entre grupos
avaliadas pelos testes t e ANOVA. Variáveis categóricas apresentadas em percentuais,
analisadas pelo teste qui-quadrado. Relações entre variáveis foram analisadas por
regressão linear e teste de Kruskal-Wallis, com α < 0, 05. RESULTADOS: Incluídos
na análise final 224 P, com DAC obstrutiva, divididos em dois grupos, de acordo
com a indicação do cate, em DAC estável ou instável. Houve predomínio do sexo
masculino (62, 5%), idade média=59, 2+9, 84 anos.Os grupos foram semelhantes
qto as demais características demográficas, clínicas, laboratoriais e angiográficas.
Níveis séricos de AT(p=0, 1), HMW (p=0, 42), bem como razão entre elas (p=0,
42) foram semelhante s nos grupos c/ DAC estável ou instável, bem como após
estratificação qto a carga isquêmica pelo escore de Duke (p=0, 760, 0, 447 e 0, 412,
respectivamente). CONCLUSÃO: Níveis séricos de AT, HWW e a razão entre eles
não tiveram relação com a apresentação clínica (estável ou instável) e a extensão de
DAC em uma grande população brasileira.
130
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 074
Papel das estatinas na lesão miocárdica e nos marcadores
inflamatórios em pacientes submetidos a implante
eletivo de stent coronário
Gilmar Valdir Greque, Carlos V. Serrano Jr, Jose C. Nicolau,
Jose L. B. Jacob, Pedro Garzon, Flavio Pivatelli, Marcio dos
Santos, Ralf Karbstein, Marcus V.B. Gaz
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, IMC - SÃO J. Rio
Preto - SP - Brasil
Resumo
Título:Papel das Estatinas na Lesão Miocárdica e nos Marcadores Inflamatórios em
Pacientes Submetidos a Implante Eletivo de stent Coronário.
Introdução. A elevação dos marcadores inflamatórios e de necrose miocárdica, após
intervenção coronária percutânea, pode interferir nos resultados clínicos. No entanto,
pouco se conhece sobre a terapia com estatinas pré-procedimento na redução destes
marcadores em pacientes estáveis de baixo risco.
Objetivo. Avaliar se o uso de estatina, antes do implante eletivo de stent coronário (ISC),
reduz os níveis plasmáticos de marcadores inflamatórios e de necrose miocárdica, em
pacientes com doença arterial coronária (DAC), estáveis e de baixo risco.
Métodos. Neste estudo observacional prospectivo, 100 pacientes (n=50 em uso
de estatina vs n=50 sem uso de estatina) com DAC estável foram submetidos à
implante eletivo de stent coronário. Marcadores inflamatórios (proteína C reativa
[PCR], interleucina[IL] -6, fator de necrose tumoral-α e matrix metaloproteinase-9) e
marcadores de necrose miocárdica (troponina I e CK-MB ) foram dosados antes e 24
horas após o implante eletivo de stent coronário.
Resultados.Todos os pacientes apresentaramum aumento significativo dePCR e IL6, após ISC.No entanto, esse aumento foi anuladoem pacientes que faziam uso de
estatinaantes de ISC em relação àqueles que não tomavam estatina: 75% vs150%(p
<0, 001) e 192% vs 300% (p <0, 01) respectivamente. Os outrosmarcadores próinflamatóriosforam semelhantes paraos dois grupos depacientes.TroponinaI eCK-MB
não se alterou, após ISC, independentemente, da terapia com estatinaanteriorou não.
Conclusão. O pré-tratamentocomestatinareduz a magnitudeda inflamação após ISC,
demonstrada por aumentossignificativamente menores dePCReIL-6, em pacientes com
DAC, estável e de baixo risco.Lesão miocárdicaperiprocedimento foi irrelevante enão
foi afetada pelaterapia com estatinapré-procedimentonesta população.
Descritores: 1.Doença da artéria coronária 2.Angioplastia 3.Infarto do miocárdio
4.Inflamação 5.Stents.
TL 075
ANÁLISE CONARIOGRÁFICA E PREDITORES DE DOENÇA ARTERIAL
CORONÁRIA GRAVE NA AVALIAÇÃO PRÉ-TRANSPLANTE RENAL EM
PACIENTES ASSINTOMÁTICOS, DE ALTO RISCO CLÍNICO.
PEREIRA Jr, EC, Alves, CMR, Souza, CF, Lima, ERM, Fernandes,
RWA, Tedesco-Silva H Jr, Carvalho, ACC, Santos Vaz, ML, Medina
Pestana, JO, Lima, VC
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, HOSPITAL DO RIM - SP BRASIL
Introdução:Avaliação cardiológica pré-transplante renal (TR) é prejudicada pela
baixa sensibilidade de testes funcionais. Muitos centros optam pela coronariografia
(cate) como método de investigaçãoem pacientes(P) de alto risco, mas o método é
caro, de baixa disponibilidade e mórbido.
Objetivo: Relatar achados anatômicos em gde série consecutiva de P, em avaliação
pré-TR, assintomáticos, sem prova funcional e c/ múltiplos fatores de risco para
doença arterial coronária (DAC) selecionados p/ cate por protocolo.
Método: coorte retrospectiva de P c/ cate indicado pela presença de diabetes
mellitus(DM), doença cérebro-vascular, mais de 3 anos de diálise ou presença de
3 ou mais fatores de risco (história familiar positiva, HAS, tabagismo, obesidade,
dislipidemia). P c/ previa DAC foram excluídos. Revisão angiográfica e escore
isquémico de Duke foram feitos por 2 hemodinamicistas. Na análise de fatores
associados à DAC, ajustados modelos de regressão logística simples e múltipla.
Resultados:Revisados registros de 200P, c/ cate entre jan/11 a dez/11, sendo
observados tempo mediano de diálise de 17meses, idade de 53+11 anos, predomínio do
sexo masculino(64%) e alta frequência de HAS(96%) e DM(80%). Fração de ejeção
normal em 96% dos P. Lesão grave(>70%) foi detectada em 36% dos P, sendo 44%
multiarteriais. Entre P c/ DAC, anatomia de risco como multiarteriais c/ ADA proximal
foi encontrada em apenas 15% e lesão de tronco em 1, 5%. Oclusão total de pelo
menos 1 artéria em 12, 5%.O escore de Duke médio foi de 1, 4+1, 7(mediana=1).
Após o diagnóstico, 60P foram revascularizados(52% por angioplastia). Comparando
P c/ DAC vs s/ DAC, entre vários fatores de risco, apenas idade (OR1, 046[1, 016;1,
077]p=0, 003) e antec. familiar (OR2, 26 [1, 078;4, 756]p=0, 03) foram preditores
de DAC. A taxa de complicações no cate foi de 1, 5%. Até dez/2012, cerca de 21%
recebeu o TR.
Conclusão: Cate como triagem anatômica foi seguro. Embora cerca de um terço dos
P tenha apresentado DAC grave, anatomias de risco como ADA proximal/tronco/
multiarteriais foram pouco frequentes e o escore isquêmico baixo. Somatória de
múltiplos critérios de risco na seleção desta população parece pouco custo-efetiva,
revelando uma necessidade de refinamento dos critérios de indicação. TL 076
Efeito da trimetazidina no precondicionamento
isquêmico em pacientes portadores de doença coronária
multiarterial estável
Luis FBC Seguro, Paulo C Rezende, Rosa M Rahmi, Cibele
L Garzillo, Eduardo G Lima, Carlos Alexandre W Segre,
Desiderio Favarato, Augusto H Uchida, Whady Hueb, Roberto
Kalil Filho
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
O precondicionamento isquêmico (PCI) é um fenômeno fisiológico de proteção
miocárdica mediado por ativação de mecanismos celulares e pode ser demonstrado pela
melhora de parâmetros eletrocardiográficos durante testes ergométricos sequenciais
(TES). A trimetazidina tem ação anti-isquêmica por alterar o metabolismo celular do
miocárdio. Foi demonstrado elevação de adenosina plasmática, um dos mediadores do
PCI, após o seu uso. O objetivo do estudo foi de avaliar o efeito da trimetazidina no
PCI avaliado por TES.
Métodos: Foram selecionados pacientes estáveis com DAC multiarterial, função
ventricular preservada e teste ergométrico positivo. Todos os pacientes foram
submetidos a 2 TES com intervalo de 30 minutos (Fase 1: TE1 e TE2). Foi considerado
expressão do PCI a melhora do tempo para depressão de 1 mm do segmento-ST (T-1)
entre estes dois testes. Os pacientes que expressaram o PCI na Fase 1 fizeram uso de
trimetazidina MR 70 mg/dia por 7 dias e repetiram os TES (Fase 2: TE3 e TE4).
Resultados: Trinta e seis pacientes do sexo masculino e idade média de 63 ± 6 anos
foram selecionados. Vinte e dois pacientes (61%) obtiveram melhora do T-1 na Fase 1
e receberam a medicação. Na Fase 2, a expressão do PCI foi mantida em 81, 8% dos
pacientes (n=18). Nestes, a melhora do T-1 foi semelhante nas Fases 1 e 2: (+71 ± 47
segundos vs. +60 ± 30 segundos, p=0, 19).
Conclusão: Em pacientes estáveis com doença arterial coronária multiarterial, a
trimetazidina não melhora o precondicionamento isquêmico avaliado por testes
ergométricos sequenciais.
TL 077
Efeitos do consumo de café em diferentes torras
na pressão arterial e na tolerância ao exercício de
voluntários com doença coronária e voluntários
saudáveis.
Bruno M Mioto, Miguel A Moretti, Reynaldo V Amato, Daniela
Tarasoutchi, Caio B Vianna, José A F Ramires, Roberto Kalil
Filho, Luiz A M César
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamento: O café tem motivado pesquisas relacionadas a possíveis alterações que
poderiam predispor ao desenvolvimento de doenças do coração. O antagonismo do
receptor de adenosina parece ter papel importante tanto nas alterações de PA quanto
no desempenho ergogênico. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a pressão arterial e a tolerância ao exercício
de pacientes com doença coronariana (DAC) e voluntários saudáveis antes e após o
consumo de café. Métodos: Estudo prospectivo no qual foram avaliados 92 indivíduos (36 com DAC
e 56 voluntários saudáveis), sendo 44 homens e 48 mulheres, com idade média de
54, 7 ±13, 3 anos. Após 3 semanas de “washout” progressivo de bebidas e alimentos
contendo cafeína orientado por nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o
consumo de café filtrado primeiro com um tipo de torra (torra média ou torra escura)
por 4 semanas e então com “cross-over” para o outro tipo, com um período total de
8 semanas de consumo de café. O consumo diário de café foi estabelecido entre 450600ml/dia. Após período de “washout” (basal) e após cada período de tomada de café
por tipo de torra, os pacientes foram submetidos a teste ergométrico (TE) e MAPA.
Analisou-se: tempo total de exercício (∆T Exercício), DP (duplo produto, obtido pelo
produto da FC máx. e PAS máx.) no TE, PA Sistólica (PAS) média e PA Diastólica
(PAD) média no MAPA. Foram utilizados o teste ANOVA para medidas repetidas. Resultados: Os valores médios ± DP estão listados na tabela abaixo.
∆T Exercício
DP
PAS Média
PAD Média
Basal “washout”
623, 8 ±200, 9
23136, 6 ±3897, 7
109, 7 ±10, 4
66, 6 ±7, 9
Torra Escura
661, 8 ±216, 0
23613, 6 ±4284, 7
109, 0 ±15, 1
66, 6 ±8, 2
Torra Média
668, 8 ±217, 3
23420, 3 ±4119, 8
113, 1 ±11, 6
68, 7 ±8, 6
p
<0, 001
0, 336
0, 005
0, 006
Conclusões: O consumo contínuo de café nas torras média ou escura pode aumentar
a capacidade total de exercício, sem alteração significativa no DP. Com relação a
PA, apenas o consumo de café torra média determina discreto aumento tanto da PAS
quanto da PAD em relação ao período basal. Não há diferença na PA (Média) quando
comparamos o consumo de torra escura e o período basal.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
131
TL 078
Modificação Temporal da Composição da Placa
Aterosclerótica em Pacientes com Doença Coronária sob
Prevenção Secundária: Desvio de um Perfil Fibrolipídico
para um Perfil mais Calcificado Durante Evolução Tardia
Breno A A Falcão, Falcão JLA, Silva RC, Morais GR, Falcão RA,
Soares PR, Spadaro AG, Esteves A, Kalil-Filho R, Lemos PA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: As modificações evolutivas dos componentes da placa aterosclerótica
coronária em pacientes sob prevenção secundária permanecem pouco conhecidas.
O ultrassom intracoronário com técnica de histologia virtual (VH-IVUS) permite
avaliar in vivo tais componentes. O objetivo desse estudo foi caracterizar as variações
evolutivas da composição da placa aterosclerótica coronária em pacientes sob
prevenção secundária no mundo real.
Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo e observacional, que incluiu pacientes
encaminhados para angioplastia coronária. Durante a intervenção, realizou-se VH-IVUS
das três artérias coronárias principais para mensuração dos parâmetros geométricos do
vaso (luz, membrana elástica externa, placa+média e volume percentual do ateroma)
e dos parâmetros de composição das placas ateroscleróticas coronárias (fibrótico,
fibrolipídico, núcleo necrótico e cálcio denso). Os pacientes foram mantidos em
prevenção secundária e aqueles que necessitaram de novo cateterismo cardíaco foram
submetidos a VH-IVUS seriado das mesmas artérias, sendo incluídos nesse estudo.
Resultados: Foram incluídos 52 pacientes com idade média de 57, 8+9, 1 anos,
64% do sexo masculino e 44% diabéticos. Obtiveram-se imagens seriadas, após 20,
6 meses, de VH-IVUS para 184 artérias. Observou-se redução no volume indexado
de luz, redução no volume indexado da membrana elástica externa, sem alteração no
volume indexado de placa+média ou no percentual de volume do ateroma. Houve
variação na composição da placa, com incremento absoluto e relativo dos componentes
cálcio denso (2, 0+7, 3% p<0, 01; 0, 10+0, 21mm3/mm p<0, 01) e núcleo necrótico
(2, 8+11, 0% p<0, 01; 0, 13+0, 47mm3/mm p<0, 01), redução relativa do componente
fibrolipídico (-3, 5+10, 3% p<0, 01; -0, 05+0, 81mm3/mm p=0, 37) sem variação do
componente fibrótico (-1, 4+16, 1% p=0, 26; -0, 04+1, 00mm3/mm p=0, 62).
Conclusão: Em coronarianos sob estratégias de prevenção secundária no ”mundo real”,
o comportamento dinâmico da aterosclerose coronária foi compatível com estabilização
da doença, ocorrendo manutenção da quantidade de placa, redução luminal associada a
remodelamento negativo do vaso e modificação nos constituintes da placa com desvio
progressivo de um “perfil fibrolipídico para um perfil mais calcificado”.
TL 079
RELAÇÃO ENTRE A TAXA DE DESEMPREGO NO BRASIL E INTERNAÇÃO
POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
MARCELO KATZ, SILVA FMF, PEREIRA C, FRANCO FGM, PRADO RR,
MAKDISSE MRP, WAJGARTEN M
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: o efeito de estressores socioeconômicos sobre as doenças cardiovasculares
é pouco estudado. Recentemente, um estudo conduzido nos Estados Unidos (Dupre
et al, Arch Intern Med 2012) demonstrou que o desemprego associou-se à maior
incidência de Infarto agudo do miocárdio (IAM). Nosso objetivo foi avaliar a relação
entre a taxa de desemprego (TD) e o número de internações e óbitos por IAM no Brasil,
nos últimos 10 anos. Métodos e análise estatística: A extração de dados referentes a
internações e óbitos por IAM foi realizada através do portal DATASUS, no período
de 2002 a 2012. Para a extração dos dados referentes a TD foi utilizada a base do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada no mesmo período. As internações e óbitos
são apresentadas em frequências absolutas e a taxa de desemprego em frequências
relativas. A associação de IAM e taxa de desemprego foi testada através do teste de
correlação de Pearson e em seguida no modelo de ARIMA (modelo auto-regressivo
integrado de média móvel), para se avaliar a interdependência das séries temporais.
O valor de p<0, 05 foi considerado
e s t a t i s t i c a m e n t e
significativo. Resultados: A análise
compreendeu março de 2002 a
outubro de 2012. Neste período,
houve 678706 internações e 92832
óbitos por IAM (SUS). A
TD seguiu tendência decrescente
ao longo dos 10 anos, inversamente
correlacionada com a tendência
crescente
das
internações
(figura; r=-0, 89, p<0, 001) e óbitos por IAM ( r=-0, 76, p <0, 001); Através do modelo
ARIMA observamos que a taxa de desemprego não influenciou a tendência crescente
de eventos cardiovasculares (p=0, 34 para internação e p=0, 23 para óbitos). Conclusão: Nos últimos 10 anos houve tendência crescente no número de internações e óbitos por
IAM e tendência decrescente da TD. A análise conjunta indica que a TD não influencia
diretamente a tendência crescente de eventos cardiovasculares. Nossos resultados
contrastam com os obtidos nos EUA. Análises mais profundas são fundamentais para
compreender melhor o papel deste indicador e outros estressores socioeconômicos no
advento de doenças cardiovasculares.
TL 080
Uso de N-acetilcisteína em alta dose na Prevenção de
Lesão Renal Aguda em Pacientes com Doença Renal
Crônica Submetidos à Cirurgia de Revascularização
Miocárdica.
Eduesley Santana Santos, Costa-Hong V.A., Gowdak LWH,
Gaiotto F.A., César L.A.M., Hajjar L.A., Zeferino S.P., Bortolotto
L.A., De Lima
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamento: a lesão renal aguda (LRA) é uma complicação frequente após a cirurgia
cardíaca e contribui com o aumento da morbidade e mortalidade, especialmente
quando há necessidade de diálise. A N-acetilcisteína (NAC) tem sido usada com
resultados variáveis na prevenção da LRA em diversos cenários, no entanto, a dose e
a via administração necessárias para promover proteção renal ainda é desconhecida.
Objetivo: avaliar a segurança e o efeito da NAC na prevenção de lesão renal aguda
em pacientes com doença renal crônica (DRC) estágios 3 e 4 submetidos à cirurgia de
revascularização miocárdica (RM) eletiva.Métodos: estudo prospectivo, randomizado,
duplo cego e controlado, unicêntrico envolvendo 64 pacientes submetidos à RM
randomizados para receber, por via endovenosa, solução fisiológica (grupo controle,
n= 32) ou NAC 150 mg/Kg (ataque) seguida por 50 mg/kg durante a cirurgia (grupo
NAC, n= 32). Desfecho primário: incidência de LRA definida pelo critério AKIN
nas primeiras 72h de pós-operatório. Desfechos secundários: necessidade de diálise,
mortalidade nos primeiros 30 dias, tempos de internação em UTI e tempo de internação
hospitalar.Resultados: A incidência de LRA foi observada em 59, 4% (controle) e 28,
1% (NAC), p< 0, 05. A mortalidade nos primeiros 30 dias foi 12, 5% (controle) e 6,
2% (NAC), p=0, 672 e nenhum paciente necessitou diálise. Os tempos de internação
em unidade de terapia intensiva e internação hospitalar nos grupos controle e NAC
foram 5 vs. 4, p=0, 108 e 13 vs. 11 p=0, 166, respectivamente. Idade, sexo, raça, DM,
DLP, tabagismo, comorbidades, EuroSCORE e número de enxertos, tempo e uso de
circulação extra-corpórea, transfusão sanguínea, balanço hídrico e diurese durante e
após a cirurgia não diferiram entre os grupos. A não utilização de NAC e a ocorrência
de IAM prévio foram os únicos preditores independentes de LRA (RR= 6.18, p=0.01
e RR=4, 74, p=0, 03, respectivamente). A dose máxima de NAC foi bem tolerada.
Conclusão: a dose máxima de NAC reduz a incidência de LRA em pacientes de alto
risco, portadores de DRC, submetidos RM eletiva e não se acompanha de efeitos
colaterais significativos. TL 081
Volume de gordura pericárdica medido na tomografia
computadorizada sem contraste melhora a predição
de risco de doença arterial coronariana subclínica
estimados pelo escore de cálcio coronário e Framingham
Risk Score
Luiz Sergio F de Carvalho, Luiz A Quaglia, Raul Dias dos
Santos, Bruno Geloneze, Ana Carolina Junqueira Vasques,
Andrei C Sposito
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Embora o escore de cálcio coronário (ECC) tenha alta especificidade para predizer doença
arterial coronária (DAC) subclínica, o ECC apresenta apenas 16-80% de sensibilidade.
Nesse contexto levantamos a hipótese de que a avaliação do volume de gordura pericárdica
(VGP) por tomografia computadorizada (TC) sem contraste, em combinação com o ECC
poderia melhorar a discriminação de placas ateroscleróticas coronarianas.
Método: 132 pacientes consecutivos com DAC suspeita foram incluídos no estudo,
onde foram realizadas tomografias multislice em duas modalidades: TC de tórax sem
contraste (TCSC) e angiografia coronária (angioTC). Durante a TC foram avaliados ECC
e VGPTCSC (em mm3), e durante a angiografia avaliamos VGPangioTC e a presença
de estenose coronária superior a 30%. Além disso, medimos o tecido adiposo visceral
abdominal (TAV) por TC de abdome e foi calculado o escore de risco de Framinghan (ERF).
Resultados: Foi encontrada uma forte associação entre VGPTCSC e a presença de placas
coronárias com odds multivariado de 5, 24 (IC95% 1, 2–22;p=0, 026). Em relação à
sensibilidade (sn) e especificidade (sp) dos métodos na discriminação de placas coronárias,
ECC<10 + VGPTCSC apresentou a melhor capacidade preditiva (sn=93, 3%; sp=100%) em
comparação com ECC<10 + VGPangioTC (sn=90, 7%; sp=100%) ou + TAV (sn=92, 0%;
sp=100%), ou mesmo que ECC=0 sozinho (sn=80%; sp=98%) ou ECC<10 isoladamente
(sn=80%; sp=100%). Além disso, enquanto na coorte inteira o ECC discrimina melhor a
presence de placas coronárias do que a combinação ECC + VGPTCSC, quando se considera
apenas os pacientes com ECC<10, o ECC sozinho atingiu uma área sob a curva (AUC) de
0, 808 (0, 64–0, 97; p = 0, 001) contra 0, 853 (0, 74–0, 97; p <0, 001) no modelo ECC +
VGPTCSC. Consistentemente, a combinação entre VGPTCSC e ERF melhorou a capacidade
preditiva do ERF isolado tanto na coorte inteira como nos pacientes com ECC<10, mas essa
combinação tende a ser mais precisa em pacientes de baixo risco cadiovascular.
Conclusão: Este é o primeiro estudo que demonstra que VGP por TC sem contraste em
combinação com o escore CAC melhora predição de risco de doença arterial coronariana
subclínica em comparação com o escore CAC sozinho, especialmente em pacientes de baixo
risco, sem custos adicionais e sem os riscos da infusão de contraste da angiografia coronária.
132
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 082
A estratégia fármaco-invasiva reduz a mortalidade do
infarto agudo do miocárdio com supra de ST, quando
comparada à terapia habitual, em países emergentes?
Antonio C. Carvalho, Iran Gonçalves Jr, Adriano Henrique
P Barbosa, Elcio Tarkieltaub, Antônio Célio C Moreno, João
Lourenço V Herrmann, Alfredo Eyer, Claudia Maria R Alves,
Lívia Nascimento de Matos, Angelo Amato V de Paola
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Introdução: Metanálise recente (Savio et al, EHJ 2011;32:972-82), que incluiu dados de
países desenvolvidos, demonstrou que a estratégia fármaco-invasiva foi capaz de reduzir
re-infarto e novos eventos isquêmicos, mas não mortalidade. Em países emergentes,
que não dispõem de redes de tratamento de infarto agudo do miocárdio (IAM) bem
organizadas, nos quais as taxas de reperfusão miocárdica são baixas, a mortalidade
hospitalar permanece elevada. Dados oficiais apresentam mortalidade por IAM de cerca
de 15% em 2010 em São Paulo. Objetivou-se demonstrar que a estratégia fármacoinvasiva pode levar a redução de mortalidade hospitalar em metrópole de país emergente.
Métodos: Uma rede de tratamento do IAM com supra do ST (IAMCSST) foi
desenvolvida abrangendo uma área de cerca de dois milhões de habitantes de São
Paulo, envolvendo nove hospitais públicos, ambulâncias avançadas do SAMU e um
hospital terciário de referência. Angioplastia primária foi realizada sempre que a
mesma foi viável em até sessenta minutos; ou estratégia fármaco-invasiva, tenecteplase
foi o fibrinolítico utilizado, cineangiocoronariografia foi realizada rotineiramente entre
3 e 24 horas após fibrinólise em caso de sucesso terapêutico, ou imediatamente, como
resgate, em caso de insucesso terapêutico. Todos os casos que entraram em contato
com o hospital de referência foram transferidos e incluídos, sem exceções.
Resultados: Em um período de 32 meses 553 indivíduos que apresentaram IAMCSST
foram incluídos na rede de tratamento acima descrita. Setenta e oito indivíduos (14, 1%)
foram tratados com angioplastia primária; 475 foram tratados com estratégia fármacoinvasiva. Angioplastia de resgate foi necessária em 27, 7% dos indivíduos submetidos
à estratégia fármaco-invasiva. Complicações consideradas clinicamente relevantes
durante o transporte ocorreram em dois indivíduos. A mortalidade hospitalar observada
foi 6, 5% para estratégia fármaco-invasiva e 6, 4% para angioplastia primária.
Conclusão: Na cidade de São Paulo, o desenvolvimento de uma rede de tratamento
do IAMCSST, baseada na estratégia fármaco-invasiva, diferente do que foi observado
nos dados dos países desenvolvidos, houve redução na mortalidade do IAMCSST, em
comparação com dados oficiais de controle histórico da mesma população.
TL 083
AVALIAÇÃO AMBULATORIAL DE INDICAÇÃO APROPRIADA DE
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA.
Rodrigo Esper, Carlos Campos, Sandro Faig, Fabio Conejo,
Marcio Nascimento, Jania Mesquita, Roger R Godinho
Hospital Sancta Maggiore - São Paulo - SP - Brasil
Introdução: A angioplastia coronária (ATC) é o método de revascularização
miocárdica mais utilizada no mundo. Diversos registros publicados recentemente
relataram alto índice de indicação duvidosa ou inapropriada de ATC na doença arterial
coronária (DAC) estável . Este trabalho possui como objetivo avaliar a indicação
ambulatorial apropriada de angioplastia na DAC estável .
Métodos: População de pacientes consecutivos (n=172) encaminhados para
realização de angioplastia eletiva em laboratório de hemodinâmica no período de
08/03/2012 a 27/12/2012 foram avaliados em ambulatório de “segunda opinião”,
feito por especialista em cardiologia clínica e hemodinâmica, para avaliar a
indicação apropriada de angioplastia feita pelo cardiologista clínico de origem. Os
pacientes foram categorizados em 4 gupos: Indicação apropriada da ATC, indicação
inapropriada/duvidosa, Indicação de revascularização miocárdica cirúrgica (RM) e
indicação de ATC diferente da sugerida pelo clínico. Somente foram encaminhados
para ATC os pacientes considerados como indicação apropriada.
Resultados: De 172 pacientes encaminhados para avaliação de angioplastia
coronária, 57, 8% eram do sexo masculino, 91% Hipertensos, 85% dislipidêmicos, 8,
6% tabagistas ativos, 38, 4% Diabéticos, 18, 4% com revascularização miocárdica e
19, 9% com ATC prévia. Eram assintomáticos 51, 7% dos pacientes, 25% possuíam
angina CCS I, 20, 4% angina CCS 2 e 2, 7% angina CCS 3. Possuíam idade média de
71, 6 anos (DP=8, 2), clearance de de creatinina médio de 80, 4 ml/minuto (DP=33, 5)
e IMC de 27 (DP=4, 7). Foram consideradas indicações apropriadas de ATC em 49,
4% (n=85), indicação inapropriada/duvidosa em 35, 5% (n=61), indicação de RM em
9, 3% e indicação de ATC diferente da sugerida em 5, 8% dos casos.
Conclusão: Este trabalho demonstra indicação apropriada de ATC na DAC estável
em 49, 4% dos casos. A criação de ambulatórios específicos para avaliar a indicação
precisa de ATC é uma medida importante para melhor decisão e escolha da estratégia terapêutica para os pacientes com DAC estável.
TL 084
Comparação entre os escores TIMI, GRACE, CADILLAC e
ZWOLLE em indivíduos com infarto agudo do miocárdio
com supradesnivelamento do ST (IAMCSST): Qual devemos
aplicar no dia a dia ?
Sousa Filho J.T., Silva F.H., Soares J.A., Campos P., Moreno. C.A.,
Wilke L.C., Tarkieltaub E., Carvalho A.C.C., Molina M.K.N.,
Barbosa A.H.P.
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Introdução: Predizer o risco de evolução clínica desfavorável nas síndromes
coronarianas agudas (SCA) tem sido um desafio. Diferentes escores se propõem a
mensurar o risco de óbito nesta situação, contudo há pouca validação destes em pacientes
com IAMCSST, principalmente nos submetidos à estratégia fármaco-invasiva.
Objetivos: Determinar os escores que apresentam melhor associação com óbito em
30 dias nos indivíduos que apresentaram IAMCSST e foram tratados com estratégia
fármaco-invasiva ou angioplastia primária.
Métodos: Foram incluídos casos consecutivos, admitidos em hospital terciário,
provenientes da rede hospitalar municipal e de ambulâncias do SAMU com diagnóstico
de IAMCSST tratados com trombólise no serviço de origem ou encaminhados para
angioplastia primária. Foram calculados os escores TIMI, GRACE, CADILLAC
e ZWOLLE à admissão hospitalar. Análise de mortalidade por qualquer causa foi
realizada no seguimento de 30 dias. Significância estatística definida como p<0, 05.
Variáveis contínuas expressas em mediana e categóricas em porcentagem.
Resultados: Avaliados 620 pacientes (70, 8 % homens e mediana de idade=58 ± 11
anos) que apresentaram mediana de escore TIMI=3, 7 ± 2, 4, GRACE=145, 1 ± 40, 2,
CADILLAC=3, 6 ± 3, 5 e ZWOLLE=4, 0 ± 3, 5. Após análise estatística, apenas os
escores GRACE (OR=1, 12; IC95% 1, 05 a 1, 22; p<0, 001) e CADILLAC (OR=1,
15; IC 95% 1, 08 a 1, 27; p<0, 001) foram associados à mortalidade em 30 dias. A
associação entre estes dois escores mostrou-se superior ao uso isolado de ambos
evidenciando OR=8, 02; IC95% 6, 14 a 10, 16; p<0, 001. Na comparação entre as áreas
sobre a curva Roc dos escores GRACE e CADILLAC obtivemos valor de p=0, 14.
Conclusão: Nesta população, apenas os escores GRACE e CADILLAC mostraram-se
preditores de mortalidade em 30 dias. Destaca-se que a associação entre eles pode ser
utilizada na prática médica com o objetivo de melhorar a identificação dos pacientes
com maior risco de mortalidade hospitalar.
TL 085
Relação entre fatores de risco e padrão angiográfico da
doença arterial coronária.
Marcelo Cantarelli, Sandra Baradel, Hélio Castello, Rosaly
Gonçalves, Fernanda Duarte, Silvio Gioppato, Evandro
Ribeiro, João Batista Guimarães, Marcelo Farinazzo, Fábio
Ganassin
HOSPITAL BANDEIRANTES - SP - BRASIL
Fundamento: A doença cardiovascular é a causa mais comum de morte nos países
desenvolvidos e em desenvolvimento. Na perspectiva epidemiológica, o fator de risco
é uma característica individual ou populacional que está presente precocemente e é
associada com o aumento no risco para desenvolver uma doença no futuro. A relação
entre fatores de risco para o desenvolvimento da doença arterial coronária (DAC) e a
extensão do acometimento aterosclerótico coronário, em um ou mais vasos, ainda não
está claro na literatura. O presente estudo focou a relação entre os fatores de risco para
DAC e a avaliação angiográfica das coronárias em pacientes submetidos a intervenção
coronária percutânea (ICP).
Método: De Agosto de 2006 a Agosto de 2010, 7.372 pacientes foram submetidos
consecutivamente a ICP e todos foram incluídos neste estudo. As características
angiográficas (lesão uniarterial coronária e lesão multiarterial coronária) foram
comparadas com os seguintes fatores de risco: sexo, idade, hipertensão arterial,
Diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, síndrome metabólica, histórico familiar de
doença arterial coronariana, insuficiência renal crônica, doença vascular periférica no
momento da ICP.
Análise estatística: Utilizamos os testes de Q-quadrado para as variáveis categóricas
e t de Student para as contínuas. Adotamos o valor de p menor ou igual a 0, 05 como
nível de significância.
Resultados: Comparativamente, os pacientes com lesões multiarteriais (duas ou mais
lesões) apresentaram-se três anos mais velhos que o grupo de lesão uniarterial e o
sexo masculino foi predominante (67, 2% vs 64, 5%, p=0, 01). O grupo multiarterial
também apresentou mais hipertensão (79, 8% vs 73, 6%, p<0, 01), diabetes (39, 6%
vs 26, 8%, p<0, 01), dislipidemia (36, 9% vs 32, 0%, p<0, 01), síndrome metabólica
(13, 5% vs 10, 2%, p<0, 01) e insuficiência renal crônica (3, 3% vs 1, 9%, p<0, 01)
que os pacientes uniarteriais. No grupo com acometimento uniarterial prevaleceu
comparativamente, o tabagismo (24, 8% vs 18, 7%, p<0, 01).
Conclusão: Entre os pacientes com duas ou mais lesões coronárias (multiarteriais) a
presença de hipertensão, diabetes, dislipidemia, síndrome metabólica e insuficiência
renal crônica foram mais frequentes que nos uniarterias. Por outro lado, entre esses, o
tabagismo foi o fator de risco mais prevalente.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
133
TL 086
Tabagismo como preditor de doença coronária obstrutiva
em pacientes avaliados com angiotomografia de artérias
coronárias no pronto socorro
MARCIO SOMMER BITTENCOURT, Henrique Lane Staniak, Rodolfo
Sharovsky, Isabela J. M. Bensenor, Paulo Andrade Lotufo
Hospital Universitario - USP - São Paulo - SP - Brasil
Introdução: a angiotomografia de artérias coronárias tem sido utilizada para avaliação
de pacientes de probabilidade baixa ou intermediária de doença arterial coronária (DAC)
no pronto socorro. O a prevalência de DAC nestes pacientes é menores que em outros
cenários. No presente estudo avaliamos a associação do tabagismo com a presença de
DAC obstrutiva detectada pela angiotomografia de artérias coronárias (ATCAC).
Métodos: foram incluídos todos os pacientes consecutivos encaminhados para a
realização de ATCAC por suspeita clínica de DAC avaliados no pronto socorro de
um hospital secundário. Informações sobre os fatores de risco e resultados do exame
de ATCAC foram coletados de forma prospectiva. DAC obstrutiva na tomografia foi
definida como presença de ao menos uma lesão obstrutiva (acima de 50% de estenose).
A associação do tabagismo com a presença de DAC obstrutiva foi realizada por de
regressão logística uni e multivariada para ajuste de fatores de confusão. Foram
incluídos idade, sexo, hipertensão, diabetes e dislipidemia.
Resultados: 134 pacientes (50% homens), com idade média de 58±14 anos foram
incluídos. A prevalência de hipertensão foi de 69%, dislipidemia 28%, diabetes
19% e tabagismo 18%. O resultado da ATCAC foi normal em 66 pacientes (49%),
enquanto que 37 (28%) pacientes apresentaram lesão moderada e 31 (23%) pacientes
apresentaram lesões graves. Na análise univariada o tabagismo não esteve associado à
presença de DAC obstrutiva (razão de chances de 1.95 (Intervalo de confiança de 95%:
0.79 – 4.78). No entanto, a maior parte dos pacientes tabagistas era mais jovem que os
pacientes não tabagistas (60±14 vs. 52± 11 anos). Na análise multivariada incluindo
idade e tabagismo, este esteve associado à presença de DAC obstrutiva com uma razão
de chances de 3.9 (IC 95%: 1.39 – 10.89). Ainda, no modelo ajustado para todos os
fatores de risco o tabagismo esteve associado à presença de doença obstrutiva com uma
razão de chances de 4.07 (IC 95%: 1.51 – 11.71).
Conclusão: Dentre os pacientes avaliados com ATCAC para investigação de DAC no
pronto socorro, o tabagismo é fortemente associado à presença de doença coronária
obstrutiva. No entanto, esta associação pode não ser clara, pois os pacientes tabagistas
são mais jovens que os não tabagistas.
TL 087
Tratamento da angina de difícil controle: análise
evolutiva da classe funcional e da troponina T
ultrassensível
Nilson Tavares Poppi, Luciana O. C. Dourado, Luis Henrique
W. Gowdak, Gabriela Venturini, Luiz Antonio M Cesar, Jose
Eduardo Krieger, Alexandre da Costa Pereira
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Pacientes com doença arterial coronariana (DAC) e angina estável de difícil
controle, apresentam limitação física e comprometimento da qualidade de vida. A resposta
ao tratamento clínico é avaliada pela classificação funcional da Canadian Cardiovascular
Society (CCS). Os níveis plasmáticos de troponina T ultrassensível em DAC estável foram
associados com incidência de morte cardiovascular e extensão de aterosclerose coronariana.
Métodos: Foram incluídos 72 pacientes (48 homens, 61±10 anos) com angina
estável de difícil controle, isquemia miocárdica documentada e anatomia coronariana
desfavorável para revascularização. Foram realizadas 4 consultas ambulatoriais
mensais consecutivas (visitas V0 a V3). Em cada visita foi avaliada a classe funcional
CCS, os episódios semanais de angina e o consumo de nitrato sublingual por
diário preenchido pelo paciente. O tratamento clínico intensivo foi titulado de acordo
com a tolerância dos pacientes. Plasma foi coletado em V0 e V3.
Análise Estatística: Variáveis categóricas foram analisadas pelo teste de qui-quadrado.
Variáveis contínuas através do teste t de student pareado bicaudal. Os valores de troponina
apresentaram distribuição assimétrica e foram analisadas por métodos não paramétricos.
Resultados: Houve uma melhora média na classe CCS entre V0 e V3 de 0, 7±0, 2 (p<0,
0001); redução média nos episódios semanais de angina em 4, 5±2, 1 (p=0, 0001), e do
consumo semanal de nitrato em 1, 9±1, 4 (p=0, 008). Drogas anti-isquêmicas utilizadas
entre V0 e V3 respectivamente (%): betabloqueadores (94x97) (p=0, 68), bloqueadores
de canais de cálcio (73x87) (p=0, 05), nitratos (92x100) (p=0, 05), e trimetazidina
(36x92) (p<0, 0001). Aumento na dose diária entre V0 e V3 (mg): atorvastatina
(39±22x42±22) (p=0, 003), carvedilol (42±15x48±19) (p=0, 008), isossorbida
(99±29x108±22) (p=0, 03). A troponina ultrassensível (mediana ± variação interquartil)
não variou significativamente (ng/L): 6, 0±13 em V0 e 5, 0±12, 5 em V3 (p=0, 43).
Conclusões: O tratamento intensivo dos pacientes com angina de difícil controle
promoveu significativa melhora dos sintomas, atribuível em parte pela maior utilização
de drogas antianginosas. No entanto, a troponina T ultrassensível, biomarcador
relacionado à extensão e prognóstico da doença, não variou com o tratamento.
Doenças da Aorta e Arterial Periférica
TL 088
Mecanismos envolvidos no aumento de pressão sistólica
em ratos normotensos suplementados com vitamina D
Santos, PP, Gonçalves, AF, Rafacho, BPM, Nascimento, TB, Cau, SBA,
Minicucci, MF, Tostes, RC, Zornoff, LAM, Gaiola, PSA, Paiva, SAR
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil
Estudos mostraram que a administração de vitamina D aumenta pressão sistólica de
ratos normotensos. Porém pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos. O objetivo
foi verificar se a suplementação com diferentes doses de vitamina D na ração promove
alterações na reatividade, conteúdo de colágeno/elastina e estresse oxidativo da aorta
de ratos normotensos. Métodos: 64 ratos machos alocados em 3 grupos: controle (C,
n=22) recebeu ração padrão; VD3 (n=20) e VD10 (n=22) receberam 3000 e 10000 UI
de colecalciferol/kg de ração respectivamente. Após dois meses de tratamento, os ratos
foram submetidos à aferição da pressão sistólica, estudo de reatividade e morfometria
da aorta. Foi realizado ANOVA de uma via ou Kruskal Wallis. Resultados: A pressão
arterial (C=120±7, 9; VD3=127±9, 2; VD10=130±9, 9 mmHg, p=0, 001) foi maior nos
grupos Vd3 e VD10 em relação ao C. Os animais do grupo VD3 apresentaram maior
sensibilidade à fenilefrina (C=7, 5±0, 1VD3=8, 7±0, 7 VD10=8, 1±0, 3; p=0, 007),
independente de endotélio comparado ao C. O relaxamento máximo à acetilcolina
(ACh) (C=97, 5(72-100); VD3=90, 0(64-95); VD10=60, 9(56-80), %, p=0, 04) foi
menor no grupo VD10 comparado ao C e o relaxamento máximo ao nitroprussiato
(NPS) (C=120, 7±13, 9; VD3=96, 1±15, 3; VD10=92, 3±6, 5, %, p=0, 005) foi menor
no VD3 e VD10 comparados ao C, além disso o grupo VD10 apresentou maior
produção de espécies reativas de oxigênio que o C. Quando apocinina (inibidor de
NADPH oxidase-grande produtora de superóxido), foi administrada, a sensibilidade à
ACh (C=7, 2±1, 0; VD3=8, 7±0, 4; VD10=8, 4±0, 5, p=0.01) foi maior no VD3 e VD10
comparados ao C e o relaxamento máximo à ACh (C=101, 1±1, 4; VD3=96, 4±5, 3;
VD10=94, 8±6, 6, %, p=0, 21) e NPS (C=102, 2(100, 4-121, 3); VD3=102, 0(100,
0-105, 2); VD10=105, 0(103, 2-108, 0), %, p=0, 38) retornaram a valores similares
ao controle. O conteúdo de colágeno (C=0, 26±0, 03; VD3=0, 23±0, 03; VD10=0,
29±0, 03, %, p=0, 003) foi menor no grupo VD3 comparado ao VD10 e o conteúdo de
elastina (C=0, 35±0, 04; VD3=0, 35±0, 03; VD10=0, 30±0, 03, %, p=0, 015) foi menor
no grupo VD10 comparado aos outros grupos. Conclusões: O mecanismo envolvido
no aumento de pressão sistólica de ratos normotensos suplementados com 3000 UI de
vitamina D foi aumento de contratilidade da aorta enquanto nos ratos suplementados
com 10000 UI foi piora do relaxamento da aorta.
Eletrocardiografia, Arritmias e Eletrofisiologia
TL 089
Ablação de via anomala por acesso transhepático:
seguimento de um ano.
BRUNO P VALDIGEM, Rogerio B Andalaft, Carlos Sierra, Ricardo
G Habib, Luciana V Armaganijan, Rodrigo N Costa, Carlos
Pedra, Ana Luisa Guerra, Heloisa Khader, Dalmo A R Moreira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
134
Introdução: Em casos excepcionais,
as vias de acesso ao coração estão
limitadas por variações anatômicas
ou pelo risco de lesão vascular após
procedimentos repetidos. A via de
acesso transhepático já é utilizada
em crianças de baixo peso para
procedimentos hemodinâmicos em
casos selecionados. Aqui apresentamos o primeiro caso no Brasil de ablação de feixe
anomalo cujo acesso ao coração foi feito atraves de punção transhepática. A criança
foi acompanhada por 12 meses após o procedimento. Metodologia: relato de caso.
Descrição do caso: Criança de 3 meses foi transferida a nossa Unidade de Terapia
Intensiva pediátrica por síndrome de Wolff-Parkinson-White com crises de taquicardia
supraventricular ortodrômica frequentes com sinais de baixo débito(irritabilidade,
sonolência, hipotensão arterial) refratária ao uso de amiodarona e atenolol. Exame físico
sem alterações. ECG em ritmo sinusal evidenciava pré excitação ventricular, sugerindo
posição da via anômala em parede livre do anel tricúspide(lateral direita). FEVE 53%. Após 48h de taquicardia incessante, reentrante, com necessidade de uso de adenosina
e cardioversão elétrica repetidas vezes, foi submetida a ablação por catéter. Após
tentativas de punção venosa em membros inferiores sem sucesso, realizada punção
transhepática sob auxílio de fluoroscopia pelas equipes de eletrofisiologia e cardiologia
intervencionista pediátrica com posicionamento de introdutor 6f adulto até veia cava
inferior. Através deste foi introduzido catéter pediátrico 5F terapêutico, e realizado
mapeamento da via acessória e ablação por catéter com sucesso e sem intercorrências.
A criança apresentou recorrência da condução retrógrada através da via após 6 horas do
primeiro procedimento, sendo necessária nova intervenção.A criança recebeu alta com
betabloqueador, em ritmo sinusal, e se mantem sem novas crises e com função hepática
e desenvolvimento preservados após 12 meses do procedimento. Conclusão: A via de
acesso transhepática é uma técnica factível e segura, que pode ser utilizada em especial
em crianças cujo tamanho ou limitações vasculares não permitam os acessos usuais.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 090
AVALIAÇÃO DA CONDUTA TERAPÊUTICA EM PACIENTES COM
FIBRILAÇÃO ATRIAL NO BRASIL: ESTUDO SAFIR (ASSESSMENT OF
THE THERAPEUTIC MANAGeMENT OF PATIENTS WITH ATRIAL
FIBRILLATION IN BRAZIL)
DALMO A. R. MOREIRA, Rogerio Andalaft, Luiz R. Moraes,
Claudia Fragata, Ricardo Habib
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: A fibrilação atrial (FA) é a taquiarritmia supraventricular sustentada
mais frequente cuja prevalência aumenta com a idade. Associa-se a elevada
morbi-mortalidade devido as complicações que acarreta. Tem diversas formas de
apresentação e tratamento, entretanto, não se conhece ainda em nosso meio, a maneira
pela qual é abordada. Estes dados são importantes para auxiliar na implementação
de diretrizes para diagnosticar e tratar esta arritmia no Brasil. Objetivo: descrever
as características da FA e as formas de tratamento mais frequentemente empregadas
em centros médico-universitários do país. Metodologia: O SAFIR foi um estudo
observacional, local, multicêntrico, transversal e não intervencionista, planejado
para a coleta de informações sobre o status, caracaterísticas e condutas terapêuticas
utilizadas em pacientes (P) ambulatoriais com FA, no momento da inclusão no estudo
até o ano anterior. Dentre 28 centros médicos de 15 estados brasileiros, foram obtidas
informações de 313P por meio de questionários enviados a 31 pesquisadores, com
pelo menos 20 anos de prática cardiológica. Resultados: A idade média dos P foi
de 63±13 a (24 a 89 a; 131♂ e 182♀). Houve predominio da raça branca (262/84%),
seguida da negra (23/7%) e as outras correspondiam a 28/9%. Do total, 239P ou
76% estavam bem controlados (FC≤80 bpm ou em ritmo sinusal) quando entraram
no estudo. A HAS foi o fator de risco mias comum (62%) seguida de obesidade (31%),
insuficiência cardíaca (21%), diabetes (10%) e apnéia do sono (9%). Cerca de 19%
dos P referiam praticar ≥3h semanais de exercícios físicos. Quanto ao tipo de FA, 91P
(29, 1%) tinham a forma paroxística, 83P (26, 5%) a persistente e 118P (37, 7%) a
permanente; 14P (4, 5%) tinham FA diagnosticada pela primeira vez; 7P (2, 2%) forma
mista; 106P (34%) eram sintomáticos e 207P (66%) assintomáticos. A cardioversão
química havia sido praticada no ano anterior em 87P (28%) e a elétrica em 55P (18%);
ablação em 28P (8, 9%); cirurgia em 1P (0, 3%) e marca-passo em 35P (11, 2%).
Quanto aos antitrombóticos 170P (66, 4%) faziam uso de antagonista de vitamina
K; 83P (32%) de AAS; 13P (4, 1%) de outros em associação. Conclusões: o estudo
SAFIR fornece informações a respeito das características clínicas e a abordagem da FA
em centros médicos brasileiros.
TL 091
Correlação Entre Marcadores Eletrocardiográficos
de Fibrose Miocárdica e Realce Tardio na Tomografia
Computadorizada do Coração em Portadores de
Cardiomiopatia Hipertrófica: Resultados Preliminares
Mário Barbosa Guedes Nunes, Amarante, RC, Jatene, T, Bignoto,
TC, Ortiz, JP, dos Santos, TSG, Correia, EB, Moreira, DAR
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamento: A presença de fibrose miocárdica é elemento cada vez mais valorizado
na estratificação de risco de arritmia ventricular grave e morte súbita em portadores
de cardiomiopatia hipertrófica. No entanto, a identificação da fibrose depende
basicamente da ressonância magnética do coração, um exame de alto custo e de
limitada disponibilidade. Esta pesquisa tem por objetivo demonstrar correlação entre
a presença de realce tardio na tomografia computadorizada de múltiplos detectores
(TCMD) e marcadores eletrocardiográficos de fibrose na cardiomiopatia hipertrófica.
Análise Estatística: A concordância entre a presença de fibrose na TCMD, presença
de onda Q patológica, fragmentação do QRS ou de fibrose pelo escore de Selvester,
foi avaliada por meio do índice de Kappa. Para a avaliação de concordância entre a
porcentagem de fibrose miocárdica avaliada pelo realce tardio na TCMD e o escore de
Selvester, foi utilizado o coeficiente de correlação de concordância.
Métodos: Foram selecionados 15 portadores de miocardiopatia hipertrófica com um ou
mais fatores de risco para morte súbita, que realizaram TCMD com pesquisa de realce
tardio e um eletrocardiograma de 12 derivações (ECG), onde se avaliou presença de
onda Q patológica, fragmentação do QRS e foi aplicado o escore de Selvester.
Resultado: A TMCD foi capaz de demonstrar fibrose em 12 (80, 0%) dos casos, com
concordância significativa com o escore de Selvester [p = 0, 01, IC (0, 18 – 0, 84),
r = 0, 60], que demonstrou fibrose em 10 (66, 7%) indivíduos, com sensibilidade,
especificidade, valor preditivo positivo e negativo de, respectivamente, 75, 0%, 33,
3%, 81, 8% e 25, 0%. Presença de onda Q e fragmentação do complexo QRS se
associaram de maneira não significante ao realce tardio.
Conclusão: O eletrocardiograma constitui ferramenta prática, de baixo custo e
de alta disponibilidade para o diagnóstico de fibrose miocárdica em portadores de
cardiomiopatia hipertrófica de alto risco para morte súbita.
TL 092
Presença de marcadores eletrocardiográficos de
fibrose miocárdica como preditores de indução de
arritmia ventricular complexa na cardiomiopatia
chagásica
Mário Barbosa Guedes Nunes, Tiago Costa Bignoto, Luciana
Vidal Armaganijan, Dalmo Antônio RIbeiro Moreira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamentos: O estudo eletrofisiológico (EEF) é uma ferramenta importante na
estratificação do risco de morte súbita em portadores de miocardiopatia chagásica
(MCPC). No entanto, além da sua sensibilidade limitada, trata-se de método invasivo e
pouco disponível. O surgimento de arritmias ventriculares complexas nessa população
têm como substrato eletrofisiológico adjunto a interface de miocárdio sadio com ilhas
de fibrose. Nesse contexto, a identificação de marcadores de fibrose miocárdica por
meio do barato e prático eletrocardiograma pode se mostrar um instrumento valoroso
na estratificação de risco desses doentes.
Métodos: Foram avaliados os registros eletrocardiográficos de 36 portadores de
MCPC submetidos ao EEF. Nesses traçados foi pesquisada a prevalência de onda
Q patológica, fragmentação do complexo QRS e aplicado o escore de Selvester –
um marcador qualitativo e quantitativo de fibrose. Adicionalmente, foi verificada a
associação entre a presença desses índices e a indução de arritmia ventricular complexa.
Resultados: Após o EEF, 20 (55, 6%) indivíduos apresentaram taquicardia ou
fibrilação ventricular e 16 (44, 4%) não manifestaram arritmia complexa. A média da
fração de ejeção (FE) na população de estudo foi de 34, 3 ± 8, 8% e 39, 4 ± 11, 6%,
para o grupo com indução (I) e sem indução (NI) de arritmia ventricular grave ao EEF,
respectivamente. A fragmentação do complexo QRS foi observada em 70, 0% do grupo
I, contra 68, 8% do grupo NI, sem diferença significativa. Onda Q patológica esteve
presente em 20, 0% e 18, 8% dos casos do grupo I e NI, respectivamente. A aplicação
do escore de Selvester evidenciou fibrose em 95, 0% dos casos do grupo I e em 81,
3% do grupo NI. Percentual de fibrose menor que 9, 0% se mostrou associado a não
indução de arritmia complexa no EEF, com sensibilidade de 67, 1% e especificidade de
90, 0% (r = 0, 20, área sobre a curva de 0, 62).
Conclusões: A fragmentação do complexo QRS é frequente em portadores de MCPC,
porém não está associada a indução de arritmia complexa ao EEF. Presença de
fibrose documentada pelo escore de Selvester ocorre na maioria dos portadores dessa
condição, de modo que percentual menor que 9, 0% está associado a menor chance de
indução de arritmias ventriculares complexas ao EEF.
TL 093
Uso do mapeamento não-fluoroscópico na ablação de
arritmias supraventriculares em pacientes pediátricos.
Resultados iniciais de um estudo prospectivo.
Sissy Lara de Melo, Cristiano Pisani, Francisco Darrieux,
Talita Ayres Barbosa, Denise Hachul, Ana Cristina Sayuri
Tanaka, Carina Hardy, Nana Miura, Eduardo Sosa, Mauricio
Scanavacca
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
JUSTIFICATIVA: Atualmente a realização da ablação de taquicardias
supraventriculares (TSV) na população pediátrica é realizada usando-se fluoroscopia,
expondo crianças saudáveis aos potenciais efeitos nocivos da radiação. OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi determinar se o uso auxiliar de sistemas de mapeamento
não-fluoroscópico reduz a exposição à radiação durante a ablação de TSV em
crianças. MÉTODOS: Estudo prospectivo, em um único centro, que incluiu pacientes
consecutivos, com idade inferior a 18 anos com TSV, sem doença cardíaca estrutural,
referidos para a ablação por cateter. Os pacientes foram randomizados em dois
grupos. Um grupo foi submetido a ablação apenas com fluoroscopia, grupo controle.
No outro grupo, utilizou-se o mapemento fluorocópico associado ao mapeamento
eletroanatômico, o grupo de estudo. Todos os procedimentos foram realizados por
um único operador. O tempo de fluoroscopia (minutos), o tempo de procedimento
(minutos) e a dose de raios-X administrada (mGy) foram registrados. As doses de
radiação (mSv) foram medidas por meio de dois dosímetros posicionados na parede
torácica anterior e posterior. RESULTADOS: Vinte e nove pacientes foram incluídos
(14 grupo controle, 15 grupo de estudo). A mediana de idade foi de 12, 5 anos (Q1: 8.4,
Q3: 15, 1), o peso mediano foi de 49, 2 (Q1: 38, 3 Q3: 65, 1), 24 crianças (82, 8%) eram
portadoras de vias acessórias, 4 (13, 8)% tinham TRN e 1 (3, 4% ) taquicardia atrial.
Não houve diferença no tempo de fluoroscopia (mediana: 117, 5 vs 110 segundos,
p = 0, 16), na dose de raios-x entregues (14, 2 vs 9.3mGy, P = 0, 10) e nas doses de
radiação medidas nos dosímetros posicionados na parte anterior, grupo de estudo 0.35
mSv (Q1 : 0, Q3: 0, 775) vs controle: 0mSv (Q1: 0, Q3: 0, 7), P = 0, 35) bem como nos
dosímetros localizados na parede posterior (grupo de estudo : 0.5mSv (Q1: 0 Q3 2, 07)
vs controle: 0.9mSv (Q1: 0, 3 Q3: 2) p = 0, 6). O tempo de procedimento foi maior no
grupo de estudo (mediano: grupo de estudo: 95, controle: 52, 5, P = 0, 01). O sucesso
agudo foi obtido em 13 (92, 8%) procedimentos do grupo controle e em 13 (86, 7%) do
grupo de estudo (P=1). Não houve eventos adversos. CONCLUSÃO: O mapeamento
eletroanatômico durante a ablação de TSV em crianças não reduziu a exposição à
radiação. Por outro lado, foi observado um aumento no tempo do procedimento.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
135
Ergometria e Reabilitação
TL 094
AVALIAÇÃO DO PRECONDICIONAMENTO ISQUÊMICO PELA
CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA ASSOCIADA AO TESTE
ERGOMÉTRICO.
Susimeire Buglia, Michel Batlouni, Romeu Sergio Meneghelo,
Rica Buchler, Angela Rubia Fuchs, Luiz Mastrocola, Sandro
Felicioni, Almir Ferraz, Carlos Hossri
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamento: O precondicionamento isquêmico (PCI) é um fenômeno de proteção
celular em situações de isquemia e a atenuação do infradesnível do segmento ST em
teste ergométrico (TE) sequencial a um teste prévio está bem documentada, porém sua
expressão cintilográfica permanece controversa.
Objetivo: Avaliar se as atenuações eletrocardiográficas do PCI durante TE estão
associadas às modificações simultâneas das imagens de perfusão miocárdica em
indivíduos com doença coronariana.
Métodos: Foram selecionados 23 pacientes, idade média 64, 5 anos, 19 (82, 6%) do sexo
masculino, com lesão coronária > 60%, com TE com depressão do segmento ST > 2,
0mm e cintilografia de perfusão miocárdica com hipocaptação transitória (T1). A seguir
foram realizados dois TE com 15 minutos de intervalo; o primeiro para induzir isquemia
e o segundo (T2) para avaliar o efeito do PCI, onde o rádiofármaco foi aplicado no
tempo de aparecimento da depressão do segmento ST de 2, 0mm e/ou angina, anotados
no T1. Após 7 dias, outro TE (T3) foi realizado, sem estímulo do PCI, com injeção do
radioisótopo no mesmo tempo do aparecimento do infradesnível de ST de 2, 0mm.
Resultados: No teste de PCI (T2) houve aumento do tempo para o aparecimento da depressão
do segmento ST de 1, 0 e 2, 0 mm em relação ao T1 (p<0, 001). A diminuição do infradesnível
máximo de ST entre T1 e T2, (3, 8±0, 8 mm x 2, 3±0, 6 mm) e o aumento entre T2 e T3
(2, 3±0, 6 mm x 3, 1±1, 0 mm) foram significativos (p<0, 001). Houve redução nos escores
cintilográficos de perfusão de estresse (SSS) e da diferença entre as fases de estresse e repouso
(SDS) entre o T1 e T2 (p=0, 045 e p=0, 03, respectivamente), sem modificação expressiva
na extensão da área de isquemia entre as três etapas detectadas pela cintilografia (p>0, 05). A
atenuação eletrocardiográfica do PCI esteve presente em 78, 2% dos pacientes, mas apenas
em 38, 1% houve redução da hipocaptação na cintilografia. Não houve associação entre a
magnitude da redução da depressão de ST e da redução do escore de perfusão miocárdica.
Conclusão: O PCI foi documentado em maior número de pacientes com doença arterial
coronariana pela sua expressão eletrocardiográfica no teste ergométrico do que pela
redução da hipoperfusão transitória observada na cintilografia de perfusão miocárdica.
TL 095
PULSO DE OXIGÊNIO EM PACIENTES COM BLOQUEIO DE RAMO
ESQUERDO NO TESTE DE ESFORÇO CARDIOPULMONAR
RS Amorim, RO Rocha, MS Barros, EV Melo, ELA Santos, LD Melo,
SM Andrade, JASB Filho, ACS Sousa, JLM Oliveira
Hospital São Lucas - Aracaju - Sergipe - Brasil, Universidade
Federal de Sergipe - Aracaju - Sergipe - Brasil
Fundamento: O Bloqueio do Ramo Esquerdo (BRE) provoca atraso da atividade
mecânica do ventrículo esquerdo, assincronia ventricular e redução na eficiência da
contração septal devido ao movimento anômalo do septo interventricular. O pulso de
oxigênio (PO2), variável encontrada pelo volume de oxigênio (VO2) consumido a
cada batimento cardíaco, pode representar a função ventricular esquerda nos pacientes
com BRE ao teste de esforço cardiopulmonar. Esse trabalho objetiva avaliar o PO2
determinado pelo teste de esforço cardiopulmonar em portadores de BRE com fração
de ejeção normal e sem isquemia miocárdica funcional.
Métodos: Trata-se de estudo observacional, analítico e transversal em que foram
analisados 49 pacientes de julho/2011 a julho/2012 (31 mulheres- 63%; média de idade
59, 8 ± 7, 7 anos), divididos em dois grupos: G1- portadores de BRE (n=26) e G2grupo controle (n=23), submetidos ao teste de esforço cardiopulmonar.
Análise Estatística: As variáveis quantitativas foram registradas como média (±
desvio padrão) e comparadas entre os grupos através dos testes T de Student. Variáveis
categóricas foram sumarizadas como porcentagens e comparadas entre os grupos
mediante os testes Qui quadrado e exato de Fischer. Para a análise multivariada de
covariância, utilizou-se o Traço de Pillai, o poder (≥0, 8) e o eta2 parcial (dimensão do
efeito) como testes estatísticos.
Resultados: O grupo G1 apresentou média da presença Hipertensão Arterial Sistêmica
maior (73, 1% vs. 30, 4%; p= 0, 007) e menores valores para as variáveis: VO2 no
limiar anaeróbio (15, 5 ± 2, 1 vs. 18, 7 ± 4, 4; p=0, 002), VO2 pico (21, 7±5, 4 vs. 29,
07± 6, 7; p<0, 0001), % do VO2 pico (87, 2 ± 15, 0 vs. 105, 0 ± 15, 6; p< 0, 0001), PO2
pico (10, 3 ± 2, 6 vs. 13, 54 ± 4, 6; p=0, 003) e percentual (%) do PO2 pico predito (98,
6 ± 18, 6 vs. 109, 9 ± 13, 5; p= 0, 02) quando comparado ao grupo G2. Pela análise
multivariada de covariância, verificou-se que a presença do BRE não interferiu na
variação do PO2 durante o exercício (p= 0, 23; poder=0, 408).
Conclusões:O BRE não interfere no valor do PO2 pico predito e no comportamento
do PO2 ao teste de esforço cardiopulmonar em pacientes com função ventricular
sistólica esquerda normal.
TL 096
Associação entre capacidade funcional
cardiorrespiratória e eficiência ventilatória
em coronariopatas submetidos à reabilitação
cardiovascular.
Priscila Ferreira da Silva, Danilo Marcelo L. Prado, Enéas
A. Rocco, Alexandre G. Silva, Jaqueline M.A. Lazzari, Sheyla
B. Thies, Pedro Bortz, Valter Furlan, Raphael Storti N. Puig,
Claudia Suzuki Yamada
Total Care. Amil - Sao Paulo - sp - Brasil
INTRODUÇÃO: A análise da eficiência ventilatória (EV) tem sido considerada como
um marcador prognóstico importante de mortalidade cardiovascular. Estudos prévios têm
observado que o treinamento físico aeróbio é um importante recurso terapêutico no que concerne
à melhora da EV em portadores de doença arterial coronariana (DAC). OBJETIVOS: 1)
Testar a hipótese de que pacientes com DAC e baixa capacidade funcional cardiorrespiratória
(CFC) (<5METS), demonstram uma pior EV; 2) Testar a hipótese de que pacientes com
menor CFC apresentam maior responsividade no aumento da EV após o treinamento físico.
MÉTODOS: 78 pacientes com DAC (60, 2 + 6, 2) foram divididos de acordo com a CFC:
Grupo 1 (n=20; VO2 pico < 17, 5 ml/kg/min); Grupo 2 (n=41; VO2 pico > 17, 5 e < 24, 5 5
ml/kg/min ) e Grupo 3 (n=17; VO2 pico > 24, 5 5 ml/kg/min ). Os pacientes realizaram teste
de esforço cardiorrespiratório máximo em esteira ergométrica para determinação do limiar
anaeróbio ventilatório (LAV), ponto de compensação respiratória e o consumo de oxigênio
de pico (VO2pico) antes e após o período três meses de treinamento físico aeróbio. A EV foi
determinada pelo valor da relação entre a ventilação minuto e o volume de dióxido de carbono
no momento do LAV(VE/VCO2@LAV). RESULTADOS:
Fisiologia Cardiovascular, Biologia Molecular e
Genética Cardiovascular
TL 097
Camundongos obesos e com resistência à insulina (ob/ob)
demonstram maior expressão de marcadores de
diferenciação osteocondrogência e calcificação vascular
aumentada após estímulo calcificador in vitro e in vivo
MARCEL LIBERMAN, Maria Claudina C de Andrade, Luciana S
do Carmo
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
A calcificação vascular (CV) é um processo regulado por fatores de transcrição e
proteínas específicas que determinam a desdiferenciação da célula muscular lisa
(CML) em célula osteocondrogênica, responsável pela secreção de hidroxiapatita. A
CV, a obesidade e a resistência à insulina aumentam a morbimortalidade cardiovascular
de forma independente. Nossa hipótese é que a obesidade e a resistência à insulina
amplifiquem a resposta de CV após estímulo calcificador in vitro com proteína
morfogênica de osso 2 (BMP2) e in vivo com Vitamina D3. Para tal, incubamos
CML de aorta de camundongos C57BL/6 e de ob/ob (deficientes em leptina, obesos
e resistentes à insulina) com DMEM (C57Cont e obobCont) ou com DMEM+BMP2
50ng/mL (C57BMP e obobBMP) e avaliamos a expressão de MSX2, RUNX2, Fosfatase
Alcalina (FA) por PCR tempo real e western-blotting, e a calcificação por Alizarin Red.
Em alguns experimentos usamos a Leptina 10ng/mL (Lep). A expressão de RNAm de
MSX2 aumentou em obob; obobBMP e obobBMPLep (1, 26±0, 035; 3, 12±0, 37 e 7,
45±2, 87 respectivamente) versus (vs) C57Cont (p<0, 05). BMP2 também aumentou a
expressão de mRNA de RUNX2 em obobBMP 3, 22±0, 98 vs C57Cont (p<0, 05), mas
não em C57BMP 1, 59±0, 35 (p=NS). Ainda, a proteína RUNX2 aumentou 2, 55±0,
23 em obobBMP vs obobCont. Além disso, a expressão de RNAm de FA aumentou 8,
35±1, 3 em obobCont não estimulado vs C57Cont; BMP2 também aumentou RNAm
de FA mais intensamente em obobBMP (15, 22±3, 21) do que em C57BMP (1, 47±0,
12) vs C57Cont. Finalmente, a calcificação em CML de obobBMP foi maior do que em
CML de C57BMP (1, 36±0, 01 e 1, 24±0, 03) vs C57Cont. Ainda, a leptina aumentou
a calcificação somente em CML de obobContLep e obobBMPLep (1, 54±0, 05 e 1,
88±0, 02) vs C57Cont. In vivo, injetamos salina intra-peritoneal em camundongos C57
e ob/ob (C57Cont e obobCont) ou Vit.D3 5000UI por 14 dias (C57VitD e obobVitD).
A expressão de RNAm de RUNX2 na aorta aumentou 550, 7±213, 3 em obobVitD vs
C57Cont, mas não em C57VitD (6, 18±4, 56, p NS). Coincidentemente, observamos
maior calcificação na aorta de camundongos obobVitD em relação ao C57VitD. Para
concluir, o estímulo com BMP2 in vitro ou com Vit.D3 in vivo determinaram maior
expressão de proteínas e fatores de transcrição de diferenciação osteocondrogênica em
CML, desencadeando calcificação vascular aumentada em ob/ob.
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
pré
pós
Pré
pós
pré
pós
VO2 pico ml/
14, 8 ± 2, 4 19, 9 ± 3, 8* 20, 2 ± 1, 9# 24, 5 ± 3, 7* 27, 7 ± 2, 5# 30, 8 ± 4, 4*
kg/min
VE/VCO2 @LAV 34, 5± 3, 7 30, 9 ± 2, 8* 30, 9± 3, 5# 29, 4 ± 3, 5 29, 7± 1, 9# 28, 3 ± 3, 4
Valores em média + EP. * P< 0, 05 vs. pré; # P< 0, 05 vs. Grupo 1. Anova de 2 caminhos.
Após o período de intervenção, somente o grupo 1 demonstrou um aumento da
significativo da EV(p<0, 05) e maior responsividade no aumento da CFC associado
à melhora da EV em comparação aos demais grupos:Grupo 1 (∆ VO2pico =5, 1 ;
∆ VEVCO2@LAV = -3, 6) Grupo 2 (∆ VO2pico = 4, 2 ; ∆ VEVCO2@LAV = -1,
5) Grupo 3 (∆ VO2pico =2, 2 ; ∆VEVCO2@LAV = -1, 3, respectivamente, p<0,
05). CONCLUSÃO: Níveis diferentes de aptidão cardiorrespiratória podem ser um
determinante importante na responsividade da melhora da eficiência ventilatória após
um período de treinamento físico aeróbio em portadores de DAC
136
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 098
Suplementação de vitamina D após o infarto do miocárdio:
intensificação do processo de remodelação
Andréa de Freitas Gonçalves, Priscila Santos, Bruna Rafacho,
Ana Angélica Fernandes, Katashi Okoshi, Paula Azevedo,
Marcos Minicucci, Sérgio Paiva, Fernanda Chiuso-Minicucci,
Leonardo Antonio Mamede Zornoff
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: Estudos tem evidenciado a participação da vitamina D (VD) em doenças
cardiovasculares. Porém, não são conhecidos os efeitos da suplementação de VD no
processo de remodelação cardíaca após o infarto do miocárdio. Métodos: Após o
infarto experimental, ratos Wistar (200-250g) foram alocados em dois grupos: Infarto
Controle (IC, n=24), que receberam ração padrão, e Grupo Infarto VD (ID, n=26), que
receberam ração padrão com suplementação de 3000 UI de colecalciferol por quilo de
ração. Animais Sham foram incluídos e divididos em Grupo Sham Controle (SC; n=25),
com ração padrão, e Grupo Sham VD (SD; n=24) que receberam a suplementação.
Após 3 meses, os animais foram submetidos ao estudo ecocardiográfico e análises
bioquímicas. Analisamos o efeito do infarto (I), da vitamina D (VD) e a interação
entre os fatores (IxVD) por meio do teste ANOVA de duas vias com pós teste de
Holm-Sidak, expressos em média ± erro-padrão. Resultados: Nos ratos infartados,
a suplementação de VD induziu aumento da área diastólica (SC= 47, 5±2, 5; SD=45,
9±2, 5; IC=62±3, 8; ID= 84, 9±2, 9 mm2; p(I)<0, 001; p(VD)<0, 001; p(IxVD)<0, 001)
e sistólica (SC= 12, 3±2, 4; SD= 12, 3±2, 4 IC=31, 5±3, 6; ID=53, 4±2, 8 mm2; p(I)<0,
001, p(VD)<0, 001; p(IxVD)<0, 001) e de E/E’ média, associado com diminuição
da velocidade de encurtamento da parede posterior, fração de variação da área e da
pressão arterial. Observamos redução da atividade da fosfofrutoquinase (SC=94, 4±10;
SD=104, 6, 1±12, 2 IC=129, 8±10; ID= 92, 8±10 nmol/g; p(I)=0, 291; p(VD)=0, 213;
p(IxVD)=0, 041); redução da expressão de Bcl-2 (SC=1, 08±0, 26; SD=1, 46±0,
26; IC=1, 46±0, 22; ID= 0, 7±0, 24; p(I)=0, 457; p(VD)=0, 447; p(IxVD)=0, 032) e
aumento de caspase-3 (SC=0, 71±0, 47; SD=0, 76±0, 52; IC=0, 86±0, 47; ID= 2, 97±0,
52; p(I)=0, 021; p(VD)=0, 039; p(IxVD)=0, 033). Não houve interação entre os fatores
para cadeias pesadas de miosina, metaloproteases, estresse oxidativo, ICAM-1, TIMP
e IL-10. Conclusão: A suplementação de VD intensificou o processo de remodelação
em ratos infartados, associado com piora das funções sistólica e diastólica, alterações
no metabolismo energético e a intensificação do processo de apoptose. Apoio: Fapesp. TL 099
Papel da periostina como modulador da remodelação
cardíaca após o infarto do miocárdio
Andréa de Freitas Gonçalves, Marcos Minicucci, Priscila
Santos, Bruna Rafacho, Paula Azevedo, Bertha Polegato,
Katashi Okoshi, Diego Batista, Sérgio Paiva, Leonardo Zornoff
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: O papel das proteínas matricelulares no processo de remodelação
cardiaca após o infarto permanece por ser determinado. Assim, o objetivo desse estudo
foi investigar a relação entre a periostina e variáveis cardíacas na fase crônica após
o infarto. Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos em dois grupos: cirurgia
simulada (SHAM) e animais submetidos à oclusão coronariana (IAM). Após 3
meses, foram realizados estudos ecocardiográficos, bioquímicos e moleculares. Para
dados com distribuição normal, os dados estão expressos em media ± desvio padrão
e foram analisados pelo teste t; os dados não paramétricos estão como mediana e
intervalo interquartil e foram analisados pelo teste de Mann-Whitney. As correlações
foram analisadas por Spearman. Resultados: O infarto induziu aumento das áreas
diastólicas e sistólicas do ventrículo esquerdo, associado com diminuição da fração
de variação de área (FAV) e da velocidade de encurtamento da parede posterior
(VEPP). Considerando variáveis da matriz extracelular, o grupo infarto apresentou
maiores valores de periostina (SHAM: 0, 0009 (0, 0007-0, 0015), IAM: 0, 156 (0,
111-0, 234); p=0, 016), colágenos tipo I (SHAM: 1, 90 ± 1, 07, IAM: 4, 14 ± 0, 82;
p=0, 009) e III (SHAM: 1, 01 (0, 91-1, 13), IAM: 9, 3 (6, 6-10, 7); p=0, 016), fração
de colágeno intersticial (SHAM: 1, 85 ± 0, 70, IAM: 4, 02 ± 0, 61%; p<0, 001) e
concentração de hidroxiprolina (SHAM: 3, 32 ± 0, 75, IAM: 5, 48 ± 0, 73 mg/mg;
p=0, 002). Adicionalmente, periostina foi positivamente correlacionada com colágeno
tipo III (r = 0, 673; p=0, 029), áreas diastólicas (r = 0, 678; p=0, 036) e sistólicas (r =
0, 795; 0, 006). Por outro lado, a periostina foi inversamente correlacionada com FVA
(r = -0, 783; p=0, 008) e VEPP (r = -0, 767; p=0, 012). Conclusão: A periostina pode
ser um importante modulador da remodelação cardíaca na fase crônica após o infarto
do miocárdio experimental.
TL 100
ESTRESSE OXIDATIVO, ALTERAÇÕES NO METABOLISMO
ENERGÉTICO E APOPTOSE PARTICIPAM DA REMODELAÇÃO
CARDÍACA EM RATOS EXPOSTOS À FUMAÇA DE CIGARROS
Vanessa CMP Ferreira, Marcos Minicucci, Priscila P Santos,
Bruna Rafacho, Ana Angélica H Fernandes, Meliza Roscani,
Bertha Polegato, Leonardo AM Zornoff, Sergio AR Paiva, Paula
S Azevedo
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução:A exposição à fumaça de cigarros participa do processo de remodelação
cardíaca, por meio de mecanismos não totalmente estabelecidos. Existe aumento do
estresse oxidativo cardíaco, que pode estar associado a alterações no metabolismo
energético e à apoptose . O metabolismo energético depende, em parte, da utilização
de substratos e da biogênese da mitocôndria, que é regulada principalmente
pelo peroxisome proliferator-activated receptorsγ coactivator 1 alfa (PGC-1α).
Objetivos: Avaliar se alterações no metabolismo energético e apoptose são mecanismos
que participam do processo de remodelação induzido pela exposição à fumaça de
cigarros. Metodologia: Ratos Wistar foram alocados em 2 grupos: controle (C) e grupo exposto à fumaça de cigarros (EFC). Após 2 meses de observação os animais foram
submetidos à ecocardiografia, avaliação do estresse oxidativo e metabolismo por
espectrofotometria e avaliação da apoptose e da biogênese da mitocôndria por Western
blot. Nível de significância de 5%. Resultados: Os animais apresentam mesmo peso
corporal, pressão arterial média e frequência cardíaca. Avaliação ecocardiográfica:
DSVE/peso corporal C=7, 71±0, 8 e EFC=8, 99±1, 3; (p=0, 03); diâmetro do AE/peso
corporal C=10, 26±0, 36 e EFC= 11, 89±1, 6; (p=0, 02); área do AE/área do AD: C=1,
11 ±0, 17 e EFC=1, 33±0, 16; (p=0, 04);Fração de ejeção C=93, 2±1, 4 e EFC=88, 5±2,
9; (p=0, 002). Estresse oxidativo : hidroperóxidos C=133, 3±14, 6 e EFC=175, 98±11,
5 (p<0, 001), atividade da superóxido dismutase, glutationa peroxidase e catalase
foram menores no grupo EFC. Avaliação da utilização de substratos do metabolismo
energético: Lactato desidrogenase C=73, 3±11, 6 e EFC=132, 4±21, 9 (p<0, 001);
3-hidroxiacil-coenzima A desidrogenase C= 30, 8(30, 5-32, 0) e EFC=15, 8 (14, 1-17,
9) (p=0, 004); citrato sintase C=33, 3±5, 0 e EFC=24, 2±3, 6 (p=0, 008). Apoptose:
caspase 3 ativa corrigida pelo G6PDH C=0, 3 (0, 2-0, 6) e EFC=1, 3(1, 1-2, 2) (p=0,
004) e o BCL-2 foi semelhante. Biogênese mitocondrial: PGC-1α C=1, 2±0, 6 e
EFC=1, 1±0, 2 (p=0, 5). Conclusão: o grupo EFC apresentou maior estresse oxidativo
e alterações no padrão de utilização dos substratos para gerar energia. Este perfil pode
estar associado ao aumento da apoptose, observado no grupo EFC. Entretanto não
houve participação do PGC1α.
TL 101
Atenuação da Frequência Cardíaca de Recuperação está
Associada com Hiperativação Simpática em Pacientes com
Síndrome Metabólica e Apneia Obstrutiva do Sono
Cepeda FX, Toschi-Dias E, Martinez DG, Maki-Nunes C, Alves
MJNN, Rondon MUPB, Braga AM, Lorenzi-Filho G, Negrao CE,
Trombetta IC
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Escola de Educação
Física e Esporte da Universidade de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil
Introdução: Pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS) ou com síndrome
metabólica (SMet) apresentação atenuação da frequência cardíaca de recuperação pósexercício máximo. No entanto, o impacto da associação da AOS e SMet neste controle
autonômico cardíaco não é conhecido. Nós testamos a hipótese de que: 1) A AOS
atenua a queda da frequência cardíaca recuperação pós-exercício máximo, em pacientes
com SMet e 2) Existe uma correlação inversa entre a queda da frequência cardíaca
de recuperação e a atividade nervosa simpática. Métodos: Pacientes com diagnóstico
recente de SMet (ATP-III) foram divididos em SMet com AOS (SMet+AOS, n=18,
49±2 anos) e sem (MetS-OSA n=21, 44±2 anos). Um grupo de indivíduos saudáveis
(C) também foi incluído no estudo (n=13, 47±2 anos). AOS foi determinada pelo índice
de apneia/hipopneia >15 eventos/h (polissonografia). Atividade nervosa simpática
muscular (ANSM) foi avaliada pela colocação de um microeletrodo no nervo fibular.
A modulação autonômica cardíaca avaliada através da banda de alta frequência (HF),
banda baixa frequência (LF) e o balance simpato-vagal (LF/HF) foram avaliadas pela
análise espectral (ECG). A atenuação da FC de recuperação (DFC), pela diferença
entre a FC máxima e a FC no 1º, 2º e 4º minutos após um teste cardiopulmonar
máximo. Análise estatística: ANOVA de um fator entre os grupos; correlação de
Person entre o DFC e a ANSM. Resultados: Pacientes com SMet+OSA apresentaram
níveis de ANSM (35±1vs. 28±1, 21±2, P<0.001), LF (70±4 vs. 56±4, 40±6, P<0.001) e
LF/HF (3±1 vs. 2±1, 1±1, P<0.001) maiores que os pacientes SMet-OSA e C. Pacientes
com SMet+OSA apresentaram HF (31±4 vs. 44±4, 52±5), DFC no 1ºmin (16±1 vs.
20±1, 25±1, P<0.001), no 2ºmin (27±1 vs. 33±2, 43±3, P<0.001) e 4ºmin (40±2
vs. 51±2, 58±3, P<0.001) menores que os pacientes com SMet-OSA e C. Análise
adicionais mostraram correlação inversa entre a ANSM e a LF/HF com o DFC de
recuperação (r=-0, 55; P=0, 001 e r=-0, 34; P=0, 05). Conclusões: A comorbidade
AOS atenua a queda da frequência cardíaca de recuperação pós-exercício máximo em
pacientes com síndrome metabólica, o que pode ser devido a uma recuperação vagal
diminuída e uma atividade nervosa simpática aumentada.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
137
TL 102
Disfunção Bioenergética Mitocondrial na Doença
Hipertensiva Grave em Ratos: Papel da Hiperatividade do
Sistema Renina Angiotensina.
Penteado, CT, Fereira-Melo, SE, LaGuardia, P, Faria, APC, Pires,
NF, Junior, HM, Castilho, RF, Vercesi, AE
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Introdução:O estresse oxidativo está associado a doenças cardiovasculares, tais como
a hipertensiva, na qual a mitocôndria é considerada maior fonte de espécies reativas
de oxigênio.Assim, a hipertensão promove disfunção mitocondrial e depressão
no metabolismo energético miocárdico, mecanismos ainda incertos. Avaliamos
essa hipótese e se níveis de PA relacionam-se com graus distintos de disfunção da
mitocôndria no miocárdio de ratos.Método:Aprovado pelo CEUA-UNICAMP. Grupos
experimentais (n=12):Controle (CONT, Wistar Kyoto);Geneticamente hipertensos
(SHR);Hipertensão renovascular (2K-1C);Modelos superpostos (SHR+2K-1C).Após
4 semanas, fez-se medidas da PA caudal (PAC, mmHg), ecocardiográficas, respiração
mitocondrial(Oroboros-Oxygraph 2K, Áustria) e a atividade específica da citrato
sintase(CS) em biópsias de miocárdio.Estatística:Análises de variâncias para medidas
repetidas e Bonferroni para definir diferenças entre os grupos.Significância: p<0.05.
Resultados:A PAC foi maior no grupo SHR+2K1C (238±34) que em SHR (200±14)
e 2K1C (198±23), sendo destes 2 últimos similar mas elevada em relação ao CONT
(143±20, 0) (p<0, 05 para as comparações).À ecocardiografia, as medidas do septo
interventricular (mm) mostraram-se maiores no grupo SHR+2K1C (0, 17±0, 015)
quando comparados aos demais:SHR (0, 14±0, 013), 2K1C (0, 14±0, 009) e CONT
(0, 12±0, 005) (P<0, 01); o índice de massa do VE(mg/g) foi semelhante entre os
grupos hipertensos (3, 5±0, 5; 3, 4±0, 4 e 2, 7±0, 5, respectivamente) e maior que no
CONT (1, 8±0, 2).Houve redução significativa no consumo de oxigênio estimulado
pelo ADP (pmol/(min*mg)) nos 3 grupos hipertensos:SHR= 84, 0±34, 4; 2K1C=
79, 7±17, 0; SHR+2K1C= 79, 1±33, 2 (p <0, 05 vs. CONT).A dosagem da CS foi
igual nos 4 grupos indicando disfunção mitocondrial, e não densidades mitocondriais
distintas.Desarranjo estrutural, alterações nucleares, fibrose intersticial e hipertrofia
médio-intimal de artérias intramiocárdicas foram quantificadas nos grupos, sendo
mais significativos no SHR+ 2K1C.Conclusão: Níveis de pressão arterial elevados
reduzem a velocidade de respiração mitocondrial nos cardiomiócitos, podendo ser
este mecanismo o responsável pelas lesões cardíacas encontradas.Essa disfunção
mitocondrial é proporcional aos diferentes níveis de pós-carga impostos ao ventrículo
esquerdo pela hipertensão.
TL 103
TREINAMENTO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA MELHORAM O
CONTROLE BARORREFLEXO ARTERIAL DA ATIVIDADE NERVOSA
SIMPÁTICA EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA E APNEIA
OBSTRUTIVA DO SONO
TOSCHI-DIAS, E, Trombetta IC, Dias da Silva VJ, Maki-Nunes C,
Cepeda FX, Alves MJNN, Drager LF, Lorenzi-Filho G, Negrão CE,
Rondon MUPB
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, EEFE - USP - . - SP
- BRASIL
Introdução: A síndrome metabólica(SMet) diminui o controle barorreflexo arterial da
atividade nervosa simpática muscular(CBRANSM). E, estudos recentes mostram que a
apneia obstrutiva do sono(AOS), uma frequente comorbidade em pacientes com SMet,
exacerba esta disfunção autonômica. Nós testamos a hipótese de que o treinamento
físico e a dieta hipocalórica(TF+D) melhorariam o CBRANSM em pacientes com SMet.
Além disso, o efeito do TF+D seria mais pronunciado em pacientes com SMet+AOS.
Métodos: Quarenta e quatro pacientes com SMet(ATP-III), sem uso de medicamentos,
foram consecutivamente divididos em quatro grupos: 1)Seguimento clínico(SC) sem
AOS (SMet-AOS SC, n=10); 2)TF+D sem AOS (SMet-AOS TF+D, n=13); 3)SC com
AOS (SMet+AOS SC, n=10); e 4)TF+D com AOS (SMet+AOS TF+D, n=11). Os
grupos TF+D realizaram exercício físico aeróbio(40min, 3 vezes/sem) associado à dieta
hipocalórica (-500 kcal/dia) durante quatro meses. A AOS foi determinada por meio
do índice de apneia e hipopneia(IAH)>15 eventos/hora(polissonografia). A atividade
nervosa simpática muscular(ANSM-microneurografia) e a pressão arterial batimento a
batimento (método oscilométrico, não invasivo), foram registradas durante 10 min em
repouso. O CBRANSM espontâneo(ganho e tempo de retardo) foi avaliado por meio
da análise espectral bivariada(método autorregressivo). Análise estatística: ANOVA
de dois fatores para medidas repetidas(post-hoc de Scheffé). P<0, 05 foi aceito como
diferença significativa. Resultados: O TF+D reduziu o peso corporal, a circunferência
abdominal e a pressão arterial sistólica e aumentou o VO2pico nos pacientes SMetAOS e SMet+AOS. Nos pacientes com SMet-AOS, o TF+D diminuiu a ANSM(P<0,
01) e aumentou o ganho do CBRANSM(27±3 vs. 37±3 u.a./mmHg, P=0, 03). Nos
pacientes com SMet+AOS, o TF+D diminuiu a ANSM(P<0, 001) e o tempo de
retardo(4, 1±0, 2 vs. 2, 8±0, 3 s, P=0, 04) e aumentou o ganho do CBRANSM(13±1 vs.
24±2 u.a./mmHg, P=0, 01). Além disso, o TF+D diminuiu o IAH(P<0, 01) e aumentou
a SaO2 durante o sono(P=0, 02). Nenhuma alteração significativa foi observada nos
grupos SC. Conclusão: O TF+D melhora o ganho do CBRANSM em pacientes com
SMet, independentemente da presença da AOS. No entanto, este efeito do TF+D é mais
pronunciado em pacientes com SMet+AOS, já que o tempo de retardo do CBRANSM
foi reduzido somente nos pacientes com AOS.
TL 104
EFEITOS DA EXPOSIÇÃO AGUDA À FUMAÇA DO CIGARRO NA
REATIVIDADE EM AORTA DE RATOS TREINADOS: PAPEL DO
ENDOTÉLIO VASCULAR.
Rocha, V.S., Santuzzi, C.H., Castardeli, E., Mauad, H., Cunha,
M.R.H.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - VITORIA - ES - BRASIL
No exercício físico ocorre uma dilatação da vasculatura muscular mediada por
substâncias derivadas do endotélio. Não é sabido se o fumo altera este mecanismo
protetor de regulação tecidual. O objetivo foi avaliar se a exposição aguda à fumaça
de cigarros (EFC) altera as respostas contráteis à fenilefrina em anéis de aorta de
ratos submetidos à natação. Foram utilizados ratos Wistar (250-300g) divididos em
4 grupos: CONTROLE (N=6), FUMO exposição aguda à fumaça de cigarros, N=6),
TRN (submetidos à natação, N=6) e TRN+FUMO (submetidos à natação e à EFC,
N=6). No treinamento da natação, a 1ª fase foi de adaptação (6 primeiros dias), os ratos
se exercitaram por 10 min. em uma piscina. A cada dia subsequente, o período foi
prolongado em 10 min., até que nadassem por 60 min. A 2ª fase, de treinamento, foi
de 8 semanas (5 vezes/semana, 60 min./dia). 5 dias antes do término, ratos foram
submetidos à EFC (1 vez/dia/5 dias). Para tanto, os ratos foram colocados em uma
câmara, onde jatos de fumaça de 20 cigarros foram liberados em 2 períodos de 30
min., com intervalo de 10 min. entre estes períodos. Após a última exposição, ratos
foram anestesiados e decapitados. A seguir, anéis de aorta torácica foram colocados
em um sistema de banho de órgãos isolados e ajustados a uma tensão basal de 1 g.
A reatividade vascular foi avaliada por doses crescentes de FENILEFRINA (10-12a
10-3M) em anéis com endotélio preservado (E+), após bloqueios com L-NAME (100
µM) e INDOMETACINA (10 µM) e em anéis sem endotélio (E-). Observamos que
anéis com E+ houve um aumento na resposta contrátil máxima (RMax) do grupo
TRN+FUMO (75*±7 %) em relação ao TRN (54±4 %, *p<0, 01). Em anéis E-, não
houve diferença na RMax entre os grupos TRN+FUMO e TRN (123±4 vs 138±12 %,
respectivamente), assim como no bloqueio pela INDOMETACINA (93±2 vs 103±12
%, respectivamente). O bloqueio com L-NAME não foi capaz de inibir o maior aumento
da RMax à FENILEFRINA nos grupos TRN+FUMO e TRN (155*±13vs113±4 %,
*p<0, 01). Concluímos que a exposição aguda à fumaça de cigarros altera a RMax de
anéis de aorta de ratos submetidos ao exercício físico. Sugere ainda uma importante
participação do endotélio vascular na mediação destas respostas, pela liberação de
substâncias produzidas pela via da ciclooxigenase.
TL 105
PERFIL INFLAMATÓRIO DO TECIDO ADIPOSO DE RATOS
INFARTADOS: PAPEL DO TREINAMENTO FÍSICO E DO
DESTREINAMENTO
BARBOZA. CA, Lira, FS, Santana, AA, Santamarina, AB, Oyama, LM,
Souza, CT, Rocha, LY, De Angelis, K, Irigoyen, MC, Rodrigues, B
USJT - São Paulo - SP - Brasil, UNESC - Criciuma - SC - Brasil,
UNIFESP - São Paulo - SP - Brasil, UNINOVE - São Paulo - SP Brasil, InCor - São Paulo - SP - Brasil
Estudos têm sugerido que o tecido adiposo (TA) pode contribuir para o status
inflamatório após o infarto do miocárdio (IM). No entanto, pouco se sabe sobre os
efeitos do treinamento físico (TF), bem como o papel do destreinamento (DT) nessa
condição. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do TF e do DT no
perfil inflamatório do TA em ratos infartados. Ratos Wistar machos foram divididos
em grupos: controle (C), infartado sedentário (IS), infartado treinado (IT) e infartado
destreinado (ID). Os grupos IT e ID foram submetidos a 3 meses de TF aeróbico e
o grupo ID permaneceu por mais 1 mês em DT. Ao final dos protocolos, os grupos
foram submetidos a ecocardiografia e foram mortos, para coleta do tecido adiposo.
As medidas de citocinas foram realizadas por ELISA com kits específicos para
interleucinas 6 (IL6), 10 (IL10) e fator de necrose tumoral α (TNFα). A área de IM,
semelhante entre os grupos na avaliação inicial (~40±4%), foi reduzida pelo TF e
mantida após o DT (IS: 41±3; IT: 31±2 e ID: 32±3%). O VO2 máx, reduzido nos
grupos IM, aumentou no grupo IT em relação ao C e IS. Apesar da redução, o grupo
ID permaneceu com o VO2 máx mais elevado que o grupo IS. O peso total do TA foi
reduzido no IT (5, 2±0, 5g) em relação aos grupos C (7, 2±0, 1 g), IS (7, 5±0, 1g) e ID
(6, 7±0, 6g). Os níveis de IL6 e TNFα estavam reduzidos nos grupos IT (20, 1±3, 8 e
10, 2±1 pg/ug prot) e ID (19, 5±2, 2 e 5, 9±0, 5 pg/ug prot) quando comparados aos
grupos C (31, 9±1, 6 e 11, 6±0, 9 pg/ug prot) e IS (28, 9±2, 2 e 10, 2±1, 1pg/ug prot).
Além disso, os níveis de IL10 foram reduzidos nos grupos IT e ID (9, 3±1 e 8, 5±1 pg/
ug prot) em relação ao grupo IS (13, 2±1 pg/ug prot), apresentando níveis similares
ao C (10, 3±0, 7 pg/ug prot). Os resultados do presente estudo sugerem que o TF foi
eficaz em reduzir a área de IM, aumentar o VO2 máx, bem como melhorar o perfil
inflamatório no TA de ratos infartados. Além disso, estes benefícios permaneceram
após 1 mês de DT. Dessa forma, estes achados evidenciam que a cessação do TF por
1 mês não foi suficiente para reverter os benefícios oriundos do TF, o que demonstra a
importância dessa conduta terapêutica nos ajustes inflamatórios após o IM.
138
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 106
A atorvastatina interfere no metabolismo do colágeno e
remodelamento ventricular após isquemia e reperfusão :
estudo experimental
Karla Reichert, Laura Cortellazzi, Karlos A. S. Vilarinho,
Anali G. Torina, Helison Rafael P. do Carmo, Fany Lima, Andrei
C. Sposito, Lindemberg M. Silveira-Filho, Pedro Paulo M.
Oliveira, Orlando Petrucci
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Introdução: O remodelamento ventricular após o infarto agudo do miocárdio
muitas vezes determina a sobrevida e qualidade de vida. Estratégias que favoreçam
o remodelamento ventricular de forma positiva são desejáveis. As estatinas tem ação
anti inflamatória e podem exercer diminuição nos componentes da matriz extracelular
e alterar de forma benéfica o metabolismo do colágeno.
Métodos: Ratos Wistar com peso médio de 261 ± 27, 6 gramas foram submetidos a isquemia
por 30 minutos da parede anterior do ventrículo esquerdo e reperfundidos (grupo I/R) ou
ligadura permanente da artéria interventricular anterior (grupo IAM). Todos os animais
foram mantidos por 4 semanas. Foram divididos em dois grupos: controle, recebendo
solução salina por gavagem diariamente e o grupo atorvastatina, recebendo 10 mg/kg/dia da
estatina por gavagem diariamente.Ao final de quatro semanas os animais foram avaliados
por cateter de pressão-volume e eutanasiados para análise histológica e molecular.
Resultados: Observamos diminuição da
fibrose ventricular no grupo IAM que foi tratado
com atorvastatina (20, 8 ±7, 6% vs. 15, 0±6, 7%;
P=0, 03), não se observou diferenças de fibrose
no grupo I/R tratado com atorvastatina.
O volume diastólico final do ventrículo esquerdo
no grupo IAM tratado com atorvastatina foi
menor comparado como o controle (172, 8±36,
2 microlitros vs. 220, 2±31, 6 microlitros; P=0,
04) e não se observou diferenças entre os grupos
submetidos a I/R. Interessantemente, o grupo
I/R tratado com atorvastatina apresentou maior
expressão da metaloproteinase e do prócolágeno. Conclusão: A fibrose ventricular foi menor no
grupo IAM tratado demonstrando uma melhora
no processo de remodelamento ventricular. Isto
é corroborado pelo menor volume ventricular
diastólico final observado no grupo grupo IAM
tratado com atorvastatina. O metabolismo do colágeno também foi modulado pela ação
da atorvastatina durante as quatro semanas após a isquemia. Este efeito das estatinas
ainda necessita de maiores avaliações.
TL 107
Antagonismo de receptores AT1 atenua a manifestação
de resistência à insulina e remodelação miocárdica em
modelo experimental de obesidade
Oliveira Júnior SA, Martinez PF, Guizoni DM, Campos DHS,
Torres BP, Padovani CR, Dal Pai-Silva M, Okoshi K, Okoshi MP,
Cicogna AC
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - CAMPO GRANDE - MS - BRASIL
Interações entre vias de sinalização de angiotensina II (Ang-II) e da insulina são
clássicos mecanismos de resistência à insulina e remodelação no miocárdio de obesos.
Este estudo analisou a influência do antagonismo de receptores de Ang-II do tipo
1 (AT1) sobre a expressão proteica de membros da via de sinalização insulínica e
a manifestação de remodelação no miocárdio de ratos com obesidade induzida por
dieta. Métodos: Ratos Wistar-Kyoto foram distribuídos em dois grupos: dieta
normocalórica (C; 3, 2kcal/g) e hipercalórica (OB; 4, 6kcal/g). Após 30 semanas, cada
grupo foi separado em dois subgrupos: C e CL; OB e OBL. Os grupos L receberam
Losartan (30mg/kg/dia) por cinco semanas. A seguir, foram analisadas massa e
adiposidade corporal, glicemia, insulinemia e pressão arterial sistólica. Índices
morfométricos de área miocitária e fração intersticial de colágeno foram determinados
por estudo histológico do coração. As expressões proteicas do receptor de insulina
(Rβ) e do mensageiro phosphatidylinositol 3-kinase (PI3K), nas formas total e
fosforilada em tirosina (Tyr-), foram avaliadas por meio de Western blot. Os resultados
foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0, 05). Resultados: a obesidade
foi demarcada por maiores índices de massa e adiposidade corporal dos grupos OB
e OBL, em relação aos respectivos controles (p<0, 001). Glicemia, insulinemia e
pressão foram maiores no OB comparado ao C (p<0, 05), e não diferiram entre CL e
OBL. Área cardiomiocitária foi maior no OB, comparado ao C e ao OBL (p<0, 05).
Fração intersticial de colágeno mostrou-se ampliada na obesidade e não foi afetada
pela medicação (C: 2, 89±0, 81; OB:4, 81±0, 41; CL: 1, 89±0, 61; OBL: 4, 46±0, 73%).
Dados de expressão proteica são mostrados abaixo.
TL 108
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE INTERLEUCINAS EM
PORTADORES DE FEBRE REUMÁTICA
Tania Maria de Andrade Rodrigues, Neto, D.G., Lima, W.F.S.,
Queiroz, A.A.F., Maciel, D.C., Souto, M.J.S., Varjão, A.E.L., Fonseca,
J.P.A., Dantas, J.V.L., Ferreira, A.R.
Grupo de Anatomia Molecular (DMO/UFS) - Aracaju - Sergipe - Brasil
Introdução/Fundamentos: A Febre Reumática (FR) é uma doença inflamatória, de
origem autoimune e recidivante, que surge como resposta do organismo a infecções
por Streptococcus pyogenes. Recentes estudos mostram que as citocinas parecem
desempenhar um papel central na ativação da resposta imunológica e inflamatória na
FR. Este trabalho pretende analisar a concentração das citocinas Interleucina-4 (IL4) e Interleucina-10 (IL-10) em portadores de FR, comparando-os a grupo controle.
Metodologia: O presente trabalho trata-se de uma pesquisa de campo com delineamento
experimental, transversal e analítico. Foram analisados 25 pacientes diagnosticados com
FR atendidos em um hospital de referência em Aracaju/SE, os quais foram divididos em
três grupos. O primeiro composto pelos portadores de FR submetidos à primeira troca
valvar cirúrgica (PTVC-10 pacientes), o segundo com os pacientes que iriam se submeter
à segunda troca cirúrgica (STVC-5pacientes), enquanto que no terceiro incluiram-se os
que apresentavam FR, porém de forma assintomática (10 pacientes). Dez pacientes não
portadores de FR foram utilizados como grupo controle. Coletou-se 10 mL de sangue
de cada paciente. A amostra foi centrifugada e aliquotada, após isso, foi realizada a
dosagem das interleucinas por meio do Teste ELISA Sanduíche.Análise Estatística:
Foi realizada através de medidas de tendência central, utilizando-se o Teste de ANOVA
para o cálculo das diferenças das médias entre as variáveis. O nível de significância
estatística foi de 5%.Resultados: Os portadores de FR submetidos à PTVC e a STVC
tiveram concentração média da citocina IL-4 igual a 2, 39±4, 37pg/mL e 15, 71±34, 66
pg/mL respectivamente, enquanto nos pacientes assintomáticos e no grupo controle esse
valores foram de 16, 66 ±51, 81pg/mL e de 0, 32±0, 64 pg/mL (p: 0, 56). Quanto aos
níveis de IL-10, verificou-se concentração média de 8±7, 30 pg/ml para o 1º grupo, 8,
07±2, 26 pg/ml para o segundo grupo, de 6, 97±1, 68 pg/mL para o 3º (FR assintomático)
e de 0, 77±1, 68 pg/ml para o grupo controle (p: 0, 002).Conclusão: Observou-se
aumento estatisticamente significante nas dosagens de IL-10 nos diferentes grupos de
portadores de FR quando comparados com grupo controle, o que nos leva a pensar que
esta interleucina esteja diretamente relacionada a fisiopatogênese da FR. TL 109
BMP-2 e -4 SECRETADOS POR CÉLULAS DE MUSCULATURA LISA
VASCULAR INDUZEM MIGRAÇÃO MONOCITÁRIA NA ATEROGÊNESE.
Alex Yuri Simões Sato, Alexandre Holthausen Campos
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Células de musculatura lisa vascular (CMLVs) e monócitos desempenham
papéis cruciais em todas as etapas da aterogênese. Dados prévios de nosso grupo
demonstraram que bone morphogenetic proteins (BMPs 2 e 4) e seu antagonista
Gremlin estão superexpressos em CMLVs provenientes de aortas de camundongos
deficientes para ApoE (ApoE-/-). Além disso, dados da literatura demonstraram que
Gremlin modula a migração monocitária. Este estudo investiga o papel da ativação
de receptores de BMPs no recrutamento de monócitos durante a aterogênese.
Animais ApoE-/- e C57/Bl6 (controle) com 2 meses de idade foram alimentados com
dietas normal (DN) ou hiperlipidêmica (DH) por 8 semanas. A seguir, os animais
tiveram as aortas retiradas e CMLVs isoladas para cultura. Ensaios de migração,
com ou sem silenciamento de BMPs ou Gremlin por siRNAs específicos, foram
feitos por adaptação do método de Boyden. Níveis de expressão de mRNA foram
avaliados por qPCR. Testes t ou ANOVA foram efetuados e p≤0, 05 foi considerado
significativo. Ensaios de migração evidenciaram aumento importante (6x; n=3; p<0,
01) na migração de monócitos (células THP-1) em direção a CMLVs de animais
ApoE-/- alimentados com DH em comparação às extraídas de animais C57/Bl6
sob DN. Em outros ensaios, a adição de BMP-2/-4 (10ng/ml) na câmara inferior
da placa induziu significativamente a migração dos monócitos normais (2x; n=3;
p<0, 05). O silenciamento de BMPs nas CMLVs provocou decréscimo (-60%; n=3;
p<0, 002), enquanto que redução de Gremlin levou ao aumento (+55%; n=3; p<0,
02) na quimioatração de células THP-1. Em adição, qPCR revelou que o receptor
BMPR2 encontra-se constitutivamente expresso em monócitos, possibilitando
ação quimioatraente direta de BMPs nestas células. Em conclusão, em um modelo
murino de aterosclerose, BMPs secretados por CMLV induzem, enquanto que
seu antagonista, Gremlin, inibe o recrutamento de monócitos. Estudos adicionais
estão em andamento para a melhor compreensão dos mecanismos envolvidos neste
fenômeno. A quimioatração de monócitos mediada por CMLVs e BMPs pode
representar um importante mecanismo no desenvolvimento da aterosclerose.
Grupos
Rβ
Tyr-Rβ
PI3K
Tyr-PI3K
C (n=7)
1, 00±0, 27 1, 00±0, 15 1, 00±0, 16
1, 00±0, 39
OB (n=7)
0, 95±0, 14 1, 61±0, 29 * 1, 23±0, 06 * 0, 90±0, 07
CL (n=7)
0, 67±0, 38 1, 87±0, 23 * 1, 01±0, 14
1, 71±0, 26 *
OBL (n=7)
0, 78±0, 35 2, 32±0, 20 # 1, 68±0, 25 † 2, 11±0, 39 #
Unidades arbitrárias. Valores em média±desvio padrão; *p<0, 05 vs. C;
#p<0, 05 vs. OB; †p<0, 05 vs. CL.
Conclusão: o antagonismo de AT1 atenuou a resistência insulínica e a remodelação
miocárdica em ratos obesos. Apoio: FAPESP
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
139
Hipertensão Arterial
TL 110
Hipertensão arterial iniciada na gravidez se associa com
pior controle pressórico e remodelamento ventricular
esquerdo desfavorável a longo prazo.
Roberto F. D. Mesquita, Muriel Reis, Wilson Nadruz Junior
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Objetivo: Evidências mostram que o desenvolvimento de hipertensão arterial (HA)
na gravidez se associa com aumento do risco cardiovascular ao longo da vida. Porém
não se sabe se há diferenças a longo prazo entre mulheres que desenvolveram HA a
partir da gravidez (HAG) em comparação com mulheres cuja HA não se iniciou neste
período (HANG). O objetivo foi avaliar as possíveis diferenças clínicas, metabólicas e
ecocardiográficas entre estes grupos.
Métodos: Avaliamos 54 mulheres do grupo HAG e 100 mulheres do grupo HANG,
acompanhadas em ambulatório de um hospital terciário, através de história clínica,
exame físico, exames laboratoriais e ecocardiografia. Os grupos foram pareados
por tempo de HA. Hipertrofia ventricular esquerda foi considerada quando a massa
indexada de ventrículo esquerdo (VE) foi > 51 g/m2, 7 e o padrão de concentricidade
de VE foi definido como espessura relativa da parede de VE >= 0, 045. Critérios de
exclusão: HA secundária, presença de neoplasia e cardiomiopatia hipertrófica. Os
resultados estão apresentados como média ± erro padrão e a significância estatística
foi considerada quando p<0, 05.
Resultados:O grupo HAG apresentou idade menor que o grupo HANG (46.0±1.4 vs
64.7±1.1 anos; p<0, 001), porém o tempo de HA entre os grupos foi similar (16, 6±1.1
vs 14, 7±0, 9 anos; p=0, 194). O grupo HAG apresentou maiores valores de pressão
arterial sistólica (159, 3±3, 7 vs 150, 4±2, 5 mmHg; p=0, 045) e pressão arterial
diastólica (96, 8±2, 3 vs 82, 3±1, 3; p<0, 001), apesar de fazer uso de maior número de
classes de anti-hipertensivos (3, 3±0, 2 vs 2, 5±0, 1, p<0, 001). Os grupos apresentaram
valores similares de índice de massa do VE, porém o grupo HAG apresentou maior
espessura relativa do VE (0, 457±0, 010 vs 0, 420±0, 008, p=0, 005) e maior
prevalência de hipertrofia concêntrica do VE (50% vs 30%; p=0.014). Por outro lado,
não houve diferenças entre os grupos no que se refere às demais variáveis avaliadas.
Conclusão: Os resultados indicam que o grupo HAG apresentou pior controle de
pressão arterial e remodelamento do VE desfavorável em comparação com o grupo
HANG. Estes dados sugerem que o grupo HAG pode compor uma população de
hipertensos com predisposição a desenvolver pior controle clínico e maior risco
cardiovascular em longo prazo.
TL 111
Rigidez aórtica local e regional: efeitos diferentes
sobre o remodelamento ventricular esquerdo
T Quinaglia, M Bensalah, A Redheuil, L Macron, E Bollache, N
Kachenoura, P Boutouyrie, S Laurent, E Mousseaux
Hopital Européen Georges Pompidou - Paris - Île-de-France França, Paris-Centre de recherche Cardiovasculaire - Paris
- Île-de-France - França, INSERM-U678 - Paris - Île-de-France França
Introdução: O remodelamento ventricular esquerdo (VE) é um forte preditor de mortalidade
global e cardiovascular em vários subgrupos de pacientes. A rigidez de grandes artérias é um determinante da pós-carga e do remodelamento do VE. No entanto, as propriedades elásticas
da parede aórtica varia ao longo do seu curso e ainda não se sabe se a rigidez de segmentos
locais e/ou regionais podem influenciar diferentemente o remodelamento do VE.
Métodos: A rigidez regional da velocidade de onda de pulso carótideo-femoral (VOPcf,
m/s) foi obtida por tonometria de aplanação (Pulse Pen), e do arco aórtico (VOParco) por
ressonância magnética (phase contrast RNM). A rigidez local (m/s) foi estimada na aorta
ascendente (VOPaa) e descendente (VOPad), utilizando a pressão de pulso central (cine
RNM) e a diferença da área de secção (equação de Bramwell Hill). O remodelamento
ventricular foi expresso pela razão massa do VE sobre volume diastólico final (M/V). Estatística: Média e desvio padrão. Regressão linear simples e múltipla. Transformação
logarítmica quando apropriado.
Resultados: Foram avaliados 146 pacientes (41+15 anos de idade; 43.8% mulheres)
livres de doença cardiovascular grave (hipertensos: 10.3%; fumantes: 10.6%;
diabéticos: 7.9%; IMC: 23.8+3.5).Uma análise univariada, demonstrou que a
relação M/V foi associada à idade (R²= 0, 08, p <0, 001), IMC (R²= 0, 10, p <0,
001), sexo (R²= 0, 14, p <0, 001) e pressão arterial braquial diastólica (R²= 0, 05, p
= 0, 005). Isoladamente, VOPcf e VOPaa foram fortemente associados ao M/V (R²
parcial= 0.0715, p= 0.0013; e R² parcial= 0.0745, p= 0.0010, respectivamente), mesmo
após ajuste para idade, sexo, IMC e PAD braquial. Concomitantemente, ambos VOPcf
e VOPaa foram independentemente associados ao M/V (5% da variância explicada
por cada). VOPad também foi independentemente relacionada com M/V, porém
em menor grau (R² parcial= 0.0313, p= 0.0352). Por outro lado, VOParco não foi
independentemente associada ao M/V.
Conclusão: Todos os segmentos da aorta foram relacionados ao remodelamento
concêntrico do VE, exceto o arco aórtico. Após o ajuste para fatores de risco
cardiovasculares clássicos, a rigidez da aorta ascendente e carótideo-femoral foram
as que melhor explicaram o remodelamento do VE sugerindo que segmentos da aorta
podem ter efeitos diferentes sobre o VE.
TL 112
SORO DE HIPERTENSOS RESISTENTES INDUZ APOPTOSE EM
CÉLULAS ENDOTELIAIS EM CULTURA
Gabriel A. Lima, Andréa R. Sabbatini, Ana P. C. Faria, Natália R.
Barbaro, Rodrigo G. P. Modolo, Thiago M. F. Araújo, Gabriel F.
Anhê, Wladmir M. Gordo, Vanessa Fontana, Heitor Moreno
Introdução: A inflamação tem sido associada à fisiopatologia da hipertensão arterial
e a lesões de órgãos alvo. Inclusive, níveis elevados de citocinas inflamatórias e a
produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) estão envolvidos na lesão
vascular. A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida pelo uso de três
agentes anti-hipertensivos de classes diferentes, em doses otimizadas, sem atingir
o controle pressórico, ou, o controle da pressão com o uso quatro ou mais classes.
Pacientes com HAR apresentam disfunção endotelial, caracterizada pela redução na
biodisponibilidade de óxido nítrico. Dentre os mecanismos envolvidos na disfunção
endotelial estão estresse oxidativo, inflamação e apoptose celular. Estudos prévios
de nosso laboratório mostraram que HAR têm concentrações elevadas de citocinas
inflamatórias e do marcador de estresse oxidativo, 8-isoprostano quando comparados
a normotensos (NT). Desta forma, o objetivo deste projeto foi avaliar a apoptose e
a produção de EROs em células endoteliais incubadas com o soro de portadores de
HAR comparada com soro de NT. Métodos: Células endoteliais humanas da veia do
cordão umbilical (Human Umbilical Vein Endothelial Cells- HUVECs) da linhagem
CRL-2873 foram incubadas durante 24 hs com 10% de soro de 6 indivíduos NT (PAS
117±16, PAD 75±8 mmHg) e 6 HAR com PA controlada (PAS 122±15, PAD 76±9
mmHg) sob uso de 5, 0±1, 3 classes de anti-hipertensivos. Os ensaios de apoptose e
produção intracelular de EROs foram realizados com as sondas: iodeto de propídeo e
DCFH-DA, respectivamente e analisadas em citômetro de fluxo. Análise Estatística:
Teste T não pareado com nível de significância <0, 05. Resultados: As HUVECs
incubadas com soro de HAR apresentaram maior % de apoptose que NT (5, 5±1, 5 vs 3,
5±0, 7%, p= 0, 018), no entanto não houve diferença estatística em relação a produção
de EROs, embora as células incubadas com soro de pacientes HAR apresentaram
maior produção de EROs (1241±171 vs 1070±243 RFU, p= 0, 18). Conclusão: O
soro de pacientes HAR contém substâncias que levam à apoptose e ao aumento de
EROs intracelular em células endoteliais em cultura, mesmo com o uso de agentes
anti-hipertensivos e a PA controlada. Os mecanismos relacionados a tais efeitos podem
envolver mediadores inflamatórios já que estes estão aumentados na HAR.
TL 113
A inflamação sistêmica é maior em pacientes com
hipertensão arterial resistente?
CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA, Adriana Bertolami, Aline de
Moraes, Antonio Cordeiro Junior, Marcelo Bertolami, Celso
Amodeo, Amanda Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: A inflamação é considerada atualmente emergente fator de risco
cardiovascular. No entanto, seu papel, prevalência e formas de avaliação ainda são temas a
serem discutidos, principalmente nos indivíduos com hipertensão arterial resistente (HAR).
Objetivo: Avaliar a prevalência de inflamação em indivíduos com HAR.
Métodos: Foram analisados pacientes hipertensos em ambulatório de alta complexidade.
Os pacientes foram divididos em 2 grupos, com HAR (HAR+) e indivíduos controle (HAR). Foram avaliados quanto à idade, sexo, obesidade (índice de massa corpórea ≥ 30 kg/m2),
inflamação (complemento C3 e C4, fibrinogênio e PCR ultra-sensível (us)), colesterol e glicose.
Resultados: Dos 201 pacientes analisados encontrou-se 102 (50, 7%) HA+, e 99 (49,
3%) HAR- (Tabela 1). Os pacientes HAR+ apresentaram maior fibrinogênio e C4
quando comparados aos HAR-, mesmo que com prevalência de maior uso de estatinas
e menores níveis de LDL-colesterol.
Conclusões: Na população analisada, pacientes com HAR mostraram-se com maior
dosagem sérica de marcadores inflamatórios quando comparados aos pacientes
hipertensos não resistentes.
140
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 114
ASSOCIAÇÃO ENTRE POLIMORFISMO DA ENZIMA CONVERSORA
DE ANGIOTENSINA E DOENÇA CAROTÍDEA EM PACIENTES
HIPERTENSOS
Gustavo A de Souza, Luiz T Giollo Jr, Marcela AS Pinhel,
Sabrina M Cezário, Fábio G Dias, Afonso A CarvalhoLoureiro, Luciana N Cosenso-Martin, Dorotéia R Silva Souza,
José F Vilela-Martin
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - SP BRASIL
ASSOCIAÇÃO ENTRE POLIMORFISMO DA ENZIMA CONVERSORA DE
ANGIOTENSINA E DOENÇA CAROTÍDEA EM PACIENTES HIPERTENSOS
INTRODUÇÃO: O gene da enzima conversora da angiotensina (ECA) possui
um polimorfismo bialélico, denominado Deleção (D) e Inserção (I), que afeta
diretamente a quantidade circulante desta enzima. Presença de alelo D contribui
para níveis elevados de ECA e de angiotensina II (AII), a qual pode participar
da formação do processo aterosclerótico na rede arterial. Por sua vez, a doença
carotídea é uma manifestação sistêmica comum de aterosclerose associada a um
aumento do risco de eventos vasculares e parece ter influência do polimorfismo
da ECA.
MÉTODOS: Foi um estudo transversal realizado em indivíduos hipertensos com a
finalidade de investigar a relação existente entre o polimorfismo da ECA e doença
carotídea. Ultrassom e doppler de carótidas foram utilizados para avaliação de
processo aterosclerótico. Considerou-se doença carotídea a presença de estenose
unilateral ou bilateral de carótida ≥ 10% da luz arterial. Polimorfismo da ECA foi
determinada por reação em cadeia de polimerase do segmento envolvido com o
polimorfismo.
ANÁLISE ESTATÍSTICA: Realizou-se análise descritiva das variáveis
qualitativas e os resultados são apresentados como média e desvio-padrão. Foi
admitido erro α de 5% para nível de significância p ˂ 0, 05.
RESULTADOS: Foram analisados 220 indivíduos hipertensos. A média de idade
foi de 64, 89 anos (±11, 85) [95 indivíduos (43, 2%) do sexo masculino e 125
(56, 8%) do sexo feminino. Quanto a etnia, 174 (79, 09%) eram brancos e 46
(20, 90%) não-brancos (pardos, negros, amarelos). 61 hipertensos apresentaram
o genótipo DD, 120 ID e 39 II. Encontrou-se correlação entre o polimorfismo da
ECA e doença carotídea (p=0, 002), com 26% dos indivíduos com genótipo DD
apresentando doença carotídea. 33 hipertensos (66, 0%) com alelo _D obtiveram
essa lesão de órgão-alvo. A presença de, pelo menos, 01 alelo D comparado ao
genótipo II mostrou associação com Doença Carotídea (p=0, 001).
CONCLUSÕES: Há associação entre polimorfismo da ECA e Doença Carotídea
em pacientes hipertensos, mostrando uma predisposição genética.
TL 115
Participação das adipocinas nas lesões de órgãos-alvo na
hipertensão arterial resistente.
Andréa Sabbatini, Ana P. Faria, Natalia Ruggeri, Vanessa
Fontana, Wladimir Mignoni, Rodrigo Modolo, Heitor Moreno
Junior
Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil
Introdução: Hipertensão arterial resistente (HAR) é uma condição clínica
que engloba pacientes com HAR controlada (HARC) e não controlada
(HARNC). Pacientes com HAR frequentemente apresentam alterações de
adipocinas, que atuam na inflamação sistêmica, estresse oxidativo e resistência
insulínica. Estes pacientes apresentam lesão de órgão-alvo (LOA) como, rigidez
arterial, hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e microalbuminuria (MA) e
estes parâmetros podem diferir entre os subgrupos de HAR. Resistina, leptina e
adiponectina podem ter efeitos sobre o controle da pressão arterial, entretanto,
é desconhecido se há diferença nos níveis das adipocinas e em marcadores de
LOA nos subgrupos de HAR e se as adipocinas estão associadas a LOA. Objetivo:
Comparar níveis de adipocinas e rigidez arterial, HVE e MA em pacientes HARC
e HARNC e analisar a relação entre adipocinas e LOA. Métodos: Foram avaliados
em pacientes HARC (n=38) e HARNC (n=51) o IMC, pressão de consultório e
MAPA, concentrações plasmáticas de adiponectina, leptina e resistina (ELISA),
VOP, MA e ecocardiograma. Análise Estatística: Foi utilizado o teste de MannWhitney para comparação das variáveis contínuas e Spearman para análise de
correlaç&atild e;o entre os subgrupos. Resultados: Níveis de leptina e resistina
estavam aumentados (30, 4±16, 8ng/mL; p=0, 004 e 11, 3±4, 0pg/mL; p=0, 007
respectivamente)em pacientes HARNC, enquanto os níveis de adiponectina
diminuídos (4, 7± 2, 6ug/mL; p<0, 001). Rigidez arterial, HVE e MA estavam
aumentados (11, 3±2, 5m/s; p<0, 001; 153, 6±35, 1g/m2; p<0, 001; e 92, 4±97,
0 mg/g; p<0, 001 respectivamente) no subgrupo com HARNC. Neste subgrupo
encontramos correlação inversa entre adiponectina e VOP (r = -0, 42, p<0, 01) bem
como com MA (r = -0, 48, p <0, 01). Houve correlação positiva entre leptina e VOP
(r=0, 37, p=0, 02) somente no subgrupo HARNC e a resistina não se correlacionou
com marcadores de LOA em ambos os grupos. Conclusão: Hipodiponectinemia
está associada à presença de maior rigidez arterial e MA somente em pacientes
HARNC. Níveis elevados de leptina estão associados somente com rigidez arterial
neste mesmo subgrupo. Essas adipocinas podem ser responsáveis pela resistência
a terapia anti-hipertensiva, contribuindo para a dificuldade de controle pressórico
neste subgrupo de HAR.
TL 116
Teste Rápido da Fludrocortisona na Identificação da
Sensibilidade a Sal
Abreu AP, Silva GV, Ortega KC, Castro I, Mion Jr D
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP - São
Paulo - SP - Brasil
INTRODUÇÃO: A sensibilidade ao sal, definida como a variação da pressão
arterial (PA) frente à ingestão de diferentes teores de sal, possui implicações
clinicas e prognósticas. No entanto, o teste padrão-ouro para tal diagnóstico é
dificilmente aplicado na prática clínica em função do tempo e da difícil adesão
aos ciclos de dietas hipossódicas e hipersódicas. O objetivo deste estudo foi
avaliar se o uso da fludrocortisona, medicamento que atua nos túbulos renais
distais acarretando retenção de sódio, possui boa acurácia quando comparado ao
ciclo de dietas. MÉTODOS: Trinta voluntários hipertensos não medicados foram
submetidos a dois testes, com intervalo de um mês entre eles, e com delineamento
cruzado. O ciclo de dietas consistiu em uma semana com dieta com baixo teor de
sódio (40 mEq Na/dia) e uma semana com alto teor de sódio (240 mEq Na/dia). O
teste da fludrocortisona consistiu na administração de 0, 4mg/dia por 7 dias com
ingestão alimentar habitual. A PA foi medida ao final de cada ciclo de dietas e no
primeiro e último dias da fludrocortisona. ANÁLISE ESTATÍSTICA: O poder
discriminatório do teste foi analisado através da área sob a curva ROC (ASCROC),
tendo sido calculados sensibilidade, especificidade, e valores preditivos positivo e
negativo. RESULTADOS: Os 30 voluntários (60% femininos), com idade média de
53, 7 ± 7, 6 anos, tinham média de PA sistólica de 146 ± 12 mmHg e diastólica de
91 ± 10 mmHg. As médias do NaU nos ciclos de dietas hipo e hipersódicas foram
respectivamente 40 ± 25 mEq/vol, e 212 ± 44 mEq/vol. Durante a administração
da fludrocortisona houve redução significativa da renina, aldosterona e potássio em
relação ao período basal. As ASROC para o teste de referência foram 0, 89 ± 0, 04
(p<0, 001), 0, 77 ± 0, 06 (p<0, 001) e 0, 66 ± 0, 07 (p=0, 032) para respectivamente
PAS, PAM e PAD. As ASROC para o teste de fludrocortisona foram 0, 85 ± 0, 05
(p<0, 001), 0, 73 ± 0, 06 (p=0, 002), e 0, 63 ± 0, 07 (p=0, 079) para respectivamente
PAS, PAM e PAD. A sensibilidade, especificidade, VPP e VPN do teste foram de
90%, 100%, 100% e 18%, respectivamente. CONCLUSÃO: A administração da
fludrocortisona na dose de 0, 4mg/dia por 7 dias em hipertensos pode ser utilizado
no diagnóstico de sensibilidade ao sal, com boa acurácia quando comparado ao
teste de referência do ciclo de dietas.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
141
TL 117
Infliximabe previne o aumento da pressão arterial
sistólica e regula a via AKT/eNOS em aorta de ratos
espontaneamente hipertensos
Silvia Elaine Ferreira-Melo, Ademir G. Filho, Andrezza Kinote,
Daniel J. Pereira, Andre Renno, Rodrigo C. dos Santos, Licio A.
Velloso, Silvana Bordin, Gabriel F. Anhê, Heitor Moreno Jr.
Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil, USP - São Paulo - São
Paulo - Brasil
Introdução: O aumento de pressão arterial sistólica (PAS) é uma comorbidade
associada à síndrome metabólica envolvendo mecanismos inflamatórios de sinalização
intracelular. A insulina é um hormônio que apresenta propriedades vasodilatadoras por
ativar a enzima sintase endotelial do óxido nítrico (eNOS), mecanismo este dependente
da via proteína quinase serina/treonina (AKT) que está gravemente comprometido em
obesos e hipertensos. A neutralização dos níveis circulantes do TNF-α pelo infliximabe
contribui para melhora da resposta glicêmica, entretanto, ainda são desconhecidos os
efeitos desta estratégia farmacológica envolvendo a PAS e ativação da eNOS. Este
estudo avaliou as alterações na PAS e hipertrofia cardíaca em ratos espontaneamente
hipertensos (SHR) tratados com infliximabe. Além disso, avaliamos a ativação de
proteínas que envolvem a atividade insulínica e a resistência insulínica mediada por
TNF-α em aorta e ventrículo esquerdo. Métodos: Ratos Wistar Kyoto (WKY) e SHR
foram divididos em 6 grupos (n=10) recebendo água como veículo, 1, 5 e 6, 0 mg/Kg/
semana de infliximabe durante 8 semanas. Foram realizados os testes de tolerância
à insulina e à glicose. A PAS foi determinada pelo método não invasivo de pressão
caudal e o índice de massa ventricular esquerdo foi avaliado pela ecocardiografia
bidimensional. A análise histológica por microscopia foi realizada para avaliação
tecidual de cardiomiócitos e as proteínas AKT, eNOS, caspase-3 foram analisados nos
tecidos aorta e ventrículo esquerdo por western blot. Análise Estatística: A diferença
estatística entre os grupos foi determinada pelo teste ANOVA (1 via), com pós-teste de
Tukey-Kramer. Resultados: O infliximabe previniu o aumento da PAS e hipertrofia do
ventrículo esquerdo em SHR tratado em comparação com veículo. Estes efeitos foram
paralelamente relacionados com aumento de fosforilação da AKT/eNOS e redução na
fosforilação do inibidor do fator nuclear kappa-B e proteína quinase c-Jun N-terminal
(JNK) na aorta. Conclusões: Nosso estudo revelou os benefícios cardiovasculares do
tratamento com infliximabe em SHR. Ainda, nossos achados sugerem que a redução
da PAS e da hipertrofia ventricular esquerda pelo uso de infliximabe contribuem para
redução de inflamação endotelial e restabelecimento da via intracelular AKT/eNOS.
TL 118
Comparação in vitro entre cateter de ablação não
irrigado e irrigado na denervação simpática renal
Rodolfo Staico, Luciana Armaganijan, Cristiano Dietrich,
Alexandre Abizaid, Renato Lopes, Joaquim Almeida, Marcello
Franco
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: A denervação simpática renal (DSR) vem sendo utilizada no
tratamento da hipertensão arterial resistente em casos selecionados. Entretanto,
nenhum estudo comparou os efeitos do diferentes cateteres e energias neste
contexto. Objetivos: Comparar os efeitos de diferentes cateteres de ablação na
DSR em um modelo experimental. Métodos: Uma caixa acrílica, especialmente
desenvolvida para este fim, foi preenchida com Ringer lactato, constantemente
circulante por meio de uma bomba, a fim de se mimetizar o fluxo sanguíneo. Um total
de seis artérias renais de porco foram seccionadas em seu eixo longo e posicionadas na
caixa. Uma bomba de aquecimento foi utilizada para manter a temperatura do fluido
constante a 37°C. O cateter foi então posicionado obliquamente à artéria, mantendose uma pressão de contato constante. Aplicações de radiofrequencia foram realizadas
utilizando-se três diferentes cateteres: 4mm 7F (Marinr®, Medtronic®), 4mm 5F
(Marinr®, Medtronic®) e irrigado (Sprinklr®, Medtronic®). Para ablação com cateter
irrigado, um sistema de irrigação aberta foi utilizado mantendo-se fluxo de 17mL/
min. Resultados: Um total de 18 aplicações foram realizadas. Injúria nervosa renal
foi observada utilizando-se o cateter 5F e energia de 8W apenas quando a duração
da aplicação foi de 120sec (menor lesão com durações de 30 e 60seg). Por outro
lado, significante dano nervoso foi observado com o cateter 4mm 7F com todas as
potências e durações testadas (8 e 15W, 30, 60 e 120 seg). Lesões mais profundas
foram notadas quando o cateter irrigado foi utilizado, independentemente da potência
e duração. Conclusões: O cateter irrigado gera lesões mais profundas e pode ser mais
benéfico no tratamento da hipertensão arterial resistente. A aplicabilidade clínica
destes resultados, entretanto, deve ser confirmada.
TL 119
EXERCÍCIO FÍSICO MODULA FIBROSE MIOCÁRDICA E MELHORA A
FUNÇÃO DIASTÓLICA E CONTRÁTIL DO VENTRÍCULO ESQUERDO
EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS
LUANA URBANO PAGAN, DAMATTO RL, CEZAR MDM, GIMENES R,
CAMPOS DHS, LIMA ARR, BONOMO C, ROSA CM, OKOSHI MP, OKOSHI K
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: A sobrecarga de pressão causada pela hipertensão arterial pode gerar
mudança na arquitetura do colágeno e favorecer o aumento de fibrose e rigidez
miocárdica, com consequente disfunção do ventrículo esquerdo (VE). O exercício
físico (EF) pode ter efeito benéfico nesse processo. Dessa forma, o objetivo desse
estudo foi avaliar a influência do EF na estrutura e função do VE e na matriz colágena
intersticial de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Métodos: SHR machos
com 16 meses de idade foram divididos em dois grupos: sedentário (SED, n=14) e
exercitado (EX, n=14). O EF foi realizado em esteira rolante (velocidade: 12 metros/
min.), durante 30 min./dia, 5 vezes/sem. por 16 sem. A pressão arterial sistólica foi
medida na cauda pelo método da pletismografia. Ecocardiograma foi utilizado para
avaliação cardíaca in vivo, e a preparação do músculo papilar isolado do VE para
estudo funcional in vitro. As concentrações miocárdicas de colágeno total, solúvel
e hidroxiprolina foram determinadas por espectrofotometria. Análise da expressão
gênica foi realizada por RT-PCR em tempo real para os genes de colágeno I, colágeno
III e lisil oxidase.Estatística: as comparações foram realizadas por teste t de Student
(p<0, 05). Resultados: A pressão arterial sistólica não diferiu entre os grupos (SED:
212±22; EX: 225±20 mmHg). O ecocardiograma mostrou redução da velocidade de
deslocamento tardio do anel mitral (onda A’, Doppler tissular) no grupo EX (3, 30±0,
67 vs 4, 19±1, 11 cm/s). A função miocárdica in vitro foi melhor no grupo exercitado
(tensão desenvolvida: 7, 60±1, 83 vs 6, 21±1, 11 g/mm2; derivada positiva da tensão:
67, 0±17, 9 vs 53, 4±9, 98 g/mm2/s). Não houve diferença significante nos valores
do colágeno total e solúvel entre os grupos. A hidroxiprolina foi menor no grupo EX
(0, 22±0, 04vs 0, 32±0, 08 µm/mg). A expressão dos genes acima foi semelhante
entre os grupos. Conclusão: O exercício físico diminui a concentração miocárdica
de hidroxiprolina e melhora a função diastólica do ventrículo esquerdo e a função
contrátil do miocárdio em ratos espontaneamente hipertensos. Apoio: CAPES e CNPq.
TL 120
Valor da pressão arterial sistólica no prognóstico de
pacientes com síndrome coronária aguda no setor de
emergência
Alexandre de Matos Soeiro, Marina D. Coletta, Luis B. C.
Seguro, Maria C. F. Almeida, Cinthia G. F. Dias, Graziela S.
Ferreira, Jose Fabri Jr., Carlos V. Serrano Jr., Ludmila Hajjar,
Mucio T. Oliveira Jr.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Estudos recentes têm relatado que a pressão arterial sistólica (PAS) tem
valor prognóstico em pacientes com síndrome coronária aguda (SCA). Métodos:
Trata-se de estudo prospectivo observacional com objetivo de avaliar se o valor da
PAS aferido na admissão hospitalar tem influência no prognóstico intrahospitalar. Para
tal os pacientes foram divididos em três grupos: grupo I: PAS <120 mmHg; grupo
II: PAS entre 120 e 140 mmHg; grupo III: PAS>140 mmHg. Foram incluídos 373
pacientes (138 no grupo I, 115 no grupo II e 120 no grupo III) com SCA entre maio de
2.010 e novembro de 2.012. Os seguintes dados foram obtidos: idade, sexo, presença
de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemia, história
familiar para doença coronária precoce, doença arterial coronária prévia (angioplastia
ou cirurgia de revascularização miocárdica anterior), hemoglobina, creatinina, pico
de troponina, fração de ejeção do ventrículo esquerdo e medicações utilizadas.
Análise estatística: O desfecho primário foi mortalidade por todas as causas. O
desfecho secundário foi eventos combinados (Killip III/IV, reinfarto, morte, acidente
vascular cerebral e sangramento) e tempo de internação. A comparação entre grupos
foi realizada através de Q-quadrado e teste-T independente. A análise multivariada
foi realizada por regressão logística, sendo considerado significativo p < 0, 05.
Resultados: Aproximadamente 62% eram homens e a médias de idade foi de 64 anos.
No grupo III, observou-se maior valor de idade (66, 95 x 62, 23 x 61, 82, p=0, 002),
maior prevalência de diabetes (46, 7% x 30, 4% x 38, 3%, p=0, 03), hipertensão (94,
2% x 67, 4% x 79, 1%, p<0, 001), revascularização miocárdica prévia (26, 7% x 13,
8% x 13%, p=0, 007), maior uso de inibidores de enzima conversora de angiotensina
(73, 3% x 52, 2% x 55, 8%, p=0, 005) e B-bloqueador (80% x 67, 4% x 64, 3%,
p=0, 05) em relação aos grupos I e II, respectivamente. Não se observaram diferenças
significativas em relação à mortalidade e eventos combinados entre os grupos.
Conclusão: Diferenças significativas foram observadas em relação à características
basais da população. No entanto, neste estudo o valor da PAS isolado não teve impacto
prognóstico intrahospitalar.
142
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 121
INFLUÊNCIA DA HIPERTENSÃO SOBRE O PERFIL NEUROVASCULAR
EM REPOUSO E DURANTE EXERCÍCIO ISOMÉTRICO EM
CORREDORES AMADORES
PATRICIA DE SA PERLINGEIRO, Igor Lucas Gomes dos Santos,
Luciene Ferreira Azevedo, Maria Urbana P.B. Rondon, Carlos
Eduardo Negrão, Luciana D.N.J. de Matos
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, HOSPITAL
ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial ocasiona prejuízo neurovascular em indivíduos
sedentários, em repouso e durante exercício isométrico. Entretanto, ainda é desconhecido
se hipertensos praticantes de corrida também possuem este mesmo prejuízo. Desta forma,
este estudo avaliou o perfil neurovascular em repouso e durante exercício isométrico de
corredores amadores hipertensos. MÉTODOS: 17 corredores hipertensos (CH) (42±1
anos) e 20 normotensos (CN) (43±1 anos) do sexo masculino foram avaliados. Fluxo
sanguíneo do antebraço (pletismografia de oclusão venosa) e atividade nervosa simpática
muscular (ANS) (microneurografia) foram medidos em repouso e durante 3 min. de
exercício isométrico de handgrip, na intensidade de 30% da contração voluntária máxima.
ANÁLISE ESTATÍSTICA: Test t de student foi utilizado para comparar dados de
repouso entre os grupos. ANOVA de 2 caminhos para medidas repetidas foi utilizada para
comparar a resposta dos grupos durante o exercício isométrico. Post hoc de Scheffé´s foi
realizado quando encontrada significância. Resultados são apresentados como média±erro
padrão. Foi adotado P<0, 05 para significância. RESULTADOS: Pressão arterial sistólica
(139, 3±2 vs. 112, 8±2 mmHg; P<0, 01), diastólica (92, 6±2 vs. 75, 3±2 mmHg; P<0, 01)
e média (108, 2±1 vs. 87, 8±1 mmHg; P<0, 01) foram maiores no grupo CH, em relação
ao grupo CN, respectivamente. Em repouso, o fluxo sanguíneo do antebraço (2, 12±0, 1 vs
2, 27±0, 1 ml/min/100ml; P=0, 44) e a condutância vascular do antebraço (2, 09±0, 1 vs 2,
43±0, 2, unidades; P=0, 12) foram semelhantes entre os grupos CH e CN, respectivamente.
Entretanto, em repouso, a ANS foi maior no grupo CH em relação ao grupo CN, tanto em
disparos/min (26±1, 3 vs 21±1, 3; P=0, 02) quanto em disparos/100bat (52±1, 9 vs 42±1,
5; P<0, 01), respectivamente. Durante o exercício de handgrip, ambos os grupos exibiram
o mesmo comportamento para a resposta do fluxo sanguíneo (P=0, 53), da condutância
vascular do antebraço (P=0, 20) e da ANS (disparos/min, P=0, 34; disparos/100bat,
P=0, 64). CONCLUSÃO: Corredores hipertensos, apesar de apresentarem atividade
nervosa simpática muscular mais alta em repouso, não apresentam prejuízo na resposta
neurovascular durante exercício isométrico em relação aos corredores normotensos.
Insuficiência Cardíaca
TL 122
DIABETES MELLITUS EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS
IDOSOS CAUSA PIORA DO REMODELAMENTO CARDÍACO E DOS
PARÂMETROS BIOQUÍMICOS SÉRICOS
Camila Moreno Rosa, Natasha Priscila Xavier, Dijon Henrique
Salomé de Campos, Ana Angélica Henrique Fernandes, Camila
Gimenes, Rodrigo Gimenes, Marcelo Diacardia Mariano Cezar,
Luana Urbano Pagan, Marina Politi Okoshi, Katashi Okoshi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: Sabe-se que a associação de diabetes mellitus (DM) e hipertensão
arterial sistêmica (HAS) resulta em maiores danos estruturais e funcionais cardíacos
do que isoladamente. No entanto, poucos são os estudos que têm analisado essa
associação, principalmente em ratos idosos. Objetivo: Analisar a influência do DM
sobre a remodelação cardíaca em ratos senescentes hipertensos. Métodos: Ratos
espontaneamente hipertensos (SHR), machos, com 18 meses de idade, foram divididos
em dois grupos: controle (CTL, n=15) e diabético (DM, n=15). Nove semanas após
indução de DM por estreptozotocina (40 mg/kg, ip, dose única) foram realizados
ecocardiograma e estudo da função contrátil em músculo papilar do ventrículo
esquerdo (VE). Amostras do VE foram obtidas para medir o diâmetro dos miócitos, a
área ocupada pelo colágeno e a concentração de hidroxiprolina. A análise bioquímica
foi realizada no soro. Estatística: teste t de Student (p<0, 05). Resultados: O grupo
DM apresentou: dilatação do VE e átrio esquerdo com piora da função sistólica do
VE (% variação de diâmetro: CTL, 48, 6±7, 9; DM, 40, 0±8, 6); comprometimento
da função contrátil miocárdica avaliada pelos índices tensão desenvolvida (CTL: 5,
38±2, 76; DM: 3, 56±1, 82 g/mm²), derivada positiva da tensão (CTL: 43, 2±22, 5;
DM: 25, 7±15, 4 g/mm²/s) e tempo para atingir o pico da tensão desenvolvida (CTL:
236±30; DM: 264±24 ms). O diâmetro dos miócitos, a fração colágena miocárdica e
a concentração de hidroxiprolina miocárdica não apresentaram diferença significante
entre os grupos. A avaliação bioquímica mostrou nível elevado de glicose (CTL:
89±21; DM: 487±28 mg/dL), diminuição do HDL-colesterol (CTL: 41, 2±2, 69; DM:
33, 8±2, 08 mg/dL) e maior concentração de uréia (CTL: 53, 7±8, 91; DM: 77, 9
± 16, 0 mg/dL) no grupo diabético. Conclusão: O diabetes mellitus causa piora do
remodelamento cardíaco e de parâmetros bioquímicos em ratos espontaneamente
hipertensos idosos. Apoio: CAPES e CNPq.
TL 123
É possível retardar o desenvolvimento da doença
vascular do enxerto no coração transplantado com o
uso metotrexato ligado à nanoemulsão?
Fiorelli AI, Lourenço-Filho DD, Tavares ER, Maranhão RS,
Gutierrez PS, Stolf NAG, Jatene FB
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
A doença vascular do enxerto é uma complicação insidiosa, caracterizada por inflamação
perivascular persistente com hiperplasia intimal e representa o pricipal fator limitante do
transplanre em longo prazo. Em estudos experimentais anteriores tendo demonstrado a
redução da aterosclerose induzida com o uso de quimioterápico associado à nanoparticulas
de colesterol de LDE e com mínima toxicidade.
Analisar o comportamento de doença vascular do enxerto nos vasos coronários e o
grau de hiperplasia intimal comparativamente no coração transplantado de coelhos que
receberam nanopartículas de LDE-Metotrexato.
Vinte coelhos machos da raça Nova Zealand(Brancos) com peso médio de 3, 4±0, 6kg
e 20 machos (Vermelhos) com peso médio de 2, 7±0, 5kg, sendo que os brancos foram
os receptores de enxertos cardíacos dos coelhos vermelhos. Os animais receptores
foram divididos em dois grupos: 1) grupo LDE-metotrexato: 10 coelhos tratados
com metotrexato 4mg/kg de peso corporal associados à nanopartículas de LDE por
via intravenosa semanalmente, durante as 6 semanas subsequentes. 2) grupo controle:
10 coelhos tratados com 3 ml de solução salina administrada por via intravenosa
durante o mesmo período. Todos os animais receberam ração enriquecida de 0, 5%
de colesterol e 10mg/kg/dia ciclosporina A. Após o período experimental, os coelhos
foram sacrificados para análise. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Experimentação Animal da Universidade de São Paulo.
A Tabela 1 expressa a morfometria das coronárias dos enxertos cardíacos de ambos
os grupos.
Conclusões – A infusão
endovenosa
de
metotrexato acoplado à
nanoparticulas de LDE
foi capaz de retardar o
desenvolvimento
da
doença vascular do
enxerto induzida em
coração de coelhos,
indicando que esta nova
terapêutica
pode
representar uma estratégia promissora que deve ser explorada em futuros estudos.
TL 124
Efeito do Treinamento Físico Associado à Terapia
de Ressincronização Cardíaca em Pacientes com
Insuficiência Cardíaca
Nobre TS, Martinelli M, Antunes-Correa LM, Alves MJ, Rondon
MU, Groehs RV, Siqueira SF, Oliveira PA, Mathias Jr W, Negrao CE
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Escola de
Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo - SP - SP
- Brasil
Introdução Sabe-se que o treinamento físico (TF) reduz da atividade nervosa simpática
muscular (ANSM), aumenta o fluxo sanguíneo muscular e a capacidade física, além
de melhorar a qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). O que
não se conhece são os efeitos do TF associados à terapia de ressincronização cardíaca
(TRC) em pacientes com IC. Nós testamos a hipótese de que o TF associado à TRC
diminuiria a ANSM e a vasoconstrição periférica e, em consequência, melhoraria a
capacidade física em pacientes com IC.
Métodos Vinte e três pacientes com IC submetidos a um mês de TRC, idade entre 18
e 70 anos e fração de ejeção≤35% foram randomizados em 2 grupos: treinados(n=11)
e não-treinados(n=12). Dez indivíduos saudáveis (n=10) também foram estudados. A
ANSM foi medida diretamente pela técnica de microneurografia. O fluxo sanguíneo
muscular foi avaliado pela técnica de pletismografia de oclusão venosa. A capacidade
física foi avaliada pelo teste cardiopulmonar e a função cardíaca pelo ecocardiograma.
O TF foi realizado em esteira ergométrica 3 vezes por semana durante 4 meses.
Análise estatística Foi utilizada a ANOVA de um fator para comparação entre os grupos
no período basal, 1 mês após o implante da TRC, e após o período de intervenção que
durou 4 meses. A diferença dentro do grupo provocada pela intervenção foi testada
pelo teste-t de Student para dados pareados.
Resultados No período pré-intervenção, a ANSM era maior (P=0, 004) e o fluxo
sanguíneo muscular menor (P=0, 059) nos pacientes com IC quando comparados
com os indivíduos saudáveis. O TF reduziu a ANSM para níveis semelhantes àqueles
observados nos indivíduos saudáveis (P=0, 70). Além disso, aumentou o fluxo
sanguíneo muscular (P=0, 02), a fração de ejeção (P=0, 04) e a capacidade funcional
(P=0, 04), o que não foi observado no grupo sedentário.
Conclusão O treinamento físico associado à TRC provoca melhora expressiva no
controle neurovascular, na função cardíaca e na capacidade física em pacientes com
IC, o que sugere que esta associação terapêutica é segura e altamente recomendável a
pacientes portadores de IC.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
143
TL 125
INTRODUÇÃO PRECOCE DE ESPIRONOLACTONA REDUZ
A HIPERTROFIA E O COLÁGENO CARDÍACO E MELHORA O
DESEMPENHO MIOCÁRDICO EM RATOS HIPERTENSOS
MARCELO DIARCADIA MARIANO CEZAR, RICARDO LUIZ DAMATTO,
LUANA URBANO PAGAN, ALINE REGINA RUIZ LIMA, CAMILA MORENO
ROSA, PAULA FELIPPE MARTINEZ, DIJON HENRIQUE SALOMÉ CAMPOS,
CAMILA BONOMO, MARINA POLITI OKOSHI, KATASHI OKOSHI
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: Estudos clínicos e experimentais mostraram que a aldosterona exerce
efeitos deletérios sobre o sistema cardiovascular, e que o seu bloqueio melhora a
sobrevida e atenua a remodelação ventricular na insuficiência cardíaca avançada. Assim,
o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da administração precoce do bloqueador
de aldosterona, espironolactona (ESP), sobre a estrutura e função cardíaca de ratos
espontaneamente hipertensos (SHR), e investigar a remodelação da matriz extracelular.
Métodos: Ratos SHR com 13 meses de idade foram divididos em dois grupos:
controle (CTL, n=12); e ESP (n=19), tratado com ESP (20 mg/kg/dia) por seis meses.
Avaliação estrutural e funcional cardíaca in vivo foi realizada por ecocardiograma.
Estudo funcional miocárdico in vitro foi realizado pela técnica do músculo papilar do
ventrículo esquerdo (VE). O grau de hipertrofia ventricular foi analisado pela pesagem
dos ventrículos e pela medida da área seccional dos miócitos.Amostras do VE foram
obtidas para análise das concentrações de colágeno total e solúvel e para avaliação da
expressão proteica da lisil oxidase. Estatística: As comparações foram realizadas por
teste t não pareado de Student e exato de Fisher (p<0, 05). Resultados: Não houve
diferença na pressão arterial sistólica entre os grupos. A mortalidade foi menor no grupo
ESP, mas sem diferença estatística (12, 5% vs. 25%). O ecocardiograma não mostrou
diferença entre os grupos. A avaliação in vitro mostrou melhora da contratilidade e do
relaxamento miocárdico no grupo ESP (tensão desenvolvida: 5, 22±1, 64 vs. 6, 80±1,
49 g/mm2; derivada positiva de tensão: 46, 9±17, 4 vs. 61, 0±17, 4 g/mm2/s; derivada
negativa de tensão: 21, 6±5, 43 vs. 28, 9±7, 06 g/mm2/s). Os pesos do ventrículo direito
e dos átrios foram menores no grupo ESP, bem como a área seccional dos miócitos do
VE (CTL: 533±94; ESP: 393±58 µm2). A ESP reduziu a concentração de colágeno total
(p=0, 03), enquanto o colágeno solúvel foi semelhante entre os grupos. A expressão
proteica de lisil oxidase foi menor no grupo ESP. Conclusão: A introdução precoce
de espironolactona em ratos espontaneamente hipertensos reduz a hipertrofia, melhora
a contratilidade e o relaxamento cardíaco, além de modificar a qualidade e diminuir o
colágeno miocárdico. Apoio: FAPESP e CNPq.
TL 126
PACIENTES COM INSUFICIENCIA CARDÍACA E VO2 INTERMEDIÁRIO.
PAPEL DO VE/VCO2 SLOPE NA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA
MORTALIDADE GLOBAL OU TRANSPLANTE CARDÍACO.
JOAO MANOEL ROSSI NETO, Cipullo, R, Finger, MA, Ferraz, A,
Casadei, C, Hossri, C, Mastrocolla, L, Saliba, L, Buglia, S,
Meneghelo, R
Instituto Dante Pazzanese - Sao Paulo - SP - Brasil
Fundamento: O VO2 pico é variável prioritária do teste cardiopulmonar (TCP) para
avaliação de pacientes com insuficiência cardíaca avançada (ICa), sendo discriminante para
indicação de transplante cardíaco (Tx). Entre os pacientes com VO2 intermediário (10-14
ml/Kg/min) a estratificação de risco continua um desafio e a adição do VE/VCO2 slope
(S) poderia estratificar melhor o prognóstico neste grupo. Objetivo: comparar mortalidade
global ou Tx nos p com ICa entre vários intervalos de VO2 e S. Metodologia: estudo de
coorte prospectivo, p com ICa referenciados consecutivamente para o TCP. A curva ROC
mostrou que o ponto de corte para S foi de 46 (AUC=0, 659, p=0, 001). Calculada curva
de sobrevida entre os vários intervalos. Os grupos foram divididos em G1 (VO2<=10), G2
(VO2 de 10-14 e S<=46), G3 (VO2 de 10-14 e S > 47), G4 (VO2 > 14) com distribuição
de 17%, 10%, 21% e 52%, respectivamente. Resultados: 230 p, 72% masculino, 40%
isquêmicos, 85% em betabloqueador, idade média 50, 4±10, 4 anos e fração de ejeção média
de 29%±6, 7. Período de acompanhamento de 3 anos. Curva de Kaplan Meier mostrou
diferença entre todos os grupos (p=0, 005), porém sem diferença entre G1 e G3 (p=0, 556).
Conclusão: os dados
sugerem que p com ICa
em
uma
zona
intermediária mas com
VE/VCO2 slope elevado
(G3) tem uma mortalidade
semelhante ao grupo de
pior fator prognóstico
conhecido
(G1).
A
inclusão desta varíavel na
estratficação de risco,
poderá ajudar a seleção de
candidatos
para
transplante ou identificar
aqueles que necessitam de
acompanhamento clínico mais próximo ou uso de terapia com dispositivos.
TL 127
Treinamento Físico Reduz AngII Aumentando o Balanço
Ang(1-7)/AngII e a Atividade da ECA2 Sistêmica na
Insuficiência Cardíaca
GOMES-SANTOS, Igor Lucas, FERNANDES, T, COUTO, GK, ROSSONI, LV,
FERREIRA-FILHO, JC, SALEMI, VM, CASARINI, DE, OLIVEIRA, EM, BRUM,
PC, NEGRÃO, CE
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, EEFE-USP - São
Paulo - SP - BRASIL, ICB-USP - São Paulo - SP - Brasil, UNIFESP/EPM São Paulo - SP - Brasil
Introdução: Evidências acumuladas mostram que o treinamento físico (TF) diminui
os níveis de AngII. Entretanto, não se conhece se o TF provoca alterações no eixo
ECA2-Ang(1-7). Um aumento neste eixo pode auxiliar, sobremaneira, no tratamento
da insuficiência cardíaca (IC) na medida em que a ECA2 converte AngII em Ang(1-7),
isto é, um vasodilatador. Nós testamos a hipótese de que o treinamento físico aumenta
o eixo ECA2-Ang(1-7) sistêmico. Para isso, submetemos ratos Sham e ratos IC ao TF.
Métodos: Ratos Wistar (280-300g) foram submetidos à oclusão da artéria coronária
descendente anterior ou à cirurgia fictícia (Sham). VO2pico e função cardíaca
(ecocardiograma) foram avaliados após 30 dias da cirurgia e ao final do estudo. Eles
foram consecutivamente randomizados em: 1) não treinados (NT, n=13), 2) treinados
(T, n=11), 3) IC não treinados (ICNT, n=11) e 4) IC treinados (ICT, n=10). TF foi
realizado por 8 semanas, em esteira rolante (60min, 55% do VO2pico, 5 dias/semana).
Concentração plasmática de AngII e Ang(1-7) (HPLC, pmol/mL) e atividade sérica de
ECA e ECA2 (Fluorimetria, uF/min/mL) foram avaliadas no final do estudo.
Análise estatística: Diferenças entre os grupos treinados e não treinados foram
analisadas utilizando o teste t de Student para amostras não pareadas, e a relação entre
variáveis por correlação linear de Pearson, sendo significantes P ≤ 0, 05.
Resultados: Frações de encurtamento e de ejeção foram significativamente menores nos
ratos com IC. O TF aumentou o VO2pico em ambos, ratos Sham e IC. O TF diminuiu
as concentrações plasmáticas de AngII nos ratos Sham (T=82, 79±10, 36 vs. NT=165,
87±10, 93pmol/mL, P<0, 001) e nos ratos IC (ICT=79, 17±9, 53 e ICNT=158, 89±14,
75 pmol/mL, P<0, 001). O TF não alterou as concentrações de Ang(1-7), mas aumentou
a razão Ang(1-7)/AngII nos ratos com IC (ICT=2, 65±0, 50 vs. ICNT=1, 53±0, 21, P=0,
04) e a atividade sérica da ECA2 (ICT=19530, 76±1566, 14 vs. ICNT=14609, 21±969,
46uF/min/mL, P=0, 04). Análises adicionais mostraram correlação significante entre a
ECA2 e o VO2pico (r=0, 91) e AngII e o tempo de exercício (r=-0, 44).
Conclusões: O TF reduz os níveis séricos de AngII e aumenta o balanço Ang(17)/AngII e a atividade da ECA2 em ratos com IC. Estes resultados ampliam os
conhecimentos sobre o papel do TF no tratamento da IC.
TL 128
Baixos Níveis Plasmáticos de Testosterona e
Hiperatividade Nervosa Simpática no Prognóstico de
Pacientes com Insuficiência Cardíaca
dos Santos MR, Fonseca G, Groehs RV, Sayegh AL, Trombetta IC,
Barretto AC, Arap MA, Srougi M, Negrão CE, Alves MJNN
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Escola de
Educação Física e Esporte da USP - São Paulo - SP - Brasil
Introdução: Emborahaja relação inversa entre níveis plasmáticos de testosterona
diminuídos e classe funcional (CF, NYHA) e mortalidade em pacientes com
insuficiência cardíaca (IC), não é conhecido se o nível de testosterona plasmática:
1) influencia o tempo de hospitalização; 2) prediz a reinternação hospitalar (RH)
e mortalidade; e 3) se há associação entre os níveis de testosterona e os níveis de
atividade nervosa simpática e de proteína C reativa (PCR).
Métodos: Foram selecionados 110 pacientes hospitalizados, CF IV, fração de ejeção
(FE, ecocardiograma) <45%, subdivididos em 2 grupos: testosterona baixa (TB, n=66)
e testosterona normal (TN, n=44) por meio da dosagem de testosterona total (TT, <271
ng/dL)e testosterona livre (TL, <131pmol/L). PCR (imunoturbidimétrico) e ANSM
(microneurografia) foram avaliadas.
Análise Estatística:Foi utilizado teste t-Student para comparação entre os grupos.
Correlação de Pearson foi utilizada para TT e TL vs. ANSM e PCR. Kaplan-Meier foi
utilizada para avaliar o impacto dos níveis de testosterona sobre a incidência de RH e
mortalidade no período de 1 ano.
Resultados: Não houve diferença entre os grupos TB e TN para idade (52±1 vs. 51±2
anos) e FE (25±1 vs. 27±1%). O grupo TB apresentou maior tempo de internação
hospitalar (37±4 vs. 25±4 dias; p=0, 04), e maior incidência de RH que no grupo TN
(44% vs. 22%, p=0, 004). Adicionalmente, no grupo TB ocorreu maior mortalidade
do que no grupo TN (59% vs. 22%, p=0, 001; odds ratio 3, 24 95%, IC 1.35-7.80)
em 1 ano de seguimento. ANSM foi maior no grupo TB, n=10, que no grupo TN, n=9
(73±2 vs. 52±5 disparos/100bpm; p=0, 03) e apresentou correlação com TT (r=-0, 70,
r2=0, 50, p=0, 002) e TL (r=-0, 79, r2=0, 62, p=0, 0002). PCR foi maior no grupo TB
que no grupo TN (35±6 vs. 15±3 mg/L; p=0, 02). Entretanto, o PCR apresentou fraca
correlação com TT e TL.
Conclusão: A testosterona é um marcador preditivo de morbimortalidade em pacientes
com IC. Aassociação entre baixos níveis plasmáticos de testosterona e hiperatividade
nervosa simpática pode explicar, pelo menos em parte, o mau prognóstico em pacientes
com IC avançada.
144
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 129
COEXISTÊNCIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA REDUZ A OXIGENAÇÃO CEREBRAL DURANTE
O EXERCÍCIO
MAYRON FARIA DE OLIVEIRA, Maria Clara Noman, Flávio F. Arbex, Aline S.
Souza, Rita C. Santos, Luiz A. Medina, Adriana Mazzuco, Wladimir M. Medeiros, J
Alberto Neder
Setor de Função Pulmonar e Fisiologia Clínica do Exercício (SEFICE) UNIFESP - São
Paulo - SP - Brasil
Introdução: Alterações na oxigenação cerebral (ΔCOx) durante o exercício são
moduladas por um complexo mecanismo envolvendo a oferta de O2 (fluxo sanguíneo
cerebral e conteúdo arterial de O2) e sua utilização. A elevação da ΔCOx durante o
exercício, um mecanismo essencial para a performance, pode estar prejudicada tanto
em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) como na insuficiência
cardíaca (IC). Logo, seria licito supor que a associação entre tais doenças potencializaria
os déficits de ΔCOx no exercício. Métodos: 24 homens (13 com DPOC+IC
(VEF1=59, 6±17, 5% pred; fração de ejeção (FE)=34±6%) e 11 com DPOC isolada
(VEF1=48, 6±16% pred; FE=64±4%) realizaram teste cardiopulmonar incremental
em cicloergômetro. ΔCOx foi mensurada não invasivamente por espectroscopia por
raios quasi-infravermelhos, saturação da oxiemoglobina foi mensurada por oxímetro
portátil (SpO2) e o débito cardíaco (QT) por cardio impedância. As variáveis foram
analisadas no pico do exercício e a 40W (área sob a curva, ASC). Dados analisados
pelos testes KS, t-Student e ANOVA. Significativo quando p<0, 05. Resultados:
O grupo DPOC+IC apresentou menor consumo máximo de O2 (p<0, 05). Não foi
observado incrementos significantes na ΔCOx no grupo misto com o aumento da carga.
Entretanto, ΔCOx elevou-se significativamente no grupo com DPOC isolada (figura
e tabela). A SpO2 foi maior no grupo misto em relação ao grupo DPOC (p<0, 05).
Ajustes hemodinâmicos, como QT e pressão arterial média, foram significativamente
reduzidos no grupo DPOC+IC comparado à DPOC isolada (tabela).
TL 130
Efeito do Treinamento Físico no Controle
Mecanorreflexo e Metaborreflexo Muscular da
Atividade Nervosa Simpática em Pacientes com
Insuficiência Cardíaca
Antunes-Correa LM, Nobre TS, Groehs RV, Rondon MU, Alves MJ,
Oliveira P, Lima M, Brum PC, Oliveira EM, Negrao CE
Intituto do Coração HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil, Escola
de Educação Física e Esporte USP - São Paulo - SP - Brasil
Introdução. Estudos recentes mostram que alterações no controle mecanorreflexo
e metaborreflexo muscular tem um papel importante na hiperativação nervosa
simpática em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Neste estudo, nós testamos
a hipótese de que o treinamento físico (TF) melhora a sensibilidade mecano e
metaborreflexa muscular que controla a atividade nervosa simpática em pacientes com
IC. Métodos. Trinta e quatro pacientes com IC, FE≤40%, VO2pico≤20ml/kg/min foram
consecutivamente e aleatoriamente divididos em dois grupos: IC não treinado (ICNT,
54±2anos) e IC treinado (ICT, 56±2anos). A atividade nervosa simpática muscular
foi diretamente avaliada por um microeletrodo no nervo fibular. A sensibilidade
mecanorreflexa foi avaliada pela diferença absoluta entre o 3º minuto de exercício
passivo de flexão-extensão da perna contralateral e o valor de repouso pré-exercício. A
sensibilidade metaborreflexa foi avaliada pela diferença absoluta entre o 1º minuto de
oclusão circulatória pós-exercício da perna contralateral e o valor de repouso. Análise
Estatística. Diferenças basais pré-intervenção foram analisadas entre os grupos
pelo teste T de Student ou Q-quadrado. O efeito do TF na sensibilidade mecano e
metaborreflexa muscular foi analisado pela ANOVA de dois fatores para medidas
repetidas. P<0, 05 como diferença significativa. Resultados. Não foram verificadas
diferenças entre os grupos no período pré-intervenção. O TF reduziu significativamente
a resposta mecanorreflexa de atividade nervosa simpática muscular durante o exercício
passivo (p=0, 001). Não foram verificadas alterações significativas no grupo ICNT. Em
relação à sensibilidade metaborreflexa, o TF aumentou significativamente a resposta de
atividade nervosa simpática muscular no 1º minuto de oclusão circulatória (p<0, 001).
Não houve alterações significativas no grupo ICNT. A comparação entre os grupos no
período pós-intervenção mostrou que a controle mecanorreflexo foi menor (3±0, 4 vs.
5±1disparos/min, p=0, 002) e o metaborreflexo maior no grupo ICT que no ICNT (6±1
vs. -2±1disparos/min, p<0, 001). Conclusões. O TF restaura a sensibilidade mecano e
metaborreflexa muscular em pacientes com IC, o que pode explicar, pelo menos em
parte, a redução da atividade nervosa simpática nestes pacientes.
COx
Pico (vezes de mudança)
ASC (u.a)
QT
Pico (L/min)
ASC (u.a)
Pressão arterial média
Pico (mmHg)
ASC (u.a)
SpO2
Pico (%)
ASC (u.a)
DPOC
1, 22 ± 0, 49
52 ± 6
11, 7 ± 0, 88
310 ± 41
119 ± 5
4393 ± 160
90 ± 2
3232 ± 78
DPOC+IC
-0, 18 ± 0, 12*
37 ± 3*
9, 0 ± 0, 72*
237 ± 15*
105 ± 5*
3746 ± 235*
94 ± 1*
3755 ± 99*
Conclusão: Pacientes com DPOC que tem IC como comorbidade possuem
comprometimento da COx durante o exercício incremental. Considerando-se que a
oxigenação sanguínea foi mantida nestes pacientes, déficits hemodinâmicos (QT e
PAM) provavelmente contribuíram para tais achados. Fundos: FAPESP, CAPES,
CNPq
TL 131
Polimorfismo rs1137100 e rs1137101 do gene do receptor
da leptina quanto ao prognóstico em pacientes
ambulatoriais com insuficiência cardíaca
Grell, ES, Marçula, M, Teixeira, PAC, Suzuki, FK, Cristales, RA,
Soler, JMP, Pereira, CAB, Pereira, AC, Krieger, JE, Mansur, AJ
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução:Nos pacientes com insuficiência cardíaca (IC) oíndice de massa corpórea
(IMC) se associa com o prognóstico. A leptina participa na regulação da massa
corpórea e sofre modulação genética. Avaliamos os polimorfismos rs1137100(AA/
AG/GG) e o rs1137101(AA/AG/GG) do gene do receptor da leptina em pacientes
com IC para estudar as associações com outras variáveis clínicas e o prognóstico.
Métodos:Foram avaliados 406 pacientes de 2003 a 2009 com IC de várias etiologias,
idade 17-75 anos (50% entre 1º e 3º quartil), 273 (67%) homens, 133 (33%) mulheres.
A amostra (n=382), para ambos os sexos, mostrou que 50% dos pacientes (entre 1º e
3º quartil) possuem valor normal de IMC. A sobrevida foi avaliada por Kaplan Meier
(KME), Piecewise Exponential Estimator (PEXE), os testes de Kruskal-Wallis e QuiQuadrado (CS) e o modelo de regressão de Weibull. Resultados: A)Distribuição do
polimorfismo rs1137100 AA em 243 (66%), AG 103 (28%), GG 20 (6%) pacientes
e do rs1137101 AA em 118 (32%), AG 179 (49%), GG 71(19%). Dos 382 pacientes
acompanhados até 2011 o óbito foi no rs 1137100 genótipo GG 1/10(1%), AG
15/58(21%), AA 56/166(78%) e para o rs1137101 genótipo GG 14/43 (19%), AG
36/115(50%), AA 22/77(31%) pacientes. B)As variáveis clínicas selecionadasforam
glicemia, diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE), monócitos, potássio,
IMC, diâmetro do átrio esquerdo, peso e peso de gordura corporal para o rs1137100 e
taxa metabólica basal, de neutrófilos, hemoglobina, monócitos, basófilos e a espessura
da parede posterior do ventrículo esquerdo para o rs1137101. No modelo de regressão
as variáveis selecionadas foram glicemia (CS=17), DSVE (CS= 15), taxa de monócitos
(CS=12) e peso (CS=5) no rs1137100 e no rs1137101 os neutrófilos (CS=14),
hemoglobina (CS=14) e taxa metabólica basal (CS=7). C)As variáveis preditoras
foram o polimorfismo rs1137100 não AA (p=0, 017; RR=2, 38), classe funcional III/
IV (p=0, 010) e pressão arterial diastólica (p=0, 001;RR=3, 41). Conclusões:Existe
relação entre as variáveis selecionadas e o polimorfismo rs1137100 e rs1137101, mas
não há diferença na sobrevida dos pacientes com IC para os diferentes genótipos pelos
dois estimadores utilizados (KME e PEXE). Os pacientes com IC rs113701 GG tem
maior risco de óbito.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
145
TL 132
TRANSPLANTE DE CORAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO. MITO OU
REALIDADE ?
JOAO MANOEL ROSSI NETO, Cipullo, R, Finger, MA, Galantini, DA,
Santos, CC, Contreras, CAM, Pereira, R, Cruz, CB, Dinkhuysen, JJ
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
O transplante de coração (TX) continua a ser a única opção viável em pacientes
selecionados com insuficiência cardíaca avançada (ICa). Objetivo: descrever
o número de TX realizado, o tempo médio de espera para o Tx, o tempo de óbito
pré-TX e a porcentagem de corações utilizados no Estado de São Paulo entre 2001
e 2011. Metodologia: estudo retrospectivo usando a base de dados da Central de
Transplantes do Governo do Estado de São Paulo. Resultados: Durante este período
foram realizados no total 836 Tx, com distribuição anual de Tx realizados, órgãos
disponibilizados, órgãos usados e % de usados conforme figura abaixo:
O tempo para realização do Tx e a ocorrência de óbito pré-Tx estão na figura abaixo.
Percebe-se que a partir do ano de 2006 houve uma inversão nos tempos, tornando a
ocorrência de óbito pré-Tx mais precoce que o tempo para realização do Tx.
Conclusão: Os dados deste estudo sugerem uma redução no número de transplantes
realizados e de órgão utilizados, um aumento no tempo para o TX e uma precocidade
no óbito pré-Tx, porém o Tx permanece como a única realidade disponível para
os p com ICa selecionados. Se nada for feito para mudar a situação atual, seja na
manutenção adequada dos receptores e doadores, possibilidade do uso de dispositivos
de assistência ventricular o Tx poderá se tornar um mito.
TL 133
Variáveis clínicas ou laboratoriais modulam as
diferenças de gênero relacionadas com o prognóstico
de pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca de
diferentes etiologias
HUMBERTO F. G. DE FREITAS, Nunes, RAB, Marçula, M, Yamada,
EMK, Patrício, FKP, Yamada, AT, Lima, ACP, Mansur, AJ
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamentos: Mulheres com insuficiência cardíaca em geral tem sobrevida maior
do que os homens. Avaliamos em casuística ambulatorial as diferenças na sobrevida
entre homens e mulheres com relação a variáveis clínicas e laboratoriais que podem
modular a probabilidade de sobrevivência. Métodos: Foram avaliados 1394 pacientes
ambulatoriais com idade entre 13 e 71 anos (média/homens 45 anos; média/mulheres
43 anos; desvio padrão 11), 1081 (78%) homens, 313 (22%) mulheres incluídos de
1991 a 2003, acompanhados até 2010, com óbito de 130 (42%) mulheres e 550 (51%)
homens. A etiologia para o sexo feminino foi hipertensiva em 68 (22%), chagásica 62
(20%), isquêmica 33 (11%), alcoólica 1 (<1%), outros 47 (15%) e indeterminada 102
(33%) pacientes. Para o sexo masculino a etiologia foi hipertensiva em 165 (15%),
chagásica 223 (21%), isquêmica 213 (20%), alcoólica 65 (6%), outros 59 (6%) e
indeterminada 356 (33%). A sobrevida para ambos os sexos foi avaliada pelo método
de Kaplan-Meier e a taxa de óbitos (razão de risco, RR) foi analisada pelo modelo de
riscos proporcionais de Cox. Resultados: Os fatores prognósticos identificados foram
etiologia Chagásica (p<0, 001; RR=3, 3 IC[2, 28;4, 77]), fração HDL do colesterol de
12 a 45 mg/dl (p=0, 028; RR=1, 34 IC [1, 03;1, 74]), ácido úrico de 8, 9 a 17, 4 mg/
dl (p=0, 005; RR 1, 47 IC[1, 12;1, 91]), diâmetro do átrio esquerdo de 51 a 120 mm
(p=0, 003; RR=1, 41 IC[1, 16;1, 72]), diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo de
67, 1 a 94, 0 mm (p=0, 013; RR=1, 33 IC[1, 06;1, 67]), fração de ejeção do ventrículo
esquerdo de 8 a 19% (p<0, 001; RR 1, 88 IC[1, 48;2, 39]), pressão arterial sistólica
de 70 a 120 mmHg (p=0, 053; RR=1, 54 IC[0, 99;2, 38]), potássio sérico de 4, 6 a 5,
9 mEq/dL (p=0, 024; RR=1, 6 IC[1, 07;2, 42]), número absoluto de monócitos de 8,
1 a 33% (p<0, 001; RR=0, 56 IC[0, 43;0, 74]), número absoluto de monócitos de 5, 1
a 8, 0% em homens (p=0, 034; RR=0, 73 IC[0, 56;0, 94]) e em mulheres (RR=0, 41
IC[0, 24;0, 68]) e frequência cardíaca média de 77 a 89 batimentos por minuto nos
homens (p=0, 011; RR=1, 35 IC[1, 01;1, 81]). Conclusão: Nas variáveis prognósticas
identificadas, a frequência cardíaca média e o número absoluto de monócitos foram os
fatores prognósticos que atuaram na sobrevida de forma diferente para mulheres e para
homens com diagnóstico de insuficiência cardíaca.
146
TL 134
Estudo comparativo do nitroprussiato de sódio e da
dobutamina no tratamento da insuficiência cardíaca
agudamente descompensada perfil C
Erwin Soliva Junior, Karen Yamashiro, Pedro Vellosa
Schwartzmann, Antônio Pazin Filho, Fabiana Marques, Thiago
Florentino Lascala, Marcus Vinicius Simoes
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL
Introdução: O emprego de vasodilatadores arteriolares ou de agentes inotrópicos
positivos para o tratamento inicial dos pacientes da insuficiência cardíaca agudamente
descompensada (ICAD) exibindo sinais de congestão e baixo débito (perfil clínico
hemodinâmico C de Stevenson), sem hipotensão arterial, é assunto controverso. O
presente estudo objetiva analisar aspectos clínicos, hemodinâmicos e da função renal
em pacientes com ICAD, perfil C, submetidos à estratégia inicial de tratamento com
nitroprussiato de sódio (NTPS) ou dobutamina (DOB). Métodos: Análise retrospectiva
de 58 pacientes internados em centro de referência com diagnóstico de ICAD com
sinais de congestão e baixo débito cardíaco, com pressão arterial sistólica ≥85 mmHg,
atendidos entre os anos de 2006 e 2010, que receberam como terapia intravenosa
inicial NTPS (n=37, 64% masc., 61, 6±15, 7 anos) ou DOB (n=21, 62% masc., 61,
9±14, 8 anos). Resultados: Os valores iniciais da PAM (mmHg) foram semelhantes
entre os grupos NTPS (78, 7±8, 7) e DOB (75, 1±8, 8), p=0, 14. Não houve queda
significativa dos valores da PAM no basal, 6 horas e 24 horas ao longo do tratamento
no grupo NTPS (79, 4±9, 2, 76, 8±10, 3 e 75, 7±11, 3, respectivamente, p=0, 27) e no
grupo DOB (74, 8±9, 74, 5±12, 1 e 75, 4±10, 3, respectivamente, p=0, 94). Hipotensão
arterial com necessidade de suspensão da medicação ocorreu em 2 pacientes (9, 5%)
do grupo DOB e em 8 (21, 6%) do grupo NTPS, diferença sem significância estatística
(p=0, 13). Durante a internação, arritmia cardíaca grave ocorreu em 9, 5% no grupo
DOB e 5, 4% no NTPS (p=0, 61). O clearance de creatinina, (ml/min) entre o basal
e 48 horas de tratamento, não variou no grupo NTPS (41, 6±26, 3 para 45, 5±23, 7;
p=0, 19), mas exibiu melhora no grupo DOB (28, 6±16, 8 para 39, 3±22, 8; p<0, 05).
A mortalidade hospitalar foi semelhante nos grupos NTPS (30, 5%) e DOB (33, 3%),
p=0, 7. O grupo DOB apresentou tempo de internação hospitalar mais prolongado (23,
1±17 dias) quando comparado ao NTPS (14, 6±10, 6 dias), p<0, 05. Conclusões: A
terapia inicial com NTPS ou dobutamina em pacientes com ICAD com perfil C e não
hipotensos não apresentou diferença significativa quanto à mortalidade hospitalar e
incidência de complicações. Entretanto, observamos melhora significativa da função
renal inicial e maior tempo de internação no grupo que utilizou DOB. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 135
Paradoxo da obesidade na insuficiência cardíaca
descompensada.
ANTONIO CARLOS BACELAR, Katz, M, Buzzato, LL, Pesaro, AE,
Correia, AG, Galvão, TFG, Forlenza, L, Bacal, F, Makdisse, M,
Tarasoutchi, F
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: Embora a obesidade seja considerada um fator de risco independente para
o desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC), publicações recentes sugerem que
o prognóstico de pacientes obesos com IC descompensada é melhor, fato conhecido
como paradoxo da obesidade. O objetivo do presente estudo foi analisar o impacto
da obesidade avaliada pelo índice de massa corpórea (IMC) na mortalidade intrahospitalar de pacientes com IC descompensada.
Métodos: Entre 2005 a 2012, 1693 pacientes com IC sistólica descompensada
(média etária de 75, 9 ± 12 anos, 72, 1% do sexo masculino e FE de 32 ± 8%) foram
incluídos consecutivamente em um registro prospectivo unicêntrico. Os pacientes
foram categorizados de acordo com o IMC (IMC < 25 Kg/m2 eutróficos e ≥ 25 Kg/
m2 sobrepesos/ obesos. A comparação entre variáveis contínuas foi feita através
do teste t de Student ou Mann-Whitney, e para variáveis categóricas foi utilizado o
teste Qui-Quadrado. O impacto da obesidade sobre a mortalidade intra-hospitalar foi
avaliado através da análise de regressão logística multivariada ajustada para: idade,
sexo, FE, uréia, creatinina, pressão arterial sistólica (PAS), sódio (Na) e hemoglobina
da admissão. O valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8, 7% (148 casos), sendo de 6, 8%
nos pacientes com sobrepeso/obesos e 11% nos eutróficos (p=0, 002). A prevalência
de sobrepeso/obesidade foi de 54, 1%. A média de IMC nos pacientes que evoluíram
para óbito foi de 24, 8 ± 4 Kg/m2 e 26, 1 ± 5 Kg/m2 entre os sobreviventes (p=0,
002).Os pacientes com IMC ≤ 25 Kg/m2 apresentaram chance 1, 71 vezes maior de
evoluírem com óbito intra-hospitalar [OR=1, 71 (IC95% 1, 2-2, 4; p=0, 002)]. Após
análise de regressão logística multivariada os preditores independentes de mortalidade
foram: idade (OR=1, 03; IC95% 1, 01-1, 045; p=0, 002), PAS (OR=0, 98; IC95% 0,
98-0, 99; p<0, 0001), Uréia (OR= 1, 007; IC95% 1, 004-1, 011; p<0, 0001) e IMC
(OR= 1, 53; IC95% 1, 06-2, 2; p=0, 02).
Conclusões: Sobrepeso e obesidade estão associadas à menor mortalidade intrahospitalar nos pacientes com IC descompensada. Nosso estudo corrobora a existência
do paradoxo da obesidade.
TL 136
Uso dos Inibidores do Sinal da Proliferação no
Transplante Cardíaco.
Avila, MS, Escalante, Juan, Biselli, B, Ulhoa Junior, MB, Santos
Nussbaum, AC, Mercondes-Braga, FG, Ayub-Ferreira, SM,
Brandao, SM, Bacal, F, Bocchi, EA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Os inibidores do sinal de proliferação (PSI) inibem a atividade da enzima mTOR
e interferem com mecanismos celulares de crescimento do sistema imune e
da musculatura lisa vascular. No transplante cardíaco (TC) essa nova classe é utilizada
como alternativa ao esquema padrão nos pacientes que desenvolvem insuficiência
renal (IR), doença vascular do enxerto (DVE) e neoplasia.Objetivo: avaliar o perfil
de pacientes que receberam a terapia com PSI no lugar da terapia imunossupressora
padrão e estudar o impacto dessa terapia nos pacientes. Métodos: coorte retrospectiva
que avaliou os pacientes submetidos a TC no Instituto do Coração da FMUSP desde
1990. Foram incluídos os pacientes nos quais houve a substituição ou adição dos
PSI á terapia padrão. A avaliação da função renal foi realizada através da creatinina
sérica e foi acompanhada por 6 meses após a adição dos PSI. A avaliação de neoplasia
foi realizada pela equipe especialista e o diagnóstico de DVE foi realizado com
cineangiocoronariografia. Resultados: entre 2005 e 2012, 28 pacientes foram tratados
com PSI, As causas foram: 57% IR, 17% DVE, 3% neoplasia, 7% rejeição persistente
e 3% devido a efeito colateral da terapia padrão. Em 2 casos, os PSI foi iniciado devido
a IR e DVE e em 2 casos devido a IR e neoplasia.A introdução dos PSI ocorreu 2740 +
1995 dias após o TC e os imunossupressores associados foram: 82% prednisona, 42%
micofenolafo sódico, 17% tacrolimus e 17% azatioprina. Houve melhora significativa
da creatinina sérica no seguimento de 6 meses nos pacientes que receberam PSI
devido a IR, com mediana de 2.69mg/dL(2.43 - 3.19) para 1.8mg/dL(1.38 to 2.3),
p=0.0014 (vide gráfico). Houve 2 casos de neoplasia: um caso de linfoma de Burkitt
que recebeu tratamento com remissão, o
outro foi uma doença linfoproliferativa que
após a introdução dos PSI evoluiu com
remissão sem necessidade de tratamento
quimioterápico. Dos 8 pacientes com DVE,
37, 5% foram a óbito. Houve 2 casos de
rejeição aguda após o início dos PSI, com
necessidade de internação e tratamento.
Conclusão: os PSI são uma nova classe de
imunossupressores que podem substituir
com segurança a terapia padrão, com evidência de melhora da função renal e um
possível efeito benéfico no controle de DVE e neoplasia.
Métodos Diagnósticos por Imagem
TL 137
Propriedades bioelásticas da aorta e disfunção
diastólica ventricular esquerda em pacientes com
tetralogia de Fallot após correção cirúrgica com
seguimento em longo prazo
Ana Cristina Andrade, Michael Jerosch-Herold, Inga Voges,
Christopher Hart, Minh Pham, Hans-Heiner Kramer, Carsten
Rickers
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Harvard
University - Boston - MA - Estados Unidos, Universisdade de
Schleswig-Holstein - Kiel - SH - Alemanha
Introdução: Relatos de dilatação aórtica em pacientes com tetralogia de Fallot (TF)
parecem influenciar o prognóstico de tais pacientes em longo prazo. O objetivo deste
estudo foi analisar as propriedade biolelásticas da aorta (Ao) torácica através da
distensibilidade e pressão de onda de pulso (PWV) e seus possíveis efeitos sobre a
função de ventrículo esquerda (VE) e átrio esquerdo (AE).
Métodos: Cento e sete pacientes diagnosticados com TF (idade média 19, 3 ± 12,
8 anos) e 24 controles foram submetidos à ressonância magnética cardíaca (RMC).
Com sequências de cine gradient-echo foram determinadas distensibilidade aórtica
em quatro níveis (raiz, aorta ascendente, proximal e distal descendentes), e PWV por
phase contrast, assim como a análise de VE e AE.
Resultados: A distensibilidade da raiz aórtica (4, 6±2, 9 10-3 mmHg-1 vs 8, 9±4, 6
10-3 mmHg-1, p<0, 01), ascendente (5, 1±5, 3 10-3 mmHg-1 vs 8, 9±5, 1 10-3 mmHg1, p<0, 01), descendente proximal (6, 0±3, 8 vs 7.7±4.5, p<0, 01) e descendente distal
ao nível do diafragma (7, 2±3, 9 10-3 mmHg-1 vs 8, 8±4, 2 10-3 mmHg-1, p<0, 01)
apresentaram-se diminuídas nos pacientes com TF comparados aos controles. PWV
encontrou-se aumentada em pacientes TF (4, 0±2, 0 vs.3, 4±0, 6 m/s, p=0, 02). Em
pacientes com TF, a fração de ejeção VE apresentou-se reduzida (50, 2 ±8, 7% vs 59, 8
±5, 2%; p<0, 01) assim como a massa VE (46, 7±17, 1 g/m2 vs 50, 5±9, 8 g/m2, p<0,
05).O volume de esvaziamento passivo de AE estava diminuído (17, 0 ± 5, 0 vs 10, 0 ±
4, 4 ml/m2, p<0, 01) sugestivo de disfunção diastólica. Os volumes máximo e mínimo
de AE foram correlacionados com idade (r=0, 43, p<0, 001 and r=-0, 5, p<0, 01).
Conclusão: Alteração das propriedades bioelásticas aórticas e disfunção VE em
pacientes com TF são evidenciadas pela dilatação aórtica, diminuição da distensibilidade
em toda aorta torácica e mudança da volumetria de VE e AE. Com screening adequado,
o diagnostico da progressão da doença cardíaca será realizado mais precocemente.
TL 138
Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca como
ferramenta diagnóstica em síndromes coronarianas
agudas com coronárias angiograficamente normais.
Ariane Vieira Scarlatelli Macedo, Carlos E Ornelas, Patrícia
T Felipe, Flávia O. de Battisti, Márcio Vinícius L de Barros,
Maria Helena A Siqueira, Marcos Almeida M Andrade Jr
HOSPITAL MATERDEI - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL
Introdução: O tratamento de pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA)
com artérias coronárias normais é um desafio na prática cardiológica, já que, sem
um diagnóstico preciso, o tratamento é incerto.Neste cenário clínico, a ressonância
magnética cardiovascular (RM) se coloca como um método não-invasivo, que
pode auxiliar no diagnóstico diferencial e ser decisivo na definição dos tratamentos
subsequentes.
Objetivo : Estabelecer a importância da RM cardiovascular no diagnóstico diferencial
da SCA com artérias coronárias angiograficamente normais.
Métodos: Durante 10 meses, de janeiro de 2012 a outubro de 2012, foram selecionados
23 pacientes com diagnóstico de síndrome coronariana aguda (quadro clínico
sugestivo, alterações eletrocardiográficas e / ou modificação de biomarcadores de
lesão miocárdica), e artérias coronárias normais pelo estudo angiográfico. Realizamos
protocolo de ressonância magnética cardiovascular em até 72 horas após o evento
índice incluindo a análise de distúrbios de motilidade, espessamento pericárdico,
edema do miocárdio e fibrose além de alterações de perfusão e presença de realce
tardio pelo gadolínio. Resultados: Em 65, 2% dos casos, o diagnóstico diferencial foi encontrado. Baseado
no padrão de edema ou de realce tardio na RM observado, os diagnósticos mais comuns
foram: doença isquêmica em 26, 1% e miocardite em 17, 4% .Outros diagnósticos
encontrados foram cardiomiopatia em 17, 3% e em 4, 3% identificamos sinais de
pericardite aguda .
Conclusão: Em um cenário clínico desafiador, como na SCA com artérias coronárias
angiograficamente normais, demonstramos que, a RM cardiovascular foi capaz de
identificar um diagnóstico final em 65, 2% dos pacientes, como miocardite e infarto
do miocárdio. Estabelecer o diagnóstico final, nos permite definir o melhor plano
de tratamento imediato, e estratégias de prevenção secundária, com impacto no
tratamento do paciente a curto prazo e longo prazo.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
147
TL 139
Efeito da Hipertensão Arterial Sistêmica na
presença de doença arterial coronariana à
cineangiocoronariografia
Teixeira CCC, ACS Sousa, EV Melo, ATF Barreto, DP Oliveira, IS
Tavares, CKC Teixeira, FASM Ferreira, IMF Pinto, JLM Oliveira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL,
Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - SE - Brasil,
Hospital São Lucas - Aracaju - SE - Brasil
Fundamento:A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos principais fatores de risco
para a doença arterial coronariana (DAC). Entretanto, poucos estudos comprovam essa
verdadeira relação. Ensaios clínicos recentes mostram que o risco de DAC e eventos
cardiovasculares aumenta progressivamente desde níveis de PA igual a 115x75 mmHg,
considerados normais. Métodos: No período de Janeiro de 2000 a Janeiro de 2012
foram estudados 419 pacientes (idade média 58, 7±10, 6; 200 homens) com isquemia
miocárdica à EEF submetidos à cineangiocoronariografia, divididos em dois grupos:
hipertensos (280 pacientes) e normotensos (139 pacientes), e comparados quanto às
características clínicas, ecocardiográficas e angiográficas. Análise estatística: Obtevese média e desvio padrão das variáveis quantitativas, comparadas entre os grupos
através do t-student bem como frequência e percentuais das variáveis categóricas
comparadas pelo teste X². Análise de regressão logística multivariada foi realizada
para determinar os preditores independentes de DAC.Resultados: A prevalência de
DAC foi de 66, 3%, mais prevalente no grupo hipertensos (70% vs. 59%, p=0, 02). Não
houve diferença entre os grupos para lesões com estenose>50% da luz vascular(45, 4
vs. 48, 9 p=0, 49). Os hipertensos apresentaram mais lesões≤50% (24, 6% vs. 10, 1%
p=0, 0004), obesidade (30, 1% vs. 14, 4%, p<0, 0001), dislipidemia (82, 1% vs. 59,
7%, p<0, 0001), sedentarismo (72, 1% vs. 53, 7%, p=0, 01), história familiar de DAC
(66, 4% vs. 51, 8%, p=0, 004), índice de escore da motilidade ventricular esquerda no
repouso (8, 54±2, 7 vs 1, 04±0, 10, p=0, 01) e incompetência cronotrópica (26, 1% vs.
15, 8, p=0, 01). Houve maior tolerância ao esforço no grupo normotensos (tempo de
exercício na esteira: 7, 0±2, 8 vs. 5, 94±2, 7 p<0, 0001; METs: 8, 54±2, 7 vs, 7, 05±2,
7 p=0, 006). A análise multivariada mostrou que os preditores independentes de DAC
foram a idade, gênero masculino, obesidade e diabetes mellitus. Conclusões:A HAS
não foi preditora de DAC aterosclerótica, ao contrário da idade, gênero masculino,
obesidade e diabetes mellitus. Não houve diferença na frequência e extensão da
DAC aterosclerótica entre hipertensos e normotensos. Diante desse achados tornase imperioso que as profilaxias e tratamentos da DAC sejam mais valorizados não
individuos normotensos.
TL 140
O uso de Telemedicina em casos de emergência
cardiológica para suprir a necessidade de especialistas
em áreas remotas
ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA, CARLOS ALBERTO C DE ABREU
FILHO, JOSÉ CARLOS TEIXEIRA, ANA HELENA VICENTE, NELSON
AKAMINE, RUI CAL, ELIEZER SILVA, ALBERTO KANAAURA, MIGUEL
CENDOROGLO, MILTON STEINMAN
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SÃO PAULO - SÃO PAULO BRASIL
FUNDAMENTO:A carência de médicos, principalmente de especialistas é uma realidade
no Brasil, devido a má distribuição demográfica. O aumento de médicos não tem gerado
solução a essa desigualdade. Hoje o Brasil tem, em número absoluto, a quinta maior
população de médicos mundial, dados de 2011.E a desassistência em certas regiões
permanece, como também ocorre nas áreas rurais de países desenvolvidos comparadas
as áreas metropolitanas.OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo analisar a
aplicação do recursos da telemedicina (TM) no apoio diagnóstico e terapêutico a casos
cardiológicos oriundos do setor de emergência em unidade desprovida de especialista
na periferia da cidade de São Paulo. Promovendo a ampliação da resolubilidade dos
casos ou a remoção dos mesmos para centros especializados quando racionalmente isso
se fizer necessário.MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente, durante 6 meses,
os dados de pacientes submetidos a avaliação cardiológica remota. Através de parceria
entre o Hospital terciário e o Ministério da Saúde através do programa de apoio ao
desenvolvimento institucional (Proadi), foi implantada uma Central de Telemedicina
(Endpoint 97 MXP Solução Cisco ®) dentro da Unidade do Hospital terciário, com
especialistas em regime integral, 7 x 24 hs, 7 dias da semana. No hospital secundário,
remoto foi instalado um sistema portátil (Internet móvel MXP ISDN/IP- Cisco ®).
RESULTADOS: Foram realizadas 26 sessões de TM em caráter de urgência, sendo a
maioria do sexo masculino (65, 4%) com média de idade de 51, 2 anos (DP±19, 4), com
mínima de 15 anos e máxima de 89 anos. Dentre os principais diagnósticos estão: Infarto
agudo do miocárdio (35%), seguimento após reversão de parada cardiorrespiratória,
(23%), insuficiência cardíaca congestiva (15%), arritmias (11, 5%), pericardite (11,
5%) . O impacto do apoio remoto esteve especialmente relacionado a condução
clinica.CONCLUSÃO: A eficácia do tratamento das cardiopatias, principalmente em
situação de emergência, é tanto mais adequado quanto mais especializado for o médico
assistente. A TM possibilita a melhora da prática assistencial, incrementa o acesso a
especialistas e aumenta a segurança dos pacientes e profissionais nos serviços de saúde
além de reduzir o número de transferências
TL 141
Parâmetros relevantes na verificação da reserva
de velocidade de fluxo coronariano durante o
ecocardiograma sob estresse com dobutamina.
José Sebastião de Abreu, Tereza Cristina P Diogenes, Nayara
Lima Pimentel, Jordana Magalhães Siqueira, Pedro Sabino
Gomes Neto, José Nogueira Paes Junior
Hospital Prontocárdio - Fortaleza - CE - Brasil, Clinicárdio Fortaleza - CE - Brasil
Introdução: A reserva de velocidade de fluxo coronariano (RVFC) obtida através
do ecocardiograma transtorácico (ET) apresenta excelente correlação com a RVFC
obtida de forma invasiva. Estudos com ET evidenciam que uma RVFC ≥ 2 é adequada,
permitindo inferir um bom prognóstico ou ausência de estenose coronariana importante,
mas devemos atentar que diversos fatores podem afetar o cálculo da RVFC. Objetivamos
identificar parâmetros relevantes na obtenção da RVFC adequada (≥ 2) na descendente
anterior (DA), durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina (EED).
Métodos: Avaliação prospectiva de 100 pacientes (PAC) com doença arterial
coronariana (DAC) conhecida ou provável, encaminhados para o EED e orientados
para suspender o β-bloqueador 72hs antes do exame. O Doppler na DA em repouso foi
obtido em menos de 3 minutos. Calculou-se a RVFC pela divisão do pico de velocidade
(cm/s) diastólica (PVD) verificado no EED (PVD-EED) pelo de repouso (PVD-REP).
No grupo I (GI) a RVFC < 2 e no GII a RVFC ≥ 2. Foram utilizados o teste t de Student
e o exato de Fisher. Significância estatística quando p < 0, 05.
Resultados: O tempo (segundos) para registrar o Doppler na DA no GI e GII não diferiu
(53 ± 31 vs 45 ± 32; p = 0, 23). Durante o EED a DA foi registrada em 92 PAC, sendo
32 (14 homens) no GI e 60 (39 homens) no GII. A comparação dos grupos evidenciou
em GI, idosos (65, 9 ± 9, 3 vs 61, 2 ± 10, 8 anos; p= 0, 04), menor fração de ejeção (61 ±
10% vs 66 ± 6%; p = 0, 005), maior PVD - REP (36, 81 ± 08 vs 25, 63 ± 06; p < 0, 0001)
e menor RVFC (1, 67 ± 0, 24 vs 2, 53 ± 0, 57; p < 0, 0001), mas o PVD -EED não foi
diferente (61, 40 ± 16 vs 64, 23 ± 16; p = 0, 42). A suspensão do β-bloqueador associouse a chance 4 vezes maior de ocorrer RVFC < 2 (OR = 4; 95% IC [1, 171 - 13, 63], p =
0, 027). Os grupos não diferiram estatisticamente quanto ao índice de massa corporal,
DAC conhecida, hipertensão arterial, diabetes mellitus ou dislipidemia.
Conclusões: 1. A elevada exequibilidade e o tempo para registro da DA favorecem
a aplicação desta metodologia na prática diária.
2. O PVD-REP foi o principal parâmetro para determinar uma RVFC adequada.
3. A suspensão do β-bloqueador associou-se significativamente com RVFC < 2.
TL 142
VALOR DA CINTILOGRAFIA MIOCÁRDICA NA INVESTIGAÇÃO DE
ISQUEMIA EM PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA SEM SINTOMAS CARDIOVASCULARES ANTES DA DIÁLISE
PAOLA SMANIO, ANTONIO CORDEIRO, MARCO A. OLIVEIRA, LEONARDO
MACHADO, PRISCILA CESTARI
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: Já é conhecido que a doença arterial coronária (DAC) é a principal causa
da morte nos pacientes (p) com insuficiência renal crônica (IRC). Estudos sugerem
que a detecção precoce de isquemia, com manejo clínico adequado podem melhorar
a sobrevida. O valor diagnóstico da cintilografia de perfusão miocárdica (CM) já está
estabelecido. Infelizmente, ainda não está definido que p com IRC devam realizar
sistematicamente investigação precoce de isquemia, nem qual grupo de p com IRC
deve ser avaliado. Objetivos: determinar o valor da CM em portadores de IRC sem
sintomas cardiovasculares (CV) antes do início da diálise e tentar determinar um preditor
clínico para anormalidades perfusionais. Métodos: estudo prospectivo, incluindo 123
p consecutivos com IRC, assintomáticos, que realizaram CM com dipiridamol (técnica
padrão de gated-SPECT, radiofármaco: sestamibi-99m Tc) entre 08/2009 e 12/2011.
Nenhum p com DAC prévia conhecida, 80 (65%) homens, com média de idade de
60, 9 anos, 97, 2% hipertensos, 45% diabéticos, 70% dislipêmicos, 12, 5% e 35, 6%
de tabagistas e ex-tabagistas. Consideraram-se isquemia e fibrose na CM se defeitos
de perfusão reversíveis e fixos após a fase de dipiridamol, respectivamente. A análise
estatística foi realizada pelo teste Exato de Fisher, sendo considerados significativos,
valores de p ≤0, 05. Resultados: alterações perfusionais foram encontradas em 57 p
(46%), sendo 34 p (28%) com CM sugestiva de isquemia e 23 p (19%) de fibrose.
O único fator de risco associado à isquemia foi diabetes (p=0, 007). Sexo masculino
(p=0, 142), hipertensão (p=0, 451), dislipidemia (p=0, 093) and tabagismo (p=0, 279)
não se mostraram associados.Conclusão: os resultados obtidos sugerem que a CM
com dipiridamol foi de grande importância na identificação de alterações perfusionais
neste grupo de p, já que encontrou elevada prevalência de isquemia e fibrose. Diabetes
foi o único fator de risco associado à isquemia. Talvez, portadores de IRC mesmo
sem sintomas CV devam realizar investigação de isquemia antes de iniciar diálise,
principalmente o grupo dos diabéticos.
148
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 143
Análise da função atrial esquerda pelo Strain
bidimensional em pacientes com fibrilação atrial.
ADELINO PARRO JR., Bruno C. Ribeiro, José A. M. Meneghini, Ilana
C.Sincos, Fernando C. Freire, Fernando B. Roldan, Maurício P
Bicudo, Adalberto M.L. Filho, Marta L. C. Cherubini
INSTITUTO DE MOLÉSTIAS CARDIOVASCULARES DE SÃO JOSÉ DE RIO
PRETO (IMC) - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP - BRASIL
Fundamento: O strain bidimensional (st-2D) vem se destacando como método eficiente
na avaliação da função atrial esquerda em pacientes (pcs) com fibrilação atrial (FA),
com potencial implicação terapêutica e prognóstica.O presente estudo avaliou
a função do atrio esquerdo (AE) pelo st-2D em pcs em FA em relação àqueles em
ritmo sinusal (RS). Métodos: Incluiu-se 20 pacs com FA (idade média=71 + 11, 2
anos; 10 homens), sendo 10 com FA paroxística ou persistente apresentando RS de
base (G-FApx) e 10 com FA permanente (G-FAp). Quinze pacs em RS (G-RS) foram
considerados para controle. Mensuraram-se as dimensões cavitárias de acordo com
as recomendações da Sociedade Americana de Ecocardiografia. Obteve-se o st-2D do
AE pelo speckle tracking (técnica “optical flow”) através da via apical 4 câmaras,
derivando-se o pico máximo sistólico (st-2D-S) e diastólico inicial (st-2D-E). Através
do Doppler convencional mensurou-se a velocidade da onda de enchimento rápido
mitral (E) e ao Doppler tecidual obteve-se a onda de velocidade diastólica inicial (E´)
nas paredes septal e lateral. Análise estatística: empregou-se a análise de variância
para avaliação das variáveis contínuas e o Qui-quadrado para as variáveis não
contínuas, considerando-se um nível de significância de 0, 05. Resultados: Os grupos
foram pareados quanto à idade, sexo e pressão arterial sistólica e diastólica, sendo a
frequência cardíaca maior no G-FAp (90, 3+14 vs 61, 7+10, 3 bpm no G-RS e vs 62,
1+12, 6 bpm no G-FApx;p<0, 0001 para ambos). As variáveis ecocardiográficas que
diferiram significativamente entre os grupos estão descritas na tabela abaixo:
st 2d S(%)
E(cm/s)
VAEi(ml/m2)
32, 9+12
69, 8+12, 9
34, 7+9, 79
G RS
30, 4+11, 4
76, 7+8, 8
36, 3+11, 2
G FApx
12, 2+4, 3 * & 93, 4+27, 3 * 52, 9+17, 4*&
G FAp
p vs G RS
* 0, 0001
* 0, 007
* 0, 005
p vs G FApx
& 0, 0017
& 0, 02
VAEi: volume atrial esquerdo indexado; FE: fração de ejeção
AE(mm)
43, 3+5, 8
45, 0+4, 8
49, 8+4, 9
* 0, 02
FE(%)
70, 3+4, 6
69, 7+4, 2
62, 3+9, 3*
* 0, 015
Conclusão. O st-2D-S mostrou-se significativamente reduzido nos pcs com FA
permanente, indicando redução da capacidade de reserva atrial, fato não observado
nos pacs do G-FApx.
TL 145
Miocardite por Dengue: Primeira descrição de alterações
na Ressonância Magnética Cardíaca.
ANDRÉ SCHMIDT, Carlos Henrique Miranda, Henrique Simão
Trad, Gustavo Jardim Volpe, Antônio Pazin-Filho, Marcos de
Carvalho Borges, Benedito Antônio Lopes da Fonseca
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL
Dengue é uma virose transmitida por mosquito do gênero Aedes prevalente em regiões
tropicais e subtropicais. A apresentação clínica é polimórfica, desde uma doença febril
leve a quadros de choque hemorrágico. Recentemente foram descritos quadros de
miocardite com alterações eletrocardiográficas e evolução para óbito. A Ressonância
Magnética Cardíaca (RMC) está bem estabelecida como método para a avaliação de
miocardites mas ainda nãohavia sido aplicada nesta entidade.
Métodos: Apresentamos 3 casos de miocardite por Dengue com descrição do quadro
clínico, eletrocardiograma (ECG), marcadores séricos cardíacos e avaliação por
métodos de imagem. Dois pacientes do sexo masculino foram admitidos com quadro
de precordialgia e alterações no ECG. Uma paciente do sexo feminino foi admitida
com encefalite e sinais de congestão pulmonar. Todos os pacientes apresentavam
alterações de mobilidade segmentar ao Ecocardiograma realizado na admissão.
Troponina I estava alterada em todos (0, 21 a 3, 54), e NT-proBNP estava elevado
em dois casos (533 e 11298). Sorologia IgM foi positiva em todos os casos. RMC foi
realizada após estabilização clínica com sequências para avaliação da função sistólica,
sequência T2 para avaliação de presença de edema e realce tardio (RT) com gadolínio.
Resultados: Todos os pacientes apresentavam depressão leve da fração de ejeção do
VE (40 a 50%) e a fração de ejeção do VD estava deprimida em um caso (45%).
Edema foi identificado em todos os casos, especialmente na região apical do VE. RT
estava presente em dois dos três casos, com padrão subendocárdico na região basal
e médio miocárdico nos segmentos médios em um deles e acometimento transmural
apical com trombo no outro. Novo exame neste último caso repetido dois meses após
não evidenciava presença de edema ou trombo, mas RT persistia com o mesmo padrão.
Conclusões: Esta é a primeira descrição de alterações na RMC em pacientes com
Dengue. Em todos os casos foi identificado edema e ele era mais proeminente na
região apical. O RT evidenciou padrões distintos, desde ausência até acometimento
transmural. Incremento na amostra é necessário para melhor caracterizar a prevalência
de anormalidades, mas esta pode ser uma razão para miocardiopatia dilatada idiopática
em países com elevada prevalência de dengue.
TL 144
Ultrassom de carótidas e escore de cálcio em pacientes
com aneurisma de aorta torácica e com aneurisma de
aorta abdominal
IBRAIM MASCIARELLI PINTO, André Marantes Masciarelli Pinto,
Leonardo Iquizli, André Romualdo Paciello, Andrei Skromov
Albuqerque, Eduardo Tokura
Fleury Medicina e Saúde - São Paulo - SP - Brasil
Fundamentos: Aneurismas da aorta (AA) e doença arterial coronária (DAC), são
manifestações distintas da aterosclerose, cuja associação ainda é discutida. Por outro
lado, o ultrassom de artérias carótidas (UC) e o escore de cálcio (EC) são preditores de
risco para o desnvolvimento de DAC e de eventos adversos, cuja relação com os AA
ainda é desconhecida. O objetivo deste trabalho foi avaliar se existe correlação entre
estes marcadores de risco e a presença de AA.
Pacientes e métodos: Selecionamos 50 pacientes com fatores de risco (FR) clássicos
para aterosclerose, com diagnóstico de AA torácica (AAT) ou abdominal (AAA) e
que foram submetidos à quantificação de EC e ao UC com menos de duas semanas
de intervalo. Foram analisados os níveis de glicemia, PCR, a presença e o grau do EC
coronário, bem como a avaliação das artérias carótidas pelo UC.
Resultados: Havia 31 AAT e 19 AAA. O colesterol era 234±26 mg/dl, o LDL
142±72mg/dl, a glicemia 105±20, 75mg/dl e o PCR 0, 45±0, 25mg/l. Havia UC
alterado em 42 e EC>0 em 41 (p= ns). Por outro lado, o número de casos com
alterações significativas ao UC (placas de ateroma - 37) era maior do que o número de
pacientes com alterações significativas ao EC (valor >100 ou acima do percentil 75 16; p=0, 0001). A proporção de pacientes com AAT e EC >100 (5 - 26%) era menor
do que aqueles com AAA (11 - 35%), mas esta diferença não foi significativa (p= 0,
71). Nenhuma das demais varíaveis clínicas diferiu entre os casos de AAT e AAA.
Havia DAC considerada significativa em 21 (42%) e a incidência desta não diferiu
entre os grupos.
Conclusão: A análise dos nossos resultados permitem determinar que os fatores de
risco convencionais são prevalentes em pacientes com AA e que novos preditores
de risco para DAC (PCR, UC e EC) são alterados nesta população. Contudo,
alterações significativas são mais frequentemente encontrados do que os casos de EC
com alterações significativas, o que pode indicar que as alterações de EC são mais
intimamente ligadas à presença de eventos cardíacos adversos e o UC possa refletir
com maior intimidade as alterações das artérias extra cardíacas.
TL 146
Análise do ventrículo direito pela ressonância
magnética em pacientes com arritmia cardíaca e
ecocardiograma normal.
IBRAIM MASCIARELLI PINTO, André Marantes Masciarelli Pinto,
Leonardo Iquizli, Andrei Skromov Albuquerque
Grupo Fleury - São Paulo - SP - Brasil
Fundamentos: a pesquisa das causas de arritmias, muitas vezes representa um desafio
diagnóstico, implicando na realização de diferentes exames de imagem. A ressonância
magnética (RM) é frequentemente solicitada quando a Doppler-ecocardiografia
(ECO)não consegue revelar cardiopatia estrutural. Muitas vezes, porém, a RM revela
alterações inespecíficas, cuja relevância ainda é debatida. O objetivo deste trabalho
foi avaliar os achados da RM em pacientes com arritmias ventriculares (AV) e com
ECO normal.
Pacientes e métodos: entre julho de 2010 e janeiro de 2013, selecionamos 34 pacientes
com AV documentada e ECO que não revelasse cardiopatia estrutural. A análise incluía
a quantificação dos volumes e da fração de ejeção, além da análise visual da contração
segmentar do ventrículo direito. Esta foi classificada com leve ou acentuada e era
identificada a parede comprometida (inferior - PI, sub tricúspidea - PST, livre - PL. A
análise foi feita por dois operadores independentes.
Resultados: Dos 34 casos, 3 exibiam infiltração gordurosa e disfunção global,
característicos de displasia arritmogência e foram excluídos da análise. Dos demais
29, o volume diastólifo final (126 ± 31 ml), o volume sistólico final (67 ± 24 ml) e a
fração de ejeção (46 ± 8%) não foram diferentes do padrão de normalidade. Contudo,
em cinco casos havia espessura miocárdica < 6 mm ao final de diástole (4 na VS um
na PI). Nestes e em outros 14 casos havia hipocinesia totalizando 19 (65%). Destes
a parede comprometida era a VS em 8, a PST em 5, a PI em 2 e a PL em 4). Em 23
(79%) dos casos havia aumento do padrão de trabeculação, mas com relação entre
miocárdio trabeculado em normal entre 1, 6 e 2, 1:1. A extensão do trecho trabeculado,
por outro lado, interessava a mais do que 50% do endocárdio ventricular direito.
Em 14 (48%) havia pontos focais de realce tardio, comprometendo a menos do que
10% do miocárdio total. Em 9 casos havia a presença concomitante de realce tardio
e hipocinesia.
Conclusão: em pacientes com AV e ECO normal, a ressonância pode encontrar
alterações que não são patognomônicas de nenhuma doença, mas que podem
representar o substrato anatômico e sugerir o local da origem das arritmias. Caso
estes achados se confirmem em estudos adicionais, a ressonância pode ampliar sua
contribuição nos casos de AV.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
149
TL 147
Características morfológicas e funcionais de
miocardiopatias hipertroficas classica e apical atraves
da ressonância magnética no estado de Sergipe
ATF Barreto, LFG Gonçalves, FMS Souto, SM Andrade, FS
Dória, GB Torres, LD Melo, JABS Barreto-Filho, ACS Sousa, JLM
Oliveira
Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - Sergipe - Brasil,
Clínica e Hospital São Lucas - Aracaju - Sergipe - Brasil
INTRODUÇÃO A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a doença cardíaca congênita
mais comum, definida pela presença de hipertrofia miocárdica com expressão fenotípica
variável. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) é essencial na identificação do
padrão e da extensão da hipertrofia, pois supera as limitações do ecocardiograma
bidimensional, principalmente quanto a visualização das paredes livres anterolateral
e apical. MÉTODOS Trata-se de estudo observacional transversal cujo objetivo é
demonstrar o perfil demográfico, fenotípico e funcional dos pacientes a RMC com
diagnóstico de CMH estabelecido previamente ou após a realização de RMC, entre
abril de 2009 e agosto de 2012. ANÁLISE ESTATÍSTICA Obteve-se média e desvio
padrão das variáveis quantitaiva bem como frequência e percentuais das variáveis
categóricas comparadas pelo teste X². RESULTADOS Foram avaliados 78 pacientes
com idade média de 57, 2± 18, 6 anos, sendo 51 (65, 4%) homens. As indicações
do exame foram: avaliação de miocardiopatia (42, 3%), avaliação de isquemia e
viabilidade miocárdica (26, 9%), estratificação de risco de pacientes com CMH (21,
8%), avaliação de arritmia (6, 4%), outros (2, 6%). As características clínicas foram:
Sintomáticos (40%) [dispneia (40%), dor torácica (25%), palpitações (25%), tontura
(15%) e síncope (10%)], Hipertensão (55%), Sedentarismo (50%), Dislipidemia
(35%), Tabagismo atual ou pregresso (35%), Obesidade (30%), Diabetes mellitus
(20%), História familiar de cardiopatias (60%). Os diagnósticos da RMC foram CMH
clássica: 85, 9%, CMH apical: 14, 1%. A prevalência de Realce Tardio (RT) foi: 74, 4%
(92, 9% Focal/Mesocárdico, 7, 1% Subendocárdico), Isquemia ao estresse (avaliada
em 52, 6% da amostra) foi vista em 60, 9%. Entre os pacientes com CMH não apical,
80, 6% apresentavam RT (p=0, 005) e 62, 8% apresentavam isquemia (p=0, 8). Já
entre os pacientes com CMH apical, a percentagem de RT foi de 36, 4% (p=0, 005) e
de isquemia, 50%(p=0, 8). A frequência de associação entre RT e isquemia foi de 34,
5%. CONCLUSÕES. A CMH apical apresentou menor frequência de RT. Não houve
relação entre RT/Isquemia miocárdica e sintomatologia.
TL 148
EFEITO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E DO GÊNERO NA ISQUEMIA
MIOCÁRDICA À ECOCARDIOGRAFIA SOB ESTRESSE FÍSICO
FASM Ferreira, CCC Teixeira, EV Melo, IS Tavares, ATF Barreto,
FMS Souto, LD Melo, LAS Teixeira, ACS Sousa, JLM Oliveira
Hospital São Lucas - Aracaju - Sergipe - Brasil, Universidade
Federal de Sergipe - Aracaju - Sergipe - Brasil
Fundamento: A doença arterial coronariana é a principal causa de morte em ambos os
sexos e em portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Existem características
específicas de cada sexo que determinam respostas diferenciadas a alterações
fisiológicas e patológicas no sistema cardiovascular. Dessa forma, acredita-se que
exista alguma influência da diferença de gêneros na prevalência e incidência de
algumas das doenças cardiovasculares, a exemplo da isquemia miocárdica.O presente
estudo procurou determinar o efeito do gênero na isquemia miocárdica em indivíduos
com ou sem HAS submetidos à ecocardiografia sob estresse físico (EEF).
Métodos: Trata-se de coorte retrospectiva, envolvendo 2321 voluntários de ambos os
sexos, portadores de doença arterial crônica conhecida ou suspeita, submetidos à EEF
em esteira ergométrica para avaliação de isquemia miocárdica. Os pacientes foram
divididos em hipertensos e normotensos. Análise estatística: Variáveis contínuas foram registradas como média ± desviopadrão e as variáveis categóricas foram sumarizadas como porcentagens. As diferenças
entre os grupos foram comparadas através do teste t de Student ou qui-quadrado de
Pearson (X²). A análise de regressão logística foi aplicada para análise da associação
de isquemia com as variáveis independentes consideradas potenciais variáveis de
confundimento.
Resultados: A média de idade foi de 57, 4 ± 11 anos. Hipertensos foi de 60, 3%,
sendo 48, 2% do sexo masculino. A dislipidemia foi o mais importante fator preditor
de isquemia miocárdica, com probabilidade de quase 2, 5 vezes [Odds ratio(OR)= 2,
44; Intervalo de confiança (IC)95%=1, 892 – 3, 152; p<0, 0001]. A análise de regressão
logística para presença de isquemia miocárdica revelou OR = 1, 53 (IC95% = 1, 16 – 2,
02; p< 0, 002) para indivíduos hipertensos e OR = 1, 73 (IC95% = 1, 36 – 2, 20) o sexo
masculino. Isquemia miocárdica ocorreu em 17, 1% (IC 95% = 15, 5 – 18, 7), sendo
mais frequente nos homens tanto com hipertensos (OR = 1, 69; IC95% = 1, 304 – 2,
199; p<0, 0001) quanto normotensos (OR = 2, 23; IC = 1, 450 – 3, 429; p<0, 0001).
Conclusão: A isquemia miocárdica é mais frequente nos hipertensos e no sexo
masculino. Entretanto, no sexo masculino, os indivíduos normotensos evidenciam
maior chance de apresentar isquemia miocárdica à EEF.
TL 149
Elasticidade aórtica em pacientes com transposição das
grandes artérias após operação de Jatene
Ana Cristina Andrade, Michael Jerosch-Herold, Inga Voges,
Christopher Hart, Mihn Pham, Hans-Heiner Kramer, Carsten
Rickers
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade de
Schleswig-Holstein - Kiel - SH - Alemanha, Harvard University
- Boston - MA - Estados Unidos
A elasticidade da aorta em pacientes com transposição das grandes artérias (TGA)
após operação de Jatene sugere uma influência a longo prazo no prognóstico destes
pacientes. O objetivo deste estudo é uma melhor compreensão sobre as propriedades
bioelásticas da aorta após operação de Jatene em crianças e adultos com TGA.
Métodos: Cinquenta e um pacientes e 34 controles foram estudados por ressonância
magnética cardiovascular (RMC) 3T. Quarenta e três pacientes (12, 8±6, 9 anos)
foram submetidos diretamente a operação de Jatene, enquanto 8 pacientes (23, 8±6, 9
anos) apresentaram bandagem prévia da artéria pulmonar (operação de Jatene em dois
estágios). RMC foi utilizada para o estudo das dimensões aórticas, distensibilidade,
velocidade da onda de pulso (PWV), volumetria ventricular e atrial esquerdas.
Resultados: os pacientes apresentaram aumento da área da raiz aórtica (602, 6±240,
5 vs. 356, 8±113, 4 mm2/m, p<0.01) e diminuição da distensibilidade da aorta torácia,
em especial na própria raiz aórtica (3, 2±2, 0 vs. 9, 1±4, 7 10-3 mmHg-1, p<0, 01)
comparados aos controles. PWV foi maior em pacientes submetidos a operação de
Jatene em dois estágios (5, 3±1, 0 vs. 3, 5±0, 6 m/s, p<0, 01). A massa do ventrículo
esquerdo (VE) foi maior nos pacientes (56, 5±22, 3 vs. 48, 2±8, 6 g/m2; p<0, 05)
que nos controles. Ao contrário dos controles, foi encontrada correlação das PWV
e distensibilidade da raiz aórtica com idade nos pacientes (r=0, 59, p<0, 001 and
r=-0, 4, p<0, 01). Volumes mensurados de átrio esquerdo foram correlacionados
negativamente com distensibilidade da raiz aórtica e aorta ascendente, e positivamente
com PWV (p<0, 05).
Conclusão: Diminuição das propriedades bioelásticas da aorta e dilatação da raiz
aórtica estão presentes em pacientes com TGA pós OJ e contribuem para disfunção
diastólica de VE. Alteração na bioelasticidade aórtica está associada a idade, o que
sugere seguimento regular destes pacientes, a fim de diagnosticar precocemente tal
degeneração.
TL 150
PREDITORES CLÍNICOS X ECOCARDIOGRÁFICOS EM PACIENTES
COM FIBRILAÇÃO ATRIAL E TROMBO ATRIAL ESQUERDO EM
HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO
LINO M. TIBA, RICARDO LADEIRA, MÁRCIO MATHEUS, FÁTIMA
GUILHERME, VANESSA DE MARCO, ANA PAULA COLÓSIMO, JOÃO
PIMENTA
HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE - SÃO PAULO - SP
- BRASIL
INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre os fatores de risco
clínicos e ecocardiográficos como preditores de formação de trombo no átrio esquerdo
(AE) em pacientes com fibrilação atrial (FA).
MÉTODOS: De abril/2011 a junho/2012, 59 pacientes (68, 9 ± 11, 7 anos; 54%
homens) com FA foram submetidos ao Ecocardiograma Transesofágico com finalidades
diversas. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a presença
(Grupo I; n=11) ou ausência (Grupo II; n=48) de trombo em AE. Foram avaliados
retrospectivamente as características clínicas, escore de risco CHADS2 e CHA2DS2VASc e dados ecocardiográficos diversos, e comparados entre os dois grupos.
ANÁLISE ESTATÍSTICA: Os dados foram expressos como Média ± DP. As
variáveis contínuas foram analisadas de acordo com o teste t de Student. Dados
dicotômicos foram comparados com o teste do Qui-quadrado ou teste exato de Fisher.
O valor de p < 0.05 foi considerado significante.
RESULTADOS: Foram observados trombos no AE em 11 pacientes (19%) sendo
a maioria no AAE (73%). Não houve diferença estatisticamente significante entre
os dois grupos em relação aos diversos dados clínicos ou escore de risco CHADS2
(Grupo I: 2, 09 ± 0, 83 vs Grupo II: 1, 85 ± 0, 17; p = 0, 53) e CHA2DS2-VASc (Grupo
I: 3, 90 ± 1, 14 vs Grupo II: 3, 62 ± 1, 63; p = 0, 59). Dentre os diversos parâmetros
ecocardiográficos, a velocidade de esvaziamento do apêndice atrial esquerdo foi menor
no Grupo I do que no Grupo II (22, 8 ± 12, 6 vs 32, 7 ± 13, 0; p = 0, 008), a intensidade
do contraste espontâneo no AE foi semelhante em ambos grupos (4, 6 ± 2, 9 vs 3, 4
± 1, 9; p = 0, 08), porém, no apêndice atrial esquerdo foi maior no grupo I do que no
Grupo II (4, 5 ± 2, 8 vs 2, 8 ± 2, 1; p = 0, 03). Os demais parâmetros ecocardiográficos
não apresentaram diferença estatisticamente significante.
CONCLUSÕES: Nenhum dado clínico ou escore de risco CHADS2/CHA2DS2VASc foi capaz de diferenciar pacientes em risco para desenvolver trombo em AE.
Pacientes com trombo em AE apresentaram menor velocidade de esvaziamento e
maior intensidade de contraste espontâneo em AAE. A formação de trombo no AE em
pacientes com FA parece estar diretamente relacionada com a contratilidade do AAE,
independente de fatores clínicos ou escore de risco.
150
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Síndromes Coronárias Agudas e Emergências
Cardiovasculares
TL 151
IMPACTO DA INJÚRIA RENAL AGUDA EM PACIENTES COM INFARTO
AGUDO DO MIOCÁRDIO: COMPARAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS RIFLE
E O NOVO KDIGO
FERNANDO BRUETTO RODRIGUES, ROSANA GOBI BRUETTO, ANA
MARIA OTAVIANO, DIRCE MARIA ZANETTA, EMMANUEL DE ALMEIDA
BURDMANN
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP
- SP - BRASIL, HOSPITAL DE BASE - S. J. RIO PRETO - SP - BRASIL,
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO - SP - BRASIL
Introdução: A injúria renal aguda (IRA) aumenta a mortalidade em pacientes com infarto
agudo do miocárdio (IAM). O critério RIFLE (Risk, Injury, Failure, Loss, and End-stage
kidney disease) tem sido criticado para diagnosticar IRA pela baixa sensibilidade. Um novo
critério (KDIGO, Improving Global Outcomes) foi recentemente recomendado. O RIFLE
diagnostica IRA quando há aumento na creatinina sérica (CrS) de pelo menos 1, 5 vezes o
valor de referência. O KDIGO requer aumento da CrS ≥ 0, 3 mg/dL em 48 horas ou aumento
de ≥ 1, 5 vezes na CrS ocorrido em 7 dias. Ainda não existem estudos comparando estes
dois critérios em pacientes com IAM. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência e
mortalidade de IRA diagnosticada pelos critérios RIFLE e KDIGO em pacientes com IAM.
Métodos e Análise Estatística: Foram incluídos no estudo 1.050 pacientes com IAM.
Este é um estudo prospectivo, unicêntrico e observacional.Foi realizada a análise múltipla
proporcional de Cox para avaliar a relação entre o desenvolvimento de IRA e mortalidade
no seguimento de 30 dias e um ano. Resultados: IRA pelo critério RIFLE ocorreu em
14, 8% e pelo KDIGO em 36, 6% dos pacientes nos primeiros sete dias de internação. O
desenvolvimento de IRA foi associado a aumento da mortalidade em 30 dias, com hazard ratio
ajustada (HRA) de 3, 51 (intervalo de confiança [IC] 95% 2, 35 - 5, 25; p < 0, 001) para RIFLE
e 3, 99 (IC 95% 2, 59 - 6, 15; p < 0, 001) para KDIGO, em comparação aos pacientes que não
desenvolveram IRA para cada critério. Em um ano se observou HRA de 1, 84 (IC 95% 1,
12 - 3, 01; p = 0, 016) para RIFLE e 2, 43 (IC 95% 1, 62 - 3, 62; p < 0, 001) para KDIGO, em
comparação aos pacientes que não desenvolveram IRA. O subgrupo de pacientes classificado
como sem IRA pelo RIFLE, mas como IRA pelo KDIGO apresentou aumento da HRA para
morte de 2, 56 (IC 95% 1, 53 - 4, 29; p < 0, 001) em 30 dias e 2, 28 (IC 95% 1, 46 - 3, 55; p <
0, 001) em um ano, em comparação a pacientes sem IRA, por esse critério.
Conclusão: o KDIGO diagnosticou mais pacientes com IRA que o RIFLE. Os pacientes
identificados como IRA pelo KDIGO, mas não diagnosticados pelo RIFLE apresentaram
risco aumentado de morte precoce e tardia. O critério KDIGO é provavelmente mais
adequado que o RIFLE para o diagnóstico de IRA em pacientes com IAM.
TL 152
O declínio da sensibilidade à insulina favorece a dispersão
do QTc após infarto do miocárdio mesmo em pacientes não
diabéticos
Elayne Kelen de Oliveira, Venâncio, F. N. C., Maurício Filho,
M.A.F.Q., Munhoz, D. B., Almeida, O. L. R, Quinaglia e Silva, J. C.,
Sposito, A. C.
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL,
UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL
Introdução: Como substrato para arritmias potencialmente letais, a dispersão do
intervalo QT é um forte preditor de mortalidade em pacientes pós infarto agudo
do miocárdio (IAM). Em diabéticos, a dispersão do QT é frequentemente maior, o
que parece contribuir para a alta mortalidade após IAM nesses pacientes. Em não
diabéticos, no entanto, o papel do declínio da sensibilidade a insulina na dispersão do
QT na fase aguda do IAM é desconhecido.
Métodos: Em 86 pacientes consecutivos, selecionados do Brazilian Heart Study,
nas primeiras 24 horas do início dos sintomas, no terceiro e quinto dia pós-IAM
com supradesnivelamento do ST (cSST), realizamos eletrocardiograma digital e
calculamos a dispersão do intervalo QTc. Para cálculo do HOMA2S, foram medidos
os níveis de glicose e de insulina plasmáticas nas primeiras 24 horas do início dos
sintomas do IAM. Os grupos com HOMA2S maiores ou menores que a mediana
foram comparados por análise de covariância (ANCOVA) ajustados para os valores
de admissão, sexo, idade, IAM prévio, tempo até o tratamento maior ou menor que 90
min, para avaliar o seu efeito sobre a dispersão do intervalo QT na admissão, terceiro
e quinto dia após IAMCSST.
Resultados: Os pacientes com HOMA2S <41, 5 apresentaram uma maior dispersão de
QTc na admissão (83, 738 ± 43, 240 versus 78, 492 ± 29, 479; p=0, 003) e no terceiro
dia pós-IAM (95, 913 ± 51, 505 versus 87, 162 ± 34, 282; p=0, 045). No quinto dia não
houve diferença entre os dois grupos de HOMA2S.
Conclusão: Mesmo em indivíduos não diabéticos, o declínio da sensibilidade a
insulina favorece o aumento do dispersão do intervalo QTc na fase aguda do IAM,
podendo assim justificar a maior letalidade nesses indivíduos.
TL 153
Trombólise Inadvertida com Tenecteplase (TNK) na
cidade de São Paulo - Por que ocorrem erros e quais as
consequências?
Frederico Homem, Sousa Filho J.T., Ferreira G.M., Freitas M.S.,
Stefanini E., Orlando J.M., Herrmann J.L., Vicentim M., Alves
C.M.R., Carvalho A.C.C.
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Introdução: Apesar da preferência pela angioplastia primária como tratamento do
infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento ST (IAMCSST), a terapia
fármaco-invasiva (TFI) tem ganho destaque em grandes cidades devido às dificuldades
quanto a transferência e acesso a laboratório de Hemodinâmica 24 horas. Objetivos: Avaliar o percentual de erro diagnóstico na leitura do ECG, principais
motivos de confusão no diagnóstico eletrocardiográfico e discutir mortalidade e
complicações hemorrágicas nesta população.
Métodos: Foram incluídos casos consecutivos, admitidos em hospital terciário,
provenientes da rede hospitalar municipal e de ambulâncias do SAMU com diagnóstico
de IAMCSST e tratados com TNK no serviço de origem. Reavaliamos o ECG inicial
deste grupo e acompanhamos a evolução de 30 dias quanto a óbitos e complicações
hemorrágicas. Significância estatística definida como p<0, 05, variáveis contínuas
expressas em mediana, categóricas em porcentagem e análise estatística pelo teste
Qui-quadrado e teste exato de Fischer.
Resultados: Avaliamos 500 pacientes (70, 8 % homens e mediana de idade=58 ±
11 anos), dos quais 53 (10, 6%) não receberam diagnóstico final de IAMCSST após
admissão no hospital terciário. As três principais alterações eletrocardiográficas que
receberam trombólise inadvertida foram: Repolarização precoce (24, 7%), Bloqueio de
ramo esquerdo(BRE) antigo (18, 9%) e supra-ST difuso (15%). Não houve diferença
significante entre os grupos de pacientes que receberam tratamento adequado e aqueles
trombolisados sem indicação, tanto quanto aos óbitos intra-hositalares (8% versus 5, 7%;
p=0, 52) como em relação a complicações hemorrágicas (5, 5% versus 6, 1%, p=0, 34).
Conclusão: O percentual de erro encontrado na interpretação dos ECG é semelhante
ao relatado na literatura. As principais causas de confusão foram repolarização
precoce, BRE antigo e supra-ST difuso. A trombólise inapropriada não provocou
aumento de mortalidade e de complicações hemorrágicas nesta população. A presença
do cardiologista no pronto-socorro ou serviço de telecardiologia bem como o maior
treinamento das equipes de assistência na emergência podem contribuir para a redução
de erros na interpretação eletrocardiográfica. TL 154
Adiponectina como Preditor de Risco Cardiometabólico
em Síndromes Coronarianas Agudas
Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira, João Ítalo Dias
França, Rui Fernando Ramos, Leopoldo Soares Piegas
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamentos: A obesidade visceral apresenta crescente relevância como fator de
risco cardiovascular. De fato, o tecido adiposo representa fonte de energia estocável
e um órgão endócrino que secreta citoquinas, as quais podem contribuir para o
desenvolvimento de doenças relacionadas à obesidade, incluindo o diabetes mellitus
e a aterosclerose. A adiponectina, uma nova proteína semelhante ao colágeno, foi
descoberta como uma citoquina específica do adipócito e um promissor marcador de
risco cardiovascular.
Objetivos: Avaliar a associação entre os níveis séricos da adiponectina e o risco para
ocorrência de eventos cardiovasculares em pacientes com Síndromes Coronárias
Agudas (SCA), e as correlações entre adiponectina e os biomarcadores metabólicos,
inflamatórios, e miocárdicos.
Métodos e análise estatística: Foram recrutados 114 pacientes com SCA, com
seguimento prospectivo médio de 1, 13 anos para avaliação de desfechos clínicos.
Modelos de regressão de risco proporcional de Cox com penalização de Firth foram
construídos para determinar a associação independente entre adiponectina e o risco
subsequente dos desfechos primário (composto de óbito cardiovascular/IAM não fatal/
AVE não fatal) e co-primário (composto de óbito cardiovascular/IAM não fatal/AVE
não fatal/rehospitalização requerendo revascularização). Os resultados foram expressos
como razão de risco [Hazard Ratio (HR)] e IC95%, e a capacidade discriminatória dos
modelos foi expressa pelo c-statistic. Foram utilizados testes bicaudais com nível de
significância em α=0.05.
Resultados: Houve correlações diretas e significantes entre adiponectina e idade,
HDL-colesterol, e BNP, e inversas e significantes entre adiponectina e circunferência
abdominal, peso corporal, índice de massa corporal, índice HOMA, triglicerídeos, e
insulina. Adiponectina foi associada a maior risco para os desfechos primário e coprimário (HR ajustado 1, 08 e 1, 07/incremento de 1000, respectivamente, p=0, 01 e
p=0, 02), particularmente entre os pacientes não diabéticos.
Conclusões: Em pacientes com SCA, a adiponectina sérica foi preditor de risco
independente para eventos cardiovasculares. De modo adicional às correlações
antropométricas e metabólicas, adiponectina mostrou correlação significante com BNP.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
151
TL 155
Correlação entre atividade simpática e marcadores
inflamatórios em pacientes com síndrome coronariana
aguda
Humberto G. Moreira, Daniel G. Martinez, Larissa F. Santos,
Rony L. Lage, Carlos E. Negrão, Maria Urbana P.B. Rondon, José
C. Nicolau
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Em pacientes hospitalizados por sindromes coronarianas agudas
(SCA), tanto a hiperatividade simpática quanto resposta inflamatória exacerbada são
associadas com piores resultados clínicos. No entanto, ainda é desconhecido se existe
alguma correlação entre essas duas vias fisiopatológicas.
Objetivos: Correlacionar níveis séricos de biomarcadores inflamatórios associados
à aterotrombose com atividade nervosa simpática muscular (ANSM) na fase aguda
da SCA.
Métodos: Pacientes hospitalizados com SCA não complicada foram incluídos se eles
possuíam entre 18 e 65 anos e com aterosclerose coronariana importante. Além das
informações basais individuais, no quarto dia de internação eles foram submetidos
à avaliação da ANSM e coleta concomitante de amostra sanguínea para dosagem
de proteinna C-reativa ultrassensível (PCR), interleucina-6 (IL6), e lipoproteina
fosfolipase A2 (Lp-PLA2). ANSM foi obtida através da técnica de microneurografia
do nervo fibular. Correlações entre os marcadores inflamatórios e entre estes e a ANSM
foram analisadas através de teste de Spearman e regressão linear.
Resultados: Foram incluídos 52 pacientes, 80% do sexo masculino, idade média de
51, 0 + 7, 4 anos. A prevalência de hipertensão arterial foi de 59, 6%, diabetes mellitus
11, 5%, e doença arterial coronariana prévia de 17, 3%. A apresentação foi IAM com
supra de ST em 25 pacientes (48, 1%), IAM sem supra de ST em 21 (40, 4%) e angina
instável em 06 pacientes (11, 5%). A mediana de PCR foi de 16, 2 mg/dL, IL6 8, 1
pg/ml, e Lp-PLA2 média 183, 9 nmol/min/ml. A ANSM média foi de 64, 2+19, 5
impulsos/100bpm. Houve correlação positiva entre PCR e IL6, assim como Lp-PLA2
e níveis de LDL. Não houve correlação significativa entre a atividade simpática e
nenhum destes marcadores inflamatórios (p>0, 05). Conclusão: Apesar do aumento dos níveis de marcadores inflamatórios e atividade
simpática em pacientes com SCA, não houve correlação entre esses parâmetros,
sugerindo que, embora eles possam estar presentes concomitantemente num episódio
agudo de SCA talvez sigam diferentes vias fisiopatológicas.
TL 156
Introdução precoce de estatina reduz a dispersão do QTc
após infarto do miocárdio
Frank Venancio, Luiz Sergio F de Carvalho, Daniel B Munhoz,
Osorio Luiz Rangel de Almeida, Jose Carlos Quinaglia e Silva,
Otavio R Coelho, Andrei C Sposito
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
O aumento da atividade inflamatória cardíaca e sistêmica que precede o infarto
miocárdico (IM) ocorre associado a um aumento na diferença entre o tempo de
repolarização dos diferentes segmentos cardíacos, condição representada pelo aumento
na dispersão do QTc no eletrocardiograma (ECG). Nossa hipótese é de que as estatinas,
por meio de suas ações anti-inflamatórias e simpatolíticas possam diminuir o intervalo
QTc e consequentemente ocorrência de arritmias no período peri-infarto. Métodos:
Duzentos pacientes diagnosticados com infarto agudo do miocardio com supra de ST da
coorte Brazilian Heart Study foram incluídos no estudo e tratados ou não com estatinas
conforme prescrição do médico assistente, sem interferência dos pesquisadores.
Foram realizados ECGs de 12 derivações e coletas de plasma nas primeiras 24h, 3º
e 5º dias após infarto (D1, D2, D3), quando foi medido o intervalo QTc e o intervalo
RR durante 15 minutos. Para as comparações entre os grupos foram utilizadas
análises de covariância ajustadas para sexo, circunferência abdominal, história de
hipertensão, infarto ou acidente vascular cerebral, realização ou não de angioplastia
primária. Resultados: Foi encontrada associação entre o uso de estatinas e a variação
da dispersão do QTc entre o 1o e 3o dias (Delta QTc D1-D3) pós-infarto, sendo 18,
8(-8;44) no grupo que não usou estatina (dose média de 36±20mg) na internação e 9,
3(-18;35) no grupo que usou, p<0, 001; bem como entre o 1o e o 5o dia (Delta QTc
D1-D5) pós-infarto [0, 6 (-28;15) no grupo sem estatina, -15, 1 (-36;12);p<0, 001].
Consistentemente, os pacientes com Delta QTc D1-D3 e D1-D5 acima da mediana
apresentaram aumento da Proteína C reativa (PCR) significativamente maior entre o
D1 e o D5 que os pacientes com Delta QTc abaixo da mediana [7, 21(3, 1;13) vs 3, 74
(1, 3;6, 7), respectivamente; p=0, 006], com ajuste adicional para a dose de estatina
utilizada na internação. Conclusão: A resposta inflamatória sistêmica após IM se
associa diretamente com a dispersão do QTc. Consistentemente, o uso de estatina na
admissão se associa menor dispersão do QTc e, portanto, do substrato para arritmias
potencialmente letais na fase aguda do IM.
TL 157
Piridostigmina aumenta a mobilização sistêmica e a
infiltração cardíaca de linfócitos CD8+ no infarto agudo
do miocárdio de ratos
Juraci Rocha, Esper G Kallás, Susan P Ribeiro, Maria Carolina
Guido, Otávio C Bezerra, Gizele A Neves, Silvia Lacchini, Maria
Cláudia Irigoyen, Fernanda M Consolim
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução:O infarto agudo do miocárdio (IAM) é visto como evento final de um
processo inflamatório, que se inicia com a aterosclerose e culmina na síndrome
coronariana aguda. A extensão da área infartada e o prejuízo na função ventricular,
depende de múltiplos fatores, dos quais a inflamação, pode ser modulada pelo aumento
da atividade vagal(AAV). Objetivos:Avaliar a ação da piridostigmina na mobilização
de células imunes no 3°dia pós IAM. Métodos:Ratos Wistar, pesando 250 mg, foram
divididos em 3 grupos: dois submetidos a IAM; um deles tratado com piridostigmina
em água de beber, e o outro sem tratamento; comparados ao grupo controle. O
estudo ecodopller e da variabilidade da frequência cardíaca, registrou o adequado
preparo dos animais, tanto com relação ao IAM efetivo, quanto pelo AAV provocada
pela droga. A mobilização de células imunes no coração foi analisada pelo método
de imunohistoquímica e a ativação de linfócitos CD4+ e CD8+ em sangue e baço,
pela Citometria de Fluxo.Análise estatística: Resultados apresentados como média e
erro padrão e avaliados por ANOVA e programa GraphPad Prism com teste de Tukey.
Resultados: Nos grupos infartados houve disfunção diastólica, redução da fração de
ejeção, aumento da FC e redução da mobilização de linfócito CD8+CD25+ em baço
e sangue. A piridostigmina provocou aumento das variáveis SDNN e RMSSD (AAV),
expressivo aumento regional de CD8+ em área infartada e redução dessa mobilização
em área peri-infarto, além de aumentar a mobilização de linfócitos CD8+CD25+ em
baço e sangue. Conclusão: A piridostigmina promoveu AAV. Inúmeros trabalhos
mostram que a maior infiltração de linfócitos em área peri-infarto são responsáveis
pela amplificação da inflamação e dano miocárdio levando ao pior remodelamento
ventricular pós infarto. A diminuição da mobilização de linfócitos nesta região, no
grupo tratado com piridostigmina, pode ser um possível mecanismo para explicar os
benefícios do AAV na evolução do IAM.
TL 158
Redução do Supradesnível do Segmento ST Após
Intervenção Coronária Percutânea Primária
Monica Buchalla, Marianna Buchalla Barbar Cury, Mauricio
N Machado, Lilia Nigro Maia
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - SP BRASIL, Santa Casa de Misericórdia - São José do Rio Preto - São
Paulo - Brasil
Introdução: A redução/resolução do supradesnível do segmento ST em pacientes
com infarto do miocárdio tratados com fibrinolíticos está diretamente relacionada à
reperfusão miocárdica sendo importante preditor prognóstico de mortalidade para esse
grupo de pacientes.
Objetivos: Avaliar a redução do supradesnível do segmento ST (RSST) após
intervenção coronária percutânea primária (ICPP) como preditor de mortalidade
precoce (30 dias).
Casuística e métodos: No período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2011, 228
pacientes foram submetidos à ICPP para tratamento de infarto do miocárdio com
supradesnível do segmento ST. Os pacientes foram divididos em dois grupos: RSST
> 50% e RSST ≤ 50%.
Resultados: A mediana da idade foi 62 anos (51 – 70) sendo 144 pacientes (63%) do
sexo masculino. Cento e quatro pacientes (45%) se apresentaram com infarto anterior e
80% (183 pacientes) foram admitidos em Killip I. A mediana do tempo porta-balão foi
de 60 minutos (45 – 102), 87% dos pacientes tiveram resultado angiográfico pós-ICP
com TIMI 2 ou 3 e o ECG controle foi realizado em um mediana de 60 minutos (40
– 100) após o procedimento. Sessenta e nove por cento (158 pacientes) dos pacientes
tiveram RSST > 50%. Vinte e uma variáveis clínicas, laboratoriais e angiográficas
foram analisadas em um modelo univariado de regressão de Cox. Aquelas variáveis
com significância estatística foram testadas em um modelo multivariado. Oito
preditores independentes foram identificados: Idade (anos) (HR – 1, 02; P <0, 001),
Killip III (HR – 6, 1; P = 0, 001), Killip IV (HR – 3, 7; P = 0, 006), doença uniarterial
(HR – 0, 14; P 0, 009), TIMI zero pós-procedimento (HR – 4, 6; P 0, 022), TIMI 3
pós-procedimento (HR – 0, 28; P = 0, 001), Blush 3 (HR – 0, 25; P 0, 029) e RSST >
50% (HR – 0, 13 – P < 0, 001). Para cada um por cento de RSST houve redução de 1,
5% na mortalidade em 30 dias dos pacientes estudados.
Conclusão: Na população estudada, a RSST > 50% foi preditor independente para
redução de mortalidade precoce dos pacientes com infarto com supradesnível do
segmento ST tratados com ICPP.
152
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 159
Validação prospectiva do escore de risco DANTE PAZZANESE
em síndrome coronária aguda sem supra de ST
Elizabete Silva dos Santos, Luiz Minuzzo, Roberta de Souza,
Ari Timerman
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: Em Síndrome Coronária Aguda (SCA) sem supra de ST, é importante
estimar a probabilidade de eventos adversos. Para esse fim, as diretrizes nacionais
e internacionais recomendam modelos de estratificação de risco. O escore de risco
Dante Pazzanese (escore DANTE) é um modelo simples de estratificação de risco,
desenvolvido em uma população brasileira e composto das seguintes variáveis:
aumento da idade (0 a 9 pontos); antecedente de diabete melito (2 pontos) ou
acidente vascular encefálico (4 pontos); não uso de inibidor da enzima conversora
da angiotensina (1 ponto); elevação da creatinina (0 a 10 pontos); combinação de
elevação da troponina cardíaca e depressão do segmento ST ≥ 0, 5 mm (0 a 4 pontos).
Objetivo: Realizar validação do escore DANTE em pacientes com SCA sem supra de
ST. Material e Métodos: Foi um estudo prospectivo, observacional, com inclusão de
457 pacientes com SCA sem supra de ST admitidos de setembro de 2009 a outubro
de 2010. Os pacientes foram agrupados em: muito baixo, baixo, intermediário e
alto risco de acordo com a pontuação designada em cada classe de risco do modelo
original. A habilidade preditiva do escore na população de validação foi avaliada pela
estatística-C. Resultados: Foram 291 (63, 7%) homens e a média da idade 62, 1 anos
(11, 04). Dezessete pacientes (3, 7%) apresentaram o evento de morte ou (re)infarto
em 30 dias. Ocorreu aumento progressivo na proporção do evento, com o aumento da
pontuação: muito baixo risco= 0, 0%; baixo risco= 3, 9%; risco intermediário= 10, 9%;
alto risco= 60, 0%; p<0, 0001. A estatística-C foi de 0, 87 [IC 95% 0, 81-0, 94; p<0,
0001]). Conclusão: O escore DANTE apresentou excelente habilidade preditiva para
ocorrência de morte ou (re)infarto em 30 dias em população independente e pode ser
incorporado na avaliação prognóstica de pacientes com SCA sem supra de ST.
TL 160
Variação do pro-peptídeo natriurético cerebral 32 na
fase aguda do infarto do miocardio prevê mortalidade em
curto e longo prazo
Lara Romero Pereira, Osorio Luiz Rangel de Almeida, Luiz
Sergio F de Carvalho, Jose Carlos Quinaglia e Silva, Joalbo
Matos Andrade, Otavio R Coelho, Andrei C Sposito
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Apesar do valor prognóstico do BNP32 em pacientes com insuficiência cardíaca ser bem
conhecido, existem poucas evidências sobre seu papel no contexto do infarto do miocárdio
(IM). Conceitualmente, o estiramento atrial produzido pela sobrecarga ventricular no pósinfarto torna plausível a hipótese de que elevados níveis de BNP32 no pós-IM esteja associado a
remodelamento ventricular negativo e menor sobrevida. Métodos: Pacientes consecutivos com
IM com supra de ST (n=152) do Brazilian Heart Study foram acompanhados prospectivamente
por 332 (300-349) dias. Nas primeiras 24h do início dos sintomas (D1) e no 5o dia (D5) foram
avaliados os níveis plasmáticos do BNP32 e foi calculado o delta BNP32 (D5–D1). No 3o mês
após o IM os pacientes foram submetidos a ressonância nuclear magnética cardíaca (RNM-c).
Resultados: No modelos de regressão logística e de Cox ajustados para sexo, idade e dose
de estatina e diagnóstico de diabetes mellitus, um delta BNP32 acima da mediana (80pg/dL)
foi associado, respectivamente, a maior incidência de morte súbita e re-infarto fatal e não-fatal
(MACE) em 30 dias (OR 10, 88, IC95% 1, 10–108, p=0, 038) e em 1 ano (HR 2, 51, IC95% 1,
03–6, 11, p=0, 043). Além disso, em curvas ROC para discriminação da incidência de MACE,
o delta BNP32 se mostrou superior ao BNP32 no D1 (Área sob a curva 0, 72 p=0.031 vs 0, 43
p=0.5). Consistentemente, pacientes com
delta BNP32 acima da mediana apresentaram
3.14 vezes (1, 01–9, 75; p=0.048) mais
chances de apresentarem fração de ejeção do
ventrículo esquerdo (FEVE) <46, 5%
(mediana) no 3o mês que aqueles com delta
BNP32 menor que a mediana. Entretanto, o
delta BNP não se associou significativamente
com massa infartada ou com os volumes do
VE ao final da sístose e diástole.
Conclusões: Pacientes com maior
variação do delta BNP32 entre a
admissão e D5 após o infarto do
miocárdico se associa a maior incidência
de eventos cardiovasculares em curto e longo prazo, o que pode potencialmente ser
justificado pela pior FEVE apresentada nesse grupo de indivíduos
TL 161
IMPLICAÇÃO PROGNÓSTICA DO USO DE SUPORTE VENTILATÓRIO
EM PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
MARCELO KATZ, Pesaro AEP, Makdisse MRP, Correa AG, Fava AN,
Franken M, Forlenza L, Serrano CV
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: A necessidade de suporte ventilatório (SV) na fase aguda do infarto
agudo do miocárdio (IAM) denota maior gravidade desses pacientes. Poucos estudos
avaliaram o papel prognóstico do uso de SV neste contexto. Nosso objetivo foi analisar
o impacto do uso de SV sobre o prognóstico de pacientes com IAM. Métodos e análise
estatística: Entre 2004 e 2012, 1637 pacientes com IAM (71% homens, 68±15 anos,
40% com supra ST) foram incluídos em um registro unicêntrico de IAM. Os pacientes
foram categorizados em dois grupos: uso de suporte ventilatório na fase aguda do
IAM ou não utilização de suporte (SV invasivo e não invasivo foram avaliados de
forma combinada). Dados clínicos, laboratoriais, tempo de internação e mortalidade
intra hospitalar foram comparados entre os pacientes. As variáveis contínuas foram
analisadas através do teste t de Student e Mann-Whitney, e proporções através do teste
X2. Utilizamos um modelo de regressão logística ajustado para sexo, idade, Killip,
troponina, fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE], índice de massa corpórea
e tipo de IAM para testar o papel prognóstico do uso de SV sobre a mortalidade. O
valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: A tabela
abaixo compara características clínicas e laboratoriais entre os dois grupos. O tempo
de internação, assim como a mortalidade foi maior no grupo SV [12(7-25) dias vs.
6(4-8) dias; p<0, 001 e 25% vs. 4, 2%; p<0, 001, respectivamente] No modelo de
regressão logística, idade [OR=1, 03(1, 01-1, 05) p=0, 001], FEVE [OR=0, 06(0, 010, 3), p=0, 002], Killip ≥2 [OR=2, 6(1, 6-4, 3), p<0, 001), e IMC [OR=0, 9(0, 860, 97), p=0, 003) associaram-se a mortalidade. Nesse mesmo modelo, pacientes que
necessitaram de SV tiveram uma chance 5, 9 vezes maior de óbito [OR 5, 9(3, 7-9,
5), p<0, 001). Conclusão: A necessidade de SV está associada a um pior prognóstico
dos pacientes com IAM, representando maior tempo de internação e maior mortalidade
intra-hospitalar neste grupo.
TL 162
Programa de treinamento SOCESP na rede municipal
para tratamento do infarto agudo do miocárdio com
supradesnivelamento do segmento ST.
Machado Cesar, LA, Ramos, Rui F, Ferreira, JFM, Mioto, BM,
Farsky, P, Moreno, ACC, Oliveira, N, Gun, C, Magalhães, C C
SOCESP - SÃO PAULO - SP - BRASIL
Fundamentos: Há, na cidade de São Paulo 2.700.000 de atendimentos de emergência/
ano, pelo SUS. A mortalidade por IAM foi de 14, 4% no ano de 2008/09. O uso de
trombolítico e angioplastia é baixo.
Objetivo: Avaliar impacto do treinamento das emergência no tratamento do IAM
(Reduzir taxas de mortes por infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST)
em hospitais da rede municipal e estadual da cidade).
Métodos: Reuniões com responsáveis médicos pelo PS e UTI dos hospitais.
Elaborado programa de treinamento com aulas e manuais de treinamento
multidisciplinar. Identificamos hospitais com atendimento de mais de 100 casos de
IAM/ano e com mortalidade>15% ano 2008/1º semestre de 2009. Escolhemos cinco
hospitais com maiores mortalidades alvo do treinamento. De maio/ dezembro de 2010
realizado treinamento e treinado os responsáveis para replicação. Comparamos dados
do segundo semestre de 2009 com todo o ano/2010, pelo X2.
Resultados: A taxa de mortalidade em todos os hospitais da rede diminuíram de 14,
6% para 14, 10% de 2009 para 2010(p= 0, 57). Nos hospitais treinados, diminuíram de
25, 6% (79/314) para 18, 2% (165/932) (p= 0, 005) em 2010, gráfico abaixo.
Conclusão: Educar a equipe de plantão da emergência dos hospitais, os médicos
plantonistas ( generalistas e de outras especialidades ), enfermeiros e técnicos,
via sociedades de especialidades, é efetivo com impacto importante, no caso, na
mortalidade por IAM.
Idade (anos)
Sexo masculino (%)
IMC (Kg/m2)
IAM com supra (%)
Killip ≥2 (%)
FEVE(%)
Troponina (ng/mL)
Uso de SV (n=296)
75±14
65%
26, 4±4, 6
39, 9
36
46±15
20±42
Sem SV (n=1371)
67±15
72%
26, 7±4, 4
39, 8
10
54±12
23±11
p
<0, 001
0, 009
0, 32
0, 97
<0, 001
<0, 001
0, 64
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
153
TL 163
Atuação do Time de Resposta Rápida na Redução de Custos
Hospitalares
Salomón Soriano Ordinola Rojas, Viviane Cordeiro Veiga,
Júlio César de Carvalho, Luis Enrique Campodonico Amaya
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL, FACULDADE DE
CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Introdução: Desde 1989, os Times de Resposta Rápida (TRR) têm sido implantados
nas instituições de saúde, com objetivo de reconhecimento e tratamento precoce
da deterioração clínica. O Institute for Healthcare Improvement (IHI), que tem por
meta melhorar a assistência à saúde através da prevenção da ocorrência de eventos
adversos, recomenda o estabelecimento dos TRR. No entanto, os resultados da
implantação destas equipes ainda são controversos entre os estudos.Objetivo: O
objetivo deste trabalho é avaliar a atuação do time de resposta rápida na redução dos
custos hospitalares.Casuística e Método: No período de maio de 2010 a dezembro de
2012, foram avaliados os atendimentos realizados pelo TRR em hospital de grande
porte. Os atendimentos foram divididos em dois períodos – período “antes”, de maio
de 2010 a julho de 2011 e o “depois”, de agosto de 2011 a dezembro de 2012. Entre
os dois períodos, foram alterados os critérios de acionamento do grupo, buscandose a deterioração clínica de forma mais precoce. No período, foram atendidos 8009
pacientes, sendo 1830 no “antes” e 6179 no “depois”, com idade média de 66, 37±16,
88 e 65, 99±20, 08 anos, respectivamente. O indicador avaliado para redução do custo
hospitalar foi a taxa de transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos
pacientes atendidos pelo TRR.Resultados: No período antes, 33, 3% dos pacientes
atendidos foram transferidos para a UTI, reduzindo-se para 20, 85% no período depois.
Considerando-se o total de pacientes atendidos no período depois e a redução da taxa
de transferência para UTI entre os dois períodos (12.45%), consideramos que 769
pacientes deixaram de ser transferidos para a UTI no período. Foi calculada o ticket
médio da internação em UTI na Instituição, com média de internação de 5 dias, no total
de R$ 2.600, 00. Portanto, a redução de custo estimada no período 17 meses foi de R$
1.999.400, 00. Conclusão: A implantação do time de resposta rápida pode resultar em
redução de custos hospitalares atrelados à melhoria da qualidade assistencial.
TL 164
Ecocardiografia de Bolso em Serviço de Emergências
Cardiológicas
Frederico J. N. Mancuso, Vicente N. Siqueira, Bruna M. B. Leal,
Valdir A. Moises, Aecio F. T. Gois, Angelo A. A. de Paola, Antonio
C. C. Carvalho, Orlando Campos
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Introdução: As urgências cardiovasculares são causas importantes de procura por
atendimento médico, sendo fundamental o atendimento rápido e com acurácia para
diminuir a morbimortalidade destas condições. Recentemente foi desenvolvido um
aparelho de ecocardiografia de bolso, do tamanho de um celular. O objetivo dotrabalho foi
descrever a experiência inicial do uso deste aparelho em um serviço terciário de emergência.
Métodos: Incluídos 65 pacientes adultos (58±22 anos) sem doença cardíaca conhecida que
procuraram atendimento de urgência com queixas cardiológicas. Excluídos pacientes com
alterações isquêmicas no eletrocardiograma. A ecocardiografia de bolso foi realizada logo
após a avaliação inicial do paciente com aparelho GE V-scan, à beira do leito, na sala
de emergência, avaliando: dimensões das cavidades, função sistólica ventricular, fluxos
intracardíacos pelo mapeamento de fluxo em cores (sem Doppler espectral), pericárdio e
aorta. Resultados: Foi possível realizar o exame em todos os pacientes. A indicação foi dor
torácica/suspeita de síndrome coronariana aguda (SCA) em 42 (65%) pacientes, dispneia/
suspeita de insuficiência cardíaca (IC) em 12 (18%), avaliação da função ventricular em
7 (11%) pacientes com fibrilação atrial (FA) nova e, em cada um dos restantes: suspeita
de derrame pericárdico, suspeita de tromboembolismo pulmonar (TEP), taquicardia
ventricular (TV) para avaliação de doença estrutural e choque sem etiologia definida. Em
15 pacientes o ecocardiograma apresentou alterações que confirmaram o diagnostico: 9
pacientes com IC, 5 com alteração contrátil segmentar confirmando SCA e um com sinais
indiretos de hipertensão pulmonar, confirmando TEP. Em cinco pacientes o exame mudou
a hipótese diagnóstica; 3 suspeitas de IC por disfunção ventricular (estenose aórtica grave,
cardiomiopatia hipertrófica e um paciente sem alteração cardíaca). Um paciente com
suspeita de SCA apresentou alterações sugestivas de pericardite. O paciente com choque
apresentou coração normal, excluindo causa cardíaca. Nos oito pacientes com arritmia,
6 apresentaram função sistólica normal e 2 disfunção ventricular esquerda. Conclusão:
O ecocardiograma de bolso em serviço de emergências cardiológicas permite confirmar
rapidamente o diagnóstico e, com isso, otimizar o início do tratamento.
TL 165
Existe um padrão sazonal de internações por doenças
cardiovasculares na cidade de São Paulo?
Jose Leao de Souza Junior, Alessandra da Graça Corrêa,
Juliana Cândida Oliveira Afonso, Renata Santos Rodrigues
Brum, Leandro Loureiro Buzzato, Anderson Nunes Fava,
Antonio Eduardo Pereira Pesaro, Marcelo Franken, Marcelo
Katz, Márcia Makdisse
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Fundamento: Vários estudos têm apontado um padrão sazonal na ocorrência de
doenças cardiovasculares (DCV) com um maior número de casos de infarto agudo do
miocárdio (IAM) e de insuficiência cardíaca (IC) ocorrendo nos meses de inverno. A
queda da temperatura e a gripe têm sido implicadas como responsáveis por tal achado.
Contudo, ainda existem poucos dados a este respeito no Brasil.
Objetivo: Identificar a presença de sazonalidade nas internações hospitalares por IAM,
IC e DCV (IAM + IC).
Metodologia: Foram analisados dados de pacientes (pcts) internados por IAM e IC entre
janeiro 2008 a dezembro 2012 em um hospital terciário, sendo distribuídos conforme
a data de internação hospitalar em 52 semanas epidemiológicas anuais e comparadas
quanto ao comportamento temporal por meio do modelo estatístico ARIMA.
Resultados: Durante o período de estudo ocorreram 2.886 internações por DCV (72,
9±14, 1 anos, 824 homens) sendo 1.125 pcts com IAM (68, 2±15, 1 anos, 343 homens)
e 1.761 pcts com IC (75, 9±12, 4 anos, 481 homens, FEVE 33, 1±7, 9%). A análise
temporal demonstrou não haver padrão sazonal de acometimento por IAM (constante
4, 4±erro padrão 0, 1), IC (6, 9±0, 2) ou DCV (11, 2±0, 3), respectivamente – p NS.
TL 166
Experiência de 2 anos como serviço de referência em
cardiologia para atendimentos via Telemedicina
Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Viviane Aparecida
Fernandes, Mariana Yumi Okada, Thiago Andrade Macedo,
Marcelo Jamus Rodrigues, Marco Antonio Mieza, Nilson
Tavares Poppi, José Carlos Teixeira Garcia, Antônio Claúdio
do Amaral Baruzzi, Valter Furlan
HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL
Introdução:A telemedicina permite o acesso rápido a conhecimento
médicocompartilhado e remoto, particularmente útil em centros de saúde que buscam
instituições de referência para consulta diretamente com especialistas. O objetivo do
presente estudo é descrever as principais solicitações e orientações efetuadas em uma
rede de Telemedicina de serviços privados que possui um centro de referência em
cardiologia.Métodos:Estudo retrospectivo de todas as chamadas consecutivamente no
período de janeiro a agosto de 2012. Um cardiologista do pronto-socorro do hospital
de referência é acionado por bip e presta consultoria cardiológica aos médicos das
outras unidades hospitalares 24 horas por dia, 7 dias na semana. O equipamento
de telemedicina permite a visualização e transmissão de exames em alta definição
possibilitando a discussão de casos clínicos e avaliação eletrocardiográfica. A análise
estatística incluiu o cálculo das estimativas pontuais e respectivos intervalos de
confiança de 95% (IC 95%).Resultados:De um total de 656 chamadas nestes 8 meses,
62% dos atendimentos foram por quadro de SCA confirmada ou suspeita (IC 95%: 5966%), sendo 74 (11%; IC 95%: 9-14%) por dor torácica sem diagnóstico, 144 (22%;
IC 95%: 19-25%) Angina Instável e 136 (21%; IC 95%: 18-24%) IAM sem Supra de
ST. Em 55 casos (8%; IC 95%: 6-11%) o diagnóstico via telemedicina foi de IAM
com Supra de ST tendo sido indicado fibrinolítico em metade destes casos (os demais
apresentavam contra-indicação e/ou evolução > 12 horas). Em 156 casos (24%; IC
95%: 21-27%), além da orientação inicial foi optado pela transferência cuja decisão
se baseou no quadro do paciente (IAM com supra era rotineiramente transferido com
ou sem trombólise) e/ou nos recursos locais. Em 82 casos (12%; IC 95%: 10-15%)
foi indicada alta hospitalar após discussão do caso via telemedicina e nos demais 418
casos (64%; IC 95%: 60-67%) foi orientado observação para reavaliação ou internação
no local de origem.Conclusão: Estes primeiros 2 anos de experiência mostram uma
maior demanda para avaliação de casos de dor torácica e SCA, o que sugere ser essa
a principal situação clínica em que o não especialista demanda apoio do cardiologista
na tomada de decisões. Em apenas um quarto das solicitações houve necessidade de
transferência após discussão clínica.
Conclusão: As DCV não apresentam um padrão sazonal de internações na cidade de
São Paulo.
154
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
TL 167
Preditores multivariados de morte em até 6 meses em
pacientes com síndrome coronária aguda sem supra de ST
Elizabete Silva dos Santos, Luiz Minuzzo, Roberta de Souza,
Ari Timerman
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamento: Em Síndrome Coronária Aguda (SCA) sem supra de ST (SST) há ampla
variação do risco para ocorrência de eventos isquêmicos recorrentes. Determinar o
risco desses eventos é importante para decisão terapêutica já no primeiro contato com o
paciente no Pronto-Socorro. Objetivo: Identificar variáveis independentes para o risco
de morte em até 6 meses em pacientes com SCA sem SST e desenvolver um escore de
risco. Métodos: Foi um estudo prospectivo, observacional de 1.026 pacientes. Modelo
de regressão logística múltipla foi desenvolvido e a acurácia preditiva do modelo e
da escala em pontuação foi determinada pela estatística-C. Resultados: Foram 589
homens (57, 4%) e a média de idade de 61, 55 anos (± 0, 35). A mortalidade em até 6
meses foi de 4, 5% (46 pacientes). As seguintes variáveis foram identificadas: aumento
da idade (Odds Ratio [OR] 1, 0621; p= 0, 0001); elevação da creatinina (OR 1, 7585;
p= 0, 0011); PCR-us ≥ 1, 5 mg/dL (OR 2, 8904; p= 0, 0013); combinação de elevação
da troponina I cardíaca (cTnI) e depressão do segmento ST (OR 3, 1650; p= 0, 0079).
A estatística-C para o modelo foi de 0, 843; p < 0, 001. O escore de risco foi criado
pela soma aritmética de pontos dos preditores independentes, cujas pontuações foram
designadas pelas respectivas probabilidades de ocorrência de óbito em até 6 meses:
idade= 0 a 14 pontos; creatinina= 0 a 15 pontos; PCR-us ≥ 1, 5 mg/dL= 3 pontos;
combinação de elevação da cTnI e depressão do segmento ST= 0 a 3 pontos. Definiu-se
3 grupos de risco: baixo (até 9 pontos); intermediário (10 a 15 pontos); e alto risco (16
a 35 pontos). A estatística-C para a escala de pontuação foi de 0, 805; p < 0, 001.
Conclusão: Um escore de risco foi desenvolvido para prever morte em até 6 meses em
uma população brasileira com SCA sem SST, podendo ser aplicado para estratificação
de risco no departamento de emergência.
Valvopatias
TL 168
Correlação entre escore de cálcio valvar aórtico e
coronariano em portadores de estenose aórtica: Estudo
Piloto.
De Santis, A.S.A.L., Spina, G.S., Tarasoutchi, F., Nomura, C.H.,
Accorsi, T.A.D, Rosa, V.E.E., Sampaio, R.O., Fernandes, J.R.C., Pires,
L.J.T., Grinberg, M.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Diversos estudos estabeleceram associação do escore de cálcio valvar
aórtico (ECVA), medido através da tomografia computadorizada helicoidal com
multidetectores (TCHM), com o grau de severidade da estenose valvar aórtica. O
escore de cálcio coronariano (ECC) é conhecido fator de risco e preditor de eventos
cardiovasculares. Entretanto, não existem relatos em literatura que correlacionem
o grau de calcificação valvar (ECVA) com o coronariano (ECC) em pacientes com
estenose valvar aórtica degenerativa.
Métodos: Treze pacientes com estenose valvar aórtica degenerativa moderada, definida
por velocidade de jato transvalvar aórtica entre 3.0 a 4.0 m/s, foram prospectivamente
submetidos à realização de TCHM com obtenção do ECVA e ECC, quantificados
em unidades Agatston (UA). Pacientes com estenose aórtica de outras etiologias
(reumática e bicúspide) foram excluídos.
Estatística: Variáveis foram analisadas por testes adequados a distribuição normal
ou nao-normal, como este t e Kruskal-Wallis. Correlações foram estabelecidas por
regressão logística e regressão linear.
Resultados: A mediana do ECC neste grupo foi de 7 (diferença interquartil: 0-203). A
mediana do ECVA foi de 1585 (diferença interquartil: 1274-2517). A velocidade média
do jato transvalvar aórtico foi de 3.4 m/s ± 0.42. A fração de ejeção ventricular esquerda
média foi de 63.4% ± 4.2. Verificou-se que 46% dos pacientes com estenose valvar aórtica
não apresentavam evidência de cálcio coronariano (ECC=0). Pacientes com ECC de zero
foram significativamente mais jovens do que aqueles com calcificação coronariana (61.6
anos ± 12.9 versus 74.5 anos ± 9.09 p=0.05). Não encontramos correlação do ECVA
com o ECC (p=0.41), velocidade de jato tranvalvar aórtico (p=0.22) ou idade (0.42).
Conclusão: Nesta população de portadores de estenose aórtica moderada, O ECVA não
correlacionou-se com o ECC, sexo, idade ou velocidade de jato transvalvar aórtico. A
ausência de associação entre os escores de cálcio valvar e coronariano permite inferir
que apesar da coexistência de fatores de risco semelhantes, a aterosclerose valvar
possui características fisiopatológicas peculiares e distintas da vascular, determinando
heterogeneidades de apresentação clínica.
TL 169
Correlação entre topografia de cálcio valvar na
estenose aórtica e velocidade de fluxo transvalvar
aórtico: Estudo Piloto.
De Santis, A.S.A.L., Spina, G.S., Tarasoutchi, F., Cintra, R.A.,
Nomura, C.H., Accorsi, T.A.D., Sampaio, R.O., Fernandes, J.R.C.,
Branco, C.E, Grinberg, M.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Há evidência de associação entre escore de cálcio valvar aórtico e gravidade
anatômica da estenose aórtica (EAo). No entanto, não há relatos de estudos que
correlacionem a topografia do cálcio valvar com parâmetros hemodinâmicos na EAo.
Métodos: Treze pacientes com EAo moderada degenerativa, com velocidade de jato
transvalvar entre 2.5 e 4.0 m/s, foram prospectivamente submetidos à realização de
tomografia computadorizada com multidetectores para obtenção do escore de cálcio
valvar em unidades Agatston (UA). As velocidades de fluxo transvalvar foram
avaliadas através da ecocardiografia transtorácica com Doppler colorido. Pacientes
com etiologia reumática ou bicúspide foram excluídos. A topografia da distribuição de
cálcio valvar, avaliada através da tomografia computadorizada, foi classificada em 2
grupos : predominantemente comissural (cálcio localizado principalmente em região
de comissura valvar aórtica) e predominantemente não-comissural (cálcio localizado
em anel, folhetos e difuso). Análise estatística: Variáveis foram analisadas por testes adequados à distribuição
normal ou não-normal, como teste t e Kruskal-Wallis. Correlações foram estabelecidas
por regressão logística e regressão linear.
Resultados: Pacientes com cálcio predominantemente comissural (CC) tiveram
escore de cálcio em valva aórtica significantemente menor do que aqueles com cálcio
predominantemente não-comissural (CNC) (CC= 1207 ± 632, CNC =2317 ± 978, p<0,
05), mesmo tendo velocidade de fluxo transaórtico semelhantes ( CC= 3, 31 ± 0, 57
m/s, CNC= 3, 53 ± 0, 15 m/s p= 0, 38 ). Não observamos diferenças entre sexo (p=0,
693) ou idade (CC = 64 ± 14, 3, CNC = 72 ± 10, 3 anos, p=0, 29) entre os grupos. Não
observamos associação da localização do cálcio com presença e quantidade de cálcio
em coronárias e com quantidade e localização de cálcio em anel mitral.
Conclusão: Este estudo piloto ressalta que em pacientes com EAo é mais importante
a localização da calcificação valvar do que o escore absoluto. Notamos que mesmo
pacientes com escores de cálcio valvar aórtico baixos podem ter velocidades de fluxo
transvalvares significativos se o cálcio estiver localizado predominantemente na
região comissural, podendo determinar implicações prognósticas importantes.
TL 170
Relação do BNP com variáveis anatômicas e funcionais em
pacientes com estenose mitral
TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI, Guilherme Sobreira Spina,
Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes, João Ricardo
Cordeiro Fernandes, Flavio Tarasoutchi, Vitor Emer Egypto
Rosa, Max Grinberg, Lucas José Tachotti Pires
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: O BNP, liberado em átrios e ventrículos, tem papel diagnóstico em
insuficiência cardíaca (IC). A estenose mitral (EM) é causa de sintomas de IC sem
interferir nas curvas de pressão e volume do VE. Objetivo é avaliar a relação do
BNP com variáveis anatômicas e funcionais na EM. Métodos: Em um ambulatório
especializado, 106 pacientes com EM (45±14 anos, 88% do sexo feminino), atendidos
entre 2008 e 2011, com dados clínicos, ecocardiográficos e laboratoriais BNP, foram
incluídos neste registro retrospectivo. O nível de BNP foi comparado à gravidade
anatômica da EM, classe funcional (CF), pressão sistólica de ventrículo direito
(PSVD) e insuficiência tricúspide (IT). Teste t de Student, ANOVA, teste de correlação
de Pearson e o teste qui-quadrado foram utilizados para análise.Influência da FA sobre
o nível de BNP foi avaliada por análise multivariada. Nível de significância p<0,
05. Resultados: Dos 106 pacientes, 8% apresentavam EM discreta, 36% moderada e
56% importante. Do total de pacientes, 42%(44) estavam em FA e 58% (62) em ritmo
sinusal (RS). O nível sérico de BNP em pacientes com e sem FA foi 374±670 pg/mL vs.
166±133 pg/mL, p= 0, 018). A FA associou-se com BNP independentemente da área
valvar mitral (AVM) (p=0.018).BNP foi significativamente menor em pacientes em CF
I /II do que CF III/IV (176+ 170 vs. 265+ 296, p<0, 05). Análise de variância verificou
diferenças de BNP entre grupos divididos em CF I, II, III e IV (p<0, 01). Não houve
correlação do BNP com PSVD e IT. Em pacientes em RS, houve correlação entre o
BNP e a AVM (n= 62; r= -0, 31, p=0, 014), o gradiente médio de pressão transvalvar
mitral (GTM) (n=62; r= 0, 45, p<0, 001) e a PSVD (n=62; r= 0, 50, p<0, 001). Houve
ainda diferença entre o nível de BNP e a gravidade da EM, sendo o valor de BNP na
EM discreta = 64±54 pg/mL, moderada = 133±107 pg/mL e importante = 211±148
pg/mL, p=0, 02). Não houve relação ente o nível de BNP e a CF dos pacientes deste
subgrupo (p=0, 22). Conclusão: A FA interfere nos níveis de BNP independente da
gravidade da EM. No total de pacientes, o BNP é significativamente mais baixo em
oligossintomáticos e mais alto naqueles em CF III e IV. Só notamos correlação do BNP
com AVM, GTM e PSVD em pacientes com EM em RS.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
155
TL 171
Há diferença nos resultados do implante de prótese
aórtica transcateter entre homens e mulheres?
Auristela I. de Oliveira Ramos, Sebastian Lluberas,
Alexandre Abizaid, Dimytri Siqueira, Pedro Mattar, Tiago
Senra, David Le Bihan, Magaly Arraes, José Eduardo Sousa,
Amanda G Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, HOSPITAL
DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: O sexo feminino é marcador de eventos adversos pós-troca valvar aórtica.
O implante de prótese transcateter (TAVR) é uma alternativa efetiva ao tratamento
cirúrgico para a correção de estenose aórtica grave (EAO) em pacientes com alto risco.
Objetivamos avaliar se há diferença entre homens e mulheres no resultado imediato
pós-TAVR.
Métodos: As características basais, os resultados hemodinâmicos e as complicações
pós-TAVR foram analisadas em 102 pacientes submetidos a TAVR com 3 tipos de
próteses em 2 Instituições no Estado de SP. As complicações foram analisadas
utilizando as definições do VARC2.
Resultados: Os pacientes foram divididos conforme o sexo: 65 mulheres (M) (64%)
e 37 homens (H) (36%). A média das idades foi semelhante nos 2 grupos (83±7 vs
80±7 anos, p=0, 12) e as mulheres tinham menor superfície corporal (1, 66±0, 15 vs 1,
82±0, 18m2; p<0, 001). Não houve diferença na classe funcional pré-TAVR e nem nas
comorbidades entre M e H : (CF NYHA III-IV: 71% vs 65%; doença renal crônica: 62%
vs 49%; diabetes mellitus: 25% vs 35%; e AVC prévio: 9% vs 5%). O EuroSCORE I foi
semelhante entre os grupos (22, 9±13 vs 26, 9±16; p=0, 2). As mulheres apresentaram
melhor função do VE pré-TAVR (60±13 vs 51±14%; p=0, 008), EAO mais grave: área
valvar (0, 6±0, 1 vs 0, 7±0, 2 cm2; p=0, 006) e gradiente sistólico médio (GSM) (59±15
vs 46±16mmHg; p=0, 001) e menor anel valvar (21, 7±1, 4 vs 23, 3±2, 1mm2; p<0,
001). O GSM e a área valvar final foram semelhantes entre os grupos, respectivamente,
(12, 2±3, 9mmHg e 10, 0± 2, 9 mmHg) e (1, 8±0, 3cm2 e 1, 9±0, 3cm2). A incidência
de complicações imediatas também foi comparável: AVC (3, 1% vs 2, 7%; p=0, 9),
complicações hemorrágicas (26, 2% vs 13, 5%; p=0, 14), complicações vasculares (9,
2% vs 13, 5%; p=0, 5), e necessidade de marcapasso definitivo (7, 7% vs 10, 8%; p=0,
6). As mulheres tiveram menos insuficiência renal aguda (10, 8% vs 24, 3%; p=0, 07)
e menor mortalidade (9, 2% vs 21, 6%; p=0, 08), porém sem significado estatístico.
Conclusões: Nesta série houve uma prevalência do sexo feminino. Ao contrário da
cirurgia clássica de trova valvar, as pacientes submetidas a TAVR não tiveram desfecho
clínico pior que os homens. Por outro lado, a mortalidade entre os homens foi 2, 5
vezes maior, ainda que não tenha atingido significância estatística.
156
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Pôsteres da Área Médica
PO 019
Associação entre variações alélicas clássicas de ApoE
com fatores de risco cardiovascular em indivíduos muito
idosos
Dallanora, A.H., Souza, V.C., Freitas, W.M., Quaglia, L.A., Santos,
S.N., Córdova, C., Sposito, A.C., Nóbrega, O.T
UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE BRASÍLIA - BRASÍLIA - DF - Brasil, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
CAMPINAS - CAMPINAS - SP - BRASIL
Introdução: Variações da apolipoproteína E (ApoE) são centrais no desenvolvimento
da doença aterosclerótica em virtude da pronunciada discrepância funcional de suas
isoformas e importante modulação que produz sobre o catabolismo de lipoproteínas
aterogênicas. Estudos indicam que os valores médios assim como a razão entre
as apolipoproteínas B e A (ApoB/ApoA) constituem marcadores para eventos
ateroscleróticos. Nenhum estudo investigou a interação entre genótipos da ApoE com
este aspecto do perfil lipídico de indivíduos longevos. Métodos: Os sujeitos da amostra
participam do grupo Brasilia Healthy Aging Study (BHAS), desenhado para identificar
marcadores de risco cardiovascular em indivíduos muito idosos (80 anos ou mais), não
institucionalizados e que nunca manifestaram infarto do miocárdio, acidente vascular
cerebral ou doença arterial periférica. Medidas glicêmicas e lipêmicas em jejum,
dosagens de proteína C-reativa, ApoA e ApoB, avaliações de calcificação coronariana
(Agatston) e a genotipagem da ApoE foram realizadas para cada sujeito. Análise
estatística: O teste t de Student foi usado para comparação de medidas quantitativas
entre genótipos, enquanto frequências foram comparadas pelo teste do qui-quadrado. P
< 0, 05 foi adotado como limiar de significância. Resultados: A reduzida freqüência do
alelo ε2 (1, 0%) frente aos demais ε3 (91, 3%) e ε4 (7, 7%) na amostra de 208 indivíduos
suscitou a união dos portadores de ε2 aos homozigotos ε3. Dosagens bioquímicas não
diferiram entre portadores e não portadores de ε4. Apenas em termos de níveis de ApoB
e da razão ApoB/ApoA, portadores de ε4 exibiram valores médios mais elevados (p<0,
05). Escores de calcificação arterial não diferiram entre genótipos da ApoE. Conclusões:
O perfil lipídico em grupos octogenários se mostra diferente da população adulta jovem,
já que não há uma correlação proporcional entre os níveis de LDL-c e a presença alelo
ε4. Este estudo sugere um fenômeno de interação entre as apolipoproteínas séricas, e que
indivíduos muito idosos portadores do alelo ε4 exibem maior risco aterogênico expresso
por uma razão ApoB/ApoA desfavorável. Constatou-se também que a calcificação
coronariana não está relacioanda com os produtos do gene da ApoE. PO 020
Avaliação da atividade antioxidante e do perfil lipídico
em voluntários saudáveis antes e após o consumo de café.
Bruno M Mioto, Telma A Faraldo Corrêa, Miguel A Moretti,
Reynaldo V Amato, Daniela Tarasoutchi, Luiz A M César
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamento: Estudos prévios sugerem que o consumo de café está associado à
redução do risco de doenças crônicas relacionadas ao stress oxidativo e também pode
determinar alterações no perfil lipídico em humanos.
Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a atividade antioxidante e o perfil lipídico
de voluntários saudáveis antes e após o consumo de café em 2 tipos de torra diferentes.
Métodos: Estudo prospectivo no qual foram avaliados 30 voluntários saudáveis,
sendo 8 homens e 22 mulheres, com idade média de 46 ±12, 3 anos. Após 3 semanas
de “washout” progressivo de bebidas e alimentos contendo cafeína orientado por
nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o consumo de café filtrado primeiro
com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas e então com “crossover” para o outro tipo, com um período total de 8 semanas de consumo de café.
O consumo diário de café foi estabelecido entre 450-600 ml/dia. Após período de
“washout” (basal) e após cada período de tomada de café por tipo de torra, todos
os pacientes foram submetidos à avaliação do perfil lipídico, e 20 desses voluntários
foram selecionados para realizar a avaliação da atividade antioxidante. Analisouse: Colesterol Total, HDL-Colesterol, LDL-Colesterol, LDL-Oxidado, capacidade
antioxidante total (TAC) e atividade de catalase (CAT). Foram utilizados o teste
ANOVA para medidas repetidas e o teste de Friedman.
Resultados: Os valores médios ± DP estão listados na tabela abaixo.
PO 021
Redução de Colesterol Elevado e Aumento de Risco para
Síndrome Metabólica em Escolares Paulistas na Última
Década
ABEL PEREIRA, Tania L R Martinez, Silvia S M Ihara, Carlos A.
Machado, Maria Cristina Elias, Juliana Calhares, Bruna Abib
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
A crescente preocupação em reduzir a morbi mortalidade por doenças cardiovasculares
depende, em muito, da prevenção em faixas etárias mais jovens. Tal mister se cumpre
com levantamentos de dados dos fatores de risco e de campanhas de educação para
estilo de vida saudável de grande repercussão. O presente estudo foi realizado com o
levantamento e comparação de níveis de Colesterol Total em todos os alunos da rede
pública de cidade do interior paulista (zonas rural e urbana)nos anos de 2002 e 2012, bem
como tabulação dos respectivos dados antropométricos, dos graus de atividade física e das
rendas “per capita”. Do universo total de 7000 alunos foram incluídos nesse trabalho os
compreendidos na faixa etária de 06 a 12 anos.com Colesterol Total superior a 150mg/dL.
O Grupo pesquisado no ano de 2002 (G1) constou de 255 alunos(102 do sexo masculino),
sendo que em 2012 (G2)perfizeram esses critérios 303 escolares(149 do sexo masculino)).
Os parâmetros avaliados:Colesterol Total(CT), em mg/dL;Índice Cintura Quadril(ICQ),
Índice de Massa Corporal(IMC), Renda “per capita”(Renda) e Atividade Física(AF).
Todos os participantes das Secretarias de Saúde e Educação envolvidos no atendimento
a esses escolares receberam treinamento para o projeto acima de acordo com protocolos
padronizados, tendo sido feitos acampamentos de vida saudável ao longo dessa década
e reforço na mídia (Jornal, Rádio e TV) ao menos uma vez por mês. A metodologia
estatística para as comparações entre os grupos G1 e G2 foi feita pelo teste de Mann
Whitney e as correlações pelo teste de Spearman. Os resultados, Média e Erro Padrão(EP)
e as significâncias de comparações dos grupos G1 e G2, respectivamente, foram:CT de
180, 4(1, 39) e de 169, 4(0, 98)-p<0, 0001;ICQ de o, 89(0, 006) e de 0, 91(0, 003)-p<0,
0001;IMC de 17, 78(o, 236) e de 18, 06(0, 215)-p=0, 2454(NS) e a Renda de 144, 3(8,
33) e de 591, 6(25, 81)-p<0, 0001. Nas correlações do CT nos dois grupos, com Atividade
Física e Renda, só houve significância em uma delas:Colesterol e Renda no Grupo I-p=0,
0433. A interpretação desses resultados segue a hipótese de que as medidas preventivas de
educação nutricional e de hábitos saudáveis, mais as de alerta e elucidação da população
dos alunos e de seus pais para os riscos de colesterol elevado surtiram efeito positivo, em
particular, nesse subgrupo de portadores de CT >150mg/dL. Com relação ao aumento do
ICQ ser significante, concomitante ao aumento da renda e do poder aquisitivo, aparece
a indicação de piora de risco para a Síndrome Metabólica, que vem sendo um ponto
presente e importatíssimo a ser incluído nas estratégias de prevenção cardiovascular.
PO 022
Progressão da esteatose hepática, sem resposta
inflamatória, não altera o desempenho cardíaco de ratos
submetidos à sobrecarga nutricional crônica
André Ferreira do Nascimento, Renata A M Luvizotto, Aline O
Martins, Tamiris A S Oliveira, Camila R Correa, Katashi Okoshi,
Ana Lucia A Ferreira, Xiang-Dong Wang, Antonio C Cicogna
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, HNRCA at Tufts
University - Boston - MA - USA
Introdução: Recentes evidências sugerem que a doença do fígado gorduroso nãoalcoólica é uma fator de risco para o surgimento de doença cardiovascular, incluindo
disfunção do coração. Ainda é incerto se o risco é maior em portadores de esteatose
hepática isolada ou acompanhada de inflamação. Esse estudo avaliou se uma
sobrecarga nutricional crônica (SN) promove progressão da esteatose e inflamação
hepática e, consequentemente, declínio da função cardíaca. Métodos: Ratos Wistar
machos foram divididos para receberem ração padrão (C, 5% de gordura) ou
sobrecarga nutricional com ração rica em gordura (29% gordura) + água com açúcar
(300g de açúcar/litro de água) (H) durante 6, 12 e 24 semanas. Obesidade e comorbidades foram avaliadas. A presença de esteatose e inflamação hepática foram
analisadas histologicamente (H&E). A concentração hepática de triacilglicerol,
caspase-3, malondealdeído (MDA) e nitrotirosina, bem como a capacidade
antioxidante total (TAP), foram determinadas. O perfil inflamatório no plasma foi
avaliado. A função cardíaca foi investigada por ecocardiografia bidimensional.
Análise estatística: Dados foram apresentados por média e DP. A comparação entre
os grupos foi realizada por Two Way ANOVA, complementada pelo teste de Tukey.
Resultados: A sobrecarga nutricional aumentou o índice de adiposidade no grupo
H nos três períodos experimentais, o qual foi associado com o aumento plasmático
de glicose, insulina, resistina, leptina e diminuição da adiponectina. Embora o
triacilglicerol plasmático foi aumentado em todos os momentos, os níveis de ácidos
graxos foram elevados apenas com 24 semanas. A SN aumentou progressivamente a
esteatose hepática no grupo H, a qual não foi associada com sinais de inflamação. Os
níveis hepáticos de triacilglicerol foram elevados em todos os momentos, enquanto
caspase-3, MDA, TAP e nitrotirosina não foram afetados. A progressão da esteatose
hepática não foi acompanha da elevação plasmática de marcadores inflamatórios e do
declínio da função cardíaca. Conclusão: SN causa progressão da esteatose hepática.
Entretanto, esse cenário metabólico não alterou a função cardíaca, provavelmente,
devido a ausência de um processo inflamatório hepático e sistêmico, capaz de criar um
ambiente endócrino mais desfavorável para o coração.
Col. Total (mg/L)
HDL (mg/L)
LDL (mg/L)
LDL-ox (U/L)
TAC (mmol/L)
Atividade CAT
(U/g Hb)
Basal “washout”
187, 3 ± 36, 1
50, 7 ± 11, 8
119, 0 ± 30, 2
56, 83 ± 28, 44
0, 97 ± 0, 30
Torra Escura
195, 3 ± 41, 2
52, 8 ± 11, 1
126, 0 ± 33, 5
53, 87 ± 36, 09
1, 17 ± 0, 28
Torra Média
195, 9 ± 39, 6
52, 7 ± 11, 9
124, 2 ± 34, 3
48, 10 ± 32, 92
1, 22 ± 0, 29
p
0, 029
0, 013
0, 019
>0, 05
0, 001
1387 ± 136
1565 ± 146
1561 ± 138
<0, 001
Conclusões: O consumo contínuo de café (nas torras média e escura) eleva os níveis
de Colesterol Total, LDL-c e HDL-c. Apesar disso, após consumo de ambas torras
houve aumento da capacidade antioxidante total e da atividade de catalases. Não houve
variação significativa no LDL-oxidado.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
157
PO 023
Estratificação de risco de pacientes com pré-diabetes:
importância dos fatores agravantes
ADRIANA BERTOLAMI, Carolina Gonzaga, Martha Sulzbach,
Daniel Araujo, Aline de Moraes, Henri Zatz, Rodrigo Marques,
Yara Nakamura, Andre Faludi, Marcelo Bertolami
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
O pré-diabetes (pré-DM) apesar de conhecidamente apresentar maior risco
cardiovascular, é estratificado pelas IV Diretrizes Brasileiras por meio do escore de
risco de Framingham (ERF) e pelos fatores agravantes (FA). Objetivo: Determinar o
perfil de risco do pré-DM calculado pelo ERF, os FA responsáveis pela reestratificação
e a real necessidade dos exames de inflamação e de aterosclerose subclínica. Métodos:
Foram selecionados 170 pacientes com pré-DM diagnosticado pela curva de tolerância
oral à glicose. Todos foram submetidos a anamnese, exames clínico e laboratorial e à
pesquisa de aterosclerose subclínica pelo doppler de carótidas (IMT), escore de cálcio
coronário (CAC) e índice tornozelo-braquial (ITB). Resultados: Na análise foram
excluídos 10 pacientes (4 por ausência de dados e 6 por serem de alto risco). Dos
160 pacientes analisados, 75% eram de baixo risco. Os FA foram encontrados com as
respectivas frequências: síndrome metabólica (SM) 75%; CAC 50, 7%; PCR-us 48,
8%; antecedente familiar para (AF) DAC 36, 3%; IMT 16, 6%, microalbuminúria 15,
6%; IRC 15, 1%; HVE 3, 1% e ITB 0%. Vinte pacientes (12, 5%) foram inclusos no
subgrupo com FA clínicos negativos (SM, IRC e AF DAC). Destes, 4 não apresentaram
nenhum FA, 3 apresentaram microalbuminúria, 3 CAC, 5 PCR-us, 3 CAC e PCRus, 1 PCR-us e microalbuminúria e 1 CAC e IMT. Conclusão: Pacientes com préDM são em sua maioria de moderado risco pelas Diretrizes Brasileiras, tendo sido
reclassificados primordialmente por FA clínicos, tendo os demais FA auxiliado em
poucos indivíduos.
PO 024
Aterosclerose de carótida em mulheres de baixo risco de
acordo escore de Framingham
Isly Lucena de Barros, Laura Costa, Ana Paula Tavares, Bento
Bezerra, Daniela Fantato, Pedro Veras, Natanael Morais,
Moacir Novaes, José C. Nicolau
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Pronto Socorro
Cardiológico Universitário de Pernambuco-PROCAPE/UPE - Recife - PE - Brasil
Introdução: Admite-se que o risco de doença cardiovascular na mulher vem sendo
subestimado ao longo dos anos, fundamentalmente devido ao conceito de que o sexo
feminino estaria protegido contra as doenças cardiovasculares (DCV). Porém, as DCV
permanecem como a principal causa de morbi-mortalidade entre as mulheres no Brasil
e no mundo. O escore de risco de Framingham (FRS) é uma ferramenta muito utilizada
para identificar mulheres com alto risco de doença cardiovascular e orientar a terapia
na prevenção primária. No entanto, existem várias limitações para seu uso clínico. O
objetivo principal deste estudo foi avaliar a prevalência da aterosclerose de carótida,
por meio da ultrassonografia de carótidas, em uma população de mulheres na pré- e
pós-menopausa, com baixo e muito baixo risco de eventos, de acordo com o FRS.
Métodos: Foram avaliadas 823 mulheres saudáveis, na pré e pós-menopausa, com
idade de 45 a 65 anos, (média da idade 54.4±5.4 anos), sem história prévia de doença
cardiovascular, e que não utilizavam terapia de reposição hormonal. Essa amostra foi
representativa de mulheres de classe baixa da população do Recife, Pernambuco. As
mulheres foram classificadas de acordo com o FRS como de muito baixo risco (risco
de eventos ≤ 5% em 10 anos; n=734) ou de baixo risco (risco de eventos ≥6% em 10
anos; n=88). O Ultra-som Modo-B foi utilizado para as avaliações das carótidas. A
presença de aterosclerose de carótida foi definida como espessura da camada médiointimal da parede das carótidas (CIMT) ≥ percentil 75 e/ou presença de placa. Os
dados foram gravados e arquivados em formato Digital Imaging and Comunications
in Medicine (DICOM) e analisados utilizando-se o QLAB-Intima Media Thickness
(IMT)-Philips, sistema de leitura automatizada da CIMT.
Resultados: A prevalência de aterosclerose de carótida na população estudada foi de
30, 26% (249/823), sendo de 28, 55% (209/734) nas mulheres consideradas de muito
baixo risco pelo FRS, e 45, 4% (40/88) na população de risco mais alto, a diferença
entre os grupos foi de 16, 9%(p=0, 001)
Conclusão: Apesar da correlação entre FRS e presença de aterosclerose carotídea, o
presente estudo demonstra que a presença de baixo risco não exclui a presença da
doença, que mostrou prevalência de quase 30% nesta população.
PO 025
Alterações da função e estrutura de grandes artérias em
pacientes com acromegalia e seus determinantes
Valéria Costa-Hong, Aline Cecília Silva Amaro, Marcelo
Delano Bronstein, Felipe Duarte Gaia, Raquel Soares,
Geraldo Lorenzi Filho, Rodrigo Pedrosa, Luciano Ferreira
Drager, Luiz Aparecido Bortolotto
Objetivo: Avaliar propriedades estruturais e funcionais de grandes artérias em
indivíduos com acromegalia pela medida da velocidade de onda de pulso (VOP) e por
ultrassom da artéria carótida e quais os possíveis Fatores relacionados às propriedades
vasculares.
Métodos: Foram avaliados 21 pacientes com diagnóstico de acromegalia, nível de
hormônio de crescimento (GH) 1, 0 ± 0, 8 ng/ml, fator de crescimento semelhante à
insulina tipo 1 (IGF-1) 315± 184 ng/ml, 51± 11 anos, 57% (12) do sexo masculino.
O grupo controle constou de 21 indivíduos saudáveis pareados para idade e sexo. A
rigidez arterial foi avaliada pelo método de VOP carótida-femoral, Complior® e o
estudo funcional e anatômico da artéria carótida por ultrassom de radiofrequência
(Echotracking, Wall-Track System 2®).
Resultados: O grupo acromegalia apresentou maior peso (88, 1 ± 15 vs 76, 3 ± 10 Kg,
p<0, 01), índice de massa corpórea (IMC) (31, 7 ± 4, 2 vs 28, 3 ± 3, 9 Kg/m², p < 0, 01),
pressão sistólica (132 ± 17 vs 117 ± 11 mmHg, p< 0, 01), VOP (9, 6 ± 1, 9 vs 8, 8 ± 1,
3 m/s, p < 0, 05) e espessura íntima-média (EIM) (772 ± 178 vs 662 ± 114 µm, p<0,
05) quando comparado ao grupo controle. A análise multivariada mostrou correlação
positiva entre IMC e VOP (r² = 0, 31, p< 0, 01) e EIM (r² = 0, 43, p<0, 01) e entre GH
e EIM (r² = 0, 25, p< 0, 05).
Conclusão: Pacientes com acromegalia apresentam maior rigidez aórtica e espessura
da artéria carótida, ambas as alterações relacionadas ao maior IMC, sendo que a
estrutura da parede arterial também teve correlação com níveis de GH.
PO 026
A Lipoproteína de Baixa Densidade Oxidada (LDLox) é
Relacionada a Aterosclerose Carotídea em Indivíduos
com Lesão Medular.
Layde Rosane Paim, Roberto Schreiber, José R. Matos-Souza,
Anselmo A. Silva, Luis F. Campos, Eliza R.F.B.M. de Azevedo,
Guilherme de Rossi, José I. Gorla, Alberto Cliquet Jr, Wilson
Nadruz Jr
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL,
Faculdade de Educação Fisica-UNICAMP - Campinas - SP - Brasil
Introdução: A atividade física está associada com melhoria na aterosclerose carotídea
em indivíduos com lesão medular (LM) independente das variáveis hemodinâmicas,
metabólicas e inflamatórias. Este estudo investigou o papel da lipoproteína de baixa
densidade oxidada (LDLox), metaloproteinases (MMPs) e inibidores teciduais das
MMPs (TIMPs) nestes indivíduos. Métodos: Foram estudados 40 homens com LM
crônica (> 1 ano de lesão) e nenhuma atividade motora voluntária (17 sedentários e
23 atletas) por meio de historia clínica, antropométrica, laboratorial, hemodinâmicos
e análise de ultra-som da carótida. Todos os indivíduos foram normotensos, nãodiabéticos, não-fumantes e normolipêmicos. Os níveis séricos de LDLox, MMP2,
MMP8, MMP9, TIMP1 e TIMP2 foram determinados por ELISA. Análise Estatística:
Osdados foram analisados por teste-t, chi-quadrado, análise univariada e regressão
linear e estão apresentados como média ± erro padrão. Um valor de p <0, 05 foi
considerado significativo. Resultados: Indivíduos com LM sedentários e atletas
apresentaram características clínicas, laboratoriais, antropométricas e hemodinâmicas
semelhantes. A espessura íntima-média carotídea (IMTc) de atletas com LM foi menor
do que o de sedentários (0, 54 ± 0, 01 vs 0, 69 ± 0, 02 mm, p <0, 001). Além disso,
atletas com LM apresentaram menor LDLox em comparação com os de indivíduos
sedentários (38, 4 ± 2, 1 vs 54, 1 ± 4, 1 U/L, p <0, 001). Por outro lado, os níveis de
MMPs e TIMPs bem como as razões MMP8/TIMP1, MMP9/TIMP1 e MMP2/TIMP2
foram semelhantes entre os grupos de LM. A análise de correlação bivariada incluindo
todos os indivíduos com LM mostrou correlação entre IMTc e LDLox (r = 0, 54, p <0,
001), mas não com MMP ou razão MMP/TIMP. A análise de regressão linear, ajustada
para a presença ou não de atividade física mostrou que a LDLox foi ainda associada
a IMTc (beta = 0, 293 ± 0, 141, p = 0, 044). Conclusões: Os níveis plasmáticos de
LDLox estão associados com o aumento de IMT da carótida em indivíduos com LM
e são menores em indivíduos fisicamente ativos do que em sedentários com LM.
Estes resultados podem contribuir para o entendimento dos mecanismos pelos quais a
atividade física atenua a aterosclerose induzida pela LM.
158
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 027
Prevenção da obesidade em crianças e adolescentes
por meio da atividade física e educação nutricional:
Meta-análise de ensaios randomizados desenvolvidos em
ambiente escolar
Guerra, P.H., Nobre, M.R.C., Silveira, J.A.C., Taddei, J.A.A.C.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade
Federal de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a efetividade de intervenções escolares
na antropometria e na pressão arterial em crianças e adolescentes. Buscamos ensaios
randomizados direcionados a faixa dos 6 aos 18 anos, com dados em índice de massa
corporal (IMC), peso corporal (PC) ou pressão arterial (PA) em quatorze bases de dados
eletrônicas. De maneira independente, dois revisores avaliaram e extraíram os dados
originais, estratificando-os pelos elementos trabalhados na intervenção: atividade
física, educação nutricional, ou a combinação entre os dois. Utilizamos Hedge’s g na
diferença padronizada entre médias e o modelo de efeito randômico nas meta-análises.
Complementar ao teste I2, as fontes de heterogeneidade entre os ensaios foram
verificadas pela meta-análise de regressão. Até 30 de setembro de 2012 obtivemos
5.899 artigos, com encaminhamento de 60 às sínteses. A análise das intervenções
combinadas apresentou efeito redutor positivo na diferença padronizada de média do
IMC: -0, 14 (IC95%: -0, 24 a -0, 03; p=0, 01; n=29471; I2= 94, 4%), ao contrário do
que se obteve nas sínteses das intervenções em separado. Em PC, os resultados foram
positivos nas intervenções em atividade física (-0, 14; IC95%: -0, 27 a -0, 02; I2= 7, 84%)
e combinadas (-0, 65; IC95%: -1, 17 a -0, 13; I2= 99, 3%). As análises da PA apontaram
resultados nulos. O conjunto dos 55 ensaios com dados em IMC mostrou o resultado de
-0, 02 (IC95%: -0, 03 a 0, 00; I2= 94, 5%), e nenhuma das covariáveis incluídas na metaregressão, tempo de intervenção, qualidade metodológica do estudo e faixa etária da
população mostrou significância para explicar a heterogeneidade observada. A análise
de subgrupos mostrou redução do efeito nos estratos por tempo de intervenção curto,
de até quatro meses, com estimativa de -0, 04 (IC95%: -0, 06 a -0, 03; I2= 96, 6%), e na
faixa etária dos 6-10 anos, com estimativa de -0, 23 (IC95%: -0, 27 a -0, 19; I2= 97, 9%).
A abordagem multidisciplinar mostrou-se efetiva na redução do IMC, ao contrário
das práticas que se utilizaram destes elementos em separado. Os efeitos positivos
associaram-se as intervenções com menor tempo e com as faixas populacionais mais
jovens. A alta heterogeneidade observada compromete a validade externa dos achados
e sugere cautela quanto à capacidade de generalização para outras populações.
PO 028
INVERSE RELATIONSHIP OF CAROTID SUB-CLINICAL
ATHEROSCLEROSIS AND PLASMA LECITHIN:CHOLESTEROL ACYL
TRANSFERASE (LCAT) ACTIVITY
Natália B Panzoldo, Valéria S. Nunes, Jari Metso, Matti
Jauhiainen, Eliane S. Parra, Edna R. Nakandakare, Eder C. R.
Quintão, Eliana C. de Faria
FCM-UNICAMP - CAMPINAS - SP - BRASIL, FCM-USP - SP - SP - BRASIL,
National Institute for Health and Welfare - HELSINKI - . FINLAND
Aim: LCAT deficiency has been associated with low HDL-C levels, but the importance
of LCAT for atheroprotection is still under debate. We investigated endogenous and
exogenous LCAT activities in asymptomatic subjects with high and low HDL-C levels
and their relationships with carotid intima-media thickness (c-IMT).
Methods: Two groups of asymptomatic subjects of both sexes (20-77 years old) with
either high or low HDL-cholesterol levels (HDL-C ≥ 68, n=29 or ≤ 39mg/dL, n=32)
had their plasma LCAT endogenous (% of esterification using participants’ HDL) and
exogenous (nmol of esterified cholesterol/mL/h using recombinant HDL, POPC–
cholesterol–apo A-I, 80:5:1) activities determined and corrected by HDL particle
number [particle number (nmol/mL)= total mass (μg/ml)/molecular mass (μg/
nmol)], 25% higher in the high HDL-C group (not published). c-IMT measurements
(mm) were performed by the same radiologist using Doppler ultrasonography (ATL
HDI 1500 and 3500 Ultrasound Systems).
Results:). LCAT endogenous activity was 2 times higher in the low HDL-C group
(low: 4 ± 2, n=31; high: 2 ± 1, n= 27, p≤0.001); exogenous activity was higher as well,
but not significantly (high: 18 ± 8, n=29; low: 23 ± 11, n= 32; p≤0.108). Spearman´s
analysis showed that exogenous LCAT activity (but not endogenous, r= -0.03, p=0.87)
is negatively and strongly correlated with c-IMT in the low HDL-C group (r=
-0.65, p≤ 0.001), but not in the high group (r= -0.07, p=0.721). c-IMT values were
similar (low: 0.64 ± 0.20, n= 24; high: 0.67 ± 0.23, n=25; p≤0.936). Conclusions: Despite the small number of individuals, the correlation observed
between LCAT exogenous activity and c-IMT in low HDL-C individuals is highly
suggestive of a protective role of LCAT. HDL changes in chemical composition,
number and particle size should be further explored as possible causes for the
differences of LCAT activity.
Supported by: FAPESP (grant# 06/60585-9), CNPq (grant# 471380/2008-3)
PO 029
INFLUENCES OF ABCG1, ABCG5 AND ABCG8 SINGLE NUCLEOTIDEPOLYMORPHYSMS ON PLASMA LIPIDS AND LIPOPROTEINS OF A
REPRESENTATIVE BRAZILIAN POPULATION
Vanessa Helena de Souza Zago, Eliane S. Parra, Natalia
B. Panzoldo, Daniel Z. Scherrer, José H. G. Colletes, Érica
I.L. Gomes, Valéria S.Nunes, Edna R. Nakandakare, Eder C.R.
Quintão, Eliana C. de Faria
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, FCM-USP
- SP - SP - BRASIL
Aim: ATP binding cassette transporters play major roles in lipid body homeostasis. The
aim of the study was to determine the influences of the SNPs rs1893590, rs6720173
and rs6544718, of the ABCG1, ABCG5 and ABCG8 genes respectively on the
concentrations of total cholesterol (C), HDL-C and LDL – C with a representative
Brazilian population (n=654).
Methods: Healthy normolipidemic volunteers (Female=381, Male=273; 19 to 75
years old) were studied. The genomic DNA was extracted from peripheral blood
cells and the SNPs detected in the OpenArray® Real Time PCR Platform (Applied
Biosystems). Serum Cholesterol, Triglycerides, HDL-C and LDL-C (mg/dL) were
determined by enzymatic methods in an automated system (Hitachi, Roche).
Results: In the presence of the rare allele a trend to reduce HDL-C was observed
in rs1893590 (AA=61±21; AC+CC= 58±20; p=0.09). In rs6720173 there was a trend
for an increase in cholesterol levels (GG= 173±33; GC+CC= 178±33; p=0.06). In the
gender specific analysis the rare allele of ABCG5 increased cholesterol (GG=167±30;
GC+CC= 177±27; p=0.003) and LDL-C (GG= 100±24; GC+CC= 107±23; p=0.02)
only in males, while in females a slight reduction in waist circumference (GG= 76±10;
GC+CC= 75±9; p=0.03) was observed.
Conclusion: The SNPs of ABCG1 and ABCG8 genes were not associated with
variations in plasma lipids and lipoproteins, while ABCG5 RS6720173 SNP was
associated with cholesterol increases, suggesting a pro-atherogenic trait in the last. Support: FAPESP (06/60585-9), CNPq (471380/2008-3)
Cardiogeriatria
PO 030
Índice Tornozelo Braquial (ITB) e sua Relação com a
Complexidade Coronariana em Idosos
Felipe J. A. Falcão, Cláudia M.R. Alves, Leonardo F. C.
Guimarães, Izo Helber, Juscélio T.S. Filho, Juliana A. Soares,
Antônio C.C. Carvalho
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Int:O ITB em idosos apresenta sensibilidade e especificidade maiores que 90% na
identificação da doença arterial periférica (DAP). Existe uma relação consistente
entre DAP e quantidade de vasos coronarianos com lesões estenóticas. Complexidade
anatômica e número de vasos acometidos tem influência direta no prognóstico e no tipo
de tratamento oferecido.Obj:Relacionar o ITB c/ a complexidade da doença arterial
coronária (DAC) por diferentes classificações anatômicas.Mét:Análise prospectiva de
pacientes >65 anos, entre set/1 e jul/12, submetidos à cinecoronariografia por qualquer
indicação clínica, exceto infarto agudo do miocárdio.Análise da anatomia coronária
foi realizada por 3 hemodinamicistas experientes (sendo 2 simultaneamente), c/
classificação de incidência e complexidade de doença obstrutiva (>50%) e cálculo
do Syntax Score (SS).Estat:Teste Mann-Whitney e t Student foram utilizados
p/ variáveis contínuas, de acordo com a distribuição. Testes exato de Fisher ou
qui-quadrado p/ variáveis categóricas.Result:Foram recrutados 204 pacientes. A
mediana da idade foi de 72, 5 (68-77) anos, 52% do sexo masculino e 51% dos casos
apresentavam angina estável. Apesar de apenas 1% da amostra referir ser portadora
de DAP, 45% dos pacientes (93) apresentavam ITB alterado (<0, 9). A mediana do
SS foi significativamente maior no grupo dos pacientes com ITB alterado (12 vs 3,
p<0, 001), bem como número total de lesões e de lesões do tipo B2 ou C. Não se
observou diferença de complexidade anatômica coronária p/ níveis de gravidade do
ITB (0, 9<ITB>0, 7 vs ITB<0, 7). Entre 144 pacientes c/ doença coronária obstrutiva,
ITB alterado identificou grupo com significante proporção de SS acima da mediana
(63 vs 37%, p=0, 013) ou no terceiro tercil do critério ACCUITY (62 vs 38%, p=0,
028). O número de lesões complexas (B2 ou C) foi significativamente maior nos
pacientes com ITB<0, 7 em relação aqueles com ITB normal.Concl:Neste estudo,
uma relação não previamente apresentada na literatura, foi demonstrada entre ITB e
SS em idosos. O ITB alterado identificou maior complexidade da anatomia coronária
que foi independente da severidade da DAP. Mesmo em alterações discretas do ITB,
consideração quanto ao tipo de investigação diagnóstica e de tratamento para esta
população podem ser derivados deste exame.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
159
PO 031
ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E COMORBIDADES
CARDIOVASCULARES EM IDOSOS
Carolina Maria Nogueira Pinto, Lucas Magalhães dos Reis,
Marcos Danillo Peixoto Oliveira, Thyago Antônio Biagioni
Furquim, Luiz Augusto dos Santos Júnior, Jan Menezes Lopes,
Neire N F Araujo, Newton Callegari, Claudia F Gravina, Felicio
Savioli Neto
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
FUNDAMENTO: A depressão e a doença cardiovascular constituem importantes
causas de morbi-mortalidade e encontram-se na maioria subdiagnosticadas e subtratadas.
A prevalência anual de depressão na população em geral varia entre 3 a 11%.
OBJETIVO: identificar a associação entre depressão e comorbidades em idosos
atendidos na Seção de Cardiogeriatria do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
MÉTODOS: estudo de caráter transversal, realizado por entrevista direta com
aplicação do Questionário sobre a Saúde do Paciente-9 (PQH-9). A identificação de
idosos com indicadores de depressão foi realizada por meio do PHQ-9, constituído por
nove itens, sendo cada item composto por uma escala ordinal que mede a frequência dos
sinais e sintomas da depressão nas últimas duas semanas. O escore total é obtido pela
somatória dos itens que pode variar de zero a 27, sendo considerado indicador positivo
de depressão maior valores ≥ 10. Estudo realizado no período de outubro de 2012 até
janeiro de 2013. Realizou-se calculo percentuais, calculo da média e desvio padrão.
RESULTADOS: Analisados 109 pacientes, com idade média de 78, 3 anos, 63% do sexo
feminino. No presente estudo, consideraram-se como presença de depressão escore do
PHQ-9 ≥ 10. Em estudo psicométrico realizado no Brasil os resultados relativos ao PHQ-9
evidenciaram em comparação a entrevista diagnóstica, excelente validade, com uma área
sob a curva ROC (AUC) de 0, 998 (p<0, 001). A nota de corte ≥ 10 mostrou-se a mais
adequada pra rastreamento de depressão, com sensibilidade de 1, 00 e especificidade de 0,
98, valor preditivo positivo de 0, 97, valor preditivo negativo de 1 e eficácia diagnóstica de
0, 999. Nesta amostra observou-se frequência de depressão em 24, 7% dos pacientes e 18%
com depressão maior severa (PHQ-9>20). Relacionando-se as doenças cardiovasculares:
100% dos pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica, 44% diabetes mellitos,
81% dislipidemia, 33% insuficiência cardíaca, 15% insuficiência coronariana, 14%
evento vascular encefálico prévio e 92% eram sedentários. Os pacientes com depressão
tiveram o tratamento iniciado e encaminhado para avaliação com especialista.
CONCLUSÃO: verificou-se elevada frequência de depressão nos idosos analisados e
associação com múltiplas comorbidades.
PO 032
APLICATIVIDADE DE ESCORES DE CHA2DS2-VASC e HASBLED
EM PACIENTES IDOSOS PORTADORES DE FIBRILAÇÃO ATRIAL
PERMANENTE
RAFAEL S. DA SILVA, RAFAEL CANINEU, WILSON SALES, VANESSA
ASSALIM
PREVENT SENIOR - SÃO PAULO - SÃO PAULO - BRASIL
Objetivo: através da aplicação dos escores de CHA2DS2-VASC e HASBLED em
ptes com FA permanente, avaliamos da indicação a efetiva a prescrição dos anti
coagulantes orais (ACO) em ptes idosos.Materiais e métodos: estudo prospectivo em
idosos submetidos a aval clinica e aos escores em questao em ambito ambultorial.
Fatores de inclusão: pacientes idosos em consulta eletiva, com confirmado diagnóstico
de FA permanente, c/ FC controlada, c/ ou s/ terapia ACO.Fatores de exclusão:
pctes c/ idade <60a; portadores de FA permanente com FC descomp de considerável
gravidade a qual motivasse encaminhamento ao PS. Analise est.: TEste Quiquadrado
(SPSS). Resultados:52 pactes foram acompanhados prospectivamente de ago/11 a
maio/12, sendo 42, 3% mulheres (22) e 57, 7% de homens (30). A idade variou de 60
anos a 96 anos, com idade média de 82 anos. Foram encontrados 44, 2% dos pacientes
em uso de ACO. No sub-grupo que já apresentava histórico de AVC (48, 8%), a ACO
foi visto em 75%. O AAS foi encontrado em 26, 9% e 7, 69% em uso de clopidogrel.
Entre os fármacos usados para controle da FC, os betabloq foram os mais comumente
prescritos (48, 8%), acompanhados da amiodarona(20%) e do digital (11, 1%). Os pcts
foram submetidos a pontuação em dois escores: um de indicação a anticoagulação oral
(CHA2DS2-VASC)e outro decontra indicação para a anticoagulação (HASBLED).
Em nosso estudo, a pontuação média encontrada nos dois escores (CHA2DS2VASC e HASBLED) foi de 4, 2 e 1, 53 respectivamente. Entre os pacientes não
anticoagulados, as pontuações foram de 3, 8 e 1, 48 respect. No grupo que recebia
ACO, a indicação pelo escore de CHA2DS2-VASC se torna ainda maior, com valor
médio de 4, 6. Ainda nesse grupo, o escore de HASBLED teve valor médio de 1,
6. Entre os pacientes que já tinham histórico de AVC, encontramos uma pontuação
média encontrada nos dois escores (CHA2DS2-VASC e HASBLED) foi de 5, 58 e
2, 0 respectivamente. Conclusão: O escore de CHA2DS2-VASC é uma ferramenta
importante ao médico que transmite segura na conduta de iniciar a terapia de ACO.
Entretanto, esse estudo traz a evidência de que a maior parte dos médicos ainda tem
receio em anticoagular seus pctes, a despeito da indicação formal pelos guidelines,
mesmo com um Escore de Risco de Sangramento (HASBLED) baixo.
PO 033
Tratamento do Tabagismo no Idoso: Experiência Clínica em
Hospital Cardiológico de São Paulo.
Carolina Giusti Buzo, Felipe Paulitch, Tania Maria Ogawa
Abe, Simone de Assis Moura, Rodrigo Valente Ramos Rocha,
Antonielle Figueiredo Macedo Tavares Reis, Jaqueline Scholz
Issa, Célia R. S. Rocha Nogueira, Neuza Helena Moreira Lopes,
Humberto Pierri
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Grupo Fleury - São
Paulo - São Paulo - Brasil
Introdução: A interrupção do tabagismo esta relacionada à queda na incidência
de doenças crônicas e melhora na qualidade de vida. Descreveremos as principais
características dos pacientes idosos tratados em programa ambulatorial de assistência
ao fumante de hospital cardiológico universitário.
Métodos: Analisou-se o banco de dados do referido programa no período compreendido
entre Outubro de 2007 e Outubro de 2009. A presença de comorbidades associadas ao
tabagismo, taxa de sucesso do tratamento, número de medicações direcionadas ao tratamento
do tabagismo, grau de dependência segundo o Escore de Fagerstrom e número de tentativas
prévias de interrupção do tabagismo foram analisados e estratificados por idade.
Análise Estatística: Os dados foram analisados utilizando o programa SPSS 16.0.
Qui-quadrado de Pearson e teste de Fisher foram utilizados para comparar variáveis
categóricas em busca de valores considerados estatisticamente significativos.
Resultados: Dos 943 pacientes tratados, 94 (10%) apresentavam idade maior ou igual
a 65 anos. O grupo de indivíduos idosos apresentou idade média de 69, 67 anos (±4,
49); o grupo com idade abaixo de 65 anos apresentou idade média de 48, 88 anos (±9,
29). O grupo de idosos não apresentou maior número de comorbidades psiquiátricas
(38% vs 39%, p = 0, 855), diferentemente das doenças associadas, onde 91% dos idosos
apresentaram patologia contra 64% dos não idosos (p<0, 01), sendo a hipertensão
arterial sistêmica e a doença arterial periférica estatisticamente significativas.
A análise da taxa de sucesso do tratamento demonstrou que 265 (31%) dos pacientes
não idosos e 34 (36%) idosos obtiveram êxito (sem diferença estatística).
Avaliando o grau de dependência segundo o Escore de Fagerstrom, 71% dos idosos e 75% dos
não idosos apresentaram pontuação superior a cinco (6, 67±2, 38 e 6, 72±2, 70 respectivamente;
p=0, 86), o que corresponde a um grau elevado de dependência do tabaco. Em relação ao
número de tentativas prévias não observamos diferença significativa entre os grupos.
Conclusões: O presente trabalho mostra que a taxa de sucesso no grupo de idosos não
diferiu dos indivíduos abaixo de 65 anos. Assim, o tratamento do tabagismo no idoso
deve ser valorizado e os profissionais de saúde devem estar atentos à orientação e
acompanhamento dos pacientes tabagistas nesta faixa etária.
160
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 034
IMPACTO DA DEPRESSÃO LEVE E MODERADA NA ADERÊNCIA A
FATORES COMPORTAMENTAIS EM IDOSOS COM COM DIABETES
FGM FRANCO, SA Pereira, APC Almeida, G Sato, C Pereira, FMF
Silva, M Katz, M Wajngarten, MI Ribeiro, JAM de Carvalho
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: O diabetes melitus, assim como na maioria das doenças crônicas, requer a
adoção de hábitos e estilo de vida que podem ser avaliadas em sete atividades essenciais:
alimentação, atividade física, auto-monitoramento, aderência medicamentosa, solução
de problemas, redução de riscos e enfrentamento. Sabemos que o diagnóstico
de depressão é bastante prevalente na população de idosos, em especial em suas
formas mais brandas e que pode ser um fator dificultador na adoção desses fatores
comportamentais. A proposta desse estudo é verificar o impacto da depressão leve e
moderada na adesão dos comportamentos saudáveis em idosos com diabetes melitus.
Métodos: Em um ambulatório de gerenciamento de doenças crônicas em idosos foi
selecionada toda a população de diabéticos e analisada a prevalência de depressão,
assim como o impacto dessa doença nos fatores comportamentais. Para o diagnóstico de
depressão foi utilizado o GDS (Geriatric Depreesion Scale). Idosos com escore inferior
a 11 pontos foram considerados como deprimidos leves ou moderados. Os fatores
comportamentais foram registrados através de consulta de com as equipes médica e
de enfermagem.
Análise Estatística: Para a correlação entre depressão e metas foi utilizada a correlação
de Spearman. A associação de cada fator com a depressão foi avaliada pelo teste do
Qui-Quadrado.
Resultados: Foram acompanhados 473 idosos, sendo que 145 eram diabéticos e
42% do sexo masculino. A idade média, prevalência de diabetes, depressão foi de
72, 29±10 anos, 30% e 33, 7%. Entre os deprimidos, 84% apresentavam depressão
leve a moderada. A maior parte dos idosos alcançou as metas comportamentais (58%
com sete metas alcançadas). A meta de maior adesão foi a atividade física (88, 7% IC95%, 87 a 90, 3%). A de menor, a aderência medicamentosa e monitoramento (58,
2% -IC95%, 54, 1-62, 2%). Não houve associação entre o diagnóstico de depressão em
estágio leve e moderado com a não adoção dos principais comportamentos saudáveis.
Conclusões: Apesar de prevalente, não foi observada associação negativa entre
depressão de leve e moderada intensidades com a adoção de fatores comportamentais
em uma população de idosos com diabetes acompanhados ambulatorialmente.
PO 035
EFETIVIDADE E COMPLICAÇÕES DA ANTICOAGULAÇÃO ORAL COM
VARFARINA EM OCTOGENÁRIOS PORTADORES DE FIBRILAÇÃO
ATRIAL NÃO VALVULAR NO AMBULATÓRIO DE CARDIOGERIATRIA
DO InCor - FMUSP
CLÁUDIA CRISTIANY GARCIA LOPES, CAROLINA GIUSTI BUZO, LUIZ
FERNANDO ESCOBAR GUZMAN, LIVIA HUCK, AMANDA GELD, MARCELO
OCHIAI, ANGELA TERESA BAMPI, NEUZA LOPES, HUMBERTO PIERRI
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Grupo Fleury São Paulo - SP - Brasil
INTRODUÇÃO: Nos pacientes em terapia de anticoagulação oral (ACO), uma forte
correlação entre altos valores de TTR (intervalo de tempo no alvo terapêutico) e uma
redução em complicações como sangramentos e tromboses foram demonstradas.
Este estudo analisa a relação entre o TTR e complicações da ACO com varfarina em
octogenários portadores de fibrilação atrial não valvular (FANV).
MÉTODOS: Octogenários tratados no ambulatório de cardiogeriatria de um serviço
terciário entre os anos 2010 e 2011 foram avaliados. Os valores da razão normalizada
internacional (RNI) foram avaliados. O TTR dos pacientes com RNI alvo (2-3) foi
calculado pelo método de secção transversal.
ANÁLISE ESTATÍSTICA: Qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher, conforme
apropriado, foram aplicados para comparar variáveis categóricas, utilizando-se o SPSS
17. Valores de p inferiores a 0, 05 foram considerados estatisticamente significativos.
RESULTADOS: Dos 171 pacientes analisados, a idade média foi 84(3, 2) anos e 69, 2%
eram mulheres. O RNI médio foi 2, 3. A principal indicação para ACO foi FANV(82, 5%).
O índice de complicações totais foi 17, 5%. Óbitos ocorreram em 19, 9% da população. O
TTR dos pacientes com RNI alvo foi 61, 1%. Os resultados estão dispostos na tabela abaixo:
Tabela I. Características demográficas, clínicas e complicações em octogenários
submetidos a anticoagulação oral baseado em categorias de RNI
Variáveis
)Idade média anos(DP
)%(Sexo feminino
)INR média(DP
)%(ACO por FANV
Complicações totais
)%((excluindo óbitos)n
)%(Sangramentos menores n
)%(Sangramentos maiores n
Eventos tromboembólicos
)%(n
)%(Óbitos totais n
)%(Óbitos por sangramento n
Óbitos por eventos
)%(tromboembólicos n
Óbitos por causas gerais e/ou
)%(indefinidas n
RNI <2
N= 54
)6 ,3( 5 ,84
5 ,68
)26 ,0( 5 ,1
8 ,77
)4 ,20( 12
)7 ,16( 9
)3 ,8( 1
)3 ,8( 1
)3 ,27( 15
)0 ,0( 0
)5 ,5( 3
)2 ,22( 12
RNI 2-3
N=94
)0 ,3( 5 ,83
5 ,74
)27 ,0( 4 ,2
1 ,86
)0 ,17( 16
)8 ,12( 12
)0 ,0( 0
)3 ,5( 5
)8 ,12( 12
)1 ,1( 1
)2 ,3( 3
)5 ,8( 8
RNI >3
N=22
)1 ,3( 8 ,84
50
)41 ,1( 1 ,4
8 ,81
)7 ,13( 3
)6 ,8( 2
)5 ,4( 1
)5 ,4( 1
)8 ,31( 7
)0 ,0( 0
)0( 0
)2 ,29( 7
p-valor
65 ,
08 ,
001 ,0<
456 ,
762 ,
647 ,
176 ,
344 ,
030 ,
184 ,
519 ,
004 ,
CONCLUSÕES: Em octogenários portadores de FANV submetidos à ACO, apesar da
necessidade de monitoramento contínuo do RNI, a terapia com varfarina ainda pode
ser considerada eficaz e segura.
Cardiologia Intervencionista
PO 036
A Localização das Lesões em Pontes de Veia Safena
Influenciam os Desfechos Clínicos Tardios PósIntervenção Percutânea
Cristiano Guedes Bezerra, Vitor A. Vahle, Carlos V. A. E.
Santo, Wilton F. Gomes, Breno A. A. Falcão, Carlos A. H. M.
Campos, Andre G. Spadaro, Gilberto Marchiori, Roberto Kalil
Filho, Pedro A. Lemos
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Lesões em pontes de veia safena (PVS) podem ocorrer na porção aortoostial ou no corpo do enxerto. No entanto, é pouco conhecido se a localização da
estenose influencia a evolução clínica após intervenção percutânea.
Métodos: A população deste estudo incluiu todos os pacientes consecutivos tratados
com intervenção percutânea em PVS (localização aorto-ostial ou corpo) no período
de janeiro de 2006 a março de 2011, sem restrições clínicas, angiográficas, ou com
relação ao tipo de stent utilizado. A evolução clínica foi caracterizada através da
ocorrência de óbito ou da necessidade de nova revascularização do vaso-alvo(RVA).
Análise Estatística: A sobrevida livre de eventos cardíacos adversos maiores após a intervenção
foi avaliada através de curvas de Kaplan-Meier e os grupos comparados pelo teste de log-rank.
Resultados: Foram incluídos 195 pacientes, com idade de 69, 6 ± 10, 2 anos,
sendo 73% homens, 41% diabéticos e 65% com síndrome coronária aguda à admissão.
A maioria foi tratada com stents convencionais (82, 5%). Os pacientes foram dividos
em 02 grupos de acordo com a localização da lesão abordada no procedimento
índice: aorto-ostial (n = 69) e corpo (n = 126). Não houve diferenças relevantes entre os
grupos. Após 31, 7 meses de evolução (mediana do tempo de seguimento), não houve
diferença de mortalidade entre os grupos (Corpo 35, 6% vs Óstio 31, 7%; p = 0, 95). No
entanto, a taxa de RVA foi significativamente maior no grupo com lesões aorto-ostiais
em relação ao grupo com lesões em corpo de PVS (50, 8% vs. 22%; p = 0, 03).
Conclusões: Pacientes com revascularização cirúrgica prévia que necessitam
intervenção percutânea em PVS compõem um subgrupo de risco elevado, com alta
mortalidade tardia, independentemente da localização da lesão no enxerto. Em
pacientes tratados predominantemente com stents não-farmacológicos, lesões aortoostiais apresentaram maior taxa de re-intervenção que lesões de corpo de PVS.
PO 037
Via transradial na intervenção coronária percutânea:
existe influência da curva de aprendizado?
BRUNO STEFANI LELIS SILVA, MOHAMAD SAID GHANDOUR, BRUNO
VERAS BEZERRA, DANIEL OLIVEIRA NETO BARBOSA, EDUARDO
ERUDILHO, NÁDIA DE MENDONÇA CARNIETO, MARIA FERNANDA
ZULIANI MAURO, SALVADOR ANDRÉ BAVARESCO CRISTÓVÃO, JOSÉ
ARMANDO MANGIONE
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: O uso da técnica transradial (TT) tem se tornado crescente na
intervenção coronária percutânea (ICP) devido à sua alta taxa de sucesso e baixo índice
de complicações. Diversos estudos demonstraram sua efetividade quando comparada
ao acesso femoral, sendo desde então ampliado seu uso. OBJETIVOS: Avaliar a
influência da curva de aprendizado da TT na taxa de sucesso do procedimento,
necessidade de crossover e complicações vasculares decorrentes da punção arterial
e o desfecho composto de óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) e necessidade de
revascularização miocárdica (RM) no período de seguimento do estudo. MÉTODOS:
Foram selecionados 1539 casos de ICP realizados pela TT de julho/2006 a
dezembro/2011. O tempo médio de seguimento foi de 691 ± 282 dias. A cada ano foram
analisadas as diferentes variáveis buscando a relação da curva de aprendizado com os
objetivos estudados. RESULTADOS: A TT foi utilizada em 29, 4% dos pacientes (p)
em 2006, 17, 2% em 2007, 29, 9% em 2008, 50, 2% em 2009, 56% em 2010 e 44, 3%
em 2011. A taxa de crossover foi respectivamente de 0, 6%, 1, 1%, 5, 6%, 3, 5%, 8,
7% e 6, 8%. Observou-se aumento progressivo da complexidade angiográfica, com
maior número de triarteriais (p=0, 001). A taxa média de sucesso do procedimento
foi de 96, 6% sem diferença estatística entre os anos. O desfecho composto de óbito,
IAM e nova RM foi significativamente menor ao longo dos anos (p <0, 001) sendo
respectivamente de 12, 3%, 15, 9%, 2, 6%, 4, 1%, 3, 7% e 0, 8%. Não houve perda de
pulso radial, isquemia do membro, síndrome compartimental ou sangramento grave
durante o seguimento. Paralelamente, observou-se um aumento da taxa de crossover
(p<0, 001), justificado pelo maior uso da TT devido ao seu aprimoramento e expansão
para casos mais complexos. CONCLUSÃO: A partir de 2009 houve predomínio da TT
nos pacientes submetidos à ICP (50, 16%). Tal técnica mostrou-se altamente efetiva,
com altos índices de sucesso e baixo risco de complicações. A curva de aprendizado
demonstrou importância em reduzir significativamente a taxa do desfecho composto
de óbito, IAM e necessidade de RM.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
161
PO 038
Uso de stent farmacológico (SF) em intervenção
coronária percutânea (ICP) de acordo com o risco de
revascularização de vaso alvo (RVA) em 1 ano
Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Viviane Aparecida
Fernandes, Mariana Yumi Okada, Roger Renault Godinho,
Rodrigo Barbosa Esper, Camila Gabrilaitis, Denise Louzada
Ramos, Sandro Faig, Expedito Ribeiro, Valter Furlan
HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL
Introdução: O uso de SF está associado a uma redução significativa de reestenose
coronária e necessidade de RVA, sendo maior seu benefício quanto maior o risco destas
complicações. Modelos multivariados foram desenvolvidos e validados para ajudar
na predição destes eventos e na seleção dos candidatos ao SF. Análise de mais de 1
milhão de ICP nos EUA mostram que na prática a seleção dos candidatos ao SF não
está relacionado ao risco de RVA. O objetivo deste estudo é comparar o percentual
de SF em ICP nos pacientes de diferentes grupos de risco para RVA em um Hospital
privado especializado em cardiologia no estado de São Paulo.Método: Estudo
retrospectivo de dados coletados para o CathPCI Registry de pacientes que foram
consecutivamente submetidos a ICP, no período de janeiro 2012 à junho de 2012. A
escolha do tipo de stent a ser utilizado foi de acordo com o julgamento da equipe
médica local. Em análise retrospectiva os pacientes foram separados em 3 grupos de
acordo com o risco de RVA calculado pelo Mass-DAC Model. A análise estatística
incluiu o cálculo das estimativas pontuais e respectivos intervalos de confiança de
95% (IC 95%) nos três grupos e comparação de variáveis categóricas pelo teste
do qui-quadrado e um valor de p bicaudal < 0, 05 foi considerado significativo.
Resultados:De um total de 388 intervenções, foram excluídas ICP sem colocação de
stent e vasos submetidos a implante de SF e stent não-farmacológico simultaneamente,
restando 351 para análise (tabela abaixo).Conclusão: A presente análise mostra que
houve utilização significativamente maior de SF nos grupos classificados de alto risco
por modelo matemático validado. Dessa forma, diferente dos resultados encontrados
em publicações internacionais, a escolha baseada no julgamento de uma equipe
experiente de cardiologia intervencionista em hospital privado brasileiro conseguiu
discriminar os pacientes de maior risco. O uso de SF em pacientes de risco baixo na
nossa amostra pode estar associado à lesão em descendente anterior proximal que não
está contemplada no MassDAC-Model.
PO 039
Evolução Temporal da Intervenção Coronária
Percutânea na Saúde Suplementar em Hospital
Cardiológico Terciário: Aumento Progressivo da
Complexidade Clínica e Clara Predominância de Stents
Farmacológicos na Atualidade
Pedro A. Lemos, Carlos A. Campos, Antonio Esteves-Filho,
Luiz J. Kajita, Marcus N. da Gama, Marco A. Perin, Expedito E.
Ribeiro, Paulo R. Soares, Pedro E. Horta, Roberto Kalil-Filho
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Stents farmacológicos são disponíveis para uso regular no Brasil há mais
de uma década. Atualmente, seu uso é restrito a pacientes atendidos pelo sistema da
Saúde Suplementar. No entanto, é pouco conhecido o perfil dos pacientes tratados
neste segmento e a taxa de penetração dos stents farmacológicos, bem como a evolução
destas características ao longo dos últimos anos.
Métodos: O período de observação do presente estudo, entre junho de 2002 (data
da utilização do primeiro stent farmacológico) e outubro de 2011 foi dividido em
quadro fases de igual duração e comparadas entre si. Do total de 16.106 intervenções
coronárias percutâneas (ICP) no período, 3.966 foram realizadas em pacientes da Saúde
Suplementar, que constituem a população do presente estudo. As características basais
e do procedimento foram coletadas prospectivamente em base de dados dedicada.
Resultados: As características dos procedimentos realizados ao longo do período de
observação são apresentadas na tabela abaixo:
Sexo masculino
Idade, anos
Diabetes
Sindrome
coronariana
aguda
Doença
multiarterial
Lesão
reestenótica
Bifurcação
Lesão tipo C
Numero de
stents
Pelo menos
um stent
farmacológico
Comprimento
total dos stents,
mm
)Fase 1 (n=991
0 ,74
4 ,8±11 ,64
2 ,29
0 ,61
)Fase 2 (n=993 )Fase 3 (n=991
4 ,73
5 ,75
5 ,4±11 ,64
7 ,1±11 ,65
7 ,29
6 ,30
9 ,46
9 ,48
)Fase 4 (n=991
0 ,75
1 ,0±12 ,66
3 ,32
9 ,43
p
7 ,0
02 ,0
5 ,0
01 ,0<
1 ,65
0 ,64
5 ,66
2 ,64
7 ,0
3 ,6
5 ,7
9 ,6
6 ,2
01 ,0<
3 ,19
7 ,25
71 ,25±0 ,1
5 ,25
2 ,30
81 ,42±0 ,1
1 ,30
3 ,34
84 ,44±0 ,1
4 ,25
2 ,39
85 ,50±0 ,1
01 ,0<
01 ,0<
01 ,0<
9 ,14
0 ,47
3 ,40
2 ,68
01 ,0<
0 ,4±14 ,20
0 ,6±17 ,25
4 ,0±18 ,27
0 ,9±20 ,30
01 ,0<
Números na tabela são média ± desvio padrão ou porcentagens
Conclusões: Ao longo da última década, pacientes da Saúde Suplementar tratados com
ICP apresentaram um aumento progressivo na frequência de procedimentos eletivos e
na complexidade anatômica. Atualmente stents farmacológicos são utilizados para a
franca maioria dos casos.
PO 040
Angiografia coronária sem lesões obstrutivas: há
diferenças em relação a carga e a composição da
aterosclerose entre coronárias consideradas normais e
coronárias com pequenas alterações à angiografia?
Morais, GR, Falcão, BA, Falcão, JL, Silva, RC, Spadaro, A., Kajita,
LJ, Soares, P., Gama, M, Kalil-Filho, R, Lemos, PA
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Com frequência, a angiografia coronária descarta a ausência de obstruções luminais
significativas. No entanto, coronárias sem obstruções luminais importantes podem apresentarse tanto normais à angiografia quanto com irregularidades luminais, ou até com evidência de
pequenas lesões. Presentemente, não é conhecido se essas diferenças à angiografia de artérias
sem obstruções luminais refletem diferenças reais quanto à carga e composição da aterosclerose.
Métodos: Conduziu-se um estudo unicêntrico, transversal, que incluiu pacientes
submetidos à ultrassonografia intracoronária com histologia virtual (IVUS-VH)
de pelo menos uma artéria coronária principal sem obstrução significativa. Com
base no aspecto angiográfico, as coronárias foram classificadas como normais,
com irregularidades luminais (obstruções < 30%) ou com obstruções discretas. As
artérias com diferente classificação angiográfica foram comparadas quanto à carga e
composição da aterosclerose avaliada pela IVUS-VH.
Resultados: Do total de 67 pacientes (idade 58, 9+9, 2 anos, 66% do sexo masculino, 42%
diabéticos), foram analisadas 117 coronárias sem obstrução significativa à angiografia. Os
resultados, de acordo com a classificação angiográfica, são sumarizados na tabela abaixo:
Angiografia
Normal
)n=27(
0 ,6±2 ,4
Área de placa, mm²
2 ,7±3 ,10
Área luminal, mm²
Área da lâmina elástica 7 ,9±4 ,14
externa, mm²
% ,Carga de placa
25±7
% ,Tecido necrótico
6 ,5±5 ,8
% ,Tecido calcificado
6 ,4±3 ,3
% ,Tecido fibrolipídico 8 ,0±8 ,22
% ,Tecido fibroso
0 ,6±12 ,60
Irregularidade
Angiográfica
)n=59(
5 ,6±2 ,5
9 ,1±2 ,8
8 ,7±4 ,13
Lesão
angiográfica
)discreta (n=31
0 ,0±2 ,6
8 ,3±2 ,7
1 ,4±4 ,13
p
40±10
5 ,5±8 ,16
8 ,1±5 ,8
3 ,2±7 ,13
3 ,3±13 ,62
45±9
3 ,5±7 ,18
6 ,8±6 ,8
6 ,0±7 ,13
8 ,8±13 ,58
01 ,0<
01 ,0<
01 ,0<
01 ,0<
47 ,0
01 ,0<
01 ,0<
39 ,0
Conclusão: A angiografia coronária de artérias sem obstrução luminal permitiu
discriminar vasos em diferentes estágios da doença, identificando desde vasos
com acometimento aterosclerótico incipiente até vasos com clara manifestação
aterosclerótica ao ultrassom intracoronário.
162
PO 041
Mensuração da Carga de Doença Aterosclerótica Através
da Angiografia Coronária: Um Estudo de Comparativo com
o Padrão-Ouro Utilizando Ultrassom Intracoronário com
Histologia Virtual
RAFAEL CAVALCANTE E SILVA, Breno A. A. Falcao, Gustavo R.
Morais, Joao Luiz A. A. Falcao, Andre Spadaro, Antonio Esteves
Filho, Expedito R. Silva, Marco A. Perin, Roberto Kalil Filho,
Pedro A. Lemos
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamentos: Vários índices angiográficos têm sido utilizados para quantificar
a doença aterosclerótica. Entretanto, a angiografia, por seu caráter essencialmente
luminográfico, pode ter acurácia limitada na quantificação da carga aterosclerótica.
O objetivo deste trabalho foi comparar alguns índices angiográficos entre si e com
parâmetros quantitativos de carga e composição de placa medida pelo padrão-ouro
ultrassom intracoronário (IVUS) com histologia virtual (VH).
Métodos: Pacientes com diagnóstico de doença coronariana foram submetidos a
angiografia e avaliação com IVUS-VH de um ou mais vasos epicárdicos de grande
calibre. Foram calculados os escores angiográficos Gensini, CASS70 e CASS50 e as
correlações entre eles. As medianas do percentual de carga de placa e dos componentes
de placa ao IVUS-VH foram correlacionadas com os três índices angiográficos.
Resultados: Foram incluídos 69 pacientes com idade média de 58, 9 ± 8, 8 anos, sendo 70%
homens e 40% diabéticos. Os três índices angiográficos se correlacionaram fortemente entre
si (coeficiente de Spearman para as três correlações entre 0, 55 e 0, 66; todos P<0, 001). Os
índices angiográficos apresentaram ainda boa correlação com a carga de placa ao IVUS-VH
(coeficiente de Spearman entre 0, 50 e 0, 56; todos P<0, 001). A correlação entre os índices
angiográficos e a composição tecidual da doença aterosclerótica é mostrada na tabela. Coeficientes de correlação (Spearman)
Carga de placa
Necrose
Cálciod
CASS50
53 ,0
48 ,0
44
,0
y
CASS70
50 ,0
*
37 ,0
35d ,0
Gensini
56 ,0
41 ,0
36y ,0
* P=0, 001; P=0, 003; P=0, 002; demais P<0, 001
Conclusões: Os índices angiográficos mais comumente utilizados se correlacionam
entre si e com a quantidade e composição de placa ao ultrassom intracoronário com
histologia virtual. Nossos achados sugerem que os escores angiográficos avaliados
permitem inferir a carga e tipificação global da doença coronariana.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 042
Impacto do Uso Rotineiro de Stents Farmacológicos na
Prática Intervencionista Contemporânea de um Centro
Terciário: Experiência de uma Década do Registro DESIRE
JOSE DE RIBAMAR COSTA JR., Amanda GMR Sousa, Adriana Costa
Moreira, Ricardo A Costa, Manuel Cano, Galo Maldonado,
Ricardo Pavanello, Edson Romano, Cantidio Campos Neto, J
Eduardo Sousa
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: Os stents farmacológicos (SFs) modificaram a prática intervencionista
contemporânea, permitindo abordar cenários clínicos e angiográficos progressivamente
mais complexos. O objetivo deste estudo foi demonstrar as modificações ocorridas nos
últimos 10 anos na forma de indicar e de realizar a intervenção coronária percutânea
(ICP) em um hospital privado, terciário, do Estado de São Paulo.
Métodos: O DESIRE é um registro unicêntrico, prospectivo, com o objetivo de
acompanhar os desfechos agudos e tardios de pacientes consecutivos tratados com SFs.
Todos os pacientes consecutivamente tratados com SF foram incluídos neste estudo e
seguidos com 1, 6 e 12 meses e a partir de então anualmente. Nesta análise objetivamos
demonstrar a alteração no perfil de complexidade clínica e angiográfica ao longo dos
anos em virtude da mais ampla indicação para uso de SF na prática diária. Resultados: No período de 2002 a 2011, foram incluídos 4.229 pacientes, com média
de idade de 64, 3 + 11, 2 anos, 23% eram do sexo feminino e 30, 5%, diabéticos. Foram
tratadas 6.518 lesões, das quais 61, 5% eram do tipo B2/C. Os SFs foram utilizados em
proporção crescente, alcançando penetração de 88, 4% em 2011. A complexidade das
ICPs aumentou, sendo tratada no último ano 1, 76 lesão por paciente, com média de 1,
89 SF. O escore SYNTAX, no período de 2002-2006, foi de 12, 3 + 4, 4, enquanto entre
2007-2011 elevou-se para 15, 7 + 4, 7. O seguimento clínico foi obtido em 98, 2% dos
pacientes, com mediana de 5, 2 anos, sendo observada, nesse período, revascularização
da lesão-alvo em 5%, infarto do miocárdio em 6, 7% e óbito cardiovascular em 4, 1%
dos pacientes. A trombose do stent ocorreu em 2, 4% dos casos.
Conclusões: Nossos resultados demonstram marcante incremento no perfil de
complexidade dos pacientes tratados nos últimos 10 anos e, ao mesmo tempo,
confirmam a efetividade a longo prazo dos SFs, a despeito dos perfis clínico e
angiográfico tratados.
PO 043
IMPACTO DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA NA EVOLUÇÃO
HOSPITALAR APÓS TRATAMENTO PERCUTÂNEO DO INFARTO AGUDO
DO MIOCÁRDIO COM SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST
FÁBIO CONEJO, LUCIANO NUNES DOS SANTOS, FRANCISCO H. FEITOSA
FILHO, CARLOS A CAMPOS, ANDRE G SPADARO, MARCO A PERIN,
ANTONIO ESTEVES FILHO, PEDRO E HORTA, EXPEDITO E RIBEIRO,
PEDRO A LEMOS
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: A Insuficiência renal aguda (IRA) é uma possível complicação
observada após intervenção coronária percutânea (ICP) e sua ocorrência está
relacionada com aumento na morbidade e mortalidade hospitalar, aumento do tempo
de hospitalização e desenvolvimento de insuficiência renal crônica. No entanto, a
ocorrência e o impacto prognóstico da IRA pós-ICP, especificamente em pacientes com
infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCSST) tem sido
pouco estudada. MÉTODOS: Registro unicêntrico que analisou retrospectivamente
a evolução hospitalar de 501 pacientes consecutivos admitidos com IAMCSST
submetidos a ICP em um hospital terciário. Foram avaliados a incidência e os
preditores de IRA pós-ICP ( elevação de 25% da creatinina sérica basal ou o aumento
absoluto de 0, 5 mg/dl entre 2 e 7 dias após o procedimento).RESULTADOS: A média
de idade foi 60, 7 ± 12, 6 anos e 67% eram do sexo masculino. A população apresentava
características de alto risco cardiovascular com 30% de diabéticos, 7, 4% com doença
renal crônica (DRC) não-dialítica pré-existente (creatinina basal >1, 5 mg/dl) e 20%
com antecedentes de revascularização miocárdica. A intervenção percutânea foi
primária em 59, 2%, resgate em 15% e tardia em 25% dos casos. A descendente anterior
foi a principal artéria culpada (49, 4%), sendo que 15% dos pacientes se apresentaram
em Killip III ou IV. A IRA ocorreu em 24, 7% dos pacientes que, quando comparados
àqueles sem IRA pós-ICP, eram significativamente mais idosos, diabéticos, com DRC
e insuficiência cardíaca, além de apresentarem maior elevação enzimática e menor
fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Dos pacientes que desenvolveram IRA,
12% tornaram-se dialíticos e tiveram maior necessidade de transfusões sanguíneas.
Os preditores independentes de IRA foram: idade > 76 anos, fração de ejeção <60%,
DRC prévia, Killip III ou IV, necessidade de cirurgia vascular e transfusão sanguínea.
A mortalidade intra-hospitalar foi significativamente maior (p<0, 0001) nos pacientes
que desenvolveram IRA (29%) em relação aos sem disfunção renal aguda (4, 8%).
CONCLUSÕES: A disfunção renal aguda após intervenção coronária percutânea
no IAMCSST é uma complicação frequente e apresenta associação com aumento da
mortalidade precoce.
PO 044
Registro DESIRE: Definindo os preditores bastante
tardios de eventos cardíacos adversos em um população
complexa de mundo real
JOSE DE RIBAMAR COSTA JR., Amanda Sousa, Adriana Moreira,
Ricardo Costa, Galo Maldonado, Manuel Cano, Cantidio
Campos, Enilton Egito, Marcos Barbosa, J Eduardo Sousa
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: A despeito de todo conhecimento adquirido nos últimos anos sobre os
stents farmacológicos (SF), ainda há uma escassez de informação sobre o desempenho
destes novos dispositivos no seguimento bastante tardio.
Métodos: o registro DESIRE é um estudo prospectivo, unicêntrico, incluindo todos
os pacientes tratados desde 2002, somente com SF. O objetivo primário do estudo é
definir preditores independentes de eventos cardíacos maiores combinados (ECAM:
óbito cardíaco, IAM não-fatal e RLA) e trombose em uma população não selecionada
do mundo real. Os pacientes são seguido com 1, 6 e 12 meses e então anualmente,
estando agora no décimo primeiro ano de seguimento.
Resultados: Um total de 4745 pacientes (8000 SF) foram incluídos. A média de idade
da população é de 64 anos, sendo 30% diabéticos e 44, 8% portadores de síndrome
coronária aguda. Lesões em enxertos venosos e pacientes com IAM com supra de ST
representam 6% e 12% respectivamente da população incluída. Seguimento clínico foi
obtido em 98, 5% dos pacientes (mediana 5, 6 anos). Atualmente, 79, 6% dos pacientes
encontram-se livres de ECAM. RLA ocorreu em 5, 7% dos pacientes, enquanto IAM
com onda Q e trombose ocorreram em 1, 8% e 2, 1% dos pacientes. A maioria das
tromboses foi definitiva e ocorreu entre o 1o e 3o anos de seguimento.. Preditores
independentes de ECAM foram tratamento de enxertos venosos (RR 1, 63; IC 95%,
1, 22 a 2, 18, p= 0, 001), doença multiarterial (RR 1, 39; IC 95%, 1, 03 a 1, 87, p<0,
001), estenose residual (RR 1.3; IC 95%, 1, 1 a 1, 5, p= 0, 034), DM (RR 1, 6; IC
95%, 1, 1 a 2, 2, p= 0, 006) e insuficiência renal (RR 1, 5; IC 95%, 1, 34 a 1, 81, p= 0,
004). Preditores independentes de trombose foram: ICP em pacientes com IAM com
supra de ST (RR 3.5; IC 95%, 1, 3 a 9, 4, p= 0, 013), calcificação moderada/importante
no sítio da lesão (RR 2, 38; IC 95%, 1, 34 a 4, 23, p=0, 003), comprimento do stent
utilizado (RR 1, 8; IC 95%, 1, 09 a 3, 02, p=0, 023) e estenose residual (RR 1, 04; IC
95%, 1, 01 a 1, 06, p=0, 003).
Conclusões: O registro DESIRE provavelmente representa o seguimento mais tardio
de uma população tratada exclusivamente com SF. Nesta série unicêntrica, o uso de
stents farmacológicos associou-se a taxas muito baixas de eventos adversos no muito
longo prazo, demonstrando a efetividade e segurança desta nova tecnologia. PO 045
TENDÊNCIAS TEMPORAIS DO PERFIL DE RISCO CARDIOVASCULAR
E PADRÕES DA INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM
INDIVÍDUOS IDOSOS: PERCEPÇÕES DE UM REGISTRO COM 7000
PACIENTES
CA CAMPOS, AG Spadaro, G Marchiori, EE Ribeiro, PR Soares, MA
Perin, AE Filho, LJ Kajita, PA Lemos, RK Filho
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
FUNDAMENTOS: Devido ao envelhecimento da população, há um incremento
numérico de indivíduos idosos acometidos pela doença arterial coronária. No entanto,
estes pacientes são frequentemente excluídos ou pouco representados em estudos
randomizados controlados, criando hiatos científicos neste subgrupo.
MÉTODOS: Trata-se de um registro unicêntrico de hospital terciário realizado entre
1998 e 2011. Esta série foi dividida em quartis, de acordo com o período em que
foi realizado o procedimento. Objetivamos identificar mudanças cronológicas nos
caracteres clínicos e angiográficos de acordo com os avanços médicos observados
neste período.
RESULTADOS: Nesta série foram incluídos um total de 19904 pacientes consecutivos.
Deste total, 7058 participantes possuíam idade superior a 70 anos e foram considerados
para análise. A idade média foi de 77±5, 1 anos e 58, 1% eram do sexo masculino.
Entre o primeiro e último períodos em que o procedimento foi realizado, observamos
incremento progressivo na frequência de diversos caracteres clínicos e angiográficos
nos pacientes submetidos ao tratamento percutâneo, sendo, respectivamente: diabetes
(30, 3%; 32%; 35% e 40, 9%; P<0, 001); intervenção coronária percutânea prévia (16,
9%; 19, 4%; 21, 4%; 22, 4%; P<0, 001); padrão coronário triarterial (36, 2%; 43, 9%;
43, 4%; 49%; P<0, 001); lesões de bifurcação (20, 3%; 16, 7%; 25% e 44, 8%; P<0,
001) e abordagem do tronco de coronária esquerda (1, 6%; 1, 6%; 2, 2% e 3, 6%; P<0,
001). No que tange ao quadro clínico, houve decréscimo proporcional significativo
em infarto com supradesnível de ST (29, 5%; 23, 4%; 16, 2% e 15, 1%; P<0, 001) à
admissão, com maior crescimento percentual das síndromes coronárias agudas sem
supradesnível de ST (37, 4%; 35, 1%; 44, 3% e 45, 6%; P<0, 001). A utilização de
stents farmacológicos do primeiro para quarto períodos foi, respectivamente: 0, 9%;
11, 6%; 15, 9% e 22, 2% (P<0, 001).
CONCLUSÕES: Neste registro foi identificado mudança significativa do perfil
clínico dos pacientes idosos tratados pela intervenção coronária percutânea, com
aumento progressivo de comorbidades e reconhecidos marcadores de pior prognóstico.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
163
PO 046
Importância da Reconciliação Medicamentosa em Unidade
de Terapia Intensiva de um Hospital Cardiológico de São
Paulo.
Cecília Chianca, Helga Bischoff, Karina Mellone, Milena
Fogal, Priscila Leal, Aline Pereira, Mauricio de Oliveira
HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL
Introdução: Eventos adversos relacionados a medicamentos constituem a maior
categoria de eventos experimentados por pacientes hospitalizados e está associada
com aumento da morbidade e mortalidade, internações prolongadas e os custos
mais elevados de cuidado. Os farmacêuticos desempenham um papel importante
na prevenção de eventos adversos através de várias intervenções, entre elas a
reconciliação medicamentosa.
Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e quantitativo realizado na UTI de
um hospital privado, de médio porte de especialidade cardiológica, no período
de Janeiro 2012 a Dezembro 2012. Os dados foram coletados através do book
farmacêutico clínico que contém: data, medicamento, leito, categoria reconciliação
medicamentosa e aceitabilidade.
Resultados: No ano de 2012 totalizou 863 intervenções farmacêuticas na UTI, sendo
destas 138 relacionadas a reconciliações medicamentosas e 105 pacientes que tiveram
os medicamentos reconciliados. Obteve-se 92% de aceitabilidade das sugestões de
reconciliação medicamentosa propostas pelo farmacêutico clínico. Os medicamentos
mais reconciliados foram 20, 2% de hipolipemiantes, 10, 1% de tireoidianos e 7, 2%
de antiagregante plaquetário.
Conclusão: As principais clases medicamentosas reconciliadas foram hipolipemiantes,
tireoidianos e antiagregante plaquetário devido estes possuírem uma resposta
farmacêutica mais demorada e assim sendo importante o não interrompimento do
tratamento. A alta aceitabilidade da reconciliação medicamentosa proposta pelo
farmacêutico clínico, confirma a sua grande parcela de contribuição na prevenção de
eventos adversos.
PO 047
Tratamento percutâneo de fístula coronária: relato de
caso.
PAULO CEZAR FERRAZ DIAS FILHO, Maurício Nakashima Melo,
Fábio Vieira Fernandes, Karla Loureiro Meira, Bernardo Noya
Alves de Abreu
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução:As fístulas coronárias são anomalias congênitas raras, representando 0, 2-0,
4% das cardiopatias congênitas.Origina-se, comumente, da coronária direita, seguida
das artérias descendente anterior e circunflexa com drenagem para átrio direito,
na maioria dos casos.Geralmente os pacientes são assintomáticos.Nos pacientes
sintomáticos, apresenta manifestação clínica variável, desde dispnéia, angina,
endocardite, infarto do miocárdio, ocasionalmente, palpitações.O tratamento definitivo
é realizado através da oclusão por meio cirúrgico ou percutâneo.
Métodos:Relato de caso de fístula coronária de artéria circunflexa tratada através de
embolização percutânea.
Resultados:A.M.P., 35 anos, sexo masculino, obeso, sem outros antecedentes mórbidos
pessoais.Procurou pronto-socorro, relatando palpitação taquicárdica iniciada há 20
dias, episódica, sem fatores desencadeantes, auto-limitada.Negava sinais ou sintomas
associados.Exame físico normal, excetuando-se por taquicardia.Eletrocardiograma
mostrava taquicardia paroxística supraventricular(TPSV), tipo taquicardia atrial,
revertida com amiodarona.Na investigação etiológica realizado Ecocardiograma(ECO),
marcadores de lesão miocárdica(MLM) e exames tireoidianos, sem alterações.No Holter
24h, verificado extrassístoles supraventriculares, com episódio único de TPSV(105
batimentos).Realizada tomografia de coronárias, com ausência de calcificações
coronárias ou redução luminal significativa, evidenciando fístula coronariana do
tronco coronariano esquerdo(TCE)/porção óstio da artéria circunflexa(ACX) para átrio
direito(AD).Ressonância Nuclear Magnética(RNM) cardíaca não mostrou repercussão
hemodinâmica significativa.A cineangiocoronariografia confirmou dilatação do TCE
com origem de grande fístula para a porção superior do átrio direito.Realizado estudo
eletrofisiológico(ELF), com ablação 3 focos de taquicardia atrial.Posteriormente,
realizado tratamento percutâneo definitivo da fístula, com oclusão retrógrada com
molas de platina (implantados 7 coils).ECO (controle) após 72 horas da embolização,
sem alterações.Recebeu alta no 5º dia, com orientação para uso de ácido acetilsalicílico,
clopidogrel e amiodarona.
Conclusão:O fechamento percutâneo se mostrou uma alternativa eficaz e segura à cirurgia.
PO 048
Origem anômala da coronária direita no seio de valsalva
esquerdo
Mariana Miotto Schnorr, Priscila Megda João Job, Fernanda
Raquel Freitas Tavares, Sergio G. Tarbine, Agenor Carvalho
Correa Neto, Daniel Zanuttini, Carolina Stoll, Miguel Morita
Fernandes Silva, Costantino Ortiz Costantini, Costantino
Roberto F. Costantini
HOSPITAL CARDIOLÓGICO CONSTANTINI - PR - BRASIL
Introdução: A origem anômala da coronária é uma causa rara de anomalia congênita,
com aspectos anatômicos diversos, de acordo com origem e trajeto. Atualmente,
constitui a segunda causa mais freqüente de morte súbita de origem cardiovascular em
atletas competitivos. A origem da coronária direita (CD) no seio de valsalva esquerdo
corresponde a 16% destas variações. A isquemia ocorre por compressão mecânica da
artéria anômala entre os troncos das artérias pulmonar e aorta no esforço. O tratamento
pode ser cirurgia para reconstrução, reimplante da coronária no seio coronariano adequado,
revascularização do miocárdio e uso de técnicas endovasculares com implante de stents.
Relato do caso: Paciente masculino, 33 anos. História familiar de um irmão com
infarto aos 37 anos e pai aos 60 anos. Início há 5 meses de episódios de dor torácica
típica aos grandes esforços. Atendido por dor precordial em aperto, escurecimento
visual, seguido de síncope, enquanto jogava futebol. Eletrocardiograma, marcadores
de necrose miocárdica, ecocardiograma transtorácico e holter normais. Realizada
angiotomografia de coronárias que evidenciou CD anômala, com origem no seio
coronariano esquerdo, com compressão extrínseca entre a aorta e artéria pulmonar
promovendo redução luminal acentuada em seu óstio. No internamento, paciente
apresentou dor torácica típica em repouso, associada a supradesnivelamento do
segmento ST no eletrocardiograma. Indicado tratamento, levando em consideração a
idade do paciente e durabilidade de um enxerto vascular, sendo optado por tratamento
endovascular. Realizada angioplastia em segmento proximal da CD com stent
Cypher, escolhido por sua maior força radial e melhores resultados a longo prazo.
Angiotomografia de controle após 2 meses mostrou stent com boa evolução e sem
deformidades. Após 6 meses de acompanhamento, paciente assintomático em suas
atividades habituais. Conclusão: A origem anômala das coronárias é uma doença rara, mas potencialmente
letal se não diagnosticada e tratada precocemente. Nas anomalias de origem da CD à
partir do seio de Valsalva esquerdo, com trajeto entre a aorta e o tronco pulmonar, a
angioplastia com stent rígido pode ser considerada como uma opção técnica e de fácil
aplicação, porém ainda será necessário acompanhamento para resultados a longo prazo.
PO 049
Trombose de stent no seguimento tardio de pacientes
tratados com stents farmacológicos na prática diária
Ricardo A. Costa, Amanda Sousa, Adriana Moreira, J. Ribamar
Costa, Jr., Galo Maldonado, Manuel Cano, Bruno Palmieri,
Lucas Damiani, Cantidio Campos, J. Eduardo Sousa
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Fundamentos: A trombose de stent (TS) tem sido descrito como um fenômeno raro na
era atual da cardiologia intervencionista; no entanto, sua ocorrência tem sido associada
a elevada mortalidade. O nosso objetivo avaliar a incidência de TS no seguimento
muito tardio após implante de stents farmacológicos (SF) no prática diária.
Métodos: Um total de 4.229 pacientes com 6.518 lesões coronárias tratados unicamente
com SF foram incluídos de maneira prospectiva no Registro DESIRE (Drug-Eluting
Stent In the REal World) em um centro único entre Maio/2002 e Maio/2012. Pelo
protocolo, o seguimento clínico foi realizado aos 1, 6 e 12 meses e anualmente até 10
anos após o procedimento índice. A TS foi definida de acordo com as proposições do
Academic Research Consortium.
Resultados: A média das idades era 64 anos, 31% tinham diabetes, 30% eram
tabagistas atuais, 23% tinham infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio, 50%
tinham revascularização prévia e 9% tinham insuficiência renal prévia. Em relação
a apresentação clínica, cerca de 16% apresentaram-se com IAM recente (99%), a
despeito da alta prevalência de lesões complexas (64% tipo B2/C). No seguimento
tardio até 10 anos (mediana de tempo: 4, 9 anos), a incidência cumulativa de TS foi 2,
3%, sendo que 95, 9% dos pacientes estiveram livres deste evento (TS) no seguimento
tardio (curva de sobrevida de Kaplan-Meier). Das 97 TS reportadas, somente 1%
ocorreu 12 meses) em 59%. Sobre o tipo de TS, cerca de 52% dos eventos tiveram
documentação angiográfica da oclusão do stent (TS definitiva); 2% foram classificados
como TS provável, e 46% como TS possível. Conclusões: Neste Registro prospectivo de mundo real incluindo pacientes nãoselecionados submetidos a implante de SF na prática diária, a incidência cumulativa de
TS foi relativamente baixa (2, 3%), sendo que em torno de 96% dos pacientes estavam
livres de TS no seguimento até 10 anos. No geral, a maioria das TS ocorreram >1 ano
após o procedimento índice, e 52% tinham documentação angiográfica da oclusão do
stent (TS definitiva).
164
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 050
Seguimento muito tardio de pacientes com infarto agudo
do miocárdio tratados com stents farmacológicos
Ricardo A. Costa, Amanda Sousa, Adriana Moreira, J. Ribamar
Costa, Jr., Galo Maldonado, Manuel Cano, Bruno Palmieri,
Lucas Damiani, Cantídio Campos, J. Eduardo Sousa
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Fundamentos: Estudos prévios comparando stents farmacológicos (SF) versus stents
não-farmacológicos sugerem eficácia e segurança dos SF no tratamento de pacientes
com infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, a evolução tardia de pacientes
com IAM tratados com SF na prática diária permancem desconhecidos. Nosso objetivo
foi investigar o seguimento tardio de pacientes com IAM recente tratados com SF na
prática diária do mundo-real.
Métodos: Entre Maio/2002 e Maio/2012, 4.229 pacientes (6.518 lesões) nãoselecionados com indicação de intervenção percutânea eletiva ou de emergência foram
consecutivamente tratados com 7.000 SF em uma instituição clínica. O seguimento
tardio até 10 anos foi realizado em 98%, mediana: 4, 9 anos. Os pacientes foram
divididos em 2 grupos: IAM recente (<30 dias) versus sem IAM recente.
Resultados: Pacientes com IAM recente tinham menos comorbidades, mas mais
doença multiarterial (71 vs. 62%, P<0, 001), lesões com trombo (12 vs. 1%, P<0, 001),
fluxo TIMI 0/1 (8 vs. 1%, P<0, 001), e lesões complexas (tipo B2/C) (65 vs. 61%,
P<0, 001) comparados aos pacientes sem IAM. Foram implantados 1, 6±0, 8 stents/
paciente; o grupo IAM recebeu mais inibidores IIb/IIIa (19, 6 vs. 2%, P<0, 001), mas o
sucesso angiográfico foi similar nos 2 grupos (>99%). No seguimento tardio, as taxas
cumulativas de óbito cardíaco (6, 7 vs. 3, 6%, P<0, 001) e trombose de stent (TS) (4, 5
versus 2, 0%, P<0, 001) foram significativamente maiores no grupo IAM recente, mas
as taxas de IAM foram semelhantes (6, 5 vs. 7, 1%, P=0, 63).
Conclusões: Pacientes com IAM recente (<30 dias) tratados com SF apresentaram
pior prognóstico comparados aos pacientes sem IAM recente, incluindo aumento
signifcativo do óbito cardíaco até 10 anos de acompanhamento (P<0, 001), e ocorrência
2 vezes maior nas taxas de TS (P<0, 001).
Cardiomiopatias e Doenças do Pericárdio
PO 051
PERICARDITE PURULENTA POR NEISSERIA MENINGITIDIS TIPO C :
RELATO DE CASO
DANIEL BOUCHABKI DE ALMEIDA DIEHL, ANA CAROLINE REINALDO DE
OLIVEIRA, FÁBIO LÚCIO NOGUEIRA DE LOUREIRO, GABRIEL PELEGRINETI
TARGUETA, SUMAYA MAMERI EL AOUAR, EDILEIDE BARROS CORREIA,
RENATO BORGES, MARCOS VASCONCELLOS, FABIANO CASTRO ALBRETCH
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução:Pericardite purulenta aguda por Neisseria meningitidis é considerada
causa rara entre as pericardites bacterianas. Relato de caso:Paciente de 20 anos, gênero
masculino, usuário de cocaína/maconha, etilista, com história de queda do estado geral,
odinofagia e febre por dois dias, com remissão espontânea. Após uma semana apresentou
precordialgia ventilatório-dependente e dispnéia progressivas. Ao exame em regular
estado geral, taquipneico, taquicárdico, febril, normotenso, com turgência jugular a 45º,
bulhas cardíacas hipofonéticas, estertores crepitantes em bases pulmonares, fígado a 5
cm do rebordo costal direito, doloroso. Eletrocardiograma (figura1): taquicardia sinusal,
sobrecarga de ventrículo esquerdo, supradesnivelamento difuso do segmento ST e
alterações difusas da repolarização ventricular. Radiografia de tórax: discreto aumento da
área cardíaca e derrame pleural bilateral. Feita a hipótese diagnóstica de tamponamento
cardíaco secundário à pericardite aguda. O ecocardiograma transtorácico demonstrou
derrame pericárdico difuso, com repercussão hemodinâmica e disfunção ventricular
esquerda (fração de ejeção de 43%). Exames laboratoriais evidenciaram discreta elevação
de marcadores de necrose miocárdica, proteína C reativa, transaminases e leucocitose.
Realizada drenagem pericárdica (Marfan) de 600 ml de líquido purulento, isolamento de
Neisseria meningitidis tipo C em cultura e biópsia confirmando o diagnóstico de pericardite
purulenta. Hemocultura e urocultura negativas, afastaram meningococcemia. Após 10 dias
de ampicilina, houve melhora do estado geral, da função ventricular e exames laboratoriais,
atualmente em seguimento ambulatorial. Conclusão: Causa rara de pericardite purulenta,
a infecção por Neisseria meningitidis tipo C pode ocorrer isoladamente, sem evidência de
infecção sistêmica, como no caso relatado, ou associada à bacteremia e à meningococcemia.
A colonização da nasofaringe é uma condição
necessária para o desenvolvimento de infecções
sistêmicas. Doença de notificação compulsória,
a infecção ocorreu em morador de um bairro da
cidade de São Paulo –SP com surto de infecções
pelo agente isolado, cujos contactantes íntimos
receberam profilaxia para controle da doença e
prevenção de novas infecções.
Figura 1 - ECG
PO 052
Distensibilidade aórtica nas diversas formas evolutivas
da doença de Chagas e sua correlação com a função
autonômica
João Marcos Barbosa-Ferreira, Fábio Fernandes, Felix José
Alvarez Ramires, Luiz Aparecido Bortolotto, Valéria CostaHong, Cesar José Grupi, Denise Tessariol Hachul, Edmundo
Arteaga, Vera Maria Cury Salemi, Charles Mady
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: A doença de Chagas (DC) é caracterizada por acometimento do Sistema
Nervoso Autônomo (SNA) e vasculite. Tanto o acometimento do SNA quanto a vasculite
podem levar a alterações na distensibilidade arterial. O objetivo deste estudo foi avaliar a
distensibilidade aórtica nas diversas formas da DC e verificar sua associação com medidas
de função do SNA. MÉTODOS: Foram avaliados 60 indivíduos divididos em 4 grupos
(n=15): Grupo I - controle, Grupo II - forma indeterminada, Grupo III - cardiopatia chagásica
com alteração eletrocardiográfica sem disfunção ventricular e Grupo IV - cardiopatia
chagásica com disfunção ventricular e insuficiência cardíaca. A distensibilidade aórtica foi
avaliada pela medida da velocidade da onda de pulso carótida-femoral (VOP) e o SNA foi
avaliado pela medida da variabilidade da frequência cardíaca no domínio da frequência
pelo Holter 24 horas e por teste da inclinação. Os parâmetros medidos para avaliação do
SNA foram: componente de baixa freqüência (BF) - atividade simpática; componente de
alta frequência (AF) - atividade parassimpática; relação entre os componentes de baixa e
alta freqüência (BF/AF) - balanço simpato-vagal. Os componentes BF e AF foram medidos
em unidades normalizadas. RESULTADOS: A medida da VOP foi menor no grupo IV,
porém sem significância estatística (Grupo I: 9, 34 ± 1, 53; Grupo II: 9, 30 ± 0, 99; Grupo
III: 9, 33 ± 1, 32 e Grupo IV: 8, 38 ± 0, 86 m/s; p=0, 085). As variáveis com correlação
positiva estatisticamente significante com a VOP foram a pressão arterial diastólica (r=0,
368, p=0, 004), o componente BF no teste de inclinação em posição ortostática (r=0, 266,
p=0, 04) e a relação BF/AF no teste de inclinação em posição ortostática (r=0, 266, p=0,
04). O componente AF no teste de inclinação em posição ortostática apresentou correlação
negativa com a VOP (r= -0, 266, p=0, 04). CONCLUSÃO: A distensibilidade aórtica
medida pela VOP não foi diferente entre as diversas formas de doença de Chagas, porém
apresentou correlação direta significativa com medidas do SNA, indicando predomínio da
atividade simpática com aumento da rigidez arterial. Estes dados sugerem que a disfunção
autonômica presente na DC está relacionada a alteração funcional das grandes artérias.
PO 053
Agentes infecciosos em miocárdio de pacientes com
miocardiopatia dilatada idiopática, chagásica, isquêmica
e outras etiologias
InCor HCFMUSP, Maria de Lourdes Higuchi, Renata Ikegami,
Joyce Kawakami, Marcia Martins Reis, Suely Palomino,
Alfredo Inacio Fiorelli, Pablo Alberto Pomerantzeff,
Fernando Bacal, Edimar Alcides Bocchi
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: estudos clínicos e experimentais sugerem relação entre agentes
infecciosos e MCD idiopática, porém outros dados questionam este raciocínio.
Objetivo: investigar a presença de agentes infecciosos em biópsia endomiocárdica
(BEM) de pacientes com MCD idiopática e de outras etiologias específicas, em
comparação a grupo controle de doadores de transplante cardíaco.
Métodos e Resultados: entre 2008 e 2011 foram estudados fragmentos de BEM de
pacientes hospitalizados com MCD idiopática em avaliação para transplante cardíaco,
doadores e corações explantados de diferentes etiologias. 2 grupos foram definidos:
doadores (29 casos) e MCD (55 casos, incluindo 32 de etiologia idiopática, 9 chagásica,
6 isquêmica e 8 de outras etiologias). Pela imunohistoquímica foram estudados:
adenovírus, herpes simplex, Epstein-Barr, parvovírus B19, HHV6, hepatites B e C,
micoplasma, clamídia e borrelia; os resultados foram apresentados como mediana,
variação interquartil p25, p75 de porcentagem de área positiva, havendo uma maior
expressão de antígenos de enterovírus em doadores em comparação à MCD [2(0, 56 –
5, 7) x 0, 61 (0, 28 – 2, 45), p=0, 0075], e maior expressão de antígenos de hepatite C
[1, 31(0, 5-3, 6) x 0, 6 (0, 37 – 1, 41), p=0, 02] na MCD em relação aos doadores. Por
biologia molecular, foram pesquisados: adenovírus, Epstein-Barr, citomegalovírus,
HHV6, parvovírus B19, micoplasma, clamídia e borrelia, sendo demonstrada elevada
positividade de genoma de microorganismos, incluindo co-infecções, com maior
positividade em doadores, em relação à MCD para adenovírus (83, 3% x 58, 7%, p=0,
035) e HHV6 (86, 4% x 49%, p=0, 0015). Que seja do nosso conhecimento, este estudo
foi pioneiro em demonstrar a presença de genoma de vírus no tecido cardíaco de MCD
chagásica (adenovírus 55%, Epstein Barr 40%, CMV 20%, HHV6 75%, parvovírus
B19 57%). Conclusão: a presença de agentes infecciosos no miocárdio de pacientes
com MCD idiopática é freqüente, e da mesma forma em doadores e MCD de outras
etiologias, inclusive chagásica. Com base em nossos resultados a relação causal entre
a presença de agentes infecciosos no tecido cardíaco e o desenvolvimento de MCD é
controversa. Estudos adicionais são necessários a fim de se determinar o real papel de
agentes infecciosos na patogênese da MCD.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
165
PO 054
O Estudo das Patologias Cardíacas em Casos de Necropsias
do Instituto Médico Legal de 2010 A 2011.
Luisa Allen Ciuffo, RENÉE AMORIM DOS SANTOS FÉLIX, MAURO
TUPINIQUIM BINA, PAULO ARNON BREMER SOARES, VALDEMIRO
BATISTA DA SILVA FILHO
Universidade Federal da Bahia - Salvador - Bahia - Brasil
O Estudo das Patologias Cardíacas em Casos de Necropsias do Instituto Médico
Legal de 2010 A 2011. INTRODUÇÃO: A doença cardiovascular é uma importante
causa de morbidade e mortalidade e representam a principal causa de morte no
Brasil e elevado gasto entre as internações hospitalares. MÉTODOS: Foi realizado
um estudo de corte transversal, retrospectivo, com a revisão dos laudos cadavéricos
e anatomopatológicos dos corações provenientes das necropsias realizadas em
um Instituto Médico no período de 2010 a 2011, com o objetivo de identificar e
caracterizar os tipos de patologias cardíacas, suas características anatomopatológicas
e o perfil demográfico. Os dados descritivos foram dispostos de acordo com sua
frequência absoluta e relativa entre as categorias, os dados numéricos foram descritos
em termos de média e desvio padrão. RESULTADOS: Revisados 1194 casos, sendo
65, 9% homens e 34, 1% mulheres. A idade média dos indivíduos foi de 50, 92 anos.
A média do IMC (índice de massa corpórea) foi de 24, 47. Em 69, 8% dos casos
foram observadas uma ou mais das seguintes alterações morfológicas no coração:
cardiomegalia, hipertrofia cardíaca, cardiopatia valvar, miocardites, infartos do
miocárdio e fibrose. Quando se inclui entre as alterações morfológicas também os
casos apenas com aterosclerose coronariana este número se elevou para 82, 1%. A
alteração anatomopatológica a mais prevalente foi hipertrofia ventricular esquerda
(HVE) observas em 42, 3% e em seguida cardiomegalia em 34, 5%. As miocardites
foram observadas em 9, 1% (1, 6% miocardite crônica, 3, 9% de miocardite crônica
com fibrose, 1, 9% de miocardite linfocítica, 1, 7% de miocardite aguda). Nas
cardiopatias isquêmicas observou-se 8, 9% infarto antigo e 2, 7% dos casos de infarto
agudo. A cardiopatia valvar foi diagnostica em 2, 6% dos casos, a valva aórtica foi
a mais comprometida 46, 2% (estenose) e 13, 5% (insuficiência). CONCLUSÕES:
O estudo obteve resultados condizentes com a literatura. A HVE apresentou alta
prevalência teve associação estatisticamente significante com IMC, idade e fibrose do
miocárdio. Outro dado de relevância para a nossa população, foi à presença de casos de
miocardite crônica com fibrose, que pode representar miocardite chagásica.
PO 055
Necrose Miocárdica Aguda na Cardiomiopatia
Hipertrófica: Relato de Casos
Carlos Alberto Gonçalves Máximo, Edileide de Barros
Correia, Carolina Moreira Montenegro, Renato Borges Filho,
Marcos de Oliveira Vasconcelos, Abílio Augusto Fragata
Filho, Fabiano de Castro Albrecht, Kátia de oliveira Nunes
Leal, Mercedes Maldonado, Paulo Chaccur
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
FUNDAMENTOS: Necrose Miocárdica Aguda, com elevação importante de
troponina, é pouco descrita na literatura, sendo evento raro e pouco relatado.
OBJETIVO: Descrever série de casos de pacientes (p) com CMH, que, na
evolução, apresentaram necrose miocárdica aguda, evidenciada pela elevação de
troponina. MÉTODOS: análise retrospectiva de 5 p, suas características clínicas e
evolução. RESULTADOS: do total de 877 p acompanhados com CMH, 5 (0, 57%),
procuraram atendimento de emergência por quadro de síndrome coronária aguda;
4 p do gênero feminino, com idades entre 21 a 78 anos(52, 8+26, 3); valores de
pico de troponina variaram de 1, 55 a 140 ng/ml (50, 3 + 77, 6)( valor normal= 0,
12 ng/mL), eletrocardiograma (ECG) na admissão: 1p (20%) com supradesnível do
segmento ST, 3 p (50%) com fibrilação atrial de alta resposta ventricular (FAARV)
ou flutter atrial e 1p (20%) sem alterações agudas; 3 p(60%) apresentaram dor típica
na admissão, enquanto 2p (40%) apresentaram dispnéia; 2p (40%) tinham obstrução
intraventricular. Todos os p foram submetidos a coronariografia ou angiotomografia,
sem demonstração de lesões significativas em 4 p. E 1p, evidenciou-se trombo na
descendente anterior.Com relação a evolução, 2 evoluiram com disfunção ventricular
importante, 1p evoluiu à óbito após o evento agudo e os demais evoluíram bem durante
seguimento ambulatorial. DISCUSSÃO: A ocorrência e a etiopatogenia da necrose
miocárdica aguda em pacientes com CMH são pouco relatadas na literatura. Nos casos
descritos, observou-se correlação possível com taquiarritmia atrial (FAARV e Flutter
atrial) que pode exacerbar o processo isquêmico subjacente, tanto pelo aumento do
consumo de oxigênio, como pela possível ocorrência de embolia coronária, bem
documentada em 1p. A evolução clínica posterior ao evento foi desfavorável em 40%
dos casos. CONCLUSÃO: Necrose miocárdica aguda com elevação de enzimas
cardíacas, pode ser considerada uma possibilidade evolutiva desfavorável na CMH,
uma nova entidade clínica a ser reconhecida e valorizada.
Cardiopediatria
PO 056
DESFECHOS DE GRAVIDEZ EM MULHERES COM TETRALOGIA DE
FALLOT
Henrique Migliori Rodrigues da Rocha, Ana Regina Elmec,
Indira Vieira Pereira Torres
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
OBJETIVOS
Buscou-se determinar os resultados de desfechos da gravidez em pacientes com
tetralogia de Fallot (T4F). FUNDO: Resultados da gravidez em pacientes com T4F não são totalmente definidos. Na literatura há apenas 01 trabalho relacionado ao tema (J Am Coll Cardiol 2004;
44:174-80) © 2004 pelo American College of Cardiology Foundation)
MÉTODOS: Dados clínicos e obstétricos, foram revisados em protuários e com
acompanhamento das pacientes com T4F durante e após a gravidez. RESULTADOS: Foram 55 gestações de um total de 29 pacientes (com idade média de
22, 7 anos e variando de 01 até 08 gestações por paciente); Do total de pacientes 27
tinham T4F corrigida (tempo médio pós operatório é de 15, 7 anos), 01 paciente sem
correção pois a T4F era discreta e 01 paciente com cirurgias paleativas.
Das 55 gestações houveram 12 abortos espontâneos (21, 8%) e 01 óbito fetal (1, 8%).
Das 42 gestações bem sucedidas (tempo médio de gestação de 36 semanas e peso
médio de 2656g), 09 recém nascidos foram prematuros (21, 4%), 11 pequenos para a
idade gestacional (26, 1%), e 03 nasceram com malformação (7, 1%, 02 com T4F e
01 com Truncus Tipo I). Uma paciente teve complicações cardiovasculares durante a
gravidez e que necessitou de valvoplastia pulmonar percutânea.
CONCLUSÕES: As pacientes com T4F têm um risco aumentado de perda fetal
quando comparadas a pacientes sem malformações cardíacas, e os seus descendentes
são mais propensos a terem anomalias congênitas do que descendentes na população
em geral. Eventos adversos maternos são raros, mas estas pacientes devem ter
acompanhamento cardiológico e obstétrico mais de perto que o restante da população.
PO 057
Avaliação dos perfis nutricional e metabólico de
adolescentes atendidos em Unidade Básica de Saúde.
Bonatto RC, Bonatto CPP, Fioretto JR, Corvino DM, Padovani CR
Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Botucatu - Botucatu - SP Brasil, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP - Botucatu - SP - Brasil, Instituto
de Biociências de Botucatu - UNESP - Botucatu - SP - Brasil
Introdução: O expressivo aumento da prevalência de obesidade na faixa etária
pediátrica tem determinado um incremento significativo dos casos de aparecimento de
morbidades associadas ao excesso de peso como dislipidemia, resistência insulínica,
diabetes, hipertensão arterial, que são fatores de risco para o desenvolvimento da
doença aterosclerótica, que inicia na infância, progride na adolescência e acarreta
doença cardiovascular no adulto. Objetivo: Descrever a prevalência de excesso de peso
e o perfil metabólico de adolescentes atendidos durante o ano de 2010, em Unidade
de Atenção Primária à Saúde. Métodos: Estudo descritivo de prevalência, transversal
a partir de amostra de conveniência. Foi utilizado o software WHO AnthroPlus da
Organização Mundial da Saúde para o cálculo do valor do escore z do IMC e
considerado seus pontos de corte para classificação nutricional. Foi aplicada estatística
descritiva, teste t de Student para variáveis contínuas, teste de Goodman para as
variáveis categóricas e construídos intervalos de confiança de 95% para as proporções.
Resultado: Foram atendidos 471 adolescentes, dos quais 36, 9% apresentaram excesso
de peso (21, 4% sobrepeso, 13, 8% obesidade e 1, 7% obesidade grave). Foi observada
diferença significativa na prevalência de obesidade no gênero masculino (20, 1%) em
relação ao gênero feminino (11, 3%). Cento e trinta e oito adolescentes (29, 3%) foram
submetidos a exames laboratoriais, realizados com maior frequência nos adolescentes
com excesso de peso (44, 8%), que apresentaram prevalência maior (p <0, 05) de
resistência periférica à insulina, maiores valores de triglicérides e menores de HDLc.
Conclusão: O elevado nível de prevalência para o excesso de peso observado entre os
adolescentes avaliados no presente estudo é preocupante e está de acordo com vários
estudos nacionais e internacionais, assim como a maior prevalência de resistência
insulínica e da dislipidemia observada nos adolescentes com excesso de peso. Há
necessidade de avaliação do perfil metabólico de maior número dos adolescentes
atendidos no serviço, pois menos de um terço dos adolescentes foi avaliado. Faz-se
necessária a implantação urgente de medidas de intervenção/tratamento e prevenção
com a adoção de programas com enfoque multiprofissional e intersetorial.
166
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 058
Perfil hemodinâmico de crianças do ensino fundamental.
Cristiane Aparecida Moran, Fabiane Rosa Rezende Honda
Marui, Melânia Aparecida Borges, Camila Maria Oliveira Tê,
Simone Dal Corso, Maria Teresa Bombig, Maria Stella Peccin
Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil,
Universidade Nove de Julho - São Paulo - SP - Brasil
Introdução: Na população adulta a pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca
(FC) são preditores do risco cardiovascular, porém na população pediátrica estudos
epidemiológicos ainda são escassos. O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil
hemodinâmico de crianças do ensino fundamental. Método: Estudo transversal
realizado com crianças de 7 á 11 (9 ± 0, 89) anos de idade, matriculadas em escolas
da rede pública da cidade de São Paulo. A amostra foi composta por 272 crianças
(127 meninos). Todas foram avaliadas no período da manhã por uma equipe de
profissionais da saúde, composta por médica, enfermeira e fisioterapeutas. As
aferições da PA e FC das crianças foram realizadas após cinco minutos de repouso,
sentadas confortavelmente, sendo orientadas a não se movimentar e/ou se comunicar
com o avaliador durante a aferição da pressão arterial (PA) e da FC. O aparelho
OMRON (Automatic Blood Pressure Monitor) Modelo HEM 705CPINT foi utilizado
na avaliação hemodinâmica das crianças. A coleta foi realizada com três aferições, com
intervalos de 1 minuto, sendo que a média das duas últimas aferições foi utilizada para
as análises. A classificação dos níveis pressóricos foi estabelecida de acordo com o
percentil 95 das tabelas de medida casual para a idade, gênero e estatura, preconizada
pela VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Os dados coletados foram expressos
em média e desvio padrão, em mediana e intervalo interquartílico. Resultados: As
crianças apresentaram pressão arterial sistólica (PAS) de 81, 5 mmHg a 144 mmHg
(média 106 ± 11, 3), pressão arterial diastólica (PAD) de 42, 0 mmHg a 94, 5 mmHg
(média 60 ± 7, 9), FC de repouso de 55 á 126 bpm (média 88 (±11, 8). Das 272 crianças
avaliadas, 233 (86%) apresentaram PA normal e 39 (14%) apresentaram elevação da
PA. A FC de repouso foi estratificada em quartile, sendo Q1 : < 80 bpm, 66 crianças
(26 meninas e 40 meninos); Q2: 80 á 88 bpm,
67crianças (38 meninas e 29 meninos); Q3: 88
á 96 bpm, 68 crianças (30 meninas e 38
meninos) e Q4: > 96 bpm, 71 crianças (51
meninas e 20 meninos). Conclusão: A média
da pressão arterial das crianças de 7 á 11 anos
foi de 106 mmHg x 60 mmHg, a maioria
apresentou PA normal, sendo a média da FC de
repouso de 88 bpm.
PO 059
Diversificando o cenário de prevenção da doença
cardiovascular aterosclerótica - O papel social da
Universidade Pública.
Bonatto, CPP, Bonatto, RC, Cerqueira Filho, FJ, Padovani, CR
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, Instit.
Biociências de Botucatu - UNESP - Botucatu - SP - Brasil, Centro
de Saúde Escola - FMB - UNESP - Botucatu - SP - Brasil
Introdução: A doença cardiovascular secundária à aterosclerose tem seu início na
infância, progride na adolescência e acarreta doença cardiovascular no adulto. O
reconhecimento e prevenção dos fatores de risco modificáveis, entre eles o excesso
de peso e suas comorbidades, são de fundamental importância para diminuir as
altas taxas de mortalidade e morbidade. Objetivo: Descrever a prevalência de
sobrepeso, obesidade e obesidade grave em beneficiários de um projeto social
e pedagógico, provenientes de famílias em situação de vulnerabilidade social,
com o objetivo de identificar crianças e adolescentes com fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares na vida adulta com vistas a uma futura
intervenção. Métodos: Estudo descritivo de prevalência, transversal. Realizou-se
a avaliação nutricional das crianças e adolescentes, cujos responsáveis autorizaram
a participação no estudo. O software WHO AnthroPlus da Organização Mundial da
Saúde foi utilizado para o cálculo do valor do escore z do IMC e considerado seus
pontos de corte para classificação nutricional. Foi realizada estatística descritiva,
teste t de Student para variáveis contínuas, teste de Goodman para as variáveis
categóricas. Resultados: Do total de 102 crianças e adolescentes avaliados, 39, 2%
apresentaram excesso de peso, 19, 6% sobrepeso, 17, 6% obesidade e 1, 9% obesidade
grave. Foi observada diferença significativa na prevalência de excesso de peso no
gênero feminino (49, 9%) em relação ao gênero masculino (22, 2%). Conclusão: O
elevado nível de prevalência para o excesso de peso observado entre as crianças e
adolescentes avaliados está de acordo com vários estudos nacionais e internacionais.
Este estudo fundamenta a implementação de ações de intervenção visando o
envolvimento dos familiares nas questões de saúde das crianças e adolescentes, a
reflexão sobre hábitos saudáveis de vida e alimentação, investimento em atividades
físicas e esportivas e mudanças no cardápio do projeto.
Cirurgia Cardiovascular
PO 060
Apresentação de uma agulha de punção percutânea do
coração para terapia celular.
Nathan Valle Soubihe Junior, José Eduardo Krieger, André
Schmidt, Agnes A. S. Albuquerque, Paulo R. B. Evora
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo - USP RP. - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil,
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Estudos com células-tronco, embasados em dados laboratoriais, demonstram
uma melhora funcional e diminuição de isquemia miocárdica quando utilizadas em animais
com infarto agudo do miocárdio. Estudos em animais têm observado diferentes resultados
em função da via utilizada para a injeção das células, havendo uma nítida superioridade de
resultados quando as injeções são realizadas de forma transendocárdica, se comparadas ao
método intracoronário. Essa apresentação tem por objetivo: Descrição de método de punção,
realização de biópsia e injeção de células-tronco no miocárdio, objetivando a terapia celular.
Método: O Instrumento de punção e injeção de material biológico é composto por
uma agulha externa(1) de punção e injeção que contém na sua extremidade uma ponta
romba(2), e que a aproximadamente cinco mm proximais apresenta orifícios múltiplos não
cortantes de aproximadamente 0, 5mm de diâmetro, denominados orifícios de infusão (3).
Internamente é dotada de um mandril com ponta cega que quando introduzido na agulha
externa poderá mobilizar-se em seu interior de forma a preencher os orifícios laterais
ocluindo-os ou liberando-os . Assim o instrumento pode ser utilizado para a injeção de
material biológico. O procedimento de produção de micro lesões, é feito pela introdução
do Mandril-Escova(4), dotado de micro cerdas é estruturalmente confeccionado de forma a
preencher os orifícios com pequena exteriorização das cerdas (5). As microlesões tem papel
fundamental na produção do Ambiente favorável a permanência das células infundidas no
miocárdio por intermédio do mesmo instrumento (homing). Esses detalhes encontram-se
representados na Figura abaixo.
Conclusão. A técnica já está in
vivo testada em modelo suíno
que mostrou a sua viabilidade e
segurança.
PO 061
Estudo comparativo entre pacientes diabéticos
submetidos à cirurgia com e sem circulação
extracorpórea. Seguimento 5 anos. MASS III-Trial.
Leandro Menezes Alves da Costa, Fernando Teiichi Costa
Oikawa, Rodrigo Morel Vieira de Melo, Thiago Ovanessian
Hueb, Cibele Larrosa Garzillo, Eduardo Gomes Lima, Paulo
Cury Rezende, Desiderio Favarato, Luis Fernando Bernal da
Costa Seguro, Roberto Kalil Filho
Introdução: Pacientes diabéticos correspondem a aproximadamente um terço dos
pacientes portadores de doença arterial coronária (DAC). Este grupo de pacientes
apresenta elevado risco de complicações, incluindo mortalidade em curto e longo prazo,
comparados com grupos de pacientes não diabéticos. Poucos dados estão disponíveis
na literatura, comparando a ocorrência de eventos cardiovasculares adversos, imediato
ou tardio, em pacientes diabéticos submetidos á revascularização miocárdica com e
sem circulação extracorpórea (CEC). Objetivo: Analisar a ocorrência de eventos
cardiovasculares em seguimento de longo prazo em pacientes diabéticos portadores
de DAC estável com função ventricular preservada. Métodos: Durante um período
entre, Janeiro de 2002 a Julho de 2008, foram randomizados 308 pacientes portadores
de DAC multiarterial estável e Função Ventricular preservada, para serem submetidos,
de forma randômica, á cirurgia de revascularização miocárdica com ou sem o auxilio
do circuito de extracorpórea. Desses pacientes 155 receberam o tratamento com CEC
e 153 pacientes foram operados sem o uso desse recurso. Dessa amostra, 110 pacientes
eram diabéticos e foram alocados em: 56 pacientes operados com CEC e 54 pacientes
operados sem CEC. Infarto do miocárdio não fatal, acidente cerebrovascular, morte
por qualquer causa e necessidade de intervenções mecânicas (cirurgia ou angioplastia),
foram considerados como eventos combinados para análise. Resultados: Os dois
grupos randomizados foram pareados conforme as características demográficas,
clínicas, laboratoriais e angiográficas. Após o seguimento de cinco anos, não houve
diferença estatisticamente significativa entre a incidência de eventos combinados no
grupo com CEC comparado ao grupo sem CEC. A sobrevivência livre de eventos
combinados foi de 83, 7% e 93, 7%, respectivamente para os grupos com CEC e
sem CEC (p=0, 15). Conclusão: Nessa amostra estudada, pacientes operados com o
auxilio da CEC alcançaram a mesma incidência de eventos combinados comparados
aos pacientes operados sem o auxílio desse circuito.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
167
PO 062
Utilização da Artéria Torácica Interna em Cirurgia de
Revascularização Miocárdica
VIVIAN LERNER AMATO, Pedro Farsky, Jorge Farran, Silmara
Friolani, Julyana T. do Egito, Antônio Carlos Bianco, Carlos
Gun, Renato Arnoni, Camilo Abdulmassih Neto, Roberta Souza
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamentos: Foi demonstrado na literatura que a utilização da artéria torácica
interna (ATI) como enxerto em cirurgia de revascularização miocárdica (RM) está
relacionada a melhor sobrevida a longo prazo e é também fator independente para
menor mortalidade hospitalar. Métodos: Análise retrospectiva da utilização dos
enxertos com ATI em cirurgia de RM isolada. Resultados: No período de 01/1999
a 12/2011, 7053 pacientes (p) foram submetidos à RM. Em relação às características:
idade média 62, 2 anos, 69, 3% do sexo masculino, 83% hipertensos, 40, 1%
diabéticos, 61, 5% dislipêmicos, 19, 7% tabagistas atuais, 5, 4% apresentavam doença
carotídea (maior que 50%), 9, 2% insuficiência renal (creatinina > que 1, 5 mg/dl), 4,
7% com história de quadro neurológico prévio e 8, 4% com vasculopatia periférica.
Em relação aos dados hemodinâmicos 24, 4% dos p apresentavam lesão de tronco de
coronária esquerda, 5, 9% eram uniarteriais, 20, 1% biarteriais, 49, 4% triarteriais;
34, 4% apresentavam disfunção ventricular moderada ou grave. O enxerto com ATI
foi utilizado em 90, 9% dos p, 92, 1% dos homens e 88, 3% das mulheres (p<0, 001),
com crescimento ao longo dos anos, 75, 2% em 1999 e 96, 1% em 2011 (p<0, 001).
O crescimento foi especialmente expressivo no sexo feminino (66, 9% em 1999 e
96, 3% em 2011) e em pacientes idosos (> 70a, 46, 8% em 1999 e 91, 5% em 2011).
Na análise por regressão logística foram identificados como fatores independentes
para maior utilização da ATI: o ano (1999 a 2011) OR=1, 19 (1, 16-1, 22 p<0, 001),
presença de diabetes melito OR=1, 24 (1, 03-1, 50 p=0, 02), antecedentes familiares
para coronariopatia OR=1, 33 (1, 03-1, 71 p=0, 02), dislipidemia OR=1, 20 (1, 05-1,
50 p=0, 01) e como fatores para não utilização da ATI: doença carotídea OR=0, 55 (0,
41-0, 75 p<0, 001), vasculopatia periférica OR=0, 74 (0, 55-0, 99 p=0, 04), disfunção
ventricular moderada OR=0, 73 (0, 58-0, 92 p=0, 008) ou grave OR=0, 46 (0, 34-0,
61 p<0, 001), cirurgia de emergência OR=0, 50 (0, 31-0, 81 p=0, 005), homens idosos
(>70 a) OR=0, 25 (0, 19-0, 31 p<0, 001) e mulheres idosas OR=0, 13 (0, 10-0, 17
p<0, 001).Conclusões: A utilização da ATI vem melhorando ao longo dos anos; o
crescimento é bastante expressivo em mulheres e idosos; a idade (>70 a) associada
ao sexo feminino mostraram-se como os fatores de maior importância para a não
utilização deste enxerto.
PO 063
INCIDÊNCIA DE ACV E INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES
COM FIBRILAÇÃO ATRIAL NO PÓS­OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
Lucas Regatieri Barbieri, ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA,
FABIO KIZNER DORFMAN, MARCELO LUIZ PEIXOTO SOBRAL,
EVANDRO SBARAÍNI, GLAUCIO M S GEROMINO, DANIEL TROMPIERI,
VITOR LUIZ HADDAD, GILMAR GERALDO DOS SANTOS, NOEDIR
ANTONIO GROPPO STOLF
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL
Introdução: É relatada associação significativa entre fibrilação atrial no pós­
operatório (FAPO) de cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) e maior
incidência de acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal aguda (IRA) . A
FAPO não é incomum no ambiente cirúrgico cardiovascular e interfere diretamente na
evolução do paciente.
Objetivo: Quantificar o aparecimento de AVC e IRA em pacientes que
apresentaram FAPO.
Material e Métodos: Coorte longitudinal, bidirecional, em pacientes submetidos
à CRM de junho de 2009/julho de 2010, maiores de 18 anos. De um total de 3010
pacientes foram retirados 382 pacientes (com fibrilação atrial pré­o peratório e/ou
cirurgias associados).
Resultado: Os 2628 pacientes incluídos neste estudo foram divididos em dois grupos:
grupo I, que não apresentou FAPO, com 2302 (87, 6%) pacientes; e grupo II, com 326
(12, 4%) que evoluiu com FAPO. A incidência de AVC nos pacientes foi de 1, 1% sem
FAPO vs 4, 0% com FAPO (p<0, 001), o que se traduz numa chance 3, 6 vezes maior
neste grupo de apresentar tal comorbidade. Quanto à incidência de IRA pós ­operatória,
os números também foram altos: 12% dos pacientes com FAPO apresentaram IRA
enquanto que este índice foi de apenas 2, 4% no grupo I (p<0, 001), ou seja, uma
relação 5 vezes maior.
Conclusão: Neste estudo verificou­se alta incidência de AVC e IRA nos pacientes
com FAPO, sendo as taxas maiores que as referidas na literatura. Pode­se no mínimo
inferir que o conhecimento de tal doença é ferramenta que modificará diretamente
a prevalência deste e outros eventos adversos decorrentes, resultando em melhor
recuperação pós­operatória e sobrevida.
PO 064
Elevação dos Marcadores de Necrose Miocárdica
em ausência de Infarto Agudo manifesto após
Revascularização Cirúrgica e Percutânea. MASS-V Trial
Leandro Menezes Alves da Costa, Whady Hueb, Cesar
Nomura, Alexandre Volney Villa, Rodrigo Morel Vieira de
Melo, Fernado Teiichi Costa Oikawa, Paulo Cury Rezende,
Cibele Larrosa Garzillo, Celia Maria Cassaro Strunz,
Roberto Kalil Filho
Introdução: a elevação de biomarcadores de necrose miocárdica após procedimentos
de revascularização percutânea ou cirúrgica é frequente. Todavia a associação dessa
elevação com a necrose miocárdica permanece sob debate. Além disso, o surgimento
da Troponina de alta sensibilidade adicionou dificuldades no estabelecimento do
diagnóstico. Por causa disso, assistimos a criação de uma nova definição universal
para Infarto (IAM) após procedimentos de revascularização miocárdica. Com base
nessa nova definição objetivamos avaliar a liberação desses biomarcadores após
procedimentos de revascularização e compará-los com o surgimento de realce
tardio observado por meio da Ressonância Magnética Cardíaca. Métodos: Pacientes
portadores de doença multiarterial coronária estável e função ventricular preservada
com indicação formal de revascularizaçãoforam incluídos. A avaliação da liberação de
Troponina de alta Sensibilidadee CK-MB(massa) foi realizada imediatamente no pré e
pós procedimento, 6, 12, 24, 36, 48 e 72 horas. Além disso, foi realizado a Ressonância
Magnética Cardíaca antes e após procedimento bem como ECG sequencial. A 3ª
definição universal de IAM pós-procedimento foi utilizada. Resultados: No total
dos 64 pacientes iniciais, 44 (68, 8%) foram submetidos à revascularização cirúrgica
e 20 (31, 2%) ao tratamento percutâneo. A presença de realce tardio ocorreu em
14 (21, 9%) de todos os pacientes, sendo 13 integrantes do grupo cirúrgico e 1 do
grupo percutâneo. Desses 14 pacientes, 7(50%) apresentaram elevação de CKMB
e 100% de Troponina acima dos limites diagnósticos. No grupo dos pacientes sem
novo realce tardio na ressonância magnética cardíaca, 5(10%) apresentaram elevação
de CKMB e 42 (84%) elevação de Troponina. Baseado nos critérios diagnósticos
atuais, a Troponina exibiu sensibilidade de 100% e especificidade de 16%, com
valor preditivo positivo (VPP) de 25% e valor preditivo negativo (VPN) de 100%. A
CKMB apresentou sensibilidade de 50% e especificidade de 90%, com VPP de 58% e
VPN de 87%. Conclusão: Nessa amostra estudada, a Troponina esteve anormalmente
elevada em ausência de realce tardio revelado pela Ressonância Magnética Cardíaca.
Esses dados sugerem que são necessários novos limites enzimáticos para o adequado
diagnóstico do IAM pós-procedimento.
PO 065
Avaliação da revascularização cirúrgica do miocárdio
em pacientes dialíticos no período intra-hospitalar.
Matheus Miranda, Nelson Américo Hossne Jr., José Osmar
Medina de Abreu Pestana, José Honório de Almeida Palma da
Fonseca, Enio Buffolo
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIFESP - SAO PAULO - SAO PAULO
- BRASIL
INTRODUÇÃO: Insuficiência renal crônica é fator de risco independente
para o desenvolvimento de coronariopatias e suas complicações. A cirurgia de
revascularização do miocárdio tem mostrado maior sobrevida a longo prazo e
menor risco de infarto do miocárdio e morte cardiovascular quando comparada à
angioplastia em pacientes insuficientes renais crônicos dialíticos, porém a intervenção
cirúrgica ainda apresenta elevada morbidade e mortalidade.
OBJETIVOS: Analisar os resultados da cirurgia de revascularização do miocárdio em
pacientes insuficientes renais crônicos em diálise, assim como complicações da fase
imediata, procurando identificar as suas causas e definir condutas no perioperatório.
MATERIAL E MÉTODOS: até o momento foram analisados os prontuários médicos
de 50 pacientes consecutivos, não selecionados e em estudo retrospectivo, submetidos
à cirurgia de revascularização do miocárdio em um complexo hospitalar público
universitário terciário. A idade média foi de 56, 8±10, 0 anos, 70% eram do sexo
masculino. Foram estudadas as características demográficas e clínicas, dados intraoperatórios e complicações pós-operatórias no período de internação desses pacientes.
RESULTADOS: O uso de circulação extracorpórea foi necessário em vinte (40%)
dos pacientes, sendo o tempo médio de CEC de 87, 8±28, 6 minutos e tempo médio
de pinçamento aórtico de 57, 3±20, 0 minutos. O número de artérias coronárias
revascularizadas por paciente foi de 2, 2±0, 8. A permanência média UTI foi de 6,
8±7, 5 dias e o período de internação de 12, 3±9, 4 dias. Como complicações foram
observados catorze casos (28%) de fibrilação atrial, sete (14%) casos de infecção,
quatro (8%) casos de infarto agudo do miocárdio pós-operatório, seis casos (12%)
de síndrome vasoplégica e problemas de incisão e um caso (2%) de acidente vascular
encefálico isquêmico. Foram necessárias três reexplorações cirúrgicas. Ocorreram sete
óbitos intra-hospitalares, todos no período pós-operatório.
DISCUSSÃO: aguarda final da análise estatística (03/2013).
CONCLUSÃO: Com os resultados obtidos até o momento, observamos elevada
morbimortalidade hospitalar, devendo ser considerados os aspectos metabólicos
especias neste grupo de pacientes para a orientação das condutas no perioperatório.
168
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 066
A influência da lesão carotídea no pós operatório
imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica e
sua evolução tardia
Calero SR, Oliveira DP, Arantes FBB, Batista CC, França JID,
Petisco AC, Friolani SC, Barbosa JEM, Assef JE, Farsky PS
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Fundamento: Acidente vascular encefálico (AVE) é uma grave complicação
da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Cerca de 30% dos AVE
perioperatórios são decorrentes de lesões carotídeas, sem redução de risco confirmada
por intervenção perioperatória.
Objetivos: Avaliar o impacto da doença carotídea e intervenção perioperatoria nos
pacientes submetidos a CRM. Métodos: Estudo retrospectivo observacional, sendo avaliados 1.169 pacientes
com idade ≥ 65 anos submetidos à CRM entre janeiro de 2006 e dezembro de 2010,
acompanhados por média de 49 meses. Todos foram submetidosà ultrassonografia de
carótidas prévio à CRM. Definiu-se doença carotídea quando lesão ≥ 50%. O desfecho
primário foi composto pela incidência de AVE, acidente isquêmico transitório (AIT)
e óbito por AVE.
Resultados: A prevalência da doença carotídea foi de 19, 9% dos pacientes. A
incidência do desfecho primário entre portadores e não portadores foi 6, 5% e
3, 7% respectivamente (p=0, 0018). Nos primeiros 30 dias, ocorreram 18, 2% dos
eventos. Relacionaram-se a doença carotídea: disfunção renal (OR 2, 03, IC95% 1,
34-3, 07; p<0, 01), vasculopatia periférica (OR 1, 80, IC95% 1, 22-2, 65; p<0, 01)
e infarto do miocárdio prévio (OR 0, 47, IC95% 0, 35-0, 65; p<0, 01). Quanto ao
desfecho primário, foi associado AIT prévio (OR 5, 66, IC95% 1, 67-6, 35; p<0,
01) e disfunção renal (OR 3, 28, IC95% 1, 67-6, 45; p<0, 01). Nos pacientes com
lesão ≥70%, a intervenção carotídea perioperatoria apresentou incidência de 17% no
desfecho primário contra 4, 3% na conduta conservadora (p=0, 056) sem diferença
entre abordagens percutânea e cirúrgica (p=0, 516).
Conclusão: A doença carotídea aumenta o risco para AVE, AIT ou morte por AVE
na CRM. Entretanto, a intervenção carotídea não foi relacionada à redução do
desfecho primário.
PO 067
Análise eletrofisiológica do sistema de condução
cardíaco durante o implante de próteses transcateter
Braile Inovare em posição aórtica
nilton jose caneiro da silva, Diego Gaia dos Santos, Joao
Roberto Breda, Angelo de Paola, Jose Augusto Marcondes,
Murilo Macedo, Aline Couto, Enio Buffolo, Jose Honorio
Palma da Fonseca
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Introdução: O bloqueio átrio ventricular constitui complicação frequente em diversas
séries após TAVI, chegando a 40% em alguns relatos. A despeito do avanço que a
técnica trouxe, o risco de um evento bradiarrítmico agudo, a necessidade de nova
intervenção para implante de marcapasso e a influência do estimulo artificial na
função ventricular a longo prazo são complicações de morbidade conhecidas. Até o
momento não estão documentadas as possíveis alterações no sistema de condução
durante o implante da prótese Braile Inovare. Objetivo: Avaliar o sistema excito
condutor elétrico cardíaco durante o implante de próteses transcateter Braile Inovare.
Métodos: Sete pacientes com indicação de implante transcateter de valva aórtica
foram submetidos à avaliação eletrofisiológica antes, durante e imediatamente após o
implante valvar. Através de punção em veia femoral e introdutor 7 french, posicionamos
cateteres multipolares (quadripolar e decapolar deflectiveis) para registro e medida de
eletrogramas locais em átrio direito, anel tricúspide, feixe de His e ventrículo direito
. Realizamos medidas basais, com especial atenção ao intervalo His-Ventriculo (nl
até 55ms); aferição da função sinusal (TRNS), ponto de wenckebach anterógrado e
retrógrado (Figura 2). A liberação protética foi realizada com auxílio de estimulação
ventricular rápida (200bpm) com o próprio cateter de eletrofisiologia.Resultados :O
implante foi possível em todos os casos com controle ecocardiográfico satisfatório.
Não houve registro de BAVT, ou indução de taquiarritmia durante procedimento . Em
um paciente, logo após a dilatação notamos BAV 1 grau (160ms – 400ms) transitório e
revertido após 1 minuto. Não houve diferença estatística nas medidas eletrofisiológicas
no pré e pós dilatação, sem evento clínico de BAV, comum em séries anteriores com
outras próteses. Conclusão: O implante transcateter utilizando a prótese Braile Inovare
não causou alterações significativas no sistema de condução, conferindo possível
vantagem na utilização deste dispositivo. Séries maiores necessitam ser realizadas com
o objetivo de documentar tal achado.
PO 068
Miectomia transapical para o tratamento da
cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
Fernando Teiichi Costa Oikawa, Paulo C Rezende, Sergio
Ferreira, Carlos A W Segre, Cibele L Garzillo, Eduardo G Lima,
Alexandre C Hueb, Thiago O Hueb, Jose A F Ramires, Roberto
Kalil
Introdução A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença genética associada a morte
súbita ou a sintomas clínicos relacionados a hipertrofia da cavidade ventricular. Seu
tratamento baseia-se na terapia medicamentosa. Entretanto, pacientes com sintomas
limitantes a despeito do tratamento medicamentoso podem beneficiar-se de terapias
intervencionistas. A cirurgia é o tratamento padrão e é classicamente realizada por
uma abordagem transaórtica. Esta está associada a algumas complicações e pode
apresentar limitações técnicas quando a hipertrofia encontra-se confinada a região
médio-apical do ventrículo esquerdo (VE). Objetivo Descrever uma nova abordagem
cirúrgica para o tratamento da cardiomiopatia hipertrófica. Relato de Caso Mulher
de 63 anos internada com história de dor no peito e piora progressiva da dispnéia.
Relatava história de angina instável há 8 anos coronariografia revelou oclusão distal
da artéria descendente anterior, sendo mantida em tratamento medicamentoso e um
novo episódio há 3 anos tratado com angioplastia da artéria circunflexa. Mantevese assintomática por 2 anos, quando voltou a apresentar episódios de desconforto
retroesternal, aos esforços moderados, associado à dispnéia. Não houve melhora dos
sintomas, mesmo após 3 classes de medicações anti-anginosas. Á admissão hospitalar
encontrava-se estável. O ecocardiograma revelou função sistólica do VE normal
FEVE 0, 75, hipertrofia concêntrica importante, maior na região médio-apical. A
ressonância magnética cardíaca (RMC) confirmou a hipertrofia grave dos segmentos
medios do VE 24mm e obstrução da cavidade durante a sístole. A angiografia
coronária revelou oclusão crônica da artéria descendente anterior, sem outras lesões
significantes. A ventriculografia revelou hipertrofia importante da região médioapical e gradiente intraventricular de 100mmHg. Devido dificuldades técnicas e
riscos associados a abordagem transaórtica, optou-se pela abordagem transapical.
Evoluiu com boa recuperação após a cirurgia e melhora dos sintomas. A RMC
realizada posteriormente não evidenciou a obstrução da cavidade ventricular durante
a sístole. Conclusão O procedimento transapical para o tratamento da cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva é uma opção técnica em pacientes com grave hipertrofia das
regiões médio e apical do VE.
PO 069
Melhora da contratilidade regional e global do
ventrículo esquerdo após a cirurgia de revascularização
do miocárdio: correlação entre a perfusão miocárdica, a
lesão anatômica e o tratamento realizado.
Bruno Leite, Bruno Menezes, Carlos Tome, Larissa Berreta,
Percy Taborga, Pedro Farsky
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
A identificação de áreas de isquemia e fibrose é comum antes da cirurgia de
revascularização do miocárdio (CRM) em pacientes com disfunção ventricular.
Buscamos avaliar a recuperação da contratilidade regional e global do VE, em
pacientes com disfunção ventricular grave, de etiologia isquêmica, submetidos à
CRM, e os fatores implicados nesta melhora.Foram avaliados pacientes com disfunção
ventricular grave de etiologia isquêmica, submetidos a cirurgia de revascularização
miocárdica, com cintilografia de perfusão miocárdica pré e pós operatória. O desfecho
primário do estudo é a melhora da função global do ventrículo esquerdo igual ou
superior a 5%.
Foram selecionados 30 pacientes, com idade média dos pacientes foi de 58 ± 7 anos.
A melhora da FEVE não foi alcançada de forma significativa (FEVE pré 33, 2 ± 11, 9 e
FEVE pós 34, 2 ± 14, 5, p=0, 397. Foi observado melhora da FEVE nos pacientes com
redução de área isquêmica e ausência de aumento da área de fibrose. CRM também
não se associou com redução do volume diastólico final (VDF) . Ocorreu redução
na quantificação de isquemia após a intervenção cirúrgica, as custas de redução
isquêmica principalmente dos segmentos anterior e inferior (p=0, 002 e p=0, 001
respectivamente). Porém esta queda na isquemia não esteve relacionada diminuição
do defeito perfusional total, uma vez que ocorreu um concomitante aumento da área
de fibrose entre os dois exames (17, 8% ± 9, 8 e 28, 335 ± 10, 4, p=0, 009.).Análise
da curva ROC encontrou para um aumento de 3, 5 % no defeito perfusional total,
sensibilidade de 77, 8 % e especificidade de 100%, com acurácia de 86, 4% para
predizer o não aumento de FEVE em mais de 5% na população estudada.
Nesta amostra de pacientes com disfunção ventricular grave, de etiologia isquêmica,
submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica, não foi observada melhora
da fração de ejeção do ventrículo esquerdo à cintilografia de perfusão miocárdica.
Observou-se melhora da FEVE quando associado e redução de área isquêmica e
ausência de aumento de fibrose acima de 3, 5%.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
169
PO 070
IMPLANTE DE VALVA AÓRTICA VIA TRANSAPICAL EM PACIENTE
ADULTO JOVEM COM AORTA ASCENDENTE CALCIFICADA “EM
PORCELANA”
LEANDRO CORDEIRO PORTELA, MAURO SÉRGIO VIEIRA MACHADO,
JOSÉ ANTÔNIO DE LIMA NETO, CARLOS ALBERTO GONNELLI, VICTOR
LUIZ SANTOS HADDAD, NOEDIR ANTONIO GROPPO STOLF, PAULO
MARCELO BARBOSA MESQUITA, GILMAR GERALDO DOS SANTOS
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL
Na maioria dos adultos com Estenose Aórtica calcificada, a Troca da Valva Aórtica é o
tratamento cirúrgico de escolha. Alguns casos principalmente nas reoperações, o risco
predito por diversos escores pode alcançar patamares que justifiquem contra-indicação
ao procedimento atingindo 6-15% de mortalidade. O implante minimamente invasivo
transapical sem uso de circulação extracorpórea tornou-se uma alternativa viável e de
menor morbi-mortalidade nesses pacientes.
Apresentamos o implante de valva aórtica minimamente invasiva transapical sem
circulação extracorpórea como alternativa a cirurgia de troca de valva aórtica
convencional nos pacientes com aorta calcificada.
Paciente com estenose aórtica grave sintomática e aorta ascendente calcificada “em
porcelana” sendo impossibilitado o tratamento de troca de valva aórtica convencional.
Após uma pequena toracotomia anterolateral, sob visão ecocardiográfica e fluoroscopia,
cateter-balão com endoprótese valvada Braile foi posicionado e liberado sob alta
freqüência ventricular. Após implante realizou Ecocardiograma Transesofágico que
mostrou prótese com boa função, sem escapes ou insuficiência.
A paciente em questão apesar de não possuir escore de risco importante (EUROscore =
6, 77%) apresentava aorta ascendente calcificada e passado de radioterapia mediastinal
se tornando uma indicação ao procedimento. Também, não apresentava contraindicações sendo o diâmetro valvar aórtico de 17 mm; valva trivalvulada nãocalcificada; presença de Dupla lesão aórtica com
predomínio de estenose; cirurgia cardíaca
anterior com mais de 6 meses; e ausência de comorbidades importantes. O implante de
bioprótese transapical montada em cateter sem
CEC mostrou benefícios a essa paciente com
aorta ascendente calcificada impossibilitando o
procedimento convencional.
PO 071
ESTUDO COMPARATIVO DOS PACIENTES DIABETICOS E NÃO
DIABÉTICOS SUBMETIDOS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO
MIOCARDIO. RESULTADOS INTRA HOSPITALARES.
Luiza Helena Miranda, JORGE A. FARRAN, MARCO ANTONIO O.
BARBOSA, EDSON R. ROMANO, ENILTON S. T. DO EGITO, ILANA P. DE
CARVALHO, PAULO CESAR F. DIAS FILHO
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
OBJETIVO:Pacientes diabéticos (DM) apresentam maior morbidade, como internação
prolongada, infecções, insuficiência respiratória, complicações renais e cerebrais. No
entanto, não há maior mortalidade, exceto nos pacientes sem diagnóstico prévio. Embora
os riscos sejam maiores, a cirurgia de revascularização resulta em melhor qualidade de
vida e sobrevida em relação a angioplastia percutânea conforme demonstrado no estudo
FREEDOM. Nosso objetivo foi comparar os resultados intra hospitalares entre os pct
DM e não DM submetidos a revascularização cirúrgica do miocárdio (RM).
METODOLOGIA E RESULTADOS: Realizamos um estudo caso-controle do
banco de dados de um hospital privado, foram incluídos 959 pct submetidos a RM
no período de 01/2008 a 01/2013. Analisamos as variáveis clinicas e os desfechos
clínicos intra hospitalares separados de acordo com a presença ou ausência de diabetes
mellitus conforme tabela anexa. Consideramos como portador de diabetes aqueles pct
que faziam uso domiciliar de hipoglicemiantes orais ou de insulina. A presença de
hipertensão arterial sistêmica (HAS) e insuficiência renal crônica (IRC) apresentaram
uma prevalência maior no grupo de pct diabéticos, todas as outras variáveis não
tiveram diferença significativa. Para análise estatística utilizamos o teste do Quiquadrado considerando estatisticamente significativo quando p<0, 05.
CONCLUSÃO. Pacientes com diabetes apresentaram maior prevalência de
hipertensão arterial sistêmica e a insuficiência renal crônica, esta associação pode ter
contribuído para um aumento na incidência de acidente vascular cerebral isquêmico.
PO 072
Fatores associados a mortalidade após 30 dias em
pacientes submetidos a Cirurgia de Revascularização
Miocárdica (CRM) – Registro REVASC
ALEXANDRE GONCALVES DE SOUSA, GILMARA SILVEIRA DA SILVA,
FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO, RAQUEL FERRARI PIOTTO, ANTONIO
ALCEU DOS SANTOS
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL
Introdução: A mortalidade hospitalar após a CRM tem permanecido estável nos
últimos anos. A busca por fatores que influenciam o prognóstico pode ajudar na
indicação cirúrgica bem como na conduta clínica, além de guiar a evolução. Objetivo:
Avaliar os fatores preditivos independentes (análise estatística multivariada) de
mortalidade após 30 dias de pós-operatório da CRM. Material e métodos: Foram
incluídos prospectivamente em um banco de dados eletrônico informações de pacientes
submetidos a CRM no Hospital, no período de julho de 2009 a julho de 2010. O total
da amostra desse estudo foi de 3010 pacientes. Os dados foram avaliados através do
modelo de regressão logística com processo de seleção de variáveis “stepwise”.
Resultados: O sexo masculino era 69, 9% da amostra com idade média de 62, 2 anos
e mortalidade após 30 dias foi de 4, 3%. Como fatores preditivos (associação positiva
com mortalidade): a CRM associada a outros procedimentos (OR de 7, 5), a IRC
dialítica (OR 6, 5) a presença de IC no pré-operatório (OR de 3, 7), a IRC não dialítica
(OR = 2, 4), a transfusão de concentrado de hemáceas (OR=2, 0) e a idade (OR=1, 04).
Como fatores protetores (associação negativa com mortalidade) a presença do
diagnóstico de dislipidemia no pré operatório (OR = 0, 5) e o uso da artéria torácica
interna (OR=0, 4) foram associadas a menor mortalidade após 30 dias da cirurgia. No
caso da dislipidemia os pacientes com este diagnóstico tinham significativamente mais
uso de estatina (73, 7% VS 61, 5% p<0, 001). Conclusão: A idade, presença de IRC, a
presença de ICC, a CRM associada e a transfusão de CH estão associadas a uma maior
mortalidade em CRM. O uso de ATI é fator protetor. A presença de dislipidemia foi
encontrado como fator protetor, potencialmente pela associação com uso de estatina.
PO 073
Avaliação da Qualidade de Vida (QV) após um ano da
Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM) através
do EUROQOL-5D. Registro REVASC
ALEXANDRE GONCALVES DE SOUSA, RAQUEL FERRARI PIOTTO,
GILMARA SILVEIRA DA SILVA, FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL
Introdução: A melhora da qualidade de vida é objetivo importante após a CRM. A
melhoria de QV deve ser almejada como um dos objetivos principais neste cenário.
Avaliamos a QV através de questionário de qualidade de vida antes do procedimento e
após um ano da CRM. Material e métodos: O registro REVASC é um estudo transversal
com coleta de dados prospectiva de pacientes submetidos a CRM com acompanhamento
dos eventos até um ano após o procedimento. Foi utilizado o questionário de avaliação de
QV EuroQol 5D, com 5 dimensões de qualidade de vida: mobilidade, cuidados pessoais,
atividades pessoais, dor ou mal estar e ansiedade/depressão. Somente pacientes com
avaliação pré e após um ano foram incluídos na análise. Resultados: Foram incluídos
prospectivamente em um banco de dados eletrônico informações de 3010 pacientes
submetidos a CRM no período de julho de 2009 a julho de 2010. 977 pacientes
compunham a avaliação de QV pré-cirurgia, sendo excluídos 105 (81 óbitos e 14 sem
contato de um ano). O total de 872 pacientes foram incluídos nesta análise (28, 9% do
banco). Conforme observado no gráfico 1, ocorreu melhora em todas as dimensões nas
distribuições das categorias antes da cirurgia e após um ano, sendo a mais evidente a
melhoria nas dimensões (taxa antes e depois): atividades habituais – não tenho problemas
em desempenhar minhas atividades habituais (60, 3% para 84, 5%) e mobilidade - não
tenho problemas para andar (68, 7% para 90, 6%). Na seqüência ansiedade / depressão –
não estou ansioso/deprimido (de 55, 5% para 71, 4%), dor / mal estar – não tenho dores
ou mal estar (45, 8% para 61, 1%) e cuidados pessoais – não tenho problemas com meus
cuidados pessoais (89, 9% para 96, 7%). Outros resultados estão descritos no gráfico.
Conclusões: Ocorreu melhora significativa da qualidade de vida em todas as dimensões
registradas pelo EuroQol 5D após uma no do procedimento. Este estudo reitera o impacto
positivo em termos de QV em pacientes submetidos a CRM no nosso meio.
170
VARIÁVEIS
n
SEXO MASCULINO
HAS
DSLP
RM PREVIO
ATC PREVIO
IRC
Fração ejeção < 50%
MORTALIDADE
AVC
SANGRAMENTOS
INFARTO MIOCARDIO
DIABETICOS
340
)82%( 280
)87%( 299
)65%( 221
)6%( 21
)19%( 66
)6%( 20
)11%( 38
)2%( 7
)5%( 18
)19%( 65
)6%( 21
NÃO DIABETICOS
619
)82%( 509
)80%( 498
)61%( 379
)5%( 33
)15%( 97
)2%( 12
)9%( 56
)3%( 20
)1%( 10
)21%( 135
)4%( 28
p valor
96 ,0
004 ,0
27 ,0
69 ,0
16 ,0
002 ,0
34 ,0
39 ,0
002 ,0
36 ,0
33 ,0
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Doença Arterial Coronária
PO 074
Ultrassonografia de Artérias Carótidas no Préoperatório de Cirurgia de Revascularização Miocárdica.
Análise sobre Critérios Preditivos.
João Gabriel Kosmiskas, Caio Brito Vianna, João Fernando
Ferreira, José Augusto Monteiro, Alexandre Costa Pereira,
Luis Alberto Dallan, Luiz Antonio Cesar
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Organizações de diversos países apresentam diferentes recomendações
sobre ultrassonografia de artérias carótidas no pré-operatório de Cirurgia de
Revascularização Miocárdica. Exceto o critério idade (≥75 anos), este Hospital
Terciário utiliza os mesmos critérios do recente Consenso da Sociedade Européia de
Cardiologia, embora possua apenas Nível-C de Evidência. Avaliamos o valor preditivo
destes critérios. Métodos: Em levantamento retrospectivo, num período de 7 anos
consecutivos, selecionamos pacientes que realizaram ultrassonografia pré-operatória
e que tinham um ou mais dos seguintes critérios: idade ≥70; obstrução ≥50% do
tronco da artéria coronária esquerda (TCE); sopro carotídeo; história de acidente
vascular cerebral ou de ataque isquêmico transitório (AVC/AIT), doença arterial
periférica (DAP). Pacientes com estenose valvar aórtica ou doença arterial de carótidas
previamente diagnosticada não foram incluídos. Análise Estatística: Preditores
independentes de obstrução carotídea ≥50% foram analisados por regressão logística,
incluindo os 5 critérios, independente de análise univariada. Resultados: De 6228
cirurgias, 1059 pacientes foram selecionados. Todos os 5 critérios foram preditores
independentes: idade ≥70 (OR=2, 1; 95%-CI 1, 5-2, 9; p<0, 001), TCE ≥50% (OR=1,
8; 95%-CI 1, 3-2, 5; p=0, 001), sopro carotídeo (OR=6, 1; 95%-CI 2, 2-16, 7; p<0,
001), AVC/AIT (OR=2, 3; 95%-CI 1, 5-3, 7; p<0, 001), DAP (OR=3, 2, 95%-CI 2,
1-5, 0; p<0, 001). Ao menos uma obstrução ≥50% foi observada em 23, 0%, ao menos
uma obstrução ≥70% em 9, 7%, e obstruções bilaterais ≥70% em 2, 3% dos pacientes.
Optou-se por endarterectomia de carótidas na mesma cirurgia em 10 pacientes (0, 9%)
e, além destes, houve 16 casos de AVC/AIT (1, 5%) no pós-operatório. Conclusões:
Todas as recomendações adotadas foram preditores independentes, fato relevante em
auxílio ao planejamento cirúrgico.
PO 076
Solicitação de testes complementares após teste
ergométrico: diferenças entre cardiologistas e não
cardiologistas
MARCIO SOMMER BITTENCOURT, Mitalee Patil, Edward Hulten,
Hicham Skali, Raymond Kwong, Jon Hainer, Daniel Forman,
Sharmila Dorbala, Marcelo Di Carli, Ron Blankstein
Brigham and Women’s Hospital - Boston - MA - EUA
Introdução: Os testes ergométricos (TE) tem alta taxa de exames inclonclusivos, e
muitos deles necessitam de investigação complementar subsequente. O objetivo
do presente trabalho é avaliar se a especialidade do médico que solicita o teste
ergométrico influencia a solicitação subsequente de outros testes para avaliação de
doença coronária (DAC).
Métodos: todos os pacientes sem história previa de DAC (N=3.651) submetidos
a um TE por indicação clinica em um hospital terciário entre 2009 e 2010 foram
incluídos no presente estudo. Todos os exames complementares para investigação de
DAC (incluíndo cintiolografia de perfusão miocardica com estress, PET, resonancia
magnética com estresse farmacológico, ecocardiograma de estresse, angiotomografia
de artérias coronárias e angiografia invasiva) realizados nos 6 meses após o TE foram
coletados e incluídos na presente análise. O médico solicitante do teste foi classificado
como cardiologista ou não cardiologista.
Resultados: O TE foi negativo em 2876 (79%) casos, positivo em 132 (3.6%) e
inconclusivo em 643 (18%) pacientes. Pacientes encaminhados por não cardiologistas
tiveram taxa de TE normais (78.8% vs. 78.8%), positivos (3.6% vs. 3.7%) e
inconclusivos semelhante aos cardiologistas (17.7% vs. 17.5) (p=0.998), As taxas de
exames invasivos e não invasivos solicitados encontrase-se na figura.
Conclusão: Pacientes em que
o TE foi solicitado por
cardiologista tem uma menor
probabilidade de realizarem
testes subsequentes para
investigação de DAC. O
menor número de exames
ocorreu principalmente em
casos de TE positivo ou
inconclusivo.
Estes
resultados tem potencial
implicação
clínica
na
redução de custos e exames
complementares solicitados.
PO 075
Influência do consumo de café nas arritmias
(ventriculares e supraventriculares) de voluntários com
doença coronária.
Machado Cesar, LA, Miguel A Moretti, Reynaldo V Amato,
Cesar J Grupi, Vera L F O Tuda, Roberto Kalil Filho, José A F
Ramires, Bruno M Mioto
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamento: Estudos prévios sugerem que o consumo de café poderia determinar
elevação na freqüência de extrassístoles, principalmente supraventriculares.
Objetivo: O objetivo do estudo é avaliar a freqüência de extrassístoles ventriculares
(EV) e supraventriculares (ESV) com o consumo café.
Métodos: Estudo prospectivo no qual foram avaliados 35 indivíduos com doença
arterial coronária, sendo 28 homens e 7 mulheres, com idade média de 64, 7 ± 6,
6 anos. Após 3 semanas de “washout” progressivo de bebidas e alimentos contendo
cafeína orientado por nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o consumo de
café filtrado primeiro com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas
e então com “cross-over” para o outro tipo, com um período total de 8 semanas de
consumo de café. O café foi fornecido aos pacientes, sendo o mesmo tipo de café
do mesmo produtor e com a forma de preparo padronizada. O consumo diário de
café foi estabelecido entre 450-600ml/dia. Após período de “washout” (basal) e após
cada período de tomada de café por tipo de torra, os pacientes foram submetidos a
eletrocardiografia dinâmica (Holter). Analisou-se: número total de EV, número total
de ESV, número de EV/hora e número de ESV/hora. Foi utilizado o teste de Friedman.
Resultados: Os valores médios ± DP estão listados na tabela abaixo.
EV
EV/Hora
ESV
ESV/Hora
Basal
Torra Escura
2 ,2.408 ± 26 ,838 4 ,629 ± 03 ,240
7 ,104 ± 03 ,37
8 ,27 ± 60 ,10
7 ,195 ± 20 ,76
6 ,216 ± 57 ,103
5 ,8 ± 57 ,3
2 ,10 ± 74 ,4
Torra Média
1 ,3.762 ± 74 ,864
5 ,163 ± 29 ,37
9 ,279 ± 06 ,98
0 ,13 ± 71 ,4
p
083 ,0
086 ,0
501 ,0
602 ,0
Conclusões: Nessa amostra de pacientes com doença arterial coronária não houve
influência do consumo de café na freqüência de EV e de ESV.
PO 077
ÁCIDO ÚRICO: VILÃO OU EXPECTADOR NA DOENCA ARTERIAL
CORONARIANA?
Marcelo Bettega, Aniele Cristine Ott Clemente, André de
Castro Linhares, Deize Caldeira, Mirnaluci Paulino Ribeiro
Gama, Paulo Roberto Ferreira Rossi
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - Curitiba - Paraná - Brasil
INTRODUÇÃO: A possível relação entre ácido úrico e extensão e gravidade da
doença arterial coronariana ainda é incerta, mesmo com a tecnologia disponível
atualmente. Por outro lado, hiperuricemia vem sendo cada vez mais relacionada com o
aparecimento de síndrome metabólica, importante fator de risco para aterosclerose. O
objetivo do presente estudo é determinar a relação entre níveis séricos de ácido úrico e
extensão e gravidade de doença arterial coronariana.
MÉTODOS: Estudo prospectivo com 150 pacientes admitidos consecutivamente
por síndrome coronariana aguda. Os pacientes foram divididos em diabéticos,
hiperglicêmicos e controles. O perfil metabólico utilizado para comparação constituiuse em idade, sexo, glicemia de admissão, glicemia de jejum, medida da circunferência
abdominal, presença de hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, CK-MB
atividade, proteína C reativa ultra-sensível e óbito. Para separar os pacientes foram
utilizadas medidas de glicemia de admissão e jejum. A doença coronariana foi avaliada
por cateterismo cardíaco.
ANÁLISE ESTATÍSTICA: Foram utilizados os testes do Qui-quadrado para variáveis
categóricas e teste de correlação linear de Pearson para as variáveis númericas.
Para as comparações entre mais de dois grupos, foi utilizada análise de variâncica
(ANOVA) e teste de comparações múltiplas de Tukey. Para todas estas comparações,
foi considerado um nível de significância de p<0, 05. A análise estatística foi realizada
com o auxílio do programa GraphPad Prism 5.
RESULTADOS: Dos 150 pacientes, 40, 2% eram hiperglicêmicos, 33, 8% diabéticos
e 26% controles. Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de ácido
úrico, distribuição por sexo, presença de HAS ou dislipidemia, valores de PCR e óbito.
Diabéticos apresentaram valores significativamente maiores de CK-MB atividade
e circunferência abdominal. Os níveis de ácido úrico não se correlacionaram com
extensão ou gravidade da doença coronariana avaliada por cateterismo cardíaco.
CONCLUSÃO: Ácido úrico não correlaciona-se com extensão e gravidade da doença
arterial coronariana.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
171
PO 078
O paradoxo dos fumantes : é aplicável aos estudos atuais ?
ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA, ERYCA VANESSA SANTOS DE
JESUS, DANIELA BAGGIO R. MARTINS, LILIANE ROCHA, LIVIA MATOS,
AMAURY ZATORRE AMARAL, JOSÉ MARCONI ALMEIDA DE SOUSA,
EDSON STEFANINI, CLAUDIA MARIA RODRIGUES ALVES, ANTONIO
CARLOS DE CAMARGO CARVALHO
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
FUNDAMENTO: A Organização Mundial da Saúde define paradoxo dos fumantes
como sendo a mortalidade menor nos fumantes com infarto agudo do miocárdio com
supradesnivel de ST (IAMCSST), principalmente tratados com fibrinolítico quando
comparados aos não fumante.A prevalência de fumantes ativos em pessoas com
IAMCSST continua elevada em nosso meio.OBJETIVOS: Averiguar a presença do
paradoxo em uma amostra de pacientes com IAMCSST e se há diferença significante
da mortalidade quando tratados com terapêutica fibrinolítica ou angioplastia primária.
METODOS : Amostra de 456 pacientes com IAMCSST acompanhados após a alta
hospitalar, dos quais 264 fumavam e 192 não fumavam.Análise estatística apropriada
foi feita de acordo com variaveis analisadas continuas ou categóricas.
RESULTADOS: A média da idade dos pacientes com IAMCSST foi de 56 anos
(DP±10, 5;min:18-max:85) para tabagistas e 62 anos (DP±13, 5;min:29-max:95) para
não tabagistas (p<0, 001). Após a realização da cineangiocoronariografia observou-se
que os usuários de tabaco apresentavam mais irregularidades difusas nas paredes das
artérias que os não usuários (68x27-p=0, 007) e que o grau Blush na microcirculação
2 ou 3 foi maior de forma não significante nos fumantes (71%x65, 2%-p=0, 212).
Não houve diferença significante na mortalidade em fumantes e não fumantes tanto no
intrahospitalar (p=0, 170) quanto após 8 meses da alta (p=0, 202).Quanto a mortalidade
intrahospitalar não houve diferença significante entre as formas de reperfusão (p>0,
999 ), o mesmo ocorrendo para mortalidade tardia, p=0, 509. No acompanhamento
do pós alta os pacientes evoluiram com queda importante no consumo do tabaco
(57, 8%x18, 2%-p<0, 001).CONCLUSÃO: Os fumantes apresentam infarto mais
precocemente que os não fumantes. A mortalidade entre tabagistas e não tabagistas foi
semelhante, não caracterizando a presença do paradoxo dos fumantes. Tambem não
houve diferença significante na mortalidade precoce ou tardia de fumantes infartados
submetidos a trombólise ou angioplastia primária.O IAMCSST gerou o efeito positivo
do paradoxo que corresponde a maiores esforços para incentivar o indivíduo a deixar o
hábito de fumar com alta taxa de sucesso
PO 079
Alta prevalência de doença cardiovascular em
candidatos ao transplante do fígado – avaliação préoperatória em 453 pacientes
Odilson M Silvestre, Alberto Q Farias, Danusa Ramos,
Patrícia Momoyo, Meive Furtado, José L. Andrade, Flair José
Carrilho, Luiz A C D’Albuquerque, Fernando Bacal
Universidade de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil
Introdução: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbidade
e mortalidade no perioperatório do transplante do fígado. No entanto, a prevalência dos
principais tipos de doenças cardíacas entre os candidatos a transplante hepático ainda
não foi estabelecida. Neste estudo, avaliou-se a prevalência das cardiopatias primárias
em indivíduos com cirrose à espera de transplante do fígado.
Métodos: 453 pacientes ambulatoriais, consecutivamente avaliados, em lista de espera
para transplante de fígado, foram submetidos a um protocolo de avaliação cardiológica
que incluiu: exame clínico, estimativa da capacidade funcional, eletrocardiograma,
radiografia de tórax e ecodopplercardiograma. Cintilografia, ecocardiograma sob
estresse com dobutamina ou cineangiocoronariografia foram realizados naqueles
pacientes com moderada ou alta probabilidade de doença coronariana para
complementar a investigação.
Análise estatística: Variáveis contínuas foram apresentadas como médias e desvio
padrão. As categóricas como proporções e porcentagens Utilizou-se o pacote estatístico
SPSS 18.0.
Resultados: 60 (13, 2%) pacientes foram diagnosticados com cardiopatias primárias,
distribuídas da seguinte forma: doença arterial coronariana (6, 6%), valvopatia (5, 0%),
insuficiência cardíaca com disfunção sistólica (4, 0%) e arritmias sustentadas (1, 0%).
A idade média foi de 54, 2 + 11, 5. 305 (67%) pacientes eram do sexo masculino.
A capacidade funcional foi ruim em 22% de todos os pacientes. Diabetes Mellito e
tabagismo foram encontrados em 49% e 26% dos pacientes, respectivamente.
Conclusão: As doenças cardíacas são altamente prevalentes em pacientes à espera
de transplante de fígado. A doença arterial coronariana, valvopatias e insuficiência
cardíaca são igualmente prevalentes. Fatores de risco cardiovascular e capacidade
funcional ruim também são comumente encontrados, sugerindo a necessidade de uma
avaliação cardíaca mais abrangente dessa população para melhorar os resultados no
perioperatório do transplante hepático.
PO 080
Preditores da presença de cardiopatias em candidatos ao
transplante hepático
Odilson M Silvestre, Alberto Queiroz Farias, Danusa Ramos,
Patrícia Momoyo, Meive Furtado, José L. Andrade, Flair José
Carrilho, Luiz A C D’Albuquerque, Fernando Bacal
Universidade de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil
Introdução: Até 50% das mortes no perioperatório do transplante hepático são
atribuídas a eventos cardiovasculares. A existência de doença cardiovascular aumenta
o risco perioperatório e eleva a mortalidade no primeiro mês pós-transplante. Não há
na literatura escores específicos nem mesmo preditores que acusem aqueles pacientes
com maior risco nessa população. O objetivo desse estudo é identificar preditores da
presença de cardiopatias primárias que tenham repercussão no manejo perioperatório.
Métodos: 453pacientes ambulatoriais, em lista de espera para transplante de fígado,
foram submetidos a um protocolo de avaliação cardiológica que incluiu: anamnese
e exame físico, ECG, Rx de tórax e ecodopplercardiograma. Cintilografia, ecoestresse com dobutamina ou cineangiocoronariografia foram realizados naqueles
pacientes com moderada ou altaprobabilidade de coronariopatia. Para o cálculo
do escore MELD (Model for End-Stage Liver Disease) foram obtidos o tempo de
protrombina, as bilirrubinas e a creatinina.Análise estatística:Variáveis contínuas
foram apresentadas como médias e desvio padrão. As variáveis categóricas como
proporções e porcentagens. As variáveis contínuas comparadas com Mann-Whitney e
as categóricas com o qui-quadrado. O valor p < 0, 05 foi estatisticamente significante.
Para encontro dos preditores de cardiopatia, regressão linear simples e regressão
múltipla. Utilizou-se o pacote estatístico SPSS 18.0.Resultados: 60 (13, 2%) dos
pacientes foram diagnosticados com cardiopatias primárias. Desses, 6, 6% tinha
doença arterialcoronariana, 5, 0% valvopatia, 4, 0%insuficiência cardíaca e arritmias
sustentadas em 1, 0%. Hipertensão arterial sistêmica (HAS), insuficiência renal (IRC)
e capacidade funcional (CF) ruim foram mais comuns nos pacientes com cardiopatia
(P<0, 05). Na regressão linear simples, os seguintes parâmetros foram preditores de
cardipatia: HAS: odds ratio (OR)= 3, 05 (IC 1, 4–4, 4) p=0, 002; IRC: OR =3, 05
(IC 1, 27 –7, 32) p=0, 01; escore MELD> 24 OR=3, 2 (IC 1, 08 – 10, 0) p=0, 03. Na
regressão logística múltipla, apenas HAS ( OR= 4, 0) e escore MELD>24 (OR=3, 9)
mantiveram-se como preditores de cardiopatias.Conclusão: A história de HAS e o
escore MELD >24 são preditores da presença de cardiopatias em pacientes na fila de
transplante hepático.
Doenças da Aorta e Arterial Periférica
PO 081
Agregabilidade plaquetaria no perioperatorio de
cirurgia vascular
Daniela Calderaro, Adriana Feio Pastana, Tania Rubia Flores
da Rocha, Pai Ching Yu, Danielle Menosi Gualandro, Gabriel
Assis Lopes do CArmo, Elbio D’ Amico, Pedro Puech Leao,
Nelson de Luccia, Bruno Caramelli
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Hospital das
Clínicas da FMUSP - São Paulo - SP - Brasil
Introdução: Complicações cardiovasculares (CCV) no pós-operatório de cirurgia
vascular são frequentes, de fisiopatologia aterotrombótica e a manutenção da aspirina
é protetora neste contexto. O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento da
agregabilidade plaquetária (AP) em pacientes em uso de aspirina no perioperatório
vascular, e sua relação com CCV. Métodos: Foram incluídos 191 pacientes em uso de
aspirina e em programação de operações vasculares. A AP, após estímulo com colágeno
e com ácido araquidônico, foi testada no pré e pós operatório em agregômetro por
impedância(Chrono-log/EUA). Avaliamos as seguintes CCV: síndromes coronarianas
agudas, elevação isolada de troponina, acidente vascular cerebral, óbito cardiovascular
e reoperação vascular. Análise estatística: Os preditores independentes de CCV foram
identificados por teste de regressão logística e o comportamento perioperatório da AP
foi avaliado pelo teste T pareado. As médias das diferenças obtidas entre o pós e préoperatório para cada um dos testes de AP foram comparadas entre os pacientes com e
sem eventos cardiovasculares. Resultados: A incidência de CCV foi 22% (42) e seus
preditores foram: dislipidemia (OR 3, 90; IC95% 1, 32-1, 51; p=0, 014), anemia(OR 2,
64; IC95% 1, 19-5, 85; p=0, 017), instabilidade hemodinâmica transoperatória (OR 4, 12;
IC95% 1, 87-9, 06; p<0, 001) e AP com ácido araquidônico >11 Ω (OR 2, 48; IC95% 1,
07-5, 76; p=0, 034). A AP foi reavaliada no pós-operatório de 163 pacientes, dos quais 37
(22, 7%) apresentaram eventos. Houve queda da AP frente ao colágeno a 2 µL/mL ( 10,
43 Ω + 5, 14 X 8, 14 Ω + 4, 45; P < 0, 001), a 5 µL/mL (16, 75 Ω + 5, 79 X 14, 68 Ω + 5,
51; P < 0, 001) e ao ácido araquidônico ( 5, 80 Ω + 5, 74 X 3, 83 Ω + 5, 30; P < 0, 001).
A queda da AP no perioperatorio foi significativamente maior nos pacientes com CCV:
-4, 58 Ω + 7, 33 X -1, 35 Ω + 5, 89;P=0, 007 (estímulo com colágeno a 5µL/mL) e -3, 76
Ω + 6, 18 X -1, 44 Ω + 6, 12;P=0, 045(com ácido araquidônico). Conclusão: Maior AP
no pré-operatório em pacientes sob uso de aspirina é preditora de CCV, sugerindo que
maior diátese trombótica possa desencadear as complicações. Por outro lado, a queda da
agregabilidade pode decorrer de consumo perioperatório, que provavelmente é maior nos
pacientes que apresentaram eventos trombóticos.
172
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 082
Relação entre índice tornozelo-braquial e doença
aterosclerótica carotídea
DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA, Augusto C. Brasileiro,
Edgar G Victor, Vivine G Ribeiro, Danielle A G C Oliveira,
Laercio Leitão, Edgar G Victor Filho, Felipe W Sarinho,
Brivaldo Markman Filho
Hospital das Clinicas. UFPE - Recife - Pernambuco - Brasil
Introdução: A associação do índice tornozelo-braquial (ITB) com a medida do
complexo médio intimal das artérias carótidas (MCMI) não está amplamente e
definitivamente estudada. Por isso realizamos estudo cujo objetivo foi avaliar se
pacientes com ITB ≤ 0, 9 apresentam maior prevalência de placa aterosclerótica
carotídea do que aqueles com ITB > 0, 9
Métodos: Estudo transversal que no período de janeiro a dezembro de 2011 recrutou
118 pacientes (48 homens e 70 mulheres) que tiveram seus ITB e MCMI mensurados.
Os pacientes foram divididos em grupo 1 (ITB ≤ 0, 9) e grupo 2 (ITB > 0, 9). Variavies
clinicas e de exames complementares foram comparadas entre os grupos.
Análise estatística: Utilizamos os testes de Mann-Whitney, Qui quadrado e Fischer
para comparações entre os grupos. Para avaliar correlação entre ITB e MCMI
empregamos a correlação de Pearson.
Resultados: A prevalência de ITB ≤ 0, 9 foi 29, 7%, enquanto a da MCMI ≥ 1, 5 mm
de 34, 7%. Não houve diferença de características clínicas entre os grupos 1e 2:[ Idade
média [64 ± 9 vs 62 ± 7, 2 anos, p = 0, 1], Homens (40% vs 41%, p = 0, 9), Hipertensão
(74% vs 59%, p = 0, 1), Diabetes Mellitus (54% vs 35%, p = 0, 051), Dislipidemia
(26% vs 24%, p = 0, 8), Tabagismo (57% vs 65%, p = 0, 4)]. A prevalência de placa
carotidea foi maior no grupo 1 (48, 6% vs 28, 9%, p = 0, 04). A correlação de Pearson
entre o ITB e a MCMI foi de - 0, 235 com valor de p = 0, 01.
Conclusões: Pacientes com ITB ≤ 0, 9 apresentaram maior prevalência de aterosclerose
carotídea. Houve correlação negativa entre o ITB e a MCMI.
Eletrocardiografia, Arritmias e Eletrofisiologia
PO 083
Mutação L955V no exon 12 do gene KCNH2 em uma paciente
com Síndrome do QT longo: relato de caso
Pacheco, A.B., Garcia, A., Coelho, N.T., Scopin, L.G., Penalva, R.,
Hirata, M., Brion, M., Lin-Wang, H.T., Moreira, D., Armaganijan, L
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: A síndrome do QT longo (SQTL) é uma doença genética de caráter
autossômico caracterizada por atraso na repolarização ventricular, prolongamento
do intervalo QT e predisposição ao desenvolvimento de arritmias ventriculares
malignas e morte súbita (MS). Diversas mutações foram descritas em genes que
codificam diferentes subunidades de canais iônicos que regulam a troca de íons
através da membrana celular. Cerca de 90% envolvem mutações dos genes KCNQ1,
KCNH2, SCN5A, KCNE1 e KCNE. Definir critérios genéticos que podem auxiliar
na estratificação de risco de MS é de extrema importância nestes casos. Relato do
Caso: Uma paciente feminina, 42 anos, com intervalo QTc de 600ms e relatos de
síncopes foi encaminhada para avaliação genética. Apresentava história familiar
materna significativa de morte súbita em idade precoce. Dois filhos apresentavam
prolongamento do intervalo QT associado a eventos cardíacos. Holter de 24horas
evidenciou intervalo QTc de 600ms. O sequenciamento exômico detectou a presença
da mutação da L955V, localizada na região C-terminal do gene KCNH2 localizada
no exon 12. Discussão: O diagnóstico de SQTL é usualmente feito com base na
apresentação clínica e análise eletrocardiográfica. Testes genéticos são geralmente
indicados para a identificação de carreadores assintomáticos que, a despeito de ECG
normal, podem apresentar MS como a primeira manifestação clínica. Estudos mostram
que não só o gene comprometido, mas a localização da mutação exerce impacto sobre a
apresentação clínica. Descrevemos um caso raro demutação da L955V, encontrado um
único relato de Biliczki e cols em uma paciente de cinco anos de idade com antecedentes
de síncopes recorrentes, intervalo QTc de 460ms e dispersão de QT de 330ms. A
demonstração de severo defeito na formação e transporte de proteínas relacionadas
ao gene KCNH2 e redução significativa do potencial de membrana, resultaram no
tratamento com betabloqueador. No caso por nós descrito, iniciamos a terapia empírico
com bloqueador betadrenérgico devido ao prolongamento significativo do intervalo
QTc. Adicionais treze membros da mesma família tiveram suas amostras sanguíneas
obtidas e aguardam resultado do sequenciamento genético.
PO 084
Comparação do resultado do Tilt teste entre crianças e
Adolescentes
Borges, M.A., Epifanio, H.B., Ludovice, A.C.P.P., Giolo, R.L., Dantas,
E.R., Correia, A.G., Cintra, F.D., Valdigem, B.P., Grinberg, R.L.,
Silva, N.J.C.
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
A síncope em crianças e adolescentes tem uma incidência de 0, 125%, sendo mais
comum em meninas, com pico entre 15 e 19 anos, podendo abranger tanto situações
benignas quanto ser preditor de morte súbita. O tilt test é um exame amplamente
utilizado para o diagnóstico da síncope neurocardiogênica, entretanto, dados da
literatura são variáveis e restritos nessa faixa etária.
Objetivo: Comparar o resultado do tilt test em crianças e adolescentes em um hospital
privado de grande porte. Métodos: No período de janeiro a dezembro de 2012 foram
analisados 101 pacientes sintomáticos, com história de síncope, pré-síncope e outros
sintomas (palpitações, quedas inexplicadas e taquicardia), com idades entre 6 e 19
anos, divididos em 2 grupos: 26 crianças até 12 anos (idade média de 9, 48±1, 91
anos), 16 do sexo feminino (GI) e 75 adolescentes de 13 a 19 anos (idade média de
16, 2±1, 91anos), 25 do sexo masculino (GII). Todos foram submetidos ao tilt test
segundo protocolo padronizado pela instituição. Variáveis contínuas estão descritas
em média±DP e variáveis categóricas na forma de freqüências relativas. O teste
qui-quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre a idade e o resultado do
tilt test, sendo considerados significativos os valores de p<0, 05. Resultados: Na
análise dos dois grupos, o resultado foi negativo em 34 pacientes (33, 7%), síncope
neurocardiogênica (resposta vasodepressora e mista) em 40 (39, 6%), síndrome
postural ortostática taquicardizante (SPOT) e hipotensão postural em 27 (26, 7%). Ao
se comparar os grupos, observou-se que o resultado foi positivo em 14 crianças (53,
8%) no GI e em 53 adolescentes (70, 7%) no GII. Apesar da freqüência de testes
positivos ser maior em adolescentes que em crianças, não houve diferença estatística
significativa (p=0, 118). O principal sintoma referido nos 2 grupos foi síncope,
predominando no sexo feminino. A resposta mais freqüente no GI foi vasodepressora
e no GII, SPOT. Conclusão: A incidência de síncope neurocardiogênica foi alta tanto
nas crianças como em adolescentes, compatível com dados encontrados na literatura.
A positividade ao Tilt não apresentou diferença estatística entre os grupos, entretanto
adolescentes tiveram mais resultados SPOT em relação as crianças.
PO 085
Disfunção Ventricular em isquêmicos: Seguimento
relacionado a eventos clínicos
MAURICIO DA SILVA ROCHA, Martino Martinelli, Wadih Hueb,
Luis Machado César, Giselle Peixoto, Thiago Hueb, Mariana
Lensi, Marcos Martinelli, Sérgio Siqueira
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução:A doença arterial coronária crônica (DAC) é responsável por até
80% dos casos de morte súbita cardíaca (MSC).Esta ocorre com frequência como
primeira manifestação da DAC e é responsável por aproximadamente 50% de suas
mortes.Remodelamento ventricular com deterioração da função contrátil, levando
à insuficiência cardíaca (IC) e as disfunções eletrofisiológicas são os maiores
responsáveis pela ocorrência de eventos arrítmicos e MSC.O conhecimento da
evolução dos pacientes é fundamental para embasar a terapêutica de cada coorte.
Objetivos:1-Avaliar incidência de eventos cardiovasculares em pacientes com DAC
e FEVE≤35%;2-Determinar o peso das variáveis clínico funcionais sobre mortalidade
total, arrítmica e intercorrências (IC, TEP, TV/FV, IAM).Métodos:registro prospectivo
de pacientes com DAC e FEVE≤35%.Curvas de sobrevida para mortalidade
total, morte cardíaca e intercorrências foram traçadas por Kaplan-Meier.Análise
multivariada por regressão de Cox.Seleção de variáveis por stepwise foi realizada
para identificação de parâmetros que influenciaram independentemente óbitos totais
e cardíacos.Foram incluídas no modelo de regressão variáveis univariadas com P<0,
15.Resultados:Incluíram-se 356 pacientes de 01/08/10 a 20/11/12, idade média 65,
2±10, 8anos.73.8% eram homens.Fibrilação atrial (FA) apresentou-se em 10% dos
pacientes e FEVE média de 0, 28±0, 05.HAS, DM, DLP e IRC estavam presentes em
86, 7%;51, 4%;47, 4% e 26% da população, respectivamente.O tempo de seguimento
médio foi 9.6±8.1meses.Ocorreram 35 óbitos, 77% de causa cardíaca.Na análise de
sobrevida, probabilidade livre de evento óbito por qualquer causa em 12 meses foi de
88% e 91% para óbito cardíaco.No modelo de regressão para avaliação de mortalidade
por qualquer causa, a presença de FA foi fator independente, determinando risco 3,
5vezes maior (OR:3, 57;IC95%1.14–11, 12;P=0, 0281).Considerando mortalidade
cardíaca, o uso de amiodarona foi fator independente, determinando risco 5, 4vezes
maior (OR:5, 47;IC95%1.34-22, 34;P=0, 0179).Conclusão:Análise intermediária da
coorte de DAC e FEVE≤35%, demonstrou:1-Mortalidade cardíaca foi o evento adverso
mais prevalente.2-A presença de FA determina aumento do risco de mortalidade total
em 3, 5vezes.3-O uso de amiodarona determina aumento do risco de mortalidade
cardíaca 5, 4vezes.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
173
PO 086
Disfunção da modulação autonômica em pacientes
portadores de doença renal crônica
Oliveira, C.A., Bastos, M.G., Paula, R.B., Junior, H.L.B., Suassuna,
N.M.S.F., Oliveira, F.G., Beraldo, A., Bignoto, T.C., Casali, T.G.
Instituto de ensino e pesquisa em nefrologia - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil,
Universidade Federal de Juiz de Fora - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil
Introdução: A disfunção do sistema nervoso autônomo tem sido relacionada a eventos
cardiovasculares em pacientes com doença renal crônica (DRC), com vários estudos
demonstrando redução da variabilidade da freqüência cardíaca e o desenvolvimento
de arritmias complexas nestes pacientes. Objetivo: avaliar o balanço simpático-vagal
em pacientes com DRC em tratamento conservador Métodos: Em estudo transversal
foram avaliados pacientes com DRC estágios 3, 4 e 5 não dialítico pareados para
indivíduos saudáveis. Todos os voluntários foram submetidos a monitorização contínua da frequência cardíaca durante o teste de inclinação (Tilt-test), ficando
por vinte minutos na posição supina (período pré-inclinado), seguido de inclinação
passiva à70 graus por mais vinte minutos (período inclinado). A análise espectral
da variabilidade da frequência cardíaca foi usada para se obter a baixa frequência
normalizada (LF nu), indicativa da atividade simpática, e a alta frequência normalizada
(HF nu), indicativa da atividade parassimpática. A razão entre essas duas variáveis
( LF nu/ HF nu) é representativa do balanço simpático-vagal. Resultados: Durante
o período pré-inclinado, não houve diferença significativa da variabilidade da
frequência cardíaca entre os pacientes com DRC e o grupo controle. No entanto, após
a inclinação, os pacientes com DRC apresentaram menor atividade simpática, maior
atividade parassimpática e menor balanço simpático-vagal quando comparados com
o grupo controle. Comparados com pacientes em estágio 3, pacientes em estágio 5
apresentaram menor razão LFnu/HFnu, sugerindo piora do balanço simpático-vagal
nos estágios mais avançados da DRC. Conclusão: Pacientes com DRC não dialíticos
apresentam diminuição da variabilidade da frequência cardíaca, compatível com
disfunção autonômica cardíaca precoce no curso da DRC.
PO 087
Acompanhamento de Pacientes com Taquicardiomiopatia
Submetidos ao Tratamento Clínico e/ou Invasivo das
Arritmias Supraventricular e Ventricular - Série de Casos.
FABIO K. DORFMAN, Rafael Di Biase Abt, Evandro Sbaraini,
Lucas Barbieri, Andre L. da Cruz, João E.Piccirillo, Antônio
Gabriel M.Jr, Jefferson Jaber, Paulo A. da Costa
Introdução: A taquicardiomiopatia (TMP) é uma desordem clínica bem conhecida
e lembrada pelos cardiologistas, principalmente quando estes se deparam com
arritmias como a fibrilação atrial, flutter atrial e outras formas de arritmias incessantes
supraventricular e/ou ventricular. Pode aparecer pouco tempo após o início da arritmia
ou ter um curso mais arrastado. A gênese da dilatação ventricular e a deterioração
hemodinâmica apresenta múltiplas causas e em diversos níveis, contudo, sabe-se que a
interrupção da arritmia propicia a reversão da doença.
Objetivo:Descreveros achados clínicos de um grupo de pacientes com TMP, o tipo
de tratamento a que foram submetidos e a forma de evolução que tiveram desde o seu
diagnóstico.
Material e Métodos: De Maio de 2009 até Outubro de 2012 acompanhamos 10
pacientes que apresentavam-se com sintomas de insuficiência cardíaca associados
à presença de arritmiais potencialmente relacionadas com TMP e, concomitante,
evidenciavam comprometimento da função ventricular ao ecocardiograma. Estes
pacientes foram tratados conforme o protocolo do serviço (diretrizes brasileiras de
ICC), controle da frequencia cardíaca, anticoagulação quando indicado e, após,
realizavam a cardioversão elétrica (CVE) e/ou ablação.
Resultados: O grupo avaliado apresentavaidade média = 45, 1 ±23, 78 anos, o tipo de
arritmia mais frequente foi o flutter atrial (60%), fibrilação atrial (20%), taquicardia
atrial(10 %) e de taquicardia ventricular (10%). A FEVE no diagnóstico foi de 33, 4
± 6, 80 %, FEVE pós-tratamento = 56, 6 ± 5, 64 % e o tempo para a normalização da
FEVE foi de 4, 1 ± 1, 53 meses. Com relação à análise da FEVE pré (33, 4 ± 6, 80 %)
e pós (56, 6 ± 5, 64 %), houve considerável melhora após tratamento, com p < 0, 001.
Conclusão: Em todos os nossos pacientes, o tratamento da interrupção da arritmia
indiferente da abordagem inicial escolhida, CVE ou ablação, ocasionol na melhora
clínica inicial e reversão da disfunção ventricular que ocorreu entre 60 dias há 6 meses
e o flutter atrial foi a arritmia mais prevalente (60%).
PO 088
Conhecimento sobre reanimação cardiorrespiratória
antes e após realização de treinamento em suporte
básico de vida
Maria Alayde Mendonça da Silva, Ivan Romero Rivera, MAURO
RENATO AMORIM DE BARROS, ARGEMIRO MACEDO DE SOUZA NETO,
MAYRA MACENA GOMES, ANDRE FELIPE DOS SANTOS FERREIRA, EDMO
ARRUDA AGUIAR SOBREIRA DA SILVEIRA, GUSTAVO ALVARES PRESÍDIO,
José Maria Gonçalves Fernandes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - MACEIO - AL - BRASIL
Introdução: Na parada cardiorrespiratória que ocorre no hospital os profissionais de
enfermagem são, em geral, os primeiros a chegar ao local e a iniciar o atendimento.
Objetivo: Avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem de um hospital
universitário sobre a reanimação antes e após o treinamento teórico-prático em suporte
básico de vida.
Métodos: Estudo transversal. Investigação da motivação dos profissionais de
enfermagem para aprender sobre reanimação. Oferta de cursos de treinamento em
suporte básico de vida para o grupo. Cursos programados para vinte alunos por
vez. Aplicação de questionário antes do curso, seguida de aula teórica, treinamento,
aplicação de questionário após o curso.
Resultados: 98% (241/243) dos profissionais disseram-se motivados a fazer o
curso, apenas 41% (100) o fizeram. Foram realizados cursos para um total de 100
profissionais. Antes e após o curso foram aplicados questionários sobre suporte
básico de vida envolvendo: sequência de ações, relação ventilação-compressão, local
e características das compressões, desfibrilação. O índice de acerto de 100% das
questões foi de 7% antes e 52% após; de acerto de 80% foi de 25% antes e 36% após
Conclusão: Na amostra estudada, houve melhora substancial do conhecimento sobre
reanimação, entretanto, a apreensão do conhecimento e da prática necessária ao
sucesso esperado parece requerer treinamentos recorrentes.
PO 089
Lesões agudas por RF no miocárdio de ratos após indução
de termotolerância celular: a curva temporal e o uso de
cateter com termistor afetam os resultados?
Dos Santos, LFN, Ednei Antonio, Andrey Serra, Gabriela
Venturini, Juliana Nakamuta, Jairo Montemor, Mieko Okada,
Paulo Tucci, Angelo De Paola, Guilherme Fenelon
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIFESP - SAO PAULO - SAO PAULO BRASIL
A termotolerância reduz o tamanho do infarto por oclusão coronariana e aumenta a
resistência celular a temperaturas mais elevadas pela indução de proteínas de choque
térmico (HSP). No entanto, demonstramos que este mecanismo não foi capaz de
reduzir o tamanho das lesões por RF no miocárdio de ratos no pico das HSP (48 horas).
Como a resposta do miocárdio à agressão por isquemia pode ser diferente da por RF,
avaliamos a curva temporal após indução de termotolerância. Além disso, como o
cateter utilizado não tem termistor (a temperatura tecidual pode ter sido muito alta para
a proteção da termotolerância), avaliamos a ablação termocontrolada convencional.
Objetivo: 50 ratos Wistar (n = 25 tratados e 25 controles), anestesiados, foram
submetidos a choque térmico em banho-maria (temperatura interna 420C ± 0, 5°C /
10 min) e os do Grupo Controle (GC) receberam banho em temperatura corpórea (37,
5-38ºC / 10 min) e submetidos a toracotomia e ablação com cateter customizado após
3 (n = 10), 12 (n = 10), 24 (n = 10), 48 (n=10) e 72 (n = 10) horas após indução de
termotolerância. Adicionalmente, 5 ratos GT e 5 GC, foram ablacionados com cateter
convencional (7F, 4mm; 50ºC; 15 W; 10 s) após 48 horas. Os animais foram mortos
2 horas após a ablação para análise macroscópica das lesões agudas. Resultados:
Macroscopicamente, não houve diferença (p=NS) nos parâmetros de ablação e área
da lesão entre os grupos estudados no seguimento cronológico. As lesões com o
cateter convencional foram semelhantes (12mm2 vs. 12 mm2; p=NS) entre os grupos.
Conclusão: A indução de termotolerância não reduz o tamanho das lesões por RF. Esses
resultados não são alterados pelo uso de cateter convencional e pela curva temporal. 174
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
Ergometria e Reabilitação
PO 090
Influência do desempenho cardiovascular durante o
teste ergométrico sobre a vasodilatação muscular em
indivíduos sem doença cardíaca estabelecida
RAFAEL AMORIM BELO NUNES, GUSTAVO FERREIRA CORREIA,
FERNANDO ARAÚJO, MARIA URBANA PINTO BRANDÃO RONDON,
VIVIANA GIAMPAOLI, CARLOS EDUARDO NEGRÃO, ALFREDO JOSÉ
MANSUR
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamentos: A resposta cardiovascular durante o teste ergométrico está associada à
saúde cardiovascular em indivíduos com e sem cardiopatia. Uma resposta favorável
durante o exercício pode estar associada à função vascular periférica e à capacidade de
vasodilatação muscular. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre variáveis
prognósticas do teste ergométrico e a vasodilatação muscular do antebraço induzida
pelo exercício em indivíduos sem doença cardíaca estabelecida.
Métodos: 766 indivíduos sem doença cardíaca estabelecida foram incluídos neste
estudo. A resposta cardiovascular foi estudada durante o teste ergométrico máximo
limitado por sintomas. As variáveis do teste ergométrico analisadas foram capacidade
de exercício, reserva cronotrópica, recuperação da frequência cardíaca, pressão arterial
sistólica máxima, pressão arterial diastólica máxima e recuperação da pressão arterial
sistólica. A vasodilatação muscular do antebraço foi estimada pelo aumento do fluxo
sanguíneo muscular e da condutância vascular do antebraço ao exercício isométrico
durante a pletismografia de oclusão venosa.
Análise estatística: Um modelo de regressão múltipla foi realizado para estudar a
relação entre a vasodilatação muscular do antebraço e as variáveis do teste ergométrico.
Resultados: O aumento do fluxo sanguíneo muscular do antebraço durante o exercício
isométrico associou-se positivamente à recuperação da frequência cardíaca (P<0,
001). O aumento da condutância vascular do antebraço durante o exercício isométrico
associou-se inversamente à pressão diastólica máxima durante o teste ergométrico
(P=0, 038). Não houve associação significativa entre a vasodilatação muscular e a
capacidade de exercício.
Conclusão: a vasodilatação muscular foi influenciada pelas respostas da pressão
arterial e da frequência cardíaca ao exercício, mas não pela capacidade de exercício.
Estes dados sugerem que as respostas hemodinâmicas e cronotrópicas ao exercício
possam estar associadas à função vascular periférica, mas que a variação da capacidade
funcional não se relacione de forma significativa à capacidade de vasodilatação em
indivíduos sem doença cardíaca estabelecida.
PO 091
O TREINAMENTO FÍSICO AERÓBICO ATENUA O PROCESSO DE
REMODELAMENTO VENTRICULAR ESPONTÂNEO PÓS-INFARTO DO
MIOCÁRDIO
Giovani Luiz De Santi, Eduardo Elias Vieira de Carvalho,
Daniela Caetano Costa, Júlio César Crescêncio, Luciano
Fonseca Lemos de Oliveira, Marcus Vinícius Simões, Andre
Schmidt, Lourenço Gallo Júnior
HCFMRP-USP - RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - BRASIL
Fundamento: O remodelamento ventricular, no contexto do pós-infarto do miocárdio,
é um processo insidioso que resulta em mudança progressiva do tamanho, forma, função
e massa do ventrículo esquerdo (VE). Objetivo: Avaliar a influência do treinamento
físico aeróbico (TFA), de moderada intensidade, no remodelamento ventricular de
pacientes no contexto do pós-infarto do miocárdio. Métodos: Estudo prospectivo de
16 pacientes com diagnóstico de infarto do miocárdio de parede anterior e disfunção
ventricular assintomática, divididos em 2 grupos: treinado (GT) n=8 (54, 1±12, 2
anos) e controle (GC) n=8 (55, 1±9, 2 anos); submetidos a uma ressonância nuclear
magnética cardíaca e um teste cardiopulmonar seguido por TFA supervisionado cuja
intensidade foi estabelecida pela frequência cardíaca em torno do limiar de anaerobiose
ventilatório. O TFA teve duração de 3 meses, 3 vezes por semana, sendo os pacientes
reavaliados ao final desse período. Os dados foram analisados pelo teste de MannWhitney (análise intergrupo) e pelo teste de Wilcoxon (análise intragrupo) sendo
apresentados como média ± erro-padrão. Resultados: A análise comparativa inicial
entre os grupos, para as variáveis apresentadas, não evidenciou alteração significativa.
Não houve alteração significativa do volume diastólico final (VDF) do VE de 156,
7±47, 3 para 145, 4±42, 4 ml (p>0, 05) e na massa (M) do VE de 132, 5±36, 4 para
136, 9±36, 1 g (p>0, 05) no GT. Houve diminuição significativa do VDF do VE de 170,
1±30, 1 para 156, 8±32, 5 ml (p<0, 05) e não houve alteração significativa da M do
VE de 126, 0±28, 5 para 141, 9±32, 7 g (p>0, 05) no GC. Contudo, quando se calculou
a relação M/VDF, observou-se aumento da relação M/VDF de 0, 74±0, 19 para 0,
94±0, 31 g/ml (p<0, 05) no GC, e nenhuma alteração significativa no grupo treinado
de 0, 89±0, 33 para 0, 96±0, 26 g/ml (p>0, 05). Não houve alteração significativa da
função cardíaca estimada pela fração de ejeção do VE em ambos os grupos, GT de
40, 7±5, 6 para 43, 5±6, 7 % (p>0, 05) e GC de 39, 7±8, 3 para 41, 7±13, 2 % (p>0,
05). Conclusões: A análise do comportamento da relação M/VDF sugere que o TFA,
de moderada intensidade, propiciou uma atenuação no processo de remodelamento
ventricular espontâneo do pós-infarto do miocárdio no GT comparativamente ao GC.
PO 092
Efeitos do consumo de café na tolerância ao exercício
e no tempo para início de angina em voluntários com
doença coronária.
Bruno M Mioto, Miguel A Moretti, Reynaldo V Amato, Daniela
Tarasoutchi, Caio B Vianna, José A F Ramires, Roberto Kalil
Filho, Luiz A M César
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamento: A ingestão aguda de café parece não ter nenhum efeito deletério sobre a angina
pectoris induzida por esforço em pacientes com doença arterial coronária (DAC). Entretanto
não há informações relacionadas a consumo habitual de café em pacientes com DAC.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a tolerância ao exercício, o duplo produto
(DP) e o tempo para início de angina antes a após período de consumo diário de café
em voluntários com DAC crônica.
Métodos: : Estudo prospectivo no qual foram avaliados 36 indivíduos com DAC,
sendo 29 homens e 7 mulheres, com idade média de 64, 4 ± 6, 7 anos. Após 3 semanas
de “washout” progressivo de bebidas e alimentos contendo cafeína orientado por
nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o consumo de café filtrado primeiro
com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas e então com “crossover” para o outro tipo, com um período total de 8 semanas de consumo de café. O
café foi fornecido aos pacientes, sendo o mesmo tipo de café do mesmo produtor e
com a forma de preparo padronizada. O consumo diário de café foi estabelecido entre
450-600ml/dia. Após período de “washout” (basal) e após cada período de tomada de
café por tipo de torra, os voluntários foram submetidos a teste ergométrico. Analisouse o tempo total de exercício (∆T Exercício), DP (obtido pelo produto da FC máx. e PAS máx.) e o tempo para início de angina (∆T Angina - 16 voluntários apresentaram
angina no TE e participaram dessa análise). Foi utilizado o teste ANOVA para medidas
repetidas e o teste de Friedman.
Resultados: Os resultados dos tempos total de exercício, dos DP e dos tempos para
início de angina (média±dp) nos três momentos diferente estão listados na tabela abaixo:
PO 093
Suplementação de oxigênio determina melhor capacidade
funcional em pacientes com Síndrome de Eisenmenger
Laion Gonzaga, Célia Maria Camelo Silva, Vera Lúcia de Laet,
Patricia Forestieri, Thatiana Peixoto, Vinicius Santos, Isis
Begot Valente, Antônio Carlos de Camargo Carvalho, Walter
J Gomes, Solange Guizilini
Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil
INTRODUÇÃO: A síndrome de Eisenmenger é uma doença multissistêmica que
afeta pacientes de todas as idades. Evidências apontam que essa doença pode causar
prejuízo na funcionalidade com significantes alterações nas atividades de vida diária.
O teste de caminhada de 6 minutos (TC6’) é um instrumento válido para avaliar
a progressão da capacidade funcional para o exercício em diferentes intervenções
clínicas. Mesmo sendo um teste de esforço submáximo permite auxiliar a tomada de
decisão e de medidas terapêuticas mais adequadas. OBJETIVO: Avaliar os efeitos
da suplementação de oxigênio na capacidade funcional submáxima em pacientes
com Síndrome de Eisenmenger. MÉTODO: Foram avaliados 22 pacientes
com Síndrome de Eisenmenger, com média de idade 34 ± 17, 86 . A capacidade
funcional submáxima foi avaliada utilizando o TC6’ com oxigênio (venturi 40%)
e sem o uso de oxigênio de acordo com os critérios da American Thoracic Society
(2002). O paciente ficou em repouso em uma cadeira em um local próximo ao ponto
de inicio do teste, por pelo menos 10 minutos. Neste momento, os sinais vitais,
como pressão arterial, frequência cardíaca medida por frequencímetro, frequência
respiratória e saturação de oxigênio, foram aferidos para verificar a existência de
contra-indicações, O grau de esforço percebido, foi verificado utilizando a escala de
Borg, antes do inicio do teste e no segundo, quarto e sexto minuto de teste. A escala
foi explicada para o paciente antes do teste (BORG, 1982). Cada teste foi realizado
com um intervalo de 1h de um teste para o outro por um mesmo profissional.
ANÁLISE ESTATÍSTICA: Os testes Kolmogorov-Smirnov (distância K-S) e teste
T de Student foram aplicados e p<0, 05 foi considerado estatisticamente significante.
RESULTADOS: A distância percorrida no TC6’ foi de 358, 09± 113, 69 metros sem
suplementação de oxigênio e 419, 8±110, 8 metros após suplementação de oxigênio
( p<0, 01). CONCLUSÃO: A suplementação de oxigênio determinou melhora na
capacidade funcional submáxima, com aumento da distância percorrida no TC6’ em
pacientes com Síndrome de Eisenmenger.
T Exercício∆
DP
T Angina∆
”Basal “washout
1 ,179 ± 5 ,536
4.384 ± 23.111
4 ,112 ± 4 ,391
Torra Escura
6 ,191 ± 1 ,565
4.331 ± 22.920
9 ,124 ± 4 ,406
Torra Média
3 ,201 ± 6 ,571
3.878 ± 23.003
2 ,142 ± 7 ,413
p
004 ,0
928 ,0
509 ,0
Conclusões: Nessa amostra, o consumo de café torra média aumentou de forma
significativa o tempo total de exercício em relação ao período basal. Não houveram
diferenças nos DP e nos tempos para início de angina.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
175
PO 094
FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO APÓS TESTE DE
ESFORÇO MÁXIMO EM MULHERES NO CLIMATÉRIO PORTADORAS
DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO.
Karina Garcez Reichow, Rodrigo Pinto Pedrosa, Ricardo
Quental Coutinho, Leone Severino do Nascimento, Paulo
Fernando Marinho de Lima, Jarly Oliveira Santos Almeida,
Anna Myrna Jaguaribe de Lima, Amilton da Cruz Santos, Maria
do Socorro Brasileiro-Santos
UFPE - Recife - PE - Brasil
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) está presente em cerca de 5% das
mulheres em idade adulta, prevalência que pode alcançar proporções bem mais
elevadas após a menopausa. A hipóxia intermitente apresentada cronicamente por esses
indivíduos atua estimulando os quimiorreceptores periféricos, levando ao aumento
da atividade nervosa simpática, fato que pode influenciar na alteração da resposta
cardíaca desses pacientes ao exercício físico. A recuperação da frequência cardíaca
(FC) após exercício máximo em indivíduos com AOS é um parâmetro dependente da
atividade do sistema nervoso autonômico e já foi relacionada com risco elevado para
desenvolvimento de doenças cardiovasculares e morte. Objetivo: Avaliar as respostas
da FC no primeiro e segundo minutos de recuperação após teste ergométrico máximo,
em mulheres no climatério com e sem AOS. Métodos: A amostra foi composta por
127 mulheres no climatério, com idades entre 46 e 68 anos. Estas foram submetidas
previamente ao exame de polissonografia para avaliação do índice de apneia-hipopneia
(IAH). As voluntárias foram divididas em dois grupos: [1] Mulheres sem AOS (n= 82)
e [2] Mulheres com AOS (n=45) e do posteriormente submetidas ao teste ergométrico
(TE) em esteira seguindo o protocolo de Bruce. Análise estatística: Para análise
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Kolmogorov. Para comparação
entre os grupos utilizou-se os testes: t de Student e Mann-Whitney para amostras
independentes. O nível de confiança adotado foi de 95%. Resultados: Não houve
diferenças entre os valores de repouso da FC [p=0, 46] entre os grupos. Ao analisar
a resposta da frequência cardíaca obtida durante a realização do TE e no período de
recuperação pós exercício, observamos que os grupos foram similares em relação aos
parâmetros: % da FC predita alcançada [97, 2±9, 3 vs 94, 7±10, 3; p=0, 16] e FC
de recuperação no 1º (FCR1’) [22, 4±10, 4bpm vs 20, 4±11, 7bpm;, p=0, 34] e 2º
minutos (FCR2’) [35, 6±12, 9bpm vs 31, 8 ±13, 1bpm; p=0, 12]. Conclusão: Em
mulheres no climatério, a AOS parece não exercer influência na FC de recuperação
após a realização de teste máximo.
PO 095
FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇAO E PRESSAO ARTERIAL
EM MULHERES NO CLIMATÉRIO, HIPERTENSAS E PORTADORAS DE
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO APÓS TESTE DE ESFORÇO MÁXIMO
Karina Garcez Reichow, Rodrigo Pedrosa, Ricardo Coutinho,
Leone Nascimento, Paulo Fernando de Lima, Jarly Almeida,
Amilton da Cruz Santos, Anna Myrna Jaguaribe de Lima, Maria
do Socorro Brasileiro-Santos
UFPE - Recife - PE - Brasil
Introdução: A apneia obstrutiva do sono se caracteriza por episódios de hipóxia,
que promovem ativação dos quimiorreceptores, levando a hiperatividade simpática.
Estudos têm demonstrado que essa ativação está presente na hipertensão arterial
e que estas alterações podem resultar em prejuízo nas respostas da pressão arterial
(PA) e da frequência cardíaca (FC) nos hipertensos e apnéicos submetidos a exercício
físico. Objetivo: Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a frequência
cardíaca de recuperação e a pressão arterial em mulheres hipertensas e portadoras de
apneia obstrutiva do sono (AOS) submetidas a teste de esforço máximo. Métodos: A
amostra foi composta por 94 hipertensas, medicadas e com idade entre 50 a 63 anos.
Todas foram submetidas a polissonografia e classificadas em saudáveis e portadoras de
AOS leve/moderada. Posteriormente, essas mulheres foram divididas em dois grupos:
a) hipertensas com AOS [n=35; IMC: 28, 9 kg/m2 (26, 2~33, 3)] e b) Hipertensas sem
AOS [n= 60; IMC: 26, 7 kg/m2 (23, 1~29, 5)], submetidas a teste ergométrico máximo.
Análise estatística: Os dados são apresentados como mediana e amplitude interquartil.
Foi realizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney e foi considerado nível de
significância de p≤0, 05. Resultados: A PA sistólica, diastólica e média em repouso não
apresentaram diferenças significativas entre os grupos de mulheres hipertensas com
e sem AOS (p=0, 175; p=0, 178; p=0, 129, respectivamente). Quando comparamos
a PA sistólica, diastólica e média máxima, elas também não foram diferentes (p=0,
240; p=0, 269; p=0, 143, respectivamente). A frequência cardíaca de repouso e de
recuperação também não foram diferentes quando comparados os dois grupos (p>0,
05). Conclusão: A apneia obstrutiva do sono, de grau leve e moderado, parece não
influenciar as respostas da pressão arterial ao teste máximo e a frequência cardíaca de
recuperação em mulheres hipertensas no climatério.
PO 096
Importância da Reabilitação Autonômica na Síndrome
Neurocardiogênica
Vanessa Corassa Neves, Denise T Hachul, Francisco Darrieux,
Sissy L de Melo, Eduardo Sosa, Mauricio Scanavacca
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A síncope de etiologia vasovagal ou neurocardiogênica (SNC)
corresponde a aproximadamente 30% dos pacientes com síncope e, apesar de benigna,
quando recorrente, provoca comprometimento na qualidade de vida e considerável
índice de morbidade e internações frequentes, causados por traumatismos físicos
decorrentes das quedas.
Objetivo: Avaliar a evolução clínica dos pacientes portadores de
SNC submetidos à Reabilitação
Autonômica
(orientações
dietéticas
e
comportamentais, manobras de contração muscular, treinamento postural passivo,
treinamento físico aeróbio moderado e treinamento físico resistido).
Metodologia: Foram acompanhados 21 pacientes; média de 42, 62 + 22 anos de idade,
portadores de SNC e Tilt Table Test positivo: 33% com resposta cardioinibitória, 29%
mista, 14% vasodepressora, 10% hipotensão ortostática e 10% disautonômica; com
média de 3, 9+2, 5 (entre 2 e 6 episódios de síncopes por pt), sete com traumas físicos
e 10 com história de internações devido aos sintomas. Antes da intervenção, todos
declararam comprometimento da qualidade de vida com redução das tarefas cotidianas.
Após seguimento de 15 meses (mediana) em Reabilitação Autonômica continuada,
19 (90%) mantêm-se cumprindo orientações dietéticas e comportamentais; 19 (90%)
continuam realizando treinamento físico resistido; 16 (76%) realizando treinamento
físico aeróbio e apenas 4 (20%) o treinamento postural passivo. Houve recorrência de
síncope em 5 (24%) pacientes e redução do número de síncopes (1 síncope/pt). Todos
os pacientes relataram melhora significativa dos sintomas e da qualidade de vida; nesse
período não houve reinternação hospitalar.
Conclusão: O conjunto de medidas realizadas na Reabilitação Autonômica foi eficaz
na redução do número de síncopes, prevenção de traumatismos físicos e melhora da
qualidade de vida em pacientes com SNC.
Fisiologia Cardiovascular, Biologia Molecular e
Genética Cardiovascular
PO 097
Precisão do Questionário de Berlim no Diagnóstico da
Apneia Obstrutiva do Sono em Pacientes com Síndrome
Metabólica
Nogueira ML, Cepeda FX, Toschi-Dias E, Maki-Nunes C, Alves
MJNN, Drager LF, Lorenzi-Filho G, Rondon MUPB, Negrao CE,
Trombetta IC
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) tem sido associada com o aumento
na mortalidade por doenças cardiovasculares, já que tem uma relação causal com
fatores de risco como a hipertensão arterial, obesidade e diabetes. O Questionário
de Berlim (QB) tem sido utilizado para identificar pacientes com alto risco de AOS
em diferentes populações. No entanto, não existem dados sobre a validade do QB
em detectar a presença de AOS em pacientes com síndrome metabólica (SMet). O
objetivo desse estudo foi determinar o desempenho do QB em pacientes com SMet.
Métodos: Foram estudados 55 pacientes ambulatoriais, recém diagnosticados com
SMet segundo o ATP-III. Os pacientes foram convidados a responder o QB e realizar a
polissonografia noturna, “padrão ouro” para diagnóstico da AOS. A AOS foi definida
para índice de apneia - hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos/hora. Análise estatística: Foram
calculados sensibilidade, especificidade, acurácia, razão de verossimilhança positiva
e negativa, valores preditivos positivos e negativos do QB. Resultados: Dos 55
pacientes, o QB identificou 38 pacientes (69, 1%) como sendo de alto-risco para ter
AOS. A PSG noturna mostrou que 45 pacientes (81, 8%) tinham AOS. A sensibilidade
e a especificidade do QB foram 0, 70 e 0, 33 respectivamente. A acurácia diagnóstica
geral do QB foi de 64%. Além disso, a razão de verossimilhança positiva foi de 1, 04
e negativa foi de 0, 91. Valores preditivos positivos e negativos foram de 0, 84 e 0,
18, respectivamente. Conclusões: O QB demonstra moderada sensibilidade e baixa
especificidade. Nosso resultado sugere que o QB é um instrumento útil para avaliação
do risco do paciente ter AOS. Pela dificuldade do diagnóstico desse importante fator de
risco que é a AOS, o QB pode ser um forte aliado na avaliação clínica para indicação
da realização da polissonografia noturna nos pacientes com SMet.
176
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 098
O pamidronato atenua a disfunção diastólica induzida
pelo infarto do miocárdio sem alterar o processo
inflamatório
Luis H Congio, Andréa de Freitas Gonçalves, Priscila Santos,
Elenize Pereira, Katashi Okoshi, Paula Azevedo, Bertha
Polegato, Sérgio Paiva, Leonardo Zornoff, Marcos Minicucci
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: A influência dos bifosfonados na remodelação cardíaca após o infarto
do miocárdio ainda é pouco estudada. Logo, nosso objetivo foi avaliar o papel da
inflamação nas alterações cardíacas induzidas pelo pamidronato após o infarto
experimental em ratos. Métodos: Após 24 horas do infarto, os ratos foram divididos
em 4 grupos: grupo C (n=14), animais com cirurgia simulada; grupo P (n=14) animais
com cirurgia simulada tratados com pamidronato; grupo IP animais infartados tratados
com pamidronato (n=19), grupo IC animais infartados controle (n=16). O pamidronato
foi administrado na dose de 3mg/kg 1 vez por semana via subcutânea. Após 3 meses,
os animais foram submetidos ao ecocardiograma, à análise morfométrica, ao estudo do
coração isolado, e a dosagem de citocinas miocárdicas. Para comparação do tamanho
do infarto entre os grupos infartados foi realizado teste t de Student. As comparações
entre os grupos foram feitas pelo teste ANOVA de dois fatores independentes. O
nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O tamanho do IAM entre os
grupos infartados foi semelhante (IC=35, 7 ± 10, 5; IP=34, 8 ± 8, 8; p=0, 778). Não
houve diferença na mortalidade entre os grupos. Em relação ao ecocardiograma, o
IAM aumentou a espessura da parede posterior (EPP), das áreas sistólicas e diastólicas
do ventrículo esquerdo (VE), além de piorar a função sistólica e diastólica. Houve
interação entre o IAM e o pamidronato sendo que o este reduziu o aumento de EPP
e da espessura relativa causados pelo infarto. Além disso, o pamidronato, reduziu a
relação E/A (C= 1, 74 ± 0, 52, P= 1, 52 ± 0, 27, IC= 3, 99 ± 3, 40, IP= 1, 63 ± 0, 87, p
interação= 0, 024), a onda E (C= 87, 36 ± 8, 52 cm/s, P= 95, 07 ± 9, 97 cm/s, IC= 106,
07 ± 25, 95 cm/s, IP= 89, 65 ± 21, 79 cm/s, p interação= 0, 015) e aumentou o tempo
de desaceleração da onda E (C= 44, 92 ± 6, 64 ms, P= 41, 70 ± 7, 03 ms, IC= 39, 71
± 8, 65 ms, IP= 46, 88 ± 8, 37 ms, p interação= 0, 021). Não houve interação entre os
fatores quanto as variáveis morfométricas, estudo do coração isolado, IFN-g, TNF-a e
IL-10 miocárdicos.Conclusões: O pamidronato atenuou a remodelação cardíaca com
melhora da função diastólica do VE. No entanto, essa atenuação não foi mediada pelo
processo inflamatório. Apoio: FAPESP
PO 099
CATEQUINAS DO CHÁ VERDE ATENUAM VARIÁVEIS BIOQUÍMICAS,
REDUZEM A CAVIDADE E MELHORAM A FUNÇÃO VENTRICULAR
APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM RATOS.
Pamela Nayara Modesto, Beatriz Lustosa, Marcos
Minicucci, Elenize Pereira, Katashi Okoshi, Ana Angélica
Fernandes, Priscila Santos, Leonardo Zornoff, Sergio Paiva,
Paula S Azevedo
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
A remodelação cardíaca após infarto agudo do miocárdio (IAM) caracteriza-se por
diversas alterações, como o aumento do estresse oxidativo e mudanças no metabolismo
energético. Objetivo: avaliar se as catequinas do CV atenuam algumas variáveis
bioquímicas do processo de remodelação cardíaca após IAM. Metodologia: Ratos
Wistar foram divididos em 4 grupos : Controle (C): receberam ração padrão; Chá
verde(CV): receberam ração com CV; Infarto (I): ratos submetidos a IAM cirúrgico
que receberam ração padrão e Infarto com CV (ICV): ratos infartados que receberam
ração com CV. As catequinas do CV utilizadas foram provenientes do Polyphenon
60 (Sigma-Aldrich). Após 3 meses de observação foram realizados ecocardiograma,
avaliação do estresse oxidativo, do metabolismo energético, das metaloproteases e
do inibidor tecidual de metaloprotease (TIMP-1). Os dados foram apresentados em
média e desvio padrão e comparados por ANOVA de duas vias.Letras iguais significam
similaridade e letras diferentes correspondem a significância estatística de P<0, 05.
Resultados Ecocardiograma: DDVE/peso: C=17, 1±1, 3a; CV=17, 6±1, 9a; I=25,
2±2, 3b;ICV=22, 7c±1, 7; DSVE/peso: C=0, 8±0, 04a ; CV=0, 8±0, 04a; I=2, 0±0,
06b; ICV=1, 7±0, 06c . Porcentagem de encurtamento: C=2744±85a; CV= 2888±87a;
IP=450±130b;ICV=847±118c. Estresse oxidativo: Superóxido dismutase: C=4, 4±0,
4a; CV=5, 8±0, 8ac; IP=11, 2±3, 2b; ICV=7, 8±2, 1c; Catalase: C=67, 9±11, 4a;CV=45,
8±6, 8b; IP=35, 1±6, 7c; ICV=52, 3±3, 5b. Metabolismo energético:o CV melhorou a
atividade da fosfofrutoquinase, da piruvato desidrogenase (enzimas da via glicolítica)
e da citrato sintase (enzima do ciclo de Krebs), após o IAM. Metaloproteases
(MMP): razão entre MMP2 ativas/inativa C=5, 40±1, 36; CV=4, 80±1, 36; IP=8,
80±1, 52; ICV=4, 20±1, 23 p=0, 1; TIMP-1: C=42, 6±2, 9a; CV=44, 7±3, 2a; IP=37,
6±2, 7b; ICV=54, 7±2, 4c.Conclusão: as catequinas do CV atenuaram o processo
de remodelação, reduzindo o estresse oxidativo, estimulando a via glicolítica do
metabolismo energético e aumentando a concentração do TIMP-1. Em consequencia,
o CV reduziu a cavidade e melhorou a função ventricular, neste modelo experimental.
PO 100
Cardioproteção: Possíveis mecanismos de ação da
laserterapia em miocárdio de ratos infartados
Manchini, MT, Santana, ET, Oliveira, TS, Antonio, EL, Tucci, PJF,
Serra, AJ, Silva Jr, JA
Universidade Nove de Julho - São Paulo - São Paulo - Brasil,
Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - São Paulo
- Brasil
Introdução: A
relevância dos
sistemas Renina-Angiotensina e
CalicreínasCininas nas doenças cardiovasculares é baseada na ação dos inibidores da Enzima
Conversora de Angiotensina (ECA) para melhorar a sobrevivência e função cardíaca
em pacientes com insuficiência cardíaca. Um potente vasoconstritor, a ECA favorece o
acúmulo de bradicinina, um vasodilatador. Esta propriedade do miocárdio também foi
observada com o tratamento com laserterapia de baixa intensidade (LBI). Métodos: 15 ratas Wistar (200-280g) foram submetidas ao infarto do miocárdio pela oclusão da
artéria coronária descendente anterior e randomizadas em três grupos: LASER (ratas
irradiados com laser), SHAM (ratas não irradiados com laser) e CONTROL (ratas
controles). No grupo LASER, a área infartada foi tratada com laser (λ 660 nm, 15
mW de potência, 60 segundos, área irradiada 0.785 cm2, densidade de energia 1.1 J/
cm2) 60 segundos após a oclusão coronariana. Todas as ratas foram avaliadas pelo
ecocardiograma. Sob anestesia, os corações foram expostos os seguintes mRNA foram
quantificados por PCR – Real Time (Sybr Green): interleucina 1beta, interleucina 6,
ECA (enzima conversora de angiotensina), ECA-2, receptor de cinina B2 e receptor
mas. Análise estatística: Todos os dados foram apresentados como média ± desvio
padrão. A comparação dos resultados entre os diferentes grupos foi realizada com
ANOVA uma via complementada pelo teste de Newman-Keuls utilizando o software
estatístico GraphPad Prism version 5.0 (San Diego, CA, EUA). Um valor de p≤0,
05 foi adotado como nível de significância. Resultados:O tratamento com LBI
diminuiu significantemente a expressão gênica de interleucina-1beta no grupo LASER
quando comparado com o grupo SHAM (p≤0, 05) e interleucina-6 no miocárdio em
comparação com os ratos não irradiados (p≤0, 05). Além disso, o mRNA de ECA-2
do grupo LASER mostraram-se aumentados após a LBI em comparação com ratos
não irradiados (p≤0, 05) assim como do receptor mas (p≤0, 05). O tratamento com
LBI aumentou significativamente os níveis de expressão de receptor B2 de cininas
(p≤0, 05). Conclusão: Parâmetros funcionais apresentaram melhora após irradiação
com laser. Nossos dados sugerem a participação da via de geração de Ang 1-7 e cininas
na cardioproteção gerada pela LBI pós-infarto em ratos.
PO 101
Influência da pressão intraventricular esquerda na
remodelação cardíaca decorrente da exposição crônica
à fumaça de cigarro em ratos
EDSON CASTARDELI, DIOGO GRATIVOL VENTURI
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - VITORIA - ES - BRASIL
Introdução: a remodelação cardíaca configura-se como processo, com provável
participação de diferentes mecanismos. A ação pressórica nas câmaras cardíacas tem
potencial para causar remodelamento. Entretanto, dispomos de poucas informações
acerca da pressão intraventricular esquerda e, sua influência, na remodelação cardíaca.
Métodos: vinte ratos Wistar (200 a 250g) distribuídos aleatoriamente em dois grupos,
o grupo controle (C) (n=10) e o grupo exposição crônica à fumaça de cigarro (E) n=10,
com exposição diária na taxa de 40 cigarros/dia e por três meses ininterruptos. Aferição
da pressão intraventricular esquerda com medição direta por cateterismo (transdutor
LETICA SCIENTIFIC INSTRUMENTS e aquisição dos dados com BIOPAC
SYTEM, INC MODEL MP 100). Medidas morfológicas de relação entre peso úmido/
seco do ventrículo esquerdo (VE) e pulmões. Estatística: teste t de Student com
adoção de significância de 5%. Resultados: encontramos alteração hemodinâmica
intraventricular esquerda para as pressões: sistólica máxima (C=143, 8+7, 2mmHg;
E=160, 5+2, 9mmHg), desenvolvida (C=135, 9+6, 6mmHg; E=157, 5+3, 0mmHg),
derivada máxima de pressão (C=3294, 7+162, 2mmHg; E=3832, 7+114, 1mmHg),
derivada mínima pressão (C=-2576, 1+117, 1mmHg; E=-3128, 7+109, 5mmHg), com
valores estatisticamente diferente entre o grupo E comparados grupo C. Observamos
no grupo E aumento estatístico significante para a massa de VE corrigido pela massa
corporal (C=1, 95+0, 07mg/g; E= 2, 12+0, 04mg/g) e massa dos ventrículos corrigido
pela massa corporal (C=2, 38+0, 1mg/g; E=2, 66+0, 05mg/g). O grupo controle teve
maior ganho de peso nas semanas 4, 5 e 10 p=0, 001. Conclusão: os mecanismos
pressóricos participaram da remodelação cardíaca promovida pela exposição crônica
à fumaça de cigarro.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
177
PO 102
Resposta ventilatória ao metaborreflexo correlacionase com a função endotelial em jovens saudáveis
Seabra, LP, Carvalho, EEV, Crescencio, JC, Schwartzmann, PV,
Martins, WP, Ferriani, RA, Gallo Jr, L, Simões, MV
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL, Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - São Paulo Brasil
Introdução: O metaborreflexo (MR) contribui para ativação simpática que resulta no
aumento da ventilação e vasodilatação durante o exercício. O aumento da condutância
arterial mediante vasodilatação dependente do endotélio participa da adequação da
perfusão muscular no esforço, sugerindo interação do MR com a função endotelial.
Contudo, essa correlação não foi ainda documentada em indivíduos saudáveis.
Objetivo: Correlacionar a função endotelial com a resposta ventilatória frente ao
estímulo do MR em indivíduos saudáveis. Métodos: 15 indivíduos masculinos (31±6
anos, IMC: 24, 5±3, 1 Kg/m²) foram submetidos à avaliação da função endotelial
pela medida da vasodilatação da artéria braquial após isquemia (FMD) e à avaliação
da contribuição do MR na hiperventilação durante o esforço, por meio do exercício
de preensão palmar utilizando dinamômetro e análise de gases. O protocolo do MR
consistiu do registro da ventilação em 2 etapas randomizadas de exercício seguido de
1. recuperação com oclusão arterial (CO), para produzir “congelamento metabólico”, e
2. sem oclusão arterial (SO) do membro exercitado. A análise da ventilação pulmonar
foi realizada pela média do terceiro minuto após o exercício nas manobras CO e SO.
Resultados: Todos tiveram comportamento da ventilação semelhante no pico do
esforço (CO 14, 61±6, 25 L/min e SO 17, 18±11, 36 L/min), p=0, 13. No terceiro
minuto pós esforço, observamos maiores valores da ventilação na etapa CO (9, 42±3,
73) quando comparada à SO (7, 59±2, 46), resultando em contribuição do MR para
ventilação durante o esforço de 1, 8 ± 2, 6L/min. Na avaliação da FMD os indivíduos
obtiveram dilatação da artéria braquial de 5, 9±2, 9%.Observamos significativa
correlação negativa entre os valores individuais do MR com a FMD (p<0, 05; R =
-0, 52). Conclusão: Os resultados mostram que há uma correlação negativa entre a
intensidade da ativação do MR a integridade da função endotelial em jovens saudáveis,
reforçando a noção de que o grau de ativação MR vincula-se à redução da capacidade
de vasodilatação dependente do endotélio, que pode estar acentuada em diferentes
doenças cardiovasculares.
PO 103
O papel da oxigenação hiperbárica na expressão gênica
das glutationa peroxidases envolvidas no estresse
oxidativo do coração resultante de isquemia e
reperfusão intestinal em camundongos isogênicos
FREDERICO SOMAIO NETO, FAGUNDES D J, IKEJIRI A T, BERTOLETTO P
R, TERUYA R, CHAVES J C, SOMAIO U A
UNIFESP - S PAULO - S P - BR, UFGD - DOURADOS - MS - BR
Fundamento: A isquemia/reperfusão intestinal (IRI) agride órgãos à distância. A OHB
tem mostrado efeitos benéficos nas lesões isquêmicas. A proposta foi avaliar a relação
da IRI e da OHB nas lesões à distância sobre o miocárdio de camundongos avaliando
a expressão gênica do estresse oxidativo na família das glutationa peroxidases.
Delineamento: Ensaio experimental, randomizado e controlado com avaliação
cega dos resultados. Métodos: Trinta camundongos isogênicos C57BL/6, foram
distribuídos em cinco grupos (n=6) e submetidos à anestesia e laparotomia. Quatro
grupos foram submetidos à isquemia intestinal de 60 min e reperfusão de 60 min e
distribuídos em (GIR) que não recebeu OHB (3 ATA de pressão a 100% de oxigênio),
(GOHB+I) OHB durante a isquemia, (GOHB+R) na reperfusão e (GOHB+IR) na
isquemia e reperfusão. O grupo controle não foi submetido à isquemia intestinal.
Amostras foram coletadas e preservadas em nitrogênio líquido para processamento
pelo PCR Array procedure (RT² Profiler™ PCR Array) para determinação da expressão
gênica. Estatística: Ct (limiar de expressão) de cada amostra testada em relação ao Ct
da amostra controle (“t” de Student, p<0, 05). Resultados: (+) => hiperexpressão
e (-) => hipo-expressão. Respectivamente (IRI, GIR, OHB-I, OHB-R, OHBI+R)=>
GPX1(+1, 61;+2, 42;+1, 29;+1, 50;+1, 67)
GPX2(+1, 30;14, 96*;-4, 65*;+2, 06;1, 58)
GPX3(+1, 18;+2, 43;+1, 30;+1, 24;+1, 12)
GPX4(+1, 93;1, 52;+1, 64*;+1, 04;+1, 74*)
GPX5(+4, 42;-2, 00;+1, 19;-2, 69;+1, 24)
GPX6(+12, 58;-1, 08;-1, 08;-1, 03;+2, 47)
GPX7(+16, 01;+1, 14;-1, 77*;-1, 45;+1, 56*)
GPX8(+1, 78;+2, 19*;+1, 31;-1, 19*;-1, 33)
Conclusão. O miocárdio respondeu com um perfil de hiperexpressão do estresse
oxidativo, mas a aplicação da OHB, principalmente quando aplicada durante a
isquemia, diminuiu significativamente essa expressão
PO 104
Efeitos Agudos do Exercício com Haste Oscilatória Sobre
a Regulação Autonômica Cardíaca em Homens Saudáveis
Cristiane Mayumi Ogata
Universidade Estadual Paulista - Marília - São Paulo - Brasil
ACUTE RESPONSES OF HEART RATE VARIABILITY TO OSCILATORY
POLE EXERCISE
Cristiane Mayumi Ogata1, Marcelo Tavella Navega1, Vitor
Engrácia Valenti2
1
Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional,
Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília – UNESP, Marília,
SP, Brasil. 2Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia,
Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP, Presidente
Prudente, SP, Brasil.
Introdução: Uma das formas de avaliar a regulação autonômica cardíaca de modo
não invasivo em humanos é a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). As hastes
oscilatórias são equipamentos capazes de ocasionar rápidas contrações musculares,
assim, nosso objetivo é analisar os efeitos agudos do exercício com equipamento
sobre os índices lineares da VFC em homens saudáveis. Método: O estudo foi
realizado em dez voluntários jovens adultos, sexo masculino com idade entre 18 e
25 anos. Os indivíduos permaneceram em repouso durante 10min. Imediatamente
após o protocolo de exercício, os indivíduos permaneceram sentados em repouso por
30min. Os índices da VFC foram analisados nos seguintes períodos após os exercícios
com a haste oscilatória: 0-5 min, 5-10 min, 10-15 min, 15-20 min, 20-25 min e 2530 min. Resultados: O SDNN teve alterações entre os 5-10 e 15-20 min após o
exercício (p=0.0019). O RMSSD aumentou aos 0-5min e 5-10min após o exercício
(p=0.0073) comparado ao controle. No pNN50 foram observadas alterações entre 2530 min e aos 10-15mins após o exercício em comparação com o controle (p=0.0043).
O LF (ms2) apresentou a maior diferença no intervalo entre 25-30 minutos após o
exercício em comparação com o intervalo entre 5-10 minutos, 10-15 minutos e 1520 minutos após o exercício (p=0.0184), já no LF (nu) houve aumento de 0-5min
em comparação com 5-10min após o exercício e durante o repouso. Conclusão: Uma
sessão de exercícios padronizadas com haste oscilatória, ocasionou respostas cardíacas
autonômicas caracterizadas por reentrada vagal aproximadamente entre os 20-30 min
após o exercício, que causa aumento da atividade parassimpática em comparação ao
repouso antes do exercício.
Palavras Chave: Sistema cardiovascular; Sistema Nervoso Autônomo; Terapia por
Exercício.
PO 105
INFLUÊNCIA DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR SOBRE AS PROTEINAS
RELACIONADAS COM O TRÂNSITO DE CÁLCIO NO MIOCARDIO DE
RATOS
Deus, AF, Silva, DCT, Tomasi, LC, DHS, Campos, CR, Padovani, AC,
Cicogna
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: A restrição alimentar (RA) aumenta a expectativa de vida, retardando
ou prevenindo diversas alterações fisiopatológicas, embora pesquisas mostrem que a
RA pode prejudicar a performance cardíaca. Sugizaki et ale Gut et al observaram que
o prejuízo da performance cardíaca em ratos Wistar Kyoto, submetidos a uma RA de
50%, pode ser atribuído a diminuição da sensibilidade ao cálcio e alterações no ciclo
de cálcio intracelular. Assim, alterações na expressão protéica da bomba ATPase de
Ca2+ do reticulo sarcoplasmático (SERCA2a), fosfolambam (PLB), PLB fosforiladas
na treonina 17 (PLB Thr 17) e na serina 16 (PLB Ser 16), trocador Na/Ca (NCX),
calsequestrina (CSQ), rianodina (RYR) e canal de cálcio do tipo L (Canal L), poderiam
prejudicar a homeostase de cálcio intracelular miocárdico. Objetivo: A proposta
deste estudo foi testar a hipótese que a RA promove diminuição na expressão das
proteínas relacionadas com o trânsito de cálcio. Metodologia: Foram utilizados para
o estudo ratos Wistar-Kyoto machos, 60 dias de idade, distribuídos em dois grupos:
controle (C; n=14) e submetidos á RA de 50% da quantidade média ingerida pelo
grupo C (RA; n=13). Os ratos ficaram em tratamento por 90 dias e foram pesados
semanalmente. Os animais foram eutanasiados e os pesos, corporal final, músculo
sóleo e das câmaras cardíacas, foram aferidos. As quantificações das proteínas
SERCA2a, PLB, PLB Thr 17, PLB Ser 16, NCX, RYR e Canal L do miocárdio
foram realizadas pela técnica de Western Blot. A análise estatística foi feita pelo test
t Student para amostras independentes, (p<0, 05). Resultados: Os animais restritos
apresentaram diminuição significante do peso corporal final, das câmaras cardíacas, e
da musculatura esquelética. A análise das proteínas miocárdicas mostrou que apenas o
Canal L apresentou uma diminuição em resposta ao tratamento. Conclusão: Os dados
desse projeto não confirmam a hipótese inicial que a RA acarreta redução de todas
as proteínas miocárdicas envolvidas no trânsito de cálcio. A única proteína que a RA
decresceu foi o Canal L. Estudos posteriores são necessários para determinar o(s)
mecanismo(s) responsável(eis) pela diminuição do Canal L e os fatores envolvidos na
diferença de comportamento entre o Canal L e as outras proteínas miocárdicas.
178
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 106
Efeito da dieta Jejum Intermitente nos níveis das
citocinas (IL-6, IL-10 e TNF-α) em camundongos LDL-/Edielle Melo, Azevedo, F.R, Jurado, M.C, Pastana, A, Caramelli, B
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Não são completamente conhecidos os efeitos do Jejum Intermitente (JI)
sobre as variáveis relacionadas ao desenvolvimento da aterosclerose. Métodos: Camundongos LDLr-/- com 6 semanas, divididos em 3 grupos, receberam
diariamente, por 15 semanas, 5g das respectivas dietas: Aterogênica (AT) -rica em
colesterol, ácidos graxos saturados e pobre em fibras, DASH (Dietary Approaches
to Stop Hypertension) -rica em ácidos graxos mono e polinsaturados, baixo sódio
e micronutrientes e Jejum Intermitente (JI) -ração padrão suplementada com
micronutrientes em dias alternados. Ao final os animais foram anestesiados e
sacrificados, foi coletado sangue e realizadas análises das citocinas IL6, IL10, TNFα:
REAL-TIME e ELISA.
Resultados: A análise da IL6 no JI mostrou aumento da expressão do RNAm quando
comparado ao DASH. Entretanto não ocorreu aumento da síntese proteica. No grupo
AT ocorreu o contrário: 1, 2 no JI, 0, 2 no DASH e 0, 1 no AT (Gráfico 1), com p<0,
05 entre JI e DASH. A expressão proteica da IL6 apresentou: 50, 10 pg/ml no JI, 60,
31 pg/ml no DASH e 230, 54 pg/ml no AT (Gráfico 2), com p<0, 05 entre JI e AT. A
análise do TNFα mostrou aumento da expressão proteica no AT quando comparado ao
JI: 70, 49 pg/ml no JI, 50, 36 pg/ml no DASH e 250, 90 pg/ml no AT, com p<0, 05 entre
JI e AT. Realizamos Teste-T de Student e todos os valores foram expressos como media
± erro padrão da media (EPM).
Conclusão: Estes resultados sugerem que, neste modelo animal, o Jejum Intermitente
tem menor efeito aterogênico do que as dietas DASH e AT representado pela menor
expressão proteica de IL6.
PO 107
Alterações Morfológicas em aortas de camundongos LDL/- submetidos à Restrição Alimentar
Edielle Melo, Azevedo, F.R, Gutierrez, P.S, Koike, M, Pastana, A,
Caramelli, B
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo-LIM 51 - São Paulo - SP
- Brasil
OBJETIVOS: Investigar as alterações morfológicas em aortas de camundongos LDLr/- submetidos à restrição alimentar e sua relação com os fatores de risco cardiovascular.
MÉTODOS: Camundongos com 6 semanas de idade, homozigotos para a ausência
do gene do receptor de LDL (LDLr-/-), foram divididos em 4 grupos que receberam,
diariamente, por 15 semanas, 5g das respectivas dietas: Aterogênico (AT) - rica em
colesterol, ácidos graxos saturados e pobre em fibras; DASH - pobre em gorduras
saturadas, totais, colesterol e sódio e rica em fibras, cálcio, magnésio e potássio; Jejum
Intermitente (JI) - ração padrão suplementada com micronutrientes em dias alternados
e Controle (Cont)- ração padrão todos os dias. Ao final os animais foram anestesiados e
sacrificados, analisou-se macroscopicamente (dissecções do coração, aorta ascendente
e arco aórtico) e microscopicamente pelo método de Hematoxilina e Eosina a espessura
das placas ateroscleróticas nas aortas dos camundongos.
RESULTADOS: Foram realizadas as dissecções do coração, aorta ascendente e
arco aórtico dos grupos DASH (N=5), AT (N=5), JI (N=5) e Controle (N=5) com a
utilização de um microscópio óptico. A área da placa aterosclerótica de cada animal
foi expressa como a média as placas medidas em 6 cortes de 10µm de espessura, com
80µm de distância entre os cortes.
Observamos que houve diferença (p<0, 05) entre as áreas das placas dos grupos AT
(figura 1) e JI (figura 2), sendo que a área da placa aterogênica do grupo AT foi maior,
o mesmo observou-se entre os grupos DASH (figura 3) e JI, sendo a área da placa
aterogênica do grupo DASH maior que do grupo JI. Não observou-se diferença entre
JI e Cont (figura 4).
CONCLUSÃO: Neste modelo animal, o jejum intermitente parece apresentar um
perfil menos aterogênico traduzido pela menor área da lesão aterosclerótica.
PO 108
Alterações cardiovasculares induzidas pelo uso de
glicocorticóide
Fabiana de Salvi Guimarães, Wilson Max Almeida Monteiro
de Moraes, Danilo Sales Bocalini, Ednei Luiz Antonio, Andrey
Jorge Serra, Jairo Montemor da Silva, Paulo José Ferreira
Tucci, Pâmela Ramona, Patrícia Chakur Brum, Alessandra
Medeiros
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO - SP - BRASIL
Introdução Os glicocorticóides são fármacos amplamente utilizados na clínica.
Doses elevadas e/ou tratamento prolongado está associado ao remodelamento
cárdico. Objetivo Avaliar as alterações morfológicas e funcionais cardíacas induzidas
pelo glicocorticóide. Métodos Ratos Wistar foram randomizados em dois grupos:
Tratados (DEX) e Controle Pair feed (Cont-PF). O grupo tratado recebeu 3, 5 mg/
kg de dexametasona, na água por 15 dias. Avaliou-se através do ecocardiograma a
fração de encurtamento e a razão onda E/A, como parâmetros da função sistólica
e diastólica. Pela contratilidade in vitro avaliou-se: massa do papilar, a tensão
isométrica máxima desenvolvida, a taxa de variação da tensão desenvolvida, a
derivada positiva (+dT/dt) e negativa (-dT/dt), que informam a variação temporal do
inotropismo cardíaco (sístole). O diâmetro de cardiomiócito e o percentual de colágeno
foram obtidos pela analise histológica. Pelo ensaio do cometa avaliou-se a apoptose
cardíaca. Os dados foram analisados através de test-t de Student ou ANOVA de uma
via com medidas repetidas, com post hoc de student- Newman Keuls. Resultados O
tratamento diminuiu em 63% o peso corporal, aumentou em 50% a massa dos átrios
e do ventrículo esquerdo, em 40% a massa do ventrículo direito e em 87% a área
de secção transversa do papilar, quando comparado ao grupo Cont-PF, sendo todas
essas diferenças estatisticamente significantes (p, 0, 05). Em relação aos parâmetros
funcionais, diminuiu significantemente em 50% a tensão isométrica máxima
desenvolvida e a +dT/dt, e em 38% a -dT/dt. A fração de encurtamento reduziu
significantemente em 11% em relação ao período pré-experimental, já a razão onda
E/A reduziu 25% após o tratamento com glicocorticóide. Pela análise histológica,
dados preliminares indicam um aumento de 10% no diâmetro de cardiomiócito (p<0,
07) e 25% no percentual de colágeno (p<0, 06). O percentual de apoptose cardíaca
demonstrou um aumento de 190% no percentual de morte celular (p<0, 05). Conclusão
O tratamento com glicocorticóide induz a alterações cardiovasculares importantes,
conhecer essas modificações são importantes para a elaboração de estratégias que
possam minimizar os efeitos colaterais.
PO 109
Respostas Neurovasculares em Homens e Mulheres com
Síndrome Isquêmica Miocárdica Instável durante
Estresse Mental
Larissa Santos, Daniel Martinez, Heverton Paulino, José
Nicolau, Carlos Filho, Edgar Dias, Maria Janieire Alves, Ivani
Trombetta, Carlos Negrão, Maria Urbana Rondon
ESCOLA ED. FÍSICA E ESPORTE DA USP - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO
DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Pacientes com síndrome isquêmica miocárdica instável (SIMI)
apresentam disfunção no controle neurovascular durante manobras fisiológicas.
Porém, não é conhecido se essa resposta ocorre de forma semelhante entre homens e
mulheres. O objetivo deste estudo foi comparar a resposta neurovascular da atividade
nervosa simpática muscular (ANSM) e do fluxo sanguíneo muscular (FSM) durante
o estresse mental em pacientes homens e mulheres com SIMI. Métodos: Foram
estudados 45 pacientes com SIMI (54±1 anos, fração de ejeção do ventrículo esquerdo
de 58±2%, 31 homens), 30 dias após o evento isquêmico, durante o teste de cores de
estresse mental (Stroop Color Word Test), realizado durante 3 minutos. A ANSM foi
avaliada pela colocação de um microeletrodo no nervo fibular. O FSM foi avaliado
pela pletismografia de oclusão venosa e a pressão arterial média (PAM) pelo método
oscilométrico. A condutância vascular no antebraço (CVA) foi calculada pela relação
[(FSM/PAM)x100]. A frequência cardíaca foi medida pelo eletrocardiograma. Análise
Estatística: Teste t de Student e Qui-quadrado. Foi aceito P<0, 05 como diferença
significativa. Resultados: No repouso, a PAM, ANSM, FSM e CVA foram semelhantes
entre os pacientes homens e mulheres. Durante o estresse mental, as respostas de
ANSM (7±2 vs. 8±3 disparos/100bat, P=0, 82) e de PAM (8±1 vs. 9±3 mmHg, P=0,
56) foram semelhantes entre homens e mulheres, respectivamente. Contudo, a resposta
de CVA foi significativamente maior nos homens em relação às mulheres (0, 92±0,
18 vs. 0, 28±0, 12 unidades, P=0, 04). O nível de percepção do estresse mental foi
semelhante entre os grupos (P=0, 31). Conclusão: O sexo não influencia a ativação
nervosa simpática provocada por uma condição de estresse em pacientes com SIMI.
Contudo, pacientes mulheres com SIMI apresentam menor resposta vasodilatadora
muscular durante estresse. Estes resultados mostram que o comprometimento vascular
endotélio-dependente em mulheres com SIMI é maior que em homens com SIMI e,
portanto, apresentam maior risco cardiovascular durante a fase aguda da doença.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
179
PO 110
ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS CARDÍACAS E CONTROLE
CARDIOVASCULAR EM MODELO EXPERIMENTAL DE MENOPAUSA
ASSOCIADA AO DIABETES
IRIS CALLADO SANCHES, Filipe Fernandes Conti, Diego Figueroa,
Christiane Malfitano, Maria Claudia Irigoyen, Kátia De
Angelis
Universidade Nove de Julho - São Paulo - São Paulo - Brasil,
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Após o advento da menopausa ocorre o aumento da prevalência de fatores
de risco cardiovasculares, dentre eles, o diabetes. Além disso, sabe-se que a principal
causa de mortalidade em indivíduos diabéticos é a doença cardiovascular.
Objetivos: Avaliar as alterações morfofuncionais cardíacas, os efeitos metabólicos,
cardiovasculares e autonômicos da privação dos hormônios ovarianos na presença ou
não de diabetes induzido por estreptozotocina em ratas.
Métodos: Ratas Wistar (200-220g) foram dividas em um grupo controle sedentário (ES),
um grupo diabético sedentário (DS) e 2 grupos ooforectomizados (retirada bilateral
dos ovários) (n=8), sendo um euglicêmico (EOS) e outro diabético (estreptozotocina,
50 mg/kg, iv): sedentário (DOS). Após as 8 semanas de acompanhamento, a função
e a morfometria cardíaca foram avaliadas pelo ecocardiograma e, no dia seguinte,
os animais foram canulados para registro da pressão arterial (PA) e avaliação da
sensibilidade barorreflexa (SB). A análise da variabilidade da frequência cardíaca (FC)
e da PA sistólica (PAS) foi realizada no domínio do tempo e da frequência.
Resultados: Os resultados demonstraram aumento de 9% no peso corporal e 10% na
PA, e redução de SB (21% nas respostas taquicárdicas) no grupo EOS. Os animais
diabéticos apresentaram redução de 19% no peso corporal e na capacidade física (22%
no teste máximo em esteira e 19% na carga máxima na escada); redução de 8% na massa
e 18% na espessura relativa da parede do ventrículo esquerdo (VE), aumento de 11% na
cavidade do VE, de 31% no tempo de relaxamento isovolumétrico e 34% no índice de
desempenho miocárdico; além de redução de na PA, na FC, na SB e na banda AF-IP. A
associação de diabetes com ooforectomia induziu exacerbação de algumas disfunções,
como aumento de 9% na glicemia e de 20% no índice de desempenho miocárdico (IDM);
redução de 14% na velocidade de encurtamento do VE e 14% na FC (DOS vs. DS).
Conclusão: Esses resultados sugerem que a associação do diabetes com a privação dos
hormônios ovarianos induz disfunções mais severas das que já se conhece em ambos
os modelos isoladamente.
Hipertensão Arterial
PO 111
Avaliação da prevalência de pseudorresistência entre
pacientes com Hipertensão Arterial Resistente através
da Escala de Adesão Terapêutica de Oito Itens de Morisky
(MMAS-8)
SODRÉ, DS, MAGALHÃES, IR, TEIXEIRA, RNT, de MACEDO, CRB, ARASJUNIOR
Hospital Universitário Professor Edgar Santos - UFBA Salvador - Bahia - Brasil
Introdução: A Hipertensão Arterial Resistente (HAR) é definida por valores de
Pressão Arterial (PA) acima das metas recomendadas com o uso de três fármacos
anti-hipertensivos, sendo um deles preferencialmente um diurético, ou quando em uso
de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos, mesmo com a PA controlada. HAR
verdadeira deve ser diferenciada da pseudorresistência, que ocorre em razão da não
adesão ao tratamento. Este trabalho avaliou a prevalência de pseudorresistência entre
pacientes com HAR num ambulatório de referência e a sua relação com o controle da PA.
Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal. A adesão ao tratamento
foi avaliada pela Escala de Adesão Terapêutica de Oito Itens de Morisky (MMAS8). Pseudorresistência foi definida como paciente com HAR e MMAS-8 < 8. PA
controlada foi definida como valores de PA sistólica < 140 mmHg e valores de PA
diastólica < 90 mmHg.
Análise estatística: Os dados do presente estudo foram analisados pelo programa
SPSS Statistics 17.0. As variáveis categóricas tiveram suas proporções analisadas
pelo teste qui-quadrado. Foi calculada a Odds Ratio (OR) da associação da adesão ao
tratamento ao controle da PA.
Resultados: Dentre os 75 pacientes com HAR analisados, 14 (18, 7%) são aderentes
(MMAS-8 = 8) e 61 (81, 3%) são pseudorresistentes (não-aderentes). A média da
MMAS-8 na população foi de 5, 92 (±1, 58). Os pacientes aderentes tiveram uma
tendência (sem alcançar significância estatística) a ter PA controlada em relação aos
não aderentes ao tratamento (OR = 2, 051, IC [95%] = 0, 58-7, 18).
Conclusões: A pseudorresistência é muito prevalente entre pacientes com HAR e deve
ser avaliada antes da adição de novas drogas à terapêutica. Pacientes aderentes ao
tratamento tem uma tendência ao maior controle da PA.
PO 112
Hipotensão pós-exercício resistido em homens
normotensos e hipertensos: Mecanismos hemodinâmicos e
neurais.
QUEIROZ, ACC, SOUSA, JCS, SILVA JR, ND, COSTA, LAR, TOBALDINI, E,
MONTANO, N, ORTEGA, K, MION JR, D, TINUCCI, T, FORJAZ, CLM
Escola de Ed. Física e Esp, USP - SP - BR, Università Degli Studi di
Milano - Milão - IT, Hospital das Clínicas, USP - SP - BR
Introdução: Uma sessão de exercício resistido promove hipotensão pós-exercício em
normotensos (NT) e hipertensos (HT). Nos NT, os mecanismos da hipotensão já foram
estudados, mas em hipertensos, eles são desconhecidos. O objetivo deste estudo foi
comparar as respostas da pressão arterial (PA) e seus mecanismos hemodinâmicos e
neurais após o exercício resistido em homens NT e HT. Métodos: Catorze NT (44±3
anos) e 12 HT não medicados (50±3 anos) submeteram-se a 2 sessões, realizadas em
ordem aleatória: controle (40min de repouso) e exercício (6 exercícios, 3 séries até a
fadiga moderada, 50% de 1 RM). Medidas da PA, débito cardíaco (DC), frequência
cardíaca (FC) e variabilidade da FC foram realizadas antes e após 45min e 7h das
intervenções. Análise estatística: As respostas em cada grupoforam analisadas pela
ANOVA de 2 fatores para amostras repetidas. O efeito real do exercício (delta da
sessão exercício menos o delta da sessão controle) foi comparado entre os grupos
pelo teste T-student (P<0, 05). Resultados: Aos 45 min pós-exercício, a PA sistólica
diminuiu de forma similar nos grupos (NT=-8±2 e HT=-13±2 mmHg). A PA diastólica
também diminuiu, mas a queda foi maior nos HT (NT=-4±1 vs. HT=-9±1 mmHg,
P<0, 05). Em um parte dos indivíduos o exercício promoveu queda do DC e em
outra queda da resistência vascular periférica. O volume sistólico reduziu e a FC
aumentou pós-exercício de forma similar nos grupos (NT=-14±5 e HT=-11±5 mL e
NT=+13±3 e HT=+13±2 bpm). O balanço simpatovagal cardíaco também aumentou
e a sensibilidade barorreflexa diminuiu pós-exercício, também de forma similar entre
os grupos (NT=+14±6 e HT=+9±3 e NT=-5, 2±1, 2 e HT=-4, 3±1, 5 bpm/mmHg).
Após 7h, em ambos os grupos o exercício não teve efeito sobre nenhuma das variáveis.
Conclusão: Uma sessão de exercícios resistidos reduz a PA de homens NT e HT de
meia idade. O efeito hipotensor diastólico é maior nos HT. Em parte amostra este efeito
hipotensor ocorre devido à redução do DC e em outra devido a redução da resistência
vascular periférica. A queda da PA se acompanha de aumento da FC resultante do
aumento balanço simpatovagal cardíaco e redução da sensibilidade baroreflexa.
Apoio: FAPESP 2009/18219-3 e 2011/06689-5, Capes, CNPq, Pró-Reitoria de
Graduação USP.
PO 113
LESÕES DE ÓRGÃOS ALVO, NÃO PRESSÃO ARTERIAL, SÃO
PREDITORES DE ISQUEMIA MIOCÁRDICA EM PACIENTES
HIPERTENSOS RESISTENTES
Rodrigo G. P. Modolo, Maria O Paganelli, Natalia R Barbaro,
Ana P C Faria, Andrea Sabbatini, Juan C Y-Toledo, Vanessa
Fontana, Heitor Moreno-Jr
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Introdução: Hipertensão arterial é o fator de risco modificável mais prevalente
para doença arterial coronariana (DAC). Já está bem demonstrada a necessidade de
bom controle dos níveis pressóricos a fim de evitar eventos cardiovasculares. Uma
pequena, porém significativa porção destes pacientes hipertensos são classificados
como hipertensos resistentes – que se define como pacientes usando 4 ou mais agentes
anti hipertensivos, ou pacientes com pressão arterial (PA) não controlada a despeito do
uso de 3 drogas. Hipertensão resistente (HAR) frequentemente se associa com diabetes
e idade e esta associação aumenta o risco para DAC. No entanto, ainda é desconhecido
a prevalência de isquemia em pacientes com HAR, bem como os preditores das
alterações perfusionais do miocárdio nestes pacientes.
Métodos: Após caracterização dos pacientes como portadores de HAR, 129
pacientes realizaram cintilografia de perfusão miocárdica em repouso e sob estresse
farmacológico com dipiridamol, sendo diivididos em dois grupos: (1) isquêmicos
(ISQ) e (2) não isquêmicos (NISQ). Dilatação mediada por fluxo (FMD), dados
laboratoriais e antropométricos, e parâmetros ecocardiográficos foram avaliados.
Análise estatística: Foi utilizado teste t de student para comparar os grupos, e análise
de regressão logística múltipla para avaliar o impacto das variáveis PA, IMC, presença
de diabetes, microalbuminúria (MA), massa ventricular esquerda (MVE) e FMD na
predição de isquemia.
Resultados: Constatou-se isquemia miocárdica em 36 pacientes (28%). Não houve
diferença de idade, sexo e PA (office ou MAPA) entre os grupos ISQ e NISQ. Os
pacientes do grupo ISQ eram mais diabéticos (31 vs. 11%, p=0, 01), obesos (IMC 33±6
vs. 30±5kg/m2, p=0, 005) e apresentavam mais disfunção endotelial (FMD 6, 7±0.9 vs.
8.0±1.2%, p<0, 001). Microalbuminúria (110±69 vs. 38±43mg/dL, p<0, 001) e MVE
(282±89 vs. 227±75g, p<0.001) foram maiores no grupo ISQ. Análise de regressão
logísitica mostrou que MA (p<0.001), FMD (p<0.001) e MVE (p=0.002), mas não PA
(p<0.2), IMC (p=0.78) ou diabetes (p=0.36), foram preditores de isquemia miocárdica.
Conclusão: Nosso resultado sugere que as lesões de órgãos-alvo (MA, FMD, MVE)
ao invés dos níveis pressóricos, têm maior impacto na predição de isquemia miocárdica
na Hipertensão resistente.
180
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 114
Denervação simpática renal (DESIRE) em pacientes com
hipertensão arterial sistêmica resistente ao tratamento
medicamentoso - Resultados preliminares
Maia HCA, Arantes RCF, Barcelos MS, Barcelos CL, Silva RD,
Machado BF, Macambira AKLS, Araujo LMC, Seixas TN, Rocha JM
Hospital de Base do Distrito Federal - Brasilia - DF - Brasil
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica resistente (HASR) é definida como
aquela que se mantém elevada apesar do uso otimizado de três anti-hipertensivos,
nessas incluso um diurético. Os pacientes hipertensos sem controle pressão arterial
encontram-se sob-risco de desenvolver complicações, tais como infarto do miocárdio
e acidente vascular cerebral. Para estes pacientes, existem poucas opções terapêuticas e
cresce a necessidade de novas estratégias, sendo essas medicamentosas ou não.
Objetivo: Avaliar o impacto da denervação simpática renal no controle pressórico
e na redução do uso de anti-hipertensiv0s em pacientes HASR ao tratamento
medicamentoso.
Métodos: Trata-se de ensaio clínico prospectivo, randomizado onde foram avaliados
até o momento 29 pacientes consecutivos com idade variando de 34 a 84 anos e com
diagnóstico de HASR ao tratamento medicamentoso, atendidos no período de março de
2012 a janeiro de 2013 no ambulatório de Cardiologia do Hospital de Base do Distrito
Federal. Os pacientes com HASR foram avaliados clinica e laboratorialmente para
exclusão de causas secundária e randomizados em dois grupos: Grupo I – Denervação
Renal e Grupo II – Tratamento Clínico. A avaliação da pressão arterial média (PAM)
neste trabalho foi feita por meio do MAPA de 24h.
Resultados: No seguimento médio de 100 dias, no grupo I - 14 pacientes (05 homens
e 09 mulheres), com idade média 50±9 anos, houve uma redução da pressão arterial
média de 14, 5mmHg. Em 5 dos 14 pacientes foi possível redução do numero de antihipertensivos sendo que, em um paciente, foram retirados cinco anti-hipertensivos. Dez
medicamentos foram retirados de 14 pacientes (Redução 0, 71 drogas por paciente – 5,
0 para 4, 29 medicações). No grupo II, 15 pacientes (05 homens e 10 mulheres) com
idade média 52±12 anos, houve uma redução da PAM de 10mmHg e não houve redução
do numero de drogas anti-hipertensivas (Média de 5, 2 drogas por paciente mantida).
Conclusão: A ablação renal resulta em redução dos níveis de PAM aferida pelo MAPA
e diminuição do numero de drogas anti-hipertensivas, traduzindo em benefício clínico e
na qualidade de vida dos pacientes. Acredita-se que a redução da PAM do grupo clínico
ocorreu por maior número de consultas e melhor adesão ao tratamento instituído.
PO 115
Prevalência de hipertensão verdadeiramente resistente
ao tratamento medicamentoso em ambulatório
especializado
Barcelos MS, Maia HCA, Barcelos CL, Arantes RCF, Silva RD,
Macambira AKLS, Araujo LMC, Guerra CCS, Margalho CS,
Oliveira EMM
Hospital de Base do Distrito Federal - Brasilia - DF - Brasilia
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica resistente (HASR) é definida como
aquela que se mantém elevada apesar do uso de três anti-hipertensivos. Pacientes, não
adequadamente tratados, estão associados a complicações por lesão de órgãos como
cérebro, rins, olhos e o próprio coração. Estas complicações representam a principal
causa de morte e morbidade na população. Dentre os hipertensos, cerca de 10% são
aqueles com HASR. A etiologia da HASR é multifatorial, e o tratamento objetiva a
identificação e reversão de fatores que contribuem para a resistência.
Métodos: Trata-se de avaliação longitudinal de pacientes atendidos no ambulatorio
de HASR no Hospital de Base do Distrito Federal entre março e dezembro de 2012.
Foram encaminhandos ao ambulatorio por cardiologistas com diagnóstico de HASR
e candidatos à participação do estudo DESIRE – Denervação Simpática Renal.Os
pacientes foram submetidos à avaliação clínica e laboratorial para diagnóstico de
causas secundárias de hipertensão, bem como orientados quanto ao uso das medicações
e o tratamento não farmacológico segundo as diretrizes da SBC.
Resultados: Durante os 10 meses de avaliação foram realizados 593 consultas médicas
em 232 pacientes. Dentre estes, 199 pacientes não foram considerados aptos ao estudo
por não terem se enquadrado no diagnóstico de HASR ao tratamento medicamentoso.
Em 188 pacientes obteve-se controle dos níveis pressóricos por adequação do esquema
terapêutico ou adoção das medidas propostas pelo consenso da SBC. Em 7 pacientes
obteve-se controle da PA por uso de baixas doses de espironolactona, com diagnóstico
provável de hiperealdosteronismo primário (ainda em avaliação laboratorial). Três
pacientes apresentavam estenose de artéria renal que não havia sido diagnosticado
previamente e 1 paciente teve diagnóstico de apneia do sono obstrutiva grave. Dos 232
pacientes apenas 33 pacientes (14%) foram considerados como HASR e encaminhados
como candidatos a denervação renal (Estudo DESIRE).
Conclusão: Em nossa amostra, a hipertensão realmente refratária ao tratamento
medicamentoso é incomum, sendo esse diagnóstico, na maior parte dos pacientes,
inadequado por uso irregular do tratamento anti-hipertensivo ou por hipertensão
arterial secundária não diagnosticada.
PO 116
A arteriografia ainda deve ser considerada padrão
ouro para o diagnóstico de estenose da artéria renal?
São os exames incruentos preditores de estenoses
significativas?
FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI, Ibraim M F Pinto, Celso Amodeo,
Ana Cláudia G P Petisco, Paola E P Smanio, Antonio M Kambara,
Roberta Souza, Amanda G M R Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
FUNDAMENTO:A arteriografia é considerada exame de eleição na identificação
de estenose na artéria renal (EAR). Habitualmente os estudos clínicos apresentam
interpretações dos angiogramas selecionados utilizando-se apenas da analise visual
da estenose. Assim protocolos que permitam avaliar a EAR usando metodologia para
uma melhor identificação da redução luminal são promissores. OBJETIVO:Diminuir
a subjetividade da análise visual na avaliação da EAR utilizando a análise vascular
quantitativa (QVA) e avaliar a capacidade preditora do Doppler, medicina nuclear
(MN) e tomografia (TC) na identificação de maiores estenoses sendo o QVA padrão
de comparação. MÉTODOS: Submetemos 47 indivíduos a mensuração objetiva das
artérias renais com o auxílio de estações de trabalho e programas específicos para a
quantificação dos diâmetros arteriais descritos por média, desvio padrão, mediana e
percentis 25 e 75. Os resultados foram comparados a análise da interpreção visual
dos angiogramas e demais exames permitindo assim observar diferenças significantes
entre estes e a análise objetiva. A capacidade preditora dos exames diagnósticos foi
apresentada maiores diâmetros de estenose avaliados pela curva ROC (Receiver
Operating Characteristic) identificada como significante quando a área sob a curva
encontrava-se acima de 0, 5. Os exames diagnósticos foram considerados positivos
quando estenose > 60%. Os resultados dos testes diagnósticos foram avaliados em
relação aos grupos com QVA ≤ 60% e QVA > 60% e o nível de significância dos
testes foi de 5%. RESULTADOS:A arteriografia permanece como exame de eleição
para o diagnóstico de EAR. Sua capacidade em demonstrar a presença de estenose
significativa pela medida objetiva foi avaliada também por meio da curva ROC
assim como dos exames incruentos. A curva reproduz maior acurácia da arteriografia,
seguida pela TC e ultrassom Doppler no sentido de antecipar a existência de estenoses
em 60% ou mais. CONCLUSÃO:As análises dos resultados mostram associação entre
a avaliação visual e quantitativa da arteriografia sendo a última capaz de identificar
menores diâmetros de estenose podendo assim trazer potenciais benefícios clínicos
resultantes da incorporação da QVA na prática clínica. A relação também foi notada
para o ultrassom Doppler e TC e não obsevado para a MN.
PO 117
RELAÇÃO DOS HÁBITOS DE VIDA COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA EM POPULAÇÃO ESCOLAR DA CIDADE DE CURITIBA –
PARANÁ.
Edson Marcos Campos Lessa Junior, Giovanna Cerri, Emilton
Lima Jr., Gabriela Cordeiro da Costa, Neudir Frare Junior
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PR - BRASIL
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma síndrome clínica multifatorial, podendo estar
associada a diversas alterações fisiopatológicas na dependência de sua etiologia. Apesar
da HAS ser muito estudada nos adultos, são pouco avaliadas em crianças e adolescentes.
O presente estudo foi de caráter observacional transversal, avaliando 895 indivíduos, de 7
escolas públicas do município de Curitiba- PR, sendo a maior parte composta por indivíduos
do sexo feminino (59, 8%). A média das idades foi de 15, 1 anos, variando entre 10, 99 e
19, 34 anos. Foram pesquisados alunos da sexta série até o terceiro ano do ensino médio.
Quanto a pressão arterial 96, 5% dos indivíduos foram classificados como normotensos
e 3, 5% (31 indivíduos) como hipertensos, de acordo com o gráfico da OMS. Destas
foram avaliadas quanto aos hábitos de vida e medidas antropométricas. Com a
análise destes dados foi verificada uma íntima relação entre o aumento do IMC, da
circunferência abdominal e a Hipertensão Arterial Sistêmica.
Tabela 01 – Relação entre HAS e IMC.
IMC/HAS
HIPERTENSO
NORMOTENSO
TOTAL
IMC<p95
16
786
802
IMC>p95
15
78
93
CA/HAS
HIPERTENSO
NORMOTENSO
TOTAL
CA< p90
19
806
825
Ca > p90
12
58
70
TOTAL
31
864
895
p<0, 001
Tabela 02 – Relação entre HAS e Circunferencia Abdominal (CA)
TOTAL
31
864
895
p<0, 001
Tabela 03. Análise Multivariada Circunferencia Abdominal (CA) - HAS
Variável
)CA perc ≤ 50 (ref
CA perc 50-90
CA perc ≥ 90
FC
Valor de p
041 ,0
001 ,0<
511 ,0
OR
97 ,2
84 ,16
01 ,1
Lim inf
04 ,1
46 ,5
99 ,0
Lim sup
47 ,8
92 ,51
03 ,1
OR
10 ,1
54 ,9
01 ,1
Lim inf
24 ,0
34 ,4
99 ,0
Lim sup
94 ,4
95 ,20
03 ,1
Tabela 04. Análise Multivariada IMC-HAS
Variável
IMC percentil ≤ 85
IMC percentil 85-95
IMC percentil ≥ 95
FC
Valor de p
902 ,0
001 ,0<
459 ,0
Percebe-se assim a necessidade do combate da obesidade e do sedentarismo infantil,
agindo assim intimamente na incidência de HAS na população jovem.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
181
PO 118
Hipertensão resistente: obesidade é a vilã metabólica?
CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA, Adriana Bertolami, Aline
de Moraes, Antonio Cordeiro S Jr, Andre Faludi, Marcelo
Bertolami, Celso Amodeo, Amanda G. M. R. Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: A hipertensão arterial resistente (HAR) confere ao hipertenso maior risco
cardiovascular pela associação com outras comorbidades como o diabetes e a dislipidemia.
Entretanto, discute-se se o risco destas outras comorbidades estaria associado à obesidade
ou à própria resistência à terapêutica anti-hipertensiva através de mecanismos outros
como maior ativação do sistema renina angiotensina aldosterona e do sistema simpático.
Objetivo: Avaliar a relação do perfil glicídico e lipídico com a HAR.
Métodos: Realizado estudo de corte transversal que incluiu pacientes hipertensos atendidos
em ambulatório de alta complexidade. Os pacientes foram divididos em 2 grupos, com HAR
(HAR+) e indivíduos controle (HAR-). Foram avaliados quanto à idade, sexo, obesidade
(índice de massa corpórea, IMC ≥ 30kg/m2), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica
(PAD), dislipidemia e diabetes diagnosticados de acordo com as diretrizes vigentes.
Resultados: Dos 201 pacientes analisados, foram encontrados 102 (50, 7%) HAR+, e
99 (49, 3%) HAR- (Tabela 1). Na análise de regressão logística, ajustada para idade,
sexo,
obesidade,
dislipidemia e diabetes,
os
fatores
independentemente
associados à HAR foram:
sexo feminino (OR: 2, 44
[IC 95%:1, 27 – 4, 69]),
dislipidemia (OR: 3, 07
[IC 95%: 1, 57 – 6, 00]) e
diabetes (OR: 2, 72 [IC
95%: 1, 28 – 5, 7]).
Conclusões:
Na
população analisada, a
presença de diabetes,
dislipidemia, e o sexo
feminino elevaram o risco de HAR, independentemente da obesidade, sugerindo que
outras vias fisiopatológicas além do excesso de peso devem ser avaliadas.
PO 119
Existe diferença entre o sono de indivíduos hipertensos e
com hipertensão arterial resistente?
CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA, Adriana Bertolami, Aline de
Moraes, Antonio Cordeiro S Jr, Marcelo Bertolami, Celso
Amodeo, Amanda G. M. R. Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: As alterações do sono vêm sendo estudadas como possíveis fatores
relacionados ao maior risco cardiovascular, destacando-se a apneia obstrutiva do
sono (AOS). No entanto, pouco se sabe sobre a qualidade do sono nos indivíduos
hipertensos, principalmente naqueles com hipertensão arterial resistente (HAR).
Objetivo: Avaliar o sono em pacientes com HAR e indivíduos controle não resistentes.
Métodos: Realizado estudo de corte transversal que incluiu pacientes hipertensos em
ambulatório de alta complexidade, divididos de acordo com as diretrizes vigentes, em
2 grupos, com HAR (HAR+) e indivíduos controle (HAR-). Foram avaliados quanto
à qualidade do sono pela polissonografia, presença de AOS (IAH, índice de apneia e
hipopneia >15 eventos/h), idade, sexo, obesidade (índice de massa corpórea ≥ 30 kg/m2).
Resultados: Foram analisados 201 pacientes (idade média 54, 8±10, 1 anos; 55, 7% do sexo
feminino), encontrando-se 102 (50, 7%) HA+, e 99 (49, 3%) HAR- (Tabela 1). Pacientes
HAR+ comparados aos HAR- apresentaram pior eficiência do sono, maior tempo acordado
após adormecer e menor tempo
em sono REM, mesmo na
presença de prevalência e
gravidade semelhante de AOS
entre os grupos. Não houve
diferença no índice de despertar.
Conclusões: Na população
analisada, pacientes com
HAR apresentaram pior
qualidade do sono quando
comparados aos HAR-, o
que pode contribuir para
a maior dificuldade de
controle da pressão arterial
entre os resistentes.
PO 120
Segurança e Factibilidade da Denervação Simpática
Renal Utilizando Cateter Irrigado em Pacientes com
Hipertensão Arterial Refratária
Luciana Armaganijan, Rodolfo Staico, Alexandre Abizaid,
Aline A. I. Moraes, Marcio G Sousa, Dalmo Moreira, Celso
Amodeo, J. Eduardo Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: A denervação simpática renal (DSR) surgiu como uma estratégia
terapêutica alternativa em pacientes com hipertensão arterial resistente (HAR).
Cateteres irrigados vêm sendo utilizados na ablação de alguns tipos de arritmia
cardíaca por produzirem lesões mais profundas. Considerando-se a localização dos
nervos renais na adventícia da artéria, acreditamos que a utilização de cateteres
irrigados neste cenário pode ser benéfica. Objetivos: Avaliar segurança e a eficácia
da ablação da artéria renal utilizando cateter irrigado. Métodos: Os procedimentos
foram realizados utilizando-se o cateter Celsius ThermoCool® (Biosense Webster
Inc®). Quatro a 6 aplicações foram realizadas em cada artéria. Os pacientes foram
reavaliados após 1, 3 e 6 meses. Resultados: 10 pacientes (idade média 47, 3 anos,
90% mulheres) com anatomia favorável à intervenção foram submetidos à DSR. O
número médio de antihipertensivos pré-procedimento foi de 7 (4 a 9). A redução média
das pressões arteriais sistólica e diastólica foi de 12, 5 e 6, 2 mmHg, respectivamente.
Observamos também redução significativa no número de medicamentos após o
procedimento (de 7 para 4, 3). Dissecção da artéria renal (causada por trauma da
bainha) ocorreu no primeiro caso e foi tratada com sucesso com implante de stent.
Nenhum outro evento adverso subsequente foi observado, sugerindo o efeito da curva
de aprendizado. Complicações como infarto, insuficiência ou trombose renal ou edema
pulmonar não foram reportados. Conclusões: A DSR com cateter irrigado é segura e
eficaz no tratamento de pacientes com HAR. Estudos randomizados são necessários
para confirmar nossos resultados.
PO 121
NÍVEIS PLASMÁTICOS DE DNA LIVRE ESTÃO ELEVADOS NA
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
JOSÉ F VILELA MARTIN, MARIELLE M BORGES, THIAGO K SANTOS,
FLAVIA M VALENTE, LUCIANA N COSENSO-MARTIN, DAYS O ANDRADE,
LUIZ T GIOLLO-JÚNIOR, JUAN C YUGAR-TOLEDO, RICCARDO LACCHINI,
JOSÉ E TANUS-SANTOS
FAC MED SJ RIO PRETO-FAMERP - SJRP - SP - BRASIL, FAC MED RIB PRETOUSP - RIB PRETO - SP - BR
Introdução: Crise hipertensiva (CH), caracterizada por elevação brusca, intensa e
sintomática da pressão arterial, pode manifestar-se como urgência hipertensiva (UH)
ou como emergência hipertensiva (EH), dependendo da ausência ou presença de lesão
em órgão-alvo, respectivamente. DNA livre plasmático representa biomarcador de
lesão celular, demonstrando relevância no prognóstico clínico de diversas doenças.
Comparar a concentração de DNA livre plasmático de indivíduos com CH em relação
a hipertensos sem CH (HT) e normotensos (NT), demonstrando se seu nível pode ser
fator preditor de gravidade da CH.
Métodos: Foram estudados 100 indivíduos em CH (60 em EH), 95 com HT e 55 com
NT.Foi dosada concentração de DNA livre plasmático em 50 µl de plasma extraídos com
o mini kit de sangue QIAamp (Qiagen, Hilden, Alemanha). O princípio do método de
dosagem é baseado na ligação do DNA livre plasmático à membrana gelatinosa do QIAamp.
Análise Estatística: As variáveis quantitativas foram analisadas pelo cálculo das médias.A
comparação entre os grupos foi realizada pelo pós-teste de Dunns e as concentrações de
DNA livre são apresentadas em ng/mL. Considerado significante p<0, 05.
Resultados: Foram incluídos indivíduos entre 22 e 90 anos, com média de idade 56,
2 anos na UH [21 homens (52, 5%)]; 62, 3 anos na EH [30 homens (50%)]; 58, 5 anos
em hipertensos sem CH [14 homens (38, 8%)] e 42, 6 anos em normotensos [9 homens
(27, 2%)]. Houve diferença estatística em relação à idade entre os grupos EH e NT (p =
0, 01). As concentrações de DNA livre plasmático mostraram diferença entre os grupos
(p=0, 0003). Posteriormente, evidenciou-se diferença
estatística entre os grupos CH (43, 91ng/mL) em relação
aos grupos HT (25, 74ng/mL) e NT (27, 06ng/mL)
(p<0.05). Análise individual dos grupos evidenciou
maiores níveis de concentrações de DNA livre plasmático
no grupo EH (59, 41ng/mL) em comparação aos outros
03 grupos (p<0.05).
Conclusões: A concentração de DNA livre plasmático
na CH, especialmente nos casos de EH, apresenta-se
mais elevada e difere estatisticamente das concentrações
observadas nos casos de HT e NT, demonstrando
sua gravidade em comparação às outras situações de
elevação da pressão arterial.
182
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 122
Exercícios Respiratórios Resistidos melhoram a função
autonômica em indivíduos com Hipertensão Arterial
Ferreira, JB, Santos, F, Mostarda, C, Sartori, M, Dal Lago, P,
Consolim-Colombo, F, Irigoyen, MC
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Porto
Alegre - RS - Brasil
Introdução A prática de padrões ventilatórios lentos demonstra benefícios sobre
os níveis de pressão arterial na hipertensão. Da mesma forma, protocolos de
treinamento da musculatura inspiratória (TMI) com carga pressórica melhoram o
controle autonômico cardiovascular de indivíduos hipertensos. Contudo, as respostas
do sistema nervoso simpático/parassimpático após uma única sessão de TMI, nesta
população, não está totalmente esclarecido.
Objetivo Estudar os efeitos de uma sessão de exercício respiratório resistido, com
carga pressórica, na modulação autonômica cardiovascular em pacientes com
Hipertensão Essencial.
Métodos Foi realizada uma sessão de exercício respiratório resistido (ERR),
com duração de 30 minutos, a 30% da pressão inspiratória máxima (PIMAX) com
indivíduos hipertensos. As respostas cardiovasculares foram monitoradas por método
oscilométrico, através de pletismografia. A modulação autonômica foi avaliada
por análise espectral, aplicada a séries de tacograma. Para avaliação da resposta do
barorreflexo espontêno, foi utilizado o método da sequência. Frequência e ritmo
ventilatório foram avaliados com utilização de cinta respiratória. As mensurações
foram realizadas antes e após a sessão de exercícios respiratórios.
ResultadosSete indivíduos hipertensos foram selecionados para o estudo. Após a
realização da sessão de ERR, observamos melhora da variabilidade da frequência
cardíaca total (934, 21 ± 76, 68 vs 993, 97 ± 150, 35) e melhora da modulação vagal
(RMSSD: 41, 18 ± 16, 51 vs 50, 59 ± 22, 64). Em relação ao barorreflexo espontâneo,
houve aumento da sequências decrescentes da pressão arterial (Down BP Ramp: 94,
85 vs 131, 28).
Conclusões Este trabalho demonstrou pela primeira vez que uma única sessão de
exercício respiratório resistido, com carga de 30% da pressão inspiratória máxima,
é capaz de melhorar o controle autonômico cardiovascular, através da melhora
da variabilidade da frequência cardíaca e da modulação vagal cardiovascular em
individuos com hipertensão essencial.
PO 123
Níveis de triglicérides estão associados com pior
sensibilidade barorreflexa e balanço autonômico
em hipertensos graves com critérios para síndrome
metabólica
Mendes LP, Pereira AB, Costa-Hong V, Consolim-Colombo FM,
Mostarda C, Irigoyen MC, Bortolotto LA, Lopes HF
Universidade Nove de Julho - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO
DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A sensibilidade barorreflexa (SB) está comprometida em hipertensos
e diabéticos. A associação da hipertensão com alterações no metabolismo lipídico
e glicídico é freqüente. Porém, não se sabe se os níveis de triglicérides têm relação
com a sensibilidade barorrefexa em hipertensos. O objetivo desse estudo foi avaliar
a associação da sensibilidade barorreflexa e balanço autonômico com níveis de
triglicérides em pacientes hipertensos graves (em tratamento) com critérios para a
síndrome metabólica. Métodos: Foram avaliados 93 pacientes de ambos os sexos,
brancos (B) e não brancos (NB), com idade entre 31 e 80 anos e divididos em 2 grupos
(NTG e TG) de acordo com a mediana dos níveis de triglicérides: grupo NTG (valor
TG menor ou igual a mediana) com 47 pacientes (idade 55 ±11 anos, 33 mulheres, 10
NB e 37 B, valor médio de TG 105 ± 25 mg/dL) e grupo TG (valor de TG maior que a
mediana) com 46 pacientes (idade 55 ± 9 anos, 23 mulheres, 9 NB e 37 B, valor médio
de TG 123 ± 41 mg/dL). A pressão arterial (PA) foi registrada batimento a batimento
(FINOMETERR) durante 20 minutos para avaliação da sensibilidade barorrelexa e
balanço autonômico. Amostras de sangue foram colhidas para análise bioquímica.
Resultados: Os 2 grupos são semelhantes em relação à idade, níveis de PA, índice de
massa corpórea e uso de antihipertensivos. A SB e componente vagal no grupo NTG
(16±8 ; 1034 ± 1101) foram significativamente melhor no grupo NTG em relação ao
grupo TG (11±8 ; 510±694), respectivamente. A FC em pé foi maior no grupo TG
(79 ± 11 bpm) em relação ao grupo TG (72±15 bpm). Conclusão: Níveis elevados de
TG estão associados com pior sensibilidade barorreflexa e balanço autonômico em
hipertensos graves com síndrome metabólica.
PO 124
Correlação da circunferência abdominal com a pressão
arterial e parâmetros autonômicos em mulheres jovens.
Morais, T.L., Giribela, C. R.G., Atala, M.M., Costa, F.O., De Angelis,
K., Bortoloto L.A., Lopes, H. F., Consolim-Colombo, F.M.
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE - SÃO PAULO - SP - BRASIL,
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Existe uma associação entre volume de gordura intra-abdominal e risco
cardiovascular, em especial no sexo feminino. Alterações na modulação autonômica
podem ser mecanismos fisiopatológicos relacionados, e já foram detectados em
mulheres na meia idade e idosas com sobrepeso ou obesidade. Objetivos: Analisar
em uma coorte de mulheres jovens saudáveis se há correlação entre os valores de
circunferência abdominal com o balanço simpato-vagal, com a dosagem sérica de
noradrenalina e com o perfil hemodinâmico, em repouso e durante o estresse postural.
Métodos: Foram incluídas 70 mulheres com idade média de 23, 11 (±3, 4)anos e
índice de massa corpórea (IMC) médio de 22, 3 (±4, 0), consideradas saudáveis após
realização de anamnese e exames laboratoriais complementares. A circunferência
abdominal (CA) foi aferida em duplicata com fita métrica inextensível, no ponto
médio entre a crista ilíaca e a borda inferior da costela.A pressão arterial (PA), a
freqüência cardíaca, parâmetros autonômicos (componentes LF e HF da variabilidade
da freqüência cardíaca) foram derivados da análise das curvas de pressão arterial, que
foram registradas de forma contínua e não invasiva com o monitor FINOMETER, em
decúbito dorsal (5 min) e durante Tilt-test (5 min). Dosagem de noradrenalina (Nor)
foi feita imediatamente antes e ao final do Tilt-test. Utilizamos o Test t de student
na comparação entre os momentos, e a o teste de Sperman para as correlações.
Resultados: Como esperado, durante o Tilt teste ocorreu de forma significativa:
redução da PA sistólica; aumento da FC; aumento do componente simpático (LF) e
da relação simpato-vagal (relação LF/HF e índice alfa); e redução significativa do
parassimpático (HF).O aumento da CA teve significativa correlação com a redução do
vago. Ainda, foi possível detectar uma correlação positiva entre CA e dosagem sérica
de noradrenalina em repouso e durante o Tilt-test, e com níveis séricos de insulina.
Conclusão: A associação entre circunferência abdominal e desequilíbrio simpatovagal pode ser detectada muito precocemente, em mulheres jovens e com IMC dentro
da normalidade. Um mecanismo causal deve ser investigado entre esses componentes
em futuros estudos.
PO 125
DÉFICIT COGNITIVO EM HIPERTENSOS SE ASSOCIA A AUMENTO DA
ESPESSURA ÍNTIMA-MEDIA DE CARÓTIDAS
LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR, Beatriz VD Moreno, Eros M
Dias, Luiz T Giollo Jr., José FV Martin, Juan C Yugar-Toledo
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - SP
- BRASIL, FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL,
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL
Introdução: O papel da hipertensão arterial (HA) no envolvimento da perda de
função cognitiva é controverso. Reconhece-se sua relação com alterações estruturais
da parede vascular. Objetivos: Avaliar a relação entre HA e déficit cognitivo (DC).
Identificar marcadores precoces de doença vascular associados a DC em hipertensos
sob tratamento anti-hipertensivo adequado. Casuística e métodos. Foram avaliados
152 hipertensos, com idade entre 40 e 80 anos divididos em dois grupos: Hipertensos
com DC (HA-DC) N=42 (F=26; M=16) e Hipertensos sem DC (HA) N = 110 (F=60;
M=50). Todos os participantes foram submetidos à avaliação clínica completa e
exames bioquímicos. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi utilizado para
avaliação de DC . A repercussão da HA no leito arterial foi avaliada pela identificação
e quantificação da Espessura Íntima Média (EIM) das carótidas com Ultrassonografia
Vascular Digital e a analise da Pressão Arterial Central e do Augmentation Index (Ai) por
tonometria de aplanação da artéria radial. Análise estatística foi realizada utilizando-se
teste t não pareado e teste de Mann-Whitney para variáveis não gaussianas. Regressão
multivariada foi utilizada para avaliação das variáveis independentes. Resultados:
As concentrações plasmáticas de colesterol total, HDL colesterol e triglicérides nos
grupos estudados: não mostraram diferença significante. Avaliação da EIM mostrou
diferença significante entre os grupos HA e HA-DC (P=0, 0124). Os resultados da
mensuração do Augmentation Index 75 (corrigida para FC) avaliados nos grupos HA
e HA-DC não apresentaram diferença significante. Análise multivariada mostrou
significante associação entre aumento de EIM e idade em hipertensos com DC.
Conclusões. Hipertensos com déficit cognitivo apresentam alterações morfológicas
vasculares caracterizadas por aumento da espessura íntima média das carótidas sem
correlação com valores de pressão sistólica central.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
183
PO 126
COMPARAÇÃO ENTRE A RAZÃO DE VIABILIDADE SUBENDOCÁRDICA
OBTIDA POR TONOMETRIA DE APLANAÇÃO E ALTERAÇÕES DE
PERFUSÃO MIOCÁRDICA PELA CINTILOGRAFIA
Francisco Eberth M Marques, Luiz A Bortolotto, Valéria C
Hong, Maria C P Giorgi
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Estudos recentes correlacionam índices obtidos por análise de onda de
pulso pela tonometria de aplanação com fatores de risco cardiovasculares, aterosclerose
e doença coronária. Destes índices, a razão de viabilidade subendocárdica (RVSE),
obtida dividindo-se a área diastólica pela sistólica da onda de pulso, tem sido
considerada como uma estimativa de perfusão coronária. No entanto, não há estudo da
correlação da RVSE com provas de perfusão, como a cintilografia.
Objetivos: Avaliar a correlação entre os índices obtidos pela tonometria de aplanação,
em especial a RVSE, com alterações da cintilografia de perfusão miocárdica.
Métodos: Foram estudados 52 pacientes (idade média 63, 8±11 anos e 31 homens
(59, 6%) ) com indicação de cintilografia de perfusão miocárdica para avaliação
de suspeita de doença coronária, nos quais foram obtidas as medidas de tonometria
de aplanação (SphygmoCor®) no mesmo dia antes do exame. Análise estatística
objetivou avaliar a correlação entre os índices tonométricos e os achados
cintilográficos por testes apropriados.
Resultados: O exame de cintilografia de perfusão miocárdica revelou alteração
em 23 indivíduos (44, 2%), sendo 11 (47, 8%) com defeito persistente, 7 (30, 4%)
com defeito transitório e 5 (21, 7%) com defeito misto. Quando comparado entre os
grupos com ou sem alteração na cintilografia de perfusão miocárdica, a RVSE foi
semelhante (164, 7±32 vs.162, 3±22; p=0, 77). Outros índices obtidos pela tonometria
de aplanação, como o índice de incremento (AIx), duração de ejeção (DE) e pressão de
incremento (AP) também não foram diferentes entre os grupos com ou sem alteração
na cintilografia: AIx (30±8 vs. 29, 8±12 ; p=0, 67), DE (33, 7 ± 4 vs. 34± 3 ms; p=0,
81) e AP (15 ± 6 vs. 15 ± 10 mmHg; p=0, 97).
Conclusão: A RVSE obtida pela análise da onda de pulso obtida por tonometria de
aplanação não mostrou correlação com as alterações da cintilografia de perfusão
miocárdica no grupo de pacientes estudado.
PO 127
A disfunção renal pode ser considerada preditora de
estenoses maiores que 60% na artéria renal? Podemos
predizer valores de corte?
FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI, Ibraim M F Pinto, Celso Amodeo,
Ana Cláudia G P Petisco, Paola Emanuela Poggio Smanio,
Antonio Massamitsu Kambara, Roberta Souza, Amanda
Guerra de Moraes Rego Sousa
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
FUNDAMENTO: O envelhecimento e a doença aterosclerótica são duas variáveis
intimamente relacionadas a estenose da artéria renal (EAR). Não menos importante é
sua relação com a doença renal crônica (DRC) importante marcador de morbidade e
mortalidade cardiovascular. OBJETIVO: Definir se a disfunção renal um preditor de
doença aterosclerótica pode determinar EAR > 60%. MÉTODOS: Foram analisados
61 pacientes com suspeita clínica de EAR. Diferenças nas medidas de clearance de
creatinina (CCr) e creatinina (Cr) plasmática entre as categorias dos resultados dos
testes diagnósticos, arteriografia, Doppler e angiotomografia foram avaliadas por teste
não paramétrico de Mann-Whitney e o ponto de corte obtido por curva ROC (receiver
operating characteristic). O nível de significância dos testes foi 5%. RESULTADOS:
Na população 28 (45, 9%) eram do sexo masculino com idade média de 65, 4 (DP
=8, 7) anos. A superfície corpórea média foi 1.73 m2 (DP= 0, 16 m2) o CCr foi em
média 61, 0 (DP=24, 6) ml/min/1, 73m2 e a Cr média foi de 1.26 (DP=0, 47).O valor
de CCr foi significativamente menor nos pacientes que apresentaram teste positivo
na arteriografia (p <0, 001), angiotomografia (p <0, 001) e Doppler (p = 0, 016) e
a Cr foi significativamente maior nestes pacientes, p < 0, 001 para arteriografia e
angiotomografia, porém com fracas evidências para o Doppler (p=0, 086). Com isso
foram estimados os pontos de corte para CCr e Cr a partir dos quais sugerem testes
positivos. Para arteriografia: CCr < 65, 1 (sensibilidade = 78% especificidade = 70%) e
Cr > 1, 08 (sensibilidade = 76%, especificidade = 70% ), para angiotomografia: CCr <
52, 5 (sensibilidade = 70%, especificidade = 73% ) e Cr > 1, 23 (sensibilidade = 70%,
especificidade = 70%) para Doppler: CCr < 52, 3 (sensibilidade = 59%, especificidade
= 77% ) e Cr > 1, 28 (sensibilidade = 56%, especificidade = 64% ).CONCLUSÃO:
A associação entre EAR > 60% e disfunção renal mostrou haver nítida relação entre
ambos independente da forma de avaliação. Estes dados se referem a uma população
com características específicas para doença renovascular haja vista os valores de corte
tanto para CCr como Cr serem habitualmente vistos na prática clínica diária. Devemos
portanto nesta população considerar valores não expressivos de perda da função renal
como prováveis preditores de EAR > 60%.
PO 128
Função pulmonar está relacionada à função diastólica e
à massa ventricular esquerda em hipertensos
Paulo Roberto Araújo Mendes, tatiana alves kiyota, José
A. Cipolli, Roberto Schreiber, José R. Matos-Souza, Wilson
Nadruz Junior
universidade estadual de campinas - campinas são paulo - brasil
Introdução: Estudos prévios mostraram que a função pulmonar anormal se associa
com aumento do risco cardiovascular, sugerindo que o remodelamento cardiovascular e
pulmonar compartilham mecanismos fisiopatológicos em comum. Este estudo avaliou
se parâmetros espirométricos estão associados com variáveis ecocardiográficas em
indivíduos hipertensos.
Métodos: 110 hipertensos acompanhados em ambulatório de hipertensão de um
hospital universitário foram avaliados de forma transversal por análise clínica,
antropométrica, laboratorial e ecocardiográfica. Além disso, a capacidade vital forçada
(CVF), os volumes expiratórios forçados no 1º (VEF1) e 6º (VEF6) segundos e idade
pulmonar foram estimados por espirometria.
Análise estatística: Os dados foram avaliados por correlação bivariada e regressão
linear tipo “stepwise”. Valor de p<0, 05 foi considerado significativo.
Resultados: A amostra (60% mulheres) apresentou idade (média ± EPM) = 59, 4±1, 1
anos e índice de massa corpórea = 32, 1±0, 5 Kg/m². Análise de correlação bivariada
mostrou que parâmetros espirométricos se correlacionaram com o índice de massa do
ventrículo esquerdo (VE), com a função diastólica (avaliada pela razão E/Em), mas
não com medidas de função sistólica do VE. Análises de regressão linear revelaram
que o índice de massa do VE se associou significativamente com a CVF (beta= -0,
382; p=0, 001) em modelo que incluiu pressão arterial sistólica, idade, sexo, índice de
massa corpórea, tabagismo, uso de anti-hipertensivos, diabetes mellitus e VEF6. Por
outro lado, a CVF também se associou com a razão E/Em (beta= -0, 253; p=0, 007)
após ajuste por índice de massa do VE, pressão arterial sistólica, idade, sexo, índice
de massa corpórea, tabagismo, uso de anti-hipertensivos, diabetes mellitus e VEF6.
Conclusões: Estes resultados indicam que a função pulmonar se associa com a
massa e a função diastólica do VE em hipertensos, sugerindo que remodelamentos
cardíaco e pulmonar possam compartilhar mecanismos fisiopatológicos em comum
nesta população
PO 129
Idade pulmonar está relacionada a alterações
estruturais carotídeas em hipertensos com função
pulmonar normal
Tatiana Alves Kiyota, Paulo Roberto Araújo Mendes, José
A. Cipolli, Roberto Schreiber, José R. Matos-Souza, Wilson
Nadruz Junior
universidade estadual de campinas - campinas - são paulo - brasil
Introdução: Estudos prévios indicam que função pulmonar anormal se associa
com aterosclerose carotídea, sugerindo que remodelamento arterial e pulmonar
compartilham mecanismos fisiopatológicos em comum. Este estudo avaliou se
parâmetros espirométricos estão relacionados a variáveis hemodinâmicas e estruturais
carotídeas em indivíduos hipertensos com função pulmonar normal.
Métodos: 74 hipertensos acompanhados em ambulatório de hipertensão foram
avaliados de forma transversal por análise clínica e laboratorial. Além disso, espessura
íntima-média (EIM), diâmetro, índice de rigidez e complacência arterial da carótida
comum e índice de resistividade de carótida interna foram determinados por ultrassom,
enquanto que capacidade vital forçada, volumes expiratórios forçados no 1º e 6º
segundos e idade pulmonar foram estimados por espirometria. Sujeitos com função
pulmonar anormal segundo a American Thoracic Society/European Respiratory
Society foram excluídos.
Análise estatística: Os dados foram avaliados por correlação bivariada e regressão
linear tipo “stepwise”. Valor de p<0, 05 foi considerado significativo.
Resultados: A amostra (66% mulheres) apresentou idade (média ± EPM) = 58, 8±1, 4
anos e índice de massa corpórea = 32, 4±0, 6 Kg/m². Análise de correlação bivariada
mostrou que idade pulmonar e os valores percentuais dos previstos para os parâmetros
espirométricos (capacidade vital forçada, volume expiratório forçado no 1º e 6º segundos)
correlacionaram-se significativamente com todas as variáveis carotídeas estudadas,
exceto com o índice de resistividade de carótida interna. Contudo, análises de regressão
linear, incluindo potenciais fatores confundidores e parâmetros espirométricos mais
relevantes como variáveis independentes, revelaram que idade pulmonar foi a única
variável pulmonar associada à EIM (p<0, 001), ao diâmetro (p= 0, 001), à complacência
arterial (p=0, 004) e ao índice de rigidez (p=0, 008) da carótida comum.
Conclusões: Estes resultados indicam que alterações estruturais das carótidas
estão relacionadas ao aumento de idade pulmonar em indivíduos hipertensos sem
anormalidades espirométricas, sugerindo que remodelamentos arterial e pulmonar
possam compartilhar mecanismos fisiopatológicos em comum mesmo em indivíduos
com função pulmonar supostamente normal.
184
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 130
Hipertensos resistentes apresentam disfunção endotelial
e estresse oxidativo aumentado apesar da múltipla
terapia anti-hipertensiva
Isabella Fagian Pansani, Vanessa Fontana, Ana P. Faria,
Natália R. Barbaro, Andréa R. Sabbatini, Rodrigo Modolo,
Silvia Ferreira-Melo, Heitor Moreno Jr
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, PONTIFICIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – PUCAMP - SP - BRASIL
Introdução: A hipertensão arterial resistente (HAR) inclui tanto pacientes cuja pressão
arterial (PA) permanece acima das metas pressóricas apesar do uso de três ou mais
classes de anti-hipertensivos, quanto aqueles que conseguem o controle da PA com
o uso de quatro ou mais fármacos. De modo geral, pacientes hipertensos apresentam
disfunção endotelial, importante para o desenvolvimento da resistência ao tratamento
anti-hipertensivo, sendo o estresse oxidativo aumentado um importante mecanismo
indutor de disfunção endotelial, prejudicando a vasodilatação dependente de óxido
nítrico. Apesar dos benefícios da terapia anti-hipertensiva múltipla administrada
a pacientes com HAR, sabe-se que tais indivíduos apresentam função endotelial
prejudicada. Os objetivos deste estudo foram comparar os níveis plasmáticos de
8-isoprostano, marcador bioquímico de estresse oxidativo, entre portadores de
HAR, hipertensos grau I e II (HT) e normotensos (NT) e avaliar se há correlação
desse marcador com a função endotelial no grupo HAR. Métodos: Oitenta e seis
pacientes com HAR (4, 3±1, 2 classes de anti-hipertensivos; vs. HT p<0, 05), 44 HT
(2, 8±0, 8 classes de anti-hipertensivos) e 16 NT com características antropométricas
semelhantes foram recrutados para este estudo. Os níveis plasmáticos de 8-isoprostano
foram determinados por ELISA e a função endotelial foi avaliada pela técnica de
vasodilatação mediada pelo fluxo (FMD) da artéria braquial por ultrassom utilizando
transdutor linear vascular. Análise estatística: Para análise dos níveis de 8-isoprostano
foi utilizada a análise de variância (teste Kruskal-Wallis), com o teste de Dunn para
definir diferenças inicialmente obtidas. O teste de Pearson avaliou a correlação entre
os níveis de 8-isoprostano e FMD. Resultados:Níveis maiores de 8-isoprostano foram
encontrados no grupo HAR em relação aos grupos HT e NT (23, 2±11, 5 vs. 18, 3±10,
3 vs. 11, 6±7, 0 pg/mL; p<0, 05, respectivamente). Correlação negativa foi observada
entre níveis de 8-isoprostano e FMD nos pacientes com HAR (r= -0, 30; p<0, 05).
Conclusão: Apesar do uso de três ou mais classes de anti-hipertensivos, pacientes
com HAR apresentam estresse oxidativo aumentado em relação aos HT e NT, havendo
ainda correlação negativa entre os níveis de 8-isoprostano e o grau de disfunção
endotelial em HAR.
PO 131
CONHECIMENTO PRÉVIO, ADESÃO AO TRATAMENTO E TAXE DE
CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO DE ILHA
DE PESCADORES NA AMAZÔNIA.
HARADA, L. B., MOTA, D. M., REZENDE, L. S. M., MELO, W. D. S.,
HARADA, G. S.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - BELÉM - PA - BRASIL
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um fator de risco importante para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o que reforça a importância dos estudos
de prevalência e tratamento desta patologia. Apesar disto, há uma escassez de tais
estudos em nosso estado, bem como no Brasil. Objetivo: investigar a prevalência de
HAS na ilha de Maiandeua, município de Maracanã, Estado do Pará, bem como taxa
de diagnóstico prévio, adesão ao tratamento e taxa de controle adequado de HAS.
Casuística e métodos: trata-se de um estudo transversal, de base populacional,
realizado de dezembro de 2006 a abril de 2007, cuja população de estudo foi
constituída por todos os indivíduos com residência fixa na Vila de Algodoal, na ilha
de Maiandeua, com idade igual ou superior a 18 anos. No procedimento de coleta dos
dados, foram explanados, em linguagem acessível, ao indivíduo envolvido no estudo,
os objetivos e procedimentos realizados. Em seguida, aplicado questionário e por fim,
a pressão arterial foi aferida e classificada de acordo com a V Diretrizes Brasileiras
de Hipertensão Arterial (SBH, 2006). Para a análise estatística foram utilizados os
programas SPSS for windows versão 11, Limitab for windows versão 14 e Microsoft
Excel 2003 e para cruzamentos de dados, construção de gráficos e tabelas. Resultados:
nos 432 indivíduos que participaram da pesquisa a prevalência de hipertensão arterial
foi de 22, 91% (IC 95%: 22, 86 - 22, 96). Constatou-se que 62, 6% (62/99) dos
hipertensos não tinham conhecimento prévio de ser portador desta morbidade. Entre os
indivíduos que sabiam ser hipertensos, 78, 4% (29/37) utilizavam alguma medicação
anti-hipertensiva e 29, 7% (11/29) apresentavam níveis pressóricos controlados.
Conclusão: a prevalência de HAS encontrada foi de 22, 9%. Entre os hipertensos,
62, 6% não tinham conhecimento prévio da doença. Em relação aos indivíduos que
sabiam ser hipertensos, 78, 4% faziam uso de medicamento anti-hipertensivo e 29, 7%
apresentavam pressão arterial controlada, o que representa apenas 11, 1% do total de
indivíduos hipertensos na população estudada.
PO 132
Comparação entre o perfil clínico-epidemiológico
de pacientes com Hipertensão Arterial Resistente
controlada versus Hipertensão Arterial Resistente não
controlada
Magalhaes, IR, Teixeira, RNR, Sodré, DS, Macedo, CRB, ArasJunior, R
Universidade Federal da Bahia - Salvador - Bahia - Brasil
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Resistente (HAR) é uma entidade clínica de
difícil controle e está associada a alto risco cardiovascular. Conseguir manter estes
pacientes com níveis pressóricos adequados é um grande desafio para os profissionais
da área médica. Comparar o perfil dos pacientes que mantém a pressão arterial (PA)
controlada com aqueles que não atingem níveis pressóricos adequados pode fornecer
informações sobre características que estão relacionadas com o sucesso ou a falha
terapêutica. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em um serviço de referência
em doença cardiovascular hipertensiva grave. A HAR foi definida conforme critérios
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Pacientes que apresentaram a Pressão Arterial
Sistólica (PAS) < 140 mmHg e a Pressão Arterial Diastólica (PAD) < 90 mmHg, foram
selecionados para o grupo de pacientes com a PA Controlada . Pacientes com PAS >
= 140mmHg ou PAD > = 90 mmHg foram alocados no grupo de PA Não Controlada . Posteriormente foi realizada a comparação entre o perfil clinico-epidemiológico entre
os grupos. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Dados foram apresentados como frequência e
porcentagem para variáveis qualitativas e como média + - desvio padrão (ou mediana
[interquartil range]) para variáveis quantitativas. Diferenças observadas entre os grupos
foram avaliadas com o Teste Qui-quadrado para variáveis qualitativas e através do Teste
T Student (ou Teste Mann-Whitney) para dados quantitativos. O SPSS para Windows
versão 17.0 foi utilizado para análises estatísticas. RESULTADOS: 113 pacientes
com diagnóstico de HAR e acompanhados no serviço foram avaliados. Desses, 74%
estavam com níveis pressóricos elevados. Em ambos os grupos, sexo feminino,
idosos e sobrepeso foram predominantes. Não foi observado diferença estatística
significante quando comparou-se entre os dois grupos: Perfil lipídico, glicemia de
jejum, clearance de creatinina, Escala de Adesão Terapêutica de 8 itens de Morisky
e o número de medicamentos anti-hipertensivos utilizados. CONCLUSÃO: Não
foi observado diferenças importantes no perfil clinico-epidemiológico de pacientes
hipertensos resistentes com a PA controlada quando comparados com aqueles com
níveis pressóricos elevados. Em ambos os grupos, predominaram caracterísiticas
associadas a alto risco cardiovascular. PO 133
Avaliação do impacto da idade sobre os parâmetros
hemodinâmicos de homens e mulheres jovens
Morais, T.L., Giribela, C. R.G., Atala, M.M., Costa, F.O., Chiovatto,
E.D., Bortoloto L.A., Lopes, H. F., Consolim-Colombo, F.M.
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE - SÃO PAULO - SP - BRASIL,
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução-A pressão arterial(PA) decorre da interação de diferentes componentes
hemodinâmicos: débito cardíaco(DC)[freqüência cardíaca(FC)vs volume sistólico]
e resistência vascular periférica(RVP).Diferenças nesses componentes podem ter
impacto no risco cardiovascular observado entre os gêneros.Nesse trabalho estudamos
esses parâmetros em diferentes faixas etárias de homens e mulheres jovens (de 18
a 30 anos).Métodos-Avaliamos o índice de massa corpórea (IMC) e circunferência
abdominal (CA) de 200 indivíduos normotensos e saudáveis: 92 homens e 108
mulheres.Os parâmetros hemodinâmicos -PA sistólica e diastólica, FC, DC e RVPforam calculados a partir das curvas da PA, que foram registradas de forma contínua
e não invasiva com o monitor FINOMETER®, por 5 minutos, durante repouso em
decúbito dorsal. Foram feitas comparações entre gêneros nas faixas etárias:Grupo I
(92 homens vs 108 mulheres) com 18 a 30 anos; Grupo II (56 homens vs 71 mulheres)
com 18 a 24 anos; Grupo III (36 homens vs 49 mulheres) com 24 a 30 anos.Análise
Estatística-O teste de Kolmogorov-Smirnof foi usado para avaliar distribuição normal
dos valores e a ANOVA para as comparações entre gêneros e grupos. O p<0, 05 foi
adotado como significante. Resultados– APA foi semelhante, enquanto que a CA e
IMC foram significativamente maiores nos homens em relação às mulheres, nos três
grupos. As mulheres apresentaram a FCbpm e RPTNU no grupo I (FC=68, 2±8, 3;RPT=1,
0±0, 1), grupo II (FC=68, 6±8, 5;RPT=1, 0±0, 1) e no grupo III (FC=67, 6±7, 6;RPT=1,
0±0, 1), significativamente maiores em relação aos homens no grupo I (FC=61, 3±9,
1;RPT=0, 8±0, 1), grupo II (FC=60, 7±8, 4; RPT=0, 8±0, 1) e grupo III (FC=62,
3±9, 6;RPT=0, 8±0, 1), respectivamente. O oposto ocorreu com o DCL/min que foi
significativamente maior nos homens, no grupo I(DC=6, 2±1, 2), grupo II(DC=6, 1±1,
1)e grupo III(DC=6, 4±1, 3), comparados às mulheres no grupo I(DC=5, 2±0, 9), grupo
II(DC=5, 1±0, 8) e grupo III (DC=5, 3±0, 9), respectivamente. Conclusão–Homens
e mulheres jovens, estratificados para a idade, têm comportamento hemodinâmicos
diferentes. O maior DC detectado nos homens, associado a uma menor RVP sugere
um comportamento hiperdinâmico, que pode estar associado de forma indireta com o
aumento da CA e IMC.A correlação desses achados com risco cardiovascular deve ser
futuramente investigada.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
185
PO 134
Pressão arterial, perfil antropométrico e metabólico de
mulheres jovens usuárias de contraceptivos hormonais
de baixa dosagem - comparação com homens da mesma
faixa etária.
Morais, T.L., Chiovatto, E.D., Atala, M.M., Giribela, C. R.G., Costa,
F.O., Bortoloto L.A., Lopes, H. F., Consolim-Colombo, F.M.
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE - SÃO PAULO - SP - BRASIL,
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução – Espera-se que mulheres tenham valores menores de PA comparadas
aos homens antes da menopausa. O objetivo deste trabalho é avaliar a PA, perfil
antropométrico e metabólico de uma coorte de mulheres jovens saudáveis que usam
contraceptivos hormonais de baixa dosagem (CO) e comparar com uma coorte de
homens na mesma faixa etária. Métodos - Foram incluídas 40 mulheres e 50 homens
com idade entre 18 a 30 anos, considerados saudáveis após avaliação clínica e
exames laboratoriais complementares. A circunferência abdominal (CA) foi aferida
em duplicata com fita métrica inextensível, no ponto médio entre a crista ilíaca e a
borda inferior da costela e o índice de massa corpórea (IMC) foi calculado através do
peso (Kg) dividido pela altura (m) ao quadrado. A PA foi obtida por meio do método
auscultatório com esfigmomanômetro aneróide devidamente calibrado. Análise
Estatística - O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para testar a normalidade dos
grupos. Os dados são expressos em média±DP para dados numéricos. ANOVA foi
usada para comparar os dados numéricos. Resultados - A idade média e os valores
da PA sistólica e diastólica foram semelhantes nos grupos. Por outro lado, os valores
médios de IMC (M:21, 7±2, 5 vs H:24, 3±3, 8Kg/m2); CA (M: 71, 2±2, 5 vs H: 79,
9±9, 8cm); glicose (M: 83, 0±7, 1 vs H: 88, 0±6, 0mg/dL) e creatinina (M: 0, 7±0,
1 vs H: 0, 9±0, 1mg/dL) foram significativamente maiores nos H comparados com
M. O colesterol total (M:188, 6±29, 8 vs H:162, 7±41, 7mg/dL), HDL-colesterol (M:
70, 9±15, 4 vs H: 53, 7±11, 8mg/dL) e insulina (M: 8, 4±4, 1 vs H: 5, 5±3, 4UI)
foram significativamente maiores no grupo das mulheres comparado com os homens.
A fração LDL - colesterol e triglicérides não foram diferentes nos grupos. Conclusão
– Os valores de PA da mulheres usuárias de CO foram semelhantes aos dos homens.
Ainda que os homens tenham IMC e CA maiores que as mulheres, os valores de
colesterol total e de insulina foram significativamente maiores nas mulheres em uso
de CO. Considerando a PA e o perfil metabólico, o uso de CO coloca a mulher jovem
num risco cardiovascular semelhante ou maior aos homens para a mesma faixa etária.
PO 135
Alterações estruturais e funcionais cardiovasculares
em pacientes hipertensos resistentes com diabete melito
Beatriz V. D. Moreno, Lara Buonalumi Tácito Yugar, Ana
Paula Cabral de Faria, Natália Ruggeri Barbaro, Andrea
Rodrigues Sabbatini, Rodrigo Pissuti Gimenez Modolo, Juan
Carlos Yugar Toledo, Heitor Moreno Jr.
Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil, FAMERP - Rio Preto - São Paulo - Brasil
Introdução: Hipertensos resistentes (HR) apresentam alta prevalência de comorbidades
e maior severidade de lesões em órgãos-alvo. Entre as comorbidades, destacam-se
obesidade, diabete melito, e apnéia obstrutiva do sono. As lesões em órgãos-alvo são
representadas pelo remodelamento cardíaco, vascular, comprometimento da função
renal e cerebral. Índice de massa de ventrículo esquerdo (IMVE), velocidade da
onda de pulso (VOP), vasodilatação mediada pelo fluxo (VMF) e, espessura intimamédia de carótidas (EIM) são marcadores de comprometimento cardiovascular e
renal na HR. Objetivos: Avaliar em pacientes HR, a gravidade do comprometimento
cardiovascular estrutural e funcional e correlacionar os achados com a presença de
diabete melito e o controle do estado glicêmico em pacientes HR diabéticos e não
diabéticos.Métodos: Foram avaliados 206 pacientes HR caracterizados conforme a
Sociedade Brasileira de Cardiologia 2012. Os participantes foram selecionados no
ambulatório de HR da FCM- UNICAMP e divididos em 2 grupos: Grupo 1 - HR DM
(N=134 p, idade [média] 58, 7±10, 4); Grupo 2 - HR NDM (n=72 p, idade [média]
58, 3 ±10, 3). Análise estatística foi realizada mediante teste t não pareado e teste
de Mann-Whitney para variáveis não gaussianas. Regressão multivariada foi utilizada
para avaliação das variáveis independentes e correlação de Pearson entre VMF, VOP e
hemoglobina A1c.Resultados: As características antropométricas, idade, peso, altura,
IMC e superfície corporal não mostraram diferença estatística entre os 2 grupos.
PAS, PAD, PP, IM VE e EIM não mostraram diferença significante entre HR DM
e HR NDM (p = 0, 69; 0, 48; 0, 68; 0, 29 e 0, 94; respectivamente). VOP e VMF
evidenciaram diferença significante (p = 0, 003 e p <0, 0001, respectivamente) entre
os grupos HR DM e HR NDM. Análise multivariada mostrou significante associação
da hemoglobina A1C com a severidade das alterações da VMF e da VOP (p = 0,
01) e significante correlação de Pearson (p = 0, 003 e p = 0, 007 para VMF e VOP,
respectivamente).Conclusões: Pacientes HR portadores de DM apresentam alterações
vasculares funcionais caracterizadas por aumento da velocidade da onda e pulso e
redução da vasodilatação mediada pelo fluxo, cuja gravidade se correlaciona com pior
controle glicêmico.
Insuficiência Cardíaca
PO 136
Hipotireoidismo e suas associações clínicas na
insuficiência cardíaca
JAQUELINE R. S. GENTIL, Pedro Vellosa Schwartzmann, Fabiana
Marques, Angela Rosa da Silva, Vivian Marques Miguel Suen,
Júlio Sergio Marchini, Marcus Vinícius Simões
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil
Introdução: Pacientes com insuficiência cardíaca podem apresentar disfunções
em diversos órgãos e sistemas. Chama à atenção as alterações no metabolismo do
hormônio tireoideano, uma vez que o hipotireoidismo é um fator de pior prognóstico
em pacientes com insuficiência cardíaca. Desta forma, este estudo teve como objetivo
avaliar a presença de hipotireoidismo e suas associações clínicas em pacientes com
insuficiência cardíaca. Métodos: Foram registradas as concentrações bioquímicas do
hormônio estimulante da tireoide (TSH) de 130 pacientes com insuficiência cardíaca
crônica e estável acompanhados em clínica especializada - idade média 59±14 anos,
52% sexo masculino, 31% etiologia chagásica, 35% classe funcional da NYHA
III/IV. Estados eutireoideos foram diagnosticados quando TSH entre 0, 4-4, 0µIU/
mL e hipotireoidismo quando TSH>4, 0µIU/mL. Resultados: De acordo com os
critérios estabelecidos, 25% dos pacientes apresentaram hipotireoidismo. O valor
médio de TSH do grupo com hipotireoidismo foi 18, 6±25, 8µIU/mL e do grupo
eutireoideo foi de 1, 8±1, 0µIU/mL. Em relação a pacientes eutireoideos, pacientes
com hipotireoidismo tinham, respectivamente, menores valores de pressão arterial
sistólica (110±22 e 101±22mmHg, p<0, 05), linfócitos (1, 86±0, 65x103/µL e 1, 56±0,
61x103/µL, p<0, 05), albumina (4, 2±0, 3 e 3, 9±0, 4g/dL) e sódio sérico (140, 5±3,
6 e 137, 6±5, 0mmol/L, p<0, 01) e maior presença de internação (40% e 67%, p<0,
05), descompensação da insuficiência cardíaca (24% e 48%, p<0, 05), anemia (29% e
55%, p<0, 05) e frequência de uso de amiodarona (23% e 54%, p<0, 01). Observouse que 46% dos pacientes hipotireoideos não faziam uso de amiodarona. Dentre os
pacientes com TSH>7, 0µIU/mL (n=17, TSH médio 30, 9±31, 6µIU/mL), somente
24% (n=4) não usavam esta medicação. Finalmente, 40% (n=13) dos pacientes
com hipotireoidismo já se encontravam em terapia de reposição hormonal com
levotiroxina. Conclusões: O hipotireoidismo teve elevada prevalência na população
de pacientes com insuficiência cardíaca acompanhada ambulatorialmente. Cerca
de metade dos casos diagnosticados não estava associada ao uso de amiodarona.
Esta comorbidade associou-se com a maior gravidade da síndrome da insuficiência
cardíaca e presença de anemia.
PO 137
Influência do hormônio do crescimento sobre as vias de
indução de atrofia no músculo esquelético de ratos com
insuficiência cardíaca induzida por estenose aórtica
ALINE RR LIMA, Luana U Pagan, Ricardo L Damatto, Camila
Bonomo, Paula F Martinez, Marcelo DM Cezar, Mariana J
Gomes, Silméia G Zaneti, Katashi Okoshi, Marina P Okoshi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: A redução do trofismo muscular associada à insuficiência cardíaca é
acompanhada por alterações na expressão proteica dos fatores de regulação miogênica
e de proteínas envolvidas em vias de indução de atrofia. O hormônio do crescimento
(GH) aumenta a massa muscular em diferentes condições clínicas. Neste estudo,
avaliamos os efeitos da administração de GH na expressão das proteínasmiogenina,
MyoD, MRF4, miostatina, folistatina, PI3K, Akt, atrogina1 e MuRF1, no
músculo gastrocnêmio de ratos com insuficiência cardíaca induzida por estenose
aórtica. Métodos: Ratos Wistar foram submetidos a toracotomia para indução de
estenose aórtica. Após o desenvolvimento de taquipnéia, os animais foram avaliados
por ecocardiografia transtorácica e subdivididos em três grupos: Sham (n=8), estenose
aórtica (EAo, n=8), e EAo tratado com GH (EAo-GH, 2 mg/kg/dia por 14 dias, n=8).
Ao final do tratamento, os animais foram novamente submetidos a ecocardiograma. A
expressão proteica foi analisada por Western blot. Análise estatística: Anova e teste de
Tukey. Resultados: Antes do tratamento, as variáveis cardíacas não diferiram entre
os grupos EAo e EAo-GH. A administração de GH preservou o peso corporal (PC,
Sham 492±32; EAo 420±32; EAo-GH 486±69 g; p<0, 05 EAo vs Sham e EAo-GH).
A espessura da parede posterior do ventrículo esquerdo (Sham 3, 22±0, 20; EAo 3,
80±0, 36; EAo-GH 4, 37±0, 67 mm) e a relação peso do ventrículo direito/PC (Sham
0, 55±0, 03; EAo 1, 15±0, 25; EAo-GH 1, 18±0, 15 mg/g) foram maiores nos grupos
EAo e EAo-GH que no Sham (p<0, 05). A expressão da MyoD foi maior no grupo EAo
que no Sham e semelhante entre EAo-GH e Sham (Sham 1, 00±1, 28; EAo 1, 71±1,
37; EAo-GH 1, 21±1, 21 unidades arbitrárias). MRF4 foi maior no grupo EAo-GH que
no Sham e não diferiu entre EAo e Sham (Sham 1, 00±0, 73; EAo 1, 58±0, 42; EAoGH 3, 14±1, 61 unidades arbitrárias). Atrogina-1 foi menor no grupo EAo-GH que
nos outros grupos (Sham 1, 00±0, 58; EAo 1, 14±0, 87; EAo-GH 0, 31±0, 16 unidades
arbitrárias). A expressão proteica de miostatina, folistatina, miogenina, PI3K, Akt e
MuRF-1 não diferiu entre os grupos. Conclusão: Em ratos com insuficiência cardíaca,
a administração de hormônio do crescimento modula a expressão de proteínas
envolvidas no processo de atrofia muscular.
186
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 138
Administração de N-acetilcisteína modula a NADPH
oxidase no músculo sóleo de ratos com insuficiência
cardíaca
PAULA F MARTINEZ, DC Fernandes, C Bonomo, MDM Cezar, SA
Oliveira Júnior, LS Matsubara, LAM Zornoff, K Okoshi, FR
Laurindo, MP Okoshi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, INSTITUTO DO
CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO DO SUL - CAMPO GRANDE - MS - BRASIL
Introdução: Há substancial evidência que o aumento do estresse oxidativo contribui
para as alterações musculares que caracterizam a miopatia associada à insuficiência
cardíaca. Entretanto, as fontes geradoras de espécies reativas de oxigênio (EROs) na
musculatura esquelética durante a insuficiência cardíaca ainda não estão totalmente
elucidadas. O complexo enzimático NADPH oxidase constitui importante fonte de
EROs no músculo esquelético. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência
do antioxidante N-acetilcisteína sobre a atividade enzimática e a expressão gênica
da NADPH oxidase no músculo sóleo de ratos com insuficiência cardíaca crônica
induzida por infarto do miocárdio (IM). Métodos: IM foi induzido por oclusão
da coronária esquerda. Animais submetidos a cirurgia simulada foram utilizados
como controles (grupo Sham). Após quatro meses, os ratos foram alocados em três
grupos: Sham (n=8), IM-C (IM sem tratamento, n=8) e IM-NAC (IM tratado com
N-acetilcisteína, 120 mg/kg/dia, n=8). Seis meses após a cirurgia, os animais foram
eutanasiados. O tamanho do IM foi mensurado por análise histológica; ratos com
IM pequeno (<30%) foram excluídos. Para avaliar a atividade da NADPH oxidase,
produtos fluorescentes derivados da oxidação de dihidroetidío foram quantificados por
HPLC no músculo sóleo. A expressão gênica das subunidades do complexo NADPH
oxidase (NOX2, NOX4, p22phox e p47phox) foi analisada por RT-PCR em tempo real.
Resultados: O tamanho do IM foi semelhante entre os grupos IM-C e IM-NAC (p>0,
05; teste t de Student). A atividade da NADPH oxidase não diferiu entre os grupos
IM-C e Sham, mas foi menor no grupo MI-NAC quando comparado ao grupo IM-C
(p<0, 05; ANOVA e Bonferroni). Na tabela, estão apresentados os resultados da análise
de RT-PCR (ANOVA e Bonferroni; *p<0, 05 vs. Sham, #p<0, 05 vs. IM-C):
Grupos
Sham
IM-C
IM-NAC
NOX2
53 ,0 ± 00 ,1
26 ,0 ± 85 ,0
26 ,0 ± 60 ,0
NOX4
30 ,0 ± 00 ,1
12 ,0 ± 09 ,1
17# ,0 ± 79 ,0
p22phox
21 ,0 ± 00 ,1
13 ,0 ± 09 ,1
19# ,0 ± 79 ,0
p47phox
13 ,0 ± 00 ,1
*08 ,0 ± 83 ,0
20 ,0 ± 81 ,0
Conclusão: Administração de N-acetilcisteína reduz atividade e expressão gênica
da NADPH oxidase no músculo sóleo de ratos com insuficiência cardíaca. Apoio:
FAPESP and CNPq.
PO 140
Diferenças nas características ecocardiográficas
entre pacientes com cardiomiopatia dilatada e
distintos padrões de disfunção diastólica. Um estudo
com ecocardiografia tridimensional em tempo real e
Doppler tecidual.
Frederico J. N. Mancuso, Valdir A. Moises, Dirceu R. Almeida,
Wercules A. Oliveira, Dalva Poyares, Antonio C. C. Carvalho,
Angelo A. V. de Paola, Orlando Campos
HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL
Introdução: Nos pacientes com insuficiência cardíaca, a presença de padrão de
enchimento diastólico restritivo está associado a pior prognóstico. O objetivo deste
estudo é avaliar a diferença entre os pacientes com cardiomiopatia dilatada que
apresentam distintos graus de disfunção diastólica.
Métodos: Foram incluídos 110 pacientes com cardiomiopatia dilatada não isquêmica,
disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (FEVE ≤ 0, 50), ritmo sinusal e tratamento
clínico otimizado. Os pacientes foram divididos em três grupos conforme a padrão
de enchimento ao influxo mitral: alteração do relaxamento (AR), pseudonormal (PN)
e restritivo (RT). Foram avaliadas as seguintes variáveis: idade, superfície corporal,
classe funcional, volume do átrio esquerdo indexado pelo eco3D (VAEi), FEVE pelo
eco3D, relação E/e´, fração de mudança de área do ventrículo direito, vena contracta
da insuficiência mitral (IM) e pressão sistólica pulmonar (PSP). A análise estatística foi
realizada pelo teste ANOVA com pós-teste de Bonferroni.
Resultados: Os três grupos (AR, PN, RT) apresentaram, respectivamente: idade (55,
7±9, 5, 49, 6±12, 5 e 50, 2±13 anos; p=0, 04), classe funcional (1, 95±0, 48, 2, 15±0,
56 e 2, 26±0, 52; p=0, 04), superfície corporal (1, 74±0, 18, 1, 71±0, 19 e 1, 79±0, 12
cm2; p=0, 26), VAEi (31, 5±11, 3, 41, 8±13, 9 e 51, 1±14, 5 ml; p<0, 01), FEVE (34,
1±8, 2, 31, 1±7, 4 e 26, 1±5, 4; p<0, 01), fração de mudança de área do VD (43, 1±11,
36, 8±9, 6 e 26, 3±8, 8%; p<0, 01), relação E/e´ (13, 8±6, 4, 22, 1±8, 3 e 23, 3±8; p<0,
01), IM (0, 37±0, 16, 0, 46±0, 14 e 0, 51±0, 14 cm; p<0, 01) e PSP (37, 9±12, 9, 43±12,
3 e 50, 8±9 mmHg; p<0, 01).
Conclusão: Padrões mais avançados de disfunção diastólica estão associados com
maior VAEi, menor FEVE, pior função do VD, maior relação E/e´, maior IM e PSP
mais alta.
PO 139
IMPACTO DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DO PROGRAMA DE
CUIDADOS CLÍNICOS EM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA DURAÇÃO
DA INTERNAÇÃO E NA TAXA DE RE INTERNAÇÃO PRECOCE
Douglas José Ribeiro, Denise Louzada Ramos, Damiana Vieira
dos Santos Rinaldi, Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva,
Andressa Motta Aurich, Luciana Seabra Feitosa, Viviane
Aparecida Fernandes, Valter Furlan
HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: A Certificação de um Programa de Cuidados Clínicos em
Insuficiência Cardíaca (PCC em IC) pela Joint Commission International (JCI) reflete
uma assistência de alta qualidade aos portadores da doença. Em janeiro de 2012
iniciou-se a monitorização de indicadores e a partir de julho foi feita a implantação
do PCC para o processo de Certificação no Hospital Totalcor. Indicadores de processo
e resultados são mensurados a fim de promover melhorias contínuas e integração
de toda equipe multiprofissional. O programa visa cuidados desde a admissão, até o
acompanhamento pós-alta.MÉTODOS: Após admissão e diagnóstico de IC os pacientes
são orientados quanto ao programa (termo de consentimento) e passam a fazer parte
do PCC. A partir deste momento todo o cuidado é gerenciado por uma enfermeira
gestora, que irá mobilizar a equipe multiprofissional, checar os prontuário, organizar
o processo e acompanhar indicadores e resultados. Avaliamos, através da análise de
prontuário, 6 meses que antecederam a implantação do programa (primeiro semestre
de 2012) e 6 meses após a implantação do mesmo (segundo semestre de 2012). Dentre
os indicadores, a taxa de reinternação em 30 dias e a média de dias de internação pré
e pós programa, mostram um panorama dos cuidados aos pacientes portadores de IC.
Em relação à análise estatística, as variáveis categóricas foram comparadas com o teste
do qui-quadrado e as variáveis contínuas pelo teste de Mann-Whithney. Todos os testes
foram bicaudais e um valor de p < 0, 05 foi considerado significativo. RESULTADOS:
Foram analisados 769 pacientes de janeiro a dezembro de 2012. Durante o primeiro
semestre, período que antecedeu a implementação do programa, a media de dias de
internação foi de 8, 8 dias, enquanto que no segundo semestre a média foi de 8, 4
dias. Redução de 4, 55%. A taxa de reinternação em 30 dias destes pacientes, no 1
semestre de 2012, foi de 13% e no segundo semestre foi de 9%. Uma redução de 30,
77%.CONCLUSÃO: Nos primeiros 6 meses de implementação do PCC em IC houve
uma redução do período de hospitalização destes pacientes e no índice de reinternação
nos primeiros 30 dias após a alta. Estes achados sugerem que o envolvimento dos
profissionais de saúde e do próprio paciente na gestão de uma doença grave como a
IC pode trazer benefícios.
PO 141
Estimulação Elétrica Muscular Reduz Atividade Nervosa
Simpática e Vasoconstrição em Pacientes Internados por
Insuficiência Cardíaca Descompensada
Raphaela V Groehs, Ligia Antunes-Correa, Thais Nobre,
Marcelo Ochiai, Ludhmila A Hajjar, Maria Janieire Alves,
Antonio C Barretto, Carlos E Negrão
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, ESC ED FIS ESP USP
- Sao Paulo - Sao Paulo - Brasil
Introdução.Ainsuficiência cardíaca(IC) é uma afecção prevalente que resulta em
taxas elevadas de morbi-mortalidade. A busca de alternativas para o tratamento
destes pacientes é continua e desafiadora. Nós investigamos se a contração muscular
esquelética involuntária, provocada por estimulação elétrica(EE), reduz a atividade
nervosa simpática muscular(ANSM) e vasoconstrição, e melhora a capacidade
funcional de pacientes com IC internados por descompensação. Métodos. 21 pacientes
internados por IC descompensada, CF IV, FEVE≤30% foram consecutivamente
randomizados em: 1)EE funcional(n=11) e 2)EE sensorial(n=10). A EE funcional,
iniciada após estabilização clínica, consistiu de estimulação dos membros inferiores,
frequência de 10Hz, pulso de 150ms, durante 60 min, intensidade no limiar de
desconforto do paciente até atingir 70mA, 7 vezes por semana, por 10 dias. A EE
sensorial seguiu o mesmo procedimento, exceto para a intensidade, que foi fixada
em 20mA. A ANSM foi avaliada diretamente no nervo fibular pela técnica de
microneurografia, o fluxo sanguíneo muscular(FSM) do membro inferior pela técnica
de pletismografia de oclusão venosa e a capacidade física pelo teste de caminhada
de 6 minutos. Análise Estatística. Diferenças basais pelo Teste T-Student para dados
não pareados e efeito das intervenções pela ANOVA de dois fatores para medidas
repetidas. Em caso de significância (P<0, 05), utilizou-se a análise Post Hoc de
Scheffé. Resultados. As características basais foram semelhantes entre os grupos. A
EE funcional reduziu a ANSM (49±4.4vs.32±3.8 disparos/min, P<0.001), aumentou o
FSM (0.86±0.1vs.1.44 ±0.1 ml/min/100ml P<0.05) e a distância no teste de caminhada
(299±34vs.422±34.5 m, P<0.0001). A EE sensorial não modificou os parâmetros
estudados, exceto a distância no teste de caminhada. No grupo EE funcional, nenhum
paciente foi reinternado no período de 30 dias. Diferentemente, no grupo EE sensorial,
2 pacientes necessitaram de reinternação. A EE não alterou os níveis plasmáticos
de proteína C reativa, creatinina, sódio, potássio, uréia e hemoglobina. Conclusão.
A EE é uma intervenção segura que melhora significativamente a ANSM, o FSM e
a capacidade funcional em pacientes com IC descompensada. Assim a EE muscular
pode representar alternativa terapêutica segura e eficaz no manejo da IC.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
187
PO 142
Impacto da anemia na mortalidade intra-hospitalar de
pacientes com insuficiência cardíaca descompensada.
ANTONIO CARLOS BACELAR, Buzzato, LL, Katz, M, Pesaro,
AE, Correia, AG, Galvão, TFG, Giolo, R, Bacal, F, Makdisse, M,
Tarasoutchi, F
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: Anemia é comorbidade comum em pacientes idosos com
insuficiência cardíaca (IC) e está associada à pior prognóstico. O objetivo do
presente estudo foi avaliar o impacto da anemia importante na mortalidade
intra-hospitalar dos pacientes com IC sistólica descompensada.
Métodos: Entre 2005 a 2012, 1693 pacientes com IC sistólica [fração de
ejeção (FE) £ 45%] descompensada foram incluídos consecutivamente em
um registro prospectivo unicêntrico. Anemia foi definida como hemoglobina
(Hb) < 12 mg/dL e anemia importante Hb < 10 mg/dL em algum momento da
internação. Variáveis contínuas são apresentadas na forma de média+DP e
variáveis categóricas são descritas na forma de frequências. A comparação
entre variáveis contínuas foi feita através do teste t de Student ou MannWhitney, e para variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-Quadrado.
O impacto da anemia no prognóstico dos pacientes foi realizado através
regressão logística e a capacidade discriminativa foi realizada através da
área sob a curva ROC onde se determinou o ponto da curva que apresentou
a melhor relação de sensibilidade e especificidade. O valor de p<0, 05 foi
considerado estatisticamente significativo.
Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8, 7% (148 casos). A
média etária foi de 75, 9 ± 12 anos, 72, 1% eram do sexo masculino, a FE
foi de 32 ± 8%. A prevalência de anemia leve e importante foi de 66% e 33%,
respectivamente. A média de Hb nos pacientes que evoluíram para óbito foi
de 9, 1 ± 2 mg/dL e 11, 3 ± 3 mg/dL entre os sobreviventes (p<0, 0001).A área
sob a curva ROC foi de 0, 79 (IC95% 0, 75-0, 82). O melhor ponto de corte foi
6, 9 mg/dL (sens. 99% e esp. 98%). Através do modelo de regressão logística,
os pacientes com Hb < 10 mg/dL apresentaram chance 6, 5 vezes maior de
evoluírem com óbito intra-hospitalar [OR=6, 5 (IC95% 4, 5-9, 5; p=<0, 001)].
Conclusões: Anemia é variável associada à pior prognóstico e pacientes
com Hb < 10 mg/dL apresentam elevado risco de óbito intra-hospitalar.
PO 143
Peptídeo natriurético cerebral (BNP) em pacientes
ambulatoriais com insuficiência cardíaca
Marçula, M, De Paula, RS, Cuoco, MAR, Correia, GF, Grell, ES,
Antelmi, I, Takii, MYK, Araújo, RLS, Tanaka, NI, Mansur, AJ
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Fundamentos: O Peptídeo Natriurético Cerebral (BNP) é complemento diagnóstico
e terapêutico em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). É de interesse o
conhecimento da sua distribuição e das correlações clínicas em casuística brasileira
de pacientes ambulatoriais com diagnóstico de IC. Métodos: Foram avaliados 1919
pacientes consecutivos incluídos de 2003 a 2009 com idade entre 18-90 (média 56;
desvio padrão 13; mediana 56), 1231 (64%) homens, 688 (36%) mulheres, etiologia
hipertensiva em 780 (41%), isquêmica 441 (23%), chagásica 295 (15%), alcoólica
127 (7%), outras 116 (6%) e indeterminada 160 (8%). O BNP foi avaliado quanto à
distribuição, variáveis clínicas e prognóstico. A sobrevida foi avaliada pelo método
Kaplan-Meier e o prognóstico pelos riscos proporcionais de Cox, expresso pelo
risco relativo (RR). Resultados: A taxa de BNP (490 pacientes) média foi 564pg/
dL, desvio padrão 814pg/dL, mediana 206pg/dL, 1º. Quartil 65g/dL, 3º. Quartil pg/
dL (min 2 pg/dL; max 4992 pg/dL). Os fatores idade (p=0, 021), índice de massa
corpórea (p<0, 001), tempo de sobrevida (p<0, 001), diâmetro diastólico do ventrículo
esquerdo (p=0, 019), diâmetro do átrio esquerdo (p<0, 001), creatinina (p<0, 001),
etiologia chagásica (p<0, 001), fibrilação atrial (p=0, 024) e as correlações idade
com diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (p=0, 013) e com a creatinina (p=0,
002) foram significativamente associados com o aumento do BNP. Os valores de
BNP foram associados significativamente com o prognóstico (p<0, 00001; RR=1,
00 IC[1, 00;1, 00]). Além do BNP, outros fatores prognósticos identificados foram
LDL-colesterol (p=0, 018; RR=1, 01 IC[1, 00;1, 02]), índice de massa corpórea (p=0,
046; RR=1, 05 IC[1, 00;1, 09]), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p=0, 049;
RR=0, 97 IC[0, 94;0, 99]), sexo masculino (p=0, 027; RR=1, 99 IC[1, 08;3, 65]),
etiologia chagásica (p=0, 006;RR=2, 27 IC[1, 26;4, 09]) e classe funcional (p=0, 02;
RR=1, 83 IC[1, 08;3, 09]). Conclusão: O BNP é um marcador prognóstico e dentro
da sua alta variabilidade, a elevação do BNP se associou com idade, índice de massa
corpórea, etiologia, fibrilação atrial, creatinina, diâmetro do átrio esquerdo, diâmetro
diastólico do ventrículo esquerdo e também com menor sobrevida dos pacientes com
insuficiência cardíaca.
PO 144
Taxas de leucócitos, linfócitos e monócitos quanto ao
prognóstico de pacientes ambulatoriais com insuficiência
cardíaca de diferentes etiologias
Buto, MFS, Marçula, M, Fujiwara, LM, Melo, MGN, de Freitas,
HFG, Yamada, AT, Filho, COB, Botter, DA, Sandoval, MC,
Mansur, AJ
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamentos: Diferentes mediadores inflamatórios participam na fisiopatologia
da insuficiência cardíaca e modulam a taxa de leucócitos e linfócitos no sangue.
Avaliamos o prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca em função das
taxas de leucócitos, linfócitos e monócitos e de outras variáveis clínicas. Métodos:
Foram estudados 3139 pacientes (média 58+14 anos), 1972 (63%) homens e 1167
(37 %) mulheres. A etiologia foi a cardiopatia hipertensiva em 572(35%) pacientes,
isquêmica em 300 (19%), doença de Chagas em 208 (13%), alcoólica em 61 (4%),
outras em 71(4%) e indeterminada em 394(25%). A sobrevida foi avaliada por
Kaplan-Meier e a taxa de óbitos (razão de risco, RR) foi avaliada com o modelo de
riscos proporcionais de Cox. Resultados: As variáveis associadas com o prognóstico
foram a taxa de linfócitos (p<0, 0001) >900 céls/mm³, RR=1, 85 (IC=1, 25;2, 74),
a idade (p<0, 0001), 30-50 vs 18-30 e >50 anos, RR=0, 74(IC=0, 65;0, 86), índice
massa corpórea (p=0, 0008), <18, 5vs18, 5-24, 9, RR=1, 85 IC=(1, 18;2, 91), <18,
5 vs >25, RR=2, 36 (IC=1, 50;3, 70), >25 vs 18, 5-24, 9, RR=0, 78 (IC=0, 66;0,
93), hipertensão arterial (p=0, 0299), RR= 1, 22 (IC=1, 02;1, 46), pressão arterial
diastólica (=0, 0007), <85 vs 85-89mmHg, RR= 1, 20 (IC= 0, 56;2, 54), 90mmHg,
RR=1, 36 (IC=1, 16;1, 6), 85-89 vs >90mmHg, RR=1, 13 (IC=0, 53;2, 40), classe
funcional (p<0, 0001), III/IV vs I/II, RR=1, 55 (IC=1, 33;1, 81), diâmetro do átrio
esquerdo (p=0, 0084), nos homens RR=1, 32 (IC=1, 02;1, 70) e nas mulheres, RR=1,
55 (IC=1, 10;2, 18), diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (p=0, 0226), nos
homens 42mm, RR=4, 03 (IC=1, 97;8, 25) e diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo
(p=0, 0277), nos homens >39 vs <39mm, RR=1, 59 (IC=1, 14;2, 21), hemoglobina
(p=0, 0159), nos homens 17 vs 14 e 17g/dL, RR=1, 05 (IC=0, 72;1, 53) e >17 vs
<14g/dL, RR=0, 79 (IC=0, 54;1, 15), HDL-colesterol (p<0, 0001), 40mg/dL, RR=1,
34 (IC=1, 16;1, 55) e creatinina (p<0, 0001), <0, 8 vs 0, 8-1, 3mg/dL, RR=0, 76
(IC=0, 59;0, 97) e >1, 3 vs 0, 8-1, 3mg/dL, RR=1, 39 (IC=1, 23;1, 57). Conclusões:
A taxa de linfócitos se associou com o prognóstico de pacientes ambulatoriais com
insuficiência cardíaca de diferentes etiologias, achado compatível com a influência de
modulação de mediadores inflamatórios no prognóstico.
PO 145
Preditores de Re-Internação Hospitalar em
Pacientes Hospitalizados com Insuficiência Cardíaca
Descompensada.
André Coelho Marques, Marcelo Katz, Leandro Loureiro
Buzatto, Alessandra da Graça Correia, Tatiana de Fátima
Gonçalves Galvão, Adriano Alves Leite, Marcia Regina P.
Makdisse
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução: No Brasil, a IC (insuficiência cardíaca) descompensada é a principal
causa de hospitalização entre as doenças cardiovasculares. As taxas de mortalidade e
re-hospitalização dos pacientes que são internados por IC continua elevada, sendo de
fundamental importância, nesse contexto, a identificação de fatores associados com
o prognóstico.
Objetivo: Identificar as variáveis associadas com a re-internação hospitalar de
pacientes hospitalizados por IC sistólica descompensada.
Métodos: Entre 2007 e 2012, 2048 pacientes hospitalizados por IC sistólica
descompensada foram incluídos consecutivamente em um registro prospectivo
unicêntrico. Foram coletados dados clínicos e de exames complementares, além da
ocorrência de re-internação no período de 1 ano. Para avaliar as diferenças entre os
grupos foi utilizado o teste t de Student para as variáveis numéricas e o teste do quiquadrado para as variáveis categóricas. As variáveis que apresentaram associação com
re-internação hospitalar com P<0, 15 foram incluídas em análise de regressão logística
para determinar as variáveis independentemente relacionadas com a re-internação. O
nível de significância estabelecido foi P<0, 05.
Resultados: A taxa de re-hospitalização foi de 50% num período de 1 ano. Após
análise de regressão logística, 5 variáveis estiveram associadas de forma independente
à ocorrência de re-internação: presença de insuficiência renal crônica (IRC) (OR 1, 37;
IC 95% 1, 09 – 1, 73), doença arterial coronária (DAC) (OR 1, 37; IC 95% 1, 14 – 1,
65), diabetes mellitus (DM) (OR 1, 27; IC 95% 1, 06 – 1, 53), fração de ejeção do
ventrículo esquerdo (FEVE) (OR 0, 97; IC 95% 0, 96 – 0, 98) e idade (OR 1, 02; IC
95% 1, 01 – 1, 03).
Conclusões: A presença de DAC, IRC e DM, além da FEVE e idade estiveram
associadas de forma independente à re-internação em 1 ano de pacientes hospitalizados
por IC sistólica descompensada.
188
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 146
Insuficiência Cardíaca: Comparação entre Pacientes Com
e Sem Apneia do Sono
Servantes DM, Storti LJ, Fujita L, Almeida DR, Tufik S, Mello MT,
Cintra FD, Bittencourt LR
Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de
Medicina - São Paulo - SP - Brasil
Introdução.A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição clínica de alta morbimortalidade. Fatores que contribuem para progressão e pior prognóstico devem ser
investigados, como a apneia do sono. Objetivo: comparar pacientes com IC, com e
sem apneia do sono.
Métodos. Foram selecionados 93 pacientes consecutivos com IC, New York Heart
Association (NYHA) II e III, fração de ejeção (FE) <40% e índice de massa corpórea
(IMC) <35Kg/m2. Após polissonografia basal (Embla), considerando apneias
obstrutivas e centrais, foram agrupados em: Grupo 1 (G1, IAH≤5, n=24) e Grupo
2 (G2, IAH>5/h, n=69). Variáveis comparadas: gênero, idade, IMC, FE, etiologia,
NYHA, e dados da polissonografia.
Análise estatística. Variáveis nominais: Teste de Qui-quadrado de Pearson ou
teste Exato de Fisher. Numéricas (média±DP): Teste t-Student independente.
Significativo p<0, 05.
Resultados. 74, 2% de diagnóstico de apneia do sono (G2), sendo 39, 1% apneia
grave (IAH>30/h). G1xG2: gênero masculino (G1=37, 5% e G2=57, 9%; p=0, 010*),
idade (G1=52±9 e G2=55±9 anos; p=0, 183), IMC (G1=28±4 e G2=30±3 Kg/m2;
p=0, 100), FE (G1=31±6% e G2=31±5%; p=0, 785), etiologias mais frequentes (G1:
isquêmica=46%, hipertensiva=8% e G2: isquemica=26%, hipertensiva=27%; p=0, 03*),
NYHA III (G1=12% e G2=38%; p=0, 039*). Polissonografia: maior número de eventos
respiratórios totais (P<0, 001*) e maior IAH (p<0, 001*) no G2, e também maior índice
de despertares/h (G1=9, 4±3, 6 e G2=20, 5±12, 2; p<0, 001*) e menores % de saturações
de oxigênio basal (G1=95, 1±1, 6 e G2=94, 2±1, 6; p=0, 027*), média (G1=94±2 e
G2=93±1, 9; p=0, 021*) e mínima (G1=87, 2±3, 3 e G2=82, 6±4, 3; p<0, 001*), no G2.
Arquitetura do sono: % de estágio N1 maior em G2 (G1=10, 4±5, 1 e G2=14, 3±13, 6;
p=0, 048*) e % de estágio N3 maior em G1 (G1=25, 7±11, 9 e G2=19, 5±10, 4; p=0,
017*). Eficiência do sono semelhante (G1=73, 8±13, 2% e G2=70, 8±15, 5%; p=0, 408).
Conclusões. A apneia do sono foi diagnosticada em 74, 2% dos pacientes, enfatizando a
importância da polissonografia na IC. Os pacientes com apneia do sono apresentaramse mais sintomaticos demonstrado por maior % de NYHA III. Ainda, apresentaram
alteração na arquitetuta e na continuidade do sono, refletindo o prejuízo na qualidade,
o que pode resultar em maiores danos cardiovasculares para os pacientes com IC e
apneia do sono.
PO 147
TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA (TRC) NA DOENÇA DE
CHAGAS (DC): COORTE DE 82 PACIENTES SEGUIDOS POR 2 ANOS.
João Paulo Velasco Pucci, JORGE RAUL CASTRO DORTICÓS,
SILAS DOS SANTOS GALVÃO FILHO, JOSÉ TARCÍSIO MEDEIROS DE
VASCONCELOS, RAFAEL CARDOSO JUNG BATISTA, ROBERTO FELIPE
MARRERO, BRUNO PAPELBAUM, CARLOS EDUARDO DUARTE
Clínica de Ritmologia Cardíaca - São Paulo - São Paulo - Brasil
A TRC, atualmente, é uma excelente opção no tratamento da Insuficiência Cardíaca
(IC) refratária em portadores de disfunção sistólica e dissincronia ventricular. Na
Doença de Chagas entretanto, não existem grandes estudos e os registros na literatura
são limitados a poucas séries de casos. Nesse trabalho, apresentamos uma coorte de
82 pacientes (pts) de nossa experiência com TRC na DC. Entre Janeiro de 92 a Maio
de 2012, foram submetidos à TRC 112 pts portadores de IC por DC dentre os quais
foi realizada a análise retrospectiva do prontuário de 82pts, 47(57, 3%) homens e 35
(42, 6%) com idade média de 54, 25anos. No pré-operatório imediato 27(33%) dos pts
encontravam-se em CF IV; 50(61%) em CF III; 5(6%) em CF II e nenhum em CF I.
Todos os pts apresentavam distúrbio de condução intraventricular: 50(60, 9%) pts com
BRD + BDAS e 32(39%) com BRE, sendo largura média do QRS de 186, 11ms ±31,
31. O Ecocardiograma demonstrava disfunção sistólica importante em todos os pts
com Fração de Ejeção (FE) média de 27, 71 ±10, 44%. Os 82 pts foram submetidos
a TRC, sendo 69(84, 14%) implantes de TRC-P e 13(15%) de TRC-D. A análise
estatística dos dados foi realizada através do programa SPSSStatistics v.20.0 para
MAC. Após seguimento médio de 24, 5±39, 7 meses observamos benefício clinico
em 80% dos pts, encontrando-se 19(23%) em CF I, e 47(57%) em CF II, sendo que
16(20%) permaneceram em CF III ou IV (p < 0, 0001). Houve redução significativa da
largura do QRS após a TRC com média de 110, 55±9, 72ms (p<0, 0001). Observou-se
também melhora considerável da FE para 35, 77±9, 72% (p< 0, 0001). Obteve-se total
de 29(35, 36%) óbitos, todos em portadores de TRC-P, sendo 25 (86, 2%) de causas
cardíacas, dos quais 13 (52%) foram súbitos. Não houve diferença dos resultados entre
os portadores de BRE e BRD + BDAS.A TRC se mostrou útil no tratamento da IC
refratária dos casos estudados. Haja vista a alta mortalidade súbita cardiovascular,
exclusiva nos pts portadores de TRC-P, devemos sempre considerar a indicação de
TRC-D nesses doentes.
PO 148
Comparação entre BNP e NT pró BNP na prática clínica e
influência de variáveis
Milena Curiati, Lucas Tachotti, Odilson Silvestre, Philippe
Pires, Sandrigo Mangini, Carlos Ferreira, Fernando Bacal
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL
Introdução:O Peptideo natriurético tipo B (BNP) e a cadeia N-terminal inativa (NT
pró BNP) são marcadores plasmáticos que têm apresentado importância na prática
clínica e laboratorial das cardiopatias.Entretanto, há freqüentes discrepâncias entre
níveis dos dois marcadores, dependente de características individuais e fatores como
sexo, idade, obesidade e disfunção renal. Apesar da relação estreita e da satisfatória
concordância habitual entre as medidas, discrepâncias ainda demonstram em alguns
estudos que os dois marcadores não são idênticos.Objetivos:comparar os níveis de
BNP e NT pró BNP, avaliar a concordância, análise das variáveis idade, obesidade,
insuficiência renal, fração de ejeção de ventrículo esquerdo, anemia e sua relação
com os níveis dos marcadores.Métodos:em estudo retrospectivo observacional,
comparamos os níveis de BNP e NT pró BNP nas amostras consecutivas de 138
pacientes, no período de 20 a 31 de janeiro de 2012. Foram analisados prontuários
informatizados para coleta dos dados: idade, sexo, peso, altura, fração de ejeção
de ventrículo esquerdo, hemoglobina, creatinina e uréia. Na análise dos dados as
variáveis contínuas foram expressas em média e desvio padrão quando de distribuição
paramétrica e mediana variação interquantil quando não paramétrica; as categóricas
em porcentagens e como método de correlação utilizado Pearson. Considerado
significativo p<0, 05.Resultados:Observou-se associação linear entre BNP e NTpro-BNP, com coeficiente de correlação de Pearson = 0, 907 (p<0, 001). Ao avaliar
as medidas categorizadas como normal e alterado, encontramos boa concordância,
com 90, 6% de classificações concordantes, p<0, 001, sendo que valores alterados
de NT e normais de BNP representam 8, 7% do total e o contrário representa 1% do
total. A avaliação dos fatores associados ao BNP mostrou que quanto maior a idade,
maior o valor de BNP e quanto maior a fração de ejeção, menor o valor de BNP.
Pacientes com anemia(p<0, 001) ou com insuficiência renal(p=0, 007) apresentaram
valores maiores de BNP. Não houve associação entre obesidade e BNP. Os resultados
foram similares para NT pro BNP.Conclusão:Houve concordância satisfatória entre as
medidas de BNP e pró BNP. A influência dos fatores analisados foi semelhante para
os dois marcadores.
PO 149
Hospitalização e mortalidade por Insuficiência Cardíaca
em idosos na região metropolitana de São Paulo
Henrique Godoy, Eduardo Segalla de Mello, Jose Alexandre
Silveira, Dirceu Rodrigues de Almeida
Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - São Paulo Brasil
Introdução: Os avanços no tratamento da insuficiência cardíaca (IC) resultaram em
redução da taxa de mortalidade e em menor necessidade de hospitalização. Entretanto
pacientes idosos foram sub-representados nos principais ensaios clínicos e não sabe
ao certo qual o impacto da moderna terapia para IC neste sub-grupo de pacientes em
nosso meio.
Método: Estudo ecológico do tipo série temporal, abrangendo o período de janeiro
de 1998 a dezembro de 2012. Foram analisados os dados de internação e mortalidade
hospitalar em pacientes com idade superior a 20 anos em hospitais do Sistema Único
de Saúde (SUS) da região metropolitana de São Paulo, obtidos através do DATASUS e
disponibilizado através do sistema TABNET. As variáveis foram comparadas de forma
univariada (qui quadrado) com nível de significância (p) < 0, 05.
Resultados: No período do estudo ocorreram mais de 245mil hospitalizações por IC,
sendo 19, 0% (45.494) em pacientes com idade entre 50-59 anos, 24, 0% (58.571) em
pacientes com idade entre 60-69 anos (p<0, 001), 25, 0% (60.483) em pacientes com
idade entre 70-79 anos (p<0, 001) e 17, 0% (42.780) em pacientes com idade superior
a 80 anos (p=0, 381). Ocorreram 64906 (23, 0%) óbitos hospitalares, sendo 7, 0%
(4577) em pacientes com idade entre 50-59 anos, 14, 9% (9689) em pacientes com
idade entre 70 – 79 anos (p<0, 001) e 14, 7% (9571) em pacientes com idade > 80 anos
(p=0, 587). O tempo médio de internação foi de 8, 9 dias, similar para todas as faixas
etárias analisadas (p=0, 358). Na série temporal foi observada redução em média de
35, 0% no número de internações hospitalares por IC nas faixas etárias entre 20 e 50
anos e aumento nas faixas etárias acima de 60 anos. Para todas as faixas etárias ocorreu
aumento na taxa de mortalidade hospitalar no período avaliado. Conclusão: Pacientes com IC apresentam elevado risco para hospitalização e
mortalidade hospitalar, principalmente àqueles com idades mais elevadas. A
identificação de estratégia terapêutica mais adequada para esta complexa população
é necessária e urgente.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
189
PO 150
VARIÁVEIS ASSOCIADAS COM A MORTALIDADE NA IC
DESCOMPENSADA EM FASE AVANÇADA
JULIANO NOVAES CARDOSO, Marcelo Ochiai, Milena Curiati,
Criatina R Cardoso, Euler Brancalhão, Kelly Novaes, Antonio
Carlos Pereira Barretto
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Pacientes que internam com insuficiência cardíaca descompensada (ICD)
em fase avançada apresentam prognóstico reservado. Identificar os pacientes deste
grupo que evoluem pior é importante para o planejamento do tratamento.
Objetivo: Avaliar as variáveis que estão associadas com mortalidade neste grupo
de pacientes.
Métodos: Selecionamos pacientes que internaram com ICD, congestão e FEVE
(fração de ejeção do ventrículo esquerdo) ≤ 40%. Foram utilizados os testes t de
Student, Qui-quadrado. As curvas de sobrevidaforam feitas pelo modelo de KaplanMeier e comparadas pelo método de Log-Rank.O risco relativo (IC 95%) foi calculado
pela regressão de Cox. Foi considerado significante P < 0, 05.
Resultados: 72 pacientes sendo 81, 9% do sexo masculino. A média da FEVE (DP)
foi de 23, 15% (6, 59). A maioria dos pacientes necessitou de droga vasoativa durante
a compensação (69, 4%). A média da pressão arterial sistólica foi de 104, 62 mmHg
(12, 41). A média de acompanhamento foi de 115 dias. A mortalidade foi de 22, 2%.
O modelo multivariado mostrou as seguintes variáveis associadas à mortalidade:
etiologia chagásica Hazard ratio (HR) 3, 635 (IC 1, 047-12, 622) e P=0, 042; piora da
função renal HR 8, 796 (IC 2, 138-36, 179) P= 0, 003, ausência de inibidor da ECA
HR 4, 4 (IC 1, 05-18, 50) P=0, 042; Sódio inicial HR 1, 20 (IC1, 037-1, 388) P=0, 014
e BNP inicial HR 1, 001 (IC 1, 000-1, 001) P=0, 009.
Conclusões: Etiologia chagásica, BNP elevado, piora da função renal, ausência de
IECA e sódio inicial baixo foram as variáveis que identificaram os pacientes com pior
prognóstico neste grupo.
PO 151
ACURÁCIA DA ANGIOGRAFIA CORONÁRIA E DA RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA COM REALCE TARDIO PELO GADOLÍNIO NO
DIAGNÓSTICO DA CARDIOPATIA ISQUÊMICA
Pessoa de Melo EF, Vieira de Melo RM, Biselli B, Ávila R,
Ribeiro HB, Ávila LF, Ribeiro EE, Bocchi EA, Conceição-Souza GE
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: o diagnóstico da etiologia isquêmica na insuficiência cardíaca sitólica
(ICS) tem implicações prognósticas e terapêuticas. A angiografia coronária (AC),
neste contexto, é limitada por ser invasiva, com risco de complicações e avaliação
apenas anatômica. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) com Realce Tardio
pelo Gadolínio (RTG) contribui para o diagnóstico por mensurar padrões de fibrose
miocárdica causados por isquemia. Porém, o RTG tem a limitação de não detectar
isquemia que não resultou em fibrose. Assim, a avaliação clínica global pelo
cardiologista parece ser a maneira mais eficaz para definir o diagnóstico. Objetivo:
avaliar a AC e o RTG como métodos complementares para o diagnóstico de CI em
pacientes com ICS sem etiologia definida. Métodos: pacientes com ICS, FEVE <
45% e etiologia indefinida após avaliação inicial, submetidos a AC e RMC com RTG
para definição etiológica da cardiomiopatia. Excluídos pacientes com doença arterial
coronária prévia, sorologia positiva para Chagas, cardiopatia congênita, valvopatia
grave e submetidos a transplante cardíaco. Os critérios angiográficos utilizados para
CI foram baseados em publicação prévia. O padrão do RTG foi definido pela RMC.
A análise global dos casos por dois cardiologistas, incluindo história clínica e exames,
foi definida como padrão-ouro para o diagnóstico de CI. Resultados: incluídos 24
pacientes, 19 (79, 2%) masculinos, idade média 51, 6 (+-12, 5) anos, FEVE: 27% (+-11,
1). Pela avaliação clínica, 11 (45, 8%) pacientes foram considerados portadores de CI.
À AC 5 (20, 8%) pacientes tiveram alterações consistentes com CI. O RTG detectou
padrão compatível com CI em 10 (41, 6%) pacientes. A sensibilidade para a detecção de
CI foi de 0, 45 para AC versus 0, 75 do RTG. A especificidade da AC foi de 1, 0 versus 0,
92 do RTG. O valor preditivo positivo foi de 1, 0 versus 0, 9 e o valor preditivo negativo
foi 0, 68 versus 0, 79 para AC e RTG, respectivamente. A acurácia diagnóstica do RTG
foi de 0, 83 e da AC 0, 75. Conclusão: O RTG foi mais sensível que a AC na avaliação
etiológica da ICS sem causa definida, enquanto a AC foi mais específica. Os papéis
destes exames são complementares no diagnóstico etiológico da IC.
PO 152
Influência do aumento da oferta energética por dieta
hiperlípidica na disfunção cardíaca de ratos com
estenose aórtica supravalvar
De Tomasi LC, Campos DHS, Silva DCT, Okoshi K, Fernandes AAH,
Padovani CR, Cicogna AC
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL
Introdução: A remodelação cardíaca(RC) ocorre em resposta a agressões, como
sobrecarga pressórica, e pode manifestar-se por alterações de tamanho, forma e função
do coração.Objetivo: testar a hipótese que o aumento da oferta energética proveniente
de dieta hiperlipídica atenua a disfunção cardíaca no modelo EAo. Os mecanismos
estão relacionados à diminuição na β/α MyHC e ao aumento da SERCA2a/PLB.
Metodologia: Ratos Wistar machos, com 21 dias, foram separados em dois grupos:
controle operado(Sham) e EAo. 6 semanas após cirurgia, os animais foram redistribuídos
em quatro grupos(n=12/grupo): tratados com dieta normolipídica(EAo-N e Sham-N)
ou hiperlipídica insaturada(EAo-H e Sham-H). A RC foi caracterizada pelas análises
estrutural e funcional, sistólica e diástolica, por ecocardiograma na 6ª e 18ª semana, e
por estudos macroscópico e relações SERCA2a/PLB e β/α MyHCna 18ª semana. Teste
”t” Student ou Mann-Whitney para comparações entre Sham e EAo; e ANOVA com
Dunn ou Bonferroni entre EAo-N, Sham-N, EAo-H e Sham-H. P<0, 05. Resultados:
O ecocardiograma na 6ª semana mostrou que os animais EAo apresentaram hipertrofia
concêntrica, disfunção diastólica, evidenciada pelo aumento do átrio esquerdo(AE), e
melhoria na função sistólica. Na 18a semana o peso do átrio(AT), a relação AT/tíbia, a
relação átrio esquerdo/peso corporal (AE/PC), o diâmetro do AE(p=0, 10) e a relação
AE/aorta(p<0, 06) foram menores no grupo EAo-H vs EAo-N. A função sistólica foi
semelhante entre EAo-H e EAo-N. A razão β/α MyHC foi maior nos grupos EAo-N
e EAo-H vs Sham-N e Sham-H, respectivamente. A relação SERCA2a/PLB foi menor
nos grupos EAo-N e EAo-H vs Sham-N e Sham-H, respectivamente. Conclusão:
A dieta hiperlipídica diminuiu a hipertrofia atrial sugerindo atenuação da disfunção
diastólica; entretanto, não houve participação da MyHC e da SERCA2a nesse processo.
A hipótese não foi confirmada; a dieta hiperlipídica atenuou a disfunção diastólica por
mecanismo(s) que necessita(m) ser esclarecido(s).
PO 153
Avaliação do perfil metabólico após a mudança de
ciclosporina por tacrolimus transplante cardíaco.
Santos Nussbaum ACA., Biselli B., Escalante JP., Avila MS.,
Ulhoa MB., Ayub-Ferreira SM., Chizzola PR., Cruz FD., Bocchi EA.,
Bacal F.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: Episódios de rejeições recorrentes ou refratárias após tranplante cardíaco
(TC), além de efeitos adversos relacionados ao uso da ciclosporina (CsA) tornaram
a troca desse imunossupressor para tacrolimus (TAC) uma alterativa eficaz e segura.
Dados sobre alterações metabólicas nos pacientes submetidos a transplantes de órgãos
sólidos são conflitantes com tendência a piora no perfil glicêmico e melhora do perfil
lipídico nos pacientes em uso de TAC.
Objetivo: Avaliar o comportamento do perfil metabólico após a mudança de
ciclosporina para tacrolimus (TAC) em pacientes com TC.
Métodos: Estudo retrospectivo avaliando todos os pacientes transplantados cardíacos
entre janeiro de 2004 e junho de 2011. Incluíram-se aqueles que tiveram o esquema
de imunossupressão modificados de CSA por TAC, analisando-se o perfil glicêmico e
lipídico entre 6 e 18 meses após troca.
Resultados: Dos 47 pacientes transplantados que trocaram CsA por TAC, apenas 17
permitiam análise do perfil metabólico antes e após da troca. Dos pacientes analisados
58, 8% eram do sexo masculino, com idade média de 38, 4 ± 13, 1 anos. A principal
etiologia era chagásica (47, 1%), seguido de idiopática (29, 4) e isquêmica (5, 9%).
Previamente ao TC, 23, 5% dos pacientes eram hipertensos, 5, 9% dislipidêmicos e
17, 6% diabéticos. As razões para a troca foram rejeição tardia em 58, 8% dos casos,
rejeição refratária em 11, 8% e nefrotoxicidade em 5, 9%. 64, 7% dos pacientes
estavam em uso de prednisona após a troca e 94, 1% se encontravam em tratamento
com estatinas e anti-hipertensivos. Uma redução significativa foi observada nos níveis
de colesterol após da troca (199, 8 ± 46, 4 mg / dl X 166, 1 ± 27, 8 mg / dl, p <0, 005)
(figura), porém sem mudanças significativas no níveis de triglicérides (177, 7 ± 84, 1
mg/dl X 138, 0 ± 87, 9 mg/dl) ou
perfil glicêmico (94, 5 ± 15, 6 mg/
dl X 97, 5 ± 12, 0).
Conclusão: A mudança de
CSA para TAC melhorou o
perfil lipídico em pacientes
transplantados cardíacos. Além
disso, não houve mudança no
perfil glicêmico desses pacientes.
190
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 154
Borrelia burgdorferi, Chlamydophila pneumoniae e a
Cardiomiopatia Dilatada Idiopatica: estudo comparativo
com coração de doadores normais.
Ferreira, R.R.A, Reis, M.M, Ikegami, R.N, Mangini, S, Bocchi, E,
Higuchi, M.L
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Borrelia burgdorferi (Bb) e Chlamydophila pneumoniae (Cp) são bactérias citadas
na literatura como possíveis agentes etiológicos de casos de cardiomiopatia dilatada
idiopática (CMD). Em trabalho prévio observamos alta incidência de antígenos de Bb
no miocárdio normal de doadores de órgão, porém em quantidade baixa (mediana de 1,
5% de área miocárdica). No presente trabalho analisamos se associação de Bb com Cp
poderia ser uma causa de CMD e de inflamação. Material e Métodos – Estudamos 2
grupos de biópsiass endomiocardicas (BEM): 14 de pacientes com CMD e 14 de doadores
de coração. Antigenos específicos para linfócitos T CD3+, Bb e Cp foram detectados pela
imunohistoquimica e quantificados pelo sistema de analise de imagem por cor LeicaQWin,
obtendo-se a % de área positiva para Bb e Cp e nº. de linfócitos/ mm2 de CD3.
Resultados – Houve positividade para antígenos de Bb e Cp em todos os casos, porém em
quantidade baixa no grupo de doadores e maior mas com distribuição não normal no grupo das
CMD. Este foi subdivido em G1 (n=8) ≥ 1, 5% de Bb e G2 (n=6) ≤ 1, 5 % Bb. As medianas de Bb
e Cp nos grupos G1, G2 e doadores estão na tabela . Apesar de não haver diferença na quantidade
de Cp entre os três grupos, houve correlação positiva entre Bb e Cp no doador r= 0, 55 e P=0,
04; ausência de correlação no grupo G1 r= 0, 06, P=0, 88 e correlação negativa no grupo G2 r=
-0, 66, ( P=0, 15, possivelmente pelo baixo nº. de casos). A inflamação foi maior no grupo CMD.
Conclusão – Antígenos de Bb e Cp são altamente prevalentes no miocárdio normal,
em pequenas quantidades e positivamente correlacionados. Na CMD, a presença de
quantidade aumentada de Bb se acompanhou de inflamação, mas não de Cp. No grupo
com pouco antígeno de Bb ocorreu aumento de inflamação e de Cp, em correlação
negativa com Bb, sugerindo que nessa entidade mórbida, essas bactérias parecem estar
proliferando em condições opostas e não em simbiose.
Tabela- Valores das medianas de TCD3+ (nº. de linfócitos/ mm2 ), Bb e Cp (% de área
positiva) detectados pela imunohistoquimica nos grupos G1, G2 e doadores
Antigenos
TCD3+
Bb
Cp
)G1 (n=8
03 ,10
40 ,2
68 ,2
)G2 (n=6
9 ,13
85 ,3
87 ,0
)Doadores (n=14
08 ,4
45 ,1
09 ,2
PO 156
Angiotomografia de artérias coronárias para avaliação
de prognóstico de longo prazo
MARCIO SOMMER BITTENCOURT, Edward Hulten, Brian
Ghoshhajra, Quynh Truong, Frank Rybicki, Thomas Brady,
Marcelo Di Carli, Udo Hoffmann, Suhny abbara, Ron
Blankstein
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Brigham and Women’s
Hospital - Boston - MA - EUA, Massachusetts General Hospital - Boston - MA - EUA
Introdução: Poucos estudos avaliaram o prognóstico de longo prazo de pacientes
submetidos a angiotomografia de artérias coronárias (ATCAC). No presente estudo
avaliamos a ATCAC como preditor de mortalidade, infarto agudo do miocárdio (IAM)
e de revascularizações miocárdicas tardias.
Métodos: Foram incluídos todos os pacientes submetidos a ATCAC para avaliação de
doença coronária (DAC) em dois hospitais terciários de 9/2004 a 10/2011. Pacientes
acima dos 18 anos, sem história prévia de DAC foram incluídos na presente análise.
A DAC for graduada como ausente, não obstrutiva ou obstrutiva. Os sintomas, fatores
de risco e eventos cardiovasculares foram coletados de forma independente e cega ao
resultado da ATCAC. Todos os eventos foram adjudicados de forma independente por
dois cardiologistas.
Resultados: Dentre os 3553 pacientes (58% homens, idade 56±13 anos), ocorream 126
(3.9%) óbitos, 45 (1.4%) IAM e 87 (2.7%) revascularizações tardias. num seguimento
médio de 52 meses. 1301 (40%) dos pacientes apresentou ATCAC normal, 1224
(38%) com DAC não obstrutiva e 717 (22%) com DAC obstrutiva. A presença de
DAC esteve associada a um aumento significativo da taxa de eventos cardiovasculares
maiores com um “hazard ratio” (HR) de 2.3 (p<0.0001) para DAC não-obstrutiva e
5.6 (p<0.0001) para DAC obstrutiva (figura). O valor preditivo da DAC permaneceu
estatasticamente significativo num modelo de regressão de Cox ajustado para idade e
fatores de risco cardiovasculares.
Conclusão: Na maior casuistica e maior seguimento de eventos cardiovasculares após
ATCAC disponível até hoje, a presença e extensão de DAC estiveram associados a
taxa de morte, IAM e revascularizações tardias.
Métodos Diagnósticos por Imagem
PO 155
Cintilografia de perfusão miocárdica na avaliação de
isquemia em pacientes de alto risco cardiovascular,
assintomáticos ou com sintomas atípicos.
PAOLA SMANIO, LEONARDO MACHADO, JOÃO V. HOLTZ, JULIANA
SILVA, CARLINDO MARQUES, LEANDRO UEDA, PRISCILA CESTARI,
MARCO A. OLIVEIRA
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL
Introdução: a incidência mundial de doença arterial coronária (DAC) continua alta apesar
da evolução diagnóstica e terapêutica. Já é estabelecido o uso da cintilografia de perfusão
miocárdica (CM) no manejo clínico de pacientes (p) sintomáticos, mas na avaliação
daqueles sem sintomas ou com sintomas atípicos ainda não está completamente definido.
Objetivos: o objetivo primário foi avaliar a prevalência de alterações perfusionais em p sem
sintomas ou com sintomas cardiovasculares atípicos. O objetivo secundário foi identificar a
associação entre os achados perfusionais e a presença de eventos cardiovasculares (ECV)
maiores após 12 a 24 meses da CM. Métodos: estudo observacional, restrospectivo,
incluindo 503 p que realizaram a CM (técnica:gated-SPECT, radiofármaco:sestamibi99m
Tc) entre 07/2010 e 06/2011. Do total, 280 p (55, 6%) eram homens, 83, 9% hipertensos,
72, 4% dislipidêmicos, 32, 4% diabéticos, 49% portadores de DAC, sendo 281 (55, 8%)
sem sintomas e 222 (44, 2%) com de sintomas atípicos. Foram considerados sintomas
atípicos, presença de dor torácica incaracterística (112 – 22, 2%) e dispnéia (110 - 21,
8%). Consideraram-se perfusão normal na ausência de alteração da perfusão após o
estresse e sugestiva de isquemia se defeitos da perfusão reversíveis. Consideraram-se ECV
maiores infarto do miocárdio (IM) não fatal e óbito de origem cardiovascular. A análise
estatística foi realizada por teste de Fisher e regressão logística, sendo p significativo se ​​≤ 0,
05. Resultados: isquemia na CM foi observada em 112p (22, 2%) sem diferença estatística
significativa entre os grupos sem e com sintomas atípicos (p = 0, 701). As características
clínicas associadas à isquemia na CM foram sexo masculino (p = 0, 007) e DAC prévia
(p <0, 05). A análise de regressão logística demonstrou que DAC prévia e teste de estresse
sugestivo de isquemia foram preditores de isquemia na CM (p <0, 05). Após 12-24 meses,
isquemia foi associada a infartos não fatais (p = 0, 009). Conclusão:os resultados obtidos
sugerem elevada prevalência de isquemia no grupo estudado (pacientes com alto risco
cardiovascular, sem sintomas ou com sintomas atípicos). A presença de isquemia na CM
não foi estatisticamente diferente nos grupos sem e com sintomas atípicos. Isquemia na CM
foi associada a IM não-fatal em 12-24 meses.
PO 157
Resposta isquêmica na fase de recuperação do teste
ergométrico: avaliação por meio da cintilografia de
perfusão miocárdica (gated-SPECT)
ANDREA MARIA G. MARINHO FALCAO, Rodrigo Imada, Renan
Irabi, Livia Azouri, José A F Ramires, Roberto Kalil Filho, José
Claudio Meneghetti, William Chalela
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução – o infradesnivelamento do segmento ST apenas na fase de recuperação
(↓STr) é relativamente raro e ocorre em 1-3% dos testes ergométricos (TE). Seu
valor diagnóstico e prognóstico é menos estabelecido do que o observado ao esforço.
Poucos estudos tem investigado o significado clínico desse achado. Objetivo – avaliar
a associação entre ↓STr do TE com alterações do gated-SPECT. Métodos – estudo
transverso (abril 2010-dezembro 2012), incluindo 92 pts, idade média de 60 ± 9, 9 anos,
74 (80, 4%) masculino, 25% com infarto, 20% com revascularização miocárdica e 35,
2% com angioplastia coronária prévios, que apresentaram ↓ST apenas na recuperação
(maior ou igual a 1 mm) com protocolo de Bruce. Ao gated-SPECT, análise qualitativa
da perfusão foi realizada em 17 segmentos utilizando-se escore de 5 pontos (0-normal;
4-ausência de captação), para motilidade escore de 6 pontos (0-normal; 5-discinesia)
e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) após estresse. Ao TE avaliaramse magnitude do ↓STr, tempo de aparecimento do ↓ST (TA↓ST), pressão arterial,
capacidade funcional (MET), angina earritmias. Resultados – alteração da perfusão
foi observada em 58 pts (63, 04%), 50% com isquemia isolada ou associada a defeito
persistente; motilidade anormal em 31pts (33, 7%) e FEVE média de 57, 8 ± 11, 6%.
TA↓ST de 202 ± 38 seg, magnitude ↓STr de 1, 2 ± 0, 3 mm; 10, 4 ± 2, 7 MET; angina
em 16 pts (17, 6%) e arritmias ventriculares em 58 pts (63%). Houve diferenças
significantes na associação entre alteração da perfusão com: sexo masc, p=0, 000
com valor preditivo positivo (VPP) de 73% ; TA↓ST, p=0, 011 com VPP de 76, 2%;
aumento da pressão sistólica < 30mmHg ao TE, p=0, 002 com VPP de 91, 3% e angina
típica, p=0, 025 com VPP de 87, 5%. Nos pts apenas com isquemia a cintilografia
(defeito transitório), houve diferença significante para associação com sexo masc (p=0,
01); hipertensão arterial (p=0, 04) e tendência quando pressão sistólica < 30mmHg
(p=0, 09). O valor preditivo positivo do ↓STr para qualquer alteração de perfusão,
motilidade ou FEVE foi de 64%. Conclusão – ↓STr do TE ocorreu tardiamente e
apesar de raro, deve ser valorizado sendo achado relevante devido a alta prevalência de
alterações documentadas ao gated-SPECT.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
191
PO 158
Quantificação da Insuficiência mitral pela
Dopplerecocardiografia. Qual método melhor
caracteriza a gravidade? Estudo comparativo com a
Ressonância Magnética Cardíaca.
Juliana Rodrigues de Souza Gentil, Telemaco da Silva
Júnior, Henrique Simão Trad, Antônio Pazin-Filho, José A.
Marin-Neto, André Schmidt, Benedito Carlos Maciel
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL
A gravidade da insuficiência mitral (IM) tem relação direta com o prognóstico e a
Dopplerecocardiografia (DEC) é amplamente utilizada na sua estimativa. Contudo, as
técnicas existentes apresentam distintas capacidades discriminativas. Especialmente o
grupo com regurgitação mitral moderada é de difícil distinção pela DEC. A Ressonância
Magnética Cardíaca (RMC) é reconhecida como padrão para a quantificação nãoinvasiva de volume regurgitante (VR), mas foi pouco cotejada frente à DEC. este
estudo teve por objetivo comparar diversas técnicas Dopplerecocardiográficas
para avaliação da regurgitação mitral com a medida do VR obtida com a RMC. Métodos: 82 pacientes de ambos os sexos com IM pura foram avaliados pela DEC
e RMC. Área do jato regurgitante isolada (AJ) ou corrigida para o tamanho do átrio
esquerdo (AJ/AE), PISA, Vena contracta e orifício regurgitante efetivo (ORE) foram
cotejados com o VR obtido com a RMC pela técnica direta. ANOVA com pós-teste foi
realizado para comparar os valores da DEC com a intensidade da insuficiência mitral
obtida com a RMC.
Resultados: 58 pacientes apresentavam VR leve, 17 moderado e 7 acentuado na RMC.
AJ (7, 6 ± 4, 2 vs 15, 0 ± 4, 6 vs 15, 7 ± 4, 9 cm2), PISA (0, 59 ± 0, 35 vs 1, 06 ± 0, 24 vs
1, 33 ± 0, 27 cm2) e Vena Contracta (0, 35 ± 0, 18 vs 0, 76 ± 0, 17 vs 0, 88 ± 0, 32cm)
não diferenciavam IM moderada de acentuada (p>0, 05). Apenas o ORE foi capaz de
separar de modo estatisticamente significativo os três grupos (0, 11 ± 0, 14 vs 0, 31 ±
0, 15 vs 0, 54 ± 0, 24 cm2; p<0.05).
Conclusão: Na comparação com o VR mitral obtido com a RMC, apenas o ORE foi
capaz de identificar de modo preciso o grau de insuficiência mitral. Desse modo,
em casos duvidosos, a medida do ORE pode ser adequada para a distinção de uma
regurgitação moderada de uma acentuada.
PO 159
AVALIAÇÃO DA MASSA VENTRICULAR ESQUERDA, ESPESSURA
MIOCÁRDICA E FIBROSE MIOCÁRDICA PELA RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA CARDÍACA COMPARADA AO ECODOPPLERCARDIOGRAMA
COLORIDO
FÁBIO VIEIRA FERNANDES, BERNARDO NOYA ALVES DE ABREU, CARLOS
EDUARDO ELIAS DOS PRAZERES, JULIANA HIROMI SILVA MATSUMOTO
BELLO, ROBERTO CALDEIRA CURY, VALÉRIA DE MELO MOREIRA, ADRIANO
CAMARGO DE CASTRO CARNEIRO, CARLOS EDUARDO ROCHITTE
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO:A Cardiomiopatia Hipertrófica(CMH) é caracterizada por ampla variação
clínica, indo desde mutações genéticas assintomáticas até morte súbita como a primeira
manifestação da doença, sendo uma das principais causas de morte em atletas jovens. Sua
prevalência é estimada em 1 caso a cada 500 indivíduos da população. As características
morfológicas, funcionais e a fibrose miocárdica(FM) pela ressonância magnética
cardíaca(RMC) são consideradas importantes fatores prognósticos nesta doença.
MÉTODOS:Estudamos 74 pacientes no período de junho 2010 à dezembro 2012 com
Ecodopplercardiograma colorido(ECO) e RMC, comparamos achados morfológicos como
massa do ventrículo esquerdo(MVE), espessura parietal máxima(EMax), presença de
obstrução de via de saída do ventrículo esquerdo(OVSVE) e presença ou ausência de FM
pela RMC e massa da fibrose.
RESULTADOS:A média de idade foi de 47, 56±17, 11 anos, sendo 58 homens(78, 4%).A
MVE no ECO foi de 278, 1±79, 56g e na RM 182, 4±61, 65g, p<0, 0001.A média da EMax
na RMC foi de 19, 97±5, 01mm vs 15, 76±5, 19mm pelo ECO, p<0, 001.A correlação entre
as EMax da RMC e do ECO foi apenas moderada com r=0, 65.A média das diferenças na
EMax(ECO-RM) foi de -5, 4mm, 95%IC de -6, 7 a -4, 1mm.A correlação entre as massas
do VE medidas pelo ECO e RM mostrou-se apenas discreta com r= 0, 54.A diferença
média entre as massas(ECO-RM) foi de 81, 5g, 95%IC de 60, 2 a 102, 8 gramas.O ECO
identificou 17, 8% de indivíduos com OVSVE e a RMC 21, 1%. A FM pela RMC foi
frequente neste grupo de pacientes, estando presente em 49(66, 2%) pacientes.Não foram
identificados quaisquer sinais indiretos de FM pelo ECO.A massa da FM pela RMC foi de
12, 2±18, 7g.A massa de FM normalizada foi de 5, 9±7, 8% da massa do VE.
CONCLUSÃO:As diferenças médias entre as medidas do ECO e da RMC para a EMax e
MVE foram significativamente diferentes, atingindo 5, 4mm e 81gramas, respectivamente,
com amplos intervalos de confiança neste grupo de pacientes com CMH. A FM pela RMC foi
frequente e não houve evidência indiretas para este achado no ECO. Portanto, a imprecisão
na avaliação de dados críticos para a estratificação de risco de pacientes com CMH, como
a MVE, a EMax do VE e a presença de FM pelo ECO, sugerem que a avaliação pela RMC
deveria ser mandatória na avaliação de pacientes com CMH suspeita ou confirmada.
PO 160
Uso do Protocolo Alto-pitch Duplo em Tomografia
Computadorizada com Dupla Fonte de Raio-X na Avaliação
de Crianças com Transposição das Grandes Artérias após
Correção pela Cirurgia de Jatene
Valéria de Melo Moreira, Adriano C. Carneiro, Roberto
C.Cury, Carlos E.Prazeres, Juliana H.M.Bello, Bernardo
A.Abreu, Fábio V.Fernandes, Carlos Eduardo Rochitte
HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL
Introdução: As complicações no pós-operatório da cirurgia de Jatene são
principalmente relacionadas à estenose na anastomose das grandes artérias e no
reimplante coronariano. A avaliação dos territórios coronariano, pulmonar e aórtico
são fundamentais no acompanhamento tardio destes pacientes. Nós avaliamos um
novo protocolo de aquisição de tomografia computadorizada (TC), no intuito de obter
contrastação ideal nos três territórios com uma única injeção de contraste.
Métodos: Entre agosto de 2010 e março de 2012, 20 pacientes, com idade média
de 10 anos, foram submetidas a estudo tomográfico de rotina utilizando o protocolo
de alto-pitch duplo, não sincronizado ao eletrocardiograma em TC com dupla fonte de
Raio-X (SOMATON Definition Flash; Siemens). O tempo de pico de contrastação na
aorta e na pulmonar foi obtido através de teste bolus. Foram realizadas duas aquisições
consecutivas em alto pitch e sem sincronização com o eletrocardiograma, no tempo
ideal para cada território, com uma única injeção de contraste e parâmetros ajustados
para o peso do paciente. A qualidade de imagem nos três territórios foi avaliada por
dois observadores e usada uma escala de pontuação(1=não avaliável a 4=excelente).
Resultados: Em todos os casos foi obtida uma contrastação ideal no território
pulmonar com mínima ou nenhuma contrastação em veias pulmonares, átrio esquerdo
e aorta na primeira aquisição e uma excelente contrastação na aorta e território
coronariano com mínima contrastação pulmonar na segunda aquisição. A dose efetiva
média foi de 1.3±0.9mSv para todo o exame e 0.65±0.45mSv para cada aquisição. A
média do escore de qualidade de imagem foi de 3.3. Dezesseis pacientes (80%) tiveram
escore entre 3-4 e quatro (20%) tiveram escore 2. A concordância interobservador para
qualidade de imagem foi boa (kappa 0.67).
Conclusões: A utilização do protocolo alto-pitch duplo, sem sincronização com
eletrocardiograma, em aparelhos de TC com dupla fonte de raio-X permite uma
excelente avaliação dos territórios pulmonar, aórtico e coronariano, com tempo ideal
de contrastação, baixa radiação e injeção única de pequeno volume de contraste. Esta
nova técnica pode ser uma alternativa ao cateterismo cardíaco no seguimento destes
pacientes após a cirurgia de Jatene.
PO 161
VALOR PROGNÓSTICO INCREMENTAL DA RESERVA DE FLUXO
MIOCÁRDICO SOBRE VARIÁVEIS CLINICAS E ECOCARDIOGRÁFICAS
CONVENCIONAIS EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA DILATADA
DE ORIGEM NÃO ISQUÊMICA
MARTA F. LIMA, WILSON MATHIAS JR; EDIMAR A. BOCCHI; MÁRCIO
LIMA, VICTORIA Y. CRUZ; JOÃO C. SBANO; JEANE M. TSUTSUI
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
INTRODUÇÃO: Apesar dos avanços no entendimento da
fisiopatologia e dos recursos terapêuticos, a insuficiência
cardíaca ainda tem uma natureza progressiva e alta
mortalidade, sendo que um dos mecanismos implicados
neste sentido seria a disfunção microvascular.
OBJETIVO: Determinar se a reserva de fluxo miocárdico
(RFM) obtida pela ecocardiografia de perfusão miocárdica
em termpo real (EPMTR) acrescenta informação
prognóstica às variáveis clínicas e ecocardiográficas convencionais, que são
sabidamente preditoras de eventos, em pacientes com cardiomiopatia dilatada (CMD)
de origem não isquêmica.
MÉTODOS: Foram analisados parâmetros ecocardiográficos convencionais de
função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo em repouso em 195 pacientes
com CMD de origem não isquêmica. A dinâmica das microbolhas no miocárdio foi
quantificada pela EPMTR utilizando programas computacionais específicos, tanto em
repouso como durante a infusão de dipiridamol (0, 84 mg/Kg). As RFM e reserva
de velocidade de repreenchimento de microbolhas no miocárdio (reserva β) foram
obtidas pela relação entre os parâmetros de fluxo durante a hiperemia e repouso, sendo
consideradas reduzidas quando os valores estavam abaixo de 2, 0.
RESULTADO: Modelos sequenciais para a predição de eventos foram usados para
avaliar a contribuição incremental das variáveis obtidas pela ecocardiografia sobre as
variáveis clínicas (Figura). Houve valor prognóstico incremental quando adicionamos
as variáveis ecocardiográficas convencionais como fração de ejeção e diâmetro do
átrio esquerdo às variáveis clínicas, com aumento do c2 de 15, 2 para 58, 5 (p < 0, 001).
A reserva β adicionou poder no modelo global de predição de eventos cardiovasculares
(c2 70, 2; p<0, 001).
CONCLUSÃO: Reserva β diminuída, obtida pela EPMTR quantitativa, adicionou
valor prognóstico sobre variáveis clínicas, fração de ejeção e diâmetro do átrio
esquerdo em pacientes com CMD de origem não isquêmica.
192
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013
PO 162
COMPARAÇÃO DA RESERVA DE FLUXO MIOCÁRDICO OBTIDA
PELA ECOCARDIOGRAFIA CONTRASTATA NOS TRÊS TERRITÓRIOS
ARTERIAIS EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA DILATADA NÃO
ISQUÊMICA
MARTA F. LIMA, WILSON MATHIAS JR; MARIA CRISTINA ABDUCH,
VICTORIA Y. CRUZ; JOÃO C. SBANO; EDIMAR A. BOCCHI; JEANE M.
TSUTSUI
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL
Introdução: A ecocardiografia com perfusão
miocárdica em tempo-real (EPMTR) permite avaliação
regional do fluxo miocárdico e resultados comparáveis
à medida de reserva de fluxo coronário (RFC) obtida
pelos métodos convencionais de Doppler.
Objetivo: Comparar a reserva de fluxo miocárdico
(RFM) obtida pela EPMTR nos três territórios
coronários arteriais, com a RFC obtida pelo
Doppler na artéria descendente anterior (ADA), em
195 pacientes com cardiomiopatia dilatada (CMD)
não isquêmica.
Método: Para análise da perfusão miocárdica foram
adquiridas imagens bidimensionais em três planos apicais empregando o modelo de
17 segmentos e os parâmetros de fluxo foram obtidos pela dinâmica das microbolhas
traçando-se áreas de interesse em cada segmento miocárdico. A velocidade de fluxo
coronário foi determinada pelo Doppler pulsado na ADA e a dinâmica das microbolhas
no miocárdio foi quantificada pela EPMTR utilizando programas computacionais
específicos, tanto em repouso como durante a infusão de dipiridamol (0, 84 mg/
Kg). As RFC, RFM e reserva de velocidade de repreenchimento de microbolhas no
miocárdio (reserva β) foram obtidas pela relação entre os parâmetros de fluxo durante
a hiperemia e repouso.
Resultados: A exequibilidade da medida da RFC pelo Doppler foi de 97% e pela
EPMTR foi de 99%. Os valores de reserva A, reserva β, RFC e RFM estão descritas
na Figura. Não houve diferenças significativas entre RFC e reserva β (ANOVA, p = 1,
00). Todas as demais reservas apresentaram diferenças significativas entre si (ANOVA,
p < 0, 001). Não houve diferenças significativas das reservas A (p=0, 533), β (p=0,
581) e RFM (p=0, 0, 85) obtidas entre os três diferentes territórios arteriais.
Conclusão: A RFC medida pelo Doppler ADA e reserva β obtida pela EPMTR
apresentam alta exequibilidade e resultados comparáveis. Na CMD de origem não
isquêmica a disfunção microvascular é universal, não sendo observadas alterações da
RFM nos diferentes territórios arteriais.
PO 163
Reserva de velocidade de fluxo coronariano durante o
ecocardiograma sob estresse com dobutamina. Obtenção
de um valor adequado e a frequência cardíaca correlata.
José Sebastião de Abreu, Tereza C P Diogenes, Nayara Lima
Pimentel, Jordana Magalhães Siqueira, Pedro Sabino Gomes
Neto, José Nogueira Paes Junior
Hospital Prontocárdio - Fort - CE - Brasil, Clinicárdio - Fortaleza - CE - Brasil
Introd u ção: A reserva de velocidade de fluxo coronariano (RVFC) estimada pela
ecocar d iografia transtorácica pode ser obtida com o uso de distintos fármacos,
permitindo avaliar o estado funcional da coronária. Considera-se uma RVFC ≥ 2 como
adequada para inferir bom prognóstico e ausência de estenose significativa. Durante o
eco sob estresse com dobutamina (EED) é possível obter-se uma RVFC adequada antes
de finalizar o exame. Objetivamos registrar o Doppler da artéria descendente anterior
(ADA) em repouso e durante o EED, verificando a ocorrência de uma RVFC adequada
(≥2) e a frequência cardíaca (FC) correlata.
Métodos: Foram avaliados prospectivamente 100 pacientes (PAC) com coronariopatia
conhecida ou provável encaminhados ao EED e orientados a suspender o β-bloqueador
72hs a n tes do exame. No EED concluído atingia-se FC alvo > 85% da FCmáxima
(220- idade) e/ou determinava-se anormalidade contrátil compatível com isquemia. A
RVFC foi obtida pela divisão do pico de velocidade (cm/s) diastólica (PVD) no EED
(PVD - EED) pelo de repouso (PVD - REP). Verificou-se a persistência de RVFC < 2
(Grupo I - GI), o registro precoce (FC < 75% da FCmáxima) de RCFV ≥ 2 (Grupo
II - GII) e o registro tardio (FC > 85% da FCmáxima) de RVFC ≥ 2 (Grupo III - GIII).
Foram utilizados o teste t de Student e o exato de Fisher, considerando-se significância
estatística quando p < 0, 05.
Resultados: Verificou-se que o PVD - REP do GI > GII (36, 81 ± 08 vs 24, 15 ± 05; p
< 0, 0001), GI > GIII (36, 81 ± 08 vs 27, 44 ± 06; p < 0, 0001) e GIII > GII (27, 44 ±
06 vs 24, 15 ± 05; p < 0, 02).
O PVD-EED foi obtido em 92 PAC distribuídos no GI (32), GII (33) e GIII (27) com
FC méd i as de 123, 105 e 136bpm, respectivamente. Sem diferença (p > 0, 05) na
comparação entre os PVD - EED do GI (61, 40 ± 16, 65), GII (60, 63 ± 15, 81) e GIII
(68, 62 ± 15, 24).
Quanto a RVFC constatou-se que GI < GII (1, 67 ± 0, 24 vs 2, 51 ± 0, 59; p < 0, 0001)
e GI < GIII (1, 67 ± 0, 24 vs 2, 55 ± 0, 56; p < 0, 0001). Sem diferença entre GII e GIII.
Conclusões:1. A exequibilidade de registro da ADA é elevada.
2 A RVFC adequada associa-se com menor PVD-REP.
3. Dentre as RVFC adequadas a obtenção pode ser precoce em mais da metade dos casos.
PO 164
Análise comparativaentre a presença de isquemia na
cintilografia miocárdica em mulheres com elevado risco
para doença arterial coronária no período pré e pós
menopausa
DANIEL A MESSAGE DOS SANTOS, WENDY Y SIERRAALTA, Paola
Smanio, Leonardo Machado
Introdução: apesar dos esforços para reduzir a mortalidade nas ultimas décadas, a
doença cardiovascular continua sendo responsável por grande número de óbitos nas
mulheres. Sabe-se que após a menopausa, a prevalência dos fatores de risco para
doença arterial coronariana (DAC) é maior. Entretanto, não é bem estabelecido se
após a menopausa há realmente aumento de presença de isquemia na cintilografia de
perfusão miocárdica (CM) em mulheres com múltiplos fatores de risco para DAC. Objetivos: avaliar a prevalência de isquemia na CM em mulheres nos períodos pré
e pós-menopausa, verificando se a menopausa é preditor de risco independente em
mulheres com múltiplos fatores de risco para DAC.
Métodos:foram analisadas, retrospectivamente, 500 CM com sestamibi-99mTc
realizadas por protocolo padrão de 1 dia (repouso/estresse), de mulheres pré e pós
menopausa, com alta probabilidade pré-teste de DAC. Na análise das imagens,
considerou-se sugestivo de isquemia se defeitos de perfusão reversíveis em pelo menos
3 de 17 segmentos do miocárdio após fase de estresse. A análise estatística foi realizada
por teste exato de Fisher e análise multivariada, considerando significativo, valores
de p ​​≤ 0, 05.
Result a dos:do total, 55.9% estavam no periodo pós-menopausa, 83.3% eram
hipertensas, 28.9% diabéticas, 61.2% dislipidêmicas, 32.1% tabagistas, 25% obesas e
34.3% tinham DAC conhecida. Após a menopausa as mulheres eram mais hipertensas,
diabéticas, dislipidêmicas, tiveram menor capacidade funcional no teste ergométrico
e maio r prevalência de testes de estresse sugestivos de isquemia (todos p<0, 05).
Isquemia na CM esteve presente em 41, 4% das mulheres no grupo pré menopausa e
em 58, 6% das após menopausa, sem diferença estatística significativa (p=0, 395 ). Na
análise de regressão logística, a única variável associada à isquemia foi a presença de
DAC conhecida(p =0.001).
Conclusão: os resultados obtidos sugerem que, em mulheres com alta probabilidade
pré-teste de DAC, a menopausa não foi preditora de isquemia. As informações reforçam
a idéia de que a investigação de DAC nesse grupo de pacientes deve possivelmente
iniciar antes da menopausa.
PO 165
VALOR ADICIONAL DA CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO
MIOCÁRDICA AO ESCORE DE CÁLCIO PARA PACIENTES COM RISCO
CARDIOVASCULAR BAIXO A MODERADO
PAOLA SMANIO, PAULA FILIPPI, LEONARDO MACHADO, MARCO A.
OLIVEIRA, PRISCILA CESTARI
Grupo Fleury - São Paulo - SP - Brasil
Introdução: A doença cardiovascular lidera as causas de mortalidade no mundo. A
investigação e manejo clínico precoce podem m

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