14/07/2015 - Edição 44 - Grupo de Poetas Livres

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14/07/2015 - Edição 44 - Grupo de Poetas Livres
VENTOS DO SUL
Revista do Grupo de Poetas Livres
www.poetaslivres.com.br
Difundindo a Poesia e fazendo Amigos
Uma Revista sem prazo de validade
Ano XVII—nº 44—Janeiro a Julho de 2015
Distribuição Gratuita
Tela de Tercio da Gama, uma das ilustrações da obra “13 Cascaes”, Fundação Franklin Cascaes Publicações. Florianópolis, SC, 2009.
Sumário:
GRUPO DE POETAS LIVRES
Dados administrativos / 2
Oração do Poeta / 3
Hino dos Poetas Livres / 3
Canção dos Poetas Livres / 4
Editorial / 5
In Memoriam / 6
Aos Poetas Mortos...Anibal Nunes Pires / 7
Tema da Capa - Franklin Cascaes / 8
Ao entardecer—Maria de Lourdes Krieger / 9
In Memoriam / 10
Obras em Destaque Antonio C.R. Chagas / 11
Cartas a um poeta—Rainer-Maria Rilke / 12
De braços abertos....Estamos! / 13 a 17
Colaborações de associados e amigos / 18
As Cartas de Celestino (Prof.Celestino Sachet) / 19
Como um poema...Gildásio Taborda Barbosa / 20
Oficinas no GPL / 21 a 24
Maurilia Freitas / 25
Descobrindo Novos Poetas / 26
Poetas do Grupo: Correspondentes e Efetivos / 27 a 29
Homenagem ao GPL—Sueli e Aurea / 30
Poetas do Grupo: Correspondentes e Efetivos / 31 a 40
Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos / 41
Aconteceu / 42 a 45
Aconteceu...e continua acontecendo / 46 e 47
Contracapa / 48
Fundado em 13 de abril de 1998, por Maria Vilma
Nascimento Campos e alguns abnegados. No ano
de 2015 completa 17 anos de ininterruptas atividades. É uma entidade privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins econômicos. Seus Projetos, Concursos e publicações dão-lhe notoriedade
não só no Estado de Santa Catarina, bem como no
Brasil e no exterior por onde a Revista Ventos do
Sul viaja com as poesias de seus membros e de amigos.
Reúne-se todas as 5as.feiras,a partir das 19.30 horas, na Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco
Barreiros Filho(vide endereço no Expediente). Para
participar, o poeta deverá ter disponibilidade de horário e ter produção em poesia. Possui estatuto e
regimento interno.
Possui a Oração do Poeta, Hino dos Poetas Livres,Canção aos Poetas, Medalha do Poeta “Maria
Vilma Campos”, Bandeira e Troféu Garapuvu, todos
instituídos por Portarias.
Seus poetas ao representarem o Grupo em solenidades, são identificados por sua Medalha.
Lei de Utilidade Pública Estadual 14.560, de
01.12.2008, proposta pelo deputado Júlio Garcia,
assinada pelo Governador Luiz Henrique da Silveira e Utilidade Pública Municipal 5.671, de
26.05.2000, proposta pelo vereador André Freyesleben, assinada pela prefeita Angela Amin.
Embora possua as duas leis, não recebe subvenção social, sobrevivendo da colaboração de seus
poetas. Possui membros Efetivos, Correspondentes
e Beneméritos.
(*)A logomarca do GPL, na capa desta Revista, foi idealizada por Hiamir Polli, uma das fundadoras do Grupo.
EXPEDIENTE:
Revista Ventos do Sul
Organização e Editoração: Profa. Maura Soares
[email protected]
Revisão: Eloah Westphalen Naschenweng
Sede:Biblioteca Pública Municipal Prof.Francisco
Barreiros Filho, rua João Evangelista da Costa
1160,Estreito. Fone (48) 3348 1068
GRUPO DE POETAS LIVRES—BIÊNIO 2014-2016
Presidente: Eloah Westphalen Naschenweng
Vice-Presidente: Profª Maura Soares
1º Secretário: Vago
2º Secretário: Vago
1º Tesoureiro: Áurea de Mello Baldissera
2º Tesoureiro: Vera Portella
Diretoria Cultural: Stela Máris Alves
Responsável pelo site: Eloah W. Naschenweng
Presidente Perpétuo: Maria Vilma N. Campos
Presidente de Honra: Manoel Philippi
CORRESPONDÊNCIA:
Eloah Westphalen Naschenweng—Presidente
Avenida Patrício Caldeira de Andrada,581 apto
202 – Abraão - Residencial Victória
88085-150—Florianópolis,SC
[email protected]
Todos os poemas estampados nesta Revista, são de inteira responsabilidade dos seus
autores, quanto a autenticidade.
2
Editora: profa. Maura—fone 48-3249 6082
Presidente Eloah— fone 48-3025 7492
Hino dos Poetas Livres
Oração do Poeta (*)
A E7
/. Faz bem sonhar
A
Poetar é bom
F#m E A
No GPL tenho união, amor e paz./.
(estribilho)
C#7 F#m
Com a rima penso a vida
EA
Com o metro ajudo a fala
F#m Bm
Nos versos livres meu coração
EA
Vai ao teu e diz assim:
DA
Poetas Livres, meu grupo amado
F#m Bm
Que me transporta e me aconchega
EA
Com ternura noite e dia.
F#m Bm
Nas linhas do “Ventos do Sul”
EA
Meus escritos dizem paz
Bm E A
Dá-me, Senhor, as palavras certas
para que eu possa expressar
o amor pela vida e pela humanidade.
Dá-me inspiração para mostrar
que somos todos irmãos.
Aponta-me, Senhor, o caminho
da compreensão do mundo.
Permite-me apresentar as belezas da vida,as dores do mundo,
as injustiças sociais e exprimir o que
me vai na alma.
Autoriza-me a falar as verdades do
coração.
Abençoa, Senhor, minhas palavras
para que possam atingir aqueles
que amam a vida e a Arte.
Faz com que todos sintam,
por meu intermédio,
que só o Amor maior
pode revolucionar o mundo
E que esta revolução de Paz
Venha por meio da Poesia.
Zeula Soares
(julho de 2009)
(*) Autoria de Zeula Soares, do GPL. Instituída
através da Portaria 02/2009, assinada pela
Vice-presidente Heralda Victor, em 7 de
Agosto de 2009.
Voando em rumo do saber que o amor traz.
Bm E A
Dizendo ao mundo a oração da poesia.
(*) Hino Oficial do Grupo, letra e música de
José Cacildo Silva. Instituído por Portaria
n. 3/2009, de 4 de setembro de 2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor.
Zeula Soares
Cacildo Silva
3
CANÇÃO AOS POETAS
Música: Adair Lima
Letra: Áurea Baldissera
G
C
Brilha uma estrela
G
Antes do sol se pôr
C
G
Vida presente
D/F#
G
Um pensador
G
Maestro Adair Lima
C
Prantos contidos
G
Juras de eterno amor
C
G
Um sol nascente
D/F#
G
CDG
Supera a dor
G
É assim que vivemos
C
Áurea Baldissera
G
Sem medo de sonhar
C
G
Livres podemos
Música é vida interior; e quem tem vida interior jamais
padecerá de solidão.
D/F# G
Arthur da Távola
Poetizar
4
A inspiração não está no poeta,/ mas nas coisas
que o cercam./
É nelas que ele encontra o que procura.
Silvério da Costa, Chapecó, SC.
Editorial
Caro (a) Leitor (a) ,
O Grupo de Poetas Livres perdeu neste último dia 17 de maio de 2015, uma das suas poetas associadas.
Em uma página exclusiva, a Revista Ventos Sul, nº 44, homenageia Maurília Freitas, reverenciando sua
trajetória de vida e produção poética.
A poeta que cantava a saudade e que versava sobre a felicidade simplificando a beleza do Ser Feliz, deixa uma lacuna nas artes, na poesia e em nossos corações.
A Revista Ventos Sul chega até você leitor (a), recheada de bons artigos, informações e muita poesia.
Apresenta matéria ( de capa) sobre Franklin Cascaes e o seu fantástico mundo imaginário, tema do conto
da autora Maria de Lourdes Krieger.
Anibal Nunes Pires é lembrado ao completar seu centenário de nascimento, neste ano de 2015.
In Memoriam, traz poesias de Licinho Campos, Hoyêdo de Gouvêa Lins, Alzemiro Lidio Vieira,Lindolf Bell,
Feliciano Marques Guimarães e Sylvia Amélia Carneiro da Cunha.
A página dedicada às “ Cartas de Celestino”, mais uma vez demonstra a amizade, o carinho e a sensibilidade do Escritor Celestino Sachet em acolher nossa Revista e nossas poesias, para então exaltá-las com palavras de poeta sonhador.
Momento especial para Sueli Bittencourt e Áurea Baldissera, que fazem uma homenagem em versos ao
GPL, pela passagem de seus 17 anos de criação.
Destaque para a Oficina “Construindo Versos e Pensamentos” e o Lançamento do Livro “ Poetizando
a Vida”, de Antônio Chagas, nosso poeta associado.
A Revista divulga, como sempre, poesias de todos os membros efetivos, correspondentes, amigos e homenageados.
Esperamos que nossa mensagem poética e nosso amor às letras, possa ser, cada vez mais um espaço
cultural de compartilhamento, pois sua edição tem sido produto de muito esforço e dedicação, principalmente
da Profª Maura Soares, que a edita.
Grandes voos e boa leitura!
Eloah Westphalen Naschenweng
Presidente
5
IN MEMORIAM
TEUS BEIJOS
NOITE INSONE
BEIJOS, que saem da tua boca
destilando desejo, paixão
aumentando minha vontade louca
causando-me emoção.
A noite cobre o céu
deixando vestígios
de um azul desbotado.
BEIJOS, que procuram meus beijos
e que fazem da tua boca um doce córrego
onde líquidos, sabores, correm
em minha boca sôfrega
Uma lua indecisa
entre nuvens teima
em surrupiar a escuridão.
Horas a fio de olhos fechados
espero o sono que não vem.
Molhados, insistentes
elixir de um amor sentido
que nos faz dementes
grudando-nos como adesivos
teus beijos
neles sacio
a sede do meu desejo.
Penso no dia, que passou tão rápido:
a memória traz do passado
lembranças
que não queria lembrar.
Nenhuma voz ressoa...
Nem sequer um sussurro.
LICINHO CAMPOS
[In Lascívia, pág. 18}
A situação angustia e exaspera:
ânsias de grito sobem à garganta
enquanto um suor quente
encharca irritante.
FLORIANÓPOLIS
Deus fez o mundo e fez floridos prados,
Regados de água clara, murmurantes;
Fez o céu todo azul e ali incrustados
Louros astros, estrelas coruscantes.
E eu fico no veio da esperança
de um sono
que persiste em não-vir!
(Fpolis, 1962)
Fez o tigre feroz,fez irisados
Pequenos colibris e águias gigantes...
Cansado dos prodígios realizados,
Dormiu milênios, que lhe são instantes.
SYLVIA AMÉLIA CARNEIRO DA CUNHA
[In: Poemas do meu caminho, pág. 47]
III
Adormecido junto da montanha,
Em meio o sono, a Sua mão pendente
Numa formosa praia foi pousar.
Na hora calada,
na calada das horas
de nossos corpos calados,
na idade da terra aberta
mais distante que qualquer idade,
oh! annamária, annamária,
annamar,
annamárea,
aérea área,
corpórea e calcárea,
dulcíssimo hábito de pertencer-te,
duríssimo tremor
de não achar-te em algum instante,
vais em mim e vens e vais e vens
e não cessas nunca e nunca
e nunca dizes sim e nunca dizes não
e sempre ali
e sempre mais ali
no ferido lugar.
Na concha dessa mão, por arte estranha,
Surgiu radiosa ao sol resplandecente
Florianópolis - pérola sem par.
FELICIANO MARQUES GUIMARÃES
(24.11.1897—13.9.1961)
[In: Chinelos—versos de um poeta apaixonado, pág.
21]
Nota: o poeta catarinense Feliciano Marques Guimarães é pai
da professora doutora Tavi Guimarães Popp, Consultora do
CELDT, no Departamento de Educação, Sacramento, Califórnia, Estados Unidos da América. Divulga a nossa revista há
muitos anos em sua universidade. É filha do segundo casamento do poeta.
***
Caros associados, mantenham em dia suas
colaborações; só assim o GPL poderá continuar sua trajetória, que é difundir a poesia e
fazer amigos.
LINDOLF BELL
[In:As Annamárias, pág.15, Poesia, 2a.ed. 1979]
6
Aos Poetas Mortos...Fontes de muitas Inspirações
ANIBAL NUNES PIRES—Centenário de Nascimento em 2015
POEMA DA RENÚNCIA
Centenário do Professor ANIBAL NUNES PIRES, neste ano de 2015.
Procurei meu canto
no vazio dos céus
ouvi
vagidos de infantes
mortes prematuras,
choro de criança sem jardins,
gritos de homens
irrealizados.
A RVS o homenageia
com esta singela página.
Nasceu em Florianópolis, em 9 de agosto de
1915 e faleceu dia 24 de abril de 1978. A família Nunes Pires é nome tradicional na cidade de Nossa
Senhora do Desterro, tendo fornecido homens públicos, como o Governador da Província Feliciano
Nunes Pires, o Deputado Cristóvão Nunes Pires,
também Governador, o constituinte republicano
Luiz Nunes Pires e vários escritores, entre eles, o
professor Anfilóquio Nunes Pires e seus três filhos
poetas:
Gustavo,
Eduardo
e
Horácio.
Aníbal foi titular das cadeiras de Literatura
Brasileira, na UFSC, e de Sociologia, na UDESC.
Sua atividade literária manifesta-se através de contos, ensaios e poesias que são publicados em
jornais e revistas estaduais.
Participou intensamente, a partir de 1947, do
“Grupo Sul”, movimento que trouxe novos rumos
estético-literários ao pensamento artístico catarinense.
Seu interesse maior revela-se pela Ilha de Santa
Catarina, cuja terra e cuja gente descreve com singular remanejamento linguístico. Em 1949 publicou
o volume de poesias Terra Fraca. Dedicado à educação, foi um dos autores da reforma da UFSC.
[In: Autores catarinenses.
www.poetaslivres.com.br]
Procurei meu canto
perdido no caos
outras vozes
me responderam
vida e justiça
Pão e liberdade.
Fugi de mim mesmo,
odiando as estrelas,
os versos ao luar,
à aurora,
aos cabelos da amada
e renunciei meu canto.
Aníbal Nunes Pires
(In: Terra e outros poemas, pág. 19)
***
O poeta e artista plástico Rodrigo de Haro,assim
se expressou sobre o nosso biografado:
“Um humanista obstinado e um sábio que, cheio
de reverência e melancolia (posso dizer também de
ironia...), cultivou o caminho mais difícil, a senda
que foge da ostentação. A extensa cultura de Aníbal nunca o desviou do sentimento do quotidiano.
Nem da perspectiva ilhoa que por certo representava: espírito curioso e lúcido, pleno de fidalguia.” (In: Terra e outros poemas, de Aníbal Nunes Pires, 1999)
Praia de Itaguaçu, 1940
***
7
TEMA DA CAPA
A capa desta edição número 44, estampa uma das telas do artista plástico Tércio da Gama que serviram para ilustrar a obra
13 CASCAES, organizada por Flávio José Cardozo e Salim Miguel,publicação da Fundação Franklin Cascaes. Treze contistas
da Ilha: Adolfo Boos Junior, Amilcar Neves, Eglê Malheiros, Fábio Brüggemann, Flávio José Cardozo, Jair Francisco Hamms,
Júlio de Queiroz, Maria de Lourdes Krieger, Olsen Jr, Péricles Prade, Raul Caldas Filho, Salim Miguel e Silveira de Souza
contam “causos” ilustrados por Tércio numa evocação do nosso “bruxo” maior FRANKLIN JOAQUIM CASCAES.
Na página seguinte o conto da professora Maria de Lourdes Krieger com a ilustração da capa desta revista.
Franklin Joaquim Cascaes, nasceu em 18 de outubro de 1908. em Itaguaçu, então pertencente ao município de São José, SC. Filho de família numerosa , desde pequeno se interessava por
bruxas. Aprendeu a colecionar balaios, tiptis, cordas de cipó, cercas de bambu, remos,
gererés, tarrafas...Mas aquilo que gostava mesmo era rabiscar desenhos, usando carvão ou moldar bonecos imitativos das imagens dos altares e miniaturas de bichinhos de
cerâmica feitos nas olarias. Seu talento foi descoberto na Semana Santa de um ano
qualquer da década de 20, quando a praia de Itaguaçu ganhou uma série de esculturas,
retratando a Via Sacra. O respeitado professor e escultor paulista, Cid da Rocha Amaral,
ficou encantado com o que viu e quis conhecer o autor da proeza. Encontrou um adolescente tímido que tivera uma rigorosa educação religiosa. Franklin beirava os vinte anos e nunca havia entrado em uma sala de aula. Seu pai achava que estudar era algo
delicado demais e que o homem de verdade tinha que trabalhar na roça. Vencida a resistência paterna, Franklin aproveitou o incentivo para recuperar o atraso até se formar professor da antiga
Escola Industrial, onde iniciou seus estudos. A partir de 1946 começou a se dedicar à pesquisa da cultura
popular na Ilha de Santa Catarina, desde Itaguaçu – lugar onde as pedras no mar exercem um fascínio sobrenatural em quem as aprecia – a Ribeirão da Ilha, Lagoa, Santo Antonio, Barra do Sul, entre outras localidades. Numa pesquisa quase arqueológica, resgatou os fragmentos de uma tradição que já se vinha estilhaçando com a chegada de um vento mais forte que o nosso vento sul: o progresso. Foi quase solitário seu
trabalho no recolhimento de fragmentos da história. Seus presépios, feitos com folhas de piteira e montados
sob a lendária figueira da Praça XV de Novembro iniciaram uma tradição continuada por seu discípulo Gelci
Coelho (Peninha). Produziu centenas de desenhos e esculturas retratando personagens míticos, que habitam o imaginário popular entre os mais antigos, como o capora (ou caipora), o lobisomem, as bruxas e o
boitatá. Recolheu também histórias, sabedoria popular, crendices, benzeduras, receitas de curandeirismo e
documentos. O Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral é responsável pela guarda da coleção “Professora Elizabeth Pavan Cascaes”, homenagem póstuma prestada pelo artista à esposa. A incorporação da coleção ao patrimônio da Universidade Federal de Santa Catarina, ocorreu em 1981, por doação em vida do artista. Faleceu em 15 de março de 1983, numa tarde chuvosa.Em 2008 comemorou-se o
centenário de nascimento. Fonte: site da Fundação Franklin Cascaes e Caderno Especial do Jornal Notícias
do Dia de 28 de julho de 2007, p. 11. (este texto está no site www.poetaslivres.com.br)
***
ARMADILHA CONTRA BRUXAS (segundo pesquisa de Franklin Cascaes)
A mais antiga é a do meio alqueire armado em forma de arapuca, com uma vela benta acesa. A bruxa então é atraída pela
oração do credo, sentando na arapuca e a desarmando, quando perde o estado fadórico.
BRUXAS DO RIBEIRÃO
As mais famosas bruxas da Ilha
Vivem lá, no Ribeirão.
Só comem pétalas de rosa
Pra ter cheiro no coração.
(Versos de Franklin Cascaes)
Do vento sul quando te visita
Meu Itaguaçu querido
E modela tuas águas
Em leões enfurecidos.
Alguns versos do poema de Franklin Cascaes.
ITAGUAÇU, MEU QUERIDO
Se a natureza permitisse,
Meu Itaguaçu querido
Eu plantaria em tuas praias
O meu coração agradecido.
Do vento norte que desenha,
Meu Itaguaçu querido
Sobre tuas águas verdes,
Um grande campo colorido.
Nunca me esqueço de ti,
Meu Itaguaçu querido,
Agradeço muito a Deus
De aí haver nascido.
Da tua praia arqueada,
Meu Itaguaçu querido
Em forma de sobrancelhas,
Com um rosto parecido. (...)
8
AO ENTARDECER, de Maria de Lourdes Krieger
.A
chuva bate nas costas desnudas
dos pescadores a puxarem os cabos
da rede do arrastão. Alguns veranistas
abrigam-se sob improvisados guardachuvas. As crianças entram no mar,
cercam a rede e recolhem os peixes
que escapam das malhas; misturamse: crianças, peixes e água.
Os pescadores andam de costas, em
gritos e risos, num código só deles, corpo arcado para
trás, calcanhares se firmando na areia, a cada passada.
Ignoram o vozerio dos espectadores que se agrupam,
em prévia disputa.
—Me reserva uma pescadinha, Zé.
—Que vier de lula eu fico.
—Olhaí uma raia. Como dá raia, hein? Diz que tem
quem come elas, que tu achas?
A rede na beira da praia, o pedido: Pra trás, faz favor!
Os pescadores se juntam, redobram esforços. O tropeço dos veranistas, a disputa pela minguada colheita, a
bulha das crianças, recolhendo sardinhas que lhes escapam das mãos, o ploc-ploc dos peixes se debatendo
na areia.
—Não esquece eu, Zé! - todos são Zé.
Até Onofre, durante décadas vigia de pesca— ele preferia olheiro, estava mais de ajuste com sua função-, o
melhor das praias todas da Ilha, é o que diziam. Ele não
carecia subir no costão ou se esticar na ponta dos pés,
largando os olhos inquietos pela extensão do mar, em
busca das manchas reveladoras.
Era na praia mesmo que ele ficava. Como se apreciasse a paisagem. E apreciava: a água além parecendo imóvel; próxima, em movimentos ondulantes, se espreguiçando na areia. O verde de uma ilha, de um costão,
outras praias ao longe. Na contemplação amorosa, percebia mais rapidamente que qualquer outro um cardume, a sombra que o denunciava.
Nos ranchos dos barcos, os pescadores acocorados,
aguardavam seu grito, numa conversa pontuada em silêncio. Precisavam ficar atentos: nunca sabiam quando
o aviso chegaria. Se chegasse. Além disso, eles nem
sempre tinham o que ou o por que conversar.
Era o olheiro identificar a manta de peixes ao longe,
lançar o aviso e o grupo de pescadores correr até os
barcos já à espera, na beira do mar, para cercarem o
cardume, com a rede que depois seria arrastada de volta à praia.
Onofre não pode dizer que gosta das pequenas mudanças que o verão traz: turistas e alarido, corpos desnudos, costumes estranhos. Mas pressente que ainda vive
um tempo bom. Seu amigo de nome estranho avisara
sobre o que está por vir. Culpa do próprio homem, que
derruba a mata, avança pelo mar com ganância, em
seus barcos potentes. “Veja os manguezais, verdadeiros criadores de peixes, onde eles desovam e se alimentam.” Os manguezais estão sendo aterrados. Cada
dia mais.
Seu amigo aparecia de repente, folhas de papel e lápis
numa pasta de couro, ouvido atento e mão incansável.
As pessoas falavam do que sabiam, tinham visto ou ou-
vido; conversas antigas de feitiços e festas, das andanças de bruxas, ah, quantas bruxas! Em arrancos de medo, histórias fantásticas surgiam, juradas como verdade, garantidas pelo testemunho do narrador. Aconteceu
comigo... Foi com meu pai... O amigo ajeitava os óculos, fazia perguntas, anotações. Com ele Onofre aprendeu sobre o mar e o mundo. A valorizar o chão de onde
brota o garapuvu, que oferece beleza—e utilidade, nos
barcos que não afundam. A lutar para que o passado
permaneça na memória dos jovens; para que a Ilha não
se torne “embruxada pelo capitalismo e pelos gananciosos”.
É uma forma de tornar bom o tempo em que vive.
—Zé, me arruma um grande, pro jantar da família.
—Olha, com o cação eu fico. A gurizada gosta...
Os pedidos se confundindo, o vozerio aumentando, a
chuva caindo. A miudeza: arraias, baiacus (Olha lá, pega um baiacu pra gente brincar!), alguém descobre um
polvo.
—Mãe, polvo pensa? Se pensa, tá pensando como veio
parar aqui, hein, mãe? Todo cheio de pernas, enrolado
na rede...
—Seu Zé, pega aquele peixe? Não, o outro, isso... Eu
guento ele e você faz o preço.
—Tem peixe maior, não?
—Quanta lula! Meu irmão gosta de lula. Foi-se embora
ele, senão até que eu levava.
O pessoal pedindo, regateando, as crianças brincando.
O vento juntando-se à chuva. Então retornam os veranistas, apressados, a suas casas. Ficam os pescadores, agora dividindo o lucro, as sobras, ajeitando os pertences.
Onofre ajuda a enrolar os cabos da rede. Pensa no amigo, que uma vez se misturou a eles,tentando puxar a
rede. Riram de seus esforços: faltava prática, ele entendia mesmo era de conversas bruxólicas.
Escureceu. Tudo ajeitado, os pescadores se afastam. O
vigia de pesca se detém um pouco, a olhar em volta,
como à procura do amigo. Julga ver, no mar, Maria da
Terra Firme metamorfoseada em bruxa, “de vela alçada
aos ventos”,dentro do sapato esquerdo de Sabino—
uma das tantas histórias que aprendeu com ele.
Onofre procura visualizá-las, como forma de conservar
perto de si o amigo, que nunca mais encontrará. Pensa
que, se ele acompanha os arrastões, com o pouco que
a rede entrega, depois de tanta luta dos pescadores—
luta que ele bem conhece, pois foram pescadores seus
próprios antepassados—estará murmurando: Vejam os
manguezais...Uma, entre tantas causas que ele apontava, para o esvaziamento do mar. Alguém ouviu?
O olheiro sorri. Quê! Seu amigo Franklin deve é estar
contando suas histórias fantásticas para aquela a quem
rendia homenagens: Nossa Senhora do Desterro.
A chuva cessou. Onofre se apressa, ao encontro dos
companheiros. Desapareceram todos, na escuridão da
praia.
Agora, há somente o vento. Na areia,baiacus estourados, águas-vivas e algumas sardinhas esperam a maré
cheia.
[In: 13 Cascaes, pág. 65-67]
9
IN MEMORIAM
A RAZÃO DE TUDO
ESPELHOS DO LUAR
Contemplo o céu
Como se fosse o último azul,
A última cor.
Olhei as estrelas
Como última visão.
Bebi a água da fonte
Como se fosse a última sede.
Pisei no caminho
Como último destino.
Ouvi teu diálogo
Como última percepção auditiva.
Mastiguei tua palavra
Como última razão.
Ouvi teu canto
Como última canção.
Sentei em tua mesa
Como última ceia.
Comi do teu pão como última fome,
Como o último sabor da vida.
Dei minha mão à tua mão
Como último alguém.
Meu abraço a um abraço
Como última congratulação.
Minha graça a um sorriso
Como último porquê.
Deixei contigo todos os meus ideais
Como meu último objetivo.
A lua anuncia
o prateado lume
acendendo a serrilhada
ourela da serraria.
Breve, o alto cume
da montanha rebrilha
e a luz, argêntea e pura,
estende nevada trilha
sobre a encosta antes escura.
Melhor que a luminosa lua,
tua presença, a presença tua,
inundou de claridades loucas
o espaço sombrio das poucas
esperanças minhas
de te rever.
Não, não te vás. Vem ter
comigo. Quero poder olhar
a inigualável cena do luar
espargindo prata nos teus cabelos
e os teus verdes olhos
do luar espelhos.
HOYÊDO DE GOUVÊA LINS
[In: Ilha do meu sentimento, pág. 152]
ALZEMIRO LIDIO VIEIRA
[In: Mundo neutro, pág. 45]
A Liberdade não morre jamais pelas feridas
que recebe.
Licinho (E), Alzemiro, Geraldo, Heralda e José Luiz,
em apresentação do espetáculo poético criado por
Alzemiro, “A utilidade da utopia”.
O GPL só sobrevive com o apoio dos poetas e suas presenças em reuniões e eventos. Não basta
ser poeta: tem que participar! (ms./)
O punhal que a fere leva às suas veias novo
sangue.
José Martí
(poeta cubano)
10
OBRAS EM DESTAQUE
Antônio Carlos Rodrigues Chagas
Natural do Rio de Janeiro, filho de Antonio Neptuno das Chagas e Jurema
Dias Rodrigues das Chagas.
Membro da Associação dos Artesãos do Rio de Janeiro no período de 1978
a 1984. Professor de Karatê e Aeróbica, em sua academia Bella Forma no
período de 1985 a 1996. Segurança particular de políticos e em shows
(Itumbiara,GO). Ministrou cursos de defesa pessoal e primeiros socorros
na academia de polícia (Itumbiara,GO).
Reside atualmente em Florianópolis, onde atua como designer gráfico e
adesivista em sua empresa Imagynart.
Participa do Grupo de Poetas Livres, como associado efetivo, assíduo em
suas reuniões ordinárias e na Oficina de Arte e Interpretação de Texto, curso ministrado
pela atriz e poeta Zeula Soares, em 2014. Em 21 de agosto de 2014, lançou na Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho, seu primeiro livro Entrelaços de Amor,
produzido em sua gráfica,realizando o sonho de sua vida. Tem participação efetiva nas Feiras de Livro de Florianópolis, divulgando seu trabalho(foto).
Em 25 de junho de 2015, lança na Biblioteca Barreiros Filho o livro Poetizando a Vida.
“Em “Poetizando a vida”, Rodrigues Chagas canta o Amor em toda sua plenitude. A noite, com a lua a brilhar, é sua fonte inspiradora. É elemento recorrente em muitos poemas. Exprime sua
solidão na noite sem sons, mas em seu peito o ruído do bater do coração, o sufoca. O
poeta, embora com o coração partido, segue em frente com sua vida.
Em seus sonhos, em seus devaneios, idealiza a mulher amada a seu lado enchendo-a de
carícias, com um perfeito idílio a realizar-se; mas tudo não passa de sonhos e a solidão se instala no peito do poeta.
Há um poema no início do livro, “Trem da vida”, em que Rodrigues Chagas diz que a vida
passa reta nos trilhos como um trem, deixando para trás todas as esperanças, todas as
angústias, todos os amores fugidios, todas as mágoas. O trem tem seu destino e na estação em que irá parar, quem sabe não encontrará o alguém tão sonhado? Assim é o
Antonio na Feira do Livro, trem da vida...
com os membros do GPL Antônio Carlos Rodrigues Chagas é mais um poeta que se junta a tantos outros a canÁurea de Mello Baldissera tar o Amor em sua toda sua essência.
Uma obra singela, toda ela feita com o carinho de um coração apaixonado.” (ms./)
e Olga Postal.
Prestigiado por seus amigos Marcia Kraemer, de Atalanta,SC; Wadricia e Ká Correia e os
membros do Grupo Eloah, Maura, Zeli, Neusita, Vera, Olga, Manuel, Maria da Anunciação, Doralice, Aurea, Sinval e Stela. Uma Roda de Poesia, Canto, Música e Hora do Conto pelos
membros do GPL e por Márcia e o autor também declamando, alegrou a noite fria de inverno,
num clima intimista e de aconchego. Um delicioso ponche foi servido com acompanhamentos. A família de Antônio esteve representada por irmã, sobrinha e primos.
Ao lado,membros da Diretoria do Grupo de Poetas Livres, da esquerda para a direita: Eloah W.Naschenweng
(presidente); Stela Máris
Alves (diretora cultural) e
Aurea M. Baldissera (1a. tesoureira)
Márcia Kraemer
Antonio C. R. chagas
11
CARTAS A UM POETA
tem raízes no mais profundo do seu coração.
Texto extraído da obra “Cartas a um Poeta”, de Rainer-Maria
Rilke, com tradução de Fernanda de Castro, Portugália Editora,
Lisboa, s.d. Transcrevemos do acervo de Manuel Laranjeira,
português, que foi médico, poeta e autor de teatro.
Confesse-se a fundo: “Morreria se não me fosse permitido escrever?”. Isto, sobretudo: na hora mais silenciosa da noite, faça a si mesmo esta pergunta:
- “Sou realmente obrigado a escrever?” -
RAINER-MARIA RILKE, nasceu em 1875, em Praga , quando a
Boêmia ainda fazia parte do império dos Habsburgos. Tcheco
de nascimento, austríaco por educação, a sua verdadeira pátria
era a Poesia—pátria sem fronteiras materiais,fora do tempo e do
espaço, limitada pelo Espírito. (...)
Examine-se a fundo até encontrar a mais profunda resposta. Se esta resposta for afirmativa, se puder fazer
face a uma tão grave interrogação com um forte e simples “Devo”, então construa a sua vida segundo esta
Solitário, percorria as fontes de Roma, as ruas de Paris e os jarnecessidade.
dins de Espanha. (Fernanda de Castro)
Extrato da primeira carta da obra citada no título desta página:
PARIS, 17 de fevereiro de 1903
“(...) Não analisarei a maneira dos seus versos, porque
sempre fui alheio a qualquer preocupação crítica. Para
penetrar uma obra de arte, nada, aliás, pior do que as
palavras da crítica, que apenas conduzem a malentendidos mais ou menos felizes. Nem tudo se pode
apreender ou dizer, como nos querem fazer acreditar.
Quase tudo o que acontece é inexprimível e se passa
numa região que a palavra jamais atingiu. (...)
Apenas posso acrescentar que os versos não revelam
uma maneira sua. Contêm, é certo, germens de personalidade, mas ainda tímidos e escondidos. Senti-o, sobretudo, no seu último poema: “A minha alma”. Neste
poema, qualquer coisa de pessoal procura encontrar
solução e forma.
(...) Experimente dizer, como se fosse o primeiro homem, o que vê, o que vive, o que ama, o que perde.
Não escreva poemas de amor. Evite, de princípio, os
temas demasiado correntes; são os mais difíceis.
(...) Diga as suas tristezas e os seus desejos, os pensamentos que o afloram, a sua fé na beleza. Diga tudo
isto com uma sinceridade íntima, calma e humilde.
(...) Se o quotidiano lhe parecer pobre, não o acuse:
acuse-se a si próprio de não ser bastante poeta para
conseguir apropriar-se das suas riquezas.
Para o criador nada é pobre, não há sítios pobres, indiferentes.(...)
(páginas 15 a 22) (Há omissão em toda a obra dos nomes de todos os poetas aos quais Rainer-Maria enviou
suas cartas. Somente o nome de quem detém a carta,
neste caso, Manuel Laranjeira).
(...) Os seus poemas não tem existência própria, independência, nem mesmo o último, nem mesmo o que é
dedicado a Leopardi (Giacomo).
Na sua carta encontrei a explicação de certas insuficiências que já notara ao lê-lo, mas a que não me fora
possível dar nome. Pergunta-me se os seus versos
são bons. Pergunta-mo a mim, - depois de o ter perguntado a vários. Manda-os para as revistas. Compara
-os a outros poemas e alarma-se quando certas redações afastam os seus ensaios poéticos.
Doravante (visto que me permite aconselha-lo), peçolhe que renuncie a tudo isso. O seu olhar está voltado
para fora: eis o que não deve tornar a acontecer. Ninguém pode aconselha-lo nem ajudá-lo - ninguém! Há
só um caminho: entre em si próprio e procure a necessidade que o faz escrever. Veja se esta necessidade
Rainer-Maria Rilke,em foto colhida na internet.
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DE BRAÇOS ABERTOS...ESTAMOS!
NA ENCRUZILHADA DOS TRILHOS
DESCOBRIMENTOS
Na encruzilhada, os trilhos
da minha memória,
atropelada pela história,
desconstroem o seu percurso,
reduzindo-o a nada.
Por isso, a bem da verdade,
o caminho trilhado
é a trilha que me embala
pelos trilhos da saudade;
Amantes fortuitos
florescem nos lábios.
Libélulas dóceis,
engendram o beijo
de breves liames.
À vista do sonho,
atendem à face incontida
do corpo.
Mas a sociedade,
essa alucinada locomotiva,
fora dos trilhos,
trilha a senda da hipocrisia,
sobraçando os inúteis brilhos.
E haja trilhos
para cruzar
nessa nefanda caminhada,
que é a vida
até que finde o seu findar.
Transformam
imagens em névoas
sob o frágil abrigo
dos olhos.
ALCIDES BUSS
Florianópolis, SC
[In: Cadernos da noite, pág. 38]
Resistirá ela à encruzilhada?!...
SILVÉRIO DA COSTA
Chapecó, SC
[In: Trilhos cruzados, pág. 29]
PRIMAVERA
RECOBRA
La página recobra
unanimidad en el asco
Recobra
un invento divino:
la anguila lánguida
Como é gostoso sentir a brisa,
que vem do mar.
Como é gostoso sentir a primavera,
que chegou e trouxe
flores em quantidade.
O cantar dos pássaros
em manhãs de sol.
Alquila bordes a los satélites
recobra entrañas:
¿néctar o fuga?
Sol e calor e alegria
Alegria é riso
Riso é felicidade
Sou feliz
Porque atravesso mais uma
primavera de minha existência.
ROLANDO REVAGLIATTI
Buenos Aires, Argentina
[In: Antologia Poetica, pág.73]
DOUMERVAL TAVARES FONTES
São Vicente, SP
[In: Serendipismo, pág. 30]
Não se preocupe em entender.
-Versos são flores...sementes de beleza de sensibilidade de amor... (D.T. Fontes)
Viver ultrapassa todo entendimento.
Clarice Lispector
13
DE BRAÇOS ABERTOS...ESTAMOS!
SATISFAÇÃO
O SONHO
Sorrir, revelar desejos sinceros
de uma vida pacífica,
dizer não a violência que estamos vivendo;
emocionando-se com um mundo
de surpresas confessadas pelos amigos;
viver assim o calor da amizade sincera,
quando cada um participa com suas ideias
para uma realidade maior, abrangente,
que a todos alcança e satisfaz...
Essa satisfação de viver pacificamente,
denomina-se satisfação de manezinho.
Não sou no mundo um mero grão de areia,
Não concebo viver o dia-a-dia
Sem o sonho - a chama que incendeia
E que tudo engrandece e tudo cria
Homem sem rumo, sem norte, descrente,
Homem perdido, um néscio, suponho,
Um ninguém porque, desgraçadamente,
Nunca na vida soube ter um sonho.
Por isso sonho, sonho o dia inteiro
E à noite sonho o que sonhei de dia.
E ao me levantar meu sonho primeiro
EDY LEOPOLDO TREMEL
Membro da ACL, ACF, IHGSC
[In:“O manezinho da Ilha” e “Rapsódia a Florianópolis”,
pág. 14]
Florianópolis, SC
É viver o sonho que abraço comigo:
Sonhar um mundo de paz e harmonia,
Sonhar que em cada ser há um amigo.
ALFREDO NOGUEIRA FERREIRA
(Aldo Nora)
Florianópolis,SC
[In:O verso, pág. 93]
Edy Leopoldo Tremel
ESCREVA-ME PARA NÃO CHORAR
SOLIDÃO
Assim como um grande amor
evapora-se numa gota d´água,
também um grão de ódio
pode se transformar num rochedo.
Parece um fantasma - a solidão,
envolvendo-me com fios de tristeza,
sem brilho,sem textura e sem cor,
sussurrando lamentos de saudade,
na sequência do tempo que passou:
imagens desfocadas desfilando,
adensando os fluidos incolores
das lembranças que a vida me legou.
Não permita,pois, que o teu amor
se avolume em lágrimas,
e nem o indesejado ódio
habite o teu querido lar.
Imerso num silêncio delirante,
procuro em vão, um bálsamo milagroso
ou um aroma evocando uma presença,
na ilusão de não estar sozinho,
- mesmo ciente de não haver ninguém - ,
embora saiba que solidão é mais,
muito mais do que a ausência de alguém!
Se a melancolia de ti se acercar,
escreva para mim, mesmo sem me amar.
Faça como estou fazendo agora...
escrevo e penso, para não chorar.
NILSON MELLO
Florianópolis, SC
[In Fragmentos d´alma...Poesias]
ZENILDA NUNES LINS
Florianópolis, SC
[In: Tecendo alegorias, pág. 78]
A história conta o que aconteceu; a poesia,
o que deveria acontecer.
Aristóteles
14
DE BRAÇOS ABERTOS...ESTAMOS!
DIA DA POESIA
ULTRAPASSAGEM
O Brasil tem mais poetas
que qualquer outro país.
Há poetas que escrevem
POESIA
e poetas que fazem a poesia
virar asas de liberdade lírica
e flores de emoção.
Não importa o tempo
nem o desabrochar da idade:
a poesia sempre nos dá
um toque de vitória
e renascemos em cada primavera
como a roseira que murchou
no inverno passado.
Viva eternamente a POESIA!
Ultrapasso
a mediocridade inerente
ao tempo: discorro
sobre o tema
arbitro
sentenças e ouço na música
os compassos derradeiros.
Vergo a madeira
em extremo gesto.
A forma na conformação
da hora ultrapassada
em proezas. Ouço
o recado e o apago.
[Dia Nacional da Poesia no Brasil, 14 de Março]
TEREZINKA PEREIRA
Membro do IWA, International Writers and
Artists Association
Otawa Hills, OH—USA
PEDRO DU BOIS
http://pedrodubois.blogspot.com
Itapema,SC
PUEBLO MIO
PALAVRAS
Basta um pouco de reflexão
para concluirmos que a palavra
serve de bálsamo para a alma, de
incentivo a qualquer iniciativa e também
de remédio para muitos males.
A palavra tem o poder de levar as
pessoas ao maior êxito, tirá-las de
situações embaraçosas, movimentar a alegria o
otimismo e coragem nos corações.
Exerce grande influência na vida humana, quer
positiva quer negativa.
Nada nos custa dirigir aos nossos semelhantes,
sorrisos francos e palavras agradáveis. Sempre
devemos proferir palavras
construtivas e nunca destrutivas.
****
A vida é uma chama ao vento.
Creo que al pueblo lo tengo
herido de tanto mirarlo.
Por el se desborda el viento
como una bocanada de aire Virginal
como un torrente de alondras y companos.
Sin embargo me miro en él
desde al amanecer,
temiendo cada instante
la breve melodia de un tropiezo.
Por ti, a Veces...
derramo la voz de las angustias,
como ese grito de quien
quiere resurgir.
Viejo si estás pueblo...
- Pero no muerto—
MANUEL GONZALEZ ALVAREZ
(Poema manuscrito)
Madri, Espanha
GILDÁSIO TABORDA BARBOSA
[In: Pétalas ao vento, pág. 25]
Sant´Ana do Livramento, RS
A esperança é o aroma que mantém vivo o coração.
Massimo D´Azeglio
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DE BRAÇOS ABERTOS...ESTAMOS!
A PRISÃO DE MÁRIO CASTELHANO
TROVAS (*)
Tema: A Música
Mário avistou de longe
a polícia de verde,
como um gole de mate
a trancar-lhe na goela:
num Máximo Gorki de amargura.
E a planura partiu feito vidro
E o caminho da amada espirrou-lhe
Nos olhos, partindo e chorando.
XII
Quando uma saudade aperta
e a tristeza não tem fim,
encontro a música certa
nos acordes de Jobim
(1º Lugar no Concurso de OMT/UBT, celebrado na Espanha,
em 15 de abril de 2015)
XIV
JOSÉ ISAAC PILATI
Ser médico numa terra
que carece de hospitais
é sobreviver à guerra,
sem que a paz chegue jamais.
(ACALEJ, IHGSC, ADL, ACF, ACP)
Florianópolis, SC
(3º lugar no X Concurso de Trovas de Maranguape-2014)
XXI
MÃE
Persistente o trovador
segue espalhando Beleza:
seja nos versos de Amor,
seja, no olhar, a Tristeza.
Amor de mãe é sagrado
Puro só o amor materno
Que te refresca no verão
E te aquece no inverno.
(*)Trovas da obra “Trovas e Outros Poemas”,
maio 2015, obra publicada como resultado do
Concurso de OMT/UBT, celebrado na Espanha
em 15 de abril de 2015.
Na primavera é a flor
Que enfeita teu caminho
Mãe te oferta rosas
Guarda pra si os espinhos.
EDWEINE LOUREIRO
No outono as folhas secas
Que vão caindo no chão
Toda mãe rega com lágrimas
Pra vir nova brotação.
Saitama, Japão
Nas quatro estações do ano
Só ela está ao teu lado
Porque pela eternidade
Amor de mãe é sagrado.
Não existe amor maior
Venha de onde vier
Pois toda mãe é mulher santa
Ou uma santa mulher!
MARIA DE MELLO BANDEIRA
Membro da CAPOSM, Santa Maria, RS
[In: Zine “Expressando em Poesia”, ano V, n.54, 2015
Edweine com Certificado de Concurso do GPL. Leia
sobre ele na seção ACONTECEU, nesta Revista.
Todos os dias escrevem-se grandes histórias que ficam
gravadas, apenas, na memória do tempo.
Ao seres privado dos teus mais belos sonhos, lembra
Silvério da Costa, Chapecó, SC
-te de que tudo na vida é lição.
Anair Weirich, Chapecó, SC
Presidente da ACHE
16
DE BRAÇOS ABERTOS...ESTAMOS!
PASSAGEM 3
SONHO
(para Silvia, sempre)
“Pois bem, quando eu já não estiver,
o vento continuará estando”
(Eduardo Galeano)
Estavas tão morena, tão bonita
no limiar dolente do meu sonho.
E vi que te quedavas pensativa,
semblante ora nublado, ora risonho.
Sopra o vento,
cai a chuva, escorre o tempo:
anunciam que, provavelmente,
terás pouco tempo de vida.
Mas outra vida continuará:
mares, pássaros, meninos na escola.
Sim, Galeano: o vento continuará estando.
Abdicas mentalmente de um tempo
cujos valores já não são os teus.
(Não há métrica, rima, mas buscas
uma verdade funda.)
A morte na soleira da porta, não te dobrará.
Na memória estarás em algum coração.
Não haverá oblívio.
Não?
O tempo passa por cima de todos nós.
Tentas terminar sofregamente aquele texto.
Mas a quem importará?
Não importa (repito o verbo) a quem valerá.
Não tem valor contábil – há outro,
que poucos enxergam.
O vento continuará estando.
(Valeu a pena- vale a pena.)
E uma semente – quem sabe – está sendo irrigada, e
os que chegarem depois da chuva e dos ventos
(e de tua passagem) – quem sabe – te (nos)
olhem com simpatia (como queria Brecht).
Teu sonho talvez seja benfazejo.
Meu sonho de tristeza povoado.
Pequeno como a ponta de um desejo,
imenso como a lira do passado.
Talvez seja teu sonho um mar de calma,
talvez seja teu sonho fingimento.
Quisera nele entrar de corpo e alma,
quisera fosse meu teu pensamento.
Desperta do teu sonho e vem agora,
pois nele eu já tenho o meu lugar.
De todo sonho meu foste senhora,
e sempre fui senhor do teu sonhar.
Hoje não há mais preocupação com o tempo.
O nome Silvia será eterno, mesmo que não dure.
ROBERTO RODRIGUES DE MENEZES
[In:Ao correr da vida, pág. 39]
OS TRAÇOS
Traço nos minutos do tempo
a paisagem da tarde,
o caminho já trilhado,
gesto eternizado
nas ondas da meditação;
busco em casa frase
os fragmentos da visão.
Exponho meus gestos
nas pálpebras do instante,
descubro as ideias
na cilada do momento.
Escrevo o exercício do ofício,
soletro o diálogo
e na leveza da visão,
encontro os desenhos
nos fios da memória.
LUIZ FERNANDES DA SILVA
João Pessoa, PB
EMANUEL MEDEIROS VIEIRA
Brasília,DF(30 de abril de 2015)
Na lida
o tempo parece correr
no silêncio da senhora
a descansar;
Meus pés
colados ao chão
ficam sem direção
enquanto a vida
fica a repousar!
CLARISSE DA COSTA
Biguaçu,SC
17
COLABORAÇÕES DE ASSOCIADOS E AMIGOS
A CENA
“...é tempo de tempo / que o sonho ainda existe /
e que a vida é roda do mundo a girar”
(Lise M. R. Fank)
Abro a porta que tem vista para a praia e vejo pulsar o ritmo do cotidiano ao se embrenhar nas águas
do mar. Compartilho a paisagem quando mergulho no reflexo do espelho. Não há conceito, apenas imagens
que ocultam minhas palavras. Não há espelho, há o reflexo da consciência em que o pensamento me persegue em instante de liberdade. Como revela Gilberto Mendonça Teles, “... No seu espelho a realidade / se vê
mais espessa e infinita, / porque ali o tempo se bate / no centro da árvore da vida”.
Nesta fresta a memória soa como eco entre uma palavra e outra; uma lembrança e outra; um pensamento e outro. Sorvo o ritmo do ar marinho ao olhar para o barco deslizando; como em Jaime Vaz Brasil, “...
Quando a palavra / amanhece // desaba / e fusiona tudo // à fenda de um pesadelo / que espia seu conteúdo”.
Sem história, costuro o horizonte em seu infinito percurso e partilho a praia com o albatroz. De uma forma ou de outra, retiro a máscara e renego o que o vento demarca. Então, volto ao dia onde encaro o sonho
como sonho. Regresso em meus sentimentos e recuso a paisagem, o barco e o mar que trama em ondas.
Espantada, acordo!
TÂNIA DU BOIS
Balneário Camboriú,SC
[In: Autópsia do Invisível—Crônicas, pág. 15]
nesta parede, pendurado, um daqueles antigos
”posters” de borracharia como homenagem às muJorge Luiz Wagner Behr, Florianópolis
lheres da minha vida. Junto as ferramentas também
estaria uma miniatura de um spitfire (avião inglês da
Depois das 100 músicas da minha vida, chegou a ho- 2a. Guerra) e uma vareta de incenso queimando,meu
ra da fotografia. A fotografia é um tempo congelado lado místico.
de nossa vida. Situações mil, nem sempre confortá- Ao meu lado direito, sobre uma mesinha surrada, uveis, alguns sorrisos amarelos, algumas (muitas) ridí- ma garrafa de whisky quase cheia (com o copinho
culas, e outras em que a gente se pergunta “o que eu emborcado no gargalo) e um livro de cerveja vazio,
estou fazendo aqui?”
deitado, copo ao lado,quase vazio.
A FOTO DA MINHA VIDA
Se você pegasse uma caixa cheia de fotografias desde minha infância até hoje e tentasse montar uma sequência temporal, mesmo com dezenas ou centenas
delas, e tentasse fazer uma análise de quem eu sou,
não chegaria nem perto, erraria 99%.
Ao meu lado esquerdo, noutra mesinha surrada, um
toca-discos vinil rodando um clássico anos 70.
Aos meus pés, um jornal, como símbolo da informação, uma revista MAD como símbolo do humor e um
gato siamês representando todos os felinus domestiÉ a partir dessa linha, que tenho pensado ao longo cus de minha existência. Tudo isso com um fundo
de dias: qual é a foto da minha vida? Qual a foto que desfocado cheio de árvores.
você olha e “vê” um pouco de minha alma, de meu
Pessoas não fazem parte da minha foto. Minha espoespírito? Qual a foto que resume minha existência? E
sa entrou em minha vida 25 anos depois.Minhas fientenda, mesmo que um pouquinho, quem eu sou.
lhas, depois disso. (...) Quando eu for para Casa, irei
Vou montar o cenário: nada de carro, nem atual nem só. Eu, meu espírito. Meu pensamento...
ex e nem “dos sonhos”. No lugar dele, apenas há uAinda não montei este cenário. Acho que é praticama estante de ferramentas e, para dar uma ideia de
mente isso. Talvez eu possa acrescentar mais algucarro, e não de avião, barco ou moto, um daqueles
ma coisa, mas é difícil.
pneus velhos encostados na parede e uma correia
dentada pendurada no prego resumiriam o tema. Ah, Esta é a foto da minha vida. Pense nisso. Agora monte o cenário da sua.
18
AS CARTAS DO CELESTINO
PROF. CELESTINO SACHET
Nos últimos tempos, temos publicado as Cartas do Prof.Celestino Sachet, que sempre nos agracia com seus
comentários a respeito da Revista Ventos do Sul. Suas palavras nos estimulam a continuar as publicações,
mesmo com todas as dificuldades que encontramos. Com o agradecimento de toda a ”nação” GPL, eis a carta referente a Revista Ventos do Sul nº 43. Obrigada, professor, por suas palavras.
19
COMO UM POEMA MODIFICA UMA PESSOA
CARTA DE GILDASIO TABORDA BARBOSA, SOBRE POEMA DE ALZEMIRO LIDIO VIEIRA,
POETA DO GPL.
O poeta Gildásio Taborda Barbosa, de Sant´Ana do Livramento, há muitos anos mantém intercâmbio com o GPL. Surpreendeunos com esta carta, em que trecho de poema do nosso poeta (falecido) Alzemiro Lídio Vieira, ajudou-o se livrar de depressão.
Ânimo para continuar com suas belas poesias, é o que desejamos ao nobre Poetamigo.
20
OFICINAS NO GPL
CONSTRUINDO VERSOS E PENSAMENTOS
Duas tarefas para o recesso do GPL, dadas pela presidente Eloah W. Naschenweng: construir poemas a partir de um título e ler
um livro apanhado aleatoriamente da estante , e dele fazer comentário. Nestas páginas, a construção dos versos de duas Oficinas de Poesia (vide cabeçalho) a partir de um título escolhido. Na Seção Aconteceu, o destaque para cada poeta e o livro lido e
comentado.(Projeto Sala de Leitura)
BUSCO A PALAVRA
O ANDARILHO DE RUA POETA
Busco, em vão, a palavra
que ficou retida
quando de mim te
ausentaste.
Caminha por aí sem destino
O andarilho de rua,
Para ele não tem mais esperanças
De um novo dia.
Seu futuro marcado por desigual
Oportunidade
Deixou que a vida o levasse
Por caminhos sombrios.
Busco a forma de renovar
os votos, para mim sinceros,
de dizer-te que te amava.
Busco a palavra presa
no fundo do meu ser
e não ouso dizê-la,
pois é grande a ausência,
é triste a saudade,
é dolorosa a vida depois de ti.
Busco a palavra Amor
e ela saiu de dentro de mim
quando,
finalmente,
aos meus braços retornaste.
MAURA SOARES
(30.11.2014, 07.40h)
Lá vem o poeta com os pés
Descalços,
Cobertor rasgado
O cobertor que o aquece
Em noites de frio e de chuva,
Lá vem o poeta barriga vazia
Sente fome, sente frio.
Lá vem o andarilho de rua
Que ninguém olha em seus olhos,
Ninguém escuta sua história
Ninguém houve seu coração.
Sou eu, sim, um andarilho de rua
Um poeta que um dia sonhou,
Que um dia eternamente amou.
STELA MÁRIS ALVES
O ANDARILHO POETA
Ao caminhar pelas ruas no anonimato
recorda um ser que um dia foi amado,
suas palavras hoje perdidas,
seus gestos ignorados,
seu nome tanto faz,
nas calçadas indiferentes
onde rabisca algumas palavras soltas.
O mais belo poema é a vida,
que se lê enquanto se vai
compondo.
(Amiel)
O MENDIGO POETA
O homem vive na rua
Não tem casa para morar
Vive sempre viajando
Sem nunca poder chegar
Pede ajuda para as pessoas,
Mas ninguém quer ajudar
Mesmo assim ele não desiste
Continua a caminhar
Pega caneta e papel
Faz as suas poesias
Falando da triste vida
Que leva no dia a dia
O tempo vai se passando
Lembranças de sua vida
Ele não sabe o que fará
Quando a velhice chegar
Lembranças também de sua
infância
Onde morava com os pais
Às vezes fica pensando
O tempo não volta mais
Ficava na beira da estrada
Olhando o tempo passar
Pede ajuda a Deus do céu
Uma casa para morar
Mas veio a voz de um homem:
“Filho, irás ter onde morar!
Para ter casa e comida
Tu só precisas é trabalhar.”
DORALICE R. SOUZA SILVA
Chora tendo o passado como única lembrança
e os lambidos do seu cão confidente.
Observa a circunferência da lua,
o exagerado amarelo do sol,
segue seus olhos o correr das folhas,
pois só isso, o contemplar é o que somente
lhe é permitido.
ZELI MARIA DORCINA
José Luiz Amorim, Rita de Cássia Dircksen, Eunice L. S. Tavares e Doralice Rosa de Souza Silva
21
OFICINAS NO GPL
CONSTRUINDO VERSOS E PENSAMENTOS
ENCONTRO
Percorrendo a estrada, olhando para ambos
os lados
Procurando o sentido de não sei o quê
Entender o cerne de não sei o quê
Me deparando com indivíduos que fingem
conhecer os porquês
Nesse inexplicável percurso encontrarei
o que irá me estilhaçar
Minha consciência não vai compreender
Pois não compete a sua essência
Não fala à razão e, sim,à emoção
Embora seja medida, pesada, dissecada
pela filosofia
Pertence aos sentidos
No entanto, minha Alma de Poeta reconhecerá
A Face Oculta se revelará
E saberei a identidade do fantasma; o ser
que irá suprir a falta que a rotina distrai,
a forma de deixar de viver meia vida.
AIRTON DA SILVEIRA FILHO
(4.3.2015)
O ANDARILHO POETA
Te mostra, lua, pra mim
Com a tua tênue luz
Vem me fazer companhia
Pois a noite me seduz.
Sou “O Andarilho Poeta”
Que não desiste de sonhar
As perguntas e as respostas
Confundem-se dentro de mim...
Mas...sigo a poetizar.
Sei que a vida é assim
Um dia a luz brilha aqui...
No outro, ela brilha ali...
Mas, a sombra?
É bom também!
Depende do meu olhar.
Te mostra, lua, pra mim
Me acolhe na minha tristeza
Vem logo me abraçar.
ÁUREA DE MELLO BALDISSERA
O ANDARILHO POETA
Dia ensolarado, e mar atraente, com ondas calmas e quentes, em céu azul anil.
Meu olhar, concentrado no horizonte, parecia querer estar longe dali.
Não sei porque, é sempre assim.
Um homem, maltrapilho, parecendo um andarilho, senta-se próximo a mim.
Seus trajes e bagagens, o denunciam um ser abandonado.
Parecia muito cansado e, certamente, faminto.
Quem será?
Ofereci-lhe água... aceitou.
Nasceu, então, um elo de comunicação.
Perguntei-lhe de onde viera, e fui surpreendido.
Disse-me:
“Venho do mundo. Não conheço a minha fonte... Alimento-me, somente, quando é possível.
Sou um morador de rua, um abandonado. Fui criado num abrigo para menores, com dezenas de irmãos, e
muitos pais.
Gente caridosa, de boa índole, e que me educou com amor e respeito. Mas preciso encontrar as cinzas do meu
passado. Nenhum vestígio localizei, até agora. Nem mesmo esperança, a vida me deu.cada vez fico mais aflito, distante da vida, e mais próximo dos meus versos...
Sim, dos meus versos, pois dizem que sou um poeta, embora não acredite. O poeta escreve, possui livros e leitores, tem amores. Mas minha vida é um horror, jamais tive um amor. Os versos que componho, nascem dos
pesadelos intermináveis, da angústia de não poder enxergar o horizonte da minh´alma. Por isto, não sou um
poeta, como as pessoas dizem”.
Falou-me tudo isso com muitas lágrimas, que se perderam entre os longos fios da sua barba.
Foi embora, não antes de apertar a minha mão, agradecendo a gentileza da água ofertada e da atenção que
lhe dispensei.
Aquele homem não precisa procurar mais nada.
Já encontrou tudo o que ama na vida.
É um poeta!
SINVAL SANTOS DA SILVEIRA
22
OFICINAS NO GPL
CONSTRUINDO VERSOS E PENSAMENTOS
SAUDADE
BUSCO A LUZ DOS TEUS OLHOS
Ah a Saudade!
Saudade que refaz laços nas horas gastas e entrelaça
longas, lentas e inquietas ausências.
Rompe as lembranças, se remolda fértil
e cautelosamente perambula como invasora
de lugares perdidos.
A noite chegou sem pedir licença
Janelas fechadas...silêncio no ar.
Restou solidão, saudade, lembrança.
Tu não estás pra me acalentar.
As luzes se apagam
Está tudo calado
E eu não adormeço.
É como penetrasse num lugar secreto para
manipular o imaginário e feito de sol, fazer o
pensamento.
A alma voa entre o sentir urgente vivificado e o
estímulo do anseio e da espera.
Rodeado de um universo amplo e solitário, este
clandestino sentimento, toca o coração capturando os
bons momentos que se escondem nas curvas do
tempo.
A sensação da volta tecida de frágeis e tênues
vínculos, abre as janelas do tempo para perceber os
sons do coração e buscar, na retaguarda, a parte
intacta que sustentará a caminhada
Na escuridão da minh´alma
Busco a luz dos teus olhos.
A tua lembrança
Me conduz à calma.
Não existe ausência!
Eu vou crer assim!
Pois tua presença
Se guarda em mim
Eternamente em mim!
ÁUREA DE MELLO BALDISSERA
ELOAH WESTPHALEN NASCHENWENG
Janeiro 2015
BUSCO A LUZ DO TEU OLHAR
PALAVRAS DO CORAÇÃO
Joguei palavras ao vento
elas dissolveram no ar.
Mensagens na areia deixei
elas se foram com o mar.
Tantas palavras perdidas
ditas sem emoção
fazem parte de uma vida
e nos deixam sem razão.
Um dia mudei de estratégia.
Falei com meu coração.
Dos lábios saíram palavras
em forma de oração.
Só então compreendi
que palavras ditas a esmo
não tem repercussão.
Somente palavras bem ditas
falam ao coração.
Busco a luz do teu olhar
Nas profundezas do meu ser
Pelos atalhos da minha alma
No abismo dos meus sentimentos.
Procuro buscar a luz dos teus olhos
Nas lembranças de um passado longínquo.
No amanhecer dos meus dias
Sobre sombras incessantes
Das noites intermináveis e frias.
STELA MÁRIS ALVES
La Poesie, escultura de
Lambert Adam.
1752
ZEULA SOARES
23
OFICINAS NO GPL
CONSTRUINDO VERSOS E PENSAMENTOS
ANDARILHO POETA
BUSCO A LUZ DOS TEUS OLHOS
Ando sem rumo, sem destino
Vou para onde o vento
Me levar...
Sem nenhuma pressa,
Sem vontade de chegar,
A nenhum lugar...
Pois, sei, que não irei
Te encontrar...
Enquanto isso, vou sem rumo.
Sigo contando meus sonhos
Em prosas e versos
Contagiando corações
Contando os pedaços do meu
Que sangra e chora
Pela ausência do teu...
Todos aplaudem e até choram
Com meus versos...
Mas o que não sabem,
É que sou um andarilho poeta,
Sem ter um lugar de chegada...
Desde quando
Perdi minha amada...
Ao abrir meus olhos
Quando vejo o sol brilhar
Fico feliz e penso
Mais um dia a me esperar
Terei sabedoria para enfrentar
Tudo que pela frente irei encontrar?
Olho na parede e vejo
Uma imagem parece me olhar.
Sinto que ela me diz,
Segura na minha mão e vai
Penso, olho, reflito e vejo
Meu Deus
Que Tu é a luz dos olhos meus.
OLGA POSTAL
NOVA ORDEM
ANTONIO CARLOS RODRIGUES CHAGAS
Falta um lugar para ir, para fugir
E sobram vícios para distrair
O mundo tomou a mesma droga
Engoliu a mesma pílula
O TREM DA VIDA
Todos tão sérios do mesmo jeito
Todos tão alegres do mesmo jeito
Heróis, guerreiros na ilusão, no virtual
Donzelas, menininhas de baile de debutantes
No real, no frente a frente
Veloz como fumaça
O trem da vida passa
Em disparada, urgente
E a paisagem colorida
O trem da vida vai deixando para trás
No mosaico da paisagem
A fumaça do trem se esvoaça, leve e fugaz
Inevitavelmente nos levando ao léu, no galope do
tempo
Como folhas secas ao relento
No trem da vida
Nem sempre temos o prazer de ver
A paisagem colorida.
Pensamentos só os copiados
Em algum lugar são fabricados
E por todos são compartilhados
Tão felizes, tão perfeitos
Até parece que vivem
Possuem até um novo vocabulário
Não gostar é elitismo
Não querer é preconceito
Não concordar é fascismo
Além de alcançarem a Verdade das verdades
A moral superior
Prejudicam para o bem
Oprimem em nome da liberdade
E matam em nome da vida
NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN
Não são metade do que dizem
Condenam crimes alheios
Mas defendem e amam os seus
Neusita e
Cacildo (ao
Airton 8
violão)
AIRTON DA SILVEIRA FILHO
Airton
24
MAURILIA FREITAS
Uma vida dedicada à família, à educação,poesia e ao canto
Maurilia, ao centro com a neta, e membros do GPL, quando do lançamento de Seul ivro Minha Saudade,em 2010
Maurilia Catarina Freitas nasceu no bairro Sul do Rio, em
Santo Amaro da Imperatriz a 30 de abril de 1939. Faleceu
dia 17 de maio de 2015, ao completar 76 anos de idade. Filha de Vicente Domingos de Freitas e Custódia Bernardina
de Freitas, ali passou sua infância e sua adolescência.
Estudou na Escola Mista Estadual do Sertão do Espíndola
até o terceiro ano, depois foi estudar no Grupo Escolar
Nereu Ramos onde se formou Professora Regionalista em
1957. No ano de 1959 casou-se com Gentil Laudelino Martins com quem teve sete filhos. Estes filhos lhes deram 21
netos e dois bisnetos (dados de 2010).
Participou do concurso “Doce Poema” da Padaria Big Pan e
do Grupo de Poetas Livres, no qual foi premiada em 1º lu-
gar. Foi classificada na promoção “Minha História de
Natal” da RBS TV, que foi ao ar em 23 de dezembro de
2006.
Ocupou a cadeira n. 11 da Academia Santoamarense de
Letras, de Santo Amaro da Imperatriz. Participava das
oficinas de teatro do Theatro Adolpho Mello, de São
José ; membro do Grupo da Terceira Idade e das Fantásticas da Igreja do Kobrasol.
No Grupo de Poetas Livres participou de 6 antologias
e na sétima foi homenageada com um poesia sua publicada, devido ao fato de estar afastada em tratamento de saúde. Possui conto no Folhetim,”Cada caso
um causo”, obra do GPL em prosa. Seus poemas também
viajaram nos ônibus da Capital, no Projeto “Viajando
com Poesia”. Em 2010, realizou seu sonho em lançar
seu primeiro livro poético.
Na obra “Minha saudade”, assim Maurília se expressa:
“Agradeço a Deus por me dar forças para enfrentar a
vida, às minhas filhas Claudia e Geane que são a luz
dos meus olhos , a Zeula, Maura e Maria Vilma que
sempre me incentivaram, às professoras e professores do Theatro Adolpho Mello, ao Grupo de Poetas Livres, ao Grupo da Terceira Idade, às Fantásticas e os
confrades da ASAL.
Meus sinceros agradecimentos a todos que me ajudaram de uma forma ou de outra e que Deus ilumine o
caminho de todos vocês.
Maurilia “
A vida é uma estrela que resplandece no horizonte, no limite de dois
mundos, entre a noite e a aurora.
(Byron)
25
SERIEMA
Quando ouço a seriema
a cantar lá no grotão
relembro a minha infância e o
meu querido sertão.
Na mata fico tranquila
tenho muita segurança
com suas árvores frutíferas
é muito grande a abundância.
Ouvindo o inhambu
a cantar na mata verde
vou procurar a cachoeira
para matar a minha sede.
Lá na mata tudo é lindo
principalmente de manhã cedo
quando sol vai saindo
o campo fica mais verde.
O canto da seriema
é muito lindo de ouvir
lá dentro do cafezal
canta alegre o juriti.
[In: Minha saudade, pág. 23}
Maurilia,no lançamento de sua
obra “Minha saudade”, 2010
DESCOBRINDO...JOVENS POETAS
De Tijucas, Santa Catarina, a Profª Márcia Reis Bittencourt, do GPL, envia-nos poemas dos alunos da Escola de
Educação Básica Professora Olivia Bastos. Uma produção coletiva e duas individuais. O GPL e a Revista Ventos
do Sul há muito tempo apoia trabalhos desenvolvidos por alunos das escolas de Tijucas e Canelinha, em concursos ou produções que a professora Márcia procura divulgar. São talentos que surgem no seio literário e divulgamos para estimular a leitura e a composição poética.
POEMA COLETIVO
Se eu fosse uma gotinha de água...
Se eu fosse uma gotinha de água eu molharia a floresta.
Se eu fosse uma gotinha de água eu molharia os frutos.
Se eu fosse uma gotinha de água eu faria comida.
Se eu fosse uma gotinha de água eu sairia do mar para molhar os animais.
Se eu fosse uma gotinha de água eu molharia milhares de montanhas.
Se eu fosse uma gotinha de água eu sairia da torneira para fazer comida.
Se eu fosse uma gotinha de água eu molharia a terra para os seres vivos.
Se eu fosse uma gotinha de água eu ficaria no mar para dar vida aos peixes.
Se eu fosse uma gotinha de água eu desceria a cachoeira.
Se eu fosse uma gotinha de água eu molharia milhares de campos para produzir alimentos.
Se eu fosse uma gotinha de água eu iria brincar de correr nas torneiras.
Se eu fosse uma gotinha de água eu daria de beber aos campos.
Se eu fosse uma gotinha de água eu cuidaria do mar.
Se eu fosse uma gotinha de água eu abasteceria a represa.
Se eu fosse uma gotinha de água eu passaria por todas as raízes.
Se eu fosse uma gotinha de água eu cairia em forma de chuva.
Se eu fosse uma gotinha de água eu correria pela correnteza.
Se eu fosse uma gotinha de água eu iria me cuidar para não acabar.
AUTORES:
Turma: 4º Ano 01
Professora: Ariana Geraldo Limas
Alunos: Carlos Henrique Elias; Eduardo Pereira; Gabriel Castilhos Santos da Silva; Guilherme dos Santos; Gustavo Policarpo Comper; Jaqueline da Silva Vargas; João Gabriel Jacinto; Júlia dos Santos Justen; Juliard Pacheco; Maiara Rufino dos Santos; Maria
Luiza Zviegicoski de Oliveira; Richard Lopes Carneiro; Scibéry Amably dos Santos Bittencourt; Vitória Reis, Willian Alves Voitena.
Turma: 4º Ano 02
Professoras: Ariana Geraldo Limas e Neuzelene de Simas.
Alunos: Alex Santiago da Silva Cardoso; Alison Nunes de Jesus; Ariana Maria da Silva Cardoso; Carlos Alexandre Godoz Weber;
Emily Giacomozzi Horstmann; Gabriel Henrique Euzébio Botelho; Gabriela Oliveira de Souza; Jheniffer Sieminski; João Vitor Cardoso; Lais Souza Pontes; Maria Luiza da Silva Cuxinier; Rubens Vicente Marcelino Junior; Schaiane Chaves Cardoso; Sophia Menon Castanheiro, Uilian Antunes de Oliveira.
PARA QUÊ?
Para que comprar frutas,
Se você tem uma árvore?
Para que um chuveiro
Se você tem o mar?
Para que um carro
Se Deus lhe deu pernas?
Para que fones
Se Deus lhe deu bons ouvidos?
Para que plantar espinhos
Se você pode colher rosas?
Para que tanto ódio
Se você pode ter amor?
Para que chorar
Se você pode sorrir?
Por que ficar só
Se você pode ter companhia?
Então seja como for,
Não deixe a tristeza lhe guiar
E seja feliz!
CAMINHANDO...
No cair da noite,
No amanhecer do dia,
Nós todos juntos
Numa só companhia.
CAROLINE ELIAS
6º Ano
Escola de Educação Básica Professora Olivia
Bastos
Tijucas, SC
DÉBORA DE SOUZA
6º Ano—E.E.B. Professora Olivia Bastos
Tijucas, SC
26
POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
POEMA DE PASSAGEM
Quando caminho
Pela Savassi
Em direção
À Liberdade
Passam por mim
Mulheres mil
Jovens, ninfetas e maduras
Todas, sem exceção
Lindas beldades.
Perdoe-me o “Poetinha”
Mas beleza
Não é fundamental!
Não importa se gordinha
Magras esqueléticas
Não existe mulher feia
O que conta, afinal
É a feminilidade
A doçura dos gestos
A graciosidade do gingado
A grandeza da Alma.
Vejo roupas coloridas
Cabelos esvoaçantes
Risos de alegria
Faces taciturnas
Emoções contagiantes
Vejo pessoas bem trajadas
Num vai e vem constante
Até mesmo os desvalidos
Em rotas roupas esfarrapadas
Enfeitam o nosso “Point”
E a Savassi, dão vida!
Arnaldo Golino
01.04.2015, às 16hs,
no coração da Savassi,
Praça Diogo Vasconcelos!
BELO HORIZONTE, MG
Tudo o que amamos profundamente
converte-se em parte de nós mesmos.
Helen Keller
QUANTO VALE?
Quanto vale pra você...
O meu amor?
Um poema?
Alguns versos?
Não importa!
Eu quero ver
Você entrar por esta porta
Pode ser em silêncio.
Pois pra mim que sou poeta
O nosso amor será sempre poesia.
No sol ardente...
Numa canção...
Ou no silêncio da noite fria.
O nosso amor?
Pra mim?
É poesia!!!
ÁUREA DE MELLO BALDISSERA
SONHOS
Mundo irreal tão verdadeiro.
Nada nasce nem se cria,
apenas existe.
Onde o amor vale mais,
alto fala o sentimento
e a vida tem mais valor.
O amigo é um irmão
na fraternidade e união
de cada momento.
Sonhos acalentados e embalados
na ternura do amanhã
talvez nas brumas do passado.
Esperança do beijo roubado
do braço que abraça
enquanto a boca sussurra
palavras de amor.
Do calor de mãos entrelaçadas
a querer que a vida pare
e na inocência do sentimento
impedir que se cale.
Sonhos apenas...
guardados em algum lugar,
escondidos.
Fantasias da juventude
reveladas na tenra idade
onde a beleza dos sentimentos aflora
qual radiosa primavera
perfumando a vida à sua passagem.
EUNICE L. S. TAVARES
28.8.2012
27
POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
EU E O TEMPO
CANTAR É VIVER
Passo a mão sobre o Tempo em meu cabelo
que era preto e o Tempo matizou,
Agora, branco, dá-me prazer vê-lo
Pois tem a cor do Tempo que passou.
Cantar é vida interior
Cantar é pura emoção
Alegra o corpo e a alma
E também o coração!
A experiência me dita e eu pelo
Tempo que vivo,e bom entendedor
de que o Tempo, com todo desvelo,
Cuida bem de mim, pondo-me onde estou.
Quem canta alegra a vida
Cantar é um dom divino
Acalma o coração inquieto
Faz feliz qualquer menino!
Por essa razão, Tempo, eu te saúdo,
Cuidastes mesmo deste cabeçudo
Dosificando a dor, não o prazer,
Se todos pudessem cantar
Ao invés de lamentar
Iriam com certeza
A Deus duas vezes louvar!
Não me queixo de ti, Tempo, ao contrário,
Mexestes muito bem no meu fadário,
São 90 anos!...Como é bom viver.
(abril 2015)
Cantar é viver a vida,
Faz de nós um sonhador
Nosso ser se ilumina
E agradece ao Criador!!!
JOSÉ PEIXOTO JR.
Brasília, DF
OLGA POSTAL
[In: Palavras do Coração, pág. 22]
Nota: O GPL cumprimenta o nobre poeta correspondente em
Brasilia, pelos seus 90 anos de sabedoria, cumpridos em 03
de abril de 2015!
AMOR SEM PALAVRAS
VENTO SUL
Vento que sopra do sul...
Velho vento!
Tu não pareces cansado
de soprar tão forte assim.
Sopra, vento, e desgrenha
os cabelos da menina,
levanta a saia da moça,
revolve a poeira do chão.
Sacode com a cidade
que sempre te acolheu.
Vento sul...
Velho vento!
Que pinta a cidade com a cor cinza
e chacoalha as águas do verde mar
com a força do gigante,
adormecido,
que sorri ao teu soprar.
És o nosso vento maior,
vento que vem do mar.
Balanças com a natureza
desta “terra de sol e mar”.
ZEULA SOARES
Amor bandido,
Amor vadio,
feito corredeira
descendo no rio.
Amor selvagem,
delírio ou miragem?
Quando te vejo
cada vez mais
aumenta o meu desejo.
Suplico teu amor
em forma de um beijo.
Amor animal.
À flor da pele.
Desejo carnal.
Amor sem palavras
consoante ou vogal.
Amor atrevido
gravado na alma
este amor que me acalma.
ANTONIO CARLOS RODRIGUES CHAGAS
[In: Entrelaços de amor, pág. 22 e Poetizando a Vida,
pág. 93]
28
POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
Admita seus erros;
inicie nova etapa;
siga acreditando sempre;
renasça a cada dia;
E lembre-se:
Bem lapidados nossos erros serão início de
rumo novo, de etapa cumprida.
ADRIANA CRUZ
[In:Calendário 2004]
(fundadora do GPL)
RIO DA SAUDADE
As águas do Rio da Saudade
Correm com grande facilidade
Mas não é lágrima não
É sentimento que mexe com o coração
São lembranças do tempo que passou,
Que nunca mais voltou.
OITO DE ABRIL DE 2015
Parabéns,Grupo de Poetas Livres
Pela data que chegou
Desejo muita saúde, muita Paz e muito Amor.
São tantos os momentos
Que vem em meus pensamentos.
Sinto saudades das pessoas
Que junto delas vivi.
Se elas me esqueceram
Eu delas não esqueci.
Setembro faz quinze anos
Que neste Grupo cheguei,
Vim pra fazer uma visita e fiquei.
Eu falo para os meus amigos,
E falo de coração,
Que os membros do Grupo,
Eu considero meus irmãos.
Adoro lembrar-me dos colegas da escola,
Das brincadeiras de bola,
Do tempo de criança
Em que não tinha responsabilidade.
Mamãe e papai me cuidavam
A ordem deles sempre respeitava
Almejando carinho e afetividade.
Eu sinto muita saudade
Dos cinco irmãos que foram morar no Além,
Sei que eles estão bem,
Pois, na Casa do Pai, falsidade não tem.
MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA
Como é bom lembrar,
Sentir saudades das coisas boas.
Lembrar dos amigos, das pessoas
Que fizeram parte de minha vida
E saudades podemos compartilhar.
AS NOTAS
Notas,notas e notas
As notas são notas
Não são notas as notas
Das notas sem notas
Das notas o som
Sem serem notas!
Saudade é um sentimento
Que mexe com a emoção
É sangue que corre pelas veias
Move para distante o pensamento
Vem a lembrança de coisas feias,
Mas fixamos as mais bonitas,
Porque nossa mente facilita...
LUCY GOLINO
Belo Horizonte,MG
As águas do rio rumam para o mar
Sentir saudades é momento de lembrar
Do tempo que passou
E não volta mais, a não ser na lembrança...
Janete Veiga
JANETE VEIGA
Poço Claro, Itaiópolis,SC
Março 2015
29
HOMENAGEM AO G P L
2015—17 ANOS
No ano em que o Grupo de Poetas Livres completa 17 anos de ininterruptas atividades, duas poetas do GPL fazem, em forma de verso, suas homenagens: Sueli Rodrigues Bittencourt e Áurea de
Mello Baldissera.
SAUDADE
Saudade do GPL...Muita saudade!
Aquela saudade boa, que faz reviver
Um a um, grandes momentos de poesia...
De amizade...de prazer e admiração!
Aos queridos colegas, aos poetamigos,
Sueli recebendo o Troféu Garapuvu, homenagem do
Desejo que prossigam unidos e felizes
GPL. Na foto, com Heralda Victor.
Escrevendo com amor e grande inspiração!
SUELI RODRIGUES BITTENCOURT
Num dia qualquer de 2014, escrevi assim, para o
GPL.
POETIZAR
Poetas Livres!!!
Uma janela se abre...
Não sei se o sol me chama,
Ou se a lua reclama.
Me vejo junto a amigos,
Poetizando meus sonhos,
Saciando a minha fome
Matando a dor que consome!
Sueli e o Certificado do Troféu Garapuvu,
com Eloah, presidente do GPL.
As mais belas palavras de amor são
ditas no silêncio de um olhar.
Poetas Livres?
Realmente somos livres
Pra gritar o que sentimos
Sorrir, chorar, recordar...
Pra se dar, e receber.
Não ter medo de falar
Dos amores que vivemos e...
Do mundo que nós queremos.
Poetas Livres...
Eis um grupo que se forma
E na magia transforma
Um coração sofredor
Em alma cheia de amor.
Poetizando seus sonhos
Saciando a sua fome
Matando a dor que o consome!
Leonardo da Vinci
ÁUREA DE MELLO BALDISSERA
30
POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
DONA DE CASA
LAGOA DA CONCEIÇÃO
Mulher dona de casa que vive a trabalhar
Que pena que me dá,
Porque ninguém pra ti valor dará.
Oh, minha doce Lagoa!
Lagoa da Conceição
Tuas águas cristalinas
Despertavam emoção
Estão sempre pensando
Que dona de casa nada faz.
Basta, só um dia,não trabalhar...
Quisera ver-te formosa
Como no tempo passado
Quando o sol se punha ao longe
No horizonte avermelhado
Acorda cedinho para o teu café aprontar,
Tem almoço para fazer
E criança para cuidar.
Quando a lua airosa e bela
No afã de se espelhar
Do horizonte fugia
Vindo tuas águas beijar
A roupa que suja está
Para o tanque vai levar,
Depois de tudo isso
Tua roupa vai passar.
E não pode esquecer do café
Que as crianças vão tomar,
Assim que elas da escola chegarem.
Teu fruto era bom e farto
Que grato, vê-lo aos montões
Brilhando à luz do luar
Enchendo as embarcações
Corre para o mercado
Não pode deixar de comprar
Arroz, feijão para o teu jantar
Pois bem mais tarde,
O teu jantar vai ter que preparar.
Teu verde era belo e forte
Tua relva doce magia
Paisagem rara e bonita
Espelhando fantasia
Mesmo cansada tem janela para limpar,
Geladeira vai ter que descongelar
E o filho com a lição de casa assinar.
Hoje permaneces bela
És de todos tão querida
Mas meu canto é de lamento
Fizeram-te poluída.
Se ainda não bastasse
Chegando o final do mês,
Nem dinheiro vai ganhar!
NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN
A CARONA ESPECIAL... NA ASA DE UM LIVRO...
Peguei carona
Na asa de um pássaro...
O pássaro era um livro
O livro era um pássaro...
A asa era uma folha
A folha era uma asa.
O infinito era um livro
O livro era o infinito
O ar eram letras
As letras eram o ar.
O cantar do pássaro era palavras
As palavras eram o cantar do pássaro.
O livro era música
A música era o livro
Com famosas melodias
Que trazia cultura
Para cada dia.
STELA MÁRIS ALVES
Flor em Viña Del Mar, Chile, fotografada por
Joshuah Jackson Leite, 10 anos.
Enviada por Márcia Reis Bittencourt, membro do
GPL, de Canelinha, SC
Me perguntas por que compro arroz e flo-
MANOEL MARIO REIS BITTENCOURT
res? Compro arroz para viver e flores para
Canelinha, SC (poema aos 10 anos)
ter algo pelo que viver. Confúcio
31
POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
DANÇANDO ENVOLTA EM SONHOS
QUANDO EU ERA PEQUENA...
Um dia aquela menina
No Ribeirão foi dançar
Com um vestido de chita
E um tamanco nos pés
Que só fazia arrastar
Quando era menina
bem pequena
na casa de minha avó
os pães e bolos eram cozidos
no forno de barro...
A sonhadora menina
Envolvida pela música
Dançou a noite inteirinha
E cansada já estava
Não parou nenhum minuto
Enquanto a banda tocava
Havia um pé de pitangas
bem embaixo de um riacho
Fogão de lenha
Comida saborosa
Pé de catutos
que eu escondia
Apanhava verde
e mentia
dizendo que tinha caído
ou que o vento tinha derrubado...
Quando o dia amanheceu
Ela logo se lembrou
Que quando chegasse em casa
Uma surpresa aguardava
Tinha muitas roças
Meu pai era agricultor
e nos levava para ajudar
Plantar milho feijão
Minha tarefa era jogar uma
certa quantidade de grãos dentro de um buraco
e jogar terra por cima.
Para adiantar o serviço
em cada buraco
que era para jogar uns cinco grãos
eu enchia a mão
e colocava tudo
Rápido terminava
Tarefa cumprida
Podíamos brincar...
A menina estava certa,
Pois por trás daquela porta
O seu pai a esperava
Do pontapé que levou
Ainda dá gargalhadas,
Pois fazia tudo de novo
Dançando envolta em sonhos
Junto com a rapaziada.
ANTONIA MARIA GAMA
[In: A flor da Armação, pág. 60-61]
MÁRCIA REIS BITTENCOURT
(Canelinha,SC)
ZEULA E MÁRCIA
A arte é a linguagem natural da humanidade.
Fayga Ostrower
32
POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
HOJE
NO MAR
Um dia como muitos e o relógio anda.
Nós todos jogamos numa película,num papel de “ser”,
pequeno ou grande — só damos um toque
e o mundo toca no “Choro do Universo”
a canção do “Todo Poderoso”.
Meu barco da saudade só navega
no verde desse olhar tão cintilante;
tanto assim que a esperança, por constante,
é o velame a singrar, sem dar-me trégua.
Meu barco vai e vai e não sossega...
E vai...e vai...e vai...e vai distante...
Vai levando, na proa, o grito amante,
e vai...e vai...e vai...e não se entrega.
TODAY
A Day like many — the watch runs
We all play a part - a part of “To be”,
small or big - we just give a push
and the world plays in the choir of the Universe:
The song of the “All mighty”
Vai vencendo a procela, o tempo e o tempo,
e vai...e vai...e vai...e vai...e vai...
e vai, e leva até meus pensamentos...
O mundo, sobre mim, tal qual um templo,
só canta o amor dos anjos, celestiais,
e me envolve com teus encantamentos.
HEUTE
CACILDO SILVA
[In:Alma e Angelitude, pág. 87]
Ein Tag wie viele - die Uhr tikt
Wir alle spielen eine Rolle - die Rolle des “Seins”,
Klein oder groß - wir geben einen Stoß
Und die Welt spielt mit im Chor des Universums:
Den Gesang des “Allmächtigen”.
LUA-DE-MEL
Você é a minha vida
A razão do meu viver
É meu sonho colorido
Difícil de esquecer.
(Português—Inglês—Alemão)
ANNEMARIE MULDER-HENDEL
Arraial do Cabo, RJ (10.12.2012)
(poemas manuscritos)
É o sonho mais bonito
Que virou realidade
Se você está comigo
Tudo é felicidade.
VIDA E MORTE
Minha vida era triste
Amarga como o fel
Depois que a conheci
Vivo em lua-de-mel.
De amor se vive
Dele também se morre
Por um amor se ressuscita da morte
De amor se parte dessa vida
De amor se constrói uma fortaleza
De perder um amor se destrói uma vida
Quando se ganha nos tornamos fortes
Quando perdemos, fracos, impotentes, caídos
Na vitória somos vencedores
Na derrota somos consumidos pela dor
Nosso próprio EU
Se reconstrói a destruição, tudo por amor
De destrói o que construiu por perder um amor
Com ele alimentamos sonhos
Criamos ilusões
Sem ele, criamos ilusões e sonhos
Ou morreremos.
Você vive para mim
Eu vivo para você
Só deixarei de amá-la
Somente quando morrer.
JOÃO BIRICO FILHO
Floresta , Pernambuco
[In: Esperança, pág. 35]
MARINÊS POTÓSKÊI
Pato Branco, PR
33
POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
LA ÚLTIMA POESIA
MIRAMAR
La lámpara me pregunta,
¿qué ocurre poeta com tu inspiración?
Ya que la hoja sigue en blanco,
la pluma que quedó en el olvido
también me incita a escribir poesías.
O Miramar, que já não o é, pousa quieto
na eternidade suja, amarelo de ontem,
desfuncional e feio,
para terminar num bar sem nome e sem
reputação;
não é familiar e não tem coragem de ser
o que podia.
La pluma sabe del dolor que guardo en mi pecho
es un recuerdo que solo deseo expresarlo
con mis poesías
pero mi mano no responde y se niega a escribir,
la oscuridad desea ser luz para cobijarme
en esta noche
que estoy solo con mis penas.
Mas a noite, engalanada de fantasias,
O reflete nos mil espelhos de água
renascida,
e faz dançar no líquido tablado,
entre seus portais translúcidos,
sob suas luzes incorpóreas,
os inquietos restos dos suicidas da ponte.
Un rayo de luz se filtra por la ventana
y con ella tu imagen,
y por esa magia del poeta
mi mano escribe la última poesía de amor,
antes de partir en busca de tu alma
que me espera en el más allá.
JULIO DE QUEIROZ
[n Breve Aro,poemas, pág. 22]
DONATO PERRONE
[In:El poeta sin pluma, pág. 21
Buenos Aires, Argentina
METADE DA LARANJA
Com o aterro da baía sul, o prédio desapareceu.
A outra metade da laranja...
pedaço de ti ou reflexo de mim?
Meio-fruto agridoce...
mel que acrescenta doçura?
teor de acidez que falta?
Ph que se afina com a minha essência...
Que somos nós?
Identidade e alteridade?
Remoinho de afinidades?
Sombra ou espelho?
VIGÍLIA
Na madrugada
Vigio atentamente
Os sentimentos
Que vagueiam
Pelas ruas
Sem saída
Do meu peito.
Aguço os ouvidos
Perscruto passos
Temendo assalto
De emoção.
Há um ponto supremo no infinito
a que nos conduz o encontro:
a felicidade plena!
Um colibri visitando flores
para extrair o néctar sublime:
o festival orgástico do encontro!
Tudo calmo...
LEATRICE MOELLMANN
Ao amanhecer
Num relâmpago
Um raio,
Filete de paixão,
Infiltra-se...
Germina.
Nasce!
O tempo é mestre. Faz doer e acalma. Ensina e aprende.
HERALDA VICTOR
Apreende e conduz.
[In: Travessia de Ilusões, pág.35]
[In: Sedução, pág. 156]
Frei Edrian J. Pasini, OFM
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POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
NÃO SE PRENDA AO PASSADO
MISSÃO
Viva o presente com intensidade
e com entusiasmo planeje o futuro.
Não se prenda a idades passadas
nem lamente o que lhe foi obscuro.
Encontramos tristeza e alegria
em toda e qualquer idade...
Vive bem quem aprende a lidar
com momentos de dor e de felicidade.
Se quiseres tua missão descobrir,
A de aqui na terra exercer,
Ela poderá em teu lar existir.
Sem procurar, não vais ver.
Os nossos amigos que Deus nos deu
São a família em que fomos parar
Quem sabe é a missão que a nós escolheu
Oferecendo oportunidades, se a eles ajudar.
Se você está em idade avançada
seu físico pouco pode melhorar,
mas em seu espírito muita beleza,
muitas virtudes, você poderá cultivar.
Sendo eles,os primeiros a receber
A mão amiga quando necessária
Na atenção irás te perceber.
SUELI BITTENCOURT
Primeiros passos de amor, já foram dados,
É só continuar...estarás no caminho,
Dando conta do “recado”.
[In: Suavize seu viver,pág. 18]
CARLOS PICCOLI
[In: Um novo olhar, 2a. ed. pág. 60]
PROSSEGUE
Em cada temporal
Embora sangres...
E, cambaleante, exangue...
Prossegue!!!
A ESTRADA DA VIDA
A estrada é longa, muito difícil
Mas não importa vou caminhar
Com passos lentos ou apressados
Caminho sempre, não vou parar
Se ponte quebra eu vou passar
Porque tenho que caminhar
Na caminhada tem barreiras
Nos obstáculos passo ligeira
E não sei quando irei chegar
Mas de certeza não vou voltar
A caminhada é noite e dia
Mas eu confesso, tenho alegria
Na caminhada que estou fazendo
Pretendo um dia te encontrar
Vou te louvar e agradecer
Por deixares eu caminhar.
Se a primavera te escapou tão sutil...
Com ela o viço...o brilho...a leveza...
E, não vislumbres porvir...
Prossegue!!!
...
Há que persistir!...
Um novo dia logo, logo te alcança...
Refez-se por detrás dos montes!...
Outros tantos hão de ressurgir!...
Louva as leis da natureza...
E, não renegues a Soberana Realeza!...
Ah, tantas são as facetas nesse transcorrer!!!
Prossegue!!!
DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA
Setembro 2000
MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS
Fundadora do GPL
[In: Meu entardecer — Um punhado de poemas, pág.13
Firme-se nos seus valores, e mantenhase leal a eles diante dos desafios.
Júlia Rasec, membro da ACHE,Chapecó,SC
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POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
QUEM AMO
Pelo teu olhar,
Vejo teu coração
Sofrido, perdido na escuridão.
Pelo teu sorriso, tua emoção,
Fracasso, solidão.
Pelo teu caminhar sem rumo,
Tua incerteza onde chegar,
Pelo teu semblante,
Tua beleza se perdendo
Sem alguém pra te amar, sofrendo.
Pela tua voz, uma súplica,
Um arrependimento.
Pelo teu modo de agir
Vejo teu pensamento.
Por que da vida fugir?
Para aos poucos ir morrendo?
A vida é bem melhor que a morte!
Podes mudar tua sorte, agora, se quiseres.
Se acatares o que te digo,
Se quiseres recomeçar das cinzas,
Eu te darei meu abrigo.
Uma cama pra dormir, alimentação.
Uma nova vida, com um novo coração.
Com vontade de viver e aprender a gratidão.
Inundar-se de saber, pra não cair na solidão.
Quem amo tem o som dos grandes amores
o tom suave das melhores melodias
o melhor cheiro de todos os perfumes
a luz que desperta os meus dias.
Quem amo tem o gosto da vida,
a boca que a cada momento desejo,
o sussurro do amor que contemplo,
no corpo onde me perco.
Quem amo deixou melhor minhas noites
com os abraços que jamais conheci
renovou minha existência sonhadora,
mergulhei no olhar que renasci.
ZELI MARIA DORCINA
PRIMAVERA
Na primavera as flores
Se despertam para
Uma nova era.
Nas árvores agora há flores
Nos jardins e bosques
Mais vida, mais cores.
Nesta época,
Tudo é tão belo
Tem branco, vermelho
Rosa e amarelo
Pétalas fixas de elo em elo.
Isso significa
Que a planta e a árvore
Ainda tem raiz
E até o morro,
Parece mais feliz, neste lindo quadro
Pintado a giz.
JOSÉ LUIZ AMORIM
[In: Poesias, pág. 42]
Pensamento
O local onde se encontra e a distância entre
você e o horizonte, é o indicador da sua evolução moral.
A cada grau de aprendizado e evolução, diminui o distanciar do reencontro com Deus.
DIRCE DIAS
SURFANDO A VIDA!
Minhas emoções, meus sentimentos mais íntimos
são como ondas no grande mar da vida.
Trago em meu coração amor; não há nele espaço
para ódio ou mágoa
Quando estou em teus braços é como se a brisa
do mar tocasse meu rosto
com carinho, e à medida que me abraças, as ondas
crescem, se agigantam.
Nossos lençóis são águas prateadas
onde flutuamos nossos corpos
num vai e vem sinuoso, embalado
de desejos sem fim.
Mergulho no oceano de teus olhos
e encontro o auge da felicidade.
Encontro em ti a embarcação segura
que me transporta...
mesmo em dias de tempestades
por esse mar de emoções.
E ...assim entre beijos e carícias, sigo
contigo...
Surfando a vida.
VERA PORTELLA
Stella Máris Alves
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POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
ESQUECI DA CAMA
O AMOR
Saio da cama mais cedo
Esqueço da despedida
E de quem me deu conforto
Durante a noite é esquecida
Cama mais linda do mundo
Colcha bonita e lençóis
Também bonito amor
Que existe entre nós
Travesseiro lado a lado
Formando lindo par
Quando alguém se deita neles
Cada um tem seu lugar
Enquanto a gente faz amor
Fica tudo entrelaçado
Travesseiro cai da cama
Cada um pra cada lado
E no silêncio da noite
Pensas que estás sossegada
Sempre tem alguém amando
Pois em plena madrugada
Até esqueci da cama
Enquanto eu sonhava
Fiz de tudo pra viver
Emoções com minha amada
VALTER OSVALDO SANT´ANA
02.03.1994
O TEMPO E A VIDA
No mundo não se corre
Anda-se---..
A vida não dá certezas
Para ninguém
Às vezes.....
É uma doce ilusão
OUTRAS...
Um divino mistério profundo
O TEMPO NÃO ANDA PARA TRÁS
Viver é não ter a vergonha
De ser feliz!
O bem e o mal
Tem que estar sempre juntos
Para que o homem possa escolher
O tempo de batalha é a mente humana
Todos os dias temos de agradecer
Aos tempos que nos trouxe até aqui.
Parece frágil, mas é extremamente forte
Quando verdadeiro, só concede
Seu mundo é profundo
Cura tudo.
Arrogância, crítica, sevícia
Nada conseguem perante o amor
O fogo lançado contra o amor
Tem a labaredas endurecidas
Transformadas em sedas finas.
Não exige retribuição
Fonte de energia inesgotável
Dispensa tudo
Posição social, glória e orgulho.
Ele desce até o nível de um simples mortal
Pega nas mãos e o conduz num voo sereno
Em vitória em vitória vão-se nossos medos.
IVONE LIDIA RODRIGUES
A BUSCA
Espreitando, caçando e nada de encontrar
Perseguição desorientada
Sem bússola, sem mapa
Somente vagos vestígios
Nada de aceitar a solicitação
Sigo girando e rondando pelo território
Antes de conseguir enfeitiçar-me nos
encontrávamos com regularidade
Nossos itinerários em diversos momentos
coincidiam
Agora, que estou sob o seu encanto,
a Iara desapareceu
Agora a Sereia das Matas só me aparece
em sonhos e imaginações
Depois de me sorrir evaporou
Eu continuo fingir passear pelos nossos
lugares comuns
Volta e meia me posicionando em um lugar
estratégico para provocar um casual encontro
Decepcionando-me com alarmes falsos
Com aparições de seres que num relance
vislumbram lembrar você
AIRTON DA SILVEIRA FILHO
THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN
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POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
AS ASAS QUE EU TE PEDI
A FLOR
Aquelas asas que eu te pedi
quando vim ao mundo, quando nasci,
eram somente asas de busca da liberdade,
que me permitissem subir ao firmamento
e seguir meus sonhos no dorso do vento,
para descobrir a eternidade.
Para Alzemiro
A pequenina flor,
seca, caiu de teu livro
quando estava lendo teus poemas.
Quando me deste? Não sei.
A única razão para guardá-la
foi porque ganhei de ti.
Sempre teu carinho
guardei e mantenho
em meu ser.
Uma perfumada margarida
seca, sim, mas que
guarda o Amor que
sempre tiveste no coração.
A todos entregaste a flor da tua bondade
que permanece
nas páginas do teu “Mundo neutro”.
A ti, amado ALZEMIRO,
a flor da minha saudade.
Aquelas asas que eu te pedi,
que eu não soube usar e que perdi
no labirinto da vida e que, destarte,
porque as fui mostrando a toda a gente,
sem cautelas, precauções, sem ser prudente,
a inveja as foi roendo em toda a parte.
Aquelas asas que eu te pedi
e que, tão pouco, de tais asas me servi
no acervo de ilusões que ousei tomar,
são, agora, cotos pardos, macilentos,
que não traduzem sonhos, nem sentimentos.
Aquelas asas que eu te pedi
de nada me serviram porque as não vivi.
Não me deixaram voar.
MAURA SOARES
ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
18.02.2015 (13.45 h)
Parede, Portugal
[In: ...antes que chegue o inverno, pág. 29]
SENTIMENTO
Vens com a alma cheia de esperança.
Da vida trazes sonhos de inocência,
rosas desfolhadas e a imagem do
infinito.
Tens o encanto cheio de fulgor
e a graça da canção eterna.
Gota cristalina, teu afago o carregas em tuas mãos
cheias de carícias.
Trazes no olhar a alegria do sonho alado, a claridade das
madrugadas e ao intensos desejos, dispersos e insaciáveis.
Encanto-me
Agarro-me ao tempo, me enrosco no impulso que faz
do meu coração, surpresa, assombro, requinte,
anseio e aspiração.
Posso sentir forte e pungente o despertar da felicidade
fluindo intrépida como uma exploradora abrasada,
capturando seu reino encantado.
Abro meus olhos e a felicidade ali permanece como um
mantra pessoal a inundar minha alma e a enriquecer-se
com a delicadeza de um sentimento pleno.
ELOAH WESTPHALEN NASCHENWENG
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POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
ERRANTES
UMA LÁGRIMA SENTIDA
Caminhantes sem rumo
Atormentados pelos fantasmas
Dos destroços das suas perdas
E mutilados em suas almas
Chora o rico,também chora o pobre,
Chora aquele cujo coração sente,
Choram, igualmente, plebeu e nobre,
Quando saudosos da pessoa AUSENTE.
Carregam as suas culpas
Em corações dilacerados
De feridas abertas pela vida
Reféns de acontecimentos passados
Choram tenros rios em sua nascente,
Chora quem perdeu seu único amor,
Chora,do rio,o meigo afluente,
Sentimentos embotados
Saudades jamais resolvidas
Forasteiros para si mesmos
Nessas vidas perdidas
Por não mitigar a sede do PASTOR.
Chora,triste,uma ave desgarrada,
Chora,aflito,seu filhote no ninho,
Chora,clama a mulher enamorada,
Excluídos e marginalizados
Tendo a rua como morada
Sem sonhos e maltrapilhos
Vivendo sem nada
À espera de amor e de carinho.
Chora a compacta floresta selvagem,
Através do orvalho do amanhecer,
Pobres espíritos sofredores
Perderam a razão de viver
Desiludidos e maltratados
Esperam a hora de morrer
Chora da árvore a tenra ramagem,
Caso seu tronco venha a FENESCER.
Muito triste,choro eu por ter querer,
Incapazes de corrigir suas rotas
De superar suas loucuras e paranoias
De recolher seus pedaços
E reescrever suas estórias
Saudoso,choro eu por ter adorar,
No leito,em vão, tento te esquecer,
Mas,angustiado,volto a CHORAR.
Chora,portanto,todo o Universo,
Choram todos que têm a alma ferida,
ALCIDES CALAZANS
Chora triste este poeta no VERSO,
Chora ele UMA LÁGRIMA SENTIDA.
PROF.DR. ADELINO CARLOS BRITO DE
Se a gente cresce com os golpes
duros da vida, também podemos
crescer com os toques suaves da
alma.
ALCÂNTARA
Dr. Brito
Mairiporã,São Paulo
Cora Coralina
[In: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, 27.01.2014]
Posso não dizer uma verdade inteira, mas uma mentira para enfeitar minha vida, isso eu não faço.
Cora Coralina
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POETAS DO GRUPO
CORRESPONDENTES E EFETIVOS
UM ROSTO PROIBIDO
Os anos se passaram, mas as lembranças ficaram.
Foi uma bela festa de igreja, Esperada durante todo o ano, com ansiedade.
Músicas,barraquinhas, sorteios de prendas, roletas inocentes, concurso de rainha e princesas.
Vendas de votos. Tudo era animação. Bonitas mulheres desfilavam pelo saguão.
Numa mesa, à minha frente, um lindo rosto exuberantemente belo, chamou-se a atenção.
Olhava-me com ternura...diferente...
Olhos de inocência, rosto sem maquiagem, cabelos penteados com simplicidade.
Trajes sem nenhum exagero. Sorriso sincero e conversa em tom discreto.
Não dançava, como tantas outras mulheres. Afinal, aquele ambiente era festivo.
Apenas me olhava. Confesso, fiquei emocionado e desconcertado com tamanha beleza, e profunda ternura.
Estava acompanhada de mais duas senhoras idosas.
Aproximadamente às 22 horas,levantaram-se o foram embora.
Fiquei, durante toda a noite, com aquela mulher em minha mente.
Jamais a tinha visto por ali. Deve ser de alguma colônia da periferia.
Minha ansiedade aumentava,à medida em que as horas se aproximavam do reinício da festa, pois
alimentava a esperança de tornar a vê-la.
No palco, apresentação de um coral infantil. De costas para o público, a maestrina, uma religiosa, de hábito
negro cobrindo todo o corpo, comandava aquele lindo espetáculo de vozes.
Ao agradecer no final, não podia acreditar no que estava vendo.
Era a dona daquele rosto lindo, da noite anterior.
Passou,me cumprimentou, com os olhos mareados.
Foi embora daquela cidade.
Nunca mais a vi.
Ficou uma dolorosa saudade!
SINVAL SANTOS DA SILVEIRA
sua canção no ritmo e na melodia que ele sabe. É seu
povo que o julgará, não esses pseudorreguladores que
Por que, nestes tempos da avassaladora onda da mentêm para a poesia a mesma importância que as mossagem audiovisualizada, ainda se escrevem poemas?
cas para o pudim.
(...)O poeta, nunca o preferido das mães de moças caSem a variedade da expressão poética, não há indivisadoiras, é o intérprete da alma de seu povo. Tanto
dualidade numa língua; sem língua não há povo;sem
mais permanentes serão seus sonhamentos em palapovo não há pátria. Sem pátria e sem língua próprias
vras quanto mais eles refletirem essa alma. Essa sua
não há homens livres.
urgência de ser intérprete da beleza mal-entrevistada;
de sonhos e de alegrias comuns por meio da concretu- Nos momentos decisivos de um povo, nem ele recita
de das palavras o obriga a dar-lhes novos sentidos, ora contos nem se aprofunda em romances. É por meio
usando oximoros,hipérboles e figuras verbais extrapo- da poesia que ele proclama o então essencial.
MISÉRIA E GRANDEZA DA POESIA
ladas.
O poema que o povo aprovar ficará. O que ficar será
Só não pode deixar de se expressar na fala de seu po- guardado e repetido, mesmo que o nome de seu autor
caia no olvido. O poema, incorporado à cultura, matará
vo. Pois são suas tristezas e alegrias individuais que
que é, ao mesmo tempo,
dirão a todos o que todos sentem sem saber proclamá- a fome comum de beleza
o aguilhão e a plenitude do ser humano.
lo.
É esta a grandeza da poesia.
O poeta autêntico não desfigura palavras; não se esconde em torres de marfim. Acima de tudo, não enqua- JULIO DE QUEIROZ
dra sua poética nas fórmulas aprovadas em laborató[In: Pelas frestas da caverna, “Miséria e grandeza da poesia”
rios ou cativas de grupinhos autoeleitos.
págs.219 a 222. Org. Salma Ferraz, Edifurb, Blumenau, 2014.
Assim, puristas e avançadinhos, deixem o poeta cantar
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BIBLIOTECA DOS POETAS “MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS”
No primeiro semestre de 2015, nosso acervo bibliográfico ficou mais enriquecido com a doação de obras dos mais diversos autores, e também jornais, revistas, boletins, cartas e fanzines.
==(29.11.2014) Carta com mensagem de Doumerval
Tavares Fontes, de São Vicente,SP. Enviamos 3 obras
de Roberto R. de Menezes.
==(21.12.2014) Cartão de Silvério da Costa, Chapecó,
SC, enviando votos de bom Natal e outro de 24.2.2015
agradecendo nosso Cartão.
==do Badesc, fev.2015, Programa Filmes com a temática Mulher e exposição “Disability”.
==do Badesc, convite Exposição A imagem descontruída, de 27.2 a 1º de abril 2015.
==do Badesc Topografia da alma—Radji Schucman e
programa sobre cinema.
==(3.3.2015) de Marco Marques, jornal O Nheçuano,
com textos do catarinense Enéas Athanázio.
==(4.3.2015) email de Carmo Vasconcelos, Portugal,
elogiando o trabalho do GPL ao receber a Revista Ventos do Sul, nº 43.
==(23.1.2015) Carta de Terezinka Pereira, Toledo, OH,
Estados Unidos, enviando seu poema “4 palavras”, poema de Luiz Carlos Pereira e Folder Literatura e Arte.
==(23.1.2015) de Terezinka Pereira, Toledo, OH, USA ,
folder resultado do Prêmio Nobel de Paz.
==(5.3.2015) de Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa,PB, a obra de Adauto Ramos, “Alexandre dos anjos e
suas sátiras” (2011), com carta. (respondida).
==(março 2015) revista Virtual Logos, março 2015, com
poemas de Eloah, Maura, Sinval e Antonio José Barradas Barroso.
==agradeceram a Revista 43: José Isaac Pilati, Urda
Klueger, José Mariano,Carmo Vasconcelos.
==(19.3.2015) Carta de Aldo Nora agradecendo a RVS
e comunicando a publicação de artigo seu no DC.
==(24.3.2015) Carta, Mensagem de Páscoa e o conto A
semente de ouro, de Doumerval Tavares Fontes, São
Vicente, SP. Respondida. Enviada a obra de Heralda
Victor “Nos degraus do silêncio”.
==(24.3.2015) carta de Antonio Pereira Melo, Santa
Maria, SC, agradecendo a RVS 43; enviou o Jornal Letras Santiaguenses, ano 20, n. 115 jan-fev
2015,Santiago, RS; os FANZINES: Confraria da Amizade, editor Paulo Pereira de Mello, Santa Maria, RS, ano
6, n. 57, março/2015; Expressando em Poesia ano V,n.
52,março 2015, editor Maria de Mello Bandeira, Sta.
Maria, RS; Missionários da Poesia, ano 5, n.59, março
2015, editor Antonio Pereira Mello,Sta. Maria,RS; obra
Confraria Doze Anos, organização de Denise Reis, antologia comemorativa aos Doze Anos da Casa do Poeta
de Santa Maria(CAPSM), RS. Respondida.
==(16.4.2015) de Olga Postal, sua obra “Palavras do
coração”.
==(24.3.2015)email de Wally de Saxe Coburgo e Bragança, da Áustria, agradecendo a RVS 43, desejando
Boa Páscoa.
== Convite de José Luiz Amorim, para lançamento do
livro de Diego Moreira, Subúrbios, dia 15 de março.
41
==do Badesc, programação (folder) para abril
2015 “Volver” de Odete Calderan, e durante o
mês filmes, exposições e projetos de 1º a 30
de abril.
==de Carmo Vasconcelos, Portugal, a noticia
dos prêmios recebidos Sarau da Paz e Mulheres para a Paz evento de 2015,oferecidos pela
“A Casa de Todas Gerações de Augsburg e o
Ciclo Universal dos Embaixadores da Paz—
França, Suiça. Ela, Carmo Vasconcelos e
Henrique Ramalho, pela participação no Sarau. Igualmente do Universal Cicle of Ambassadors of Peace, o Diploma de Mérito e Recompensa para a Paz, aos dois poetas.
==(27.3.2015) Carta do prof. Celestino Sachet,
sobre a RVS 43. Carta publicada em página
especial nesta revista.
==(23.3.2015) carta de Gildásio Barbosa, de
Sant´Ana do Livramento,RS, agradecendo a
RVS 43 elogiando o poema de Alzemiro.
==Francisco Assis Mattos, Itarema, CE, agradece a RVS 43.
==(19.4.2015)carta de José Peixoto Jr. Com
seu poema Eu e o Tempo.
= = ( 2 4. 4. 20 1 5) , d e
T â ni a
Du
B oi s ,
Bal.Camboriu, SC, sua obra “Autópsia do Invisível”.
==(28.4.2015) de Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa,PB, seu fanzine Correio da Poesia
que publica poema de Maura, Ciclo.
==de Antonio Pereira Mello, Santa Maria,RS:
Jornal Letras Santiaguenses, ano 20, n.116,
março-abril/2015; Zine Expressando em Poesia,ano V,n. 53, abril 2015; Zine Missionários
da Poesia, ano 5, n. 60, abril 2015; Zine Canção Desesperada, Ouricuri, PE; Zine Essência
Poética,06, Tchê Produções HQ,Alvorada, RS;
Folder da 42ª Feira do Livro,Ed. 2015, Sta.
Maria, Haydée Hostin Lima,patrona da Feira;
Zine Escritor n. 39, ano VI, set-out,2014, São
Vicente, SP.
==5.5.2015), de Marco Marques, O Nheçuano,
ano 6,n. 25, março-abril 2015, Roque Gonzales, RS .
==(7.5.2015), do BADESC, Folder de Maio,
com Haiti-Bombagai, de Radilson Carlos Gomes; filmes estrangeiros; Festival de cinema
europeu; exposições.
BIBLIOTECA DOS POETAS “MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS”
==(7.5.2015), de Doumerval T. Fontes, Mensagem
Harmonia (tese filosófica).
==de Paulo Pereira Mello, Santa Maria, SC, Zine
Confraria da Amizade, ano 6, n. 59; Zine Missionário
da Poesia, ano 5, n. 61, maio 2015; Expressando em
poesia, ano V,n, 54 maio 2015.
==(26.5.2015), de Antonio Pereira Mello, Santa Maria,RS, Cotiporã Cultural, n. 55 jan-fev. 2015; Zine
Canção Desesperada, n.08 editor Junior Baladeira;
Jornal Informativo Calçadão, ano V, n. 19, maio 2015.
==(27.5.2015), de Malungo, Olinda, PE, Jornal PapaFigo, ano XXXI, n.350, dez.2014; Zine De cara com a
==Placa enviada a Manuela Barroso, Portugal. 2º lugar no 10º
poesia, n. 63, outubro 2014.
Concurso On-line “Alzemiro Lidio Vieira” 2014.
Quando em visita a Porto, Portugal, Manuela recebeu em sua
==(30.5.2015), Revista Virtual Soletras, “A sopradora casa Eloah e Vera e mostrou onde está esta placa, em lugar
de destaque.
de letras”, maio 2015, ano 11, n.17, ed. Camões— Manuela escreveu: “Sonho realizado. O improvável tornado
Instituto da Cooperação e da Língua; Cidade da Bei- realidade. Quem disse que o homem sonha e a obra nasce?”
ra, Portugal.
==(3.6.2015) Jornal da ANE, Associação Nacional de
Escritores, ano X, n. 63, abril-maio 2015, traz poema
do associado do GPL José Peixoto Junior, Brasilia,
DF. Posse da nova Diretoria com o presidente Fabio
de Sousa Coutinho.
Registro: Em 3 de março de 2015, a poeta portuguesa Carmo Vasconcelos editora da antologia
Virtual Logos, da Fénix, agradece a Revista Ventos do Sul n. 43 e a publicação de seu soneto
“Vendaval”.
Troféu do GPL entregue aos vencedores do 10º Concurso
On-line “Alzemiro Vieira de Poesia”, edição 2014. Receberam os jovens poetas e ganhadores da menção honrosa.
==(18.6.2015) Boletim Informativo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, ano XVI, n. 188,
jan-fev-mar, que publica o recebimento da Revista
Ventos do Sul n. 43 e cita os nomes de Julio de Queiroz, Maura Soares, Therezinha C.M.Mann, Leatrice
Moellmann (do GPL) e José Isaac Pilati, Celestino
Sachet e Roberto R.de Menezes, amigos do Grupo.
A presidente do
GPL, Eloah, quando
em Lisboa, em 17 de
junho de 2015, participou do lançamento
da obra “Choriro”, de
Ungulani Ba Ka Khosa.
==(19.6.2015)Antonio Pereira de Mello, de Santa Maria,RS, enviou ao GPL: carta; Jornal Letras Santiaguenses,ano 20,n.117, maio-junho 2015, com tema
na Front Page sobre Antero de Quental; os zines Missionários da Poesia, ano 5, n.62, junho 2015; Expressando em Poesia,ano V, n. 55, junho 2015,; Jornal
Nosso Bem Estar, ano 2, n. 20, junho 2015.
Ao chegar, emprestou-a a Maura que
disse: uma das
mais belas obras
lidas este ano, cujo
retrato da África é
feito com maestria
pelo autor. Obrigada, Eloah, pela oportunidade. (ms./)
==(22.6.2015) Luiz Fernandes da Silva, de João Pessoa,PB, enviou carta e a Revista Correio das Artes,fev.2015, ano LVX, n.12, revista mensal encartada no Jornal A União. A Revista traz poemas de sua
autoria.
42
ACONTECEU... GPL
==Em 5.12.2014, promoção da ACLA, entrega de Prêmio Conjunto da Obra, para o ator Edio Nunes, amigo
do GPL, no auditório do Tribunal de Contas do Estado.
Pelo GPL compareceram Eloah,Zeula, Maura, Heralda
e Zeli.
==Em 25.03.2015, no Espaço Cultural Rita Maria, Exposição de fotos de Maristela Giassi que retrararam as garis da Prefeitura de Florianópolis. Eloah, Heralda, Vera
e Sinval compareceram pelo GPL.
==Em 28.03.2015, José Luiz Amorim representou o G==Em 13.12.2014, matéria especial de Paulo Clóvis
PL na cerimônia fúnebre da progenitora do poetamigo
Schmitz, sobre nosso associado Julio de Queiroz, publi- da ACPCC, Paulo Berri.
cada no Jornal Noticias do Dia, ano 9, n.2731.Comenta
sobre sua trajetória como monge beneditino e escritor e ==Em 02, 03, 04,05 e 06 de abril, Maura publicou no
poeta.
Facebook um poema por dia, no Projeto Ciranda da Poesia, a convite de Edweine Loureiro, poeta residente em
==Em 14.12.2014, Olga Postal e Antonio Chagas com- Saitama (Japão)
pareceram à Feira do Livro de Florianópolis,evento de
14 a 17 de dezembro. Ambos lançaram seus li- ==Em 02.04.2015, José Luiz Amorim publicou texto de
vros,interagiram com os frequentadores da Feira e re- sua autoria “Ser Mané(zinho), no blog do apresentador
presentaram o GPL na ocasião.
de TV, Cacau Menezes.
.
==Em 15.12.2014,lançamento da obra de Leatrice Mo- ==Em 09.04.2015, em comemoração aos 17 anos do
ellmann, “Leatrice Poeta”, no auditório da Casa José GPL,o Grupo reuniu-se no Restaurante Fedoca By CuBoiteux. Leatrice é membro do IHGSC e da Academia ca, na Praia do Meio.Compareceram Eloah W. NasCatarinense de Letras.
chenweng, Adriana Cruz, Aurea M. Baldissera, MauraSoares, Doralice R. S. Solva, Dirce Dias, Maria da A==Em 16.12.2014, o GPL participou do Projeto Quintal nunciação Pereira, Olga Postal, Manoel Julio Ferreira,
Cultural, da Biblioteca Prof. Barreiros Filho.
Sinval S.Silveira, Stela Máris Alves, Vera Portella, Antonio C.R. Chagas ,Maristela Giassi e Zeli M.Dorcina.
==Em 17.12.2014, nossa poetamiga Susana Zilli Vieira Num ambiente com boa música, excelente petiscos do
lançou na Biblioteca Prof. Barreiros Filho, sua obra mar, os poetas declamaram suas poesias. Antonio
“Campinas poéticas”.
Chagas trouxe uma agenda confeccionada por sua micro-empresa Imagynart para que fosse sorteada. A ven==Em 05.03.2015, em visita ao GPL, os jovens Daniele cedora foi Dirce Dias.
e Tiago que atuam no Projeto Marca Florianópolis. Solicitaram poemas dos membros do Grupo para publica- ==Em 15.04.2015, Olga Postal e Manoel J.Ferreira,
ção do site respectivo.
com Neusita Churkin, se apresentaram no lançamento
de obra da professora Zenilda Nunes Lins, no restau==Registro: Projeto interno do GPL,”Sala de Leitura”, rante Hino. Neusita cantou com Manoel no acompanha“Conhecendo novos poetas” teceram comentários des- mento ao violão.
tacando poemas de autores escolhidos. Apresentados
em reuniões do GPL: Eloah: Artemio Zanon; Maura: ==Em 16.04.2015, registro de Vera sobre a publicação
Florbela Espanca; Sinval: Carlos Piccoli; Vera: Antonia de poemas e texto de Eloah, Sinval, e Maura nas ReGama; Doralice: Heralda Victor ; Stela Máris: Cora Co- vistas virtuais Fénix e Eisfluéncias, editada por Carmo
ralina; Zeli: Aldo Nora; Olga: Tania Du Bois; Zeula: Tel- Vasconcelos, em Portugal.
ma Lúcia Faria; Antonio Carlos: José Cacildo Silva.
==Em 17, 18, 19, 20 e 21 de abril, registro de publica==Em 10.03.2015, a Presidente do GPL,Eloah West- ção de poemas de Maura, no Facebook, no projeto CXiphalen Nashenweng, recebeu na Câmara Municipal a randa da Poesia, a convite do dramaturgo e poeta AntoComenda Antonieta de Barros, indicada pelo vereador nio Cunha.
Dalmo Menezes. A Comenda é comemorativa ao Dia
Internacional da Mulher. Maura, Stela e Sinval estive- ==Em 30.04.2015, presença dos membros do GPL na
ram presentes.
Pizzaria Chico Toicinho, na Praia do Meio, reunião festiva a exemplo que se faz na sede do GPL na Biblioteca
==Em 14.03.2015, Registro da publicação da Antologia todo final de mês. Compareceram e apresentaram suas
Virtual “Logos”, editada em Portugal por Carmo Vascon- poesias: Presentes: Eloah, Olga, Manoel, Sinval, Vera,
celos. Na edição de março estão publicados os mem- Stela, Maria da Anunciação e Antonio Chagas.
bros do GPL Eloah, Maura, Sinval e Antonio José
B.Barroso, de Portugal.
==Em 27, 28, 29 e 30 de abril, Maura participou pelo
Facebook do Projeto Sarau de Poesia, a convite do po==Em 14.03.2015, comemoração o Dia Nacional da eta Edson Rossa.
Poesia, dia do nascimento do poeta Castro Alves. A presidente do GPL, Eloah, apresentou o histórico da vida
do poeta e leu o poema “Canção”,numa justa homenagem ao insigne poeta brasileiro.
43
ACONTECEU...NO GPL
==Em 02.05.2015, Olga Postal e Manoel Julio Ferreira compareceram ao Asilo Irmão Joaquim e se apresentaram dentro do Projeto “Criando Esperança”. Olga cantou e falou sobre o GPL. Vera e Sinval compareceram.
==Em 07.05.2015, Susana Zilli de Mello,poetamiga
do GPL,lançou na Feira do Livro de Florianópolis, sua
obra Campinas Poéticas.
==Em 07.05.2015, registro da presidente Eloah, que
Maura foi escolhida para Patrona do III Concurso Literário de 2015, do SENAC Santa Catarina. O concurso
abrange professores, alunos e funcionários das unidades do SENAC de todo o Estado de Santa Catarina.
==Em 13.05.2015, Antonio Chagas e Olga Postal participaram da Feira do Livro de Florianópolis, com sessão de autógrafos. Lamentaram a pouca frequência
da Feira e o espaço acanhado reservado aos poetas
independentes para lançar suas obras.
==Em 17.5.2015, falecimento da poeta Maurilia Freitas. Seu corpo foi velado na Capela do Cemitério de
Passa Vinte e o sepultamento no Cemitério de Santo
Amaro da Imperatriz, cidade onde nasceu. Maurília
Freitas veio para o GPL após vencer um concurso de
poesia promovido pela Big Pan, Padaria e Mercearia
e o GPL. Após várias cirurgias ,diversas internações
por outros problemas, nossa poeta que gostava de
cantar, de declamar, estando sempre disposta a se
apresentar em todos os programas do GPL, silenciou
sua voz. Ela cantava as coisas da sua terra, do sítio,
das coisas da infância, onde a natureza era o seu
parque de diversões. Lançou sua obra Minha Saudade, em São José, com a presença de membros do GPL prestigiando-a,numa noite memorável. Maurilia
teve o poema Jatobá publicado no Almanaque de
Santo Antônio, da Editora Vozes,edição 2009. Calouse a voz, mas sua obra permanece para sempre em
nossos corações. Um grupo de poetas em outro plano está sendo formado com Licinho, Alzemiro, Manoel Teles e Alcita.Maurilia com certeza vai puxar o canto poético. A RVS traz matéria especial sobre a nossa
cajazeira.
== Em 14.5.2015, Zeli Maria Dorcina compareceu à
Feira do Livro de Florianópolis,para a sessão de autó- ==Em 16.5.2015,na residência de Antonio Carlos Rografos de sua obra “Versos que me acalentam”.
drigues Chagas, reunião para ensaio da apresentação dos poetas no futuro lançamento da obra Poeti==Em 16.05.2015, na Igreja Matriz da Paróquia São zando a Vida. Naquela data compareceram Eloah, OlSebastião, em Tijucas,SC, o ex-associado do GPL, ga, Manoel, Áurea, Vera, Dirce, Sinval e Stela. Veja
Jonathan Speck Thiesen Jacques, ordenou-se Diáco- matéria especial nesta Revista sobre o lançamento
no da Igreja Católica. Jonathan é filho de Mery, ela dia 25 de junho.
também ex-associada do GPL.
==Em 21.5.2015, dentro do Projeto O escritor e sua
obra, agora com outro enfoque com os poetas do
GPL contando sobre suas vidas,a presidente Eloah
apresentou a trajetória de sua vida como professora,
poeta, funcionária pública, esposa, mãe e avó, expresidente da Associação de Mulheres de Negócios.
Trabalhou em vários setores da administração estadual e municipal. Recebeu a Medalha de Mérito funcional no governo de Luiz Henrique da Silveira. Seu
1º livro foi lançado em 2001.
==Em 08.06.2015, na Academia de Letras da Palhoça, entrega do Prêmio Ivo Silveira de Cultura; posse
de acadêmicos; lançamento do CD de Vera de Barcellos “A beleza do saber”, em homenagem à ALP.
As três Cajazeiras, como a chamávamos, Doralice, Maurilia (centro) e Maria da Anunciação.
44
ACONTECEU...NO GPL
==Em 21.5.2015, Registro de poemas de Maura, Ve- guesa, é editora das revistas virtuais Logos e Féra e Sinval , na Revista Virtual Fénix, maio 2015, edi- nix. Aniversariou dia 27 de maio e publicou todas
tada em Portugal.
as manifestações de carinho recebidas pelos poetas de todas as partes do mundo,incluindo do
==Em 21.5.2015, Projeto Conhecendo novos poe- Grupo de Poetas Livres.
tas,Airton da Silveira Filho falou sobre o poeta Juran- ==(18.6.2015)Registre-se o falecimento do irmão
dir Gonçalves, de Garopaba, SC. Leu poema de sua de Áurea M. Baldissera, do GPL,ocorrido em Criautoria.
ciúma. A família GPL enviou condolências. Áurea
==Em 28.5.2015, Projeto Conhecendo novos poetas,
Stela Máris Alves falou sobre Maurilia Freitas, membro do GPL recentemente falecida, comentando sobre sua obra Minha Saudade. Leu os poemas Olhos
Verdes e O jatobá.
==Em 30.5.2015, Olga Postal, Vera Portella, Manoel
Julio Ferreira, Antonio Carlos Rodrigues Chagas e
Sinval Santos da Silveira, apresentaram-se no Sarau
do Mário, no Canto da Lagoa, Ilha de Santa Catarina,
com música e poesia.
é a 1a.tesoureira do GPL.
==(2.7.2015) Nesta data a apresentação do GPL no
Quintal Cultural da Biblioteca Barreiros Filho com a
presença de membros do GPL,declamação de poesias. Apresentação da Associação Coral do Hospital
Florianópolis, sob a regência de Fernando Di Carli.
==Registre-se que Sinval Santos da Silveira, participou dia 18 de junho de 2015, na Rádio da UFSC, de
entrevista com a radialista Luiza,ocasião em que comentou sobre o GPL e apresentou seus contos.
==Registro: Dia 1º de julho de 2015, o falecimento
==Registro —Em 21 de março de 2015, nosso po- do progenitor de Stela Máris Alves, após longa
enfermidade, cujo sepultamento ocorreu no Jareta correspondente em Santo Amaro da Imperadim da Paz, Florianópolis. Toda a família GPL entriz, Valter Osvaldo Sant´Ana, comemorou com faviou condolências à família enlutada.
miliares e amigos, seus 60 anos de vida. A RVS
deseja ao caro poeta muitos anos venturosos junto a familiares e à poesia.
==Registro — José Luiz Amorim, do GPL, gravou
um vídeo para o canal da UFSC “O livro da minha
vida”, em março de 2015 (enviado por email para
o GPL no dia 13 de março).
==(18.6.2015)Presença do cantor,compositor e poeta
Bruno Kohl, de Balneário Camboriú, na reunião do
GPL, ocasião em que comentou sobre seu trabalho
artístico e literário. Cantou seus versos, doou seu CD
Mikaela e recebeu do GPL, números da revista Ventos do Sul e foi contemplado,em sorteio,com o livro
de Alzemiro Lidio Vieira, Mutação.
==De 23 a 27 de junho aconteceu em Belo Horizonte
conferências literárias. A nossa poetamiga Terezinka
Pereira, que reside nos Estados Unidos, em Ottawa
Hills, OH, apresentou a conferência “Poetas russos
contemporâneos”, dia 26 na sede da Academia Mineira de Letras.
Última apresentação do GPL no primeiro semestre. Quintal
Cultural, promoção da Biblioteca Prof. Barreiros Filho, dia 2
de julho de 2015. Da esquerda para a direita: Manuel, Zeli,
Olga,Eloah, Dirce, Vera , Sinval, Maria da Anunciação, Doralice e Stela Máris.
Agachados: Antonio Chagas e Áurea.
==(24.6.2015)Na Câmara Municipal,Alcides Buss re
cebe o Prêmio Vilson Mendes de Literatura Dester- ===O GPL entrou em recesso após o dia 2 de julho,
rense,promovido pela Academia Desterrense de Leretornando suas atividades em 6 de agosto de 2015.
tras.
==Registro==Carmo Vasconcelos, poeta portu45
ACONTECEU...E CONTINUA ACONTECENDO
NÃO BASTA SER POETA...TEM QUE PARTICIPAR!
Nosso poetamigo do Japão, Edweine Loureiro, professor, brasileiro de Manaus, residente em Saitama, merece estas páginas com
seus Prêmios Literários (2014-2015). Quando recebemos convite para participarmos de concursos literários, divulgamos aos poetas amigos. Edweine é um vencedor, pois procura sempre participar. Eis o resultado nestas páginas. Compilamos somente 2014 e
2015 até o fechamento da Revista. Ele é um exemplo a ser seguido.
Maio de 2015
>>Primeiro Lugar no Concurso de Trovas da Organização Mundial de Trovadores – Espanha (Tema: Música).
>>Um dos vencedores do XXV CONCURSO DE PINDAMONHANGABA (JUBILEU DE PRATA) – Tema: Ousadia (Novos Trovadores)
>>Selecionado no 5º Festival de Literatura de Tupã (SP), participa da Antologia.
>>Prêmio Monteiro Lobato, concedido pelo Programa Litteratudo e o Movimento União Cultural, de Taubaté-SP.
Abril de 2015:
>>Um dos autores classificados no Concurso Univap de Poesias “Cassiano Ricardo” – 2014, com a obra “Traiçoeira”:
>>Selecionado no Concurso “Ei-los que partem!”, da Editora Papel d’Arroz (Portugal) com a crônica “Quioto”.
>>Selecionado com o poema “Êxodo” para a 31ª Edição da Revista “Gente de Palavra”.
Março de 2015:
>>Terceiro Lugar no V Concurso Internacional Vicente Cardoso, com o conto HORA DO EMBARQUE
>>Um dos autores selecionados no Concurso “Poemas a Manoel de Oliveira” (Portugal).
>>Um dos dez autores selecionados no Concurso de Contos “Cartas do Pequeno Imperador”:
>>Destaque no VI Concurso de Poesia Popular/ 2014 – UBT/ Maranguape – Âmbito Nacional/ Internacional – Tema: Manassés de Sousa.
>>Publicado na 6ª Edição da Revista Prisma (Rondônia).
Fevereiro de 2015:
>>Segundo lugar no 4º Concurso Literário da Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências (AMLAC – Vinhedo/ SP), com o Poema
“Tempos modernos”.
>>Um dos dez poetas selecionados para o Jornal Literário Olaria das Letras, Edição nº 13:
>>Selecionado para a 1ª Antologia Trovas sobre Futebol:
>>Publicado na Ed. 43, da Revista Samizdat, by Henry Alfred Bugalho.
>>Selecionado com o poema “Hiroshima” para a 24ª Edição da Revista “Gente de Palavra”.
Janeiro de 2015:
>>Primeiro lugar no 4º Desafio Literário da Revista Farol Fantástico com o Conto “Lição de vida”:
>>Menção Especial na 4ª Etapa do Projeto “Para uma Vida Melhor” – Tema “Coerência”:
Novembro de 2014:
>>Classificado no Concurso de Poesia Camões 1580-2014, da Academia de Letras e Artes de Portugal, obtendo o 8º Prêmio exaequo, com o poema “Aromas do Brasil”.
>>Primeiro lugar no I Concurso Internacional de Poesia “Casa de Espanha” – Categoria Internacional.
>>Prêmio Destaque na 4ª Etapa do Concurso de Trovas “Para uma vida melhor”, promovido pela UBT – São José dos Campos:
>>Um dos dez autores finalistas do “I Concurso de Contos Livre Opinião – Ideias em Debate 2014″ :
>>Um dos poetas selecionados para a antologia (E-book) “Verão Caliente”, da Três Macacos Publicações:
>>Publicado na Revista Cabeça Ativa – Tema “DEUS”
>>Publicado na Ed. 42 da Revista Samizdat:
Outubro de 2014:
>>Um dos dez poetas classificados no Prêmio Cataratas e Contos e Poesias – 2014 (PR):
>>Finalista – Categoria Crônica – no 8º Prêmio UFF de Literatura:
>>Um dos autores classificados no VIII Concurso Literário de Presidente Prudente, com dois poemas – BAÚ e COMÉDIA DA VIDA PRIVADA:
>>Menção Especial no Concurso de Trovas da Organização Mundial de Trovadores – França – Tema: Europa
>>Menção Honrosa no 2º Concurso da Academia Brasileira Rotária de Letras, comemorando os 90 anos da revista, com uma trova:
>>Selecionado no XI Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus:
>>Um dos dez poetas selecionados para o Jornal Literário Olaria das Letras, Edição nº 11:
>>Um dos poetas selecionados para o Projeto “Declame para Drummond – 2014”:
>>Um dos poetas selecionados para a edição comemorativa (2 anos) da Revista “Gente de Palavra”.
Setembro de 2014:
>>Um dos poetas selecionados no Projeto “Um poema em cada árvore – Mobilização Nacional” – Santa Catarina (2014):
>>Selecionado no I Concurso de Microrrelatos MARTE, com o Microconto “Contacto”:
>>Selecionado com o poema “Pedras” para a 24ª Edição da Revista “Gente de Palavra”
Agosto de 2014:
>>Primeiro lugar no 2º FESTIVAL DE HAICAIS DE PETRÓPOLIS (RJ).
>>Menção Honrosa no 2º Prêmio Escriba de Crônicas, com o texto GOHAN.
>>Primeiro lugar no 3º Desafio Literário da Revista Farol Fantástico com o Conto “Lição de vida”:
>>Selecionado na 11ª Edição do Concurso Poemas nos Ônibus (Gravataí/ RS), com os poemas “Velha gramática” e “Leitor à moda antiga”:
>>Agraciado com o PRÊMIO DO “GRANDE MÉRITO REPRESENTATIVO” DO MOVIMENTO UNIÃO CULTURAL – Taubaté – SP
>>Um dos contistas selecionados para a coletânea “A Lei Áurea”, da série Glorioso Império do Brasil.
>>Menção Especial no PRÊMIO DE POESIA E TROVAS JUVENAL GALENO/2014 (Categoria: Trovas), promovido pela UBTMARANGUAPE.
>>Um dos dez classificados no Concurso de Microcontos da “Revista Olaria das Letras”, com o microconto “Cores”.
>>Selecionado com o poema “Livros” para a 23ª Edição da Revista “Gente de Palavra”
Julho 2014
>>Tornei-me delegado da UBT (União Brasileira de Trovadores) e Presidente da Organização Mundial dos Trovadores (OMT).
>>Segundo lugar no I Concurso de Poesias do “Movimento União Cultural” – Categoria Internacional, com o poema “Revolução”.
>>Um dos cem classificados no 4º Concurso Literário “Pague Menos”, com o poema “Corações Ribeirinhos”.
>>Um dos cem classificados no 4º Concurso “Microcontos de Humor” de Piracicaba, com o texto “Luto oficial”:
>>Um dos dez classificados no Concurso de Microcontos da “Revista Olaria das Letras”, com o microconto “Para a eternidade”.
>>Selecionado com o poema “Veríssimo” para a 22ª Edição da Revista “Gente de Palavra”.
>>Publicado na Ed. 41 da Revista Samizdat:(Virginia Woolf)
>>Publicado na Revista SOLETRAS, de Moçambique, de 20 de julho
>>Além do mais, através do Consulado do Brasil em Tóquio, fui convidado a coordenar o I Concurso de Literatura para jovens brasileiros no
Japão...................................continua na próxima página.
46
ACONTECEU...E CONTINUA ACONTECENDO
EDWEINE LOUREIRO, SAITAMA, JAPÃO
Junho 2014
>>Selecionado com três trovas, no X Concurso de Trovas de Maranguape – CE:
>>3º Lugar: Tema – Médico;
>>Duas menções especiais: Temas: “Bola” e “Ética”.
>>Segundo lugar no Desafio do Jornal Literário “Olaria das Letras”, com o miniconto “Reivindicação”:
>>Selecionado com o poema “Chamas” para a 21ª Edição da Revista “Gente de Palavra”.
>>Selecionado para a antologia do II Concurso de Microrrelatos “Soy feliz con…” (Espanha).
Maio 2014:
>>Menção Honrosa no XXVIII Jogos Florais de Ribeirão Preto (SP) – Tema humorístico: Gandula.
>>2º lugar no 2º desafio da Revista Farol Fantástico, com o conto “Noite Feliz”:
>>Um dos dez autores selecionados no 2°Desafio Literário da Revista Pacheco:
>>Selecionado com o poema “Baú” para a 20ª Edição da Revista “Gente de Palavra”.
Abril de 2014:
>>Um dos autores selecionados no 4º Festival de Literatura de Tupã – SP; com o poema LIBERTINO:
>>Um dos autores selecionados para o E-book, no Primeiro Concurso de Haikurrelatos, da Edición Personal (Espanha):
>>Um dos artistas selecionados na revista “Cabeça Ativa”, tema AROMA, ao lado de poetas contemporâneos e de outros grandes no mes como
Gonçalves Dias e Pablo Neruda.
Março de 2014:
>>Terceiro lugar no XIV Concurso “Casimiro de Abreu” (RJ), com o poema “Impotência”.
>>Um dos autores selecionados para a coletânea de contos 'A roupa nova do Imperador', da série “Glorioso Império do Brasil”:
>>Selecionado para a antologia “Para Amar em todos os Tons”, da Editora Literacidade (Pará), com o poema “Veraneio” e com o conto “Desejo”:
>>Um dos autores selecionados no Cardápio Poético do Movimento Ativista:
>>Um dos autores selecionados para compor a antologia “Otoño y Invierno”, na Espanha:
>>Alem do mais, tornei-me membro da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravianistas. Um grande orgulho e felicidade!
Fevereiro de 2014:
>>Um dos dez premiados no Desafio da Revista Farol Fantástico, com o conto infanto-juvenil “Letal”:
>>Terceiro lugar no II Concurso de Trovas “Chico Anysio” – 2013 – Âmbito Nacional/ Internacional – Categoria: Personagens.
>>Terceiro lugar no X Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, com os poema “Livros”:
Janeiro de 2014:
>>Prêmio Destaque da Comunidade Poesiarte 2013.
Nota da Editora:
Todos os prêmios relacionados foram acompanhados dos respectivos sites onde foram publicados os prêmios do nosso poeta.
Omitimos por razão de espaço.
Em cerimônia de Prêmio de Imprensa.
O Poeta, Professor e Jornalista
brasileiro, é um exemplo a ser
seguido.
Com a Revista Ventos do
Sul , na qual publicamos
poema de sua autoria.
47
Festa Brasileira no Japão, com sua esposa
Nao Yamada.
Imagens de Florianópolis. Acima:Aspecto do Cais Frederico Rola, com navio da Frota Hoepcke. Coleção ELS.
Abaixo: Centro com a antiga Faculdade de Educação, hoje Museu da Escola e ao fundo o Hospital de Caridade.
Coleção UFSC. Todo o mar visto foi aterrado.
48

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