05/12/2013 - Edição 41 - Grupo de Poetas Livres
Transcrição
VENTOS DO SUL Revista do Grupo de Poetas Livres www.poetaslivres.com.br Difundindo a Poesia e fazendo Amigos Uma Revista sem prazo de validade Ano XV — nº 41—Agosto a Dezembro de 2013 Distribuição gratuita Casa José Boiteux. Avenida Hercílio Luz, 523, Florianópolis, SC Fundado em 13 de abril de 1998, por Maria Vilma Nascimento Campos e alguns abnegados. Neste ano de 2013 completa 15 anos de ininterruptas atividades. É uma entidade privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins econômicos. Seus Projetos, Concursos e publicações dão-lhe notoriedade não só no Estado de Santa Catarina, no Brasil e no exterior por onde a Revista Ventos do Sul viaja com as poesias de seus membros e de amigos. Reúne-se todas as 5as.feiras,a partir das 20 horas, na Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho (vide endereço no Expediente). Para participar, o poeta deverá ter disponibilidade de horário e ter produção em poesia. Possui estatuto e regimento interno. Lei de Utilidade Pública Estadual 14560, de 01.12.2008, proposta pelo deputado Julio Garcia, assinada pelo Gov.Luiz Henrique da Silveira e Utilidade Pública Municipal 5671, de 26.05.200, proposta pelo vereador André Freyesleben, assinada pela prefeita Angela Amin. Embora tenha as duas leis, não recebe subvenção social. Possui membros Efetivos, Correspondentes e Beneméritos. *** Sumário: Oração do Poeta e Hino dos Poetas Livres / 3 Homenagem —Edmar Almeida Bernardes / 4 Cartas do Celestino / 5 Editorial / 6 GPL 15 anos-Revista Passatempoesia / 7 Colaboração de Associados e Amigos / 8 9º Concurso On-line— IIº Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor / 9 In Memoriam– Franciane M. Dutra / 16 Alzemiro, o Poeta das Cantilenas / 17 Sócios Correspondentes / 18 Semana do Escritor / 23 Um novo olhar / 24 Aos Poetas Mortos...—Alzemiro / 25 De braços abertos....Estamos! / 26 Dose Dupla: Luiz Carlos Amorim e Maura / 29 Obras em destaque I, II, III / 30,31, 32 Promovendo...Poetas do Grupo / 33 Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos / 41 Aconteceu / 44 Caros associados, mantenham em dia suas colaborações; só assim o GPL poderá continuar sua trajetória, que é difundir a poesia e fazer amigos. CAPA EXPEDIENTE: Editor: Profª Maura Soares Organização e digitação:Maura Revisão : Eloah Westphalen Naschenweng Sede: Biblioteca Pública Municipal Prof.Francisco Barreiros Filho Rua João Evangelista da Costa 1160, Estreito Florianópolis,SC Fone 3271 7914 Sede atual do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras. Edifício construído para sediar o Instituto Politécnico a partir de 1925 e, após, a Academia de Comércio de Santa Catarina. Restaurado em 2010, foi denominado Casa José Boiteux em homenagem a José Arthur Boiteux, fundador do Instituto Politécnico. José Arthur Boiteux nasceu em 9 de dezembro de 1868 na cidade de Tijucas, filho do coronel Henrique Carlos Boiteux e D. Maria Carolina Jacques Boiteux. Cursou Humanidades em Desterro, matriculando-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde cursou até o segundo ano. Desde então dedicou-se à atividade política, lutando pelo abolicionismo e pela república, sob a orientação de Antonio Justiniano Esteves Júnior. Cursou Direito na Faculdade de São Paulo, concluindo na Faculdade Livre do Rio de Janeiro. Oficial de Gabinete do governador Lauro Müller; Secretário da Estatística Comercial, na capital; Promotor Público interino; Procurador interino da República; lente do antigo Ginásio Catarinense; Secretário do 1º governo de Hercílio Luz; Oficial de gabinete do Ministro Lauro Müller na pasta da Indústria, Viação e Obras Públicas; Deputado estadual em quatro legislaturas e Deputado federal em uma. Foi também Secretário Geral da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, idealizou a organização dos Congressos Brasileiros de Geografia. Fundou a Academia Catarinense de Letras. Foi sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina; honorário e correspondente dos demais do Brasil.Fundou a Faculdade de Direito de Santa Catarina(1932). Lente catedrático da Escola Superior de Comércio, no Rio de Janeiro, e desempenhou, na alta administração catarinense, o cargo de Secretário do Interior e Justiça. Dedicou-se, paralelamente, ao magistério e ao jornalismo. Faleceu, em Florianópolis, a 8 de janeiro de 1934. Endereço para correspondência: Avenida Patrício Caldeira de Andrada,581 apto 306– Residencial Victória Bairro Abraão Florianópolis,SC Cep 88085-150 Fone 48 3249 6082 [email protected] (Fonte: Dicionário Político, org. Walter F Piazza e Anuário Catarinense(acervo IHGSC). Biografia de Boiteux publicada também no site do Grupo de Poetas Livres, no item Autores Catarinenses. 2 Oração do Poeta (*) Hino dos Poetas Livres Dá-me, Senhor, as palavras certas para que eu possa expressar o amor pela vida e pela humanidade. Dá-me inspiração para mostrar que somos todos irmãos. Aponta-me, Senhor, o caminho da compreensão do mundo. Permite-me apresentar as belezas da vida, as dores do mundo, as injustiças sociais e exprimir o que me vai na alma. Autoriza-me a falar as verdades do coração. Abençoa, Senhor, minhas palavras para que possam atingir aqueles que amam a vida e a Arte. Faz com que todos sintam, por meu intermédio, que só o Amor maior pode revolucionar o mundo E que esta revolução de Paz Venha por meio da Poesia. A E7 /. Faz bem sonhar A Poetar é bom F#m E A No GPL tenho união, amor e paz./. (estribilho) C#7 F#m Com a rima penso a vida EA Com o metro ajudo a fala F#m Bm Nos versos livres meu coração EA Vai ao teu e diz assim: DA Poetas Livres, meu grupo amado F#m Bm Que me transporta e me aconchega EA Com ternura noite e dia. Zeula Soares F#m Bm (julho de 2009) Nas linhas do “Ventos do Sul” EA Meus escritos dizem paz (*) Autoria de Zeula Soares, do GPL. Instituída Bm E A através da Portaria 02/2009, assinada pela Vice-presidente Heralda Victor, em 7 de Agosto de 2009. Voando em rumo do saber que o amor traz. Bm E A Dizendo ao mundo a oração da poesia. (*) Hino Oficial do Grupo, letra e música de José Cacildo Silva. Instituído por Portaria n. 3/2009, de 4 de setembro de 2009, assinada pela vice-presidente Heralda Victor. 3 Homenagem - Edmar Almeida Bernardes Esta Revista e o Grupo de Poetas Livres não poderiam deixar de prestar homenagem àquele escritor e poeta que sempre nos acompanhou e ainda acompanha quando dele necessitamos. O escritor Edmar Almeida Bernardes integrou a Diretoria do GPL, mas por força de seu trabalho, está temporariamente afastado. Criou a primeira versão do nosso site e foi responsável por ele por muitos ano. Ainda utilizamos o que ele nos legou. Muitas fotos e filmagens do Grupo foram feitas por ele. Edmar nasceu em Itapajé, Ceará, em 1953. Estudou em escola pública até o 2º ano do ensino médio. É casado com a Psicóloga Lúcia de Lourdes Rutkowski Bernardes. Um dos três filhos de Edmar, Alan, pertenceu ao GPL iniciando com a idade de 10 anos. Os outros filhos Vinícius e Leonardo, todos estudam. Em 1975, Edmar graduou –se como Agente de Polícia Federal pela Academia Nacional de Brasília. Trabalhou em vários estados do Brasil. Contribuiu com a modernização da Polícia Federal, à frente da Coordenação Regional Administrativa e da Assessoria de Planejamento da Superintendência Regional do Departamento de Policia Federal em Santa Catarina. Em 1993, graduou-se em Letras—Inglês pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Palmas, Paraná. Em 2002, graduou-se em Comunicação Social— Habilitação em Jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL. Em 2005, fez o Curso Intensivo de Cinema pela Academia Internacional de Cinema em Curitiba. Autor de Do Abismo ao Infinito, Florianópolis, Ed. Garapuvu,2002, já na 5a.edição, em que conta a história de um menino que sai do sertão agreste, e consegue estudar, trabalhar e vencer na vida. Esta obra está inserida no Projeto 1000 Bibliotecas. Edmar produziu um vídeo com esta história. É co-autor do livro Simples Prazeres—Crônicas Universitárias, uma seleção e organização de Mário Pereira, coedição Garapuvu/Unisul, Fpolis, 2002. Possui poemas publicados na Revista Ventos do Sul, na antologia “Folhetim—Cada caso, um causo”,2003. Em audiovisual, dirigiu o Documentário O Espiritismo em Santa Catarina, com 23 minutos, para a Federação Espírita Catarinense, 2007 e Diretor do Filme—documentário Os pais do meu pai, com 52 minutos. Fez trabalhos jornalísticos e fotográficos para várias associações e entidades culturais da Grande Florianópolis e, também, p ara o Grupo de Poetas Livres. Edmar legou aos seus filhos o sentimento de honradez e disciplina. Seu filho Alan, quando pertenceu ao GPL deu mostras disso, comportando-se como um adulto, compenetrado e fazendo seus poemas e apresentando nas reuniões. Por diversas ocasiões, ajudou durante as reuniões fazendo circular o Livro de Presença e resumos de textos que eram distribuídos aos associados. Alan também integrou o elenco formado por membros do Grupo ao encenarem o poema de Julio de Queiroz, Balada dos Já-com-terra. Edmar diz que não se considera poeta, aceitando participar somente da Antologia “Folhetim”, onde conseguiu contar sua históri a, que transcrevemos: A CRÔNICA (na visão de um estudante de jornalismo) Quando cheguei da aula deixei disfarçadamente a minha primeira crônica em cima da mesa para que a empregada, que é sempre muito curiosa, a pegasse e fosse lê-la escondida. Fez isto porque a minha mulher não leva muita fé no que escrevo. Dito e feito. A empregada leu e gostou. Na volta da aula seguinte. Cheguei contente. A empregada logo demonstrou um interesse não revelado. Notei que ela queria ler alguma coisa. Desta vez agi diferente. Pus em prática a recomendação do mestre para divulgar os escritos. Retirei da pasta duas crônicas r ecémcorrigidas pelo professor de redação e ofereci para a empregada ler. Não foi diferente,ela ficou empolgada. Considerou as crônicas muito boas. Indiscreta, quis saber um monte de coisas. Para não alongar a conversação com minha ilustre leitora disse-lhe que eu era ainda incipiente na arte de escrever, mas que estava bastante animado. Revelei-lhe que aqueles escritos eram crônicas — um gênero meio jornalístico e meio literário. Ela quis saber mais, então eu expliquei que crônica é como uma criança esperta: fala tudo o que quer, às vezes faz rir, pensar e chorar; é simples, crítica, imprevisível e inusitada. De uma forma ou de outra é sempre agradável. Quem não gosta de uma criança alegre e inteligente? Então! Da próxima vez não trouxe nenhum escrito. Fui direto aos livros. Estudei, estudei... A empregada ficou intrigada com a falta do meu entusiasmo habitual. Disse-lhe que escrever não é tão mole assim. Eu ainda precisava aprender muitas coisas. Inclusive, o professor falava de um tal de estilo próprio, ou seja, os recursos empregados para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva, retratando expe riências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao escrito. A empregada parece que não entendeu nada. Inadvertido, deixei o rascunho sobre a mesa. Lá estava escrito: estudos indispensáveis para se tornar um escritor autêntico — metáfora, prosopopeia, sinestesia, catacrese, metonímia, perífrase, antítese, paradoxo, eufemismo, hipérbole, assíndeto, zeugma, anáfora, pleonasmo,polissíndeto, anástrofe, hipérbato, sínquise, hipálage, anacoluto... Sorrateiramente a moça se inteirou dos meus estudos. Ao que tudo indica ela imaginou que eu estava pirando de vez. Acabara de perder a minha primeira leitora. (página 11 da Antologia do GPL— Folhetim,cada caso um causo, 2006) *** A vida é uma maratona, só se chega ao final com equilíbrio, resistência e muita paciência. (E.A.B.) *** O livro é o nosso mais surpreendente amigo. Vive fechado para ao abri-lo nos surpreender com lágrima, sorriso e emoção.(E.A.B.) *** 4 CARTAS DO CELESTINO O GPL, fazendo sua história, não poderia, mais uma vez, deixar de publicar a carta do Prof. Celestino Sachet, na qual gentilm ente, expõe sua opinião sobre o Grupo e igualmente sobre a nossa Ventos do Sul. Sabemos que teremos, ao longo da nossa história ou at é depois que o Grupo se extinguir, alguém que virá pesquisar o que os catarinenses, estrangeiros, amigos de outros estados fize ram em prol da prosa e da poesia, pois a palavra não se esgota e não tem fronteiras. E, temos certeza, encontrarão a Revista Ventos do Sul e em algumas delas, estampadas em páginas especiais, as Cartas do Prof. Celestino Sachet. Suas palavras,além de nos envaidecere m, nos impulsionam para, cada vez mais, melhorar a qualidade da Revista. O Grupo além de publicar seus poetas-membros e amigos, também dá oportunidade para os internautas vencedores em seus concursos, terem espaço para seus poemas, que viajam pelos mais diversos cantos. Então, mais uma vez, com bastante alegria, com o carinho com que o querido Prof.Dr.e ilustre Acadêmico e, mais do que nunca, um amigo do GPL, abrimos mais uma página especial, pois “especial” é a sua atenção para com todos aqueles que compõem a “família ” GPL. 5 “Olho longe o horizonte / Numa visão indefinida,/ Sei que vou buscando a vida./ Vou bebendo nostalgia/ Do cálice da ilusão./” (Nova bisão, in Mundo Neutro, pág.10) Alzemiro Lidio Vieira (1943-2013) Editorial Duas perdas sentidas neste ano de 2013: Franciane Maciel Dutra e Alzemiro Lídio Vieira. A eles este número é dedicado. No ano em que o Grupo completa 15 anos, quis o Criador levar para junto Dele estas figuras carismáticas. Franciane, aos 25 anos, deixou seus contos em seus livros em que fazia as ilustrações, suas peças de teatro e suas poesias. E stava afastada do Grupo cerca de 5 anos. Estava cursando faculdade, um futuro promissor . Lamentável. Alzemiro, ator teatral, artista plástico, coralista, poeta. Deixou a saudade de sua bela voz, suas cantilenas, seus gestos largos ao declamar. Neste número abrimos página para publicar poemas de amigos que o homenagearam. Franciane também terá seu espaço para a homenagearmos. A Homenagem ao nosso associado que muito tem colaborado conosco, Edmar Almeida Bernardes e, na página seguinte, mais uma carta do Professor Celestino Sachet, cartas que incentivam a continuar nosso trabalho. Os lançamentos das obras de nossos associados e amigos que julgamos publicar dada a excelência dos trabalhos, em páginas especiais. O Resultado do 9º Concurso On-line “II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor”, com 608 poemas recebidos de 293 internautas de vários cantos onde a poesia está alegrando os corações. Poetas brasileiros e do exterior estiveram pres entes. Desta feita premiamos poemas em Espanhol e em Inglês e, como também recebemos poemas de alunos de duas escolas, uma de Gravataí, RS e outra e Tijucas,SC, igualmente premiamos os três melhores trabalhos e com uma Menção Honrosa. É a nossa forma de estimular a leitura, a escrita e a participação dos nossos jovens promissores na carreira literária. Quem sabe algum deles não ganha notoriedade após este empurrão e nos brinda com belas páginas literárias? Só o tempo dirá. A equipe de avaliação do Concurso formada por Eloah W.Naschenweng, Heralda Victor, Maura Soares, Vera Portella e Zeula Soares teve o cuidado em ler todos os 608 poemas, não tendo sido nada fácil a tarefa. Todos os internautas receberam on line seus Certificados de Participação e os vencedores receberão pelo correio o Certificado de Premiação bem como oferta de l ivros. Registro no “Aconteceu” da entrega do Prêmio “Conjunto da Obra”, para a nossa poetisa Zeula Soares, autora da Oração do Poeta, ofertado pela Academia Catarinense de Letras e Artes– ACLA-, que teve como fundadora a presidenteperpétuo do GPL, Maria Vilma Nascimento Campos, cuja ideia seria somente Academia de Artes que englobaria música, cinema,artes plásticas, dança, teatro,circo, mas houve a anexação das Letras, complementando a Academia para se tornar forte e en riquecer a história catarinense. A associada Sueli Rodrigues Bittencourt, foi escolhida para receber o Troféu Garapuvu “Amigo da Cultura”, instituído pelo GPL à uma única personalidade da cultura catarinense, fato que acontece na Sessão de Encerramento do Ano Acadêmico que neste ano cai no dia 5 de dezembro de 2013, sempre no Auditório Abelardo Sousa, da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho, onde o GPL foi fundado e tem a sua sede e onde somos sempre recebidos com enorme carinho, pelo trabalho que desempenhamos nestes 15 anos de atividades, chamando o público a visitar a Biblioteca em nossos eventos e tendo ciência do trabalho desenvolvido,transformando a BBF em ponto de referência e uma Casa de Cultura do Continente, agora sob a direção de Maritza Fabiane Celestino e sua Equipe que abraça a causa num coletivo coeso. Muitos eventos em que nossos associados compareceram (v.no Aconteceu) e as ofertas de jornais, revistas, livros, fanzines que enriquecem a nossa Biblioteca dos Poetas “Maria Vilma Campos”. A todos os poetas participantes, nosso agradecimento. Sem eles a RVS 41 não existiria. Grata a todos. ms./ Símbolos do Grupo de Poetas Livres. Ambas são criação e execução de José Cacildo Silva, que também é autor do Hino dos Poetas Livres. Todas regulamentadas por Portaria. A Bandeira segue as cores do Estado de Santa Catarina: branca, vermelha e verde. Os triângulos,em verde; as faixas e, vermelho e no centro o fundo branco com a marca do Grupo e o slogan. A Medalha,com circulo externo em dourado, circulo do meio com o nome em fundo preto e ao centro a logo do Grupo. 6 GPL—15 Anos—Homenagem na Revista Passatempoesia, de Nova Trento. 7 COLABORAÇÕES DE ASSOCIADOS E AMIGOS PROJETOS DE VIDA “IDEIAS - SEMENTES” A maioria não sabe que todas as grandes, médias e as pequenas realizações que podemos olhar hoje e presenciar como simples vivas referências, elas nasceram duma semente chamada “ideia—semente”. A ideia que foi virando “projeto” na mente, no papel, para depois partir pro estágio final de realização. As ideias,elas podem surgir num lugar qualquer, até naqueles mais inacreditáveis e pouco imaginados. Por isso, que esse “laboratório” às vezes escuro, silencioso, ignorado, afastado, solitário até, não pode ser esquecido, desprezado, excluído: “O Laboratório das Ideias”, das sementes que poderiam se tornar concretas e valiosas realidades. A ideia sempre “acredita” mesmo que o mundo inteiro fique contra ela. No meio de qualquer catástrofe, doença, enchente, guerra, ameaça de vida, lá no meio, no âmago da situação caótica, ela surge como uma divina tábua de salvação do inevitável naufrágio. Ela pequenina, insignificante, como um Davi frente ao Golias. Ela, a ideia salvadora! A “ideia– semente” que está escondida na mente, no coração, num pedacinho quase invisível do nosso ser, principalmente de todos nós guerreiros que acreditamos numa vida saudável, na fraternidade do verdadeiro amor. Entre todos, todos os povos do ecúmeno humano— o universo. Hoje mesmo, nesta noite florianopolitana—catarinense, nos encontramos aqui, reunidos nesta sala, neste Grupo chamado de Poetas Livres, quem sabe nos esquecendo um pouco da nossa origem. Uma semente jogada com muito carinho, com amor por uma mulher generosa. Seu nome Maria Vilma Nascimento Campos. Dessa pequena semente, lançada um certo dia, nasceu este Grupo que hoje é uma verdadeira e plena realidade e já se passaram 15 anos. Que bom! Proteja! Cuide! Divulgue, semeie as boas Ideias—Sementes!!! NELSON BADIN (Uruguaio de nascimento, há muito residindo na capital, é membro do GPL desde o seu início, com Maria Vilma. Poeta e artista plástico, Nelson produz belas peças de cerâmica) (vide foto) Da ideia-semente lançada por Maria Vilma floresceram os projetos “Liberte-se...nas Asas da Poesia”; a Revista Ventos do Sul, “Poemas a várias mãos”; “Rosário de Poemas”. Queria um grupo livre de amarras,pessoas livres para expressar seus sentimentos sem as regras rígidas da poesia. E o Grupo aí está, com seus 15 anos de ininterruptas atividades. Nelson, em reunião do GPL. Artesanato de Nelson Badin: flauta doce, chocalho, ocarina, pássaros, dinossauro coruja e peixe. Acervo Maura Soares. 8 9º CONCURSO ON-LINE II PRÊMIO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR Veiculado de 1º de julho a 30 de setembro de 2013, pela Internet, o 9º Concurso On-line “II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor” , recebeu a participação de 293 internautas que enviaram 608 poemas. Participaram da Comissão Avaliadora: Eloah Westphalen Naschenweng; Heralda Victor, Maura Soares, Vera Portella e Zeula Soares. Além dos municípios catarinenses e brasileira, o GPL recebeu poemas de Moçambique; Ilha Terceira e Ilha de São Miguel(Açores); Portugal; Japão; Espanha; U.S.A.; Itália. O GPL procura em todos os concursos amarrar em um tema,não só pela necessidade de se melhor avaliar bem como em verificar a criatividade dos participantes. Os classificados foram: Prêmio Especial para Carlos Maurício Veloso Cavalanti Batista, Rio de Janeiro, por todos os poemas inscritos, com destaque para a revista o poema “XVI”; 1º Lugar: Paulo Franco,Ribeirão Pires, SP, com Soneto do Amor Imperfeito; 2º lugar: Luísa Clara Cartaxo Fresta, Queluz, Portugal, com Soneto do amor no feminino; 3º lugar: Fernanda de Mello Veeck, Porto Alegre, RS,com o poema Por falar em amor. Menções Honrosas: Vólia Loureiro do Amaral Lima, João Pessoa,PB, com o poema Amo-te e Anderson Fabricio da Silva Ernsen, Toledo, PR, com o poema Às vezes ... . Poemas em Espanhol, destaque para: Bianca Sampaio Moreno, Rio de Janeiro, com Si no se puede tocar e Pablo Gabriel Ribeiro Danielli (Pablo Danielli), Foz do Iguaçu,PR,com Susurros. Poemas em Inglês, destaque para Rodrigo Pereira dos Santos, Lambari, MG, com Dead Dream e Júlio César Teodoro da Silva, com Love is such a huge coincidence. A professora Maria Angelica Fanti, de Gravati, RS, enviou-nos poemas de alunos da E.E.E.M.Tuiuti e o resultado foi o seguinte: 1º lugar: Thaís Fontoura Maciel, com Ora fogo ora água; 2º lugar: Marcely Dias Porto, com Bons tempos; 3º lugar: Géssica Letícia da Silva Muniz, com Amor. A professora Márcia Reis Bittencourt, do GPL, residente em Canelinha,SC, enviou poemas dos alunos da Escola de Educação Básica Prof.ª Olivia Bastos, de Tijucas, SC, e o resultado foi o seguinte: 1º lugar: Pedro Paulo Giacomossi Júnior, com Eu as rosas e meu jardim; 2º lugar: Lucas Manoel Candido, com Carta que eu não mandei; 3º lugar: Luiz Fernando Boaventura, com Amor e Menção Honrosa: Iury Gonçalves, com Homenagem ao meu avô: Mario Ilson Gonçalves. Registre-se que a professora Márcia ajudou o Grupo a promover no Presídio Regional de Tijucas, concursos de poesia que leva o título Liberte-se...nas Asas da Poesia! , cujos resultados foram extremamente satisfatórios para o GPL. Nestes dois últimos anos não foi possível executar este Projeto idealizado pela Presidente-Perpétuo e Fundadora do GPL, Maria Vilma Nascimento Campos. Muitos talentos foram revelados nesses concursos. PRÊMIO ESPECIAL CARLOS MAURÍCIO VELOSO CAVALANTI BATISTA (Rio de Janeiro. Nasc.: 29.12.1968) XVI Quando partires Por favor, apaga o sol E desliga a lua. Avisa as estrelas: Já não são mais necessárias. Leva-as todas, são tuas. Ficarei Com a noite nua, Despida de tua pele; E o dia desabitado, Sem tuas mãos, Que me despertavam E carinhosamente Entregavam-me o amanhecer. 9 9º CONCURSO ON-LINE II PRÊMIO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR 1º lugar: PAULO FRANCO, Ribeirão Pires, SC (Nasc.: 20.08.1960) SONETO DO AMOR IMPERFEITO Não quero mais buscar o amor perfeito pra camuflar o sentimento em chama e amortecer o que me dói no peito, a mesma dor de todo ser que ama. Que amar assim, eu sei, não é direito, pois todo peito preso nesta trama adoecido faz do olhar um leito pra adormecer a fonte deste drama. Praia de Itaguaçu, Florianópolis,SC. Foto:Maura Vou procurar amar só o instante um amor maior, porém um passageiro tão transeunte quanto o amante que tenha amores pelo mundo inteiro e ao invés da dor o peito sempre cante o imperfeito amor que é o verdadeiro. *** 3º lugar FERNANDA DE MELLO VEECK (Fernanda Mellvee) 2º lugar: Porto Alegre, RS (Nasc.: 08.08.1985) LUÍSA CLARA CARTAXO FRESTA, Queluz, Portugal POR FALAR EM AMOR... (Nasc.: 21.08.1964) Quero falar de amor... não do amor romântico, cortês e idealizado. Quero falar do amor sincero e desinteressado. Falar simplesmente do amor. O amor puro, realizado. SONETO DO AMOR NO FEMININO De vida eu sou a fonte incubadora De amor, de pão, de múltiplos cuidados Que contra qualquer força predadora Se ergue em mil braços desarmados Quero cantar o amor, não o amor impossível, melancólico e alucinado. Quero cantar o amor alegre e descomplicado. Cantar somente o amor. O amor sensato e compartilhado. Sobrevivo em meio à tempestade E o meu peito é a terra prometida Onde a lei da ternura e da verdade Dança irmanada com as leis da vida E toda a vida só em mim germina (todos os homens são meus filhos também E há sempre mais amor que se imagina...) Quero escrever sobre o amor, não sobre o amor comum, óbvio e entediado, Quero escrever sobre o amor descontrolado. Cantar unicamente o amor. O amor real e apaixonado. E em tudo o meu amor vai mais além Pra lá da força bélica, assassina Há sempre uma Mulher que te quer bem! 10 9º CONCURSO ON-LINE II PRÊMIO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR MENÇÃO HONROSA VÓLIA LOUREIRO DO AMARAL LIMA, João Pessoa, PB (Nasc.: 26.11.1961) AMO-TE Amo-te com um amor triste Que vive do silêncio da saudade. Amo-te com um amor distante, Que de ti, guarda apenas a lembrança, Em uma foto apagada pelo tempo. Amo-te com um amor ausente, Que chora no silêncio da madrugada A saudade que a falta que teus olhos faz. Amo-te com um amor doente, Que ama mais a ti do que a mim, E faz da existência uma dor frequente. MENÇÃO HONROSA: ANDERSON FABRÍCIO DA SILVA ERNSEN, Toledo, PR (Buscador Perdido) E em cada estrela do céu Vejo os teus olhos, Em cada canção de amor, Ouço teu riso, Em cada pôr de Sol Fica a saudade e A certeza de amar-te Por toda minha vida. ÀS VEZES... Às vezes quero te tocar. Sempre quero... Mas não posso, não me é permitido. Pois tocar-te é como uma dádiva divina, Capaz de levar ao Céu aquele que o fizer. Não mereço o céu... Às vezes quero te abraçar. Sempre quero... Mas não posso, não me é permitido. Pois abraçar-te seria como voar, Cruzar o firmamento com a sutileza e imponência de uma nuvem. Não sei voar... Às vezes quero te falar de amor. Sempre quero... Mas não posso. Não me é permitido. Pois falar-te de amor é como lutar na guerra, Com coragem e ousadia, sem medo do desconhecido. Não sou guerreiro... Às vezes quero te beijar. Sempre quero... Mas não posso, não me é permitido. Pois beijar-te é prova real, final, De quem for o senhor do teu coração. Não sou senhor... Sou escravo. LA POESIE Às vezes quero te olhar. Sempre quero... Mas...olhar-te eu posso, isso me é permitido. Pois olhar-te é como uma prova, uma pena, Que testa minha força, minha paciência, meu sofrimento. Mas sou forte... ...Às vezes. LAMBERT ADAM—1752 11 9º CONCURSO ON-LINE II PRÊMIO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR POEMAS EM ESPANHOL PABLO GABRIEL RIBEIRO DANIELLI (Pablo Danielli) Foz do Iguaçu, PR (Nasc.: 11.04.1985) SUSURROS BIANCA SAMPAIO MORENO, Rio de Janeiro, RJ Tan hermosa vista que tenía esta noche Los ángeles vinieron a visitarme Tan sublime como el sol, Y una belleza sin fin. (26.01.1991) SI NO SE PUEDE TOCAR Mil lenguas no explican el amor, pero una si, la soledad. El vacío que es esperar sin saber, la felicidad que existe en tus ojos. Me tocó y me hizo sonreir Como en un buen vuelo Libera mi alma, Llevar la paz a mi cuerpo. Los besos no se pueden dividir, por eso la boca es egoísta, simplesmente te quiere a ti. Sino ¿por qué sonreír? Ya no me sentia más miedo, El frio no era parte de mí. Tal vez mi cuerpo se Lleno de amor. Si no fuera tu belleza fatal, uno se iba a morir en el oscuro, por que sí logra mirar al sol, pero no a ti, sin desearte. Y para abrir los ojos por la mañana Me sentí una fuerte energia Que emanan de dentro de mi ser, Era la voz de Dios que me llama a vivir. Está toda la pasión, el deseo, pero no se vê a tu cuerpo caliente. Este, se ló puede imaginar, pero duele si no se puede tocar. Licinho(E), Julião Goulart e Alzemiro, em evento do GPL na sede do BRDE. Heralda e Licinho, em performance que faziam juntos contrapondo suas poesias de amor. Um improviso que deu certo e sempre que podiam, em eventos do GPL, repetiam a dose. (Foto: Arquivo GPL) (Foto: Arquivo do GPL). 12 9º CONCURSO ON-LINE II PRÊMIO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR POEMAS EM INGLÊS RODRIGO PEREIRA DOS SANTOS, Lambari, MG DEAD DREAM It was such a heavy rain. It was such a cold night. It was such a long dream. It was real. I saw it. I touched it. JÚLIO CÉSAR TEODORO DA SILVA (nasc.: 13.04.1982) But suddenly I realized it was purê sheet of paper and ink. I saw that archetype of real Dissolving itself. Melting, melting... Belo Horizonte, MG I have seen the wet sheet of paper Screaming and crying due to Life within it. It was my life. The teardrop was mine. There are so many things in my heart now, and so many more I hope can be someday. Desperate, I saw myself to fall apart. Each detail of ink was so alive Each drop of rain was so cruel. I saw a dead sketch. Attraction is an instinct. Infatuation, in other hand, is a privilege, an enthusiasm that is born with wings regardless if it´s unrequited. LOVE IS SUCH A HUGE COINCIDENCE Beholding with unexplainable pain, That scene made me fall asleep. I laid down on the floor flooded by the implacable rain. But at this time i could not dream. But Love... Love is coincidence. Love is such a huge coincidence! Dawn. Cold. Nudity of soul. Painful sleep. Living nightmare. Sharp Wind. Falling leaves. And I was there. Out of knowledge. Love is when you´re the wild goose who finds the hunter who was chasing you through the wilderness. I woke up. A paper canvas stood by my side, aswhite as it can be. A paint Box and na untouched painter brush. I took them all. I left. The artist will paint another dream. 13 9º CONCURSO ON-LINE II PRÊMIO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR ESTUDANTES PREMIADOS— EEB PROFª OLIVIA BASTOS, TIJUCAS, SC 1º lugar: PEDRO PAULO GIACOMOSSI JÚNIOR 2º lugar: LUCAS MANOEL CANDIDO (nasc: 11.12.1997) EU AS ROSAS E MEU JARDIM As rosas como o jardim Deus semeou e regou para mim Assim saberei ao ver a rosa e o jardim Que Ele passou por aqui. Plantada em meu jardim Cuido com muito amor Para que não se afaste de mim. Tem horas que paro e me pergunto O que seria de mim Se todas as rosas morressem, E ficasse somente eu e meu jardim? Não vou olhar pra trás Vou refletir somente em mim Viverei uma vida de amor Só eu minhas rosas e meu jardim. (Nasc.: 05.11.1997) CARTA QUE EU NÃO MANDEI Eu te escrevi a verdade naquela carta tão triste falava de uma saudade que dentro de mim insiste Eu te cantava, benzinho, De há muito te queria E reclamava dos teus carinhos Que muita falta fazia. Eu te escrevia com desprezo Que essa mágoa nunca seca. Mas refleti e rasguei, e na ânsia te desejo colocar um longo beijo na carta que não mandei... 3º LUGAR MENÇÃO HONROSA LUIZ FERNANDO BOAVENTURA IURY GONÇALVES (Nasc.: 13.07.1997) AMOR O amor é um sentimento bom Mas que às vezes é ruim Porque uma hora você está feliz Na outra não... Quando você está apaixonado Você fica só pensando naquela pessoa Você fica aguardando a hora que vai encontrá-la De novo! Mas o amor não é só entre homem e mulher A pessoa pode amar qualquer coisa O amor pode ser familiar, ou um objeto, ou quem sabe um animal. Mas o mais importante É desejar o bem para quem Você ama... Nunca desejar o mal, sempre o melhor... E todos nós precisamos espalhar o amor Para que o mundo seja um mundo melhor. E que todos nós sejamos contaminados com esse sentimento. 14 A vida é injusta, mas quem sou eu para falar!? No dia 05/07/2013 morreu o meu maior herói, meu avô. O cara que simplesmente me ensinou tudo, desde minha paixão pelo Corinthians, até fazer meros peixinhos com pedras de rio. O homem que era o pilar da família. O cara que sempre me apoiou e nunca deixou de estar comigo nas horas ruins, ou mesmo ficar sentado 6 ou 7 horas em um campeonato de TKD, me ensinar a empinar pipa ou soltar pião? Ele me ensinou de sobra... Os conselhos mais enigmáticos foi ele que me deu... Puxa vida, lá se foi o meu guerreiro, o meu cabeçudo Gonçalves favorito... O papai Issinho...De uma hora para outra acabou-se uma vida de um cara que lutou por tudo, mais precisamente por sua família. Sempre defendendo, brigando, esperneando ou falando para mim que o Tio era chato em avacalhar com o nosso timão. Sempre falando para eu nem brigar com a mãe porque ela é esquentadinha, ou me apoiando mesmo eu nem estando 100% certo!!! MAS O QUE MAIS ME PESA O CORAÇÃO É NÃO TER DITO PELA ÚLTIMA VEZ QUE EU O AMAVA, QUE SEM ELE EU NEM VIVIA E QUE ELE ERA O MEU SEGUNDO PAI OU PAI DUAS VEZES... 9º CONCURSO ON-LINE II PRÊMIO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR ESTUDANTES PREMIADOS — E.E.E.M. TUIUTI, GRAVATAÍ, RS 1º lugar: THAÍS FONTOURA MACIEL 3º lugar: (Nasc.: 02.12.2001) GÉSSICA LETICIA DA SILVA MUNIZ ORA FOGO, ORA ÁGUA (Nasc.: 16.11.1998) Seria desonesta se dissesse que sinto nada. Sinto um sentimento jamais sentido pelos sonhadores. Como fogo, com seus esplendores. Tanto calmo quanto perigoso. Tanto obscuro quando formoso. Tanto inerte quanto vivo. Com o fogo de meu amor eu sobrevivo. Seu amor é como água. Tanto azul quanto transparente. Imprevisível. Tanto fria quanto quente. Capaz de fazer meu fogo apagar. Capaz de fazer meu coração despertar. Nosso amor vai ter as mais complicadas lições, aprender. Suportar brigas e mágoas. E a mais importante, Ora ser fogo, ora ser água. AMOR Quando te vi pela primeira vez Senti meu coração palpitar mais forte E minhas emoções dispararem Não consegui controlar! Teus olhos castanhos Me hipnotizaram E teu sorriso Me encantou O brilho do teu olhar Fez uma flor de amor Desabrochar em meu coração Teu sorriso Lembrou-me o brilho das estrelas E teus cabelos Lembraram-me o escuro do luar Gostaria de saber Se ao teu lado posso ficar? Porque contigo minha vida estará completa. 2º lugar: MARCELY DIAS PORTO (Nasc.:29.11.2001) BONS TEMPOS... Nas colinas lá no campo Logo cedo de manhã Pela janela logo vejo Pássaros cantando e flores desabrochando. Quando olho uma rosa, Eu me lembro de você, Você chegava com rosas vermelhas, me elogiava e me beijava intensamente. Mas esses bons tempos já se foram e hoje é assim: Eu na solidão e você no meu coração! Na Biblioteca da E.E.E.M. Tuiuti, de Gravataí, RS, com a Professora e Coordenadora do Projeto de Leitura da Escola, Maria Angélica da Silva Fanti, e as alunas vencedoras do 9º Concurso On-line II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor: Géssica Leticia da Silva Muniz, aluna da Profª Marizete Durgante(E); Marcely Dias Porto, aluna da Profª Vanessa Zago; Thaís Fontoura Maciel, aluna da Profª Luciana Moraes. Maria Angélica foi a responsável por enviar as poesias, incentivando a participação e a leitura. A RVS parabeniza as professoras das alunas e Maria Angélica. 15 IN MEMORIAM FRANCIANE MACIEL DUTRA Ex-integrante do Grupo de Poetas Livres, Franciane faleceu aos 25 anos,outubro 2013. Franciane assinou a ficha n. 051, do cadastro de Associados, no ano 1999, dia 26 de fevereiro. A redação da RVS não teve como acompanhar o sepultamento por falta de informações da família. Uma nota foi publicada num jornal da capital que foi colhida pela associada Eloah Westphalen Naschenweng, após informações do ex-associado Marco Aurélio Pereira e da 1a. Tesoureira Adriana Cruz. A notícia no Jornal nos causou surpresa, embora soubéssemos que ela tinha períodos em que sentia convulsões. Lamentamos seu passamento, sentimos a dor da família com sua única filha, jovem, universitária, tendo iniciado sua carreira literária aos 11 anos de idade, lançando a obra Uma noite alucinante (conto,1999); O gato Napoleão (contos,2000); O enigma da natureza (poesias, contos e crônicas); Eu sei quem é você (este em 2006 estava na 7a. Edição); O cravo encalorado (com duas edições I e II); O monstro Celina (peça teatral levada à cena no Theatro Adolpho Melo, com sua mãe como uma das atrizes). Pertenceu ao Grupo de Poetas Livres e participou das 1a. e 2a. Antologias; no Projeto Doce Poema (poemas em sacos para pães que ainda hoje a empresa que confecciona os sacos publica pela Padaria Vó Zulma, bairro Abraão); Viajando com Poesia (cartazes-adesivos nos ônibus da Capital) e o GPL publicou poema seu no encarte do Jornal O Mensageiro, num rápido projeto e também na Revista Ventos do Sul. Desligou-se do Grupo por estar dando palestras à época para a empresa Amyway , em 2006. Em sua obra , de 2006, temos o registro de mais de 300 palestras e nunca mais soubemos dela. Também não houve comunicação se publicou outras obras após os 18 anos. Desde a sua primeira obra ela ilustrava com seus próprios desenhos, a capa e o corpo do livro. Em todas as suas obras, na capa, colocava a frase Quer seja convidado ou não, Deus estará presente. VERSO EM PROSA OLHOS Eu sou a flor que nasce neste canteiro florido, ao clarear desta manhã de primavera. Debruço-me no galho para avistar os pássaros e vejo a menina que passa. O sol nasce e as gotas de orvalho vão embora, enquanto as borboletas que pousam em mim, bebem o néctar com um lindo raio de sol a folha que me espelha. A manhã chega, bate um vento fino, e as pessoas vão seguindo para o trabalho que as espera. O dia passa, a noite vem chegando de mansinho. De volta da escola as crianças vem andando rapidinho. Já é tarde. Adormeço e sonho com as estrelas e de tanto vê-las, a madrugada passa. A raposa, passando pelo jardim, bate com os pelos fortes em mim e acordo com seus passos rápidos. Tudo é vida: os sinos dobram, os galos cantam, e os anjos dizem amém. Hoje a manhã está cinzenta, escurece a terra, embaciando a minha vista. Ouço ao longe um belo som que se aproxima. Tudo é bonito, do dedilhar do piano ao pianista. Continua no mesmo tom a melodia, balanço os ramos, parecendo artista. Observo o céu azul que se apresenta, faço da dor alívio, ao lindo passo do malabarista. Cantam, os pássaros trazendo alegria, tudo é belo, no cenário que se avista. Eu vou cantando com eles pela pista, fazendo deslizar os meus suaves pés, ao puro troque do violinista. (Fran, 16 anos) In:RVS nº 23, julho-dezembro 2004. Estes olhos que encontraram os meus são como luzes angelicais como os teus! Enxergam de longe com poder de lince os belos sonhos dos pensamentos meus! Amigo com coração se expressa, as mãos que afagam no momento de angústia levam sem mágoa o puro sentimento, em busca da esperança sobre um novo tempo que nasceu! Franciane, 15 anos (In: O enigma da natureza, p.27.—RVS 22, janeiro-junho2004) Praia de Bom Abrigo, Florianópolis. Foto:Maura 16 ALZEMIRO LIDIO VIEIRA O POETA DAS CANTILENAS Este espaço está reservado aos amigos que homenageiam o nosso poeta em forma de poesia. Aldo Nora, Edmar Almeida Bernardes, Roberto Rodrigues de Menezes, Donato Perrone e Zeula Soares. Saudades eternas desta bela figura,a quem chamávamos carinhosamente de “Pai”. POESIA — VIDA A ALZEMIRO LIDIO VIEIRA ALZEMIRO A poesia é parte da vida parte da vida é poesia. Quando o poeta morre seus sonhos em poesia eles flutuam no ar. Alzemiro passou como o luar, que fenece, ao despontar o dia. Foi cultor da beleza e da alegria. Mas agora cessou o seu cantar. A noite ficou perplexa ao ouvir sua voz, pediu a luz das estrelas para ver o poeta, mas não veio. Oh, grande menestrel, não mais teu canto A voz melodiosa se calou para sempre, deixando-nos o pranto e a prece, a este Deus, que te levou. O vento levou sua poesia nas estrelas, as nuvens pararam, desceram e ficaram com sua poesia, se transformaram em chuva espalhando-a no mundo como uma benção de Deus. Cantilenas, jograis, peças divinas encenaste com garbo e maestria. Todas cheias de encanto, peregrinas. Porque a poesia é como a chuva não tem fronteiras, é livre...livre...Livre... como o vento. Obrigado, poeta Alzemiro, por deixar-nos seus sonhos, sua música e seus poemas. ROBERTO RODRIGUES DE MENEZES Artesão da palavra e da poesia, nova estrela dourada e purpurina. É para sempre tua esta elegia. (ADL, ASAJOL, ALMESC) DONATO PERRONE (representante do GPL em Buenos Aires, Argentina) PARTIDA O choro da saudade ainda é recente. O amor é permanente. A partida de um ente querido é sempre regada a lágrimas que ajudam a pavimentar o caminho para a eternidade. Meu amigo partiu hoje. Quanta dor sofreu neste mundo! Quanto talento deixou como legado! Calou-se a voz do trovador! Alzemiro, amigo, poeta, ator, escultor. Acadêmico, reconhecido e aclamado. Hoje peço a Deus para iluminar teu caminho no infinito mundo real onde terás morada. Nova vida, imortal,inicia com tua partida, deixando órfãos de carinho, de amizade e da tua poesia todos que orbitaram em tua luz terrena. Que o Senhor te dê muita luz em teu novo caminho e muitas flores na tua passagem para a eternidade enquanto nós, mortais, aguardamos um reencontro talvez em outros corpos, em outras terras ou em outras vidas. Descansa em paz, meu amigo! ZEULA SOARES (GPL, GRUPO ARMAÇÃO) [escrita sob lágrimas no dia 27 de outubro 2013] Foi do jardim de casa ao jardim do Éden, Deixou as flores e os beija-flores, Foi colher cravos,redolentes rosas Nos recendentes jardins do Além Entre encantos e orgias de cores, Trauteia, pinta, esculpe tece prosas. Lá no etéreo azul, não conta os dias, Desfruta a calma que a terra negou; Embalado na Fé de sua crença Vai recitando suas poesias Que esmeradamente trabalhou Neste mundo de dor e desavença. Entristecidos, olhos marejados, Parentes e amigos num só adeus A Alzemiro por vê-lo partir Mal se apercebem porque desolados Que ele enquanto anda pelos céus Trata as flores e os beija-flores a sorrir. ALDO NORA,Florianópolis, SC (Alfredo Nogueira Ferreira) LIBERDADE. LIBERDADE... Este o teu poema que nos tocava e nos elevava aos altos píncaros do imaginário. Quando declamavas parecias criança peralta correndo com os braços abertos nos campos floridos. Talvez quisesse assemelhar-se ao Nazareno com braços esticados na cruz prestes a se desprender das vestes carnais. Ou quem sabe queria imitar as borboletas que após abandonar o casulo espichava as asas para brindar a natureza. Quem vai saber o que vai na alma de um poeta... Não nos revelaste o sentido do teu canto de liberdade no palco da vida terrena. Agora que quebraste os liames que te prendia à terra hás de encetar o canto da liberdade com mais desenvoltura. Hás decantar a liberdade pelo espaço multicolorido cujo limite é o horizonte e o tempo a eternidade. Hás de cantar a liberdade com todas as potencialidades do teu ser e contemplar o teu feito ecoando pelo éter infinito. Hás de contemplar as mais belas e inimagináveis luzes nesta morada esplendorosa. Hás de viver a liberdade plena e vislumbrar a alegria sem máscara neste palco infinito destas nova vida. Liberdade, liberdade, meu amigo Alzemiro... EDMAR ALMEIDA BERNARDES (GPL) “Um corpo neutro na calçada É toda inquietude do meu poema, É gente que não cometeu crime Mas que nasceu já com algema.” (Um corpo neutro na calçada, Alzemiro, in Vertente, pág.58) 17 SÓCIOS CORRESPONDENTES O VENTO DA ETERNIDADE Sobre todos nós logo vai bater o vento da Eternidade, o qual ainda leva o que pode levar as flores e as folhas distribuindo na areia e as ondas do lago mais uma vez vão bater a canção do “Altíssimo”: do Sol, da Luz e da Noite. ANNEMARIE MULDER-HENDEL Arraial do Cabo, Rio de Janeiro SEM VOCÊ Tradução em inglês da própria autora: THE WIND OF ETERNITY Above all of us soon will blow the wind of Eternity and will take, what he still can take the flowers and the leaves and distribute them on the sand and the waves of our lake will come and beat the song of our “Highest” of: Sun — Light and also Goodnight! ANNEMARIE MULDER-HENDEL Arraial do Cabo, Rio de janeiro CAATINGA A caatinga é um tesouro Que pode um dia acabar Esse ecossistema é como ouro Não se encontra em qualquer lugar Suas formações rupestres Cortam o solo de leste a oeste Como muralhas imponentes Seus cactos cheios de espinhos Produzem frutos para os passarinhos Durante as secas inclementes. Seus animais adaptados Passam meses sem beber Mesmo mal alimentados Eles conseguem sobreviver Suas árvores com galhos retorcidos São como fantasmas perdidos Que clamam ao infinito Porém quando a chuva se apresenta Essa paisagem morta, cinzenta Transforma-se num verde bonito. Falta-me ar Como viver Me esforço Necessito de você Quanta saudade Choro, devaneio As lágrimas molham meu rosto Sê compassivo Ouve meu grito Sou uma lembrança Não me resista Não desista Sem você sou uma lembrança de mim Volte pra mim IVONE RODRIGUES DIVAGANDO Um motivo para um sonho, uma caneta solitária a deslizar no papel une dois pontos, os anos 70 já passaram e o Chico ainda está se “guardando para quando o Carnaval chegar”. A cidade cresceu e levo mais tempo pra chegar em casa... Beatriz, antes do pôr-do-sol, manda um beijo pela brisa que sopra... e do outro lado da calçada, Pyetra espera o sinal verde para atravessar a rua em direção ao beijo. Deixei de acreditar em discos voadores, agora eu sei, que existem coisas mais importantes para se acreditar, a Ponte não vai cair por falta de verba, vai cair por falta de verbo! No entanto, quanto aos voadores.. eles voltarão bem antes da música parar, já o Chico... “só o luar na janela... mais um no bloco!” JOÃO BIRICO FILHO [In: Entre flores e espinhos, pág.43] Floresta, Pernambuco NEOMAR N.B.CEZAR JÚNIOR (24.4.2011) As duas belas de Neomar: Pyetra(E) e Beatriz. 18 SÓCIOS CORRESPONDENTES AO CORAÇÃO DE UMA MULHER POETA Ao coração de uma mulher Adentramos de mansinho Gestos de amor e carinho Mostras de muita atenção Pitadas de inteligência Ouvir muito e calar Negligenciar jamais Elogios sem conta. Ter a vida de poeta É amar a natureza! É sentir a vida repleta De paz, amor e beleza. Nada me inquieta Vivo a escrever. Digo ter um poeta Dentro de meu ser. Ao coração de uma mulher Abre-se com doces palavras Sussurradas bem baixinho Como se segredo fossem Gerânios, flores do campo, lírios Arranjos de felicidade Rosas brancas da paz Amarelas de esperança Róseas de carinho Vermelhas como as chamas Que se incendeiam em paixão Dilatam-se as pupilas Derretem-lhes o coração. Na poesia vou me envolvendo Cada dia que passa mais, Parece que dentro de mim está nascendo Um ser que vive buscando harmonia e paz. Escrever é deixar desabrochar Dentro de você a inspiração É viver com a sensação de começar A olhar com os olhos e sentir com o coração. JANETE VEIGA Ao coração de uma mulher Que se pretende habitar Por tempo indefinido Até o final dos tempos Inexistem contratos de locação Mas as cartas açucaradas Cartões com meigas súplicas Palavras ditas com sinceridade São atitudes românticas Saídas de dentro da alma Demonstrando amor e paixão. Poço Claro, Itaiópolis, SC O TEMPO O tempo passa sem tempo, As horas voam sem asas, As dores se escondem em lágrimas O sofrimento se transforma em luz. Ao coração de uma mulher Fica-se pela eternidade Com pequenos gestos e atitudes Conquistando-o todos os dias Na existência os momentos Saber vivê-los com sabedoria Não deixar que passem inúteis Transformá-los em alegria. Mas... Ao coração de uma mulher Tranca-se a porta indefinidamente Ao menor dos deslizes Ásperas palavras ditas impensadas Uma inocente traição. Dar valor à vida, pois é graça. Espalhar amor como vento. Ter dignidade como exemplo Ser realmente gente. Ao coração de uma mulher Labuta-se para conquistar LUCY GOLINO Belo Horizonte, MG Porém... Impossível reconquistar O coração magoado de uma mulher! ARNALDO GOLINO Belo Horizonte,MG (06;09.2013, 20.20h) A BRUXA VESTIDA DE SAPA A minha avó contou-me sobre uma bruxa que foi lá na casa dela e quando chegou virou uma sapa. A minha mãe quando era criança chorava muito e outras criancinhas da vizinhança também, por causa da bruxa. Um dia quando a sapa apareceu, meu avô pegou uma faca e cortou o dedo da sapa. No outro dia apareceu uma mulher com o dedo cortado. Então eles descobriram que esta mulher era uma bruxa. Esta mulher perdeu o encanto e deixou de ser bruxa. MANOEL MÁRIO REIS BITTENCOURT (mini-conto aos 11 anos de idade) Canelinha,SC Arnaldo na Praia das Palmeiras, Florianópolis, dezembro 2012 19 SÓCIOS CORRESPONDENTES O MESTRE NA HISTÓRIA DA MINHA VIDA Posso te falar da paz que buscas; Posso te dizer da cor, do nome, Da altura e da profundidade da paz. Posso te contar da minha, que te será uma falsa paz. Ou repetir sobre a paz, da qual outros me contaram. Nada disso é a paz. De quem seria essa mão que a minha toma e acaricia? que com respeito e ternura me extasia? A paz está além de seu nome. Está no silêncio que eternamente pulsa a paz, Sem jamais dizer palavras. Em que momento senti a tua mão na minha que não se precisar não consigo lembrar? Não esperes nada de mim, Nem mesmo a sombra de um dedo, dizendo-te: “É por ali!” E quem és tu qual dos homens que amei qual dos homens que me amaram? JULIO DE QUEIROZ Pesquiso na minha memória a ver se posso encontrar essa mão misteriosa que me veio acariciar assim tão de repente assim tão simplesmente... [In: Baú de Mascates, 2a.ed.2009] Publicado na Seleta Fractais, pág.102 O CAÇADOR Fico perplexa e perdida na história da minha vida... O sol no levante não surgia ainda Eu já pressuroso às matas busquei Para o ocidente ele se dirige Nem uma caça sequer encontrei LEATRICE MOELLMANN [In: Na história da minha vida, pág. 109] Rosado viajante aqui não há caça Só existe a Tapuia e os de sua raça Formosa Tapuia que fazes perdida Nas matas sombrias deste agreste sertão? SONETO DE ABRIL O mês de abril é o mês que me envelhece, se mostra em meu cabelo. Este mês afagando-me a face a enruguese, oitenta e sete vezes já o fez. Formosa Tapuia seu corpo é bem feito Mas fica mal feito vestindo algodão Formosa Tapuia eu te levo à cidade Com botinas de ouro e vestidos de seda. Na sequência anual que aparece deixa marcas do tempo em minha tez, tem a repetição de uma prece, nas articulações põe rigidez. Rosado viajante não teima em me conquistar Pois sou uma índia e sua raça branca Não iguala comigo portanto não mereço Os seus ricos vestidos Mas é bom ter abril, pois soma tempos, ocorrências alegres, contratempos, acontecidos pela vida a fio, Vai embora rosado viajante aqui você corre perigo Se o urupão te ver você não fica vivo. (13.7.2012) e assenta trinta dias na folhinha. Eu sou água de rio que vai, caminha... Abril forma as barrancas desse rio. (2012) NELSON CARNEIRO São José do Rio Preto, SP [In:Devaneio, meu passatempo poético,Ed. Ampliada, pág.68] JOSÉ PEIXOTO JÚNIOR Brasília, DF Um homem só é velho quando seus desgostos tomam o lugar dos seus sonhos. (John Barrymore, ator americano) Residência em Rancho Queimado,SC Foto; Maura 20 SÓCIOS CORRESPONDENTES NO PARA-BRISA DO MEU CARRO No para-brisa do meu carro Tem tanta poeira Jorro água no limpador, ligo aquecedor Assim o sol não me encandeia. Viajando nesta estrada Num movimento tão intenso Numa velocidade controlada Na força do pensamento No para-brisa do meu carro Virou uma cachoeira No mês de setembro Numa manhã de terça-feira E assim eu estou vendo Tudo o que está na minha frente E passo para o papel O que está em minha frente PRIMAVERA Já chega a primavera colorida Na brisa que sussurra poesias, As aves trazem novas melodias, Renasce, das entranhas, nova vida. E cresce uma oração agradecida A Deus por nos dar tantas alegrias Que a natureza traz, todos os dias, Na fé da flor que brilha, renascida. E quando o crepúsculo vespertino, Para cumprir seu ancestral destino, Surge, se expande por todos os lados, Espreita, lá do alto, a branca lua Destapando, furtiva, rua a rua, A sombra dos eternos namorados. VALTER OSVALDO SANT´ANA (A.L. STO AMARO) ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO Parede, Portugal DESASSOSSEGO Queria ter Ou rezar Mas não tenho sossego Algo está a me falar Escrevo sem parar. LINDA NA JANELA Sentada à janela ela encosta seu corpo E sob sinuosas pernas esguias Graciosos pés se alojam sobre sandálias Reluzentes Perguntei a Jesus Que sou EU nesta terra Respondeu-me Jesus Um raio de luz Seus olhos brilham feito pérolas negras E num olhar cativante ela sorri feliz Silenciosamente, ela permanece sentada Na janela, como uma flor de lis. Levas palavras de conforto Escuta e os conduz Onde sua fé se ajusta Em busca de abrigo As curvas do seu corpo se mostram Lindas a emoldurar um quadro perfeito Quanta doçura,num sorriso tão lindo Expressando alegria e contentamento Para seu coração aflito Só encontro sossego Nas palavras de Jesus É a Madona do meu jardim Na janela quero sempre encontrá-la Linda, sorridente a refletir Toda a beleza desse lugar Na doutrina Na missa Na pregação Todos são de boa intenção Sua imagem trago em minhas retinas Seu sorriso é inebriante Quero você sempre linda a brilhar Como uma joia de diamante. O importante É que eleva O pensamento A um ÚNICO SER ALCIDES CALAZANS 10.10.2013 O DEUS ETERNO de poder Nos livra das trevas Nos faz vencer As adversidades da terra E seguindo o caminho DELE Podemos crescer. Os olhos que nunca choraram, raramente aprendem a ver. (Meimei) MARINÊS POTÓSKEI Pato Branco, PR A felicidade não entra em portas fechadas. (Emmanuel) 21 SÓCIOS CORRESPONDENTES É PRECISO VIVER A VIDA Cada dia é um único dia Na vida há caminhos Voltas Reviravoltas É preciso sorrir Brincar Cantar Dançar Meditar Amar Trocar olhares Beijar Abraçar Sentir como se estivesse Mergulhando numa cachoeira de águas mornas Relaxar Meditar Batalhar Ver Rever de um outro ângulo Viver Assumir riscos Viver cada dia A sua plenitude A sua totalidade Viver MÁRCIA REIS BITTENCOURT Canelinha,SC ONDE ESTÁ MEU DOCE AMADO? Quando o vento bate em meu rosto e tenho somente a brisa por minha companheira, nesta hora, um gemido de dor e saudade, me toma por inteira. Onde está meu doce amado? Te busco ao meu lado, mas nem tua sombra eu posso encontrar. DEVANEIO A luz é fraca E fraca também São os olhos de minha mãe. De cabeça branca Dedos alongados sobre o ventre Numa caricia delicada... Chove muito E seu olhar vazio Atravessa a vidraça Como se a mesma não existisse. Lembranças povoam sua mente; Personagens ilustres pousam de maneira Indelével em seus pensamentos Dando muitas vezes a impressão De ser tudo real. Carlos Máximo, Novo associado correspondente Quando cenas alegres surgem, Um sorriso em seus lábios Desenha-se em pequenos devaneios, Mas são seres tristes, Graças lágrimas cortam caminhos Em meio às rugas Que com muito orgulho delineia sua face. Bate a chuva na janela, A luz é fraca E mais fraca é O olhar de mamãe. Silêncio, Agora a menina de seus olhos Vai repousar. CARLOS MÁXIMO Goiânia, GO Oh, meu doce amor, sem teu olhar, já não posso mais viver. Sem o toque de tua pele, eu vivo a agonizar. Eu tinha vida em teus braços e no calor dos teus beijos. FLORES DO AMOR Onde estão as flores ofertadas pela natureza, pelo criador? São flores do mundo em forma de um grande leque de amor. São flores da vida, da esperança, retratadas pelo pintor. São flores da morte, por que não? Feitas para a alegria e para a dor. Não importa o momento são flores do amor. Hoje, sigo só com o corpo, mas sem o meu coração, Pois ele foi colocado em uma bandeja de ouro e entregue em tuas mãos! EMERITA BETEL DE OLIVEIRA E SILVA CARAPICUIBA, SP Não permita nunca que para ti levante a voz As suaves palavras foram feitas para acariciar os teus ouvidos. Não permita nunca que para ti levante a mão Ela foi dada por Deus para que com elas possas enxugar as lágrimas de teu irmão. Stela Máris Alves ,do GPL. 22 SUSANA ZILLI DE MELLO (Susana Zilli é amiga do GPL) (ACALLE, ACPCC) Florianópolis,SC SEMANA DO ESCRITOR A ESCOLA NA SEMANA DO ESCRITOR Maria Eduarda Costa (E) e Crislaine Rodrigues Alunas do C.E.M. Jardim Solemar Na semana de vinte e cinco de julho de 2013, no Dia do Escritor (25), foi feito um trabalho de poesia com os alunos da sétima série do Centro Educacional Municipal Jardim Solemar, em São José. Foram vinte e nove alunos que produziram poesias e acrósticos. Esses trabalhos foram socializados sendo colados nos corredores da escola, estimulando outros a terem o gosto pela poesia e p ela escrita no modo geral. Escrever poesia é uma das formas que o aluno tem de se expressar colocando no papel também seu cotidiano, seus anseios . (Zeli) O trabalho foi coordenado pela Professora Zeli Maria Dorcina, e a parabenizamos pela iniciativa. POEMAS DE MARIA EDUARDA COSTA SAUDADE A distância provoca saudade deixando a gente sem felicidade dói no coração a saudade não tem perdão pra quem não tem dor no coração. AMIZADE Tenho várias amizades o que vale é a sinceridade confio muito nelas cuidando com cautela. AMOR O amor é um sentimento que muito tenho Cuidando e ajudando quando posso quem comigo está 23 UM NOVO OLHAR UM NOVO OLHAR Obra de Carlos Piccoli (foto) O lançamento deste livro não saiu nas páginas dedicadas aos lançamentos de 2013, de associados e amigos, eis que queríamos fazer mais uma homenagem a este escritor abnegado que não se cansa em ajudar o próximo. Sem alarde, em 2013, Carlos Piccoli lançou a 2a.Edição de Um Novo Olhar que, como ele diz no Prefácio “são poemas que surgem em momentos especiais, por uma forte intuição, em sonhos ou a pedido de amigos, como no livro “Setúrias—Profecias da Alma” , no qual surgiu minha veia poética. Com “Um novo olhar”, acredito intuitivamente continuar meu compromisso com a vontade divina de expor, de uma maneira diferente das atuais, ao meu jeito, os poemas. Foram retirados da 1a. Edição alguns poemas já não mais tão necessários, pelas mudanças naturais dos acontecimentos e substituídos por outros mais atuais, ampliando a área orientadora educacional. O momento por que passam o planeta, nossa sociedade e o povo requer reflexão sobre nosso agir, nosso pensar, nosso ser. Que mundo queremos para nós? Que mundo deixaremos para os que nos sucederão? Sinto-me na obrigação de passar adiante, da maneira como surgem, em forma de versos, meus conhecimentos da rica e proveitosa vida que tive e ainda estou tendo a felicidade de ter, pelas experiências, buscas, aprendizados espirituais, nas dificuldades, observações, e principalmente “cavando” conhecimentos e experiências consagradas dos mais velhos, que se calarão se não forem questionados, pois nossa cultura ocidental não dá o devido valor a esses sábios desconhecidos e até há pouco abandonados. Namastê—A paz que habita em mim saúda a paz que existe em ti.” (Carlos Piccoli) Do escritor e poeta Júlio de Queiroz(*), temos na Apresentação do livro: “O livro “Um Novo Olhar” de Carlos Piccoli não deve ser julgado pelo seu número de páginas, tampouco pela singeleza verbalizada e, sim, pela pura simplicidade com que trata dos assuntos mais relevantes para os seres humanos: a caminhada para um futuro espiritual e os meios virtuosos que a garantem. Ao apoiar as mensagens de seus poemas com o tesouro de aforismos da elite intelectual e espiritual da humanidade,mostra o Autor haver renunciado à tentação sempre presente neste tipo de literatura de passar-se por fonte de sabedoria, aceitando ser o portador de verdades percebidas. Possa o livro “Um Novo Olhar” ser como a semente da parábola evangélica que cai em boa terra e dá frutos, e mil por um.” (*) da Academia Catarinense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Três são os caminhos para chegarmos à virtude: 1.Pela reflexão, o mais nobre; 2.Pela imitação, o mais fácil; 3.Pela experiência, o mais doloroso. (Confúcio) Quem não aprende pelo amor, irá aprender pela dor. (Provérbio popular) Temos para com Carlos uma dívida eterna de gratidão. Ele é, com Cacildo Silva(que também sempre agradecemos), Associado Benemérito do GPL. Carlos Piccoli nasceu em São Carlos,SC, em 21 de março de 1941. Cursou Economia da PUC em Porto Alegre,RS. Especializou -se em Mercado de Capitais e Entrepostos Aduaneiros. Assessor do vice-governador de SC de 1991 a 1993;assessor do governador de SC em 1994. Funcionário Público Estadual, aposentado. Autor de “Setúrias Profecias da Alma” e “Um novo olhar-Reflexões”. Possui poesias publicadas na Revista Ventos do Sul, nas Antologias do GPL; Jornal A Ponte(RS); Revista O Prumo(Florianópolis) e nas Antologias poéticas do GPL e um conto na antologia “Folhetim,cada causo, um caso”, também do GPL. 24 AOS POETAS MORTOS...FONTES DE MUITAS INSPIRAÇÕES! ALZEMIRO LIDIO VIEIRA ADEUS, POETA! Santa Catarina, o Grupo de Poetas Livres e a Academia Desterrense de Letras e São José de Letras, perderam mais um poeta, o Poeta das Cantilenas – Alzemiro Lídio Vieira – nascido em São José, em 1943. Dono de uma possante voz, encantava a todos quando se apresentava nas reuniões e eventos do Grupo e nas academias e convidado por outras instituições, como o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, participando do Seminário Inter nacional das Ilhas do Atlântico e também por ocasião do centenário de morte de Cruz e Sousa, na sede do IHGSC, com membros do Grupo Armação, “Cruz e Sousa, o poeta da dor e do amor”. Alzemiro, o nosso Cisne Negro, no seu poema Nova Visão, inserido na obra Mundo Neutro, cita: Olho longe o horizonte/ numa visão indefinida/ Sei que vou buscando a vida / Vou bebendo nostalgia/ do cálice da ilusão/. Seu olhar não ficava só no horizonte. Seu pensamento, sua alma estavam sempre voltados para seus irmãos que sofreram e muitos ainda sofrem com a escravidão seja que conotação tenha nos dias atuais. De profissão mecanógrafo, trabalhou na UFSC. Lá, teve reconhecido seu talento como poeta e artista plástico, participando de coletivas no hall da Reitoria. Seu livro, Mundo Neutro, teve o prefácio do crítico de arte Osmar Pisani, que viu em Alzemiro o talento também para a poesia. Na UFSC participou do Coral sob a regência do maestro José Acácio Santana. Membro do Grupo de Poetas Livres desde o ano 2000, idealizou o Projeto interno com Adir Pacheco, O escritor e sua obra, até hoje apresentado pelos membros do Grupo, que consiste em apresentar biografias de escritores, e os espetáculos Poesia, Luz e Som; A utilidade da utopia; Tributo a Cruz e Sousa e Retina da Alma, este último apresentado dia 27 de junho de 2013, quando ainda lutava por sua saúde. Apresentou-se nos Encontros com a Poesia, projeto do Grupo Armação em parceria com o GPL. Como ator do Grupo Armação apresentou-se na peça Eles não usam Black-tie, de Guarnieri, obtendo o Troféu Bastidores, idealizado por Valdir Dutra e por mim apresentado durante os 15 anos da premiação. Pelo Armação, também um Auto de Natal e a celebração a Cruz e Sousa, para o IHGSC, citado. Sua biografia faz parte da Enciclopédia Literatura e Afrodescendência no Brasil – Antologia Crítica, editada pela UFMG, ao lado de grandes brasileiros, nas diversas áreas do conhecimento. Na Academia São José de Letras ocupou a cadeira cujo patrono é Araújo Figueredo e na Academia Desterrense de Letras, o patrono é Ildefonso Juvenal que, como Alzemiro, também um poeta que incursionou pelo teatro de Florianópolis, como dramaturgo . Ildefonso é patrono de uma cadeira na Academia dos Militares de Santa Catarina. Falar de Alzemiro é falar da dor e do amor, tal qual Cruz e Sousa; é lembrar Castro Alves com seu belo poema Navio Negreiro, é sentir o lamento dos cativos nas suas cantilenas, é amar a poesia e dela fazer um canto de liberdade. Em sua vida literária recebeu troféus, medalhas e diplomas. O mais recente, em 2012, foi o Troféu Manezinho, premiação idealizada por Aldirio Simões. Seu talento é reconhecido por todos os militantes das letras catarinenses. Pena que o poder público pouco ou quase nada faz para homenagear a prata da casa. Postumamente podemos dizer muitas coisas, mas o homenageado não estará mais ali para receber o elogio por seu trabalho. Felizmente, o GPL está isento disto, pois soube sempre reconhecer a obra do poeta que, temos certeza, irá encontrar, na Pátri a Maior, outros talentos como os dele e juntos entoarem o canto de amor e esperança. Em seu poema Nave da vida auto-prefácio, inserido na Antologia dos 15 anos do GPL, diz: “Na travessia desse magro ciclo/ Não sou e jamais penso ser/ Um poeta definitivamente pronto/ Sou apenas um singular persistente/ Operário do ofício sacrossan to divinal/”. Em “Não sou o fim do fim”, diz o poeta: Sou o fim da caminhada/ não o fim do caminho/ Sou taça quebrada/ não o fim do vinho.” Adeus, poeta! O GPL e todos que cantam a dor e o amor te saúdam. (ms./) 25 DE BRAÇOS ABERTOS... ESTAMOS! DESPEDIDA (I) UM LINDO PRESENTE! Não é hora de ir ainda... Não aceito como tal! Pois se o dia não se finda, Ainda tem sol no quintal! Se tenho medo de morrer? Mas é claro! E quem é que não o tem? Quero fazer muitas coisas E tenho vivido tão bem! Não é hora de ir ainda... Não aceito como tal! Pois se o dia nem se finda, Ainda tem sol no quintal! O vento desfolhou as páginas do livro da estação chuvosa, a primavera pintou de cores a natureza! Nuvens de algodão harmonizaram com o azul do céu, e alegres, as flores despertaram de seu demorado sono; em revoada, os pássaros cantaram pela praça em festa! Anair Weirich (A.C.H.E., Chapecó, SC) O benéfico sol aqueceu MAR DEL PLATA Boca abajo en la playa codos en la arena Mecha, divertida Muy en segundo plano a la izquierda agua y gente A la derecha gente y casino Eduardo, bastante tostado Los dos, lindos [In:Revagliatti Antologia Poética, 2009, pág.127] ROLANDO REVAGLIATTI (Buenos Aires, Argentina) meus pensamentos! A tudo contemplei embevecido! Coloquei em uma moldura e agradeci a Deus o lindo presente! Florianópolis, 12 de agosto de 2013. EDY LEOPOLDO TREMEL (ACL,ACF,IHGSC) Anair Weirich, poetisa acima de tudo. DUAS LÁGRIMAS Da fonte inesgotável da saudade, duas lágrimas estavam a brotar... Depois...entre o leito do rio e o céu, puseram-se a rolar...a rolar... Enfrentando entulhos e arestas, num delta conseguiram chegar. Mas lá não permaneceram juntas, porque a terra obrigou-as a se separar. Rolaram...rolaram... Até que, um dia, no oceano Voltaram a se encontrar! EN NUESTRA CONVERSACIÓN, Y SI TE DIGO ¿Verdad que si, Manuel? Tu me dices al hablar, ES tu manera de decir Y creo que tu forma de expresar, Si, te repito siempre, A mi me gusta observar, Pues admiro tu lenguaje Que es ló mismo que um cantar, ¿Tu no te das cuanta, verdad? Algún dia en nuestra converrsación Te voy a contar lós—verdad que si— Y ló haré por diversión *** Y yo te digo que si, Tu me dices que ni hablar Me estas diciendo que no, No ló puedes remediar. El no es una palabra Que no debía existir Y que solo se debía usar Ala hora de morir, ¡Por qué la vida es tan bella! Que hay que predicar el “sí” Y olvidarse del “No” Para poder ser feliz. MANUEL GONZÁLEZ ALVAREZ Rolaram...rolaram... Certas de que, amando, a gente também volta a se encontrar! Madri,Espanha [In: Fragmentos d´alma] NILSON MELLO Santo Antonio de Lisboa. (ASAJOL) Foto:Paulo Dutra, publicada no Jornal Noticias do Dia. Grande fotógrafo das coisas e das pessoas da Ilha. Deixou saudade pelo seu jeito de encarar a vida e de vê-la através da lente de sua máquina. Só através de seu decote meia-taça , pude beber o licor da vida. José Luiz Amorim (GPL) 26 DE BRAÇOS ABERTOS... ESTAMOS! SETEMBRO BRANCO A minha mãe morreu em setembro. Eu me lembro como se fosse em mim. O quarto branco, a cama branca, os homens de branco, A minha mãe de cabelos brancos, com os seus olhos brancos Fitando o espaço em branco que ficou em nós. A minha mãe morreu em setembro. Imaginava-a de volta em outubro, Dispensada da obrigação por excesso de contingente de anjos. ANTÔNIO CUNHA (ACLA,Grupo Armação, Grupo Dromedário Loquaz) Antônio Cunha, em palestra na sede do GPL, dia 29 de agosto de 2013,dentro do Projeto O Escritor e sua obra ANOITECER Declina no horizonte o sol. As aves migram aos seus ninhos. Deleitam as flores o último arrebol. A brisa beija os campos com carinho. A natureza mergulha serena. No lusco-fusco que surge mansamente. As águas dos rios escurecem de repente. E toda essa beleza inspira um poema. No fim do dia a luz do sol esmaece. A criação se eleva numa prece. Os animaisinhos a essa transição revencia. Os bichinhos diurnos procuram abrigo. E sai da toca o animal noturno. Os homens retornam ao lar amigo. E surge a lua no céu taciturno. SUELI HERRERO São José do Rio Preto,SP [In: Momentos, pág.33] CERTAS, INCERTEZAS Mesmo incerto, o tempo é certo. O nada nada no vácuo das horas e o breve longe é perto. Há sulcos no deserto arenoso do homem vagante que traça caminhos em busca da sorte Há sul e há norte na bússola da paz e da calma. Certo, mesmo, é o voo da alma. TULIPA NEGRA Nunca saberemos como e quando tudo termina! A fragilidade de uma flor A fragilidade de uma folha... As raízes... Diante de ti, oh morte! sentimo-nos tão frágeis, tão incapazes de qualquer agir. De mãos e mentes presas, de almas vulneráveis. Um sentimento surge a cada vez e o atropelamos com o nosso dia a dia. Enquanto estás aquí, oh vida! por vezes nada fazemos e nada expressamos! Os corações de todos, em horas e momentos de imensa dor, recheados de tristeza, parecem eternizar e choram por um voltar Um voltar atrás! O que olhas hoje, amanhã não podes ver mais! O que seria mais importante do que o tempo presente... ver e sentir as flores que florescem... Hoje... a morte sempre presente em nossa vida a morte também presente em uma flor. Breve vida! Todos sabemos, todos disto esquecemos Ah! Como difícil, como gostaria de aprender a sempre presença da morte em nossa vida. INI WERNER Jaraguá do Sul, SC GILDÁSIO TABORDA BARBODA Sant´Ana do Livramento,RS Pôr-do-sol no Ribeirão da Ilha (Caiacangaçu). Foto:Sueli Sepetiba 27 DE BRAÇOS ABERTOS... ESTAMOS! NEM UM ADEUS Ela passou por mim indiferente, Não ousou me dizer nem um adeus. Mas percebi o seu olhar tão triste... E compreendi que algo de ruim em sua vida aconteceu E realmente estava certo, pois soube que o jovem a quem amara a trocara por outra... E com isso sua alegria... ... e esperança terminara! Mas o tempo passou e curou... E nova esperança apareceu E hoje, já faz muito tempo, que o seu grande amor sou eu! VIVALDO TERRES ITAJAI,SC CANSEIRA Ônibus coloridos cruzam cidades embuás de ferro engolindo e cuspindo gente mercado persa vendedores de confeitos e pedintes nos corredores baldeações inúteis cata-cornos carroças articuladas sistemas atrasando vidas massacrando trabalhadores AS PALAVRAS As palavras costumam atuar como um meio de transporte para nossas mensagens e intenções, mas às vezes podem ser ingênuas ou passivas. Cada palavra possui sua própria trajetória cultural, que possibilita uma personalidade única. Elas podem ser obedientes e objetivas, mas também travessas e subversivas, isto depende da forma que foi utilizada. Uma vez expressada, a palavra tem vida própria e segue múltiplos destinos; porém, democrática, ela sempre deixa um espaço para a liberdade de interpretação dos receptores. Há as que carregam ideologia, democracia, liberdade, igualdade, justiça, anarquia, são alguns exemplos. Palavras são cúmplices de uma intenção, mas são hábeis em duplicidade; oferecem e carregam quase sempre mais do que demonstram. Elas podem ser de posse, de canto de senha ou de encanto, e, por isto, podemos dizer que palavras nunca são só palavras. (2013) DOUMERVAL TAVARES FONTES SÃO VICENTE,SP NOVO INSTANTE Escolho o tempo para atravessar a fronteira da memória, descobrir as palavras mortas de insônia e decifrar dúvidas para ver um caminho. Descobrir a claridade da esperança nas páginas do tempo. Respiro um novo instante e fico parado no mormaço dos dias. LUIZ FERNANDES DA SILVA João Pessoa, PB [In: Mural de Cultura,Sec.Infra Estrutura,abril, 2013) horários loucos filas sem fim Esperando outros relógios NOITE E DIA E você a recitar... Os meus versos... Como quem diz... Meu pequeno universo Uma vida inteira Mas quem liga? E você a me chamar Em horas impróprias De meu divino amor! E a música? Quem lembra? É minha amada! E você a recitar meus versos Em dias impróprios A dizer que me ama... Como quem diz Nosso pequeno universo Tão nosso! E eu a pensar em você! SAMUEL DA COSTA ITAJAÍ,SC [In: Uma flor chamada Margarida, pág.116] despachantes e fiscais em rosnante simpatia indignação e revolta neste terminal desintegrado JOSÉ CARLOS FARIAS (Malungo) Olinda, Pernambuco www.myscape.com/sospoema2 Samuel e filho. Sammy é editor de O Estilingue. 28 DOSE DUPLA LEITURA E CONHECIMENTO Ensinar literatura nas escolas no ensino fundamental implica levar o aluno a ter o prazer de ler—não significa obrigá-lo a ler. Se ali não conseguirmos incutir-lhes o gosto pela leitura, o problema será muito maior quando estiverem no ensino médio: lerão, quando muito — e por obrigação — , apenas resumos e orelhas dos livros. A literatura é o registro da realidade, de costumes, espaço e tempo de um povo, ainda que visto por ângulos diferentes, e aí reside a sua riqueza. Ela sempre estará associada a alguma realidade: são realidades verdadeiras, realidades possíveis ou apenas imagináveis, dependendo do que o leitor conseguir recriar. Porque sabemos que a obra literária existe enquanto lida, enquanto está sendo recriada pelo leitor. E cada leitor pode recriá-la com nuances diferentes, pessoais. A emoção do autor, ao produzir seu texto, não será, necessariamente, a mesma do leitor ao recriá-la. Então a leitura nos provoca emoções, nos dá referência, faz-nos refletir, pode mudar nossa maneira de pensar e até de agir. Literatura é arte, por isso não pode ser tratada como uma disciplina estanque, precisa ser explorada como algo dinâmico e estimulante, que alarga os horizontes de quem lê, algo que vai acrescentar subsídios para o crescimento do leitor. LUIZ CARLOS AMORIM Escritor e Poeta. Editor do Suplemento Literário A Ilha. Carta publicada no Jornal Noticias do Dia, de 14 e 15 de setembro de 2013, Ano 8, número 2343, página 8. VIAJAR Viajar... Sair... Conhecer outros lugares, outras pessoas, outros olhares,outras paisagens. Viajar... Sair em busca do desconhecido, pesquisar, colher informações. Arrumar as malas, percorrer caminhos antes não trilhados, observar, reter imagens, desenvolver seu senso crítico na observação, ver o quanto o homem destruiu o que Deus lhe deixou para se estabelecer. Assim somos nós, viajantes em busca do aprimoramento. Muitos passam as viagens sem sequer notar a beleza de uma árvore no caminho, um rio, uma nova ponte. Viajamos por muitos lugares sem sequer anotarmos um nome, um endereço, um prato saboroso num restaurante. Pousamos os olhos mas a direção do olhar ali no objeto, no detalhe, não se detém. Simplesmente olhamos. Viajar não significa somente sair ao ar livre, deixar o lar, arrumar a mala com as melhores roupas, os mais bonitos acessórios. Viajar significa também levar na sua bagagem o que você tem de bom; levar seu sorriso, seu abraço fraterno, estender as mãos e cumprimentar, dizer palavras ternas, elogiar. Viajar significa também deixar lembranças, deixar seu marco positivo para aqueles que ficaram para trás, -- quando você retorna ao ponto de partida — , para também lembrarem de você e do que deixou plantado em seus corações. Viajar e chegar ao lugar desejado, para plantar naqueles que você encontrar, a semente do amor, da solidariedade, da compreensão. Registre sua viagem não só com belas fotos, com sorrisos, mas plante na sua alma aquilo de bom e de belo que viu, que sentiu. Assim fazendo, todas as viagens valerão a pena, mesmo que pequenas coisas inesperadas se interponham em seu caminho. O importante, ao retornar, será você ter o sentimento de que tudo o que viu, o que observou, será mais um item para o seu aperfeiçoamento, para o seu aprendizado. Viajar é colher sabedoria; é absorver tudo de bom que a vida tem para lhe dar. Pense nisso. Prof.ª MAURA SOARES Editora da Revista Ventos do Sul Aos 25 de agosto de 2013, 06.00h 29 OBRAS EM DESTAQUE I DIGESTO DE JUSTINIANO — LIVRO SEGUNDO: JURISDIÇÃO Tradução do Latim por JOSÉ ISAAC PILATI O Prof.Dr. José Isaac Pilati, membro de instituições culturais tais como Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina– IHGSC; Academia Desterrense de Letras-ADL; Academia Catarinense de Filosofia-ACF; Academia de Letras de Palhoça-ALP; Academia de Letras Jurídicas-ACALEJ; Academia Sul-Brasileira de LetrasASBL é, de longa data, Amigo do GPL, que já teve o prazer de publicar seus poemas nesta Revista. O Dr. Hélcio Maciel França Madeira diz na apresentação que: “ A passagem do texto latino ao português exigiu do tradutor, mais do que o domínio de ambas as línguas, a aplicação do conhecimento jurídico haurido nos anos de experiência docente e de pesquisa, nas áreas específicas do Direito Romano e do Processo Civil”. “A tradução revela ainda a harmonia entre as linguagens científica, culta e literária. O texto, a par de sua importância para o direito romano e para a História do Processo, é também mais uma contribuição do tradutor às belas-letras, unindo-se aos inúmeros trabalhos literários em prosa e poesia que lhe deram assento no IHGSC,, na ACF, na ADL, na ALP, na ASBL e na ACALEJ . Lançado em 2013,. O Dr.José Isaac Pilati proferiu palestra sobre a obra dia 6 de novembro de 2013, no auditório da Casa José Boiteux, sede própria do IHGSC e da Academia Catarinense de Letras. A RVS deseja ao nobre amigo sucesso com esta obra e que ela seja um marco para a pesquisa dos profissionais de Direito. Dr. Pilati e a Bibliotecária do IHGSC,Patrícia Régis, em inauguração do Museu Hercilio Luz, em Rancho Queimado, 2012 CERRADO DESTERRO II EMANUEL MEDEIROS VIEIRA Outro amigo do GPL também lançou livro neste ano de 2013. Trata-se de Emanuel Medeiros Vieira, natural de Florianópolis, residente em Salvador, Bahia. Tive o prazer de ver publicado meu depoimento sobre a primeira obra Cerrado Desterro e destaque na segunda orelha da obra. Transcrevemos o que diz a segunda orelha, texto referente ao primeiro volume: “Emanuel Medeiros Vieira se desnuda, exorciza seus demônios, escancara suas veias,derrama seu sangue, ao mesmo tempo em que seu coração de menino não se desprende da Ilha-terra natalcapital. Diz ele: “A memória é o elemento nuclear de toda a minha escrita: modesto memorialista;sou desta tribo”. Sua prodigiosa memória dá saltos do Golpe de 64, vai à Faculdade de Direito em Porto Alegre, retorna à Confeitaria Chiquinho, ao Campo da Liga, ao Roda Bar, onde meu irmão Saulo tantas cervejas deve ter tomado, discutindo política com os frequentadores, inflamado que ele era, tanto que graduou-se em Direito. “Cerrado Desterro”: pensar a vida,revivê-la quando a plenitude chega, dando-nos oportunidade de contar, de deixar para a posteridade seu relato, fase de uma vida, espaço-tempo da memória, em que tudo o que foi relatado não foi ficção. Emanuel escreve. Com a sua memória, que o sofrimento debaixo da pata do governo, não eliminou. Escreve para que o leitor viva com ele, não quer que seus amigos — aqueles que com ele empreenderam a jornada —- sejam esquecidos. E que depois de tanta dor,venha o amor, o amor de Clarice, Célia e do pequeno Lucas. O que a ditadura não tirou foi e é a fé inquebrantável num país sem desmandos, onde o bem perdure. Que os leitores sintam novamente a emoção nas páginas de “Cerrado Desterro II”. (Maura Soares) 30 OBRAS EM DESTAQUE II APARÊNCIAS AIRTON DA SILVEIRA FILHO Segundo romance de Airton da Silveira Filho, do GPL, “Aparências”, lançado em 26 de setembro de 2013,não é um romance como muitos estão habituados a ler. Dono de um estilo moderno de narrativa, centrado em diálogos, o leitor vai construindo as cenas pelas tomadas cinematográficas que o autor dá. O foco da narrativa é uma família da classe A de Florianópolis, com seu esbanjamento de dinheiro,idílios amorosos recheados de sexo sem pudor, achando natural a troca de casais. O patriarca da família (o Empreiteiro)sempre hostilizado pelo filho Renato—que também dá suas escapadas sexuais — é homem que com o poder do dinheiro, quer todas as mulheres que encontra para satisfazer seus instintos. A esposa (a Socialite) sabe de todas as suas escapadas, mas para manter as aparências da vida luxuosa, tudo perdoa e ela tamb ém se satisfaz com o motorista ou o jardineiro, sem o menor preconceito de classe social e cor de pele. Família com três filhos que vivem cada qual suas vidas, suas orgias sexuais sem nada mais que o interesse no poder do dinheir o, até que um deles se entrega ao vício de drogas e morre em acidente. Para manter as aparências e mostrar à sociedade a dor da perda, encomendam o mais luxuoso funeral. A futilidade da mãe não liga para nenhum dos filhos deixando a educação dos mesmos a carga da empregada de muitos anos — Irene—. Quando o pai oferece uma quantia absurda para uma jovem para que ela o pertencesse e ela o recusa, Renato diz ao pai: “Você tem tanto poder, no entanto, não pode”. Enredo moderno em que as mudanças de cenas são visualidades somente se atentarmos aos detalhes dos diálogos. Esta obra fez-me lembrar do filme “Sexo,mentiras e videotape”, de 1989, escrito e dirigido por Steven Soderberg, em que um personagem grava as declarações das mulheres a respeito do sexo que desempenharam. Nesta obra de Airton, os personagens não gravam seus depoimentos sobre sexo, eles o vivem na prática, na troca de parceiros. Entremeada com poemas, a obra de Airton aí está provando que também os poetas podem enveredar para o romance e se saem muito bem, tornando-se ótimos poetas-romancistas. Cumprimento Airton por mais esta obra. (Maura Soares) *** A FLOR DA ARMAÇÃO ANTÕNIA MARIA GAMA Conseguir publicar um livro de poesias,o primeiro aos 84 anos, por si só é um grande feito, mais do que isso é a realização merecida de um sonho acalentado. Na leveza e na simplicidade de seus versos, Antônia, filha de pescador, nativa do Pântano do Sul e criada na Praia da Armação, embala seus sonhos brindando a vida, suas sutilezas e seus entraves. Resgata histórias,tradições açorianas, festas, amigos, parentes, a pesca, o mar e no ritmo certo reconduz ao presente, sem perder a magia, as vivências e convivências. Com a sutileza de acordadas lembranças, tece sua poesia e compartilha seus caminhos e sentimentos como se o tempo fosse eterno, a vida um sopro leve, e seu coração estivesse sempre pronto para grandes voos. Na praia do Sul da Ilha A menina ingênua crescia No cuidado de seus pais Ao som do Terno de Reis Enquanto a tarrafa tecia.” Impossível não falar do seu amor pelo mar poeticamente gravado em seus versos. “Queria ser uma sereia Para no mar ir cantar Como iria conseguir Pois não aprendi a nadar.” Descubro na mulher Antônia, esta mulher menina, independente da idade, que cultiva a alegria, o riso, o canto, o bom humor e nos faz lembrar que o entusiasmo é o obreiro fértil da felicidade. Sábia, forte de fé e de sonhos, deixou o tempo gestar às suas emoções para um ato de determinação expor sua alma guerreira e nos brindar com esta obra poética. E...simplesmente, encanta. (Eloah Westphalen Naschenweng) 31 OBRAS EM DESTAQUE III A ENFERMEIRA DAS ALMAS THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN Therezinha Cacilda, do GPL, lançou em 2013 seu romance A Enfermeira das Almas que retrata passagens da vida terrena de Ana Néri, mulher desapegada de bens materiais, que mergulhou de cabeça no atendimento aos feridos na Guerra do Paraguai, na qual foi uma das protagonistas,pois chegou a construir um hospital às suas expensas para atender os feridos. Ana Néri a todos atendia e foram para ela as últimas palavras de muitos dos soldados e ela consolava a todos,pois seus próprios filhos também estavam lutando e ela os perdeu para uma coisa que seu coração não aceitava: o embate entre homens pela ganância. Episódio real da história brasileira é recheado de ações com outras mulheres partícipes da história que ajudaram Ana no socorro aos feridos. Essas mulheres que com ela viveram em ambientes insalubres, mulheres que amaram, que entregaram seus corpos na ilusão do amor, e as que sem outra opção na vida, faziam de seus corpos o caminho para sobreviver à fome, à miséria. Elas participaram dos embates amparando feridos, lavando o sangue derramado, chorando suas misérias. Therezinha Cacilda é autora de O Naufrágio do Bento Gonçalves, obra premiada em sua terra natal, Osório,RS; Armadilhas do Destino; Último refúgio; Prisioneiros do passado; O pescador Carroíra e a Feiticeira do Cambirela. Com mais esta obra consolida-se como uma romancista de sucesso. Therezinha incursiona pela poesia, com temas voltados ao coração. “Depois de certo tempo aprende-se a olhar com serenidade o turbilhão da vida”. “Os sonhos alimentam a alma e o nosso passado é uma cortina de vidro”. (da obra citada) (ms./) CASTELO PÚRPURA ROBERTO RODRIGUES DE MENEZES Mais um excelente lançamento em 2013, pela Editora Papa-Livro. Desta feita do nosso poetamigo Cel.RR. Roberto Rodrigues de Menezes, presidente da Academia de Letras dos Militares Estaduais e membro das Academias São José de Letras e Desterrense de Letras. Tomo II da Trilogia das Cores Azul, Púrpura e Verde, apresenta as técnicas de versificação com Roberto compondo seus versos com naturalidade, como se fizesse parte de sua poética diária. Assim me pareceu esta obra na qual foram inseridas palavras minhas na apresentação. Para Roberto nos parece fácil os versos eneassílabos, quintas hendecassílabas, redondilha maior, redondilha menor, trovas, sonetos, enfim um desfile de versos que entrarão para a história da literatura catarinense e brasileira, pois servirá de estudo a muitos estudantes de Letras. A obra inicia com o poema Castelo Púrpura com o menino a sonhar com um lugar—um castelo—onde seria o rei exercendo o poder (púrpura—-a cor do manto dos reis). Seu castelo era o mundo ideal com pessoas gentis, jardins enfeitados com as mais belas flores onde a harmonia imperava. Mas ali ele não ficou e correu mundo a procurar, talvez dentro de si, o castelo sonhado. É um livro com temas variados, iniciando com passagens da antiga Grécia, seus personagens mitológicos, com as bodas de Peleu, os vinhos e mantos purpurinos. No poema “A primeira carta” há o simbolismo da cor quando é citada a árvore pau-brasil, de onde se extrai um líquido vermelho que os índios utilizavam para tingimento. Da obra cito o poema “O príncipe” em que inspirado na obra de Maquiavel, dá exemplos da cor púrpura quando usa as expressões “Homem em princípio correto, volúvel se faz por certo, quando a penúria é o dom”; “maquinações só tramavam”, neste caso representa a força da paixão, o sexo, a luxúria, a inveja. Poemas densos, poemas líricos, leves, suaves, carinhosos,emocionantes. Tudo isso o leitor encontrará nas páginas de Castelo Púrpura. Aqui na Revista não dá para expor tudo o que queremos dizer sobre a obra. Resta-nos, no entanto, recomendá-la não só aos estudantes de Letras bem como ao público em geral, pois ao ler “Castelo Púrpura” aprende-se muito sobre o verso. (ms./) 32 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! PERCEPÇÃO DESEJOS DE RUMO CERTO Mesmo sem percebermos resistimos às tendências reais de vidas irreais. Atingimos objetivos sem ao menos prevermos o que a vida nos reserva. O susto das intransigências; O medo das fatalidades; O receio de viver a vida. Loucura de uma vivência intensa e desregrada, marcas de um passado que teima em estar presente. Siga em frente Mas olhe para trás, Sinta o que fez Vê o que faz. Mesmo se vens do deserto O amor é rumo certo. Se em teus olhos parece longe Pare, pense, sinta perto. Sei da tua inquietude Sei da tua alma aflita, Sei do teu silêncio E dos momentos de ternura, E também do teu ódio que grita. Anexo à surdez do mundo Ninguém ouve ninguém, Tudo que posso te dizer No meu silêncio e no meu grito É que também estou afeito Mas siga em frente Olhe para trás, Sinta o que fez Vê o que faz Se permitires seguirei contigo. AMOR ALZEMIRO LIDIO VIEIRA (in memoriam) (Vertente, pág. 82) Vontade de nunca deixar De sempre perseguir De sempre tocar, beijar ADRIANA CRUZ AGRADEÇO A DEUS Eu te agradeço Senhor Pela minha longa vida Hoje eu sou tão feliz Vivendo o dia a dia Tenho minhas lembranças De minha infância querida Vivendo com os meus pais Fui feliz e não sabia. Estou na terceira idade Não sou mais uma criança Mas guardo no meu coração Lembranças da minha infância. Hoje estou mais triste Porque viúva fiquei Viu te pedir, meu Senhor, Para contigo viver. Fui feliz na minha infância E na mocidade também. Agradeço muito a Deus Por toda esta minha idade. ANTÔNIA MARIA GAMA (In: A Flor da Armação) NATUREZA VIVA Alzemiro e Maura. Saudade desse carinho que tinha para com todos os do GPL e à mim, talvez um pouco mais. Vício que não tem fim Lembrança que não sai Fogo eterno do momento TURBULÊNCIA Sinto em meu corpo teu afagar suave carícias de momentos desejos inigualáveis Perfume que atrai Oposto irresistível Infinito dos sonhos Murmúrios quebrando silêncio beijos ansiosos descortinando atrevimentos A adoração sem fim A paixão da alma O momento O vírus da vida O tudo Êxtase vem a passos largos corpos inquietos coração às vezes calmo outras acelerado, por certo dentro do peito arfante feliz pula de contentamento. O engrandecimento do comum A ilusão do observador A autoenganação A vontade de se prender Surge e acaba Surge e nunca acaba ADELICIO MANOEL CAMPOS (Licinho Campos—in memoriam) [In: Lascívia, pág.47] Não se sabe de onde vem Dura anos e vidas Ou apenas ao ver o sol... Some Sem explicação A água viva Silenciosamente deixa-se levar Enquanto contempla A corrida das nuvens Que aos poucos transformam-se Em pingos de chuva Totalmente subjetivo Vem do nada E nele some (Charles*) AIRTON DA SILVEIRA FILHO [In: Aparências-romance, pág.193] (*) Charles, personagem do romance,que é poeta. E as ostras Silenciadas perante o som Do mar Observam o sorriso largo Da boca salgada Do berbigão Santo Antonio de Lisboa. Foto: Maura ZELI MARIA DORCINA 33 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! JÁ VAI TARDE UMA SAUDADE!... Pode chorar de saudade Saudade é bom também Para falar a verdade A gente só sente saudade Daquilo que nos faz bem. Ela é um sentimento Que aquece a nossa alma Nos faz chorar...entristece... Mas por fim nos traz a calma. Hoje eu entendo a saudade Me alegro quando ela vem Pois se eu sinto saudade É porque amei alguém. ÁUREA DE MELLO BALDISSERA [In: Desdobrando, pág.30] SERÁ QUE JESUS MORA LÁ NO CÉU? Nunca pessoa alguma Em tempo algum Vai fazer com que eu fique de joelhos Sou livres É verdade que carrego um fardo Mas faço isso consciente O único que me faz curvar é o tempo Seu martelo me domina Aceito suas pancadas Elas vão me enterrando na longa estrada Mas de você não aceito açoites Sou livre Retirei seu nome do meu diário Deletei as palavras sofrer, solidão, dor e depressão Elas, e você, tinham um enorme significado pra mim Mas agora não Tudo tem um fim Sou livre Você estava em minha vida Você não era minha vida Estar é passageiro Ser é eterno Se você estava... Então siga em frente... Adeus Sou livre ANTÔNIO CARLOS PEREIRA Primavera, 2013 Eu tô procurando alguém, Eu tô procurando alguém Se achar dou um troféu Procurando alguém que saiba Se Jesus ainda mora no céu. Vejo os índios pelas cidades pedindo Nas ruas se prostituindo Da vida provando o fel Por isso que eu pergunto Será que Jesus ainda mora no céu? A merenda escolar, Tava sendo desviada Botaram soda no leite Não coisa mais cruel Por isso que eu pergunto Será que Jesus ainda mora no céu? Esses homens que vivem dando entrevistas E mostrando os seus projetos É uma facilidade... E o mundo pede socorro Por tanta brutalidade Eu tô procurando alguém Se achar, dou um troféu Procuro alguém que saiba Se Jesus ainda mora no céu. CELSO JOÃO DE SOUZA HORIZONTE Onde quer que habites, Onde quer que estejas, Sempre terás teus limites Nos horizontes em que te vejas. Se nas tuas condições te contentares, Pensa também em progredir Contentando-se contigo, bem vais estar, Progredindo, teu horizonte também irá subir. Se quiseres olhar acima de tua capacidade, Não contente com teu aquinhoado, Trarás à tua vida infelicidade Em futuro incerto e angustiado. Se permaneceres em teu horizonte, Compartilhando-o com teu semelhante, Poderás ir preparando tua ponte Pra com boas instruções seguir adiante. Sendo o céu nosso limite, Sempre teremos o que aprender Boas palestras, leituras, companhias...comunica-te... Elevando teu horizonte, engrandecendo teu ser. CARLOS PICCOLI [In: Um novo olhar, 2a.ed.pág.56] 34 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! MEUS ANSEIOS PLENITUDE Quisera eu poder fazer Com que os sonhos de uma criança pequena Alcem um voo como no cinema Tornando sua vida um poema Quando o teu tato sente as rosas, leve e calma, perfumada e provocante, caminhas nos jardins e na alma amante deste teu bardo triste, que se atreve Quisera eu fazer Com que o incentivo a leitura seja acentual Que as crianças façam das linhas uma viagem bem legal E das letras um grande diferencial a palmilhar teu sonho em sono breve. No zênite floral e colorante, a colmar o perfume, anjo dançante enfeita-te com pétalas e neve. Quisera eu fazer Um universo repleto de ludicidade Onde pra brincar não há idade Porque deste universo tenho saudade Todas as rosas, flores e botões falam do amor, do sonho, da quietude, do belo céu que pinto feito mar. Um céu de divindade, de emoções, de fé, belezas, graça...plenitude! Mas, mais bela que tu, nem no céu há! Quisera eu fazer Planos de carreiras com mais garantias Escolas com mais melhorias Crianças com mais alegrias CACILDO SILVA [In: Alma e angelitude, pág.103] Quisera eu fazer Com que o educador tenha mais tranquilidade Não esteja cansado na sua hora-atividade Tenha salários por inteiro e não pela metade POR TODOS OS MOMENTOS ANA CRISTINA RIBEIRO CASCAES Por todos os momentos que desprevenida encarei o vazio da esperança e em desalento aprisionada a este sentimento, errei o passo. COLCHA DE RETALHOS Por todos os momentos em que a benevolência circulava além das sombras e me fazia recuperar, desafiadora, as cores da vida e resgatar as imagens do sonho. Fiz a decoração Na minha colcha de retalhos Tirei de dentro do baú Os pedaços que ficaram Cortei tudo em pedacinhos Pra fazer o meu trabalho Por todos os momentos de lassidão silenciosa, como a paisagem lá fora, que me fazia não uma criança, nem uma mulher, mas só uma expectadora. Por todos os momentos de dor e de queda, tal qual as folhas que caem como espiral e vão deixando rastros invisíveis no ar. Fui fazendo com carinho Toda a decoração Botei flores coloridas Feitas de algodão Por todas as vezes que ávida, pude observar os aromas banidos da vida e com paixão e energia vital emoldurei as vielas do caminho. Juntei todos os pedacinhos Na minha imaginação Fiz um trabalho bonito Todo bordado a mão Por todos os momentos que engavetei vaidades, sonhos e sem desafetos recolhi-me nas lentas, inquietas e gastas horas do tempo. Por todos os momentos que seduzida mergulhei nos sentidos, doei meu coração e fiz do amor, doce, delicada e eterna chama. Sei que vou demorar Concluir o meu trabalho Estão faltando ainda Pedacinhos de retalhos Por todas as diferentes e outras maneiras de amar, rendo-me aos afetos e a soberana glória de simplesmente viver. ELOAH WESTPHALEN NASCHENWENG DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA 35 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! CONVITE CHEIRO DE CHUVA Acenas para mim e ensinas Que antes de tudo opte pela vida. Surpreendida permaneço viva Recebo amor, encontro guarida... Um amor imenso, puro, diferente, Um amor gostoso, calmo, paciente, Que enternece, alegra, ajusta, Enlouquece, fascina, deixa contente, Ergue, alucina, faz delirar, Não aborrece nem entristece... És um companheiro, o amigo fiel? Amante, meu homem, um irmão? Outra metade, namorado então? Não se definir nem se és real Por vezes penso que estou num céu! Admirando a beleza das pequenas coisas, A vida contigo tem cheiro de flor, sabor de mel Basta a história que existe entre nós dois Ao teu lado tudo é sempre bom Antes, durante ou depois... Perfume gostoso que brota da terra quando a chuva se avizinha. Ora fraca, ora forte, em pleno verão, Colhendo se sopetão os mais incautos. Desprevenidos, diria eu. Levanta um cheirinho de gato molhado. Cabelos ficam em desalinho e os sapatos inundados. A vaidade se perde. Pior ainda se a roupa encolhe ou desbota. Quem nunca foi pego na rua, desamparado, por sorrateira chuva que o fez chegar ao compromisso atrasado e ainda por cima, tendo a roupa colada no corpo, todo molhado. EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES [In: Sonhos & Fantasias, pág.43] HERALDA VICTOR [In: Travessia de ilusões, pág. 53] LEMBRANÇA BAR DE TERCEIRA Escolhe uma mesa onde, a não ser Eu, mais ninguém te deseje. Enche meu copo com teu cio e inunda meus cabelos com o muco que exala desse teu olhar. IVAN ALVES PEREIRA [In: há MAR e Bebê( r ), pág. 83] Me recordo da minha mocidade Foi um tempo bom Que deixou saudade Onde eu caminhava ao seu lado Pela avenida das rendeiras. Logo mais íamos pra Praça XV Embaixo da figueira Onde acendíamos a fogueira A fogueira da paixão E tudo ficava tão claro Quanto uma noite de São João. Mas o tempo passou Anunciava a ampulheta Com areia Nossos laços Desprenderam-se os nós Nossos restos viraram pó E fomos levados Por uma tempestade passageira Mas nossa história Ficou esculpida Naquele aconchegante Banco de madeira. JOSÉ LUIZ AMORIM [In: Poesias, pág.23] 36 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! AMOR, PERDÃO E FÉ Vinho e pão, a salvação da alma. O pão alimenta o corpo, O vinho purifica o espírito. O amor une a humanidade, Sem amor, nada se constrói. Amor, perdão e fé, essas três palavras É que une-nos a Deus. Sem Deus nada se tem. Sem Deus, somos um barco Perdido no mar, Sem remo, sem vela, Sem porto para chegar. Vamos amar e perdoar Para com Deus, um dia, Nos encontrar. MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA HECHIZO CANCIÓN MEJICANA O JARDIM Numa manhã ensolarada eu saí a passear no jardim lá da cidade sem saber o que encontrar. Entre as flores do jardim te encontrei a passear teu olhar doce e sereno fico hoje a recordar. Uma luz muito brilhante iluminava o teu olhar entre as flores do jardim eu ficava a te fitar. Como é linda a juventude é muito doce recordar tudo é alegre, tudo é festa quando estamos a amar. Flores,em Rancho Queimado. Foto:Maura MAURILIA FREITAS [In: Minha saudade, pág.59] En un tequila yo encuentro refugio Para el alivio de mi sufrimiento Pues tu recuerdo me trae nostalgias Que van causando este imenso tormento. Estoy cansado de ser humillado Si yo te busco te ries de mi Tu alma entera fue hecha de piedras Duras y frias que me hacen sufrir CREPÚSCULO Ao entardecer brotam poemas Entre nuvens e raios instigantes Sentimentos nostálgicos invadem a alma Calada em introspectivos sismares As ondas morrem, submissas Quase mudas, suspiros derradeiros A noite cresce Segredando mistérios Recolho-me em silêncio Entre suspiros lânguidos Crepúsculo tristonho Saudosos sonhos Lembranças, impressões De minha alma emudecida En los momentos de felicidad Yo me enganaba pensando en tu amor Pués no sabia de tantas crueldades Que tu guardavas en el corazón Vivo llorando sufriendo tu ausência Entro en los bares queriendo olvidar Bebo mis penas y apago esa angústia Ahogo em tequila mi pasión por ti. 8/10/2009 NELSON BADIN [In: Parque de Coqueiros, pág.20, inédito] NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN Lá bem na frente é que percebemos O pior que sabemos o que foi perdido E não tem mais como recuperar Ficou no passado não volta mais!! (Stela Maris Alves, GPL) Flor no jardim. Residência de Chico de Nez. Governador Celso Ramos. Foto Maura 37 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! SEMEANDO PROMESSAS Com respeito às crianças!... De cada dia rebeldia e desafio!... De estrondosas risadas cascatas borbotando!... O puro, o terno, de calças curtas travestidos!... Enunciando vitalidade, sacudindo sonolentas manhãs!... O arrojo, a afoiteza em desabalada corrida!... O peito desnudo inflamando-se em júbilo!... A gula e o atrevimento de frutas silvestres à cata!... De liberdade se fartando, Semeando Promessas!... Colhendo Quimeras!!! RETORNO Foi assim o teu jeito de entrar: a porta estava escancarada nem precisaste bater te aboletaste no sofá abraçado ao violão. De cara, sem sequer me cumprimentar, dedilhaste uma canção aquela mesma do dia em que partiste sem te importares que aqui eu fiquei triste a chorar por demais nossa desventura Andaste em outras plagas entre milongas canções sambas e boleros dançaste com todas as damas da noite decerto pra elas dedicaste teus versos sinceros enquanto eu aqui chorei sentindo a dor do açoite Agora voltas como quem não quer nada teu verso tua melodia que cantaste em outra estrada a voz rouca do teu violão machucando de novo meu coração Deixei novamente te achegares no sofá da sala te esparramaste de novo em minha vida tu entraste e contigo mais uma vez entoei a nossa canção. (20.03.2010) MAURA SOARES (1995) MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS Fundadora e Presidente-perpétuo do GPL DESTINO DROGAS O SABOR DO INFERNO Quero voltar Mas só consigo ir O retorno mais próximo Faz divisa com o inferno O caminho é escuro Sangrento Nojento Não existe lei Nem amor Só um grande terror Vagando entre as vidas mortas Os mortos vivos Não são cinza nem pretos Mas obsoletos Vidas perdidas estraçalhadas Jogados nas esquinas, Enterrados vivos nas sujas calçadas. O que fazes comigo? Brincando com desejos Zombando de saudades Semeando sonhos Em nuvens distantes Colhendo chuvas Relâmpagos brilhantes Iluminando fantasmas Naufragando ilusões Em lindos rochedos Frios e cruéis Mostrando o infinito jogo Ao destino em pergaminhos Perdidos em algum lugar Distante no horizonte Onde novamente me perco E contemplo o que não acredito Golpeado e acariciado pelas Ondas do infinito destino THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN MARISTELA GIASSI [Livro de Poesias. Inédito] 38 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! A PROFESSORA QUE NÃO SORRIA IRMÃOS DE CAMINHADA Bela, inteligente e ótima professora da língua portuguesa. Extremamente responsável, adorava a carreira que abraçou, com muito amor. Sempre me chamou a atenção o fato de jamais sorrir. Não me parecia normal, já que possuía dentes bonitos, aparentemente. Com o decorrer da amizade, tive a liberdade de perguntarlhe por que não sorria. Disse-me que era uma mulher feliz, ao contrário do que muitos amigos pensavam, mas que o seu sorriso estava na alma e nos sentimentos. Além do mais, não aprendeu a sorrir como as demais pessoas. Não me convenceu. Nunca soube que pudesse existir alguém que só sorrisse com a alma... Por coincidência, sentei-me ao lado de sua avó, por quem foi criada, numa festividade de final de ano. Delicadamente, toquei no assunto. A senhora me disse que ela fora noiva quando ainda muito jovem e que seu noivo era demasiadamente austero. Não permitia que sorrisse, pois isto não era coisa para uma mulher comprometida. Certo dia, a repreensão foi tão séria, que ele terminou o noivado e ela nunca mais sorriu,certamente na esperança de reconquistá-lo. “Ela não admite este fato como verdadeiro, mas sempre foi uma moça sorridente, até então”. Em seu velório, esboçava um sereno sorriso... Lutar sempre Pela criança abandonada Pelo adolescente perdido Pelo velhinho desassistido. Lutar sempre Pelo pão que sustenta o corpo Pela educação que liberta a mente Pelo trabalho que dignifica o homem. Lutar sempre Pela mulher desamparada Agredida e humilhada Pela igualdade já que somos todos Irmãos de caminhada. Lutar sempre Pela justiça banalizada Pelas nossas leis protetoras e inconsequentes, Marginalizando nossas crianças, nossos adolescentes. Lutar sempre Por mim Por você Por nós. STELA MÁRIS ALVES TEATRO SINVAL SANTOS DA SILVEIRA No teatro da vida, vivo. Exploro expectativas, represento sonhos. No teatro da vida levo-me a experiências nem sempre positivas. Passado, presente e futuro sem alterações significativas. No teatro da ilusão sou atriz. Vivo no palco personagens sofridos, alegres, divertidos. Dispo-me de vaidades, visto-me de alguém. No teatro da ilusão sou muitos Divido-me, chego ao auge da atuação. No teatro da ilusão represento vidas, abro espaços, sigo caminhos jamais percorridos. Emoções, alegrias, tristezas sinto quando estou no palco. Canto, danço, vivo o que não sou, porque sou uma atriz no teatro da ilusão. (07;03.2011) MEDO Não tenha medo Nem tanta preocupação Tenha fé e viva tranquilo. Não antecipe sofrimentos. O que vier você supera e viverá melhores momentos. Não tenha medo da velhice. Ela também traz coisas boas, experiências, calma, sabedoria, mais tempo e mais liberdade. Tenha sempre vida saudável, para alcançar tão feliz idade. Não tenha medo da morte, Não pense nela, nem se preocupe. Viva bem, com fé e tranquilidade. Considere a morte como uma passagem de ida para outro estágio da vida! ZEULA SOARES SUELI RODRIGUES BITTENCOURT [In:Suavize seu viver, pág.73] Zeula,com Rogerio Hildebrand e Zica (D) na peça Última Instância, de Carlos Queiroz Telles, encenada pelo Grupo Armação. 39 PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO! AMOR Sentimento puro e verdadeiro Sentimento que não causa dor Não causa mágoa, nem choro Só felicidade e admiração Amor é o que sinto por você E você por mim, meu bem Essa alegria que sentimos ao estarmos juntos, bem juntos Suas mãos tocando minha pele, meu rosto seus olhos encantados olhando os meus e eu a olhá-lo com carinho, sorrindo, escutando você falar com voz rouca amo-a... minha vida...não vivo sem você. VERA PORTELLA QUEM DIRIA... ...MAIS UM ANO E CÁ ESTAMOS NA TÃO FAMOSA LAGE PRAZEROSA Todos a postos aguardando rango, bebida “à la vonté”. Perfeito esquema queimando a fogueira Que fogueira, é uma perfeita besteira É o calor das brasas escaldantes em mero quadrante. Quadrilátero de discordâncias inviável esse aprumar Elegante esse eructar Também,estão todos a apreciar O passeio dos olhos conformes em seu redor Aqui jaz catuaba Só gorgonzola e vidrão na estação Sentados bem chonados capturando o implacável exército dos anos a saturar E mais méritos a exercitar Filadélfia te espero a nos visitar Será o próspero reino a conquistar Pancadas em dúbias demãos Saindo na contramão reergo em Viamão Marafundas adoidas virando sensação das noitadas Vira, mexe, rola e desenrola na louca boca rota do bafo da estrada Perfumarias atacando calmaria Restos dos esquecidos momentos, virão à tona, nessa noite, com toda essa gente entoando o verbete a correr num lembrete o entoar do ar proferido nesse querido sentido a comover os preferidos. SANDRA REGINA CLARA NEPOMOCENO PINTO 1º semestre de 2013 [email protected] Sandra Regina Clara Nepomoceno Pinto Apresenta seu Troféu de 1º Lugar na Corrida de Rua Hemosc 2013. Parabéns de todo o GPL. (Foto:Maura, reunião GPL 14.11.2013) Fosse no começo da estrada, na beira do caminho, ou diante da encruzilhada Para prosseguir precisava de uma virtude. Saiu a procura da esperança Vasculhou as fotografias, capturas de sentidos, Cápsulas de alegrias Encontrou apenas a nostalgia, Desesperada por esperança abriu as caixas com as agendas, Diários de sonhos e projetos Entre brochuras e espirais, encontrou palavras, Seus primeiros ditos sobre a vida As primeiras esperanças... Esperança do amor correspondido Do primeiro beijo, da primeira cama Dos primeiros prazeres, sabores, fazeres Sorriu! Abrandou-se o desespero diante das consumadas esperanças! Reverente juntou as nostalgias e as esperanças espalhadas! E saudou a virtude que encontrara para prosseguir a caminhada: gratidão! RAQUEL BARBOSA 40 Caixa de Pandora, onde ficou retida aesperança. (fonte:internet) BIBLIOTECA DOS POETAS “MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS” Registro de obras, recortes de jornais, suplementos literários e outros, recebidos durante o 2º semestre de 2013. 1) Recorte do Jornal Diário Catarinense de 2.06.2013—Memória—O passado valeu a pena recordar é viver, sobre trabalho do poeta Celso João de Souza, texto e poema. 2) de Maura: Boletim do IHGSC 173/ abril, ano XVI, com foto da capa da 7a. Antologia do GPL, citando Maura, Julio de Queiroz, Leatrice e Therezinha Cacilda e foto da capa do livro de Therezinha O pescador Carroira e a Feiticeira do Cambirela . 3) de Luiz Fernandes da Silva,João Pessoa,PB, A execução da pena—A Ressocialização e a Criminologia crítica”, de Joacil de Britto Pereira, posteriormente doado do IHGSC. 4) de Doumerval Tavares Fontes, São Vicente, SP, Serendipismo (Mensagens, Reflexões,Poesias, Trovas, e os textos Nunca é tarde para mudar; Verdade; Pequeno Príncipe. 5) de Delcy Canalles, Porto Alegre,RS, sobre o Dia do Trovador,envia Trovas de sua autoria. 6) Jornal da ANE, Associação Nacional de Escritores, ano VII, n. 52, junho-julho 2013. 7) de Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa,PB, a obra de Adauto Ramos, seu discurso de posse na Academia Paraibana de Odontologia, Cadeira n. 1, patrono Dr. Janson Alves de Lima, e o Zine Poemas de Hoje. 8) Suplemento de Cultura Santa Catariba (Ô Catarina) n. 78, 3º trimestre de 2013-FCC. 9) da Academia de Letras de Nova Trento, Revista Passatempoesia, ano 2, n. 07, junho a agosto 2013. 10) de Sara Regina Poyares dos Reis exemplares da Revista Sul, do Grupo Sul—Revista do Ciclo de Arte Moderna(grupo extinto), anos e números: 1951 (13 e 14); 1952 (15); 1953 (19 e 21); 1954 (22); 1956 (26). 11) de Sueli Aparecida Herrero, São José do Rio Preto, SP, sua obra Momentos. 12) de Marco Marques, Jornal O Nheçuano, de Roque Gonzalez,RS, ano 4, n. 18, junho-julho 2013, com textos dos catarinenses Enéas Athanazio, Alcides Buss e Pedro Du Bois(este da Academia de Letras de Itapema). 13) de Antonio Pereira Mello,Santa Maria,RS, Jornal Letras Santiaguenses ano 18,n.106,julho-agosto 2013; Fanzine Canção Desesperada de Junior Baladeiro n. 10 com poema de Antonio Pereira Mello. 14) Idem, Arte Brasil n.15ano II abril 2010, com poemas de Silvério da Costa, de Chapecó,SC e A.P.Mello. 15) Idem, Zine Jornal de Poesias Internacionais n.45. 16) Revista do Imperial Hospital de Caridade n.30, julho 2013—lançamento do livro de Hassis “Hassis e a procissão do Senhor dos Passos”——revista dedicada ao pintor com matéria a respeito de sua obra. 17) de Antonio Cunha, sua obra Três Dramas Possíveis (peças de teatro). 18) de José Peixoto Júnior, de Brasília, associado correspondente, seu livro Serra do Araripe—Coroa de Sonhos (poemas). 19) de Silvério da Costa, Chapecó,SC, recortes do Jornal Sul Brasil, de 8.8.2013 e 15.8.2013, Coluna Fronte Cultural, homenag eia o GPL por seus 15 anos. 20) Jornal da ANE– Associação Nacional de Escritores n.53, ano VII, ago-set-2013, destaque pelos 40 anos de falecimento do escritor chileno Pablo Neruda. 21) de Mario Tessari, Jaguaruna, SC, sua obra Amores Efêmeros. 22) de Omarina Maria de Souza, da ASAJOL, ADL, ALB, recorte do jornal Univrsitário 28.4.2000 sobre Maria Vilma Campos, em artigo de Celita Campos, “Formiga do saber”. 23) Boletim do IHGSC junho-julho-2013, ano XV, n.175, traz foto da capa da RVS 40(jan-junho-2013). 24) de Eloah W.Naschenweng, do GPL, a Antologia A palavra ConVida, com poemas de sua autoria. 25) de Airton da Silveira Filho, do GPL, sua obra “Aparências”. 26) de Áurea de Mello Baldissera, do GPL, recorte do jornal Folha Independente, de Campos Novos, ano 1, n. 1, 9 de agosto de 2013, traz matéria sobre lançamento de seu livro “Desdobrando”, lançado também naquela cidade. 27) Idem, recorte do jornal O celeiro, ano XXII, Ed. 1290, Campos Novos, 8.8.2013, traz matéria sobre o livro Desdobrando lançado em 3.8.2013. 28) de Donato Perrone, do GPL na Argentina, Revista Lazos Poeticos do Ateneu Poético Argentino,out.2012, página 12, com seu poema Loucura de amor. 29) de Samuel da Costa, Itajaí,SC, Revista O Estilingue—Arte em Movimento, ano 2013, n.13, ago-set-out. 30) Boletim do IHGSC, ano XV, n. 176,ago/2013, traz capa da obra A enfermeira das Almas, deTherezinha Cacilda, do GPL, e hist órico das Casas ocupadas pelo Instituto ao longo dos anos desde a fundação em 1886. 41 BIBLIOTECA DOS POETAS “MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS” 31) de Roberto Rodrigues de Menezes, Revista O Clarim ano I, n. 2, out-2013, matéria de Maura sobre O Clarim n.1; homenagem a Alzemiro Lidio Vieira sobre sua apresentação Retina da Alma; aniversário do GPL; Sessão na Câmara em homenagem ao nosso confrade prof.dr.Celestino Sachet. 32) de Maura, recorte do Jornal Noticias do Dia, ano 8, n.2390 de 8.11.2013, carta resumo dela sobre Alzemiro. 33) de Antonio Pereira Mello,Santa Maria,RS,números 106 e 107, ano 18, do jornal Letras Santiaguenses. 34) de Maura doação da obra O Lobisomem da Costa de Dentro, de Sebastião Ramos, Ed. Papa Livro. Após registro, a obra foi doada para a associada Antonia Maria Gama. 35) de Maura, vários folders sobre Florianópolis, INGESC, Guia de Fpolis, Ateneo Poético Argentino e outros. 36) de Antonio P.Mello, Santa Maria, RS, Revista em quadrinhos Brigada das Selvas, Ed. Jupiter II, julho 2013. Envia também os Zines Missionários da Poesia, ano 3, n.43, Nov.2013; 7 Pekados Kapitales, Ed.Luis Alberto Calderon, de Tacna, Peru; Breve Antologia de la Poesia Infantil, de Luis Alberto Calderon,Tacna-Peru; Expressando em Poesia, ano 3.n.35, Nov-2013; Confraria da Amizade ano 4, n.41, Nov.2013. 37) de Eloah W.Naschenweng, do GPL, recorte do DC 2.11.13 traz obituário completo de Alzemiro, com foto. 38) de Maura, a obra de Mario Tessari, de Jaguaruna,SC, As amigas miúdas que fazem mel sem ferrão. Após registro, a obra foi doada para a BBF. 39) de Marco Marques,Roque Gonzales,RS, o Jornal O Nheçuano, ano 4, n.19. 40) Jornal da ANE—Associação Nacional de Escritores, ano VII, n.54, out/Nov 2013. 41) de Maura recorte do jornal Noticias do Dia,coluna Carlos Damião, reportagem com Maritza Fabiane Celestino, diretora da BBF, citando o Grupo de Poetas Livres, como um dos grupos que utiliza a Biblioteca. 42) de Maura recorte do jornal Noticias do Dia, ano 8, n. 2404, coluna Paulo Alceu “A vida segue”, cita a obra Aparências, de Airton da Silveira Filho, do GPL. 43) de Antonio Pereira Mello, Santa Maria,RS, os Zines: Jornal da Poesia Internacional n.45, de Paulo César Vicentini; Poema “Deus, concede-me”; Pô/esia 1, de Ricelle Sullivan Suad, Camboa,São Luiz,MA; As Acadêmicas, de Regina Menezes Loureiro e Maria José Menezes, out.2013 ano 15,n. 187; Poemas de Celso Martins; Carta agradecendo a 7a. Antologia e dizendo que recitará da obra 3 poemas em cada reunião da CAPOSAM, grupo literário ao qual pertence. Destacará poemas dos nossos poetas para colocar nos zines. 44) de Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa, PB, folder do Memorial de Augusto dos Anjos. 42 ACONTECEU... ACONTECIMENTOS QUE ENVOLVERAM O GRUPO E SEUS MEMBROS, NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2013. Reunião em 13 de junho de 2013- registro de Celso João de Souza que está no Youtube com seus poemas Taipa e Saudade, vídeos formatados por Vera Portella. 27 de junho de 2013—Heralda representou o GPL e declamou poema no lançamento da obra Reino das Estrelas, de Zenilda Lins,na Casa José Boiteux. 27 de junho de 2013—Apresentação de Alzemiro Lidio Vieira, sua performance “Retina da Alma”, dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra. Foi sua última participação com seus poemas. 1o. de julho de 2013—início da postagem na Internet do Regulamento do 9º Concurso On-Line—II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor, com vigência a 30 de setembro 2013. 4 de julho de 2013—entrega em reunião do volume do Relatório do 8º Concurso On-line “Doralice Silva de Poemas de Saudade”. 11, 18 e 25 de julho de 2013—o GPL entrou em recesso, face ao frio intenso com neve em alguns municípios do Estado, com retorno das atividades em 1º de agosto. 16 de julho de 2013—Celso e José Luiz foram a Santo Antonio de Lisboa e gravaram para o Programa da TV Record “A vida segue”, de Paulo Alceu, ambos declamaram e José Luiz falou sobre seus projetos Pornaso e O Poeta e o Artista. 25 de julho de 2013– Zeli na Escola Jardim Solemar,trabalhou com seus alunos O Dia do Escritor, resultando em poemas publicados nesta Revista em página especial. 30 de julho de 2013—na BBF gravação do programa Jornal do Continente, de J.Pacheco, com José Luiz, Celso, Maria da Anunciação, Doralice, Antônia, Eloah, Maurilia, Maura, com o reportes Rodrigo Cardoso. 3 de agosto de 2013—Áurea de Mello Baldissera,lançou em Campos Novos, a sua obra “Desdobrando”. Maura representou e falou pelo GPL. 13 de agosto de 2013– na BBF, reunião com o Secretário do Continente, João Batista Nunes e empresários, a respeito do Plano Diretor. Presentes pelo GPL Maura, Eloah, Celso, Doralice, Antônia. Eloah, Celso, Doralice e Antônia declamaram suas poesias e o Secretário declamou Manuel Bandeira. 21 de agosto de 2013—José Luiz participou do Sarau Boca de Cena, Centro de Eventos da UFSC, com 3 poemas de sua autoria. 22 de agosto de 2013– Nelson Badin registrou o seu Projeto Conversas Inteligentes—textos de sensibilidade para ajuda a dependentes químicos e depressivos. 23 de agosto de 2013—Neusita Luz de Azevedo Churkin, no espaço Cultural Chico,no Bairro São Francisco da Praia, São Sebastião,SP, no evento “Canja com Canja”, promovido pela FACULTI, Faculdade da 3a. Idade. Neusita cantou e declamou alguns de seus poemas. 28 de agosto de 2013– entrega por Eloah e Maura ao Secretário do Continente do Projeto do GPL Recanto do Poeta, para ser construído nas revitalizações das praças do continente. 28 de agosto de 2013—Neusita e sua irmã, Neusa, foram entrevistadas, por uma jornalista e uma assistente social, no SESC de Bertioga,SP, ocasião em que participavam de um evento da 3a. Idade que reuniu grupos de vários municípios do estado de São Paulo. Neusita apresentou a elas alguns de seus poemas e falou sobre o GPL, divulgando seus projetos e atividades. 29 de agosto de 2013 a 1º de setembro— o livro de Airton, “Aparências” participou da Bienal do livro no Rio. 29 de agosto de 2013—Palestra de Antônio Cunha sobre sua obra, dentro do Projeto do GPL,O Escritor e Sua Obra. 29 de agosto de 2013—Neusita declamou alguns de seus poemas, num espaço do SESC de Bertioga,SP,interagindo com um grupo teatral de São Paulo. 31de agosto de 2013—Festa de aniversário de Maria da Anunciação Pereira,no salão de festas do edifício Alzemiro João Vieira, onde reside sua filha Célia. Presenças de Zeula, Maura, Leuzi Soares, Heralda, Doralice, Antônia, Maurília, com declamação de poemas, apresentação das Fantásticas e o filho Nilton cantou para sua mãe. 31 de agosto de 2013—Neusita apresentou-se no SESC de Bertioga,SP, declamando um de seus poemas (Café) efez parte do grupo de coreografia Pontal da Cruz, Grupo da 3a. Idade, em homenagem à Independência do Brasil. (Neusita declamando e com amigas na homenagem à Independência do Brasil, fotos na página seguinte. 43 ACONTECEU... Neusita em dois momentos em Bertioga, SP, no SESC. Com amigas na homenagem à Independência e declamando uma de suas poesias. 3 de setembro de 2013—Carlos Piccoli esteve em uma reunião da família Telles em Colombo, PR e declamou poesia. 12 de setembro de 2013—Sessão Especial do GPL comemorativa ao Aniversário de 57 Anos da Biblioteca Pública Municipal prof. Francisco Barreiros Filho,com as presenças de acadêmicos representantes:Hiamir Polli(ADL); Roberto Rodrigues de Menezes(ALMESC); Inês Carmelita Lohn(ALB-Fpolis); Susana(ACPCC,ACALLE); Osmarina(ASAJOL,ALB,ADL) e do GPL: José Luiz, Zeli, Doralice, Celso, Sandra, Antonia, Airton, Neusita, Nelson, Eunice, Vera, Sinval, Maura, no cerimonial. Todos os outros declamaram suas poesias. Na música participaram Luciano Zanetti(violão e voz) e Robson Savi(Gaita ponto).Evento que o GPL realiza em agradecimento a acolhida do Grupo no espaço da BBF. 12 de setembro de 2013—Eloah esteve em Blumenau para o lançamento da Antologia “A palavra ConVida” publicada por Barbara Editora, com poetas de várias cidades. 14 de setembro de 2013—Celso esteve na fundação da Associação dos Escritores Catarinenses e posse de membros com beca, medalha, tendo por local o colégio Maria Luiza de Mello, São José. Inês Lohn também compareceu para receber o troféu Osvaldo Deschamps. Celso declamou os poemas Pitoco e Manuel. 17 a 21 de setembro de 2013—viagem a Buenos Aires, Argentina, de membros do GPL:Eloah, Ana Cristina, Vera e Sinval, que compareceram no Café Tortoni, onde os poetas da cidade se reúnem as 4as.feiras.Ouviram uma palestra sobre Artes Plásticas. Foram recepcionados por Donato Perrone.Os nossos poetas apresentaram poesia; entregaram a Donato a letra de uma música em espanhol de Nelson Badin;participaram da premiação do concurso Internacional da Paz; apreciaram Show de Tango; fizeram visita guiada ao Teatro Colon e também ao cemitério Dia do Perdão. Foram muito bem recebidos por todos os poetas e por Donato em particular. 20 de setembro de 2013—Terminou nesse dia a 1a. Feira do Livro da Academia de Letras de Biguaçu, com lançamento da Antologia. Neusita compareceu.Aconteceu apresentação de grupos folclóricos, Terno de Reis da família Chagas de Governador Celso Ramos; apresentação do Grupo Arcos de Biguaçu. Gabriel do Nascimento apresentou o monólogo “Memórias do Cárcere”. Registro feito por Márcia Reis Bittencourt: Jovens do Vale do Rio Tijucas participaram do Concurso Its My Way– Maior Festival de Talentos de Santa Catarina. Dois jovens do Vale do Rio Tijucas,Manoel Mário Reis Bittencourt de Canelinha-SC e Victor Matheus da Cruz de Tijucas-SC participaram do concurso. Dependiam de votação ao vídeo, não ganharam mas fizeram bonito. Parabéns a todos. 25 de setembro de 2013– Na Academia de Letras de Palhoça, lançamento do livro de Therezinha Cacilda, “A enfermeira das almas” e de Sonia Ripoll “Sonia Ripoll em motes e glosas” e premiação do concurso Veredas da Poesia. Inauguração da sala da ALP na Faculdade Municipal de Palhoça. O livro “Digesto de Justiniano”, de José Isaac Pilati também foi lançado. Presentes Celso, Maura, Therezinha e Susana, da ACALLE e ACPCC. Celso declamou. 26 de setembro de 2013—No auditório Abelardo Sousa, lançamento do livro de Airton da Silveira Filho, Aparências (romance), em página especial nesta revista. Registro—Maura e Roberto Rodrigues de Menezes, da ALMESC, estão na Coletânea Virtual Fénix de outubro 2013, editada em Portugal por Carmo Vasconcelos e Henrique,com poemas, contos e biografia. 28 de setembro de 2013—A Academia de Letras do Brasil de Governador Celso Ramos outorgou a Maura a Medalha comemorativa ao centenário de Miguel Pedro dos Santos, primeiro prefeito do município. Impedida de comparecer, Susana Zilli de Mell o, da ACALLE/ACP CC representou-a. 28 de setembro de 2013—Neusita recebeu Medalha Miguel Pedro dos Santos, que foi prefeito de Governador Celso Ramos. 10 de outubro de 2013—Maura, Heralda, Airton, no 1º aniversário da ALMESC—Academia dos Militares do Estado de Santa Catarina, na sede da Associação Barriga-Verde , posse de 4 novos membros,com a presença de representantes das diversas Academias de Letras:ACL, ALB, ADL, ACALLE, ASAJOL, ALP, ACLA, GPL e ACPCC e os escritores Katia Rebello, Artemio Zanon, Ney Brasil Pereira, Augusto Coura, Augusto Abreu, Vera Barcellos, Vilca Merizio, Leno Caldas, Maria Elena Lamego, Paulo Berri,José Honório, Inês Lohn, Ivonita Di Concilio, Susana Zilli de Mello, Julio Queiroz, Péricles prade, Lino Lopes e Sonia Rip oll . 44 ACONTECEU... 11 de outubro de 2013—Maura e Heralda representaram o GPL no aniversário da ALIFLOR, realizado do auditório do TCE – Tribunal de Contas do Estado.AAliflor criou a bandeira e a medalha(como o GPL). Heralda declamou. Maura recebeu Certificado. 14 a 18 de outubro de 2013—Em Florianópolis, o XVI Congresso Brasileiro de Folclore, na UFSC, coordenado pela Comissão Catarinense de Folclore,evento de dimensão extraordinária, sob o comando do prof.dr.Nereu do Vale Pereira. 14 de outubro de 2013—Celso representou o GPL em Imbituba, na posse da Academia de Letras, com a presença de escritores franceses. Declamou suas poesias. 17 de outubro de 2013— na sede do GPL, comemorou-se o aniversário de Doralice Silva, com muitos doces e salgados. 20 de outubro de 2013—Celso declamou na Expolages. 23 de outubro de 2013—Osmarina Maria de Souza, da ADL,ASAJOL,ALB, lançou o livro “A professora “X” Maria e a escritora Osmarina”, no Centro de Convenções da UFSC. 23 de outubro de 2013, nosso confrade da ADL registrou que nesse dia esteve em Maravilha,SC, em sessão com o Instituto Histórico, com outros confrades amigos do GPL. 25 de outubro de 2013—Celso esteve na Biblioteca de Palhoça, num evento de incentivo à leitura e declamou poesias. 26 de outubro de 2013—Celso esteve na fundação da Academia de Letras do Brasil, seção Urussanga, declamou poesias e recebeu Medalha. 27 de outubro de 2013—Falecimento de Alzemiro Lídio Vieira, cujo velório ocorreu em Barreiros e o sepultamento em Coqueiros. Os membros do GPL presentes declamaram poesias. Compareceram Zeula, Maura, Heralda, Eloah, José Luiz, Carlos Piccoli, Maurilia, Sinval,Celso e Sandra. Adir Pacheco(ADL); Otto Fützenreuter(ASAJOL), Roberto Rodrigues de Menezes (ALMESC), profa. Leuzi Soares. Além dos poemas em homenagem a Alzemiro, todos deram seu testemunho da figura brilhante que ele era. No enterro, em Coqueiros, Nelcy Mendes, da Papa-Livro;Telma Lucia Faria(ADL); Osni Machado (ASAJOL). 30 de outubro de 2013—Maura compareceu na ADL, no auditório Abelardo Sousa da Biblioteca Barreiros Filho, com panegírico de Roberto Rodrigues de Menezes e Vilca Merizio. 31 de outubro de 2013—Therezinha Cacilda foi homenageada na ACALLE, na posse da nova diretoria de Augusto Coura e posse de novos membros. 31 de outubro de 2013—Homenagem do GPL a Alzemiro com convidados.A Família de Alzemiro presente,Elza, Rackel e Daniel e parentes. Citando todas as pessoas que assinaram o Livro de Presenças:Heralda Victor, Aurea de Mello Baldissera, Roberto Rodrigues de Menezes, Silvia Menezes, Eloah W.Naschenweng, Zeli Maria Dorcina, Davi Lima, Sinval Silveira, Vera Portella, Maura Soares, Maria da Anunciação Pereira, José Luiz Amorim, Carlos Caldas, Zeula Soares, Doralice Silva, Hiamir Polli, Susana Zilli de Mello, Celso João de Souza, Paula Schlindwein, Sandra Regina Clara N.Pinto, Alessandro Nepomoceno Pinto; Maristela Giassi, Paulo Berri. O GPL recebeu manifestações de Sueli Herrero, esposa do associado correspondente Nelson Carneiro(SP), Tony Roberson Rodrigues, Edweine Loureiro, Luigi Maurici, Rogerio Hildebrand, Donato Perrone. 2 e 3 de novembro de 2013—Alcides Calazans, do GPL, promoveu o Seminário de Auto-conhecimento, na Pousada da Praia da Gamboa, Paulo Lopes. 3 de novembro de 2013—No Centro Multiuso de São José, Maura,Celso, a Profª. Leuzi Soares, Roberto Rodrigues de Menezes e sua esposa Silvia,no lançamento do CD de Vanda Schäffer, “Eu vim para louvar”. 5 de novembro de 2013—Heralda e Maura representaram o GPL na Comissão de Avaliação do I Concurso Literário de Poesias Vinicius de Moraes, do SENAC, que recebeu 173 poemas dos alunos da Faculdade e dos alunos do Projeto Menor Aprendiz. 6 de novembro de 2013—Neusita declamou poesias em Governador Celso Ramos, no aniversário do município. 7 de novembro de 2013—em reunião do GPL, a escolha de uma personalidade da cultura catarinense para receber o Troféu Garapuvu Amigo da Cultura, recaiu sobre o nome de Sueli Rodrigues Bittencourt, sugestão de Vera Portella. 9 de novembro de 2013—Zeli participou de lançamento de livro de culinária, assistiu apresentação de Coral e participou do Café Colonial no clube 1º de Junho, de São José. 12 de novembro de 2013—Zeli, na Câmara de Vereadores de São José,no Mês da Consciência Negra, o vereador Adriano de Brito, prestou homenagem a Alzemiro Lidio Vieira. Zeli declamou o poema de Alzemiro, Alquimia, publicado na 6a. Antologia do GPL. 45 ACONTECEU... 14 de novembro de 2013— Sandra Regina Clara Nepomoceno Pinto mostrou aos poetas seu Troféu de 1º lugar na Corrida de Rua Hemosc 2013, recebendo aplausos dos presentes. 21 de novembro de 2013—em reunião registro dos vencedores do 9ºconcurso on-line II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor,nominando os vencedores que já estão com suas poesias em páginas especiais nesta Revista. 21 de novembro de 2013—em reunião, preparação para a sessão de encerramento do ano acadêmico de 2013, dia 5 de dezembro, na BBF. Sandra,Vera e Stela na comissão de organização. Colaboração de todos para o coquetel, música com Adair Lima, roda de poesia. 21 de novembro de 2013—em reunião sugestão de Heralda para em 2014, as reuniões do GPL iniciem as 19 horas e terminem pontualmente as 21 horas. Sugestão acatada pelos presentes faltando consulta aos demais associados. 21 de novembro de 2013— em reunião do GPL, sugestão de Áurea para 2014, em 6 de março a apresentação do Coral do GETI—Grupo de Estudos da Terceira Idade e Antonio Carlos Pereira sugeriu o lançamento do seu ivro “O vizinho—crime sem castigo”, na Abertura do Ano Acadêmico de 2013. Sugestões a confirmar. 22 de novembro de 2013—Heralda representou o GPL no lançamento das obras de Artemio Zanon “Dez anos na ACL:Orações de Recepção e Posse” e “Luiz Barbosa Neto: Poeta romântico—parnasiano atemporal”, evento ocorrido na sede da ACL. 26 de novembro de 2013—no auditório Abelardo Sousa, da Biblioteca Barreiros Filho, o Recital de fim de Ano da Associação Coral Hospital Florianópolis, sob a regência do maestro Fernando de Carli. Maura representou o GPL. 28 de novembro de 2013—Registro em reunião de email do escritor Luis Tavares, de Belém do Pará, solicitando informações sobre nosso projeto Poesia na Praça,poesia nos bancos de madeira. Maura forneceu informações. 5 de dezembro de 2013—Encerramento do Ano Acadêmico de 2013, com premiação Troféu Garapuvu Amigo da Cultura, para Sueli Rodrigues Bittencourt; Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos”, para Áurea de Mello Baldissera; Troféu Garapuvu e certificado para ao associados mais assíduos(Doralice, Vera, Antonia, Sinval, Stela e Eloah); Certificado para os assíduos com 50% de presença:Sandra Regina, Zeli Maria, Maria da Anunciação, Airton da Silveira Filho e Celso João de Souza. Citação dos agraciados no 9º Concurso On-line II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor, eis que todos os prêmios foram para outros estados e Portugal. Música com Adair Lima e Áurea Baldissera(violão e voz), e Neusita ao acordeon. Roda de Poesia(*), Sessão de Autógrafos com Antonia Maria Gama, Airton da Silveira Filho, Therezinha Cacilda e Carlos Piccoli. Presença de somente um aluno (problemas no traslado de Tijucas-Fpolis), da EEB Prof. Olivia Bastos, de Tijucas,SC, acompanhado da profª.Márcia Reis Bitttencourt, premiados no Concurso. O aluno Luiz Fernando Boaventura recebeu seu certificado e brinde com livros e a Profª Marcia recebeu brinde e levou os certificados e brindes para os outros alunos e para o Diretor da Escola. Zeli Maria Dorcina auxiliou na entrega dos Prêmios. Presença de amigos e associados com 63 assinaturas no Livro de Presenças. Coquetel em que os membros do GPL contribuíram. (*) Na Roda de Poesia participaram Doralice, Maurilia, Maria da Anunciação, Sandra, Vera, Carlos,Zeli e Neusita. 6 de dezembro de 2013—No auditório do Tribunal de Contas do Estado, com cerca de 200 pessoas, Zeula Soares, do GPL, recebeu o Prêmio Conjunto da Obra,por seu trabalho no teatro catarinense, outorgado pela Academia Catarinense de Letras e Artes—ACLA. Uma festa com apresentação de cantos operísticos, Fernando de Carli, Alicia Cupani, a sobrinha de Fernando, com a presença de Heralda Victor(GPL e ACLA); Maura, Celso João de Souza(GPL). Amigos do Grupo Armação: Edio Nunes, Zica Vieira, Carin Dell´Antonio e Rogerio Hildebrand, Evan Weber e Nivaldo Carioni (ex—Associação Coral de Florianópolis),Tibi Laus, Lenita Lehmukhl, Wastir Sardá.Suene Caldeira. Sueli agradece Troféu Garapuvu “Amigo da Cultura”.(5.12.2013) foto:Maura Zeula com o Diploma e a Medalha “Conjunto da Obra”, ao lado dos Acadêmicos José Isaac Pilati(E) e Wesley Coolier (presidente da ACLA). (6.12.2013-Tribunal de Contas do Estado. Cerimonialista: Luz Carpin (na tribuna). Foto:Maura 46 31 de outubro de 2013. Momento Mágico em memória de Alzemiro Lidio Vieira. Em pé: Áurea M. Baldissera (E); Doralice R. S. Silva; Sinval S.Silveira; Vera Portella; Antonio Carlos Pereira; Hiamir Polli (ADL); Paulo Berri (ASAJOL); Zeli M.Dorcina; José Luiz Amorim; Eloah W.Naschenweng; Susana Z.Mello(ACALLE, ACPCC);Celso João de Souza; Sandra Regina C. Nepomoceno Pinto e seu esposo Alessandro; Cel. Roberto Rodrigues de Menezes (ALMESC). Sentador: Adir Pacheco (E); Maria da Anunciação Pereira; Zeula Soares; Elza(esposa Alzemiro); Maura Soares; Rackel e Daniel, (filhos de Alzemiro) e familiares. Local: Auditório Abelardo Sousa, Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho. Foto: Maristela Giassi. GRUPO DE POETAS LIVRES—BIÊNIO 2012—2014 Presidente— Profa.Maura Soares Vice--presidente— vago 1º Secretário— Eunice Leite da Silva Tavares 2º Secretário — Therezinha Cacilda Monteiro Mann 1º Tesoureiro— Adriana Cruz 2º Tesoureiro— Zeula Soares Diretor Cultural— Sinval Santos da Silveira Coordenador do Site— Eloah Westphalen Naschenweng Presidente Perpétuo— Maria Vilma Nascimento Campos Presidente de Honra— Manoel Philippi 47 Imagem da orla de Santo Antonio de Lisboa, Florianópolis. Foto: Maura Soares 48
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