Tocha da Verdade #12
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Tocha da Verdade #12
Por que Deus fez isso? Uma Revista Cristã - Grátis N ú me ro 1 2 C erto homem fez algo significativo no início do seu casamento. Ele se (continua na página 6) Esta revista é para distribuição gratuita e não pode ser vendida Conselho Diretor: Dale E. Heisey Duane Nisly Mark Yoder Paul Schrock Noah Schrock Hugo Valverde Jesús Villegas Sanford Yoder Editores Duane Nisly Theodore Yoder La Antorcha de la Verdad Apartado Postal #15 Pital de San Carlos Costa Rica, C. A. Tocha da Verdade Caixa Postal 241 Boituva-SP-Brasil 18550-970 www.LMSdoBrasil.com.br Índice Por que Deus fez isso? . . . . . . .capa Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 As bem-aventuranças Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 O compromisso matrimonial . . . . . .9 Duki, o dominador . . . . . . . . . . . . .12 Seção para os pais A vida com um alcoólatra Capítulo 10b . . . . . . . . . . . . . .13 Pai, tu es responsável . . . . . . . . . .21 História bíblica: Jacó enganado, luta com um anjo .18 Receita Biscoitos de coco . . . . . . . . . . . . . .24 Seção para os jovens A busca do contrabandista Capítulo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . .25 Seção para as crianças Consciência por dez centavos . . . .30 Atividade para crianças . . . . . . . . .34 .............................. Se atravessares este vale assustador . . . . . . . . . . . .Contracapa Impresso no Brasil pela Igreja Bíblica Anabatista com autorização expressa da Publicadora La Merced. Todos os direitos reservados A PUBLICADORA LA MERCED é uma organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de divulgar o evangelho, de propagar a doutrina bíblica e saudável e de apresentar conselhos práticos para a vida cristã em países latino-americanos. Desenho da capa: Olive Studios L A I R O T I D E sponda : mas não as re Querido leitor as perguntas, m e gu al nt se cê vo se zer a Você Gostaria de fa um propósito? m te ra ei da ad vi a rd do ve nte que su tem encontra ainda. Você se zendo? Você fa s, no entanto, tá un es m e co qu s o pergunta realizado no sã s sa Es ? a negativa? sua vida onder de form satisfação em sp re e qu cia dessas m s você te real importân a r ve de quantas dela pu tava nosso ersa recente, ropeu que visi eu l Em uma conv sa ca um m issional. A contrei-me co tógrafo prof fo o m as co perguntas. En da vi alística para falou de sua tografia jorn fo de ea país. O homem ár na ina. Em a trabalhado rras da Palest princípio, havi peciais às te es s área de en na ag o vi iv s em muito lucrat ho al Nações Unida ab tr mpo, ele se eceram-lhe um rém, com o te Po . seguida, ofer as e od m e mesmo ness blicitária e de . Descobriu qu ho fotografia pu al ab va tr ra u encont muito com se um vazio; não ivo decepcionou mpre ficava se e ho tão lucrat ad al ed ab ci tr so ixou esse de alto nível da e el o, na tã lasca, tisfação. En em desde o A é verdadeira sa zer uma viag fa ra eu interesse pa S . sa ul S ca América do e vendeu sua na ra , ei ile ad Ch rd o ve orte, até fotografias a América do N capturando em . No s, do re un ga m lu e s st to pessoas de conhecer mui as er e ainda ec nh e co ntinuava qu terra, e co a nd ai a sc beleza dessa sua bu essou-me que rdade. entanto, conf satisfaz de ve e qu o u ro nt co undo busca? en do se O que to m não sabe a? av sc e colocou bu em m esis 1:27). El ên (G O que esse ho em ag im homem à sua tisfazer. A Deus criou o te ele pode sa en m so a e qu o vazi nenhuma cois no homem um encontra em se o emos de nã nd ão pe aç tisf do nos arre an qu o verdadeira sa zi va se de nossos s preenche es que nos limpe ra pa e terrenal. Deu el a os mos ao s e recorrem nos submeter nossos pecado de Jesus. Ao ue mos a ng ra sa nt co do meio anidade, en m hu a pecados por ra pa encontrou? que Deus tem vida. Você já a ss no plano perfeito ra pa Duane Nisly ão verdadeira única realizaç 3 As Bem-aventuranças Jesus nos convida a uma vida feliz Introdução de uma nova série de ensinamentos Philip Yoder O que cada pessoa mais deseja é sentir-se feliz. Se analisarmos bem, concluiremos que quase todo esforço humano, direto ou indireto, tem como objetivo encontrar a felicidade. Na realidade, o que a maioria das pessoas busca é um sentimento eufórico, prazeroso ou alegre. Querem aproveitar a vida. Satanás e o mundo têm nos enganado fazendo-nos pensar que a felicidade se alcança quando a vida nos trata bem; nos dá coisas como riquezas, poder ou fama. Acredita-se que as pessoas que conseguem essas coisas devem estar felizes. Isto é, acreditase que as coisas deste mundo podem proporcionar-nos esses sentimentos de felicidade que anelamos. Não obstante, a realidade do assunto é que com esta mentalidade mundana não se encontra a felicidade verdadeira. Sempre vemos outras pessoas que têm mais coisas ou que vivem em circunstâncias mais favoráveis que as nossas. Automaticamente, isso implica que elas 4 devem estar mais felizes ou alegres que nós. Isso produz em nós inconformismo e, como resultado, a infelicidade. Em vez disso, as pessoas que conseguiram riquezas, o poder e a fama, são muitas vezes as mais infelizes de todas. É evidente que as coisas deste mundo não podem nos dar felicidade. O apóstolo João sabia do que estava falando quando disse que o mundo e seus desejos passam (1João 2:17). A busca pela felicidade nas coisas passageiras deste mundo é uma ilusão. Embora essas coisas possam dar-nos prazer momentâneo, não podem tornarnos felizes (Eclesiastes 2:10-11). A razão para isso é que a verdadeira felicidade, ao contrário do que muitos pensam, não é primariamente um sentimento. Os psicólogos nos dizem que a felicidade é o fruto de uma autoestima saudável. Nos é dito que a pessoa que vive sem felicidade é uma vítima de danos em sua autoestima. Portanto, culpa-se outros ou às circunstâncias por não se ter alcançado aquelas coisas que dão felicidade. O resultado dessa maneira de pensar é crer que todos somos vítimas; que não somos responsáveis pela depressão nem pela obstinação que sentimos. No lugar da felicidade, essa mentalidade produz pessoas que se consideram as vítimas de suas dificuldades; são intocáveis e vivem deprimidas e ressentidas pelas dificuldades da vida. O que é, de fato, a verdadeira felicidade? Onde podemos encontrá-la? A verdadeira felicidade é mais que um sentimento prazeroso ou emocionante. É sentir que a vida tem sentido e propósito. É sentir-se satisfeito com a qualidade de vida que se vive. É sentir-se alegre com a condição de vida que se tem. Em Mateus 5, Jesus nos dá a receita para experimentarmos uma vida que satisfaz os anseios mais profundos do coração; que nos leva a desfrutar do verdadeiro bem da vida. Ele nos ensina que a verdadeira felicidade não está em que a vida nos proporcione circunstâncias que sejam de nosso agrado, e sim, nas atitudes que temos para com nós mesmos e para com as circunstâncias que enfrentamos. Ela não está no que a vida nos pode dar, e sim, em com que atitude enfrentamos a vida. Jesus disse que são “bem-aventurados”, felizes, afortunados, abençoados, aquelas pessoas que adotam as atitudes que Ele oferece. Essas atitudes, à primeira vista, são totalmente contrárias à lógica humana. Mas quando as analisamos bem e quando as experimentamos, percebemos que Jesus tem razão. Por exemplo: Jesus disse que são felizes “os pobres de espírito” (Mt. 5:3). A palavra “pobre" que Jesus usa significa mendigo. Quem pensaria que um mendigo é feliz? Mas, quando aceitamos que sem Deus não somos nada, que somos totalmente dependentes dele, e mais, que por nossos pecados merecemos a morte, qualquer bênção, desde o fato de estarmos vivos em diante, sentimos como se fosse uma grande riqueza. Quando enumeramos as tantas coisas que temos (saúde, o suficiente para comer e vestir, onde viver, família e amigos, etc.), elas nos fazem sentir verdadeiramente bem-aventurados. E pensar o que nos espera no reino dos Céus! Que felizes somos! Não é pobre o que tem pouco, e sim, é pobre o que não agradece pelo que tem. A felicidade, portanto, está nas atitudes com que vemos a vida e suas circunstâncias. Jesus nos convida a aceitar suas atitudes. Ele nos convida a uma vida verdadeiramente alegre e feliz. O que acontece é que, para alcançar isso, temos que deixar que Deus mude nossa maneira de pensar. Em Mateus 5, Jesus está descrevendo as atitudes que podem nos fazer sentir verdadeiramente bem-aventurados. Nos próximos números de “A Tocha da Verdade” vamos analisar essas atitudes que Jesus recomenda para sermos felizes. Convidamos vocês a estudá-las, aceitá-las para sua vida, e ser uma pessoa verdadeiramente bemaventurada. 5 Por que Deus fez isso? (capa) ajoelhou junto com sua esposa e em sua oração prometeu a Deus o seguinte: — Oh Deus, nós prometemos dar-te sempre uma porção das nossas entradas; seremos teus mordomos. Durante muitos anos, o casal cumpriu fielmente seu pacto com Deus. Porém, chegou o dia quando começaram a acumular muitas riquezas. Chegou a tal ponto de ser o homem mais rico da comunidade. Ele tinha a casa mais luxuosa, seu sítio era o melhor e tinha o melhor gado em toda a região. Mas, com o passar dos tempos, começou a reter mais e mais a parte que ele havia prometido a Deus. Chegou o momento em que ele abandonou por completo seu compromisso com Deus. A este homem nasceu uma filha preciosa, mas foi surpreendido pela morte, deixando um grande vazio no coração do pai. Mas, em vez de suavizar seu coração para com Deus, essa experiência só serviu para endurecê-lo mais. Seu coração se endureceu cada vez mais. Deixou de assistir aos cultos. Não queria escutar a pregação do evangelho. Quando alguém se aproximava para lhe falar de sua necessidade ele se aborrecia e amaldiçoava a Deus, dizendo: — Não quero ter nada a ver com Deus. Ele me tirou a minha filha. Eu o odeio! Eu o odeio! Não servirei jamais a um Deus assim. Nunca mais terei nada a ver com ele. Chegou o tempo em que a igreja realizou uma campanha de evangelismo. A esposa se entregou a Deus nessa campanha, mas não teve coragem de convidar o evangelista à sua casa. Então, disse-lhe assim: — Ore a Deus, e eu perguntarei ao meu esposo se ele me permite convidar você à nossa casa. Fizeram exatamente assim, e o homem respondeu: — Pode vir, mas não permitirei que fale do seu Deus. Caso contrário, eu o expulsarei de casa. A esposa disse ao evangelista o que seu esposo havia dito. Ao escutar isso, o evangelista disse à senhora: — Rogue a Deus que me ajude, dando-me sabedoria para falar o que devo falar e para fazer o que devo fazer. Com esse acordo, o evangelista chegou à casa deles. Foi recebido pela senhora com muita cortesia. Logo, ela avisou ao seu esposo que o evangelista havia chegado. — Não quero vê-lo!, resmungou o esposo. Chegou a hora do almoço e todos se aproximaram da mesa para comer. O homem também se aproximou e lhes disse: — Imagino que vocês queiram orar antes de comer. Está bem, mas nesta casa 6 não é permitido orar mais do que somente para pedir a bênção pela comida. — Em seguida, ele começou a falar de política. O evangelista também se uniu com ele na conversa. Depois de conversar um bom tempo sobre o clima e sobre a comunidade, o homem disse ao evangelista: — Bom, tenho que ir ver as ovelhas. Imediatamente, o evangelista revelou interesse nas ovelhas e perguntou ao homem: — Eu gostaria de ver suas ovelhas. Posso acompanhá-lo? A essa altura o evangelista havia ganhado certa confiança desse homem. Parecia que ele sabia um pouco de qualquer coisa e demonstrava interesse em qualquer assunto. Continuaram conversando sobre vários tipos de gado e o evangelista parecia especialista no assunto. — Tenho outro rebanho de ovelhas ainda melhor que estas que são de excelente qualidade. É um rebanho de trinta e cinco ovelhas de raça fina. O problema é que estão longe em outro rancho. — Eu gostaria de ir vê-las — disse o evangelista. Podemos ir agora? Juntos, foram ver o rebanho de ovelhas finas nas campinas do outro rancho. — Na realidade, esse campo fica longe demais de casa, falou o homem. Eu gostaria de mudá-las para mais perto de casa, mas se não puder fazê-las atravessar o riacho, terei que levá-las pelo caminho, o qual é bem longe. 7 O evangelista orou em seu coração a Deus: “Pai, dá-me as palavras certas”. O homem continuou: — Se eu levasse esse cordeiro ao outro lado do riacho, seus balidos atrairiam as ovelhas do rebanho e todas cruzariam o riacho. O evangelista ficou pensando em como alcançar o coração desse homem que parecia um especialista em ovelhas. “Pai, o que digo a este homem?” perguntou. Nisso, virou para o homem e disse: — Você está me tratando muito bem. Tivemos uma conversa muito agradável nessa tarde. Também, me agradou muito poder conhecer seu excelente rebanho de ovelhas. Porém, não quero ir sem primeiro dizer-lhe uma palavra a respeito da sua salvação... — Não, não, não! exclamou o homem. — Não me diga nem uma palavra sobre seu Deus. Ele tirou a minha filha. Me diga por que Deus fez isso? Com isso, ele começou a amaldiçoar a Deus novamente. O evangelista ficou pensando consigo mesmo. “O que eu faço agora, Deus?” perguntava. Em seguida, carregou um cordeirinho e caminhou em direção ao riacho, entrou na água e passou para o outro lado. Então, colocou o cordeirinho no chão no outro lado do riacho. O cordeirinho começou a balir com angústia por sua mãe que estava no lado oposto do riacho. A mãe se aproximou da água e demorou pouco tempo até que ela deu um pulo na água para cruzar o riacho e sair do outro lado junto da sua cria. Com isso, todas as outras ovelhas correram até o riacho e cruzaram até o outro lado da mesma maneira. Ao ver isso, o homem olhou para o evangelista e lhe disse: — Ei, por que você fez isso? — Quer que eu te diga? perguntou o evangelista. — Deus levou a sua filha. Você havia esquecido de Deus. Embora você havia prometido servi-lo, e sempre ser seu mordomo, você abandonou seu compromisso com Deus por tantos envolvimentos com as coisas desse mundo. Você estava nessa situação quando Deus veio e levou a sua cordeirinha e a colocou do outro lado. Sua cordeirinha está do outro lado e está chamando você. — Como é possível! Nunca tinha pensado assim!, exclamou o homem. Depois de um longo silêncio, o homem pôs os braços no pescoço do evangelista. — Vou atender a esse chamado. Vou entregar a minha vida a Deus novamente. Amigo leitor, fará você o mesmo? Deus está lhe dando mais uma oportunidade para entregar a sua vida a ele. Hoje você pode ser reconciliado com Deus. Extraído de: The Highway and Hedge Evangel Em: John Three Sixteen 8 O compromisso matrimonial Segunda parte (A primeira parte foi publicada em Tocha no. 7) Votos. Os votos significam algo hoje? Se você é mulher casada, deve ter feito votos semelhante ao seguinte: “Você promete, diante de Deus e destas testemunhas, tomar __________ como seu legítimo esposo. Você o amará e o estimará na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade; compartilhará com ele as alegrias e as tristezas da vida; será paciente, bondosa e amável com ele; viverá com ele em paz como corresponde a uma cristã fiel; e deixando a todos os outros, se conservará somente para ele enquanto ambos viverem? Compartilhar com ele as alegrias e as tristezas da vida E ssa frase do voto matrimonial da esposa é diferente ao voto do esposo. Um dos propósitos principais de Deus ao criar a esposa foi para ser companheira. Em Gênesis 2:15-24 lemos que quando Adão deu nome aos animais não encontrou alguém que fosse uma companheira para ele. Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. No voto da esposa, ela promete compartilhar com seu esposo as alegrias e tristezas da vida. A tristeza, quando se compartilha com outra pessoa, parece aliviá-la. Que bênção é chegar em casa depois de um dia de trabalho e encontrar a esposa na porta dizendo alegremente: “Bem-vindo! Como foi o dia hoje?” Uma parte essencial no lar cristão é ter com quem compartilhar os eventos do dia, quer sejam provas ou alegrias. Lembro-me de uma vez que levei as crianças comigo ao escritório em uma ocasião em que minha esposa não estava em casa. Retornamos antes dela e as crianças corriam por toda a casa buscando a mamãe. Para eles era estranho que a mamãe não estive em casa; e assim deve ser. 9 Em geral, a mulher compartilha mais facilmente o que sente do que o homem. Para nós, homens, é difícil compartilhar as coisas íntimas de nosso coração. O homem precisa da ternura da mulher para ser motivado a compartilhar. A esposa que aprendeu o segredo de compartilhar com seu esposo e o ajuda a compartilhar com ela, na verdade, tem cumprido o mandamento bíblico de ser uma auxiliadora idônea. Todas as frustrações e as provas da vida se tornam muito mais fáceis com tal companheira a seu lado. “O seu valor muito excede o de finas joias” (Provérbios 31:10). Viverá com ele em paz C omo podemos conviver em paz? Para manter a paz, é necessário manter a calma e a tranquilidade todos os momentos. Levantar a voz é permitido quando tem um incêndio na casa, mas na vida normal não devemos proceder assim. Quando convivemos em paz, conseguimos resolver os problemas. Certamente haverá mal entendidos e frustrações. Mas, em tais casos devemos atacar o problema, não o cônjuge. “Segui a paz com todos"”(Hebreus 12:14), inclui também o cônjuge. Conviver em paz com o nosso cônjuge requer esforço. Requer lidar severamente com nossa obstinação e astúcia. Faça a si mesmo estas perguntas quando se encontrarem em um conflito: “Estou, verdadeiramente, tentando chegar a um acordo com meu cônjuge ou estou tentando provar que tenho a razão e meu cônjuge está equivocado?” É necessário diligência para ver como resolver o desacordo de maneira pacífica. Conheço um homem que, certo dia, fez o seguinte comentário: “Creio que a guerra é má; em vez de ir para a guerra, casei-me”. É certo que um aspecto da paz é a ausência de guerra ou conflito. E, embora não seja bom comparar um casamento com a guerra, muitas vezes essa é a realidade. No entanto, querido amigo, é muito mais desejável buscar viver juntos em paz, e essa também é a vontade de Deus. “Bem-aventurados os pacificadores; porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). Lamentavelmente, essa bem-aventurança se perdeu em muitos lares. Mas Deus nos ajudará se lhe pedirmos humildemente. Ele deseja que vivamos juntos em paz. Deixando a todos os outros L embro-me que minha esposa certa vez perguntou ao pastor se ela podia ter ciúmes de mim. O pastor lhe respondeu que sim, desde que seja da mesma maneira que Deus é ciumento. Ele quer que todo nosso amor seja 10 direcionado a ele. Não podemos servir a Deus e a Satanás. O apóstolo Paulo afirma isso dizendo que somos um povo exclusivamente (especial) para Deus (Tito 2:14). Temos a característica de pertencer unicamente a Deus. Somos exclusivamente dele. Assim também deve ser o relacionamento matrimonial. Pertencemos unicamente a uma pessoa. Não existe coisa que possa ferir mais rapidamente o coração que ver o cônjuge dar sua atenção para outra pessoa. Paquerar outra pessoa não somente fere o cônjuge, como também brinca com os sentimentos da outra pessoa. Arruína também meu próprio amor para com meu cônjuge. Por essas razões é pecado. Por que desejaríamos ferir nosso cônjuge? Nosso compromisso é o de agradar essa pessoa única com quem nos comprometemos por toda vida. Durante o tempo de namoro, não faltavam maneiras de agradar nosso namorado ou namorada. Sobravam motivos para estar juntos. Jamais passava-se pela cabeça sair com outra pessoa. Evitávamos qualquer coisa que pudesse atrapalhar nossa amizade. Mas, lamentavelmente, depois de vários anos de casados, muitos se esquecem de continuar apaixonados pelo seu cônjuge. Enquanto o cabeleireiro cortava o cabelo de William Jennings Bryan, perguntou-lhe se poderia cortar o cabelo bem curto. O Sr. Bryan respondeu: “Quando minha esposa e eu éramos namorados, ela não gostava que meu cabelo estivesse muito curto. Por isso, deixei o cabelo crescer um pouco mais”. “Mas isso já faz anos”, respondeu o cabeleireiro. “Certamente já poderia cortá-lo”. “Por quê?” replicou Bryan. “Ainda estamos apaixonados”. É preciso pedir a Deus que purifique nossa mente e nossos olhos para poder resistir à tentação da infidelidade. Lembre-se que prometemos deixar todos os outros por uma pessoa. Conserve-se somente para ele ou ela enquanto ambos viverem. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7). Lembro-me do que José disse quando foi tentado pela esposa de Potifar: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:9). Uma das estatísticas mais lamentáveis da atualidade é a quantidade de casamentos destruídos por causa do adultério. “Achará açoites e infâmia, e o seu opróbrio nunca se apagará” (Provérbios 6:33). Sejamos como José e fujamos da tentação. Deus nos ajudará se fizermos nossa parte de deixar todos os demais. –Allan Miller Reaching Out 11 DUKI, O DOMINADOR "Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” (Filipenses 2:4) Duki é um cachorro. Mas Duki não era um cachorro de rua. Existe uma força poderosa que o mantém perto de casa. Essa força poderosa é seu próprio egoísmo. Duki vive com um temor constante de que seu dono acaricie o gato. Duki crê que todas as carícias devem ser reservadas para ele. Às vezes, quando o dono chega em casa à tarde, Duki corre às pressas para encontrar com seu dono e, com isso, faz com que todos os gatos corram buscando refúgio. Ele fica justamente na entrada, balançando o rabo e esperando ansiosamente a atenção que o dono lhe dará. De fato, Duki é só um cachorro. Por isso, podemos desculpá-lo por seu egoísmo. Mas, quantas vezes nós, seres humanos, nos comportamos de forma semelhante mesmo que de um modo mais sofisticado? Revela-se pela maneira em que dou atenção ao outro quando estou conversando com ele. Mal posso esperar que o outro termine para eu poder falar o que eu quero? Ou pior ainda, eu interrompo o outro para falar o que eu quero? Isso se revela quando sinto que devo receber reconhecimento por um trabalho bem feito. Revela-se quando me ofereço de voluntário para algo que me coloca em um lugar visível onde as pessoas podem me ver. Revela-se em não querer fazer os trabalhos que não são visíveis, e parecem ser demasiado humildes. É difícil reconhecer que o outro fez um bom trabalho e, ao mesmo tempo, receber satisfeito o louvor para mim mesmo? Para mim, é fácil dar ordens, mas é difícil me submeter às ordens dos que têm autoridade sobre mim? Essas tendências dominantes vêm de nossa natureza carnal. Melhor se deixamos essas tendências a Duki e sigamos nós, discípulos de Cristo, o exemplo dele. —Gary Miller Beside the Still Waters Vol. 12, Issue 1 12 O caminho à realização pessoal e à felicidade é procurar abençoar a outros. SEÇÃO PARA OS PAIS A VIDA COM UM ALCOÓLATRA o que posso fazer? Capítulo 10 (segunda parte) D esfrutem juntas as coisas que puderem desfrutar. Devido a que cada qual tem as suas próprias amizades e faz a maioria das coisas sem o companheiro, torna-se ainda mais importante compartilhar as coisas que ambos desfrutam. Procuremos desfrutar o máximo possível dos bons tempos. Em meu caso, nossas melhores ocasiões eram as que compartilhávamos como uma família. Lembro-me de uma viagem que fizemos aos lagos na região noroeste de Ontário. Ema (nossa filha) havia 13 oferecida um tempo de serviço voluntário ali como professora da escola bíblica entre os indígenas. Eu desejava que Eugênio a levasse, pois, tinha certeza de que ele gostaria muito do ambiente natural e limpo dos bosques. Eugênio estava resolvido a não viajar. Acho que ele temia o ambiente espiritual que esperava encontrar nesse lugar. No entanto, o Senhor mudou a sua forma de pensar e ele decidiu fazer a viagem. Enquanto estávamos nessa região, eu desejava entrevistar um dos missionários para recolher mais informações que necessitava para um de meus livros. Para encontrar-me com esta pessoa, um pequeno avião da missão devia levar eu e Eugênio para a reserva indígena onde se encontrava o missionário. O pequeno avião que nos levou desde o Red Lake (Lago Vermelho) até o Deer Lake (Lago do Veado) tinha uma capacidade para oito passageiros e levava grandes flutuadores para decolar e aterrissar na água. Eugênio desfrutou muito desse voo! Ele se parecia a um menino com seu brinquedo novo. Queria aprender tudo sobre o manejo do pequeno avião. Ele olhava para os instrumentos dos painéis e observava como o pequeno avião reagia diante das manobras do piloto. Os olhos de Eugênio observavam com atenção para o bosque e lagos em busca de algum alce. Havia um vento forte durante os noventa minutos de voo, e quando aterrissamos no Lago do Veado, as ondas 14 faziam espumas brancas por causa do vento. Nosso plano original era que ficaríamos apenas o suficiente para realizarmos a entrevista. No entanto, o vento aumentou de força e durante quatro dias, fez com que as ondas ficassem maiores e levantassem muita espuma. Tornava-se impossível que o pequeno avião regressasse por nossa causa, visto que não podia aterrissar sobre aquele lago agitado. Nosso anfitrião, um missionário, começou por pedir a diferentes homens que dirigissem a oração pelos alimentos antes das refeições. Eu senti a profunda inquietude de Eugênio e sabia que estava preocupado com a chegada da sua vez. Falei em particular com o missionário e logo Eugênio se tranquilizou. Não sei o que se passou, se foi porque Roy (o missionário) e eu oramos, ou se foi que Roy disse algo a Eugênio. De qualquer forma, a tensão de Eugênio desapareceu e desse dia em diante desfrutou da sua estadia no bosque. Ele ocupou o seu tempo em ajudar a construir um caminho dentro da reserva indígena, uma tarefa para o qual o seu conhecimento foi de muita ajuda. Eu ocupei o meu tempo ajudando a esposa do missionário a lavar e a passar a roupa e também a cozinhar, a limpar e a lavar os pratos. A energia elétrica era produzida por meio de um gerador. Quanto a Eugênio, ele gostou muito da vida do bosque, e até mesmo elogiou o nosso anfitrião missionário. Quando Ema, mais tarde retornou para trabalhar por um ano neste mesmo lugar, eu e Eugênio, levamos os nossos filhos para visitá-la. Exploramos uma mina de ouro e pescamos num dos tranquilos lagos. Ema se feriu numa das mãos com um anzol de pesca nessa aventura. E como não havia nenhum médico próximo, Eugênio, com muita habilidade e sua navalha, conseguiu retirar-lhe o anzol. Uma evidência do muito que Eugênio desfrutou da visita nestes bosques, surgiu quando nos preparamos para buscar Ema ao finalizar a sua estadia. Dois amigos de Eugênio que também eram empregados do Departamento de Vias nos acompanharam. Eugênio havia falado com tanto ânimo sobre a sua viagem ao norte, que Jack e Rodrigo também desejaram conhecer a região. Eugênio e eu viajamos no nosso automóvel, enquanto Jack e Rodrigo com suas esposas nos seguiram em outro. Nós íamos à frente e eles se esforçavam em nos acompanhar, mas não foi fácil, visto que o nosso automóvel era mais possante do deles, e além disso, Eugênio gostava de correr. Fizemos esta viagem no final de março. Nesta época do ano, o norte de Ontário ainda estava congelado e coberto de neve. Isto não desanimou os amigos de Eugênio. Eles acompanharam Eugênio e Ema numa viagem ao bosque em motos de neve em busca de uma tora de salgueiro que Eugênio queria. Por acidente, Ema saiu com uma das motos justamente no momento em que Jack montava na dele, provocando que ele caísse na neve. Durante muitos anos isso provocou risos entre nós. As esposas dos amigos de Eugênio, Nancy e Linda, ficaram encantadas com os bebês índios de olhos tão negros. Elas desejavam levá-los para casa. E por muitos anos depois, Jack falou de voltar a esse lugar numa viagem de pesca durante o verão, mas isto nunca aconteceu. Como disse anteriormente, Eugênio se mantinha sóbrio quando viajávamos. O frescor e a calma desses dias eram semelhantes a um oásis no deserto. Esses tempos ajudaram a unir a família e a curar as feridas de outros tempos mais problemáticos. Estes dias de viagens nos libertavam, sobretudo, da tensão resultante do comportamento imprevisível de Eugênio. Durante estes curtos períodos de tempo, podíamos estar seguros de que não passaríamos nenhuma vergonha, nem crise devido ao seu vício. Através dos anos, Eugênio e eu fizemos quatro viagens ao Lago Vermelho. Muitos dos tempos felizes que compartilhamos como família, surgiram devido ao nosso interesse comum pelas montanhas. Eugênio havia sido criado numa região isolada de montanhas, e por isso ele adquiriu muito conhecimento de seus arredores. 15 Por exemplo, ele sabia quais plantas podiam ser comidas e quais podiam ser utilizadas para fazer um chá. Sabia quais carvalhos produziam bolotas doces e quais produziam as amargas. Ele também reconhecia as árvores que davam a melhor madeira para lenha e os que serviam para fazer móveis e postes para cerca. Eugênio era fascinado pelos animais silvestres. Eu ficava maravilhada com a sua habilidade de entrar no bosque e “fazer a sua leitura” por meio da evidência que encontrava: o rastro de diferentes animais, suas pegadas no solo, os sulcos nas árvores deixados pelos ursos, pelos veados ou pelos alces, ou as folhas mordidas pelos veados ao passarem. Cada uma destas coisas revelava a Eugênio a sua própria história. Eugênio tinha um excelente sentido de orientação. Frequentemente estacionava a sua camionete na margem de um bosque desconhecido, embrenhava-se em busca de cogumelos ou rastro de veados, e no final saía pelo mesmo lugar por onde havia entrado. Esta habilidade lhe ajudava muito na hora de colher cogumelos. Eugênio foi criado comendo estes manjares, e tanto ele como os rapazes passavam muitas tardes de verão nos bosques em busca destes alimentos. Eu admirava o conhecimento que Eugênio possuía a respeito de cada árvore. Ele as distinguia tanto pela sua forma como pela sua casca. Podia também diferenciá-las tanto no inverno 16 austero que as deixavam sem folhas, como também no verão quando possuíam a sua folhagem verde, quer fosse carvalho, bordo, álamo ou bétula. Esta habilidade de conhecer as diferentes árvores foi de muito proveito quando os nossos filhos entraram no ensino médio. Uma tarefa de biologia consistia em recolher e identificar uma variedade de folhas de árvores. Ainda me lembro dessas excursões aos bosques para recolher folhas como um tempo prazeroso de unidade familiar. Antes de minha sogra morar conosco, a nossa família costumava sair para dar uma volta pelo campo. Eugênio gostava do desafio de tomar um caminho desconhecido. Começava a aventura para averiguar onde terminaria o caminho. Certa tarde de domingo enquanto investigávamos uma estrada sem asfalto a leste da montanha Massanutten, um pico destacado no Vale de Shenandoah, descobrimos um forno de ferro restaurado. Também encontrei uma nova flor roxa, da família das ervilhas silvestres, a qual não encontrei nunca mais. Nessa tarde caiu inesperadamente um temporal e os rapazes ficaram encharcados porque vinham na parte de trás da camionete, enquanto Ema, Eugênio e eu estávamos abrigados e secos dentro da cabine. Contudo, foi uma tarde inesquecível! Algumas vezes, Eugênio preparava o almoço enquanto os outros iam ao culto de domingo pela manhã. Ao regressarmos do culto, íamos às montanhas para um piquenique. Nesses dias ainda existiam várias torres de vigilância nas montanhas nessa região. Haviam sido construídas com o propósito de vigiar no caso de haver incêndios nos bosques. No verão os trabalhadores da floresta vigiavam destes locais estratégicos. Eu não gosto de altura, mas Eugênio e os rapazes muitas vezes escalavam até a parte mais alta destas torres. Na época em que meus pais iam às montanhas para dirigir a escola dominical, eu aprendi a apreciar as flores silvestres. Meu pai comprou uma enciclopédia de flores silvestres que nos acompanhava fielmente cada domingo, assim como as Bíblias e o flanelógrafo. Eugênio apoiou o meu interesse pelas flores silvestres. Quase todas as primaveras colocávamos as crianças na parte de trás da camionete, às vezes com alguns de seus amigos da igreja, e fazíamos um longo passeio pelas montanhas em busca de flores. As crianças apreciaram e identificaram muitas das nossas espécies naturais nessas aventuras. Eu me lembro de uma tarde de domingo quando Eugênio retornou a casa trazendo uma flor roxa muito bonita que tinha um aspecto diferente. Com muita alegria ele me presenteou e perguntou se eu sabia que tipo de flor era. — É uma estrela cadente (Dodeca- theon) — respondi imediatamente. — Ah! — respondeu, — pensei que havia encontrado algo desconhecido. — Mas, realmente encontrou — assegurei-lhe, — é a primeira vez na minha vida que vejo uma pessoalmente. — Então, como sabe o que é? — perguntou. Expliquei que devido às muitas vezes que havia folheado a enciclopédia, tentando identificar outras flores, havia visto essa, e, portanto, havia reconhecido agora. Ele me compreendeu. Quando lhe perguntei onde havia encontrado a estrela cadente, ele me disse que Jimmy havia pedido que o levasse ao seu lugar de nascimento, o qual se encontrava na divisa com a Virginia Ocidental. Eugênio encontrou essa flor nesta viagem. Eu aprendi a cooperar com meu marido o máximo possível. Eu e meus filhos nunca tardávamos em sair após o término do culto de domingo pela manhã. Ao sairmos de casa para o culto, Eugênio já começava a preparar o almoço para todos nós. Portanto, se demorássemos após o culto, ao regressarmos a nossa casa, a carne, as batatas, e as outras comidas estariam frias e teríamos que esquentá-las novamente. Nenhum cozinheiro gosta de esquentar novamente a sua comida, por isso tínhamos pressa em chegar a casa. Houve umas poucas vezes nas quais não conseguimos chegar a casa tão logo (Continua na página 20) 17 J HISTÓRIA J ACÓ ENGANADO, Uma lição acó agora estava morando em Harã e queria se casar com Raquel, a filha de Labão. Jacó disse a Labão: — Vou trabalhar sete anos para o senhor se me der Raquel por esposa. Labão concordou. No dia do casamento, trouxeram a noiva para Jacó. Como era costume naquela terra, ela se cobriu com um véu grosso para ninguém ver seu rosto. Então se casaram, mas depois quando Jacó levantou o véu, descobriu que não tinha se casado com Raquel, a quem amava. Era sua irmã mais velha, Lia, a qual ele não amava de jeito nenhum! Jacó ficou muito chateado por ter sido enganado, apesar de que ele mesmo havia enganado seu pai de maneira semelhante. Mas Labão disse: — Na nossa terra, nós não permitimos que a filha mais nova se case antes da mais velha. Vou dar Raquel para você, se você trabalhar para mim por mais sete anos. Jacó concordou e Raquel também veio a ser sua esposa. Depois de servir seu tio Labão durante vinte anos, Jacó ajuntou sua família e seus pertences e foi embora de Harã. No caminho de volta a Canaã, sua terra natal, ele ouviu uma notícia que o encheu de medo. Ouviu dizer que seu irmão, Esaú, estava vindo ao seu encontro com 400 homens. Jacó lembrou-se de que Esaú o tinha ameaçado de morte. Naquela noite Jacó ordenou que sua família atravessasse o riacho primeiro, pois ele queria ficar para trás para orar. Enquanto sozinho, Jacó sentiu que um homem o agarrou. Jacó lutou com este estranho até o amanhecer do dia. O homem era um anjo de Deus. Ele abençoou Jacó e mudou seu nome para Israel. Quando Israel se encontrou com Esaú, fizeram as pazes um com o outro. 18 Gênesis 29:15-35; caps. 30-32; 33:1-16 BÍBLICA L UTA COM UM ANJ O muito longa Jacó luta com um anjo e recebe a bênção de Deus. “Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor” (Salmo 34:15). 1. Por que Labão enganou Jacó? 2. Com quem Jacó lutou? 3. Qual foi o novo nome que Deus deu a Jacó? Usado com permissão de: Christian Aid Ministries, Berlin, Ohio Do livro: 101 Histórias Bíblicas Favoritas © 1994 Livro completo disponível no site www.LMSdobrasil.com.br 19 Eugênio nos esperava. Era problemático, mas tentamos suportar com paciência a sua irritação. Quantas esposas cujo marido se recusa a assistir ao culto com elas, teriam o almoço pronto quando voltasse para casa? O fato de que o cardápio fosse quase sempre previsível não fazia a menor diferença. Eugênio era um bom cozinheiro — melhor que eu, segundo ele — e isso possivelmente fosse verdade. Quando Eugênio me pediu que arrumasse o forro do teto do nosso carro, eu tentei. Quando ele insistiu que eu o acompanhasse à sua reunião com os colegas do exército, fui com boa vontade, ainda que me sentisse completamente fora de lugar. Não obstante, quando me convidou para um baile de música country, eu me neguei a ir. Sempre me sentia incomodada ao viajar de carro com Eugênio quando ele dirigia sob a influência do álcool. Agora olho para trás e me pergunto se poderia ter feito de forma diferente. Louvo a Deus pela sua misericórdia sobre nós. Eugênio nunca sofreu um acidente sério enquanto dirigia embriagado. Certamente, Deus protegeu a nós e também aos outros que transitavam pelas estradas. Minha amiga Maria se recusa a viajar no carro com seu marido Diego quando sabe que ele bebeu algo. Certa ocasião, Maria e Diego decidiram visitar o seu filho. Depois de ter viajado por algum tempo, Diego pegou uma garrafa de vinho que estava embaixo do banco e 20 bebeu um pouco. Maria o confrontou diretamente. “Leve-me de volta para casa, Diego”, disse com firmeza. “Eu não sabia que você tinha essa garrafa no carro quando aceitei visitar Sandy”. Diego a levou de volta para casa. Eugênio não teria feito o mesmo para mim. Provavelmente, tal confronto o teria irritado e o perigo resultante teria sido maior. Ao concluir este capítulo, eu devo repetir novamente que você deve sempre se lembrar de ser agradecida. Dê graças a Deus pelos momentos de companheirismo que você e seus filhos conseguem desfrutar junto a seu marido. Se você não tem tais atividades, procure encontrar algumas em que todos possam participar como família. Talvez vocês poderão montar juntos um quebra-cabeças, fazer uma comida favorita ou ler um livro em voz alta. Antes de Eugênio comprar a televisão, ele e eu passávamos muitos domingos pela tarde jogando dama. Ema, Keith e eu, desfrutamos de um jogo chamado de Scrabble (Palavras Cruzadas). O Senhor guiará você para encontrar algumas atividades familiares, se o pedir. E uma vez que ele o fizer não se esqueça de agradecer! (Continua no próximo número.) Usado com permissão de: Christian Light Publications, Inc. Harrisonburg, Virginia, EUA Todos os direitos reservados Livro completo disponível no site: www.LMSdobrasil.com.br Pai, tu és responsável Elí Glick “Se eu sou responsável?” pergunta. “Desde o início. Sempre provi o alimento para minha família. Também não lhes falta roupa.” Bem. Você sabe que tem que ser responsável. Mas, alguma vez já pensou quão responsável você é como pai de família em relação a outros assuntos referentes à sua família? Você está verdadeiramente cumprindo com a responsabilidade que Deus te deu? Instruir os filhos “Ensina a criança no caminho em que deve andar” diz Provérbios 22:6, “e ainda quando for velho não se desviará dele”. De que maneira podemos cumprir com essa responsabilidade? Para instruir bem a criança, é necessário que Deus tenha o primeiro lugar no seu lar. Seu filho deve ver claramente que você busca primeiramente o reino de Deus e sua justiça (Mateus 6:33). Seu filho vê que você toma tempo para ler e estudar a Bíblia? Ou ele vê que você troca sua vida de oração pelo trabalho ou diversões? Deus deve ter o primeiro lugar, não só em sua própria vida, mas também na vida da sua família. Uma maneira de ensinar isso às crianças desde mui tenra idade é realizar o culto familiar diariamente. Assim, a criança aprende a cantar, a orar e a escutar a Bíblia. Sempre que possível, cada filho deve ter sua própria Bíblia. Devem ter suficientes hinários para que todos possam cantar. É importante realizar esses cultos todos os dias sempre que possível. Seu filhinho ouvirá você orar por ele diariamente. Essa é uma maneira muito importante de cumprir com sua responsabilidade de instruir seu filho. Você pode demonstrar que Deus tem o primeiro lugar em sua vida guardando o dia do Senhor. Seu filho vê que você faz preparações especiais no dia anterior para que haja menos trabalho no domingo? Ele observa que você procura ficar livre de negócios, trabalhos sem necessidade e viagens desnecessárias? É importante que seu filho veja que para você o dia do Senhor é muito especial, que você quer agradar a Deus no que faz. Seu filho também deve ver o exemplo de um servo de Deus que visita aos irmãos, se ocupa no evangelismo, e que frequenta as atividades e programas da igreja. Ensine a criança e dê um bom exemplo 21 de alguém que põe a Deus em primeiro lugar. Dessa maneira, ele aprenderá a servir a Deus também. Que alegria será ver seu filho servindo-o fielmente. Criar um ambiente cristão Já pensou, pai, que você é responsável por manter um ambiente cristão em seu lar? Esse ambiente cristão deve ser um ambiente de amor. O amor une a família e deve começar com seu próprio exemplo. Ame seu cônjuge assim como a Bíblia ensina. Depois ame os seus filhos e ensine-os a se amarem entre si. Uma maneira importante de demonstrar esse amor é buscar sempre fazer o bem ao outro. A felicidade dos demais deve ser importante para você. O ambiente do lar cristão também deve ser de paz. Você é responsável por não permitir brigas. Também é responsável por corrigir àquele que se meter em briga. Não permita que os filhos se irritem um com o outro. Nem permita que se comuniquem de maneira grosseira. Ensine-os a pedir perdão um ao outro. Busque estimular a ajuda mútua em sua família, tanto no trabalho como nas brincadeiras. O ambiente do lar cristão deve excluir o mundanismo. Alguns dizem que podemos permitir um filho pequeno fazer coisas mundanas ou vestir-se de maneira mundana porque ainda não é um crente. Mas, não é seu desejo que 22 seu filho seja um crente? Se lhe permitir fazer coisas mundanas, estará semeando uma semente do mal nele. Certamente haverá uma colheita ruim. É necessário que você proteja seu filho das coisas mundanas. Se seu filho lhe perguntar por que não lhe permite fazer essa ou aquela coisa mundana, explique a razão com toda sinceridade. Ele tem o direito de entender por que não lhe pode permitir e, ao mesmo tempo, deve entender a importância do respeito e da obediência. Assim, você evitará causar rebeldia nele. O exemplo Você é responsável também por ser um exemplo fiel ao seu filho. Quero enfatizar três áreas em especial nas quais deve ser exemplo para seu filho: na sua forma de falar, em seu espírito e em sua pureza. Se seu filho ouve você usar palavras torpes, o mais provável é que ele as repetirá. Se ele ouve você usar o nome de Deus em vão, provavelmente fará o mesmo. Como pai cristão, a Bíblia ensina que você é responsável por evitar as palavras ásperas, as ameaças e a gritaria. Se na sua forma de falar você deixa um bom exemplo para seu filho, provavelmente ele aprenderá a fazer o mesmo. O que significa ser exemplo em seu espírito? Uma das coisas que significa é em ter entusiasmo pelas coisas de Deus. Se você realiza a obra da igreja de má vontade, seu filho entenderá que para você as coisas espirituais não são tão importantes. Pode ser ele que perceba que seu entusiasmo é para outras coisas. Será difícil que seu filho tenha entusiasmo para as coisas espirituais se em você ele não o vê. É importante que você também seja um exemplo de pureza. Se vocês como cônjuges guardam a fidelidade e a confiança mútua, serão de grande ajuda para que seu filho não caia em pecado. No mundo existe impureza por toda parte. Mas, se você dá um exemplo fiel disso, vestindo-se de maneira honesta e falando de uma maneira pura, será de grande ajuda ao seu filho. Você não deve permitir que haja quadros desonestos nas paredes de sua casa. É importante que você domine seus olhos. Se seu filho observa você olhando a uma mulher mal vestida, pensará que não é tão mal fazêlo e você o debilitará em sua própria vida. Você é responsável pela disciplina O pai de família é responsável por corrigir o filho desobediente e castigá-lo de acordo com o que haja cometido. Deus deu a você a responsabilidade de ajudar a seu filho dessa forma. Em Provérbios 29:15 nos diz que a criança entregue a si mesma envergonhará a sua mãe. Por outro lado, se você corrige o seu filho, você terá descanso (Provérbios 29:17). Corrigir o seu filho tirará a estultícia dele (Provérbios 22:15). A felicidade do seu lar depende muito de como você disciplina o seu filho. Pai, cumpra com sua responsabilidade. Você tem muito a ver com a vida e o destino eterno do seu filho. Dê a Deus o primeiro lugar em seu lar. Crie um ambiente de amor e de paz. Seja um exemplo no seu modo de falar, em seu espírito e em sua pureza. Pratique fielmente a disciplina. Dedique-se ao serviço de Deus e de sua igreja. Se você for verdadeiramente responsável, será uma grande bênção ver o seu filho servir ao Senhor. Ainda quando for velho não se desviará do caminho, porque você o instruiu no Senhor. Reimpresso de: La Antorcha de la Verdad Volume 7, Número 4 Ensina a criança no caminho, e ande você também nele. 23 2 1/2 1 2/3 1 claras de ovo colher de chá de baunilha pitada de sal xícara de açúcar pacote de coco ralado Unte o tabuleiro para biscoitos com óleo. Bata as claras junto com a baunilha e o sal até que forme a clara em neve. Coloque o açúcar gradualmente até que se forme a clara em neve mais firme. Com cuidado para não abaixar as claras, acrescente o coco. Com uma colher, deixe cair um pouco da mistura sobre o tabuleiro que vai para o forno, deixando uma distância de uns 4 centímetros entre cada um. Leve ao forno a 160°C durante 20 minutos. Deixe esfriar sobre uma grelha. Rende de 20 a 24 biscoitos de coco. 24 SEÇÃO PARA OS JOVENS A BUSCA DO CONTRABANDISTA Capítulo 3 A vida na casa da família Donado era caótica. Papai Donado vinha e ia sem explicações, e Noel estava seguindo o exemplo dele, exceto que as sumidas dele ocorriam todas as noites enquanto as do papai se estendiam por muitos dias. Hugo observava e esperava a oportunidade certa para seguir Noel. A temporada de cortar cana chegou ao fim, devolvendo a ele a sua liberdade. Porém, o trabalho no canavial tinha dado ao pequeno corpo do Hugo bastante vigor. 25 Certa tarde, Hugo estava passando o tempo na porta da loja com seus amigos quando viu Noel e seu amigo Jorge esperando perto do telefone. Hugo ouviu Noel sussurrar a Jorge: 26 — Está indo para o Barco? — Estou esperando a ligação — respondeu Jorge. — Espero que seja bom hoje à noite. Noel esticou os músculos do seu braço, sem perceber que Hugo estava entre os outros ali. “Então!” Pensou Hugo consigo mesmo. “É por isso que eles sempre ficam por aqui. É por causa do telefone! Eu vou descobrir o que eles estão fazendo!” Naquela noite, Hugo se escondeu entre as sombras, observando cada movimento do Noel. Por volta das oito horas, um jipe cinza, que o garoto não reconhecia, estacionou perto da ponte na entrada de São Marcos. Hugo pensou, “A única saída é atravessar aquela ponte; eles terão de virar à direita se forem para a grande cidade de Ameca ou à esquerda se forem para Barco. Por que iriam para um vilarejo como Barco?” perguntou-se perplexo. “Barco é desse lado do rio e as patrulhas fronteiriças estão do outro.” “Será que ouvi errado?” ele pensou intrigado com a informação, tentando encontrar uma resposta. “Tenho de descobrir!”, ele decidiu. Rapidamente, atravessou a ponte flutuante que ligava a vila com a estrada. As tábuas faziam um eco surdo cada vez que ele pisava sobre um dos barris vazios amarrados debaixo das tábuas. Em virtude do nível alto do rio, um vão se formou entre a ponte e a beira do rio. Hugo pulou o vão, correu estrada abaixo, e subiu num pinheiro, achando um ramo onde podia se sentar confortavelmente. “Agora posso ver a intersecção” ele pensou, satisfeito. O barulho da folia na vila atravessou o rio e entretinha Hugo com seu ritmo familiar. O som dos rádios, o latido dos cachorros e o brilhar constante das luzes ajudaram a afastar a noite sombria. Hugo tremia, não tanto por causa do calor úmido que o envolvia, mas por se sentir solitário e vulnerável aos perigos na escuridão. Quando finalmente o jipe cinza atravessou a ponte e foi em direção a Barco, Hugo se sentiu recompensado pela sua longa espera. “Então, esta parte está resolvida!”, ele suspirou contente ao ver desaparecer as luzes traseiras do jipe. “Agora, voltarei à vila para ver se o Noel e o Jorge foram embora.” — Onde está o Noel? — ele perguntou a alguns meninos que estavam nas proximidades do telefone. 27 — Quem sabe — um deles respondeu sacudindo os ombros. — Perguntelhe você mesmo — o outro protestou. Hugo foi embora. Seguindo em direção a sua casa, ele cortou por outra rua e, então, voltou ao rio. “Eu vou descobrir quando Noel voltar e o que ele foi fazer”, resolveu Hugo. Entrando numa embarcação, ele esperou. Porém, em menos de uma hora, o sono o venceu. Ele nem percebeu quando os passos pesados atravessaram a ponte, tampouco ouviu o estrondo do jipe na intersecção, ou Noel entrando na loja carregando um pacote pesado. Hugo não conseguiu ouvir o que cochichavam e ver a alegria que mostravam Jorge e Bryan quando apertavam as mãos e colocavam algo em seus bolsos. Hugo dormiu, sem saber da desaprovação do Noel quando descobriu que a cama de seu irmão estava vazia. Hugo acordou com cãibras e com frio antes do primeiro raio da manhã atingir o céu no leste. Zangado consigo mesmo, ele arrastou-se para casa, grato por ninguém na vila estar fora. Ele não queria ser obrigado a responder perguntas! — Onde você estava ontem à noite? — Noel resmungava, sacudindo Hugo com violência. — Diga-me. O que estava fazendo? — Onde você estava? Por que foi a Barco? Quando voltou? — Um espião! Meu irmãozinho virou um espião — disse Noel enfurecido, seus olhos se estreitando enquanto cuspia as palavras. A fúria apoderou-se de Hugo e, com um pulo, ele caiu sobre o seu irmão. Seus socos rápidos o surpreenderam. — Pare! — Noel gritou, virando e segurando Hugo no chão. Porém, Hugo continuou com seus socos. — Pare! Seu selvagem. Pare! Noel o levantou e, segurando os braços dele, o fez ficar em pé rapidamente. Segurando-lhe o braço por trás das costas, o fez sentar e continuou segurando-o. — Talvez eu lhe conte se… — Meninos, parem com esta briga! — gritou mamãe Donado, levantando a vassoura. Noel deu uma gargalhada na cara dela. — É claro que não, senhora. As tortilhas já estão prontas? Eu e o Hugo precisamos de um monte, temos coisas a fazer — ele disse, piscando o olho e batendo nas costas do seu irmão. Admirado, Hugo ficou sentado sem poder levantar e sua ira evaporou. 28 — Eu não tinha percebido que meu irmãozinho tinha crescido — disse Noel em voz baixa como se nada tivesse acontecido. — Quando foi que você ficou tão forte? Se estiver disposto, você poderia trabalhar comigo. Aquelas palavras penetraram na mente do Hugo. No entanto, ainda surpreso, assentiu com a cabeça. Será que isso estava acontecendo mesmo? Será que Noel estava falando sério? Uma sensação de imensa alegria fez com que Hugo desse cambalhotas de pura emoção. (Continua no próximo número.) —Lily A. Bear Usado com permissão de: Christian Light Publications, Inc. Harrisonburg, Virginia, EUA Todos os direitos reservados Livro completo disponível no site: www.LMSdobrasil.com.br RESPOSTAS: Atividade para crianças 2x3 4x5 4x3 3x4 5x1 1x3 2x6 2x1 4x2 1x2 6x3 6x6 C O N F I A M O 3x1 2x5 1x2 4x4 6x6 T E M O Q U S E 3x6 5x1 2x4 S B O A 6x5 4x4 5x5 5x2 3x4 1x6 4x3 6x1 2x2 5x3 4x2 C O N S C I Ê N C I A 29 SEÇÃO PARA AS CRIANÇAS Consciência por dez centavos O preço na caixinha dizia: 89 centavos de dólar. Leonardo pôs a mão no bolso. “Me faltam 60 centavos. Onde vou encontrar 60 centavos?”, falou consigo mesmo. Encolheu os ombros e colocou a caixinha no seu lugar no mostruário da loja. “Wilson, Beisebol oficial” diziam as letras na caixinha. “Talvez consiga ganhar os 60 centavos nesta semana." Leonardo saiu da loja. Olhou para o relógio na parede do banco. “16:45! O que está acontecendo comigo? O moinho fecha dentro de quinze minutos. Papai me pediu que comprasse sal para as vacas.” Com pressa, Leonardo subiu na carruagem, puxada pela égua, Juli. Rapidamente, chegou ao local do moinho. — Posso ajudá-lo em alguma coisa, jovem? — perguntou um senhor de cabelos grisalhos. — Sim. Meu pai precisa de três blocos de sal. O senhor subiu por uma escada a uma plataforma. Desde lá de 30 cima, perguntou: — Você poderia fazer o favor de subir até a metade da escada e pegar os blocos que eu te passar? — Com muito prazer! — Quando o senhor lhe deu o primeiro bloco, Leonardo perguntou: — Onde está o seu ajudante hoje? — Está de folga esta tarde. Teve que ir ao dentista. — Eu gostaria de ter um trabalho. Mas meu pai precisa da minha ajuda. — Para que um jovem como você precisa de dinheiro? Disse o senhor. — Não preciso de muito. Mas as vezes é bom ter dinheiro. Tenho só 29 centavos. — Mas, a maior casquinha de sorvete custa apenas 25 centavos. — Sim, eu sei. Mas, eu queria comprar uma bola de beisebol que custa 89 centavos. O senhor ajudou a Leonardo colocar os blocos de sal na carruagem. De repente Leonardo teve uma ideia. — Não sabe como eu poderia ganhar 60 centavos? — Para você comprar uma bola de beisebol? — Sim. — Eu compro sacos; pago dez centavos por cada um se são bons. Já sabe, não podem estar rasgados. Tem alguns sacos sobrando? — Olha! Essa é uma boa ideia. Creio que possa encontrar seis sacos. — Bom, se os encontrar, lhe dou os 60 centavos. — Obrigado! Vou trazê-los na próxima semana. O senhor do moinho o viu até que se distanciou. “Que jovem mais simpático!”, disse para si mesmo. “A maioria dos jovens teria roubado a bola antes de procurar trabalho para adquiri-la.” Essa tarde, Leonardo procurou sacos velhos na despensa. Havia muitos, mas a maioria estavam rasgados. Passou uma hora procurando sacos e encontrou cinco sacos bons. Porém, por mais que se esforçasse, 31 não encontrava mais um. “Bom, irei ao moinho na quarta-feira. Antes disso aparecerá outro saco.” Rapidamente, chegou a noite de terça-feira. Mas, ainda faltava um saco para Leonardo. Ao voltar a procurar entre os sacos que havia rejeitado na primeira noite, as rupturas já não pareciam tão grandes para ele. Levantou um saco e olhou para ele diante da luz. “Quanta diferença faz uma ruptura tão pequena? Não é maior que uma moeda de dez centavos. Por que me preocupo tanto? Eu posso colocar esse por último. Quem sabe o senhor inspeciona o primeiro saco, mas não inspecionará a todos.” Na quarta-feira pela manhã, Leonardo foi até a cidade com uma carga de milho. Quando chegou ao moinho, o senhor disse: — Você voltou. Que bom. Trouxe os sacos? — Sim. Respondeu Leonardo. O coração batia acelerado. “Espero que não os inspecione!” 32 — Coloque-os lá em cima daqueles outros. Não vou inspecioná-los. Eu sei que você é honesto. As palavras atravessaram o coração de Leonardo. Como desejava não ter incluído o último saco. Mas agora era tarde demais. O senhor já havia dado o dinheiro. — Obrigado — disse Leonardo em voz baixa. — Eu… eu não mereço esta moeda. — Devolveu-lhe uma moeda de dez centavos. — Alguma coisa incomoda você? Diga-me o que é. Foi difícil para Leonardo saber o que falar. Mas terminou contando tudo o que aconteceu. — Sinto muito não ter sido honesto. O senhor estava me ajudando, e eu aqui demonstro meu agradecimento trazendo um saco rasgado — terminou dizendo em tom de desgosto para com sua própria pessoa. O senhor do moinho olhou para chão por um momento. Finalmente levantou o olhar. — Não estou bravo, nem decepcionado. Estou contente. Na semana passada me alegrei por haver conhecido um jovem que tinha uma consciência ainda que por 89 centavos. Hoje fico ainda mais feliz por saber que tem consciência ainda que por 10 centavos. — David Luthy — De Step by Step — Usado com autorização O VERSO PARA MEMORIZAR “Pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor, como também diante dos homens” (2 Coríntios 8:21). 33 A T I V I D A D E P A R A C R I A N ÇAS Descubra a letra para cada quadrante abaixo, utilizando os números. O primeiro número representa as fileiras na horizontal e o segundo representa as colunas na vertical. Exemplo: O primeiro quadrante aparece “3x4”. Ao deslizar o dedo na fileira 3 e chegar até a coluna 4, verás que a letra correspondente é o “C”. Assim faça com todos os quadrantes até terminar. Dessa forma, descobrirás um verso bíblico. 1 2 1 A M 3 T N 2 I 4 D 5 O 6 N 3 4 5 6 E F N R N N C E C Q A E O U C O P C S S U I A I E N B E 3x4 5x1 1x3 2x6 2x1 4x2 1x2 6x3 6x6 C 3x1 2x5 1x2 4x4 6x6 2x3 4x5 4x3 3x6 5x1 2x4 6x5 4x4 5x5 5x2 3x4 1x6 4x3 6x1 2x2 5x3 4x2 34 (As respostas se encontram na página 29.) Se atravessares este vale assustador Se atravessares este vale assustador, Sem luz em seu caminho cansado, Se ninguém tem respondido ao teu clamor, Não tenha medo, o Senhor está ao teu lado. Jesus é fonte viva de consolo Que acalma as tristezas da vida. Ele trouxe, como uma pomba, lá do Céu O bálsamo de paz à alma ferida. Escuta o amoroso apelo De Cristo inocentíssimo Cordeiro, Que veio redimi-lo com seu sangue, Morrendo escarnecido no madeiro. Traga ao Senhor cuidados e prantos, E venha a ele com toda sua impureza. Te limpará em sua imensa bondade Te encherá de amor sublime e santo. Traduzido de Himnos de la iglesia Publicadora Lámpara y Luz Usado com autorização “Temos... a palavra... à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que ilumina em lugar escuro...” (2 Pedro 1:19).