Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa
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Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa
ISSN 1517-526X Junho, 2010 196 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar, no Estado do Paraná Nascente Largura do rio menor que 10 m Largura do rio 10 m a 50 m APP raio 50 m Largura do rio 50 m a 200 m Largura do rio 200 m a 600 m APP 30 m APP 50 m APP 100 m APP 200 m APP 500 m Largura do rio superior a 600 m CGPE 8633 ISSN 1517-526X Junho, 2010 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Florestas Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Documentos 196 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Rosana Maria Renner Sérgio Mudrovitsch de Bittencourt Edilson Batista de Oliveira Maria Izabel Radomski Embrapa Florestas Colombo, PR 2010 Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Embrapa Florestas Estrada da Ribeira, Km 111, Guaraituba, 83411-000 - Colombo, PR - Brasil Caixa Postal: 319 Fone/Fax: (41) 3675-5600 www.cnpf.embrapa.br [email protected] Comitê de Publicações da Unidade Presidente: Patrícia Póvoa de Mattos Secretária-Executiva: Elisabete Marques Oaida Membros: Antonio Aparecido Carpanezzi, Cristiane Vieira Helm, Elenice Fritzsons, Jorge Ribaski, José Alfredo Sturion, Marilice Cordeiro Garrastazu, Sérgio Gaiad Supervisão editorial: Patrícia Póvoa de Mattos Revisão de texto: Mauro Marcelo Berté Normalização bibliográfica: Elizabeth Denise Roskamp Câmara Editoração eletrônica: Mauro Marcelo Berté Ilustração da capa: Danielle Prim (concepção), Adalberto Camargo (design) 1a edição 1a impressão (2010): 500 exemplares Todos os direitos reservados A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Florestas Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná / Rosana Maria Renner ... [et al.]. Colombo : Embrapa Florestas, 2010. 36 p. - (Documentos / Embrapa Florestas, ISSN 1517-526X ; 196) 1. Mata ciliar. 2. Área de Preservação Permanente. 3. Essência florestal. 4. Espécie nativa. I. Renner, Rosana Maria. II. Bittencourt, Sérgio Mudrovitsch de. III. Oliveira, Edilson Batista de. IV. Radomski, Maria Izabel. V. Série. CDD 634.9 (21. ed.) © Embrapa 2010 Autores Rosana Maria Renner Engenheira Florestal, Mestre RBG Conhecimento Ltda. [email protected] Sérgio Mudrovitsch de Bittencourt Engenheiro Agrônomo Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Governo do Estado do Paraná [email protected] Edilson Batista de Oliveira Engenheiro Agrônomo, Doutor Pesquisador da Embrapa Florestas [email protected] Maria Izabel Radomski Engenheira Agrônoma, Doutora Pesquisadora da Embrapa Florestas [email protected] Apresentação A preservação do solo e dos recursos hídricos é fundamental para a sobrevivência de qualquer espécie vegetal ou animal. O Código Florestal, instituído pela Lei Federal nº 4.771/65, considera a função ambiental das áreas de preservação permanente (APPs) como forma de preservar os recursos hídricos, manter a estabilidade geológica, os solos e a biodiversidade, favorecendo o fluxo gênico da flora e da fauna. APPs envolvem as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d’agua, lagoas, lagos, reservatórios naturais ou artificiais e as nascentes ainda que intermitentes. Este trabalho retrata o esforço desenvolvido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que visa à proteção das APPs associadas aos recursos hídricos. A primeira etapa, que previa o plantio de 100 milhões de mudas, foi cumprida em 2009. Entretanto, existe a necessidade de ampliação do programa, em função do sucesso atingido e, também, de outras áreas que precisam ser recuperadas com a tecnologia empregada. Destaca-se que a execução deste trabalho contou com a parceria de diversas instituições do Estado do Paraná, como o Instituto Emater, universidades, colégios agrícolas, cooperativas e empresas da iniciativa privada, Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e produtores rurais. Neste contexto, a Embrapa Florestas orgulha-se de fazer parte deste esforço e considera o Programa Mata Ciliar um modelo de preservação ambiental. O desafio agora é disseminar os conhecimentos aqui gerados, transferindo-os como modelo para outras regiões, biomas e estados. Helton Damin da Silva Chefe Geral Embrapa Florestas Sumário Introdução....................................................................9 Material e métodos......................................................16 Amostragem em campo........................................................... 16 Cálculo da sobrevivência.......................................................... 19 Resultados e discussão................................................20 Sobrevivência das mudas......................................................... 20 Grupos sucessionais e número de espécies................................. 21 Crescimento e distribuição das espécies..................................... 22 Considerações finais....................................................25 Referências................................................................36 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Rosana Maria Renner Sérgio Mudrovitsch de Bittencourt Edilson Batista de Oliveira Maria Izabel Radomski Introdução O Programa Mata Ciliar, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Governo do Paraná, distribuiu para plantio, no período de 2003 a 2007, cerca de 80 milhões de mudas de espécies nativas para a recuperação das matas que protegem as margens dos rios e mananciais. O programa envolveu grande rede de parceiros, incluindo mais de 300 viveiros, aproximadamente mil técnicos e anualmente mais de 10 mil produtores rurais em todos os municípios do Estado do Paraná. Foram 300 técnicos municipais, 400 da Emater, 15 de universidades, 20 de colégios agrícolas, 200 de cooperativas, 100 da iniciativa privada, 5 da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), 3 da Embrapa Florestas, 5 da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), 15 do terceiro setor e 30 do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Firmaramse mais de 300 convênios e foram implantados cerca de 350 viveiros. O patamar de produção anual de mudas foi de 15 milhões, sendo que 50% deste total foi produzido na rede de viveiros conveniados e 50% em 20 viveiros regionais próprios do IAP. O programa chegou a 380 municípios. Levantaram-se os percentuais de mudas distribuídas por região administrativa, considerando o total Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná produzido pelos viveiros do IAP, municipais e outros (Figura 1) e os distribuídos por bacia hidrográfia (Figura 2). Pitanga Irati Paranaguá Foz do Iguaçú Unão da Vitória Jacarezinho Pato Branco Maringá Ivaiporã Cascavel Cornélio … Toledo Ponta Grossa Umuarama Guarapuava Francisco … Curitiba Paranavaí Londrina Campo Mourão 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 Porcentagem Figura 1. Percentuais de mudas distribuídas por região administrativa do IAP, em relação ao total produzido. 30 60 Porcentagens de mudas distribuídas 25 50 Área da bacia no Estado do Paraná Paranapanema 2 Paraná 1 Paranapanema 1 Itararé Paraná 2 Litorânea Ribeira 0 Paranapanema 3 0 Paranapanema 4 10 Pirapó 5 Cinzas 20 Paraná 3 10 Tibagi 30 Piquiri 15 Ivaí 40 Iguaçu 20 Mil km2 Porcentagem 10 Figura 2. Área das bacias hidrográficas no Estado do Paraná (Suderhsa, 1998) e percentuais de mudas distribuídas. Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Fotos: Sergio Mudrovitsch de Bittencourt Foram realizadas campanhas para recuperação de matas ciliares mediante o cadastramento de produtores, sob orientação da Emater e de técnicos das entidades parceiras. Outra importante contribuição à recuperação ambiental, decorrente das ações do programa, foi a difusão e a ampla discussão da importância da utilização de critérios técnicos de coleta de sementes de qualidade (Figura 3), manutenção de variabilidade genética, qualidade de mudas e, principalmente, a utilização de espécies de ocorrência natural nas diferentes regiões do estado. Figura 3. Coleta de sementes feita por técnicos do Programa Mata Ciliar. As espécies foram selecionadas por região bioclimática tendo por base o zoneamento ecológico para plantios florestais no Estado do Paraná, proposto por Carpanezzi (1986). Para este estado, sete regiões bioclimáticas servem para a orientação da coleta e distribuição de sementes e mudas nos viveiros do IAP e nos conveniados com o Programa Mata Ciliar. 11 12 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná As espécies utilizadas no programa foram descritas detalhadamente por Barbosa et al. (1998), Carvalho (1994, 2003, 2006), Carpanezzi e Laurent (1988), Lima et al. (1992) e Silva e Torres (1992), quanto ao clima, solos, crescimento, usos e características silviculturais. Os plantios foram realizados na forma de talhões mistos, utilizando uma composição proporcional formada por grupos de espécies pioneiras, secundárias e clímax (CARPANEZZI; CARPANEZZI, 2006). Estes grupos baseiam-se na sucessão natural das espécies vegetais ao longo do tempo de formação de uma floresta. Os autores descrevem as principais características de cada grupo, considerando apenas espécies lenhosas: - Espécies pioneiras: exigem muita luz durante toda a vida; têm crescimento inicial muito rápido; a duração de vida é curta (4 a 30 anos); formam banco de sementes. Exemplos típicos: crindeúva (Trema micrantha) e bracatinga (Mimosa scabrella). - Espécies secundárias iniciais: exigem luz, porém podem tolerar sombra no início da vida; têm crescimento inicial moderado ou rápido; a duração de vida é entre 25 e 100 anos. Exemplos típicos: vassourãobranco (Piptocarpha angustifolia), capororoca (Myrsine ferruginea) e timbó (Ateleia glazioveana). - Espécies secundárias iniciais de matriz: trata-se de uma subdivisão operacional das secundárias iniciais, com poucas espécies. Suas características ideais são: crescimento inicial mais rápido; copas amplas ou medianas, densas ou moderadamente densas; e duração de vida parecida com a das pioneiras, porém um pouco mais longa (25 a 60 anos). Exemplos típicos: angico-branco (Anadenanthera colubrina), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha) e ingá-feijão (Inga marginata). Uma espécie nativa em várias regiões pode ser considerada secundária inicial de matriz apenas em parte delas, onde seu desenvolvimento é mais vigoroso, como é o caso de Alchornea triplinervia. Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná - Espécies secundárias tardias: são tolerantes à sombra durante muitos anos no início da vida; têm crescimento lento ou moderado; a duração de vida é longa; formam banco de plântulas. Exemplos típicos: canjarana (Cabralea canjerana) e pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii). - Espécies (do) clímax: são tolerantes à sombra forte durante muitos anos ou permanecem no sub-bosque durante toda a vida; têm crescimento lento; a duração de vida é moderada ou longa; formam banco de plântulas. Exemplos típicos: peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron), erva-mate (Ilex paraguariensis) e guabiroba (Campomanesia xanthocarpa). Espécies plásticas quanto à luminosidade foram enquadradas no grupo que suporta sombreamento maior, o que explica casos como o leiteiro (Peschieria fuchsiaefolia) entre as clímax. As combinações das espécies nos plantios do programa procuraram manter as seguintes proporções: 10% a 40% de mudas de espécies pioneiras, 20% a 50% de espécies secundárias iniciais, 20% a 50% de espécies secundárias tardias e 5% a 10% de espécies clímax. Estas proporções foram decorrentes da disponibilidade de mudas e características de cada local, e variam em relação às recomendadas por Carpanezzi e Carpanezzi (2006). Os espaçamentos dos plantios variaram em função da cobertura natural da área. Nos plantios em áreas com a presença de gramíneas foram adotados espaçamentos que variaram de 1 m x 1 m a 3 m x 2 m. Nas áreas onde a vegetação era mais desenvolvida (formação de capoeiras), os espaçamentos variaram de 3 m x 2 m até 5 m x 5 m. O trabalho envolveu também áreas urbanas; nestes casos, foram plantadas mudas maiores, com estacas protetoras de madeira, utilizando-se de espaçamentos também maiores (Figura 4). 13 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Foto: Telma Soares 14 Figura 4. Plantio de árvores em área urbana com participação de instituição conveniada com o Programa Mata Ciliar. Os ganhos ambientais decorrentes de atividades do programa não se restringiram apenas àqueles resultantes da recuperação ambiental de ecossistemas degradados e do combate ao aquecimento global. Além destes resultados diretos, as características e a dimensão do programa proporcionaram resultados indiretos, dentre os quais se destacam o envolvimento e a conscientização da sociedade para a importância da implementação de atividades de recuperação ambiental (Figuras 5 e 6). Foto: Terezinha Camila Scrippe Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Foto: Nivaldo Novack Figura 5. Aula sobre educação ambiental em viveiro e casa-de-vegetação com teto retrátil do IAP. Figura 6. Plantio de árvores com participação de instituição conveniada com o Programa Mata Ciliar. 15 16 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná O presente trabalho teve por objetivos estimar a porcentagem de sobrevivência das espécies em campo e avaliar o crescimento inicial de mudas de espécies nativas destinadas ao plantio pela rede de viveiros conveniados ao Programa Mata Ciliar, entre 2004 e 2007. Material e métodos Amostragem em campo A amostragem em campo foi realizada na área de abrangência de sete Escritórios Regionais do IAP, nas mesorregiões Francisco Beltrão, Campo Mourão, Guarapuava, Irati, Londrina, Paranavaí e Umuarama. Para cada região foram sorteados municípios e em cada um desses foram sorteados beneficiários que receberam mudas do programa. Nas propriedades selecionadas foram instaladas parcelas para coleta de dados, conforme ficha de campo (Figura 7). Proprietário: Nº de parcelas: Atendente: Data: GPS: Foto: Compatibilidade: Tamanho da parcela: Espaçamento de plantio: Planta: Presença de gramíneas DA: diâmetro à altura de 0,20 m M – muda DAP: diâmetro à altura de 1,30 m E – espontânea CAP: circunferência à altura de 1,30 m X – exótica % Mortalidade: ( ) Sim Ano do plantio: ( ) Não Ano de replantio: % Sobrevivência: Perspectiva de recuperação da área: ( ) Excelente ( ) Boa Total de mudas: ( ) Regular ( ) Ruim Figura 7. Modelo de Ficha de Campo utilizada na coleta de dados. O trabalho foi baseado na avaliação de plantios realizados entre 2004 e 2006, em 239 áreas, para as quais haviam sido destinadas 247.480 mudas de 79 espécies nativas (Tabela 1). Destas áreas, 210 foram devidamente localizadas, apresentavam sobrevivência e foram avaliadas. Para efeito de cálculos, as 29 restantes foram consideradas Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná com 100% de mortalidade. Elas realmente não apresentavam sobrevivência ou tinham problemas diversos, tais como, mudas não plantadas, cadastramento incorreto e produtor não encontrado para indicação do local de plantio. Em cada uma das 210 áreas aptas foi instalada uma parcela amostral de 60 m2 para a identificação das espécies, avaliação da mortalidade e medição do diâmetro e altura de cada muda. Para estas áreas haviam sido destinadas 214.158 mudas. Tabela 1. Espécies distribuídas pelo Programa Mata Ciliar, nome vulgar e grupo sucessional. Nome Científico Aegiphila sellowiana Albizia hasslerii Albizia polycephala Alchornea glandulosa Alchornea triplinervia Anadenanthera colubrina Anadenanthera macrocarpa Annona cacans Araucaria angustifolia Aspidosperma polyneuron Astronium graveolens Ateleia glazioveana Bastardiopsis densiflora Bauhinia forficata Caesalpinia ferrea Caesalpinia peltophoroides Campomanesia xanthocarpa Casearia sylvestris Cecropia hololeuca Cedrela fissilis Chorisia speciosa Citharexylum myrianthum Clethra scabra Chlorophora tinctoria Cordia trichotoma Nome vulgar pau-tamanco farinha-seca farinha-seca tapiá algodoeiro angico-branco angico-vermelho araticum-cagão araucária peroba guaritá timbó louro-branco pata-de-vaca pau-ferro sibipiruna guaviroba guaçatunga embaúba cedro paineira tarumã-branco/tucaneiro carne-de-vaca amarelinho louro Grupo sucessional(1) P SI SI SI SI SI SI SI SI/ST C ST SI SI SI ST C SI P ST SI SI P SI SI continua... 17 18 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Tabela 1. Continuação. Nome Científico Croton floribundus Croton urucurana Cybistax antisyphilitica Diatenopteryx sorbifolia Drimys brasiliensis Enterolobium contortisiliquum Eugenia involucrata Eugenia pyriformis Eugenia uniflora Euterpe edulis Ficus enormis Gallesia integrifolia Gochnatia polymorpha Guazuma ulmifolia Heliocarpus americanus Hymenaea courbaril Holocalyx balansae Ilex paraguariensis Inga sessilis Jacaranda micrantha Jacaranda puberula Lonchocarpus muehlbergianus Luehea divaricata Mimosa bimucronata Mimosa flocculosa Mimosa regnellii var. pungens Mimosa scabrella Mimosa scabrella var. aspericarpa Myrciaria trunciflora Myrsine ferruginea Nectandra lanceolata Ocotea puberula Parapiptadenia rigida Patagonula americana Peltophorum dubium Nome vulgar capixingui sangra-d’agua ipê-verde sapuva cataia timbaúva cerejeira uvaia pitanga palmito figueira pau-d`alho cambará mutambo jangada jatobá alecrim erva-mate ingá jacarandá caroba feijão-cru açoita-cavalo maricá bracatinga-de-campojuqueri bracatinga bracatinga-argentina jaboticaba capororoca canela-amarela canela-guaicá gurucaia guajuvira canafistula Grupo sucessional(1) P P SI SI C C C C ST ST SI P P ST C C SI SI SI SI SI P P P P P C SI SI/ST SI SI SI SI continua... Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Tabela 1. Continuação. Nome Científico Peschieria fuchsiaefolia Phytolacca dioica Piptocarpha angustifolia Piptadenia gonoacantha Podocarpus lambertii Prunus brasiliensis Psidium cattleianum Pterogyne nitens Ruprechtia laxiflora Schinus molle Schinus terebenthifolius Schizolobium parahyba Schefflera morototoni Sebastiania commersoniana Senna macranthera Senna multijuga Tabebuia avellanedae Tabebuia chrysotricha Tabebuia ochracea Tibouchina sellowiana Trema micrantha Vitex megapotamica Vochysia tucanorum Nome vulgar leiteiro cebolão vassourão pau-jacaré pinheiro-bravo pessegueiro-bravo araçá-vermelho amendoim-bravo marmeleiro aroeira-salsa aroeira-pimenteira guapuruvu mandiocão branquilho manduirana pau-cigarra ipê ipê-rosa ipê-amarelo quaresmeira grandíuva tarumã pau-vinho Grupo sucessional(1) C SI SI SI ST ST SI SI SI SI SI SI P ST ST ST P P SI/ST SI P- Pioneira, SI – Secundária Inicial, ST – Secundária Tardia, C – Climácica, conforme Carvalho (1994, 2003, 2006) e Carpanezzi e Carpanezzi (2006). (1) Cálculo da sobrevivência O cálculo do percentual de sobrevivência de cada parcela foi baseado no número de mudas vivas em relação ao número total de mudas vivas e mortas. O percentual de sobrevivência geral foi obtido considerandose a soma de todas as mudas vivas em relação à soma de todas as mudas vivas e mortas de todas as parcelas. Também foram obtidos o percentual de mudas distribuídas, mas não encontradas por motivos diversos, e o percentual de mudas vivas em relação ao total de mudas distribuídas pelo programa. 19 20 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Resultados e discussão Sobrevivência das mudas Das 210 parcelas instaladas, 16 foram descartadas por apresentarem dados inconsistentes, restando para as análises 194 parcelas. Para o cálculo da porcentagem de sobrevivência foram utilizadas 154 parcelas. As demais não foram consideradas porque, apesar de as mudas vivas terem sido avaliadas, faltou o registro das mudas mortas no campo. O número de mudas vivas encontradas nestas 154 parcelas foi de 1.825 e o número de mudas mortas foi 493. Assim, a sobrevivência resultante foi 78,7%. Das 247.480 mudas destinadas pelo programa nas 239 áreas avaliadas, as 33.250 mudas não encontradas por motivos diversos representaram a redução da sobrevivência em 13,4%. Considerandose este percentual como perda, estima-se em 68,2% o percentual de mudas vivas em relação ao total de mudas distribuídas pelo Programa Mata Ciliar. Nas operações de transporte ocorreram perdas de 2% das mudas por danos mecânicos. Assim, a porcentagem a ser considerada sobre o número de mudas que saem dos viveiros do Programa Mata Ciliar para o cálculo direto das mudas sobreviventes nas condições de campo, segundo este estudo, é de 66,5%. Os percentuais de sobrevivência encontrados nas áreas avaliadas (Figura 8) são expressivos para o sucesso na restauração da vegetação das áreas reflorestadas pelo programa. Aproximadamente 50% das parcelas tiveram sobrevivência maior que 80%. Muitas áreas não apresentaram mortalidade de mudas, principalmente as que usaram espaçamentos mais amplos com mudas de melhor qualidade. A recuperação de áreas de APP é um processo constante e, nesse sentido, os proprietários de áreas a serem restauradas devem ser motivados e capacitados para o acompanhamento sistemático das mesmas, adotando os mesmos cuidados que dispensariam às áreas de Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná cultivo. Tratos culturais simples, como realização de capinas e controle de formigas, contribuem significativamente no estabelecimento das mudas, melhorando seu vigor e reduzindo a mortalidade. 35 30 Frequência 25 20 15 10 5 0 91 a 100 81 a 90 71 a 80 61 a 70 51 a 60 41 a 50 31 a 40 21 a 30 11 a 20 0 a 10 Sobrevivência (%) Figura 8. Frequência (%) de parcelas em função de classes de sobrevivência das mudas nas áreas avaliadas. Grupos sucessionais e número de espécies Avaliando-se a distribuição das espécies, por grupo sucessional, em função da idade de plantio, observaram-se diferenças na composição das parcelas (Figura 9). Nos plantios mais antigos predominaram espécies pertencentes ao grupo das secundárias iniciais (13-36 meses, (Tabela 1), as quais representaram mais de 50% do total das espécies distribuídas pelo programa. Entretanto, nos plantios mais recentes (0–12 meses), houve uma proporção de espécies pioneiras em relação aos demais grupos, todavia, com insuficiência de secundárias e com excesso de espécies clímax. Esta última proporção é a que mais se aproxima da recomendação para a composição de talhões de recuperação ambiental. É importante a observação deste fato, pois a proporção entre grupos sucessionais tem como objetivo facilitar a sucessão desde o seu estabelecimento e de forma duradoura, 21 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná com espécies que cubram rapidamente o terreno, depois abram lentamente as copas e atraiam continuamente dispersores de sementes (CARPANEZZI; CARPANEZZI, 2006). 80 Pioneira Secundária inicial 70 Secundária tardia Clímax 60 50 Porcentagem 22 40 30 20 10 0 0 a 12 meses 13 a 24 meses 25 a 36 meses Figura 9. Porcentagem de participação dos grupos sucessionais de espécies nas áreas avaliadas, em 2007, em função da idade de plantio. Crescimento e distribuição das espécies Na Tabela 2 encontram-se os dados de comportamento em campo das espécies presentes nas parcelas amostrais, por mesorregião do Paraná. Devido à pouca idade e dificuldade de reconhecimento no campo, algumas mudas também não foram identificadas quanto à espécie, sendo registrado apenas quanto ao gênero. Algumas mudas de áreas urbanas, que haviam sido plantadas com alturas maiores e protegidas por estacas de madeira (Figura 10), não foram incluídas nos resultados da Tabela 2. Diversas espécies apresentaram crescimento expressivo, fato que pode ser indicativo de uso em futuros programas de recuperação de áreas de floresta ciliar, auxiliando no planejamento da coleta de sementes e produção de Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Foto: Telma Soares mudas nos viveiros regionais. Entretanto, esse resultado necessita de mais avaliações que comprovem o bom desempenho no campo. Figura 10. Área urbana com plantio de árvores pelo Programa Mata Ciliar. Dentre as espécies dos estágios iniciais da sucessão vegetal, destacaram-se as da família Mimosaceae, do grupo das pioneiras – Mimosa scabrella, M. flocculosa, M. bimucronata, M. regnellii var. pungens e leguminosas secundárias iniciais – Albizia polycephala, Enterolobium contortisiliquum, Anadenanthera macrocarpa, Peltophorum dubium, Piptadenia gonoacantha e Inga sessilis. Também tiveram bom desenvolvimento Trema micrantha e Cecropia hololeuca, com produção de frutos apreciados pela avifauna e morcegos. Todas estas espécies são fundamentais para a restauração de áreas degradadas por apresentarem rápido crescimento e, consequentemente, controle da vegetação espontânea devido à deposição de serapilheira (BENVENUTI-FERREIRA et al., 2009). 23 24 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Cabe ainda destacar o bom desempenho de outras espécies secundárias tardias como Luehea divaricata e Cordia trichotoma e de espécies clímax produtoras de frutos apreciados por animais, como Campomanesia xanthocarpa e Eugenia uniflora. A utilização de frutíferas nativas favorece a visitação de animais responsáveis pela dispersão de sementes de novas espécies, enriquecendo naturalmente as áreas em recuperação. Apesar de o programa contemplar a utilização apenas das espécies nativas em senso estrito, para cada região bioclimática, ocorreu o plantio de algumas mudas de espécies exóticas. Isso decorre da produção descentralizada pela rede de viveiros conveniados distribuídos por todo o estado. Com o problema sendo detectado, recomendouse que fossem eliminadas no campo e que se promovesse a ampla divulgação junto aos viveiros das espécies indicadas à recuperação ambiental. A produção descentralizada facilita o acesso dos produtores rurais às mudas e promove um maior envolvimento da comunidade com a recuperação ambiental, porém, o controle da destinação de espécies indicadas e o estrito respeito às regiões bioclimáticas são dificultados. Dentre as espécies exóticas no Brasil, destaca-se a ocorrência, nas áreas amostradas, de jambolão (Syzygium cuminii), alfeneiro (Ligustrum lucidum), tipuana (Tipuana tipu), uva-do-japão (Hovenia dulcis) e cinamomo (Melia azedarach). A importância da identificação, eliminação e prevenção do plantio destas espécies está no fato de que elas ocupam os nichos de espécies nativas, impedindo o estabelecimento de importantes relações bióticas. Além disso, espécies como o alfeneiro e a uva-do-japão têm reconhecido potencial invasor, e sua presença pode limitar o estabelecimento e/ou o desenvolvimento das espécies nativas nas áreas em recuperação e proximidades. Também cabe mencionar a utilização de espécies nativas do Brasil, mas exóticas para as regiões bioclimáticas do programa, como o guapuruvu (Schizolobium parahyba) nativa do Paraná apenas no litoral e Vale do Ribeira), a aroeira-salsa (Schinus molle), o timbó (Ateleia glazioveana, nativa de uma estreita faixa no sudoeste do Paraná), o Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná pau-ferro (Caesalpinia ferrea), o guaritá (Astronium graveolens) nos municípios do região administrativa do IAP de Francisco Beltrão e a sibipiruna (Caesalpinea peltophoroides). Mesmo com crescimento favorável, elas não são recomendadas para compor os plantios de recuperação de APPs fora de suas regiões de origem, pois interferem no desenvolvimento desejado do ecossistema. Como mencionado, apenas algumas mudas de espécies exóticas foram plantadas e, com o problema detectado, recomendou-se que fossem eliminadas no campo. Considerações finais O Programa Mata Ciliar é um modelo de política pública para recuperação, em larga escala, de vegetação em áreas fluviais de preservação permanente. As observações aqui apresentadas são importantes no sentido de contribuir para ajustes e melhoria da qualidade dos processos neste e em programas semelhantes, tanto no Paraná quanto em outros estados. Pela magnitude do programa, as falhas foram poucas. Apesar dos cuidados adotados, em alguns locais, ocorreu a inclusão de algumas exemplares de espécies exóticas às regiões bioclimáticas, junto com as nativas. Apesar de ter sido detectada insuficiência de capinas e de controle de formigas em alguns locais, a taxa de sobrevivência de mudas nas condições de campo foi de 66,5%. Isto ocorreu devido à abrangência do programa e ao número de pessoas envolvidas, mas indica a necessidade de melhoria dos procedimentos, especialmente por meio de treinamentos de agentes e proprietários. O aprimoramento do conhecimento da vegetação nativa e da adoção de critérios técnicos para a seleção e arranjo de espécies nos plantios é fundamental para o sucesso dos reflorestamentos com o objetivo de recuperação florestal. Os plantios realizados pelo programa servem como um universo amplo e permanente de observação das espécies, avaliando-se sua adaptação aos diferentes ambientes, seu crescimento efetivo, além do acompanhamento de outros parâmetros utilizados para a recuperação de áreas degradadas. Sendo assim, torna-se fundamental a continuidade de atividades de pesquisa, visando aprimorar as metodologias de monitoramento das áreas em restauração implantadas. 25 Aspidosperma polyneuron Araucaria angustifolia No arv 14 0-12 25-36 0-12 25-36 13-24 0-12 1 14 - 9 3 - - 25-36 21 111 Alt 2 51 84 No arv 13-24 0-12 0-12 Anadenanthera macrocarpa Anadenanthera sp 25-36 Alt 143 175 207 132 DAP 0,97 0,87 0,37 0,69 No arv 25 Alt 51 DAP - 17 14 Alt 30 34 - - 2 3 12 13 2 4 Alt 45 170 236 175 57 219 451 - 2,53 2,72 2,15 - 2,85 8,97 2 1 19 2 Alchornea triplinervia 10 25-36 Londrina 3 DAP 13-24 No arv Albizia polycephala Irati DAP 25-36 Guarapuava No arv Aegiphila sellowiana Campo Mourão DAP Espécie Francisco Beltrão No arv Idade (meses) Alt 52 40 65 210 103 - DAP - - - 0,4 Paranavaí 10 3 2 2 No arv Alt 3,4 - 2,8 continua... 316 68 294 205 3,9 Umuarama Tabela 2. Número de árvores, altura (cm) e diâmetro à altura do peito (cm), das espécies plantadas em mata ciliar nas regiões com escritório regional do IAP sorteadas para avaliação. DAP 26 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná No arv DAP Paranavaí Casearia sylvestris Campomanesia xanthocarpa Caesalpinia ferrea Caesalpinia peltophoroides Bauhinia forficata Ateleia glazioveana No arv Alt No arv 4 5 128 67 Alt - - 2 23 - - 3 5 77 54 - - 5 1 3 0-12 2 32 - 2 2 37-48 7 25-36 13-24 0-12 25-36 1 - - DAP 25-36 34 85 Alt 52 DAP 4 2 17 No arv 3 Alt 13-24 0-12 25-36 13-24 0-12 25-36 13-24 8 Alt 97 625 65 400 298 292 129 248 215 1,15 31,1 0,3 4,3 3,23 7,84 - 2,07 2,36 13 7 Alt 45 20 - - 1 2 DAP 25-36 No arv 6 Londrina DAP 13-24 Irati No arv Astronium graveolens Guarapuava DAP Espécie Campo Mourão No arv Idade (meses) Francisco Beltrão Umuarama - - - DAP continua... 49 52 40 Alt Tabela 2. Continuação. Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná 27 DAP No arv Alt DAP - No arv 1 58 Alt - 8 Irati 30 - 1 13-24 Citharexylum myrianthum 7 3 148 102 0,66 1,07 14 8 7 37 15 0-12 2 1 - - 4,7 3,88 25-36 99 27 91 195 97 6 2 3 1 1 4 13-24 0-12 25-36 13-24 Chorisia speciosa 25-36 13-24 5 37 DAP 5 3 No arv 0-12 2 Guarapuava Alt 25-36 75 Campo Mourão DAP 4 25-36 Cordia trichotoma No arv 25 Alt Francisco Beltrão No arv 13-24 25-36 Chlorophora tinctoria Cedrela fissilis Cecropia hololeuca Espécie Idade (meses) Alt 480 417 205 225 322 170 112 42 576 175 192 6 DAP 14,9 5,69 2,96 2,71 3,11 4,32 3,12 - 22,42 4,03 Londrina No arv 2 3 2 5 Alt 16 88 82 168 DAP - - 1,7 1,1 Paranavaí No arv 1 3 4 1 5,5 - - continua... 250 31 80 91 4,1 Umuarama Alt Tabela 2. Continuação. DAP 28 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná 25-36 Ficus enormis Eugenia uniflora Eugenia pyriformis Eugenia involucrata Alt No arv Alt 140 DAP - 7 No arv 19 - 2 2 14 22 26 - - 2 1 172 180 7,34 2,3 4 10 13-24 37-48 3 6 171 150 3,7 3,1 3 - 14,12 3,76 6,75 1,3 4,62 6 24 487 312 425 149 284 30 25-36 8 Alt 165 DAP 2,76 Londrina No arv 13-24 0-12 13-24 0-12 25-36 13-24 0-12 17 3 Alt 25-36 - 2 - DAP 5 10 102 31 Alt 13-24 2 1 0-12 Drimys brasiliensis Enterolobium contortisiliquum 1 13-24 No arv Diatenopteryx sorbifolia 2 26 25-36 Irati 7 DAP 13-24 No arv Croton floribundus Guarapuava DAP Espécie Campo Mourão No arv Idade (meses) Francisco Beltrão Alt 243 15 23 216 70 - DAP 3,4 - - 2,65 Paranavaí No arv 2 8 3 3 2 2 - - - continua... 49 33 101 151 156 DAP 1,97 Umuarama Alt Tabela 2. Continuação. Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná 29 Inga sessilis DAP 260 3 3 51 - 11 41 - 2 50 32 - - 2,5 2 141 2 42 - 1 2 47 - 0-12 13-24 23 4 25-36 0-12 2 13-24 101 100 0,3 - 8 2 13,64 - - 3 3 25-36 428 1,24 - 6 5 138 26 8 117 54 DAP 0,28 Paranavaí No arv 13-24 0-12 27 1 25-36 320 2 13-24 1 15 6 0,14 No arv 25-36 25-36 Ilex paraguariensis Alt 45 Alt 15 Guazuma ulmifolia Hymenaea courbaril No arv 21 362 DAP 11,78 Londrina No arv 13-24 25-36 Heliocarpus americanus DAP - DAP 2 Alt 49 No arv 0-12 DAP 10 No arv 6 Irati Alt Guarapuava Alt Campo Mourão No arv 25-36 Gochnatia polymorpha Genipa americana Gallesia integrifolia Espécie Idade (meses) Alt Francisco Beltrão - - - 0,46 0,38 continua... 60 28 109 85 22 32 0,5 Umuarama Alt Tabela 2. Continuação. DAP 30 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Mimosa bimucronata Luehea divaricata Lonchocarpus muehlbergianus Hymenaea courbaril Jacaranda sp Jacaranda puberula Jacaranda micrantha Espécie 4 0-12 Alt DAP 101 DAP - - No arv 6 Alt 68 DAP 1 Alt 290 151 DAP 2,3 0,7 4 2 9 No arv 38 16 96 - - 1,14 Paranavaí 1 2 13-24 0-12 25-36 13-24 0-12 25-36 2 1 93 140 - 3 18 114 1,05 1 57 1 42 - 15 2 32 32 145 44 - - 0,08 6 17 2 2 Alt 45 No arv 3 Londrina Alt 25-36 0,41 4,72 - No arv 3 Irati DAP 1 41 328 21 Guarapuava No arv 13-24 7 5 13-24 - - - - DAP 6 45 20 58 74 Campo Mourão No arv 0-12 25-36 11 4 13-24 13-24 71 Alt Francisco Beltrão No arv 0-12 37-48 25-36 Idade (meses) 1,32 - - - 2,8 continua... 143 132 140 18 170 368 DAP 3,37 Umuarama Alt Tabela 2. Continuação. Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná 31 Parapiptadenia rigida Ocotea puberula Myrciaria trunciflora Mimosa scabrella Mimosa regnellii var. pungens Mimosa flocculosa Espécie No arv DAP 9 Alt 135 171 DAP 1,74 1,25 No arv 4 Alt 124 DAP - No arv 5 Irati Alt 80 DAP - No arv 1 2 Londrina Alt 163 158 DAP - 1,5 13 No arv Paranavaí 33 - 4 24 23 84 77 0,23 - 1 65 - 10 3 2 - - - 25-36 58 8 254 13 13 4 21 1 13-24 0-12 0-12 13-24 0-12 25-36 13-24 0-12 25-36 13-24 0-12 32 77 324 130 192 - 0,21 2,99 2,07 2,3 36 48 0,31 5 8 1 1 1 1 2 4 2 5 No arv 22 Guarapuava Alt 25-36 360 Campo Mourão DAP 1 1 Alt Francisco Beltrão No arv 13-24 0-12 25-36 Idade (meses) - 1,74 - - 3,1 - - - 7,15 9,8 continua... 42 148 40 57 300 164 19 72 400 100 263 4,45 Umuarama Alt Tabela 2. Continuação. DAP 32 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná 1,16 5 No arv 39 - 14 37 - - 3 77 1,51 0-12 136 78 - - 8 24 - 2 3 144 259 - 2,78 1,15 0,8 5,51 2 1 6 28 0-12 6 1 1 2,3 1,4 25-36 - - 1 4 221 199 349 238 172 6 7 92 51 97 470 2 Alt 161 DAP 2,67 Londrina No arv 13-24 25-36 2 1 25-36 Prunus brasiliensis 13-24 4 0-12 Piptadenia gonoacantha 1 25-36 5 34 127 25-36 Phytolacca dioica Pterogyne nitens 109 DAP - Alt 45 25-36 Psidium cattleianum 33 Alt 49 DAP 13-24 6 - 3 No arv 7 No arv 3 39 DAP - Irati Alt 3 28 205 83 Guarapuava DAP 0-12 1 7 Campo Mourão No arv 25-36 13-24 0-12 No arv Peschiera funchsiaefolia Peltophorum dubium Patagonula americana Espécie Idade (meses) Alt Francisco Beltrão Alt 254 64 14 106 185 39 33 - - DAP 1,52 - - - 1,45 Paranavaí No arv 2 8 1 23 22 205 221 44 233 90 1 DAP - 2,2 - 4,39 Umuarama Alt Tabela 2. Continuação. Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná 33 Schinus molle DAP No arv Alt - - 2 78 - 11 26 27 49 - - 3 1 22 6 5 Tabebuia crysotricha Tabebuia avellanedae 124 - 25-36 2 28 1 - 25-36 86 2 2 13-24 0-12 4 53 163 72 DAP 15 2 4 8 - DAP 25-36 - - - Alt 112 No arv 13-24 30 30 92 No arv 3 Irati Alt Senna multijuga 29 3 11 Guarapuava DAP 0-12 25-36 13-24 0-12 13-24 25-36 13-24 0-12 No arv Campo Mourão No arv Senna macranthera Sebastiania commersoniana Schizolobium parahyba Schinus terebenthifolius 13-24 Espécie 25-36 Idade (meses) Alt Francisco Beltrão Alt 211 234 216 255 230 193 261 202 285 285 DAP 3,75 2,12 1,37 3,1 2,11 2,3 2,64 1,15 2,93 2,93 Londrina No arv 6 36 Alt 87 94 DAP 0,92 0,99 Paranavaí No arv 1 1 5 18 - - 1,1 continua... 36 39 177 102 0,21 Umuarama Alt Tabela 2. Continuação. DAP 34 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Tabebuia ochracea Vitex megapotamica Trema micrantha DAP No arv 1 Alt 51 DAP - No arv 2 Alt 37 DAP - No arv DAP Alt No arv Londrina 2 18 - 2 25-36 0-12 2 13-24 0-12 325 4,1 337 3,45 2 2 1 - - Irati Alt 25-36 145 60 Guarapuava DAP 10 2 1 No arv Campo Mourão No arv 13-24 13-24 0-12 Espécie Tabebuia sp Idade (meses) Alt Francisco Beltrão Alt 211 116 165 54 - DAP 2 2,3 3,3 Paranavaí No arv 2 3 3 4 Umuarama 5 60 84 52 Alt Tabela 2. Continuação. DAP - - - - Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná 35 36 Comportamento de espécies florestais plantadas pelo Programa Mata Ciliar no Estado do Paraná Referências BARBOSA, L. M.; ASPERTI, L. M.; BARBOSA, J. M. Comportamento de espécies pioneiras implantadas em uma área de reflorestamento utilizando diferentes espaçamentos. In: SIMPÓSIO DE ECOSSISTEMAS BRASILEIROS, 4., 1998, Águas de Lindoia. Anais. 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