Janeiro - Adventist World
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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Ja n e i ro 2 01 1 Apelo Urgente por Reavivamento, Reforma, Discipulado e Evangelismo 12 A História de Neemias 17 Saúde Espiritual 24 Nossa Maior Necessidade Jane iro 2011 IGREJA EM AÇÃO Editorial ............................ 3 A R T I G O D E C A P A O Dom Prometido por Deus.................................... 8 S H E R W I N Quando Deus concede o Espírito Santo, tudo é transformado. DEVOCIONAL A História de Neemias B . Por Gerald A. Klingbeil .................... 12 Notícias do Mundo 3 Fatos & Imagens SAÚDE Saúde Espiritual ........... 17 Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless D AV I D O que podemos aprender de um reavivamento ocorrido há 2.500 anos? PERGUNTAS CONVITE Por Que Não Agora? Por Ted N. C. Wilson, Mark Finley, Armando Miranda e Jerry Page ............................ 14 BÍBLICAS Santo ao Senhor ..............26 Por Ángel Manuel Rodríguez Este é o tempo para o reavivamento. ESPÍRITO DE PROFECIA Verdadeiro Versus Falso Reavivamento Por Ellen G. White ...................................................................... 18 Quando Deus chama Seu povo, qual é o Seu objetivo? MAIS ESTUDO BÍBLICO Libertação na Prova ........................... 27 Por Mark Finley INFORMAÇÃO Recursos para Reavivamento e Reforma ..................... 20 Por Sandra Blackmer e Kimberly Luste Maran Livros, DVDs e sites para enriquecer sua vida devocional. INTERCÂMBIO MUNDIAL 29 Cartas 30 Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Ideias ENTREVISTA No Caminho Certo ............................................................. 22 Bill Knott, editor da Adventist World, conversa com o pastor Brett Townend. CRENÇAS O Lugar das Pessoas ............................ 32 FUNDAMENTAIS Nossa Maior Necessidade Por Norman R. Gulley ................................................................ 24 O que estará Cristo esperando? Tradução: Sonete Magalhães Costa Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 7, nº 1, Janeiro de 2011. 2 Adventist World | Janeiro 2011 www.portuguese.adventistworld.org A Igreja em Ação EDITORIAL Orando pela Estação das Chuvas “Sobre cada vida alguma chuva deve cair.” Essa frase do poeta Henry Wadsworth Longfellow nos relembra que desapontamento e desconforto são inevitáveis em nossa vida. O autor usa a chuva como metáfora de tudo o que nos impede de viver em permanentes dias de sol. Entretanto, para um povo que definha numa paisagem ressequida, a inevitabilidade da chuva soa mais como uma promessa, e até profecia: “Sobre cada vida alguma chuva deve cair.” Ao redor de todo o mundo, o povo de Deus tem levantado as mãos para os Céus e orado pela prometida chuva serôdia do Espírito Santo. Fazemos isso com a santa ousadia de cristãos confiantes de que essa é uma súplica que o Céu não pode recusar-se a responder: “Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque Ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia” (Jl 2:23, Almeida Revista e Atualizada). Esta edição especial da Adventist World está concentrada no apelo aos adventistas do sétimo dia de todo o mundo para que abram o coração a uma nova experiência de reavivamento e reforma. Distinta de todas as outras edições, nos cinco anos de história desta revista, esta edição agrupa artigos e recursos destinados a chamar sua atenção ao desejo de Deus de renovar o Seu povo. “O Dom Prometido por Deus” é um convite irresistível ao reavivamento pessoal e corporativo, votado por unanimidade pelos delegados do Concílio Anual do Comitê Executivo da Associação Geral. Leia-a cuidadosamente e em oração. O devocional de Gerald Klingbeil, “A História de Neemias”, apresenta a narrativa de um dos mais importantes reavivamentos da história de Israel e traz várias lições para nossos dias. “Por que Não Agora? Reflexões Sobre o Reavivamento” realça a experiência prática e interesse espiritual que caracterizam todo grupo de cristãos que abre a vida para o poder da chuva serôdia de Deus. A seção do Espírito de Profecia deste mês, “Verdadeiro Reavivamento”, lembra-nos de que a Palavra de Deus deve ser o centro de toda genuína experiência de reavivamento. O artigo sobre “Recursos para o Reavivamento e Reforma” oferece aos leitores uma amostra de material bíblico, livros devocionais, materiais da mídia e sites da internet apelando a você e à sua congregação a preparar-se para o derramamento do Espírito Santo. “No Caminho Certo”, entrevista com um pastor cuja igreja está atualmente experimentando um reavivamento, ressalta simples passos que induzem a congregação a uma nova consciência do poder de Deus. Finalmente, o artigo sobre as Crenças Fundamentais deste mês, “Nossa Maior Necessidade”, relembra-nos de que o reavivamento e a reforma têm como alvo um único evento, que transformará o mundo: a segunda vinda de Cristo. Leia esta edição especial nos momentos em que seu coração estiver tranquilo e você tiver tempo para meditar e orar. Então, prepare-se para a chuva de bênçãos! – Bill Knott NOTÍCIAS DO MUNDO “Cremos que os líderes da Divisão Interamericana [América Central] são comprometidos e consagrados, capazes de realizar um trabalho de qualidade sob a liderança do Espírito Santo”, afirmou o pastor Israel Leito, presidente da igreja na América Central. “É por isto que realizamos esta cerimônia de comissionamento: para testemunhar para a divisão e lhes mostrar gratidão pelos anos de fidelidade e bom serviço.” CONCEDIDA: Pastor Hector Sanchez concede credencial de ministro comissionado a Dinorah Rivera, durante cerimônia especial em Martinica, no dia 6 de novembro de 2010. L I B N A ■ Os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América Central reconheceram o trabalho de oito dos seus obreiros, concedendo-lhes credencial de ministro comissionado durante uma cerimônia especial realizada na Igreja Adventista de Smyrna, em Fort-de-France, Martinica, no dia 6 de novembro de 2010. A cerimônia aconteceu no final das reuniões do comitê executivo da igreja. S T E V E N S / I A D América Central: Igreja Concede Credencial de Ministro Comissionado para Oito Obreiros Janeiro 2011 | Adventist World 3 A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO 4 Adventist World | Janeiro 2011 “Essa é uma alta honra concedida pela igreja a você”, continuou Simmons, “Mas você pode descer e andar pela Terra como fez Jesus. Esse comissionamento é para a vida; você não se livra dele quando a caminhada se torna difícil ou quando você fica cansado. Você agora está ligado a Deus por um relacionamento muito especial.” Antes da oração de comissionamento, o pastor Hector Sanchez, secretário ministerial da igreja para a América Central, desafiou os candidatos a continuarem servindo a Deus: “É maravilhoso trabalhar para Deus, viver para Ele e trabalhar para essa maravilhosa igreja. Que as pessoas olhem para você e sejam influenciadas por sua determinação e compromisso em terminar a obra.” Para Myrna Costa, uma dos três vice-presidentes da divisão, a cerimônia marcou um renovado comprometimento com seu trabalho. “Para mim, isso coroa minha experiência trabalhando para a igreja; dá-me confiança de seguir em frente, para fazer mais, e alcançar outros alvos e níveis na causa”, testemunhou. CERIMÔNIA ESPECIAL: Oito obreiros da Divisão Interamericana receberam credenciais de ministros comissionados durante cerimônia especial na Igreja Adventista do Sétimo Dia em Fort-de-France, Martinica. S T E V E N S / I A D Santos, coordenadora da Afam, com 13 anos de serviço; Cecilia Iglesias, diretora do Ministério da Mulher, com 26 anos de serviço; Abel Marquez, diretor associado de comunicação, com 18 anos de serviço; Louise Nocandy, diretor do ministério jovem, com 30 anos de serviço; e Dinorah Rivera, diretora do ministério infantil, com 28 anos de serviço. Ella Smith Simmons, vice-presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, pronunciou uma mensagem especial durante a cerimônia para a igreja repleta. Simmons refletiu sobre Mateus 25:1-13 e sobre a necessidade de os candidatos estarem constantemente cheios do poder do Espírito Santo ao continuarem a serviço da missão da igreja. “Devemos brilhar como luzes; devemos mostrá-la para benefício da missão”, explicou Simmons. Ela também incentivou os candidatos a serem valorosos aos olhos de Deus e lhe disse que o interior deve brilhar no exterior da pessoa. L I B N A Em maio, foram concedidas credenciais de ministros comissionados a cinco obreiros. Duas mulheres foram comissionadas em 2006, sendo a primeira reunião de comissionamento do gênero na Divisão Interamericana. No total, agora há 15 homens e mulheres comissionados como ministros ativos na divisão e em sua casa publicadora. “Esse é o mais alto reconhecimento dado pela igreja aos obreiros não ministeriais, pois queremos que eles tenham a certeza do reconhecimento ao seu trabalho no território da divisão”, declarou o pastor Leito. Segundo os regulamentos trabalhistas da igreja, sempre que a organização empregadora achar prudente oferecer credenciais de ministro para um obreiro, é realizada uma cerimônia para conferir oficialmente ao obreiro essa alta honra de reconhecimento da organização ao serviço. É também uma cerimônia que estimula o obreiro a continuar em direção ao cumprimento da missão por meio do serviço organizacional. Para ser indicado a receber credencial de ministro comissionado, o obreiro deve trabalhar regularmente para a igreja por mais de cinco anos e ser capaz de demonstrar eficiência nas responsabilidades a ele concedidas. Os ministros comissionados podem servir como pastores associados, instrutores bíblicos, tesoureiros, diretores de departamentos, diretores associados e assistentes de departamentos, capelães de instituições, presidentes e vicepresidentes de instituições, auditores e diretores dos Christian Record Services International. De acordo com os Regulamentos Eclesiástico-Administrativos, os ministros comissionados geralmente não são candidatos à ordenação. A cerimônia foi realizada para conferir oficialmente a credencial especial aos obreiros Belkis Archbold, diretora do ministério da saúde, com 31 anos de serviço; Myrna Costa, vice-presidente, com 31 anos de serviço; Leticia Centro de Mídia Russo Prega o Evangelho há Vinte Anos ■ Já se passaram duas décadas desde que o sinal do Centro de Mídia Voz de Esperança, em Tula, Rússia, foi transmitido pela primeira vez no maior país do mundo. “Isso não foi nada menos do que um milagre, porque as estações de rádio da União Soviética foram construídas para difundir a propaganda comunista e, agora, transmite programas cristãos”, explicou o diretor Sergey Kuzmin. O centro de mídia começou como um estúdio pequeno em uma residência particular, e ao longo dos anos transformou-se em um grande A D V E N T I S TA M U N D I A L VOZES DA ESPERANÇA: Equipe do Centro de Mídia Voz da Esperança, em Tula, Rússia, que recentemente comemorou seu vigésimo aniversário. centro de mídia, com produção própria de rádio e televisão. Sua escola por correspondência já processou mais de um milhão de cartas e pacotes e já sediou campanhas evangelísticas via satélite na TV. Como resultado, milhares de pessoas conheceram a Cristo, e muitos deles O aceitaram como Salvador pessoal. Aproximadamente mil adventistas, assim como representantes do governo de Moscou, outras denominações e mídias religiosas compareceram à celebração de aniversário, realizada na Igreja Adventista Central de Moscou. Todos os artistas adventistas que se apresentaram durante o evento, gravaram sua música nos estúdios da Voz da Esperança, ao longo dos anos. “Nosso programa de rádio foi o primeiro programa religioso transmitido na Rússia após a queda do comunismo na União Soviética”, informou Peter Kulakov, primeiro diretor da Voz da Esperança. A Rádio Mundial Adventista desempenhou um papel significativo nos vinte anos de história do centro de mídia, patrocinando o tempo de transmissão na Rádio Russa e outras estações russas, transmitindo programas pelas ondas curtas de sua estação em Guam e começando podcasts russos este ano. “Hoje, estamos fazendo nosso melhor para que, por meio da rádio, da televisão e da internet, a verdade bíblica alcance os lugares mais remotos, não apenas de nosso país, mas também de todo o planeta”, afirmou Kuzmin. R Á D I O “Esta cerimônia significa reconhecimento”, disse Dinorah Rivera. “Ela nos capacita a realizar a missão com um selo.” E acrescentou que, embora a credencial não mude suas responsabilidades, inspira e renova o compromisso com a missão da igreja. “Participar da cerimônia significa a confirmação do chamado de Deus”, asseverou Abel Marquez. “O fato de eu estar recebendo essa credencial ministerial significa o maravilhoso privilégio de saber que Deus me escolheu para servi-Lo fielmente. O compromisso de trabalhar para a igreja é uma alta honra.” Em outros lugares do território, homens e mulheres receberam credenciais de ministros comissionados, como na região do Caribe e nas Índias Ocidentais. Outras regiões administrativas da igreja estão abertas para receber tais credenciais em futuro próximo. A Igreja Adventista do Sétimo Dia na América Central é composta por mais de 3,3 milhões de membros que se reúnem em mais de 10.395 igrejas e congregações. Administra dezenas de instituições de saúde, escolas e companhias de alimentos saudáveis em todas as 21 regiões administrativas da igreja. – Reportagem de Libna Stevens, diretora assistente de comunicação da Divisão Interamericana. Ouvintes como Franceska Skorodumova estão respondendo. Ela escreve da cidade de Novocherkassk, na região de Rostov: “Gostaria de agradecer pelos maravilhosos programas. Quando acordamos, a primeira coisa que fazemos é ligar o rádio para ouvirmos seu novo programa. É com muito prazer que ouvimos suas entrevistas e conversas sobre Cristo, a Bíblia e a fé. Sempre somos surpreendidos com a nossa situação espiritual após ouvirmos seus programas, pois é como se fôssemos ungidos com o azeite da cura.” – Reportagem de Shelley Nolan Freesland, Rádio Mundial Adventista. Filipinas: Departamento de Educação Especifica Direito à Observância do Sábado ■ O Departamento de Educação do governo das Filipinas recentemente solidificou seu apoio à liberdade de expressão religiosa para estudantes que desejam ser liberados das atividades escolares no sábado. Um recente decreto do departamento permite que estudantes adventistas do sétimo dia sejam liberados das aulas e exames escolares aos sábados. O decreto é uma sequência do memorando de janeiro de 2010, liberando os membros da igreja adventista que trabalham no Departamento de Educação, de participar de cursos de capacitação profissional e de exames aos sábados. “Sou muito grato por esse decreto e tenho certeza de que nossos alunos vão Janeiro 2011 | Adventist World 5 A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO se alegrar com essa nova possibilidade”, expressou-se Jonathan Católico, diretor de relações públicas e liberdade religiosa dos adventistas na região do Pacífico-Sul Asiático. Parte do decreto do dia 14 de outubro de 2010 afirma o seguinte: “Funcionários e alunos pertencentes a qualquer grupo religioso em que o sábado é dia de descanso não deve ser requisitado a participar de seminários, exames, aulas especiais, treinamentos ou outras atividades escolares nesse dia.” O decreto também determina que os alunos ausentes aos sábados por motivo de culto religioso não terão suas notas reduzidas. Jonathan Católico dá o crédito ao deputado Daryl Grace Abayon, que recebeu reclamações de estudantes que se sentiram excluídos do memorando de janeiro. Abayon escreveu ao Secretário de Educação Armin Luistro abordando o assunto. Vários alunos já usaram o decreto. “Ele me ajudou a explicar aos meus professores que os adventistas realizam cultos aos sábados, e agora sou liberado das minhas aulas nesse dia”, informou Ralph Waldo Camay Realisan, aluno do quarto ano da Young Achievers International School, em Manila. Care Mae Aguirre, aluna da Escola de Ensino Médio E. Rodriguez, declarou que suas notas foram reduzidas após as aulas aos sábados se tornarem obrigatórias, no ano passado, depois de um período escolar perdido após os tufões: “Esse decreto é um grande alívio para os alunos muito preocupados com seus estudos”, acrescentou ela. Seu pai, Eric Aguirre, testemunhou: “Com esse decreto, como pais, não teremos mais do que explicar aos professores. porque nossos filhos devem estar na igreja e não na escola. Espero que, por meio dele, possamos ensinar aos estudantes adventistas a serem fiéis na guarda do sábado.” – Reportagem de Ron Genebago, Rede Adventista de Notícias 6 Adventist World | Janeiro 2011 Ajuda a Mineiros Chilenos Resulta em Evento Evangelístico Dois dos mineiros resgatados comparecem à campanha de Robert Costa D ois dos mineiros resgatados do interior do solo a cerca de 700 metros de profundidade, em Copiapó, Chile, foram entrevistados por Robert Costa durante campanha evangelística transmitida via satélite, em outubro de 2010, realizada em Santiago, capital do país. O pastor Costa é evangelista adventista e recentemente tornou-se secretário ministerial associado da Associação Geral. A série evangelística Tempo de Esperança foi realizada em Santiago e transmitida via satélite para 17 mil locais diferentes. Estima-se que cerca de dois milhões de pessoas assistiram aos programas, via satélite, por TV a cabo ou gravados em DVD. Uma atração importante nas reuniões foi a breve entrevista com os dois mineiros. Embora ambos não sejam adventistas do sétimo dia, os dois mineiros, inclusive Mário Sepulveda, sentem-se próximos do pastor Carlos Parra Diaz, que conseguiu 33 Bíblias em miniatura para serem enviadas lá embaixo para os mineiros presos. “Esse livro nos trouxe esperança. Esperança de que algo bom iria acontecer”, disse um dos mineiros. O pastor Robert Costa também exibiu uma bandeira chilena assinada por todos os mineiros, onde a gratidão é expressa a todos que os encorajaram, incluindo o Asaf, um grupo musical adventista que enviou seus CDs para os mineiros presos. De cima para baixo: BANDEIRA DE GRATIDÃO: Uma bandeira assinada pelos 33 mineiros chilenos soterrados foi dedicada ao Asaf, grupo musical adventista. O pastor adventista Carlos Parra Diaz conseguiu Bíblias em miniatura para enviar aos mineiros, que apreciaram sua ajuda. EVANGELISTA NO CHILE: Robert Costa, agora secretário ministerial associado da Associação Geral, com sua esposa Nancy. Costa pregou na campanha evangelística em outubro de 2010, em Santiago, Chile, transmitida via satélite, onde dois mineiros resgatados falaram sobre sua experiência. M A R K Nesse período, os membros da família do primeiro mineiro a ser resgatado da mina ficaram animados e surpresos não apenas com o impacto de ver um membro da sua família outra vez, mas de ver que muitos deles estavam usando camisetas com mensagens espirituais. A camiseta possuía a imagem de uma grande estrela branca sobre um quadrado azul e vermelho, onde podia ser lido: “Gracias, Señor!” (Obrigado, Senhor!). Acima estava escrito: “Nas Suas mãos estão as profundezas da Terra, os cumes dos montes Lhe pertencem [Sl 95:4]. A Deus seja a honra e glória!” Alberto Segovia, irmão de David Segovia, um dos 33 mineiros, ficou alegre e surpreso. Ele descreve: “Não sabíamos que eles iriam sair vestindo as camisetas, só a roupa verde do resgate. Mas quando saíram, e vimos a primeira camiseta, fiquei surpreso.” Segovia crê que o fato de terem usado a camiseta com essa mensagem deixa claro que os mineiros estavam emergindo da terra espiritualmente renovados. “David me disse que assim que sair daqui, a primeira coisa que fará é ir a uma igreja para agradecer a Deus”, declarou. “Não éramos 33 pessoas no subsolo”, disse um dos mineiros ao K E L L N E R / A D V E N T I S T W O R L D pastor Costa. “Éramos 34, porque Jesus estava conosco.” No dia 5 de agosto um desabamento na mina San José, em Copiapó, deixou 33 trabalhadores presos em uma galeria, a cerca de 700 metros de profundidade. Após 17 dias, as equipes de resgate obtiveram sucesso conseguindo contato com o grupo e, por meio de um bilhete enviado à superfície, descobriram que todos estavam vivos. Dali em diante, começou uma operação para retirá-los em segurança da mina. A escavação de um túnel foi completada em 33 dias, quando os mineiros foram alcançados. O processo terminou no sábado, quando a máquina de perfurar alcançou o refúgio onde estavam. Após essa etapa, a equipe de resgate decidiu reforçar o túnel, embora parcialmente, para aumentar a segurança antes de retirá-los. Os mineiros foram colocados na cápsula Fênix II, cujo diâmetro era de aproximadamente 53 centímetros, para fazer a viagem rumo à liberdade. – Reportagem de Mark A. Kellner, editor de notícias da Adventist World, com informação adicional de Felipe Lemos, da Divisão Sul-Americana. Janeiro 2011 | Adventist World 7 A R T I G O D E C A PA D eus chamou, de forma singular, a Igreja Adventista do Sétimo Dia para viver e proclamar Sua mensagem de amor e verdade para os últimos dias do mundo (Ap 14:6-12). O desafio de alcançar os mais de seis bilhões de pessoas no planeta Terra com Sua mensagem para o tempo do fim parece impossível. A tarefa é esmagadora. De uma perspectiva humana, o rápido cumprimento da Grande Comissão de Cristo, em algum momento próximo, parece improvável (Mt 28:19, 20). A taxa de crescimento da Igreja simplesmente não está acompanhando o crescimento da população mundial. Uma avaliação honesta de nosso impacto evangelístico atual no mundo leva à conclusão de que, a não ser que haja uma mudança dramática, não concluiremos a comissão celestial nesta geração. A despeito de nossos melhores esforços, todos os nossos planos, estratégias e recursos são incapazes de concluir a missão dada por Deus para Sua glória na Terra. O Dom Prome Promessa de Cristo à Sua Igreja do Novo Testamento O desafio de levar o evangelho ao mundo não é novo. Os discípulos enfrentaram esse desafio no primeiro século, e nós o enfrentamos no século 21. A igreja do Novo Testamento foi, aparentemente, confrontada com uma tarefa impossível. Porém, dotada do poder do Espírito Santo, a igreja teve um crescimento explosivo (At 2:41; 4:4; 6:7; 9:31). Os primeiros cristãos compartilharam sua fé em todas as partes (At 5:42). A graça de Deus transbordou do coração deles para sua família, amigos e colegas de trabalho. Apenas poucas décadas depois da crucifixão, o apóstolo Paulo relatou que o evangelho “foi pregado a toda criatura debaixo do céu” (Cl 1:23). Como foi possível a um desconhecido grupo de crentes relativamente insignificante exercer impacto no mundo em um período tão curto de tempo? Como tão poucos cristãos puderam ser usados por Deus para transformar o mundo para sempre? D AV I D 8 Adventist World | Janeiro 2011 B . S H E R W I N etido por Apelo eus urgente por reavivamento, reforma, discipulado e evangelismo. A Grande Comissão de Cristo foi acompanhada de Sua grande promessa. O Salvador “determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai” (At 1:4). E também prometeu: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra” (At 1:8). O amor de Cristo controlava cada aspecto da vida dos discípulos e os levava a um compromisso fervoroso com Seu serviço. Eles rogaram a Deus o poder prometido do Espírito Santo e prostraram-se diante dEle em sincera confissão e fervoroso arrependimento. Davam prioridade à busca das bênçãos de Deus e dedicavam tempo para a oração e para o estudo das Escrituras. Suas mesquinhas diferenças foram absorvidas por seu desejo todo abrangente de compartilhar o amor de Cristo com todos a seu redor e de alcançar o mundo com o evangelho. Nada era mais importante. Eles reconheceram que eram incapazes de cumprir a missão sem o poderoso derramamento do Espírito Santo. Descrevendo a experiência dos discípulos, Ellen G. White escreveu: “Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã. [...] A tristeza lhes inundava o coração ao se lembrarem de quantas vezes O haviam mortificado por terem sido tardos de compreensão, falhos em entender as lições que, para seu bem, estivera buscando ensinar-lhes. [...] Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual, e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas. Não suplicaram essas bênçãos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que lhes cabia nessa obra de salvação de almas. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao mundo, e reclamavam o poder que Cristo prometera” (Atos dos Apóstolos, p. 37). Cristo cumpriu Sua palavra. O Espírito Santo foi derramado no poder pentecostal. Milhares se converteram em um dia. A mensagem do amor de Cristo exerceu impacto no mundo. Em um curto período de tempo, o nome de Jesus Cristo estava nos lábios de homens e mulheres em todas as partes. “Mediante a cooperação do Espírito divino, os apóstolos fizeram uma obra que abalou o mundo. O evangelho foi levado a todas as nações numa única geração” (Atos dos Apóstolos, p. 593). A Promessa de Cristo para a Igreja do Tempo do Fim O derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, na chuva temporã, foi apenas um prelúdio do que está para acontecer. Deus prometeu derramar Seu Espírito Santo em abundância nos últimos dias (Jl 2:23; Zc 10:1). A Terra será iluminada “com Sua glória” (Ap 18:1) e a obra de Deus neste mundo será rapidamente concluída (Mt 24:14; Rm 9:28). A Igreja experimentará um reavivamento espiritual e a plenitude do poder do Espírito Santo como nunca ocorreu antes em sua história. Falando do derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, Pedro nos dá esta certeza: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2:39). Ellen G. White acrescenta: “Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo, muitos se separarão das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como Janeiro 2011 | Adventist World 9 A R T I G O D E C A PA leigos, aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor” (O Grande Conflito, p. 464). Centenas de milhares de pessoas aceitarão a mensagem dos últimos dias, dada por Deus, mediante o ensino e a pregação de Sua Palavra. Oração, estudo da Bíblia e testemunho são os elementos de todo verdadeiro reavivamento. A manifestação do Espírito Santo se intensificará à medida que o fim se aproxima. “Ao avizinhar-se o fim da ceifa da Terra, uma especial concessão de graça espiritual é prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do Filho do homem” (Atos dos Apóstolos, p. 55). “Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes” (O Grande Conflito, p. 612). Não há nada mais importante do que conhecer Jesus, estudar Sua Palavra, compreender Sua verdade e buscar Sua promessa do derramamento do poder do Espírito Santo na chuva serôdia para o cumprimento da comissão evangélica. A profetisa de Deus para o remanescente nos últimos dias escreveu de forma muito clara para ser mal compreendida que “um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 121). Se um verdadeiro reavivamento espiritual é a maior e a mais urgente de nossas necessidades, não deveríamos, como líderes, dar prioridade à busca da bênção prometida pelo Céu, com todo o nosso coração? Nossa Grande Necessidade: Reavivamento e Reforma Quando buscamos Jesus, Ele nos preenche com Sua presença e poder mediante a dádiva do Espírito Santo. Anelamos por conhecê-Lo melhor e o Espírito Santo reaviva as faculdades espirituais adormecidas da alma. Não 10 Adventist World | Janeiro 2011 há nada que desejemos mais do que ter um relacionamento profundo e transformador com Jesus. O coração reavivado experimenta uma conexão vital com Jesus mediante a oração e a Palavra, e a reforma é a mudança correspondente que ocorre em nossa vida como resultado do reavivamento. “Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 128). A reforma não é manifestada com uma atitude de justiça própria que condena outros. É a transformação do caráter que revela os frutos do Espírito na vida (Gl 5:22-24). A obediência à vontade de Deus é evidência de todo verdadeiro reavivamento. Nosso Senhor anela por um povo reavivado, cuja vida reflita a amabilidade de Seu caráter. Não há nada que Jesus anseie mais do que um povo desejoso de conhecer pessoalmente Seu amor e compartilhá-lo com os outros. Compromisso e Apelo Como líderes e representantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia reunidos na sua sede mundial em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos da América, para o Concílio Anual de 2010, agradecemos a nosso grande e maravilhoso Deus por Sua fidelidade e bênçãos abundantes à Sua Igreja, desde seu início. A rápida expansão mundial de Sua Igreja, em membros e em instituições, é simplesmente um milagre de Deus. Embora O louvemos pela obra maravilhosa de cumprir Seu propósito por meio de Sua Igreja, e Lhe agradeçamos pelos líderes piedosos que guiaram Seu povo no passado, reconhecemos humildemente que, devido às nossas fragilidades humanas, até mesmo nossos melhores esforços são maculados pelo pecado e necessitam de purificação por meio da graça de Cristo. Reconhecemos que nem sempre temos dado prioridade ao dever de buscar a Deus pela oração e em Sua Palavra pelo derramamento do poder do Espírito Santo na chuva serôdia. Humildemente confessamos que, em nossa vida pessoal, em nossas práticas administrativas e nas reuniões das comissões, com frequência, temos agido com nossas próprias forças. “Nosso maior anseio é que Jesus volte” J E S P E R N O E R R e a v i v a mento e R e f o r m a Muitas vezes, a missão de Deus de salvar o mundo perdido não tem ocupado o primeiro lugar em nosso coração. Às vezes, em nossa intensa busca por fazer boas coisas, temos negligenciado o mais importante: conhecer a Deus. Com frequência, ambições mesquinhas, inveja e relacionamentos pessoais fragilizados têm subjugado nosso anelo pelo reavivamento e pela reforma e nos levado a trabalhar em nossa força humana, em vez de na força de Seu divino poder. Aceitamos a clara instrução de nosso Senhor de que “o tempo decorrido não operou nenhuma mudança na promessa dada por Cristo ao partir, promessa essa de enviar o Espírito Santo como Seu representante. Não é por qualquer restrição da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não fluem para a Terra em favor dos homens. Se o cumprimento da promessa não é visto como poderia ser, é porque a promessa não é apreciada como devia ser. Se todos estivessem dispostos, todos seriam cheios do Espírito” (Atos dos Apóstolos, p. 50). Confiamos no fato de que todo o Céu espera derramar o Espírito Santo, com poder infinito, para a conclusão da obra de Deus na Terra. Reconhecemos que a vinda de Jesus tem sido atrasada e que o anelo de nosso Senhor era ter vindo décadas atrás. Arrependemo-nos de nossa indiferença, de nosso mundanismo e de nossa falta de paixão por Cristo e Sua missão. Sentimos que Cristo nos chama a um relacionamento profundo com Ele, mediante oração e estudo da Bíblia, e a um mais ardente compromisso de transmitir Sua mensagem para os últimos dias ao mundo. Regozijamo-nos de que “é privilégio de todo cristão não somente aguardar, mas apressar a vinda do Salvador” (Atos dos Apóstolos, p. 600). Assim sendo, como representantes da Igreja mundial e em nome de todos os membros, comprometemo-nos a: 1. Pessoalmente dar prioridade ao dever de buscar a Deus para um reavivamento espiritual e o derramamento do Espírito Santo, no poder da chuva serôdia, em nossa vida, família e ministério. 2. Individualmente dedicar tempo significativo, a cada dia, para manter comunhão com Cristo mediante a oração e o estudo da Palavra de Deus. 3. Examinar nosso coração e pedir ao Espírito Santo para nos convencer de tudo que nos esteja impedindo de revelar o caráter de Jesus. Desejamos ter um coração disposto a fim de que nada em nossa vida impeça a plenitude do poder do Espírito Santo. 4. Incentivar os ministros da Igreja a dedicar tempo à oração, ao estudo da Palavra de Deus e a buscar o coração de Deus, a fim de compreenderem Seus planos para Sua Igreja. 5. Incentivar cada uma das organizações da Igreja a separar tempo para que os administradores, pastores, obreiros da saúde, das publicações, educadores, estudantes e todos os colaboradores busquem a Jesus e o prometido derramamento do Espírito Santo mediante o estudo da Palavra de Deus e da oração. 6. Priorizar o Seminário de Enriquecimento Espiritual e a Jornada Espiritual como meios de envolver os membros, servidores da Igreja e instituições em um forte movimento de comunhão e reavivamento, buscando a Deus na primeira hora de cada dia. 7. Usar cada mídia disponível, bem como diferentes reuniões, seminários e programas para apelar aos membros da Igreja a buscar um relacionamento profundo com Jesus, com vistas ao reavivamento e à reforma prometidos. 8. Urgentemente apelar e convidar todos os membros da Igreja a se unir a nós no abrir o coração ao poder transformador da vida, que é o Espírito Santo, o qual transformará nossa vida, nossa família, nossas organizações e nossas comunidades. Especialmente, reconhecemos que Deus usará as crianças e os jovens neste último e poderoso reavivamento e encorajará todos os nossos jovens a participar na busca de Deus para o reavivamento espiritual em sua vida e a capacitação do Espírito Santo para compartilhar sua fé com outros. Apelamos a cada membro de igreja a se unir aos líderes da Igreja e a milhões de outros adventistas do sétimo dia, buscando um relacionamento mais profundo com Jesus e o derramamento do Espírito Santo na primeira hora de cada dia, e também participando da corrente mundial de oração às sete horas de cada manhã ou tarde, sete dias na semana. Esse é um apelo urgente que deve alcançar todo o nosso território e circundar o globo com sincera intercessão. Esse é o chamado para um compromisso total com Jesus e para experimentar o poder transformador de vidas do Espírito Santo, e que nosso Senhor anela nos dar agora. Cremos que o propósito do derramamento do Espírito Santo no poder da chuva serôdia é concluir a missão de Cristo na Terra, a fim de que Ele possa vir em breve. Reconhecendo que nosso Senhor somente derramará Seu Espírito, em Sua plenitude, sobre uma igreja que tiver paixão pelas pessoas perdidas, determinamos apresentar e manter o reavivamento, a reforma, o discipulado e o evangelismo no topo de todas as nossas agendas de atividades da Igreja. Mais do que tudo o mais, anelamos pela vinda de Jesus. Apelamos a cada administrador, líder de departamento, obreiro institucional, obreiro da saúde, colportor, capelão, pastor e membro da Igreja a se unir a nós em tornar o reavivamento, a reforma, o discipulado e o evangelismo as prioridades mais urgentes e importantes de nossa vida pessoal e em nossas áreas no ministério. Estamos certos de que, ao buscarmos a Deus juntos, Ele derramará Seu Espírito Santo sem medida, a obra de Deus na Terra será concluída e Jesus virá. Juntamente com o idoso apóstolo João, na Ilha de Patmos, clamamos: “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20). Documento votado no Concílio Anual da Associação Geral em 11 de outubro de 2010, um chamado ao reavivamento, reforma, discipulado e evangelismo entre os líderes e membros em todo o mundo. – Os Editores Janeiro 2011 | Adventist World 11 D E V O C I O N A L A quela tinha sido uma época de profunda escuridão para o povo de Deus. Com Jerusalém em ruínas, o Templo destruído e a maioria do povo exilado na Babilônia, parecia não haver esperança para tal situação. Deus, porém, fez o impossível. Babilônia caiu e o novo superpoder da Medo-Pérsia permitiu que o povo de Deus retornasse ao lar – a Terra Prometida – em um segundo êxodo. O Senhor “despertou o espírito governo era boa, seus filhos podiam frequentar ótimas universidades, e o que poderiam esperar encontrar se eles retornassem? Uma cidade destruída, campos abandonados, vizinhos não amigáveis e um lugar perigoso localizado na borda do império entre o Egito e a Mesopotâmia. Quando lemos os primeiros capítulos do livro de Esdras, reconhecemos imediatamente a grandeza da tarefa e os muitos problemas (veja Ed 3-7). A (Ed 6:13-22). A partir de então, contudo, há um silêncio de muitas décadas. Saltamos para o ano 445 a.C., aproximadamente 70 anos depois da reconstrução do Templo, e Jerusalém enfrenta dificuldades. Neemias, um oficial de alto escalão da corte persa, recebe as más notícias sobre Jerusalém, e em uma das grandes orações da Bíblia, apresenta ao Senhor sua angústia (Ne 1:1-11). Ele confessa seus pecados e os do povo, mas também clama pelas promessas divinas de História de Por Gerald A. Klingbeil Neemias Lições de um reavivamento bíblico de Ciro” (Ed 1:1),* o rei persa. E quando Deus move um coração, quem pode deixar de responder? Início Difícil Com base em documentos extrabíblicos, listas de nomes, selos e outras inscrições, estudiosos calculam que as aproximadamente 50 mil pessoas (Ed 2:64) que retornaram com Zorobabel representavam somente um pequeno número dos judeus que então viviam no Império Medo-Persa.1 Muitos estavam estabelecidos e não queriam mudar-se de lá. As prestações de suas casas já estavam quase completamente quitadas. A vida sob o novo 12 Adventist World | Janeiro 2011 Contudo, um olhar mais atento sobre a questão revela que o problema era maior do que uma cidade destruída e a grande oposição vinda de fora. O profeta Ageu diz que os que estavam retornando tinham um problema espiritual: eles tinham prioridades distorcidas, mundanismo, egoísmo – e logo tiveram que reconhecer que, se não pusessem o mais importante em primeiro lugar, seus esforços seriam em vão (Ag 1:2-11). Neemias entra em cena A Bíblia narra que o Templo foi por fim reconstruído cerca de 20 anos após o retorno do exílio e que a comunidade judaica comemorou sua primeira Páscoa renovação e transformação (versos 8, 9). Enquanto ora, reconhece que ele não é apenas parte do problema (veja sua confissão), mas necessita ser também parte da solução de Deus. Ainda em oração, com coração temeroso e joelhos trêmulos, Neemias se dirige a seu chefe, que é inclusive um monarca absoluto cujo simples ato ou palavra é suficiente para exterminar a vida de alguém em um instante. Deus opera outro milagre e Neemias deixa a Pérsia, ocupando um cargo oficial do governo, com poder outorgado pelo rei persa. Com esse apoio, tem o que necessita para fazer as coisas acontecerem. R e a v i v a mento e R e f o r m a Reavivamento em Jerusalém Jerusalém está desprotegida, seus muros destruídos e abandonados, seus vizinhos hostis zombando dela. Neemias inspeciona as ruínas em uma operação secreta noturna (Ne 2:11-16) e então começa a trabalhar. Contudo, percebe que essa grande obra requer uma comunidade e, ao descrever para a corte persa a bênção recebida pouco antes, Neemias convida os líderes para que se unam à grande obra de reconstrução capacidade de concentração devia ser maior naqueles tempos. Uma das palavras-chave desse encontro de reavivamento é entender, que aparece seis vezes (8:2, 3, 7, 8, 9, 12) ao longo do capítulo. Homens e mulheres, jovens e idosos entenderam que sua vida não estava em harmonia com a Palavra de Deus. Eles choraram e lamentaram tanto (Ne 8:9) que Esdras e Neemias precisaram relembrá-los sobre o poder da graça de Deus. Neemias enfatizou que a alegria do Senhor era sua força (Ne 8:10), assim como é nossa também. O Que Podemos Aprender? A M Y B U R T O N dos muros de Jerusalém (Ne 2:17-20). Você sabe como era a determinação de Neemias. Nada e ninguém vai impedi-lo; e, para a glória de Deus, os muros de Jerusalém foram reconstruídos em tempo recorde (veja Ne 3, 4, 6, 7). Mas reavivamento e reforma não se tratam somente de ação. É necessário voltar aos fundamentos. Ao continuarmos na leitura da história de Neemias, testemunhamos uma grande assembleia pública em Jerusalém durante o sétimo mês.2 Esdras, o sacerdote, reaparece na história e lê a Torá, a lei, muito provavelmente o Pentateuco (Ne 8:1-3), revezando com outros levitas. Todos ouvem por horas – a Algo importante aconteceu naquele dia em Jerusalém: naquele reavivamento as pessoas perceberam que Deus e o pecado não andam juntos; e isso resultou também em relações transformadas entre os membros da comunidade pós-exílica. Estas são algumas lições que podemos extrair do reavivamento de Neemias: 1. O reavivamento não é um evento que acontece uma só vez, mas é uma decisão constante e consciente. Lemos a respeito de outros reavivamentos na comunidade pós-exílica (ex. Ed 3 e 10), e antes disso temos muitos exemplos de reavivamento em épocas anteriores. O reavivamento precisa ser um compromisso diário. 2. O reavivamento deve estar baseado nas Escrituras, e não em emoções e música de fundo adequada ou dinâmica de grupo. Quando o povo de Deus se depara face a face com a revelação divina, olha no espelho da Palavra de Deus e reconhece quem realmente é (sim, somos pecadores), o reavivamento acontece. 3. O reavivamento entre o povo de Deus envolve uma comunidade: homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres – todos se uniram para ouvir a Palavra – e responderam como comunidade. Mesmo que seja verdade que o reavivamento pessoal é um compromisso diário, há momentos-chave na vida de uma igreja em que a força propulsora do reavivamento pessoal é o que leva ao reavivamento do grupo. 4. O reavivamento não está focado no líder. Sim, Neemias e Esdras foram líderes fortes e se importaram muito com Jerusalém e seus problemas. Mas conseguiram ir adiante somente quando os outros entenderam e assumiram o mesmo propósito. Eles conduziram, mas não geraram o reavivamento. 5. O reavivamento tem uma visão ampla e evita distrações externas. Tenho certeza de que os inimigos de Jerusalém queriam que a cidade se concentrasse em seus problemas. No entanto, em vez disso, a comunidade de fé dirigiu sua atenção à Palavra de Deus e à Sua mensagem para aquele momento. Restaura-nos, ó Deus! Você sente necessidade dessa renovação pessoal em sua vida espiritual? O seu tempo dedicado às Escrituras e à oração anda limitado pelos muitos compromissos (por bons que sejam) e agenda cheia? A história de Neemias, ainda que pessoal, é de grande alcance. Ele deve ter lido com frequência nos Salmos sobre esse Deus restaurador: “Restaura-nos ó Deus! Faze resplandecer sobre nós o Teu rosto, para que sejamos salvos” (Sl 80:3). E Deus realmente fez resplandecer Seu rosto sobre Seu povo – e está pronto a fazê-lo novamente. *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. Veja Laurie E. Pearce, “New Evidence for Judeans in Babylonia”, em Judah and the Judeans in the Persian Period, ed. Oded Lipschits e Manfred Oeming (Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 2006), p. 399-412, e a bibliografia complementar lá presente. 2 O mês sétimo do Antigo Testamento, que corresponde a setembro/outubro do nosso calendário, é importante no sistema religioso judaico. Três eventos significativos acontecem nesse mês: a Festa das Trombetas (Lv 23:24), o Dia da Expiação (Lv 23:27) e a Festa dos Tabernáculos (Lv 23:34). Trata-se realmente de um mês de reavivamento e reforma. 1 Gerald A. Klingbell é editor associado da revista Adventist World e vive com sua esposa Chantal e três filhas em Silver Spring, Maryland, EUA. Janeiro 2011 | Adventist World 13 C O N V I T E A presença de Deus foi sentida de maneira acentuada durante a reunião do Concílio Anual dos representantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, entre os dias 8 e 13 de outubro de 2010, na sede da Associação Geral. Vários delegados falaram sobre o expressivo impacto espiritual que essas reuniões causaram em sua vida. O tema do Concílio foi “Reavivamento para a Missão”. O principal item da agenda foi a ênfase no reavivamento, reforma, discipulado e evangelismo. Além da mensagem devocional de cada manhã, houve vários períodos de fervorosa oração durante o dia e reuniões de testemunhos preparando o ambiente para que o Espírito Santo trabalhasse poderosamente. Os delegados votaram um importante documento intitulado: “O Dom Prometido por Deus: Um Apelo Urgente ao Reavivamento, Reforma, Discipulado e Evangelismo.” É evidente que Deus atuou de maneira especial. Mas isso nos leva a algumas perguntas: Quais são as características de um verdadeiro reavivamento? Existe o perigo de sermos enganados por falsos reavivamentos? Qual é o objetivo final do reavivamento? Como o documento do Concílio Anual sobre o tema pode ser aplicado às divisões, uniões, associações, igrejas locais e em nossa própria vida? Por Ted N. C. Wilson, Mark Finley, Armando Miranda, e Jerry Page Não Por Que Agora? Características do Verdadeiro Reavivamento Todo reavivamento verdadeiro é caracterizado por três elementos: oração sincera, profundo estudo da Bíblia e compromisso apaixonado por ganhar pessoas perdidas. Essas três características essenciais do reavivamento verdadeiro foram manifestadas na vida dos discípulos no livro de Atos dos Apóstolos. Quando Jesus prometeu o derramamento do Espírito, Ele apresentou algumas condições. Os discípulos não deviam esperar ociosos, mas unidos em sincera oração e súplica. E assim eles fizeram. O livro de Atos registra que “todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dEle” (At 1:14).* No momento exato, quando o Redentor foi exaltado perante o trono de Deus e a aceitação de Seu sacrifício reconhecida pelo Pai diante de todo o Universo, o Espírito Santo veio em Sua plenitude. Como no tempo dos discípulos, somos assim aconselhados: “Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121). Sem a capacitação do Espírito Santo, por meio da oração, somos impotentes para enfrentar as tentações de Satanás e incapazes de ser testemunhas eficazes do Mestre. Os discípulos ficaram imersos na oração e estudo da Palavra de Deus. O sermão de Pedro no dia do Pentecostes foi uma apresentação magistral sobre as evidências de Jesus como o Messias, baseada no Antigo Testamento. As três mil pessoas batizadas naquele dia “se dedicavam ao ensino e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (At 2:42). Os 14 Adventist World | Janeiro 2011 C H A R L I E B A L C H R e a v i v a mento e R e f o r m a discípulos “anunciavam corajosamente a palavra de Deus” (At 4:31) e se dedicavam continuamente “à oração e ao ministério da palavra” (At 6:4). “Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos” (verso 7). A autoridade das verdades das Escrituras é a base para todo reavivamento e reforma. Todo verdadeiro reavivamento é ancorado na Palavra de Deus. “Nada há melhor para dar vigor à mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Nenhum outro livro é tão poderoso para elevar os pensamentos, para dar vigor às faculdades, como as amplas e enobrecedoras verdades da Bíblia” (Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 460). Ao lermos a Bíblia e meditarmos nela, seremos guiados pelo mesmo Espírito Santo que inspirou seus escritores. O objetivo de nossa oração e vida devocional não deve ser alcançar um grau de santidade que nos torne superiores aos outros. Ao contrário, essa prática nos ajuda a perceber nossa necessidade de nos humilhar diante do Senhor para receber Sua justiça, graça, sabedoria e força. Ele nos capacita a revelar o amoroso caráter de Jesus aos outros e sermos poderosas testemunhas de Sua graça e verdade. A vida dos discípulos era centralizada na missão. O livro Atos dos Apóstolos começa com as seguintes palavras: “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos seres humanos. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (p. 9). Os “discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo” (ibid., p. 37). Oração sem o claro objetivo de missão leva à justiça própria e ao orgulho farisaico. Missão sem oração leva ao testemunho impotente e ineficaz. Oração e missão sem ter como base a Palavra de Deus e sua verdade, criam o ambiente para aberrações doutrinárias e heresias. Oração, missão e estudo da Bíblia são as características de todo verdadeiro reavivamento. O chamado ao reavivamento do Concílio Anual é o chamado do Espírito Santo para uma experiência mais profunda com Jesus na expectativa do poder da chuva serôdia para a proclamação final das três mensagens angélicas (Ap 14:6-12). O atual chamado ao reavivamento não significa que no passado o Espírito Santo não guiou, instruiu e capacitou Sua igreja. Sem dúvida, Ele agiu e continuará agindo. O notável índice de crescimento da igreja nos últimos anos, com mais de um milhão de conversos por ano, e a fidelidade do povo de Deus são indicadores visíveis das bênçãos de Deus. No entanto, tudo o que o Espírito Santo fez para e por meio de Seu povo no passado não é suficiente para hoje. O Espírito Santo nos chama agora a uma experiência renovada. Necessitamos da capacitação do Espírito Santo para realizarmos a missão final neste período crítico da história da Terra, pouco antes da segunda vinda de Cristo. Por muitos anos, Deus tem desejado enviar a chuva serôdia sobre Sua igreja remanescente. Isso depende de nossa submissão e humildade perante o Senhor, pedindo perdão por nosso orgulho e egoísmo. É-nos dito que “a descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio da igreja tê-la agora. Busquem-na, orem por ela, creiam nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la”(Ellen G. White, Evangelismo, p. 701). Nosso Senhor apela urgentemente a cada membro da igreja que desenvolva um relacionamento mais profundo com Ele pela oração, e pelo estudo da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White. Ele nos chama a um comprometimento mais profundo com o testemunho e com o evangelismo. Ele nos convida a buscar a unção do Espírito Santo para obtermos o poder da chuva serôdia para terminarmos Sua obra na Terra. A missão de Deus deve ser realizada no poder de Deus (veja Zc 10:1; Rm 9:28; Ap 18:1). Verdadeiros e Falsos Reavivamentos O inimigo odeia reavivamento. Ele fará o que lhe for possível para evitar o reavivamento entre o povo de Deus. O inimigo sabe que ao ser derramado o Espírito Santo no poder da chuva serôdia, o trabalho de Deus será concluído na Terra. “Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de Deus desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja e uma congregação impenitente. Se Satanás pudesse fazer o que quisesse, nunca haveria outro despertamento, grande ou pequeno, até o fim do tempo” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 124). Os frutos do verdadeiro reavivamento são revelados no caráter transformado que apresenta os frutos do Espírito Santo (Gl 5:22-24). O verdadeiro reavivamento leva homens e mulheres a revelar na vida, os frutos do Espírito Santo. Não existe reavivamento sem arrependimento, confissão e obediência à vontade de Deus revelada em Sua Palavra. O reavivamento superficial, centralizado principalmente em sinais miraculosos, manifestações físicas e maravilhas, é enganoso. Deus pode e opera milagres. Haverá grandiosa manifestação do poder do Espírito Santo nos últimos dias. Aí, porém, está o ponto: o principal objetivo do reavivamento não são os milagres; é a revelação do amoroso caráter de Jesus em nossa vida e o desejo de compartilhar Seu amor e verdade com os outros. Porque Satanás odeia Jesus, também odeia aqueles que desejam testemunhar e ser semelhantes a Ele. Ao longo da história do cristianismo, desde Atos dos Apóstolos, passando pela Reforma e até o movimento adventista, o inimigo tem tentado neutralizar a influência dos movimentos de reavivamento ungidos pelo Céu. “Ele [Satanás] está trabalhando com todo o seu poder insinuante Ted N. C. Wilson é o presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo dia, Mark Finley é assistente do presidente para o evangelismo, Armando Miranda é vice-presidente geral e Jerry Page é diretor do Departamento Ministerial. Janeiro 2011 | Adventist World 15 C O N V I T E demonstração emocional. Está centrado em Jesus e Sua Palavra, e encontra expressão no testemunho e no serviço. Cremos que o sonho de Deus de completar Sua obra será logo realizado. O L I V I A M A D A K O R O Objetivo de Deus para Todo Reavivamento e enganador, para desviar as pessoas da mensagem do terceiro anjo, que deve ser proclamada com forte poder. Se Satanás vê que Deus está abençoando Seu povo e preparando-os para discernir-lhe os enganos, trabalha com sua magistral capacidade para introduzir fanatismo de um lado e frio formalismo de outro, para que ele possa ceifar uma colheita de almas” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 19). Quando acontece o genuíno reavivamento, as igrejas “petrificadas pelo formalismo” são incendiadas com uma nova vida em Cristo. A “forma de piedade” que caracteriza a complacência de Laodiceia em tantas igrejas dá lugar à oração sincera, sério estudo da Bíblia e entusiasmado testemunho. Nos reavivamentos genuinamente guiados pelo Espírito Santo, o povo de Deus não é apanhado em euforia emocional e entusiasmado com sinais e maravilhas. Eles estão apaixonados por Jesus, comprometidos com a verdade de Sua Palavra e desejosos de compartilhar Jesus e Suas verdades para o tempo do fim. Em outras palavras, o verdadeiro reavivamento ordenado pelo Céu é equilibrado e não de comportamento extremista e fanático ou somente de 16 Adventist World | Janeiro 2011 “Para quê um reavivamento?” A resposta é: o propósito de todo reavivamento é conhecer melhor a Deus para que possamos compartilhá-Lo mais com outras pessoas. O objetivo do reavivamento não é que a igreja tenha uma experiência espiritual mais efervescente ou eufórica. O reavivamento proporciona a motivação e o poder para a missão. Quanto mais amamos a Jesus, tanto mais desejamos compartilhar Seu amor; e quanto mais compartilhamos o amor de Jesus, mais O amaremos. A missão não é o único objetivo do reavivamento, mas uma parte dele. Somos levados para mais perto de Cristo quando compartilhamos Seu amor com outros. “Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, é-nos preciso participar de Sua obra. A fim de participar da alegria dEle – a alegria de ver pessoas redimidas por Seu sacrifício – devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 142). Quando a igreja falha em priorizar o trazer pessoas para Cristo, ela morre espiritualmente. “A própria vida da igreja depende de sua fidelidade em cumprir a comissão do Senhor. Negligenciar essa obra é certamente convidar a fraqueza e a decadência espirituais. Onde não há ativo trabalho em benefício de outros, o amor diminui e definha a fé” (ibid., p. 825). O reavivamento não induz à “auto-justiça santificada”. Induz ao evangelismo. É uma paixão para ganhar pessoas perdidas. Seu objetivo é trazer homens e mulheres redimidos para o reino de Deus. Seu coração clama pelo relacionamento com Jesus e com Seu povo redimido pela eternidade sem fim. O Concílio Anual Apela a Você e à Sua Igreja Cremos que o sonho de Deus de completar Sua obra será logo realizado. A chuva serôdia do Espírito Santo será derramada sem medida. A missão de Cristo na Terra será concluída. Jesus em breve virá. Deseja você se unir a nós, aceitando pessoalmente esse chamado para uma experiência espiritual mais profunda, por meio da oração, estudo da Bíblia e dos escritos do Espírito de Profecia e suplicando a Deus pela chuva serôdia? Assumirá você um compromisso de vida de compartilhar Sua verdade, proclamando as três mensagens angélicas, vivendo uma vida de serviço cristão e sendo testemunha para Ele? Você irá orar por seus irmãos e irmãs desse poderoso movimento adventista ao redor do mundo enquanto a igreja humilha-se diante do Senhor para a última advertência para este mundo que perece? Oramos para que o Espírito Santo seja concedido poderosamente ao povo de Deus e para que Jesus volte logo. “Ora vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20). *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. E M I C H E L R YA N S A Ú D E N O M U N D O Saúde Espırıtual Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless Estou preocupado com minha saúde espiritual. Nosso pastor está realizando reuniões de reavivamento, mas o fato de ver pessoas confessando pecados e dando testemunhos despertou em mim um sentimento perturbador de desconfiança. Sinto-me culpado por me sentir assim. O que há de errado comigo? Poderiam me dar uma prescrição espiritual? Eu desejo ser um bom cristão. S ua pergunta parece mostrar que você está se sentindo culpado por não ter um arroubo emocional no processo de reavivamento. Possivelmente você já viu isso antes e pode estar duvidando da sinceridade do reavivamento em sua igreja. Sua personalidade pode ser diferente das demais e precisamos fazer concessões para tais diferenças. Muitos não conseguem entender que o Espírito Santo não é um “poder líquido” ou um tipo de “vapor” envolvente, mas uma Pessoa – o “Confortador” ou “Consolador”, a “terceira Pessoa da Trindade”. Espiritualidade é um relacionamento com o Espírito Santo, com Jesus e com Deus, o Pai. Crescer espiritualmente é apaixonar-se por Jesus e desfrutar de uma relação rica, madura e contínua. Todos necessitamos de constante reavivamento, renovação, cura e relacionamentos gratificantes; no entanto, dependendo de nossa personalidade, há diferentes modos de nutrir um relacionamento. Nem todos se encaixam no mesmo molde. Deus nos fez singulares. Alguns são sóbrios e intensos; outros extrovertidos e extravagantes. Alguns pastores podem se esforçar para ser “reavivalistas”. Podem ter desenvolvido uma “cartilha” sobre o que sentir espiritualmente, ou, se “fizer isso ou aquilo”, você será reavivado. Para muitos, esse processo estruturado dá resultado, mas não para todos. Pense em como as pessoas se apaixonam. Quando são atraídas por alguém, fazem tudo pelo ser amado. Pensam nessa pessoa o tempo todo e dizem coisas carinhosas. Alguns compram flores, talvez chocolates. Gostam de fazer longas caminhadas pela praia juntos, segurando as mãos à luz da lua. Cada pessoa tem sua própria maneira de se apaixonar, de acordo com sua personalidade. Deus pode ser todas as coisas para todas as pessoas, e Ele compreende você. Ele não Se preocupa com o processo para Se tornar seu amigo, contanto que você seja amigo dEle. O Espírito Santo procura nos conquistar. Geralmente nos enganamos no processo para alcançar o objetivo. O estudo da Bíblia e a oração são muito importantes, embora o método possa diferir de pessoa para pessoa. Alguns de nós imaginam-se no meio da multidão, participando da história bíblica. Se lerem uma história bíblica por dez minutos e meditarem nela pelas próximas dez horas, serão capazes de entrar tão intimamente na história que se arrepiarão ao imaginar Lázaro saindo da sepultura. Não queremos menosprezar os que conseguem ler por duas horas inteiras, mas apenas concluímos que as pessoas são diferentes. Definitivamente, necessitamos de um relacionamento constante com Deus. É vital ler a Palavra, meditar e orar. Meditação e oração deve ser nossa atividade a qualquer hora e toda hora, especialmente quando sentimos Sua presença. Vários casais, após várias décadas de casados, compreendem tão bem seu cônjuge que podem completar suas frases. Nos bons casamentos, o amor e o respeito de um pelo outro sempre cresce. Esse é o tipo de relacionamento que Deus quer ter conosco: natural e verdadeiro, honesto e aberto. Concentrar nossa atenção em Deus ajuda a revitalizar o relacionamento, mas deve ser feito de modo natural. Não se preocupe com o método usado; contente-se em buscar a Deus do modo confortável para você. Um reavivamento realmente piedoso encontra expressão na gentileza, humildade, compaixão e cuidado, antes disposto a sofrer do que ferir a outro. Esses são os frutos da santificação, que é o reavivamento de uma vida toda. Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral. Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo do ICPA e diretor associado do Ministério da Saúde da Associação Geral. Janeiro 2011 | Adventist World 17 S A R A H E S P Í R I T O D E K O B U N S K I P R O F E C I A Verdadeiro Versus Falso Reavivamento O nde quer que a Palavra de Deus tenha sido fielmente pregada, seguiram-se resultados que atestaram de sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de Seus servos, e a Palavra era proclamada com poder. Os pecadores sentiam ser despertada a consciência. A “luz que alumia a todo homem que vem ao mundo” iluminava-lhes os íntimos aposentos da alma, e as coisas ocultas das trevas eram manifestas. Coração e espírito eram possuídos de profunda convicção. Convenciam-se do pecado, da justiça e do juízo vindouro. Essas pessoas tinham a intuição da justiça de Jeová, e sentiam terror de aparecer, em sua culpa e impureza, perante Aquele que examina os corações. Com angústia exclamavam: “Quem me livrará do corpo desta morte?” Ao revelar-se a cruz do Calvário, com o infinito sacrifício pelos pecados dos homens, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a expiação de suas transgressões; somente esses méritos poderiam reconciliar os homens com Deus. Com fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram “a remissão dos pecados passados”. [...] 18 Adventist World | Janeiro 2011 Por Ellen G. White Os despertamentos resultaram em profundo exame de coração e humildade. Caracterizavam-se pelos solenes e fervorosos apelos ao pecador, pela terna misericórdia para com a aquisição efetuada pelo sangue de Cristo. Homens e mulheres oravam e lutavam com Deus, pela salvação de almas. Os frutos de semelhantes avivamentos eram vistos nas almas que não recuavam da renúncia e do sacrifício, mas que se regozijavam de que fossem consideradas dignas de sofrer desprezo e provação por amor a Cristo. Notava-se uma transformação na vida dos que tinham professado o nome de Jesus. A comunidade se beneficiava por sua influência. Uniam-se com Cristo e semeavam no Espírito, a fim de ceifar a vida eterna. [...] Esse é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de genuíno arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se o pecador restitui o penhor, devolve o que tinha roubado, confessa os pecados, e ama a Deus e a seus semelhantes, pode estar certo de que encontrou paz com Deus. Foram esses os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às ocasiões de avivamento religioso. Julgados pelos seus frutos, sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação dos homens e para reerguimento da humanidade. R e a v i v a mento e R e f o r m a Muitos dos despertamentos dos tempos modernos têm, no entanto, apresentado notável contraste com aquelas manifestações de graça divina que nos primitivos tempos se seguiam aos trabalhos dos servos de Deus. É verdade que se desperta grande interesse, muitos professam conversão e há larga procura pelas igrejas; no entanto, os resultados não significam que houve aumento correspondente da verdadeira vida espiritual. A luz que brilha por algum tempo logo desaparece, deixando as trevas mais densas do que antes. Avivamentos populares são muitas vezes realizados por ocupações mundanas absorvem a mente, e as coisas de interesse eterno mal recebem atenção passageira. [...] Em muitos dos avivamentos ocorridos durante o último meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão em movimentos mais extensos no futuro. Há um excitamento emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para transviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que as pessoas negligenciem o testemunho das Es- Onde quer que as pessoas negligenciem o testemunho das Escrituras Sagradas, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. meio de apelos à imaginação, excitando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes é atraente. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério. Para toda alma verdadeiramente convertida, a relação com Deus e com as coisas eternas será o grande objetivo da vida. Mas onde, nas igrejas populares de hoje, está o espírito de consagração a Deus? Os conversos não renunciam ao orgulho e amor ao mundo. Não estão mais dispostos a negar-se, tomar a cruz e seguir o manso e humilde Nazareno, do que estiveram antes de se converter. A religião tornou-se o entretenimento dos incrédulos e céticos, porque muitos que são portadores de seu nome lhes desconhecem os princípios. O poder da piedade quase desapareceu de muitas das igrejas. Piqueniques, representações teatrais nas igrejas, quermesses, casas elegantes, ostentação pessoal, desviaram de Deus os pensamentos. Terras, bens e crituras Sagradas, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu – “Por seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16) – é evidente que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus. Nas verdades de Sua Palavra, Deus deu aos homens a revelação de Si mesmo; e a todos os que as aceitam servem de escudo contra os enganos de Satanás. Foi a negligência dessas verdades que abriu a porta aos males que tanto se estão generalizando agora no mundo religioso. Tem-se perdido de vista, em grande parte, a natureza e importância da lei de Deus. Uma concepção errônea do caráter, perpetuidade e vigência da lei divina tem ocasionado erros quanto à conversão e santificação, resultando em baixar, na igreja, a norma da piedade. Aqui deve encontrar-se o segredo da falta do Espírito e poder de Deus nos avivamentos de nosso tempo. Este artigo foi extraído do livro O Grande Conflito, capítulo 27 (“Como alcançar paz de espírito”). Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério público. Janeiro 2011 | Adventist World 19 R E C U R S O S para reavivamento e reforma Não sabe como começar? Confira as dicas abaixo. Compilado por Kimberly Luste Maran e Sandra Blackmer Estas duas páginas contêm uma variedade de recursos e citações inspiradas para ajudar nossos leitores a levar o reavivamento e reforma às suas congregações. – Os editores. Textos Bíblicos ■ Salmo 85:6 e 7: “Acaso não nos renovarás a vida, a fim de que o Teu povo se alegre em Ti? Mostra-nos o Teu amor, ó Senhor, e concede-nos a Tua salvação!”* ■ Isaías 57:14 e 15: “E se dirá: ‘Aterrem, aterrem, preparem o caminho! Tirem os obstáculos do caminho do Meu povo.’ Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito.” ■ Romanos 12:1 e 2: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” ■ 1 Timóteo 4:12: “Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.” Citações de Ellen G. White ■ “Digo a vocês que deve haver entre nós um reavivamento completo. Tem de haver um ministério convertido. Precisa haver confissões, arrependimento e conversões. Muitos que estão pregando a Palavra necessitam da graça transformadora de Cristo no coração. Não devem permitir que coisa alguma os impeça de fazerem uma obra cabal e esmerada antes que seja para sempre demasiado tarde” (Eventos Finais, p. 189). ■ “A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar” (A Ciência do Bom Viver, p. 509). ■ “O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive” (Testemunhos para Igreja, vol. 7, p. 16). Sandra Blackmer e Kimberly Luste Maran são editoras assistentes da Adventist World. 20 Adventist World | Janeiro 2011 J A K E S T R O H A U E R Livros, Guias de Estudos, DVDs e Brochuras ■ True Revival, de Ellen G. White (Review and Herald, 2010) – Compilação recente sobre reavivamento e reforma em pequena brochura (94 páginas). Esse livro será lançado pela Casa Publicadora Brasileira no primeiro semestre deste ano. ■ 40 Days: Prayers and Devotions to Prepare for the Second Coming, de Dennis Smith (Review and Herald, 2010) – Leituras para o devocional com ênfase na oração e busca pelo batismo do Espírito Santo. Para adquirir, acesse www.adventistbookcenter.org. R e a v i v a mento e R e f o r m a ■ Série Coming Together, pelo Center for Creative Ministry (AdventSource, 1999) – Quatro guias de estudos destinados a levar o reavivamento e reforma às igrejas locais, classes da Escola Sabatina, séries para reuniões durante a semana, ou pequenos grupos. Composto por treze lições vida de oração, testemunho pessoal e contemplação de Cristo. O quinto volume é um guia da série para líderes. Para adquirir, visite www.adventsource.org. ■ Hunger: Satisfy the Longing of Your Soul, de Jon L. Dybdahl (Review and Herald, 2008) – Livro prático que apresenta uma vida spiritual mais profunda. Para adquirir, acesse www.adventistbookcenter.org. ■ Empowered by the Spirit DVD (AdventSource, 2008) – Sermões sobre o reavivamento por Mark Finley, evangelista e vice-presidente jubilado da Associação Geral. Inclui cinco sermões em dois CDs e uma entrevista com o pastor Finley. Para adquirir, acesse www.adventsource.org. ■ Possibilities for Prayer Ministries in Your Home Church, de Rick Remmers (adquira ou faça o download no site www.nadadventist.org/article. php?id=200&action=print) – Brochura que destaca vinte ministérios de oração fácil de ser instituídos nas igrejas locais. Artigos sobre Reavivamento e Reforma na Adventist World e Adventist Review (disponíveis on-line) ■ “Everyday Revival and Reformation”, de Kathy Beagles, 16 de fevereiro de 2006, Adventist Review, www. adventistreview.org/article.php?id=344. ■ “Dreaming Revival”, de Fordson Chimoga, April 2007, Adventist World, www.adventistworld.org/article. php?id=54. ■ “O Mundo Está Esperando,” por H.M.S. Richards, Sr., junho 2008, Adventist World, http://portuguese. adventistworld.org/images/2008-1006/ 2008-1006.pdf ■ “A Comunhão Incendiária,” por Bill Knott, outubro 2010, Adventist World, http://shade.keeptrees.com/publications/ 729/Adventist%20World%20Portuguese/ Sites na Internet www.revivalandreformation.com: página da Web que serve como fonte de recursos para o reavivamento e reforma, recomendado e desenvolvido pela Associação Geral. ■ www.discipletree.com: Página produzida por Jim Park, professor de evangelismo e missão no Adventist International Institute of Advanced Studies (Instituto Internacional Adventista de Estudo Avançados) e por vários anos pastor e evangelista na Califórnia, Estados Unidos. O site inclui vários guias de estudo para pequeno grupos, livros e sermões sobre o tema do reavivamento e reforma. ■ www.nadadventist.org/article. php?id=37: Página da Internet que sugere vários recursos sobre o tema da oração. ■ Recursos Internacionais para Acesso On-line ■ www.atc3004.org Site produzido pelo Centro de Treinamento Adventista (Jaerimyeonsoowon) para o treinamento em oração, reavivamento epiritual e reforma, foi criado pela União Coreana dos Adventistas do Sétimo Dia. Esse Centro de Treinamento produziu vários programas para seminários em reavivamento, palestras bíblicas cristocêntricas, sermões, salas de oração pessoal, cursos e outros recursos. ■ www.iebc.org Usado para o reavivamento e crescimento espiritual nas igrejas e grupos da União Franco-Belga, o “Osez grandir” (“Ouse Crescer”), curso escrito, com 16 lições, oferecido pela Escola Bíblica por Correspondência na França. O jogo completo está disponível online ao custo de dois euros. Geralmente o material é impresso, mas é também oferecido online para alunos matriculados. ■ www.ellenwhitebooks.com/ Veja o livro O Reavivamento e Seus Resultados. Escolha o título na lista dos livros disponíveis. Você pode ler o livro ou usar a ferramenta de busca para encontrar palavras específicas. Hinos do Hinário Adventista (Casa Publicadora Brasileira) “Breve Jesus Voltará”, nº 134 “Vem, Santo Espírito”, nº 161 ■ “Abre, Senhor, os Olhos Meus”, nº 401 ■ “De Ti Careço, ó Deus”, nº 394 ■ “Meu Cálice Transborda”, nº 201 ■ “Esta Pequenina Luz”, arranjo de Alma Blackmon. ■ ■ * Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. Janeiro 2011 | Adventist World 21 E N T R E V I S T A No Caminho erto C A S A N D R Bill Knott, editor da revista Adventist World conversou recentemente com o pastor Brett Townend, da Associação North New South Wales, em Murwillumbah, Austrália, sobre as fantásticas mudanças que estão ocorrendo na sua congregação de 400 membros. E R B L A C K M Bill Knott – Sua igreja está experimentando uma renovação e reavivamento que centenas de outras igrejas adventistas gostariam de experimentar. Qual a diferença entre a igreja hoje e o que era há 18 meses? Pastor Brett Townend – Primeiro, há um renovado entu- siasmo pelo estudo da Bíblia. A oração é a segunda maior diferença em comparação a um ano e meio atrás. Em terceiro lugar, é o renovado interesse em perguntar: “O que podemos fazer por nossa comunidade? Como podemos entrar em contato com outras pessoas para compartilhar o evangelho?” Portanto, há três grandes diferenças: renovado interesse pela Bíblia, oração e contato com a comunidade. Você desafiou sua igreja a alguns passos específicos no preparo para o reavivamento? Primeiro, fizemos uma análise honesta sobre nossa condição como igreja e, no início, tudo parecia ir muito bem. Descobrimos, porém, que não tínhamos uma espiritualidade apaixonada. Em outras palavras, estávamos seguindo o fluxo e tudo parecia bem (talvez para manter as aparências), mas realmente não estávamos impactando a vida de ninguém (creio que pode ser chamado de mornidão). Então, perguntei: “O que podemos fazer para mudar isso?” A primeira coisa que fizemos como líderes, porque realmente não sabíamos o que fazer, foi dizer: “Vamos nos reunir, todas as semanas, para simplesmente passar um tempo orando e vamos ver o que acontece.” O hábito de se reunir para orar já era algo estabelecido em sua congregação ou foi novidade? Tivemos que criar o hábito. Simplesmente anunciamos que nos 22 Adventist World | Janeiro 2011 reuniríamos para orar das 18h30 às 19h00, todas as terças-feiras. Não pedimos por muito tempo, mas tínhamos um período específico. Concentramo-nos em duas coisas: reavivamento para nossa igreja e reavivamento para a escola da nossa igreja. Oramos com um grupo de líderes, por cerca de doze meses antes de começarmos a perceber algum resultado na vida da igreja; e continuamos orando enquanto eles acontecem. O que particularmente você ganhou com essa experiência? Uma das coisas mais importantes que eu aprendi foi que esta é a igreja de Deus. Eu estava sofrendo muita pressão para ser um pastor de sucesso, mas somente a Sua presença traz sucesso. Aprendi, então, que nossa escola é a escola de Deus. Eu era o presidente do conselho escolar e sentia todo o peso do declínio nos números: precisávamos de 140 alunos para ser viáveis, mas terminamos o ano com 103. Ao orarmos, entregamos nosso maior desafio para Deus e dissemos: “A escola é Tua. Queremos fazer o que Tu queres que façamos. Esta é a Tua igreja e a Tua escola. Dize-nos para onde ir e o que fazer.” Hoje, na sua igreja, 50 pessoas estão frequentando o curso bíblico, todas as semanas, quando antes só havia quatro ou cinco. Como aconteceu essa mudança? Uma das melhores coisas que nos aconteceu foi o programa de leitura da Bíblia. Sempre acreditei que a oração e o estudo da Bíblia são elementos-chave para a vida cristã, e já vinha pregando e tentando encorajar as pessoas no estudo da Palavra de Deus. Mas se as pessoas não leem a Bíblia em sua vida pessoal, é como tomar um lanchinho no sábado pela manhã e tentar sobreviver o resto da semana com a nutrição desse lanche. Vários de nossos líderes participaram de um seminário onde ouvimos falar de um programa de leitura da Bíblia. Assim, perguntamos a nós mesmos: “O que podemos fazer entre julho e dezembro para que as pessoas se envolvam com a Bíblia?” Então decidimos: “Vamos ler o Novo Testamento.” Dividimos o Novo Testamento em leituras diárias, geralmente um capítulo por dia e às vezes dois capítulos. Demos um marca-página para F O T O E N V I A D A P O R B R E T T T O W N E N D R e a v i v a mento e R e f o r m a Eu os desafiei dizendo: “Somos conhecidos como o povo da Bíblia; vamos parar de fingir!” Já imprimimos três vezes os marca-páginas, porque os membros começaram a doá-los a amigos e familiares. Concluíram que estávamos levando a sério o curso bíblico, especialmente quando decidi pregar sobre o que estávamos lendo na Bíblia. Ele dedicou-se, então, aos esportes e é um excelente jogador de basquete. Dedicou-se de todo o coração ao esporte, inclusive sendo convocado para a seleção regional de menores de 18 anos. Mas, à medida que alcançava mais sucesso no basquete, mais ele se sentia vazio. Um dia decidiu: “O papai e os outros vivem falando sobre essa tal leitura da Bíblia. Já que não tenho nada a perder, vou ler também!” Assim, ele começou a estudar a Bíblia mais ou menos no período em que lançamos o programa de leitura bíblica. Ele encontrou o Senhor por si mesmo, e sua vida deu uma reviravolta. Contou seu testemunho numa capela, na escola, e apelou para os outros jovens a também buscarem a Deus. Ele disse: “Quero iniciar um grupo jovem nas reuniões das quartas-feiras à noite em nossa igreja. Vocês vêm comigo?” Doze ou treze apareceram na primeira noite e agora o grupo cresceu para quase 30 pessoas – várias delas são de lares não adventistas, e estão pedindo batismo. Você escolhia o assunto dos seus sermões do calendário de leitura bíblica? Não há nada mais comovente que se reunir ao redor das Escrituras? Sem jogos, sem concertos de “rock cristão”... Essa foi uma boa disciplina para mim, como pastor: pregar sistematicamente a Bíblia o leva a aspectos da verdade que normalmente você não aborda. Do púlpito, comecei a fazer introduções aos livros da Bíblia, ajudando os membros a saber o que esperar do texto, ajudando-os a compreender, por exemplo, por que João escreveu seu evangelho. Os membros da igreja reagiram muito positivamente a essa abordagem. Segundo, decidimos nos reunir às quartas-feiras à noite para tomar sopa e, divididos em grupos, discutimos o que estamos lendo. Algumas pessoas ficaram preocupadas com o modo como os grupos seriam formados e quem seriam os líderes. Assim, dissemos: “Vamos simplificar. Estamos lendo a Palavra de Deus; vamos nos reunir, comer juntos e estudar Sua Palavra juntos.” E foi isso que fizemos. A frequência subiu para cerca de cinquenta pessoas todas as quartas-feiras à noite. Sem nada! Apenas sopa e pão. Comendo e compartilhando da Palavra juntos. cada um onde havia três perguntas impressas: O que Deus está dizendo a você, individualmente, por meio dessas leituras? O que você acha que Ele está dizendo à comunidade de nossa igreja? E o que podemos fazer para responder à direção de Deus? Em apenas algumas semanas, 70% da congregação estava seguindo o programa de leitura da Bíblia. Setenta por cento começou a ler o Novo Testamento simplesmente porque você apresentou o plano e deu algumas instruções? E a escola? Em pouco mais de nove meses, as matrículas subiram dos 103 do final do ano passado para 153, e tudo indica que iniciaremos o próximo ano com 180 alunos. Deus respondeu à oração de uma equipe dedicada e comprometida. Essa história toma uma importância pessoal para você, pois tem o envolvimento do seu filho. Meu filho de 17 anos de idade é um grande garoto! Porém, se afastou das coisas espirituais porque algumas coisas muito dolorosas aconteceram na vida dele. Quando Lachlan tinha 14 anos, seu melhor amigo morreu de câncer, embora toda a comunidade da igreja tenha orado muito por ele. Outro garoto, da mesma classe, também morreu de câncer. Para alguém com 14 anos de idade, isso é muito duro. Foi quando sua avó também foi diagnosticada com câncer e, como os outros, morreu. E os adolescentes estão descobrindo que isso é satisfatório? Eles estão achando muito interessante, mais que satisfatório. Estão realmente levando a sério o fato de buscar a Deus por si mesmos. Você mencionou um terceiro componente do reavivamento: alcançar a comunidade. Nós decidimos: “Vamos ver se encontramos alguém que realmente precisa de ajuda.” Trabalhamos com uma instituição regional para identificar as pessoas que estão doentes ou fisicamente necessitadas. Reunimos uma equipe de vinte pessoas, por duas horas, e transformamos o lugar. As pessoas nos perguntam: “O que vocês querem com isso?” E dizemos: “Não queremos nada! Cremos, como igreja da comunidade, que Jesus veio para servir. Nós nos consideramos Seus seguidores, e estamos aqui apenas para servir. Esperamos que vocês sejam abençoados pelo que estamos fazendo.” Recebemos algumas cartas extraordinárias como resposta das pessoas que servimos. Os jovens se envolveram e estão entusiasmados por fazer algo prático com sua fé. Tenho a impressão que Deus ainda não concluiu o que Ele deseja para sua congregação. Penso que Deus tem em mente fazer de nós o tipo de pessoas que Ele quer que sejamos, compartilhando Seu amor. Nosso país é muito secularizado, mas ao nos tornar um povo de oração, ao crescermos no estudo da Palavra, nosso testemunho será prático e faremos uma abençoada diferença na vida de nossos vizinhos. Janeiro 2011 | Adventist World 23 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S G ostaria que você estivesse lá. Centenas de adventistas do sétimo dia lotavam a estação do metrô, enquanto esperavam para ir ao Georgia Dome. Eles cantavam: “Oh, que esperança”, enquanto outros se perguntavam sobre o motivo de tanto júbilo. Era o último sábado da assembleia da Associação Geral, em julho de 2010. Que alegria ser adventista do sétimo dia! Que bendita esperança nós temos! Os Sinais da Volta de Jesus Cristo falou de Sua volta. Você conhece Seu sermão sobre os sinais (Mt 24-25). Você percebeu a pergunta dos discípulos? “E qual será o sinal [singular] da Tua vinda e do fim dos tempos?” (Mat 24:3)* “Jesus respondeu: Cuidado, que ninguém os engane” (v. 4) e seguiu mencionando vários sinais. Será que Jesus estava ignorando o que perguntaram? Embora os sinais fossem importantes, será que Ele tinha algum propósito mais profundo, além dos sinais? Finalmente, Jesus indicou Sua volta nas nuvens dos céus como “o sinal” (verso 30). Cristo falou sobre os enganos dos falsos cristos e dos falsos profetas (v. 5, 11, 24). Entretanto, Sua principal preocupação era o preeminente falso cristo (Satanás): “Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali está ele!’, não acreditem” (v. 26), pois Minha vinda será como o relâmpago que cruza o céu de um lado para o outro (v. 27; veja 1Ts 4:16-18). Em outras palavras: “Não permitam que Satanás os engane ao imitar Minha volta” (veja 2Co 11:14). “Apenas os que forem diligentes estudantes Norman R. Gulley, Ph.D., é professor-pesquisador de teologia sistemática da Southern Adventist University, no Tennessee, EUA. Ele é autor de vários livros, entre eles Christ Is Coming!: A Christ-Centered Approach to Last-Day Events (Hagerstown: Review and Herald, 1998). 24 Adventist World | Janeiro 2011 Nossa aıor M Necessı NÚMERO 25 das Escrituras e receberem o amor da verdade estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo.”1 Igreja Necessitada Cristo disse que no tempo do fim as pessoas seriam frias e sem amor (Mt 24:12). Essa é a cultura que permeia a igreja. E o que Ele falou sobre a igreja? Cristo disse que Sua igreja acha que não precisa de nada quando, na verdade, necessita de tudo – pois Cristo é mantido do lado de fora (Ap 3:14-22). Cristo sabia que alguns na igreja amariam mais o prazer que a Deus, “tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder” (2Tm 3:5). Cristo, então, contou a parábola das dez virgens (Mt 25:1-13). Todas as dez virgens dormiram. As virgens insensatas eram como as outras, exceto pela falta do óleo (v. 1-5, 8). Cristo disse: “Bemaventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos” (Mt 5:6). Cristo quer que Sua igreja esteja cheia, não satisfeita com um pouco de óleo quando poderiam ter tanto. Cristo sabia que as virgens sonolentas precisavam de reavivamento e reforma. Cristo disse que as pessoas do tempo de Noé foram surpreendidas pelo dilúvio e estavam fora da arca. Sua segunda vinda seria tão de surpresa quanto aquela (Mt 24:38, 39). Seria como a vinda de um ladrão “numa hora em que vocês menos esperam” (verso 44). “Espere um pouco”, alguém pode dizer. “Não devemos esperar a vinda de Cristo após a lei dominical internacional, um decreto de morte internacional e as sete últimas pragas? Como podemos ser tomados de surpresa?” “Boa pergunta!” Então, vem a resposta: “Não é uma questão de sinal, mas uma questão de óleo.” As dez virgens sabem como serão os sinais do tempo do fim, porém cinco delas não têm óleo suficiente. Elas foram comprar óleo, evidentemente conseguiram um pouco e tentaram entrar, mas Cristo disse: “Eu não as conheço” (Mt 25:12). Elas devem ter comprado óleo falso, uma imitação (Mt 7:21-23). O Outro Segundo Advento Você sabia que há dois segundos adventos? O de Cristo e o do Espírito Santo. O primeiro advento do Espírito, ou chuva temporã, foi no Pentecostes (At 2:1-39); e o segundo advento, ou chuva serôdia, será no tempo do fim (Jl 2:28-31). Pense no primeiro advento de Cristo. A nação judaica estava pronta para recebê-Lo? Não. Ele veio do modo como era esperado? Não. Eles esperavam por um Messias que conquistaria os odiados romanos e libertaria a nação. R e a v i v a mento e R e f o r m a or ıdade Os judeus não perceberam a silenciosa vinda de Cristo para salvar os seres humanos por meio de Sua morte. Do mesmo modo hoje, nossa igreja almeja pela vinda do Rei dos reis, que vem libertá-la deste mundo hostil (Ap 19:14-21; 13:1-8, 11-17); alguns, porém, não percebem a silenciosa vinda da chuva serôdia para salvá-los (por meio do selamento). E segue um decreto divino que envolve o mundo inteiro: “Retenha os quatro ventos da terra para que Meu povo seja selado” (veja Ap 7:1-4). O selamento é uma “aceitação da verdade, tanto intelectual [conhecer a verdade] como espiritual [amar a verdade], de modo que não possa ser mudada”.2 A chuva serôdia nos sela para que permaneçamos Eis que Ele vem Ela vem para selar-nos. Devemos estar prontos agora, antes que Cristo venha! Sua vinda será o próximo acontecimento. Cristo sabe que alguns abandonarão sua fé e darão atenção a espíritos de demônios (1 Tm 4:1; ou seja, comprar óleo falso) e sabe que alguns resistirão à chuva serôdia porque ela não vem segundo suas expectativas (semelhante à primeira vinda de Cristo, quando Ele foi rejeitado e crucificado).4 Que terrível tragédia é resistir ao poder que garante uma passagem segura pelos últimos eventos da história! Não pode haver nada pior do que isso! Não estar preparado para a vinda da chuva serôdia é enfrentar o ladrão no meio da noite. Agora é o tempo crucial nos eventos finais. Estou orando a Deus por um preenchimento mais profundo do Espírito Santo, para estar pronto, para ser selado, para entregar-me completamente a Cristo e à Sua vontade todos os dias, e para ser totalmente dependente dEle. Desejo profundamente receber a plenitude da chuva serôdia, do óleo santo, o selo do Espírito. Essa é a minha necessidade mais urgente, essa é a nossa necessidade mais urgente. Busquemos a Deus agora e preparemo-nos para o outro segundo advento. Assim, estaremos prontos para a segunda vinda de Cristo. Não há nenhum sinal para nos avisar de que a chuva serôdia está vindo. Será muito tarde para os que esperam que a chuva serôdia os prepare.3 A chuva serôdia não vem para preparar-nos. *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. 1 Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 625. 2 Idem, Manuscrito 173, 1902. 3 Idem, Primeiros Escritos, p. 71. 4 Idem, Eventos Finais pp. 209, 210. fiéis a Cristo, aconteça o que acontecer. Essa é a apólice de seguro de Deus de que nada vai nos enganar no tempo do fim. No fundo, a verdade é a seguinte: se não estivermos prontos para a segunda vinda do Espírito Santo não estaremos prontos para a segunda vinda de Cristo. Mas a boa notícia é: se estivermos prontos para a segunda vinda do Espírito Santo, estaremos prontos para a segunda vinda de Cristo. Garantido! A Segunda Vında de Por Norman R. Gulley Cristo A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da igreja, o grande ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu. Mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da maioria dos aspectos da profecia e a condição atual do mundo indicam que a vinda de Cristo é iminente. O tempo exato desse acontecimento não foi revelado, e somos portanto exortados a estar preparados em todo o tempo. (Tt 2:13; Hb 9:28; Jo 14:1-3; At 1:9-11; Mt 24:14; Ap 1:7; Mt 24:43, 44; 1Ts 4:13-18; 1Co 15:51-54; 2Ts 1:7-10; 2:8; Ap 14:14-20; 19:11-21; Mt 24; Mc 13; Lc 21; 2Tm 3:1-5; 1Ts 5:1-6.) Janeiro 2011 | Adventist World 25 P E R G U N TA S B Í B L I C A S O e quem deve recebê-lo? A resposta é óbvia. Se ele pertence a dinheiro é uma daquelas coisas que, de modo Deus, é Ele quem define seu propósito e destino. Isso é claro especial, consideramos de nossa propriedade. Ele no Antigo Testamento: “Dou aos levitas todos os dízimos em representa uma parte de nossa vida que resulta do Israel [...] pelo trabalho que fazem ao servirem na Tenda do investimento de nossa energia e tempo. É vida preservada na Encontro” (Nm 18:21). O dízimo é designado pelo Senhor forma líquida; ou seja, nós o trocamos por quase qualquer para um grupo específico entre o Seu povo, com o propósito coisa de que gostamos. Assim, normalmente, não queremos de remunerá-lo pelo trabalho que fazem no santuário em que os outros nos digam como usá-lo ou o que fazer com favor do povo, um trabalho dado por Deus a eles. ele. Mas, para os cristãos, a vida é um dom de Deus, tanto na forma de sopro da vida como na forma de dinheiro. 3. Deus Estabeleceu um Sistema: Não apenas o propósito Portanto, deve ser usada e uso do dízimo foram para a glória dEle. Depois determinados por Deus dessa introdução, deixe(o Dono do dízimo), mas me abordar especificatambém o sistema pelo mente sua pergunta. qual o dízimo chegaria 1. O Dono do Dízimo: àqueles que deveriam O dízimo é um percentual recebê-lo. Os israelitas do dinheiro que recebemos deviam separar seu dízimo em casa e levá-lo para como resultado do investia casa do Senhor, aos lemento de nosso tempo e P E R G U N TA : vitas (Nm 18:24 Ml 3:10). energia. É natural, portanto, É correto devolver o dízimo que consideremos que ele O “celeiro” (ou “casa do é nosso e que devemos deTesouro”, na tradução para qualquer organização cidir como administrá-lo. Almeida Revista e Atuaou indivíduo que alega A respeito disso, a Bíblia lizada) refere-se a salas estar realizando uma obra no templo destinadas a nos surpreende declaranpara Deus? do algo que não pode ser guardar o dízimo que provado cientificamente. deveria ser distribuído entre os levitas. Em outras O dízimo, dez por cento de Por Ángel palavras, o povo não era nossa renda, pertence ao Manuel Rodríguez Senhor: “Todos os dízimos livre para dar seu dízimo a quem quisesse ou para [...] pertencem ao Senhor [leYahweh]; são consagradepositá-lo em qualquer dos ao Senhor [leYahweh]” outro lugar, mas somente (Lev. 27:30).* Do ponto de no templo. Havia pessoas vista humano, toda a renda é o resultado do investimento de específicas para coletar e distribuir o dízimo entre os levitas nosso tempo e energia. No entanto, o texto rejeita essa cone sacerdotes (2Cr 31:12, 13, 15, 16). Na igreja, o dízimo deve clusão ao mostrar que parte de nossa renda é fundamentalser usado somente por aqueles reconhecidos por ela como mente diferente do restante. Ela é descrita pelo Senhor como instrumentos separados por Deus para a proclamação do “santa”. Nessa passagem, a propriedade divina é enfatizada evangelho (1Co 9:13, 14). pelo uso da preposição hebraica le (“pertence a”) duas vezes, O dízimo deve ser devolvido à igreja, na tesouraria local, junto com a palavra “santo”. Algo “santo” é o que Deus sepae não enviado a pessoas ou grupos que desenvolvem projetos rou para Seu propósito divino e que, portanto, pertence a Ele. espirituais pessoais. Deixe que o dízimo de Deus seja usado Nós não consagramos o dízimo para o Senhor; o Senhor já o pelo Senhor como Ele planejou: para o cumprimento da declarou santo. Ele colocou em nossas mãos algo que é santo, missão de Sua igreja. e somos santificados quando, em obediência à Sua vontade, o *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. empregamos da maneira como Deus planejou que fosse usado. 2. Determinando o Uso Adequado: Uma vez que aceitamos que o dízimo pertence ao Senhor, as próximas perguntas Ángel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisa seriam: Quem tem a autoridade de determinar seu propósito Bíblica da Associação Geral, em Silver Spring, Maryland, EUA Santo ao enhor S 26 Adventist World | Janeiro 2011 E S T U D O Libertação na Prova B Í B L I C O Por Mark Finley Ao longo do Antigo Testamento, alguns heróis bíblicos se sobressaem. Eram nobres homens e mulheres de fé, que foram leais a Deus no meio de circunstâncias desafiadoras: Abraão, Moisés, Daniel, Ester, Elias, Davi e, certamente, José. A vida de José revela as constantes bênçãos de Deus para aqueles que confiam nEle em tempos de provas e dificuldades. Nesta lição, descobriremos como os princípios que guiaram a vida de José podem guiar também nossa vida. 1. Que erro cometeu Jacó, pai de José, na educação de seu filho? “Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa. Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente” (Gn 37:3, 4).* “Israel de José de qualquer outro filho.” A preferência dos pais por um filho pode facilmente criar atrito na família. Os irmãos de José gradualmente desenvolveram uma atitude de inveja e ciúme dele. 2. Como as atitudes de José contribuíram para aumentar o ciúme de seus irmãos? “Certa vez, José teve um sonho e, quando o contou a seus irmãos, eles passaram a odiá-lo ainda mais. ‘Ouçam o sonho que tive’, disse-lhes. ‘Estávamos amarrando os feixes de trigo no campo, quando o meu feixe se levantou e ficou em pé, e os seus feixes se ajuntaram ao redor do meu e se curvaram diante dele’” (Gn 37:5-7). José não apenas teve um sonho, mas ele para seus irmãos. Sem dúvida, os irmãos de José eram responsáveis por suas atitudes e ações, mas a decisão insensata de contar a eles o sonho contribuiu para aumentar o ciúme que crescia no coração deles. 3. Como consequência do ciúme que tinham no coração, o que fizeram os irmãos de José? “Mas eles o viram de longe e, antes que chegasse, planejaram matá-lo” (Gn 37:18). Eles planejaram . O ciúme e a inveja levam as pessoas a fazer coisas que nunca imaginavam que fariam. Nesse caso, porém, Deus tinha outros planos. José, mais tarde, foi vendido como escravo para o Egito. 4. Como Deus honrou José, mesmo como escravo? “O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio [Potifar]. [...] Este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava” (Gn 39:2, 3). Potifar percebeu que Deus fazia prosperar, e tudo o que fazia . Através da história, Deus tem abençoado especialmente aqueles que são fiéis a Ele. Tem-lhes dado paz no meio da tempestade, força nas provações e sabedoria diante das perplexidades. Nem sempre as bênçãos de Deus vieram em forma de bens materiais, mas às vezes, sim. Janeiro 2011 | Adventist World 27 5. Quando a esposa de Potifar tentou induzir José à tentação, qual foi a resposta dele? “Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?” (Gn 39:9). José disse: “Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e contra ?” A lealdade de José para com Deus era mais forte do que a tentação colocada à sua frente. Ele não podia desonrar a Deus, cedendo às paixões de seu jovem coração. A esposa de Potifar ficou furiosa e acusou falsamente a José. Depois, ele foi injustamente condenado e jogado na prisão. 6. Como Deus honrou as escolhas de José, mesmo na prisão? “Mas o Senhor estava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro” (Gn 39:21). O Senhor ____________________________ com ele e concedeu-lhe a simpatia do carcereiro. Leia Gênesis 40 e descubra como Deus abençoou a José permitindo-lhe que interpretasse os sonhos de outros dois companheiros de prisão. 7. Quando o faraó sonhou com sete vacas gordas e sete vacas magras, sete espigas de trigo cheias e sete mirradas, qual foi a interpretação de José? “Sete anos de muita fartura estão para vir sobre toda a terra do Egito, mas depois virão sete anos de fome. Então, todo o tempo de fartura será esquecido, pois a fome arruinará a terra” (Gn 41:29, 30). Sete anos de estão para vir sobre toda a terra; mas depois virão sete anos de . 8. Anos mais tarde, quando José se encontrou com seus irmãos outra vez, qual foi o testemunho dele? “José, porém, lhes disse: ‘Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus? Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos’” (Gn 50:19, 20). “Vocês planejaram o contra mim; mas Deus o tornou em Ao olhar para sua vida, José teve absoluta certeza de que Deus o guiara. Ele sabia que, apesar das provações e dificuldades que enfrentara, Deus fez com que as coisas contribuíssem para seu bem e para a glória dos propósitos do reino de Deus. José honrou a Deus e Deus o abençoou. Quando, mesmo em tempos difíceis, colocamos Deus em primeiro lugar em nossa vida, Deus nos abençoará de maneira extraordinária. Como José, poderemos olhar para trás e ter completa confiança de que Deus sempre faz o melhor. *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. O estudo bíblico do próximo mês será “O Divino Conselheiro” Nova série sobre o Espírito Santo. 28 Adventist World | Janeiro 2011 .” Intercâmbio Mundial C A R TA S No Passado e Agora Obrigado pelo artigo “Vamos Conversar?”, de Ángel Manuel Rodríguez (outubro de 2010). Alguns assuntos não podem ser compreendidos apenas com a leitura da Bíblia. Isso envolve mais do que simplesmente um “está escrito”, porque as diferenças entre o nosso tempo e os tempos bíblicos são muito grandes. Os textos bíblicos precisam ser interpretados. Gostei muito desse artigo porque fala a verdade: muitas discussões surgem devido ao medo (liberais versus corrente principal versus extremistas, etc.). Estou feliz de ser membro de uma igreja que tem, por um lado, fortes fundamentos, e por outro lado, também admite que alguns assuntos tenham várias possibilidades de pensamento. Também concordo que devemos conversar e orar uns pelos outros, pois é Deus quem nos une. Por favor, continuem a nos informar sobre assuntos como esse e abordem outros como vegetarianismo, joias, música e outros. Christian Macher Salzburgo, Áustria Lendo para Mim Mesmo Gostei muito do artigo escrito por Sylvia Renz, “Fome da Palavra” (outubro de 2010). Identifiquei-me perfeitamente com a experiência dela, com a síndrome “eu já sei isso” e os bloqueios mentais que nos distraem enquanto lemos. Para mim, também é difícil de explicar, mas quanto mais eu leio a Palavra, mais preciosa ela se torna para mim. Estou começando a compreender finalmente o que sempre me pareceu um cliché infantil: a Bíblia é uma carta de amor para mim. Sinto paz ao lê-la. Obrigada pelo artigo e pelo trabalho maravilhoso que sua publicação faz por Deus. Suzette Peterson Redlands, Califórnia, Estados Unidos Fazendo aos Outros Eu me senti muito mal quando li a história de “Mustaq”, escrita por Sudha Khristmukti (outubro de 2010). Não posso acreditar que alguém possa tratar os outros como Mustaq foi tratado. Será que aqueles alunos eram adventistas? Por que a professora não se ofereceu para ajudar Mustaq, ou, pelo menos, repreendeu os outros alunos pelo seu comportamento não cristão? Fiquei com vergonha por aqueles alunos. Por que a pobreza do menino teve que ser exposta para os garotos da mesma idade? Irritei-me com seus algozes e sua professora. Queria pôr meu braço em volta dele, trazê-lo para perto de mim e deixar que soubesse que ele era importante para alguém. Infelizmente, não apenas os jovens são culpados por ser esnobes e ridicularizar os outros. Isso pode ser encontrado em todas as idades, até em nossas igrejas. Não se espera que nós, que nos chamamos de cristãos, andemos com Jesus em direção à santificação? Como podemos levar o nome de Cristo quando tratamos os outros como Mustaq foi tratado? Jean Cummings Por e-mail Tratada com Discernimento Trabalhei por mais de dez anos como diretora de uma classe bíblica. No momento, estudamos com um grupo de quinze pessoas. Fiquei feliz ao ler o artigo sobre o evangelismo em Roma, realizado por Shawn Boonstra, “Evangelismo Adventista Surpreende Roma” (julho de 2009). Como já morei na Europa, compreendo bem a dificuldade de pregar o evangelho em cidades como Roma. Participo de um programa evangelístico destinado às classes sociais mais elevadas. Estou curiosa para saber como foram abordadas as questões complexas e controvertidas. Carmen Silva Salvador, Brasil Instrução Sou membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Himo, na Tanzânia. Leio a revista Adventist World e me interessei muito pelo artigo “Começando o enditnow” (maio de 2010). Com ele, compreendi, especialmente, como os adventistas deveriam ser. Que Deus abençoe todos os que participam escrevendo para esta revista. Wilson Mjema Tanzânia Janeiro 2011 | Adventist World 29 Intercâmbio Mundial C A R TA S Evangelismo Sou pastor da Igreja Batista de Maláui. Li na Adventist World o artigo “Esta é a Minha História”, escrito por Samuel Neves (abril de 2008). Após lê-la, decidi me tornar um ministro adventista, mas não sei o procedimento. Por favor, vocês podem me informar como posso fazer isso? Leonard Kazembe Blantyre, Maláui Apreciação Muito obrigado pela revista internacional Adventist World. Consegui alguns exemplares em Chillán, Chile. Parabéns por essa publicação com assuntos tão interessantes e que tanto nos informa e ensina. Que Deus abençoe o ministério dessa revista. Jose Orlando Soto Ojeda Chillán, Chile Parabéns à revista Adventist World. Gosto muito dela. Minha coluna preferida é Lugar de Oração, pois podemos orar por pessoas do mundo inteiro e fortalecer nossa vida espiritual. Muito obrigada! Maria Teresa Pascual Llaida, Espanha Recebo a Adventist World todos os meses. Sou grata pelo fato de que ela tem me edificado espiritualmente. Que Deus os abençoe! Angela Paiea Cordeiro, Recife, Brasil Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas. LUGAR DE ORAÇÃO Necessito, urgentemente, de suas orações por minhas dificuldades financeiras. Preciso completar meu estipêndio para este semestre. Satanás tem trabalhado muito para atrapalhar os planos que Deus tem para mim. Ocen, Uganda Minha família e eu necessitamos de bênçãos em nossa vida financeira. Devido às dificuldades, meus pais decidiram não me ajudar a continuar meus estudos no segundo semestre. Eu não gostaria de parar de estudar. May Ann, Filipinas Por favor, orem por nossa filha, que foi diagnosticada com câncer. Peço que os irmãos de todo o mundo orem por ela. Joanne, Estados Unidos 30 Adventist World | Janeiro 2011 Completei meu mestrado no mês de maio e estou procurando trabalho, mas ainda não encontrei uma empresa. Estou me tornando fraca na fé, embora, desde a infância, tenha dependido de Deus em todas as coisas. Mantenham meu nome em suas orações. Caroline, Índia O número de leitores da Adventist World tem crescido a cada dia. As pessoas estão interessadas em estudar a Bíblia. Uma pessoa falou com cerca de trezentos pastores para visitar a edição on-line e fazer sermões com os artigos. Orem por esse ministério. Saleem, Paquistão Obrigado a todos por terem orado por mim. Pedi oração para que fosse curado de câncer em abril, e os indicadores estavam bem baixos em setembro. Eles dizem que não existe cura, mas somente Deus sabe o melhor. Ralph, Estados Unidos Orem para que o Espírito Santo trabalhe no coração do meu esposo e lhe dê luz e compreensão para que ele siga a Jesus outra vez. Petra, Alemanha Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA. INTERCÂMBIO DE IDEIAS Rocha Sólida Leitora conta o que sua coleção de pedras lhe ensinou sobre Deus. N unca apreciei trabalhar no jardim. Quando jovem, eu era responsável por cortar a grama e rastelar as folhas. Esse trabalho tinha que ser feito o ano todo, e meu desejo era ter um jardim cheio de areia, sem árvores, onde C H A R L E S T H O M não precisasse cortar a grama nem rastelar. P S O N Agora, como adulta, continuo não gostando das lindas folhas que caem no chão do meu jardim. Parece que a grama cresce mais rápido a cada ano e as ervas daninhas aparecem sem convite. Meu esposo tem uma alergia severa a grama e, por isso, realizo sozinha essas tarefas. Decidi colecionar pedras – grandes e belas pedras que não precisam de manutenção. Pelo seu tamanho, ocupariam bastante espaço no jardim, ajudando a diminuir meu trabalho. Sempre que viajamos, eu trago pedras para casa, como souvenir. Já fiz meu marido dirigir para dentro do mato, fora das rotas familiares, em busca de pedras. Já andei por riachos, barro e tantos outros lugares, à procura de pedras. Nossos filhos foram claramente instruídos de que, em todos os natais e aniversários eu queria pedras de presente. Olhando pela janela, posso ver a coleção. Pedras da semana em que minha filha adolescente e eu acampamos sozinhas, no verão de 2006. Pedras de várias escaladas nas montanhas. Pedras que foram compradas por meu querido marido, em lugar das flores que a maioria das mulheres gosta de receber de surpresa. Será que essa obsessão por pedras diminuiu meu trabalho no jardim? Infelizmente, não! Na verdade, tirar as folhas de cima das pedras leva muito mais tempo. Para mim, no entanto, as pedras se tornaram uma visão de beleza, poder e esperança. Todas as vezes que tiro uma pedra do lugar, que me assento sobre outra ou caminho sobre uma pedra no meu jardim, lembro-me do verso bíblico de 1 Pedro 2:5: “Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual” (NVI). Eu sou uma pedra viva, cheia de força e possibilidades de me desenvolver para ser alguém mais parecido com o que Deus quer que eu seja. Às vezes, apresento lascas, rachaduras e marcas de golpes, como resultado das más escolhas. Às vezes, sou pequena, mas sirvo para grandes propósitos. Outras vezes, sou como uma pedra grande, formidável e forte, recebendo o poder do Espírito Santo. Rochas, pedras e pedregulhos me lembram que somos singulares por dentro e por fora, mas com um único propósito: conhecer a Deus e fazê-Lo conhecido pelo modo como vivo. Eu arranco as ervas daninhas que rodeiam a pedra do centro, com suas veias vermelhas e pontas afiadas. Sento-me e admiro sua beleza, sabendo que Deus desenhou suas entrâncias. Então, questiono: Qual é o formato da pedra da minha vida? Como está sendo construída minha casa espiritual? Será que há muita erva daninha crescendo nela? As pedras me fazem parar e refletir em questões como essas e me lembram do que lemos no Salmo 94:22: “O meu Deus é a rocha em que encontro refúgio” (NVI). – Malinda Fillingim, Rome, Geórgia, Estados Unidos “Eis que cedo venho…” Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; G. T. Ng; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal. Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland, EUA Gerald A. Klingbeil (editor associado), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coreia do Sul Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor On-line Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen Consultores Ted N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander. Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: [email protected] Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos. Vol. 7, No. 1 Janeiro 2011 | Adventist World 31 O Lugar das PESS L U G A R É E N V I A D O F R A SE D O E S T E ? P O R C R I S T I A N Y O LY S E R R A N O M Ê S “A oração faz com que céticos e descrentes perguntem: ‘Como isso aconteceu?’” – Pastor Desmond Michael, diretor associado de evangelismo, Distrito Central Aba, Associação Este Nigeriana, durante sermão em 2010. VIDA ADVENTISTA Minha família teve contato pessoal com Ellen White há muitos anos. Eis a história: Minha tia Edith Barnes conta que, em 1910, a Associação do Norte da Califórnia buscava o conselho da Sra. White em relação a uma dívida contraída pela Academia Lodi. Meus avós maternos possuíam uma casa espaçosa, de modo que prepararam um quarto para Ellen White e Sara McEnterfer para que se hospedassem enquanto estivessem em Lodi. (Sara preparava as refeições da Sra. White). Os Barnes (meus avós) tomavam suas refeições em uma cozinha no porão, onde havia todo o conforto da casa. No último dia que Ellen White estava em Lodi, ela queria comer com os Barnes. Vovó preparou uma boa refeição. Vovô e a tia Edith ajudaram a Sra. White a descer até o porão. Quando já estavam lá, ela observou: “Se eu soubesse que a comida aqui era tão boa e com pessoas tão agradáveis, teria tomado todas as minhas refeições aqui no porão!” – Faye Jull, Auburn, Califórnia, Estados Unidos E N V I A D O com outros membros da igreja, incentivaram os pais de Yessy a enviá-lo para a Escola Adventista Ebenézer, em Marankiari, Peru. Mesmo sendo adventistas, resistiram fortemente à ideia, temendo que Yessy fosse ridicularizado. Fernando Ingaruca, diretor da escola, convenceu os pais a enviá-lo. Hoje, o garoto gosta da escola e de todas as atividades ali, inclusive ler e escrever. Yessy também gosta muito de desenhar. Recentemente ele viu um vídeo de Nick Vujicic, um jovem palestrante motivacional, que D A N I E L P E C H O O J E D A nasceu sem os braços e sem as pernas, e foi inspirado a fazer várias coisas e uma delas é aprender a nadar. Para saber mais sobre Yessy, acesse o site: www.youtube. com/watch?v=E1xVnc70BCs. Na Colômbia, membros da igreja de San Juan Nepomuceno (Bolívar) desfrutam juntos da natureza, após celebrar o 13º sábado na igreja. Início de 2010. CO N H E ÇA S E U VI Z IN H O Yessy é um aluno de 6 anos de idade em nossa escola adventista na Missão Central Andina, no Peru. Yessy nasceu sem os membros. Ele é uma inspiração para todos os alunos, professores e para os pais dos alunos. É realmente uma inspiração ver o rosto de Yessy, cheio de alegria, apesar de suas limitações. Há aproximadamente um ano, Daniel Pecho Ojeda, diretor de educação e comunicação da Missão Central Andina, junto P O R R ESP O S TA : Q U E AS
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