Ganho real atinge 95,6% dos dissídios no Rio Grande - Sindppd-RS
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Ganho real atinge 95,6% dos dissídios no Rio Grande - Sindppd-RS
PARTICULARES - Ganho real atinge 95,6% dos dissídios no Rio Grande do Sul Veja matéria do Jornal do Comércio desta quinta-feira (22/03) sobre o levantamento divulgado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Segundo o balanço, quase 96% dos acordos salariais fecharam com AUMENTO REAL em 2011. Empresários: o setor de TI estará entre os menos de 5% dos acordos com reajuste apenas pelo INPC? Ganho real atinge 95,6% dos dissídios no Rio Grande do Sul Clarisse de Freitas FREDY VIEIRA/JC Alta do mínimo deve pressionar negociações neste ano, diz Franzoi O Balanço das Negociações Coletivas no ano de 2011, apresentado ontem pelo Dieese, mostrou um desempenho recorde, com a conquista de ganhos reais pelos trabalhadores em 95,6% dos acordos salariais fechados no Rio Grande do Sul. Outros 2,9% das negociações resultaram em reajuste igual à inflação do período (considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo IBGE, na data base de cada acordo). O resultado segue a tendência de crescimento do ano anterior, quando 88,3% das negociações foram concluídas com aumentos reais. No País, 87% dos reajustes resultaram em aumento real de salários. “Em 2011 foi quando tivemos, desde que a pesquisa começou a ser feita em meados dos anos 1990, o maior número de categorias com acordos acima da inflação. Isso foi alcançado apesar de o INPC ter ficado acima do verificado em 2010 e de o Produto Interno Bruto do ano também ter sido menor”, observou o economista Ricardo Franzoi, que indicou, entre outros fatores, o reflexo da concentração de datas base no primeiro semestre, quando o desempenho econômico foi superior, mais próximo aos bons resultados de 2010. O economista apontou, ainda, que entre as categorias que tiveram ganho real de salário no Estado, a maior parte (51,5%) teve aumentos de 1,01% a 2%, enquanto apenas 2,9% conseguiu negociar aumentos de 3,01% ou mais. O restante dos reajustes se dividiu de forma igual entre as faixas de 0,01% a 1% e de 2,01% a 3%, com 20,6% dos acordos em cada perfil. Enquanto isso, o levantamento nacional mostrou que, na média brasileira, o número de acordos com aumentos superiores a 3% chegou a 9,4% das negociações que resultaram em ganho real. “Isso foi puxado, fortemente, por setores onde o movimento sindical é mais forte, como o setor metalmecânico. A mesma tendência de reajustes mais parcimoniosos que vemos aqui também é sentida nos prêmios distribuídos pelas empresas quando os trabalhadores batem as metas. Enquanto em São Paulo cada um recebe R$ 14 mil, aqui a montadora de veículos pagou R$ 7 mil”, descreveu Franzoi. O Dieese apontou, ainda, que, embora as indústrias tenham concedido ganhos reais maiores (no setor, 94,9% dos acordos incluíram reajustes superiores à inflação), foi no comércio que os ganhos alcançaram a todos os trabalhadores, com 100% dos acordos. Já o setor de serviços deu ganhos reais em 93,3% das negociações e fechou 6,7% das negociações coletivas sem sequer repor a inflação (abaixo do INPC). “As negociações feitas agora, entre janeiro e fevereiro de 2012, também têm mostrado um bom desempenho, tivemos quatro ou cinco casos com reajustes acima dos alcançados no ano passado. Isso se deve, em muito, pela pressão do salário-mínimo, que foi reajustado em 14% e pode, em janeiro do ano que vem, bater em R$ 680,00 – ritmo de crescimento que deve ser acompanhado pelo piso regional. Sendo assim, os sindicatos irão pressionar por aumentos”, afirmou.
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