projeto político pedagógico 2012

Transcrição

projeto político pedagógico 2012
1
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
2012
2
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................
06
2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................
07
2.1 Identificação da Escola ................................................................................
08
2.2 Aspectos Históricos Importantes .................................................................
09
3. FILOSOFIA DA ESCOLA .................................................................................
11
4. JUSTIFICATIVA .................................................................................................
12
5. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ............................................................................
13
OBJETIVOS GERAIS ...........................................................................................
14
7. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................
15
7.1 Resultados Educacionais........................................................................................
17
7.2 Quadro de Pessoal …..................................................................................
18
7.3 Oferta de Cursos e Modalidades ….............................................................
20
7.4 Organização Aspecto Físico …....................................................................
21
7.5 Recursos Tecnológicos adequado a consecução da Proposta Pedagógica
22
8. MARCO CONCEITUAL .................................................................................
23
8.1 Sociedade …................................................................................................
23
8.2 Mundo...........................................................................................................
24
8.3 Homem …......................................................................................................
24
8.4 Infância e Adolescência ….............................................................................
25
8.5 Educação/Escola ….......................................................................................
26
8.6 Conhecimento …............................................................................................
27
8.7 Letramento ….................................................................................................
28
3
8.8 Aprendizagem ….............................................................................................
29
8.9 Cidadania …....................................................................................................
30
8.10 Cultura ….......................................................................................................
31
8.11 Trabalho …......................................................................................................
32
8.12 Ciências …......................................................................................................
33
8.13 Tecnologia …...................................................................................................
34
8.14 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada ….......................
35
8.14.1 Formação Continuada de Professores ….....................................................
36
8.15 Currículo …......................................................................................................
37
8.16 Avaliação ….....................................................................................................
38
8.17 Concepção de Inclusão .................................................................................
39
8.18 Concepção dos sujeitos com necessidades educacionais especiais….........
39
8.19 Concepção de aluno e altas habilidades/superdotação …..............................
40
9. MARCO OPERACIONAL …..................................................................................... 41
9.1 Processo de Avaliação da Escola.....................................................................
44
9.2 Verificação do Rendimento Escolar …..............................................................
45
9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico …......................................................
45
9.4 Hora Atividade.....................................................................................................
46
9.5 Papel das Instâncias Colegiadas …...................................................................
46
9.5.1 Direção ….......................................................................................................
46
9.5.2 Conselho Escolar …........................................................................................
47
9.5.3 Conselho de Classe …....................................................................................
48
9.6 Regimento Escolar ….........................................................................................
49
9.6.1 Do Processo de Classificação ….....................................................................
49
9.6.2 Do Processo de Reclassificação….................................................................
50
4
9.6.3 Da Progressão Parcial …...............................................................................
51
9.6.4 APMF …..........................................................................................................
51
9.6.5 Agentes Educacionais I e II ….........................................................................
52
9.7 Cursos/Programas/Projetos…............................................................................
52
9.7.1 Ofertados pela escola ….................................................................................
52
9.8 Diversidade …....................................................................................................
53
9.8.1 Educação do Campo ….................................................................................
54
9.8.2 Educação Indígena …...................................................................................
55
9.8.3 Gênero e Diversidade Sexual …...................................................................
55
9.8.4 Paraná Alfabetizado …..................................................................................
56
9.8.5 Relações Étnicos-Raciais …..........................................................................
56
9.9 Desenvolvimento Sócioeducacional.........…......................................................
57
9.9.1 Enfrentamento à Violência …..........................................................................
57
9.9.2 Educação Ambiental …...................................................................................
58
9.9.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas …......................................................
58
9.10 Formação Continuada ….................................................................................
59
9.11 Equipe Multidisciplinar......................................................................................
59
10. PLANO DE AÇÃO 2011 ….................................................................................... 60
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ….................................................................. 62
12. ANEXOS …............................................................................................................ 63
12.1 Matriz Curricular …...........................................................................................
63
12.1.1 Manhã …......................................................................................................
63
12.1.2 Tarde …........................................................................................................
64
12.1.3 Noite ............................................................................................................
65
12.2 Proposta Pedagógica Curricular das Disciplinas …..........................................
64
5
12.2.1 Arte …...........................................................................................................
66
12.2.2 Ciências ........................................................................................................
78
12.2.3 Educação Física ...........................................................................................
87
12.2.4 Ensino Religioso ..........................................................................................
97
12.2.5 Geografia ......................................................................................................
104
12.2.6 História..........................................................................................................
115
12.2.7 Língua Portuguesa …...................................................................................
133
12.2.8 Matemática ...................................................................................................
151
12.2.9 L.E.M. Inglês..................................................................................................
161
12.3 Projetos elaborados pela Escola …................................................................
190
12.3.1 Conhecendo Indústrias …...........................................................................
190
12.3.2 Educando para o Trânsito…........................................................................
193
12.3.3 Eu Amanhã ...............................................................................................
194
12.3.4 Horta – Saúde em suas mãos.................................................................................
196
12.3.5 Biodiesel – O Combustível Ecológico..........................................................
201
12.4 Preponentes do Projeto Político Pedagógico ….............................................
205
1
6
1. APRESENTAÇÃO
“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos
violenta, mais humana, nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo
não a qualquer de possibilidade em face dos fatos, defende capacidade
de ser avaliar, de empreender, de escolher, de dividir e, finalmente de
intervir no mundo.” (FREIRE. 1987)
O presente projeto está alicerçado na Lei de Diretrizes e Bases Lei 9394/98, que
em seu artigo 12, § I, prevê que “os Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as normas
comuns e as dos seus sistemas de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar
sua proposta pedagógica”; na Constituição Brasileira; no estatuto da Criança e do
Adolescente;
É uma proposta pedagógica, construída pela comunidade educativa da Escola
Estadual Profª. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental, e está associada a finalidade da
educação e a que tipo de alunos queremos formar. Identifica os problemas e as
necessidades presentes em nosso atual contexto social, em consequência os seus
reflexos sobre a prática educativa da escola.
Nesse projeto foram traçadas metas e ações a serem alcançadas, com o intuito de
transformar a prática pedagógica, promovendo a democratização do saber elaborado e o
desenvolvimento integral do educando, oferecendo-lhe meios de inserir-se na sociedade
de maneira crítica e participativa; capaz de transformar a sua realidade, construindo uma
sociedade mais justa, democrática e solidária.
É um processo de trabalho coletivo da escola, deve ser reconstruído e vivenciado
constantemente por todos os envolvidos com o processo educativo escolar. Ele se constitui
como um processo de permanente reflexão e discussão dos problemas, das propostas, da
organicidade, da intencionalidade da escola. Desse modo, subsidiará a organização do
trabalho pedagógico, que inclui o trabalho educativo na sala de aula.
Processo de mudança e de definição de um rumo, que estabelecerá princípios,
diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades
desenvolvidas pela escola como um todo. Pressupõe uma construção participativa que
envolve ativamente os diversos segmentos escolares e a própria comunidade onde a
escola está inserida.
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2. INTRODUÇÃO
Os propósitos desse projeto é o de sustentar as ações empreendedoras
da
escola, possibilitando alternativas, quando necessário, para o enfrentamento dos
problemas surgidos no dia dia.
Esse trabalho exige o comprometimento da comunidade educativa em geral,
estabelecendo pela coletividade, as metas e ações consideradas essenciais para atender
aos anseios da mesma na construção de uma nova realidade educacional.
O planejamento da prática educativa contribuirá para estabelecer uma prática
pedagógica que enfrente com sucesso esse desafio, fazendo da escola um espaço
democrático, que não se limita a reproduzir a realidade do contexto social, político e
econômico onde está inserida, mas viabilizando uma educação que eduque de fato, para o
exercício pleno da cidadania, na qual o cidadão será necessário à sociedade pela sua
capacidade de pensar, refletir e agir.
A educação para a Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” é um processo em que
a pessoa se descobre e se empenha para desenvolver seu potencial humano, convivendo,
pesquisando e trabalhando.
8
2.1. Identificação da Escola
FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1- Denominação da Instituição
Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental
2- Endereço:
3- Bairro:
Rua Pombas, 1443
Centro
4- Município:
Arapongas
5- Cep:
86701- 410
9- Fax
3252-6229
6- Caixa Postal
7- DDD
não há
8- Telefone
43
10- E-mail: [email protected]
11- Site: www.apsjuliawanderley.seed.pr.gov.br
12- Entidade Mantenedora
13- CGC/MF
Governo do Estado do Paraná
Não há
14- Código da Escola:
15- Código do Município:
00155
16- Dependência Administrativa:
Estadual
3252-6229
0150
17- Localização da Escola: 18- Organização Curricular:
Urbana
2.2 Apéctos Históricos Importantes
por disciplinas
9
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª Júlia
Wanderley Ensino Fundamental, tem como finalidade atender os alunos de 5ª à 8ª Série.
O Governo do Estado do Paraná pessoa jurídica de direito público é proprietário e
mantenedor do Estabelecimento de acordo com o Registro de Imóveis, Fls 282, sob nº
1928 do livro 03, datado de 19/11/1965. Possui uma área de 5874m, dos quais 809m é
área construída.
O Estabelecimento de Ensino foi oficialmente criado pelo Decreto nº 14724 de
14/02/1958 publicado no Diário Oficial nº 01 de 01/03/1958 e foi instalado como Escola de
Aplicação no novo Prédio da Escola Normal Colegial Estadual Fernando Amaro em
04/03/1966.
Em 23/09/1976 realizou-se reunião presidida pela Diretora Liliana Longo de Araújo
para escolher patronesse da Escola . A partir dessa data o Estabelecimento passou a
chamar-se Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” - Ensino de 1º grau.
Com a aprovação do Plano de Implantação da Lei 5692/71, a Escola de Aplicação
foi autorizada a funcionar nos termos da Legislação em vigor como Escola Estadual “Profª
Júlia Wanderley” - Ensino de 1º grau, de conformidade com o Decreto 2435, de 26/10/1976
e reconhecimento conforme Resolução nº 2231/97, de 24/07/97.
Em 25/09/1994 de acordo com a Resolução 3758/94 do Secretário da Educação,
nos termos da legislação vigente, ficou autorizado o funcionamento do Curso Supletivo
Fase II em caráter gradativo pelo prazo de 02 (dois) anos, denominando-se assim Escola
Estadual “Profª Júlia Wanderley” - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.
Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 – DOE, de 11/09/98, estabeleceu-se
como nomenclatura correta Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos
Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental.
Foi publicada no Diário Oficial nº 6050, em 15/08/2001, a Resolução nº 1779/2001
que autorizou o funcionamento da modalidade de Educação de Jovens e Adultos, de forma
gradativa a partir do 2º semestre de 2001, e consequentemente cessação gradativa do
Curso de Ensino Supletivo.
A Resolução nº 179/04, publicada no D.O.E. de 19/02/2004, autorizou o
funcionamento do Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série Regular a partir do ano de 2004,
com implantação simultânea e alterou a denominação do Estabelecimento para escola
Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental.
Em 2006 a Escola foi autorizada a ampliar o turno para ofertar 5ª a 8ª séries –
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Ensino Fundamental, no período noturno, de forma simultânea. E também neste ano letivo,
teve autorização para implantação do CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna), na
modalidade de Espanhol, período vespertino.
Na atual realidade, ano letivo de 2011, a escola conta com 07 turmas de ensino
fundamental (5ª à 8ª série) no período da manhã, 0 turmas (5ª à 8ª série) no período da
tarde e 04 turmas (5ª à 8ª série) no período da noite.
Oferta também 02 turmas do Curso Básico do CELEM de Espanhol
do Curso de Aprimoramento do CELEM de Espanhol no turno vespertino.
e 01 turma
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3. FILOSOFIA DA ESCOLA
É papel da escola propiciar aos alunos a capacidade de vivenciar as diferentes formas de inserção sócio-político e cultural. Apresenta-se para a escola, hoje mais do que
nunca, a necessidade de assumir-se com espaço social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos a toda e qualquer ação de cidadania, considerando que na
sociedade atual a escola tem tornado-se principal instância de realização do fenômeno
educativo.
Por isso todos, alunos, professores, funcionários, pais e direção, são responsáveis
pela formação de uma verdadeira comunidade educativa, empenhada para que aconteça
aprendizagem e formação de atitudes, pois considera-se que a escola deve formar para a
cidadania ativa e para o desenvolvimento de uma sociedade caracterizada pela globalização da economia, das comunicações, da educação e cultura, pelo pluralismo político. Nessa sociedade, cresce a reivindicação pela participação e autonomia, contra toda forma de
uniformização. A multiculturalidade é a marca significativa do nosso tempo por isso devese educar o ser humano para ser capaz de ouvir, de prestar atenção e intervir para respeitá-la.
Portanto, torna-se necessário ter em conta uma dinâmica de ensino que favoreça
não só o descobrimento do trabalho individual, mas também e, sobretudo, do trabalho coletivo.
A escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta à
sociedade na qual está inserida. Nesse sentido, ela nunca é neutra, mas sempre ideológica e politicamente comprometida.
Nessa perspectiva, segundo Freire 1996, reconhecemos que a educação tem um
valor inestimável como força motriz de mudanças e libertação, como instrumento de formação política e reflexão sobre os problemas do país e do mundo, e capaz de gerar uma
nova postura diante dos problemas que nos afetam.
Neste Estabelecimento de Ensino procura-se articular uma proposta pedagógica
cujo ponto de referência e compromisso é a transformação da sociedade e não sua manutenção e perpetuação, que tem como horizonte a emancipação dos indivíduos, finalidade
definidora da função social da escola.
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4. JUSTIFICATIVA
“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o
futuroProjetar significa quebrar um estado confortável para arriscar-se,
atravessar um período de instabilidade em função da promessa que cada
projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode
ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas
tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e
autores”. (MOACIR GADOTTI)
Partindo do princípio de que os seres humanos são seres criativos e ativos,
construtores de sua cultura e de sua história, urge empreender um esforço coletivo para
vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma educação que
proporcione ao indivíduo, condições de tornar-se um ser completo, em dimensões sociais,
afetivas e intelectuais.
Com esse projeto, objetivamos enfrentar esse desafio. Sabemos que o caminhar
tem que ser compromissado, ético, participativo e democrático. História é possibilidade,
não determinação. Trabalhamos na perspectiva de realização de nossos ideais.
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5. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Profª
fundamenta-se nos seguintes parâmetros legais:
•
Constituição Brasileira
•
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
•
Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996
•
Lei 9475, de 22 de julho de 1997 CNE
•
Lei 10172, de 09 de janeiro de 2001
•
Lei 10287, de setembro de 2001
•
Lei 10639, de 09 de janeiro de 2003
•
Lei Complementar 123 de 09 de setembro de 2008
•
Deliberação Nº 007/99 CEE
•
Deliberação Nº 014/99 CEE
•
Resolução Nº 3794/04
•
Resolução nº 07/2010 - CNE/CEB
•
Deliberação Nº016/99 CEE
•
Deliberação Nº 03/2006 - CEE/CEB
•
Processo Nº560/99-Indicação Nº004/99 CEE
•
Parecer Nº05/97 CBE/CNE
•
Parecer Nº015/98 CBE/CNE
•
Parecer nº 407/2011 - CEE/CEB
•
Decreto Federal Nº3298 que regulamenta a Lei Nº7853
Júlia Wanderley,
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6. OBJETIVOS GERAIS
Em consonância com a LDB buscamos os seguintes objetivos:
•
Promover a formação integral do educando, em função dos princípios éticos,
políticos, articulando as áreas do conhecimento, preparando-o efetivamente para o
cumprimento do seu papel sócio cultural.
•
Intensificar a participação de todos os segmentos nas atividades realizadas pela
escola para que haja a articulação e integração da comunidade escolar.
•
Incentivar o aprimoramento dos profissionais da escola visando a melhoria da
qualidade do trabalho pedagógico.
•
Elaborar projetos tendo como ponto de partida a realidade escolar e dar
continuidade aos que já existem.
•
Incentivar a participação da comunidade escolar através de programas, eventos e
campanhas.
•
Estabelecer parcerias constantes com pais, comunidade e a sociedade.
•
Melhorar os índices de frequência, permanência, aproveitamento escolar e
aprovação articuladas pelos segmentos colegiado e participativo.
•
Desenvolver estratégias para reduzir as desigualdades, levando em conta a
diversidade, procurando garantir a equidade, a inclusão e a permanência de todos
os educandos.
•
Trabalhar para contribuir de forma efetiva e construtiva para melhorar a situação da
prática educativa da escola.
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7. MARCO SITUACIONAL
A Escola Estadual Professora Júlia Wanderley – Ensino Fundamental está situada
na região central da cidade onde a maioria dos habitantes não tem mais filhos em idade
escolar, por isso o alunado atendido pela escola são oriundos dos diversos bairros que o
município de Arapongas dispõe.
A princípio as matrículas atendem ao georreferenciamento e o restante das vagas
ofertadas seguem critérios encaminhados pela SEED e Secretaria Municipal de Educação.
O nível socioeconômico da comunidade escolar é bem variado, onde a maioria
pertence a classe média baixa com os pais exercendo diversas profissões: operários,
comerciários, empresários e outros. Como consequência os níveis de escolaridade são
melhores, muitos tem o segundo grau completo e ou o terceiro grau.
A procura por matrícula é muito grande, em parte pelos bons resultados que a
escola vem apresentando, sendo comparada a rede particular de ensino.
Para atender os anseios desta comunidade, a escola tem realizado uma gestão
democrática e participativa, dando voz a todos os sujeitos envolvidos no processo,
incluindo os diferentes saberes e formas culturais, com isso contribuindo para a conquista
de um índice do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) maior que o
projetado para a escola no ano de 2009. Também neste mesmo ano a escola foi agraciada
dentre os quatro classificados no município na OBMEP (Olimpíada Brasileira de
Matemática das Escolas Públicas) com os três primeiros lugares e em 2010 conquistando
sete premiações dentre as quatorze escolas premiadas com seus alunos.
Destacamos para estas conquistas a importância de um trabalho coletivo,
envolvendo pais, professores, Conselho Escolar, APMF, funcionários e a comunidade,
tanto na forma de organizar o processo de trabalho pedagógico, como na gestão que é
exercida pelos interessados, dando margem para a construção da hegemonia da vontade
comum.
Nessa conjuntura, a escola define sua proposta pedagógica curricular de acordo
com as orientações recebidas da Seed, adaptando os conteúdos às necessidades sócias e
culturais da escola, sem perder de vista a qualidade que a educação deve oferecer.
Procura assim, estar preparada para atender todos os alunos, com maior atenção, aos
alunos do 6º ano, utilizando o lúdico e linguagem acessível ao conhecimento dos
discentes, tanto que a nova edição dos livros que os alunos já estão utilizando estão
adequados ao ensino de nove anos. Outras adequações realizadas são horário de recreio
16
diferenciado, materiais e equipamentos didáticos pedagógicos para trabalhar de forma
concreta os conteúdos.
Apesar dos méritos e êxitos alcançados, ainda há muito o que avançar. Uma das
dificuldades que os professores enfrentam é na utilização das tecnologias disponíveis na
escola. Essa dificuldade não se restringe apenas aos professores, mas na orientação aos
alunos, uma vez que não há uma pessoa capacitada e exclusiva, na escola, para dar o
suporte necessário.
A falta de profissionais capacitados na área de novas tecnologias é maior entrave
para o avanço nas práticas pedagógicas.
Contar com pelo menos um centro de atendimento com fonoaudiólogos,
psicólogos, psicopedagogos para o auxílio no atendimento dos alunos com dificuldades de
aprendizagem, aumentam muito as probabilidades de sucesso dos alunos.
Outras dificuldades detectadas:
•
Falta de recursos financeiros e humanos.
•
Pouco comprometimento dos pais ou responsáveis.
•
Distribuição de aulas na semana pedagógica, impossibilitando a participação de
todos.
•
Infraestrutura que não atende as necessidades da escola, ( falta biblioteca,
laboratório de Ciências, salas para Arte e Apoio à Aprendizagem).
•
Falta de segurança para os profissionais que trabalham no período noturno, devido
a problemas relacionados a drogadição.
•
Falta de respeito de alguns alunos com todos os profissionais.
•
Espaço físico inadequado da sala dos professores e atendimento aos pais na
coordenação, visto que o número de alunos aumentou.
•
Falta de depósito para armazenamento da merenda escolar.
•
Espaço para reuniões com professores e ou pais, alunos, funcionários, uma vez que
quando acontece reuniões com um número maior de pessoas é necessário se
deslocar para um outro local distante das imediações da escola, o que ocasiona o
não comparecimento dos pais.
•
Não há espaço adequado para hora-atividade.
•
Sobrecarga de função
atribuída aos pedagogos, impossibilitando
-os de
acompanhar os docentes na hora-atividade.
Outra realidade adversa que a escola enfrenta é no período noturno,no qual os
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alunos são pertencentes à uma classe de baixa renda, na maioria, trabalhadores das
indústrias, pedreiros, serventes e empregadas domésticas, que procuram o referido
período para trabalharem e consequentemente ajudarem no sustento da família. Diante do
contexto familiar, social e econômico no qual convivem, esse alunado, fora da idade/série,
está mais propício à evasão escolar, requisito este que não permite à escola alcançar
melhores índices de frequência e aprovação.
Percebe-se que a falta de
acompanhamento familiar, a baixa assiduidade e
defasagem idade/série são fatores colaboradores do baixo rendimento escolar e do alto
índice de evasão do aluno do referido período.
Quanto ao atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais, a
escola não se encontra estruturalmente preparada para prestar atendimento a esses
alunos pois não conta com a acessibilidade requerida principalmente para cadeirantes.
Esse e outros aspectos quanto as condições físicas da escola tem sido motivo de luta de
toda comunidade escolar, inclusive com projeto arquitetônico feito pela SEOP, que há 02
anos espera aprovação da SEED.
Com essas limitações restritas para desenvolver o trabalho pedagógico, a escola
apresentou os seguintes resultados no ano de 2010:
7.1 Resultados Educacionais
ENSINO FUNDAMENTAL
Aprovados
401 alunos
Reprovados
57 alunos
Desistente
65 alunos
Transferidos
58 alunos
IDEB
Projetado para 2011
4,5
Observado em 2011
4,6
Projetado para 2011
4,7
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7.2 Quadro de Pessoal
NOME
FUNÇÃO
FORMAÇÃO
Adriana Denise Marquezin
Professora
Educação Física
Alessandra lourensato
Professora
Lingua Portuguesa
Aline Caroline de Lima da Silva
Professora
Geografia e História
Altair Luzia Borges Botelho
Profesora
história
Amanda Gomes Ferreira
Professora
Matemática
Carla Tatiane Domingos
Professora
Geografia
Cátia Jacinto Duarte
Professora
Língua Inglesa
Celiane Cristine Tirone
Professora
Ensino Religioso
Cleide Maria da Silva
pedagoga
Pedagogia/ Gestão Escolar
Daiane Cesario da Silva
Professora
Lingua Portuguesa
Elizabete Maria Rodrigues
Professora
Matemática
Eloisa Elena Weiss Faria
Professora
História da Arte, Ed. Artística
e Artes Plásticas
Eneida Mazuquim Ferrari
Professora
Língua Inglesa
Francelise Dziura
Professora
Ciências
Henriqueta Maria Elias da Costa
Professora
Ciências Biológicas
Hilário Bedento Pricinato
Professor
Geografia
Ilda Bassaco
Professora
Ciências/ Biologia
Jane Francisco Rodrigues
Professora
Português/ Inglês/ Literatura
João Henrique Rossi
Professor
Teologia
João Leme Batista Neto
Professor
Educação Física
Judith Muller da Silva
Pedagoga
Pedagogia e O. Educacional
Juliana Sieni de Oliveira
Professora
Geografia
Leila Aparecida Perdigão
Professora
Matemática
Louise Cristine Silva Gonçalves
Professora
Artes
Luceli Aparecida da Silva
Professora
Literatura e L. Portuguesa
Luci Grotti Pereira
Pedagoga
Pedagogia e
Educacional
Luciano Rompato
Professor
História
Márcia Andreia Pinto
Professora
Língua Portuguesa
Marcos Cesar Beneli
Professor
Matemática
Maria Helena Milan
Professora
Ciências e Biologia
Orientação
19
Marilsa Staub Vendrametto
Diretora
Educação Física
Mônica Alves da Silva
Professora
Matemática
Nadir Aparecida Xavier
Professora
Educação Física
Roseli Suzuki
Professora
Matemática
Sandra Cristina de Oliveira
Professora
Sandra Márcia da Silva Miquelato
Professora
Língua Inglesa
Selma dos Santos Silva
Professora
História
Shirley Calsavara
Diretora Auxiliar Português, Inglês e Literatura
Sonia Maria Nonis Santos
Professora
História
Vivia Cristian Lopes
Professora
Ciências
Viviane Aparecida Nunes
Yokomizo
Professora
Letras Anglo Portuguesa e
Inglês
Solange Apª Alves de Lima
Secretária
Administração Pública
Elizabeth Raia Spaziani
Agente
Educacional II
Pró Funcionário
Dejanira Antunes Staback
Agente
Educacional I
Ensino Médio
Jacira Pizan Alves
Agente
Educacional I
Ensino Médio
Nilda Santos de Carvalho
Agente
Educacional I
Ensino Médio
Maria Helena Frota Galo
Agente
Educacional I
Ensino Médio
Maria Helena Vendrametto
Agente
Educacional I
Ensino Médio
20
7.3. Oferta de Cursos e Modalidades
A
Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental, funciona no
período diurno e noturno, com turmas de 6º a 9º ano – Ensino Fundamental.Período
Matutino:
Ano
6º
7º
8º
9º
Número de turmas
2
2
1
2
Número de Alunos
79
74
39
53
Número de turmas
2
1
2
2
Número de Alunos
65
37
64
50
Número de turmas
1
1
Número de Alunos
38
36
Período Vespertino:
Ano
6º
7º
8º
9º
Período Noturno:
Ano
8º
9º
21
7.4. Organização do Espaço Físico
1- Número de ambientes pedagógicos
2- Área destinada a ambientes pedagógicos (m²)
08
376 m²
3- Número de ambientes Administrativos 04- Área destinada a ambientes
Administrativos(m²)
52 m²
03
5- Relação dos ambientes Administrativos
Ambiente
Área (m²)
Sala da Direção
13 m²
Secretaria
17 m²
Sala de Professor
19 m²
Sala da Coordenação
16 m²
6- Área destinada à Biblioteca (m²)
Não há
7- Complexo higiênico-sanitário
Banheiro
Sexo ao qual se
Número de bebedouros: 02
Nº Pias
Nº Mictórios
destina
sanitários
Banheiro
01
Nº Vasos
02
-
03
02
-
4
01
-
01
Masculino
Banheiro
01
Feminino
Banheiro
Professores e
01
Funcionários
8- Relação das salas de aula
Ambiente
Área (m²)
Sala de Aula
7
48 m²
Sala de Informática
1
48 m²
12 máquina
22
7.5
Recursos tecnológicos adequados à consecução da proposta
pedagógica
a) Equipamentos de laboratório
•
02 kits de laboratório;
•
01 Microscópio binocular
•
01 Microscópio biológico Tri
•
01 Microscópio estereoscopio
•
01 Camera CCD color
•
01 Esqueleto humano
•
01 Célula Eucarionte
b) Recursos audio-visuais e tecnológicos
•
01 retroprojetor;
•
01 Vídeo Cassete;
•
02 DVDs;
•
02 Televisores
•
07 TV Pendrive.
•
01 Antena Analógica;
•
01 Aparelho de Som;
•
02 Rádios Microsistem
•
01 Caixa Amplificadora;
•
16 Computadores;
•
02 Impressoras
•
01 Impressora Jato de Tinta
•
01 Antena digital;
•
01 Máquina fotográfica digital
•
01 Notebook ACE
•
01 Tela tripé para data-show
•
01 projetor LG BS 254 (data-show)
•
02 Microfones auriculares sem fio
23
8. MARCO CONCEITUAL
Esta instituição de Ensino alicerça suas práticas pedagógicas nas pedagogias
críticas e progressistas, embasadas nos seguintes paradigmas:
8.1 Sociedade
O homem se humaniza na relação com outros homens, ou seja, pela convivência
no meio social. Para se humanizar ele precisa aprender diversos costumes e atitudes que
só a convivência pode lhe dar e herdará costumes e atos do grupo em que vive.
Segundo Severino (1998), ao lado das relações técnicas de produção, os homens
vão implementar relações interindividuais, relações de troca e de intercâmbio entre si.
Firmam assim, a sociedade, entendida não mais como apenas o somatório dos indivíduos,
mas o seu agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras.
“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmitelhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as
contribuições que o poder de cada indivíduo engendra o que oferece a sua comunidade.
Nesse sentido a sociedade cria o homem para si.” (PINTO, 1994).
Todas as diferenças existentes no comportamento moldado em sociedade,
resultam da maneira pela qual o homem organiza as relações entre si, que possibilitam o
estabelecimento de condutas e de saberes que nortearão a construção da vida social,
econômica e política. A sua individualidade, o homem, também adquire em sociedade e a
partir dela, esta o distingue dos demais.
Portanto, cabe ao homem conscientizar-se de que é um ser social, mas também
pessoa humana, capaz de agir e interagir em processos sociais que possibilitam maior
equidade a todos.
24
8.2 Visão de mundo
O
mundo
transformou-se
aceleradamente
no
final
do
século
passado,
impulsionado por grandes avanços tecnológicos. Participar e conviver neste mundo exige
uma postura crítica e consciente.
A chegada da internet fez da tela do computador uma nova “janela para o mundo”,
tornando-se uma importante ferramenta de contato social. Isso tem causado um grande
impacto no comportamento humano, mudando progressivamente as rotinas de vida de
milhares de pessoas, permitindo uma efetiva integração ao redor do globo.
Essa nova sociedade que se estrutura para o século XXI, requer uma educação
que ajude o indivíduo a interpretar a realidade com autonomia e objetividade, sem
esquecer o “genuinamente humano”, ou seja, a cultura imprescindível para responder aos
desafios de uma educação que promova uma formação de indivíduos capazes de
localizarem-se nesta realidade, entendendo-a, sabendo explicá-la, para agirem de forma
consciente sobre ela, buscando garantir uma vida digna e atuando na superação da
exclusão social.
8.3 Homem
O homem é um ser histórico, natural e social. Suas ações e pensamentos mudam
de tempo, de acordo com sua realidade. Intervém no curso da história, transformando o
mundo e a si mesmo de forma racional e intencional.
O processo de produção da existência humana é um limite permanente para a
ação, o que permite caracterizar o homem como um ser de práxis, diferente dos animais.
No homem a ação é consciente, finalística, livre e responsável, atua na natureza por meio
do trabalho, da ciência e tecnologia modificando a realidade que o cerca.
Sua existência não se define a priori pela submissão à necessidade metafísica
nem a causalidade de leis naturais. O homem é aquele vai sendo construído pela sua
prática, que se efetiva no tempo histórico e no seu espaço social. O homem se faz pela
sua prática real, prática que se desdobra no tempo histórico e no espaço social.
Segundo Saviani (1992), o homem é um ser natural e social, ele age na natureza
transformadíssima segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de
transformação, ela envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim
acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é
25
intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais
que são apropriados de diferentes formas. Assim o homem constrói sua história e
transforma sua realidade.
“O homem está no mundo e com o mundo. Se apenas estivesse no mundo não
haveria transcendência nem objetivaria a si mesmo. Como o torna um ser capaz de
relacionar-se; de sair de si, de projetar-se nos outros, de transcender. Pode distinguir
órbitas existenciais distintas de si no mundo, com o mundo e pelo mundo”. (PAULO
FREIRE).
8.4 Infância e Adolescência
Somente na Idade Moderna as crianças passam a ser vistas como um ser social,
assumindo um papel nas relações familiares e na sociedade com características e
necessidades próprias
É durante o processo de aquisição do conhecimento que ela deve ser vista como
um ser pleno, cabendo a ação pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua
identidade pessoal. Para isso, as formas lúdicas e criativas ajudam a estimular a
criatividade e a imaginação das crianças. Por meio do lúdico a criança passa a conhecer a
si mesma e o mundo do qual faz parte, as brincadeiras ajudam na assimilação de regras
de convivência e comportamento.
Também é necessário considerar os estágios de desenvolvimento da criança:
•
sensório-motor: a criança não tem a capacidade de representar mentalme
os objetos;
•
pré-operacional: a criança não adquiriu ainda a capacidade de colocar-se
no lugar do outro, não possuindo o pensamento da irreversibilidade;
•
operatório concreto: é um nível mental em que o indivíduo estiver nos
raciocínios privados e nas trocas cognitivas. A linguagem passa a ser fundamental nesse
processo;
•
operatório formal: nesse estágio a criança já pensa em soluções através de
hipóteses e não apenas observando a realiadade. É nesse estágio que ela atinge o padrão
intelectual que terá na idade adulta.
O desenvolvimento e o processo de aprendizagem estão ligados ao meio social
em que a criança vive e tem acesso aos materiais culturais e é na escola que ela
vivenciará trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas.
26
O período de desenvolvimento humano entre a infância e a idade adulta e que
engloba a puberdade ao completo desenvolvimento do organismo recebe o nome de
adolescência.
A adolescência é uma fase de alterações físicas e mentais destacando-se o
desenvolvimento do pensamento abstrato e formal, o estabelecimento da identidade
sexual e a solidificação de amizades com provável experimentação em grupo de bebidas
alcoólicas, tabaco e drogas. É um período onde os adolescentes lutam pela identificação
do EU e pela estrutura de sua existência baseada nessa identidade. Trata-se de um
processo de auto afirmação que costuma aparecer rodeado de conflitos e resistências, nos
quais o sujeito procura conquistar a independência.
Enfim, é um período da vida do ser humano onde se vai descobrindo a si mesma e
aos outros, construindo sua personalidade e os seus projetos de vida pessoal. Por esse
motivo é de fundamental importância a família, a escola e demais organismos sociais
lançarem aos jovens um olhar diferenciado, ouvindo-os é dando-lhes oportunidade de
atuarem como sujeitos nas diversas instâncias da sociedade.
8.5 Educação/Escola
A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos e surgiu das relações de
trabalho e dos saberes que o homem produziu ao longo do tempo. É portanto uma
elaboração histórica dos homens e por isso tem um valor inestimável não só para a
formação do indivíduo como para toda a sociedade.
Segundo Vieira Pinto, a educação é um processo constitutivo do ser humano,
refere-se ao modo como o homem se faz homem. É também o procedimento pelo qual a
sociedade se reproduz a si mesma ao longo de sua atuação temporal. Esse processo de
auto reprodução contém uma contradição: a incorporação dos indivíduos ao estado
existente e progresso, isto é, a ruptura do equilíbrio presente para a criação do novo.
Assim, é pela educação que são criadas as condições para que cada educando
possa tornar-se um cidadão ativo e responsável na sociedade; pela educação, um país se
insere na economia do conhecimento, além de aliança e competitividade e condições para
seu desenvolvimento.
Neste contexto, o fim da educação é a formação de um indivíduo autônomo, que
pensa, fala e age com base no conhecimento adquirido ao longo de sua vida em
sociedade, como sujeito de sua própria história. É essa autonomia, adquirida no convívio
27
com outras pessoas e nas diferentes instituições sociais, como é o caso da escola, que
promove o indivíduo a sua condição de cidadão. A escola, assim, torna-se uma instancia
educativa necessária, não só ao conhecimento sistematizado, mas um lugar onde o aluno
aprende coisas essenciais para sua vida. Constituir em um espaço de socialização do
conhecimento produzido indispensável na formação e inserção dos indivíduos nas relações
sociais. Há que considerar sua função social de formadora de sujeitos históricos, com
resultados que influenciam a vida dos cidadãos nela inseridas.
Nesse sentido, a escola deve incentivar uma prática pedagógica fundamentada em
diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de
avaliação que permitam aos educandos concientizarem-se da necessidade de uma
transformação emancipadora.
Para Saviane (1992, p.7), o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e
indiretamente em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e
coletivamente pelo conjunto dos homens.
Para nós, a escola com que sonhamos, é aquela que assegura a todos a formação
cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã. Essa formação implica
articular os objetivos convencionais da escola-transmissão-assimilação ativa dos
conteúdos escolares, desenvolvimento do pensamento autônomo, crítico e criativo,
formação de qualidades morais, atitudes e convicções. É preciso também a escola
contribuir para uma nova postura ético valorativa, de recolocar valores humanos
fundamentais como justiça, solidariedade, honestidade, o reconhecimento da diversidade
e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos básicos, como suporte de
convicções democráticas.
8.6 Conhecimento
Das experiências e práticas mediadas pelo trabalho o homem constrói o
conhecimento.
Dessas relações e inter-relações, o conhecimento humano adquire diferentes
formas; senso comum, científico, teológico e estético, com conceitos diversos e às vezes
opostos de perceber a si mesmo e a realidade em que vive.
“O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das
condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
28
necessidades de homem a cada momento, implicando necessariamente uma forma de ver
a realidade, um modo de atuação para a obtenção de conhecimento, mudando, portanto, a
forma de intervir na realidade. Essa interferência traz consequências para a escola,
cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi apropriado pelo trabalho
nas suas relações”. (Conforme VEIGA Lima Passos, Projeto Político da Escola uma
instrução coletiva – 1995 p.27).
A ação de construir o conhecimento na escola envolve o educando, o educador e o
conhecimento formalmente organizado. Envolve também a emoção e por ser uma ação
social, implica trocas afetivas. Assim, a experiência na escola, as situações de
aprendizagem influenciam nas pessoas na personalidade e sua forma de colocação no
meio.
Considerando o conhecimento como algo vivo; não deve acontecer na escola
apenas um repasse de conteúdos sem sentido e alheios a realidade e sim um saber “vivo”
que ofereça ao estudante instrumentos para a reflexão, ação e autonomia, ou seja, a
formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social,
econômica e política do seu tempo.
8.7 Letramento
A entrada no mundo da escrita exige não apenas o domínio do processo de representação
do sistema alfabético e ortográfico e das técnicas para o seu uso, é necessário o desenvolvimento
de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que as envolvem.
Do ponto de vista social, o letramento é um fenômeno cultural relativo as atividades que
envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no
contexto social”. ( Soares, 2006). É portanto abrir as portas e janelas do mundo por meio da leitura,
da oralidade e ser capaz de se relacionar bem nas diversas práticas sociais.
Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é
aquele indivíduo que sabe ler e escrever, letrado é aquele que sabe ler e escrever mas responde
adequadamente as demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e
escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser
alfabetizado e letrado. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio o escudo do aluno
no universo da escrita se dá concomitantemente pela alfabetização e pelo desenvolvimento de
habilidades e capacidades para o uso competente da língua escrita nas situações em que esta é
necessária.
O letramento e a alfabetização devem ter tratamento metodológico diferenciados para
29
alcançar o sucesso no ensino aprendizagem. É preciso conhecer a importância do letramento, ou
seja, apropriação das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente
nas diversas situações, para diferentes objetivos, para informar ou se informar, para interagir, para
ampliar conhecimentos.
8.8 Aprendizagem
A aprendizagem é um processo interativo, ao mesmo tempo individualizado e
socializador.
Ao possibilitar aos indivíduos o domínio dos conhecimentos culturais e científicos a
educação escolar socializa o saber sistematizado e desenvolve as capacidades cognitivas
e operativas para se atuar no trabalho, na sociedade, pelos direitos e conquistas da
cidadania.
Para os teóricos sócio-interacionistas, como Vygotsky e Piaget, a aprendizagem
estimula e fomenta os processos de desenvolvimento, que uma vez realizados, criam
novas possibilidades de aprendizagem. Defendem que aprendizagem e desenvolvimento
não são processos separados, ao contrário, há entre eles relações dinâmicas e complexas
, um provendo e dando sustentação ao outro. Para que ocorram é necessário que o
indivíduo interaja com outras pessoas.
É por meio dessa troca de informações, de experiências que o indivíduo
reorganiza, reformula e amplia o próprio conhecimento.
Nessa perspectiva, é por meio da própria história de vida, do cotidiano, resolvendo
questões, descobrindo, fazendo interferências, pensando representando que o sujeito
aprende, pois aprender é descobrir com seus próprios pensamentos, conhecimentos
institucionalizados socialmente. Portanto, todos são capazes de aprender e é função da
escola garantir a aprendizagem de todos.
Segundo Pedro Demo (2004, p.14), aprendizagem é, pois, dinâmica, reconstrutiva,
de dentro para fora. Quer dizer que o aluno só aprende se reconstruir o conhecimento.
Ao lado da face reconstrutiva, cabe assinalar a “face política”, ou a politicidade da
aprendizagem, na concepção de Freire (1997). Por politicidade entende-se que são
características humanas (não exclusiva do ser humano, entretanto) de não se subordinar
ao destino biológico e social ou ao ambiente externo e principalmente aos dominadores e
poder, sabendo reagir, fundar a capacidade de história própria, individual e coletiva.
( Demo, 2002).
30
A aprendizagem implica a forja de sujeitos capazes de história própria, seres
independentes que são capazes de reconstruir sua independência relativa. (Demo, 2004,
p.15)
8.9 Cidadania
A democracia necessita da educação para cidadania, exigência
que se torna
ainda mais necessária nos tempos em que vivemos, de globalização neoliberal, guerra
preventiva, fundamentalismos e terrorismos que a debilitam ( JARES, 2005 ). Por isso, a
educação para a cidadania deveria ser considerada como uma questão de Estado, do
mesmo modo que a educação em geral e o direito à educação em particular como
enfatizam as recomendações em matéria de educação para a cidadania e os direitos
humanos propostos pelas Nações Unidas e por outros organismos internacionais.
Quando falamos da pertinência de introduzir no currículo a educação para a
cidadania, é preciso esclarecer sua definição e seus objetivos, tarefa que exige em
primeiro lugar, abordar a própria ideia de cidadania. Podemos caracterizável como uma
prática histórica e socialmente construída, fundamentada nos princípios de dignidade,
igualdade e liberdade, assim como nos de justiça, participação, solidariedade, respeito,
não-violência, direitos e obrigações. A cidadania pressupõe, além do estado de direitos, a
capacidade de decisão de todas as pessoas nos assuntos públicos, em um contexto de
democracia participativa, laica, multicultural e solidária. Para isso, é imprescindível que o
conjunto da população tenha acesso a uma educação democrática e de qualidade,
requisito que, infelizmente apesar dos enormes avanços nos últimos anos, ainda não é
garantido no Brasil.
A principal missão da educação para a cidadania consiste em formar pessoas
politicamente e moralmente ativas, conscientes de seus direitos e obrigações,
responsáveis e respeitosas, comprometidas com a defesa da democracia e dos direitos
humanos, sensíveis e solidárias com as circunstâncias dos demais e com o meio em que
vivemos (JARES, 2002).
Assim sendo, a educação para a cidadania deve servir, antes de tudo, para refletir
sobre a convivência e sobre o exercício da cidadania democrática na escola e no seu
meio, o que além de sensibilizar para esse tema, constitui um procedimento metodológico
fundamental. Portanto a análise das formas de convivência, o respeito, o enfrentamento
não-violento dos conflitos, a aceitação da diversidade, a recusa de discriminação,
31
etc.,devem estar presentes em todas as salas de aulas e em todos os cursos. ( revista
Pátio, de. 36, 2006).
Diante dos direitos humanos não respeitados, é preciso que nós educadores
tomemos uma decisão. Esse é o papel do educador do futuro. Urge educar a criança e o
jovem para vir a ser cidadão, desenvolvido integralmente, capaz de realizar juízos
reflexivos, capaz de alcançar sua autorrealização e que saiba pensar por si mesmo para
que possa enfrentar novos desafios, resolvendo problemas concretos, exercer uma
cidadania responsável, com consciência de seus direitos e responsabilidades sociais e
mostrar boa disposição para melhorar o espaço onde vive.
8.10 Cultura
A cultura é a herança social que o indivíduo recebe do seu grupo visto que é
transmitida de geração para outra através da educação. A aquisição e a perpetuação da
cultura é um processo social, resultante da aprendizagem. Cada sociedade transmite às
gerações mais novas o patrimônio cultural que recebem dos seus antepassados.
Segundo Saviani, “para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, ativa e
intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de
transformação da natureza, criando um mundo humano (O mundo da cultura, 1992, p.19)
SACRISTAN (2001, p. 105) por exemplo, afirma podermos considerar que “de um ponto de
vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou. O ser humano, desde a mais
sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de
torturas, a arte, as ciências, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas
morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”.
De acordo com Tomas Tadeu (1999), todo conhecimento, na medida em que se
constitui num sistema de significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação,
todo conhecimento vinculado com relação de poder.
Toda organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar
várias dimensões da ação humana, entre elas, a concepção de cultura. Na escola, em sua
prática, há necessidade da consciência de tais necessidades culturais, especialmente da
sua função de trabalhar as culturas populares, de forma a levá-la à produção de uma
cultura erudita, como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada para
operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular a
cultura erudita; assume um papel político fundamental”, (SAVIANI, apud, FRIGOTTO, 1994
32
p.189).
A escola começa a justificar-se como instituição social na medida em que “for
capaz de preparar o aluno” para viver no meio de culturas diferentes, compreendendo as
variadas situações multiculturais, facilitando-lhe o domínio de outras culturas e formas de
pensamentos diferentes dos próprios.
8.11 Trabalho
A formação histórica da sociedade parece estar intimamente ligada com a relação
na qual os seres humanos vão estabelecendo com o seu meio e com seus semelhantes.
Ora, relacionar-se implica na prática concreta e material. No ser humano esta relação
parece não se dar de uma forma tão determinada como os animais. Podemos agir em vista
de fins exteriores a nossos desejos e instintos imediatos e em colaboração consciente com
nossos semelhantes. É nesta forma consciente de relação humana com o seu meio e seus
semelhantes que se gesta o conceito de trabalho.
É pois na forma de conceber e realizar o trabalho e os produtos deste, que as
sociedades se alicerçam. Além disto, a forma de concebê-lo depende de
pressupostos
nos quais estão implicadas nossas visões de mundo, nossas utopias.
Segundo Andery (1998), o trabalho é uma atividade que está “na base de todas as
relações humanas condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana
intencional que envolve forma de organização, objetivando a produção de bens
necessários à vida”.
Nessa perspectiva, entender o trabalho como ação intencional, o homem em suas
relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém, é preciso
compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando sobrecarregada
pelas relações de poder.
Felizmente chegamos ao ponto de não podermos omitir a situação da liberação do
homem do trabalho mecânico, uma vez que cada vez mais este é substituído pelas
máquinas.
O desafio colocado atualmente é o de buscar formas de convivência social e de
geração de princípios capazes de orientar uma nova ordem social onde o desenvolvimento
tecnológico possa também significar desenvolvimento humano-social. Ou seja, que se
superem as desigualdades entre os homens, a tal ponto, que todos possam social e
individualmente desfrutar e potencializar ainda mais as conquistas da humanidade.
33
8.12 Ciências
Neste século, ninguém duvida do poder que a ciência possui em nossa sociedade.
No entanto, a ciência não é mais a redentora de todos os males, capaz de dar resposta
definitiva a todos os problemas que afligem a humanidade,desde a fome às doenças,
passando pelos problemas de transporte e habitação, bem como pela simples realização
de nossos sonhos cotidianos.
O comportamento dos seres humanos diante da natureza é característica. Eles
não apenas se esforçam pela manutenção de suas vidas, mas também por entender a
natureza, dominar a realidade e agir sobre ela com o objetivo de torná-la mais adequada
às suas necessidades.
Esse processo permanente de acúmulo de conhecimentos sobre a natureza e de
ações racionais de transformá-la compõe o universo das ideias que hoje denominamos de
“ciências”. Ciência é, pois, o conhecimento racional, sistemático, preciso e verificável da
realidade. Por meio da investigação científica o homem reconstitui artificialmente o
universo real em sua própria mente. (GALLIANO, 1984).
Portanto, a ciência, no decorrer da história está sempre presente para reproduzir
ou transformar. Desta forma, os conhecimentos científicos são continuamente revistos,
transformados e não se constituem verdades definitivas.
É um desafio para a educação brasileira apresentar uma ampla visão do mundo
científico, assim como prover o domínio das multas linguagens da ciência, desenvolvendo
competências para que, com os conhecimentos científicos enfrentem problemas reais.
Nereide Saviani afirma que “a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de
cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo que estimula o
desenvolvimento cognitivo do aluno, proporciona-lhe o conhecimento da realidade, o que é
fundamental para atuar e buscar a transformação dessa realidade.
8.13 Tecnologia
Estamos na era da ciência e da tecnologia. A cada dia que passa somos
literalmente invadidos por novas descobertas e invenções. Um dos campos mais
desenvolvidos, sem dúvida é a informática. O acesso à informação e a abrangência das
comunicações têm facilitado a reunião de dados sobre os assuntos desejados, agilizando
as pesquisas. Entretanto, quantas crianças e jovens podem usufruir dessas condições?
34
Sabemos que há um número imenso de crianças e adolescentes brasileiros que
precisam da escola, que não dispõem dos aparatos informacionais.
Em parte, a escola de hoje já necessita constitui-se nesse espaço de síntese. Em
muitos lugares, mesmo considerando a pobreza do interior da escola, já se vê uma
sociedade culturalizada pela informação das multimídias (no caso, basicamente a
televisão).
A escola brasileira, especialmente a escola pública, não poderá ainda desfazer-se
de um papel provedor de informação. Entretanto, aos poucos, pode ir se tornando cada
vez mais uma estrutura possibilitadora de atribuição de significados da informação,
possibilitando aos alunos meios de buscá-la, analisá-la, para dar a ela significado pessoal.
Junto a essa função reestruturante e organizadora das informações e esportes
culturais recebidos multivariadamente, fazendo a síntese entre cultura formal e a cultura
experienciada, é necessário que a escola propicie não só o domínio de linguagem para
busca de informações; ou seja, utilizando a linguagem comunicacional, à escola caberá
não só sintetizar reordenando e restruturando as diversas mensagens, como terá que
articular também suas capacidades receptivas, com suas possibilidades emissoras. Tais
tarefas em função de uma nova funcionalidade da escola requerem uma nova atitude dos
educadores perante as novas tecnologias da comunicação e informações.
Assim sendo, os objetivos pedagógicos do uso das novas tecnologias e dos meios
devem ser o de contribuir para a democratização dos saberes socialmente significativos e
desenvolvimento da capacidade intelectual e afetiva, tendo em vista a formação de
cidadãos contemporâneos. Mais precisamente, contribuir para o aprimoramento das
capacidades cognitivas e operativas dos alunos: favorecer domínio
de estratégias de
aprendizagem, capacidade de transferências e comunicação do aprendido, análise e
solução de problemas, capacidade de pensar criticamente, etc.
Outro objetivo importante é o de possibilitar a todos a oportunidade de aprender
sobre mídias e multimídias e interagir com elas, desenvolvendo competências, habilidades
e atitudes para viver num mundo cada vez mais informatizado. Experiências demonstram
que o uso de tecnologias em sala de aula traz grande melhoria no rendimento escolar,
diminuição da evasão, integração com comunidades, etc. Tecnologia não é só
computadores. Podemos ter os mais diferentes tipos de tecnologia e elas dependerão do
público a ser atingido e da metodologia a ser utilizada.
Segundo Libâneo (2002), a escola continuará durante muito tempo dependendo da
sala de aula, do quadro negro, dos cadernos. Mas mudanças tecnológicas terão um
35
impacto cada vez maior na educação escolar e na vida cotidiana. Os professores não
podem mais ignorar a televisão, o DVD, o cinema, o computador, o telefone celular, o fax,
que são veículos de comunicação, de informação, de aprendizagem, de lazer, porque há
tempos o professor e o livro didático deixou de ser as únicas fontes de conhecimento. (p.
38 e 40).
8.14 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada
A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional dispõe no seu artigo 14, inciso II,
os seguintes princípios para gestão democrática:
I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola.
II- participação da comunidade escolar e local a conselhos escolares ou
equivalentes.
De acordo com a Constituição (Art.205) e a LDB (Art.2º) a escola deve promover o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para
o trabalho.
Para isso é necessário uma educação de qualidade, vinculada a um projeto
educativo de uma sociedade não excludente e segundo FREIRE (1995), defender uma
pedagogia progressista fundamentada, em processos de decisão coletiva,na socialização
do conhecimento, na construção da cidadania.
É importante, então, que o processo de organização dessa escola seja de
autonomia colegiada e participativa de todos os seus segmentos e
também, que o
trabalho entre os membros da comunidade escolar – professores, funcionários, equipe
pedagógica, alunos, diretores, pais e comunidade escolar – desenvolva-se de forma
colaborativa e articulada, dentro das funções específicas de cada segmento, tendo em
vista atingir os objetivos propostos pelo Projeto Político Pedagógico da escola.
Como destaca Libâneo (2001), a participação é o principal meio de assegurar a
gestão democrática da escola, pois possibilita envolvimento de profissionais e usuários no
processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A
organização escolar democrática implica não só a participação na gestão, mas gestão da
participação em função dos objetivos da escola (2001, p.81).
Somente com os pais, alunos e professores participando nas tomadas, de
decisões na escola é que aprenderão exercer a democracia e esta é um processo que
36
requer tempo, atenção e trabalho.
8.14.1 Formação Continuada de Professores/funcionários
A Formação Continuada é entendida com um processo constante de busca do
aprimoramento das práticas educativas.
Sendo o professor “elemento chave” do processo de ensino, é relevante que
mantenha-se atualizado quanto aos recursos tecnológicos disponíveis na escola,
fundamentação teórica que norteiam sua prática, recursos de ensino e metodologia
inovadoras, condizentes com as necessidades de seu contexto.
Essa capacitação é fundamental para a melhorar de qualidade de ensino que a
sociedade brasileira requer e superação do meio reprodutivismo do saber registrado em
livros didáticos e manuais.
A capacitação continuada do início de cada semestre letivo oportuniza uma
reflexão e debates sobre assuntos relevantes para toda a comunidade escolar.
A Formação Continuada dos Profissionais da Educação tornou-se uma meta de
políticas educacionais nos últimos 20 anos. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Lei no 9394/96, ao tratar dos “Profissionais da Educação”,
estabelece no art. 67 que:
I- Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,
assegurando-lhes, inclusive nos termos do estatuto e dos planos de carreira do magistério
público: (...)
II - Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico
remunerado para este fim;
IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do
desempenho;
V – período reservado a estudos, planejando e avaliação, incluído na carga de
trabalho.
A Formação Continuada dos Profissionais da Educação Pública deverá ser
garantida pelas Secretarias Estaduais da Educação, cuja atuação incluirá a Coordenação,
o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente.
8.15 Currículo
37
O currículo está de acordo com as normas da LDB, as DCNs, a Base Nacional
Comum.
É o instrumento sistematizador e organizador do processo educativo escolar. Diz
respeito às questões da escola, mas acha-se mediado por problemas institucionais e em
consequência, reflete sempre as circunstâncias históricas e sociais sobre as quais foi
pensado.
Ele é um projeto cultural para as jovens gerações e ao mesmo tempo envolve
práticas colocadas em ação para tornar realidade as intenções nela contidas e contribui
para a construção de identidade do educando produzindo efeitos ampliados nos
mais
diversos tipos: cognitivos, afetivos, social, moral, etc.
Entendemos que o currículo deve ser dinâmico, abrangente, construído
coletivamente a partir das experiências desenvolvidas pelo conjunto da escola, associadas
às necessidades do trabalho pedagógico, com vistas ao desenvolvimento de conteúdos
significativos para a formação dos cidadãos conscientes e especificidades dos alunos.
É importante salientar que por conteúdos significativos, entendemos aqueles que
contemplem e organizam os saberes acumulados e as diversas experiências dos diversos
grupos sociais que compõem a comunidade escolar; principalmente, os povos do campo
e os portadores de necessidades educativas especiais e com altas habilidades.
Cabe à escola organizar esses saberes, fazendo uma interpretação da realidade e
buscar a construção de conhecimentos que assegurem a identidade desses indivíduos.
O Currículo, também, deve possibilitar ao aluno estabelecer relações com o meio
ambiente; percebendo-se parte dele, entender as relações de trabalho estabelecidas entre
os homens, bem como sentir-se integrante de uma cultura, valorizando suas próprias
formas de pensar, de agir e de expressar, sem desconsiderar o intercâmbio entre as
diferentes culturas e oportunizar a apropriação das linguagens do tempo.
8.16 Avaliação
Avaliar é saber trabalhar os resultados obtidos de modo a construir instrumentos
de análise que permitam intervir no processo ensino e aprendizagem no momento em que
está ocorrendo. Para isso a avaliação deve-se fazer presente tanto como diagnóstico do
processo ensino aprendizagem quanto instrumento de investigação da prática pedagógica.
Para cumprir sua função, acompanhando todo o processo de ensino aprendizagem
como um contínuo e dinâmico instrumento didático pedagógico, a avaliação deve
38
estabelecer seu verdadeiro sentido: acompanhar o desempenho no presente, orientar as
possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos
caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
Nesta perspectiva, a principal finalidade da avaliação é o de fornecer informações
sobre o processo pedagógico, permitindo aos agentes escolares decidir sobre as
intervenções e ajustes que se fizerem necessários, face a um projeto educativo
comprometido com a aprendizagem do aluno.
O ato de avaliar, portanto deve servir de parâmetro para o professor pensar sua
prática e retornar a ela, com novas alternativas de trabalho buscando garantir a aquisição
de conhecimentos essenciais na formação do educando. Deve permitir ao professor
reconhecer se houve adequação em termos de suas opções metodológicas, bem como
evidenciar em que medida as relações pedagógicas estabelecidas contribuíram para
identificar se os resultados alcançados estão próximos ou distantes dos objetivos
propostos, permitindo que um novo planejamento a ser realizado propicie alternativas para
resolução dos problemas, com mais precisão.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de
futuro social, um esforço coletivo a serviço da ação pedagógica direcionada para a
aprendizagem do aluno, para a qualificação do professor e da escola.
Ao considerarmos a avaliação como parte do processo de ensino aprendizagem
ela se torna mais abrangente, torna-se instrumento de acompanhamento da função social
da escola, ganhando maior importância ao deixar de ser apenas avaliação do aluno e
passando a ser avaliação de todos os envolvidos no processo educativo.
8.17 Concepção de Inclusão
A escola constitui-se aos espaços fundamentais na produção de sujeitos, que se
definem e redefinem a partir das suas posições de gênero, etnia e classe social.
Neste sentido, como uma instituição histórica e cultural, a escola tem que
investigar, para compreender e combater, como se manisfesta, na especificidade de seu
espaço, a exclusão que se dá na globalidade da sociedade e vai se espalhando por todos
os espaços sociais.
Desvelar as causas da exclusão possibilita práticas inclusivas, tanto no que se
refere ao conhecimento trabalhado, quanto nas formas de participação no espaço escolar.
Práticas inclusivas não visam apenas o processo de inserção de alunos com
necessidades educacionais especiais nas salas de aulas, mas contribuir para recuperar a
39
voz silenciada e negada da mulher, do negro, do índio, do camponês, das classes
excluídas, questionando o porquê do seu silêncio, da opressão e submissão vivenciadas.
Para a construção de uma prática educativa inclusiva, a escola precisa estar
comprometida com a transformação político-social, com a qualidade de ensino e de vida
dos educandos, compreendidos como seres históricos concretos.
Assumir uma proposta emancipadora de educação, democratizando as práticas e
os saberes escolares, passa pela valorização das diferentes formas culturais construídas
socialmente, pela inclusão dos diferentes saberes e pela construção de um processo
pedagógico participativo, construído a partir do diálogo, de troca de um mútuo ensinar e
aprender, de modo que educadores e educandos sejam sujeitos do processo educativo.
8.18 Concepção dos sujeitos com necessidades educacionais especiais
Considera-se hoje, sujeitos com necessidades especiais educacionais os
indivíduos que pertencem a grupos que sofrem ou sofreram exclusão física ou simbólica,
moradores do campo, regiões ribeirinhas, de pescadores e ilhéus, das populações
indígenas, adultos que não tiveram acesso à escolarização em idade própria, dos afrodescendentes, aqueles que foram impedidos de frequentar a escola em virtude de
tratamento médico-hospitalar, às crianças e jovens que evadem da escola e todos os que
apresentam necessidades educacionais especiais ( nômades, circenses, com dificuldade
de aprendizagem …) inclusive os superdotados.
A Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9394/96 e Diretrizes Curriculares ( Resolução nº
02/01), institui as bases para elaboração de normas para a educação especial, a fim de
reorganizar a proposta de educação escolar dos alunos com necessidades educacionais
especiais, no contexto da educação inclusiva – Diretrizes Nacionais para Educação
Especial na Educação Básica.
Essa reorganização pressupõe a implementação de currículos abertos, flexíveis
que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos
os alunos, sejam elas especiais ou não.
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar idênticas
possibilidades e direitos, independentes das diferenças sociais, culturais e pessoais.
A implementação de currículos mais flexíveis e abertos contraria a prática
tradicional de que os alunos aprendam da mesma forma com as mesmas estratégias
metodológicas, abolindo a ideia de um currículo adaptado para aqueles alunos que se
40
diferenciam do grupo homogêneo que constitui as salas de aula. Deve-se colocar em
prática o ponto mais sensível e problemático do currículo: o equilíbrio harmônico entre o
que é comum e o que é individual.
Para enfrentar esse desafio, o contexto escolar deve condicionar tanto a adoção
de currículos abertos e flexíveis, quanto ao efetivo funcionamento dos recursos e serviços
de apoio pedagógico especializado, necessários para o acesso ao currículo e a
aprendizagem e participação dos alunos com necessidades educacionais especiais.
A inclusão vem sendo desenvolvida pelos profissionais da educação que buscam
concretizar o sonho de uma escola plural, aberta e flexível que aceite a diferença e a
diversidade. Trata-se da realização de um trabalho compartilhado, em função das
necessidades individuais, cognitivas, emocionais e sociais de cada educando.
8.19 Concepções de aluno e / altas habilidades / Superdotação
São considerados indivíduos com altas habilidades ou superdotação, aqueles que
possuem elevada potencialidade ou apresentam um desempenho extraordinário, de forma
combinada ou violada nos seguintes aspectos: capacidade intelectual geral, pensamento
produtivo ou criador, capacidade de liderança, aptidão acadêmica específica, talento
especial para as artes e capacidade psicomotora.
Identificar esses indivíduos com altas habilidades ou superdotação, não é um
processo fácil, dentro do contexto escolar. Um aluno nota dez, nem sempre tem altas
habilidades ou superdotação. Seu desempenho em destaque pode ser resultado de maior
dedicação aos estudos, responsabilidade, compromisso e incentivo da família.
Outras vezes, um aluno irrequieto, desorganizado, com médias baixas na maioria
das disciplinas, pode apresentar um desempenho surpreendente em uma área de sua
vida, que o tornará notório. Esse aluno poderia ter esse potencial estimulado
precocemente, se o mesmo tivesse sido detectado desde criança proporcionando um
objetivo direcionando e a revelação do mesmo muito mais cedo.
Como diz Renzulli, 1998 "... a inteligência não é um conceito unitário, mas há
vários tipos de inteligência e, desta forma definições únicas não podem ser usadas para
explicar este complicado conceito."
A identificação de uma criança com altas habilidades ou superdotação requer a
realização de testes psicométricos, escalas de características, questionários, observação
de comportamento, análise de desempenho, entrevistas com a família, professores, entre
41
outros, depoimentos, atividades políticas.
Segundo Renzulli & Reis, 1985 "... As pessoas que marcaram a história por suas
contribuições ao conhecimento e à cultura não são lembradas pelas notas que obtiveram
na escola ou pela quantidade de informações que conseguiam memorizar, mas sim, pela
quantidade de produções criativas, expressas em concertos, ensaios, filmes, descobertas
científicas, etc."
9. MARCO OPERACIONAL
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da
morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o
diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão o de vivermos
plenamente a nossa opção. Encarná-la, diminuindo a distância entre o que dizemos e
fazemos...” (PAULO FREIRE).
Propor atuações alicerçadas em educação é preciso considerar aspectos sociais,
políticos e culturais, fazendo-se necessário o aperfeiçoamento dos professores,
funcionários e oferta de melhorias nas condições físicas da escola, que concorrem para
formação dos alunos, passando esse processo a colaborar para a construção de uma
sociedade democrática.
Partindo da Declaração Mundial sobre Educação para Todos na qual destaca em
um dos seus artigos, que toda pessoa-criança, adolescente ou adulto, deve poder se
beneficiar de uma formação concebida para responder às suas necessidades educativas, é
que buscamos atingir metas, nas quais o coletivo da escola se propõe visar, através do
desenvolvimento das seguintes ações:
• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor
• Melhorar os índices de frequência, permanência, e aproveitamento escolar;
• Realização de palestras com temas diversificados e de interesse dos alunos, tais
como: sexualidade, combate ao uso indevido de drogas, educação para o trânsito, meio
ambiente e cidadania;
• Participação em programas promovidos por entidades governamentais: Olimpíada
Brasileira das Escolas Públicas ( OBMEP);
42
• Programa Agrinho: Biodisel: O Combustível Ecológico; Horta: Saúde em Nossas
Mãos; Jardins da Júlia;
• Participação em eventos culturais escolares e municipais visando a socialização;
• Promoção de gincanas, reuniões, jogos internos e externos, mostras científicas e
culturais, comemorações cívicas e sociais, ao longo do ano letivo;
• Estimular a participação dos docentes em cursos de aperfeiçoamento e atualização
promovidos pela SEED, NRE e outras entidades;
• Assessoria no desenvolvimento de propostas pedagógicas diferenciadas;
• Realização de palestras com temas diversificados e de interesse dos alunos; tais
como: sexualidade, combate ao uso indevido de drogas; educação para o trânsito, meio
ambiente e cidadania;
• Ampliação do acervo bibliográfico da escola;
• Pleitear junto a SEED, a construção de duas salas e uma biblioteca;
• Disponibilizar o Projeto Político Pedagógico, o Regimento Escolar e Atas de
reuniões para toda a comunidade;
• Tomar decisões conjuntas ao menos com a participação de um representante de
cada segmento da comunidade escolar;
• Dar continuidade a realização do Conselho de Classe com a participação de alunos
representantes de turma e convite aberto aos pais;
• Combater no ambiente escolar todo e qualquer tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sócio cultural, entre outras.
• Realização de reuniões pedagógicas e encontros de formação para os pais;
• Reuniões com Conselho Escolar e APMF, para tomada de decisões quanto aos
recursos financeiros recebidos e arrecadados;
• Realização do planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações escolares de
forma participativa, envolvendo órgãos, professores, funcionários, pais e alunos;
• Buscar parcerias com entidades, empresas, instituições diversas, visando a
melhoria da gestão escolar, ao enriquecimento do currículo e à aprendizagem dos alunos;
• Prática avaliativa quanto ao cumprimento de objetivos e metas educacionais nas
disciplinas curriculares envolvendo a comunidade escolar ;
43
• Identificação das dificuldades de aprendizagem dos alunos para desenvolvimento
de ações pedagógicas, tendo por objetivo a recuperação do rendimento escolar e a sua
melhoria contínua;
• Identificação de alunos com altas habilidades, superdotação para procedimentos
específicos de enriquecimento da aprendizagem;
• Desenvolver as ações necessárias ao enfrentamento de problemas diagnosticados
no Estabelecimento de Ensino;
• Utilização apropriada das instalações e equipamentos escolares existentes em
benefício do projeto pedagógico e da criação de um ambiente de aprendizagem e
cidadania;
• Solicitação juntos aos órgãos competentes a adaptação do prédio escolar para a
inclusão de alunos portadores de necessidades especiais;
• Apresentação dos recursos financeiros recebidos e arrecadados à comunidade
escolar, para sugestões de aplicação, com prestação de contas fixadas em murais internos
e externos do Estabelecimento de Ensino;
• Assegurar a permanência do aluno até o término do ano letivo inserindo-o ao projeto
FICA, se ocorrer a evasão escolar;
• Respeitar a diversidade e a pluralidade cultural viabilizando a igualdade de
condições para permanência do aluno na escola.
9.1 Processo de Avaliação da Escola
A concepção de avaliação que fundamenta o nosso trabalho tem sua base no
materialismo histórico dialético, de modo que a concepção de homem é a de ser histórico,
produtor de sua existência, transcendência da natureza, é portanto, livre no sentido de agir
intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar por
uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo educa e educase, avalia e avalia-se também e assim transforma e se transforma, faz-se humano.
Nesta perspectiva a escola está voltada para desenvolver todas as potencialidades
nos alunos com saberes que lhes possibilitarão exercer com dignidade seu papel social.
Para isso a avaliação exige rigor metodológico e compromisso social no trabalho
pedagógico desenvolvido, havendo maior zelo com o processo de ensinar.
No processo de avaliação, os docentes devem estabelecer parâmetros e utilizar
44
instrumentos sintonizados com a realidade e o contexto escolar.
Entendemos que uma formação de qualidade precisa interagir com as grandes
questões sociais e comprometer-se com a transformação qualitativa das condições de vida
das pessoas. A avaliação por sua vez, deve colocar-se ao serviço dessa meta.
O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino é trimestral e
composto pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades
diversificadas, mais a nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de provas escrita e/ou oral
totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).
A avaliação do ensino de Educação Física e de Artes deverá adotar critérios
próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, conforme Art. 8º da
Deliberação nº 07/99 – CEE.
45
9.2 Verificação do Rendimento Escolar
A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar
será contínua, cumulativa e processual, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de
Ensino e os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0 (zero a dez vírgula zero).
Composto pela somatória da nota 5,0 referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0
proveniente de uma prova escrita e / ou oral.
A nota do trimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada
instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na sequência e
ordenação de conteúdos.
9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico não delineia pontos de chegada absoluto, mas
rumos para a continuidade do projeto educativo, exige, portanto, um constante
acompanhamento para certificação das propostas e seu andamento, as dificuldades
enfrentadas para colocá-las em ação, o que deverá ser feito para agilizá-las e que está
dando certo. Nenhuma proposta deverá ser colocada de lado, mas sim, trabalhada, mesmo
que se tenha que buscar ajuda para alcançar as metas traçadas. Portanto é de suma
importância que esse projeto leve em conta a realidade e o contexto que o influenciaram e
seja acompanhado na prática diária do professor, da equipe pedagógica e do Conselho
Escolar, enfim, por todos que direta ou indiretamente estão inseridos em seu contexto de
metas e ações a serem realizados.
Portanto, este projeto será constantemente avaliado buscando alternativas ou
redirecionamentos para as dificuldades encontradas na sua concretização. Anualmente ao
nos reunirmos para uma reavaliação geral do Projeto Político Pedagógico estaremos
também reavaliando a nossa sistemática de avaliação, assim como nosso planejamento,
visando a melhoria e qualidade do processo ensino-aprendizagem; que direção tomar e, se
os saldos forem positivos, dar continuidade com mais dinamismo, buscando sempre os
objetivos finais.
46
9.4 Hora Atividade
A Lei nº 13807, 30/09/2002, institui a hora atividade no Estado do Paraná como
período em que o professor desempenha funções de docência, reservado a estudos,
planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação de
aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida integralmente no
local e período de exercício.
Este Estabelecimento de Ensino procurará conforme preconiza o item 7 da
Instrução nº 02/04-SEED/SEED distribuir a hora atividade visando fornecer o trabalho
coletivo dos professores que atuam na mesma turma, série ou por área de conhecimento,
ou ainda a formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar, que reflete na
possibilidade de mudar o cotidiano pedagógico, promovendo a aplicação da teoria à
prática.
Para o cumprimento da hora atividade, esta instituição oferece como espaço a sala
dos professores e o laboratório do Paraná Digital.
Abrange um percentual de 20% da carga contratual docente e cabe à Direção e
equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas, bem como acompanhar as
atividades individuais a serem desenvolvidas na hora atividade.
9.5 Papel das Instâncias Colegiadas
9.5.1 Direção
O Diretor da Escola é o profissional do magistério, eleito na forma da Lei vigente,
que tem a função de dinamização, sistematização e avaliação do processo, tendo em vista
a socialização do saber elaborado e democratização das relações no interior da escola,
entendendo nesse processo a participação da comunidade vigente e as diretrizes
da
política educacional da SEED.
Esta função tem uma natureza política, e como objeto de suas ações a gestão
escolar democrática.
Ao coordenar o trabalho geral da escola, lidar com os conflitos, encaminhando ou
solucionando os problemas do cotidiano, objetivando sempre o melhor para o
desenvolvimento da função pedagógica da escola, o diretor apresenta-se como o
responsável máximo no âmbito da unidade escolar.
47
9.5.2 Conselho Escolar
A Constituição Federal, em seu artigo 205, expressa que a educação, direito de
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Ainda na Constituição Federal, no artigo 206, fica expresso que o ensino será
ministrado com base em alguns princípios, entre eles a gestão democrática do ensino
público, na forma de lei.
Um dos objetivos e prioridades expressos no Plano Nacional de Educação (PNE),
lei aprovada em 2001, foi a democratização da gestão de ensino público nos
estabelecimentos oficiais, sendo uma das metas a criação de Conselhos Escolares nas
escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio.
Aos Conselhos Escolares desempenham função consultiva, normativa e
fiscalizadora em questões pedagógicas, administrativas e financeiras, cabendo ao mesmo
reforçar o projeto político da escola, bem como de organização educativa da unidade
escolar, que deverá orientar-se pelo princípio democrático de participação.
Segundo Antunes (2002), é de fundamental importância a compreensão do papel
político do Conselho como instância deliberativa e coletiva que, por um lado, não inclui ou
nega as responsabilidades legais e inerentes aos cargos existentes na escola, por outro
lado, conta com a contribuição daqueles que participam nas tomadas de decisões.
Assim faz-se necessário o empenho de esforços para induzir a criação e o
fortalecimento do Conselho Escolar, bem como capacitar os membros para que contribuam
para a melhoria de qualidade de ensino ofertado e para garantir efetiva participação da
comunidade escolar na gestão da escola.
Como um ato democrático, a eleição do Conselho Escolar acontece através de
carta-convite aos pais e membros da comunidade seguida de reunião para aprovação dos
membros do conselho.
48
9.5.3 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um dos vários mecanismos que possibilitam a gestão
democrática na escola.
O Conselho de classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva
em assuntos pedagógicos, com atuação a cada turma ou classe da escola tendo como
objetivo acompanhar o processo ensino-aprendizagem, nos seus diversos aspectos.
Tem como foco principal, diagnosticar dificuldades dos alunos,
determinando
áreas de estudo e através da proposta pedagógica e o sistema de recuperação implantado
pela escola, fazer um trabalho de mediação para sanar as dificuldades detectadas.
Partindo desse pressuposto, o Conselho de Classe deve ser um momento de
debate e discussões, que tenha como um dos objetivos o trabalho coletivo e democrático,
no qual todos os agentes envolvidos possam opinar objetivando uma melhor prática
pedagógica.
Em uma escola onde a gestão democrática é realidade, o Conselho de Classe
desempenha o papel de avaliação dos alunos e de autoavaliação das práticas escolares,
pois cabe ao mesmo verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos,
avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógica educativa, estão sendo
cumpridas de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico.
Favorece a integração entre professores, a análise do currículo e a eficácia dos
métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos
de vista.
Nesse Estabelecimento de Ensino, o Conselho de Classe objetiva analisar
coletivamente o processo ensino aprendizagem dos alunos de cada turma. Neste aspecto,
haverá tantos Conselho de Classe quantas forem as turmas constituídas.
É um momento de reflexão e análise sobre os resultados do trabalho pedagógico
realizado e de elaboração conjunta
aprendizagem
dos
alunos
com
de estratégias de ações visando a melhoria da
dificuldades,
buscando
superar
o
caráter
comportamentalista que, muitas vezes, norteia o seu direcionamento.
É realizado trimestralmente e ordinariamente em datas previstas no Calendário
Escolar e extraordinariamente quando se fizer necessário.
A convocação para as reuniões é feita com antecedência de no mínimo 48 horas,
por meio de editais, sendo obrigatória a participação de todos os professores em atividade
pedagógica na escola, sendo estendido o convite aos pais e segmentos dos órgãos
colegiados.
49
9.6 Regimento Escolar
9.6.1 Do Processo de Classificação
A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o Estabelecimento
de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade,
experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser
realizada:
•
por promoção para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
•
por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
•
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o
aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos
por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes
ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
•
organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
•
proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica;
•
comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
•
arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
•
registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
50
9.6.2 Do Processo de Reclassificação
A reclassificação
é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível
com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu
Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na série/disciplina, dar
conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
Os alunos quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de
estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.
A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou
seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o
devido consentimento.
A equipe pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela equipe do
Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da
SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da
reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando
os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam
arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante
dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a
Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo Estabelecimento de
Ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
51
9.6.3 Da Progressão Parcial
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subseqüente e concomitantemente às séries seguintes.
O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matricula com
Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
9.6.4 APMF
Sendo um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, não tem
caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos.
O objetivo de todo o trabalho da APMF é a integração entre família, educadores e
escola.
A escola tem como preocupação maior buscar a participação de toda a
Comunidade Escolar, num exercício de administração compartilhada, onde todas as vozes
possam ser ouvidas e no qual todos desejam alcançar o mesmo objetivo: ensino de
qualidade.
A APMF deste Estabelecimento de Ensino contribuirá com a gestão discutindo e
atuando na elaboração da proposta pedagógica, participando nas ações escolares com o
envolvimento de todos os membros da comunidade educativa, conhecendo as reais
necessidades da mesma e contribuindo para sua superação.
Através de um gesto democrático, a eleição da APMF acontece por meio de cartaconvite aos pais e membros da comunidade seguida de reunião, com eleição para
preenchimento dos cargos por pais, mestres e funcionários paritariamente que ocorrerão
binualmente.
52
9.6.5 Agentes Educacionais I e II
Partindo do ponto de que a educação vai além da sala de aula e de que todos os
espaços da escola são importantes (espaços educativos),os agentes educacionais I e II
são educadores. Consideramos, portanto, que do Projeto Político Pedagógico deve
acontecer a partir da ação empreendida
responsáveis, devem estar
pelo coletivo escolar e que todos são
comprometidos com a qualidade da educação. Como
educadores, cabe também aos agentes educacionais um envolvimento nas unidades de
ensino em que atuam, essa participação deve ser conjunta, atuante e de modo integrado.
Os agentes educacionais devem ter participação coletiva nos processos decisórios
da escola, para isso, devem compreender o contexto social em que estão inseridos. Essa
participação está bem definida nos órgãos que fazem parte da escola: APMF, Conselho
Escolar, etc.
O trabalho pedagógico escolar exige a participação de todos os sujeitos do
processo educativo: professores, funcionários, pais, alunos, direção, equipe pedagógica e
comunidade em geral, assim a construção do Projeto Político Pedagógico deve ser
compreendido numa perspectiva democrática, pautada no trabalho coletivo da comunidade
escolar, com observância dos dispositivos constitucionais.
9.7 Cursos / Programas / Projetos
9.7.1 Ofertados pela escola (Projetos)
a) Título: “CONHECENDO INDÚSTRIAS”
b) Título: “EDUCANDO PARA O TRÂNSITO”
c) Título: “EU AMANHÔ
d) Título: “HORTA SAÚDE EM TUAS MÃOS”
e) Título: “BIODIESEL – O COMBUSTÍVEL ECOLÓGICO”
53
9.8 Diversidade
A Lei 10,639/03 de 09 de janeiro de 2003, estabelece que o currículo escolar, em
todas as disciplinas, em especial Arte, Língua Portuguesa e História, devem resgatar por
meio dos conteúdos a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica, e política.
Com o objetivo de reconhecer e valorizar as raízes africanas na construção do
nosso país, os conteúdos devem retratar por meio de abordagens positivas a importância
da cultura africana na história do Brasil.
A África é denominada como berço da humanidade, tendo sido o lugar de
desenvolvimento de grande parte do conhecimento das populações humanas. As primeiras
culturas agrícolas, pastoris tiveram desenvolvimento importante em solo africano.
As culturas de manufaturas e das artes também foram intensamente procuradas
pelos diversos povos africanos.
No campo da filosofia, da matemática e da cultura letrada, a África precede outros
continentes, realiza um significativo e inesgotável acervo. A realização de cidades, reinos,
impérios e sistemas comerciais fazem parte do passado africano em todas as regiões do
continente. Essa enumeração de parte do processo civilizatório da humanidade é
necessária para ilustrar a bagagem que os cativos africanos trouxeram para o Brasil, em
todos os campos da agricultura, da mineração, da manufatura, da pesca e do comércio,
tornando nosso país, em grande escala, consequência do conhecimento e da experiência
histórica dos africanos.
Durante séculos, essa contribuição tem sido ignorada e cabe aos professores
recuperá-la, fazendo abordagens positivas, garantindo uma educação pautada pelo
respeito à diversidade étnica que compõe nosso alunado.
Combater barreiras estabelecidas por preconceitos, estereótipos e discriminações,
deve ser o propósito dos educadores visando proporcionar uma educação compatível com
uma sociedade democrática, onde o aluno afro-descendente possa assumir-se como
cidadão crítico, participativo, sentindo orgulho de suas origens e fortalecendo sua
identidade.
Fazem parte do Departamento da Diversidade:
• Relações Étnico-Raciais e Afro descendência – Lei no 10.639/03
• Educação Escolar Indígena – Lei no 11.645/08
• Educação do Campo
54
• NGDS (Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual) – Parecer CEE 01/09
• Paraná Alfabetizado
9.8.1 Educação do Campo
A Educação do Campo é uma política pública do Estado do Paraná e tem com
meta difundir e fortalecer a identidade do campo, valorizando a história e a cultura dos que
tiram da terra o seus sustento e possibilitando o acesso à educação, no próprio espaço
social, cultural e econômico por meio de uma organização escolar de acordo com a
realidade do campo.
A escola, como centro de formação humana e espaço de construção e
sistematização de conhecimentos deve contemplar a diversidade do campo em todos os
seus aspectos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia.
Precisa possibilitar que os sujeitos do campo compreendam a realidade em que
estão inseridos no seu movimento histórico, nas suas contradições em relação a um
contexto mais amplo, tanto no que se refere à articulação campo-cidade quanto ao
processo de desenvolvimento, de globalização, de lutas sociais.
A perspectiva de uma Educação do Campo articula-se a um projeto político e
econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses
dos povos em que nele vivem.
Em síntese, o campo retrata uma diversidade sociocultural, que se dá a partir dos
povos
que
nele
habitam:
assalariados
rurais
temporários,
posseiros,
meeiros,
arrendatários, acampados, assentados, reassentados atingidos por barragens, pequenos
proprietários, vileiros rurais, povos das florestas, etnias indígenas, comunidades negras
rurais, quilombos, pescadores, ribeirinhos, e outros mais. Entre estes, há os que estão
vinculados a alguma forma de organização popular, outros não. São diferentes gerações,
etnias, crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os
problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.
Toda essa diversidade encontrada nas populações do campo paranaense sinaliza
um fato que não pode ser deixado de lado; as escolas de campo terão presente no seu
interior essa conflituosa, por isto rica, diversidade sociocultural e política.
55
9.8.2 Educação Indígena
A Constituição de 1988 colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São
direitos constitucionais dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus
territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino
ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de
aprendizagem.
Para garantir esses direitos nosso sistema educacional deve se organizar para
uma educação que reconheça e valorize a diversidade sóciocultural indígena,
consolidando-a como patrimônio cultural da nação brasileira.
A escola indígena deve ser espaço intercultural onde se debatem e se constroem
conhecimentos e estratégias sociais sobre a situação de contato interético. Deve ser
voltado às necessidades e interesses das comunidades indígenas, dando respostas aos
objetivos pretendidos em relação à escola a partir de interesses e necessidades
particulares de cada sociedade indígena.
Professores indígenas, teorizam que a escola deve “contribuir para que efetive o
projeto de autonomia dos povos indígenas, a partir de projetos históricos, desenvolvendo
novas estratégias de sobrevivência física, linguística e cultural, no contato com a economia
de mercado” e desenvolver nos alunos e professores a capacidade de discussão de pontos
polêmicos da vida em sociedade, oferecendo possibilidades de crítica e conhecimento de
problemas.
Desse modo, as práticas pedagógicas e curriculares mantém uma relação estreita
com os sentidos e funções que a comunidade atribui à escola indígena.
9.8.3 Gênero e Diversidade Sexual
Nas sociedades ocidentais modernas, entre elas a brasileira, a sexualidade parece
ter uma evidente centralidade. Na escola e no cotidiano escolar, a sexualidade está
presente como em qualquer outro ambiente social.
Discutir a sexualidade na escola, não é uma escolha neutra e sim fundamentada
numa postura pedagógica que entende a sexualidade como uma construção histórica
social.
O tratamento pedagógico dos temas relativos à sexualidade deve considerar as
56
reproduções de padrões sociais feita na escola, que muitas vezes fundamenta-se apenas
no senso comum e são influenciadas por fatores culturais relacionados a crenças e valores
pessoais.
A intenção é ampliar e sistematizar as discussões, incluindo elementos
fundamentais para o entendimento da sexualidade como um processo histórico e
priorizando uma abordagem pedagógica desprovida de preconceitos e discriminações.
Com isso, podemos considerar que a sexualidade de constitui-se em uma
categoria de análise mais ampla, que considera as relações de poder, os referenciais de
classe, as relações entre gêneros, a diversidade sexual, os aspectos sociais, históricos,
políticos, econômicos, éticos e religiosos.
Diante disso, as discussões sobre sexualidade precisam se dar nas várias
disciplinas escolares por meio de conteúdos elencados nas diretrizes curriculares em
detrimento de uma discussão insipiente e desarticulada do contexto escolar.
Nessa perspectiva é importante o compromisso dos professores e professoras das
diversas disciplinas escolares em assumir essa discussão de forma sistematizada, com
vistas a resgatar a função social da escola de tratar pedagogicamente essa demanda
educacional.
9.8.4 Paraná Alfabetizado
O programa Paraná Alfabetizado é uma ação do Governo do Paraná que busca
garantir a alfabetização ao maior número possível de jovens, adultos e idosos residentes
no Paraná, por entender a leitura e a escrita como direito elementar da cidadania.
Considera, também, a tarefa alfabetizadora não apenas como ensinar a ler, escrever e
interpretar o próprio nome, um texto simples e as operações matemáticas básicas, mas
busca sensibilizar a população não alfabetizada a ingressar no universo da escolarização.
9.8.5 Relações Étnicos-Raciais
A escola enquanto instituição social responsável por assegurar o direito da
educação a todo e qualquer cidadão, deverá se posicionar politicamente, como já vimos,
contra toda e qualquer forma de discriminação. A luta pela superação do racismo e da
discriminação racial, é pois, tarefa de todo e qualquer educador, independentemente do
seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou posição política.
57
Trabalhar com diversidades culturais explorando as diferenças etnico-raciais na
sala de aula e na sociedade possibilitando a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de
suas experiências de vida, do seu cotidiano pode ser o caminho para a construção de
relações raciais e sociais sadias em que todos cresçam e se realizem enquanto seres
humanos e cidadãos.
Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, impõe
aprendizagem que ofereçam conhecimentos e posturas que visam a emancipação dos
grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros
culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais,
a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações
como espaços democráticos e igualitários.
9.9 Desenvolvimento Sócioeducacional
9.9.1 Enfrentamento à Violência
A violência encontra facilitadores na sociedade contemporânea como a
individualização, o consumo, a competição e a perda do sentido de solidariedade e
alteridade.
Pode ser definida como uso da força física, mas não se limita a isso, mas a
ameaça ou possibilidade de uso constitui dimensão fundamental de sua natureza. (Gilberto
Velho, 1996, p. 10).
A relação da escola com a questão da violência decorre da compreensão que se
tem da própria natureza, da violência em que se compreende que ela é um processo de
desorganização do espaço social, que também se efetiva na escola, no cotidiano do
trabalho docente e discente.
O papel pedagógico da escola deve ter como objetivo desenvolver e promover um
processo de humanização fundamentado no conhecimento científico, que é próprio do ser
humano.
A violência escolar deve ser pensada e enfrentada a partir do trabalho coletivo e o
exercício efetivo da gestão democrática.
58
9.9.2 Educação Ambiental (Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999)
Os problemas ambientais, marcados pela degradação socioambiental é fruto da
fragilidade de valores que orientam a relação ser humano e natureza.
Hoje, a relação do homem com a natureza baseada na dominação, não tem mais
sentido. É preciso desvencilhar desse modo de pensar e agir e buscar uma alternativa
pautada num processo reflexivo e crítico e deflagar ação consciente e transformadora no
modo de conceber o ambiente.
Problemas com o aquecimento global, as mudanças climáticas, o esgotamento dos
recursos hídricos, a racionalização do uso da energia vêm se tornando frequentes no
mundo contemporâneo, este marcado pela globalização e disseminação da sociedade de
consumo.
Promover a educação ambiental de forma integrada e abrangente busca criar
condições para transformar posturas e incentivar a participação individual e coletiva,
permanente e responsável na preservação do meio ambiente, estendendo-se na defesa da
qualidade ambiental como um valor inseparável no exercício da cidadania.
A educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do
meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que formam o
ambiente, numa abordagem interdisciplinar e sistemática de modo a consolidar a formação
de um cidadão consciente do ambiente total.
Ressalta-se que o processo formativo estabelecido pela educação ambiental, deve
contribuir para a formação de sujeitos políticos, capazes de pensar e agir criticamente na
sociedade, buscando nas vias de sustentabilidade, emancipação e transformação social.
9.9.3 Prevenção ao uso indevido de Drogas
Os adolescentes são mais suscetíveis ao uso indevido de drogas, em função da
fase de desenvolvimento psíquico em que se encontram.
A principal característica dessa faixa etária é estar mais suscetível a
comportamento de risco, de um modo geral. No entanto, essa característica se expressa
de formas diferentes, conforme o contexto em que os jovens vivem, o que os coloca em
diferentes graus de vulnerabilidade em relação às drogas.
Neste sentido, a escola precisa tratar as questões referentes à prevenção ao uso
59
indevido de drogas, conforme à sua realidade e a necessidade, desenvolvendo ações a
partir do que está sendo vivido, pensado e realizado pela comunidade escolar.
Para tanto, precisa-se considerar uma prática escolar fundamentada numa relação
dialógica entre professores e alunos, onde ambos possam refletir sobre as implicações das
drogas para o indivíduo e para a sociedade. Esse diálogo aproxima a discussão sobre a
prevenção ao uso indevido de drogas à realidade local, considerando as necessidades e
dificuldades da própria escola.
9.10 Formação Continuada
• Cursos promovidos pela SEED/NRE, como: PDE, NRE Itinerante, Pró-Info,
Grupos de Estudos, Seminários e outros.
• Reuniões Pedagógicas.
• Palestras promovidas pela escola com diferentes temas.
• Cursos de aperfeiçoamento pessoal em outros Estabelecimentos de Ensino,
tomados por iniciativa do Profissional de Educação.
9.11 Equipe Multidisciplinar
Em consonância com as políticas públicas estabelecidas pela Secretaria de Estado
da Educação, constituiu-se neste Estabelecimento de Ensino uma Equipe Multidisciplinar,
coordenada pela equipe pedagógica e instituída por instrução da SUED/SEED, de acordo
com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e
auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e
ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período
letivo.
Cabe a Equipe Multidisciplinar subsidiar as ações da equipe pedagógica na
mediação com os professores na elaboração do Plano de Trabalho Docente, subsidiando
ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED. Dar suporte ao Conselho
Escolar na realização de ações de enfrentamento do preconceito, discriminação e racismo
no ambiente escolar, apoiando os professores, equipe pedagógica. Direção, funcionários,
pais e alunos.
Compete ainda promover ações voltadas aos grupos de estudos, reuniões,
60
socialização de experiências realizadas pelos professores e incentivá-lo
participar de
formação continuada.
Conforme a lei nº 11.645/08 que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional a inclusão no currículo da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “ História
e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, é planejado anualmente neste Estabelecimento de
Ensino, através de um trabalho coletivo entre a Equipe Multidisciplinar, professores e
equipe pedagógica, ações e atividades com o propósito de combater as desigualdades
sociais, preconceitos étnico-raciais e discriminações que ainda permeiam a nossa
sociedade.
Instituiu-se através da construção e organização de uma agenda no qual o tema
referente à História e a Cultura Indígena será trabalhado no primeiro semestre nas
diversas disciplinas do currículo e no segundo semestre referente à Cultura Afro- Brasileira
e Africana por meio de pesquisas, visitas, filmes, teatro, danças e atividades diversas,
firmando o compromisso com as datas definidas para a efetivação das atividades
pedagógicas sobre as temáticas bem como das datas da culminância de todas as
atividades desenvolvidas.
10. PLANO DE AÇÃO 2012
AÇÕES
COMO
PREVISÃO
Retomada do P.P.P.
Reflexão coletiva
Semana de
sobre as concepções capacitação – fev. /
teóricas
2012.
Conscientização
Reunião/palestra
Dia 29/02/2012.
dos direitos e
com o promotor de
deveres dentro do
justiça para os pais
Regimento Escolar. dos alunos do
período noturno
Repasse do
Reunião de pais.
Regimento Escolar e
do Sistema de
Avaliação.
Campanha de
Palestra ministrada
combate a Dengue. pela equipe de
Controle a Edemias
do Município
Palestra preventiva Palestra com a
Patrulha Escolar na
sala de aula
Dia 14/03/2012
Julho/2012
Maio e Junho de
2012
PESSOAS
ENVOLVIDAS
Professores, Equipe
Pedagógica, Conselho
Escolar e APMF.
Representante do
Conselho Tutelar,
Patrulha Escolar,
Direção, Equipe
Pedagógica,
Professores e Alunos.
Direção, Equipe
Pedagógica e
professores.
Comunidade Escolar
Alunos, professores ,
equipe pedagógica e
representantes da
61
Estímulo a qualidade 1. Dia Internacional
de ensino
da mulher
2. Projeto de Leitura
3. Manutençao da
horta
4. Conhecendo
Indústrias
5. Projeto Cem anos
de Helena Kolody
6. Projeto Óleo: A
responsabilidade é
sua.
7. Projeto corrupção:
o que você tem a ver
com isso.
8. Projeto
construindo a paz
Patrulha escolar.
1. 08/03/2012
1. Direção e Equipe
2. 1º semestre
Pedagógica
3. março a dezembro 2. Docente de Língua
4. 1º semestre
portuguesa e alunado
5. maio a novembro 3. Docente e alunado
6. anual
4. Docente de
7. 2º semestre
Geografia e alunado do
9. 2º semestre
8º ano.
8. anual
5. Porfessores e alunos
6. comunidade escolar
7. Direção,
professores, alunos e
equipe pedagógica
8. Professores, alunos ,
equipe pedagógica.
Estímulo a
1. Interclasse
1. Um por semestre
convivência social e 2. Loto pé
2. 2º semestre
incentivo a qualidade 3. Eu, amanhã
3. 2º semestre
de vida.
4. Festa Junina
4. 2º semestre
5. Festival de pipas 5. 2º semestre
6. Gincana da latinha 6. anual
7. Chá das mães.
7. maio de 2012
1. Docente de
Educação Física e
alunado
2. Docente de
Educação Física,
alunado e pais
3. Direção, equipe
pedagógica, docentes,
funcionários, avós e
alunado
4. Direção, Docentes
de Arte, Educação
Física, Equipe
pedagógica e alunado
5. Docente de Arte,
Educação Física e
alunado
6. Docente, alunos e
equipe pedagógica.
7. Direção, equipe
pedagógica,
professores e mães de
alunos.
62
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Art Méd Editora S.A., p. 12 – 15, out. 2005.
CASTELLANO, Melissa. Paulo Freire. Um Legado sem Fim. Revista aprende Brasil.
Curitiba: Editora Positivo p.32-36, abr. 2005.
DEMO, Pedro.
Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre – RS:
Mediação , 2004.
GADOTTI, Moacir. O paradigma do Oprimido. Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre:
GASPARIN, João Luiz, Uma Didática para a Pedagogia Histórico – Crítica: 5ª ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados,2009.
GIMENO SACRISTAN, J. Currículo e diversidade cultural. In: SILVA, Toma Tadeu da &
MOREIRA, Antônio Flávio (orgs). Territórios Contestados: o currículo e os novos
mapas culturais. Petrópolis, RJ: VOZES, 1995.
JARES, Xesús R. A Cidadania no Currículo. Revista pátio, p 9,10, ano IX, nº 36, FNDE,
Artmed, novembro de 2005.
LIBÂNEO, José Carlos, Adeus professor, adeus professora: novas exigências
educacionais e profissão docente. São Paulo, Editora Cortez, 2002.
MIMI, Reiko. Pense em Estratégias para Reduzir as Desigualdades. Revista Gestão em
Rede. Curitiba: reprocet Ind Gráfica, p. 5-8, dez. 2003.
SAVIANI, Dermeval. A nova LDB ao novo plano nacional de educação: por uma
política educacional. 5ª ed. Campinas – SP: Autores Associados, 2004.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia
Histórico-crítica.
Campinas
-
SP:
Autores
Associados , 2003.
STRECK, Danilo R. (org), Paulo Freire, Ética, Utopia e Educação. Petrópolis, RJ: Vozes
Ltda, 1999.
63
12. ANEXOS
12.1 Matriz Curricular
GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Matutino
Município: ARAPONGAS
Estabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEY
Período: 2012-1
Curso: ENSINO FUNDAMENTAL de 6º / 9º ANO
Turno: MANHÃ
Código Matriz: 86923
MATRIZ CURRICULAR
Nº
Nome da Disciplina
(Código SAE)
ORGANIZAÇÃO DA
MATRIZ
Composição Carga Horária
Curricular
Semanal das
Seriações
VISUALIZAÇÃO DA
MATRIZ
Grupo
Disciplina
O
(*)
6º 7º 8º 9º
1
ARTE (704)
BNC
2
2 2
2
S
2
CIENCIAS (301)
BCN
3
3 3
4
S
3
EDUCAÇÃO FISICA (601)
BCN
3
3 3
2
S
4
ENSINO RELIGIOSO
(7502)
BCN
1
1 0
0
S
5
GEOGRAFIA (401)
BCN
3
3 4
3
S
6
HISTORIA (501)
BNC
3
3 3
4
S
7
LINGUA PORTUGUESA
(106)
BCN
4
4 4
4
S
8
MATEMATICA (201)
BCN
4
4 4
4
S
9
L.E.M.-INGLES (1107)
PD
2
2 2
2
S
Total C.H.
Semanal
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
25 25 25 25
64
GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Vespertino
Município: ARAPONGAS
Estabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEY
Período: 2012-1
Curso: ENSINO FUNDAMENTALDE 6º / 9º ANO
Turno: TARDE
Código Matriz: 86924
MATRIZ CURRICULAR
Nº
Nome da Disciplina
(Código SAE)
ORGANIZAÇÃO DA MATRIZ
Composição
Curricular
Carga Horária
Semanal das
Seriações
VISUALIZAÇÃO DA MATRIZ
Grupo Disciplina
O
(*)
6º 7º 8º 9º
1
ARTE (704)
BNC
2
2 2
2
S
2
CIENCIAS (301)
BCN
3
3 3
4
S
3
EDUCAÇÃO FISICA (601)
BCN
3
3 3
2
S
4
ENSINO RELIGIOSO
(7502)
BCN
1
1 0
0
S
5
GEOGRAFIA (401)
BCN
3
3 4
3
S
6
HISTORIA (501)
BNC
3
3 3
4
S
7
LINGUA PORTUGUESA
(106)
BCN
4
4 4
4
S
8
MATEMATICA (201)
BCN
4
4 4
4
S
9
L.E.M.-INGLES (1107)
PD
2
2 2
2
S
Total C.H.
Semanal
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
25 25 25 25
65
GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Noturno
Município: ARAPONGAS
Estabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEY
Período: 2012-1
Curso: ENSINO FUNDAMENTAL DE 8º/9º ANO
Turno: NOITE
Código Matriz: 86925
MATRIZ CURRICULAR
Nº
Nome da Disciplina
(Código SAE)
ORGANIZAÇÃO DA MATRIZ
Composição
Curricular
VISUALIZAÇÃO DA MATRIZ
Carga Horária
Semanal das
Seriações
Grupo Disciplina
O
(*)
8º 9º
1
ARTE (704)
BNC
2
2
S
2
CIENCIAS (301)
BCN
3
4
S
3
EDUCAÇÃO FISICA (601)
BCN
3
2
S
4
ENSINO RELIGIOSO (7502)
BCN
0
0
S
5
GEOGRAFIA (401)
BCN
4
3
S
6
HISTORIA (501)
BNC
3
4
S
7
LINGUA PORTUGUESA
(106)
BCN
4
4
S
8
MATEMATICA (201)
BCN
4
4
S
9
L.E.M.-INGLES (1107)
PD
2
2
S
Total C.H.
Semanal
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
25 25
66
12.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS
12.2.1 ARTE
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA
WANDERLEY
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
2012
PROFESSORAS:
Eloisa Elena Weiss Faria e
67
Louise Cristine Silva Gonçalves de Araujo.
68
1. Apresentação da Disciplina
A Arte na Escola brasileira passa por inúmeras mudanças, desde a célebre Missão
Artística Francesa em 1816, trazida por Dom João VI, onde o ponto forte dessa escola era
o desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização dos modelos europeus. A partir
dessa época temos uma história do ensino da arte com ênfase no desenho, centrada na
valorização do produto. O desenho deveria servir à ciência e à produção industrial,
utilitária.
O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou menos 1950,
limitava-se a aulas de solfejo, canto orfeônico e memorização de hinos pátrios.
Entre as décadas de 50 e 60, começou-se a notar nas escolas a influência de um
movimento denominado Escola Nova. O papel do professor era dar oportunidades para
que o aluno se expressasse de forma espontânea, pessoal, o que vinha a ser a valorização
da criatividade como máxima no ensino da arte. Como todo processo artístico deveria
“brotar” do aluno o conteúdo dessas aulas era quase exclusivamente um “deixar-fazer” que
muito pouco acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem de arte.
Em 1971, com a Lei 5.692, foi criado o componente curricular Educação Artística. A
lei, determinado que nessa disciplina fossem abordados conteúdos de música, teatro,
dança e artes plásticas nos cursos de 1º e 2º graus, acabou criando a figura de um
professor único que deveria dominar todas essas linguagens de forma competente.
Porém, ARTE É CONHECIMENTO, surge então a nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB nº9.394) aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece
em seu artigo 26, parágrafo 2º: “O ensino da arte constituirá componente curricular
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos”.
Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela.
Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um
patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber.
Nesse sentido o conhecimento teórico- prático dos fundamentos do teatro, dança,
música e artes visuais como elementos essenciais para a formação dos sentidos humanos
na familiarização dos bens culturais produzidos na história da humanidade. Enfoque da
arte como área de conhecimento nas suas dimensões de criação, apreciação e
comunicação como instrumento para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino
Fundamental.
69
6ºAno – ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Geométrica
Técnicas: Pintura,
Desenho
Estudo dos
(memória, criação Cultura Afro Brasileira elementos formais
e observação)
e Paranaense
e sua articulação
Escultura
Arte Popular (folclore) com os elementos
Harmonia
Arte Indígena
de composição e
cromática:
Pré-História
movimentos e
Primárias,
períodos das artes
Secundárias,
visuais.
Monocromia e
Policromia
Histórias em
quadrinhos
Origami
Ponto
Linha
Forma
Cor
Textura
Luz
Volume
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua
relação com o
movimento artístico
no qual se originou.
6º Ano – MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Ritmo
Melodia
Entorno Sonoro
Popular (folclore)
Afro brasileiro
Indígena
Clássica
História da música
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Percepção dos
elementos formais
na paisagem
Compreensão dos
sonora e na
elementos que
música. Audição de estruturam e
diferentes ritmos e organizam a música
escalas musicais. e sua relação com
Teoria da música. o movimento
Produção e
artístico no qual se
execução de
originou.
instrumentos
rítmicos.
6ºAno – TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS
70
ELEMENTOS
FORMAIS
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
COMPOSIÇÃO
PEDAGÓGICA
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagens
Expressões:
corporais,
vocais, gestuais
e faciais.
Ação
Espaço
Técnicas:
Improvisação,
manipulação,
fantoches.
Espaço Cênico
DE
APRENDIZAGEM
Estudo da
personagem, ação Compreensão dos
dramática e do
elementos que
espaço cênico e
estruturam e
Arte Popular (folclore)
sua articulação com organizam o teatro
os elementos de
e sua relação com o
composição,
movimento artístico
movimentos e
no qual se originou.
períodos do teatro.
6º Ano– DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
COMPOSIÇÃO
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Estudo do
movimento
corporal, tempo,
espaço e sua
articulação com os
elementos de
composição e
movimentos e
períodos da dança.
Compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam a dança
e sua relação com
o movimento
artístico no qual se
originou.
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Eixo
Deslocamento
Ponto de Apoio
Formação
Técnica:
coreografia
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Popular
7º Ano – ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
71
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrata
Geométrica
Simetria
Arte Egípcia
Harmonia
Arte Grega e Romana
Cromática: cores Cultura Afro Brasileira
quentes e frias
Indígena
Técnicas: pintura, Paranaense
desenho,
escultura,
Gêneros:
paisagem, retrato,
natureza morta.
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Percepção dos
Compreensão das
modos de estruturar diferentes formas
e compor as artes artísticas, suas
visuais de acordo origens e práticas.
com os movimentos Apropriação prática
artísticos.
e teórica de técnicas
Produção de
e modos de
trabalhos com artes composição visual.
visuais nas diversas
técnicas.
7º Ano – MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Música Brasileira:
Samba/Bossa Nova.
Relação do
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
cotidiano do aluno.
Percepção dos
modos de estruturar
e fazer música nas
diferentes formas
musicais.
Teoria da Música.
Compreensão dos
estilos musicais
brasileiros, suas
origens e práticas.
Apropriação prática
e teórica de técnicas
e modos de
composição musical.
7º Ano –TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem Representação
Teatro Grego
Expressões Enredo
Ação
Cenografia
Espaço
Iluminação
Relação do
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Compreensão as
manifestações
teatrais
dramatizadas.
72
cotidiano do aluno.
Percepção da
diversidade de
expressão gestual
através da mímica.
Teoria do Teatro
Produção coletiva de
trabalhos do Teatro de
Pantomima.
Direção
Produção
Gêneros:
tragédia, comédia.
Técnica: mímica,
ensaio.
Apropriação prática
e teórica da técnica
e modo de
composição teatral.
7º Ano – DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Coreografia
Dinâmicas
Aceleração
Ponto de Apoio
Deslocamento
Musicais
Relação do
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
cotidiano do aluno.
Percepção dos modos
de fazer dança, como
produto cultural e
apreciação estética.
Teoria da dança.
Compreensão das
diferentes formas
de dança no
cinema e nas
mídias.
Apropriação teórica
e prática dos
modos de
composição da
dança.
8º Ano – ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Bidimensional Arte na Idade Média
Linha
Tridimensional Cultura Afro Brasileira
Forma
Geométrica
Indígena
Textura
Simetria e
Industria Cultural
Superfície
assimetria
Op Art
Volume
Cores: tons e
Pop Art
Cor
matizes. Círculo
Luz
cromático
Técnicas:
pintura,
desenho,
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Compreensão da
Enfoque do significado produção de obras
da arte na sociedade em determinado
contemporânea e em contexto histórico.
outras épocas.
Apropriação prática
Teoria das Artes
e teórica dos
Visuais.
modos de
Criação e construção composição das
de formas plásticas
artes visuais
com técnicas,
relacionadas à
materiais e espaços produção,
73
escultura,
colagem,
fotografia.
Gêneros:
paisagem,
retrato.
diversos.
divulgação e
consumo.
8º Ano – MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO
FORMAIS
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Relação do
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
cotidiano do aluno.
Percepção dos modos
de fazer música de
diferentes
movimentos.
Teoria da Música.
Apreciação
significativa da
música, envolvimento
e compreensão da
linguagem musical.
Compreensão da
música em sua
função social e
ideológica, bem
como produto
cultural, histórico e
de consumo.
Apropriação prática
e teórica dos modos
de composição
musical. Nas mídias,
relacionadas a
produção e
consumo.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ritmo
Altura
Melodia
Duração
Música Brasileira.
Harmonia
Timbre
Estilos musicais.
Técnicas: vocal,
Intensidade
História do Rádio
instrumental,
mista.
8º Ano – TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem Representação
Teatro Popular
Expressões Enredo
Ação
Cenografia
Espaço
Iluminação
Direção
Produção
Gêneros:
tragédia, comédia.
Técnica: Jogos
teatrais, Teatro de
varetas.
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Enfoque do significado Compreensão das
da arte na sociedade diferentes formas
contemporânea e em dramatizadas.
outras épocas,
Apropriação
abordando a mídia e prática e teórica
os recursos
das propriedades
tecnológicos na
comunicativas e
arte. Percepção dos expressivas.
modos de fazer teatro
como expressão e
comunicação.
Teoria do Teatro
Produção de trabalhos
de representação nas
74
diferentes
manifestações do
teatro.
8º Ano – DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
COMPOSIÇÃO
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Eixo
Coreografia
Dinâmicas
Aceleração
Ponto de Apoio
Deslocamento
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Enfoque do significado Compreensão da
da arte na sociedade dimensão da
contemporânea e em dança como
outras épocas,
expressão e
abordando a mídia e comunicação
Dança Popular
os recursos
humana.
Cultura Afro-Brasileira tecnológicos na arte. Apropriação teórica
Percepção dos modos e prática dos
de fazer dança suas modos de
origens e práticas.
composição da
Teoria da dança.
dança.
9º Ano– ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
75
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Compreensão da
Figurativa
dimensão das
Geométrica
Percepção dos modos
Renascimento
artes visuais
Programação
de fazer trabalhos com
Barroco
enquanto fator de
visual:
artes visuais e sua
Arte Contemporânea
transformação
Propaganda,
função social.
Arte Moderna
social.
Outdoor, Logotipo,
Teorias das Artes
Semana de arte
Produção de
Cartaz, Ilustração,
Visuais.
moderna no Brasil
trabalhos, visando
Layout e Design.
Produção de trabalhos
Cultura Afro
atuação do sujeito
Técnicas: Pintura,
com os modos de
Arte Popular (Folclore)
em sua realidade
Desenho de
organização e
Indústria Cultural
singular e social.
perpectiva,
composição.
Escultura
9º Ano – MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ritmo
Melodia
Harmonia
Música Popular
Altura
Estrutura
Brasileira.
Duração
Técnicas: Vocal, Música engajada.
Timbre
instrumental,
Jovem Guarda
Intensidade
Mista e
Tropicália.
Improvisação.
História do Rádio
Gêneros: Popular,
étnico e folclórico.
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Compreensão da
Percepção dos modos música como fator
de fazer música e sua de transformação
função social.
social.
Teorias da Música
Produção de
Produção de trabalhos trabalhos
com os modos de
musicais, visando
organização e
atuação do sujeito
composição musical. em sua realidade
singular e social.
9º Ano – TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem Representação
Teatro do Oprimido
Expressões: Roteiro
Teatro do Pobre
corporais,
Enredo
Romantismo
faciais,
Cenografia
gestuais e
Sonoplastia
vocais
Iluminação
Ação
Figurinos
Espaço
Técnicas:
Monólogo, Jogos
Teatrais.
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Enfoque do caráter
Compreensão da
criativo da arte, a
dimensão do teatro
ênfase é na arte como enquanto fator de
ideologia e fator de
transformação
transformação
social.
social. Percepção dos Produção de
modos de fazer teatro trabalhos teatrais,
e sua função social.
visando atuação do
Teorias do Teatro
sujeito em sua
Produção de trabalhos realidade singular
76
com os modos de
organização teatral.
e social.
9º Ano – DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Percepção dos
modos de fazer
dança e sua função
social.
Teorias da Dança.
Produção de
trabalhos com os
modos de
organização e
composição da
dança.
Compreensão da
dimensão da
dança enquanto
fator de
transformação
social.
Produção de
trabalhos com
dança, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação
Deslocamento
Coreografia
Gêneros: Salão,
Espetáculo,
Moderna.
Danças folclóricas.
Contemporânea.
OBSERVAÇÃO
OS DESENVOLVIMENTOS SÓCIO EDUCACIONAIS: DROGADIÇÃO,
SEXUALIDADE, VIOLÊNCIA, MEIO AMBIENTE (LEI FEDERAL Nº 9795/99 Dec nº
4201/02)E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA(LEI Nº 10.639/03) E INDÍGENA
(LEI Nº 11645/08)
SERÃO TRABALHADOS DURANTE O DECORRER DO ANO ATRAVÉS DE
ANÁLISE DE OBRAS, TEATRO, VÍDEOS, TEXTOS E VISITAS.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia do Ensino de Arte não deve ser isolada em si própria, é educar,
é ensinar a ver, ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar a
possibilidade de relacionar e despertar o conhecimento estético, artístico e
contextualizado.
Do ponto de vista metodológico, o ensino da Arte priorizará a interação da
leitura da produção de arte com a familiarização cultural e com o exercício artístico.
Buscar formas originais e interdisciplinares de expressar ideias, promovendo
experimentações, criações, discussões e análises para que possa entrar em contato
com propostas de diferentes linguagens artísticas.
O fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos de aprendizagem que
proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo.
77
AVALIAÇÃO
A avaliação será continua, somativa, formativa, diagnóstica tendo em
vista os
objetivos de cada assunto, considerando a participação e os conhecimentos adquiridos
pelos alunos estabelecendo relações com o trabalho produzido pelo seu grupo e por outros
sem discriminação artística.
O aluno deve participar da avaliação, esta poderá ser feita através de provas,
pesquisas, trabalhos individuais e em grupo, atividades práticas, atividade extraclasse,
assiduidade e pontualidade, pois ao promover situações de auto-avaliação, o professor
oportuniza a reflexão, e a um amadurecimento do individuo. Ocorrerá trimestralmente,
tendo flexilidade em seus valores.
Valorizar conhecimentos e desenvolvimento individual e em grupo tanto nas artes
visuais, como na dança, música e teatro.
A recuperação de estudos deverá ser paralela e concomitante.
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
Através de provas, pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, atividades
práticas, atividades extraclasse,assiduidade e pontualidade, promovendo situações de
auto avaliação, oportunizando a reflexão e o amadurecimento do indivíduo.
78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Ana Mae. História da Arte Educação – A Experiência de Brasília – l Simpósio
Internacional de História da Arte Educação – ECA – USP, 1º ed., S.P. Editora Max Limonad,
1986;
BOSSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte;
PORCHER, Luis. Educação Artística: Luxo ou necessidade, 2º ed.s.p. Summus, 1982;
MARCHESE, Isaias Júnior. Atividades de Educação Artística, Ed. Atica S.P.1991;
Parâmetros Curriculares Nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília:
MEC / SEF, 1998;
Minidicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. 1º ed., Ed. Nova Fronteira R.J.1977;
GRALHA AZUL, Rosi & Marlise. Atividades de Educação Artística, Companhia Editora
Nacional;
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna, Companhia das Letras, S.P. 1992.
FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo. Metodologia do ensino da Arte / Maria Heloísa C.
de T. Ferraz, Maria F, de Rezende e Fusari. – 2º ed., S.P. Cortez, 1999.
CORAGEM, Amarílis Coelho. SILVA, Sidmar Estevan Maia. Arte Ensino Médio. Belo
Horizonte: Ed. Universidade, 2004.
PROENCA, Graça. Historia da Arte, Ed.Atica. São Paulo, 1995.
DCE (Diretrizes Curriculares de Arte – Ensino Fundamental- 2007
CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira
nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência
de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba : SEED-Pr, 2007.
.
PPP: Proposta Político Pedagógica / Escola Estadual Professora Júlia Wanderley, 2012.
79
12.2.2 CIÊNCIAS
Proposta pedagógica
curricular
Ensino Fundamental
CIÊNCIAS
Série: 6º ao 9º ano
Professores: Aparecida Martins
Henriqueta Maria Elias da Costa
Maria Helena Milan
2012
80
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências, no Ensino Fundamental, se constitui historicamente pelo
conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para compreender os
fenômenos naturais. Para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo, a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o
conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista
científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. A disciplina possibilita a investigação da natureza e
a articulação entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre
outros, e o cotidiano, entendido aqui, como os problemas reais, socialmente importantes, enfim,
a prática social.
Diante do exposto, a retomada dos conteúdos que historicamente compõem o
currículo da disciplina é imprescindível no processo de escolarização. Assim, as Diretrizes
Curriculares para o ensino e a aprendizagem de Ciências, estão organizadas a partir da
concepção de ciência como processo de construção humana, provisória, falível e
intencional e, dos conteúdos estruturantes que se desdobram nos conteúdos básicos da
disciplina. Esses conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica,
considerando as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Por meio desta
abordagem pedagógica, o currículo de Ciências poderá propiciar condições para que os
sujeitos do processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na
compreensão do seu papel frente às demandas sociais, uma vez que questões
relacionadas à saúde, sexualidade e meio ambiente, dentre outras, são tradicionalmente
incorporadas aos conteúdos específicos e, portanto, imprescindíveis à disciplina de
Ciências.
A leitura e análise crítica, dessa realidade social, possibilitam um novo
encaminhamento pedagógico à medida que propõem partir desta realidade como um todo
para a especificidade teórico-prática da sala de aula.
Como um meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método que
não é único, nem permanece inalterado, pois reflete o momento histórico em que o
conhecimento foi produzido, as necessidades materiais da humanidade, a movimentação
social para atendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as idéias e os saberes
previamente elaborados.
Refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva
81
produzida por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico,
num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, evitando
creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”.
No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos científicos
escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando-se a
zona de desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY, 1991b), descrita
anteriormente em um processo de interação social em que o professor de Ciências “é o
participante que já internalizou significados socialmente compartilhados para os materiais
educativos do currículo e procura fazer com que o aprendiz também venha a compartilhálos” (MOREIRA, 1999, p. 109).
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DE CIÊNCIAS
Nas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no
Ensino Fundamental. São eles:
Astronomia;
Matéria;
Sistemas Biológicos;
Energia;
Biodiversidade.
A partir dos conteúdos estruturantes temos os conteúdos básicos de 5ª a 8ª Séries.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATERIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS
ENERGIA
Astros
Constituição da matéria
Níveis de organização Celular
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
82
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astros
Movimentos terrestres
MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Movimentos celestes
Constituição da matéria
Célula
ENERGIA
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Transmissão de energia
ABORDAGEM
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Origem e evolução do Universo
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
BIODIVERSIDADE
Formas de energia
Evolução dos seres vivos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astros
Gravitação universal
83
MATÉRIA
Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos específicos de Ciências passam a ser entendidos como uma
expressão complexa da realidade, deixando de ser compreendidos como elementos
fragmentados, neutros e históricos do currículo. A disciplina de ciência se constitui num
conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os
fenômenos da natureza e suas interferências no mundo.
Para que esta perspectiva do currículo de Ciências se efetive na escola é preciso
que os partícipes do processo de ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de
Ciências como construção humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de
alteração ao longo da história da humanidade e marcados pelas relações de poder. A partir
dessa compreensão da Ciência o tratamento dos conteúdos na escola, exige
conhecimento científico de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais
que ocorrem no mundo. A Química, a Física, a Biologia, a Geociência, a Astronomia e
outras áreas contribuem significativamente para o estudo. A explicação e a compreensão
do conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza é o objeto de estudo
da disciplina de Ciências.
O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:
• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:
livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático
(torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio,
lupa, jogo, telescópio, televisor, pendrive, DVDs, computador, retroprojetor, entre outros;
84
• de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas , gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, saídas a campo, exposições de ciência, seminários e debates.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros.
O
professor interage com seus alunos, à medida que reflete , sobre: as
tecnologias utilizadas para o reaproveitamento da água, principalmente, em alguns países
desenvolvidos; os motivos pelos quais eles investem cada vez mais em pesquisas
científicas e tecnológicas com o objetivo de diminuir a exploração de recursos naturais não
renováveis e consequentemente, recuperar o meio ambiente; as razões pelas quais esse
país tem tanto interesse nos recursos naturais dos países em desenvolvimento.
O tratamento dos conteúdos específicos, pode ser efetivado por meio de uma
metodologia que problematize a prática social do sujeito. Depois do confronto entre as
informações que o aluno possuía e o conhecimento científico adquirido, ele demonstra
interesse em apresentar soluções alternativas para o problema. Esse interesse é
demonstrado por meio de propósitos e do comprometimento com a respectiva ação.
Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, por meio de atividades e
aulas práticas, desde que se considere a coerência entre a teoria e a prática e, o conteúdo
e a forma. A experimentação formal em laboratório didático, por si só, não resulta na
apropriação dos conteúdos específicos e conhecimentos científicos pelos alunos. O
laboratório não é único cenário para o desenvolvimento dessa ação pedagógica, pois, o
processo de ensino e de aprendizagem em Ciências, não deve se limitar a uma única
metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico.
Sendo assim, é importante
lembrar que as aulas e atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes, na
escola e fora dela.
A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para
que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e
inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.
Utlizando
formas
originais
e
interdisciplinares,
serão
trabalhados
temas
85
relacionados aos DESENVOLVIMENTO
SOCIOEDUCACIONAL , através de conversa
informal sobre os textos encontrados no livro didático ou ainda em textos preparados
especialmente para esse fins, pesquisa para coleta de dados e demostração do assunto
através de trabalhos. São eles:
Cidadania e Direitos Humanos;
Educação Ambiental ( Lei nº9795/99, Dec. Nº 4201/02);
Enfrentamento à violência;
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
DIVERSIDADE :
Educação do Campo;Gênero e Diversidade Sexual; História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana ( Lei 10639/03); História e cultura dos Povos
Indígenas (Lei 11645/08)
4. AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, pela interação diária com os alunos, contribuições importantes
para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados
neste processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a
partir de critérios
estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os
conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social
desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as
relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do
processo de ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano.
Entretanto, não serão estabelecidos critérios avaliativos específicos, pois isso
depende de uma série de fatores, dentre os quais pode-se destacar a série que será
avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação de conteúdos
específicos pelos dos alunos e, o planejamento das ações pedagógicas.
Nesse contexto, para estabelecer estes critérios avaliativos o professor precisa
considerar o seu planejamento, sua prática pedagógica e, as suas intenções ao tratar os
conteúdos específicos por meio da abordagem articulada dessas diretrizes.
Os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, à medida em que
interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam
86
e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.
A avaliação do desempenho do aluno e do seu rendimento escolar será de forma
continuada e cumulativa, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo
Estabelecimento de Ensino, sendo os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0.
Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe, é preciso
que conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados . A coerência
entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos, é fundamental para
propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos.
A nota do bimestre será da somatória dos valores atribuídos em cada recurso
avaliativo, sendo eles:.
Provas escritas ( 5,0) , sendo uma ou duas em cada bimestre e mais 5,0 pontos
que poderão ser divididos em: verificação de exercícios, tarefas e trabalhos diversos
individuais e/ou em grupos ( dramatização, jogos, músicas e produções coletivas),
relatórios de pesquisas e experiências, participações em mini-feiras de ciências, leitura e
interpretação de textos, produções de textos, painéis, murais, exposições, dinâmicas em
grupo, desenhos, análises de trechos de filmes pertinentes ao conteúdo, visitas de campo,
palestras e debates.
A recuperação paralela será processual, ou seja, ocorrerá durante o processo
de aprendizagem, quando se fizer necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o
aluno não se apropriou e será através de teste escrito e/ou oral, demonstrações,
trabalhos ou pesquisas.
5. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Canto, Eduardo Leite do – CIÊNCIA NATURAIS: aprendendo com o cotidiano - 3ª ed. - São
Paulo: Moderna, 2009.
BRASIL, Lei nº 10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.
Cadernos Temáticos. História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da Educação –
Ministério Nacional de Educação 2004.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005.
87
Diretrizes Curriculares de Educação Especial.
Diretrizes Curriculares de Educação do Campo.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. Curitiba, 2008.
Revista Ciência Hoje e Ciência Hoje das crianças 2008/2009.
www.youtube.com.br
www.diadiaeducacao.pr.gov.br
88
12.2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA
Apresentação da Disciplina
12.3 EDUCAÇÃO FÍSICA
1 CONTEÚDOS
1.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Esporte
•
Jogos e brincadeiras
•
Ginásticas
•
Lutas
•
Danças
1.2 – CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Manifestações esportivas
•
Fundamentos técnicos;
•
Regras;
•
Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
•
Esporte como fenômeno de massa;
•
Jogo;
•
Análise crítica das regras;
•
O sentido da competição esportiva;
•
Modelo da sociedade que os produziram;
•
Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;
•
Possibilidades dos esportes como atividade corporal
•
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
•
Táticas
•
Para que e quem serve
•
Incorporação pela sociedade brasileira
•
O esporte na sociedade capitalista
•
Profissionalização do esporte
89
1.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª Série
Esporte:
Origem/histórico dos esportes.
Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas.
Fundamentos básicos.
Jogos e brincadeiras:
Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.
Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos.
Construção dos Brinquedos.
Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro
Dança:
Origem e histórico das danças.
Contextualização da dança.
Atividades de criação e adaptadas
Movimentos de experimentação corporal (sequencia de movimentos)
Ginástica:
Origem e histórico da ginástica artística.
Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda)
Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes
modalidades
Ginásticas.
Cultura do Circo.
Consciência Corporal.
Lutas:
Origem e histórico das lutas
90
Atividades que utilizem materiais alternativos
Jogos de oposição
Musicalização
Ginga esquiva e golpes
6ª Série
Esporte:
Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história.
Noções das regras e elementos bás icos.
Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Sentido da competição esportiva.
Jogos e brincadeiras:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e
Brincadeiras.
Diferença entre brincadeira, jogo e esporte.
A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.
Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
Dança:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas.
Criação e adaptação de coreografias.
Construção de instrumentos musicais
Ginástica:
Aspectos históricos e culturais da ginástica.
Noções de posturas e elementos ginásticos.
Cultura do Circo.
Lutas:
Origem das lutas, mudanças no decorre da história
91
Jogos de oposição
Ginga, esquiva e golpes
Rolamentos e quedas
7ª série
Esporte:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.
Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de
rendimento
Condicionamento físico.
Esporte e mídia.
Esporte: benefícios e malefícios à saúde
Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.
Jogos e brincadeiras:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras
e brinquedos.
Festivais
Estratégias de jogo
Danças:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Elementos e técnicas de dança
Esquetes (são pequenas sequências cômicas).
Ginástica:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.
Noções de postura e elementos ginásticos Origem da Ginástica com enfoque
específico nas diferentes modalidades,
Pensando suas mudanças ao longo dos anos.
Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.
92
Movimentos acrobáticos
Lutas:
Roda de capoeira
Projeção e imobilização
Jogos de oposição
8ª Série:
Esporte:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
Organização de festivais esportivos
Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Regras oficiais e sistemas táticos.
A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
(Súmulas, noções e preenchimento)
Jogos e brincadeiras:
Organização e criação de gincanas, compreendendo que é um jogo de
estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo
aventuras e superando desafios.
Diferenciação dos jogos cooperativos e Competitivos
Dança:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança.
Organização de festivais.
Elementos e técnicas de dança
Ginástica:
Origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.
Construção de coreografias.
93
Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).
Análise sobre o modismo.
Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.
Recursos ergogênicos (doping).
Lutas:
Origens e aspectos históricos
2– JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi
constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina, conforme
seu momento histórico, foram, HIGIENICISTA - (formação de homens saudáveis),
MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj. Educativo),
COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores passaram a
influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a Educação
Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e fisiológica,
onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos como capazes de
promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém, significado as ações
culturalmente produzidas ao longo da história.
Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a cultura
corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o
significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações
diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por
meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,
da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.
Diante destas considerações a Educação Física, possibilita ao educando “um
pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores
inerentes ao ser humano.
2.1 – OBJETIVO GERAL
•
Fazer do educando um cidadão crítico, sujeito às ações e movimentos,
consciente que o corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos, adoece, socializa-se;
•
Intensificar a compreensão do aluno (a), sobre a diversidade, cultural
94
em termos corporais, onde possa respeitar as diferenças;
•
Vivenciar e explorar sua corporalidade por meio de atividades e
experiências orientados pelo professor
•
Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de “prática
pela prática”;
•
Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades
corporais, refletindo sobre sua própria saúde e da comunidade;
•
Conhecer e discutir o papel da “média”, na sua vida: saúde, beleza,
consumismo, preconceitos etc.
•
Organizar e interferir no espaço, bem como reivindicar locais
adequados para atividades físicas e lazer, em busca de uma melhor qualidade de
vida;
•
Conhecer, valorizar e respeitar pluralidade cultural de um povo;
•
Proporcionar atividades ao educando, de modo que ele possa dar
continuidade a esta aprendizagem no seu dia a dia;
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é um
processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma
maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir dos temas
apresentados.
Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é importante,
provocando no aluno (a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e explicação
sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados.
A ação pedagógica da Educação Física, pode ser de variada, tornando os
conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde
o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta
novamente para a prática social concreta.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em
conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as
estratégias, práticas sociais, problematização, instrumentalização, cartasee retorno à
prática social.
95
A Prática Social caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção
do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é
colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transformá-lo em instrumentos de construção pessoal e profissional
(Gasparim, 2002 pg53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou.
O RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico
na perspectiva histórico-crítica.
4- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
O processo de avaliação da disciplina da Educação Física, individual ou coletiva,
será
contínua,
incluindo
o
aluno(a)
como
participante
e
contribuindo
para
o
desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento
teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e
alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para
melhor aproveitamento do educando.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo e cumulativo que servirá
para requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem
como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades
constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos e
brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro.
Critérios de avaliação:
•
Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
•
Espera-se que o aluno conheça a origem dos diferentes esportes;
•
Vivenciar e conhecer o contexto históricos dos jogos, brinquedos e
brincadeiras;
•
Criação e adaptação de diferentes sequencias de movimentos;
•
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico através dos aspectos
históricos dos conteúdos estruturantes;
96
Observação:
A avaliação si dará da seguinte maneira, sendo assim distribuídos: 2,0(vinte
pontos) para os trabalhos individuais + 2,0(vinte pontos) para trabalhos em grupos +
3,0(trinta pontos) para avaliação teórica + 3,0(trinta pontos) para avaliação prática,
totalizando 10,0.
A recuperação é um direito do educando, caso este não atinja média trimestral
mínima (6,0) sessenta, será elaborado uma outra avaliação no valor 7,0(setenta pontos),
pois a nota da avaliação prática de valor 3,0(trinta pontos)
permanecerá na qual será
adicionada a nota que o educando tirar, lembrando que possui valor substitutivo, valendo
sempre a maior nota.
5-RECURSOS DIDÁTICOS
•
Utilização do laboratório de informática para trabalho de pesquisas;
•
TV Multimídia para apresentação de filmes e vídeos sobre os
esportes;
•
Biblioteca para pesquisa e Leitura;
•
Data-show para apresentação de trabalhos;
•
Rádio para apresentação de trabalhos com dança
•
Livro de apoio
6–INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Essas avaliações si dará através dos seguintes instrumentos:
Atividades com recursos Audiovisuais
Trabalho em grupo
Trabalho individual
Debate
Seminário
Relatório
Pesquisa de campo
Avaliações teóricas
Avaliações práticas
97
Observação: Os temas contemporâneos: educação ambiental; cidadania e direitos
humanos; educação fiscal; enfrentamento à violência nas escolas; prevenção ao uso
indevido de drogas; história e cultura afro brasileira e africana; história e cultura dos povos
indígenas, serão trabalhados durante o decorrer do ano em propostas diversificadas.
7– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
-BRASIL. Lei- nº 10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação.Cadernos temáticos. História da Cultura Afro- brasileira e Africana. Ministério da
Educação- Ministério Nacional de Educação, 2004.
-Educação Física - Secretaria de Estado da Educação-SEED. Curitiba-2006.
BRACHT, Valter, A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física. Cadernos
CEDES, vol.19 n.º 48. Campinas-1999.
-Projeto Político Pedagógico
Orientações Curriculares
-Depart.de Ensino Médio julho. 2008
98
12.2.4 ENSINO RELIGIOSO
Apresentação da Disciplina
ESCOLA ESTADUAL PROFª JULIA WANDERLEY
ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
Professores: Celiane Cristine Tironi
João Henrique Rossi
ARAPONGAS
2012
99
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso dentro do âmbito escolar tem um papel de suma
importância, pois deve estar comprometida em disponibilizar aos educandos a
oportunidade de conhecer as diversas manifestações religiosas existentes e também em
combater todas e quaisquer formas de preconceito.
O Ensino Religioso dentro da escola deve ser ministrado de maneira laica, não
podendo privilegiar qualquer manifestação religiosa em particular.
Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos
escolares no Brasil e, em cada período histórico, assumiu diferentes características
pedagógicas e legais. Antes de iniciar as discussões teóricas e metodológicas a
respeito da implementação desta disciplina no contexto educacional atual, serão
apresentadas transcrições de documentos oficiais que explicitam os modos como o
Ensino Religioso foi entendido e ministrado nos diversos momentos da história do
Brasil. Com este breve histórico legal da disciplina, o documento que o leitor tem
em mãos pretende apresentar, comparativamente, a extensão pedagógica da atual
proposta de Ensino Cultural e Religioso no Estado do Paraná(DCE. Pág. 38).
O Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, em toda sua plenitude o local e o sentido do Sagrado, sendo compreendido racionalmente, como resultado de
representações construídas historicamente dentro de diversas culturas.
Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latino sacrátus e
do ato de sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime,
inviolável e puro. Assim, o Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte.
Portanto, algo ou alguém que foi consagrado está ligado invariavelmente ao campo
religioso (DCE. Pág.47).
O Ensino Religioso esteve presente há dentro da história Brasileira, apesar da
abordagem utilizada hoje ser laica diferente de outros períodos históricos e importante
conhecer o desenvolvimento da disciplina dentro da história.
* Período Jesuítico: No Brasil Colônia, visava a Evangelização dos Povos
indígenas.
* Período Republicano: 1889 Ideal Positivista Separação da Igreja do Estado.
1. Laicidade X Confessionalidade.
* Era Vargas: 1934 – Estado Novo.
1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo;
2. Confessional
100
* Período Ditatorial: 1964;
1. Supressão do caráter confessional /perspectiva aconfessional de ensino
* Redemocratização: LDB – Lei 9.465 1996– art. 33.
1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo;
2. Aconfessional.
A Disciplina de Ensino Religioso da forma que é ministrada hoje (aconfessional1) é
de suma importância pois, apresenta ao educando a diversidade religiosa e combate o
preconceito e a intolerância religiosa dentro da sociedade. Contribuindo para a formação
moral e ética do educando.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
2.1 Conteúdos Estruturantes
Teoricamente, o currículo da disciplina de Ensino Religioso está vinculado ao
academicismo e ao cientificismo, bem como às subjetividades e experiências vividas pelo
aluno, produzindo uma ampla discussão fundamentada nas teorias críticas.
(...) [O] Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnicoreligiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de
expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e política. Desta
forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96,
é o desenvolvimento da cidadania (DCE. Pág.46).
Ao abranger a linguagem do Sagrado, os símbolos são a base da comunicação e
constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente, do mundo
extraordinário dos deuses e deusas. Os símbolos são elementos importantes porque
estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano das
pessoas.
No caso do Ensino religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser
dado aos conteúdos estará sempre a ele relacionado.
1
Aconfessional: sinônimo de laico. Empregado de acordo com a terminologia adotada pela
DCE 2008, pág.40.
101
Paisagem Religiosa - à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida
através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços
Sagrados.
Universo Simbólico Religioso - à apreensão conceitual através da razão, pela qual
concebe o Sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica. É
entendido como sistema simbólico e projeção cultural.
Texto Sagrado - à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste
sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e
dos Mitos.
2.2 Conteúdos Básicos
5ª série
Organizações Religiosas;
Lugares Sagrados;
Textos Sagrados orais ou escritos;
Símbolos Religiosos.
6ª série
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
102
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia utilizada será através de problematização, abordagem teórica do
conteúdo e a sua contextualização dentro.
Problematização – encaminhamento baseado na aula dialogada com o aluno.
Abordagem Teórica do Conteúdo – Respeito ao educando na sua crença.
Contextualização.
Para a realização disso será utilizada recursos multimídia, com o intuito de
aproximar o aluno com o objeto estudado, fazendo-o compreender o contexto históricosocial em que se inserem cada uma das manifestações religiosas estudadas. Além de
aulas expositivas e a estimulação de debates promovendo uma participação ativa do aluno
na produção do conhecimento.
103
4 AVALIAÇÃO
A avaliação tem como finalidade diagnosticar a apropriação do conhecimento por
parte dos alunos e diagnosticar os resultados das práticas pedagógicas propostas pelo
professor, por isso deve ser continua e diagnostica.
Os mecanismos de avaliação estão sempre em processo de aprimoramento, pois
devem se adequar a realidade de cada educando, pois o tempo de aprendizado pode ser
diferente para cada um e cabe ao professor encontrar o método avaliativo que consiga
avaliar efetivamente cada educado.
Ao fim do processo educativo, o aluno deve ter condições de:
Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;
Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de
cada grupo social.
Os instrumentos avaliativos utilizados serão debates, discussões e seminários.
104
REFERÊNCIAS
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo. Cortez
editora.2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná: Ensino
Religioso. 2008.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Editora Moderna .1992.
MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do eterno:religiões no Brasil. São
Paulo:Editora Moderna Ltda, 1989.
105
12.2.5 GEOGRAFIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA
PROFESSORAS:
Aline Caroline de Lima da Silva
Juliana Sieni de Oliveira
2012
106
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O espaço em que vivemos resulta das inter-relações existentes entre a sociedade
e a natureza. É, portanto, resultado de interesses, objetivos e necessidades dos diversos
grupos sociais que o transformam e o reorganizam.
Com
o
desenvolvimento
das
diversas
sociedades
houve,
também,
o
desenvolvimento de outros conhecimentos como os relativos à elaboração de mapas;
discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas; o
cálculo do diâmetro do planeta; cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros.
Assim, a Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo
compreensível para os alunos e passível de transformações.
A Geografia, como área de conhecimento, caracteriza-se por estudar a
organização do espaço geográfico. A paisagem, sempre passível de mudanças, vem a ser
referência concreta para chegar a explicação das relações estabelecidas “isto possibilita a
compreensão da dinâmica do espaço, que não pode ser estudada desvinculada da
sociedade”. Além disso, abrange as preocupações fundamentais apresentadas nos temas
transversais, identificando-se, com aquele corpo de conhecimentos considerados como
questões emergenciais para a conquista da cidadania.
Ressalta-se que o objeto de estudo desta disciplina é o espaço geográfico,
composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996
apud PARANÁ, 2008. p.51). Então, a relevância dessa disciplina está no fato de que todos
os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial. O espaço é a materialização do
tempo e da vida social. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos
alunos conhecimentos específicos da Geografia, com os quais ele possa acompanhar as
transformações, interpretar e entender esse o espaço, sem deixar de considerar a
diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.
A Geografia se propõe a compreender a realidade social para permitir uma
reflexão a respeito de quem é sujeito agente de transformação dessa realidade, muito mais
do que uma ciência que somente se propõe a pensar o espaço geográfico. Ela tem reunido
instrumentos de análise e da prática social que colocam, no debate do exercício da
cidadania, as várias questões sociais, políticas e econômicas contemporâneas, pois
constrói a identidade enquanto ser social, sujeito de sua própria história.
107
O papel da Geografia no sistema escolar atual é o de integrar o educando ao meio,
ou seja, ajudá-lo a conhecer o mundo em que vive. A integração supõe reflexão sobre a
realidade e aspirações de mudanças, com o intuito de alcançar uma situação melhor e um
enfoque crítico, que tem por objetivo auxiliar na formação de cidadãos conscientes, ativos
e dotados de opinião própria.
Trata-se do ensino voltado para o desenvolvimento da cidadania enfatizando o
desenvolvimento de habilidades como a observação, descrição, localização, noções
básicas de escala, de representação cartográfica, do espaço geográfico, constituindo os
fundamentos necessários a análise critica dos processos utilizados pela sociedade na
exploração da natureza, permitindo a identificação e a compreensão das sucessivas
relações de interação entre a sociedade e a natureza.
A análise do espaço geográfico deve focar as dinâmicas de suas transformações e
não simplesmente a descrição e os estudos de um mundo aparentemente estático. Isto
requer a compreensão da dinâmica entre os processos sociais, físicos e biológicos
inseridos em contextos particulares ou gerais. A preocupação básica é abranger os modos
de produzir, de existir e de perceber os diferentes lugares e territórios como os fenômenos
que constituem essas paisagens e interagem com a vida que os habitam.
É preciso buscar explicações para aquilo que, em determinado momento,
permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que neles
convivem, assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica
em que interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos.
O estudo da Geografia proporciona aos alunos a possibilidade de compreender
sua própria posição no conjunto de interações entre sociedade e natureza. Deverá estar
voltado aos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de ensino, movimentos sociais, organização da
sociedade civil, nas manifestações culturais e no cuidado com o planeta e suas espécies.
Portanto, o ensino de Geografia tem como preocupação fundamental oferecer
subsídios ao desenvolvimento da cidadania, fazendo o aluno compreender criticamente o
mundo em que vive desde a escala local até a global. Essa visão deverá fornecer
condições de uma leitura analítica e reflexiva das relações entre a sociedade e a natureza.
108
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
- Formação e transformação das paisagens
Dimensão econômica do
naturais e culturais.
espaço geográfico.
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego
Dimensão socioambiental do
produção.
espaço geográfico.
-
A
de
tecnologias
formação,
de
exploração
e
localização,
exploração
e
utilização dos recursos naturais.
Dimensão política do espaço
-
A
distribuição
espacial
das
atividades
geográfico.
produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
Dimensão cultural e
- As relações entre campo e a cidade na
demográfica do espaço
sociedade capitalista.
geográfico
-
A
evolução
espacial
da
demográfica,
população
e
a
distribuição
os
indicadores
estatísticos.
- A mobilidade populacional e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
- As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
7º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
- A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração do território brasileiro.
Dimensão econômica do
espaço geográfico.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego
de
tecnologias
de
exploração
e
produção.
Dimensão socioambiental do
-
As
diversas
regionalizações
do
espaço
109
espaço geográfico.
brasileiro.
-
As
manifestações
socioespaciais
da
Dimensão política do espaço
diversidade cultural.
geográfico.
- A transformação demográfica, a distribuição
espacial
e
os
indicadores
estatísticos
da
Dimensão cultural e
população.
demográfica do espaço
- Movimentos migratórios e suas motivações.
geográfico
- O espaço rural e a modernização da
agricultura.
- A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
-
A
distribuição
produtivas,
a
espacial
das
(re)organização
atividades
do
espaço
geográfico.
- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias
e das informações.
8º ANO
Conteúdos Estruturantes
-
As
Conteúdos Básicos
diversas regionalizações do
espaço
geográfico.
Dimensão econômica do
- A formação, mobilidade das fronteiras e a
espaço geográfico.
reconfiguração dos territórios do continente
americano.
Dimensão socioambiental do
-
espaço geográfico.
supranacionais e o papel do Estado.
-
A
O
nova
ordem
comércio
mundial,
em
suas
os
territórios
implicações
Dimensão política do espaço
socioespaciais.
geográfico.
- A circulação da mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
Dimensão cultural e
- A distribuição espacial das atividades
demográfica do espaço
produtivas,
geográfico
geográfico.
a
(re)organização
do
espaço
110
- As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
- O espaço rural e a modernização da
agricultura.
- A transformação demográfica, a distribuição
espacial
e
os
indicadores
estatísticos
da
população.
-
As
manifestações
socioespaciais
da
diversidade cultural.
- Formação, localização, exploração e utilização
dos recursos naturais.
9º ANO
Conteúdos Estruturantes
-
As
Conteúdos Básicos
diversas regionalizações do
espaço
geográfico.
Dimensão econômica do
-
A
nova
ordem
mundial,
os
espaço geográfico.
supranacionais e o papel do Estado.
territórios
- A revolução técnico-científico-informacional e
Dimensão socioambiental do
os novos arranjos no espaço da produção.
espaço geográfico.
-
O
comércio
mundial
e
as
implicações
socioespaciais.
Dimensão política do espaço
- A formação, mobilidade das fronteiras e a
geográfico.
reconfiguração dos territórios.
- A transformação, mobilidade das fronteiras e a
Dimensão cultural e
reconfiguração dos territórios.
demográfica do espaço
-
geográfico
diversidade cultural.
As
manifestações
socioespaciais
da
- Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações.
- A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a (re)organização
do espaço geográfico.
111
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego
de
tecnologias
de
exploração
e
produção.
- O espaço em rede: produção, transporte e
comunicações na atual configuração territorial.
METODOLOGIA
Para o trabalho com a Geografia, bem como, sua renovação e reconstrução do
ensino, é fundamental a concepção de Geografia que entende o espaço geográfico como o
espaço social construído através de lutas e conflitos sociais.
Concebida como ciência social, a Geografia é colocada ao aluno como meio para
se estudar a natureza enquanto recurso apropriado pelo homem em sua dimensão
histórica e política.
A preocupação do professor, no ensino da geografia, deve estar voltada para o
desenvolvimento do senso crítico e não em apresentar fatos para que o aluno memorize. A
prática pedagógica com a geografia inspirada na compreensão transformadora de uma
realidade exige do professor criatividade e domínio de métodos, conceitos e sequência na
apresentação.
Como sujeito do conhecimento o professor não deve se preocupar somente em
ensinar, mas também contribuir para o desenvolvimento das potencialidades do aluno,
tornando-o co-autor do saber, através de estudos por meios participativos como:
pesquisas, debates, textos e construção de conteúdos adequados à realidade social e
educacional.
O ensino de Geografia propõe que os conteúdos sejam trabalhados de forma
crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos
fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando o espaço geográfico como foco de
aprendizagem e a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando, assim, transitar
em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa.
O encaminhamento metodológico que atenda às necessidades do ensino da
geografia objetiva estimular a construção e a reflexão do educando por meio das seguintes
práticas: Aula dialogada expositiva com questionamento constante; Leitura, interpretação e
discussão de textos diversos presentes em livro didático, jornais, revistas; confecção e
interpretação de mapas; produção de textos e paródias; realização de pesquisas em
112
diferentes fontes; interpretação de músicas, poemas e filmes que abordem assuntos
referentes a temas propostos em sala, participação em projetos desenvolvidos pela escola
dentre outros que contribuam para a aprendizagem.
Para tanto, diferentes recursos didáticos serão utilizados: textos, mapas atualizados, globo terrestre, vídeos, filmes, documentários, debates sobre temas diferenciados,
matérias de jornais e revistas, aulas de campo, exposição oral, músicas, charges e outros
que se fizerem necessárias de acordo com o decorrer das aulas.
Contudo, alguns questionamentos devem orientar o trabalho do professor para que
possa conseguir espacializar os fatos, dinâmicas e processos geográficos, bem como a explicação das localizações relacionais dos eventos em estudo, para que possa, também, levar o aluno à compreensão:
•
Onde?
•
Como é este lugar?
•
Por que este lugar é assim?
•
Por que aqui e não em outro lugar?
•
Por que as coisas estão dispostas desta maneira no espaço geográfico?
•
Qual o significado deste ordenamento espacial?
•
Quais as consequências deste ordenamento espacial?
•
Por que e como esses ordenamentos se distinguem de outros?
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais (2008, p.75) o ensino deve
permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a
realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos.
Além dos conteúdos básicos da disciplina serão trabalhados temas relacionados
ao desenvolvimento sócio-educacional, através de discussões sobre os textos encontrados
no livro didático adotado ou ainda em textos preparados especialmente para esse fim, pesquisa para coleta de dados e demonstração do assunto estudado através de trabalhos.
Dentre os temas destacam-se: a Cidadania e Direitos Humanos (Programa Bolsa Família,
Educação Fiscal, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Escola
Aberta, Programa Saúde na Escola); Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. nº
4201/02); Enfrentamento à violência (Programa de educação das Unidades Socioeducativas – PROEDUSE); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação do Campo; Gênero
113
e Diversidade Sexual;História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10639/03) e a História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei nº 11645/08).
AVALIAÇÃO
A avaliação, parte dos processos de ensino-aprendizagem, não é uma mera
classificação de alunos, mas um processo de verificação das dificuldades que permite ao
professor intervir de modo a fazer com que possam progredir, tendo como uma das
funções, permitir que o professor verifique o alcance do seu próprio trabalho e, se
necessário, reformulá-lo, mantendo um diálogo permanente entre professor e aluno.
De acordo com a DCE (2008, p.31),
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto
como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como
instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a
verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da
prática pedagógica.
Alguns critérios devem nortear as formas de avaliação:
A formação dos conceitos geográficos e o entendimento das relações sócioespaciais, relação de poder, de espaço/tempo e de sociedade natureza visando
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
Fazer com que o aluno compreenda a realidade local em que vivem sob a
perspectiva de transformá-la e atuar na mesmo de uma forma crítica e consciente.
Desenvolvimento cognitivo (aquisição do conhecimento), desenvolvimento e
suas habilidades de raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade de observação e
de crítica, etc. Deverá também desenvolver atitudes, inteligência emocional, social
ausentes de preconceitos.
Como os alunos possuem ritmos e características diferentes os instrumentos de
avaliação devem ser diversificados, com acompanhamento diário dos alunos, permitindo
verificar se os alunos investigam, elaboram hipóteses, se expõem e debatem diferentes
opiniões, se comunicam oralmente ou por escrito os produtos dos trabalhos realizados e se
conseguem enfrentar desafios. Para tanto, o professor pode fazer uso de seminários,
produção de textos, charges, histórias em quadrinhos e paródias; leitura e interpretação
imagens, gráficos, tabelas, mapas letras de músicas; pesquisas bibliográficas; relatórios de
aulas de campo; exercícios de fixação; apresentação de seminários; construção e análise
114
de maquetes, de tabelas e gráficos, além de provas objetivas, dissertativas e orais,
confecção de cartazes e participação dos alunos nas aulas.
De acordo com o currículo e objetivos propostos por este estabelecimento de
ensino, os resultados dos processos de avaliação, ao final de cada trimestre, serão
expressos em notas compreendidas de 0,0 a 10,0. Esta nota será composta pela
somatória dos valores atribuídos em cada recurso avaliativo, sendo 5,0 pontos destinados
às provas objetivas (uma ou duas em cada trimestre, de acordo com o desencadear dos
conteúdos trabalhados) e 5,0 pontos destinados aos diversos trabalhos citados
anteriormente.
Para os alunos que não atingires a média proposta (6,0) será proporcionada a
recuperação, de forma paralela, havendo revisão de conteúdos abordados e aplicação de
uma nova prova, prevalecendo a maior nota que deverá ser somada aos outros recursos
avaliativos já aplicados.
A avaliação diagnóstica e continuada, leva em consideração aspectos qualitativos
e quantitativos, e que o objetivo do professor não é prejudicar o aluno e sim orientá-lo, ou
seja, medir seu desenvolvimento e as suas deficiências para que se possa corrigi-las.
Portanto, a avaliação não deve ser uma mera reprodução do que foi dito ou lido em
classe, e sim o entendimento e a aplicação, a extrapolação, a crítica, a coordenação das
idéias, o estabelecimento de relações dos conteúdos trabalhados com a realidade, por
exemplo.
REFERÊNCIAS
BORGES, Edson; MEDEIROS, Carlos; D’ ADESJ. Racismo, Preconceito e Intolerância.
São Paulo: Atual, 2002.
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY. Ensino Fundamental. Projeto
Político Pedagógico. 2011.
OLIVEIRA, Davi Eduardo. Cosmovisão Africana do Brasil. 1972.
PROJETO ARARIBÁ: Geografia/obra coletiva – 6º, 7º, 8º, 9º Ano – Ed. Moderna, 1 ed.,
São Paulo, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica de Geografia. Paraná. 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
115
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília. Outubro: 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Educação do Campo. Curitiba. 2006.
12.2.6 HISTÓRIA
116
ESCOLA ESTADUAL JÚLIA WANDERLEY
Disciplina: História
Professoras:
Sílvia Cristina Bettazza
Sonia Maria Nonis Santos
Luciano Rompato
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação de criar uma
genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz curricular nitidamente
eurocêntrica, partindo da Antiguidade Clássica como berço do cristianismo, da formação
das nações europeias: desde as primeiras monarquias à história política e biográfica
moderna e contemporânea. O ensino enfatizava a história política de Portugal e sua
relação com o Brasil.
Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República Velha tendeu a se
voltar mais para o estudo da história política europeia e brasileira, desconsiderando os
movimentos de resistência popular. Refletindo assim a política da República das
Oligarquias, na qual a questão social foi tratada como caso de policia. Já nas décadas de
1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do Estado varguista em todos os
setores da sociedade brasileira, difundiu-se a tese da “democracia racial” expressa
principalmente em programas e livros didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta
por alguns interpretes da obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição
sócio-genética do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de
preconceitos raciais e étnicos.
No pós-guerra e no contexto da democratização do país (1945-1960), com o fim da
ditadura Vargas, a disciplina de história passou a ser novamente objeto de debates quanto
as suas finalidades e relevância na formação política dos alunos. Vale lembrar que foi
também um período muito rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40,
de se pensar o Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos
ciclos econômicos.
Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de Getúlio Vargas,
Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também aos estudos históricos da
economia brasileira, no entanto, transmitindo de forma reducionista e mecânica a análise
dos ciclos econômicos do açúcar, mineração e do café. No entanto, a história factual, linear
117
e política herdada do século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas
ficaram gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década de
1960.
Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço,
mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois o contexto
era de grande mobilização e de organização social através do sindicalismo, das ligas
camponesas, do movimento estudantil e das camadas médias urbanas, em torno das
reformas sociais propostas. Mesmo assim, em linhas gerais o ensino ainda continuava
tradicional, factual e linear.
Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a partir de 1964, houve
uma grande retração da organização social fruto da repressão e da censura. Neste
momento, o povo foi retirado da cena política brasileira , e o ensino de história, que tímida
e pontualmente, procurava contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar
da ordem, do civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta da guerra fria. Em
decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas com um caráter
tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho
da década de 60 e 70 enquanto economia primário-exportadora. Nesse sentido, a partir da
década de 1970, o ensino de história e de geografia foi preterido em nome da
implementação da generalidade dos Estudos Sociais, bem como de uma formação
profissional superficial, que acabou causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O
ensino de Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via
círculos concêntricos (do local para o universal), a história patriótica, tradicional, excluindo
o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao longo da História Geral e do Brasil,
principalmente mais recente.
A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura militar e o início do
processo de redemocratização da sociedade brasileira, e ensino de Estudos Sociais, que
já era radicalmente contestado na década anterior, tanto pela academia, quanto pela
sociedade organizada, passa lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de
História. Esta procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da
sala de aula.
Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos 1990 crescem os
debates em torno das reformas democráticas na área educacional, que acabam
estimulando propostas de revisões no ensino de História, contrárias às tendências
118
eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas do tradicionalismo na área. Essa discussão
entre a academia de História e o ensino foi resultado da restauração das liberdades
individuais e coletivas no país, levando à produção diferenciada tanto de materiais
didáticos, para didáticos e principalmente de novas propostas curriculares na área.
Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e particularmente de
História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas claramente na pedagogia históricacrítica dos conteúdos desenvolvida por Demerval Saviani entre outros, a partir da sua
interpretação do materialismo histórico e dialético.
Nesse contexto, a proposta curricular de História para o Ensino Médio apontava
para a organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no
mundo ocidental e a inserção do Brasil neste quadro, de forma integrada. A disposição
mantinha, contudo, a linearidade e a cronologia através de um recorde histórico voltado ao
aluno (a) que na sua grande maioria, entende-se, há estava incorporado ao mundo do
trabalho. Objetivando o aluno (a) compreender a formação social do capitalismo ocidental
e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito histórico.
Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM),
especificamente o de História, apesar de serem impostos ao sistema escolar nacional e
paranaense, por uma política educativa baseada no ideário neoliberal, tiveram o mérito de
incorporar na sua proposta curricular a abordagem referente à Nova História. E, mais
especificamente à Nova História Cultural, valorizando, assim, problemáticas referentes ao
cotidiano, à memória, à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e
individuais. Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e
habilidades na Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição, pois
apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma interdisciplinaridade
sem uma história nem referenciais teóricos definidos, causando o esvaziamento de seus
conceitos e conteúdos. Além disso, os conceitos históricos estão desarticulados entre si
fazendo com que o ensino de História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu
caráter de produção do conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e
professores [as]).
A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma busca da superação
em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele entende que o conhecimento
histórico é selecionado e construído na relação entre as experiências sociais dos sujeitos
(acontecimentos, comportamento, apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir
119
da utilização rigorosa de conceitos historiográficos no processo de investigação que
permitiam compreender os espaços de atuação social destes agentes históricos. Entendase que este rigor deve estimular a criação de novas significações ou sentidos no universo
da disciplina de História através da produção de narrativas históricas.
Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por meio das Diretrizes
Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o Ensino de História que propõe
essa nova visão do contexto histórico buscando uma reflexão das dimensões políticas,
econômicas, culturais e sociais, bem como relações de trabalho, de poder e relações
culturais.
Essa reflexão nos levou a elaborar a presente proposta, incluindo as Leis
10.639/03, 13.381/01, 11.645/08 e 9.795/99, que tornam obrigatório o ensino de Cultura
Afro, História do Paraná, Educação Escolar Indígena e a Educação Ambiental,
respectivamente.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
São assim definidos os saberes ou conhecimentos de grande amplitude, que
definem e organizam os diferentes campos de estudos da disciplina História, estipulados
como: relações de trabalho, relações de poder e relações culturais.
Relações de Trabalho: trata dos procedimentos, através do tempo, para a
produção de meios de subsistência ou de lucratividade através do trabalho e de seu
gerenciamento, de forma coletiva ou segmentada dentro de uma determinada sociedade,
abordando as consequentes imposições e resistências entre os diferentes grupos
relacionados por meio do trabalho.
Relações de Poder: vinculada à dimensão política, leva em conta a relação do
poder instituído com seus subordinados bem como as relações de micro poder, onde, em
um contexto potencialmente menor, existem relações de superioridade hierárquica
conflitantes.
Relações Culturais: compreende o conjunto de significados conferidos pelo homem
para dar explicações às questões referentes ao mundo que o cerca.
Valoriza as diversidades entre as sociedades e valoriza cada elemento cultural de
120
forma sistêmica, dentro de um conjunto de elementos se complementam gerando a já
mencionada significação do mundo que nos cerca.
121
ENSINO FUNDAMENTAL- 6º ANO – Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A experiência humana Produção do Conhecimento
no tempo.
Histórico
Fontes históricas
Sujeito da História
Os sujeitos e suas
•O
relações com o outro
historiad
no tempo.
or e a
produçã
o
do
As culturas locais e a
conheci
cultura comum.
mento
O tempo na História
Surgimento do homem
Formação das cidades
Centralização Política
O homem na América e no Brasil
A pré História no Paraná
Mesopotâmia
O Egito – o Faraó governa
Império Chinês
Civilização indiana
Áreas do conhecimento histórico
Colocando o tempo em ordem
Os séculos
Períodos da Pré-história
Trabalho e organização
As primeiras cidades
O comércio
Povos caçadores, coletores e
agricultores
A importância dos rios nas
primeiras civilizações (Egito e
Mesopotâmia)
O trabalho servil e o trabalho
escravo nas sociedades egípcia e
mesopotâmica
As revoltas escravas.
Instrumentos de medição do
tempo
Calendários
Evolução do homem e mudanças
na vida social
Surgimento da escrita
122
A religião nas sociedades
primitivas (Egito, Mesopotâmia,
China, Índia, Fenícios e Hebreus).
Sítios arqueológicos, sambaquis
no Paraná
As antigas moradias
A importância do faraó no Egito
O cotidiano do povo egípcio
Povos que formavam a
Mesopotâmia.
Povo Fenícios, Hebreus e as
Civilizações Gregas e Romanas.
Fenícios e Hebreus
A vida política na Grécia
A aristocracia e a democracia
Esparta e Atenas
Polis – cidades- estados
Organização política e social de
Roma
República Romana
Império Romano
A crise no império romano
A sociedade e a cultura da Grécia
e Roma
A vida cotidiana na Grécia e
Roma
A guerra do Peloponeso
A ruralização da Europa
A educação do campo no Paraná
A divisão do Império Romano
O império Romano do oriente
Cultura Afro-brasileira
Filosofia e Ciência grega
Filosofia e Ciência Grega
Mito e religião na Grécia
A arte grega
A sociedade e cultura romana
Cristianismo e as perseguições
religiosas
A pax romana.
O alfabeto Fenício
O monoteísmo hebraico
Conteúdos Sócio
Cidadania e direitos humanos
123
educacionais
Educação Fiscal
Programa de Saúde na Escola
Enfrentamento à violência
Prevenção ao uso indevido de
drogas
Educação ambiental
Gênero e diversidade
Educação do campo
História e cultura dos povos
indígenas (Lei 11.645/08)
História e cultura afro-brasileira e
africana (Lei 10.639/03)
ENSINO FUNDAMENTAL: 7°ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e
a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho
As relações de
propriedade.
Relações de poder
A constituição histórica
Germânicos no poder
do mundo do campo e do A dinastia merovíngia
mundo da cidade.
Império Carolíngio
Feudalismo, origem e
As relações entre o
organização
campo e a cidade.
Os árabes e a Arábia
Alianças entre reis e Papas
Reinos africanos
Conflitos e resistências e Império chinês
produção cultural
Mudanças na Europa
campo/cidade.
A formação das monarquias
nacionais
O Poder da Igreja na Idade
média
A crise nas instituições feudais
O Renascimento
Reforma protestante e a Contrareforma
Relações culturais
Dos povos germânicos ao
Feudalismo
Enfraquecimento Carolíngio
Economia agrária
Surge o Islamismo
A África das sociedades tribais
A importância do comércio e da
agricultura
O crescimento do comercio e
das cidades
124
Peste Negra e as revoltas
camponesas
O crescimento comercial
O Renascimento e suas
características
A arte românica
A escultura e a pintura
As escolas monásticas e
eclesiásticas
A religião Meca
O Nascimento do islamismo
A arte e seus materiais
Os avanços tecnológicos
A saúde pública O saber e as
universidades
A literatura
Novos meios de divulgação
Diversidade cultural
Brasil exploração colonial
A exploração dos impérios
coloniais
A colonização portuguesa no
Brasil
Administração e principais
órgãos administrativos
O controle da metrópole no
Brasil
A colonização no Paraná
A união ibérica e a invasão
holandesa no Brasil
Crises e rebeliões na colônia
A Europa se divide- surge as
monarquias
A conquista do território na
América Latina
As Cruzadas
Civilizações, Asteca, Incas e
Maias
A invasão holandesa no Brasil
As atividades econômicas na
colônia
Exploração do trabalho indígena
e escravidão africana
125
A vida nos engenhos
Holanda e Portugal: parceiros
nos negócios açucareiros
Guerras de expulsão
A conquista do sertão
Europa: nobre e mercantil
A expansão marítima
portuguesa
As feitorias na América
Portuguesa
A conquista espanhola das
civilizações
Pré-colombiana
A economia açucareira.
Escravidão: captura, resistência
e luta
A convivência entre senhores e
escravos
Cultura afro Africana e afro
brasileira.
Uma sociedade miscigenada
Sincretismo religioso
Os Jesuítas e as missões
jesuíticas
A educação indígena
Crise e rebeliões na colônia
Encontro e desencontro entre
culturas ibéricas e ameríndias
Diversidade cultural.
Conteúdos Sócio
educacionais
Cidadania e direitos
humanos
Educação Fiscal
Programa de Saúde na
Escola
Enfrentamento à violência
Prevenção ao uso
indevido de drogas
Educação ambiental
Gênero e diversidade
Educação do campo
História e cultura dos
povos indígenas (Lei 11.645/08)
História e cultura afrobrasileira e africana (Lei
10.639/03)
126
ENSINO FUNDAMENTAL 8ºANO – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de
Resistência.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS
Relações de trabalho
História das relações A indústria moderna e o trabalho
da humanidade com fabril
o trabalho.
Transição entre o sistema de
Relações de poder
manufaturas para o sistema
O trabalho e a vida
industrial
em sociedade.
Enclosures (Lei dos Cercamentos)
Relações culturais
Racionalização da produção
O trabalho e as
contradições da
Formação das classes operárias na
modernidade.
Europa
Lutas trabalhistas (luddismo,
Os trabalhadores e
cartismo, socialismos utópicos,
as conquistas de
Manifesto Comunista)
direito.
A Internacional Socialista e a
constituição das associações de
trabalhadores
O movimento anarquista
O Imperialismo europeu
processo de colonização européia da
África e da Ásia
As relações econômicas no Brasil
Imperial
O desenvolvimento da economia do
café: industrialização, ferrovias,
portos e bancos
A economia de subsistência e a
ascensão da economia do mate na
Província do Paraná
A transição do trabalho escravo para
o trabalho assalariado: migrações de
escravizados e libertos e imigrações
de europeus no Brasil
Produção familiar dos imigrantes
A construção do Estado nacional
brasileiro
A estruturação do parlamentarismo
às avessas e do poder moderador no
127
Brasil Imperial
Lei de Terras de 1850
Movimentos abolicionistas e
republicanos
Estrutura patriarcal de poder e os
conflitos entre o poder local e poder
central
O processo de emancipação da
Província do Paraná
Imigração e colonização agrícola no
Paraná
A formação dos Estados Nacionais
no século XIX
A unificação de Itália e Alemanha
Movimentos republicanos liberais no
Brasil
A guerra civil dos Estados Unidos da
América
A Doutrina Monroe
A guerra do Paraguai
O conflito civilizacional no Brasil
A legislação escravista
Resistência e negociação dos
escravizados: quilombos, alforrias,
paralisações
Movimento e discursos abolicionistas
A ideologia do branqueamento da
sociedade brasileira
As transformações culturais na
Europa Ocidental
A hegemonia da família nuclear (pai,
mãe e filhos)
Delimitação das fronteiras entre o
público e o privado
Romantismo em oposição ao
Iluminismo
O desenvolvimento da ciência
experimental
Conteúdos Sócio
educacionais
Cidadania e direitos humanos
Educação Fiscal
Programa de Saúde na Escola
Enfrentamento à violência
Prevenção ao uso indevido de
drogas
Educação ambiental
Gênero e diversidade
128
Educação do campo
História e cultura dos povos
indígenas (Lei 11.645/08)
História e cultura afro-brasileira e
africana (Lei 10.639/03)
ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO - Relações de Dominação e Resistência: a
Formação do Estado e das Instituições Sociais
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
A
constituição
das A Era do Imperialismo e a
instituições sociais.
República no Brasil
Relações de poder
A formação do Estado.
Relações culturais
Sujeitos, Guerras
revoluções.
A era dos Impérios
Proclamação da República: dos
militares às oligarquias
Coronelismo: política de
e compadrio, voto de cabresto
A primeira guerra mundial
A Revolução Russa
A crise de 1929
Os regimes Totalitários
A II Guerra Mundial
A Guerra Fria
Movimentos de contestação:
revoltas militares, rurais
messiânicas e urbanas
O Paraná e a Guerra do
Contestado
Segunda Revolução Industrial
Novas tecnologias
Surgimento da Sociedade de
massa
A questão escravista no Brasil
imperial
Revoltas urbanas e rurais
Fatores da Primeira Guerra
Mundial
O fim da servidão na Rússia
Imperial
Violações de direitos humanos
A adoção do New Deal
Da cultura erudita para a cultura
de massa
A arte da vanguarda
A arte e a cultura na Europa da
década de 20
129
A Guerra mundial e as revoluções
A Grande Guerra
A Revolução Mexicana: a questão
agrária na América Latina
A Revolução Russa
O Mundo bipolar e a nova ordem
Mundial
A Guerra Fria
Brasil : Período Getulista.
O Estado Novo.
Brasil: Período Democrático.
Descolonização Afro-asiática e
conflitos Árabe-israelenses.
Guerra do Vietnã.
Revoluções e crise do socialismo.
O militarismo no Brasil.
Fim do regime militar.
A globalização e suas
conseqüências.
Nova constituição de 1934, e
eleições.
Trabalhismo e populismo.
Nacionalismo.
Desenvolvimento econômico e
democracia.
Ricos e pobres na globalização.
Blocos econômico macrorregionais.
Influência mundial dos Estados
Unidos.
Avanço tecnológico e problemas.
Revolução de 1930
Revolução Constitucionalista
Intentona comunista
O Brasil na nova ordem mundial
Anos Dourados.
A caminho da democracia plena.
Surto racista.
A pressão popular pela democracia.
Cultura afro- brasileira
Manifestações culturais no Brasil
A revitalização do cinema
A questão da fome e a
responsabilidade social
Conteúdos Sócio
educacionais
Cidadania e direitos humanos
Educação Fiscal
Programa de Saúde na Escola
130
Enfrentamento à violência
Prevenção ao uso indevido de
drogas
Educação ambiental
Gênero e diversidade
Educação do campo
História e cultura dos povos
indígenas (Lei 11.645/08)
História e cultura afro-brasileira e
africana (Lei 10.639/03)
3 Conteúdos Sócio-educacionais
•
Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02)
•
Cidadania e Direitos Humanos;
•
Educação Fiscal;
•
Enfrentamento à Violência nas Escolas;
•
Prevenção ao uso indevido de Drogas;
•
História e Cultura Afro-Brasileira e africana (Lei nº 10.639/03);
•
História e Cultura dos povos indígenas (Lei nº 11645/08)
•
Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02.
4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na disciplina de História propõe-se uma metodologia que contribua para que os
alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar
historicamente. Para que o pensamento histórico seja investigado nas aulas de História.
O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as ideias
históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de
comunicação. Estas ideias costumam ter um caráter de pertencimento, porque é por meio
delas que os sujeitos estabelecem comunicação com o grupo ao qual pertence. Nas
narrativas históricas produzidas pelos educandos estão necessariamente presentes as
concepções históricas da comunidade em que eles pertencem, seja na forma de adesão e
essas ideias, seja na sua crítica.
As ideias históricas são conhecimentos que estão em processo de constante
transformação. O professor, ao considerar estas ideias, pode definir os conteúdos
específicos e temas a serem trabalhados em sala de aula, bem como problematizá-los. Ao
lançar da problematização, aliada à historiografia e ao trabalho com documentos, permite-
131
se ao aluno a compreensão da construção do conhecimento histórico.
O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico e
sua apropriação, pelos alunos, é processual e, deste modo, é necessário que a construção
do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado.
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras,
museus, filmes e músicas são documentos que podem ser transformados em materiais
didáticos de grande valia na construção do conhecimento histórico; podem ser
aproveitados de diferentes maneiras em aula.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares
considerando que é na disciplina de História que ocorre a articulação dos conceitos e
metodologias entre as diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens e sons,
pertinentes também a outras disciplinas, devem ser tratados como documentos a ser
abordados historiograficamente.
A metodologia aplicada na disciplina de História é objeto de estudo acrescido de
temáticas contemporâneas. Ela é destacada por um conjunto de princípios que precisam
ser observados pelo professor no tratamento desses conteúdos.
É necessário enfatizar e selecionar alguns temas gerais:
• Discussão da historicidade dos conteúdos, do contexto de sua criação, fontes e
métodos utilizados;
• Pluralidade cultural e respeito a culturas distintas;
• Postura investigativa do professor e do aluno, preferindo a busca de informações,
discussão e síntese à simples exposição dos conteúdos; explicação simples dos
conceitos fundamentais, que devem explicar o objeto, sem pretensão de esgotar toda a
discussão teórica sobre os assuntos tralhados, de modo que estes possam ser
contemplados nas séries e estudos subsequentes; explicação do passado em função dos
problemas postos pelo presente.
É importante destacar a obrigatoriedade da cultura afro-brasileira e africana,
conforme Lei 10.639/03; e da história e cultura dos povos indígenas, conforme Lei
11.645/08, nos currículos da Educação Básica, valorizando a história e cultura de seus
povos, conforme estudo da herança de genes, cor da pele, tipos sanguíneos e uso de
plantas, culinária, entre outros.Lei nº 11.274/06 do desenvolvimeto sócioeducacional
ea
Lei Caó 7.437/85 (lei da diversidade)
A Lei 9.795/99 afirma que “a educação ambiental é um componente essencial e
132
permanente da educação nacional, devendo estar presente de forma articulada em todos
os níveis e modalidade do processo educativo, em caráter formal e não formal”.
A educação ambiental se manifesta na seleção dos conteúdos, na forma do
tratamento dos conteúdos, na relação dos conteúdos com a prática social dos conteúdos,
deve ser entendida como um processo histórico, que faz parte da caminhada dos homens,
na construção de sua humanidade.
Para o desenvolvimento do trabalho o professor deverá se valer da exposição dos
temas, debates, pesquisas bibliográficas, relatórios, análises de textos, jornais, filmes,
histórias em quadrinhos, músicas, paródias, charges, acrósticos e maquetes.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem deve ocorrer de forma coerente, dentro da
concepção da Diretriz Curricular, para que a avaliação seja colocada a serviço da
aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um elemento
externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter classificatório,
autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções pedagógicas, em que a mesma
venha retratar e consolidar um modelo excludente de escola e de sociedade, que se quer
superar.
Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico, seguiremos os
seguintes critérios:
Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a cultura
e a natureza, no presente e no passado;
Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de
trabalho construídas no presente e no passado;
Reconhecer a diversidade de documentos históricos. Segundo os critérios
mencionados, a avaliação não só envolverá provas escritas e orais, mas também,
pesquisas, atividades individuais ou em grupo, relatórios, sínteses, seminários, num
processo contínuo e permanente, somativo, cumulativo e diagnóstico, para que
possa retratar o desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
A avaliação deve ser realizada com sensibilidade e discernimento, sendo ela
processual, reflexiva, formativa e cumulativa, acontecendo de forma contínua, interativa,
133
participativa e diagnóstica, permitindo a construção da aprendizagem, sendo considerado o
histórico de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola.
A recuperação de estudos ocorrerá de forma paralela, com a retomada de
conteúdos a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação, visando,
também, a reavaliação do conteúdo já reexplicados em sala de aula.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COTRIM, Gilberto. História Geral e do Brasil. Editora Saraiva, 1999.
DCE – diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Curitiba, 2006.
FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e Ensino de História. Belo Horizonte: Autentica,
2003.
HAAG, Carlos. Nossa História. São Paulo, ano 3, n.29, mar/2006.
BRASIL. Lei – nº 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana. Ministério da
Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
LEI nº 13.381/2001. História do Paraná.
PROJETO ARARIBÁ. História Obra Coletiva. Editora Moderna, 2006.
134
12.2.7 LÍNGUA PORTUGUESA
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY
ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORAS: Jane Francisco Rodrigues
Luceli Aparecida da Silva Raimundo
Shirley Calsavara
Viviane Aparecida Nunes Vieira Yokomizo
ARAPONGAS - 2012
135
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
1.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX,depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo,a preocupação com a formação do professor
dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino
moldavam-se ao ensino do latim para os poucos que tinham acesso a uma escolarização
mais prolongada.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino da
Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi
incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, retórica e Poética,
abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical
ganhou a denominação de Português. A partir de 1967, iniciou-se, no Brasil, “um processo
de 'democratização' do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados
exames de admissão, entre outros fatores.”
A Lei no 5692/71 ampliaria e aprofundaria a vinculação da educação com a
industrialização, ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o
trabalho.
Com a Lei no 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no
primeiro grau, Comunicação e Expressão, passou a pautar, então, em exercícios
estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
A partir de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com
abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.
A partir da década de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram os professores
para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão a
respeito do trabalho realizado nas salas de aula.
136
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se
em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem,delineada a
partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino
tradicional.
No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que
enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise
mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com
menos ênfase no conotação moralista.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990, também
fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções
interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e
escrita. No entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a
introdução de conceitos pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo,
habilidades e competências, termos que desvalem a vinculação do currículo ao mercado
de trabalho.
Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa foi ministrado por meio de
conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social influente e pela tradição
acadêmica/escolar.
As Diretrizes propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja
sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social. Por Conteúdo
Estruturante entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os
quais identificam e organizam uma disciplina escolar, a partir deles,advém os conteúdos
específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar.
A língua, sistema de representação do mundo, está presente em todas as áreas de
conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da escrita não se
restringe, portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo professor depende da
linguagem para desenvolver os aspectos conceituais de sua disciplina.
O trabalho com a língua no Ensino Fundamental focaliza a necessidade de dar ao
aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem
fundamental para o exercício da cidadania.
Considerando que as práticas da linguagem são uma totalidade e que o sujeito
expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexo sobre ela em situações
137
significativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino da língua portuguesa
devem organizar-se tomando o texto (oral ou escrito) como unidade básica de trabalho,
considerando a diversidade de textos que circulam socialmente.
A prática reflexiva constante a partir de leituras variadas, associada a atividade que
permitam a compreensão e utilização de recursos da oralidade, libra e identificando
aspectos relevantes e analisando- os criticamente.
O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar
compreendido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do
discurso, e sua pratica deve estar relacionada a situação reais de comunicação.
Não é possível esperar que todos os textos que subsidiam o trabalho nas diversas
disciplinas
sejam
auto-explicativos. Sua
compreensão
depende necessariamente
do conhecimento prévio que o leitor tiver sobre o tema e da familiaridade que tiver
construído com a leitura de textos do gênero.
É tarefa de todo professor, ensinar, também, os procedimentos de que o aluno
precisa dispor para acessar os conteúdos da disciplina que estuda.
Produzir esquemas, resumos que orientem o processo de compreensão dos
textos, bem como apresentar roteiros que indiquem os objetivos e expectativas que cercam
o texto que se espera ver analisado ou produzido não pode ser tarefa delegada a outro
professor que não o da própria área.
O trabalho desenvolvido demanda participação efetiva e responsável tanto na
capacidade de análise crítica e reflexão sobre os valores e concepções veiculadas tanto na
possibilidade de participação e da transformação das questões envolvidas.
A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as
atividades de leitura e produção devem ser significativas, respondendo às questões:
Para quê? Importa ensinar o aluno a usar a língua e não a gramática? A
aprendizagem desses aspectos, está inserida em situações reais de intervenção no âmbito
da escola.
Assim, o objeto de estudo da disciplina á a Língua e o conteúdo estruturante é o
discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. O ensinoaprendizagem da língua portuguesa deve ter como objetivos:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e
propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
138
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além
do contexto de produção;
• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguistico – discursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da
escrita;
• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao
aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriandose, também, da norma padrão.
2.CONTEÚDO ESTRUTURANTE / Discurso como prática social
6º ano do Ensino Fundamental
LEITURA
Interpretação textual, observando:conteúdo temático e
•
interlocutores
fonte
• ideologia
•
papéis sociais representados
•
intertextualidade
•
intencionalidade
• informatividade
• marcas linguísticas
•
identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
• as particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais ) do texto em registro formal e
informal
• texto verbal e não-verbal
139
ORALIDADE
• adequação ao gênero
•
conteúdo temático
• elementos composicionais
• marcas linguísticas procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação
(entonação,repetições,pausas...)
•
variedades linguísticas
•
intencionalidade do texto
•
papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação
•
particularidades de pronúncia de algumas palavras
ESCRITA
• adequação ao gênero
• conteúdo temático
•
elementos composicionais
•
marcas linguísticas
• linguagem formal/informal
•
argumentação
• coerência e coesão textual
• organização das ideias/parágrafos
• finalidade do texto
• refacção textual
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Perpassando as práticas de leitura,escrita e oralidade:
• discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto
• função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
•
a pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen
• acentuação gráfica
140
•
valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
• a
representação
do
sujeito
no
texto(expressivo/elíptico;
determinado/
indeterminado/ativo/passivo);
•
figuras de pensamento (hipérbole,ironia, eufemismo, antítese )
• alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
• linguagem digital
•
semântica
•
particularidades de grafia de algumas palavras
GÊNEROS DISCURSIVOS:
História em quadrinho, piadas, adivinhas,lendas, fábulas, contos de fadas,
poemas, narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização exposição oral,
comercial para tv, causos, carta pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite,
autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbetes, quadrinhas, cantigas de roda,
bilhetes, fotos, mapas, aviso, regras de jogo, anedotas, horóscopo, entre outros.
7º Ano
LEITURA
Interpretação textual, observando o conteúdo temático
• conteúdo temático
• interlocutores
• fonte
• intertextualidade
• informatividade
• intencionalidade
•
marcas linguísticas
• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
•
inferências
ORALIDADE
• adequação ao gênero
141
•
conteúdo temático
•
elementos composicionais
•
marcas linguísticas
•
variedades linguísticas
•
intencionalidade do texto
•
papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação
•
particularidades de pronúncia de algumas palavras
•
elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
•
neologismo
ESCRITA
• adequação ao gênero
• conteúdo temático
• elementos composicionais
•
marcas linguísticas
• argumentação
•
paragrafação
•
clareza de ideias
• refacção textual
ANÁLISE LINGUÍSTICA – perpassando as práticas de leitura, escrita e
oralidade
• coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
• expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
• função
do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras
categorias como
elementos do texto
• a pontuação e seus efeitos de sentido no texto
•
recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica
•
processo de formação de palavras
• gírias
• algumas figuras de pensamento ( prosopopeia, ironia... )
142
•
alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
•
particularidades de grafia de algumas palavras
GÊNEROS DISCURSIVOS
Entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia, estatutos,
narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios,
torpedos, álbum de família, literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor,
instruções de uso,cartum, história em quadrinhos, placas,pinturas, provérbios, entre outros.
8º ano
LEITURA
• interpretação textual, observando o conteúdo temático e interlocutores
• fonte
• ideologia
•
intencionalidade
•
informatividade
•
marcas linguísticas
• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
•
as diferentes vozes sociais representadas no texto;
•
linguagem verbal, não-verbal,midiático, infográficos, etc.
•
relações dialógicas entre textos
ORALIDADE
• adequação ao gênero
•
conteúdo temático
•
elementos composicionais
•
marcas linguísticas
• coerência global do discurso oral
•
variedades linguísticas
•
papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação
•
turnos de fala
•
particularidades dos textos orais
143
•
elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
•
finalidade do texto oral
ESCRITA
• adequação ao gênero:
•
conteúdo temático
• elementos composicionais
•
marcas linguísticas
•
argumentação
•
coerência e coesão textual
•
paráfrase de textos
•
paragrafação
•
refacção textual
ANÁLISE LINGUÍSTICA :Perpassando as práticas de leitura, escrita e
oralidade:
• semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral
• conotação e denotação
• a função das conjunções na conexão de sentido do texto
• progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos)
• função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
• a pontuação e seus efeitos de sentido no texto
recursos gráficos: aspas,
travessão, negrito, hífen, itálico;
•
acentuação gráfica
•
figuras de linguagem
•
procedimentos de concordância verbal e nominal
•
a elipse na sequência do texto
•
estrangeirismos
• as irregularidades e regularidades da conjugação verbal
•
a função do advérbio: modificador e circunstanciador
144
•
complementação do verbo e de outras palavras
GÊNEROS DISCURSIVOS
Regimento, slogan,
pesquisa,
telejornal,
telenovela,
reportagem (oral e escrita),
conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de humor, crônica
jornalística,
paródia , resumo, anúncio publicitário,
biografia,
narrativa
de
simulado,
discurso de defesa e
sinopse de filme,
ficção científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai,
acusação, mesa redonda,
9º ano
LEITURA
• Interpretação textual, observando o conteúdo temático e interlocutores;
fonte
• intencionalidade
• intertextualidade
•
ideologia
•
informatividade
• marcas linguísticas
• identificação do argumento principal
• informações implícitas em textos
• as vozes sociais presentes no texto
•
estética do texto literário
ORALIDADE
• adequação ao gênero
•
conteúdo temático
• elementos composicionais
•
marcas linguísticas
• variedades linguísticas
• intencionalidade do texto oral
júri
dissertação escolar,
regulamentos,caricatura,escultura, entre outros.
•
poema,
145
•
argumentação
• papel do locutor e do interlocutor:
•
turnos de fala
•
elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
ESCRITA
• adequação ao gênero;
• conteúdo temático;
• elementos composicionais;
• marcas linguísticas;
• argumentação;
• resumo de textos;
• paragrafação;
• paráfrase;
• intertextualidade;
• refacção textual.
ANÁLISE LINGÜÍSTICA: Perpassando as práticas de leitura, escrita e
oralidade
• conotação e denotação;
• coesão e coerência textual;
• vícios de linguagem;
• operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
• expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que
diz, como: felizmente,comovedoramente...)
•
semântica
•
expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
•
função do adjetivo, advérbio,pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
•
a pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
• recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
146
•
acentuação gráfica;
•
estrangeirismos, neologismos, gírias;
•
procedimentos de concordância verbal e nominal;
•
valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
•
a função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
•
coordenação e subordinação nas orações do texto
GÊNEROS DISCURSIVOS
Artigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita,
manifesto,
seminário,
relatório científico,resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor,contos,
música, charges, editorial, curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda
cultural, reality show, novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog,depoimento,
imagens,
instruções, entre outros.
Obs.: O desenvolvimento sócio-educacional
será observado nos diferentes
gêneros textuais. Os conteúdos básicos desse tema são:
• Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02)
• Cidadania e Direitos Humanos;
• Educação Fiscal;
• Enfrentamento à Violência nas Escolas;
• Prevenção ao uso indevido de Drogas;
• História e Cultura Afro-Brasileira e africana (Lei nº 10.639/03);
• História e Cultura dos povos indígenas (Lei nº 11645/08)
• Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02.
3.METODOLOGIA
As aulas serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o interesse
dos alunos pelos assuntos abordados, garantindo a participação dos mesmos no processo
147
de construção do conhecimento.
O ensino da Língua Portuguesa hoje deve abordar a leitura, a produção de textos e
a gramática em uma mesma perspectiva da língua como instrumento de comunicação e
interação social, buscando atingir os seguintes objetivos:
• desenvolver outras formas de
expressão e ampliar de forma sistematizado e
gradual suas práticas orais de leitura e escrita;
• aprender a ouvir a voz dos colegas, ouvir críticas e
delas tirar o melhor
proveito, a reconsiderar seus pontos de vista, a pensar da melhor maneira e obter sucesso
no conjunto;
• diferenciar diferentes tipos de texto;
• ampliar seus referenciais e suas leituras de mundo;
• inferir informações a partir do contexto e do conhecimento prévio;
• observar e captar as informações das entrelinhas.
As práticas discursivas subdividem-se em:
Prática da oralidade
Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho
precisa pautar-se em situações reais de uso de fala, valorizando-se a produção de
discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo.
Compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como
ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os
incentivem a falar, ainda do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de linguagem
que eles empregam suas interações familiares, no cotidiano.
Prática da leitura
A leitura deve ser entendida como um processo de produção de sentido que se dá
a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto/autor/
leitor, levando em consideração as experiências e os conhecimentos prévios do indivíduo.
O trabalho com literatura/leitura será desenvolvido através do Método Recepcional,
cuja proposta tem os seguintes objetivos:
• efetuar leituras compreensivas e críticas;
148
• tornar-se receptivo a novos textos e a leitura de outrem;
• questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural;
• transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor,
da escola , da comunidade familiar e social.
Serão observadas no processo ensino-aprendizagem as estruturas de apelo
aliadas às marcas linguísticas, visando despertar no aluno a percepção quanto à
interpretação que o texto exige.
Prática da escrita
Em relação à escrita, resulta-se que as condições em que a produção acontece
(quem escreve, o que, para quem, para quem, por que, quando, onde e como se escreve)
é que determinam o texto. Cada gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a
estrutura e o estilo do texto variam conforme se produza uma história, um poema, um
bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou outro tipo de texto.
O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que
acontece em vários momentos: o da motivação para produção do texto; o da reflexão,
reestruturação e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também, em um produtivo
momento de reflexão.
Nas atividades com textos serão explicitadas a forma e conteúdo dos mesmos em
função das características do gênero e do autor, fazendo uma seleção de procedimentos
de leitura de acordo com os diferentes objetivos. Far-se-á o levantamento e análise de
indicadores discursivos presentes no texto para indicar as várias vozes do discurso e o
ponto de vista que determinam o tratamento
dado ao conteúdo, com a finalidade de
confrontá-lo com outros textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar
criticamente diante dele.
4. AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo de
aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo
do ano letivo.
A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a
149
chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;”),
vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em relação
à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.
As formas de avaliação são: somativa e formativa.
Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a
observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo
e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor
e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias
para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem
sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento
linguístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada
que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática,na
condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação
pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário
aprofundamento teórico. Portanto, a avaliação é diagnóstica, contínua, cumulativa e
formativa.
Através da avaliação formativa, o professor pode perceber que os alunos possuem
ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta
dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajudando-os a
refletir. Faz, ainda, com que o professor procure caminhos para que todos os alunos
aprendam e participem mais das aulas.
Todas
as
atividades
podem
e
devem
ser
permanentemente
avaliadas,
considerando que o caráter da avaliação consiste em verificar se as atividades propostas
atingem o objetivo proposto.
150
O aluno é avaliado por meio de debates, apresentação oral, atividades diárias,
apresentação de trabalhos individuais e em equipe, exposição de painéis, provas,
produção e interpretação oral e escrita, leitura com fluência, entonação, postura e
expressividade.
A recuperação é feita da seguinte forma: são ministradas aulas de retomada de
conteúdo para os alunos que não atingiram a média 6,0. Após , realizam um trabalho no
valor 5,0 e uma avaliação no mesmo valor. A recuperação é oferecida a todos os alunos
que tenham interesse em melhorar a nota.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, Mikhail. Gêneros do Discurso. In: Estética da Criação Verbal.São Paulo:Martins
Fontes, 1997.
BRASIL. Lei nº10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.
Cadernos Temáticos – História da Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da
Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005.
KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1991.
PARANÁ- SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a
Educação Básica. Curitiba, 2008.
SOLÉ,Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre:Artes Médicas,1998.
TRAVAGLIA,Luiz Carlos.Gramática e Interação:Uma proposta para o ensino de
gramática.São Paulo:Cortez,2005.
151
12.2.8 MATEMÁTICA
Proposta pedagógica
curricular
Ensino Fundamental
MATEMÁTICA
Série: 6º ao 9º ano
Professores:
Aparecida Martins
Elizabete Maria Rodrigues
Leila Aparecida Perdigão
Marcos Cesar Beneli
Roseli Suzuki
Sandra Cristina Vogel
152
2 012
01. Apresentação da Disciplina
A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos antigos juntamente
com os processos econômicos e culturais, buscando acompanhar as necessidades de
cada época. Assim também a própria disciplina sofreu transformações para atender às
exigências sociais.
Hoje a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade
moderna, apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para
a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais,
culturais e políticas.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir,
calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados,
argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar
criticamente as informações, localizar, representar, etc.
Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso
que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a
distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.
O objetivo geral do ensino da Matemática no ensino fundamental deve levar o
aluno a comunicar-se em várias linguagens; investigar, resolver e elaborar problemas;
tomar decisões, fazer conjecturas, hipóteses e inferências; criar estratégias e
procedimentos; adquirir e aperfeiçoar conhecimentos e valores; trabalhar solidária e
cooperativamente. E estar sempre aprendendo. Ampliar e aprofundar conhecimentos,
estudar outros temas, desenvolver ainda mais a capacidade de raciocinar, generalizar,
abstrair e de analisar e interpretar a realidade que nos cerca, usando para isso o
instrumento matemático. Auxiliar a estruturação do pensamento e do raciocínio lógico,
quanto instrumental, utilitário, de aplicação no dia a dia, em outras áreas do conhecimento
e nas atividades profissionais.
Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por
conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
Como educadores devemos saber que o objeto de estudo da disciplina não é
totalmente conhecido, encontra-se em processo de construção e aponta para uma prática
153
pedagógica que engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático.
2. Conteúdos
a) Conteúdos Estruturantes
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude,
os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão.
Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos
Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da Rede
Pública Estadual, são:
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da informação
Para o Ensino Fundamental, os conteúdos estruturantes se desdobram nos
seguintes conteúdos:
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
•
conjuntos numéricos e operações
•
equações e inequações
•
polinômios
•
proporcionalidade
GRANDEZAS E MEDIDAS:
•
sistema monetário
•
medidas de comprimento
•
medidas de massa
•
medidas de tempo
•
medidas derivadas: áreas e volumes
•
medidas de ângulos
154
•
medidas de temperatura
•
medidas de velocidade
•
trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações
•
trigonométricas nos triângulos
GEOMETRIAS:
•
geometria plana
•
geometria espacial
•
geometria analítica
•
noções básicas de geometrias não-euclidianas
FUNÇÕES:
•
função afim
•
função quadrática
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
•
noções de probabilidade
•
estatística
•
matemática financeira
•
noções de análise combinatória
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Sistemas de numeração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e
radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
• Medidas de
comprimento;
• Medidas de massa;
155
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
• Sistema monetário.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
GRANDEZAS E MEDIDAS
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem.
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
GRANDEZAS E MEDIDAS
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1º
grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-euclidianas.
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números Racionais e
Irracionais;
• Sistemas de Equações do
1º grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
156
• Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
GRANDEZAS E MEDIDAS
FUNÇÕES
GEOMETRIAS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2º grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
• Relações Métricas no
Triângulo Retângulo;
• Trigonometria no
Triângulo Retângulo.
• Noção intuitiva de Função
Afim.
• Noção intuitiva de Função
Quadrática.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
• Noções de Análise
Combinatória;
• Noções de Probabilidade;
• Estatística;
• Juros Compostos.
157
03. Metodologia da Disciplina
Para que o ensino da Matemática contribua na formação global do aluno, a qual
tem como objetivo maior a conquista da cidadania, é fundamental explorar temas que de
fato encontre na disciplina uma ferramenta indispensável para serem compreendidos.
Assim, o aluno percebe a real necessidade dessa ciência para sua vida.
Os conteúdos que serão explorados juntamente com as atividades propostas
permitirão que o professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas de
conhecimento, dando uma atenção especial aos alunos que ingressam no 6º ano, pois se
deparam com várias novidades: aumento do número de disciplinas, maior número de
professores, organização de horário através de hora aula,entre outros.
Os temas serão abordados, sempre que possível, por meio de situações reais que
valorizem o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e
privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos
problemas.
O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento da
tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc., são assuntos do dia-a-dia.
A tecnologia da sociedade contemporânea deve ser utilizada na escola como recurso
didático. A calculadora, por exemplo, utilizada no momento certo e com objetivos bem
definidos, pode ser uma excelente ferramenta. É bom lembrar que tão importante quanto
realizar cálculos corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os problemas
propostos. As pesquisas liberam os alunos dos cálculos, conseguindo se concentrar
melhor nos dados. Mesmo com o uso de tecnologias ainda faz-se necessário o uso do
quadro de giz, da TV pendrive, do desenvolvimento de projetos disciplinares e
interdisciplinares, de jogos, de textos, jornais e revistas para análise e o uso do livro
didático.
Os conteúdos propostos deverão ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente:
•
Resolução de problemas (Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de
modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003);
•
Modelagem matemática (tem como pressuposto a problematização
158
de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que
sugerem questionamentos sobre situações de vida);
•
Mídias tecnológicas (os ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
pedagógico. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão,
as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas);
•
Etnomatemática (O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar
questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático);
•
História da Matemática (A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos
matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos);
•
Investigações matemáticas (Na investigação matemática, o aluno é
chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está investigando).
A construção do conhecimento matemático perpassa pelo estabelecimento de um
processo dialógico entre professor e aluno, ou seja, ocorre a troca de diferentes situações
de aprendizagem, possibilitando o surgimento de debates e produções coletivas que
estimulam a troca de idéias, o respeito pelos colegas contato com a pluralidade de
soluções e opiniões estimulando o espírito de equipe.
A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para
que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e
inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.
Utlizando
formas
originais
e
relacionados aos DESENVOLVIMENTO
interdisciplinares,
serão
trabalhados
temas
SOCIOEDUCACIONAL , através de conversa
informal sobre os textos encontrados no livro didático ou ainda em textos preparados
especialmente para esse fins, pesquisa para coleta de dados e demostração do assunto
159
através de trabalhos.
São eles: Cidadania e Direitos Humanos ( Programa Bolsa Família, Educação
Fiscal, Programa de Erradicação do T Infantil- PETI, Programa Escola Aberta, Programa
saúde na Escola);
Educação Ambiental ( Lei nº9795/99, Dec. Nº 4201/02)
Enfrentamento à violência ( Programa de educação das Unidades Socioeducativas
– PROEDUSE);
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
DIVERSIDADE :
Educação do Campo;Gênero e Diversidade Sexual; História e Cultura AfroBrasileira e Africana ( Lei 10639/03); História e cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08)
04. Avaliação
A avaliação é um instrumento para fornecer informações sobre como está sendo
realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor e a
equipe pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o
aluno verificar seu desempenho.
A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico tornando-se
um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, que realmente o
aluno aprenda.
Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e
compreensão dos avanços dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os
objetivos das atividades propostas se os resultados não forem satisfatórios, é preciso
buscar as causas e determinar os fatores do insucesso, visando o sucesso escolar.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
•
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
•
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
•
elabora um plano que possibilite a solução do problema;
•
encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
•
realiza o retrospecto da solução de um problema.
Portanto, é preciso avaliar o poder matemático, ou seja, sua capacidade de usar a
160
informação para raciocinar, pensar criativamente e para formular problemas, resolvê-los e
refletir corretamente sobre eles.
Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os alunos integraram e
deram sentido à informação, se conseguem aplicá-los em situações que requeiram
raciocínio e pensamento criativo e que são capazes de utilizar a Matemática para
comunicar idéias em suas tomadas de decisões.
A avaliação do desempenho do aluno e do seu rendimento escolar será de forma
continuada e cumulativa, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo
Estabelecimento de Ensino, sendo os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0.
A nota do trimestre será da somatória dos valores atribuídos em cada recurso
(instrumento) avaliativo, sendo eles:
•
prova escrita ( 5,0 pontos) , sendo uma ou duas em cada trimestre.
•
e mais 5,0 pontos divididos em: verificação de exercícios e tarefas diversas, jogos
matemáticos, torneios de xadrez, dinâmicas em grupo, pesquisas e trabalhos
individuais e/ou em grupo, desenhos, análises de tabelas e construção de gráficos,
analisando as manifestações escritas, orais e de demonstração.
A recuperação paralela será processual, ou seja, ocorrerá durante o processo de
aprendizagem, quando se fizer necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno
não se apropriou e será através de teste escrito e/ou oral, demonstrações, trabalhos ou
pesquisas.
5. Referências Bibliográficas
GIOVANI, José Ruy; Benedito Castrucci, Jose Rui Giovanni Júnior. A Conquista da
Matemática: A mais nova; São Paulo: FTD,2002
ANDRINI, Álvaro; VASCONCELOS, Maria José. Novo Praticando Matemática– 1ª Edição
– São Paulo: Editora do Brasil, 2006.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005.
BRASIL, Lei nº 10639.09 de janeirode 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.
Cadernos Temáticos. História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da
161
Educação – Ministério Nacional de Educação 2004.
PARANÁ, Secretaria
de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a
Educação Básica. Curitiba, 2008.
12.2.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
ESCOLA ESTADUAL “JÚLIA WANDERLEY”.
ENSINO FUNDAMENTAL .
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS: 6º, 7º, 8º e 9º
DOCENTES:
162
CÁTIA JACINTO DUARTE.
ENEIDA MAZUQUIM FERRARI.
ALESSANDRA LOURENSATTO.
SANDRA MARCIA DA SILVA MIQUELATO
2012
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA.
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil, apresentava
em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em 1916, com a
publicação de Cours de Lingüistic Générale por Ferdinand Saussure, inauguram-se os
estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de estudo para a
Lingüística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter patriótico
e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido no lugar
do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil,
em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender
inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado
nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do
Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,
determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos de uma Língua
Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em relação ao Ensino Médio, a
Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina
obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da
instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de
Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a
língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas
múltiplas culturas inseridas em cada sociedade. E levar em conta o objeto de estudo da
Língua estrangeira que segundo DCEs.
163
O Objeto de estudo da Língua estrangeira contempla as relações com a cultura, o sujeito
e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende
com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja:ensinar e aprender línguas
é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar
subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos
comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido (DCE: 2008, p.55)
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é
também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se o
ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de idéias, de dominação ou
emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem
consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos. Assim
sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter político como forma
de ação para transformar o mundo.
Nessa perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e
exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se está
ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento
para uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente
transformador e democrático do seu ambiente de convívio.
2. JUSTIFICATIVA
A disciplina de Língua Inglesa se justifica ao possibilitar que o aluno realize leitura
compreensiva dos textos, identificando as ideias principais, as informações explícitas e
implícitas, identificando as características de cada gênero. Sendo capaz, a partir desses
estudos, de produzir textos escritos e orais articulando as informações acerca dos
conhecimentos linguísticos presentes em cada texto, a fim de interagir com o mundo que o
cerca, sendo capaz de entendê-lo e modificá-lo quando necessário.
As diretrizes curriculares da disciplina de tradição curricular apresentam os fundamentos teórico-metodológico a partir dos quais definem-se os rumos da disciplina, seja no
que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos metodológicos e avaliativos.
O ensino da Língua Estrangeira está embasado nos conteúdos estruturantes que
são fundamentais para a compreensão do objeto do estudo da Língua, que estão divididos
em Leitura, Oralidade, Escrita e Análise Linguística. Levando-se em conta a unidade teórico-metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira.
164
Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-metodológica e a avaliação precisam ser contínuos e integrados. Assim como a diversidade de gêneros discursivos precisa estar presente ao longo de todas as séries do Ensino Fundamental, não se limitando apenas aos gêneros indicados aqui. Ressalta-se que a diferença significativa entre
as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem, tendo em vista a
realidade do aluno e o seu processo de aprendizagem.
3. OBJETIVOS GERAIS.
O Ensino Fundamental de Língua Inglesa deve ser voltado para a formação básica de cidadão, além de fornecer subsídios para se progredir no trabalho e estudos posteriores, possibilitando a apropriação de conhecimento da “Língua Estrangeira” com uma
compreensão crítica da sociedade, tornando-os mais conscientes, críticos.
Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do
grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver
o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir
sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social, o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da
diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.
O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma de diferentes
linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de várias
culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de
significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como um
instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e crescimento do
cidadão.
Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja capaz de:
•
Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;
•
Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre
ações individuais e coletivas;
•
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e
passíveis de transformação na prática social;
•
Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o
165
acesso à informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;
•
Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de
significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua
para a transformação da sociedade.
•
Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento do país.
4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS.
O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso como prática
social, a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados nas práticas sociais de
leitura, escrita e oralidade, permeado pela análise linguística.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama
de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam
as relações sociais e as relações de poder.
É preciso que os níveis de organização
lingüística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e
não verbal.
Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental, por série, serão
desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando seus elementos
lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados
nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade), pois esses serão consequentes e
inerentes aos textos trabalhados.
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
Quadro de informações on-line
Apresentações
História em quadrinhos
Charada
Cartaz de sala de aula
Sequência de fatos
Cartaz
166
Informações em murais
Horário Escolar
Organizações de arquivos em Tela de computador
Painel de exposição
Álbum de retrato
Entrevista
Conversa Informal
Caça palavras
Informações nutricionais em alimentos
Pôster
Informações sobre pessoas em revistas
Reportagem de revistas de celebridades
Panfleto de promoção turística
Texto informativo
Texto promocional
E-mail
Imagem
Cartão Postal
Letra de música
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade lingüística;
Acentuação gráfica;
167
Ortografia;
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade lingüística;
Ortografia;
Acentuação gráfica;
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
LEITURA
168
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos e diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, do gênero,
da finalidade;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhe a produção do texto;
Encaminhe e acompanhe e a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõem o gênero;
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,
se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, etc..
7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
169
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
Páginas principais de Website
História em quadrinhos
Descrição pessoal
Blog – Estratégias de leituras
Conversa informal
Pôster
Newsletter eletrônico
Diálogo.
Diário sobre consumo de legumes
Classificação de vídeos game
Entrevista
Cartaz com preferências pessoais
Questionário de revistas
Cartaz informativo sobre celebração
Carta formal
Games
Desenho de moda
Carta Informal (descritiva)
Rotina diária
Descrição de rotina
Recomendações de segurança
Conversa informal
Lista de estratégias de escritas
Comentários de fotos
Tabela
Pôster informativo
Questionários
Quiz
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
170
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade lingüística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade lingüística;
Ortografia;
Acentuação gráfica;
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
171
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o
léxico;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhe discussões sobre tema e intenções;
Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;
Acompanhe a produção do texto;
Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõe o gênero;
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,
se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
172
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as Marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, etc
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
Notícia de jornal
Reportagens
Textos informativos
Blog
Pôster
MSN
História descrevendo ações
Planos
Legendas de fatos
Diálogo
Diálogo com imagens
Discrição de hábitos relativos a TV
Material de referência online
História em quadrinhos
Mensagem em código
Receitas
Menu
Narrativa com imagens
Entrevista
173
Texto de referência
Censo
Narrativa histórica
Pôster informativo com resultado de pesquisa
Jogo de computador
Jogo projeto virtual
Diário
Narrativa de acontecimentos passados
Linha do tempo
Resenha
Propaganda
Cartas descrevendo problemas
Entrevista de radio
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
174
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
175
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor.
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
Acompanhe a produção do texto;
Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura,
observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a
uma aventura, etc.);
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,
se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor;
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
176
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
Entrevista online
Apresentação – Palestra
Blog
Ficha
Linha do tempo
Filmes e fotos
Diário
Texto em Camiseta
Fact File
Texto informativo
Discussão online
Artigos de Jornal
Entrevista
Poema
Cartum
Textos informativos para referência
Sites
177
Quiz
Texto contendo diferentes pontos de vista.
História em quadrinhos
Diálogo
Placa informativa
Faixa – Banner
Carta (e respostas) sobre problemas pessoais
Cartão
Roteiro de Teatro
Peça de Teatro
Resenha
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística.
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
178
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
179
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor;
Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes
gêneros;
Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;
Acompanhe a produção do texto;
Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõem o gênero;
Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor.
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
180
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA .
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um
espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a
transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos
meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas
apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Conforme DCEs.
Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta este
documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem que valoriza a
escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do
conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da
realidade.
Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a escolarização tem o
compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber
como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua
transformação. A escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas
para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas. Inspirando-se
nas palavras de Simon (apud JORDÃO, 2004a, p. 164), (DCE: 2008, p.52).
O estudo da Língua Estrangeira será realizado através da
Abordagem
Comunicativa “que favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e
evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua e concebida como uma
sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.” (DCE 2008).
A proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão sobre os
fenômenos Lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam
na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o
texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no
181
trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização
de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva. É nesta
abordagem que leitura, escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura são indissociáveis.
Referem-se às estratégias de compreensão, discussão, organização e produção de textos,
bem como ao contexto social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus
grupos sociais e seus propósitos.
A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação entre os
múltiplos textos e ocorrem na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores. A leitura
ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de mundo do
sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que contribuam para uma
maior compreensão diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado na
bagagem cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a
prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.
Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir
das necessidades de cada gênero textual.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a
sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente
constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita,
não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sóciointeracional, ou
seja, significativa.
Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem as
formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. "Se não
existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no
processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível". (Bakhtin, 1998). Portanto,
é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem
categorizá-los.
O objetivo da língua será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir
com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar ao
aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,
informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a
sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o
182
conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é
imprescindível.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto sócio-cultural particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo,
objetivando
relacionar
os
vários
conhecimentos.
Isso
não
significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com
que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar
relacionados entre si.
Serão promovidas reflexões, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os
valores subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo,
levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.
A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que propiciem o
contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da Língua Inglesa, culminando
em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com
temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando destacar a
contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa.
A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não formal.” Sendo assim serão trabalhas nas
Diferentes disciplinas através da interdisciplinaridade onde deverá ser uma prática
integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Sendo
assim serão adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à consciência
de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais
refletem com a consciência que atinge a todos nós.
A Lei nº 11645/0o8, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por fazer
parte da nossa história e da cultura de outros países. Além desses temas serão
trabalhados o Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e direitos Humanos;
Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Gênero e Diversidade
Sexual; Educação do campo e outros temas contemporâneos de acordo com a
183
necessidade dos alunos, escola e comunidade.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a
“manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da
língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto
político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos
alunos” (DCE: 2008, p. 62).
Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-discursivos
dos
elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins educativos,
visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os
interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de
texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.
Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que um
dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a construção de
relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência permite que os
alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais significativos
promovendo a participação de todos os alunos.
Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica e
estereotipada de cultura” (DCE: 2008, p. 51). Assim, os conteúdos poderão dar ao aluno
indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem baseados no
planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das
escolhas textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é fundamental
para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e da oralidade.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos
diagnosticados no início do ano de acordo com cada série.
6. RECURSOS DIDÁTICOS
Os recursos didáticos apóiam-se no uso de livros didáticos escolhidos pelo corpo
docente de Língua Inglesa tais como: Links, Let's Speak English, Steps, Read, Read Practical English, Take your time, Insights Into English e outros. Além desse material, serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais) vídeos,
DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet, TV pendrive, multimídia e outros materiais pedagógicos.
184
7. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um
elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos
alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades.
A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do
educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de
conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à
aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.
A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às características
psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os conteúdos, às
necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.
Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos
com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem
e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.
As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da
aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em
conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.
O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-se
como um processo contínuo de comprometimento com o saber científico, cultural e social.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação levando em conta que:
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;
O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o acompanhamento metodológico e avaliativo;
Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem quanto
e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;
O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo professor de forma contínua e reflexiva;
A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;
185
As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros para realimentação dos encaminhamentos adotados.
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e discursiva. A
avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser privilegiada, a fim de
promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções pedagógicas.
A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira considera o
erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo de aquisição
de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um passo para
que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso lembrar que
o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao mesmo
tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o processo de
crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele alcançado.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o
professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os
conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas –
leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que
precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno
com os discursos em língua estrangeira.
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a mesma
deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como “recurso de autoridade e
assuma papel de auxiliadora (grifo nosso) do crescimento”.
O sistema de avaliação da Escola Estadual “Júlia Wanderley será contínua,
cumulativa e formativa devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as
características
individuais
desse
conjunto
dos
componentes
curriculares,
com
preponderância em qualitativos sobre os quantitativos.
Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991; p196) “a
avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e
aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”.
Para isto deve-se utilizar múltiplos instrumentos na avaliação escolar, que vão
garantir maior confiança nos resultados. O uso de instrumentos variados auxiliará o
professor a analisar facetas diferenciadas do desempenho do aluno, favorecerá
orientações para a tomada de decisão.
186
Provas orais e escritas;
Pesquisa bibliografica;
Pesquisa em grupo;
Pesquisa em dupla;
Produção de textos;
Análise de textos, mapas e documentos;
Seminários;
Leitura e interpretação de texto;
Dinâmicas em grupo;
Leitura, escrita, desenho;
Elaboração de painéis;
Elaboração de murais;
Debates;
Discussão em grupo;
Resolução de exercícios propostos;
Produção de resenhas, relatórios, resumos;
Teatro e outros.
A avaliação será feita com 50% da nota em trabalhos e 50% da nota em prova,sendo
que o professor terá que fazer no mínimo dois trabalho e uma prova através de diversos
instrumentos como: seminários,produções de texto,trabalhos individual, em dupla ou em
grupo, prova oral e escrita, entre outros.
A recuperação será de 50% de trabalhos e 50% da prova totalizando 100% de todo
processo avaliativo. Antes de aplicar a recuperação o professor deve analisar a nota e
verificar onde o aluno não obteve êxito e recuperá-lo, se no caso for o trabalho recuperar o
trabalho e se for à prova recuperar a prova.
187
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
LEITURA
Espera-se do aluno:
Identifique o tema;
Realize leitura compreensiva do texto;
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
Identifique a ideia principal do texto.
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
Posicione-se argumentativamente;
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
Analise as intenções do autor;
Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no
sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
Expresse as ideias com clareza;
Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero
proposto.
Use de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
188
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
Respeite os turnos de fala.
Oralidade
Espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
Apresente suas ideias com clareza;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Respeite os turnos de fala;
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos;
Organize a sequência da fala;
Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua
materna;
Exposição objetiva de argumentos;
Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infantojuvenis, filmes, etc.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2000.
ACKERT, Patrícia; NAVARRO, Nicki Giroux de; BERNARD, Jean. Facts & figures. 3. ed. Boston:
Heinle & Heinle, 1999.
ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de (Org.). O Professor de Língua Estrangeira em Formação. 2ª
Edição. Campinas: Pontes, 2005.
Língua Estrangeira em Formação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005.
189
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitiba: SEED – Paraná, 2006.
BRASIL. Lei – n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana.
Ministério da Educação –
Ministério Nacional de Educação, 2004.
DONATO, Hernani. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhoramentos, 1998.
LEFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Universidade Católica
de Pelotas – 2004.
______. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Pelotas: Educat, 2006.
______. Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2006.
MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira: estudos e
reflexões. Porto Alegre: Editora Apirs, 2004.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglês: reflexões e experiências. 3ª ed.
Campinas: Pontes, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
SANTOS, Denise MARQUES, Amadeu. Links – English for teens. 1 ed. São Paulo: Ática, 2009.
SARMENTO, S. MULLER, V. (Orgs.) O Ensino de Inglês como Língua Estrangeira: Estudos
Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
WIDDOWSON, H.G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005.
190
12.3 PROJETOS ELABORADOS PELA ESCOLA
12.3.1
Título: “CONHECENDO INDÚSTRIAS”
Justificativa
Todo educando se mostra naturalmente interessado, formulando mil perguntas em
relação ao mundo que o rodeia.
Conforme mencionadas anteriormente, Arapongas é considerada a cidade onde
está inserida o “Maior Pólo Moveleiro do sul do país”, e justamente por causa da realidade
da nossa cidade é que desejo responder todas as perguntas formuladas pelos educandos
em relação a este mundo.
Para tanto, surgiu o tema do projeto “CONHECENDO INDÚSTRIAS”, para que
este venha sanar as dúvidas dos educandos e ao mesmo tempo trazer-lhes a
oportunidade de conhecer duas indústrias do nosso Parque Industrial, oferendo-lhes o
conhecimento “in loco”.
Ao estudar, conhecer e explorar o tema “Indústria” na qual contém nos conteúdos
curriculares dos educandos, estes estarão construindo o suporte dos valores humanos,
sociais e históricos dos quais fazem parte muitos dos pais dos alunos da nossa escola que
tiram seu sustento através do trabalho nas indústrias e futuramente, estes o poderão estar
no mesmo lugar.
“O segredo da vida consiste em fazer com que o sonho se transforme em
trabalho e dar ao trabalho o encantamento do sonho”. (Maria Emília Gomes Pereira,
1986).
Objetivo Geral
Conhecer a organização geral e funcionamento de indústrias de modo que
compreendam toda hierarquia contida na mesma e a importância que as mesmas
apresentam na sociedade.
191
Objetivos Específicos
• Saber o verdadeiro conceito de indústria;
• Conhecer os diferentes tipos de indústrias;
• Classificar por categorias as indústrias existentes em nossa cidade;
• Conhecer os tipos, conceito, e importância de matéria-prima;
• Ampliar o conhecimento sobre a Revolução Industrial e todo o processo de
industrialização;
• Perceber o desenvolvimento tecnológico que passa numa indústria;
• Saber se as indústrias colaboram com o meio ambiente, despejando ou não lixo
industrial em local apropriado;
• Colaborar com o andamento do projeto, fazendo as atividades solicitadas.
Metodologia
Tendo como pressuposto a ‘‘compreensão do desenvolvimento de indústrias’’, a
metodologia empregada deverá privilegiar o conhecimento que os educandos já possuem
sobre o tema proposto.
Primeiro momento:
• Aula expositiva sobre o capítulo seis (6) do livro didático adotado: ‘‘O processo
industrial e o trabalho’’.
•
Conversa informal sobre as indústrias da nossa cidade: conceito, tipo e
exemplos moveleira: (MADETEC, alimentícia, inseticida, metalúrgica, gráfica, de calçados,
vestuários, têxtil, química, pedras e minérios).
•
Falar da importância, fonte de renda (proprietário e funcionário), progresso para
o município e relação indústria X meio ambiente.
• Selecionar juntamente com os alunos, algumas perguntas para fazerem ao
encarregado das indústrias.
Segundo momento:
192
• Visita nas indústria MADETEC.
• Desde já está conversado com pessoas encarregada pela indústria, o qual
permitiram a visita e selecionaram um funcionário para nos receber e mostrar todo o
processo de produção das mesmas.
• É necessário confirmar a data uma semana antes da visita para que se
programem.
• Será encaminhado para a Prefeitura do município um ofício solicitando um
ônibus para o passeio.
Terceiro momento:
Conversar sobre o passeio (se gostaram, o que aprenderam, pontos positivos ou
negativos e o que mais os alunos indagarem).
Atividades para os alunos:
• Confecção de painel: com fotos e figuras sobre os diferentes tipos de indústrias
e exemplos existentes na nossa cidade (selecionados por categoria: alimentícia, moveleira,
têxtil ...) , e um segundo painel com fotos do nosso passeio para expor aos demais alunos
da escola e até os pais se desejarem.
• Exposição: expondo com cartazes, maquetes, slides para data-show e o que
mais desejarem. Para melhor resultado da exposição, a turma será dividida em grupos e
cada grupo terá alguns temas impostos para expor: localização da indústria,
desenvolvimento, quadro físico e humano, exportação, preocupação com o meio ambiente,
etc.
• As outras séries poderão visitar a sala de exposição.
• Relatório do passeio; (se necessário).
• Atividades escritas para fixar o conteúdo do livro didático.
Avaliação
A avaliação se dará durante todo o andamento do projeto, desde o estudo em sala,
atuação e disciplina dos alunos durante o passeio, desempenho na realização das
atividades propostas e socialização dos mesmos.
193
Será atribuída nota no relatório que os alunos farão, nos painéis, e na exposição, o
fechamento da nota será de uma avaliação escrita.
12.3.2 Título: “EDUCANDO PARA O TRÂNSITO”
Justificativa
O comportamento humano solidifica-se na prática de valores, habilidades,
autoestima e autocorreção.
Historicamente vemos a preocupação com a educação para o trânsito baseado na
trilogia: veículo, via e vida. Essa harmonia, contudo, mostrou-se incapaz, no decorrer do
processo, de cumprir o seu papel na diminuição de acidentes.
Condições excelentes das vias e dos veículos não impedirão que os acidentes de
trânsito ocorram se o homem não estiver capacitado para uma prática social diferenciada,
onde o respeito à vida seja o ápice de sua formação educacional.
Pensando na abrangência da educação para o trânsito não somente como uma
mera aprendizagem de normas, regras e sinalização, mas na constituição de uma
aprendizagem de hábitos e
atitudes capazes
de modificar
comportamentos
e
procedimentos diante da complexidade do trânsito, é que se faz necessário a criação do
projeto “Educando para o Trânsito”, neste Estabelecimento de Ensino.
Objetivo Geral:
• Propôr uma formação humana, que supera o conhecimento de normas e regras
preestabelecidas, investindo na mudança de atitudes.
Objetivos Específicos:
• Valorizar o conhecimento da realidade do trânsito em que o aluno está inserido;
• Considerar suas experiências, como o início para sistematização do
conhecimento que ele necessita para refletir na sociedade e no sistema de trânsito as
expectativas dos educadores na formação do homem e do cidadão.
• Capacitá-los para uma prática social diferenciada, onde o respeito à vida seja o
194
ápice de sua formação educacional.
• Zelar pelo maior patrimônio, que é a vida.
Metodologia
Na semana que antecede a Semana Nacional do Trânsito os alunos já começam
receber informações com relação ao tema através de palestras com diversos segmentos
da sociedade (Polícia Rodoviária, Patrulha Escolar, Bombeiros, instrutores da autoescolae
Assessoria de Comunicação da Viapar), utilizando vídeos, demonstrações, folders,
livrinhos com historinhas e atividade de trânsito. A escola realiza com os alunos pit stop
com distribuição de canetas e panfletos educativos aos motoristas que trafegam próximo à
escola, com o apoio da Patrulha Escolar que proporciona a segurança das crianças
durante a respectiva atividade. No desfile cívico de 7 de setembro, os alunos participam
com o pelotão exclusivo do Projeto Educando para o Trânsito, trajando camiseta (brinde)
com a logomarca do mesmo, a qual também utilizam para o pit stop.
Os professores também enfatizam o assunto dentro dos conteúdos disciplinares.
Resultado
A experiência vivenciada pelos alunos e educadores solidifica muito nesta prática
de troca maravilhosa de valores, autoestima e autoconceito, demonstrando aos nossos
alunos o quanto eles são úteis para a sociedade. Este gesto engrandece o ego de nossas
crianças com ação de gente grande.
12.3.3 Título: “EU AMANHÔ
Justificativa
Vivemos em uma sociedade onde as oportunidades, seja para o trabalho, o estudo
ou o lazer, são apresentadas na maioria das vezes para a faixa etária economicamente
produtiva (25 aos 50 anos), excluindo assim o idoso de toda a perspectiva de futuro,
achando que o seu lugar é ficar de lado, à margem de tudo. Mas, podemos sentir que
195
neste final de século a humanidade despertou para a realidade de que os idosos merecem
uma atenção especial não somente por aquilo que realizaram. É diante deste despertar
que a Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental realiza o Projeto “ Eu,
amanhã”, o qual envolve alunos do Estabelecimento de Ensino e seus queridos avós, com
o objetivo de despertar nas crianças
a percepção que eles serão como seus avós
amanhã, mas com uma grande diferença, com a oportunidade de adentrar na Terceira
Idade com qualidade de vida diante do grande número de informações e prevenções que
hoje são oferecidas, oportunidade esta que nossos avós não tiveram, além de
conscientizar idosos participantes que eles têm papel muito importante em nossa
sociedade, pois histórias e experiências de vida demonstram grandes gestos de luta e
perseverança.
Também no intuito de resgatar os valores e autoestima, num encontro de ambas
as gerações, este Estabelecimento de Ensino propõe neste projeto o envolvimento de
profissionais de diversas áreas, pautados no sentimento de “Amor” e “Respeito”, que vai
além da capacidade de cada um, independente da sua faixa etária.
Metodologia
O projeto é desenvolvido por meio de oficinas com profissionais de diversas
áreas. Nos intervalos das palestras são realizadas dinâmicas pela equipe organizadora
que visa descontrair e oportunizar a interação dos grupos participantes.
O início do projeto é sempre marcado com uma mensagem religiosa e o final
com apresentação cultural, café coletivo e sorteio de muitos brindes, através do apoio do
comércio da cidade.
Há sete anos o projeto é realizado, tornando-se tradição os patrocinadores
( padrinhos fiéis) com a doação para cada participante ( médicos, equipe organizadora,
alunos e avós) de camiseta com a logomarga do evento, no qual todos tem que usar no dia
do projeto.
O convite é estendido antecipadamente através de uma carta/convite a todos
os alunos da E.E. Profª Júlia Wanderley, mas com um único critério, ele só pode realizar
sua inscrição mediante à de uma pessoa da terceira idade.
E os nossos motivadores, para estar repetindo a cada ano o evento, são os
próprios avós, pois na despedida deixando antecipadamente sua presença confirmada
196
para o próximo, afirmando muitos, que cada ano está sendo melhor.
A TV local da cidade de Arapongas também é parceria neste projeto, pois
registra o evento divulgando-o na mídia para a população da cidade e região.
Resultado
A satisfação de ver a alegria na face de cada pessoa idosa é gratificante, pois é
um momento em que tudo é voltado a eles, onde a autoestima de cada um se exaltasse,
onde crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos voltam a ser crianças novamente e
ainda felizes e realizadas, afinal a importância da pessoa idosa realmente é resgatado.
12.3.4 Título: “HORTA – SAÚDE EM SUAS MÃOS”
Justificativa
A alimentação desempenha um papel primordial durante todo o ciclo de vida dos
seres humanos. Entre as distintas fases de vida pode-se destacar a idade escolar.
Adotar estratégias de educação ambiental é promover hábitos saudáveis pelo
consumo dos produtos cultivados, permitindo trabalhos práticos que tem como objetivo a
busca pela descoberta de novos conhecimentos ou a criação de novas realidades.
No âmbito escolar incentivar os alunos e a comunidade escolar a terem uma visão
crítica sobre a importância do alimento saudável cultivado em um ambiente natural foi um
dos propósitos da formação da horta e criação de composteiras orgânicas na Escola
Estadual Profª Júlia Wanderley – EF, através de experiência pedagógica “ Horta: saúde em
nossas mãos! “, cuja a proposta foi muito além da mera produção de alimentos para
enriquecer a merenda, como também de levar os alunos e os envolvidos no processo, a
conhecerem técnicas de cultura orgânica, identificando processos de semeadura,
adubação, colheita e reconhecendo que o lixo orgânico pode ser o responsável pela
produção de alimentos totalmente descartados de impurezas tóxicas.
197
Objetivos
•
Reduzir o custo para a escola e poder acrescentar itens de merenda para o
incremento da mesma;
•
permitir a relação entre a teoria da sala de aula com a prática sobre a
importância do relacionamento entre o homem e a natureza;
•
incentivar os alunos e a comunidade escolar a terem uma visão crítica sobre
a importância do alimento saudável cultivado em um ambiente natural;
•
conhecer, divulgar a cultura de produção orgânica;
•
extrair da horta um complemento para alimentação da escola como um todo;
•
buscar, pesquisar e realizar experiências de teoria/prática dentro dos
procedimentos da formação de composteiras;
•
reconhecer o benefício e economia do adubo orgânico, considerando o
aproveitamento dos restos dos alimentos que são descartados no lixo, gerando poluição
pela não separação do lixo seco e do orgânico;
•
proporcionar aos alunos e a comunidade a formação de bons hábitos
alimentares e estímulo ao consumo de hortaliças e vegetais;
•
propor metodologia de aprendizagem colaborativa;
•
valorizar a liberdade e autonomia.
Metodologia
Este projeto foi e terá desenvolvimento contínuo sob a coordenação dos alunos da
7ª série, turma “A”, do período matutino e da professora, responsável por esta experiência
pedagógica.
Para uma boa organização no decorrer deste processo algumas etapas foram
priorizadas como:
1ª etapa: os alunos tiveram primeiramente junto a direção e a professora, o
esclarecimento sobre o Programa Agrinho e suas etapas de participação, o motivo pelo
qual a referida turma foi escolhida para participar desta experiência pedagógica e do
valioso resultado que toda a comunidade escolar terá como benefício, partindo deles após
uma sondagem, a criação da horta;
198
2ª etapa: a partir de um diálogo coletivo com os alunos, pais ( alguns agricultores )
e o Sr. Eugênio Ferreira ( responsável pelas hortas comunitárias da cidade ), constatou-se
viável e muito importante a formação de uma horta na escola, sendo que a mesma dispõe
de espaço para a ação planejada;
3ª etapa: o espaço foi bastante analisado e planejado por todos os envolvidos,
dando oportunidade a todas as vozes, bem como respeitando a especificidade de cada
um;
4ª etapa: para que os alunos, professores, pais, membros da APMF Associação de
Pais, Mestres e Funcionários ) e do Conselho Escolar pudessem apreciar in loco os
procedimentos de uma horta, bem como seus benefícios, a referida turma juntamente com
a imprensa local ( jornal ), realizaram uma visita na Fazenda Bimini, na cidade de Rolândia,
no qual sob a orientação do proprietário e ambientalista Daniel Steidle, obtiveram
informações desde o surgimento, formação, conservação e os resultados que uma horta
pode proporcionar ao ser humano quando recebe o adubo orgânico, adentrando então, na
formação da composteira orgânica. Além do rico aprendizado, os visitantes puderam
apreciar o belíssimo cenário de uma fazenda ecológica que mais uma vez nos declara que,
amar e cuidar da natureza é dever de todos;
5ª etapa: depois de escolhida a área para a formação da horta , o Sr. Eugênio
Ferreira através de sua equipe, deu suporte à turma em se tratando da mão-de-obra com
as instalações dos postes, tela de proteção, bem como com a preparação da terra e dos
canteiros com a devida adubação;
6ª etapa: no decorrer de quinze dias os alunos trabalharam em forma de
revezamento, assumindo o compromisso de ligar e desligar por duas horas, no período
matutino e vespertino, os aperssores para molhar os canteiros, preparando-os para o
plantio;
7ª etapa: eis que o grande dia chegou, o dia da semeadura. A TV local esteve
presente para registrar através de matéria ( em anexo ) a existência de uma horta na E.E.
Profª Júlia Wanderley – EF, formada pelos alunos, professora Cátia Jacinto Duarte, pais e
um grande colaborador, o Sr. Eugênio Ferreira. Das mãos dos alunos a terra recebeu
sementes de vegetais e hortaliças. No decorrer do processo, os alunos tiveram a
incumbência dos cuidados quanto a retirada do mato, bem como acompanhar o
desenvolvimento das plantas sobre o solo, sendo nossos mediadores no caso de
aparecimento de pragas e pulgões. Aqui cabe comentar um fato muito interessante do
199
aluno Micahel Ulian que devido suas preocupações com pragas, pesquisou e descobriu
que a “ joaninha “ é um benéfico inseto para o combate às pragas, sendo lembrado por seu
amigo Matheus Martins Canesin que devido ao inverno, seria impossível providenciá-las,
restando portanto como recurso, observação diária da equipe;
8ª etapa: agora foi o momento de se preocupar com as composteiras, partindo do
aprendizado obtido durante a visitação na Fazenda Bimini. Coletivamente, foi analisado o
espaço apropriado, visto que o local no qual recebe muito sol não é recomendado.
Prefiriram um espaço próximo a horta, por facilitar o transporte do adubo orgânico
produzido pelas mesmas. A referida turma divulgou às demais turmas a elaboração das
composteiras, bem como seus objetivos e realizaram uma campanha para que os alunos
trouxessem restos de cascas de frutas e legumes para que a formação das mesmas
pudessem ser concretizadas. Após dois dias, munidos dos resíduos orgânicos, foi a vez
dos meninos colocarem a mão na massa, instalando as barras de ferro no solo, revestidos
com tela de arame para a formação das composteiras. Depois de prontas, as meninas
colaboraram com a colocação das folhas, gramas e resíduos orgânicos para assim concluir
a confecção das mesmas.
9ª etapa: outro compromisso da referida turma, foi e é de estarem diariamente,
através de revezamento, observando se o processo da compostagem está ocorrendo. Para
isso, é utilizada uma barra de ferro que desempenha o papel de um termômetro, no qual
permanece constantemente introduzido no centro da composteira. Ao ser retirado
diariamente, a resposta positiva do processo, se faz através de uma fumaça exalada pelo
ferro, caso contrário, se faz necessário estar revendo e reformulando a mesma. Quanto a
chuva, cabe a eles estarem cuidando também, pois as composteiras não podem receber
volume grande de água, portanto, neste caso é recomendado a cobertura das mesmas,
protengendo-as deste fator;
10ª etapa: com a formação da hortaliça ( alface ), mais uma ação de aprendizado
para os alunos, o replantio das mesmas para os canteiros que desde o início os canteiros
reservas, estavam aguardando as lindas folhinhas;
11ª etapa: grande momento a colheita. Os alunos tiveram a belíssima oportunidade
de colherem as primeiras hortaliças, a alface;
12ª etapa: os alunos e todos os envolvidos no processo tiveram palestra com a
nutricionista Cintia Martinatto Romeiro, sobre a importância de uma alimentação saudável
e os prejuízos dos desperdícios dos alimentos, bem como o seu aproveitamento;
200
13º etapa: tivemos também como grande colaborador,
Adriano Fagundes do
Sindicato Rural de Arapongas e mobilizador do SENAR, que proferiu palestra a respeito da
entidade.
Como afirma KOURGANOFF, 1990: “Pesquisa é o conjunto de investigações,
operações e trabalhos intelectuais ou práticos que tem como objetivo a descoberta de
novas técnicas e a exploração ou a criação de novas realidades.” Propor metodologia de
aprendizagem colaborativa foi uma situação criada para todos os envolvidos neste
processo, pois houve muitas buscas no aprender conjuntamente.
Diante da afirmação acima cabe relatar que durante o processo da formação das
composteiras houve muitas buscas, envolvendo principalmente os pais. A primeira
tentativa foi decorrente do aprendizado na Fazenda Bimini, no qual utilizou-se as
folhagens, gramas e resíduos orgânicos. A segunda tentativa foi através de pesquisa dos
alunos, acrescentando além dos compostos da primeira tentativa, minhocas, pelo fato de
produzirem húmus e consequentemente proporcionar melhoria da oxigenação no interior
da composteira. A terceira tentativa, sugestão de pais, com a utilização de um cano de
PVC, com diversas perfurações no mesmo, colocando-o no meio da composteira, em
posição horizontal, facilitaria a ventilação da compostagem.
Isso demonstra que houve uma movimentação muito grande em buscar a
descoberta e resultados para cada situação presente no processo.
Conclusão
Todos os envolvidos no projeto da horta tornaram-se com certeza grandes
pesquisadores, pois buscar respostas e alternativas foi um constante desafio que
procederam no decorrer de situações novas e conflitantes.
Os
alunos,
em
especial,
tiveram
aprendizado
quanto
a
planejamento,
desenvolvimento e avaliação das atividades propostas, no qual lhes foram concedida total
autonomia durante o processo de ensino-aprendizagem, sentindo que souberam valorizar
com responsabilidade a liberdade para as implementações do projeto.
Reconstruir, dividir tarefas, discutir ideias coletivamente, questionar, buscar, avaliar
e querer produzir foi um cenário criado onde todos os personagens atuaram com
201
eficiência.
A horta já iniciou sua produção no qual seus alimentos estão abastecendo a
merenda escolar com garantia de qualidade, sem adição de agrotóxico e gerando em
questão de custos, economia para a escola, que pode atender outras necessidades ou
contribuir para a implementação quanto à diversidade dos alimentos.
Cabe considerar como parte do grande resultado, o relato do aluno Michael Ulian
no qual menciona dentro de suas expectativas para o seu futuro, a previsão de
desenvolver o referido projeto ao ingressar na AMAN ( Academia Militar das Agulhas
Negras ), que é o seu grande sonho.
Portanto além de pesquisadores, o projeto também conseguiu formar
multiplicadores.
14.5 Título: “BIODIESEL – O COMBUSTÍVEL ECOLÓGICO”
Justificativa
O mundo todo tem sido alertado pelos cientistas sobre o assustador ritmo de
aceleração do aquecimento global e torna-se cada vez mais urgente a adoção de ações
que objetivem a preservação ambiental. O ser humano, responsável pela poluição do meio
ambiente arcará com o maior prejuízo, a ameaça da própria extinção.
Ações aparentemente simples, quando tomadas por grande número de pessoas,
tornarão a sustentabilidade uma realidade palpável em qualquer parte onde haja a
presença humana e garantirá a sobrevivência de nossa espécie por muito mais tempo. Isto
é a capacidade de um indivíduo manter-se inserido em determinado ambiente sem
impactá-lo violentamente, utilizando os recursos naturais e devolvendo-os ao planeta por
meio de práticas desenvolvidas para a continuidade da disponibilidade dos recursos
naturais.
O óleo vegetal e gordura animal quando lançados na natureza sem nenhum
cuidado vem trazer malefícios para o meio ambiente: polui rios e solo, retarda o
crescimento vegetal, interfere no fluxo da água, impede a transferência do oxigênio para a
água, impermeabiliza o solo piorando o problema das enchentes, onera o tratamento do
esgoto e de água potável que servem as cidades, entope a galeria de esgotos. Segundo
trabalho realizado pela SABESP (Companhia de saneamento básico do Estado de São
Paulo) sabe-se que 1 litro de óleo polui aproximadamente 1 milhão de litros de água,
202
quantidade de água que uma pessoa consumiria em 18 anos, se utilizasse 150 litros por
dia.
Um dos melhores caminhos diante de tais fatos é alicerçar nos educandos a
consciência e a sensibilização quanto à realidade de que todos são responsáveis pelo
meio ambiente e que isto não é obrigação apenas de governos e sim, de cada um, pois
serão adultos em futuro próximo e determinarão os rumos de nosso planeta.
A professora de Língua Inglesa, Shirley Calsavara, considerou, diante de tais fatos,
o desenvolvimento de um projeto voltado ao meio ambiente a ser realizado como
experiência pedagógica para o Programa Agrinho, envolvendo toda a escola e a
comunidade.
Este óleo poderia ser recolhido pela empresa BF Ambiental e transformado em
biodiesel, que é um combustível renovável e alternativo ao diesel derivado do petróleo,
cujo maior ganho é a redução de emissão de gases poluentes produzidos pelos veículos,
de fuligem e de dióxido de carbono (CO2) que é responsável pelo efeito estufa.
Objetivos
Reforçar a educação ambiental nas salas de aula e transformar os alunos em
multiplicadores da cultura da preservação do meio ambiente.
Promover a conscientização e sensibilização das famílias e da comunidade,
tornando-os aliados na construção de uma nova realidade ambiental.
Destinar adequadamente os resíduos do óleo de cozinha e estabelecer um novo
ciclo de vida para esse produto.
Difundir a importância da preservação da natureza para o futuro do planeta e
instigar todos à promoção de atitudes ambientais afirmativas que devem começar dentro
de casa.
Descrição das atividades realizadas
Conhecendo a importância da preservação do meio ambiente e sabendo do
trabalho realizado pela empresa BF Ambiental, do Grupo Big Frango, que transforma o
óleo de cozinha saturado em biodiesel, o qual é misturado ao diesel fóssil, trazendo assim
203
melhoria para o meio ambiente, encaminha os resíduos deste processo para uma usina de
compostagem e recicla as garrafas pet sujas de óleo, o primeiro passo foi solicitar aos
alunos da 5ª série, turma “C”, que pesquisassem antes de qualquer comentário: o que é
biodiesel; a partir do que é feito e por que é produzido. Assim, descobriram por si o que é,
sua origem e quais suas finalidades.
A seguir os representantes da empresa BF Ambiental, do Grupo Big Frango, Sr.
Rodrigo Zagotto Xavier, Tecnólogo Ambiental e Sr. Anderson Buss Cardoso, Biólogo e
Gerente Ambiental, proferiram palestras de sala em sala a todos os alunos da escola sobre
as consequências para o meio ambiente quando ocorre o descarte incorreto do óleo
saturado, especialmente sobre as águas, onde o impacto é maior.
A professora Shirley Calsavara, sugeriu à turma da 5ª série “C” a realização de um
trabalho tendo em vista que agora os alunos sabiam quais os problemas ocasionados pelo
descarte incorreto do óleo de cozinha saturado e pediram que fizessem sugestões a
respeito das ações a serem realizadas.
Os alunos propuseram trabalho em campo, nas casas da comunidade,
conscientizando, sensibilizando e propondo que recolhessem o óleo na escola, uma vez
que a escola teria como dar encaminhamento correto para a quantia de óleo que poderia
resultar desta coleta, direcionando-a para a empresa BF Ambiental, conforme foram
informados durante a palestra.
Na seqüência, em reunião especial para este fim, foram repassadas aos pais as
informações sobre os problemas trazidos pelo óleo de cozinha saturado e quais as ações
propostas pelos alunos com o apoio da escola para busca de soluções, os quais ficaram
totalmente cientes do projeto que seria desenvolvido na escola, dispondo-se a participar.
Iniciou-se assim todo o trabalho de divulgação nas salas de aula da própria escola, nas
casas no entorno, até que o movimento acabou por tomar maiores proporções e atingir
todo o município.
Constatou-se que um grande número de pessoas não sabiam o que fazer, alguns
jogavam nos encanamentos, outros, na terra, alguns tinham dezenas de litros guardados e
não sabiam onde descartá-lo. Como fator de estímulo, por meio de um sistema de cupons
a serem distribuídos a todos os participantes, o projeto ofereceu a princípio uma cesta da
Natura (cosméticos), a qual foi doada por um dos pais dos alunos, para sorteio no mês de
Dezembro.
O trabalho foi além e passou a ser divulgado pelos alunos da turma piloto
204
juntamente com a professora Shirley nas salas de aula das escolas municipais.
Recebemos como retorno litros e litros de óleo de fritura, os quais estavam guardados e as
donas de casa não sabiam onde poderiam se desfazer dele, inclusive as próprias
professoras contribuíram entregando o óleo que tinham guardado.
Os alunos da Escola Júlia Wanderley continuaram a trazer o óleo de suas casas,
alguns em pouca quantidade, outros, vinte a trinta litros de uma vez. Foram depositados
nas bombas, recipientes próprios para disposição do óleo e quando estavam cheias foram
transportadas pela logística da empresa BF Ambiental.
Passamos a divulgar mais amplamente o projeto, concedemos entrevista na TV
Antares, que tem grande audiência no município, e percebemos que houve grande alcance
de divulgação.
Participamos do programa matutino na Rádio Antares, que está sempre
interagindo com seus ouvintes e novamente a propagação foi além do que esperávamos,
ganhamos mais patrocínio para os sorteios durante o programa, os quais serão realizados
no final do ano, totalizando dez participantes e retornamos em outras manhãs para falar na
rádio sobre o projeto.
Na Rádio Arapongas também fomos ao ar em entrevista no programa matutino, às
7:30 horas e no programa das 12:30 horas, novamente com boa propagação. Passamos a
receber maiores quantias de óleo que os pais nos trouxeram, haviam aqueles que além de
suas casas, sabiam de locais que o guardavam e não tinham destinação, assim,
providenciaram a entrega na Escola, os pais são bastante participativos.
Paralelamente, publicamos no Jornal O Povo, matéria sobre o projeto e o
Supermercado Verona colaborou inserindo em seu jornal de ofertas a indicação da escola
como ponto de coleta.
O Sr. Pedro Paulo Bazana, presidente do Lions Club e diretor da APAE local
propôs outros pontos de coleta: na APAE, localizada no centro; na Casa do Bom Menino,
no Jardim Cultura e na Escola Municipal Maria Hercília Horácio Stawinski, no Conjunto
Padre Bernardes, zona sul do município, portanto, em locais distantes uns dos outros e foi
entregue o recipiente próprio para acondicionamento do óleo a ser arrecadado e depois
levado pela empresa BF Ambiental.
As escolas municipais visitadas pelos alunos da Escola Júlia Wanderley, em
campanha pela divulgação estão localizadas em pontos opostos da cidade, tendo
disseminado-se o projeto pelo município todo.
205
Recebemos na Escola Júlia Wanderley algumas entregas de óleo em grande
quantia, de pessoas desconhecidas, moradoras em locais bastante afastados da escola,
que nos chamaram atenção. Ao questionarmos, responderam que souberam do local pelo
rádio, ao ler o Jornal O Povo, ao passar e ver a faixa de divulgação em frente à escola.
Uma moradora do Edifício Ibisa, localizado na Rua Perdizes, nº 180, procurou-nos
na tentativa de obter uma bomba para coleta em seu edifício, que tem 60 apartamentos e
estamos iniciando contato com a empresa BF Ambiental objetivando mediar seu pedido.
Providenciamos a distribuição de panfletos à população divulgando ainda mais o
projeto e os locais de coleta. Continuamos recebendo óleo, inclusive daqueles que
tomaram conhecimento pelos meios divulgados, independente de vínculo com a escola.
O Sr. Adriano Ricardo Fagundes, Mobilizador do SENAR neste Município, visitou a
sala de aula da turma piloto neste projeto, 5ª série “C”, e fez esclarecimentos sobre o que é
o SENAR, os cursos que oferece no município e sobre o Programa Agrinho, as
modalidades do concurso proposto, finalidades e premiações.
O presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Arapongas, Sr. Sérgio
Onofre da Silva, levou para a Câmara a proposta de Projeto de Lei Municipal para o
correto descarte do óleo saturado, engajando-se ao projeto lançado pela Escola Júlia
Wanderley.
A escola continua em campanha até o final deste ano e continuará no
próximo, incluindo novas ações, já com vistas à visitação na empresa BF Ambiental,
pleiteada junto aos seus representantes, objetivando ampliar o conhecimento de
nossos educandos.
12.4 Preponentes do Projeto Político Pedagógico:
Adriana Denise Marquezin
Professora
Alessandra lourensato
Professora
Aline Caroline de Lima da Silva
Professora
Altair Luzia Borges Botelho
Profesora
Amanda Gomes Ferreira
Professora
Carla Tatiane Domingos
Professora
206
Cátia Jacinto Duarte
Professora
Celiane Cristine Tirone
Professora
Cleide Maria da Silva
pedagoga
Daiane Cesario da Silva
Professora
Elizabete Maria Rodrigues
Professora
Eloisa Elena Weiss Faria
Professora
Eneida Mazuquim Ferrari
Professora
Francelise Dziura
Professora
Henriqueta Maria Elias da Costa
Professora
Hilário Bedento Pricinato
Professor
Ilda Bassaco
Professora
Jane Francisco Rodrigues
Professora
João Henrique Rossi
Professor
João Leme Batista Neto
Professor
Judith Muller da Silva
Pedagoga
Juliana Sieni de Oliveira
Professora
Leila Aparecida Perdigão
Professora
Louise Cristine Silva Gonçalves
Professora
Luceli Aparecida da Silva
Professora
Luci Grotti Pereira
Pedagoga
Luciano Rompato
Professor
Márcia Andreia Pinto
Professora
Marcos Cesar Beneli
Professor
Maria Helena Milan
Professora
Marilsa Staub Vendrametto
Diretora
Mônica Alves da Silva
Professora
Nadir Aparecida Xavier
Professora
Roseli Suzuki
Professora
Sandra Cristina de Oliveira
Professora
Sandra Márcia da Silva Miquelato
Professora
Selma dos Santos Silva
Professora
Shirley Calsavara
Diretora Auxiliar
Sonia Maria Nonis Santos
Professora
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Vivia Cristian Lopes
Professora
Viviane Aparecida NunesYokomizo
Professora
Solange Apª Alves de Lima
Secretária
Elizabeth Raia Spaziani
Agente Educacional II
Dejanira Antunes Staback
Agente Educacional I
Jacira Pizan Alves
Agente Educacional I
Nilda Santos de Carvalho
Agente Educacional I
Maria Helena Frota Galo
Agente Educacional I
Maria Helena Vendrametto
Agente Educacional I
ARAPONGAS, 12 DE JULHO DE 2012.