jornal segue a jesus - Núcleo Espírita Segue a Jesus
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UM HOMEM CHAMADO AMOR JORNAL SEGUE A JESUS LITERATURA ESPÍRITA Órgão Informativo do Núcleo Espírita Segue a Jesus São Paulo / Maio 2016 Edição nº 49 1500 exemplares Distribuição Gratuita Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, modesta cidade de Minas Gerais, em 2 de abril de 1910. Viveu, desde 1959, em Uberaba, no mesmo Estado, desencarnando no dia 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil sagrou-se pentacampeão mundial de futebol. Seu desenlace ocorreu pacificamente, no próprio lar, onde foi encontrado sereno, ainda em atitude de prece a Deus. Conforme revelara a amigos mais íntimos, tinha o desejo de partir num dia em que o “povo brasileiro estivesse muito feliz”. Francisco Cândido Xavier psicografou mais de 400 (quatrocentas) obras mediúnicas, de centenas de autores espirituais, abarcando os mais diversos e diferentes assuntos, entre poesias, romances, contos, crônicas, história geral e do Brasil, ciência, religião, filosofia, literatura infantil, etc. Fiel ao princípio Crístico do “dai de graça o que de graça recebestes”, jamais usufruiu dos direitos autorais provenientes de seu extraordinário dom mediúnico, sempre, ao contrário, repassando-os em cartório, à editoras de divulgação espírita e inúmeras obras assistenciais. Chico Xavier partiu, mas o testemunho de sua existência permanecerá como diretriz segura para todos os que esposam os ideais espíritas e cristãos, sobretudo aos que, voluntariamente, se veem comprometidos com a difícil tarefa do intercâmbio mediúnico. Sua constrangedora humildade e seu desapego, dificilmente compreendidos até para muitos confrades, foi a mais notável e marcante exteriorização da grandiosidade de seu espírito. Texto extraído e adaptado do livro digital “Traços bibliográficos” de Francisco Cândido Xavier, publicado pela Federação Espírita Brasileira - FEB. No livro “Estude e Viva”, (Emmanuel e André Luiz), capítulo 40, temos a seguinte recomendação: “(...) Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro. Para isso, estudemos Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus, e, seja no exemplo ,na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade - a caridade da sua própria divulgação”. A mensagem do benfeitor deixa claro o caráter consolador e socorrista da Doutrina Espírita, mas alerta que, para isso, o espírita deve estar preparado. E esta é uma das funções das Casas Espíritas: oferecer este preparo, através da divulgação e do estudo do Espiritismo, não apenas com Cursos, Palestras e Encontros Doutrinários, mas também com a disponibilização da literatura Espírita a todos, colaboradores ou simples frequentadores. Para isso, o NESJ conta com uma Livraria e uma Biblioteca, ambas localizadas no 1º andar da Casa. Seguindo a recomendação acima, as obras oferecidas na Livraria, para venda, são escolhidas criteriosamente, sempre buscando autores idôneos e comprometidos com os preceitos do Espiritismo Cristão. Da mesma forma, temos também a Biblioteca, onde os livros são emprestados, gratuitamente, bastando, para isso, que os interessados inscrevam-se como sócios. Portanto, aqueles que querem conhecer mais esta Doutrina Consoladora e melhorarem-se como criaturas, estão convidados a conhecer e usufruir da Livraria e da Biblioteca do NESJ. Serão, todos, muito bem vindos! Texto de Marco Milani adaptado por Elena Batista de Oliveira H O R Á R I O S D E AT E N D I M E N TO S Atividades SEG Plantão ou Orientação Espiritual 19h às 20h30 TER QUA CA 20h30 15h 18h30 20h30 P1/P2 20h30 15h P3E/P3A SEX P4-P4/4 (Crianças) P3F 15h 20h30 20h30 A4 + Evangelho no Lar SAB DOM 8h às 9h 13h às 14h 8h às 9h 9h 14h 20h30 14h30 18h30 A2 NÚCLEO ESPÍRITA SEGUE A JESUS Rua Valdemar Martins, 1138 Casa Verde - SP Tel.: 3951-1119 www.segueajesus.org.br QUI 13h30 às 15h 13h30 às 15h 19h às 20h30 18h às 20h30 19h às 20h30 14h 20h 14h 9h 14h 15h 20h30 9h 20h Psicografia (Plantão) 13h às 15h Evangelhização Infanto Juvenil 9h45 Assistência Social 14h Curso Básico de Espiritismo 14h30 20h 10h Curso de Educação Mediúnica 14h30 20h 10h 14h30 20h 10h Curso Aprendizes do Evangelho 20h 10h NESJ, 77 ANOS SEGUINDO A JESUS. UMA HISTÓRIA ADMIRÁVEL 1939 foi um ano terrível e um ano abençoado. Esse longínquo ano marca o início da Segunda Guerra Mundial; a morte de Sigmund Freud, em Londres; a descoberta do primeiro poço de petróleo, no estado da Bahia. Quem governava o Brasil era Getúlio Vargas. A música “Aquarela do Brasil”, de Ari Barroso, foi lançada na voz de Francisco Alves. Estava iniciando a Era de ouro do rádio. No cinema, Errol Flynn, James Stwart, Henry Fonda e Gary Cooper lideravam a lista de atores inesquecíveis; Greta Garbo, Marlene Dietrich, Bette Davis e Claudete Colbert eram deusas de glamour e sedução. Tarzan reinava na selva e nas telas; Shirley Temple era a criança superfofa e os cinéfilos mais radicais se arrepiavam de medo com as aparições de Boris Karlof e Bela Lugosi. Nesse ano de 1939, foram lançados dois clássicos da literatura Espírita, ambos ditados por Emmanuel e psicografado pelo jovem médium Chico Xavier: “A Caminho da luz” e “Há dois mil anos”. Enquanto isso, na Rua dos Limoeiros n.º14 - Casa Verde, um Centro Espírita iniciava as suas atividades: o NÚCLEO ESPÍRITA SEGUE A JESUS, uma casa cristã, a serviço do próximo e professando a Doutrina codificada por Allan Kardec. Essa Casa teria uma trajetória iluminada. Uniu-se a outro Centro para um trabalho melhor; cresceu sem perder a simplicidade. Dez anos depois da fundação, o sonho era a sede própria. Jovens trabalhadores juntam-se aos pioneiros e escrevem uma página heróica da nossa casa: a consolidação do Centro. Um terreno na Rua Urandi n.º 65 é adquirido com muito sacrifício e, literalmente, põem as mãos à obra para a construção da sonhada sede. É dessa época uma característica que vai marcar a atuação do NESJ através dos tempos: em momentos difíceis, a união aumenta, a fé se renova, o trabalho árduo não cansa e o amor ao próximo se intensifica. Vieram novas conquistas, barreiras foram transpostas com determinação, coragem e alegria. Homens e mulheres irmanados num objetivo comum: O Núcleo tinha que continuar. E assim chegamos aos dias de hoje. Milhares de pessoas inesquecíveis vêm à nossa memória. Deram o melhor de suas existências para perpetuar a Doutrina Consoladora, da qual esta Casa é um exemplo. Sempre haveremos de lembrar de cada uma dessas pessoas com muita gratidão. O NESJ segue a sua trajetória. Todos, agora, somos os responsáveis por levar essa história admirável adiante. Que Deus nos abençoe! 8 Jornal_NESJ_Maio_Ok.indd 1-2 16/05/16 05:35 PM EDITORIAL Temos neste Núcleo Espírita Segue a Jesus, um Estatuto a seguir. No final do ano de 2015, terminando o triênio da gestão anterior, ele determinava eleições gerais para renovar os órgãos de administração da nossa Casa. Em dezembro, já se conhecia o grupo de pessoas que havia sido escolhido pelos sócios efetivos, para gerir o destino do NESJ pelos próximos três anos. Foram formados o Conselho Administrativo, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva. O que todos almejam são melhorias, tanto na estrutura física como na obra maior que é a divulgação da Doutrina Espírita, através do amor, justiça e caridade. Empossada em 4 de Janeiro de 2016, a equipe de diretores já começava seu trabalho inteirando-se de tudo que era necessário fazer para dar sequência à árdua tarefa daqueles que são eleitos para promover as mudanças necessárias e inadiáveis que a Casa necessita. Muitos projetos, ideias e objetivos fervilham em nossas mentes neste momento em que o NESJ, casa abençoada, completa 77 anos propagando a Doutrina Consoladora. ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL A Área de Assistência Espiritual de nossa Casa tem por objetivos principais atender, em conformidade com os ensinamentos Espíritas - Cristãos, a todos que nos procurem em busca de esclarecimento, orientação e auxílio ao Ser espiritual que são. Esse atendimento se faz desde o encaminhamento por aqueles que os recebem, as orientações do plantão de encaminhamento, os comentários do evangelho que o vem, até os passes que recebem. Todos os colaboradores da área são voluntários, preparados nos cursos que a casa oferece, nos grupos de estudo e nos treinamentos específicos de cada setor da área. Nossos colaboradores participam periodicamente de reuniões para revisão dos conhecimentos, trocas de experiências e esclarecimentos necessários à melhora constante em nosso potencial de atendimento. Informamos com alegria que a primeira reunião de plantonista do NESJ, realizada por essa gestão no dia 12/03/2016, às 15h30, foi um sucesso. Contou com a participação de mais de 80% do quadro de plantonistas. Também, no último dia 19/03, às 16h00, todos os colaboradores da área foram convidados a assistirem a palestra do companheiro Fabio Moterani, sobre o tema: Pensamento e Vida, com o objetivo de atualizarmos conhecimentos de grande importância para os trabalhos realizados na área. Maria Marta de Paulo - Diretora da Área de Assistência Espiritual. O objetivo principal deste nosso Jornal é mostrar às pessoas a grandiosidade do Núcleo. Mostrar suas atividades, seus colaboradores, suas áreas de assistência espiritual e social, bem como convidá-las para juntarem-se a nós nesta tarefa de amor ao próximo. O NESJ, desde 1939, acolhe várias gerações, mantendo-se firme na Doutrina de Kardec e nos princípios do nosso Mestre maior, Jesus. Parabéns a todas as equipes diretivas e a todos os colaboradores que trabalham arduamente por um Núcleo cada vez melhor! JORNAL SEGUE A JESUS Jornalista Responsável: Roberto Santos - MTB 14.699/SP Revisão: Silvia Fabrício Campos Coordenação: Cida Areias & Wanderley Correa Dir. de Div. e Eventos: Ariovaldo Copolla Editoração: Leal Design Publicidade: Vânia Raquel Faria Tel.: 3951 1663 - Cel.: (11) 96397 6350 Impressão: Idora Soluções Gráficas NÚCLEO ESPÍRITA SEGUE A JESUS Rua Valdemar Martins, 1138 - Casa Verde - São Paulo-SP Tel.: 3951 1119 2 Jornal_NESJ_Maio_Ok.indd 3-4 PARA LER, REFLETIR E MUDAR MUDANÇA INSPIRADA Ano Novo, nova gestão, novas diretrizes. Iniciamos nosso trabalho com o intuito de dar continuidade ao trabalho há muito iniciado de levar o conhecimento da Doutrina Espírita a todos que a procuram. As escolas do NESJ sempre foram ponto de referência de ensino doutrinário. Há muito tempo os cursos tinham lugar no final da tarde de sábado. Muitas gestões passaram, mudamos de sede, sem que fosse pensado em nenhuma hipótese de mudança. O CARANGUEJO - Richard Simonetti O pregador anunciou: -Meus queridos companheiros de ideal, tenho três notícias. A primeira é ruim. Diz respeito a algo que todos já notaram: nosso templo está em péssimas condições. Necessita de uma reforma. -Oh!... -A segunda é boa: temos o dinheiro! -Ah!.. -A terceira pode ser ruim ou boa. Depende de cada um. O dinheiro está no bolso de vocês! -Ui!... Essa pitoresca história ajusta-se com perfeição às lides espíritas: Há dinheiro para sustentar e dinamizar os Centros Espíritas, em reformas e ampliação de serviços. Só há um probleminha: Está no bolso dos espíritas. Importante, a propósito, considerar a máxima de Kardec: Fora da caridade não há salvação. Os Centros bem orientados transformam-se em Células atuantes e empreendedoras. Alem da atividade doutrinária, há a assistência e promoção de famílias carentes, aos moradores de rua e necessitados em geral. Está implícita nos textos doutrinários, permanente convocação às atividades voluntárias a favor do bem comum. É preciso estar muito distraído ou indiferente para não perceber isso. Infelizmente, partindo do princípio de que o Espiritismo é a doutrina da consciência livre, essas iniciativas ficam ao arbítrio das pessoas que, mesmo quando se conscientizam, tendem a estabelecer cotas mínimas de participação e contribuição. Isso ocorre particularmente em relação ao dinheiro, o cham- ado vil metal, quando usado em interesses pessoais, mas que poderia ser transformado em metal nobre para atender as carências humanas. Em muitos Centros esse assunto é tabu. Alega-se que falar em dinheiro passaria a impressão de que estamos cobrando por benefícios prestados àqueles que buscam ajuda espiritual. Cotizam-se alguns diretores para pagar despesas básicas – água, luz, telefone, limpeza... Quando se cogita de qualquer novidade, envolvendo um serviço assistencial, a pintura inadiável, a reforma para estancar um vazamento de água, a ampliação necessária, a despesa inesperada, quebram a cabeça pensando em almoços, bazares, feiras, sorteios, campanhas de jornais, livros, vidro, garrafas, alumínio, e tudo o mais que possa render alguns trocados. É louvável, mas seria muito mais prático e produtivo se TODOS se dispusessem a contribuir regularmente, considerando que integram uma sociedade espírita que, como ocorre com todas elas, deve exigir de seus participantes o cumprimento de determinados deveres estatutários, a começar pelo elementar – efetuar contribuição mensal pontualmente. Outra questão espinhosa: o valor da contribuição. Geralmente as pessoas oferecem sobras. Justamente por isso muitos não contribuem. É que, segundo seus programas, há sempre compromissos inadiáveis que absorvem as disponibilidades. -Estou reformando minha casa.. -Viajarei de férias... -Troquei de automóvel... -Meu filho entrou na faculdade... -Há gente doente em casa... Enquanto nossas contribuições girarem em torno de sobras, pouco faremos, porquanto na contabilidade dos interesses sempre falta o necessário. Mesmo quando há generosos saldos credores são registrados para atender a problemas eventuais. Resultado - nunca sobra nada. A experiência demonstra que quando superamos essa tendência e nos dispomos a contribuir generosamente, somos recompensados com bênçãos que o dinheiro não pode comprar. Deveríamos fixar uma porcentagem sobre rendimentos, destinada às obras espíritas, superando um problema que é frequente nos Centros Espíritas: O dinheiro para a necessária reforma, a pintura, o atendimento ao serviço assistencial, a publicação do jornal, a manutenção do site, a biblioteca, a livraria espírita, a cortina, e muito mais, permanece sequestrado pelo caranguejo em nosso bolso. (Trecho do capítulo 19 do livro “Por uma Vida Melhor” CEAC Editora). Logo nos nossos primeiros encontros, nossa prosa foi direcionada a ter como base do trabalho o amor e o acolhimento. Em um desses encontros nossa presidente Sônia sugeriu mudar a escola no sábado para o horário da manhã. A princípio, cogitamos em mudar apenas o curso básico, pois os demais estavam já em andamento e imaginamos que 7 16/05/16 05:35 PM sentado... A Isabel chorava... aquele homem paralisado em seus movimentos com tamanha força e um bom humor extraordinário. Um exemplo. Tem histórias muito engraçadas sobre ele. INFÂNCIA, JUVENTUDE E MOCIDADE Iniciamos! Para nossa grande satisfação, uma constatação de acerto! A mudança foi um grande sucesso e o retorno tem sido muito positivo. Por isso, continuaremos atentos e sempre abertos para as inspirações que o plano maior venha a nos direcionar. ANDRÉ LUIZ: Maravilhoso. A série toda. Kardec trouxe a base. Quem nos abriu o mundo dos Espíritos foi ele. Equipe de Ensino - NESJ EMMANUEL: Adoro seus livros. Fonte Viva, todo dia eu leio. Faço o Evangelho de manhã, à noite faço para os enfermos e esse livro me acompanha. Emmanuel é um poeta, uma fonte viva de amor. ALLAN KARDEC: Livro dos Espíritos deve ser um livro de cabeceira. A obra dele não é para ser lida é para ser estudada. Sempre! Conselho para os alunos iniciantes Aconselho o estudo. “Conheça a verdade e a verdade te libertará”. Tem que conhecer, aprender, pesquisar, aprofundar. Ser assíduo e se preparar para o trabalho. A codificação de Kardec é essencial. Presente O Nesj está fazendo setenta e sete anos, qual presente a senhora gostaria de dar a ele? DONA WANDA: Meu coração! Minha devoção, o meu amor a todos aqueles baluartes do espiritismo que estiveram em nosso meio. Quantos já passaram! Quantas pessoas maravilhosas! Cada um dando o que podia dar, o que sabia, mas todo mundo com a melhor intenção. Que essa diretoria também seja abençoada por Jesus e que consiga doar o que tem de melhor para a causa e para a Casa. Que a gente erre menos e trabalhe mais. Mande uma mensagem para o seu pessoal do CA (quarta-feira). DONA WANDA: Queridos companheiros de CA, trabalho em que fiquei tantos anos, fiz amigos, muitos já foram transferidos para outros trabalhos na Casa, mas começaram lá, muitos dirigentes começaram lá. Que Deus abençoe a todos. Que continuem firmes na Seara de Cristo. Que Jesus os cubra de bênçãos. Que vocês levem a mensagem do Evangelho adiante. Um beijo, um abraço a todos, a toda diretoria da Casa, que também são meus companheiros. seria um grande transtorno. Mas, como sempre buscamos abrir nossa mente à inspiração do plano maior, as ideias foram evoluindo e, após entendimento com os dirigentes de sala e a maioria dos alunos, chegamos à decisão final de mudar todos os cursos para o sábado de manhã. ANIVERSÁRIO ENTRE AMIGOS A área de Infância, Juventude e Mocidade do NESJ - Evangelização propõe a cada um de nós nos reconhecermos como Seres Espirituais, ressaltando nossas potencialidades e direcionando nossos pensamentos a um processo reflexivo. Precisamos renovar os sentimentos, as energias, trabalharmos pela causa de Jesus Cristo – o Amor. Estudando e vivenciando Seu Evangelho e a Doutrina Espírita. No final de semana dos dias 19 e 20 de março, estivemos no “Encontro de Jovens no CEKEB - Centro Espírita Kardecista Eurípedes Barsanulfo”, em Itapecerica da Serra. O tema do encontro foi “Amor é um dom Supremo”. Tudo começou assim: Primeiro o convite, depois o acolhimento, a busca daqueles que representariam a nossa casa junto a amigos queridos, tudo pronto, a chegada, as boas vindas, as vibrações de alegria, os encontros e reencontros entre espíritos afins. Bondade, Fraternidade, Indulgência, Respeito, Perseverança, Resignação, Justiça, Humildade, Desapego... As reflexões, a busca de conquistas do Espírito, o estímulo para ampliar estes valores, as vivências, a arte, as emoções. Vibrações a nos envolverem cada vez mais amorosamente. A música presente em todos os momentos, fortalecendo nossos pensamentos... Para comemorar 77 anos, o NESJ recebeu seus grandes amigos numa festa inesquecível! O alto astral tomou conta desse domingo, 03/04/2016. Com a música e o bom humor de Allan Vilches provocando uma grande harmonia e uma descontração geral. Na conclusão o resultado: união, alegria, amizades, despedidas e o até breve, pois os laços que nos unem nunca serão rompidos. Estamos irmanados nos mesmos ideais, a nossa evangelização; o desejo de fazer germinar em nós as sementes das conquistas do Espírito rumo ao objetivo final: o amor supremo. Gratidão, Gratidão, é o sentimento do grupo que representou o NESJ no Encontro de Jovens do CEKEB. A Evangelização acontece todos os sábados e domingos das 10h00 às 11h30. Aguardamos vocês, crianças, jovens e responsáveis! Venham se juntar a nós! EQUIPE DE EVANGELIZADORES. Área da Infância, Juventude e mocidade. 6 Jornal_NESJ_Maio_Ok.indd 5-6 3 16/05/16 05:35 PM ENTREVISTA depois, uma amiga deixou cair essa boneca e quebrou o rosto. Acabou essa fase. Início na doutrina Meu pai, que trabalhava na União Federativa Espírita Paulista, fazia Sessão em nossa casa, com o Dr. Cesar Castiglione, que era um amor de pessoa, contava casos de morrer de rir. Eu fui conhecendo o Espiritismo na prática. Meu pai sentava na cabeceira da mesa, porque ele acompanhava todo o trabalho que se desenvolvia. Ele tinha muita vidência e era médium de transporte, também. Essas sessões eram uma espécie de A2 e doutrinação com amor. Dessa época, eu me lembro de um livro chamado “Lázaro Redivivo”. A capa era o Lázaro dentro de um caixão, eu olhava aquele desenho... dava uma impressão... para uma criança não era nada agradável. A vizinhança não implicava, pois não se fazia barulho. Alguns até participavam. WANDA COLLINO ABRE O SEU CORAÇÃO O Jornal Segue a Jesus inicia a série NESJ HISTÓRIA com entrevistas de colaboradores que são fundamentais para que nossa Casa tenha chegado aos dias de hoje, com esta força e vitalidade. A todos eles o nosso carinho e a nossa gratidão. A primeira entrevista é com nossa querida Dona Wanda. Baseada nas respostas recebidas, apresentamos suas opiniões, lembranças e pensamentos divididos em blocos temáticos. Infância Minha família era bastante harmoniosa. Quando eu nasci, meu pai já era espírita. Meus irmãos eram maravilhosos. Dentre eles, José foi o escolhido para ser meu padrinho de batismo. Nosso núcleo familiar era composto de meu pai João, minha mãe Irene, cinco Irmãos, duas irmãs e eu, a caçula dessa turma. Estudei no Externato Imaculada Conceição, na Casa Verde mesmo. As freiras não sabiam que a gente era espírita. A matéria que mais gostava era História e a que menos gostava era Matemática. Desde sempre gostei de ler. A gente brincava na rua e também em casa, sempre tive muitos amigos. Uma vez esqueci minha boneca fora de casa, à noite veio uma chuva e a boneca, que era de papelão, simplesmente desmanchou. Depois, para compensar, ganhei uma boneca de louça de um parente muito rico. Trouxe-me aquela boneca linda, ruiva, eu também era ruiva. Tempos Meu pai e amigos faziam parte de um grupo que tomava conta dos Centros. Eram chamados de “delegados”. Aqueles que não estavam seguindo a doutrina de Kardec, eles fechavam. Tinham autoridade pra fechar e os Centros não abriam mais. Tinha gente que não falava que era espírita, ele (meu pai) gostava e se declarava sempre. Mocidade, trabalho e casamento Eu era uma moça prendada. Cozinhava, costurava. Era hábito na época e minha mãe exigia que fosse assim. Trabalhei fora desde muito cedo. Na Caixa Econômica Estadual entrei em 1962 e fiquei até aposentar-me. Conheci o Enéas, meu futuro marido, quando ele veio morar na minha rua (Rua Casa Verde, hoje Bernardino Fanganielo); era um namoro muito regrado, minha mãe não deixava que eu frequentasse ‘bailinhos’. A adaptação dele com minha família foi rápida. Meus irmãos logo se entrosaram com ele, pois tinham em comum o amor pelo futebol. Fundaram um time e passaram a jogar juntos. Vieram meus primos, além dos amigos do meu irmão Nelson, que ficou grande amigo do Enéas. Na parte musical, gostávamos de bolero. A gente cantava muito. Nesse período, minha mãe já autorizava a ida aos bailes, a gente passou a frequentar festinhas familiares. Dançávamos bastante. Casamo-nos na igreja de Santo Eduardo (Rua dos italianos), a festa foi na casa de meus pais, onde dançamos a valsa “Branca”, que passou a ser a música do casal. Fui mãe, pela primeira vez, aos vinte anos, quando nasceu o Néinha e dois anos depois, nasceu a Wandinha. O terceiro, Elcio, veio mais tarde. Memórias afetivas do NESJ Eu me lembro da construção do imóvel da Rua Urandi. Começou pequenininho. Fizeram a primeira casa. Tinha uma zeladora que morava lá, fazia café para as pessoas. Depois, fizeram o salão da entrada principal. Então, construíram ‘para cima’. Fiz curso de plantonista, cromoterapia, escola de médiuns e aprendizes do Evangelho. Não tinha estudo antes dos trabalhos, a gente entrava, uns ficavam lendo livro, outros conversando; a Terezinha que mudou isso. Implantou o estudo uma hora antes do trabalho. Isso foi muito bom. Sempre gostei do estudo. Havia dois quadros muito lindos pintados pela Dona Helena Loesch esposa do Sr. Aberides, que viria a se tornar presidente da Casa. Um quadro representava Jesus sobre as ondas, o outro Jesus aplicando passe numa criança doente. Eram maravilhosos, enormes... Ficavam no salão. Daí, as pessoas começaram a se benzer diante deles, outros punham flores, algumas se ajoelhavam. Colocaram na sala de passes, a veneração continuou; então tiraram e fizeram uma doação. Algumas pessoas, até hoje, têm saudade desses quadros. Eu não fiz parte da “Mocidade do Nesj”, pois trabalhava e quando chegava sábado e domingo tinha todo o serviço para fazer. Não tinha tempo. Meu marido participava. Entre outras ações da Mocidade, eles saiam nas ruas fazendo campanhas de arrecadação de alimentos. Eu tinha amizade com todos eles, minhas sobrinhas participavam. Era uma mocidade muito linda que marcou muito a história do Nesj. Ficou em minha memória a Campanha Auta de Souza, eles deixavam um saquinho nas casas num Sábado e voltavam para recolher na semana seguinte. Provações Houve um tempo que eu tive muitas dificuldades, pois trabalhava de dia e frequentava o Núcleo à noite. Quando me aposentei, passei a ir ao NESJ de segunda à sexta, onde me dediquei a diversos trabalhos, especialmente no CA. Meu marido se queixava de tanta dedicação, porém enfrentei com minha fé todas as divergências em meu lar. Um dia em minha casa, consultando em prece o porquê das constantes mudanças de humor por ele apresentadas, tive uma vidência e compreendi que em vidas passadas ele fora um suicida, assunto que nunca mencionei a ele e familiares para preservá-los, porém tive um novo entendimento para esse problema. Mediunidade A primeira vez que tive uma vidência, eu era novinha, foi antes de me casar. Eu vi um homem baixinho, ele tinha muita luz em volta, talvez por isso não tive medo. Ele era parecido com meu irmão José. Tinha o cabelo ruivo, era um senhor muito bonito, corado e ele estava sorrindo. Depois, descrevi para o meu pai e ele me disse: “Você viu meu pai, seu avô”, que eu não chegara a conhecer. Numa outra vez, foi assustador, meu pai estava numa sessão na casa de minha tia. A mãe da Terezinha também vinha nessas sessões. Eu estava em casa meio nervosa com as crianças, de repente viro para trás e vejo um homem negro de roupa preta, uma fita vermelha na altura do pescoço, lembrava um feitor do tempo da escravidão. Eu tomei um susto danado. Eu estava no tanque, aí falei pra ele: “Vai pra sessão, na casa da minha tia”. Peguei as duas crianças e subi correndo a Rua Casa verde. Quando cheguei lá, ele estava sendo doutrinado. Ele obedeceu e foi esclarecido. Foi uma vidência muito real. Trabalhei no P3A, P3E, a gente aprende muito com a experiência deles, aprende até o que não é para fazer. Trabalhava na doutrinação, esclarecimento. Também trabalhei na assistência social, plantão, A2 e no CA, foram muitos anos. Pessoas inesquecíveis Muitas. A Clélia, irmã do Celso, uma criatura maravilhosa. A mãe da Terezinha, dona Laurinda... pessoas tão boas. A Terê é minha amiga há quarenta anos. A turma de sexta-feira do CA, a turma de quarta. Antonieta, mãe da Leni, um amor de pessoa. Trabalhava na sexta-feira. A gente voltava dando risada. Ela falava assim: “Agora saímos todas contentes voando na rua. Mas logo vamos entrar na gaiola”. Dona Adelina, mãe da Antonieta, era muito engraçada. Para saber quem ia fazer café, na segunda-feira, perguntava: “Quem é a cafetina, hoje?”. O bom-humor é fundamental. Opiniões CHICO XAVIER: Conheci lá em Uberaba. Fomos em caravana. Ele já estava bem doentinho. Limitando as pessoas a serem recebidas. Isso foi em 1997. Eu estava lá fora no quintal, a porta estava fechada. Não podia entrar. E eu lá fora, morrendo de dor. Então, veio o ‘filho’ dele e disse: “A senhora pode entrar”. Fui lá dentro, vi e cumprimentei o Chico. Fiquei tão pequena diante daquele Espírito tão elevado! A vida do Chico não cabe num só filme. DIVALDO PEREIRA FRANCO: Eu gosto muito dos vídeos do Divaldo. Ele contando casos do Chico é muito engraçado. Ele traz muito conhecimento. Histórias ótimas. JERÔNIMO MENDONÇA: O gigante deitado. Assisti a uma palestra dele no Nesj. Foi um acontecimento, a Casa estava lotada. Aquele homem tão sofrido, com tanta dor, tinha um tijolo no peito, suava... ficava num tipo de maca, meio Tel: 3965 3222 4 Jornal_NESJ_Maio_Ok.indd 7-8 5 16/05/16 05:35 PM