Mensagem da DIREX para o MOVESP

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Mensagem da DIREX para o MOVESP
União Espírita Paraense
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MENSAGEM DA DIRETORIA EXECUTIVA AOS ESPÍRITAS PARAENSES
Irmãos no ideal Espírita,
O Espiritismo, conforme promessa de Jesus de que enviaria em tempo
oportuno o Consolador, para “ensinar todas as coisas e recordar tudo o que Ele
havia dito”, tem-se difundido por todas as partes da Terra, levando a mensagem
restaurada do Cristianismo a todas as gentes.
A expansão da Doutrina Espírita contraria o interesse de todos aqueles,
encarnados e desencarnados, que desejam a permanência da situação atual, ou
seja, da mentira, da sensualidade, do desamor, do egoísmo e do orgulho
desmedido.
Esses inimigos da luz, utilizando todos os recursos de que possam
dispor, sem nenhum tipo de escrúpulo, pois que não estão balizados pela moral
cristã, que preconiza o amor à verdade e ao semelhante, trabalham pela
prevalência da violência, das guerras, do assassínio, do suicídio, do aborto, da
pedofilia, da desunião e de tantos outros equívocos provenientes do
distanciamento do homem de sua realidade espiritual.
Independente de suas ações, a difusão do Espiritismo tem trazido
mudanças significativas na vida do homem moderno no mundo inteiro.
E, impossibilitados de impedir o seu avanço - apesar de terem utilizado
todos os ardis que a mentira e a ignorância podem engendrar -, pois que o
Espiritismo possui adeptos destemidos, que prosseguem na luta mesmo sob o
peso de imensos sacrifícios pessoais, deliberaram por utilizar a antiga tática de
guerra relatada por Homero em seus poemas ILIADA E ODISSEIA: o cavalo de
tróia. Ou seja, resolveram atuar de dentro para fora do movimento espírita,
buscando desacreditá-lo, comprometê-lo.
A Diretoria Executiva desta UEP, em respeito a sua responsabilidade
perante o Movimento Espírita Paraense diante da proliferação de livros ditos
espíritas lançados nos últimos anos no cenário brasileiro oferece a presente
reflexão convidando os espíritas comprometidos com a preservação da pureza
doutrinária à análise do assunto, com base nas orientações de Jesus, do Apóstolo
João, do Codificador e de diversos Espíritos, através de mensagens recebidas
por médiuns que merecem nossa confiança, pelo exemplo de vida e dedicação à
nossa Doutrina.
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União Espírita Paraense
AS ORIENTAÇÕES
Jesus, em Lucas, nos exorta:
“Que fazes, portanto, dos talentos preciosos que repousam em teu coração,
em tuas mãos e no teu caminho? Vela por tua própria tarefa no bem, diante do
Eterno, porque chegará o momento em que o Poder Divino te pedirá: Dá conta
da tua administração”.
João Evangelista, na epístola I, cap. IV: 1, alerta:
“Caríssimos, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos
são de Deus, porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no
mundo”.
Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, cap. XXXI – Dissertações Espíritas
- Comunicações apócrifas:
“Muitas comunicações há, de tal modo absurdas, que, embora assinadas com
os mais respeitáveis nomes, o senso comum basta para lhes tornar patente a
falsidade.
Outras, porém, há, em que o erro, dissimulado entre coisas aproveitáveis,
chega a iludir, impedindo às vezes se possa apreendê-lo â primeira vista. Essas
comunicações, no entanto, não resistem a um exame sério”.
Espírito Erasto, em O Livro dos Médiuns, cap. XX, item 230:
"Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos velhos provérbios. Não admitais,
portanto, senão o que seja, aos vossos olhos, de manifesta evidência. Desde que
uma opinião nova venha a ser expendida, por pouco que vos pareça duvidosa,
fazei-a passar pelo crisol da razão e da lógica e rejeitai desassombradamente o
que a razão e o bom senso reprovarem. Melhor é repelir dez verdades do que
admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea. Efetivamente, sobre essa
teoria poderíeis edificar um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro
sopro da verdade, como um monumento edificado sobre areia movediça, ao
passo que, se rejeitardes hoje algumas verdades, porque não vos são
demonstradas clara e logicamente, mais tarde um fato brutal, ou uma
demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade”.
Através de Francisco Cândido Xavier - Mensagem “UNIFICAÇÃO” de
autoria do venerável Dr. Bezerra de Menezes, exarada em 20/04/1963:
“[...]A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração
tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção.
Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à
filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe
divinize as aspirações, mas que a base Kardequiana permaneça em tudo e todos,
para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces em que se nos
levanta a organização.
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Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja.
Acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas,
honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então
cadaverizados em arregimentações que nos mutilarão os melhores anseios,
convertendo-nos o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada
em novas interpretações e teologias, que nos acomodariam nas conveniências do
plano inferior e nos afastariam da verdade.
Allan Kardec, nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de
que nossa fé não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece
sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento.
Libertação da palavra divina é desentranhar o ensinamento do Cristo de todos
os cárceres a que foi algemado e, na atualidade, sem querer qualquer privilégio
para nós, apenas o Espiritismo retém bastante força moral para se não prender a
interesses subalternos e efetuar a recuperação da luz que se derrama do verbo
cristalino do Mestre, dessedentando e orientando as almas.
Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, a
nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em
nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que
o mundo conturbado espera de nós pela unificação.
[...] É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos
Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem
profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de
conquista a poderes terrestres transitórios.
[...] Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos”.
Idem, Vianna de Carvalho, em 04/11/1970, no Centro Espírita “Caminho
da Redenção”, em Salvador, Bahia:
“A responsabilidade dos que travaram contato com a Mensagem de Jesus,
desvelada e atualizada pelos Espíritos, é muito grande, pois que àquele que
usufrui a bênção do esclarecimento não se pode conceder a indulgência da
leviandade, nem tampouco a reprochável conduta da indiferença em face das
magnas questões que se agigantam em todo lugar.
Vigem, em muitos setores da prática espiritista, normas e diretrizes
ultrajantes à Mensagem de que Allan Kardec foi instrumento do Alto, seja por
negligência de muitos dos seus membros, seja pela crassa ignorância daqueles
que assumem responsabilidades definidas, ante os dispositivos abraçados, sem
os necessários recursos culturais indispensáveis.
Ante a grandeza da Revelação, por estarem acostumados às limitações típicas
das seitas do passado, ou porque ainda vinculados às superstições nefandas dos
dias recuados, muitos pseudo-espiritas pretendem reduzir a grandeza
imensurável do Espiritismo à estreiteza de uma nova seita, em cujo organismo
grassem os erros derivados da incompetência e do abastardamento, de que o
desconhecimento da Codificação se faz motivação poderosa.
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União Espírita Paraense
O movimento espírita cresce e se propaga, mas a Doutrina Espírita
permanece ignorada, quando não adulterada em muitos dos seus postulados,
ressalvadas as excelentes e incontáveis exceções.
Impostergável, portanto, o compromisso que temos, todos nós,
desencarnados e encarnados, de estudar e divulgar o Espiritismo nas bases
nobres com que no-lo apresentou Allan Kardec, a fim de que o Consolador, de
que se faz instrumento, não apenas enxugue em nós os suores e as lágrimas, mas
faça estancar, nas fontes do sofrimento, as causas de todas as aflições que
produzem as lágrimas e os suores”.
Por intermédio de Divaldo Pereira Franco: Vianna de Carvalho, em
17/07/2006, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia:
“O Espiritismo ainda não completou o seu sesquicentenário de surgimento na
Terra e as mesmas nuvens borrascosas ameaçam-no de extermínio, por
invigilância de alguns dos seus profitentes...
Não vos esqueçais! Estais comprometidos, desde antes da reencarnação, com
o Espiritismo que agora conheceis e vos fascina a mente e o coração. Tende
cuidado! Evitai conspurcá-la com atitudes antagônicas aos seus ensinamentos e
imposições não compatíveis com o seu corpo doutrinário.
Retomar as bases e vivê-las qual o fizeram Allan Kardec e todos aqueles que
o seguiram desde o primeiro momento, é dever de todo espírita que travou
contato com a Terceira Revelação judaico-cristã porque o tempo urge e a hora é
esta, sem lugar para o campeonato da insensatez”.
Ibidem, Bezerra de Menezes, Reunião Ordinária do Conselho Federativo
Nacional, realizada na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília,
DF, em 8/11/ 2009.
“Mantende-vos fiéis aos postulados da Codificação Espírita que restaura em
sua pulcritude a mensagem de Jesus. Esforçai-vos para que daqui saiam as
claridades diamantinas do Evangelho em espírito e verdade a espalhar-se pela
nacionalidade brasileira nos próximos festivos dias de gratidão e de exaltação ao
incomparável Mestre galileu. E, das terras formosas do Cruzeiro, espraiem-se as
notícias libertadoras por toda a Terra, iniciando verdadeiramente o período
novo”.
Ibidem, Bezerra de Menezes, na mensagem “Lutas” através de Divaldo
Franco:
“Nosso modelo é Jesus, para Quem não houve lugar no mundo. O
Codificador igualmente seguiu-Lhe as pegadas e soube arrostar as
consequências do messianato a que se entregou, incorruptível e tranquilo.
Lamentamos que as maiores dificuldades sejam intestinas em nosso
Movimento, mas compreendemos que as criaturas se demoram em diferentes
patamares de consciências, possuindo a ótica própria para observação dos fatos e
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interpretação da mensagem. Já que não nos é lícito impor a proposta espírita
libertadora, não nos preocupemos com as imposições que nos chegam.
Atuando no bem e sabendo confiar no tempo, levaremos a mensagem de
libertação da Doutrina Espírita às diferentes Nações da Terra, pulcra, conforme
no-la legaram os Espíritos por intermédio de Allan Kardec e dos seus discípulos
mais dedicados.
O nosso compromisso é com Jesus, o Amor, e com Allan Kardec, a razão,
para que a religião cósmica da verdade domine os corações humanos,
restaurando no planeta a era da legítima fraternidade”.
Há que se recordar, ainda, o feliz relato de Chico Xavier, fruto de uma
conversa que teve com o Espírito Emmanuel:
"Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu
que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria,
acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e,
disse mais, que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não
estivesse de acordo com as palavras de Jesus e de Kardec, que eu devia
permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo”.
RECOMENDAÇÕES ÀS CASAS ESPÍRITAS
A União Espírita Paraense alinha-se as orientações acima descritas e
ressalta que a Doutrina Espírita possui um incalculável acervo de obras que
expõem com clareza e fidelidade a Doutrina dos Espíritos, modernamente
facilitadas ao conhecimento público em formatos de livros, DVD, CD, áudio
books, novelas, produções cinematográficas, documentários etc.
E sua Diretoria ao apresentar as recomendações a seguir ao Movimento
Espírita Paraense, entende que as Casas Espíritas possuem realidades
diferenciadas que devem ser respeitadas em sua liberdade de agir:
A.
Revigoramento, constante, junto aos grupos de estudos, da
importância das obras básicas da Doutrina Espírita codificada
por Allan Kardec, como fonte de libertação do Homem. Há que
lembrar a Revista Espírita, importante instrumento para o
entendimento do pensamento do codificador.
B.
Sempre que possível relembrar as obras de autores clássicos da
Doutrina Espírita, tais sejam: Camille Flamarion, Léon Denis,
Gabriel Delanne, dentre outros.
C.
Conhecimento do trabalho desenvolvido pelos vultos das
primeiras horas do Espiritismo no Brasil como Adolfo Bezerra de
Menezes, Anália Franco, Antonio Gonçalves Batuíra, Artur Lins
de Vasconcelos, Cairbar Schutel, Corina Novelino, Euripedes
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Barsanulfo, Inácio Bittencourt, José Petitinga, Vianna de
Carvalho, dentre outros.
D.
Difusão mais ampla das obras da lavra da mediunidade de Chico
Xavier; Ivone do Amaral Pereira; Divaldo Pereira Franco, José
Raul Teixeira, e ainda, criação de oportunidades de divulgação
das de autores encarnados, como Richard Simonetti, Marlene
Nobre, Suely Caldas Schubert, César Perry de Carvalho, Sandra
Borba, Cosme Massi, etc.
E.
Reuniões periódicas com as lideranças das áreas de estudos em
geral, considerando-se a Infância, Juventude, ESDE, EADE,
Mediunidade, Atendimento Espiritual, Assistência e Promoção
Social para avaliar programas aplicados, bem como as
bibliografias de referência e as metodologias utilizadas;
F.
Na realização de Palestras ao público ou de eventos internos
orientar os expositores e condutores de temas a informar a
bibliografia pesquisada, mecanismo que servirá de estímulo à
procura desses produtos os quais poderão estar expostos na
livraria do Centro, se houver.
G.
Constituição de um grupo de pessoas com sólido conhecimento
doutrinário para efetuar a pré- análise das produções a serem
vendidas pela sua Livraria e as colocadas no acervo da Biblioteca.
Esse grupo deve conhecer, inclusive, recomendações de Allan
Kardec contidas nas obras abaixo descritas:
a) O Livro dos Médiuns, Cap.X - Natureza das Comunicações,
Questões 134 a 137;
b) O Livro dos Médiuns, Cap. XX - Da Influência Moral do Médium,
Questões 227 a 229 e 230 - mensagem de Erasto;
c) O Livro dos Médiuns, Cap. XXIV - Da Identidade dos Espíritos,
Questões 266, 267 e seu itens, 268 e seus itens;
d) Revista Espírita Novembro de 1859 - Deve-se publicar tudo quanto
dizem os Espíritos?;
e) Revista Espírita de Maio de 1863 - Exame das comunicações
medianímicas que nos são dirigidas.
Portanto, irmãos espíritas paraenses! Revigoremos o nosso ânimo, e
tomemos sobre nós o honroso encargo de difundir a Doutrina Espírita com a
pureza que ela nós foi entregue pela falange do Espírito da Verdade, através
das mãos abençoadas de Allan Kardec.
Os membros da Diretoria Executiva colocam-se à disposição para
trocas de informações.
Com fraternidade abraçamos os irmãos em Cristo.
Najda Maria de Oliveira Santos – Presidente da UEP
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