4.1d Mercantilismo
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MERCANTILISMO (5a. Parte) Companhias de Comércio CURSO: Administração DISCIPLINA: Comércio Exterior FONTE: DIAS, Reinaldo. RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior Teoria e Gestão. Atlas. São Paulo: 2004. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 1 Companhias de Comércio Eram sociedades por ações que detinham cartas especiais outorgadas pelos Estados, – concedendo-lhes privilégios, em sua maior parte monopolísticos e – tinham funções colonizadoras e administrativas nas regiões em que lhes fosse concedida a exploração. – se constituíam de mercadores que se uniam com o objetivo de explorar novas terras e possibilitar as expedições, instalação de feitorias etc., o que demandava enormes quantias de dinheiro. MERCAR = fazer comércio; comprar algo para vender; comerciar MERCADOR = aquele que merca (compra); que compra para revender; negociante. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 2 BRASIL - fechamento e abertura do comércio com outras nações Comércio exclusivo com Portugal No ano de 1606, proibiu-se que o comércio de artigos do Brasil fosse realizado com outro país que não fosse Portugal. Comércio com o resto do mundo A medida perdurou até 1808, quando se abriram os portos brasileiros ao comércio com as nações amigas. Quando o comércio com determinado país passava a ser monopólio real, os particulares que se atreviam a tentar o escambo com aquela nação, do ponto de vista legal, eram tratados como contrabandistas. ESCAMBO = troca de mercadorias/serviços, sem usar moeda. CONTRABANDO = importar/exportar mercadorias proibidas. CONTRABANDISTA = quem pratica comércio ilícito; muambeiro. MUAMBA = mercadoria contrabandeada. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 3 Reação contra da Inglaterra e Holanda A INGLATERRA e a HOLANDA foram os primeiros países a tentar romper esse privilégio, incentivando a expansão do comércio exercido por particulares, que empregavam muitas vezes a força e práticas agressivas no comércio com outras regiões. Nos séculos XVI e XVII se formaram várias companhias, constituídas por sociedade de acionistas. A primeira delas foi formada na Inglaterra e denominava-se “Companhia dos aventureiros mercadores” e contava com 240 acionistas, que entraram cada um com 25 libras na sociedade. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 4 Viagens da Holanda . BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 5 União dos Corsários com a Realeza O famoso corsário inglês Francis Drake combatia os espanhóis com navios emprestados pela própria rainha da Inglaterra, que, em troca, possuía ações do empreendimento. Numa dessas expedições de pirataria, Drake obteve um lucro de 4.700%, dos quais a rainha Elisabeth recebeu 250 mil libras como sua cota. CORSO = modo de vida errante de povos bárbaros. CORSÁRIO = pirata, aventureiro PIRATA = aventureiro dos mares que pilha navios mercantes e povoações costeiras. Mesmo as expedições de corsários foram organizadas em bases de sociedades por ações. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 6 Companhia Inglesa das Índias Orientais Foi uma das mais famosas companhias inglesas, formada por 101 mercadores em 1600. A rainha Elisabeth deu-lhes carta de privilégio, – concedendo exclusividade para comercializar com as Índias por 15 anos, – facultando a manutenção de força armada no mar e em terra, – fundar feitorias e fortalezas e – nomear administradores. Consistia de uma sociedade de capitais, ações, que se vendiam na Bolsa. A companhia recebeu do Estado o monopólio comercial das Índias Orientais pela rota do Cabo. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 7 Outras Companhias de Comércio Inglesas Levant Company English Moscovy Company, que comerciava com a Rússia Virginia Company, que fundou a 1a. colônia inglesa no atual território EUA Royal Africa Company, que negociava escravos Hudson Bay Company, que detinha o monopólio do comércio no Canadá. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 8 Companhia Holandesa das Índias Orientais Foi constituída, em 1602, na HOLANDA, nos mesmos moldes que a inglesa, formada pela reunião de outras de menor importância. Os privilégios outorgados pelo Estado foram enormes: - monopólio do comércio, - soberania sobre os territórios que adquirisse, - direito de paz e guerra sobre os nativos que encontrasse. Foi criada em 1621 e obteve o privilégio do comércio no Atlântico, abrangendo a África Ocidental, o Brasil e o restante da América. Estabeleceu-se em Curaçao (Antilhas) e em alguns pontos do Brasil, em especial em RECIFE. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 9 Companhia Holandesa das Índias Ocidentais Na América do Norte fundaram uma pequena feitoria em 1626, que denominaram Nova Amsterdã, que, ao ser conquistada pelos ingleses em 1664, teve seu nome alterado para NOVA YORK. Entre seus objetivos estava a invasão do Brasil para criar uma colônia holandesa de exploração econômica e principalmente o controle da produção de açúcar. Em 1674, 20 anos após a expulsão dos holandeses do Brasil, a Companhia se dissolveu, pela diminuição dos lucros. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 10 Companhias Francesas Na FRANÇA, as primeiras companhias foram criadas para exploração do Canadá e ilhas americanas (Antilhas). Foram criadas: - Companhia do Norte (para exploração do Mar Báltico); - Companhia do Levante (para o Mediterrâneo Oriental); - Companhia do Senegal - Companhia das Índias Ocidentais e Orientais Na ESPANHA, as primeiras companhias surgiram somente no século XVIII: - Companhia Guipuzcoana de Caracas (1728); - Companhia de La Habana (1740), - Real Companhia das Filipinas (1785), - entre outras. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 11 Quebra do Monopólio Português As companhias de comércio desempenharam um papel fundamental na quebra do monopólio português no Oriente no século XVII (1600). Os novos conquistadores, através das Companhias de Comércio – holandesas, inglesas e francesas -, acabaram com o privilégio das embarcações lusas. BLOG: www.boscotorres.com.br EMAIL: [email protected] 4.1d Mercantilismo 12
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