Número 3 - Sociedade Brasileira de Geofísica

Transcrição

Número 3 - Sociedade Brasileira de Geofísica
BOLETIM
Agenda
Eventos
43º Congresso Brasileiro de Geologia
Promoção: Sociedade Brasileira de Geologia
3 a 8 de setembro de 2006
Aracaju – SE
Informações: www.43cbg.com.br
Rio Oil & Gas 2006
Promoção: Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP)
11 a 14 de setembro de 2006
Riocentro - Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 2112-9000 / [email protected]
II Simpósio Brasileiro de Geofísica
Promoção: SBGf
21 a 23 de setembro de 2006
Natal – RN
Informações: http://simposio.sbgf.org.br/
EAGE Research Workshop 2006
From Seismic Interpretation to Stratigraphic
and Basin Modelling - Present and Future
25 a 27 de setembro de 2006
Grenoble - França
Informações: www.eage.org
SPE Annual Technical and Exhibition
Organização: Society of Petroleum Engineers - SPE
24 a 27 de setembro de 2006
San Antonio - Texas - EUA
Informações: www.spe.org
SEG - 2006 Annual Meeting
1 a 6 de outubro de 2006
New Orleans - Louisiana – EUA
Informações: www.seg.org
XIII Congreso Venezuelano de Geofísica
Promoção: Sociedade Venezuelana de Engenheiros
Geofísicos (SOVG)
22 a 25 de outubro de 2006
Caracas - Venezuela
Informações: www.congresogeofisica-sovg.org
12º Abu Dhabi International Petroleum
Exhibition & Conference
Promoção: SPE International / Emirates Society of
Geoscientists (ESG)
5 a 8 de novembro de 2006
Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)
Informações: www.adipec.com
AAPG
Promoção: American Association of Petroleum
Geologists - AAPG
5 a 8 de novembro de 2006
Perth - Austrália
Informações: www.aapg.org
Brazil Onshore Conference and Exhibition
Promoção: IBP e SPE Seção Brasil
28 a 30 de novembro de 2006
Natal - RN
Informações: www.spe.org
Workshop sobre Sísmica Passiva
Aplicativos de monitoramento e exploração
Promoção: IBP e SPE Seção Brasil
10 a 13 de dezembro de 2006
Dubai (Emirados Árabes Unidos)
Informações: www.eage.org
Publicação da Sociedade Brasileira de Geofísica - Número 3/2006
Confira nesta edição:
Editorial
Divulgar a Geofísica
Página 2
Homenagens
Paulo Osório (In Memoriam)
Página 2
Carlos E.M. Fernandes
Página 10
Fórum sobre águas profundas terá bis nos EUA
Cento e cinquenta geofísicos do mundo inteiro participaram em agosto no Rio de Janeiro
do Fórum Desafios em Águas Profundas. Fruto da parceria entre a SEG e a SBGf, o evento
foi considerado um sucesso do ponto de vista técnico e contou com a presença maciça de
geocientistas de alto nível, tanto das companhias de serviço como das principais operadoras
de petróleo.
"Espero que este êxito abra portas para novos eventos que realizaremos no Brasil", afirmou
Edmundo Marques, chairman do Fórum e diretor-geral da SBGf. Segundo ele, o Brasil é
referencia mundial no desenvolvimento e produção de petróleo em águas profundas, mas o
evento demonstrou que a geofísica também pode estar à frente dos avanços tecnológicos.
Edmundo atribuiu grande parte dos bons resultados à equipe brasileira do comitê organizador,
a quem aproveitou para expressar seu agradecimento: Alexandre Maul, Jonilton Pessoa,
Marcos Galotti, Patricia Lugão e a coordenadora de eventos Renata Vergasta.
O encontro recebeu tantos elogios que será reprisado no Congresso da SEG, nos EUA. Cinco
palestrantes repetirão suas apresentações em Nova Orleans no dia 5 de outubro, em um
workshop intitulado "O melhor do D&P Forum", a ser coordenado por John Waggoner e Michael
Payne. Na próxima edição, o Boletim SBGf apresentará uma matéria especial sobre o Fórum.
Tecnologia
Executivos debatem
Sísmica 4D
Ciclo de palestras técnicas
Página 5
Operadoras
Petrogal descobre o Brasil
Página 7
Foto: Fernando Zaider
CONVOCAÇÃO
Internacional
Convidamos todos os Sócios, em dia com suas obrigações estatutárias, para que compareçam à 28ª
Assembléia Geral Ordinária da SBGf a ser realizada no dia 22/09/2006 às 16h45min (Auditório 4 A, 4º piso
do Centro de Convenções) no Hotel Parque da Costeira – Via Costeira, Km 07 – Parque das Dunas, na
Cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, por ocasião do II Simpósio Brasileiro de Geofísica da Sociedade
Brasileira de Geofísica, com a seguinte ordem do dia:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Atividades da Diretoria.
Atividades das Divisões Regionais.
Análise e votação do Relatório Financeiro (2005).
Anuidade 2007.
Revista Brasileira de Geofísica.
Assuntos Gerais.
Intercâmbio no Congresso
da EAGE
Página 4
Mais um brasileiro na SEG
Página 10
Eventos
II SIMBGF confirma
conferências
SBGf / Diretoria
2008 será o Ano do
Planeta Terra
NOTA DE FALECIMENTO
É com imenso pesar que a Diretoria da SBGf comunica o falecimento do nosso associado Frederico Aguiar
Ferreira Gomes, ocorrido de modo súbito no dia 23 de agosto, na Nigéria, onde atuava pela Petrobras.
Mestre em Geofísica pela UFBA, Frederico foi conselheiro da Divisão Regional Nordeste Setentrional e
esteve sempre presente aos principais eventos da SBGf.
Congresso Brasileiro de
Geologia
Páginas 8 e 9
II Simexmin 2006
Página 6
12
Solenidade de abertura: Edmundo Marques, Terry Young e Michael Payne.
Diagnóstico Geofísica:
Um olhar sobre a geofísica brasileira
Com o mercado de trabalho de Geofísica aquecido no Brasil, a área acadêmica
experimenta dificuldades para renovar os quadros docentes das universidades. Essa é
uma das conclusões do Diagnóstico Geofísica realizado este ano pela diretoria da SBGf,
que a cada dez anos lança um olhar mais profundo sobre o setor de geofísica no Brasil.
Para a coordenadora do Diagnóstico Geofísica, professora Naomi Ussami, uma das
alternativas para repor quadros nas universidades é melhorar a competição no vestibular
para que surjam novos talentos acadêmicos. (Página 3)
Câmara aprova regulamentação
da profissão de geofísico
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou
em 2 de agosto o Projeto de Lei 4796/05, que disciplina a profissão de geofísico no Brasil.
Como tramitava em caráter conclusivo, a proposta não precisou ser votada em plenário e
seguindo, portanto, para a análise do Senado. De acordo com o projeto aprovado, a profissão
de geofísico ficará restrita aos portadores de diploma de graduação em Geofísica, Geologia ou
Engenharia Geológica. Os profissionais de nível superior que possuam outra formação, mas
que comprovadamente exerçam atividade de geofísico há pelo menos oito anos ininterruptos,
também poderão requerer o registro profissional.
Editorial
Diretoria da SBGf
Presidente
Renato Lopes Silveira (SESES)
Vice-presidente
Paulo Roberto Porto Siston (Petrobras)
Diretor geral
Edmundo Julio Jung Marques (Petrobras)
Diretor financeiro
Francisco Carlos Neves de Aquino (Petrobras)
Diretor de Relações Institucionais
Carlos Eiffel Arbex Belem (Ies Brazil Consultoria)
Diretor de Relações Acadêmicas
Naomi Ussami (IAG-USP)
Diretor de Publicações
Eduardo Lopes de Faria (Petrobras)
Conselheiros
Amin Bassrei (CPGG / UFBA)
Ana Cristina Fernandes Chaves Sartori (Geosoft)
Icaro Vitorello (INPE)
Jorge Dagoberto Hildenbrand (Fugro)
Jurandyr Schmidt (Petrobras)
Paulo Roberto Schroeder Johann (Petrobras)
Renato Marcos Darros de Matos (Aurizônia)
Ricardo Augusto Rosa Fernandes (Petrobras)
Sergio Luiz Fontes (Observatório Nacional)
Vandemir Ferreira de Oliveira (Petrobras)
Secretário Divisão Centro-Sul
Patrícia Pastana de Lugão (Strataimage)
Secretário Divsão Sul
Carlos Alberto Mendonça (USP)
Secretário Divisão Nordeste Meridional
Mario Sergio Costa (Petrobras)
Secretário Divisão Nordeste Setentrional
Aderson Farias do Nascimento (UFRN)
Secretário Divisão Norte
Cícero Roberto Teixeira Régis (UFPA)
Editor-chefe da Revista Brasileira de Geofísica
Cleverson Guizan Silva (UFF)
Expediente
Secretaria executiva
Ivete Berlice Dias
Luciene Camargo
Jornalista responsável
Fernando Zaider (MTb n. 15.402)
Programadora visual
Adriana Reis Xavier
Coordenadora de Eventos
Renata Vergasta
Tiragem: 1.500 exemplares
Distribuição restrita
Sociedade Brasileira de Geofísica - SBGf
Av. Rio Branco 156, sala 2.509
20043-900 – Centro
Rio de Janeiro – RJ
Tel: (55-21) 2533-4627
Fax: (55-21) 2533-0064
[email protected]
http://www.sbgf.org.br
Geofísica para pré-vestibulandos
Divulgar a Geofísica
Atenta à necessidade de divulgar suas atividades, a Sociedade Brasileira de
Geofísica, através da sua diretoria, esteve presente na Reunião Anual da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência, por ocasião da palestra do professor
Jesus Berrocal sobre Tsunamis e seus efeitos.
Com grande receptividade, o presidente da SBGf, Renato Silveira, realizou
apresentações em colégios do Ensino Médio dirigidas a alunos que ainda vão
prestar o vestibular. É fundamental revelar aos futuros universitários o que é a
Geofísica, quais são suas especialidades, a situação do mercado de trabalho e
as perspectivas futuras. São informações extremamente meritórias,
considerando o fato de que muitos se sentem frustrados no meio do caminho
com a carreira escolhida, vindo eventualmente a trocar de curso, em prejuízo
de seu tempo de graduação.
Adicionalmente, alunos de Graduação e pós-Graduação em Geofísica na
Universidade Federal Fluminense assistiram uma apresentação do presidente sobre
as características do profissional geofísico, suas atividades e mercado de trabalho
notadamente, no que diz respeito ao ensino e à pesquisa em Geofísica. Essa ação
considera a necessidade de renovação dos quadros profissionais nas áreas de ensino
e pesquisa, conforme constatação observada pelo Diagnóstico Geofísica, pesquisa
sobre o setor, coordenada pela professora Naomi Ussami no meio acadêmico.
Outro programa que divulga a Geofísica de forma extraordinária são as palestras
mensais realizadas na sede da Sociedade, no Rio de Janeiro, com o apoio da
Divisão Regional Centro-Sul. Os encontros têm trazido um número expressivo de
associados, incluindo executivos de empresas de petróleo e de prestação de
serviços, além de estudantes de graduação e pós. Vale destacar o tema de agosto,
a Sísmica 4D, que evidencia o papel da SBGf, alinhada com o estado-da-arte da
tecnologia, como cenário para a troca de experiências e informações profissionais.
Plena de êxito foi a Semana de Geofísica que a SBGf realiza anualmente em
parceria com Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Sempre com mais de 200 estudantes inscritos, o evento alcançou a sétima edição
com palestras de altíssimo nível. Já é um programa inserido no calendário técnicocientífico do estado do Rio de Janeiro.
A diretoria da SBGf parabeniza os colegas Geofísicos que devotadamente se
dedicam à organização desses eventos. Vemos com orgulho o bom resultado da
Escola de Verão da USP, realizada pelo Instituto de Astrofísica, Geofísica e Ciências
Atmosféricas (IAG), e encorajamos a realização de atividades similares por nossas
divisões regionais em suas unidades. Foi com grande satisfação que constatamos
o interesse da Divisão Regional Norte - Professor Cícero Roberto Teixeira Régis,
e da Divisão Nordeste Meridional - Mário Sergio Costa, em organizar a Semana
de Geofísica em suas respectivas unidades.
Representatividade da SBGf
se consolida na SEG
A fim de divulgar a Geofísica para alunos do
S e g u n d o G ra u , o p r e s i d e n t e d a S B G f, Re n a t o
Silveira, realizou, à convite, palestras na Escola
Modelo Cambaúba, na Ilha do Governador, e no
Colégio S. Vicente de Paulo, em Niterói.
De acordo com o presidente, as palestras têm
como objetivo ajudar o futuro aluno do vestibular
na escolha da profissão, evitando a troca de cursos
no decorrer do período, o que é prejudicial à
carreira do futuro graduando. "O aluno que optar
pela faculdade de Geofísica deve conhecer de
antemão o que é Geofísica, o que faz um
profissional desse setor, quais são as especialidades
existentes, como está o mercado de trabalho hoje
e quais são as perspectivas para o futuro em
termos de empregabilidade", destacou Renato.
"Creio que o interesse por este tipo de
palestra aumentará em conseqüência do primeiro
curso de graduação em Geofísica do Rio de
Janeiro, criado no ano passado pela UFF",
acrescentou o presidente.
No Colégio S. Vicente de Paulo, em Niterói, a
palestra fez parte de um evento promovido pelo
setor de orientação profissional da instituição.
Segundo o professor Benildo Gomes, coordenador
de Geografia, seus alunos no curso pré-vestibular
confundiam geografia física com geofísica e
geologia. "A apresentação foi muito esclarecedora.
Os alunos também queriam informações sobre
mercado de trabalho e faixas de salário. Acredito
que pelo grau de interesse demonstrado após o
encontro alguns até optarão pela carreira de
geofísico", deduziu o professor.
O conselheiro e ex-vice-presidente da SBGf Paulo
Johann foi eleito para um mandato de três anos no
conselho da SEG - Sociedade dos Geofísicos de
Exploração - maior entidade internacional do setor.
Johann é o representante eleito pelo Sexto Distrito,
que abrange toda a América Latina, desde o México
até a Argentina.
A posse do conselho e da nova diretoria eleita
está prevista para o dia 1º de outubro, em Nova
Orleans (EUA), dia inaugural do encontro anual da
SEG. "Essa posição de conselheiro da SEG representa
a abertura de um canal direto entre a SBGf e a SEG,
q u e s ã o p a r c e i ra s e m v á r i a s r e a l i z a ç õ e s . Vo u
trabalhar a favor do Brasil e da geofísica brasileira,"
afirmou o conselheiro.
Com a eleição de Paulo Johann a representatividada da SBGf na SEG se consolida já que outros
sócios exercem funções de destaque. O presidente
Renato Silveira é membro nato do conselho da SEG,
por presidir uma entidade associada. Os sócios Ivan
Simões de Araujo Filho e Eduardo Lopes de Faria
são representantes no Comitê de Assuntos Globais,
respectivamente nas condições de representantes da
Comunidade Latinoamericana e da Comunidade
Brasileira. Além disso, o vice-presidente da SBGf,
Paulo Roberto Porto Siston, foi indicado para o
Comitê de Nomeações.
Em meio ao mundo globalizado, a comunicação constitui importante fator de
inserção social para qualquer organização.
Paulo Osório (In Memoriam)
O falecimento de Paulo Léo Menassi Osório, em decorrência
de câncer na medula, representa uma perda irreparável não
somente para familiares, amigos e alunos, como também para
o Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) da PUC-Rio,
para o qual deixou uma enorme contribuição.
Como diretor do DEE, o Professor Osório implantou o
programa de doutorado em Engenharia Elétrica. Posteriormente
readaptou o Laboratório de Processamento de Sinais (LPS/
PUC-Rio) para projetos relacionados à Geofísica, dando início
a trabalhos em parceria com a Petrobras. Atuava como
Professor Associado da PUC-Rio desde 1976 e, além disso,
durante mais de 25 anos foi o professor titular da disciplina
Sinais e Sistemas ministrada, periodicamente, para os novos
geofísicos contratados pela Petrobras.
"Com um currículo invejável que incluía doutorado e pós-doutorado em Engenharia
Elétrica, pela Universidade de Houston, Osório tinha, ao lado de um conhecimento
enciclopédico sobre sua especialidade, o dom de explicar conceitos físicos intrincados,
mesmo para pessoas com limitado conhecimento de matemática", destacou Osvaldo de
Oliveira Duarte, da Universidade Petrobras. "Sua presença como pesquisador incansável
e professor dedicado foi sempre um fator de motivação para nós", afirmou o professor
Marco Antônio Cetale Santos, ex-aluno, ex-orientando, e membro do Grupo LPS (Laboratório
de Processamento de Sinais), que foi liderado pelo Professor Osório até seus últimos dias.
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Diagnóstico Geofísica
Semana de Geofísica da UFRJ
Geofísica para graduandos
Com patrocínio da SBGf, o Departamento de Geologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (IGEO/UFRJ) realizou,
em maio passado, na Cidade Universitária da Ilha do Fundão,
a VII Semana de Geofísica. Sob o tema 'Geofísica: Aplicações
em Meio Ambiente, Mineração e Petróleo', diversos
profissionais que atuam nessas áreas e usam a geofísica
como ferramenta de trabalho fizeram apresentações de alto
nível e tiveram oportunidade de trocar experiências com
alunos de vários cursos de graduação de geologia, engenharia,
meio ambiente, matemática e física entre outros.
"A Semana não é voltada para futuros geofísicos, mas
para divulgar a Geofísica para alunos de graduação que
poderão no futuro se tornar usuários da Geofísica", salientou
a professora Paula Ferrucio da Rocha (IGEO/UFRJ),
coordenadora do evento.
Um olhar atento sobre a geofísica brasileira
que além das palestras tiveram acesso ao curso promovido
pela Geosoft, empresa canadense de tecnologia da
informação para os setores de exploração mineral, petróleo
e meio ambiente.
Homenagens - Durante a solenidade de abertura da
VII Semana de Geofísica, a SBGf homenageou o geólogo
Andrade Ramos, ex-presidente do Clube de Engenharia,
da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - CPRM
e da Comissão Nacional da Energia Nuclear - CNEN.
Na mesma ocasião, também foi homenageado pela SBGf
o professor Carlos Eduardo de Moraes Fernandes que iniciou
suas atividades profissionais na Petrobras e, posteriormente,
ao deixar a empresa, desenvolveu atividades de ensino e
pesquisa em Geofísica na Universidade Federal do Rio de
Janeiro - UFRJ e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- UERJ. Autor de um livro sobre Geofísica básica e outro
sobre Física para geofísicos, o professor emprestou seu
nome ao Laboratório de Geofísica Carlos Eduardo
Fernandes, inaugurado durante a VII Semana de Geofísica
SBGf/UFRJ no Departamento de Geologia da UFRJ.
O professor Carlos Fernandes na platéia lotada.
A professora acrescentou ainda que o evento não é
destinado apenas aos alunos da UFRJ. Participaram
estudantes da Estácio de Sá, da Veiga de Almeida, da
Universidade Rural e da Universidade Federal Fluminense
(UFF). A Semana de Geofísica teve a inscrição de 230 alunos,
Renato Silveira, Carlos Fernandes e Paula Rocha no
laboratório de geofísica da UFRJ
"Se não for criada uma
política emergencial pelo
Ministério da Educação (MEC)
para as universidades federais
para o preenchimento das
vagas deixadas por professores aposentados e para a
contratação de novos, alguns
cursos de Geofísica poderão
até fechar", adverte a
professora Naomi Ussami
(IAG-USP), diretora de
Relações Acadêmicas da SBGf,
que coordenou o Diagnóstico
Geofísica, na parte relacionada
às universidades.
Para Naomi, este é o caso da Universidade Federal da
Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Pará que estão
com seus quadros docentes reduzidos e envelhecidos por
pelo menos dois motivos: ou as vagas dos aposentados
não foram repostas ou não houve expansão do quadro
através da contratação de novos doutores.
"Estes dois cursos de graduação e pós-graduação são
responsáveis, juntos, pela formação da maioria dos mestres
e doutores em Geofísica Aplicada, desde a década de 1970",
afirmou Naomi, acrescentando que mesmo com o quadro
docente reduzido, continuam a ser as principais instituições
que formam geofísicos
aplicados no Brasil,
representando a metade
dos cursos de graduação
dessa área no país.
Divulgação
científica
Adicionalmente, com o
aquecimento do mercado de trabalho, os
geofísicos
recém
formados, em grande
maioria, estão sendo
absorvidos pelas empresas do setor com
remunerações bem
mais atraentes que os
valores das bolsas de
estudo pagas aos pós-graduandos ou o ordenado inicial pago
a um doutor de uma universidade pública. O salário alto,
entretanto, não é a única causa da redução do interesse dos
alunos pela carreira acadêmica. Outra conclusão gerada pelo
diagnóstico, de acordo com a diretora da SBGf, é a necessidade
de divulgação da profissão de geofísico e da Geofísica como
ciência para estudantes do nível médio e fundamental.
"A carreira de geofísico é praticamente desconhecida
da grande maioria, o que acarreta uma baixa concorrência
no vestibular, facilitando a entrada de alunos despreparados
que, em grande número, não conseguem cumprir o ciclo
básico na universidade e acabam abandonando o curso",
afirmou. Segundo Naomi, a taxa de evasão média atual é
de mais de 50% nos cursos de graduação em Geofísica
mais tradicionais como USP, UFBA e UFPA.
Uma das sugestões para estimular alunos com melhor
preparação a tentar o vestibular para a carreira de
Geofísica é a produção de um vídeo didático em DVD
para divulgação da profissão e da ciência Geofísica.
"Poderíamos enviar o DVD para as escolas que tiverem
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maiores notas no ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio), atingindo rapidamente um público-alvo de
qualidade em todo o Brasil, em número nunca antes
alcançado", acrescentou Naomi.
Este será um dos itens da pauta do Workshop
Diagnóstico Geofísica que será promovido pela SBGf,
durante o II Simpósio Brasileiro de Geofísica, previsto
para setembro, em Natal (RN). "Precisamos encontrar
meios de estimular novos talentos para seguir a carreira
acadêmica. Talvez a indústria do petróleo pudesse
oferecer uma bolsa complementar para fixação de
jovens doutores como professores ou efetuar doações
a universidades para criação das cadeiras em Geofísica
(chairs), como é comum nas universidades americanas,
para serem ocupadas por eminentes e experientes
professores", acrescentou Naomi.
Melhorar a competição no vestibular faz com que
sejam formados profissionais mais competentes e
surjam novos talentos acadêmicos para repor quadros
nas universidades. Mas este é um trabalho de longo
prazo que precisa e pode ser iniciado de imediato.
Etapa empresarial
O Diagnóstico Geofísica compreende uma análise
da atividade de formação e absorção dos recursos
humanos, da pesquisa em geofísica básica e
aplicada, da expansão do
mercado profissional e da
demanda por novos cursos
de
graduação,
pósgraduação e de educação
continuada. O trabalho está
sendo efetuado em três
etapas. As duas primeiras
já foram concluídas e seus
resultados podem ser
conhecidos no sitio da SBGf
(www.sbgf.org.br).
A primeira fase da
pesquisa compreendeu a
compilação das respostas a
um questionário distribuído
no Congresso Internacional
da SBGf, realizado em 2005,
em Salvador. A segunda etapa consistiu no levantamento
da situação do setor acadêmico e de pesquisa a partir
de dados fornecidos pelos cursos de graduação e pósgraduação em Geofísica. Finalmente, está em curso a
terceira etapa. Um questionário será encaminhado às
companhias de petróleo, de mineração e de prestação
de serviço a fim de conhecer a visão atual dos
profissionais e das empresas geofísicas no Brasil
"É a primeira vez que o diagnóstico tenta cobrir
de forma mais profunda a questão da formação de
recursos humanos. Espera-se, com este diagnóstico,
melhorar a sinergia entre os setores acadêmico e
profissional, condição que permitirá definir estratégias
e linhas de ação para os próximos 10 anos.Essas ações
poderão colaborar com o crescimento quantitativo e
de qualidade nas atividades de pesquisa, formação
de recursos humanos pelo setor acadêmico e
prestação de serviço, inovação tecnológica, expansão
e diversificação do mercado de trabalho geofísico no
setor profissional", afirmou Naomi Ussami.
3
Congresso da EAGE
Geólogos discutem o futuro
das sociedades
Intercâmbio europeu
Divulgar o 10º Congresso Internacional da SBGf,
previsto para acontecer em setembro do próximo ano no
Rio de Janeiro. Este foi um dos objetivos da delegação da
SBGf que participou em junho em Viena (Áustria) do 68º
Congresso e Exposição da Associação Européia de
Geocientistas e Engenheiros (EAGE), que teve como tema
"Oportunidades em áreas maduras".
de Geofísica, que será realizado em 2007 no Rio de Janeiro,
foram distribuidos brindes, CDs, e um folheto
especialmente produzido para a ocasião. O estande da
SBGf também se destacou por ser o ponto de encontro
dos mais de 30 brasileiros presentes ao evento do EAGE.
Participaram da comitiva brasileira o presidente Renato
Silveira, o diretor de Relações Institucionais, Carlos Eiffel
Arbex Belém, e o conselheiro Jurandyr Schmidt. Na ocasião,
Renato Silveira realizou uma palestra para as sociedades
associadas à EAGE. O presidente da SBGf mostrou um
panorama da Geofísica no Brasil, destacando o crescimento
acentuado do número de sócios que a entidade agregou
recentemente, fato que pode ser creditado ao aumento da
demanda puxada pela indústria do petróleo.
A submissão de trabalhos para apresentação nesta edição
bateu recorde em relação aos 42 congressos anteriores. Foram
1.379 trabalhos inscritos; destes, cerca de 258 são Resumos
Expandidos, a serem divulgados em uma publicação especial.
Durante todo o evento, a SBGf ocupou um estande na
exposição. Além de divulgar o 10º Congresso Internacional
Fotos: Arquivo SBGf
Além disso, cerca de 400 pessoas passaram pelo estande
nos três dias do evento, entregando cartões de visitas para
participar dos sorteios diários de camisas da Seleção
Brasileira. A cada sorteio, o estande ficava repleto de
pessoas, garantindo o êxito da iniciativa.
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Tendo como eixo temático As
Geociências e as Sociedades
do Futuro, o 43º Congresso
Brasileiro de Geologia (CBG)
será realizado no Centro de
Convenções de Sergipe, em
Aracaju, de 3 a 8 de setembro.
A sessão solene de abertura está
prevista para as 19 horas, no
Teatro Tobias Barreto, ao lado do
local do evento. Além do tradicional
programa técnico, estão previstos mini cursos e atividades
educacionais para alunos de geografia, ciências e matérias afins
das escolas públicas de Aracaju de 1º e 2º Graus.
"O troféu fair play foi ganho pelo geofísico brasileiro
Flavio Burda, da Petrobras que, mesmo sorteado, em uma
atitude super simpática, abriu mão do brinde, tendo em
vista o entusiasmo que os gringos demonstravam com a
nossa camiseta amarela", destacou Carlos Eiffel.
O congresso pretende comemorar os 60 anos da Sociedade
Brasileira de Geologia com uma grande festa e uma afirmação
do setor mineral e do conhecimento geocientífico. No site do
evento (www.43cbg.org.br) Washington Franca-Rocha
presidente da Comissão Organizadora e Maisa Bastos
Abram presidente do Núcleo Bahia-Sergipe da Sociedade
Brasileira de Geologia, escreveram: "As incertezas pelo futuro
da humanidade têm sido, cada vez mais, objetos de reflexão
e estudo dos profissionais das Geociências, os quais entendem
e assumem o seu papel no desafio da construção de uma
Terra sustentável".
Tsunamis no Brasil?
Cerca de 100 pessoas lotaram, no dia 18 de
julho, o auditório Laranjeira, no Centro de
Cultura e Eventos da UFSC, em Florianópolis,
para assistir a palestra do professor Jesus
Berrocal (IAG-USP) sobre "O tsunami de Sumatra
de dezembro 2004 e a probabilidade de ocorrer
tsunamis no Oceano Atlântico que afetem o
Brasil". O evento ocorreu durante a 58º Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC).
Na ocasião, Berrocal abordou os mecanismos
mais conhecidos que geram os tsunamis,
enfatizando os de origem sísmica, vulcânica e os
provocados por deslizamentos de grandes
quantidades de sedimentos nas plataformas
continentais. Em seguida, ele descreveu o tsunami
de Sumatra de 26 dezembro de 2004, provocado
por um sismo de magnitude 9,3 Mw, mencionou
também o sismo do dia 17 de julho de 2006, de
7,2 Mw, que provocou um tsunami pequeno em
Java, com mais de uma centena de vitimas, e o
tsunami de Lisboa de 1º de novembro de 1755,
provocado por um terremoto de 8,5 Mw, ocorrido
n a d o r s a l A ç o r e s - G i b r a l t a r, m a t a n d o 6 0 . 0 0 0
pessoas em Portugal. Por último, Berrocal
apresentou as prováveis fontes de tsunamis no
Oceano Atlântico e a possibilidade que cada uma
tem para gerar tsunamis que possam atingir a
litoral do Brasil.
9
Geociências
Tecnologia
II SIMBGf confirma conferências
Outra presença confirmada é a do professor Carlos
Oití Berbert (coordenador-geral das unidades de pesquisa
do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e conselheiro
senior para o AIPT/IUGS. Ele fará uma palestra de caráter
geral sobre o Ano Internacional do Planeta Terra. Segundo
o secretário da Divisão Nordeste Setentrional e presidente
da comissão organizadora do evento, Aderson Farias do
Nascimento (UFRN), no total, foram enviados 102 trabalhos,
cuja revisão já foi implementada. Segundo Aderson, a
regional continua trabalhando a todo vapor na organização
do II SimBGf, que acontecerá no Hotel Parque da Costeira,
em Natal, de 21 a 23 de setembro.
2008 será o Ano da Terra
A SBGf será uma das instituições parceiras para a
organização no Brasil do Ano Internacional do Planeta Terra
em 2008. Para o geólogo Carlos Oití Berbert, do CNPq,
único conselheiro-senior brasileiro na organização do evento,
"seria muito interessante ter a SBGf participando com
debates e idéias de como podemos implementar ações
significativas brasileiras sobre o Ano Internacional da Terra".
Oití coordenará uma mesa redonda sobre o tema durante o
43º Congresso Brasileiro de Geologia, em Aracaju, no dia 6
de setembro.
Proclamado pela Assembléia Geral das Nações Unidas e
ratificado por 82 países, dentre os quais o Brasil, o Ano
Internacional da Terra terá a coordenação de associações
de geocientistas do mundo todo. Os preparativos para a
realização do evento estão em andamento em vários países.
Segundo os organizadores, o potencial das geociências a
serviço da sustentabilidade do planeta estaria sendo
subutilizado pela sociedade e precisaria ser ampliado
consideravelmente. Portanto, o objetivo do evento será o de
demonstrar à sociedade mundial novas formas de ajuda que
Efeito Bola de Neve
as geociências podem dar às futuras gerações
para superar os desafios de promover um mundo
mais próspero e ao mesmo tempo mais seguro.
Dois grandes programas apoiarão a consecução desse
objetivo: um programa de inclusão visando parcerias
educacionais em todos os níveis e um programa científico
concentrado em grandes temas de interação complexa
dentro do Sistema da Terra e sua sustentabilidade em
longo prazo.
Para Eduardo de Mulder, presidente da equipe que
gerencia os diversos eventos que farão parte do Ano
Internacional da Terra, a iniciativa é necessária e vem em
boa hora. "Embora tenha começado como uma tentativa
internacional, o sucesso só será atingido se a implementação
for efetivada também em níveis nacionais. Convido a todas
as organizações dedicadas às geociências a criar organismos
nacionais para trabalhar conosco na realização desse mega
geo-show da Terra", conclamou.
Executivos debatem Sísmica 4D na SBGf
Cerca de 30 pessoas, dentre elas alguns altos executivos
de empresas de serviços, assistiram à palestra "Experiência
da Petrobras com Sísmica 4D no monitoramento da produção
de petróleo", proferida pelo geofísico Paulo Johann no dia 20
de julho na sede da SBGf. O tema é considerado inovador,
capaz de gerar novos projetos e ampliar o mercado de
trabalho para vários métodos geofísicos.
Para Alexandre Almeida, vice-presidente da Western Geco
para América do Sul, a palestra de Paulo Johann foi uma forte
ilustração da necessidade de um novo posicionamento da geofísica
na vida dos reservatórios de hidrocarbonetos e da necessidade
de tentar quantificar o valor agregado pela Sísmica 4D.
"O monitoramento permanente dos reservatórios já é
uma realidade que definitivamente pode aumentar a
porcentagem de recuperação dos campos, aumentando a
sua vida útil e gerando maior volume de negócios para todas
as empresas associadas à exploração de petróleo. O que
falta é um maior uso da tecnologia para reduzir seus custos
unitários, incrementar o seu valor e entender novos usos
para as informações coletadas", afirmou Alexandre.
"O encontro proporcionou uma visão muito boa da sísmica
4D e foi uma indicação da quantidade de trabalho, com esta
tecnologia, que virá no futuro pela Petrobras", disse Alex Vartan,
presidente da PGS do Brasil. Segundo Vartan, o palestrante
apresentou claramente quanta informação pode ser extraída
dos dados sísmicos em campos produtores e demonstrou o
valor que a 4D poderá ter na fase de produção dos ativos.
"Sem dúvida, estudos em sísmica 4D bem planejados e
executados poderão estender a vida útil e a produtividade
de qualquer campo. Além disso, poderão permitir a tomada
de decisões a partir de informações mais precisas e atualizadas
sobre cada campo individualmente", afirmou Vartan.
Fotos: Arquivo SBGf
Dois dos conferencistas internacionais do II Simpósio
Brasileiro de Geofísica (SimBGf) já enviaram à organização
do evento os títulos das respectivas conferência. São eles,
o Dr. Mark Chapman, da British Geological Survey (Reino
Unido): "Use of spectral decomposition to detect
hydrocarbon-related dispersion anomalies" e o Dr. Hillel
Wust-Bloch, da Universidade de Tel-Aviv (Israel):
"Nanoseismic monitoring platforms: applications,
performance & expectations".
Por sua vez, Jean Charot, diretor geral da CGG do Brasil,
disse que se a tecnologia da sísmica 4D for bem feita e bem
utilizada, com certeza as informações que ela agrega são de
grande importância para aumentar a produção do reservatório.
"No Mar do Norte, o gerente do ativo deve justificar à sua
diretoria porque não inclui uma 4D no orçamento anual. Aqui
no Brasil, ainda é o contrario, o gerente tem que justificar
porque ele quer uma sísmica 4D", sustentou Charot.
O executivo da CGG detalhou ainda as duas direções
necessárias para que o monitoramento permanente dos
reservatórios possa alongar a vida útil dos campos: Primeiro
fazer uma sísmica de alta densidade, com streamers, antes
de instalar as plataformas, para servir de base para as futuras
sísmicas 4D. Segundo, instalar um sistema permanente de
cabos de fundo para monitorar em tempo real o reservatório.
"O sistema, tipo Valhall da BP, permite usar a sísmica para
cada decisão de perfuração. Esse é o caminho futuro do
Brasil porque a tecnologia agora é provada em outros paises
e funciona muito bem", finalizou Charot.
Ciclo de palestras técnicas na SBGf
1
2
3
4
Foto: Arquivo SBGf
Por ocasião da posse do professor João Batista
Corrêa da Silva (UFPA) na Academia Brasileira de
Ciências (ABC), jovens pesquisadores (até 35 anos)
foram convidados para apresentar seus trabalhos de
pesquisa. Na área de Ciências da Terra, um deles foi
o geofísico Ricardo Trindade (IAG-USP), que realizou
uma palestra sobre a hipótese da Terra Bola de Neve,
tema sobre o qual tem realizado estudos
paleomagnéticos das seqüências glaciais e
carbonáticas do Neoproterozóico, encontradas no
Brasil e na Namíbia (África).
Solenidade na ABC: (a partir da esquerda) Paulo de
Tarso, Valeria Barbosa, Paulo Buarque, João Batista,
que tomou posse, Ricardo Trindade, Renato Silveira,
Naomi Ussami e Sergio Fontes.
8
Outras quatro palestras técnicas foram proferidas em 2006 na sede da SBGf: 1) “Características dos arranjos de
airguns como fonte sísmica marítima e efeitos nos mamíferos marinhos”, por Marcos Galotti, da Petrobras, em
fevereiro; 2) “Wtdecon – Deconvolução colorida implementada por transformado wavelet”, por Evaldo Mundim,
em maio; 3) “Sísmica Multicomponente: princípios e exemplos de aplicação no Brasil”, por Jorge Fiori, da
Petrobras, em junho; e 4) “O Método Eletromagnético de Fonte Controlada (CSEM): características e comparações
com o métodos sísmico”, por Patrícia Lugão, da StrataImage Consultoria, em agosto.
5
II Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral
A área de exposição, de aproximadamente mil metros quadrados, foi
toda ocupada por empresas governamentais e privadas de mineração
e de serviços. A SBGf montou um
estande no evento. Na ocasião, o
presidente Renato Silveira e a
coordenadora de eventos Renata
Vergasta divulgaram as realizações
d a S o c i e d a d e e a p r o g r a m a ç ã o de
eventos prevista para o corrente ano:
Maior parceira e sócia da Petrobras no Brasil, a
Petrogal (Petróleos de Portugal E&P) adquiriu, em
l e i l õ e s d a A N P, p a r t i c i p a ç ã o e m 5 4 b l o c o s
exploratórios, todos em consórcio. Dez blocos desse
total são operados pela Petrobras nas bacias
marítimas Potiguar (cinco), Espírito Santo (um) e
Santos (quatro). As demais 44 concessões estão em
bacias terrestres. Em 29 destas bacias a Petrogal
atua como operadora.
Para Renato Silveira, vale destacar o
entusiasmo dos participantes do Simexmin 2006
com relação às potencialidades dos métodos
geofísicos aplicados à prospecção mineral.
Segundo Jorge Hildenbrand, o Simpósio é um
evento bianual, tradicionalmente realizado na
cidade onde se iniciou no Brasil a formação dos
geólogos e engenheiros de minas. "O jantar de
confraternização realizado na área do museu da
Escola de Minas de Ouro Preto foi o ponto alto da
programação social", acrescentou.
A empresa já investiu mais de R$ 80 milhões no
país. A subsidiária Galp Exploração Serviços do Brasil
organiza as aquisições de dados sísmicos dos blocos
terrestres. Os blocos marítimos, por sua vez, estão
sob o acompanhamento direto da matriz, em Lisboa.
A equipe técnica distribuída pelos escritórios de Recife
e Rio de Janeiro é formada por seis geofísicos, um
engenheiro de perfuração, um engenheiro de petróleo
- todos brasileiros - e um geólogo, o diretor técnico
João Pacheco, que é português.
Foto: Arquivo SBGf
Representada pelos associados Jorge Dagoberto
Hildenbrand e Renato Cordani, a SBGf apoiou o
evento, participando da comissão organizadora e de
atividades de coordenação de um seminário: "A
Geofísica na Exploração Mineral"; e de um curso póssimpósio intitulado "Geologia do Ar Uma introdução à Aerogeofisica",
ministrado pelo professor Markku
Peltoniemi, da Universidade de
Tecnologia de Helsinque. Somente no
seminário foram registrados 125
participantes, enquanto que no curso
foram esgotadas as 15 vagas oferecidas.
Petrogal descobre o Brasil
Fórum sobre águas profundas e II Simpósio
Brasileiro de Geofísica alem do 10° Congresso
Internacional da SBGf, este último a ser realizado
em 2007.
Simexmin 2006: A partir da esquerda, Jorge Hildebrand, Renato
Silveira, Onildo João Marini e Luiz Braga,em Ouro Preto (MG).
O consórcio Petrobras-Petrogal, juntamente com
a Starfish, abriu licitação para um programa de
levantamento sísmico, com início previsto para o
segundo trimestre deste ano, em blocos da sétima
rodada. A operação abrangerá as bacias de SergipeAlagoas, Espírito Santo e Potiguar. Em princípio, serão
contratados cerca de 500 km2 de 3D e 250 km de
2D. Em junho passado, a empresa concluiu a
aquisição de sísmica 3D, em blocos da Sexta Rodada,
na Bacia de Mucuripe, com a Brain Tecnologia, além
de várias campanhas de 3D na Bacia Potiguar com a
participação da Grant Geophysical.
Nos 20 blocos terrestres adquiridos na Sexta
Rodada, a Petrogal investiu mais de R$ 60 milhões
em sísmica. A interpretação dos dados é feita em
Lisboa e, por enquanto, a empresa não tem planos
de formar uma equipe para esta atividade no Brasil.
De acordo com João Pacheco, em 2007 a
empresa pretende perfurar aproximadamente 11
poços, dos quais cinco são parte do compromisso
exploratório mínimo assumido com a ANP. Os outros
seis poços são apostas que a companhia faz para
encontrar óleo. Deverão ser perfurados sete poços
na bacia Potiguar, dois na Bacia do Espírito Santo e
dois em Sergipe-Alagoas. "Achamos que há algumas
oportunidades de achar petróleo", resumiu.
Comedido, o geólogo João Pacheco prefere não
arriscar um palpite sobre o futuro da Petrogal no
Brasil. "Somos pequenos, podemos crescer muito,
mas ainda podemos ser derrubados", despista o
executivo português. Afinal, a maior parceira da
Petrobras em número de blocos tem forte esperança
de encontrar petróleo no Brasil.
No mês de julho os resultados preliminares da
perfuração de um poço em águas ultraprofundas
do bloco BM-S-11, da Bacia de Santos, anunciados
pela Petrobras que é a operadora do bloco,
apontaram a ocorrência de um reservatório de óleo
leve, embora o volume e a produtividade ainda não
tenham sido completamente caracterizados. A
Petrogal faz parte do consórcio e detém 10% de
participação nesse bloco. Se for declarada a
comercialidade desta jazida, segundo Pacheco, as
perspectivas da empresa no Brasil deverão mudar
muito. Ela poderá intensificar as atividades
6
Foto: Fernando Zaider
Com a participação de 647 inscritos, sendo 43
estrangeiros, e 150 estudantes, a Agência para
o D e s e n v o l v i m e n t o Te c n o l ó g i c o d a I n d ú s t r i a
Mineral Brasileira (ADIMB) promoveu, entre os
dias 21 e 24 de maio, em Ouro Preto (MG), o II
Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral Simexmin 2006. O evento contou com uma
extensa programação composta por conferências,
seminários, palestras, sessões poster, cursos de
curta duração e excursões.
Operadoras
exploratórias e começar a recrutar mais técnicos
para ampliar seus quadros.
"Os profissionais de geofísica brasileiros, em
geral, são muito bem preparados para a função e
provavelmente terão preferência caso a empresa
venha a abrir novas vagas", afirmou, prosseguindo:
"A decisão de investir no Brasil visa compartilhar
da especialidade brasileira em águas profundas.
Temos que pegar a experiência, sobretudo, de
profissionais que já trabalharam na Petrobras". A
troca de experiências já começou. A empresa
oferece bolsas de estudo em várias áreas técnicas
para estudantes portugueses, em convênio com a
Universidade Federal de Sergipe.
Embora esteja como diretor técnico da Galp
do Brasil há quase um ano, Pacheco ainda não
teve a oportunidade de participar das atividades
d a S B G f. E l e r e c o n h e c e a i m p o r t â n c i a d a
interação entre empresas de petróleo e
sociedades profissionais.
"A Petrogal interage com a Associação
Portuguesa de Geólogos. Não existe uma associação
portuguesa de geofísicos", constata. Segundo o
executivo, a empresa vê com bons olhos participar
do comitê executivo do próximo congresso
internacional da SBGf, se for convidada. "Quase
todos os nossos técnicos são geofísicos e fazem
parte da sociedade", justificou.
A Petróleo de Portugal E&P - Petrogal - foi criada
em 1976, na seqüência da nacionalização ocorrida
no ano anterior e a subseqüente fusão de quatro
companhias petrolíferas portuguesas: Sonap, Sacor,
Cidla e Petrosul. Após várias alterações na
distribuição acionária da companhia, o governo
português passou a deter 55 por cento do seu capital.
Em 1999 foi estabelecido o Grupo GALP - Petróleos
e Gás de Portugal, SGPS, SA, holding que detém
100% da Petrogal.
7
II Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral
A área de exposição, de aproximadamente mil metros quadrados, foi
toda ocupada por empresas governamentais e privadas de mineração
e de serviços. A SBGf montou um
estande no evento. Na ocasião, o
presidente Renato Silveira e a
coordenadora de eventos Renata
Vergasta divulgaram as realizações
d a S o c i e d a d e e a p r o g r a m a ç ã o de
eventos prevista para o corrente ano:
Maior parceira e sócia da Petrobras no Brasil, a
Petrogal (Petróleos de Portugal E&P) adquiriu, em
l e i l õ e s d a A N P, p a r t i c i p a ç ã o e m 5 4 b l o c o s
exploratórios, todos em consórcio. Dez blocos desse
total são operados pela Petrobras nas bacias
marítimas Potiguar (cinco), Espírito Santo (um) e
Santos (quatro). As demais 44 concessões estão em
bacias terrestres. Em 29 destas bacias a Petrogal
atua como operadora.
Para Renato Silveira, vale destacar o
entusiasmo dos participantes do Simexmin 2006
com relação às potencialidades dos métodos
geofísicos aplicados à prospecção mineral.
Segundo Jorge Hildenbrand, o Simpósio é um
evento bianual, tradicionalmente realizado na
cidade onde se iniciou no Brasil a formação dos
geólogos e engenheiros de minas. "O jantar de
confraternização realizado na área do museu da
Escola de Minas de Ouro Preto foi o ponto alto da
programação social", acrescentou.
A empresa já investiu mais de R$ 80 milhões no
país. A subsidiária Galp Exploração Serviços do Brasil
organiza as aquisições de dados sísmicos dos blocos
terrestres. Os blocos marítimos, por sua vez, estão
sob o acompanhamento direto da matriz, em Lisboa.
A equipe técnica distribuída pelos escritórios de Recife
e Rio de Janeiro é formada por seis geofísicos, um
engenheiro de perfuração, um engenheiro de petróleo
- todos brasileiros - e um geólogo, o diretor técnico
João Pacheco, que é português.
Foto: Arquivo SBGf
Representada pelos associados Jorge Dagoberto
Hildenbrand e Renato Cordani, a SBGf apoiou o
evento, participando da comissão organizadora e de
atividades de coordenação de um seminário: "A
Geofísica na Exploração Mineral"; e de um curso póssimpósio intitulado "Geologia do Ar Uma introdução à Aerogeofisica",
ministrado pelo professor Markku
Peltoniemi, da Universidade de
Tecnologia de Helsinque. Somente no
seminário foram registrados 125
participantes, enquanto que no curso
foram esgotadas as 15 vagas oferecidas.
Petrogal descobre o Brasil
Fórum sobre águas profundas e II Simpósio
Brasileiro de Geofísica alem do 10° Congresso
Internacional da SBGf, este último a ser realizado
em 2007.
Simexmin 2006: A partir da esquerda, Jorge Hildebrand, Renato
Silveira, Onildo João Marini e Luiz Braga,em Ouro Preto (MG).
O consórcio Petrobras-Petrogal, juntamente com
a Starfish, abriu licitação para um programa de
levantamento sísmico, com início previsto para o
segundo trimestre deste ano, em blocos da sétima
rodada. A operação abrangerá as bacias de SergipeAlagoas, Espírito Santo e Potiguar. Em princípio, serão
contratados cerca de 500 km2 de 3D e 250 km de
2D. Em junho passado, a empresa concluiu a
aquisição de sísmica 3D, em blocos da Sexta Rodada,
na Bacia de Mucuripe, com a Brain Tecnologia, além
de várias campanhas de 3D na Bacia Potiguar com a
participação da Grant Geophysical.
Nos 20 blocos terrestres adquiridos na Sexta
Rodada, a Petrogal investiu mais de R$ 60 milhões
em sísmica. A interpretação dos dados é feita em
Lisboa e, por enquanto, a empresa não tem planos
de formar uma equipe para esta atividade no Brasil.
De acordo com João Pacheco, em 2007 a
empresa pretende perfurar aproximadamente 11
poços, dos quais cinco são parte do compromisso
exploratório mínimo assumido com a ANP. Os outros
seis poços são apostas que a companhia faz para
encontrar óleo. Deverão ser perfurados sete poços
na bacia Potiguar, dois na Bacia do Espírito Santo e
dois em Sergipe-Alagoas. "Achamos que há algumas
oportunidades de achar petróleo", resumiu.
Comedido, o geólogo João Pacheco prefere não
arriscar um palpite sobre o futuro da Petrogal no
Brasil. "Somos pequenos, podemos crescer muito,
mas ainda podemos ser derrubados", despista o
executivo português. Afinal, a maior parceira da
Petrobras em número de blocos tem forte esperança
de encontrar petróleo no Brasil.
No mês de julho os resultados preliminares da
perfuração de um poço em águas ultraprofundas
do bloco BM-S-11, da Bacia de Santos, anunciados
pela Petrobras que é a operadora do bloco,
apontaram a ocorrência de um reservatório de óleo
leve, embora o volume e a produtividade ainda não
tenham sido completamente caracterizados. A
Petrogal faz parte do consórcio e detém 10% de
participação nesse bloco. Se for declarada a
comercialidade desta jazida, segundo Pacheco, as
perspectivas da empresa no Brasil deverão mudar
muito. Ela poderá intensificar as atividades
6
Foto: Fernando Zaider
Com a participação de 647 inscritos, sendo 43
estrangeiros, e 150 estudantes, a Agência para
o D e s e n v o l v i m e n t o Te c n o l ó g i c o d a I n d ú s t r i a
Mineral Brasileira (ADIMB) promoveu, entre os
dias 21 e 24 de maio, em Ouro Preto (MG), o II
Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral Simexmin 2006. O evento contou com uma
extensa programação composta por conferências,
seminários, palestras, sessões poster, cursos de
curta duração e excursões.
Operadoras
exploratórias e começar a recrutar mais técnicos
para ampliar seus quadros.
"Os profissionais de geofísica brasileiros, em
geral, são muito bem preparados para a função e
provavelmente terão preferência caso a empresa
venha a abrir novas vagas", afirmou, prosseguindo:
"A decisão de investir no Brasil visa compartilhar
da especialidade brasileira em águas profundas.
Temos que pegar a experiência, sobretudo, de
profissionais que já trabalharam na Petrobras". A
troca de experiências já começou. A empresa
oferece bolsas de estudo em várias áreas técnicas
para estudantes portugueses, em convênio com a
Universidade Federal de Sergipe.
Embora esteja como diretor técnico da Galp
do Brasil há quase um ano, Pacheco ainda não
teve a oportunidade de participar das atividades
d a S B G f. E l e r e c o n h e c e a i m p o r t â n c i a d a
interação entre empresas de petróleo e
sociedades profissionais.
"A Petrogal interage com a Associação
Portuguesa de Geólogos. Não existe uma associação
portuguesa de geofísicos", constata. Segundo o
executivo, a empresa vê com bons olhos participar
do comitê executivo do próximo congresso
internacional da SBGf, se for convidada. "Quase
todos os nossos técnicos são geofísicos e fazem
parte da sociedade", justificou.
A Petróleo de Portugal E&P - Petrogal - foi criada
em 1976, na seqüência da nacionalização ocorrida
no ano anterior e a subseqüente fusão de quatro
companhias petrolíferas portuguesas: Sonap, Sacor,
Cidla e Petrosul. Após várias alterações na
distribuição acionária da companhia, o governo
português passou a deter 55 por cento do seu capital.
Em 1999 foi estabelecido o Grupo GALP - Petróleos
e Gás de Portugal, SGPS, SA, holding que detém
100% da Petrogal.
7
Geociências
Tecnologia
II SIMBGf confirma conferências
Outra presença confirmada é a do professor Carlos
Oití Berbert (coordenador-geral das unidades de pesquisa
do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e conselheiro
senior para o AIPT/IUGS. Ele fará uma palestra de caráter
geral sobre o Ano Internacional do Planeta Terra. Segundo
o secretário da Divisão Nordeste Setentrional e presidente
da comissão organizadora do evento, Aderson Farias do
Nascimento (UFRN), no total, foram enviados 102 trabalhos,
cuja revisão já foi implementada. Segundo Aderson, a
regional continua trabalhando a todo vapor na organização
do II SimBGf, que acontecerá no Hotel Parque da Costeira,
em Natal, de 21 a 23 de setembro.
2008 será o Ano da Terra
A SBGf será uma das instituições parceiras para a
organização no Brasil do Ano Internacional do Planeta Terra
em 2008. Para o geólogo Carlos Oití Berbert, do CNPq,
único conselheiro-senior brasileiro na organização do evento,
"seria muito interessante ter a SBGf participando com
debates e idéias de como podemos implementar ações
significativas brasileiras sobre o Ano Internacional da Terra".
Oití coordenará uma mesa redonda sobre o tema durante o
43º Congresso Brasileiro de Geologia, em Aracaju, no dia 6
de setembro.
Proclamado pela Assembléia Geral das Nações Unidas e
ratificado por 82 países, dentre os quais o Brasil, o Ano
Internacional da Terra terá a coordenação de associações
de geocientistas do mundo todo. Os preparativos para a
realização do evento estão em andamento em vários países.
Segundo os organizadores, o potencial das geociências a
serviço da sustentabilidade do planeta estaria sendo
subutilizado pela sociedade e precisaria ser ampliado
consideravelmente. Portanto, o objetivo do evento será o de
demonstrar à sociedade mundial novas formas de ajuda que
Efeito Bola de Neve
as geociências podem dar às futuras gerações
para superar os desafios de promover um mundo
mais próspero e ao mesmo tempo mais seguro.
Dois grandes programas apoiarão a consecução desse
objetivo: um programa de inclusão visando parcerias
educacionais em todos os níveis e um programa científico
concentrado em grandes temas de interação complexa
dentro do Sistema da Terra e sua sustentabilidade em
longo prazo.
Para Eduardo de Mulder, presidente da equipe que
gerencia os diversos eventos que farão parte do Ano
Internacional da Terra, a iniciativa é necessária e vem em
boa hora. "Embora tenha começado como uma tentativa
internacional, o sucesso só será atingido se a implementação
for efetivada também em níveis nacionais. Convido a todas
as organizações dedicadas às geociências a criar organismos
nacionais para trabalhar conosco na realização desse mega
geo-show da Terra", conclamou.
Executivos debatem Sísmica 4D na SBGf
Cerca de 30 pessoas, dentre elas alguns altos executivos
de empresas de serviços, assistiram à palestra "Experiência
da Petrobras com Sísmica 4D no monitoramento da produção
de petróleo", proferida pelo geofísico Paulo Johann no dia 20
de julho na sede da SBGf. O tema é considerado inovador,
capaz de gerar novos projetos e ampliar o mercado de
trabalho para vários métodos geofísicos.
Para Alexandre Almeida, vice-presidente da Western Geco
para América do Sul, a palestra de Paulo Johann foi uma forte
ilustração da necessidade de um novo posicionamento da geofísica
na vida dos reservatórios de hidrocarbonetos e da necessidade
de tentar quantificar o valor agregado pela Sísmica 4D.
"O monitoramento permanente dos reservatórios já é
uma realidade que definitivamente pode aumentar a
porcentagem de recuperação dos campos, aumentando a
sua vida útil e gerando maior volume de negócios para todas
as empresas associadas à exploração de petróleo. O que
falta é um maior uso da tecnologia para reduzir seus custos
unitários, incrementar o seu valor e entender novos usos
para as informações coletadas", afirmou Alexandre.
"O encontro proporcionou uma visão muito boa da sísmica
4D e foi uma indicação da quantidade de trabalho, com esta
tecnologia, que virá no futuro pela Petrobras", disse Alex Vartan,
presidente da PGS do Brasil. Segundo Vartan, o palestrante
apresentou claramente quanta informação pode ser extraída
dos dados sísmicos em campos produtores e demonstrou o
valor que a 4D poderá ter na fase de produção dos ativos.
"Sem dúvida, estudos em sísmica 4D bem planejados e
executados poderão estender a vida útil e a produtividade
de qualquer campo. Além disso, poderão permitir a tomada
de decisões a partir de informações mais precisas e atualizadas
sobre cada campo individualmente", afirmou Vartan.
Fotos: Arquivo SBGf
Dois dos conferencistas internacionais do II Simpósio
Brasileiro de Geofísica (SimBGf) já enviaram à organização
do evento os títulos das respectivas conferências. São eles,
o Dr. Mark Chapman, da British Geological Survey (Reino
Unido): "Use of spectral decomposition to detect
hydrocarbon-related dispersion anomalies" e o Dr. Hillel
Wust-Bloch, da Universidade de Tel-Aviv (Israel):
"Nanoseismic monitoring platforms: applications,
performance & expectations".
Por sua vez, Jean Charot, diretor geral da CGG do Brasil,
disse que se a tecnologia da sísmica 4D for bem feita e bem
utilizada, com certeza as informações que ela agrega são de
grande importância para aumentar a produção do reservatório.
"No Mar do Norte, o gerente do ativo deve justificar à sua
diretoria porque não inclui uma 4D no orçamento anual. Aqui
no Brasil, ainda é o contrario, o gerente tem que justificar
porque ele quer uma sísmica 4D", sustentou Charot.
O executivo da CGG detalhou ainda as duas direções
necessárias para que o monitoramento permanente dos
reservatórios possa alongar a vida útil dos campos: Primeiro
fazer uma sísmica de alta densidade, com streamers, antes
de instalar as plataformas, para servir de base para as futuras
sísmicas 4D. Segundo, instalar um sistema permanente de
cabos de fundo para monitorar em tempo real o reservatório.
"O sistema, tipo Valhall da BP, permite usar a sísmica para
cada decisão de perfuração. Esse é o caminho futuro do
Brasil porque a tecnologia agora é provada em outros paises
e funciona muito bem", finalizou Charot.
Ciclo de palestras técnicas na SBGf
1
2
3
4
Foto: Arquivo SBGf
Por ocasião da posse do professor João Batista
Corrêa da Silva (UFPA) na Academia Brasileira de
Ciências (ABC), jovens pesquisadores (até 35 anos)
foram convidados para apresentar seus trabalhos de
pesquisa. Na área de Ciências da Terra, um deles foi
o geofísico Ricardo Trindade (IAG-USP), que realizou
uma palestra sobre a hipótese da Terra Bola de Neve,
tema sobre o qual tem realizado estudos
paleomagnéticos das seqüências glaciais e
carbonáticas do Neoproterozóico, encontradas no
Brasil e na Namíbia (África).
Solenidade na ABC: (a partir da esquerda) Paulo de
Tarso, Valeria Barbosa, Paulo Buarque, João Batista,
que tomou posse, Ricardo Trindade, Renato Silveira,
Naomi Ussami e Sergio Fontes.
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Outras quatro palestras técnicas foram proferidas em 2006 na sede da SBGf: 1) “Características dos arranjos de
airguns como fonte sísmica marítima e efeitos nos mamíferos marinhos”, por Marcos Galotti, da Petrobras, em
fevereiro; 2) “Wtdecon – Deconvolução colorida implementada por transformado wavelet”, por Evaldo Mundim,
em maio; 3) “Sísmica Multicomponente: princípios e exemplos de aplicação no Brasil”, por Jorge Fiori, da
Petrobras, em junho; e 4) “O Método Eletromagnético de Fonte Controlada (CSEM): características e comparações
com o métodos sísmico”, por Patrícia Lugão, da StrataImage Consultoria, em agosto.
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Congresso da EAGE
Geólogos discutem o futuro
das sociedades
Intercâmbio europeu
Divulgar o 10º Congresso Internacional da SBGf,
previsto para acontecer em setembro do próximo ano no
Rio de Janeiro. Este foi um dos objetivos da delegação da
SBGf que participou em junho em Viena (Áustria) do 68º
Congresso e Exposição da Associação Européia de
Geocientistas e Engenheiros (EAGE), que teve como tema
"Oportunidades em áreas maduras".
de Geofísica, que será realizado em 2007 no Rio de Janeiro,
foram distribuidos brindes, CDs, e um folheto
especialmente produzido para a ocasião. O estande da
SBGf também se destacou por ser o ponto de encontro
dos mais de 30 brasileiros presentes ao evento do EAGE.
Participaram da comitiva brasileira o presidente Renato
Silveira, o diretor de Relações Institucionais, Carlos Eiffel
Arbex Belém, e o conselheiro Jurandyr Schmidt. Na ocasião,
Renato Silveira realizou uma palestra para as sociedades
associadas à EAGE. O presidente da SBGf mostrou um
panorama da Geofísica no Brasil, destacando o crescimento
acentuado do número de sócios que a entidade agregou
recentemente, fato que pode ser creditado ao aumento da
demanda puxada pela indústria do petróleo.
A submissão de trabalhos para apresentação nesta edição
bateu recorde em relação aos 42 congressos anteriores. Foram
1.379 trabalhos inscritos; destes, cerca de 258 são Resumos
Expandidos, a serem divulgados em uma publicação especial.
Durante todo o evento, a SBGf ocupou um estande na
exposição. Além de divulgar o 10º Congresso Internacional
Fotos: Arquivo SBGf
Além disso, cerca de 400 pessoas passaram pelo estande
nos três dias do evento, entregando cartões de visitas para
participar dos sorteios diários de camisas da Seleção
Brasileira. A cada sorteio, o estande ficava repleto de
pessoas, garantindo o êxito da iniciativa.
4
Tendo como eixo temático As
Geociências e as Sociedades
do Futuro, o 43º Congresso
Brasileiro de Geologia (CBG)
será realizado no Centro de
Convenções de Sergipe, em
Aracaju, de 3 a 8 de setembro.
A sessão solene de abertura está
prevista para as 19 horas, no
Teatro Tobias Barreto, ao lado do
local do evento. Além do tradicional
programa técnico, estão previstos mini cursos e atividades
educacionais para alunos de geografia, ciências e matérias afins
das escolas públicas de Aracaju de 1º e 2º Graus.
"O troféu fair play foi ganho pelo geofísico brasileiro
Flavio Burda, da Petrobras que, mesmo sorteado, em uma
atitude super simpática, abriu mão do brinde, tendo em
vista o entusiasmo que os gringos demonstravam com a
nossa camiseta amarela", destacou Carlos Eiffel.
O congresso pretende comemorar os 60 anos da Sociedade
Brasileira de Geologia com uma grande festa e uma afirmação
do setor mineral e do conhecimento geocientífico. No site do
evento (www.43cbg.org.br) Washington Franca-Rocha
presidente da Comissão Organizadora e Maisa Bastos
Abram presidente do Núcleo Bahia-Sergipe da Sociedade
Brasileira de Geologia, escreveram: "As incertezas pelo futuro
da humanidade têm sido, cada vez mais, objetos de reflexão
e estudo dos profissionais das Geociências, os quais entendem
e assumem o seu papel no desafio da construção de uma
Terra sustentável".
Tsunamis no Brasil?
Cerca de 100 pessoas lotaram, no dia 18 de
julho, o auditório Laranjeira, no Centro de
Cultura e Eventos da UFSC, em Florianópolis,
para assistir a palestra do professor Jesus
Berrocal (IAG-USP) sobre "O tsunami de Sumatra
de dezembro 2004 e a probabilidade de ocorrer
tsunamis no Oceano Atlântico que afetem o
Brasil". O evento ocorreu durante a 58º Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC).
Na ocasião, Berrocal abordou os mecanismos
mais conhecidos que geram os tsunamis,
enfatizando os de origem sísmica, vulcânica e os
provocados por deslizamentos de grandes
quantidades de sedimentos nas plataformas
continentais. Em seguida, ele descreveu o tsunami
de Sumatra de 26 dezembro de 2004, provocado
por um sismo de magnitude 9,3 Mw, mencionou
também o sismo do dia 17 de julho de 2006, de
7,2 Mw, que provocou um tsunami pequeno em
Java, com mais de uma centena de vitimas, e o
tsunami de Lisboa de 1º de novembro de 1755,
provocado por um terremoto de 8,5 Mw, ocorrido
n a d o r s a l A ç o r e s - G i b r a l t a r, m a t a n d o 6 0 . 0 0 0
pessoas em Portugal. Por último, Berrocal
apresentou as prováveis fontes de tsunamis no
Oceano Atlântico e a possibilidade que cada uma
tem para gerar tsunamis que possam atingir a
litoral do Brasil.
9
Diagnóstico Geofísica
Semana de Geofísica da UFRJ
Geofísica para graduandos
Com patrocínio da SBGf, o Departamento de Geologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (IGEO/UFRJ) realizou,
em maio passado, na Cidade Universitária da Ilha do Fundão,
a VII Semana de Geofísica. Sob o tema 'Geofísica: Aplicações
em Meio Ambiente, Mineração e Petróleo', diversos
profissionais que atuam nessas áreas e usam a geofísica
como ferramenta de trabalho fizeram apresentações de alto
nível e tiveram oportunidade de trocar experiências com
alunos de vários cursos de graduação de geologia, engenharia,
meio ambiente, matemática e física entre outros.
"A Semana não é voltada para futuros geofísicos, mas
para divulgar a Geofísica para alunos de graduação que
poderão no futuro se tornar usuários da Geofísica", salientou
a professora Paula Ferrucio da Rocha (IGEO/UFRJ),
coordenadora do evento.
Um olhar atento sobre a geofísica brasileira
que além das palestras tiveram acesso ao curso promovido
pela Geosoft, empresa canadense de tecnologia da
informação para os setores de exploração mineral, petróleo
e meio ambiente.
Homenagens - Durante a solenidade de abertura da
VII Semana de Geofísica, a SBGf homenageou o geólogo
Andrade Ramos, ex-presidente do Clube de Engenharia,
da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - CPRM
e da Comissão Nacional da Energia Nuclear - CNEN.
Na mesma ocasião, também foi homenageado pela SBGf
o professor Carlos Eduardo de Moraes Fernandes que iniciou
suas atividades profissionais na Petrobras e, posteriormente,
ao deixar a empresa, desenvolveu atividades de ensino e
pesquisa em Geofísica na Universidade Federal do Rio de
Janeiro - UFRJ e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- UERJ. Autor de um livro sobre Geofísica básica e outro
sobre Física para geofísicos, o professor emprestou seu
nome ao Laboratório de Geofísica Carlos Eduardo
Fernandes, inaugurado durante a VII Semana de Geofísica
SBGf/UFRJ no Departamento de Geologia da UFRJ.
O professor Carlos Fernandes na platéia lotada.
A professora acrescentou ainda que o evento não é
destinado apenas aos alunos da UFRJ. Participaram
estudantes da Estácio de Sá, da Veiga de Almeida, da
Universidade Rural e da Universidade Federal Fluminense
(UFF). A Semana de Geofísica teve a inscrição de 230 alunos,
Renato Silveira, Carlos Fernandes e Paula Rocha no
laboratório de geofísica da UFRJ
"Se não for criada uma
política emergencial pelo
Ministério da Educação (MEC)
para as universidades federais
para o preenchimento das
vagas
deixadas
por
professores aposentados e
para a contratação de novos,
alguns cursos de Geofísica
poderão até fechar", adverte
a professora Naomi Ussami
(IAG-USP), diretora de
Relações Acadêmicas da SBGf,
que coordenou o Diagnóstico
Geofísica, na parte relacionada
às universidades.
Para Naomi, este é o caso da Universidade Federal da
Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Pará que estão
com seus quadros docentes reduzidos e envelhecidos por
pelo menos dois motivos: ou as vagas dos aposentados
não foram repostas ou não houve expansão do quadro
através da contratação de novos doutores.
"Estes dois cursos de graduação e pós-graduação são
responsáveis, juntos, pela formação da maioria dos mestres
e doutores em Geofísica Aplicada, desde a década de 1970",
afirmou Naomi, acrescentando que mesmo com o quadro
docente reduzido, continuam a ser as principais instituições
que formam geofísicos
aplicados no Brasil,
representando a metade
dos cursos de graduação
dessa área no país.
Divulgação
científica
Adicionalmente, com o
aquecimento do mercado de trabalho, os
geofísicos
recém
formados, em grande
maioria, estão sendo
absorvidos pelas empresas do setor com
remunerações bem
mais atraentes que os
valores das bolsas de
estudo pagas aos pós-graduandos ou o ordenado inicial pago
a um doutor de uma universidade pública. O salário alto,
entretanto, não é a única causa da redução do interesse dos
alunos pela carreira acadêmica. Outra conclusão gerada pelo
diagnóstico, de acordo com a diretora da SBGf, é a necessidade
de divulgação da profissão de geofísico e da Geofísica como
ciência para estudantes do nível médio e fundamental.
"A carreira de geofísico é praticamente desconhecida
da grande maioria, o que acarreta uma baixa concorrência
no vestibular, facilitando a entrada de alunos despreparados
que, em grande número, não conseguem cumprir o ciclo
básico na universidade e acabam abandonando o curso",
afirmou. Segundo Naomi, a taxa de evasão média atual é
de mais de 50% nos cursos de graduação em Geofísica
mais tradicionais como USP, UFBA e UFPA.
Uma das sugestões para estimular alunos com melhor
preparação a tentar o vestibular para a carreira de
Geofísica é a produção de um vídeo didático em DVD
para divulgação da profissão e da ciência Geofísica.
"Poderíamos enviar o DVD para as escolas que tiverem
10
maiores notas no ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio), atingindo rapidamente um público-alvo de
qualidade em todo o Brasil, em número nunca antes
alcançado", acrescentou Naomi.
Este será um dos itens da pauta do Workshop
Diagnóstico Geofísica que será promovido pela SBGf,
durante o II Simpósio Brasileiro de Geofísica, previsto
para setembro, em Natal (RN). "Precisamos encontrar
meios de estimular novos talentos para seguir a carreira
acadêmica. Talvez a indústria do petróleo pudesse
oferecer uma bolsa complementar para fixação de
jovens doutores como professores ou efetuar doações
a universidades para criação das cadeiras em Geofísica
(chairs), como é comum nas universidades americanas,
para serem ocupadas por eminentes e experientes
professores", acrescentou Naomi.
Melhorar a competição no vestibular faz com que
sejam formados profissionais mais competentes e
surjam novos talentos acadêmicos para repor quadros
nas universidades. Mas este é um trabalho de longo
prazo que precisa e pode ser iniciado de imediato.
Etapa empresarial
O Diagnóstico Geofísica compreende uma análise
da atividade de formação e absorção dos recursos
humanos, da pesquisa em geofísica básica e
aplicada, da expansão do
mercado profissional e da
demanda por novos cursos
de
graduação,
pósgraduação e de educação
continuada. O trabalho está
sendo efetuado em três
etapas. As duas primeiras
já foram concluídas e seus
resultados podem ser
conhecidos no sitio da SBGf
(www.sbgf.org.br).
A primeira fase da
pesquisa compreendeu a
compilação das respostas a
um questionário distribuído
no Congresso Internacional
da SBGf, realizado em 2005,
em Salvador. A segunda etapa consistiu no levantamento
da situação do setor acadêmico e de pesquisa a partir
de dados fornecidos pelos cursos de graduação e pósgraduação em Geofísica. Finalmente, está em curso a
terceira etapa. Um questionário será encaminhado às
companhias de petróleo, de mineração e de prestação
de serviço a fim de conhecer a visão atual dos
profissionais e das empresas geofísicas no Brasil
"É a primeira vez que o diagnóstico tenta cobrir
de forma mais profunda a questão da formação de
recursos humanos. Espera-se, com este diagnóstico,
melhorar a sinergia entre os setores acadêmico e
profissional, condição que permitirá definir estratégias
e linhas de ação para os próximos 10 anos.Essas ações
poderão colaborar com o crescimento quantitativo e
de qualidade nas atividades de pesquisa, formação
de recursos humanos pelo setor acadêmico e
prestação de serviço, inovação tecnológica, expansão
e diversificação do mercado de trabalho geofísico no
setor profissional", afirmou Naomi Ussami.
3
Editorial
Diretoria da SBGf
Presidente
Renato Lopes Silveira (SESES)
Vice-presidente
Paulo Roberto Porto Siston (Petrobras)
Diretor geral
Edmundo Julio Jung Marques (Petrobras)
Diretor financeiro
Francisco Carlos Neves de Aquino (Petrobras)
Diretor de Relações Institucionais
Carlos Eiffel Arbex Belem (Ies Brazil Consultoria)
Diretor de Relações Acadêmicas
Naomi Ussami (IAG-USP)
Diretor de Publicações
Eduardo Lopes de Faria (Petrobras)
Conselheiros
Amin Bassrei (CPGG / UFBA)
Ana Cristina Fernandes Chaves Sartori (Geosoft)
Icaro Vitorello (INPE)
Jorge Dagoberto Hildenbrand (Fugro)
Jurandyr Schmidt (Petrobras)
Paulo Roberto Schroeder Johann (Petrobras)
Renato Marcos Darros de Matos (Aurizônia)
Ricardo Augusto Rosa Fernandes (Petrobras)
Sergio Luiz Fontes (Observatório Nacional)
Vandemir Ferreira de Oliveira (Petrobras)
Secretário Divisão Centro-Sul
Patrícia Pastana de Lugão (Strataimage)
Secretário Divsão Sul
Carlos Alberto Mendonça (USP)
Secretário Divisão Nordeste Meridional
Mario Sergio Costa (Petrobras)
Secretário Divisão Nordeste Setentrional
Aderson Farias do Nascimento (UFRN)
Secretário Divisão Norte
Cícero Roberto Teixeira Régis (UFPA)
Editor-chefe da Revista Brasileira de Geofísica
Cleverson Guizan Silva (UFF)
Expediente
Secretaria executiva
Ivete Berlice Dias
Luciene Camargo
Jornalista responsável
Fernando Zaider (MTb n. 15.402)
Programadora visual
Adriana Reis Xavier
Coordenadora de Eventos
Renata Vergasta
Tiragem: 1.500 exemplares
Distribuição restrita
Sociedade Brasileira de Geofísica - SBGf
Av. Rio Branco 156, sala 2.509
20043-900 – Centro
Rio de Janeiro – RJ
Tel: (55-21) 2533-4627
Fax: (55-21) 2533-0064
[email protected]
http://www.sbgf.org.br
Geofísica para pré-vestibulandos
Divulgar a Geofísica
Atenta à necessidade de divulgar suas atividades, a Sociedade Brasileira de
Geofísica, através da sua diretoria, esteve presente na Reunião Anual da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência, por ocasião da palestra do professor
Jesus Berrocal sobre Tsunamis e seus efeitos.
Com grande receptividade, o presidente da SBGf, Renato Silveira, realizou
apresentações em colégios do Ensino Médio dirigidas a alunos que ainda vão
prestar o vestibular. É fundamental revelar aos futuros universitários o que é a
Geofísica, quais são suas especialidades, a situação do mercado de trabalho e
as perspectivas futuras. São informações extremamente meritórias,
considerando o fato de que muitos se sentem frustrados no meio do caminho
com a carreira escolhida, vindo eventualmente a trocar de curso, em prejuízo
de seu tempo de graduação.
Adicionalmente, alunos de Graduação e pós-Graduação em Geofísica na
Universidade Federal Fluminense assistiram uma apresentação do presidente sobre
as características do profissional geofísico, suas atividades e mercado de trabalho
notadamente, no que diz respeito ao ensino e à pesquisa em Geofísica. Essa ação
considera a necessidade de renovação dos quadros profissionais nas áreas de ensino
e pesquisa, conforme constatação observada pelo Diagnóstico Geofísica, pesquisa
sobre o setor, coordenada pela professora Naomi Ussami no meio acadêmico.
Outro programa que divulga a Geofísica de forma extraordinária são as palestras
mensais realizadas na sede da Sociedade, no Rio de Janeiro, com o apoio da
Divisão Regional Centro-Sul. Os encontros têm trazido um número expressivo de
associados, incluindo executivos de empresas de petróleo e de prestação de
serviços, além de estudantes de graduação e pós. Vale destacar o tema de agosto,
a Sísmica 4D, que evidencia o papel da SBGf, alinhada com o estado-da-arte da
tecnologia, como cenário para a troca de experiências e informações profissionais.
Plena de êxito foi a Semana de Geofísica que a SBGf realiza anualmente em
parceria com Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Sempre com mais de 200 estudantes inscritos, o evento alcançou a sétima edição
com palestras de altíssimo nível. Já é um programa inserido no calendário técnicocientífico do estado do Rio de Janeiro.
A diretoria da SBGf parabeniza os colegas Geofísicos que devotadamente se
dedicam à organização desses eventos. Vemos com orgulho o bom resultado da
Escola de Verão da USP, realizada pelo Instituto de Astrofísica, Geofísica e Ciências
Atmosféricas (IAG), e encorajamos a realização de atividades similares por nossas
divisões regionais em suas unidades. Foi com grande satisfação que constatamos
o interesse da Divisão Regional Norte - Professor Cícero Roberto Teixeira Régis,
e da Divisão Nordeste Meridional - Mário Sergio Costa, em organizar a Semana
de Geofísica em suas respectivas unidades.
Representatividade da SBGf
se consolida na SEG
A fim de divulgar a Geofísica para alunos do
S e g u n d o G ra u , o p r e s i d e n t e d a S B G f, Re n a t o
Silveira, realizou, à convite, palestras na Escola
Modelo Cambaúba, na Ilha do Governador, e no
Colégio S. Vicente de Paulo, em Niterói.
De acordo com o presidente, as palestras têm
como objetivo ajudar o futuro aluno do vestibular
na escolha da profissão, evitando a troca de cursos
no decorrer do período, o que é prejudicial à
carreira do futuro graduando. "O aluno que optar
pela faculdade de Geofísica deve conhecer de
antemão o que é Geofísica, o que faz um
profissional desse setor, quais são as especialidades
existentes, como está o mercado de trabalho hoje
e quais são as perspectivas para o futuro em
termos de empregabilidade", destacou Renato.
"Creio que o interesse por este tipo de
palestra aumentará em conseqüência do primeiro
curso de graduação em Geofísica do Rio de
Janeiro, criado no ano passado pela UFF",
acrescentou o presidente.
No Colégio S. Vicente de Paulo, em Niterói, a
palestra fez parte de um evento promovido pelo
setor de orientação profissional da instituição.
Segundo o professor Benildo Gomes, coordenador
de Geografia, seus alunos no curso pré-vestibular
confundiam geografia física com geofísica e
geologia. "A apresentação foi muito esclarecedora.
Os alunos também queriam informações sobre
mercado de trabalho e faixas de salário. Acredito
que pelo grau de interesse demonstrado após o
encontro alguns até optarão pela carreira de
geofísico", deduziu o professor.
O conselheiro e ex-vice-presidente da SBGf Paulo
Johann foi eleito para um mandato de três anos no
conselho da SEG - Sociedade dos Geofísicos de
Exploração - maior entidade internacional do setor.
Johann é o representante eleito pelo Sexto Distrito,
que abrange toda a América Latina, desde o México
até a Argentina.
A posse do conselho e da nova diretoria eleita
está prevista para o dia 1º de outubro, em Nova
Orleans (EUA), dia inaugural do encontro anual da
SEG. "Essa posição de conselheiro da SEG representa
a abertura de um canal direto entre a SBGf e a SEG,
q u e s ã o p a r c e i ra s e m v á r i a s r e a l i z a ç õ e s . Vo u
trabalhar a favor do Brasil e da geofísica brasileira,"
afirmou o conselheiro.
Com a eleição de Paulo Johann a representatividada da SBGf na SEG se consolida já que outros
sócios exercem funções de destaque. O presidente
Renato Silveira é membro nato do conselho da SEG,
por presidir uma entidade associada. Os sócios Ivan
Simões de Araujo Filho e Eduardo Lopes de Faria
são representantes no Comitê de Assuntos Globais,
respectivamente nas condições de representantes da
Comunidade Latinoamericana e da Comunidade
Brasileira. Além disso, o vice-presidente da SBGf,
Paulo Roberto Porto Siston, foi indicado para o
Comitê de Nomeações.
Em meio ao mundo globalizado, a comunicação constitui importante fator de
inserção social para qualquer organização.
Paulo Osório (In Memoriam)
O falecimento de Paulo Léo Menassi Osório, em decorrência
de câncer na medula, representa uma perda irreparável não
somente para familiares, amigos e alunos, como também para
o Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) da PUC-Rio,
para o qual deixou uma enorme contribuição.
Como diretor do DEE, o Professor Osório implantou o
programa de doutorado em Engenharia Elétrica. Posteriormente
readaptou o Laboratório de Processamento de Sinais (LPS/
PUC-Rio) para projetos relacionados à Geofísica, dando início
a trabalhos em parceria com a Petrobras. Atuava como
Professor Associado da PUC-Rio desde 1976 e, além disso,
durante mais de 25 anos foi o professor titular da disciplina
Sinais e Sistemas ministrada, periodicamente, para os novos
geofísicos contratados pela Petrobras.
"Com um currículo invejável que incluía doutorado e pós-doutorado em Engenharia
Elétrica, pela Universidade de Houston, Osório tinha, ao lado de um conhecimento
enciclopédico sobre sua especialidade, o dom de explicar conceitos físicos intrincados,
mesmo para pessoas com limitado conhecimento de matemática", destacou Osvaldo de
Oliveira Duarte, da Universidade Petrobras. "Sua presença como pesquisador incansável
e professor dedicado foi sempre um fator de motivação para nós", afirmou o professor
Marco Antônio Cetale Santos, ex-aluno, ex-orientando, e membro do Grupo LPS (Laboratório
de Processamento de Sinais), que foi liderado pelo Professor Osório até seus últimos dias.
11
BOLETIM
Agenda
Eventos
43º Congresso Brasileiro de Geologia
Promoção: Sociedade Brasileira de Geologia
3 a 8 de setembro de 2006
Aracaju – SE
Informações: www.43cbg.com.br
Rio Oil & Gas 2006
Promoção: Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP)
11 a 14 de setembro de 2006
Riocentro - Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 2112-9000 / [email protected]
II Simpósio Brasileiro de Geofísica
Promoção: SBGf
21 a 23 de setembro de 2006
Natal – RN
Informações: http://simposio.sbgf.org.br/
EAGE Research Workshop 2006
From Seismic Interpretation to Stratigraphic
and Basin Modelling - Present and Future
25 a 27 de setembro de 2006
Grenoble - França
Informações: www.eage.org
SPE Annual Technical and Exhibition
Organização: Society of Petroleum Engineers - SPE
24 a 27 de setembro de 2006
San Antonio - Texas - EUA
Informações: www.spe.org
SEG - 2006 Annual Meeting
1 a 6 de outubro de 2006
New Orleans - Louisiana – EUA
Informações: www.seg.org
XIII Congreso Venezuelano de Geofísica
Promoção: Sociedade Venezuelana de Engenheiros
Geofísicos (SOVG)
22 a 25 de outubro de 2006
Caracas - Venezuela
Informações: www.congresogeofisica-sovg.org
12º Abu Dhabi International Petroleum
Exhibition & Conference
Promoção: SPE International / Emirates Society of
Geoscientists (ESG)
5 a 8 de novembro de 2006
Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)
Informações: www.adipec.com
AAPG
Promoção: American Association of Petroleum
Geologists - AAPG
5 a 8 de novembro de 2006
Perth - Austrália
Informações: www.aapg.org
Brazil Onshore Conference and Exhibition
Promoção: IBP e SPE Seção Brasil
28 a 30 de novembro de 2006
Natal - RN
Informações: www.spe.org
Workshop sobre Sísmica Passiva
Aplicativos de monitoramento e exploração
Promoção: IBP e SPE Seção Brasil
10 a 13 de dezembro de 2006
Dubai (Emirados Árabes Unidos)
Informações: www.eage.org
Publicação da Sociedade Brasileira de Geofísica - Número 3/2006
Confira nesta edição:
Editorial
Divulgar a Geofísica
Página 2
Homenagens
Paulo Osório (In Memoriam)
Página 2
Carlos E.M. Fernandes
Página 10
Fórum sobre águas profundas terá bis nos EUA
Cento e cinquenta geofísicos do mundo inteiro participaram em agosto no Rio de Janeiro
do Fórum Desafios em Águas Profundas. Fruto da parceria entre a SEG e a SBGf, o evento
foi considerado um sucesso do ponto de vista técnico e contou com a presença maciça de
geocientistas de alto nível, tanto das companhias de serviço como das principais operadoras
de petróleo.
"Espero que este êxito abra portas para novos eventos que realizaremos no Brasil", afirmou
Edmundo Marques, chairman do Fórum e diretor-geral da SBGf. Segundo ele, o Brasil é
referencia mundial no desenvolvimento e produção de petróleo em águas profundas, mas o
evento demonstrou que a geofísica também pode estar à frente dos avanços tecnológicos.
Edmundo atribuiu grande parte dos bons resultados à equipe brasileira do comitê organizador,
a quem aproveitou para expressar seu agradecimento: Alexandre Maul, Jonilton Pessoa,
Marcos Galotti, Patricia Lugão e a coordenadora de eventos Renata Vergasta.
O encontro recebeu tantos elogios que será reprisado no Congresso da SEG, nos EUA. Cinco
palestrantes repetirão suas apresentações em Nova Orleans no dia 5 de outubro, em um
workshop intitulado "O melhor do D&P Forum", a ser coordenado por John Waggoner e Michael
Payne. Na próxima edição, o Boletim SBGf apresentará uma matéria especial sobre o Fórum.
Tecnologia
Executivos debatem
Sísmica 4D
Ciclo de palestras técnicas
Página 5
Operadoras
Petrogal descobre o Brasil
Página 7
Foto: Fernando Zaider
CONVOCAÇÃO
Internacional
Convidamos todos os Sócios, em dia com suas obrigações estatutárias, para que compareçam à 28ª
Assembléia Geral Ordinária da SBGf a ser realizada no dia 22/09/2006 às 16h45min (Auditório 4 A, 4º piso
do Centro de Convenções) no Hotel Parque da Costeira – Via Costeira, Km 07 – Parque das Dunas, na
Cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, por ocasião do II Simpósio Brasileiro de Geofísica da Sociedade
Brasileira de Geofísica, com a seguinte ordem do dia:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Atividades da Diretoria.
Atividades das Divisões Regionais.
Análise e votação do Relatório Financeiro (2005).
Anuidade 2007.
Revista Brasileira de Geofísica.
Assuntos Gerais.
Intercâmbio no Congresso
da EAGE
Página 4
Mais um brasileiro na SEG
Página 10
Eventos
II SIMBGF confirma
conferências
SBGf / Diretoria
2008 será o Ano do
Planeta Terra
NOTA DE FALECIMENTO
É com imenso pesar que a Diretoria da SBGf comunica o falecimento do nosso associado Frederico Aguiar
Ferreira Gomes, ocorrido de modo súbito no dia 23 de agosto, na Nigéria, onde atuava pela Petrobras.
Mestre em Geofísica pela UFBA, Frederico foi conselheiro da Divisão Regional Nordeste Setentrional e
esteve sempre presente aos principais eventos da SBGf.
Congresso Brasileiro de
Geologia
Páginas 8 e 9
II Simexmin 2006
Página 6
12
Solenidade de abertura: Edmundo Marques, Terry Young e Michael Payne.
Diagnóstico Geofísica:
Um olhar sobre a geofísica brasileira
Com o mercado de trabalho de Geofísica aquecido no Brasil, a área acadêmica
experimenta dificuldades para renovar os quadros docentes das universidades. Essa é
uma das conclusões do Diagnóstico Geofísica realizado este ano pela diretoria da SBGf,
que a cada dez anos lança um olhar mais profundo sobre o setor de geofísica no Brasil.
Para a coordenadora do Diagnóstico Geofísica, professora Naomi Ussami, uma das
alternativas para repor quadros nas universidades é melhorar a competição no vestibular
para que surjam novos talentos acadêmicos. (Página 3)
Câmara aprova regulamentação
da profissão de geofísico
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou
em 2 de agosto o Projeto de Lei 4796/05, que disciplina a profissão de geofísico no Brasil.
Como tramitava em caráter conclusivo, a proposta não precisou ser votada em plenário e
seguindo, portanto, para a análise do Senado. De acordo com o projeto aprovado, a profissão
de geofísico ficará restrita aos portadores de diploma de graduação em Geofísica, Geologia ou
Engenharia Geológica. Os profissionais de nível superior que possuam outra formação, mas
que comprovadamente exerçam atividade de geofísico há pelo menos oito anos ininterruptos,
também poderão requerer o registro profissional.

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