suporte - Fecomércio DF

Transcrição

suporte - Fecomércio DF
Ano XVIII nº 190 – Fevereiro 2014
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Com p
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o
sup
Projeto de lei dá mais atribuições aos Procons,
mas ainda não existe plano de estruturação dos órgãos
Entrevista // Pág. 8
Carlos Eduardo de Freitas
Presidente do Conselho Regional de Economia do DF
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
1
Mono mon
Acesso à saúde de qualidade
para o Empregador do
Comércio viver melhor.
Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp
proporciona a você, Empregador do Comércio e sua família,
acesso aos melhores planos de saúde pelo menor preço.
• Rede com os melhores hospitais, laboratórios e médicos do Brasil.1
• Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2
• Preços e condições especiais de adesão.
Os melhores
planos
pelo
menor
preço.
Menor preço: em comparação a produtos similares no mercado de planos de saúde individuais. ¹ De acordo com a disponibilidade da rede médica
da operadora escolhida e do plano contratado. ² Conforme condições contratuais. A disponibilidade e as características desse benefício especial
podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado.
Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por
parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise.
Janeiro/2014.
Amil:
ANS nº 326305
2
Golden Cross:
ANS nº 403911
SulAmérica:
Qualicorp
Adm. de Benefícios:
ANS nº 417173
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Ligue e confira:
0800 799 3003
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos
sábados, das 10 às 16h. Ou se preferir, acesse
w w w.economizecomaqualicorp.com.br.
3
sumário
Fotos: Nina Quintana
Não jogue
dinheiro fora
Empresários mostram
como diminuíram o
desperdício em suas lojas
12
Corners:
duas em uma
Conheça a modalidade
de vendas em que uma
loja abriga outra
28
Spas
urbanos
Para relaxar sem precisar
ir muito longe ou sair do
condomínio em que mora
22
Poderoso, mas
sem estrutura
O Projeto de Lei 5.196/13, do governo federal, pretende dar mais autoridade aos
Procons. Mas ainda não há previsão para fortalecer os órgãos e, assim, garantir
o atendimento das demandas
32
seções
8 Entrevista
16 Gente
18 Direito no Trabalho
19 Vitrine
20 Agenda Fiscal
25 Caso de Sucesso
26 Gastronomix
39 Empresário do Mês
40 Doses Econômicas
46 Economia
54 Segredos do Marketing Digital
58 Sindicatos
62 Pesquisa Conjuntural
66 Pesquisa Relâmpago
Contato
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi
5º e 6º andares – Brasília – 70306-911
(61) 3038.7500
www.fecomerciodf.com.br
twitter.com/fecomerciodf
2013
EMPRES
A
NC
À INFÂ
IA
Diretores Adjuntos
Diocesmar Felipe de Faria
Glauco Oliveira Santana
Suely Santos Nakao
Diretor da Área de Combustíveis
José Carlos Ulhôa Fonseca
Diretor da Área Hotéis, Bares,
Restaurantes e Similares
Clayton Faria Machado
Diretoria (suplentes)
Diretoria da
Fecomércio-DF
Conselho Consultivo
Conselheiro Presidente
Mitri Moufarrege
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
José Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Rogerio Tokarski
Diretoria (Efetivos)
Presidente
Adelmir Araújo Santana
1º Vice-Presidente
Miguel Setembrino Emery
de Carvalho
2º Vice-Presidente
Antonio Augusto Carvalho
de Moraes
3º Vice-Presidente
Francisco Maia Farias
Vice-Presidentes
Antônio Tadeu Perón
Edy Elly Bender K. Seidler
Fábio de Carvalho
Francisco das Chagas Almeida
José Aparecido da Costa Freire
José Geraldo Dias Pimentel
Oscar Perné do Carmo
Vice-Presidente Administrativo
Cecin Sarkis Simão
2° Diretor Secretário
Hamilton César Junqueira Guimarães
3° Diretor Secretário
Miguel Soares Neto
Vice-Presidente Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2° Diretor Tesoureiro
Roger Benac
3° Diretor Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
Aldo Ramalho Picanço
Alexandre Machado Costa
Álvaro José da Silveira
Ana Alice de Souza
Bartolomeu Gonçalves Martins
Carlos Hiran Bentes David
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Francisco Joaquim Loiola
Francisco V. Machado Elias
Jó Rufino Alves
João Ricardo de Faria
José Fagundes Maia
Luiz Alberto Cruz de Morais
Milton Carlos da Silva
Osório Adriano Neto
Paulo Targino Alves Filho
Sandoval Antonio de Miranda
Conselho fiscal
Conselheiros (efetivos)
Arnaldo Sóter Braga (presidente)
Arnaldo Rocha Mundim Junior
Raul Carlos da Cunha Neto
Conselheiros (suplentes)
Henrique Pizzolante Cartaxo
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Sindicatos filiados
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) •
Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis
Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros,
Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza
para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista
de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto
Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF
(Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF
(Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei)
• Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem
de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas
Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF
(Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios
do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF
(Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira)
• Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas,
Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios
de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas
Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF
(Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do
DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF
(Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria
e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) •
Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do
Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas
Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc)
Sindicatos associados
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar)
• Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF
(Sindicombustíveis)
Coordenador de Comunicação
do Sistema Fecomércio-DF
Diego Recena
Revista Fecomércio
Repórteres
Alessandra Santos, Andrea Ventura,
Daniel Alcântara, Gabriela Moll,
Iara Lemos, Luciana Corrêa,
Marina Marquez, Natasha Cabral,
Patrick Selvatti, Raíssa Lopes,
Sacha Bourdette, Sílvia Melo, Talita
Cavalcante e Talita Motta
Fotógrafo da Fecomércio
Cristiano Costa
Projeto gráfico e diagramação
Gustavo Pinto
Capa
Gustavo Pinto
Revisora
Anna Cristina Rodrigues
Impressão
Ediouro Gráfica
Tiragem
60 mil exemplares
Superintendente
Da fecomércio
João Vicente Feijão Neto
Coordenação Editorial
Editora Meiaum
Editora-chefe
Anna Halley
Editora-executiva
Paula Oliveira
Editor Fecomércio
Diego Recena
Editora Senac
Ana Paula Gontijo
Editor Sesc
Marcus César Alencar
Editora de fotografia
Nina Quintana
Diretora-executiva do
Instituto fecomércio
Elizabet Garcia Campos
Contato comercial
Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected]
Diretor regional
Do sesc
José Roberto Sfair Macedo
Diretor regional
Do senac
Luiz Otávio da Justa Neves
editorial
Por um 2014
menos morno
O
cenário econômico brasileiro não é dos melhores. Fechamos 2013 com inflação
de 5,91%, muito longe do centro
da meta (4,5%). O produto interno
bruto cresceu apenas 2,3%, um
pouco abaixo da expectativa do
próprio governo. Além disso, a
taxa básica de juros não para de
crescer. A previsão é de que, em
fevereiro, ela atinja os 11%. Esse
último dado não assustaria se a
manobra do Banco Central em aumentar a Selic para conter a inflação estivesse funcionando, o que
não acontece. Enfrentamos, assim,
tanto o freio no consumo quanto o
aumento dos preços.
Para Carlos Eduardo de Freitas, presidente do Conselho Regional de Economia do DF, esta não
é a melhor hora para pensar em
investimentos em escala. Em entrevista publicada a partir da página 8, o economista, que foi diretor
do Banco Central de 1985 a 2003,
prevê um ano economicamente
morno. Se por um lado essa classificação é ruim, porque nos dá a
impressão de que nada vai mudar,
por outro pode ser positiva. Não
entraremos em crise, segundo ele,
e, com medidas governamentais
adequadas, teríamos chances de
nos recuperar.
Enquanto isso, traçar objetivos
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
para 2014 é questão de sobrevivência. O comércio deve estar
sempre em movimento. Teremos
um ano agitado com eleições e
Copa do Mundo de Futebol. A vida
segue, mesmo quando não temos
todas as condições favoráveis.
Nós, empresários, perdemos o
sono diariamente para fazer contas, traçar planos, criar objetivos
e, principalmente, tentar vencer
a concorrência e diminuir os prejuízos. Mas não percebemos que,
muitas vezes, a solução de problemas financeiros não depende
apenas da política econômica do
governo e muito menos da conjuntural mundial.
Implementar medidas simples contra o desperdício pode
significar economia grande dos
custos de operação das empresas. A repórter Marina Marquez
conversou com empresários do
Distrito Federal que conseguiram, com medidas simples e investimento baixo, reduzir gastos
desnecessários. Até mesmo o
hábito de perguntar para o cliente
se ele quer sachê de ketchup para
acompanhar a pizza pode diminuir
o risco de o dinheiro dos empresários ser, literalmente, jogado no
lixo. Leia a reportagem a partir da
página 12 e veja as outras ideias
bem-sucedidas.
Paulo Negreiros
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF,
entidade que administra o Sesc,
o Senac e o Instituto Fecomércio
no Distrito Federal
7
//entrevista
Nem bom
nem ruim
// Por Paula Oliveira
O Brasil terá um ano morno, aposta o presidente do
Conselho Regional de Economia do DF, Carlos Eduardo
de Freitas. Isso é negativo para um País com crescimento
abaixo da expectativa do próprio governo. O economista diz
que, se fosse empresário, não se arriscaria muito em 2014.
Mas avisa: as respostas às perguntas a seguir podem ser
outras em alguns meses. Freitas dirigiu a Área Externa
do Banco Central (1985-1988), onde também chefiou
o Departamento Econômico (1991-1993). Aposentouse em 1993, mas voltou em 1999, quando foi diretor de
Desestatização e Liquidações Bancárias (até 2003). Em
janeiro de 2013, assumiu a presidência do Corecon-DF.
8
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Carlos Eduardo de Freitas
Presidente do Conselho
Regional de Economia do DF
Fotos: Nina Quintana
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
9
O que se pode tirar de bom e de ruim
de 2013?
A notícia boa é que a economia
não entrou em crise, e acho possível
que também não entre em 2014. No
entanto, se a análise for a macroeconomia, está ruim. Ruim pelo que
é e, principalmente, pela evolução.
Alguns episódios são emblemáticos
e mostram a realidade. Para engordar o lucro, a Caixa Econômica Federal se apropriou indevidamente de
R$ 700 milhões de poupanças sem
movimentação. Se um banco de propriedade do governo federal precisa
desse artifício, não é bom sinal. Claro
que não vai ser isso que vai colocar a
economia em risco, mas é um sinalizador. Se continuar nesse passo e
medidas não forem tomadas, o que
pode acontecer é algo mais grave
aparecer em 2015, 2016 ou 2017.
Então é hora de corrigir os erros?
Ano eleitoral não é um momento
em que o governo gosta de tomar
medidas de correção de coisas que
ele próprio fez. Quem criou esse
desequilíbrio foi o próprio governo
da presidente Dilma Rousseff, nos
primeiros três anos. Tentar corrigi-lo seria reconhecer que conduziu
a política econômica de maneira
equivocada. De certa maneira, isso
está acontecendo com a taxa de juros básica, a Selic. O Banco Central
começou, em abril do ano passado,
a subir os juros em progressão totalmente diferente da orientação da
presidente. Ela achou que, baixando
os juros, o investimento cresceria.
Isso, de fato, está no livro-texto da
economia, mas está lá com uma
série de condicionantes. A curva
de demanda de investimento pode
mudar de lugar quando os juros
são reduzidos de forma arbitrária. O
sistema capitalista funciona com um
mecanismo de incentivos, mas não
do tipo toma lá dá cá.
Se fosse empresário, faria
investimentos neste ano?
Eu jogaria na defesa, recuaria
o time. Se tivesse demanda mais
forte, talvez contratasse pessoal.
Pouco. Mas não faria investimentos
10
em escala. Saindo da macro para
a micro, Brasília é uma economia
de prestação de serviços. Os salários dos servidores públicos, maior
massa consumidora da capital,
estão abaixo da inflação. Não vejo
perspectiva de avanço. No entanto, a cidade está em expansão e
oportunidades podem aparecer. O
panorama de incentivos não é bom.
Os impostos são altos e a burocracia é enorme – isso facilita a ação
de fiscais tributários desonestos.
Uma taxa de inflação que não cede,
no primeiro momento, pode ser até
boa para o empresário. Ele forma
o seu estoque a preço mais baixo
e isso valoriza o capital de giro. Só
que isso traz, com o tempo, todos os
efeitos colaterais da inflação. Então,
o quadro não é bom. A inflação é
renitente. As pessoas estão com
receio de se endividar, e os bancos já
não facilitam tanto o crédito. A nossa
poupança interna está diminuindo e
o investimento é baixo. O Brasil não
está se endividando para investir,
mas para consumir. A economia do
DF deve acompanhar a do País. Os
economistas têm um termo para
definir momentos como este: andando de lado – não vai para a frente
nem para trás.
patamar dos livres, a inflação hoje
seria de 7%. Temos que considerar,
ainda, que trabalhamos com dados
mascarados. O resultado fiscal do
Tesouro Nacional, o superávit primário e até o lucro da Caixa não são
informações confiáveis. As coisas
não estão tão boas quanto parecem.
Além disso, acho que a meta de
4,5% já é alta.
Então, o que podemos esperar
para 2014?
Uma economia morna, nem boa
nem ruim. Mas o processo de deterioração permanecerá. Primeiro,
2014 é ano eleitoral e nenhuma atitude mais radical vai ser tomada.
Segundo, precisaríamos de conserto
em vários cômodos da casa. A inflação no ano passado foi de 5,91%,
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA.
Maior do que a de 2012 [5,84%]. O
presidente do Banco Central [Alexandre Antonio Tombini] tinha dito que ia
ser menor. Porém, pior do que ter um
ano morno é acumular problemas.
Por que a inflação continua alta
apesar da alta da taxa de juros nos
últimos meses?
Continuamos a ter uma expansão
fiscal forte e isso exige uma Selic
mais alta. A taxa de juros não tem
que ser nem alta nem baixa, tem que
ser aquela que equilibra a economia
e deixa a inflação no centro da meta.
Mas a inflação não está no centro da
meta (4,5%).
O governo Dilma transformou
o teto da meta em centro da meta.
Isso é errado. A folga existe para
acomodar algum choque adverso.
O Brasil trabalha no limite, mas poderia ser pior. Os preços administrados pelo governo – como gasolina,
energia e passagem de ônibus – tiveram aumento de cerca de 1% em
2013. Os preços livres, de 8%. Se os
preços controlados estivessem no
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Voltar a aumentar a taxa de juros foi
uma decisão correta?
Sim, a inflação está alta e isso
desvaloriza o capital de giro do comércio. A Selic alta faz com que as
pessoas consumam menos e se
endividem menos. Mas não é que a
economia esteja acelerada. O potencial de investimento é que está
baixo. Inflação renitente não é necessariamente ruim, se a economia
estiver crescendo. O desemprego
está baixo, mas as vagas estão na
faixa de até dois salários mínimos.
Isso significa que o investimento
está baixo e o desenvolvimento tecnológico está ruim, porque estão
criando empregos de menor especialização. A indústria está com falta
de produtividade terrível. O produto
é caro e de qualidade inferior. Para
tentar melhorar as coisas, o governo
deixa a taxa de câmbio lá embaixo
e isso também força a inflação. Ou
seja, o Brasil está em processo de
empobrecimento. Se a presidente
Dilma for reeleita, acredito que ela
não vá fazer nada para mudar essa
Estamos vendo
o doente piorar,
mas o médico não
toma providência.
Na economia, a
expectativa é muito
importante, mais
do que o que está
acontecendo.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
situação e, aí sim, teremos crise. Ela
não acredita nem na subida de juros,
não sei quem é que conseguiu isso...
Qual seria a taxa adequada para
2014?
De 12% a 13% ao ano. Estamos
em 10,5% e, em fevereiro, devemos
chegar a 11%.
O País continua blindado contra
crises externas?
Se a crise econômica mundial
de 2008 fosse hoje, entraríamos
nela com uma taxa de inflação mais
alta. Naquele ano, tínhamos a inflação verdadeiramente controlada,
o balanço de pagamentos muito
confortável e a política fiscal mais
equilibrada. O governo teve espaço
para fazer uma política chamada
anticíclica clássica. Hoje, não. Estamos com a inflação alta, o balanço
de pagamentos em deterioração, o
déficit aumentado, a estrutura de
financiamento ruim. Tudo isso provocado pelo aumento de consumo,
pela redução de poupança e pelo
investimento baixo. Para piorar, a
confiança no Brasil diminuiu, espantando os investidores. Se não
for tomada medida de ajuste da
política fiscal, se não houver política
monetária rígida e se não for aceita
uma desvalorização cambial maior,
forçando a inflação para baixo, não
suportaremos uma nova crise. A
sorte é que a economia mundial
está relativamente positiva, comparando com os anos anteriores.
A norte-americana está se recuperando, mesmo com tropeços.
A europeia me parece que parou
de piorar. E a chinesa se mantém.
Com a cotação mais baixa, mas se
mantém.
Como a deterioração das contas
externas do País influencia os
investimentos das empresas?
A deterioração é resultado de
aumento de consumo e de redução
de investimento. As perspectivas da
economia de produtividade caem.
As de aumento de salário, também.
A gente só não tem desemprego
porque o crescimento populacional
vem caindo muito desde o fim dos
anos 1990.
O Brasil pode ser rebaixado pelas
agências de análise de risco?
A taxa risco-Brasil está alta e
estamos perdendo investimento.
As agências colocaram o Brasil em
posição de atenção. Mesmo que seja
rebaixado um degrau, não perderá
a condição de grau de investimento.
Para isso, teria que ser rebaixado
dois degraus. A Moody’s e a Fitch
deixaram claro que não mexeriam
na nota do Brasil – por ser um ano
eleitoral, eu acho –, apesar do viés
de baixa. As agências não querem
ser acusadas de prejudicar um ou
outro candidato. Porém, a Standard
& Poor’s já anunciou que o Brasil
pode ser rebaixado, sim, dependendo da marcha da política econômica
do governo.
E qual a imagem que o Brasil passa
para o mundo?
De tranquilidade. O ministro da
Fazenda [Guido Mantega] diz que
estamos bem, que fizemos o superávit primário, mas se esquece de
dizer que o resultado está cheio de
maquiagem, que não considera os
estados e os municípios ao divulgar
o resultado do PIB, que considera
os aportes para o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e
Social empréstimos, e não despesas. Tem uma série de conceitos
controversos, para dizer de uma
maneira delicada. Isso não desperta
confiança, pelo contrário. As agências pensam: “Será que ele não vê
que o balanço de pagamentos está
se deteriorando, que a taxa de investimento é baixa, que, por mais que o
Banco Central tenha subido os juros,
isso não afetou ainda a expectativa
de inflação? O que está acontecendo? Ele não está preocupado com
isso?” Isso pode fazer com que o
Brasil caia. Estamos vendo o doente
piorar, mas o médico não toma providência. Na economia, a expectativa
é muito importante, mais do que o
que está acontecendo. É um ponto
fundamental, que faz o empresário
ampliar seus negócios, ou não.
11
economia
Fotos: Nina Quintana
Freio no desperdício
//Por Marina Marquez
Nenhum empresário conscientemente
jogaria dinheiro fora ou prejudicaria o
ambiente em que empreende. Mas é
difícil encontrar um negócio em que
não haja desperdício de água, energia
elétrica, matéria-prima, comida, material
de limpeza. Parecem pequenas perdas,
mas fazem enorme diferença no fim do
mês ou do ano. Combatê-las requer
essencialmente mudança de hábitos e
colaboração da equipe, mas vale a pena o
esforço. Comerciantes brasilienses contam
como reduziram o desperdício e mostram
que vale a pena.
12
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
A gerente da Unidade
de Acesso à Inovação
e Tecnologia do
Sebrae no DF,
Flávia Barros, fala
sobre o programa
de combate ao
desperdício oferecido
às empresas:
Feche a torneira
Quando Fabrício Barbugiani (foto), sócio das nove franquias do restaurante Divino Fogão em Brasília, decidiu combater o desperdício na loja de
Taguatinga, gastava por mês cerca de R$ 2,5 mil só com a conta de água.
O valor era alto, ele sabia. Em uma viagem para visitar outras unidades
em São Paulo, conheceu um pedal que aciona a torneira das pias. Resolveu arriscar e investiu R$ 2 mil na compra, entrega e instalação de seis.
O resultado foi melhor do que ele esperava. Ficou tão satisfeito que quer
mostrar os resultados aos sócios para, quem sabe, levar a tecnologia para
as outras lojas.
“Acabamos com uma coisa comum, que era o funcionário estar lavando pratos e deixar a torneira aberta alguns segundos para buscar uma panela na mesa, por exemplo. É algo rápido, mas que repetido diversas vezes
ao dia desperdiça uma quantidade enorme de água”, reconhece.
De acordo com Barbugiani, o equipamento reduziu a conta em 20% –
uma economia de R$ 500 mensais, em média. “Quando eu vi o pedal, achei
muito interessante e percebi que podia ter bom resultado para a empresa.
Com a economia, em quatro meses o investimento estará pago, sem falar
na diminuição de custos e na menor agressão ao meio ambiente.”
Que resultados o programa Cinco
Menos que São Mais tem apresentado no DF?
Os resultados mais representativos são redução do desperdício,
redução de custos no processo
produtivo e a disseminação
da cultura da sustentabilidade
entre os pequenos negócios.
Em quais setores tem
funcionado melhor?
O programa pode ser aplicado
em qualquer setor ou segmento.
Na verdade, a metodologia foi
desenvolvida exatamente para
que tivesse flexibilidade para
se adaptar às peculiaridades de
cada empresa. Por isso ela tem
sido cada vez mais solicitada.
Como exemplo, podemos citar os
segmentos de alimentação, marcenaria e confecção. Há casos de
redução de até 30% nos custos
de processos produtivos.
Qualquer empresário pode
participar?
Sim, qualquer pequeno negócio
está apto a receber o diagnóstico
para a realização da consultoria.
Os interessados podem buscar
o Sebrae no DF pelo telefone
0800.570800, pelo site (www.
sebrae.com.br/uf/distrito-federal) ou por meio do programa
Agentes Locais de Inovação, em
que o agente acompanha todo o
processo.
Como o programa evoluiu desde
a criação?
O programa existe há mais de
dez anos. Em 2013 passou por
reformulação e a metodologia
foi atualizada para que pudesse
ser nacionalizada. Todo o material didático foi revisto e modernizado, para que a implementação da consultoria se tornasse
mais acessível aos pequenos
negócios. Com a atualização da
metodologia, esperamos ter, em
2014, um número representativo de atendimentos – o que
significa não só maior efetividade e eficiência produtiva nas
empresas, mas também redução
dos impactos ambientais.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
13
//Por dentro
do Sistema
Contra a fome e o desperdício,
o Sesc tem uma rede nacional de
bancos de alimentos, conhecida
como Mesa Brasil. Hoje já são
83 unidades por todo o País,
que atenderam 6.755 entidades
e fizeram 406.549.323 refeições
complementadas com doações de
janeiro a outubro de 2013.
O Mesa Brasil é um programa de
segurança alimentar e nutricional
baseado em ações educativas
e de distribuição de alimentos
excedentes nos estabelecimentos
ou que estejam fora dos padrões
de comercialização. Todos,
no entanto, ainda podem ser
consumidos.
O programa busca nas empresas
as doações. São negociados entre o
Mesa Brasil e o doador o local, os
dias e horários para a retirada da
doação. O programa é responsável
por avaliar a qualidade dos
alimentos e transportá-los até o
público beneficiário. Já são 3.552
empresas parceiras.
Alimentos em geral podem ser
doados, assim como produtos
de limpeza e de higiene pessoal,
roupas, brinquedos e descartáveis.
É possível também fazer a doação
de serviços como combustível,
cessão de espaços, divulgação,
embalagens, transporte e trabalho
voluntário. Só não podem ser
doados refeições prontas, doces
e pães com recheios cremosos
e alimentos com embalagens
danificadas e data de validade
vencida.
No DF, o Mesa Brasil pode ser
encontrado no Sesc do Setor
de Indústria e Abastecimento
(SIA). Entre em contato pelo
e-mail [email protected].
br ou pelos telefones 3403.9108,
3403.9109 e 3403.9114.
14
Mude hábitos
O proprietário da WS Auto Recuperadora de Veículos, Washington de
Sousa Mendonça (foto), reduziu o desperdício do tíner utilizado na loja em
45% depois de um estudo feito pelo Sebrae-DF. Com o diagnóstico do que
causava a perda diária do produto, uma solução foi apontada pelos consultores e ele passou a gastar menos. Antes, os funcionários abriam uma lata
de tíner e a usavam para tudo, ou seja, para limpeza e para diluição da tinta. “Com isso, nós usávamos uns cinco galões por mês, perdendo grande
parte disso. Depois de perceber que, se separássemos o tíner que ia ser
usado para cada trabalho, gastaríamos menos, os próprios funcionários
ajudaram a combater o desperdício e passamos a usar de um a dois galões por mês”, compara Mendonça.
O trabalho que o Sebrae fez para ajudar o empresário é realizado há
mais de dez anos no DF. Mais de mil empreendimentos dos setores de
comércio, indústria, serviços e agroindústria já participaram do programa
Cinco Menos que São Mais – Redução de Desperdício e conseguiram aumentar a lucratividade das empresas com a diminuição de perdas geradas
no processo de produção. O projeto tem três fases: o diagnóstico, que analisa se há situação de desperdício na empresa e qual é; a implementação
das soluções; e o controle e acompanhamento das ações para redução
das perdas.
Os cinco menos que são mais significam menos água, energia, matéria-prima, lixo e poluição; e mais lucro, competitividade, satisfação do
consumidor, produtividade e qualidade ambiental. “Eu descobri o projeto
quando um consultor do Sebrae bateu na porta da minha loja e ofereceu o
trabalho, pelo qual não paguei nada. Foi fantástico, porque às vezes a gente sabe que está desperdiçando, mas não sabe por que e como fazer para
parar de gastar assim”, avalia. A consultoria pode ser cobrada, dependendo do porte da empresa. Leia mais sobre o programa na pág. 13.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Faça a conta
Todos os dias, os motoboys da
Pizzaria Altas Horas, que atende
todo o Plano Piloto, saem da loja,
na Asa Norte, para fazer entrega
pelo menos 40 vezes. Em cada
uma das viagens, oferecem aos
clientes uma embalagem com três
sachês de ketchup e três de mostarda. Ou seja, evitam que os que
não querem os condimentos joguem os sachês no lixo. De acordo
com o proprietário, José Mangel,
nem todos aceitam os sachês; no
entanto, outros pedem mais de um
para acompanhar a pizza.
“A média acaba sendo a mesma
das entregas, porque, ao mesmo
tempo em que tem cliente que não
quer nada, tem cliente que chega
a pedir três embalagens. Por mês,
nós compramos mais de 30 caixas
de sachês, com 200 unidades em
cada uma”, revela.
Com as 40
entregas de pizza e
seis sachês para
cada uma, Mangel distribui 240
sachês por dia,
1.680 por semana
e 7.200 por mês.
Supondo que uma
média de dois desses sachês não sejam
usados pelos clientes, são desperdiçados 1.200 unidades de ketchup
e mostarda em 30 dias, só considerando as entregas da Pizzaria
Altas Horas. Se outras dez pizzarias fizerem a mesma média de
entregas e distribuição de ketchup
e mostarda, chegaremos a cerca
12 mil sachês jogados fora.
Mesmo com o desperdício
enorme que pode existir, o empresário garante que a estratégia
de entregar os sachês embalados
causa menos perdas. “Antes, com
os sachês soltos, vira e mexe um
caia do baú da moto, ou caía no
chão, por exemplo. Sempre que
isso acontecia, ia para o lixo. Depois das embalagens prontas, eu
acredito que diminuímos o nosso
desperdício, pelo menos”.
Treine a equipe
Cleber Vale Teixeira, proprietário da franquia da rede de restaurantes
Brasil Vexado, ataca detalhes diversos para evitar o desperdício nas dez
lojas que a rede tem em Brasília. “Nós temos conseguido ótimo resultado
atuando em diversas frentes. São ações rotineiras de visita às lojas para
treinamento, compra de porções de carne já fracionadas, material de limpeza diluído, máquinas para lavar pratos. Evitamos também o gasto exagerado com água, sem contar as embalagens individuais de guardanapo,
por exemplo”, enumera.
Pela experiência de Teixeira, o que surte maior efeito é o treinamento dos funcionários. Ele contratou dois chefs que visitam todas as lojas
semanalmente e ensinam os cozinheiros como tratar os alimentos para
garantir a qualidade e evitar perdas. “É um investimento alto, mas que diminuiu bastante o desperdício e garante o maior controle de qualidade do
que servimos.”
Com os chefs, um consultor da empresa também visita as lojas. Ele
controla questões como a temperatura interna dos equipamentos, se
todos estão funcionando normalmente, se alimentos estão guardados da
maneira correta. “O resultado é excelente. Nós sabemos, por exemplo,
que a borracha da geladeira, se não estiver na melhor condição, vai aumentar o gasto de energia e pode acabar resultando em desperdício de
alimentos. Se você não controlar isso diariamente, o desperdício só aumenta”, alerta.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
15
//gente
Mono mon
Fotos: Nina Quintana
O primeiro
longa-metragem
Iberê Carvalho
Cineasta
//Por Alessandra Santos
Sobre o primeiro longa-metragem, O Último Cine Drive-In, em
produção, ele revela logo de cara que
não é um filme sobre o Cine Drive-In.
“Eu queria fazer um longa sobre um
filho que não vê o pai há muito tempo e, quando pensei no Drive-In, foi
perfeito! Ele constrói uma metáfora
de algo que estava perdido no espaço,
algo nostálgico, como era a relação
entre os dois.” O pai é Almeida, proprietário do cinema, interpretado
pelo ator Othon Bastos, também
coprodutor da película. O filho é Marlombrando (Pedro Nina). “Marlom”
mora com a mãe (Rita Assemany)
em Anápolis, que precisa vir a Brasília se tratar de um câncer. Assim,
depois de tantos anos, restabelece
a relação com o pai. “O filme acaba
discutindo a questão do cinema e da
saúde pública em Brasília”, diz Iberê.
O lançamento oficial está previsto
para festivais de cinema em 2014.
Iberê Carvalho se apaixonou de vez
por cinema depois de abandonar os
cursos de antropologia e jornalismo.
Já são nove curtas na bagagem, sem
contar os filmes de que participou
como assistente ou produtor.
se propagou. Porém, o trabalho é
mais do que isso: “É um novo guia
de Brasília, que, além de mostrar os
pontos turísticos, tem mapas e textos que falam sobre como é morar
nas superquadras. Há informações
sobre as festas de graça e outras opções”, conta Gabriela. Sendo assim,
a ideia da jovem é publicar o mapa:
“Quero que seja uma coisa bem
popular. Quero que a pessoa possa
comprar na banca. Com a Copa do
Mundo vindo aí, isso pode facilitar
a vida dos turistas.” Duas editoras
já mostram interesse pelo projeto,
mas a autora ainda não deu a palavra final. (A.S.)
Gabriela Bandeira
Mapa
das frutas
Em novembro de 2013, uma imagem
chamou a atenção dos brasilienses
no Facebook. Era um mapa da cidade que mostrava onde estão as
árvores frutíferas. Amoreiras, mangueiras, jaqueiras, limoeiros, pitangueiras, abacateiros, goiabeiras e as
típicas cagaiteiras do Cerrado são
algumas delas. Todas com as datas
de colheita. A ideia saiu da cabeça
desta jovem de 23 anos, que fez o
mapa para o trabalho de conclusão
de curso em arquitetura na Universidade de Brasília. O levantamento
foi feito com a ajuda de conhecidos e
desconhecidos por meio da mesma
rede social em que depois o mapa
16
Estudante de arquitetura
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Regional
premiada
Carlos Henrique
Linhares Feijão
Engenheiro e diretor da ABECE-DF
//Por Gabriela Moll
Mestre em engenharia estrutural
pela UnB, projetista de estruturas e
engenheiro da Novacap, o cearense
de 42 anos assumiu a direção regional da Associação Brasileira de
Engenharia e Consultoria Estrutural
(Abece) em Brasília no início de 2013.
No mesmo ano, recebeu o título de
regional mais atuante do Brasil. A
entidade, que tem a função de assessorar e de valorizar o engenheiro,
oferece treinamentos, palestras e
debates. Desde que assumiu, Feijão
e sua equipe decidiram impulsionar
os projetos. “Promovemos cursos
de segurança, palestras abertas nas
faculdades e participamos de eventos
junto à Câmara dos Deputados que
discutiam a mão de obra estrangeira
no Brasil”, conta. É a primeira vez que
uma regional do Centro-Oeste recebe o título. “Ainda temos muito trabalho pela frente”, diz Feijão. Para 2014,
ano em que acaba o mandato do
engenheiro, os projetos incluem mais
capacitação por meio de workshops,
união das áreas e aumento do número de associados. “Os projetistas
costumam trabalhar sozinhos, são
mais fechados. A Abece quer proteger esses profissionais e fazer com
que compartilhem experiências”,
completa. Em fevereiro, o encontro
será no Estádio Nacional de Brasília.
//Sua Excelência, o gerente
Responsável por 30 funcionários
e pela venda de mais de 160
mil produtos por mês, este
profissional tem rotina agitada.
São nove anos de experiência
na gerência de lojas de
departamento. Exerce a função
na Tesoura de Ouro há dois anos.
Em 2014, termina a faculdade de
economia.
Quais são as principais
características de um bom
gerente?
Ter dinamismo, jogo de
cintura, proatividade e saber
resolver conflitos. Gerenciar
produtos ou mercadorias é
fácil; lidar com pessoas é meio
complicado. Manter a equipe
motivada é importante para você
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
desempenhar um bom trabalho.
Como chegar a essa função?
Para você alcançar os seus
objetivos na parte gerencial, ou
até mesmo crescer mais, você
precisa de estudo, né? Sem isso,
não vai a lugar nenhum. Para eu
chegar aonde cheguei, tive que me
qualificar mais na área, conhecer
os produtos, os concorrentes...
O que não pode faltar em um
gerente?
É preciso ter dom. Para mexer
nessa área, é necessário gostar, e
eu gosto, está “na veia”. É preciso
também sempre se reciclar. A
Tesoura de Ouro oferece cursos de
treinamento e dá todo o suporte
nessa área. (A.S.)
José Ribamar
da Conceição
Gerente da Tesoura de Ouro
de Taguatinga Centro (em
frente à Praça do Relógio)
17
//direito no trabalho
STF analisará
mudanças na legislação
de direitos autorais
O
s direitos autorais têm sido
muito discutidos na mídia, e
isso se deve principalmente
ao fato de que a Lei 9.610, de 1998,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais, teve
alguns de seus artigos alterados
pela Lei 12.853, de agosto de 2013.
As modificações implementadas
foram significativas, especialmente
quanto à obrigação da associação de
gestão coletiva de direitos autorais,
como é o caso do Ecad, de prestar
contas dos valores devidos, em caráter regular e de modo direto, aos
seus associados.
No caso de não cumprimento
dessa obrigação legal, poderá o pedido do associado de prestação de
contas ser encaminhado ao Ministério da Cultura, que, após sua apreciação, poderá determinar a prestação de contas pela associação, na
forma do regulamento.
Apesar de esse regulamento
ainda não ter sido elaborado, a mudança é considerável porque está na
linha do entendimento dos tribunais
de que deve haver transparência,
publicidade e acesso aos valores arrecadados pelas instituições.
Também por determinação dessa nova lei, as associações de gestão coletiva devem adotar os princípios da isonomia, da eficiência e
18
da transparência na cobrança pela
utilização de qualquer obra artística
ou fonograma.
É que, segundo essa nova norma, as associações de gestão coletiva de direitos autorais exercem
atividade de interesse público, devendo, assim, atender a sua função
social – tanto que podem proceder
à defesa judicial ou extrajudicial dos
direitos autorais de seus associados.
Mas, para o exercício da atividade de
cobrança desses direitos, precisam
obter habilitação em órgão da administração pública federal.
Assim, as alterações foram muitas e representam mudanças profundas na gestão coletiva de direitos
autorais, mas foram objeto de ação
direta de inconstitucionalidade – ADI
nº 5.062. Já há audiência pública
marcada para o mês de março, para
sua discussão e posterior análise
pela corte máxima do País, o Supremo Tribunal Federal (STF), restando apenas aguardar qual será o
decisum a respeito.
De qualquer forma, pode-se
concluir que as alterações ora destacadas demonstram que, mais uma
vez, o Estado brasileiro edita leis que
interferem nas atividades privadas e
sobre elas está tendo maior controle. Caberá, então, ao STF decidir se
isso é ou não constitucional.
Joel Rodrigues
Cely Sousa Soares
Consultora empresarial
da Fecomércio-DF
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
//vitrine
Nina Quintana
Volta
no tempo
Foi em uma casa no Guará II que a produtora de objetos e figurino Patrícia Araújo Spada achou um cantinho perfumado para dar
mais uma perna à produtora Maria Mercado, agora também um
brechó, que funciona desde dezembro. O local fica aberto para o
público de quinta-feira a sábado e, além de roupas, vende sapatos
e acessórios, que ficam no segundo piso da casa. No térreo, há objetos antigos. Por isso, ao entrar no Maria Mercado, a sensação é
mesmo de visitar outro tempo. É possível encontrar vários objetos,
como uma Monareta, bicicleta conhecida na década de 1980, opções de telefones de disco, LPs e móveis. As peças estão disponíveis para alugar ou comprar. Tudo depende do desapego da empresária e dona do brechó,
que fica na QE 26 (conjunto O, casa 6). Telefone: (61) 3047.2310.
O esmalte de
Elizabeth II
Uma das marcas de esmaltes mais celebradas do mundo
chegou ao Brasil em janeiro. Em
Brasília, estão disponíveis no
salão de beleza Helio Diff da QI
8 do Lago Sul. A Essie é criação
de Essie Weingarten, que lançou a marca em 1981, apenas
com 12 cores. Hoje, já são 300.
Desde 2010, a Essie faz parte
do leque de produtos da L’Oréal
Paris, mas a fundadora ainda dá
nomes aos esmaltes e escolhe
novas cores. Entre as celebridades reais, as cores discretas
fazem sucesso. Ballet Slippers
(sapatilhas de balé) é a escolhida pela rainha Elizabeth II,
que não usa outro esmalte
desde 1989 (foto). A nova
integrante da família real
britânica, Kate Middleton,
escolheu Allure (sedução,
fascínio) para o casamento. Uma das cores mais conhecidas
é Bordeaux, vermelho
produzido pela marca
desde o lançamento.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Controle total
A Arte e Cinema, especializada em desenvolvimento e instalação de projetos de
automação, sistemas de home theater, high-end (aparelhos de altíssimo rendimento
de TV e som) e sonorização de ambientes,
está há dez anos no mercado. Na última
renovação de produtos e serviços, estão duas
novidades: os servidores de mídia e a distribuição
de vídeo em alta definição. O primeiro guarda todos
os filmes, discos e vídeos em um HD e os organiza por tema ou nome. O
segundo dá a possibilidade de assistir a um filme em qualquer cômodo da
casa. Ou seja, é possível parar o vídeo na sala e ir assistir no quarto do mesmo ponto, ou pará-lo para verificar as câmeras de segurança. Tudo em alta
definição. A Arte e Cinema fica no Sudoeste (CLSW 301, bloco A). Telefone:
(61) 3264.4448.
Novas lojas nos shoppings
O JK Shopping, em Taguatinga,
recebeu a 26ª loja da rede Óticas Diniz no DF, inaugurada em dezembro.
Há 21 anos no mercado, tem óculos para todas as idades e gêneros,
com destaque para marcas internacionais, como Ray-Ban, Carolina
Herrera, Givenchy e Victor Hugo. No
Shopping Sul, em Valparaíso (GO),
são quatro novidades: a Cool Cat,
especializada em surf wear, a ótica
Shalon, o Shopping dos Cosméticos
e a loja de departamentos C&A. Em
breve, a Renner também chegará ao
Shopping Sul.
Nina Quintana
19
//agenda fiscal
Alerta geral para
a opção tributária
C
hegada a hora de uma
grande decisão: a opção
tributária para 2014. Isso
porque a legislação não
permite mudança ao longo do ano. A
opção à qual me refiro é confirmada
quando do pagamento da primeira
cota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, em fevereiro (Lucro
Real Estimativa) ou em abril (Lucro
Real Trimestral e Lucro Presumido). O Lucro Real Anual prevê o pagamento de antecipações mensais
denominadas estimativas, que são
ajustadas anualmente. Já o Lucro
Real Trimestral e o Lucro Presumido têm período menor e a apuração
definitiva em cada trimestre, sem
previsão ou necessidade de ajuste.
É importante lembrar que o Lucro
Presumido parte do pressuposto de
que, ao aplicar a alíquota do imposto sobre uma “base de cálculo presumida”, estará tributando o lucro.
Dessa forma, deve o empresário
conhecer qual é o Lucro Presumido
que a Receita Federal atribuiu ao
seu empreendimento. Se discordar
do resultado, deve estudar a opção
do Lucro Real. Para quem está no
Simples, é hora de avaliar sua permanência no sistema. Compare se
o valor da contribuição, que compreende a contribuição previdenciária, não pode ser reduzido com
uma política tributária mais adequada. Em qualquer situação, não
deixe de consultar seu contabilista.
Joel Rodrigues
Adriano Marrocos
Contador da Fecomércio
e do IFPD e presidente do CRC/DF
Calendário – de 14 a 28/2/2014
O QUE e QUANDO pagar?
14/2
• Cofins/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/1/2014.
17/2
• Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 1/2014.
20/2
• Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 1/2014.
• Contribuição Previdenciária (optantes do Simples e empresas em geral, incluindo retenção de 11% e empresas
desoneradas) referente a 1/2014.
• Simples Nacional referente a 1/2014.
• ISS e ICMS referentes a 1/2014 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
25/2
• PIS e Cofins referentes a 1/2014.
28/2
• Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 1/2014.
• 2ª quota do IRPJ e da CSLL referentes ao 4º trimestre/2013 pelo lucro real, presumido ou arbitrado.
• Recolhimento do Carnê Leão referente a 1/2014.
• IRPJ e CSLL referentes a 1/2014, por estimativa.
• Cofins/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1º a 15/2/2014.
• Recolhimento da parcela do Refis, do Paes, do Paex, do Parcelamento do Simples Nacional e do Parcelamento da Lei
11.941/2009 (consolidado).
O QUE e QUANDO entregar?
14/2
25/2
28/2
Várias
20
• Escrituração Digital do PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF
referente a 12/2013.
• Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) à SRF/MF referente a 12/2013.
• Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação
e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/Pasep e Cofins (DCIDE - COMBUSTÍVEIS) à SRF/MF
referente a 1/2014.
• Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) à SRF/MF referente a 1/2014.
• Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) à SRF/MF referente ao ano-calendário 2013.
• Livro Fiscal Eletrônico à SEF-DF referente a 1/2014: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009).
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
academia
Vida saudável
no Sesc-DF
//Por Andrea Ventura
Cristiano Costa
Profissionais capacitados e boa estrutura
atraem cada vez mais frequentadores
A
prática de atividades físicas conquista cada vez
mais adeptos. Nos meses
que antecedem o carnaval, que neste ano será em março,
a procura por um corpo perfeito
aumenta. O Sesc oferece cerca de 30
modalidades, que incluem natação,
hidroginástica, musculação, futebol
e pilates.
Oito unidades do Sesc no Distrito
Federal oferecem atividades esportivas: Presidente Dutra, Estação
504 Sul, 913 Sul, Taguatinga Norte,
Taguatinga Sul, Guará, Ceilândia e
Gama. Mensalmente, cerca de 19
mil alunos participam das atividades. As unidades oferecem completa
infraestrutura para a prática das diversas modalidades, com vestiários,
equipamentos modernos e professores qualificados.
Frequentador da academia do
Sesc Guará há mais de um ano,
o servidor público Paulo Heberth
Araújo, de 48 anos, foi atraído pelas
vantagens que o Sesc oferece em relação a outras academias da cidade.
“Fiz consulta de preços, observei a
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
estrutura e constatei que os equipamentos eram novos e o público,
mais selecionado.” O servidor levou
a família toda para o Sesc – a mulher
e os dois filhos. “Comecei a fazer
atividade física por recomendação
médica. Perdi 16 quilos em seis
meses e hoje consigo correr cinco
quilômetros por dia na esteira”,
comemora. Para Paulo, a estrutura é totalmente diferenciada, com
professores atenciosos e ambiente
acolhedor. “A atenção dos professores é absurda. Diferente das outras
academias, no Sesc o contato é com
os professores, e não com recepcionistas”, compara.
O depoimento de Paulo traduz a finalidade do Sesc ao oferecer esse tipo
de serviço aos seus frequentadores.
“Para o Sesc, as práticas físico-esportivas devem despertar a consciência
dos indivíduos para uma vida ativa e
salutar, a partir da sua prática regular
e permanente, visando à potencialização e à preservação das capacidades
físicas, funcional e psicossocial do
indivíduo na perspectiva da qualidade
de vida”, explica o coordenador de
Sesc Ceilândia.
Esporte e Lazer do Sesc-DF, Carlos
Augusto Carvalho da Silva.
O atendimento é voltado prioritariamente aos comerciários e seus
dependentes, mas qualquer pessoa
pode praticar as atividades do Sesc.
Basta procurar as unidades no Distrito Federal e se informar sobre
como fazer a carteirinha, que dá
acesso às atividades esportivas e a
outras ofertadas pela instituição.
Na área esportiva, o Sesc promove ações que vão além das atividades nas academias e aulas de
pilates, por exemplo. São eventos
esportivos, como o Sesc Triathlon, a
Copa Brasília de Futsal, o JISESC e o
Aberto de Tênis. “Essas ações visam
à promoção institucional e à dinamização da programação da atividade
de esporte e lazer nas unidades, nas
empresas e nos espaços da comunidade”, conclui Carlos Augusto.
@sescdf
/sescdistritofederal
21
conforto
Oásis perto
de você
//Por Patrick Selvatti
Mercado de spas urbanos está em ascensão.
Estabelecimentos instalados em locais de
grande movimento são os mais promissores
O Spa e Cia. foi
o primeiro a
funcionar dentro
de um condomínio
residencial no DF.
22
onde o público está, a clientela é
garantida. Por isso, esses estabelecimentos, antes comuns apenas em
hotéis, ocupam agora shoppings,
academias de ginástica e até condomínios residenciais.
Naturalmente, os spas destino,
a modalidade tradicional, ainda são
muito procurados por quem pode
passar uns dias de paz e tranquilida-
Fotos: Nina Quintana
J
á foi o tempo em que spas
eram necessariamente cenários arborizados, distantes do caos urbano, com
ritmo lento. Empreendedores do segmento perceberam que
muita gente quer relaxar, sim, mas
não tem tempo ou não quer se afastar da rotina para isso. E descobriram que, ao levar seus serviços para
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
de fora da cidade grande para voltar
renovado. Mas representam 7% dos
estabelecimentos do tipo, enquanto
os spas urbanos já têm 75% desse
mercado no Brasil (os 18% restantes
são spas em hotéis). Os dados foram
fornecidos pela Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas).
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae), no documento Ideias de Negócio – Spa Urbano
(2011), um fator que tem estimulado o surgimento de estabelecimentos desse tipo é a falta de espaços
livres e as dificuldades de deslocamento nas grandes cidades. No
caso de spas urbanos instalados
em centro comerciais e outros lugares de grande concentração, há
outro catalisador: o rendimento é
aproximadamente 30% maior para
o empresário, segundo a ABC Spas.
Por enquanto, essa modalidade representa de 10% a 15% dos spas urbanos, mas a projeção da entidade é
de que, em cinco anos, o nicho tenha
crescimento de 20%.
//Do shopping ao condomínio
Os spas urbanos facilitam a vida
de quem busca minutos de relaxamento ou quer encaixar serviços
estéticos na agenda – antes ou depois do trabalho, na hora do almoço. O Spa & Cia. já nasceu com a
particularidade de ir ao encontro de
pessoas que precisam encaixar na
rotina momentos de cuidado corporal e mental. A primeira unidade
foi aberta dentro de um shopping,
o Pier 21, em 2012. O local foi bem
pensado. Fica entre a Asa Sul e o
Lago Sul, a poucos quilômetros da
Esplanada dos Ministérios, no meio
da rota entre a residência e o local
de trabalho do público potencial.
Além disso, funciona aos domingos,
acompanhando o horário das lojas.
Os fundadores, a brasileira Gizelle Monteiro e o português Pedro
Vasco, têm experiência no assunto
após mais de dez anos de atuação
em Portugal. “Nosso trabalho prima por uma formação de excelência e padrão internacional, aliando a
parte terapêutica com o glamour do
atendimento nos centros de beleza
e bem-estar”, observa Vasco, que
também capacita empresários que
desejam investir nesse mercado em
ascensão. “Não adianta alugar uma
sala, contratar uma ‘massagista’
e dizer que tem um serviço de spa
urbano. É preciso trazer o máximo
de elementos que remetam o cliente
àquele ambiente de relaxamento e
tranquilidade que caracterizaram os
spas ao longo dos anos”, ensina.
Depois da experiência bem-sucedida no shopping, Vasco fez do Spa
& Cia. o primeiro estabelecimento
da categoria no DF a entrar em um
condomínio residencial de luxo para
atender, exclusivamente, os moradores e seus convidados. Segundo
Vasco, a iniciativa partiu da construtora do condomínio Living (ao lado do
ParkShopping). Instalar-se em um
condomínio fechado, porém, já era
um dos projetos do Spa e Cia. “Uma
grande vantagem para o cliente é fugir do trânsito, já que ninguém vai
pegar o carro para ir de casa ao spa.”
Na unidade, inaugurada em
agosto de 2013, há serviços rápidos,
chamados express, além de um caminho de pedras com água para os
pontos da planta dos pés, serviços
de estética facial e corporal, rituais
de banho e terapias de relaxamento.
“Queremos o máximo de qualidade e de excelência no atendimento,
com custo baixo”, conta o sócio-proprietário da empresa. Tanto os custos para instalação quanto os custos
operacionais são menores do que no
shopping, onde aluguel, condomínio
e fundo de promoção são bem elevados. Outra diferença é a relação com
os frequentadores. “É mais próxima,
afinal, estamos praticamente dentro
da casa do cliente”, diz. No condomínio, o spa funciona das 9 às 22
horas de terça e sábado e das 11 às
18 horas nos domingos.
//Via de mão dupla
A mistura de serviços que combatem o estresse com boa dose de
estética torna academias de ginástica outra locação interessante para
spas urbanos. Foi com esse pensamento que a direção da Inti Estética,
23
depois de cinco anos no mercado,
tomou a decisão de expandir seus
negócios entrando no ramo de spa.
Assim, a empresa se instalou, em
agosto de 2013, na academia Unique Fitness, no Sudoeste. “Já havia
interesse em atender os moradores
dessa região, aí vimos a oportunidade de atingir também o público que
frequenta a academia. Afinal, são
essas as pessoas que mais buscam
qualidade de vida aliada a beleza”,
avalia a sócia Luciana Caiede.
A instalação de um spa dentro
da academia é uma parceria que
busca benefícios para os dois negócios, independentes entre si. A Inti
Estética aluga o espaço da Unique,
usa o nome da academia em sua divulgação e oferece descontos a professores e alunos. “O spa faz parte
do roteiro de visitas da academia,
agregando valor ao serviço que ela
presta”, explica Luciana. Segundo
ela, 70% da clientela é formada por
alunos da academia ou indicados
por eles.
A maioria procura o estabelecimento, de fato, pela questão estética, mas os serviços de relaxamento
também atraem os frequentadores
da academia, apesar de o ambiente
não ser dos mais calmos. “A gente vê
que o cliente daqui não se incomoda
com essa sonoridade incomum aos
concorrentes, porque já faz parte
do pacote ao qual está acostumado.
Ele se sente atraído justamente pelo
clima de praia, sol, gente bonita”,
acrescenta a empresária.
A direção da academia também
comemora os resultados. “O spa é
um complemento para aprimorar
a saúde e o bem-estar dos nossos
alunos. Buscamos sempre oferecer
um diferencial em qualidade nos
nossos serviços e isso contribui para
construir essa referência no mercado”, diz o diretor administrativo do
Grupo Unique Fitness, Diogo Salim.
sas. Faturam, em média, até R$ 40
mil por mês. Os números foram levantados pela Associação Brasileira
de Clínicas e Spas (ABC Spas). “A
proposta vem ao encontro de uma
necessidade do ser humano moderno de se deslocar menos, buscando
serviços mais perto de casa e uns
dos outros. Para se ter ideia, em São
Paulo, hipermercados já oferecem
serviços de spa”, diz Antônio Paschoal, presidente da ABC Spas.
O panorama mostra a Região
Sudeste como detentora da maior
fatia do mercado, tendo o estado
de São Paulo como o centro nacional, tanto em número como em
inovações, tendências e volume de
investimento. “Apesar de as mulheres serem mais suscetíveis aos
tratamentos, os spas urbanos têm
forte adesão do sexo masculino. Os
homens buscam muito a localização
estratégica. É uma solução à demanda e à exigência do cliente, que
tem cada vez menos tempo e busca
concentrar em um único local atividades e serviços relacionados entre
si”, diz o presidente. O Distrito Federal está em sétimo lugar no ranking
de quantidade de spas, com 3% do
total de estabelecimentos do tipo no
Brasil. “É um nicho que tem muito a
crescer na capital federal e a ganhar
com esse crescimento – um mercado rentável, pronto para ser explorado”, sugere Paschoal.
A Inti Estética está
desde agosto de
2013 dentro da
Unique Fitness, no
Sudoeste. Cerca de
70% dos clientes são
da academia.
//Em ascensão
Estima-se que o segmento de
spas movimente R$ 370 milhões
por ano. Dos mais de mil estabelecimentos assim classificados no
Brasil, 88% são pequenas empre24
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
//caso de sucesso
Em busca de
oportunidades
//Por Sílvia Melo
Ela veio para Brasília trabalhar como babá, mas a profissionalização
mudou seu destino
C
laudiane de Morais Mafra da Silva, de 35 anos,
chegou à capital do País há dez anos. Deixou
Belém (PA) para trabalhar como babá. Mal
sabia o que Brasília lhe reservava: aqui, tomou
gosto pelos estudos na área de saúde e já conseguiu ser
aprovada em um concurso público.
As mudanças no destino de Claudiane começaram
quando teve que deixar o trabalho de babá, um ano depois,
para cuidar da saúde. Passou um tempo internada, depois
se casou e foi morar em Ceilândia. Começou a cuidar de
crianças dentro da própria casa. O marido então recebeu
uma oferta de emprego para ser caseiro em um condomínio no Park Way e eles passaram a morar lá. Com a
mudança, a paraense voltou a ser dona de casa e passou a
estudar para concursos.
Claudiane terminou o ensino médio quando ainda vivia
em Belém e sempre teve vontade de continuar os estudos,
mas não tinha condições de pagar. “Um dia uma amiga
me falou dos cursos gratuitos do Senac e fui atrás de informações”, conta. Selecionada pelo Programa Senac de
Gratuidade (PSG), fez os cursos Administração de Serviços
Hospitalares e Recepção em Serviços de Saúde, na unidade do Gama, em 2013.
Para ela, o diferencial dos cursos do Senac são os
professores, que, além de ensinar, incentivam os alunos
tanto na vida profissional quanto pessoal. “As professoras
me ajudaram a melhorar a autoestima. Quando cheguei
ao primeiro curso, ainda achava que teria dificuldade em
conseguir emprego por causa da idade.”
Com o conteúdo que aprendeu no primeiro curso do
Senac, Claudiane conseguiu ser aprovada no cargo de
auxiliar em administração da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. “Muita coisa que a professora ensinou
caiu na prova.” Agora, aguarda ser chamada. Enquanto
isso não acontece, vai em busca de mais conhecimentos e
pretende fazer um curso superior. “Consegui uma vaga no
curso de Gestão Pública do Instituto Federal Brasília e começo neste ano ainda. Mas meu sonho mesmo é estudar
Gestão Hospitalar”, destaca.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Cristiano Costa
//Sobre o curso
O curso Administração de Serviços Hospitalares tem
60 horas e está previsto para o período de 17 de março a 4
de abril, das 8 horas às 12 horas, na unidade do Senac no
Gama. O investimento é de R$ 195. Ensina os processos
administrativos de um hospital, com atividades de apoio
às áreas de administração e finanças, controle de agendas
dos profissionais, emissão de guias de convênios, relatórios e atendimento ao cliente interno e externo.
O curso Recepção em Serviços de Saúde tem 60 horas
e custa R$ 195. Será oferecido nas unidades do Gama
(de 17 de fevereiro a 12 de março, das 8 às 12 horas); de
Taguatinga (de 10 a 28 de março, das 14 às 18 horas); e de
Ceilândia (de 10 a 28 de março, das 8 às 12 horas). O aluno
aprenderá a desempenhar atividades de recepção em
laboratórios de análises clínicas e em hospitais, além de
controle de agendas, pré-faturamento, emissões de guias
de convênios e arquivamento de exames. Mais informações pelo Tele Senac: (61) 3313.8877.
@senacdf
/senacdistritofederal
25
Mono mon
o
o Caetan
ig
Por Rodr
Guia para comprar
bons ingredientes
Eis oito endereços em Brasília que não podem ser ignorados por quem gosta de
cozinhar. Entre feiras e empórios, você encontra nestes lugares quase tudo de que
precisa para impressionar seus convidados à mesa:
Feira Permanente do Guará
Cristiano Costa
Tradicionalíssima, a Feira do Guará
é, com certeza, o primeiro endereço a ser descoberto por quem se
aventura nas panelas em Brasília.
É ampla e diversificada. De um lado,
dominam as bancas de roupas; do
outro, há oferta de produtos gastronômicos regionais tão variada quanto uma boa feira pode oferecer.
Área Especial 17, Guará II
(61) 3382.2323
Viagens
gastronômicas
26
Embora não tão conhecida quanto
a do Guará, ela existe há 17 anos.
Começou pequena e hoje 170 expositores ocupam uma área de 5 mil
metros quadrados. Frutas, verduras,
legumes, cereais, queijos, carnes,
embutidos, entre outros produtos de
boa qualidade, são encontrados no
espaço, que é organizado e limpo.
Vicente Pires, Rua 4A,
Área Especial
Feira do Produtor
São Paulo
Guanahaní – O restaurante de
culinária colombiana se destaca por
petiscos, pratos e bebidas típicas do
país. Da memória gustativa de sua
infância, destacam-se as receitas
das barracas de rua de Bogotá com
resgate caseiro de Pupi Lopez, uma
das sócias, há 30 anos no Brasil.
//Rua Joaquim Antunes, 391
(11) 3060.9169
Feira do Produtor de Vicente Pires
Ema – Escondidinha num sobrado nos
Jardins, a chef Renata Vanzetto abre sua cozinha balcão e serve pratos inspirados na memória de sua infância no litoral paulista, como
ovo cozido servido com a gema bem mole,
cogumelos salteados, creme de cogumelos e
aspargos. (R$ 27).
//Rua da Consolação, 2.902
(11) 3081.8358
www.emarestaurante.com.br
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/sitegastronomix
A casa é especializada na venda de
cortes nobres de cordeiro. Mas também dispõe de produtos como temperos, queijos do laticínio Casa da
Ovelha, de Bento Gonçalves (RS), e
vinhos da vinícola Campos de Cima,
de Itaqui (RS).
313 Sul, Bloco C, Loja 5
(61) 3345.4745/9234.0281
www.lemouton.com.br
La Palma
Mais de 10 mil produtos ocupam
as prateleiras deste empório administrado por família de origem
japonesa. Nas duas unidades, você
encontra frutas, cereais, legumes,
temperos, arroz, massas e ingredientes nem sempre disponíveis nos
supermercados. Como diz o slogan
da casa, “o paraíso do gourmet”.
404 Norte, Bloco D
(61) 3326.8885
413 Sul, Bloco B
(61)3445.1004
www.lapalma.com.br
Mercado Municipal de Brasília
O charmoso espaço recria o ambiente dos tradicionais mercados
de cidades mais antigas do Brasil.
Tem de tudo um pouco, de carnes
e peixes a pão novinho (da Padaria
do Gille), passando por aqueles itens
de que um cozinheiro mais exigente precisa. E ainda um ótimo boteco
onde tomar um chope bem tirado
antes ou depois das compras.
509 Sul (Avenida W3)
(61) 3442.4500
O Armazém
Produtos de várias procedências
podem ser encontrados nas prateleiras desta loja da 410 Sul, em
funcionamento desde julho de
2011. Massas italianas, geleias
francesas, vinhos italianos... E,
claro, condimentos e especiarias
em geral. O empreendimento é das
mesmas donas do extinto café/bistrô/livraria Rayuela.
410 Sul, Bloco D, Loja 2
(61) 3443.4750
Luana Lleras
Le Mouton
Peixaria Ueda
Não há melhor lugar em Brasília
para comprar peixe. Com produtos
sempre frescos e atendimento eficiente, a Ueda virou uma tradição
na Feira do Guará e mantém a qualidade na filial da 408 Sul, aberta há
cerca de dois anos.
Feira do Guará, Banca P-358
(61) 3381.6488
408 Sul, Bloco A, Lojas 19/23
(61) 3242.0061
www.peixariaueda.com.br
Em pílulas...
Menu Gazebo - O restaurante mudou cardápio e ambiente para atrair uma clientela mais jovem. A aposta
do chef é servir pratos com pegada mais contemporânea, como o penne com camarão e lichia e udon (massa japonesa) com molho de ostra e filé.
Setor de Clubes Esportivos Sul, Beira Lago,
Trecho 2, Loja 39
(61) 3225.1717
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Novidades diárias - O chef Francisco Ansiliero adicionou cinco pratos ao menu do restaurante da Asbac.
Cada um servido em um dia diferente da semana. Na
quarta, por exemplo, ele oferece o cordeiro à moda da
casa, assado ao molho rôti com redução de geleia de
hortelã e menta, servido com batatas coradas e brócolis no alho e óleo (R$ 65).
Dom Francisco (Asbac)
SCES, Trecho 2, Conjunto 31,
Setor de Clubes Esportivos Sul
(61) 3226.2005
27
mercado
Cantinho
rentável
//Por Talita Motta
Corners surpreendem clientes e se revelam
bom modelo de parceria entre empresários
E
mpresários brasilienses têm apostado em um
sistema de vendas diferente, mas não tão novo
assim. São os corners (cantos, em português).
Esses espaços dentro de lojas oferecem produtos
de terceiros, que não concorrem com a atividade principal e surpreendem a clientela. Pode ser um café instalado em uma livraria ou um espaço de operadora de
telefonia em uma loja de eletrodomésticos, por exemplo.
Também conhecido como store in store (loja dentro
de loja), esse modelo de negócio é basicamente uma
parceria. A empresa detentora da marca negocia com o
lojista um valor pela utilização do espaço. O custo do aluguel depende da estrutura de que o corner vai precisar
para o funcionamento. Em alguns casos, dependendo
da relação e do interesse de ambas as partes, o aluguel
é descartado. O caixa do corner costuma ser separado,
mas há casos em que é o mesmo da loja, que tira um
percentual e repassa o valor no fim do mês.
Fotos: Nina Quintana
28
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Casamento bem-sucedido
Para a estilista Cenci Quevedo e o cabeleireiro Cloves Nunes, a união deu certo porque há entrosamento.
Desde o início, os dois entraram num acordo. A estilista
divide os gastos de acordo com a proporção do espaço.
Luz, IPTU, água, é tudo negociável.
Cenci é especializada em vestidos de festa. Tem uma
loja há oito anos no Jardim Botânico e o espaço reservado no salão de beleza Cloves Nunes Cabelo e Maquiagem, no Lago Sul. Desde que abriu o corner, em março
de 2013, sentiu aumento significativo nas vendas e nos
aluguéis dos vestidos, bem como dos acessórios que
também fazem parte do acervo.
O convite veio do próprio dono do salão. Por atender
muitas noivas, Nunes se deparava constantemente com
situações que, para quem estava prestes a subir ao altar,
eram motivo de pânico. O cabeleireiro se viu no dever de
salvar suas clientes. “A minha decisão foi quando uma
noiva veio se arrumar no salão. Quando ela colocou o
vestido, o zíper estourou de fora a fora. A sorte foi que
eu tinha linha e agulha e dei um jeito”, conta Nunes. Ele
ficou tão satisfeito com a possibilidade de oferecer novidades à clientela que já pensa numa parceria com uma
equipe de estética.
Há pouco mais de um ano em Brasília, a mineira
Poizon – Cymbeline, especializada em roupas de festas e vestidos de noivas, reproduz aqui a parceria que
já tinha em Belo Horizonte. Há dois espaços dentro da
loja para a exposição de produtos diferentes: lingerie
e acessórios. São das marcas Chris Gontijo Lingerie e
Márcia Marquez, também mineiras. “As noivas chegam
aqui e já encontram acessórios para o casamento e peças íntimas para a lua de mel. O serviço se completa e o
tempo é minimizado”, diz a gerente Sônia Braga.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Experiência
As irmãs Alessandra e Isabele Dias, donas
da Fato Vestimenta, loja de roupas femininas
no Lago Sul, há dez anos trabalham com corners. A experiência deu a elas o conhecimento
para identificar até onde essa modalidade pode
ser vantajosa. “A gente tem de sentir até onde
a cliente está consumindo, até onde está sendo
bom para loja. Se diminuiu um pouco as vendas,
então vamos para uma próxima parceria”, explica Alessandra.
A loja está há 15 anos no mercado. No momento, não há corner instalado na Fato, mas
Alessandra ressalta a importância de oferecer
outro tipo de produto ao consumidor. “Em São
Paulo, por exemplo, isso é muito comum. Já
fechamos parcerias com marcas de lingeries
e joias, por exemplo. É uma prática muito válida e que deve cada vez mais evoluir. Ao mesmo
tempo em que agrega valor à loja, ofereço coisas
novas para minhas clientes”.
As diversas parcerias que a loja já teve ao
longo dos anos deixaram lições: não há regras
e a divisão dos lucros é muito relativa. Tudo vai
depender da forma como o acordo é feito. Para
a empresária, ver a cliente satisfeita é mais importante do que o retorno financeiro. “O aumento do lucro não é tão importante. Para mim, você
ganha muito mais vendo sua cliente satisfeita
por trazer coisas novas.”
29
Mais que revistas
Eles não querem apenas investir em corners. Empresários veem em produtos exclusivos a oportunidade de
atrair e fidelizar clientes. Não que isso seja regra, mas foi
a forma que o cabeleireiro Ricardo Maia encontrou para
diferenciar o salão e satisfazer a exigência da freguesia.
“As mulheres de Brasília são muito informadas e antenadas, pois viajam muito e gostam de se arrumar. Qualquer
almoço é motivo de festa.”
Em novembro de 2013, o dono do salão de beleza
Ricardo Maia Hair Make-Up abriu suas portas para a
marca Lavish, da designer Trícia Milaneze. Nascida em
São Paulo, Trícia se estabeleceu nos Estados Unidos.
Suas peças têm fios banhados a ouro, vidrilhos, cristais
e pérolas como matérias-primas.
Em Brasília, as peças só são encontradas no salão do
Ricardo. “As clientes ficam loucas! Às vezes, ao mesmo
tempo em que estão fazendo uma coloração, pegam as
joias e começam a experimentar”, conta o empresário,
que hospeda pela primeira vez outra empresa no salão.
Lá, as vendas de joias não se misturam com as do salão,
uma vez que o corner tem caixa próprio.
Para o cabeleireiro, a parceria foi uma forma de
mudar a ideia que muitas mulheres têm de que salão
de beleza é chato e demorado. “Às vezes, o salão é um
pouco maçante. A mulher que vem para cá quer ver algo
a mais. Sendo assim, oferecemos um ambiente em que
elas gostem de ficar e não vão apenas ler revistas”, explica Ricardo Maia.
30
Menor risco
Qual a diferença entre loja e corner? O
professor de marketing e varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Alexandre Ayres
explica que a operação do corner não é autônoma, depende de uma loja hospedeira.
“O corner é uma estratégia totalmente diferente de uma loja. É uma modalidade muito
mais barata de implantar, mais simples de
gerenciar. Porém, gera um retorno financeiro bem menor comparado à loja. São
estratégias diferentes”.
Lojas demandam funcionários, treinamento, compra de vitrines, prateleiras,
equipamentos tecnológicos, enfim, materiais de escritório em geral. Sendo assim,
o corner pode ser um bom começo para
aqueles que acabaram de entrar no mercado. E, se não der certo, não exige que se
desmonte toda uma estrutura – o prejuízo
é bem menor. “Uma loja de vestuário típica
pode exigir investimentos de R$ 300 mil a
mais de R$ 1 milhão. Um corner varia de R$
5 mil a R$ 25 mil”, compara Ayres.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Tem Sesc
no meu
sorriso.
Tem Senac
no meu
diploma.
Tem CNC
na minha
loja.
Tem Sesc
na minha
vida.
Tem Senac
na minha
promoção.
Tem Senac
na minha
carreira.
Tem Sesc
no meu
futuro.
Tem CNC
no meu
posto.
Tem
Fecomércio
no meu
estado.
Milhões de brasileiros fazem parte do comércio
de bens, serviços e turismo. São empreendedores
e trabalhadores que se empenham para fazer o
dinheiro circular e movimentar a economia do país.
Uma gente que vai à luta sabendo que o Sistema
Comércio vai estar sempre ao seu lado. Afinal, é esse
sistema que defende os legítimos interesses dos
empresários e os representa nacionalmente através
da CNC e nos estados através da Fecomércio. Que
capacita profissionais com os cursos do Senac.
E oferece cultura, educação, lazer e saúde aos
comerciários e suas famílias através do Sesc. Tudo
para este setor continuar a ajudar o Brasil a crescer.
Tem CNC
na nossa
pousada.
Quem é do comércio
de bens, serviços e
turismo tem sempre
alguém ao seu lado.
Transformando o Brasil.
capa
Mudanças
na defesa do
consumidor
//Por Iara Lemos
Se projeto de lei do governo
federal for aprovado, Procons
ganharão maior autonomia para
punir quem desrespeitar as normas
32
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
C
riadas há 37 anos, as
Procuradorias de Proteção e Defesa do Consumidor (Procons) poderão
ganhar mais atribuições. O Projeto
de Lei 5.196/13, de autoria do governo federal, prevê o aumento do poder de atuação das entidades, com
a justificativa de reduzir o número de
reclamações, especialmente as que
terminam na Justiça.
Conhecida no Congresso Nacional como a Lei dos Procons, a proposta acrescenta um capítulo ao Código de Defesa do Consumidor. Ele
permite que as entidades apliquem
às empresas medidas corretivas,
cumulativas ou isoladamente, sem
que exista a necessidade de ação específica de execução para seu cumprimento. O governo federal espera,
assim, agilidade e efetividade nos
casos em que forem constatadas
desobediências.
O setor empresarial manifesta
preocupação com o projeto, sobretudo quanto à falta de estrutura das
entidades para suprir as exigências
da nova lei, até porque o texto diz
que a vigência terá início já na data
de publicação no Diário Oficial. A
expectativa do governo é que o projeto seja votado até o fim deste ano,
mas, de acordo com a Secretaria
Nacional de Defesa do Consumidor,
ligada ao Ministério da Justiça, não
há nenhuma ação coordenada de
preparação dos Procons para as
mudanças que o próprio ministério
propôs. Nem haverá.
Apesar da existência da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, os Procons são entidades
estaduais ou municipais (no nosso
caso, distrital). Por isso, cabe aos
governos locais definir a estrutura
de cada um. A secretária nacional
de Defesa do Consumidor, Juliana
Pereira, imagina que, tão logo a nova
lei seja aprovada e as atribuições
dos Procons sejam ampliadas, a
própria procura por atendimento vai
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
forçar os governos locais a ampliar
as estruturas. “Quanto mais o consumidor exigir dos Procons, mais
as prefeituras e os estados terão de
se adaptar. O Procon hoje é prontosocorro da cidadania. Vai deixar de
ser um pronto-socorro para ser um
hospital”, compara.
O presidente da Fecomércio do
Distrito Federal, Adelmir Santana,
considera válida a proposta, se o
consumidor ganhar com isso. Mas
alerta que é importante também que
as empresas tenham o direito de
defesa assegurado. “Eu vejo como
um papel de alto risco [aumentar o
poder dos Procons]. É claro que a
lei deixa várias lacunas, mas não se
pode dar poder de polícia a um órgão que ainda não sabemos se terá
toda a estrutura”, pondera.
O projeto de lei chegou ao Congresso Nacional em março de 2013.
Em julho, uma audiência pública foi
realizada pela Comissão de Defesa
Só em 2013, os 761
órgãos espalhados
pelo País fizeram
cerca de 2 milhões de
atendimentos.
33
do Consumidor. A atividade teve
mais caráter de palestra, uma vez
que Juliana Pereira apenas expôs
o ponto de vista do governo sobre o
projeto. Nenhuma entidade ligada
ao meio empresarial participou
como palestrante da mesa. A proposta permanece na Comissão de
Defesa do Consumidor da Câmara
e precisa passar pela Comissão de
Constituição e Justiça antes de ser
apreciada pelo plenário. Depois,
segue para o Senado. Após passar
pelas duas casas, o texto será encaminhado para sanção da presidente
da República, Dilma Rousseff.
//Falta de estrutura
Os Procons são órgãos públicos
cujas atribuições são elaborar, coordenar e executar as políticas de
defesa do consumidor. Cabe a eles
fiscalizar o cumprimento do Código
de Defesa do Consumidor e identificar infrações, buscando a conciliação em casos em que o comprador
se sinta prejudicado.
A falta de estrutura desses órgãos é alvo de críticas. Francisco
Maria, presidente do Sindicato das
Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de
Feiras, Congressos e Eventos do
Distrito Federal (Sindeventos), considera que, mesmo diante de problemas, alguns clientes deixam de
recorrer aos Procons por receio na
demora do atendimento. Por isso, o
empresário avalia que aumentar as
atribuições das entidades pode não
se refletir em conquistas para os
consumidores.
“O Procon passa a imagem de
ser um salvador, mas não tem estrutura. Não tem capacidade para
atender a todas as queixas que hoje
chegam lá”, diz. Na opinião dele, é
por isso que tantas reclamações
acabam na Justiça. “O fato é que dar
mais poder para uma entidade sem
que se aumente a estrutura pode
acabar sendo ainda mais complica34
do”, avalia.
Outra preocupação de empresários é com relação às medidas
corretivas que poderão ser aplicadas. Se a lei for aprovada como
deseja o governo federal, quando o
Procon abrir processo administrativo mediante alguma reclamação,
as empresas terão prazo estabelecido pela entidade para a defesa.
Caso o Procon constate desrespeito
aos direitos do consumidor, poderá
aplicar as medidas corretivas, que
podem ser desde a indenização
para o cliente ou a entrega de um
novo produto. É a chamada execução da penalidade, que, como está
hoje na lei, os Procons podem até
determinar, mas não têm poder
para executar, ficando atrelados às
decisões da Justiça.
“A mediação é importante, mas o
Procon não pode se transformar em
um tribunal. Os empresários sabem
e têm noção exata da importância do
Dos 202
integrantes
da equipe do
Procon-DF,
apenas 79 são
concursados.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
consumidor e fazem todo o esforço
para sanar os problemas”, afirma
Adelmir Santana.
Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos
Advogados do Brasil, Secção do Distrito Federal, Ildecer Amorim acredita que a mudança não deve causar
limitação nas formas de defesa utilizadas pelas empresas e que, portanto, elas não serão prejudicadas.
“No momento em que você amplia
o poder de punição dos Procons, faz
com que as empresas respeitem
mais o consumidor. O projeto vem
para facilitar a execução da penalidade”, argumenta. Para a advogada,
o Procon como está hoje não supre
todas as necessidades dos consumidores. A conselheira da OAB/DF
acredita que, se o projeto de lei for
aprovado, acabará forçando uma
qualificação maior dos serviços.
“Todo mundo vai sair ganhando.”
//Alívio para a Justiça
Dados da Secretaria Nacional
de Defesa do Consumidor mostram
que 95% das reclamações chegam
aos Procons porque os consumidores não conseguiram nenhum
tipo de acordo com as empresas.
Desses casos, pelo menos 30% nem
os Procons conseguem solucionar
por acordo. Aí, o caminho que o
consumidor precisa percorrer na
busca dos seus direitos é a ação
judicial. Além de ter custos, uma
ação na Justiça leva um tempo de
espera nem sempre apropriado à
necessidade do cliente. A secretária
Nacional de Defesa do Consumidor,
Juliana Pereira, diz que o projeto de
lei valoriza o acordo, a busca de solução e ajuda a empresa a não prejudicar o consumidor. “O mercado
não tem de ter medo desse projeto.
As empresas que já têm o hábito de
buscar a solução dos problemas não
têm o que temer.”
O governo federal calcula que, só
em 2013, as 761 entidades espalharevista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
das pelo País tenham feito cerca de 2
milhões de atendimentos. A redução
dos casos de reclamações de consumidores que acabam na Justiça
é um dos principais argumentos do
deputado federal José Carlos Araújo (PSD-BA) para tentar acelerar a
tramitação da matéria. Relator do
projeto na Câmara, Araújo finalizou
o relatório que pede a aprovação
da proposta e aguarda votação na
Comissão de Defesa do Consumidor.
“A comissão é de Defesa do Consumidor. Então, estamos defendendo
o consumidor, melhorando os Procons para, em casos de conflitos,
terem força para fazer a mediação.
Se a empresa não prestar o serviço
como combinado, fica passível de
punição. É preciso que a nova lei
venha a preencher esse buraco que
existia, evitando o acúmulo de demandas judiciais, que causa sobrecarga no sistema e ainda aumenta
os custos para o consumidor”, analisa o deputado.
//Menos queixas
contra pequenas empresas
O aumento do poder de consumo do brasileiro resultou em
acréscimo também no número de
reclamações que chega até os Procons. Em 2013, o Distrito Federal
registrou mais de 192 mil atendimentos, a maior parte envolvendo
empresas de telefonia, televisão
a cabo e bancos. As reclamações
no setor de telefonia chegaram a
mais de 25 mil, enquanto bancos e
empresas de telefonia somaram,
juntas, mais de 22 mil reclamações.
Estabelecimentos menores são os
que menos registram reclamações.
Foram 5.053 queixas referentes a
micro e pequenas empresas.
Dos 202 integrantes da equipe do
Procon-DF, apenas 79 são concursados. Os serviços de fiscalização
e autuação de empresas só podem
ser realizados pelos fiscais, que são
14 para atender todo o DF.
//artigo
O Brasil no mapa
mundial da inovação
Artigo originalmente publicado na edição de 28 de novembro de 2013 do Jornal do Commercio.
O
vocábulo inovação como
motor do desenvolvimento
e fator explicativo dos ciclos
econômicos surge na literatura acadêmica a partir dos escritos de Joseph Schumpeter, um dos grandes
economistas do século XX.
A ideia de inovação significa um
rompimento total ou parcial com o
passado, através de uma exploração exitosa de novas ideias. Grandes inovações dão origem aos ciclos econômicos que determinam
novos padrões dos processos produtivos, como foi o caso da máquina
a vapor no século XVIII ou do chip da
microeletrônica, que deu origem,
em meados do século XX, a processos baseados na tecnologia da informação. A par das “grandes inovações”, há constantemente, como
resultado do engenho da mente
humana, inovações de menor alcance que poderiam ser chamadas
de inovações incrementais. Como
exemplo desse tipo de inovação, pode-se citar o carro flex, cujo motor
a explosão (Ciclo Otto) foi adaptado
para queimar, em combinações variáveis, gasolina e álcool.
Entre os vários tipos de inovação,
os mais evidentes são os que modificam o produto ou alteram o processo. A transmissão automática nos
automóveis foi uma inovação introduzida no produto; o lingotamento
contínuo na siderurgia foi uma inovação no processo. Mas há também
inovações menos perceptíveis, como
as introduzidas no modelo organizacional das empresas ou nas práticas
mercadológicas.
Essas reflexões foram provoca36
Cristina Bocayuva
das pelo recente anúncio da classificação ordinal (ranking) dos países em relação ao Índice Global da
Inovação para 2013. Esse indicador
vem sendo construído há seis anos,
como resultado da cooperação entre a Universidade de Cornell, o
Instituto Francês de Administração,
o INSEAD e a Organização Mundial
para a Propriedade Industrial, em
inglês, WIPO.
A construção desse índice leva
em conta 84 fatores indutores da
inovação, entre os quais cabe destacar a natureza das instituições,
a qualificação do capital humano,
os recursos aplicados em ciência
e tecnologia e o conhecimento por
eles gerado, assim como a própria
infraestrutura econômica em seus
efeitos sobre as empresas.
No ranking, a liderança está com
a Suíça, com uma pontuação de
66,59, somados todos os fatores que
facilitam o ambiente para a inovação.
Não surpreende que no topo da lista
estejam também os países do norte
da Europa e os Estados Unidos. No
conjunto listado, composto por 142
países, a pontuação alcançada pelo
Brasil – 36,33 – situa nosso País na
posição 64, abaixo de outros países
da América Latina: Chile, Argentina
e México.
Embora o ranking da inovação
resulte de um modelo matemático,
a informação veiculada pelas instituições acima referidas não permite distinguir inovações de grande
alcance das inovações menores,
denominadas incrementais. A falta
dessa distinção impede que se faça
uma correlação entre a dimensão
Antonio Oliveira Santos
Presidente da Confederação
Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo
econômica de um país e sua propensão a inovar. Quanto à capacidade de
inovar, a posição 64 para o Brasil
está em desacordo com sua posição na listagem das dez economias
mais importantes no plano mundial.
Assinale-se que, embora o Brasil não se destaque em relação a
outros países da América Latina,
pela qualidade do seu sistema educacional, em especial no ensino das
ciências e das matemáticas, tem,
não obstante, em várias instituições
acadêmicas e empresas, verdadeiros “bolsões de conhecimento”, que
são fonte de inovação nos processos
produtivos. É o caso, por exemplo,
da Petrobras, que desenvolveu a
tecnologia da exploração do petróleo
em águas profundas, assim como da
Embrapa, que vem gerando avanços
constantes nas técnicas de ponta
das atividades agropecuárias.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
alimentação
Almoço
balanceado
//Por Sacha Bourdette
Duas unidades do Sesc oferecem diariamente
mais de 570 refeições com cardápios variados
A
lmoçar fora é um hábito
que tem se tornado cada
vez mais frequente entre
os que trabalham. Mas a
falta de tempo não é desculpa para
adotar os lanches rápidos, que em
longo prazo podem originar problemas como hipertensão, colesterol
alto, diabetes e sobrepeso. Para estimular hábitos mais saudáveis, o Sesc
dispõe, nas unidades de Ceilândia e
Taguatinga Norte, de restaurantes
com refeições equilibradas.
No cardápio semanal, são oferecidos saladas, arroz, feijão e frutas,
além de três variedades de carne. O
sistema é o self-service. De acordo
com a nutricionista da unidade de
Taguatinga Norte do Sesc-DF, Maria do Socorro Santos, a proposta é
dar maior conforto e liberdade aos
usuários. “Com o sistema de selfservice, é possível consumir o que
desejar. Percebemos pratos mais
coloridos e nutritivos”, afirma.
Inaugurado em 17 de setembro
de 2012, o restaurante do Centro de
Atividades Sesc Ceilândia serve por
dia mais de 300 refeições. “Os pais
de alunos aproveitam esse espaço
para levar os filhos para almoçar”,
conta a auxiliar administrativa do
restaurante da unidade, Wylla do
Nascimento. A unidade também
produz merenda para os estudantes
da EduSesc e dos projetos sociais da
instituição.
Já o estabelecimento de Taguatinga Norte foi aberto em 24 de
setembro de 2012 e serve, em média, 270 refeições diariamente. Aos
sábados e domingos, servem-se galinhada e arroz de carreteiro por R$
7. Além disso, em pelo menos uma
sexta-feira por mês, ocorre o evento
Sexta Musical, no qual serve-se feiCristiano Costa
joada ao som de músicos. “A comida
é balanceada e tem preço acessível
para que as pessoas possam se
alimentar bem durante o almoço”,
resume o gerente da unidade de Taguatinga Norte do Sesc-DF, Carlos
de Gusmão Coelho.
Quem frequenta o espaço aprova. “A comida é muito saborosa.
Consigo escolher o que eu mais
gosto de comer e de quebra ainda
acrescentar uma fruta”, conta a
professora Adriana Dias. O aluno
da EduSesc de Taguatinga Norte
Alan Souza, de 14 anos, aproveita a
proximidade da escola para almoçar
por lá. “Sempre venho com os meus
colegas de sala.”
As refeições são preparadas
pelos cozinheiros do Sesc com base
em receitas elaboradas pela equipe
técnica de nutricionistas da instituição. Os restaurantes são abertos
ao público de segunda a sexta-feira,
das 11h30 às 14 horas. Nos sábados
e domingos, funciona apenas a unidade de Taguatinga Norte. O preço é
R$ 16 o quilo, e o cliente tem três opções de pagamento: dinheiro, cartão
de débito ou de crédito.
//Taguatinga Norte
CNB 12, Área Especial 2/3
(61) 3451.9103
//Centro de Atividades Ceilândia
QNN 27, Lote B, Ceilândia Norte
(61) 3379.9500
@sescdf
O restaurante Sesc de Taguatinga Norte serve cerca de 270 refeições por dia.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
/sescdistritofederal
37
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38
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
//empresário do mês
Um persistente
educador
//Por Alessandra Santos
Atef Aissami começou a ensinar por acaso e
solidificou um dos colégios mais tradicionais do DF
Nina Quintana
P
agar o bandejão, a gasolina ou
o ônibus, comprar livros, tirar
cópias. Essas são algumas
das preocupações de jovens que
chegam à faculdade. Também foram
as inquietações do jovem Atef Aissami e sete amigos. Para dar conta das
despesas, tiveram a ideia de montar
um curso preparatório para o antigo
exame da madureza. A modalidade
de supletivo foi extinta no mesmo
ano da inauguração, 1971, mas
deu nome a uma das escolas mais
conhecidas do Distrito Federal: o
Ciman (Curso Integral de Madureza
da Asa Norte).
Foi meio sem querer que o magistério entrou na vida desse brasileiro nascido no interior de São
Paulo, em Sabino. Filho de libaneses, veio para a cidade aos 17 anos
e entrou no curso de engenharia
civil da Universidade de Brasília. No
início, o Ciman focava só o supletivo.
Depois, os jovens também passaram a preparar estudantes para o
vestibular. Além das aulas do Ciman,
inicialmente na 604 Norte e na 404
Norte, Aissami ensinava matemática a colegas da faculdade – porque
“explicava direitinho”.
O grupo inicial de professores
foi se desfazendo. Outra pessoa
entrou para ajudá-lo na administração. “No início, era tudo muito
difícil, não tinha superávit. Então,
trabalhava-se muito e não havia
receita. Por isso, aos poucos, eles
foram saindo”, explica Aissami. Ele
não desistiu. Em 1978, adquiriu um
lote no Cruzeiro e os cursos preparatórios se expandiram: Sobradinho, Asa Sul, Núcleo Bandeirante e
instalações da Polícia Militar.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Onde antes havia apenas um
barracão com aulas para supletivo e vestibular foi inaugurada
a primeira unidade do Ciman no
Cruzeiro, em 9 de março de 1981.
Os preparatórios foram extintos. A
dedicação ao ensino regular levou
Aissami a procurar a profissionalização. Ele iniciou o curso de pedagogia na UDF. Nessa época, desdobrava-se em quatro, pois dava
aula na Universidade Católica de
Brasília e trabalhava como engenheiro, lembrando que ainda estava
nas salas de aula do Ciman e na
direção da escola. Já havia passado
também pelas classes do Colégio
Madre Carmen Salles.
//Educação e felicidade
Em 1995, Atef ficou sozinho à
frente do Ciman. A segunda escola
inaugurada, em fevereiro de 2000,
foi a da Octogonal, que tem 20 mil
metros quadrados, abriga 1.742
alunos da educação infantil ao ensino médio e oferece ensino integral.
Conseguir o lote não foi moleza.
Foram 14 anos de espera até que
ele fosse leiloado pela Terracap.
Venceu com um lance apenas 3%
maior do que o segundo concorrente. O salto foi grande, uma vez que a
unidade do Cruzeiro é bem menor,
com apenas 3,1 mil metros quadrados. São 463 alunos nos ensinos
fundamental e médio.
O fundador do Ciman não pensa
em fazer outras escolas. “Ia ser
muito desgastante. Eu não tenho
mais idade para isso”, afirma o homem de 61 anos. Ele explica: “Seria
complicado, pois não queremos
uma escola que fique apenas no
conteúdo. O princípio básico é que
os alunos sejam felizes aqui. Nosso
desejo não é apenas educar, mas
sim formar bons cidadãos”.
39
//doses econômicas
Por que as coisas que
desejamos têm preço?
O
homem, antigamente, consumia poucos bens, não
tinha necessidade da gama
de produtos que atualmente o seduz. Por isso ele podia até produzir
a maioria deles, trocando o excesso pelos bens que não sabia ou
podia produzir. Era a economia de
escambo ou de troca.
Hoje, o homem produz geralmente um bem ou serviço específico, mas tem necessidade e desejo, até por força da publicidade, de
muitos outros bens produzidos e
oferecidos por outros homens que
ele nem conhece.
Numa economia monetária,
isto é, em que é usada a moeda,
cada um de nós troca o nosso trabalho por moeda e com ela adquirimos os diversos bens e serviços
que outros oferecem. Isso se dá
no mercado, que é o local onde os
produtos são oferecidos e procurados.
O nosso trabalho e o trabalho
dos demais têm um preço. Quem é
que determina esses preços? Pode
ser o Estado, de forma discricionária, ou o mercado livre.
O preço é o valor de um bem
expresso em moeda. E o que é o
valor de um bem?
O valor depende de dois fatores.
O primeiro é o custo de obtenção.
Um pescador, por exemplo, despende certo esforço em conseguir
tirar peixes do rio ou do mar. Alguns peixes são mais difíceis de
encontrar e por isso são mais valiosos. Por isso o salmão tem mais
valor do que a sardinha.
O segundo fator é a capacidade
de o bem satisfazer a uma necessidade ou desejo. Quanto maior essa
capacidade, maior o valor do bem.
Mas as coisas não são assim tão
simples. Por que um litro de leite
não é mais caro do que um refrigerante? Certamente, o processo de
produção do leite, desde a ordenha
da vaca até a distribuição, é mais
custoso do que o do refrigerante,
mas aí entra o fator utilidade, ou a
preferência pelo produto.
Então, duas forças interagem
para determinar o valor dos bens:
o custo, que está por trás da oferta,
e a utilidade, que está por trás da
procura ou demanda.
Se temos necessidades, precisamos dos bens para satisfazê-las.
Ao mesmo tempo, precisamos nos
esforçar para produzir esses bens.
Essa é a essência e a base dos sistemas econômicos.
Cristiano Costa
Hélio Socolik
[email protected]
Economista pela UFRJ e mestre
em Economia pela FGV. Auditorfiscal da Receita Federal
(aposentado). Professor de
Macroeconomia, Microeconomia
e Finanças Públicas em diversas
faculdades e cursos preparatórios
de concursos públicos
Parceria:
40
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
//instituto fecomércio
Um ano
bem-sucedido
// Por Daniel Alcântara
Instituto Fecomércio comemora bons resultados de 2013
V
isando ao bem-estar do estudante e com o objetivo de
fortalecer a integração entre
empresa e escola, o Instituto Fecomércio do Distrito Federal comemorou vitórias e iniciativas importantes
em 2013. Uma delas foi inserir mais
de 3 mil estagiários no mercado de
trabalho, além de contar com 200
novas empresas parceiras e realizar
25 pesquisas voltadas para o ramo
comercial da capital do País.
São 17 anos de pesquisas, cursos, estágios e treinamentos muito importantes para a população,
afirma o presidente do IF, Adelmir
Santana. “Nós somos a base da integração entre o jovem e as empresas.
Nosso foco é chamar a atenção dos
grandes empresários sobre a importância do estudante. Temos mais de
3 mil estagiários regularizados pelo
instituto e pretendemos ter ainda
mais a cada ano. Em 2013, demos
um salto qualitativo nos trabalhos
realizados.”
//Qualificação e informação
Outra iniciativa importante foi a
criação dos cursos in company. Foram desenvolvidos 12 cursos exclusivos para atender às necessidades
das empresas brasilienses nas mais
diversas áreas. A coordenadora de
Integração Empresa-Escola do Instituto Fecomércio, Regina Malheiros,
explica que o conteúdo das aulas é
elaborado a partir do levantamento
das necessidades específicas de
cada instituição por uma equipe de
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Cristiano Costa
A instituição tem hoje mais de 3 mil estagiários regularizados em empresas do DF.
consultores especializados. “Nosso
objetivo é preparar o profissional
para que ele volte à empresa devidamente especializado e atento às
demandas do mercado”, diz.
O setor de pesquisas também
apresentou resultados positivos
em 2013. Foram realizados estudos
econômicos, sociais, de mercado e
análises específicas. “Nós fizemos
12 pesquisas conjunturais, além de
levantar dados sobre expectativa de
vendas para o Dia das Mães, o Natal,
a Copa das Confederações, o Dia dos
Namorados e muito mais”, afirma a
coordenadora da equipe de pesquisas do instituto, Rosângela Timótheo.
O Instituto Fecomércio do DF já se
tornou referência no País e a equipe
se orgulha das metas alcançadas
e do trabalho realizado em prol da
evolução e do aprimoramento profissional, que se mostra cada vez mais
necessário no mercado de trabalho.
De acordo com a diretora-executiva
do IF, Elizabet Garcia Campos, nos
últimos anos, o instituto passou por
mudanças estruturais para continuar
garantindo a excelência do serviço.
“Nos últimos anos, tivemos um salto
quantitativo e qualitativo na área de
estágio e no programa Jovem Aprendiz. Hoje, contamos com uma equipe
altamente qualificada”, afirma.
@if_estagio
41
varejo
// Por Marina Marquez
Ter na sua loja vendedores que se identifiquem
com a clientela e o conceito do empreendimento
faz diferença
E
ncontrar um funcionário que entenda do produto vendido antes mesmo
do treinamento da empresa, se interesse pelo segmento e tenha perfil
parecido com o da marca é um sonho de muitos empresários. Mais que
isso: tem se tornado estratégia para atender melhor e aumentar as vendas.
Empresas investem em seleções que aumentem as chances de encontrar
esses perfis. Quem consegue diz que o sucesso é garantido.
Nina Quintana
Mayara e Abimael
fazem parte
da diversidade
de estilos dos
funcionários da
Livraria Cultura.
42
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Boa estratégia
Na Farm, loja carioca de roupas
femininas, só há vendedoras mulheres e elas se parecem no jeito de vestir
e até no de falar. Dá a impressão de
que vieram direto do Rio de Janeiro,
onde a empresa nasceu (em uma feira
de moda) e cresceu. A cidade serve de
inspiração para as coleções, que têm
sempre muitas cores e estampas que
a grife define como “moda da garota-carioca-zona sul”. Há lojas em 16
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
unidades da Federação.
De acordo com a gerente de Comunicação Visual da Farm, Flávia
Miranda, o desejo é que o cliente
identifique nas vendedoras a marca que está comprando. “A equipe
de vendas é um pilar importante
que sustenta a imagem da marca.
Buscamos ter vendedoras dentro
desse perfil, e o grande diferencial é
contratar sempre pessoas que nos
inspirem”, diz Flávia.
Para que se dê essa identificação, um trabalho intenso de produção de moda é feito para definir o
que as vendedoras vão usar. “Temos
preocupação constante na nossa
área de recursos humanos na hora
de contratar e em oferecer treinamentos que alinhem o departamento visual e comercial para garantir
esse conceito.”
A gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Jaqueline Almeida, aprova a estratégia de investir na identificação do cliente com a marca.
“Uma marca não se constrói apenas com um logotipo ou uma campanha de
comunicação, mas com um conjunto de ações com o objetivo de criar, em
cada cliente, uma percepção de imagem, com base numa série de contatos
com a identidade corporativa da empresa”, define. Para ela, roupas/uniformes são bons instrumentos para alinhar os vendedores ao conceito.
Proprietário da empresa Novo Marketing, o consultor Alexandre Martins
diz que o investimento em funcionários que entendam e compartilhem do
conceito da marca pode fazer toda a diferença nos resultados. Segundo ele,
cresce o número de empresas especialistas em áreas de fortalecimento da
marca, principalmente porque já existe consenso de que a relação do cliente
com ela é essencial para o sucesso, principalmente quando se fala de pequenas e médias empresas.
Martins diz que o pequeno empresário, em geral, não tem recurso para
investir em propaganda, mas tem condições de investir no contato direto com
o cliente, o atendimento. Para isso, é importante que o empresário tenha boa
definição do perfil que quer. Isso vai fazer com que as contratações sejam
mais acertadas e com que a equipe se pareça mais com a empresa, transmitindo para o cliente conceitos e impressões muito mais positivos.
“Buscar profissionais que se pareçam com a marca ou que tenham os
mesmos tipos de valores dos clientes não é preconceito, e sim estratégia. É
muito mais fácil um vendedor que se identifique com a sua clientela descobrir
e atender às necessidades dela do que uma pessoa que, por exemplo, não
tem nenhuma experiência de uso com o produto”, defende.
O consultor dá exemplos. Ter praticantes de atividades físicas para vender
materiais esportivos pode economizar bastante em treinamento e fazer com
que vendedor e cliente falem a mesma língua. Da mesma forma, engenheiros
e arquitetos podem, se registrados nos devidos órgãos reguladores, se sair
muito bem na venda de imóveis. “Essa estratégia, se bem executada, pode ser
muito positiva. Acelera o aprendizado da equipe sobre a empresa e seus produtos, facilita a comunicação com o cliente e ajuda a melhorar as vendas.”
43
Diversidade
44
Na Livraria Cultura, para criar a identificação do cliente com a marca, a
determinação é justamente manter a liberdade na hora de contratar. Quanto
maior a diversidade, mais próximo do ideal a empresa chegou. A gestora de
Recursos Humanos da empresa, Juliana Brandão, explica que a diversidade
está entre os valores da Cultura e que é preocupação na hora de escolher e
contratar quem vai trabalhar nas lojas. São 17 espalhadas pelo País, duas na
capital federal. “Nossos clientes são muito diversos e querem se identificar
com o vendedor que os atende. O cliente que tem uma tatuagem, um cabelo
diferente, um piercing se identifica com alguém como ele. E, quando falamos
em identificação, o visual conta muito.”
Para que essa estratégia funcione, a empresa procura vendedores internamente. Normalmente, são escolhidos para trabalhar na livraria antigos
clientes ou indicações de clientes e vendedores. “Nós não gostamos de usar
consultorias porque estamos falando de um universo muito diferente, que é
a cultura. Um currículo que para outra área pode ser perfeito, para nós, nem
tanto”, explica Juliana Brandão. Em comum, são pessoas que normalmente
se interessam pelo que a livraria oferece: livros e música. “Um fator importante na empresa é o funcionário se identificar com os valores, gostar de cultura.
Vender livro é diferente de vender celular, e cultura não se aprende de um dia
para o outro. É preciso ter critérios diferentes”, ressalta.
A gestora de RH conta que esse modelo baseado na identificação não foi
algo pensado, surgiu de forma natural. Aos poucos, no entanto, ficou estabelecido e se tornou parte da seleção e dos treinamentos. “Nós sabemos que o
que procuramos hoje, e a forma como procuramos, não é a solução mais barata. Não tem o menor custo, mas ganha em efetividade, aderência do cliente
ao negócio.”
Mayara Monte começou a trabalhar na Livraria Cultura do Shopping Casa
Park há três anos, quando tinha 19 anos. Foi indicada por um amigo e não
enfrentou dificuldade na seleção para o primeiro emprego. “Aqui não precisamos nos ocultar. A empresa respeita e valoriza as personalidades diferentes e
os clientes se identificam com tantos perfis e estilos diferentes”, conta.
A funcionária diz que a maioria valoriza a diversidade que a livraria apresenta. “Às vezes o cliente se assusta com o vendedor de cabelo colorido,
tatuagens, piercings. Mas a maioria tem seu vendedor cativo, gosta do que a
empresa oferece e encontra o que procura.”
Abimael Veiga também é vendedor da loja e explica que a identificação do
estilo dos vendedores com a marca é tão grande que os clientes comentam.
“Nós temos relatos de pessoas que param o vendedor na rua e dizem ‘Você
trabalha na Cultura, né?’ A clientela é diferenciada, assim como os vendedores”, relata Veiga, um dos 40 vendedores da Livraria Cultura do Casa Park.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
45
//economia
Desafios
para 2014
A
no de difícil condução nos
assuntos econômicos, em
virtude de eleições gerais
marcadas para logo depois da Copa
do Mundo, 2014 traz para o Brasil um
enorme conjunto de desafios.
O mais difícil é externo. Após
longo período alimentado por um
volume inédito de liquidez na economia mundial, facilitando de forma
extraordinária a gestão econômica
dos emergentes, começa uma fase
de reversão das políticas expansionistas em escala internacional. Essa
aterrissagem exigirá uma adaptação
nada trivial de países como o nosso.
Basicamente, enfrentaremos redução expressiva da oferta de capitais
externos e o fim da fase de subidas
sucessivas dos preços de nossas
commodities de exportação, tudo
isso num momento em que o dever
de casa anda meio atrapalhado.
De repente, o Brasil se viu enredado numa armadilha de crescimento baixo, ao redor de 2,5% ao
ano, sem que as autoridades apontem caminhos capazes de convencer os investidores de que há luz no
fundo do túnel. Infelizmente, essa
luz não virá durante a campanha
eleitoral, pois, ao contrário do que
deveria ser, nessas épocas o debate dos temas nacionais é pouco
profícuo. Sem investir mais, o País
só cresceria se houvesse um avanço compensatório da produtividade
global dos fatores de produção, algo
que ninguém consegue enxergar no
curto prazo, pelo menos enquanto
não se dedicar a um novo e relevante
programa de reformas estruturais.
Os investidores se retraem porque enxergam muitas incertezas no
46
Joel Rodrigues
Fazer do limão uma
limonada é, de fato,
a grande questão
a enfrentar. Tarefa
árdua, mas não
impossível.
radar do curto prazo. Quanto aos
consumidores, o modelo pró-consumo com apoio do aumento de preços dos produtos de exportação dá
sinais de fadiga, sem que o governo
indique um substituto à altura. Primeiro, porque o crédito já não sobe
na espantosa velocidade da fase
2004-2008, como seria de se esperar. Segundo, porque o crescimento
da massa salarial começa a dar sinais de cansaço, já que a economia
não cresce mais em torno de 4,8%
ao ano, média da fase 2004-2008.
Terceiro, porque o espaço para ativar a economia por meio do orçamento público está esgotado depois
da forte deterioração fiscal dos últimos meses.
Fazer do limão uma limonada é,
de fato, a grande questão a enfrentar. Tarefa árdua, mas não impossível. Como a oferta de empregos
sobe a taxas menores, inclusive
porque a população está crescendo
menos, o problema é menor do que
há algumas décadas. Se os dirigentes políticos enxergarem isso, poderão aproveitar o período eleitoral de
forma diferente da tradicional.
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
cultura
Incentivo
à leitura
//Por Raíssa Lopes
Conheça as bibliotecas do Sesc
O
livro é de fundamental
importância para o desenvolvimento das sociedades e para o crescimento intelectual do indivíduo. Por
meio da leitura, é possível conhecer
pessoas, lugares e ainda enriquecer o vocabulário. No entanto, não
são todos que têm fácil acesso aos
livros. Com o objetivo de democratizar a informação, o Sesc tem em
Brasília quatro bibliotecas fixas e
duas móveis – o BiblioSesc.
Há bibliotecas nas unidades de
Taguatinga Norte, da 504 Sul, do
Setor Comercial Sul e de Ceilândia.
A primeira é exclusiva dos alunos da
escola do Sesc – EduSesc. As outras
são abertas à comunidade (usuários
das unidades, conveniados, comerciários e dependentes).
As bibliotecas oferecem acervo diversificado de livros, revistas,
periódicos e jornais, além de com-
putadores com internet para consultas, salas para estudos em grupo,
gibiteca, entre outros. Na biblioteca
escolar, há forte demanda de espaço para trabalhos em grupo, livros
didáticos e paradidáticos e exemplares infantojuvenis. As outras são
mais procuradas por pessoas que se
preparam para concursos em busca
de apostilas, livros de direito e de
administração, gramáticas e jornais.
De acordo com a técnica de Cultura do Sesc-DF Martha Lemos, em
2014 haverá maior investimento em
programação cultural nas bibliotecas, como encontros com autores e
noites de autógrafos. “Além disso, a
biblioteca da unidade do Gama será
inaugurada”, conta.
//BiblioSesc
Em funcionamento desde 2008
no Distrito Federal, as bibliotecas
móveis (BiblioSesc) nasceram com o
Cristiano Costa
objetivo de oferecer aprendizado por
meio da leitura em vários pontos da
capital. Há duas unidades móveis.
O acervo de cada uma é composto
por mais de 3 mil obras que incluem
livros literários e didáticos, enciclopédias, revistas científicas e jornais.
É possível pegar livros emprestados.
Basta realizar o cadastro na unidade
móvel. Em 2013, foram registrados
mais de 43 mil consultas e 6,3 mil
empréstimos.
Para incentivar o hábito de ler,
são promovidas atividades lúdicas.
Em parceria com o projeto Contadores de História, do grupo Semente
Cia. de Teatro, as duas carretas da
unidade móvel promoveram a leitura
em diversas regiões administrativas
em novembro passado. Em agosto,
com formato semelhante, a dinâmica cultural Pipocando Poesia atendeu quase 3 mil usuários em oito
pontos das unidades do BiblioSesc.
O cronograma com os locais por
onde o BiblioSesc vai passar será
publicado em breve no site do Sesc
(www.sescdf.com.br).
//Horário de funcionamento
Sesc Ceilândia: das 8 às 18
horas, de segunda a sexta-feira
Sesc Taguatinga Norte e Sesc
Presidente Dutra (SCS): das 8 às 20
horas, de segunda a sexta-feira
BiblioSesc: das 8 às 16 horas,
em pontos de apoio
(datas pré-agendadas)
@sescdf
São Sebastião recebeu a visita do BiblioSesc em agosto de 2013.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
/sescdistritofederal
47
Mono mon
Atletas que
85%
lançam discos
• ficam tontos. •
Os que lançam martelos,
não.
dos nossos alunos
terminam a faculdade
• empregados •
É tudo verdade.
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48
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
carga tributária
O incentivo que
virou problema
//Por Alessandra Santos
C
om o intuito de impulsionar o comércio local e aumentar a competitividade, o governo do Distrito
Federal, nas gestões de Joaquim
Roriz e José Roberto Arruda, concedeu incentivos fiscais aos atacadistas. Enquanto vigeram, de 1999
a 2011, permitiram o crescimento
significativo do setor. Porém, o estímulo virou dor de cabeça, uma vez
que foi julgado inconstitucional. O
Ministério Público local quer que as
empresas paguem os valores descontados por meio do benefício. Ou
seja, os empreendedores correm o
risco de ter de pagar por valores de
que o próprio Estado abriu mão.
Logo que os incentivos foram
julgados inconstitucionais, em 2011,
veio a Lei Distrital 4.732, sancionada por Agnelo Queiroz. A norma
perdoou a dívida, mas a constitucionalidade também foi contestada
pelo Ministério Público. No fim do
ano passado, o conselho especial
do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios rejeitou a
ação de inconstitucionalidade por
dez votos a três. A insegurança jurídica, no entanto, permanece. O
Ministério Público vai entrar com
recurso para exigir a cobrança, que
passa dos R$ 10 bilhões.
De acordo com o Sindicato do
Comércio Atacadista do DF, o número de empresas do segmento
subiu de cem para mil durante a
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
vigência dos incentivos. Isso mostra que, apesar da renúncia fiscal,
o Distrito Federal saiu ganhando.
A arrecadação de impostos saltou
de R$ 80 milhões para R$ 800 milhões. A criação de emprego foi aos
1.000%, chegando a 15 mil novos
postos de trabalho.
Em 2012, a alíquota do ICMS
interno para os atacadistas caiu
de 17% para 12%, mas o setor não
está satisfeito. Em Goiás, é de 3%.
O estado vizinho cresce a cada ano.
“Não é que os empresários tenham
saído de Brasília, mas eles precisam vender a outros estados e lá
há maior possibilidade de competitividade. Neste momento, o que
podemos fazer para fortalecer o
comércio é não deixar que outras
empresas venham para o DF e nos
especializar em vender internamente”, afirma o presidente do Sindiatacadista-DF, Fábio de Carvalho.
A importância do estímulo ao
setor é confirmada pelos números
e defendida pelo advogado tributarista Jacques Veloso, que presta
consultoria ao sindicato. “O mercado local não conseguia competir
com o de fora, como o de Goiânia,
que tem incentivos fiscais maiores.
Incentivos como esse são dados em
todos os estados, mas só o DF os
questiona. É preciso levar em consideração o impacto social da lei, o
que a Justiça não fez [quando julgou
os incentivos inconstitucionais].”
O governo local estabeleceu
aos atacadistas dois regimes
de desconto: o Termo
de Acordo de Regime
Especial (Tare), por meio
dos Decretos 20.322/1999,
23.356/2002, 24.371/2004
e 25.372/2004; e o Regime
Especial de Apuração (REA),
regulamentado pelo Decreto
29.179/2008. Ambos deram
descontos no Imposto sobre
Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços
(ICMS).
Em 2011, o Tare, que já
havia sido extinto em 2008,
e o REA foram julgados
inconstitucionais pelo
Superior Tribunal Federal,
quando este analisou
incentivos semelhantes
em várias unidades da
Federação. Para os ministros,
os benefícios devem ser
concedidos após convênio
entre todos os estados e o
DF. “Isso é muito complicado
de fazer. É, na verdade,
a tão aguardada reforma
tributária, em tramitação
no Congresso Nacional.
Para que isso realmente
funcione, é necessário criar
um fundo de compensação
entre os estados produtores
e os não produtores”,
defende o presidente do
Sindiatacadista-DF.
49
Histórico
Justiça evitou, no fim do ano, que empresas
atacadistas tivessem de pagar mais de R$ 10
bilhões referentes a descontos concedidos
pelo governo, mas o Ministério Público pode
entrar com recurso
Mono mon
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FECOMÉRCIO
| fevereiro
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capacitação
Pronto para a
Copa do Mundo?
//Por Luciana Corrêa
Veja a programação de cursos sob medida para as
oportunidades que o evento abrirá
O
ano da Copa do Mundo
de Futebol chegou e é
a vez de o Brasil sediar
o torneio. Os jogos vão
de 12 de junho a 13 de julho e, com a
vinda de grandes eventos como esse,
várias oportunidades de empregos
surgem. É preciso se capacitar para
disputar as vagas que aparecem.
Para isso, o Senac tem cursos profissionalizantes, de formação inicial
e continuada, e cursos técnicos voltados para quem ainda busca uma vaga
no mercado de trabalho.
A gerente da Divisão de Educação
Profissional do Senac-DF, Tânia Maria Salvador Ferraz Paiva, explica que
a entidade tem a intenção de aumentar a oferta desses cursos e acredita
que as oportunidades continuarão
também após o campeonato. “Nossa
intenção é sempre abrir vagas afins
com o evento para as pessoas que
buscam emprego nesse período.
Acredito que, com o movimento da
Copa do Mundo no País, o aumento
do consumo de serviços continuará.
Então, aposte na capacitação profissional para um sucesso imediato e
futuro”, incentiva.
//Garçom – 250 h
Inclui prática supervisionada
Requisitos: idade mínima de
18 anos e ensino fundamental
completo
//Copeiro – 200 h
Requisitos: idade mínima
de 18 anos e, no mínimo, o
7º ano/6ª série do ensino
fundamental
Gama
De 3 de fevereiro a 10 de junho
Das 19 às 22 horas
Taguatinga
De 10 de março
a 23 de maio
Das 8 às 12 horas
//Camareira em Meios
de Hospedagem – 200 h
Inclui prática supervisionada
Requisitos: idade mínima de
18 anos e ensino fundamental
completo
CEP – Tecnologia do Turismo
e Hospitalidade – Curso
ministrado no Senac 903 Sul
De 3 de fevereiro a 16 de abril
Das 8 às 12 horas
De 3 de fevereiro a 16 de abril
Das 14 às 18 horas
De 17 de fevereiro a 30
de maio
Das 19 às 22 horas
//Gestão em Meios
de Hospedagem – 60 h
Requisitos: idade mínima
de 18 anos e ensino médio
completo
Sobradinho
De 17 de fevereiro a 19
de março
Das 19 às 22 horas
//Organizador de
Eventos – 200 h
Requisitos: idade mínima
de 18 anos e ensino médio
completo
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Para o evento, há previsão de 600
mil turistas passando pelo País, segundo o Departamento de Estudos e
Pesquisas do Ministério do Turismo,
além de 1,1 milhão de brasileiros
que viajarão internamente ao longo
do campeonato. Serão 64 jogos, que
ocorrerão em Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio
de Janeiro, Salvador e São Paulo. A
nossa capital receberá sete, nos dias
15, 19, 23, 26 e 30 de junho e 5 e 12 de
julho, no Estádio Nacional de Brasília
Mané Garrincha.
Gama
De 10 de março a 23 de maio
Das 14 às 18 horas
//Recepcionista em Meios de
Hospedagem – 200 h
Requisitos: idade mínima de
18 anos e estar cursando, no
mínimo, o 2º ano do ensino
médio
Senac Tecnologia do Turismo
e Hospitalidade – curso
ministrado no SCS,
Ed. Jessé Freire
De 3 de fevereiro a 16 de abril
Das 14 às 18 horas
//Técnico em Guia de
Turismo – 1.000 h
Requisitos: idade mínima de
17 anos e estar cursando, no
mínimo, o 3º ano do ensino
médio
903 Sul
Início: 3 de março
Das 14 às 18 horas
//Manicure e
Pedicure – 200 h
Requisitos: idade mínima
de 18 anos e, no mínimo, o
7º ano/6ª série do ensino
fundamental
Ceilândia
De 31 de março a 10 de julho
Das 19 às 22 horas
copa2014.senacdf.com.br
@senacdf
/senacdistritofederal
51
inclusão
Mercado
restrito
Profissionais das áreas
de moda e publicidade
trabalham para aumentar
número de modelos negros
no Distrito Federal
//Por Alessandra Santos
“
Você está preparado para trabalhar muito?” Essa é a pergunta
que os modelos negros que passam pelo crivo do booker André
Monjardim, da Mega Models, escutam ao entrar para a equipe. A
experiência no mercado lhe ensinou que negros precisam mostrar
mais competência do que profissionais de pele mais clara, pois o
mercado não os procura com tanto afinco. No caso das mulheres,
é evidente. “Quando viajam dez modelos de pele branca, acabam
entrando na seleção apenas duas negras”, revela.
Nas maiores agências de modelos de Brasília, cerca de 30%
dos modelos são afrodescendentes. Elas incluem nessa conta as pessoas
que se consideram pardas. Essa limitação foi o que levou a ex-modelo Daí
Schmidt a abrir a Ébano Models. No começo, em janeiro de 2013, era uma
agência de modelos especializada. Agora é também uma produtora voltada
para eventos de promoção da cultura negra que busca a inclusão desses 30
modelos no mercado. “Nós queremos trabalhar com a autoestima desses
modelos, pois muitos negros não conseguem acreditar que são bonitos, já
que passam muitos anos sofrendo com o preconceito. Alguns acabam alisando o cabelo, por exemplo, e não aceitam o natural”, relata Daí.
//À procura de talentos
O plano da proprietária da Ébano para aumentar o número de modelos
negros no mercado é ajudá-los na qualificação e desenvolver projetos como o
que ocorreu em novembro passado, o Beleza Negra Fashion Show. Em uma
passarela montada em Ceilândia, modelos negros desfilaram para promover
a cultura afro-brasileira e a igualdade racial em celebração ao Mês da Consciência Negra.
Para isso, a empresa trabalha em parceria com a Secretaria Especial da
Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal e com a Mega Models em
busca de modelos em locais públicos, shoppings e, a partir de fevereiro, em
colégios públicos ou particulares, por meio do projeto Beleza nas Escolas. Os
52
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Nina Quintana
escolhidos vão assistir a palestras,
participar de workshops, entre outras atividades, para buscar a profissionalização.
Profissionalização que é defendida pelo produtor e ator Thiago Jorge, da Basquiat Produções e
Eventos. “Eu acho que é necessário
haver alguma política pública para
que essas pessoas possam elevar
sua autoestima, para que queiram e
tenham apoio para continuar nessa
área”, diz Jorge, que também trabalha com escolha de modelos para
propagandas e sente dificuldade
em encontrar atores e atrizes negros na cidade. Ele acha que ainda
há preconceito e defende o sistema
de cotas para desfiles e comerciais.
“Eu falo como produtor. Há poucos
negros no mercado e me orgulho
de fazer parte desse grupo. As cotas
não resolveriam o problema de uma
hora para a outra, mas o evidenciariam e o colocariam em discussão.”
Booker da parte comercial da
Unique Models, Rafaella Ferrugem
acredita que as cotas também sejam
ótima opção para inserir os negros
no mercado e cita o desfile da irmã
e estilista Fernanda Ferrugem no
Capital Fashion Week de agosto de
2012, quando a moça apresentou a
coleção Novos Praianos, numa junção Brasil e Angola. “O corpo negro
representa muito bem o Brasil, com
suas curvas e feminilidade.” Na passarela, a maioria dos modelos era
negra, mas não foi fácil reunir os
30 profissionais de que precisavam,
diz Fernanda: “Eu queria inverter os
papéis. Ainda há muito preconceito
no mundo da moda. Tive dificuldade
para encontrar modelos negros para
o desfile, pois as agências tinham
pouquíssimos. Fui para as ruas procurar negros e mestiços. Colocamos
apenas dois brancos e mandamos a
nossa mensagem”.
//Comercial dá mais
espaço para negros
No universo da publicidade em
Brasília, o maior mercado é o governo local, que nem sempre procura
modelos, mas pessoas “comuns”
para participar das campanhas.
Sendo assim, as coisas mudam de
configuração. A booker comercial da
Mega Models, Iremar Bacelar, diz
que há grande procura por negros,
principalmente para as propagandas governamentais. “Eu tenho demanda, mas a quantidade de profissionais não é ampla. Eu gostaria de
ter mais modelos para oferecer.”
Emanuela Sousa, booker da
Scouting, conta que já se deparou
com uma situação diferente com um
cliente privado: “Eu já tive um cliente
que queria negras, mas não gostou
de nenhuma do meu casting porque
elas eram muito bonitas”, comenta.
Ela afirma que, quando vai “vender”
as modelos, precisa ter o cuidado de
mostrá-las tanto produzidas como
com menos maquiagem ou roupas
de grife. Para ela, o sistema de cotas
não é necessário, mas sim o empenho dos bookers: “O que devia contar,
tanto para os negros quanto para os
brancos, é a experiência, e não a cor
da pele. Esse deveria ser o critério de
seleção. Mesmo assim, acredito que
nós, na posição de selecionadores de
modelos, deveríamos vender melhor
os nossos modelos negros”.
Daí Schmidt,
dona da Ébano
Models, trabalha
a autoestima dos
profissionais.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
53
//segredos do marketing digital
Uma imagem vende
mais do que mil palavras
O
As redes sociais estão cada vez mais voltadas para o visual e menos para o
texto. Essa tendência pode ser observada claramente quando analisamos
as últimas empreitadas de grandes empresas do ramo, como a compra
do Instagram pelo Facebook, a compra do Vine pelo Twitter e a recusa do
Snapchat em ser comprado também pelo Facebook por surpreendentes
3 bilhões de dólares. Unindo tudo isso ao fato de que, no ano passado, as
redes que mais cresceram no mundo foram o Pinterest e o Tumblr, temos
um cenário bem claro de que o grande valor para as pessoas nas redes
sociais está no fato de poderem compartilhar imagens e vídeos.
Geovanna Leal
ano de 2014 já começou e gostaríamos de aproveitar este artigo
para falar sobre uma tendência que crescerá muito nos próximos
meses. Mas, antes, uma pergunta: sempre que você está
navegando em redes sociais, quais são as postagens que chamam
mais sua atenção? Textos simples? Fotos? Vídeos? GIFs animados?
Acreditamos que sua resposta a essa questão irá ao encontro do que
discutiremos logo abaixo.
Jens Schriver
Maximo Migliari
Sócio da ClickLab
Sócio da ClickLab
//Envie perguntas para
[email protected] ou
facebook.com/agencia.clicklab
Mas como sua empresa pode se beneficiar desse cenário?
Este é o momento ideal para que gestores e proprietários revejam tudo
o que está sendo produzido em suas redes. Sua comunicação está
privilegiando texto ou imagem? As imagens produzidas são de boa
qualidade? E fotos? Estão sendo usadas? Quando falamos em fotos, é
importante lembrar que, para as redes sociais, elas não precisam ser
necessariamente profissionais, porém precisam ser bonitas e mostrar
conteúdo relevante. Com o avanço tecnológico, qualquer smartphone
de melhor qualidade é capaz de tirar fotos belíssimas, então a falta de
equipamento ou de profissionais não é mais desculpa!
A partir de agora, sugerimos que tudo o que for planejado por sua
empresa para as redes sociais seja pensado em termos visuais. Explore
não só a imagem de seus produtos ou serviços, mas permita-se também
humanizar seus perfis. Não existe problema em publicar uma foto de uma
confraternização da empresa ou um vídeo que mostre os bastidores de
sua linha de produção ou até mesmo fotos e depoimentos de funcionários
antigos que ajudaram sua empresa a chegar aonde ela está hoje. O limite é
apenas o bom senso.
403%
foi o crescimento do Vine em
número de usuários entre o
primeiro e o terceiro semestre
de 2013
Fonte: Mashable
400 milhões
de imagens são enviadas por
dia pelo Snapchat
Fonte: BusinessInsider.com
Lembre-se sempre: uma imagem vende mais do que mil palavras, então,
em 2014, use esse poder em seu favor. Um excelente ano para todos nós!
54
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Extra! Extra! Agora, você encontra a Revista Fecomércio de graça no seu iPad.
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revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
55
contabilidade
Burocrático, mas
necessário
//Por Natasha Cabral
Perdeu uma das quatro vias da nota fiscal?
Registre uma ocorrência policial, anuncie
o extravio nos classificados de um jornal e
guarde o talão para não ter problemas
E
m época de nota fiscal eletrônica, transações entre empresas são informadas ao Fisco,
imediatamente, por meio eletrônico.
Não se usa mais papel em, praticamente, nenhuma venda entre o
fabricante e o atacadista ou na comercialização do atacadista para o
varejista. Tudo é transmitido virtualmente para a Secretaria de Fazenda. Mas, na venda do varejista para o
56
consumidor e na prestação de serviços, em especial no caso de empresas que faturam menos de R$ 120
mil por ano, o controle ainda depende do papel. Até aqui, tudo bem. O
problema acontece quando alguma
via da nota fiscal é extraviada. Para
provar que a perda não ocorreu por
má-fé, o empresário precisa enfrentar um processo burocrático, que inclui registro de ocorrência policial e
publicação em jornais da cidade.
Cancelar uma nota fiscal é relativamente simples, se o procedimento for feito no momento da
venda. Nesse caso, é preciso guarrevista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Nota fiscal eletrônica:
papel em extinção
A partir de 1º de abril, cerca
de 20 mil empresas do Distrito Federal serão obrigadas a
adotar a nota fiscal eletrônica
no lugar do documento no
modelo 3 (papel). A lista das
59 atividades que deverão
aderir à tecnologia será
divulgada, em fevereiro, pela
Secretaria de Fazenda do DF.
Em princípio, deverão fazer
a mudança empresas que
prestam serviços para órgãos
públicos. Para emitir o documento, o empresário deve ter
um programa de computador
específico fornecido pela
Secretaria de Fazenda. As
empresas enquadradas no
Simples Nacional e no Microempreendedor Individual
não precisam adotar o modelo eletrônico. Como a nota
fica registrada no sistema da
Secretaria de Fazenda, basta
que o empresário transmita um arquivo magnético
para cancelar o documento
– em caso de desistência da
compra ou digitação errada. E não há motivos para
preocupação se for extraviada porque a nota fiscal fica
armazenada no banco de
dados da Receita. O único
papel importante no sistema
da nota fiscal eletrônica é o
Documento Auxiliar da Nota
Fiscal Eletrônica (Danfe),
uma espécie de espelho da
transação que fica com o
comprador. Ele não tem valor
fiscal, mas tem uma chave de
44 dígitos que permite saber
se a nota é válida.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
dar por cinco anos as quatro vias da
nota, rasurar o talão e informar no
livro fiscal a desistência da venda ou
o erro ocorrido no preenchimento
do documento. Mas, se o empresário perder a nota, ele precisa provar
para a Receita Federal que não o fez
de propósito, na intenção de sonegar
imposto. Por isso, ele deve registrar
uma ocorrência na Delegacia de
Crimes Contra a Ordem Tributária e
publicar a notícia do extravio em um
jornal de grande circulação – pode
ser nos Classificados. “O empresário precisa fazer isso para provar
boa-fé. Se ele cumpre as normas,
não vai ser cobrado no futuro”, afirma Rossini Dias, coordenador de
cobrança tributária da Secretaria de
Fazenda do DF.
Dias explica que, se durante uma
fiscalização na empresa, os fiscais
pedirem a apresentação da nota para
comprovar alguma transação e ela
for justamente aquela que sumiu, o
empresário precisa provar o extravio apresentando a ocorrência e o
anúncio do jornal. “Vamos supor que
a empresa sempre emita notas de
R$ 100 mil e, no livro fiscal, está registrada uma de R$ 1 mil. Isso pode
ser um caso de sonegação fiscal. O
empresário pode ter problema se a
nota que desapareceu for justamente
a de menor valor e ele não tiver como
provar esse extravio”, exemplifica.
Segundo ele, caso se depare com
a situação descrita acima, o Fisco
vai arbitrar uma multa, que varia de
acordo com o faturamento da empresa. “Os fiscais vão fazer o cálculo que
vai depender do valor da média histórica de notas fiscais emitidas por
aquela empresa”, afirma.
Guardar o talão de notas fiscais
é dever do empresário. A cada início
do mês, a empresa envia os documentos para o escritório de contabilidade lançar as transações e calcular os tributos a serem pagos, mas,
depois de dois ou três dias, o talão
retorna para o empresário e deve
ser guardado por ele. “É comum que
todos os problemas relativos à emissão de notas caiam no nosso colo. Se
o empresário perde o documento, é
o contador que vai fazer a comunicação do fato para as autoridades
tributárias”, diz o vice-presidente do
Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), Luis Fernando Nóbrega.
Nóbrega defende as exigências
feitas pelo Fisco. “Vamos informar
o número da nota fiscal, para quem
ela foi emitida, qual o valor da transação, se há ou não uma cópia do
documento”, explica. “É burocrático,
mas é uma maneira de eximir a empresa de qualquer suspeita de fraude. É um cuidado importante que
precisa ser tomado para mostrar
que o extravio não foi proposital”,
completa o vice-presidente do CFC.
Segundo ele, se a perda da nota fiscal ocorrer eventualmente, o empresário não terá problemas maiores do que o pagamento da multa.
Caso os extravios sejam frequentes,
no entanto, eles podem caracterizar sonegação e a punição pode ser
mais severa, incluindo cassação da
inscrição estadual e até prisão.
57
//sindicatos
Nina Quintana
Edy Elly Bender
é presidente do
Sindilab-DF.
Futuro é a
especialização
//Por Paula Oliveira
Custos de laboratórios são altos, mas a
rentabilidade é baixa. Mercado é concentrado e
pressionado por planos de saúde
A
té 1984, empresários do
ramo de análises clínicas
do Distrito Federal eram
representados pela Federação dos Hospitais de São Paulo. A
ausência de representação própria e
local trazia problemas ao segmento,
como a falta de sintonia das lutas
sindicais e a distância física da entidade. Não era exclusividade da capital do País, uma vez que não havia
representação própria em nenhuma
unidade da Federação.
“Não tínhamos voz ativa para as
58
nossas necessidades. A Federação
dos Hospitais tem foco específico: o
Sistema Único de Saúde, com o qual
não tínhamos e não temos convênio”, conta Edy Elly Bender Khonert
Seidler, presidente do Sindicato dos
Laboratórios de Análises Clínicas do
DF (Sindilab-DF) desde a fundação.
Em 1984, empresários brasilienses
se uniram para formar inicialmente
a Associação dos Profissionais de
Laboratórios do DF. Tiveram o apoio
do então presidente da Fecomércio-DF, Newton Rossi (1926-2007)
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
e Edy Elly se tornou a presidente da
associação.
Em dois anos, a entidade recebeu a carta sindical do Ministério
do Trabalho. Nascia, assim, o Sindilab-DF. No mesmo ano, 1986, a
entidade filiou-se à Fecomércio-DF.
Em outras unidades da Federação,
as entidades locais são ligadas à
Confederação Nacional de Saúde.
“Em Brasília, entendemos que a
nossa atividade é comercial”, explica
a presidente.
No DF, existem 20 laboratórios.
Só a metade é associada ao sindicato. O mercado de análises clínicas
está cada vez mais afunilado. Duas
redes dominam 85% do mercado
local há pelo menos uma década.
A solução para a sobrevivência dos
laboratórios menores – não só em
Brasília, mas em todo o País – é a
especialização, acredita Edy Elly,
farmacêutica bioquímica. É para
esse caminho que está levando o
seu próprio empreendimento, o
Laboratório Brasiliense, criado em
1968. A empresa focou suas análises
nas doenças do aparelho digestivo.
Outro rumo para os pequenos, segundo a presidente do sindicato, é
passar a operar dentro dos grandes
hospitais.
//Custos
Uma dificuldade do segmento
de análises clínicas é a falta de
autonomia para se estabelecerem
os preços. A dominação do mercado pelos planos de saúde provocou um efeito inusitado para uma
atividade comercial. Os clientes
(planos de saúde) definem o preço
que querem pagar pelos exames.
Se um laboratório não aceita trabalhar pelo valor, outro vai aceitar.
Para permanecer no mercado,
os empresários se submetem às
regras. Por exemplo: os planos de
saúde pagam R$ 2,50 pelo exame
parasitológico de fezes. O preço
justo, segundo a presidente do sindicato, seria de, no mínimo, R$ 20.
Mesmo assim, devido à alta concorrência e à dominação do mercado pelas empresas de planos de
saúde, o preço para quem não tem
convênio é R$ 5,20.
Os custos de manutenção de
um laboratório são altos: os equipamentos de análises clínicas são
importados; seguir as regras de
higiene e segurança também custa
caro; e a maioria dos materiais de
proteção individual é descartável.
“Se for olhar o preço individual de
uma luva de látex, parece irrisório.
Mas esse é um exemplo de material descartado a todo o momento
e no fim de um mês são muitos
pares que precisamos usar”, diz.
A solução para o disparate entre
o preço do serviço e os custos de
manutenção está longe de ser alcançada. Muitos laboratórios não
sobrevivem. Edy diz que, nos últimos cinco anos, pelo menos seis
fecharam.
O Sindilab-DF
A entidade representativa dos
laboratórios de análises clínicas
no DF foi a primeira do segmento
no País. Hoje, todas as unidades da
Federação têm um sindicato. Isso,
no entanto, não faz do Sindilab-DF
uma grande entidade. A arrecadação mensal é pequena, visto que
o segmento é limitado na capital
do País. O sindicato não tem sede
nem oferece serviços aos associados. “Fazemos a orientação jurídica, mas não temos condições de
oferecer advogados, por exemplo”,
diz. O sindicato também atua como
orientador empresarial.
O relacionamento com o sindicato laboral da categoria é forte.
Empregados dos laboratórios não
podem, por exemplo, ser demitidos no período de cinco anos antes
de se aposentarem. “Essa foi uma
exigência nossa, dos empresários.
Precisamos dar segurança para os
nossos funcionários”, afirma Edy
Elly. O segmento no DF é responsável por cerca de 4 mil empregos
diretos.
//Regras para os laboratórios
A Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
número 302, de 2005, define os requisitos para o funcionamento dos laboratórios
clínicos e postos de coleta laboratorial, tanto públicos quanto privados. Esse documento estabelece todas as normas de processos de análise, de coleta de material,
de informações para o paciente, de método de trabalho e, principalmente, exige o
controle de qualidade constante. Os laboratórios devem garantir os resultados com
controles interno e externos.
A RDC 50, por sua vez, define as normas para o planejamento, a programação, a
elaboração e a avaliação dos projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde. Até mesmo os projetos arquitetônico, elétrico e hidráulico devem seguir as
instruções da resolução da Anvisa.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
59
gestão
O dono
da verdade
//Por Talita Cavalcante
Excesso de atribuições afasta empresários
do contato direto com o cliente, mas deixar
de ouvi-lo não é opção
A
genda cheia, dificuldade de
delegar tarefas e falta de
confiança na equipe limitam
o tempo do empresário. Ocupado
demais, ele deixa de vivenciar e observar a rotina do próprio negócio e
acaba não o enxergando do ponto de
vista mais importante: o do cliente.
Perde a chance de ter retorno sincero e direto sobre produtos e serviços.
Isso se dá, geralmente, com o
crescimento da empresa. Antes,
sempre por perto, atrás do balcão,
o dono acaba assumindo funções
além de propriamente gerir o negócio. Serviços de banco e compras
60
são exemplos. Mas o relacionamento com o cliente faz parte do processo de gestão e deve ser constante,
diz Ary Ferreira Cruz, gerente de
Capacitação Empresarial do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF). A sugestão é que o
proprietário estabeleça uma central
de relacionamento com o freguês.
“O mais importante capital da empresa é o cliente.”
Uma vez por semana ou duas vezes por mês, o dono pode receber um
determinado número de clientes na
própria empresa. “Ele deve destinar
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Perguntas
Ivana Pires,
professora de técnica de vendas e atendimento
ao público da Faculdade Senac-DF
espaço e horário para isso, além de divulgar a iniciativa. É preciso criar uma
identidade visual no local de atendimento, a fim de deixar claro para o
cliente que há um canal de comunicação direto com o dono”, orienta.
//“A empresa só existe
por causa dele”
O consultor em vendas Marcelo
Caetano tem 18 anos de experiência
e é autor dos livros Vendedor Fiel
Cliente Fiel e Chega de Desconto.
Ele considera manter contato direto
com o público um desafio, pois ficar
totalmente acessível é muito difícil.
Para ajudar nessa relação, sugere
a figura do gerente de cliente. Não
é mais um cargo na empresa, mas
sim o profissional que, em determinado mês, ficará responsável por resolver problemas e dialogar com os
consumidores. “Por exemplo, conversar com clientes inadimplentes
ou que pararam de comprar na empresa. Várias vezes esse gerente de
cliente é o próprio empresário. Isso
é muito positivo, um grande exercício”, destaca.
Esse canal, sugere, deve se esrevista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Por que às vezes é tão difícil falar diretamente com o proprietário?
As pequenas complicações do dia a dia dificultam o acesso, mas, na verdade, o proprietário pode se resguardar desse direito, uma vez que tem na
sua linha de frente pessoas competentes e com poder de decisão.
Em alguns casos há excesso de “blindagem”?
Sim. Há proprietários que “se escondem” por trás dos funcionários, dificultando o acesso inclusive da própria equipe. O líder é o responsável pelos
resultados e dessa forma fica difícil negociar. Funcionários e gerentes devem
expor essas dificuldades, não é nada que um bom diálogo não resolva. Vale
lembrar que a equipe está sempre observando e moldando seu comportamento de acordo com a liderança.
Orientar os clientes a usarem a internet é uma boa saída?
Uma contestação on-line pode ser bastante eficaz, pois dificilmente uma
empresa vai desejar ter o nome envolvido em problemas com clientes e poderá reler a reclamação, apontando melhorias com mais calma. Só não pode
se esquecer de dar retorno o mais rápido possível.
tender a fornecedores, a parceiros e à
própria equipe, pois em muitos casos
os empresários se distanciam até de
seu grupo. “Em tempos de transparência, isso é fundamental. O discurso
deve estar embasado por atitudes.”
Além da falta de tempo em si, o
retorno sobre a qualidade do serviço pode ser comprometido pelo excesso de “blindagem” sobre o dono.
“A verdade não está na equipe que
muitas vezes se forma com o intuito
de proteger o empresário; a verdade
está no cliente”, reitera Caetano.
Segundo o consultor em vendas, pesquisar constantemente o
consumidor é fundamental. “Afinal,
a empresa só existe por causa dele.
Todos acreditam nisso, mas normalmente as portas estão fechadas
para ouvir os fregueses.” Outra dica
é ouvir parceiros. Alguns fornecedores, por exemplo, conhecem a realidade de outros clientes, sobretudo
erros e acertos.
//Na internet
Os meios virtuais, cada vez mais
usados no comércio, podem ajudar
a conhecer melhor as necessidades
dos consumidores. Por isso, ter uma
estratégia virtual de atendimento é
fundamental, principalmente nas
redes sociais. “Costumo dizer o seguinte: ou você marca um encontro
com seu cliente em uma rede social
e cria um fórum para ele falar da sua
empresa, ou ele criará esse fórum
em outro lugar”, afirma Caetano.
Além do contato instantâneo
nas redes sociais, uma seção “fale
conosco” no site da empresa ou
uma ouvidoria são canais que fortalecem a comunicação, reforça o
gerente do Sebrae Ary Cruz. “A resposta precisa ser dada em até 48
horas, senão a empresa pode cair
no descrédito”, orienta.
Um dos grandes problemas
nessa relação ocorre quando clientes se transformam em estatísticas. “Você perde uma parte importante de sua base e isso vira apenas
um percentual. Se a empresa encara dessa forma, terá certamente
um grande problema pela frente”,
explica o consultor. As pessoas deixam de comprar de uma empresa
por diversos motivos e é preciso
descobrir os principais.
61
//pesquisa conjuntural
Comércio cresceu 6,34%
em 2013
Comércio
Serviços
Desempenho de vendas
Setor
Segmento
Jul13 x Ago13 x Set13 x Out13 x Nov13 x Dez13 x
Jun13
Jul13
Ago13
Set13
Out13
Nov13
Autopeças e Acessórios
-4,53%
-3,9%
-1,51%
0,86%
1,38%
7,49%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-1,44%
-0,18%
1,07%
-0,75%
2,62%
4,8%
Calçados
10,02%
6,48%
-6,35%
6,74%
-5,75%
22,64%
Farmácia e Perfumaria
3,78%
-1,39%
2,34%
-0,85%
0,26%
2,79%
Floricultura
-20,27%
-2,95%
-8,91%
27,85%
5,01%
4,79%
Informática
-2,19%
-0,21%
6,49%
-7,65%
4,15%
6,28%
Livraria e Papelaria
17,69%
9,57%
-9,27%
0,8%
-2,14%
21,07%
Lojas de Utilidades Domésticas
0,68%
7,19%
-7,75%
6,14%
6,03%
17,78%
Material de Construção
-4,68%
2,03%
-0,13%
-0,72%
-3,41%
4,26%
Mercado e Mercearia
-5,68%
2,99%
1,94%
-2,95%
3,02%
8,45%
Móveis e Decoração
3,34%
-1,38%
-4,68%
-0,26%
1,6%
8,9%
Óticas
0,31%
-1,95%
-0,33%
6,16 %
3,11%
1,4%
Tecidos
31,13%
2,45%
-2,7%
-4,65%
5,4%
-2,61%
Vestuário
-2,08%
-1,68%
-2,97%
3,75%
1,06%
20,59%
Total
-0,46%
0,75%
-0,49%
-0,03%
0,99%
8,6%
Agências de Viagem
-4,64%
4,99%
1,11%
0,81%
7,08%
28,61%
Autoescola
-6,76%
-4,35%
-5,95%
2,72%
0,21%
-13,11%
Pet Shop
9,34%
-5,85%
2,24%
0,36%
-10,96%
2,59%
Salão de Beleza
10,88%
3,22%
0,29%
7,95%
1,57%
17,29%
Total
-1,28%
0,08%
-1,11%
2,43%
1,67%
14,43%
-0,52%
0,7%
-0,53%
0,15%
1,04%
9,03%
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
62
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Região
Comércio
Jul13 Ago13 Set13 Out13 Nov13 Dez13
x
x
x
x
x
x
Jun13 Jul13 Ago13 Set13 Out13 Nov13
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-2,77%
-0,79%
-0,56%
-0,59%
0,32%
7,89%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-0,14%
-1,23%
-1,87%
-0,25%
3,27%
-0,13%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
1,46%
4,58%
-1,35%
1,94%
0,48%
10,79%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-1,89%
-1,53%
2,52%
-0,94%
0,36%
13,39%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
3,34%
2,08%
0,88%
-0,64%
1,79%
6,56%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-0,13%
-2,07%
-2,08%
-1,35%
3,12%
8,73%
-0,46%
0,75%
-0,49% -0,03%
0,99%
8,6%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
2,81%
-4,47%
-3,09%
0,19%
-0,6%
13,58%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-4,38%
-2,44%
-1,96%
10,34%
3,1%
1,84%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-5,6%
15,2%
-0,6%
7,16%
2,04%
9,67%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-10,9%
1,51%
0,97%
-0,51%
7,64%
30,13%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
17,01%
-8,67%
9,79%
-1,41%
3,41%
13,9%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-1,19%
0,43%
9,1%
11,22%
-0,54%
1,22%
-1,28%
0,08%
-1,11%
2,43%
1,67%
14,43%
-0,52%
0,7%
-0,53% 0,15%
1,04%
9,03%
Total
Serviços
Desempenho de vendas
Setor
Total
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio brasiliense registraram alta de
8,6% em dezembro na comparação com novembro e, com isso,
o setor fechou 2013 com crescimento de 6,34% em relação a 2012.
No setor de serviços, as vendas
subiram 14,43% em dezembro em
relação ao mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses (de
dezembro de 2012 a dezembro de
2013), comércio e serviços registraram expansão de 4,44%. É o que
mostra a Pesquisa Conjuntural de
Micro e Pequenas Empresas do
Distrito Federal, realizada pelo Ins-
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
tituto Fecomércio.
“Dezembro é o melhor mês para
o comércio, pois a tradição natalina
é de entregar presentes. Além disso, é o período em que se recebe a
segunda parcela do 13º salário, que
aquece toda a economia”, analisa
o presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana. “Isso, sem dúvida,
ajudou na recuperação do setor”,
completa. O crescimento do setor
de serviços em dezembro foi puxado, principalmente, pelo segmento
de Agências de Viagem, que teve
aumento de 28,61% nas vendas. No
comércio, a alta foi puxada pelo de-
sempenho de Calçados, com acréscimo de 22,64% nas vendas.
Na análise por ramo de atuação, apresentaram crescimento
nas vendas em dezembro de 2013
na comparação com novembro os
segmentos de: Calçados (22,64%);
Livraria e Papelaria (21,07%); Vestuário (20,59%); Lojas de Utilidades
Domésticas (17,78%); Móveis e Decoração (8,9%); Mercado e Mercearia (8,45%); Autopeças e Acessórios
(7,49%); Informática (6,28%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes
(4,8%); Floricultura (4,79%); Material de Construção (4,26%); Farmá-
63
Jul13
x
Jun13
Ago13
x
Jul13
Set13
x
Ago13
Out13
x
Set13
Nov13
x
Out13
Dez13
x
Nov13
Autopeças e Acessórios
9,09%
0,63%
-1,24%
-0,63%
2,52%
-7,36%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
4,92%
-0,8%
0%
-0,68%
-0,23%
-1,14%
Calçados
-7,32%
-4,39%
21,1%
0,75%
0,74%
-5,11%
Farmácia e Perfumaria
1,15%
6,06%
-0,71%
-6,47%
-2,55%
0,38%
Floricultura
3,7%
0%
7,14%
-3,33%
0%
0%
Informática
-8,11%
9,59%
-2,53%
2,6%
1,22%
-1,19%
Livraria e Papelaria
-2,27%
-4,65%
13,25%
-3,19%
14,29%
4,85%
Lojas de Utilidades Domésticas
-3,64%
0%
-5,45%
3,85%
-3,39%
0%
Material de Construção
0,93%
0%
0%
-1,9%
1,09%
1,08%
Mercado e Mercearia
0,6%
-0,9%
1,2%
-2,03%
5,65%
-1,11%
Móveis e Decoração
1,56%
-7,69%
4,92%
-1,56%
-3,17%
1,64%
Óticas
-3,33%
0%
3,45%
-3,33%
0%
0%
Tecidos
-2,94%
0%
0%
0%
0%
0%
Vestuário
1,31%
1,65%
-0,41%
1,25%
-1,23%
0%
1,76%
0,16%
1,32%
-1,29%
0,93%
-0,95%
8,51%
-8,82%
8,42%
-3,06%
1,03%
2,78%
0%
0%
0%
0%
-5,26%
-15,94%
Pet Shop
18,03%
-2,41%
-13,58%
7,81%
0%
1,96%
Salão de Beleza
3,85%
-3,7%
0%
0%
-1,92%
2,04%
Comércio
Nível de emprego
Setor
Segmento
Total
Serviços
Agências de Viagem
Autoescola
Total
Total
7,58%
-4,21% -1,01%
0,7%
-1,36% -2,07%
2,34%
-0,31%
-1,1%
0,69%
1,08%
-1,06%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
cia e Perfumaria (2,79%) e Óticas
(1,4%). A única queda ocorreu no
segmento de Tecidos (-2,61%).
No setor de serviços, apenas o
segmento de Autoescola apresentou queda nas vendas em novembro (-13,11%) na análise com o mês
anterior. Já os outros segmentos
apresentaram alta: Agências de
Viagem (28,61%), Salão de Beleza (17,29%) e Pet Shop (2,59%). É
necessário ressaltar, contudo, que
64
o Instituto Fecomércio pesquisa
apenas esses quatro segmentos
de serviços.
Quanto ao pessoal empregado,
o comércio apresentou queda de
-0,95% no contingente em comparação com novembro. O setor de
serviços também registrou declínio
(-2,07%). Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais
utilizado em ambos os setores. No
comércio, a modalidade respondeu
por 39,54% das vendas. O setor de
serviços foi responsável por 44,29%
das compras.
A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é
realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do
Sebrae. Foram consultadas 700
empresas, sendo 595 do comércio
e 105 de serviços. A coleta de dados foi realizada de 5 a 10 de janeiro de 2013.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
Nível de emprego
Jul13 Ago13 Set13 Out13 Nov13 Dez13
x
x
x
x
x
x
Jun13 Jul13 Ago13 Set13 Out13 Nov13
Região
Comércio
Setor
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
1,34%
-0,3%
0,91%
-1,78%
0,7%
-1,3%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
6,63%
0,53%
-1,58%
0,53%
-2,08%
1,05%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
0,95%
0,64%
4,62%
-1,52%
0,15%
3,08%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
2,55%
1,06%
-1,96%
2%
-1,42%
-4,61%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-0,37%
0,7%
0%
-3,5%
-8,06%
-8,39%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
4,12%
-1,69%
2,87%
-1,6%
0,54%
2,46%
1,76%
0,16%
1,32%
10,56%
-7,41%
-3,93%
3,13%
3,77%
-5,66%
0%
0%
0%
0%
0%
0%
9,52%
0%
8,7%
-6%
-6%
0%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
0%
-3,03%
3,13%
0%
2,5%
5%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0%
0%
0%
0%
0%
0%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
0%
16,67%
-7,14%
0%
0%
7,69%
0,7%
1,38%
-2,07%
Total
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
Serviços
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
Total
7,58%
Total
-4,21% -1,01%
2,34% -0,31% 1,08%
-1,29% -0,92% -0,95%
-1,1% -0,69% -1,06%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Mês
À vista
Cheque
jul/13
31,22%
1,14%
ago/13
31,45%
set/13
30,48%
Cartão de
crédito
Débito
A prazo
Boleto
44,86%
16,4%
3,32%
3,06%
1,01%
43,39%
18,27%
3,46%
2,42%
0,75%
43,7%
19,21%
3,21%
2,64%
Formas de pagamento
Comércio
out/13
31,85%
1,05%
41,61%
19,52%
2,99%
2,98%
nov/13
32,85%
0,81%
40,87%
19,96%
3,35%
2,16%
dez/13
33,47%
2,44%
39,54%
20,37%
3,02%
1,16%
jul/13
23,55%
3,02%
49,95%
15,34%
4,15%
3,98%
ago/13
25,24%
4,56%
51,39%
13,93%
4,26%
0,61%
set/13
29%
3,70%
42,46%
20,08%
3,43%
1,32%
Serviços
out/13
26,24%
2,67%
48,3%
17,82%
3,96%
1,01%
nov/13
28,91%
1,67%
42,72%
17,63%
4,89%
4,17%
dez/13
32,64%
3,59%
44,29%
14,85%
4,23%
0,4%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
65
pesquisa
relâmpago
Nina Quintana
Bento de Matos Félix
Economista
Rolezinhos
Biometria
nas eleições
REGULAR
É direito da juventude
se manifestar. A grande
necessidade é de que
haja uma manifestação
responsável, sem
quebra-quebra
ou roubos.
BOM
Dá segurança e
credibilidade ao voto.
A biometria vem
consagrar todos
os avanços que já
aconteceram no Brasil.
BOM
Ela vem fazer justiça
ao combater a
informalidade. O País é
movido pelos impostos
que pagamos.
RUIM
Houve lentidão do
governo do Maranhão
para tomar as
providências cabíveis em
relação à superlotação.
REGULAR
Qualquer aglomerado
de pessoas chamará
atenção. Enquanto for
pacífico, não há por que
reagir com violência.
BOM
Aparentemente é um
recurso que vai passar
mais segurança para os
eleitores e evitar fraudes
nas urnas.
REGULAR
Houve uma redução
boa nos valores dos
descontos, e isso fez
com que o programa
perdese força, mas todo
desconto é bem-vindo.
RUIM
No País inteiro a
situação é precária,
com superlotação, falta
de fiscalização e baixa
qualidade do serviço. É
preciso melhorar tudo.
RUIM
Eu não entendo muito
bem o que eles querem.
O shopping é um lugar
para se divertir e não
para danificar as coisas.
BOM
Com esse novo
sistema, teremos
mais segurança.
Dessa forma, ninguém
consegue se passar por
mim na hora de votar.
RUIM
Não estou vendo muita
vantagem no programa.
Se houve mais adesão,
por que diminuir o
desconto?
RUIM
O sistema presidiário no
Brasil é problemático.
Por que ainda não
fizeram nada? Isso é
culpa do governo.
REGULAR
Esse é um sintoma
representativo dos
conflitos da sociedade
de consumo. Qualquer
ação exigirá ampliação
e debate da promoção
da cidadania e da
inclusão social.
BOM
É um passo a mais no
que já somos referência
e torna ainda mais
seguro o processo
eleitoral.
BOM
O processo ainda
precisa ser mais
transparente e confiável.
RUIM
Os cenários sociais,
político e econômico
pesam no problema.
O sistema prisional
brasileiro carece de
soluções.
REGULAR
Interessante a
capacidade de
organização espontânea
dos jovens, mas
preocupantes as
oportunidades que
surgem para quem tem
más intenções.
BOM
Mais um recurso para
a segurança do nosso
sistema eleitoral, mas,
como sempre brasileiro
deixa tudo para a última
hora, prevejo correria.
REGULAR
É uma boa ideia, mas
a cada ano nós temos
menos para receber.
Será que vale continuar
colaborando?
RUIM
Uma vergonha! É o
exemplo mais visível do
resultado dos mandos
e dos desmandos da
família que comanda o
estado.
Caio Costa Barros
Empresário
Ana Luiza Branquinho
Estudante
universitária
Bernadete Cordeiro
Professora de
Segurança Pública
Ragnar Paz
Analista
publicitário e
de web
Untitled-4 1
66
Nota Legal
Revolta em
presídios
maranhenses
18/11/10 11:29
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
EMPRES
A
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
NC
À IN F Â
secure.unicef.org.br/empresasolidaria
0800 605 2020
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Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
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revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014
67
Mono mon
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68
revista FECOMÉRCIO | fevereiro 2014

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