2012 - Fecomércio DF
Transcrição
Novos portais do sistema Fecomércio 2 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 EDUCAÇÃO, CUltUrA, ArtE, infOrmAÇÃO, sAúDE, CUrsOs prOfissiOnAlizAntEs, tEAtrO, EspOrtE, DiVErsÃO, fACUlDADE, nOtíCiAs, pEsqUisA... AgOrA, tUDO issO Em Um só lUgAr. Federação, Instituto, SESC e Senac agora dividem o mesmo portal. $FHVVHHFRQƃUDRQRYRYLVXDOFRQWH¼GRVDWXDOL]DGRVGLDULDPHQWH redes sociais e muito mais oportunidades. www.sistemaFecomerciodF.com.bR www.institutofecomerciodf.com.br | www.sescdf.com.br | www.senacdf.com.br revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 3 sumário Joel Rodrigues Novas tecnologias Brasília recebe a primeira loja de compras virtuais. Consumidores aprovaram a novidade 14 Joel Rodrigues Empreendedor individual O comércio é campeão em cadastramento. Sidney (foto) orgulha-se por não estar mais informal 18 Joel Rodrigues Em reforma Unidade do Sesc no Guará vai receber sala que abrigará academia. A novidade será entregue em junho 44 Joel Rodrigues Programa retomado As análises das propostas para o Pró-DF estavam suspensas desde denúncias de irregularidades 46 Nilson Carvalho Na corda bamba Termo de ajustamento de conduta dá direito ao governo local de abrir licitação pública para a ocupação de lotes comerciais em condomínios que serão regularizados. Quem já investiu não tem preferência 28 seções 8 17 23 24 26 27 38 Entrevista empresário do mês Vitrine Estilo Certo sindicatos economia Gastronomix 45 49 50 52 55 58 direito no trabalho segredos do marketing digital gente pesquisa conjuntural agenda fiscal pesquisa relâmpago cartas Endereço SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911 (61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf Presidente Adelmir Araújo Santana Diretoria Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Pereira dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao Diretores Suplentes Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres • Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Francisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda Conselho Fiscal Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo Conselho Consultivo Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski Diretor Regional do SESC José Roberto Sfair Macedo Contribua com sugestões, críticas e comentários sobre os assuntos que são abordados na publicação. Envie sua mensagem para Assessoria de Comunicação da Fecomércio-DF – SCS Quadra 6, Ed. Jessé Freire – 5º andar – Brasília – 70306-908 ou para o e-mail [email protected]. (61) 3038.7527 Retorno A revista está muito interessante, com conteúdos importantes para o comércio. Tivemos um ótimo espaço e a visibilidade é garantida. Obrigada pela oportunidade e parabéns pela revista! Marina Feijó Chic de Dormir Diretor Regional do Senac Luiz Otávio da Justa Neves SUPERINTENDENTE DA FECOMércio João Feijão DIRETORA OPERACIONAL DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) Sindicatos associados Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) Coordenador de Comunicação do Sistema Fecomércio-DF Diego Recena Revista Fecomércio Coordenação Editorial - Editora Meiaum Diretor Editorial - Hélio Doyle Editora-chefe - Anna Halley Editora-executiva - Paula Oliveira Editor Fecomércio - Diego Recena Editora Senac - Ana Paula Gontijo Editor SESC - Marcus César Alencar Repórteres - Ana Carla de Oliveira, Andrea Ventura, Camila Vidal, Eldo Gomes, Elsânia Estácio, Fabíola Souza, Lorena Bicalho, Luciana Corrêa, Martha Régnier, Sílvia Melo e Thaiana Profeta Revisora - Bianca Stucky Editor de Fotografia - Nilson Carvalho Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto Capa - Gustavo Pinto Impressão - Editora Gráfica Ipiranga Tiragem - 60 mil exemplares Contato comercial - Júnior Oliveira (61) 8453.1021 – [email protected] Edição de Dezembro/Janeiro Excelente matéria intitulada Sete opções de crescimento profissional. Os leitores foram brindados com informações importantes a respeito dos cursos de pós-graduação da Faculdade Senac-DF em um momento em que a formação é elemento primordial para o desenvolvimento profissional. Flávia Furtado Rainha Silveira Diretora da Faculdade de Tecnologia Senac-DF editorial É para agora D inheiro nós temos. O Brasil arrecadou, em 2011, cerca de R$ 1,5 trilhão em impostos federais, estaduais e municipais. O que nos falta é que esse capital seja investido de maneira eficiente nas áreas de maior necessidade da população brasileira, como saúde e educação, e na melhoria da infraestrutura do País. Salários exorbitantes na esfera pública, investimentos mal planejados e até injustificados, desvios de verbas, ineficiência na aplicação dos recursos e o inchaço da máquina pública são alguns fatores que atrapalham a justa aplicação dos impostos arrecadados. Precisamos, também, que o governo elabore uma forma mais simplificada e menos sacrificante de arrecadação dos tributos, principalmente para o setor produtivo. Pesar a mão nos impostos sobre o consumo ou sobre o faturamento é a mesma coisa que pisar no freio do crescimento da economia nacional. Digo sempre que o País tem perdido muitas oportunidades de alcançar o desenvolvimento e a estabilidade por conta desse desequilíbrio entre o que pagamos para o governo e o que recebemos em troca. Precisamos reformar nossa política tributária com urgência! O nosso entrevistado nesta edição, João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, acredita que não adianta pensarmos em uma mudança muito drástica, mas, sim, fatiarmos a reforma, com prioridade de desonerar a folha de pagamento e diminuir os encargos sobre o consumo. Sabemos que a alta carga tributária imposta ao setor produtivo afeta a competitividade das empresas em relação às de outros países. As propostas para a tal reforma estão aí, mas a velha falta de vontade política e as divergências com relação às ideias transformam uma matéria tão essencial para a nação em um imbróglio sem fim. A sociedade, o setor produtivo, as entidades representativas, enfim, todos precisamos participar das discussões sobre um nova política tributária para o Brasil. E o melhor momento para isso é sempre o agora, o imediatamente. Entramos no 16º ano de publicação da Revista Fecomércio com algumas novidades. Temos novos colunistas de moda e beleza e de gastronomia. Bem-vindos Luciana Corrêa, do Estilo Certo, e Rodrigo Caetano, do Gastronomix. Além disso, criamos uma nova coluna, a Segredos do Marketing Digital, assinada pelos sócios Máximo Migliari e Jens Schriver. Paulo Negreiros Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomércio-DF • Federação • Instituto • Sesc • Senac //entrevista É preciso mudar o foco // Por Paula Oliveira Para o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Oleniki, a reforma tributária deveria levar em consideração tributar mais a renda e menos o consumo. Uma desoneração tributária não afetaria a arrecadação de impostos e, consequentemente, não teria impacto no desenvolvimento do País. É isso que defende o IBPT. A entidade é responsável, entre outros, pelo projeto Impostômetro, que mostra o peso dos impostos em números. 8 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 IBPT João Eloi Olenike Presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 9 Qual seria a carga tributária adequada ao Brasil? Não existe um parâmetro de carga tributária adequada. O que entendemos é que deveríamos ter uma arrecadação tributária condizente com a capacidade contributiva dos cidadãos, em nível suficiente para proporcionar a utilização desses recursos em investimentos na melhoria da qualidade de vida da população. Para termos uma carga menor ou que trouxesse mais retornos, necessariamente, o governo (nas três esferas) deveria diminuir gastos correntes, combater a corrupção e aumentar os investimentos em infraestrutura. Reduzir a carga tributária prejudicaria os investimentos em saúde e segurança, por exemplo? Uma redução de carga tributária não traria perda de investimentos básicos, desde que se cortassem vários gastos públicos que decorrem da ineficiência governamental, como altíssimo número de funcionários públicos e gastos demasiados com benefícios da previdência social. Também há o aspecto de que, com essa medida, poderíamos aumentar a base de arrecadação, diminuindo a informalidade, a pirataria e a sonegação. Os encargos trabalhistas podem ser reduzidos sem que isso prejudique os direitos dos empregados? Em relação aos tributos incidentes sobre a folha de salários entendemos que sim, já que uma desoneração nesse sentido implicaria em um aumento no nível de emprego, maior circulação de riquezas, incremento no consumo, e, consequentemente, maior arrecadação nominal de valores de impostos e contribuições. Quanto a carga tributária significa no faturamento anual de uma pequena empresa, por exemplo? Os tributos representam em média 33% do faturamento bruto; 47% do total de custos e despesas; e 52% do lucro das empresas. Seria desejável que se diminuíssem os tributos incidentes sobre o faturamento e que a tributação fosse efetivamente sobre o resultado econômico obtido pela exploração das atividades negociais. Deve-se entender que faturamento não é sinônimo de lucro, porque as vendas nem sempre são positivas. Por que menos impostos significam mais crescimento econômico? Já ficou provado que, com a desoneração tributária (vide diminuição do Imposto sobre Produtos Indus- A grande variedade de incidências tributárias e a vastidão geográfica do nosso País são grandes empecilhos para uma proposta de imposto único 10 trializados [IPI] no governo Lula, em 2009), não há perda de arrecadação tributária no geral, já que com o repasse dessas benesses fiscais ao consumidor final, há aumento das vendas e maior geração de vendas e de lucros e, consequentemente, um incremento na arrecadação de tributos. Como temos grande concentração de tributação sobre o consumo, a desoneração faria com que os preços dos produtos tivessem seus valores diminuídos e uma maior parte da população pudesse ter acesso a eles. Além de alta, a carga tributária no Brasil é complexa. O que pode ser feito para reduzir essa complexidade? Realmente, o custo de conformidade é muito elevado em nosso País. Temos 97 obrigações acessórias na área tributária, o que representa em torno, de gastos, na ordem de 1,5% do faturamento das empresas. Isso também representa ônus tributário. O governo federal está dando mostras, com a eliminação da exigência de algumas declarações, que tem consciência desse grande problema. Esperamos que essas medidas, ainda que tímidas no momento, sejam o estopim para uma verdadeira desburocratização diminuindo mais esses ônus impingidos aos empresários. Que impostos poderiam ser eliminados no Brasil? Vários. Por exemplo, poderíamos ter um só tributo, com alíquota justa, que englobasse o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o IPI e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 Poderíamos ter só uma contribuição que abrangesse o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Entendemos que a tributação deveria se concentrar mais em renda, lucros e patrimônio e menos em consumo. O senhor é favorável a mudanças no ICMS? Sim. A criação de um Imposto sobre Valor Agregado Federal (IVA Federal), em substituição ao ICMS, traria uma racionalização e uniformização muito interessante no aspecto normativo. Eliminaríamos 26 legislações estaduais e mais a do Distrito Federal, que são similares na essência, mas com muitas diferenças na forma. Isso causa muita complexidade no conhecimento e na interpretação das diretrizes deste tributo. O problema que vemos é a definição da alíquota a ser cobrada em uma unificação, que sendo a mais alta, como sempre ocorre nesses casos, pode ocasionar um não desejado aumento da carga tributária. Como o senhor vê as propostas de imposto único, ou baseados em movimentações financeiras? Entendemos que a gran de variedade de incidências tributárias e a vastidão geográfica do nosso País são grandes empecilhos para uma proposta de imposto único. No entanto, achamos muito interessante e inteligente a tributação das movimentações financeiras, como era a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Essa forma de cobrança poderia vir a substituir alguns tributos atualmente exigidos. revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 Vale acrescentar que a sonegação tem diminuído bastante em virtude dos avanços tecnológicos, dos nossos fiscos, no que tange os controles eletrônicos A guerra fiscal entre as unidades da Federação é ruim para o País? O que fazer em relação a isso? Essa batalha não é exclusividade brasileira. Trata-se do exercício da competitividade. A maioria dos países se degladiam em busca de investimentos externos, oferecendo subsídios, incentivos fiscais e outros benefícios. Se houver uma reforma tributária, com a implementação do IVA Federal, e se houver a extinção do ISS, essa situação pode ser minorada ou até extinta. Que pontos de uma reforma seriam os prioritários hoje, se não é possível aprovar um projeto mais amplo? Defendemos a possibilidade da implementação de uma reforma tributária fatiada, em que se atacassem os pontos principais prioritariamente, como a desoneração da folha de salários e diminuição dos tributos incidentes sobre o consumo, mas sem a criação de novos tributos. O empreendedor individual contribui, de fato, para o combate à informalidade? Quais outras medidas poderiam ser tomadas? Certamente essa é uma medida bem-vinda, mas entendemos que os valores de limite de faturamento poderiam ser maiores. O melhor remédio para a diminuição da informalidade é tributação baixa, de acordo com a capacidade do contribuinte. Outra medida que poderia ser tomada é o aumento do limite de faturamento para ingresso no Super Simples, para algo em torno de R$ 12 milhões ao ano, abrangendo e simplificando a questão tributária de mais empresas. De que maneira ações individuais ilegais, como a sonegação de impostos, prejudicam ainda mais o desenvolvimento nacional? Práticas como essa são comuns, mas entendemos que são decorrentes da alta carga tributária imposta aos empresários. Com carga baixa, poucos tributos, alíquotas justas, não haveria a motivação para esse tipo de prática. Vale acrescentar que a sonegação tem diminuído bastante em virtude dos avanços tecnológicos, dos nossos fiscos, no que tange os controles eletrônicos. Seria interessante se tivéssemos uma tecnologia que nos proporcionasse estancar os desvios do dinheiro público, operacionalizados por atos de corrupção e malversação dos recursos auferidos com a cobrança dos tributos. 11 carnaval Tempo de folia e de preocupação //Por Fabíola Souza Comerciantes reclamam da falta de planejamento do governo local para os dias de festa E nquanto alguns estão pensando em qual fantasia usar ou em que bloco sair, outros se preparam para diminuir os prejuízos trazidos pela multidão e pelo comércio ilegal, tão comuns nesse período. De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF), Clayton Faria Machado, muitos comerciantes deixam de abrir as portas de seus estabelecimentos por causa da concorrência desleal com os vendedores ambulantes e acabam tendo prejuízos. 12 O comerciante José Carlos Pires, 52 anos, é dono da Distribuidora de Bebidas 116 Norte, na Asa Norte, e há quatro anos não abre o comércio nos dias de carnaval. “Além disso, a cidade fica cheia de vendedores ambulantes e não vale a pena abrir a loja durante o carnaval”, aponta Pires. Há quem pense o contrário. Francisco Agostinho Fernandes, de 52 anos, não deixa de abrir as portas da distribuidora de bebidas Piauí nos dias de folia. Segundo ele, não há um aumento significativo das vendas nessa época do revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 ano, mas ele também não tem prejuízo. O movimento mesmo é à noite, segundo o empresário, quando as pessoas estão se preparando para sair para as festas nos clubes. “Trabalho há 26 anos aqui e o tempo em que vendia mais no carnaval era quando tinha mais blocos de rua; hoje o carnaval de Brasília só ocorre nas outras regiões administrativas e o Plano Piloto está esquecido”, ressalta. O comerciante reclama da falta de opções de eventos carnavalescos na capital federal. Para Fernandes, Brasília investe pouco nos blocos de rua. Na época que tinha foliões na 403 Sul, quadra da distribuidora Piauí, lembra-se o empresário, o varejo aumentava consideravelmente, mas agora não tem mais opções e o movimento é normal. O presidente do Sindhobar-DF afirma que o carnaval em Brasília é período de baixa temporada. Segundo ele, o comerciante deve fazer um planejamento antes de decidir abrir o estabelecimento. “Mas como o governo do DF repassa a verba para o carnaval da cidade em cima da hora, isso é ruim para os comerciantes porque as pessoas não conseguem se programar”, afirma Machado. Ainda Segundo Machado, ano passado as distribuidoras de bebidas que decidiram abrir no feriado tiveram lucro satisfatório. De acordo com a Agência de Fiscalização do DF (Agefis), haverá reforço na quantidade de fiscais nos principais pontos de folia do DF. Os revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 vendedores ambulantes que não tiverem autorização da administração regional em que pretendem atuar terão a mercadoria apreendida. Ainda informações da Agefis, os produtos só serão devolvidos depois de comprovada a origem das mercadorias por meio de nota fiscal e do pagamento dos custos da operação, que pode variar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. //Fantasias A festa mais tradicional do País não traz somente preocupações. As lojas de fantasias aumentam o faturamento nessa época do ano. A rede Fantasia.com leva a sério a brincadeira e já abriu cinco lojas no DF e em Goiás. De acordo com a empresária Lourdes Rodrigues, há crescimento de 30% no movimento normal das lojas. “Com certeza o aumento de locação de fantasias se dá 99% por causa das crianças, pois todas as escolas costumam fazer bailinhos e matinês e as mães optam por alugar a fantasia”, afirma. Os adultos normalmente não se fantasiam nessa época do ano. “Às vezes a gente aluga para alguns grupos que organizam excursões e festas à fantasia, mas não é o maior faturamento da loja, não”, disse. As fantasias infantis mais procuradas são as de princesas, piratas, super-heróis e personagens da televisão. O aluguel varia de R$ 35 a R$ 65 (infantil), e de R$ 50 até R$ 150 (adulto). 13 inovação Um passo e um clique // Por Ana Carla de Oliveira Segmento do varejo não tem estoques nem prateleiras. Novidade agrada a consumidores Fotos: Joel Rodrigues Tecnologia Até o mostruário é na tela. O atendimento, no entanto, é personalizado 14 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 São mais de 5 mil produtos disponíveis para o consumidor I novar é sempre importante para manter o sucesso dos negócios. Se a tendência é comprar pela internet, que tal ajudar os clientes a escolher o produto que desejam? Para muitos brasileiros, as compras pela internet tornaram-se rotina. Comodidade e preço baixo. Mas, em troca, o cliente fica carente de informações sobre o produto. Muitas vezes o comprador não percebe, mas acaba sendo uma troca injusta de serviço e consumo. E por que não unir o útil ao agradável? A praticidade e os valores mais em conta da internet unidos ao atendimento exclusivo e presencial das lojas convencionais. É essa a proposta de uma loja de vendas virtuais. Não há estoque nem prateleiras. O especialista em comércio eletrônico Renato Neves de Carvalho, acredita que esse tipo de empreendimento é audacioso, e, por meio dele, novas portas serão abertas para o varejo no Brasil. “Em qualquer negócio, o empresário deve fazer um estudo das oportunidades; hoje, as pessoas já compram pela //Vantagens desse tipo de empreendimento: • O empresário evita gastos com estoque • Atendimento personalizado • Mais informações sobre os produtos • Mercadoria entregue no local desejado • Custo menor dos produtos revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 internet”, alerta. “Então é bom verificar quais são as vantagens e o diferencial desse novo serviço para o consumidor”, completa. Focada nessa ideia, a Ctis criou um canal de vendas especializado em tecnologia e serviços. Inaugurada em dezembro do ano passado, a primeira loja virtual da cidade, no Brasília Shopping, agrega recursos do varejo tradicional, ou seja, atendimento presencial, porém exclusivo, à venda de produtos pela internet. O espaço é reduzido, isso porque o estoque da loja fica no centro de distribuição de mercadorias da marca, no Distrito Federal. Logo na entrada, o cliente se depara com um tablet de 65 polegadas. O equipamento apresenta os mais de cinco mil produtos, entre eles celulares, notebooks, câmeras e filmadoras, todos disponíveis para compra. Entre outras novidades, a Ctis Digital Express tem uma sala de testes de videoconferência do produto GetConference, capaz de conectar 250 pessoas ao mesmo tempo. E quem pensa que há filas está enganado. A loja colocou à disposição sofás para o consumidor aguardar atendimento, com acesso gratuito à internet. Além disso, quem preferir 15 “Em qualquer negócio, o empresário deve fazer um estudo das oportunidades” Renato Neves de Carvalho Especialista em comércio eletrônico circular pelo shopping será avisado da vez por mensagem de celular. De acordo com Carvalho, para investir nesse tipo de negócio, o varejista deve estar atento e procurar saber qual valor ele vai acrescentar para o cliente. “É o primeiro modelo desse tipo no País; o empresário deve estar atento para inovar sempre”, diz. Os preços mais baixos e o atendimento personalizado fazem com que o cliente vá até a loja. A aposta desse segmento fica por conta também do acesso à informação. Qualquer dúvida pode ser esclarecida com os consultores de vendas especializados em tecnologia que garantem todas as informações antes de o consumidor efetivar a compra. O diretor de canais da CTIS Digital Express, Sérgio Koffes, diz que o papel desses funcionários é passar a informação de forma que esclareça o consumidor e o habilite a manusear os aparelhos. “É como comprar uma televisão, mas não saber quais funções ela tem; e os tecnogurus [vendedores] estão capacitados para auxiliar o consumidor”, diz. Realizada a compra, os produtos são entregues para o cliente em até 24. Koffes não fala em valores de investimento, mas afirma que o custo de uma loja virtual é muito menor que de uma comum. A empresa brasiliense já elabora um plano de expansão da loja conceito. “A aceitação está sendo muito boa; o público entende o formato da loja e está respondendo positivamente à novidade”. //Por que você procurou uma loja de venda virtual? 16 “Quero comprar um tablet . Consegui esclarecer as dúvidas de um produto para outro. Às vezes, a gente compra um aparelho caro, mas sem necessidade. É ótimo ter atendimento personalizado.” “O atendimento é bem diferenciado. Entrei por curiosidade, pelo formato da loja, as telas que mostram os produtos. Tenho interesse em comprar um notebook e aproveitei para me informar.” Riamar Bueno, auditora Carlison Aguiar, servidor público revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 //empresário do mês Desde muito cedo // Por Elsânia Estácio Jovem começou prestando serviço a amigos e a familiares e hoje pensa em expandir a loja que abriu há três anos Joel Rodrigues L uciano Pazelkonski da Silva tem orgulho de sua trajetória. O jovem brasiliense de 25 anos passou de técnico amador de manutenção de celulares para empresário no setor de telefonia móvel. Após sair do serviço militar, decidiu por curiosidade investir em serviços de manutenção de celulares em um pequeno espaço em casa. Começou atendendo amigos, vizinhos e parentes, logo surgiu a oportunidade de fazer um curso técnico em telefonia móvel em Belo Horizonte (MG). Segundo Luciano o curso foi essencial, mas o aperfeiçoamento veio mesmo com a experiência em atender novos e antigos clientes. Após seis meses, resolveu abrir sua própria empresa, sozinho, em uma pequena loja no Lago Norte, próximo ao Shopping Iguatemi, onde começou vendendo acessórios para aparelhos celulares. “No início trabalhei um ano sozinho, depois contratei dois ajudantes e agora estou com três funcionários na loja”, lembra. A Center Cellular nasceu em 2008. Como todo começo de uma pequena empresa, Luciano passou por algumas dificuldades financeiras. Quando abriu a Center Cellular, não tinha capital para levantar seu tão sonhado negócio. Então resolveu fazer um investimento alto revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 Variedade Luciano Pazelkonski também investe em televendas e arriscado, fez vários cartões de crédito em diversos bancos e estourou o limite de todos comprando mercadorias para preencher o estoque. Resultado: um ano inteiro com muitas dívidas. Com esforço e persistência, Luciano conseguiu renegociar e quitar todas as contas. “O meu maior problema foi esse, pois o investimento foi alto e arriscado”, avalia. Hoje, Luciano já tem experiência suficiente para dar conselhos. Ele diz que para os negócios progredirem é preciso persistir muito e correr atrás para fazer o sonho acontecer. “Eu consegui manter meu negócio e fiz com que a loja caminhasse por si só”, diz. O em- presário conta que no início foi trabalhoso, mas hoje, depois de três anos, ele já pensa em aumentar a quantidade de funcionários. Depois de três anos no mercado varejista de comércio eletrônico, a Center Cellular se inovou, Luciano está criando um site de televendas com atendimento, produtos e serviços. Os clientes terão, ainda, suporte técnico gratuito via telefone ou internet. Pazelkonski quer ir ainda mais longe. Pretende expandir e abrir outras lojas, além de investir em outros negócios pela internet. “É preciso insistir mesmo; quando se tem um objetivo, é preciso correr atrás”, diz. “Eu acreditei e consegui”, comemora o empresário. 17 negócios Conquista A documentação regular habilitou Sidney Andrade a trabalhar com máquina de cartão de débito Campeão em cadastramento //Por Fabíola Souza A maioria dos empreendedores individuais formalizados investe no comércio A tualmente, o DF tem cerca de 32 mil cadastrados na mais nova modalidade de pessoa jurídica, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Apenas em 2011, de janeiro ao início de dezembro, foram formalizados 18.411 empreendedores individuais. E o comércio foi a atividade mais procurada para registro no ano passado, de acordo com 18 levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As atividades mais requisitadas para registro foram comércio varejista de vestuário e acessório e cabeleireiros. A empresária Jussara da Silva abriu uma loja de roupas e acessórios há dois anos no Gama Leste, chamada Gata Mel Jeans. Para ela, esse segmento é o mais lucrativo revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 Joel Rodrigues dentro do comércio. “Tenho roupas femininas, masculinas e infantis; além dos acessórios, pelas quais as mulheres se apaixonam quando veem”, apontou. Jussara começou a trabalhar em casa. “Antes era brincadeira; montei uma pequena loja na minha garagem e vendia para as amigas”, conta a comerciante. Ela afirma que não se arrepende da escolha que fez. “Hoje sou independente e como empreendedora individual tenho benefícios como se fosse contratada, se me machuco, por exemplo, tenho direito ao auxílio doença.” Há quase dois anos, Sidney Martins de Andrade parou de trabalhar informalmente para ser um empreendedor individual. Proprietário do quiosque Mister Dog, no Setor Comercial Sul, o empresário comemora o crescimento do negócio. Há 17 anos, Sidney trabalha com comércio, mas apenas quando se formalizou conseguiu o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) para adquirir uma máquina de débito e crédito para ajudar nas vendas. O empresário não pretende parar por aí. Para aumentar ainda mais o faturamento, Sidney planeja adquirir uma máquina para passar cartão de refeição. “Ser formalizado me ajuda a planejar melhor o futuro, agora tenho benefícios e isso é importante, pois não sabemos o dia de amanhã”, diz. Com a dona do salão Cantinho da Beleza, Siboney Teles de Sousa, não foi diferente. A vontade de expandir o negócio, se formalizar como empresária, ter Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica e ainda contribuir com a aposentadoria fez a comerciante ser uma empreendedora individual. “Trabalho há 17 anos como cabeleireira, escolhi essa profissão porque precisava conciliar minha vida profissional com a rotina dos meus filhos e junto com eles fui crescendo, eles na vida e eu nos negócios”, completa Siboney. Desde junho do ano passado Siboney é empreendedora individual. Segundo ela, em menos de um ano, sua clientela já aumentou 40%. Isso porque agora a empresária conta com uma máquina de passar cartões, além de ter feito dois empréstimos com o nome da empresa para ampliar o espaço de trabalho. “Como empreendedora individual eu consegui melhorar meu negócio”, brinca Siboney. //É de graça Para se cadastrar como empreendedor individual, o trabalhador por conta própria deve se inscrever no site www.portaldoempreendedor.gov. br. A inscrição é rápida e gratuita. //saiba mais O empreendedor individual precisa pagar o valor fixo mensal de R$ 32,14 (comércio ou indústria) ou R$ 36,14 (prestação de serviços), destinado à Previdência Social e ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) ou Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Essas quantias são atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo. Com o pagamento dessas contribuições, o Empreendedor Individual passa a ter acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença e aposentadoria. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o Empreendedor Individual será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Mais informações: 0800 570 0800. revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 19 investimento Socorro aos nossos museus //Por Martha Régnier DF recebe verba federal para tornar a cidade mais atrativa. Turismo de negócios e cívico ainda prevalecem O governo federal destinou, neste ano, R$ 2,8 milhões para a recuperação e modernização de museus do DF. O repasse da verba será feito à Secretaria de Cultura do DF com o objetivo de apoiar o projeto Modernizando Museus, do governo local. A ação prevê melhorias na infraestrutura do Museu do Catetinho, Museu da Cidade, Memorial dos Povos Indíge20 nas, Museu de Arte de Brasília, Museu Nacional da República, Museu Vivo da Memória Candanga e Espaço Cultural 508 Sul. O projeto faz parte da preparação da cidade para a Copa do Mundo de Futebol. A iniciativa é importante para o fomento do turismo, mas a capital federal ainda está longe de desenvolver toda a sua potencialidade de centro turístico. As viagens de negócios e eventos revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 Fotos: Joel Rodrigues Minoria Em 2010, apenas 7% dos visitantes esteve em Brasília apenas para se divertir ainda predominam nos números do turismo de Brasília e as atrações culturais são pouco divulgadas e visitadas. Dos 3.116 museus que o Brasil dispõe, 66 estão no DF, conforme dados do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O mesmo estudo indica que São Paulo abriga 517 e o Rio de Janeiro, 254. Brasília, embora detenha o título de Patrimônio da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), ainda não desperta interesse significativo quando o assunto é turismo cultural. Segundo estudo feito pelo Centro de Excelência em Turismo, da Universidade de Brasília, em 2010, quase 60% dos turistas que visitaram a sede dos governos federal e distrital tinham na agenda compromissos de trabalho ou participação em congressos. E apenas 7% dos visitantes estiveram na cidade para se divertir. No quesito tempo de permanência e revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 frequência, os dois grupos se assemelham, ficando uma média de dois a três dias na capital, uma vez por ano. Com certeza, esse tempo poderia se estender mais, para o turista de negócios, se considerasse a cidade como um atrativo centro turístico. Mas não é o que ocorre. O mesmo estudo informa que a maior parte dos turistas de negócios não pretende retornar à capital (58,4%) por considerar que a cidade não tem opções de lazer ou por achar os preços muito altos. Na lista das principais atrações turísticas estão, nas primeiras colocações, a Catedral, a Torre de TV, a Praça dos Três Poderes, os Shoppings e o Palácio do Planalto. Os museus não fazem parte da relação. Na opinião do presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, o problema está na cultura cívica. “Nem o cidadão de Brasília conhece os museus que existem; ele fica concentrado nas visitas óbvias ao Congresso Nacional, LBV.” Para ele, é preciso investir mais em divulgação. Com referência à ampliação do tempo de permanência dos turistas na cidade, Nascimento cita o exemplo da experiência do Banco Interamericano de Desenvolvimento, no Rio de Janeiro. A instituição fez um estudo para justificar o financiamento da nova sede do Museu da Imagem e do Som. Na pesquisa, 25% dos entrevistados afirmaram que estenderiam suas estadas na cidade para visitar o museu. Esses turistas declararam que gastavam, em média, US$ 50 por dia na cidade. “Isso significa, ao longo de 10 anos, um ganho de R$ 90 milhões; nossa capital merece ter uma estrutura dinâmica assim, que movimente a economia”, constata. Wagner Barja é chefe da divisão do Sistema de Museus do DF e presidente do Museu Nacional da República, um dos mais visitados da capital. Para ele, a instituição que 21 dirige é uma exceção em número de frequentadores, pois dispõe de posição privilegiada, no Eixo Monumental e perto da rodoviária, que ajuda a atrair o público mais variado. Porém concorda que o segmento precisa de mais divulgação. “O Tiririca faz a propaganda dos museus; eu achei a ideia muito boa, pois é um homem que dialoga com o povo.” É preciso criar incentivos para os museus que atinjam as classes que não têm acesso à cultura, acrescenta Barja. //Necessidade de reparos Além do investimento em divulgação, Wagner Barja sente falta de outras iniciativas. Cita como medida urgente a revitalização do Museu de Arte de Brasília (MAB), fechado no ano passado. Seu acervo está guardado no Museu da República, à espera do término da reforma de suas instalações. “Trata-se do museu que melhor representa a história da arte brasileira dos anos 1980 até a atualidade e o acervo estava correndo risco. Ele precisa ser urgentemente reaberto em um modelo mais atualizado com as demandas da arte contemporânea atual.” O Memorial dos Povos Indígenas também é mencionado por Wagner como exemplo de unidade que necessita de atenção. “Ele precisa se equipar melhor, se dotar tecnicamente para poder receber coleções, emprestar seu próprio acervo, ter o porte de um museu voltado para as nações indígenas”. Por fim, conclui, “praticamente todos os museus do DF precisam de ajuda”. O empresário Tomaz Iketa é proprietário do Garvey Park Hotel e faz coro ao grupo com relação à falta de investimentos do governo na divulgação das atrações culturais. Ele afirma que os empresários do ramo hoteleiro estão disponíveis para auxiliar na divulgação, mas não podem assumir a responsabilidade do movimento. Para ele, é necessário incentivar as pessoas da cidade a irem aos museus. “É preciso haver um material de divulgação dentro do hotel; sou eu o responsável por fazer esse folder? Não acho que seja meu papel. Eu posso ajudar a divulgar, recomendar. Mas não há o incentivo necessário para divulgar o destino”. Iketa confirma que, em seu hotel, recebe com mais frequência o turista de negócios, depois o de eventos e por último o de lazer. “Brasília não conseguiu se consolidar como destino turístico”, reclama. Porém, a seu ver, o incentivo precisa ser feito de forma adequada, atendendo as necessidades específicas do setor. “O trabalho precisa ser bem feito; por exemplo, a rede hoteleira daqui, ao contrário de muitas cidades, tem grande baixa de movimento nos fins de semana. Fazer um trabalho para incentivar a ocupação nesse período seria de grande ajuda”, diz. Quando a voz de todos os segmentos envolvidos ressoa na mesma direção, de certo vale a pena escutá-la. Revitalização O MAB, fechado no ano passado, precisa de reformas para não comprometer o acervo 22 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 //vitrine Fotos: Joel Rodrigues Lojinha de diversão A Kids Club é uma loja de roupas e acessórios infantis recém-inaugurada em Brasília. Ela chega com o conceito de clube, que traz, além de produtos para venda, programações para as crianças, como palestras e oficinas divertidas. A ideia foi da economista e emrpesária Julia Conter. Além de roupas e sapatos, a loja vende brinquedos, bolsas, acessórios para meninas, bebê conforto, lençóis, toalhas. Entre as marcas vendidas estão Tip Toey Joey, Ovo, BL Baby, Paco, Noruega, Dolce Abraccio, Gap, Carter’s, Circus, Adidas e Ralph Lauren. A loja fica na SHIS QI 13, bloco E, lojas 4/5, Lago Sul. (61) 3364.4386. Spa para cabelos Criar e decorar Cabelo bem tratado é fundamental para a boa apresentação pessoal. Para quem concorda, o Spa Revita é uma das mais novas opções da cidade. A proposta do estabelecimento engloba não só o cabelo, mas alternativas para melhorar a qualidade de vida e combater o estresse do dia a dia. O cliente pode fazer avaliação nutricional do couro cabeludo e dos fios, e ser acompanhado por profissionais especializados nos diversos tratamentos, tais como máscaras, argilas capilares, cortes, escovas, hidratações, botox capilar e massagem. O SPA fica na SMHN quadra 2, bloco C, Ed. Dr. Crispim, Asa Norte. (61) 3326.5570. Lembranças de casamento, artigos para decoração ou simplesmente para presentear. Há sete anos no mercado, a loja de artesanato Telmart oferece grande variedade em produtos. São pincéis, guardanapos decorados, tintas, verniz para acabamentos, papéis para decoupage. Tudo para artesanato em madeira, vidro, alumínio, gesso e pedraria. O cliente que comprar os materiais na Telmart terá direito ainda a um curso gratuito de artesanato. A loja fica na quadra 8, bloco 9, lote 1, Sobradinho. (61) 3387.3475. revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 23 Estilo Luciana Corrêa Certo Desafio Na virada de cada ano, pedimos oportunidades para crescer, seja pessoal ou profissionalmente. Muitas vezes não percebemos, mas os pedidos vêm em forma de desafios. Aqui está o meu! Uma coluna toda de dicas de moda e de beleza, tanto para nós mulheres, quanto para os homens. Então, muito prazer e sejam bem-vindos à Estilo Certo! Não perca a linha... Nem a maquiagem Fui atrás de dicas de profissionais para segurar a maquiagem até o fim. O maquiador Diego Cavalcante, do salão You (409 Sul), já diz logo de cara: “A qualidade dos produtos é essencial!”. Sendo assim, vamos ao passo a passo. 1º - Faça uma boa pele. Antes de tudo limpe e hidrate. Passe o primer (produto para fechar os poros) e então comece com a base à prova d’água no tom da sua pele, o corretivo nas imperfeições, e um pó iluminador. 2º - Para os olhos: delineador à prova d’água. Para as sombras aplique um fixador em creme, ele vai garantir que as sombras não derretam e que fiquem mais brilhantes. Aliás, abuse das cores. Em alta: laranja, pink, tons de vermelho. Finalize com um bom rímel preto também à prova d’água. 3º - Se você destacar mais os olhos, com brilhos e cores, lembre-se de a boca ser bem suave, com batom nude, e para o blush um tom de marrom ou pêssego. Agora, o acabamento: mesmo com toda a maquiagem à prova d’água, aplique o spray de fixação para maquiagem. Ele plastifica e finaliza o seu visual. Pronto, você linda do começo ao fim! Divirta-se. 24 Joel Rodrigues Começo de ano, muitas festas, carnaval chegando e nós mulheres já estamos pensando na produção. O que vamos precisar para o visual ficar completo? O importante é não parecer derretida durante a festa. Dica Cuidado com a pele! Assim como o maquiador, a dermatologista Mayanna Maia reforçou o uso do primer “é primordial para hidratar e fechar os poros”. Depois de se divertir, não deixe de retirar toda a maquiagem com demaquilante, passar um tônico para equilibrar o Ph e um hidratante. revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 [email protected] – www.facebook.com/lucianacorreadf – twitter.com/Luciana_Correa_ Joel Rodrigues Bermudas: por que não? As bermudas masculinas estão em alta na maioria das coleções. E não é para vocês, homens, usarem só em clubes e praias. Existem versões feitas para sair, seja para ir a um restaurante ou uma balada. Em tecidos leves, naturais, com fibras em linho, algodão ou hemp, as peças podem ser de vários tipos e estilos para todos ficarem bem vestidos no Verão 2012. Com o Carnaval chegando, nada como estar confortável e estiloso. Para a coleção da temporada, Akihito Hira, estilista formado em Brasília, apostou em cores vibrantes, como o azul, além de variações em tons mais discretos e no xadrez. “A bermuda prima pelo informal, casual, e fica muito bem com sapatênis, camisetas básicas, ou camisas de manga curta.” A marca O.sório, da designer Anna Paula Osório, por sua vez, investiu em uma coleção 100% EcoHemmp para o alto-verão 2012. Também primando o conforto, o tecido é importado e foi criado a partir da extração de fibras do caule da cannabis sativa. “Sou a primeira a fazer um desfile 100% ecológico e com esse novo material que é mais leve e fresco”, afirma a empresá- Praticidade Os homens são práticos por natureza, estou certa, rapazes? Então, que tal economizar espaço e ser rápido na hora de arrumar a mala ou a bolsa da academia? Navegando pela internet, encontrei um produto que pode ser a solução dos sonhos. Um xampu, condicionador, gel de banho e gel para barbear em um único frasco. É o Shampoo 4x1 Vulcanus (R$ 29,90), da Mormaii. Além de prático, o produto é indicado para todos os tipos de pele e de cabelo. Para quem quiser presentear, o cosmético está à venda pelo site www.mormaiisaude.com.br e em breve também chegará às lojas Mormaii em Brasília. revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 ria. “Acredito que, com uma bermuda estilosa, todas as outras peças podem ser básicas e o visual fica muito bom”, completa. Para os marmanjos, ela indica os tons pastéis. Agora é com você, escolha o seu estilo e caia na folia! Moda em números O Instituto Fecomércio lançou em janeiro uma pesquisa de desempenho do comércio varejista, em que foram ouvidos mais de 400 lojistas de 16 segmentos diferentes. Nela, o setor de vestuário foi o destaque no desempenho de vendas entre os meses de novembro e dezembro de 2011: expansão média de 42,08%. Os demais, como calçados, farmácias e perfumaria, também registraram números positivos. 25 //sindicatos Sindauto exige adoção do sistema biométrico // Por Lorena Bicalho Apesar da decisão do Contran desde 2008, o DF ainda utiliza controle manual de frequência Joel Rodrigues O procedimento de coleta e armazenamento de imagens das digitais para identificação de condutores em processo de habilitação e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foi implementado em 2008 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) por meio da resolução 287. No entanto, até hoje o DF não obedece ao regulamento. Os responsáveis por instalar o sistema são os órgãos de trânsito, representados no DF pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran). Com ele, as imagens coletadas das digitais dos alunos seriam incorporadas ao banco de imagem do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach). Um programa chamado Bluedata cadastra as digitais e os dados pessoais dos alunos e dos instrutores das autoescolas. No início e no final das aulas práticas e teóricas, o aluno identificaria a digital no sistema. Automaticamente, o Detran receberia, via internet, as informações do cumprimento dos horários exigidos. Para concluir o curso teórico da primeira CNH, é preciso completar 45 horas de aulas e, o prático, nas categorias A e B, 15 horas. Segundo Francisco Loiola, presidente do Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores (Sindauto), o cumprimento do regulamento já é obedecido em seis estados: Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, Tocantins, São Paulo e Rio 26 Impedimento Quem tenta utilizar a nova tecnologia esbarra na falta de suporte Grande do Norte. “O Detran insiste em continuar com o procedimento manual, em que o aluno preenche um formulário antes e depois das aulas”, diz. O Detran informou que está em processo de elaboração do projeto básico para colocar em prática a determinação e, para isso, fará “um rigoroso estudo técnico”. Além disso, o órgão pretende fazer uma consulta pública para saber qual é a opinião das autoescolas e das clínicas a respeito do projeto. A licitação dos equipamentos para o sistema de fiscalização biométrica deve sair ano que vem, informou o departamento. Para o proprietário da autoescola Safet Car, Alfredo Carneiro Junior, o sistema biométrico é muito mais difícil de ser burlado. “Além de o programa não aceitar registros de aulas que terminam antes do horário estabelecido, ele pode rastrear os carros em atividade”, afirma. Carneiro tentou utilizar a nova tecnologia em sua autoescola, mas como no DF ainda não existe sistema integrado de fiscalização biométrica, os atendentes da empresa precisavam, além de coletar as digitais dos alunos, preencher o formulário manual do Detran. Para Loiola, o maior problema de o processo ser burlado e os alunos terem que comparecer a menos aulas para a conclusão do curso é a diminuição dos instrutores contratados e, consequentemente, o desemprego na área. revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 //economia Europa agrava a crise internacional A bola da vez nas preocupações dos que acompanham os rumos da economia é o acirramento da crise europeia. A economia americana finalmente mostrou sinais mais firmes de recuperação, mas na Europa sucedem-se más notícias. A última foi o rebaixamento da nota concedida por uma agência de risco internacional famosa à França. Quem diria... O grande drama agora é que os bancos só aceitam rolar a dívida dos governos europeus, mediante taxas de juros escorchantes para os padrões de lá, t r a z e n d o le m branças não muito agradáveis de vários momentos difíceis que o Brasil passou nesse setor, entre meados dos anos 1990 até 2003. Medidas de ajuste vão sendo adotadas a passo de cágado, mas vão. Tanto assim que ninguém espera que se dê uma grande ruptura por lá. Ou seja, China e Brasil vão desacelerar, mas não tanto, graças a Deus. A grande novidade do lado de cá é que já existem estímulos monetários e fiscais suficientes para se esperar crescimento anualizado da economia brasileira ao redor de 5,5%, nos dois últimos trimestres do ano que se inicia. Teremos um primeiro semestre fraco, mas no segundo o motor da economia pega mais velocidade. Assim, em termos de taxas médias anuais, o PIB deve ter fechado o ano passado em torno de 2,9%, e este ano fechará ao redor de 3,8% a.a. Essas são taxas abaixo do potencial de crescimento do País, mas no segundo semestre (ou seja, na margem), a economia estará rodando provavelmente a 5,5%, o que até ultrapassa a taxa compatível com inflação no centro da meta. Diante do agravamento da crise externa, a taxa de juros Selic começou a cair antes do que se pensava. Há dúvidas, inclusive, se o Banco Central não estaria trabalhando informalmente com uma meta de inflação acima de 4,5% a.a. A outra dúvida no ar é sobre qual será a postura do governo diante do forte impacto do aumento do Salário Mínimo sobre suas contas. Vai contar com receita extra como em 2011? Ou vai cortar ainda mais os investimentos? Se não fizer algo para manter o esforço de ajuste do ano passado, o cenário de juros pode mudar, e o Banco Central, após derrubar a Selic mais um ponto de porcentagem no somatório das próximas duas reuniões do Copom, se será instado a retomar os aumentos do passado recente. Esperemos que o governo consiga algum ajuste novo, e os juros continuem caindo, para benefício dos consumidores e vendedores. Teremos um primeiro semestre fraco, mas no segundo o motor da economia pega mais velocidade revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 Joel Rodrigues Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente, é consultor econômico em Brasília 27 Fotos: Nilson Carvalho capa Sem dono Condôminos do Solar de Brasília não sabem se a terra é pública ou privada Oportuno, porém arriscado //Por Camila Vidal Comércios em condomínios irregulares convivem com a possibilidade de disputar licitação pública para permanecer no endereço quando a regularização se tornar realidade A explosão ocupacional no DF tem desencadeado o crescimento de micro e pequenos empreendimentos dentro ou próximos de áreas irregulares. A vontade dos comerciantes nessas regiões é expandir mercado e garantir o funcionamento de estabelecimentos 28 considerados de necessidades básicas a quase 900 mil brasilienses residentes em áreas sem escritura, principalmente em condomínios. No entanto, os riscos para o empresário que investe em propriedade sem escritura são iminentes. Os entraves são defendidos pelo Ministério revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 Público do Distrital Federal e Territórios (MPDFT). A demanda por comércio de bens de consumo e de prestação de serviço é real. O morador anseia por mais espaços comerciais como restaurantes, farmácias, mercados e academias, a fim de estreitar a distância entre residência e garantia de consumo de produtos tidos como vitais. Já o comerciante, disposto a investir e expandir mercado, esbarra na incerteza do futuro do empreendimento instalado em área imprópria. Desde 2007, a insegurança é ainda maior. Assinado há quatro anos pelo então governador José Roberto Arruda e pelo procurador-geral do DF na época Leonardo Bandarra, o Termo de Ajustamento de Conduta nº 2/2007 garante ao governo o direito de abrir licitação pública dos estabelecimentos comerciais após a regularização fundiária da área condominial. Trocando em miúdos, o TAC permite ao Executivo oferecer para a concorrência comércios em atividade localizados em áreas públicas da União ou de posse da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). Um dos pontos mais polêmicos do documento, desconhecido pela maioria dos empresários entrevistada pela reportagem, versa sobre a falta de preferência dos proprietários na licitação pública. De acordo com o TAC, ganharia o direito à posse e à comercialização o interessado responsável pelo maior lance. Ao antigo dono do estabelecimento caberia apenas a possibilidade de reembolso de gastos e investimentos feitos durante a ocupação da área não regularizada. O ressarcimento dos custos, sem teto previsto no termo, deve ser feito por meio de ação judicial. Pela assessoria de imprensa, o secretário de Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária do DF, Raad Massouh, afirma que a secretaria trabalha para que os empresários sejam regularizados, com o objetivo de criar emprego e renda para o todo o DF. Segundo Lene Santiago, revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 secretária-executiva do Grupo de Análise e Aprovação de Parcelamentos do Solo e Projetos Habitacionais do DF (antigo Grupar), o caso só será realmente discutido após a criação da Secretaria de Regularização de Condomínios, autorizada em janeiro pelo governador Agnelo Queiroz. “Todas as áreas de ocupação residencial têm que ter áreas comerciais, mas no ato da regularização é preciso estudar de que forma a apropriação será feita, seja por meio de licitação ou por venda direta”, esclarece Lene Santiago. Na avaliação do presidente da Federação das Associações de Condomínios Horizontais do DF, Adilson Azevedo Barreto, não é justo ignorar a participação dos micro e pequenos empresários no desenvolvimento habitacional dos condomínios em processo de regularização. “O termo é extremamente prejudicial ao comerciante que investiu e ajudou a construir a urbanização dos condomínios, possibilitando melhores condições de vida para os moradores dessas re g i õ e s ” , disse Barreto. Já para o ex-secretário de Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária do DF e administrador de Vicente Pires, Dirsomar Chaves, a lógica do governo é impulsionar a economia local. “O atual governo tem manifestado o entendimento pela revisão desse dispositivo, pois é justo que o comerciante não enfrente essa dificuldade”, garantiu Chaves. A visão do MPDFT é mais radical. O promotor Libânio Alves Rodrigues coordenou, até o fim do governo Arruda, o grupo responsável pelo texto do TAC. Atualmente, o integrante do Ministério Público trabalha na comissão de metodologia e aplicação do mesmo termo no governo atual. Para ele, seria injusto o governo beneficiar os comerciantes que andaram fora da norma. “É uma questão de coerência; aquilo que estiver 29 Ivan Florêncio ressalta que a insegurança vai além da licitação 30 contrariando a lei cabe ao Ministério Público questionar”, afirma Rodrigues. Para ele, pode ser que o governo tenha uma forma que possibilite o pequeno empreendedor a continuar no local e que não contrarie a norma. “Mas, até agora, o governo nunca procurou o ministério para tratar o TAC, no sentido de discutir o teor do termo; a discussão deve passar pela via judicial”, completa. Libânio Rodrigues antecipou ainda que a posição do Ministério Público deve ser de impugnar qualquer tipo de benesse do governo do DF aos comerciantes atuantes em áreas irregulares, por meio da venda direta do lote. “É seguida a decisão do Supremo Tribunal Federal de que a venda direta seja possível para fins residenciais; não há nada que ampare comerciantes e até mesmo igrejas instaladas em área irregular”, diz o promotor. Para esses casos, é preciso ter a licitação pública para garantir a possibilidade de livre concorrência para todo o comércio. Mesmo sem registro de algum comércio que tenha sido desapropriado depois da entrega da escritura da área ocupada irregularmente, a possibilidade preocupa donos de comércio. É o caso do micro empresário Ivan Florêncio, de 27 anos, dono do restaurante Pisttache, no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. Ele mora há 13 anos na mesma área condominial que resolveu investir. Ele enxergou ali a necessidade de consumo da vizinhança. Após seis meses de abertura da empresa, Florêncio garante que as mais de 120 refeições diárias servidas na hora do almoço são suficientes para cobrir os custos mensais do estabelecimento. “Isso só comprova a carência de mais comércios dentro ou próximos de condomínios, pois os moradores têm a necessidade de alimentação e de outros serviços gerais”, explicou o micro empresário. Ao ser informado sobre o risco que corre de perder o ponto comercial após a regularização do con- domínio, Ivan trouxe à tona outra insegurança dos empresários instalados na mesma área comercial. O condomínio foi dividido em três módulos, chamados de Etapas I, II e III. De acordo com a administração do Solar de Brasília, apenas a última etapa pertenceria à Terracap, as outras duas seriam de posse particular, da antiga fazenda Taboquinha. “Mas como até hoje não foi apresentada escritura das primeiras partes do condomínio, ficamos sem saber se é terra pública ou não; sem escritura não há proprietário”, ponderou o dono do restaurante, que emprega quatro funcionários. Em casos mais arriscados, alguns futuros comerciantes compram lotes de denominação residencial, instalam a atividade comercial e só depois reivindicam a transferência da finalidade da área para fins comerciais. “Para condomínios já regularizados, a legislação permite transformar um lote residencial em comercial, mediante o pagamento da diferença do valor original do lote junto à Terracap ou à União”, salientou o advogado Mário Gilberto, responsável pela consultoria jurídica de 36 condomínios no DF, sendo apenas quatro regularizados. //Sem licença para atuar Até novembro do ano passado, era permitida aos comerciantes localizados em áreas irregulares a emissão de licença provisória, tecnicamente conhecida como alvará precário. Amparado pela Lei Distrital 4.611/2011, o governo do DF emitia documento de concessão comercial, sem prazo de validade, a microempresa em desconformidade com o uso previsto em legislação urbanística. O casal Jéssica e André Ribeiro foi beneficiado com a permissão ao solicitar a renovação do alvará na administração de Sobradinho, responsável pela região do Grande Colorado. De acordo com os donos do mercado Lago Azul, construído há 10 anos no condomínio de mesmo nome, o corevista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 900 mil Esta é a estimativa da quantidade de brasilienses que residem em áreas sem escritura revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 Alvará Mercado no Lago Azul demorou meses para conseguir o documento. Ainda assim, não é o definitivo mércio ficou meses sem a licença de funcionamento. “Só há quase quatro meses conseguimos o documento, mas já fomos avisados pela Agefis (Agência de Fiscalização do DF) que o alvará definitivo só sairá mesmo depois da regularização do condomínio”, explicou Jéssica Ribeiro. A mesma sorte não teve o proprietário do restaurante Pisttache. Com menos de um ano de vida, a empresa se viu impedida de receber o alvará precário depois que o MPDFT entrou com Ação Direta de Constitucionalidade (Adin) contra a Lei 4.611/2011. A ação em desfavor da legislação em questão tem impedido a emissão de alvarás precários. Os promotores responsáveis pelo caso acusam o governo do DF de tentar fazer valer uma lei que já foi consi- derada inconstitucional. Segundo o promotor Antônio Suxberger, o alvará precário já foi objeto de várias ações pelo MPDFT. “A lei em questão autoriza, entre outros pontos, a licença de funcionamento para microempresas sem vistoria prévia. Isso afronta o zoneamento territorial e possibilita o esvaziamento do poder de polícia administrativa, dispositivos já afastados anteriormente pelo Tribunal de Justiça do DF por ser inconstitucional”, analisou Suxberger. O Ministério Público aguarda o retorno das atividades do TJDFT para negociar a inclusão da Adin na pauta do plenário. De acordo com Suxberger, a matéria tem todas as condições favoráveis para ser apreciada na primeira sessão de 2012 do tribunal, ainda sem data definida. 31 32 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 caso de sucesso Foi sóo começo //Por Sílvia Melo A partir da formação técnica, ex-aluna do Senac-DF conseguiu estabilidade para investir ainda mais na carreira profissional Joel Rodrigues R aiane Sobral Cruz, de 21 anos, encontrou no Senac-DF a oportunidade de se tornar técnica em contabilidade, profissão que tem garantido mudanças significativas em sua vida. Hoje ela trabalha em uma empresa que presta serviço de contabilidade para condomínios. Raiane sempre soube que tinha que estudar muito para conseguir uma boa colocação no mercado. Por isso, ao procurar o Senac, a estudante já pensava no futuro. “Sempre tive vontade de fazer faculdade”, conta. “Hoje tenho um emprego estável, estudo e vou começar a fazer um curso de Francês, ou seja, minha vida melhorou e acredito que ainda vai melhorar mais.” Antes de fazer o curso no Senac, Raiane não tinha muitas expectativas em relação à vida profissional, pois não sabia como iniciar a carreira. Por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG), ela conseguiu uma bolsa de estudo para o curso Técnico em Contabilidade, em 2009, na unidade do Senac da 903 Sul. “Decidi fazer esse curso porque o mercado é amplo e há a possibilidade de trabalhar em vários departamentos”, explica. A estudante procurou o curso no Senac porque sabia que encontraria profissionais empenhados em realizar um trabalho de qualidade. “Indico o Senac para todos que desejam ter uma boa qualificação profissional, pois, além de ser uma instituição conhecida e renomada, é um local agradável”, afirma. revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 Crescimento Hoje técnica em contabilidade, Raiane quer evoluir ainda mais //Sobre o curso Atualmente, o Senac-DF oferece o curso Técnico em Contabilidade nas unidades do Setor Comercial Sul e em Sobradinho. A carga horária é de 934 horas, incluindo estágio. O aluno aprende a fazer anotações das transações financeiras e contábeis de uma empresa por meio de exame dos documentos, e a calcular e executar os lançamentos e as escriturações contábeis em livros e softwares específicos. O candidato interessado em participar deve ter 17 anos ou mais e estar cursando, no mínimo, o 2º ano do Ensino Médio. O investimento é de R$ 3 mil ou 12 parcelas de R$ 250. No Senac Jessé Freire, a previsão é de que as aulas comecem em 6 de fevereiro, das 7h50 às 12h. No Senac Sobradinho, uma turma iniciará em 13 de fevereiro, das 7h50 às 12h, e outra está prevista para 5 de março, das 13h50 às 18h. O Senac-DF oferece bolsas de estudos por meio do PSG, destinado à capacitação profissional de pessoas de baixa renda, estudantes ou egressos da educação básica e trabalhadores. O próximo edital do processo seletivo será publicado no site do Senac-DF (www.df.senac.br) em fevereiro. Tele-Senac (61) 3313.8877 @senacdf /senacdistritofederal 33 desenvolvimento Estamos bem //Por Paula Oliveira Setor produtivo do Distrito Federal confia no crescimento da economia em 2012 e empresários do comércio esperam aumento de 7% nas vendas 34 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 N o início do ano passado, empresários dos segmentos de comércio, serviço e turismo do DF estavam otimistas com relação a 2011. Previam que o período seria de crescimento econômico por conta, principalmente, das facilidades de acesso ao crédito para o consumidor. E, de fato, 2011 foi bom. Para este ano, o clima não está tão diferente. Os segmentos representados pela Fecomércio-DF esperam crescimento de mais de 7% nas vendas. A justificativa dos empresários mais otimistas, que representam quase 85% dos entrevistados pelo Instituto Fecomércio, é que se baseiam no faturamento observado em 2011. Os empresários do DF estão mais confiantes do que os de outras unidades da Federação. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), nacionalmente o segmento deve ter alta de 6,5% em 2012. As previsões para o DF costumam ser sempre mais positivas do que no resto do País. A capital da República tem características próprias que colaboram para o bom desempenho das vendas. A alta renda, a estabilidade profissional e a qualidade de vida elevada estimulam o consumo. Tanto que, entre as unidades da Federação que compõem o Centro-Oeste, o DF é a única que tem como base da economia o comércio e o serviço. Tal característica fez com que até mesmo o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste fosse remanejado para atender à demanda maior do segmento em Brasília (veja matéria na página 56). Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF, Antônio Augusto de Moraes, o desconrevista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 tentamento é com o governo do DF, que não criou motivações e estímulos para o setor produtivo. “Pelo contrário, demitiu muita gente e isso refletiu direta e negativamente no comércio”, avalia. Nacionalmente, o ano também foi positivo e espera-se para 2012 um bom crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a estabilidade da inflação. É o que pretende a presidente da República, Dilma Rousseff. A crise econômica mundial, que aterroriza países desenvolvidos que pareciam estáveis, não fez grandes estragos no Brasil. Mas há quem diga que sofreremos efeito retardado. Que enquanto os países mais atingidos terão um ano de recuperação econômica, o Brasil começará a sentir os efeitos da tão temida crise. O governo federal, o setor produtivo e a população, no entanto, estão otimistas. A meta estabelecida pelo governo federal é de que o PIB nacional cresça 4% em 2012. No ano passado, a evolução foi de 3%. A expectativa é de que o crescimento do País supere a média alcançada pelo governo anterior. Isso se a economia mundial se agravar, o que não é previsto. Caso fique estável ou se recupere, o crescimento do PIB pode chegar a 5%. A média brasileira nos últimos anos é de 4%. O otimismo tem fundamento. Segundo a presidente, o Brasil tem recursos próprios para enfrentar a crise, tem reservas internacionais e o nosso sistema financeiro está saudável. Além disso, a tão falada ascensão da classe média brasileira continuará impulsionando o consumo, muito importante para manter a economia ativa na iminência de uma crise financeira. 2012 Em , empresários do DF esperam crescimentode 7% nas vendas 35 As previsões do mercado financeiro, segundo reportagem da revista Istoé, são mais modestas, mas igualmente positivas. Acredita-se que o PIB crescerá 3,5% e que a inflação permanecerá em 5,5% – em 2011 este índice foi de 6,5%. Como medida preventiva, o governo promete estimular o consumo. Já liberou a linha branca de eletrodomésticos do Imposto sobre Produtos Industrializados para impulsionar a economia. Previstos estão mais investimento na melhoria da infraestrutura do País, nos programas sociais e a redução dos juros. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva em janeiro, os investimentos serão crescentes e corresponderão a 24% do PIB em 2014. “Apesar de tanto otimismo, 2012 é um ano em que as economias devem tomar cuidado”, alerta o economista Roberto Piscitelli. A crise de dívida na Europa, a recuperação lenta dos Estados Unidos e a desaceleração econômica chinesa são fatores que não podem ser ignorados. É esperado para o início deste ano crescimento moderado no Brasil. O impulso ocorrerá no segundo semestre, quando as medidas de governo começarão a fazer efeito. “A crise se manifesta nos aspectos mais evidentes do dia a dia, como a perda de empregos, a redução de salários e o encarecimento do crédito”, explica. //Mais emprego Espera-se criar, no Brasil, neste ano, cerca de 2 milhões de postos 36 Previsão do governo federal é de que o PIB brasileiro cresça 5% neste ano de trabalho. Esse foi o número conquistado em 2011. No DF, a expectativa também é positiva. Segundo dados da Pesquisa Conjuntural do DF divulgada em janeiro, a mão de obra ocupada no setor de comércio varejista foi 12,65% maior do que o mesmo mês no ano anterior. A tendência em 2012 é evoluir cada vez mais por conta dos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol, que ocorrerá em 2014. Os brasileiros acompanham o otimismo do governo federal e demonstram isso com o consumo. O índice de Intenção de Consumo das Famílias, divulgado em janeiro, aumentou em 1,8% em relação a dezembro de 2011. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 0,3%. O resultado positivo atinge tanto as pessoas com renda superior a dez salários mínimos, quanto as de menor rendimento. Na avaliação do economista Bruno Fernandes, da CNC, esse é um indicador de que a população está confiante no mercado de trabalho e que a facilidade em conseguir crédito surtiu efeito positivo. “Além disso, a desaceleração da inflação permite a recuperação do consumo”, diz. Vale destacar, ainda, que janeiro é tradicionalmente um período mais fraco, em que as compras são deixadas de lado por causa de despesas como com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, com o Imposto Predial e Territorial Urbano e com as despesas com materiais escolares. Colaborou Martha Régnier ~ OS Restaurantes vao dar uma parada, mas voltaremos com tudo. O SESC-DF comunica que a partir do dia 6 de fevereiro os restaurantes vão fechar. No período de seis meses os espaços passarão por uma reestruturação dos seus serviços. Quando forem reabertos oferecerão muito mais qualidade. Um novo e delicioso cardápio será servido em nossas cozinhas. Pedimos desculpas e contamos com a sua compreensão. Informações: 0800 617 617 www.sescdf.com.br sescdf @sescdf revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 37 GASTRONOMIX Por Rodrigo Caetano Prazer, somos o Gastronomix A partir de agora, vamos ocupar duas páginas da Revista Fecomércio com conteúdo de gastronomia e afins. Somos um time de quatro pessoas, entusiastas dos assuntos que se referem à comida, a drinks e à música. Eu, Rodrigo Caetano, sou jornalista, biólogo e cozinheiro nas horas vagas, vou estar por aqui para dialogar sobre as novidades e dicas da gastronomia. Convido-os a participar da construção deste espaço. Críticas e sugestões podem ser encaminhadas para [email protected] Cervejas com pedigree Os sócios André Vasquez e Marina Cavecchia estão unidos por uma boa causa. Mostrar que, assim como o vinho, a cerveja deve ter seu lugar de destaque no paladar dos brasileiros. Em dezembro passado, eles criaram Oh my Beer, o primeiro clube de cervejas especiais de Brasília. No site, você pode encomendar três tipos de pacotes: com quatro (R$ 75), cinco (R$ 100) ou seis unidades (R$ 160). O negócio surgiu, pois o casal – apreciador da cerveja – viajava, viajava...bebia, bebia e, quando voltava ao País, tinha dificuldade em encontrar variedade de marcas e tipos da bebida. Ao promover degustações em casa, os amigos de André e de Marina se interessavam e queriam comprar os rótulos consumidos. Assim, eles resolveram investir nessa seleção e abriram o clube para os amantes da cerveja. Nos pacotes, há rótulos belgas, alemães, americanos, ingleses e brasileiros. Para janeiro, por exemplo, dois biólogos mineiros prepararam especialmente para o On my Beer uma herb beer, feita de maneira artesanal com pétalas de rosas e hibiscus. André e Marina prometem novidades para fevereiro. Caso queira fazer parte do clube, basta acessar o site. // Oh my Beer http://www.ohmybeer.com.br Viagens gastronômicas Epice, em São Paulo A cozinha contemporânea do chef paranaense Alberto Landgraf, de 30 anos, está seduzindo os comensais que vão ao Epice. Filho de mãe japonesa e pai alemão, Landgraf passou por renomados restaurantes na França e na Inglaterra. De volta ao Brasil, se juntou a outros dois jovens e está fazendo barulho na 38 capital paulista. Um dos destaques do menu é o polvo com pinoli e tomate confit (R$ 65). Rua Haddock Lobo, 1.002 Jardim Paulista (11) 3062.0866 Emi – Cozinha Emocional, em Goiânia Ir ao restaurante Emi é como comer em casa. A chef Emiliana Azambuja fez questão de transformar uma bela casa em Goiânia em restaurante, onde ela comanda as panelas e desenha as receitas elaboradas com produtos orgânicos e ingredientes da culinária regional. Destaque para a Moqueca Yemanjá, em panela de barro com camarão, robalo, lagostim (R$ 126). Serve de duas a três pessoas, com direito a fitinha do Senhor do Bonfim. Rua 1.129, quadra 237, nº 30 St. Marista (62) 3278.3936 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – facebook.com/rodrigocaetano Receitas de família e de clientes Quando as sócias Flávia Attuch e Marta Liuzzi inauguraram o Pinella Café, na 116 Norte, tinha 20 metros quadrados. A proposta, lembra Flávia, “era proporcionar boas lembranças e bem-estar que só a comidinha caseira pode trazer”. Por isso, as duas consultaram os caderninhos de receitas das tias e avós. Agora, as amigas acabam de inaugurar um novo Pinella, na 408 Norte, onde ficava o Café da Rua 8. O espaço cresceu e o cardápio foi ampliado com novas opções. Dessa vez, alguns clientes levaram também suas receitas para que as opções fossem estudadas e incorporadas no menu. Resultado: os pratos comfort food vêm agradando. Entre as opções mais pedidas (todas com nomes femininos), estão o sanduíche Maria (sanduíche roast beef, queijo cheddar, tomate, picles e rúcula, no pão francês – R$ 24), a Graça (sopa de abóbora, gengibre e gorgonzola - R$ 9) e o Trio da Dona Marisa (antepasto de berinjela, homus tahine, coalhada síria servidos com pão sírio R$ 19,50). // Pinella Café SCLN 408, bloco B, loja 20 (61) 3347.8334 SCLN 116, bloco I, loja 51 (61) 3275.1375 Chá com Albanese Em pílulas... No forno da Alice – A chef Alice Mesquita prepara o lançamento de dois livros em 2012. No primeiro, ela publica uma seleção de receitas revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 O Nossa Cozinha Bistrô lança, na segunda quinzena de fevereiro, uma novidade para o roteiro gastronômico da cidade: um cardápio especial para o chá da tarde. “No menu, serviremos quiches, saladas, croque messiuer, sanduíches, pães de queijo, além de espumante, chá quente e gelado”, conta com exclusividade o chef Alexandre Albanese (foto) para o Gastronomix. As opções no menu de almoço e jantar da casa também foram alteradas com novos pratos, como a Terrine de Bacalhau servida com molho cremoso de azeitonas pretas, alcaparras e tomate cereja, baby batata e brócolis (R$ 32) e Filé ao vinho do porto e mirtilo e purê de três batatas (R$ 38). dos seus 18 anos de cozinha, desde o tempo em que atuava no Quituart. No segundo, Alice reúne os melhores menus do projeto Quartas Gastronômicas. novo projeto gráfico em março. Cara nova – O site Quero Comer (www.querocomer.com.br) estreia // Nossa Cozinha Bistrô SCLN 402, bloco C, loja 60 (61) 3326.5207 Para os Gourmets – Brasília ganha uma nova revista gastronômica chamada Chef, que entra em circulação depois do carnaval. 39 instituto fecomércio Parceria valiosa // Por Thaiana Profeta Assinatura do termo de cooperação técnica pretende incorporar questões filosóficas ao ambiente de trabalho R ealizar ações voltadas à capacitação e à qualificação de empresários, gerentes e funcionários de empresas do DF. Foi com essa intenção que o Instituto Fecomércio (IF) se tornou parceiro da Associação Nova Acrópole. Assinado em 10 de janeiro, o acordo pretende desenvolver projetos que incentivam a ética no trabalho, a capacidade de liderança, a harmonização de conflitos, a gestão de relacionamentos e o crescimento pessoal, entre outras atividades voltadas à incorporação de valores humanos ao ambiente de trabalho. A Nova Acrópole é uma instituição de Direito Privado destinada à formação humanística por meio do ensino e da prática da Filosofia à maneira clássica. “Essa parceria precisa ser transversal, direta”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio-DF, Adelmir Santana. A associação está presente no mundo inteiro, são nove filiais no DF, incluindo a sede, no Lago Norte. O diretor nacional da Nova Acrópole, Luis Carlos Marques Fonseca, destaca que a instituição não tem interesse financeiro. “O nosso interesse é chegar até as pessoas, não queremos competir no mercado, nossas palestras são gratuitas.” Além disso, a Nova Acrópole realiza trabalhos sociais, como atividades socioeducativas para os jovens em situação de risco, buscando, assim, Joel Rodrigues a inclusão social deles. O convênio inclui cursos, palestras, workshops, apresentações artísticas e exposições. O objetivo é unir o conteúdo técnico ao filosófico e aplicar, assim, os conceitos da filosofia ao cotidiano das empresas. O IF vai organizar a programação de cursos, as turmas, as formas de execução, as modalidades, os locais de realização, as condições financeiras, a periodicidade, o calendário e o cronograma para o cumprimento das ações previstas. “O principal objetivo é promover a formação ética do público da Fecomércio-DF”, ressalta a diretora do IF, Elizabet Garcia Campos. Durante a assinatura do termo, Adelmir Santana apresentou a possibilidade de haver parceria da Nova Acrópole com o Sesc e o Senac, que também fazem parte do Sistema Fecomércio-DF e, assim como o IF, oferecem cursos. Também estiveram na solenidade a diretora do IF, Elizabet Garcia Campos, o superintendente do Sistema Fecomércio, João Feijão, e o vice-presidente financeiro da Fecomércio, Paolo Piacesi. //Associação Nova Acrópole SHIN CA (Centro de atividades), quadra 9, lote 18, Lago Norte (61) 3468.5006 Acordo firmado O presidente do Sistema Fecomércio-DF, Adelmir Santana, e o diretor nacional da Nova Acrópole, Luis Carlos Marques Fonseca 40 @if_df revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 agenda sesc Conheça o Brasil e o mundo // Por Andrea Ventura T odos os anos, o Sesc-DF realiza diversas excursões nacionais e internacionais. São cerca de cem viagens por ano para diversas regiões do Brasil e do mundo. Para 2012, já estão programadas excursões para Porto de Galinhas (PE), Florianópolis (SC), Matinhos (PR), além de Europa, Orlando, Miami e Argentina. Para facilitar o passeio, o Sesc-DF divide o pacote de viagem em até 12 vezes sem juros por meio do Fundo de Atendimento ao Comerciário (Funac), serviço exclusivo para comerciários e funcionários do Sesc. O pacote também pode ser pago por meio de cartão de crédito. “Nossas excursões têm todo tipo de público, desde crianças, até adultos e idosos. O Sesc-DF procura sempre trabalhar com preços competitivos, sem perder a qualidade”, garante Ieda Vale Fonseca, chefe da Central de Turismo. Os Viagem internacional Grupo organizado pelo Sesc 913 Sul conheceu o Leste Europeu, em junho de 2010 valores incluem refeições e passeios, e as viagens são acompanhadas por um técnico e guias de turismo. O Sesc realiza viagens desde 1989. Para consultar a programação das excursões acesse www.sescdf.com.br. Nova modalidade nos Prêmios Culturais O Sesc-DF lança em março as inscrições para os Prêmios Culturais. Para este ano, há uma novidade: a inclusão da categoria crônica, como parte dos prêmios literários. Tradicionais na instituição, os prêmios contemplam as categorias de literatura (contos Machado de Assis, contos infantis Monteiro Lobato e poesias Carlos Drummond de Andrade), fotografia Marc Ferrez, pintura em tela Cândido Portinari e música Tom Jobim. Todos os anos revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 os contemplados recebem premiação em dinheiro. Em 2011 foram distribuídos R$ 39,5 mil ao todo para os vencedores, e mais de 1,2 mil pessoas se inscreveram. “Os concursos são oportunidades para artistas publicarem seus trabalhos e terem visibilidade nacional”, afirma Cristina Lúcia Nogueira, coordenadora dos prêmios e gerente do Sesc Estação 504 Sul. Os regulamentos e as fichas de inscrições estão disponíveis no site www.sescdf.com.br. @sescdf /sescdistritofederal 41 profissionalização Menos tempo a perder //Por Sílvia Melo Senac-DF oferece cursos de pós-graduação a distância. Matrículas estão abertas e aulas começam em março A //Mais informações: (61) 3217.8821 @senacdf /senacdistritofederal 42 o aliar a tecnologia à educação, um dos principais resultados é a economia de tempo. Por isso, os cursos oferecidos na modalidade a distância têm feito sucesso e conquistam cada vez mais os alunos que têm pouco tempo para estudar, mas precisam de especialização para melhorar o currículo profissional. Com essa modalidade, ter diploma de pós-graduação está cada vez mais fácil e econômico. Pensando nesse público, o Senac-DF está com inscrições abertas para seis cursos de pós-graduação lato sensu a distância: Especialização em Educação a Distância e Governança em TI, previstos para iniciarem em 3 de março; Gestão Escolar e Artes Visuais, que iniciarão em 17 de março; e Gestão Cultural e Educação Inclusiva, com aulas previstas para 24 de março. O aluno que escolhe essa modalidade de ensino economiza também por não ter que comparecer diariamente às aulas, como em um curso presencial. Porém, a dedicação aos estudos deverá ser redobrada, já que não há cobrança da presença de professores. revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 //Tire suas dúvdas sobre os cursos Quais as vantagens de estudar a distância? São várias, entre elas a possibilidade de combinar estudo e trabalho; não ter necessidade de deslocamento diário do aluno; menor custo para o estudante; realizar estudos autônomos; interagir com outros alunos, professores e suporte técnicos; ter acesso a conteúdos digitais adicionais e a conteúdos desenvolvidos para a dimensão prático/teórica. A educação a distância possibilita ainda a flexibilidade para que o aluno possa organizar seus estudos dentro do seu ritmo, no local e no horário que lhe for mais conveniente. Como se inscrever? Para o aluno se inscrever nas pós-graduações a distância é necessário fazer o cadastro inicial na página http://ead.senacdf.com.br/. Nesse site, a pessoa deverá clicar em Pós-graduação, sendo redirecionado para a página em que fará seu pré-cadastro no curso de seu interesse. Existem encontros presenciais? Sim. A quantidade de encontros presenciais varia de acordo com a proposta de cada curso. Na maioria dos cursos há no mínimo três encontros presenciais: o primeiro é o de abertura; o segundo destina-se à realização da prova presencial e o terceiro, individualizado, refere-se a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O Senac fornece material didático? Os cursos têm material didático digital entregue ao aluno na forma de CD no momento do primeiro encontro presencial. Além deste material que é entregue ao aluno, fica disponível, via web, materiais referentes aos módulos com versões para impressão ou download, no ambiente virtual. O aluno ainda tem acesso à biblioteca virtual e física do Senac que conta com exemplares da bibliografia básica de cada um dos cursos para consulta. Como são feitas as avaliações dos alunos? O sistema de avaliação da rede Pós-EAD Senac contempla três fases: formativa, parcial e final. A avaliação formativa ocorre durante cada módulo, quando são avaliadas as competências que os alunos estão desenvolvendo e o domínio do conteúdo, por meio da análise de sua participação nas atividades previstas no ambiente virtual de aprendizagem. Depois, os alunos realizam uma prova presencial (avaliação parcial) para avaliar os conhecimentos e as competências desenvolvidas ao longo do curso. A avaliação final consiste na apresentação do TCC. //Pós-graduação a distância • Especialização em Educação a Distância • Governança em TI • Gestão Escolar • Artes Visuais • Gestão Cultural • Educação Inclusiva. revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 O curso a distância tem a mesma validade que o presencial? O diploma emitido para os cursos tradicionais, tecnológicos ou a distância tem a mesma validade. O Decreto nº 5.622, de 19/12/2005, regulamentou a equivalência irrestrita entre diplomas presenciais e a distância, o que confere a eles validade em todo o território nacional. No Brasil, as bases legais para esta modalidade foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20/12/1996), regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 19/12/2005, que determina ainda que os cursos superiores a distância têm a mesma validade de um curso presencial. O Senac foi credenciado para a oferta de cursos de pós-graduação a distância em todo o território nacional pela Portaria 554, de 12/3/2004, e Portaria 838, de 3/4/2006. 43 infraestrutura Sesc Guará passa por reformas // Por Andrea Ventura Atividades continuam normalmente. Benfeitorias serão entreguem em junho Joel Rodrigues F undada em 12 de outubro de 1998, a unidade Sesc Guará atende aos moradores com ofertas de serviços nas áreas de educação, saúde, alimentação, cultura, ação social e turismo. Para ampliar os serviços a unidade iniciou reforma em setembro. Com isso, os usuários ganharão uma academia. Serão instaladas salas para avaliação física e para realização de aulas de ginástica localizada, jump, dança, alongamento, pilates e lutas marciais, além de um novo vestiário feminino. O masculino será reformado. Para a prática de futsal, os frequentadores serão presenteados com duas quadras. Com os novos serviços, o Sesc Guará vai abrir vagas para mil alunos. A academia funcionará de segunda-feira a sábado. O novo espaço está previsto para ser entregue em junho. O destaque da unidade são as atividades esportivas que recebem público de mil alunos por semana, para participar de aulas de natação, hidroginástica, futsal, voleibol, tênis, ginástica localizada, basquete, alongamento, jump, dança cigana, além de aulas de desenho e de pintura em tela. A aposentada Estela Miliorini Magalhães, de 74 anos, frequenta o Sesc Guará desde a fundação. “O Sesc é a minha segunda casa, passo todas as manhã aqui; tanto que as pessoas falam para eu colocar um colchão na unidade”, brinca. A aposentada faz hidroginástica, 44 Modernização Associados receberão academia de ginástica alongamento e caminhada. Além de participar das viagens oferecidas pelo Turismo Social do Sesc. Nos fins de semana, os cerca de 800 visitantes por dia aproveitam para tomar sol ou mesmo se refrescar nas piscinas. //Clube da Caminhada A unidade também mantém o programa Clube da Caminhada, criado para estimular a prática de atividade física dos comerciários. O público predominante é o de idosos e as caminhadas são realizadas próximas ao Sesc Guará. Participam cerca de 150 pessoas. “Oferecemos caminhada (terças e quintas-feiras), ginástica (segundas-feiras), passeios de um dia, palestras cinco vezes ao ano em que são abordados assuntos relativos aos idosos e turismo”, conta Mauro Marques, supervisor de Atividades do Sesc Guará. Neste ano, já estão programadas visitas à Chapada dos Veadeiros (GO) e à Bertioga (SP). A atividade é acompanhada por um profissional de educação física, um estagiário e um socorrista. Para participar, basta estar com a carteira do Sesc atualizada e apresentar exame cardiológico que comprove a aptidão para a prática de atividade física. // Sesc Guará (61) 3383.9108 @sescdf /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 //direito no trabalho Da Comissão de Conciliação Prévia – posicionamento dos tribunais A Lei 9.958/2000 dispôs que as empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia (CCP), em que empregadores e trabalhadores celebram acordo acerca de parcelas e direitos trabalhista. De acordo com o parágrafo único do artigo 625-E da referida lei, o termo de conciliação é título executivo extrajudicial e tem eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Não obstante a previsão legal, há discussão nos tribunais trabalhistas a respeito do alcance da eficácia liberatória do acordo firmado na CCP. É certo, porém, que o entendimento que prevalece atualmente no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o alcance do termo de conciliação firmado entre empregado e patrão perante uma comissão de conciliação prévia é no sentido de reconhecer sua eficácia liberatória geral, desde que não haja ressalvas no documento. Nessas situações, o empregador fica isento da obrigação de pagar eventuais diferenças salariais reivindicadas posteriormente na Justiça pelo trabalhador. Recentemente, a Sexta Turma do TST julgou um recurso de revista exatamente sobre esse tema (processo nº RR-10640024.2007.5.53.0003). A empresa contestou a obrigação de ter de pagar horas extras decorrentes de intervalos durante a jornada de revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 Joel Rodrigues trabalho a ex-empregado que havia assinado um termo de conciliação. A condenação tinha sido imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, no Mato Grosso (MT), que determinou o pagamento das horas extras requeridas pelo trabalhador, por entender que a quitação estaria limitada às parcelas que constavam expressamente no termo de conciliação firmado perante a CCP. Quando o recurso chegou ao TST, o relator, ministro Maurício Godinho Delgado, aplicou ao caso a interpretação majoritária do tribunal, apesar de entender que a eficácia liberatória geral do termo de conciliação abrange apenas o objeto da demanda submetida à comissão de conciliação, não impedindo que o trabalhador busque na Justiça outros direitos ali não expressos. Como explicou o Ministro Godinho, a Subseção I de Dissídios Individuais já decidiu que o recibo de quitação lavrado nas comissões de conciliação prévias, em princípio, tem força ampla de quitação. Assim, não havendo ressalvas no documento assinado pela empresa e o ex-empregado, conforme parágrafo único do artigo 625-E da CLT, o termo tem eficácia liberatória geral. Dessa forma, com base no voto do relator, os ministros da Sexta Turma reformaram o acórdão do Tribunal Regional do Trabalho e julgaram improcedente o pedido do trabalhador. Dra. Raquel Corazza Assessora Jurídica da Fecomércio-DF 45 financiamento Fotos: Joel Rodrigues Satisfeita Fátima Pacheco não teve dificuldades para conseguir apoio para viabilizar a expansão da Pamonha Pura Projetos voltam a ser analisados // Por Lorena Bicalho Após a paralisação de quase um ano, programa de incentivo ao desenvolvimento volta a conceder incentivos aos empresários 46 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 A 9 meses Foi o tempo que o PróDF II ficou parado para conceder incentivos aos empresários revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF (SDE) retomou em outubro a análise de pedidos de empresários para ter acesso aos benefícios da segunda versão do Programa de Desenvolvimento Econômico Integrado e Sustentável do DF, o Pró-DF II. A grande novidade do Pró-DF II é o Regime Compensatório de Competitividade. Na prática, significa que, se uma empresa, já estabelecida no DF, não participante do programa, for prejudicada por concorrente beneficiada pelo Pró-DF II, ela passa a ter, também, direito aos mesmos benefícios concedidos. O incentivo creditício, que financia até 70% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido, com juros reduzidos e 15 anos de carência, foi mantido no segundo Pró-DF. No entanto, o benefício foi estendido ao Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS). O novo programa apresenta, também, a redução do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para veículos de transporte, por dois anos, e da Taxa de Limpeza Pública (TLP), por cinco anos. O exame das cartas de empresários estava suspenso desde janeiro, quando o governador Agnelo Queiroz pediu que fossem revistos os projetos sob suspeita de irregularidade e interrompidas as análises de novos contratos. Do início da revisão até a retomada das análises, o Conselho de Apoio ao Empreendimento Produtivo (Copep), órgão formado pelo poder público e por representantes do setor privado, cancelou 222 contratos, recusou 130 recursos e declarou 20 contratos como legais. Segundo informações da SDE, os exames foram retomados normalmente. Desde outubro, as análises das cartas-consultas voltaram a acontecer e, junto a elas, a revisão de entradas de recurso. “As irregularidades consistem principalmente em empresas construídas acima do padrão estabelecido no projeto, em lotes utilizados para especulação e em áreas destinadas para outros fins, como moradia”, diz a secretaria. O segundo Pró-DF manteve, ainda, a possibilidade da concessão de terrenos para a instalação de empreendimentos, estabelecendo exigências relativas a prazos de pagamento e carência, com descontos de até 95% nos preços dos lotes fornecidos pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). O Banco de Brasília (BRB) é o agente financeiro encarregado de oferecer linha de crédito para as micro e pequenas empresas, com juros abaixo dos praticados no mercado, mobilizando recursos do Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal (Fundefe). Fátima Pacheco, sócia-proprietária da Pamonha Pura, conta que não teve dificuldade para conseguir o apoio do programa. A empresa, que hoje tem 15 anos, precisava crescer e solicitou um lote. “Eu apresentei toda a documentação exigida e fui aprovada”, explica. O contrato foi firmado em 2006 e a empresária concluiu a construção da nova loja três anos depois. “Cumprimos nossa parte, que é gerar emprego e renda. Constantemente somos fiscalizados”, diz. //Pró-DF II O Pró-DF II, criado pela Lei 3.196-DF, de 29 de setembro de 2003, entrou em vigor em 2004, como continuação do Pró-DF I. O projeto concede incentivos fiscais e econômicos a empresas privadas que se instalarem em cidades do DF. Nessa nova fase, o programa prevê investir R$ 3 bilhões em incentivos (fiscais, tributários, econômicos, tarifários, creditícios, infraestrutura e capacitação profissional), segundo a Agência de Desenvolvimento Econômico. As análises das propostas de empresários interessados são realizadas pelas câmaras setoriais, que examinam desde a carta-consulta até o projeto de viabilidade técnica e econômico-financeira. As câmaras transversais examinam todos os 47 projetos e áreas de desenvolvimento econômico, especialmente em questões relacionadas à formação de mão de obra, infraestrutura, estatísticas, acompanhamento da implantação dos projetos e expedição de atestados de implantação. // Cadastramento As empresas interessadas em participar do programa de apoio devem se cadastrar na SDE, sugerindo a localidade preferida para instalar o empreendimento. Segundo a secretaria, existem lotes disponíveis para o programa em todas as Regiões Administrativas. A habilitação aos incentivos e benefícios deve ser então formalizada pelo envio da carta-consulta da SDE, acompanhada de documentação da empresa e dos sócios. Com o acolhimento da carta consulta e a pré-indicação do lote, a empresa tem 60 dias para apresentar o Projeto de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira do empreendimento, elaborado conforme o roteiro adotado pela secretaria. Aprovado o projeto, o processo é encaminhado à Terracap, que será responsável pela assinatura do contrato de concessão de direito de uso do terreno. A empresa interessada deve, então, iniciar as obras em no máximo 60 dias. O benefício é cancelado se os compromissos estabelecidos no contrato não forem cumpridos. O projeto deve ser implantado no tempo contratado e a empresa precisa produzir bens ou serviços, gerar renda e gerar empregos. A SDE acompanha o cumprimento dos acordos firmados. Técnicos da secretaria vão aos locais saber se as contrapartidas das empresas estão sendo cumpridas. “Não existe mudança na forma de fiscalizar os empreendimentos com a chegada do Pró-DF II, mas o governo pleiteia a contratação de mais técnicos para fiscalizar os locais”, afirma a secretaria. Para Fátima essa fiscalização deve ser intensa já que muitas empresas desviam suas funções ou não têm condições de cumprir a exigência. Ela acredita que a manutenção do programa é essencial para o desenvolvimento do DF. “Já pagamos tantos impostos. É necessário existir incentivos para aumentarmos nossa produtividade”, afirma. Apoio Estão previstos R$ 3 bilhões em incetivos para quem se enquadrar nas regras 48 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 // segredos do marketing digital E m 2011, criamos uma campanha publicitária online para um cliente que custou R$ 1.632. O Retorno sobre o Investimento (ROI) foi de exatos 118%. A beleza de fazer negócios online, especialmente para pequenas empresas, é que as barreiras de entrada são muito pequenas, e todos os resultados são mensuráveis: e é aí que está o pulo do gato! Empresários de todos os ramos ainda não estão acostumados com a possibilidade de investir em marketing e comunicação, com resultados detalhadamente monitorados. Online, tudo que você faz é mensurável, e isso é muito poderoso! Imagine se você pudesse saber quantas pessoas olharam para sua propaganda em outdoor, por exemplo, e dessas, quantas compraram seu produto? Não seria incrível? Você saberia imediatamente se sua campanha foi efetiva ou não, que palavras atraíram mais seus clientes, as abordagens e até mesmo o preço mais atrativo. Marketing Digital atua em duas pontas: obter mais visitantes para sites, e aumentar a conversão dos visitantes, seja qual for o objetivo da empresa. Publicidade online, presença em mídias sociais, otimização do posicionamento dos resultados no Google, otimização do processo de venda, melhora no engajamento do cliente com a marca, e-mail marketing – esses são apenas alguns dos elementos que podem ser trabalhados no marketing digital. Nós somos Jens Schriver e Máximo Migliari, e trabalhamos com e-commerce e marketing digital desde 1997. Atendemos clientes de diversas partes do mundo, por meio da empresa ClickLab. Nesta nova coluna, vamos mostrar como obter o maior retorno possível para sua empresa na internet, por meio das diversas ferramentas e técnicas de marketing e vendas online. Giovanna Leal Varejo e presença digital Jens Schriver Sócio da ClickLab Maximo Migliari Sócio da ClickLab //Envie perguntas para [email protected] ou @click_lab 932.120 Usuários do Facebook no DF, em janeiro de 2012 Fonte: Facebook Ads 2,4 milhões Consumidores da classe C que compraram pela internet pela primeira vez em 2011 Fonte: http://www.ebitempresa.com.br/clip.asp?cod_noticia=3661&pi=1 Quero que o meu site apareça em primeiro lugar no Google. Como faço isso? A área de links patrocinados garante local de destaque no alto da página, porém, esses espaços são pagos. Para que a empresa apareça com boa colocação nos resultados orgânicos (não pagos e espontâneos), é preciso investir em SEO (Search Engine Optimization), ou seja, Otimização nos Motores de Busca. Essa é uma área de estudos bastante ampla, que reúne diversas técnicas que melhoram a posição no ranking do Google. Realizado esse estudo, revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 em primeiro lugar, não espere um milagre de um dia para o outro. Aparecer entre os primeiros exige trabalho árduo, leva tempo e requer real comprometimento. Será preciso 1) definir as melhores palavras-chave para seu negócio (nem sempre as melhores são aquelas que você imagina), 2) criar conteúdos de qualidade e relevantes para os termos de busca definidos, 3) obter links que apontem para seu site vindos de páginas de credibilidade. O Google considera que quando um site de credibilidade faz referência à sua página, parte dessa credibilidade é repassada ao seu negócio, e isso se reflete na posição no ranking e, por consequência, em melhores resultados. Esse é um trabalho que tem efeitos sentidos em médio prazo (mínimo de três meses), e precisa ser constantemente realizado para a manutenção da posição alcançada. Afinal de contas, seus concorrentes também querem estar em primeiro lugar! 49 //gente Fotos: Joel Rodrigues Raquel Chaves Guerreiro Coordenadora da Escola da Vida Missão cumprida A administradora de empresas Raquel Chaves Guerreiro, de 25 anos, se dedica inteiramente à família e ao projeto Escola da Vida. Ela coordena o grupo que nasceu em 2009 a partir da ideia de, por meio da religião, levar ensinamentos cristãos para estudantes. Desde lá, o projeto cresceu e já foi recebido por 22 mil alunos da rede pública de ensino do DF. “No início, íamos até as escolas oferecer as palestras, agora são os diretores que nos procuram”, orgulha-se. Cada visita dura uma semana e leva às escolas atividades culturais, palestras, concurso de redação, lanche para professores, eventos culturais e reuniões com os pais. O objetivo é provocar reflexões e mudanças de valores nos alunos. Patrocinado pela Mocidade para Cristo, a Escola da Vida hoje tem mais de 30 filiais pelo País. “A nossa missão é levar o amor de Deus e alcançar a mudança de vida dos jovens alunos”, diz. “Quando conseguimos isso é gratificante, quando temos o amor de Deus tudo fica mais fácil”, acredita. Para Raquel, a motivação de trabalhar no projeto vem da missão de alcançar os alunos de uma forma diferente, evangelizando com temas que estão envolvidos no cotidiano dos jovens, trabalhando para resgatar valores perdidos. Um artista aventureiro Mineiro por natureza, brasiliense por opção, artista desde 1993, pai de três e avô de dois. Um artista que nasceu nos bancos da vida. Para ele, a arte é algo natural e espontâneo, não vem de berço. Em Brasília, onde é empresário responsável pelo Bendito Suco e por um atelier de arte na 413 norte, realiza diversos projetos, em destaque o trabalho de arte decoração em restaurantes, que já virou a sua marca. “A arte é uma aventura, encontrar é o que importa”, brinca o artista em relação ao seu trabalho com decoração e diz que segue tendências da arquitetura. Porém, ele não se considera um especialista em nada, e sim, um 50 personagem do meio artístico que trabalha no processo de criação. “Meu trabalho começa em um ponto de partida e segue como se estivesse nascendo uma obra de arte, vai fluindo”, comenta ele em relação ao seu processo de produção. “Aos treze anos eu já pensava como artista, agia e me vestia. Sempre gostei da arte de motidificar, personalizar, mudar. Alterava carros, roupas e as paredes dos meus ambientes”, afirma o empresário/artista. Ser artista é encontrar algo novo todos os dias. Assim, conclui Nemm, como o segredo para começar a aventura de trabalhar com arte na capital federal. Nemm Soares Artista plástico revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 Samba com consciência social Roniere Rezende de Freitas (Roninho) Presidente da Águia Imperial “Convivo há tanto tempo com o samba, com as escolas, com as pessoas que estão nesse meio, que não sei mais viver fora; é uma religião para mim.” Roniere Rezende de Freitas, mais conhecido como Roninho, é o presidente da escola de samba Águia Imperial, de Ceilândia. Ele tem 53 anos, é casado e tem 4 filhos. Nascido em Canápolis, Minas Gerais, veio para Brasília ainda criança. Em 1967, participou pela primeira vez do desfile da extinta escola de samba Independente de Brasília como ritmista, depois saiu pela Capela Imperial de Taguatinga, e ajudou a fundar duas outras: a Mocidade de Ceilândia e Os Fantoches do Set O. Ele entrou na Águia Imperial de Ceilândia há mais de 20 anos, também como ritmista, depois foi chefe de barracão, tesoureiro, braço direito dos dirigentes e hoje é presidente. “A escola fará o seu desfile seja na nossa cidade ou no Plano Piloto, onde mandarem estaremos lá.” Mesmo sem um barracão oficial, a escola promove trabalho social com mais de 270 meninos e meninas da comunidade ceilandense, com aulas de percussão e dança. Hoje a família de Roninho está toda envolvida com o carnaval: o filho trabalha na administração da escola e a filha é porta-bandeira da Águia Imperial. //Sua excelência, o gerente Jeanniny Araújo de Paula trabalha na rede hoteleira desde a adolescência. De telefonista, hoje é gerente de operações dos hotéis Kubitschek Plaza e Manhattan Plaza e gerente corporativa de TI e de segurança da rede Plaza Brasília Hotéis, que engloba também o Brasília Palace St. Paul Plaza. //Por que entrou nessa área? Sempre tive perfil para área do turismo e gosto do contato com o público. //Quais formações buscou para crescer? Fiz faculdade de Administração Hoteleira, me formei também em Letras e fiz o técnico em Turismo. Depois fui me especiali- revista FECOMÉRCIO |fevereiro Fevereiro2012 2012 zando. Fiz uma pós-graduação de Administração Hoteleira nos Estados Unidos e um MBA em Administração Financeira. //Como fez para conquistar os cargos de gerência? Começar como telefonista foi muito importante. Passei por setores operacionais e administrativos para assumir cargos mais altos. // Como gerente, como vê a área em Brasília? Brasília em termos de estrutura está perfeita. Existem muitos investimentos em qualidade, no comercial e no marketing. Temos um enorme problema que é a falta de qualificação. Precisamos criar alternativas internas para formar as pessoas. Jeanniny Araújo de Paula Gerente de operações do Kubitschek Plaza e Manhattan Plaza 51 //pesquisa conjuntural Dezembro foi de festa para o comércio A Formas de pagamento Forma escolhida Todos os segmentos considerados jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 À vista 60,91% 60,88% 62,42% 65,17% 66,23% 70,74% Dinheiro 57,74% 57,71% 59,42% 62,18% 63,31% 66,67% Cheque 3,18% 3,17% 3,00% 2,99% 2,92% 4,07% Cartões 18,86% 18,90% 18,52% 17,81% 17,44% 19,21% Crédito 12,12% 12,16% 11,66% 11,13% 11,04% 11,17% Débito 6,74% 6,74% 6,86% 6,68% 6,40% 8,04% A prazo 19,42% 19,41% 18,31% 16,94% 16,25% 9,94% Cheque pré-datado 5,68% 5,68% 5,12% 5,41% 5,10% 4,05% Carnês/boletos 13,74% 13,73% 13,19% 11,53% 11,15% 5,89% Outros 0,81% 0,81% 0,76% 0,07% 0,07% 0,12% Convênios 0,81% 0,81% 0,76% 0,07% 0,07% 0,12% Empenhos 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% Fonte: IFPD - Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento / Fecomércio-DF. 52 s festas de fim de ano, mais uma vez, provaram que o período é realmente aguardado com grande expectativa pelo comércio. Prova disso é que as vendas de dezembro do ano passado apresentaram aumento de 12,13% na comparação com novembro, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio. Na comparação anual (dezembro de 2011 em relação a dezembro de 2010) houve uma pequena redução no faturamento (1,23%). Em dezembro de 2011, o segmento que mais se destacou foi o de Vestuário, com aumento de 42,8% nas vendas. Seguido por Farmácias e Perfumarias (35,64%); Calçados (25%); Lojas de Departamento (24,63%); e Móveis e Utilidades Domésticas (21,84%). Ainda na análise mensal, as quedas mais representativas ocorreram nos segmentos de Materiais de Construção (11,13%); Combustíveis e Lubrificantes (10,86%); e Tecidos (2,70%). Quanto ao emprego, a oferta de trabalho no comércio do DF apresenrevista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 Desempenho de vendas Item Atividade CNC jul/11 x jun/11 ago/11 x jul/11 set/11 x ago/11 out/11 x set/11 nov/11 x out/11 dez/11 x nov/11 1 Bens Duráveis 3,79% -1,19% -4,10% 4,83% 0,10% 18,55% Móveis e Utilidades Domésticas 4,02% -1,26% -3,72% 6,69% 0,52% 21,84% 1.2.1 Móveis e Decorações 9,11% -7,22% -8,85% 8,73% -2,61% 18,89% 1.2.2 Lojas de Utilidades Domésticas/Lojas de Departamento -1,65% 6,11% 1,83% 4,72% 3,65% 24,63% 1.3 Cine-Foto-Som e Óticas, Inf., CDs e Fitas 3,19% -0,99% -5,06% 0,04% -1,04% 9,38% 1.3.1 Cine-Foto-Som/Óticas 11,10% -3,72% 1,30% -2,10% 0,47% 19,54% 1.3.2 Informática 1,54% -1,92% -7,22% 0,61% -2,79% 4,78% 1.3.3 Inst. Musicais, CDs e Fitas -7,21% 12,38% -9,93% 3,08% 3,93% 5,21% Bens Semiduráveis -1,36% 7,40% -1,75% -4,81% 3,92% 31,96% 2.1 Vestuário -2,78% 15,53% -2,72% -3,63% 4,20% 42,80% 2.2 Tecidos 1,32% -5,93% -3,96% 1,16% 5,75% -2,70% 2.3 Calçados -3,05% -3,70% -1,29% -16,66% 1,37% 25,00% 2.4 Livrarias e Papelarias 6,03% -10,71% 4,56% -1,78% 3,78% -1,51% Bens Não Duráveis -0,08% 0,52% -2,37% -0,85% 1,49% 7,04% 3.1 Supermercados/Minimercados -1,81% -0,06% -3,13% -0,13% -2,65% 8,79% 3.2 Farmácias e Perfumarias -0,60% -0,97% 4,50% -6,87% 3,84% 35,64% 3.3 Combustíveis e Lubrificantes 3,12% 2,29% -4,96% 1,64% 6,67% -10,86% Comércio Automotivo 1,92% 0,51% -5,73% 3,47% 8,76% 5,36% 4.1 Revendedoras de Veículos 1,59% 2,18% -5,60% 3,47% 8,21% -0,98% 4.2 Autopeças e Acessórios 2,29% -1,36% -5,88% 3,46% 9,41% 12,70% 5 Materiais de Construção -0,31% 5,01% -11,89% -2,40% 8,89% -11,13% 0,62% 2,14% -4,11% -0,11% 4,18% 12,13% 1.2 2 3 4 COMÉRCIO EM GERAL Fonte: IFPD - Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento / Fecomércio-DF. revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 53 tou pequena queda de 2,82% em dezembro de 2011 na comparação com o mês anterior. Na comparação anual, o percentual de ocupados também apresentou redução de 1,03%. Entre as formas de pagamento, o volume de vendas negociado à vista (dinheiro ou cheque) correspondeu a 70,73% em dezembro. A modalidade cartões de crédito contribuiu com 11,17% das vendas e cartão de débito com 8,04%. Operações a prazo (cheque pré-datado/carnês e boletos) responderam por 9,94% e outras formas de pagamento totalizaram 0,12%. Nível de emprego Item Atividade CNC jul/11 x jun/11 ago/11 x jul/11 set/11 x ago/11 out/11 x set/11 nov/11 x out/11 dez/11 x nov/11 1 Bens Duráveis -0,51% 0,72% -2,86% -2,03% 1,42% 1,23% Móveis e Utilidades Domésticas -1,76% 1,97% -2,88% -2,61% 1,67% 1,65% 1.2.1 Móveis e Decorações 0,53% -2,12% -1,62% -4,95% 1,16% 1,14% 1.2.2 Lojas de Utilidades Domésticas/Lojas de Departamento -4,35% 6,82% -4,26% 0,00% 2,22% 2,17% 1.3 Cine-Foto-Som e Óticas, Inf., CDs e Fitas 2,82% -2,45% -2,78% -0,48% 0,75% 0,14% 1.3.1 Cine-Foto-Som /Óticas 5,60% -6,82% 0,00% 0,81% -1,61% 4,79% 1.3.2 Informática 1,69% 0,00% -11,67% 1,89% -1,85% 3,77% 1.3.3 Inst. Musicais, CDs e Fitas 0,00% 0,00% 22,22% -9,09% 13,33% -17,65% Bens Semiduráveis -3,51% 5,33% -4,02% 1,54% 3,65% 2,16% 2.1 Vestuário -5,56% 8,34% -5,61% 1,98% 5,83% 1,83% 2.2 Tecidos -2,01% 2,56% -3,00% -8,25% 12,36% -8,50% 2.3 Calçados 1,44% 0,00% -7,09% 2,29% -1,49% 4,18% 2.4 Livrarias e Papelarias 1,43% -2,82% 8,70% 4,00% -6,41% 8,22% Bens Não Duráveis 0,24% 0,47% -1,55% 0,77% -4,23% -8,10% 3.1 Supermercados/Minimercados 1,05% 0,26% -0,52% -0,26% -7,85% -14,77% 3.2 Farmácias e Perfumarias -2,08% 2,66% 2,59% 1,01% -1,50% 0,86% 3.3 Combustíveis e Lubrificantes 0,17% -0,87% -7,87% 3,42% 2,94% -0,18% Comércio Automotivo 0,61% -1,03% 10,31% 0,13% 2,69% -1,65% 4.1 Revendedoras de Veículos 0,26% -1,03% 16,73% 0,22% -0,06% 1,67% 4.2 Autopeças e Acessórios 1,05% -1,04% 2,11% 0,00% 6,70% -6,19% 5 Materiais de Construção 0,28% 1,11% 6,34% 3,89% 2,00% -3,18% -0,69% 1,42% 0,22% 0,73% 0,08% -2,82% 1.2 2 3 4 COMÉRCIO EM GERAL Fonte: IFPD - Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento / Fecomércio-DF. 54 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 //agenda fiscal Certificado digital é obrigatório para todos N a edição de maio, nosso artigo trazia por título: Certificado digital agora é obrigatório para todos e dele destacamos o seguinte trecho: “Mas, eis que surge a CIRCULAR nº 567, de 20/4/2011 da Caixa Econômica Federal, que determina que o acesso ao canal eletrônico de relacionamento Conectividade Social somente se dará com o uso da Certificação Digital. Assim, os empresários deverão providenciar o referido certificado já a partir de maio...”. Todavia, parece que o nosso alerta não surtiu o efeito necessário, pois muitos empresários e empreendedores de pequenos negócios, notadamente a maioria optante pelo SIMPLES Nacional, não providencia- ram o Certificado Digital e cremos que sequer imaginam o risco que correram no fim de 2011, pois, a partir de janeiro deste ano, a transmissão do arquivo GFIP passou a ser somente com o uso da Certificação Digital. É importante destacar que também outros serviços demandarão o uso do certificado, como a transmissão da RAIS. Todas essas obrigações acessórias, quando não cumpridas, resultam em multas e impedem a emissão de certidões negativas. Para sorte, a CEF prorrogou para junho de 2012 a utilização do sistema anterior, que não requer o Certificado Digital. Mas apenas para os optantes pelo SIMPLES com até dez funcionários. Joel Rodrigues Adriano Marrocos Contador da Fecomércio e do IFPD e presidente do CRC/DF Calendário – 15 a 29/2/2012 O QUÊ e QUANDO pagar? 15/2 17/2 22/2 24/2 29/2 • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 31/1/2012. • Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 1/2012. 2 a 29/2/2012 • Imposto de Renda Retido na Fonte nosCalendário códigos 0561,–0588 e 1708 referente a 1/2012. • Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral) referente a 1/2012. • SIMPLES NACIONAL referente a 1/2012. • ISS e ICMS referente a 1/2012 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações). • PIS e COFINS referente a 1/2012. • Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 1/2012. • 2ª quota do IRPJ e da CSLL referente ao 4º trimestre/2011 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. • Recolhimento do Carnê Leão referente a 1/2012. • IRPJ e CSLL referente a 1/2012, por estimativa. • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/2/2012. • Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado). O QUÊ e QUANDO entregar? 23/2 • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 12/2011. 24/2 • Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/PASEP e COFINS (DCIDE – COMBUSTÍVEIS) a SRF/MF referente a 1/2012. 29/2 • Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 1/2012. • Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – Dirf 2012 a SRF/MF referente ao ano de 2011. Várias • Livro Fiscal Eletrônico a SEF/DF referente a 1/2012: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009). revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 55 economia A medida ideal //Por Ana Carla Oliveira Setores de comércio e serviços iniciam o ano com perspectivas positivas. Recurso de fomento ao desenvolvimento do Centro-Oeste está melhor distribuído entre as unidades da Federação que integram a região 56 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 O que parecia ser distante, tornou-se realidade para empresários do DF. O motivo está na ampliação dos recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Neste ano, o DF receberá R$ 255,8 milhões do fundo para serem investidos nos segmentos de comércio e serviços. Ao todo, serão R$ 61,4 milhões a mais. Essa quantia supera o valor disponível em 2011, que foi de R$ 194,4 milhões. O aumento é fruto de uma proposição apresentada pelo governo do DF e defendida pela Fecomércio-DF. O recurso do FCO destinado para comércio e serviços não pode ultrapassar 20% do total. Entretanto, esse valor é insuficiente para atender à demanda do segmento e acaba antes do fim do ano no DF. Com a quantia a mais, a expectativa é atender um maior número de empresários. Esse aumento tem origem da redistribuição dos recursos em Goiás e Mato Grosso. Dessa forma, o aumento no DF não fará com que se ulturapasse os 20% do total recurso para comércio e serviço na região. Cada um repassou R$ 30,6 milhões para o DF. Porém, os estados foram compensados com o mesmo valor para agropecuária e indústria. Essa é uma reivindicação antiga dos empresários. O DF tem vocação para comércio e serviços, que são responsáveis por 93% do Produto Interno Bruto local. “Então, é mais do que justo ampliar esse recurso, que consequentemente será injetado na economia do DF”, ressalta o presidente do Sistema Fecomércio-DF, Adelmir Santana. A proposta aprovada (nº 35/2011) altera a programação orçamentária do FCO para o próximo ano. Isso modifica os valores destinados aos setores de comércio e serviços apenas para 2012. O DF já reivindicava uma nova divisão dos percentuais. Uma das justificativas para o aumento seria o fato de a economia brasiliense ser baseada nesses segmentos. Além revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 disso, os recursos do FCO para comércio e serviços são totalmente utilizados antes mesmo do fim do primeiro semestre de cada ano. Enquanto isso, do segmento rural e industrial tem havido devolução da verba para o governo federal. O FCO foi criado pela Lei nº 7.827/89 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região, mediante a execução de programas de financiamento aos setores produtivos. Para o diretor-superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado, a redistribuição foi necessária já que todos os anos o DF perdia o recurso não aproveitado. “Não houve perda, mas um repasse compensatório. O DF recebeu a mais para os segmentos que mais representam a economia e as outras unidades da Federação (UFs) acabaram recebendo valor a mais para a indústria e a agricultura”, destaca Dourado. //Entenda Criado para fomentar o desenvolvimento de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e DF, o FCO destina a maior parte de seus recursos para a agricultura e indústria. Como esses segmentos têm parcela menor na economia da capital federal, todos os anos, os recursos voltavam aos cofres públicos para ser redistribuído entre as outras UFs integrantes. Mesmo com o remanejamento de verba, a indústria recebe este ano R$ 226,1 milhões. Para o economista da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Diones Cerqueira, o setor de indústrias tem política específica e isso traz empecilho para os empresários terem acesso ao crédito. Segundo ele, a política industrial dá diretrizes no que se trata de inovação tecnológica, acesso a mercados e também da questão de incentivos. Ela faz com que a área industrial fique mais competitiva. Com a valorização cam- bial, importar ficou mais vantajoso do que produzir. “Esse conjunto de fatores acaba reduzindo o potencial de demanda por recursos do FCO no âmbito industrial”, explica. Essa mudança ainda não implicará em redistribuição do montante total dos valores do FCO. A resolução do Conselho Deliberativo (Condel) do FCO continua prevendo 29% do recurso para Goiás, 29% para Mato Grosso; 23% para Mato Grosso do Sul e 19% para o DF. Porém, neste ano, nas primeiras reuniões do conselho, será iniciado um debate para promover a adequação definitiva da lei a uma nova distribuição de recursos entre os estados. A programação do FCO para 2012 foi elaborada pelo Banco do Brasil e aprovada pelo Condel do FCO. Segundo o superintendente regional do BB, Marcos Bachiega, os recursos já estão disponíveis para os empresários. “Ao oferecer esse capital de giro a mais estamos beneficiando principalmente os micro e pequenos empreendedores”, afirma Bachiega. Em 2011, o DF recebeu Comércio e serviço: R$194,4 milhões Indústria: R$ 174.9 milhões Rural: R$ 181.8 milhões Previsão para 2012: Comércio e serviço: R$ 255.8 milhões Indústria: R$ 226.1 milhões Rural: R$ 194.4 milhões 57 pesquisa Carnaval em áreas residenciais Times de futebol patrocinados pelo governo Faixas exclusivas para ônibus Salário mínimo de R$ 622 Rodrigo Hilário Diretor do bloco Suvaco da Asa BOM Desde que fique garantida a segurança dos cidadãos e a conservação do patrimônio público. Os blocos são manifestações culturais importantes. RUIM Times profissionais, não. Os governos devem investir em políticas sérias para inserção do esporte como item básico do desenvolvimento da sociedade. REGULAR Em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Recife, os corredores de ônibus mostram-se eficazes. Em Brasília, podem funcionar, mas talvez haja problemas por conta do tombamento. RUIM Ainda não é o ideal, mas acredito que a sinalização de uma política de reajustes contínuos tenha ampliado a capacidade de consumo e contribuído para manter a economia aquecida. Adelson de Almeida Dirigente do Ceilândia Esporte Clube RUIM Em uma festa como o carnaval, o consumo alto de bebida alcoólica e os exageros dos foliões incomodam os moradores. O ideal é ter um espaço reservado para isso. BOM O Estado deve ajudar, sim, os times que não conseguem se estabelecer sozinhos. O futebol é o maior elemento cultural do povo. BOM Acho importante. Ainda mais com a quantidade de veículos particulares crescendo. Com a medida serão favorecidas as pessoas das classes de menor poder aquisitivo. RUIM Não é o ideal. Quem sobrevive com o salário mínimo tem muita dificuldade. O salário mínimo deveria aumentar de acordo com a inflação. Artur Morais Pesquisador de transportes da UnB RUIM Passando muito próximo de áreas residenciais não é bom, não. As pessoas não conseguem ficar dentro do espaço estipulado. Deveria ter um local mais apropriado. REGULAR Bem polêmico isso. Poderia haver incentivos para que empresas investissem nos times. Queira ou não, o futebol faz parte da nossa cultura. É uma manifestação esportiva. BOM Quem transporta mais pessoas tem que ter mais prioridade. O modelo que favorece o acesso livre de automóveis particulares não deu certo em nenhum lugar no mundo. RUIM Para o cidadão não é suficiente para habitação, alimentação e vestuário. Mas entendo que é o máximo que o governo pode dar por ser o maior pagador de salário mínimo. RUIM Tem muita gente idosa, crianças pequenas, pessoas doentes e o tumulto com música alta incomoda muito. Se passasse perto da minha, eu odiaria. BOM É preciso, sim, apoiar os times locais. Valoriza o esporte e incentiva a população que encontra no futebol uma fonte de renda. BOM Sou a favor, desde que os ônibus cumpram as regras. Quem depende do transporte público será beneficiado com a medida. RUIM É certo de que não dá para sobreviver com esse salário. Eu não pago só isso para minhas funcionárias. REGULAR A quadra fica muito suja, enche de gente e atrapalha o fluxo dos moradores. Os trios passam bem em frente ao meu bloco e eu não consigo sair de casa com o carro. RUIM O problema não é patrocinar o esporte, os atletas, mas beneficiar só alguns times específicos. Assim, não concordo. BOM Sou a favor. Pelo menos tem uma separação, não atrapalha tanto o fluxo dos carros particulares, quanto dos próprios ônibus. REGULAR Suficiente não é, mas acho que está ficando cada vez melhor, na medida do possível. Não está no ideal, mas está razoável. relâmpago Arquivo pessoal Joel Rodrigues Joel Rodrigues Joel Rodrigues Lílian Andrade Empresária Joel Rodrigues Wanessa de Souza Servidora pública Untitled-4 1 58 18/11/10 11:29 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012 TADOS DE 20 L U S 11 RE UMA RECEITA PARA A RESPONSABILIDADE SOCIAL QUILOS DE ALIMENTOS ARRECADADOS TONELADAS DE ALIMENTOS DISTRIBUÍDAS REFEIÇÕES COMPLEMENTADAS ENTIDADES ATENDIDAS PESSOAS BENEFICIADAS POR ANO DOADORES DE CARÁTER CONTINUADO POR UM PAÍS MAIS IGUAL > LIGUE > 0800 617 617t8884&4$%'$0.#3t!4&4$%'t4&4$%' revista FECOMÉRCIO fevereiro 2012 59 60 revista FECOMÉRCIO | Fevereiro 2012
Documentos relacionados
Revista Fecomércio
Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orla...
Leia maisRevista Fecomércio - Junho
Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITU...
Leia maissuporte - Fecomércio DF
Suely Santos Nakao Diretor da Área de Combustíveis José Carlos Ulhôa Fonseca Diretor da Área Hotéis, Bares,
Leia maisRevista Fecomércio - Dezembro
Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITU...
Leia maisRevista Fecomércio - Junho
José Geraldo Dias Pimentel Oscar Perné do Carmo Vice-Presidente-Administrativo Cecin Sarkis Simão 2° Diretor-Secretário Hamilton César Junqueira Guimarães 3° Diretor-Secretário Miguel Soares Neto V...
Leia mais