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revista
Ano 4 nº 14 janeiro a abril de 2015
Preparação
integrada
Com foco em crescimento
e eficiência, Raízen traça estratégia
para o ano-safra 2015/2016 em
diferentes segmentos
Rondonópolis
Nova base eleva eficiência
logística na região
4
8
Giro Rápido
Raízen conquista selo
Energia Verde
Marketing
Campeões em construção
12
Gestão
Governança Corporativa
6
10
14
Páginas Roxas
O valor do varejo
Negócios
Transporte em massa
Gestão
Destino certo
Índice
16
Capa
Largada para
o ano-safra
22
28
32
36
Logística
No caminho mais seguro
Sustentabilidade
Diferencial sustentável
Segurança
Melhores práticas
Açúcar
Doce commodity
24
30
34
39
Infraestrutura
Inauguração em
Rondonópolis
Responsabilidade Social
Ainda mais inclusão
Raízes do Brasil
Expansão em São Paulo
Indicadores
Gigante açucareiro
Revista Raízen
Dada a largada
Editorial
Dentro de um cronograma empresarial, a
transição entre o encerramento e o início de um
ciclo é um momento importante para analisar
resultados e traçar novas metas. Na Raízen,
a fase que antecede o começo do ano-safra
representa esse período, no qual diversos setores
da empresa traçam o planejamento. Confira nesta
edição os detalhes da preparação para o anosafra 2015/2016 das áreas Comercial; Etanol,
Açúcar e Bionergia (EAB); Logística, Distribuição
& Trading (LD&T); e Recursos Humanos (RH),
além das principais estratégias para superar os
desafios do mercado.
No varejo de combustíveis, a Oferta Integrada foi
desenvolvida para impulsionar os negócios do
segmento e engloba todas as ações de marketing
da Raízen para o ano-safra. Considerados
os embaixadores da marca Shell no Brasil,
os revendedores participantes contam com
ações promocionais e programas motivacionais
exclusivos. Ainda nesse segmento, a Raízen tem
expandido sua atuação em outra linha importante
de negócios, a de Business to Business (B2B).
Esses assuntos são temas das seções Páginas
Roxas e Negócios, respectivamente.
Uma das maiores produtoras mundiais de
açúcar, a Raízen é responsável por 2,5% do
produto consumido em todo o planeta. Na
seção Açúcar, conheça a estrutura que garante
à empresa papel de destaque no setor, bem
3
como as principais estratégias de negócios e
uma análise do atual mercado. Já na perspectiva
de gestão, saiba mais sobre as diretrizes de
Governança Corporativa e como a empresa
implementa o conceito em suas atividades.
Com foco na expansão de seus negócios, a
Raízen tem investido também em seus terminais
de distribuição e unidades produtoras. Na
seção de Logística, o principal destaque é a
inauguração do novo Terminal de Rondonópolis.
Com investimento de R$ 60 milhões, ele vai
atender à crescente demanda do CentroOeste, além de ajudar a facilitar o transporte
de biodiesel no país. Por sua vez, na seção
Raízes do Brasil, entenda como o projeto de
expansão da Unidade Paraguaçu vai mais que
dobrar sua capacidade de produção.
Acompanhe também projetos e açõe s
direcionados para responsabilidade social e
sustentabilidade. Neste ano-safra, a Raízen vai
investir ainda mais na expansão do Programa
de Qualificação para Pessoas com Deficiência.
Pioneira mundial na certificação Bonsucro, a
empresa tem 12 unidades produtoras com o
selo ambiental que atesta as melhores práticas
na produção de açúcar e etanol. Veja detalhes
das iniciativas nas seções Responsabilidade
Social e Sustentabilidade.
Boa leitura!
Expediente
O Editor
Gerência de Comunicação Corporativa:
Regina Maia
Fotografia: Arquivo Raízen/Gustavo Morita/Lila Batista/Marcos
Issa/Túlio Vidal/Paulo Altafin
Jornalista Responsável:
Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804)
Impressão: Ediouro
Coordenação:
Lorine de Freitas
Produção Editorial:
Cajá Comunicação
Redação: Jorge Lourenço e Naiara Evangelo
Design Gráfico: Melany Sonim e Felipe Nogueira
E-mail de contato:
[email protected]
Tiragem: 5.500 exemplares
As declarações expressas neste documento são
efetuadas pela Raízen na qualidade de licenciada da
marca Shell e não refletem necessariamente a opinião
da Shell Brands International.
Revista Raízen
Giro Rápido
Eficiência certificada
4
A busca da Raízen pelos altos padrões
de sustentabilidade foi recompensada
novamente: em dezembro de 2014,
m a i s d u a s u n i d a d e s p r o d u to r a s
receberam a certificação Bonsucro.
Agora, Destivale e Diamante se unem
às outras 10 unidades já certificadas.
Outra conquista foi a recer tificação
por trê s anos das unidade s Bom
Retiro, Costa Pinto, Jataí e Maracaí.
Vale lembrar que a unidade Maracaí
foi a primeira no mundo a receber a
certificação, em 2011.
Com sede em Londres, a Bonsucro
(Better Sugarcane Initiative) tem como
principal objetivo estimular a redução
de impactos ambientais e sociais na
produção sucroenergética e é a pioneira
no mundo voltada para o setor. Desse
modo, todos os envolvidos no processo,
sejam compradores, fornecedores e
consumidores finais, terão a garantia
de que o açúcar e o etanol foram
produzidos respeitando a legislação, o
meio ambiente e os direitos humanos.
Entre outros pontos considerados para
cer tificação estão os processos de
produção de itens derivados das canade-açúcar e a lei que rege a posse e
o usufruto de práticas agrícolas, meio
ambiente e transporte.
Revista Raízen
Unidade Jataí foi recertificada
por mais três anos
Unidade Barra Bonita foi a
a primeira a receber o Selo
Energia Verde
Raízen conquista
selo Energia Verde
A Raízen continua colhendo os frutos do empenho
em produzir e comercializar energia alternativa. No
encerramento do ano-safra 2014/2015, dez unidades
produtoras da empresa tiveram a eficiência e a
sustentabilidade atestadas por outro selo, o Energia Verde.
A primeira a receber o certificado foi Barra Bonita. Além
de atender aos critérios de sustentabilidade do Protocolo
Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro Paulista, ela
comprovou a produção de bionergia com eficiência de ao menos
42 KW/h por tonelada de cana. Posteriormente, as unidades
de Bonfim, Ipaussu, Gaza, Univalem, Costa Pinto, Rafard,
Jataí, Caarapó e Macaraí também foram certificadas.
Lançado em janeiro deste ano, o Selo Energia Verde
surgiu de um acordo de cooperação da União da
Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) com a Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica, para certificar
empresas geradoras e consumidoras de energia limpa
e renovável de biomassa. Ele garante que pelo menos
20% da energia elétrica consumida pelas empresas
certificadas são produzidos de forma sustentável.
De acordo com o diretor de Bioenergia, Planejamento
e SSMA da Raízen, Juliano Prado, certificações
como essa são de extrema relevância, sobretudo
considerando o momento em que o Brasil busca
diversificar sua matriz energética.
Na vanguarda do mercado
A primeira unidade produtora de etanol de segunda geração
da Raízen já está em operação. Considerado um dos principais
projetos da empresa no último ano, ele recebeu o investimento de
R$ 237 milhões. A estimativa é que a planta tenha capacidade de
gerar 40 milhões de litros de etanol celulósico por ano. A partir de
uma infraestrutura de ponta, a unidade pode expandir em até 50%
a geração de etanol da empresa e, devido aos ganhos na cadeia
de produção e eficiência, a expectativa é que até 2024 mais sete
plantas sejam construídas.
O primeiro posto a receber o biocombustível está localizado em
Piracicaba (SP), cidade sede do novo empreendimento. A localização
estratégica próxima da Unidade Costa Pinto também confere
ganhos logístico e de custo e influencia também na competitividade
dos produtos que chegam para atender à demanda crescente do
mercado nacional e internacional.
Além da otimização na cadeia produtiva, o biocombustível figura
como um produto mais sustentável por ser feito a partir de bagaço,
folhas, cascas e outros resíduos da cana-de-açúcar. Assim, sua
produção reforça ainda mais o posicionamento pioneiro da empresa
na geração de energia renovável.
Para concretização do projeto, a tecnologia implementada foi
resultado da parceria de sucesso da Raízen com a empresa
canadense de biotecnologia Iogen Corporation. Em 2012, as
empresas iniciaram testes de produção de etanol 2G, em Ottawa,
no Canadá, com o intuito de desenvolver as melhores práticas para
o desenvolvimento do projeto no Brasil.
Planta de etanol
2G em números
R$ 237 milhões
• Área: 30 mil m²
• Investimento:
40 milhões
• Produção estimada:
de litros de etanol celulósico por ano
Revista Raízen
6
Páginas Roxas
O valor
do varejo
Principal ponto de contato da empresa com os consumidores finais, o varejo de combustíveis é um pilar estratégico
do negócio da Raízen. Para oferecer ações diferenciadas aos consumidores e trabalhar no fortalecimento da relação
destes com a marca Shell, uma das principais ações realizadas para os revendedores é a Oferta Integrada. Tratase de um pacote de incentivos que inclui ações promocionais, treinamentos e motivacionais que, combinados, dão
aos postos Shell uma grande vantagem competitiva. Nesta edição, o diretor de Trade Marketing, Gustavo Blattner,
e a diretora-executiva de Marketing, Luciane Matiello, falam das estratégias de Marketing que suportam o Varejo da
Raízen e da Oferta Integrada.
Qual é a estratégia que sustenta a marca
Shell como o grande diferencial da empresa
no varejo de combustíveis?
Luciane Matiello: Atuamos em três frentes muito
claras no segmento e uma delas é na força da
marca Shell. Sabemos da importância de estar
sempre presente no cotidiano dos consumidores
para estabelecer um vínculo e garantir que a marca
seja reconhecida. Para alcançar essa presença
na vida dos clientes, outro pilar importante é o
desenvolvimento de uma ofer ta completa, com
produtos diferenciados, que seja integrada nas
unidades de negócio. Por último, a execução, que
fecha esse pacote e, juntamente com uma plataforma
eficiente de relacionamento, consegue a aproximação
necessária com os nossos consumidores, sejam eles
de rodovia, cidade, B2B ou aviação.
Qual é a impor tância da Ofer ta Integrada
para o plano de Varejo da Raízen e para os
revendedores da marca Shell?
Gustavo Blattner: A Oferta Integrada consolida toda
a proposta de marketing da Raízen para o ano. Nesse
sentido, as ações e as campanhas promocionais
exploram o portfólio de produtos e respondem
Revista Raízen
Luciane Matiello é diretora-executiva de Marketing da empresa
“A Oferta Integrada consolida
toda a proposta de marketing da
Raízen para o ano-safra”
Gustavo Blattner
Diretor de Trade Marketing da Raízen
evento também busca engajar os revendedores e
reforçar a importância da correta execução para que
as iniciativas sejam bem-sucedidas.
Sobre as campanhas motivacionais, o Você Conquista!
tem, a cada ano, recebido mais participantes, ou seja,
o empenho dos revendedores está cada vez maior. E
o programa O Cara ganhou mais importância.
Esse aspecto motivacional é fundamental para
fortalecer o varejo?
LM: Os programas motivacionais são impor tantes
métodos de incentivo e de premiação para aqueles que
executaram as melhores práticas em seus negócios.
Consideramos não só o crescimento de volume de
vendas, mas também premissas de Segurança, Saúde e
Meio Ambiente (SSMA) e excelência operacional. Nesse
cenário, a parte motivacional é crucial para alcançar as
metas estabelecidas pela Raízen, garantindo que os
postos e a empresa estejam alinhados pela busca dos
melhores resultados.
Os treinamentos também fazem parte desse pacote.
De que forma essas atividades de capacitação
auxiliam na transmissão dos valores da empresa,
como segurança e excelência operacional?
Gustavo Blattner é diretor de Trade Marketing da Raízen
às necessidades do nosso planejamento de varejo. Essas
iniciativas são resultado de um minucioso trabalho que visa
não só apresentar os diferenciais dos produtos oferecidos
mas também os benefícios adicionais de escolher os postos
da rede Shell. Para tal, mapeamos as oportunidades do
mercado e desenhamos um plano completo de marketing
que envolve todas as unidades de negócio do varejo:
combustíveis, conveniência e meios de pagamento. A partir
dessas ações, buscamos também entender os consumidores
ao longo do ano, com o objetivo de reforçar a conexão entre
eles e marca Shell.
Como os revendedores da marca Shell têm contato
com essa proposta de valor da Oferta Integrada?
GB: Anualmente, no início do ano safra, apresentamos aos
revendedores a estratégia e o planejamento da Raízen para
o segmento de combustíveis e todo o pacote de ações para
aquele ano. Isso pode incluir novos produtos, programas
motivacionais, treinamentos e ações promocionais. Esse
GB: Os treinamentos são essenciais para transmitir a
cultura de foco em excelência operacional, melhores
práticas e para um atendimento diferenciado. Temos
uma equipe especializada para trabalhar esse ponto e
também possuímos uma plataforma exclusiva de acesso
às atividades, o Portal de Treinamentos da Raízen.
Para ouvir as principais demandas de atividades de
capacitação, ao longo do ano realizamos fóruns com
revendedores de rodovia e de cidade, onde recebemos
feedbacks e colhemos informações para aprimorar cada
vez mais as nossas ações. Desse modo, construímos a
quatro mãos toda a grade de treinamento. A preparação
das atividades de Varejo da Oferta Integrada reproduz
muito o olhar dos nossos revendedores.
“Atuamos em três
frentes muito claras no
segmento e uma delas é
na força da marca Shell”
Luciane Matiello
Diretora-executiva de Marketing da Raízen
Revista Raízen
8Marketing
Campeões
em construção
Raízen apresenta nova proposta de patrocínio no automobilismo e, na
temporada 2015, investe também em novos talentos nas categorias de base
O que você quer ser quando crescer? Os jovens pilotos brasileiros
terão ainda mais incentivo para acreditar no sonho de conquistar
as pistas nacionais como profissionais. Na temporada 2015, além
de patrocinar a equipe Shell Racing na Stock Car, a Raízen apoiará
novos talentos no Kart, na Fórmula 3 e no Brasileiro de Turismo –
portas de entrada para as principais categorias automobilísticas.
Diante dessa nova estratégia, os pilotos já foram definidos.
Na Shell Racing Kart, foram selecionados Gianluca Petercof,
de 12 anos, e Yurik Carvalho, de 16 anos. Apesar da pouca
idade, eles já foram campeões brasileiros de Kart: Gianluca na
Júnior Menor e Yurik na Sudam, ambas categorias de base,
além de colecionarem outros títulos nacionais e internacionais.
Essa novidade faz parte da nova proposta de patrocínio da
empresa, que vai desenvolver o programa de jovens talentos
batizado de Academia de Pilotos Shell Racing, um projeto
inédito no Brasil. Outra novidade da temporada é a equipe
principal da Stock Car, que contará com a nova dupla de
pilotos formada por Valdeno Brito e Ricardo Zonta.
Na Fórmula 3, a principal categoria de acesso à Fórmula
1 e Indy, Pedro Cardoso receberá o apoio da Raízen. Ele
destacou-se na Fórmula Junior, que admite participantes de
15 a 21 anos. Por sua vez, na única categoria de acesso
da Stock Car, a Brasileiro de Turismo, Dennis Dirani foi
o selecionado após vencer quatro vezes o Campeonato
Brasileiro de Kar t. A escolha dos pilotos foi feita por
meio de um processo seletivo, conforme os critérios da
Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).
Segundo o gerente de Motosport e Patrocínios da Raízen, Vicente
Sfeir, o objetivo da iniciativa é oferecer suporte para que os
pilotos estejam sempre lutando pela vitória. “Após detectarmos a
carência de investimentos nas categorias de base, percebemos a
possibilidade de criar esse projeto. Além de oferecer uma ótima
estrutura para esses pilotos, sabemos da relevância de fazer
parte de uma equipe que carrega os valores da marca Shell, o
que pode influenciar em um futuro promissor”, explicou.
Revista Raízen
“O i ntu i to d a Ac ad e m i a d e Pi l oto s S h e l l R a c i n g é
oferecer ferramentas e opor tunidades para que esses
jovens desenvolvam suas habilidades e cheguem às
categorias principais com boas chances de se tornarem
campeões”, finalizou.
Os integrantes da Academia
de Pilotos Shell Racing
Novidades na Shell Racing
A equipe Shell Racing também inicia a temporada 2015
com novidade: Ricardo Zonta chega para fortalecer
ainda mais o time, ao lado de Valdeno Brito. Os
pilotos formarão o primeiro time da categoria com dois
campeões da badalada Corrida do Milhão. Além da nova
dupla de pilotos, a Raízen prepara novas ações que serão
realizadas nos autódromos, com o objetivo de aproximar
ainda mais os pilotos dos convidados.
Nesta temporada, o campeonato vai contar com 12 etapas
e a corrida de estreia foi realizada em 22 de março, em
Goiânia. Segundo Sfeir, as expectativas são grandes, pois
Zonta tem um currículo vitorioso. Aos 38 anos, ele coleciona
conquistas em Kart, F-3 Sul Americana, F-3000, Mundial
de FIA GT e World Series. O piloto também mostrou seu
talento na F-1, categoria em que estreou em 1999 na BAR,
e passou por Jordan, Toyota e Renault. Mas foi em 2007
que Zonta começou sua carreira na Stock Car e, seis anos
depois, foi campeão da Corrida do Milhão.
Yurik Carvalho
Gianluca Petercof
Piloto da Shell Racing Kart
Piloto da Shell Racing Kart
Denis Dirani
Pedro Cardoso
Piloto que atuará
no Brasileiro de Turismo
Piloto que atuará
na Fórmula 3
Revista Raízen
10Negócios
No segmento de
Business to Business
(B2B), a linha Shell
Evolux impulsiona
o crescimento da
Raízen no mercado
Transporte
em massa
Conhecido pela sigla B2B, o Business to Business é a
modalidade de negócio usada para transações entre
empresas. Para a Raízen, o segmento é um dos pilares da
comercialização de combustíveis e, com o giro médio de 5
bilhões de litros de produtos comercializados por ano, ela
atende a diversos segmentos, como companhias de transporte
de passageiros e carga, indústrias, ferrovias, mineradoras e
a construção civil. Nesse cenário, os produtos diferenciados
fortalecem cada vez mais seu posicionamento no mercado.
Atualmente, o Shell Evolux Diesel representa a maior oferta
de produto para B2B da Raízen. De acordo com a gerente
Revista Raízen
de Marketing B2B e Diesel da Raízen, Lorena Araujo, o
diesel aditivado é reconhecido por ser o melhor disponível
no mercado (saiba mais no box). “O maior poder de limpeza
do Shell Evolux Diesel é comprovado por testes, entre outros
benefícios, como melhor potência e performance do motor e
economia de consumo do combustível”, destaca.
Outro produto é Shell Evolux Arla 32. Ele é uma resposta à nova
fase do Proconve (P7), que torna obrigatório o uso do Arla 32
em veículos movidos a diesel fabricados a partir de janeiro de
2012. Os produtos da linha Expers completam a oferta para
B2B. Um deles é Expers Frota, que é um sistema de gestão que
“Devido ao grande potencial
de crescimento da área de
transporte de cargas, a
Raízen quer expandir ainda
mais seus negócios nesse
segmento e deve buscar novas
possibilidades de atuação”
Lorena Araujo
Gerente de Marketing B2B e Diesel da Raízen
Sempre alerta!
Obrigatório para veículos a diesel fabricados a
partir de 2012, o Arla 32 é uma das apostas da
Raízen para o segmento
oferece controle e eficiência para grande frotistas.
O outro é Expers Frete, meio de pagamento que
chegou ao mercado como alternativa ao fim da
carta-frete, agora proibida por lei.
De acordo com Lorena, as ofertas abrangem
um segmento fundamental para a Raízen.
“Devido ao grande potencial de crescimento
da área de transpor te de cargas, a Raízen
quer expandir ainda mais seus negócios nesse
segmento e deve buscar novas possibilidades
de atuação”, aponta Lorena.
Pa r te d o D N A d a R a í ze n, o s q u e s i to s d e
Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) são
também transmitidos para os clientes de B2B por
meio da orientação das equipes de vendas. “Com
informação e bons exemplos, tentamos oferecer,
além dos produtos, as nossas boas práticas
bem-sucedidas de SSMA”, reforçou a gerente de
Marketing B2B e Diesel da Raízen.
As vantagens de Shell Evolux Diesel
• Disponível nas versões S-10 e S-500
• Redução de 3% no consumo de combustível
• Redução de emissão de CO2
• Maior potência e melhor performance do motor
• Anticorrosivo que oferece maior vida útil ao motor
Revista Raízen
12Gestão
e
d
a
d ão
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b aç
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n nov ser
o
esp r i
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estratégia
sustentabilidade
produzir
ética
tranformar
posicionamento foco
alinhamento
lo pensar
a
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dicas discurso
s
e
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in gestãoconscientização
confiança futuro
es
r
o
d
expansão
determinação
negócios criar
Governança
Corporativa
construir
organização
precisão
perspectiva
Soluções
explorar intelecto
dinamismo
soberania
Revista Raízen
liderança
metodologia
afinidade
Competência
conhecimento
conclusões
visão
questionar
grupo
controle
interno
respostas
conteúdo
alcançar transparência
Controles sólidos e
governança corporativa
estruturada garantem à
Raízen a confiança de
acionistas e da sociedade
Maior produtora mundial de açúcar e etanol de cana e uma
das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, a Raízen
se destaca como uma das maiores empresas do país, com
faturamento de R$ 60 bilhões e cerca de 30 mil funcionários.
Decisões relacionadas às suas áreas de negócio impactam cidades
inteiras e causam reflexos nos mercados em que atua. Diante
dessa influência, a empresa carrega uma grande responsabilidade:
a de agir com ética e transparência perante seus stakeholders:
clientes, fornecedores, colaboradores, órgãos governamentais,
parceiros financeiros e acionistas. E o conceito-chave por trás
desse posicionamento é a governança corporativa.
A estrutura de Governança Corporativa busca assegurar que o
comportamento dos administradores e dos colaboradores de
uma companhia esteja alinhado com seus interesses e com suas
responsabilidades junto aos stakeholders. Na Raízen, as áreas
que promovem e sustentam esse conceito são auditoria interna,
controles corporativos, controles de negócios e compliance (saiba
mais sobre cada uma delas no box abaixo).
“A estrutura de
Governança Corporativa
tem o papel de facilitar a promoção
de uma cultura de controles e
conformidade”
Rafael Bergman
Diretor de Tesouraria, Controladoria e Planejamento
De acordo com o Diretor de Tesouraria, Controladoria e
Planejamento, Rafael Bergman, os conceitos da governança
corporativa abrangem todas as esferas de negócio e têm uma
mensagem uníssona: a Raízen é uma empresa que atua de
forma ética e que busca a maximização de valor para seus
acionistas de forma sustentável.
“A nossa postura como empresa depende da atuação de cada
um de nossos colaboradores e administradores. A estrutura de
governança tem o papel de facilitar a promoção de uma cultura
de controles e conformidade”, explica Bergman.
A governança corporativa permeia todas as esferas da empresa:
desde a tomada de decisão até o nível operacional. Suas
principais ferramentas são comunicação, treinamento, políticas,
manuais e procedimentos.
Controles internos
As práticas de governança corporativa são desenhadas com base
nos requerimentos de conformidade legal, nas expectativas dos
acionistas e no mapeamento de riscos a que a companhia está
exposta. Desse desenho resulta um conjunto afinado de controles
internos, cuja efetividade precisa ser monitorada constantemente.
As áreas de Auditoria Interna, Controles Corporativos e Controles
de Negócio da Raízen trabalham para garantir a efetividade dos
controles e a aderência das atividades às políticas internas e às leis.
“As práticas que compõem a governança corporativa precisam
evoluir junto com as demandas dos acionistas e da sociedade
na qual seus negócios estão inseridos. Dessa forma, serve como
base para a execução da estratégia de longo prazo da companhia
e para o alcance de resultados sustentáveis”, continua Bergman.
Vale ressaltar que a Raízen dispõe de um Canal de Ética, o qual
possibilita a colaboradores e stakeholders comunicar às áreas
competentes as situações que estão desalinhadas do Código de
Conduta da companhia.
A estrutura da governança
corporativa na Raízen
A estrutura da governança corporativa é composta por uma
equipe multidisciplinar formada pelas áreas de Auditoria
Interna, Compliance (Jurídico), Controles Corporativos e
de Negócio, e também conta com o trabalho de uma
firma independente de auditoria externa para revisão das
Demonstrações Financeiras e avaliação do ambiente de
controles internos da Raízen. Nesse contexto, é importante
ressaltar que o trabalho de consultoria de processos
realizado pelas áreas de Controles auxilia na identificação
de necessidades e, consequentemente, oferece o serviço
sob demanda das áreas.
Cada uma delas tem responsabilidades e funções bem
definidas, com objetivos em comum: fomentar uma cultura
de conformidade, por meio do suporte na definição e
na revisão de processos alinhados aos padrões de
conduta da Raízen e à legislação aplicável, com foco na
transparência e na responsabilidade pelos resultados.
Revista Raízen
14Gestão
Destino
certo
Para otimizar tempo e custos em viagens corporativas, Raízen estimula
planejamento e desenvolve ferramenta online para busca de melhores
preços de passagens aéreas
Não é preciso ser um especialista para saber que planejamento
é a palavra-chave para uma viagem bem-sucedida. Seja na hora
de reservar as passagens ou a hospedagem desejada, o cálculo
é simples: quanto maior a antecedência, menor o preço da
passagem e maior chance de disponibilidade de acomodação.
Dentro de um negócio, essa organização é ainda mais crucial,
pois impacta em tempo e orçamento.
Assim, com o intuito de tornar as viagens corporativas ainda
mais produtivas, a Raízen estimula as melhores práticas de
organização. De acordo com o gerente de Infraestrutura da
companhia, Fernando Bado, o primeiro passo é averiguar se a
viagem é realmente necessária para a demanda de trabalho ou
se existem outras possibilidades, como vídeo ou teleconferência.
Revista Raízen
“A par tir da constatação da ne ce ssidade de viajar,
estimulamos a organização de agenda e, nesse sentido, a
antecedência é a palavra de ordem. Fazer isso ao menos
sete dias antes pode representar até 35% de economia na
compra de um bilhete aéreo, por exemplo”, explica Bado,
que complementa: “Outra questão é a concentração de
assuntos, ou seja, aproveitar o deslocamento para resolver
o maior número de pendências possíveis”.
Essas e outras orientações integram a Política de Viagem da
Raízen, disponível para os funcionários na intranet. A partir
dessa iniciativa, a empresa objetiva desenvolver uma cultura de
planejamento, para otimizar os deslocamentos e buscar ainda
mais competitividade.
“A partir da constatação da
necessidade da viagem, estimulamos
a organização de agenda e,
nesse sentido, a antecedência
é a palavra de ordem”
Fernando Bado
Gerente de Infraestrutura
da Raízen
Eficiência em agendamento
Para alcançar esse nível de excelência operacional na
organização de viagens, a Raízen disponibiliza um sistema
exclusivo de selfbooking. A ferramenta busca passagens
aéreas e economiza também no tempo: 90% das compras
são realizadas em até cinco minutos. Implementada em
abril de 2013, a página pode ser acessada via link na
intranet da empresa.
Segundo o coordenador de Infraestrutura da Raízen,
Fábio Turon, do ano-safra 2013/2014 para 2014/2015, foi
registrada a redução de 18,7% em gastos com viagens
corporativas: “A plataforma já tem rendido ótimos frutos
para a Raízen e representa um avanço no processo da
reserva da passagem, no qual o funcionário pode reservar
até mesmo seu assento”.
Como são calculadas
as tarifas aéreas?
Em um mesmo voo, os consumidores podem
encontrar variação de preços no momento da
compra das passagens aéreas. Isso acontece
pois existem diferentes fatores que determinam
esses valores. De acordo com o relatório de 2014
da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),
as companhias aéreas buscam a ocupação
máxima das aeronaves e, por isso, oferecem
diferentes serviços para atender às preferências
dos passageiros. O objetivo é único: alcançar a
rentabilidade desejada naquele voo.
Desse modo, para cumprir essa meta, a todo
momento, de acordo com a procura e a proximidade
da data do voo, as tarifas são ajustadas. Segundo
a Anac, essa dinâmica permite que se mantenha a
prestação de serviço adequada aos passageiros
e que se tenha diversidade de público.
Outros fatores também são levados em
consideração, entre eles ações promocionais de
empresas concorrentes, alta e baixa temporada,
eficiência e credibilidade da empresa e distância
da linha aérea. Considerando esses e demais
influenciadores, fica ainda mais claro que a
antecedência e o planejamento de qualquer
viagem são essenciais quando se busca a
otimização de custos.
Economia na bagagem
• Voos na terça, quarta ou quinta-feira costumam ser mais baratos;
• O mês de julho deve ser evitado. Além das férias escolares no Brasil, é verão no exterior e o preço das
passagens sobe bastante;
• Evite remarcações. Elas não são reguladas pela ANAC e podem ser muito caras;
• Se precisar cancelar a reserva de um hotel, tente fazê-lo com 48 horas de antecedência. Isso evita custos adicionais.
Revista Raízen
16Capa
Largada para o
ano-safra
Em qualquer categoria do automobilismo, os momentos
que antecedem a luz verde na largada são de tensão.
Centenas de horas de trabalho de equipes inteiras
repousam sobre esses poucos segundos. Trabalho
dos mecânicos que garantem o bom funcionamento
de todo equipamento, dos engenheiros que calculam a
quantidade de combustível de cada volta e do próprio
piloto, que treina exaustivamente até conhecer cada
trecho do circuito. A preparação correta para uma
corrida pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.
Na Raízen, isso não é diferente. Responsável por
produzir mais de 4 milhões de toneladas de açúcar e 2
bilhões de litros de etanol por ano, além de comercializar
23 bilhões de litros de combustíveis no varejo por meio
da marca Shell, a empresa passa por uma preparação
minuciosa para o começo de cada ano-safra. Nesta
edição da Revista Raízen, confira como cada área do
negócio faz seus preparativos para os desafios do ano.
Revista Raízen
Terra fértil
Na área de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB),
a preparação para o começo do ano-safra é
fundamental. Diretamente atrelado a este ciclo
da safra, o segmento agroindustrial trabalha
esse momento em três pilares: plantação do
canavial, manutenção do equipamento industrial
e capacitação de funcionários. De acordo com
o diretor executivo Agroindustrial da Raízen,
João Alberto Abreu, a estratégia de cultivo de
cana-de-açúcar é fundamental para garantir o
fornecimento da matéria-prima às unidades de
produção ao longo de todo o ano.
Hoje, a empresa planta a maior parte da cana
justamente no período que antecede o começo
do ano-safra, entre dezembro e fevereiro (saiba
mais detalhes no box). Nos outros meses, tipos
diferentes de plantio são planejados de acordo
com a incidência de chuvas em cada época.
“Uma vez plantado, o canavial é um longo
compromisso, já que ele tem vida útil de cinco
anos. Então, é muito importante plantá-lo não só
no período certo, mas em uma região adequada
e com as técnicas corretas”, explica Abreu: “Do
contrário, o produtor vai ter problemas com
produtividade por um longo período”.
Garantido o abastecimento de matéria-prima,
a parte industrial precisa estar preparada para
processar a cana. Por ano, a moagem média da
Raízen gira em torno de 60 milhões de toneladas.
Para atingir um resultado tão expressivo – maior
até do que a safra de países inteiros – as unidades
produtoras trabalham ininterruptamente. E é aí
que a manutenção ganha ainda mais importância.
Qualquer falha nos equipamentos industriais
tem o potencial de interromper a produção
de toda uma unidade. Para impedir isso, o
maquinário é avaliado de forma preventiva,
por meio de intervenções programadas, ou
preditivas, com o monitoramento constante da
condição do aparelho. Tudo isso é feito sempre
com atenção aos custos de cada operação.
“Com o mapeamento e a programação de
intervenções, conseguimos manter um ambiente
de trabalho seguro, competitivo e em bom
funcionamento”, afirma o diretor executivo. “O
período de preparação para o ano-safra é muito
importante para a manutenção, mas ela também
acontece durante a safra. Em dias de chuva,
temos que parar a produção e aproveitamos
esses momentos para fazer reparos”, explica.
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Os ana-d
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de
Plantio 18 meses – Acontece de dezembro a fevereiro,
quando as chuvas são mais abundantes. Considerado o
período ideal para a cana-de-açúcar, garante rápido crescimento e reduz a incidência de pragas.
Plantio de inverno – Começa em abril e diminui gradativamente até junho, já que a quantidade de chuvas
costuma diminuir com a chegada do inverno. Requer
técnicas especiais para garantir o crescimento em um
período de estiagem.
Plantio do ano – Realizado de setembro até novembro,
este plantio será colhido 12 meses depois. O método facilita o gerenciamento das plantações e otimiza a utilização
de máquinas e mão de obra.
Revista Raízen
18Capa
Alta qualificação
Terceiro pilar de EAB no começo do ano-safra, a capacitação
permeia todos os processos de preparação. Hoje, 80% dos
funcionários da área agroindustrial da Raízen trabalham tanto na
safra quanto na entressafra. Para alcançar esse percentual, as
mesmas equipes que trabalham na operação de equipamentos
foram treinadas para executar a manutenção.
“Os funcionários que participam da operação e da manutenção
passam a ter um conhecimento ainda mais profundo do maquinário,
além de desenvolverem uma nova habilidade que lhes permite
crescer profissionalmente. Do ponto de vista financeiro, isso também
é muito positivo para a empresa”, reforça João Alberto Abreu.
O trabalho de capacitação inclui elementos como eficiência
industrial, otimização de consumo de água e redução de perdas,
todos com foco em aumento da produtividade. As áreas de
Extração e Moagem, por exemplo, recebem workshops com
técnicas para melhorar o resultado das moendas. Essas ações,
aliadas à aproximação entre as áreas corporativas e operacionais,
objetivam alcançar a excelência operacional.
“Ao aproximar o operacional do corporativo, você consegue
estabelecer metas mais objetivas. O corporativo ganha uma visão
mais próxima da condição real do negócio e o operacional entende os
desafios da alta liderança, o que cria um intercâmbio muito positivo”,
aponta o diretor Agroindustrial da Raízen, Eduardo Calichman.
Desafio logístico
Os problemas estruturais do Brasil são um grande desafio para as
empresas. Segundo o Banco Mundial, o país perdeu no ano passado
20 posições no ranking mundial de logística e passou a ocupar o 65º
lugar entre 160 nações. Em um mercado extremamente competitivo,
o segmento sucroenergético é impactado por esse cenário e a área
de Logística, Distribuição e Trading (LD&T) da Raízen trabalha para
vencer esse problema.
“No começo do ano-safra, a preparação de LD&T considera, em
especial, como ganhar eficiência e produtividade na movimentação
dos produtos. É um exercício que fazemos constantemente”, conta o
vice-presidente executivo de LD&T da Raízen, Leonardo Gadotti. “Isso
leva em consideração toda a situação do negócio: o clima e a produção
estimada, tendências de oferta e demanda local e global, além da leitura
de fatores conjunturais levantados pela nossa inteligência de mercado,
seja para o etanol ou açúcar”, complementa.
Essa busca constante por eficiência e oportunidades de crescimento
tem direcionado os investimentos da Raízen em logística de liquídos para
determinadas regiões do Brasil, sobretudo Centro-Oeste e Nordeste.
Apesar da economia brasileira ter desaquecido em 2014, os estados
que compõem essas áreas apresentaram crescimento acima da média.
“Nesse momento, a maior parte das nossas inaugurações de
novos terminais acontece no Centro-Oeste. Esta região apresenta
oportunidades muito expressivas, onde a logística é um importante
diferencial”, aponta Gadotti.
Revista Raízen
aproximar
metas
“Ao
o operacional
do corporativo, você consegue
estabelecer
mais objetivas.
O corporativo ganha uma visão mais
próxima da condição real do negócio e o
operacional entende os
da alta
, o que cria um
intercâmbio muito positivo”
desafios
liderança
Eduardo Calichman
Diretor Agroindustrial da Raízen
Segurança e eficiência
As grandes oportunidades de negócio nessas regiões
também envolvem grandes desafios. É lá que se encontram
alguns dos principais gargalos logísticos, como estradas em
condições precárias e oferta limitada de modais. De acordo
com o vice-presidente de LD&T da Raízen, movimentar
cargas com segurança e de maneira eficiente nas áreas em
questão é uma das preocupações da empresa.
“A pergunta que fazemos é: como usar essa estrutura
rodoviária, muitas vezes precária, sem comprometer a
segurança das pessoas envolvidas?”, ressalta Gadotti. “Para
isso, ao longo de todo o ano-safra, temos programas de
segurança voltados às áreas de distribuição e procurando
formas de reduzir os riscos. Fazemos isso mapeando as
rotas mais seguras, treinando motoristas e dando todo o
suporte necessário às nossas transportadoras”, conclui.
Outra estratégia para minimizar a exposição às situações de
risco é a busca de novos modais. Como as rodovias estão
entre as opções mais caras e menos seguras, a Raízen
tem investido em alternativas para minimizar sua utilização
nos próximos anos. Isso inclui o uso de dutos, cabotagem
e ferrovias – que aliam segurança e eficiência.
“Sair das rodovias é uma tendência no negócio. Hoje, nós
só optamos pelo modal rodoviário quando não há outras
alternativas. Logística na área de líquidos é uma questão
de escala e eficiência, onde agilidade e criatividade fazem
a diferença”, pontua Gadotti.
Revista Raízen
20Capa
Posto não se discute
Na área comercial, o fim do ano-safra é o momento em que
a empresa realiza uma análise de como o mercado vai se
comportar e traça novas estratégias para o próximo período.
São levadas em consideração variáveis como o desempenho
de etanol nas unidades produtoras e a demanda por
combustíveis nos segmentos de varejo e B2B, por exemplo.
Essas prospecções ajudam a equipe comercial a definir
quais serão as prioridades do novo ano-safra.
“Neste período do ano, fazemos um planejamento
estratégico muito detalhado sobre onde vamos investir
dentro das prioridades que mapeamos. A Oferta Integrada,
pacote de ações de marketing e treinamento em postos,
é atualizada ao fim de cada ano-safra e concentra os
nossos principais objetivos para o segmento”, afirma
o vice-presidente executivo Comercial da empresa,
Teofilo Lacroze. “Continuamos focados em excelência
operacional, sobretudo na venda ativa dos produtos na
pista. É um quesito que melhorou muito desde a formação
da Raízen, mas queremos aprimorá-lo ainda mais”.
Assim como a área de Logística, a previsão é de que o
crescimento comercial da empresa também concentre-se
nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, que avançam acima
da média do resto do país. No entanto, Teófilo destaca que
a companhia espera crescer em todas as regiões por meio
de embandeiramento de novos postos.
Isso ocorre por conta do crescimento da frota nacional
de veículos. De janeiro a dezembro de 2014, ela subiu
de 82 para 86 milhões, segundo o Departamento
Nacional de Transportes (Denatran) – uma expansão de
aproximadamente 4%. O resultado é bem superior ao do
PIB no mesmo período, que observou retração de 0,15%,
de acordo com prévia do Banco Central.
“O Brasil vive um momento de arrefecimento econômico,
mas o varejo de combustíveis tem o benefício de ser um
segmento que cresce acima do PIB. Acreditamos que
essa tendência vai continuar no ano-safra 2015/2016”,
afirma Teofilo. “A grande questão é como o consumidor
brasileiro vai se comportar diante deste cenário
macroeconômico”, avalia.
Nos segmentos de Aviação e B2B, a área comercial vai
trabalhar em busca de novos clientes. Apesar do impacto
da retração econômica no consumo de diesel em grandes
indústrias, o market share da Raízen no segmento de B2B
ainda dá espaço para expansão. Segundo Teófilo, é preciso
descobrir novos clientes em segmentos-chave, como o
agronegócio, frotas de carga e construção. Por sua vez,
o segmento de Aviação, demonstra que 2015 será um
ano positivo com muitas oportunidades na aviação geral.
Segundo o vice-presidente Comercial da Raízen, a empresa
prepara-se para um ano desafiador, mas de crescimento.
Revista Raízen
Capital humano
No início de um novo ano-safra, o alinhamento de todos
os funcionários com o plano de negócios é um dos
principais fatores de sucesso na Raízen. É com esse
foco, para promover um ambiente de alta performance,
com clareza das expectativas em relação à atuação de
líderes e equipes, que a área de Recursos Humanos
organizou os processos de gerenciamento de RH em
um Ciclo de Gestão de Pessoas.
O intuito da iniciativa é tornar claro aos funcionários
os atuais procedimentos de gestão e como eles estão
integrados, o que garante visibilidade e transparência
das ações realizadas.
No começo do ano-safra, entre os meses de abril e
maio, esse processo volta suas atenções para a etapa de
Planejamento de Metas. Definidos pela liderança e acordado
com os diferentes níveis, esses objetivos devem ser claros
e tangíveis para que haja o engajamento de todos.
“Trata-se de um momento muito importante para a
Companhia, onde todos precisam ter clareza de seu
protagonismo no plano de negócio da Raízen e sobre
quais são os principais desafios de sua área. Uma vez que
isso esteja claro, o próximo passo é traçar um plano de
execução estruturado para alcançar esses objetivos”, diz
a vice-presidente de Recursos Humanos, Marina Quental.
“É papel da liderança alinhar as metas com suas equipes
de maneira clara e transparente, definindo planos para
alcançá-las e reconhecendo as conquistas durante o ano.
Aqui também entra em ação um de nossos princípios: a
meritocracia, que valoriza aqueles que fazem a diferença e
entregam resultados além do esperado, em linha com as
atitudes que valorizamos”, diz Marina.
Compromisso com pessoas
Marina Quental ressalta que, para garantir o desenvolvimento
do capital humano, a área de RH estimula o diálogo entre
gestores e funcionários em todas as etapas do processo:
no momento de estipular metas, ao longo do ano, ao fim de
cada etapa e ao fim do ciclo.
Além de promover um ambiente de alta performance,
esse tipo de ação também é fundamentado pelo
compromisso com as pessoas, uma das competências
de liderança da Raízen.
“O Ciclo de Gestão de Pessoas sistematiza os nossos
processos de gestão de RH, garantindo a nossa
competitividade e identidade organizacional na medida
em que direciona todos com ‘o nosso jeito de fazer’, em
todas as áreas do negócio”, afirma a vice-presidente de
Recursos Humanos.
Revista Raízen
22Logística
Indispensáveis para os motoristas
de caminhão, rotogramas ajudam a
reduzir acidentes nas estradas
Transportar combustíveis para as cinco regiões do país
é um desafio que a Raízen encara com segurança e
eficiência. Hoje, a frota de caminhões-tanque a serviço
da empresa percorre cerca de 200 milhões de quilômetros
por ano, mais de 90 vezes o total da malha rodoviária
brasileira. Para garantir o bem-estar de terceiros e dos
motoristas, além de preservar os ativos da companhia, o
rotograma é uma das principais ferramentas.
Trata-se de um instrumento que traz todas as informações
relativas à rota em questão, como trajeto ideal a ser
seguido, pontos de parada e detalhes do processo de
descarga do produto. A intenção é fazer do rotograma o
guia do motorista de caminhão-tanque durante o trabalho.
O gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA)
para Transportes da Raízen, Eduardo Lucena, explica que a
elaboração da ferramenta precede a execução de qualquer
rota: “Quando temos um cliente novo, a transportadora
designa um motorista mais experiente para fazer o trajeto.
Ele faz esse percurso pela primeira vez e analisa todos os
seus detalhes, como trechos perigosos”.
N o c a so d o s p o sto s d e s e r v i ç o d a m a rc a S h e l l,
funcionários da área comercial da Raízen também avaliam o
estabelecimento e os revendedores fornecem mais detalhes
à transportadora, como o mapeamento dos pontos de
descarga e a indicação dos tanques de cada combustível.
Combinadas, essas informações dão ao motorista todo o
suporte necessário para executar um bom trabalho.
“A própria transpor tadora faz a análise das melhores
rotas, mas a falta de infraestrutura rodoviária em algumas
regiões, como no Norte e no Nordeste, torna esse trabalho
ainda mais importante. É preciso fazer um mapeamento
extenso para evitar ao máximo estradas de terra ou pontes
de madeira, por exemplo”, aponta Eduardo.
Várias frentes
N a m a i o r i a d o s c a s o s, o s m oto r i s t a s re c e b e m o
rotograma impresso e, ao longo do tempo, atualizam o
material sempre que for necessário. No entanto, algumas
transportadoras têm ido além e já adotaram ferramentas
como o rotograma digital, que conta com acompanhamento
de geolocalização em tempo real e passa instruções
faladas ao motorista.
Revista Raízen
Outro tipo muito usado é o rotograma vivo que existe
para auxiliar na gestão de operações avaliadas como
de alto risco. Um quadro de gestão é disponibilizado e
atualizado o tempo inteiro por diversos motoristas de
acordo com as condições do trecho. Em geral, ele fica
instalado nas transportadoras e com acesso permanente
aos motoristas.
“Nós sempre recomendamos a consulta ao rotograma para
todas as viagens e a utilização de iniciativas diferentes.
É por conta dessa preocupação com a segurança dos
motoristas de caminhão que nós temos melhorado nossos
resultados”, afirma o gerente de SSMA para Transportes
da Raízen.
No caminho
mais seguro
Mudança de hábito
“Nós sempre recomendamos a
consulta ao rotograma para todas as viagens
e incentivamos iniciativas diferentes,
como o rotograma digital. É por conta dessa
preocupação com a segurança dos
motoristas de caminhão que nós temos
melhorado nossos resultados”
Eduardo Lucena
Para garantir que os motoristas usem corretamente
os rotogramas e outras ferramentas de segurança,
a Raízen aposta na conscientização. Com
campanhas comportamentais e informativos,
a empresa e as transportadoras apostam no
envolvimento das famílias desses profissionais.
“Nosso maior objetivo é que eles voltem para
casa da mesma forma que saíram para o
trabalho e aproveitem as suas famílias. Por
isso, integrar os familiares e conscientizá-los
é muito importante, pois eles passam a cobrar
uma postura cada vez mais segura do seu
familiar”, ressalta Lucena. “Se os motoristas
não estiverem conscientizados, nenhum esforço
surte efeito”, complementa.
Gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA)
para Transportes da Raízen
Revista Raízen
24Infraestrutura
Inauguração
em Rondonópolis
Terminal de distribuição em Mato Grosso deve movimentar um bilhão de
litros de combustíveis e aumentar a competitividade do biodiesel da região
A Raízen inaugurou, no dia 18 de março, uma nova
base de distribuição de combustíveis em Rondonópolis
(MT). Resultado de um investimento de R$ 60 milhões,
a instalação deve movimentar um bilhão de litros de
combustíveis ao ano, além de gerar cerca de 200 empregos
diretos e indiretos.
O terminal está localizado no Complexo Intermodal de
Rondonópolis (saiba mais no box ) e faz parte de um plano
de investimentos estratégicos da companhia na região, que
Aliado logístico
Inaugurado em 2013, o Complexo Intermodal
de Rondonópolis (CIR) é considerado o
maior do tipo no país. A obra é fruto de um
investimento de R$ 730 milhões e conta com o
modal ferroviário como seu grande diferencial.
Por meio do CIR, a produção de grãos e
biocombustíveis da região pode ser escoada
para Paulínia e para o Porto de Santos.
abrange R$ 120 milhões na expansão de infraestrutura no
Centro-Oeste. Segundo Nilton Gabardo, diretor de Novos
Negócios e Infraestrutura, o objetivo é se diferenciar com
um planejamento estratégico de longo prazo.
“Apostamos na região e, portanto, a expansão das nossas
atividades precisa estar acompanhada de ef iciência
logística. É importante não apenas crescer mas também
contar com um nível de serviço diferenciado para nossos
clientes do Mato Grosso”, afirma Gabardo.
Eficiência
O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, prestigiou
a inauguração da instalação
“O terminal de Rondonópolis será
três vezes mais eficiente do que o
padrão de mercado, justamente porque
reunimos nele o que de melhor
existe em logística, tecnologia e
infraestrutura”
Nilton Gabardo
Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Raízen
Os investimentos vão elevar a eficiência logística do
transporte de combustíveis para a região: o etanol
e o biodiesel produzidos no Mato Grosso serão
transportados pelo modal ferroviário até Paulínia
(SP), cuja refinaria escoará gasolina e diesel para
a cidade mato-grossense pelos mesmos trilhos.
“O projeto possui o viés de aproximar o Sudeste e
o Centro-Oeste, dois grandes centros produtores
e consumidores de derivados e biocombustíveis,
se beneficiando da logística ferroviária casada”,
destaca Luiz Filipe Gomes Saraiva, gerente de
Projetos. “Buscamos ganhos de eficiência logística,
pois o mesmo vagão que sobe com derivados para
o Centro-Oeste volta carregado de biocombustível
para Paulínia” explicou.
“Com a utilização do modal ferroviário esperamos
ganho logístico de até 30% frente ao cenário de
abastecimento rodoviário”, estima Saraiva.
Presente no evento, o governador Pedro Taques
exaltou a iniciativa e a sua importância para o
estado do Mato Grosso. “Não vamos ficar chorando
a crise. Estamos segurando a balança comercial
do país e não temos 2% da população do Brasil.
Mato Grosso precisa de muitos investimentos como
esse da Raízen; ajudamos muito o Brasil, mas está
na hora de também contribuir mais com o nosso
estado. Precisamos de um ambiente de negociação
mais propício para novos investimentos”., apontou
o governador, exaltando o trabalho das empresas
que atuam no estado.
Antes do terminal, o mesmo transporte era
realizado por meio do modal rodoviário e os
caminhões-tanque precisavam cruzar cerca de 2
mil quilômetros até São Paulo. Além de aumentar
significativamente a eficiência desse processo, o
uso da ferrovia também é mais seguro e ajuda a
atender um mercado em expansão.
“O Centro-Oeste é um dos grandes polos
de produção de biocombustível do país e
possui um mercado com grande potencial de
crescimento, sendo uma região estratégica
para a empresa”, explica Gabardo.
Revista Raízen
26Infraestrutura
Segurança
e tecnologia
O projeto em Rondonópolis teve início em
2011, quando a Raízen adquiriu o local para
a construção da unidade. Os trabalhos
iniciaram em junho de 2013 e foram
aproximadamente dois anos de obras, sem
a ocorrência de qualquer acidente. Com
capacidade para armazenar 24 milhões de
litros em 7 tanques, o terminal tem como
diferencial a tecnologia e a alta performance
no carregamento de produtos.
“Rondonópolis será três vezes mais
eficiente do que o padrão de mercado,
justamente porque reunimos nele o que
há de melhor em logística, tecnologia e
infraestrutura de combustíveis”, afirma o
diretor de Desenvolvimento de Negócios
da Raízen, Nilton Gabardo, responsável
pelo projeto.
Desenvolvimento
sobre trilhos
No ano-safra 2014/2015, a Raízen
movimentou no mercado interno cerca de
3,8 bilhões de litros de etanol e outros 700
milhões de litros de biodiesel. Desse total,
cerca de 20% foram escoados por trilhos.
No cenário nacional, a produção do estado
é significativa. De acordo com informações
da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), Mato
Grosso é responsável por 18% dos 3,4
bilhões de litros de biodiesel produzidos em
todo o país – cerca de 600 milhões de litros.
E a maior parte dessa produção é oriunda
justamente das unidades de processamento
localizadas em Rondonópolis.
A instalação também representa um
grande avanço para a própria região
e deve aumentar a competitividade do
biodiesel mato-grossense, que concorre
por mercado com a produção do Rio
Grande do Sul. Na safra 2014/2015, por
exemplo, 50% do produto movimentado
pela Raízen veio do Mato Grosso. Nos
próximos anos, a tendência é que essa
participação aumente gradativamente.
Revista Raízen
Localização estratégica do terminal, que fica próximo de
áreas produtoras de Mato Grosso e tem acesso ao modal
ferroviário, é um dos seus diferenciais
Avanço na regulação
Hoje, o mercado de biodiesel ainda é regulado
pelos leilões da ANP. Isso define os volumes
adquiridos a cada bimestre e fixa o limite de
preço para comercialização. De acordo com o
diretor de LD&T da empresa, a tendência é de
que esse cenário mude um dia.
“Quando essa mudança acontecer, o grande
diferencial das empresas que trabalham com
biodiesel será a logística. Poderemos movimentar
volumes bem maiores do produto, uma vez
que atuaremos também como trading de
biodiesel”, disse o executivo.
Planejamento
de longo prazo
“Com o uso do modal
ferroviário para fazer o
transporte de combustíveis
na ida e na volta, poderemos
ter até 30% em benefícios
logísticos frente ao cenário de
abastecimento rodoviário”
Luiz Felipe Gomes Saraiva
Gerente de Projetos da Raízen
Um dos principais desafios da Raízen no mercado
brasileiro é otimizar o transporte dos produtos
para aumentar sua competitividade. Em um país
com gargalos logísticos consideráveis, a empresa
investe em formas de diversificar seus modais –
e o uso das ferrovias, como no Mato Grosso, faz
parte desse esforço.
No ano-safra 2014/2015, as rodovias responderam
por 68% das movimentações executadas pela
Raízen. Nos próximos anos, o objetivo é reduzir essa
participação para 50% e expandir a participação dos
modais ferroviário, dutoviário e aquaviário. Além dos
ganhos de eficiência, essa mudança no panorama
logístico também torna o transporte mais seguro e
reduz as emissões da empresa.
Revista Raízen
28Sustentabilidade
Diferencial
sustentável
Raízen fecha o ano-safra 2014/2015 com 12 unidades certificadas pelo
padrão Bonsucro, o mais importante do setor sucroenergético
Quanto vale um produto agrícola? Certa de que a cana-de-açúcar
não deve ser medida apenas pelo seu valor final no mercado, a
Raízen acredita que todo o processo de cultivo deve seguir um
elevado padrão de sustentabilidade. E é essa certeza que fez a
empresa conquistar 12 certificações Bonsucro em suas unidades
produtoras nos últimos três anos.
Exigência nas exportações para a União Europeia, o selo
ambiental é o primeiro do setor sucroenergético e atesta que
a empresa usa as melhores práticas na produção de açúcar e
etanol. Na vanguarda do mercado, a Raízen foi a primeira empresa
a conquistar a certificação Bonsucro no mundo em 2011. A busca
constante pela chancela da certificação reforça o compromisso
da empresa de estabelecer altos padrões de sustentabilidade em
sua cadeia produtiva, o que coloca seus produtos derivados da
cana-de-açúcar em outro patamar de qualidade.
“Há uma tendência clara de que todas as cadeias do mundo
sigam critérios que vão além de indicadores de produção.
A evolução de parâmetros que medem os desempenhos
ambiental e social é uma necessidade para a longevidade de
qualquer negócio”, evidencia a gerente de Desenvolvimento
Sustentável, Marina Carlini.
Revista Raízen
Pilares de desenvolvimento
Para receber o certificado Bonsucro, as unidades produtoras
precisam atender aos cinco princípios baseados nos pilares
ambiental, social e econômico. São eles: cumprimento da lei;
respeito aos direitos humanos e trabalhistas; administração
da eficiência e produção; gerenciamento da biodiversidade e
serviços do ecossistema; e melhoramento contínuo das áreaschave do negócio.
Alinhada a esses princípios, a Raízen pretende certificar,
no próximo ano-safra, mais duas unidades produtoras:
“Considerando que o padrão pode ser utilizado como uma
ferramenta de gestão, se torna então possível identificar quais os
gaps da unidade produtora quanto aos diferentes temas tratados
no âmbito dos indicadores”.
Até 2020, a ideia é que todas as unidades produtoras de
açúcar e etanol da empresa estejam certificadas pelo padrão
Bonsucro. Além de engajar o público interno para uma produção
mais sustentável, esse processo contribui para a difusão de
parâmetros mais sustentáveis na agroindústria nacional, o que
beneficia o próprio desenvolvimento do país.
“Há uma tendência clara de que todas as
cadeias do mundo sigam critérios que vão
além de indicadores de produção.
A evolução de parâmetros que medem
os desempenhos ambiental e social é uma
necessidade para a longevidade
de qualquer negócio”
Marina Carlini
Gerente de Desenvolvimento Sustentável
Revista Raízen
30
Responsabilidade Social
Ainda mais
inclusão
Após a primeira edição do Programa de Qualificação para Pessoas com
Deficiência (PCD), iniciada em 2014, a Raízen promove novas ações com o
intuito de expandir ainda mais a iniciativa
Mesmo amparadas pela Constituição Federal, as Pessoas com
Deficiência (PCD) ainda encontram obstáculos para ingressar
no mercado de trabalho. Publicado há mais de 15 anos, o
Decreto nº 3.298/1999 visa assegurar os direitos e a integração
social desses cidadãos, porém, ainda é preciso avançar. Entre
os pontos sensíveis está a capacitação especializada para o
público. Atenta à questão, a Raízen desenvolveu o Programa
de Qualificação para PCD, inicialmente nas comunidades
próximas das unidades produtoras. Após o encerramento da
primeira edição, em dezembro de 2014, a empresa iniciou a
expansão do projeto.
Os novos cursos devem ser realizados em março e
junho de 2015. Neste ano, o planejamento inclui novas
atividades de divulgação em municípios em que a Raízen
atua e que ainda não receberam o programa, bem como o
fortalecimento das ações em cidades que já contam com
a iniciativa. O objetivo é ampliar a ação e preparar ainda
mais profissionais para a imersão no mercado de trabalho, que
a cada dia se mostra mais competitivo.
A coordenadora de Responsabilidade Social da Raízen, Eliane
Stopa, acredita que a importância do projeto está ligada à
inclusão social. “Percebemos que a inserção desses profissionais
no mercado de trabalho gera uma mudança de mentalidade de
todos e, a partir da percepção do potencial e das habilidades
de cada um, é possível desenvolver um ambiente de trabalho
fortalecido pelas diversidades”, destacou.
O projeto é realizado em parceria com o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai) e tem como base de atuação as
comunidades onde a Raízen atua. Com experiência em atividades
especializadas para o público, o Senai figura como um dos
principais parceiros, pois oferece estrutura e material que estimulam
o desenvolvimento das habilidades dos participantes. Por meio de
atividades dinâmicas, os cursos buscam equalizar as turmas com
o objetivo de prepará-las para ingressar no mercado de trabalho.
Colhendo os frutos
Na primeira edição do Programa de Qualificação, Antônio
Roberto Moraes Melo, de 33 anos, e Cintia Maria Santille,
de 19 anos, foram destaques do curso de auxiliar
administrativo ministrado nas cidades de Jaú (SP) e Igaraçu
do Tietê, respectivamente. Com ótimo desempenho, eles
foram aprovados no processo seletivo da Raízen.
Desde novembro de 2014, Antônio faz parte do quadro de
funcionários da empresa. Antônio é deficiente auditivo e foi
admitido no cargo de balanceiro na Unidade Diamante. “Na
infância, após uma pneumonia, tive perda de 40% da audição,
porém nunca me privei de levar uma vida como de qualquer
outra pessoa. Depois de concluir o ensino médio, realizei cursos
técnicos, como o de Recursos Humanos e, mais recentemente,
de Auxiliar Administrativo oferecido pela Raízen”, contou Antônio.
Revista Raízen
Na Unidade da Barra, Cintia conquistou o seu primeiro emprego
e assumiu o cargo de Auxiliar Administrativo no setor de
RH, em fevereiro deste ano. Para ela, a escoliose congênita
nunca foi uma limitação. “O curso foi essencial para conseguir
ingressar no mercado de trabalho e as minhas expectativas
são grandes. Com a oportunidade, sinto-me ainda mais
motivada para continuar me capacitando e crescer ainda mais
profissionalmente”, evidenciou.
Antônio conclui que seu objetivo é abraçar as oportunidades
que surgirem dentro da empresa. Ele acredita que o trabalho
realizado em grupo é uma das principais motivações. “Desde
o processo inicial de integração percebi que seria uma ótima
oportunidade de desenvolvimento profissional e, com apenas
três meses de trabalho, estou bastante otimista”.
Composição da
população brasileira
22,9%
Pessoas com deficiência
77,1%
Mercado
de trabalho
Pessoas sem deficiência
0,7%
Pessoas com deficiência
99,3%
Pessoas sem deficiência
População de 0 a 18
anos fora da escola
70,64%
Pessoas com deficiência
29,36%
Pessoas sem deficiência
Desafios do mercado em números
Antônio e Cintia representam mais dois vínculos empregatícios no total de 330,3 mil empregos para aqueles
declarados PCD no país. Apesar do avanço na questão da empregabilidade ao longo da década de 2000, os
números ainda não são positivos. Hoje, apenas 0,7% dos 47 milhões de postos de trabalho no Brasil é ocupado
por pessoas com deficiência. Em comparação, o último Censo (2010) do IBGE estima que 23,9% da população
brasileira tenha algum tipo de deficiência.
Outro grande desafio é a qualificação. A falta de acessibilidade nos centros urbanos e nas instituições de ensino
gera dificuldades que impactam diretamente a escolaridade dessas pessoas. Ainda de acordo com o IBGE, 70,6%
da população brasileira de 0 a 18 anos que está fora da escola é composta por pessoas com deficiência.
Revista Raízen
Revista Raízen
32Segurança
Em parceria com a DuPont, Raízen
realiza Pesquisa de Percepção em
SSMA e, a partir dos resultados, busca
desenvolver plano de ação com as
melhores práticas do mercado mundial
Adotar as melhores práticas de Segurança, Saúde e Meio
Ambiente (SSMA) e cultivá-las diariamente em todas as atividades
da Raízen. Com o intuito de avaliar como os funcionários encaram
a segurança no ambiente de trabalho e, em consequência,
aprimorar ainda mais seu sistema de gestão, a Raízen tem
investido em ferramentas diferenciadas. No último semestre de
2014, foi realizada a Pesquisa de Percepção em SSMA com a
consultoria da DuPont – empresa conhecida como líder mundial
em segurança industrial (saiba mais no box).
Além de mensurar a percepção dos funcionários, o trabalho
buscou traçar um benchmarking em relação ao mercado –
ou seja, realizar uma comparação entre as informações e os
dados levantados e as melhores práticas mundiais. Para tal,
a DuPont conta com uma base de dados que contempla 55
indústrias diferentes, em 41 países em mais de 1.700 sites.
Por meio da base de dados da DuPont, é possível identificar
Revista Raízen
os melhores procedimentos, ações e programas de SSMA e,
em consequência, habilitar a Raízen a implementar o que há
de melhor no mercado.
“Nossos resultados indicam que estamos no caminho certo.
Em 2014, por exemplo, registramos uma redução de 50% nos
acidentes com afastamento na companhia em relação ao ano
anterior, uma marca bastante expressiva”, evidencia o gerente
de SSMA da Raízen, Jorge Aguirre, que completa: “Buscamos
operar em conformidade com os melhores níveis mundiais de
SSMA. E mapear as melhores práticas do segmento nos dará
novas possibilidades de aprimoramento”
Nesse sentido, a Raízen aposta em ações efetivas e, por meio
da Pesquisa de Percepção SSMA, foi possível considerar as
demandas das diferentes linhas de negócios, seja em unidades
produtoras de açúcar e etanol, terminais de distribuição e postos
de serviços e aeroportos.
operar
níveis
melhores
“Buscamos
em conformidade
mundiais
com os melhores
de SSMA. E mapear as
práticas do segmento nos dará novas
possibilidades
de aprimoramento”
Jorge Aguirre
Gerente de SSMA da Raízen
Melhores
práticas
Metodologia e Resultados
Para a concretização da pesquisa, a DuPont realizou a coleta de
dados via plataforma online, impressa e entrevistas, direcionadas
a escritórios, áreas operacionais e lideranças, respectivamente.
Também foram feitas avaliações de campo nas unidades produtoras
da Barra, Serra e Jataí, no Terminal de Distribuição de São Paulo e
no Aeroporto de Congonhas. Ao longo da iniciativa, foram colhidas
mais de 6 mil respostas.
A partir da consolidação dos resultados, os principais pontos positivos
apontados foram o engajamento da alta liderança da companhia em
relação às premissas de SSMA, o êxito das atividades de capacitação
e treinamento e as sólidas referências embasadas pelas políticas
e pelos procedimentos da companhia. Porém, existem algumas
oportunidades de melhorias da percepção de segurança, sobretudo
nos escritórios. “Com os resultados da pesquisa temos informações
que nos possibilitarão, em alguns casos, ajustar nosso plano de ação
e assim deixá-lo ainda mais efetivo”, conclui Jorge.
Experiência comprovada
A Dupont é uma empresa americana que,
ao longo de mais de 200 anos de atividade,
desenvolveu uma grande variedade de produtos
e se destacou no campo da pesquisa em ciência
e tecnologia. Nesse cenário, consolidou-se
como líder mundial em segurança, com atuação
nos segmentos de energia e desenvolvimento
agrícola, entre outros.
Revista Raízen
34
Raízes do Brasil
Expansão
em São Paulo
Localizada em área de grande potencial agrícola, Unidade Paraguaçu
passa por obra de ampliação e vai dobrar sua capacidade de produção
Com o intuito de atender de forma
ainda mais eficiente à demanda da
região, a Raízen investe em um projeto
de ampliação da Unidade Paraguaçu,
localizada no centro-oeste do estado
de São Paulo. Parte do Polo Assis,
ela terá sua capacidade de produção
aumentada expressivamente a partir
do ano-safra 2015/2016. Com a obra,
a unidade atingirá a capacidade de
processar cerca de 2,5 milhões de
toneladas de cana-de-açúcar por ano,
mais que o dobro da produção original.
A unidade foi escolhida para receber
a ampliação devido à possibilidade
de expansão da sua área agrícola,
que será realizada em parceria com a
Agroterenas, sua principal fornecedora
de cana-de-açúcar. Considerado um
fator externo ao cultivo da matériaprima, até o clima da região é favorável.
Situada em Paraguaçu Paulista, o
município é conhecido como Cidade
d a s Ág u a s, a p e l i d o i n s p i rad o n a
origem do seu nome em tupi-guarani
(“Para” água e “gûaçu” grande), que
exalta seu potencial hídrico.
“A localização da unidade foi um
dos pontos determinantes para que
e l a re c e b e s se e s se inve stim e nto.
Além da expansão física, a Raízen
adquiriu e desenvolveu novos
Revista Raízen
equipamentos tanto para produção
d e a ç ú c a r e et a n o l q u a nto p a r a
a r m a ze n a m e nto e t a n c a g e m d o s
produtos”, explicou o gerente Industrial
Edson Rodrigues da Silva.
Entre as novas ferramentas implementadas,
estão uma peneira molecular para
destilação, que tornará a produção de
etanol ainda mais eficiente. Um tanque
também está sendo construído para
suportar o projeto e, juntamente com os
outros dois já em operação, aumentará
a capacidade de tancagem da unidade
em 10 mil m³. Além da construção
de um novo armazém, para estocar o
açúcar produzido.
Região fortalecida
O Polo Assis tem função estratégia para
a Raízen. Além da Unidade Paraguaçu,
ele engloba as Unidades Tarumã e
Maracaí e, desde o ano passado, Ipaussu
e Caarapó, cinco das 22 unidades
produtoras da Raízen. O crescimento do
polo representa para região a abertura
de novas oportunidades, diretamente
ou indiretamente. “Só nesse projeto
estão envolvidas mais de mil pessoas,
entre funcionários da Raízen e
te r c e i r i z a d o s , t r a z e n d o t a m b é m
prosperidade econômica para região”,
destacou Edson.
Potencial
turístico
Localizada a 422 quilômetros da capital,
desde a sanção da Lei nº 9.496/1997,
Paraguaçu Paulista é considerada
estância turística e se posiciona como
polo de desenvolvimento cultural e
de lazer da região. O “Paulista” foi
adicionado ao Paraguaçu para se
diferenciar da cidade homônima, em
Minas Gerais. A cidade chegou a
mudar de nome entre 1945 e 1950,
quando era chamada de Araguaçu.
Atualmente, o município tem cerca
de 50 mil habitantes. Boa parte
da economia da cidade gira em
torno de suas atrações naturais.
A principal delas, o complexo do
Grande Lago, é formado pelo maior
rio da região e foi transformado em
praia pública, que recebe dezenas
de turistas semanalmente.
expansão
"Além da
física, a
Raízen adquiriu e desenvolveu novos
equipamentos tanto para
de açúcar e etanol quanto para
e tancagem
de produtos"
produção
armazenamento
Edson Rodrigues da Silva
Gerente Industrial da Raízen
A expansão em números
Produção pré-expansão
1 milhão
Após expansão
2,5 milhões
de toneladas
de cana-de-açúcar processadas por ano;
de toneladas de
cana-de-açúcar processadas por ano;
25 mil m³ de tancagem;
Moagem de 6 mil toneladas
de cana-de-açúcar por dia;
35 mil m³ de tancagem;
1,3 milhões
Produção de
de sacas de açúcar por ano
14 mil
toneladas
Moagem de
de cana-de-açúcar por dia;
4,5 milhões
Produção de
de sacas de açúcar por ano
Revista Raízen
36Açúcar
Doce
commodity
Líder em açúcar, Raízen concentra 2,5% da produção mundial e
conta com uma sólida estrutura de vendas para encarar os desafios do mercado
O açúcar faz parte do cotidiano da maior parte da população
mundial – nos primeiros doces da infância, no café de todas as
manhãs e até para usos medicinais. Hoje, cerca de 180 milhões
de toneladas de açúcar são consumidas anualmente em todo o
planeta e parte delas vem das unidades da Raízen espalhadas
pelo Brasil. Uma das maiores produtoras da commodity no
mundo, a empresa alimenta o mercado com 4,5 milhões de
toneladas todos os anos.
As dimensões do negócio são gigantescas. Se fosse um país, a
companhia sozinha seria um dos dez maiores produtores globais e
superaria concorrentes como Austrália, Filipinas e Paquistão. Essa
relevância para o segmento açucareiro é pavimentada por uma
história de quase 80 anos no negócio que começou com a Cosan,
integrante, ao lado da Shell, da joint-venture que formou a Raízen.
Para manter essa posição de destaque em um ambiente
altamente competitivo, a empresa tem sólida estrutura logística
e trabalha para manter um relacionamento fértil com seus
principais clientes industriais. De acordo com o diretor de
Trading de Açúcar, Ivan Melo, uma das principais mudanças
da empresa nesse sentido foi justamente manter a área de
vendas internamente.
“Antes, nós comercializávamos o produto por meio de
representantes terceirizados que negociavam diretamente
com os clientes, mas compreendemos que era necessário
trazer esse trabalho para dentro da empresa”, explica o diretor.
“Esse movimento nos aproximou dos clientes, o que ajudou a
Raízen a estreitar o relacionamento com eles e a detectar novas
oportunidades de negócio”, complementa.
8.000 a.C.
O açúcar ao
longo da história
A história do cultivo da cana e
da produção de açúcar é tão
antiga que se mistura com a
própria história da humanidade.
Confira um pouco dessa jornada
de 10 mil anos.
Revista Raízen
O começo
Foi aproximadamente nesta
época que surgiram as primeiras
plantações de cana-de-açúcar,
na Nova Guiné. Nos séculos
seguintes à domesticação do
vegetal, seu cultivo espalhouse pela Ásia – especialmente na
China e na Índia.
350
Surge o açúcar
Os indianos foram os primeiros
a desenvolver o processo
de cristalização de açúcar.
A Índia difundiu o consumo
em outros países asiáticos e
há registros de que a China
enviava comitivas imperiais ao
país para aprender as técnicas
de cultivo e cristalização.
Do Brasil para o mundo
Além da criação dessa força de vendas para o mercado industrial
brasileiro, a empresa desponta como um dos maiores exportadores
de açúcar do mundo. Hoje, estima-se que a comercialização de
açúcar entre países seja de aproximadamente 50 milhões de
toneladas, das quais 3,5 milhões são produzidas pela Raízen – ou
seja, 7% das vendas globais.
Para o mercado externo, o carro-chefe da companhia é o açúcar
VHP (sigla em inglês para polarização muito alta). Utilizado
como matéria-prima para a produção de açúcar refinado, ele
é destinado majoritariamente para países da Ásia e do Oriente
Médio. Um percentual menor das exportações é composto por
açúcar refinado, sobretudo para países onde falta estrutura para
o processo de refino, como ocorre na África.
“O açúcar destinado à exportação é escoado pela Raízen para
o exterior, em sua maioria, a partir do Porto de Santos”, afirma
Ivan Melo. “Nesses casos, a Raízen não lida diretamente com
os compradores, ao contrário do que fazemos no mercado
nacional. Nós vendemos o produto para traders que realizam essa
transação. Fazemos isso porque alguns desses países passam por
instabilidades políticas que podem impactar o negócio”, explica.
1200
Os tipos de açúcar
fabricados pela Raízen
• VHP
Sigla para very high polarization (polarização muito
alta), é utilizado em usinas de refino como matériaprima para diferentes tipos de açúcar. Também é
usado em confeitos e panificados.
• Cristal
Ideal para refrigerantes, sucos, sorvetes e doces,
ele é obtido por meio da cristalização controlada
do caldo de cana tratado.
• Refinado
Dividido entre refinado granulado e refinado
amorfo, ele é produzido a partir do refino do
açúcar cristal dissolvido.
• Líquido
Fruto da dissolução do açúcar cristal, é uma
especialidade utilizada pela indústria alimentícia
em sucos de frutas, sorvetes e determinados
tipos de cerveja.
Da Arábia para o mundo
Na época medieval, os árabes
tomaram a dianteira no mercado
de açúcar e modernizaram
bastante o processo e o
comercializaram globalmente. As
Cruzadas em terras do Oriente
Médio ajudaram a popularizar o
produto na Europa, que passou
a importá-lo dos países árabes.
1500
Terra à vista
Ao longo de todo o século XVI, portugueses
e espanhóis aproveitaram o clima favorável
da América e começaram a cultivar o
vegetal em várias regiões, sobretudo no
Brasil, Haiti e Cuba.
38Açúcar
Desafio comercial
Após um longo ciclo de altas, o açúcar atingiu, no
começo de 2011, seu maior preço em 37 anos. Desde
então, a alta produtividade e os subsídios concedidos
por alguns países a seus produtores mudaram o
panorama do mercado açucareiro. Com anos seguidos
de superávit, o preço da comoddity tem caído ano a ano.
Um dos exemplos mais claros dessa distorção está nos
Estados Unidos. Maior consumidor per capita do produto,
segundo a consultoria Euromonitor, o país passa por
uma alta vertiginosa dos preços do produto por conta
das restrições impostas às importações para proteção
de produtores locais.
Para Ivan Melo, a recuperação dos preços não deve
acontecer em 2015, mas o superávit decrescente da
produção global de açúcar é um sinal positivo. “Nos
últimos quatro anos, o mundo produziu mais açúcar do
que consumiu. Ano a ano, esse superávit está caindo,
mas acredito que ainda teremos que esperar mais para
ver os preços voltarem ao patamar anterior”, observa.
De acordo com Ivan, a falta de uma política clara para o
etanol no Brasil também influencia os preços do açúcar.
Responsável por metade da exportação mundial da
commodity, qualquer alteração na produção brasileira tem
impacto direto no mundo todo.
“Se o Brasil delineasse uma política mais sólida para o uso
de etanol na matriz energética, os produtores destinariam
um percentual maior das suas safras ao biocombustível. A
incerteza faz com que a maioria ainda opte pelo açúcar”,
afirma o diretor da Raízen.
Raízen bate
recorde de exportação
Em janeiro, a Raízen superou um recorde interno. Em
parceria com a Rumo Logística, do Grupo Cosan, a
empresa realizou, no dia 19, seu maior carregamento de
navio de açúcar para exportação: a carga foi estimada em
78 mil toneladas e migrará para o mercado da Indonésia.
A operação de sucesso foi possível graças ao trabalho em
equipe dos times de trading da Raízen e de operações
da Rumo. Para Ivan Melo, o recorde é motivo de orgulho
para toda a empresa: “Esse resultado mostra quanto o
comprometimento e a integração dos times são importantes
para conquistarmos cada vez melhores negócios e mostrar
que podemos sempre fazer mais”.
Brasil na dianteira – Século XX
1750
Rápido crescimento
Antes destinado apenas aos
mais ricos, o açúcar deixa de
ser uma iguaria de luxo e passa
a ser consumido amplamente
na Europa. Nesta época, ele
torna-se a commodity mais
valiosa do planeta e as ilhas do
Caribe despontam como seus
principais produtores.
Revista Raízen
A Revolução Industrial impulsionou a
mecanização no cultivo da cana-deaçúcar e, ao longo do século XX, o
Brasil se estabeleceu como o maior
produtor mundial de açúcar. Hoje, o
país é responsável por metade de toda
a exportação mundial. E a Raízen é
uma das maiores produtoras globais
dessa commodity que faz parte da
história da humanidade.
Você sabia?
A palavra açúcar deriva
do sânscrito “sharkara” e
pode ser traduzida como
“areia” ou “cascalho”
Indicadores
39
Gigante açucareiro
Os milhões de toneladas de açúcar produzidos pela Raízen rodam o mundo e
chegam aos lares dos consumidores de diversas formas. Saiba, em números,
alguns detalhes desse enorme empreendimento.
4,5
milhões
de toneladas de açúcar
produzidas em 22 unidades
3 milhões
de toneladas de açúcar são exportadas
anualmente para todo o mundo
96%
do produto exportado deixa o
país pelo porto de Santos (SP). O
restante sai por Paranaguá (PR)
7%
O açúcar exportado
pela Raízen compõe
das vendas entre países
A produção anual da Raízen
seria suficiente para atender ao
consumo ideal diário de açúcar
de toda a população mundial por
17 dias*
Se a Raízen fosse um
país, seria o
8º maior
produtor mundial
de açúcar
* Baseado na
recomendação
de 37 gramas
da Associação
Norte-Americana
do Coração
Revista Raízen

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