revista - Raízen

Transcrição

revista - Raízen
revista
Ano 1 nº 2 outubro a dezembro 2011
Logística e distribuição
Empresa investe em infraestrutura
para crescimento sustentável
Índice
4
Giro Rápido
Etanol aditivado chega
a Pernambuco e a Goiás
6
Páginas Roxas
Pedro Mizutani
8
Sustentabilidade
Solução natural
10
Raízes do Brasil
Capitais de
desenvolvimento
14
Gestão e Cultura
Investindo em talentos
20
Apresentação
Cultivando
oportunidades
22
Fórmula 1
Emoções em alta
26
Tecnologia e Inovação
Geração de valores
31
Questão de Ética
Combate a cartéis
no Brasil
16
Capa
Crescendo
com o Brasil
Revista Raízen
Editorial
3
Boas energias
O fim do ano tradicionalmente é um momento de
celebração e uma oportunidade para refletirmos sobre o
que construímos ao longo dos 12 meses que passaram.
No caso da Raízen, formamos a quinta maior empresa
do país em faturamento e uma referência no mercado de
biocombustíveis, com a cadeia de produção integrada do
campo à revenda.
Como empresa brasileira, buscamos levar o etanol nacional,
produzido a partir da cana-de-açúcar, a outros países como
uma solução de desenvolvimento sustentável. Investimos na
difusão do modelo de consumo consciente e no controle
eficiente de custos e estoques como ferramentas capazes
de agregar valor ao negócio e contribuir para a preservação
da riqueza ambiental de nosso planeta.
A Raízen tem sonhos grandes e ambiciosos, e conta
com a dedicação e o talento de seus funcionários
como uma vantagem competitiva para concretizar
esses planos. Estimulamos a criatividade, a inovação
e o desenvolvimento das pessoas que trabalham
conosco, pois queremos ser reconhecidos globalmente
pela excelência no desenvolvimento, na produção e na
comercialização de energia sustentável.
Outro aspecto muito importante para a Raízen é a
segurança, imprescindível não apenas nas operações,
como também no dia a dia. Por isso é necessário cuidado
na realização das atividades para não apenas assegurar
a boa performance do negócio, mas, acima de tudo,
garantir a segurança pessoal.
O ano-safra continua até março e os esforços de todas
as áreas da empresa serão concentrados para que 2012
seja marcado por avanços tão marcantes quanto os que
vivenciamos em 2011.
brasileira,
Luis Henrique Guimarães
Vice-presidente Executivo Comercial
“Como empresa
buscamos
nacional, produzindo a partir
levar o
da cana-de-açúcar, a outros países como
de desenvolvimento uma
”
etanol
solução
sustentável
Expediente
Gerências de Comunicação Interna
e Relações Externas:
Giselle Innecco Valdevez Castro
Natascha Nunes da Cunha
Coordenação e Jornalistas Responsáveis:
Andréa Melissa Pereira (MTb/SP 038015)
Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804)
Regina Maia (MTb/SP 49785)
Produção Gráfica e Editorial:
Cajá – Agência de Comunicação
Conselho Editorial: Alessandra Moreira Ramos; Andrea Villares;
Cláudio Oliveira; João Alberto Abreu; José Vitório Tararam; Luis Carlos
Veguin; Márcio Fogaça; Paola Manfredini; Sandra Mainenti.
Fotografia: Raízen
Impressão: Burti
E-mail de contato:
[email protected]
Tiragem: 10.000
Revista Raízen
4
Giro Rápido
Etanol aditivado chega
a Pernambuco e a Goiás
Fotos: Arquivo Raízen
O Shell V-Power Etanol, único etanol aditivado do país,
chegou a mais dois estados brasileiros. Desde outubro,
os motoristas de Recife e Goiânia podem abastecer
com o produto nos postos com bandeira Shell dessas
cidades. A expectativa da companhia é que as vendas
do produto correspondam a mais de um terço das
vendas totais de etanol na região.
O novo combustível oferece a proprietários de carros
e motos um pacote de aditivos, como o Friction
Modification Technology (FMT), que confere uma maior
proteção das partes internas do motor que entram em
contato com o combustível, além da capacidade extra
de limpeza do sistema de alimentação de combustível,
como bomba, injetores e válvulas.
Brindes foram
distribuídos no
lançamento do Shell
V-Power Etanol
Desde o seu lançamento, em 2010, já foram
comercializados 200 milhões de litros do produto, o que
equivale a 5 milhões de tanques cheios. O investimento
total da companhia chega a R$ 20,4 milhões. O Shell
V-Power Etanol já é vendido em São Paulo, Rio de
Janeiro, Bahia e Paraná.
Foto: Arquivo Raízen
Consumidores mais perto da Ferrari
Vencedores da promoção “Pilote uma Ferrari por um dia” comemoram em Maranello
Revista Raízen
Que tal viajar para a
Itália, fazer uma visita
exclusiva à fábrica
da Ferrari e ainda ter
a chance de pilotar
um carro esportivo
na pista de testes
da escuderia? Esse
foi o prêmio que dez
clientes puderam
desfrutar no dia 20
d e s e te m b r o p o r
meio da promoção
“Pilote uma Ferrari
por um dia”.
Para par ticipar da
promoção, realizada
em postos de bandeira
Shell de todo o país,
os consumidores
deviam abastecer com
gasolina Shell V-Power
ou Shell V-Power
Etanol entre março e
maio deste ano e se
inscrever via SMS no
sorteio. Essa foi mais
uma opor tunidade
criada pela Raízen, joint
venture entre Shell e
Cosan, para aproximar
consumidores e a
parceria tecnológica
existente entre a marca
Shell e a Ferrari há
mais de 60 anos.
Paixão estampada no peito
Os apaixonados por automobilismo ganharam mais uma
oportunidade de demonstrar o fascínio pela Fórmula 1. De
novembro de 2011 a janeiro de 2012, a Raízen preparou
uma promoção que oferece aos consumidores dos
postos com bandeira Shell seis modelos colecionáveis
de camisetas.
Cada modelo estampa o emblema da Ferrari e um modelo
de carro com o qual a equipe italiana foi campeã ao longo de
mais de 60 anos de parceria com a marca Shell nas pistas.
Para ganhar o brinde, os consumidores dos postos
urbanos deverão abastecer com 25 litros de combustíveis
diferenciados da família Shell V-Power e pagar mais R$ 14,90.
Quem trocar o óleo na rede com quatro litros de Shell
Helix HX7 ou Ultra ou ainda comprar mais de R$ 25 em
produtos das lojas Select pode participar acrescentando
os mesmos R$ 14,90. Nas estradas, os motoristas
deverão abastecer 200 litros de Shell Formula Diesel e
pagar o mesmo valor.
Soluções inovadoras na Fenatran
A nova ferramenta de gestão de
frotas da Raízen, Expers, foi o
destaque da empresa no 19o Salão Internacional do Transporte –
Fenatran 2011, entre os dias 24
e 28 de outubro, em São Paulo.
Desenvolvido com a Ecofrotas, o
sistema foi apresentado aos visitantes do evento, considerado o
principal do Brasil no segmento
e um dos cinco mais importantes
do mundo na área de produtos e
serviços detinados aos transportadores de carga.
A solução tem como público-alvo empresas transportadoras, de logística e aquelas que
utilizam o transporte rodoviário
na cadeia produtiva. O sistema
funciona integrado às bombas
de combustível e permite ao
gestor determinar o volume a
ser abastecido, além de indicar
quando e em qual posto o serviço deverá ser feito.
Nos próximos cinco anos serão investidos R$ 30 milhões
no Expers, principalmente em
tecnologia, desenvolvimento do produto e marketing. A
expectativa é de um faturamento
de R$ 2 bilhões com a implementação da ferramenta. Atualmente,
200 estabelecimentos nas principais vias do país estão operando com Expers. A meta é que
350 postos façam parte dessa
rede até 2012.
Estande da Raízen reúne visitantes na Fenatran 2011
6
Páginas Roxas: Pedro Mizutani
Desafios da
entressafra
Momento de baixa na
produção, a entressafra
é considerada por muitos
um dos principais desafios
para a expansão do
mercado de etanol. O
vice-presidente executivo
de Etanol, Açúcar e
Bioenergia da Raízen,
Pedro Mizutani, avalia
o período e comenta
expectativas para a
próxima safra.
Revista Raízen
Índice
Entramos no período de entressafra da
cana-de-açúcar. Como avalia a última safra?
A safra 2011/12 não foi muito diferente do previsto
inicialmente pelos analistas de mercado. Como
consequência dos canaviais envelhecidos e dos
investimentos limitados, a produção de cana
sofreu uma redução em todo o Brasil. Dados do
Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) mostram
que do início da safra até outubro, houve uma
queda de 18% na produtividade da cana em
relação ao ano anterior. A Raízen seguiu a
tendência de queda, porém com uma redução
menor em virtude da estratégia adotada e de
gerenciamento, e deve fechar o período moendo
de 52 milhões a 54 milhões de toneladas de
cana-de-açúcar. Os números ainda estão sendo
consolidados pela empresa.
Houve antecipação do fechamento da safra?
7
“Grande parte das está voltada
para o
da produtividade da
,
sem a necessidade de
aumentar a área de
pesquisas
aumento
cana-de-açúcar
plantio”
da expansão das unidades próprias e de aquisições. É importante ressaltar
que as aquisições, que fazem parte da tendência de consolidação do setor
sucroalcooleiro no Brasil, não resolvem o problema da produção no país.
Daí a importância das medidas para incentivo de produção do governo.
Como divulgado pela própria União da Indústria
de Cana-de-Açúcar (Unica), algumas usinas do
Centro Sul anteciparam o fechamento de suas
safras. Regiões produtoras tradicionais de São
Paulo sofreram uma quebra agrícola significativa.
Nos primeiros 15 dias de outubro, mais de 40
usinas já haviam parado a produção. Das 24
unidades da Raízen, 50% entraram no período de
entressafra em meados de novembro. As demais
continuaram produzindo e tinham previsão de
encerrar o ciclo ainda no mês de novembro.
Como os investimentos em pesquisa podem contribuir para elevar a produção no Brasil e reduzir a influência do período de
entressafra na oferta de etanol, por exemplo?
O que podemos esperar do próximo período?
Qual a importância do sorgo sacarino nesse contexto?
A safra 2012/13 deve ser melhor que a deste ano.
Mesmo assim, apresentará um crescimento tímido,
de no máximo 10%. O setor voltou a investir, mas
ainda será necessário tempo para que esses recursos
comecem a se fazer sentir no mercado. Para se ter
uma ideia, para atender à demanda brasileira de canade-açúcar é preciso que a moagem do país alcance
1 bilhão de toneladas nos próximos oito anos.
Isso representa investimentos da ordem de
US$ 67 bilhões ou 172 novas usinas, com capacidade
de moagem de 3 milhões de toneladas cada.
O sorgo sacarino, como uma cultura vegetal complementar à da canade-açúcar, pode contribuir para a produção do etanol e servirá para
antecipar o início da próxima safra. Ele não substitui a cana, mas poderá
ajudar a preencher a capacidade ociosa das usinas ou estender o
período de safra. Para a próxima safra, plantaremos sorgo em duas
regiões: Piracicaba e Jataí.
Quais os planos da Raízen para incrementar
a produção brasileira?
A Raízen nasceu com um ousado plano de
investimentos, que soma US$ 7 bilhões nos
próximos cinco anos. Boa parte desses recursos
será direcionada para expandir a capacidade de
moagem da companhia, das atuais 65 milhões
de toneladas de cana-de-açúcar por ano para 80
milhões de toneladas no período. O aumento deve
vir de novos projetos, os chamados greenfields,
Os investimentos em pesquisa e novas tecnologias são parte do processo
de incremento da produção brasileira. São importantíssimos e envolvem
entidades renomadas, como o CTC. Grande parte das pesquisas está voltada
para o aumento da produtividade da cana-de-açúcar, sem a necessidade
de aumentar a área de plantio. A Raízen, juntamente com a Codexis, estuda
enzimas que irão contribuir para a maior produtividade industrial. E esperamos
que já em 2012 possamos ser beneficiados por esses estudos. Há ainda as
pesquisas voltadas para o etanol de segunda geração.
O que acontece nesse período de entressafra?
Durante a entressafra, são realizados reparos em todas as 24 usinas da
Raízen. É a nossa parada para manutenção, quando são feitas vistorias,
reparos e a limpeza de todos os equipamentos. É um período que envolve
muito planejamento e atenção, principalmente na área de segurança, pois
a população industrial pode até triplicar em alguns casos.
Até que ponto a entressafra das usinas afeta a oferta dos produtos nos mercados interno e externo?
O setor sucroalcooleiro está extremamente profissionalizado e trabalha
com um planejamento de longo prazo para justamente não ser afetado
pela entressafra ou, então, mitigar os impactos de uma possível quebra
de safra, por exemplo. O setor produz durante 7 ou 8 meses do ano e
comercializa seus produtos nos 12 meses. A entressafra já é tradição,
então o setor já se prepara com estoques e armazenagem.
Revista Raízen
8Sustentabilidade
Solução
natural
Recursos da própria natureza auxiliam no combate a pragas
nas plantações de cana-de-açúcar
Assim como na mesa dos brasileiros os alimentos cultivados sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos
ganham terreno, no campo a Raízen trabalha para ser
cada vez mais produtiva e ecologicamente eficiente. No
processo de cultivo da cana-de-açúcar, por exemplo, o
controle biológico de pragas é uma importante ferramenta na consolidação de práticas mais sustentáveis desde
a plantação até a colheita.
A cana, como todas as culturas agrícolas, recebe a influência
de agentes externos que podem prejudicar seu desenvolvimento ou até mesmo impedir sua sobrevivência. Duas pragas
que normalmente atingem os campos são a broca-da-cana
Revista Raízen
(Diatraea saccharalis) e a cigarrinha-da-raiz (Mahanarva
fimbriolata). Juntas, elas podem destruir centenas de hectares e provocar uma redução significativa da produtividade em
locais com focos de infestação.
Para evitar que isso aconteça em suas plantações, a
Raízen aposta no controle biológico, forma de combate
às pragas que dispensa o uso de defensivos químicos.
A Cosan, uma das companhias que criaram a Raízen, construiu, em 1973, o primeiro laboratório particular de controle
biológico de pragas do Brasil. Atualmente, a Raízen tem oito
unidades localizadas em São Paulo e Goiás responsáveis
por distribuir a tecnologia para as usinas da empresa.
Avanços significativos
H o j e, c i n c o l a b o r a tó r i o s d a
Raízen produzem mensalmente cerca de 130 milhões de vespas Cotesia flavipes, que combatem a larva broca-da-cana. Dos
outros três saem 13 toneladas
de esporos do fungo Metharizium
anisoplea, organismo que controla
naturalmente a cigarrinha-da-raiz.
“O controle biológico, além do baixo impacto ambiental, tem como
grande vantagem o fato do parasitoide que é liberado no campo se
reproduzir naturalmente. Ou seja, é
capaz de restabelecer o equilíbrio
natural nessas áreas ao longo do
tempo”, acrescenta o diretor.
Cassio acredita que as exigências internacionais por uma produção agrícola mais limpa fazem
com que muitas empresas privadas e algumas universidades dirijam o foco das suas pesquisas
para o controle biológico. Como
resultado, já há pesquisas em estágio avançado para combater outras importantes pragas, como o
Sphenophorus (conhecido como
bicudo da cana) e os Nematoides.
Fotos: Arquivo Raízen
“Da implantação dos primeiros laboratórios até hoje houve muita
evolução. A prática de se fazer o
controle da broca-da-cana com uso
de inimigos naturais se disseminou
por todo o setor sucroenergético e
se consolidou como a forma mais
eficaz de se conviver com esse inseto. Nestes 38 anos, os laboratórios se profissionalizaram, adotando
um rigoroso controle de qualidade”,
explicou o diretor de Produção Agrícola, Cassio Paggiaro.
Funcionário aplica os agentes biológicos
nas plantações de cana-de-açúcar
Desafios
Cerca de R$ 4 milhões são investidos
anualmente na manutenção e na estrutura de controle biológico. Se comparado à utilização de defensivos agrícolas, o método que utiliza agentes naturais representa um ganho de 35% para
a empresa. “O trabalho é economicamente viável e competitivo em termos
de custo. Além do impacto muito reduzido no meio ambiente, contribuímos
socialmente gerando emprego e renda
para mais de 200 colaboradores diretos”, conta Cassio Paggiaro.
130 milhões
de vespas e 13
toneladas de
esporos de fungo
são produzidas
mensalmente nos
laboratórios da
empresa
O diretor avalia ainda que os procedimentos são constantemente aprimorados e aponta caminhos para o
desenvolvimento tecnológico. “Para a
Cotesia e para o Metarhizium, que já
são muito conhecidos e amplamente
usados, o maior desafio é a gestão
da produção, sempre em busca de
custos competitivos e maior eficiência
na produção em laboratório. Para as
novas pesquisas, a meta principal é
repetir os resultados conseguidos em
laboratório nas condições de campo,
onde uma diversidade grande de variáveis tem que ser considerada.”
Revista Raízen
10
Raízes do Brasil
Revista Raízen
Capitais de
desenvolvimento
Vista da sede administrativa
da Raízen em São Paulo (SP)
São Paulo e Rio de Janeiro são
símbolos da economia brasileira. Responsáveis por mais
de 16% do Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro em 2008,
segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as duas cidades
produziram juntas mais de
R$ 510 bilhões e conquistaram as duas primeiras colocações na lista dos municípios com mais expressão nos
resultados nacionais.
Também líderes no ranking dos
municípios mais populosos dos
país, São Paulo (11,2 milhões
de habitantes) e Rio de Janeiro
(6,3 milhões) tendem a manter o
ritmo de desenvolvimento com
a aproximação de eventos importantes do calendário mundial, como a Copa do Mundo de
2014 e as Olimpíadas de 2016.
Com escritórios centrais nessas
duas importantes cidades, a
Raízen consolida sua posição
estratégica nos principais centros de tomada de decisão de
seus segmentos de negócio.
Ao todo, a empresa mantém
cerca de 700 funcionários divididos em diversas áreas de
atuação nas unidades carioca
e paulistana.
Revista Raízen
12
Raízes do Brasil
Terra de
oportunidades
Conhecida por sua força econômica, São
Paulo concentra diversas
áreas da Raízen, como
Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB), Jurídico, Finanças, Logística, Distribuição
e Trading (LD&T), Desenvolvimento Sustentável e
Relações Externas, Recursos Humanos e parte dos
setores Comercial e de
Tecnologia da Informação.
“Para os negócios da empresa, São Paulo agrega sob o ponto de vista
e conômico e f ina nce iro. A capital paulista é
a cidade mais próspera do Brasil quando falamos de opor tunidades. É importante para a
Raízen estar ali, pois ela
fica próxima de áreas-chave para o setor de
EAB, por exemplo”, avalia
o coordenador ambiental da Raízen, Humberto
Magalhães, que trabalha
no Rio de Janeiro e quinzenalmente viaja a São
Paulo para discutir assuntos da área jurídica e
alinhar estratégias.
Na opinião de Marcelo
Couto Almeida, gerente de
Marketing da área Comercial
para Meios de Pagamento e
Fidelidade, a presença em
São Paulo é importante para
Sede administrativa da
Raízen em São Paulo (SP)
Revista Raízen
o relacionamento com parceiros. “Dentro da área de
marketing, temos algumas
iniciativas importantes para
os negócios da revenda.
Uma delas é o Cartão Shell,
lançado em parceria com o
Santander, e outro projeto
grande é na área de transação desses cartões nos
postos, pensado junto com
a Cielo. Apesar da minha
base ser no Rio de Janeiro,
preciso estar na capital paulista pelo menos um dia na
semana pois a sede desses
parceiros é em São Paulo.
A pluralidade de oportunidades se repete no ambiente cultural paulistano,
que reúne ícones das mais
diversas culturas internacionais. “Em São Paulo,
é possível tomar um café
da manhã colonial, almoçar comida mexicana, tomar um chá da tarde árabe e jantar em um restaurante japonês sem sair
do mesmo quarteirão. As
pessoas correm o tempo todo e a cidade não
para”, comenta a gerente
financeira de LD&T, Gina
Cassettari. Ela atua em
São Paulo, dá suporte à
parte fluminense da equipe e alterna entre as duas
capitais nos fins de semana para ver o marido, que
mora no Rio de Janeiro.
Índice
13
Foto: Arquivo Raízen/Paulo Rodrigues
Sede administrativa
da Raízen no Rio
de Janeiro (RJ)
Um Rio de negócios
No Rio de Janeiro, está a maior parte da
área Comercial da Raízen. Sede de grandes empresas públicas e privadas de energia, laboratórios de pesquisa e órgãos relacionados ao petróleo, a Cidade Maravilhosa
representa um importante polo de discussão
do mercado.
“O Rio é importante pelos negócios de distribuição de combustíveis. Todas as grandes
distribuidoras têm base na cidade. A Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Combustíveis e
de Lubrificantes (Sindicom) estão ali. É muito
importante para a empresa estar no centro
onde se tomam as grandes decisões”, avalia
Humberto Magalhães.
Gina Cassettari acrescenta que a proximidade dos principais players do mercado favorece os resultados da empresa. “Os principais
fornecedores e concorrentes estão na cidade,
então acredito que a presença da área Comercial no Rio torna o relacionamento mais
próximo e o negócio flui melhor.”
Revista Raízen
14
Gestão e Cultura
investindo
em talentos
Em outubro, foi lançado o Programa de
Estágio Raízen 2012. Com o objetivo de
conhecer, desenvolver e contratar novos
talentos, a iniciativa quer formar profissionais com o perfil da companhia, capazes de trazer novas ideias e conhecimentos para contribuir com o crescimento de uma empresa que hoje está
entre as cinco maiores do Brasil.
Há oportunidades para as áreas de Etanol,
Açúcar e Biocombustível (EAB), Comercial,
Logística, Distribuição e Trading (LD&T),
Finanças, Jurídico, Recursos Humanos,
Desenvolvimento Sustentável e da Central
de Serviço Compartilhado – que inclui processos de Recursos Humanos, Tecnologia
da Informação, Transações Financeiras,
Infraestrutura e Suporte ao Cliente.
Murilo Mancuso orientou sua formação
profissional para o trabalho no campo
Revista Raízen
O local de atuação dos aprovados dependerá da área escolhida, podendo
variar entre os escritórios de São Paulo,
Rio de Janeiro e Piracicaba (SP), além
das unidades produtoras no interior de
São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás
e os terminais de distribuição e aeroportos espalhados pelo Brasil.
O processo seletivo prevê as seguintes
etapas: inscrição, testes on-line, dinâmica de grupo, painel com gestores e
entrevista final. (Para mais informações,
acesse Programa de Estágio 2012 no
site www.raizen.com.br.)
“Procuramos estagiários que tenham as
atitudes Raízen. Queremos garantir que
o programa de estágio seja fonte de re-
Thiago Souza, de estagiário
a coordenador
crutamento de novos talentos, formados
com o ‘perfil Raízen’ e que, ambientados à
cultura, apoiarão o crescimento da empresa”, ressalta a analista de Desenvolvimento
Humano & Organizacional, Anne Paula.
Segundo a gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Sandra
Mainenti, “durante o período de estágio, o participante será acompanhado
pelo gestor da vaga e terá um plano de
desenvolvimento estruturado, incluindo
integração na área e na empresa como
um todo, desenvolvimento individual, capacitação profissional, avaliações e Projeto Final de Estágio. A Raízen oferece
bolsa de estágio e benefícios compatíveis com o mercado”.
Monique: “Comprometimento mais
dedicação é igual a reconhecimento”
Exemplos
Ao unir o melhor da Shell e da Cosan, a Raízen
promoveu também a integração dos talentos das
duas companhias. Muitos dos funcionários que
hoje compõem o quadro da empresa tiveram as
portas do desenvolvimento profissional abertas por
programas de estágio.
Coordenador de remuneração e benefícios, Thiago
de Castro Souza entrou na Shell em 2001 como
estagiário e foi contratado em 2002. Na opinião
dele, as experiências vividas ao longo do programa foram decisivas para sua carreira.
“Havia muita diferença entre o que vivi na faculdade e o que encontrei em uma empresa de padrão
global. Acho que, se eu tivesse partido direto da
faculdade para um emprego formal, teria tomado
um baque difícil de reagir. O estágio foi a situação
perfeita para fazer essa transição, para conhecer a
rotina e a complexidade de uma grande empresa.
Foi um belo test drive”, afirma Thiago, que se graduou em Comunicação Social.
Situação semelhante viveu Murilo Mancuso, engenheiro agrônomo, ex-estagiário da Cosan e hoje supervisor de colheita da Raízen. “Planejei toda a minha
formação voltada para o trabalho em usina. Acompanhando a rotina de uma empresa no dia a dia, pude
conciliar isso ao que aprendi na graduação. Vivi na
prática a sensação de estar em uma empresa, enfrentando desafios”, conta.
Estagiário entre janeiro de 2006 e agosto de 2008,
quando foi efetivado, Murilo acredita que o período
como estagiário serviu para entender valores e compreender características que o ajudam na construção
da identidade da Raízen. “É cada vez mais forte essa
cultura de traçar metas, ter um objetivo.”
Para Monique Domingues, recém-efetivada como
engenheira júnior de Projetos, o estágio foi fundamental para seu desenvolvimento profissional. “A
experiência me proporcionou vivência corporativa
e uma maior visão do negócio”, aponta.
Thiago Souza compartilha a ideia de que a experiência
passada contribui para os progressos atuais. “Chegar
ao estágio no primeiro dia foi uma grande novidade e
vir para a Raízen, também. A experiência do processo
de adaptação que vivi há dez anos foi muito útil para
me preparar para esse novo desafio, para embarcar
em uma nova empresa, com uma nova cultura.”
Futuro
Incentivados a crescer, Thiago, Murilo e Monique
comentam o que motiva cada um a investir em
longas carreiras na Raízen. “Os desafios me atraem.
A empresa tem um potencial de crescimento enorme
e sabemos dos planos ambiciosos para os próximos
anos. Também quero crescer e me estimula saber que
o crescimento da empresa passa pelo meu próprio
crescimento”, avalia Murilo.
Já Thiago se interessa pela complexidade da empresa,
que tem negócios variados, como a produção de etanol
e a revenda de combustíveis. “Sou atraído pelas oportunidades que isso gera. Podemos lidar com temas completamente diferentes no mesmo dia. Por sua grandeza, a
Raízen proporciona múltiplas experiências dentro de uma
mesma empresa.”
Monique conta que tem traçado seu planejamento
para crescer na empresa. Para isso, pretende, em curto prazo, assumir uma posição de campo, como engenheira de Campo, de Remediação ou assessora de
SSMA, por exemplo, com o objetivo de adquirir conhecimento mais técnico. “Posteriormente, tenho a intenção de retornar ao escritório e trabalhar em diferentes
áreas, o que me proporcionará um conhecimento mais
sólido do negócio para, em longo prazo, assumir uma
posição de liderança.”
Para ela, a fórmula do sucesso é: comprometimento mais
dedicação igual a reconhecimento. “É um orgulho fazer parte
de uma das empresas mais competitivas do mundo na área
de energia sustentável. As pessoas que trabalham na
Raízen devem pensar grande sempre.”
Revista Raízen
16Capa
Base de distribuição da
Raízen em Barueri (SP)
Crescendo
com o Brasil
Revista Raízen
Fotos: Arquivo Raízen
Raízen investe em infraestrutura para
sustentar planos de crescimento
Com potencial produtivo reconhecido em
todo o mundo, o Brasil tem um grande desafio pela frente: ampliar e modernizar sua
infraestrutura de distribuição e de transporte
para sustentar o crescimento da economia
ao longo dos próximos anos. Com impacto
direto no preço e na competitividade dos
produtos nacionais no comércio interno e
externo, os custos com frete e logística ainda são obstáculos para que o país acelere
de vez em direção ao desenvolvimento.
Compromissada com os interesses brasileiros, a Raízen busca condições equilibradas para que seus produtos sejam cada
vez mais competitivos no mercado global.
Nesse sentido, a área de Logística, Distribuição e Trading (LD&T) trabalha para otimizar o uso dos recursos e para superar
barreiras logísticas que possam dificultar os
planos de expansão da empresa.
Após expressivo investimento, a Raízen
inaugurou em junho deste ano um novo
terminal de distribuição de combustíveis
em Alto Taquari (MT). Com capacidade
de armazenagem de 11 milhões de litros
e de movimentação superior a 1 milhão
de litros por dia, o empreendimento recebe biocombustíveis produzidos na região
e também estoca e distribui derivados de
petróleo. Gasolina e diesel são levados
até o terminal mato-grossense por meio
de vagões abastecidos em Paulínia (SP).
“O empreendimento de Alto Taquari hoje
é exemplo de sucesso de terminal intermodal, trazendo eficiência logística que
se reverte em prosperidade para a região.
Baseados nesse exemplo, estamos investindo em novos terminais em Palmas (TO)
e Rondonópolis (MT). A chegada da ferrovia nesses locais traz um novo horizonte
de possibilidades de negócios. Mais uma
vez incentivamos e participamos do crescimento dessas novas fronteiras logísticas”, explica o vice-presidente executivo
de LD&T, Leonardo Gadotti Filho.
Revista Raízen
18Capa
Gerenciamento
e benefícios
Além dos investimentos diretos e do recolhimento de impostos, a presença de empresas como a Raízen estimula
ações que vão desde capacitação da mão de obra local
até a implementação de unidades de outros setores da
cadeia produtiva, que se beneficiam de matérias-primas
disponíveis, como o etanol.
“No caso de Palmas, o novo
terminal terá condições de suprir o estado do Tocantins com
eficiência e, ao mesmo tempo, ser um importante centro
de distribuição para o NorteNordeste. Atualmente, 80% da
produção de etanol está localizada nos estados de São
Paulo, Goiás, Mato Grosso e
Revista Raízen
Paraná, demandando movimentos rodoviários de mais
de 1,5 mil quilômetros para
suprimentos das regiões
Sul, Norte e Nordeste”, acrescenta Gadotti.
Para gerenciar sua capacidade de armazenagem em todo
o Brasil, a Raízen desenvolveu um software de gestão
chamado de Sistema Integrado de Comercialização e
Logística do Etanol (Sicle).
A ferramenta busca otimizar
a comercialização e o uso
da infraestrutura da empresa. Com o Sicle, é possível
identificar a melhor maneira
de alocar a produção, avaliando performance e resultados em tempo real.
Ponto de carga e descarga
de caminhões no terminal
de combustíveis
“O empreendimento de
Alto
Taquari hoje é exemplo de
sucesso de terminal intermodal,
trazendo
que se reverte em
para a região”
eficiência
logística
prosperidade
Fruto da joint venture entre Shell e
Cosan, a Raízen une a capacidade
produtiva e logística dessas duas
empresas reconhecidas no mercado pela qualidade de seus produtos
e serviços. Nesses primeiros meses
de operação, a companhia promove a integração das duas estruturas, aprimorando o uso de recursos
materiais, humanos e financeiros.
Por meio da unificação de processos e procedimentos e do treinamento das equipes responsáveis,
a empresa está centralizando a
administração dos terminais antes
divididos entre as duas distribuidoras. As unidades de Fortaleza (CE),
Paulínia (SP) e Betim (MG) são
exemplos de polos compar tilhados que agora contam com
operação única.
“Com a unificação, em locais onde
a Raízen passou a dispor de tancagem própria, foi possível eliminar a
contratação de tanques de terceiros”, conta Leonardo Gadotti. “Assim,
melhoramos a eficiência do atendimento, reduzimos a dependência
em relação a terceiros e alcançamos uma economia significativa de
R$ 2 milhões por ano. É o caso
de Madre de Deus (BA), Esteio
(RS), Barueri (SP) e São José dos
Campos (SP)”, acrescenta.
eficiência do
atendimento, reduzimos a dependência
em relação a terceiros e alcançamos
uma economia significativa de
R$ 2 milhões por ano”
Cabotagem
O transporte aquaviário feito próximo às margens e entre dois portos de um mesmo país é chamado
de cabotagem. Com amplo potencial de navegação a ser explorado em seus rios, o Brasil volta a
investir nesse modelo como alternativa eficiente, econômica e com
menor impacto ao meio ambiente.
No último dia 29 de setembro,
por exemplo, o BNDES aprovou empréstimo-ponte de R$ 1,7
bilhão à Logum Logística, empresa de transportes na qual a Raízen
tem participação acionária de 20%.
O sistema logístico de transporte
de etanol a ser implantado abrange 1.330 km de dutos, com capacidade de transporte de 20,8
milhões de metros cúbicos por
ano e dez terminais de armazenamento de etanol. O sistema ligará as principais regiões produtoras aos centros consumidores
da Grande São Paulo e do Rio de
Janeiro, assim como aos terminais
marítimos de Ilha D’Água (RJ) e
Caraguatatuba (SP), de onde o produto poderá ser distribuído para os
demais centros consumidores do
país e para outros mercados internacionais por meio da cabotagem.
A união entre dutos e navios formará um modelo de transporte
rápido, de menor custo e menos
poluente. Tais avanços auxiliam
na estabilização da oferta de biocombustíveis no país, já que os
produtos poderão ser armazenados em regiões mais próximas
dos principais mercados.
Em Belém (PA), a criação da
Raízen permitiu a integração da
área do Centro Coletor de Etanol ao Terminal de Distribuição
de Combustíveis, centralizando
controles e equipes em escritório
único. A infraestrutura adequada
e preparada especialmente para
operações de cabotagem de etanol (veja mais no box a seguir) permite à Raízen pioneirismo nessas
operações, que já acontecem com
frequência de um navio ao mês.
Revista Raízen
Fotos: Arquivo Raízen
Integração
“Melhoramos a
20Apresentação
Cultivando
oportunidades
Fundação investe na educação como combustível
para o desenvolvimento
A Raízen tem planos ambiciosos de crescimento para os próximos anos, e faz
parte desse planejamento oferecer oportunidades de desenvolvimento para seus
funcionários e para as comunidades nas
quais está inserida. Nesse contexto, a
Raízen, por meio de sua Fundação – entidade criada pela Cosan em 2002 –, já
beneficiou mais de 500 mil pessoas em
suas ações comunitárias.
Inicialmente voltada para a complementação escolar dos filhos de funcionários, a
Fundação ampliou seu escopo de trabalho em 2009, passando a oferecer também cursos de formação profissional, e
abrindo suas portas a toda a sociedade. Hoje, são beneficiadas mais de 600
pessoas, com idade entre 4 meses e 16
anos. A expectativa da empresa é a de
que, até 2014, o número de pessoas beneficiadas pelas atividades realizadas diretamente nos núcleos alcance mais de
mil crianças e jovens.
Para as crianças com
até seis anos, o foco é
a educação infantil e a
complementação escolar
Revista Raízen
Cursos profissionalizantes
são oferecidos a jovens a
partir de 18 anos
Fotos: Arquivo Raízen
“Para as crianças com até seis anos, o foco
é a educação infantil. Aquelas entre 10 e 16
anos recebem acompanhamento pedagógico
e complementação educacional fora do horário escolar. Além disso, elas realizam ações
socioeducativas, culturais e têm a possibilidade de se preparar para o mercado de trabalho
e participar do programa Aprendiz. Os núcleos
oferecem ainda curso de artesanato e informática”, explica a gerente de Responsabilidade
Social, Lucia Teles.
A partir dos 18 anos, os jovens podem fazer
cursos profissionalizantes, nas áreas de manutenção automotiva, logística e de calçados.
Atualmente, são 15 salas em funcionamento, em parceria com a área de Formação de
mão de obra, totalizando mais de 300 alunos.
Até 2014, mil
pessoas deverão
ser beneficiadas
diretamente pelas
atividades dos
núcleos da Fundação
Somente ao longo da safra 2011/2012, a
Raízen prevê investimentos de mais de
R$ 10 milhões nas atividades da Fundação. A entidade já possui quatro núcleos
em operação, nos municípios paulistas de
Piracicaba, Barra Bonita, Dois Córregos
e Jaú. “Em 2012, serão inaugurados mais
quatro centros de atividade – Valparaíso,
Ipaussu e Igaraçu do Tietê, em São Paulo, e
Jataí, em Goiás –, além da Unidade Móvel de
Treinamento, que percorrerá as cidades nas
quais a empresa opera”, acrescenta Lucia.
Somada à atuação dos núcleos, a Fundação
realiza inúmeras ações de cidadania com as
comunidades locais, promovendo saúde, cultura, educação e lazer. Todos os anos, mais
de 90 mil pessoas são envolvidas.
22
Fórmula 1
Emoções
em alta na
Fórmula 1
Revista Raízen
Momento mais esperado do ano para os fãs brasileiros do automobilismo, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 foi realizado
no último dia 27 de novembro. Para reforçar a presença tradicional
da marca Shell, por meio do patrocínio à Ferrari, no mundo do
automobilismo, a Raízen promoveu diversas ações na cidade de
São Paulo e nos postos de sua rede em todo o país.
a empresa promoveu uma verdadeira invasão de Ferraris: mais
de 30 miniaturas de carros de corrida da montadora italiana
circularam por pontos estratégicos da cidade pilotadas por
controle remoto. As pessoas que circulavam pelos locais da
ação puderam brincar com os modelos e sentir um pouco da
emoção de comandar um carro em alta velocidade.
No dia 23, o piloto Felipe Massa foi a um shopping de São Paulo
para fazer uma demonstração aberta ao público dos benefícios que
a gasolina Shell V-Power oferece para o seu carro de corrida e para
os motores dos milhões de veículos que abastecem na rede Shell.
Já nas paredes dos grandes prédios paulistanos, os fãs do esporte
a motor se tornaram pilotos virtuais de uma Ferrari em uma volta
pelo circuito brasileiro do calendário da Fórmula 1. Uma equipe
contratada pela Raízen percorreu a cidade com equipamentos para
projetar nas paredes dos edifícios um jogo gigante de videogame,
convidando a população para curtir o desafio.
Para entrar no clima do grande prêmio do Brasil, a Raízen levou para as ruas da capital paulista algumas de suas ações de
marketing relacionadas à Fórmula 1. Pelas calçadas de São Paulo,
Na noite de sábado, um show exclusivo de Zeca Pagodinho foi
realizado no Transamérica Expo Center. Os três mil convidados
da empresa dançaram e se divertiram ao som de sucessos como
“Deixa a vida me levar” e “Samba pras moças”. A abertura do show
foi feita pelo pianista Glaucio Christelo, que empolgou o público
misturando no piano clássicos do rock e sucessos atuais.
Foto: Arquivo Raízen/Marcos Issa
No evento, o piloto misturou ingredientes tradicionais de um coquetel
de frutas para ilustrar os componentes do combustível (veja receita
a seguir). Massa – que completou sua 100ª corrida pela Ferrari neste GP Brasil – foi acompanhado pelo apresentador Daniel Hope e
pelo engenheiro técnico de combustíveis da Raízen, Gilberto Pose.
Felipe Massa em volta
rápida pelo circuito de
Interlagos (SP)
Revista Raízen
24
Fórmula 1
1
No autódromo
“É sensacional correr em casa, na pista que cresci.
Sempre trabalho para conquistar um bom resultado
para todos que vêm ao autódromo. O trabalho com
os combustíveis da Shell é cada dia mais importante para dar rendimento e diminuir o consumo. Para
se ter uma ideia, em Interlagos, 10 quilos a menos de combustível no tanque representam quase
três décimos de segundo por volta”, contou Felipe
Massa aos convidados do HC da Raízen.
O piloto brasileiro acrescentou ainda que os combustíveis oferecidos nos postos com bandeira Shell
levam aos motoristas a tecnologia desenvolvida
nas pistas. “Em um treino em Maranello retiramos
a Shell V-Power usada nas corridas e enchemos o
tanque com a Shell V-Power vendida nos postos.
A diferença de rendimento foi de apenas dois décimos. Isso prova que o desenvolvimento tecnológico
está chegando ao consumidor.”
O espanhol Fernando Alonso, também piloto da Ferrari, comentou as dificuldades enfrentadas pela equipe este ano e contou algumas de suas expectativas
para 2012. “Este ano foi difícil, mas serviu para que
a equipe saísse mais forte de todos os problemas.
As pessoas mais inteligentes dizem que aprendemos
nessas situações e a temporada de 2011 serviu para
isso, para um aprendizado. Houve uma evolução
importante nos nossos combustíveis. Temos a sorte
de trabalhar com a Shell nessa área e, para o próximo ano, esse trabalho continuará importantíssimo.”
Stefano Domenicali, chefe da escuderia italiana, agradeceu pelos esforços conjuntos e disse que espera
um cenário de inovação em 2012. “Gostaria de agradecer a Shell pelo apoio técnico com os combustíveis, certamente itens fundamentais para a performance. Podemos esperar novidades para o ano que
vem com o novo regulamento para a área de escape.
Vamos melhorar a performance, com o desenvolvimento de um novo motor, novas tecnologias.”
Coquetel de Shell V-Power
• 200 ml de suco de laranja fresco: equivale ao combustível básico de alta densidade, como os aromáticos.
• 200 ml de limonada: combustível básico de baixa densidade, como as parafinas.
• 50 ml de suco de romã misturado com banana: altos fluxos de energia, como as olefinas.
• 10 ml de mel: tecnologia de modificação de atrito (FMT) – aditivo projetado para ajudar a manter as peças do motor funcionando sem problemas, melhorando o desempenho.
• Suco de 1 limão: detergente que ajuda a manter o motor limpo, reduzindo a formação de depósitos.
Revista Raízen
Fotos: Arquivo Raízen/Marcos Issa
Na sexta-feira, dia 25, o Hospitality Centre (HC) da
Raízen em Interlagos foi aberto aos revendedores
e convidados da empresa. Ao todo, mais de três
mil pessoas passaram pelo HC e pelas arquibancadas da empresa até o domingo da corrida, entre jornalistas, empresários e personalidades. Na
lista, estão a dupla oficial de pilotos da Ferrari,
Fernando Alonso e Felipe Massa, o chefe da equipe, Stefano Domenicali e a dupla de pilotos de teste
da escuderia italiana, Jules Bianchi e Marc Gené.
2
3
4
5
1. O público encontrou na entrada da arquibancada D o
espaço da Raízen simulando o interior de um motor;
2. Os mecânicos da Ferrari durante treino de pit stop;
3. Alonso visita o HC e conversa com os convidados
sobre a corrida. 4. Massa acena confiante antes da
corrida; 5. Valdeno Brito, Jacques Villeneuve e o diretor
Leonardo Linden; 6. Stefano Domenicali, chefe da Ferrari,
fala sobre as expectativas para a corrida, no HC.
6
26
Tecnologia e Inovação
Geração
de valores
Revista Raízen
Do uso intensivo do carvão, principalmente após a Revolução Industrial no
final do século XVIII, ao desenvolvimento dos biocombustíveis, o mercado de
energia sofreu profundas transformações. Hoje,
-ções.
Hoje, com
com empresas
empresas e governos
focados na eficiência econômica e ambiental, o aprimoramento do etanol de
primeira geração e as pesquisas para
produção da segunda geração do biocombustível em larga escala são dois
importantes caminhos do desenvolvimento sustentável.
desafiode
deser
seconsolidado
consolidar como
Com oo desafio
uma commodity global, o etanol é objeto
de análise constante. Além do aprimoramento do processo de fermentação do
suco que se extrai da cana-de-açúcar
– método a partir do qual é produzida
a primeira geração do biocombustível
novas estudos buscam maneiras de
–, novos
aproveitar as demais partes da planta,
como o bagaço, para dar origem ao etanol de segunda geração.
O gerente de Desenvolvimento Estratégico Industrial do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Jaime Finguerut,
acredita que os custos e a preocupa-
ção ambiental devem estimular o uso
de matrizes mais ecológicas. “Os combustíveis fósseis tradicionais continuarão
como os principais fatores de facilitação
do desenvolvimento, porém a tendência
da sua substituição é clara e crescente.
Os biocombustíveis são produtos agroindustriais e permitem uma produção distribuída geograficamente, criando empregos, principalmente nas áreas que têm
terra, água, sol e mão-de-obra.
mão de obra. O Brasil
é provavelmente o país que está melhor
preparado tanto para vender biocombustíveis como para vender tecnologia.”
Finguerut aponta a experiência brasileira como um diferencial no processo
de estímulo aos biocombustíveis. “Conseguimos ter aqui o principal programa
de substituição de gasolina do mundo,
com grande geração de renda e desenvolvimento regional. Existem outros países que também produzem etanol para
misturar na gasolina, porém como a sua
produção não está bem desenvolvida,
estes países
esses
países têm
têm de
de subsidiar o processo, tornando a substituição da gasolina
uma política pública que pode ser alterada ou mesmo abandonada.”
Tecnologias
Fotos: Divulgação CTC
As tecnologias para melhorar o aproveitamento da
cana-de-açúcar são diversas e a Raízen analisa a
capacidade de adaptação dos modelos ao seu processo produtivo. “Existe uma série de iniciativas que
estão acontecendo, principalmente para aumentar a
produtividade. Mantemos um grupo da área agrícola sempre próximo desses estudos para ver quais
técnicas podem ser aplicadas em nossos negócios”,
explica o diretor de Projetos, Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Rodrigo Pacheco.
Jaime Finguerut avalia que as pesquisas podem trazer ganhos significativos e multiplicar os índices de
produção. “Se a cana tivesse iluminação dia e noite,
sem restrição de água e de outros nutrientes, talvez
pudesse gerar cinco ou oito vezes mais do que é obtido comercialmente hoje. Todavia, não é viável plantar cana deste jeito. Promovendo a adaptação aos
ambientes, podemos aumentar a produtividade e, ao
mesmo tempo, perenizar a planta nesse ambiente.
Para isso, é necessário conhecer profundamente as
técnicas de melhoramento genético.”
O gerente do CTC estima que o uso da biotecnologia
permitirá o desenvolvimento de variedades locais de
alta produtividade que, se forem rapidamente propagadas e plantadas, podem dar ganhos de 20 a 50%
em poucos anos.
Revista Raízen
28
Tecnologia e Inovação
Segunda geração
O etanol de segunda geração é um importante reforço produtivo para atender à demanda crescente por biocombustíveis.
Ao aproveitar as partes da cana-de-açúcar dispensadas no
processamento da primeira geração, chamada de biomassa,
o método contribui para o aumento da produção e para a redução de resíduos.
“A pesquisa do etanol de segunda geração é vista como uma
oportunidade de agregar valor à biomassa que você já tem,
aumentando a produção. Ou seja, existe hoje um potencial que
está sendo investigado para descobrir como ele pode ser viabilizado economicamente. A Raízen, como player líder do mercado, está atenta a esse movimento para saber qual o momento
certo para aplicar a melhor tecnologia, já que nem todas estão
prontas para uma escala comercial”, analisa Rodrigo Pacheco.
O diretor da Raízen ressalta que os novos métodos devem
entrar em processo de validação. “Ainda não existe hoje uma
planta processando etanol de segunda geração em escala comercial. Existem várias experiências mais avançadas que estão
entrando agora em um ciclo de demonstração, depois de ter
sido comprovado o modelo em escala piloto. Vemos isso com
muito bons olhos e temos parcerias com diversas empresas
mais
buscar
estrutura
para aplicar a tecnologia adequada no momento que acreditarmos que ela tenha atingido sua maturidade e possa ir para
uma escala comercial.”
Jaime Finguerut destaca que o etanol de segunda geração
aumenta a produção anual de biocombustíveis por hectare de
forma significativa, inclusive em áreas onde não é mais possível ampliar o canavial. “É fazer mais com menos. De certa
forma, é semelhante a buscar o petróleo cada vez mais fundo. Vamos ‘cavando’ a estrutura da cana, retirando açúcares
fermentáveis da estrutura fibrosa da cana, de onde antes só
conseguíamos retirar energia por meio da queima.”
Segundo ele, o Brasil e o CTC já têm conhecimento tecnológico para iniciar estudos em escala real de produção tão rápido
como os Estados Unidos ou a Europa. “Temos base científica
e técnica necessária para concretizarmos esse salto tecnológico e há interesse real dos produtores, dos desenvolvedores
de tecnologia e dos órgãos de promoção à inovação. Assim,
se a primeira planta de demonstração efetivamente iniciar o
seu projeto em 2012, teremos etanol de segunda geração em
escala experimental em 2014 e, nesse ano ou no seguinte, veremos plantas industriais em implantação e início de produção.”
“É fazer
com menos. De certa forma, é semelhante a
o petróleo cada vez mais
. Vamos
‘cavando’ a
da cana, retirando
fermentáveis de onde antes só conseguíamos retirar
por meio da queima”
fundo
açúcares
energia
Jaime Finguerut
Gerente de Desenvolvimento Estratégico Industrial do CTC
Revista Raízen
Foto: Divulgação CTC
segunda geração
oportunidade
biomassa
aumentando
potencial
economicamente”
“A pesquisa do etanol de
é vista como uma
de agregar valor à
a produção. Ou seja, existe hoje
que você já tem,
que está sendo investigado para descobrir como
um
ele pode ser viabilizado
Rodrigo Pacheco
Diretor de Projetos, Pesquisa e Desenvolvimento da Raízen
Mercado futuro
Ao analisar como estará o mercado de biocombustíveis daqui a 20 anos, Jaime Finguerut aponta que estarão disponíveis tipos de cana mais produtivos (até duas vezes mais por
hectare e por ano) e “planejados” para facilitar o transporte e
o processamento. Além disso, o gerente do CTC imagina que
outras culturas estarão em estágio inicial de sinergia com a
cana para maximizar o aproveitamento da energia solar, da
água e da fertilidade do solo.
“A partir da cana estaremos produzindo mais e melhores biocombustíveis, atendendo a outros setores de transporte, como
os baseados em motores do ciclo diesel e em aviação. A cana
será muito importante também convertendo energia solar em
outras energias utilizáveis como bioeletricidade. A substituição
do petróleo estará também em franco desenvolvimento na fa-
bricação de bioplásticos e biomateriais em geral, adicionando
valor e aumentando a estabilidade da cadeia da cana. O mercado estará maior e mais exigente, e somente produtos sustentáveis serão aceitos”, conta Finguerut.
Na opinião do diretor Rodrigo Pacheco, o etanol de segunda
geração ainda será o principal horizonte de estudos. “O etanol
celulósico é, e será por um longo prazo, a grande tecnologia que
precisa ser desenvolvida e implementada para poder se concretizar como um diferencial para o setor. Hoje, não vejo outra
tecnologia que venha a estar no mesmo grau de maturidade do
etanol de segunda geração. Acredito que teremos uma mudança
de patamar com o etanol celulósico e durante um bom tempo
vai haver uma consolidação dessa tecnologia dentro do setor,
antes migrarmos para o próximo passo.”
Revista Raízen
30
Tecnologia e Inovação
Parceria estratégica
Em setembro, a Raízen assinou um acordo com a empresa norteamericana de biotecnologia Codexis para o desenvolvimento de
novas tecnologias que aumentem a produtividade da cana-de-açúcar
na produção de etanol de primeira geração. Em entrevista para a
Revista Raízen, o presidente da empresa parceira, Alan Shaw, analisa
o mercado e aponta caminhos para o crescimento sustentável.
CO2 desde 1975 devido à adoção destas políticas estratégicas.
Estamos otimistas quanto ao futuro do
mercado. Muitos governos têm visto o
potencial dos biocombustíveis e estão
apoiando seu desenvolvimento. A Agência Internacional de Energia prevê que os
biocombustíveis terão potencial de atender mais de 25% da demanda mundial
de combustíveis de transporte em 2050.
Como a parceria entre Codexis
e Raízen contribui para atender a
demanda global?
O Brasil construiu a primeira economia
sustentável de biocombustíveis do mundo e hoje é o segundo maior produtor
mundial de etanol. O país desfruta de
uma posição competitiva na agricultura,
e parte disso é consequência do desenvolvimento avançado de biocombustíveis
baseados na cana-de-açúcar. Acreditamos que o Brasil continuará em um
papel de liderança e poderá servir de
modelo para outros países.
Qual é a importância do etanol para
o desenvolvimento sustentável?
O Brasil é referência mundial na construção de uma economia sustentável de
biocombustíveis e o etanol é extremamente importante na busca pelo desenvolvimento sustentável.
O governo brasileiro começou a adotar
a mistura de etanol e gasolina em 1976,
como reação à crise do petróleo no início da década de 1970. De acordo com
um estudo divulgado em 2009 na revista Energy Policy, o país deixou de emitir
mais de 600 milhões de toneladas de
Revista Raízen
Estamos honrados em ser parceiros da
Raízen, porque ambos acreditam no relevante papel da tecnologia. A parceria
foca na melhoria da performance econômica do etanol. O governo brasileiro estima que a produção de etanol do Brasil
precisa dobrar na próxima década para
atender à demanda doméstica. Nossa
parceria ajudará a atender essa crescente demanda ao trabalhar para melhorar
a produção de etanol.
Quais são as vantagens do etanol de
segunda geração?
A segunda geração de etanol utiliza
a mesma quantidade de terra para
produzir mais ao aproveitar a porção da
cana-de-açúcar que é atualmente
descartada. Essa geração será produzida usando fontes não destinadas
à alimentação, como o bagaço. O
combustível de segunda geração não retira
alimentos da cadeia humana ou animal, e
resulta em menores emissões de gases
de efeito estufa e maiores rendimentos.
Qual será o papel desse biocombustível no futuro?
Acreditamos que o etanol celulósico será
o único caminho para o Brasil suprir sua
demanda por combustível. Aguardamos
ansiosamente a implantação desse
novo e impor tante combustível. A
Codexis tem trabalhado com a Raízen
no d e se nvo l v im e nto d a se gu n d a
geração de etanol, e os progressos
têm sido excelentes: obtivemos rápidos
avanços na produção de enzimas
comercialmente viáveis.
Essa parceria existe porque a Shell
é um dos maiores distribuidores de
biocombustíve is no mundo, com
profunda experiência na produção e
na distribuição global de combustíveis.
Acreditamos que essa experiência pode
propiciar a transição do desenvolvimento
para a produção em larga escala e
ajudar a acelerar a viabilidade dos
biocombustíveis em escala global.
Foto: Divulgação Codexis
Como a Codexis analisa o mercado
global de biocombustíveis?
Questão deÍndice
Ética
31
Combate a
cartéis no Brasil
Em 2010, o Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade) condenou, por
unanimidade, cinco grandes empresas do
segmento de gases industriais e hospitalares e sete de seus executivos pela prática de cartel. As multas aplicadas somam
R$ 2,9 bilhões, sendo que, para apenas
uma das empresas, a multa atingiu a quantia de R$ 2.218.699.838,45. No segmento
de revenda de combustíveis em particular,
há tantas condenações e investigações de
cartel em curso, que a Secretaria de Direito
Econômico (SDE) entendeu por bem publicar uma “Cartilha sobre combate a cartéis
da revenda de combustíveis”.
O bem-sucedido histórico recente de
combate a cartéis transformou o Cade
em destaque mundial nessa área.
Entretanto, na tarefa de investigar e punir
cartéis, a autarquia não atua sozinha.
Nos últimos anos, foram desenvolvidos
mecanismos de estreita cooperação
com outras autoridades, como a
SDE, a Polícia Federal, o Ministério
Público Federal e o Procon. Essas
autoridades dispõem de sofisticadas
ferramentas de investigação, como
escutas telefônicas, ações de busca
e apreensão e programas de leniência
(delação premiada).
O resultado desse conjunto de iniciativas
foi o desbaratamento de centenas de
cartéis, com aplicação de multas a
empresas e indivíduos, mas também com
a instauração de inúmeros processos
criminais. Sim, além de ilícito administrativo,
o cartel configura crime, sujeito à pena de
reclusão de até cinco anos.
Consta que há mais de uma centena
de processos criminais no Brasil contra
executivos acusados de participação
em cartéis. Um conhecido exemplo
de coordenação entre a SDE e a
Polícia Federal é a operação que
ficou conhecida como “Operação
Mão Invisível”, deflagrada em 2008
e que resultou na prisão imediata
de 22 indivíduos, entre revendedores
de combustíveis, diretores do sindicato
da revenda local e representantes
de distribuidoras.
Mas, afinal, o que exatamente configura
um cartel? Cartel é o acordo explícito
ou tácito entre concorrentes com vistas
a reduzir ou eliminar a concorrência, na
tentativa de obter lucros em patamares
próximos aos de um agente monopolista,
em prejuízo dos consumidores. Entre
as práticas que tipicamente configuram
cartel incluem-se os acordos entre
concorrentes que tenham por objeto: (i)
fixação de preços, incluindo aumentos
programados e descontos; (ii) divisão de
mercado, por cliente, região geográfica
ou outros critérios, assim como pactos
de não agressão; (iii) boicotes coletivos
a clientes, fornecedores e outros
competidores; (iv) limitação de produção;
(v) fraude à licitação; (vi) limitação a
avanços tecnológicos.
Claudia Pitta
Diretora Jurídica Corporativa da Raízen
Atualmente, também é considerada
ilícita a simples troca de informações
competitivas sensíveis, que pode
ensejar ou facilitar a adoção de conduta
concertada entre concorrentes.
A Raízen adota, entre seus princípios
de negócio, o apoio à livre concorrência
e o respeito à legislação antitruste
dos países em que opera. No mês de
novembro, iniciamos o treinamento
antitruste presencial, que permeará
as diversas camadas e áreas da
organização, priorizando aquelas mais
expostas a riscos concorrenciais. Esse
treinamento é mandatório para todo
o público elegível.
Revista Raízen
VISTA A CAMISA
FERRARI COM
SHELL V-POWER
Agora, quem vai aos postos Shell
participantes abastece duas vezes:
o tanque e o guarda-roupa.
Abasteça 25 litros de Shell V-Power + R$14,90 e ganhe uma camisa
exclusiva Ferrari. São 6 modelos colecionáveis para você escolher.
Passe em um posto Shell participante e aproveite.
A marca Shell é licenciada para Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan. Promoção válida apenas nos postos Shell participantes
no período de 01/11/2011 a 31/01/2012 ou enquanto durarem os estoques. A camisa não pode ser vendida separadamente.

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