Relíquia (des)espera por intervenções

Transcrição

Relíquia (des)espera por intervenções
IRS vai ser mais
vantajoso em 2015
1,50 €
SEMANÁRIO | ANO 15 | Nº 790
terça-feira | 9 de Janeiro de 2015
DIRECTOR: EDGAR R. AGUIAR
tribunadamadeira.pt
As despesas gerais familiares, que incluem gastos com
o supermercado, vestuário, combustíveis, entre outras,
são deduzidas. 24
Relíquia (des)espera
por intervenções
PSD-M “renascido” prestes
a consagrar Albuquerque
8e9
Conceição Estudante garante que a zona “não está ao abandono”. Toda a área dos
achados arqueológicos, entre a Rua Direita e o Largo do Pelourinho, vai ser, no futuro,
integrada num roteiro de visita. Mas o projeto não será a curto prazo. 32
Congresso do PSD dará sinais
sobre eleições regionais
10 a 13
«Jackpot» adapta-se aos novos tempos
Partidos vão passar a receber menos 40% das verbas
destinadas aos grupos parlamentares. 4 e 5
Atentado
à liberdade
de imprensa 7
Saúde alerta para surto de gripe
devido ao frio 27
Taxa de desemprego aumentou 22
Informação online em www.tribunadamadeira.pt
2 semeador
O PALHAÇO E OS ANIMAIS DE CIRCO
Por tudo e por nada é fácil
hoje em dia instalar uma
polémica e pretender mobilizar gente para “arrastões
nas redes sociais” e manifestações de rua a propósito das
mais absurdas causas.
E para não fugir à regra aí
está mais uma: a interdição
de animais em espectáculos
de circo.
Ontem fui ao circo, aqui
no Funchal. Onde pairava
uma onda de revolta, de desconfiança e mau estar pela
vereação da Câmara ter proibido a presença de animais
na arena do Circo Mundial.
Que não é a mesma coisa,
que as crianças vão sentir a
falta, que vai ser a ruína do
circo e, quiçá, o seu desaparecimento. E blábláblá...
Polémica essa que agora
chega também a Lisboa por
via de idêntica decisão que
o executivo camarário local
pretende levar avante.
E eu, que sempre fui habituado a ver animais no cir-
num baile improvisado confundem-se coma s luzes artificiais que tudo enchem de luz.
Os olhares das imagens mostram vazios. Almas de madeira com roupagens pintadas
pelo um qualquer artesão de
religiosidades. Ali mesmo em frente ao
adro perfilam-se, num murete, copos vazios com cheiro
a cerveja e vinho a granel. As
tábuas dos balcões improvisados dos bares ostentam rodelas avinhadas e as filas para
as bebidas a pressão aumen-
tam ao ritmo das batidas latinas. Imensamente eróticas,
sensuais.
Os corpos insinuam-se descaradamente aos outros corpos. Os olhares lúbricos devoram-se sem rodeios, as mãos
levam cigarros aos lábios e
deles saem riscos de fumo
branco-cinza ao encontro do
alto pintalgado de estrelas.
As bocas enchem-se de beijos e as libidos de desejos.
Tantas profanações ali
mesmo às portas de deus...
Consentidamente.
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
co, sabem que mais? Não
senti a sua falta, não achei
que a performance tivesse
sido minimamente beliscada ou que o evento tivesse saído desprestigiado. E
creio ter sido esse o sentimento geral dos presentes. Porque o circo continua a ser um fabuloso
espectáculo de maravilhamentos, de empolgamentos, de artes de rua e de coisas simples bem executadas
pela capacidade humana de
se superar.
Quando uma companhia pode contar com a graça, a dedicação, a paixão e
a humildade de um palhaço Angelino (Angelo Muñoz
tem 83 anos), que foi recentemente homenageado em
Monte Carlo por Stéphanie do Mónaco com o prémio carreira, e ontem ovacionado de pé durante vários
minutos, quando as plateias
podem assistir à excelência
performativa de uma compa-
aNTÓNIO BARROSO CRUZ
[email protected]
nhia como o Cirque du Soleil
(que já tive o privilégio de
ver várias vezes ao vivo),
com toda a certeza que o circo terá um belo e grandioso futuro.
Apenas acabará para os
preguiçosos, os medrosos,
os acomodados e os que não
se quiserem reinventar.
O arraial
A adolescente
Rapariga mal disposta,
adolescente trombuda.
Chega à mesa do pequeno-almoço com o sobrolho carregado, o “facies”
fechado.
Nem “bonjour”, nem
“allô” para os pais que se
perdem por entre croissants, ovos mexidos com
bacon, pãezinhos com
queijo e fiambre, café
e sumos com sabor a
artificialidade.
Os olhos até são bonitos.
Quando sorrirem farão,
com toda a certeza, concorrência ao azul do mar
e ao outro, o do céu. Mas
hoje estão enevoados de
má disposição.
Quem sabe se por ter
sido acordada demasiado cedo (?). Quem sabe
se por estar a achar uma
tremenda seca estas férias
“avec papá e mamã”, num
lugar colocado no fim do
mundo, ainda que belo por
nascença.
Quem sabe se por não
haver por aqui alguém
da sua geração de do seu
idioma.
Na mesa o silêncio fala
sobre qualquer pensamento que lhes aconchegue ou agite as entranhas
cerebrais. De vez em quando uma ou outra palavra
murmurada escoa-se por
entre mastigares e olhares
enviesados.
Os pais parecem intimidados com a indisposição da descendente, remetem-se ao mutismo, olham o relógio, pro-
vocam uma assoadela,
levanta-se um para ir buscar mais um croissant com
queijo, levanta-se o outro
na demanda de uma tigela
com frutos coloridos.
Finalmente a adolescente solta uma palavra mais
audível. Olham-se os pais.
Sorriem-se os pais. Uma
brisa de alívio sacode a
mesa.
E subitamente realizo:
será que é para isto que
estou guardado dentro de
uns anitos?
C’est pas possible!!!
A miúda já terminou o
pequeno-almoço, levantou-se e foi à sua vida de
adolescente
indisposta
para com a vida. Os pais
já conversam audivelmente um com o outro.
Ilustrações de Binóculosqb [email protected]
A igreja está vestida a preceito, engalanada de flores e
ramagens.
A torre sineira suavemente
iluminada para não perturbar
o descanso do sino.
Lá dentro, sentados nos
bancos corridos de madeira, uma vintena de fiéis persigna-se perante as imagens
sofridas que ostentam cravos
espetados nas mãos, coroas
de espinhos e riachos de sangue que escorrem parados.
As velas são discretas, tremelicando as suas chamas
editorial
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 deJaneiro de 2015
Cerca de 2000 crianças e jovens
perderam o direito ao abono de família
Famílias voltam a investir
As famílias voltaram a confiar
na dívida portuguesa e a emprestar
dinheiro aos cofres públicos.
O Estado conseguiu atrair um
volume significativo de poupanças
dos portugueses, isto no ano em que
a troika saiu do país e se abriu caminho para o regresso aos mercados de
médio e longo prazo.
De Janeiro a Novembro, as famílias depositaram no Estado 4,5 mil
milhões de euros em Certificados de
Aforro e em Certificados do Tesouro
Poupança Mais – o valor mais elevado de subscrição de produtos de
retalho de que há registo nas estatísticas disponibilizadas pelo IGCP
– Agência da Tesouraria e da Dívida
Pública, que remontam a 2001.
Depois de contabilizadas as amortizações de certificados (pessoas que
resgataram a sua poupança) o saldo
líquido de subscrições no ano passado foi de 4,1 mil milhões de euros.
Os aforradores nacionais detêm agora 16,7 mil milhões de euros em dívida pública – cerca de 7,6% do total
da dívida directa do Estado, o valor
mais elevado desde 2010, ano anterior ao resgate da troika.
A estimativa do Ministério das
Finanças é mais conservadora para
este ano. Prevê-se um saldo positivo
de 2,5 mil milhões de euros, inferior
ao verificado este ano. Mas “promover a poupança de longo prazo dos
cidadãos e democratizar o mercado de dívida pública” continua a ser
um dos objectivos do Governo. Nesse âmbito, 2015 deverá trazer novos
produtos destinados às famílias.l
Inquérito online
Vote no site:
tribunadamadeira.pt
Concorda com a
candidatura de
Alberto João Jardim
à Presidência da
República?
Pergunta anterior:
O novo líder eleito
do PSD-M, Miguel
Albuquerque, vai
conseguir vencer as
eleições regionais e
substituir Alberto João
Jardim também no
Governo da Madeira?
Não - 75% | Sim - 25%
PUB
Dados do Instituto da Segurança Social (ISS) revelaram que mais
de 1.700 crianças e jovens perderam
o direito ao abono de família entre
Outubro e Novembro, mês em que
foram registados 1.143.154 beneficiários.
Os dados da Segurança Social,
actualizados a 02 de Janeiro, indicam uma ligeira quebra de 0,15% no
número de beneficiários desta prestação social face a Outubro, mês em
que foi atribuída a 1.144.922 crianças e jovens.
Comparando com o mês homólogo do ano passado, em que foram
registados 1.183.928 beneficiários,
a quebra foi mais acentuada, com
40.774 crianças e jovens a perderam
o direito ao abono de família em
Novembro (3,44%).
O montante do abono de família varia de acordo com a idade da
criança ou jovem e com o nível de
rendimentos de referência do res-
pectivo agregado familiar. O valor
apurado insere-se em escalões de
rendimentos estabelecidos com base
no Indexante dos Apoios Sociais
(IAS).
3
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4
política
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
«Jackpot» adapta-se aos novos tempos
Partidos vão passar a receber menos 40% das verbas destinadas aos grupos parlamentares
Foi ontem aprovada, por unanimidade, a redução do dinheiro que a
Assembleia Legislativa da Madeira entrega anualmente aos partidos com representação parlamentar. A medida foi uma promessa eleitoral do novo líder do PSD-M, Miguel
Albuquerque, e contraria a prática seguida pela maioria «laranja»
durante a liderança de Alberto João
Jardim. O ainda presidente do Governo Regional teme que os partidos
possam sofrer de “dependência privada”.
ricardo soares
[email protected]
O
famoso «jackpot» vai levar
um corte de
40 por cento.
A Assembleia
Legislativa da Madeira (ALM)
aprovou ontem, por unanimidade, em votação global,
o diploma que determina a
redução das subvenções aos
partidos com assento parlamentar na Região Autónoma.
A proposta, que segunda-feira tinha sido aprovada por
unanimidade na generalidade e previa um corte de 50 por
cento nas transferências, foi
alterada na quarta-feira pela
Comissão Parlamentar Especializada de Política Geral e
Juventude, por proposta do
PSD-M e com abstenção de
PS e CDS/PP.
Este diploma entra "imediatamente" em vigor, passando os grupos parlamentares a receber um total 3,3
milhões de euros de transferências do orçamento da
ALM, menos 2,3 milhões que
os 5,6 milhões recebidos atualmente. A iniciativa inédita surge pouco mais de um
mês depois do partido maioritário na ALM ter chumbado uma proposta nesse sentido, apresentada pela bancada do CDS/PP-M. O PSD-M
mudou de opinião e viabilizou
na segunda-feira a diminuição
das transferências do orçamento do parlamento regional para os partidos, seguindo a orientação do novo líder,
Miguel Albuquerque, que fez
da medida uma das suas propostas eleitorais na corrida à
liderança do partido.
A iniciativa para reduzir
o montante das subvenções
aos partidos foi da autoria
do CDS/PP-M, determinando o decreto legislativo regional uma redução em 50 por
cento das subvenções destinadas aos partidos, localmente designadas por "jackpot",
que passariam de 5,6 milhões
de euros para 2,8 milhões de
euros.
A redução do «jackpot»
parlamentar surge naquela
que deverá ter sido a última
sessão plenária na atual legislatura. Com a demissão de
Alberto João Jardim do cargo de presidente do Governo Regional, que vai ser apresentada esta segunda-feira,
a dissolução do parlamento
madeirense e convocação de
Eleições Legislativas antecipadas está em cima da mesa.
Madeira custa mais
que Açores e República
O dinheiro destinado aos
grupos parlamentares com
política
assento na ALM sempre mereceu fortes críticas dos mais
variados quadrantes, mas desta vez, contrariamente àquelas em que a maioria «laranja» se opôs à redução das verbas por indicação de Jardim,
os deputados do PSD-M tiveram liberdade para votar o
corte. Miguel Albuquerque, o
novo líder do PSD-M, defendeu no seu manifesto eleitoral a necessidade de reduzir “substancialmente, pelo
menos em 40%”, os montantes de financiamento dos partidos na Região”.
Recorde-se que o valor total
das subvenções atribuído aos
partidos com representação
na ALM é definido em função do número de deputados. Para este ano era de 5,6
milhões de euros, um aumento em 220 mil relativamente a 2014, também por culpa
da subida do salário mínimo,
a que as verbas estão indexadas. O PSD-M deveria receber anualmente perto de três
milhões de euros, o CDS/P-M
cerca de um milhão, 680 mil
para o PS, 340 mil para o PTP
e cerca de 114 mil para cada
um dos partidos com um único representante. Uma diferença de vulto relativamente à Assembleia Legislativa
dos Açores e Assembleia da
República, onde cada deputado custa 15 mil e quatro mil
euros, respetivamente.
Desde 2007 que o CDS/
PP-M vinha tentando reduzir
os 5,7 milhões de euros das
subvenções parlamentares
atribuídas na Madeira. O par-
tido liderado por José Manuel
Rodrigues admitia a negociação da percentagem do corte nas transferências efetuadas a título de subvenção
parlamentar para os partidos,
mas nunca inferior aos 40 por
cento.
«Jackpot» resistiu à
crise e ao ajustamento
O Orçamento da ALM para
2014 manteve inalterados os
valores das subvenções para
os grupos parlamentares. O
«jackpot» era então de 5,3
milhões de euros. Mais de
metade dessa verba ia para o
PSD-M, que aprovou o documento, enquanto a oposição
votou contra e pediu cortes
nas transferências. As propostas não passaram.
Na Madeira, tendo em conta os valores que vigoraram
até agora, cada deputado valia
15 salários mínimos regionais
por mês, 14 vezes num ano,
o que significa transferências
mensais de milhares de euros
para os grupos parlamentares representados no hemiciclo madeirense.
A fórmula de cálculo das
subvenções recebidas pelos
partidos através da ALM
entrou em vigor em meados
dos anos 2000. Entretanto,
resistiu à crise e a um Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF)
que agravou as condições de
vida dos madeirenses. Bastou
o PSD-M mudar de liderança
para que tudo se alterasse.
Há muito que o tema causava polémica. Em 2009, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais duas
normas de um decreto legislativo regional que alterava a
lei orgânica da ALM e aumentava as subvenções aos partidos - a então conhecida como
«lei jackpot».
O TC decidiu que o parlamento regional legislou em
“matéria relativa ao financiamento dos partidos políticos”, invadindo a “competência legislativa” dos órgãos
de soberania, nomeadamente da Assembleia da República. A fiscalização preventiva
do diploma tinha sido pedida
pelo então Representante da
República, Monteiro Diniz.
Aprovada a 16 de Dezembro, a alteração à lei orgânica da ALM representava um
aumento de 16,5 por cento na
subvenção atribuída aos partidos com representação parlamentar no hemiciclo madeirense. O PSD-M, que propôs
o aumento contestado pela
oposição, seria o maior beneficiário. A maioria «laranja»
assumiu que as verbas destinavam-se a fazer face aos
“maiores encargos” da ação
política dos partidos.
Jardim teme dependência privada
Alberto João Jardim
defendeu esta terça-feira
que os partidos precisam
de financiamento público
“para não caírem na mão
de interesses privados”.
À margem do cantar dos
Reis, na Quinta Vigia, o
presidente do PSD-M e do
Governo Regional comentava assim a mudança de
posição do grupo parlamentar do PSD-M, liderado
por Jaime Ramos, no que
respeita à redução das subvenções aos partidos.
"Os partidos precisam
de ser financiados publicamente, cortar por cortar
é pura demagogia. Querer
democracia e depois pôr os
partidos na mão do financiamento privado é subverter a partidocracia, mas,
como neste momento vai
um grande entusiasmo em
Portugal pelo neocapitalismo liberal, é natural também que se queira entregar os partidos à dependên-
5
cia privada. Portanto, eu
sou contra isso", explicou o
político madeirense.
O histórico líder do
PSD-M assumiu as opções
que tomou no passado, para
voltar a reiterar que é contra "mexidas" nas verbas
recebidas pelos partidos a
partir da ALM.
“Os partidos não podem
cair nas mãos do capitalismo privado", disse Jardim, não deixando de abordar os valores do «jackpot». "Essa é outra questão, mas estas coisas não
se resolvem atirando percentagens para o ar, é preciso que os partidos se sentem, façam as suas contas e
vejam o que podem cortar.
Não é, assim, à balda, um
diz 40 por cento, outro diz
50 por cento e não sabem
sequer do que estão falando." l
CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO
SITO EMCarla
SANTA
CRUZ-MADEIRA
Cristina de Jesus Alves,
Rua da Fonte, 13º 1º andar
(publicado no Tribuna da Madeira 09-01-2015)
Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje, com início a folhas
vinte e nove e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número cinquenta e três
C, José de Almada Mendonça, NIF 136 964 125 e mulher, Maria Teresa de França Velosa
Mendonça, NIF 171 607 740, ambos naturais da freguesia do Porto da Cruz, concelho de
Machico, onde residem ao Sítio do Junçal, CCI 102, casados sob o regime da comunhão
geral, se declararam donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, dos quatro
prédios infra identificados, localizados na freguesia do Porto da Cruz, concelho de Machico:
UM - prédio rústico, terra e benfeitorias, ao sítio da Achada, com a área de mil oitocentos
e dez metros quadrados, composto por cultura arvense de regadio, dependência agrícola e
vinha enxertada, que confronta a norte com António Abreu Velosa, a sul e leste com Caminho
e outros, e a oeste com João de Abreu, inscrito na matriz cadastral sob o artigo 9/2 da secção
AJ, a que corresponde ao anterior artigo não cadastral 1048, com o valor patrimonial e
atribuído de cento e vinte e sete euros e três cêntimos, parte do descrito na Conservatória do
Registo Predial de Machico sob o número cento e quarenta e três, da freguesia do Porto da
Cruz, onde a aquisição se encontra registada a favor de Amália Bela Mendes Marques pela
apresentação três de mil novecentos e cinquenta e um barra zero cinco barra vinte e seis;
DOIS – prédio misto, ao Sítio da Achadinha, com a área total de mil seiscentos e cinquenta
metros quadrados dos quais cinquenta metros quadrados são de área de implantação
do prédio, composto por cultura arvense de regadio, casa de três pisos, bananal, vinha
enxertada, cana de açúcar, leitos de curso de água e pastagem ou pasto, que confronta pelo
norte com Maria da Glória Almada Gouveia e outros, sul com Manuel Abreu e outros, leste
com levada e a oeste com estrada, a parte rústica inscrita na matriz cadastral sob o artigo
20/3 da secção AG, com o valor patrimonial e atribuído de cento e nove euros e setenta e
nove cêntimos, e a parte urbana inscrita na matriz predial sob o artigo 2228, antes artigo
1225, com o valor patrimonial e atribuído de trinta e oito mil cento e cinquenta euros, omisso
na Conservatória do Registo Predial de Machico; TRÊS – prédio misto, ao mesmo Sítio da
Achadinha, com a área total de seiscentos e noventa metros quadrados dos quais cinquenta
e cinco metros quadrados são de área de implantação do prédio, composto por cultura
arvense de regadio, casa coberta de telha, dependência agrícola, pastagem ou pasto e
bananal, que confronta pelo norte e leste com Manuel Velosa e outros, sul com Manuel Abreu
e outros e a oeste com estrada, a parte rústica inscrita na matriz cadastral sob o artigo
20/4 da secção AG, com o valor patrimonial e atribuído de trinta e um euros e quarenta
e seis cêntimos, e a parte urbana inscrita na matriz predial sob o artigo 274, com o valor
patrimonial e atribuído de oito mil cento e trinta euros, omisso na Conservatória do Registo
Predial de Machico; QUATRO - prédio rústico, localizado ao referido Sítio da Achadinha, com
a área de dois mil oitocentos e quarenta metros quadrados, composto por pastagem ou
pasto, cultura arvense de regadio, cana de açúcar, cultura de cana, cana sacarina e vinha,
que confronta pelo Norte com levada, Sul e Leste com Caminho e Oeste com Manuel Velosa
Neto e outros, inscrito na matriz cadastral sob o artigo 52 da secção “AG” com o valor
patrimonial e atribuído de duzentos e quatro euros e cinquenta e cinco cêntimos, omisso
na Conservatória do Registo Predial de Machico. Que os referidos prédios, vieram à posse
dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e quatro, por doação verbal feita pelos
pais da justificante mulher, Manuel Velosa e Angelina Dias de França, ele já falecido, aos
seis dias do mês de Abril do ano de dois mil e oito, residentes ao Sítio da Achadinha, na
freguesia do Porto da Cruz, concelho de Machico. Que desconhecem a forma de aquisição
dos anteriores antepossuidores. Que, pelo facto da aquisição dos prédios não ter respeitado
a forma legal estabelecida, os justificantes não dispõem de documento que lhes permita
fazer o registo dos prédios em seu nome. Mas apesar da falta de título, desde aquela data,
os justificantes estão na posse dos respetivos prédios, retirando deles todas as utilidades e
suportando os respetivos encargos, praticando sobre os prédios os atos materiais de posse
correspondentes ao exercício do direito de propriedade, na convicção de estarem a exercer
tal direito, à vista das pessoas em geral e sem oposição ou violência de quem quer que seja,
pelo que já os adquiriram a título originário por usucapião.
É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada
consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Santa Cruz, vinte e nove de dezembro de dois mil e catorze.
A Notária
Carla Cristina de Jesus Alves
PUB
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
6
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
DIVAGANDO...
VIRGÍLIO PEREIRA
Eduardo Luís
Reflexologo e presidente Ordem
Mundial de Reflexologia
[email protected]
E agora, quem lhe reconhece o mérito?
Não posso deixar findar este
ciclo político da nossa Região,
do Dr. Alberto João Jardim e do
PSD/Madeira sem comentá-lo.
Há muitos anos, praticamente desde 3 de Outubro de 1974,
data em que tomei posse como
Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal
do Funchal, que algumas vezes
me referi publicamente a assuntos em nítida divergência com o
Presidente do Governo Regional e
com o partido, o que é normal em
Democracia.
Isso aconteceu quase sempre
em relação a questões acessórias e
não doutrinais ou, precisamente,
mais do foro da praxis política que
o Dr. Alberto João Jardim tinha.
Contudo, preocupei-me mais com
o não permitir que o poder autárquico fosse subjugado pelos poderes regional e nacional, enquanto
presidi à CMF.
Porém, neste comentário, não
quero salientar e suscitar apenas
questões do passado, por também estar incluído no número dos
que não têm sugestões ou ideias
para o futuro, como alguns dizem.
Tenho-as, apesar dos meus quase 74 anos.
Há realmente muitos políticos
que evitam lembrar questões do
passado porque não querem alimentar pontos de referência, nem
muito menos dar lugar a comparações de estilos políticos de
governar, nem de atitudes e realizações de alguns políticos desses tempos.
E o PSD/Madeira, que até há
pouco tempo referenciava sempre
Alberto João Jardim, vai remeterse ao silêncio, quanto a essa matéria, daqui para o futuro? Creio que
não. Quem seguiu com atenção a
campanha do Dr. Miguel Albuquerque e as suas diversas declarações e entrevistas pós-eleitorais,
sente que ele não fará isso, até
porque é inteligente e sabe que
nem mesmo os países mais civilizados passaram uma esponja em
certos factos da sua História, por
muito desejável que fosse. Eles
podem e devem ser referenciados
com a maior justeza, justiça e verdade. Já que felizmente Miguel
Albuquerque não quer excluir
ninguém, também não excluirá
aqueles que foram fiéis a Alberto
João Jardim. Os que foram realmente fiéis. Muitos daqueles que
renegam o passado, foram aqueles que se diziam fiéis apoiantes
do partido e do seu Presidente
que governava nessa altura. Neste caso vertente, eles eram os verdadeiros “jardinistas”. Eu apenas
fui leal aos dois (partido e Presidente), porque dizia não quando a minha consciência o exigia.
Quando se é leal não se diz sempre sim a quem manda, porque se
deve dizer aquilo que nos parece
mal, até para a pessoa em causa,
se é que a estimamos sinceramente, estar melhor informada.
O Dr. Miguel Albuquerque terá
uma tarefa hercúlea para unir o
partido que talvez nunca tivesse estado verdadeiramente unido,
mas vai conseguir. Só assim será
possível sair vitorioso nas eleições legislativas regionais de Março ou Abril próximos e as eleições
nacionais uns meses depois. A
maioria absoluta, que não interessa a outros partidos, que acham
mesmo que esse desejo manifesta-se de forma perniciosa no PSD,
está ao alcance do partido, pois
faltam três meses para conversar
com todas as bases, simpatizantes e sociedade civil, para explicar humildemente o que pretende e reganhar a credibilidade partidária junto do eleitorado. Este
tem de sentir que o PSD/Madeira e os seus dirigentes e militantes estão na firme disposição de
se aproximarem dele. E desempenhar com vigor todas as acções,
mesmo improváveis, que contribuam para o seu bem estar.
A Oposição, como é legítimo
em Democracia, vai procurar
denegrir os social-democratas e o
seu novo presidente e confrontálo com o ciclo “jardinista”, mas o
eleitorado acabará por lembrar-se
que ela precisou de 37 anos para
melhorar ligeiramente a sua posição nas eleições legislativas regionais de 2011 e mesmo nas últimas autárquicas. Foi mais o PSD/
Madeira que perdeu e não a Oposição que ganhou.
Talvez agora seja mais fácil
explicar que isso se deveu, em boa
parte, às graves crises económica,
financeira e sociais que nos esmaga desde 2008. Ninguém gosta
de sentir piorar a sua qualidade
de vida. As pessoas entraram em
angústia e passaram a não acreditar nos políticos e nos partiwww.tribunadamadeira.pt
dos
tradicionais, essencialmente
naqueles que governam.
Foi por esse descontentamento que o Dr. Alberto João Jardim perdeu, em grande parte, as
suas qualidades de insubstituível
e de credibilidade pela maioria
da população para, rapidamente,
vir a ser diabolizado e acusado de
todos os males. A partir daí todos
aqueles que eram propostos por
ele para qualquer tarefa, ou todas
as propostas que fazia, eram imediatamente catalogados(as) de
malignas. E, cá está, muitos dos
que diziam ser apoiantes eternamente leais, já estavam a fugir
como ratos de porão de um navio.
Hoje, praticamente não existem.
E agora, quem lhe reconhece
o mérito que teve nos primeiros
trinta anos da sua governação, em
que foi aclamado e presenteado
com sucessivas maiorias absolutas em todas as eleições regionais
e não só? Onde estão esses fidelíssimos apoiantes? Não falam?
Não escrevem? Apenas bendizem
o voto secreto?
Quanto a mim, já referi sobejamente os seus defeitos, tanto
em programas de rádio, televisão e em artigos neste semanário e noutros órgãos. De momento, acho mais justo e assertivo
falar das suas qualidades, até porque não quero fazer parte da “cruzada” política que contra ele se
organizou desde, essencialmente, 2007.
Julgo que nunca houve, como
ele, um político que desenvolvesse tanto uma Região ou País, nem
espero que isso venha a acontecer no futuro. Este arquipélago foi tirado da miséria por ele e
pelas suas equipas governativas
com o apoio do Povo. É um político singular.
Isto não obsta a que, enquanto eu vivo for, não possa discordar
dele, sempre que a minha consciência o pedir. Nunca lhe serei
caninamente fiel. Mas serei sempre leal. Afinal, os amigos são e
devem ser assim. Acredito que
continue de algum modo na vida
política, conhecendo bem o seu
perfil.
Nunca contem comigo para
dividir o partido, até porque espero que os citados “jardinistas”
venham a pôr os interesses do
partido acima dos seus interesses
pessoais, num processo de catarse pessoal.
A reflexologia
no meio hospitalar
Ano Novo, novos projetos
e ideias para a divulgação e
aumento do conhecimento
da reflexologia e respeito pela
mesma e pelos profissionais
qualificados e certificados.
Começo com alegria e
com novidades, assim já esta
semana dia 10 janeiro no centro de reflexologia da Madeira
vai estar Lone Sorensen que
nos vai falar sobre reflexologia
facial e seus benefícios oportunidade única a não perder.
Hoje penso no que podíamos fazer no hospital, o que
podia mudar, que benefícios
em ter reflexologia ao dispor
de todos os utentes. Acredito
que muitos vão pensar que
será uma realidade a longo
prazo ir ao hospital e centros
de saúde e poder receber tratamentos de profissionais das
terapias complementares.
Como sabeis a reflexologia
atua como um complemento a medicina convencional e
pode aliviar uma variedade de
patologias cronicas ou agudas.
A reflexologia será uma maisvalia em doenças relacionadas
com stress, doenças crónicas,
no alivio da dor, em pacientes
cujos sintomas são psicossomáticos, para pacientes que se
recusam a tomar medicamentos ou são alérgicos a nível dos
cuidados paliativos, em convalescença pós-operatória em
casos de insónias em doentes
que estejam a ter problemas
intestinais (obstipação, colites) em doentes que tenham
asma e problemas respiratórios em geral ,doentes que
estejam com dores músculoesqueléticas , condições relacionadas com uma circulação
empobrecida ou circulação
linfática lenta .
Como vêem seria importante a reflexologia estar mais
presente nos hospitais e fazer
parte do dia-a-dia de cada
pessoa.
Segundo dados científicos
que comprovam a eficácia da
reflexologia a destacar um
estudo escocês com 14 doentes de esclerose múltipla que
mostrou uma redução da
intensidade de vários sintomas durante as 18 semanas
que durou o estudo em comparação com o grupo de controlo que faziam diariamente
reflexologia podal e facial.
Outro estudo na Dinamarca com 220 pacientes que
sofriam de cefaleias mostrou
uma melhoria em 75% dos
pacientes, 68% dos pacientes
sentiram melhoras significativas. No final do estudo 19%
dos pacientes tinham interrompido a medicação devido
ausência de sintomas, mas
com autorização do médico.
Em Portugal já é uma realidade em alguns hospitais, no
S. João do Porto, nos hospitais
Universitários de Coimbra no
hospital Garcia de Horta em
Almada e no Instituo Português de Oncologia em Lisboa.
Quando será possível aqui na
Madeira?
Desejo a todos boa semana, para mais informações e
formações centro de reflexologia da Madeira, ou através
do facebook ou dos números
962682480 /968173442.
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
sociedade
Atentado à liberdade de imprensa
E
sta semana ficou
manchada
com
o ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo,
que provocou a morte a 12
pessoas.
Dois homens armados entraram a disparar na redacção do jornal Charlie Hebdo, em Paris, matando 12
pessoas, incluindo oito jornalistas do semanário satírico, o seu director conhecido como Charb mas também
Wolinski, Cabu, Tignous,
fundadores da publicação e
cartoonistas que inspiraram
gerações.
Os atacantes, de caras tapadas e armas automáticas,
entraram durante a reunião
semanal da redacção.
Existem vídeos gravados por
jornalistas onde se ouvem os
dois homens gritar Allahu
Akbar (Deus é grande) quando saem do edifício, antes
de um disparar contra um
polícia. “Vingámos o Profeta
Maomé! Matámos o Charlie
Hebdo!”, grita um deles em
seguida, antes de entrarem
no carro em que fugiram.
O mais jovem dos três suspeitos do atentado, ocorrido
nesta quarta-feira em Paris,
contra o jornal Charlie Hebdo, Hamyd Mourad, de 18
anos, entregou-se à polícia,
avançou às primeiras horas
da madrugada desta quintafeira a agência France Presse, que cita fontes ligadas à
investigação.
Os outros dois suspei-
tos, dois irmãos nascidos
em Paris de nacionalidade francesa, Said Kouachi,
de 34 anos, e Chérif Kouachi, de 32 anos, ambos
jihadistas já referenciados
pelos serviços de contraterrorismo franceses, continuam em fuga. Chérif tinha já
sido condenado em França
em 2008 por participar no
envio de combatentes para
o Iraque.
A polícia acredita que
Hamyd Mourad terá servido
de motorista e ajudado os
dois atiradores nos ataques.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, anunciou, na manhã desta quinta-feira, que foram detidas
sete pessoas à medida em
que avança a operação de
caça ao homem montada
pelas autoridades policiais
francesas.
Fontes da polícia citadas
pelo Libération dizem que se
tratava de homens e mulheres próximos dos suspeitos.
Recorde-se que em 2006, o
jornal republicou os polémicos cartoons de Maomé,
inicialmente publicados na
Dinamarca, e em 2011 viu
a sua sede atacada antes da
chegada às bancas de uma
edição “dirigida” pelo Profeta e intitulada Charia Hebdo, numa óbvia referência
à lei islâmica (sharia). Desde então, havia sempre um
polícia à porta da redacção
e alguns cartoonistas estavam sob protecção policial.
l Fotos: DR
7
Director do jornal Charb, também conhecido por Wolinski, que foi morto.
Esta imagem de indignação pelo sucedido ganha força na Internet.
o úlimo cartoon de Charb
Os dois irmãos Kouachi, Chérif, 32 anos, e Said, 34 anos,
foram localizados no Norte de França ainda no carro com que abandoram Paris. Continuam armados.
8
política
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
PSD-M “renascido”
prestes a consagrar Albuquerque
Novo líder do partido será empossado este fim-de-semana no Congresso Regional
Miguel Albuquerque é aclamado este
fim-de-semana como presidente do
PSD-M, partido que teve Alberto João
Jardim como líder ao longo de 40 anos.
O ex-presidente da Câmara do Funchal deverá lançar no Congresso Regional as bases da sua candidatura à presidência do Governo Regional, que Jardim liderou durante 36 anos e sempre
eleito por maiorias absolutas. O ainda
presidente do Executivo madeirense,
que vai apresentar a renúncia ao cargo
na segunda-feira, desfez as dúvidas iniciais e vai marcar presença no conclave
social-democrata.
ricardo soares
[email protected]
M
PUB
iguel Albuquerque
será aclamado presidente do PSD-M,
este fim-de-semana, no Congresso Regional que amanhã
e domingo (10 e 11 de Janeiro) terá lugar no CEMA - Centro de Conferências e Exposições da Madeira, em Santo António (Funchal). A reunião magna dos social-democratas madeirenses vai confirmar Albuquerque como
sucessor de Alberto João Jardim, o homem que dominou
o partido ao longo de quatro
décadas.
Albuquerque
obteve
64,06% dos votos na segunda volta das eleições internas do PSD-M, contra Manuel
António Correia, o candidato
apoiado por Jardim, que conseguiu obter 35,94%. O ex-
presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF) foi
nas eleições internas de 2012
adversário do próprio Alberto
João Jardim.
“Acho que estas eleições
internas foram muito importantes para a mobilização do
PSD-M, que estava adormecido e renasceu nestas eleições”, disse Miguel Albuquerque à agência Lusa. “As eleições foram um bálsamo para
o partido.”
A mudança de “protagonistas”, de “políticas” e de “posturas” para um novo ciclo político, já prometido por Albuquerque, terá neste Congresso Regional uma das novidades: a abertura total à comunicação social. É uma mudança relativamente a edições
anteriores, nas quais apenas
alguns discursos podiam ser
ouvidos pelos jornalistas.
Este fim-de-semana, no
CEMA, Miguel Albuquerque
deverá voltar a defender um
PSD-M “adaptado aos novos
tempos”. O novo líder eleito preconiza a necessidade do
partido recuperar a proximidade com a população, que
perdeu porque o PSD-M se
“governamentalizou” e “desligou da sociedade”.
Albuquerque não
governa sem eleições
antecipadas
Com a abertura do Congresso Regional aos media,
Miguel Albuquerque pretende que, contrariamente a
anos anteriores, a comunicação social possa acompanhar
todos os trabalhos.
“É uma evidência de que
não temos nada a esconder
e hoje é impossível esconder
seja o que for em termos políticos”, explicou o novo líder
social-democrata à Lusa. “Um
encontro com a magnitude e a
importância deste Congresso,
de viragem histórica no partido e na Região, com certeza que tem de ter a cobertura
dos media”.
De acordo com o próprio,
neste Congresso Regional do
PSD-M também será apresentado “um conjunto de mudanças nos estatutos do partido”.
A intenção passa por garantir
o “alargamento da representatividade”, assegurar a “pluralidade” do PSD-M no futuro e também por “melhorar a
capacidade dos militantes de
intervir na vida interna”.
“Todas estas alterações são
no sentido de tornar o PSD-M
num partido moderno, aberto à sociedade e plural” sustentou Albuquerque, assinalando que a eleição do Conselho Regional e do Conselho
de Jurisdição por método de
Hondt é uma das alterações
quer ver igualmente consagrada nos Estatutos.
O novo líder do PSD-M
quer iniciar, após o Congresso, a elaboração do programa
do próximo Governo Regional. O turismo, as comunidades madeirenses radicadas no
estrangeiro e o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) são para Miguel
Albuquerque os “vetores fundamentais” para o desenvolvimento da Região Autónoma.
Uma das tarefas imediatas, se
vencer as eleições regionais
antecipadas, é resolver o novo
regime de benefícios fiscais à
Zona Franca.
política
“Sempre que a Madeira
se virou para o exterior teve
sucesso”, lembrou Albuquerque, a quem garantiu também maior abertura na forma de relacionamento com
a Assembleia legislativa da
Madeira (ALM). “É a base da
nossa autonomia e da nossa democracia e por isso tem
de ser escrupulosamente
respeitada.”
Dívida é um dos
problemas a resolver
Numa altura em que o
cenário de nova ida às urnas
é incontornável, Miguel Albuquerque já disse que é “impensável” e que está “fora de
questão” assumir a presidência do Governo Regional sem
que existam eleições antecipadas. É uma posição que
contraria os desejos expressos
por Alberto João Jardim, que
sempre defendeu a sua substituição na liderança do Executivo pelo novo presidente
do PSD-M.
“Está completamente fora
de questão assumir a presidência do Governo sem a realização de eleições”, garantiu
em entrevista também à Lusa.
“Relativamente aos princípios da democracia não existe
negociação” possível.”
Para Miguel Albuquerque
é “impensável” que o PSD-M
possa assumir a governação
sem “novas políticas”, “novos
protagonistas” e uma “base
de legitimação democrática”.
A conquista da maioria absoluta é a meta, embora o novo
líder social-democrata reconheça que “nada é garantido
em democracia”.
“Vamos avançar com um
projeto para termos uma
maioria clara do Governo e
isso não significa prepotência,
significa estabilidade governativa”, sublinhou Albuquerque, que não colocou de lado
a hipótese de coligações. “O
quadro parlamentar oferece sempre possibilidades de
solução para essa questão.”
Se suceder a Jardim na presidência do Executivo madeirense, Albuquerque herda
uma dívida pública regional
avaliada em 6,3 mil milhões
de euros. O novo líder do
PSD-M admite que “é um
dos problemas”, mas também
considera que “as atuais circunstâncias são favoráveis no
futuro ao alívio de alguns prazos e encargos”, que “são fundamentais serem alterados”
para “canalizar recursos para
a dinamização da economia
regional”.
“Tudo é possível resolver.
É evidente que essa dívida
tem que ser compatível com
as apostas fundamentais no
crescimento da nossa economia e do emprego”, sustentou Albuquerque, apostando
igualmente num melhor rela-
cionamento da Madeira com o
Estado. “Acho que a Madeira
não deve nunca boicotar pontes. A Região tem a possibilidade de defender os seus interesses de uma forma determinada, sem aquela conflitualidade ruidosa que acontecia há
uns anos atrás.”
Jardim desfaz dúvidas
e estará presente
Na terça-feira, Alberto
João Jardim alimentava dúvidas sobre se iria estar presente no XV Congresso Regional
do partido que faz a sua passagem de testemunho para
Albuquerque. O ainda presidente da Comissão Política Regional do PSD-M não
precisa de convite, uma vez
que, como detentor do cargo
e governante, é membro por
inerência.
“Ainda não sei [se vou ao
Congresso Regional], são
decisões que têm de ser tomadas em função de determinados pressupostos”, justificou.
“Estou numa fase de reflexão,
termo que os intelectuais da
bica gostam muito.”
Alberto João Jardim também reconheceu que, a partir
de domingo, o PSD-M conhecerá uma nova fase, após a
aclamação de Albuquerque
como presidente do partido.
“É um ciclo do PSD e é preciso que tenha sucesso como
até agora. Vamos todos fazer
força para o PSD ter sucesso”, declarou o histórico dirigente social-democrata, que
também desvalorizou a sua
eventual ausência do CEMA
neste próximo fim-de-semana. “Não é preciso eu estar
para a vida seguir o seu curso
normal. E até a decisão de não
9
ir é mesmo para demonstrar
que a vida segue o seu curso
normal e que não há pessoas
insubstituíveis.”
Ontem ficou-se a saber
que Jardim vai mesmo marcar presença no Congresso
Regional do PSD-M que abordará as moções de Miguel
Albuquerque (líder eleito do
PSD-M), da Comissão Política
de Freguesia do Porto Santo e
da Comissão Política Regional
da JSD-M. Amanhã, sábado,
será dada posse à Comissão
Política Regional e ao Secretariado Regional, seguindose intervenções do presidente
da Mesa, do novo presidente
da Comissão Política Regional e de eventuais convidados.
Segue-se a apresentação das
moções de estratégia global
e das moções setoriais, assim
como das propostas de alteração dos Estatutos. Os trabalhos terminam após a intervenção do último congressista inscrito para o efeito. Não é
claro se Alberto João Jardim
vai discursar naquela que é a
sua despedida enquanto líder
do partido.
A eleição da Mesa, do Conselho Regional e do Conselho de Jurisdição Regional
vai acontecer no domingo.
Depois da posse dos eleitos,
e da votação das moções, dáse as intervenções do novo
presidente da Comissão Política Regional (Miguel Albuquerque), do presidente da
Comissão Política Nacional
do PSD (Pedro Passos Coelho), cabendo ao presidente
da Mesa o encerramento da
reunião magna. Um processo de passagem de testemunho que tem seguimento na
segunda-feira, quando Alberto João Jardim apresentar
ao representante da República, Irineu Barreto, a renúncia ao cargo de presidente do
Governo Regional. O Executivo madeirense entrará depois
em gestão, até que aconteçam
Eleições Regionais antecipadas. l
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
10 grande tema
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
Congresso do PSD dará sinais
sobre eleições regionais
É já neste fim-de-semana que tem início o congresso do PSD Madeira, numa
altura em que o partido deseja uma
renovação.
O painel do Grande Tema (política),
composto por elementos apoiantes da
candidatura de Miguel Albuquerque,
não tem dúvidas que o novo líder eleito
é a pessoa indicada para estar à frente
do PSD Madeira e no futuro ganhar as
próximas eleições com maioria. “É um
líder nato”.
João Toledo e Juan Andrade
[email protected]
[email protected]
T
ribuna da Madeira (T.M.) - Estamos no início de um novo ciclo político. Pedro Calado
o que é que se pode esperar a nível da política regional em 2015, nomeadamente para
o PSD?
Pedro Calado (P.C.) - Atendendo a tudo aquilo que nós
fomos acompanhando nestas
eleições internas do PSD/M,
acho que há várias ilações que
se podem tirar deste ciclo.
Uma delas é que nós vivemos
uma grande movimentação e
uma agitação muito positiva
dentro do partido. Isso significa que o partido – contrariamente àquilo que muita gente, que se calhar, pretendia e julgava – não está em
auto gestão, não está amorfo.
É um partido que está vivo,
que está dinâmico e as pessoas estão muito interessadas
em que o partido tenha uma
boa orientação.
O facto de na primeira volta e na segunda volta das eleições termos tido quase 90%
dos militantes a votar foi muito expressivo e foi uma boa
indicação de que as pessoas querem mesmo uma renovação, querem que as coisas
se alterem e se alterem para
bem. Fora do partido muita gente estaria interessada
também em votar. As pessoas
acompanharam muito de per-
to tudo aquilo que se fez dentro do partido e estão também com muita confiança que
nas próximas eleições regionais muita coisa mude.
O partido tem é que ser
agora orientado num bom
caminho, num caminho de
uma verdadeira renovação.
Esta renovação não pode ficar
só por um panfleto de campanha, nem pode ficar só por
uma ideia de campanha. Esta
renovação tem que ser posta
mesmo em prática. Tem que
haver uma renovação, porque
estou em crer que as próximas
eleições regionais vão começar já neste fim de semana,
nomeadamente no congresso do PSD/M. Ou seja, aquilo que acontecer no próximo congresso regional irá dar
muitos sinais. E espero que
sejam sinais positivos àquilo
que vai e deve acontecer nas
eleições regionais de 2015.
T.M. - Sente que este
novo ciclo irá fazer com
que as pessoas acreditem
mais na política?
P.C. - Aquilo que nós
temos vindo a assistir a nível
nacional tem dado indicações contrárias àquilo que é
nosso sentimento, que é de
fazer as pessoas acreditarem, fazer com que as pessoas tenham uma atitude diferente. Mas essa responsabilização não deve ser apenas do
partido que está no governo.
Com efeito, a oposição tem
um papel fundamental nessa credibilização da política.
Reparem, quando nós olhamos para esses ciclos eleitorais nós olhamos em ciclos
de quatro anos. Portanto, os
ciclos eleitorais são sempre
de quatro anos - à exceção do
presidente da República - e
os governantes têm a tendência de governar apenas com o
intuito eleitoralista de períodos de quatro anos. À exceção
- e honra seja feita em minha
opinião – daquilo que o nosso
primeiro-ministro tem feito
nos últimos anos, pois sempre governou com a preocupação de tornar o país dife-
grande tema
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
rente e dotar o país de maior
credibilidade mesmo junto
das entidades externas. Ou
seja, Passos Coelho tem tentado mudar tudo aquilo que
deve ser mudado sem ter a
preocupação eleitoralista.
A credibilização parte de
dentro para fora do governo, mas também parte muito da oposição. Ou seja, o
papel da oposição até agora –
e nós vemos aqui na Madeira e vemos a nível nacional
– tem sido de deitar abaixo tudo aquilo que o governo apresenta. E isto não é
uma oposição. Isto é apenas
um papel de crítica destrutiva
e não de um papel construtivo. Penso que aqui na Madeira - tal como a nível nacional
– se a oposição contribuísse
de uma forma diferente para
credibilizar a política as coisas podiam funcionar de uma
forma melhor.
Estou convencido de que
seria muito melhor acolhido se houvesse um pacto de
regime para governar num
período de 10, 15 a 20 anos
em algumas matérias. Independentemente dos partidos
que tivessem no governo, se
calhar conseguiríamos um
compromisso mais global, um
compromisso diferente em
termos de políticas da Educação, da Saúde, da Justiça,
ou seja, de todas as matérias
mesmo até a nível económico.
Em todas as matérias deveria
de haver um compromisso a
médio longo prazo e não de
apenas de quatro anos.
Aqui na Madeira houve
muita coisa bem feita, mas
houve também muita coisa
que não foi tão bem feita. Há
que respeitar o passado, há
que respeitar tudo aquilo que
foi feito de bom até ao dia
de hoje, mas há que encarar
o futuro com outra perspetiva, com outro otimismo e não
permanecermos sempre na
crítica destrutiva e num papel
de oposição fraca como nós
temos visto até aqui. Espero
que esta renovação que se deu
dentro do PSD seja uma renovação positiva. Estou convicto
de que vamos dar sinais fortes nesse sentido, mas o papel
da credibilização política passa muito pelo papel construtivo que a oposição deve ter
nos nossos quadros.
T.M. - Miguel Vieira
está ligado à área da Saúde, é médico de profissão. Neste passado recente tem se falado que uma
das áreas que está mais
em queda na Região é a
da Saúde. No seu entender neste novo ciclo político como é que se devia
encarar esta área, quais
são as suas prioridades?
Miguel Vieira (M.V.) Primeiro de tudo, para nós
sabermos para onde queremos ir devemos saber onde
estamos e donde viemos. Nós
viemos de um Serviço Regional de Saúde, que foi regionalizado em 1976, que trouxe muitos ganhos sociais à
Região, com um ganho de
várias especialidades e construção de novos equipamentos. Porém, o sector da Saúde padece, desde essa altura (1976), de um problema
estrutural que é ter vindo a
ter sempre subfinanciamentos. Essa estrutura foi crescendo, sendo que neste momento torna-se insustentável. Nós
temos três hospitais, temos
56 centros de saúde e anexos.
Ou seja, isto tem um peso de
logística e de pessoal pesadíssimo. A tudo isso se junta, desde 2008, um novo estilo gestionário, que foi adotado no nosso Sistema Regional
de Saúde. Problemas estruturais misturados com problemas conjunturais ‘rebenta
uma bomba’, que é a ineficiência do nosso Serviço Regional de Saúde.
Neste momento, as pessoas veem uma acessibilidade
diminuída; listas de espera
cirúrgicas e listas de espera para consultas aumentadas; os parâmetros de eficiência em Saúde também
começaram a agravar-se; a
taxa de mortalidade infantil teve um pequeno acréscimo; a esperança média de
vida piorou, sendo que nós
temos menos quatro anos em
relação à média nacional; a
sobrevida aos cinco anos de
um doente oncológico piorou também nos parâmetros.
Apesar de nós acompanharmos o financiamento da Saúde nos respetivos orçamentos, não tem havido um equivalente decréscimo de financiamento. Ou seja, trata-se de
um problema de gestão.
Por isso, o que há a fazer
é priorizar e tomar aquelas
medidas que não signifiquem
uma implicância de dinheiros. Ou seja, os profissionais
de Saúde estão desmotivados,
por isso é necessário motiválos; há que fazer uma cultura do mérito. Isto é, há que
no fundo fazer não um investimento financeiro, mas sim
um investimento emocional
e depois arrumar a casa. Está
na ordem do dia falar da construção de um novo hospital,
mas o primeiro investimento são os recursos humanos.
É preciso investir na atratividade de novos profissionais para a Região e manter
os que cá estão. Nós temos
assistido a uma ‘sangria’, quer
de médicos, quer de enfermeiros, quer de técnicos. Ou
seja, se nós nem conseguimos
segurar os que cá estão, como
é que vamos conseguir man-
ter uma atratividade social se
não conseguimos fixar as pessoas de valor acrescentado?
T.M. - Exerce, neste
momento, a sua atividade profissional no continente. Porquê que decidiu sair da Região?
M.V. - Decidi ir para o
continente porque, precisamente, eu já não cabia mais
nesta forma de funcionar em
Saúde. Há quatro anos – discretamente - mantive uma
atividade política, mas mantive algum contacto nos anos
em que sucederam esta nova
equipa de gestão. Na altura, dei conhecimento do que
é que estava a começar a não
funcionar bem. Quem geria a
Saúde entendeu que não era
o tempo de se identificar problemas, mas sim de eliminar
as pessoas que apontavam os
problemas.
T.M. - Ou seja, foi uma
pessoa eliminada na
altura?
M.V. - Sim completamente, aliás isso foi público. Mas
não guardo mágoas por isso.
T.M. - Uma vez que
se fala num novo ciclo
pondera regressar à
Madeira?
M.V. - Eu e muitas outras
pessoas que também saíram
- mais novas e mais velhas
do que eu – vamos nos valorizando e, em consequência,
aumentamos as nossas exigências. Eu trabalho num
hospital que funciona bem e
onde me sinto bem. Obviamente que pondero voltar,
mas irei ponderar voltar se
o projeto de Saúde – que eu
espero que seja encabeçado
pelo dr. Miguel Albuquerque
– seja um projeto sustentável,
de futuro, atrativo e que traga maiores eficiências ao Serviço Regional de Saúde. Até
porque este conceito ‘hospitalocêntrico’ - que é errado,
este conceito em que tudo se
concentra no serviço do Estado isto ‘asfixia’ até os parceiros privados em Saúde aqui
na Região. Por isso, acho que
é preciso agora ‘abrir e oxigenar’ e, por sua vez, dar espaço
ao conhecimento, ao talento e
à tecnologia. Porém, as pessoas que representam isto, neste momento, não sentem vontade de voltar.
Portanto, reitero que o primeiro passo é o investimento
em recursos humanos antes
de se pensar nos equipamentos. Os equipamentos também
são necessários, mas equipamentos novos sem recursos
humanos de igual valia não
vão resultar em melhores eficiências. Tenho a certeza que
o dr. Miguel Albuquerque é
nisso que pensa, é nisso que
se tem conversado e é isso
que vai acontecer.
Antes do um novo
hospital
é necessário
melhorar as
eficiências
T.M. - Então considera
que a tão propalada construção de um hospital de
raiz não é para já uma
prioridade?
M.V. - Como já o disse,
mais importante que os equipamentos são os recursos
humanos. O hospital acabará por se construir. Na minha
opinião, um novo hospital
não é uma prioridade imediata. Primeiro que tudo há que
melhorar as eficiências. Nós
continuamos com três hospitais que representam custos,
mas antes disso existe a desmotivação dos profissionais
que torna ainda mais ineficiente o aparelho, que já é por
si muito pesado no seu funcionamento. Por isso, a prioridade imediata é a aposta nos
recursos humanos, melhorar
as eficiências, tornar as pessoas motivadas no trabalho,
criar grupos de pensamento
em Saúde e atrair pessoas de
valor acrescentado. O investimento que vai ser feito no
Turismo obriga a que a Saúde tenha que encontrar também o seu nicho de Turismo
de Saúde. A Região tem qualidades excelentes para pensar
nisso. Porém, primeiro temos
de ter técnicos de valia superior para então começarmos
a pensar nos equipamentos e
hotelaria para atrair o Turismo de Saúde.
T.M. - O Humberto
Vasconcelos foi um dos
militantes expulsos do
PSD/M. Pensa reingressar ao partido atendendo
ao novo ciclo político que
agora se inicia?
Humberto
Vasconcelos (H.V.) - Fui expulso
aqui na Madeira e por pressão do PSD/M suspenderam a minha inscrição a nível
nacional. Efetivamente, com
esta mudança espero voltar a
ser reintegrado no PSD. Acho
que lutei também para isso.
Desde a primeira hora que
encabecei esta renovação no
sentido de ajudar o dr. Miguel
Albuquerque a chegar a líder
do partido. Fi-lo com toda a
convicção de que é dentro do
PSD que estão os melhores
quadros para servir a Madeira. Por isso, a renovação terá
que passar necessariamente
pelo PSD.
Penso que conseguimos,
brilhantemente, numa primeira volta aquele grande
resultado. Ou seja, a competir pela primeira vez a liderança com o dr. Jardim, o
11
dr. Miguel Albuquerque marcou claramente a sua posição
de ser o futuro líder do partido. As últimas eleições internas do PSD/M com o aparecimento de vários candidatos
alteraram um pouco as coisas.
O mais engraçado foi o facto do dr. Alberto João Jardim
ter afirmado, recentemente,
que as coisas estão a correr
conforme ele planeou. Ora,
se está tudo a correr como ele
planeou os artigos de opinião
que ele (Jardim) escreveu ao
longo do tempo não correspondem a essa realidade. Ele
planeou a sua sucessão, mas
não conseguiu ir de encontro
às expetativas dos militantes
do PSD, uma vez que o líder
que foi encontrado não era
aquele que ele queria.
Eu espero ser reintegrado
no partido. Acho que é justo,
uma vez que houve uma injustiça no meu processo. Com
efeito, a nota de culpa que
recebi e os factos de que sou
acusado não correspondem
à realidade. Ou seja, havia
ali uma intenção claramente
política, pois desde a primeira hora fiz parte da equipa do
dr. Miguel Albuquerque nesta
mudança. O dr. Alberto João
sabia que eu seria sempre um
grande apoiante do dr. Albuquerque e, por isso, tentou
travar-me. Considero mesmo
que o início da mudança do
PSD surgiu em São Vicente
com a minha saída da câmara. Portanto, a partir dali surgiu alguma revolta, sendo que
São Vicente tem sido sempre
um líder nessas mudanças.
Penso que a renovação do
PSD vai se fazer sentir. O
dr. Miguel Albuquerque tem
demonstrado e demonstrou
que era o candidato mais preparado para liderar o partido,
até pela forma como fez a sua
própria campanha. Ele fez
uma campanha porta a porta, ele fez uma campanha em
todos os núcleos dos concelhos da Madeira. O dr. Miguel
Albuquerque conseguiu penetrar no eleitorado que, à partida, parecia que não era o
eleitorado dele. Ele ganhou
em todos os concelhos rurais,
exceto na Ponta do Sol porque houve uma inscrição anómala de militantes apoiantes do dr. Manuel António.
No início da campanha muitos militantes diziam que o
dr. Albuquerque era um candidato citadino. Porém, ele
demonstrou que era um candidato de toda a Madeira. O
dr. Miguel Albuquerque conseguiu rapidamente o que
outros levaram 12 anos a tentar conquistar, nomeadamente enquanto governantes queriam conquistar o eleitorado
fora do Funchal. Ele (Albuquerque) em dois anos, claramente, conseguiu conquistar
12 grande tema
Pedro Calado
todo este eleitorado, facto que
demonstra bem a sua capacidade política, a sua capacidade de trabalho e de liderança.
Desde jovens a idosos, o dr.
Miguel Albuquerque conseguiu trazer toda esta panóplia
de pessoas em prol de uma
grande vitória.
Também não nos podemos esquecer que na primeira eleição tínhamos cerca de
3 mil militantes e na última
eleição contávamos com mais
de 7 mil militantes. Portanto, houve aqui uma diferença
grande, sendo que, à partida,
os atuais líderes do PSD pensavam que o dr. Miguel Albuquerque ficasse pelo número
de votantes da primeira eleição. Porém, claramente, ficaram enganados. A grande
virtude do dr. Miguel Albuquerque é unir toda esta gente de todas as localidades da
Região. Este facto demonstra bem que ele vai ser um
bom líder para a Madeira e
de que é o líder certo para a
mudança. Claro que se espera
que o dr. Miguel Albuquerque
escolha os melhores entre os
melhores, que escolha pessoas capazes. Ele já o demonstrou no passado – quando
presidiu à Câmara Municipal
do Funchal - que ao escolher
uma verdadeira equipa fez o
melhor trabalho que se podia
ter feito numa autarquia. Portanto, não há dúvidas agora
em relação à sua capacidade
de liderança.
T.M. - Ou seja, acredita que o PSD obtenha a
maioria absoluta nas próximas eleições regionais?
H.V. - O dr. Miguel Albuquerque é o único líder com
essa capacidade de conseguir
levar o PSD a ter uma maioria por mérito próprio, por
mérito do trabalho que ele vai
desenvolver. O PSD tem os
melhores quadros e os melhores militantes. O PSD é aquele que consegue, sem dúvida,
mobilizar o eleitorado regional para uma vitória com
maioria absoluta. Os outros
partidos da oposição andam
a discutir coisas pequenas.
Pelo contrário, o PSD sempre se preocupou com os
madeirenses, com a Madeira e o seu desenvolvimento.
O dr. Miguel Albuquerque já
demonstrou a sua capacidade de liderança e de trabalho quando esteve na Câmara Municipal do Funchal. Por
isso, o PSD tem claramente
todas as condições para atingir uma maioria absoluta nas
próximas eleições regionais.
T.M. - Na sua opinião como é que Alberto
João Jardim está a digerir a vitória de Miguel
Albuquerque?
H.V. - Com normalidade,
pois ele sempre soube que o
líder natural era o dr. Miguel
Albuquerque. Nunca quis
acreditar que isso acontecesse. Lutou contra todos os seus
meios para que isso não acontecesse, mas ele sabia que o
dr. Albuquerque no futuro
iria ser o líder. Se não soubesse disso o dr. Jardim não
tinha escrito tantos artigos
de opinião contra essa liderança e contra a equipa que
acompanhava o dr. Miguel
Albuquerque. O dr. Alberto
João Jardim sabia que isso
viria acontecer porque está
há muitos anos na política. E
temos de lhe dar o mérito do
trabalho que fez, pelo crescimento e, em determinada
altura, pelo desenvolvimento
que a Madeira teve. Quando
digo isso é porque em determinada altura deixamos de
ter desenvolvimento e passamos a ter uma política de gastos que não trouxe desenvolvimento à Madeira. O desenvolvimento era termos hoje
um tecido empresarial muito mais robusto se houvesse
um apoio direto à economia
local, ao pequeno comércio
e ao turismo. Portanto, tudo
isto se foi perdendo nas últimas políticas deste presidente. Mas eu penso que ele sempre soube e sempre sentiu
que o dr. Miguel Albuquerque
era o líder que se seguia, apesar dele teimosamente lutar
contra essa realidade.
T.M. - Pedro Calado
naturalmente irá existir
um novo governo. Considera que corremos o risco que o buraco financeiro seja maior do que
aquele que foi tornado
público?
P.C. - Espero que não, porque quando foi feito o programa de ajustamento, foi
realizado com base em toda
a documentação que existia
e as pessoas são responsáveis e assumiram determinados compromissos, tanto a
nível regional e nacional, bem
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
Humberto Vasconcelos
como mesmo com entidades externas, da Comunidade
Europeia, em que tudo aquilo
que existia estava refletido na
contabilidade e estava tudo
demonstrado. Estou convicto que as coisas estão muito organizadas. Aliás, temos
assistido - talvez nos últimos
dois anos, quer no mundo privado, quer no mundo público, a um trabalho fantástico por toda a equipa liderada pelo dr. Garcês. Todos têm
feito um esforço muito grande em credibilizar ainda mais
a entidade governativa que é
a Região. Hoje, julgo que tudo
está mais organizado e estabilizado do que estava certamente há uns anos atrás.
T.M. - Não teremos
surpresas?
P.C. - Não sei porque não
estou lá dentro e não conheço.
Mas por tudo aquilo que tem
vindo a público, estou convencido que as coisas estão
organizadas neste momento.
T.M. - Quem ficar com
a pasta do Plano e Finanças terá um trabalho
complicado?
P.C. - Em qualquer lugar
desses, seja pequeno, seja
grande, ou seja a nível regional ou a nível nacional, julgo
eu que hoje não é uma pasta
desejada. A pasta das finanças não é desejada e penso
que nenhum cargo de responsabilidade político hoje deve
ser um cargo desejado porque
aquilo que nós temos assistido no nosso país, pela forma como se governa; a forma como se tenta descredibilizar a classe política e a forma como o Tribunal de Contas muitas vezes tem agido
para com os governantes e a
pressão que tem feito, é muitas vezes contraditória à própria legislação que é feita por
políticos. Muitas vezes, questiono-me se nós estamos em
países diferentes. A Assembleia da República é a entidade responsável por fazer as
leis e implementar essa legis-
lação, mas por fim temos o
Tribunal de Contas que está
muitas vezes contra a implementação de certas políticas.
Quando as pessoas que têm
responsabilidades políticas
pedem ajuda a esse órgão de
fiscalização (que é o Tribunal
de Contas) e pendem o conselho para entender ou interpretar melhor essa legislação
e até ajudar numa postura
construtiva em fazer as coisas diferentes, esse órgão de
fiscalização nunca se pronuncia sobre aquilo que é melhor
fazer, nem como se deve
fazer melhor. Continuo a não
entender essa postura e a não
entender qual o objetivo de
um órgão como este. Por isso
digo muitas vezes que tudo
aquilo que temos de construir
passa por todos os quadrantes, não passa só por quem
está no Governo, passa também por mudar mentalidades
das pessoas que estão à frente de determinados órgãos e
por uma renovação de mentalidades da oposição, passa por todas essas entidades.
Mas, hoje em dia, para estar à
frente de um governo, de uma
autarquia ou estar à frente
de um ministério, é preciso
ter uma grande capacidade
sobretudo de interiorização e
de um grande esforço e dedicação à causa pública. Muitas
vezes perde-se muitas regalias. A opinião pública tem
uma opinião muito diferente
daquilo que é a vida política
ou vida governativa. Pensam
que há muitas regalias, mas
não há. As regalias são muito reduzidas e muitas pessoas, por vezes, perdem remuneração em relação ao privado quando vão para o público.
Aquilo que por vezes ganham
é uma maior exposição pública, uma pressão constante
da comunicação social e uma
coo-responsabilização com o
Tribunal de Contas, que muitas vezes, de uma forma cega,
faz e atua em diversos quadrantes. Penso que hoje é
muito difícil para uma pessoa que tem a sua vida estabilizada no privado conseguir aceitar uma responsabilidade de um órgão governativo. Quando me fala da
pasta das finanças... precisamente por saber que o país
está neste momento dependente de ajudas externas e de
programas externos, embora saibamos que o PAEF acaba este ano, mas Deus queira que não sejamos mais tarde a pedir uma nova ajuda.
Tudo isto terá o seu sucesso se continuarmos esta política de contenção e esforço
por parte de todas as pessoas. Espero que com outro
governo, com outras pessoas,
outras mentalidade e outras
Miguel Vieira
formas de agir, não se estrague no futuro tudo aquilo que
foi o nosso esforço nos últimos anos. A nível regional,
nós sabemos que a Madeira não tem capacidade para
ser autónoma, ou para gerar
receitas para viver de forma autónoma. Todos temos
ideia de melhorar a situação
da Região e torná-la cada vez
menos dependente de ajudas
externas, mas isso não se faz
de um dia para outro, nem
se consegue fazer num quadro legislativo. É um processo
que irá demorar algum tempo. Para se tomarem algumas medidas e mudar o rumo
a algumas coisas, é preciso
ter capacidade junto da própria Assembleia da República de mudar a Constituição
e de mudar alguns programas e leis que temos. Aquilo
que acho essencial é no futuro termos consciência que
vamos ter que trabalhar em
conjunto. Ou seja, a Região
tem que saber trabalhar com
o Continente, e o Continente (o Governo da República)
tem que saber trabalhar com
responsabilidades junto dos
organismos europeus. Hoje,
quer o país quer a Região não
conseguem trabalhar de costas voltadas, nem por muito
mais tempo no mesmo regime, nem da mesma forma
com que vivíamos até aqui.
Ou seja, na Madeira julgavam-nos reis e senhores de
tudo e de todos, “nós sozinhos resolvíamos os problemas de todos”. Porém, isto
não é de certeza a melhor forma de governar uma Região
como a nossa.
T.M. - A Zona Franca terá sido alvo desse
problema?
P.C. - A Zona Franca é um
bom exemplo. Houve muitos interesses ali instalados
e houve negociações que, se
calhar, deveriam de ter acontecido de outra forma. Mas,
posso dizer que - pelo pouco
ou muito do que sei e conhe-
grande tema
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
ço - a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira tem feito um trabalho extraordinário na credibilização daquilo que são as estruturas e
responsabilidade do Centro
Internacional de Negócios da
Madeira. Penso que agora é o
momento ideal para que todos
juntos (SDM, Governo Regional, Entidades Públicas e Privadas, Governo da República e mesmo União Europeia)
percebermos o papel fundamental que o CINM (Centro
Internacional de Negócios da
Madeira) tem na economia e
nas finanças da Região. Uma
das formas de nós nos tornarmos mais leves junto do Orçamento do Estado e de caminharmos cada vez mais para
a nossa independência fiscal
e financeira é termos condições de termos um CINM
mais livre, mais dinâmico e
com outra pujança financeira e, por sua ve, não termos
medo de lutar por essas situações. Se não for o CINM será
outra praça financeira qualquer. Continuo a não perceber porque é que alguns políticos ou algumas pessoas com
alguma responsabilidade têm
medo de assumir o papel, que
temos de assumir no CINM.
Se as empresas não vierem
para o CINM, vão para outras
praças. Se é bom para outras
praças, porque não será bom
para a Madeira. Se é bom
para a Região porque não
vamos lutar por esses interesses? É uma forma de nós salvaguardarmos e privilegiarmos os interesses em todas
essas áreas porque para atuar bem na área da medicina,
na área da justiça, na educação e em todas as áreas é preciso ter dinheiro. Para pagar
as nossas dívidas, para pagar
as nossas responsabilidades,
para atuar com responsabilidade cívica junto da população e liquidar algumas situações que já venham de trás e
fazer obras com responsabilidade social. Para tudo isto
é preciso ter cabeça, saber
de onde e como pode vir o
dinheiro e da forma como o
vamos gerir. O CINM terá aí
um papel fundamental. O trabalho que fizemos e a Sociedade de Desenvolvimento fez
até agora tem que ser respeitado e temos, se calhar,
que dar mais espaço para
uma maior internacionalização e uma maior capacidade
de expansão e dar a conhecer aquilo que nós temos,
mas temos que fazer isto com
cabeça e saber que é essencial
nós protegermos o CINM.
T.M. - O Miguel Vieira apoiou Miguel Albuquerque desde a primeira
candidatura. Sente que o
partido está mais unido
ou mais fragilizado como
se falava?
M.V. - Entrei no grupo
do dr. Miguel Albuquerque
pela mão destes dois senhores. O Humberto Vasconcelos, através de um primeiro convite, depois por Pedro
Calado, num convite para
colaborar na moção sectorial
para a Saúde. Acho que era
essencial para o partido haver
este debate. O partido evoluiu durante cerca de 30 anos
num pensamento único, sem
debate, em que o líder não
perspetivava a sua renovação
e, obviamente, isso foi secando um espaço que tem de ser
de ideias e de projetos. O partido precisava deste debate e
quanto a mim este processo
decorreu belissimamente. As
pessoas foram educadas umas
com as outras, apresentaram
as suas ideias, provocou-se
o debate e conseguimos centrar toda a atenção política da
Região no PSD. Os partidos
da oposição simplesmente já
não existiam. Ou seja, toda a
Região estava ávida do debate interno do PSD. O partido
abriu-se. Não consegui presenciar o 25 de abril, mas
isto parece o florescer desse
momento de multiplicidade
de pensamento e de liberdade de sonhar. O partido, neste momento, é livre, tem pessoas que apresentaram projetos, muitos deles válidos e
obviamente que isto é a vida
normal de um partido. Houve desaguisado e oponentes,
mas agora é tempo de se unir
estratégias e vontades. Estou
convicto de que o partido vai
novamente unificar-se. Não
há drama nenhum. O partido vai unir-se? Não tenho
dúvidas nenhumas que sim,
até pelo líder que tem neste
momento. É um líder natural,
com excelentes qualidades e
que sabe escolher as pessoas
certas para os lugares certos.
O Albuquerque, de todos os
que conheci, tem essas qualidades. Tem a qualidade de
agregar vontades, de escolher as pessoas para os sítios
e para os desempenhos que
são necessários, sendo uma
pessoa que cria a vontade de
fazer nos outros. É isso que
a Região precisa. A vontade
de fazer, de juntar as ideias e
os projetos vão surgir já nas
próximas eleições regionais,
onde vamos mostrar a nossa
força como partido.
T.M. - Projetos na
área da Saúde serão
importantes?
M.V. - Será importante
e na Saúde irá acontecer o
seguinte: a Saúde será novamente recentrada no utente.
Neste momento, está centrada no empreiteiro e no equipamento. Irá também haver
um investimento emocional
fortíssimo, porque é a nossa
marca. A marca do Albuquerque é a marca da coragem.
Não temos medo de abraçar
ideias e de ultrapassar fronteiras e isso vai acontecer.
Vamos ter que fazer um esforço na saúde, penso eu que
pela primeira vez, de aconselhar os economistas de que
uma sociedade estável e próspera não pode reger-se por
parâmetros do défice, do PIB
e das dívidas. Tem de existir
outros parâmetros como os
da realização social, da habitação, da empregabilidade,
da longevidade, da natalidade. Já percorremos um longo caminho, mas ainda há
muito para fazer. Conquistamos muitas coisas, mas agora
há uma plataforma de apoio
que vai impulsionar isto para
muito mais.
T.M. - O seu meio laboral é fora da Região.
Como é que os seus colegas caracterizam a saúde
regional?
M.V. - Percebe-se que há
um descontentamento enorme, um ambiente de perseguições e de intimidação.
T.M. - E em relação ao
utente. Estamos numa
situação caótica?
M.V. - Estamos e os
números mostram isso. Éramos a bandeira da autonomia. O sistema regionalizado de Saúde na Madeira foi
uma das grandes bandeiras
da autonomia. A Saúde foi
um projeto que cristalizou e
não soube evoluir. No Continente, as duas grandes marcas que vemos são as unidades de Saúde Familiar, que
na Madeira ainda não se conseguiu implementar; são os
programas de combate às listas de espera, quer cirúrgicas quer de consulta, que na
Madeira foi implementado
parcialmente.
O que verificamos na
Região é que, desde 2008,
as listas de espera cirúrgica
passaram de 11 mil para 17
mil, os exames complementares de diagnóstico, incluindo análises, passaram de uma
lista de espera em que existia um total de 5 mil para
22 mil. Ou seja, é um serviço que começou a ter ineficiências. A prioridade será isso
mesmo. Recentrar a Saúde no
utente, fazer um investimento muito grande nos recursos
humanos, não apenas financeiro, mas a nível emocional
e dotar a saúde orçamental
de maneira em que não exista
subfinanciamentos crónicos,
onde o que se vê é o acumular de dívida. Tenho a certeza que a próxima equipa que
vai fazer esta gestão terá este
cuidado e vai impulsionar a
Saúde. Temos bons exemplos
no Continente e não podemos usar o Sistema Regional
de Saúde como proteção para
esconder as nossas ineficiências, temos que competir com
os números de Portugal Continental - nas taxas de infeção hospitalar; na mortalidade pero-operatória, nos reinternamentos. Temos que ser
auditados e não temos que
ter medo disso para nós apercebermos também da atual realidade. É isto que vai
acontecer.
T.M. - O Humberto
Vasconcelos já foi presidente de câmara. Nesta
nova fase podemos vê-lo
de novo num regresso à
política ativa?
H.V. - O grande objetivo é o projeto do dr. Miguel
Albuquerque. Primeiro eleger
um presidente da renovação,
depois conquistar e organizar o partido com novos moldes. E aí penso que o dr. Rui
Abreu tem tudo para o fazer
como secretário do partido.
Posteriormente, o dr. Miguel
Albuquerque irá escolher
pessoas capazes para liderar cada uma das pastas que
entender.
Faço a minha vida no privado e tenho sido eu próprio a querer dar a cara por
este projeto de renovação. Já
estou na política ativa pelo
que passei e até pelo caso,
talvez único na Madeira, de
ter sido presidente de câmara por quatro anos, quando até tinha sido convidado pelo presidente do Governo para fazer outro mandato. Fiz quatro anos sem me
explicarem porque saía (também não pedi que explicassem) e portanto já fui um
caso muito falado. Tenho sido
sempre uma pessoa que não
querendo estar em polémica tenho criado alguma, mas
não tenho responsabilidade
direta nisso. Ainda houve a
minha expulsão do partido,
onde não tendo feito parte
de nenhuma lista sou acusado de factos que não existiram. Fui sempre perseguido
ao longo do tempo e é natural que sempre que faça alguma coisa seja um alvo a abater ainda pela atual liderança
do partido.
O importante agora foi o
dr. Miguel ter ganho o partido e a renovação dentro do
PSD. A partir de agora é preciso reunir equipas e trabalho e o líder sabe-o muito
bem como o fazer. Pessoalmente, o objetivo para o qual
trabalhei foi atingido e estou
satisfeito.
Albuquerque
é um líder nato
13
T.M. - Pela sua experiência como é trabalhar
com Albuquerque?
P.C. - Ele é essencialmente um líder. Um líder nato. É
impossível ser um bom político como o dr. Miguel e sem
ter as características que ele
tem. É um indivíduo que sabe
muito bem constituir equipas
e liderar essas equipas. Ou
se faz bem isso ou se faz bem
outra parte do trabalho. Para
um presidente de uma câmara, como é a do Funchal, ou
para presidente do Governo,
não se quer ter um bom técnico. Um bom técnico não
é um bom líder. Ou se é um
bom líder ou se é um bom
técnico. Aquilo que se pede a
um presidente do Governo, a
um líder do governo, e a uma
pessoa com as características que são necessárias para
liderar – quer uma Região,
quer um país - são as características que o dr. Miguel
Albuquerque tem, que é ser
líder nato, ser responsável,
ter uma grande visão de futuro e saber liderar as equipas
com respeito e seriedade. Ele
sabe ouvir e respeitar opiniões e sabe tomar decisões no
momento certo. Ou seja, para
ser um bom político é necessário saber na altura certa
demonstrar a coragem que é
necessário ter, sendo que ele
já demonstrou isso mesmo
contra tudo e contra todos em
2012 quando nós avançamos
pela primeira vez nesta luta.
Ele sabia exatamente que
naquele primeiro momento
poderia não conseguir chegar à liderança do partido,
mas aquele passo era determinante para ganhar numa
segunda candidatura. Esse
visão política muito poucos a
têm e o dr. Albuquerque tem
e tem sabido demonstrar isso.
São qualidades que me fizeram acreditar desde a primeira hora. E estou convicto
que será um bom presidente do Governo. É importante ter uma boa equipa e bons
técnicos, mas estou convencido que ele estará a altura.
Pela forma como desenvolveu
esta campanha, o dr. Miguel
Albuquerque demonstrou
que é um homem de todos os
quadrantes: sabe falar com o
povo, tal como sabe falar com
um grande político, sabe estar
numa tasca tal como sabe
estar numa Assembleia da
República se for preciso. Sabe
estar em todos os momentos
de uma forma sempre diferente, sabendo olhar com a
devida preocupação e com o
devido respeito por todos as
situações e com a importância que cada situação tem,
além de ser uma pessoa com
uma cultura e uma bagagem
muito grande. l
14 opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
ROSAS E ESPINHOS DA NOVA AUTONOMIA
GREGÓRIO GOUVEIA
Joana Homem da Costa
gregoriogouveia.blogspot.pt
As cinzas do Parque
Ecológico do Funchal
O designado Parque Ecológico do Funchal (PEF), criado em 1994 por transformação do Montado do Barreiro
e ampliado após a aquisição
de terrenos envolventes pela
Câmara Municipal do Funchal
(CMF), não resistiu ao desastre ecológico e ambiental provocado pelo incêndio de 13 de
agosto de 2010. Da área de 1
012 hectares que compõe o
PEF, 92 por cento (sensivelmente 1/7 da área total do
concelho do Funchal) foram
transformados em cinzas.
Ao longo dos anos, o PEF
foi reflorestado e sujeiro a
recuperação ambiental, e até
foram colocados os tradicionais burros - que muito serviram nos anos cinquenta
do século passado em toda
a ilha para transportar carga
(exemplo da areia do calhau
e mercadorias para as zonas
altas). Desde 1994 até março de 2010, a CMF plantou no
PEF mais de 200 000 árvores e arbustos indígenas e, em
julho de 1995, estava vedado
ao longo de aproximadamente 13 Km, tendo em vista evitar a entrada de gado que pastava nos montados limítrofes,
uma vez que estava em curso o processo conflituoso da
retirada do gado que pastava
no PEF.
O PEF era e é propriedade
da CMF, o que lhe deu o direito de, em 8 de junho de 1995,
publicar na imprensa regional
um “ESCLARECIMENTO À
POPULAÇÃO” informando as
“CAUSAS DA NECESSIDADE DE RETIRAR 800 CABEÇAS DE GADO DO MONTADO DO BARREIRO”
O “Esclarecimento” trata
de matérias que, analisadas
após o incêndio de 2010, conclui-se que não passaram de
meros argumentos falaciosos,
por não terem sido postas em
prática para evitar a propagação de incêndios. O PEF, sem
gado e sem cuidado, transformou-se, isso sim, num barril
de pólvora atreito a desaparecer ao mínimo ânimo de qualquer pirómano.
Se fosse verdade que a
invocada “intensidade da pastorícia” fosse um fator importante para a “intensa erosão”,
pondo em perigo a “vida dos
cidadãos do Funchal”, então,
com o desaparecimento do
gado, estaria garantida a preservação do PEF, o que não
aconteceu em 2010.
A intolerância da CMF ao
invocado “pastoreio desordenado” apenas releva para
o facto de não tolerar qualquer animal na sua propriedade, apesar de referir no
“Esclarecimento” que “Desde
o início do processo de implementação do Parque Ecológico do Funchal, na propriedade municipal informámos
os donos do gado da nossa
disponibilidade para manter,
de forma ordenada, um rebanho de 250 ovelhas, devidamente gerido pela Cooperativa dos Criadores de Gado do
Monte”.
Em fértil e clara contradição, o “Esclarecimento” salienta que “A partir de Janeiro, do
corrente ano (1995) todos os
donos do gado foram contactados no sentido de retirarem até Maio, os animais que
possuíam em pastoreio livre,
mediante uma indemnização
fixada pela Secretaria Regional da Agricultura Florestas e
Pescas, no valor de 15.000$00
por cabeça de gado, cujo abate
seja controlado, beneficiando
o proprietário ainda da respectica carne”.
Depois de referir que
“Durante o ano lectivo de
94/95 foram plantadas, na
área do Parque Ecológico,
cerca de 5000 novas árvores”, mas “infelizmente muitas dessas árvores, plantadas
Alternadamente
por centenas de jovens, das
nossas escolas e das Associações de Escuteiros, foram já
destruídas pelo gado, atrasando a regeneração da natureza”, o “Esclarecimento” termina com esta lição-chavão,
gasta e repetida, do “interesse público”:
- “Quando estão em causa a salvaguarda de pessoas e
bens e os superiores interesses da cidade e da sua população, a Câmara tem de nortearse, conforme é sua obrigação,
pelos critérios prevalentes do
interesse público”.
Viu-se o que aconteceu ao
PEF desde o “Esclarecimento”
de Junho de 1995: uma Câmara desordenada na gestão do
PEF, desleixada na prevenção
e limpeza necessárias para
que o lume não propagasse
a 92 por cento em 2010. E
nem pediu desculpas às centendas de jovens que plantaram árvores!
Por mais tanques que a
CMF tivesse construído, por
mais árvores que tivesse plantado, por mais gado que tivessem retirado, o certo é que
a “espectacular regeneração da flora típica de altitude” do Parque Ecológico ficou
em cinzas em meia dúzia de
horas.
gregoriogouveia.blogspot.pt
Relevante aquele momento em que nos apercebemos
que as pessoas não param
de nos surpreender, equilibra assim os valores, tomamos consciência da realidade
e acontecem verdadeiros despertares. Existe uma esperança que necessita ser reavivada, que ainda se conversa, que
alguns ainda usam da coragem e do diálogo para enfrentar os acontecimentos.
A retirada insensata nos
momentos essenciais já deveria estar gasta, como um vou
ali e já volto e quando votar
espero encontrar isto tudo já
consertado e sem causar distúrbio. As memórias são construídas por presenças verdadeiramente corajosas e principalmente só faz falta quem
realmente algum dia esteve,
não quem fugia com medo
dos estilhaços, com medo de
ser posto na rua. Com tantas
saídas e entradas não deveria
existir um verdadeiro receio
de um dia a morada ter sido
alterada?
Dizia-me que era por ser
pequena ou por existirem
poucas atividades e distrações. Por essas razões era
necessário inventar enredos
rocambolescos, sagas alucinadas e ligações interessantes. A verdade é que ainda
muito se pergunta quando se
chega ou quando se está fora
se existem novidades, como
quem diz boatos. Parece que
é uma especialidade da terra. Alguns fazem disso quase profissão, sem medir consequências. Poderiam criar-se
por aqui autênticas novelas de
centenas de episódios assim
como poder-se-ia estudar,
com interesse, esta curiosidade pelo alheio, este inventar
de histórias surpreendentes.
Se existe uma facilidade
intrínseca para emprenhar
pelos ouvidos, isso será reflexo de muito, muito pouco...
Não existe segurança e con-
teúdo suficiente para formar
uma opinião própria? O que
andamos aqui a fazer senão a
construir personalidade? Ao
sabor da maré, com receios
tão grandes que a cada absurdo anunciado o mundo treme? Com silêncios em jeito de
amuos, com comportamentos para criar inseguranças e
assim achar que o mal estar
passa para os outros? Não
passa, fica tudo cá dentro.
Deve significar alguma coisa cruzarmo-nos com pessoas com determinação. Aparecem e fazem-nos relembrar
como não é difícil ser assim,
fazem-nos relembrar como
a descrença em que muitas
vezes nos habituamos a viver
não faz sentido. Existe sempre esperança, muitas vezes
não existe é onde a andamos
a depositar.
Para criar uma imagem
negativa ou mesmo destrutiva é começar a contar uma
história pelo meio ou pelo
fim. Arriscamo-nos a tornála uma história definitiva,
sem dados, sem certezas, com
pouca verdade. Entregues a
estereótipos ou mágoas passadas, estagnamos no desenvolvimento. Tornamo-nos
suscetíveis a histórias principalmente com os horizontes
pouco alargados ou preguiçosos, sucumbindo ao excessivo
poder de síntese de só querer
saber o final das histórias.
A verdade é que um boato cai assim que chega aos
ouvidos de alguém inteligente. É verdade também que
fica, enfrenta e sustenta quem
tem força e coragem para tal,
quem não se assusta. A verdade é que muito se fala e pouco
se sabe, mas quem sabe, sabe
imenso e normalmente aprendeu vivendo e conhecendo,
não colhendo informação por
aí. A verdade é que destemidos e audazes são aqueles que
não perdem tempo com inutilidades. Aqueles que esclarecem, enfrentam, resolvem e
seguem vivendo…
http://ww
015
afalda Freitas • Coordenador: Cirilo
Borges • Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2
Director: M
funchal.com
w.clubenavaldo
NESTE NAVAL
Família Navalista reunida
no Natal
Um Bom Ano 2015
•••••
Missão Cumprida
no Naval Solidário
Concluído um ano recheado
de desafios, cujos objetivos foram ultrapassados, já estamos
preparados para 2015, com
maior vontade empreendedora, apostados em vencer obs-
táculos com a imaginação e a
força que nos caracteriza. Com
a força dos quase 7.000 sócios
e cerca de 600 atletas, estamos
conscientes que um Naval cada
vez mais forte é essencial para o
desenvolvimento da
nossa Região. 2014
foi um ano de diversos desafios, sob os
mais diversos âmbitos. Desde os equipamentos e infraestruturas até ao desporto
e vertente social, dinamizamos
vários
projetos, por forma
a criar melhores condições de usufruto de
serviços aos sócios. A
começar pela reparação dos estragos avultados, causados pelo
temporal de dezembro do ano passado,
nas zonas do solário
e acessos ao mar na
Quinta Calaça, com
a criação do acesso
de viaturas. A nova
acessibilidade criada
foi já utilizada nos 2
grandes eventos desportivos internacionais aí realizados, casos da 18.ª edição da
Regata Internacional CanáriasMadeira, determinante para a
nossa afirmação no contexto da
vela internacional e da Madeira
Island International Swim Marathon, em natação de águas
abertas. Este evento, na baía
da Quinta Calaça, ficou marcada pelos elogios, de ingleses
e franceses principalmente, à
qualidade da água do mar, quer
temperatura quer da transparência, fazem-nos acreditar
ainda mais no seu potencial
para receber provas do género.
Num ano de eleições em que
merecemos de novo a confiança
dos sócios, inauguramos a sala
Horácio de Faria Pereira, em
homenagem ao primeiro presidente do Naval. Um espaço
dedicado às atividades sociais
e culturais, visando um maior
usufruto da sede social durante
o inverno. Homenageamos ainda Andre Escórcio e Luisa Telo,
protagonistas da abertura da
secção de natação do Naval, há
30 anos. Para 2015 esperamos
fazer mais e melhor,
Um Bom Ano de 2015 para
todos os navalistas. l
Mafalda Freitas
Presidente
Corrida de São Silvestre
•••••
Este Suplemento faz parte integrante da edição nº 789 do Tribuna da Madeira e não pode ser vendido separadamente.
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NAVAL
TRIBUNA DA MA
15
DEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 20
Família Navalista reunida no Natal
Foi mais uma cerimónia de Prémios do Naval que decorreu no passado dia 18 de Dezembro na sede social
do CNF.
Contando com mais de 200 atletas,
treinadores e dirigentes presentes na
sede do clube à Quinta Calaça, esta
iniciativa, começou com o agradecimento da Presidente do Clube Naval
do Funchal, Mafalda Freitas, pelo
empenho, dedicação e resultados obtidos pelos atletas no Naval e seus
treinadores.
A cerimónia foi também pretexto
para prestar homenagem aos atletas
do clube que mais se distinguiram ao
longo do ano de 2014 em cada modalidade que o clube dinamiza através dos Prémios “Naval do Ano”, da
atribuição de louvores e de placas de
agradecimento.
Os prémios Naval são o reconhecimento do Clube Naval aos seus atletas, pelo seu empenho, assiduidade e
dedicação aos estudos e à sua modalidade e que diariamente dão expressão
ao clube e às suasmodalidades.
Assim no Judo, Débora Gouveia e
Leonardo Azevedo conquistaram os
prémios Naval do Ano, pelo 1º lugar
no Campeonato Nacional de Seniores.
No Karaté o destaque foi para Lisa
Camacho e João Castro atletas que
não só pelos títulos alcançados mas
também pela perseverança, dedicação e vontade mereceram este prémio
atribuído pelo respectivo coordenador
do departamento.
Na Natação, Inês Margarido, mereceu o título de Naval do Ano por ser,
desde 2009, campeã e recordista regional. Já Francisco Sousa foi o destacado do ano, por ser, entre outros motivos, o recordista regional em 2014.
Francisco Teixeira na Pesca e Pedro
Baltazar na vela, foram os premiados,
ambos pelo seu empenho na modalidade, comportamento exemplar ao
nível de assiduidade e bons resultados
escolares.
Em termos de louvores foram vários os atletas que viram reconhecidos
os seus resultados. David Fernandes,
recebeu 3 louvores, relativos à conquista de Vice-Campeão do Mundo
K4 1000 metros, Vice Campeão K4
1000 metros e K2 1000 m, na Taça de
Portugal de Tripulações.
No Judo Débora Gouveia e Maria-
na Gonçalves foram louvadas pelo
3º lugar alcançado no Campeonato
Nacional de Seniores enquanto César
Nicola foi homenageado pelo título
de Campeão Nacional de Veteranos e
Katas. Leonardo Azevedo foi também
homenageado pelo 1º lugar no Campeonato Nacional de Cadetes e ainda
Angélica Lopes e Pedro Simões pelo
2º e 3º lugar, respectivamente, ambos
no Campeonato Nacional de Juniores.
Por fim na Natação Afonso Sequeira recebeu o louvor pelo seu 2º lugar
nos 100 metros Mariposa no Campeonato Nacional de Juvenis.
Destaque ainda para as homenagens feitas a Humberto Fernandes,
coordenador do Departamento de
Canoagem e responsável pelo evento
Madeira Ocean Race, Ivan Abreu, responsável pelo evento Madeira Island
International Swim Marathon e Cirilo
Borges pelo trabalho desenvolvido ao
nível de promoção e divulgação das
atividades do clube.
Seguiu-se a fotografia de família e
o jantar convívio que reuniu a família
Navalista em ambiente festivo e natalicio. l
TRIBUNA DA M
15
ADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 20
NAVAL
O projecto Naval Camp iniciouse nos primeiros dias de outubro
com o objectivo dos alunos reduzirem a massa gorda, aumentar da
prática desportiva e incremento de
um estilo de vida saudável.
Das 13 pessoas que iniciaram o
programa, todas atingiram óptimos resultados. Hoje todos juntos
já perderam mais de 120kg e viram
os seus perímetros abdominais e de
cintura diminuir cerca de 40% em
alguns casos.
Tudo isto foi possível pelo esforço
dos participantes em cumprir treinos bidiários, ao apoio da nutricionista e sobretudo aos 2 instrutores
responsáveis pelo projeto, Ricardo
Rodrigues e Fábio Leão.
A coordenação do Aquagym congratula-se pelos objectivos alcançados num projeto a 3 meses. “Estes
tipos de projectos tem enorme valor e vai ao encontro das necessidades dos utentes que nos procuram” e por conseguinte os utentes
afirmam que “treinar com esta intensidade 2 vezes por dia, 10 vezes
por semana com aulas destinadas
a perda de peso e com personal
trainers só para nós foi fantástico.
Consegui emagrecer semana após
semana!” l
“Mudou a minha vida”.
Michael Caldeira
“Agora não posso parar mais”.
Andreia Sousa
“Foi a melhor coisa que me
aconteceu este ano”.
Hugo Oliveira
“Perder peso logo após a 1 semana foi o que me motivou”,.
Mauro Nóbrega
Missão Cumprida no Naval Solidário
Depois de três semanas a recolher alimentos e brinquedos em todas as delegações do clube foram entregues no pelo CNF e de ano para ano, outras
dia 19 de Dezembro, após missa do instituições da área envolvente têm
Parto pelo Clube Naval do Funchal vindo a colaborar. Assim, com a ajuna Igreja da Nazaré, 66 cabazes com- da de todos, torna-se possível apoiar
pletos correspondentes a 66 famílias um pouco mais quem mais precisa,
acompanhadas pela paróquia. Esta numa época tão especial como o Nainiciativa é levada a cabo desde 2011 tal. l
“Queria começar...mas nunca
tive verdadeira vontade”.
Nuno Santos
“Treinar às 7h é difícil...agora
não quero outra coisa”.
Márcia Sousa
“Adorei este grupo sem ele não
teria sido capaz”.
Carla Abreu
“Toda a gente me elogia! Melhorou a minha auto-estima”.
Tânia Carvalho
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Naval Camp: Um projecto com sucesso...
NAVAL
TRIBUNA DA MA
15
DEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 20
Corrida de São Silvestre
Decorreu no passado dia 28 de Dezembro a Corrida de São Silvestre, prova que
juntou no Funchal cerca de 2600 corredores, e como já vem sendo habitual
o Clube Naval do Funchal em parceria
com a Óptica da Sé esteve presente com
uma equipa de cerca de 130 atletas.
O grande objectivo foi amplamente
alcançado com todos os participantes a
concluírem a sua prova, demonstrando
grande espírito de equipa onde alguns
atletas a auxiliarem os seus companheiros, numa demonstração extraordinária que o trabalho realizado pelo clube
está a ser o correcto, tornando cada vez
mais fortes os valores e os princípios que
pretendemos transmitir às novas gerações. l
Jantar
Aquagym
À semelhança de anos anteriores, o
ginásio Aquagym realizou o seu habitual jantar de Natal que contou com cerca
de 60 pessoas, entre alunos, instrutores e
outros aficcionados das actividades dinamizados pelo nosso ginásio.
Realizado num ambiente de festa
onde foram distribuídos diversos prémios durante a noite, um dos momentos
altos foi sem dúvida a homenagem realizada pelo ginásio, ao grupo dos 13 atletas
do Naval Camp, com a apresentação de
um vídeo surpresa. l
CLÍNICAS
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McDonald’s na Venezuela
está sem batatas fritas
19
MÉDICOS
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saúde
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
O produto, já escasso, foi substituído por “arepas”
Dr. Rui Pereira Vasconcelos
Especialista em:
Pediatria - Neuropediatria
Laboratório de Prótese
Dentária da Madeira
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Os venezuelanos deparam-se com uma situação um tanto
caricata para alguns. O MacDonald's na Venezuela teve de alterar os menus, isto porque há falta de batata.
Segundo a Associated Press, as mais de 100
lojas venezuelanas da cadeia McDonald's enfrentam suprimento de batata.
As opções de acompanhamento para os «fast
food» deixam de ter batatas fritas e surgem com
uma alternância improvisada. Para enfrentar a
falta de batatas fritas, o McDonald's recorreu aos
produtos típicos do país. Existem duas opções de
acompanhamento: as "yuquitas", aperitivos de
mandioca frita, ou as "arepitas", bolinhos feitos
com a típica massa de farinha de milho vista em
países como a própria Venezuela ou a Colômbia.
A companhia alega que uma greve portuária
na costa oeste dos Estados Unidos impede que
as batatas fritas sejam exportadas para a Venezuela. Essa é a mesma explicação dada para a falta de stock do aperitivo no Japão. Porém, e ainda de acordo com a agência de notícias, muitos
venezuelanos, acostumados com a escassez de
produtos, dizem que a culpa é da administração
socialista do país.
No entanto, os donos dos restaurantes venezuelanos da rede afirmam que a situação é provocada por um impasse entre empregadores e
trabalhadores portuários na Costa Oeste americana. Segundo consta, os operários estariam se
recusando a realizar os embarques do produto
em retaliação.
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20 opinião
Presidente do Sindicato Nacional de
Oficiais de Polícia (SNOP)
Fazer mais com menos
Não é surpresa para ninguém que o lema deste Governo tem sido fazer mais com
menos. É uma premissa válida, com a qual genericamente concordamos. O que não
será do conhecimento geral
é que, na área da segurança,
em 2015, nem todos terão que
fazer as mesmas contas, os
mesmos sacrifícios e a mesma
ginástica financeira para conseguir cumprir a sua missão.
S. Ex.ª o Presidente da
República promulgou o orçamento do Estado para 2015
no passado dia 30. Este documento integra naturalmente
a proposta apresentada pelo
MAI no final de 2014, documento do qual se podem tirar
conclusões
interessantes,
reveladoras não só da forma
como este Governo tem tratado a PSP desde que foi eleito,
mas fundamentalmente como
irá fazê-lo este ano.
Ao longo desta legislatura,
ingressaram na PSP um total
de 474 polícias, enquanto na
GNR o número de militares
admitidos ascende a 1388, ou
seja, quase três vezes mais!
Esta discrepância provoca um
envelhecimento insustentável
do efetivo da Polícia, numa
profissão onde os níveis de
desgaste físico e mental exigem renovação constante.
Além disso, acentua a falta
de recursos humanos que já
era evidente, pois entre 2011
e 2014 a PSP viu ser reduzido o seu efetivo em quase 750
polícias. No ano de 2015, as
admissões previstas, se nada
se alterar, irão acentuar ainda
mais esta diferença.
A proposta de orçamento
apresentada pelo MAI no final
de 2014 tenta explicar este
desinvestimento na segurança pública dos portugueses,
e concretamente nas admissões à PSP, referindo que “…a
libertação de polícias de trabalhos administrativos para
funções operacionais” permite atenuar a diminuição clara
de efetivos. Trata-se de uma
completa falácia, não só pelo
número irrisório de profissionais efetivamente colocado em funções operacionais,
mas também pela crescente
burocratização da instituição,
determinada por factores que
lhe são exógenos, que levam
a um aumento do número
de elementos afetos a tarefas
de apoio, anulando o suposto
efeito da medida. Além disso,
a reestruturação do dispositivo avança a um ritmo sofrível, devido a inúmeras pressões a que o Governo aparenta mostrar-se permeável,
à medida que as eleições se
aproximam.
Mas o desinvestimento não se manifesta apenas
na área dos recursos humanos. Apesar da falta de viaturas e outros meios indispensáveis, a verba disponível
para aquisição de bens e serviços destinada à PSP desce
7% em 2015, cifrando-se em
apenas 46,5 milhões de euros,
enquanto na GNR aumen-
ta 13%, apesar da contenção
orçamental, ficando esta força de segurança com quase
60 milhões de euros para este
efeito. Só para aquisição de
viaturas, a GNR terá mais do
dobro da verba prevista para
a PSP (4,5 milhões de euros e
2,2 milhões de euros, respetivamente). Aliás, as últimas
entregas de viaturas em 2014
à PSP e GNR patenteiam bem
este tratamento desigual.
Se alargarmos o espectro
ao SEF, que tem apenas 1248
efetivos, verificamos que está
prevista uma verba superior
a 25 milhões de euros para
aquisição de bens e serviços,
enquanto a PSP, com quase
22 mil elementos, tem os já
referidos 46,5 milhões (esta
desigualdade foi, aliás, assumida por dirigentes sindicais
do SEF. Ao contrário do que
tentam fazer crer, o facto de
ser gasto proporcionalmente muito menos em despesas
com pessoal – apenas 56,8%
- não é sinal de boa gestão. É
sinal que o Governo não tratou PSP e SEF de forma paritária ao distribuir verbas).
A PSP não será contemplada com investimentos significativos em projetos estratégicos para a sua atividade,
enquanto a GNR terá 28,8
milhões de euros destinados
a esse fim. Por outro lado, o
investimento direto feito na
PSP (habitualmente denominado por bens de capital)
desce 45% no próximo ano,
enquanto na GNR, uma vez
mais, aumenta, neste caso
38%, cifrando-se a verba disponível em 14,3 milhões de
euros, face a uns parcos 6,4
milhões de euros disponibilizados à PSP.
Em termos de instalações,
o panorama é o mesmo. Este
Governo investiu, entre 2011
e 2014, 29,5 milhões de euros
na GNR, enquanto a PSP teve
um investimento de apenas
12,4 milhões de euros, ou seja,
menos de metade. Veremos
de que forma serão investidos os mais de 17 milhões de
euros previstos para 2015.
Todos estes dados permitem-nos retirar a mesma con-
clusão: o ano de 2015 será
mais difícil para algumas instituições do que para outras.
E nem todas terão que fazer
mais com menos.
A PSP terá um orçamento
global de cerca de 713 milhões
de euros, menos 118 milhões
que a GNR, cujo orçamento global ascende a quase 831
milhões de euros. As despesas com pessoal representam
92,3% do orçamento da PSP,
mas apenas 90,9% do orçamento da GNR. Tudo isto,
curiosamente, num contexto onde a receita própria da
PSP está estimada em 102,4
milhões de euros para 2015,
um valor superior em mais
de 50% face ao previsto para
a GNR, que é de apenas 67,2
milhões de euros.
A segurança é um setor do
Estado onde os portugueses
não admitem poupança. Trata-se de um direito fundamental dos cidadãos que não
tem preço e não pode estar
sujeito a políticas meramente
economicistas. Este orçamento coloca em causa o funcionamento da Polícia de Segurança Pública e a qualidade do
serviço que ela presta. As dificuldades já sentidas, na área
de recursos humanos, viaturas e equipamentos, vão agudizar-se de forma grave e com
consequências imprevisíveis.
Esperamos assim que o
Governo e a tutela percebam
que a área da segurança tem
que ser prioritária, e que a
PSP merece outro tratamento
na distribuição das verbas do
orçamento do MAI, para que
possa desempenhar eficazmente a sua missão. A demissão do Ministro Miguel Macedo e a sua substituição pela
Dra. Anabela Rodrigues é, aliás, o momento oportuno para
que este tipo de tratamento
seja revisto e a PSP tenha um
tratamento justo e consentâneo com a sua importância no
sistema de segurança interna
português.
Se assim não for, esperamos pelo menos que todos
percebam que, por vezes, com
menos, não se faz mais… fazse menos.
Mantém-te
atualizado em...
www.diariocidade.pt
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Henrique Figueiredo.
www.tribunadamadeira.pt
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
Humberto Pinho da Silva
Celso Neto
A dança das placas
A prisão
de José Sócrates
Em Portugal, ainda se
aguarda oportunidade do
povo escolher o regime que
prefere; talvez, porque se
considera que a população
não tem, ainda, capacidade de saber o que quer, ou
para não se ter que repetir,
o referendo… como aconteceu com o do “aborto”
Amigo, já falecido, certa
tarde de domingo disse-me:
“Todos dizem ser democratas…mas muitos há, que
não passam de ditadores
mascarados….”
Creio que tinha razão.
José Sócrates é uma pessoa com quem não simpatizo, desde poucos meses
após ter tomado posse como
1ºministro. Considero-o um
pedante, arrogante e ditador, mas goste-se ou não
dele, não podemos permitir
esta “pouca vergonha” que
foi a sua detenção e prisão
preventiva.
Não sei se cometeu algum
crime ou não (se cometeu
deve ser condenado), mas
aquela “submarinada gold
em direto” não pode admitir-se num país que se quer
livre e democrático.
Toda aquela “tristeza” a que
assistimos e, muito provavelmente, vamos continuar a assistir é própria de
um País onde reinam os
pobres de espírito, escondidos atrás de um muro de
hipocrisia, a fingir que são
sérios e verdadeiros.
O que aconteceu com Sócrates não pode acontecer com
ninguém. Um País democrático não pode permitir
que se façam julgamentos
na praça pública com base
em “folhetins” transmitidos
em direto pelas televisões,
criados por comentadores
de toda a espécie, mas de
competência e honorabilidade duvidosa...
A Ministra da Justiça assiste
impávida e serena ao desenrolar dos acontecimentos
como se a Justiça também
seja regulada pelas leis de
mercado... O Povo gosta? Vamos em frente!
A orquestra está desafinada, mas toca e o que o povo
quer é música e pretexto para envenenar as suas
frustrações...
Sinto vergonha do meu País,
como sentiria se Portas,
Cavaco ou Passos (pessoas
que me provocam vómitos)
fossem detidos e tratados
como foi Sócrates!
Não é esta a Justiça a que
aspiro. Preventivamente,
peço à Srª Ministra que nos
faça o favor de se demitir.
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Existe, no centro da cidade do Porto, rua muito
comercial, cujo nome varia
consoante o regime político instalado em Lisboa. É a
Rua de Santo António ou 31
de Janeiro, como velhos e
saudosos republicanos gostam de chamar.
Logo que o regime,
implantado pela Revolução
de 28 de Maio, caiu, alguns
democratas, apressaram-se
a mudar a placa, que homenageava o santo português.
O mesmo aconteceu em
Vila Nova de Gaia, na avenida principal, que sempre a
conheci por Marechal Carmona, mas já fora da República, e depois rebatizada
com o nome do mais popular Presidente da República
do Estado Novo.
Que ditadores queiram
apagar nomes de democra-
tas, compreende-se, mas os
que apregoam a liberdade,
o façam, é de pasmar!
Em Lisboa, a Ponte Salazar, construída sem subsídios da Europa, ou de
grandes potencias, passou,
após a Revolução dos Cravos, a ser: 25 de Abril; mas
como nada tinha a ver com
a revolução, o povo - que
é sempre mais sensato que
os políticos, - resolveu chamá-la: Ponte Sobre o Tejo, e
assim - penso, - ficará para
sempre.
No país irmão - será o
Brasil país irmão? - Creio
que sim, pelo menos, a
maioria da população é,
também, a “dança” das placas é frequente.
Com a queda da monarquia, as ruas do Rio mudaram de nome: o Largo da
Imperatriz, passou a praça
Quintino Bocaiuva, e a Rua
da Princesa, a Rui Barbosa.
A da Misericórdia como se a misericórdia fosse monarquista, - passou
a Batalhão Académico, e
assim por diante.
É interessante saber que
os republicanos, no Brasil,
prometeram, em 1890, realizar referendo, para o povo
legalizar o novo regime;
mas, talvez, receando que
preferissem a monarquia,
só se realizou em 1993,
quando, pelas sondagens,
se sabia não haver perigo
para o regime.
21
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22 economia
Taxa de
desemprego
aumentou
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
TAP cresce acima da média europeia
Com mais 710 mil passageiros em 2014.
No mês de novembro
a taxa de desemprego
estimada foi de 13,9%
Juan Andrade
[email protected]
D
e acordo com o
Instituto Nacional
de Estatística, a
taxa de desemprego (15 a 74 anos)
ajustada de sazonalidade estimada para novembro de 2014
foi 13,9%. Este valor é superior, em 0,3 pontos percentuais, ao estimado para outubro
de 2014.
A população desempregada foi estimada em 713,7 mil
pessoas, o que representa um
aumento de 2,5% face a outubro de 2014 (mais 17,4 mil).
O aumento da população
desempregada já tinha ocorrido em outubro de 2014, quando foi interrompido um período de vinte meses de decréscimos sucessivos.
A população empregada (15
a 74 anos), também ajustada
de sazonalidade, foi estimada
em 4 431,3 mil pessoas, diminuindo 0,1% (menos 2,9 mil)
face ao mês anterior.
Com a divulgação dos resultados relativos a outubro de
2014, o INE iniciou a publicação mensal de estimativas do
Inquérito ao Emprego para os
principais indicadores do mercado de trabalho (população
empregada e desempregada,
por sexo e grupo etário, e taxas
correspondentes) em complemento da publicação das estimativas trimestrais habituais.
A população empregada em
novembro de 2014 foi estimada
em 4 431,3 mil pessoas, diminuindo ligeiramente face ao
mês anterior (0,1%; 2,9 mil). l
C
om uma taxa
de ocupação de
80,1%, companhia aérea portuguesa ultrapassa os 11 milhões de passageiros pela primeira vez na sua
história e supera média de
4,5% de crescimento do tráfego transportado pelas companhias da AEA (Association of
European Airlines).
A TAP transportou em
2014 mais 710 mil passageiros do que no ano anterior,
atingindo um total de 11,4
milhões de passageiros, um
crescimento de 6,6% face a
2013, e teve uma taxa média
de ocupação dos seus aviões
(load factor) de 80,1%, o que
traduz um aumento de 1,1
pontos percentuais.
Os indicadores agora divul-
gados pela companhia aérea
nacional são ainda mais significativos quando comparados com a média das companhias aéreas europeias
que integram a AEA que, no
seu conjunto, registaram um
crescimento de 4,5% no total
de passageiros transportados
em 2014.
De referir que este aumento de passageiros transporta-
dos pela TAP poderia ter sido
ainda mais expressivo, uma
vez que, de janeiro a outubro
de 2014, a companhia registava um crescimento médio
consistente de 8%, com os
meses de novembro e dezembro a contribuírem negativamente para a média de crescimento anual, por efeito das
perturbações laborais verificadas. l JA
Índice de Volume de Negócios na Indústria
registou variação homóloga negativa
O
Índice de Volume
de Negócios na
Indústria apresentou, em termos nominais,
uma diminuição homóloga de
5,2% em
novembro (aumento de
1,4% no mês anterior). O índice relativo ao mercado nacional passou de um crescimento de 2,7% em outubro, para
uma redução de 4,9% em
novembro, enquanto a varia-
ção do índice relativo ao mercado externo se situou em
-5,5% (-0,2% em outubro).
Em termos homólogos, o
índice de emprego aumentou
1,0% em novembro (0,9% no
mês anterior), enquanto os
índices de remunerações e de
horas trabalhadas ajustado de
efeitos de calendário, diminuiram 0,1% e 0,9%, respetivamente (variações de -0,2%
e de -0,3% em outubro, pela
mesma ordem). l JA
Valor dos trabalhos realizados
pelas empresas de construção ascendem a 446,8 milhões
E
m 2013, o valor dos
trabalhos realizados
pelas empresas de
construção da Região
ascenderam a 446,8
milhões de euros, registando
uma diminuição de 3,1% face
10
a 2012. Esta redução foi provocada fundamentalmente pelo
decréscimo de 27,6% dos trabalhos realizados em edifício e atenuada pelo acréscimo
observado nos trabalhos das
obras de engenharia civil, de
11,2%, que corresponderam a
323,7 milhões de euros (72,5%
do total).
As empresas de construção
com 20 e mais pessoas ao serviço foram responsáveis por
80,2% do total do valor dos
trabalhos realizados, gerando
358,3 milhões de euros, mais
2,4% que em 2012. Nesta categoria de empresas, os trabalhos
realizados em edifícios registaram um decréscimo significativo (-26,9%, face a 2012).
Este decréscimo foi generalizado aos edifícios residenciais (-50,9%, correspondendo a -17,3 milhões de euros) e
aos edifícios não residenciais
(-11,4%, correspondendo a -6
milhões de euros). l JA
Mercedes-Benz Portugal anunciou que obteve em 2014 “o melhor resultado de sempre” da marca no país, ao aumentar as vendas em 45%, face a
2013, para cerca de 10 mil unidades.
Sessão de Apresentação
“Personal Planning”
Uma ferramenta Qualiram para o Desenvolvimento de Recursos Pessoais
A ACIF-CCIM e a Qualiram apresentam “Personal
Planning (PP) – Desenvolvimento de Recursos Pessoais” a 15 de janeiro de 2015,
pelas 10h30, na ACIF-CCIM
- Rua dos Aranhas 26.
A PP é uma ferramenta
de autoajuda e autoconhecimento, prática e de fácil
aplicação. Permite avaliar
os pontos fortes e fracos,
as ameaças e as oportunidades de melhoria/crescimento. Define planos, objetivos
e metas.
Utilização da PP com
inúmeras vantagens
•
Possibilitar o desenvolvimento pessoal e profissional (carreira);
•
Conhecer melhor a
realidade profissional;
•
Auxiliar o colaborador em situações particulares;
•
Incrementar a motivação, reconhecimento e
aumento da produtividade;
•
Desenvolvimento de
maior autoconhecimento;
•
Compreensão
do
outro (relações profissionais);
•
Oferecer aos colaboradores serviços de PP como
psicoterapia breve, terapia
familiar sistémica, aconselhamento, coaching e mediação de conflitos, para que o
colaborador possa se dedicar ao seu trabalho de forma
mais produtiva e satisfató-
ria;
•
Desenvolvimento de
trabalho multiprofissional/
habilidades.
Sessão gratuita mas sujeita a inscrição até 12 de janeiro para o Departamento do
Associativismo e Parcerias.
[email protected] | T: 291
206 800.
Apresentação do Documento Estratégico do Turismo
para a RAM
23 de Janeiro | Centro de Congressos da Madeira – Casino
A ACIF – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira convida V.
Exa. para assistir à apresentação do Documento Estratégico do Turismo
para a RAM, no dia 23 de janeiro, às 11h00, no Centro de Congressos da
Madeira – Casino.
Programa
10h00: Receção dos participantes
11h00: Sessão de abertura
- Presidente da Direção da ACIF-CCIM, Cristina Pedra Costa
- Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes
11h30: Apresentação do Documento Estratégico para o Turismo
da RAM
- Partner da KPMG Advisory, Jorge Santos
- Senior Manager da KPMG
12h30: Sessão de encerramento
- Secretária Regional da Cultura, Turismo e Transportes, Conceição Estudante, em representação do Presidente do Governo Regional da
Madeira
Agradecemos que confirmem a vossa presença para a sessão e para
o almoço, até ao dia 19 de janeiro, através do telefone 291 20 68 00 ou
e-mail: [email protected].
24 sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
Novo IRS em 2015 mais vantajoso
As despesas gerais familiares, que incluem gastos com o supermercado, vestuário, combustíveis, entre outras,
são deduzidas.
pesas até 715€ por sujeito
passivo).
- 15% das despesas de saúde,
até um máximo dedutível de
1.000€.
- 30% das despesas de educação, até um máximo dedutível de 800€.
- 15% das despesas com rendas de habitação, até um
máximo dedutível de 502€
ou 15% das despesas com
juros de empréstimo à habitação, no caso de casa própria, até um máximo dedutível de 296€.
- 25% das despesas com lares
de 3.ª idade, até um máximo
dedutível de 403,75€
- 15% do IVA suportado em
cada fatura relativa a despesas nos setores da restauração e hotelaria, cabeleireiros
e reparações de automóveis e
de motociclos, até um máximo dedutível de 250€.
O cálculo das despesas a considerar no IRS passa a ser
baseado no sistema e-fatura, de forma a simplificar a
vida do contribuinte, tendo
em conta que basta que se
exija faturas com o núme-
ro de contribuinte nas compras que se realiza para que
as empresas sejam obriga-
das a comunicar as faturas à
Autoridade Tributária e Aduaneira. l
PUB
N
este novo ano
em curso, existem ainda mais
motivos para exigir a inclusão do
número de contribuinte nas
faturas.
A Autoridade Tributária e
Aduaneira alerta que em 2015
apenas as faturas com número de contribuinte são consideradas despesas para o IRS.
Para além dos benefícios já
existentes, é possível agora deduzir 35% das despesas gerais familiares, que
incluem gastos com o supermercado, vestuário, combustíveis, entre outras.
A lista das deduções à coleta de que poderá beneficiar
em 2015:
- 35% das despesas gerais
familiares (por exemplo,
despesas com supermercado, vestuário, combustíveis,
água, luz, gás ou outras), até
ao máximo dedutível de 250€
por sujeito passivo (corresponde à realização de des-
desporto
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
25
Desde 1952 perto do mar
e dos madeirenses
www.clubenavaldofunchal.com
Atualidade
Oportunidades para as atividades náuticas na Economia azul sustentável
O documento do Compromisso para o Crescimento
Verde, do Governo de Portugal, está em discussão pública. Jorge Moreira da Silva,
Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, referiu que quatro mil
milhões de euros foram disponibilizados para a área verde, o que também engloba o
mar.
Para o Mar, são oito as iniciativas concretas, com critérios de sucesso mensuráveis
em datas definidas, que vão
para além dos ciclos governativos (2020, 2030) eque pretendem combinar a economia
azul com o crescimento sustentável, sendo que duas destas iniciativas representam
oportunidades para as atividades náuticas:
1) Valorizar o posiciona-
mento costeiro das principais cidades portuguesas para
reforçar a atratividade económica e o dinamismo turístico,
desportivo, cultural e comercial (aumentando o número
de pontos de acesso à água
em cerca de25% até 2030 e de
centros náuticos envolvidos
no desporto escolar; mantendo o número de eventos internacionais ligados à náutica
em Portugal).
2) Desenvolver o turismo
náutico nos segmentos da
náutica de recreio e do sur-
fing, qualificando as infraestruturas para responder
a uma procura crescente e
dinamizando as atividades
conexas. Aqui os critérios de
sucesso mensuráveis serão o
número de projetos de turismo náutico, o emprego criado pelo turismo náutico e o
volume de negócios do turismo náutico.
A Madeira, e em particular
o Funchal, apresentam caraterísticas únicas para as atividades náuticas. Com a conclusão da intervenção na Ribeira
de São João, São Lázaro apresenta-se como um polo de
excelência do Funchal para a
prática da náutica de recreio.
Não podemos esquecer que
foi em São Lázaro que surgiram os desportos náuticos na
década de 50 e que ali nasceu
o Clube Naval do Funchal,
hoje um Clube sustentável e
com provas dadas na organização de eventos náuticos
internacionais, bem como na
gestão da Marina do Funchal.
São Lázaro, a Marina do Funchal e o novo plano de água
junto à Praça do Povo terão,
na minha opinião, de ser geridos pela mesma entidade,
para que se possa aproveitar as oportunidades do Compromisso para o Crescimento
Verde. Há que saber aproveitar estes novos espaços junto ao Mar e abrir, de uma vez
por todas, o Funchal ao Mar,
desenvolvendo, potenciando e
vendendo a marca “Cidade de
Mar” associada aos desportos
náuticos e atividades de Mar.
Um Bom Ano de 2015, virado
para o Mar. Mafalda Freitas
Presidente
Crónicas, Recordações e Memórias do Naval
(Contra)Partidas no calhau
Nasci e cresci praticamente no calhau e no Naval, em
São Lázaro. Quando era miúdo, era lá que brincávamos, eu,
o Vítor Nóbrega, o “Azeitona”,
que já faleceu, o Ricardo Sá,
e outros que ainda andam na
vela. Quando queríamos andar
na canoa do naval, na que fazia
o transbordo entre terra e os
barcos dos sócios e estrangeiros fundeados, tínhamos de ajudar os marinheiros do naval,
diga-se funcionários, que andava aqui no calhau, o João Madalena, o “Beata”, o “Guinga”, este
ultimo que chegou a ser nosso funcionário na Quinta Calaça antes de falecer, como fazer a
“Calheta” — a “cama” no calhau
para os barcos subirem nos corsões, etc.
Mas também fazíamos as
nossas partidas. Uma delas
era “sabotar” o motor do guincho que varava os barcos. Era
um motor concebido pelo Eng.
Pires, adaptado de um Peugeot 503, no qual fez uma caixa redutora para lhe dar mais
força. Então desligávamos as
velas e o motor não pegava. E
ficávamos a assistir ao desespero do Madalena, que precisava
de varar o barco, e depois oferecíamo-nos para tentar resolver o problema, pedindo como
contrapartida autorização para
dar uma volta de canoa na baía
para ver os iates, fazer-lhes uma
espécie de receção.
Naturalmente que o Madalena concordava e nós, sem
que ele percebesse, ligávamos
as velas e íamos ao nosso passeio. A certa altura, ele descobriu o truque e passou ele próprio a encaixar os cachimbos
nas velas do motor. Passámos
a tirar o carvão do distribuidor,
coisa que ele nunca descobriu.
Com essas brincadeiras, muitas voltas de canoa demos na
baía, fizemos chegada aos iates
estrangeiros, demos apoio aos
sócios do Naval para transbordo e fomos ganhando tarimba
no mar. Eram dias bem passados no Naval e junto ao mar.
Miguel Freitas
GANHE UM VOUCHER NAVAL
Tal como em 2014, o Tribuna da Madeira e o Naval do Funchal, levam a efeito durante este ano mensalmente, um desafio aos leitores que consiste em:
Responder a uma questão sobre a vida do Clube naval do Funchal e com isso puder ganhar um voucher brinde do CNF.
Contamos com a sua participação!
Os critérios de participação:
1º - Na 1ª, 2ª e 3ª semana de cada mês (à 6ªF), será colocada no Tribuna do Naval, pagina do CNF no TRIBUNA DA MADEIRA, uma questão que deverá ser respondida, para o e-mail HYPERLINK “mailto:[email protected][email protected]
2º - O candidato vencedor será anunciado na 4ª semana (6ªFeira);
3º - Os e-mails recebidos serão arquivados e verificados pela entidade organizadora na sede do Tribuna da Madeira;
4º - Vencerá, o candidato que der a resposta mais completa, recebida no mais curto espaço de tempo após publicação;
5º - Os casos omissos ao presente regulamento, serão resolvidos pela entidade organizadora;
6º - É expressamente proibida a participação de funcionários, colaboradores e atletas do Clube Naval do Funchal.
A Entidade organizadora
Quem foi o único atleta Olímpico do Naval, na modalidade de Judo?
Respostas para: [email protected]
26 desporto
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
Trio integra primeiro estágio nacional de 2015
David, Helena e Gonçalo
fixados na seleção
nacional
David Fernandes, Helena Rodrigues e Gonçalo Neves
foram convocados por Ryszard Hoppe para um estágio em Montemor-o-Velho. O selecionador nacional volta assim a manifestar total confiança no trio de atletas
do Naval, que em 2014 marcaram presença nas diversas
provas internacionais em que Portugal competiu. David,
Helena e Gonçalo encontram-se nos trabalhos desde a
passada segunda-feira e permanecerão na “oficina” da
FPC até 16 de janeiro, sendo que os rapazes realizarão
posteriormente, entre os dias 18 e 31, outro estágio em
Sevilha (Espanha).
Num ano decisivo para o apuramento aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a equipa nacional
sénior terá a primeira competição em maio, no Campeonato da Europa, em Racice (República Checa). Já a seleção sub-23 prepara a presença no Campeonato do Mundo do escalão, que terá lugar em Montemor-o-Velho.
Vela Ligeira
Natação
Este fim de semana vai para a água a primeira prova do
ano de vela ligeira. A Taça Volvocars, 2.ª prova do Campeonato da Madeira/Brisa tem agendadas regatas para sábado
e domingo, com os primeiros sinais de advertência marcados para as 14 horas. Espera-se que mais de meia centena de
jovens marquem presença na competição, distribuídos pelas
classes Optimist (infantil e juvenil), Laser (4.7, radial e standard), 420, Techno 293 (infantil, juvenil e júnior) e raceboard.
O Naval, como é hábito, apresentar-se-á em quantidade e
qualidade para lugar pelas vitórias nas diversas classes.
Afonso Sequeira foi convocado pela Federação
Portuguesa de Natação para um estágio nacional,
que decorrerá em Murtosa, durante este fim de
semana. O juvenil do Naval foi um dos grandes protagonistas no Torneio Zonal da Zona Sul, onde conquistou 3 medalhas de ouro e uma de prata, tendo
ainda batido o recorde nacional de Juvenis A nos
400 metros estilos, com o registo de 4:41.61. Números que chamaram a atenção dos técnicos federativos, que agora pretendem avaliar com maior profundidade este “produto” das escolas do Naval.
Largada de 2015
na Baía do Funchal
Federação chama
Afonso Sequeira
sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
27
Saúde alerta para surto de gripe
devido ao frio
As previsões apontam para temperaturas mínimas baixas em todo o País
interiores;
Antes de se deitar ou sair
de casa certifique-se de que
apagou ou desligou os equipamentos de aquecimento,
de forma a evitar fogos ou
intoxicações;
Tenha especial atenção com
os idosos e crianças para
evitar queimaduras.
As pessoas mais vulneráveis ao frio são:
Crianças;
Idosos;
Doentes crónicos, principalmente com problemas respiratórios e cardiovasculares;
Os sem-abrigo;
Pessoas cuja habitação tenha
mau isolamento térmico.
Proteja-se:
Use várias camadas de roupa adequadas à temperatura ambiente;
Proteja as extremidades
do corpo (use luvas, gorro,
meias quentes e cachecol);
Ingira bebidas e alimentos
quentes.
DGS insiste na vacinação contra a gripe
A Direção-Geral da Saúde
(DGS) insistiu na vacinação
contra a gripe, como principal medida de prevenção da
doença, mesmo que ainda
se desconheça qual o vírus
dominante neste inverno.
Num comunicado divulgado no início desta semana, a
DGS lembra que os vírus da
gripe sofrem mutações, pelo
que as vacinas são especialmente fabricadas para cada
época, e acrescenta que
ainda não é possível saber
qual vai ser o vírus da gripe
dominante em Portugal.
"Mesmo que se venha a verificar uma menor efetividade
da componente A (H3N2)
da vacina, as vacinas utili-
zadas no nosso país são trivalentes e portanto protegem também contra outros
vírus da gripe que possam
vir a circular este inverno",
aponta o comunicado.
Mesmo no caso dessa "menor
efetividade", os benefícios
esperados (menos tempo de
gripe e menos gravidade)
"são ainda relevantes", pelo
que as pessoas mais vulneráveis (idosos e portadores
de doenças crónicas) e que
ainda não foram vacinadas
devem fazê-lo, recomenda
a DGS.
A mesma entidade recomenda também a vacinação de grupos vulneráveis
e diz que o pico da atividade gripal tem ocorrido
entre dezembro e fevereiro, devendo a vacinação ser
feita de preferência entre
outubro e novembro, ainda
que possa decorrer durante
todo o outono e inverno. l
CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO
SITO EM SANTA CRUZ-MADEIRA
Carla Cristina de Jesus Alves,
Rua da Fonte, 13º 1º andar
(publicado no Tribuna da Madeira 09-01-2015)
Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje, com início a
folhas setenta e seguinte do livro de notas para escrituras diversas número cinquenta e
dois C, Fábio Hélder Jesus Viveiros, NIF 218 228 597, natural da freguesia de São Pedro,
concelho do Funchal, e mulher, Maria Lucinda Castanha de Nóbrega Viveiros, NIF221 637
451, natural da freguesia de São Roque do Faial, concelho de Santana, onde residem ao
sítio do Pico de Cedro Gordo, à Rua da Bela Vista 55, na freguesia de São Roque do Faial,
concelho de Santana, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, declararam
que conforme procedimento simplificado de habilitação de herdeiros lavrado aos vinte e
cinco dias do mês de Novembro do ano de dois mil e treze, na Conservatória do Registo
Civil do Funchal, sob o número dois três nove seis um barra dois mil e treze, faleceu, aos
dezasseis dias do mês de Novembro do ano dois mil e treze, João Manuel Góis Viveiros,
sem testamento ou qualquer disposição de bens por morte, no estado de casado com
Virgínia do Rosário Jesus Vieira sob o regime da comunhão geral, tendo deixado como
únicos herdeiros por direito de sucessão legítima, a referida cônjuge e quatro filhos:
Fábio Hélder Jesus Viveiros, já devidamente identificado como outorgante; Tânia Carina
de Jesus Viveiros, NIF 217 718 817, solteira, maior, natural da freguesia de São Pedro,
concelho do Funchal, residente à Avenida da Madalena, número 40, Edifício Vista do
Garajau, Bloco A, 1ºD, na freguesia de Santo António, concelho do Funchal; João Bruno
de Jesus Viveiros, NIF 224 290 959, solteiro, maior, natural da freguesia de São Pedro,
concelho do Funchal, residente na Suíça e Marília Mafalda Jesus Viveiros, NIF 234 122
820, solteira, maior, natural da freguesia de São Pedro, concelho do Funchal, residente
na Suíça. Que conforme procedimento simplificado de habilitação de herdeiros lavrado
aos trinta dias do mês de Julho do ano de dois mil e catorze, na Conservatória do Registo
Civil do Funchal, sob o número dois quatro oito dois cinco barra dois mil e catorze, faleceu, aos dezassete dias do mês de Julho do ano de dois mil e catorze, Virgínia do Rosário
Jesus Vieira, sem testamento ou qualquer disposição de bens por morte, no estado de
viúva de João Manuel Góis de Viveiros, tendo deixado como únicos herdeiros por direito
de sucessão legítima quatro filhos: Fábio Hélder Jesus Viveiros, Tânia Carina de Jesus
Viveiros, João Bruno de Jesus Viveiros e Marília Mafalda Jesus Viveiros, já anteriormente
identificados. Que das referidas heranças faz parte o prédio rústico, localizado ao sítio
da Queimada, na freguesia de Água de Pena, concelho de Machico, com a área total de
quatro mil oitocentos e dez metros quadrados, composto por pinhal, que confronta a norte
com herdeiros de Manuel Sousa Cristovão, a sul com herdeiros de Manuel Freitas Vitor,
a leste com a vereda e a oeste com a vereda, inscrito na matriz cadastral sob o artigo 8
da secção O, sem correspondência com artigo anterior por antiguidade do actual, com o
valor patrimonial e atribuído de vinte e oito euros e quarenta e cinco cêntimos, omisso
na Conservatória do Registo Predial de Machico. Que o referido prédio veio à posse dos
falecidos, João Manuel Góis de Viveiros e Virgínia do Rosário Jesus Vieira, no ano de mil
novecentos e noventa, por compra verbal feita a Manuel de Freitas Spínola e mulher,
Maria Julieta Gonçalves Fernandes, casados sob o regime da comunhão de adquiridos,
ele já falecido, com última residência conhecida ao Sítio do Caramanchão, na freguesia
e concelho de Machico. Que, pelo facto da aquisição do prédio não ter respeitado a forma
legal estabelecida, os referidos autores das heranças e agora seus herdeiros nunca dispuseram de documento que lhes permitisse fazer o registo do prédio em seu nome. Mas
apesar da falta de título, desde aquela data, Virgínia do Rosário Jesus Vieira, e marido
João Manuel Góis de Viveiros, entraram na posse do identificado prédio, posse na qual,
com o seu óbito os seus herdeiros sucederam, em comum e sem determinação de parte
ou direito, retirando do prédio todas as utilidades e suportando os respectivos encargos,
praticando sobre o prédio os actos materiais de posse correspondentes ao exercício do
direito de propriedade, nomeadamente cultivando a terra, na convicção de estarem a
exercer tal direito, à vista das pessoas em geral e sem oposição ou violência de quem
quer que seja, pelo que já o adquiriram a título originário por usucapião. É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada
consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Santa Cruz, cinco de dezembro de dois mil e catorze.
A Notária
Carla Cristina de Jesus Alves
PUB
A
Proteção Civil
lançou um aviso à população
devido à previsão de tempo
frio e seco, com "temperaturas mínimas abaixo do normal para a época".
Perante a previsão de tempo
frio para os próximos dias
a Direcção Geral de Saúde (DGS) recomenda que
sejam tomadas as seguintes
precauções:
.Verificar a manutenção dos
equipamentos utilizados
para aquecimento antes de
os utilizar;
Se utilizar lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás mantenha a
correta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à
saúde;
Não utilizar equipamentos
de aquecimento de exterior
(esplanadas) em espaços
28 opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
Eleições
João Henrique Gonçalves
RICARDO FREITAS
Advogado
Dirigente sindical
ECCE HOMO
E depois do adeus !
colocada, e essa sim mais pertinente e vital. É com qual dos
CDS’s o partido mais votado (e que não será o mais
votado) é que se poderá fazer
uma coligação? Com o quem
CDS que andou 40 anos a
fazer fretes ao regime jardinista, em conluio permanente
por vezes dissimuladamente
outras não, dando-lhe apoio
tácito, tantas e tantas vezes e
também por vezes expresso,
basta ver os diários da Assembleia Regional. O CDS-M está
tingido de laranja e a este tom
não pode fugir.
Por isso não podem os eleitores, que agora está na moda
dizer, que não são estúpidos, (eu acho que nunca
foram, nunca) terão a última
palavra.
PUB
Este mês de Janeiro começará um novo ciclo que trará uma perspectiva real duma
mudança política na região e
que culminará com as anunciadas com eleições regionais,
para fins de março ou princípios de abril e que se esperam livres. A normalidade do
25 de Abril depois de cerca de
40 anos dum regime autoritário, de anormalidade democrática e de défice democrático é fundamental. Agora aparecem soluções que prometem um alívio do cinzentismo
que esteve sempre presente
nas nossas vidas desde 1978
com um regime construído
sobre os escombros do regime salazarista, aproveitando os métodos e os compromissos desse regime, incluindo até os homens do regime
como os antigos regedores e
os padres fascistas, a mão de
ferro fez o resto num regime que até tinha uma rede de
informações baseada na PIDE
salazarista.
A história, isto registará e o
regime que vier, se não quiser
ser desacreditado necessaria-
mente julgará estes quase 40
anos de todas as formas que
lhe estão ao alcance.
Mas falando de compromissos
vem o CDS-M, confortavélmente falar de cátedra dizendo que com este PSD-M não
se entende, esperando a oportunidade se for o PSD-M a ser
o partido mais votado, e com
o líder Miguel Albuquerque,
correr logo para os seus braços para uma coligação regional que já esperam há quarenta anos. E a fome é muita.
E em relação ao PS-M dizem
que não sabem com quem se
aliar, se for este o partido com
mais votos se com o líder do
partido Vítor Freitas ou com
o líder do grupo parlamentar. Isto é mera acção psicológica, terrorismo político e
intromissão abusiva e grave
na vida interna de outro partido. É a política do vale tudo.
O CDS-M está, no grau zero
da política com estas atitudes.
(Há aspectos menos conhecidos que podem alimentar este
discurso e podemos divulgálos a seu tempo). Mas com
quem terão de se entender no
caso do PS-M ser o partido
mais votado terá necessariamente de ser com o seu líder
Vítor Freitas.
Mas há uma questão mais
importante que terá de ser
ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE
Entramos em 2015 com a certeza de uma mudança no governo regional da Madeira.
Tenho alertado, em particular, os partidos da oposição que
é urgente reverem o slogan que
têm alimentado na sua publicidade e, que mais não é ou era, a
mudança.
Para a generalidade dos cidadãos a mudança essencial que se
impunha, era o afastamento de
Alberto João Jardim, da Presidência do Governo Regional.
Os factos da realidade econômica e social, na RAM, pesaram mais na mudança que qualquer propaganda do poder, em
torno de uma qualquer ideia de
gratidão. Acresce a esse facto a
subscrição de um exercício político do poder, que se caracterizou por uma completa ausência de respeito, pelos outros partidos ou, mesmo, por companheiros do seu próprio partido,
mas com uma visão diferente do
“grande líder”.
Costuma o povo dizer que “rei
morto,rei posto” e por tal não
é estranho começar a perceber
que os interesses reinantes pretendam por a circular, para constar no futuro próximo é assim
abrir caminho ou se preferirem,
facilitar, a verdadeira opção de
mudança que será a exercida
pelos madeirenses, no momento próprio, que será o das eleições regionais.
O que estará em causa nas
próximas eleições regionais, não
é a mera mudança de líder, é a
criação de um novo ciclo de esperança, onde a confiança dos eleitores seja conseguido na base de
um projecto transparente e participativo, no exercício do poder
político e alicerçado num renovado modelo de desenvolvimento económico e social.
A chamada autonomia deverá ser reforçada e deverá agregar
o conceito de democrática, à sua
designação. Só uma autonomia
democrática fará sentido no futuro próximo. Não uma autonomia
para alguns, mas uma autonomia de todos e para todos.
O respeito pelas diferenças, a
vontade de encontrar convergências e de potenciar o diálogo, será
o grande desafio que se colocará
aos vários agentes políticos. De
alguma forma, terão de aprender
novas formas de comportamento
e atitude política, na defesa das
suas posições e projectos.
O grande desafio político que
temos é encontrar os compromissos necessários para ultrapassar a gigantesca dívida e o seu
serviço; É encontrar a convergência estratégica que nos permita um modelo de desenvolvimento que persista a circunstâncias conjunturais; É criar as condições para atrair o investimento
estrangeiro e nacional. É introduzir na acção política, aspectos
mais éticos. É colocar os pobres,
os desempregados, os mais desprotegidos no centro das preocupações colectivas; É encontrar apostas que valorizem uma
classe média e dêem esperança às ambições das pessoas, em
particular na área do ensino e do
conhecimento; É garantir de um
serviço de saúde, de qualidade,
que não exclua ninguém.
Mais que encontrar um
homem para rosto dessa tarefa
governativa, é necessário encontrar o projecto e a equipa que
tenha a sensibilidade, a emoção
e a competência adequadas às
tarefas próprias da autonomia
democrática que teremos, todos,
de construir.
O desafio dos agentes políticos é, antes de mais, terem uma
ideia clara sobre a nova forma de
fazer política.
O desafio dos líderes partidários é perceberem que não basta
repetir as “mezinhas” habituais.
A mudança que se aspira não é
de “moscas” é de procedimentos,
de sensibilidade e de projecto.
Ultrapassar os nossos desafios, é encontrar as pontes com
o poder nacional e aproveitar,
da melhor maneira, os fundos
europeus.
Finalmente é necessário confiar nos madeirenses e ser humilde, mas sem perder a noção da
identidade autonómica.
Talvez o nosso maior defeito,
como povo, é não termos exercitado uma verdadeira competência de planeamento. Para tal
ultrapassar é urgente reflectirmos, profundamente, numa
nova visão estratégica.
É chegada a altura de dar esse
passo.
Mais que ECCE HOMO é tempo do nosso povo.
opinião
Comissário Político
do PAN-Madeira
POR CAMINHOS
AVESSOS
Não terá passado despercebido à maioria das pessoas a fabulosa capacidade dos
políticos da bancada do PSD
fazerem a cambalhota política necessária para aprovar
uma proposta do CDS em
matéria que desde sempre
rejeitaram…
A grande esperança do
PSD é que esta última suposição esteja errada no que concerne à atenção que a maioria das pessoas dão ao que
os políticos fazem. Na verdade tudo quanto os políticos têm feito é tentar alear as
pessoas das decisões que são
tomadas, portanto de democracia participativa este nosso modelo tem muito pouco. O descrédito da actividade
política é tal que essa maioria pode muito bem já ser
insensível a mais uma ‘irrevogável’ alteração de posição e assim na sequência inumerável de sucessivas decisões irracionais, esta perdese. Mas com certeza veremos
o PSD a vangloriar-se pelo
corte que aprovou à subvenção parlamentar, agora que se
espera estarem prestes a também no parlamento e à semelhança do que aconteceu nas
autárquicas, perderem lugares e muitos. Mas a esperança é a última a morrer, portanto venham depressa mais
propostas populares que esta
é a altura certa para as fazer
passar num parlamento em
que todos estão decididos
em ficar bem na fotografia.
Bemdito ano de eleições! São
uns meses de folga em quatro
anos de subserviência.
Essa maioria subserviente,
não lê jornais, não vê senão
novelas e futebol, não sabe
nem quer saber daquilo que os
políticos estão a fazer. Vivem
uma espécie de analfabetismo
cívico, só perturbado pelos
holofotes que os media fazem
cair sobre sempre os mesmos
rostos. Mas não é por isso que
têm menos direitos aos que
se interessam, participam e
Empresa proprietária:
O. L. C. - Audiovisuais,
TV, Multimédia, Jornais e Revistas, Lda.
Contr. n.º 509865720
Matriculada na Conservatória do Registo
Comercial da Ponta Delgada, com o n.º 04795/92
Sociedade por quotas com o capital social de € 100.000,00
Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. - Unipessoal
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manifestam. Afinal o pressuposto era que a classe política zelasse pelo seu interesse de todos por igual. Todo o
trabalho do político é consolidar o seu poder sem desassossegar essa maioria silenciosa, pois se o fizerem estão
tramados.
Em resumo as pessoas querem viver bem e não importa
mais nada. É devido a esta
exclusão “não importa mais
nada” que contraria os mecanismos da realidade, pois o
nosso bem estar depende de
muitas coisas, é por isso que
o caminho da sociedade como
um todo pode estar enviesado. Importa esclarecer e educar para valores, para a ética e o respeito pela natureza e os seres que nela habitam, pessoas e animais! De
que é que se julga verdadeiramente depender o bem-estar e a felicidade das pessoas,
de dinheiro e conforto material e do cultivo da ignorância
das consequências dos actos?
Ou será do amor, da compaixão da alegria e da fraternidade, do sentido de ligação
aos outros?
A verdadeira felicidade
está em ter contentamento e
para tal a medida do conforto é secundária. Em consciência ninguém pode aspirar a
estar bem sabendo que a consequência dos seus actos, do
seu bem-estar, é a destruição
do planeta.
Esta maioria silenciosa
será que vai acordar tardiamente para assistir impotente à degeneração de si e do
planeta?
Director:
Edgar R. de Aguiar
Redacção:
Fabíola Sousa, Juan Andrade
Ricardo Soares e Sara Silvino
Fotografia:
Fábio Marques (Madeira),
Diana Sousa Aguiar (Lisboa)
Economia:
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Dulce Sá
Colunistas: António Cruz,
Celso Neto, Constantino Palma,
Ferreira Neto, Francisco Oliveira
Gregório Gouveia,
Helena Rebelo, Humberto Silva,
Idalina Perestrelo,
Joana Homem Costa,
José Carvalho,
José Mascarenhas, Luísa Antunes,
Pinto Baptista, Raquel Coelho,
Ricardo Freitas, Teresa Brazão
e Rui Almeida
ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE
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RUI ALMEIDA
29
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
Paginação
e tratamento de imagem:
Miguel Mão Cheia, Miguel Reis
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30 frases
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
“
“
A corrupção
em Portugal é
uma questão
tumular, dos
cemitérios”
Só se deve
prender
quando há
provas”
Mário Lino, ex-ministro
das Obras Públicas
– Expresso
João Cravinho, ex-ministro
das Obras Pública –
Jornal i
“
“
Só não foram
noticiadas mais
mortes porque
as famílias,
provavelmente, não se
aperceberam”José Manuel
Santana Lopes, provedor da
Santa Casa da Misericórdia
de Lisboa – SIC Notícias
Silva, Bastonário da Ordem dos
Médicos – Expresso
“
O nosso ensino
é coxo. O que
está previsto
é entrar e sair
licenciado. Não há
derivações. Não temos
uma série de técnicos,
que teriam emprego e
apresentariam trabalho
imediato e não andavam
por aí a vaguear”Medina
Carreira, comentador – TVI 24
“
Há uma coisa que
eu sei: António
Costa não é
diferente daquilo
que o PS tem sido até
agora”
Joana Amaral Dias, ex-deputada
do BE – Jornal Sol
“
Não fui
confrontado
com factos
nem com
provas”José Sócrates,
ex-primeiro-ministro – TVI
Estou preparado
para ser
Presidente da
República”
“
Nesta altura
eu acho que a
direita é um
bocadinho
suicida se começar
a criar um
problema, num
momento em
que a esquerda
calmamente -e quando digo a
esquerda é o PS
-- vai fazendo
o seu caminho
para São Bento e
António Guterres
calmamente vai
fazendo o seu
caminho para
Belém”
Marcelo Rebelo de Sousa,
comentador – Jornal Sol
“
Ronaldo é
um autêntico
fenómeno”Michel
Platini, Presidente da
UEFA - Record
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015
31
Sociedade de Advogados, RL
Ajudar quem mais precisa
Entre ela devemos salientar a entrada em vigor de
legislação que relativa criação de um valor mínimo da
renda social dos contratos de
arrendamento e de subarrendamento celebrados a fim de
garantir o realojamento das
famílias vítimas deste desastre natural.
Esta mesma medida, foi
sendo prorrogada ao longo
destes anos, visto que reconstrução das áreas sinistradas
tem vindo a ser feita, e haver
por isso a necessidade de
continuar a apoiar as diversas Famílias afectadas.
Através de resoluções
tomadas pela Presidência do
Governo Regional, autorizou
este que a IHM – Investimentos Habitacionais da
Madeira, EPERAM, fosse
prorrogando este programa
de apoio nos anos de 2012,
2013 e 2014, atento ao facto de subsistirem situações
de realojamento provisório,
aguardando as respetivas
famílias pelo regresso às
suas primitivas habitações e,
nalguns casos, pela conclusão dos processos de realojamento definitivo, encontrando-se este já assegurado,
bem como à circunstância
de grande parte das referidas situações se encontrarem
pendentes dos apoios públicos a atribuir pelo Instituto
da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P., onde as respetivas candidaturas foram
apresentadas e à dependência de muitas recuperações
habitacionais de obras públicas de contenção de taludes
instáveis e de canalização
de cursos de água, que não
se encontravam totalmente
concluídas.
Dado o facto de persistirem situações que carecem
de apoio das autoridades,
que estão relacionadas com
realojamento, foi publicada
no passado dia 30 de Dezembro de 2014, no Jornal Oficial da Região Autónoma da
Madeira, a Resolução n.º
1286/2014, tomada pelo
Conselho de Governo, que
prorroga este programa de
apoio até 31 de Dezembro de
2015.
De salientar é igualmente
o papel que outras entidades, como é o caso da Cruz
Vermelha Portuguesa têm
assumido no apoio aos desalojados que durante todos
estes anos desenvolveu campanhas de âmbito nacional
que permitiram a recolha de
fundos que serviram para
colmatar não só necessidades diárias das populações
como também ajudaram à
construção e reconstrução de
casas afectadas.
Por último é de realçar
que esta catástrofe serviu
para de uma forma planeada em termos urbanísticos,
serem realizadas obras de
reconversão das zonas mais
afectadas, que resultaram
em melhoramentos técnicos
que farão face a novas intempéries, bem como tornaram
a cidade do Funchal cada vez
mais apetecível.l
PUB
Dr. Gonçalo Rhodes Sérgio
Advogado, áreas de actuação:
Direito Administrativo e Urbanismo,
e-mail: [email protected]
Prestes que estamos a passar mais um ano desde a
fatídica noite de 20 de Fevereiro de 2010, que provocou
graves prejuízos humanos
e materiais à população da
Ilha da Madeira, é altura de
fazer um breve balanço da
recuperação levada a cabo,
pelas autoridades regionais,
com o apoio das autoridades centrais e europeias, bem
como do importante papel
que diferentes entidades de
utilidade publica, que no terreno ajudaram a suprir as
necessidades de quem se viu
privado dos seus pertences.
Após ter sido decretado o estado de calamidade
pública, o Governo Regional
prontificou-se a juntamente
com o apoio das autoridades
nacionais e europeias, levar
a cabo a reconstrução das
zonas mais afectadas da Ilha,
bem como a tomar as medidas necessárias que ajudassem as Famílias mais desfavorecidas a fazerem face às
dificuldades.
PUB
Previsão
para hoje
www.tribunadamadeira.pt
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta, 9 de Janeiro de 2014
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Raquel Coelho
Deputada do PTP
Golpe de Estado
A vitória das eleições
internas do PSD por parte de
Miguel Albuquerque, foi acima de tudo a vitória dos grandes interesses, o afastamento
de Jardim não passou de um
“golpe de Estado” de Jaime
Ramos, para que pudessem
continuar com os seus negócios milionários, após Jardim ter caído em desgraça. O
novo líder do PSD não passa
de uma marioneta a serviço
da família Ramos.
A candidatura do deputado Jaime Ramos não passou
de uma manobra de diversão para desviar a atenção. O
clã Ramos sabe que é odiado e precisava de se distanciar de Albuquerque para
que este ganhasse as eleições
internas.
Albuquerque não é o menino de coro que aparenta ser.
É preciso relembrar a corrupção e a política do compadrio que proliferava na
Câmara do Funchal quando este era presidente. Em
2004, Albuquerque autorizou Jaime Ramos a construir um bloco de escritórios
em frente à escola Francisco Franco, deitando abaixo
uma quinta antiga, enquadrada numa zona histórica e
não edificante, tal como foi
classificada no plano diretor
municipal de então. A quinta foi vendida à Somagesconta, do clã Ramos, exatamente
porque os donos não podiam
lá construir. Até tinham um
projeto de ampliação, mas
foi chumbado por Albuquerque e este é um dos muitos
esqueletos do seu armário.
O povo tem de saber o
que está por de trás da vitória de Albuquerque: o PSD
para vencer precisava de
arrumar Jardim e precisava de arranjar um candidato sedutor para o suceder, de
modo a limpar a imagem do
partido, esse candidato foi
Albuquerque.
Apenas, renovou-se a imagem de um regime podre e
caduco, mas os vícios continuam lá. l
Períodos de céu muito nublado.
Aguaceiros facos.
Relíquia (des)espera
por intervenções
Conceição Estudante garantiu que a zona “não está ao abandono”
Toda a área dos achados arqueológicos, entre a Rua Direita e o Largo do Pelourinho, vai
ser, no futuro, integrada num roteiro de visita. Mas o projeto não será a curto prazo.
SARA SILVINO
A
[email protected]
calçada original
que foi descoberta, em maio de
2014, entre a Rua
Direita e o Largo do Pelourinho mantém-se
igual. Ou seja, desde a sua
descoberta e a fase de conclusão das obras que estavam em
curso na altura do achado histórico, nada mais foi feito no
local.
Na altura, as obras estiveram paradas para que os arqueólogos pudessem acompanhar
de perto as investigações.
Os transeuntes que por ali
passam diariamente já estão
habituados ao exposto. Há,
inclusive, quem tenha apontado que não houve mais intervenções na zona e que a área
mostra que ficou ao abandono. Sendo um achado histórico e relevante, defendem
que a zona deveria ter sido
mais cuidada e com informações para os que por ali passam, nomeadamente os turistas que visitam a ilha.
Recorde-se que na altura do referido achado da calçada, Conceição Estudante,
numa visita ao local, destacou
o potencial cultural e turístico
destes espaços.
A governante admitiu que
as peças recolhidas poderão
ser integradas num museu,
além de que seriam mantidos
os espaços arqueológicos que
depois de concluídas as obras,
poderão ser visitados.
Em declarações ao Tribuna, a Secretária Regional do
Turismo e Cultura, Conceição Estudante, garantiu que
o achado histórico “não está
ao abandono”, adiantando,
“mas aguarda obras de intervenção no sentido de regularizar as áreas mais remexidas e que carecem de um tratamento final, no sentido de
tornar esse espaço consolida-
do e visitável enquanto achado arqueológico”.
Questionada se está prevista a colocação de alguma vedação no achado histórico, ou
se a zona irá se manter como
está, acessível a qualquer pessoa para circular, Conceição
Estudante respondeu: “O chão
arqueológico do antigo Largo
do Pelourinho, com a sua calçada antiga, está acessível ao
olhar dos visitantes e aos transeuntes, que, para já, dispõem
de um “passeio” para poderem
circular ou atravessar a zona.”
Continuando: “De qualquer
modo, achamos que não se
justifica criar outras restrições
à circulação no local.”
Tendo em conta que se trata de uma zona de património,
com potencial cultural e turístico, questionámos a governante se esta área deverá ser
integrada nos percursos feitos
aos turistas, nomeadamente
quando se deslocam ao Mercado dos Lavradores, estan-
do devidamente assinalada
como local de passagem para
os turistas que visitam a ilha.
Conceição Estudante realçou:
“certamente que toda a área
dos achados arqueológicos vai
ser, no futuro, integrada num
roteiro de visita, pois todo o
conjunto é testemunho de um
tempo histórico ligado ao crescimento da cidade do Funchal
nos séculos XVI e XVII”. Disse ainda: “É uma grande maisvalia para a nossa oferta cultural, sobretudo face àqueles
que visitam a ilha.”
Porém, não será a curto
prazo. “Mas, esse destaque do
local enquanto objeto de visita turística implica que, previamente, seja concretizado
o projeto de consolidação e
roteirização de todo o conjunto arqueológico, projeto esse
que tem várias vertentes de
intervenção e que levará ainda
algum tempo a ser implementado e concluído”, concluiu a
governante. l

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