Urina Tipo I

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Urina Tipo I
Procedimentos Técnicos
Código: PROURI-0001-1
Versão: 1
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TÍTULO: Urina Tipo I
NOME
FUNÇÃO
ASSINATURA
Ivo Fernandes
ELABORADO POR
Gerente da Qualidade
Sobreiro
Renato de
DE ACORDO
Diretor Técnico
Lacerda
Jose Carlos
APROVADO POR
Diretor Executivo
Santos
HISTÓRICO DAS REVISÕES
Versão
Revisado por
Data
Assinatura
Aprovado por
Data
Versão
1
Responsável
Ivo
REVALIDAÇÃO ANUAL
Data
Versão
01/09/2013
Responsável
DATA
01/09/2009
05/09/2009
12/09/2009
Assinatura
Data
1. NOME E SINONÍMIAS:
EXAME MICROSCÓPICO NA URINA
SEDIMENTOSCOPIA NO 1° JATO URINÁRIO
SEDIMENTOSCOPIA URINÁRIA
ANÁLISE MICROSCÓPICA DO SEDIMENTO URINÁRIO
DISMORFISMO URINÁRIO
2. PRINCÍPIO DO TESTE
O teste é realizado semi-automaticamente pelo equipamento URIXXON 300, utilizando a técnica de
refratometria para determinação dos seguintes parâmetros: leucócitos, proteínas, nitrito, bilirrubina,
urobilinogênio, pH, sangue, densidade, glicose e cetona.
O sedimento urinário é observado através de uma análise microscópica, cuja finalidade é detectar e
identificar os elementos insolúveis, como: hemácias, leucócitos, cilindros, células epiteliais, bactérias,
leveduras, parasitas, muco, espermatozóides, cristais e artefatos.
3. SIGNIFICADO CLÍNICO
Todos os achados microscópicos têm uma importância clínica significativa como:
a) Leucócitos: infecção ou inflamação urinária, seleção de amostras para cultura.
b) Cilindros: glomerulonefrite, exercício físico intenso, pielonefrite, lesão nos túbulos renais, infecção
do trato urinário, stress, síndrome nefrótica, estase do fluxo urinário.
c) Cristais: a maioria dos cristais não tem significado patológico, exceto os casos de alteração
metabólica, formação de cálculos e na regulação do fluxo urinário.
d) Hemácias: cálculo renal, glomerulonefrite, pielonefrite, tumor, trauma, exposição a agentes químicos
e drogas, exercícios intensos.
e) Células epiteliais: compõe o revestimento tecidual do sistema urogenital e correspondem as
descamações normais de células velhas, ao menos que estejam presentes em grande número ou
em formação anormal.
f) Bactérias: Normalmente a urina não tem bactéria, se as amostras não forem colhidas em condições
estéreis, pode ocorrer contaminação sem significado clínico. Quando presente em grande número
pode ser indicativo de infecção.
g) Leveduras: candidíase vaginal, diabetes melito.
h) Parasitas: contaminação por secreção vaginal por Trichomonas vaginalis.
i) Espermatozóides: não tem significado clínico, encontram-se após relações sexuais ou ejaculação
noturna. Exceto em pacientes acima de 60 anos.
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j)
Muco: não tem significado clínico.
4. COLETA E TRATAMENTO DA AMOSTRA
Tipos de Amostra: jato médio urinário, (devendo ser entregue ao laboratório num prazo máximo de 1
hora, ou deve ser refrigerada, ou armazenada em caixa térmicas).
Volume mínimo para análise: 10 mL de urina.
Critérios para restrição e rejeição de amostra:
Rejeições / Restrições: amostra com conservante, urina coletada num período superior a 2 horas,
coletor inadequado, volume urinário inferior a 10 mL, paciente no período menstrual.
Condições de acondicionamento: temperatura ambiente e se possível durante o transporte conservar
refrigerada. Se o material não for processado no prazo Maximo de ate 02 horas após a coleta, a
amostra deve ser refrigerada á temperatura de 2ªC a 8ªC.
5. MATERIAL REQUERIDO
-
Microscópio óptico
Laminas microscopia
Lamínula
Luva
Tubo cônico para urinalise (12 ml)
Centrífuga
Pipeta (20uL) e Ponteira
6. REAGENTES:
- Tiras Reativas
7. PROCEDIMENTO DETALHADO:
7.1 Procedimentos para URINA TIPO 1
1 – Quando o material chega ao laboratório, este é recebido na triagem, e etiquetado
2 – O material é entregue ao setor.
3 – Homogeneizar bem a urina no próprio coletor com movimentos rotatórios.
4 – Colocar em torno de 10 mL de urina no tubo cônico.
5 – As tiras depois de mergulhadas, são colocadas no equipamento semi-automatizado
6 – O equipamento faz a análise físico-química da urina, conforme manual do equipamento, e os resultados
são transportados para a interface Ginter.
7- Todas as amostras serão conferidas manualmente por microscopia, como segue:
a) Homogeneizar a amostra de urina, transferir para tubo de ensaio, um volume de 10 ml;
b) Centrifugar a 1500 – 2 000 RPM por 5 minutos;
c) Retirar 9,0 ml do sobrenadante, com cuidado para não ressuspender o sedimento, deixando um
volume de 1,0 ml no tubo;
d) Ressuspender o sedimento com leves batidos no fundo do tubo;
e) Tirar um pouco de amostra com uma pipeta, e encher o poço disponível da lâmina( anexo
1);
f) Expressão dos resultados: Ler a 400x e multiplicar por 1000 o numero de elementos
encontrados nos 9 círculos;
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8. LIBERAÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados normalmente são liberados via ginter.
- Elementos como: leveduras, parasitas, espermatozóides (apenas em pacientes do sexo masculino
acima de 60 anos) e muco também deverão ser anotados quando visualizados.
- A presença de espermatozóides em urina de pacientes do sexo feminino não deve ser reportado.
Liberação dos elementos figurados:
Expressão dos resultados: Ler a 400x e multiplicar por 1000 o numero de elementos encontrados
nos 9 círculos;
As células epiteliais e cilindros devem ser observados com aumento de 100 x e a média dos resultados
expressos o seguinte modo:
a. raras – até 3 elementos por campo;
b. algumas – de 4 a 10 por campo;
c. numerosas – acima de 10 por campo;
d. maciça – quando o campo estiver tomado por um dos elementos figurados, impedindo a
visualização dos outros elementos.
Outros elementos, como muco, leveduras, cristais, espermatozóides e Trichomonas seguir o mesmo
critério acima.
9. Os leucócitos e as hemácias devem ser observados com o aumento de 400 x e média dos
resultados expressos como:
a. Por campo microscópico: Observar 10 campos microscópicos, calcular a média e expressar o
número de elementos por campo microscópico.
b. Piúria maciça: quando o campo estiver tomado por um dos elementos figurados, impedindo a
visualização dos outros elementos.
c. Hematúria maciça: quando o campo estiver tomado por um dos elementos figurados, impedindo a
visualização dos outros elementos.
d. Se necessário liberar por mililitro: Observar no mínimo 10 campos microscópicos, calcular a média e
expressar o número de elementos por mililitro, multiplicando pelo fator 5.040.
e. Para bactérias, quando presente, adotar:
a. Numerosas: acima de 99 por campo (400 x);
b. Moderadas: de 11 a 99 por campo (400 x);
c. Raras: de 1 a 10 por campo (400 x);
d. Ausente.
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9. CONTROLE DE QUALIDADE
- O laboratório participa de programa de avaliação da qualidade de instituições científicas com a
finalidade de avaliar o nível de exatidão do sistema de análise em relação a outros laboratórios do
país. (controle externo), PELM.
- Participa do controle interno das tiras reagentes (BIO-RAD), e semanalmente do controle
microscópico entre os microscopistas. (vide plana da qualidade do setor)
10. INTERVALO DE REFERÊNCIA
Físico-química(Fita)
- Leucócitos
Ausentes
- Proteína
Ausentes
- Cetona
Ausentes
- Bilirrubina
Ausentes
- pH
5,0 a 8.0
- Nitrito
Negativa
- Glicose
Ausentes
- Urobilinogênio
Negativa
- Hemoglobina
Ausentes
- Densidade
1,005 a 1,025
Sedimentoscopia
- Hemácias
- Leucócitos
- Cristais:
- Cilindros:
- Células:
- Leveduras
- Bactérias:
- Filamanentos de Muco
- Trichomonas
Homem/ Mulher ate 5000 p/ campo
Homem/ Mulher ate 10000 p/campo
Ausentes
Ausentes
Ausentes
Ausentes
Raras
Raros
Ausentes
11. INTERVALO CRÍTICO
Presença de Cristais de Tirosina
12. CONFIABILIDADE ANALÍTICA
N/A
13. INTERFERENTES
a) Não deve utilizar conservantes na urina.
b) A realização de exercício físico intenso pode levar à perda de líquidos, aumentando a concentração
urinária, e conseqüentemente, o sedimento.
c) Utilizar exclusivamente recipientes descartáveis.
14. INTERVENÇÕES
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a) Caso alguns dos interferentes venham a acontecer o coordenador do setor deverá solicitar nova
amostra.
b) Amostra coletada em coletor inadequado o supervisor deverá ser solicitado nova amostra.
15. BIBLIOGRAFIA
- Susan King Strasinger – Uroanálise e fluidos biológicos. 2a ed. Editorial Panamericana 1991.
- A Oliveira Lima; Métodos de laboratório aplicados a clínicas – Técnicas e interpretação - 7°ed –1995.
- Jonh Bernard henry – Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, 18°ed – 1991
- Requisitos e recomendações para o exame de urina – Versão 3.4 – ABNT 36 – Comitê Brasileiro de Análises
Clínicas e Diagnósticos in vitro,
- Revisão; ABTN- / CB-36 / CE 36.000.02/ ABRIL DE 2005
16. Anexo
Anexo 1
Anexo 2: Padrão de cor
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