Capítulo 3 e 4
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Capítulo 3 e 4
Anais do 1° Simleite Tabela 4. Efeito de fontes protalcas para vacas em Infeio de Item F. de SoJa Consumo de Materia sees (kgIdIa) 28.60 46.10 3.24 lacta~o Pastagem pam. GadoLeiteiro F. de Peixe Ureia L; i HI/, ProdI.iI;Io de Leite (kgIdia) PnJtelna (%) Gordura(%) 27.10 45.10 3.23 2.74 2.82 30.10 de Paula Almeida Aguiar· 40.91 3.21 2.62 Introd~ "Santos, FAP. eo coIaboradores (J. Dairy Sdence 1994). rumen. Na realidade. dados do passado indicam que nutriljiio de vacas leiteiras requer principios basicos sobre alimentos, conforto e sa6de, como mostram os resultados de recordes de produ~o (Tabela 4) conseguidos antes da decada de 80 quando muitos dos conceitos te6ricos hoje propagados nao haviam ainda sido difundidos. ,'~, ultimos anos, 0 setor de produyao de lcite mundial tern passado por N devido aos novos conceitos de globalizaC'tRo .111 ",onamia, Mercosul, aumento da competiyllo e necessidade de elevar a 1'1, "llIlividade. 0 que mais preocupa eque com 0 aumento da concorrencia, , III r;l:r.ao da aberturada economia para 0 mercado intemacional, bavera, "".,':10 nos preyos do leite. Outro fator que certamente cootribuira, para a .. .111\:;'0 nos preyos do leite e derivados sera a retirada dos subsidios pagos "", produtores pelos governos dos paises desenvolvidos. Seguttdo MATOS I 1'/' n ).. os altos custos dos sistemas de produ~ao subsidiados e da exporta~o ,I. l'~l:d.entes nae sao sustentaveis a medio e loogo prazos. Nesta nova Ilu;t\:i10 de mercado so sobreviverao aqueles produtores mais eficientes no 1IIlf.lo de produzi.r leite a baixo custo e de alta quaJidade para 0 consumidor. I ,j'!(~ ttnUl estimativa que aproximadamente 30% dos produtores de leite ,. ". I ':stados Unidos desaparecerao da noite para 0 dia quando 0 Govemo ,1II1,'ncano retirar os subsidios do leite porque 000 smo capazes de reduzir , nnstos de prod~ao. E provavel que ocorra no Brasil 0 que ocorreu em paises que II!!;! imente possuem uma pecUBria de leite desenvolvida. Nos Estados Unidos, ,.n ! 950, existiam 2 milllOes de prooutores. hoje existem apenas 106 miL 1;1 I 'rovincia de Santa F liS, principal regiao produtorn. de da Argentina., 0 .tllIIICI"O de empresas dedicadas a prooutyio de leite caiu de 15.000, em "> I'), para apenas 5.900 (GOMES, 1996), 0 ufunero de produtores ,hI/ida'mas Ii produ~ao de leite aumentou erofuTIirao cia maior capacita~ao .1, produtor e da profissionaliza~ao do setor nestes paises. IlfOfundas transformayOes I. Tabela 5. Prudn(ao elevadas de leite coosepidas antes cia decada de 80* Nome da vaca Ana C. O. Madcap Fayne 1942 19042 3.3 G. M. Lily Pabst 1951 19433 2.9 M. L. Sis 1967 18238 3.8 R. A. Farms Balled 1970 18605 3.2 S. G. Hattie 1971 19984 3.4 B. P. Bar Pontiac 1974 20557 4.8 M. P.Corine 1974 23044 3.0 B. ArlindaEllen 1975 25270 2.8 kg leitellacta4tiio % Gordura It 1\ I *Ely, L O. &. L. D. Guthrie (Cooperlltive Extension Service, University ofGeorgia-l 986). I· ,iCilldade de Agronomia e Zootecn.ia de Uberaba/FAZU 42 43 Pestagem para Gsdo l.eiIein:J Anais do 10 Simll1bt Os produtores de leite do mundo inteiro ainda enfrentarao outro problema que eo aumento nos preyos dos graos no mercado mundia~ 0 que jii est! ocorrendo a alguns anos. No ano de 1998. os produtores brasileiros idlo sentir bem 0 retlexo do aumento nos preyos dos graos, com a tonelada do millio e do farelo de soja podendo cbegar a R$ 170,00 e R$ 350,00, respectivamente. Os estoques mundiais de grios estao baixos e, por isso, a tendencia de alta nos preyos devera ser· mantida. Desta fonna, os custos com 0 arraljoamento do gado, utilizando concentrados, ficarao cada ve:z maiores e concorrera para aumentar 0 custo final do leite e reduzir a margem de lucro do produtor. Em paises como a Nova Zelandia., onde 0 produtor de leite recebe cerea de US$ 0,17 a US$ 0,20 pot litro, porque 0 setor leiteiro esta voltado para a exporta~o, houve a necessidade cia pesquisa desenvolver urn modelo de produ.;if.o que possibilitasse a produ~if.o de leite a baixo custo (US$ 0.11 por litro) e estao realizando pesquisas para desenvolverem sistemas de produ'(ilo para produzir leite com urn custo proximo de US$ 0,09 por litro pois 0 produtor neozelandBs em breve passara a receber em tome de USS 0,14 por litro. Outros paises como a Argentina, 0 Chile, 0 Uruguai e, em algumas regi6es da Australia, tambem desenvolveram seus sistemas para a produ~i.o de leite a baixo custo. Tooos estes paises tern em comum 0 fato de utilizarem a pastagem como alimento principal para as snas vacas leiteiras. Bste traballio tern como objetivos avaliar os sistemas de produ~ao de leite e estudar as pastagens como fonte de alimento para os bovinos de leite. Desenvolvimento Os sistemas de produ¢io de leite no mundo e DO .. tII." de prod~ao nas principais regi6es produtoras de leite do mundo. , .. 1,01 •• I . Caractarisitieas bislcas dos sistemas predominantBs nas princlpais regQOee produtoras de laita do mundo. Sistema Allmentat;:ao 'd,'1IK,lj·a e ..I ,f., /\wltralia Pastejo Intensivo Azevem adubado+trevo .".1" Pastejo intensivo ~"'I JI aid II"",, I 0111 1\Il11tralia "ii' ,.,lIlIa I, oIf\', e Chile I-uropeia 10-14 15-19 12-20 11-·25 1~17 1~25 Azevem+silagem+feno+nlvel moderaoo de concentrados 27-38 29-40 Silagem+feno+nlvel alto de concentrados 24-34 25-36 PastejlJ Unidcs confinamento •. 'lIalla (cllilro) +silagem+nivel moderado de concentrados A1fafa+feno+nlvel baixo de concentradli:ls 'Iilllll!~ Prei;O (clliIro) das+fomlgeiras de invemo Pastejo intenslvo intensivo I Gramlnees troplcais adutm Custo ""t.:.ASSIS (1997)-:- BrdSii Neste novo cem'irio do mercado mundial do leite e derivados, 0 pesquisador, 0 tecnico e 0 produtor brasileiros deverao conhecer as tendencias futuros deste mercado e como os outros paises estao se comportando para enfrentar a queda nos preyos dos produtos hicteos e as fortes pressOes de entidades conservacionistas que exigem 0 desenvolvimento de sistemas de prodwyw menos agressivos ao meio ambiente e, portanto, mais sustentaveis. M \ ".1 .. I.. I apresenta wn resumo das principais caracterlsticas basicas dos Pela analise da Tabela 1 podemos observar que os menores custos de '" oduC;io ooorrem em sistemas que utilizam como alimento exclusivo a 1/:lstagen10U com uso de quantidades moderadas deconcentrados. Na tabela .~ podemos observar que nos paises onde 0 pr~o do leite recebido pelos llrodutores emais baixo, 0 uso de concentrados emenor ou nao sao utilizados. 45 Anais do 1° SimIBiIu .. TabGla 2 • utJllza~Jo de concentradoa durante a produtoraa de lelte. Pals EUA HaIsnda Dlnamarca Kg{ vfJIC8IIadaXll!...-. ReIna UnIdo FI'8f"II,ta Nova ZeIAndIa AustriIIIa Ii1anda Fc:rnte: FARIA e CORSI (1993). 4.649 4.556 4.252 4.187 2.957 2.629 2.600 2.528 lacta~ em dlfeNntes I8gl6es , .....1.. :1 CaracteriaticalJ d08 madelOI!Ide produ~o neozalandAIS e 8l'1'1Gricano. 1.846 1.034 625 657 150 0 f8 60 .... 1o.II~lO medic vacaS- 11111 I,' Ill~c;tares '''' I'd de matelia 'nea pasto .J( IIIl1uladasi ha : " 1I<1c;as/ h8 411 IKJVilhIiMI 1..... '''';)8 III Nos sistemas de produ~ em que os fazendeiros fuzem uso de grandes quantidades de concentrados existe a necessidade de se trabalbar com vacas de alto potencial de produ~ao. Quando a utiliza~ao de pastos passa a ser importante para os sistemas de produ~ao, deve-se dar enfase ao conceito de produ~o leiteira por unidade de area. Parece que podemos inferir que a OP'Yao feita pelos produtores destes paises de se utilizar das pastagens como fonte de alimento principal foi determinado pe10 mmor pr~o recebido peJo litro do leite, pois concordamos com CAMARGO et al. (1997), que de todas as tecnologias dispomveis, a produ~ao de leite a pasta ea mais comp1exa, porque existe a estacionalidade de produyao de forragens; a interferencia do clima, pragas e doen~s e a necessidade de entendimento e manipulayao da compHcada intera~lio solo planta-clima- animal-a98.o do homent. Desta forma, 0 produtor s6 passa a utilizar 0 sib1etna de produyao de le.ite a pasto quando e pressionado peIa ea (1 a 2 anos) A vaC8 tipica 3.560 litrosde leite 223 dlas de lacta9Ao 4,84% de gordum 171 Kg gorduill 131 Kg de proteins 430 Kg de peso vivo pennsylvania: a vacs tlplca 6.500 IHroSde laite 305 diu de lacta9Ao 3,69% de gordura 240 Kg de gordura 209 Kg de proteins 600 Kg de IleSO vivo 216.000 ~ulas somatlcasl mlleite Estes diferentes modelos, 0 ponto de vista do uso de tecnologias, .1".) origem iii diferentes custos e retomos sabre 0 leite produzido. pastD na Nova Zelandla e em conflnamento nos Estados Unidos (cenUKg de laite). 4 _ Desempenho econ6mlco de sistemas de prodw;io de leD a I " .... Id IItttn 1 ;"'AI~a '~(I! I • aIternativa roam Wive!, em termos econOmicos, oode a produ~o de leite mais barala e exigida par razaes sooiais e 0 potencial do rebanho nao ealto (SIMAO NETO et aI., 1993). A titulo de compara~o, podemos avaliar os extremos dos modelos de produ~o de leite existentes no mundo. 0 mais comum ea compara~ao entre os modelos neozelandes, que utiliza a pastagem como fonte exc1usiva de alimento e. 0 americano, que trabalba com 0 confinamento, conforme podemos observar na Tabela 3. 46 EUA 1989 (para compara9Ao) Nova Zelandla 1993194 Kg CtJf'C.1 vaca/ lada~ queda nos p~os do leite e derivados. Os sistemas de produ~ao de leite que utilizam as pastagens Psstagem plN8 GsOO Lsiteiro - - - --------~----- ~-.. "~IOS • ,,'Ao tolai 1111. 1M.:I1I:oo 18,6 2,9 11,9 1.8 ,lIb:ran!:es 2,3 IV(!IOO8ds" 4,1 3,7 I • , ~droo M.II'lom liquKla -II 9,6 29,2 4,4 30,0 a,5 1,0 14.5 6,0 3,6 'ItJ:'ASSiS(1997). 47 Anais do 1° Skrieim PsstBgem pam G&:b Leileiro Segundo MATOS (1997), a utiliza~ao adequada de pastagens pode reduzir os custos de produ~i1o, principaImente pela redu~ao nos dispendios com alimentos concentrados, com combustiveis, com mao-<ie-obra, alem dos inVeitimentos com instaIayOes para 0 abrigo dos animais e com mAquinas. E no Brasil? Sera que temos urn modelo para a prodwyao de leite a baixo custo? Sera que 0 modelo adotado em outros paises serve para ser adotado aqui? Na tabela 5 podemos encontrar as principais caracterfsticas de sistemas utilizados para a produ~o de leite nas principais regioos priJdutoras do Brasil. o modelo que tem despertado 0 interesse de produtores e tecmcos foi .I,·wllvolvido primeiramente pela ESALQ • USP, de Piracicaba e, 1",·dlTiomlente. pela E.MBRAPA, no Centro de Gado de Leite, em Juiz de I II;L 0 modelo tern como principio 0 usa intensivo da pastagem de capim , I, I allte. Importantes resultados de pesquisas realizadas por estas institui~Oes I. III :;ido validados a nivel de propciedade rural e em outros centros de pesquisa I I M BRAPA , no Centro de Pesquisa do Sudeste, em Sao Carlos), com lIulluU'e5 de projetos espalbados pelo Brasil. Este modelo tem despertado ate II to·· .11101 0 interesse de pesquisadores estrangeiros que visitant estes centros e II< .1 III impressionados com 0 potencial de produ~o das forrageiras tropicais lUI 1l0SS0 pais. Posteriormente iniciaram·se os trabaJhos de usa intensivo da pastagem , •1m outras especiei de plantas forrageiras como Panicum maximum (tanzinia, lollla1A)(CAMAROO, 1997), Cynodon ("coast-cross")(VILELAeALVIM com bons resultados. No modelo adotado e peiquisado por estas instituiyOes, a pastagem I. II nt.~e toda a aiimentavao volumosa durante 0 periodo cbuvoso, considerado • umo sendo de 180 dias e, para 0 perfodo da seea, tern sido deienvolvido II ahalbos usando principalmente a cana corrigida com ureia como alimento v. rlumoso, que e fomecido entre as ordenhas. A cultura da cana esta sendo ,,' iI i:r.ada devido ao soo alto potencial de produ~io, caracteristica exigida em 1111\ sistema que explora 0 alto potencial de prodUlrao de pastagens tropicais ,Inrante a primavera -verae. A procura por especies e variedades de plantas forrageiras de alto III llenciai de produ'Yao de forragem, para ser usada no periodo da seea, deve :;cr iroplementada quando 0 conceito de uso intensivo das pastagens na primavera-verao for adotado no Brasil, poi~ de acordo com SIMAO NETO d aL (1993), nao M possibilidades de se estabelecer sistemas de produ~ao de leite estacionais, como na Nova ZeJAndia, por dois motivos: pela demanda commute de leite in natura e por nao serem compativeis coro as tendencias .Ie mercado do pais. Este autor ainda sugere as alternativas cana-ureia, silagens, 1(:008 e pastas irrigados, que poderao ser utilizadas pelo produtor no periodo Tabala 5· Caracterlstlcas b8slcss de sistemas de produf;lo de laite nas prlnelpais regi6es produtoras do Brasil. RegiAo Sistema Alimenl.at;ao OJsto PreI;o (d litro) (d lilro) Bra5i1 Pastejo extemivo Gramineaslropicais 10-15 15-20 Brasil Pastejo Intensivo GramII'lF.'.as tropicais adubadas+ 18-22 silagemlcana+nlvel modei"ado de conc::entrI!doS 23-28 CoofinaMento Fonte: ASSiS (1997). Silagem de milho+fenOf35-38 nlYeI alto de co;.::;;;.;.ncentrad~.:::.::..;=os~_ _ __ 38-40 Brasil I I.la seeR. 48 49 Pastagem para Gada l.eiteiro Anaisdo1°~ FARIA e CORSI (1993) definiram.a produ~o intensificada como sendu a.que1a capaz de explorar com a m8ximaefici@nciaos recursosexistentes, visandl1 tornar a expl~ao mais competitiva com outras atividades agricolas e tmnbl!rn mais econ8mica. Estes autores citam os moores que deverao estar presenkll para que os conceiOOs de produ~ao intensificada possaro ser utilizados: - quando ocorre uma diminui y8.o na disponibilidade de mio-de-obrn, como consequencia do ex6do rural; - quando h8. uma eleva~ao do pre~o de mao-de-obra devido lUI desenvolvimento s6cio-economico; - necessidade crescente de alimento para urna popu~o urbana om rap ida expansao; - dificuldade de amplia~ao rlas fazendas como consequencia da subdivisao e do pr~o das terras; - elevayio continua dos custos de produ9!0; - existencia de tecnologia para ser marla no setor. Se analisarmos bem podemos observar que todos estes fatores estill presentes nas principais regiOes produtoras de leite do BrasiL Mas, 6 cada vez maior a discussio academica entre os sistemas de produyao de leil" a pasto ou em confinamento e tern servido para confundir roam do que pllr. esciarecer e auxiliar 0 produtor em sua tomada de decisao. A tabela 6 fornIX. importantes subsidios que deverao sec avaliados em corgumto pelo tecnico • peto produtor na escoIha do sistema de produ~ao. Da nossa parte, ao analisar a tabela referida e, pela experiencia dt campo, em contato com a realidade do produtor, acreditamos que na major!. <las situalj:Oes em nosso pais, 0 sistema de procluyao de leite a pasto lUi primavera-verao, com utilizalj(io de voJumosos produzidos par plantas tropiclIl. de alto potencial de produ~iio, como a cana e as variedades de capim elefunto, no periodo da seca, e0 mais viavel. Urn trabalho desenvolvido emnossas condi~Oes par VILELA e ALVI M (1996), comparando vacas em sistema de confinamento com vacas em sistcml de pasta irrigado, chegarama mnresultadodeumamargem bruta 32% supcri(1 no sistema a pasta, apesar cia. receita bruta tee sido superior no sistema thl confinamento. As tabelas 7 e 8 apresentam dados reJativos a este trabalhu Fatares que Influenciam a escolha entre sistema a pasta e sistema em confinamento. .1".1.. ,; 'II' Producao a Pasta I'st8\.ao de pastejo (,. de e-meses ). "I' 11','i<~S adeqlladas para 0 crescimen!o ,. ,Ius durante a estac;:ao de pastejo. _ _-:-__-.:P~r.:;,od=u:.!9l:::"o=-=ern Comil1amento -Curta asta9llo de pastejo. -Falta de condiQOes adequadas para (l crescimento dos pastas. -Altos pre90S do leite. , , " ", I'rer,;os pagos ao produlor. , I" ,Iencial genetico das vacas. -Alto potencial genetico das vacas, 1''' 'GOS dos grl:\os, -8a/xos pres;os dos gr<1ios. -Rebanhos grandes. " ,"lIos pequenos. ,II , ,I,! capital -Capital disponivel. para investimentos. -Terras de alto potencial. ,1" baixo potencial de produ~o. -Climaseco Ji'll . .!\ I ......1, I COI'ISumo de alimentos, expressos na materia sees, e as produ~oes de lalta em vacas em confinamento e a pasta de "coast-cross". " In , '10) leilo (%) I I A (i99'j). 6,6 3,9 6,7 11,3 13,4 11,9 2,6 2,6 2,6 17,1 12,1 16,6 '.n , d" 51 50 .. 20,6 16,6 20,6 I _In ArIas do 1° SImIeite labela a· Custos operaclonais, I'8celta bruta e margem brom, exprsssos em US$, relatlvos a umS vaca em confinamento au em pastagem de "coast· cross", Sistema Conlinamento A • Custos OperaelQnali (uS$i Vacal 280 dl.a) ..f>astagem de "Coast-aoss" -Sliagem de miIho Paslo 167,32 -Concantrado -InstIida¢es ("Free-staIl'1 ...QuIros Totaf 222,84 474.32 41,30 70,84 809,30 352,12 1,379,04 1,106.16 569,74 754.04 184.80 B • Recelta Bruta (US$l Vaca) -Leite vendldo C • Malvern Brata CUS$l Vaca) -(B-A) Fonte: VlLElA e Ai..VIM (1006). Produt.ores de 1eite do estado de New York conseguiram redu¢es nos custos de pn:x:lu¢o de USS 153,00 par vacalano quando pas.wam a utilizar a pastagem como foote de alimenro para as SUBS vacas. &ta ~ no custopor vaca ocorreu, principahnente, devido a menor dependmcia do uso de maqulnaS e impiemenros, com menor dependencia de eoergia e combustiveis e menor tempo gasto com 0 manuseio dos ~etos anirnais 00 sistema de confinamento(MATOS, 1997). ASSIS (1997), com base em levantameatos reatizados peJa EMi\IER~MG, apresenrouos Indices tecnicos e ~Omicos de filzendas produtoras de leite, antes e ap6s a ad~o do pask!io de capim-elefimte. TabElla 9· indices fiK::nicos e econOmlcos de fazendas produtoras de leite, antes e apOs a ado~o do pastejo de capim-elefante. Indicador Prot:Iuf,;!o diana (lilrosl vaca) ~ par la~o (Iitros par vsea) Taxa de'~ (UN hal Prod~o par hectare (1IIrosI ano) Ca'lalnI:rado (KgI UN ana) Gusto total (R$llitro) Pre<,;o media recebido (Rtllilro) Ponto de rWelamerto (fltros) obIida Oitrosl' arlO) Fonte: ASSIS (1997). ~o 52 Antes 5,8 1.746 0,82 1.578 225 0,23 0,20 165.681 140.284 Depois 7,0 2.000 2,0 2.391 421 0,18 0,19 205.394 223.820 -------"-' PastagarTl para Gado l.8iteiro Segundo este autor, houve urn aumento medio de 19-20% na proouc;ao ,\.' Iciteivaca e de 52% na prodlllyaolba, mas, 0 usa de concentrado aumentou 11\ 88%, mostrando que os aumentos de produ~ao nilo foram decorrentes .l,mente da meIhoria da pasta gem. Embora tenha aumentado 0 usa de , l'llcentrados, 0 custo de produyao caiu em 22 %. Entretanto, pelos dados levantados pelos extensionistas da EMPJER~ i'vl( I, chegou-se aconclusao que apenas 63% das past.agens de capim-elefante I.,rmadas foram consideradas em boas condil1oes de uso. Os principais problemas apresentados sao a adubal1ao insuficiente e inadequada, 0 manejo Illadequado e a invasao da braquiaria. 0 ataque de cigarrinha tambem tL'11l IIIviabilizado alguns projetos. A nivel de campo temos encontrado estes I" (lblemas noS Estados de Minas, Sio Paulo, Goias e na Bahia. Os produtores 11'111 reclamado muito e procurado outras altemativas como 0 uso de forrageiras <jill: passam ser impiantadas atraves de sementes, a custos mais baixos em I da'Y ao a implanta((ao do capiro-elefante, atraves de mudas (US$ 200,00 a II~)$ 300,OOfha contra US$ 600,00 a US$ 700,00Iba, respectivamente), como J~; capins tanzania, mombaya e braquiarao. Outra alternativa tern sido a f(.t;lIpera4(ao atraves de correc;iio da fertilidade do solo e ado y8.o de manejo lorreto de pastagens ja implantadas, com custos mais baixos (US$ 100,00 a IIS$ 200,00Iba) e com risco menor. EstR pratiea tern sido comum em fazendas do Brasil-Central, principaimente em pastagens de B.decumbens e B. brizantha. Alem de custos Illais baixos, 0 produtor tern procurado forrageiras que acredita que sao mais !;u..:eis de serem manejadas do que 0 capimftelefante. 0 genero Cynodon (C\;oast-cross-l", tifton, estrelas) tambem tern despertado a aten!tao dos produtores, e mesmo tendo urn custo de implantayaa muito proximo ao do clpim-elefante, tem sido implantado, pais pode ser manejado com mais lilcilidadde. Ao analisarmos estes problemas podemos concluir da dificuldade que cxiste no repasse de informayoes geradas pela pesquisa para os tecnicos cia cxtensao e para os produtores. ASSIS (1997) mostrou~se preocupado com 0 lalo da pouca adoyao dos sistemas de past~io intensivo por parte dos produtores em rela~ao ao seu potencial de adoty3.o. E provavel que parte dos 53 Allal'l Pastagem para Gsdo l.Biteiro do '/" Siml/JJtfl ----.----.-~-" insucessos na a~ao da tecnologia de usa intensivo de pastagens de capim elefante seja devidQ ao seu usc de fonna isolada, sern 0 estabelecimento de indices a serem alcan/Yados e sem melbotar QUiros indices importantes on a:ti'ltidade leiteira. Segundo FARlA e CORSI (1993) devemos estabelecer indices de produtividade porque somente atraves deles torna-se possive! elaborar umn aprecia~ao tecnica da atividade. A vantagem de se trabalhar com indices ea possihilidade de se conhecer 0 potencial de produtividade que pade set' atingido em detenninado sistema de produ~ao. Em gerat, 0 produtor e 0 tecnico estabelecem metas e compara~Oes que nao contribuem em uada para a melhoria nil eficiencia <fa. produ~ dentro da propriedade, confonne podemos observar nn tabela abaixo. Tabela 10· indices que sio levadot'! em considerac;Ao per produtonts e t6;t;:nlcos e aquefes que realmente deverlam ser considerados. Indices COI1!idafados aj-Media obtida no rebanho COOl fooires a considerar a) Pdencial de prod~o do Sistema a l1'1edia do Pals b) Vafoozay'ID da I/SC!I pela sua prod~o no pica au ria lada~o b) % de vacas em lactac;l:io Prod~ dis de intervalo enlre partos. p~ vaca do rebamo c)TaKa de lot~o dos pastes c)~ha d) Media diana no oorral eI) Produ~ hornem I .,It.. lu 11 _ Influ6ncla do perfodo de Iacta~l1io e Intervalo entre va cal. em lactat;lo. I '", 1<. ll.; de lactac;ao-meses 13 % de vacas em !a~o par ano Intervala entre pwtos-rneses 15 14 13 12 00 85 00 18 78 83 64 77 71 75 69 64 61 57 66 60 53 12 11 10 9 8 , d"I<' panos sabra iii % de = FA'RiAeSlLVA (1996). No Brasil, a maioria dos rebanhos leiteiros se caracterizam por .'1l1cscntarem com intervalo entre partos superiores a 15 meses e periodos ,!.- lacta«;ao ern tome de oito meses, 0 que determina que somente 53% das \ ,IGIS sao encontradas em lactaylio. Segundo FARIA e CORSI (1993), a ,lllIplia~ao do Intervalo Entre Partos (IEP) concorre para diminuir a prodUl;ao 11I,;,jia/vacaldia, e esse fator e0 mais importante para a economia do sistema ,!m; a produ9ao/lacta.;ao. Extensos IEP e perfodos curtos de lactayao IIllnentam a porcentagem de vacas improdutivas no reban..lJ.o. Comparando-se dois sistemas que utilizam 0 conceito de uso intensive ,I.I pastagem de capim-elefante, utilizando adub~Oes para a mesma capacidade de suporte, mas que trabalham com diferentes porcentagens de vacas em I.ldar.;ao, observaremos que 0 potencial produtivo sera diferente entre eles. e) Prod~ insumo 00 dolar Investido Fonte: Relirado de FARIA e SILVA (1996). De que adianta utilizar uma pastagem rotacionada e adubada para alms produ~fleS de forragem se 0 intervalo entre partos das vacas de lUn determinado rebanho for longo e 0 periodo de lactayao for curto. Na tabela 11 podemos observar a influencia destes indices sobre a porcentagem de vacas em lacta.yao. 54 55 Anais do 1° Simleite . Tabeia 12 • Infl....ncia da compos~ao do I'8banho 8 cia % de V8cas em lacfa(;lo sob,. 0 potencial produtlvo de dlfarentes sistemas. ~ % de vacas no rebanho 35 45 1 3 5 8 11 0,2 0,8 1.4 2,3 3,2 85 % de vacas em lactac;:ao 0,3 0,4 1,1 1,4 1.9 2,3 3,0 3,7 4,2 5,1 1 3 5 8 11 0,2 0,7 1,3 2,1 2.8 1 3 0,2 0,6 1.1 5 8 11 1,8 2.5 1 ~1 3 U 5 U 8 1,5 11 2,1 Fonte: FARIA e SILVA (1996). '" ,Iencia! de proom;ao de forragem nao conseguem trabalhar com a mesma de lota¢o porque nao conseguem a mesma eficiencia no usc da forragem. 1,1 'ill __.,....,--=______--:Ooantldade=~rz;..;:d&:=:....~em I~ ha sistema UAIha Pestsgem (JBI8 G8Cb LI!liteiro 55 65 0,5 1.6 2.7 4,4 6 75 % de vacas em lact~ 0,3 0,4 1,0 1,2 1,6 2,0 2,7 3,3 3,9 3,7 5.3 4,5 0,5 1,4 2.4 I,.bela 13 - Potencial de lota~o de pastos de capim elefante. Unidades animais! ha 'Yo utiiizao;:ao·--,.,M"'S:-------.."P=-rod-,-u-ca.".o---,de-~-m=-a:':;te':;'ri;:';s seca no veri!o agmstologioo 10 tI he 20 tI he 30 tJ he 40 tI he 50 II ha -----'--' 6,4 8,5 8,11 0,8 9,7 12,9 11,3 15,1 . considerando 0 consumo de 1.850 Kg de MS/wca no vertic agrostol6gico. I "nte: SILVA at at (1996), 40 50 60 70 2,1 2.7 3,2 3,7 4,3 5,4 6,2 7,5 10,8 13,5 16,2 18,9 65 % de vacasem lad:ac;Io 0,3 0,1.3 1.4 2,3 3,2 0,4 1,0 1,7 2,8 3,9 0.5 1.2 2.1 3,3 4.6 55 % de "seas em ladal;ikl 0.2 0,7 1,2 1,9 2,7 0,3 0,9 1,5 2,4 3,3 0,4 1 1.7 2,8 3,9 A simples adoyao do uso intensivo da pastagem nao seria suficiente para trazer uma maior lucrativiclade para 0 sistema que traba1ha com pequena porcentagem de vacas em lacUl9ao. Outra considera\!8.0 que devemos fuzer esobre a eficiencia cia utiliza~o da forragem produzida. Eposslvel se alcan\!ar alms produyOeS de forrageml ha atraves do manejo correte da. fertilidade do solo, mas grande parte pode ser perdida durante 0 pastejo porque 0 manejo da pastagem e incorreto. Podemos observar na tabela abaixo que sistema.s que explol'am 0 mesmo Considerando que 0 custo da tone1ada da materia seca produzida em ll:tstagens adubada" intensivamente seja de US$ 15,00, urn sistema que produz '0 tfha de MS gastaria pOl' ano US$ 450,OOIha. a utiliza'tao da forragem iosse de apenas 40%, a capacidade de suporte na prirnavera-verao seria UAlha, ou 6,4 vacas de 450 Kg, e os custos referentes a adubayao de US$ 70,OO/vaca/ano. Considerando 0 periodo de crescimento ativo da pastagem de 185 dillS, tem-se urn custo de US$ O,38/vacaldia. Se a lnesma produ~ao de forragem fosse utilizada com uma eficiencia de pastejo a capacidade de suporte seria de 9,7 UAJba. ou 9,7 vaeas de 450 Kg de peso vivo, e os custos com aduba~ao cairiam para US$ 46,OO/vaca ou US$O,24/vacaidia (urn custo 35% roais baixo). Parece evidente que 0 usc isolado de pastejo intcrL'Iivo nao ira contribuir para 0 aumento da eficiencia na prodU(;ao de leite em sistemas com problemas reprodutivos, sanitarios e no melhorarnento genetico. A falta de gerenciamento correto da atividade (levantamento de custos de produyiio, de receitas e lueros, estabeleeimento de metas e 0 seu acompanhamento, cobran\ia de resultados, melhoria da qualidade do produto dc.) tambem tern side considerado como urn dos principais fatores que 56 57 AnaIs do 1° Simlelttl Pastagem para Gada Laiteiro limitam a Iucratividade, mesmo de sistemas que traballiam com boos indices de produc;ao. 11.1 • flu Embora. exista tccnologia atuaI e disponivel para 0 setor leiteiro do Brasil, este ainda apresema indices medios que podem ser comparados com as caracteristicas das principais bacias leiteiras europeias entre os seculos sere meses (FARIA, 1988). Pastagens para bovioos leiteiroo o objetivo principal de urn de proom;ao de ieite ser 0 de reduzir custos de produil(ao e aumentar a produtividade an.imal para maiores margens de lucro. A produtividade animal na pastagem e0 resultado do desempenho animal vezes a capacidade de suporte da pastagem (BOIN, 1986). Vamos avaliar cada urn destes dois fatores que determinam a produtividade animal na pastagem e as variaveis que infiuenciam em cada wn deles para que possamos estabelecer parametros para 0 manejo adequado dos sistemas de prodUy3o leite a pasto. Desempenho 0(11 performance animal o desempenho ou performance animal de vacas leiteiras e resultado cia produlYio de leitelvacaldia ou por lactac;ao. 0 desempetlJlO de vacas leitciras potencial genetico do animal. Valor nutritivo da plants forrageira XIVe a disponibilidade de leite era tipicamente estacional. - 0 criador da 6poca lutava com 0 problema chi falta de alimentos para 0 invemo. - as bacias leiteiras estavam Iocallizadas em solos improprios para a agricultura ( solos de varzeas mal drenadas, solos pobres e em areas montanhosas). - grande incidencia de doenc;as infecto-contagiosas e parasitarias. ausencia de Tal(as especializadas para leite e produc;ao muito baixaJ vaca - 3 a 4 titres/dia ou 600 a 800 litros/vaca/lactal'j:ao em seis a efunyao da ingestio de MS, do valor nutritivo da forrageira , I 1 o valor nutritivo da forragem se refere asua composiyao quimica e a digestibilidade. As forrageiras tropicais geraJmente se apresentam com il;lIxOS niveis de proteina (menos de 7% na MS), baixa digestibilidade, alto , onteudo de fibra, alta quantidade de fibra indigestivel e pequenas de minerais. As maiores mudanyas que ocorrem no valor das fonageiras sao aquelas que acompanham a maturayao. Ocorre IIlIIa queda nos componentes digestiveis (carboidratos so16veis, proteina e Illinerais), e wn aumento da lignina, celulose e hemiceluJose protegidas e ,ultras fra90es indigestiveis, como cuticula e silica (EUCLIDES et al., 1989). A deficiencia de protefua limita 0 desempenho animal em dois niveis. II. ti:>rragem disponivel possui proteina insuficiente para possibilitar a produyao maxima, ou 0 consumo de proteina einferior ao mvel cntico, 0 que rOOuz a a lividade dos microrganismos do rumen. Como consequencia, M decrescimos lias taxas de digestao e passagem do alimento e no consumo voluntario. Para as gramineas tropjcais, 0 nivel critico de proteina bruta (PB) esta entre os de 6 a 7% na dieta. Embors estes valores sejam necessarios para garantir UIna boa fermentayao no rumen, valores mais altos sao necessarios para 0 atendimento das exigencias proteicas do organismo animal. A fibra eformada pelos componentcs da parede ceJular e eestimada pels analise de fibra detergente neutro (FDN). Raramente a fibra edigerida POl' completo e por isso, 0 seu conteudo e usado como Indice negativo de qualidade. Os valores de FDN de fOlTageiras tropicais sao altos, geralmentc acima de 65% em rebrotas e de 75-80% em estagios mais avanr;ados de <"""'.'!r""V (EUCLIDES, 1997). gramineas tropicais impbmtadas ern solos de baixa fertilidade natural esgotados por outras cuituras, apresentam baixo conteudo de in1'''''''''''''' Niveis dcficientes de qualquer urn des quinze mincrais considerados "'''"'';''_''..1<>1'' para 0 animal 0 consumo e utiliza~ao de A ,Ila 58 59 ,"'I _11_ 1 pestsgem para Gada Leiteiro Anais do 1° Simleite kguminosas, este decresce pouca com a :matur~o da pJanta. Entretanto, rodu¢o de teguminosas nas pastagens brasileiras tern sido muno pequena . ,"Ill: fato reflete ate certo ponto a dificuldade que produtores e tecnicos .hem encontrar para a ad~o desta tecnologia. As vendas de sementes de I. f!.mninosas no Brasil sio muito baixas, correspondendo a apenas 2% do 1.. lal de sementes comercializadas por ana (AGUIAR. 1996).0 fracasso na ,.. !m;lio e utiliza,(io de pastagens consofciadas, em geral, eatribuido afalta ,k pcrsistencia <las leguminosas na pastagem. Segundo LEITE e EUCLIDES II ()l)4) essa baixa persistencia ocorre devido a ausencia de Jeguminosas ,II III ptadas as nossas condi~Oes edafo-climliticas, bem como afalta de tecmcas Ik manejo especfficas para esses tipos de pastagens (sistema de pastejo 11111 i7..ado, taxa de lota~o, fertiliza~ao e ausencia de ressemeadura). Quando os niveis de proteina, vitaminas e minerais sao adequados, a I 'Iodu~ao animal sera em fun'tao do consumo de energia digestivt"J, uma vez 'ille e alta a correia<,;ao entre 0 consumo e 0 desempenho animal (EUCLlDES, .I,n concentra~ao de minerais oa forrageira varia com a especie, 0 estadio de crescimento e a disponihiIidade destes minerais no solo. A melhoria do valor nutritivo da forragem pode ser obtida quando se reduz 0 intervalo entre pastejos e quando epermitido ao animal uma elevada seletividade da forragem disponivel (CORSI, 1993). A utiliza~ilo da forragcm no estagio certo pode elevar a prodm;ao de leite/vaca. De acordo com LANC;ANOVA (1991), 0 incremento de 1% na digestibilidade da forragem resulta no aumento de cerca de 100 Kg de leite por lactal(ao, ou entao, para compensar esta redm;ao seria necessario cerca de 0,6 Kg de concentradol dia. A queda oa digestibilidade de forrageiras tropicais e estimado em 0,4 percentuais ao dia. Desta forma, uma forrageira com 65% de digestibilidade, em um dado estlidio de crescimento, perderia 4 pontos percentuais em sua digestibilidade se Fosse utilizada 10 dias para frente, quando esta seria de apenas 61 %. diminui~iiona digestibilidade da forragem representaria uma diminui~ao de 400 Kg/lacta~o. E comum os produtores perguntarem aos tecnicos quais sao as forrageiras de melhor valor nutritivo, principalmente qual e a mais rica em Proteina Bruta (PB). Nos trabalhos de pesquisa que compararam 0 valor nutritivo entre forrageiras, observou-se que as diferen~as entre elas sao e EUCLIDES (l pequcnas. Em urn trabalho citado por comparou 0 conteUdo de PB e a Digestibilidade "In Vitro" da Materia Organica (DIVMO) de acessos de Brachiaria spp com seis semanas de rebrota, foi encontrado uma pequena variabilidade do valor nutritivo entre as especies. A diferenya de PB foi de apenas tres unidades percentuais e de unidades percentuais para a DIVMO. dados confirmam que a varial(8.o do valor nutritivo entre esptkies epequena quando comparada avaria~ao do valor nutritivo entre ida des fisiologicas da planta. o desempenho animal pode ser melhorado em pastagens de gramineas pela consorcia~ao com leguminosas. 0 desempenho seria melhorado pelo maior tear proteico, pelo menor teor de FDN e pelo maior consumo de Materia Seca (MS) digestive1 da forragem. Segundo LEITE e EUCLIDES (1994), 0 teor medio de PB das leguminosas tropicais e de 17%, enquanto que nas gramineas tropicais e de apenas 9%,. AMm do maior teor proteico .\ 1111 , l 1997). Consumo de forragem I Segundo NOLLER et a1. (1996), as variayoes no consumo de MS produzem mais impacto na produ¥io animal do que varia~ na composiyao 0 desempenho animal a pasto e fun~ao direta do consum~ de MS digestivel, senda que 60 a 90% dos resultados decorrem da variayiio no consumo, enquanto que apenas 10 a 40% advem das flutua~oes na (Iigestibilidade da MS. Desta forma, a contribui9RO relativa do consumo de MS para 0 desempenho animal e, em media, tres vezes maior em rela,(ao a digestibilidade (SILVA e PEDREIRA. 1996). Dentre as caracteristicas das forragens, as de maior importAncia sao aqueJas que determinam 0 consumo voluntario de nutrientes digestiveis. Segundo EUCLIDES (1997), considerando que 0 consumo restrito de nutrientes e 0 principal fator que limita a produ~ao animal. ele 56 sera controlado pelo valor nutritivo da forragem se a quantidade disponivel desta nao for limitante. da forragem. 61 60 Mas do 1° SimSitB Pastagem ptI1S Gad:;! Leilf3iro E comum encontrarmos na literatura compara~Oes de desempenho de vacas leiteiras em pastagens de cJima temperado e em pastagens tropicais. Vacas em Iacta~o consumindo pastagens temperndas conseguem ingerir cerCB de 3,5 a 3,8% de MS em rela~ao ao sen peso vivo, e assim, a1canliam produ~ entre 25 e 30 Kg de leite/dia scm 0 uso de concentrados. Segundo NOLLER et at. (1996), 0 conswno m8ximo de MS de forragem esperado e de 3,5 a 4,0% do peso vivo ocorre somente com urn pasto verde de alta qualidade e disponivel em quantidade suficiem:e. Este mvel de consumo, pot animals em ~ pastejo, suportaria uma produ~ao de 25 a 30 Kg de leite/dia. Nos trabalhos com forrageiras tropicais, basicamente gramineas. os melhores desempenhos.estio por volta de lOa 15 Kg de leiteldia gem 0 uso de alimentos concentrados. 0 consumo de forragem e da ordem de 2,0 a 2,3 % do peso vivo ( em tome de 10 % do peso vivo em pasta verde). Estas boas performances obtidas em pastagens tropicais s6 sao possiveis em sistemas que utilizam aduba«;oes equilibradas on em pastagens consorciadas. A tabela apresenta om resumo de varios trabalhos reaiizados com vacas ieiteiras em pastagens tr0plcalS. No. tabela 15 observa-se que uma produ980 de ate 10 Kg de leite/dia I" 1<11.: Sef alcan~ada em pastagens de capiro elefante scm 0 uso de alimento , , 1I1Ccntrado. I."rota 15 • PotencIal de leb por vaca em pastos de caplm emfanm supondo consumo dlotirio potencial de 10 Kg de MS de pasto por vaca. I Tabela 14· Desempenho de vacas em pastagens tropicais no penodo das aguas na regilo sudeste. Pastagem F3mchfstia. mutica Taxa de _ _ _ _~P~rod=UdiI~~tae LeIte LotaI;ao pi vaca pi heciall! (UAI ha) 1,8 BracIIiaria dect.Jmbens (1965) Set8iia C. elefante.+100Kg N C. eIeI'arie.+2OOKg N C. eIefante.+2OCIKg N C. elefante.... N ... C C. elefante..j. N ... C Si5!ema de prO!:b;rikl em coniInamento-CNPGL C.=~=2~a Fonte: "'LELA e AlVlM (1996). 9,7 --"""11:4 2,5 10,0 2,7 4.7 10,4 28,0 11,7 55,0 13,5 60,1 65,8 65,3 25,0 Al.ior AMm eI at (1995) Aronovich et al 5,0 6,0 5,0 7.0 11,0 14.6 11,6 81,0 Alvim (1995) Mm:zer(1986) iJeI1esz at aI. (1994) Demszetal.(1990) Dem:sz (1994) Deresz.(1994) 4,8 24,5 45,7 Stocketal. I .;.;di1l;Ao F..ldg6nda % Kg Necessidade CXlf1CeI1Irado Kg Ielte Leite (kg) porKg MSldla (kgIdla) ool1Ca'ltrado Volunoso na dieta ·10 10 15 12 14 0,0 2,3 4,5 6,8 20 25 30 I 35 16 18 20 9,0 11,3 40 22 13,6 100 6,5 4,4 3,6 3.3 3,0 2,9 83 71 62 55 50 45 ;iiie:siLVAat aI. (1996). Entretanto, 0 Divel medio de produlYRo de leite em pastagens tropicais, con1iderando apenas 0 potencial da planta forrageira, e de 8 KglvacaJdia I, CORSI, 1993). Dados semelhantes tambem sao citados por REIS et at ( (996), consideraram urn potencial de produjf3.o de pastagens tropicais no da ordem 8 a 9 litrosivacaJdia. Desta fonna, 0 manejo correto da pastagem pede elevar a produ~ao nor vacaJdia em 2 a 7 titros sem 0 uso de concentrados, Agora precisamos compreender quais sao os mtores que limitam 0 consumo de forragem em pastagens tropicais e conhecer as formas de estimul..... este consumo para explorannos maior desempenho animaL Segundo GOMIDE (1993), sob regime de pastejo, 0 consumo de Materia Seca Verde (MSV) eafetado pela altura da forragem; pela reia9ao folha-caule; pela densidade volumetric a do relvado e pela disponibilidade de pasto. 62 63 PBStagem para GsOO Leiteiro Anais do 1" SImIeftt. Altura da forrngem ,I. Ii Ilhs na dieta do animal em pastejo (ASSIS, 1997). Grande propor~fto de .Illie na forragem disponivel compromete 0 consumo diana de forragem Alto consumo de forragem tern side obtido com pastes entre 15 a 22 em de altura. 0 consumo cai peJa metade se a altura cia forragem for menor que 7 a 10 em (NOLLER et aI., 1996), Estes autores sugerem que se deve deixar UOla altura de residuo ap6s 0 pastejo de 7,5 em em pastagens de gramineas temperadas e leguminosas e de lOa 20 em para gramineas tropicais. Na tabeJa 16 podemos avaHar a infIuencia da altura cia forragem sobre 0 consumo de MS. Tabela 16 - InflUincia da altura da fonagem sabra verde e masaa seca. 0 cansumo de mana ~ttnda F~(cm) 2040 12-20 8-12 2-8 Fonte: KLAPP (1971). Ql.lantidade COI1SIJmida em 24 horas Kg Massa Verde Kg Mataia Seca 32 7,8 68 14,5 41 9,0 20 4,5 A altura da forragem exeree a maior influencia sobre a necessidade de tempo para 0 pastejo e na velociclade de consumo. E esta afinnativa e bem mais importante para os bovinos pois esta especie nao passu! dentes ineisivos no maxilar superior e, por isso, a forragem nao ecortada com os dentes mas puxada e torcida com a lingua para a hoca. Quando a forragem e muito baixa, ocorre uma limita~ao no consumo de MS. Re~ foJba:cauJe o componente mais importante das gramineas tropicais e a folba. Muitos estudos de manejo de pastagens tern buscado aumentar a propor~ao hectare e 0 consumo de forragem peia animal (GOMIDE, 1997). Segundo ';IMAO NETO et aI. (1993), !S=<1If!t~ !~!W!:~'~l1!~!!!';::2crescimento~ .tWi gramineas tropica.is, ~£eJsr~() aI<?~g;mento do caule (dimi!luin~~~ 11~la~g follia:cau~) ~_~"Qrt:lC~~~~amaaureciIDeDto~oCijJ~!~!lume~!g_ III IS tecidos da parede celula£, 1I~~li2i!!!fica9io.e dec~S~~~.~tibilidade .In M~:Em pastagens com alta proporlYao de caules, os animais passaro a I,a~tejar por longos periodos a procura de folbas no meio das touceiras do IlllstO. Mesmo assim, acabam consumindo uma pequena qwmtidade de folbas. ( ;modes propotyOes de caule na forragem pooe lirnitar 0 consumo, mesmo 'Iuando a disponibilidade de MS ealta. Os elevados teores de Fibra Detergente Neutro (FDN) e os baixos kores de PB, encontrados nas forrageiras tropicais, limitam 0 consumo de MS. POI' isso, se faz necessaria ofertar maiores quantidades de MS de folhas, ;1 tim de permitir maior oportunidade de pastejo seletivo pelas vacas e maior consumo (WENDLING et aI., 1997). Quando a quantidade de foibas verdes c alta na forragem, 0 animal seleciona uma dieta rica em folhas e que possui 111M composi~ao quimica e botiinica. diferentes daquela. que se encontra na. f()rragem disponivel. A tabela abaixo demonstrn 0 Mbito seletivo do animal ,~m pastejo, que collie umaproporyao de folhas muitas veres maior que a propor~o existente na pastagem. ! H 1I I Tabela 17 - Oensidade e percentagem de folhas disponiveis (FD) nas pastagens como um todo, apanas na parte superior, e nas diems selecionadas 1'910 animal. Andropogon B.humidic04a B. deo.Jmbens IJerl'sidade (Kglhalan) 96 40 62 FD pasIagem total ("AI) 16.8 12,2 10,9 FD parte $I.IpeIiOr (%) * 40,3 19,1 42,8 77,7 Failla diets (%) 94.3 ,. Considerando apenas os 20 an superior (!as pastagens. . 81,2 Fonte: EUCUDES et aI. (1989). 64 65 Analft do 1° SilT/it. Pastsgem para G8t;b l.Bileiro ~---- DeDSidade volumemca do relvado Durante as horns dedicadas ao pastejo em urn din fem!Qm9 de 8 hOOJ.'II _Jim), os bovinoo dao deJ2:QQO a 23.000 bocados, com umaJt!lC:lY~~ de 30 a ~(l J~X'adosimin.. Em cam bocado pode ingerir deJ~ a3,,9 gdemassa verde (KLAPp' 1971). Estas ~ soimn inftuencia da densidadevoltm:lWka do relvado. Em relvados detEos., a vaca pastejacl com uma mmor :ftequencia de hocada.; maN cam bocadotrani. urn grandevo~de fot"l'agt'm colliida. Amcilidade de~) da furragempeloanimal eummtor importantea serconsiderado. Vamos considerar que em uma determinada ~o de pastejo, com tun relvado pouco demo, n vaca dam 23.000 bocru:b:!dia e em cada bocado ira coosumir 1,3 g de massn vmie. No final de 24 roms ira ingerir em t:orno de 30 Kg de massa verde ( em tomo de 6 Kg de MS). Ao COllt.nirio, uma vaca tendo asua disposic;io urn relvado demo podeni. ao final de urn ilia de pastejo 1e.r dado apenas 17.000 bocad~, ingaindo em cada bocado em torno de 3,9 g de massa verde ou66 Kg de massa verde/din ( emtome de 13 Kg de MS). Segundo i\SSIS (1997), no paste tropical, lui muita ~ entre as pr~6es de folha e caule, sendo que 0 tamanho maximo do bocado somente sera atingido quando a produ9do de fullia e map total uitrapassar 1 e 3 t de materia orgfuUcalha, .respectivammte. Segundo EUCLIDES et at (1989) qualquer redu~ao na densidade de furragem nao pode ser compensada pelo awnento do mJmero de hectares.Foi citado anteriorm~ que a altura da forragem exerce uma grande influencia 00 tempo de pastejo e na velocidade de consumo, e que re:siduos pOs-pastejos com altura abaixo de lOa 20 em, para furrageiras tropicais, limita 0 consumo de MS. Entretanto, forragens muito a1tas tambem timitam 0 oonsumo pois existe uma re~o negativa entre consumo e altura da pastagem, ja que a densidade da forrdgetn ebaixa nas camadas superiores de pastas muito altos, limitando a sua preensao. Disponibilidade de pasta Segundo SILVA e PEDRElRA (1996), em sistemas de produyao animal a pasto, 0 consumo esta sob forte infiuencia da disponibilidade de forragem 'II'" I:, dada em Kg de MSlKg de peso vivo ou Kg de MS/100 Kg de peso I V'I. Esta disponibilidade de forragem edenominada POl' pressa.o de pastejo. i!., manejo da pastagem, a pressao de pastejo e 0 fator que defme 0 !.'\ulimenlo da forragem e a produtividade animal (WENDLING et aI., 1997). Foi MOTT (1960) [~~~~.fi!!!~~,e!!i~!2~e~£a~tej~~~ sendo.o IUIIIK;ro d.e~~--.e~!J!!ri~qe de .f0l1'~£;€!IndisEonivel. Outra expressao .-m;olltrada no trabalho de MARASCHIN (1994) eque a pressao de pastejo " <l MS existente acima do nivel do solo e que pOGe ser mantida Ilproximadamente coostante, pelo controle da lota'tao. Tanto 0 nfvel de ,,!'crta, como a quantidade de residuo deixada ap6s 0 pastejo, podem ser (";Iabelecidos pelo pesquisador e serem mantidos constantes, pelo contmle Illl carga animaL Para pastagens tropicais, onde Wi um grande acUmulo de material mono, a pressao de pastejo deve ser expressa em materia seca verde (MSV) pois nao ba relaltao entre 0 desempenho animal e produ~ao por hectare quando a pressao de pasrejo e calculada com base na materia seca total (MST) mas e positiva com 0 caIcul0 em MSV (EUCLIDES et ai., 1989). Segundo GOMIDE (1993),0 nivel de oferta aparentemente recomendavel ps.ra maximizar a produ9ao/vaca esta entre 1.500 a 2.500 Kg de MSVIba ;-Job pastejo continuo ou 5,0 a 7,5 Kg de MSV/100Kg de peso vivo num. pastejo em faixa (25 a 3S Kg de MSV/dia para uma vaca pesando 500 Kg). Os dados de CORSI (1993) corroboram com os antedores. Este autor etta que a disponibilidade de forragem para 0 consumo maximo e de 35 Kg de MS/vacaldia ou 140% da necessidade diaria. Considerando uma area manejada em pastejo rotacionado, com uma disponibilidade de forragem de 6 Kg de MSVllOO Kg de PV (pressao de pastejo de 6%), estariam disponiveis em tome de 27 Kg de MSV para uma vaca de 450 Kg de PV: Se 0 consumo fesse de 2,3 % do pv, esta vaca ina ingerir aproximadamente 10 Kg de MSVldia, mas teria disponivel em tome de 27 Kgldia (17 Kg mais), 0 que permitiria urn pastejo selerivo. Para 0 produtor devemos fazer este calculo em pasto verde. E so multiplicar os nfuneros acima por cinco vezes e entao teremos 30 Kg de pasto verdell 00 Kg de PV e 135 Kg de pasto verde para uma vaca de 450 Kg. A ingestao <f 66 Of Anais do 1° SImeiIs ~-------.-------~"""'-~----- seria de 50 Kg de pasto verde/ilia, sobrando 85 Kg. Desta forma, a vaca iria selecionar apenas folbas novas. recusando 1L'i velhas e os talos. A limi~o encontrada quando deixamos mais que 0 dobro cia forragem consumida para os animais sao as sabras que passam a sec perdidas pelo pisoteio do gado durante 0 pastejo e devido a queda no valor nutritivo, que provoca diminui~o no consumo, aumentando as perdas. Um ensaio de pastejo em fain foi conduzido por WENDLING et at (1997) utilizando a B. decumhens sob duas ofertas dins de forragem: 4 e 8%. Os resultados estiio resumidos na tabela 18. Tabela 1S- Teo"$ (% IllS) de PS, DIVIIIS e FDN de lAmina Foliar (IF) 8 de Pianta Inmlra (PI) do CII:Ipim Braquiarla submetJdo a cluas olemll de paste • dois ciclos de paMejo. Clrem!s ~(PB) ~ LF -~ PI {OIVMS)LF PI (FeN) IF --.--~ 1"Odo 4% 13,0 8,3 8% 12,8 58,8 51,0 59,6 54,1 8,0 76.2 61.9 PI 72.6 70,1 P"rodu;ao de leile '" ofertas 4- % .. 11,1: 8 %:: 10,7Kg leitel Vacai dis. Fonte: WENDUNG et al. (1997). 2" C/do 4% ---:W-,S10,4 64,3 8% 12,4 9,4 58,3 63,5 58,6 60,0 65.4 64,3 71.8 _ Neste trabalho, a partir do 2° ciclo de pastejo, os piquetes submt."1:idos as menores ofertas de pasto (4% PV). apresentaram uma ligeirn superioridade, principalmente para os valores de PH. Tal fato reflete 0 aCllmulo de forragem velba nos piquetes sob oferta de 8% PY. RODRiGUEZ (1996) tamb6m conseguiu maior produ~o de leiteJ vaca na menor oferta de forragem de C. nlemfoensis (estrela roxa), tendo variado a ofena de MS em IS, 35e 55 Kg/vaca/dia. 0 melbor desempenho foi possivel devido a alta densidade do relvado e meDor aCUmulo de forragem enve.lbecida. Entretanto, este mesmo autor encontron resultados diferentes em outres trabalhos, em que, amedida que oruvel de oferta de MS aumentou, Pastsgem para Gad) LeleWo ''''I)nia aumento na produC;lo de leite. Os niveis de oferta foram de IS, 32 e ,0 Kg de MS/vacaldia) e a produyao de leite foi de 9,5; 10,4 e It,Slitros p,.ra eada tratamento, respectivamente. Uma forma de se evitar as perdas na quantidade e na qualidade da lorragem e, manter uma. alta oferta de MS para vacas em lactayao, e a ,,!lolj;ao de pastejo com dois grupes de animais, ou pastejo de "lfderes" e ..';cguidores". ou lote de anima.is "desponte" e "rapadores".~Q !<!te de animais 'IIIC 5eg!!eJ'a!I!~~~~I1!~fi:~teE"~Yf!cs_~ji:l~!?~!~_~niInais mais exigen~ .10 re~~o. e, no,.lote~qll~ ve;n pastejando atr~~ os~.apimai~ de menor (·x ig~9ia. 0 lote de "rapadores" segue atras consumindo as sobras de pasto, \~vitando assim 0 aciunulo de forragem envelhecida e. portanto, as perdas de pm;to. Em urna tilzenda leiteira, 0 lote "desponte" e formado por vacas em iacta'Yio e. 0 lote de "rapadores", pelas vacas secas e novilhas de reposi~ao. () iote "desponte" tambtSm pode ser formado por vacas em lactac;ao de maior potencial de produ~o e. 0 lote de "rapadores'" por vacas de mmor lireduc;io (pcr exempto, vacas coni produC;ao acima de 15 Kg e vacas com produ'jao abaixo de 15 Kg/ilia) respectivamente. Em urn trabalho de Stobbs,1978, citado por CORSI (1993), as vacas "lideres" produziram 38 % mais leite (8 Kg/ilia) do que as vacas do lote de "seguidoras" (5,8 Kgldia). Estas gastaram mais tempo no pastejo para compensar 0 menor tamanho do bocado. Quando a disponibilidade de !<>aagem esta abaixo de 2.000 Kg de MS/ha, ocorre diminuiyao na ingestao de MS, principabnente devido adirninuic;ao do tamanho dos bocados, 0 que acarreta aumento no tempo de pastejo (Hodgson, 1990; Minson. 1990, citados por RBIS et aI., 1996). Segundo NOLLER et aI. (1996)~ 0 consumo de MS de forragem aumenta a medida que a disponibilidade de forragem aumenta ate cerca de 2.000 KgIba e entiio estabiliza. Parece logico controlar a disponibilidade de forragem pelo residuo pOs-pastejo, atraves da obten~ao do seu peso, do que pela. altura do pasto, embora a altura seja urn homparametro para set' adotado peto tecnico e peto produtor a Divel de campo. C(msiderando que a ingestao de forragem diminui quando a disponihilidade de MS esti abaixo de 2.000 KgIha. este entio deve ser 0 residuo pos-pastejo para que nllo ocorra limitayOes na ingestiio de 68 .. 69 llnal.t II II I',! ... _--_._._-- "---- Anais do 10 SItrIeItG forragem. Esta quantidade de MS pede Set obtida em residuos com uma altura de 4S a SO em em capim elefante, de 30 em nos capins coloniao, tobiati, tanzania. Para capins de crescimento mais prostrado e mais densas, como hraquilirias e gramas "coast-cross". tifton, estrelas. parece que residuos 1.500 Kg de MS sio suficientes para nilo limitar a ingestlo de forragem. Esta quantidade de MS pade ser obtida em residuos com ama altura de 20 a 25 em na braqui3.ria .decumbens e no braquiario e, de 15 a 20 em para as gramas "'coast-crossJ • tifton e as estrelas. Quando a vaca leiteira encontra na pastagem uma oferta de forragem superior a sua capacidade consumo (no minima 0 dobra) passa a ser possive! a ingest&> de uma diem com uma composi~o muito superior aquela c,llcontrada na pastagem, pois haveni seleyao apenas de folbas que sio mais ricas em nutrientes e plssuem maior digestibiHdade. Se edada a oportunidade, os bovines parecem selecionar materi~ mutto nutritivos de uma pastagem. podendo ingerir partes cia forrageira contendo de 20 a 30% de PB, menos de % de FDN e mais de 70% de Nutrientes Digestiveis Totais (NDT) (NOLLER et al., 1996). Estes autores relatam os fatores que devemos considerar no pastejo seletivo: os rebanhos preferem alguns tipos de forragem em reI~ao a outros, embora eles passaro consumir igual quantidade de ambos quando nenhuma possibilidade de cs:oIba esta disponivel; as plantas e')COlhidas podem variar com a estayRO e a maturidade; os animais comem do topo para baixo; os animais que sao to~ados a conswnir as pOfl;Oes mais baws <las plantas apresentam pi~r desempenho. Outros furores que inftuenciam 0 consumo de MS a. pasto Adu~o da pastagem Quando urn tecnico recomenda a aduba~ao da pastagem e comum surgir a duvida por parte do produtor se a aduba~ao ira awnentar a capacidde de suporte ou se havera tambem urns. melhoria no desempenho animal. Esta dUvida tambem ja deu origem a trabalhos de pesquisa que procuraram estabelecer a influencia da aduba9lio sobre 0 valor nutritivo da forragem. PsslBgem psra Gaci) Leileiro Sj~gundo GOMIDE e QUEIROZ (1994) pastagens estabelecidas em solode haixa fertilidade, sem calagem e aduba~lIo, produzem forragem de baixo valor nutritivo, caracterizada pe10s altos teores de constituintes da parerle celular, haixos teores de proteina, c31cio e f6sforo (P). Na tabela abaixo nbserva-se a influencia do mvel de P na solw;:ao com a sua cnncetttrac;:ao na Ta!'Jeil! 19 Grdlllineas 8. decumbens B. humldlco/a P. maximum esUmatiVa9 dOlI teores de t6aforo na haste (j nas folhas do gmminoa8 troplcalll quando II dlsponlbllidade da f6sforo " 1IIlterada. Folhas ppm de P na !IOIu~o 2 8 16 0,088 0,199 0,34 0,19 0,43 0,65 0.06 0,14 0,25 0,06 0,13 0,20 P. f1!!!1!!!routrI FonllJ: CORSI e SilVA (1985). Hastes ppm na solu~ 24 2 8 16 0,041 0,14 0,27 0,19 0,53 0,77 0,33 0,05 0.08 0,12 °128---'1..<11... 0,06 0,13 24 0,17 0,24 MS da forragem de diferentes gramfueas tropicais. Observa-se na tabela acima que em urn solo com mais de 16 ppm de P 6 possivel se obter furragem em cujas foihas contero mais de 0.2% deste l1utriente minerai. a consumo .de 12 Kg de MS/vacaJdia, desta forragem. fomeceria 24 g de P/di~ que seriam suficientes para atender a exigencia de g de P/dia para a manuten~io de uma vaca de 500 Kg. Ainda sobrariam9 g de P que seriam suficientes para atender a proda~ao de 4,5 Kg de leite/dia com 4% de gordura. Ao contrano. em urn solo com 2 ppm de P, pede-se e:'lperax que em media. 0 toor deste nutriente sena de 0,099 % na MS da forragem. A ingestlio de 12 Kg de MS/dia, dessa forragem, fomeceria apenas g de P, que seriam insuficientes ate mesmo para a rnanutem;ao da vaca. Entretanto, a elevac;:iio des teores de minernis nas forrageiras deve ser feita com 0 objetivo de maiximi.zru- a prociuyiio de MS da planta forrageira e nRO para atender as exigencias nutricionais de animais em pastejo. A ferti1izayiio de pastagens tropicais aumenta ponco a digestibilidade, porem pode aumenta:r significativamente a produyao de forragem, permitindo maior lota~o ou maior oportunidade de seleyao de dietas mais nutritivas. A adub~o da pastagem melhora as caracterfsticas da forragem que influenciam no consumo de MS, como aumento na propor~ao de massa foliar, aumento 70 71 An_ do 1° SImIeitD de perfilhos novos e aumento na longevidade das follias (BOIN, 1986); (CORSI, 1993). Amaior ingest40deMS proporciona ummaiorconsumode nutrientes pelo animal, consequentemente ocorrera uma melhoria no seu desempenho. Ingestilo de agua A ingestio de agua einfluenciada pels sua disponibiHdade e qualidade. A baixa mgestlo de agua limita 0 consumo de MS, mesmo se hOllver uma alta disponibilidade de forragem de boa qualidade. Segundo NOLLER et at (1996) quando a temperatura ambiente esta 118 faixa. de 17 a 27 graus, a exigencia de agna varia de 3,5 a 5,5litros/ Kg de MS ingerida, e 2,7 a 3,0 titros! Kg de leite produzido. Desta forma, urns vaca seea pesando em tomo de 450 Kg de PV; consumindo em tomo de 10 Kg de MS/dia. ira ingerir aproximadameme 35 a 55litros de agua/dia. Se a mesma vaca estiver em lacta~o. produzindo 12 Kg/dia, teria que ingerir mai!> 30 limos de aguafdia, totalizando 65 a 85 litrosldia. Quando 0 acesso a agua e facH, 0 gada vsi ao bebedouro de 3 a 5 vezes/dia. Segundo COSTA e CROMBERG (1997), o gada prefere se alimentar em areas ate 200 mda ligna e evitam areas a mais de 600 m. Este dado sugere que vacas em lacta~o nlio deveriam caminbar mais do que 600 m em buses de agua.Al6mdo acesso ficil, as vacas devem encontrar uma boa area de chegada ao bebedouro e que de acordo com CARDOSO (1996), IS de 10 em lineares/vaca. Efeitos do ambiente o consumo de alimentos decresee cerea de 0,23 Kg/dia para ca.da unidade de amnento oa temperatura retal e a produ9ao de leite reduz ceres de 0,26 Kg/dia (NOLLER et at, 1996), Estc problema OCOITe em vacas leiteiras puras de origem europeia ou eruzadas, com alto grau de sangue europeu, que entram em estresse calOrico quando submetida.s a radia<;ao solar e as altas temperaturas da primavera-verao. . Para a explora~ao de lette a pasto, em condilj:Oes tropicais, toma-se Pastsgem pam Gada ~ II IIportante a oferta de sombra para os animais. Segundo CARDOSO (1996), ;\ sombra reduz a carga de calor mais que a iugestiio de agua. Em urn trabalho (ilado por CAMARGO (1996), a prod~ioprevista para 305 dias foi 12% maior no grupo de vacas que tiveram acesso a sombra durante 0 pre...parto, quando comparadas com 0 grupo sem sombra. Este autor fornece intorma<;aes de como evitar 0 estresse cal6rico em vacas leiteiras: ~ das 10 as 16 boras deixar os animais terem acesso Ii uma area de descanso com sombra; os hormes das ordenhas devem ser modificados de acordo com as est8fi:Oes do ano. Na primavera-verao, a primeira ordenba vai das 4 as 6 hOl'as e a segunda das 16 as 18 boras. No outono-invemo vai das 5 its 6 horas e das 16 as 17 horas; - ordenbar as vaens mais proo.utivas em primeiro lugar pela rnanh! e por ultimo DB ordenha da tarde; manejar os animais somente are as 10 boms (apjica~Oes de vacmas, vermifuges etc.); - abrir urn novo piquete no final da tarde. Segundo ASSIS (1997), nos meses mais quentes do ana, devemos dar a oportunidade <las vacas pastejarem urn novo piquete durante as noites pois pode haver urn aumento de ate 16 % na produc;ao. o gado pode penmmecer de 9 a 11 horasldia DB sombra durante a primavera-verao, em torno de 7 horas/dia no outooo e nenbuma hora no invemo (CARDOSO, 1996). Este autor fomece dados de como devem ser as caracteristicas da sombra para 0 gado: - area de sombrWanimai - 1,8 a 2,5 m2 em clima seeo e 4,0 a 6,0 ml em clima funido para animais adultos. Para novilhas ede 3,0 ml e de. 1,5 m2 para os bezerros; - a altura da sombra deve ser aeima de 3,5 m para haver uma melhor ventilac;io. Nem de todas estas observa'(oes, 0 tecnico eo produtor deverao tamb6m conhecer 0 comportamento dos animais em pastejo com 0 objetivo de poder dar condi~Oes fuvoniveis para 0 gado. 0 comportamento de animais em pastftio ja foi estudado com muita enIase no passado por pesquisadores 72 73 A.riU do 1° SlmJeitfl Pestagem para Gedo Leitf!Jiro como VOISIN (1973), KLAPP (1971), e reeentemenre par COSGROVE (1997). Tempo de pastejo Bonino dedicado ao pastejo Segundo KLAPP (1971), as horas de maior pastejo ocorrem nas 2 a horas ap6s 0 nascer do sol, por volta de 1,5 horas pelo meio dia e 3 a 4 1.0111.'> no final da tarde, enquanto NOLLER et at. (1996), citaram que 0 Il.Islejo ocorre ap6s 0 nascer do sol pOl 2 a 3 horas e no fun cia tarde, quando I Segundo KLAPP (197 I), 0 pastejo dura de 6 a 9 horas/dia, enquanto NOLLER et at (1996), citam 8 homs de pastejo/dia. Durante as boniS de past~o, os an.i:.ma.is percorrem de 2 a 8 Km e consomem de 20 a 25% mais energia quando comparados com animais estabuJados (KLAPP~ 1971). Por isso, as pastagens devem ser bern localiza.das, proximas 80 centro de manejo, para minimizar 0 gasto energetico dasvacas em lact8yao com longas caminbadas. 0 requerimento de mantem;:8 pede ser aumentado em ate 27 30%, dependendo· da dura~ao do pastejo, da frequencia de bocados, da distiincia caminbada e da topografia da pastagem (ASSIS, 1997). Ao que tudo indica, os animais nao dedicam urn tempo adicional para 0 pastejo, alan destas horns. Desta forma, em pastagens poucodensas ou muito rspadas, os animais niio conseguem ingerir qrumtidades adequadas de forrageIll; mesmo que a area deixada para cada animal seja muito extensa. E este quadro faz parte da realidade brasileira quando observamos vacas leiteiras com baixa coDdi~ao corporal (magras) e produzindo 3 a 5litrosldia em pastagens rapadas com apenas 0,5 Unidade Animallha (UAIba). Segundo KLAPP (I 971), alguns fatores influenciam no tempo de pastejo. Existem diferen~as hereditarias para a eficiencia de pao:;tejo mesmo entre gemeos. Boos consumidores de pasto comem no mesmo espa~o de tempo maiores quantidades de forragem em reJaltao aos animais que possuem maxHar inferior muito curto ou com necessidade de ruminayao mais prolongada. Este dado pede sugeru ao teemeo e ao produtor que vacas de alta produ~ao selecionadas em sistemas de confinamento podem dar produ~Oes mediocres quando colocaclas a pasto. FatOles como chuvas e ventos fortes, o arra«;oamento e a alta disponibilidade de forragem, encurtam 0 tempo de pastejo. II Icmperatura cai. Estas informa90es sao importantes para 0 produtor e para " fccnico, que deverao momentar e ordenhar as vacas nos hormes que 11;10 coincidain com os horarios de pastejo. RODRIGUEZ (1996) observou que vacas mesti~as holandes-zebu I ',Istejaram principalmente entre as 6:30-10:30 da manha e das 15:30-20:00 " -,ue as atividades de rumin~io e descanso tiveram tempo significativamente '.lIllcriores durante a noire. Cerca de 60% do pastejo ocorre durante 0 dia pois, durante a none, as vacas se dedicam mais aruminac;ao e ao repouso. A Ilito set que a temperatura passe dos 26 graus durante 0 dis, quando enta~, 0 Icmpo de pastejo notureo aumenta. Durante 0 inverno, 0 pastejo diumo pode se estender por ate 10 boras (ASSIS, 1997). Estimativa. da disponibilidade de forragew Segundo EUCLIDES et at (1989), 0 grande inconveniente do uso da Ilressao de pastejo na pratiea, e que ela requer uma constante mensura'(ao da disponibilidade de forragem. Alero disso, emuito dificil de se conseguir lnanter uma pressao de pastejo constante durante todo 0 ano, pais ha grandes llutua90es na taxa de creseimento e no acumulo de material morto pelas tOrrageiras, bem como no crescimento dos animais. A manuteDfYllo da pressao de pastejo s6 seria passive! se uma parte da area. da propriedade fosse destinada a prod~o de forragem reservada para uso no periodo da seeR. Devido aestas dificuldades praticas, a taxa. de 10ta~lo, embora menos precisa, tem sido mais utilizada para ajustar 0 manejo <las pastagens. A taxa de lo~o e defmida como sendo 0 numero de animais. por unidade de area e e importante pois determina a taxa de rebrota, as composi9Oes botanica e fisica cia pastage:m, e consequentemente, a qualidade cia forragem disponivel. 74 75 PastsQem ptIf'8 Gsdo LslfWo "----~-.-------" Anais do 1° SImIeite Quando existe uma boa disponibilidade de forragem. a taxa de lota~o tem pouca efeito sobre a produ~io individual, uma vez que existe aHmento snficientepara cada animal (EUCLIDES et at, 1989). No Brasil naoex.iste a ~desememurar a disponibilidadede forragem para calc. a l~ como existe em paises como a Nova ZeJandia, onde os anhnais dependem da forragem produzida peJa pastagem 0 ana inteiro. Nesta con~o, 0 excesso de forragem produzido 110 periodo da primavera-verilo deve sec armazenado para 0 inverno, principalmente em sistemas de produc;ao de lette, onde 0 niimero de animals ao kmgo do ano nao soffe ta.nta varia~o como nos sistemas de engarda de bovinos. m maioria das fazendas da Nova Zeiandia, 0 proprio produtor ou teemeo avaliam a disponibilidade de forragem e. para faeilitar este trabalho, ja desenvolveram amostradores de forragem cah"brados para as es¢Cies forrageiras mais COffiWlS em seu pais. o produtor e 0 tlcnico brasiIeiro 000 acreditamnestetipodepnitica, acbam que e muito trabalhoso e, assim, contlnuamos a nao conhecer 0 potencial de produ~o das fu.zendas ao tango do ano e em difurentes condiVfjes edafoclimaticas edemanejo. A Iota¢o das pastagens continua a sec estimada de forma empirica e, po! isoo, na maioria das ve:.zes. iii mn excesso de animais para a quantidade de paste disponivel. Amedida que a taxa de l~ aumenta, a produ~ao por animal em. pais diminue a oportunidade de se~o de furragem!Dais nutritiva. SILVA e PEDREIRA (1996) sugeriram que 0 produtor e 0 teemeo devem fazer urn planejamento da aJimenta~ao do rebanho com base nos ba1an~s anual, mensal e diano entre 0 suprimemo e a demanda de forragem. o equilibrio entre 0 suprimento e a demanda de forragem eda~o pelo deficit ou peio exeesso de forragem. 0 excesso de forragem ep1'Oveniente de uma condi~ao na qUal a taxa de aCUmulo e maior que 0 consumo. Este aCUmulo sofre influencia de fatores edafocIimaticos e de manejo. Ja 0 deficit de forragem ocorre na condi91o em que 0 consumo e superior ao acfunulo e sofre a influencia de fatores, tam WIDO a taxa de lota~ao, 0 consumo de ° forragem pelo animal, 0 uso de suplementa~ao e conserv~ao de forragem. A nivel da propriedade rural, a disponibilidade de forragem e a estimaiva de consumo de forragem podem ser obtidas atraves do "metodo diferencial", que e mais facil de ser fetto a nivel de campo. Este metodo consiste em 78 tlcterminar 0 peso da forragem do piquete antes da entrada dos animais e dcpois medk 0 residuo p6s-pastejo. Na pnitica., este metodo fomeee valores nproximados para. 0 consumo quantitativo de forragem, Sem nada revelar a ,xrca da composi~i.o e aproveitamento da forragem. Vamos dar urn exemplo de como poderia ser calculado a dispooibilidade d" forragem para 0 ajuste da pressao de pastejo ao longo do ano em uma Glzenda de gado leiteiro. 10 exemplo; uma propriedade que so possui a pastagem como fonte de alimento como ecomum na Nova Zelandia. Area de pasto: 100 ha. Potencial de produ980 da pastagem: 20 t MSlbalano com 80% desta produ~io (16 t MSIba) sendo produzida de oumbro a marryo e 20% (4 t MSI no periodo de ami a setembro. Dividindo os 16.000 Kg de MSIha por 185 dias de perfodo chuvoso teremos 86 Kg de MSlhaldia, que silo suficientes para alimentar 4,8 UA/ha, con.,iderando 18 Kg de MSfUAldia (4% de pressao de pastejo). Dividindo os 4.000 Kg de .MS/ha par 180 dias de perfodo seeo teremos 22 Kg de MS/haldia, que silo suficientes para alimentar 1,23 VAIba (3,5 UAIha. a menos que no perfodo chuvoso. que deverao receber supiementa~ao no periodo da seca). Desta forma, 3,5 UAIha a mais no periodo da seca vezes 100 ha de area de pastagens data 0 numero de VA que iremos trabaJhar no periodo ChUV05O, ou seja 350 UA. 3S0 VA dividido por 4,8 UAiba no periodo chuvoso e igual a 74 ha que serio utilizados para pastejo enquanto 26 ha serao destinados ao corte e armazenamento sob as formas de silagem ou feno. 26 ba X 16.000 Kg de MSIba no periodo chuvoso eigual a 416 t de MS X 0,8 (20% de perdas desd.e 0 processo de colbeita ate 0 fornecimento) =333 tMS 333 t MS dividido por 180 Was de seea = 1.850 Kg! dia que dividido por 8 Kg de MSIUAJdia = 231 UA Tl Ana do 1° SImIeite P8Stagem para Gado LeitefiJ Ainda temos a pastagem com produc;io de 4,0 t MSIha no periodo seco X 100 ha = 400 t MS dividido por 180 dias = 2.220 t MS/dia divididos por 18 Kg de MSIUA/dia = mais 123 UA Assim, sena passive! alimentar as 350 UA durante 0 periodo da seea, com forragem de boa qualidade tanto do pasto, que DaO ficou envelheeido durante Ii primavera-vema, quanto da forragem, que foi cortada e armazenada no estagio correto. A area destinada ao corte na verdade e formada por alguns piquetes que devcrao sec alternados a cada ano para que ocorra a reeilagem de material organico para 0 solo. Os piquetes cortados na primavera-verao deverao ser utilizados a partir do inicio do outono para prolongar a estayao de pastejo e reduzir 0 tempo er.n que os animais deverao receber suplementac;ao no cacho. Embora esteja surgindo no Brasil algumas fazendas que estao utilizando este modelo de produ'1ao, que esta se tornando possivel devido ao aparecimento no mercado de maquinas apropriadas para a colheita de forrageiras, na grande maioria <las fazendas, 0 produtor e 0 teemeo ainda· preferem destinar uma area especifica para produzir alimento para 0 periodo seeo do ano, como sao as areas para produ~io de silagens e a cana. Vamos dar urn exemplo com este modelo. lrabalhada na pastagem durante 0 perfodo chuvoso (4,8 UAIba). Isto significa que com 33 % da area da propriedade (33 ha) em cana ou capineira, seria :-;uficiente para produzir alimento para 0 periodo da seea. Se consideramos que a pastagem ainda ira produzir 4,0 t MSIha durante i 80 mas de seca teremos = 22 Kg de MS/ha/dia suficienres para alimentarmais 1,2 UA/ha. Assim, a area de reserva pode ser reduzida para apenas 20 ha (20 % da area da fazenda). Entio temos 0 seguinte calculo: Periodo chuvoso: 80 ha X 4,8 UAIha = 384 UA Periodo seco = 1,2 UAlba a pasto X 80 ha == 96 UA. Faltam ainda 288 UA que deverao reeeber uma suplementaryao. Produrrao da area de reserva: 288 UA dividido por 14 UA/ha durante <Ie seea == 20 ha 2o exemplo: Area: 100 ha. Potencial de produc;ao da pastagem: 20 t MS/ha Potencial de prodm;ao da area de reserva : 25 t MS/ha (cana ou capineira de capiro elef"ll1te). 16.000 kg de MSlha na pastagem durante 0 periodo chuvoso de 185 mas = 86 Kg de MS/haJdia que sao suficientes para 4,8 UA/ha (seguindo 0 mesmo raciocinio anterior). Na area de reserva (I potencial de produc;ao de 25 t MSlha X 0,8 (80% de aproveitamento)::: 20 t MSIha dividido por 180 dias = 111 Kg de MSlhaldia que dividido por 8 Kg de MSIUNdia = 14 UA. 14 UA/ha e uma iotac;ao 3 vezes superior a lotac;ao possivel de sec 78 Na supiementa9io de vacas leiteiras a pasto atualmente, a supletnentaryao com concentrados e parte integrante da alimentac;ao de vacas leiteiras em pastagens tropicais. No norte da Australia, estima-se que, dos 40% de aumento da produtividade/ha ocorrido nos illtimos anos, metade foi decorrente da suplementa~o energetica e proteica. A energia e 0 nutriente mais limitante para a reproduryao, ganho de peso e produrya,o de leite em pastos tropicais, devido ao consumo insuficiente c do baixo valor de energia da maioria das forrageiras (NOLLER et aI., 19%); (REIS et aI., 1996); (ASSIS, 1997). Segundo CORSI (1993), em pastagens tropicais, a proteina e menos limitante que a energia. Se uma vaca lactante diminui sua produryao de leite, devido a falta de energia disponivel, e ela permaneee a urn baixo myel por cerca de urna semana, eimprovavel que ela volte ao myel original de produc;ao, quando 0 suprimento de energia for aumentado (NOLLER et aI., 1996). A vaca leiteira nRO apresenta respostas compensatorias como e comurn com 0 gado de corte. Assim, a proocupa9io com as deficiencias de nutrientes deve ser mai~r, principalmente no inicio da lactac;ao, quando a suplemen1avao energetica aumenta substancialmente a produc;ao de leite/vaca. Os concentrados tern as vantagens da maior eficiencia em razao do 79 Anais do 1° SImIeite baixo incremento cal6rico e de serem de faci! manuseio, transporte e armazemunento. Entretanto, a suplementalYao com concentrados a mvel de paste pode ser antieconomica e este faro emais evidente se a pastagem for de alta qualidade. Segundo RBIS et at (1996), em pastagens de alta qualidade, a suplementa~ao muitas vezes aumenta 0 desempenho animal, embora a maior ingestiio de grios em substitui~o afbrragem possa diminuir 0 retorno econonUco do investimento. Alent do menor retorno ecooomico, os problemas sanit8rios aumentam, enquanto a eficiencia reprodutiva piora, quando a participa~ao dos concentrados 8Uffienta na dieta de vacas leiteiras (MATOS, 1997). Segundo GOMIDE (1993). sob condiyio de pastejo, a vaca substitUi parte do consumo de MS de pasto pela MS de concentrado. Cowan et 1977, encontrou substitui9ao de 0,91 Kg de MS de pasta por cada Kg de concentrado fomecido. Vilela et ai, 1980, encontrou uma substituit;io de 1:1. Ja CORSI (1993), citou 0 fomecimento de 1 Kg de concentrado reduz 0 consumo de forragem em 0,454 a 1,0 Kg de MS. Desta forma, 0 efeito da suplementa~io na pastagem, na maioria das vezes nilo e aditivo, mas siro, substitutivo. 0 efeito e aditivo somente em pastagens de baw qualidade. De acordo com os trabaJ..tlOs revisados, a suplemental,llio com concentrados na epoca das chuvas so e viavel quando a disponibiIidade de forragem for limita:nte ou se a forragem for de baixa qualidade. Segundo GOMIDE (1993). a eficiencia da suplementa~o de pastagem emaior durante a seca, assim como sob alms pressOOs de pastejo, circunstancias em que e menor a sUbstituiyi'io do pasto pel.o concentrado. LAN~ANOVA (1991). explicou como ocorre os efeitos da suplementayao com concentrados a myel de pasto. 0 efeito aditivo ocorre quando a demanda de forragem e superior a oferta. Niveis crescentes de suplemento adicionam nutrientes adiets., elevando a proou9lio. Como a oferta pastagem emenor, a lota~o permanece constante. Neste caso, se espera respostas- aims ao suplemento. No efeito sUbstitutivo, a demanda de pasto e suprida peb orerta. 0 suplemento atua como substituto da pastagem. havendo urn excedente de torragem, que toma possive! uma maior lota~ao por area, pQst:ar;}tiIm pam Gad::ll...8itei'o com uma pequena resposta individual ao suplemento. 0 efeno aditivo substitutivo ocorre quando a demanda de pasto for superior a ofetta. Neste caso. niveis crescentes de suplernentoelevam a prod~io individual, reduzindo o consumo de pastagem. Com isso, ocorrem excedentes de pasto, que aumentam a capacidade de suporte da pastagem. Na pnitica, 0 mais comum e ocorrer este efeito intermediario, ou ~a. provoca diminuiyio no consumo de forragem, mas aumenta 0 consumo total de MS. Quando as pastagens sao boas, a suplementayio concentrada pode SeI' antieconOmica e isto parece 6bvio quando avaliamos a resposta emtermos de produ9io de leite por Kg de concentrado fornecido. A resposta 80 fomecimento de grios em pastagens de alta qualidade e cerCB de 1,0 Kg de leite para cada 1 Kg de concentrado fomecido acima do que esuprido pela forragem (NOLLER et aI., 1996). VILELA e ALVIM (1996), conseguiram auntental' 1,3 Kg de leite por quilo de concentrado fomecido a mais. Na maioria dos traballios revisados encontramos que 0 fomecimento 1,0 Kg de concentrado promove urn aWllento de apenas 0,2 a 0,5 Kg de leite. Muitos autares consideram que os ganhos extras, devido ao uso de suplementos, sio muito pequenos para justificar os custos adicionais. E este fd.to pode ser observado na tabela 20. Tabela 20 - Produr,;.lo media de !elm corrigido a 4% de gordura, taxa de Iota~o m6dia e peso vivo de vacas em pastagem de "ccast-cross' em razao do nivel de concentmdc. Concentrado 3Kg ProdU«;ilo"de leite (Kglvacaldia) ------~15~,1!f--- 6Kg 19,1 Taxa de I~ (llA/ha) "Ila seca -nasaguas 4,1 6,6 4,3 6,9 539 561 585 Peso VIVO (KgI Vaca) -Inidal -Rnal Fonte: Vi~ (1996). 5.fJ7 ao Ai 1_ .-----~- - - - - - - • = _.. - , ArI8ItI do 1° SImfeite Segtmdo GOMIDE (1993), em virtude da haw resposta produtiva da suplemantalifio do pasto, conclui-se que sua margem de lucro ocorre Ii partir vaiores da rela~o pr~o do leite/p~o do concentrado igual a 2 ou 3. Se considerarmos um sistema de prOOuyio de leite a pasto, cuja forragem fomece nutrientes para uma prodUyio de 10 Kg de leite/aia, e 80 tomecermos 1,0 Kg de concentrado para as vacas. a produyao aumentasse para 11 Kg (rela~o de 1:1). 0 pres:o do concentfado teria que ser bem abaixo do preyo page ao prooutor pelo litro de lette para que esta pr..itica: fosse viavel economicamente. 13 provavel que no ano de 1998, 0 preyo de lKg de concentrado comercial passe de US$ O.251Kg e, dests forma, 0 produtor teria que receber pelo litro de leite no mfnimo US$ 0,50, 0 que ePOllCO provtvel, haja vista que na maioria das bacias leiteiras do Brasil, 0 preyo pago pela litro de ieite Ilio Tat..1a 21 ~ DeHmpenho de '!taCae em PHtagem de "cont-cron I!dUbilda 8 K !rrigada, -Pll'Iagem Taxa de ~'1Tlgllda e 420 Kg de Produ.;.io de Illite lot~ UAlha pl'llaca p/ha -~or (l(gidil'i) Nlhalano Semsuplom~ ~en1a@ Fame: VILELA II 3.6 3,6 ~ AlVIM (1996), Adaptado, 13.1 13,8 43.8 44,9 Martillce\ai.(1980) Resultados semelhantes foram citados por 'MATOS e DEREZ (1996), conforme se observa na tabela abaixo. PBstagEJm fJBIlI Gada LeilBiro passa de USS 0,30. A outra forma de viabilizar a suplementayiW concentrada a prooU4;lo na propriedade de 1,0 Kg de concentrado abaixo de USS 0;15,0 que tambem parece pouco provavel quando se espera urn aumento crescente nos pm;os dos grilos nos mercados interne e externo. Apenas em pafses com excedentes na proou~o de graos. com baixo valor de mercado, e que parece ser viaveI aumental' a produl(io por vaca a partir da suplementa~o com concentrados. Na Australia., epossivel ao produtor de leite trocar 1 Kg de leite-cota por 2,8 a 4,2 Kg de concentrado ou 1 Kg de ieite-extra COUI. por 1,3 a 1,9 Kg de concentrado (MATOS. 1997). Mas~ segundo SIMAO NETO etaI. (19'-)3), nio se devedeixar deconsiderar que a suplementa~ pOOe infiuenciar mvoravehneote os indices de reprodu~ao e que~coosideraros ganhocoma pr~de leiteassnciados comas ganOOs em eficiencia reprodutiva. Em run trabalho de Stobbs e Thompson, 1975, foi observado que vacas no weo da Jactalfao apresentaram uma baixa propor¢1o de acidos de cadeia curta (C4 a C16) e elevada pt"Oporyio de icido oicico. Este fato reflete 0 baixo conteuda energetico da diets e mostra que as vacas obtiveram sua energia atraves do catabolismo de suas reservas corporaL., (LAN{:ANOVA,1991). o fbmecimento de supiementos energeticos parece ser interessante para vacas ate 60 Ii 90 dias p6&-parto, quee a fase de maier resposta ao fumecimentode ooncentrados, e 0 periodo no qual a vaca devera estabelecer uma nova g~o. Em sistema de pastejo, 0 fomecimento de concentrados deve ser de no maximo 2 Kg/dia (GOMIDE. 1993). Capacidade de sapone cia pastagem Tabala 22- Produ~o media de leite (Kg/vaea/dla) e por hec.re duran. 6 meses em pastagens de capiro elefante manejadas com periodos de descanso de 30. 37,5 ou 45 dias sam suplementat;i!o (SC) OU l'ElCebl!lndo 2 Kglvacaldia (eel. PRODUCAOoe lElTE Kg! vacal <fia Kgthaf180dia..c; Forde: MATOS e DEREZ (1996). ~NTOS .QQ a: 3QCC 3?,5CQ ~ 13.5 10.869 . 14,6 13.9 11:70011.149 . 13,4 10.678 A capacidade de suporte da pastagem depende do potencial de produ~ao da planta forrageira (BOIN. 1986). 13 cornum na Hteratura se encontrar compara~s do potencial de proom;ao de forrageiras ternperadas com forrageiras tropicais. A conclusio eque as iiltimas possuem urn potencial de produ~ao que pode chegar a ser 3,2 vezes maior em rela¢io as primeiras . Segundo MARASCHIN (1991), onrle os fat ores de crescimento das forrageiras estiverem em disponibilidade, a produtividade potencial das 82 83 Psstsgem para GaOO Leiteiro AnEis do 1° SImIeite pastagens tropicais chega a 80 t de MSlhalano contra no maximo 25 t de MSlhalano nas pastagens temperadas. Muitos trabalhos realizados em regiOes tropicais tern estabelecido potenciais de produ~~o para pastagens tropicai~. Tabela 23- Potencial maximo de produ4;lo de forragem em MS/haiano das principals Gspecles de plantas forrageiras tropicais uUllzadas em pastagen5 no Brasil. Espede Produ;ao de MS (V 00) Fonte PMnisetum pu!'pllreUm 80,0 SILVA; FARIA; CORSI (1995) Paniam maxinun 53,0 CORSI (1988); CORSI (1995); .lANK (1995) An:lropogon gayanus 50,0 HAAG e DECh'EN (1984) Bradlialia spp 32,0 ZIMMER; EUCUDES; MACEDO (1986); SILVA (1993) Cynodonspp Fonte: AGUIAR (1997). 31,0 SILVA (1993) Segundo SILVA et aL (1996), epossivel de ser alcam;ado produ~Oes de ate 60.444 Kg de leite/haJano trabalhando com vacas de produ~ao media de 20 Kg de leite/dia, com uma taxa de lota~ao media por ano de 15 UAIha e com 85% de vacas em lacta~ao. No Departamento de Zootecrua da ESALQ, Piracicaba, nos anos de 1994/95 a lotavao media/ano foi de 11,1 UA/halano, tendo alcam;:ado 21,8 UAIha em Janeiro de 1995. Na tabela 23 encontramos urn resumo de clados da capacidade de suporte de pastagens tropicais com uso de diferentes tecnologias de manejo da pastagem. 84 Yabela 24 - Resumo de dados nos trOplcos 50bre capacldade de carga e produlilo por hectare de vllrlas pastas S8m suplementa~lo. PastagGns lotaItAo Produr;:Ao de leile Gnmlneas sam adl.lbal;Ao 0,8 -1,5 (Kg! hal ano) 1.000 - 2.500 Misiuras de gramlnes e legtminosas 1,3 - 2.5 3.000 - 8.000 Gramlneas adubadas sam Iniga9kl 2,5-5,0 4.500 - 9.500 6,9- 9,9 15.000-22.000 (vacaslha) Gramlneas adubadas e lnigadas Fonte: ABRAH.AO (1991) Com os niveis de performance dos animais limitados pela qualidade da planta forrageira e outros fatores inerentes ao proprio animal, resta explorarmos 0 potencial de produ~ao da forrageira tropical como pararnetro para intensificar a explorar;ao animal nas pastagens (CORSI, 1994). A produ~ao anoal de forragem, a lotalfao animaJiha e a quantidade de alimento adquirida fora da propriedade, sao os insurnos responsaveis pela alterar;ao 110 nivel de produtividade de leite na propriedade. Quando avaliados isoladamente, 0 aumento na lotar;ao das pastagens e 0 que contribui mais dedsivamente para aumentar a produtividade de leite OR propriedade (CORSI, 1993). A produ~ao de leite com base no uso intensivo da pastagem, explorando o alto potencial de produc;ao das forrageiras tropicais, pode ser a altemativa mais vhivel, tendo capacidade de competir com qualquer outra atividade de llSO da terra. A myel de propriedade rural ja existem alguns produtores conseguindo prodw;:5es de 10.000 a 15.000 Kg de leitelha apenas durante 0 periodo das chuvas (oumbro a abril), considerando toda a prodm;io desta epoca dividida pelo numero de hectares total da propriedade, incluindo as areas ocupadas pelas novilhas de reposi~ao e pelas vacas secas. Se considerarmos urn preyo medio pago ao produtor em tome de US$ 0,2/litro de leite, teria-se uma receita bruta de US$ 2.000,00 a US$ 3.000,OOlha. Urn produtor de millio teria que produzir de 289 a 433 sacaslba para conseguir a mesma receita, se considerarmos urn prer;o medio hist6rico de US$ 6,921 saca ,e urn produtor de soja teria que produzir de 168 a 254 sacaslha, considerando urn pr~o medio hist6rico de US$ 11,86/saca (pr~os Agricolas, 85 AnIii8 do 1° ,SIn'IIeite Pastagem pare GaOO I.siI.ein:J nov. 1997). :E prov8.vel que nem mesmo a prodUl;ao de tres safras de millio e soja fossem capazes de alcan~ as produ~Oes necessarias para gerar a mesma receita bmta que 10.000 a 15.000 Kg de leitelba. gera. Sabendo que os centros de pesquisas brasileiros ja estabeleceram potenciais de prodm;io de 36.000 Kg (capim "coast-cross"" CNPGL) a 60.000 Kgfhalano (capim elefante, ESALQ). podemos observar que estes produtores poderao ainda aumentar a produ~ao de leitelba em 2 a 6 vezes. Entret:anto, ainda coovivemos com a realida.de de uma produ~o media de 300 Kg de leitelhalano (CORSI. 1986) a no mlbdmo 1.000 Kglbalano (MATOS, 1997). Desta forma, as prodUl;aes alcan~ por produtores rnais tecnifica.dos ede lOa 50 vezes maior, enquanto, os potenciais estabelecidos pelas nossasinstitui~ de pesquisa podem set' 120 a 200 vezes maiores que a media brasilerra. Por que ent!o a produ~!o media etao baixa diante 0 grande potencial que se tern para expiorar das pastagens tropicais ? As causas sao muitas e se faz necessario um8. interven~lo multidisciplinar das institui~()es de pesquisa, eosino e extenslio para tentar resolver 0 problema da baixa produtiviOOde animal no Brasil Mas abordando apenas 0 assunto "pastagens para hovinos de leite", vamos considerar apenas as causas da bain produtividade das pastagens brasileiras. Entre as viirias causas baixa produtividade das pastagens, as mais comentadas sao 0 manejo incorreto cia pastagem e 0 uso destas pastagens em solos de baixa fertilidade natural ou em solos ja esgatados, sem 0 usa de corretivos e fertilizantes. o manejo da pastagem Segundo EUCLIDES et a1. (1989) existem dois fatores aparentemente confiitantes no manejo cia pastagem: - a necessidade de se submeter a pastagem a presen~a dos animais que sobre estas exercem a desfofba, arranquio, pisoteio, defeca~ao, urinar;ao, COIIlp8C1a¢o do solo, transrerencia de nutrientes, para que delas se possa desfrutar economicamente; - necessidade de preservar a pastagem produtiva pelo maior espa~o de tempo possive!. ponto de equih'brio s6 pode ser couseguido atravis de urn mvel utiliza~110 que se baseie no conhecimento da fisiologia da pianta. forrageira. Efeitos da desfolha Segundo MARASCHIN (1996), a desfollia da planta forrageira. tern os seguintes efeitos: - redu~io instantanea n.a taxa de fotossintese, n.a ~ilo de carbono e na transloca'fio de carboidratos de reserva e aqueles do floema; - pa.raliza~o do alongamento das raizes dentro de 24 horas ap6s a ~ de 40 a 5001000 parte aerea des perfi1hos; - diminui~na~odas raf:zes, mas nwna taxa m.enorquea red~ no sen crescimento; - a absen;io de nutrientes tambent eafetada. Desfolhas frequentes e intensas ou realizadas em peliodos desfavoraveis para 0 crescimento <las plantas, em decorrencia cia falta de chuvas ou temperaturas baixas, resultam em redu~ao progressiva na produtividade da pasmgem e determinam, a curto prazo, a sua degradar;ao irreversivel (RODRIGUES e REIS, 1995). Segundo CORSI et at (1994), a degradar;ao de pastagens pode ser llIinimizada ou ate evitada e a produtividade animal aumentada :;ignificativamente se os sistemas depastejo possibilitarem rebrota.s vigorosas ap6s 0 uso <fa pastagem. Atraves da rebrota vigorosa pOs-pastttio, reduz...se a \'llOrtunidade de infesta~ao de plantas invasoras~ diminui-se a incidencia de \:rosOes, provoca-se meDor dependencia entre a rebrota e a reserva de .:arboidratos e po8ssibilita-se 0 use mais ftequente das pastagens. Para 0 mellior aproveitamento clas cara.cteristicas de crescimento das forrageiras, 0 manejo da pastagem deve ser orientado no sentido de se obter IIIl1a sene de rebrotas sucessivas. Neste sentido, e importantc considerar a I. equencia, aintmsidade e a epoca em que 0 pasUjo sera realizado (RODRIGUES , REIS, 1995). Desse modo, sistemas de pastejo procuraram definir 0 usc da. planta as ff1 '-'_.'-,,1. Pastagem pars Gada Leileiro Anais 00 1" forrageira II lim proporcionar condi~Oes para a rebrota vigorosa. Princlpios bRsieos pan 0 estabeIecimeoto do manejo cia pastagem Diversos trabalhos ressaltrun que 0 crescimento de plantas forrageiral:i apos 0 pode ser influenciado peJa concentra~lto de carboidratos olio estruturais armazenados nas raizes e bases do caule, pela area foliar rem.atlescente ap6s a desfoIha e pelo numero de meristemas apicais que escapam a desfolha (EUCLIDES et aI., 1989); (CORSI et aI, 1994); (RODRIGUES e RBIS, 1995). GO~1IDE (1997), ainda citou que a rehrota tambem ocorre a partir de gem3S basilares aptas a se desenvolverem por ocasiao da desfolha. Carboidratos n30 estruturais Os carboidratos nilo estruturais sao armazenados nas raizes, estol6es, rizemas e base das plantas quando a fotossintese emaior que a respiralYao. Historicamente as orienta\,=Oes sobre manejo de pastagens estavam apoiadas na orgamcas, principalmente carboidratos nao estrutu.rais, acumulados nas e bases do came das plantas. Segundo RODRIGUES e (1995), a observayao de que ocorre redu~ao nos toores de carboidratos reserva ap6s a desfoiha serviu defundamento para admitir-se que esses compostos poder:iam ser mobilizados para. atender ao novo crescimento. Ap6s a desfollia, metabolitos e/ou fotoassimilados paraprodu9io de novos perfillios, de folbas e de raizes provem da fotossintese ou de reservas acumuladas nas raizes e pontos de crescUnt."11to durante 0 intervalo entre pastt:io. Segundo MARASCIDN (1996) apos a desfolha, ocorre mobiliza9lIo e exportayao de carboidratos de reserva. com a propor~ao crescente de aloca'itao para os pontes de crescimento ativo, dentro de 24 horas. E durante os proximos sete dias, a propon;ao alocada as zonas de crescimento tomam-se maiores aproporjfiio alocada as raizes. Entretanto, as mvestiga~Oes com capins tropicais tern indicado que a produy3.o de MS da rebrota, avaliada 20 a 30 88 dias ap6s a desfo~ 080 dependeria do toor de carboidratos por ocasiD.o do pastejo, como ocarre com plantas de clima temperado (RODRIGUES e REIS, 1995); (EUCLIDES et ai., 1989). Por outro Iado, ebern aceito 0 fato de que a reduyao dos teores de carboidratos nos orgaos de reserva da planta esta associada com a manutenyiio da respir~ao e 0 crescimento do sistema radicular logo apOs a desfulha. A queda no mvel de carboidratos nos primeiros dias de rebrota esm mais relacionado com a participayao destes compostos na respirayao vegetal e devido a supressiio temporaria do processo assimilarorio (GOMIDE, 1997). Este autor cim que 0 toor de carboidratos s6 mosttou correla~ao com a rebrota ate 0 aparecimento da primeira folba, 0 que se deu por volta do sexto dia de rebrota. A partir 001, a fotossintese pas-sa a ser a principal fonte a garantir a rebrota da forrageira. Quando 3. pastagem eutilizada de fonna continua muitas plantas nao conseguem restabelecer urn mvel minimo de reservas e, debilitadas, acabam por desaparecer, cedendo Iugar as especies indesejaveis (RODRIGUES e RBIS, 1995). As reservas sao de grande importiincia quando a area foliar residual epequena, ou onde a area foliar residual tern eficiencia fotossintetica e em c.ondi~Oes de seea ou baixas tempen1turas pOl' periodos prolongados (CORSI et at, 1994). o tempo necessario para 0 restabelecimento destas reservas em forrageiras tropicais parece variar entre 21 a Estes dados sugerem que as plantas forrageiras necessitam de urn perfode de descanso para recomporsuas resavas org8nicas. Estes ptriodosde descanso podemser conseguidos maismciimmte quando se adota 0 pastejo rotacionado. Segundo CORSI et al. (1994). de\'ido dificuldades de se avaliar, a utilizayao de campo, os niveis de carboidratos de reserva, os pastagens passaram a ser definidos pelo indice pela velocidade de reposi~ao de folhas. Area fOliar remanescente Ii Trabalhos de Brougban, citados par CORSI et ai. (1994), detenninaram existencia da interrela.yiio entre indice de area foliar, intercep~ao de luz e 89 Anais do 1° SimIeite crescimento da pastagem. A partir 001, os sistemas de pastt'!io foram p1anejados com base ns. manuten9io de niveis de intercepc;ao de luz ao redor de 95 a 100%. Neste caso, as pastagens senam utilizadas quando a curva sigmoide de crescimento atingisse 0 ponto de inflexao entre 0 crescimento linear, que precede a fase de crescimento lento, e 0 de aciimulos decrescentes de produ9io da pianta. Desta torma. 0 uso da curva sigm6ide de crescimento fazia sentido para explicar a relac;ao entre niveis de carboidratos de reserva e vigor da rebrota. 0 myel de reservas sena mais elevado quando a planta atingisse acinnulos decrescentes de produ~ao. Estes trabalhos postuiaram que a recuperac;ao de plantas desfolhadas dependeria da area foliar remanescente apOs 0 pastejo. A rebrota da p1anta forrageira a partir de mn Indice de Area Foliar (JAF) zeroou proximo disso. ealtamente dependeme das reservas de carboidratos wo estruturais cpor isso elema. A partir da forma~o das primeiras fufhas, a pJanta passa a independer de suas reservas orgamcas e a crescer custas dos sens futoassimiIados queamneuiamamedidaque8lltllelJta 0 IAF. Nesta.fiIse, 0 acUmuIo se MS eacelerado ate 0 ponto emque. cerca de 95% da 1mincidentee interceptada. o crescitnem.n passa a ser coostantecom 0 aumentodo lAP posterionnente ocorre umadiminui~na produ~. Segundo EUCLIDES etal (1989), a ~oemdeveria sermam:::jadademodo que sempre houvesse urn remanescente de folhas para que 0 crescimento inicial nllo ~a.lento e iniciasse num p:mto em que 0 IAF cia pastagem pennitisse wna aiI:a taxa de mterctWio de luz. Outro fato importante que refOrlj:8 0 conceito da area foliar remanescente e que as reservas mais importantes de nitrogemo que sao usadas apas 0 pasrejo, ate que se restabe1~a a absofyilo pelas raiz.es, eencontrado na poryao remanescente dos perfilhos (MARASCHIN. 1996). Este autor ainda comenta que quando os perfilhes secundarios sao desfolhados, ha uma importa98.0 dos assimilados dos perlilhos-mae D8.0 desfolhados, na ordem de 36 a 85% dentro de 30 minutos apos a desfolha~a.o dos pedilhos secundarios. Esta iruportayio aumenta ou se mantem ate 3 a 4 ruas e depois diminui com 0 restabelecimento <las condi~Oes fisiolOgicas da forrageira. Por isso, a desfulba~llo excessiva deve ser evitada principalmente em pastagens 00 ..._ _ _ _ ,_------pastage-~pem Gada LsitsirO de gramfoeas tropicais com Mbito de crescimento cespitoso para a manutenyao I, de rebrotas adequadas. o crescimento de plantas forrageiras pode ser reduzido tanto com a rnanut~o de urn lAP baixo, d.evi1o ainadequada interc~o de 102, quanto com a manutenc;ao de valores elevades de IAF ern decorrencia do aumento na atividade respirat6ria e acelerada senescencia de folhasc Assim, para que a pasta gem seja corretamcnte manejada; torna-se necessario que p~iodicamente, a maior parte das folhas sejam consumidas a tim de melhorar a penetralj:ao de luz que ira oripnar. atraves da brota~o das gemas, 0 aparecimento de novos perfilhos e produyao de folhas (RODRIGUES e RBIS, 1995). Sobrerivencla de memtemas apicais apOs a desfolba o meristema apical ea parte do perfilho que possibilita 0 seu ct'eScimento ° e forma9i o de novas folhas. Se CJrtado, crescimento da planta ficara na dependencia da forma~o de novO£ perfi1hos peto desenvolvimento das gemas a..xilares ou basiLares, antes latentes. 0 nu.mero destas gemas epequeno nas primeiras semanas de reb rota, rnm aumenta a medida. que a forrageira refaz sua area foliar. Entretanto, este de$envolvimento requer dispendio de energia na forma de carboidratos de resefVa e, portanto, e lento, devendo-se evitar remo,"do durante a desfollia (EUCLIDES et w.o que meristema apical 1989). No inicio do desenvolvimenlO de uma graminea forrageira. 0 meristema apical do perfiJho se· situa ao ni\el do solo, estando protegido do pastejo. Com alongamento do caule. est~ se eleva, tornando-se mais vulneravel ao c<orte ou pastejo. A posic;ao dos neristemas apicais por ocasmo do pastejo e urn importante fator morfologico t determinar a susceptibilidade das plantas diferooyas na posiyao dos meristemas apicais forrageiras a desfollia. determinam a necessidade de matejos diferenciades. Segundo GOMIDE (197;) gramineas como os capins jaragua, andropogon e colomao. cujo ruonglmento do perfilho eretardado, a desfolha a niveis mais baixos, provoca potea ou nenhuma eliminac;ao de meristetnaS ° ° 91 i ', !~il ~ III' 11I1 Amlis do 'fO SImIaite apicais. Desta forma, as plantas retem elevado potencial produylo de novas folhas, com brota4;5es fapidas e vigorosas. Especies como capim gordura, setaria, elefante e buffe~ que apresentam urn alongamento precoce do caule dos perfillios, tem seus pontos de crecimento facilmente eliminados pelo pastejo, 0 que compromete suas rebrotas. Ji!. as furrageiras como as braquiarias, as digitarias. 0 "coost--cross'\ que tern Mbitos de crescimento estolonifero ou rizomatoso, que Ihes permitem manter os sellS meristemas apicais proximos ao nivel do solo, t&n a alta tolerancia ao pasrejo continuo e intense. Segundo CORSI et at (1994), os sistemas de utilizac;ao de plantas sob pastejo no Brasil sao, atualmente, baseados no conceito de que a rebrota vigorosa pode ser obtida peIa preservalYio do meristema apical associada ao indice de area foliar remanescente. Este fato explicaria 0 grande numero de trabalhos relaciooando frequencia e altura de corte para definiltlo da utilizaltao de plantas forrageiras. Mas este autor chama a atenyao para 0 fato que 0 que interessa no manejo das pastagens ea asSOCiay80 entre a rebrota vigorasa, a produ~ao e a utiliza-;ao <fa materia seca. Resultados de ex.perimemos mostram que cortes nao frequentes e cortes :frequentes e aitos promovem proow;Oes mais elevadas de MS do haixos. Esses resultados tern. contudo, raramente sido traduzidos em aumento de proouyao animal quando em pastejo. fato pode ser consequencia de fatores ou assucia~Oes tais como: perda de valor nutritivo com a maturidade, mudam;a na reial,;ao folba:caule e altera<;Oes na composiCao botanica da pastagem. Regimes de desfoHa-;6es mais frequentes e intensas geralmente reduzem 0 crescimento da pastagem mas oem sempre roow..em a quantidade de forragem colhida. Entretanto, a manejo da pastagem com desfoIhas mais intensas e frequentes, coleca a planta em condi~Oes de elevada exigencia de fertiHdade de solo. No sistema de pastejo baseado no fndice de area foliar remanescente e preserva~ao do meristema apical, normalmente a altura de pasrejo e mais elevada e, consequentemente, os niveis de perdas sao altos. Segundo CORSI et a1. (1994), 0 manejador de pastagens deve utilizar 0 conceito atual que procw'a a maxima coIheita de material verde e 0 minima de perdas por senescencia. Esteponto de colheita eobtido pela determina~aa Psstlil(Jem {ltIY'l!l Gada Laiteko longevidade das folhas. quando a planta ecolhida no ponto de equilibrio entre a taxa de aparecimento e morte de folhas. 11;1 Como evitsr a senteSCincia de folbas e as perdas de fOl'TSgem o aCUmulo de material mOOo tem reflexos negativos sobre 0 valor IIl1tritivo da forragem disponivel e a eficiencia com que 0 ruminante colhe a forragem (GOMIDE, (997). A senescencia em plantas abrange todos os processos de deteriora~o que acompanham 0 envelhecimento e que conduzem a morte de urn orgao 011 da plana toda (RODRIGUES e 1995). Segundo estes autores, 0 primeiro sinal visivel da senescencia e0 amarelecimento das folbas devido a dcgrada~ao da clorofila, 0 que evidencia outros pigmentos foliares, particulamente as xantofilas e caroten6ides. A taxa de senescoocia pede ser regulada por fatores extemos Ii pJanta tais como a seca, a nutri~o mineral, a ocorrencia doem;as, 0 ataque de I'ragas~ a intensidade luminosa e 0 comprimento do dia. A taxa de senescencia de fullias e acelerada pdo sombreamento e fato que folhas velhas de perfllhos bem desenvolvidos e folhas de jlcquenos perfillios, sombreadas, aumenrnm sua taxa fotossintetica quando expostas a1m e passaro a serem uteis para 0 crescimemo da pastagem. Segundo RODRlGt.JES e RBIS (1995) em muitos capins cada folha lI'm samente urn tempo limitado de vida, de tal fonna que, na medida em o perffiha continua a. crescer em altura, as falItas basais mais velhas h!ndem a seneseer e morrer progressivamente. Segundo CORSI (1993), a importancia da longevidade das foJbas nao reside somente na manuten'rao da qualidade da MS. mas desempenha papel fundamental no sentido de determin.ar 0 intervalo entre pastqos ou periodo de descanso da pastagem. Segundo GOMIDE tern sido proposta a defini~o do periodo de descanso em funlj(8.o do intervalo tempo de aparecimento de duas folbas stlcessivas, 0 filocrono. Alguns trabalhos sobre a taxa de senescencia de follias determinalj:ao do intervruo entre pastejos foram realizados por pesquisadores brasileiros com forrageiras que sao utilizadas em nossas 93 92 - l.~ .l:. Anaia do 1° SImIeitrJ Psstagem pam GaOO Leileiro pastagens. RODRIGUES (1984), em urn trabalho com capim elefunte anao, obteve cerca de 7 folbas pOl perfilho e uma taxa media de aparecimento de folhas de 7 dias/fulha, 0 que proporcionaria a reciclagem completa da parte aerea deste capim a carla 49 elias. CORSI et at (1994), em urn estudo com as braqui8rias decumbens, bri7..anta e humidicoia, encontrou uma taxa media de aparecimento de folhas de cerea de 6,5 dias durante periodo de outubro-dezembro para estas forrageiras, e de aproximadamente 5,4 dias para 0 braquiarao e braquiaria decumbens e de 4 dias para a humidicola, no periodo de janeiro a mar90. 0 nfunero med.io de folhas por perfi1ho DO ponto de equih'brio entre aparecimento e senescencia foi de 5 a 7 folbas nas tres especies estudadas. Esse nu.mefo, multipHcado pels taxa de aparecimento de fothas, define 0 tempo necessario para que a planta recupere 0 tlfunero memo de fothas, ou seja, indica 0 periodo de descanso ou frequencia entre pastejos. No caso das braquiiirias, esses valores. no perfodo de outubro a mar«o, esteve entre 30 e 35 ruas. GOMIDE (1997) apresemou urn resumo de trabalhos realizados so bre a taxa de aparecimento de folhas e Dumero de folbas verdes por perfiIho. ° TabaJa 26- Tuas e Intervalos de aparecimento de folhas de gramlnaas troplcais. "~es Taxa de apamdmento -------------folhU.cf' . per1ilho _.. 0,19- 0,15 B. bri.mntha 0,18· 0,15 B. declJl1tJens 0,25- 0,16 B. humidiccla 0,12 S. decutrbsrls 0,19 P.maximum Vem:eGb" 0,12 P. maximtm Momb8r;a 0,23 P. mmdmimum Guine 0,42 SelBrie anceps 0,11 LalJum p!!If'fIf1f16 0,07 LoIium peretlf/9 0,6- 0,3 P.~Roxo Intervalo elias. 'folh8s' _ _ ..... ::t" 5,3 -6,7_ 5,5.-6,8~ 4,0 -§.2 8,3 5,3 4,3 ~~ 14' AlIter Corsi at aI., 1994 Corsi at aI., 1994 Corsi at aI., 1994 Ganideet aI., 1997 Ganida, 1997 Gomide,1997 Pinto. 1993 Pinto, 1993 Parsons at a!., 1988 Parsons at at, 1988 Carvalho a Damascano, 1006 Bctix;atu " primavera. - vertic, - outono. Fonte:GOMIDE (1991). Tabala 25 • Taxa de 810nga;io, tempo de elonga~ao, taxa da apar&cimento, area e numam media de folhas e &longa.;lo per perfilhos, am dois periodos, em Brachiaria spp. Tabela 21 Taxa de eIongat,;ao Especiesl Tempo de elorga'VOO cmldias dias Taxa de apar. diaslfolha Area2 an N"de defolhas em song. periodo 2 1,238 1,19a 2 14,948 13,13a 1 1 1 2 2 2 6,7Oa 5,27a 36,13a 32,01a 1,79 1,73 B. decumbens D,83\) D,91b 15,848 11,91a 6,853 5,51a 17,548 14,73b 1,78 1,64 8.brlZJmthe 1 var. marandu B. humidicoJa D,38c O,51c_ 11,09b Fonte: CORSI at aI. (1994). 94 ~O,67b 6,25a 3,97b 4,OOc 5,08c 1,50 1,76 Numero de folhas verdes par parfllho de diferentes aspecies de gramlnaas. !as,*!e LDlium pemnne Dadyfs gfomerata B. brizantha, c.fecuIr'b3ns, humidicola &adliaria decumbens P. maximllfl Tanzania. Mcrnbalja, Cenlenario Vencedor Gune Arldropogon gayanus Setaria anceps Uruchloa mosanbicensis ~ GOMIDE (1997). Fo!hasl pgrfllho 3 7 5a7 4 Autor Robson, 1973 CaMera e DIJru, 1995 Corsi et aI., 1994 Pesquisa em andamento 5 5 7 Gornide,1997 Gomide, 1997 Pinto. 1993 Pinto, 1993 Pinto, 1993 4a6 Mcivor, 1984 4 I) 95 Mais do 11.1> SimfeiIe E evidente que 0 perfodo de descanso· deve variar com 0 local. ana e epoca do ano, e depender dos componentes de crescimento que sofrem a intera~ao de fatares edafoclimAicos (lw:. temperatura e umidade no solo). Segundo CORSI et a1. (1994). 0 conceao de utiliza~o intensiva de forragem nao eantagomco au concorrente com aquele haseado na velocidade de reposiyao de folbas (reserva de carboidratos. indice de area foliar remanescente e preservayao do meristema apical) e sim compJementar. Uma vez oonhecendo os principios basicos para 0 manejo da pastagem resta-nos saber qual deve sec 0 sistema de pastejo adotado para respeitar as exigencias das plantas forrageiras para 0 crescimento, rebrotas vigorosas e manutenyilo de sua perenidade. Sistemas de pastejo Segundo RODRIGUES e REIS (1997), urn sistema de pastejo ideal e aquele que permite·max:imizar a prodw;ao animal sem afetar a persistencia das plantas forrngeiras. A escolha de urn sistema de pastejo e bem mais complexa do que simplesmente se adotar algumas tecnicas de manejo, haja vista que envohre uma serle de vaflaveis interagentes, mis como a planta forrageira, 0 animal, () dima e {) solo. Qualquer sistema de pastejo pedeni resultar em 6timo desempenho animal, pois 0 mais irnportante e{) consumo de energia., 0 qual esti relaciomdo com a disponibilidade de forragem, prOpOf\!aO de folhas nn pastagem., digestibilidade e consumo de forragem (RODRIGUES, 1988). Em urn trabalho de Bryant et al (1961), citado por MARASCHIN, (1991), foi demosntrado que a prOdUI}:30 de Leite por vaea., sob pastejo continuo ou rotacionado. nao ediferente, urna vez que a produyoo por vac:a esta associada a quantidade de MS digestivel que a vacs consome. No entanto, a carga animal foi muito maior no rotacionado em rela9ao ao continuo, devido a maior proouc;:ao de forragem do rotacionado. E isto, natura.hnente conduziu a .uma. maior proouyao par area. Entao resta-nos saber qual e 0 me.lhor SlSlreI111a de pastf1jo para atender as exigencias da pJanta forrageira para rebrotar vigorosamente, produzir altas quantidades de forragem e se manter perene. Pastagem para GBdo L.eiteiro Segundo EUCLIDES et al. (1989) quaJquer sistema de pastejo engloba dois fatores: a fequencia de pastejo. que edeterminada pelos dias de pastejo e dias de descanso, e a intensidade de pastejo, determinada pela pressiio de pastejo. A manipulayao destas variaveis determina 0 sistema de pastejo. Os sistemas de pastejo sio agrupados em. sistemas de pastejo continuos; diferidos; com descanso; rotaciooados e sistemas combinados de pastejo. A manipula.;:ao das tries principais vwveis do pastejo, nfunero de animais • tempo de pastejo. intervalo de pastejos. determinam os seguintes metooos de pastejo: continuo com carga fixa; com caega vrivet; rotacionado com carga fuca; rotacionado com carga varilivel; pastejo em faixa; pastejo diferido ou proteiado e "creep grazing" (VIEIRA, 1997). A grande maioria dos trabalhos sobre sistemas de pastejo procuraram cornparar 0 continuo com 0 rotacionado. No pastejo continuo, a pastagem e utilizada sem descanso durante todo 0 ano, podendo ser com carga. fixa ({) niunero de animais e fixo ) ou com carg,a variivel (0 ROmero de animais varia ao longo do ano, de acordo com a disponibilidade de forragem~ No pastejo rotacionado, a pastagem e subdividida em urn nfunero variavel de piquetes, que sao utilizados urn ap6s o outro, podendo tambem ser com carga fua ou variavel. Segundo MARASCHIN (1986), 0 pastejo rotacionado deve ser adotado para as plantas que necessitam de urn periodo de descanso para acumular e recuperar as reservas organicas; para permitir a regenera'irao da pasta gem sem a interferencia do animal e prevenir a elimina~ao das especies mais aceitas pelos animais. A pastagem seodo utilizada de forma continua, sem haver tempo para 0 res:tabelecimento de urn Divel minimo de reservas atraves da fotossintese, as plantas Vac sendo desfolhadas sucessivamente ate ficarem debilitadas e acabar desaparecendo e cedendo lugar as especies indesejaveis (RODRIGUES e RODRIGUES, 1987). STEPHENS (1996) citou que a rebrota da planta forrageira e mais rapid a em sistema de pastejo rotacionado devido ao menor tempo de permanencia dos animais em cads pasto ou piquete. Este menor tempo de perma.nmcia tambem diminui as perdas de forragem atravCs do super-pastejo e da dep05il)!&o de fuzes, que aumentam amedida que os animais ficam mais 97 96 ~& ~I Ansia do 1'" SImIeite tempo no pasto. 0 pastejo rotacionado permite que carla pasto ou piquete permaneya quase 90% do tempo em descanso e que isto traz vantagens, como aumento da prod~1o do. sistema radicular e na taxa de fotossintese. McCAUGHEY (1994) comparou a eficiencia no uso de igua do solo pelo sistema radicular de plantas forrageiras explomdas em sistemas de pastejo continuo e rotacionado e obteve raizes mais saudAveis e mais desenvolvidas com 0 segundo sistema. As raizes foram mais eficientes na absor~o de agua e a produ~io de forragem fui 10% maior que no continuo, 0 que resultou em maior produ~io/ha. Este dado e mnito importaDte principalmente para os tecnicos que trabalham em regi5es semi-aridas ou sujeitas a veramcos frequentes e de looga du~ilo. Em muitostrabalhos reaHzados nos Estados Unidos chegou-se a concluslo de que a ado;io de pastejo rotacionado diminuiu consideravelrnente os problemas de erosao, devido ao aumento na cobertura vegetal da pastagem que passa a conferir maior prot~ao ao solo. Com base nestes principios epossivel se evitar alguns problemas que ocorrem com 0 pastejo continuo. BARRETO (1976) citou que os maiores problemas do pastejo continuo estio relacionados COOl a seletividade de especies forrageiras e de areas da pastagem; com a distribui~o irregular de exerementos e do aumento de invasoras quando praticado com muita intensidade. provocando a degrada~ao da pastagem. A espkie forrageira e a taxa de lota'j:ao animal sao os fatores que mais influenciam I) uso de sistemas de past~o. Sobre a especie forrageira, nos varios trabalhos revisados (CORSI, 1980); (CORSI, 1986); (MARASCHIN, 1986), (SIMAO NETO et aI., 1993); (BARRETO, 1976), parece que os antores estao de acordo que plantas eretas, de porte alto e com ritmo de crescimento acelerado, como as forrageiras das especies Panicum maximum (celomio, tobiata tanzania, momba~a), Pennisetum purpureum (capim elefimte),Andropogon gayanus (capim andropogon), Hyparrhe:nia rufo (capiro jaragua) e Setaria spp, sao mais adaptadas ao sistema de pastejo rotadooado, enqwmto' as forrageiras de porte baixo, estolonfferas ou semi-prostradas (braquiarias, gramas estrela, "coast-cross", tifton), se prestam roais ao sistema de pastejo continuo. 98 Pastagem psrs Ge<b L.eiteiro Segundo MARASCHlN (1986), no caso de plantas eretas, melhores rebrotas silo posstveis de ocorrer quando os periedos de pastejo sao de curta dura~ao (3 a 8 <lias), pois permitem melhor controle da condm;ao de residuo para valores desejaveis de IAF e de gIicidios de reserva. A produ~ao potencial de MS e animal emaior no sistema de pastejo rotacionado do que no continuo para plantas attas e eretas (Blaser, 1980, citado por SIMAo NETO et aI., 1993). Em pastagens fomladas pOI' fun-ageiras de alto potencial de produ~ao e manejadas empastejo continuo, com baixa lota~o, ocorre como consequencia 0 pastejo desunifonne. Segundo CORSI (1986), a uniformidade de~io de pastagen.s de alta produ~io euma necessidade para evitar a sua degradaftao. sugere que 0 pastejo rotacionado pode se constituir no sistema adequado para alc~ar a uniformidade de pastejo desejada e proporcionar aumentos significativos de produtividade animal. Pastejo desuniforme ainda provoca sobras de forragem que aumentam com 0 aumento na sua disponibilidade, em pastas muito grandes, quando a forragem envelhece. reduzindo a sua digestibilidade e quando a altura do pasto aumenta. A ad~o de pastejo rotacionado nipido. com alta lotalYio e, em area menores, contribui para a uniformizafYio do pastejo e ganllOS em prooutividade. Em~ataxadelota¢loanima~MARASCHIN(1986);CORSl(l980), SIMAO NErO et aI. (1993), concluiram que 0 sistema depastejo rotacionado sO ten1 vantagens sabre 0 continuo se hoover aumento na taxa de low;ao animal na area, ref1etindo maiorprodu~ode furragem. Quando a taxa de Iota~ao e baixa ou moderada, 0 pastejo continuo tern sido similar ou meIher que 0 rotacionado; mas quando a taxa de 1013'(3.0 ealta, 0 rotacionado tern sido superior. Ap6s a avalia~io destes dados parece. ficar evidente que 0 sistema rotacionado deve ser adotado em condi~5es de explora~ao intensiva da pastagem,. como e 0 caso do usc intensivo de pastagens para a prodUl;1io de leite, a partir de altas prodll~oes de forragem obtidas em areas recem implantadas ou adubadas intensivamente. Ai6m de todas estas considerac;OOs e importante ievannos em conta a informa~lio passada por HOLMES (1996) de que nos sistemas intensivos de 99 Am.lis do 1° SImfeiI.e Psslagem para Gada LeIteiro explorac;ao de pastagens da Nova ZeIandia, onde as vacas utilizam os pastos o ano todo, efrequentemente necesscrio limitar a ingestlo maria de forragem atraves do dimensionamento da area de pasto utilizada a carla dia . Isto pode ser feito com maior facilidade atraves do sistema de pastejo rotaciona<io, 0 qual eutilizado na maioria das :fuzendas produtoras com 0 objetivo de permitir o manejo racioml do pastejo. Segundo SILVA e PEDREIRA (1996), a produ~ao de forragem nao pode Set medida em sistemas de pastejo continuo como 0 "acUmulo liquido de forragem", que e0 metodo convencional usado em estudos agronomicos. porque parte do crescimento da forragem e continuamente removida pelos ammais em pastejo, Se a taxa bruta de produ~ao de forragem for igual a soma da rem~o pelo pastejo e das perdas de tecidos por senescencia e morte, 000 serao observadas mudanyas liquidas no estoque de forragem no pasto. Dado ao maior grau de gerenciamento mspensado, e mais facil fazer bem feito quando se usa 0 pastejo rotacionado pais qualquer erro cometido pede ser corrigido tao logo seja percebido (VIEIRA, 1997). ocupa~llo, 0 que comprometeria a sua recupera~ao por esgotar as reservas orglinicas. o perlodo de pennanencia influencia 0 desempenho apjrnal pois quanta mais curto melbor sera 0 desempenho pois evita-se assim uma maior flutua~ao no valor nutritivo da forragem entre 0 inIcio e 0 final do pastejo. MATOS e DEREZ (t 995) citaram que em um traballlO de C6ser, foram observadas flutwu;6es nas produlfiJes diarias de leite, que aumentavam com o periodo de permanencia dos piquetes. A menor flutua~ao ocorreu com perlodo de pem1anmcia de apenas 11m dia. o valor nutritivo da forragem consumida emaior no primeiro dia de permanencia quando comparados com os dias seguintes e este fato esta associado com a maior disponibilidade de forragem e maior seletividade de folbas com alta concentra(j11o de nutrientes. Quando 0 periodo de permanencia por piquete e de tres &as, a prooUf'riio de leite aumenta do primeiro para 0 segundo dia e cai no terceiro ma. Com urn periodo de permanencia de cinco dias, a produ~ilo aumenta do primeiro para 0 terceiro dia e abaixa no quinto dia de pastejo. Na tabela abaixo observa·se que a medida que 0 pericKlo de permanencia aumenta, 0 animal passa a collier menores quantidades de forragem. o mooejo do pastejo rotacionado Apas a ocuoarrio de cada piquete, par urn perfodo de tempo variavel de alguns mas, quando sua vegetayao edesfolhada total ou parcialmente, 0 piquete pennanece em descanso, sem a presen~ dos animais, para a recuperay30 de sua folhagem, completando 0 ciclo de pastejo. Periodo de ocu~ e periodo de pel'lJUmCocla Segundo GOMIDE (1997), 0 periodo de ocupa~3o do piquete corresponde ao periodo de permanencia dos animais no piquete, quando 0 pastejo epraticado por um 56 gropo de animais. Quando eocupado par dois gropos de animais, 0 perlodo de ocupayao corresponde Ii soma dos periodos de permanencia de cada gropo. Este autor sugere que 0 periodo de ocupa~ao deve ser 0 mais curto possivel para aumentar a eficiencia de uso da forragem e para prevenir uma segunda desfollia do perfillio durante 0 perlodo de 100 Tabela 2!l-lnftuOncla do perrodo de pennan....ela sobfe 0 consumo de masea veme e de IIIIS de pasfD. No 1" dis de pastejo 68,0 21,4 14,5 Alguns dias mas 1arde 54,5 22,0 12,0 35,5 24,0 8,5 15,0 28.0 4,0 Ap6s consumo de 5O%da Fooagem Ap6s wnsl.llTlO de 75".4 da Forragem Fonte: KLAPP (1971). 101 Anais do 1" SIrnItJI. RODRIGUEZ (1996) quantificou a varia~ao na produ~ao de leite de acordo com 0 periodo de petT.na.n&cia pot piquete. Este autor eita urn trabaJho oude no tratamento com urn dis de permanencia a produ.;ao de leite foi 8 e 7% maiores, no periodo chuvoso e seeo, respectivamente, Comparado com dois mas de permanencia. o manejo da fertilidade do solo sob pastagens - Calagem e adu~ Os solos brasileiros, como os solos dos cerrados, onde atuaJmente se encontra quase a metade do rebanho bovino brasileiro, sao caracterizados pela sua baixa fertilidade natural, apresenfando..se com baixos niveis de materia orglinica (MO), de fOsforo (P), de satura~ao par bases, de Capacidade de Troca de Cations (CTC). de zinco (Zn) e boro (B), e pelos altos niveis de aluminio (AI), de manganes (Mn) e ferro (Fe). LOPES (1984) encontrou para os principais componentes dos solos sob cen-ados os segWntes niveis medios: pH em agua igual a 5,0, calcio trocavel 0,25 meqllOO cc (2,5 mmol c/dm3), magnesio trocavel 0,09 meql 100 c~ (0,9 mmo) cldm3). potassio trocavel 0,08 meq/IOO cc (0,8 romol cI dmJ), f6sfuro tocavel 0,4 ppm, MO 2,2% (22 glKg) e eTe de 1,1 meqllOO cc (H mmol c/dm3). AGUIAR (1997), ntiHzando mooelos matematicos, estimou que com estes niveis de minerais trocaveis nie sena possivel de se trabalhar com 10tayOes acima de 0,48 UAlhalano, considerando uma pressao de pastejo de 4 % (IS Kg de MSIUAldia). Este dado esUi mnito proximo da informa~o dada par CORSI (1986) de que a taxa de 10ta~0 media das pastagens brasileiras esUi por volta de 0,5 UAIha. Mesmo em solos sob roam, explorados a muitos anos, 0 potencial de produyao e muito baixo, pois. segundo CORSI (1994), as exigencias nutricionais da planta forrageira so sio atendidas durante 0 curto periodo de tempo em que as cinzas das queimadas ou decomposi~ao da MO, fomecida pelo preparo recente do solo, colocam em disponibilidade alguns nutrientes. A baixa furtilidade destes solos erefletida nos baixos indices zootecmcos obtidos em nossas pastagens, tais como 0,5 UAJba; 300 Kg de leitelhaJano; Pastsgem para Gada I..eitei«J de natalidade (CORSI~ 1986), e caracteriza urn desperdfcio de recursos tilo favoraveis como clima, solos de relevo plano a levemente ondulado e 0 potencial de produ~o das forrageiras tropicais. Segundo CORSI e l'ruSSIO (1993) aceit.a-se com naturalidade, desde a forma!y!o universitaria, emescolas de agronomia, a ideia de que solos com restri~6es severas a agricultura, pot baw fertilidade, sao indicados para pastagens e que esse comportamento demonstra 0 desconheeimento das exigencias nutricionais tanto de plantas forrageiras como de animais em pasteJo. Pesquisadores e tecnicos acreditam que a aduba~o de pastagens seja wna pratica anti-econ6nUca e que existent forrageiras adaptadas a solos de baixa fertilidade porque sao de baixa exigencia nutricional. Estes conceitos levam pecuaristas e tecnicos a .alimentarem expectativas de obten9i10 de resultados satisfat6rios, rapidos e sem custos, a partir de pastagens implantadas em solos de baixa fe:rtilidade DaturaI ou ja esgotados. Este conceito nao considera urn fator fundamental na determinwrao da persistenc~ longevidade e produ~aQ £las plantas forrageiras que e0 efeito do arumal sobre 0 pasto, 0 qual exerce uma a9ilo direta sobre a planta, mediante a desfolha, e uma illdireta atraves de extrat;lo de nutrientes cia area, fixa<rao em seus tecidos corporais, prodUl;:io e 0 retorno destes ao solo (SILVA, 1995). E.xigencias nutricionais de plantas rorrageiras As exigencias nutricionais das plantas sio as quantidades de macronutrientes e de micronutrientes que uma cultura retira do solo, do at' e dos adubos, para atender as :mas necessidades, crescer e produzir adequada.mente (FAQUIN, 1994), SILVA (1995); SILVA etal. (1996). sugeriramque pastos manejados para prodm;6es elevadas de forragem precisam ser encarados como culturas tio ou mais exigentes que quaiquer outra, As plantas forrageiras tern uma capacidade de produzir a 10,0 vezes mais MS por area do que outras culturas. As especies forrageiras extraem em algumas condi~Oes ate 2.500 KgfbaJano de nutrientes minerais, conforme se observa na tabela que segue, 102 103 Pastageln pari! Gada Leiteiro Anais do 1" SImIeite Tabelll 29 - Potencial de ~ de n~ doa ados de ~da materia eeca 10 20 N p K 150 15 200 300 30 450 40 600 750 50 Fonte: SILVA at ai. (1996). 30 45 60 «Xl 75 eoo BOO 1000 Extrat;ao (Kg{ ha) Ca ~ paaa de apfm • ..,.•• manejadas intensivamente S OJ Zn 0.23 24 21 79 48 72 96 120 42 158 0.48 0,08 0.16 63 237 316 395 0,89 1),24 84 105 0.92 0,33 1,15__ ~41 considerarmos uma cultura de milbo explorada para uma produ~ao de 18.000 KgIha (300 sacas de 60 KgIba), como se consegue em algumas regiees dos Estados. Unidos. e que 50% da. MS da planta seja composta pelos grios, chegamos a urn nUmero de 32 t MS/ba., incluindo a MS de folhas e colmos. Esta produ~ao esta mutto proxima do potencial de produ~o das forrageiras dos generos Brachiaria e Cynodon, sendo que produ~Oes superiores, cia ordem de 53 a 80 t de MSIha pldem ser alcanyadas explorando o potencial de produ~ao das especies Pennisetum purpureum e Panicum maximum (AGUIAR, 1997). Mas se 08 solos sob pastagens sio pobres em nutrientes minerais, de onde a planta forrageira ira extrair estes nutrientes ? A DUtri.;:OO da planta forrageira pode SeE baseada na equa9io a seguir: Nutri980 <fa plarrta forrageira == exigencias nutricionais para urn determioado myel de produ~io - a concentra~o de nutrientes no solo == deficit ou exces.so X F. No caso de deficit utiliza-se a aduba~io para fomecer os nutrientes exigidos. A letra F representa 0 tator de ajuste para as perdas de nutrientes dog adubos por lixi~o, volatiliza~ao, ~o, entre outras funnas de perdas. A aduba~ao edefinida como sendo a adi~ao de nutrientes ao solo para atender as necessidades nutricionais da planta. Esta aduba~o deve estar baseada na aruilise de solo e nos valores normais da composi~o da planta forrageira e das exigencias dos animais e no mvel de produ~o desejada ou ecnomicamente vUlvcl. 104 o manejo da fertilldade do 8010 em. pastagens Quando 0 conceito de manejo intensivo da pastagem e adotado procura-se elevar as n{vew de nutrientes minerais do solo e 0 seu equilibria para potencializar as aduba~Oes. As caracteristicas que se procura em urn solo sob pastagem intensiva sao as seguintes: saturat;ao por bases entre e 80%, pH em agua em tomo de 6,2 a 6,5, eTe acima de 10 meqllOO cc (1 romol c/dm3), 30 a 40 ppm de f6sfuro, 4 a 5% de potassio na eTC do solo e altos niveis de MO e micronutrientes e aduba~Oes nitrogenadas em mveis de 200 a 300 Kg/haJano (CORSI, 1975); (CORSI, 1989); (CORSI e NUSSIO, 1993); (AGUIAR, 1996). A viabitidade eoooonUc!a cia 9du~ de pastagens para produ",ao de leite Muitos produtores e tecnicos ja estao convencidos da necessidade urgente de se fazer aduba~o de pastagens para evitar a sua degradayoo e para explorar alto desempenbo animal e altaprodutividade por area. No entanto, existe muna descren~a da viabilidade ecanomica da adubac;ao de pastagens. Alguns <lados Ievantados nesta revisao bibliografica demonstram a viabilidade economica da adubayao de pastagens para a produ~ao de leite. A maioria dos dados fazem referenda aresposta da eficiencia em Kg de ieitel Kg deN. CORSI (1993) citou que a eficiencia media adubalj:ao nitrogenada para aprodu~ao de leite e da ordem de 5 Kg de leiteJKg de N aplicado na Inglaterra e de 15 Kg de leite /Kg de N em pastagens tropicais, devido a maior eficiencia de utilizayao deste nutriente pelas forrageiras tropicais. GOMIDE (1993) citou uma resposta de 8,6 a 19,6 Kg de leiteIKg de N aplicado, sendo que esta varia«;3,o depende da produ'Iao maria por vaea, do sistema de pastqo e da pressao de pastejo. 105 Anais do 1° SImIeil9 Tabela 30 - Nlvels de !'88posta ao nltrog6nlo (Kg da IeIteIKg de fII) apllcado na pastagem, em fun;lo de efldlncla de utRlzac;lo do pasto 0 do hlvel de produc;lo de vaca. %utili~odo pasm N[vel de p!'OduQ!o dEi-iBite (~acaldi8! 8 10 12 Kg leiteIKg N 50 70 8,6 12,1 _ _......::9.::;,0_ 15,5 Fonte: Soin, 1986, dtadO pc;rGOMiDc (1993). 9,8 13,8 10,9 17,1 19,6 15,2 Segundo MATOS e DEREZ (1996), para cada US$l ,00 investido em aduba~ao aUIDenta a produyao ern 12 litros de leite, que a urn pr~o de mercado de USS 0,20Ilitro. darla U8$ 2,40 e uma margem de US$ 1,40. SILVA et at (1996), reportaram que 0 custo do adubo aplicado nos pastos anualmente tern representado, n.as fazendas que adotam 0 sistema a varios anos e utilizam doses mais elevadas de fertilizantes. urn custo que ser pago com a venda de 0,5 a 1,5 Kg de ieitelvacaldia. SILVA (1995) demonstrou milito bem a melhoria na eficiencia aduba<;io da pastagem com 0 passar dos anos e atribui este fato a maior disponibilidade e mellior equilibrio de nutrientes no solo e de uma maior quanti dade de MO. Na tabela 30 estio os clados de duas fazendas que utiliwn a adub~ao para uma mesma taxa de 10ta~o mas que obtem resultados diferentes devido a diferen~a de anos que vern realiz.ando a aplica~ao de corretivos e fertilizantes. A fazenda A aduba a 3 anos com 1.500 Kglha/ano com 20-05-20 e esta conseguindo uma Jotayao de 7 UAlha. A fazenda B esta adubando a 18 anos com a mesma quantidade e trabalba com 11 UAlha, conseguindo 4 UAJha a mais que a. fazenda A 100 Pastagem para Gacb LsiIsiro Tabala31· Vakne ..... d& ~ d& ~ em l!II'nI:'.I8tIas da f8na de 4/asfil:ml1daB de poc:!u;Io anmat (C3I!IO real). FamrxIIlI P-IeS Me pH meql100an"----v (Aim) (%) (~ t( Ca +2 Mg +2 11 + 1>13 CTC (%) A 14.0 B 56,0 FonIe: SILVA (1995). 2, 1 3,9 5,3 5,4 0,00 0,85 2,0 6,3 1,0 2,5 2,5 3,~. 5,6 12,9 55 73 Estes numeros tern sido confirmados a nivel de campo nos Estados da Bahia, Minas e Goms. A produ.,:ao de 10 a 12 titros de leitelvacaldia sao suficientes para pagar os custos deproduyao de 15 litros de leitelvacaldia em sistemas de pastagens adubadas, dando urn retorno economico da ordem de 20 a 34% ao ano (SILVA et ai., 1996). Segundo RESENDE (1994) projetos em pastagens de capim elefante adubadas para taxas de lota.,:ao de 6 a 7 UAIba com vacas em iactayao recuperam 0 capital investido entre 8 e 12 meses. A eficiencia maxima da produyao de leite a pasto !is atingida quando 85% das vacas do rebanho estao em lacta~ao, correspondendo a. 65% das unidades animal do rebanha de temeas. A forragem prodnzida em pastagens adubadas e0 alimento volumoso mais barata que pode ser ofertado para vacas leiteiras. No Departamento de Zootccwa da ESALQ, Piracicaba, 0 custo da tonelada de MS da forragem de capiro elefante submetida a pastejo tern sido de 08$16,4, incluindo a correlYao do Bolot cercas, aquisi~ao de mudas, preparo do solo, pJantio, manuten'r30 e 45% de perdas no pastejo, contra USS 35.001 t de MS de cana e US$ 74,001 t de MS de silagem. de milbo. Estes custos estao muito proximos daqueIes que temos levantado nas propriedades, que sao da ordem de US$ 16,00 a US$ 18,001 t de MS de pastagens adubadas para 7 UA/ha, de US$ 38,00 a US$ 44,001 t de MS de cana ja corrigida com urela (100 t de canalhalano de materia original); de US$ 45,001 t de MS da silagem de capim elefante (120 t/haIano de materia. original); US$ 63,00 a US$ 71,001 t de MS/haiano da silagem de sorgo (dois cortes e 60 t'halano de matena original); US$ 70,00 a USS 75,OO/tdeMS da silagemdemilho (45 t/baIano 1(Jl AoaiI!I do 1" SIrtrJeitIit de materia original) e de USS 82,00 a US$ 90,00/ t de MS de fenos de gramineas (20 tlhaJano de feno). Quando 0 objetivo passa a ser Ii produ~ao de leite ern pastagens manejadas intensivamente, 0 produtor e 0 teemco devem passar a valorizar a aduba~o e encarii-Ia como 0 recurso mais eficiente para se alcanyar altas produtividades. Segundo HOLMES (1996), a pastagem e a cultura mais valiosa para 0 fuzendeiro produtor de leite da Nova Zelandia e os fertilizantes correspondem ao principal investimento e gasto realizado. Este sistema tern possibiltado a produyilo de leite a um custo de US$ 0, llllitro, 0 que permite ao produtor noozelandes ter uma margem de lucro de 27% mesmo recebendo um pr~o de US$ O,141litro de leite. o produtor de leite do Brasil tern conditr6es de produzir leite a baixo custo a partir de pastagens adubadas e e possivel concorrer com 0 produtor neozelandes pois ambos nao recebem subsidios para esta atividade e, 0 pret;:o dos fetilizantes tambem sio iguais. Na Nova ZeUindia, 0 preyo da toneJada do superfosfato simples e de US$ 130,00 e 0 da ureia e de US$ 330,00. 0 produtor noozelandes ainda leva uma desvantagem em rela.,ao ao produtor braileiro, que e0 maior valor de suas terms (US$ 6.500,00 a US$ 13.000,00/ ba). Nesta condilJ:ao, 0 pradutor neozelandes tern que ser muito eficiente para remunerar todo 0 capital que tern imobilizado. Considera~ finais - as pastagens tropicais podem ser a fonte de alimento de menor custa para 0 gado leiteiro pois e possive! se produzir 1 t MS per US$ 16,00 em sistemas de pastejo intensivo. 0 fomecimento de 12 Kg de MS/vacaidia custaria apenas US$ 0, 19/dia, ou seja, um valor abaixo do pr~o de 1 litro de leite; - as pastagens tropicais manejadas intensivamente tern urn potencial de fornecimento de nutrientes para prodn~Oes de ate 12 Kg de leitelvacaldia sem o uso de concentrados, 0 que resulta em urn baixo cnsto de produyao. Considerando que 0 potencial medio das pastagens tropicais seja de apenas 8 Kg de leite/dia, observa-se que 0 manejo intensivo da pastagem pede aumentar ------------- Pastagem para Gada Leiteiro ------- ern 50% a produyao de leiteivaca (8 Kg para 12 Kg de leite/vaca/dia); _ 0 aumento da prodm;ao de leite/vaca pode ser aical1¥ado em pastagens de grarnineas manejadas com trequencia e pressao de pastejo adequadas, adubadas, ou em sistemas que utili711,ID leguminosas. Estas pniticas de mane:jo podem melhorar a quaUdade da forragem, 0 que resulta em urn maior consumo de nutrientes e maior produ~ao; _a suplernenta9ao com alimentos concentrados para vacas pastejando pastagens de alta qualidade pode ser anti-econornico pois a resposta em produl(ao e baixa. A resposta tern sido em tome de 1 Kg de concentrado de leite. Nestas condic;oes, a suplementa¥ao pode ser para produzir 1 viiive1 apenas para vacas nos primeiros 60 a 90 dias pos-parto, quando pode contribuir para melhorar 0 desempenbo reprodutivo do rcbanho; _ 0 maior impacto sobre a produtividade de urn sistema de produ¥ao de Jeite a pasto ealcruwado quando epossivel explorar 0 potencial de produ¥8.o das forrageiras, usando altas tax-as de lota¥ao/ha e prodm;ao de leitelha. ]a, ~~xistem produtores alcanyando produyOes 10.000 a 15.000 Kg de leitel ha/ano; _ 0 potencial de produ¥8.o leite/ha e ainda maior pois em alguns centros de pesquisa brasileiros ja foram estabelecidos potenciais de produyao acima de 36.000 Kg de leite/ha/ano; _mais uma vez, e 0 manejo correto da pastagem que possibilitani 0 alcance destes potenciais de prodw;ao, tornando a produ¥8.o de leite a pasto uma das atividades mais competitivas sobre 0 usc da terra. Bibliografia ABRAHAO, J. J. S. Produyao de leite a pasto. In: CURSO DE ATUALlZA<;Ji.O EM PASTAGEM. 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