DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA `PONKAN` SOBRE O
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DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA `PONKAN` SOBRE O
FISIOLOGIA DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’ SOBRE O NÍVEL DE CARBOIDRATOS E A COMPOSIÇÃO MINERAL DAS FOLHAS (1) ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS (2) e PAULO ROBERTO DE CAMARGO E CASTRO (3) RESUMO Mediante o desbaste de frutos, determinou-se a influência do fruto sobre os teores de carboidratos e de nutrientes minerais nas folhas da tangerineira ‘Ponkan’ (Citrus reticulata Blanco). As aplicações, realizadas após a queda fisiológica dos frutos, constaram de: controle (pulverização com água), raleio manual, ácido naftalenacético (NAA), ethephon, Figaron e carbaril (Sevin). A diminuição no número de frutos foi obtida com ethephon (150, 200 e 250 mg L-1) e Figaron 25 mg L -1, aos 140 dias após a aplicação (DAA). Houve aumento no teor foliar de N (ethephon 150, Figaron 100 e NAA 100 mg L-1), K (ethephon 200 mg L-1) e Cu (carbaril 500, 1.000 e 2.000 mg L-1). Por outro lado, houve diminuição no teor foliar de Ca (carbaril 2.000 mg L-1), Mg (NAA 200, ethephon 150 e 200, Figaron 25 e 100 e (1) Parte da Dissertação de Mestrado da autora em Fisiologia e Bioquímica de Plantas do Departamento de Ciências Biológicas da ESALQ-USP, Piracicaba (SP). Com auxílio financeiro da Capes. (2) Faculdade de Ciências Agrárias – UNOESTE, Presidente Prudente (SP). Rodovia Raposo Tavares, km 572, Limoeiro. (3) Departamento de Ciências Biológicas, ESALQ-USP, Piracicaba (SP). ARTIGO CIENTÍFICO 94 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO carbaril 2.000 mg L-1), Fe (NAA 100, Figaron 25 e 100 mg L-1 e carbaril 500 mg L-1) e Mn (NAA 50 mg L-1, ethephon 200 mg L-1, Figaron 25 e 100 mg L-1 e carbaril 500 e 2.000 mg L-1), aos 211 DAA. O raleio de frutos, por meio da aplicação de reguladores vegetais, não se traduziu em aumento nos teores de açúcar nas folhas da inflorescência, sugerindo que o excesso de carboidratos seja, provavelmente, alocado para outros drenos da planta. Termos de indexação: Citrus reticulata Blanco, desbaste, reguladores vegetais, carboidratos, nutrientes. SUMMARY EFFECT OF CHEMICAL THINNING ON LEAF CARBOHYDRATE LEVEL AND MINERAL ELEMENT CONCENTRATIONS OF ‘PONKAN’ MANDARIN The influence of fruit, a major sink of assimilates, on carbohydrate levels and nutrient concentration of ‘Ponkan’ mandarin leaves (Citrus reticulata Blanco) cv. Ponkan was evaluated in fruit thinning experiments. Treatments tested after the “June drop” were: control (water spraying), manual thinning, NAA, ethephon, Figaron, and carbaryl (Sevin). Ethephon (150, 200, and 250 mg L-1) and Figaron (25 mg L-1) caused a decrease in fruit number per tree 140 days after the application (DAA). Leaf nitrogen concentration was greater with the use of ethephon 150, Figaron 100, and NAA 100 mg L-1. Similarly, leaf concentration of K and Cu was greater with the use of ethephon 200 mg L-1 and carbaryl 500, 1,000, and 2,000 mg L-1. Lower levels of other leaf nutrients were observed associated to thinning treatments as follow: Ca (carbaryl 2,000 mg L-1), Mg (NAA 200; ethephon 150, and 200; Figaron 25, and 100; and carbaryl 2,000 mg L-1), Fe (NAA 100; Figaron 25, and 100; and carbaryl 500 mg L-1), and Mn (NAA 50; ethephon 200; Figaron 25, and 100; and carbaryl 500, and 2,000 mg L-1). Sugar levels in the leaves LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 95 did not increase following fruit removal with the use of growth regulators what suggests that excess photosynthates are probably allocated to other sinks. Index terms: Citrus reticulata Blanco, fruit thinning, plant regulators, carbohydrates, mineral nutrients. 1. INTRODUÇÃO Estudos sobre a fisiologia das relações fonte-dreno em Citrus são conduzidos com o objetivo de aumentar o conhecimento dos fatores que interferem na produtividade. Amido e carboidratos solúveis constituem reservas que podem ser utilizadas para o crescimento vegetativo e reprodutivo. A presença de carboidratos em folhas, ramos, caule e raízes de árvores de Citrus e sua correlação com o florescimento, pegamento dos frutos e alternância de produções tem sido documentada na literatura (GOLDSCHMIDT e GOLOMB, 1982). A hipótese de que a demanda por fotossintatos controla a taxa fotossintética tem sido estudada há bastante tempo (GOLDSCHMIDT e KOCH, 1996). A inibição da fotossíntese devida ao acúmulo de produtos fotossintéticos pode ser demonstrada com a anelagem de ramos. Tal inibição nem sempre é aparente após a eliminação de drenos (frutos), em vista da presença de drenos alternativos que recebem os fotossintatos das folhas, entre eles o sistema radicular, que aparece como o mais eficiente. Por outro lado, as taxas fotossintéticas foram consideravelmente reduzidas após a remoção dos frutos em ramos de pomelo que receberam anelagem. Um aumento na fotossíntese resultante de maior demanda durante o começo do desenvolvimento dos frutos tem sido demonstrado em experimentos de enriquecimento com CO 2 (DOWNTON et al., 1987). Não é bem claro em qual extensão a demanda dos drenos controla as taxas fotossintéticas em citros, sob condições de produção regular (GOLDSCHMIDT e KOCH, 1996). LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 96 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO Embora muitas práticas culturais influenciem a economia de carboidratos na árvore, a anelagem e o desbaste de frutos atingem esse objetivo por meio de uma alteração na relação fonte-dreno. No tocante ao desbaste, a remoção total ou parcial dos frutos resulta no aumento da relação número de folhas por fruto, elevando a disponibilidade de fotossintatos para cada fruto, o que pode resultar no aumento de seu tamanho. A correlação negativa entre número de frutos e tamanho do fruto é evidente, mas essa relação não é linear: um aumento significativo no tamanho somente é obtido após uma redução drástica do número de frutos. Mesmo sendo economicamente viável, por aumentar o tamanho do fruto, o desbaste sempre envolve uma redução na produção total. Do ponto de vista da relação fonte-dreno, deve-se enfatizar que a quantidade total de matéria seca direcionada para os frutos é altamente dependente do seu número (GUARDIOLA, 1988). RUÍZ e GUARDIOLA (1993) estudaram os níveis de carboidratos e a composição mineral de frutos em desenvolvimento de laranja, relacionando-os com o crescimento e a abscisão. Os frutos persistentes são os drenos mais fortes de carboidratos e elementos minerais quando comparados com os que caem, mas isso não resulta num aumento da competição com os órgãos vegetativos (folhas + ramos) da inflorescência. O maior acúmulo de metabólitos nos frutos persistentes é suportado pela maior disponibilidade de carboidratos e elementos minerais em suas inflorescências. MEHOUACHI et al. (1995), avaliando o efeito da desfolhação sobre a abscisão de frutos e os níveis de carboidratos em frutos e tecidos caulinares de tangerineiras ‘Clauselina’ e ‘Okitsu’, concluíram que os frutinhos em desenvolvimento são drenos de utilização durante o período de divisão celular e agem como drenos de armazenamento durante o estádio de alargamento celular. Nessa transição crítica, os níveis de sacarose se correlacionam positivamente com o crescimento do fruto e, negativamente, com sua abscisão durante a queda fisiológica. Desde que as folhas novas não exportam fotossintatos até que seu desenvolvimento LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 97 esteja completo, ocorre uma competição de drenos entre elas e os frutos em desenvolvimento. HAMMOND et al. (1984), trabalhando com folhas de tomateiro, verificaram o efeito da manipulação das relações fonte-dreno sobre a partição de carbono e o metabolismo de carboidratos, desde que a remoção de um dreno preferencial (o fruto) altera o padrão de partição dos assimilados. Nas análises de carboidratos totais, não se notaram evidências de um aumento de sacarose nas folhas após a remoção do dreno. Portanto, quando o fruto foi removido e a produção de assimilados pela folha esteve maior do que a demanda, ocorreu a translocação de carboidratos para o ramo, e estes permaneceram na forma de sacarose ou foram convertidos em amido. Reguladores vegetais e nutrientes inorgânicos compartilham funções fisiológicas semelhantes, uma vez que ambos influenciam o metabolismo e o desenvolvimento das plantas. Entre os fatores endógenos que colaboram para a ocorrência de alternância de colheitas estão o esgotamento de carboidratos e reservas minerais na planta durante os anos de alta produção, assim como mudanças no balanço hormonal. Todavia, a função exata desses níveis de reserva na planta ainda não está bem definida (WHEATON, 1986). Apesar da ampla existência de publicações sobre as interações entre reguladores vegetais e nutrição mineral em diferentes culturas, com relação a citros ainda existe pouca informação sobre o tema. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do desbaste com a utilização de reguladores vegetais sobre os teores de carboidratos e de nutrientes minerais nas folhas da tangerineira ‘Ponkan’. 2. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em condições de campo, em Mogi Mirim (SP), em um pomar comercial de tangerineiras ‘Ponkan’ (Citrus LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 98 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO reticulata Blanco) enxertadas em Poncirus trifoliata. O pomar contava com dez anos de idade e a adubação foi realizada em outubro, segundo recomendação técnica do Grupo Paulista de Adubação e Calagem de Citros (RAIJ et al., 1997). Constou de adubação com N:P:K (150 kg N: 50 kg P: 90 kg K) e 2 kg de B/ha aplicados a lanço na projeção da copa. Efetuou-se a aplicação em novembro (25/11/97), após a queda fisiológica dos frutos (que apresentavam, em média, 15 mm de diâmetro), mediante pulverizações foliares sobre toda a árvore no volume de 10 L/ planta. Selecionaram-se 140 árvores, estabelecendo-se um delineamento inteiramente casualizado, constituindo 14 tratamentos e 10 repetições. Os tratamentos empregados foram: (1) Controle (pulverização com água e Extravon 0,1%); (2) Raleio manual ; (3) Ácido naftalenacético 50 mg L-1; (4) Ácido naftalenacético 100 mg L-1 ; (5) Ácido naftalenacético 200 mg L-1; (6) Ethephon 150 mg L -1 ; (7) Ethephon 200 mg L -1; (8) Ethephon 250 mg L -1; (9) Figaron 25 mg L-1; (10) Figaron 50 mg L-1; (11) Figaron 100 mg L-1; (12) Carbaril 500 mg L-1; (13) Carbaril 1.000 mg L -1; (14) Carbaril 2.000 mg L -1 . Adicionou-se, aos tratamentos, Extravon 0,1% como espalhante adesivo. O raleio manual foi realizado de forma convencional, com retirada dos frutos menores e objetivando que os frutos viessem a se desenvolver guardando uma distância superior a 20 cm entre si. As determinações do número médio de frutos foram realizadas em 25/11/97 (na data de aplicação) e 14/4/98 (140 dias após a aplicação – DAA), efetuando-se, portanto, duas avaliações em quatro ramos frutíferos marcados por árvore, em posições na diagonal. A partir desses valores, determinou-se a percentagem de frutos remanescentes com relação às árvores-controle (T1), estimando-se o efeito dos tratamentos sobre o desbaste de frutos. Os dados referentes ao número médio de frutos foram transformados em raiz quadrada de x + 0,5, com a finalidade de normalizálos para a análise estatística adotada. Determinaram-se os teores de macro e de micronutrientes em amostras foliares tomadas em fevereiro (69 DAA) e junho (211 DAA). Coleta- LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 99 ram-se 60 folhas adultas do ano/planta de ramos frutíferos, segundo adaptação ao método de CHAPMAN e PRATT (1973). Em fevereiro, os frutos encontravam-se com 4 cm de diâmetro e, em junho, com 7 cm. As folhas, no laboratório, foram lavadas e secas em estufa a 65oC, sendo trituradas em moinho e acondicionadas em sacos plásticos. A obtenção dos extratos para a análise foliar seguiu o método descrito por SARRUGE e HAAG (1974), sendo os resultados expressos em g kg-1 (macronutrientes) e mg kg-1 (micronutrientes). Para a determinação de carboidratos, coletaram-se amostras foliares (aproveitando-se as duas ou três folhas mais próximas do fruto) somente dos ramos marcados, em 24/6/98. As folhas, no laboratório, foram lavadas e secas em estufa a 65 oC antes de se realizar a moagem. Os açúcares não estruturais totais foram determinados pela extração em etanol 80% a partir de amostras de 10 g de pó seco, pelo método do reagente fenol-ácido sulfúrico, segundo o método de DUBOIS et al. (1956), sendo os resultados expressos em mg g -1 de massa seca. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância e, as médias, comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO a) Número de frutos Não se verificaram diferenças no número de frutos na data de aplicação dos reguladores vegetais (Tabela 1). A diminuição no número de frutos na avaliação seguinte à pulverização foi obtida com ethephon (em todas as concentrações utilizadas) e Figaron (25 mg L-1), aos 140 DAA. O ethephon foi o produto que apresentou maior eficiência de desbaste (Figura 1), com redução média no número de frutos de 63,27% aos 140 DAA, diferindo ainda do raleio manual. A aplicação de Figaron 25 mg L-1 diferiu apenas do controle. LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 100 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO Tabela 1. Efeito da aplicação foliar de reguladores vegetais no número de frutos de tangerineira ‘Ponkan’, determinado a 0 e a 140 dias após a aplicação (DDA). Dados transformados em Vx + 0,5 DAA Tratamentos 0,0 -1 mg L Controle ................. 2,14 a Raleio manual ........ 2,05 a NAA 50 .................. 2,18 a NAA 100 ................ 2,02 a NAA 200 ................ 2,04 a Ethephon 150 ......... 2,12 a Ethephon 200 ......... 1,94 a Ethephon 250 ......... 2,03 a Figaron 25 .............. 2,07 a Figaron 50 .............. 1,88 a Figaron 100 ............ 1,86 a Carbaril 500 ........... 2,02 a Carbaril 1000 ......... 1,86 a Carbaril 2000 ......... 1,96 a F (trat.) ............... 2,86 ns C.V. (%) .............. 9,30 ns : Não significativo **: Significativo ao nível de 1% pelo teste de Tukey (5%). 0,140 1,51 1,38 1,50 1,51 1,40 0,73 0,77 0,73 1,16 1,46 1,38 1,30 1,26 1,22 29,35 13,48 a ab a a ab c c c b a ab ab ab ab ** Convém destacar que a massa foliar dos ramos não foi determinada, nem ocorreu desfolha em nenhum dos tratamentos utilizados, indicando que as concentrações foram adequadas. Entre os reguladores vegetais, o ethephon foi o produto que provocou maior redução no número de frutos, seguido pelo Figaron 25 mg L-1. Já o NAA e o carbaril se mostraram menos eficientes em termos de desbaste, com reduções médias de 30% e 35% respectivamente, aos 140 DAA (não diferindo do controle). Não houve correlação entre porcentagem de desbaste e aumento da concentração aplicada. LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 101 70 70 60 60 50 50 40 40 30 30 20 20 10 10 00 T1 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T8 T9 T 10 T 11 T 12 T 13 T9 T10 T11 T12 T13 T 14 T14 T 1 = C o ntrole ; T 2 = R a le i o m a n u a l ; T3= N A A 50 ; T 4= N A A 100 ; T 5= N AA 200 ; T 6 = E th ep h o n 1 5 0 ; T 7 = E thep h o n 2 0 0 ; T 8 = E th ep h o n 2 5 0 ; T 9 = F ig a r o n 2 5 ; T 1 0 = F ig a r o n 5 0 T 1 1 = F ig a r o n 1 0 0 ; T 1 2 = C a rb a r il 5 0 0 ; T 1 3 = C a r b a r il 1 0 0 0 ; T 1 4 = C a r b a r il 2 0 0 0 T1 = Controle; T2 = Raleio manual; T3 = NAA 50; T4 = NAA 100; T5 = NAA 200; T6 = Ethephon 150; T7 = Ethephon 200; T8 = Ethephon 250; T9 = Figaron 25; T10 = Figaron 50; T11 = Figaron 100; T12 = Carbaril 500; T13 = Carbaril 1000; T14 = Carbaril 2000. Figura 1. Porcentagem de abscisão de frutos promovida pela aplicação de reguladores vegetais em tangerineira ‘Ponkan’ aos 140 dias após a aplicação b) Composição mineral Na análise foliar de macronutrientes não se encontraram diferenças estatísticas entre os tratamentos e o controle, aos 69 DAA (Tabela 2). Na análise foliar de micronutrientes (Tabela 3), observa-se que, para B, Fe e Zn, não houve diferença entre os tratamentos e as testemunhas (controle e raleio manual). Já com relação ao Cu, o tratamento carbaril (500 e 1.000 mg L-1 ) diferiu do controle e do raleio manual, apresentando maiores teores de cobre, e os tratamentos carbaril, Figaron, ethephon (200 e 250 mg L-1) e NAA 200 mg L-1 apresentaram menores teores de manganês do que o controle, aos 69 DAA (Tabela 3). LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 Controle ........... Raleio manual ... NAA 50 ........... NAA 100 ......... NAA 200 ......... Ethephon 150 ... Ethephon 200 ... Ethephon 250 ... Figaron 25 ....... Figaron 50 ....... Figaron 100 ..... Carbaril 500 ..... Carbaril 1.000 ... Carbaril 2.000 ... F (trat.) .......... C.V. (%) ....... mg L -1 Tratamentos 24,43 a 25,90 a 24,29 a 24,01 a 25,20 a 23,87 a 23,45 a 24,57 a 24,71 a 26,74 a 25,27 a 24,64 a 25,62 a 25,20 a 1,40 ns 4,21 69 N 25,00 abc 24,22 c 26,11 abc 27,37 ab 26,11 abc 27,80 a 26,00 abc 25,62 abc 25,76 abc 27,02 abc 27,51 ab 26,25 abc 24,85 bc 24,85 bc 4,60 ** 2,77 211 g kg 1,43 abcd 1,43 abcd 1,30 d 1,36 abcd 1,46 abcd 1,60 abc 1,61 ab 1,65 a 1,49 abcd 1,29 d 1,32 cd 1,27 d 1,33 bcd 1,24 d 6,82 ** 5,17 69 P -1 1,55 a 1,60 a 1,67 a 1,58 a 1,53 a 1,45 a 1,55 a 1,53 a 1,58 a 1,78 a 1,65 a 1,67 a 1,84 a 1,83 a 2,46 ns 6,53 211 Teores foliares 14,16 a 14,16 a 13,40 a 13,40 a 13,77 a 13,77 a 17,22 a 17,22 a 13,77 a 13,01 a 13,40 a 13,76 a 14,54 a 14,16 a 2,94 * 7,58 69 K LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 Continua 11,48 bcd 11,48 bcd 13,77 bc 10,71 cd 11,86 bcd 14,20 abc 18,37 a 15,69 ab 12,24 bcd 13,40 bc 11,10 cd 9,95 cd 8,04 d 10,33 cd 10,97 ** 9,02 211 Tabela 2. Efeito da aplicação foliar de reguladores vegetais sobre os teores foliares de macronutrientes em tangerineira ‘Ponkan’, aos 69 e 211 dias após a aplicação (DAA) 102 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO ns 35,02 ab 33,00 ab 33,44 ab 36,39 ab 31,76 ab 40,57 a 39,15 ab 38,90 ab 33,73 ab 33,70 ab 26,02 ab 40,80 a 24,85 ab 24,20 b 3,73* 11,99 69 Ca 41,70 37,00 34,65 35,67 32,47 32,62 32,42 30,40 42,47 29,87 35,27 34,95 31,95 28,27 3,31 9,29 a ab ab ab ab ab ab ab a ab ab ab ab b * 211 4,58 a 4,28 a 4,02 a 4,50 a 4,49 a 4,38 a 4,67 a 4,47 a 4,42 a 4,48 a 4,77 a 4,79 a 4,57 a 4,31 a 1,63 ns 5,00 69 g kg -1 Mg 3,84 abcd 4,17 ab 3,88 abc 4,18 ab 3,46 d 3,52 cd 3,65 cd 3,88 abc 3,63 cd 3,79 bcd 3,67 cd 4,21 a 3,88 abc 3,70 cd 10,82 ** 2,67 211 Teores foliares 2,09 a 1,89 a 1,93 a 1,95 a 2,30 a 2,15 a 2,06 a 2,03 a 2,05 a 1,84 a 1,90 a 1,96 a 2,00 a 1,86 a 1,90 ns 6,40 69 : Não significativo. * , **: Significativo aos níveis de 5% e de 1% respectivamente pelo teste de Tukey (5%). Controle ............. Raleio manual .... NAA 50 .............. NAA 100 ............ NAA 200 ............ Ethephon 150 ..... Ethephon 200 ..... Ethephon 250 ..... Figaron 25 .......... Figaron 50 .......... Figaron 100 ........ Carbaril 500 ....... Carbaril 1.000 .... Carbaril 2.000 .... F (trat.) ............ C.V. (%) .......... mg L -1 Tratamentos Tabela 2. Conclusão S 2,11 2,30 2,20 2,29 2,17 2,32 2,24 2,40 2,53 2,59 1,92 2,35 1,71 1,35 1,86 15,57 211 ns a a a a a a a a a a a a a a DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 103 LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 Controle ........... Raleio manual .. NAA 50 ............ NAA 100 .......... NAA 200 .......... Ethephon 150 ... Ethephon 200 ... Ethephon 250 ... Figaron 25 ........ Figaron 50 ........ Figaron 100 ...... Carbaril 500 ..... Carbaril 1.000 .. Carbaril 2.000 .. F (trat.) .......... C.V. (%) ........ mg L -1 Tratamentos 93,00 80,80 95,00 93,25 93,85 104,70 97,10 92,30 92,45 90,35 86,10 82,90 99,70 84,75 3,23 5,62 69 ab b ab ab ab ab ab ab ab ab ab b ab ab * B 112,80 abcd 100,15 bcd 107,15 bcd 93,65 d 128,35 a 107,10 bcd 114,20 abc 109,20 abcd 119,25 ab 106,40 bcd 97,45 cd 95,10 cd 99,00 cd 101,75 bcd 7,69 ** 4,68 211 59,30 34,00 52,55 47,45 26,40 35,60 64,80 58,65 72,40 39,10 72,00 140,85 155,10 73,65 23,71 16,48 bc bc bc bc c bc bc bc b bc b a a b ** 69 mg kg-1 Teores foliares Cu 15,30 19,80 12,65 14,55 14,85 17,70 18,90 17,90 17,65 22,95 21,75 26,05 39,70 26,80 16,69 11,76 211 cd bcd d cd cd bcd bcd bcd bcd bc bcd b a b ** LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 ns a a a a a a a a a a a a a a Continua 185,65 193,15 186,65 219,85 253,70 185,85 249,25 284,00 253,35 263,45 239,70 214,10 263,00 221,25 0,90 21,54 69 Fe Tabela 3. Efeito da aplicação foliar de reguladores vegetais sobre os teores foliares de micronutrientes em tangerineira ‘Ponkan, aos 69 e 211 dias após a aplicação (DAA) 104 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO ns 240,20 abcd 244,40 abc 213,95 cdef 186,00 f 227,35abcde 248,35 abc 222,25abcde 224,95abcde 199,00 ef 251,15 a 208,20 def 208,85 def 250,15 ab 216,10bcdef 11,09 ** 3,86 69 Fe 79,35 a 55,35 abcde 66,75 abc 64,20 abcd 45,80 bcde 74,75 ab 40,10 cde 32,20 de 37,00 cde 37,75 cde 27,00 e 35,00 cde 26,70 e 23,15 e 10,21** 17,96 69 Mn 57,60 66,00 45,85 52,20 56,50 49,85 42,25 55,15 45,75 57,50 45,60 44,85 48,55 43,70 12,28 5,26 ab a cde bcde abc bcde de bcd de ab de de bcde e ** mg kg-1 211 Teores foliares 26,55 a 21,55 a 23,55 a 21,40 a 25,45 a 24,05 a 20,40 a 20,35 a 20,20 a 20,75 a 20,95 a 20,20 a 22,15 a 21,30 a 13,10* 7,47 69 : Não significativo * , **: Significativo aos níveis de 5% e 1% respectivamente pelo teste de Tukey (5%). Controle ............. Raleio manual .... NAA 50 .............. NAA 100 ............ NAA 200 ............ Ethephon 150 ..... Ethephon 200 ..... Ethephon 250 ..... Figaron 25 .......... Figaron 50 .......... Figaron 100 ........ Carbaril 500 ....... Carbaril 1.000 .... Carbaril 2.000 .... F (trat.) ............ C.V. (%) .......... mg L-1 Tratamentos Tabela 3. Conclusão Zn 18,70 a 18,35 a 17,60 a 17,00 a 15,85 a 16,35 a 18,15 a 19,50 a 16,05 a 16,00 a 17,15 a 17,85 a 17,45 a 18,00 a 1,83 ns 6,68 211 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 105 LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 106 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO Na segunda coleta de folhas para análise nutricional, realizada em junho de 1998 (aos 211 DAA), observou-se que, com relação aos macronutrientes P e S, não se verificaram diferenças estatísticas entre os tratamentos e os controles (Tabela 2). Entretanto, houve maiores teores foliares de N nas plantas tratadas com NAA 100 mg L-1, ethephon 150 mg L -1 e Figaron 100 mg L-1 comparados ao raleio manual. Em relação ao K e ao Ca, as plantas tratadas com ethephon 200 mg L-1 apresentaram maior teor foliar de potássio, e aquelas tratadas com carbaril 2.000 mg L-1 menor teor foliar de cálcio, quando comparadas com o controle. Já para o Mg, notaram-se menores teores foliares nas plantas tratadas com NAA 200 mg L-1, ethephon (150 e 200 mg L -1), Figaron (25 e 100 mg L-1) e carbaril 2.000 mg L -1 em comparação ao raleio manual, aos 211 DAA (Tabela 2). A análise de micronutrientes nas folhas coletadas em junho de 1998 (Tabela 3) indica que, quanto a B e Zn, não houve diferença entre os tratamentos e o controle. Já com relação ao Cu, as plantas tratadas com carbaril revelaram maiores teores do que o controle. Quanto ao Fe, os tratamentos NAA 100 mg L -1, Figaron 25 e 100 mg L-1 e carbaril 500 mg L-1 apresentaram menores teores foliares do que o raleio manual; o mesmo se deu para o Mn nos tratamentos NAA (50 mg L-1), ethephon 200 mg L-1, Figaron (25 e 100 mg L-1) e carbaril (500 e 2.000 mg L-1), quando comparados com o controle. Finalmente, não houve efeito de diluição dos nutrientes na planta (folhas maduras analisadas). Na análise nutricional foliar, realizada em amostras coletadas em fevereiro e junho de 1998, observou-se, em alguns casos, um tipo de ação (positiva ou negativa) dos reguladores vegetais sobre o teor de macro e de micronutrientes em folhas da tangerineira ‘Ponkan’. Após 69 dias do raleio, não houve variação significativa para os teores foliares de N, P, K, Ca, Mg e S na comparação entre as plantas tratadas e as testemunhas (controle e raleio manual). Esse resultado reflete o período de coleta de folhas para análise (fevereiro), quando ainda não havia ocorrido maior demanda de nutrientes pelos frutos (comparandose com a segunda coleta de folhas, realizada no período de colheita dos LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 107 frutos), e concorda com aquele obtido por SOUZA et al. (1993), em aplicações de ethephon em tangerineira ‘Montenegrina’. Na segunda coleta de folhas para análise nutricional, verificaram-se maiores teores de K foliar nas plantas submetidas ao tratamento com ethephon (200 mg L -1) , quando comparado com o controle e com os demais tratamentos. Observou-se a mesma tendência para as concentrações de 150 e 250 mg L -1 (embora não atingindo níveis de significância estatística). Nesse caso, ocorreu, possivelmente, menor estresse da planta com relação ao nutriente, já que o ethephon foi o tratamento mais eficaz em termos de raleio de frutos. Em decorrência de menor carga de frutos, houve menor translocação de K para estes: daí os aumentos observados. A aplicação de ethephon 150 mg L-1 resultou, também, em maior teor foliar de N, como conseqüência de menor carga de frutos. MARODIN (1987) relata que, no desbaste em tangerineira ‘Montenegrina’, encontraram-se menores teores foliares de N nas plantas onde o desbaste com ethephon foi menos eficaz, conseqüentemente, com maior carga de frutos. Já as plantas tratadas com carbaril 2.000 mg L-1 revelaram menor teor foliar de cálcio. A análise nutricional de folhas e ramos retirados de árvores de tangerineira ‘Wilking’ excessivamente carregadas mostrou níveis reduzidos de N, P e, principalmente, K, apresentando também acúmulo de Ca (MONSELISE et al., 1981; GOLOMB e GOLDSCHMIDT, 1987). Dessa forma, a presença ou a ausência de frutos modifica a composição mineral da planta, e o desbaste após a queda fisiológica evita o esgotamento de nutrientes. Para o magnésio, verificou-se diminuição nos teores foliares em todos os tratamentos (em pelo menos uma das concentrações testadas) e, embora não sejam encontradas respostas na produção ou tamanho de fruto pelo aumento nos níveis de Mg no solo e foliar em pomar adulto de citros (DU PLESSIS, 1992), esse tipo de ação negativa em resposta aos reguladores vegetais pode não ser desejável. LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 108 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO No caso do Cu, as plantas tratadas com carbaril revelaram maiores teores foliares em relação ao controle, nas duas coletas de folhas. Devese destacar que o carbaril não apresenta cobre na sua formulação. Com relação ao Mn, houve tendência de ocorrer diminuição no seu teor foliar, para todos os reguladores vegetais utilizados, nas duas coletas de folhas. Entretanto, tais teores se encontram nos limites adequados e, ainda segundo AGUSTÍ et al. (1995), a deficiência de Mn não altera o tamanho ou a forma do fruto, e sua influência sobre o rendimento e a qualidade da colheita parece ser menos importante do que a carência de outros elementos minerais. c) Metabolismo de carboidratos Na determinação do nível de carboidratos solúveis em folhas da tangerineira ‘Ponkan’ coletadas em junho de 1998, o tratamento carbaril 1.000 mg L-1 diferiu estatisticamente do controle, com menor quantidade de açúcares solúveis (Tabela 4). O raleio de frutos mediante a aplicação de reguladores vegetais não provocou aumento nos níveis de carboidratos nas folhas (Tabela 4). Esse resultado concorda com aqueles obtidos em experimentos anteriores, nos quais não se verificou um acúmulo de açúcares nas folhas após a remoção dos frutos (LEWIS et al., 1964 ; HAMMOND et al., 1984 ; SOUZA et al., 1993). Neste experimento, observou-se até mesmo uma diminuição no teor foliar de açúcares solúveis no tratamento carbaril 1.000 mg L-1. As correlações entre frutificação e níveis de amido sempre foram maiores do que as correlações entre frutificação e os níveis de carboidratos totais. Isso implica dizer que os teores de açúcares solúveis (os quais incluem os açúcares redutores e a sacarose), quando comparados com os de amido, são menos dependentes da carga de frutos na árvore e não são exauridos na mesma extensão que este, que se acumula nas raízes e folhas de tangerineira nos anos de baixa produção (GOLDSCHMIDT e GOLOMB, 1982; YAMANISHI, 1995). LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 109 Tabela 4. Efeito da aplicação foliar de reguladores vegetais sobre os teores foliares de açúcares solúveis em folhas de Citrus reticulata Blanco cv. Ponkan Tratamento mg L Açúcares -1 -1 mg g de matéria seca Controle .................. Raleio manual ......... NAA 50 ................... NAA 100 ................. NAA 200 ................. Ethephon 150 .......... Ethephon 200 .......... Ethephon 250 .......... Figaron 25 ............... Figaron 50 ............... Figaron 100 ............. Carbaril 500 ............ Carbaril 1.000 ......... Carbaril 2.000 ......... F (trat.) ................. C.V. (%) ............... 15,82 15,60 15,08 14,53 14,87 12,36 16,04 16,57 12,00 11,66 12,98 10,31 9,72 15,97 3,97 14,33 ab abc abc abc abc abc ab a abc abc abc bc c ab ** ** Significativo ao nível de 1% pelo teste de Tukey (5%). De fato, somente uma pequena fração da matéria seca “economizada” pela remoção dos frutos é direcionada para os frutos remanescentes (GOLDSCHMIDT e KOCH, 1996). As altas concentrações de amido nas raízes sugerem que estas são os drenos de acumulação ativos na ausência dos frutos (GOLDSCHMIDT & GOLOMB, 1982). Finalmente, torna-se importante destacar que as folhas não são os únicos órgãos indicadores do nível de carboidratos na planta, devendo-se LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 110 ANA CLÁUDIA PACHECO SANTOS e PAULO ROBERTO CAMARGO E CASTRO levar em conta outros, como o sistema radicular, o tronco e os ramos (SOUZA et al., 1993). Dessa forma, a regulação dos níveis de carboidratos nas folhas da inflorescência não pode ser explicada somente em termos de competição e relação fonte-dreno entre estas e os frutos mais próximos. A possibilidade de um controle hormonal e também o envolvimento nutricional devem ser levados em consideração (SANZ et al., 1987). A abscisão foliar não se mostrou evidente em vista dos tratamentos aplicados. 4. CONCLUSÕES 1. O ethephon nas concentrações de 150, 200 e 250 mg L-1 mostrou-se o agente mais eficaz para desbaste dos frutos quando aplicado no final de novembro. 2. A aplicação de reguladores vegetais afetou o acúmulo de nutrientes nas folhas da tangerineira ‘Ponkan’, aumentando os teores foliares de N, K e Cu ou reduzindo os de Ca, Mg, Fe e Mn. 3. A redução na demanda de assimilados pelos frutos, em vista do desbaste, não modificou a concentração de carboidratos nas folhas das inflorescências. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUSTÍ, M.; ALMELA, V.; AZNAR, M.; JUAN, M.; ERES, V. Desarollo y tamaño final del fruto en los agrios. Valência: Ed. Generalitat Valenciana, 1995. 80p. CHAPMAN, H.D.; PRATT, P.F. Métodos de análisis para suelos, plantas y aguas. México: Trilhas, 1973. 159p. LARANJA, Cordeirópolis, v.22, n.1, p. 93-112, 2001 DESBASTE QUÍMICO EM TANGERINEIRA ‘PONKAN’... 111 DOWNTON, W.J.S.; GRANT, W.J.R.; LOVEYS, B.R. Carbon dioxide enrichment increases yield of Valencia orange. Australian Journal of Plant Physiology, East Melbourne, v.14, p. 593-601, 1987. DUBOIS, M.; GILLES, K.A.; HAMILTON, J.K.; REBERS, P.A.; SMITH, F. 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