Lima Smith adquire posição em casa histórica da Borgonha

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Lima Smith adquire posição em casa histórica da Borgonha
 Data: 21-07-2014
Tipo: online
Origem: Portugal
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Lima Smith adquire posição em casa histórica da
Borgonha
A empresa Lima Smith, que produz vinho em Portugal em três quintas do Douro (Covela,
Boavista e Tecedeiras), acaba de se internacionalizar, adquirindo uma posição na Maison
Champy, a mais antiga casa de comércio de vinhos da região francesa da Borgonha.
Embora os pormenores do negócio estejam salvaguardados por uma cláusula de
confidencialidade, Tony Smith, um dos sócios da empresa portuguesa, assegura à
Revista de Vinhos que se trata de uma posição “significativa” e susceptível de ser
reforçada no futuro.
Para a Lima Smith, dos empresários Marcelo Lima (brasileiro) e Tony Smith (britânico),
que iniciou a sua actividade em Portugal apenas em 2011, com a aquisição da Quinta de
Covela, é um passo importante para o acesso a novos mercados. "A Maison Champy tem
uma ligação indirecta com uma cadeia de distribuição internacional de vinhos e isso é
muito interessante para nós”, explica Tony Smith. A Champy é controlada por Pierre
Beuchet, também o principal acionista da D.I.V.A., presente num vasto número de
mercados, incluindo os EUA, França, Espanha, China e Japão.
“O Japão é um bom exemplo das vantagens que poderemos tirar desta parceria”,
especifica Tony Smith: “É um mercado para onde gostaríamos de nos expandir, mas isso
levaria uns bons cinco, seis anos a acontecer. Os nossos esforços estão concentrados
em mercados mais tradicionais. Fala-se muito da China, mas o Japão é um mercado
mais maduro, com enorme poder de compra, e a economia japonesa dá claros sinais de
retoma.”
Para além do acesso directo a uma rede de distribuição internacional, a empresa Lima
Smith assume também uma parcela do volume de negócios de uma afamada casa da
Borgonha. Com 28,5 hectares de vinhas próprias e acordos com muitos pequenos
produtores, a Maison Champy vendeu em 2013 440 mil garrafas de vinho. No seu
portefólio de 52 referências, 10 estão classificadas como Grand Cru, 13 como Premier
Cru, 25 são vinhos Village e 4 Regional.
Fundada em 1720, em Beaune, a capital do vinho da Borgonha, a Champy ganhou fama
durante o século XIX, quando Louis Pasteur, um amigo da família, utilizou as instalações
da empresa para as suas investigações (nos armazéns da empresa, agora classificados
como património cultural, ainda estão expostos equipamentos utilizados pelo inventor da
pasteurização e criador da primeira vacina contra a raiva). Os armazéns, já agora, foram
desenhados por Gustave Eiffel e as caves datam do século XV.
O negócio começou a ganhar forma em São Paulo, Brasil, quando Marcelo Lima e Pierre
Beuchet se conheceram em casa de amigos comuns. Uma empatia natural e o
reconhecimento do bom trabalho feito em Portugal levaram o francês a lançar o convite
para uma participação da Lima Smith na Champy.
“Fiquei impressionado não só com o currículo de negócios do Marcelo, mas também com
a sua paixão pelo vinho e com o respeito que demonstra pelo espírito e terroir da
Borgonha. Mas talvez o mais marcante tenha sido o facto de um empresário do Novo
Mundo estar tão entusiasmado em investir a sua energia numa casa com 300 anos de
idade", explica Pierre Beuchet. Por parte de Marcelo Lima, citado em comunicado da
empresa, o entusiasmo não é menor: “Nós temos uma paixão pelo melhor no vinho e,
depois de termos sido premiados pelo nosso trabalho em Covela, com a prestigiada
distinção Viticultura 2013 [prémio atribuído pela Revista de Vinhos], direccionamo-nos
para a França e para a Borgonha. Estamos honrados em fazer parte da Maison Champy.”
URL: http://www.revistadevinhos.pt/artigos/show.aspx?seccao=noticias&artigo=14556&title=lima-­‐
smith-­‐adquire-­‐posicao-­‐em-­‐casa-­‐historica-­‐da-­‐borgonha&idioma=pt 

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