mostra sua cara - Editora Definição

Transcrição

mostra sua cara - Editora Definição
BISCOITOS
l
CANDIES
l
CHOCOLATES
l
SNACKS
l
SUCOS E REFRESCOS
Nº 190
Julho 2010
O MERCADO
MOSTRA SUA CARA
Mais de 150 lançamentos sinalizam as
tendências da ala de candies na maior
v i t r i n e d o s e t o r ata c a d i s ta b r a s i l e i r o
CHOCOLATE AERADO um mercado borbulhante
PIRULITOS Dipnlik revive os anos 80
Carta do editor
Renato dos Anjos
Ano XXIV - nº 190 - julho de 2010
Diretores
Beatriz de Mello Helman e Hélio Helman
REDAÇÃO
Diretor Hélio Helman
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Fábio Fujii
editor
Editor Fábio fujii
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Reportagem leandro H. silva
[email protected]
Diretor de Arte GREGÓRIO sTAYROS DIPAPIDIS
[email protected]
Sai de baixo
administração
Diretora BEATRIZ Helman
[email protected]
Publicidade
Antonio Canela barreto
Jalil issa gerjis jr.
Raul Urrutia
Sérgio antonio da silva
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N
o curso dos últimos anos a chamada classe C ganhou destaque inusitado e virou moda em todas as rodas. As empresas
dos mais diversos setores passaram a ajustar o foco e as-
International Sales
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sestar a mira na direção desses consumidores. No estribo do avanço
Assinatura keli oyan
mensal máximo de 1.533 reais, os membros da chamada classe D
no poder aquisitivo dessa faixa social, a população que habita um
degrau mais abaixo também saiu bem na foto. Com ganho familiar
acumulam neste ano uma renda estimada de 381,2 bilhões de reais,
Fotografia Renato dos anjos e shutterstock
calcula a consultoria Data Popular. Para se ter uma ideia do que isso
Foto da Capa shutterstock
significa, a quantia ultrapassa o total disponível da classe B (renda
Design da Capa GREGÓRIO STAYROS DIPAPIDIS
Bureau, CTP e Impressão IPSIS GRÁFICA E EDITORA
de 5.100 a 10.200 reais) de 329,5 bilhões de reais em 2010. Esses
consumidores, repassa a consultoria, compram os mesmos produtos
EDITORA
DEFINIÇÃO
da classe C com a diferença de que as marcas preferidas não são
as líderes de venda. São os itens mais em conta da prateleira. Em
decorrência disso, fabricantes regionais de alimentos e bebidas –
Doce Revista é uma publicação mensal da
Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05)
dirigida ao setor doceiro e às suas redes de atacadistas,
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confeitos inclusos – vêm ganhando espaço nas gôndolas nacionais
e os supermercados de periferia das grandes cidades, a preferência dessas empresas. Com o varejo concentrado nos três gigantes
do autosserviço nacional (Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart), as
indústrias de pequeno e médio porte, por sua vez, apostam em pequenas e médias redes para alcançar o mercado. É um cenário que
Dispensada da emissão de documentação fiscal,
conforme Regime Especial Processo
DRT/1 nº 11554/90 de 10/09/90.
conspira para unir cada vez mais consumidores de baixa renda com
o pequeno comércio, tema que certamente figura na pauta da 13ª
edição da Sweet Brazil/Abad, maior vitrine de confeitos do país e
que é matéria de capa da presente edição.
Circulação agosto de 2010
Membro da Anatec
Associação Nacional das editoras
de publicações técnicas dirigidas
e especializadas.
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sumário
24 CAPA
SWEET BRAZIL/ABAD plataforma latino-americana
Virada a página da crise global, o setor de confeitos arma tacada
inédita na trajetória da maior feira de doces da América Latina
recepcionando o trade da categoria com mais de 150 lançamentos.
24
14 INSUMOS
TRIÂNGULO ALIMENTOS a redução que cresce
A demanda de ingredientes com a tarja de isento de gordura trans
já supera as vendas de tipos convencionais da marca paulista na
industrialização de biscoitos, sorvetes, chocolates, coberturas e
itens de panificação.
18 PDV
CHOCOLATES AERADOS a explosão das bolhas
Embalada por avanços na tecnologia de processamento da massa
de cacau, a multipicação da oferta de tabletes e barras de diversos
players agita o varejo da categoria no país.
14
18
57 NO PÓDIO
TONDO fornos religados
Potência gaúcha do setor de farinha e massas expande o parque
industrial e retoma a produção de biscoitos, lançando laminados
planos com a marca Orquídea.
60 CANAL DE VENDAS
OLIVEIRA demanda triplicada
57
Fabricante de doces de leite aciona displays de chão para exposição
em pontos de venda e multiplica o faturamento por três.
60
SEÇÕES
06 MIX a curitibana Nutrhouse adquire a indústria mineira de doces diet Delakasa, entre outros destaques
10 BISCOITOS setor participa de feira em Nova York e fecha negociações que podem somar US$ 3,5 milhões
48 ÍCONES festa em comemoração aos anos 80 relança o pirulito Dipnlik
50 DESTAQUE enquete com atacadistas capta o giro de doces tradicionais brasileiros
64 AGENDA feiras, cursos e congressos
65 GIRO lançamentos
74 FICHA COMPLETA dirigente da Amas analisa o giro de confeitos na região Centro-Oeste
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Doce Revista
JULHO 2010
5
mix
Ela agora é Lual
Aproveitando a sinergia de distribuição com outros alimentos e a melhora de renda na base da pirâmide, a
Brassuco se notabilizou pelo sucesso
de sua segmentação de mostruário. Surgida há 25 anos com foco em restaurantes industriais, a empresa de refrescos
em pó com fábrica em Itu (SP) ampliou
seus limites nas gôndolas de mercearia
doce ao investir em linhas de barras de
cereais, misturas para bolos, gelatinas
e achocolatados. Mais recentemente, o
portfólio passou a exibir também sopas e caldos, marcando em definitivo o
posicionamento da Brassuco como empresa de alimentos – e não apenas de
sucos e doces. Ainda que os refrescos
continuem com 70% do faturamento (a
expectativa para 2011 é que esse índice
caia para 50% a partir do fortalecimento da distribuição de outras linhas de
produtos), a Brassuco está anunciando
uma mudança de marca e de nome para
se adequar à nova fase. Agora a empresa passa a se chamar Lual Alimentos.
“Quando o nome de uma empresa impede seu crescimento, é hora de mudar.
Estamos cada vez mais globais e Lual é
um nome sonoro, de fácil lembrança e
pronúncia tanto no Brasil quanto no exterior”, afirma Alexandre Müller, diretor
geral da Lual Alimentos.
Entre as razões para o investimento
em novas linhas de produtos e a consequente mudança de nome, ele destaca
a sazonalidade do mercado de refrescos
em pó. “São produtos bastante voltados para o verão. Sofríamos muito com
a queda nas vendas durante o restante
do ano”, recorda Müller. A empresa só
se viu livre dessa pedra no sapato ao
lançar linhas como a de achocolatados,
que hoje responde por 15% das vendas,
seguida por gelatinas (10%), misturas
para bolos (10%) e barras de cereais
(5%), estas lançadas apenas um ano
atrás.
A adoção da marca Lual Alimentos
também reflete a divisão da operação
em três unidades de negócio: varejo, com 50% das vendas, food service
(40%) e terceirização de linhas vendidas com marcas próprias de atacadistas
e supermercados. “Apesar de ter apenas
10% das vendas, o mercado de marcas
próprias é o que mais avança, principalmente a partir de pedidos de linhas de
gelatinas e refrescos em pó”, comenta
Müller.
Tendo crescido 22% no primeiro trimestre de 2010, a Brassuco fatura anualmente R$ 56 milhões e exporta para
mais de 15 países, entre eles África
do Sul e Angola. Confiante nas vendas
de sopas e caldos, a empresa pretende faturar 50% a mais em 2010. Para
isso, está se esforçando para consolidar
sua atuação nas regiões Sul e Sudeste.
Distribuindo para 16 estados do país,
a empresa também quer fortalecer sua
presença no Norte e Nordeste. Com 250
funcionários e 10 mil metros quadros
em sua matriz no interior paulista, a
empresa possui filiais no Rio Grande do
Sul e no Rio de Janeiro.
Imagem madura
Grife do portfólio da EBBA,
potência nacional no filão de sucos
concentrados ou integrais, a Dafruta completa 25 anos com novos
projetos assinados pela Speranzini
Design, que renovou a identidade
visual da marca. Agora ainda mais
6
Doce Revista
JULHO 2010
moderna, ela amplia a
percepção de valores,
como saúde e alegria,
argumentam Inah Olyntho
e Maurício Speranzini,
diretores da agência de
design. “Foram mantidas
as cores originais com o
acréscimo de uma folhinha
que simboliza a maturação
e a natureza dos seus frutos em contraste com uma
bandeira amarela de fundo
levemente sombreada. A
tipologia, de fácil leitura, destaca a
forma que se fala Dafruta”, complementam os criadores. Essa nova
identidade foi aplicada na linha de
concentrados e compõe um painel diferenciado nos materiais de
ponto de venda (PDV) da marca,
que destacam o apettite appeal das
frutas, além de informações sobre
rendimento, certificações ISO 9001,
ISO 22.000, selo Kosher e a divulgação de outros produtos da linha.
Exportados para diversos países
com versões no idioma inglês, os
sucos concentrados Dafruta são
apresentados em frascos de vidro em
500 mililitros, rendem mais e otimizam os recursos naturais, reduzindo
os volumes de embalagens, materiais,
transporte e espaço, acentua Speranzini. “A renovação da identidade e das
embalagens reforça o momento de
grande expansão da Ebba, que está
otimista com novos investimentos
e perspectivas
para a economia
brasileira”, assinala o designer.
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mix
Delakasa é nossa
A curitibana Nutrhouse Alimentos,
que em 2007 havia adquirido parte da
indústria mineira de doces diet Delakasa,
acabou por incorporá-la integralmente.
Assim, a empresa detentora da marca
Vitao se consolida como fabricante de
produtos especiais/funcionais, ampliando sua oferta nesse crescente filão de
mercado. “Vitao já é a marca líder no
segmento de cookies integrais e, agora,
com a Delakasa, estaremos entre as três
maiores fabricantes diet de doces de
leite, cocadas e leite condensado”,
comemora Edouard Thomé, diretor
comercial da Nutrhouse.
A Produtos Alimentícios Delakasa
abriu as portas há 27 anos em São
Lourenço (MG) e opera uma linha
composta por confeitos à base de
frutas, leite e ovos, totalizando 60
itens – 25 deles tradicionais, ou
seja, elaborados com açúcar. Já
os 35 restantes incorporam a tarja
diet, não contêm adição de glicose
e exibem selo de aprovação da ADJ
(Associação de Diabetes Juvenil).
Segundo adianta Thomé, as empresas
irão atuar separadamente na produção
e de forma compartilhada na parte comercial. Os produtos das duas operações
serão distribuídos para todo o território
nacional via centrais de distribuição
(CDs) no Rio de Janeiro e São Paulo. “Estamos com estudos bastante adiantados
para definição da aquisição de mais uma
empresa no segmento de produtos diet”,
deixa no ar Thomé.
A Nutrhouse atua desde 1988 na
comercialização de farinhas, grãos,
sementes e cereais para dietas macrobióticas por meio da marca Macrobrasil. Em 1991, com a criação da linha
de biscoitos integrais, a marca Vitao
substituiu a Macrobrasil e até hoje
desenvolve produtos integrais, naturais
e funcionais. Atualmente, a grife Vitao
conta com 85 SKUs (Stock Keeping
Unit), entre os quais sobressaem as
linhas de cookies e granolas; os itens
desenvolvidos para dietas especiais
(sem açúcar, sem glúten, sem lactose); alimentos kosher (aprovados pela
BDK); produtos derivados da soja; farináceos integrais e linhaça. Neste ano a
marca encorpou com linhas de quinoa,
linhaça dourada, granolas e cookies
sem glúten e frutas desidratadas. Estão
ainda previstos novos sabores no menu
de snacks integrais (salgadinhos ricos
em fibras e sem glúten) e chocolate de
soja, sem lactose e rico em fibras.
Espuma de cacau
É assinada pela Natura a primeira linha de sabonetes feita com o
cacau orgânico produzido na região
de Altamira (PA), em plena rodovia
Transamazônica. A matéria-prima,
isenta de agrotóxicos, é fornecida por
60 pequenos produtores da região
que têm sua produção certificada
pelo Centro de Referência de Orgânicos, instalado em março deste ano
pelo governo paraense. Os sabonetes
produzidos com o cacau da Transamazônica trazem nas embalagens um
pouco da história das famílias que
migraram para a região na década
de1970 e se dedicam até os dias de
hoje à lavoura cacaueira. Um exemplo é a família de Darcírio Wronski,
proprietário de uma área de produção
de cacau orgânico em Medicilândia,
município vizinho de Altamira. Sua
produção é certificada como uma das
melhores em aroma no mundo. “Este
ano estamos vendendo 100 toneladas
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Doce Revista
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de cacau orgânico só para a Natura”,
informa o lavrador.
Além do aroma, as amêndoas
de cacau produzidas na Transamazônica estão posicionadas entre as
melhores do mundo nos quesitos
padrão, tamanho e peso. O cacau da
região também possui 23% a mais
de manteiga do que o produzido nos
demais redutos cacaueiros do país.
O Pará também apresenta uma das
médias mais altas de produtividade
do mundo: 881 quilos por hectare.
A Indonésia,
líder mundial
em produtividade cacaueira, alcança
índice médio
de 908 quilos
por hectare. A
Bahia, tradicionalmente
maior produtor
brasileiro, apresenta média de 285
quilos por hectare.
Em todo o estado, 11.000 famílias estão envolvidas na atividade
cacaueira, 7.000 só na Transamazônica. A região, que se tornou responsável por 80% da produção de
cacau do Pará, reúne 11 municípios,
sendo Medicilândia o maior produtor. Cerca de 40% de seus campos
são de terra roxa, solo altamente
produtivo, além do clima favorável
para a cultura.
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BISCOITOS
Balcão americano
De olho nos mais de 24.000 potenciais compradores, entre supermercadistas, distribuidores, atacadistas,
varejistas, hotéis e restaurantes, interessados nas inovações no setor de
alimentos, a Associação Nacional das
Indústrias de Biscoitos (Anib) coordenou pelo segundo ano consecutivo
a ida de uma caravana de empresas
do setor à feira Fancy Food, em Nova
York (EUA). Promovida no final de junho, no Javits Center, a mostra contou
com a participação das grifes Marilan,
Mabel, Selmi e Bauducco, viabilizada
pelo Projeto Setorial Integrado (PSI)
da Anib em parceria com ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos).
O evento reuniu mais de 2.300 expositores de produtos como chocolates,
snacks, biscoitos, chás, óleos, molhos,
temperos e alimentos étnicos. A participação desses fabricantes nacionais na
feira novaiorquina deve somar mais US$
3,5 milhões às exportações do setor no
atual exercício, estima José dos Santos
dos Reis, vice-presidente da Anib. “As
empresas totalizaram mais de 200 contatos com compradores de países como
EUA, Canadá, México, Paraguai, Angola,
Porto Rico, Panamá, Bahamas, Chile e
Ucrânia, que resultaram em vendas da
ordem de US$ 500 mil para os próximos
dois meses e mais US$ 3 milhões nos
próximos 12 meses”, ele detalha.
Na edição do ano passado, relembra
Reis, o espaço da entidade nesse mesmo
evento também atraiu cerca de 200 visitantes e gerou US$ 850 mil em negócios concretizados ao longo de 2009. “A
participação na Fancy Food ocorre após a
realização bem sucedida no primeiro semestre da rodada de negócios com 19 empresas, de nove países da América Central
e América do Sul, na qual foram fechados
contratos que devem atingir US$ 8 milhões até o fim do ano”, resume Reis. A
estratégia adotada pela Abib para expansão de mercados inclui a presença do setor nos principais eventos internacionais
da área de alimentação e confectionery
em todos os continentes. O objetivo é
ampliar as exportações de biscoitos, massas, bolos, panetones e outros produtos
de panificação. “Os números comprovam
que temos tido sucesso”, comemora Reis.
Ele posiciona que, desde o início do ano,
as empresas que participaram de feiras e
eventos fizeram negócios que somam US$
20 milhões. Em outubro próximo, sinaliza
o dirigente, a Anib e os fabricantes nacionais de biscoitos seguem para o Sial
– Salão Internacional da Alimentação,
em Paris, na França, uma das mais importantes vitrines mundiais do setor, que
reúne a cada dois anos fabricantes de
alimentos, distribuidores, importadores,
varejistas, participantes institucionais e
empresas de catering.
Lucro integral
Inspirados na onda de saúde e bemestar, os fabricantes de pães, biscoitos e demais forneados descobriram no farelo e no
gérmen de trigo uma maneira de rentabilizar
suas fornadas e fazer a diferença nas prateleiras. É assim que esses itens industrializados, antes considerados commodities,
estão migrando
para a categoria
de produtos de
maior valor. Durante décadas, a
indústria torceu
o nariz para a
farinha de trigo
integral e manteve o ingrediente
fora de suas receitas em nome
da aparência e
do sabor proporcionados pela
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Doce Revista
JULHO 2010
versão branca e refinada. O tipo integral,
com mais fibras e nutrientes, era descartado
por conferir cor escura e sabor pouco apreciado. Esse conceito mudou e uma das provas mais consistentes parte agora da Kraft
Foods Brasil, dona das marcas Club Social
e Trakinas, que assina o lançamento do
primeiro biscoito recheado com farinha
integral do país.
Para inaugurar sua linha de integrais
doces, a empresa recrutou a marca infantil Trakinas, que passou por uma reformulação e sobe às prateleiras com 20% de
farinha integral, além de uma combinação
nutricional de vitaminas e minerais. “Enxergamos uma enorme oportunidade para
trazer valor para a mãe, que compra biscoito para os filhos e anda cada vez mais
preocupada com a obesidade infantil”, argumenta Ana Ferrell, diretora de marketing de biscoitos da Kraft Foods Brasil. Ela
acrescenta que, na Europa, a companhia
notou uma predileção clara do consumidor por produtos de alto valor agregado,
tendência que cresce a cada dia no país.
Por conta disso, há dois anos, a empresa
passou a pesquisar inovações no campo
nutricional.
As oportunidades vislumbradas nos
recheados doces integrais podem, no entanto, exigir a superação de alguns obstáculos e o primeiro deles é o preço. Por
agregar farinha do tipo integral, o preço
final do produto ficou um pouco mais
salgado. A nova receita implica um incremento de 5% a 7% no preço do pacote
de Trakinas, com o produto subindo de R$
1,40-1,45 para R$ 1,53. Outro desafio tem
relação com o sabor. Mudar a formulação
de um produto conhecido e consolidado
é delicado e, embora a companhia tenha
feito pesquisas e garantido que o biscoito
ficou mais crocante, queixas podem começar a surgir.
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BISCOITOS
Rumo ao Nordeste
Para afiar a competitividade de seus
produtos no Norte e Nordeste brasileiros, o grupo Selmi adquiriu por valor
não revelado um terreno de 72.000
metros quadrados em Ipojuca (PE), ao
lado do Porto de Suape, onde planeja
construir uma unidade de biscoitos e
massas na região. As barreiras de custo
de frete e incentivos fiscais oferecidos
a operações locais sempre foram grandes obstáculos para a empresa, admite
Ricardo Selmi, presidente do pastifício
sediado em Sumaré (SP) e dono das
marcas Renata e Galo. “Embora tenhamos boa presença no varejo do Norte e
do Nordeste, nosso produto não consegue ser competitivo”, diz o empresário.
As duas regiões hoje representam menos de 3% do faturamento da empresa,
mas a meta, a partir de agora, é fazer
com que elas ganhem peso na receita
operacional da Selmi e venham a representar 10% de todo volume negociado.
Nos supermercados do Nordeste podem ser conferidas, pelo menos, 15 marcas de massas e biscoitos à disposição
nas gôndolas. Os pacotes de biscoitos
e massas Renata e Galo, realmente, posicionam-se entre os mais caros e os de
menor giro. Marcas regionais produzidas
por pequenos fabricantes e por grandes
grupos, como M. Dias Branco e J. Macêdo,
são as grandes líderes. Com um investimento total de R$ 15 milhões, que será
aplicado durante todas as fases do projeto e poderá contar com a ajuda do Banco
do Nordeste, a Selmi pretende iniciar a
produção de massas, bolos e biscoitos
na região a partir de janeiro de 2012. O
projeto começou a ser estudado há dois
anos, conta Ricardo Selmi.
Ele acredita que, a partir do momento em que der partida na fábrica, contará
com os benefícios da produção regional
e conseguirá equiparar seus preços aos
praticados localmente. “Vamos mudar o
jogo totalmente”, acalenta o empresário.
A fábrica da Selmi produzirá inicialmente
o macarrão tipo espagueti, o mais consumido na região, e o cada vez mais popular
macarrão instantâneo, porém não pretende deixar o grano duro de fora. A ideia é
atrair todas as classes sociais e os paladares regionais. Entre os planos de Selmi
estão a elaboração de novos sabores para
o público local, por meio de temperos
diferenciados que acompanharão o macarrão instantâneo. Selmi também pensa em pesos diferentes de embalagens.
Atualmente, o pastifício vende por volta
de 600 toneladas de produtos por mês
no mercado nordestino. A capacidade de
produção da unidade de Pernambuco será
de 3.000 toneladas mensais e ela também
será usada para exportar produtos para
países da América Latina e África.
Receitas da hora
Os tablóides de ofertas, comuns
no autosserviço, têm como principal
função atrair o olhar do consumidor
para determinada oferta ou promoção
e acelerar o giro do estabelecimento.
Para torná-los ainda mais atrativos, o
varejista pode incluir na publicação
receitas e prestar serviço aos frequentadores da loja. Reformulado, o site
da Isabela, grife de biscoitos e massas
do grupo M.Dias Branco, exibe desde
julho uma plataforma com novidades
e sugestões de pratos criados pela cozinha experimental da marca. Os varejistas podem encontrar facilmente informações úteis, dicas e receitas para
enriquecer as edições dos tablóides,
de maneira rápida e seletiva.
Ana Paula Okazaki, gerente de produto da Isabela, responsável pela reforma na
página, argumenta que a classe C já representa 52% da população brasileira e é
constituída em sua maioria por mulheres.
12
Doce Revista
JULHO 2010
“Esse contingente ocupa grande fatia das vendas do autosserviço e uma
pesquisa recente do Ibope indicou que
a procura dessas consumidoras por revistas de culinária aumentou 15%”,
grifa ela. Portanto, conclui a executiva,
incrementar os tablóides de vendas com
receitas pode ser uma forma de fidelizar os frequentadores do comércio. “O
site da Isabela está constantemente
em busca de novas receitas e atende
a todas as demandas solicitadas pelos
consumidores. Não é a toa que desde
seu novo layout, a procura por sugestões de pratos tem crescido”, arremata a gerente.
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INSUMOS
Gordura na berlinda
Vendas do ingrediente com redução de ácidos graxos do
tipo trans já superam as versões convencionais
Aplicações em chocolates e coberturas
pioneirismo da Triângulo na produção de
gordura fracionada de palmiste
A
demanda por gorduras com
teores reduzidos de ácidos
graxos trans e saturados
(low trans/low sat) cresce
sem parar na indústria de confeitos (confectionery). Referência nacional entre os fabricantes desse tipo de insumo, a paulista
Triângulo Alimentos exibe em seu menu linhas de gorduras para aplicação em produtos
como biscoitos, sorvetes, itens de panifica14
Doce Revista
JULHO 2010
ção, chocolates e coberturas. “As variantes
com baixos teores de trans já não são um diferencial. Elas representam atualmente um volume de venda maior que as gorduras convencionais”, assinala Eduardo Bonini Jr., gerente
geral da empresa.
Nos balanços da Triângulo, a alta da demanda se mantém forte desde 2008. No ano
passado, o crescimento dos negócios da empresa cravou 10% em volume. “Trata-se de
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INSUMOS
Bonini, da Triângulo Alimentos gorduras com
baixos teores de trans
resultado bastante satisfatório, uma vez que
pudemos fortalecer nossas bases, estruturas
e procedimentos, tendo em vista os aprendizados que a crise de 2008 nos trouxe”,
analisa Eduardo. A melhora do poder aquisitivo, ele reconhece, exerceu papel crucial
no aumento dos pedidos de itens considerados mais saudáveis. Mas o principal fator
da tendência, na visão dele, foi a aposta em
gorduras específicas para cada necessidade.
“Com isso aumentamos nosso rol de clientes”, sintetiza o dirigente.
Além de gorduras com menores teores de
ácidos graxos trans e saturados, Bonini Jr.
insere entre os hits do menu voltado a confectionery uma novidade: a gordura fracionada de palmiste para chocolates e coberturas. “Somos a primeira empresa a fabricar
este produto no Brasil”, ressalta o gerente
da Triângulo, lembrando que uma alternativa
de fornecimento local pode baratear custos,
beneficiando consumidores industriais. Gorduras especiais e emulsificadas para recheios de
biscoitos também têm posição de destaque no
ranking dos mais vendidos da Triângulo, assim
como as opções de gordura de côco em sachê.
Infra aumentada
Para acompanhar o ritmo crescente das
encomendas, nos últimos dois anos a em-
16
Doce Revista
JULHO 2010
presa investiu em infraestrutura fabril e
logística, aumentando a área de armazenagem em tanques para 19.000 toneladas
e a capacidade de desodorização em 35%.
Também houve aumento de 35% na capacidade de interesterificação, como é chamado
o processo industrial capaz de dar origem
a gorduras consideradas mais saudáveis do
que as obtidas de matérias-primas naturais
como palma, palmiste e coco. Neste caso, já
há previsão de mais 50% de aumento para
2011. “Entre outras ações, instalamos dois
novos cristalizadores automatizados, com
consequente expansão da capacidade em
50%, e estamos prestes a inaugurar duas
linhas totalmente automatizadas de envase
de óleos em garrafas PET”, relata Bonini Jr.
Além de reduzir os teores de trans e saturados, a Triângulo se esforça para buscar aditivos alimentares naturais, em substituição ou
redução dos sintéticos. Entre os futuros itens
do menu destinado à indústria de guloseimas,
a empresa destaca planos para lançar a linha
de margarinas Bom Forno em sachês e caixas. O produto é destinado a folhados, chantilly, cremes e bolos. O gerente adianta ainda
planos de atuar no varejo com as margarinas
Fabene e Graziela, que deverão ser distribuídas em potes de 250 gramas e 500 gramas.
“Paralelamente, continuaremos a investir em
novas opções de gorduras com baixos teores
de saturados e trans, para alcançar aplicações
ainda não desenvolvidas no mercado”, antecipa Bonini Jr.
O planejamento da Triângulo para 2010,
insere ele, inclui aumento de mais 25% na
produção total, com ampliação e modernização da capacidade de desodorização, interesterificação e plastificação, além do fortalecimento de produtos recém-desenvolvidos,
como óleo de girassol alto oléico. A demanda
por esse tipo de gordura, explica o especialista, tem crescido rapidamente. “A conscientização dos consumidores e o maior acesso das
camadas de menor poder aquisitivo a produtos
considerados saudáveis estão por trás desse
crescimento”, avalia. Com 300 colaboradores
diretos e frota própria de 60 veículos, incluindo 15 tanques inox alimentícios, a empresa
tem capacidade produtiva de 15.000 toneladas por mês. Os produtos low trans (naturais
e interesterificados) podem representar até
100% deste volume, dependendo da demanda.
Na média, cerca de 70% dos mais de 250 itens
desenvolvidos pela empresa já apresentam
baixos teores de gorduras trans.
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PDV
Com todo o gás
Novos players e avanços produtivos agitam
bastidores do mercado de chocolates aerados
Leandro H.Silva
Aeração confeitos, chocolates e recheios estão entre as principais aplicações da tecnologia
N
a esteira da melhora na renda e da
multiplicação de estudos confirmando
que cacau faz bem à saúde, o brasileiro nunca devorou tanto chocolate. Retrato fidedigno desse panorama adocicado vem
da categoria de barras e tabletes aerados, que
atravessa a fase mais agitada de sua trajetória.
Depois de quase 30 anos de reinado solitário
da marca Suflair, ícone no gênero da Nestlé, de
junho do ano passado até agora nada menos do
que três outros gigantes do mercado de chocolates – Arcor, Hershey’s e Kraft Foods – co-
18
Doce Revista
JULHO 2010
locaram em marcha a fabricação de itens que
demandam processos de aeração.
A primeira a encarar a supremacia de Suflair,
produto na ativa desde 1980 (ver à pág. 22), foi
a Arcor que, na Argentina, tem forte atuação na
categoria de aerados com a marca Cofler. Depois
foi a vez da gigante americana Hershey’s, que
em janeiro último introduziu na cena nacional,
sob a grife Air, nada menos do que o primeiro
chocolate aerado do seu vasto menu mundial.
Com o potencial de vendas demonstrado nacionalmente, a empresa já estuda estender a noviAcesse: www.docerevista.com.br
dade aos EUA e México. Como que não querendo
ficar fora da festa, desde fevereiro deste ano a
Kraft Foods distribui no país o tablete Lacta
Delice. A rigor, trata-se de um chocolate não
aerado. Mas o produto é recheado com mousse de textura aerada, exigindo equipamentos e
processos produtivos similares aos dos tabletes
aerados.
Além de demonstrar a crescente abertura dos
consumidores a chocolates mais incrementados,
as movimentações na categoria de aerados estão
beneficiando como nunca o segmento de máquinas e equipamentos para a indústria de derivados de cacau. Representando no Brasil a Haas
Mondomix, trem bala global na tecnologia de
aeração para confeitos, chocolates, mousses e
itens panificados, a Komatec é possivelmente a
empresa do país com mais motivos para comemorar a multiplicação de players nas gôndolas
brasileiras de chocolates aerados. “Praticamente
todos os novos produtos aerados no Brasil, sejam
recheios ou chocolates, estão sendo produzidos
em sistemas fornecidos pela Komatec”, ressalta
Thomas Koblinsky Jr., diretor da trading, lembrando que a linha de equipamentos de aeração
Haas Modomix é fruto da aquisição da holandesa
Koblinsky Jr., da Komatec cabeçote
Haas Mondomix em quase todos os novos
produtos aerados no Brasil
Mondomix pelo grupo austríaco Haas, também
pêndulo global no setor de sistemas e fornos de
biscoitos e panificação.
Know-how acessível
A tecnologia de aeração de chocolates,
prossegue o profissional da Komatec, se tornou
mais acessível, madura e de fácil operação, além
de permitir a flexibilidade para outros tipos de
PDV
de ar ou gás nos tabletes com precisão. Dessa
forma, continua o especialista, é possível fazer
a chamada microaeração. Chocolates produzidos
dessa forma têm bolhas invisíveis com até 20%
de redução em peso.
“A geometria do cabeçote aerador Haas Mondomix permite controlar densidades e garante
flexibilidade para essas aplicações”, reporta o
dirigente. Outra vantagem da atual geração de
equipamentos destinados a aeração de chocolates vem dos controladores de densidade automáticos, que garantem padrão de qualidade em
quaisquer níveis de vazão e capacidade. Entre
as novidades da grife Haas Mondomix, destaque
para a linha High Speed Depositor. Apresentada
em 2008, a tecnologia tem entre suas principais características alto rendimento e precisão
na dosagem de massas aeradas, especialmente
chocolates. No Brasil já há cinco linhas baseadas na grife High Speed Depositor. Algumas já
instaladas, outras em processo de instalação.
Renata, da Hershey’s
crescimento de 20%
ao ano e ingresso na
categoria no início
de 2010
Menos calóricos
massas, incluindo recheios aerados, mousses e
doces em geral. “Obviamente, o crescimento do
mercado de chocolates no Brasil, a maior facilidade de importação e o câmbio favorável também contribuem para os investimentos, viabilizando projetos que, em alguns casos, já haviam
sido desenhados há anos”, analisa Koblinsky Jr.
Reconhecendo que outros fabricantes terão que
se esforçar para oferecer produtos comparáveis
a Suflair em termos de qualidade e preço, o dirigente lembra que os equipamentos hoje em
dia permitem controlar o tamanho das bolhas
Além de confirmar a ascensão das vendas de
chocolates, a entrada de novos fabricantes no
nicho de barras e tabletes aerados evidencia as
vantagens de um conceito antigo, mas atualíssimo. No lado dos fabricantes, o processo de aeração permite diminuição de peso sem alteração
do chamado facing dos produtos. Isso significa
que, apenas olhando sua superfície externa, não
dá pra dizer se um chocolate é aerado ou não.
No caso da microaeração, que gera bolhas praticamente invisíveis, nem uma mordida tira a dúvida. Por outro lado, a aeração tende a ganhar
espaço em chocolates, recheios e doces em geral
por oferecer texturas e sabores diferenciados, a
preços e custos operacionais relativamente atraentes. Por último, mas não menos importante,
a técnica permite obter chocolates não apenas
mais leves e com menos massa, mas também
menos calóricos, característica que pode vir a
alavancar a presença da técnica nas prateleiras
de alimentos saudáveis.
A julgar pelos números, o consumidor já reconhece essas e outras qualidades dos tabletes
aerados, como leveza e suavidade. Renata Ziccardi Vieira, gerente de marketing da Hershey’s,
informa que, no Brasil, o segmento de barras
aeradas representa 5% do volume de tabletes,
crescendo 20% ao ano. “Não há dúvidas de que
há espaço para nossa entrada na categoria”, diz
a executiva, acrescentando que a proposta da
Hershey’s é conquistar novos consumidores de
chocolates aerados.
Os limites do mercado nacional já ficaram
pequenos para o projeto Hershey‘s Air, como foi
batizado o chocolate aerado da empresa. Criada
no Brasil, a marca está em processo de validação
com consumidores dos EUA e México. No Brasil,
o produto por enquanto só está disponível na
versão com 110 gramas, que compete no segmento de barras gigantes. Mas lançamentos são
aguardados para breve. “A
extensão para tamanhos
de impulso, como 30 gramas, é natural”, adianta
Renata.
Em apenas seis meses
de lançamento, o tablete Air atingiu a terceira
colocação em vendas no
portfólio de chocolates da
Hershey’s, com 10,2% de
participação no segmento de aerados. Em pesquisa
quantitativa realizada com 360
pessoas, 100% dos consumidores
de chocolates aerados entrevistados comprariam o produto após experimentar. Entre as pessoas que não
consomem chocolate aerado, a aceitação
cravou 88%. “O brasileiro é muito aberto a novidades”, define Renata, ressaltando que o foco da
estratégia com Hershey’s Air é gerar experimentação. Para isso, a empresa está promovendo
campanhas nacionais de degustação no trade,
contando também com uma campanha de TV em
São Paulo.
Arcor aerado com
qualidade e baixo
desembolso
PDV
Bolhas de ar
Ciro Mariani, gerente de marketing de chocolates Arcor, conta que foram investidos US$ 1
milhão e dois anos de pesquisas no lançamento
dos tabletes aerados da empresa. Com o slogan
“Surpreenda-se com essas bolhas”, os produtos
têm formulação livre de gordura vegetal hidrogenada e são apresentados em duas versões: Arcor
Chokko Aerado ao Leite e Arcor Chokko Aerado
Duo. A primeira marcou a entrada da empresa no
segmento no meio do ano passado, enquanto a
versão Chokko Aerado Duo surgiu em março último
oferecendo chocolate ao leite coberto por chocolate branco. As duas versões entregam 40 gramas
por tablete. “Tanto o molde como a embalagem
traduzem um posicionamento moderno, inovador
e descontraído, direcionado para o target primário
da linha, que são os jovens”, ressalta Mariani.
As embalagens, prossegue o gerente, destacam graficamente a presença de bolhas de ar
nos tabletes. “Já somos o segundo player desse segmento e queremos nos consolidar como
a empresa que oferece chocolates aerados com
qualidade a um baixo desembolso”, insere Ciro,
abrindo planos de ampliação de portfólio a partir de novas versões, sabores e formatos.
Número um na cena brasileira de chocolates,
com 38,6% de participação em volume e 36,8 %
em valor, a Kraft Foods também está confiante
Luciana, da Kraft Foods recheio de
mousse com textura aerada
na receptividade dos consumidores à linha Delice,
composta por chocolates recheados com mousse
aerado. “O aumento do poder aquisitivo permitiu
que as pessoas passassem a buscar produtos inovadores e mais elaborados. Com esse lançamento,
pretendemos reforçar a liderança da Lacta no segmento”, diz Luciana Pires, gerente de marketing
de tabletes da Kraft Foods Brasil. Os tabletes de
Lacta Delice são formados por grandes gotas, com
um recheio cremoso e macio, nos sabores de chocolate, avelã ou caramelo. Além disso, apresentam
embalagem no formato caixinha, com um sistema
de abertura estilo envelope.
O pioneiro das bolhas
Nestlé primeiro
anúncio de Suflair...
Lançado em 1980 pela Nestlé,
Suflair foi o primeiro chocolate do
Brasil a passar pelo processo de
aeração, tratamento especial que
permite incorporar ar à massa do
produto, tornando-a mais leve. A
técnica consiste em injetar um gás
inócuo para que o chocolate fique
com as características desejadas. Na
fabricação dos tabletes com adições
de insumos como castanhas, amêndoas e flocos de arroz, os ingredientes complementares são acrescentados à massa na moldagem, antes do
preenchimento das fôrmas.
Em 2009, a marca Suflair ganhou
duas segmentações de linha que se
tornaram sucesso de vendas: Suflair Senses e
Suflair Duo. Senses é um tablete aerado com
recheio cremoso de chocolate, em embalagem
com duas unidades de 38 gramas cada. Seguindo a tendência, o Suflair ao leite 30 gramas,
sucesso no pequeno varejo, também passará
a ser comercializado em supermercados em
embalagem com duas unidades.
Repetindo a fórmula do Classic Duo – tablete de 170 gramas lançado em 2007 como
edição limitada, e depois incorporado definitivamente ao portfólio da linha –, a Nestlé
também aposta na extensão de linha Suflair
Duo. Trata-se de um tablete de 130 gramas
que combina chocolate ao leite aerado com
chocolate branco. Para ressaltar a percepção
de derretimento na boca, os tabletes ganharam
novo molde, com gomos mais altos.
...E segmentações
lançamentos de 2009
capa
O trade vai
às compras
Sweet Brazil International e Abad colocam em promoção a
maior vitrine de candies da América Latina
Sweet Brazil/Abad reabastecimento do trade para o segundo semestre
A
ala nacional de confeitos (confectionery) e o atacado distribuidor brasileiro, setor que é seu canal por excelência,
promovem juntos em agosto a decolagem da mais importante plataforma de lançamentos do país e da América Latina, polarizando as atenções da indústria e do trade sobre a
cidade de Curitiba (PR). Prevista para 16 a 19,
a 13.ª Sweet Brazil International inunda de
sabor o recinto do Expotrade Convention Center
de Pinhais, desfilando as inovações no reduto de
chocolates, biscoitos, snacks e candies. Como
acontece há nove anos consecutivos, a feira é
montada em paralelo à Convenção Anual do
24
Doce Revista
JULHO 2010
Atacadista Distribuidor – Abad 2010, em sua
30ª edição. Além de mobilizar o business doceiro e mercearil, a realização conjunta dos eventos pavimenta a aliança dos fabricantes de guloseimas doces com sua mais eficiente ferramenta
de vendas. Entreposto de reabastecimento de
um setor que movimentou R$ 16,8 bilhões em
2009 (varejo de chocolates e candies), a Sweet
Brazil reúne em ambiente único no gênero os
representantes de toda cadeia de produção de
confectionery, apresentando em primeira mão
os lançamentos (ver à pág36) e as tendências
nas áreas de desenvolvimentos, marketing,
distribuição e logística.
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capa
Ursulino Netto, da
Abicab investimentos
sem precedentes em
novas fábricas
Confirmando a expectativa de compradores nacionais e do exterior, estão previstos o lançamento de mais de 150 produtos
durante a Sweet Brazil, informa a Abicab
(Associação Brasileira das Indústrias de
Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), copatrocinadora do evento. “É o
primeiro resultado de um investimento sem
precedentes na história do setor no país.
Foram US$ 350 milhões injetados para modernizar e ampliar a produção em 2009”, dimensiona Getulio Ursulino Netto, presidente
da entidade. O aumento da demanda interna
e a crescente aceitação dos produtos brasileiros no mercado externo, interpreta ele,
conduziram as indústrias do setor a alocar
esse aporte de investimentos na ampliação
de fábricas, construção de novas unidades,
aquisição de equipamentos e modernização
das linhas de produção.
Entre os exemplos recentes, o dirigente
da Abicab insere a suíça Barry Callebaut,
pêndulo global no processamento integrado
de cacau e chocolate gourmet e presente no
Brasil desde 1999, que construiu e inaugurou em maio passado sua planta para indus-
trialização de cobertura em Extrema (MG).
A Kraft Foods Brasil, que se apresenta pela
primeira vez em estande conjunto com a Cadbury – após a integração global das duas
corporações – , e a Sukest tocam projetos
de construção de plantas, enquanto pelo
menos outras dez companhias de médio e
grande porte do setor acionam neste ano a
ampliação de instalações, modernização de
linhas e a compra de equipamentos, completa Ursulino Netto. “Os investimentos em
tecnologia têm sido intensos fazendo com
que nosso parque de máquinas hoje seja
comparável aos melhores da Europa”, endossa Ernesto Ary Neugebauer, presidente
da Harald, potência do setor de chocolates
para food service (alimentação fora do lar)
também presente na Sweet Brazil 2010.
Goleada final
Dados ainda em aberto indicam que mais
de 200 expositores devem recepcionar número superior a 30.000 visitantes profissionais,
cujo perfil sobressai por centralizar a compra
de produtos industrializados do país, além
de várias missões do exterior. “A realização
bem sucedida do evento no ano passado em
Recife (PE) inspira o retorno a Curitiba, que
sediou a feira em 2008, onde iremos ocupar
7-8.000 metros quadrados, correspondentes a
20-30% da área total, com cerca de 30-40 expositores das principais grifes do nosso setor,
performance em linha com a última edição”,
sintetiza Ursulino Netto. Esses participantes,
acrescenta o dirigente, representam mais de
90% da oferta nacional de chocolates, cerca
de 70% da comercialização de guloseimas doces e 65% do movimento dos fabricantes de
confeitos de amendoim.
Essa edição da feira, em particular, é
aguardada com expectativa incomum, pois
emerge em um cenário favorável à indústria
e ao comércio de confeitos, percebe Ursulino Netto. Como é praxe no setor, o segundo semestre é tido como salvador da lavoura,
principalmente quando as vendas andam de
lado no período inicial do ano. Desta vez, no
entanto, puxada pela boa maré da venda de
chocolates e chamarizes como a Copa do Mundo da África do Sul, a indústria vem embalada
por um primeiro tempo que faz prever mais
gols na etapa restante do ano. Montado na
antessala do segundo semestre, a Sweet Brazil
sempre reserva novidades e promoções especiais justamente para garantir o balanço no
azul, transformando o encontro em fonte geradora de negócios para os dois lados do balcão. “Com lançamentos na manga, turbinados
por ofertas e outros atrativos, a indústria se
reúne com compradores de diversos portes, do
Brasil e do exterior, agilizando o fechamento de eventuais pedidos”, observa Ursulino
Netto. Ele completa que, em geral, boa parcela de contatos iniciados no evento depois
se concretizam em negociações, reabilitando
o resultado final em anos com primeiros semestres ruins. “Desta vez as perspectivas são
ainda maiores, já que tivemos um início de
ano melhor”, assinala o dirigente. Ele ressalta
que a realização da Sweet Brazil simultânea
à convenção da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) ajuda
a reoganizar a agenda de desenvolvimentos,
marketing e vendas da indústria de candies.
Em paralelo à feira, a Abicab enfatiza sua
parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) com a organização do 3º. Proje-
Neugebauer, da
Harald parque de
máquinas comparável
aos melhores da
Europa
capa
Severini, da Abad
setor atacadista deve
crescer no mínimo 6%
em 2010
30
Doce Revista
to Comprador Sweet Brazil. Trata-se de uma
rodada específica de negócios entre empresas
brasileiras e importadores dos EUA e da Argentina, que formam os dois maiores mercados externos para os confeitos produzidos
aqui, repassa o presidente da Abicab. “Além
disso, também vamos realizar o 3º. Projeto
Imagem Sweet Brazil, uma missão de jornalistas de mídias especializadas do setor nos EUA,
México e Inglaterra, que farão a cobertura internacional do evento”, anuncia ele. Rafael do
Prado Ribeiro, gestor de exportação da Abicab, detalha que o projeto comprador visa a
realização de negócios no curto e médio prazo, através de encontros (business meetings)
entre as empresas brasileiras e traders do setor de confectionery americanos e argentinos.
No projeto imagem, acrescenta ele, o objetivo
com a missão de jornalistas especializados é
a construção de uma imagem positiva do segmento de confectionery brasileiro. “Estamos
tendo uma grande e entusiasmada procura por
parte de agentes estrangeiros, que querem
conhecer a indústria de confeitos do Brasil”,
sublinha Prado Ribeiro.
O presidente da Abicab assinala o avanço da
internacionalização da Sweet Brazil em complemento ao perfil mais doméstico do evento da
Abad. Sem contar os órgãos oficiais e entidades
internacionais contatados, em torno de 2.000
compradores de renomadas cadeias atacadistas e
redes varejistas do exterior receberam nominalmente convites da Abicab. Segundo a entidade,
em 2009, o Brasil exportou US$ 294 milhões em
balas, chocolates e gomas de mascar para mais
de 146 países, atingindo todos os continentes.
As exportações para América do Sul, América
Central e Caribe representaram 48% das vendas
brasileiras para o exterior. Para a Europa foram
embarcados US$ 10 milhões, enquanto que, para
o Oriente Médio, seguiram US$ 8 milhões em
produtos. As vendas de confeitos e chocolates
brasileiros para os países árabes quase dobraram
de 2006 a 2009, passando de US$ 2,6 milhões
para US$ 4,7 milhões no período. Pelos monitores da ICA (International Confectionery Association), o Brasil é hoje o quarto maior produtor
mundial (e o terceiro maior exportador mundial)
de balas, confeitos e gomas de mascar, depois
dos EUA, China e Alemanha.
Com base nesses números, Ursulino Netto
argumenta que reflexos da crise econômica internacional não atingiram de forma acentuada
as vendas externas. Por conta disso, o país teve,
no primeiro semestre de 2010, crescimentos de
9,1% e 12% nas exportações de produtos de
JULHO 2010
chocolate e amendoim, respectivamente. “Já
em balas, confeitos e goma de mascar, tivemos
crescimento na maioria dos mercados, com exceção de América Central, Ásia e África comparando com igual período de 2009”, confronta o
dirigente.
Para facultar o acesso do trade às novidades
e atrações das empresas do setor, a Abicab organiza também nesta edição da Sweet Brazil o Salão de Lançamentos. “Serão 60 metros quadrados ao lado do espaço da Abicab na feira, onde
os visitantes poderão ver amostras, consultar
prospectos e até degustar os novos produtos,
antes de seguir para os estandes das empresas”,
explica Ursulino Netto.
Balcões em alta
Na Abad, organizadora da convenção e
feira dos atacadistas, a realização da 30ª
edição do evento ratifica o exuberante resultado apurado no ranking do setor divulgado no final do primeiro semestre. Pelo
levantamento levado a cabo pela entidade
em parceria com a Nielsen, o atacado distribuidor nacional superou expectativas ao
faturar R$ 11 bilhões a mais que em 2009. O
Ranking Abad/Nielsen reúne 391 das maiores empresas atacadistas distribuidoras do
país e apontou os resultados do segmento
em 2009, com destaque para um crescimento real de 4,1%, alcançando uma receita total de R$ 131,8 bilhões, montante equivalente a cerca de 5% do PIB (produto interno
bruto) brasileiro. “Para 2010, nossa expectativa é crescer pelo menos 6%”, crava Carlos Eduardo Severini, presidente da Abad. A
pesquisa, acrescenta ele, registrou também
o otimismo dos empresários, que projetam
aumento nos investimentos, no faturamento, na rentabilidade e no volume de vendas,
expectativa que deve movimentar os bastidores da convenção e feira da Abad 2010
juntamente com a Sweet Brazil. “Obtivemos
no ano passado um crescimento nominal de
9,2%, mesmo tendo sido 2009 um ano ainda marcado por reflexos da retração global.
A participação do atacado nas vendas tem
permanecido estável e significativo, acima dos 50%, nos últimos cinco anos. Em
2009, correspondeu a 52,2% de tudo que foi
distribuído no mercado mercearil do país”,
complementa Severini.
Mesmo durante a crise internacional, prossegue o dirigente, as empresas tiveram uma atuação proativa, confiaram na solidez do mercado
de consumo nacional e não interromperam os
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capa
investimentos, seja em renovação da frota, tecnologia ou no aperfeiçoamento de suas relações
com o varejo independente, seu principal cliente. “O atacado distribuidor vem atuando cada
vez mais como parceiro e consultor do varejista, e a força de vendas do segmento está sendo
treinada para ajudar o pequeno comerciante a
encontrar o mix de produtos ideal, a desenhar o
melhor layout de loja e aperfeiçoar a prestação
de serviços ao cliente final”, comenta Severini.
Para ele, a intensificação desse relacionamento pode ser conferida na Sweet Brazil/Abad
2010. Como ocorre todos os anos, a entidade
leva aos convencionais uma agenda de palestras que procura trazer para os empresários e
profissionais do segmento informações e conhecimentos relevantes para o negócio, observa o
presidente da Abad. “Neste ano, em especial,
acreditamos que, pela escolha de temas e pela
qualidade dos participantes, as palestras sejam
um diferencial para quem procura capacitação e
qualidade”.
Durante dois dias, detalha Severini, estão
programadas oito palestras elaboradas por especialistas com a participação de importantes convidados da cadeia de abastecimento,
abrangendo temas como projetos sociais e
ambientais, fidelização e capacitação do varejo independente, custos, lucros e serviços, canais de distribuição e trade marketing, visão
estratégica do setor e impactos tributários
(ver quadro à pág,34).
Parceria de peso
Entre outras novidades reservadas para
o evento, o dirigente destaca a atuação do
Instituto Abad. Com ativa participação na
convenção, é ele que cuida da distribuição de
material informativo e educativo sobre responsabilidade socioambiental e da promoção
de iniciativas como neutralização do carbono
gerado pelo evento, campanha de doação dos
produtos remanescentes dos stands para distribuição entre entidades assistenciais locais
e coleta seletiva do lixo, incluindo parceria
com cooperativas de catadores de Curitiba
para separação de resíduos gerados na montagem e desmontagem dos estandes e durante o
consumo na Convenção.
O presidente da Abad também enfatiza a
aliança do setor atacadista distribuidor com
a indústria de confectionery, assinalando que
capa
a Abicab é uma parceira de peso. Afinal, grifa
ele, a entidade reúne mais de 100 associados
do ramo de chocolates, candies e confeitos de
amendoim, com representatividade que engloba
quase a totalidade do mercado de guloseimas no
país. “Temos uma aliança que já dura nove anos,
com grande sucesso. A Abicab tem sido fundamental para estimular a presença maciça de seus
associados no evento, abrilhantando nossa mostra de produtos com a exibição das principais
indústrias do segmento e com os lançamentos
realizados durante a feira”, frisa Severini.
Nos últimos anos, observa o dirigente, o aumento do poder de compra da classe C resultou num significativo aumento na demanda de
produtos enquadrados no segmento de consumo
indulgente, que antes não cabiam no bolso dos
consumidores de baixa renda. “Quem não consu-
mia chocolates, por exemplo, passou a consumir
e quem já comprava, está buscando variedade
e marcas de qualidade superior”, comenta ele.
Esse novo cenário, prossegue, é positivo tanto
para o atacado como para as filiadas à Abicab,
que têm no setor seu principal canal de vendas
e, dessa maneira, alcançam capilaridade e agilidade na distribuição. “Na média, nosso setor
distribui 52,2% dos produtos no mercado mercearil, mas em relação à industria de chocolates e
candies essa proporção sobe para 70%, 80% ou
mais”, estima Severini. O trabalho desenvolvido
em conjunto pelas entidades, somado ao crescimento da demanda, abre perspectivas de crescimento para o setor representado pela Abicab,
tornando seu papel no setor mercearil e sua presença entre os parceiros do atacado distribuidor
cada vez mais relevantes, ele conclui.
Programação Abad 2010
16/08 – Segunda-feira
10h00 - Abertura da secretaria
14h00 - Sessão solene de abertura com palestra do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega sob o tema “Perspectivas da Economia Brasileira” (auditório principal)
15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços
22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades
17/08 – Terça-feira
12h30 - Abertura da secretaria
14h30 às 15h30 - Palestra “Visão Estratégica do Setor Atacadista Distribuidor” (auditório I)
14h30 às 15h30 - Palestra “Impactos Tributários na Cadeia de Abastecimento” (auditório II)
15h30 às 16h30 - Palestra “Fidelização do Varejo” (auditório I)
15h30 às 16h30 – Palestra “Custos Comerciais, Administrativos e Logísticos – Um Desafio para a Competitividade” (auditório II)
15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços
22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades
18/08 – Quarta-feira
12h30 - Abertura da secretaria
14h30 às 15h30 - Palestra “Investir em Projetos Sociais e Ambientais é um Bom Negócio” (auditório I)
14h30 às 15h30 - Palestra “Lucro e Serviço ao Cliente – O Impacto da Qualidade da Informação” (auditório II)
15h30 às 16h30 - Palestra “Capacitação do Varejo” (auditório I)
15h30 às 16h30 - Palestra “Canais de Distribuição e Trade Marketing – Um Desafio para o Atacado Distribuidor” (auditório II)
15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços
22h00 - Jantar Show com o cantor Leonardo – Clube Curitibano
22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades
19/08 – Quinta-feira
12h30 - Abertura da secretaria
14h30 - Entrega dos prêmios “Melhor Atacadista Distribuidor Nacional e Estadual”, “Melhor Expositor – Destaque Abad 2009 “ e
“Maior Caravana Estadual por Região” (auditório principal)
15h00 - Sessão solene de encerramento (auditório principal)
15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços
22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades
34
Doce Revista
JULHO 2010
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capa
Palanque do giro
Com um volume de novidades sem precedentes na
trajetória da Sweet Brazil/Abad, os fabricantes de
candies acenam com mais de 150 produtos que serão
apresentados em primeira mão nesta edição da feira.
Confira abaixo alguns dos principais destaques
BOAVISTENSE
Especializada em balas, caramelos, pirulitos,
chicles e agora também em confeitos de amendoim, a Boavistense aproveita o balcão itinerante da Sweet Brazil International/Abad 2010
para enfatizar as novidades nas linhas de pirulitos (tipo bola com recheio, planos com recheio
e tatuagem) e de balas duras recheadas. Entre
os lançamentos, uma das apostas da companhia
gaúcha recai sobre a linha de pirulitos Snesh,
posicionada para público jovem na faixa de 12
a 18 anos. Disponível nos sabores cereja, limão
e menta (pacotes de 600 gramas com 50 unidades), o confeito incorpora uma variante extraforte de mentol na formulação, que intensifica
a refrescância durante o consumo. “O layout da
linha Snesh destaca o novo logo da companhia
em cores fluorescentes sobre a embalagem totalmente escura, que se identifica com o público
jovem”, analisa Adriano Orso, gerente de marketing da empresa. Ele grifa também o pirulito
Frutal, desdobrado da linha de balas duras da
mesma marca. Desenvolvido na cor e no sabor
de frutas como morango, limão e uva, o candy
contém oito gramas e é comercializado em embalagem de BOPP perolado em pacotes com 50
unidades. Ainda na ala dos pirulitos, a empresa
apresenta o Pop Kiss Beija Mais, criado em formato de boca. Conta com duas tatuagens, uma
de cada lado do produto e utiliza a tecnologia
icing para a aplicação de tatoo, imprimindo marca de beijo nas cores vermelha e roxa. Segundo
Orso, esse lançamento também traz frases interativas sobre o tema beijo e é comercializado
no sabor cereja em pacote de 500 gramas com
50 unidades. Entre outras novidades apresenta-
36
Doce Revista
JULHO 2010
das na Sweet Brazil, o gerente insere o Pé de
Chicle, apresentado no formato de pé humano
compondo o arsenal de candies que misturam
sabor e diversão. Trata-se de um pirulito plano
de 12 gramas com sabor e recheio de chicle de
tutti-frutti, disponível em pacotes de 600 gramas com 50 unidades. A marca Flamby completa
o pacote de lançamentos, encorpando a linha
de balas duras com recheio. Desenvolvida nos
sabores morango e maracujá, ela agrega recheio
cremoso feito à base de leite condensado. “O
flan é uma sobremesa apreciada por todos. Vem
daí a inspiração da linha, que reforça o mix de
produtos cremosos”, associa Orso. O produto
possui fechamento individual em flowpack e é
comercializado em pacotes de 700 gramas de
cada sabor.
CORY
Um dos primeiros confeitos fabricados pela
empresa, a linha de balas Apache volta ao mercado com o tradicional indiozinho na embalagem
e os mesmos sabores que consagraram a marca (maracujá, framboesa e menta). “Decidimos
promover uma série desse produto atendendo a
insistentes pedidos de clientes atacadistas de
todo o país”, relata Daniel Andreolli, gerente de
marketing da Cory, que preparou o relançamento especialmente para surpreender a clientela
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capa
na Sweet Brazil 2010. Outra aposta sob medida
para afagar o trade é a bala Lilith de morango,
com formulação exclusiva. O produto, explica
Andreolli, possui sabor diferenciado e foi desenvolvido seguindo testes com consumidores de
modo a agradar todos os paladares. A tradicional
linha de balas duras Icekiss ganha três versões
inéditas, anuncia o gerente: Icekiss Azedinho
sabor morango, para apreciadores de balas com
sabor forte; Icekiss Cream, que mistura morango
e chantili, para consumidores de produtos cremosos; e a Icekiss Tutti-Frutti. Entre os derivados de cacau a empresa leva para a feira o pão
de mel Cory Love. Lançado na Páscoa, o produto
ganha nova apresentação, em displays com embalagens monodoses para consumo rápido.
namento de linhas às suas pastilhas drageadas,
que foram rebatizadas sob a marca Miny Minty,
contemplando mais quatro sabores, sendo dois
mentolados, (canela e menta extraforte) e dois
frutais (uva e maracujá). Com os lançamentos, a
família passa a apresentar dez opções de sabores. As embalagens ganharam traços modernos,
identificados com o layout dos demais produtos
da linha. Também as minigomas foram reformuladas, incorporando mais dois sabores: cereja e
eucalipto extraforte. Os produtos são comercializados em pacotinhos de 20 gramas e displays
com 30 unidades.
DTC
DOCILE
No embalo dos investimentos em equipamentos e aumento de 30% na capacidade de
produção de balas de goma, a Docile reuniu seu
portfólio em uma única linha batizada de Docigoma e introduzida em primeira mão na Sweet
Brazil 2010. Segundo Ricardo Heineck, diretor
de marketing da empresa, o objetivo do reposicionamento é criar uma identificação mais
clara para o consumidor. “A preocupação foi a
de promover uma atualização nas embalagens,
sem se distanciar da linguagem anterior, pois
trata-se de uma das linhas de maior faturamento
da empresa. Entendemos, assim, a importância
de o consumidor reconhecer o ítem que ele já
estava acostumado a comprar”, comenta o diretor. Entre os produtos que foram repaginados
e que surgem em novas embalagens, ele destaca os pacotes de 280 gramas para as versões
de Docigoma Frutas Sortidas, Minhocas Azedinhas, Gomos, Gurt, Napolitano, Coração Frutas
e Morango. Ainda dentro da linha de balas de
goma, a empresa apresenta a variante Docigoma
Ursinhos Azedinhos, no novo sabor framboesa
e nas versões tradicionais de frutas variadas,
disponibilizada em pacotes de 20 e 280 gramas. Também a linha de minichicles de bola
drageados XClé foi reformulada. As mudanças
incluíram desde a formulação até a embalagem,
relata Heineck. “A massa dos minichicles ficou
mais macia e o sabor com maior durabilidade. Já
o novo layout estampa a figura de personagens
non sense inspirados em games da Internet”,
descreve o executivo da Docile. Os produtos, ele
conclui, continuam sendo comercializados em
sachês de 3,4 gramas nos sabores tutti-frutti e
hortelã, em displays com 40 unidades ou em tiras. A Docile estendeu a estratégia de reposicio-
38
Doce Revista
JULHO 2010
A empresa ganhou fama como importadora de
brinquedos e itens de pelúcia, mas desponta hoje
como uma das mais bem sucedidas tradings do
setor doceiro e uma das precursoras do filão que
mistura confeitos com diversão (candy toys). A
especialidade que construiu o nome da empresa na
cena de doces é também a grande atração no estande da DTC em Curitiba. “Iremos apresentar vários lançamentos da linha Candy Toys de confeitos
incorporados a brinquedos e as licenças de maior
sucesso do momento como Ben 10, Bakugan, Siderman, PPG , Carros, Princesas, Fadas e Toy Story
3, além de mais de 20 itens que já são sucesso
em todo o Brasil”, resume Esther Douer, diretora
da trading paulistana. Entre os principais lançamentos reservados para a Sweet Brazil, ela destaca
novidades em gomas de mascar e pastilhas, sempre com um brinquedo
e um personagem, garantindo a alegria das
crianças e o faturamento do trade. Além dos
lançamentos, completa
ela, poderão ser conferidos no estande da DTC
os produtos exclusivos
da importadora como
a consagrada linha de
pirulitos LaserPop, que
acendem como lanterna
e com estampas das Meninas Superpoderosas, Batman, Spiderman e Superman.
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capa
DUNGA
Acenando com diversas novidades, a Dunga
Alimentos leva para a Sweet Brazil o novo Vip´s
Delicinhas. Trata-se de uma linha de biscoitos
recheados apresentada em sete sabores salgados
(manjericão, tomate seco, tradicional, peito de
peru, churrasco, parmesão e pimenta mexicana), e nas versões doces morango e chocolate,
desenvolvida especialmente para ser degustada
entre as refeições, explica Renata Florenzano,
gerente de marketing da empresa. As embalagens exibem cores diferenciadas para facilitar a
identificação de cada sabor e vêm no formato
monodose, facilitando o manuseio e consumo. “As apresentações são chamativas,
propiciam melhor visualização no ponto
de venda e garantem
o giro” , frisa Renata.
ERLAN
A empresa de chocolates e balas baseada em
Uberlândia (MG) segue para a Sweet Brazil com
todo o arsenal de guloseimas e ênfase nas linhas
que ganharam novos formatos e revitalização nas
embalagens. Entre as novidades mostradas na feira, a Erlan destaca as linhas de bombons Toffee,
Olho de Sogra e Sortidos. “A intenção é receber os
clientes com os itens mais conhecidos do grande
público, chamando a atenção para as mudanças
recentes introduzidas em todo o mix “, assinala
Rosalina Cardoso Vilela, diretora da empresa. Na linha de balas mastigáveis, exemplifica ela, a marca
comparece com lançamentos e uma série de novos
sabores. “Também aproveitamos a feira para apresentar aos visitantes o novo grupo de gestores da
companhia, que recentemente repassou o comando da segunda para terceira geração da família”,
comenta Rosalina. Na ativa há 54 anos, a Erlan
ocupa posição de destaque na cena mineira e nacional de candies e exporta para mais de 30 países
em todos os continentes.
40
Doce Revista
JULHO 2010
FERRERO
Detentora das marcas
Tic-Tac, Rocher, Kinder e
Nutella, a Ferrero participa da Sweet Brazil com
foco na divulgação de
seu maior lançamento
neste ano: o mix frutal
Cereja e Maracujá da linha de minipastilhas
Tic-Tac. Desenhado para
substituir o sabor Cereja
Extra Mint, a novidade sobressai por introduzir
na categoria uma mescla de cores e sabores dentro da mesma embalagem. Para reforçar o impacto da apresentação, a empresa reforça na feira
a continuidade da promoção “Qual sabor tem
mais na caixa, cereja ou maracujá?” Com início
no primeiro semestre e duração até setembro,
a ação parte da exposição de uma embalagem
gigante instalada no Shopping Eldorado em São
Paulo. Com base no tamanho da caixa exposta,
o público deve responder pelo site da empresa
(www.tictac.com.br) qual dos sabores – cereja
ou maracujá – encontra-se em maior quantidade na megaembalagem. As repostas que mais se
aproximarem do volume correto ganharão desde
ipods até um carro. No local, uma câmera com
visão de 360°garante a participação de fãs da
marca de todas as regiões do país. Fabricado
no Equador, o Tic-Tac segue há 15 anos como
um dos maiores sucessos da Ferrero na linha de
minipatilhas. Embalado em caixas plásticas de
16 gramas com aproximadamente 30 unidades,
o confeito possui 60 camadas de ingredientes
que se dissolvem na boca, proporcionando maior
refrescância e sabor ao consumidor.
FLORESTAL
Com posição de destaque nas categorias de
pirulitos, balas, caramelos, chicles e candy toys,
a Florestal destacará lançamentos que trazem a
proposta de estimular a interatividade entre os
consumidores. Adriano Orso, gerente da empreAcesse: www.docerevista.com.br
capa
sa, insere entre essas novidades o pirulito Xaveco. O candie conta com nada menos do que 55
diferentes mensagens de paquera. Feito em formato de bola, o pirulito Xaveco tem 12 gramas,
target formado por jovens de 12 a 17 anos e já
está nos pontos de venda em pacotes de 600 g
com 50 unidades. Para o público de 7 a 15 anos,
a empresa desenvolveu o Pirulito PitPet, que
leva recheio de chicle sabor tutti-frutti. Também com formato de bola e peso de 12 gramas,
a guloseima contém uma cartela formada por 60
figurinhas adesivas ilustradas com imagens de
animais domésticos (pets), acompanhadas de
frases interativas. Os animais também são impressos na parte externa da embalagem. Para fãs
de caramelo, a empresa lança o Pirulito Milkino
em formato plano (8 gramas). Os marshmallows Fofs também ganharam novidades, incluindo
mudanças de formato e peso. Além do tradicional tubinho, a linha passa a agregar os formatos
torcido, de 3 gramas, e coração, com 5 gramas,
ambos vendidos em pacotes de 500 gramas.
Unique, feitos à base de cacau proveniente de
regiões da Bahia, Amazônia e de outros países,
como República Dominicana, Equador, Gana,
Madagascar e Venezuela. A Goumert ainda é
composta pelos produtos Melken, Unique Dark
e Melken Unique ao leite. A empresa também
leva à feira a Harald Top Cobertura Blend, uma
combinação de cobertura de chocolate ao leite
e meio amargo em barras de 1 quilo e 2,3 quilos.
Com sabor mais próximo do meio amargo, a mistura permite diferentes combinações de coberturas. O Ganache Premium é outra novidade da
empresa. Disponível nos sabores chocolate ao
leite e meio amargo e branco, o produto vem em
balde de 400 gramas. Para recheio de croissants
e massas folhadas em geral, a empresa oferece
o Harald Stick. Em formato cilíndrico que lembra
um lápis, o produto é mais fácil de ser inserido
nas massas e está disponível no sabor chocolate
amargo, em caixa de 2,1 quilos.
GENERAL BRANDS
Comemorando 80 anos,
a Chocolates Imperial, de
Uberlândia (MG), apresenta
na Sweet Brazil seu novo caramelo Mr.Milk-Butter Toffee.
A empresa também desfila
nas passarelas paranaenses a
versão com cantos ovalados
de um dos clássicos de seu
mostruário, a bala dura Mentolina, que é fabricada desde 1940. Além das
inovações de formato, o produto ganhou mais
sabores: extraforte, menta com canela, menta
com gengibre e recheada com menta. Até outubro a empresa também quer colocar no mercado novidades atreladas às linhas de bombons
Toffee, às barras mastigáveis Skate e a toda a
linha de balas recheadas e mastigáveis. Além
dos lançamentos, a participação na Sweet Brazil
destaca a tradição familiar da marca. “A Imperial
está sendo administrada pela terceira geração
de seus fundadores”, conclui José Luis Teixeira,
diretor da empresa.
Uma das principais grifes nacionais de refrescos em pó e sucos prontos para beber, a General Brands centrará esforços em sua estratégia
envolvendo a marca de gomas de mascar Gang. A
linha está com novidades na versão Tattua, que
ganhou os sabores morango com iogurte, uva e
melancia. Voltado ao público infanto-juvenil, o
produto reedita a coleção de tatuagens tribais
formada por mais de 50 figurinhas. Na ponta do
varejo, Gang Tattua é vendido na moeda de R$
0,05 a unidade.
HARALD
A Harald marca presença em Curitiba com
o lançamento de sua linha Gourmet, composta
apenas por chocolates de origem certificada. “É
a primeira linha de chocolates realmente puros
produzidos no país”, assina Jacob Cremasco, diretor comercial da empresa. Composta por sete
produtos, a família Gourmet é chancelada por
diferentes tipos de certificação: de localização
geográfica, qualidade do solo, fontes de água,
cultivo e processamento do cacau. Entre seus
integrantes, destaque para os produtos Melken
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Doce Revista
JULHO 2010
IMPERIAL
ITAMARATY
Com mais de 100
produtos em seu mostruário, entre chocolates, cafés e biscoitos,
a Itamaraty traz para
a Sweet Brazil novidades da linha de chocolates
Bombonella, que agora é vendida nos sabores
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capa
beijinho e brigadeiro, em embalagens de 250
gramas a 1 quilo. “Os novos sabores têm sido
um estouro de vendas e conquistado todos os
públicos”, comemora Priscila Nery, supervisora
de marketing da empresa. Outros destaques de
venda serão expostos na feira, casos das linhas
Wafer, Look, Cookies e Spantooo.
JAZAM
Mais dois lançamentos encorpam o farto
menu do setor de confeitos na recepção de
atacadistas e distribuidores nesta edição da
Sweet Brazil. Especializada em chocolates,
candies e guloseimas doces tradicionais, a
Jazam apresenta as linhas Ducrem Brigadeiro
e Paçoquinha Quadrada. A primeira novidade
comemora os dez anos da marca Ducrem, disponível em duas versões de displays com 48
e 60 unidades, devidamente acompanhadas
de pá para consumo do doce. A nova versão
acrescenta mais uma opção ao leque que forma com os sabores Napolitano, Avelã, Leite
Condensado e Crispies. Já a a Paçoquinha de
Amendoim Quadrada complementa a linha conhecida por itens de sucesso como o Tubitos
(Tradicional Paçoca Rolha) e o Pé de Moleque
Crocante. Elaborada com massa que “derrete na
boca” e amendoins selecionados, a novidade
foi especialmente desenvolvida para reforçar o
arsenal da marca nas regiões Norte e Nordeste, onde a linha de confeitos de amendoim da
Jazam acusa maior demanda. Além das vendas
acima da média em estados como o Pará e Pernambuco, as guloseimas também são exportadas
para aproximadamente 20 países.
o evento sua linha de Sequilhos nas versões
tradicional e em nata, ambas em embalagens
de 400g. O salgadinho de milho Skiny é outro
destaque, sendo apresentado em estilo vintage,
numa reedição da embalagem original em que
foi lançado. Na linha de biscoito cream craker, a
Mabel deposita fichas no portfólio composto por
sabores regionais, com destaque para a versão
manteiga de garrafa, uma das mais vendidas.
NESTLÉ
A Nestlé aproveita a Sweet Brasil 2010
para destacar sua linha Fast de bebidas prontas para beber. Os produtos já fazem sucesso
como segmentação de marcas tradicionais do
portfólio da empresa. São os casos das bebidas à base do cereal matinal Neston, do achocolatado Nescau e do chocolate Alpino. Ainda
em bebidas, o trem bala suíço destaca a linha
de chás gelados Nestea.
TUTTI
MABEL
Na raia de biscoitos, a Mabel destaca na
Sweet Brazil a linha 100 calorias, que trouxe ao
Brasil o conceito de embalagens facilitadoras de
dietas alimentares. “O controle do consumo sem
a privação do sabor é o grande segredo deste
conceito”, destaca Vicente Barros, diretor-presidente do grupo. A empresa também leva para
44
Doce Revista
JULHO 2010
Estreante no mercado de chocolates, a
Tutti centralizará sua participação na divulgação das linhas Milker e Choketi. No primeiro caso, destaque para a versão Milker
Intense, composta por bombons com 13 gramas. Acondicionado em displays, o produto
chega ao consumidor a R$ 0,25 a unidade,
reforçando o posicionamento de preços competitivo como marca registrada da empresa.
Em outra frente, a Tutti destaca a marca
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capa
Planet´s de pastilhas de chocolate branco
e ao leite. Outra inovação nas gôndolas de
pastilhas é a versão Jumbo da marca Choketi. Cada pastilha do lançamento tem 3 gramas, versus 1,5 grama das pastilhas padrão.
Segundo Jorge Fernando Gonzáles, gerente
nacional de distribuição da Tutti, a ideia por
trás da diferenciação exclusiva de volume é
dispor de armas na disputa com marcas lideres do mercado de pastilhas de chocolate,
caso de Confeti, da Lacta. A estratégia de
diversificação de mix está dando resultados.
Os derivados do cacau já representam entre 20% e 25% do faturamento. As balas de
goma continuam sendo o carro-chefe, com
cerca de 45% das vendas.
PECCIN
Já tendo lançado 12 produtos este ano,
a Peccin destaca na feira suas principais novidades para o segundo semestre. Apostando
em embalagens pretas concebidas para causar
impacto no ponto de venda (PDV), a empresa
apresenta a bala Guest nos sabores abacaxi,
maçã verde, uva, morango e cereja. No setor
de licenças, o chicle Pinguins de Madagascar,
no formato plano, chega nos sabores hortelã
e morango, acompanhado de figurinhas colecionáveis com os personagens do filme de
mesmo nome. O Pirulito Bolix é outra novidade. Inspirados nos sabores das frutas, o candy
vem em embalagens sortidas de 600g. A linha
Tribala 2 Frutas, por sua vez, ganha misturas
de sabores como cereja com recheio de maçã,
pêssego com recheio de tangerina e abacaxi
com recheio de frutas vermelhas. Inspirado
no sucesso dos filmes de vampiros, o chicle
de bola Vampire quer conquistar o público
infanto-juvenil nas versões morango quente e
uva paralisante. No mercado de chicles recheados drageados, a empresa traz o chicle Diow
em formato hexagonal e embalagem decorada
com extraterrestres, aludindo ao marketing in46
Doce Revista
JULHO 2010
terplanetário do produto. “Tantas novidades
mostram a importância da Sweet Brazil para
fazer negócios e estreitar relacionamento com
clientes”, arremata Ana Paula Bachiega, gerente de marketing da Peccin.
SIMAS
Preocupada em cobrir todos os flancos da
demanda de candies, a Simas Alimentos leva para
a Sweet Brazil 2010 as mais recentes novidades
das linhas de pirulitos, caramelos e chicles. “O
objetivo é assegurar ao trade a conquista de seu
público-alvo com itens inovadores, embalagens
chamativas e sabores diferenciados,” argumenta
Luiz Eduardo Simas, diretor da empresa. Segundo
ele, uma parte dos itens apresentados na mostra
foi desenvolvida, por exemplo, para atender às
exigências de consumidores infanto-juvenis que
buscam cada vez mais diferenciação. “É fundamental que as indústrias entendam os níveis de
exigência do consumidor e usem a criatividade
para capturar as preferências e garantir as vendas”, complementa o executivo. Para o evento
em Curitiba, a Simas grifa três lançamentos que
ainda rescendem a tinta fresca. Uma das grandes
apostas do ano, a linha Top Chews se compõe
de um mix de caramelos de frutas, destinado
aos consumidores de todas as idades, repassa
Simas. O produto pode ser conferido em embalagens com 13 unidades que misturam os
sabores maçã verde, framboesa, laranja e uva.
Outra atração é o pirulito Coração Curtição,
que também apresenta um mix dos sabores
cereja e morango. Inspirado no sucesso do
pirulito Coração Morango e das balas Cherry
Pop, o confeito sobressai pela gramatura de
12 gramas, chamariz para o público apreciador da categoria e de candies com recheios
de frutas vermelhas. Dentro da mesma linha,
a marca inclui o pirulito chicle Pop Curtição,
com recheio de chicle nos sabores cereja, uva,
morango e cereja preta. Em embalagem estilizada, o produto traz estampado nos rótulos as
frases da linha Curtição, incentivando a interação entre jovens e adolescentes.
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ícones
A volta do pozinho
Pirulitos Dipnlik são relançados em festa que
celebra símbolos dos anos 80
Festa Trash 80’s Rita
Cadillac posa com
Dipnlik e promotora
distribui os confeitos
E
nquanto curtiam um show do cantor
Wando ou dançavam com Fafá de Belém
atacando de DJ, adeptos da Trash 80’s,
balada itinerante que celebra a década
de 1980, puderam matar saudades de um dos
candies que mais marcaram aquela época. Tratase do pirulito Dipnlik, que foi relançado oficialmente durante a comemoração de oito anos da
festa, que rolou em maio, em São Paulo.
Por trás da volta à ativa de Dipnlik está a
Nutricandy, empresa paulista que adquiriu o direito de uso da marca há dois anos. “A Trash 80’s
foi escolhida por reunir grande número de admiradores dos ícones de consumo nos anos 1980”,
conta Sérgio Negrão, diretor da Nutricandy,
acrescentando que a ex-chacrete Rita Cadillac,
entre outras celebridades, posou para fotos com
o produto em mãos.
Surgido originalmente nos EUA, no Brasil
Dipnlik arregimentou uma legião de consumidores mirins hoje na casa dos 30-40 anos. No
auge, a marca era anunciada com frequência no
48
Doce Revista
JULHO 2010
programa do palhaço Bozzo. Dipnlik, em inglês,
significa algo como mergulhar e lamber. É mais
ou menos isso que a guloseima exige para ser
desfrutada, uma vez que o pirulito é acompanhado por um pó doce cristalizado com sabor
de frutas. Acondicionado na mesma embalagem
do confeito – envelopes originalmente de papel
e hoje feitos de BOPP –, o pó tem a função de
grudar no pirulito, renovando seu sabor a cada
lambida. Num tempo em que candies acoplados
a brinquedos eletrônicos com acessórios de som
e luz não passavam de devaneio futurista, mergulhar no pó e depois lamber os pirulitos Dipnlik era diversão garantida para crianças.
Quanto a faixas de público, hoje a estratégia
parece um pouco diferente. Com 15 representantes destinados à marca (a ideia é duplicar este
número em um ano), a Nutricandy ressalta os
planos de mirar as vendas de Dipnlik em crianças das classes C, D e E. “O mercado de pirulitos
não teve grandes novidades nos últimos tempos.
Dipnlik surge para preencher essa lacuna, além
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de ser um produto com imenso potencial entre
consumidores de menor poder aquisitivo. Por
isso estamos abertos a representantes e distribuidores com atuação em regiões como o Nordeste”, adianta Negrão.
Após comprar os direitos da marca, a Nutricandy montou em sua fábrica de Piedade
(SP) uma linha de produção totalmente dedicada ao confeito. A unidade tem 1.000 metros
quadrados construídos. Além do pirulito, a
empresa produz um tipo de melado para passar no pão. Feito à base de glucose e canade-açúcar, o produto é vendido com as marcas
Guapito e Jataízinho. Estes itens representam
5% do faturamento. O restante advém das
vendas de Dipnlik. “Apesar de lidarmos com
produtos super baratos, nossa fábrica conta
com processos produtivos e equipamentos
modernos. Além disso, as matérias-primas
têm origens certificadas”, grifa Negrão.
A capacidade da Nutricandy para fornecer os
produtos Dipnlik é de 3.500 caixas/mês. A meta
é dobrar esse número em um ano. Contendo 576
pirulitos, cada caixa é vendida para distribuidores por R$ 55,00. Ou seja, cada Dipnlik custa
menos de R$ 0,10 no atacado. Na ponta do
varejo o preço fica entre R$ 0,25 e R$ 0,40. O
lucro do distribuidor é calculado em 30% pelo
diretor da empresa. Em termos gráficos, as embalagens de DipnLik continuam estampadas da
mesma forma dos tempos de Bozzo: com o rosto
de traços simples de uma criança loira com sardas. Até hoje, diga-se, é difícil saber se é um
menino ou uma menina. Mas o diretor da Nutricandy assegura tratar-se da segunda opção. Na
parte de aromas, Sérgio Negrão frisa que o sabor
azedinho-doce tão característico dos antigos
Dipnlik foi mantido na versão atual. “Várias pessoas que consumiram o produto nos anos 1980
já me perguntaram se a característica azedinho-doce permanece.
Não só permanece, como todos os aromas são importados e certificados”,
reitera o diretor.
Negrão, da
Nutricandy Dipnlik
responde por 95% do
faturamento
50
Doce Revista
JULHO 2010
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Doce Revista
JULHO 2010
51
ponto de vista
Gilverto Pignocchi
SELOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR É A GARANTIA DO CONSUMIDOR
Recentes pesquisas realizadas no exterior
apontaram a necessidade cada vez maior de
as embalagens conterem informações para
o consumidor sobre a qualidade e segurança dos produtos. Inúmeros sistemas de certificação de alimentos, regidos por normas
técnicas e legislações de cada país, já foram
criados. Em decorrência, vários produtos exibem selos que garantem a saudabilidade e a
segurança dos alimentos.
No Brasil, existem poucos programas
de certificação de alimentos. O panorama, no entanto, está mudando.
O consumidor brasileiro já conta com o
selo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que identifica alimentos que auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares.Por
seu turno, o selo da Associação Nacional de Assistência ao Diabético
(ANAD), atesta a confiabilidade dos alimentos para portadores da
doença. O selo Minha Escolha, gerenciado pela Choices International Foundation, identifica produtos saudáveis de acordo com as
quantidades de gorduras trans, gorduras saturadas, sal e açúcar. Por
sua vez, o selo ABIC assegura a pureza do café em pó.
Falando mais de perto ao nosso setor, o selo Pró Amendoim da
ABICAB que garante produtos de amendoim livres de aflatoxinas (substâncias cancerígenas), já está consolidado no mercado. Desde que foi
lançado, em 2002, obteve seguidos reconhecimentos de consumidores,
de formadores de opinião e das autoridades sanitárias do país. O Programa de Certificação do Selo Pró-Amendoim é, assim, uma garantia de
produtos sem toxinas ditas cancerígenas. Constantes monitoramentos
no mercado e a exigência de técnicas modernas e seguras de fabricação
permitiram o crescimento de vendas na casa de impressionantes 213%,
nestes últimos nove anos, dos produtos de amendoim.
Na ultima pesquisa encomendada ao IBOPE pela ABICAB, entre outras
interessantes constatações, verificou-se que 68% da população brasileira
conhecem o selo e acreditam na fiscalização rigorosa e nos testes de qualidade efetuados na produção do amendoim e seus derivados.
Esta postura do consumidor brasileiro prova um alinhamento
com as tendências mundiais e, conseqüentemente, na medida
em que o comprador torna-se mais esclarecido, alimentos que
não exibirem em suas embalagens selos de qualidade e segurança, independente da marca, fatalmente serão preteridos.
Unidades fabris produzindo de acordo com as boas práticas de fabricação, onde a qualidade do trabalho permita ter produtos isentos
de quaisquer problemas de higiene limpeza e segurança, deveria ser
a meta de todos os empresários ligados à indústria de alimentos. Esta
afirmação é relevante quando se sabe que cerca de 10% de produtos
de amendoim e seus derivados à disposição do mercado não possuem
selo de certificação do Pró-Amendoim e, portanto, não atendem a estes
critérios, colocando em risco a saúde do consumidor.
Gilverto Pignocchi
Nagato & Pignocchi Consultores Associados Ltda
no pódio
Volta às origens
Tondo amplia seu parque industrial e retoma
a produção de biscoitos
Mariana Gallo
T
radicional fornecedora de farinhas,
massas e misturas para bolo de Bento
Gonçalves (RS), a Tondo colocou em
marcha um projeto orçado na faixa
de R$ 20 milhões que visa a construção de
duas plantas na vizinha Caxias do Sul e o
seu reingresso no mercado de biscoitos. Rogério Tondo, diretor geral da empresa, informa
que a produção desse último item vai absorver
o aporte mais significativo do investimento
total – cerca de R$ 15 milhões –, complementando os negócios da linha de farinhas e
massas, atual carro-chefe da companhia com
cerca de 80% da receita. “A linha de biscoitos é um desenvolvimento natural da marca
Orquídea que vem para completar e ampliar
nossa atuação e reforçar a boa relação com
os consumidores”, resume o dirigente. Inicialmente, completa ele, os biscoitos irão
compor uma linha básica visando atender os
consumidores das classes A, B e C.
Na primeira etapa, prevista para entrar
em operação no início do próximo ano, a
Tondo irá fabricar apenas biscoitos lami-
no pódio
Farinha e massas
carro-chefe da
Tondo com 80% do
faturamento
nados doces e salgados dos tipos maria,
água e sal, cream cracker, leite e integral
em embalagens de 400 gramas. Segundo
Tondo, investimentos em variantes mais
sofisticadas, como biscoitos recheados e
wafers, estão previstos para os próximos
dois ou três anos. “A inovação da linha
deve ocorrer de forma natural como aconteceu com os outros produtos do portfólio”, repassa. Sem faixa de preços para o
consumidor definida, os produtos ganham
as gôndolas no início de 2011 com o objetivo de abrir espaço para a marca. “Até
chegar às prateleiras, os preços devem variar muito. Nosso foco no momento é a
entrega pontual, a qualidade e a saudabilidade garantida ao consumidor além de,
claro, preços atraentes”, reforça Tondo. A
unidade também fornecerá biscoitos em
sistema private label para empresas de outras regiões do país, pois a empresa ainda não tem previsão de expandir a marca
para outros mercados. Para assegurar boa
receptividade aos biscoitos, a Tondo ace-
na com investimento pesado em campanhas de merchandising no ponto de venda
(PDV) e estratégias de reforço da marca
Orquídea para o consumidor. “Estaremos
nos principais PDVs dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”,
adianta Tondo.
Conforme o dirigente, a produção de
biscoitos simboliza um retorno às origens
da companhia que, no passado, teve uma
atuação destacada e estabeleceu um forte
vínculo com esse segmento. Por mais de
quatro décadas a Tondo operou no filão,
tendo há cerca de 13 anos passado adiante
a participação societária que detinha em um
fabricante local de biscoitos. Nos últimos
cinco anos, lembra Rogério Tondo, a indústria chegou a atuar como sócia de outra fabricante, mas decidiu agora retomar a industrialização. Na condição de fornecedora
de farinha de trigo para grandes operações
do setor, a Tondo entende que com o inves-
Misturas para bolos e panificados capacidade
instalada triplicada
timento na nova fábrica estará agregando
valor à própria matéria-prima.
Linhas automatizadas
A unidade que irá abrigar a fabricação de
biscoitos em Caxias do Sul vai ocupar área de
4.000 metros quadrados que, somada à unidade de Bento Gonçalves, totaliza 25.000
metros, sinalizando a forte expansão da empresa. A planta, detalha Tondo, será equipada
com linha de processamento de massa e forno de origem italiana de geração atualizada,
que opera com elevado índice de automação.
“Estamos investindo R$ 13 milhões somente
em maquinário”, orça Tondo. A fábrica inicia a
produção em fase experimental a partir de outubro deste ano e estará apta a produzir 1.200
toneladas de biscoitos por mês, entre os da
marca Orquídea e terceirizados, dimensiona
o empresário. Já se preparando para uma segunda etapa de investimentos, a companhia
reservou espaço para a instalação de linhas de
recheados e wafers.
Com o aumento da infraestrutura, a empresa passará a contar com 426 colaboradores distribuídos em várias alas. Além da unidade para a fabricação de biscoitos, a Tondo
planeja investir R$ 5 milhões em melhorias
no atual parque fabril. “A ideia é implantarmos um sistema robotizado de retirada e
paletização de fardos de farinha, ampliar o
sistema de armazenamento e construir uma
nova fábrica de misturas para bolo e panificação, triplicando a capacidade atual instalada”, antecipa Rogério Tondo.
Ele também prevê a implantação de ensacamento automático de misturas para pa-
Complexo da Tondo expansão vai totalizar 25.000 metros quadrados
nificação de 25 quilos com tecnologia alemã, pioneira nos moinhos do estado do Rio
Grande do Sul. O sistema promove o fechamento da sacaria, através de saco valvulado
selado, e confere maior segurança alimentar
ao produto, observa o diretor geral. Os atuais investimentos incluem ainda a instalação de um sistema de descarga automática
de trigo para agilizar o processo de descarga
e a duplicação do seu sistema de silos de
armazenamento de farelo.
Entre os lançamentos programados para
este ano, Rogério Tondo destaca os novos sabores de misturas prontas para bolos, a exemplo das versões pão de ló, brownie e chocolate
cremoso. Na ativa há 55 anos, a Tondo ostenta
faturamento que ronda a faixa de R$ 200 milhões anuais e prevê avanço na faixa de 10%
para 2010.
canal de venda
PDV é mídia
Fabricante de doce de leite triplica vendas ao
investir em displays de exposição
Displays
tubo plástico
transparente
permite
visualização
dos sachÊs
C
onsiderando o custo quase sempre inviável de campanhas publicitárias em
jornais, rádios e TVs, o ponto de venda
(PDV) é para muitas empresas da indústria de confeitos (confectionery) a única mídia
disponível para a divulgação de seus produtos e
marcas. A boa notícia é que estratégias de fortalecimento de imagem baseadas no PDV estão
dando resultados surpreendentes. É o que demonstra a fabricante de doces de leite Oliveira.
Especializada em sachês de consumo individual,
a empresa está comemorando um aumento significativo em suas vendas. A conquista é atribuída a displays de PDV recentemente adotados
pela empresa.
Do tipo display de chão, as peças começaram
a ser usadas em novembro último, inicialmente com foco em São Paulo. O sucesso foi tanto
que a Oliveira já estuda sua expansão para outros estados, como Santa Catarina, Rio Grande
do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia
e Espírito Santo. “Queríamos vender entre 20%
e 30% a mais. Surpreendentemente, as vendas
60
Doce Revista
JULHO 2010
triplicaram”, comemora Márcio Oliveira, diretor
de planejamento estratégico da fabricante de
doces de leite.
Com um currículo repleto de projetos de PDV
criados para marcas como Del Valle, Tampico,
Yoki, Garoto e Nestlé, a Armazém do Display
foi a responsável pelo projeto. Com sede na
capital paulista (bairro da Mooca) e unidades
de produção no bairro do Belém e nas cidades
vizinhas de Guarulhos, Mauá e Santo André, a
grife fornece as peças em plástico do tipo PETG
(politereftalato de etileno glicol) cristal injetado. Igor Simioni, diretor da Armazém do Display, explica que os expositores desenvolvidos
para a Oliveira são produzidos pelo processo de
termoformagem (vaccum forming) e têm capacidade para 560 sachês de 120 gramas cada.
O bocal através do qual o consumidor pega os
produtos é localizado numa altura intermediária, dispensando reposições a toda a hora. Ele
acrescenta que logotipos, imagens dos produtos
e demais grafismos são estampados em adesivos
com impressão digital. Tais acessórios são posAcesse: www.docerevista.com.br
canal de venda
jetadas para o transporte dos produtos – não
necessariamente para sua exposição no PDV. “As
caixas eram picotadas de modo improvisado,
sendo fixadas muitas vezes em local de difícil
visualização. Os displays de chão conseguiram
diferenciar nossa marca dos concorrentes”, relata Marcio Oliveira.
O dirigente arremata que a fábrica de doces
de leite está passando por mudanças importantes de gestão. Entre as próximas ações na ala de
planejamento estratégico, ele destaca a reestruturação do setor comercial e mais investimentos
em ferramentas de merchandising no PDV.
Oliveira
planejamento
estratético
com foco em
ferramentas
teriormente colados nos displays. Por ficarem
no chão, as peças acompanham rodízios, facilitando seu transporte pelo interior das lojas.
“Também fornecemos para empresas de doces e
confeitos displays feitos com estruturas de metal, arame e tubo”, insere Simioni.
Mudanças de gestão
O projeto para a Oliveira foi iniciado com
30 displays. Hoje já há em torno de 200 peças
alocadas em clientes como Manos Doces, Bom
Baiano, Tateno, Distribuidora Garoto, Marsil,
Comercial Esperança, Brigadeiro, Mais Valdir
e Econômica. Antes da adoção dos expositores de chão da Armazém do Display, os sachês
de doce de leite costumavam ser expostos em
caixas de papelão ondulado. Tais embalagens,
nunca é demais lembrar, são em sua maioria pro-
Siminoni Armazém do Display fornece 200
peças só para a Oliveira
agenda
SETEMBRO
Balcão americano
A Associação de Varejistas de Doces da Filadélfia (RCAP), na ativa
desde 1918, promove de 12 a 14 no Centro de Convenções Atlantic City,
mais uma edição da Feira Nacional de Candies, Presentes e Gourmet
Show, considerada um dos maiores eventos dos EUA dedicado ao varejo
de confeitos. Além da exposição de doces, snacks, ingredientes e embalagens, a mostra inclui as novidades da indústria de equipamentos para
o setor do mundo inteiro. Realizada pela RCAP desde 1949, a exibição
foi inicialmente organizada com o intuito de apresentar aos varejistas
as novidades das indústrias da Filadélfia para o Natal e a Páscoa. Ao
longo dos anos, seu foco foi estendido e hoje seus cerca de 300 associados ativos dos EUA e Canadá exibem para compradores de todo os EUA
e do exterior as últimas novidades em chocolates e doces.
Local: Atlantic City Convention Center, Hall C - One Miss America
Way - Atlantic City, New Jersey 08401 (EUA).
Informações: Associação de Varejistas de Doces da Filadélfia (Retail Confectioners Association of Philadelphia) Tel. +1 888 2263989;Fax +1 215 884 6101 ou pelo site www.phillycandyshow.com
Salão da animação
O maior encontro entre licenciadores e interessados em comprar licenças do território nacional apresenta a cada ano um número maior de
interessados em conhecer as oportunidades desse mercado. A atividade
também é crescente por parte dos agentes licenciadores que apostam
no evento Licensing Brasil Meeting para apresentar suas novidades e
estratégias. Mercado em expansão no Brasil, o licenciamento constitui
hoje um ramo que gera negócios da ordem de R$ 4,2 bilhões ao ano.
Para promover o encontro entre os principais agentes de marcas e empresas qeu buscam licenciar seus produtos, a revista Licensing Brasil
promove nos dias 14 e 15 a terceira edição do Licensing Brasil Meeting.
Após dois anos de sucesso, unindo os principais agentes licenciadores
com profissionais de renomadas empresas de todos os setores da economia, a estrutura do evento foi repensada e o resultado dessa reestruturação altera a dinâmica do evento que, a partir deste ano, passa
a ser moldado no formato de feira de negócios. Serão 30 estandes,
entre agentes licenciadores e agências de marketing promocional, num
espaço planejado para a concretização de negócios.
Local: Espaço Apas Centro de Convenções. Rua Pio XI, 120- Alto
da Lapa São Paulo (SP). Tel +55 11 3647 5041; e-mail: [email protected]
Informações: Revista Licensing Brasil Tel.(11) 5092-5588 ou
pelo site www.licensingbrasilmeeting.com.br
64
Doce Revista
JULHO 2010
Semana do saber
A 2ª Semana Tecnológica Cereal Chocotec, programada de 20 a 24,
é uma iniciativa do Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal
Chocotec), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), juntamente
com a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau,
Amendoim, Balas e Derivados), Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) e Abiam (Associação
Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos). Sob o tema Inovar para o Bem-Estar, o evento deste ano oferece a
oportunidade a estudantes e profissionais do setor de participação em
cursos tecnológicos, seminários e palestras técnicas. A Semana Tecnológica visa favorecer o desenvolvimento, modernização, fortalecimento e a
competitividade de micro e pequenas empresas do setor, além de colaborar com o constante e necessário processo de inovação de empresas de
diversos portes. Durante o evento serão oferecidas 8 vagas para cursos de
chocolates, balas, confeitos, cereais, farinhas e panificação, ministrados
por especialistas do Cereal Chocotec/Ital e por convidados de instituições
nacionais e estrangeiras. Serão oferecidos cursos sobre achocolatados em
pó, balas, barras de cereais, chocolates, drageados salgados, pó de queijo,
qualidade tecnológica da farinha de trigo, atividade de água e ingredientes que influenciam a textura de pães e bolos.
Local: Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) - Campinas/SP.
Informações: Ital/ Setor de Eventos. Fones(0**19) 3743-1758/
3743-1759; Fax(0**19) 3743-1761. [email protected].
br /[email protected]/[email protected]
Foco na inovação
Organizado pela United Business Media Limited (UBM Brazil), a 15ª
edição da Food Ingredients South America (FiSA) apresenta-se como
o mais completo evento do setor de matérias-primas alimentícias da
América Latina, reunindo de 21 a 23 os principais players do mercado e
o que há de mais inovador em tecnologia de produtos e processos para
alimentos industrializados. Composta por feira e congresso internacional, a FiSA 2010 vai ocupar os 14.000 metros quadrados do Pavilhão
Azul do Expo Center Norte, promovendo a exibição de mais de 250
expositores nacionais e internacionais.
Local: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo (SP). Tel.+55 11 2089-8500 ou pelo site www.expocenternorte.com.br
Informações: UBM Brazil United Business Media Limited. Tel.+55
11 4689-1935; e-mail [email protected] pelo site www.ubmbrazil.com.br
Acesse: www.docerevista.com.br
giro
QUEM: MAVALÉRIO
PRODUTO: SNOW SUGAR
GANCHO: ALGODÃO DOCE NO POTE
A demanda por produtos práticos, diferenciados e divertidos inspira o mais recente desenvolvimento da Mavalério, que
disponibiliza desde a virada do semestre
o Snow Sugar, sua marca de algodão doce
apresentado em pote plástico. “Trata-se
de um produto totalmente inovador no
mercado brasileiro, direcionado ao público infantil e com padrão de qualidade de
linhas de confeitos encontradas no exte-
rior”, assinala Alberto Teixeira, gerente
de marketing da empresa paulista com
unidades em Diadema e Itatiba.
Para o executivo, as crianças hoje
em dia têm poder de decisão na compra
de itens como candies e snacks. “Elas
estão cada vez mais exigentes, antenadas e decidem sobre a compra de determinados produtos”, observa o executivo. Apresentado em pote lacrado, que
pode ser reutilizado como porta-treco,
o Algodão Doce Sabor Tutti-Frutti Snow
Sugar incorpora ainda selo metalizado
e tampa para conservação da textura
e sabor, contém 25 gramas de produto
e já é pronto para consumo. “Seu visual é muito atrativo, na cor rosa, e a
consistência muito macia, sendo a sua
formulação enriquecida com açúcar
orgânico”, descreve Teixeira. A comercialização e distribuição estão sendo
feitas em todo território nacional, com
direcionamento para lojas de artigos de
festas, atacados, distribuidores de padarias, distribuidores em geral, bufês
infantis e cinemas, ele conclui.
QUEM: ALADIM
PRODUTO: PIRULITO
GANCHO: DESIGN DA LATA
A Aladim Alimentos despachou para
as gôndolas em julho sua inovadora e
exclusiva linha de embalagens para pirulitos, cujo design chama atenção principalmente da galera infantil. Os produtos
são apresentados em latas contendo 120
unidades, com o inusitado peso de 1.680
gramas. “As apresentações foram inicialmente desenvolvidas para o mercado
europeu e, devido ao sucesso no exterior
e também atendendo a pedidos do tra-
giro
de daqui, decidimos iniciar a sua venda
nos balcões brasileiros”, comenta Mario
Fazan Junior, diretor da Aladim. Disponível nos sabores cereja (Big Cherry), tuttifrutti (Big Pop), framboesa (Hot Pop) e
em versões sortidas (Big Pop e Pop Game
Sortido), além da ênfase nos aromas de
frutas vermelhas, muito apreciadas por
crianças e jovens, a linha sobressai por
refletir nas estampas das latas sensações
de sabor e diversão que hoje estão em
voga na moderna cena de candies. “Com
mais esse lançamento, queremos valorizar sobretudo os trabalhos de distribuição
nos pontos de venda (PDVs), com um produto atraente que magnetiza a atenção
do consumidor nos checkouts”, conclui
Fazan Junior.
QUEM: ARCOR
PRODUTO: TORTUGUITA
GANCHO: RECHEIO DE GELATINA
Sucesso entre o público infantil, a
marca Tortuguita, da Arcor, inova mais
uma vez a cena de chocolates, inserindo
uma inusitada combinação que, certamente, vai conquistar a criançada: Tortuguita Gelatina, o primeiro e único chocolate com recheio de gelatina. A novidade
une o chocolate ao leite a um recheio de
gelatina sabor morango, proporcionando
uma combinação harmoniosa de sabor
e textura. Vale ressaltar que Tortuguita
Gelatina contém benefícios nutricionais
relevantes, a exemplo de formulação
isenta de gordura trans na porção e é enriquecida com cálcio, ferro e vitaminas,
sendo livre de corantes artificiais. “Para
este lançamento, fizemos pesquisas jun-
to aos consumidores e tivemos excelente aceitação, tanto das mães como das
crianças. Temos certeza que o produto
será um sucesso”, enfatiza Gabriel Porciani, diretor de marketing de chocolates e
guloseimas da Arcor, completando que o
produto já disponível no trade tem preço
sugerido de R$ 0,50 a R$ 0,70 por unidade. Ampliando sua presença no segmento
de chocolates infantis com a marca Tortuguita, a empresa acena com mais novidades para 2010. Outra aposta da Arcor,
exemplifica ele, é o Tablete Tortuguita
Chocolate Branco com Recheio de Brigadeiro. Com 150 gramas, o produto vem
com recheio cremoso e uma combinação
de sabores que já são apreciados pela
criançada. Como toda a linha de tabletes Tortuguita, o chocolate é produzido
sem adição de gordura vegetal e traz dez
figuras diferentes da Tortuguita em alto
relevo, com preço sugerido para o consumidor final entre R$ 3,19 a R$ 3,79. “A
Tortuguita Gelatina é a principal aposta
da companhia e investimentos em mídia
deverão ser conferidos no decorrer deste
ano”, sinaliza Porciani.
QUEM: AURORA
PRODUTO: LINDT
GANCHO: SABORES DE TRUFA
íça Lindt introduz no Brasil dois sabores
especiais de trufas, perfeitos para presentear em datas como o Dia dos Pais. A
versão Truffles Marc de Champagne apresenta trufas de chocolate ao leite com recheio de champagne. A outra opção reunida nas Truffles Milk & Dark combinam
trufas sortidas, elaboradas com chocolate
e recheio trufado nos sabores ao leite ou
amargo. Ambas têm preço sugerido na
faixa de R$ 58,70. Os produtos já podem
ser conferidos em redes de supermercados e delicatessens do Brasil, distribuídos
com exclusividade pelo selo Fine Brands
da Importadora Aurora, de São Paulo.
QUEM: NITA ALIMENTOS
PRODUTO: NITA CREAM
GANCHO: CREMOSIDADE INTENSA
Famosa pela qualidade e sabor que
imprime a suas linhas de chocolate, a su-
Para facilitar a vida da dona de casa
e oferecer uma opção prática para o lanche da tarde nos dias mais frios, a Nita
Alimentos criou a linha de misturas para
bolo Nita Cream. Disponível nos sabores
Chocolate, Aipim, Limão, Maracujá e Mi-
lho, o produto, apresentado em embalagens de 450 gramas, é uma extensão da
linha de misturas para bolo Nita Cook
composta por 12 sabores (Chocolate,
Baunilha, Coco, Laranja, Doce de Leite,
Festa, Abacaxi, Limão, Milho, Frutas, Aipim e Cenoura). Um dos diferenciais de
Nita Cream é a facilidade de preparo de
uma receita saborosa com praticidade e
rapidez, já que a mistura, em função da
sua consistência diferenciada, proporciona cremosidade intensa e dispensa
complementos como caldas, recheios e
coberturas.
giro
QUEM: DANONE
PRODUTO: DANETTE
GANCHO: SABOR OVOMALTINE
A Danone transforma mais uma parceria em reforço para o mix da linha de
sobremesas Danette. Trata-se da versão
Ovomaltine, que segue fielmente o que
os dois produtos têm de melhor: a cremosidade de Danette e o sabor único do
achocolatado maltado Ovomaltine. A novidade pode ser conferida desde julho no
trade da categoria em todo o Brasil, em
bandejas de 205 gramas, com dois potes,
ao preço sugerido de R$ 2,09.
Além da qualidade já consagrada das
duas linhas, a combinação de Danette e
Ovomaltine reforça o chamariz para a comercialização de sobremesas cremosas.
“Acreditamos que esse será mais um grande
sucesso de vendas, pois reúne duas marcas
tradicionais que agradam a toda a família”,
aposta Piero Francheschi, gerente de marketing da Danone. Desde a primeira edição de
Danette no Brasil em 1979, completa ele,
a sobremesa pronta para consumo da marca se tornou referência de cremosidade. “A
nova parceria com a ABF (Associated British
Food), atual detentora da grife Ovomaltine,
reflete o novo leque de sabores da marca,
cumprindo a missão de apresentar permanentemente novidades para os fãs de Danette”, conclui. Daniele Cavalcanti, gerente
de marketing da ABF, ressalta o otimismo
com a aliança entre as duas companhias.
“O lançamento reforça o movimento da
marca Ovomaltine de expansão para novas
categorias de produto. Em sobremesa láctea, a Danone sem dúvida é o parceiro ideal
para seguirmos, tanto pela força da marca
e quanto pela qualidade de seus produtos”.
QUEM: DR. OETKER
PRODUTO: GELA-GELÔ
GANCHO: PICOLÉ EM PÓ
A Dr.Oetker apresenta mais uma de suas
invenções de mistura para sobremesa
gelada. Bastante
diferenciada, a novidade foi especialmente desenhada
para a diversão de
crianças e adultos.
Trata-se da sobremesa em pó Gela-Gelô,
produto com um conceito inédito na categoria que, ao ser misturado ao leite, transforma-se em coloridos picolés.
Decoradas com personagens licenciados do arrasa-quarteirão Toy Story 3,
do estúdio Disney/Pixar, as embalagens
de Gela-Gelô vêm acompanhadas de adesivos exclusivos do sucesso infantil para
colecionar. Rápida e fácil de preparar, a
sobremesa pré-pronta pode ser conferida
nas gôndolas nos sabores groselha, limão
e morango ao preço médio sugerido de
R$ 1,29 cada caixinha com 85 gramas. O
lançamento faz parte do contrato de licenciamento da Dr. Oetker com a Disney/
Pixar, que eleva a aposta da companhia
no potencial do mercado infantil e detém
a licença de propriedade intelectual para
os personagens da animação em 3D até
outubro deste ano.
QUEM: DORI
PRODUTO: YOGURTE 100
GANCHO: NOVOS SABORES
Empresa com forte presença na cena nacional e internacional de candies e snacks,
a Dori Alimentos amplia o portfólio de uma
de suas marcas de balas mais conhecidas
com três novas versões para a linha Yogurte
100. Agora, além da original morango, os
confeitos mastigáveis também podem ser
encontrados nos sabores frutas vermelhas,
maçã com banana e pêssego. “A Dori reno-
giro
va suas linhas de
balas conferindo
valor, modernidade
e reposicionando
todas as suas marcas. Entre as diversas inovações, os
produtos Yogurte
100 ganham foco e importância para alcançar o paladar de novos consumidores
com um menu de sabores diferenciados”,
comenta Jean Paiva, gerente de marketing
da empresa.
A marca Yogurte 100 conta hoje com
balas mastigáveis, simples ou recheadas,
pirulitos mastigáveis, pirulitos duros recheados e balas stick. As embalagens dos
lançamentos mantêm a mesma identidade visual do sabor original da linha.
QUEM: RICLAN
PRODUTO: CHICLE BUZZY
GANCHO: KIT FUTGOGO’S
Com o fim das férias escolares, a dica
da Riclan para estender a diversão dos
pequenos é o kit Buzzy FutGogo’s. A novidade apresenta em envoltório flowpack um bonequinho Mega FutGogo’s, dois
chicles de bola Buzzy com figurinhas dos
personagens FutGogo’s e um card tatuagem para personalizar o minibrinquedo.
São ao todo oito modelos diferentes
(Kike, Baral, Wiki, Ganaz, Loo, Raus, Rugr
e Hapo), ofertados em nove cores e três
opções de card tatuagens por modelo,
descreve Roberto Marinho, diretor da PPI
Worldwide, empresa criadora da marca e
dos toy arts. Os FutGogo’s, explica ele,
podem ser personalizados em mais de
200 variações, dependendo da imaginação da criança. “Os kits Buzzy FutGogo’s
chegam para despertar a imaginação e a
criatividade da molecada, que fica livre
para caracterizar seu bonequinho com a
tatuagem que quiser. Assim, um FutGogo verde pode ganhar uma estrelinha no
peito, uma camiseta amarela, um shorts
azul”, ensina Marinho.
As figurinhas dos chicles Buzzy
FutGogo’s também se transformam em
diversas brincadeiras, como bafo ou mesmo em card game, pois cada figurinha
possui uma gama de habilidades que podem ser comparadas, como dribles e gol
marcados. Segundo Marinho, o principal
objetivo dos FutGogo’s é proporcionar
brincadeiras educativas que desenvolvam capacidades importantes para as
crianças, como a negociação, interação,
inteligência e concentração. “Ao oferecer diversas opções de brincadeiras, os
kits Buzzy FutGogo’s conseguem mesclar
entretenimento e educação, além de ser
uma opção acessível e diferente para os
pais”, salienta Marinho. A fabricante do
chicle Buzzy oferece ainda um porta-figurinhas para as crianças colecionarem.
Para isso, basta enviar cinco rótulos do
chicle Buzzy FutGogo’s para a Caixa Postal
222, CEP 13500-970, Rio Claro – SP.
QUEM: GENERAL MILLS
PRODUTO: NATURE VALLEY
GANCHO: BARRAS DE GRANOLA
De olho na cena de barras de cereais,
filão com crescimento estimado de 18,5%
no último ano, a General Mills saca duas
novidades que encorpam o mix da marca
Nature Valley, pioneira no segmento de
alimentos saudáveis. A primeira é o sabor
Amêndoas Torradas, que completa o portfólio da linha de Barras de Granola Crocante, formada pelas versões Aveia e Mel,
Banana e Amêndoas e Canela. A barra de
amêndoas torradas segue o padrão da linha crocante à base de granola, incorporando grãos integrais de aveia e pedaços
de amêndoas. “O consumidor de Nature
Valley é exigente. Ele valoriza a textura
e o sabor de um produto feito com ingredientes naturais. Oferecer essas novas
apresentações e mais um sabor visa atendê-lo de maneira ainda mais completa”,
giro
frisa Waldemar Thiago Jr., diretor de marketing da General Mills do Brasil. A empresa também inclui como lançamento a
apresentação do produto em embalagens
individuais e em multipacks com três unidades, que proporcionam ao consumidor
a vantagem de poder adquirir um produto
para consumo imediato com porções em
tamanho ideal, repassa o executivo.
QUEM: AURORA
PRODUTO: BAHLSEN
GANCHO: COBERTURA DE CHOCOLATE
QUEM: DANONE
PRODUTO: DANETTE
GANCHO: MISTURA COM M&M’S
Exclusividade da importadora Aurora Fine Brands, a linha alemã de biscoitos finos Bahlsen acaba de ganhar
novas versões com generosas camadas
de chocolate. Dispostos em bandeja plástica, as novidades são cobertas
com massa de cacau ao leite e do tipo
amargo (dark) da marca e preservam o
sabor e textura excepcionais da receita
tradicional. Distribuídos desde 1889,
os biscoitos Bahlsen são até hoje campeões da demanda de biscoitos finos
na cena alemã, com 17% de share no
segmento de linhas doces, sendo exportados para mais de 80 países, entre
eles o Brasil. As novidades podem ser
conferidas nas versões Afrika (130g),
Chocoleibniz milk (125g), Chocoleibniz dark (125g), Picadilly (125g), First
Class (125g), Waffeletten milk (100g) ,
Waffeletten dark (100g), Chocofriends
(100g), Messino (100g), Granor (100g)
e Truffet (100g), com várias texturas
e recheios e preço sugerido na ponta
do varejo de R$ 10,50 a unidade, com
exceção do wafer Chocofriends, disponível a R$ 6,90 o pacote.
Quem aprecia chocolate vai
se deliciar com o
mais novo produto da Danone:
o Danette Mix
M&M’S. A novidade reúne 180 gramas da sobremesa láctea
cremosa de chocolate Danette e 26 gramas
de confeitos M&M’S Minis em separado,
para serem misturados no momento de saborear. A dobradinha desembarca nos supermercados de todo o país em julho, em
embalagem com dois potes e preço sugerido de R$ 3,49 cada pack. “Essa parceria inédita com a Mars Brasil, que produz o M&M’S,
a marca de confeito drageado de chocolate
mais consumida no mundo, é uma inovação
para conferir mais prazer ao dia a dia dos consumidores de Danette e aliar duas marcas irresistíveis”, assinala Piero Francheschi, gerente
de marketing da Danone.
QUEM: PANCO
PRODUTO: PÃO DE FORMA E BISNAGUINHA
GANCHO: EMBALAGEM ECOLÓGICA
Com o objetivo de alertar os consumidores sobre as questões ambientais e demonstrar
a preocupação da marca com a preservação
da Natureza, a Panco introduz embalagens
com temas ecológicos para dois dos seus
principais produtos: as Bisnaguinhas Originais
e o tradicional Pão de Forma Premium. “Conheça as nossas árvores” é o nome da série
inédita de envoltórios das bisnaguinhas, que
homenageia as árvores brasileiras e é composta por quatro embalagens ilustradas, cada
uma com uma espécie de árvore: Pau-brasil,
Araucária, Ipê-amarelo e Açaí. Para reforçar o
conceito educativo da campanha, as embalagens trazem informações sobre cada espécie.
Mais curiosidades sobre as árvores podem ser
conferidas no site www.bisnaguinhas.com.br.
Para as embalagens da linha de Pão de Forma
Premium, que seguem a tendência mundial
de redução de matéria-prima e melhor utilização dos recursos naturais, a empresa criou
a série “Reciclagem” com dicas e informações
sustentáveis sobre o tema como: simbologia,
descarte e coleta seletiva.
top do mês
MAIS AÇÚCAR EM SUAS VENDAS
ANUNCIE EM
DOCE REVISTA
(11) 3666-8301
[email protected]
ficha completa
Termômetro do Centro-Oeste
O galope das vendas de candies na terra do agronegócio na tela da
Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados
S
uperando a marca de 2,3 milhões de habitantes, Mato Grosso do Sul contribui
com pouco mais de 1% do PIB nacional e de 12% do PIB do Centro-Oeste.
Trata-se da menor participação entre as unidades federativas da região. Apesar
disso, o estado apresenta o maior crescimento econômico da parte central do Brasil, puxado principalmente por suas atividades de pecuária e soja. Mato Grosso do
Sul conta ainda com indústrias que, atraídas por benefícios fiscais, respondem por
16% de seu PIB. Esse cenário de dinamismo favorece a renda e o varejo da região,
conta Acelino de Souza Cristaldo, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de
Supermercados (Amas). Entre outros pontos de interesse do trade e da indústria de
confectionery, o dirigente comenta o papel do pequeno e médio varejo na cena supermercadista do estado e a explosão do número de marcas regionais nas gôndolas
sul-mato-grossenses de biscoitos, snacks, chocolates e guloseimas.
DR – A estabilidade econômica favoreceu o surgimento de diversos
alimentos e bebidas voltados à chamada nova classe média, formada
basicamente por consumidores das
classes C e D. Qual a importância das
marcas regionais no caso de doces e
confeitos?
Cristaldo – A estabilidade econômica
favoreceu toda a cadeia alimentar. O
setor de doces e confeitos não é exceção. Pelo contrário. No Centro-Oeste,
essa indústria tem atingido altos índices de crescimento. Esse avanço se
justifica pelo incremento de renda das
faixas menos favorecidas da população.
Atentos a esse processo e confiantes
em sua vocação empreendedora, muitos
empresários da região saíram da informalidade, contribuindo para a criação
de marcas regionais. Esse processo foi
mais perceptível em categorias compostas por itens de fácil produção, que
não exigem insumos nem processos
complexos.
DR – Como tem sido a receptividade
dos supermercadistas sul-mato-grossensses a novos fabricantes de doces
e guloseimas? Há espaço para todos
nas gôndolas?
Cristaldo – O setor recebe muito bem
novos produtos. Não nos cabe restringir. Há espaço para todos, desde que
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Doce Revista
JULHO 2010
haja profissionalismo. O que o mercado
não aceita é mercadoria parada na área
de venda. Tudo que mitiga o anseio do
consumidor deve ter espaço reservado
nas lojas.
DR – O consumo de chocolates bate
sucessivos recordes no Brasil. Como
avalia a demanda por chocolates no
Mato Grosso do Sul, estado notório
por seu clima quente?
Cristaldo – O consumo de chocolates
tem crescido muito e os supermercados,
incluindo lojas de pequeno formato,
com até dois checkouts, têm se esforçado para melhorar a exposição desses
produtos na área de venda. Nossas lojas
estão a cada dia mais climatizadas, favorecendo a exposição dos chocolates.
Trata-se de um alimento que caiu em
definitivo no gosto dos sul-mato-grossenses.
DR – Em diferentes regiões do Brasil cresce o temor de que as grandes
redes de supermercados acabem sufocando o pequeno e médio varejo.
Diria que no Mato Grosso do Sul é
diferente?
Cristaldo – Nosso estado é muito extenso. Fatores logísticos dificultam a
chegada dos produtos na mesa dos sulmato-grossenses. Por isso o pequeno e
médio varejo têm um papel estratégico aqui. Basta dizer que a Amas hoje
conta com 353 associados, 98% deles
representando empresas de pequeno
porte. É claro que grandes redes já se
instalaram aqui, e a tendência é que
esse movimento se intensifique. Ainda
não experimentamos, contudo, níveis
de saturação e concorrência como os
verificados em São Paulo, por exemplo.
Uma alternativa que tem protegido os
pequenos supermercados da região é a
formação de associações de compras,
que aumentam o poder de negociação
de muitas lojas de vizinhança.
DR – Por favor, fale sobre os cursos
da Amas.
Cristaldo – Além dos cursos de requalificação chancelados pela marca
ENS (Escola Nacional de Supermercados), utilizamos metodologias
atualizadas pela Abras, a entidade
nacional do setor.
DR – Quais as principais tendências
em supermercados regionais?
Cristaldo – A conveniência se transformou em palavra de ordem, e não é diferente no pequeno e médio varejo. As
lojas devem estar atentas ao aumento
da demanda por pratos prontos. Bebidas geladas também são bem-vindas no
mix. Nosso desafio está voltado para a
facilidade do consumidor. Precisamos
melhorar processos para atender um
público mais esclarecido e exigente.
Acesse: www.docerevista.com.br

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