- Câmara de Comércio Americana

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A evolução é uma constante.
Você tem a assessoria necessária?
Evolution is taken for granted.
Do you have the right advisory services?
A KPMG no Brasil entende a
KPMG in Brazil understands your
necessidade do seu negócio.
business needs. For that reason
Por isso dispõe do Programa
it presents the International
Internacional de Indústrias e
Program for Industries and
Clientes, no qual profissionais
Clients, in which experienced
com experiência nos vários
professionals in various market
segmentos de mercado e da
and industry segments, and
indústria e com conhecimentos
always updated on the latest
técnicos sempre atualizados
technical issues, can provide
oferecem assessoria direcionada
you with advisory services
às necessidades individuais
tailored for the individual
de cada empresa.
needs of each company.
A KPMG no Brasil conta com
KPMG in Brazil employs
cerca de 2.100 colaboradores,
approximately 2,100
distribuídos em 14 escritórios,
professionals in 14 offices
e com uma rede global em
and operates in 145 countries,
145 países, prestando serviços
rendering Audit, Tax and
de Audit, Tax e Advisory.
Advisory Services.
kpmg.com.br
No 254
16 Um novo tipo de crise?
Paulo Vicente dos Santos Alves
Dezembro / 2008
Ilustração da capa: Dream Factory
Ano XXIII
BRASIL URGENTE
04 Editorial
06 Em Foco
14 From the USA
16 Brasil Urgente
23 CAPA
LIFE STYLE
22
Paixão e trabalho na mesma raia
CAPA
24
Rio de Janeiro, pólo turístico e gerador de riquezas
Valter Patriani
26
Turismo: uma aposta inteligente
Rubem Medina
28
Rio, a melhor escolha para suas férias
Bayard de Coutto Boiteaux
REPORTAGEM
30
Muito mais do que compensação ambiental
34 News
45 PELO MERCADO
46 OPINIÃO
ENTREVISTA
10 Claudia Marchi
A diretora de RH da Amil
defende que deve haver
investimentos em capacitação
profissional e valorização do
capital humano nas empresas.
Claudia está à frente do
Comitê de RH da Amcham
e já articula, com outras
empresas, ações que possam
incentivar o setor.
COLUNAS
20
Gestão e Carreira A crise e o mercado de contratações
Fernando Mantovani
32
Legal Alert Súmula Vinculante no 7: contribuição ou repetição
Iara Ferfoglia Vilardi
44
Gestão Empresarial Quando os controles internos falham
Marcos Assi
OPINIÃO
46 How developments in U.S. law are impacting Brazilian trade Nicolas Lloreda and Maria Fernanda Pecora
Divulgação
A tiragem desta edição de 10 mil exemplares é comprovada pela BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES
Expediente:
Publicação mensal da Câmara de
Comércio Americana para o Brasil - RJ
Diretor: Ricardo de Albuquerque Mayer
Editor-chefe e Jornalista Responsável:
Ana Redig (MTB 16.553 RJ)
Repórter e Redator:
Renato Santos
Editora de Arte:
Ana Cristina Secco
Designer e ilustrador: Lui Pereira
Impressão: Ediouro Gráfica e Editora
Fotógrafos: Cinthia Aquino, Luciana Areas
e Ricardo Costa
Os pontos de vista expressos em artigos
assinados não refletem, necessariamente, a
opinião da Câmara de Comércio Americana.
Câmara de Comércio Americana para o
Brasil - Rio de Janeiro
Praça Pio X, 15/5º andar 20040-020 Rio de Janeiro RJ
Tel.: (21) 3213 9200
Fax: (21) 3213 9201
E-mail: [email protected]
E-mail redação: [email protected]
www.amchamrio.com
Prezado associado,
Há pouco mais de um ano assumi a Superintendência da Câmara de Comércio Americana. Desde então, temos nos empenhado em criar ações que aumentem a participação dos
associados. Estamos felizes em poder afirmar, hoje, que esta aproximação vem acontecendo
de modo efetivo e já mostra resultados. Os comitês começam a trabalhar de modo regular,
debatendo as principais questões de cada setor e desenvolvendo um trabalho extremamente
importante de parceria com o poder público.
Um exemplo é o Comitê de Energia, que vem colaborando intensamente com o Fórum
Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, que se reúne na
Alerj. Os executivos associados à Amcham têm fornecido, através do trabalho do Comitê,
subsídios para que legisladores e o poder executivo possam compreender melhor este momento
e possam, com serenidade e conhecimento técnico, traçar políticas públicas que atendam às
necessidades e demandas do setor.
Nesta última edição do ano da Brazilian Business, gostaria de agradecer a todos os executivos que vêm realizando um trabalho extraordinário junto a todos os Comitês Setoriais.
É fundamental reconhecer o esforço daqueles que, apesar de terem suas agendas bastante
ocupadas, têm trabalhado junto à Amcham pela criação de um novo ambiente de negócios
que signifique desenvolvimento para as cidades, os estados e o país.
Quero agradecer, também, às empresas que abraçaram o Projeto Mantenedores e às que
estão em fase de aprovação. Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, Devon Energy,
Chevron, Veirano Advogados e PricewaterhouseCoopers foram as primeiras companhias que
apostaram em uma forma diferenciada de apoiar a instituição. Através de um aporte anual
de valor bastante atraente, essas empresas passaram a ser patrocinadoras permanentes,
colaborando com a melhoria da qualidade de todos os eventos. Temos certeza de que outras
virão a se somar a essas companhias, formando um quadro expressivo de apoiadores fixos
que nos permitirá crescer e atuar de maneira cada vez mais relevante em favor dos próprios
associados.
Por último, mas não com menor importância, quero agradecer à diretoria por todo o
apoio que estamos recebendo, e ao staff da Amcham que vem realizando um trabalho de
grande dedicação e qualidade. Acreditamos fortemente que, juntos, podemos superar esta e
muitas outras crises, e que podemos ajudar a influenciar e mudar a realidade da nossa cidade,
estado, e mesmo do Brasil.
Boas festas a todos e que 2009 seja um ano ainda melhor.
Ricardo de Albuquerque Mayer
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
A Bradesco Seguros e Previdência,
Rodrigo Bueno
Bradesco Seguros é a melhor da América Latina
maior conglomerado de seguros da
América Latina e líder do mercado
brasileiro com cerca de 25% de
market share, foi eleita a melhor
empresa de seguros da América
Latina em 2008 pela revista especializada britânica World Finance.
O resultado se deveu aos índices de
solidez e crescimento da empresa
em todos os segmentos. O prêmio
foi recebido na London Stock Exchange pelo diretor geral administrativo-financeiro da companhia,
Samuel Monteiro dos Santos Jr. A
companhia também é a seguradora melhor avaliada no Brasil pelas
UniverCidade capacita alunos em exames de DNA Ensinar estudantes de Enfermagem, Fisioterapia e Biologia a realizar exames
laboratoriais com técnicas avançadas de biologia molecular e citogenética. Este
é o objetivo do Projeto DNA, da UniverCidade. Na parte acadêmica, serão desenvolvidos projetos de pesquisa nas áreas de diagnóstico molecular de doenças
genéticas, além de estudos de genética forense e de populações. No futuro, a
UniverCidade pretende oferecer exames a preços mais acessíveis à população
carente e aos funcionários do Centro Universitário da Cidade. O projeto busca
parcerias com órgãos públicos, planos de saúde e empresas.
agências de classificação de risco
Fitch Ratings e Standard & Poors.
Machado, Meyer assessoram grupo
nipo-coreano
O escritório de advocacia Machado,
Meyer, Sendacz e Opice assessorou um
consórcio nipo-coreano na aquisição
de 40% do capital da mineradora Namisa. O grupo formado por siderúrgicas
japonesas e pela sul-coreana Posco
assinou contrato de compra e venda
no valor de US$ 3,12 bilhões com a CSN
(controladora da Namisa). O escritório
auditoria legal e pela negociação da
estrutura societária e comercial e dos
contratos da operação.
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
Divulgação
de advocacia foi responsável pela
Divulgação
Livro conta 130
anos da Prudential
Editado com apoio cultural da
Prudential, o livro “A História dos
Seguros no Brasil” revela, em 400
páginas, os primeiros passos da atividade e sua importância no país e
no mundo. Lançada no Jockey Club,
a obra é fruto de trabalho conjunto
entre o escritor, professor e economista Aléxis Cavichini, o economista
Novo guia New York City da Michelin
Acaba de sair a edição 2009 do guia Michelin New York City, considerada a mais
importante e renomada publicação de hotéis e restaurantes do mundo, com
cerca de um milhão de exemplares vendidos em mais de 100 países. Uma das
tendências do guia é valorizar a relação custo-benefício dos estabelecimentos avaliados: 24% da lista inclui endereços de bons restaurantes com preços
acessíveis. Ao todo, 617 estabelecimentos foram citados, sendo que 54 hotéis
e 563 restaurantes com 50 tipos diferentes de culinária.
Fernando Mello e os jornalistas
Denise Bueno, Jorge Clapp, Paulo
Amador e Ubiratan Solino. A publicação também conta os mais de
130 anos de história da Prudential
nos EUA e sua trajetória no Brasil.
Para William Yates, presidente da
seguradora no país, o livro vem em
momento oportuno, quando o interesse pelo setor aumenta: “É uma
bela forma de aumentar a
disseminação da cultu-
Delta: maior empresa aérea do mundo
Com a aquisição da Northwest Airlines, no valor de US$ 2,8 bilhões, a Delta
passará a ser a maior companhia aérea do mundo, considerando número
de passageiros transportados e a distância percorrida nos vôos. A nova empresa, com sede em Atlanta,
Delta Airlines. Ela voará
um quadro de 75 mil
vai operar mantendo o nome de
para 375 cidades de 66 países, com
funcionários.
ra do seguro”.
ão
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DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
Divulgação
Veirano Advogados patrocina Brazil Economic Conference 2008
Para compreender melhor os efeitos da crise financeira internacional sobre o Brasil, o escritório Veirano Advogados patrocinou o Brazil Economic Conference 2008,
em Washington, DC. No evento, realizado anualmente pela Câmara de Comércio
Brasil-EUA, os empresários avaliaram que a recessão deverá ser mais sentida no
2º semestre 2009. Segundo Luiz Fernando Pacheco, sócio do Veirano, o encontro
SulAmérica atrai jovens clientes
“ajudou a colocar o país no centro de debates importantes sobre as perspectivas
futuras”. O ministro da Fazenda Guido Mantega participou do evento. A SulAmérica Seguros e Previdência
lançou um novo produto, voltado
para menores de idade: o Educapre-
Xerox investe em e-commerce
vi. Desenhado para garantir o futuro
A Xerox do Brasil lançou uma nova estratégia de e-commerce para
de crianças e jovens durante a vida
acadêmica, ele traz como diferencial
venda de produtos. Na página da empresa na internet
(www.xerox.com/compreonline) usuá-
as opções oferecidas de acordo com
rios domésticos ou profissionais
o perfil de investimento escolhi-
liberais podem encontrar,
do pelos pais ou responsáveis.
por exemplo, a Phaser 6110,
Com mensalidades de R$ 50, o
impressora mais barata do
Educaprevi tem três opções
mercado, por apenas R$ 368.
de planos nas modalidades
O site canaliza toda a demanda
Plano Gerador de Bene-
e o negócio é concluído na re-
fício Livre (PGBL) e Vida
venda escolhida pelo usuário. O
Gerador de Benefício Livre
objetivo é estreitar ainda mais o
(VBGL), que podem ter
relacionamento da empresa com
contribuições em fundos de
as revendedoras autorizadas que
investimento de renda fixa,
tenham suporte para e-commerce
variável ou multicarteira.
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
Div
ulg
açã
o
e certificado de segurança do site.
Dezembro 2008
02 - O Líder Financeiro
Sérgio Carvalho
9h às 18h
American Business Center
09 - Ideas Exchange
Subcomitê de Tributação
“Os impactos tributários da crise mundial”
9h às 11h
American Business Center
16 - Ideas Exchange
Comitê de Meio Ambiente
“Medidas compensatórias”
9h às 12h
American Business Center
19 - Seminário
“O SPED e os impactos nos negócios”
8h45 às 14h30
Local a confirmar
DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
CLAUDIA DANIENNE MARCHI
Vanguarda em Recursos Humanos
C
Divulg
ação
laudia Danienne Marchi é o
retrato da executiva atual.
Carioca, casada, e mãe de um
filho, formou-se em Psicologia e
nunca parou de estudar. Fez pós-graduação
em Marketing e MBA em Serviços no IBMEC,
MBA Executivo na Coppead, além de inúmeros
cursos nacionais e internacionais voltados
para management e gestão de pessoas, como
o realizado no Insead na França.
Antes de ingressar na Amil, onde
trabalha há 14 anos, atuou na
PricewaterhouseCoopers. Sempre focada
na área de Recursos Humanos e seus
subprocessos, como T&D - Universidade
Corporativa, Recrutamento e Seleção,
Pesquisa e Qualidade e Remuneração
Estratégica. Como convidada de escola
de negócios, exerce atividade acadêmica
lecionando em cursos de pós-graduação.
Hoje, ela representa a Amil na diretoria
técnica da AEC Brasil (Associação de
Educação Corporativa do Brasil), além de ser
a chairperson do comitê de RH da Câmara de
Comércio Americana.
Claudia Marchi conta, nesta entrevista à
editora da Brazilian Business, Ana Redig, o
que pensa sobre o setor.
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
Este ano você aceitou o convite
para ser a chairperson do Comitê
de Recursos Humanos da Amcham.
Como as empresas e executivos de
RH podem contribuir para melhorar o setor?
Foi um convite desafiador. Pela seriedade dos propósitos da Amcham e pela
sinergia com a minha visão incremental
na área de RH. Eu acredito que o RH
tem que ser estratégico, tem que pensar
desta forma e se posicionar assim. Não
basta que esta minha menção seja apenas
um discurso comum. Tem, sim, que
acontecer por parte de cada executivo,
um desejo visceral. Cabe ao RH fomentar práticas tecnicamente consistentes e
criativas em sua concepção. Não pode,
portanto, ser uma área meio, e sim estar
alinhada às estratégias do negócio.
Isso quer dizer que o executivo de
RH deve atuar em todos os setores
da empresa com o mesmo comprometimento?
Exatamente. Cada vez mais o
executivo de RH poderá atuar como
“advisor” de práticas, processos, pessoas, estabelecendo interface direta
com Tecnologia, Finanças, Marketing,
RI etc. e participando ativamente da
construção da cultura corporativa de
suas empresas. Isso ajuda a conquistar
a sustentabilidade, com transparência,
justiça, visão de retorno sobre o investimento, foco em desenvolvimento e
retenção de talentos. Assim, certamente
estarão contribuindo para um processo
mais amadurecido de Governança Corporativa. Este é um ideal perseguido
por todos nós que colaboramos para
grandes organizações.
Quais são os objetivos do Comitê de
Recursos Humanos?
Congregar esforços através de
uma parceria entre executivos de RH,
Amcham e sociedade, visando alcançar
benfeitorias corporativas, discutindo
com diferentes instâncias, sejam elas
privadas, públicas, governamentais ou
não. Queremos envolver formadores
de opinião e tomadores de decisão,
de modo a compartilhar ideais e projetos de melhoria contínua para as
corporações, os cidadãos e a sociedade
como um todo. A idéia é agregar valor
através de um grupo de executivos que
intencionam o melhor para as pessoas,
empresas e sociedade.
Que tipo de incentivo fiscal as empresas que investem em capacitação
precisariam receber para serem compensadas por seu investimento?
Você está adiantando um tema
em que estamos em envolvente brainstorming. Um desejo que vislumbramos
em 2009 e que deve se tornar uma de
nossas bandeiras. Queremos implementar a cultura de investimento com
retorno transparente, viável, factível e
estimulante para organizações que já
possuem esta premissa de investimento.
Esperamos que as demais adquiram esta
cultura. Posso adiantar que este tema
sintetiza a vontade de vários RHs e visa
cada vez mais o processo de qualificação, desenvolvimento e investimento
em pessoas, corroborando, assim, para
uma conquista significativa no cenário
brasileiro. Pensamos grande!
Empresas que investem em capacitação vêm conseguindo manter seus
funcionários?
Sim. A Universidade Corporativa
não pode ser modismo e sim uma forma de perpetuar e maximizar o capital
intelectual, capilarizando a importância
do aprendizado e do conhecimento
como vantagem competitiva. Não
há o melhor modelo de Universidade
Corporativa. Há casos de sucesso,
construídos de acordo com a realidade
de cada empresa. É este “DNA” que
faz uma história vencedora ou não. A
UC da Amil existe desde a década de
90 e somos reconhecidos internacionalmente como um case de sucesso pelo
modo vanguardista dos projetos, grau
de investimento nas pessoas, compromisso com excelência na qualificação e
desenvolvimento. Fomos relacionados
na Training Magazine, no Cux Awards e
a nossa empresa foi citada por inúmeros
autores internacionais também como
empresa Benchmarking pelo processo
inovativo de gestão de sucesso propiciado por pessoas.
E qual é o “pulo do gato” para se ter
este sucesso?
Há de se ter práticas com longevidade, estruturadas e apoiadas por
parceiros tecnicamente inquestionáveis
e vanguardistas, que mais do que informar, contribuam com o processo de
formar. Não basta ter os melhores profissionais técnicos. Temos que ter um time
com atitude, com valores humanizados.
Isso faz toda a diferença, pois agrega
uma visão de serviços e de clientes que
não se copia. Daí ser um investimento
e não um custo dentro das premissas
organizacionais. Sem contar que gera
a valorativa vantagem competitiva.
Sobre as cotas para pessoas portadoras de deficiência, que tipo de
dificuldades as empresas vêm enfrentando?
Esta foi uma das medidas mais
inteligentes que o governo criou para
estimular a inclusão social. Mas os RHs
percebem que podem ajudar a dinamizar
o projeto. Podemos colaborar com um
modelo mais flexível, mais abrangente e
formador, desenvolvendo e dando oportunidades excelentes desdobramentos
deste projeto. Daí o interesse em somarmos esforços nesta iniciativa.
Como a nova lei dos estagiários está
impactando o mercado?
Positivamente. Acredito que regulamentações, medidas mais criteriosas,
DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
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leis voltadas para incentivo à inserção
no mercado de trabalho, dentre outras,
trazem disciplina, exigem maior preparo por parte das empresas e isto é muito
positivo para toda a cadeia de valor,
pois só sobrevivem os preparados para
o “turn around”. Direitos e deveres mais
complexos, no caso dos estagiários, exigem compromissos diferenciados destes
jovens em formação e, assim, nada mais
justo do que a retribuição por desempenho das organizações. Um exemplo são
as férias, um legítimo direito, fundamental para a qualidade de vida. Mas há
de se deixar um legado para outro administrar, com senso de profissionalização
do que se está apoiando ou cuidando.
Tanto a parte comportamental quanto
a técnica exigem maior maturidade via
compromisso entre as partes.
Que tipo de características um profissional deve ter hoje para se sair
bem em um processo seletivo?
Precisa ter paixão por atuar com
excelência. Não basta querer ser bom.
Em linhas gerais, de modo não hierarquizado, envolve equilíbrio entre competências técnicas e comportamentais.
Um desejo avassalador de aprender,
ser colaborativo, ter humildade para
saber crescer, inspiração, habilidade
para compartilhar e se relacionar, buscar inovar, criar, ter visão de serviços e
clientes, ser eficaz na gestão financeira
e planejar cenários, antevendo oportunidades e crises, além das premissas
ligadas à integridade, ética etc.
Quais pecados e virtudes as empresas costumam cometer em um
processo de seleção?
Pecados e virtudes estão intimamente ligados à cultura corporativa e ao
grau de exigência das mesmas. O que
para uma empresa pode ser percebido
como total amadorismo, para outra é
um estágio a ser evoluído. Na Diretoria
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
de RH da Amil estamos atentos para
não pecarmos: jamais expor o candidato
a brincadeiras ou dinâmicas “infantilizadas”. Quem conduz a seleção tem
que estar qualificado para interagir com
o candidato, conhecer o perfil da vaga
em sua totalidade e saber pormenorizar
oportunidades e desafios. Também é
importante construir o processo com o
sponsor da área e o líder direto demandante da vaga ou consultoria.
Como você definiria uma boa gestão
de Recursos Humanos?
Participativa, tecnicamente fundamentada, incremental e alinhada
ao negócio. O RH tem que ouvir, demonstrar que deseja apoiar, jamais pode
impor e sim construir. Portanto, deve
fazer benchmarking, “saindo da caixa”
do RH. Adoro a expressão “out of the
box”, pois é exatamente assim que um
RH estratégico deve se posicionar. Tem
que saber conversar um pouco de tudo
no que tange a management (finanças,
marketing, atendimento, jurídico,
compras) e, obviamente, ser inquestionável em RH. Deve estar cônscio
da responsabilidade organizacional e
socioambiental.
O que você considera fundamental
em um departamento de RH para que
este seja eficiente?
Alinhamento ao negócio, tecnologicamente subsidiado para entregas
mais valorativas, que pense em controle, métricas, ROI, mas sem perder
o mais importante: humanização na
abordagem. Atuar com profissionais
comportamentalmente maduros e formação técnica variada, pois esta pluralidade de psicólogos, administradores,
profissionais de marketing constroem
um time eclético e com potencial de
resultado mais abrangente. Também é
preciso ser flexível, dinâmico e altamente vanguardista. BB
resolvemos impressionar nosso cliente mais importante.
o planeta terra.
ConsCiente de que o papel utilizado no dia-a-dia em suas máquinas está diretamente ligado ao papel que
representa junto à soCiedade, a ediouro gráfiCa obteve o selo fsC (forest stewardship CounCil – Conselho
de manejo florestal), uma garantia de que a matéria-prima que utiliza foi obtida de forma ambientalmente
Correta, soCialmente justa e eConomiCamente viável.
Com esta atitude, a ediouro gráfiCa reitera o seu Compromisso Com o meio ambiente e inCentiva outras empresas
a fazerem parte da Cadeia de Custódia.
Faça como a gente, não deixe o seu papel em branco.
ajude a garantir um Futuro melhor para todo o planeta.
maiores informações:
rua nova jerusalém, 345 – bonsucesso – rio de janeiro/rj – tel.: (21) 3882-8200
www.Fsc.org.br | www.ediouro.com.br
SW-COC-003402
Peace begins at home
Andrea Bottner
T
he “16 Days of Activism
against Gender Violence”
campaign runs from
November 25 to
December 10, 2008. The dates
are not accidental: November
25 is the International Day
Against Violence Against
Women, and December 10 is
International Human Rights
Day. These 16 days are a
bridge between thinking
of gender violence as a
“women’s issue” and
understanding it as a
human rights concern
that touches us all.
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
“In the US alone, the economic cost of domestic
violence exceeds USD 5.8 billion per year in health
care services and lost productivity”
Deadly discrimination cuts short women’s lives in
every country and stalks us at every point in our life-cycle:
from before birth, in sex-selective abortion and infanticide;
to childhood death from neglect in food and medicine; to
genital mutilation; so-called “honor” killings; dowry deaths;
sex trafficking; rape; systematic mass rape and torture in
war zones; inadequate maternal health care; and sociallysanctioned impoverishment of widows. Taken together,
around the globe, one in three women will experience genderbased violence in her lifetime. In some regions of the world,
that figure rises to 70 percent.
Across diverse cultures and societies, one element unifies
this savagery: the willingness to dehumanize women.
These 16 days affirm women’s rights in the world not
in terms of what we do for our husbands or families, but
simply in terms of who we are: human beings who deserve
dignity, and the ability to go about our lives free from
violence and fear.
For too many women, the place where we ought to feel
most safe is sometimes the most dangerous. Women are more
at risk of experiencing violence in intimate relationships than
in any other aspect of our lives.
Domestic violence happens behind closed doors,
making it easy to dismiss as a private issue or a tragedy of
interest only to the affected family. But, the consequences
of violence in the home radiate outward and upward,
affecting communities and entire nations. In the US
alone, the economic cost of domestic violence exceeds
USD 5.8 billion per year in health care services and lost
productivity. A 2004 study in the UK that computed both
direct and indirect costs of domestic violence arrived at a
figure of GBP 23 billion per year, or GBP 440 per citizen.
Regardless of the society in which it takes place, domestic
violence ruptures families. It breeds poverty, inequality,
instability, and affects the standing of governments in
the eyes of the world: the greatness of nations is always
measured by how they treat their most at-risk citizens.
Most countries have laws that criminalize the assault
component of domestic violence, but, according to a 2006
UN study, only 89 recognize the special combination
of physical and emotional brutality – the particular
circumstances brought about by the unique personal bonds
between perpetrator and victim – that characterize domestic
violence. Those laws are urgently needed.
We need partnerships between NGOs and legislative
bodies, so their expertise and experience can inform the laws.
And we need more thorough data collection, so that policies
can be targeted and effective.
But laws and policies are empty gestures without
stringent implementation and enforcement. Enforcement
must recognize that domestic violence offenses have been
separated from assault categories because their characteristics
are different, and not because the crimes are any less serious.
We need consistent guidelines and training for police
and social workers. We need courtroom procedures that
allow privacy and confidentiality for victims – which can
be as simple as allowing video testimony, or restricting
courtroom access. We need expansion of the proven success
of “one-stop centers” that offer interagency health and legal
services for victims.
But most of all, we need political will from governments
to adhere to international standards and norms. We need
leaders who will insist -- loudly, frequently, and persistently
– that women have equal worth, equal value, and deserve
equal protection and respect.
A scant sixteen days will not accomplish these goals. But sixteen days are a start – a good start, if they can serve
as the fuse that inspires us to examine our attitudes and take
action all the other 349 days of the year. BB
Director of the State Department’s Office
of International Women’s Issues
DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
15
Um novo tipo de crise?
Paulo Vicente dos Santos Alves
A
s comparações da crise atual
com a de 1929 ou mesmo com
a de 1890 são inevitáveis, mas
errôneas. Estas já eram crises
num sistema global de trocas, mas
ainda dentro de limites na velocidade
das transações da era industrial, antes
da Internet. Entre outros fatores, foram
crises de oferta excessiva, o que não é o
caso de hoje, onde se saiu de um excesso de
liquidez para uma falta de liquidez em questão
de semanas, sem que houvesse um aumento de oferta.
16
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
“Um problema global requer soluções globais e não nacionais”
Hoje vivemos um conjunto de crises sistêmicas na
medida em que as regras do sistema se adaptam a uma nova
escala de trabalho, um sistema global de trocas no qual o
dinheiro roda o mundo na velocidade da luz. Em 1929 e
1890 não havia como saber ao longo da noite como estavam
os mercados na Ásia ou Europa e isto pouco importava, já
que a resposta a esses estímulos não era tão veloz.
Nosso sistema de regulação estava despreparado para
a escala e velocidade dos eventos. Mas isto não é totalmente
novo. Existem três outras crises bancárias que podem servir
de paralelo e ajudar a compreender o fenômeno, buscando
soluções. Todas ocorreram após um longo período de inflação
e inovação tecnológica, seguido de crises com amplitudes
crescentes até desaguarem numa crise que, depois de superada, levou a um duradouro equilíbrio.
O primeiro a perceber tal padrão foi David Hackett
Fischer no livro “The great wave”. As crises que Fischer identifica como sendo precedentes da atual são as de 1298-1320,
1590-1618 e 1795-1805.
A primeira representou a transição do sistema feudal
para o sistema nacional, onde os mercados passaram a se
comunicar numa velocidade cada vez maior. O período inflacionário – da Idade Média a 1224 –, e o próprio sucesso
do sistema feudal da alta Idade Média levou as cidades a se
interligarem cada vez mais e demandarem mais meio circulante, gerando uma crise de liquidez que criou instabilidades
crescentes. O surgimento do Estado Nação levou à estabilidade dos sistemas com um maior controle e regulamentação.
No século XVII foi a transição para os Impérios Coloniais a partir de nações e colônias pouco reguladas e a consolidação do sistema colonial num sistema global de trocas,
mas ainda sem a industrialização. O período inflacionário se
estendeu de 1470 a 1590, quando a crise de liquidez num
sistema já muito espalhado geograficamente induziu a uma
série de crises e choques numa instabilidade crescente, gerando uma série de revoltas que culminaram na Guerra dos
Trinta Anos (1618-1648). A solução passou pelo surgimento
de Estados mais fortes e centralizados, capazes de controlar
um sistema que se estendia por vários continentes.
No século XIX a crise representou a transição para o
Estado Moderno com uma burocracia tecnocrática, algumas
repúblicas e monarquias parlamentares. O Estado passou a
ter uma governança mais complexa, contemplando os interesses de todos os cidadãos. O período inflacionário durou
de 1729 até a Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas.
Outra vez a expansão do sistema levou ao aumento da falta
de liquidez, gerando choques econômicos e instabilidade no
mercado financeiro crescente. Novamente a solução passou
pelo estabelecimento de novas formas de regulação, mais
adequadas a para um sistema novo e expandido.
A crise atual é a da Revolução da Telemática e tem suas
origens inflacionárias na Segunda Guerra Mundial. Mas a
partir da década de 1960 a velocidade da inflação se acelerou.
O sucesso do sistema industrial levou ao desenvolvimento de
métodos de transporte e comunicação cada vez mais eficientes, aumentando a interdependência das economias numa
escala nunca antes vista. A introdução da Internet na década
de 90 gerou o acesso em grande escala às telecomunicações,
levando uma onda de crescimento e instabilidade para o
qual os sistemas regulatórios da era industrial não estavam
preparados. Os choques do Petróleo na década de 70 e 80
e depois os choques financeiros das décadas de 90 e 2000
mostravam uma crescente onda de instabilidade e variação
entre o excesso e a falta de a liquidez.
No passado, apenas a injeção de moeda no mercado
ajudou a combater o problema de imediato, mas alimentou
a inflação no médio prazo, levando a novas crises. Num
mercado global, com a velocidade da telemática, são necessários novos modelos de regulação para um capital que gira
o mundo e onde as notícias do outro lado do planeta afetam
os mercados de pré-abertura dos pregões. Resumindo: um
problema global requer soluções globais e não nacionais.
Será preciso criar instituições supra-nacionais para
controlar mais rigidamente o mercado financeiro. Não se
trata de ser Keynesiano, interventor ou liberal. A questão é
perceber que o mundo mudou e que a mudança continua
a cada nova inovação tecnológica, e só vai piorar sem novas
instituições capazes de lidar com o problema.
Mas se depois de todas as crises veio um período de
equilíbrio, é provável que depois da crise, com sistemas mais
robustos e preparados para a uma nova realidade venha um
período de quase um século de crescimento e avanço científico. Resta saber se isto ocorrerá no século XXI ou XXII.
Ou seja, se tivermos coragem de fazer as mudanças nos
próximos anos poderemos desfrutar das conseqüências de
nossos acertos e decisões ainda em vida ou deixaremos para
nossos filhos a tarefa de fazer tais mudanças.
A história não se repete e o futuro não é pré-determinado,
cabe à nossa geração fazer as escolhas e colher os resultados. BB
Subsecretário de Planejamento
do Estado do Rio de Janeiro
DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
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GESTÃO & CARREIRA
A crise mundial e o mercado
de contratações no Brasil
Por Fernando Mantovani
U
ma rápida análise do cenário internacional, levando em conta o desempenho das
bolsas em todo o mundo e a tendência
de recessão já identificada em alguns países, pode nos
levar a crer que a crise afetará o Brasil, prejudicando
o crescimento do país e as contratações locais. O que
se percebe, em um primeiro momento, é que o país
será afetado, até pelo que se vê no comportamento
da Bovespa recentemente. Paralelamente, o câmbio,
mantendo a volatilidade atual, pode afetar alguns segmentos de mercado, prejudicando até mesmo alguns
planos de expansão.
O que difere o Brasil dos EUA e da Europa é o claro
fato de que localmente falamos de impacto de crescimento, enquanto lá falamos em recessão. Apesar das
conseqüências, o crescimento esperado do PIB brasileiro
é maior do que a média histórica de alguns anos atrás
– trabalhamos com uma projeção de 3% para 2009. Por
todos estes motivos, o Brasil continua sendo um país
atrativo sob o ponto de vista de investimento externo.
Levando em conta esta atratividade e o aquecimento do mercado interno, além dos investimentos
necessários em infra-estrutura já em andamento, podemos prever que ainda teremos demanda de contratação
de profissionais qualificados superior à de alguns anos
atrás, próxima ao que se viu em 2008, e ainda sensível
escassez desta mão-de-obra.
Alguns setores terão um desempenho mais forte
na demanda de contratação do que outros. Entre eles,
o de infra-estrutura, o petroquímico e, dependendo,
de como for resolvida a questão de acesso ao crédito,
e com qual velocidade, os setores automotivo e de
construção civil. Apesar da queda na venda de veículos
pontual em novembro, do outro lado vemos o crescimento da produção industrial nas comparações com
ano e meses anteriores.
Essas indústrias, além de demandarem grande
número de profissionais qualificados, em especial engenheiros, continuam a receber muitos investimentos
– um exemplo são as obras previstas no Programa de
Aceleração do Crescimento, que se mantêm e devem
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
seguir recebendo recursos
públicos e privados nos próximos anos. No caso do setor petroquímico, continua a
escassez de técnicos e profissionais especializados, o que
faz com que estrangeiros venham ao Brasil suprir essa
demanda, recebendo salários que muitas vezes superam
a remuneração no exterior. Outro fator que colabora para
o aquecimento do mercado é a perspectiva de evolução
do pré-sal, que demandará investimentos e contratações,
em um processo que durará alguns anos.
Mesmo no mercado financeiro, instituições internacionais têm evitado aumento de quadro recentemente, mas não se fala em redução. Para se ter uma
idéia, apenas 2% das empresas com processos em andamento pela Robert Half suspenderam contratações,
o que representou 3,5% das vagas em aberto. Nas duas
últimas semanas, o volume de novas vagas abertas
pelas empresas é compatível à média registrada antes
do anúncio da crise.
Já as instituições nacionais de grande porte
mostram apetite de contratação e até de repatriação
de profissionais que deixaram o país em outro momento. O que veremos, talvez, será a redução dos
bônus elevados vistos no passado recente. A fusão
entre Itaú e Unibanco demonstra o vigor e o apetite do
setor bancário brasileiro, que tem muitas perspectivas
de crescimento na América Latina. Mesmo estas instituições devem ter demanda por profissionais em um
primeiro momento, até porque não se sabe quando a
fusão irá ser totalmente concluída.
Um ponto que merece atenção é a volatilidade
do câmbio, que já dá sinais de arrefecimento e deverá
voltar à normalidade.
Em resumo, não há porque não ver o cenário de
forma positiva, com demanda de contratações de mãode-obra qualificada, crescimento de consumo interno,
investimentos e, conseqüentemente, da economia.
Devemos olhar para a metade cheia do copo!
Diretor da Robert Half
Paixão e trabalho na mesma raia
DE TORCEDOR A PROPRIETÁRIO DE PURO-SANGUES, ADVOGADO
CONTA QUE ADMIRAÇÃO PELO TURFE SURGIU AINDA NA INFÂNCIA
Renato Santos
T
rês cavalos e um jóquei de farda preta com listras e boné verdes se destacam
em primeiro plano, tendo ao fundo um vale. O quadro que decora a sala de
Antonio Landim Meirelles Quintella, presente de um amigo, revela uma das
grandes paixões do advogado: o turfe e tudo o que cerca a atividade. “Meu
interesse pelo esporte foi espontâneo, nasci no Jardim
Botânico e a garotada de lá assistia às corridas
acompanhada dos parentes. Na década de 70,
o Jockey Club proibia a entrada de menores
nos finais de semana, mas a gente pulava o
muro ou assistia às corridas da cerca. Fui
me afeiçoando e, quando vi, já estava
totalmente envolvido. Tive cavalo
antes de ter carro”, revela.
20
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
“Para trazer um garanhão do exterior é normal
investir US$ 1 milhão, e quando vendemos um potro
também geramos divisas para o país. O turfe deveria
ser visto como uma importante atividade econômica”
Eleito diretor de corridas do Jockey
Club Brasileiro aos 31 anos, o mais jovem da história da entidade, Meirelles
Quintella define em duas palavras as
qualidades que um bom profissional
liberal e um apaixonado proprietário
de cavalos devem ter em comum para
obter sucesso nas duas áreas:
“Disciplina e planejamento. As
atividades requerem autoconhecimento, capacidade de discernir e de enxergar adiante, principalmente no caso
de um advogado de contencioso, que
tem que preparar com antecedência as
etapas de um processo que será julgado
muito tempo depois. Com o cavalo de
corrida é a mesma coisa, você tem que
montar sua equipe de profissionais,
estabelecer preferências de pedigree,
de jóqueis e conduzir o processo para
atingir a meta proposta”.
Quintella lembra que o turfe e
a advocacia são duas atividades bem
diferentes, mas o fato de ser conhecido no meio esportivo faz com que,
às vezes, angarie entre conhecidos
e colegas novos clientes para o
escritório.
“Mas isso não é
uma regra. São duas
áreas muito distintas e pro-
curo mantê-las dessa forma, para que
não haja confusão, uma não interfira
na outra. Pode acontecer que, por vezes,
pessoas que conheço no meio de turfe
surjam para mim como clientes, mas é
conseqüência do círculo social que freqüento, nada além disso”, esclarece.
Segundo o advogado, o turfe o
ajuda a esquecer temporariamente da
rotina estressante de trabalho no escritório, mas não a relaxar, pois a atividade
também requer um alto grau de responsabilidade com toda a equipe.
“Nesse esporte os nervos ficam
muito à flor da pele, há um comprometimento com profissionais, funcionários, pessoas ligadas à atividade e ao
próprio cavalo que está ali competindo. Posso esquecer o outro mundo,
mas não me sinto relaxado. Ainda
bem, porque às vezes quando o cavalo
vai disputar um páreo importante você
pensa ‘Meu Deus, por que não estou
num barco à vela?’ Mas é justamente
aí que entra a adrenalina”.
Sem disfarçar o orgulho, ele se
recorda dos melhores cavalos que sua
equipe, a Stud Quintella, produziu
e manteve ao longo dos anos. Todos
criados em fazendas de terceiros, especializadas nesse tipo de preparação.
“O que mais gostei de ver com nos-
sas cores foi o Tiptronic, um vencedor,
um animal mágico. Hoje serve como
reprodutor em um haras no Rio Grande
do Sul. Foi a maneira que encontramos
de dar um merecido repouso ao campeão. Já o Naraingang, nome de um
porto de Bangladesh, foi nosso melhor
cavalo de resultado. Vendemos para os
Estados Unidos e lá conquistou um
clássico, mas infelizmente morreu. Recentemente tivemos o Minion, único
animal da história do turfe brasileiro
que conquistou um título aos oito anos,
idade considerada tardia”.
Quintella ressalta que hoje o turfe
é muito prejudicado no Brasil pela falta
de compreensão e reconhecimento do
público esportivo. Ele requer tempo,
requinte e aptidão para distinguir carreiras e selecionar animais de talento, e não
desfruta do apoio que merece no país.
“Sofremos concorrência pesada de
outros esportes, e não contamos com
nenhum benefício, apesar do turfe ser
uma das práticas esportivas que mais
cria empregos. Talvez seja também a que
mais investe. Para trazer um garanhão do
exterior é normal investir US$ 1 milhão,
e quando vendemos um potro também
geramos divisas para o país. O turfe
deveria ser visto como uma importante
atividade econômica”, conclui. BB
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BRAZILIAN BUSINESS
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Gestão contábil e empresarial baseada em transparência e confiança mútua.
solidity partnership
parceria
confiança
reliability
transparência
solidez
Accounting and business management based on transparency and mutual trust.
transparency
Resultado: parcerias sólidas e excelência em produtividade.
Result: solid partnerships and excellence in productivity.
www.dpc.com.br
Rio de Janeiro
22
BRAZILIAN BUSINESS
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Tel. 5521 3231 3700
DEZEMBRO/2008
| [email protected]
São Paulo
Macaé
Rua Sampaio Viana, 277 - 10º andar - Paraíso
São Paulo - SP - CEP 04004-000
Tel. 5511 3884 1116
Rua Lindolfo Collor, 22 - Cavaleiros
Macaé - RJ - CEP 27920-220
Tel. 5522 2773 3318
Investimento local, resultado global
O
Rio de Janeiro é o cartão postal do Brasil. Disso ninguém discorda. A
cidade é sinônimo do turismo nacional, por sua beleza e hospitalidade.
Eventos de grande porte, como as festas de Reveillon e Carnaval, reúnem públicos imensos, com organização e segurança, e são responsáveis
pela geração expressiva de divisas. Pouca gente sabe, mas o verão carioca é ainda
mais lucrativo que os dois mega eventos juntos. Uma grande atração turística para
visitantes nacionais e estrangeiros.
Mas foi-se o tempo em que o turismo se fazia apenas com atrativos naturais. Este
é um setor extremamente lucrativo e responsável por promover desenvolvimento, se
trabalhado com profissionalismo e seriedade. O turismo abrange uma ampla gama de
atividades, trazendo impactos positivos para toda a cidade. O Rio de Janeiro merece
receber mais atenção nesta área. É preciso estabelecer metas para transformar o maior
destino turístico do país no melhor lugar do mundo para se visitar. Para tanto, é preciso
aportar recursos em bons projetos de infra-estrutura e estimular a iniciativa privada a
participar desta empreitada. Bons projetos atraem bons investidores e é possível criar
incentivos para atrair esses empresários.
O Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim precisa urgentemente ser reformado, aparelhado, modernizado, gerando conforto, segurança e comodidade para os
passageiros. Um aeroporto competente, com tecnologia de ponta, que seja merecedor
de mais rotas nacionais e internacionais. Para aumentar o fluxo de navios, que vêm
crescendo expressivamente, o novo prefeito já garantiu que vai realizar a revitalização
da Zona Portuária, o que é urgente e imprescindível. As obras de reforma da Rodoviária
Novo Rio também precisam ser concluídas com urgência. Atualmente o lugar é inóspito,
inseguro e desconfortável. Além disso, as estradas de acesso ao Rio precisam fornecer
condições dignas para quem viaja de ônibus e de carro.
A revitalização do Centro também é inadiável. Ruas e calçadas estão imundas e
monumentos e sobrados encantadores estão abandonados. Lugares históricos que poderiam atrair grande movimento, além de valorizar o local onde vivemos. A Amcham está
empenhada em mobilizar a iniciativa privada para realizar estas mudanças e espera
contar com a sociedade e o poder público para promover este resgate. Este tipo de
investimento local gera ganhos globais, trazendo benefícios para todos.
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Rio de Janeiro, pólo turístico
e gerador de riquezas
Valter Patriani
O
turismo representa para o Brasil, de forma
crescente, um importante instrumento
para a geração de riquezas e propulsor do
crescimento econômico. Se observarmos as
diferentes regiões do país, verificamos que nossos recursos
naturais – apoiados por uma eficiente infra-estrutura física
e por recursos humanos cada vez mais profissionalizados
– permitem oferecer aos turistas opções para todos os
gostos e finalidades. Temos praias e montanhas, florestas
e chapadas. Estamos estruturados para sediar eventos
internacionais – sejam de negócios, científicos ou esportivos
– e, permeando todos esses diferenciais, o brasileiro é
naturalmente um cidadão receptivo e atencioso.
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
“O Rio de Janeiro continua sendo um dos nossos principais exemplos dos
benefícios que o turismo pode proporcionar para a economia de um país”
Como profissional do setor e atento observador do mercado turístico há mais de três décadas, posso afirmar com
convicção que poucas nações reúnem as mesmas condições do
que o Brasil para fazer do turismo uma ferramenta efetiva de
desenvolvimento sustentável. E nesse cenário favorável, o Rio
de Janeiro é o exemplo mais representativo. Alguns símbolos
da cidade – como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar – são
conhecidos e admirados em todo o mundo. Um dos principais destinos de turistas brasileiros e estrangeiros, o Rio de
Janeiro atrai visitantes não apenas para a Cidade Maravilhosa,
mas para outros pontos do Estado igualmente requisitados,
como a Costa Verde, a região serrana e a dos lagos.
Apoiado por uma eficiente infra-estrutura e por recursos humanos cada vez mais profissionalizados, o Rio
de Janeiro tem dado mostras concretas de sua grande
potencialidade como geradora de divisas e empregos por
meio da exploração adequada e planejada do Turismo.
A realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007 foi um
exemplo recente dessa capacidade e nos permitiu mostrar
ao mundo que sabemos organizar um evento dessa complexidade e magnitude. Os resultados alcançados sem dúvida
nos credenciam para vôos ainda mais altos.
A contribuição do turismo fluminense para a economia
brasileira é também marcante em datas e festividades que
têm uma de suas marcas registradas na cidade do Rio de
Janeiro. O Carnaval, merecidamente conhecido como o
“maior espetáculo da Terra”, e o Réveillon são eventos que
atraem centenas de milhares de turistas do mundo todo e
reafirmam, a cada ano, as qualidades turísticas da região
e a capacidade dos cariocas de organizar festividades com
competência, beleza e descontração.
Neste ano certamente essa situação se repetirá. Segundo
estimativa da Riotur, a cidade deverá receber cerca de 2.555
milhões de turistas na temporada 2008/2009, número 2%
superior ao registrado na última temporada. Desses visitantes, 70% são brasileiros e 30% provenientes de outros
países. Esse número é bem significativo, especialmente se
entendermos que muitos desses turistas que vêm de outros
países aproveitam a viagem ao Rio para conhecerem também
outras localidades, num virtuoso efeito multiplicador. O Rio
de Janeiro não apenas atrai o turista para a cidade como se
configura como uma das nossas portas de entrada para outras
regiões igualmente apreciadas pelos visitantes estrangeiros.
Na CVC, a importância do estado como pólo turístico e gerador de divisas é reconhecida há muito tempo
e essas grandiosas festividades ocupam lugar de destaque
em nosso calendário. Todos os anos oferecemos pacotes
aéreos e rodoviários para Réveillon e Carnaval, incluindo,
no segundo caso, ingressos para os desfiles das escolas de
samba do Grupo Especial. A queima de fogos na praia de
Copacabana, por sua grandeza e pela emoção que gera,
serve de marco simbólico para o início de cada ano. Esse
evento é esplendoroso visto por todos os ângulos e, por essa
razão, vamos posicionar os dois de nossos seis transatlânticos
em pontos estratégicos, para permitir que seus ocupantes
acompanhem o espetáculo desde o alto-mar.
A vitalidade do turismo carioca se expressa não somente
pela atração que o estado exerce sobre os visitantes, mas
também, pela disposição de seus habitantes de viajarem para
outras localidades. E neste ano o navio CVC Imperatriz dos
Mares, que pela primeira vez navega em águas brasileiras,
ficará baseado no Rio de Janeiro, possibilitando ao turista
carioca iniciar cruzeiros a partir de sua cidade.
Lembrando o compositor Gilberto Gil, sem dúvida o Rio
de Janeiro continua lindo. Mais do que isso, o Rio de Janeiro
continua sendo um dos nossos principais exemplos dos benefícios que o turismo pode proporcionar para a economia
de um país, quando os recursos naturais são aproveitados de
forma planejada, com profissionalismo e responsabilidade,
transformando potencialidades em desenvolvimento. BB
Presidente da operadora CVC Turismo
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Foto: Riotur
Turismo: uma aposta inteligente
Rubem Medina
S
empre compreendi o turismo como uma atividade
econômica, com obrigação de compor o rol de políticas
públicas, principalmente no caso da cidade do Rio de
Janeiro, que tem a atividade como sua vocação história.
Por isso, propus, enquanto exerci o mandato de deputado federal,
a criação, por lei, de uma política nacional voltada para o turismo
e, em 2002, aceitei o desafio de comandar a Secretaria Especial
de Turismo, a convite do prefeito César Maia.
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
“É relevante ressaltar que o “verão carioca” como
evento turístico produz uma receita maior do que
as receitas somadas do Reveillon e do Carnaval”
Quando, em 1911, o economista austríaco Hermann
Von Schullern, conceituou o turismo como atividade econômica, deixou claro que a atividade compreende todos “os
processos especialmente os econômicos, que se manifestam
na chegada, na permanência e na saída do turista de um
determinado município, país ou estado”. Ou seja, que
cada impulso financeiro ocasionado pelos turistas sobre
os diversos segmentos econômicos se multiplica em rede e
estabelece um sistema de variáveis de insumos e produtos,
onde todas as vendas são igualmente compras e as saídas,
igualmente entradas.
Mas, o turismo, apesar do elevado potencial gerador
de renda que representa para uma cidade que tem as características do Rio de Janeiro, não é uma atividade que
possa produzir resultados isoladamente. O turismo não é
auto-suficiente. Como política pública, depende da excelência das demais políticas, como transportes, segurança,
organização, disciplina, fiscalização, atendimento médico,
exploração econômica dos equipamentos culturais, enfim,
os seus resultados são proporcionais aos resultados provocados pelas demais políticas públicas.
O quadro inteiro definiu as linhas da minha atuação à
frente da Secretaria Especial de Turismo da Cidade do Rio
de Janeiro. A primeira atitude foi estabelecer um sistema
de coordenação com as demais áreas da prefeitura e, no
mesmo momento, ampliar as oportunidades de parceria
com o setor privado – com as organizações e empresas que
atuam no segmento.
No conjunto, construímos os instrumentos essenciais
para explorar o potencial econômico e de visibilidade
positiva dos megaeventos, indo para além do Reveillon e
do Carnaval. Todos que realizamos foram marcados pelo
sucesso, a despeito das medidas, por vezes arbitrárias e
desinformadas, provocadas por ações judiciais de toda sorte. Neste ponto, é relevante ressaltar que o “verão carioca”
como evento turístico produz uma receita maior do que as
receitas somadas do Reveillon e do Carnaval.
Avançamos muito na direção dos eventos culturais, com
a utilização corretas das estruturas históricas existentes no Rio
de Janeiro. Demos atenção especial ao ensino, quando provo-
camos a constituição de um Conselho Universitário e agimos
com facilidade sobre o turismo feito por embarcações.
Com o tempo, os resultados foram aparecendo. Em
2003, houve, no porto do Rio, 78 atracações de navios
de passeio, com 93.000 passageiros. Em 2007, foram 149
atracações, com 410.940 pessoas. Em 2003, 1.221.465
passageiros desembarcaram no Aeroporto Internacional do
Rio de Janeiro. Em 2007, 3.716.996, um crescimento de
mais de 300%. Em 2003, 669.487 pessoas visitaram o Cristo
Redentor. No ano passado, foram 857.109.
A Organização Mundial do Turismo identificou 56
segmentos econômicos diferentes, influenciados diretamente
pelo turismo. Ou seja, o movimento simples do turista de
chegar, visitar e gastar impulsiona imediatamente uma cadeia de gastos e investimentos e essa cadeia gera empregos,
impostos, aluguéis, negócios enfim.
Apesar da facilidade de se levantar dados econômicos, o
potencial de multiplicação de resultados que tem o turismo
como atividade econômica dificulta conhecer com propriedade os impactos econômicos do segmento, principalmente
numa cidade que faz todos os seus movimentos em razão do
turismo e do entretenimento.
Entretanto, não há dúvidas de que é inteligente e altamente compensador para as cidades com forte apelo turístico
tomar decisões que influenciem positivamente o desejo do
turista de visitá-las. O dia-a-dia e as contas dos empresários
privados e dos agentes públicos lhes dão motivos suficientes
para acreditarem no turismo como fonte de lucros e oportunidades de realizarem os seus objetivos.
Espero que o novo prefeito e sua equipe tenham a exata
compreensão da importância do turismo como atividade econômica e reconheçam no conceito o sentido de interligação
entre as diversas políticas públicas. A Secretaria Especial no
nosso período de gestão ganhou porte suficiente para integrar
o corpo definitivo da administração pública, como operadora
de uma política de ponta, como são a educação, a saúde, os
transportes, enfim, as demais políticas públicas. BB
Secretário Especial de Turismo
da Cidade do Rio de Janeiro
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Foto: Riotur
Rio, a melhor escolha
para suas férias
Bayard do Coutto Boiteux
A
cidade do Rio de Janeiro
é, sem dúvida alguma,
uma síntese cultural e
natural da oferta turística
nacional.A situação geográfica da cidade
maravilhosa, que conta com uma natureza
privilegiada permite ao turista também
um encontro efetivo com o verde,
permeado pelo azul do mar e sobretudo
pelo carioca, o maior diferencial do Rio
incomparável, orgulho daqueles que
nasceram ou moram no maior destino
turístico do país.
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“É sempre bom lembrar que o turismo deve
ser encarado como uma forma de reduzir as
desigualdades sociais e propiciar melhoria de
qualidade de vida para a população anfitriã”
Palco de vários planos de turismo, que ajudaram a aprimorar a imagem institucional e o orgulho carioca, como o Plano Maravilha, o Rio +,
recentemente implantado na esfera municipal, é um plano de longo prazo
que visa incluir o Rio entre as dez cidades que mais recebem visitantes. A
ser implantado nos próximos 10 anos, implantará ações específicas como
a criação de novos pólos, a presença nos eventos nacionais e internacionais
e a qualificação e aprimoramento da mão-de-obra, que teve início com o
Rio Hospitaleiro. Esperamos que as próximas administrações levem em
consideração tal planejamento, pelo menos como um início de continuidade
administrativa, que deve nortear a sustentabilidade municipal.
É sempre bom lembrar que o turismo deve ser encarado como uma
forma de reduzir as desigualdades sociais e propiciar melhoria de qualidade
de vida para a população anfitriã para que seja um instrumento de mudança de percepção econômica da atividade. Ele pressupõe uma interação
com a população local, que pode nascer, por exemplo, da hospedagem
domiciliar tão bem desenvolvida pela iniciativa privada, em Santa Teresa,
com o Bed and Breakfat.
O Rio é, também, o paraíso dos grandes eventos, nomeadamente o
Carnaval e o Reveillon de Copacabana, exemplos de organização e segurança.
Hoje torcemos para que a cidade seja escolhida pela Fifa como uma das sedes
da Copa 2014, não apenas pela possibilidade de aumento de fluxos turísticos
momentâneos, mas pelo legado que poderá deixar no transporte e nos equipamentos esportivos. Novos equipamentos como o Centro de Convenções
Sul America vão ajudar na captação de pequenos eventos, que colaboram
com a redução da sazonalidade.
A percepção do Rio tem sido sempre muito positiva nas pesquisas
realizadas pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Turismo da UniverCidade, que revelam que 80% a 90% dos que visitam o Rio gostariam de aqui
retornar, o que os torna embaixadores da cidade, já que o boca-a-boca é,
hoje, a forma mais eficaz de promoção.
Precisamos, é óbvio, melhorar a sinalização, o formato da segurança, o
aumento de postos de informação, mas é necessário que os governos federal
e estadual reconheçam - não nos discursos, mas na liberação de recursos
- de que o Rio é o grande chamariz da nação e precisa ser reverenciado por
nós e por que nos visita. BB
Diretor da Escola de Turismo e Hotelaria da UniverCidade e
presidente do site Consultoria em Turismo
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Muito mais do que
compensação ambiental
Ana Redig
A
Devon Energy do Brasil, vencedora
do Prêmio Brasil Ambiental 2008
na categoria Educação Ambiental,
organizou um evento para divulgar a
conquista. O prêmio é realizado pela Câmara de
Comércio Americana há quatro anos para incentivar
as empresas a aumentarem seu compromisso com
a preservação do meio ambiente. O presidente
da Amcham, João Cesar Lima, disse que o
reconhecimento e o destaque dados pela Devon
ao prêmio são um grande incentivo: “A Câmara de
Comércio Americana é apenas uma incentivadora,
e é este tipo de iniciativa nos motiva a continuar.
A Devon leva o projeto muito a sério, com muito
comprometimento”, parabenizou.
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“É difícil uma empresa que dê continuidade aos
projetos, já que são ações compensatórias; uma
obrigatoriedade legal. Neste caso foi diferente”
Fotos: Noelia Albuquerque
Segundo o presidente da Devon, Murilo Marroquim,
a empresa decidiu promover o evento para compartilhar a
honra de receber o prêmio com os participantes do projeto
“Campo de Polvo”, parceiros e amigos. “O projeto é inovador e ousado porque usa recursos audiovisuais para que a
comunidade se expresse”, avaliou. Juliana Loureiro, a “mãe”
do projeto, explicou que a maior parte das empresas investe
em Educação Ambiental apenas por obrigação. “É difícil
uma empresa que dê continuidade aos projetos, já que estes
são ações compensatórias; uma obrigatoriedade legal. Neste
caso foi diferente,” comemorou.
Foram oferecidas dez oficinas de fotografia e de cinema
em todas as comunidades. Entre os 175 inscritos, alunos de
9 a 67 anos, de todas as classes sociais, de semi-analfabetos
a doutores. Cada oficina produziu três filmes, que acabaram
por traçar um retrato da realidade dos pescadores e comunidades que vivem nas áreas de exploração de petróleo onde a
empresa atua, na Bacia de Campos. Os 30 filmes foram exibidos e debatidos em praça pública, no “Encontro Humano
Mar”, que contou com a presença das autoridades locais e
ambientais, e tocou em feridas importantes.
“Hoje estamos na fase de desdobramento, atendendo
às demandas pelo monitoramento ambiental”, contou Fernando Borensztein, coordenador do projeto pela Devon.
É muito gratificante poder trabalhar em um projeto com
convergência entre comunidade, empresa e meio ambiente.
Dar voz à comunidade foi o maior ganho, e é com isso que
a gente se sente mais premiado”, garante.
A empresa mandou fazer réplicas do troféu e ofereceu
a parceiros importantes como o Ibama e o Ministério do
Meio Ambiente. “A gente trabalhou juntos desde o início
e, por isso, se sente também premiado. Este é o exemplo
do que o ministro nos colocou como desafio: trabalhar
a educação ambiental ainda no licenciamento”, revelou
Monica Serrão, gerente de Projetos do MMA, que acaba
de assumir o Departamento de Educação Ambiental em
Brasília. Edmilson Maturana, superintendente do Ibama,
disse que o projeto tira as intenções da letra morta da lei,
trazendo para a realidade. “É um orgulho ver os objetivos
da lei se transformando em realidade”.
A Oficina de Cinema Ambiental Humano Mar é uma
parceria da Devon Energy com a Abaeté Estudos Socioambientais. Quem quiser conhecer melhor o projeto, basta acessar www.humanomar.com.br, que acaba de entrar no ar. BB
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LEGAL ALERT
Súmula vinculante nº 7:
contribuição ou repetição?
Por Iara Ferfoglia Vilardi
E
m 2007, foram editadas as três primeiras
súmulas vinculantes. Depois de um intervalo de quase um ano, no primeiro semestre de 2008, mais sete súmulas vinculantes passaram
a fazer parte do ordenamento jurídico. Dentre estas,
encontra-se a de nº 7, aprovada em 11.06.2008, que
possui o seguinte teor:
“A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela emenda constitucional 40/2003, que limitava a
taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade
condicionada à edição de lei complementar”.
Como se sabe, o instituto da súmula vinculante
foi criado num contexto de crise do Poder Judiciário,
visando atacar, principalmente, duas deficiências do sistema: a falta de agilidade dos Tribunais e a insegurança
jurídica causada pela incerteza judicial.
Nesse intuito, a norma fundadora deste novo
mecanismo processual, a Emenda Constitucional
nº 45/2004 trouxe alguns requisitos que deveriam ser
respeitados para edição dos verbetes vinculantes pelo
Supremo Tribunal Federal, entre os quais se encontra a
existência de controvérsia atual entre órgãos do Poder
Judiciário ou entre esse e a Administração.
Contudo, tendo em vista (i) a unanimidade do
entendimento no STF sobre a questão sumulada;
(ii) a existência de súmula (não vinculante) sobre o
assunto – a de nº 648; e (iii) a revogação da norma
mencionada no enunciado – o artigo 192, § 1º da CF
– por meio da Emenda Constitucional 40/2003, tem
sido bastante questionado o preenchimento de tal
requisito por esta súmula vinculante e, por conseqüência, a necessidade de sua edição.
Na opinião dos ministros que votaram pela
aprovação, a atualidade da controvérsia residiria na
resistência de alguns magistrados ao entendimento
anteriormente sumulado, acarretando decisões contrárias ao esperado.
Trata-se, todavia, de argumento discutível, uma
32
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
vez que a grande maioria dos recursos que versam
sobre o assunto é residual. Isto é, tendo em conta
que o dispositivo constitucional foi revogado em
2003, nenhuma controvérsia nova a este respeito
deverá ser suscitada. Este, aliás, é o pensamento do
ministro Marco Aurélio que foi o único a se opor à
vinculação do verbete.
Além disso, também é preciso considerar que
as recentes reformas do Código de Processo Civil –
como, por exemplo, a modificação que conferiu ao juiz
o dever de não receber o recurso de apelação quando
a sentença estiver em conformidade com súmula
(vinculante ou não) do Superior Tribunal de Justiça ou
do Supremo Tribunal Federal – já auxiliariam significativamente na solução mais rápida dos processos que
tratam especificamente sobre esse tema, desafogando
os Tribunais tanto quanto possível.
Neste sentido, vê-se que a discussão sobre a
aprovação desse verbete deveria ter sido mais aprofundada a fim de verificar se, de fato, havia necessidade de
vinculação do entendimento, se haveria benefícios que
justificassem sua edição e, principalmente, se todos
os requisitos essenciais constitucionalmente exigidos
para sua conformação estavam presentes – situação
que, aparentemente, não aconteceu.
Diante disso, é forçoso reconhecer que a súmula vinculante nº 7 não pode ser tomada como um
bom exemplo de aproveitamento do novel instituto,
vez que não possui potencial para reduzir, de forma
expressiva, os problemas de morosidade e insegurança jurídica, provocando, desde logo, um desgaste
desnecessário do mecanismo, já que se apresentou
como uma mera repetição.
Advogada do escritório Machado, Meyer, Sendacz e
Opice
Colaborou Fábio Fonseca Pimentel
9OURôBUSINESS
ISôEXPANDING
7EôKNOWôPEOPLE
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3UCCESSFULôBUSINESSESôAREôBUILTôWITHôSUCCESSFULôPEOPLEô/URôBUSINESSôISôKNOWINGôTHEô
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30ôôôô
2*ô ôôôôô
WWWROBERTHALFCOMBR
/VERôôOFkCESôWORLDWIDEô!SIAôpô/CEANIAôpô%UROPEôpô.ORTHô!MERICAôANDô3OUTHô!MERICA
Rio de Janeiro presta contas
Secretários de estado avaliam resultados
obtidos em um ano e três meses de governo
O subsecretário de Assuntos Econômicos, Sérgio Guimarães
E
m 15 meses o estado economizou R$ 182 milhões
com pessoal da administração direta e indireta. Ações para reestruturar 13 empresas públicas estão em
andamento e a adoção de notas fiscais
eletrônicas vai melhorar a arrecadação.
Na Segurança Pública estão previstas
novas câmeras de monitoramento, uma
rede informatizada ligando o Instituto
de Segurança Pública às delegacias e
postos de gás específicos para abastecimento de viaturas. Estas foram algumas
das medidas anunciadas na Amcham
durante a segunda edição do Encontro
de Secretários, patrocinado pela Devon
Energy do Brasil e pela PricewaterhouseCoopers.
O secretário de Planejamento e
Gestão, Sérgio Ruy Barbosa, se deparou
com empresas e cargos que tinham perdido sua razão de ser e representavam
sobrecarga para os cofres do estado.
34
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
Com o corte de 2 mil postos, afirmou
o secretário, foi gerada economia adicional de R$ 140 milhões anuais.
“O estado não opera mais o
Metrô, mas mantinha maquinistas,
bilheteiros, sinalizadores e operadores
de tráfego. A Companhia Estadual de
Habitação gastava R$ 40 milhões com
pessoal e só R$ 4 milhões com habitação. Havia mais de 30 funcionários com
80 anos e dois acima de 90. Além disso,
o sistema de execução orçamentário era
todo centralizado, o que gerava uma
ineficiência brutal”.
Sérgio Ruy Barbosa falou, também, dos objetivos estratégicos do
governo e do avanço das tecnologias
da informação para aprimorar, agilizar
e qualificar a administração pública.
Segundo o secretário, a máquina do
estado atua hoje sob uma política de
resultados e o orçamento é executado
de maneira menos centralizada.
“Fizemos um planejamento, discutido aqui na Amcham no ano passado, com o objetivo de traçar cenários,
com uma visão pragmática das metas
que devem ser atingidas. Elaboramos
o orçamento do estado com monito-
José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública
O secretário de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Barbosa
ramento dos projetos. Antes os orçamentos não eram descentralizados, e
careciam de um ritmo que respondesse
a tempo às ações do governo”.
Responsável pela Segurança Pública, o secretário José Mariano Beltrame explicou que a maior parte dos
homicídios é provocada por quadrilhas
que estão sendo combatidas. Beltrame
reconheceu problemas, como falta de
policiais para patrulhar todas as regiões,
mas disse que o Rio vive dias diferentes
nessa área:
“Desarticulamos grupos organizados, mas não há condições de
pôr um policial em cada esquina. O
crime no Rio é mais complexo pela
geografia, aqui o bandido assalta, corre
e se esconde com mais facilidade por
causa da topografia dos morros. Mas
melhoramos os índices, desarticulamos
as quadrilhas, equipamos viaturas com
GPS, vamos instalar mais câmeras e, no
segundo semestre de 2009, inauguraremos um batalhão perto da Ceasa”.
Beltrame ressaltou, ainda, que os
índices de violência no estado melhoraram, sinal de que a Polícia está atuando
mais ostensivamente, mas em nenhum
outro lugar há reações dos criminosos
como aqui. Para o secretário, a situação
é fruto de anos de ausência do Estado
em determinadas áreas, o que formou
uma cultura de violência na qual as
pessoas acreditam que podem fazer
justiça com as próprias mãos.
“O que está muito claro para mim
é que durante todo esse período em que
o Rio de Janeiro ficou abandonado,
essas pessoas nunca tiveram acesso aos
serviços do Estado e não sabem o que
é lei. Para nós há códigos, mas não para
elas. Sempre trataram desses assuntos
à sua maneira. Em que outro lugar do
Brasil e do mundo temos reações dos
bandidos como temos aqui? É uma
cultura que se formou à medida que
essas atitudes foram se repetindo com o
tempo. Mas a Polícia tem treinado para
tornar suas ações menos traumáticas, de
forma preventiva”.
Subsecretário de Assuntos Econômicos, Sérgio Guimarães falou do esforço para aumentar a transparência, com
a emissão periódica de boletins fiscais
para avaliação de cada despesa e menor
burocracia para abrir empresas:
“É uma forma de prestar contas
à sociedade e orientar nossas políticas
de investimento. Queremos também
adotar a nota fiscal eletrônica para
reduzir a sonegação e dar mais agili-
dade ao processo de abertura de novas
empresas. Vamos eliminar bastante o
elemento humano para que não haja
espaço para desvios e maior agilidade.
Outra coisa que nos preocupa bastante
é a demora para abertura de firma.
Estamos fazendo um esforço para
eliminar processos e reduzir o número
de vezes que um mesmo documento
precisa ser apresentado. Encontramos
o estado em frangalhos e queremos
fazer uma gestão pró-business, com
estrutura tributária adequada para
reativar a economia fluminense”.
Para Sérgio Guimarães há microiniciativas aplicadas em cada secretaria
que podem ter muito mais impacto
sobre a economia fluminense do que
ações com maior visibilidade. Segundo
ele, o governo está planejando uma rede
de inteligência para integrar e automatizar as secretarias, para que possam
implementar suas ações dentro de um
mesmo processo de modo unificado.
“Queremos que a abertura de
firmas vá nessa direção. A expectativa é que possamos desenvolver
melhor os planejamentos tributários
e aumentar a arrecadação. O esforço
que temos feito é para avaliar como
programas de incentivo fiscal de
determinado setor surtiram efeitos
sobre sua empregabilidade, com
aumento da produção e das vendas.
Para isso temos cruzado bases de
dados do Ministério do Trabalho
com informações da Receita Federal.
Estamos dedicando horas de sono
para montar uma estrutura tributária
adequada no Rio” concluiu.
DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
35
Software ilegal, e daí?
Prejuízo da indústria com cópias piratas no país
foi da ordem de US$ 1,6 bilhão no ano passado
Eduardo Dinelli, advogado da BSA
O
Brasil é um dos maiores consumidores de
produtos piratas do
planeta. De acordo com o 5º Estudo
Anual Mundial de Pirataria de Software, divulgado pela Business Software
Alliance (BSA), a pirataria de software
no país movimentou mais de US$ 1,6
bilhão em 2007, impedindo a geração
de 2 milhões de empregos formais. No
resto do mundo ele soma US$ 522
bilhões, cifra que já ultrapassa a do
tráfico de drogas (US$ 360 bilhões).
Para entender melhor o problema, a
Câmara de Comércio Americana e a
BSA promoveram encontro com representantes da Associação Brasileira
das Empresas de Software (ABES).
A secretária executiva do Grupo
de Trabalho Anti Pirataria da ABES,
Renata Faro, disse que, em um ranking
de 106 países elaborado pela entidade, o
Brasil está em 61º lugar, com um índice
de pirataria de software de 59%, cinco
pontos percentuais abaixo da média na
América Latina, mas 21 pontos percentuais acima da média mundial (38%).
36
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
da cadeia produtiva, inclusive seu ciclo de inovação:
“Toda empresa de tecnologia gasta muito tempo
e dinheiro com pesquisa e
desenvolvimento, gerando
empregos de alto nível técnico. Graças à propriedade
intelectual garante-se o
direito de explorar comercialmente essa inovação.
Sem isso, ficaríamos parados no tempo, porque só
Renata Faro, secretária-executiva da ABES
há inovação nesse processo
quando se gera receita que
“Se a pirataria fosse reduzida proporcione pagamento de custos e
em 10% no Brasil, de 2006 a 2010, o continuação da pesquisa. Por isso são
país seria beneficiado com a criação de firmados contratos de licença”.
Outro ponto debatido no evento,
11,5 mil empregos, injeção de US$ 2,9
bilhões no setor e o governo arrecadaria apoiado pela ABES, foi a falta de controle das empresas na gestão dos ativos
US$ 389 milhões em impostos”.
Eduardo Dinelli, advogado da de software. Para Antonio Eduardo
BSA, falou da importância de preservar Mendes da Silva, consultor de Gerena propriedade intelectual. Segundo ciamento de Ativos da BSA, as compao especialista, ela não afeta apenas nhias ainda se preocupam apenas com
as companhias titulares dos direitos os bens físicos. Ele também falou do
autorais, mas todo o desenvolvimento Software Asset Management (SAM).
“As companhias controlam carros, mesas, cadeiras, computadores, mas
não se preocupam com
política de software. É preciso ter um controle centralizado das licenças e do
volume utilizado. O SAM
não é uma auditoria, mas
um processo que abarca
um inventário do software
aplicado, o que está licenciado, ciclo de vida dos
aplicativos e revisão de foAntonio Eduardo Mendes da Silva, consultor da BSA lhas e processos”, concluiu.
Blindagem contra a crise
Brasil conta com política econômica madura para
resistir à retração de crédito, diz diretor do BNB
O
agravamento da crise econômica externa obrigou o Banco
Central a promover leilões de venda
do dólar para conter a alta da moeda
americana. Outra medida para deter a
escassez de crédito foi autorizar bancos
a abaterem até 40% do depósito compulsório, que obriga as instituições a
recolherem ao BC parte do dinheiro
depositado pelos clientes. O superintendente de Gerenciamento Estratégico
do Banco do Nordeste do Brasil (BNB),
Sérgio Forte, analisou na Amcham os
impactos e efeitos do choque global
na economia brasileira. O BNB é hoje
um dos principais bancos de fomento
do Nordeste, responsável por 63% do
crédito concedido na região.
“As conseqüências da crise no
país são a desaceleração da entrada de
capital externo para investimentos de
longo prazo, fuga de capitais especulativos da bolsa de valores, travamento
do financiamento externo às exportações, ameaças à competitividade dos
bancos de pequeno e médio porte,
queda do consumo de bens duráveis,
redução das expectativas do PIB e
perdas patrimoniais do mercado acionário”, explicou.
Sérgio acredita que toda crise gera
oportunidade de novos negócios, e que
o momento é de ir às compras. Para ele,
o Brasil tem uma política econômica sólida suficiente para resistir aos abalos de
uma crise econômica mais prolongada.
Isto porque o governo vem se antecipando com as medidas necessárias:
“O físico Isaac Newton dizia
que é possível prever o movimento
O superintendente de Gerenciamento Estratégico do BNB, Sérgio Forte
das estrelas, mas não a loucura dos homens. Nosso país tem hoje um sistema
financeiro bem regulamentado, grande
potencial no mercado interno, reservas
elevadas de dólar, petróleo e gás, exportações diversificadas e um compulsório
facilitado pelo governo. Além da nova
linha de swap (troca de moedas) acordada com os EUA, no valor de US$ 30
bilhões. Esses indicadores por si só já
fazem uma grande diferença”.
O executivo disse que a partir de
agora o grande desafio da economia
americana será desobstruir os canais
de crédito e criar uma regulamentação
mais rigorosa do mercado. Ele falou
também do risco no momento em se
contrair empréstimos em dólar ou real
para financiar projetos.
“Os ativos mais importantes do
mundo continuam sendo o dólar e os
títulos do governo americano, porque
os EUA têm fundos para responder à
crise, e são o país mais capitalizado do
mundo. Mas diria que, para as empresas, é mais seguro atualmente contrair
empréstimos em real. Apenas setores
considerados promissores podem optar
pelo dólar. Para o setor de energia, o
financiamento deve ser em real, porque
o governo vai continuar segurando a
cotação,” aconselhou.
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BRAZILIAN BUSINESS
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Azul quer voar alto
Companhia promete vôos sem
escalas, conforto e tarifas baratas
Adalberto Febeliano, da Azul
A
pedido do governo, a Azul
Linhas Aéreas antecipou
em um mês as operações
no Brasil. O início das atividades estava previsto apenas para janeiro de
2009 mas, para atender ao anseio das
autoridades, foram arrendados dois
aviões da norte-americana JetBlue, do
empresário David Neeleman, mesmo
dono da Azul. Na Amcham, o diretor
de Relações Institucionais da companhia, Adalberto Febeliano, disse que
isso é um sinal de que as autoridades
brasileiras sentem necessidade de mais
concorrência, e que a entrada de uma
terceira companhia é bem-vinda. Para
alçar vôo no país, a Azul já captou US$
200 milhões em investimentos.
“Não se trata de pressa. As atuais
empresas aéreas brasileiras deixaram
o nível de seus serviços cair demais,
acredito que por falta de competição.
Temos um mercado excessivamente
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
concentrado no Brasil, onde a TAM e
a Gol detêm 94%. Não é verdade que o
Brasil não tem espaço para uma terceira
companhia. O país poderia receber uma
quarta, quinta, sexta e assim por diante.
O mercado doméstico brasileiro é hoje
o quinto maior do mundo”.
Para disputar palmo a palmo a
preferência dos clientes, a Azul tem
planos ambiciosos: no ano que vem,
pretende voar para nove cidades, com
16 aeronaves. O objetivo é transportar
mais de um milhão de passageiros, número que pode saltar para 2,5 milhões
em 2010, com 26 aviões cobrindo 15
cidades. Febeliano explicou como a
empresa pretende seduzir o público:
“Vamos oferecer vôos sem escalas,
com tarifas baratas. Os aviões terão maior
espaço entre as poltronas. O serviço de
bordo será de qualidade, com TV ao
vivo a partir de 2009. Queremos encher
nossos aviões. Há menos de 200 aeronaves no serviço comercial regular do
Brasil para um mercado de 190 milhões
de habitantes. Já nos EUA, há mais de
5 mil aviões para atender a 280 milhões
de habitantes. O americano médio faz
três viagens de avião por ano, enquanto
que para fazer uma viagem o brasileiro
médio demora o triplo de tempo”.
Nem a crise financeira internacional abala os nervos do executivo. Segundo Febeliano, o mercado brasileiro
tem potencial para ser três ou quatro
vezes maior do que é hoje. Como
o foco da Azul é conquistar novos
passageiros que não têm o hábito de
viajar de avião, o céu de brigadeiro está
garantido nos próximos anos:
“A crise não nos preocupa, ela
terá poucos efeitos se nossa linha de
atuação for bem-sucedida. Queremos
desenvolver novos mercados. Nossa
única incerteza é quanto ao custo do
combustível, que está relacionado
diretamente à cotação do barril de
petróleo”, concluiu.
Ricardo Mayer, Adalberto Febeliano e Orlando Giglio
Google corporativo
Site de busca mais poderoso do mundo inspira
solução para banco de dados das empresas
O
Google ou a Google?
Nos Estados Unidos
não faz diferença, já
que o artigo “the” serve para os dois
gêneros. Já no Brasil, ele marca a diferença entre o site de busca mais poderoso do mundo e a empresa da qual se
originou, sediada em Mountain View,
na Califórnia. José Nilo Cruz Martins,
diretor da Google Interprise no Brasil,
esclarece que a companhia se expande
para novas fronteiras, muito além da
ferramenta que a tornou famosa na
internet. Há cinco anos, começou a
atuar no segmento interprise (empresarial), em três áreas distintas: Search,
Geo e Apps. Em evento organizado
pela Amcham e Infotec, Nilo falou do
Google Search Appliance:
“Ele é uma solução OneBox
(tudo em uma caixa), com software
e hardware integrados, que leva para
dentro das empresas todas as funcionalidades de busca já conhecidas pelos
usuários do Google, além de recursos
de segurança. Metade dos profissionais
gasta pelo menos 25% do tempo útil
pesquisando informações no banco de
dados das organizações. O número de
documentos dobra de 12 a 18 meses, e a
necessidade de soluções mais eficientes
é cada vez maior”.
Além de contar com a informação
na ponta dos dedos, como é hábito
entre internautas, os empresários podem escolher entre quatro opções
de Google Search Interprise: o mini
(capaz de indexar e buscar até 300 mil
documentos), o GSA (que suporta até
3 milhões de arquivos), o Super GSA
José Nilo Cruz Martins, diretor da Google Interprise no Brasil
(até 10 milhões) e o Cluster (mais de 10
milhões). Segundo José Nilo, o padrão
de qualidade oferecido às empresas não
é diferente do encontrado no site.
“Os fatores que fizeram do Google um sucesso mundial estão presentes
no GSA. A busca corporativa segue
os mesmos critérios de abrangência,
relevância, latência e apresentação.
O sistema procura pelos documentos
simultaneamente em cinco grupos
de informação: nos file shares (compartilhadores de arquivos), intranets,
bases de dados, aplicações interprise e
sistemas de gerenciamento eletrônico
de documentos (GED). Tudo isso com
a mesma rapidez do site”.
Outra vantagem do Google Search
Interprise é o ajuste de relevância do
documento, que permite configurar sua
posição na página de busca de acordo
com o grau de importância, selecionando a resposta entre as cerca de 200
variáveis que são observadas durante o
processo.
“A relevância varia de acordo com
a área de atuação da empresa. Em um
jornal, a data do documento deve ser
a variável com maior peso, porque a
notícia mais recente será sempre a mais
importante. Já para uma operadora de
celular, por exemplo, o critério de escolha das informações deverá ser outro”,
exemplificou.
DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
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Prêmio Tim Lopes de jornalismo
investigativo prestigia melhores de 2007
Cerimônia de entrega reconhece mérito de 24 jornalistas de todo o país
Ricardo Mayer (centro) com Francisco Regueira e Vinícius Dônola, jornalistas premiados
A
s melhores reportagens
de 2007 foram premiadas na sexta edição do
Prêmio Tim Lopes, criado em memória do jornalista morto quando
fazia matéria sobre bailes funk na
Vila Cruzeiro, Complexo do Alemão,
no Rio. “Está cada vez mais difícil
obter notícias com exclusividade. Este
prêmio é um estímulo ao jornalismo
investigativo e um incentivo aos
repórteres, que muitas vezes correm
atrás de determinados assuntos contra
a opinião de todos, inclusive de suas
próprias editorias”, resumiu Zeca
Borges, presidente do Movimento
Rio de Combate ao Crime (MovRio).
40
BRAZILIAN BUSINESS
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Vinte e quatro jornalistas receberam o prêmio, promovido pela
Amcham, MovRio e Disque-Denúncia
com apoio da WebJet Linhas Aéreas,
Clube Americano e Golden Tulip Hotels, Inns and Resorts. O destaque
nacional foi para o blog pernambucano “PE Body Count”, dos jornalistas
Carlos Eduardo Santos, Eduardo
Machado, João Valadares e Rodrigo
Carvalho. O site, que também venceu
na categoria Internet, contabiliza os
homicídios diários no estado. Na mídia impressa, a vencedora foi a equipe
de Cidade e Polícia do Jornal O Dia,
com a cobertura da morte do menino
João Hélio. O veículo foi represen-
tado pela jornalista Paula Sarapu.
A TV Globo conquistou dois
troféus com “Rodovia do Medo”, dos
jornalistas Francisco Regueira e Vinícius Dônola, mostrando flagrantes
de assaltos a ônibus nas estradas; e
“Milícias”, que apresentou a disputa
das milícias com o tráfico, de Tyndaro
Menezes, Marcelo Ahmed, Eduardo
Tchao e João Pinheiro. Já os prêmios
especiais foram para o Jornal O Globo
(‘Mulheres no Tráfico’, de Ana Cláudia
Guimarães e Eduardo Auler); Jornal do
Commércio de Pernambuco (‘Tiros
na Esperança’, de Eduardo Machado e
João Valadares); Jornal Extra (‘Saga dos
Cubanos’, de Camilo Coelho e Gabriela
Moreira); e Rede Record (‘Estouro de
Cativeiro’, de Hilton Oliveira e Elízio
João Gonçalves).
“Mulheres no Tráfico” mostrou
que as mulheres estão cada vez mais
ocupando postos de chefia no tráfico.
“Tiros na Esperança” denunciou que
1/3 das armas apreendidas na capital de
2004 a 2006 estava com adolescentes.
“Saga dos Cubanos” revelou o sonho
frustrado dos boxeadores cubanos,
que fugiram da Vila do Pan e foram
deportados, enquanto “Estouro de
Cativeiro” tratou de uma quadrilha
formada por empregados e porteiros
de um edifício de classe média alta da
Barra da Tijuca.
O fotógrafo Carlos Mesquita, do
Jornal Meia Hora (Editora O Dia), foi
premiado com a foto “Desespero dentro da Kombi em São Gonçalo”, que
retratou tiroteio entre um PM e dois
bandidos no interior do veículo.
Comércio exterior mais ágil
Consórcio Linha Azul confere maior rapidez
a operações de importação e exportação
Ignacio Fraga, da Tradeworks
C
riado pela Receita Federal, o sistema Linha
Azul reduz o tempo de
espera para liberação de mercadorias
destinadas ao comércio exterior. Porém, para movimentar os produtos
em locais credenciados, as empresas
precisam atender a uma série de exigências. Para ajudá-las a se adequar
mais rapidamente, o Consórcio Linha
Azul (Consulcamp, Tradeworks e RGC
Engenharia) oferece um pacote de
soluções para agilizar a habilitação das
companhias . O diretor da Tradeworks,
Ignacio Fraga, e o gerente da Softway
- Soluções e Software para Comércio
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
Fernando Magri, da Softway
Exterior, Fernando Magri, estiveram na
Amcham para falar do regime alfandegário especial e do consórcio.
“A empresa é habilitada no Linha
Azul através do Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ). A partir daí,
qualquer transação feita no sistema, do
ponto de vista da Receita Federal, recebe um tratamento rápido pelo Canal
Verde, uma das sinalizações do Sistema
de Comércio Exterior (Siscomex) para
desembaraço automático, permitindo
que a mercadoria passe pelas aduanas
sem necessidade de fiscalização”, explicou Ignacio.
Para ingressar no Linha Azul,
as empresas devem demonstrar
qualidade na gestão de seu comércio
exterior com auditorias internas.
Além disso, precisam de um sistema
corporativo informatizado, integrado
à contabilidade para controle dos
estoques de mercadorias nacionais,
de origem estrangeira e destinadas
à exportação. Alguns dos benefícios
são tratamento especial para o Canal
Verde, redução dos custos logísticos
alfandegários e aumento da competitividade das empresas brasileiras no
mercado externo.
Magri ressaltou que toda empresa deve prever boas práticas aduaneiras:
trabalhar com uma boa transportadora, com um despachante eficiente, ter
um local de armazenamento válido,
controles internos bem estabelecidos
e processos seguros que vão da classificação fiscal à validação de entrega da
mercadoria.
“Há empresas que ainda usam
planilha em Excel para controlar processos de milhões em comércio exterior.
Esse é o elo fraco da cadeia, pois a empresa deixa de ter um refino, o que pode
levar ao erro. A Softway se propõe a
cobrir o gap entre sistemas corporativos
e governamentais, com reciprocidade
de dados, acabando com a planilha.
Automatizamos todo o processo, com
controle de admissão temporária e retificações feitas e executadas nos sistemas
de desembaraço, fazemos a ponte entre
a administração e o Siscomex. Sem controles manuais, para que dez itens de
uma fatura não se convertam em cem.
Analisamos todos os impostos a serem
calculados, para dar previsibilidade ao
processo”, explicou.
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na nossa indústria foram fantásticos neste
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GESTÃO EMPRESARIAL
Quando os controles internos falham
Por Marcos Assi
Q
uando apresentamos as melhores práticas
de controles internos e elas falham, muitos
dizem que somos pessimistas. Já ouvimos,
em instituições financeiras, que éramos burocratas,
estávamos cerceando a liberdade de comercialização e
não havia tanta necessidade de aprovações. Mas quando
encontramos hoje nos jornais reportagens de empresas
em estado de falência (e algumas já falidas), confirma-se
a necessidade de preocupação nesse terreno.
A melhoria nos controles internos, principalmente
das indústrias e instituições financeiras, não somente
para os gestores do negócio, mas também para a alta
administração e o conselho de administração das organizações, tornou-se algo preponderante na atualidade.
Devemos salientar que um dos princípios da
Basiléia é a supervisão bancária, e o Banco Central,
com foco nas instituições financeiras, e a Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), nas não-financeiras, deverão aumentar a rigidez desta supervisão e controle em
função do momento vivido.
É importante salientar que, ao primeiro sinal
de negligência administrativa ou operacional, ou até
mesmo por pouco caso, o problema aparece. E pode
ser de várias maneiras, tais como perdas financeiras,
processos de minoritários por má administração, processos trabalhistas etc.
O objetivo nosso era implementar controles
financeiros e contábeis, processos de monitoramento
operacional, segregação de funções mais eficientes,
políticas e processos que proporcionassem maior
segurança para todos na organização. Mas este tipo
de pensamento ainda não chegou para a maioria das
pessoas que administram ou têm poder de decisão
nas organizações.
Quando o controle interno funciona, ele pode oferecer à alta administração informações mais confiáveis.
Não podemos falar sobre ausência de controles internos, sem falar do Banco Barings PLC, que foi à falência
justamente por isso; ou o caso do Banco Société Généra-
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BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
le, com a fraude em operações de mercado futuro. Será
que não existia nenhum processo de controle, alguma
verificação de extrato da corretora de mercado futuro,
posição gerencial, entre outros controles possíveis?
E quando falamos de WorldCom, Tyco, Enron
lembram algo? A governança corporativa surgiu justamente quando estes fatos de fraudes financeiras e/ou
contábeis ocorreram no ano de 2002, despertando
o mundo sobre a preocupação com o tema. Porém,
parece que ainda existem organizações que estão
patinando nos controles.
A cultura de controle depende, e muito, do engajamento de todos os envolvidos na organização – conselhos de administração mais efetivos; alta administração
exercendo com responsabilidade os limites operacionais definidos pelos comitês internos ou pelos sócios;
os gestores do negócio monitorando as operações e
as corrigindo com maior agilidade; e os colaboradores
executando e revisando os processos internos.
É verdade que em graus variados, o controle interno é responsabilidade individual de cada um em prol
da organização, pois não existe um padrão único. Isso
depende do apetite de risco da organização. Para se ter
um sistema de controles internos eficaz é necessário o
reconhecimento de todos sobre a importância de exercer
suas atribuições com eficiência e, sempre que possível,
informar aos gestores de quaisquer problemas.
Ao ler qualquer notícia hoje sobre problemas
financeiros de empresas, é possível verificar que,
em algum momento, alguém negligenciou sua parte.
Quando isto ocorre, os riscos de perda operacional, de
imagem institucional, problemas legais, entre outros,
surgem com grande velocidade. E a organização gastará muito tempo para explicar porque os controles
internos falharam.
Se não quebrarem antes.
Coordenador e professor do MBA Controles Internos e
Compliance da Trevisan Escola de Negócios
PELO
Divulgação
Divulgação
Mercado
Nogi Fightwear doa 25 quimonos
para alunos do Instituto Reação
O Instituto Reação, ONG criada pelo medalhista olímpico Flávio Canto, que trabalha o desenvolvimento humano e inclusão social através do esporte, recebeu uma
bela doação da Nogi Fightwear. A equipe de competição
do Instituto recebeu 25 quimonos desta que é uma das
mais conceituadas empresas de quimono do país.
Atualmente o Instituto Reação atua em quatro
comunidades carentes do Rio de Janeiro (Rocinha, Tubiacanga, Cidade de Deus e Pequena Cruzada), atende
aproximadamente 1.000 alunos e já tem resultados
expressivos nos cenários nacional e internacional.
Recentemente, a equipe conquistou o campeonato
estadual de judô, além dos grandes feitos das irmãs
Raquel e Rafaela Lopes.
Raquel é campeã brasileira e pan-americana junior de judô, além de estar no processo seletivo para
as Olimpíadas de Londres, 2012. Rafaela é campeã
mundial Junior e sul-americana adulta.
Estas são algumas conquistas do Instituto Reação que tem como missão transformar a vida destas
crianças e jovens dando a elas oportunidades para
um futuro melhor.
A entrega dos quimonos para a equipe foi realizada no dia 06 de novembro, no Pólo Cidade de Deus. O
presidente do Instituto Reação Flávio Canto agradeceu
a iniciativa da Nogi:
“Ficamos muito contentes com, mais uma vez,
o apoio e atenção da Nogi com a nossa equipe de
competição. Hoje temos grandes atletas, muitos campeões estaduais, brasileiro, e alguns pan-americanos
e sul-americanos. E agora, quem diria, uma campeã
mundial! Obrigado pela iniciativa.”
Horácio Aragonés Forjaz é o
novo vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos da Embraer. Anteriormente, Aragonés ocupava
o cargo de vice-presidente
executivo de Administração
e Comunicação da empresa. Ele substitui Henrique
Rzezinski, que agora preside
o Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos.
Valdir Roque é o novo diretor financeiro e de relações
com investidores da Aracruz Celulose, substituindo Isac
Zagury, que se licenciou do cargo. Roque é economista
com pós-graduação em Administração de Empresas e
especialização em Gestão Financeira.
O embaixador Sebastião do Rego Barros é o novo consultor do escritório Motta Fernandes Rocha Advogados.
Ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo entre
2001 e 2005, ele atuará principalmente em operações
na área de energia.
A SulAmérica Investimentos contratou o administrador
de empresas José Ricardo Menezes para o cargo de
superintendente de Captação Institucional da empresa.
Ele passa a integrar a área comercial, responsável pelo
atendimento aos clientes institucionais e corporativos
no Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Fernando Valentim é o mais novo executivo da Chubb
Seguros, contratado para gerenciar a área de sinistros
da seguradora. O executivo possui experiência de 22
anos no mercado de seguros. Valentim é graduado
em Administração de Empresas pela Universidade
Salgado de Oliveira.
Marcelo Gil de Souza é o novo líder global para consultoria em Direcionamento Corporativo da Accenture. Souza
acumulará a nova função com a anterior, de líder da
prática de consultoria de Estratégia na América Latina.
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BRAZILIAN BUSINESS
45
How developments in U.S. law
are impacting Brazilian trade
Nicolas Lloreda and Maria Fernanda Pecora
C
hanges in U.S. law can have a major effect on Brazilian trade with U.S.related persons and entities. Thus, Brazilian businesses should be keenly
aware of recent developments in certain U.S. laws, including: customs laws
imposing heightened reporting and documentation requirements, strict anticorruption laws, and economic sanctions applicable to products
containing U.S.-origin technology or items.
These U.S. laws often have surprising
extraterritorial reach, and can
apply to Brazilian businesses
that seemingly have only
minimal contact with the U.S..
46
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
“U.S. economic sanctions may also impact Brazilian
companies. This complex body of law requires U.S. export
licenses for transactions involving U.S. persons and U.S.
– origin items with certain countries, entities, and persons”
Recent changes in U.S. customs law directly impact
Brazilian companies that supply U.S. importers. Current top
issues of concern are changes in the country of origin rules
and the enactment of measures to restrict import of products
incorporating materials from illegal logging.
First, U.S. Customs and Border Patrol (CBP) has proposed a change in the test it uses to determine the country of
origin for purposes of admissibility, eligibility for preference
programs, and country of origin marking requirements. The
revised test will demand that U.S. importers gather more
information on the classification and origin of components,
ingredients or inputs used in the manufacturing process of
imported goods. The impact of this rule will likely be that
U.S. importers will ask Brazilian suppliers, who know their
products best, to provide this additional information.
Second, the U.S. recently enacted an amendment to the
Lacey Act, which is a law aimed at combating illegal logging.
The Lacey Act now makes it unlawful to import, export,
transport, sell, receive, acquire, or purchase any plant taken
in violation of any U.S. law or any foreign law that protects
plants. The amendment also requires, as a condition of entry,
that U.S. importers of plant products file a declaration identifying for each plant product the plant’s genus and species,
country of harvest, and value and quantity of the plant.
While most people originally understood the Lacey
Act to apply directly only to wood and paper products,
implementing officials are now suggesting a much broader
definition. CBP has indicated that it will apply the declaration requirement even to highly processed goods such as
rayon garments, garments with wooden buttons, umbrellas,
resins, and others.
Brazil is one of the countries specifically targeted by this
law. The deforestation of the Amazon was one of the driving
forces behind this legislation. Brazilian exporters to the U.S.
may face even closer scrutiny of their plant-based exports.
Thus, for Brazilian businesses exporting to the U.S., it will be
crucial to assess the impact of these additional U.S. customs
regulations and reporting requirements to ensure compliance.
The U.S. Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) prohibits persons or entities with a connection to the U.S. from
making payments or gifts to government officials to obtain
or retain business. The FCPA includes payments to brokers
and other indirect arrangements where the company knows
or suspects that the payment will go to a foreign official. The
penalties for violation of the FCPA are severe and can apply
to non-U.S. citizens and companies.
A Brazilian company can be subject to the FCPA if it
has issued American Deposit Receipts on a U.S. stock market or it engages in unlawful payments – or even causes an
act of bribery to happen – in U.S. territory. Furthermore, a
Brazilian registered subsidiary of a U.S. parent company can
inflict liability on its parent company for actions it takes in
violation of the FCPA.
U.S. economic sanctions may also impact Brazilian
companies. This complex body of law requires U.S. export
licenses for transactions involving U.S. persons and U.S.
– origin items with certain countries, entities, and persons.
The licensing authorities are the Department of Commerce’s
Bureau of Industry and Security and the U.S. Treasury’s
Office of Foreign Asset Control (OFAC). The jurisdiction
of BIS’ and OFAC’s economic sanctions is quite broad, applying to U.S. persons and U.S. – origin items worldwide,
including within Brazil. U.S. persons include both natural
persons and business entities. U.S. – sourced items include
not only products directly sourced from the U.S., but also
Brazilian-manufactured items that incorporate more than
de minimus U.S. content.
The severity of the restrictions varies widely – depending
upon the item exported, destination country, and intended
end-use for the item. Certain countries like Cuba and Iran
are subject to comprehensive U.S. trade embargos. For these
countries, virtually any transaction that has a nexus to the
U.S. is prohibited and subject to heavy penalties. For other
countries, transactions may require a license or there may
be license exceptions. Brazilian companies reexporting U.S.
– origin items or manufacturing goods incorporating significant amounts of U.S. – origin items should consult with an
expert to ensure compliance with these regulations. BB
Lawyers by Sidley Austin LLP and Veirano Advogados
DEZEMBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
47
ENGENET INFORMÁTICA LTDA.
Roberto Pignatari - Diretor de Novos
Negócios
Ricardo Lima - Diretor
Rua São José, 90, s/1311 - Centro
20010-020 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2103-9001
Fax: (21) 2103-9033
[email protected]
www.engenet.com.br
GRANITO ZUCCHI LTDA.
(Zucchi Granite)
José Jonas Zucchi - Presidente
Leonardo Pellegrino de Freitas - Diretor
Administrativo Financeiro
Av. Jacaraípe, 1423 - Jacaraípe
29173-392 Serra, ES
Tel/Fax: (27) 3243-9666
[email protected]
www.granitozucchi.com.br
INSTITUTO DE ARITMÉTICA
FORENSE LTDA.
Alvaro Augusto Guapindaia Campos
Sócio
Maria de Nazaré Guapindaia Campos
Sócia
Rua Carlos de Laet, 140 – Carlos Guinle
25959-045 Teresópolis, RJ
Tel: (21) 2642-4202
Fax: (21) 2642-9243
[email protected]
www.iaforense.com
48
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
LOG TRADING & SUPPLY CHAIN LTDA.
Alfredo J. Braconnot de M. Teixeira
Sócio Administrador
Marcus Vinicius Santos Rocha – Sócio
Administrador
Av. Jerônimo Monteiro 1000, s/1021
Centro
29010-004 Vitória, ES
Tel: (21) 3388-5550
Fax: (21) 2499-3925
[email protected]
www.logtrading.com.br
WTI VIAGENS E TURISMO LTDA.
(Welcome Tour)
Aurélie Sanfilippo - Diretora Comercial
Marilia Derenusson - Agente de Viagem
Rua Visc. de Pirajá, 550, s/1813 - Ipanema
22410-002 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2511-5236
Fax: (21) 2511-6619
[email protected]
www.welcome-tour.com
ALTERAÇÕES NO QUADRO DE ASSOCIADOS:
ADILSON HERRERO
Diretor de Operações
Banco Alfa de Investimento S.A.
ANA PAULA MONTANHA
Diretor Regional - Rio de Janeiro
FESA Consultores em RH Ltda.
LUIS HENRIQUE FICHMAN
Diretor-geral
Reader’s Digest Brasil (Revista Seleções)
MULTI BENEFIT SERVICES RIO
CORRETORA DE SEGUROS E
CONSULTORIA LTDA.
(MBS Rio Seguros e Consultoria)
Lupércio Brasil de Azevedo Junior Diretor Administrativo Financeiro
Pedro César Monteiro - Diretor Comercial
Av. Rio Branco, 80/ 2º - Centro
20040-070 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2224-2882
Fax: (21) 2232-1500
[email protected]
www.mbsseguros.com.br
MANOEL FRANKLIN DE SÁ
Diretor Presidente
SGE - Prizma Participações S.A. (Prizma)
SILVÉRIO DA CONSOLAÇÃO MOREIRA
Diretor Regional Adjunto Rio de Janeiro
Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (Correios)
WILLIAM J. BALLANTYNE
Sócio
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores
Independentes
Representantes comerciais da Brazilian Business:
Brasília
NS&A Planalto Central
Telefax: (61) 3447-4400
[email protected]
São Paulo (Grande São Paulo)
NS&A São Paulo
PABX: (11) 3255-2522
[email protected]
[email protected]
Vale do Paraíba, Alto Tietê, Serra da Mantiqueira,
Litoral Norte e Sul
Nogueira & Fonseca Serv. de Publicidade Ltda.
Tels.: (12) 3943-6021/3923-8402
[email protected]
Paraná
NS&A Paraná
Telefax: (41) 3306-1659
[email protected]
Santa Catarina
NS&A Santa Catarina
Telefax: (48) 3025-2930
[email protected]
Rio Grande do Sul
NS&A Cone Sul
Telefax: (51) 3366-0400
[email protected]
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Minas Gerais
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Telefax: (31) 2535-7333
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Onde você estiver
a BDO Trevisan estará
próxima de seus negócios.
A BDO Trevisan é uma empresa de Auditoria, Advisory, Tributos e Sustentabilidade com 25 anos de experiência no mercado
brasileiro. Por meio da nossa estrutura internacional – quinta maior do mundo no setor –, compartilhamos metodologias, capacitação
e políticas de segurança com mais 110 países.
No Rio de janeiro e em mais 15 escritórios.
BDO Trevisan – 16 escritórios no Brasil:
São Paulo • SP • Belém • PA • Belo Horizonte • MG • Brasília • DF • Campinas • SP • Campo Grande
• MS • Curitiba • PR • Florianópolis • SC • Fortaleza • CE • Goiânia • GO • Londrina • PR • Porto
Alegre • RS • Ribeirão Preto • SP • Rio de Janeiro • RJ • Salvador • BA • São José dos Campos • SP
Auditoria
Advisory
Tributos
Sustentabilidade
A BDO International é uma rede de empresas de auditoria denominadas firmas-membro BDO. Cada
firma-membro é uma entidade juridicamente independente em seu próprio país. A BDO Trevisan é
firma-membro da rede BDO International desde 2004.
(21) 3534 7500
[email protected]
www.bdotrevisan.com.br
COMITÊ EXECUTIVO
Presidente: João César Lima, Sócio,
PricewaterhouseCoopers; 1º Vice-Presidente:
William Yates, Presidente, Prudential do Brasil
Seguros de Vida; 2º Vice-Presidente: Robson
Barreto, Sócio, Veirano Advogados; 3º VicePresidente: Eduardo Karrer, Presidente, MPX
Mineração e Energia; Diretor Secretário:
Murilo Marroquim, Presidente, Devon Energy
do Brasil; Diretor Tesoureiro: Patrícia Pradal,
Diretora de Desenvolvimento e Relações
Governamentais, Chevron Brasil Petróleo;
Conselheiro Jurídico: Sergio Tostes, Sócio
Gerente, Tostes e Associados Advogados.
Ex-Presidentes: Sidney Levy, Joel Korn e
Gabriella Icaza
Diretor Presidente, João Fortes Engenharia;
Marcos Menezes, Gerente Executivo de
Contabilidade, Petrobras; Maurício Bähr,
Presidente, Suez Energy Brasil; Mauro Viegas
Filho, Diretor Presidente, Concremat Engenharia
e Tecnologia; Pedro Aguiar de Freitas,
Consultor Geral Jurídico, Vale; Plínio Simões
Barbosa, Sócio, Barbosa, Mussnich & Aragão
Advogados; Ricardo de Albuquerque Mayer,
Diretor Superintendente, Câmara de Comércio
Americana; Ricardo Esteves, Tesoureiro, IBM
Brasil; Roberto Furian Ardenghy, Diretor de
Assuntos Corporativos, BG do Brasil; Rodrigo
Caracas, Vice-Presidente Jurídico e de Assuntos
Corporativos, Coca-Cola Indústrias.
Diretora honorária: Elizabeth Lee Martinez,
Cônsul Geral dos EUA.
presidenteS de honra
Antônio Patriota, Embaixador do Brasil nos EUA
Clifford Sobel, Embaixador dos EUA no Brasil
DIRETORES EX-OFÍCIO
Andres Cristian Nacht, Carlos Augusto Salles,
Carlos Henrique Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto
Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Gunnar
Birger Vikberg, Ivan Ferreira Garcia, Joel Korn,
José Luiz Miranda, Juan C. Llerena, Luiz
Teixeira Pinto, Omar Carneiro da Cunha, Peter
Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossman, Ronaldo
Veirano, Rubens Branco da Silva, Sidney Levy
e William B. Sweet
DIRETORES
Carlos Henrique Moreira, Presidente, Embratel;
Dílson Verçosa Jr., Diretor de Marketing e
Vendas, American Airlines; Hervé Tessler,
Presidente, Xerox; Humberto Mota, Presidente,
Dufry do Brasil; Ivan Luiz Gontijo, Diretor,
Bradesco Seguros; José Carlos Monteiro,
Sócio, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores
Independentes; José Luiz Alquéres, Presidente,
Light; José Renato Ponte, Presidente, Consórcio
Estreito Energia; Katia Alecrim, Superintendente
Regional de Vendas, Citibank; Márcio Fortes,
PRESIDENTES DE COMITÊS
Associados: a definir; Assuntos Jurídicos:
Julian Chediak; Comércio e Indústria: a definir;
Energia: Roberto Furian Ardenghy; Finanças
e Investimentos: Frederico da Silva Neves;
Logística e Infra-Estrutura: a definir; Marketing
e Vendas: Lula Vieira; Meio Ambiente:
Oscar Graça Couto; Propriedade Intelectual:
Steve Solot; Recursos Humanos: Claudia
Danienne Marchi; Relações Governamentais:
João César Lima; Responsabilidade Social
Empresarial: Celina Borges Carpi; Seguros,
Resseguros e Previdência: Maria Helena
Monteiro; Telecomunicações e Tecnologia:
Maurício Vianna; Turismo e Entretenimento:
Orlando Giglio
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJ
Diretor-Superintendente: Ricardo de
Albuquerque Mayer; Gerente Administrativo:
Ednei Medeiros; Gerente de Comunicação:
Ana Redig; Gerente Comercial e Marketing:
Jorge Maurício dos Santos; Gerente de
Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira
DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO
Presidente: Carlos Augusto Aguiar, Diretor
Presidente, Aracruz Celulose S.A.; VicePresidente: José Tadeu de Moraes, Diretor
Presidente, Samarco Mineração; Diretores:
Carlos Fernando Lindenberg Neto, Diretor
Geral, Rede Gazeta; João Carlos da Fonseca,
Superintendente, Rede Tribuna; Lucas Izoton
Vieira, Presidente, FINDES; Marcelo Silveira
Netto, Diretor Superintendente, Tristão Comércio
Exterior; Marconi Tarbes Vianna, Diretor
de Pelotização e Metálicos, CVRD; Otacílio
Coser Filho, Vice-Presidente de Relações
Internacionais, Coimex Empreendimentos e
Participações Ltda; Simone Chieppe Moura,
Diretora Administrativa e Financeira, Unimar
Transportes Ltda; Walter Lidio Nunes, Diretor
de Operações, Aracruz Celulose; DiretorSecretário: Roberto Pacca do Amaral Jr.,
Presidente, Agra Produção e Exportação Ltda;
Conselheiro Jurídico: Rodrigo Loureiro Martins,
Advogado – Sócio Principal, Advocacia Rodrigo
Loureiro Martins
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ES
Secretário Executivo: Clóvis Vieira;
Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa
LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA
Administração e contabilidade:
Ednei Medeiros - Tel.: (21) 3213-9208
[email protected]
Associação, mailing, patrocínios e Executive Platinum Card:
Felipe Levi - Tel.: (21) 3213-9226
[email protected]
���������������
3213-9207
����������
Camarj: Regina Helena Aramis - Tel.: (21)
[email protected]
Comercial e marketing:
Jorge Maurício dos Santos - Tel.: (21) 3213-9215
[email protected]
50
BRAZILIAN BUSINESS
DEZEMBRO/2008
Comitês e eventos:
João Marcelo Oliveira - Tel.: (21)
���������������
3213-9230
����������
[email protected]
Publicações: Ana Redig - Tel.: (21) 3213-9240
[email protected]
Publicidade: Osvaldo Requião - Tel.: (21) 3213-9221
[email protected]
Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681
[email protected]
Macaé: Antônio Gomes - Tel.: (22) 7834-2781
[email protected]
Não existe acaso no mundo dos negócios.
Existe Excelência, Liderança e Trabalho em Equipe.
PwC. Pelo 7º- ano consecutivo, a Empresa Mais Admirada no Brasil
no segmento Auditoria, segundo o ranking Carta Capital / TNS InterScience.
Pela 3-a vez consecutiva vencedora do prêmio “Tax Firm of the Year”
no Brasil, concedido pela revista “International Tax Review”.
pwc.com/br
© 2 0 0 8 P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s . To d o s o s d i r e i t o s r e s e r v a d o s . P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s r e f e r e - s e a o n e t w o r k d e f i r m a s m e m b r o s
d a P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s I n t e r n a t i o n a l L i m i t e d , c a d a u m a d a s q u a i s c o n s t i t u i n d o u m a p e s s o a j u r í d i c a s e p a r a d a e i n d e p e n d e n t e.

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