- Câmara de Comércio Americana

Transcrição

- Câmara de Comércio Americana
 Conexão Global Departamento de Comércio dos EUA aposta na competitividade mundial
REVISTA DA
CÂMARA DE
COMÉRCIO
AMERICANA DO
RIO DE JANEIRO
DESDE 1921 Nº288
SET/OUT 2014
Especial
ELEIÇÕES 2014
Conheça as principais propostas
de candidatos aos palácios do
Planalto, Guanabara e Anchieta
OBESIDADE
INFANTIL
E
pROBlEMAS dE SAúdE.
UMA COISA
ALIMENTA
A OUTRA.
A Amil entrou na luta contra a obesidade
infantil e está ao lado de pais e filhos
para
que
essa
epidemia
não
continue
crescendo. Mas esta é também uma luta de toda
a sociedade, por isso, acesse a página do movimento
Saúde 360 e veja como você pode ajudar
as crianças a serem adultos mais saudáveis.
VAMOS COMBATER JUNTOS
A OBESIDADE INFANTIL.
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SAÚDE360
Tratando do futuro.
Foco
Foco
Foco
Enormes bobinas
armazenam tubos
flexíveis, que
transportam petróleo
do mar até naviosplataforma. A fábrica da
NOV em São João da Barra
começou a operar
em 2014, e a primeira
entrega ocorreu
no fim de setembro.
Divulgação/NOV/Antonio
Klaus Kaarsberg
6_Edição 287_jul/ago 2014
editorial
sumário
Divulgação/Assessoria do
Governo do RJ/Carlos Magno
N
Pedro Kirilos
de suas novas bobinas de transporte
de petróleo
CARTA DO
PRESIDENTE
08 Roberto Ramos analisa o cenário
de eleições no Brasil
ELEIÇÕES 2014
10 Leia as entrevistas exclusivas com
os principais candidatos ao governo
do Rio e do Espírito Santo e à
Presidência, além de artigos
e análises de especialistas
Cláudio Motta_Editor
CONEXÃO GLOBAL
28 Kenneth Hyatt, subsecretário-
adjunto do Departamento de
Comércio dos EUA, fala à Brazilian
Business sobre oportunidades de
negócios e investimentos no país
FROM THE USA
30 Paul Isbell, do Centro de Relações
Transatlânticas, da Johns Hopkins
University (EUA), aponta como
empresas brasileiras estão se
beneficiando com os conhecimentos
da geopolítica
42
Rafael Sampaio
da Motta
Roberto Ramos
Robson Goulart Barreto
Gerente de Comunicação
Eduardo Nunes
[email protected]
Editor-chefe e jornalista
responsável
Cláudio Motta (MTB
01001400/RJ)
[email protected]
Colaboraram
nesta edição:
Fábio Matxado (edição
de arte), Luciana Maria
Sanches (revisão) e
Bernardo Guimarães
(texto e foto).
Overview
33 AmCham Rio leva 12 empresas
parceiras para a Rio Oil & Gas
perfil
34 Vale mantém reserva ambiental
e investe em sustentabilidade
reportagem
36 Prêmio Brasil Ambiental completa
dez anos com mais de 50 projetos
reconhecidos
RIO
38 O novo Plano Diretor de Arborização
do Rio vai organizar áreas verdes
da cidade
AMCHAM NEWS
44 Os principais eventos da Câmara de
Comércio Americana do Rio de Janeiro
+ conteúdo
+ FOCO
+ REVISTA
Veja os melhores momentos das nossas
associadas no estande da AmCham Rio
na Rio Oil & Gas 2014.
Confira as discussões sobre bullying corporativo em evento
realizado no dia 11 de setembro. http://bit.ly/BullyingAmChamRio
Acesse e confira o ensaio fotográfico completo
com as imagens da coluna Foco:
http://bit.ly/BB288Foco.
Baixe o aplicativo da Brazilian Business na App
Store e acesse a versão digital da revista no iPad.
Entenda os desafios da integração de expatriados nas
organizações, em mesa-redonda promovida pelo Ibeu. http://bit.
ly/IBEUExpatriados
Rafael Lourenço
Cardeira Pinhas, advogados da
Dannemann Siemsen, esclarecem a lei
de violação do direito de patente
Daniel Fernandes, diretor de Operações
e Projetos da Casa da Criação, faz uma
análise sobre as estratégias de métricas
usadas por empresas
+ imagem
Confira as imagens do evento sobre
home office, realizado no dia 26 de
agosto. http://bit.ly/BB288HOffice
João César Lima
opinião
32 Henrique Steuer I. de Mello e Camila
amchamrio.com
Acompanhe como foi o debate sobre neuromarketing, que
reuniu especialistas da área no dia 28 de agosto. http://bit.ly/
NeuroAmChamRio
Conselho editorial
Henrique Rzezinski
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Divulgação/Riotur/Pedro Kirilos
FOCO
02 A NOV mostra a grandiosidade
Bernardo Guimarães
ada menos do que 18 páginas desta edição, com a Carta do
Presidente, estão dedicadas às eleições de outubro. A reportagem especial de capa levou aos principais candidatos as perguntas
que se destacam na pauta do setor privado. Além das entrevistas exclusivas
com os candidatos aos palácios do Planalto e Guanabara, foram ouvidos
os postulantes ao Palácio Anchieta, iniciativa alinhada com a AmCham
Espírito Santo, afiliada da AmCham Rio. A análise de especialistas e líderes
empresariais complementa o material.
Em pauta, demandas prioritárias do setor privado, de acordo com a
Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, que representa cerca
de 70% do PIB dos Estados do Rio e do Espírito Santo.
O compromisso editorial de garantir tratamento equilibrado a cada
candidato, no meio da corrida eleitoral, exigiu extremo cuidado e rigor.
As perguntas e os prazos para os concorrentes ao mesmo cargo foram os
mesmos. E a íntegra de todo o conteúdo levantado ficará disponível em
nossa plataforma digital: amchamrio.com.
Na coluna Foco, a imagem mostra o tamanho do desafio que é explorar o petróleo offshore. A fotografia em destaque explora a grandiosidade
das bobinas que levam tubos flexíveis produzidos pela NOV no Porto do
Açu, em São João da Barra, norte fluminense. Essa foi a primeira entrega
da unidade, que começou a operar em 2014.
Na seção Conexão Global, entrevistamos o subsecretário-adjunto do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, Kenneth Hyatt,
que veio à sede da AmCham Rio para discutir o aprofundamento das
relações bilaterais do Brasil com os EUA. Os principais eventos realizados pela Câmara de Comércio Americana do Rio são abordados em
AmCham News.
Em Perfil, mostramos os desafios ambientais da Vale. A temática
ambiental segue com a reportagem sobre o Prêmio Brasil Ambiental,
que celebra a décima edição. E, na coluna Rio, mostramos o trabalho de
especialistas da Prefeitura: buscar a árvore certa para o lugar mais adequado, tornando a cidade mais arborizada, bonita e harmoniosa. Boa leitura!
Os artigos assinados são
de total responsabilidade
dos autores, não
representando,
necessariamente,
a opinião dos editores
e a da Câmara de
Comércio Americana
do Rio de Janeiro
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Felipe Tavares
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A tiragem desta edição,
de 3 mil exemplares,
é comprovada pela EY
Impressão: Walprint
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da Câmara de Comércio
Americana do Rio
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(21) 3213-9220
carta do presidente
roberto ramos, presidente da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro
As eleições marcam um momento de discussão
dos melhores projetos para o Brasil
O
Brasil se prepara para mais uma eleição. No dia 5 de outubro, mais de
140 milhões de eleitores vão às urnas para escolher os representantes
que ocuparão 1.650 cargos públicos em todo o País. Esses representantes
terão a valiosa oportunidade de trabalhar para a formação de um ambiente
regulatório favorável ao desenvolvimento das pessoas e dos negócios, com respeito
ao meio ambiente. Nós, do setor privado brasileiro, podemos contribuir e ajudar
os governos e a sociedade a promover as mudanças necessárias para a construção
de um país melhor, mais competitivo, produtivo e sustentável.
pedro kirilos
Esse caminho passa pelo desenvolvimento de uma política externa brasileira
– que, em grande parte, fica à margem das principais questões no debate eleitoral
– que estimule uma maior participação dos negócios brasileiros no mercado
internacional. Particularmente em relação aos Estados Unidos – hoje o segundo
parceiro comercial do Brasil – é preciso adotar uma série de medidas para ampliar
os negócios. Em especial, a aprovação de um acordo que evite a bitributação entre
os dois países e a implementação do programa Global Entry, que facilitaria as
viagens de brasileiros para os EUA, e do Visa Waiver Program, que eliminaria a
necessidade de visto entre os dois países.
A dinamização da nossa economia também passa por uma revisão
crítica e positiva da atual política de conteúdo local, principalmente nas
atividades de exploração e produção de petróleo e gás. Precisamos encontrar
a regulamentação que, ao mesmo tempo que preserva os interesses da
indústria brasileira, abre possibilidades de participação crescente de empresas
estrangeiras, inclusive por meio de associações e joint ventures.
Os programas de pesquisa e desenvolvimento, envolvendo universidades
brasileiras e americanas, na linha do Ciência Sem Fronteiras, do Governo
Federal, são fundamentais para melhorar a formação do profissional brasileiro.
O programa prevê 101 mil bolsas até 2015, sendo que o maior destino de
estudantes brasileiros são os Estados Unidos.
No campo da infraestrutura, é necessário aumentar as oportunidades
relacionadas aos projetos de concessão e privatização para atrair crescentemente
investidores americanos. Na área de energia, ainda há um grande campo para
a troca de experiências tecnológicas com os Estados Unidos. Isso vale tanto
para os combustíveis fósseis, aproveitando toda a experiência na exploração
do shale gas e resgatando o interesse de empresas americanas na exploração do
pré-sal brasileiro, quanto para as iniciativas alternativas, como as tecnologias de
captação de energia solar e eólica, bem como para a cooperação já existente para
o desenvolvimento de biocombustíveis de aviação.
É importante trabalhar a contínua promoção do Rio de Janeiro e do Espírito
Santo como destinos do fluxo turístico americano para o Brasil. Assim como
é estratégico explorar as sinergias do setor de entretenimento. As coproduções
brasileiro-americanas na área de cinema, documentários e séries de televisão
têm potencial para fortalecer no Rio de Janeiro um relevante polo de produção
audiovisual. Sede de eventos globais como a Rio92 e a Rio+20, o Estado do Rio pode
também fomentar o desenvolvimento de centros de excelência sobre sustentabilidade.
É tempo de eleições. É tempo de discutir os melhores projetos para o Brasil.
Diante de tantos e grandiosos desafios, nosso sentimento é de expectativa e confiança.
Esperamos que seja possível aproximar a agenda da sociedade e do setor privado
com ações públicas que permitam novos vetores de crescimento. Estamos confiantes
que, uma vez estabelecidos os alicerces internos do desenvolvimento, há um mercado
global a ser explorado que pode garantir os avanços que queremos.
8_Edição 288_set/out 2014
especial eleições 2014
Novas políticas
para melhorar
o ambiente
de negócios
Brazilian Business
entrevista com
exclusividade os
principais candidatos
aos governos do Rio
de Janeiro e do Espírito
Santo e à Presidência
Cláudio Motta [email protected]
Dilma Rousseff e Marina Silva
não concederam entrevista
A Brazilian Business fez perguntas idênticas aos candidatos
que concorrem ao mesmo cargo: presidente e governador do Rio
e do Espírito Santo. Todos tiveram o mesmo tempo e as mesmas
condições para dar as respostas. Entretanto, dois deles, Dilma
Rousseff e Marina Silva, alegaram falta de agenda e preferiram
não responder as perguntas.
Aécio Neves (candidato à Presidência), Anthony Garotinho,
Lindberg Farias, Luiz Fernando Pezão, Marcelo Crivella (candidatos ao governo do Estado do Rio), Paulo Hartung e Renato Casagrande (candidatos ao governo do Espírito Santo) participaram
da reportagem. A íntegra do material enviado pelos candidatos
entrevistados está publicada em amchamrio.com.
10_Edição 288_set/out 2014
A
penas 120 anos depois da primeira eleição direta para Presidência, os brasileiros voltam às urnas. Em 1894, Prudente
de Morais venceu o pleito, do qual participaram cerca de
270 mil pessoas, algo em torno de 2% da população da época. No
dia 5 de outubro, seremos mais de 140 milhões de eleitores, com o
direito ao voto universalizado.
A atual corrida pelo Palácio do Planalto coloca em evidência a
presidente Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB). Além de candidatos ao Congresso Nacional – Senado e
Câmara dos Deputados – que também procuram atrair a atenção
dos eleitores. Na esfera estadual, Anthony Garotinho (PR), Lindberg
Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB)
despontam na disputa pelo Palácio Guanabara.
No Espírito Santo, dois velhos conhecidos dos capixabas disputam a cadeira do Palácio Anchieta. Paulo Hartung (PMDB), governador eleito em 2002 e reeleito em 2006, e Renato Casagrande (PSB),
que busca se manter no cargo, são apontados como os favoritos.
De acordo com a análise de especialistas e de líderes empresariais, o próximo governo, seja ele qual for, precisará reaquecer as relações bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, diminuir o Custo
Brasil e aumentar a presença internacional das empresas brasileiras.
“O Brasil continua sendo uma das principais oportunidades de
investimento no mundo. Temos um mercado consumidor com um
grande potencial de crescimento, estabilidade política e jurídica. Mas
há também alguns entraves à chegada de investimento estrangeiro, e
mesmo nacional, que estão relacionados à nossa política econômica,
à necessidade de reformas nas áreas fiscal, tributária e trabalhista,
além da necessidade de reduzir a burocracia e simplificar a máquina estatal nos três níveis. Nosso desafio é reduzir esses entraves o
quanto antes, para chegar a 2018 com um país ainda mais atrativo
ao capital nacional e estrangeiro”, diz João César Lima, ex-presidente
da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham
Rio) e diretor ex-ofício.
Para Sherban Leonardo Cretoiu, professor do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral, é preciso
superar os estragos nas relações bilaterais causados pelo episódio
envolvendo a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos
(NSA, na sigla em inglês). “Os EUA continuam sendo parceiros
“É fundamental superar alguns incômodos
e desconfortos, como a questão da Agência
de Segurança Nacional dos Estados Unidos”,
Sherban Leonardo Cretoiu, professor
da Fundação Dom Cabral
importantes tanto em termos de comércio, investimentos, quanto em
tecnologia e operações para empresas. É fundamental superar alguns
incômodos e desconfortos, como a questão da NSA”, afirma.
O professor da Fundação Dom Cabral destaca que, embora os EUA
tenham sido superados pela China no comércio com o Brasil, a pauta
de exportações é mais competitiva, com produtos semimanufaturados
e até mesmo relevantes, como aviões. “Por outro lado, a pauta chinesa é
mais forte em commodities. Então, o Brasil deve pensar nos EUA como
parceiros, não só pela história, como pelo futuro”, analisa Cretoiu.
Já Leonardo Paz Neves, professor do Ibmec/RJ e coordenador do
Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), ressalta que a
pauta das negociações para melhorar o comércio bilateral não tem conseguido avançar nos últimos anos. “Os temas se repetem porque não
temos nenhuma grande política que tenha feito a agenda andar. Nos últimos anos, o Brasil optou por diversificar os parceiros comerciais e políticos, dando mais atenção aos países em desenvolvimento, em
detrimento dos países do norte, sobretudo os EUA”, diz Neves.
Diante desse cenário, bandeiras históricas da AmCham Rio,
como a facilitação da entrada nos Estados Unidos, seja pelo programa Global Entry ou pelo Visa Waiver Program, que eliminariam
a necessidade de visto; o acordo previdenciário para evitar a bitributação; e o estabelecimento de cooperação entre os escritórios de patentes
dos dois países ganham ainda mais relevância.
“A flexibilização na circulação de pessoas deve ser encarada como prioridade entre os dois países e, portanto,
retornar à pauta das discussões de alto nível. Os programas Visa Waiver e Global Entry consistem em ferramentas altamente estratégicas, que trarão benefícios diretos para a economia”, conclui Rafael Lourenço, diretor-superintendente
da AmCham Rio.
Edição 288 Brazilian Business_11
eleições 2014 presidente
“Vamos declarar guerra
ao Custo Brasil”
Aécio Neves defende simplificação tributária, livre flutuação
do câmbio e inflação de volta ao centro da meta
O
Brasil-EUA
Os Estados Unidos são um
dos únicos países que contribuem para a inserção do Brasil na cadeia
de valor, mesmo que de maneira reduzida.
E hoje as relações políticas e diplomáticas
do Brasil com os EUA estão no nível mais
baixo das últimas décadas. A negociação
de acordos que interessam diretamente
ao Brasil, como o acordo de facilitação de
vistos e o de salvaguarda tecnológica, está
paralisada. O Brasil deve voltar a dar prioridade às relações com os países desenvolvidos, de onde poderá vir a cooperação para
a inovação e tecnologia e, paralelamente,
manter e ampliar o relacionamento com os
países em desenvolvimento (relações SulSul), de acordo com nosso interesse.
Vamos trabalhar fortemente para
restabelecer as relações entre EUA e Brasil.
Por isso, vamos recuperar o prestígio do
Itamaraty, dando à chancelaria centralidade
no processo decisório interno
12_Edição 288_set/out 2014
Visto
Vamos trabalhar fortemente para
reestabelecer as relações entre
EUA e Brasil. Por isso, vamos recuperar
o prestígio do Itamaraty, dando à chancelaria centralidade no processo decisório
interno para o Brasil voltar a exercer efetiva liderança e passar a influir de forma
positiva no cenário regional e multilateral,
deixando de lado a atitude passiva e reflexa
que hoje prevalece.
Conteúdo local
O estabelecimento de conteúdo local com o objetivo de incentivar o
desenvolvimento de setores ligados à cadeia do petróleo é legítima e desejável. Obviamente, a definição dessa política deve
ser concebida no âmbito de um projeto
de política industrial, visando aumentar a
eficiência, a produtividade, o emprego e a
qualificação de mão de obra, além de atrair
empresas especializadas para o setor. Não
se deve cair na tentação de partir para o
protecionismo industrial, que levaria a cadeia da indústria a aumentar o seu investimento apenas em um primeiro momento,
abandonando a perseguição da eficiência e
da competitividade no longo prazo.
Legado olímpico
A realização de um evento da
magnitude da Olimpíada, assim
como a Copa do Mundo, é uma oportunidade fantástica para um país, não só no
que envolve o esporte, mas também para a
cultura e a imagem. Além disso, esse tipo
de evento é uma imensa oportunidade de
deixar para a população um legado. Essas obras devem focar em equipamentos
e investimentos que beneficiem a vida dos
brasileiros, e não apenas na realização dos
Jogos Olímpicos.
Aécio Neves
defende o
incremento
das relações
comerciais com os
Estados Unidos
Fotos divulgação/Igo Estrela
Custo Brasil
Vamos declarar guerra ao Custo
Brasil porque isso é absolutamente essencial para resgatar a credibilidade e
confiança perdidas no País por ações equivocadas deste governo. O nosso governo
vai adotar uma orientação que é fundamental: ambiente com regras absolutamente claras, com os marcos regulatórios
estabelecidos e cumpridos. Não vamos
adotar planos mirabolantes ou soluções
do dia para a noite. Mas daremos sinalizações claras na direção de o Brasil voltar
a ser competitivo com uma simplificação
tributária, reforçando o tripé macroeconômico. Vamos retomar a livre flutuação
do câmbio, que vai reequilibrar as contas
externas. Teremos como compromisso a
transparência na política fiscal. E vamos
levar a inflação de volta ao centro da meta.
Divulgação/Secom/Bahia
economista Aécio Neves (PSDB), de 54 anos,
nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Com Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) candidato à Vice-Presidência, a coligação Muda Brasil
reúne PSDB, PMN, SD, DEM, PEN, PTN, PTB, PTC
e PTdoB.
Em entrevista exclusiva à Brazilian Business, Aécio falou do seu plano de governo e de como pretende
melhorar o ambiente de negócios do País. Na nuvem
de palavras, as que aparecem com maior destaque foram as mais utilizadas pelo candidato.
Infográfico mostra as palavras mais usadas
pelo candidato na entrevista
Edição 288 Brazilian Business_13
“Apostaremos em turismo,
entretenimento, cultura e esportes”
Marcelo Crivella irá promover o adensamento de cadeias produtivas
e quer transformar o Rio na capital audiovisual da América Latina
O
Divulgação/Riotur/Alexandre Macieira
carioca Marcelo Crivella (PRB), de 56 anos, cursou a Escola de Oficiais da Reserva do Exército
e trabalhou como taxista para pagar os estudos,
formando-se em engenharia civil. Foi professor universitário e missionário.
Senador eleito em 2002, foi escolhido para assumir o Ministério da Pesca e Aquicultura no governo Dilma, em fevereiro de 2012. O vice de Crivella é o General Abreu (PRB).
Marcelo Crivella
quer fortalecer
a indústria do
turismo. Na
imagem, uma
turista fotografa
o Pão de Açúcar
14_Edição 288_set/out 2014
Negócios
Nossa prioridade nessa área será
promover o adensamento de cadeias produtivas em torno de certas indústrias-polo, como petróleo e gás, metal-mecânica e complexo da saúde. Ao lado disso,
apostaremos na indústria de turismo, entretenimento, cultura e esportes. Estimularemos o empreendedorismo na chamada economia criativa, transformando o Rio
na capital audiovisual da América Latina.
Todo mundo fala no grande potencial que
o Estado do Rio tem nessa área, mas muito
pouco é feito de concreto para explorá-lo.
Entretanto, esse setor é fundamental, na
verdade, o mais importante para a geração
de emprego e renda no Estado, inclusive
pelo aspecto de ser distribuidor de renda, e
não concentrador.
fotos divulgação
eleições 2014 governador - rj
Segurança
O programa das UPPs deve ser
transformado em política de Estado,
integrando segurança e políticas sociais.
Com a Escola de Polícia Pacificadora, aperfeiçoaremos a qualificação dos policiais,
melhorando a segurança pública como um
todo. Com o Projeto Bairro Seguro, voltaremos com o policiamento comunitário nos
bairros e nas ruas das cidades com a presença ostensiva do policial, por meio da polícia de proximidade, em que o diálogo seja
franco e objetivo, atendendo aos reclamos
de mais segurança e presença da polícia de
forma visível e proativa. Com a Zona Franca
Social, estimularemos o empreendedorismo, usando o poder estratégico de compra
do Estado para encomendar o que a gente
precisa comprar, como elementos de hospital, roupas de escola, uniforme de soldado,
por exemplo, dessas comunidades pacificadas. Assim, incentivaremos a economia
solidária e a pequena e microempresa para
gerar emprego e renda para a população
dessas comunidades.
Energia
A política do Governo Federal de assegurar conteúdo local na
cadeia industrial do petróleo tem sido um importante fator
no desenvolvimento do setor petrolífero em escala nacional. Contudo,
na condição de principal Estado produtor de petróleo, com a entrada em
operação do pré-sal, estamos numa posição privilegiada de estimular
o conteúdo não só nacional, como regional. Para isso, vamos dialogar
com o setor petrolífero e identificar os incentivos que deveremos dar
para adensar regionalmente a cadeia petrolífera. Isso significa envolver
nesse processo não apenas as grandes empresas, mas, sobretudo, as
médias e pequenas, grandes geradoras de emprego e renda. E não nos
limitaremos às empresas industriais.
Infográfico mostra as palavras mais usadas
pelo candidato na entrevista
Legado olímpico
Claro, a realização dos jogos no Estado possibilitará que se
consolide o papel do Rio como porta de entrada do Brasil. Isso
não dependerá apenas do governo. O legado será do reforço da imagem
do Rio e do Brasil como uma das regiões mais propícias do mundo para
o turismo e os negócios. Vamos estimular donos de hotéis, restaurantes,
promotores culturais a investir na estrutura turística da cidade a fim de
receber bem não só os visitantes que virão para a Olimpíada, mas aqueles que se sentirão animados a voltar à cidade, encantados, como aconteceu na Copa, com o espírito hospitaleiro e alegre do carioca.
Saúde
Vamos dar total prioridade à integração do Estado no Sistema
Único de Saúde, SUS, que nunca foi realmente levado a sério
pelos governos estaduais do Rio desde que foi instituído, com a Constituição de 1988. Boa parte das mazelas de nosso sistema de saúde
deve-se a essa omissão. Temos um problema emergencial que vamos
enfrentar, se eleito: reduzir e, progressivamente, eliminar a vergonhosa
fila de 12 mil a 14 mil pacientes que esperam por operações de diferentes níveis de complexidade no Estado. Essa fila é inadmissível. Mobilizaremos o setor público para atender essa demanda reprimida e, se for
necessário, vamos contratar procedimentos específicos na rede privada
para enfrentar o problema.
Edição 288 Brazilian Business_15
eleições 2014 governador - rj
Anthony Garotinho pretende criar o programa
de simplificação tributária e manter um diálogo
aberto com os segmentos empresariais
R
divulgação
“O Estado hoje oferta
mais energia ao
sistema nacional
do que consome”
adialista e político, Anthony Garotinho (PR),
nascido há 54 anos, em
Campos dos Goytacazes, foi
eleito governador do Estado do
Rio de Janeiro em 1998. Nas
eleições seguintes, em 2002, a
vencedora foi a esposa dele, Rosinha Garotinho.
Apoiado pela coligação Aliança Republicana e Trabalhista (PR,
PTdoB e Pros), tem como vice
Márcio Garcia (PR), vereador carioca e major dos Bombeiros.
Negócios
Vamos criar o programa de simplificação tributária e manter um diálogo
aberto com os segmentos empresariais que
já estão no Estado e aqueles que desejam se
instalar aqui.
Energia
O meu período à frente do Governo do Estado foi marcado por uma grande virada no setor energético, com
a implantação de diversas termelétricas. O Rio hoje oferta mais
energia ao sistema nacional do que consome, graças a uma política bem articulada que fizemos com os empresários do setor.
Segurança
As UPPs não são a única solução. Elas
serão mantidas, mas é preciso investir
mais no policiamento ostensivo, na polícia técnica e na qualificação dos policiais. As UPPs,
do jeito que estão hoje, são um programa incompleto. Porque este programa não prende o
bandido. A UPP chega à determinada comunidade e expulsa os bandidos para outros lugares. Ou seja, a UPP exporta os bandidos para
outras regiões. Quero fazer diferente. No meu
governo, vamos prender os bandidos. Assim
como fiz com Fernandinho Beira-Mar, o maior
traficante da história do País.
Saúde
Em minha gestão passada, uma das maiores iniciativas foi comprar os leitos de UTI neonatal dos hospitais privados e acabar com a mortalidade nessa área, que era
uma vergonha para o Estado. Defendo a saúde pública, mas
hoje o sistema permite a contratualização de serviços e internações. Portanto, manter um bom diálogo com os hospitais
privados é dever do Estado.
Legado olímpico
Uma melhora efetiva no setor de serviços que são
prestados à população e, sobretudo, que o Rio se torne
de fato a Cidade Maravilhosa. Uma cidade com melhor mobilidade urbana, boas escolas públicas, bons hospitais.
Infográfico mostra as palavras mais usadas
pelo candidato na entrevista
Energia: Garotinho
quer dialogar com
empresários do setor
para garantir eficiência
energética do Estado
16_Edição 288_set/out 2014
As UPPs, do jeito que estão
hoje, são um programa
incompleto. Porque este
programa não prende o
bandido. A UPP chega à
determinada comunidade e
expulsa os bandidos para
outros lugares
Edição 288 Brazilian Business_17
“Temos que diversificar
nossa economia”
R
adicado no Rio de Janeiro desde a década de
1990, o paraibano Lindberg Farias (PT), de
44 anos, foi líder estudantil, deputado federal,
prefeito de Nova Iguaçu (eleito em 2004, reeleito em
2008) e senador (em 2010).
O candidato da coligação Frente Popular (PT, PV, PSB
e PCdoB) concorre a governador, tendo como vice Roberto Rocco (PV). A íntegra da entrevista pode ser acessada em amchamrio.com.
Divulgação/Agência Petrobras
Lindberg Farias defende
a articulação de empresas,
universidades e comunidade
para construir uma rede
de geração de melhores
empregos e renda, com alta
tecnologia e inovação
Óleo e gás: Lindberg diz que investirá
em infraestrutura e logística
18_Edição 288_set/out 2014
Negócios
O Estado do Rio de Janeiro tem
uma situação privilegiada: quatro
universidades federais, três estaduais e
centros de pesquisa importantes, como o
Parque Tecnológico da Ilha do Fundão e o
Cenpes, que é da Petrobras. Temos ainda a Faperj, que é o órgão de fomento à
pesquisa do Governo do Estado. São mais
de 16 mil doutores pesquisadores. Do que
precisamos é articular as empresas, as
universidades, os centros de pesquisa e a
comunidade para construir uma rede de
geração de melhores empregos e renda,
com alta tecnologia e inovação.
O Rio de Janeiro não pode ficar dependente dos royalties do petróleo, um
recurso finito. Nós temos que diversificar
nossa economia e prepará-la para a sociedade do conhecimento, investindo em
qualificação por meio da educação e do
aumento da produtividade. Também vamos apoiar a expansão das atividades do
Parque do Fundão e criar novos parques
tecnológicos em articulação com universidades, para apoiar o desenvolvimento
do Estado.
Segurança
Nos últimos anos, a violência migrou para os bairros e as cidades
de todo o Estado, principalmente na Baixada Fluminense e na região metropolitana,
como São Gonçalo. Além disso, o efetivo
dos batalhões da PM em várias localidades
do Rio de Janeiro foi reduzido e os policiais
foram direcionados para as UPPs. Mas a
política de segurança não é só UPP. Precisamos equilibrar esse jogo e reforçar os
batalhões da PM no interior, na Baixada
Fluminense, em São Gonçalo e nas zonas
oeste e norte da capital. As UPPs serão
mantidas e consolidadas, pois estão sob
fogo cruzado. O projeto vai passar por um
freio de arrumação, pois é preciso consolidar a ocupação dos territórios. Mas pretendo introduzir duas importantes mudanças
no projeto. A primeira é que cada comunidade e bairro deve ser transformado em
um espaço seguro e vivo, com educação,
atividades culturais e esportivas e formação técnica e profissionalizante. Em segundo lugar, a polícia tem de ser reformada,
para, respeitando a população, tornar sua
atuação mais eficaz.
divulgação
eleições 2014 governador - rj
Infográfico mostra as palavras mais usadas
pelo candidato na entrevista
Energia
O Governo do Estado deve exercer liderança no desenvolvimento do Rio de Janeiro e nos diversos setores
de economia. No setor de energia, e de óleo
e gás, especificamente, não é diferente.
Para que o setor se desenvolva, são necessários investimentos em infraestrutura
e logística urbana, para facilitar não só o
transporte de matérias-primas e produtos,
mas para garantir a qualidade de vida dos
trabalhadores e moradores das cidades
que concentram a cadeia produtiva ligada
ao setor. Vamos investir em obras que ajudem no desenvolvimento da área.
Saúde
O Rio de Janeiro sedia importantes elos da cadeia produtiva em
saúde e serviços de excelência no campo da
pesquisa e da prestação de serviços especializados. Vamos trabalhar para expandir e
potencializar essa capacidade, unindo a pesquisa e o conhecimento científico existentes
no Estado para produzir tecnologia e inovações em articulação entre o poder público e
a iniciativa privada.
Legado olímpico
Quero combater as desigualdades históricas deste Estado, no
campo da segurança pública, da mobilidade, da saúde e da educação, visando à
construção de uma sociedade mais justa. O
legado será de um governo que olhe para
todos, mas especialmente para os mais
pobres, e que trabalhe pela redução das
desigualdades, buscando romper com o
muro que separa o Rio pobre do Rio rico,
do cartão-postal. Entendo que uma sociedade menos desigual beneficia a todos,
indistintamente, inclusive ampliando as
possibilidades de emprego. Melhorias na
mobilidade, na saúde e na educação públicas e a redução generalizada da violência
melhoram a produtividade do trabalhador e
o ambiente de negócios, aumentando, portanto, a competitividade da economia.
Edição 288 Brazilian Business_19
eleições 2014 governador - rj
“Os investidores
já percebem
nosso diferencial
competitivo”
Negócios
Os investidores já percebem nosso
diferencial competitivo. No nosso
governo, o Estado recuperou a credibilidade e a confiança dos investidores e tem
orçamento de R$ 84 bilhões – anteriormente eram R$ 33 bilhões. Esse resultado
é fruto de um conjunto de fatores, como a
nossa localização privilegiada, no centro
do maior mercado consumidor do País; a
credibilidade da nossa política econômica;
a estratégia de atração de investimentos,
como redução do ICMS; nossa política de
segurança, de qualificação e investimento
em infraestrutura.
Com uma gestão técnica e o trabalho
de convencimento com os empresários de
todo o mundo, aliados aos projetos para
desenvolvimento de logística, infraestrutura e qualificação, o Rio de Janeiro saltou de
R$ 70 bilhões (no triênio 2006-2008) para
R$ 211 bilhões (2012-2014) em investimentos previstos. Para o triênio 2014-2016, são
previstos mais R$ 235 bilhões em investimentos pela Firjan.
G
divulgação
overnador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando
Pezão, 59 anos, nasceu em Piraí, onde foi vereador e prefeito por dois mandatos. Foi secretário do governo Rosinha e vice de Sérgio Cabral.
Na coligação O Rio em Primeiro Lugar (PMDB, PP,
PSC, PTB, PSD SDD, PSDB, PPS, DEM, PMN, PTC,
PRTB, PSDC, PEN, PRP, PTN, PSL e PHS), Francisco
Dornelles (PP) é o vice. A íntegra da entrevista pode ser
acessada em amchamrio.com.
Segurança
A atual política de segurança prioriza o uso da inteligência no combate
ao crime. Não vamos esmorecer na questão da segurança porque ela foi a base para
todas as nossas ações. Sem ela, o professor não chega à escola, o médico não vai
à unidade de saúde e o comércio não abre
as portas. Nas comunidades pacificadas, o
número de alunos mais do que dobrou nas
26 escolas estaduais em comunidades com
UPPs e, na rede municipal, houve aumento
de 40% no Ideb. Abrimos esse caminho com
as UPPs e não vamos retroceder. Vamos
implantar mais 50 UPPs, especialmente na
Baixada, em Niterói e São Gonçalo e mais
três batalhões da PM: Itaguaí, Nova Iguaçu
e um para Rio Bonito, Silva Jardim, Saquarema e Araruama.
O governo irá investir na
consolidação do Corredor
Logístico do Açu, com a
implantação de acessos
rodoviários e ferroviários
20_Edição 288_set/out 2014
Saúde
Em menos de oito anos, o governo atual construiu mais de
60 unidades de saúde e ampliou a oferta em quatro vezes,
somente em leitos de UTI. Foram criados mais de mil novos leitos de
enfermaria. Atualmente, são 3.169 leitos de internação e 1.058 de UTI.
Em 2006, eram 1.974 e 267, respectivamente. Com a nova estrutura
da rede pública, o número de internações cresceu 38% desde 2007.
Legado olímpico
Além dos compromissos assumidos no dossiê da candidatura
Rio 2016 para a realização dos jogos, várias ações paralelas foram agregadas ao
projeto olímpico e ficarão como legado,
nos mais diversos segmentos, como meio
ambiente, assistência social, cultura, educação, esportes, infraestrutura, saúde,
segurança, trabalho, transportes e turismo, além da capacitação de mão de obra
em vários setores e a criação de expertise
profissional em organizar e sediar grandes eventos. Entre os projetos que ficarão
como legado para a população fluminense, destaca-se a Linha-4, do Metrô (Barra
da Tijuca-Ipanema), maior obra de infraestrutura urbana do País, com 16 quilômetros de extensão e seis novas estações.
A partir de 2016, a Linha-4, do Metrô, vai
transportar mais de 300 mil pessoas por
dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico, melhorando o trânsito e
contribuindo com o meio ambiente.
Infográfico mostra as palavras mais usadas
pelo candidato na entrevista
Divulgação/Marino Azevedo
Luiz Fernando Pezão afirma
que investimentos passaram de
R$ 70 bilhões (no triênio 2006-2008)
para R$ 211 bilhões (2012-2014)
Energia
O petróleo é o setor mais representativo da nossa economia. A maior parte dos investimentos, atualmente,
está ligada ao pré-sal. Para suprir as necessidades desse setor,
assim como de outros que vêm se desenvolvendo no Estado – metal-mecânico, automotivo e siderúrgico – é que o Rio de Janeiro
se tornou um importante polo de logística, somando investimentos
que chegam a R$ 34 bilhões. O governo irá investir na consolidação
do Corredor Logístico do Açu, com a implantação de acessos rodoviários e ferroviários.
Segurança: Pezão pretende ampliar
o programa das UPPs com mais 50
unidades e três batalhões
Edição 288 Brazilian Business_21
eleições 2014 governador - es
Renato Casagrande mira a
inovação, capacitação e agregação
de valor aos bens e serviços
produzidos no Espírito Santo
C
divulgação
andidato à reeleição, o governador Renato Casagrande (PSB), 53 anos, nasceu no município
de Castelo, sul do Espírito Santo. Ele já foi senador, deputado federal, vice-governador e deputado
estadual.
O vice da coligação Pra Frente Espírito Santo (PSB,
PSDC, PSL, PP, PRTB, PTdoB, PPS, PR, PSC, PSD, PTC,
PCdoB, PV, PHS, PTN, PPL, PMN, PRB e PTB) é Fabrício Gandini.
22_Edição 288_set/out 2014
Negócios
Além de posição geográfica estratégica e privilegiada, o Espírito Santo tem uma política de atração de investimentos muito forte. Temos regras claras
e estáveis, que atraem não só os grandes
investidores como também os médios e pequenos. Hoje, vivemos um novo ciclo de desenvolvimento, baseado na diversificação e
interiorização da economia, com inovação,
capacitação e agregação de valor aos bens
e serviços aqui produzidos. A nossa Secretaria de Desenvolvimento acompanha,
atualmente, uma carteira com cerca de 180
projetos privados, cujos investimentos previstos estão acima de R$ 100 bilhões para
os próximos cinco anos, gerando cerca de
80 mil empregos.
Segurança
Em quatro anos, investimos mais
de R$ 400 milhões em segurança
pública. Nosso programa de prevenção e
combate à violência, o Estado Presente,
recebeu nota máxima do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Com as
ações implantadas, conseguimos reduzir
o índice de homicídios de 50,8 mortes por
grupo de 100 mil habitantes, em 2009, para
40 por 100 mil habitantes, agora em 2014.
E nossa meta é chegar ao fim de 2018 com
menos de 30 mortes por grupo de 100 mil
moradores. Para isso, vamos, entre outras
iniciativas, ampliar as ações do Estado Presente, intensificando a atuação do Patrulha
da Comunidade; criar a Patrulha Rural em
dez municípios; recompor continuadamente os efetivos policiais; implantar o Ciodes
Norte e o Cerco Eletrônico em cem pontos
da região metropolitana; instalar mais 1 mil
câmeras de video monitoramento; e criar
mais cinco novas delegacias de atendimento às mulheres.
Infográfico mostra as palavras mais usadas
pelo candidato na entrevista
Divulgação/Jurong/Vitor Nogueira
“Vivemos um novo ciclo de
desenvolvimento, baseado na
diversificação e interiorização
da economia”
Energia
O Estado possui seis projetos portuários em implantação que o tornarão um dos principais expoentes
logísticos do Brasil: Petrocity (São Mateus), Imetame (Aracruz),
Estaleiro Jurong (Aracruz), C-Port (Itapemirim), Itaoca Offshore
(Itapemirim) e Porto Central (Presidente Kennedy). Eles atenderão ao setor de petróleo e gás, como base de apoio offshore, e
transformarão o Espírito Santo em referência nacional no setor.
Em 2012, a ANP leiloou 12 campos aqui. O resultado foi excelente.
A tendência é de que, nas próximas rodadas, os blocos do Estado,
tanto em terra quanto em mar, continuem muito disputados. Somos o segundo maior produtor de petróleo e gás natural do País,
e a expectativa é de que nossa produção chegue a 500 mil barris/
dia e a cerca de 18 milhões de metros cúbicos de gás/dia, até o
fim deste ano.
Rochas ornamentais
O Espírito Santo possui uma das maiores reservas
de mármore e granito do Brasil e representa cerca de 80% das exportações brasileiras. O governo estadual
tem programas de incentivos, como o Compete e o Invest,
que contribuem para a expansão, modernização e diversificação dos setores produtivos, estimulando a realização
de investimentos, a renovação tecnológica e o aumento da
competitividade, com ênfase na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades regionais. Além disso,
nosso governo oferece cursos de qualificação profissional,
levando em conta as características da cadeia produtiva do
Estado. Em quatro anos, oferecemos mais 160 mil vagas
nesses cursos.
Legado
Assumi o governo com o compromisso de fazer
mais para quem mais precisa. E foi com esse propósito que trabalhei e continuo trabalhando. Os resultados
me honram e me deixam feliz. Ainda temos muito a fazer,
mesmo porque herdamos um passivo social enorme, mas
já conseguimos mudar a realidade do Estado, com investimentos recordes em todas as áreas. E, se os capixabas me
derem oportunidade, vou fazer muito mais. Quero chegar ao
fim de 2018 como o governador que conseguiu reduzir as diferenças regionais, garantindo mais oportunidades para os
capixabas. Deixar um Estado mais organizado e generoso
com as famílias que aqui vivem.
Energia: Casagrande pretende
aproveitar o Estaleiro Jurong
(Aracruz) como base de apoio offshore
Edição 288 Brazilian Business_23
eleições 2014 governador - es
“Vamos voltar com os princípios de uma boa
gestão, com base na inovação e na meritocracia”
Negócios
Um bom ambiente de negócios se
faz com segurança jurídica, estabilidade de regras, boa regulação e eficiência no setor público. Por isso, vamos voltar
com os princípios de uma boa gestão, com
base na inovação e na meritocracia, o que
passa por avaliar permanentemente as
ações e entregas, pelo respeito aos contratos e pela transparência com os atos da
administração pública. Para tornar mais
competitivas as empresas que produzem
e geram empregos em território capixaba,
temos o desafio de construir um ambiente
inovador e uma infraestrutura qualificada
que viabilize bons serviços logísticos. Mas
isso também passa por assegurar trabalhadores qualificados para as habilidades
procuradas, o acesso à saúde de qualidade
para esses trabalhadores e suas famílias,
boa sensação de segurança. Enfim, são
diversas e variadas as ações que impactam positivamente o ambiente de negócios
e a competitividade das nossas empresas.
O
divulgação/sérgio cardoso
economista Paulo Hartung (PMDB), 57 anos,
nascido em Guaçuí, foi eleito governador do
Espírito Santo, em 2002, e reeleito, em 2006.
Também foi prefeito de Vitória, diretor do BNDES e
senador, além de deputado estadual e federal.
Ao lado de César Colnago (PSDB), seu vice, lidera
a coligação O Espírito Santo Pode Muito Mais (PMDB,
PSDB, DEM, SD, PEN, Pros e PRP). Leia a íntegra da
entrevista em amchamrio.com.
24_Edição 288_set/out 2014
Segurança
Nossa principal proposta é a ocupação social dos territórios violentos das regiões do nosso Estado, com
ações efetivas e integradas, especialmente de inclusão social e de educação, por
meio do programa Escola Viva. Vamos
intensificar o programa de enfrentamento territorial da violência, trabalhando na
prevenção, com políticas públicas e ferramentas de gestão, no fortalecimento da
inteligência, no monitoramento de resultados e na efetividade. Além disso, vamos
reforçar as ações de prevenção e o enfrentamento dos crimes contra o patrimônio,
mantendo e aperfeiçoando as ações de redução dos homicídios. Fortalecer a Delegacia Patrimonial e as ações estratégicas
da Polícia Militar, especialmente contra
roubo e latrocínio. Essas e outras ações
serão implantadas para prevenção e combate à violência no Estado.
Energia
Baseado nos projetos de expansão da produção de petróleo e gás, o Espírito Santo poderá se afirmar como
grande produtor de energia e distribuidor para importantes polos produtores dentro e fora do Estado. Entre nossas principais
ações, vamos retomar o projeto do polo gás-químico e buscar viabilizá-lo com a Petrobras; viabilizar os projetos de ampliação da
logística portuária para base de suprimentos voltados para a produção e exploração de petróleo e gás; e construir os acessos aos
terminais de atendimento à exploração de petróleo e gás (atuais
e futuros) no mar, sem impactar a vida dos moradores e turistas.
Rochas ornamentais
Para promover a competitividade do setor de Rochas Ornamentais no Espírito Santo, atuaremos em três vertentes: gestão e regulação; infraestrutura e logística; e responsabilidade social. Uma vez identificadas as necessidades das empresas
do setor na área de capacitação profissional,
vamos promover parcerias público-privadas
o Espírito Santo poderá se
para ampliar a oferta de cursos técnicos e
afirmar
como grande produtor
tecnológicos para qualificação de mão de
de energia e distribuidor para
obra e, assim, ampliar as oportunidades
importantes polos produtores
para a nossa mão de obra local. Promoveremos, por meio de parcerias, a capacitação
dentro e fora do Estado
empresarial necessária para consolidar o
arranjo setorial de rochas ornamentais.
Por fim, em parceria com o Ministério Público Estadual, Ministério
Público do Trabalho e instituições de pesquisa, promoveremos a
orientação dos empresários e trabalhadores na direção do cumprimento da legislação e da eliminação de acidentes de trabalho.
Legado
O maior legado que posso deixar é um sistema educacional forte e bem estruturado, capaz de aproveitar as
vocações de cada jovem alinhando com as potencialidades da região onde mora. Um Estado promissor, com mais qualidade de vida
e oportunidades, sobretudo para os nossos jovens, e uma economia
sustentável e equilibrada. O conhecimento abre portas e janelas de
oportunidades e promove um ambiente de avanços e conquistas.
Quando o indivíduo tem acesso ao conhecimento, liberta-se da escuridão da ignorância e deixa de ser presa fácil das drogas e do crime.
Infográfico mostra as palavras mais usadas
pelo candidato na entrevista
Divulgação/Jeremy Buckingham
Paulo Hartung
quer voltar ao Palácio
Anchieta com iniciativas
para melhorar a
competitividade
do Estado
Minério: Hartung quer desenvolver
o setor de Rochas Ornamentais com
gestão e regulação; infraestrutura e
logística; e responsabilidade social
Edição 288 Brazilian Business_25
eleições 2014 opinião
Os desafios do comércio exterior
nos próximos anos
Q
José Augusto de
Castro_presidente
da Associação de
Comércio Exterior
do Brasil (AEB)
ualquer que seja o próximo governo a ser eleito em outubro, muito terá de ser feito para recuperar o comércio exterior brasileiro, que vem perdendo participação no cenário
mundial. Em 2011, ao atingir 1,41% de participação nas exportações
mundiais, o Brasil alcançou seu melhor resultado nos últimos 50
anos, mas essa participação caiu para 1,33%, em 2012, 1,32%, em
2013, e este ano deve ficar em projetado 1,20%, índice que remete o
País de volta à mesma participação de 2008.
Além disso, as exportações estão perdendo em qualidade. Em
2000, a participação dos produtos manufaturados era de 59,07%
e das commodities, de 38,21%. Dados até agosto de 2014 mostram reversão desses índices, com 34,76% de manufaturados e
62,52% de commodities.
Por que o Brasil não é um grande player no comércio internacional? A resposta se deve mais a entraves de ordem interna, representados por fatores de custo e gestão, e menos a razões externas.
Como entraves de custo citam-se os seguintes:
• Infraestrutura insuficiente, deficiente e onerosa, elevando o custo
de logística de transporte;
• Sistema tributário complexo e obsoleto, anti-industrialização, imobilizando capital, onerando custo de produção e obrigando exportar tributo indiretamente;
• Burocracia excessiva, com 17 órgãos atuando no comércio exterior
e gerando custos ociosos;
• Legislação trabalhista ultrapassada, com mais de 70 anos, elevando
custos com pessoal;
• Carga tributária elevada, composta por tributos, impostos, taxas,
contribuições etc., gerando elevação dos custos diretos;
• Custo financeiro, com elevadas taxas praticadas, onerando custos
em toda a cadeia produtiva.
Por entraves de gestão listam-se os seguintes:
• Ausência de política governamental integrada de comércio exterior, substituída por políticas isoladas de cada ministério;
• Política comercial definida sob influência política na África e ideológica no Mercosul e nos Estados Unidos, priorizando comércio
Sul-Sul e abandonando diálogo Sul-Norte, com perdas de mercados de manufaturados;
• Fortalecimento e expansão do Mercosul impedindo acordos
comerciais bilaterais e/ou regionais, representando isolamento
comercial;
• Ações e decisões de governo conjunturais,
pontuais e de curto prazo, enquanto mercaEM 2014, O BRASIL TERÁ FORTE
dos e empresas agem estruturalmente a méQUEDA NA CORRENTE DE
dio e/ou longo prazo;
COMÉRCIO, COM REFLEXOS NA
• Taxa de câmbio “flutuante” administrada
sem rumo;
ATIVIDADE ECONÔMICA INTERNA
• Falta de previsibilidade gera insegurança.
26_Edição 288_set/out 2014
Embora tudo seja urgente,
cinco alicerces devem
ser priorizados:
1
Concentrar estrutura institucional de comércio exterior num
único órgão, com força para agregar
todas as atividades e formular política
integrada de comércio exterior;
2
3
Realizar reforma estrutural para
modernizar o sistema tributário;
Reformar a legislação trabalhista
para atualizá-la e torná-la compatível com os novos tempos do mundo globalizado;
4
Investir forte e continuamente em
infraestrutura de transporte, de
forma integrada, para reduzir e tornar competitivos os atuais elevados
custos de logística;
5
Avaliar e definir política comercial
externa compatível com características e potencialidades dos produtos brasileiros.
Em 2014, o Brasil terá forte queda
na corrente de comércio, com reflexos na atividade econômica interna.
Em 2015, 2016, 2017 e 2018, essa situação pode se repetir.
Porém, espero que o próximo presidente eleito tenha consciência de
nossos problemas, para sermos ativos
na solução deles e não passivos, deixando para o mundo econômico tentar
resolvê-los.
Não quero continuar a rezar, em
mandarim, para a China manter o
crescimento econômico em nível
elevado e as cotações das commodities em patamar suficiente para permanecer escondendo nossos problemas. O Brasil precisa voltar a rezar
em português.
conexão global
“O que fazem grandes
empresas se tornarem
competitivas?”
Para Kenneth Hyatt, subsecretário-adjunto do Departamento de Comércio
dos EUA, companhias que buscam a internacionalização são mais robustas
[email protected]
[email protected]
C
om o PIB em alta, uma atrativa facilidade na consolidação de negócios e um mercado bastante competitivo,
os Estados Unidos estão constantemente na mira de
investidores internacionais. Para Kenneth Hyatt, subsecretárioadjunto do Departamento de Comércio dos EUA, que concedeu esta entrevista exclusiva à Brazilian Business, na sede da
Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham
Rio), pensar globalmente é uma das chaves para o sucesso.
A internacionalização das empresas, diz Hyatt, confere fôlego
às companhias. Caso contrário, elas podem ser superadas por organizações mais competitivas. De acordo com ele, a indústria de
óleo e gás offshore e as oportunidades nos Jogos Olímpicos têm
grande capacidade de atrair investidores americanos.
Durante a passagem pela AmCham Rio, Hyatt se reuniu
com empresários para ouvir as principais demandas do setor
privado brasileiro. Além dessas rodadas de conversas, a vinda
de Hyatt ao Brasil teve outro motivo: o SelectUSA Road Show.
Realizado em agosto, em São Paulo, o evento teve como finalidade esclarecer as dúvidas dos empresários locais sobre os
processos de negócios nos EUA, além de auxiliá-los sobre os
benefícios de investir no País.
Brazilian Business: Um dos principais focos do
Departamento de Comércio dos EUA é promover a
competitividade de empresas americanas no mercado global.
Como as companhias brasileiras podem se tornar mais
competitivas internacionalmente?
Kenneth Hyatt: A pergunta que deveríamos fazer é “O que fa-
zem grandes empresas se tornarem competitivas?”. A minha
experiência mostra que as companhias que não competem globalmente acabam não sendo fundamentais. O meu conselho?
Você tem que pensar e competir internacionalmente. É nesse
processo de ir para outros mercados que você constrói a capacidade de ganhar. As companhias têm que competir com os
melhores, assim, aprendem, fracassam e crescem. Se as companhias são muito locais, correm o risco de serem passadas para
trás por empresas globais.
28_Edição 288_set/out 2014
BB: Como enfrentar a burocracia brasileira
e ainda competir globalmente?
KH: Eu não tenho muito conhecimento sobre como as empresas
devem lidar com esses problemas no Brasil, mas acho que esse é
um bom argumento para elas começarem a competir globalmente.
BB: Quais são as áreas-chaves de investimentos procuradas
pelas empresas americanas no Brasil?
KH: A indústria de óleo e gás offshore. E, também, as oportu-
nidades que virão com os Jogos Olímpicos. Nós também ouvimos empresas com interesse em TI, ciências médicas, turismo
e agronegócios.
cláudio motta
Cláudio Motta e Bernardo Guimarães
As companhias têm que competir com os melhores,
assim, aprendem, fracassam e crescem
BB: Como tirar proveito dos Jogos Olímpicos?
KH: Seja em turismo, infraestrutura ou segurança, há vários ser-
viços que serão necessários. Parte do nosso interesse é fomentar
empresas americanas nessas oportunidades.
BB: E quanto às oportunidades para as empresas
brasileiras nos EUA?
KH: Os EUA, assim como o Brasil, têm oportunidades em vários
setores. A questão seria: “As empresas possuem produtos e serviços
atrativos?”. As companhias deveriam olhar mais à frente. Pensar
em fatores que as levariam aos EUA.
BB: E quais seriam os benefícios de investir nos EUA?
KH: Os EUA são um grande mercado. Do que as companhias es-
tão sempre em busca é a receita gerada por consumidores, o que é
uma vantagem para nós por sermos o maior mercado do mundo.
Somos também exportadores de plataformas para outros mercados, temos acesso à inovação. Se eu fosse falar com alguma pequena empresa de tecnologia, por exemplo, eu diria que ela teria que
ir competir nos EUA se quisesse ser uma grande empresa. Nosso
mercado está crescendo, assim como nosso PIB. Somos o quarto
país mais fácil para se fazer negócios. É um lugar tranquilo para
começar novos investimentos. Por último, eu diria que o custo de
energia ocupa uma grande parte dos gastos gerais de uma empresa. Tem uma grande quantidade de companhias que vêm aos EUA
para aproveitar os baixos custos de energia, o que é muito atrativo
e pode interessar várias áreas e segmentos.
BB: A proteção intelectual também está na sua agenda.
Como estão as conversas com o Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (Inpi)?
KH: Um dos grupos do U.S.-Brazil Commercial Dialogue é sobre
propriedade intelectual. Ele dialoga com o Inpi, e essa cooperação é essencialmente para saber o que as organizações de proteção
à propriedade intelectual do Brasil e dos Estados Unidos podem
aprender no processo de emissão de patentes. Reduzir o backlog
e melhorar o processo, com treinamento de pessoal, por exemplo, estão no escopo de colaboração do nosso The United States
Patent and Trademark Office (PTO) e o seu Inpi. Acho que é de
conhecimento de ambos os países que a velocidade com o que as
patentes são processadas estão impactando o campo da inovação
e comercialização. Também é importante educar as empresas, que
precisam proteger propriedades intelectuais capitais em outros países. Um dos maiores medos de pequenas empresas quando saem
do país de origem é não entender como fazer negócios lá e alguém
roubar os conhecimentos de propriedade intelectual.
BB: Como o senhor avalia o SelectUSA Road Show
deste ano no Brasil?
KH: Estiveram presentes 250 pessoas, com cem na lista de espera,
o que pra mim foi importante, pois chegamos à conclusão de que
os brasileiros estão realmente interessados em investir nos EUA.
BB: Considerando o recente entrave entre os Estados Unidos
e a Índia na Organização Mundial de Comércio, com o Tratado
de Bali, como o governo americano analisa o futuro da OMC?
KH: Não foi uma questão Índia-EUA. Na verdade, o entrave
foi entre a Índia e outras nações, que se preocuparam com a
inabilidade de conclusão. Acreditamos que a implementação
do tratado de facilitação é importante tanto para os países desenvolvidos quanto para os em desenvolvimento. Ele reduz a
fricção de custos que levam a problemas de comércio. Se você
parar para pensar, tem muitas nações do mundo que não são
competitivamente exportadoras em alguns setores, seja pela
infraestrutura ou por problemas alfandegários, e isso afeta
esses países. Nós continuamos com o apoio ao tratado e à
OMC. Estamos em um processo de descobrir qual é o melhor
caminho a seguir, e sabemos que há outras nações pensando
o mesmo.
BB: E como o senhor vê a atuação da AmCham?
KH: A AmCham Rio continua sendo uma grande parceira,
conectando-nos com empresas e hospedando eventos como
este. Eu diria que continue a comunicar prioridades, nos
ajude a trazer companhias americanas ao Brasil, nos ajude,
com a embaixada, a enfrentar os problemas das nossas empresas aqui. 
Edição 288_Brazilian Business_29
from the usa
Carlos Külps/Consulado dos EUA
How Brazilian business
anticipates geopolitics
Paul Isbell_CAF Energy Fellow, Johns Hopkins University SAIS
T
he astute business person – and
potential future leader – is on the
lookout for ways to successfully
anticipate geopolitics. One who is at
least successful enough to allow for the
occasional luxury of stopping to think
about the future in strategic terms, is
someone who already knows the palpable
advantages of looking beyond the
short-term static of the local economic
environment, and to peer above, at
least every now and then, the received
wisdoms. The fastest way to anticipate
geopolitics is to look for the changes in
the actual material conditions working
themselves out upon the geopolitical and
global energy flow maps – and to read
the shifts in global material flows these
changes are generating.
A fresh look at our actually emerging
geopolitical and global energy flow maps
reveals a broad array of new business
and investment activity – in commerce,
ports, infrastructure and more – and new
forms of human security threats emerging
across the Atlantic Basin. The Southern
Atlantic, in particular, will register a
significant upgrade in its relative strategic
significance as current trends in marine
energy and the blue economy deepen,
and as growing shipping traffic make the
Southern Atlantic sea lanes and the Cape
Passage increasingly critical.
30_Edição 288_set/out 2014
The global center of gravity of energy supply is also shifting
westward, away from the Middle East, Central Asia and Russia,
and into the Atlantic Basin. Most of the recent and dramatic
hydrocarbons breakthroughs (shale) and discoveries (the deep
offshore) have occurred in the Atlantic. Nearly 45% of ‘proven oil
reserves’ are already located in the Atlantic Basin – as are nearly
half of total technically recoverable gas reserves, two thirds of
all the known shale gas, about half of all known fossil fuels, twothirds of all installed ‘renewable’ electrical capacity, and four-fifths
of all biofuels and offshore energy activity. As the global center
of gravity for energy demand continues to flow into Asia-Pacific,
the historical post-World War II ‘East-to-West’ maritime energy
flows are now reversing into ‘West-to-East flows.’ This means that
a relative strategic rise of the Southern Atlantic – with the potential
of balancing out, to some extent, the rise of China over the last
generation – can now be seen on the strategic horizon.
Brazil’s business and technocratic leaders are increasingly
well-positioned geo-strategically to finally begin the task
of mapping the strategic horizon and defining the risks,
opportunities, costs and imperatives of ‘Brazilian’ regional
leadership. From its crossroads vantage point in the middle of
an increasingly significant Southern Atlantic, at the nexus of
two new emerging transnational systems (the Global South and
the Atlantic Basin), Brazil now has the real potential to be a key
pan-Atlantic broker and agenda setter within a new ‘ocean basin
world.’ Depending on how the ‘pre-salt dreams’ finally pan out,
Brazil might even become the most strategic oil exporter at the
margin to Asia-Pacific.
More reforms are needed at home, no doubt: but astute
business leaders – and potential future Brazilian statesmen and
women – would move ahead on the strategic curve by seriously
investigating the Atlantic space for economic and geopolitical
opportunity. Aligning themselves with budding transnational
associations committed to pan-Atlantic and marine prosperity
and security would place them in anticipation of an increasingly
probable Southern Atlantic future.
THE GLOBAL CENTER OF
GRAVITY OF ENERGY SUPPLY
IS ALSO SHIFTING WESTWARD,
AWAY FROM THE MIDDLE
EAST, CENTRAL ASIA AND
RUSSIA, AND INTO THE
ATLANTIC BASIN
OPINIÃO
Ednei Medeiros
Eduardo Nunes
Nadia Stanzig
OVERVIEW
NA RIO OIL & GAS 2014
Na edição deste ano da feira,
o estande da AmCham Rio
expôs produtos e serviços de
12 empresas: Swift Worldwide Resources, Thermo Fisher
Scientific, Rockwell Automation, Domingues e Pinho Contadores, Ibeu, Brascrew, MXM
Sistemas, Interfreight Logistics, Atene, Carvalhão, American Airlines e Four Points
by Sheraton. Além disso, teve
um lounge VIP central, especialmente destinado para o
relacionamento de profissionais e líderes do mercado.
HENRIQUE STEUER I. DE MELLO E CAMILA CARDEIRA
PINHAS_ADVOGADOS DE DANNEMANN SIEMSEN
Violação do direito de patente
Case mundial: as gigantes Apple e Samsung
travam batalha jurídica por patentes de
smartphones e tablets
O TITULAR DA PATENTE OU REGISTRO DE DESENHO
INDUSTRIAL POSSUI AMPLO RESPALDO LEGAL PARA
INGRESSAR COM MEDIDAS JUDICIAIS CÍVEIS EM
FACE DAQUELES QUE INFRINGEM OS DIREITOS DE
EXCLUSIVIDADE ORIUNDOS DO TÍTULO
26_Edição 288_set/out
32_Edição
275_mai/jun2014
2012
Lei nº 9.279/96, que regula os direitos e as obrigações relativas à propriedade industrial no Brasil (LPI), outorga ao
titular de uma patente de invenção, modelo de utilidade ou
registro de desenho industrial, o direito de impedir que terceiros venham produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar o objeto da patente ou registro sem o seu consentimento.
Assim, o titular da patente ou registro de desenho industrial possui amplo respaldo legal para ingressar com medidas
judiciais cíveis em face daqueles que infringem os direitos de
exclusividade oriundos do título, sem prejuízo de outras
medidas extrajudiciais ou até mesmo criminais que também
poderão ser adotadas.
O titular da patente ou registro pode se valer de ação judicial visando obstar, inclusive liminarmente, que terceiros, que
nada investiram para o desenvolvimento da tecnologia patenteada ou desenho registrado, possam explorá-los livremente.
Nesse contexto, o §1º do artigo 209 da LPI autoriza que o juiz
determine liminarmente a sustação da violação ou de ato que
a enseje, mesmo antes da citação do réu, a fim de evitar dano
irreparável ou de difícil reparação ao titular da patente ou registro de desenho industrial.
Além disso, ao detentor da patente ou registro é assegurado
o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade
industrial e concorrência desleal, inclusive entre a data da
publicação do pedido e da concessão da patente (art. 44 e 209
da LPI).
Conclui-se, portanto, que a legislação brasileira assegura ao
detentor da patente ou registro de desenho industrial uma série
de mecanismos legais que lhe permitem tutelar, perante o
poder judiciário, seus direitos de exclusividade sobre a invenção ou desenho, bem como obter ressarcimento dos prejuízos
sofridos em razão da violação do direito.
LUCIANA TANCREDO
A
AACCLA: REUNIÃO ANUAL
EM WASHINGTON
A Aaccla (Associação das Câmaras de
Comércio Americanas para a América
Latina e o Caribe) realiza, entre 29 de setembro e 1º de outubro, em Washington,
nos EUA, a 47.ª reunião anual. O diretorsuperintendente da AmCham Rio, Rafael
Lourenço, participa do encontro com a
proposta de apresentar o Projeto Centenário, que prevê, entre outras ações,
a realização do BFA (Business Future
of the Americas) – evento realizado pela
Aaccla – no Rio de Janeiro, em 2016.
AGENDA DO SETOR
DE ÓLEO E GÁS
O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP)
lançou, na Rio Oil & Gas 2014, uma
Agenda de Prioridades 2014-2015, que
pede que o governo brasileiro revise políticas que fortalecem o controle estatal
da indústria no País. Segundo o secretário executivo do IBP, Milton Costa Filho, investidores estão perdendo o interesse na indústria de petróleo do Brasil
em razão de políticas de energia que
elevam os custos, reduzem a eficiência
e aumentam riscos.
MAIS DE R$ 230 BILHÕES ATÉ 2016
A pesquisa “Decisão Rio 2014-2016”, da Firjan, aponta que
os investimentos neste período no Estado do Rio de Janeiro
devem superar R$ 230 bilhões. Do total, 60% (R$ 143 bilhões)
correspondem a investimentos em exploração e produção de
petróleo e gás. O estudo foi apresentado, em setembro, na
AmCham Rio, pela gerente de Competitividade Industrial e
Investimentos da Firjan, Júlia Nicolau Butter. Acesse o conteúdo completo da pesquisa: www.firjan.org.br/decisaorio.
Investimentos por setor de atividade
1,5%
Turismo
R$ 3,5 bi
0,3%
Outros
R$ 0,8 bi
4,2%
Instalações
olímpicas
R$ 9,9 bi
R$ 235,6
bilhões
16,1%
Infraestrutura
R$ 37,9 bi
17,2%
Indústria de
transformação
R$ 40,5 bi
50,7%
Petróleo e gás
R$ 143 bi
Edição 288_Brazilian Business_33
perfil
Área de cerca de
23 mil hectares no
Espírito Santo protege
remanescente de
Floresta de Tabuleiro
Os desafios sustentáveis da
Vale se consolida como uma empresa que leva a questão
socioambiental para a cultura corporativa Cláudio Motta [email protected]
V
34_Edição 288_set/out 2014
o tipo de atividade que será desenvolvida.
Portanto, para cada território, precisamos
pensar em uma estratégia específica, que
atenda às particularidades ambientais e
sociais”, explica a diretora.
Um dos desafios que a Vale enfrenta
está relacionado ao processo de licenciamento. “É a legitimação da empresa por
meio da obtenção da licença para operar.
Já avançamos muito em relação ao processo formal de licenciamento e já obtivemos,
com os órgãos ambientais competentes, as
licenças para os nossos empreendimentos
mais importantes. Agora precisamos, a
partir de um processo de melhoria contínua, legitimar-nos a cada dia nos territórios em que estamos inseridos”, complementa Gleuza.
divulgação/vale/cláudia dantas
ale quanto pesa. Só no segundo trimestre de 2014, a mineradora chegou a uma produção de minério de ferro de 79,4 Mt.
Mesmo com a queda no preço da commodity, pagou dividendos no valor de US$ 2,1 bilhões. Essa gigante brasileira conhece bem o
impacto de sua marca. Por isso mesmo, valoriza e investe fortemente
em ações ambientais, protegendo ou ajudando a preservar 12,4 mil km²
de áreas naturais. Isso equivale a quase 2,5 vezes o somatório das unidades operacionais, de 4,9 mil km².
Outra iniciativa importante é o Fundo Vale – instituição sem fins
lucrativos criada pela companhia – que contribuiu para proteger mais
de 230 mil km² de áreas naturais em unidades de conservação, assentamentos e terras indígenas. Com isso, ajuda também na promoção da
gestão integrada das áreas protegidas na Amazônia.
Nas atividades da companhia, o esforço é para reduzir o impacto.
A taxa de reutilização de água nas operações da empresa foi de 75%.
Na prática, 1 bilhão de m3 de água deixou de ser captado pela Vale. Os
resíduos de mineração caíram 8,1%; a geração de estéril foi reduzida
em 10,1% e a de rejeito, 6,6%. “Em 2013, aplicamos US$ 128 milhões
na gestão de resíduos, de um investimento total de US$ 1,015 bilhão em
ações ambientais”, diz Gleuza Jesué, diretora de Meio Ambiente da Vale.
A redução das emissões é outro ponto prioritário da agenda de sustentabilidade da empresa. O compromisso é de reduzir em 5% as emissões globais de gases do efeito estufa (GEE) projetadas para 2020. “Em
2013, obtivemos a maior pontuação de transparência entre as empresas
da América Latina na avaliação do questionário do Carbon Disclosure
Project (CDP)”, comemora Gleuza.
Desenvolver ações de meio ambiente numa empresa mineradora de grande porte faz parte do trabalho de Gleuza. “O principal desafio é o tamanho da empresa, a nossa multiplicidade de territórios
e de negócios. São localidades, culturas e aspectos legais diferentes
que precisam ser conhecidos e considerados também de acordo com
maior mineradora brasileira
Divulgação/Vale/Lucas Lenci
Nesse sentido, lidar com o meio ambiente é, também, ter uma
relação forte com as pessoas. “Para nós é essencial que as comunidades vizinhas aos nossos projetos percebam valor na nossa atividade”, diz a diretora da Vale. “São esforços que visam à redução de
riscos relacionados à saúde, à segurança e ao meio ambiente tanto
para nossos empregados quanto para as comunidades.”
Essa postura da companhia, que procura priorizar ações ambientais e sociais, foi incorporada aos negócios, independentemente do tamanho ou se o projeto é novo ou de uma unidade já
em operação. Pelo viés da sustentabilidade, a resolução de passivos,
por exemplo, tem tanta relevância quanto a discussão dos impactos das mudanças climáticas. Na prática, isso significa investimentos de mais de US$ 6 bilhões, desde 2008, em atividades que vão de
reflorestamento e reabilitação de áreas degradadas na Amazônia
a projetos sociais envolvendo comunidades. Para 2014, a previsão
é de que sejam investidos US$ 975 milhões em projetos sociais e
programas de proteção e conservação ambiental.
A proteção de funcionários é outro aspecto importante da
sustentabilidade dos negócios. “A Vale tem como valor a vida em
primeiro lugar, o que significa incorporar o conceito de que a
vida é mais importante do que resultados e bens materiais nas
decisões estratégicas do negócio. Além disso, temos áreas que
trabalham de forma integrada e preventiva nas mais diferentes
frentes de gestão de risco”, diz Gleuza.
“Hoje já não se faz um projeto sem
respeitar as relações com as comunidades
e as comunidades tradicionais”,
Gleuza Jesué, diretora de Meio Ambiente da Vale
No Rio de Janeiro, a Vale mantém, na área operacional do
Terminal da Ilha Guaíba, o projeto Fazenda Marinha. A iniciativa
é voltada para a educação ambiental, para a capacitação dos
moradores que dependem da pesca e para o monitoramento e
repovoamento da fauna marinha da região. Ao longo dos anos,
mais de 15 milhões de camarões já foram lançados na baía. A
companhia patrocina, desde 2009, ações no Jardim Botânico.
E, no Espírito Santo, há a Reserva Natural Vale, com uma área
de cerca de 23 mil hectares, que é um dos últimos grandes
remanescentes de Floresta de Tabuleiro, uma das formações
atualmente mais ameaçadas do bioma Mata Atlântica. A reserva
recebeu, da Unesco, em 2008, o título de Posto Avançado da
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Nos últimos 30 anos, 80
novas espécies de plantas foram descritas com base nas pesquisas
apoiadas pela reserva.
A Vale também mantém o Parque Botânico Vale, com 33
hectares de área verde, localizado no cinturão do Complexo de
Tubarão. O espaço tem o primeiro Jardim Sensorial permanente
do Espírito Santo, estrutura que tem o objetivo de estimular os
cinco sentidos e promover uma forma diferenciada de interação
com a natureza. No parque também está instalado o único orquidário da Grande Vitória aberto à comunidade.
“Não basta receber a informação, tem que vivenciar essa
questão, e isso com certeza não só dentro da Vale, mas em nível
mundial. Hoje já não se faz um projeto sem respeitar as relações com as comunidades e as comunidades tradicionais. Hoje
não se faz mais nenhum projeto sem respeitar a legislação vigente, sem passar por um processo de licenciamento ambiental,
sem discussões públicas. O mundo mudou mesmo. E cada vez a
sociedade está cobrando mais e mais informação, mais atitude,
mais resposta. Não dá para ser só lucro. Tem que dividir, tem
que compartilhar, tem que abrir mão de muitas questões. É uma
negociação que está em curso, e eu acho que temos avançado
bem”, conclui Gleuza.
Edição 288_Brazilian Business_35
SUSTENTABILIDADE
PBA
Prêmio Brasil Ambiental
chega à décima edição
“Patrimônio cultural brasileiro”.
Empresas premiadas: Antares
Reciclagem Ltda., Firjan / Sesi, GDF
Suez Energy Brasil, Jones Lang LaSalle,
Tractebel Energia, Vale S.A.
Premiação realizada pela
AmCham Rio irá destacar
práticas sustentáveis de
empresas no Brasil
“Gestão de resíduos sólidos”.
Empresas premiadas: Adecova,
Tractebel Energia, Construtora Norberto
Odebrecht, Fiat Automóveis, Fundo Vale,
Petrobras Biocombustíveis e Vale.
2013 – 9ª edição
2012 – 8ª edição
2011 – 7ª edição
Bernardo Guimarães [email protected]
E
m julho de 2005, a Câmara de
Comércio Americana do Rio de
Janeiro (AmCham Rio) lançou,
no Jockey Club Brasileiro, a primeira
edição do Prêmio Brasil Ambiental. Sob
o tema “O desenvolvimento industrial e
o meio ambiente”, o objetivo era premiar
as melhores práticas sustentáveis do setor
privado. O PBA deu certo e comemora a
décima edição, em 2014.
O tema da premiação, cuja cerimônia
será realizada no dia 9 de outubro, é “Biodiversidade e a importância do patrimônio genético”. O evento tem patrocínio da
Parnaíba Gás Natural e Shell; copatrocínio da Odebrecht Oil & Gas e Chevron; e
apoio da Coca-Cola.
A conservação da biodiversidade e a
exploração inteligente do patrimônio genético trazem benefícios para a sociedade
e para o meio ambiente. A descoberta de
novas espécies vegetais que possam ser
estudadas e utilizadas para curas e fins
“Racionalização do uso da água”.
Empresas premiadas: Eletrobras
Eletronuclear S.A., Petrobras,
Fetranspor, Tractebel Energia, Samarco
Mineração e Canal Energia.
medicinais é um dos exemplos. Para o diretor-superintendente da AmCham Rio,
Rafael Lourenço, o PBA será uma oportunidade de promover boas iniciativas.
“O setor privado pode desempenhar um
papel muito importante para a proteção
da nossa biodiversidade. Saber como explorar de forma sustentável os bens naturais do Brasil é positivo tanto para o meio
ambiente quanto para o fomento dos negócios”, afirma Lourenço.
As empresas podem participar em sete
categorias: emissões atmosféricas; gestão de
resíduos sólidos; inovação ambiental; preservação e manejo de ecossistemas; patrimônio genético e conhecimento tradicional
associado; responsabilidade socioambiental;
e uso racional dos recursos hídricos.
Em edições anteriores, o PBA já premiou mais de 50 empresas por práticas
sustentáveis. Na lista estão nomes como
Fundação O Boticário, Natura, Petrobras,
Fiat, Sadia e Banco Bradesco.
2010 – 6ª edição
“Redução de carbono”.
Empresas premiadas: Cedae, Tractebel
Energia, Consórcio Ita/Fatma/Ecopef,
Banco Bradesco, Construções e
Comércio Camargo Corrêa, Brookfield
Energia Renovável e Gazeta do Povo.
2008 – 4ª edição
“Licenciamento ambiental e
responsabilidade socioambiental”.
Empresas premiadas: Petrobras,
Indústrias Nucleares do Brasil (INB),
Tractebel Energia e Solví.
2007 – 3ª edição
2006 – 2ª edição
“Governança e sustentabilidade
ambiental”.
Empresas premiadas: Brascan
Energética, IBM, Petrobras, Suzano
Holding e Tractebel Energia.
MAYKE TOSCANO
2005 – 1ª edição
36_Edição 288_set/out 2014
Conte com o time de especialistas da KPMG no
Brasil para apoiar sua empresa nas áreas de Audit,
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da gestão de negócios em oportunidades.
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2009 – 5ª edição
“Uso sustentável da floresta amazônica”.
Empresas premiadas: ArcelorMittal
Tubarão, Celulose Irani, El Paso, Klabin
S.A., jornal Diário da Região e SMA
Cabos e Sistemas.
“Global warming - efeitos,
consequências e propostas”.
Empresas premiadas: Devon Energy,
Editora Gazeta do Povo, Fundação O
Boticário, Tractebel Energia (Consórcio
Machadinho), Unibanco e Vale.
Conhecimento
tradicional associado
à biodiversidade é
um patrimônio das
comunidades indígenas
POTENCIALIZE AS NOVAS
OPORTUNIDADES
DO MERCADO
“O desenvolvimento industrial
e o meio ambiente”.
Empresas premiadas: Companhia
Siderúrgica de Tubarão (CST), Fundação
O Boticário, Sadia S/A, Samarco
Mineração S/A, Usinaverde S/A e White
Martins Gases Industriais Ltda.
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/kpmgbrasil
App KPMG Brasil - disponível em iOS e Android
O verde-louro
desta cidade
DIVULGAÇÃO/RIOTUR/ALEXANDRE MACIEIRA
Em fase de desenvolvimento, o Plano Diretor
de Arborização Urbana do Rio trará ferramentas
de gestão para as áreas verdes
38_Edição 288_set/out 2014
Bernardo Guimarães
[email protected]
V
entanias e chuva forte geralmente
causam um problema sério quando passam pelo Rio: queda de
árvores. Ruas são interditadas, fiações elétricas rompidas, calçadas destruídas. Um
diagnóstico preciso sobre a situação das
árvores na cidade poderia evitar esses tipos
de incidentes. Com esse objetivo, um grupo
de especialistas está se reunindo para elaborar o novo Plano Diretor de Arborização
Urbana do Rio (Pdau do Rio), que pretende
harmonizar a conservação da área verde e
proporcionar uma melhor qualidade de
vida à população.
O projeto, elaborado por especialistas
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
do Rio e da Fundação Parques e Jardins, é
obrigatório por lei. Vinculado à Lei Complementar nº 111, de 2011, ele tem como
foco a gestão e a introdução de medidas
que controlem o manejo e a preservação
das árvores em vias urbanas, gerando diretrizes ambientais a serem implementadas
ao longo do tempo.
O primeiro passo do projeto é a catalogação das diferentes espécies de árvores da cidade. Para Flávio Telles, engenheiro florestal,
presidente do Congresso Brasileiro de Arborização Urbana e membro da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (Sbau), esta é
uma etapa importante, já que por meio dela serão identificadas as
características e condições gerais das árvores. “Com um inventário
preciso, fica mais fácil indicar os tipos certos de árvores que devem
ser plantadas, podadas ou tratadas em diferentes partes do Rio. Essas
medidas nos ajudarão a aumentar ainda mais a área verde da cidade”,
afirma Telles.
A carência dessas áreas verdes nas zonas urbanas do País foi mostrada pela primeira vez no Censo de 2010. De acordo com o levantamento feito pelo IBGE naquele ano, o perímetro urbano brasileiro
tem uma média de arborização de 68% em relação ao número total
de domicílios. A cidade do Rio ficou um pouco acima, com 72,2%.
Goiânia teve o melhor percentual, 89,5%, e é tida como a cidade
mais arborizada do Brasil. O plano diretor da capital de Goiás é
uma referência, inclusive para a construção do Pdau do Rio. Para
Roberto Rocha, arquiteto e urbanista da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente do Rio, fazer a pesquisa com outras capitais e países
é um importante passo para o diagnóstico dos problemas urbanísticos. “A ideia é ver o que tem de bom sendo produzindo no Brasil
e no mundo, trazer para o Rio de Janeiro e adaptar à realidade da
cidade”, analisa Rocha. >
Prédio no centro da cidade e no Parque do
Flamengo são exemplos de boa convivência
entre as árvores e o espaço urbano
“A IDEIA É VER O QUE TEM DE BOM SENDO
PRODUZINDO NO BRASIL E NO MUNDO,
TRAZER PARA O RIO DE JANEIRO E ADAPTAR
À REALIDADE DA CIDADE”,
ROBERTO ROCHA, ARQUITETO E URBANISTA DA SECRETARIA MUNICIPAL
DE MEIO AMBIENTE DO RIO
40_Edição 288_set/out 2014
1
PISMIRE
FOREST & KIM STARR
1
2
DIVULGAÇÃO/JBRJ
MARIA MARINHO
2
3
DIVULGAÇÃO/JBRJ
FOREST & KIM STARR
Os cuidados com esse planejamento
devem ser levados a sério. Uma das exigências para o plantio de árvores na calçada é
dar um espaço de respiro de pelo menos
1,20 cm entre a planta e o espaço livre da
calçada, permitindo uma melhor circulação de pedestres e deficientes físicos.
E não é qualquer árvore que pode ser
plantada. Condições climáticas e do terreno devem ser analisadas minuciosamente antes do plantio. “É importante que a
população tenha conhecimento do que e
onde plantar. Nas calçadas, por exemplo,
não plantamos árvores frutíferas de grande porte. Os frutos podem causar danos
sérios às pessoas que transitam pela área”,
afirma Flávio Telles
Além da arborização, outras medidas
virão agregadas ao projeto. Uma delas é fazer com que as árvores plantadas formem
corredores verdes interligando diferentes
fragmentos de florestas do Rio, como a Floresta da Tijuca e o Maciço da Pedra Branca.
Esses corredores irão ajudar na preservação da biodiversidade. “Não é uma árvore
isolada que será plantada. Cada uma delas
fará parte de um sistema maior no meio urbano”, explica Roberto Rocha.
Assim como todo grande projeto, investimentos são necessários. O Pdau do
Rio ainda não possui cifras exatas para
sua efetivação, mas as instituições responsáveis por ele já buscam diferentes
meios de captação de verba. As parcerias
público-privadas podem ser um deles. Um
exemplo dessa iniciativa foi a adoção do
Monumento Natural do Pão de Açúcar
pela Companhia Caminho Aéreo Pão de
Açúcar, empresa responsável pela administração do bondinho, em julho deste
ano. Graças a uma parceria feita com a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
a Fundação Parques e Jardins, a empresa
se tornou responsável, em um prazo de
dois anos, por conservar, gerir e preservar
a biodiversidade local do Pão de Açúcar.
3
Para que o Pdau do Rio funcione com
vigor, a conscientização e participação
da população serão necessárias. Isabela
Lobato, engenheira florestal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio,
afirma que o projeto será escrito com uma
linguagem acessível a todos, de forma a
esclarecer e aumentar as possibilidades
de divulgação. “Você só preserva aquilo
que conhece. Entendendo melhor como
funciona o plano, as pessoas irão dar mais
valor à preservação e ao projeto.”
No futuro, a engenheira analisa que
muitos serão os frutos colhidos com o
Pdau do Rio. “A população vai ter em
mãos um instrumento oficial para cobrar
as melhorias planejadas pelo Plano Diretor. Eles não vão cobrar apenas o plantio
de uma árvore na calçada, mas, sim, todas
as melhorias que o plano previu e achou
necessárias para a cidade do Rio de Janeiro”, concluiu Isabela.
Enquanto uns plantam, outros desmatam. Casos como a poda ilegal de 13 árvores no Recreio dos Bandeirantes, Zona
Oeste do Rio, ocorrido na madrugada
do dia 29 de agosto, mostram como uma
parte da população ainda não sabe a importância dessas árvores na cidade. Mais
do que só fazer sombra, as árvores são
responsáveis por filtrar grande parte da
poluição do ar, reduzindo as temperaturas
e amenizando os efeitos do aquecimento global causado pela industrialização
e pelo forte crescimento imobiliário dos
centros urbanos.
PODE PLANTAR:
EVITE:
1 Uva-de-praia – Coccoloba uvifera
Recentemente podada de forma ilegal por
moradores no Recreio, esta espécie tem fácil
adaptação aos climas tropicais e litorâneos,
melhorando a sensação térmica na cidade.
1 Amendoeira - Terminalia Catappa
A amendoeira se adapta fácil ao clima do Rio, mas
as raízes e os tamanhos podem causar problemas
a fiações aéreas, calçadas e tubulações.
2 Pau-ferro – Caesalpinia ferrea
Conhecida como o “ébano brasileiro”, a árvore se
caracteriza pela rigidez da madeira e pode chegar
a ter até quatro cores diferentes no tronco.
3 Pau-brasil – Caesalpinia echinata
Quase extinta pelos portugueses para a produção
de tinta, a árvore que empresta o nome ao País
pode chegar aos 15 metros de altura.
2 Mangueira - Mangifera indica
A queda da manga madura pode causar danos
graves a carros e pedestres, além de gerar sujeira
constante nas calçadas.
3 Cássia-de-sião – Senna siamea
Conhecida pelas flores amarelas, a cássia parou
de ser plantada por causa dos galhos frágeis,
facilmente destruídos durante ventanias.
Depois de 14 anos fora, o Congresso Brasileiro de Urbanização
Urbana volta a ser realizado na
capital carioca. Já na 18ª edição, o
evento terá palestras de estudiosos de diversas partes do Brasil e
do mundo. A ideia é compartilhar
as experiências de urbanização já
aplicadas no mundo e aumentar o
conhecimento sobre esses temas
no Brasil. Organizado pela Sociedade Brasileira de Urbanização
Urbana, o congresso será realizado entre os dias 8 e 10 de novembro, no Clube de Engenharia,
centro do Rio.
Edição 288 Brazilian Business_41
opinião
Daniel Fernandes_Diretor de Operações e
Projetos da Casa da Criação
A medida certa da percepção on-line
A
empresa que deseja ser expoente no seu segmento e criar
a tão sonhada percepção on-line deve olhar a internet de
forma ampla. É necessário observar tanto o investimento quanto as ações que vão deixar esse legado para sua marca.
A geração de conteúdo qualificado é, mais do que nunca,
um dos melhores caminhos para criar essa ambiência. A soma
de um bom blog como âncora com a gestão de seus canais
sociais – e que demostram as melhores características de seus
serviços ou produtos, além de infográficos de mercado, boas
fotos e uma estratégia de compartilhamento desse conteúdo –
torna seu site relevante para a decisão de um cliente.
Quando um cliente chega ao ponto de contato com determinada empresa – seja internet, telefone ou balcão – ele já está
com 60% da decisão de aquisição dele tomada. Mas quais são
os cuidados que uma empresa deve ter na hora de tomar suas
decisões on-line?
Fala-se muito em Digital Analytics, métricas, micros e
macroconversões e o entendimento profundo sobre a jornada
do consumidor. Algumas empresas já desenham, mesmo que
timidamente, os objetivos de negócios que irão nortear o
ambiente on-line com base na extração desse grande volume
de dados.
Nem todos os dados criados são iguais, e a melhor maneira
de garantir que você estará coletando informações corretamente é desenvolver o conjunto certo de métricas de desempenho
(KPIs) que atendam às necessidades do seu negócio. Mesmo
empresas do mesmo segmento podem ter que adotar estratégias diferentes para criar os seus indicadores de performance.
Aqui estão quatro erros comuns que as empresas cometem no
momento de tratar dados.
Erro 1: ter métricas é suficiente. É verdade que medir timidamente seu site é melhor do que não medir. Mas muitas pessoas estão satisfeitas em apenas serem capazes de pronunciar
a palavra “métricas” para um supervisor, e muitos supervisores
assumem que, se sua equipe está contando alguma coisa, ela
deve estar fazendo algo certo. Entretanto, os dados só são úteis
quando permitem que você possa medir e gerenciar a qualidade do desempenho de questões-chave para o seu negócio.
É melhor não pensar em dados como a única
arma que você possui, mas, sim,
como um rastro de migalhas de pão. Boas
métricas podem apontar para áreas
problemáticas ou alertá-lo para um
problema potencial que você pode não ter
outra forma de perceber
A análise de dados como orientador do hábito de consumo e comportamental do cliente é uma ciência poderosa e
merece ser tratada como tal. Quando você toma a decisão de
olhar para o seu site como uma grande ferramenta de negócio, estará em condições de avaliar constantemente os seus
esforços e implementar melhorias significativas para que
todas as suas ações on-line respondam a seus requisitos e aos
objetivos da empresa.
26_Edição 288_set/out
42_Edição
275_mai/jun2014
2012
Erro 2: quanto mais métricas, melhor. Um equívoco comum
é que se algo pode ser contado, deve ser contado. Você não
deseja que o monitoramento de performance seja tão oneroso
à sua empresa ao ponto de impedi-lo de analisar bem o desempenho do site. Comece com uma carga controlável e, gradualmente, adicione mais dados, desde que o esforço necessário
para a coleta de dados não destrua observações úteis.
Erro 3: deixe que os números falem por si. É melhor não pensar em dados como a única arma que você possui, mas, sim,
como um rastro de migalhas de pão. Boas métricas podem
apontar para áreas problemáticas ou alertá-lo para um problema
potencial que você pode não ter outra forma de perceber.
Erro 4: se é uma boa métrica agora, vai ser uma boa métrica
sempre? Problemas podem mudar, assim como os objetivos.
Talvez um conjunto inicial de indicadores tenha permitido que
você enxergasse um eventual problema na jornada que o cliente faz no seu site. No entanto, isso não garante que essa é uma
verdade absoluta. Revisitar suas métricas a cada três ou seis
meses é importante para se certificar de que eles ainda fazem
sentido no contexto atual. Mas tome cuidado: alterar a forma
de medir uma determinada massa de dados pode tornar os
históricos menos úteis e interromper a sua continuidade.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
PRACTICE AREAS
Direito Administrativo, Regulação e Infraestrutura
Administrative Law
Direito Societário
Corporate Law
Mercado Financeiro e de Capitais
Financial and Capital Markets
Direito da Concorrência
Competition Law
Direito da Energia
Energy Law
Direito Tributário
Tax Law
Contencioso Judicial e Administrativo
Judicial and Administrative Litigation
Arbitragem
Arbitration
Contratos
Contracts
Direito Imobiliário
Real-Estate Law
Direito do Trabalho
Labor Law
Direito Previdenciário
Pension Law
Direito Ambiental
Environmental Law
Direito Eleitoral
Election Law
Propriedade Intelectual
Intellectual Property
Direito Internacional
International Law
Rua Dias Ferreira 190, 7º andar
Rua Sete de Setembro 99, 18º andar
Leblon – Rio de Janeiro – RJ
Centro – Rio de Janeiro – RJ
Av. Juscelino Kubitschek 1600, 13º andar,
conjunto 132,
22431-050 – Brasil
20050-005 – Brasil
Itaim Bibi – São Paulo – SP
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Edição 288_Brazilian Business_43
Empresas analisaram como o
programa pode proporcionar
uma melhora na qualidade
de vida dos funcionários
Priscilla Zanatelli, Claudia Danienne, Raïssa Lumack
e Bruno Tocantins analisam o home office
Fotos de Bernardo Guimarães
news
30 AnoS dE TRABALHo,
30 AnoS dE ExCELênCiA ,
30 AnoS dE MuiTo oRGuLHo!
AmCham Rio debate os benefícios do home office
Bernardo Guimarães [email protected]
S
e você é daqueles que precisa levantar cedo para trabalhar,
mas desanima só de pensar no trânsito, nos altos preços de
estacionamento ou na rotina diária de escritório, talvez você tenha
o perfil para o home office. Os benefícios e os entraves do sistema
foram discutidos no evento Home Office – Crescimento, Vantagens
e Obstáculos, realizado no dia 26 de agosto, na sede da Câmara de
Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio).
Implementado na Coca-Cola Brasil, em 2006, o benefício tem
mostrado mudanças positivas no comportamento e na produtividade dos funcionários. Para a vice-presidente de Recursos Humanos
da empresa, Raïssa Lumack, o home office é uma boa opção para
os que buscam um equilíbrio entre o trabalho e a qualidade de vida,
mas ela salientou que a organização é necessária durante todo o processo. “O home office é uma liberdade responsável, em que os resultados do trabalho devem ser entregues dentro do prazo acordado”,
afirmou Lumack.
Uma rede residencial com internet rápida, laptop e telefone corporativo é uma das tecnologias exigidas pelas empresas aos funcionários que desejam usufruir do benefício. Priscilla Zanatelli, gerente
de Política de Diversidade e Qualidade de Vida da Michelin para
América Latina, acredita que o home office fortalece as relações
entre a empresa e o funcionário. “As pessoas querem empresas que
produzam. Tem gente que fica no computador sem se ligar muito
no trabalho. O home office amadurece essa relação de confiança,
garantindo uma forma alternativa para que a pessoa continue produzindo”, analisou Zanatelli.
Mesmo sendo um tipo de trabalho, o home office ainda não
tem uma legislação específica sobre o tema, apenas um artigo na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para Bruno Tocantins,
advogado trabalhista e sócio do Tocantins Advogados, as companhias precisam estar munidas para futuros processos trabalhistas.
“As empresas precisam ajustar uma política interna bastante clara,
que dê ciência dessa política a todos os funcionários, concedendo a
seus advogados uma futura tese a ser sustentada em caso de processo”, concluiu Tocantins. 
Regulamentação é o próximo passo do Marco Civil
Relator do projeto, o deputado federal Alessandro Molon afirma, na AmCham Rio,
que resultados dessa lei já podem ser vistos na internet
O
Marco Civil da internet ainda tem que ser regulamentado
para o pleno funcionamento. Nesse processo, mudanças
importantes podem ocorrer, ressaltou o relator do projeto e deputado federal Alessandro Molon, durante o evento O Futuro da
Internet Após o Marco Civil, realizado, no dia 13 de agosto, pelo
Subcomitê de Propriedade Intelectual da Câmara de Comércio
Americana do Rio (AmCham Rio).
Criticada pela AmCham Rio, a tentativa de obrigar que datacenters se instalassem no Brasil, caso armazenassem dados de
empresas que operam no País ou de cidadãos brasileiros, não foi
contemplada no texto final da lei. “Com o Marco Civil, queremos
proteger a essência da internet, que em outros lugares do mundo
já está se perdendo. O projeto não é para mudar a internet, e sim
preservar o espírito livre da rede”, disse o deputado.
O evento, realizado em parceria com a Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Intelectual (Abapi) e o escritório
Castro, Barros, Sobral, Gomes Advogados, foi moderado pela
presidente do Subcomitê de Propriedade Intelectual da AmCham
Rio, Andreia Gomes, e teve a participação do advogado Rodrigo
Borges Carneiro, do escritório Dannemann Siemsen, do diretor
44_Edição 288_set/out 2014
Em 1984, com apenas 9 colaboradores e os tradicionais serviços de Contabilidade,
Departamento de Pessoal e Impostos, foi criada a Domingues e Pinho Contadores.
Hoje, 30 anos depois, a DPC conta com um time com mais de 600 profissionais,
10 departamentos distintos e uma carteira composta por mais de 500 clientes
nacionais e internacionais, resultado de uma trajetória pautada pela ética,
transparência e qualidade no atendimento.
Por isso, temos motivos de sobra para celebrar e acreditar que outros 30 anos
virão, repletos de desafios, conquistas e realizações!
1984
Andreia Gomes e Alessandro Molon
debatem o Marco Civil
da Associação Brasileira das Agências Digitais, Ricardo Marsili,
e do diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) do Rio
de Janeiro, Sérgio Branco Jr.
2014
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Macaé Rua Teixeira de Gouveia 989/sala 302 Centro CEP 27910-110 Tel: 55 (22) 2773-3318
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EXPEDIENTE
COMITÊ EXECUTIVO
Marco André Coelho de Almeida_Sócio, KPMG
DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO
PRESIDENTE
Roberto Prisco Paraíso Ramos_Diretorpresidente, Odebrecht Óleo e Gás
Marco Antônio Gonçalves_Diretor-gerente,
Bradesco Seguros S.A.
PRESIDENTE
Otacílio José Coser Filho_Membro do Conselho
de Administração, Coimex Empreendimentos e
Participações Ltda.
1º. VICE-PRESIDENTE
Rafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case
Benefícios e Seguros
Maurício Felgueiras_Diretor, MXM Sistemas e
Serviços de Informática S.A.
Mauro Moreira_Sócio, Ernst & Young Terco - EY
2º. VICE-PRESIDENTE
Antonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil
Osmond Coelho Junior_Gerente Executivo da Área
Internacional, Petrobras
3º. VICE-PRESIDENTE
Marcelo Mancini Peixoto_CFO e VP, Prudential do
Brasil Seguros de Vida S.A.
Patrícia Pradal_Diretora de Desenvolvimento de
Negócios e Relações Governamentais, Chevron
Brasil Petróleo Ltda.
DIRETOR FINANCEIRO
André Luiz Castello Branco_Sócio, PwC
Rafael Benke
CONSELHEIRO JURÍDICO
Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio,
Chediak Advogados
DIRETOR-SECRETÁRIO
Steven Bipes_Diretor, Albright Stonebridge Group
EX-PRESIDENTES
Henrique Rzezinski, Robson Goulart Barreto
e João César Lima
PRESIDENTES DE HONRA
Mauro Vieira_Embaixador do Brasil nos EUA
Liliana Ayalde_Embaixadora dos EUA no Brasil
Rafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case
Benefícios e Seguros
Raïssa Lumack_Vice-presidente de Recursos
Humanos, Coca-Cola Brasil
Roberto Braga Mendes_Vice-presidente e
Gerente-Geral da América Latina, Thermo Fisher
Scientific
Carlos Henrique Moreira_Presidente do Conselho,
Embratel
Cassio Zandoná_Superintendente Amil Rio de
Janeiro, Amil - Assistência Médica Internacional
Ltda.
Dilson Verçosa Junior_Diretor Regional de Vendas
– Brasil, American Airlines Inc.
Guillermo Quintero_Presidente, BP Energy do
Brasil Ltda.
João Geraldo Ferreira_Presidente, GE Óleo e Gás
para América Latina
José Firmo_Presidente, Schlumberger Serviços de
Petróleo Ltda.
Leandro Andrade Azevedo_Diretor-superintendente,
Construtora Norberto Odebrecht S.A.
Andres Cristian Nacht | Carlos Augusto C. Salles
| Carlos Henrique de Carvalho Fróes | Gabriella
Icaza | Gilberto Duarte Prado | Gilson Freitas de
Souza | Henrique Rzezinski | Ivan Ferreira Garcia
| João César Lima | Joel Korn | José Luiz Silveira
Miranda | Luiz Fernando Teixeira Pinto | Omar
Carneiro da Cunha | Peter Dirk Siemsen | Robson
Goulart Barreto | Ronaldo Camargo Veirano |
Rubens Branco da Silva | Sidney Levy
PRESIDENTES DE COMITÊS
Assuntos Jurídicos - Julian Chediak
Propriedade Intelectual - Andreia
de Andrade Gomes
Tax Friday - Richard Edward Dotoli
Energia – Manuel Fernandes
Entretenimento, Esportes e Cultura - Steve Solot
Logística e Infraestrutura - Álvaro Palma de Jorge
Marketing - Noel De Simone
Meio Ambiente - Kárim Ozon
Recursos Humanos - Claudia Danienne Marchi
Relações Governamentais - João César Lima
Luiz Carlos Costamilan_Firjan
Responsabilidade Social Empresarial - Silvina Ramal
Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados
Saúde - Gilberto Ururahy
Manuel Domingues e Pinho_Presidente, DPC
Seguros, Resseguros e Previdência - Luiz Wancelotti
Marcelo Mancini Peixoto_CFO e VP, Prudential do
Brasil Seguros de Vida S.A.
Tecnologia da Informação e Comunicação - André
Bertrand
48_Edição 288_set/out 2014
Flavia Rodriguez – Charirperson do Comitê de
Marketing
João Carlos Pedroza da Fonseca_Superintendente,
Rede Tribuna
Liberato Milo_Diretor-geral, Chocolates Garoto
Marcos Guerra_Presidente, Findes
DIRETORES EX-OFÍCIO
Carlos Alexandre Guimarães_Diretor Regional Rio
de Janeiro e Espírito Santo, SulAmérica Companhia
Nacional de Seguros
Carlos Fernando Lindenberg Neto_Diretor-geral,
Rede Gazeta
Robson Pinheiro Rodrigues de Campos_
Presidente, Wärtsilä Brasil Ltda.
Álvaro Emídio Macedo Cysneiros_Diretor de
Operações de Mercado Internacional, Totvs
Antônio Cláudio Buchaul_Segment Head, Banco
Citibank
Bruno Moreira Giestas_Diretor, Realcafé Solúvel
do Brasil S.A.
Márcio Brotto Barros_Sócio, Bergi Advocacia –
Sociedade de Advogados
Steven Bipes_Senior Advisor, Albright Stonebridge
Group
Antonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil
DIRETORES
Roberto Prisco Paraíso Ramos_Diretorpresidente, Odebrecht Óleo e Gás S.A.
DIRETORES
André Luiz Castello Branco_Sócio, PwC
VICE-PRESIDENTE
Maurício Max_Diretor do Departamento de
Pelotização, Vale S.A.
Ricardo Vescovi Aragão_Presidente, Samarco
Mineração
Rodrigo Loureiro Martins_Advogado-sócio
Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins
Simone Chieppe Moura_Diretora-geral,
Metropolitana Transportes e Serviços
Victor Affonso Biasutti Pignaton_Diretor, Centro
Educacional Leonardo da Vinci
Negócios Internacionais
Marcilio Rodrigues Machado
Relações Governamentais
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LINHA DIRETA COM A AMCHAM RIO
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(21) 3213-9205 | [email protected]
Administração e Finanças: Ednei Medeiros
(21) 3213-9208 | [email protected]
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