projeto político pedagógico - Colégio Estadual João Negrão Júnior

Transcrição

projeto político pedagógico - Colégio Estadual João Negrão Júnior
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E EJA
Rua XV de Novembro, 413, Centro – Teixeira Soares
Fone: (42) 34601358
CEP.: 84530-000
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
TEIXEIRA SOARES / PR
2011
1
SUMÁRIO
Apresentação.............................................................................................................................12
Introdução..................................................................................................................................12
Aspectos Históricos Importantes...............................................................................................12
Organização do Espaço Físico..................................................................................................14
Oferta de Cursos / Modalidades................................................................................................14
Objetivos Gerais........................................................................................................................16
Marco Situacional.....................................................................................................................17
Diagnóstico da Comunidade.....................................................................................................17
Marco Conceitual.....................................................................................................................20
Fundamentação Teórica...........................................................................................................20
Metodologia a Ser Usada no Processo de Ensino Aprendizagem............................................21
Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem.........................................................................24
Os Princípios Norteadores do Ensino Fundamental, Médio e EJA..........................................27
Identidade.................................................................................................................................27
A Diversidade...........................................................................................................................28
A Autonomia............................................................................................................................28
A Sociedade que Queremos.....................................................................................................30
O Homem que Queremos.........................................................................................................30
A Escola que Queremos...........................................................................................................30
Professores e Funcionários que Queremos...............................................................................30
O Aluno que Queremos............................................................................................................31
Marco Operacional...................................................................................................................31
Funções da Comunidade Escolar.............................................................................................31
Funções da Direção..................................................................................................................31
Funções da Direção Auxiliar....................................................................................................33
Funções do Professor Pedagogo...............................................................................................34
Funções Docentes.....................................................................................................................36
Funções do Conselho de Classe...............................................................................................38
Funções do Secretário..............................................................................................................39
Funções do Técnico Administrativo.........................................................................................39
2
Funções do Técnico Administrativo que Atua na Biblioteca...................................................40
Funções do Técnico Administrativo que Atua no Laboratório de Informática........................40
Funções do Assistente de Execução do Laboratório de Física, Química e Biologia................41
Funções da Equipe Auxiliar Operacional que Atua na Limpeza.............................................42
Funções do Auxiliar Operacional que Atua na Cozinha..........................................................42
Função do Auxiliar Operacional que Atua na Área de Vigilância e da movimentação dos
alunos.......................................................................................................................................43
Plano da Direção......................................................................................................................43
Planejamento da Equipe Pedagógica.......................................................................................45
Equipe Administrativa.............................................................................................................50
Serviços Gerais........................................................................................................................51
Plano de ação do estabelecimento...........................................................................................52
Critérios de Organização.........................................................................................................58
Instâncias Colegiadas..............................................................................................................62
Funções da APMF...................................................................................................................62
Funções do Aluno Representante de Turma............................................................................64
Função do Professor Representante de Turma........................................................................65
Funções do Grêmio Estudantil................................................................................................66
Funções do Conselho Escolar..................................................................................................66
Formação Continuada...............................................................................................................67
Educação de Campo.................................................................................................................68
Programa de Prontidão Escolar Preventiva – PEP...................................................................68
Projetos....................................................................................................................................69
Materiais e Equipamentos........................................................................................................69
Calendário Escolar...................................................................................................................72
Matriz Curricular ….................................................................................................................74
Avaliação do Projeto Político Pedagógico...............................................................................81
Avaliação Institucional.............................................................................................................82
Referências Bibliográficas.......................................................................................................83
Anexos......................................................................................................................................85
Regulamento Interno................................................................................................................86
Regulamento da Biblioteca......................................................................................................92
Regulamento do laboratório de informática - PROINFO........................................................94
3
Proposta Curricular Regular....................................................................................................96
Proposta Curricular de Arte.....................................................................................................97
Apresentação da Disciplina......................................................................................................97
Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental ..................................................................101
Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área da Música..............................................103
Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área das Artes Visuais...................................105
Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área da Dança................................................108
Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área do Teatro...............................................111
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Música................................114
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Artes Visuais......................114
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Teatro.................................115
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Dança.................................116
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................116
Avaliação.................................................................................................................................121
Referências Bibliográficas......................................................................................................122
Proposta Curricular de Ciências..............................................................................................123
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................123
Conteúdos Estruturantes..........................................................................................................126
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................128
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................129
Avaliação.................................................................................................................................130
Referências Bibliográficas......................................................................................................134
Proposta Curricular de Educação Física..................................................................................136
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................136
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................140
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................142
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................142
Avaliação.................................................................................................................................143
Referências Bibliográficas......................................................................................................145
Proposta Curricular de Ensino Religioso................................................................................146
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................146
Conteúdos Estruturantes e Básicos ….....................................................................................148
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................149
4
Avaliação.................................................................................................................................150
Referências Bibliográficas......................................................................................................151
Proposta Curricular de Geografia............................................................................................155
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................155
Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos e abordagem teórica metodológico do Ensino
Fundamental............................................................................................................................158
Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos e abordagem teórica metodológico do Ensino
Médio......................................................................................................................................164
Avaliação.................................................................................................................................168
Referências Bibliográficas......................................................................................................170
Proposta Curricular de História..............................................................................................171
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................171
Conteúdos Estruturantes contemplados em todas as séries do Ensino Fundamental..............173
Conteúdos Estruturantes contemplados em todas as séries do Ensino Médio........................175
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................175
Avaliação.................................................................................................................................177
Referências Bibliográficas......................................................................................................178
Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Espanhol..........................................................179
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................181
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................184
Avaliação.................................................................................................................................186
Referências Bibliográficas......................................................................................................187
Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Inglês...............................................................188
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................188
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................189
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................191
Avaliação.................................................................................................................................194
Referências Bibliográficas......................................................................................................196
Proposta Curricular de Língua Portuguesa..............................................................................197
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................197
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................201
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................213
Encaminhamento Metodológico do Ensino Fundamental.......................................................221
5
Encaminhamento Metodológico do Ensino Médio.................................................................224
Avaliação do Ensino Fundamental..........................................................................................226
Avaliação do Ensino Médio....................................................................................................231
Referências Bibliográficas do Ensino Fundamental...............................................................233
Referências Bibliográficas do Ensino Médio..........................................................................233
Proposta Curricular de Matemática.........................................................................................235
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................235
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................238
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................241
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................242
Avaliação.................................................................................................................................244
Referências Bibliográficas......................................................................................................248
Proposta Curricular de Biologia..............................................................................................249
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................249
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................250
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................251
Avaliação.................................................................................................................................253
Referências Bibliográficas......................................................................................................255
Proposta Curricular de Filosofia..............................................................................................256
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................256
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................259
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................260
Avaliação.................................................................................................................................262
Referências Bibliográficas......................................................................................................263
Proposta Curricular de Física..................................................................................................264
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................264
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................266
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................268
Avaliação.................................................................................................................................270
Referências Bibliográficas......................................................................................................274
Proposta Curricular de Química..............................................................................................275
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................275
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................277
6
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................280
Avaliação.................................................................................................................................281
Referências Bibliográficas......................................................................................................283
Proposta Curricular de Sociologia...........................................................................................284
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................284
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................287
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................288
Avaliação.................................................................................................................................291
Referências Bibliográficas......................................................................................................292
Proposta Curricular da Sala de Recursos................................................................................293
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................293
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................301
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................303
Avaliação.................................................................................................................................304
Referências Bibliográficas......................................................................................................305
Proposta Curricular de Língua Estrangeira – CELEM ….......................................................306
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................306
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................308
Encaminhamento Metodológico .............................................................................................310
Avaliação.................................................................................................................................311
Referências Bibliográficas......................................................................................................312
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)...................................................................314
Objetivo da oferta da Educação de Jovens e Adultos.............................................................315
Perfil do educando..................................................................................................................315
Caracterização do curso..........................................................................................................315
Nível de Ensino.......................................................................................................................317
Educação Especial...................................................................................................................317
Ações pedagógicas descentralizadas.......................................................................................318
Frequência...............................................................................................................................318
Exame Supletivo......................................................................................................................319
Conselho Escolar.....................................................................................................................319
Materiais de apoio didático.....................................................................................................320
Biblioteca Escolar...................................................................................................................320
7
Laboratório............................................................................................................................. 320
Recursos Tecnológicos............................................................................................................321
Filosofia e Princípios didáticos Pedagógicos..........................................................................321
Indicação da fase de estudo.....................................................................................................324
Matriz Curricular do Ensino Fundamental..............................................................................324
Matriz Curricular do Ensino Médio …...................................................................................325
Concepção, conteúdos e seus respectivos encaminhamentos metodológicos.........................325
Processos de avaliação, classificação e promoção ….............................................................326
Regime Escolar …...................................................................................................................327
Organização.............................................................................................................................330
Formas de atendimento …......................................................................................................330
Matrícula.................................................................................................................................330
Material didático ….................................................................................................................332
Avaliação …...........................................................................................................................332
Recuperação de estudo............................................................................................................333
Aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação...................................................333
Área de atuação.......................................................................................................................334
Estágio não Obrigatório..........................................................................................................334
Recursos Humanos................................................................................................................. 334
Plano de avaliação institucional do curso............................................................................... 350
Plano de Capacitação Continuada do Corpo Docente.............................................................351
Considerações Finais...............................................................................................................352
Bibliografia ….........................................................................................................................352
Proposta Curricular de Arte.....................................................................................................354
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................354
Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Música.................................................................358
Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Artes Visuais.......................................................359
Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Teatro .................................................................360
Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Dança..................................................................361
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................361
Avaliação.................................................................................................................................366
Referências Bibliográficas......................................................................................................367
Proposta Curricular de Ciências..............................................................................................368
8
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................368
Conteúdos Estruturantes..........................................................................................................371
Conteúdos Básicos..................................................................................................................373
Encaminhamento Metodológico.............................................................................................373
Avaliação.................................................................................................................................375
Referências Bibliográficas......................................................................................................378
Proposta Curricular de Educação Física ….............................................................................380
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................380
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental..................................................384
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................384
Avaliação.................................................................................................................................386
Referências Bibliográficas......................................................................................................387
Proposta Curricular de Geografia............................................................................................389
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................389
Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos do Ensino Fundamental................................392
Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos do Ensino Médio..........................................398
Abordagem Teórico Metodológica.........................................................................................401
Avaliação.................................................................................................................................402
Referências Bibliográficas......................................................................................................403
Proposta Curricular de História …..........................................................................................404
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................404
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental ….............................................406
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................407
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................408
Avaliação.................................................................................................................................409
Referências Bibliográficas......................................................................................................410
Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Inglês …..........................................................412
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................412
Conteúdos Estruturantes e básicos ….....................................................................................416
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................418
Avaliação.................................................................................................................................423
Referências Bibliográficas......................................................................................................426
Proposta Curricular de Língua Portuguesa ….........................................................................427
9
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................427
Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental..................................................................431
Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental...........................................................................432
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio............................................................442
Encaminhamento Metodológico – Ensino Fundamental .......................................................448
Encaminhamento Metodológico –Ensino Médio ...................................................................451
Avaliação Ensino Fundamental...............................................................................................452
Avaliação Ensino Médio.........................................................................................................456
Referências Bibliográficas Ensino Fundamental....................................................................457
Referências Bibliográficas Ensino Médio...............................................................................457
Proposta Curricular de Ensino Religioso................................................................................459
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................459
Conteúdos Estruturantes e Básicos ….....................................................................................461
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................462
Avaliação.................................................................................................................................463
Referências Bibliográficas......................................................................................................464
Proposta Curricular de Matemática …....................................................................................465
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................465
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................468
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................470
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................471
Avaliação.................................................................................................................................474
Referências Bibliográficas......................................................................................................479
Proposta Curricular de Biologia ….........................................................................................480
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................480
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................482
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................483
Avaliação.................................................................................................................................485
Referências Bibliográficas......................................................................................................487
Proposta Curricular de Filosofia ….........................................................................................489
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................489
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................492
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................493
10
Avaliação.................................................................................................................................495
Referências Bibliográficas......................................................................................................496
Proposta Curricular de Física ….............................................................................................497
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................497
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................499
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................501
Avaliação.................................................................................................................................503
Referências Bibliográficas......................................................................................................507
Proposta Curricular de Química ….........................................................................................509
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................509
Conteúdos Estruturantes e Básicos.........................................................................................512
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................514
Avaliação.................................................................................................................................516
Referências Bibliográficas......................................................................................................518
Proposta Curricular de Sociologia …......................................................................................519
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................519
Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................521
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................523
Avaliação.................................................................................................................................525
Referências Bibliográficas......................................................................................................526
Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Espanhol ….....................................................527
Apresentação da Disciplina.....................................................................................................527
Conteúdos Estruturantes e básicos......................................................................................... 528
Encaminhamento Metodológico..............................................................................................531
Avaliação.................................................................................................................................534
Referências Bibliográficas......................................................................................................535
11
I – APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico visa a organização da Escola como um todo e
responde a um desejo de todos os segmentos da comunidade escolar, o qual foi construído no
coletivo. Ele dá voz à escola e é a concretização de sua identidade, de suas racionalidades
internas e externas e, consequentemente de sua autonomia.
O Projeto Político Pedagógico é a direção política e a organizacional do trabalho
pedagógico do Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Ele será
vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo. Tem
uma ação intencional, com um compromisso definido coletivamente. É político no sentido de
compromisso com a formação do cidadão e na dimensão pedagógica reside a efetivação da
intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico, criativo e consciente de suas ações.
II – INTRODUÇÃO
O Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino Fundamental e Médio está situado
na Rua XV de Novembro, número 413, Centro, no Município de Teixeira Soares – PR.
O Colégio tem como Ensino Fundamental (5ª à 8ª Séries) criado e autorizado a
funcionar pela Resolução 1358/81, publicada no Diário Oficial do Estado de 21 de julho de
1981, e o reconhecimento do Estabelecimento pela Resolução 257/85, publicada no Diário
Oficial do Estado de 30 de janeiro de 1985 e na modalidade de Ensino Médio autorizado a
funcionar pela resolução nº 3492/98 e o reconhecimento pela Resolução 3867/02 e publicado
no Diário Oficial do Estado de 11 de novembro de 2002. Oferece-se a modalidade de EJA
Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio aguardando outorização.
O atual Regimento Escolar foi aprovado pelo Núcleo Regional de Educação de Irati
considerando a Resolução nº 2122/2000-SEED e pela Deliberação nº 16/99 CEE de acordo
com o ato administrativo nº 528/2007 do Núcleo Regional de Educação de Irati o qual resolve
homologar o Parecer nº 329/2007 do setor de Estrutura e Funcionamento em 31 de dezembro
de 2007. O Colégio está situado a 25 quilômetros do Núcleo Regional de Educação de Irati.
ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES
12
Nossa Escola foi criada em 15 de fevereiro de 1926 com o nome de Grupo Escolar de
Teixeira Soares. Esta funcionava na Rua Travessa Heróis de Monte Castelo, nº 105, fundos da
Igreja Matriz. Funcionou neste lugar até 1940. Seu primeiro diretor foi o Sr. Francisco Ogg
no período de 1926 a 1937.
Em 19 de abril de 1941, foi inaugurado o novo prédio situado à Rua XV de
Novembro, nº 413, com o nome de Grupo Escolar Ministro Gustavo Capanema em
homenagem ao Ministro da Educação da época. Pelo decreto nº 2916/56 de 06 de junho de
1956 foi criado o Ginásio Estadual de Teixeira Soares, instalado em 01 de março de 1957. A
partir daí ambas as escolas passaram a funcionar no mesmo prédio.
Pelo decreto nº 2927/66 de 07 de novembro de 1966 o Ginásio Estadual de Teixeira
Soares passou a
denominar-se Ginásio Estadual João Negrão Júnior, nome dado em
homenagem ao primeiro prefeito do nosso município, Sr. João Negrão Júnior. Seu primeiro
diretor foi o padre Ladislau Maibuk, o qual respondeu pela direção no período de 1957 a
1962.
Pela Resolução nº 1358/81 de 08 de julho de 1981, publicada no Diário Oficial nº
10/81 de 21 de julho de 1986, o Grupo Escolar Ministro Gustavo Capanema e o Ginásio
passaram a constituir um único Estabelecimento com o nome Escola João Negrão Júnior –
Ensino de Primeiro Grau. Em 1983 começou a funcionar o 2º Grau com o Curso Básico em
Comércio. Pela Resolução 901/85 de 1º de março de 1985, publicado no Diário Oficial nº
1985 do dia 12 de março de 1985, fica reconhecido o curso de 2º Grau Regular com
habilitação Básico em Comércio.
Pela Resolução 164/85 de 09 de janeiro de 1986, fica autorizado o funcionamento da
habilitação plena em Técnico em Contabilidade. A autorização ora concedida foi pelo prazo
de dois anos, a partir do início de 1986.
Com a criação do Ensino do 2º Grau em 1983 a referida Escola passa denominar-se
Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino de Primeiro e Segundo Graus, sob a direção da
Srª. Alteny Maria de Lourdes Gubert Marquardt.
A partir de 23 de outubro de 1991, houve a municipalização do ensino de 1ª a 4ª
série. Em março de 1992 a professora Luci de Fátima Wiecheteck assumiu a direção de 1ª a 4ª
série e o Professor Aroldo Basso continua com a direção de 5ª a 8ª Séries e 2º grau. Pelo
protocolo 1477.096-8 a direção do Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino de 1º e 2º
Graus, solicita autorização para habilitação de Magistério. Pela Resolução nº 2136/89 de 31
de julho de 1989 fica autorizado o funcionamento da habilitação magistério pelo prazo de dois
13
anos, com série única de ingresso nessa habilitação nos anos de 1989 e 1990 e cessação
gradativa a partir do início do ano de 1991.
Pelo Parecer nº 289/91 de 11 de dezembro de 1991 foi concedido o reconhecimento
da habilitação Magistério ofertada neste Colégio. Com a Resolução nº 3867/94 de 27 de julho
de 1994 ficou autorizado o funcionamento da Habilitação Magistério com a implantação
gradativa do curso neste estabelecimento.
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O espaço físico é composto por 11 salas de aula, sendo duas destas pequenas; 01 sala
para direção, uma para equipe pedagógica, e mais 03 salas de aula que são ocupadas como:
uma para biblioteca, uma para secretaria e uma para funcionar a sala de informática; uma sala
de professores, uma sala pequena destinada para atender alunos da turma de recursos; dois
sanitários para uso dos professores e funcionários e dois banheiros para os alunos sendo estes
um masculino com três sanitários, um chuveiro e 3 mictórios; outro feminino com 4 sanitários
e um chuveiro; um almoxarifado, uma cantina (cozinha) e uma quadra de esportes coberta.
Temos uma área coberta que é utilizada para a formação dos alunos, apresentação,
palestras, e outros eventos.
OFERTA DE CURSOS / MODALIDADES
O Colégio oferta o Ensino Fundamental regular nos três períodos, matutino,
vespertino e noturno; sendo que para matrícula no 6º ano é necessária a seguinte
documentação: carta matrícula encaminhada pela Secretaria de Educação, comprovante de
conclusão de 4ª série (Ensino Fundamental de 8 anos) / 5º ano (Ensino Fundamental de 9
anos), cópia da certidão de nascimento, cópia da fatura de energia elétrica; e para as demais
séries as matrículas são automáticas. O Ensino Médio regular é ofertado no período da manhã
e noite, sendo necessária a mesma documentação do fundamental para a matrícula, sendo o
certificado de conclusão do 9º ano. A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental
Fase II e Ensino Médio é ofertada somente no período da noite, a matrícula para o EJA exige:
• a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
• será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;
14
• educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de
uma a quatro disciplinas simultaneamente;
• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula
facultativa para o educando;
• no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para o
educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas concomitante;
• poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio de
cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, ano(s) e de período(s) / etapa(s) /
semestre(s) equivalente(s) à conclusão do ano(s) do ensino regular, mediante apresentação de
comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;
• para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar;
bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos
anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos
no Regimento Escolar;
• será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02
(dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar
continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas
obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da
matrícula inicial;
• educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial na
disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial, podendo participar do processo
de reclassificação;
• educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de 02 (dois) meses
consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu retorno,
deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e os registros de
notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina.
No ato da matrícula na EJA, conforme instrução própria da mantenedora, o educando
será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos (individual
ou coletivo), o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a
duração e a carga horária das disciplinas.
O educando de EJA será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que
os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
15
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o
Guia de Estudos:
• a organização dos cursos;
• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;
• a dinâmica de atendimento ao educando;
• a duração e a carga horária das disciplinas;
• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
• o material de apoio didático;
• as sugestões bibliográficas para consulta;
• a avaliação;
• ensino obrigatório de música (Lei nº11.769/08)
• ensino da história e cultura afrobrasileira e africana e relações étnicos raciais (Lei
nº 10.369/03;
• estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena;
• ensino de 9 anos (Resolução de 07/12/2010);
• sexualidade (Lei nº11.733/97 e 11.734/97);
• questão de discriminação (Parecer 01/09);
• outras informações necessárias.
III – OBJETIVOS GERAIS
• Desenvolver uma ação político-pedagógica que sustente os elementos básicos para
atingir a democratização da educação escolar, como um meio de desenvolvimento do
educando.
• Dar oportunidade a todos os educandos na busca do conhecimento cientificamente
elaborado, numa visão crítica, capacitando-os para uma participação ativa na vida sócioeconômica, política e cultural do país.
• Viabilizar uma prática pedagógica avaliativa que assegure o sucesso e permanência do
educando na escola.
•
Mostrar a importância do estudo como forma de crescimento pessoal, intelectual e
social, possibilitando assim uma melhor qualidade de vida.
16
• Propiciar uma maior integração das famílias com a escola para criação de um ambiente
de corresponsabilidade educativa.
• Garantir aos professores e funcionários o direito de participar de cursos, especialização
em atualização profissional, ofertada pela SEED, cumprindo instruções da mesma.
• Cumprir a legislação vigente, proporcionando uma educação de qualidade a todos,
conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 53, como também a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96.
• A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da Educação Básica, direito de
todos, ressaltamos a importância de se oferecer esta modalidade de ensino a educandos que
por diversos motivos não puderam fazer parte da escola na idade apropriada, ou seja, dos 7
aos 14 anos.
• Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, é necessário oferecer a
todos uma educação de qualidade resgatando-se o tempo perdido e o direito a educação que
foi negado por muito tempo. Portanto a essa população de Jovens e Adultos deve ser dada a
oportunidade de estar novamente em contato com a educação que lhe é de direito,
principalmente com uma pedagogia e uma metodologia apropriada a essa modalidade.
IV – MARCO SITUACIONAL
DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE.
O município de Teixeira Soares possui aproximadamente 10.283 habitantes numa
área de 920 Km2.
A comunidade é fixa e suas principais atividades econômicas são:
agropecuária, o extrativismo vegetal, sendo que sua grande maioria é assalariada. A cultura
está diretamente ligada aos princípios morais e religiosos. A renda per capita do município
faz com que a comunidade possua baixo poder aquisitivo, o que desencadeia vários problemas
sociais: falta de saneamento básico, moradias deficientes, alto consumo de álcool e tabagismo,
alto índice de gravidez na adolescência, falta de perspectiva e objetivos por parte da grande
maioria da população, mas isso não faz com que deixem de ser solidárias. A comunidade
dispõe de uma escola profissionalizante Obra Missionária Mensagem da Paz, com diversos
cursos.
O Colégio Estadual João Negrão Júnior atende os alunos provenientes de várias
17
comunidades do município. O alunado é heterogêneo proveniente de diferentes segmentos da
sociedade, tais como: bairros, centro e zona rural. O nível sócio econômico e cultural é médio
e baixo.
O Colégio oferece o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e EJA. No
período da manhã atende alunos de Ensino Fundamental e Médio, sala de apoio, sala de
recursos e CELEM Espanhol, no período da tarde o Ensino Fundamental e sala de recursos, e
a noite Ensino Médio, Ensino Fundamental, CELEM Inglês, e Curso Profissionalizante a
distância E-Tec Brasil (Administração, Técnico em Segurança do Trabalho e Técnico em
Meio Ambiente). Contando atualmente com 448 (quatrocentos e quarenta e oito) alunos do
Ensino Fundamental, 272 (duzentos e setenta e dois) do Ensino Médio, distribuídos num total
de 27 (vinte e sete) turmas, 46 alunos do CELEM, 46 alunos na EJA Ensino Fundamental, 32
alunos na EJA Ensino Médio, totalizando 867 alunos
Os dados levantados no ano de 2010 revelam 11% de alunos reprovados e 6% de
alunos evadidos. Contribuem para essa problemática a falta de estrutura familiar, acarretando
o desenvolvimento psicológico. Famílias com poucas condições no atendimento as
necessidades básicas de seus filhos contribuem para o baixo rendimento escolar dos mesmos.
Estes muitas vezes sem limites, isto é, sem noção de convívio social, sem ética, sem
comprometimento nos estudos, prejudicando o bom andamento dos trabalhos escolares.
Todas as turmas contam com um representante chamado líder e um professor
regente, e estes são eleitos pelos colegas. Os pais participam da escola através do Conselho
Escolar e da APMF.
Esta instituição de ensino conta atualmente com 26 computadores, sendo 2 antigos e
6 “Ilhas Four Head” ( CPU’s para quatro monitores integrados), estas recebidas da Secretaria
de Estado da Educação através do Programa Paraná Digital, em 2006. Estes computadores
estão assim distribuídos: sala de informática: cinco Ilhas Your Head (cinco CPU’s, vinte
Monitores, vinte teclados e vinte mouses) e uma impressora a laser; secretaria: uma Ilha Four
Head (uma CPU, quatro monitores, quatro teclados e quatro mouses), 2 computadores Pentiun
e quatro impressoras sendo , duas a laser e duas jato de tinta.
O Colégio recebeu do Programa PROINFO (MEC), 18 computadores, dos quais
serão instalados 16 na biblioteca escolar e 02 na sala dos professores, também recebeu uma
impressora.
O Colégio João Negrão Júnior possui uma TV 29”, uma 21” e 10 DVDs, dois retro
projetores, dois telões, dois mimeógrafos a álcool, uma filmadora, uma mesa de som com
18
duas caixas de som, três microfones sem fio e um com cabo, e uma câmera digital. Cada sala
de aula tem uma televisão de 29” com entrada para pendrive e também um ventilador.
A biblioteca possui um acervo de 7900 (sete mil e novecentos) livros e um acervo de
177 (cento e setenta e sete) fitas de vídeo. O Colégio não tem espaço físico próprio para
instalação do laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, apesar de contar com
equipamentos específicos recebidos da FUNDEPAR/SEED e adquiridos via Fundo Rotativo.
Estes equipamentos encontram-se em espaço adaptados na sala dos professores, aguardando
espaço físico próprio para instalação dos mesmos.
O corpo docente é composto atualmente por 46 (trinta e oito professores), na sua
maioria com pós-graduação, a equipe administrativa conta com a direção e direção auxiliar, a
equipe pedagógica conta com quatro professores pedagogos, um secretário e seis técnicos
administrativos e dez assistentes de serviços gerais.
O Colégio Estadual João Negrão Júnior apresenta uma rede física insuficiente, pois
falta ainda espaço físico para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia. O número
de banheiros para alunos continua insuficiente, sendo os mesmos da época da construção do
prédio em 1941.
O Projeto Político Pedagógico justifica-se pela necessidade de mudanças, de
transformações da sociedade, porque vivemos num mundo de internacionalização da cultura,
da globalização dos mercados e o mercado de trabalho num impacto de desenvolvimento
tecnológico acelerado, mudanças sociais e políticas que requerem uma força de trabalho e
uma geração nova com perfil e preparo diferente, com avanço de escolaridade. A escola deve
estar comprometida com a construção de uma nova ordem social. Qualidade de ensino
voltada para os contextos do trabalho e da cidadania, isto é, perceber o aluno em sua
singularidade, ou seja, como um sujeito social, levando-o a apropriar-se dos conhecimentos
humanos e técnicos historicamente produzidos e acumulados na perspectiva desse saber
melhor instrumentalizado, contribuindo para sua inserção crítica no contexto das relações
sociais. Desenvolvendo práticas que contribuam para que o aluno consolide e aprofunde
conhecimentos anteriormente adquiridos, visando uma maior compreensão do significado das
ciências, das artes e das outras manifestações culturais em suas várias linguagens.
O Projeto Político Pedagógico contempla a preocupação com exclusão social,
baseando-se na legislação vigente através do cumprimento dos conteúdos básicos e
contemplando os temas contemporâneos.
O currículo deve contemplar as diferenças individuais e sociais do corpo discente,
19
porém ainda há muito a ser feito para que os educadores consigam realizar as suas práticas
pedagógicas levando em conta essas diferenças. Nem todos os professores participam
integralmente da semana pedagógica, bem como nos dias de Planejamento e Replanjamento
porque alguns são professores da rede municipal, e as atividades pedagógicas coincidem.
Outros são contratados pelo regime PSS após a semana pedagógica, e há falta de
comprometimento nos dias de Planejamento e Replanejamento e Conselho de Classe.
Enfrentamos também problemas quando da falta de professores, que muitas vezes faltam sem
comunicação prévia e na maioria das vezes não deixam atividades para os alunos.
Em relação à formação continuada, a maioria dos professores participam de grupos
de estudo, cursos, seminários, mostrando interesse em atualizarem-se para oferecer um ensino
de qualidade.
Pensando no crescimento de nossos jovens e oferecimento de novas oportunidades
também está disponibilizado a todos o CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) –
nas disciplinas de Espanhol e Inglês. O Curso é ofertado no contra-turno das aulas normais e
pode ser ofertado 20% das vagas para a comunidade, caso não seja preenchido pelos alunos
do Colégio. Também oferece Cursos Técnicos a Distância de Administração, Técnico em
Segurança do Trabalho e Técnico em Meio Ambiente através do E-Tec Brasil, o qual é
transmitido via satélite, com a presença de um tutor em sala de aula, a frequência dos alunos é
semi-presencial. Esse curso é uma parceria entre SEED, MEC e IFET.
Muitos de nossos alunos do Ensino Médio, participam através dos CIEE e SINE, de
estágios não obrigatórios remunerados segundo a Lei 11.778/08, em diversas empresas do
município. Com isso cria-se uma postura de responsabilidade, no adolescente e é um meio de
ajuda financeira às famílias. Também recebemos acadêmicos para realizarem estágios de
observação-participação, com projetos da Universidade sem Fronteiras.
V – MARCO CONCEITUAL
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A sociedade contemporânea, através de suas inúmeras conquistas tecnológicas, criou
sistemas cada vez mais integrados em nível mundial, ao mesmo tempo mais complexos e
diversificados. Frente a essa realidade vêm-se tentado buscar diretrizes para repensar o papel
da Escola numa sociedade que sofre em seu dia-a-dia rápidas e profundas transformações.
20
Almeja-se um ensino de qualidade, para o qual é necessário que a escola exerça sua
função de desenvolver o conhecimento de forma eficiente, instrumentalizando os educandos
dentro de um novo paradigma curricular instituído pela LDB 9.394/96 e pelas Diretrizes
Curriculares Nacional e Estadual para o Ensino Fundamental Regular, Ensino Médio Regular,
Educação de Jovens e Adultos EJA Fundamental Fase II e Médio com o máximo do
conhecimento do saber historicamente acumulado. Considerando a sala de aula como um
local disciplinar, abrindo oportunidades de interações co-responsáveis: professor / aluno,
conteúdo / metodologia, ensino / aprendizagem e forma de avaliar.
De acordo com a LDB e em conformidade com as Diretrizes Curriculares, propõe-se
conduzir o processo pedagógico de construção do conhecimento, de forma condizente com os
interesses dos educandos, para compreensão da realidade e da prática social, formando
cidadãos críticos, participativos, criativos, responsáveis, compromissados, capazes de dirigir e
governar com o conhecimento produzido, contribuindo para a transformação social na qual
está inserido.
Este Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de oferecer um ensino de qualidade
a todas as camadas populares com a pedagogia na concepção dialética da educação, tendo em
vista, os parâmetros de qualidade que implicam no crescimento do educando, enquanto um ser
que se humaniza cada vez mais, a partir de suas relações com o mundo do trabalho e da
cidadania.
Para que a escola busque a melhor adequação de ensino às necessidades dos alunos e
do meio social, é necessário desenvolver mecanismos de participação da comunidade e
alternativas de organização institucional possibilitando identidade própria, o uso de várias
possibilidades pedagógicas, organização e articulações entre instituições públicas e privadas,
contemplando a preparação geral para o exercício da cidadania.
Para tanto devemos
aproveitar sempre as relações entre conteúdos e contextos para dar significado ao aprendido,
estimulando o aluno a ter autonomia intelectual.
METODOLOGIA A SER USADA NO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM
A sociedade atual está em constante transformação, as inovações e descobertas
científicas tecnológicas ocorrem de forma acelerada e que o papel do professor nos dias de
hoje já não é de apenas um transmissor de conhecimentos, e sim mediador, orientador, um
provocador no processo ensino aprendizagem. Cabe ao docente fazer uma análise do conteúdo
21
curricular do que é essencial, fazendo uma relação com o contexto atual, com que o aluno
percebe o significado e a importância do mesmo no seu cotidiano.
Portanto, usando de uma metodologia que ofereça condições para que o aluno
desenvolva suas potencialidades, fazendo dele um ser pensante, critico e criativo, levando-o a
aprender a aprender. Nessa sistemática o professor é um pesquisador e inovador do processo.
Ele também é um ser inacabado que busca aprender sempre.
A assimilação dos conteúdos sócio-culturais deve se dar pelo processo de uma
aprendizagem intencional pelo qual professor e aluno assumem uma constante tarefa de
construção e reconstrução do conhecimento. Para isso, a sondagem diagnóstica é de suma
importância, pois, servirá de base para o replanejamento das ações pedagógicas, garantindo ao
aluno a efetivação da aprendizagem.
Os conteúdos devem ser articulados entre as áreas do conhecimento e abordados na
sua integridade, proporcionando ao aluno a apropriação gradativa do objeto de conhecimento,
adaptados de acordo com a realidade social, histórica, cultural e política. Dentro de uma
concepção progressista e numa pedagogia histórico crítica e abordados de uma forma
interdisciplinar e laica. Assuntos que exigem pré-requisitos devem ser considerados e
apresentados
gradativamente,
devendo
os
conceitos
articulados
serem
abordados
simultaneamente e nunca fragmentados.
Deve-se respeitar a especificidade dos educandos, levando-se em conta sua realidade
e suas diferenças fazendo as adaptações curriculares de acordo com a necessidade dos
educandos, respeitando e compreendendo que cada aluno tem um potencial diferente, seu
tempo e ritmo de aprendizagem, sem empobrecer o currículo, apenas adaptando-o com a
realidade da turma.
Cada disciplina tem a sua importância no processo ensino-aprendizagem, portanto
cada uma contribui para a formação integral do aluno. Para tal, é necessário que o professor
saiba trabalhar sua disciplina voltada para o significado que esta representa para a formação
integral do aluno.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados pelos
professores dentro de suas disciplinas específicas conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
22
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02. Deverão ser abordados em todas as disciplinas e estarem
interligados aos conteúdos básicos e poderão ser trabalhados por meio de debates, palestras,
teatros... com o objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar
sobre a importância de se pensar nos desafios sociais.
A tecnologia está presente no nosso dia-a-dia e através dela muitas informações
podem ser obtidas tanto pelo professor como pelo aluno. O professor tem um papel
importante no sentido de direcionar os alunos a usarem informações obtidas através de
tecnologias de forma responsável e educativa.
A metodologia de trabalho descrito anteriormente deverá ser desenvolvido tanto no
Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos, porém a EJA se diferencia
pelas organizações:
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma
que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada
disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica
ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação
professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada
educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma préestabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm
possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários
alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação,
aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no
momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua
inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma
que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas
condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados. A carga horária prevista
para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por cento) presencial no Ensino
Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a frequência mínima na organização
23
coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por
cento), em sala de aula.
AVALIAÇÃO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Avaliação contínua da aprendizagem dos alunos e a organização do saber escolar são
dimensões indissociáveis no processo de construção do conhecimento. Avaliar o grau de
domínio das noções ensinadas, apenas tem sentido se servir de parâmetros para revisão do
próprio saber escolar e da condução pedagógica do professor.
A inter-relação entre professor / aluno representa um caminho a ser buscado
continuamente, onde as atividades entre ambos tomam um caráter dialógico, momento de
troca de ideias entre educador e educando na busca de um conhecimento gradativamente
aprofundado.
A assimilação ativa dos conteúdos sócio-culturais dentro da escola, se dá pelo
processo de uma aprendizagem intencional que depende de um ensino intencionalmente
estabelecido. Onde a avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo
qual o professor e o aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do
conhecimento, assegurando o sucesso. Neste processo de busca desta compreensão, provoca
ao professor um repensar de sua ação metodológica e consciente da prática avaliativa, de
caracterizar a avaliação em seu significado básico, de diagnosticar, de investigar e dinamizar
o processo de conhecimento.
A avaliação da aprendizagem existe propriamente para garantir a qualidade do
processo ensino-aprendizagem. Ela tem a função de possibilitar uma qualificação da
aprendizagem do educando. É preciso detectar através de avaliações constantes no processo,
problemas de aprendizagem dos educandos e, em seguida, efetuar o apoio pedagógico
necessário, tendo em vista evitar as perdas e as repetições desnecessárias que apenas
comprometem o esforço educativo no qual a escola deve e precisa empreender:
• Acompanhar e avaliar passo a passo à construção do conhecimento;
• Detectar na origem, problemas de aprendizagem;
• Utilizar práticas pedagógicas diversificadas, e inovadoras de apoio.
Portanto, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a
24
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Os critérios de avaliação do Estabelecimento de Ensino obedecerão a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Deliberação nº 007/99. A educação Básica do
Colégio Estadual João Negrão Júnior – EFM, está organizada por anos e por notas bimestrais.
Durante o bimestre serão desenvolvidas atividades de pesquisas, debates, atividades
interdisciplinares, teatros, dramatizações, trabalhos extraclasse, saída de campo, seminários,
provas, testes, atividades em grupo, exposições orais e escritas, concursos internos, produções
de textos, vídeos e documentários adequados aos conteúdos através da utilização das
tecnologias (TV Pendrive e Laboratório de Informática).
Todas estas atividades serão
avaliadas pelo professor.
Será proporcionada recuperação de estudos, de forma paralela, ao longo do ano ou
período letivo a todos os alunos e principalmente os que não atingiram a aprendizagem
esperada conforme prevê a Deliberação 007/99, constituindo-se num conjunto integrado ao
processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. A recuperação paralela
poderá assumir várias formas: atividades complementares orientadas, pesquisas e provas,
além de aulas de reforço e estudo em grupo com aluno monitor.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno
em diferentes situações de aprendizagem. Dar-se-á maior relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.
Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos qualitativos
da aprendizagem sobre dados quantitativos e entre os resultados obtidos durante o período
letivo e os da recuperação, prevalecerão os melhores resultados. A sistemática da avaliação do
desempenho do aluno e do seu desempenho escolar será contínua e cumulativa com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e os resultados expressos em
notas 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e a comunicação dos resultados aos
alunos e pais será feita através de boletins informativos e contatos diretos.
Os alunos do Ensino Fundamental e Médio, serão submetidos no mínimo a duas
avaliações bimestrais, ficando, portanto a critério do professor, o número de avaliações a
serem aplicadas além do mínimo exigido. Para fins de promoção ou certificação serão
registradas notas por disciplinas, que corresponderão às provas individuais escritas e também
a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino aprendizagem,
conforme descrito no regimento escolar.
25
A média final de cada disciplina, corresponderá a média aritmética das avaliações
processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero)
Os alunos do Colégio Estadual João Negrão participam da avaliação da SAEB
(Sistema de Avaliação da Educação Básica), através da prova Brasil, e ENEM (Exame
Nacional do Ensino Médio), que tem como objetivo situar o nível de aprendizagem de nossos
educandos e avaliar a qualidade da escola pública.
Para a Educação de Jovens e Adultos serão utilizados os seguintes procedimentos e
critérios para atribuição de notas:
• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade
educativa;
• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis)
notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a
outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,
obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme
descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações
realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota
para fins de promoção e certificação.
• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e
frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de
cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização
individual;
• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da
avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a
recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
• para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média
final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os
mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade
26
da vida escolar do educando;
• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por
seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;
• na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do
processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de
cálculo da média final;
• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no
processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por
não ser objeto de retenção.
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensinoaprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos
os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. Será também
individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de
estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos
conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme
o descrito no Regimento Escolar.
A frequência e as notas das avaliações são registradas em Livro Registro e no
Sistema SEJA.
OS PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO e EJA.
Os princípios norteadores do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e
adultos são: a Identidade, a Diversidade e a Autonomia.
A Identidade
A função principal do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos é
o trabalho com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para
que adquiram o aprendizado para compreensão do meio em que vivem e do seu tempo. O
conhecimento adquirido deverá contribuir para a compreensão e transformação social do meio
27
que o aluno vive.
As ações pedagógicas devem corresponder às necessidades de aprendizagem dos
alunos. Deve ser levado em consideração o perfil dos alunos, a faixa etária, os anos em que
encontram maiores dificuldades de apropriação dos conteúdos, além das condições sociais
econômicas, culturais e religiosas. A capacidade técnica e pedagógica individual dos
professores precisa estar a serviço do coletivo da escola e zelar pela aprendizagem de todos os
alunos.
A comunidade escolar garante a inclusão de todos os indivíduos e trabalho no sentido
de assegurar o acesso, a permanência e a aprendizagem a todos os alunos e valorizar as
diferentes culturas da comunidade.
A Diversidade
A diversidade na vida e na escola, em seu sentido amplo da palavra, diz respeito a
variedade e convivência de ideias ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto,
ambiente ou situação.
A atual política pública tem como principal preocupação a promoção de uma
educação que inclua crianças, jovens e adultos num sistema educacional, garantindo uma
educação de qualidade, o trabalho e a convivência social. A diversidade na escola visa
minimizar as desigualdades nos pontos de partida e assegurar patamares comuns nos pontos
de chegada.
Nesse sentido considera-se o professor como agente essencial, sendo orientador do
processo ensino aprendizagem, responsável pelo repasse do conhecimento historicamente
produzido com o objetivo de fazer com que o educando adquira esse conhecimento
promovendo assim a aprendizagem.
A Autonomia
A expressão de liberdade e iniciativa onde todos protagonizam a formação e
implementação da proposta pedagógica da escola, gerando a responsabilidade dos envolvidos.
A gestão administrativa e pedagógica deve ser democrática, transparente, com
envolvimento de toda a comunidade escolar nas decisões a serem tomadas nos diversos
segmentos. Oportunizar aos pais o direito de participar diretamente na escola, através do
acompanhamento do rendimento escolar do seu filho, dando opiniões e sugestões visando
com isso à melhoria do processo ensino/aprendizagem.
28
Para que o Projeto Político Pedagógico alcance seus objetivos propostos demanda um
diálogo constante entre os educadores, funcionários e comunidade. Para tal faz-se necessário
reuniões pedagógicas, planejamentos, avaliações constantes das ações desenvolvidas pela
comunidade escolar.
A gestão dos recursos financeiros é transparente e democrática. Os recursos
recebidos pela escola são gastos atendendo as necessidades de cada setor, secretaria, alunos,
manutenção e limpeza e sempre com a participação da comunidade escolar, como também das
Instâncias Colegiadas (APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar). Não há desperdício ou
mau uso dos recursos de qualquer tipo. Ao final de cada semestre é disponibilizada a
comunidade escolar a prestação de contas através de edital.
Esta instituição também conta com parcerias: Rotary Club de Teixeira Soares,
Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde,
Emater e Secretaria Municipal de Esportes.
Com este propósito pretendemos desenvolver no educando formação global e
integradora, indispensável para o exercício da cidadania proporcionando-lhe:
• Escolarização formal e política; completa e eficaz na construção do conhecimento com
qualidade que oportunize o desenvolvimento da capacidade de pensamento autônomo e
criativo.
• Uma educação sistemática que capacite o educando a adquirir, construir e reconstruir o
conhecimento que lhe dê condições para viver com a multiculturalidade, o pluralismo de
ideias, o respeito ao meio ambiente, a participação ativa e crítica da sociedade;
• A busca do conhecimento cientificamente elaborado, numa visão crítica, capacitando
para uma participação ativa, socioeconômica, política, cultural e tecnológica do país;
• Uma prática pedagógica avaliativa que assegure o sucesso e a permanência na escola;
• Igualdade de condições para acesso e permanência do aluno na escola;
• Valorização e promoção da vida mediante respeito a ela, a busca e vivência de seus
sentidos e a formação da consciência, da cidadania no mundo de hoje projetada para o futuro.
• A convivência partilhada e compartilhada, mediante compreensão e atendimento aos
seus direitos igualitários, a organização da comunidade escolar.
• A compreensão crítica da realidade, mediante análise, avaliação, acompanhamento e
planejamento permanente da educação no contexto local, regional e nacional.
29
A SOCIEDADE QUE QUEREMOS
• Uma sociedade fundamentada na dignidade da pessoa humana, justa, crítica, que
compreenda a transformação social;
• Que o trabalho seja fonte de crescimento de realização e transformação social;
• Que todos tenham liberdade de se organizar, de serem ouvidos e respeitados, com
direito a uma vida democrática;
• Que todos tenham assegurado as necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde,
educação, trabalho, transporte e lazer;
• Que todas as formas culturais sejam respeitadas e valorizadas através da
democratização da educação e da apropriação do saber elaborado.
O HOMEM QUE QUEREMOS
Queremos um homem que:
• Seja crítico, questionador, ousado e criativo;
• Lute por um espaço na sociedade respeitando o direito do outro;
• Tome atitudes e seja responsável por elas;
• Respeite e promova a dignidade de cada pessoa a partir da comunidade escolar;
• Seja sujeito da transformação social.
A ESCOLA QUE QUEREMOS
Uma Escola que acompanhe o desenvolvimento tecnológico, que seja passível de
mudanças. Uma Escola de qualidade que prepare o indivíduo para o exercício de sua
cidadania com formação cultural e dentro de princípios éticos e morais.
Uma escola integrada com a família e com os diversos segmentos da comunidade.
Buscando parcerias com empresas, universidades, sociedade em geral para tornar a Escola
atrativa.
PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS QUE QUEREMOS
Queremos professor e funcionário que seja:
• Acolhedor, amigo, humano, dedicado, sensato, sensível às características individuais
das nossas crianças e adolescentes;
• Convicto na vivência e na proposta de valores com capacidade de contribuir
30
coletivamente para a transformação da sociedade;
• Mediador entre aluno e conhecimento;
• Sujeito organizador, direcionador e condutor da prática pedagógica ensinoaprendizagem, numa perspectiva de apropriação e de re-elaboração histórica do saber;
• Aberto ao novo, sempre em busca de atualização, abrindo e indicando caminhos
através da formação continuada;
• Consciente de sua dignidade enquanto pessoa, profissional e cidadão;
• Um cidadão que saiba lutar por melhores condições no trabalho e de realização
profissional.
• Formador de seres pensantes, que amplie os horizontes de seus alunos, que fazem do
saber instrumentos para formação de verdadeiros cidadãos, cumpridores de seus direitos e
deveres.
• Responsáveis pelo seu trabalho e persistente para atingir o principal objetivo que é
fazer do aluno um ser verdadeiramente transformador de sua realidade social.
O ALUNO QUE QUEREMOS
Queremos alunos preparados para enfrentar a vida, isto é, alunos críticos para
entender a sua realidade; conscientes de seu valor como cidadãos, capazes de atuarem na
sociedade como agentes transformadores, participantes. Alunos, que não só se apropriem dos
conhecimentos científicos e tecnológicos historicamente acumulados pela humanidade, mas
que saibam utilizá-los para o bem de todos. Alunos capazes de trabalhar com inteligência
suas emoções diante das dificuldades e obstáculos da vida, munidos de valores éticos e
sociais.
MARCO OPERACIONAL
FUNÇÕES DA COMUNIDADE ESCOLAR
FUNÇÕES DA DIREÇÃO:
• Submeter o Plano Anual de Trabalho à aprovação do Conselho Escolar
• Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar
• Elaborar planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à
apreciação e aprovação do Conselho Escolar
31
• Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as normas e orientações gerais
emanadas da Secretaria de Educação do Estado;
•
Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, às propostas de
modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;
• Submeter o Calendário Escolar à aprovação do Conselho Escolar;
•
Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor
alternativas de solução para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e
situações emergenciais;
• Propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar,
alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola extinguindo ou abrindo curso,
ampliando ou reduzindo os números de turnos e turmas e a composição de classes;
• Propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação pelo Conselho Escolar, a
implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão administrativa;
• Coordenar a implementação das diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de
Educação;
• Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela Secretaria de
Estado da Educação;
• Analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao Conselho
Escolar para aprovação;
• Manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento de Ensino e os órgãos da
Administração Estadual de Ensino;
• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho Escolar e
aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e outros eventos;
• Identificar interesses, necessidades e recursos do Alunado Escolar;
• Manter o entrosamento entre Alunos, Pais, Professores e Funcionários do
estabelecimento, procurando estabelecer o respeito mútuo, e assim como bom ambiente de
trabalho;
•
Levantar no diagnóstico da realidade necessidades e condições de trabalho do
professor, comunidade e recursos disponíveis;
• Participar com a comunidade escolar na construção da proposta pedagógica;
• Favorecer o processo de democratização na escola: através da participação efetiva do
conselho escolar, associação de pais e mestres e funcionários e grêmio estudantil;
32
• Participar da capacitação docente, viabilizando oportunidades de aperfeiçoamento
profissional, visando à proposta pedagógica;
• Garantir o cumprimento do regimento escolar e do regulamento interno;
• Ter presença atuante no planejamento curricular, garantir espaços para discussões,
recursos de estâncias superiores e comunidade;
• Acompanhar a execução do currículo, visando a democratização e garantia de
qualidade de ensino, melhor uso de recursos didático-pedagógicos e permanente reposição;
• Avaliação permanente da instituição escolar, do currículo e da aprendizagem;
• Coordenar o conselho de classe;
• Influir para que todos os funcionários da escola se comprometam com a proposta
pedagógica;
• Garantir a conservação e melhoria do acervo bibliográfico;
• Garantir o acesso à matricula das camadas populares e condições para permanência;
• Organizar e distribuir os recursos físicos, materiais e humanos;
• Discutir com a comunidade escolar a qualidade, quantidade, preparo e aceitação da
merenda;
• Organização de documentos: plano curricular, livros ata...;
• Coletar, atualizar e socializar dados da legislação de ensino e administração pessoal;
FUNÇÕES DA DIREÇÃO AUXILIAR:
• Substituir o diretor quando do seu afastamento, sob qualquer título;
• Assessorar o Diretor no cumprimento de suas funções especificas;
• Comunicar ao Diretor tudo aquilo que venha colaborar para manutenção do bom
clima administrativo e pedagógico do Colégio;
• Estabelecer elo de comunicação entre direção e Equipe Pedagógica;
• Coordenar a implementação, gerenciando e acompanhando a execução dos programas
pedagógicos do estabelecimento;
• Acompanhar a execução do regulamento da biblioteca, deixando o Diretor a par de
situações atípicas;
• Acompanhar o Projeto Político Pedagógico, sugerindo realimentações, sempre que
necessário;
33
• Programar junto com o Diretor as atividades extraclasse, ajudando na elaboração e
execução das mesmas;
FUNÇÕES DO PROFESSOR PEDAGOGO:
• A equipe pedagógica é o órgão responsável pela ‘coordenação, implantação e
implementação, no Estabelecimento de Ensino das Diretrizes Pedagógicas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação;
• Subsidiar a Direção com critérios para definição do Calendário Escolar, organização
de classes, do horário semanal e distribuição de aulas;
• Elaborar com o corpo docente, o Currículo Pleno do Estabelecimento de Ensino, em
consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;
• Promover a participação de professores e funcionários da escola na elaboração da
Proposta Pedagógica;
• Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos
pedagógicos no Estabelecimento de Ensino;
• Elaborar o regulamento da biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;
• Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço
pedagógico;
• Acompanhar o processo de ensino, analisando os resultados de aprendizagem com
vistos a sua melhoria;
• Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações, relativas aos
serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;
• Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o
aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;
• Elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos
alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;
• Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de
transferências, de acordo com a legislação vigente;
• Propor a direção à implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem
desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados;
• Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, a serem adotados pelo
Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela Secretaria de
34
Estado da Educação;
• Participar, sempre que convocado de cursos, seminários, reuniões, encontros, grupos
de estudo e outros eventos;
• Proporcionar condições para participação efetiva do Corpo Docente, estabelecendo
uma unidade de esforços, a fim de que a educação se processe da melhor maneira possível;
• Atuar no desenvolvimento do Currículo, assegurando o relacionamento e a ordenação
sequencial dos conteúdos;
• Participar da elaboração do Plano Anual de Atividades do Estabelecimento;
• Supervisionar a execução do Currículo Pleno do estabelecimento a fim de que se
processe a integração do Corpo Docente em relação a objetivos, conteúdos programáticos,
métodos e técnicas de direção de aprendizagem, sistema de controle de aproveitamento e
normas de conduta;
• Coordenar e convocar com anuência da Direção, as reuniões do Corpo Docente e do
Conselho de Classe e planejar;
• Controlar o rendimento escolar dos alunos, pesquisando sobre as causas de
aproveitamento insuficiente;
• Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento de estudos de
recuperação;
• Participar da elaboração do Regimento Escolar e do Regulamento Interno;
• Assessorar os professores no Plano de Ensino;
• Na execução do currículo – assessorar o professor em métodos e técnicas para um
ensino eficiente entre a teoria-prática;
• Avaliação permanente do currículo e da aprendizagem
• Promover e incentivar a elaboração e execução de projetos;
• Orientar os professores novos na dinâmica e funcionamento da escola;
• Promover pesquisas quanto às causas do fracasso escolar;
• Constatar falhas no processo de ensino-aprendizagem e orientar para a superação das
mesmas;
• Promover um bom relacionamento com a comunidade escolar;
• Acompanhar o processo ensino-aprendizagem mediante visitas nas salas de aula;
• Verificar os livros de registros dos professores ao término de cada bimestre ou quando
35
for necessário;
• Elaborar relatórios;
• Atuar junto às famílias no sentido de que haja unidade de pensamento e de ação entre
os pais e professores, na orientação do processo ensino-aprendizagem;
• Garantir a reflexão do significado social dos conteúdos, valores, a fim de que se
concretize a concepção de sociedade que queremos, conseqüências sociais dos processos de
rotulação, discriminação;
• Na execução do currículo assessorar o professor nas relações – professor x aluno,
aluno x professor, aluno x aluno, escola x família – e participar na articulação do trabalho
pedagógico;
• Contribuir para que a avaliação se desloque do aluno para o processo pedagógico
como um todo e que seja compatível com a concepção de homem, de mundo e de sociedade
definidos na Proposta Pedagógica da Escola;
• Articular a família e a comunidade, criando processos de interação da comunidade
com a escola;
• Assessorar o professor no trabalho pedagógico na sala de aula;
FUNÇÕES DOCENTES:
• Participar da elaboração da proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino;
• Elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
• Zelar pela aprendizagem dos alunos;
• Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
• Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional;
• Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;
• Elaborar com a equipe pedagógica, o currículo pleno de Estabelecimento de Ensino,
em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria Estadual de Educação;
• Escolher juntamente com a Equipe pedagógica, livros e materiais didáticos
comprometidos com a política educacional da Secretaria Estadual de Educação;
• Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do
conhecimento pelo aluno;
36
• Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica do
conhecimento filosófico-científico pelo aluno;
• Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, seminários e outros eventos,
tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;
• Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra o tratamento discriminante de cor, raça,
sexo, religião e classe social;
• Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito ao
aluno;
• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com colegas, alunos, pais
e os diversos segmentos da comunidade;
• Participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados aos
alunos, que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo do desejado;
• Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com
vistas ao melhor rendimento do processo-ensino aprendizagem;
• Zelar pela defesa dos profissionais e pela dignidade da classe;
• Zelar pela disciplina geral do estabelecimento;
• Ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;
• Exigir tratamento e respeito compatíveis com a sua profissão;
• Conhecer e cumprir as normas estabelecidas no Regimento Escolar e Regulamento
Interno;
• Apresentar os projetos de inovações para a Direção, e diferentes metodologias com
atividades para os alunos;
• Guardar sigilo sobre assuntos da escola;
• Manter atualizados os registros escolares (livros de chamada) com anotações
referentes à frequência dos alunos, conteúdos desenvolvidos, resultados de avaliação e outros,
encerrando-os convenientemente para entregá-los a equipe pedagógica do Colégio dentro do
prazo fixado;
• Cooperar com o desenvolvimento de atividades que visam à melhoria do processo
educativo e a integração da escola – família – comunidade;
• Elaborar o planejamento de acordo com as diretrizes curriculares e legislação vigente
dentro das modalidades de Ensino Fundamental e Médio;
37
• Não entrar com atraso em sala de aula ou dela sair antes do término da aula ou utilizar
o tempo de aula para correção de provas e cadernos;
• Não abandonar sua turma sob qualquer hipótese, durante a aula;
• Não fumar nas dependências do Colégio Estadual João Negrão Júnior Ensino
Fundamental e Médio;
• Não aplicar penalidades ao educando, exceto as de advertência verbal e retirada de
sala de aula, com encaminhamento para a Equipe Pedagógica;
• Não usar notas, faltas ou avaliação como fator punitivo;
• Não considerar a matéria dada, cancelar aula ou deixar de proceder a correção da
tarefa, sob alegação de indisciplina dos alunos;
• Não usar termos inadequados, gírias, linguagem agressiva ao chamar atenção do
aluno, contar piadas, histórias com fundo ofensivo à moral e aos bons costumes, como
também permitir váias e apelidos em sala de aula;
FUNÇÕES DO CONSELHO DE CLASSE
• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação como o trabalho do
professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, propostos no plano curricular;
• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;
• Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com
a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
• Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,
respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela equipe pedagógica;
• Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que retêm o rendimento escolar;
• Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar tendo em vista o
respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe;
• Estabelecer planos viáveis de recuperação do processo ensino aprendizagem dos
alunos, em consonância com o plano curricular do Estabelecimento de ensino;
• Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de
adaptação e alunos transferidos, quando se fizer necessário;
• Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que, após a apuração dos
resultados finais não atinja a média mínima solicitado pelo estabelecimento, conforme prevê a
38
Deliberação 007/99 levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno até então.
FUNÇÕES DO SECRETÁRIO
• Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
• Distribuir as tarefas decorrentes dos cargos da secretaria aos seus auxiliares;
• Redigir a correspondência que lhe for confiada;
• Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
• Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;
• Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;
• Apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser assinados;
• Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação: da
identidade e da regularidade da vida escolar do aluno; da autenticidade dos documentos
escolares;
• Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matricula,
transferência, adaptação e conclusão do curso;
• Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria;
• Comunicar a direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria;
• Estar atento na rotina da documentação escolar no geral;
FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
• Elaborar, redigir, revisar, encaminhar e digitar cartas, ofícios, circulares, instruções,
normas, memorandos, e outros;
• Coletar dados diversos, consultando pessoas, documentos, publicações oficiais,
circulares, instruções, normas, memorandos e outros;
• Efetuar registros, preenchendo fichas, formulários e outros, a fim de atender às
necessidades do setor;
• Atender as pessoas, pais de alunos e chamados telefônicos, anotando ou enviando
recados para obter ou fornecer informações;
• Efetuar cálculos simples e conferências numéricas;
39
• Organizar e/ou atualizar arquivos, fichários e outros classificando documentos por
matéria, ordem alfabética ou outro sistema, para possibilitar o controle dos mesmos;
FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO QUE ATUA NA BIBLIOTECA
•
cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando
organização e funcionamento;
• atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de
livros, de acordo com Regulamento próprio;
• auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino;
• auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, vídeos, DVDs, entre outros;
• encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades
indicadas pelos usuários;
• zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
• registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca;
• manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua
manutenção;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
• auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO QUE ATUA NO LABORATÓRIO DE
INFORMÁTICA
•
cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,
assessorando na sua organização e funcionamento;
40
• auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e
equipamentos de informática;
• preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para
a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;
• assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;
• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório
de Informática;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
FUNÇÕES DO ASSISTENTE DE EXECUÇÃO QUE ATUA NO LABORATÓRIO DE
QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA
• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e
Biologia;
• aplicar, em regime de cooperação e de corresponsabilidade com o corpo docente e
discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;
• preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de
atividades práticas de ensino;
• receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório;
• utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do
laboratório;
• assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;
• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos
41
e equipamentos de uso do laboratório;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
• comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente
ocorridos no laboratório;
•
manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,
solventes, reagentes e demais materiais de consumo;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas
da sua função.
FUNÇÕES DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA LIMPEZA
• Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o
material e produtos necessários;
• Efetuar tarefas correlatas a sua função;
• Executar os serviços de limpeza interna e externa e arrumação das dependências que
lhe forem atribuídos;
• Zelar pela conservação do prédio de suas dependências internas e externas e do
mobiliário em geral;
• Executar os serviços rotineiros, verificar a segurança dos portões e janelas, dando
conta de qualquer irregularidade;
• Em caso de falta de material de limpeza comunicar a direção para fazer reposição;
FUNÇÕES DO AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA COZINHA
• Preparar
e
servir
a
merenda
escolar,
controlando-a
quantitativamente
e
qualitativamente;
• Informar o diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição de
42
estoque;
• Conservar o local da preparação da merenda escolar em boas condições de trabalho,
procedendo a limpeza e arrumação referente a do turno de trabalho;
• Efetuar tarefas correlatas a sua função.
FUNÇÕES
DO
AUXILIAR
OPERACIONAL
QUE
ATUA
NA
ÁREA
DA
VIGILANCIA E DA MOVIMENTAÇÃO DOS ALUNOS
• Coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos
períodos de atividades escolares;
• Zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas
disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de ensino;
• Comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança dos
alunos;
• Percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando o comportamento
dos alunos e comunicar a direção em casos de irregularidade.
PLANO DA DIREÇÃO
OBJETIVOS:
• Estabelecer as metas a serem cumpridas no decorrer de 2009/2010/2011.
• Buscar a melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem, através do envolvimento
coletivo;
• Motivar a comunidade escolar – professores, funcionários, pais e alunos – a um
maior comprometimento com a educação;
• Fortalecer as parcerias para uma maior expansão das atividades tanto em sala de aula
como extra-classe.
Gestão democrática:
Partindo da gestão participativa e democrática, o primeiro passo para um plano de
ação surtir bons resultados, com certeza é a abertura que deve ser dada a todos os membros
da Comunidade Escolar, para a exposição de suas opiniões, sugestões e críticas.
Uma Instituição Escolar conta com instâncias colegiadas que devem ter uma
participação direta e significativa, em busca da qualidade de ensino. O Conselho Escolar e a
APMF, devem se fazer presentes sempre que necessário para auxiliar a direção e a equipe
43
pedagógica na tomada de decisões, que venham a contribuir para o bom andamento das
atividades escolares.
O Conselho de Classe constitui-se como momento de reflexão sobre as ações
desenvolvidas no interior da sala de aula, analisando comportamento, relacionamento, aluno/
aluno, aluno/professor, rendimento escolar, estratégias utilizadas, mudanças de metodologias,
formas de avaliação, deve visar sempre o crescimento do aluno.
Os alunos representantes de turma serão escolhidos democraticamente por seus
colegas após o primeiro mês de aula. Este aluno será responsável por intermediar ações entre
a turma, o professor regente, a equipe pedagógica e direção.
O Grêmio Estudantil, formado por alunos das diferentes séries e modalidades de
ensino, terá a incumbência de articular ações para melhorar as condições pedagógicas,
envolver os alunos em diferentes atividades, fazê-la mais participativa. Todas as instâncias
articuladas terão por objetivo final a melhoria da qualidade de ensino.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Na proposta pedagógica deste Estabelecimento de Ensino está explicitada toda a
reflexão sobre a prática docente.
A escola tem por objetivo formar cidadãos críticos, sabedores de seus deveres e
direitos. A escola tem por função contribuir para o desenvolvimento, ético, moral, cívico de
cada um de seus educandos. Sabe-se que a educação informal está presente em todos os
momentos da vida do aluno, mas para muitos é na escola pública o local onde irão receber
uma educação formal. Sendo assim, devemos ter a certeza de nosso papel enquanto
educadores, pois temos em nossas mãos a possibilidade de contribuirmos para a formação de
pessoas capazes de melhorar sensivelmente as relações sociais.
Para atingirmos um ensino de qualidade, é necessário um engajamento de toda a
comunidade escolar e um único objetivo: a formação integral do homem.
As reuniões pedagógicas devem servir para troca de experiências entre professores,
equipe pedagógica, funcionários e direção, tendo como objetivo a melhoria na qualidade de
ensino. Durante a hora-atividade, é o momento para o professor, preparar suas aulas, provas,
realizar a correção de trabalhos, atividades e atendimento aos pais. Este horário também deve
ser destinado para grupos de estudos, sondagem sobre o rendimento escolar dos alunos, por
isso é importante, tomar cuidado na elaboração do horário visando sempre que possível a
reunião dos professores das mesmas disciplinas ou professores de disciplinas afins, para que
possam trocar ideias e para que a Direção e Equipe Pedagógica aproveitem este momento
44
para estudo de texto e reflexões sobre o dia-a-dia escolar.
Direção, professores, equipe pedagógica, devem criar condições para que os alunos
tenham acesso à atividades de recuperação de estudos, caso haja necessidade. A família deve
caminhar lado a lado com a escola, participando de reuniões, comparecendo à escola sempre
que for solicitado e deve principalmente sentir-se a vontade para vir até o colégio e sabendo
que a escola está de portas abertas para recebê-la. Somente com o apoio da família, a escola
poderá realmente exercer o seu papel.
Cronograma: 2011
MesesAtividades
Semana Pedagógica
fev
mar
abr
ago
X
X
X
set
out
nov
dez
X
X
Reunião APMF e Conselho
Datas Comemorativas
Atividades Culturais
jul
X
Conselho de Classe
(Hora-Atividade)
Passeios Culturais
Atividades referentes a
jun
X
Reunião de Pais
Escolar
Jogos Escolares
Estudos de Textos
mai
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
A critério dos professores
A critério dos professores
Encerramento Ano Letivo
O plano de ação será avaliado semestralmente, ouvindo-se a Comunidade Escolar.
X
PLANEJAMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
O pedagogo é um profissional que atua com os demais profissionais da escola, no
sentido de fornecer as condições mais adequadas para que esta cumpra sua função de articular
a prática cotidiana da escola. Ele tem um conjunto de tarefas necessárias frente a questões
dos conteúdos, da avaliação e das metodologias, partindo das condições reais existentes para o
redirecioná-las na perspectiva da democratização da escola.
O pedagogo atua no currículo da escola, insere-se na prática pedagógica e deve
contribuir no processo ensino aprendizagem, para tanto deve conhecer a realidade do aluno,
45
da comunidade, tendo o educando como ponto de partida neste processo. Isto requer uma
série de responsabilidades e cuidados por parte do profissional. O seu trabalho é de assessoria
ao ensino aprendizagem, desenvolvido na relação professor/aluno.
Como a prática cotidiana da escola é uma prática humana, para atingir a qualidade na
educação, a escola precisa de profissionais compromissados com uma prática coletiva.
Portanto, os pedagogos são profissionais necessários na escola: não somente nas tarefas
administrativas, mas também na assessoria ao professor no ato de ensinar, na articulação entre
os diversos conteúdos e na busca de um projeto político-pedagógico coerente. O trabalho do
pedagogo está voltado tanto para o comportamento como para os problemas de ensinoaprendizagem dos alunos. Ele precisa lutar também para que a escola não perca a dimensão
orientada pela reflexão permanente do seu fazer, buscando identificar os sinais que apontam
para a necessidade de mudança.
É necessário que o pedagogo seja capaz de discutir com a equipe e na equipe o
currículo e o processo de ensino aprendizagem frente à realidade sócio-econômica do
alunado, analisando as contradições da escola e as diferentes relações que exerçam influência
na aprendizagem, contribuindo efetivamente para a melhoria do ensino e as condições de
aprendizagem do processo educativo, estruturando o seu trabalho a partir da análise e da
crítica da realidade social, política e econômica do país, fundamentando cientificamente sua
ação e buscando novas teorias a partir de sua prática.
QUADRO - PLANEJAMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
Atribuições
Atividade
Estratégias
1) Coordenar, junto a
A distribuição de aulas deve obedecer
direção, o processo de
as diretrizes da SEED, do NRE de Irati
distribuição de aulas a partir
de critérios legais
Distribuição de
aulas
estabelecidos pela SEED
acompanhar a sua efetivação
Estadual João Negrão Júnior Ensino
Fundamental e Médio.
Diretrizes da
SEED
Projeto Político
Pedagógico
Transparências
2) Coordenar a elaboração e
re-elaboração do PPP e
e da proposta pedagógica do Colégio
Material
P.P.P.
Leitura, discussões e apresentações de dos assuntos a
sugestões para re-elaboração do P.P.P. serem discutidos
do P.P.P.
46
Calendário
3) Coordenar a organização
do
espaço-tempo escolar a partir
do P.P.P.
escolar, horário letivo, na formação de turmas, na
alunos,
semanal,
definição e distribuição do horário
calendário
formação das
semanal das aulas e disciplinas, da
escolar, mapa da
turmas, horário hora atividade e de outras atividades
distribuição das
da hora
que interfiram diretamente na
aulas dos
atividade.
realização do trabalho pedagógico;
professores.
Os professores serão agrupados por
Diretrizes
disciplina e farão o planejamento do
Curriculares
ensino de acordo com as diretrizes
da SEED e
curriculares e a Proposta Pedagógica
Orientações
4) Orientar o processo de
elaboração dos
planejamentos de ensino
junto ao coletivo de
Intervindo na elaboração do calendário Matrícula dos
Planejamento
de Ensino
professores do Colégio
com a orientação da equipe pedagógica. da SEED.
Fazer a análise dos projetos elaborados
5) Avaliar os projetos de
natureza pedagógica a serem Projetos
implantados no Colégio.
pelos professores para a implantação
dos mesmos.
De acordo com
cada projeto e
com recursos
disponíveis da
Escola
P.P.P. e Proposta
6) Participar e intervir, junto
à direção, da organização do
trabalho pedagógico escolar
Participação e
intervenção no
trabalho
pedagógico
No decorrer do ano letivo sempre que
se fizer necessário, sugerindo,
participando em todas as atividades
Pedagógica
Regimento
Escolar e
Regulamento
Interno
7) Promover e coordenar
reuniões pedagógicas e
grupos de estudos
Reuniões
pedagógicas e
grupos de
estudo
Para reflexão e aprofundamento de
temas relativos – ao trabalho
pedagógico e para elaboração de
proposta de intervenção na realidade da
escola.
47
Políticas
educacionais da
SEED.
Diretrizes
Curriculares
Texto de apoio
8) Responsabilizar-se pelo
Acompanhando o trabalho do professor
trabalho pedagógico didático
através do planejamento, nas horas
desenvolvido na escola pelo
atividades assessorando e refletindo
coletivo dos profissionais
Apresentar propostas alternativas, sugestões e críticas
Trabalho
Pedagógico
sobre os procedimentos metodológicos. Planejamentos
No decorrer das atividades no âmbito
dos professores
escolar e em todas os momentos,
Projetos
que promovam o desenvolvi-
reuniões, grupos de estudo,
mento e o aprimoramento do
hora-atividade.
trabalho pedagógico escolar.
De acordo com o P.P.P. e conforme as
necessidades da instituição escolar e de
9) Coordenar e elaborar
critérios para a aquisição,
empréstimo de materiais,
equipamentos e livros de uso
didático-pedagógico.
Aquisição de
materiais ou
equipamentos e
livros.
acordo com os planejamentos de ensino. O uso do vídeo deve estar previsto
no planejamento do professor e com o
devido agendamento. Os vídeos, livros
e materiais para adquirir ou emprestar,
Através de
recursos do
fundo rotativo,a
APMF e o
Governo Federal.
desde que esteja previsto no plano de
trabalho e com alguma finalidade.
Conversando com os bibliotecários,
11) Participar da organização
da biblioteca assim como do
processo de aquisição de
livros e periódicos
Regulamento da
direção, professores, quanto a aquisição biblioteca
Biblioteca
de livros a serem ser adquiridos de
Recursos do
acordo com o planejamento dos
SEED e verbas
docentes e proposta curricular.
do PDDE
Preferencialmente se possível a organização da hora-atividade dos professores
por disciplina para que possa ser um
12) Organizar a
momento de reflexão-ação sobre o pro-
hora-atividade do coletivo de Hora-atividade cesso pedagógico a ser desenvolvido
professores da escola
em sala de aula, preparação das aulas,
leituras, recuperação de alunos, correção de provas e trabalhos e
atendimento de alunos e pais.
48
Mapa de
distribuição de
aulas
13) Atuar junto aos
Assessoria nas atividades de
professores na elaboração de
atividades de recuperação de Recuperação de
estudos a partir das
estudos
necessidades de
propostas de intervenções
professor pedagogo a partir das
Mapa de notas
Livros, enfim o
material que for
necessário.
O Conselho de Classe deve ser
Ficha do pré-
organizado de forma a garantir um
conselho de
Conselho de
processo coletivo de reflexão-ação
classe. Mapa de
Classe
sobre o trabalho pedagógico
notas. Livro de
14) organizar a realização
coordenar a elaboração de
atividade do professor, com apoio do
dificuldades detectadas.
aprendizagem identificados.
dos Conselhos de Classe e
recuperação deve ocorrer na hora
desenvolvido pela escola e em sala de registro dos
decorrentes do processo.
aula
O aproveitamento escolar do ano
15) Durante a Semana
anterior será apresentado a comunidade
Pedagógica do início do ano
letivo apresentar a
Dados
comunidade escolar os
estatísticos
resultados do aproveitamento
escolar a partir de dados estatísticos no
inicio de cada ano letivo de forma que
promova o processo de reflexão-ação
sobre os mesmos para garantir a
das turmas do ano anterior.
professores.
Computador
Transparências
Retroprojetor
Telão
aprendizagem dos alunos.
Participando de debates, de articulação
entre os vários setores da escola, tendo
16) Participar do conselho
escolar subsidiando teórica e
metodologicamente as
discussões e reflexões.
Reuniões do
Conselho
Escolar
em vista o atendimento de necessidades
comuns e os encaminhamentos
necessários a solução de problemas
administrativos pedagógicos que
possam intervir no funcionamento da
mesma.
17)propiciar o
desenvolvimento de
representatividade dos
alunos e sua participação nos Líder de classe
diversos momentos e órgãos
colegiados da escola.
Será trabalhada liderança em todas as
turmas e cada classe terá um
Textos que falam
representante de turma,eleito pelos
sobre liderança
mesmos.
49
EQUIPE ADMINISTRATIVA
I – OBJETIVOS GERAIS
• Estabelecer metas a serem cumpridas no decorrer de 2010 e anos sucessivos.
• Buscar a melhoria da qualidade do atendimento a comunidade escolar através
do envolvimento coletivo.
• Motivar os funcionários a terem um maior comprometimento com a educação.
II – AÇÕES:
Por estarmos envolvidos com a gestão democrática e participativa temos abertura
para expor opiniões, sugestões e críticas assim como recebê-las de volta.
A equipe administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos
os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos
cumpram suas reais funções.
A secretaria é o setor que tem ao seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência do estabelecimento, os seus serviços são coordenados e
supervisionados pela direção ficando a ela subordinados.
Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço, circulares, resoluções e demais documentos. Elaborar relatórios e processos a
serem encaminhados a autoridades competentes. Apresentar ao diretor em tempo hábil,
todos os documentos que devam ser assinados.
Organizar e manter em dia o arquivo escolar e o registro de assentamento dos
alunos de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:
• da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
• da autenticidade dos documentos escolares;
•
coordenar e supervisionar as atividade administrativas referentes a matrícula,
transferência, adaptação e conclusão do curso.
• zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos na secretaria.
• comunicar a direção toda a irregularidade que venha ocorrer na secretaria.
• recolher dentro dos prazos previstos, os canhotos de registros de notas e freqüência e
atualizar o sistema SERE até quinze dias após cada bimestre;
50
• proceder o recolhimento dos livros registro de classe no término do período letivo,
providenciando o seu arquivamento pelo prazo exigido pela legislação.
SERVIÇOS GERAIS
I – OBJETIVOS GERAIS
• Manter a limpeza da escola de forma a garantir a saúde de toda a comunidade
escolar e conscientizar os alunos no sentido de preservar o patrimônio público;
• conscientizar os alunos que todos os funcionários são educadores;
• incentivar os alunos para os hábitos de higiene, respeito e amizade.
II- AÇÕES
Prestar serviços de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do
estabelecimento de ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela
subordinado. Conforme o estabelecido no regimento escolar do Colégio, citamos alguns
itens de competência dos funcionários dos serviços gerais:
Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o
material e produtos necessários; executar os serviços de limpeza interna e externa e
arrumação das dependências que lhe forem atribuídos; zelar pela conservação do prédio, de
suas dependências internas e externas e do mobiliário em geral; verificar a segurança dos
portões, portas e janelas, dando conta de qualquer irregularidade; auxiliar na execução de
reparos e reformas de pequena monta no prédio, nas salas de aula, nos equipamentos
didáticos, seguindo sua habilidade pessoal; executar as demais tarefas correlatas à sua
função, a critério da direção. reparar e servir a merenda escolar controlando-a quantitativa
e qualitativamente; informar o diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de
reposição do estoque; conservar o local de preparação da merenda escolar em boas
condições de trabalho, procedendo a limpeza e arrumação; efetuar rondas periódicas de
inspeção, com vistas a zelar pela segurança do estabelecimento de ensino; impedir a
entrada, no prédio ou áreas adjacentes, de pessoas estranhas e sem autorização, fora do
horário de trabalho, como medida de segurança; encaminhar ao setor competente do
estabelecimento de ensino os alunos que apresentam problemas, para receberem a devida
orientação ou atendimento; comunicar ao diretor os casos de conduta irregular de alunos;
51
PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO - 2011
52
Tópico discutido Problemas levantados
Projeto Político
Pedagógico
Regimento
Escolar
Falta de conhecimento
Ações da escola em 2010
Reunião com os professores
por parte dos professores PSS e QPM que não
contratados pelo regime
participaram da Formação
especial PSS e QPM que Continuada e retomada
não participam da
constante com toda a
Semana Pedagógica.
Comunidade Escolar
Período Responsável
No
decorrer
do ano
letivo
Direção e
Equipe
Pedagógica
Atribuir a liderança do Grêmio
Instâncias
Colegiadas:
Grêmio
Estudantil /
APMF /
Estudantil aos alunos nos com
Pouco envolvimento,
maior tempo de escolaridade,
falta de iniciativa para
Incentivar a APMF e o
No
tomada de decisões e
Conselho Escolar para uma
decorrer
Bóris /
sugestões.
participação mais efetiva por
do ano
Sônia V.
meio de reuniões constantes
letivo
Conselho Escolar
para conscientização de sua
real importância.
Pouco diálogo e
Estabelecer parcerias.
Decorrer Direção e
Realização de reuniões e
do ano
Equipe
palestras.
letivo
Pedagógica
Falta de envolvimento
Dialogo direto com o profis-
No
Planejamento
consciente de alguns
sional para conscientizálo
decorrer
Participativo
profissionais.
sobre a sua responsabilidade,
do ano
com registro em Ata.
letivo
Entidades
envolvimento destas
Externas
Entidades
53
Direção
Troca de aulas entre os
professores diante da
necessidade de faltar.
Cumprimento do Falta dos professores,
Calendário
demora na substituição
Elaboração de Projeto em
Escolar em dias
contra turno para
de professores em
complementação da carga
letivos e
licença, transporte
horária, reposição de aula nos
horas-aula
escolar.
horários vagos do professor.
No
Direção e
decorrer
Equipe
do ano
Pedagógica
letivo
Agilização por parte do NRE
na contratação de professores
substitutos.
Conscientização da
importância da família e
Relação Escola
Comunidade
Falta de participação
comunidade no rendimento
constante
escolar, por meio de reuniões,
palestras, solicitação da
presença dos pais sempre que
No
decorrer
do ano
Equipe
Pedagógica
letivo
necessário.
Proposta
Pedagógica
Curricular /
Plano de trabalho
docente
Falta de participação
conjunta na construção
Agilização na contratação dos
da Proposta e do Plano
professores PSS, para que os
devido a demora na
mesmo participem na Semana
contratação dos
Pedagógica
escolar
ano
Equipe
Pedagógica
professores PSS.
Falta de alguns alunos
Avaliação
Início do
nos dias de avaliação e
Conscientização destes sobre
desinteresse destes em
a importância da avaliação
realizá-las
No
decorrer
do ano
letivo
posteriormente
54
Equipe
Pedagógica
e professores
Conselho de
Classe
Falta de alguns
Obrigatoriedade na
professores em dias de
participação de todos os
Conselho, falta de
professores, encaminhamento
Em todos
comprometimento, falta
da falta no RMF, observar e
os bimes-
de detectar e discutir os
detectar os problemas de
tres
problemas de ensino-
ensino-aprendizagem em sala
aprendizagem, e o
de aula, discutir e apresentar
confronto dos mesmos.
possíveis soluções pelo
Direção e
Equipe
Pedagógica
colegiado
Através da Res. 175/08 os
professores terão Hora
Hora-Atividade
Dificuldade de colocar
Atividade de acordo com a sua
todos os professores da
disciplina nos dias
mesma disciplina no
estabelecidos pela mesma ou
mesmo horário.
conforme a adequação a carga
horária do professor, pois
No
decorrer
Direção e
do ano
equipe
letivo
pedagógica
muitos trabalham em duas ou
mais escolas.
Número elevado de
alunos por sala
Recuperação de
estudos
Os alunos das 5ª séries serão
dificultando o avanço do encaminhados para a Sala de
Equipe
plano de ação docente,
Apoio, e nas demais séries
Pedagógica
não permitindo o
além da recuperação paralela
No
atendimento individual
será contado com a
decorrer
dos alunos com
colaboração de alunos
do ano
dificuldades de
monitores.
letivo
aprendizagem.
55
Demora de
Sala de Apoio /
Sala de Recursos
encaminhamento dos
Agilização da entrega do
alunos por parte dos
encaminhamento dos alunos
professores à Sala de
indicados para Sala de Apoio e Maior
Apoio e Recursos,
Recursos, Conscientização da
ênfase no
problema de transporte
família quanto a importância
início e
Isabel e
para o contra turno,
da frequência assídua nos
no
Marilene
espaço físico inadequado programas oferecidos,
decorrer
para atender o número de Parcerias com entidades
do ano
alunos, falta de apoio da
externas (Conselho Tutelar,
letivo
família, difícil contato
Promotoria Pública, Prefeitura)
entre professores de
e Conselho Escolar
apoio e professor regente.
Troca de experiências entre
Registro e
acompanhamento
de alunos
incluídos
Falta de preparo na
graduação para trabalhar
com estes alunos
professores e participação de
cursos dentro de cada
disciplina para
aperfeiçoamento do professor,
quando convocado pelo NRE
Maior
Isabel e
ênfase no Marilene
início e
no
decorrer
do ano
letivo
Agilização na contratação dos
Reuniões
Quadro incompleto de
professores PSS, para que os
Pedagógicas /
professores
mesmo participem na Semana ano letivo Equipe
Semanas
Pedagógica. Reunião imediata
Pedagógicas
após a contratação dos
Início do Direção e
Pedagógica
respectivos professores.
Falta de incentivo e
Enfrentamento à
evasão
compromisso dos pais
com a escolaridade. Falta
de objetivo de alguns
No
Todos os
Retomada do Plano de Ação.
decorrer
profissionais
FICA.
do ano
do estabele-
letivo
cimento de
alunos do Ensino Médio.
ensino
56
Dificuldade na aplicação Uso da hora atividade dos
No
Jornadas
prática da proposta
professores para repasse das
decorrer
Equipe
Pedagógicas
apresentada
informações.
do ano
Pedagógica
letivo
Datas não flexíveis,
exigência de 100% de
Grupos de
frequência, poucos
Estudo
envolvidos, impossibi-
( capacitação
lidade de terminar o
oferecida pelo
curso devido a
SEED)
desistência de
Realização do Grupo de
No
Estudos nas Horas Atividades
decorrer
e em datas já estipuladas pela
do ano
SEED
letivo
professores dos
Participar dos encontros
Durante o Direção
municípios
promovidos pelo NRE e SEED ano letivo
Osíris
participantes, mínimo
proposto
Número insuficiente de
encontros reunindo
NRE Itinerante
jurisdicionados ao NRE
Seminários
Pouca oferta, vagas
Encontros
limitadas por Escola.
Cursos
Maior oferta no número de
vagas e eventos nas disciplinas
Durante
do ano
Direção
letivo
Falta de participação da
maioria dos professores
nos GTRs. Falta de
PDE / GTR
conhecimento em infor-
Revisão por parte da SEED
No
Osíris,
mática que impossibilita
dos critérios estabelecidos.
decorrer
Arlete,
maior participação dos
Oferta de curso de informática do ano
Arlene,
professores. Elevação
aos docentes.
Arieus
mais rápida nas classes
do nível 3, incentivando
professores em fim de
carreira.
57
letivo
Produção de
material (folhas /
OAC)
Projetos
específicos do
Colégio
Falta de Tempo,coragem,
informação,atitude,
Motivação dos professores
e Esportiva
Institucionais da
SEED: Com
Ciência / JEP's /
CELEM
decorrer
Arlene
do ano
em informática.
letivo
Dificuldade em estabele- Buscar parcerias, incentivar a
No
Joanita
cer parcerias, envolvi-
participação de um número
decorrer
Jandira
mento de maior número
maior de docentes.
do ano
Osíris
letivo
Arlete
de professores.
envolvimento dos professores nas atividades
desenvolvidas visando o
EstabeleEnvolver os professores nas
cida em
atividades.
calendá-
Todos
rio
incentivo aos alunos.
Programas
Arieus e
motivação, conhecimento
Falta de participação e
Semana Cultural
No
Com Ciência: falta de
Realização dos jogos no
Durante a
envolvimento de profes-
segundo semestre, maior
realiza-
Todos os
sores de outras discipli-
envolvimento dos professores
ção dos
profissionais
nas. JEP's: jogos no
de outras disciplinas.
eventos.
de educação
início do ano, falta de
aula treinamento.
Desafios contemporâneos: educação ambiental,
sexualidade,
Dificuldade de inserir e
Maior interação dos
No
Inez,
enfrentamento à
trabalhar com as
professores em busca de
decorrer
Jandira,
violência nas
temáticas em todas as
informações pedagógicas para do ano
Joanita,
escolas, preven-
disciplinas
o trabalho destas temáticas em letivo
Marilene C.,
sala de aula.
Andreia,
ção ao uso indevido de drogas,
Divane
educação fiscal,
História e Cultura Afro-brasileira
e Africana
58
Materiais e
ambientes
didático-
Solicitação junto ao Governo
pedagógicos:
Falta de laboratório de
do Estado para a construção do
Laboratório de
Ciências. Livros
Laboratório de Ciências.
Ciências e de
didáticos insuficientes
Contato com as outras escolas do ano
Arlene,
Informática/TV
para atender a demanda
para efetuar o remanejamento
Jandira e
Paulo Freire, TV de alunos do Colégio.
de livros didáticos. Solicitação
Pendrive, acervo
de envio de número suficiente
da biblioteca,
de livros.
No início
letivo
Lauren
Livro Didático
Público
Recursos
financeiros:
Fundo Rotativo /
Pouca autonomia na
Solicitar junto a SUDE maior
aplicação.
autonomia na sua aplicação.
No início Sandra,
do ano
Lauro,
letivo
André
PDDE
Pouca informação sobre
E-TEC Brasil
como proceder com a
parte burocrática do
Primeira
Divulgação para comunidade.
Semana
de fev.
curso.
SetemEJA
Implantação da EJA
bro /
Mirian
2010
CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO
Visando um trabalho que viabilize a transmissão e a apropriação crítica do
conhecimento elaborado, temos como critérios de organização:
• Organização curricular por ano, disciplina e bimestral;
• No início de cada ano letivo far-se-á o planejamento por disciplina;
• A organização sequencial dos conteúdos de cada disciplina será por ano;
• A organização do ensino e da sala de aula fica a critério de cada professor, no
entanto devem desenvolver os objetivos contidos no plano curricular e em conformidade
59
com a LDB e as Diretrizes Curriculares.
• Os professores dispõem de laboratório de informática, TV Paulo Freire, TV pendrive, data show, televisão, vídeo, DVD e rádio como auxílio no desenvolvimento dos
conteúdos. O uso dos mesmos deve estar de acordo com o planejamento de ensino e
programado com antecedência.
•
É indispensável para o bom rendimento escolar de nossos alunos que haja
disciplina em sala de aula, bom relacionamento entre professor/aluno e aluno/aluno, jamais
permitindo agressões verbais e físicas. É de responsabilidade do professor manter a sala de
aula num ambiente agradável e propício para os estudos. As ocorrências indisciplinares
deverão ser registradas no livro registro e bem como as medidas tomadas pelo professor.
Após três ocorrências o aluno deve ser encaminhado para o professor pedagogo com os
devidos registros para que se possa tomar posteriores medidas.
•
As atividades curriculares serão desenvolvidas no ambiente escolar ou em
atividades extraclasse, conforme os objetivos previstos em planejamentos de ensino e
projetos.
• Além dos conselhos de classes bimestrais, deverão ser realizados pré-conselhos de
classes com objetivo de obter subsídios para conselho de classe. Essas informações
poderão ser obtidas pelo pedagogo junto aos professores durante as horas atividades dos
mesmos ou pelo professor regente de cada turma que colha dados da classe, os quais serão
analisados e discutidos no dia do conselho de classe, bem como as decisões a serem
tomadas.
• Os conselhos de classe deverão acontecer no final de cada bimestre, conforme o
Calendário Escolar ou quando se fizerem necessários. Os resultados bimestrais serão
comunicados através de boletim escolar ou informativos, podendo ser entregue aos alunos,
ou em reuniões de pais.
• A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e cumulativa, através de diversos
instrumentos durante o processo de aprendizagem, oportunizando ao educando a
recuperação paralela dos conteúdos a fim de garantir a qualidade do ensino e da
aprendizagem;
• O horário das aulas será organizado pela direção, direção auxiliar e equipe
pedagógica, possibilitando na medida do possível aulas geminadas para desenvolver os
conteúdos conforme necessidade das disciplinas;
60
• As turmas serão organizadas pela secretaria com o acompanhamento da equipe
pedagógica e corpo docente seguindo instruções da resolução nº 864/2001;
• O lanche será servido no pátio interno da escola pela merendeira e serventes;
• Cada turma contará com um aluno líder e vice-líder e um professor regente
escolhidos pela turma sob orientação e coordenação do professor pedagogo;
• A hora cívica será uma vez por semana, na qual toda a comunidade escolar
participa do Hino Nacional ou outros hinos pátrios; as turmas serão acompanhadas pelos
professores;
• A escola conta com a colaboração dos alunos através do grêmio estudantil em
diversas atividades promovidas pela instituição;
• A escola conta com o apoio da APMF e do Conselho Escolar;
•
O funcionamento da Biblioteca deve obedecer rigorosamente aos horários
previstos:
Manhã: 7h 15min às 11h 40min, tarde das 13h às 17h 20min e noite das 18h 45min às 22h
45min.
 A hora atividade será organizada conforme a instrução nº 02/2004 ou conforme a
adequação da carga horária do professor. A hora atividade é o tempo reservado ao
professor em exercício de docência para estudos, avaliação e planejamento;
 A organização da hora atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos
professores, priorizando-se: o coletivo de professores que atuam na mesma disciplina/ ano;
correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam
a elaboração e implementação de projetos e ações que visam a melhoria da qualidade de
ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica, e/ou Núcleo/Secretaria de
Educação, bem como o atendimento de alunos, pais e (outros assuntos de interesse) da
comunidade escolar; a organização da hora atividade deverá garantir, também carga
horária, que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais
inerentes ao exercício da docência.
 Cabe a equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as
atividades individuais a serem desenvolvidas durante a hora atividade.
 Os professores que se ausentarem das aulas para participarem de capacitação
deverão em seu retorno, fazer o repasse aos colegas dos assuntos abordados no curso ou
reunião.
61
 Os professores que necessitarem faltar por motivos pessoais devem fazer trocas de
aulas com outros professores do mesmo ano para que se garanta ao aluno às efetivas 800
horas, ou duzentos dias letivos com a organização e o assessoramento da equipe
pedagógica.
 Os professores que forem convocados pelo Núcleo Regional de Educação ou
SEED deverão deixar atividades para seus alunos para garantir as 800 horas ao aluno.
 Quanto à evasão escolar procura-se saber o porquê desta e tenta-se inserir
novamente o aluno evadido da comunidade escolar. Quando isto não é possível aciona-se
o Conselho Tutelar através do FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente), que no
insucesso aciona o Ministério Público.
 Os alunos que não atingiram a aprendizagem esperada são encaminhados para a
equipe pedagógica para análise da situação para posteriores encaminhamentos.
Especificamente os alunos do 6º e 9º ano, nesta situação, nas disciplinas de Português e
Matemática são encaminhados para a sala de apoio com atividades no contra-turno. Já os
educandos de 6º a 9º ano que apresentam um grau de dificuldade maior na aprendizagem,
são encaminhados para a sala de recursos após avaliação psicológica, onde serão atendidos
com professora especializada em educação especial, a qual realizará atividades
diversificadas para procurar sanar as dificuldades.
 Os alunos do Ensino Fundamental e Médio que apresentam dificuldade de
aprendizagem terão atendimento diferenciado, serão avaliados de acordo com suas
potencialidades e dificuldades. O professor fará uma adaptação curricular em seu plano de
ação, para atender a turma na sua heterogeneidade.
 Os projetos abordados no PPP deverão ser desenvolvidos durante o ano letivo e
trabalhados nos períodos manhã, tarde e noite.
 Os desafios educacionais contemporâneos (Educação Ambiental, Sexualidade,
Enfrentando a Violência, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal e História
e Cultura Afro-brasileira e Africana) devem estar inseridos no plano de ação de cada
professor.
 O que é definido a cada início de ano com a comunidade escolar, para que se
efetive é necessário que cada profissional execute a sua tarefa com responsabilidade e
compromisso, pensando no mesmo objetivo que é o sucesso no processo de ensinoaprendizagem. Para tanto faz-se necessário que todos falem a mesma linguagem, defendam
62
as mesmas regras e cumpram o que foi estabelecido de comum acordo.
 A Educação de Jovens e Adultos (EJA) segue os critérios estabelecidos na proposta
pedagógica aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Esta Instituição de Ensino conta com as instâncias colegiadas da APMF, Conselho
Escolar e Grêmio Estudantil que são órgãos que auxiliam no processo da gestão
democrática favorecendo e fortalecendo a participação de toda a comunidade escolar no
processo educativo.
FUNÇÕES DA APMF:
• Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações
que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino;
• Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das
dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do estabelecimento
de ensino;
• Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,
professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho
Escolar;
• Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,
professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por
esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da
SEED;
• Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as
necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
• Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da
comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a Assembléia
Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembleia Geral Extraordinária,
em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente
definida na convocação;
63
• Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de
convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se
para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;
• Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de
editais e em Assembleia Geral;
• Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões de
Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do
Conselho Escolar;
• Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata próprio
e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF);
• Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de bens
(patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deliberativo e
Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do estabelecimento de ensino;
• Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação,
comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Direção
do Estabelecimento de Ensino;
• Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo,
preenchido em 02 vias;
• Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços temporários
na forma prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho mediante prévia
informação à Secretaria de Estado da Educação;
• Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão
representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades;
• Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do Estabelecimento
de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, torná-la
pública;
• Apresentar, para aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, atividades com
ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o
Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino;
• Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e
Fiscal, o(s) representante(s) para compor o Conselho Escolar;
64
• Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades
curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos Estabelecimentos
de Ensino da rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos
eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do
Paraná dos recursos utilizados;
• Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal
n°8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, dos recursos
utilizados com o acompanhamento do Conselho Escolar;
• Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas
para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia
informação à Secretaria de Estado da Educação;
• Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação referente
a APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas;
• Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias
consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de Ensino.
FUNÇÕES DE ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA
• Participar de reuniões entre representantes de classe, a Equipe Pedagógica,
professor representante de turma e Direção, para o bom rendimento da turma;
• Encaminhar sugestões necessárias ao conselho de classe;
• Manter sempre presente o objetivo da classe que é crescer junto no sentido
horizontal e vertical;
• Não impor regras, mas solicitá-las ao grupo e zelar pelo seu cumprimento;
• Criar a “Consciência de Turma”. Se esta não existir, não haverá liderança e evitar
assim que destruam a união do grupo;
• Não contribuir para o aparecimento de “grupinhos”, procurando manter um
ambiente sadio na sala de aula;
• Trazer a sua colaboração aos diversos trabalhos e valorizar colegas. Ajuda-los com
perguntas e esclarecimento e quando discordar fazê-lo com elegância e bom humor;
• Evitar que os colegas usem de “apelidos” ou palavras constrangedoras para alguns
membros da turma;
65
• Evitar decisões, mas convidar a classe a fazê-lo por votação;
• Recorrer, quando necessário à orientação do professor pedagogo, Direção,
debatendo o problema da turma;
• Zelar pela conservação do material, da ordem na sala de aula;
• Quando da falta de algum professor, avisar o professor pedagogo ou Direção,
voltar assumir a liderança;
• Comunicar a equipe pedagógica se um colega faltar por três dias consecutivos;
• Traçar o perfil da turma mediante observação direta, contando com os demais
professores e acompanhamento dos registros feitos pela equipe pedagógica;
• Ser um elo de ligação entre direção, equipe pedagógica, secretaria e turma;
• Poderá participar do conselho de classe, trazendo informações e reivindicações da
turma. Após o Conselho de Classe retornam aos alunos todas as comunicações e
encaminhamentos determinadas para o Professor representante;
• Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pelo Colégio,
orientando, envolvendo e acompanhando sua turma;
• Acompanhar o rendimento escolar da turma, alertando e orientando os alunos que
não atingiram a aprendizagem esperada;
• Motivar e incentivar os alunos para as atividades propostas pelo Estabelecimento
de Ensino.
• Colaborar e orientar os alunos, para as tarefas solicitadas; concursos, gincanas,
semana cultural, esportes, datas comemorativas.
• Abrir a sala de aula ao término da oração, assim como fechar e abrir no recreio.
FUNÇÕES DO PROFESSOR REPRESENTANTE DE TURMA
• Traçar o perfil da turma mediante observação direta, contando com os demais
professores e acompanhamento dos registros feito pela equipe pedagógica.
• Ser um elo entre direção, equipe pedagógica, secretaria e turma.
• Participar do Conselho de Classe, trazendo informações e reivindicações da turma.
Após o Conselho de Classe retornam aos alunos todas as comunicações e
encaminhamentos determinadas para o Professor Representante.
• Observar os alunos e proceder a distribuições de lugares, remanejando os de
66
lugares quando necessário.
• Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pelo Colégio,
orientando, envolvendo e acompanhando sua turma.
• Acompanhar o rendimento escolar da turma, alertando e orientando os alunos que
não atingiram a aprendizagem esperada.
• Motivar e incentivar os alunos para as atividades propostas pelo Estabelecimento
de Ensino.
• Colaborar e orientar os alunos, para as tarefas solicitadas; concursos, gincanas,
semana cultural, esportes, datas comemorativas.
FUNÇÕES DO GRÊMIO ESTUDANTIL
• Congregar e representar os estudantes da escola;
• Defender seus direitos e interesses;
• Cooperar para melhorar a escola e a qualidade de ensino;
• Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e
sociais;
• Realizar o intercâmbio e a colaboração de caráter cultural e educacional com
outras instituições;
FUNÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR
• Estabelecer e acompanhar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino;
• Analisar e aprovar o plano anual do Colégio Estadual João Negrão Júnior Ensino
Fundamental e Médio, com base na Proposta Pedagógica do mesmo;
• Acompanhar e avaliar o desempenho do estabelecimento face às diretrizes,
prioridades e metas estabelecidas no Plano Anual, redirecionando as ações quando
necessário;
• Definir critérios para a cessão do prédio escolar para outras atividades que não são
as de ensino, observando os dispostos legais emanados da Secretaria Estadual de
Educação, garantindo um fluxo de comunicação permanente, de modo que as informações
sejam divulgadas a todos em tempo hábil;
• Analisar projetos elaborados com ou em execução por quaisquer dos segmentos
67
que compõe a comunidade escolar, no sentido de avaliar a importância dos mesmos
processos ensino-aprendizagem;
• Propor alternativas de solução dos problemas de natureza administrativa e/ou
pedagógica, tanto daqueles detectados pelo próprio órgão, como das que forem a ele
encaminhados por escrito pelos diferentes participantes da comunidade escolar;
• Articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para a
melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem;
• Elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se fizer
necessário;
• Discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento
Escolar, encaminhadas pela equipe pedagógico-administrativa ou membros do Conselho;
• Promover, sempre que possível, círculos de estudos envolvendo os Conselheiros a
partir de necessidades detectadas, visando proporcionar um melhor desenvolvimento do
seu trabalho;
• Tomar ciência do calendário escolar observada à legislação vigente, e diretrizes
emanadas da Secretaria de Estado de Educação;
• Discutir sobre a proposta curricular da escola, visando o aperfeiçoamento e
enriquecimento desta, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da
Educação;
• Assessorar, apoiar e colaborar como diretor em matéria de sua competência e em
todas as suas atribuições, com destaque especial para:
 O cumprimento das disposições legais;
 A preservação do prédio e dos equipamentos escolares;
 A aplicação de penalidades previstas no regimento escolar quando encaminhada
pelo diretor;
 Adoção e comunicação aos órgãos competentes das medidas de emergência em
casos de irregularidades graves na escola;
 Deliberar sobre a aplicação de verbas existentes na escola.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A escola que queremos depende de profissionais comprometidos com ela e
68
somente o estudo constante, a formação continuada através de cursos, seminários,
simpósios, farão com que nos envolvamos mais com o processo educativo.
Uma gestão democrática deve favorecer a todos seus segmentos (professores, pais,
funcionários e alunos) a oportunidade de aperfeiçoamento.
Estudo constante sobre as ações educacionais, temas sobre avaliação, evasão,
repetência, indisciplina, alunos com necessidades especiais entre outros, devem ser focos
de estudos no decorrer do ano letivo.
Alunos e professores devem participar ativamente de projetos, tanto locais
proporcionados pela própria escola (gincanas, atividades esportivas / culturais, passeios
educativos) como eventos regionais, e estaduais: Seminários/Conferência do Meio
Ambiente, Educação Com Ciência, FERA e outros, com total apoio da direção e equipe
pedagógica.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
A educação do Campo é uma das políticas públicas do Estado do Paraná que tem
por objetivo o resgate histórico, social, econômico e cultural da população residente no
campo, frente a obrigatoriedade da oferta da educação para toda a população.
Com o objetivo de aumentar o acesso à escola, em se tratando, nesse caso dos
alunos do campo, os mesmos são trazidos via transporte escolar para frequentar as aulas na
zona urbana. Fica claro, porém, a necessidade de ser considerado, por parte dos docentes,
os valores, crenças e conhecimentos, trazidos por esses alunos, respeitando uma cultura
própria do meio em quem vivem. Uma educação entendida não como um fim em si
mesma, mas como instrumento de construção da hegemonia de um projeto de sociedade
Includente, Democrática e Plural. Uma educação que contribui para a construção entre
campo e cidade.
PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA – PEP
Com base na Instrução n º 02110-DAE será implantada nas escolas públicas
estaduais o Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP, cujo objetivo será preparar os
profissionais que trabalham na escola e o corpo discente a executar ações de prevenções de
incêndios e desastres naturais e situações de risco nas escolas.
69
PROJETOS
Durante o ano letivo são desenvolvidos alguns projetos interdisciplinares que
visam incrementar os conteúdos das disciplinas desenvolvidas em sala de aula,
contextualizando-os com atividades extra classe visando um olhar mais crítico e uma
formação integral do educando.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
20 Computadores
01 impressora
01 TV 21” Sintonizada ao Canal “Paulo Freire”
LABORATÓRIO PROINFO
18 computadores
01 impressora
LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA
04 Suportes Universais com Haste
04 Garras para Bureta
04 Garras para Balão
04 Anéis para Funil
04 Balões de Vidro de Fundo Chato
04 Balões Volumétricos de vidro
06 Bastões de vidro
08 Copos de Becker de vidro
06 Erlenmeyers de Vidro
05 Funis de vidro
05 Funis de separação
05 Pipetas de vidro
01 Manta Aquecedora
01 Agitador Magnético
70
02 Balanças Digitais
01 Phmetro Portátil
01 Microscópio Esterioscópio
01 Torso Humano
Conjunto Mov. Cinemática e dinâmica
Conjunto de termologia
Conjunto de ótica e Ondas
Leis de ohm
Kit de vidrarias (Química)
Reagentes Químicos
Lâminas para Microscópio
Cronometro Digital
Termômetro
Trena
O Colégio não possui espaço próprio para o Laboratório de Ciências, Física,
Química e Biologia, realizando suas atividades em espaços improvisados.
Equipamentos Tecnológicos
11 Tvs com Entrada para Pendrive;
11 Aparelhos de DVD;
02 Retroprojetor
02 Vídeo Cassete
01 Datashow
01 caixa de som amplificada
02 caixas de som
03 microfones sem fio
01 microfone com fio
01 filmadora
01 câmera fotográfica digital
02 telões de projeção
71
03 rádios com CD
02 mesas de som
Os equipamentos acima citados encontram-se em pleno funcionamento.
– instalações físicas: a colocação de grades nas janelas da biblioteca, a qual vai abrigar o
laboratório PROINFO, colocação de grades na entrada da escola com o objetivo de garantir
maior segurança com relação ao acesso de pessoas ao estabelecimento de ensino, toldos
interligando blocos, grade externa para instalação da central de gás, pinturas nas salas de
aulas e pátio interno, reforma de portas, revisão nas redes elétrica e hidráulica, canaletas
para água da chuva, instalação de luzes de emergência, placa com o nome do
estabelecimento, instalação de bebedouros;
– qualificação do corpo docente: formação continuada, grupo de estudos, equipe
multidisciplinar, reuniões pedagógicas, professores com PDE, oficinas disciplinares
ofertadas pela Secretaria de Estado da Educação e organizadas pelo Núcleo Regional de
Educação;
– recursos pedagógicos: os recursos pedagógicos como blocos lógicos, jogos de xadrez,
jogos de trilha, tangram, filmes educativos, livros para os professores e demais recursos
que são adquiridos durante todo o ano letivo e que enriquecem a biblioteca do professor, a
qual disponibiliza o material para os professores utilizarem em sala de aula, tornando as
aulas mais atraentes, proporcionando mais qualidade no ensino.
- os equipamentos tecnológicos: entre os equipamentos tecnológicos que os professores
utilizam com os alunos podemos citar: rádio, TV pendrive, DVD, laboratório de
informática, data show. Estes equipamentos encontram-se em bom estado de conservação e
são suficientes para os desenvolvimentos das atividades.
72
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 - DIURNO
Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia);
Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE
D
S
Janeiro
T Q Q
S
2 3 4 5 6 7
9 10 11 12 13 14
16 17 18 19 20 21
23 24 25 26 27 28
30 31
S
1
8
15
22
29
D
6
13
20
27
Fevereiro
T Q Q S S
1 2 3 4 5
7 8 9 10 11 12 18
14 15 16 17 18 19 dias
21 22 23 24 25 26
28
S
1 Dia Mundial da Paz
D
S
T
Abril
Q Q
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
D
S
6 7
13 14
20 21
27 28
Março
T Q Q S S
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12 20
15 16 17 18 19 dias
22 23 24 25 26
29 30 31
7 e 8 Carnaval
S
1
8
15
22
29
S
2
9 18
16 dias
23
30
21 Tiradentes
D
S
Maio
T Q Q
S
S
D
1 2 3 4 5 6 7 22
8 9 10 11 12 13 14 dias
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
1 Dia do Trabalho
S
5 6
12 13
19 20
26 27
Junho
T Q Q S S
1 2 3 4
7 8 9 10 11 20
14 15 16 17 18 dias
21 22 23 24 25
28 29 30
23 Corpus Christi
22 Paixão
D
S
Julho
T Q Q
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
S
1
8
15
22
29
S
2 3
9 dias
16
23 8
30 dias
D
7
14
21
28
Agosto
S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
8 9 10 11 12 13 23
15 16 17 18 19 20 dias
22 23 24 25 26 27
29 30 31
D
S
4 5
11 12
18 19
25 26
Setembro
T Q Q S S
1 2 3
6 7 8 9 10 21
13 14 15 16 17 dias
20 21 22 23 24
27 28 29 30
7 Independência
D
2
9
16
23
30
S
Outubro
T Q Q
S
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
S
1
8 19
15 dias
22
29
D
S
6 7
13 14
20 21
27 28
Novembro
T Q Q S S
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12 19
15 16 17 18 19 dias
22 23 24 25 26
29 30
D
S
4 5
11 12
18 19
25 26
Dezembro
T Q Q S S
1 2 3
6 7 8 9 10 11
13 14 15 16 17 dias
20 21 22 23 24
27 28 29 30 31
12 N. S. Aparecida
2 Finados
19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor
15 Proclamação da República
25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
8 Feriado Municipal
Férias Discentes
janeiro
31
fevereiro
7
julho
18
dezembro
13
Total
69
Férias/Recesso/Docentes
30
janeiro/férias
jan/julho/recesso
14
13
dez/recesso
3
outros recessos
Total
60
Feriado Municipal
Conselho de Classe
Dias letivos
1 dia
4 dias
202
Início/Término
Planejamento e Replanejamento
Férias
Recesso
Formação Continuada
Conselho de Classe
Reunião Pedagógica
Teixeira Soares, 09 de Novembro de 2010.
73
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 - NOTURNO
Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias);
Delib. 02/02-CEE
D
S
Janeiro
T Q Q
S
2 3 4 5 6 7
9 10 11 12 13 14
16 17 18 19 20 21
23 24 25 26 27 28
30 31
S
1
8
15
22
29
D
6
13
20
27
Fevereiro
T Q Q S S
1 2 3 4 5
7 8 9 10 11 12 18
14 15 16 17 18 19 dias
21 22 23 24 25 26
28
S
1 Dia M undial da Paz
D
S
T
Abril
Q Q
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
D
S
6 7
13 14
20 21
27 28
Março
T Q Q S S
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12 20
15 16 17 18 19 dias
22 23 24 25 26
29 30 31
7 e 8 Carnaval
S
1
8
15
22
29
S
2
9 19
16 dias
23
30
D
S
Maio
T Q Q
S
S
1 2 3 4 5 6 7 22
8 9 10 11 12 13 14 dias
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
1 Dia do Trabalho
21 Tirade nte s
D
S
5 6
12 13
19 20
26 27
Junho
T Q Q S S
1 2 3 4
7 8 9 10 11 20
14 15 16 17 18 dias
21 22 23 24 25
28 29 30
23 Corpus Chris ti
22 Paixão
D
S
Julho
T Q Q
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
S
1
8
15
22
29
S
2 4
9 dias
16
23 8
30 dias
D
7
14
21
28
Agosto
S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
8 9 10 11 12 13 23
15 16 17 18 19 20 dias
22 23 24 25 26 27
29 30 31
D
S
4 5
11 12
18 19
25 26
Setembro
T Q Q S S
1 2 3
6 7 8 9 10 21
13 14 15 16 17 dias
20 21 22 23 24
27 28 29 30
7 Inde pendência
D
2
9
16
23
30
S
Outubro
T Q Q
S
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
S
1
8 20
15 dias
22
29
D
S
6 7
13 14
20 21
27 28
Novembro
T Q Q S S
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12 20
15 16 17 18 19 dias
22 23 24 25 26
29 30
D
S
4 5
11 12
18 19
25 26
Dezembro
T Q Q S S
1 2 3
6 7 8 9 10 11
13 14 15 16 17 dias
20 21 22 23 24
27 28 29 30 31
12 N. S. Aparecida
2 Finados
19 Em ancipação Política do PR
15 Dia do Profe s sor
15 Proclam ação da Re pública
25 Natal
20 Dia Nacional da Cons ciê ncia Ne gra
8 Fe riado M unicipal
Férias Discentes
janeiro
31
fevereiro
7
julho
18
dezembro
13
Total
69
Férias/Recesso/Docentes
30
janeiro/férias
14
jan/julho/recesso
13
dez/recesso
3
outros recessos
Total
60
Feriado Municipal
Conselho de Classe
Dias letivos
1 dia
4 dias
206
Início/Término
Planejamento
Férias
Recesso
Formação Continuada
Conselho de Classe
Dia Letivo
CELEM
Teixeira Soares, 09 de Novembro de 2010.
74
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR
ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES
NRE:15 - IRATI
Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER
Turno: MANHÃ
Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA
Módulo:40 SEMANAS
DISCIPLINAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
5ª série
6ª série
7ª série
9
Arte
2
2
2
2
Ciências
3
3
3
4
Educação Física
3
3
3
3
Ensino Religioso*
1
1
0
0
Geografia
3
3
3
3
História
3
3
4
3
Língua Portuguesa
4
4
4
4
Matemática
4
4
4
4
SUB-TOTAL
22
22
23
23
L.E.M. – Inglês **
2
2
2
2
SUBTOTAL
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24
24
25
25
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
*
Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.
** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
Data de emissão: 16 de novembro de 2010.
75
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR
ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES
NRE:15 - IRATI
Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER
Turno: TARDE
Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA
Módulo:40 SEMANAS
DISCIPLINAS
5ª série
6ª série
7ª série
8ª série
Arte
2
2
2
2
Ciências
3
3
3
4
Educação Física
3
3
3
3
Ensino Religioso*
1
1
0
0
Geografia
3
3
3
3
História
3
3
4
3
Língua Portuguesa
4
4
4
4
Matemática
4
4
4
4
SUB-TOTAL
22
22
23
23
L.E.M. – Inglês **
2
2
2
2
SUBTOTAL
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24
24
25
25
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
*
Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.
** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
76
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR
ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES
NRE:15 - IRATI
Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER
Turno: NOITE
Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA
Módulo:40 SEMANAS
5ª série
6ª série
7ª série
8ª série
Arte
2
2
2
2
Ciências
3
4
3
4
Educação Física
3
3
3
3
Ensino Religioso*
1
1
0
0
Geografia
4
3
3
3
História
3
3
4
3
Língua Portuguesa
4
4
4
4
Matemática
4
4
4
4
SUB-TOTAL
23
23
23
23
L.E.M. – Inglês **
2
2
2
2
SUBTOTAL
2
2
2
2
TOTAL GERAL
25
25
25
25
DISCIPLINAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
*
Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.
** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
Data de emissão: 16 de novembro de 2010.
77
Matriz Curricular do Ensino Médio
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 15 – IRATI
MUNICÍPIO: 2720 - TEIXEIRA SOARES
ESTABELECIMENTO: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR
ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENDEREÇO: RUA XV DE NOVEMBRO, 413 – CENTRO
FONE: 42 3460-1358
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA
1ª série
2ª série
3ª série
Arte
2
2
2
Biologia
2
2
2
Educação Física
2
2
2
Filosofia
2
2
2
Física
2
2
2
Geografia
2
2
2
História
2
2
2
Língua Portuguesa
2
3
3
Matemática
3
2
2
Química
2
2
2
Sociologia
2
2
2
SUB-TOTAL
23
23
23
L.E.M. - Espanhol
2
2
2
L.E.M. – Inglês *
4
4
4
SUB-TOTAL
6
6
6
TOTAL GERAL
29
29
29
DISCIPLINAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.
Data de emissão: 16 de novembro de 2010.
78
Matriz Curricular do Ensino Médio
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 15 – IRATI
MUNICÍPIO: 2720 - TEIXEIRA SOARES
ESTABELECIMENTO: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR
ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENDEREÇO: RUA XV DE NOVEMBRO, 413 – CENTRO
FONE: 42 3460-1358
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
1ª série
2ª série
3ª série
Arte
2
2
2
Biologia
2
2
2
Educação Física
2
2
2
Filosofia
2
2
2
Física
2
2
2
Geografia
2
2
2
História
2
2
2
Língua Portuguesa
2
3
3
Matemática
3
2
2
Química
2
2
2
Sociologia
2
2
2
SUB-TOTAL
23
23
23
L.E.M. - Espanhol
2
2
2
L.E.M. - Inglês *
4
4
4
SUB-TOTAL
6
6
6
TOTAL GERAL
29
29
29
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.
Obs.: Serão Ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
Data de emissão: 16 de novembro de 2010.
79
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES
NRE: IRATI
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS
LÍNGUA PORTUGUESA
Total de Horas
Total de horas/aula
174
208
106
128
ARTE
54
64
FILOSOFIA
54
64
SOCIOLOGIA
54
64
EDUCAÇÃO FÍSICA
54
64
MATEMÁTICA
174
208
QUÍMICA
106
128
FÍSICA
106
128
BIOLOGIA
106
128
HISTÓRIA
106
128
GEOGRAFIA
106
128
LÍNGUA ESPANHOLA *
106
128
E LITERATURA
LEM – INGLÊS
TOTAL
1200/1306
1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
80
4 - MATRIZ CURRICULAR
4.1 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES
NRE: IRATI
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINAS
Total de
Total de
Horas
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
226
272
ARTE
54
64
LEM - INGLÊS
160
192
EDUCAÇÃO FÍSICA
54
64
MATEMÁTICA
226
272
CIÊNCIAS NATURAIS
160
192
HISTÓRIA
160
192
GEOGRAFIA
160
192
ENSINO RELIGIOSO*
10
12
Total de Carga Horária do Curso
1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E
DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
81
EJA Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES
NRE: IRATI
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS
Total de Horas
Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA E
174
208
LITERATURA
LEM – INGLÊS
106
128
ARTE
54
64
FILOSOFIA
54
64
SOCIOLOGIA
54
64
EDUCAÇÃO FÍSICA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
FÍSICA
BIOLOGIA
54
174
106
106
106
64
208
128
128
128
HISTÓRIA
106
128
GEOGRAFIA
106
128
LÍNGUA ESPANHOLA *
106
128
TOTAL
1200/1306
1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO:
Este Projeto Político Pedagógico terá êxito se houver união entre todos os
professores, equipe pedagógica e administrativa e funcionários nas ações colegiadas. Se todos
82
proporcionarem a construção de novas formas de relação de trabalho, com espaços abertos à
reflexão coletiva, que favoreçam o diálogo, a comunicação entre os diferentes segmentos
envolvidos com o processo educativo e a descentralização do poder.
A importância de se avaliar o projeto reside no fato de poder verificar se atingimos o
objetivo proposto, indicar formas de melhorar sua eficácia e promover a valorização das
pessoas empenhadas no desenvolvimento do processo educacional, além de poder mostrar os
resultados obtidos.
Avaliar
é
levar
permanentemente
em
consideração,
discutir
e
construir
coletivamente. Para isto, é preciso converter os dados coletados em aplicações práticas, para
mudanças favoráveis, estabelecendo uma relação de abertura para dialogar sobre suas
angústias e ansiedades e trabalhar sob um “clima” favorável para o processo de construção do
conhecimento. Esta Avaliação do Projeto Político Pedagógico será feita sempre que se julgar
necessário.
Os objetivos contidos na Proposta Curricular e no Projeto Político Pedagógico só
serão alcançados com a participação de toda comunidade escolar. Isto é, cada um em seu
setor de trabalho, na sua função, exercendo com qualidade e responsabilidade suas
atribuições, procurando fazer um trabalho em equipe. Sendo indispensável o entrosamento
entre os segmentos do Estabelecimento de Ensino (direção, equipe pedagógica, professores,
agentes de execução e agentes de apoio).
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O Programa de Avaliação Institucional da Educação Básica do Paraná ocorrerá
anualmente, em todas as escolas públicas, podendo acontecer em um ou vários momentos.
O principal objetivo da Avaliação Institucional será a interferência na realidade
educacional, através da participação efetiva de todos os integrantes desta comunidade escolar.
Estes momentos de reflexão servirão para a realização de uma sondagem sobre o
andamento das atividades educativas, levantamento das necessidades, das falhas, corrigindo
pontos negativos e reforçando pontos positivos.
É importante ressaltar a necessidade de participação de todos os profissionais da
escola, assim como os pais, alunos e comunidade na Avaliação Institucional para que o
Projeto Político Pedagógico se concretize.
83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e
Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. SP : Cortez,
1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17
(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação – PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Deliberação 06/06 – CEE
- Deliberação 01/06 – CEE
- Deliberação 06/09 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
- Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB
Constituição Brasileira – Artigo 205.
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. SP : Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO,
1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de
Escolarização da População. Mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação
de Jovens e Adultos. Mimeog.
84
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LDBEN nº 9394/96.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do
trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba:
SEED – PR, 2004.
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova
LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a
Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
DCEs, Educação de Jovens e Adultos, SEED, Curitiba, 2006
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069 de 13 de julho de 1990.
85
ANEXOS
86
REGULAMENTO INTERNO
DAS NORMAS GERAIS
Os horários de aulas serão os seguintes:
MANHÃ: das 7h 15min às 11h 40min, sendo assim distribuído:
1ª aula das 7h 15min às 8h 05min
2ª aula das 8h 05min às 8h 55min;
3ª aula das 8h 55min às 9h 45min;
4ª aula das 10h 00min às 10h 50min;
5ª aula das 10h 50min às 11h 40min.
TARDE: das 12h 55min às 17h 20min, sendo assim distribuído:
1ª aula das 12h 55min às 13h 45min;
2ª aula das 13h 45min às 14h 35min;
3ª aula das 14h 35min às 15h 25min;
4ª aula das 15h 40min às 16h 30min;
5ª aula das 16h 30min às 17h 20min.
NOITE: DAS 18h 45min às 22h 55min
1ª aula das 18h 45min às 19h 35min;
2ª aula das 19h 35min às 20h 25min;
3ª aula das 20h 25min às 21h 15min;
4ª aula das 21h 25min às 22h 10min;
5ª aula das 22h 10min às 22h 55min;
1. O início das aulas de cada turno se dará com a forma dos alunos por turma, acompanhados
pelo professor da 1ª aula e com a reflexão. Na segunda-feira será cantado o Hino Nacional
Brasileiro.
2. O aluno líder de cada turma fica encarregado de abrir a sala de aula ao término da reflexão,
assim como fechar e abrir no horário do recreio.
3. Os alunos se dirigem para sala de aula acompanhados pelo professor.
4. Os alunos que eventualmente chegarem atrasados deverão justificar-se perante a Direção,
ou à Equipe Pedagógica ou à Secretaria.
5. O aluno não poderá entrar na sala de aula após o professor. Obs.: O aluno que chegar
87
atrasado, será encaminhado à Equipe Pedagógica.
6. Os recreios terão duração de 15 minutos, no período da manhã e tarde e 10 minutos no
período da noite, sendo nos seguintes horários:
MANHÃ: DAS 09h 45min às 10h 00min;
TARDE: DAS 15h 25min ÀS 15h 40min;
NOITE: DAS 21h 15min ÀS 21h 25min;
7. A merenda será servida no pátio interno.
8. O aluno que gazear aula, a mala ficará no Colégio até a vinda dos pais ou responsáveis.
9. Não é permitido assistir aula usando mp3, Celular, Boné e mascando chicletes. O celular só
será permitido aos funcionários e professores em hora-atividade ao entrar em sala de aula o
mesmo deverá ser desligado.
10. O Conselho de Classe será realizado no final de cada bimestre ou quando necessário.
11. As faltas por motivo de doença ou não, deverão ser justificadas pelos pais ou responsáveis
quando
menor de idade. Os atestados médicos serão aceitos, mas as faltas não serão
abonadas, salvo em casos especiais (doenças infecto-contagiosas, traumatismo, licença de
gestação); em caso de falta por motivo de trabalho, apresentar declaração da empresa o mais
rápido possível.
12. Os alunos só poderão ausentar-se das dependências do Colégio durante o horário de aula
com autorização dos pais, através de bilhete ou pessoalmente, neste caso fazendo seu registro
e assinatura. Quando maior de idade apresentando justificativa perante a Direção ou equipe
pedagógica.
13. O aluno que não comparecer no dia de avaliação de aprendizagem deverá estar preparado
para realizá-la na aula seguinte, mediante atestado médico apresentado ao professor ou por
meio de justificativa/requerimento (com motivo justo e significativo) feita na secretaria da
Escola. A Direção poderá indeferir a justificativa; quando considerar que o motivo não seja
justo.
14. O aluno quando faltar às aulas deverá copiar os conteúdos, colocando a matéria em dia.
15. O aluno que faltar cinco dias consecutivos ou sete dias alternados, sem justificativa será
preenchida a ficha do FICA e encaminhado ao Conselho Tutelar.
16. Os trabalhos extraclasse com datas pré-fixadas não serão aceitos após o prazo
determinado, ou a critério do professor, conforme conste em seu PTD.
17. Os objetos alheios às atividades escolares não deverão ser trazidos para a escola, pois esta
não se responsabilizará em caso de extravio ou dano. Revistas ou bebidas de qualquer
88
natureza, não serão devolvidas. Celulares recolhidos em sala de aula, só serão entregues aos
pais ou responsáveis.
18. Danos causados ao patrimônio da Escola pelo aluno, deverão, por ele serem reparados ou
pagos.
19. Os alunos não poderão permanecer nos corredores durante os intervalos de aula e aulas
vagas.
20. O aluno somente poderá ser dispensado das aulas de Educação Física mediante atestado
médico, ou em conformidade com a lei 7.692; 88 de 20 de dezembro de 1988.
21. Cada turma contará com um professor responsável para dar-lhes atendimento especial
sendo denominado “Professor Regente”.
22. Cada turma contará com líder e vice-líder eleito pelos alunos.
23. O líder que não cumprir com as suas funções relacionadas no PPP terá o mandato tirado e
o novo líder será indicado pela Direção e Equipe Pedagógica.
24. Alunos com dificuldades na aprendizagem podem ser ajudados por alunos que estejam
disponíveis em horário contrário.
25. Os alunos somente poderão usar o telefone da Escola em situação de comprovada
necessidade e com autorização da Equipe pedagógica ou Secretaria.
26. O aluno que não apresentar toda a documentação exigida por lei até 30 (trinta) dias letivos
após a matrícula poderá ter a mesma indeferida.
27. É proibida a entrada de alunos, professores e funcionários na cantina (cozinha).
28. Os professores pedagogos atenderão os pais ou responsáveis nos horários:
MANHÃ: DAS 8h 00min ÀS 11h 00min
TARDE: DAS 13h 30min ÀS 16h 30min
NOITE: DAS 19h 30min ÀS 22h 00min
29. Os pais ou responsáveis para entrar no Estabelecimento deverão identificar-se e receber
autorização da Equipe Administrativa ou pedagógica.
30. A biblioteca ficará aberta nos seguintes horários:
MANHÃ: das 07h 15min às 11h 40min.
TARDE: das 13h 00min às 17h 20min.
NOITE: das 18h 45min às 22h 45mim.
31. A Escola contará com a APMF– Associação de Pais e Mestres e Funcionários, Conselho
Escolar e Grêmio Estudantil como instituições auxiliares.
32. O aluno deverá fazer uso do uniforme escolar (calça e camiseta) nos três turnos conforme
89
decidido em ata de APMF e Conselho Escolar, embasado na Lei 14361 de 19/04/2004.
Considerando que o mesmo contribui para identificação de aluno e, consequentemente a sua
segurança. Ao educando que comparecer sem uniforme será fornecido um pela Equipe
Pedagógica, caso contrário, não assistirá as aulas e será encaminhado para a biblioteca com
atividades.
33. As notas bimestrais deverão ser entregues pelos professores na secretaria na data marcada.
34. É vedado ao professor dispensar alunos antes de tocar o sinal.
35. Documentos referentes à transferência para outra escola somente serão expedidos com a
solicitação do pai ou responsável nos casos em que o aluno for de menor e ainda mediante a
entrega dos livros didáticos.
36. O (a) aluno (a) que não cumprir o regulamento interno e tendo sido advertido várias vezes
no decorrer do ano letivo, será proibido de participar do JEP's, passeios e viagens culturais e
de lazer.
AVALIAÇÃO
37. A avaliação do aproveitamento escolar será realizada individualmente ou em grupo,
através de testes, provas, produção de textos, trabalhos orais e escritos, pesquisas, relatórios,
debates, discussões, experimentos, práticas educativas, auto-avaliação, observação direta e
contínua. Serão aplicadas no mínimo duas avaliações por bimestre ou a critério do professor,
de acordo com a Deliberação nº 007/99.
38. Os resultados de avaliação serão traduzidos bimestralmente na forma de notas. Seguindo
a escala de 0 (Zero) a 10 (Dez). A média bimestral e final deverá ser igual ou superior a 6,0
(Seis).
39. Durante o bimestre o professor acompanhará o desempenho dos alunos oferecendo
momento de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o
aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período. Visto que não haverá
recuperação ao final do ano letivo.
40. Conforme a nova LDB, (Leis de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 ) o artigo 24,
inciso I a avaliação será contínua, cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
41. O aluno que tiver média 6,0 na média anual será promovido para o ano seguinte. A média
anual será calculada da seguinte maneira: 1º bim. + 2º bim. + 3º bim. + 4º bim. / 4.
42. As notas serão comunicadas aos pais ou responsáveis por meio de Boletim Escolar ou
Edital.
90
43. O aluno que estiver com todas as notas acima da média poderá levar o boletim para casa.
Se tiver alguma nota abaixo da média levará um comunicado (oral ou escrito) para os pais ou
responsáveis se dirigirem à Escola ou a critério do pedagogo.
DIREITO DOS ALUNOS
44. Solicitar orientação dos diversos setores do Estabelecimento de Ensino, especialmente da
Equipe Pedagógica e Professores.
45. Participar de agremiações estudantis.
46. Utilizar os serviços e dependências escolares respeitando as normas estabelecidas no
Regulamento Interno, mediante autorização de quem é de direito.
47. Tomar conhecimento de seu rendimento escolar e de sua frequência.
48. Solicitar revisão de notas, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas a partir da
divulgação das mesmas.
49. Receber ensino de qualidade com conteúdos adequados à série, ministrados de forma clara
e compreensível.
50. Conhecer os principais objetivos a serem trabalhados durante o ano letivo.
51. Ser ouvido e respeitado como pessoa.
52. Participar de todas as atividades programadas e desenvolvidas pela escola.
DEVERES
53. Manter e promover relações cooperativas com professores, colegas e comunidade.
54. Atender as determinações dos diversos setores do estabelecimento de Ensino nos
respectivos âmbitos de competência, tratando a todos com igualdade e respeito. Obs:
Desacato ao funcionário público (professor e funcionários) Art. 331 – Desacatar funcionário
público no exercício de sua função ou em razão dela, Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos ou multa.
55. Ser assíduo e pontual com os horários e trabalhos escolares.
56. Assistir e participar das aulas, mesmo que seja horário de outro professor.
57. Tratar com respeito e educação os colegas, funcionários e professores, bem como todas as
pessoas.
58. Uso obrigatório do uniforme escolar (calça e camiseta) nos três turnos.
59. Providenciar e dispor do material básico necessário às aulas (das diversas disciplinas).
60. Fazer todas as atividades escolares solicitadas pelos professores, com interesse e atenção.
61. Cuidar da higiene pessoal, cooperar na manutenção da higiene e na conservação das
instalações escolares.
91
62. Devolver as canecas, pratos e talheres após o uso na cozinha.
63. Cuidar e zelar dos materiais e livros didáticos, encapá-los.
64. Cumprir as determinações deste regulamento ao que lhe convir e colaborar com a
disciplina e responsabilidade necessária para o ambiente propício a aprendizagem.
NÃO É PERMITIDO
65. Entrar ou sair da sala de aula depois do início da mesma ou nos intervalos sem autorização
do professor.
66. Ausentar-se de forma individual ou coletiva em horário de aula do Colégio sem
autorização da Direção, Equipe Pedagógica, ou Secretaria e mediante solicitação dos pais.
67. Ocupar-se durante as aulas com trabalho não referente às mesmas.
68. Trazer para o colégio material de qualquer natureza estranho ao estudo e que ofereçam
perigo, bem como dinheiro e objetos de valor, bonés, celular, pelos quais o estabelecimento
não se responsabiliza pelo desaparecimento.
Da mesma forma fica proibido o uso do
corretivo em sala de aula.
69. Não é permitido tomar bebidas alcoólicas, fumar nas dependências do Colégio (conforme
a Resolução 2555/08 de 23/06/2008) , bem como lanchar na sala de aula, mascar chicletes
durante as aulas e andar de bicicleta no pátio escolar.
70. Praticar atos de vandalismo de qualquer natureza.
71. Promover jogos, excursões, festinhas, coletas, listas de pedidos, ou vender produtos de
qualquer natureza sem autorização da Direção.
72. Promover desordens nas dependências e mediações do Colégio, bem como fazer se
acompanhar de pessoas estranhas que podem atrapalhar o bom andamento das atividades
escolares.
73. Estar nas dependências da escola, fora do horário de aula, sem atividade escolar.
74. Namorar ou “ficar” nas dependências do colégio.
75. Deixar de assistir aulas estando no Colégio.
76. Impedir a entrada de colegas ou incitá-los à ausência coletiva.
77. Usar de meios fraudulentos em provas e trabalhos escolares.
78. Ofender ou agredir colegas, pais ou responsáveis de colegas, professores e funcionários da
Escola.
79. Gravar nas paredes, carteiras ou qualquer parte do prédio nomes, desenhos ou outros
sinais, caracteriza dano ao patrimônio público, sendo assim o(s) aluno(s) serão obrigados a
reparar o dano.
92
80. Divulgar, por meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o
nome da escola, de professores ou funcionários sem autorização da Direção, professores ou
funcionários.
81. Rasurar provas, comunicados ou outros documentos.
82. Falsificar assinatura de pai/mãe ou responsável em documentos ou comunicados.
83. Participar de jogos de azar nas dependências da Escola.
84. Retirar e/ou utilizar qualquer objeto ou material da Escola sem a devida autorização.
85. Atentar contra os bons costumes.
86. Causar danos de qualquer tipo ao patrimônio e/ou material da Escola, caso isto ocorra, o
aluno deverá reparar o dano causado.
MEDIDAS DISCIPLINARES
87. Visando uma convivência harmoniosa e a formação de atitudes responsáveis, honesta e
justa, serão promovidas palestras de caráter preventivo envolvendo todos os alunos.
88. As medidas disciplinares abaixo serão aplicadas em situações provocadas pelos alunos que
transgredirem as normas desse regulamento:
I. Advertência oral.
II. Retratação: Revisão de atitude nos atos.
III. Advertência escrita.
IV. Comunicação aos pais solicitando a presença dos mesmos ao Colégio
V. Assinatura do Termo de Compromisso, quando de maior.
VI. Advertência escrita em documento próprio com a devida ciência dos pais.
VII. Obrigação de reparar o dano causado.
VIII. Encaminhamento ao Conselho Escolar;
IX. Encaminhamento ao Conselho Tutelar e ou Promotor.
REGULAMENTO DA BIBLIOTECA
Parágrafo Único – Cabe a todos os usuários a aceitação do presente regulamento.
Artigo 1º - Para que o leitor possa usufruir do empréstimo é imprescindível que se registre na
Biblioteca.
Artigo 2º - O funcionamento da biblioteca será nos seguinte horários:
Manhã – 07h:15min às 11h:40min
Tarde – 13h:00min às 17h:20min
Noite – 18h:45min às 22h:45min
93
Artigo 3º - terão direito ao empréstimo somente alunos, professores e funcionários do Colégio
Estadual João Negrão Júnior Ensino Fundamental, Médio e EJA.
Artigo 4º - cada aluno tem direito a emprestar apenas dois livros didáticos ou de leitura;
Parágrafo Único – Aos integrantes da comunidade, somente será permitido o acesso à
biblioteca para consulta de obras no local.
Artigo 5º - O prazo de empréstimo será de uma semana mais uma renovação.
Artigo 6º - Será feita a renovação somente com a apresentação do livro. Coleções e
enciclopédias não serão emprestados, as pesquisas deverão ser feitas no local.
Artigo 7º - No atraso da entrega de livros o (a) aluno (a) deverá pagar uma multa conforme a
quantidade de dias que o livro está atrasado, não podendo fazer novos empréstimos enquanto
não saldar a dívida. O dinheiro arrecadado com as multa será revertido para aquisição de
novos livros.
Artigo 8º - toda a perda ou estrago do livro, implicará na substituição do mesmo por parte do
usuário dentro do prazo de quinze dias. Findo o prazo previsto, o usuário deverá efetuar o
pagamento do valor do livro, dentro de quinze dias.
Artigo 9º - Fica vedado o empréstimo de livros aos alunos e professores quinze dias antes do
término do período letivo.
Artigo 10º - Deve-se fazer silêncio durante a permanência na biblioteca.
Artigo 11º - É vedada a entrada e permanência de alunos na biblioteca com lanches.
Artigo 12º - É vedado o empréstimo de livros em nome de terceiros.
Artigo 13º - É vedada a entrada de alunos com pastas escolares no interior da biblioteca.
Artigo 14º - são será permitido a permanência de alunos na biblioteca durante o horário de
aula sem a autorização do professor.
Artigo 15º - não será permitido sair da biblioteca portando material bibliográfico sem que seja
registrada a sua saída.
Artigo 16º - não é permitido danificar com lápis, caneta ou mesmo arrancar folhas de obras
pertencentes ao acervo da biblioteca.
Artigo 17º - Os casos omissos serão resolvidos em conjunto com a direção.
Parágrafo Único – A biblioteca não se responsabiliza pelo furto de objetos pessoais em suas
dependências, por descuido do usuário.
Artigo 18º - A biblioteca contempla também o empréstimo de fitas de vídeo e DVDs, para
professores e funcionários.
Artigo 19º - A biblioteca do professor contempla livros e DVDs, para empréstimos a
94
professores e funcionários. A responsabilidade quanto o mesmo, está a cargo da Equipe
Pedagógica.
REGULAMENTO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA – PROINFO
Este laboratório está instalado na biblioteca.
Artigo 1º - O aluno poderá usar o laboratório no período de contra turno; em horário de aula, o
laboratório poderá ser usado, com autorização do professor;
Artigo 2º - Quando se tratar de trabalhos em grupos é necessário o agendamento prévio;
Artigo 3º - O uso do uniforme é obrigatório, tanto no horário de aula como no contra turno;
Artigo 4º - Lavar as mãos antes de usar o laboratório;
Artigo 5º - O aluno poderá usar o laboratório durante 1 hora por dia;
Artigo 6º - A responsabilidade pelo uso do computador é do aluno, que deve acessar com sua
senha particular;
Artigo 7º - O aluno que tiver que ficar na biblioteca porque foi advertido por algum motivo,
deverá fazer atividades escolares da aula;
Para manter os laboratórios em bom funcionamento, as seguintes orientações devem ser
respeitadas, sendo terminantemente PROIBIDO:
•Usar o equipamento de forma inadequada como: colar adesivos ou qualquer tipo de material;
•Modificar a localização de periféricos e componentes dos computadores de onde estão
instalados, tais como monitor, teclado e mouse;
•Fazer download e instalação de qualquer tipo de arquivo sem permissão;
•Imprimir arquivos sem permissão;
•Imprimir textos e/ou figuras que não estejam diretamente relacionados com as atividades da
Escola; a cota de impressão será de 5 folhas diárias e o aluno deverá trazer suas folhas;
•Abrir arquivos que podem conter VÍRUS;
•Armazenar trabalhos na memória dos computadores (deve-se usar pen drive), pois ao final do
dia tudo que estiver na memória será deletado;
•Usar PEN-DRIVE ou CD-ROM sem passar o Antivírus;
•Consumir ou portar alimentos e bebidas nas dependências do laboratório;
•Alterar as configurações dos computadores e programas;
•Trocar os papéis de parede;
•Colocar os dedos na tela ou objetos como por exemplo: caneta, lápis...;
95
•Acessar chats, páginas de relacionamentos ou de conteúdos impróprios ou outras não
relacionados às atividades escolares;
• Acessar programas de comunicação, sítios de relacionamentos e similares;
•Acessar serviços de jogos on-line que não sejam de caráter educativo.
•Usar o celular no laboratório;
•O aluno não poderá permanecer no laboratório sem a presença de um funcionário;
•Caso o aluno descumpra com as normas, ele terá o seu direito de uso suspenso por tempo
determinado pela direção e/ou equipe pedagógica.
96
PROPOSTAS CURRICULARES
97
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A dimensão histórica, destaca alguns marcos do desenvolvimento da Arte no âmbito
escolar. As concepções de alguns artistas e teóricos que se preocupam com o conhecimento
em Arte e instituições criadas para atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa
história, permitirá aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em
nosso país e Paraná.
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica
denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e
africana uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte.
Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de
artes e ofícios, por meio de retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes
manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se,
também, as manifestações artísticas locais.
Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de
1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.
Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música
caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as
cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa,
entre outras, que permanecem com algumas variações.
No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil - século XVI ao XVIII - a
Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o Renascimento e
culminaram com o iluminismo. Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico
medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que
todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência.
Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do
território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da
Colônia. A chamada Reforma Pombalina fundamentava-se nos padrões da Universidade de
Coimbra, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar dessa
reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. Nos espaços dos colégios jesuítas
passaram a funcionar colégios-seminários dirigidos por outras congregações religiosas, onde
98
padres-mestres eram responsáveis pelo ensino. Entre esses colégios-seminários, destacaramse o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de obras
foram iniciadas e entre essas ações , destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses
encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender
as artes e ofícios artísticos e esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja
concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica.
Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com fim dos colégiosseminários e sua transformação em estabelecimentos públicos. No Paraná, foi fundado o
Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio
Pedro II e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para formação em magistério.
Em 1886 foi criada por Antônio Mariano de Lima, a Escola de Belas Artes e
Industrias que desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes plásticas e da
música na cidade; dessa escola foi criada em 1917, a Escola Profissional Feminina, que
oferecia, além do desenho e pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados
que faziam parte da formação da mulher; em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do
Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivas e liberais.
Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção
capitalista e secundarizou o ensino de Arte que passou a abordar, tão somente as técnicas e
artes manuais. Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos
mais diversos espaços sociais são influenciados também por movimentos políticos e sociais.
O ensino de Arte passou a ter então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e
criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essas concepções foram gradativamente
incorporadas para o ensino de outras faixas etárias. Pela primeira vez uma tendência
pedagógica – Escola Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, esse trabalho
permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o
ensino de música foi reduzido ao estudo da teoria musical e, novamente, a execução de hinos
ou outras canções cívicas.
O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a classe
social a qual se destinava, no Paraná houve reflexos desses vários processos pelos quais
passou o ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e
entre eles artistas vieram novas ideias e experiências culturais diversas como a aplicação da
Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da
99
sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da
realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar uma disciplina escolar.
Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o
ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto
seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que
minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão
somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua
expressão. No currículo escolar a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento
denominada Comunicação e Expressão.
A Parti de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela
redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Nesse processo os
movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos que promoviam, entre outras
coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor novos fundamentos políticos para
a educação.
Após esses anos de trabalho de implementação das propostas, o processo foi
interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras
bases teóricas, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de
1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos
professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino e os PCN em arte tiveram como
principal fundamentação a proposta de Ana Mãe Barbosa, denominada de metodologia
triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE
(Discipline Based Art Education) norte-americana que teve origem no final dos anos de 1960
nos Estados Unidos.
Em 2003 iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da
Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e instituições Superior
(IES), pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes
curriculares estaduais.
Um exemplo dessas políticas e a Instrução Secretarial nº015/2006 que estabelece o
mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as disciplinas do Ensino Médio.
Outro exemplo é a retomada dos concursos públicos para professores principalmente para a
Arte.
Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de arte. Assim o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para
100
se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a ideia da arte
como representação, em muitos casos assimilada como referência formativa no ensino de arte.
A partir dessa concepção cabe a educação tão somente promover o ajustamento do sujeito que
deve achar seu lugar na sociedade e resignar-se.
Com os filósofos e os artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de
Arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel ou
idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expressão
concretizada em formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e de
emoções.
O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os conhecimentos
e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo
cultural historicamente constituído pela humanidade.
Para isso o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a
finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais
objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta.
Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de
criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico a
partir dos campos conceituais que historicamente tem produzido estudos sobre ela, quais
sejam:
-o conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de
cunho sensível e cognitivo;
-o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da
criação, toma em consideração o artista no processo de criação.
Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se
efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas. Nas
aulas de Arte os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica,
abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica o que
permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e
possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdade e injustiças. O sentido de
cognição implica não apenas o aspecto inteligível e racional, mas também o emocional e o
valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade.
101
O homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se
capaz de abstrair, simbolizar e criar arte. Assim, em todas as culturas, constata-se a presença
de maneiras diferentes daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto
nos ritualísticos, muitos dos quais vieram a ser considerados objetos artísticos.
A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da
sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a
si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos às
coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso
o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito
crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
ELEMENTOS
FORMAIS
Altura
Duração
MÚSICA Timbre
Intensidade
Densidade
Ponto
Linha
ARTES
Superfície
VISUAIS
Textura
Ritmo
Arte Greco-Romana, Arte Oriental,
Melodia
Arte Africana, Arte Medieval,
harmonia
Renascimento, Rap, Tecno, Barroco,
tonal
Classicismo, Romantismo,
Modal
Vanguardas Artísticas, Arte
contemporâneas Escalas
Engajada, Música Serial, Música
Sonoplastia
Eletrônica, Música Minimalista,
Estrutura Gêneros: erudita,
Música Popular Brasileira, Arte
folclórica...
Popular, Arte Indígena, Arte
Técnicas: instrumental, vocal,
Brasileira, Arte Paranaense, Indústria
mista, improvisação...
Cultural, Arte Latino-Americana...
Figurativa
Arte Pré-histórica, Arte no Antigo
Abstrata
Egito, Arte Greco-Romana, Arte Pré-
Figura-fundo
Colombiana, Arte Oriental, Arte
Bidimensional
Africana, Arte Medieval, Arte
Tridimensional
Bizantina, Arte Românica, Arte
Semelhanças
Gótica, Renascimento, Barroco,
Contrastes
Neoclassicismo, romantismo,
102
Volume
Luz
Ritmo Visual
Realismo, Impressionismo,
Gêneros: Paisagem, retrato,
Expressionismo, Fauvismo,
natureza-morta...
Cubismo, Abstracionismo,
Técnicas: Pintura, gravura,
Dadaísmo, Construtivismo,
escultura, arquitetura, fotografia, Surrealismo, Op-Art, Pop-art, Arte
Cor
vídeo...
Naif, Vanguardas artísticas, Arte
Popular, Arte Indígena, Arte
Brasileira, Arte Paranaense, Indústria
Cultural, Arte Latino-Americana,
Personagem
Representação,
Muralismo...
Arte Greco-Romana, Arte Oriental,
(expressões
Texto Dramático,
Arte Africana, Arte Medieval,
corporais, vocais, Dramaturgia, Roteiro,Espaço
Renascimento, Barroco,
gestuais e
Cênico
Neoclassicismo, Romantismo,
faciais)
Sonoplastia, iluminação,
Realismo, Expressionismo,
cenografia, figurino, adereços,
Vanguardas Artísticas, Teatro
máscara, caracterização
Dialético, Teatro do Oprimido,
Gêneros: tragédia, Comédia,
Teatro Pobre, Teatro essencial,
Drama, Épico, Rua, etc.
Teatro do Absurdo, Arte Engajada,
Técnicas: jogos teatro indireto
Arte Popular, Arte Indígena,
(manipulação, bonecos,
Arte Brasileira, Arte Paranaense,
sombras...), improvisação,
Indústria Cultural,
monólogo, jogos dramáticos,
Arte Latino-Americana.
TEATRO Ação
Espaço
direção, produção...
Eixo
Arte Pré-Histórica, Arte
Movimento
Dinâmica
Greco-Romana, Arte Oriental,
Corporal
Aceleração
Arte Africana, Arte Medieval,
Ponto de apoio
Renascimento, Barroco,
Salto e queda
neoclassicismo, Romantismo,
Rotação
Expressionismo, Vanguardas
Formação
Artísticas, Arte Popular,
Deslocamento
Arte Indígena, Arte Brasileira,
Sonoplastia
Arte Paranaense, Dança Circular,
DANÇA Temporal
Espaço
103
Coreografia
Indústria Cultural, Dança Clássica,
Gêneros: folclóricas, de solão,
Dança Moderna, Dança
étnica...
Contempo-rânea, Hip Hop,
Técnicas: improvisação,
Arte Latino-Americana...
coregrafia...
CONTEÚDO BÁSICO DA DISCIPLINA DE ARTE
6º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
ATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Ritmo
Greco-Romana
o trabalho é direcionado Compreensão dos
para a estrutura e orga- elementos que
Duração
Timbre
Melodia
Escalas:
Oriental
nização da arte em suas estruturam e organizam
Ocidental
origens e em outros
a música e sua relação
períodos.
com o movimento
diatônica
Intensidade
Densidade
pentatônica
artístico no qual se
Africana
originaram. Desenvol-
cromática
vimento da formação
Improvisação
dos sentidos rítmicos e
de intervalos melódicos
e harmônicos.
7º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
104
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
Altura
Ritmo
Duração
Melodia
Timbre
Música popular
Nesta série é
e étnica
importante relacionar o diferentes formas
(ocidental e
conhecimento com
musicais populares,
oriental)
formas artísticas
suas origens e práticas
Escalas
Compreensão das
populares e o cotidiano contemporâneas.
do aluno.
Intensidade
Densidade
Gêneros:
Percepção dos modos
Apropriação prática e
folclórico,
de fazer música, através teórica de técnicas e
indígena,
de diferentes formas
modos de composição
popular e étnico
musicais.
musical.
Teorias da música.
Técnicas: vocal,
Produção de trabalhos
instrumental e
musicais com carac-
mista
terísticas populares e
Improvisação
composição de sons da
paisagem sonora.
8º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
Altura
Duração
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ritmo
Densidade
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
Nesta série, o trabalho
Compreensão das
Cultural
poderá enfocar o
diferentes formas
significado da arte na
musicais no Cinema e
sociedade contempo-
nas mídias, sua função
rânea e em outras
social e ideológica de
épocas, abordando a
veiculação e consumo.
mídia e os recursos
Apropriação prática e
Melodia
Harmonia
Minimalista
Intensidade
EXPECTATIVAS DE
Indústria
Eletrônica
Timbre
ABORDAGEM
Tonal, modal e
a fusão de
Rap, Rock,
tecnológicos na arte.
teórica das tecnologias
ambos.
Tecno
Percepção dos modos
e modos de composição
de fazer música, através musical nas mídias;
105
Técnicas: vocal,
de diferentes mídias.
relacionadas à
instrumental e
(Cinema, Vídeo, TV e
produção, divulgação e
mista
Computador)
consumo.
Teorias sobre música e
indústria cultural.
Produção de trabalhos
de composição musical
utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
9º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Ritmo
Música
a ênfase é na arte como Compreensão da
Melodia
Engajada
ideologia e fator de
música como fator de
Harmonia
transformação social.
transformação social.
Técnicas:
Música Popular Percepção dos modos
vocal,
Brasileira.
instrumental e
Intensidade
Densidade
de fazer música e sua
Produção de trabalhos
função social.
musicais, visando
Teorias da Músicas
atuação do sujeito em
mista
Música
Gêneros:
Contemporânea Produção de trabalhos
sua realidade singular e
popular,
com os modos de orga- social.
folclórico e
nização e composição
étnico.
musical, com enfoque
na Música Engajada.
6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
106
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Bidimensional
Arte Greco-
Nesta série o trabalho é Compreensão dos
Linha
Figurativa
Romana
direcionado para a
Textura
Geométrica,
Arte Africana
estrutura e organização estruturam e organizam
Forma
simetria
Arte Oriental
da arte em suas origens as artes visuais e sua
Superfície
Técnicas:
Arte Pré-
e outros períodos
relação com o movi-
Volume
Pintura,
Histórica
históricos; nas séries
mento artístico no qual
Cor
escultura,
seguintes, prossegue o
se originaram.Apro-
Luz
arquitetura...
aprofundamento dos
priação prática e teórica
Gêneros: cenas
conteúdos.
de técnicas e modos de
da mitologia...
elementos que
composição visual.
7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
Ponto
CONTEÚDOS BÁSICOS
Proporção
Arte Indígena
Relacionar o conhe-
Compreensão das
Linha
Tridimensional
cimento com formas
diferentes formas
Forma
Figura e fundo
Textura
Abstrata
Superfície
Perspectiva
Volume
Técnicas:
Cor
Pintura, escul-
Luz
tura, modela-
Arte Popular
artísticas populares e o artísticas populares,
cotidiano do aluno.
suas origens e práticas
Brasileira e
Percepção dos modos
contemporâneas.
Paranaense
de estruturar e compor Apropriação prática e
as artes visuais na
teórica de técnicas e
cultura destes povos.
modos de composição
gem, gravura...
Teoria das Artes
visual.
Gêneros: Paisa- Barroco
Visuais. Produção de
gem, retrato, na-
trabalhos de artes vi-
tureza morta...
suais.
Renascimento
107
8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Linha
Forma
Semelhanças
Indústria
significado da arte na
Compreensão das artes
Cultural
sociedade contem-
visuais em diversos no
porânea e em outras
Cinema e nas mídias,
Contrastes
Arte no Séc. XX épocas, abordando a
Textura
Superfície
Ritmo Visual
Estilização
sua função social e
mídia e os recursos
ideológica de
Arte
tecnológicos na arte.
veiculação e consumo.
Contemporânea
Percepção dos modos
de fazer trabalhos com Apropriação prática e
Volume
Cor
Luz
Deformação
artes visuais nas dife-
teórica das tecnologias
rentes mídias. Teoria
e modos de composição
Técnicas:
das artes visuais e
das artes visuais nas
desenho,
mídias. Produção de
mídias, relacionadas à
fotografia,
trabalhos de artes
produção, divulgação e
audio-visual e
visuais utilizando
consumo.
mista...
equipamentos e
recursos tecnológicos.
9º ANO – AREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
108
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
Linha
Forma
Bidimensional
Tridimensional
Realismo
A arte como ideologia Compreensão da
Vanguardas
e fator de
dimensão das Artes
transformação social.
Visuais enquanto fator
Percepção do modo
de transformação
Textura
Figura-fundo
Muralismo e Arte de fazer trabalhos com social.
Superfície
Ritmo Visual
Hip Hop
Volume
Cor
artes visuais e sua
função social.
Produção de trabalhos,
Técnica:
Teoria das Artes
visando atuação do
Pintura, grafite,
Visuais.
sujeito em sua
perfomance...
Produção de trabalhos realidade singular e
com os modos de
Luz
Gêneros:
organização e
Paisagem
composição como
urbana, cenas do
fator de transformação
cotidiano...
social.
social.
6º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
EXPECTATIVAS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM
DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGE
Movimento
Kinesfera
Pré-história
M
Nesta série o trabalho Compreensão dos
corporal
Eixo
Grego-Romana
é direcionado para a
elementos que
estrutura e organiza-
estruturam e
ção da arte em suas
organizam a
origens e outros perí-
dança e sua
odos históricos; nas
relação com o
Ponto de apoio
Movimentos
Tempo
articulares
Espaço
Fluxo (livre e
Renascimento
Dança Clássica
interrompido)
séries seguintes, pros- movimento
Rápido e lento
segue o aprofunda-
Formação
mento dos conteúdos. originaram.
Níveis (alto,
Estudos do movimen-
médio e baixo)
to corporal, tempo,
Apropriação
Deslocamento
espaço e sua articula-
prática e teórica de
109
artístico no qual se
(direito e
ção com os elementos técnicas e modos
indireto)
de composição e
de composição da
Dimensões
movimentos e perío-
dança.
(pequeno e
dos da dança.
grande)
Teorias da dança.
Técnica:
Produção de trabalhos
Improvisação
como dança utilizando
Gênero: Circular
diferentes modos de
composição.
7º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Ponto de Apoio Dança Popular
Nesta série é
Compreensão das
Corporal
Rotação
importante relacionar
diferentes formas de
o conhecimento com
dança popular, suas
formas artísticas
origens e práticas
populares e o
contemporâneas.
Coreografia
Tempo
Salto e queda
Peso (leve e
Espaço
Brasileira
Paranaense
pesado)
Fluxo (livre,
cotidiano do aluno.
Africana
interrompido e
conduzido)
Apropriação prática e
Percepção dos modos teórica de técnicas e
Indígena
de fazer dança, através modos de composição
Lento, rápido e
de diferentes espaços
moderado
onde é elaborada e
Níveis (alto,
executada.
médio e baixo)
Formação
Teorias da dança.
Direção
Produção de trabalhos
Gênero:
com dança utilizando
Folclórica,
diferentes modos de
popular e étnica
composição.
110
da dança.
8º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Giro
Corporal
Rolamento
Saltos
Hip Hop
Musicais
Aceleração e
Tempo
desaceleração
Expressionismo
Direções
Espaço
O significado da arte
Compreensão das
na sociedade contem-
diferentes formas de
porânea e em outras
dança no Cinema,
épocas, abordando a
Musicais e nas mídias,
mídia e os recursos
sua função social e
tecnológicos na arte.
ideológica de
veiculação e consumo.
(frente, atrás,
Indústria
Percepção dos modos
direita e
Cultural
de fazer dança, através
esquerda)
Improvisação
de diferentes mídias.
Dança Moderna Teorias da dança de
Apropriação prática e
teórica das tecnologias
Coreografia
palco e em diferentes
e modos de
Sonoplastia
mídias.Produção de
composição da dança
Gênero:
trabalhos de dança
nas mídias;
Indústria
utilizando equipamen- relacionadas à
Cultural e
tos e recursos
produção, divulgação e
espetáculo
tecnológicos.
consumo.
9º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Kinesfera
Corporal
Ponto de Apoio
Peso
Vanguardas
Compreensão da
vista o caráter criativo dimensão da dança
Dança Moderna da arte, a ênfase á na
Fluxo
Quedas
Nesta série, tendo em
arte como ideologia e
Dança
fator de transformação
111
enquanto fator de
transformação social.
Tempo
Saltos
Espaço
Contemporânea
social . Percepção dos
Produção de trabalhos
Giros
modos de fazer dança e com dança, visando
Rolamentos
sua função social.
atuação do sujeito em
Extensão
Teorias da dança.Pro-
sua ralidade singular e
Coreografia
dução de trabalhos
social.
Deslocamento
com os modos de orga-
Gênero:
nização e composição
Performance e
da dança como fator de
moderna
transformação social.
6º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
Enredo, roteiro. Greco-romana
estrutura e organização Compreensão dos
Expressões
Espaço Cênico,
da arte em suas origens elementos que
corporais,
adereços
vocais,
Técnicas: jogos
gestuais e
teatrais, teatro
faciais
indireto e direto,
improvisação,
Ação
Teatro Oriental
e outros períodos his-
estruturam e organizam
tóricos; nas séries
o teatro e sua relação
Teatro Medieval seguintes, prossegue o com os movimentos
aprofundamento dos
Renascimento
artísticos nos quais se
conteúdos. Estudo das originaram.
manipulação,
estruturas teatrais: per-
máscara...
sonagem, ação dramá- Apropriação prática e
Espaço
tica e espaço cênico e
teórica de técnicas e
Gênero:
sua articulação com
modos de composições
Tragédia,
formas de composição teatrais.
Comédia e Circo
em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do
teatro. Produção de
trabalhos com teatro.
112
7º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
Representação,
Comédia
Nesta série é
expressões
Leitura
dell'arte
importante relacionar diferentes formas de
corporais,
dramática,
vocais,
Cenografia.
o conhecimento com
representação presentes
formas artísticas
no cotidiano, suas
populares e o
origens e práticas
Técnicas: jogos Brasileiro e
cotidiano do aluno.
contemporâneas.
teatrais, mímica, Paranaense
Percepção dos modos
improvisação,
de fazer teatro, através Apropriação prática e
Teatro Popular
gestuais e
faciais
Ação
formas
Espaço
Compreensão das
Teatro Africano de diferentes espaços
animadas...
teórica de técnicas e
disponíveis.
modos de composições
Teorias do teatro.
teatrais, presentes no
Gêneros:
Produção de trabalhos cotidiano.
Rua e arena,
com teatro de arena,
Caracterização
de rua e indireto.
8º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
Representação
Indústria
Nesta série o trabalho
Compreensão das
expressões
no Cinema e
Cultural
poderá enfocar o
diferentes formas de
corporais,
Mídias
significado da arte na
representação no
sociedade
Cinema e nas mídias,
contemporânea e em
sua função social e
vocais,
gestuais e
Realismo
Texto dramático
faciais
Expressionismo outras épocas,
Maquiagem
abordando a mídia e
113
ideológica de
veiculação e consumo.
Ação
Espaço
Sonoplastia
Cinema Novo
Roteiro
os recursos
Apropriação prática e
tecnológicos na arte.
teórica das tecnologias
Percepção dos modos
e modos de
de fazer teatro, através composição da
Técnicas: jogos
de diferentes mídias.
representação nas
teatrais, sombra,
Teorias da
mídias; relacionadas à
adaptação
representação no
produção, divulgação e
cênica...
teatro e mídias.
consumo.
Produção de trabalhos
de representação
utilizando
equipamentos e
recursos tecnológicos.
9º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
EXPECTATIVAS DE
PEDAGÓGICA
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
Técnicas:
expressões
Monólogo,
corporais,
jogos teatrais,
vocais,
Teatro Engajado A ênfase é na arte
Compreensão da
como ideologia e fator dimensão ideológica
Teatro do
de transformação
presente no teatro e o
direção, ensaio, Oprimido
social. Percepção dos
teatro enquanto fator de
gestuais e
Teatro-Fórum...
modos de fazer teatro transformação social.
faciais
Dramaturgia
Teatro Pobre
Cenografia
Ação
Espaço
e sua função social.
Teorias do teatro.
Criação de trabalhos
Sonoplastia
Teatro do
Criação de trabalhos
teatrais, visando
Iluminação
Absurdo
com os modos de
atuação do sujeito em
organização e
sua realidade singular e
composição teatral
social.
Figurino
Vanguardas
como fator de
transformação social.
114
ENSINO MÉDIO - AREA MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Ritmos
Música Popular Brasileira
Melodias
Paranaense
Harmonia
Popular
Escalas
Indústria Cultural
Modal, Tonal e fusão de ambos. Engajada
Gêneros: erudito, clássicos,
Intensidade
Densidade
Vanguarda
popular, étnico, folclórico, pop.. Ocidental
Técnicas: vocal, instrumental,
Oriental
eletrônica, informática e mista
Africana
Improvisação
Latino-Americana
ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MOVIMENTOS E
COMPOSIÇÃO
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Bidimensional
Arte Ocidental
Linha
Tridimensional
Arte Oriental
Forma
Figura e fundo
Arte Africana
Textura
Figurativo
Arte Brasileira
Superfície
Abstrato
Arte Paranaense
Volume
Perspectiva
Arte Popular
Cor
Semelhanças
Arte de vanguarda
Luz
Contrastes
Indústria Cultural
Ritmo Visual
Arte
Simetria
Contemporânea
Deformação
Arte Latino-Americana
Estilização
115
Técnica: Pintura, desenho ,
modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e
esculturas, arquitetura, história
em quadrinhos... Gêneros:
paisagem, natureza-morta,
Cenas do Cotidiano, Histórica,
Religiosa, da Mitologia...
ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
Técnicas: jogos teatrais, teatro
Teatro Greco-Romana
expressões corporais,
direto e indireto, mímica,
Teatro Medieval
vocais, gestuais e faciais.
ensaio, Teatro-Fórum.
Teatro Brasileiro
Roteiro
Teatro Paranaense
Encenação e leitura dramática.
Teatro Popular
Gêneros: Tragédia, Comédia,
Indústria Cultural
Drama e Épico.
Teatro Engajado
Dramaturgia
Teatro Dialético
Representação nas mídias
Teatro Essencial
Caracterização Cenografia,
Teatro do Oprimido
sonoplastia, figurino e
Teatro Pobre
iluminação
Teatro de Vanguarda
Direção
Teatro Renascentista
Produção
Teatro Latino-Americano
Ação
Espaço
Teatro Realista
Teatro Simbolista
116
ENSINO MÉDIO – ÁREA DANÇA
ELEMENTOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
COMPOSIÇÃO
FORMAIS
MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Pré-história
Fluxo
Grego-Romana
Peso
Medieval
Eixo
Renascimento
Salto e Queda
Dança Clássica
Giro
Dança Popular
Rolamento
Brasileira
Movimentos
Paranaense
articulares
Africana
Lento, rápido e moderado
Indígena
Aceleração e desaceleração
Hip Hop
Níveis
Indústria Cultural
Deslocamento
Dança Moderna
Direções
Vanguardas
Planos
Dança
Improvisação
Contemporânea
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, indústria
cultural. Étnico, folclórica,
populares e salão
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho
com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do
espectador. Além disso é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em
um encaminhamento metodológico, orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a função
artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da
117
Educação Básica. Dessa forma devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte três
momentos da organização pedagógica.
-Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem
como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;
-Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte;
-Trabalho artístico: é a prática criativa o exercício com os elementos que compõe uma
obra de arte.
O Trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno
tenha vivenciado cada um deles.
O conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes
elementos formais, composição, movimento e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são
trabalhados.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos
alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originado pela comunidade e considerando
que existem alunos com necessidades especiais, terão atendimento individual de acordo com a
dificuldade apresentada. Também é importante que discuta como as manifestações artísticas
podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra.
Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório
do
conhecimento em arte, em função da mudança de valores cultuais que pode ocorrer através do
tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.
Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a
obra artística e a parte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do
trabalho de sujeito, histórica e socialmente datados.
No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,
Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística.
Trata-se de envolver-se a apreciação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão
estética.
O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação
dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender
aparência e aprender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e
social.
118
Sugere-se para a prática pedagógica que o professor aborde, além de produção
pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de
diferentes aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.
Trabalhar com as Artes Visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma
discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a
realidade humano social, e as possibilidades de transformação dessa realidade e o processo
pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os conhecimentos do aluno
e a imagem proposta, explorando a obra em análises e questionamentos dos conteúdos das
Artes Visuais.
Para o ensino de Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das
aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem,
que são:
-Movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo
e espaço;
-Espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial de espaço;
-Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).
Para se efetivar o trabalho com a dança na escola há que se considerar algumas
questões: com a de gênero, as de necessidades especiais motoras e as de religião, como o caso
de algumas religiões que proíbem a dança, ou por outro lado, do cuidado necessário com as
danças religiosas que podem impor o caráter litúrgico implícito nas mesmas.
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta
musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto interfere
na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por isso ao
trabalhar uma determinada música, é importante contextualiza-la, apresentar suas
características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em
diversas composições musicais.
Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons
com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as
variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição
musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.
A música é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer
compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou indireta
119
interfere na vida da humanidade.
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação,
destacam-se:
criatividade,
socialização,
memorização
e
a
coordenação,
sendo
o
encaminhamento metodológico, proposto pelo professor o momento para que o aluno se
exercite.
Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento,
aquecimento e com os elementos formais de teatro: personagem – expressão vocal, gestual,
corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário
para o texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios
cênicos, os desafios educacionais contemporâneos: sexualidade, grupos afro, etc.
O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo o professor não exclui
abordagem da teorização em arte como, por exemplo discutir os movimentos e períodos
artísticos importantes da história do teatro. Durante as aulas, torna-se interessante solicitar aos
alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais
como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia
(sentir e perceber).
Para o trabalho de sentir e perceber e essencial que os alunos assistam a peças teatrais
de modo analisá-las a partir de questões como:
• descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da
representação;
• análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões
usadas com mais enfase pelos personagens e outros conteúdos trabalhados em aula;
• análise da peça sob ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade em
relação à peça assistida.
Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja, mantendo
as suas relações:
• Elementos formais: personagem, ação e espaço cênico;
• Composição: representação, cenografia;
• Movimentos e períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço
presentes no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música.
O trabalho pedagógico com as encenações deve considerar que elas estão presentes
desde os primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, nos
120
gêneros (da tragédia, da comédia, do drama, entre outros) nas correntes estéticas teatrais, nos
festejos populares, nos rituais do nosso cotidianos, na fantasia e nas brincadeiras infantis,
sendo as mesmas, manifestações que pertencem ao universo do conhecimento simbólico do
ser humano.
O Teatro na escola possui características diferenciadas ao oferecer oportunidades que
prezem o direito do aluno ao conhecimento a partir dos conteúdos específicos e metodologias
de aprendizagem e avaliação.
No Ensino Médio será uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e
aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo da experiência escolar e cultural dos
alunos.
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular
e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com
enfoque na música de diversas culturas.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e
mídias.
Produção de trabalho de artes visuais com os modos de organização e composição,
com enfoque nas diversas culturas.
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os
elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
Percepção de trabalhos de fazer teatro e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como
fator de transformação social.
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de
composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada
e executada.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Nas aulas de arte será dada ênfase as Demanda Sócio Educacionais, abordando a
cultura afro e indígena através do teatro, da música, das artes visuais, da dança, embasado nas
leis 11.645/08 e 10.639/03, reforçando uma sociedade igualitária e democrática.
121
AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É
diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é
processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Avaliação processual
deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas).
O método da avaliação proposta inclui observação e registro do processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento
pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e
como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo
o aluno também deve elaborar seu registro de forma sistematizada para que possa também
ofertar uma recuperação de conteúdos quando necessários à sua aprendizagem. As propostas
podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar e refletir e discutir
sua produção e a dos colegas.
Portanto o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas
e, ao mesmo tempo constituí-se como referência para o professor propor abordagens
diferenciadas tal como Desafios Educacionais Contemporâneos quando se fizerem
necessários.
Afim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários
instrumentos de verificação tais como:
•
Trabalhos artísticos individuais e em grupo em forma de apreciação;
•
Pesquisas bibliográficas e de campo usando os recursos multimídias;
•
Debates em formas de seminários e simpósios criando hipóteses, argumentação;
•
Provas teóricas e práticas para demonstração de conhecimentos assimilados.
•
Registros em formas de relatório, gráfico portfólio, áudio-visual e outros.
Na recuperação paralela serão revisadas as práticas pedagógicas e será valorizando os
conteúdos mais pertinentes à disciplina.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as
seguintes expectativas de aprendizagem:
• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação
com a sociedade contemporânea;
122
• A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade
singular e social;
• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
De acordo com a LDB (n.9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a
avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas
atividades realizadas.”
Os alunos portadores de Necessidades educacionais especiais terão avaliações
diferenciadas conforme sua necessidade (motora, visual, auditiva).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Arte para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino
Médio, Paraná, 2008.
Portal Dia-a-dia Educação www.artes.seed.pr.gov.br/
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de
Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba. 1990
123
PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao
ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes
das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimentos, força,
campo, energia e vida.
Segundo Habermas: “O método científico que levou à dominação cada vez mais
eficaz da natureza passo assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para
a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da
natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas
enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder pelítico em expansão
que absorve todas as esferas da cultura”.
Diante disso, tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica
com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.
Acerca disso, podemos notar que conceituar ciência exige cuidado epistemológico,
pois para conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história de
construção do conhecimento científico.
A ciência é uma atividade humana complexo, histórica e coletivamente construída,
que influência, sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas.
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir
da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Foreraz (1995),
os modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de
fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõe a Natureza
muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.
Porém, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam.
Gaston Bachelard (1884 – 1962) contribuiu de forma significativa com reflexões
voltadas à produção do conhecimento científico.
124
Para esse autor existem três grandes
períodos do desenvolvimento do conhecimento científico.
•
O primeiro período: representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a
Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas.
•
O segundo período: representa o estado científico, em preparação no fim do século
XVIII, até o início do século XX.
•
O terceiro período: a era do novo espírito científico, momento em que a relatividade de
Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre.
O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações místicas, com base em
sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de
intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.
Segundo Ronan: “A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo
natural e do seu relacionamento com o homem. Há alguma conexão entre o homem e o
mundo que o cerca, algum entendimento primitivo de que, conhecido o procedimento correto,
o homem pode controlar as forças da natureza e colocá-las a seu serviço. A magia exprimiu o
que, de um modo geral, era uma visão anímica da natureza.
Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir
de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material, porções imutáveis e
indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se combinar no
espaço vazio e assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores que, por sua vez,
evoluem por meio de recombinações atômicas.
Aristóteles (sec. III a.c.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,
composto por esferas se dispunham em círculos concêntricos, em relação à Terra,
descrevendo movimentos circulares perfeitos, formulou as bases para o modelo geocêntrico.
Mais tarde contemporâneos de Aristóteles propunham o modelo de Sol como centro
do Universo, modelo heliocêntrico.
Outras tradições depois das dos modelos helio e geocêntricos surgiram como:
• Modelo organicista: descrição das partes anatômicas e funções dos órgãos e a
organização dos seres vivos.
• Modelo fixista: seres vivos vistos como imutáveis integrantes de uma natureza
estática.
125
• Modelo evolutivo: seres vivos mutáveis integrantes de uma natureza dinâmica.
• Modelo mecanicista: conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a ser
utilizados como analogia do funcionamento dos sistemas do organismo.
O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo
estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da
Natureza.
O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por
procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em
leis ou teorias. No período do estado científico buscou-se a universalidade do método
cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do
conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.
Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram
questionados, pois no estado científico o mundo passa a ser entendido como mutável e o
universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as
evidências de mudanças na crosta terrestre a extinção de espécies, bem como a transformação
da matéria e a conservação de energia.
Dois outros trabalhos se destacaram durante o século XIX e modificaram a
compreensão do funcionamento dos sistemas de organismo: a teoria da célula e os estudos
sobre a geração espontânea da vida. A evolução tecnológica de microscópios com maior
capacidade de resolução possibilitou observações mais detalhadas dos tecidos animais e
vegetais, o que permitiu a proposição da teoria celular, pela qual todos os seres vivos são
formados por células. Com relação à geração espontânea, estudos levaram ao entendimento
de que novos seres vivos não surgiam da matéria em decomposição, mas sim por geração a
partir de ovos, como os resultados das investigações sobre insetos.
Estudos, associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia,
contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se
contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu modelos de transformação de energia
na Natureza.
O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica. Segundo Sevonko (2001), mais
de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos 100
anos, destes mais de dois terços depois da segunda Gerra Mundial.
126
Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação dos
estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade
científica e tecnológica o processo de produção do conhecimento científico seria mais bem
vivenciado no âmbito escolar.
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na
socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes
profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades
contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (Marandina, 2005, p. 162).
No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de
campos de referência como a Biologia, a física, a Química, a Geologia, Astronomia, entre
outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os
campos do saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais”
(Macedo e Lopes, 2002, p. 84), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos
conhecimentos científicos que resultam da investigação na Natureza, em um contexto
histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir da
historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, com
vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que
compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino aprendizagem. No ensino
de ciências, próprio do currículo do Ensino Fundamental, quanto nas disciplinas que abordam
conceitos científicos no Ensino Médio.
As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na
formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da vida, da astronomia, d a
matéria, dos sistemas biológicos, da energia e da biodiversidade, fornecendo subsídios para a
compreensão crítica e histórica do mundo atual, do mundo construído e da prática social.
Nesse sentido foram elencados os conteúdos estruturantes, astronomia, matéria, sistemas
biológicos, energia, biodiversidade.
127
Astronomia: tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de
referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Este conteúdo
possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.
Matéria: no conteúdo matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que
privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos
materiais quais quer que se apresentam à nossa percepção.
Os conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades
da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências.
Sistemas biológicos: o conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como
suas características específicas e funcionamento, desde os componentes celulares e suas
respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de
seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. Neste conteúdo
estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos
escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos
sere vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências.
Energia: o estudo da energia é indispensável pois trata de conhecimentos físicos, químicos e
biológicos e possibilita a compreensão científica desse conceito. Este conteúdo propõe o
trabalho e a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história
das ciências desde a Antiguidade. No estudo desse conteúdo é importante considerar as
interações, as transformações, as propriedades, as diversas fontes e formas, os modos como se
comportam em determinadas situações, as relações com o ambiente.
Biodiversidade: é o conjunto de diferenças existentes entre os seres vivos, não somente
considerando as distintas espécies de plantas, animais, fungos e micro-organismos, mas
também as referentes a sua constituição genica e a interação de3sses seres entre si e com o
ambiente que o cerca, ou seja, os ecossistemas que os englobam e os processos ecológicos que
os retem.
128
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
6º ano
Astronomia
- Universo
- Sistema Solar
- Movimentos terrestres
- Movimentos celestes
- Astros
Matérias
- Constituição da matéria
Sistemas biológicos
- Níveis de organização celular
Energia
- Formas de energia
- Conversão de energia
- Transmissão de energia
Biodiversidade
- Organização dos seres vivos
- Ecossistemas
- Evolução dos seres vivos
7º ano
Astronomia
- Astros
- Movimentos terrestres
- Movimentos celestes
Matéria
- Constituição da matéria
Sistemas biológicos
- Célula
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia
- Formas de energia
- Transmissão de energia
Biodiversidade
- Origem da vida
- Organização dos seres vivos
- Sistemática
8º ano
Astronomia
- Origem e evolução do universo
Matéria
- Constituição da matéria
Sistemas biológicos
- Célula
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
Energia
- Formas de energia
129
Biodiversidade
- Evolução dos seres vivos
9º ano
Astronomia
- Astros
- Gravitação universal
Matéria
- Propriedades da matéria
Sistemas biológicos
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos
- Mecanismos de herança genética
Energia
- formas de energia
- conservação de energia
Biodiversidade
- interações ecológicas
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Faz-se necessário que os educados do processo de ensino e de aprendizagem
partilhem da concepção de Ciências como construção humana, cujos conhecimentos
científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade.
Assim, pretende-se fazer com que o aluno crie curiosidade sobre o que acontece a
nossa volta, indo buscar informações na imprensa escrita e falada, trazendo assim à tona suas
ideias e duvidas que sejam amplamente discutidas.
O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a um
único método.
Algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a
observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, visitas a indústrias, museus, projetos
individuais e em grupos, palestras, convidados debates, seminários, conversação dirigida,
painéis, murais, exposições e feiras.
É importante que os conteúdos não sejam simplificados ou tratados de forma
reducionista.
Nesse sentido o tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as
relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o mundo
natural (ciência), o mundo constituído pelo ser humano (tecnologia) e seu cotidiano
(sociedade).
O aluno compreenderá a ciência como resultado histórico, social e político, que
influencia todo nosso comportamento social, assim a responsabilidade maior ao ensinar está
intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica, como um conjunto de
conhecimento que facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em que
130
vivem, como também o entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no
âmbito das ciências.
Ao considerar a concepção e os princípios de ciências proposto, julga-se necessário a
implementação de atividade que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito
ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento.
É importante que os alunos, por meio das atividades práticas, compreendam a interrelação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação de
fenômenos naturais, bem como sobre o processo de extração e industrialização da matériaprima, os impactos ambientais decorrentes dos processos de extração, os materiais utilizados,
os procedimentos dessas atividades e do ensino dos resíduos, caracterizando uma abordagem
ampla e articulada dos fenômenos estudados.
As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendias como qualquer
atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como por exemplo: na
utilização do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, tabelas,
esquemas, elaboração de modelos, estudo de caso, abordando problemas reais da sociedade,
pesquisas bibliográficas e entrevistas.
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na
medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de
ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de ciência. Qualquer que seja
a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade,
visando à construção dos aços e conceitos. Essa perspectiva, evita a dicotomia entre teoria e
prática, iluminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de roteiros e
procedimentos que induzem as respostas ou comprovação de uma lei, teórica ou um
fenômeno.
Os conteúdos serão trabalhados de forma articulada, em sala de aula ou com
visitações práticas, utilizando a TV Pendrive, vídeo, palestras, laboratório de informática e
experiências que estejam envolvam os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11 SUED /
SEED devendo ser trabalhados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a
disciplina de Ciências, propostas nas DCEs.
AVALIAÇÃO
É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de
131
critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os
conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses
alunos, o confronto entre esses conhecimentos e o conteúdo específico, as relações e
interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e
de aprendizagem e, no seu cotidiano, considerando os alunos como sujeitos históricos do seu
processo de ensino e de aprendizagem.
Avaliar a análise e a interpretação de fatos e ideias, coletar e organizar informações
estabelecendo relações, formulações de perguntas e respostas, respeito e solidariedade com o
grupo e a sociedade, argumentar a contribuição da ciência com a saúde, meio ambiente,
preservação da saúde e da vida, e também auxiliar a utilização de informações e conceitos em
situações diversas, aumentando a confiabilidade do aluno, para que este apresente o
conhecimento científico contínuo e qualificado na formação global e interdisciplinar.
Dessa forma, tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos e
atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser tratado não como incapacidade
de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno,
servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção
mais adequada de seu conhecimento.
Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os
avanços na aprendizagem, refletir, analisar, justificar, se posicionar e argumentar defendendo
o seu próprio ponto de vista. A nota bimestral será obtida através de provas, trabalhos e
tarefas, como consta no PPP da escola.
O processo avaliativo para a recuperação será elaborada uma nova prova teórica ou
prática, e até mesmo um trabalho de pesquisa sobre o conteúdo ensinado. A recuperação
ocorrerá a cada instrumento avaliativo aplicado, retomando os conteúdos e estratégias de
avaliação utilizadas.
Os alunos com necessidades especiais, de acordo com a sua deficiência, serão
elaboradas provas teóricas ou práticas, trabalhos artísticos individuais ou em grupos,
pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma de seminários e simpósios, registros
em forma de relatórios gráficos portfólio, áudio-visual e outros para serem avaliados.
Levando em consideração o desempenho e a participação do aluno nas atividades realizadas.
Critérios de avaliação por ano:
6º ano
132
O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de
investigar a aprendizagem significativa sobre:
•
O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
•
O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas,
satélites naturais cometas, asteroides, meteoros e meteoritos.
•
O conhecimento da história das ciências e respeito das teorias geocêntricas e
Heliocêntrico;
•
A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do
sistema solar.
•
O entendimento da constituição e propriedade da matéria.
•
A compreensão da constituição do planeta Terra.
•
O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água.
•
O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo
integrado.
•
O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.
•
A reflexão sobre a origem e a discussão da teoria celular .
•
O conhecimento dos níveis de organização celular
•
O conhecimento dos níveis de organização celular.
•
A interpretação do conceito de energia.
•
O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia.
•
A interpretação do conceito de transmissão de energia.
•
O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica, luminosa,
nuclear.
•
A destruição entre ecossistema.
•
O conhecimento a respeito da extinção de espécie.
•
A formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea.
•
A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos.
7º ano
O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de
investigar a aprendizagem significativa sobre:
•
A compreensão dos movimentos celestes, dos movimentos aparentes do céu, noites dias,
eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra.
133
•
O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os
movimentos celestes.
•
O entendimento da composição física química do sol, da constituição do planeta Terra
primitivo, antes do surgimento da vida.
•
A compreensão da constituição da atmosfera terrestre, primitiva.
•
O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula dos mecanismos de
constituição da célula e as diferenças entre os tipos de celulas.
•
A compreensão de fenômenos da fotossíntese.
•
As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais.
•
O entendimento da relação entre energia luminosa, solar e a identificação dos
fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravioleta.
•
O entendimento do conceito de calor com energia térmica, conceito de biodiversidade e
sua amplitude de relações como os seres vivos.
•
O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos.
•
O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeias, alimentos, seres
autótrofos e heterótrofos.
•
O conhecimento a respeito das eras geológicas.
8º ano
O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de
investigar a aprendizagem significativa sobre:
•
A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.
•
As relações entre as teorias e sua evolução histórica.
•
A diferenciação das teorias e sua evolução histórica.
•
O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica, e também conceito de
matéria e sua constituição.
•
O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas e reações
químicas.
•
O conhecimento das leis da conservação da massa, dos compostos orgânicos e relações
destes com a constituição dos organismos vivos.
•
Os mecanismos celulares e suas estruturas, funcionamentos dos tecidos.
•
O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,
respiratório, escritos e urinário.
134
•
Os fundamentos da energia química e suas fontes.
•
A relação dos fundamentos da energia química com a célula.
•
O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, da energia nuclear e
suas fontes e da teoria evolutiva.
9º ano
O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de
investigar a aprendizagem significativa sobre:
•
O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas, das leis de Newton no
tocante a gravitação universal.
•
A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.
•
A
compreensão
compressibilidade,
das
propriedades
elasticidade,
da
divisibilidade,
matéria,
massa,
indestrutibilidade,
volume,
densidade,
impenetrabilidade,
maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, bucho,
sabor e fundamentos.
•
Teóricos que descrevem os sistemas nervoso sensorial, reprodutor e endócrino.
•
O entendimento dos mecanismos de herança genica, os cromossomos, genes, os
processos de mitose meiose.
•
A compreensão dos sistemas conversores de energias as fontes de energia e sua relação
com a lei da conservação da energia.
•
As relações entre sistemas conservativos.
•
O entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o magnetismo,
também conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.
•
O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem
como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
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renovação in BARRETO, Elba Siqueira de As. Os Currículos do Ensino Fundamental para as
Escolas brasileiras.
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135
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2005.
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CRUZ, Ciências & Educação Ambiental. São Paulo: Atica, 1997.
PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Brasília; 1997.
VALLE, Cecília. Vida e ambiente. 1ª Ed. Curitiba: positivo, 2004.
GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências novo pensar. São Paulo: FTD, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Ciências: Paraná, 2008.
136
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Sendo a Educação Física uma prática pedagógica, podemos afirmar que ela surge de
necessidades sociais concretas que, identificadas em diferentes momentos históricos, dão
origem a diferentes entendimentos do que dela conhecemos.
No âmbito da escola, os exercícios físicos na forma cultural de jogos, ginástica,
dança, equitação, surgem na Europa no final do século XVIII e início do século XIX. Esse é o
tempo e o espaço da formação dos sistemas nacionais de ensino característicos da sociedade
burguesa daquele período.
Esse tempo e espaço constitui-se em palco da construção e consolidação de uma nova
sociedade – a sociedade capitalista – onde os exercícios físicos terão um papel destacado. Para
essa nova sociedade, tornava-se necessário construir um novo homem: mais forte, mais ágil,
mais empreendedor.
Os exercícios físicos, então, passaram a ser entendidos como “receita” e “remédio”.
Julgava-se que, através deles, e sem mudar as condições materiais de vida a que estava sujeito
o trabalhador daquela época, seria possível adquirir o corpo saudável, ágil e disciplinado
exigido pela nova sociedade capitalista. A preocupação com a inclusão dos exercícios físicos
nos currículos escolares remonta ao século XVIII com Guths Muths (1712 – 1838), J. B.
Basedow (1723 – 1790), J. J. Rousseau (1712 – 1778) e Pestalozzi (1746 – 1827).
Contribui para essa inclusão o surgimento, na Alemanha, das Escolas Ginásticas já
no século XIX. Na forma de associações livres, essas Escolas de Ginásticas alemãs
difundiram-se para outros países da Europa e da América e pressionam a inclusão da
ginástica, consideradas como educação física, no ensino formal de todos os países que já
dispunham daquela forma de difusão do saber, ou seja, sistemas nacionais de ensino e escolas.
Desenvolver e fortalecer física e moralmente os indivíduos eram, portanto, uma das
funções a serem desempenhadas pela Educação Física no sistema educacional, e uma das
razões para sua existência. As aulas de Educação Física nas escolas eram ministradas por
instrutores físicos do exercício, que traziam para essas instituições os rígidos métodos
militares da disciplina e da hierarquia.
Após a Segunda Guerra Mundial, surgem outras tendências disputando a supremacia
no interior da instituição escolar. Destaca-se o Método Natural Austríaco desenvolvido por
137
Gaulhofer e Streicher e o Método da Educação Física Desportiva Generalizada, divulgado no
Brasil por Auguste Listello. Predomina nesse último a influência do esporte que no período do
pós-guerra, apresenta um grande desenvolvimento, afirmando-se em todos os países sob a
influência da cultura européia como elemento predominante da cultura corporal.
Essa influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos, então,
não o esporte da escola mas sim o esporte na escola. Isso indica a subordinação da educação
física aos códigos / sentido da instituição esportiva, caracterizando-se o esporte na escola
como um prolongamento da instituição esportiva: esporte olímpico, sistema desportivo
nacional e internacional.
O esporte determina, dessa forma, o conteúdo de ensino da Educação Física,
estabelecendo também novas relações entre professor e aluno, que passam da relação
professor-instrutor e aluno-recruta para a de professor-treinador e aluno-atleta.
Outras determinações do esporte podem ser observadas nos princípios da
racionalidade, eficiência e produtividade, os quais serviram para o reordenamento da
Educação Física escolar. Esses princípios são advogados também no âmbito da pedagogia
tecnicista muito difundida no Brasil na década de 70. Os pressupostos dessa pedagogia advém
da concepção de neutralidade científica e reforçam os princípios mencionados no âmbito mais
geral do processo de trabalho escolar, fazendo-o objetivo e racional. Exemplo disso na
Educação Física escolar é a divisão das turmas por sexo, respaldada inclusive pela legislação
específica, o Decreto nº 69.450/71. É assim que, por possuírem idênticos pressupostos como,
por exemplo, a racionalização de meios em busca de eficiência e eficácia, a identidade
esportiva da Educação Física escolar é fortalecida pela pedagogia tecnicista.
Nas décadas de 70 e 80 surgem movimentos “renovadores” na Educação Física.
Entre eles destacam-se a “Psicomotricidade”, que se apresenta como constelação à Educação
Física por considerá-la ligada a uma concepção dualista de homem. Percebe-se nessa
concepção a instrumentalização do “movimento humano” como meio de formação e a
secundarização da transmissão de conhecimentos, que é uma das tarefas primordiais do
processo educativo em geral e da escola em particular.
Relacionando-se aos princípios humanistas, surge uma outra tendência ligada ao
movimento chamado Esporte Para Todos que se caracteriza como movimento alternativo ao
esporte de rendimento. Essa concepção de EPT se impregna de uma antropologia, que coloca
a autonomia do ser humano no centro. Não é o esporte que faz o homem, mas o homem que
faz o esporte, ele determina o que, como, onde, quando, por quanto tempo, com quem, sob
138
que regras, com que objetivos, sob que condições de prática.
Na década de 90 surgiu o Currículo Básico, esse documento caracterizou-se por ser
uma proposta avançada em que o mero exercício físico deveria dar lugar a uma formação
humana do aluno em ambas dimensões. A proposta foi fundamentada na concepção históricocrítica de educação para resgatar o compromisso social da ação pedagógica da Educação
Física.
Essa proposta representou um marco para a disciplina, destacou a dimensão social da
Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo entendimento em relação ao
movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma
forma do homem se relacionar com o mundo. A proposta valorizou a produção histórica e
cultural dos povos, relativa a ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que
correspondem às características regionais.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação na década de 90 o
Ministério da Educação apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a
disciplina de Educação Física o que acarretou, sobretudo, num esvaziamento dos conteúdos
próprios da disciplina.
Os PCN abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em aspectos
técnicos e fisiológicos, e destacam outras questões relacionadas às dimensões culturais,
sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseados em concepções teóricas
relativas ao corpo e ao movimento.
Pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 9394/96 -, a
obrigatoriedade do ensino da Educação Física na escola refere-se à Educação Básica, sendo
facultativa para o ensino noturno. Concretamente, nestes primeiros anos de vigência da nova
lei, a Educação Física passa por dificuldades para manter-se na grade curricular das escolas.
No ensino noturno ratifica-se uma situação já presente em larga escala: sua quase total
ausência. No entanto, dada a generalidade e flexibilidade da LDB, e enquanto os Conselhos
Estaduais e Municipais de Educação não a interpretarem, oferecendo orientações normativas
no que se refere a sua inserção nos respectivos sistemas de ensino, a Educação Física também
pode ver diminuída sua presença no Ensino Fundamental.
Os PCN não apresentaram uma coerência interna de proposta curricular. Ou seja,
continham elementos da pedagogia construtivista piagetiana, psicomotora, da abordagem
tecnicista, sob a ideia de eficiência e eficácia no esporte e, também, defendia o conceito de
saúde e qualidade de vida do aluno pautado na perspectiva da aptidão física. Nessa tentativa
139
de absorver o maior número possível de concepções teóricas, o documento acabava tratando
tais teorizações de forma aligeirada, deixando, inclusive, de destacar os autores responsáveis
pelas diferentes abordagens.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino
Fundamental abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em aspectos
técnicos e fisiológicos, e destacaram outras questões relacionadas às dimensões culturais,
sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseadas em concepções teóricas
relativas ao corpo e ao movimento.
Apesar de sua redação aparentemente progressista, pode-se dizer que os Parâmetros
Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio constituíram
uma proposta teórica incoerente. As diversas concepções pedagógicas ali apresentadas
valorizaram o individualismo e a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir e
oportunizar o acesso a conhecimentos que possibilitem aos educandos a formação crítica.
Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram historicamente
as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, desde as mais reacionárias até as mais
críticas, opta-se, nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a hegemonia que entende esta
disciplina tão-somente como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer
corporal.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se a
escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu
objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao
garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas
corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal
mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito,
que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
A disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar e diversificar a prática
pedagógica, buscando ampliar o trabalho que incorpora as divisões afetivas, cognitivas e
socioculturais dos alunos. Portanto, a Educação Física deve ser caracterizada de forma
abrangente, incluindo todas as dimensões do ser humano envolvidas em cada prática corporal.
Também devem ser consideradas as dimensões: cultural, social, política e afetiva presentes no
corpo vivo, isto é, corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e
cidadãos.
140
A Educação Física deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam
suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como
seres humanos.
6º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
- Esporte
- Coletivos
- Individuais
- Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
- Dança
- Danças folclóricas
- Dança de rua
- Danças criativas
- Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
- Lutas
- Lutas de aproximação
- Capoeira
7º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
- Esporte
- Coletivos
- Individuais
- Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
- Dança
- Danças folclóricas
- Dança de rua
- Danças criativas
- Danças circulares
- Ginástica
- Ginástica rítmica
141
- Ginástica circense
- Ginástica geral
- Lutas
- Lutas de aproximação
- Capoeira
8º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
- Esporte
- Coletivos
- Radicais
- Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
- Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
- Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
- Lutas
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
9º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
- Esporte
- Coletivos
- Individuais
- Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
- Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
- Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
142
- Ginástica geral
- Lutas
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Coletivos
Esportes
- Individuais
- Radicais
- Jogos de tabuleiros
Jogos e brincadeiras
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
- Danças Folclóricas
Danças
- Danças de salão
- Danças de rua
- Ginástica artística/olímpica
Ginástica
- Ginástica de academia
- Ginástica geral
- Lutas com aproximações
Lutas
- Lutas que mantêm à distância
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos serão trabalhados a partir de uma abordagem histórico crítica, com
aulas expositivas teóricas e práticas, exercícios, trabalhos e pesquisas realizadas em grupos e
individuais, dança, teatro, canto e através de apresentações, exercícios e problemas ligados ao
cotidiano e de aplicações interdisciplinares, buscando desse modo um aprendizado mais
amplo e significativo;desenvolvimento físico e cognitivo, socialização.
Para o desenvolvimento dessas atividades serão utilizados recursos didáticos como:
jogos de xadrez, trilha, memória, materiais como cordas, bambolês, elásticos, será feito uso
dos equipamentos tecnológicos disponíveis na escola como a TV pendrive e DVDs para
143
trabalho com conteúdos teóricos. O laboratório de informática também será utilizado durante
o decorrer do ano letivo para a desenvolvimento de atividades.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, está
articulada ao projeto político pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprio, e
trata de conhecimentos relevantes da escola.
Busca-se superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto
que a superação é entendida como ir além, não como negação de que precedeu, mas
considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e transformação daquelas formas.
Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade, relacionando-se às práticas corporais ao contexto histórico, político, econômico
e social.
Isso representa uma mudança na forma de pensar o tratamento teórico-metodológico
dado às aulas de Educação Física. Significa, ainda, repensar a noção de corpo e de movimento
historicamente dicotomizado pelas ciências positivistas, isto é, ir além da ideia de que o
movimento é predominantemente um comportamento motor, visto que também é histórico e
social.
Sendo assim, tais consequências na prática pedagógica vão para além da preocupação
com a aptidão física, a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc.
A cultura corporal é objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a
formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes. A
ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e
representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizada pela expressão
corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem
ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem.
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica são
abordadas em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os
alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que
devem ser considerados no processo de ensino-aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor
organiza e reorganiza o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a
144
ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
A avaliação está relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se
na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de
aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisar o trabalho realizado,
identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico com o objetivo de (re)planejar e
propor encaminhamentos que conheçam os acertos e ainda superem as dificuldades
encontradas.
A avaliação vale-se de um apanhado de indicadores que evidenciam, através de
registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua
capacidade de criação, de socialização, os pré-conceitos sobre determinadas temáticas, a
capacidade de resolução de situações problemas e a compreensão dos objetivos inicialmente
traçados pelo professor.
Instrumentos avaliativos utilizados: dinâmicas em grupo, seminários, debates,
pesquisa em grupo.
As provas e os trabalhos escritos serão utilizados para avaliação das aulas mas não
como maneira de classificar os alunos em melhores ou piores, aprovados e reprovados, mas
para que sirva também, como referência para redimensionar a ação pedagógica.
A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino-aprendizado da
escola, deve, sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias didáticometodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.
Avaliação deve se considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas
de solucionar os problemas que lhe são propostos e a partir de suas deficiências procurar
ampliar uma visão, os seu saber sobre o conteúdo em estudo.
Todos os conteúdos apontam para a formação de cidadão e também para a formação
do aluno que está frequentando as aulas, independente da idade ou grau de ensino.
Os fundamentos da disciplina serão pautados nos princípios de igualdade, autonomia
e liberdade, oportunizando momentos de reflexão sobre as formas de dominação e que
contribuam para a formação do cidadão, valorizando e enfatizando os valores morais e a ética,
o respeito à individualidade e aos limites de cada um.
O ensino da Educação Física possibilita ao aluno a compreensão do movimento,
valorizando, assim todas as manifestações corporais, durante esse acompanhamento,
diversificando estratégias de abordagens dos conteúdos.
A avaliação deve considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas
145
de solucionar os problemas que lhe são propostos e a partir de suas deficiências procurar
ampliar sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo.
Portanto, a avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa que se propõe será expressa
em notas, e serão realizadas em:
• atividades em sala de aula
• trabalhos em grupo
• trabalhos individuais
• testes escritos
• o conteúdo que aborda o tema dança será avaliado através de apresentações
artísticas
Aos alunos que não se apropriarem integralmente dos conteúdos trabalhados, será
oferecida a recuperação paralela dos conteúdos a cada instrumento avaliativo aplicado,
retomando os conteúdos e estratégias de avaliação utilizadas.
Os alunos com necessidades educacionais especiais terão suas avaliações
diferenciadas, respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com suas
limitações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná. Educação Física 2008.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez,
1992.
Universidade Estadual de Ponta Grossa – Apostila de Processo de Seleção Simplificado.
FARIA JUNIOR, Alfredo Gomes. Fundamentos pedagógicos: Avaliação em Educação Física.
Rio de Janeiro, ao livro técnico, 1985.
FREIRE, João Batista. Educação do corpo inteiro: Teoria e Prática da Educação Física. 3ª Ed.
São Paulo. Scipione, 1992.
146
PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Em cada período histórico, a disciplina de Ensino Religioso assumiu diferentes
características pedagógicas e legais dentro dos currículos escolares no Brasil.
Embora no contexto do Brasil Colônia não seja possível falar em políticas públicas
para a educação e também numa disciplina denominada de Ensino Religioso, a primeira
forma de inclusão dos temas religiosos na educação Brasileira ocorreu várias atividades de
evangelização promovidas pelas instituições religiosas de confissão católica, com meta de
apresentar o conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.
Com o advento da República e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja,
surgiu, entre os defensores da República, o impulso de dissolver o modelo de educação
baseado na catequese religiosa.
Em 1934, o Estado Novo implantou a disciplina de Ensino Religioso nos currículos
da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Era, portanto,
garantida a existência da disciplina na educação pública e, por outro lado, era de caráter
facultativo para os estudantes não católicos.
Essa orientação formal do Ensino Religioso se manteve nas legislações até meados
da década de 60. A Constituição de 1934 procurava manter um caráter facultativo da
disciplina, mas procurava-se ainda implantar a abertura de um espaço público também para as
religiões minoritárias no quadro da educação, pois a concepção de religião desse período,
abordava unicamente a doutrina cristã.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, afirmava em
seu XVIII artigo o seguinte:
Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este
direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa
religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou
coletivamente, em público ou em particular.
No Brasil, na década de 60, o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido
do inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967: "o ensino religioso, de matrícula
facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e
147
médio".
O Ensino Religioso aconfessional e público se concretizou legalmente na redação da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997,
pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte
caracterização:
Art. 33 — O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de
Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer
formas de proselitismo.
§1 — Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos
conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de
professores.
§2 — Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Foi proposto um modelo laico e pluralista, a perda do aspecto confessional rompeu
com o modelo de ensino dos assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de
consideração da religião na educação, brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela
disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se
apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc.
Surgiram, desde então, oriundas dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas
pedagógicas que pretendem, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o
Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas nas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica.
Religião e conhecimento religioso estão inter-relacionados aos aspectos culturais,
sociais, econômicos e políticos. Portanto, a disciplina de Ensino Religioso na escola
fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e
organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do
conhecimento. Deve-se efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do
preconceito Religioso e voltada ao respeito da diversidade cultural e religiosa.
Assim, a disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os estudantes
entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o
Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por
elas produzidos, em suas marcas de religiosidade.
148
Em termos metodológicos propõe-se nessa proposta com base nas diretrizes, um
processo de ensino e de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo
debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida — real e metódica —, do
confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de
conteúdos formalizados.
Serão abordados conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações culturais
e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais,
políticas e econômicas de que são impregnadas as formas diversas de religiosidade.
A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e
análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos
significados.
O objeto de estudo será o Sagrado, termo que se origina do termo latino sacrátus e do
ato de sagrar, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o
Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. O espaço e o sentido do Sagrado,
constitui-se, no contexto da educação laica e republicana, as interpretações e experiências do
Sagrado compreendidas racionalmente como resultado de representações construídas
historicamente no âmbito das diversas culturas e tradições religiosas e filosóficas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ano
• Organizações Religiosas
- Organizações Monoteístas
- Organizações Politeístas
• Lugares Sagrados:
- Lugares Sagrados Materiais (templos, igrejas, capelas, cemitérios, etc.)
149
- Lugares Sagrados Naturais (rios, lagos, montanhas, grutas, caminhos etc.)
• Textos Sagrados orais ou escritos
• Universo Simbólico Religioso
- Tipos de Símbolos Religiosos
- Máscaras religiosas
- Vestimentas religiosas
7º ano
• Temporalidade Sagrada
• Festas Religiosas
• Vida e Morte
• Respeito à diversidade religiosa
- Religiões Tribais
- Religiões Afro-descendentes
- Religiões Cristãs
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à
liberdade religiosa;
- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;
- Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado;
• Rituais Religiosos
- Tipos de Rituais Sagrados
- Ritos de passagem
Serão trabalhados no decorrer do ano, na medida em que surgirem oportunidades:
educação ambiental, sexualidade, enfrentamento a violência na escola, prevenção ao uso
indevido de drogas, educação fiscal, história e cultura afro-brasileira e africana.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propõem-se aulas de forma dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de
seus conhecimentos. O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto
ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, exercendo o papel de mediador
150
entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.
Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga
com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento
em sua prática social cotidiana. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido
em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos. Em seguida, propõe-se a
problematização do conteúdo, levando o aluno para a construção do conhecimento.
Será estabelecida uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações
religiosas, tomando-o como construção histórico- social e patrimônio cultural da humanidade.
Será respeitado o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando.
No desenvolvimento dos referidos conteúdos utilizar-se-a de textos, desenhos,
documentários, entre outros recursos para leitura, interpretação e e resolução de atividades
individuais em duplas e em grupos. Poder-se –a também fazer apresentações (teatro, jogral,
exposições de cartazes, músicas, etc).Serão utilizados os recursos tecnológicos (Tv pen drive,
laboratório de informática) e livros da biblioteca bem como textos, materiais recebidos em
cursos e o caderno pedagógico (O Sagrado no Ensino Religioso).
Durante o ano letivo também serão trabalhados os conteúdos obrigatórios e comuns a
todas as disciplinas conforme a Instrução 009/2011 SUED / SEED, através de debates,
pesquisas, leituras e discussões, que possam contribuir para a construção do conhecimento do
aluno.
AVALIAÇÃO
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá
registro de notas ou de conceitos na documetação escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo de matrícula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos
integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor
a implementação de práticas evaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação
de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os
seus objetivos.
Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o
auxiliem o registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos
conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que se busca com o processo
151
avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a
compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos e para melhorar a vivência dos
alunos enquanto cidadãos conscientes.
Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada
conforme LDB 9394/96 capítulo V – artigo 58.
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, será feita avaliações
escritas individuais ou em grupo, resumos, redações, cartazes, debates, jogos e outros que
possam identificar se existe a necessidade de recuperação de conteúdos ou estudos, que
poderá ser feita através de outras formas de avaliação, como vídeos, debates, seminários e
registros escritos.
Espera-se que o aluno:
- estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
- desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;
- reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo
social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CADERNO PEDAGÓGICO. O Sagrado no Ensino Religioso. Secretaria do Estado da
Educação, 2008.
BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997.
BUENO, Regina Maria da Rocha Louros. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Círculo
de Cooperação da URI, Curitiba, 2005.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso par o Ensino Fundamental, Secretaria de Estado
de Educação. Superintendência da Educação.
ASSINTEC. Sugestão de proposta pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba, 2002.
152
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA
A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o
desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia estabelecendo
relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e organizar-se. O homem
assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas, adaptando-a às suas
necessidades.
Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de ciência.
São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter, mas é com
Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada.
Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens,
servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as estratégias
político-militares, que marcaram este período.
Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de
La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca, as
monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e
culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida.
Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã,
apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas duas
visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional.
O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do
Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache.
No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de 1930,
tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística pelo
então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o levantamento de
dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do Brasil a fim de
descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do Estado, na perspectiva de
um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas desenvolvimentistas do Estado: a
exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da indústria de base e o povoamento das
áreas de fronteira (DCE, 2009).
153
Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os
procedimentos didáticos da Geografia adotados, promoviam principalmente a descrição e a
memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do lugar,
era a chamada geografia tradicional ou descritiva.
Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou-se consciência de que as
diferenças culturais tinham raízes históricas, Portanto, tornou-se importante que o aluno
compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem-se para produzir bens, ou
seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos históricos.
Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta,
realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca dos
fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem como, das
relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por uma
reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista.
A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de
Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos
fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel
enquanto sujeito social, reconhecendo-se como agente, capaz de intervir no meio o qual está
inserido, de emancipar-se.
Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço
ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia
tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que ocupávamos.
A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca antes
experimentada. Pode-se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde “a
rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes conferem
ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado definitivamente a
dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18).
Nesse sentido Cavalvanti (1998, p. 24) coloca que:
“O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de
apreensão da realidade do ponto de vista de sua espacialidade. Isso porque se tem convicção
que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século, requer uma consciência
espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos,
com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar
154
criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar
constantemente estudos do meio [...] e deve levar o educando a interpretar textos, mapas,
paisagens.”
Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é urgente
a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem utilizados
pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos conteúdos e
temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o ensino de
Geografia.
Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter
como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em uma
sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão.
Ainda segundo a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental,
subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam contribuir
para uma visão de mundo mais ampla e profunda.
A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade,
ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de apropriação do
espaço, bem como das conseqüências desencadeadas no meio por esse processo. A Geografia
Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em um perspectiva crítica da realidade. Deve
assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à realidade do aluno, auxiliando na
junção do saber empírico e do saber formal.
A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o
conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos
conhecimentos adquiridos. Para tanto, organizaram-se os conteúdos da Geografia nos
seguintes conteúdos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão
Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão
Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Assim sendo, os conteúdos básicos serão trabalhados dentro dessas perspectivas,
enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo trabalhado. Deverão, portanto, serem
abordados os conceitos básicos da disciplina: lugar, paisagem, região, território, natureza e
sociedade; considerando-se o espaço geográfico como objeto de estudo da Geografia.(DCE,
p.51)
Nesta visão a Geografia no Ensino Fundamental deverá propiciar ao aluno a
155
ampliação das noções espaciais, o desenvolvimento da capacidade de análise dos fenômenos
geográficos e de relacioná-los, a partir de reflexões promovidas em torno da aplicação dos
conceitos construídos. Deverá ainda compreender as especificidades naturais e sociais do
espaço e as relações de poder político e econômico que definem as regiões e territórios.
Porém, no Ensino Médio, a Geografia deverá priorizar a compreensão dos conceitos
e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma que o aluno
seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações espaço/temporais a
partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-relação existente entre o local
e o global. Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas do
conhecimento.
Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual
contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar como
sujeito na sociedade atual.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço geográfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• formação e transformação das paisagens naturais e culturais
• a formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
• dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção
• a distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico
• a transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos
156
• a mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural
• as diversas regionalizações do espaço geográfico
• conceitos geográficos: paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade;
elementos naturais e culturais do espaço geográfico.
• linguagem cartográfica: noções básicas de cartografia: a legenda, os símbolos, as cores e
as escalas cartográficas; orientação e localização no espaço geográfico; a representação da
Terra; leitura e interpretação de mapas;
• geografia da natureza: estrutura interna da Terra; agentes internos e externos; formas do
relevo terrestre e marítimo; hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);
os climas da Terra;
• trabalho e as transformações no espaço geográfico: trabalho humano ( as técnicas de
apropriação e a intensa transformação do espaço); atividades econômicas ( os setores da
economia);
• trabalho, as atividades econômicas e suas relações: divisão social e territorial do
trabalho; atividades agropecuárias; atividades urbanas e industriais; integração campo-cidade.
• indicadores demográficos: população relativa e absoluta;as diferenças entre povoado e
populoso; densidade demográfica; indicadores sociais e pirâmide etária; população urbana e
rural.
• movimentos migratórios: evolução e a distribuição espacial da população; fatores de
repulsão e atração; manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.
• regionalizações: diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
7º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço geográfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração do território brasileiro
• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
157
população
• as manifestações socioespaciais da diversidade cultural
• distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico
• formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e urbanização
• o espaço rural e a modernização da agricultura
• as diversas regionalizações do espaço brasileiro
• dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção
• movimentos migratórios e suas motivações
• a circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações
• ocupação e povoamento do território Brasileiro: formação do Território Brasileiro;
ciclos econômicos.
• Brasil: localização do território Brasileiro; extensão territorial do Brasil e sua influência
nas paisagens; limites e fronteiras do Brasil; regionalização do território. complexos regionais
e movimentos migratórios e fatores de repulsão e de atração.
• quantos somos e onde vivemos: distribuição da população brasileira; indicadores sociais
e pirâmide etária.
• população e o trabalho no Brasil: população economicamente ativa (PEA); setores da
economia; mapa do trabalho infantil no Brasil.
• pluralidade cultural do povo brasileiro: herança cultural dos povos indígenas e dos
povos africanos; demais etnias (europeus, japoneses e árabes);
• rural e o urbano as duas faces do espaço brasileiro: as diferentes características dos
espaços rural e urbano no Brasil.
• industrialização e urbanização no Brasil: evolução da atividade industrial no Brasil;
crescimento urbano em função da indústria; rede transportes e meios de comunicação;
hierarquia urbana.
• modernização da agropecuária e a integração Campo-cidade: setores da agropecuária;
concentração de terras e a Questão Fundiária;
• características gerais das regiões geográficas brasileiras: aspectos físicos e Humanos.
8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
158
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço geográfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração do território brasileiro
• formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano
• a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
• as implicações socioespaciais do processo de mundialização
• o comércio em suas implicações socioespaciais
• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população
• as manifestações socioespaciais da diversidade cultural
•
distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico
• regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos, econômicos e
demográficos
• a distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
• formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
• movimentos migratórios e suas motivações
• a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
• região e regionalização: conceito de região e as diferentes formas de regionalização do
espaço; regionalização pelo nível de desenvolvimento.
• nova regionalização do espaço geográfico: países do Norte e países do Sul;
regionalização de acordo com o IDH
• processos de globalização da economia, das informações e da cultura: economia mundial
atual;
transnacionais; órgãos financiadores internacionais e o seu papel na nova ordem
159
mundial; (FMI, BANCO MUNDIAL e OMC).
• globalização, meio ambiente e desigualdades socioespaciais: poluição do Ar e da Água;
resíduos sólidos; sustentabilidade; desigualdade, marginalidade.
• blocos econômicos e relações comerciais: principais blocos econômicos.
• Continente Americano: localização, dados gerais e sua regionalização; formação
histórica do continente americano; geografia física do continente americano (relevo, clima,
hidrografia e vegetação);
• população
economia da América: características demográficas; setor primário,
secundário e terciário na América;
• América no Norte: características territoriais e populacionais; potência norte americana;
Canadá e suas principais características político-econômicas; México e as implicações de sua
localização entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos;
• América Central, Andina e Guianas: aspectos territoriais, políticos e econômicos;
América Platina: características gerais; Paraguai, Uruguai e Argentina – aspectos territoriais,
políticos e econômicos; Brasil no processo de globalização.
9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço geográfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
• a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
• a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico
• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população
• a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego e tecnologia
• a revolução técnico – científico – informacional e os novos arranjos no espaço de
160
produção
• as implicações socioespaciais do processo de mundialização
• o comércio mundial e as implicações socioespaciais
• as manifestações socioespaciais da diversidade cultural
• movimentos migratórios mundiais e suas motivações
• a distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)
organização do espaço geográfico
• o espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial
• conflitos mundiais e as múltiplas faces do Território: nacionalismo, separatismo e
minorias Étnicas; terrorismo, religião e soberania; Oriente Médio, Território e
Territorialidade; outros conflitos mundiais (recursos naturais); grandes guerras mundiais;
razões dos conflitos atuais: terrorismo, movimentos separatistas, etc.
• Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: evolução da atividade Industrial no Mundo;
Mundo Bipolar: A Guerra Fria; novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD,
Banco Mundial); Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.
• espaço da globalização: conceitos de globalização e de regionalização; redes e o seu
papel no Processo de Globalização; fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na
Era Informacional; conglomerados transnacionais e as Cidades Mundiais; organizações
políticas internacionais e regionais.
• Blocos Econômicos: Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; União Europeia e a CEI;
Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; América Latina e o Mercosul.
• novas regionalizações do Globo e das Américas: regionalização dos continentes
(Europa, Ásia, África e Oceania).
• População, e Demografia e Cultura: civilizações asiáticas e sua religião; distribuição
demográfica do continente europeu; crescimento demográfico e a desigualdade social;
desigualdade, marginalidade e violência urbana.
• impactos ambientais rurais e urbanos e segregação socioespacial: problemas ambientais
na Europa; aspectos socioespaciais das regiões polares; poluição do Ar e da Água; resíduos
sólidos; sustentabilidade.
ABORDAGEM METODOLÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL
161
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos
básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma
crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos
fundamentos teóricos propostos.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:
aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas
abordando temas da atualidade.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV,
rádio, etc) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de
promover a aprendizagem.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme
previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),
Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento
a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço gráfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
162
CONTEÚDOS BÁSICOS
• a formação e transformação das paisagens
• a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego das tecnologias de exploração e
produção
• a formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
recente
• a formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
• linguagem da Geografia: paisagem, lugar e território; as paisagens naturais e as
transformações das paisagens pelas técnicas e tecnologias.
• linguagem Cartográfica: noções básicas de cartografia; coordenadas geográficas; a
representação da Terra.
• Geografia da natureza: estrutura interna da Terra; agentes internos e externos; formas do
relevo terrestre e marítimo; hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);
climas e domínios morfoclimáticos; biomas terrestres; atmosfera, poluição e mudanças
climáticas (aquecimento global);
• tecnologias e recursos naturais: agropecuária, natureza e tecnologia; os sistemas
agrícolas; agropecuária e meio ambiente.
• recursos minerais: localização e exploração dos recursos minerais;
• estratégias energéticas: fontes de energia; alternativas energéticas.
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço gráfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• a formação e transformação das paisagens
• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população
• a formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
163
recente
• o espaço rural e a modernização da agricultura
• localização do Brasil no Globo: Coordenadas Geográficas; domínios morfoclimáticos;
Zonas Térmicas; elementos e fatores do clima; classificação climática; estrutura geológica;
relevo do Brasil; bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná;
• ocupação e povoamento do Território Brasileiro: formação do Território Brasileiro;
características da população brasileira; crescimento demográfico; movimentos migratórios.
• Urbanização e Redes Urbanas: urbanização no Brasil; hierarquia das cidades brasileiras;
Metropolização no Brasil; problemas ambientais urbanos; industrialização Brasileira;
complexos Regionais Brasileiros (Indústria);
•
complexos Agroindustriais Brasileiros: espaço Agropecuário Brasileiro; agricultura e
Fome; Agronegócio no Brasil; Estrutura Fundiária no Brasil;
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço gráfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• a espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial
• a circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações
• a nova ordem mundial, os territórios supracionais e o papel do Estado
• as diversas regionalizações do espaço geográfico
• formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
• as implicações socioespaciais do processo de mundialização
• espaço da globalização: conceitos de Globalização e de Regionalização; redes e o seu
papel no processo de Globalização; fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na
Era Informacional; conglomerados transnacionais e as cidades mundiais.
• Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: Evolução da Atividade Industrial no Mundo;
Mundo Bipolar: A Guerra Fria; novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD,
164
Banco Mundial); Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.
• blocos Econômicos: Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; União Européia e a CEI;
Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; América Latina e o Mercosul.
• conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território: Nacionalismo, Separatismo e
Minorias Étnicas; Terrorismo, Religião e Soberania; Oriente Médio, Território e
Territorialidade; outros Conflitos Mundiais ( recursos naturais).
• impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial: Poluição do Ar e da
Água; Resíduos Sólidos; Sustentabilidade; Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana.
ABORDAGEM METODOLÓGICA DO ENSINO MÉDIO
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos
básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma
crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos
fundamentos teóricos propostos.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como: aulas
expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas
abordando temas da atualidade.
Para isso serão utilizados:
- lousa e giz;
- recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
- leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
- utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV,
rádio, etc) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de
promover a aprendizagem.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme
previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),
Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento
a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
165
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação
baseado nas seguintes modalidades:
diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos
apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação
diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os
objetivos propostos sejam atingidos.
formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando se os
alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e
encontrem estímulos para os estudos.
contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V, a
verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais.
elaborar avaliações especificas - Para alunos com necessidades especiais, elaborando com o
nível de dificuldade relacionando as pesquisas e questionários feitas por profissionais
capacitados.
No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o
professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do processo
de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de
modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da avaliação
quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas.
Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao
invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que
possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:
•
interpretação e produção de textos de Geografia;
•
interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
•
pesquisas bibliográficas;
•
relatórios de aulas de campo;
•
apresentação e discussão de temas em seminários;
166
•
construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar a
aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela permite a melhoria do
processo pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva sobre o fazer
pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do aprendizado do aluno, mas também uma
reflexão das metodologias do professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos
e podem ser um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico.
No cotidiano das aulas
é importante a compreensão de que uma atividade de
avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de
ensino, porque ambas têm a intenção de ensinar.
Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o
estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi
perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim
compreender o que se pede,os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de
acordo , com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios
estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a
realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova
objetiva, a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação
reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como:
memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação,
criatividade, formulação de hipóteses, entre outros, uma atividade avaliativa representa, tão
somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-aprendizagem,a
recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples, conteúdos selecionados
para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as
estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda.
Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão
somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação
serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas
avaliações bimestrais.
Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas
especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.
A recuperação de estudos é de caráter obrigatório, após a verificação de rendimento
escolar, proporciona-se-á novas situações de aprendizagem, retomando o conteúdo, esse
167
processo educativo é direito de todos os alunos que não atingiram na totalidade do processo
de ensino aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____.
Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28.
DCE . Diretrizes Curriculares da Educação Básica Estadual – Geografia – Ensino Médio.
MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia
Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as
Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São
Paulo – SP, 1994.
____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N.
39. Campinas: Papirus, 1995.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política
na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001.
TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009.
168
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História como disciplina surgiu com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, neste
mesmo ano foi criado o Instituto histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que contemplou a
História como disciplina acadêmica. Neste contexto o material didático produzido era
influenciado pela História metódica e pelo positivismo, ou seja, apresentava uma
racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos
oficiais, como fontes e verdades históricas, valorizando e idolatrando personagens históricos
como heróis, sem perceber a contribuição dos outros sujeitos que também fizeram parte do
processo histórico.
“ A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira,
vista como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade
expressa na sínteses das raças branca, indígena e negra, com predomínio da ideologia do
branqueamento... o currículo oficial de História conduzido por líderes que excluía a
possibilidade de pessoas comuns serem aceitas como sujeitos históricos.” DIRETRIZES
CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)
Em 1901, o currículo foi alterado pelos docentes, os quais incluíram a História do
Brasil, a qual dificilmente era trabalhada pelos professores devido à sua extensão de fatos. A
efetivação do ensino da História do Brasil deu-se apenas no Estado Novo, no governo de
Getúlio Vargas, relacionada à uma política nacionalista.
Em 1971, pela lei 5.692 foi instituído a disciplina de Estudos Sociais no ensino de
Primeiro Grau, embasada na corrente educacional Escola Nova ( sistematizava as pedagogias
não diretas, as quais se caracterizavam pela valorização de práticas e que o aluno controlaria
por si o seu processo de aprendizagem, dava ênfase no desenvolvimento do intelecto, na
capacidade de julgamento do aluno, em detrimento da memorização dos conteúdos. Anísio
Teixeira, foi um dos grandes divulgadores dos pressupostos do movimento da Escola Nova no
Brasil).
No contexto da Ditadura Militar, o ensino de História assumiu um caráter político e
ideológico do regime, embasado em fontes históricas disponibilizadas pelo Estado e narrada
169
do ponto de vista da classe dominadora ( os militares ). Neste período o ensino não tinha
espaço para análise crítica nem objetivava a formação da consciência histórica, pretendia
limitar as ações do aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.
“ O Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos
grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do
país” (DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)
O ensino de História era abordado de forma linear, cronológico e harmônico,
ressaltando os feitos heróicos cabendo aos alunos a memorização e repetição das informações
como verdades absolutas. Por muito tempo a prática em sala de aula distanciou-se da
produção historiográfica acadêmica. Ocorreu a aproximação apenas com o fim da Ditadura
Militar e o início do processo de redemocratização brasileira. Neste contexto também foi
discutido e contestado o ensino de Estudos Sociais.
No estado do Paraná, em 1990, baseado na Pedagogia Histórico-crítica,
foi
disponibilizado aos professores da rede estadual, o Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná.
As reformas educacionais contaram também com um documento divulgado pelo
Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN- 1997/1999 ), no qual a
disciplina de História é parte integrante das Ciências Humanas e suas tecnologias, e assume a
responsabilidade de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno, nesta perspectiva, a
História assume um caráter presencista não contextualizando os fatos históricos estudados.
No ano de 2003, no Estado do Paraná, envolvendo todos os professores da rede, teve
início uma discussão com a finalidade de elaborar Novas diretrizes curriculares para o ensino
de História. Numa perspectiva de inclusão social, valorização da diversidade cultural
paranaense, cumprimento da lei 13.381/01, que torna obrigatório, no ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná, cumprimento da lei
10.639/03 a obrigatoriedade da História e cultura Afro-Brasileira e cumprimento da lei
11.645/08 que torna obrigatório o ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A concepção de História deve tratar o conhecimento histórico como resultado do
processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar
diferentes sujeitos históricos e suas relações, desta forma abre-se inúmeras possibilidades de
reflexão e superação de uma visão histórica linear, eurocêntrica e dogmática dos fatos.
“Fundamental para essa superação é o conceito de experiência. Ideia que se
contrapões ao pensamento dicotômico base/estrutura... Defendem ainda, que a consciência
170
de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os
comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas. Outro conceito fundamental é o de
poder, onde a Nova esquerda Inglesa busca superar a visão mecânica e reducionista de uma
corrente tradicional marxista que prescrevia uma História linear em direção a uma
revolução, e ainda uma História tradicional calcada em fatos históricos determinados e
aliados à figuras de heróis. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar
a concepção de poder, o que ficou conhecida como a “história vista de baixo”.
(DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)
Com base nas Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental / 2008,
a qual baseia-se nas teorias das correntes historiográficas Nova Esquerda Inglesa e da Nova
História Cultural, “a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos
deram às mesmas... as relações condicionam os limites e as possibilidades de ações dos
sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas
sócio-históricas.”
A abordagem e interpretação dos fatos históricos visam sua problematização ao
confrontar ou comparar documentos entre si, possibilitando a formação da consciência
histórica do aluno .
A disciplina de História objetiva oferecer embasamento aos alunos, para a formação
da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançando, a abordagem dos conteúdos,
nessa perspectiva, possibilita a exploração de novos métodos de produção do conhecimento
histórico para que o aluno, de modo consciente, perceba as diferenças/semelhanças,
transformações/permanências dos processos históricos abordados.
Portanto enfocará o conhecimento histórico como resultado do processo de
investigação e sistematização de análises sobre o passado, valorizando os diferentes sujeitos
históricos e suas contribuições às permanências e as transformações sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
171
6º ano
Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• A experiência humana no tempo;
• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
• As culturas locais e cultura comum;
7º ano
A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade
em diferentes tempos e espaços.
CONTEÚDOS BÁSICOS
 As relações de poder;
 A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
 As relações entre o campo e a cidade;
 Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade;
8º ano
O mundo do trabalho e os movimentos de resistência.
CONTEÚDOS BÁSICOS
• História das relações da humanidade com o trabalho;
• O trabalho e a vida em sociedade;
• O trabalho e as contradições da modernidade;
• Os trabalhadores e as conquistas de direito;
9º ano
Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das Instituições
Sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOS
•A constituição das instituições sociais;
•A formação do Estado;
•Sujeitos, guerras e revoluções;
172
A seleção dos conteúdos específicos será de responsabilidade do Professor da
disciplina e devem estar articulados com os conteúdos estruturantes e básicos desta Proposta
Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas Diretrizes Curriculares da disciplina de
História do Estado do Paraná.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;
• Urbanização e industrialização;
• O Estado e as relações de poder;
• Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
• Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e revoluções;
• Cultura e religiosidade;
A seleção dos conteúdos específicos será de responsabilidade do Professor da
disciplina e devem estar articulados com os conteúdos estruturantes e básicos desta Proposta
Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas Diretrizes Curriculares da disciplina de
História do Estado do Paraná.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA
O trabalho pedagógico com os conteúdos de História será embasado em diversos
autores comparando e refletindo sobre suas diferentes interpretações, numa perspectiva de
mostrar ao aluno que não existe uma verdade histórica única, que o conhecimento histórico é
resultado de um processo de investigação pautado em evidências, fontes históricas diversas, e
para analisar e compreender o fato histórico é necessário uma contextualização social, política
e cultural.
O processo de construção do conhecimento histórico será abordado considerando as
173
fontes históricas que foram utilizadas pelo pesquisador, bem como as relações humanas e suas
ações que fazem parte deste processo.
Para entender
melhor os diferentes contextos históricos será proporcionado
diferentes interpretações de um mesmo acontecimento, enfatizando a necessidade de ampliar
o número de pesquisas para perceber que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o
passado que pode ser complementada com outras informações. Nesse sentido, algumas
questões serão realizadas, tais como: Como o historiador chegou a essa interpretação? Que
documentos/ fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse
respeito? Que dimensões contemplou em sua análise? Existem aspectos que ainda podem ser
pesquisados? Quais?
O livro didático será utilizado como suporte pedagógico, porém não como fonte
única limitando-se às suas informações. Seus conteúdos serão problematizados incentivando
os alunos a buscar novas informações em outros referenciais teóricos, que possam
complementar o conteúdo abordado em sala de aula.
Para ampliar o conteúdo apresentado pelo livro didático será solicitado pesquisas, as
quais serão realizadas de modo que os alunos possam adquirir autonomia na busca do
conhecimento; enfatizando que a pesquisa não consiste na cópia de informações.
Para enriquecer as aulas deverá ser utilizado os recursos disponibilizados pela escola,
como laboratório de informática, aparelhos de DVD, TV pendrive, acervo de textos fílmicos,
internet, considerando que o desenvolvimento tecnológico contribui na prática pedagógica,
O uso de diferentes materiais didáticos amplia as possibilidades de reflexão. Para a
formação da consciência histórica e aquisição do conhecimento histórico serão utilizados
recursos variados tais como: textos explicativos e informativos, atividades reflexivas, imagens
(charges, fotografias...), mapas, jornais, revistas, textos, fílmicos, entre outros. O trabalho com
textos historiográficos, artigos de jornais e revistas serão abordados como novas
possibilidades de interpretações para a formação de uma consciência histórica.
De acordo com a Instrução 009/2011 SUED / SEED, os conteúdos obrigatórios
abaixo serão abordados durante o ano letivo no momento em que se fizer necessário bem
como quando surgirem oportunidades ou de acordo com o conteúdo trabalhado na disciplina:
Educação Ambiental, Educação Tributária, Enfrentamento da Violência contra Criança e
Adolescente, Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação do
Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e História do
Paraná, Música, Direito da Criança e do Adolescente.
174
AVALIAÇÃO
A avaliação do aprendizado não pode ser feita em um momento único e de forma
definitiva. Segundo José Carlos Libâneo, a avaliação deve ser vista não como julgamento
definitivo e dogmático do professor, mas como comprovação para o aluno de seu progresso
em direção a noções mais sistematizadas, bem como análise da prática pedagógica.
Várias atividades serão propostas com esse objetivo, tais como: compreensão dos
textos explicativos, análises comparativas de noções de tempo, espaço, lugar, pesquisas,
seminários, debates, análise de documentos e obras, mapas, entrevistas, produção de texto,
trabalhos, provas diversificadas (alternativas, orais ou escritas). Assim será possível fazer um
diagnóstico da aprendizagem, estimulando o aluno refletir sobre o seu desenvolvimento. O
cotidiano na sala de aula é parte integrante do processo da avaliação, pois será observado o
interesse e o envolvimento dos alunos nas tarefas propostas.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa na diminuição das
desigualdades sociais e na luta por uma sociedade justa e mais humana. As práticas
avaliativas serão vinculadas ao processo de aprendizagem, segundo Luckesi para que a
avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de
classificatória para diagnosticar, nesta avaliação tanto professor quanto os alunos poderão
revisar suas práticas e possam superar as dificuldades constatadas.
Assim, o aprendizado e a avaliação, poderão ser compreendidos como fenômeno
compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma
análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas, reorganizadas pelo
professor e pelos alunos.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em
sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, serão
realizados alguns apontamentos que permitirão analisar se:
* os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;
* o conceito de Tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes
dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino;
* os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos
históricos;
175
* compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos
históricos do seu tempo;
* analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômicosocial, política e cultural;
* compreendem que o conhecimento é produzido com base em um método, da
problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a
narrativa histórica;
* explicativa a respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a
partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram;
* compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou
complementar a produção historiográfica já existente.
Tais indicativos poderão ser enriquecidos para orientar o planejamento das práticas
avaliativas.
Caso haja necessidade de recuperar conteúdos, serão proporcionadas atividades
variadas que possam revisar a matéria, como pesquisas, seminários, debates, trabalhos,
discussões e outros.
Após a recuperação de estudos será feito avaliações diversificadas como provas
orais, descritivas ou com alternativas, trabalhos, produção de textos individuais ou coletivos
para a verificação da aprendizagem do aluno. E caso de alunos com necessidades
educacionais especiais, tanto os conteúdos quanto o material didático, metodologia e
instrumentos avaliativos serão adaptados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: concepções e usos: bolando aulas de História. São
Paulo: Companhia das Letras: 1998.
___________________. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica – História. Paraná, 2008.
LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. ANDE, n.6, s.d., p. 18.
LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Pátio, n. 12,
fev/abr. 2000, p. 6-11.
RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide. A aula operatória e a construção do
conhecimento. 7. ed. Edesp São Paulo: 1996.
176
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático:História e
cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba:SEED-PR,2005.
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
A aprendizagem de uma língua estrangeira hoje é considerada de vital importância
em um mundo globalizado, em que pessoas de diferentes nacionalidades estão em frequente
contato pelos mais diversos motivos, precisando compartilhar a língua como meio de
comunicação e expressão. A Língua Espanhola vem ganhando espaço nesse contexto
tornando-se um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos( Mercosul),
no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos encontros de líderes
políticos mundiais, na tecnologia, nas redes sociais, na arte, etc.
Oferecer
o ensino de espanhol vai além de somente seguir uma tendência
internacional de valorização de um idioma. Oportunizar
o aprendizado de espanhol é
disseminar a língua espanhola dentro de um país rodeado de hispanohablantes, com
fronteiriças estrangeiras que mesclam com nossa língua materna.
O aprendizado de uma língua estrangeira, ajuda também, na construção de conceitos
importantes para os mais variados campos do saber, fundamentais para que o indivíduo
construa conhecimento significativo para a compreensão dos fenômenos naturais
e dos
processos históricos e sociais de formação para compreensão de mundo e de si mesmo.
Sabe-se, ainda, que a língua e a cultura são o meio de comunicação entre as pessoas,
o ensino de língua espanhola vai priorizar os diferentes costumes, cultura, hábitos e tradições
dos povos hispano-americanos e do povo espanhol. Por isso é imprescindível, que desde o
início da aprendizagem de um novo idioma que se
desenvolva no aluno a autoconfiança,
para que os mesmos acreditem na capacidade de aprender , se expressar, ler e interpretar
diversidade de textos verbais e não verbais presentes no cotidiano de nossos educandos.
O histórico de língua estrangeira moderna, em nosso país, passou por vários
momentos desde a assinatura do decreto em 22 de junho de 1809, onde D. João VI criou as
cadeiras de Inglês e Francês. A partir de então o ensino de língua estrangeira começou a ser
valorizado.
O Espanhol só ganharia força mais tarde, com o advento do Estado Novo, no
governo de Vargas. Intensificou-se, então, a ênfase por um discurso mais nacionalista e um
modelo de patriotismo com ideais de conhecimentos mais voltados à tradição e a cultura dos
grandes descobridores. Como podemos observar nas ( DCEs, p. 42):
177
“[...] o espanhol que até então não havia figurado como componente curricular, é
escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à
escola secundária,[...] O espanhol naquele momento, era indicada como língua de
autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope da Veja. Ao mesmo tempo
que era a língua de um povo que[...] ( mesmo) com importante participação na
história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não
representava ameaça para o governo durante o Estado Novo.”
Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, a busca pelo
aprendizado da língua inglesa era muito grande, uma vez era atribuído a ela o espaço no
campo do trabalho e da cultura. A escola secundária, passou então a preparar o indivíduo para
um currículo cada vez mais técnico e profissionalizante.
Em 1961 foi promulgada a lei 4024, (LDB) Leis das Diretrizes e Bases da Educação
que determinou
que a língua estrangeira
não era mais obrigatória nos cursos
profissionalizantes que substituíram os cursos clássicos e científicos. Mas, mesmo assim,
devido a demanda de mercado, a língua inglesa permanece, devido ao desenvolvimento do
mercado de trabalho.
Em 1971 com a lei 5692, a língua estrangeira passa a ser vista como:
“...porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural
estrangeira,. Assim, evitar-se-ia
o aumento da dominação
ideológica de outras sociedades e do colonialismo cultural do
país. “( DCEs, p.45)
“Porém, o reconhecimento da importância do aprendizado de uma língua estrangeira
só veio com a insatisfação dos professores que ministravam essas línguas” Latim , Grego,
Francês, Inglês e Espanhol”. Depois do parecer 581/76, e ainda, a necessidade do ensino de
mais de uma língua, foi criado no Colégio Estadual do Paraná, no ano de 1982 o Centro de
Línguas Estrangeiras, que passou a oferecer aulas de Inglês, Espanhol, francês e Alemão, aos
alunos no contraturno. Nesse mesmo ano, foi incluído no vestibular da Universidade Federal
do Paraná as Línguas Espanhola, Italiana, Inglesa e Alemã. Fato esse que estimulou e abriu
novos campos para professores destes idiomas.
Em 1996, A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determinou que a escola
deveria ofertar uma língua estrangeira moderna obrigatória no Ensino Fundamental. A
178
escolha dessa língua ficaria a encargo da escola e da comunidade, de acordo com suas
possibilidades e da disponibilidade de professores nessa área.
No ensino Médio, a lei determinou a obrigatoriedade de uma língua estrangeira
moderna no currículo. A língua escolhida seria de acordo com a escola e a comunidade
escolar. E ainda, a oferta de uma segunda língua estrangeira moderna, facultativo ao aluno,
dentro da disponibilidade de professores.
Em 15 de agosto de 1986, em decorrência da redemocratização do país, e amplo
movimento pela pluralidade de ofertas de língua estrangeira moderna nas escolas públicas, o
estado da educação do Paraná, criou o CELEM ( Centro de Línguas Estrangeira Modernas ),
estes centros têm saído preservados pela SEED até hoje, com um número cada vez maior de
alunos e de línguas ofertadas.
Em virtude da necessidade de aproximar os países hispanohablantes com o Brasil, e
assim, melhorar as relações comerciais com os vizinhos de fala espanhola, e ainda para
destacar o Brasil no Mercosul. O Presidente, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a lei
11.161 em 05 de agosto de 2005, que tornou obrigatória a oferta da Língua Espanhola nos
estabelecimentos de ensino médio. Ela poderá ser ofertada na matriz curricular ou pelo
CELEM ( com matrícula facultativa para o aluno).
A partir de então a SEED abriu concurso público em 2004 e 2007, para compor o
quadro próprio do magistério, com vagas para professor de espanhol.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica por meio
da escrita, da oralidade e da leitura que são as práticas que efetivam o discurso.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros discursivos e seus elementos composicionais das esferas sociais de
circulação: cotidiana, literário-atística, científica, escolar, imprensa, publicitário, política,
jurídica, produção / consumo e midiáticas:
179
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
* Identificação do tema;
* Tema do texto;
*Elementos extralinguísticos:
* Intertextualidade;
* Interlocutor;
entonação,
* Intencionalidade;
* Finalidade do texto;
etc...;
pausas,
gestos,
*Vozes sociais presentes no * Intertextualidade;
* Adequação do discurso ao
texto;
* Intencionalidade do texto;
gênero;
* léxico;
* Condições de produção;
* Turnos da fala;
* coesão e coerência;
*Informatividade-informações * Vozes sociais presentes no
* Marcação de discurso;
necessárias para a coerência do texto;
* Marcadores do discurso;
texto;
*
Funções
das
* Variações linguísticas;
classes * Vozes sociais presentes no * Marcas linguísticas: coesão
gramáticas no texto;
texto;
coerência, gírias, repetição;
* Elementos semânticos;
* Vozes verbais;
* Diferenças e semelhanças
* Discurso direto e indireto;
*Discurso direto e indireto;
entre o discurso oral e o
*
Emprego
do
sentido *
denotativo e conotativo;
*Recursos
do
sentido escrito;
denotativo e conotativo no *
estilísticos texto;
( figuras de linguagem)
*
Emprego
Marcas
contexto;
*Léxico;
* Pronúncia.
linguísticas * Coesão e coerência;
particularidades da língua, *
Funções
das
classes
pontuação, recursos gráficos gramaticais no texto;
(
como
aspas,
adequação
travessão, * Elementos semânticos;
negrito );
*Recursos estilísticos – figuras
* Variedade linguística;
de linguagem;
* Acentuação gráfica;
*
* Ortografia
particularidades
Marcas
linguísticas:
da
língua,
pontuação, recursos gráficos
( aspas, travessão, negrito);
* Variedade linguística;
* Ortografia;
* Acentuação gráfica.
180
da
fala
ao
As diferentes Esferas Sociais de Circulação a serem trabalhadas de acordo com o
nível de compreensão e interpretação de cada turma do ensino médio:
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
EXEMPLOS DE GÊNEROS
Adivinhas;
Álbum de família;
Anedotas;
Bilhetes;
Carta;
Cartão;
Causos;
Comunicado;
Convites;
Curriculum vitae;
Diário;
Músicas;
Parlendas;
Piadas;
Provérbios;.
Quadrinhas;
Receitas;
Relatos pessoais;
Trava- línguas.
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
Autobiografia;
Biografias;
Contos diversos;
Crônicas diversas;
Fábulas;
Lendas;
Histórias em quadrinhos; Paródias;
Letras de música;
Poemas;
Romances;
Textos diversos
Narrativas de diversos gêneros;
Leitura e releitura de pinturas;
CIENTÍFICA
Debates;
Palestras;
Pesquisas;
Relatos;
Relatório;
Resumo;
Verbetes;
181
ESCOLAR
Cartazes;
Exposição oral;
Diálogo;
Palestra;
Pesquisas;
Relatos;
Resenha;
Resumo;
Texto argumentativo e de opinião;
IMPRENSA
Cartum;
Charge;
Classificados;
Crônica jornalística;
Horóscopo;
Noticia;
Reportagens;
Resenha crítica;
Sinopse de filme;
Tiras;
Entrevista( oral e escrita )
PUBLICITÁRIA
MIDIÁTICA
Anúncios;
Caricaturas;
Cartazes;
Comercial de TV;
E-mail;
Folder;
Slogan;
Músicas;
Paródias;
Placas;
Publicidades;
Textos políticos.
Blog;
Chat;
Desenho animado;
E-mail;
Entrevista;
Filmes;
Fotoblog;
Home Page;
Talk show;
Telejornal;
Telenovelas;
Torpedos;
Vídeo Conferência
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos serão explanados de forma contextualizada e interdisciplinar, através
de atividades individuais e coletivas, abordando as diversas formas discursivas: oralidade,
leitura, escrita e interpretação de diversos tipos de textos verbais e não verbais. E dessa forma,
desenvolver as habilidades orais e escritas, possibilitando assim a capacidade de analisar,
182
refletir e perceber a LE não só como disciplina, mas como conhecimento de nova cultura.
Para isso,
utilizar-se-á
aparelhos audiovisuais, DVDs, CDs, Pen drive, TV,
músicas,
dicionários, propagandas, jogos e guias de apoio como livro didático.
Os aspectos gramaticais serão abordados dentro do contexto, bem como, de acordo
com a necessidade de entendimento do texto ou música ora em estudo. As traduções não serão
realizadas de forma literal, ao contrário, serão feitas de acordo com o nível de conhecimento e
entendimento da turma.
Os materiais utilizados deverão contemplar os interesses do educando, tendo em
vista que os mesmos podem e devem permitir a flexibilidade para incorporação de
especificidades educacionais.
A construção da linguagem se fará na compreensão dos diversos gêneros textuais na
fluência da leitura, na apresentação oral de textos, nas dramatizações, relatos, histórias e feitos
produzidos pelos alunos.
Escrita – A produção escrita de diversos tipos de textos, oportunizar o educando a
expressar suas idéias através de trabalhos individuais e em grupos, diversificados de acordo
com os conteúdos trabalhados.
Oralidade – O manifestar de um pensar crítico dos temas propostos em textos
variados, oriundos de diversas fontes, de acordo com o conteúdo estudado. E, desta forma
analisar e refletir os fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas do
sujeito. Em todos os momentos da fala, propiciar ao educando expressar-se na oralidade de
forma lúdica e prazerosa, perdendo assim a inibição. Será oportunizada a socialização de
idéias dos alunos em debates e seminários realizados durante o processo educacional.
Leitura – A utilização de diversos tipos de textos verbais e não verbais, de diferentes
gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e
internacional. A leitura se dará de forma interpretativa e dinâmica.
Na produção escrita será realizada a produção e reestruturação de textos diversos
produzidos pelos alunos. A análise linguística e a estruturação dos textos se fará ao longo do
processo de produção. Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados ao longo
do processo educacional, e levarão em conta a clareza e intencionalidade do trabalho em
contemplar valores para auxiliar o educando em seu contexto de vida e cidadania. É na escola
que se faz a construção da identidade e de valores do indivíduo. A Lei 10.639/03, cita a
183
obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. Essa lei foi
substituída em 2008 pela Lei 11.645, que torna obrigatório, também, o ensino de História e
Cultura Indígena.
Essas leis modificam a LDB, uma vez que
elas têm o objetivo de
conscientizar professores e alunos da importância da cultura e da diversidade que formou o
povo brasileiro.
AVALIAÇÃO
A avaliação é a parte integrante no processo educacional. A função da avaliação não
é apenas constatar um certo nível de aprendizado do aluno. E, sim, deve ser um processo
integrado e contínuo de aprendizagem respeitando as diferenças individuais.
A avaliação deve contemplar todo o aprendizado em todas as atividades
desenvolvidas durantes as aulas. A avaliação terá como objetivo maior averiguar, através da
oralidade e de textos lidos, interpretados e escritos, o nível de compreensão e expressão das
atividades propostas. Todo esse processo levará em conta a improvisação, a criatividade, o
interesse e a participação do aluno nos trabalhos e avaliações individuais ou em grupos.
Os trabalhos serão desenvolvidos em sala de aula ou não, podendo ser de forma
individual, em duplas, ou grupos, podendo ser texto, relatório, cartazes, maquete, teatro,
jogral, etc. A avaliação contemplará três momentos da aprendizagem na:
Leitura – Espera-se que o aluno realize uma leitura compreensiva e a partir dela,
possa identificar a ideia principal do texto, perceber as informações explícitas e implícitas,
posicionar-se e argumentar diante do contexto da escrita. Na leitura, o educando deverá
também, ampliar o léxico, aprimorar a pronúncia e ampliar o horizonte de expectativas diante
de uma língua estrangeira.
Escrita – espera-se que o aluno possa expressar suas idéias com clareza, elabore
textos coesos, saiba trabalhar a linguagem formal e a informal, empregue palavras com
expressão de sentido conotativo e denotativo de acordo com o gênero proposto. Bem como,
saiba utilizar adequadamente os recursos linguísticos como: pontuação, acentuação, artigos,
pronomes, etc.
Oralidade – espera-se que o aluno apresente ideias com clareza, saiba posicionar-se
diante dos vários momentos da fala, saiba interagir com seu interlocutor e utilize
conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, de pausa e entonação nas exposições
184
orais.
As avaliações escritas contarão com questões elaboradas de forma diversificada
(ordenar, classificar, explicar, responder, dissertar, enumerar, assinalar, completar, ...),
contendo o valor de cada questão.
Nas avaliações orais será observado: a fluência na leitura, clareza na exposição de
idéias, exposição objetiva de argumentos, organização na seqüência da fala, interação ativa
nos diálogos e postura diante dos colegas de classe.
A recuperação paralela fará a retomada dos conteúdos ainda não assimilados,
seguido de nova avaliação, considerando para fins de promoção a nota maior, ou seja, o
trabalho em que o educando demonstrou maior apropriação do conhecimento. Em casos de
alunos com necessidades especiais, a recuperação se fará de acordo com a sua apropriação de
conhecimento, levando em consideração suas limitações.
Os alunos serão avaliados em todos os momentos do aprendizado,
através de
provas, trabalhos, seminários, relatórios, cadernos e tarefas. Salienta-se que sempre que
possível as avaliações deverão privilegiar atividades de leitura, interpretação e produção
escrita, pois a escola tem o objetivo de formar homens informados e críticos.
A nota bimestral será obtida pela média das avaliações realizadas no período com
valor de 10 (dez) pontos cada uma, e depois dividida pelo número de avaliações do período. O
aluno contará com várias oportunidades diversificadas de aferição em cada bimestre.
REFERÊNCIAS
DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –
Curitiba Paraná, 2008.
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores – Curitiba SEED-PR, 2006.
CADERNOS TEMÁTICOS
185
PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário de Línguas no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram
constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo
da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às
expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. Além do aspecto dinâmico do
currículo e dos métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se justifiquem
pela atualização dos debates e produções teórico-metodológicas para a disciplina de Língua
Estrangeira Moderna.(Paraná, 2008, p.38)
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394 determinou a oferta
obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir
da quinta série, se a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas
possibilidades de atendimento (Art.26,§5.º).Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse
incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela
comunidade escolar, e em uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição (Art.36,Inciso III).
Linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos teóricos que atendam às
demandas da sociedade brasileira e muitos desses trabalhos analisam a função da Língua
Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais de poder
que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o
ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro.
Ao contextualizar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizar as
questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles
políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa data estão apresentados
186
os fundamentos teóricos-metodológicos que orientam o Ensino de Língua Estrangeira na Rede
Pública Estadual, no que se refere a sua prática e objetivos atribuídos a disciplina, identificouse que a abordagem comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula. Esta opção
favorece o uso da língua pelos alunos, mas os professores explicitaram também o
reconhecimento dos limites de tal abordagem ao pretenderem ampliar o papel deste
componente curricular na formação integral dos alunos, a mesma apresenta aspectos positivos
na medida que incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação,
expressão e negociação de sentidos no contexto imediato da situação de fala, colocando-se a
serviço dos objetivos de comunicação.
Propõe-se que aula de LEM constitua um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e
perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive,
espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social.
Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e
maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da
língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência
atingido. Na Língua Inglesa, espera-se que o aluno:
• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivencie, na aula de Língua Inglesa, formas de participações que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformações;
• tenha maior consciência sobre o papel das Línguas na sociedade;
• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural e seus benefícios.
Ao estudar uma Língua Estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir
significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro,
torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de
187
Língua Estrangeira são considerados basilares para a compreensão do objeto de estudo dessa
disciplina. Esses saberes são concebidos como Conteúdo Estruturante, a partir dos quais se
abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico. O Conteúdo Estruturante se
constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e
processuais.
O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao tomar
a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um
conteúdo que atendesse a essas perspectivas. Sendo assim, define-se como Conteúdo
Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o “DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL”. A
língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as
práticas que efetivam o DISCURSO.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos
Para os trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade a análise liguisticas, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor elencar todos os gêneros que devem ser escolhidos
previamente pelo coletivo da escola, nas diferentes esferas, de acordo com o PPP, com a PPC,
com o PTD, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequada cada uma das séries.
Leitura
Identificação do tema; intertextualidade; intencionalidade; vozes sociais presentes no
texto; léxico, coesão e coerência; marcadores do discurso; funções das classes gramaticais do
texto; elementos semânticos; discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e
conotativo; recursos estilísticos (figuras de linguagem); marcas linguísticas: particularidades
da língua, pontuação; recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) variedades linguísticas;
acentuação gráfica; ortografia.
Escrita
Tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade; intertextualidade;
condição de produção; informatividade; vozes sociais presentes no texto; vozes verbais;
discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo; léxico; coesão e
coerência, funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos;
188
recursos
estilísticos (figura de linguagem); marcas linguísticas: particularidades de língua, pontuação;
recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); variedades linguísticas, ortografia, acentuação
gráfica.
Oralidade
Elementos extraliguisticos: entonação, pausa, gesto, etc; adequação do discurso ao
gênero; turnos de fala, vozes sociais presentes no texto, variações linguísticas; marcas
linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição: diferenças e semelhanças entre o discurso
oral e escrito; adequação da fala ao contexto; pronúncia.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Leitura
É importante que o professor:
•
Propicie práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
•
Considere o conhecimento prévio dos alunos;
•
Formule questionamentos que possibilitem inferência sobre o texto;
•
Encaminhe discussões e reflexões sobre o tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia.
•
Propicie análises para estabelecer a referência textual;
•
Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;
•
Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
•
Utilize textos não verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas, etc;
•
Relacione o tema com o contexto atual;
•
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
•
Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas de palavras e /ou
expressões no sentido denotativo e conotativo, bem como de expressões que denotem ironia e
humor;
•
Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes
gêneros.
Escrita
É importante que o professor:
•
Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor,
intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade e
ideologia;
189
•
Propicie o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência
•
Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
•
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
•
Acompanhe a produção do texto;
•
Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
textual;
elementos que compõe o gênero;
•
Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido denotativo e conotativo, bem
como de expressões que denotem ironia e humor;
•
Estimule produções em diferentes gêneros;
•
Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Oralidade
É importante que o professor:
•
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração; aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, e finalidade do texto;
•
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
•
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal;
•
Estimule contações de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausa e outros;
•
Selecione discursos de outros para analise dos recursos da oralidade como: cenas de
desenhos, programas infantos juvenis, entrevistas, reportagens e outros.
Seguindo as Diretrizes Curriculares nas Escolas Publicas do estado do Paraná, o
trabalho com a Língua estrangeira parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades
como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as Línguas Estrangeiras são
possibilidades de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto verbal e nãoverbal sendo abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a
função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações o grau de
informação e considerando o contexto de uso e os seus interlocutores.
As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos
190
dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas
servirão como subsídios para a produção textual em Língua Estrangeira.
Os alunos devem entender que ao interagir com/na língua, interagem com pessoas
específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente: quem disse,
o que, para quem, onde, quando e por que.
A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do
conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que
podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato com os
textos.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas
que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um
sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que
está inserido.
A oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos
diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva, a oralidade é muito mais do
que o uso funcional da língua, é aprender e expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo
que com limitações e que há uma diversidade de gêneros e que qualquer uso da linguagem
implica e que existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes
situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno
se familiarize com os sons específicos da língua que esta aprendendo.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna será articulado com as demais disciplinas
do currículo para relacionar os vários conhecimentos. As atividades serão abordadas a partir
de textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos mencionados, de modo a
proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com
relação aos discursos apresentados. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não
verbal, o professor poderá trabalhar:
a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades, pois cada
atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
b)Aspecto Cultural / Inter discursivo: influência de outras culturas percebidas no
texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão
ser feitas a partir do texto apresentado;
c)Variedade linguística: formal ou informal;
d)Análise linguística: será utilizada de acordo com a série. Ressaltando a diferença
191
entre o ensino da gramática e a prática da análise linguística;
e)Atividades:
-Pesquisa: como uma forma de saber mais sobre o assunto, nos livros ou na internet.
Conversa com pessoas mais experientes, entrevista, etc.
-Discussão: conversa sobre o assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos.
Aprofundar e/ou confrontar informações em Língua Materna.
-Produção de texto:
com a ajuda dos recursos disponíveis e a orientação do
professor.
Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático em
função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso a textos,
figuras, etc. Suas vantagens são percebidas em relação aos alunos que podem dispor de
material para estudo, consultas, exercícios, enfim acompanhar melhor as atividade. Além de
descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize
outros recursos disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeo,
DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, rádio, etc.
A elaboração de materiais pedagógicos pautados na Diretriz permite flexibilidade
para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como contemplar a diversidade
regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará ao
aluno, pertencente a uma determinada cultura o contato e a interação em outras línguas e
culturas. De acordo com a Instrução 009/2011 SUED / SEED, os conteúdos obrigatórios
abaixo serão abordados durante o ano letivo no momento em que se fizer necessário bem
como quando surgirem oportunidades ou de acordo com o conteúdo trabalhado na disciplina:
Educação Ambiental, Educação Tributária, Enfrentamento da Violência contra Criança e
Adolescente, Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação do
Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e História do
Paraná, Música, Direito da Criança e do Adolescente.
AVALIAÇÃO
Leitura
Espera-se do aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
•
Posicionamento argumentativo;
192
•
Ampliação do horizonte de expectativa;
•
Ampliação do léxico;
•
Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
•
Identificação da ideia principal do texto;
•
Analise das intenções do autor;
•
Identificação do tema;
•
Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
•
Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo.
Escrita
Espera-se do aluno:
•
Expressão de ideias com clareza;
•
Elaboração de textos atendendo: as situações de produção proposta (gênero,
interlocutor, finalidade...); a continuidade temática.
•
Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Uso
de
recursos
textuais
como:
coesão
e
coerência,
informatividade,
intertextualidade, etc;
•
Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc;
•
Emprego de palavras e ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;
Oralidade
Espera-se do aluno:
•
Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresentação de ideias com clareza;
•
Compreensão de argumentos no discurso de outro;
•
Exposição objetiva de argumentos;
•
Organização da sequencia da fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
•
Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em Língua
Materna;
193
•
Análise de recurso da oralidade em cenas de desenho, programas infantos juvenis,
filmes, etc.
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna será articulada aos
fundamentos teóricos explicitados nas diretrizes e na LDB nº 9394/96, conforme previsto no
Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar que contempla no mínimo duas avaliações
bimestrais e no máximo a critério do professor, cada qual com valor 10,0, sendo que a média
para a aprovação é valor 6,0. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se
favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, norteando o trabalho do professor, e
propiciar ao aluno sua dimensão no percurso pedagógico.
É importante que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a participação
dos alunos e considere que o engajamento discursivo pela interação verbal de diferentes
formas: entre os alunos e o professor, entre os alunos na turma; na interação com o material
didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira no próprio uso da língua,
que funciona como recurso cognitivo promovendo o desenvolvimento de ideias. Com o
propósito de encarar esse desafio, busca-se em Língua Estrangeira Moderna, superar a
concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos.
A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação
do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo ação reflexão-ação que se passa na
sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e compreensão. Na
avaliação, serão usados textos escritos, orais, pendrive, partes de filmes, dicionários, diálogos,
bilhetes, pequenas cartas, músicas, todos esses instrumentos com objetivo de formar não
apenas um leitor, mas um estudante capaz de produzir sentidos de leitura, levantar hipóteses,
perceber a intencionalidade, compartilhando o processo ensino aprendizagem formando
cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidário e autônomos.
A recuperação ocorrerá sempre após a retomada de conteúdos e ofertada a todos,
independente da nota alcançada pelo aluno.
Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, terão atendimentos e
avaliações diferenciados de acordo com sua necessidade, seja na escrita, na oralidade, visual,
e outras de acordo com as especificidades de cada indivíduo.
Referências Bibliográficas
194
Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Secretaria de Estado de Educação do Paraná,
2008; Língua Estrangeira Moderna.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento
de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente, o processo de ensino de língua Portuguesa iniciou-se com a
educação jesuítica.
Em 1759, a Reforma Pombalina impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do
ensino. Mas, somente nas últimas décadas do século XIX, passou a integrar os currículos
escolares brasileiros. Seguindo os moldes do ensino de Latim fragmentava-se no ensino de
Gramática, Retórica e Poética.
A escola se abria a camadas cada vez maiores da população, o ensino de português
tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada “boa língua”. O
conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no
Brasil, o cargo de Professor de Português.
A literatura veiculada na variedade brasileira foi retomada pelos modernistas em
1922, pois defendiam a necessidade de privilegiar o falar brasileiro.
No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não
poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades
trazidas por esses alunos. Uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado
em exercícios de memorização. Decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na
disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de
comunicação. A disciplina passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau,
Comunicação e Expressão, nos anos iniciais, e Comunicação em Língua Portuguesa, nos anos
finais.
Na década de 70, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Com o fim
do regime militar, ganham forças as discussões sobre o currículo escolar e o papel da
educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A pedagogia
195
histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. Essa pedagogia se revelou
nos estudos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As
novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram no final da década de 1970 e
início de 1980. O livro de João Wanderley Geraldi marcou as discussões no Paraná.
O currículo orientava os professores a um trabalho focado na leitura e na produção;
um ensino voltado para o domínio efetivo de falar, ter e escrever.
Fundamentou-se a
disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista.
Considerando o percurso histórico da disciplina, evidencia-se novos posicionamentos
em relação às práticas de ensino, uma proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em
contraste com a movimentação, reflexiva e produtiva.
O domínio da linguagem e o ensino da língua são imprescindíveis para a participação
efetiva no meio social em que se vive. Aprender a falar e a escrever não é suficiente para que
o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade em que vive. Ele deve saber
argumentar, defender seu ponto de vista, trocar, emitir e receber opiniões, exercendo assim a
cidadania. A principal função das escolas deve ser a de formar cidadãos com senso crítico e
aguçado e não apenas expectadores.
A nova realidade social desencadeou a ampliação da utilização da escrita, dos meios
de comunicação eletrônicos e as incertezas de alunos pela escola regular colocou novas
demandas e necessidades, tornando ultrapassados os métodos e conteúdos tradicionais.
Apesar de ainda imperar uma atitude preconceituosa em relação às formas não
absorvidas da expressão linguística, que devem consolidar-se em práticas de ensino em que
tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada seja o uso da linguagem.
O ensino da Língua Portuguesa, conforme o documento oficial – as DCEs pauta-se
numa concepção de linguagem enquanto interação que prima, em seu processo de aquisição e
aprimoramento da língua, o sujeito, a história e o contexto, (PARANÁ, 2008, p. 48).
Ensinar a língua materna requer que se considerem os aspectos sociais e históricos
em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que
os seus significados são sociais e historicamente construídos. O ensino-aprendizagem de
Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos,
para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir
com esses discursos.
Para isso, é relevante que a língua seja percebida como um espaço em que diversas
vozes se defrontam, manifestando diferentes opiniões.
196
Portanto, hoje as práticas discursivas: oralidade, leitura e produção escrita devem
partir do uso possível aos alunos, para permitir ampliar a competência linguístico-discursiva,
particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita, sempre considerando que:
•A razão de ser das propostas de leitura e escrita de textos é a compreensão ativa;
•A razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a interlocução efetiva;
•As situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensar sobre a
linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la apropriadamente às situações e aos
propósitos definidos;
•Há a necessidade de se respeitar que cada indivíduo se diferencia pelas suas
características socais e é através da linguagem que expressa suas ideias, pensamentos e
intenções de forma que assim estabelece relações interpessoais;
A linguagem e o pensamento mantêm vínculo estreito entre si. É por meio da
linguagem que se constroem referenciais em relação às crenças e ao conhecimento geral do
mundo, levando à interpretação da realidade, enquanto que o pensamento resultante da
linguagem dá capacidade de ser alterado, reorganizado ou substituído por outro.
Os conteúdos serão trabalhados em atividades interdisciplinares, uma vez que
interdisciplinaridade questiona a segmentação entre diferentes campos do conhecimento,
visão compartilhada da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida historicamente,
se constitui, uma vez que procura situar a pedagogia numa visão unitária.
Na prática pedagógica, a interdisciplinaridade expõe as interrelações entre os objetos
de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho fragmentado, sendo que a
mesma promove a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção.
Por essa mesma via, abre espaço para a inclusão de saberes extraescolares,
possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos alunos. A
interdisciplinaridade, portanto, dá sentido social a procedimentos e conceitos próprios das
áreas convencionais, superando, assim, o aprender apenas pela necessidade escolar de passar
de ano.
Nessa dimensão, o aluno é sujeito do aprender, é aquele que age com e sobre o objeto
do conhecimento que são os discursos textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais
de linguagem. Nessa perspectiva, o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto do
conhecimento.
Para isso, ele contempla os seguintes objetivos:
197
• Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção
de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder às diferentes
condições de produção do discurso;
• Empregar a língua oral em situações de uso, adequando-a ao contexto, interlocutor,
intenção, propiciando a possibilidade de posicionamento;
• Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando
sobre as representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder
para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o
modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes;
• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a
capacidade de avaliação de textos, contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes
opiniões, inferindo às possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os
processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor;
• Conhecer e valorizar as diferentes variedades de português, procurando combater o
preconceito linguístico;
• Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento
adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas
interações com pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras
variedades;
• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para
expandir sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise
crítica;
• Despertar o gosto pela leitura;
• Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura
brasileira;
• Considerar a língua como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais,
como representação simbólica de experiências humanas manifestadas nas formas de sentir,
pensar e agir na vida social.
• Analisar os recursos repressivos da linguagem verbal, relacionando textos,
contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de
produção, recepção (intenção, época, local e interlocutores participantes na criação e
propagação de ideias e escolhas);
198
• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre diferentes manifestações da linguagem
verbal, aplicando as tecnologias de comunicação e de informação na escola, no trabalho e em
outros contextos relevantes da sua vida.
• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
• Propiciar, através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita
a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita bem como
de aprofundar o pensamento crítico e a sensibilidade estética.
• Aprimorar os conhecimentos linguístico-dicursivos de forma a propiciar condições
de adequar a linguagem a diferentes contextos sociais.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
No processo ensino-aprendizagem é importante saber que quanto maior o contato
com a linguagem, mais possibilidades se tem de entender o texto, portanto, há necessidade de
apresentar um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.
A escola precisa considerar o discurso enquanto prática social que se manifesta a
partir da oralidade, a escrita e a leitura como ações que possibilitem o aluno a ampliar seus
propósitos comunicativos, posicionando-se e interagindo com as práticas de linguagem da
sociedade e reconheça as vozes sociais e ideologias presentes no texto, no intuito de favorecer
o desenvolvimento da compreensão leitora, assim como a diversidade de procedimentos de
planejamento do texto e obter melhor resultado possível no trabalho com os alunos.
Na disciplina de Língua Portuguesa o conteúdo estruturante contempla o discurso
enquanto prática social e se desdobra nas práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Gêneros discursivos:
•
Cotidiano: anedotas, carta pessoal, convites, bilhetes, exposição oral, quadrinhas,
lendas, trava-línguas
•
Literário: contos, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, lenda, literatura
de cordel, narrativas fantásticas e de terror
199
•
Escolar: cartazes, resumos, exposição oral
•
Imprensa: cartum, charge, entrevista, fotos, tiras.
•
Publicitária: músicas paródias, folder, fotos
•
Científica: pesquisa
•
Produção e consumo: bulas, placas
•
Tema do texto
•
interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Argumentos de texto
•
Discurso direto e indireto
•
elementos composicionais do gênero
•
Léxico
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
Leitura:
pontuação, recursos gráficos
Escrita:
•
Contexto de produção
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Informatividade
•
Argumentatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Divisão do texto em parágrafos
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito), figuras de linguagem
•
Processo de formação de palavras
•
Acentuação gráfica
•
Ortografia
•
Concordância Verbal / Nominal
Oralidade:
•
Tema do texto
•
Finalidade
200
•
Argumentos
•
Papel do locutor e interlocutor
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, reticências
•
Adequação do discurso ao gênero
•
Turnos de fala
•
Variações linguísticas
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
7º ANO
Gêneros discursivos:
•
Cotidiano: cartão postal, piadas, paralendas, músicas
•
Literário: crônicas, histórias em quadrinhos, lenda, narrativas fantásticas, causos,
narrativas de terror, diários, narrativas de aventuras, poemas
•
Imprensa: entrevista, texto de opinião
•
Escolar: resumos, exposição oral
•
Publicitária: anúncio, e-mail
•
Científica: pesquisa
•
Tema do texto
•
interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Argumentos de texto
•
Contexto de produção
•
Intertetualidade
•
Informações implícitas e explícitas
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Repetição proposital de palavras
•
Léxico
•
Anbiguidade
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
Leitura:
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem
Escrita:
201
•
Contexto de produção
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Informatividade
•
Discurso direto e indireto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito), figuras de linguagem
•
Processo de formação de palavras
•
Acentuação gráfica
•
Ortografia
•
Concordância Verbal / Nominal
•
Tema do texto
•
Finalidade
•
Papel do locutor e interlocutor
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
•
Adequação do discurso ao gênero
•
Turnos de fala
•
Variações linguísticas
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
•
Semântica
Oralidade:
8º ANO
Gênero discursivos:
• Cotidiano: cartão postal, piadas, paralendas, músicas, receitas
• Literário: crônicas, romances, fábulas, lendas, acróstico, memórias
• Imprensa: entrevistas, classificados
• Escolar: resumos, exposição oral, cartazes, mensagens, relatório
• Publicitária: cartazes, paródia
• Científica: debates
Leitura:
• interlocutor
202
• Intencionalidade do texto
• Argumentos de texto
• Contexto de produção
• Intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
• Discurso direto e indireto
• elementos composicionais do gênero
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)
• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões
que denotam ironia e humor no texto
Escrita:
• Conteúdo temático
• Interlocutor
• Intencionalidade do texto
• Informatividade
• Contexto de produção
• Intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
• Elementos composicionais do gênero
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito)
• Concordância Verbal / Nominal
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto
• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras,
sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto
Oralidade:
• Conteúdo temático
203
• Finalidade
• Argumentos
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas, ...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição
• Elementos semânticos
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
9º ANO
Gêneros discursivos:
• Cotidiano: carta pessoal, comunicados, curriculum vitae, convites, exposição oral
• Literário: romance, fábulas contemporâneas, contos e crônicas
• Imprensa: sinopse de filmes e livros, entrevista
• Escolar: exposição oral, resenha, seminário, pesquisas, texto argumentativo,
resumo
• Publicitária: cartazes, e-mail
• Política: carta ao leitor, carta de reclamação, artigo de opinião
• Jurídica: leis e regimentos
Leitura:
• Conteúdo temático
• Interlocutor
• Intencionalidade do texto
• Argumentos de texto
• Contexto de produção
• Intertextualidade
• Discurso ideológico presente no texto
• Vozes sociais presentes no texto
204
• elementos composicionais do gênero
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
• Partículas conectivas do texto
• Progressão referencial no texto
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)
• Semântica: operadores argumentativos, polissemia, expressões que denotam
ironia e humor no texto
Escrita:
• Conteúdo temático
• Interlocutor
• Intencionalidade do texto
• Informatividade
• Contexto de produção
• Intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
• Elementos composicionais do gênero
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
• Partículas conectivas do texto
• Progressão referencial no texto
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito)
• Sintaxe da concordância
• Sintaxe de regência
• Processo de formação de palavras
• Vícios de linguagem
• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia
Oralidade:
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Argumentos
205
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas, ...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição
• Semântica
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
Prática de produção de textos orais e escritos
Antes dos conteúdos referentes a prática de produção de textos orais e escritos, será
apresentada a tabela que organiza os gêneros sugeridos para o trabalho, conforme critérios
apresentados anteriormente.
GÊNEROS SUGERIDOS PARA A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
ORAIS E ESCRITOS
Canção;
LITERÁRIOS
Textos dramáticos
Crônica;
LITERÁRIOS
Conto;
Poema;
Notícia;
DE IMPRENSA
Entrevista;
DE IMPRENSA
Notícia;
Debate;
Artigo;
Depoimento;
Carta do leitor;
Exposição;
Relatório de
DE DIVULGAÇÃO Seminário;
DE DIVULGAÇÃO experiências;
CIENTIFICA
CIENTÍFICA
Debate;
Esquema
resumo
de
artigos ou verbetes de
enciclopédia;
206
Produção de textos orais:
• Planejamento prévio de fala em função da intencionalidade do locutor, das
características do receptor, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos;
• Seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, semânticos e gramaticais
prosódicos e gestuais;
• Emprego de recursos escritos (gráficos, esquemas, tabelas) como apoio para a
manutenção da continuidade da exposição;
• Ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar em conta o
ponto de vista do outro para acatá-lo, refutá-lo ou negociá-lo.
Produção de textos escritos:
• Produção de textos
considerando
suas
condições
de produção/situação
comunicativo:
▪ Finalidade;
▪ Especificidade do gênero;
▪ Lugares preferenciais de circulação;
▪ Interlocutor eleito;
◦ Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto:
▪ Levantamento de ideias e dados;
▪ Planejamento;
▪ Rascunho;
▪ Revisão (com intervenção do professor);
▪ Versão final;
◦ Utilização de mecanismos discursivos e linguísticos de coerência e coesão textual,
conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo diferentes critérios:
▪ Manutenção da continuidade do tema e ordenação de suas partes;
▪ Seleção apropriada do léxico em função do eixo temático;
▪ Manutenção do paralelismo sintático e/ou semântico;
▪ Suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informações em relação ao tema
e o ponto de vista assumido;
▪ Avaliação da orientação e força dos argumentos;
207
▪ Propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas, conectivos)
na expressão da relação entre constituintes do texto;
◦ Utilização de marcas de segmentação em função do projeto textual:
▪ Pontuação (ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto de exclamação,
ponto de interrogação, reticências);
▪ Outros sinais gráficos (aspas, travessão, parênteses);
◦ Utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação do interlocutor,
possíveis aos instrumentos empregados no registro de texto (lápis, caneta, máquina de
escrever, computador):
▪ Divisão em colunas;
▪ Caixa de texto;
▪ Marcadores de enumeração;
▪ Utilização dos padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de
produção.
Práticas Discursivas
• Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao
conteúdo temático, construção composicional e ao estilo;
• Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gêneros de
texto se inserem, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os
procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que
privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não);
• Levantamento das restrições que diferentes suportes e espaços de circulação
impõem à estruturação de textos;
• Análise
das
sequencias
discursivas
predominantes
(narrativa,
descritiva,
expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recursos expressivos recorrentes no interior
de cada gênero;
• Reconhecimento das marcas linguísticas específicas (seleção de processos
anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos e argumentativos, esquema dos tempos
verbais, dêiticos, etc.).
• Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao
processo linguístico, no que diz respeito:
◦ Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais),
208
históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe
social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia);
◦ As diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem
escrita;
◦ A seleção de registros em função da situação interlocutora (formal, informal);
◦ Aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se
manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na
morfologia (variantes e reduções do sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação
das sentenças e concordância).
• Comparação dos fenômenos linguísticos observados na fala e na escrita nas
diferentes variedades, privilegiando os seguintes domínios:
 Sistema pronominal (diferentes quadros pronominais em função do gênero):
preenchimento da posição de sujeito, extensão do emprego dos pronomes tônicos na posição
de objetivo, desaparecimento dos clíticos, emprego dos reflexivos, etc;
 Sistema dos tempos verbais (redução do paradigma no vernáculo) e emprego dos
tempos verbais (predominância das formas compostas no futuro e no mais que perfeito,
emprego do imperfeito pelo “condicional”, predominância do modo indicativo etc.);
 Predominância de verbos de significação mais abrangente (ser, ter, estar, ficar, pôr,
dar) em vez de verbos com significação mais específica;
 Emprego de elementos dêiticos e de elementos anafóricos sem relação explícita
com situações ou expressões que permitam identificar a referência;
 Casos mais gerais de concordância nominal e verbal para recuperação da
referência e manutenção da coesão;
• Realização de operações sintáticas que permitam analisar as implicações
discursivas decorrentes de possíveis relações estabelecidas entre forma e sentido, de modo a
ampliar os recursos expressivos;
• Expansão dos sintagmas para expressar sinteticamente elementos dispersos no
texto que predicam um mesmo núcleo ou o modifica;
• Integração à sentença mediante nominalizações da expressão de eventos,
resultados de eventos, qualificações e relações;
• Reordenação dos constituintes da sentença e do texto para expressar diferentes
pontos de vista discursivos, como a topicalidade, a informação nova, a ênfase;
209
• Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura
da sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como, por exemplo, uma
diferente topicalidade ou o ocultamento do agente (construções passivas, utilização do clítico
“se” ou verbo na terceira pessoa do plural), o efeito do emprego ou não de operadores
argumentativos e de modalizadores;
• Redução de texto (omissões, apagamentos, elipses) seja como marca de estilo, seja
para diminuir redundâncias ou para evitar recorrências que não tenham caráter funcional ou
não produzam desejados efeitos de sentido.
• Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de
modo a permitir:
 Escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais apropriadas ao que se
quer dizer ou em relação de sinonímia no contexto em que se inserem ou mais genéricas /
mais específicas (hiperônimos e hipônimos);
 Escolha mais adequada em relação à modalidade falada ou escrita ou no nível de
formalidade e finalidade social do texto;
 Organização das palavras em conjuntos estruturados em relação a um determinado
tema, acontecimento, processo, fenômeno ou mesmo objeto, como possíveis elementos de um
texto;
 Capacidade de projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), a estrutura
complexa associada a seu sentido, bem como os traços de sentido que atribuem aos elementos
(sujeito, complementos) que preencham essa estrutura;
 Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais
(regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria);
 Elaboração de glossários, identificação de palavras-chave, consulta ao dicionário.
• Descrição de fenômenos linguísticos com os quais os alunos tenham operado, por
meio de agrupamento, aplicação de modelos, comparações e análise das formas linguísticas,
de modo a inventariar elementos de uma mesma classe de fenômenos e construir paradigmas
contrastantes em diferentes modalidades de fala e escrita, com base:
 Em propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais de
prefixação e de sufixação);
• Utilização da intuição sobre unidades linguísticas (períodos, sentenças, sintagmas)
como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação.
210
• Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte
das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica.
• Valorização das variedades lingüísticas que caracterizam a comunidade dos
falantes da Língua Portuguesa nas diferentes regiões do país.
• Valorização das diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos — orais
ou escritos — como possibilidades diferenciadas de compreensão do mundo.
• Posicionamento crítico diante de textos, de modo a reconhecer a pertinência dos
argumentos
utilizados,
posições
ideológicas
subjacentes
e
possíveis
conteúdos
discriminatórios neles veiculados.
• Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos adequados à condição
atual do aluno.
• Atitude receptiva diante de leituras desafiadoras e disponibilidade para a ampliação
do repertório a partir de experiências com material diversificado e recomendações de
terceiros.
• Frequentar os espaços mediadores de leitura — bibliotecas, livrarias,
distribuidoras, editoras, bancas de revistas, lançamentos, exposições, palestras, debates,
depoimentos de autores — sabendo orientar-se dentro da especificidade desses espaços e
sendo capaz de localizar um texto desejado.
• Reconhecimento da necessidade de dominar os saberes envolvidos nas práticas
sociais, mediadas pela linguagem como ferramenta para a continuidade de aprendizagem fora
da escola.
• Reconhecimento de que o domínio dos usos sociais da linguagem oral e escrita
pode possibilitar a participação política e cidadã do sujeito, bem como transformar as
condições dessa participação, conferindo-lhe melhor qualidade.
• Reconhecimento de que o domínio da linguagem oral e escrita pode oferecer ao
sujeito melhores possibilidades de acesso ao trabalho.
• Reconhecimento da necessidade e importância da língua escrita no processo de
planejamento prévio de textos orais.
• Preocupação com a qualidade das produções escritas próprias, tanto no que se
refere aos aspectos formais — discursivos, textuais, gramaticais, convencionais — quanto à
apresentação estética.
• Valorização da linguagem escrita como instrumento que possibilita o
211
distanciamento do sujeito em relação a idéias e conhecimentos expressos, permitindo formas
de reflexão mais aprofundadas.
CONTEÚDO BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
GENEROS DISCURSIVOS:
• Histórias que a vida conta
• Crônicas
• Histórias de nossa imaginação
• Narração
• Texto informativo
• Contos
• Haicai
• Poema
• Lendas
• Memorias
• Pesquisas
• Artigo de opinião
• Carta de emprego
• Carta de solicitação
• Carta Pessoal
• Convites
• Músicas
• Crônicas de Ficção
• Entrevista (oral e escrita)
• Anúncio
• Diálogo / Discussão Argumentativa
• Filmes
LITERATURA
• Literatura: A Arte da Palavra (relação dialógica com outros textos)
212
• O Texto Literário (leitura coerente do texto)
• O Trovadorismo
• O Humanismo
• O Renascimento
• O Quinhentismo Brasileiro
ESCRITA
• Conteúdo temático
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Intencionalidade
• Intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
• Elementos composicionais do gênero
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
• Contexto de produção
• Partículas conectivas do texto
• Progressão referencial no texto
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, etc
• Sintaxe de concordância e regência
LEITURA
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Vozes sociais presentes no texto
• Contexto de produção
• Argumentos do texto
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos
• Semântica: figuras de linguagem
213
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Intencionalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito;
2ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS
▪ Curriculum Vitae
▪ Exposição Oral
▪ Entrevistas
▪ Biografias
▪ Poemas
▪ A correspondência: carta familiar, carta de emprego, e-mail
▪ Letras de músicas
▪ Romances
▪ Júri Simulado
▪ Resumo
LITERATURA
• O arcadismo
• O Barroco: Português e Brasileiro
• O Neoclassicismo em Portugal
214
• Leitura coerente de textos literários
• A poesia romântica brasileira e portuguesa
• A prosa romântica brasileira e portuguesa
• O Realismo e o Naturalismo: Portugal e Brasil
• Contos: Machado de Assis e Eça de Queirós
• O Simbolismo no Brasil
ESCRITA
• Conteúdo Temático
• Finalidade do texto
• Vozes sociais presentes no texto
• Elementos composicionais do gênero
• Semântica: operadores argumentativos, figuras de linguagem, modalizadores
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos
• Vícios de linguagem
• Sintaxe de concordância e regência
LEITURA
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Papel do locutor / interlocutores Adequação do discurso ao gênero
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
• Contexto de produção da obra literária
• Elementos composicionais do gênero
• Contexto de produção da obra literária
• Relação
• Aula de leitura semanal
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
215
• Intencionalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito;
3ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS
• Enredo linear e enredo não-linear das narrativas de ficção
• As linguagens da publicidade: anúncio, e-mail, slogan
• Resenha crítica
• A correspondência: abaixo-assinado, ofício, curriculum vitae, ata, carta de
emprego, requerimento;
• Relatórios
• Discurso Político “de Palanque”
• Poemas
• Crônicas de Ficção
LITERATURA
• Compositores românticos do século XIX
• O Simbolismo
• O Pré-modernismo no Brasil
• Semana de Arte Moderna
• A primeira geração modernista brasileira
• A poesia
• A segunda geração modernista brasileira: poesia e prosa
• A terceira geração modernista brasileira:
• Tendências contemporâneas
216
• O desenvolvimento da produção literária africana
• Revisão de obras estudadas
LEITURA
• Vozes sociais presentes no texto
• Elementos composicionais do gênero
• Contexto de produção da obra literária
• Semântica: operadores argumentativos, mobilizadores e figuras de linguagem
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA
Atividades de linguagem:
• Debate;
• Entrevista;
• Exposição dissertativa;
• Resumo
• Paráfrase, paródia;
• Correspondência familiar e oficial;
• Propaganda;
• Narrativa de ficção;
• Crônicas de ficção;
• Romances;
• Poema;
• Contos;
• Texto argumentativo;
• Resenha crítica;
• Texto político;
• Discurso político;
• Ofício;
• Requerimento;
• Curriculum vitae;
217
Atividades de reflexão e operação sobre o texto
• Observar, comparar e compreender;
• Função de texto;
• Adequação da forma a situação de uso a aos propósitos do texto;
• Procedimentos de coesão e coerência do texto;
• Diferentes elementos que estruturam;
O texto
• Episódios e modos de relacioná-los e organizá-los;
• Personagens e modo de apresentá-las caracterização das personagens e de
ambiente;
• Narrador, seu ponto de vista em relação aos acontecimentos;
• Tempo de narração e tempos de história;
• Valor composicional das operações na relação e organização dos elementos;
• Relação com a realidade sócio-cultural;
O texto dissertativo:
• Objetivos do autor
• Argumentos que fundamentam ou contrariam a tese do autor e peso relativo desses
argumentos;
• Conclusões;
• Procedimentos argumentativos;
O texto poético:
• Ideia ou elemento central da construção;
• Recursos sonoros, rítmicos, visuais;
• Recursos verbais de construção ao semântico;
• Relação com a realidade sociocultural;
O texto administrativo/legal:
• A função do texto e situações de uso;
• Sistemas de noções peculiares à área de atuação em questão;
• Elementos da linguagem técnica;
• Modos de redação ou aspectos formais;
O texto publicitário e jornalístico:
218
 Informações veiculadas;
 Procedimentos de informação e persuasão;
Atividades relativas ao estudo da literatura:
 Relação sincrônica e diacrônica dos textos literários entre si;
 Relação da literatura com a realidade e sociocultural.
Atividades relacionadas ao estudo dos fatos da língua:
• No que se refere ao texto:
 Funções dos textos e formas linguísticas a elas associadas;
 Variações linguísticas, diferentes registros e variações estilísticas: adequação da
forma à situação de uso e aos propósitos do texto;
 Estruturação do texto: os procedimentos de coesão e coerência;
 Tipos de modalidade de texto;
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS - ENSINO FUNDAMENTAL
Organizar situações de aprendizado, planejando situações de interação nas quais o
conhecimento seja construído ou tematizado, organizando atividades que recriem situações
enunciativas de outros espaços, planejando e dirigindo atividades didáticas apoiando e
orientando o esforço de ação e reflexão do aluno procurando garantir aprendizagem efetiva.
As atividades de ensino devem contemplar o trabalho de diversidade de textos e gêneros.
O ensino desta disciplina deve considerar a condição afetiva, cognitiva e social do
adolescente, deste modo, implica colocar um fazer reflexivo com o qual se busca construir um
saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as opiniões valores e saberes são
veiculados nos discursos orais e escritos.
Deve-se possibilitar o acesso a textos escritos mais complexos, com padrões
linguísticos mais distanciados daqueles da oralidade e com sistema de referência mais
distantes do senso comum e das atividades da vida diária, impondo a necessidade de
percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos valores constituídos em torno das
formas de reflexão.
A mediação do professor deve ser de organizar ações que possibilitem aos alunos o
contato crítico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos das práticas de
219
linguagem, inclusive, aspectos não percebidos inicialmente pelo grupo.
Em língua portuguesa, levando em conta que o texto, unidade de trabalho, coloca o
aluno sempre em frente a tarefas globais e complexas, para garantir a apropriação efetiva dos
múltiplos aspectos envolvidos e introduzindo-os nas práticas de oralidade, leitura e produção.
Apresentando diferentes textos de diferentes gêneros, para que os alunos construam os
diversos conceitos.
O trabalho com a língua oral deve desenvolver a capacidade de falar que será
adquirida por meio de exposições, relatórios de experiências, entrevistas, debates, teatros,
palestras, leituras dramáticas e saraus literários. Dentro dessa temática de trabalho, o professor
deve organizar momentos de leitura livre em que ele próprio leia, criando um circuito de
leitura em que se fala o que se leu, trocam-se sugestões, aprendem com experiências do outro.
Para formar bons leitores exercitar-se-á diversos tipos de leitura: leitura autônoma,
colaborativa, em voz alta pelo professor, programada e livre.
Ao produzir um texto, o aluno precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer, a
quem dizer, e como dizer. O texto será analisado pelo professor, o qual promoverá eventuais
ajustes na redação, localizando e corrigindo possíveis deslizes no uso da norma culta.
Os procedimentos de refracção começam de maneira externa, pela mediação do
professor que elabora os instrumentos e organiza as atividades que permitem aos alunos sair
do complexo (o texto) ir ao simples (as questões linguísticas e discursivas que estão sendo
estudadas) e retomar ao complexo (o texto). Graças à mediação do professor, os alunos
aprendem não só um conjunto de instrumentos linguísticos discursivos, como também
técnicas de revisão (rasurar, substituir, desprezar). Por meio dessas práticas mediadas, os
alunos se apropriam progressivamente, das habilidades necessárias à auto-correção.
Além da oralidade, leitura e produção de texto, faz-se necessário atividades
epilinguísticas, que envolvam manifestações de um trabalho sobre a língua e suas
propriedades, como de atividades que envolvam o trabalho de observação, descrição e
categorização, por meio do qual se constroem explicações para os fenômenos linguísticos
característicos das práticas discursivas.
Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a
aprendizagem dos conteúdos selecionados, fazem-se necessários alguns procedimentos
metodológicos:
• Isolamento entre os diversos componentes da expressão oral ou escrita, do fato
linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos
220
alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez
maior da linguagem;
• Construção de um corpus que leve em conta a relevância, a simplicidade, bem
como a quantidade dos dados, para que o aluno possa perceber o que é regular;
• Análise do corpus, promovendo o agrupamento dos dados a partir dos critérios
construídos para apontar as regularidades observadas;
• Organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado.
Os aspectos polêmicos inerentes aos temas sociais, por exemplo, abrem
possibilidades para o trabalho com a argumentação — capacidade relevante para o exercício
da cidadania, por meio da análise das formas de convencimento empregadas nos textos, da
percepção da orientação argumentativa que sugerem, da identificação dos preconceitos que
possam veicular no tratamento de questões sociais, etc.
Procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos
e de assumir a palavra, produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe
ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e
transformadora. O exercício do diálogo na explicitação, contraposição e argumentação de
idéias são fundamentais na aprendizagem da cooperação e no desenvolvimento de atitudes de
confiança, de capacidade para interagir e de respeito ao outro. A aprendizagem desses
aspectos precisa, necessariamente, estar inserida em situações reais de intervenção,
começando no âmbito da própria escola.
Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos
textos produzidos pelos alunos. Tomando como ponto de partida o texto produzido pelo
aluno, o professor pode trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estruturais
dos diversos tipos textuais como também os aspectos gramaticais que possa instrumentalizar o
aluno no domínio da modalidade escrita da língua.
• Seleção de um dos textos produzidos pelos alunos, que seja representativo das
dificuldades coletivas e apresente possibilidades para discussão dos aspectos priorizados e
encaminhamento de soluções.
• Apresentação do texto para leitura transcrevendo na lousa, reproduzindo-o, usando
papel, transparência ou a tela do computador.
• Análise e discussão de problemas selecionados. Em função da complexidade da
tarefa, não é possível explorar todos os aspectos a cada vez. Para que o aluno possa aprender
221
com a experiência é importante selecionar alguns, propondo questões que orientem o trabalho.
• Registro das respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e discussão
das diferentes possibilidades em função de critérios de legitimidade e de eficácia
comunicativa.
• Reelaboração do texto, incorporando as alterações propostas.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao
uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência
contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07,
Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec.
Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o
objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância
de se pensar nos desafios sociais.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ENSINO MÉDIO
Os conteúdos serão trabalhados através da oralidade, onde se procura clareza na
exposição de ideias, sequência lógica na exposição, consistência argumentativa, expansão das
ideias, reconhecimento das intenções na fala do outro, vocabulário adequado do seu
interlocutor (objetivo e assunto), utilização da norma padrão (concordâncias) e percepção a
flexibilidade da língua, privilegiando conversas, relatos, comentários, debates, entrevistas,
hora da novidade.
A prática dessa atividade proporcionará condições para o aluno reconhecer as
intenções na fala de outro, bem como observar as reações de seus interlocutores e adequar sua
fala a eles, utilizando a norma padrão ou a linguagem coloquial de acordo com as
necessidades a situação, percebendo a flexibilidade da língua.
Na leitura, a necessidade de propiciar ao aluno diversidade de texto, nos quais seja
capaz de perceber a prática da leitura não como mera decodificação e sim distinguir os
diferentes tipos, apropriando-se de seu sentido mais profundo, reconhecendo a intenção e
especificidade nos diferentes tipos de discursos, como o texto de instrução, narrativos e
222
opinativos.
Desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos e de
assumir a palavra produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao
ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e
transformadora.
Na escrita, “o domínio implica conhecer e saber utilizar as diferentes organizações
textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto produzido
cumpra sua função”.
Para isso é preciso criar situações, nas quais escrever seja uma necessidade,
observando a função real da escrita na sociedade. Partindo da hipótese de quem será seu
interlocutor, a intenção proposta, o aluno escolherá o gênero discursivo e linguagem adequada
às circunstancias.
Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a
aprendizagem dos conteúdos faz-se necessário o isolamento entre os diversos componentes da
expressão oral ou escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida
as capacidades já dominadas pelos alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de
instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem e produção. Promover
o agrupamento de dados, organização e registro das conclusões a que os alunos tenham
chegado.
Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos
textos produzidos pelos alunos e reelaboração do texto, incorporando as alterações propostas.
Na literatura, “As atividades promoverão o conhecimento teórico e prático dos
fenômenos literários particulares e gerais, que envolvam problemas sociais, econômicos,
artísticos, culturais e psicológicos”.
Procurarão despertar a prática pela leitura, fazendo da mesma, prazer e lazer,
descobrindo a história de um povo, de uma época, usos e costumes, ideias essenciais e
secundárias, relações com a realidade atual, espaços, ambientes, manejo de tempo,
personagens e suas características, tipos de linguagem.
Os alunos com necessidades especiais terão atendimento individualizado; na
oralidade: auxílio de colegas através de linguagem de sinais, desenhos, gestos; na escrita:
textos fotocopiados, digitados, escritos no quadro de giz; na leitura: através de interpretação
ou sinais,adequando-se às especificidades de cada um
Quanto as temáticas referentes à diversidade, relações técnico-raciais, desafios
223
educacionais serão abordadas, sempre que se fizer necessário. À medida que os assuntos
forem aparecendo, os professores desenvolverão atividades por meio de pesquisas, vídeos
educativos, produções de texto e apresentações orais e escritas de forma concomitante aos
conteúdos da língua.
Os recursos didáticos e tecnológicos como TV pendrive, laboratório de informática,
biblioteca, serão utilizados visando à efetivação da aprendizagem.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao
uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência
contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07,
Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec.
Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o
objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância
de se pensar nos desafios sociais.
AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL
A avaliação deve ser compreendida, como conjunto de ações organizadas, com a
finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu. Ela é um instrumento que
possibilita ao professor analisar criticamente sua prática educativa e também possibilita ao
aluno saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades, a qual deve ocorrer durante
todo o processo de ensino e aprendizagem. Deve ser compreendido como constitutiva da
prática educativa, dado que é análise das informações obtidas ao longo do processo de
aprendizagem, possibilitando ao professor a organização de sua ação de maneira adequada e
com melhor qualidade.
A avaliação atua como um elemento balizador das pautas intencionais e das
intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no
processo aprendizagem.
Esta precisa acontecer num contexto que seja possibilitado ao aluno reflexão sobre os
conhecimentos construídos, precisando ser compreendida como reflexiva e autonomista.
Ao se avaliar, deve-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de
224
conhecimento que o aluno construiu. Para isso, o professor precisa construir formas de
registros obtendo assim informações relevantes à organização da ação pedagógica. Assim, as
anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer
indicações claras para que este possa efetivamente melhorar.
Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de
construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de consciência
sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreça maior
controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.
O aluno será avaliado nos seguintes critérios: demonstre compreensão de textos
orais; atribua sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles; leia,
de maneira independente; compreenda textos a partir do estabelecimento de relações entre
diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele;
posicione-se argumentativamente; coordene estratégias de leitura não-lineares utilizando
procedimentos adequados para resolver dúvidas na compreensão e articular informações
textuais com conhecimentos prévios; produza textos, considerando as especificidades das
condições de produção; escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas
pelo gênero, paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual,
observando regularidades linguísticas e ortográficas; revise os próprios textos com o objetivo
de aprimorá-los, utilize os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise
linguística.
6º ANO
LEITURA
Espera-se que o aluno: identifique o tema; realize leitura compreensiva do texto;
localize informações explícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu
horizonte de expectativas; amplie seu léxico; identifique a ideia principal do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno: expresse as ideias com clareza; elabore / reelabore textos de
acordo com o encaminhamento do professor, atendendo às situações de produções propostas
(gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática, diferencie o contexto de uso da
linguagem formal e informal,
use recursos textuais como coesão e coerência,
informatividade; utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo.
ORALIDADE
225
Espera-se que o aluno: utilize discursos de acordo com a situação de produção
(formal/informal); apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
compreenda argumentos no discurso do outro; explane diferentes textos, utilizando
adequadamente entonações, pausas, gestos, etc; respeite os turnos de fala.
7º ANO
LEITURA
Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto; localize informações
explícitas e implícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu horizonte de
expectativas; amplie seu léxico; perceba o ambiente no qual circula o gênero; identifique a
ideia principal do texto; analise as intenções do autor; identifique o tema; deduza os sentidos
das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno: expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às
situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), a continuidade temática,
diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal, use recursos textuais como
cesão e coerência, informatividade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como
pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo com a situação de produção
(formal e informal); apresente suas ideias com clareza; expresse oralmente suas ideias de
modo fluente e adequado ao gênero proposto; compreenda os argumentos no discurso do
outro; exponha objetivamente seus argumentos; organize a sequência de sua fala; respeite os
turnos de fala; analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados; participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
8º ANO
LEITURA
Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva
do texto; localize de
informações explícitas e implícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu
horizonte de expectativas; amplie seu léxico; perceba o ambiente no qual circula o gênero;
identifique a ideia principal do texto; analise as intenções do autor; identifique o tema;
reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; compreenda as
226
diferentes decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; conheça e utilize os recursos
para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno: expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às
situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática;
diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informar; utilize recursos textuais como
coesão e coerência, informatividade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como
pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; empregue
palavras e/ou expressões no sentido conotativo; entenda o papel sintático e estilístico dos
pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; perceba a pertinência e use os
elementos discursivos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal); apresenta ideias com clareza; obtenha fluências na exposição oral,em
adequação ao gênero proposto; compreenda os argumentos no discurso do outro; exponha
objetivamente seus argumentos; organize a sequência da fala; respeite os turnos de fala;
respeite os turnos de fala; analise os argumentos dos colegas em suas em suas apresentações
e/ou nos gêneros orais trabalhados; participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc;
Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas, infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
9º ANO
LEITURA
Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto e das partículas
conectivas;
localize
informações
explícitas
e
implícitas
no
texto;
posicione-se
argumentativamente; amplie seu horizonte de expectativas; amplie seu léxico; perceba o
ambiente no qual circula o gênero; identifique a ideia principal do texto; analise as intenções
do autor; identifique o tema; deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do
contexto; compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
227
conotativo e denotativo; conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência
entre as partes e elementos do texto; reconheço palavras e/ou expressões que estabelecem a
progressão referencial; reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.
ESCRITA
Espera-se que o aluno: expresse ideias com clareza; elabore textos atendendo às
situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática;
diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; use recursos textuais como
coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; utilize adequadamente recursos
linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo,
advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; emprego palavras e/ou expressões no sentido
conotativo; perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto; reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.
ORALIDADE
• utilize o discurso de acordo com situação de produção (formal/informal); apresente
a ideia com clareza; obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
compreenda argumentos no discurso do outro; exponha objetivamente argumentos; organize a
sequência da fala; respeite os turnos de fala; analise os argumentos apresentados pelos colegas
em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; participe ativamente de diálogos,
relatos, discussões, etc.; utilize conscientemente expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; analise
recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenil, entrevistas,
reportagem entre outros.
Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos nas
produções e reestruturação de texto, avaliações de leitura e escrita, apresentações orais e nas
atividades desenvolvidas diariamente, oferecendo aos educandos momentos de recuperação
imediata de estudos, visto que não haverá recuperação final. A recuperação deve reintegrar o
aluno no processo de aprendizagem e não se limitar apenas a recuperar as notas e conceitos,
permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a descobrir os próprios erros e reconstruir o
conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o aluno a aprender. Desta forma, a
avaliação passa a ser compreendida como um processo interativo entre professor e aluno
assegurando o sucesso de ambos.
A oralidade será avaliada por meio de apresentações orais ao grande grupo, relatos,
228
debates, dramatizações e declamações.
A leitura será avaliada através da compreensão do texto lido, de discussões, debates e
análises, apresentação da história, crônica, novela ao grande grupo.
A escrita será avaliada por meio das produções de texto verificando a adequação à
proposta e ao gênero solicitado, linguagem de acordo com o contexto exigido, elaboração de
argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual da organização de parágrafos, provas
objetivas, provas dissertativas, trabalhos individuais e coletivos.
A análise linguística será avaliada dentro do texto oral e escrito: o uso da linguagem
formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos sentidos causados pelo uso dos
recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores.
As avaliações serão realizadas através de atividades individuais e em grupo, orais,
escritas e objetivas, provas e trabalhos, sendo no mínimo duas por bimestre e no máximo a
critério do professor. O valor atribuído a cada avaliação será 10,0, conforme previsto no
Regimento Escolar e PPP. Os alunos com necessidades especiais, as atividades serão
elaboradas respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com seus limites.
AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO
É um processo de ensino-aprendizagem pelo qual se percebe a apropriação do
conhecimento por meio do progresso e de conquistas numa observação contínua e cumulativa
do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a
chamada avaliação formativa. O professor registrará todas as observações realizadas durante
todo o processo, para ter condições de ir redirecionando seu trabalho, no sentido de ajudar os
alunos a construírem novos conhecimentos. Além das observações serão organizadas outras
atividades avaliativas, tais como: auto-avaliação do aluno, trabalhos coletivos e individuais,
entrevistas, contação de histórias e produções de texto.
Espera-se que o aluno efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos
verbais e não-verbais, localize informações explícitas e implícitas, produza inferências,
posicione-se argumentativamente, amplie seu léscico, identifique a ideia principal e o tema do
texto. Referente à obra literária: amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes
estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual.
Na escrita espera-se que o aluno expresse ideias com clareza, elabore textos
229
atendendo: às situações de produção propostas; diferencie o contexto de uso da linguagem
formal e informal, utilize adequadamente recursos linguísticos, empregue palavras ou
expressões no sentido conotativo, use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos e entenda o estilo próprio de cada gênero.
Na oralidade, espera-se que o aluno utilize seu discurso de acordo com a situação,
apresente ideias com clareza, tenha fluência na exposição oral, compreenda os argumentos do
discurso do outro, defenda claramente suas ideias, respeite os turnos de fala, contra-arguente
ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões,
etc. Utilize elementos extralinguísticos nas associações orais.
Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos, oferecendo
momentos de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o
aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período por meio de retomadas de
conteúdos, trabalhos individuais ou em grupos.
O Projeto Político Pedagógico contempla a avaliação contínua da aprendizagem dos
alunos. Avaliar o grau de domínio das noções ensinadas apenas tem sentido se servir de
parâmetros para revisão do próprio saber escolar e da condição pedagógica do professor. A
avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo qual o professor e o
aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento,
assegurando o sucesso. As atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesmas, mas tem
de ser vistas como uma oportunidade de reflexão. Os resultados serão apresentados na forma
de nota de 0,0 (zero) à 10,0 (dez), deverão ser no mínimo duas.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso aos diferentes
interlocutores e situações. O professor verificará a participação dos alunos nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala e a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.
A escrita será avaliada nos seus aspectos discursivo-textuais, sendo que o aluno deve
se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio.
Na análise linguística, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros
precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite
compreender esses elementos no interior do texto.
Desse modo, os alunos devem ser avaliados continuamente para que possam obter
aperfeiçoamento linguístico constante.
A oralidade será avaliada por meio de apresentações orais ao grande grupo, relatos,
230
debates, dramatizações e declamações. A leitura será avaliada através da compreensão do
texto lido, de discussões, debates e análises, apresentação da história, crônica, novela ao
grande grupo. A escrita será avaliada por meio das produções de texto verificando a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, linguagem de acordo com o contexto exigido,
elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual da organização de
parágrafos, provas objetivas, provas dissertativas, trabalhos individuais e coletivos.
A análise linguística será avaliada dentro do texto oral e escrito: o uso da linguagem
formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos sentidos causados pelo uso dos
recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores.
Os alunos com necessidades educacionais especiais será oferecida avaliação
diferenciada de acordo com suas especificidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – ENSINO FUNDAMENTAL
CEREJA, Robert Willian – Português, Linguagens. Volume único. São Paulo; Atual, 2003.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica – Língua Portuguesa;
Curitiba: Julho, 2008.
KLEIMAN, Angela. Oficina da Leitura: teoria e prática – 5ª edição, Campinas – SP: Pontes,
1997.
LUFT, Celso Pedro – minidicionário Luft – 17ª edição. São Paulo: Ática, 1999.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de
aula. 5ª edição Cascavel: Assoeste, 1990.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENSINO MÉDIO
AMARAL, Emilia (et. Al). Português: Novas Palavras: Literatura, Gramática e Redação.
São Paulo, FTD, 2000.
231
CAMPEDELLI, Samira Youssel e SOUZA, Jesus Barbosa. Literatura Brasileira e Portuguesa.
1ª Edição. São Paulo. Saraiva, 2000.
CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens. Vol único. São Paulo. Atual, 2003.
FARACO, Carlos Alberto. Oficina de Texto. Cristóvão Tezza. Curitiba: Livro do Eleotório;
1999.
FARACO, Carlos Alberto; Português: Língua e Cultura Ensino Médio, Curitiba, Base
Editora, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, Língua Portuguesa,
Curitiba: 2008.
LUFT, Celso Pedro. Mini dicionário Luft. São Paulo, 17ª ed., 1999.
TERRA, Ernani. Gramática, Literatura e Produção de texto para o Ensino Médio – curso
completo.
TREVISAN, Zizi. O Leitor e o Diálogo dos Signos. São Paulo. Cliper Editora, 2000.
TUFANO, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. 5ª Edição, Revisado e Ampliado. São
Paulo, Moderna, 1995.
232
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos
matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi
refletindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o
"um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do cotidiano, como a contagem e a medida de
comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os
"Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que
apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e a matemática
começou por ser "a ciência que tem por objeto a medida e as propriedades das grandezas"
(dicionário), mas atualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva.
Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao
tratamento das noções abstratas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado.
foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima
Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de
definições e o rigor no cálculo das posições dos astros.
A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das
sociedades. Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos
de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas.
Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam
despender tempo no estudo da matemática. De quatrocentos anos para cá, a monarquia e o
clero, deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser
desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário
do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer
contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos
envolvidos. E sabendo isso, atualmente poucos são os países em que não se cria matemática
nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de
233
matemática.
A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem
utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada
pelos egípcios nas construções de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de
astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos.
Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo,
arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que
olhamos existe a matemática.
A matemática que se estuda na escola aplica-se facilmente às necessidades
quotidianas. Isto é obvio até ao 9º ano mas no ensino secundário parece que ela não tem tanta
utilidade. Mas não é por acaso que se estuda matemática nas escolas.
Antes de mais, ela é útil para promover o pensamento estruturado e o raciocínio
rigoroso. Por outro lado, a sociedade evoluiu exigindo cada vez mais conhecimentos
matemáticos a todos os cidadãos. Um arquitecto dirá que a Matemática é útil para auxiliar a
percepção e a criação da beleza; um engenheiro dirá que é útil para reforçar e aprovar
experiências; um físico dirá que é útil por ser a linguagem da ciência; um político dirá que a
Matemática orienta-o na administração e na implementação de leis; um psicólogo afirmará
que auxilia-o no tratamento estatístico de inquéritos; um matemático mostrará que um corpo
matemático é útil quando for aplicável a outro corpo. A matemática é um saber necessário a
todas as disciplinas e ciências, devido ao seu rigor. Deste modo, se mostra que as outras
ciências não se desenvolveriam se a matemática não existisse e não fosse estudada.
De certa forma todos somos matemáticos e fazemos matemática com regularidade:
fazer as contas das compras; escolher itinerários; relacionar conjuntos de bens; inferir e
concluir a partir de premissas; etc. E confiamos sempre na exatidão dos nossos raciocínios até
prova em contrário.
Podemos considerar que a aprendizagem da matemática nas escolas é paralela ao
desenvolvimento da humanidade. O Homem há 10 mil anos mal sabia contar e agora calcula a
trajetória de um satélite. De modo semelhante, uma criança aprende a contar com 6 anos e ao
longo da sua adolescência vai aprendendo em pouco tempo aquilo que levou anos e anos a ser
inventado. A matemática conhecida por um aluno do 9º ano impressionaria o rei D. Afonso V
e certamente o convidaria para trabalhar na corte.
Para saber matemática é indispensável conhecer as suas definições e saber utilizá-las
adequadamente. Ao longo do estudo, cada vez são necessárias mais definições que utilizam as
234
já conhecidas. Por isso, não saber a tabuada dificulta ou impossibilita o cálculo das operações
com números relativos e depois prejudicará a resolução de equações e mais tarde o estudo de
funções, . . . A matemática é como um grande arranha-céus: se esquece as bases pode perder o
prédio todo. As definições da matemática são elementares mas relacionadas. Enquanto se
estuda matemática vai-se conhecendo as definições, alguns exemplos, observações e
finalmente resolve-se exercícios.
Para saber matemática é necessário estudar, estudar, estudar. É este o segredo do
sucesso, deve ser entendida no contexto da prática escolar como componente necessário de
um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a
natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.
As matemáticas, surgidas na Antiguidade por necessidades da vida cotidiana, tem se
transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais
ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e servem de potente instrumento para o
conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de abstração que caracteriza as
matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam inacessíveis aos que não são
especialistas. Esta qualidade abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade a noções
idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.(ALEKSANDROV
et al.
1985, p.11).
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na
criação de situações-problemas, na busca de referência para compreender melhor os conceitos
matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados
fatos, raciocínios e procedimentos.
Segundo Miguel & Miorin, 2004, “para promover uma aprendizagem significativa é
importante que o conhecimento matemático seja construído historicamente a partir de
situações concretas e necessidades reais. No entanto, a Matemática é um saber vivo, o qual
vem sendo construído ao longo da história passando por várias tendências com diferentes
concepções.
O desenvolvimento tecnológico no mundo globalizado exige pessoas criativas,
versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e
iniciativa, para resolver problemas em equipe, interpretar informações e adaptar-se a novos
métodos, comunicar-se fazendo uso de diferentes formas de representação e para utilizar
diferentes tecnologias e linguagens que vão além da comunicação oral e escrita.
Cabe a escola desafiar os alunos para que eles possam desenvolver atitudes de
235
responsabilidade frente as exigências da sociedade, portanto a matemática considerada como
ciência básica no desenvolvimento científico e tecnológico deve ser fundamentada na ação
reflexiva envolvendo aspectos pedagógicos, cognitivos e sociais.
As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania indicam
com objetivos do ensino fundamental levar o aluno a identificar os conhecimentos
matemáticos com meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o
carácter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o
interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para
resolver problema; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
realidade, estabelecendo interrelações entre eles, utilizando o conhecimento matemático
(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);
selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las
criticamente; resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínios e processos, como intuição, indução, dedução, analogia,
estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos
tecnológicos disponíveis, comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e
apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas;
estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e
conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de
construir conhecimentos matemáticos desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca
de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na
discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Conteúdos estruturantes
Números e Álgebra
Conteúdos Básicos
- Sistemas de numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
236
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais.
Grandezas e medidas
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema monetário.
Geometria
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.
Tratamento da informação
- Dados, tabelas e gráficos;
- Percentagem
7º ANO
Conteúdos estruturantes
Números e Álgebra
Conteúdos Básicos
- Números Inteiros;
- Números Racionais;
- Equação e Inequação do 1º Grau;
- Razão e proporção;
- Regra de três simples.
Grandezas e medidas
- Medidas de temperatura;
- Medidas de ângulos.
Geometria
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da informação
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética, moda e mediana;
- Juros simples.
8º ANO
237
Conteúdos estruturantes
Números e Álgebra
Conteúdos Básicos
- Números Racionais e Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
Grandezas e medidas
- Medidas de comprimento;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de ângulos.
Geometria
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não-euclidianas.
Tratamento da informação
- Gráfico e Informação;
- População e amostra.
9º ANO
Conteúdos estruturantes
Conteúdos Básicos
- Números Rais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
Números e Álgebra
- Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de Três Composta.
Grandezas e medidas
Funções
Geometria
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo.
- Noção intuitiva de Função Afim.
- Noção intuitiva de Função Quadrática.
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
238
- Geometria Analítica;
- Geometria não-euclidianas.
- Noções de Análise Combinatória;
Tratamento da informação
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Juros compostos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
Conteúdos estruturantes
Conteúdos Básicos
- Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistemas lineares;
Números e Álgebra
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios- Equações e Inequações Exponenciais,
- Logarítmicas e Modulares.
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume;
Grandezas e medidas
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
- Função Afim;
- função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
Funções
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
239
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
Geometria
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
Tratamento da informação
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos básicos do ensino fundamental deverão ser abordados de forma
articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos
pertinentes à disciplina de matemática. A abordagem dos conteúdos nesse nível de ensino de
ser numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em
anos anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das
vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados ampliando-os e
generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos
como instrumentos de aprendizagem.
Os conteúdos básicos de matemática no ensino médio deverão ser abordados
articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também
através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. Para as abordagens dos conteúdos
ministrados neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir
do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das
propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões
através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de
recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam
garantir ao aluno o avanço a estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos
matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas da ciências e da própria ciência
matemática.
Em relação as abordagens, destacas-se a analise e interpretação crítica para realização
240
de problemas não somente pertinentes para a ciência matemática para como as demais
ciências que em determinado momento fazem uso da matemática.
Os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos deverão ser articulados
com relações de interdependência, permitindo abordagens não fragmentadas e com vínculos
dos conteúdos de ensino. As tendências metodológicas da Educação matemática que
fundamentam a prática docente são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias
tecnológicas, etnomatemática, história da matemática, investigações matemáticas.
Na resolução de problemas os estudantes deverão ter oportunidade de aplicar
conhecimentos adquiridos em novas situações, para resolver questões propostas, sendo assim,
o professor deverá explorar a exposição oral e resolução de exercícios variados, pois esta
prática possibilita a compreensão dos argumentos matemáticos e ajuda os alunos a perceber o
conhecimento passível de ser aprendido, estimula a discussão, o pensamento, a elaboração de
estratégia, hipóteses, registros, desenhos, ou outros recursos favorecerão a formação do
pensamento matemático livre de regras, para se chegar a uma solução aceitável os alunos
devem: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema,
elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova
estratégia.
A etnomatemática são as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas, seu papel
é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento
matemático, portanto deve-se valorizar a história dos estudantes, suas raízes culturais nos
aspectos: memoria cultural, códigos, símbolos mitos e maneiras de relacionar e inferir, o
trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e
suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho.
A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social, assim, a
problematização de situações do cotidiano devem ser exploradas valorizando fenômenos
físicos, biológicos e sociais, possibilitando ao aluno a intervenção nos problemas reais, do
meio social e cultural em que vive, este deverá ser compatível com o conhecimento do aluno,
e oportunizando novas aprendizagens, a modelagem é assim, uma arte, ao formular, resolver e
elaborar expressões que sirva de suporte para aplicações e teorias.
Para dinamizar os conteúdos curriculares e potencializar o processo pedagógico o
uso dos recursos tecnológicos da Internet entre outros aplicativos devem ser estimulados.
Construções gráficas devem ser realizadas com o uso dos computadores. Abordar
atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizando a experimentação e levando
241
a argumentação e conjecturas sobre as atividades experimentadas.
A história da matemática no contexto escolar é importante para que os alunos
compreendam sua natureza e sua relevância na vida da humanidade. Vincular as descobertas
matemáticas aos fatos sociais e políticos. Ajuda a elaborar atividades e ao aluno, ajuda
entender e aceitar determinados conceitos matemáticos. Ajuda ao aluno entender o
conhecimento matemático a partir de situações concretas e necessidades reais.
A Investigação Matemática é recomendada pelos estudiosos e não significa que os
alunos tenham que lidar com problemas muito sofisticados, mas sim interessantes. Podem ser
desencadeados a partir da resolução de simples exercícios. O que distingue a resolução de
problemas de um exercício é que na resolução de problemas, o aluno tem que estabelecer uma
estratégia de ação, e no exercício ele pode apenas aplicar um método já conhecido. Na
investigação, o problema é aberto e o professor não explicita o objetivo mas indica o método,
assim uma mesma situação problema poderá ter resultados diferentes. As investigações
matemáticas envolvem conceitos, procedimentos e representações matemáticas e carateriza-se
pelo estilo conjectura – teste - demonstração. A investigação matemática propõe conhecer o
que não se sabe.
Podemos ainda articular as diferentes tendências metodológicas para uma maior
eficácia do processo de ensinar e aprender. Pode-se utilizar da interdisciplinaridade para
facilitar a compreensão ou propiciar a compreensão de um modelo matemático. As mídias,
como softwares com planilhas eletrônicas, facilitando e agilizando a resolução de atividades.
Pretende-se que ao partir de situações vivenciadas do estudante e transcenda para o
conhecimento valido cientificamente, podendo se encontrado na etnomatemática, podendo
transitar por todas as tendências.
A lei nº 10.639/03 tem como objetivo principal divulgar e produzir conhecimentos
bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto a pluralidade étnicoracial. Tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam o respeito aos
direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, visando fazer um
resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o
Brasil, trabalhando o conhecimento da história e cultura da Africa a partir do processo de
escravidão, amenizando os preconceitos em sala desmistificando a inferioridade racial
brasileira.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 09/2011 SUED / SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplinas propostos nas DCEs.
242
AVALIAÇÃO
No processo da avaliação a sondagem diagnóstica antes de um novo conteúdo é de
suma importância, pois servirá de base para o replanejamento de nossas ações.
A avaliação é um processo contínuo, é estimular o avanço do conhecimento através
da auto-avaliação, permitindo a análise dos avanços em relação aos conteúdos trabalhados
pelos próprios alunos, e permitindo ao professor o questionamento e a reorganização destes.
A avaliação deve deixar claro: os objetivos e critérios de avaliação e deve ser fonte
de auxílio aos alunos para superar as dificuldades apresentadas. O professor deve analisar se a
avaliação está coerente com os objetivos, conteúdos e habilidades trabalhados em sala de aula,
levar o aluno a sentir-se responsável no processo de aprendizagem e encarar a avaliação como
um instrumento de medida de sua evolução no processo de conhecimento.
A recuperação deve reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar
a recuperar apenas notas e conceitos, permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a
descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o
aluno a aprender. Os resultados apresentados na forma de nota de 1 à 10, deverão ser no
mínimo duas ou no máximo a critério do professor.
As avaliações serão realizadas através de atividades individuais e em grupo, orais,
escritas e objetivas, provas e trabalhos. Aos alunos com necessidades especiais as atividades
serão elaboradas respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com seus
limites.
Espera-se do aluno:
6º ANO
Conheça os diferentes sistemas de numeração; identifique o conjunto dos números naturais,
comparando e reconhecendo seus elementos; realize operações com números naturais;
expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as)
operações com números naturais; estabeleça relação de igualdade e transformação entre:
fração e número decimal; fração e número misto; reconheça o MMC e MDC entre dois ou
mais números naturais, as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como
sua operação inversa; relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos; identifique o metro como unidade-padrão de medida de
comprimento; reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; opere com múltiplos
243
e submúltiplos do quilograma; calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;
compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; realize
transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos;
reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); relacione a evolução do Sistema
Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; calcule a área de uma superfície
usando unidades de medida de superfície padronizada; reconheça e represente ponto, reta ,
plano, semirreta e segmento de reta; conceitue e classifique polígonos; identifique corpos
redondos, os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes
figuras planas, círculo e circunferência, identificando seus elementos, sólidos geométricos em
sua forma planificada e seus elementos; interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos
e complicações de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas
em que se apresentam; resolva situações-problemas que envolvam porcentagem e relacione-as
com os números na forma decimal e fracionária.
7º ANO
Reconheça e realize operações com números inteiros e racionais; compreenda o princípio de
equivalência da igualdade e desigualdade; compreenda o conceito de incógnita; utilize e
interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;
compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e
a proporção como uma igualdade entre duas razões; Reconheça sucessões de grandezas direta
e inversamente proporcionais; Resolva situações-problema aplicando regra de três simples;
compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
conceito de ângulo;
classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los; compreenda noções
topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança conexidade, curvas
e conjuntos abertos e fechados; analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; leia,
interprete, construa e analise gráficos; calcule a média aritmética e a moda de dados
estatísticos; resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
8º ANO
Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; reconheça e realize
operações números irracionais; compreenda, identifique e reconheça o número pi como um
número irracional especial; Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
opere com sistema de equações do 1º Grau; identifique monômios e polinômios e efetue suas
244
operações; utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas; calcule o comprimento da circunferência; calcule o comprimento e
área de polígonos e círculo; identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas
por transversal; realize cálculo de área e volume de poliedros; reconheça triângulos
semelhantes; identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;
desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; compreenda
o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados
(abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; conheça os fractais
através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades; interprete e
represente dados em diferentes gráficos; utilize o conceito de amostra para levantamento de
dados.
9º ANO
Identifique
e opere a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação; extraia uma raiz usando fatoração; identifique uma
equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; determine
as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; interprete problemas em
linguagem gráfica e algébrica; identifique e resolva equações irracionais; resolva equações
biquadradas através das equações do 2º grau; utilize a regra de três composta em situaçõesproblema; conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo
retângulo; realize cálculo da superfície e volume de poliedros; expresse a dependência de uma
variável em relação à outra; relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da
parábola em relação ao sinal da função; analise graficamente as funções afins; analise
graficamente as funções quadráticas; verifique se dois polígonos são semelhantes,
estabelecendo relações entre eles; compreenda e utilize o conceito de semelhança de
triângulos para resolver situações-problemas; aplique o Teorema de Tales em situaçõesproblemas; noções básicas de geometria projetiva; desenvolva o raciocínio combinatório por
meio de situações-problemas que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; calcule as chances de ocorrência de
um determinado evento; resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros
compostos.
245
Ensino Médio
Aplique os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos;
compreenda os números complexos e suas operações; conceitue e interprete matrizes e suas
operações; conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio
de determinante; identifique e realize operações com polinômios; identifique e resolva
equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e
modulares; perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas unidades;
aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos
desconhecidos; identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; aplique os
conhecimentos sobre funções para resolver situações-problemas; realize análise gráfica de
diferentes funções; reconheça, nas sequencias numéricas, particularidades que remetam ao
conceito das progressões aritméticas e geométricas; generalize cálculos para a determinação
de termos de uma sequência numérica; amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria
Plana e Espacial; determine posições e medidas de elementos geométricos através da
Geométrica Analítica; perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a
compreensão de conceitos geométricos; compreenda a necessidade das geometrias nãoeuclidianas para o avanço das teorias científicas; articule ideais geométricas em planos de
curvatura nula, positiva e negativa; conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica,
Hiperbólica e Fractal; recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe
uma leitura crítica dos mesmos; realize cálculos utilizando Binômio de Newton; compreenda
a ideia de probabilidade; realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações
estatísticas; compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade
humana; perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da
álgebra para a representação gráfica vice-versa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NETTO, Di Pierrô; SOARES, Elizabeth. Matemática em Atividades. São Paulo; Editora:
Scipione, 2002.
246
JR, Giovani & Giovani. Matemática: Pensar e descobrir. São Paulo; Editora FTD, 2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica
Matemática, 2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, não foi o ser predominante,
e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui
passaram.
Por outro lado, ao longo desse processo de humanização, que durou
aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala,
diferenciando-se de todas as demais formas de vida.
Isso possibilitou ao homem a
socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o
início das atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade.
Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua lógica
produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos tornaram-se
consumidores reais ou imaginários, fragmentados em diferentes classes sociais, alienados
dentro de sua própria existência. Por outro lado, não percebem quantas necessidades são
criadas pela sedução das inovações tecnológicas e o quanto estão submetidos aos apelos do
mercado de consumo. As organizações sociais, sob o égide do capitalismo, estão permeadas,
cada vez mais, pelo espírito do individualismo e do lucro financeiro.
Sob tais aspectos relevantes, a escola pública, nas últimas décadas, passou a atender
um número cada vez maior de estudantes oriundos de diversas classes populares. Ao assumir
essa função, que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a
necessidade de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade
que se quer para o país.
O avanço no processo de informação transformou o paradigma da educação, que já
NÃO pode mais ser simplesmente o de informar os valores acumulados pela humanidade ao
longo de sua origem e existência. Precisa-se trabalhar os educandos de maneira a ensinar-lhes
como selecionar as informações recebidas e como transformá-las em conhecimentos.
Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido,
mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e
247
como dele é possível se integrar e participar ativamente. Esse processo é ao mesmo tempo
critica e avaliação do passado. O passado se concentra no presente e cria a natureza humana,
capaz de julgar objetivamente quanto subjetivamente, tanto as relações materiais e as forças
objetivas, quanto a faculdade de “ver” o mundo e de explicá-los por meio de vários modos de
subjetividade – cientificante, artisticamente, filosoficamente, poeticamente, etc.
A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida
social rompe com o paradigma segundo, o qual a educação seria um instrumento de
“conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho, disciplina, obediência, respeito
restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a inclusão social, via
profissionalização, perdem relevância em face das novas exigências colocadas pelo
desenvolvimento tecnológico e social.
A nova sociedade, decorrente da revolução
tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta
características que possibilitam assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada.
Isso ocorre na medida em que o desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se
espera na esfera do conhecimento, que no momento é questão fundamental de sobrevivência.
Os objetivos da disciplina são:
A partir do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender, e analisar a
diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influencia dos demais
conteúdos estruturantes, introduzindo-se os estudos das características e fatores que
determinaram o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da espécie.
Partir da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão microscópica,
descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos,
analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização
destes seres – do celular ao sistêmico; considerando a visão evolutiva a ser introduzida pelo
conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como, as influencias dos demais conteúdos
estruturantes.
Discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam
uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade dos
seres vivos; destacando-se assim a construção do pensamento biológico evolutivo.
Abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos
bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo
compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica e modifica o contexto de
vida; e como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis.
248
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica
tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas
implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais, Estão relacionados à sua
historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e
o caráter transitório do conhecimento elaborado e consequentemente, que a ciência não
apresenta verdades absolutas, uma vez que esta resulta da atividade humana de acordo com o
contexto social, político e econômico. Deve-se considerar que tal contexto corresponde ao que
não aluno pertence e para o qual poderá intervir após a ampliação de seus conhecimentos e
compreensão dos fenômenos que o cercam. Nessa concepção, a disciplina de Biologia, ao
longo do Ensino Médio deve ser capaz de trabalhar de forma integrada,por meio da
interdisciplinaridade e da contextualização, relacionando diversos conhecimentos específicos
entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizando o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos, e propiciando reflexão constante sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Classificação dos seres vivos; critérios taxonô-
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS micos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e
fisiologia.
MECANISMOS BIOLÓGICOS
Mecanismos de desenvolvimento embriológicos.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
BIODIVERSIDADE
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os
seres vivos e interdependências com o ambiente.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Organismos geneticamente modificados.
249
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O grande foco para o século em que estamos é o aprender a aprender. Esse lema não
deve ser desenvolvido apenas com os alunos; ele serve também para nós professores. Para
dar conta das transformações ocorridas no mundo e em especial das que ocorreram com os
jovens, precisa-se buscar caminhos diferenciados para a nossa atuação. Precisa-se aprender a
trabalhar com as novas gerações que chegam nas salas de aula, pois os interesses dos jovens
variam de uma geração para a outra. Assim, cabe ao professor a busca de alternativas para a
construção de competências e valores.
Não se pode parar no tempo, nem ficar à margem desse desenvolvimento que institui
tantas mudanças nos jovens.
O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que
dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de
tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar
em conta à dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, em fim, o modo como a natureza se
comporta e à vida se processa, sendo capaz de:
Descrever processos e características do ambiente onde seres vivos;
Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia:
• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo.
• Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológicos aprendido, através de
textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;
• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura
de texto e imagem, vídeo, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológicos em
estudo;
• Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos,
utilizando-se de: livros didáticos; livros de pesquisa; revistas, jornais, folders; caderno
individual; Tv, vídeo, DVD; Tv pendrive; biblioteca do professor; vídeos informativos;
estereoscópico; retroprojetor; materiais de laboratório; internet; oficinas em parceria com as
universidades; projetos interdisciplinares; outros.
No entanto, mais do que informações, é fundamental que o ensino de Biologia se
volte para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as
informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender
250
o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia
e da tecnologia. Nessa perspectiva, as relações estabelecidas entre professor-aluno e alunoaluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para que as aulas
sejam dinâmicas, interessantes e produtivas.
É relevante ressaltar, que para a concretização do “pensar, fazer e aprender”; deve-se
valorizar, não só conhecimento biológico da vida, mas a sua essência, as diferentes formas de
expressá-la.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme
previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),
Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento
a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
Enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações
entre os seres humanos, entre leis e o meio, entre o ser humano e o conhecimento nos
diferentes ambientes e em diferentes situações, contribuindo para uma educação que formará
indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do
mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar
decisões.
AVALIAÇÃO
Toda relação de saber se dá a partir da interação do sujeito com os objetivos de
conhecimento, da relação com os outros e da relação consigo próprio. Significa que cada
aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas
aprende o mundo de forma amis rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da
cooperação dos adultos que medeiam o seu saber.
É função da avaliação a promoção
permanente de espaços interativos sem, entretanto, deixar de privilegiar a evolução individual
onde promover ações mediadoras que tenham sentido coletivo.
Para que o processo avaliativo tenha sentido, as propostas educativas precisam estar
articuladas em termos de gradação e complexidade. O objetivo é fazer desafios superáveis
251
aos alunos, de modo que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras
perguntas sobre elas, em outras dimensões, sobre outros assuntos, sob diferentes formas e
provocativas também em termos de estratégias de pensamentos.
Nesse sentido, a
heterogeneidade, ou seja, os diferentes saberes dos alunos, que cooperam entre si e debatem
os assuntos, é fator fortemente faz oferecedor da melhora das aprendizagens.
Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem
crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o
processo cognitivo,contínuo, inacabado, portanto, em construção.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino-aprendizagem,
abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do
processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes
elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o
conhecimento e o aluno.
A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá
observação e investigação visando à melhoria da qualidade de ensino.
Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é
obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela
intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de
decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e
organize-se para as mudanças necessárias.
Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do processo de
ensino-aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas penas das e
realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professor e aluno tornam-se observadores dos
avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.
A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer
pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre
todos os elementos da ação educativa.
É necessário dinamizar os métodos avaliativos uma vez que segundo a LDB, lei nº
9394/96 considera a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os qualitativos”. A partir dessa concepção, deve ser utilizado
vários recursos como diferentes atividades: escritas, expositivas, reflexivas; com debate,
seminários, pesquisas, apresentações, tanto no âmbito da sala de aula como em atividades
extraclasse; permitindo que o aluno tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e
organize-se para as mudanças necessárias, se necessário, com recuperação de conteúdos e em
252
contrapartida a ação docente esteja sujeita, também a uma avaliação, exigindo observação,
investigação e retomada de práticas que visem a melhoria na qualidade do ensino.
Quando fala-se em qualidade do ensino, falamos em qualidade para todos, sejam
alunos ditos “normais” ou alunos com necessidades educacionais especiais. Para estes,
“especiais” deve haver uma adaptação aos conteúdos curriculares, seja qual dor sua
necessidade Para que isso transcorra é necessário que o professor adote uma postura
diferenciada adequando os conteúdos a uma prática flexível que venha a atender e suprir as
necessidades deste aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMABIS & MARTHO. Biologia. São Paulo: Moderna, 2004.
BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez / 2002, p.19.
CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002.
CADERNOS TEMÁTICOS: A Educação do Campo: SEED/PR – Curitiba/2005.
CADERNOS TEMÁTICOS: História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Lei nº 10.639/09
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DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de Estado da
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HOFFMANN, Jussara. O Jogo do Contrário em Avaliação. São Paulo: Mediação, 2005;
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LINHARES & GEWANDSZNAJDER. Biologia. São Paulo: Ática, 2008.
MACHADO, Sídio. Biologia: De Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione, 2005.
MEC/SEB – Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília, 2004.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2006.
HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br – Departamento de Políticas Públicas Educacionais,
CADEP/CGE.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia, que tem a sua
origem na Grécia, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o
pensamento de Platão e as teorias sofistas.
Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o
papel da retórica no ensino.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é
garantir que os métodos de ensino não lhe disturbem o conteúdo.
O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza.
Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela
vida fora sempre
agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais de seu
tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o
consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finita,
definido, óbvio; para ele, os objetos habituais não regem problemas, e as possibilidades
familiares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário,
imediatamente caímos na conta de que até os objetos mais ordinários conduzem o espirito a
certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz
de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela
própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos,
descativando-nos da tirania do hábito.
O trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que
e constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e
sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial
sentido e significado político, social e educacional.
As Diretrizes fazem a opção pelos
seguintes conteúdos estruturantes: Mito e
Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética.
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A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares
excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas partilham
a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco
de tornar-se superficial.
A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem,
assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões
realizadas pelo professor e pelos estudantes em sal de aula.
Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser
desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as
diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em
consideração.
A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente
no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata
pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.
A partir do final do século XIX, a filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o
que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados
nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,
anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e
perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.
Não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos
estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se
de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da
disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa
com o presente.
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino
jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum.
Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram
entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja
Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local.
Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos
oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória.
A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n.
5,692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do Segundo
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Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.
A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de
redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da filosofia ao Ensino
Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreu em vários estados do Brasil. Na
Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que
contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço
da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n. 5692/71.
A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial para a
criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse movimento intelectual
defendeu a presença da Filosofia nos currículos escolares brasileiros e, por isso, constituiu um
importante marco na afirmação dessa disciplina na formação do estudante do nível médio.
Somente em 1994, por indicativa do Departamento de Ensino Médio, (denominado à
época Departamento de ensino de Segundo Grau), e dos professores da rede pública,
iniciaram-se discussões e estudos voltados para elaborar uma proposta curricular para a
disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia
para o Ensino de Segundo Grau.
Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o
Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada na escolas do Estado
do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a re-estruturação
do sistema público de ensino.
A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a ser
discutido.
É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o
pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o
espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre
as diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É importante aqui ressaltar a
dimensão político do filosofar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava que, ao
final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de
Sociologia necessários ao exercício da cidadania”!
Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a
Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da
Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.
256
No Estado do Paraná, foi aprovado a lei n. 15.228, em junho de 2006, tornando a
filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.
Quanto ao processo inclusivo fundamenta-se, portanto, em uma filosofia que
possibilita a construção de igualdade de condições a todos no que se refere ao atendimento
educacional, objetivando, oportunizar o acesso e a permanência de alunos com necessidades
educativas especiais no sistema educacional da instituição.
Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de
Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da
sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em
junho de 2008 pela lei 11.684.
A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem
compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição
insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve as
potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica: qualidades de
sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de
dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para
repensar,
imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do
pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação.
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluri dimensional e democrática,
capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações.
Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao
estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e
criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão
vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos Estruturantes
Mito e Filosofia
Conteúdos Básicos
Saber mítico – passagens do pensamento mítico para o
pensamento racional.
Saber filosófico.
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Relação mito e filosofia.
Atualidade do mito.
O que é a filosofia? Contexto histórico e político. Surgimento
da filosofia.
Possibilidade do conhecimento.
As formas de conhecimento.
Teoria e conhecimento
O problema da verdade.
A questão do método.
Conhecimento e lógica.
Ética e moral.
Pluralidade ética.
Ética
Ética e violência.
Razão, desejo, vontade.
Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
Relação entre comunidade e poder.
Liberdade e igualdade.
Filosofia Política
Política e ideologia.
Esfera pública e privada.
cidadania formal e ou participativa.
Concepções de ciências.
A questão do método científico.
Filosofia da ciência
Contribuições e limites da ciência.
Ciência e Ideologia.
Ciência e ética.
Natureza da arte.
Filosofia e arte.
Estética
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, etc.
Estética e sociedade.
METOLDOLOGIA DA DISCIPLINA
A atividade filosófica centrada, sobre tudo no trabalho com o texto propiciará
entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a
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precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do
caráter fragmentário do conhecimento.
O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiencia daquilo que é
específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá
manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras e
análise de textos, organiza debates e sugere pesquisas e sistematizações.
As aulas serão expositivas e dialogadas. Haverá exercícios escritos e oralmente
apresentados e discutidos, apresentação de trabalho em equipe debate de temas relevantes,
fundamentadas em leituras. Serão realizadas atividades individuais e coletivas como: análise
crítica de propagandas de TV, textos clássicos, temas jornalísticos, músicas, filmes, produção
de texto, colagens, interpretação de charges, leituras que propiciem a reflexão inclusive os
assuntos que envolvem os desafios contemporâneos.
O trabalho com os conteúdos de filosofia dar-se-á em quatro momentos:
•
a mobilização para o conhecimento;
•
a problematização;
•
a investigação;
•
a criação de conceitos.
O ensino da filosofia pode começar, pela exibição de um filme ou de uma imagem,
da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as
possibilidades de atividades a serem conduzidas pelo professor para instigar e motivar
possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.
Isso se denomina mobilização para o conhecimento.
A partir do conhecimento em discussão, a problematização ocorre quando o
professor e alunos levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É
imprescindível recorrer a história da filosofia e aos textos clássicos dos filósofos pois neles o
aluno se defronta com o pensamento filosófico. Pois neles o estudante se defronta com o
pensamento filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis
soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão.
O ensino de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso
é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com a
análise da atualidade, com uma abordagem que remeta ao aluno a sua própria realidade.
Dessa forma, o aluno, poderá formular conceitos e construir seu discurso filosófico, e
estará apto a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideais e
259
conceitos de caráter criativo e de socializá-los. O texto filosófico que ajudou os pensadores a
entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o
objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os
problemas de nossa sociedade.
Após este exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não
está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,
de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios
lógicos, num pensar coerente e crítico. É imprescindível que o ensino de Filosofia seja
permeada por atividades investigativas individuais e coletivas que organizem e orientam o seu
trabalho.
Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupões um planejamento que
inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a investigação
seja fundamento do processo de criação de conceitos.
AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n.9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua
função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem.
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e
especializações, espera-se que o aluno possa compreender, pensar, pensar e problematizar os
conteúdos básicos. Com isso o aluno irá desenvolver a atividade filosófica e poderá formular
suas respostas quando tomar posições de forma escrita, oral, argumentar e criar conceitos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos: qual discurso tinha antes; qual
conceito trabalhou; qual discurso tem após; qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio
da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com
isso, torna-se possível a avaliação como um processo. Com isso o aluno terá condições de ser
construtor de ideias com caráter inusitado e criativo.
Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar
e identificar os limites dessas posições.
260
Avaliação é um processo contínuo. Sendo assim, o aluno não será avaliado em um
único momento. No decorrer do bimestre serão realizados no mínimo duas avaliações com
peso dez. Essas avaliações poderão ser através de provas escritas, trabalhos realizados extra
classe e apresentados oralmente e produções textuais. Se necessário no decorrer do bimestre
será oportunizado aos alunos a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi
assimilado. Cada aluno é um ser particular, portanto, será consideradas suas limitações no
desenvolvimento das atividades avaliativas.
Os alunos com necessidades educacionais especiais, serão avaliados de acordo com
suas especificidades, conforme lei nº 9394/96 da LDBEM, capítulo V, artigo 58.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAUÍ, Marilene. Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2005.
OLIVEIRA, Pérsia Santos de. Introdução a Filosofia, São Paulo. Editora Ática 2005.
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. Editora Moderna; São Paulo.
SISTEMA NOBEL, Apostila de Filosofia. Editora Liceu. 2005.
REVISTA, Mundo Jovem.
FILOSOFIA, Consenso e Conflitos. Editora UEPG.
PORTAL DA EDUCAÇÃO, Governo, Pr.
REVISTA, Discutindo a Filosofia. Editora Escala. (mensal);
TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e Adolescentes: Editora Vozes.
LIVRO DIDÁTICAO, Filosofia, Governo, PR.
GUBERT, Mirian Célia Castellain. Inclusão: uma realidade em discussão. 2ª edição –
261
Curitiba: Ibpex, 2007.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUC. BÁSICA. Sec. de Estado do Paraná, 2009.
PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por
isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza. Ressalte-se que os
conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da
natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e
entender essa natureza.
A Física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz
considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e
a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e
envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa
a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência.
Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com interesse dos gregos
em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à
astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.
Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico
favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas à indústria,
trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para grandes transformações sociais
e tecnológicas e também para o desenvolvimento da termodinâmica.
“O escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861, previu que os campos
eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado
por Heinrich Hertz. A velocidade destas ondas coincidem com a da luz, levando à
formulação da teoria eletromagnética da luz, completando assim, a unificação
que Faraday iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida
por Newton, a teoria do eletromagnetismo, sistematizada por Maxwell, completou
uma visão geral de todos os campos de força até então conhecidos, ao mesmo
262
tempo em que lançou as bases tanto para a produção e uso da energia elétrica
quanto para as modernas telecomunicações.”(pág. 44, DCE)
Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX.
Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que as equações de
Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir
pela preservação da teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma
nova visão do espaço e do tempo, sem o éter.
A história da ciência faz parte de um quadro amplo que é a história da humanidade.
Em física, a evolução das ideias e conceitos, nas diversas áreas do conhecimento, traçou um
caminho pouco linear, repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um
objeto essencialmente humano, que é a produção científica.
Essa história, deve, também, mostrar a não neutralidade da produção científica, suas
relações externas, sua interdependência com sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais,
políticos, econômicos e culturais dessa ciência.
O que se propõem é que o professor agregue ao planejamento de suas aulas, a
História da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo.
Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para a
cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o
universo de fenômenos e a não neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu
comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos e culturais.
O ponto de partida da prática pedagógica está relacionado aos conteúdos
estruturantes, propostos nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias
e dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático
como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à
memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados
como verdades absolutas, como coisas reais.
Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação
matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção
humana com significado histórico e social.
Assim, serão objetos de análise no trabalho docente: os sujeitos (docente e
estudante), os processos de seleção e socialização dos conteúdos escolares, o processo de
avaliação, a realidade escolar, bem como a sociedade em que vivemos.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a sociedade e o
263
contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer considerar as ideias de um
cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar histórias ou lendas.
Ao preparar a sua aula, o professor deve ter em vista que a produção científica não é
uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção
racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim:
•O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento trazido
pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em
especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a
aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;
•A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui
para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor interação entre
professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente
escolar;
•Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa
disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física.
É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos
conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.
A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor do
conhecimento físico. Nas novas Diretrizes Curriculares, recoloca-se o professor no centro do
trabalho pedagógico como sujeito indispensável nesse processo.
Ao propor um currículo de física para o ensino Médio é preciso considerar que a
educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma
atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o cerca. Dessa
perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos
tecnológicos.
Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os
fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em
construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender,
também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade,
destacando-se a não-neutralidade da produção científica.
C
ONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
264
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje
compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar.
Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo
que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.
O embasamento histórico da física, mostra a necessidade de por objetivo buscar um
quadro conceitual de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o
Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem.
Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo
da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX:
• Movimento e gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae
naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica);
• A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,
Kelvin, Helmholtz e outros;
• O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de
homens como Ampére e Faraday.
Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,
princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes
derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas.
Escolheu-se esses campos porque, embora tenham evoluídos separadamente, elas são
teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a estática, a dinâmica e
a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos sobre gases, pressão,
temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o magnetismo, a
eletricidade e a óptica.
Os conteúdos estruturantes: movimento, termodinâmica e eletromagnetismo.
Conteúdos Básicos:
Movimento
- Momentum e inércia
- Conservação de quantidade de movimento (momentum)
- Variação da quantidade de movimento = Impulso
- 2ª Lei de Newton
- 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
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- Energia e o Princípio da conservação da energia
- Gravitação
Termodinâmica
- Leis da Termodinâmica
- Lei zero da Termodinâmica
- 1ª Lei da Termodinâmica
- 2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
- Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnética
- Força eletromagnética
- Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
- A natureza da luz e suas propriedades.
Ao abordar o conhecimento científico em seus aspectos qualitativos e conceituas,
filosóficos e históricos, econômicos e sociais, e ensino de física contribuirá para a formação
de estudantes críticos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No trabalho com os conteúdos de ensino da Física é importante que o professor
considere o que os estudantes já conhecem a respeito do tema para que ocorra uma
aprendizagem significativa.
O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor
como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de
outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do
professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O
professor é quem sabe quando e como utilizar o livro didático.
Na escola, o conhecimento científico pode ser tratado por meio dos modelos, mas é
preciso lembrar que modelos físico escolares não são os modelos produzidos pela ciência.
Tanto o conhecimento científico quanto os modelos, ao serem traduzidos para o ensino
escolar, sofrem uma adequação em termos de especificidade conceitual e de linguagem.
Ao partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos em suas
possibilidades e limitações, de modo a explorar o senso comum e rejeitar o argumento de que
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aprender Física o pré-requisito é saber Matemática.
O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas
entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além
das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter
um valor numérico de grandeza.
Isso pode ocorrer através da resolução literal em contrapondo à resolução
matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a relação entre todas as grandezas
físicas envolvidas – uma expressão matemática literal para depois realizar o cálculo e chegar a
um valor.
O uso da história no ensino de Física deve, também, mostrar a não neutralidade da
produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos,
enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência.
O que se propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas aulas, a História
da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo. As considerações
expostas a respeito da História da Ciência, ao serem incorporadas ao plano de trabalho
docente, podem ajudar o estudante a compreender que a busca do conhecimento físico não foi
e não é um caminho de direção única, tampouco linear, mas repleto de dúvidas, contradições,
erros e acertos, motivado por interesses diversos.
No ensino de Física, deve-se considerar a importância das atividades experimentais
para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos. Assim, é fundamental que o
professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no processo de construção do
conhecimento científico. Essa compreensão determina a necessidade (ou não) das atividades
experimentais nas aulas de física.
A utilização de textos, empregando a leitura científica no ensino de Física, é
defendida por pesquisadores, porém, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados,
sobretudo quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será
o interlocutor nessa proposta de leitura.
O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso deve-se evitar
perguntas com respostas diretas que não permitam uma reflexão em torno dos saberes
divulgados no texto. É importante que as questões propostas despertem o interesse do
estudante.
Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos
mais simples aos mais sofisticados, em nossas casas e no ambiente escolar: retroprojetores,
267
televisões, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros. Portanto, não se
trata mais de ser a favor ou contra, usar ou não usar, mas de planejar o uso do recurso
tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral dos sujeitos, de
modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.
A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem
como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive,
abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física. Qualquer que seja o
recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de acordo com o plano de trabalho docente
feito pelo professor. O computador, o livro, TV, o filme, são meramente instrumentos e
recursos para o ensino e não substituem o professor.
Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados durante o ano letivo no
momento em que se fizer necessário bem como quando surgirem oportunidades ou de acordo
co datas comemorativas ou campanhas sobre esses assuntos: Educação Ambiental,
Enfrentamento da Violência na Escola, Sexualidade, Prevenção ao Uso indevido de Drogas,
Educação do Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos – Educação ambiental, Sexualidade,
Enfrentamento à Violência na escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Fiscal,
História e Cultura Afrobrasileira e africana, serão abordados ao decorrer do ano de acordo
com as circunstâncias, sempre que se fizer necessário.
AVALIAÇÃO
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que
o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares,
quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.
Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma
nota para sua aprovação, a avaliação é um instrumento que compõe o processo de ensinoaprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.
A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de
vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se pelo
estabelecimento no regimento escolar, o qual diz que serão feitas, no mínimo, duas avaliações
que terão valor de 0,0 (zero) à 10,0 (dez) por bimestre, podendo este ser na forma de prova,
trabalho, apresentação de seminário, debates e outros.
268
Quanto aos critérios de avaliação em física deve-se verificar: compreensão dos
conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada; a
compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; compreensão de conceitos
físicos presentes em textos não científicos; a capacidade de elaborar relatórios tendo como
referencia os conceitos as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer evento
que envolva os conhecimentos da física.
Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento
pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato
educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria condições reais para a
condução do trabalho pedagógico.
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de
intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.
Após a avaliação espera-se que o aluno:
• formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX;
• compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas
subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios;
• conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico
da mecânica clássica: trajetória;
• compreenda o conceito de massa, como uma construção científica ligada à concepção
de força, entendendo-a como uma resistência à variação do movimento;
• compreenda o conceito de momento de inércia, relacionando este conceito à massa do
objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação;
• associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema
(impulso), aceleração ou desaceleração;
• entenda as medidas das grandezas como dependentes do referencial e de natureza
vetorial;
• compreenda, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos
rotacionais; que os movimentos acontecem uns acoplados aos outros, tanto os translacionais
como os rotacionais;
• perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a
aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;
• aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificando na 1ª lei de
269
Newton e as noções de equilíbrio estável e instável;
• reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais deferentes situações.
•
conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas:
mecânica, cinética, potencial elástica e potencial gravitacional;
•
compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.
•
associe a gravitação com as leis de Kepler;
•
identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial;
•
compreenda a Teoria da Relatividade Geral.
• compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o
contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o
desenvolvimento das ideias na termodinâmica;
• formule o conceito de pressão de um fluído, e extrapole o conceito a outras aplicações
físicas;
• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um
material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;
• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de
energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica;
• compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de
Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a
Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;
• associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor;
• compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade
de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o
conceito de calor latente;
• identifique dos processos físicos: os reversíveis e os irreversíveis, que vêm
acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei.
• compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e
artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;
• compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a
fundamentam;
• compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos
os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga;
270
• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a
explicação dos fenômenos eletromagnéticos;
• entenda o campo como uma entidade física dotada de energia;
• aprenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a corrente
elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
• conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a
condutividade;
• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo;
• reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, pelas
propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos
gases;
• compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a
corrente elétrica;
• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes;
• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de
energia, como a nuclear e a eólica.
• perceba
o
trabalho
elétrico
como
uma
grandeza
física
relacionada
à
transformação/variação de energia elétrica.
•
entenda a propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
•
conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de
alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula;
•
entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança
do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual
a luz é desviada sem mudança de meio;
•
entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e
absorção da luz;
•
associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do
arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos
estudados;
•
compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta
271
alguns comportamentos que são típicos de partículas e outros de ondas;
•
extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao
elétron.
De acordo com o PPP a recuperação de conteúdos será realizada a cada avaliação,
após a retomada dos conteúdos, sendo aplicada a todos os alunos que não tenham atingido a
aprendizagem integral.
Em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais é necessário que o
professor adote uma postura diferenciada até quando os conteúdos a uma prática flexível que
venha atender e a suprir as necessidades desse aluno. Deve haver uma adaptação aos
conteúdos curriculares seja qual for a sua necessidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SAMPAIO, José Luiz. Física: volume único/ José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2.
ed. – São Paulo: Atual, 2005. – (Coleção ensino médio Atual)
SEED - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008.
FÍSICA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba: SEED – PR, 2006.
MENEZES, Luis Carlos de. Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico, 2005.
TAKIMOTO, Elika. História da Física na sala de aula, 2009.
PIRES, Antonio S. T. Evolução das Ideias da Física, 2008.
272
PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A química está relacionada às necessidades dos seres humanos e todos devem
compreender isso. É necessário dessa forma, ter um conhecimento básico da química, para
ver que a química instrumentaliza o cidadão e assim o mesmo ter uma visão mais crítica
quanto aos problemas causados pelo próprio homem, sendo a poluição, o uso de inseticidas, a
fabricação de explosivos entre outros. Sendo assim deve-se haver um estabelecimento da
relação entre aprender química e exercer cidadania. O conhecimento científico, na medida em
que permite uma interpretação mais clara de fenômenos cotidianos, possibilita ao cidadão a
correta tomada de decisões e, por consequência, uma melhor qualidade de vida.
Para o homem, saber como se desenvolve o conhecimento da Química, processará
nele um pensamento crítico mais elaborado. Através do estudo da química levará a
compreensão das formulações de hipóteses, controle de variáveis de um processo,
generalização de fatos por uma lei, elaboração de uma teoria e construção de modelos
científicos.
Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses
produtos e o homem como articulador deve estar consciente de seus atos. Percebe-se em tudo
isso a importância do estudo da Química. A concepção espontânea sobre os conceitos que se
adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência,
faz-se presente no início do processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez a concepção
científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias
específicas para ser disseminado no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar
onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzidos.
No Brasil as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química,
surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política
e econômica que ocorriam na Europa. As recomendações de Coimbra definiram o que seria o
ensino em Portugal e marcaram fortemente todo o período imperial Brasileiro. As diretrizes
para cadeira de química, elaborados pelo Conde da Barca influenciadas por uma carta do Rei
273
de Portugal, reconheciam a importância da química para o progresso do estudo da medicina,
cirurgia e agricultura, e além disso, indicavam o ensino dos princípios práticos da química e
seus diferentes ramos aplicados às artes e à farmácia para o perfeito conhecimento dos muitos
e preciosos produtos naturais do Brasil.
O 1º Congresso Brasileiro de Química realizou-se em 1922, no Rio de Janeiro, tendo
como resultados a fundação da Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade
Brasileira de Educação e o movimento de modernização para o Ensino Brasileiro. Entre os
anos de 1929 a 1990 ocorreram várias crises econômicas, sociais e políticas favorecendo os
inúmeros movimentos de transformação do ensino de Química.
Nos anos 90, as mudanças neoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram a
educação em pauta, novamente afetando as discussões a respeito do currículo. Encontros e
conferências foram realizadas em âmbito mundial, priorizavam a educação como alvo das
reformas necessárias para a formação do trabalhador, ocorrendo assim a produção e a
aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem
como a construção dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). Nessas Diretrizes a
preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de Química, deixando de lado o
modo simplista como era tratada nos PCNs. A abordagem no ensino de Química, será
norteada, pela construção/reconstrução de significados dos conteúdos científicos vinculada
aos contextos históricos, políticos, econômicos sociais e culturais.
Nas diretrizes, propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química: as substancias e
os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa
relação dialógica, em que os conceitos químicos constitua apropriação de parte do
conhecimento cientifico, deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e
questionam a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é
a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação.
A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua
função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, na
significação dos conceitos químicos.
O Estudo da Química em seu caráter geral tem vários objetivos, dentre eles os de:
• Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões
sociais relativas à ciência e a tecnologia;
274
• Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à natureza da
ciência;
• Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais;
• Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar;
• Desenvolver habilidades de raciocínio lógico;
• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa,
utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas
modificações ao longo do tempo;
• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o
conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc);
• Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógica –
empírica);
• Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico- formal);
• Compreender dados quantitativos, (estimativa e medida), compreender relações
proporcionais presentes na química;
• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de outros dados;
• Saber identificar e traduzir dados, informações, relatos relevantes;
• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química,
selecionando procedimentos experimentais pertinentes;
• Quanto à seleção dos conteúdos, é comum ser enfatizado o trabalho com temas como:
lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, poluição, drogas, química da
produção, etc.
Propõem-se que o ponto de partida para a organização dos conteúdos curriculares,
sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de análise, tais
como:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos
275
MATÉRIA
- Constituição da matéria;
- Estados de agregação;
- Natureza elétrica da matéria;
- Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).
- Estudo dos metais;
- Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
- Substância: simples e composta;
- Misturas;
- Métodos de separação;
MATÉRIA
E
NATUREZA
SUA - Solubilidade;
- Concentração;
- Forças intermoleculares;
- Temperatura e pressão;
- Densidade;
- Dispersão e suspensão;
- Tabela Periódica.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
- Reações químicas;
BIOGEOQUÍMICA
- Lei das reações químicas;
- Representação das reações químicas;
- Condições fundamentais para ocorrência das reações
químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes,
teoria de colisão);
- Fatores que interferem na velocidade das reações superfície
de contato, temperatura, catalisador, concentração dos
reagentes, inibidores);
- Lei da velocidade das reações químicas;
- Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO
- Reações químicas reversíveis;
276
- Concentração;
QUÍMICA SINTÉTICA
- Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de
equilíbrio);
- Deslocamento e equilíbrio (principio de Le Chatelier):
concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;
- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de
ionização, Ks);
- Tabela Periódica.
LIGAÇÃO QUÍMICA
- Tabela periódica;
- Propriedade dos materiais;
MATÉRIA
NATUREZA
E
SUA - Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos
materiais;
- Solubilidade e as ligações químicas;
-
Interações
intermoleculares
e
as
propriedades
substâncias moleculares;
- Ligações de Hidrogênio;
- Ligação metálica (elétrons semi-livres)
- Ligações sigma e pi;
- Ligações polares e apolares;
- Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
- Reações de Oxi-redução;
- Reações exotérmicas e endotérmicas;
- Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;
- Variação de entalpia;
- Calorias;
Equações termoquímicas;
- Princípios da termodinâmica;
- Lei de Hess;
- Entropia e energia livre;
- Calorimetria;
277
das
- Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE
- Modelos Atômicos (Rutherford);
- Elementos químicos (radioativos);
- Tabela Periódica;
- Reações químicas;
- Velocidades das reações;
BIOGEOQUÍMICA
- Emissões radioativas;
- Leis da radioatividade;
- Cinética das reações químicas;
- Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
GASES
- Estados físicos da matéria;
- Tabela periódica;
- Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão
x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);
- Misturas gasosas;
QUÍMICA
- Diferença entre gás e vapor;
SINTÉTICA
- Leis dos gases.
FUNÇÕES QUÍMICAS
- Funções Orgânicas
- Funções Inorgânicas;
- Tabela Periódica.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O estudo da Química será iniciado pelo histórico da Química para possibilitar ao
aluno a compreensão do processo de elaboração desse conhecimento. Ter noções básicas de
Química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação
do conhecimento químico para toda a sociedade.
Haverá uma abordagem histórica para cada um dos conteúdos estruturantes, havendo
também abordagem social, ambiental, representacional, experimental e cultural.
Será contextualizado o conteúdo de química na bioquímica com a atmosfera,
278
hidrosfera e litosfera. Na química sintética será relacionado o conteúdo com a transformação
de materiais e produção de materiais artificiais. Quanto ao conteúdo estruturante da matéria
será explorado por meio de modelos e representações sempre contextualizando e
demonstrando a natureza em níveis macroscópicos e também microscópicos.
O estudo da química estará presente no cotidiano dos alunos evitando que esta seja
apenas algo descritivo, com repetição de fórmulas, mas sim de maneira clara e
contextualizada mostrando sempre exemplos para o entendimento do aluno.
O ensino da química deve permitir a construção de uma visão de mundo,
contribuindo para que o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante
transformação. Os conteúdos serão abordados de maneira que permita a contextualização do
conhecimento, sendo trabalhados com a participação efetiva do educando, promovendo um
diálogo mediador da construção do conhecimento.
Os elementos químicos e às substâncias químicas serão estudados de maneira que o
aluno possa conhecer os métodos de obtenção e características procurando compreender
melhor os seus efeitos e a sua utilização nos diversos setores da vida humana. A leitura e a
interpretação de textos científicos, a construção de tabelas e gráficos, análise de embalagens
para conhecer a composição química de produtos industrializados.
Ter noções básicas de química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber
exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade.
Para o ensino da Química serão utilizados materiais audio-visuais, televisão,
pendrive, computador, etc., materiais de laboratório que possam ser utilizados em sala de
aula, biblioteca, quadro de giz.
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem e abarca não
somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do professor e a estrutura de
funcionamento da escola e do sistema de ensino. No que diz respeito à avaliação do aluno é
imprescindível que seja contínua com o acompanhamento de suas atividades no dia-a-dia,
fornecendo o retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno.
Seguindo as diretrizes, avaliação deve ser concebida de forma processual e
formativa, sob os condicionantes do diagnostico e da continuidade. Esse processo ocorre em
interações reciprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo
279
pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação
processual e formativa leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo
de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (Maldaner, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere
os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos
químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens históricas, sociológica,
ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Os temas contemporâneos (Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na
Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana e Sexualidade) serão abordados durante o ano letivo, considerando-se que são temas
muitas vezes presentes em nossa sociedade, o que os torna relevantes para compreensão e
entendimento às transformações que ocorrem em nossa sociedade.
A avaliação deve ser ainda funcional porque verifica se os objetivos previstos estão
sendo atingidos, orientados e permitindo ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes
e integral. A avaliação será feita através de trabalhos de pesquisa, trabalho individual ou
coletivo, prova oral, auto-avaliação e provas escritas de tipos variados.
A recuperação será paralela às avaliações, procurando recuperar o aprendizado aos
alunos que necessitaram. Também será proporcionada aos demais alunos poderem também
recuperar apenas alguns conteúdos que sintam necessidade. Da mesma forma que a avaliação,
a recuperação será através de provas escritas e objetivas, trabalhos individuais ou em grupo.
Espera-se que o aluno:
•
Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da
Química;
•
Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;
•
Problematize a construção dos conceitos químicos;
•
Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do
conhecimento químico
•
Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre
modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;
•
Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico,
associando substâncias, misturas, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.;
280
•
Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,
representações condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;
•
Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos:
concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,
concentração, pressão, temperatura, equilíbrio químico em meio aquoso;
•
Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um
átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;
•
Entenda as reações químicas como transformações da matéria e a nível microscópico,
associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;
•
Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na
natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;
•
Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases,
modelo de partículas e as leis dos gases;
•
Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie
com a qual estabelece interação.
Aos alunos com necessidades educacionais especiais, terão atendimento e avaliações
diferenciadas de acordo com as especificidades dos mesmos dentro de suas limitações,
considerando-se os temas propostos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COVRE, Geraldo José. Química Total, São Paulo: FTD, 2001.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, Química, 2006.
SARDELLA, Antônio. Química, São Paulo: Ática, 2001.
PERUZZO, Francisco Miragaia, São Paulo: Moderna, 2003.
281
PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais, que
trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da
ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a
absorvê-las nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na
Europa, uma ciência, disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da
juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos
sem muito tempo para digeri-los.
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcada pelas
consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma
social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo,
com sua fé na razão e no progresso da civilização.
No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe
social, e dos operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, a revelação como
explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua
em um pensamento social questionador da mudança na sociedade. A Sociologia, termo
empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência
conclusiva e síntese de todo o caminhar científico da humanidade e vida social, considerada
capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências, como cita MORAES
(2004, p. 266):
“Como ciência, a sociologia é constituída por um conjunto de pressupostos que
sedimentam, formam e informam o seu arcabouço teórico. Como ciência da sociedade, esses
pressupostos precisam estar em constante sintonia com o próprio movimento da vida social,
mantendo o rigor da análise sem, contudo, perder a capacidade para perceber as variações
da contemporaneidade.”
Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo , o
período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção
282
do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição
dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade
passou por mudanças, com a destruição
da servidão e da organização camponesa, a
consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa
da atividade artesanal em manufatureira.
Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho
mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na
sociedade.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia faz
emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução
pelos primeiros pensadores sociais, - Comte, Durkheim, Weber e Marx.
A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade
industrial e toda a contradição deste processo e procura explicar o homem envolvido nesse
sistema como cita FERREIRA (1993 p. 17):
“É importante observar que a sociologia é apenas uma das ciências sociais. Em
princípio as ciências sociais são todas aquelas que procuram explicar os vários aspectos da
vida do homem em sociedade.”
Os anos de 1930 foram de plena efervescência para a Sociologia que se
institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no
campo da pesquisa e da editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobres
as peculiaridades da cultura e sociedade brasileira.
O período de 1945 a 1974 foi de grandes mudanças econômicas, sociais e
institucionais, no Brasil, e as pesquisas trataram de temas da política e da cultura de forma
simultânea, atualizando-os sob a luz de métodos de investigação científica que se firmavam
na Sociologia. O período da ditadura militar marcou uma inflexão na Sociologia, que se
desenvolvia e teorizava acerca das tendências da revolução brasileira, abortada nos anos
sessenta.
Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americanos floresceu,
sobretudo entre os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina,
em decorrência do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional n. 5, em 1968.
Florestan Fernandes foi professor da cátedra de Sociologia na USP e é considerado o
fundador da Sociologia Crítica no Brasil. Fernandes participou do projeto da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, concebendo a ciências como racionalizadora da vida social
283
por meio da democratização educacional, a instauração de um sistema educativo moderno,
laico, público, com pedagogia voltada às necessidades das classes populares.
A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas, a
partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a educação
e a Sociologia mostra que as escolas normais. O vínculo ente a educação e a Sociologia
mostra que as escolas normais foram
redutos importantes para a disseminação do
conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A formação de professores para o
ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de consolidação da Sociologia como disciplina
curricular.
Quando em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação
publicaram os novos currículos para o Ensino Médio, a sociologia não foi incluída entre as
disciplinas obrigatórias, complementares e optativas, de acordo com Santos (2004).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para
a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art. 36,§ 1º, inciso lll,
expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários
ao exercício da cidadania”. O Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei
9.394/96, a inclusão da Sociologia no Ensino Médio, e , a partir de 2007 os conselhos
estaduais de Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas. No dia 02 de junho de
2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para incluir a Filosofia e a
Sociologia como disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio.
A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo
Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de
Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em que a disciplina será
ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de
equidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para
todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas.
A Sociologia deve ser vista como construtora histórica e social, desempenhando o
papel de focalizar os problemas que moldura a realidade, questionando profundamente e
buscando respostas múltiplas para construção de caminhos viáveis para a convivência
coletiva, como cita FORACCHI (2008 p. 02):
“O objetivo, ao contrário, é situar o conhecimento, ir a sua raiz, definir os seus
compromissos sociais e históricos, localizar a perspectiva que o construiu, descobrir a
maneira de pensar e interpretar a vida social (…).”
284
A partir da construção e concepção de sociedade é possível ao aluno compreender a
emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais. Portanto,
professores e alunos precisam questionar os problemas sociais, da atualidade. A escola deve
sair da rotina e buscar uma integração à nova realidade, fazendo com que disciplinas se
tornem atraentes. Em sociologia devemos deixar claro para o aluno o direito da cidadania,
devendo ter em mente a construção de um amplo campo de debates e pensamentos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
-
Formação
e
consolidação
da
sociedade
capitalista e o desenvolvimento do pensamento
1- O Surgimento da Sociologia e
Teorias Sociológicas
social.
-
Teorias
sociológicas
clássicas:
Comte,
Durkheim, Engels, e Marx Weber.
- O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
- Processo de socialização.
2 – O Processo de Socialização e as
Instituições Sociais.
- Instituições Sociais; Familiares; Escolares;
Religiosas.
- Instituição de Reinserção (prisões, manicômios,
educandários, asilos, etc.).
- Desenvolvimento antropológico do conceito de
cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades;
- Diversidade Cultural;
3- Cultura e Indústria Cultural
- Identidade;
- Indústria cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de consumo;
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de gênero;
285
- Cultura afro brasileira e africana;
- Cultura indígena;
- O conceito de trabalho e o trabalho nas
diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais; estamentos, castas,
classes sociais;
- Organização do trabalho nas sociedades
capitalistas e suas contradições;
- Globalização e Neoliberalismo.
4- Trabalho, Produção e Classes - Relações de trabalho;
- Trabalho no Brasil.
Sociais
- Formação e desenvolvimento do Estado
Moderno;
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
- Estado no Brasil;
5- Poder, Política e Ideologia
- Conceitos de Poder;
- Conceitos de Ideologia;
- Conceitos de dominação e legitimidade;
- As expressões da violência nas sociedades
contemporâneas;
- Diretos: civis, políticos e sociais;
- Direitos humanos;
- Conceito de cidadania;
6- Direito, Cidadania e movimentos - Movimentos sociais;
Sociais.
- Movimentos sociais no Brasil;
-
A
questão
ambiental
aos
movimentos
ambientalistas;
- A questão das ONG's.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Em
Sociologia,
devemos
atentar
286
especialmente
para
a
proposição
de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem
ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos
didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão
de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passiveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges, constitui importante elemento para que os
alunos relacionem a teoria com sua prática social.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessário a
articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e
contextualização propostas.
A atuação do docente deverá ser a de levar o educando a pesquisar a contribuição da
sociologia nas suas relações sociais. Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no
Ensino Médio, os conteúdos Estruturantes e os conteúdos Básicos devem ser tratados de
forma articulada.
Considera-se relevante no exercício pedagógico da sociologia manter no horizonte de
análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos
tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de
Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte
temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em
cada teoria trabalhada.
Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de
pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje.
Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou
reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e
política das teorias seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensinoaprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e
práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em
suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.
Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de
maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações
históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis
mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da
287
contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando
fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais,
podendo alterar qualitativamente sua prática social.
O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além
do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo
que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com as
transformações socieconômicas, culturais e políticas contemporâneas.
A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no
seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos
programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História
etc.. O professor pode
despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade que lhe cerca, desenvolvendo
certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis
soluções para problemas diagnosticados.
Estudar Sociologia pelo caminho da reflexão crítica, contrastante dos fenômenos e de
suas interpretações, desenvolve-se uma percepção social
apoiada em posicionamento
cognitivo e maior sensibilidade em face da realidade social desigual.
As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos de
identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de
comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:
• aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus,
quando possível;
• exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
• leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos,
literários, jornalísticos;
• debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa:
pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
• análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise
crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
Destacam-se aqui alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de
Sociologia, os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do
pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise
crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos.
288
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao
uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência
contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07,
Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec.
Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o
objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância
de se pensar nos desafios sociais.
AVALIAÇÃO
As avaliações da disciplina de Sociologia requer extrair do aluno não respostas
lógicas, mas reflexivas do que somos, de onde viemos e para onde iremos, enquanto
sociedade. Fazer com que o aluno e também nós como seres integrantes da instituição escolar
tragamos para a sala de aula o verdadeiro e mais prático material didático, oriundo da
observação atenta do meio em que vivemos.
Organizar debates que demonstrem uma
capacidade de articulação entre a teoria e a prática.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentam
dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.
Os instrumentos de avaliação em sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos
ou filmes, produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e
prática, dentre outras possibilidades.
No decorrer do bimestre serão realizadas no mínimo duas avaliações com peso 10,0.
Será oportunizada a recuperação de conteúdos referente ao que não foi assimilado pelo aluno.
Cada aluno é um ser particular, portanto, serão consideradas suas limitações no
desenvolvimento das atividades avaliativas.
Provas (escritas e orais), prevalecerá a opinião crítica, desde que considerado o
conteúdo elaborado no respectivo período. Quanto aos trabalhos e apresentações em grupo
289
será avaliado a força e capacidade de união e/ou articulações de ideias, aos moldes dos
fundamentos de sociedade.
A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da
disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor.
Pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise desnaturalizar conceitos
tomados historicamente irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista
de uma maior participação na sociedade.
Os alunos com necessidades educacionais especiais terão suas avaliações
diferenciadas, respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com suas
limitações.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Sociologia, 2008.
FERREIRA, Roberto Martins, Sociologia da Educação. São Paulo: 1993.
MORAES, Amaury César, Sociologia e Ensino em Debate: Experiências e discussão
Sociologia no Ensino Médio. Ijuí: 2004.
FORACCHI, Marialice M. E MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de
Janeiro: 2008.
290
PROPOSTA CURRICULAR DA SALA DE RECURSOS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A trajetória das pessoas com necessidades especiais foi influenciada por muitos
eventos, circunstâncias e fatos históricos. O conceito de deficiência avançou através dos
tempos. Muitos mitos e estereótipos foram construídos ao longo da história da humanidade,
desde a antiguidade onde a sociedade escondia ou sacrificava os portadores de deficientes, os
quais eram considerados diferentes, incapazes e inferiores. Já na idade Média alguns
acreditavam que os deficientes eram possuídos pelo demônio ou representantes do mal por
isso eram sacrificados, perseguidos e evitados.
Contudo, a sociedade evoluiu em relação ao pensamento sobre as pessoas com
deficiências que passaram a ser mais aceitas e a convivência com as diferenças se tornaram
realidade.
As décadas de 70 e 80 foram marcadas por profundas transformações. Surgiu a
compreensão da diversidade, igualdade de direitos e oportunidades. No Brasil, a Constituição
Federal de 1988 deixa explícita o desejo integrador do aluno com necessidades especiais na
rede comum de ensino, estabelecendo diretrizes para tratar a educação especial como
modalidade de educação escolar obrigatória e gratuita.
Todas as ações e textos legais estavam pautados em documentos internacionais como
a Proposta de Educação para Todos (Jomtien-Tailândia) e a Declaração de Salamanca
( Espanha).Tais documentos abriram espaços para a ampla discussão sobre as necessidades de
os governos contemplarem em suas políticas públicas o reconhecimento da diversidade e o
compromisso em atender às suas necessidades nos contextos escolares comuns.
O Plano Nacional de Educação para Todos (1990), a Política de Educação Especial
(1994) e , especificamente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) , que
destina o Capítulo V (artigos 58, 59 e 60) à Educação Especial, são emblemáticos em apontar
novos caminhos para essa modalidade de ensino. Além disso reafirmam a perspectiva
progressiva de seu caráter pedagógico ligado à educação escolar e ao ensino público.
Verifica -se uma nova concepção de atendimento especializado que se estende à
diversidade, uma rede de apoio dos recursos humanos, técnicos, tecnológicos e materiais
oferecidos, de modo a apoiar e complementar as práticas do ensino comum.
O termo utilizado " necessidades especiais " não se referem às limitações
291
apresentadas pela pessoa, mas às exigências de ampla acessibilidade que oportunize
condições necessárias à independência e autonomia dos sujeitos. Evidencia- se a
responsabilidade social de prever e prover meios de satisfazer essas necessidades, ao invés de
destacar o sujeito que a apresenta.
Em 2001, cinco anos após a promulgação da nova LDB, o Ministério da Educação
instituiu as bases para a elaboração de normas para a Educação Especial, a fim de reorganizar
a proposta de educação escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais, no
contexto da educação inclusiva.
De acordo com a LDB nº 9394/96 , a Educação Especial é conceituada e praticada
como modalidade educacional, cujo fim é oferecer recursos e serviços educacionais
especializados aos alunos que apresentam necessidades em todo o fluxo educacional. Percebese que há muitos alunos que apresentam problemas ou dificuldades de aprendizagem, por
razões inerentes à sua condição física, sensorial ou déficits intelectuais. Há também um
grande número de alunos que não atingiram as expectativas de aprendizagem e avaliação da
escola, em decorrência das condições econômicas e culturais desfavoráveis que vivenciam ou
ainda do despreparo dos profissionais da educação no trato das questões pedagógicas.
Assim, o insucesso na escola revela que não são apenas os alunos com deficiência os
que apresentam necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser
beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados que
promoverão a sua inclusão.
A educação escolar ocupa um lugar de destaque na formação do cidadão. As escolas
inclusivas são escolas para todos, que reconheçam e atendam às diferenças individuais,
respeitando as necessidades de qualquer dos alunos.
A Educação Especial, no âmbito da escola regular, oferece recursos e serviços de
apoio pedagógico especializados que complementem e/ou suplementem a escolarização
formal dos alunos com necessidades educacionais especiais.
Os serviços e apoio especializados se destinam ao atendimento de alunos com
necessidades educacionais especiais decorrentes :
* das deficiências: intelectual, visual, física neuromotora e surdez;
* das condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos, psicológicos graves e
psiquiátricos;
* das altas habilidades/ superdotação.
Destacam- se alguns serviços de apoio pedagógico especializados ofertados no contexto
292
regular de ensino:
•
Profissional intérprete de libras/ língua portuguesa para surdos.
•
Instrutor surdo de libras.
•
Professor de apoio permanente para alunos com deficiência física neuromotora, com graves
comprometimentos na comunicação e locomoção.
•
Sala de Recursos para alunos com deficiência intelectual e transtornos funcionais
específicos, matriculados no Ensino Fundamental.
•
Centro de Atendimento Especializado nas áreas da surdez(CAES) e deficiência visual e
Centro de Atendimento Educacional Especializado na área visual (CAEDV).
•
Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual (CAP).
•
Classes de Educação bilíngue para surdos, matriculados nas séries iniciais, denominadas
Programa de Escolaridade Regular com Atendimento Especializado (PERAE)
•
Classe Especial para alunos com deficiência mental e condutas típicas.
•
Escolas Especiais.
•
Classes Hospitalares.
•
Atendimento domiciliar.
Conforme a INSTRUÇÃO Nº 013/2008 - SUED/SEED que estabelece critérios para
o funcionamento da SALA DE RECURSOS para o Ensino Fundamental - séries iniciais, na
área da Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos, considerando os
preceitos legais que regem a Educação Especial como:
- a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N º 9394/96; - as Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE Nº17/01; - a
Resolução CNE N ° 02/01; e - a Deliberação N ° 02/03 – CEE – PR; instrui o funcionamento
da Sala de Recursos da seguinte forma:
1. Definição:
Sala de Recursos é um Serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica que
complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental.
2. Alunado:
Alunos regularmente matriculados no ensino fundamental nas séries iniciais que
apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo,
decorrentes de Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.
3 .Do Ingresso:
O aluno deve ser:
293
I. egresso de Escola Especial ou de Classe Especial, com avaliação no Contexto
Escolar,realizada por equipe multiprofissional;
II. da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da Deficiência
Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional;
III. da classe comum, com Transtornos Funcionais Específicos, com Avaliação no
Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional.
4. Da Avaliação de Ingresso na Sala de Recursos:
4.1 A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto do
ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, pedagogo da
escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa – (Universidades,
Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento
de parcerias, entre outros) da equipe da Secretaria Municipal de Educação e do Núcleo
Regional de Educação, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.
4.2 O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe pedagógica da
Secretaria Municipal de Educação e/ou pela equipe de Educação Especial do Núcleo Regional
de Educação.
4.3 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Deficiência Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à
aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de
numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as
habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais, acrescida do parecer psicológico.
4.4 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Transtornos Funcionais Específicos ( Distúrbios de Aprendizagem – dislexia,
disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à
aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração,
medidas, entre outras, acrescida de parecer psicológico e complementada com parecer
fonoaudiológico e/ou de especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem
necessários.
4.5 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade),
deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita,
interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescido de
parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico.
294
4.6 Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão ser
registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o plano de
trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem
necessários, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participaram do
processo.
4.7 Todo o trabalho realizado durante a avaliação no contexto escolar, descrito no
Relatório, deverá ser sintetizado em ficha “Síntese - Avaliação Pedagógica no Contexto
Escolar e Complementar”, devidamente datada e assinada por todos os profissionais que
participaram do processo .
4.8 Quando o aluno da Sala de Recursos frequentar a classe comum em outro
estabelecimento, deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação realizada
no contexto escolar por equipe multiprofissional.
4.9 O aluno egresso de escola de Educação Especial ou Classe Especial deverá
apresentar o último Relatório Semestral da Avaliação, indicando a continuidade do
atendimento de Apoio Especializado e cópia do Relatório de Avaliação realizada no contexto
escolar por equipe multiprofissional.
5. Aspectos Pedagógicos :
5.1 O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir um
conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo,
motor, sócio afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.
5.2 O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico
individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as
intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral.
5.3
O planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário
reorganizado, de acordo com:
a) os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;
b) as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional) de
forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem.
5.4 A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, na Sala
de Recursos, dar-se-á através de:
a) orientação aos professores da classe comum, juntamente com a equipe pedagógica,
nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que serão utilizadas no ensino regular,
em atendimento aos alunos com Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais
295
Específicos;
b) apoio individual ao aluno com Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais
Específicos, na sala de aula comum, com ênfase à complementação do trabalho do professor
da classe comum;
c) participação na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de
Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.
5.5 O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com
reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum.
5.6 O professor deve registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do
aluno, conforme planejamento pedagógico individual.
5.7 O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as
dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.
6. Da Organização :
6.1. O horário de atendimento na Sala de Recursos deverá ser em período contrário
ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum.
6.2 O aluno da Sala de Recursos deverá ser trabalhado de forma individualizada ou
em grupos e, o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo do trabalho individual.
6.3 Os atendimentos realizados em grupos deverão ser organizados por faixa etária
e/ou conforme as necessidades pedagógicas.
6.4 Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento
por cronograma.
6.5 O cronograma para o atendimento do aluno deverá ser elaborado pelo professor
da Sala de Recursos juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer necessário, com
o professor da classe comum.
6.6 O cronograma de atendimento deverá ser organizado quanto ao:
a) número de atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes
por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias;
b) contato periódico com os professores da classe comum, para acompanhar o
desenvolvimento do aluno, conforme disposto no item 5.4, alínea “a”;
c) trabalho pedagógico na classe comum, conforme disposto no item 5.4, alínea b;
d) processo de avaliação no contexto escolar, conforme disposto no item 5.4, alínea
c.
6.7 O cronograma de atendimento é flexivel, devendo ser reorganizado, sempre que
296
necessário, de acordo com o desenvolvimento e necessidades dos alunos, com anuência da
equipe pedagógica da escola.
6.8 O cronograma de atendimento deverá considerar a hora atividade do professor,
de acordo com a legislação vigente.
6.9 O horário de funcionamento da Sala de Recursos deverá ser o mesmo da escola.
6.10 O professor da Sala de Recursos deverá participar das atividades previstas no
Calendário Escolar, especialmente Conselho de Classe.
6.11 O professor da Sala de Recursos deverá organizar o controle de freqüência dos
alunos em Livro de Registro de Classe próprio.
6.12 Cabe à escola, que mantém a Sala de Recursos, a responsabilidade de manter a
documentação do aluno atualizada.
6.13 Na Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe
comum, deverá conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e ficha “Síntese –
Avaliação Pedagógica no Contexto escolar e Complementar”e Relatório de Acompanhamento
Semestral, em formulário próprio.
6.14 Quando o aluno freqüentar a Sala de Recursos em escola diferente ao da classe
comum, esta também deverá manter na Pasta Individual a documentação citada no item
anterior, vistada pela equipe pedagógica de ambas as escolas.
6.15 No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno freqüentou Sala de
Recursos.
7. Matrícula:
A matrícula do aluno no SERE deve ser efetuada de acordo com os códigos
específicos e diferenciados para a Deficiência Mental/Intelectual (código 07) e para
Transtornos Funcionais Específicos (código 13).
8 . Recursos Humanos :
8.1 Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. nº 02/03 – CEE, art.
nº 33 e 34, deverá ter:
a) especialização em cursos de Pós-Graduação em Educação ou;
b) licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou;
c) habilitação específica em nível Médio, na extinta modalidade de Estudos
Adicionais e atualmente na modalidade Normal.
8.2 Equipe pedagógica habilitada ou especializada (Deliberação 02/03 – CEE, art.
11, inciso II) e/ou em Formação Profissional Continuada por meio da oferta de cursos que
297
contemplem conteúdos referentes à área de Educação Especial.
9. Recursos Materiais :
9.1
O Espaço Físico deverá ter tamanho adequado, localização, salubridade,
iluminação e ventilação de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT 9050/1994).
9.2 A escola, por intermédio de sua mantenedora, preverá e proverá para a Sala de
Recursos materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos, para
permitir-lhes o acesso ao currículo.
10. Relatório de Acompanhamento Pedagógico - Semestral :
10.1 Os avanços e necessidades do aluno devem ser registrados no Relatório de
Acompanhamento Pedagógico (ANEXO 2) elaborado semestralmente, pelo professor da Sala
de Recursos juntamente com a equipe pedagógica, com o apoio dos professores da classe
comum.
10.2 No Relatório de Acompanhamento Pedagógico (formulário próprio expedido
pela SEED) devem ser registrados qualitativamente, os avanços e necessidades acadêmicas,
aspectos relativos à promoção , bem como a necessidade de continuidade do apoio ao aluno
em Sala de Recursos.
10.3 Cópia do Relatório de Acompanhamento Pedagógico Semestral deverá ser
arquivado na Pasta Individual do aluno.
11. Avaliação dos Resultados - Anual:
Anualmente, será realizada avaliação dos resultados do trabalho realizado na Sala de
Recursos, através de dados estatísticos, preenchidos em formulário próprio (ANEXO 3).
12. Desligamento :
O desligamento do aluno da Sala de Recursos deverá ser formalizado por meio de
Relatório Pedagógico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe
pedagógica e, sempre que necessário, com o apoio dos professores da classe comum, cujo
Relatório deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno.
13. Transferência :
Na documentação de transferência do aluno, além dos documentos da classe comum,
deverão ser acrescentadas cópias do Relatório da Avaliação no Contexto Escolar e do último
Relatório de Acompanhamento Pedagógico - Semestral.
14. Autorização/ Renovação e Cessação da Autorização ;
14.1 A Sala de Recursos poderá funcionar em estabelecimentos de Ensino da Rede
298
Pública ou Particular que ofertem as séries/anos iniciais do ensino fundamental.
14.2 A Sala de Recursos só poderá funcionar após estar devidamente autorizada por
Ato próprio da SEED.
14.3 Para legalização de funcionamento da Sala de Recursos (autorização/renovação
e cessação da autorização) o estabelecimento de ensino deverá seguir as orientações do
Manual de Estrutura e Funcionamento na Modalidade de Educação Especial - DEEIN.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos a serem desenvolvidos na Sala de Recursos deverão enfocar as
defasagens de cada aluno em particular, tornando-o individual. De um modo geral, os
conteúdos trabalhados englobam as áreas de desenvolvimento (cognitiva, sócio-afetiva ou
emocional e psicomotora) e conteúdos das séries iniciais conforme a dificuldade do aluno.
ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO
ÁREA COGNITIVA:
-Percepção visual;
-Percepção auditiva;
-Percepção olfativa;
-Percepção temporal;
-Percepção gustativa;
-Atenção;
-Memória;
-Raciocínio;
-Organização do pensamento.
ÁREA PSICOMOTORA:
-Coordenação Dinâmica Global;
-Coordenação Dinâmica Manual;
-Esquema corporal;
-Lateralidade;
-Organização e Estruturação Espacial e Ritmo;
-Oraganização e Estruturação Temporal;
-Equilíbrio, Postura e Tônus.
299
ÁREA SÓCIO- EMOCIONAL:
Reações frente (a frustração, a figura de autoridade, integração com colegas,
respeito aos limites);
-Ansiedade;
-Auto- estima;
-Relações intra e interpessoais;
-Adaptação e Socialização;
ÁREA ACADÊMICA
MATEMÁTICA:
-Numerais;
-situação
- problema;
-Tabuada;
-Múltiplos; divisores;números primos, fracionários e decimais;
-Tabuada;
-As quatro operações;
-sistema de numeração decimal;
-Conceitos matemáticos;
-Classificação, ordenação; seriação; reversibilidade e equivalência.
PORTUGUÊS:
-Verbalização ( articulação, fluência , ritmo e decodificação );
-Textos ( leitura, interpretação e produção );
-Vocabulário;
-Ortografia;
-Criatividade;
-Pontuação;
-Classe de palavras;
-Concordância;
-Linguagem oral, verbal e escrita.
Objetivos:
-Oferecer recursos pedagógicos diferenciados contribuindo para sanar a dificuldade de
300
aprendizagem e diminuir a repetência e a evasão escolar.
-Desenvolver a percepção de detalhes, formas, tamanho, sons, texturas e temperaturas;
-Estimular e desenvolver a memória, atenção,raciocínio lógico e organização do pensamento;
-Desenvolver a noção do conhecimento e consciência do corpo no espaço e no tempo consigo
mesmo, com objetos e com o mundo;
-Oportunizar atividades de relaxamento, equilíbrio, postura e tônus;
-Trabalhar a lateralidade em si e no outro;
-Orientar- se no tempo e no espaço;
-Trabalhar a coordenação motora ampla e fina;
-Expressar sentimentos, pensamentos e desejos;
-Trabalhar a ansiedade;
-Identificar e trabalhar reações positivas e negativas
-Motivar a participação e socialização;
-Trabalhar e desenvolver a auto -estima;
-Relembrar noções já estudadas relativas a número e numeral;
-Resolver situações- problemas que envolvam situações do cotidiano;
-Compreender o mecanismo e fixar a tabuada partindo do concreto para o abstrato;
-Resolver problemas que envolvam as quatro operações;
-Desenvolver o raciocínio lógico matemático, de concretização, identificação, abstração e
amplificação;
-Ler, compreender e interpretar e produzir textos;
-Usar a linguagem oral observando: pontuação, fluência, ritmo, articulação;
-Usar adequadamente a linguagem escrita quanto à pontuação, ortografia, classe de palavras e
concordância verbal;
-Ampliar seu vocabulário;
-Exercitar a escrita, tornando- a rápida e legível;
-Trabalhar a leitura e escrita das dificuldades específicas do aluno.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia organizada e realizada deve levar em consideração o nível de
compreensão e a motivação de cada aluno. Sendo assim, algumas adaptações metodológicas
deverão ser consideradas:
301
• Situar ou agrupar os alunos utilizando critérios específicos ( idade, série, dificuldade,
relacionamento...)
• Adotar métodos e técnicas específicas para cada aluno respeitando sua
individualidade;
• Propiciar apoio físico, visual, verbal, e outros ao aluno impedido em suas capacidades
de modo que permita o desenvolvimento das atividades;
• Desenvolver atividades de percepção de detalhes, figura- fundo, análise e síntese para
desenhos familiares e/ ou abstratos;
• Verbalização,leitura de regras de jogos, adaptações e criação de novas regras;
• Atividades e exercícios que exercitem a criatividade, a imaginação, a expressão, a
emoção e o pensamento criativo;
• Leitura, interpretação e produção de qualquer tipo de texto, atividade. Diálago
constante, direta e indiretamente ;
• Jogos e brincadeiras lúdicas direcionadas as dificuldades do aluno;
• Atendimento pedagógico específico, individual ou em grupos pequenos com
dificuldades semelhantes.
• As atividades variam conforme a área de dificuldade do aluno, com programação
individual, específica, métodos e estratégias diferenciadas, respeitando as diferenças de cada
um.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação é de suma importância para nortear as decisões pedagógicas
e re-estruturar suas ações.
Há necessidades de enfocar alguns aspectos:
* As áreas de desenvolvimento (biológico, intelectual, motor, emocional, social,
comunicação e linguagem);
* O nível de competência curricular (capacidade do aluno em relação aos conteúdos
curriculares anteriores a serem desenvolvidos);
* O nível de aprendizagem de cada aluno considerando as diferenças individuais dos
alunos.
A avaliação deverá ser de forma contínua, diagnóstica e cooperativa. Será possível
observar o progresso do aluno durante as atividades, em relação a área acadêmica e as áreas
302
de Desenvolvimento. Em contato direto com os professores da Sala Comum que poderão
relatar como o aluno está em sua aula e o que necessita ser trabalhado com maior ênfase.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos InclusosSEED- Curitiba.2006 Textos: Direcional Educador, junho/2008.
-O DIREITO À IGUALDADE E A DIFERENÇA NA ESCOLA: DESAFIOS DA
INCLUSÃO. Maria Teresa Eglér Mantoan
-OS CAMINHOS PARA A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR E A IMPORTÂNCIA DE
CONVIVER COM A DIVERSIDADE. Rosa Maria Gasparini Nazar.
a
303
PROPOSTA CURRICULAR DA LINGUA ESTRANGEIRA - CELEM
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A aprendizagem de uma língua estrangeira contribui para o processo educacional
como um todo, indo muito além da simples aquisição de um conjunto de habilidades
linguísticas. Ela leva a uma nova percepção da natureza de linguagem, aumenta a
compreensão de como a língua funciona e desenvolve mais a consciência do funcionamento
da própria língua materna.
O conhecimento em língua estrangeira, em especial o “ Espanhol “ é hoje considerado
um direito, não apenas para os alunos em fase escolar, mas para a grande massa da população.
O acesso à língua estrangeira está intrinsecamente ligada ao tema da diversidade cultural que
vem adquirindo crescente importância na atualidade, na dinâmica diferenciada das diversas
culturas dos povos da América do Sul. Os conflitos mundiais têm recuperado o tema da
diversidade cultural como uma prática prioritária inclusive em nível de práticas globais.
Neste sentido, o ensino de língua estrangeira deve apontar para uma perspectiva plurilíngue,
que considere as especificidades dos grupos com os quais atua.
Conhecer melhor outro idioma é passaporte para o ingresso na sociedade da
informação. A língua estrangeira no Ensino Médio, deve ser vista como uma intermediação
entre o indivíduo e o mundo, ou seja, ela deve ser um elemento de ligação entre os dois, é ela
que vai construir a identidade cultural do aluno, pois é no conhecimento da cultura do outro
que o educando conhece sua própria identidade como ser crítico e transformador.
Hoje cerca de vinte e dois países da América do Sul, Central, e claro, Espanha, na
Europa, têm como língua oficial o Espanhol, ela se tornou mais que uma necessidade, se
tornou sinônimo de sobrevivência e integração das Américas com o mundo. Sabemos que na
Antiguidade, o latim predominou soberano em razão da vastidão do Império Romano. Mas no
século XX, o espanhol foi tomando cada vez mais espaço nas escolas, em virtude de fatores
muito diversos, como, por exemplo,o “ Mercosul”,ou, para atender interesses políticoeconômicos e, ainda, para melhorar as relações entre Brasil e seus vizinhos de fronteira
hispanohablantes. A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula
facultativa para o aluno. No entanto, a lei 11.161 de 05 de agosto de 2005, assinada pelo então
Presidente da República Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, prevê que as escolas deverão
implementar a dita lei até 05 de agosto de 2010.
304
O ensino das línguas estrangeiras Modernas começou a ser valorizado somente depois
da chegada da família real ao Brasil, em 1809. O amplo domínio inglês acabou por gerar
manifestações nacionalistas por parte dos brasileiros e, de modo a abafá-las, as companhias
inglesas passaram a anunciar ofertas de emprego para “engenheiros, funcionários e técnicos
brasileiros em geral”, bastando que os interessados falassem a língua inglesa para que
pudessem entender as instruções e receber treinamento.
O ensino formal da língua inglesa no Brasil teve início com o decreto de 22 de junho
de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar uma escola de língua
francesa e outra de língua inglesa. Até então, o grego e o latim eram as línguas estrangeiras
ensinadas na escola.
Desde aquela época, o Estado Brasileiro vem mantendo a sua determinação de incluir
o ensino de línguas estrangeiras no currículo da educação pública. Porém, no início, não foi
fácil para as línguas modernas, ou seja, o francês e o inglês, alcançarem o mesmo status que
as línguas clássicas tinham. A fundação do Colégio D. Pedro II em 1837 teve um papel muito
importante neste processo, que foi bastante lento. Em 1889
promovidas pelo ministro
Benjamin Constant as Reformas no âmbito educacional tinham por objetivo modificar todo o
sistema educacional do país, em todos os graus de ensino. Elas também afetaram o ensino de
línguas estrangeiras no Colégio Pedro II, então chamado Ginásio Nacional, na medida em que
o inglês, o alemão e o italiano foram excluídos do currículo obrigatório, assim como o estudo
de literaturas estrangeiras.
O ensino de inglês no Brasil teve um grande impulso na década de 1930, graças às
tensões políticas mundiais que acabaram por culminar na Segunda Guerra Mundial. Neste
contexto, a “difusão da língua inglesa no Brasil passou a ser vista como uma necessidade
estratégica para contrabalançar o prestígio internacional da Alemanha
Em 1930 foi criado o Ministério de Educação e Saúde Pública e em 1931
houve a reforma de Francisco de Campos, que introduziu mudanças não somente no
conteúdo, mas principalmente quanto à metodologia do ensino de línguas estrangeiras.
Quanto ao conteúdo, esta reforma aumentou de modo indireto, a ênfase dada às línguas
modernas em função da diminuição da carga horária do latim. No que diz respeito ao método,
as mudanças foram mais profundas, na medida em que essa reforma introduzia oficialmente o
ensino das línguas estrangeiras através das próprias línguas. Esse método, que recebeu o nome
de ‘método direto’, já havia sido introduzido na França 30 anos antes. O Colégio Pedro II foi
um dos primeiros a adotarem este novo método no Brasil e ainda em 1931 (ano da reforma)
305
começou a introduzi-lo em suas salas de aula.
Um ano depois, foi fundada a Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa de
São Paulo, em função de um acordo de cooperação entre a Escola Paulista de
Letras Inglesas e o Consulado Britânico.
Em 1942, houve a reforma Capanema, que teve o mérito de equiparar todas as
modalidades de ensino médio (secundário, normal, militar etc), que priorizava as Ciências.
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelece que o ensino de uma língua
estrangeira moderna é o único do núcleo comum a ter obrigatoriedade.
Dez anos depois da primeira LDB, foi publicada a LDB de 1971, a Lei 5692 que
reduz drasticamente a carga horária de LE, “agravada ainda por um parecer posterior do
Conselho Federal de que a língua estrangeira seria ‘dada por acréscimo’ dentro das condições
de cada estabelecimento.
Em 15 de agosto de 1986, em decorrência da redemocratização do país, e amplo
movimento para pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas , o estado da
educação criou os CELEM ( Centros de Línguas Estrangeiras Modernas ), estes centros têm
side preservado pela SEED até hoje.
A LDB de 1996 substitui o 1º e 2º graus por ensino fundamental e médio e deixa bem
clara a necessidade de uma LE no ensino fundamental, cuja escolha ficaria a cargo da
comunidade escolar. Quanto ao ensino médio, a lei estabelece a obrigatoriedade de uma LE
moderna, havendo a possibilidade de uma segunda língua optativa, de acordo com as
disponibilidades da instituição.
Em 1999. O MEC publicou o PCN de Língua Estrangeira para o Ensino Médio, cuja
ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita da língua estrangeira.
Em virtude da necessidade de aproximar os países hispanohablantes com o Brasil, e
assim, melhorar as relações comerciais com os vizinhos de fala espanhola, e ainda para
destacar o Brasil no Mercosul. O Presidente em exercício Sr. Luiz Inácio Lula da Silva,
assinou a lei 11.161 em 05 de agosto de 2005, que tornou obrigatória a oferta da Língua
Espanhola nos estabelecimentos de ensino médio. A partir de então a SEED abriu concurso
público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professor de espanhol.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICOS
O Discurso como prática social, articulando as diversas formas discursivas na escrita, na
306
oralidade, na interpretação e na leitura.
Escrita –A produção escrita de diversos tipos de textos, é a oportunidade do aluno expressar
suas ideias através de trabalhos individuais e em grupos, diversificados de acordo com os
conteúdos.
Oralidade- Possibilitar a oportunidade de expressar e manifestar um pensar crítico dos
temas propostos em textos variados, oriundos de diversas fontes, de acordo com o conteúdo
estudado. E, desta forma analisar e refletir os fenômenos linguísticos e culturais como
realizações discursivas do sujeito. Na música e nas canções folclóricas ou não, cantar e
expressar a oralidade de forma lúdica e prazerosa, perdendo assim a inibição.
Interpretação – Todos os temas propostos serão interpretados de forma oral e de forma
escrita, uma vez que as traduções serão de forma livre, dando abertura a várias interpretações.
Leituras – A utilização de diversos tipos de textos verbais e não verbais, de diferentes
gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e
internacional. A leitura se dará de forma interpretativa e dinâmica.
É a partir dos conteúdos estruturantes que advém os conteúdos básicos: os gêneros
discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os conteúdos básicos
que pertencem às préticas da oralidade, leitura e escrita conforme é apontado nas diretrizes.
O trabalho com a língua estrangeira fundamenta-se na diversidade de gêneros
discursivos e busca expandir a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem como a
ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção de
significados possíveis.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos e seus elementos composicionais dentro das esferas sociais de
circulação: cotidiana, publicitária, produção, jornalística, artística, escolar, literária e
midiática:
307
Leitura:
Escrita:
Oralidade
*Elementos composicionais
* Tema do texto;
*Tema do texto;
do gênero;
* Finalidade do texto;
*Aceitabilidade do texto;
* Propriedades estilísticas do
* Intencionalidade do texto;
* Informatividade do
gênero;
* Informatividade do texto;
texto;
* Aceitabilidade do texto;
* Elementos composicionais
*Intencionalidade do
* Finalidade do texto;
do texto;
texto;
*Informatividade do texto;
* Propriedades estatísticas de
*Situacionalidade do
*Intencionalidade do texto;
gênero;
texto;
* Situacionalidade do texto;
* Conteúdo temático do texto;
• Papel do locutor e
* Papel do locutor e
*Aceitabilidade do texto;
interlocutor do texto.
interlocutor;
* Situacionalidade do texto;
• Conhecimento do
* Conhecimento de mundo;
* Papel do locutor e
mundo
* Temporalidade;
interlocutor do texto.
• Elementos
* Referência Textual
*Conhecimento do mundo;
extralinguísticos:
* Temporalidade;
entonação, pausa, gestos;
* Referência Textual;
• Adequação do discurso
ao gênero; turnos de fala
• Variações linguísticas
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos serão explanados de forma contextualizada e interdisciplinar, através de
atividades
individuais e coletivas, abordando as diversas formas discursivas: oralidade,
leitura, escrita e interpretação de diversos tipos de textos verbais e não verbais. E dessa forma,
desenvolver as habilidades orais e escritas, possibilitando assim a capacidade de analisar,
refletir e perceber a LEM não só como disciplina, mas como conhecimento de nova cultura.
Para isso,
utilizar-se-á aparelhos audiovisuais, DVDs, CDs, Pen drive, TV,
músicas,
dicionários, propagandas, jogos e guias de apoio como livro didático.
Os conteúdos gramaticais, sob forma de análise linguística serão abordadas sempre a
partir do gênero, sendo o discurso como prática social, o conteúdo que estrutura a LEM e que
se manifesta sob a forma de gênero discursivo, o trabalho da LEM deve partir do texto /
308
gênero discursivo, portanto há necessidade de elencar os gêneros escolhidos pelo coletivo da
escola a serem trabalhados considerando os conteúdos básicos dispostos nas diretrizes
Os materiais utilizados deverão contemplar os interesses do educando, tendo em vista
que os mesmos podem e devem permitir a flexibilidade para incorporação de especificidades
educacionais.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme
previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),
Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento
a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
A avaliação é a parte integrante no processo educacional. A função da avaliação não é
apenas constatar um certo nível de aprendizado do aluno. E, sim, deve ser um processo
integrado e contínuo de aprendizagem respeitando as diferenças individuais.
A avaliação deve contemplar todo o aprendizado em todas as atividades desenvolvidas
durantes as aulas. A avaliação terá como objetivo maior averiguar, através da oralidade e de
textos lidos, interpretados e escritos, o nível de compreensão e expressão das atividades
propostas. Todo esse processo levará em conta a improvisação, a criatividade, o interesse e a
participação do aluno nos trabalhos e avaliações individuais ou em grupos.
Os trabalhos serão desenvolvidos em sala de aula ou não, podendo ser de forma
individual, em duplas, ou grupos, podendo ser texto, relatório, maquete, teatro, jogral,
cartazes, entre outros.
As provas descritivas contarão com questões elaboradas de forma diversificada
(ordenar, classificar, explicar, responder, enumerar, assinalar, completar...), contendo o valor
de cada questão.
Os alunos serão avaliados através de provas, trabalhos e tarefas. Salienta-se que
sempre deverão ser atividades de leitura, interpretação e produção escrita, pois a escola tem o
309
objetivo de formar homens informados e críticos. Os alunos serão avaliados em todas as
atividades desenvolvidas em sala de aula, tendo como objetivo maior averiguar através da
oralidade, textos escritos e leitura o nível de compreensão dos alunos.
Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão
somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação
serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas
avaliações bimestrais e o máximo fica a critério do professor, devendo o aluno obter a média
6,0 para aprovação.
A recuperação de estudos ocorrerá sempre após a retomada de conteúdos e ofertada
para todos os alunos que não atingirem na totalidade o processo de ensino aprendizagem.
Quanto as provas seguidas de recuperação de estudos, considerar-se-á a maior nota, a
avaliação deve compreender todo o aprendizado.
Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, terão atendimento e
avaliações diferenciadas de acordo com a especificidade de cada indivíduo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALADRÉN, Márcia Del Carmen. Español actual: textos, gramática, ejercicios. Tercera
edición- Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1995. 240 p.
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.
(Linguagem - Ensino). Pontes, Campinas, São Paulo: 1998.
CASTRO, F. MARÍN, F. MORALES, R. ROSA, S. Curso de Español para Extranjeros- Ven
1. Edelsa Grupo Didascalia., S.A., Madrid:1990
DÍAZ, Rafael Fernández. Jugando y aprendiendo español. Novos Livros: São Paulo, 1994.
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA
EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Curitiba, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
310
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do
Paraná. Curitiba, 1990.
GARGALLO, Isabel. Lingüística Aplicada a la enseñanza-aprendizaje del español como
lengua extranjera. Arcolibros: Madrid, 1999.
HERMOSO, A. González & CUENOT, J.R. & ALFARO, M. Sánchez.Gramática de español
lengua extranjera (Curso Práctico).Ed.EDELSA Grupo Didascalia, S.A., 2000.
LAROUSSE. Diccionario de la Lengua española: Esencial. México, 1994.
MARTIN, Ivan Rodrigues. Espanhol série Brasil. Editora Ática. São Paulo SP: 2004.
PALOMINO, María Ángeles. Dual pretextos para hablar. Madrid, 1998.
PARO, Vitor Enrique. Reprovação Escolar: renúncia à educação. São Paulo, 2001.
PERRENAUD, PHILIPPE. Dez novas competências para ensinar. trad. Patrícia Chitanú
Ramos, Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Vários autores. Língua
Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.
311
EJA
312
1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Partindo-se da concepção de que a Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade
da Educação Básica e que a Educação é um direito de todos, ressaltamos a importância de se
oferecer esta modalidade de ensino a educandos que por diversos motivos não puderam fazer
parte da escola na idade apropriada, ou seja, dos 7 aos 14 anos.
Sabe-se que adquirimos uma bagagem de conhecimentos no decorrer de nossas
vidas, pois participamos de inúmeras instâncias sociais, mas sabe-se também que é a escola, a
única via de acesso ao conhecimento formal, científico, sendo assim a LDBEN 9394/96
garante a todos independente da idade o acesso a escolarização convencional.
Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais e partindo das
inúmeras transformações sociais, entende-se que é necessário oferecer a todos uma educação
de qualidade resgatando-se o tempo perdido e o direito a educação que foi negado por muito
tempo. Portanto a essa população de Jovens e Adultos deve ser dada a oportunidade de estar
novamente em contato com a educação que lhe é de direito, principalmente com uma
pedagogia e uma metodologia apropriada a essa modalidade.
1.1 PERFIL DO EDUCANDO
Os alunos da modalidade de EJA (Educação de Jovens e Adultos) são na sua maioria
trabalhadores assalariados, que não tiveram oportunidade de frequentar a escola na idade
convencional. Hoje percebem que por exigência do mercado de trabalho ou até mesmo por
satisfação pessoal, necessitam voltar a escola.
O aluno que chega a EJA, traz um vasto conhecimento informal adquirido ao longo
de sua vida o qual deverá ser levado em consideração e que servirá como base para o
conhecimento científico que vai sendo adquirido ao longo das aulas, no contato com colegas e
professores.
A própria modalidade na sua definição, Educação de Jovens e Adultos, já amplia essa
demanda para educandos das mais diferentes idades, do jovem de 18 anos ao idoso com mais
de 60. Cada um chega com um objetivo particular, mas ao final do processo todos devem sair
dotados dos conhecimentos e da cultura historicamente acumulada pela sociedade.
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
313
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no
Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas
suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didáticopedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos
níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
•pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
•desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
•registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos
conhecimentos;
•vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de estudos e
atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de Estudos aos
educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a organização da
modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma
que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada
disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica
ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação
professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada
educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade
de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm
314
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários
alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação,
aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no
momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua
inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma
que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas
condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
1.3 NÍVEL DE ENSINO
1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais,
que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação
humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais,
sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita
a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
1.3.2 Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os
princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas
Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica.
1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas
especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual,
priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço
escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos,
desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas,
315
fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de
atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades
educativas especiais decorrentes de:
• deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
• condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
• superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as
estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem
e participação de todos os alunos.
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do
especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características
diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios
diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito
à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a
todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um
aprenda, resguardando-se suas singularidades.
AÇÕES PEDAGÓGICAS DECENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,
efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e
necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos,
respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR,
segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
1.6 FREQUENCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem
por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a
frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na
organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.
316
1.7 Exames Supletivos
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na
Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação,
por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e Trabalho, através da
Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
1.8 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliadora e fiscalizadora sobre a organização e realização
do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as
políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição a LDB o ECA, o PPP
e o Regimento Escolar do estabelecimento de ensino para o cumprimento da função social e
específica da escola.
O Conselho Escolar é constituído por representantes de todos os segmentos da
Comunidade Escolar, tendo como membro nato o Diretor do estabelecimento e este
constituindo-se como presidente do Conselho.
O Conselho Escolar do Colégio Estadual João Negrão Júnior, de acordo com o
princípio de representatividade e proporcionalidade é constituído da seguinte forma:
a) Diretor;
b) Representante da Equipe Pedagógica;
C) Representante do corpo Docente;
d) Representante dos Funcionários Administrativos;
e) Representante dos Funcionários de Serviços Gerais;
f) Representante do Corpo Discente;
g) Representante dos pais de alunos;
h) Representante do Grêmio Estudantil;
i) Representante de Movimentos Sociais, Organizados da Comunidade (APMF,
Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde, Conselho Tutelar).
317
1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e
Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, como material de apoio.
Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros
recursos didáticos.
1.10 BLBLIOTECA ESCOLAR
A Biblioteca Escolar deve ser um espaço que proporcionará aos alunos momentos de
leitura e complementação de estudos. Neste espaço pedagógico todos o acervo escolar, que
conta com aproximadamente 7.300 livros, estará a disposição dos alunos da EJA. Nos
períodos da manhã, tarde e noite a biblioteca conta com um profissional para dar suporte aos
usuários.
1.11 LABORATÓRIO
Ciência e Tecnologia, teoria e prática, elementos de um mesmo processo e
indispensáveis para que o conhecimento passe do Senso comum ao científico.
A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a
compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes tempos e espaços do planeta,
como um todo dinâmico, como elementos em permanente interação, do corpo humano e da
integridade, da saúde como dimensão pessoal e social, do desenvolvimento tecnológico e das
transformações ambientais causadas pelo ser humano são os resultados esperados na área de
ciências do ensino fundamental e médio.
Com relação ao laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia não dispomos de
espaço adequado as atividades práticas, relacionadas a essas disciplinas, sendo assim as
atividades possíveis são realizadas em espaços improvisados, seguindo-se o entendimento do
Conselho Estadual de Educação, Expresso no parecer nº “095/99”... indubitavelmente, um
conceito novo para o espaço denominado também o pátio da escola, a beira do mar, o
bosque ou a praça pública... explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e
materiais pré-determinados, para a concretização de experimentos nos estabelecimentos de
ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer implementar nesta
Educação de Jovens e Adultos.
318
1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS
O mundo globalizado faz parte do dia a dia de cada cidadão, sendo assim faz-se
necessário o domínio das inúmeras tecnologias existentes. È preciso ensinar o aluno trabalhar
a informação, utilizando-á para colaborar na solução dos problemas da realidade, dessa forma,
o uso da tecnologia (informática, TV, pendrive e DVD) possibilita ensinar de forma
diferentes, transformando a aula em investigação. O Colégio Est. João Negrão Júnior conta
com um Laboratório de Informática com 20 computadores conectados a internet o qual será
disponibilizado aos alunos e professores da EJA desde que cumpridas as normas de uso.
2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do
jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela
compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a
diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar
no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma
educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e
igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS,
2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que
atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a
formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a
participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e
compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os
educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com
responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se
de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas
novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização
metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos1.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
1 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta
para os que vivem
do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
319
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensinoaprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com
 o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os
levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
 o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;
 os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –
cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,
conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a
partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e
garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar
o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a
produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e
que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos
pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do
trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes
tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes
adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de
suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná:
•A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de
aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos
possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos
formais;
•O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo
tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter
enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com
o conhecimento;
320
•Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,
considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às
novas tecnologias, dentre outros;
•A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,
ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola
será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes
conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social;
•O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que
fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como
uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão
articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador
dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do
conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento
de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da
educação de jovens e adultos, a saber:
• Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de
formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências
acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;
• Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;
• O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das
relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o
raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sóciohistóricos;
• Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos
interesses do educando, necessários ao exercício da cidadania e do trabalho;
• Fornecer subsídios para se tornem ativos, criativos, críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-se
exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a
diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo,
em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam
uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
321
3 - INDICAÇÃO DA FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino
Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o acesso
ou continuidade em seus estudos.
4 - MATRIZ CURRICULAR
4.1 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES
NRE: IRATI
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
Total de
Total de
DISCIPLINAS
Horas
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
226
272
ARTE
54
64
LEM - INGLÊS
160
192
EDUCAÇÃO FÍSICA
54
64
MATEMÁTICA
226
272
CIÊNCIAS NATURAIS
160
192
HISTÓRIA
160
192
GEOGRAFIA
160
192
ENSINO RELIGIOSO*
10
12
Total de Carga Horária do Curso
1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE
ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
322
4.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES
NRE: IRATI
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS
Total de Horas
Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA E
174
208
LITERATURA
LEM – INGLÊS
106
128
ARTE
54
64
FILOSOFIA
54
64
SOCIOLOGIA
54
64
EDUCAÇÃO FÍSICA
54
64
MATEMÁTICA
174
208
QUÍMICA
106
128
FÍSICA
106
128
BIOLOGIA
106
128
HISTÓRIA
106
128
GEOGRAFIA
106
128
LÍNGUA ESPANHOLA *
106
128
TOTAL
1200/1306
1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino
da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sóciocultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os
educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do
conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no
elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal
forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica
entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às suas práticas diárias.
Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino.
323
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e
Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos
critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos
historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica,
passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas pedagógicas,
dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da
Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular tendo
em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação
de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição
cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares
propostos para a Educação Básica.
6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.1 Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção
pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os
dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação
será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos
educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo
contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à
realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
89. investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para
propor atividades e gerar novos conhecimentos;
90. contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e possibilita
ao educador repensar sua prática pedagógica;
324
91. sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
92. abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando;
93. permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no
decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da
carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta
diária de 05 (cinco) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo
ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como
ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as
experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto
anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:
provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação
em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor,
que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos
desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando
e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as
consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade
educativa;
• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas
por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros
instrumentos
avaliativos
adotados,
durante
o
processo
de
ensino,
a
que,
obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme
descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações
realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota
325
para fins de promoção e certificação.
• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e
frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de
cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização
individual;
• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da
avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a
recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
• para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final
corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos
atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida
escolar do educando;
• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por
seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;
• na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do
processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de
cálculo da média final;
• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no
processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação
escolar, por não ser objeto de retenção.
6.3 Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensinoaprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos
os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
326
A
recuperação
será
também
individualizada,
organizada
com
atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível
de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos
conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme
o descrito no Regimento Escolar.
6.4 Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado
pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos
ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de
estudos.
6.5 Classificação e Reclassificação
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o
previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
7 - REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,
podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de alunos,
número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do Departamento de
Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no
Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas
para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de
Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a oferta
de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em unidades
sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais
327
temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros.
7.1 ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino Fundamental –
Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as
Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o
Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino
Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho
Estadual de Educação.
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as seguintes
ofertas :
•organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, em
todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para matrícula na organização coletiva;
•a disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na organização coletiva.
7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio
No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de 100%
da carga horária total estabelecida.
7.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:
• a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
• será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;
• educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de
uma a quatro disciplinas simultaneamente;
• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula
facultativa para o educando;
• no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para o
328
educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas concomitante;
• poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio de
cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) /
semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de
comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;
• para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar;
bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos
anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos
no Regimento Escolar;
• será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02
(dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar
continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas
obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da
matrícula inicial;
• educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial na
disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial, podendo participar do processo
de reclassificação;
• educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de 02 (dois) meses
consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu retorno,
deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e os registros de
notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será
orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o
funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a
carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os
receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas,
bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos:
• a organização dos cursos;
• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;
• a dinâmica de atendimento ao educando;
• a duração e a carga horária das disciplinas;
329
• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
• o material de apoio didático;
• as sugestões bibliográficas para consulta;
• a avaliação;
• outras informações necessárias.
7.4 MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos recursos
de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná de
Educação de Jovens e Adultos.
7.5 AVALIAÇÃO
• avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;
• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e
também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a
que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme
descrito no regimento escolar;
• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez);
• para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis),
em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência
mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada disciplina
na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis) em cada registro da
avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a
recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
• a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das
avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis);
330
• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade
da vida escolar do educando;
• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não
por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;
• para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de
Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis) e
frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da
disciplina;
• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será
avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na
documentação escola, por não ser objeto de retenção.
• para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino Religioso,
na documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima de 75% (setenta
e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.
7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensinoaprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos
os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A
recuperação
será
também
individualizada,
organizada
com
atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível
de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos
conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme
o descrito no Regimento Escolar.
7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação estão
331
regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na legislação vigente.
7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a
Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo
Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde que
autorizadas pela mantenedora.
7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,
oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente
de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
8 - RECURSOS HUMANOS
8.1 Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste
Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o
profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da
EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à
Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
8.1.1 Direção
Compete ao diretor(a):
I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da
escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à
332
aprovação do Conselho Escolar;
VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a
comunidade escolar e colocando-os em edital público;
IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e
fixando-os em edital público;
X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação
em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE
para a devida aprovação;
XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da
administração estadual;
XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar,
quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
XIII. deferir os requerimentos de matrícula;
XIV. elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à
apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
XV. acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos discentes;
XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos;
XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor
alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito
escolar;
XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após
aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de
cursos;
XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências
sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar
333
operacional;
XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;
XXV. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional Supervisionada do
funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação –
Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga
horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no
Plano de Curso;
XXVI. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a
comunidade escolar;
XXVII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e
epidemiológica;
XXVIII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilingüístico
da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM;
XXIX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
XXXI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXXII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXXIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
8.1.2 Professor Pedagogo
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação
no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto PolíticoPedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
Compete à equipe pedagógica:
I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico
334
e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma
perspectiva democrática;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no
sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais;
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de
professores do estabelecimento de ensino;
VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes;
VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas
de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do
estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do
trabalho pedagógico escolar;
IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos Conselhos de
Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho
pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenções
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e
oficinas pedagógicas;
XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a
garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um
processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a
aprendizagem de todos os alunos;
XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar,
garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando
335
teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do
trabalho pedagógico escolar;
XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais,
equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim
como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à
leitura;
XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e
Biologia e de Informática;
XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos
diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;
XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de
critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político- Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a
serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no
acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola
e/ou de outras unidades escolares;
XXV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de
discriminação, preconceito e exclusão social;
XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos
referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação,
aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;
XXX. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de dias,
336
horas e conteúdos aos discentes;
XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe;
XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais
do estabelecimento de ensino;
XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais
especiais;
XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar,
para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos
serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando
contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;
XXXVII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no
processo de inclusão na escola;
XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com
necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de
experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino
regular;
XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o
estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua
Estrangeira Moderna;
XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
XLIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e
demais segmentos da comunidade escolar;
XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
337
XLV. elaborar seu Plano de Ação;
XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
• Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supletivos
quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões).
• Acompanhar o estágio não-obrigatório.
8.1.3 Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e
Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como
finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e
regulamentadas pela mantenedora.
Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
Coordenador Geral
• Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.
• Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
• Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
• Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do
Estabelecimento.
• Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
• Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.
• Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
• Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.
• Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
• Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
• Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o
atendimento aos educandos de todas as turmas.
• Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante
338
as horas-atividade dos professores.
• Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de
experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
• Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades
que necessitam de escolarização.
• Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
• Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
• Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando
solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações
Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação;
Coordenador Itinerante
• Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.
• Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.
• Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
• Observar e registrar a presença dos professores.
• Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
• Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
• Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.
• Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.
• Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral qualquer
problema neste procedimento.
• Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
• Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das
Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
• Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os
professores;
Coordenador de Exames Supletivos
•Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos
•Tomar conhecimento do edital de exames.
339
•Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.
•Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser
executados.
•Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
•Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão
de Relatório de Inscritos.
•Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para
execução dos exames.
•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e
as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.
•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.
•Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames.
•Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
•Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos
Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a organização e
o preenchimento dos cartões-resposta.
•Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e
tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.
•Divulgar as atas de resultado.
•Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.
8.1.4 Docentes
Compete aos docentes:
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento de
ensino, em consonância com o Projeto Político- Pedagógico e as Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais;
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e
materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
340
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se
fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando prioritariamente o
direito do aluno;
VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de
instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período
letivo;
IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com
dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo,
com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas
ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência
de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição
sócio-cultural, entre outras;
XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a
diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e
aprendizagem;
XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística;
XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas
pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se
pelas informações prestadas e decisões tomadas, sendo as do pré-conselho registradas em
fichas e as do Conselho de Classe registradas em ata;
XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe
341
pedagógica;
XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à
avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e
planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme
determinações da SEED;
XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e
secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;
XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com
as famílias e a comunidade;
XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento
do processo educativo;
XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao
Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa;
XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe
forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
XXIX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Aos docentes cabe também:
• Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento
Escolar.
• Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
• Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,
tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de
342
aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações
pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas as
formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.
8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas
áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de ensino.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é indicado
pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da
SEED.
Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela
direção.
Compete ao Secretário Escolar:
I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o
registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;
III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos
administrativos;
IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções
normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência e
conclusão de curso;
VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às
autoridades competentes;
VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;
IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma a
permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do
aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,
respondendo por qualquer irregularidade;
XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
343
XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola,
referentes à sua estrutura e funcionamento;
XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e
orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de
ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;
XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria;
XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os
resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;
XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de
adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e
regularização de vida escolar;
XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua freqüência, em formulário próprio;
XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria
da escola;
XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,
desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular (CELEM,
Atividades Complementares no Contraturno – CAICs), quando desta oferta no
estabelecimento de ensino;
XXIII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando
solicitado;
XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXVIII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas
da sua função.
344
Compete
aos
técnicos
administrativos
que
atuam
na secretaria
dos
estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):
I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao
registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de
adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e
regularização de vida escolar;
II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações;
III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,
desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os
mesmos a quem de direito;
VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;
VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar,
Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;
IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a
movimentação de expedientes;
X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do
estabelecimento, sempre que solicitado;
XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e atualizando o
sistema informatizado;
XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela
direção do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando organização e
funcionamento;
345
II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de
acordo com Regulamento próprio;
III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino;
IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros;
V. encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades
indicadas pelos usuários;
VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
VII. registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca;
IX. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua
manutenção;
X. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,
desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
XI. auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no
laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática, assessorando na
sua organização e funcionamento;
II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e
equipamentos de informática;
III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para a
realização de atividades práticas de ensino no laboratório;
IV. assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;
V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,
desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
346
VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório de
Informática;
VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos,
com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem
à especificidade de sua função.
Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química, Física e
Biologia do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e
Biologia;
II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e
discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;
III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de
atividades práticas de ensino;
IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório;
V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do laboratório;
VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;
VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos e
equipamentos de uso do laboratório;
VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,
desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente
ocorridos no laboratório;
X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes,
reagentes e demais materiais de consumo;
XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da
sua função
347
XV. Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a
organização da EJA prevista nesta proposta.
9 - PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta
“deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as
fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais
comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da
educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11)
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores
da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação
dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos
educandos numa educação pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a
efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto
responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos
seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a
implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à
população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange
todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou seja, tanto a
construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes envolverão,
obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem a educação na Rede
Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção, equipe pedagógica e
administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de
forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos
respectivos NRE’s.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos
para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à
capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com
348
as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática
pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares Estaduais
de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar
voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social
da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED,
2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada,
deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das
escolas.
Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em regime
de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças
entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades
regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos
avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada
pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o cárater de composição da
nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da
proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,
“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas
dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço
de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com
o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo,
especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de
Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.
10 - PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE
O corpo docente da EJA participará de Grupos de Estudos, Semana Pedagógica, e de
todos os eventos ofertados pela SEED e pelo Núcleo Regional de Educação.
349
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ambiente escolar deve ser um espaço agradável de trabalho e estudo, e, são os
funcionários dos serviços gerais que colaboram para a conservação deste espaço limpo e
organizado, portanto, devem ser valorizados e respeitados nas suas opiniões e críticas, bem
como na ajuda para a educação das crianças e jovens que são recebidos por este
estabelecimento de ensino.
A distribuição dos profissionais da equipe administrativa segue a demanda
estabelecida pela SEED. É importante em todos os turnos, dentro do horário de
funcionamento, haja profissionais responsáveis pelo setor da secretaria e biblioteca.
A escala de trabalho dos funcionários deverá ser estabelecida de forma que o
expediente da secretaria conte sempre com a presença de um responsável, independente da
duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do estabelecimento.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e
Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. SP : Cortez,
1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17
(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação – PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Deliberação 06/06 – CEE
- Deliberação 01/06 – CEE
- Deliberação 06/09 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
350
- Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB
Constituição Brasileira – Artigo 205.
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. SP : Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO,
1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de
Escolarização da População. Mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação
de Jovens e Adultos. Mimeog.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LDBEN nº 9394/96.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem
do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba:
SEED – PR, 2004.
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova
LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a
Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
351
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A dimensão histórica, destaca alguns marcos do desenvolvimento da Arte no âmbito
escolar. As concepções de alguns artistas e teóricos que se preocupam com o conhecimento
em Arte e instituições criadas para atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa
história, permitirá aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em
nosso país e Paraná.
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica
denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e
africana uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte.
Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de
artes e ofícios, por meio de retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes
manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se,
também, as manifestações artísticas locais.
Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de
1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.
Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música
caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as
cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa,
entre outras, que permanecem com algumas variações.
No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil - século XVI ao XVIII - a
Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o Renascimento e
culminaram com o iluminismo. Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico
medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que
todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência.
Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do
território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da
Colônia. A chamada Reforma Pombalina fundamentava-se nos padrões da Universidade de
Coimbra, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários.
Apesar dessa reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. Nos espaços
dos colégios jesuítas passaram a funcionar colégios-seminários dirigidos por outras
352
congregações religiosas, onde padres-mestres eram responsáveis pelo ensino. Entre esses
colégios-seminários, destacaram-se o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de obras
foram iniciadas e entre essas ações , destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses
encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender
as artes e ofícios artísticos e esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja
concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica.
Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com fim dos colégiosseminários e sua transformação em estabelecimentos públicos. No Paraná, foi fundado o
Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio
Pedro II e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para formação em magistério.
Em 1886 foi criada por Antonio Mariano de Lima, a Escola de Belas Artes e Industrias que
desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes plásticas e da música na
cidade; dessa escola foi criada em 1917, a Escola Profissional Feminina, que oferecia, além
do desenho e pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados que faziam parte
da formação da mulher; em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil
republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivas e liberais.
Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção
capitalista e secundarizou o ensino de Arte que passou a abordar, tão somente as técnicas e
artes manuais. Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos
mais diversos espaços sociais são influenciados também por movimentos políticos e sociais.
O ensino de Arte passou a ter então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade.
Pensada inicialmente para as crianças, essas concepções foram gradativamente incorporadas
para o ensino de outras faixas etárias. Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola
Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, esse trabalho permaneceu nas escolas
com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o ensino de música foi
reduzido ao estudo da teoria musical e, novamente, a execução de hinos ou outras canções
cívicas.
O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a classe
social a qual se destinava, no Paraná houve reflexos desses vários processos pelos quais
passou o ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e
entre eles artistas vieram novas ideias e experiências culturais diversas como a aplicação da
Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da
353
sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da
realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar uma disciplina escolar.
Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o
ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto
seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que
minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão
somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua
expressão.
No currículo escolar a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento
denominada Comunicação e Expressão. A Parti de 1980, o país iniciou um amplo processo de
mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em
1988. Após esses anos de trabalho de implementação das propostas, o processo foi
interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras
bases teóricas, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de
1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos
professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino e os PCN em arte tiveram como
principal fundamentação a proposta de Ana Mãe Barbosa, denominada de metodologia
triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE
(Discipline Based Art Education) norte-americana que teve origem no final dos anos de 1960
nos Estados Unidos.
Em 2003 iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da
Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e instituições Superior
(IES), pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes
curriculares estaduais. Um exemplo dessas políticas e a Instrução Secretarial nº015/2006 que
estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as disciplinas do
Ensino Médio. Outro exemplo é a retomada dos concursos públicos para professores
principalmente para a Arte.
Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de arte. Assim o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para
se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a idéia da arte
como representação, em muitos casos assimilada como referência formativa no ensino de arte.
354
A partir dessa concepção cabe a educação tão somente promover o ajustamento do sujeito que
deve achar seu lugar na sociedade e resignar-se.
Com os filósofos e os artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de
Arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel ou
idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expressão
concretizada em formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e de
emoções.
O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os conhecimentos
e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo
cultural historicamente constituído pela humanidade. Para isso o ensino de Arte deve basearse num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa
disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos)
e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a
diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e
desenvolver o pensamento crítico a partir dos campos conceituais que historicamente tem
produzido estudos sobre ela, quais sejam:
-o conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho
sensível e cognitivo;
-o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação,
toma em consideração o artista no processo de criação.
Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se
efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas. Nas
aulas de Arte os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica,
abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica o que
permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e
possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdade e injustiças. O sentido de
cognição implica não apenas o aspecto inteligível e racional, mas também o emocional e o
valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade.
O homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se
capaz de abstrair, simbolizar e criar arte. Assim, em todas as culturas, constata-se a presença
de maneiras diferentes daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto
nos ritualísticos, muitos dos quais vieram a ser considerados objetos artísticos.
A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da
355
sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a
si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos às
coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso
o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito
crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica.
ÁREA DE MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
MÚSICA
Altura
Ritmo
Arte Greco-Romana,
Duração
Melodia
Arte Oriental,
Timbre
harmonia
Arte Africana,
Intensidade
tonal
Arte Medieval,
Densidade
Modal
Renascimento,
contemporâneas Escalas Rap, Tecno,
Sonoplastia
Barroco,
Estrutura Gêneros:
Classicismo,
erudita,folclórica...
Romantismo,
Técnicas: instrumental, Vangardas Artísticas,
vocal, mista,
Arte Engajada,
improvisação...
Música Serial,
Música Eletrônica,
Música Minimalista,
Música Popular Brasi- leira,
Arte Popular,
Arte Indígena,
Arte Brasileira,
Arte Paranaense,
Indústria Cultural,
Word Music,
Arte Latino Americana...
356
ÁREA DE ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Linha
ARTES
Superfície
VISUAIS
Textura
Volume
Luz
Cor
Figurativa
Arte Pré-histórica,
Abstrata
Arte no Antigo Egito,
Figura-fundo
Arte Greco-Romana,
Bidimensional
Arte Pré-Colombiana,
Tridimensional
Arte Oriental, Arte Africana,
Semelhanças
Arte Medieval,
Contrastes
Arte Bizantina,
Ritmo Visual
Arte Românica,
Gêneros: Paisagem, retrato,
Arte Gótica,
natureza-morta...
Renascimento,
Técnicas: Pintura, gravura,
Barroco,
escultura, arquitetura,
Neoclassicismo, romantismo,
fotografia, vídeo...
Realismo, Impressionismo,
Expressionismo, Fauvismo,
Cubismo, Abstracionismo,
Dadaísmo, Construtivismo,
Surrealismo,
Op-Art, Pop-art,
Arte Naif,
Vanguardas artísticas,
Arte Popular,
Arte Indígena,
Arte Brasileira,
Arte Paranaense,
Indústria Cultural,
Arte Latino-Americana,
Muralismo...
357
ÁREA DE TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO
FORMAIS
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem Representação
(expressões
Texto Dramático
Arte Greco-Romana,
corporais,
Dramaturgia, Roteiro
Arte Oriental,
vocais,
Espaço Cênico
Arte Africana,
gestuais e
Sonoplastia, iluminação, cenografia, Arte Medieval,
faciais)
figurino, adereços, máscara,
Renascimento,
caracterização e maquiagem
Barroco,
Gêneros: tragédia, Comédia, Drama, Neoclassicismo,
TEATRO
Ação
Épico, Rua, etc.
Romantismo,
Técnicas: jogos teatro indireto
Realismo,
(manipulação, bonecos, sombras...), Expressionismo,
improvisação, monólogo, jogos
Vanguardas Artísticas,
dramáticos, direção, produção...
Teatro Dialético,
Espaço
Teatro do Oprimido,
Teatro Pobre,
Teatro essencial,
Teatro do Absurdo,
Arte Engajada,
Arte Popular,
Arte Indígena,
Arte Brasileira,
Arte Paranaense,
Indústria Cultural,
Arte Latino-Americana.
358
ÁREA DA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO
FORMAIS
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
DANÇA
Eixo
Arte Pré-Histórica, Arte
Movimento
Dinâmica
Greco-Romana, Arte
Corporal
Aceleração
Oriental, Arte Africana,
Ponto de apoio
Arte Medieval,
Salto e queda
Renascimento, Barroco,
Rotação
neoclassicismo,
Formação
Romantismo,
Deslocamento
Expressionismo,
Sonoplastia
Vanguardas Artísticas, Arte
Coreografia
Popular, Arte Indígena,
Gêneros: folclóricas, de solão,
Arte Brasileira, Arte
étnica...
Paranaense, Dança Circular,
Técnicas: improvisação,
Indústria Cultural, Dança
coregrafia...
Clássica, Dança Moderna,
Temporal
Espaço
Dança Contemporânea, Hip
Hop, Arte LatinoAmericana...
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho
com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do
espectador. Além disso é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em
um encaminhamento metodológico, orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a função
artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da
Educação Básica. Dessa forma devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte três
momentos da organização pedagógica.
-Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
359
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;
-Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte;
-Trabalho artístico: é a prática criativa o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte.
O Trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno
tenha vivenciado cada um deles.
O conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes
elementos formais, composição, movimento e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são
trabalhados.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos
alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originado pela comunidade e considerando
que existem alunos com necessidades especiais, terão atendimento individual de acordo com a
dificuldade apresentada. Também é importante que discuta como as manifestações artísticas
podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra.
Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório
do
conhecimento em arte, em função da mudança de valores cultuais que pode ocorrer através do
tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.
Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a
obra artística e a parte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do
trabalho de sujeito, histórica e socialmente datados.
No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,
Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística.
Trata-se de envolver-se a apreciação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão
estética.
O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação
dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender
aparência e aprender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e
social.
Sugere-se para a prática pedagógica que o professor aborde, além de produção
pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de
360
diferentes aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.
Trabalhar com as Artes Visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma discussão
sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade
humano social, e as possibilidades de transformação dessa realidade e o processo pode ser
desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os conhecimentos do aluno e a
imagem proposta, explorando a obra em análises e questionamentos dos conteúdos das Artes
Visuais.
Para o ensino de Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamentos das
aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem,
que são:
-Movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo e
espaço;
-Espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial de espaço;
-Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).
Para se efetivar o trabalho com a dança na escola há que se considerar algumas
questões: com a de gênero, as de necessidades especiais motoras e as de religião, como o caso
de algumas religiões que proíbem a dança, ou por outro lado, do cuidado necessário com as
danças religiosas que podem impor o caráter litúrgico implícito nas mesmas.
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta
musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto interfere
na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por isso ao
trabalhar uma determinada música, é importante contextualiza-la, apresentar suas
características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em
diversas composições musicais.
Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir o sons
com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as
variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição
musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.
A música é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer
compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou indireta
interfere na vida da humanidade.
Dentre as possibilidade de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação,
361
destacam-se:
criatividade,
socialização,
memorização
e
a
coordenação,
sendo
o
encaminhamento metodológico, proposto pelo professor o momento para que o aluno se
exercite.
Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento,
aquecimento e com os elementos formais de teatro: personagem – expressão vocal, gestual,
corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário
para o texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios
cênicos.
O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo o professor não exclui
abordagem da teorização em arte como, por exemplo discutir os movimentos e períodos
artísticos importantes da história do teatro. Durante as aulas, torna-se interessante solicitar aos
alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais
como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia
(sentir e perceber).
Para o trabalho de sentir e perceber e essencial que os alunos assistam a peças teatrais
de modo analisá-las a partir de questões como:
•
descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da
representação;
•
análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões usadas
com mais enfase pelos personagens e outros conteúdos trabalhados em aula;
•
análise da peça sob ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade em relação a
peça assistida.
Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja mantendo
as suas relações:
•
Elementos formais: personagem, ação e espaço cênico;
•
Composição: representação, cenografia;
•
Movimentos e períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço presentes
no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música.
O trabalho pedagógico com as encenações deve considerar que elas estão presentes
desde os primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, no
gêneros (da tragédia, da comédia, do drama, entre outros) nas correntes estéticas teatrais, nos
festejos populares, nos rituais do nosso cotidianos, na fantasia e nas brincadeiras infantis,
sendo as mesmas, manifestações que pertencem ao universo do conhecimento simbólico do
362
ser humano.
O Teatro na escola possui características diferenciadas ao oferecer oportunidades que
prezem o direito do aluno ao conhecimento a partir dos conteúdos específicos e metodologias
de aprendizagem e avaliação.
No Ensino Médio será uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e
aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo da experiência escolar e cultural dos
alunos.
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular
e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com
enfoque na música de diversas culturas.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e
mídias.
Produção de trabalho de artes visuais com os modos de organização e composição,
com enfoque nas diversas culturas.
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os
elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
Percepção de trabalhos de fazer teatro e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como
fator de transformação social.
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de
composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada
e executada.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
363
AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É
diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é
processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Avaliação processual
deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas).
O método da avaliação proposto inclui observação e registro do processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento
pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e
como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo
o aluno também deve elaborar seu registro de forma sistematizada para que possa também
ofertar uma recuperação de conteúdos quando necessários à sua aprendizagem. As propostas
podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar e refletir e discutir
sua produção e a dos colegas.
Portanto o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas
e, ao mesmo tempo constituí-se como referência para o professor propor abordagens
diferenciadas tal como Desafios Educacionais Contemporâneos quando se fizerem
necessários.
Afim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários
instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos individuais e em grupo; pesquisas
bibliográficas e de campo; debates em formas de seminários e simpósios; provas teóricas e
práticas; registros em formas de relatório, gráfico portfólio, áudio-visual e outros.
Por meio desses instrumentos o professor obterá o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as
seguintes expectativas de aprendizagem: compreensão dos elementos que estruturam e
organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; produção de trabalhos de arte
visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social; apropriação prática e teórica
dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção,
divulgação e consumo.
De acordo com a LDB (n.9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja
364
“o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a
capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E PARA O ENSINO MÉDIO, PARANÁ, 2008.
a
365
PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao
ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes
das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimentos, força,
campo, energia e vida.
Segundo Habermas: “O método científico que levou à dominação cada vez mais
eficaz da natureza passo assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para
a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da
natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas
enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder pelítico em expansão
que absorve todas as esferas da cultura”.
Diante disso, tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica
com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.
Acerca disso, podemos notar que conceituar ciência exige cuidado epistemológico,
pois para conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história de
construção do conhecimento científico.
A ciência é uma atividade humana complexo, histórica e coletivamente construída,
que influência, sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas.
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir
da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Foreraz (1995),
os modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de
fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõe a Natureza
muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.
Porém, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam.
Gaston Bachelard (1884 – 1962) contribuiu de forma significativa com reflexões
voltadas à produção do conhecimento científico.
366
Para esse autor existem três grandes
períodos do desenvolvimento do conhecimento científico.
 O primeiro período: representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a
Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas.
 O segundo período: representa o estado científico, em preparação no fim do século
XVIII, até o início do século XX.
 O terceiro período: a era do novo espírito científico, momento em que a
relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para
sempre.
O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações místicas, com base em
sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de
intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.
Segundo Ronan: “A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo
natural e do seu relacionamento com o homem. Há alguma conexão entre o homem e o
mundo que o cerca, algum entendimento primitivo de que, conhecido o procedimento correto,
o homem pode controlar as forças da natureza e colocá-las a seu serviço. A magia exprimiu o
que, de um modo geral, era uma visão anímica da natureza.
Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir
de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções imutáveis e
indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se combinar no
espaço vazio e assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores que, por sua vez,
evoluem por meio de recombinações atômicas.
Aristóteles (sec. III a.c.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,
composto por esferas se dispunham em círculos concêntricos, em relação à Terra,
descrevendo movimentos circulares perfeitos, formulou as bases para o modelo geocêntrico.
Mais tarde contemporâneos de Aristóteles propunham o modelo de Sol como centro
do Universo, modelo heliocêntrico.
Outras tradições depois das dos modelos helio e geocêntricos surgiram como:
94. Modelo organicista: descrição das partes anatômicas e funções dos órgãos e a organização
dos seres vivos.
95. Modelo fixista: seres vivos vistos como imutáveis integrantes de uma natureza estática.
367
96. Modelo evolutivo: seres vivos mutáveis integrantes de uma natureza dinâmica.
97. Modelo mecanicista: conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a ser utilizados
como analogia do funcionamento dos sistemas do organismo.
O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo
estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da
Natureza.
O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por
procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em
leis ou teorias.
No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de
investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do conhecimento científico
em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.
Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram
questionados, pois no estado científico o mundo passa a ser entendido como mutável e o
universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as
evidências de mudanças na crosta terrestre a extinção de espécies, bem como a transformação
da matéria e a conservação de energia.
Dois outros trabalhos se destacaram durante o século XIX e modificaram a
compreensão do funcionamento dos sistemas de organismo: a teoria da célula e os estudos
sobre a geração espontânea da vida.
A evolução tecnológica de microscópios com maior capacidade de resolução
possibilitou observações mais detalhadas dos tecidos animais e vegetais, o que permitiu a
proposição da teoria ce3lular, pela qual todos os seres vivos são formados por células.
Com relação à geração espontânea, estudos levaram ao entendimento de que novos
seres vivos não surgiam da matéria em decomposição, mas sim por geração a partir de ovos,
como o resultados das investigações sobre insetos.
Estudos, associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia,
contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se
contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu modelos de transformação de energia
na Natureza.
O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica. Segundo Sevonko (2001), mais
de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos 100
368
anos, destes mais de dois terços depois da segunda Gerra Mundial.
Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação dos
estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade
científica e tecnológica o processo de produção do conhecimento científico seria mais bem
vivenciado no âmbito escolar.
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na
socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes
profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades
contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (Marandina, 2005, p. 162).
No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de
campos de referência como a Biologia, a física, a Química, a Geologia, Astronomia, entre
outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os
campos do saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais”
(Macedo e Lopes, 2002, p. 84), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos
conhecimentos científicos que resultam da investigação na Natureza, em um contexto
histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir da
historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, com
vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que
compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino aprendizagem. No ensino
de ciências, próprio do currículo do Ensino Fundamental, quanto nas disciplinas que abordam
conceitos científicos no Ensino Médio.
As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na
formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da vida, da astronomia, d a
matéria, dos sistemas biológicos, da energia e da biodiversidade, fornecendo subsídios para a
compreensão crítica e histórica do mundo atual, do mundo construído e da prática social.
Astronomia
Tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de
369
referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Este conteúdo
possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.
Matéria
No conteúdo matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que
privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos
materiais quais quer que se apresentam à nossa percepção.
Os conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades
da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências.
Sistemas biológicos
O conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas
características específicas e funcionamento, desde os componentes celulares e suas
respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de
seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básico que envolvem
conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos
de funcionamento dos sere vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de
ciências.
Energia
O estudo da energia é indispensável pois trata de conhecimento físicos,
químicos e biológicos e possibilita a compreensão científica desse conceito. Este conteúdo
propõe o trabalho e a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a
história da ciência desde a Antiguidade.
No estudo desse conteúdo é importante considerar as interações, as transformações,
as propriedades, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em determinadas
situações, as relações com o ambiente.
Biodiversidade
É o conjunto de diferenças existentes entre os seres vivos, não somente considerando
as distintas espécies de plantas, animais, fungos e micro-organismos, mas também as
referentes a sua constituição genica e a interação de3sses seres entre si e com o ambiente que
370
o cerca, ou seja, os ecossistemas que os englobam e os processos ecológicos que os retem.
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Universo
- Sistema Solar
- Movimentos terrestres
- Movimentos celestes
- Astros
- Constituição da matéria
- Níveis de organização celular
- Formas de energia
- Conversão de energia
- Transmissão de energia
- Organização dos seres vivos
- Ecossistemas
- Evolução dos seres vivos
- Célula
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos
- Formas de energia
- Origem da vida
- Organização dos seres vivos
- Sistemática
- Origem e evolução do universo
- Gravitação universal
- Mecanismos de herança genética
- interações ecológicas
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Faz-se necessário que os educados do processo de ensino e de aprendizagem
partilhem da concepção de Ciências como construção humana, cujos conhecimentos
científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade.
Assim, pretende-se fazer com que o aluno crie curiosidade sobre o que acontece a
nossa volta, indo buscar informações na imprensa escrita e falada, trazendo assim à tona suas
371
ideias e duvidas que sejam amplamente discutidas.
O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a um
único método.
Algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a
observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, visitas a indústrias, museus, projetos
individuais e em grupos, palestras, convidados debates, seminários, conversação dirigida,
painéis, murais, exposições e feiras.
É importante que os conteúdos não sejam simplificados ou tratados de forma
reducionista.
Nesse sentido o tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as
relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o mundo
natural (ciência), o mundo constituído pelo ser humano (tecnologia) e seu cotidiano
(sociedade).
O aluno compreenderá a ciência como resultado histórico, social e político, que
influencia todo nosso comportamento social, assim a responsabilidade maior ao ensinar está
intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica, como um conjunto de
conhecimento que facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em que
vivem, como também o entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no
âmbito das ciências.
Ao considerar a concepção e os princípios de ciências proposto, julga-se necessário a
implementação de atividade que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito
ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento.
É importante que os alunos, por meio das atividades práticas, compreendam a interrelação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação de
fenômenos naturais, bem como sobre o processo de extração e industrialização da matériaprima, os impactos ambientais decorrentes dos processos de extração, os materiais utilizados,
os procedimentos dessas atividades e do ensino dos resíduos, caracterizando uma abordagem
ampla e articulada dos fenômenos estudados.
As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendias como qualquer
atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como por exemplo: na
utilização do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, tabelas,
esquemas, elaboração de modelos, estudo de caso, abordando problemas reais da sociedade,
pesquisas bibliográficas e entrevistas.
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na
medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de
372
ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de ciência. Qualquer que seja
a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade,
visando à construção das aços e conceitos. Essa perspectiva, e vida a dicotomia entre teoria e
prática, iluminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de roteiros e
procedimentos que induzem a respostas ou comprovação de uma lei, teórica ou um fenômeno.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de
critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os
conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses
alunos, o confronto entre esses conhecimentos e o conteúdo específico, as relações e
interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e
de aprendizagem e, no seu cotidiano, considerando os alunos como sujeitos históricos do seu
processo de ensino e de aprendizagem.
Avaliar a análise e a interpretação de fatos e ideias, coletar e organizar informações
estabelecendo relações, formulações de perguntas e respostas, respeito e solidariedade com o
grupo e a sociedade, argumentar a contribuição da ciência com a saúde, meio ambiente,
preservação da saúde e da vida, e também auxiliar a utilização de informações e conceitos em
situações diversas, aumentando a confiabilidade do aluno, para que este apresente o
conhecimento científico contínuo e qualificado na formação global e interdisciplinar.
Dessa forma, tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos e
atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser tratado não como incapacidade
de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno,
373
servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção
mais adequada de seu conhecimento.
Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os
avanços na aprendizagem, refletir, analisar, justificar, se posicionar e argumentar defendendo
o seu próprio ponto de vista. A nota bimestral será obtida através de provas, trabalhos e
tarefas, como consta no PPP da escola.
O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de
investigar a aprendizagem significativa sobre:
- O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
- O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas,
satélites naturais cometas, asteroides, meteoros e meteoritos.
- O conhecimento da história da ciência e respeito das teorias geocêntricas e Heliocêntrico;
- A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do
sistema solar.
- O entendimento da constituição e propriedade da matéria.
- A compreensão da constituição do planeta Terra.
- O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água.
- O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo
integrado.
- O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.
- A reflexão sobre a origem e a discussão da teoria celular .
- O conhecimento dos níveis de organização celular
- A interpretação do conceito de energia.
- O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia.
- A interpretação do conceito de transmissão de energia.
- O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica, luminosa,
nuclear.
- A destruição entre ecossistema.
- O conhecimento a respeito da extinção de espécie.
- A formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea.
- A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos.
- A compreensão dos movimentos celestes, dos movimentos aparentes do céu, noites dias,
eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra.
374
- O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos
celestes.
- O entendimento da composição física química do sol, da constituição do planeta Terra
primitivo, antes do surgimento da vida.
- A compreensão da constituição da atmosfera terrestre, primitiva.
- O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula dos mecanismos de
constituição da célula e as diferenças entre os tipos de celulas.
- A compreensão de fenômenos da fotossíntese.
- As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais.
- O entendimento da relação entre energia luminosa, solar e a identificação dos fundamentos
da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravioleta.
- O entendimento do conceito de calor com energia térmica, conceito de biodiversidade e sua
amplitude de relações como os seres vivos.
- O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos.
- O entendimento das interações e sucessões ecológicas cadeia alimentos, seres autótrofos e
heterótrofos.
- O conhecimento a respeito das eras geológicas.
- A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.
- As relações e diferenciação entre as teorias e sua evolução histórica.
- O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica, e também conceito de
matéria e sua constituição.
- O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas e reações
químicas.
- O conhecimento das leis da conservação da massa, dos compostos orgânicos e relações
destes com a constituição dos organismos vivos.
- Os mecanismos celulares e suas estruturas, funcionamentos dos tecidos.
- O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,
respiratório, escritos e urinário.
- Os fundamentos da energia química e suas fontes.
- A relação dos fundamentos da energia química com a célula.
- O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, da energia nuclear e
suas fontes e da teoria evolutiva.
- O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas, das leis de Newton no
375
tocante a gravitação universal.
- A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.
- A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade,
elasticidade,
divisibilidade,
indestrutibilidade,
impenetrabilidade,
maleabilidade,
ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, bucho, sabor e
fundamentos.
- Teóricos que descrevem os sistemas nervoso sensorial, reprodutor e endócrino.
- O entendimento dos mecanismos de herança genica, os cromossomos, genes, os processos
de mitose meiose.
- A compreensão dos sistemas conversores de energias as fontes de energia e sua relação com
a lei da conservação da energia.
- As relações entre sistemas conservativos.
- O entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o magnetismo, também
conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.
- O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem
como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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renovação in BARRETO, Elba Siqueira de As. Os Currículos do Ensino Fundamental para as
Escolas brasileiras.
Coleção Formação de Professores.
São Paulo Editora Autores
Associados, 1998.
COSTA, Magali Terezinha dos Santos. Vivendo Ciências Nova Edição. FTD: São Paulo,
2002.
GEWANDSZNAYDER, Fernando. Ciências Matéria e Energia. Editora Ática: São Paulo,
2005.
GOWDA K, Demétrio, Ciências Novo Pensar, FTD: São Paulo, 2002;
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Currículo Básico para a Escola Pública do
376
Estado do Paraná, 3ª Ed. Curitiba, PR, SEED, 1997.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental (versão
preliminar). SEED, julho 2006.
SAMPAIO, Maria das Mercês F. Problemas da elaboração e Realização do Currículo. 3ª Ed.
FDE, São Paulo, 1998;
SANCHES et ali. Ciências – entendendo a natureza. São Paulo: Saraiva, 2001.
CRUZ, Ciências & Educação Ambiental. São Paulo: Atica, 1997.
PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Brasília; 1997.
VALLE, Cecília. Vida e ambiente. 1ª Ed. Curitiba: positivo, 2004.
GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências novo pensar. São Paulo: FTD, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Ciências: Paraná, 2008.
377
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Física, no ensino fundamental e médio, visa proporcionar
ao educando vivências diversas que contribuam para um desenvolvimento integral,
contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
A Educação Física ao longo da sua história sofreu influências de várias correntes
filosóficas e estas interferiram na ação pedagógica dos profissionais desta área. Além disso, o
ensino da Educação Física esteve atrelado à apropriação do conhecimento, sem permitir ao
aluno a devida reflexão crítica, pautando sua prática no cotidiano escolar sem significado
social e cultural.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases nº 5692/71, a Educação Física passa
a ser entendida como atividade, conforme pode ser evidenciado no decreto-lei 69450 de 11 de
novembro de 1971, que apresenta a seguinte concepção de Educação Física: “A atividade que
por seus meios, processos e técnicas desperta, desenvolve e aprimora forças físicas, morais,
psíquicas e sociais do educando, constitui um dos fatores básicos para a conquista das
finalidades da educação nacional”. Passando a Educação Física então, a ter uma legislação
específica, instituindo a integração dessa disciplina como atividade escolar regular e
obrigatória no currículo dos cursos em todos os níveis e sistemas de ensino.
Apesar de ser revogada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, o decreto-lei nº 69450/71 ainda representa a
referencia para a Educação Física nos dias de hoje, pois o mesmo dispõe sobre objetivos,
padrões de referência, planejamento, critérios de avaliação, fundamentos básicos para a
compreensão dos significados da Educação Física contidos em instrumentos legais, sendo que
a lei em vigor não estabelece esses referenciais.
Através dos diferentes contextos históricos definiu-se a Educação Física Escolar, ou
seja, o que deveria ser ensinado aos alunos. Até o final do século XIX, quase toda produção
ligada à Educação Física era de caráter médico-higienista, dando grande importância à
ginástica, com o objetivo de conservar e restabelecer a saúde por meio do exercício. Esta
prática se orientava pela dimensão biológica que essa disciplina ainda não superou
completamente.
378
Porém no início do século XX, o panorama de Educação Física escolar, no Brasil,
incorporou um novo determinante para seu ensino, o esporte. Esta tendência pode ser
explicada pelo desenvolvimento do sistema capitalista de produção que incorpora os
princípios de rendimento, competição, da racionalização técnica, na busca constante de sua
superação e vitória. Esta prática, no campo da Educação Física Escolar, persiste até a década
de 70, quando perde sua especificidade. O discurso e prática da psicomotricidade vieram a
substituir o conteúdo até então de natureza esportiva.
As propostas de ensino, mais diretamente voltadas a psicomotricidade, preocupavamse com o desenvolvimento da criança nos processos cognitivos, afetivos e psicomotor. A
Educação Física era apenas um meio. Um meio para aprender e também, era um meio de
socialização.
Neste contexto, a Educação física perde sua especificidade, uma vez que não tem
mais conteúdo próprio e este, talvez, passa a ser o momento mais contraditório da sua história.
Em pleno século XXI, o ensino da Educação Física na escola, constitui-se em muitos
momentos na instrumentalização do corpo com movimentos mecânicos e gestos
estereotipados, sem reflexão crítica, geralmente, com a fixação nas práticas esportivas que,
normalmente, desconsideram o ser humano no sentido de sua totalidade. As práticas corporais
se restringem ao âmbito da motricidade.
Com a Educação Física e o Desporto, contava-se que o aluno poderia compreender
de maneira prática, como a atividade física melhoraria a qualidade de vida em todos os
sentidos: físicos, intelectual e psicológico. Reconhecendo o desempenho individual, sem
discriminação por características pessoais, físicas sexuais ou sociais.
O movimento é uma característica fundamental à sobrevivência do ser humano, o que
o leva a aproximar-se da Educação Física e dos esportes integrando-o a sociedade como ser
participativo, crítico e criativo. Segundo Platão: “Todo ser vivo tem necessidade de saltar e
brincar e é portador de um ritmo que produz a dança e o canto".
As relações que estabelecemos com os nossos pares em nossas atividades diárias
ocorrem por meio da expressão oral e corporal que nos foram, e nos são, transmitidas
culturalmente e socialmente. Essas relações são construídas dependendo da preocupação e
objetivo de cada momento histórico, no qual a sociedade está inserida. É importante a escola e
o professor, por meio da sua disciplina, proporcionar ao educando a percepção das relações
que se estabelecem no seu dia-a-dia ligadas a vivência corporal, podendo transformá-la e
entendo como esses entrelaces acontecem.
379
A Educação Física, integrada a Proposta Pedagógica da Escola, é componente
curricular do Ensino Fundamental e Médio, ajustando-se a faixas etárias e realidade da
comunidade escolar.
Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005, p.10) os
objetivos da Educação Física devem estar voltados para a humanização das relações sociais,
considerando a noção de corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do
conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento permite
ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos professores de Educação Física,
superando a dimensão meramente motriz de uma aula, sem no entanto, negar o movimento
como possibilidade de manifestação humana e, desse modo contemplar o maior número
possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já trazidos pelos educandos
e a sua potencialidade formativa.
Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é conceituada como:
(...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades
expressivas corporais como: o jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram
uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Esses conteúdos
expressam um sentido/significado nos quais se interpenetram.
A partir desse entendimento a proposta para a disciplina de Educação Física deve
favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura corporal de movimentos, formando o
cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir
das atividades proposta em beneficio da sua inserção social, levando-o a descobrir motivos e
sentidos nas práticas corporais que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas,
contemplando assim todas as manifestações corporais e culturais, partindo da realidade local
para as diferentes culturas.
Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de ensino-aprendizagem
deflagrado nas aulas de Educação Física quanto à construção de um ambiente que proporcione
ao aluno a aprendizagem dos conteúdos significativos para o seu processo de conhecimento e
desenvolvimento, incrementando sua capacidade para tomar decisões relacionadas à atividade
física, isto é, movimento corporal humano.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Desenvolver o aspecto reflexivo e participativo.
• Demonstrar capacidade para discutir e modificar regras, reunindo elementos de várias
380
manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos conhecimentos
adquiridos sobre a cultura corporal.
• Adquirir consciência da sua importância das atividades físicas
• Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as diferenças
individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos a que se
propôs.
• Reconhecer na convivência
maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando,
refletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista postos em
debate.
• Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física, enquanto objeto de
pesquisa e área de interesse social de mercado de trabalho promissor
• Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar as
atividades corporais, valorizando-as como melhoria de suas aptidões físicas.
• Desenvolver as noções conceituadas de esforço, intensidade e freqüência, aplicando-as em
suas práticas corporais.
• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e
reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de
atividades procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde.
• Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando
as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.
• Estabelecer de forma sadia momentos de lazer.
• Reconhecer as habilidades desportivas coletivas e individuais.
• Adquirir gosto pela atividade física.
• Proporcionar ao aluno a formação necessária para a vida em sociedade, integrando-o em
novos grupos sociais de uma forma consciente, através da atividade física.
• Promover o desenvolvimento dos jogos intelectuais como: dama, xadrez e dominó.
• Consolidar a Educação Física como disciplina escolar com objetivos pedagógicos que
transcendam os objetivos do esporte com um fim na sua prática.
• Proporcionar a compreensão da prática corporal como parte cultural e social do meio em
que vive, possibilitando a prática social, valorizando a diversidade cultural dos educandos e a
riqueza das suas manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a
381
corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das
manifestações corporais historicamente produzidas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ESPORTE: Coletivos, individuais e radicais.
JOGOS: Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos.
DANÇA: Danças folclóricas, danças de salão e danças de rua.
GINÁSTICA: Ginástica artística/olímpica, ginástica de condicionamento físico e ginástica
geral
LUTAS: Lutas de aproximação, lutas que mantêm à distância, lutas com instrumento
mediador e capoeira.
ELEMENTOS ARTICULADORES
O corpo: As transformações do corpo, ideal de beleza no decorrer dos tempos.
A saúde: Qualidade de vida, alimentação, postura, higiene, primeiros socorros
(noções), aspectos do funcionamento do corpo humano.
A desportivização: Entender a institucionalização das manifestações corporais e sua
evolução.
A tática e a técnica: Seu uso dentro dos esportes, das lutas e das ginásticas.
O lazer: Possibilitar ao educando a percepção das diversas formas em que o lazer
pode estar presente na vida do indivíduo.
A diversidade étnico-racial, de gênero e de pessoas com necessidades
educacionais especiais: Apresentar as inúmeras diferenças que fazem parte da sociedade e
discuti-las a partir da cultura corporal.
A mídia: Função da mídia na sociedade e sua influência na vida do indivíduo.
Os elementos articuladores serão trabalhados em conjunto com os conteúdos
estruturantes durante as aulas.
METODOLOGIA DE ENSINO
Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à apreensão do
desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades corporais e à explicitação das suas
significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de forma a garantir aprendizagens
382
novas e significativas, despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da
necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da sua vida,
valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é uma cultura corporal, uma vez que
o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003 p. 34).
Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que
contemplem:
• A relação entre o conhecimento social e escolar do educando;
• A identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na proposição das
praticas educativas;
• Ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento;
• As diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas na
formação do educando;
• As múltiplas interações entre os diferentes saberes;
• Articulação entre teoria, prática e realidade social;
• Atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do trabalho docente
em torno dos seguintes conteúdos: esportes, jogos, ginástica, dança e elementos articulares
(saúde e lazer).
Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como investimento
individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o individual com o cultural, social
e político. Ou seja, a saúde é um bem que se adquire, além de, pelas atividades físicas e
corporais, por intermédio de: alimentação, saneamento básico, moradia, educação, informação
e preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às condições mínimas para uma
vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde como uma construção que requer
uma dimensão histórica-política e social.
O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da escola” e
não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no currículo escolar da EJA. Se
aceitarmos o esporte como prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas
normas resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso
da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por
isso esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua
383
re-significação, e sua adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um
meio e não fim em si mesmo.
Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades prazerosas, que
envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o exercício de reflexão sobre as
relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a sociedade, bem como a
possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais.
O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do educando com as experiências
corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo, melhora da aptidão física, tem o
objetivo de conscientizar os educandos de seus possíveis benefícios, bem como os danos
causados pela sua prática inadequada ou incorreta.
A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o desenvolvimento, conhecimento e
ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura,
como manifestação de vida, por meio de um processo continuo de integração e
relacionamento social.
O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do tempo livre, com
atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria, socialização, conscientização
clareza das necessidades e benefícios que serão adquiridos e que contribuam para o seu bem
estar físico, mental e social.
Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática ou
teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade. Os conteúdos esporte, jogos,
dança, lazer e ginástica são comuns ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, o tema saúde
mantêm a especificidade de cada ensino.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
384
A avaliação esta vinculada ao Projeto Político Pedagógico, sendo contínua,
permanente e cumulativa. A partir da avaliação o professor reorganizará o seu trabalho
atendendo as reais necessidades dos alunos.
A avaliação é compreendida como uma prática reflexiva e diagnóstica que orienta a
intervenção pedagógica, bem como dá indicativos para acompanhar e aperfeiçoar o processo
de aprendizagem dos educandos.
A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando técnicas e
instrumentos diversificados como:
- Dinâmicas de grupos em sala;
- Discussão dos temas e exemplos contextualizando o tema com o grupo de alunos
- Entrega de atividades realizadas; com as finalidades educativas, expressas na
Proposta Pedagógica.
É vedada à avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição.
A verificação do rendimento escolar dar-se-á por meio de Avaliações realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem, por meio de variados instrumentos elaborados
pelo professor da disciplina.
Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02(duas) notas, de acordo
com as Propostas Pedagógicas, que corresponderão às provas individuais escritas e / ou outros
instrumentos avaliativos adotados a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na
presença do professor.
Na recuperação paralela de estudos será considerada a aprendizagem do aluno no
decorrer do processo, para aferição do bimestre, prevalecerá à média entre a avaliação e a
recuperação, caso a nota da recuperação seja inferior a nota bimestral, prevalecerá à nota
bimestral.
Aos alunos com necessidades educacionais especiais a escola deve proporcionar uma
adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e
avançar nos estudos.
REFERÊNCIAS
BETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de diretrizes pedagógicas .
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos I(I): 73-81.2002
385
COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do
currículo escolar. 2ª.ed. São Paulo: Ática, 1997.
COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na reforma: ensino e
aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
CORBIN, C.B. The field of Physical Education: common goals, not common roles.
JOPERD, Reston, p.79-87, 1993.
FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione,
2003.
LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.
NEIRA, M.G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência: construindo o conhecimento
na escola. São Paulo: Phorte, 2004.
NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física. Rio de Janeiro:
Âmbito Cultural Edições, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Versão
Preliminar. 2005.
SANTO, D. L. Tendências e expectativas da educação física escolar. In: I Semana de
Educação Física, 1993, São Paulo. Anais... São Paulo: Universidade São Judas Tadeu Departamento de Educação Física, 1993. v. 1.
SAVIANI, D. Escola e democracia. 35.ed. Campinas: Autores Associados, 2002. SEED.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba. 2006
SOARES, C.L.; et all . Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,
1992.
SOUZA, E.S. VAGO. T. M. Trilhas e Partilhas: Educação Física na Cultura escolar e nas
práticas sociais. Belo Horizonte: Ed. dos Autores 1997.
ZABALA, A. Aprendizaje significativo: el professor como movilizador de lãs competências
de sus alunos. In: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE, 6., 1997, São Paulo.
Anais... São Paulo: Grupo Associação de Escolas Particulares, 1997. p.1-39.
386
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA
A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o
desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia estabelecendo
relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e organizar-se. O homem
assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas, adaptando-a às suas
necessidades.
Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de ciência.
São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter, mas é com
Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada.
Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens,
servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as estratégias
político-militares, que marcaram este período.
Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de
La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca, as
monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e
culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida.
Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã,
apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas duas
visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional.
O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do
Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache.
No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de 1930,
tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística pelo
então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o levantamento de
dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do Brasil a fim de
descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do Estado, na perspectiva de
um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas desenvolvimentistas do Estado: a
exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da indústria de base e o povoamento das
áreas de fronteira (DCE, 2009).
Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os
387
procedimentos didáticos da Geografia adotados, promoviam principalmente a descrição e a
memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do lugar,
era a chamada geografia tradicional ou descritiva.
Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou-se consciência de que as
diferenças culturais tinham raízes históricas, Portanto, tornou-se importante que o aluno
compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem-se para produzir bens, ou
seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos históricos.
Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta,
realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca dos
fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem como, das
relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por uma
reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista.
A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de
Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos
fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel
enquanto sujeito social, reconhecendo-se como agente, capaz de intervir no meio o qual está
inserido, de emancipar-se.
Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço
ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia
tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que ocupávamos.
A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca antes
experimentada. Pode-se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde “a
rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes conferem
ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado definitivamente a
dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18).
Nesse sentido Cavalvanti (1998, p. 24) coloca que:
“O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de
apreensão da realidade do ponto de vista de sua espacialidade. Isso porque se tem convicção
que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século, requer uma consciência
espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos,
com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar
criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar
constantemente estudos do meio [...] e deve levar o educando a interpretar textos, mapas,
388
paisagens.”
Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é urgente
a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem utilizados
pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos conteúdos e
temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o ensino de
Geografia.
Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter
como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em uma
sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão.
Ainda segunda a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental,
subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam contribuir
para uma visão de mundo mais ampla e profunda.
A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade,
ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de apropriação do
espaço, bem como das consequências desencadeadas no meio por esse processo.
A Geografia Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em um perspectiva
crítica da realidade. Deve assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à
realidade do aluno, auxiliando na junção do saber empírico e do saber formal.
A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o
conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos
conhecimentos adquiridos. Para tanto, organizaram-se os conteúdos da Geografia nos
seguintes eixos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política
do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão Cultural
e Demográfica do Espaço Geográfico.
Assim sendo, os conteúdos básicos específicos serão trabalhados dentro dessas
perspectivas, enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo trabalhado. Deverão,
portanto, serem abordados temas como: a paisagem e os elementos naturais e artificiais que a
compõe e, as transformações ocorridas a partir da apropriação desta pelo homem, enfatizando
os aspectos econômicos, políticos, culturais, demográficos e ambientais.
Nesta visão a Geografia no Ensino Fundamental deverá propiciar ao aluno a
ampliação das noções espaciais, o desenvolvimento da capacidade de análise dos fenômenos
geográficos e de relacioná-los, a partir de reflexões promovidas em torno da aplicação dos
conceitos construídos. Deverá ainda compreender as especificidades naturais e sociais do
389
espaço e as relações de poder político e econômico que definem as regiões e territórios.
Porém, no Ensino Médio, a Geografia deverá priorizar a compreensão dos conceitos
e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma que o aluno
seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações espaço/temporais a
partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-relação existente entre o local
e o global.
Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas do
conhecimento.
Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual
contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar como
sujeito na sociedade atual.
ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço geográfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Formação e Transformação das Paisagens Naturais e Culturais.
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
• Dinâmica da Natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• Formação do Território Brasileiro.
390
• A Formação das Fronteiras e a Reconfiguração do território Brasileiro.
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• A Formação o Crescimento das Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e urbanização.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• A Transformação das paisagens Brasileiras.
• As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.
• Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração dos Territórios do continente
Sulamericano.
• A Nova Ordem Mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
• As Implicações Socioespaciais do Processo de Mundialização.
• O comércio em suas implicações socioespaciais.
• Regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos, econômicos e
demográficos.
• A Nova Ordem Mundial, os Territórios Supranacionais e o Papel do Estado.
• A Circulação da Mão - de- Obra do Capital, das Mercadorias e das Informações.
• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego e tecnologia.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
* Os Conceitos Geográficos:
-Paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade;
-Os elementos naturais e culturais do espaço geográfico.
* A Linguagem Cartográfica:
-noções básicas de cartografia: a legenda, os símbolos, as cores e as escalas
cartográficas;
-orientação e localização no espaço geográfico;
-a representação da Terra;
-leitura e interpretação de mapas;
*A Geografia da Natureza:
- a estrutura interna da Terra;
391
- agentes internos e externos;
- formas do relevo terrestre e marítimo;
- hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);
-os climas da Terra;
* O Trabalho e as Transformações no Espaço Geográfico:
- o trabalho humano ( as técnicas de apropriação e a intensa transformação do
espaço);
- as atividades econômicas ( os setores da economia);
* O Trabalho, as Atividades Econômicas e suas Relações:
-a divisão social e territorial do trabalho.
-as atividades agropecuárias;
-as atividades urbanas e industriais;
-a integração campo-cidade.
* Indicadores Demográficos:
- população relativa e absoluta;
- as diferenças entre povoado e populoso;
-densidade demográfica;
- Indicadores sociais e pirâmide etária;
-população urbana e rural.
* Movimentos Migratórios:
-a evolução e a distribuição espacial da população;
-fatores de repulsão e atração;
-as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.
* Regionalizações:
-as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
* Ocupação e Povoamento do Território Brasileiro:
-Formação do Território Brasileiro;
-Ciclos econômicos.
*Brasil: Dados Gerais:
-Localização do território Brasileiro;
-Extensão territorial do Brasil e sua influência nas paisagens;
392
- Limites e fronteiras do Brasil;
- Regionalização do território.
-Complexos regionais e movimentos migratórios e fatores de repulsão e de atração.
*Quantos somos e onde vivemos:
- Distribuição da população brasileira.
- Indicadores sociais e pirâmide etária.
* A população e o trabalho no Brasil:
- População economicamente ativa (PEA);
- Setores da economia;
- Mapa do trabalho infantil no Brasil.
*Pluralidade Cultural do Povo Brasileiro:
- A Herança cultural dos povos indígenas e dos povos africanos;
- Demais etnias (europeus, japoneses e árabes).
*O Rural e o Urbano as duas Faces do espaço Brasileiro:
-As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil.
*Industrialização e urbanização no Brasil:
- A evolução da atividade industrial no Brasil;
- Crescimento urbano em função da indústria;
-Rede transportes e meios de comunicação;
- Hierarquia urbana.
*Modernização da agropecuária e a Integração Campo-cidade:
-setores da agropecuária;
- A Concentração de Terras e a Questão Fundiária;
*Características Gerais das Regiões geográficas brasileiras:
- Aspectos físicos e Humanos.
*Região e Regionalização:
- conceito de região e as diferentes formas de regionalização do espaço;
- Regionalização pelo nível de desenvolvimento.
*A Nova regionalização do espaço geográfico:
- Países do Norte e países do Sul;
- Regionalização de acordo com o IDH
*Os processos de Globalização da economia, das informações e da cultura:
- A economia mundial atual;
393
- As Transnacionais;
Os órgãos financiadores internacionais e o seu papel na nova ordem mundial; (FMI,
BANCO MUNDIAL e OMC).
*Globalização, meio ambiente e desigualdades socioespaciais:
-Poluição do Ar e da Água;
-Resíduos Sólidos;
-Sustentabilidade;
-Desigualdade, Marginalidade.
*Blocos econômicos e relações comerciais:
- os principais blocos econômicos.
*O Continente Americano:
- Localização, dados gerais e sua regionalização;
-formação histórica do continente americano;
-Geografia física do continente americano (relevo, clima, hidrografia e vegetação);
*População economia da América:
-características demográfica;
- o setor primário, secundário e terciário na América;
* América no Norte:
- Características territoriais e populacionais;
- A potência norte americana;
- O Canadá e suas principais características político-econômicas;
- O México e as implicações de sua localização entre os países desenvolvidos e
subdesenvolvidos;
*América Central, Andina e Guianas:
- Aspectos territoriais, políticos e econômicos.
*América Platina:
- Características gerais;
- O Paraguai, Uruguai e Argentina – Aspectos territoriais, políticos e econômicos.
-O Brasil no processo de globalização.
* Os Conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território:
-Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas;
394
- Terrorismo, Religião e Soberania;
-Oriente Médio, Território e Territorialidade;
-Outros Conflitos Mundiais (recursos naturais).
- Grandes guerras mundiais
- As razões dos conflitos atuais: terrorismo, movimentos separatistas, etc.
* Do Mundo Bipolar à Economia Policêntrica:
-A Evolução da Atividade Industrial no Mundo;
-O Mundo Bipolar: A Guerra Fria;
-Os Novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, Banco Mundial);
-A Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.
* O Espaço da Globalização:
-Os Conceitos de Globalização e de Regionalização;
-As Redes e o seu papel no Processo de Globalização;
-Os Fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional;
-Os Conglomerados Transnacionais e as Cidades Mundiais.
- Organizações políticas internacionais e regionais.
* Blocos Econômicos:
-Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA;
-A União Européia e a CEI;
-A Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”;
-a América Latina e o Mercosul.
* As novas Regionalizações do Globo e das Américas:
- Regionalização dos continentes (Europa, Ásia, África e Oceania).
*População, e Demografia e Cultura:
-As civilizações asiáticas e suas religião.
-Distribuição demográfica do continente europeu.
-O crescimento demográfico e a desigualdade social.
-Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana.
*Impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial:
395
- Problemas ambientais na Europa.
-Aspectos socioespaciais das regiões polares.
-Poluição do Ar e da Água;
-Resíduos Sólidos;
-Sustentabilidade;
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• dimensão econômica do espaço geográfico
• dimensão política do espaço geográfico
• dimensão socioambiental do espaço geográfico
• dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
• A Formação e Transformação das Paisagens.
• A Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo Emprego das Tecnologias de Exploração e
Produção
• A Formação, o Crescimento das Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e
a
Urbanização Recente.
• A Formação, Localização, Exploração e Utilização dos Recursos Naturais.
• A Evolução Demográfica, a Distribuição Espacial da População e os Indicadores
Estatísticos.
• O Espaço Rural e a Modernização da Agricultura
• O Espaço em Rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
• A Circulação da Mão-de- Obra do Capital, das Mercadorias e das Informações.
• A Nova Ordem Mundial, os Territórios Supranacionais e o Papel do Estado.
• As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.
• Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração dos Territórios.
• As Implicações Socioespaciais do Processo de Mundialização.
396
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
*A Linguagem da Geografia:
- paisagem, lugar e território;
- as paisagens naturais e as transformações das paisagens pelas técnicas e
tecnologias.
*A Linguagem Cartográfica:
- noções básicas de cartografia;
- coordenadas geográficas;
- a representação da Terra.
*A Geografia da Natureza:
- a estrutura interna da Terra;
- agentes internos e externos;
- as formas do relevo terrestre e marítimo;
- hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);
- climas e domínios morfoclimáticos;
- biomas terrestres;
- atmosfera, poluição e mudanças climáticas (aquecimento global);
* Tecnologias e recursos Naturais:
-agropecuária, natureza e tecnologia;
-os sistemas agrícolas;
-agropecuária e meio ambiente.
* Recursos Minerais:
- localização e exploração dos recursos minerais;
*Estratégias Energéticas:
- fontes de energia;
- alternativas energéticas.
*Localização do Brasil no Globo:
-Coordenadas Geográficas;
-Domínios morfoclimáticos;
-Zonas Térmicas;
-Elementos e Fatores do Clima;
-Classificação Climática;
397
-Estrutura Geológica;
-Relevo do Brasil;
-Bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná;
* Ocupação e Povoamento do Território Brasileiro:
-Formação do Território Brasileiro;
-Características da População Brasileira;
-Crescimento Demográfico;
-Movimentos Migratórios.
*Urbanização e Redes Urbanas:
-Urbanização no Brasil;
-Hierarquia das Cidades Brasileiras;
-Metropolização no Brasil;
-Problemas Ambientais Urbanos;
-Industrialização Brasileira;
-Complexos Regionais Brasileiros (Indústria);
* Os Complexos Agroindustriais Brasileiros:
-O Espaço Agropecuário Brasileiro;
-Agricultura e Fome;
-Agronegócio no Brasil;
-A Estrutura Fundiária no Brasil;
* O Espaço da Globalização:
-Os Conceitos de Globalização e de Regionalização;
-As Redes e o seu papel no Processo de Globalização;
-Os Fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional;
-Os Conglomerados Transnacionais e as Cidades Mundiais.
* Do Mundo Bipolar à Economia Policêntrica:
-A Evolução da Atividade Industrial no Mundo;
-O Mundo Bipolar: A Guerra Fria;
-Os Novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, Banco Mundial);
-A Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.
* Blocos Econômicos:
398
-Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA;
-A União Européia e a CEI;
-A Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”;
-a América Latina e o Mercosul.
* Os Conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território:
-Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas;
- Terrorismo, Religião e Soberania;
-Oriente Médio, Território e Territorialidade;
-Outros Conflitos Mundiais ( recursos naturais).
*Impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial:
-Poluição do Ar e da Água;
-Resíduos Sólidos;
-Sustentabilidade;
-Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana.
ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes, os conteúdos básicos e os
conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma crítica e
dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos
teóricos propostos.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como: aulas
expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas
abordando temas da atualidade.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)
bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a
aprendizagem.
399
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação
baseado nas seguintes modalidades:
-diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos
apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação
diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os
objetivos propostos sejam atingidos.
-formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando
se os alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e
encontrem estímulos para os estudos.
-contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V,
a verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais.
-Elaborar avaliações especificas- Para alunos com necessidades especiais
,elaborando com o nível de dificuldade relacionando as pesquisas e questionários feitas por
profissionais capacitados.
Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:
•
provas orais e escritas,
•
relatórios;
•
trabalhos de criação individual ou coletiva;
•
maquetes;
•
pesquisas;
400
•
apresentações artísticas; e
•
experimentações práticas.
Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão
somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação
serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas
avaliações bimestrais.
Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com
suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.
A Recuperação Paralela
A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a aprendizagem
do aluno no decorrer do bimestre. Apões a verificação de rendimento escolar, estará se
proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente ao processo educativo
para os alunos de baixo rendimento, considerando sempre a maior nota obtida pelo aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____.
Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28.
DCE . Diretrizes Curriculares Estaduais – Geografia – Ensino Médio.
MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia
Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as
Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São
Paulo – SP, 1994.
____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N.
39. Campinas: Papirus, 1995.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política
na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001.
TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009.
401
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História como disciplina surgiu com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, neste
mesmo ano foi criado o Instituto histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que contemplou a
História como disciplina acadêmica. Neste contexto o material didático produzido era
influenciado pela História metódica e
pelo positivismo, ou seja, apresentava uma
racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos
oficiais, como fontes e verdades históricas, valorizando e idolatrando personagens históricos
como heróis, sem perceber a contribuição dos outros sujeitos que também fizeram parte do
processo histórico.
“ A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista
como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na
sínteses das raças branca, indígena e negra, com predomínio da ideologia do
branqueamento... o currículo oficial de História conduzido por líderes que excluía a
possibilidade de pessoas comuns serem aceitas como sujeitos históricos.” DIRETRIZES
CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)
Em 1901, o currículo foi alterado pelos docentes, os quais incluíram a História do
Brasil, a qual dificilmente era trabalhada pelos professores devido à sua extensão de fatos. A
efetivação do ensino da História do Brasil deu-se apenas no Estado Novo, no governo de
Getúlio Vargas, relacionada à uma política nacionalista.
Em 1971, pela lei 5.692 foi instituído a disciplina de Estudos Sociais no ensino de
Primeiro Grau, embasada na corrente educacional Escola Nova ( sistematizava as pedagogias
não diretas, as quais se caracterizavam pela valorização de práticas e que o aluno controlaria
por si o seu processo de aprendizagem, dava ênfase no desenvolvimento do intelecto, na
capacidade de julgamento do aluno, em detrimento da memorização dos conteúdos. Anísio
Teixeira, foi um dos grandes divulgadores dos pressupostos do movimento da Escola Nova no
Brasil).
No contexto da Ditadura Militar, o ensino de História assumiu um caráter político e
ideológico do regime, embasado em fontes históricas disponibilizadas pelo Estado e narrada
do ponto de vista da classe dominadora ( os militares ). Neste período o ensino não tinha
espaço para análise crítica nem objetivava a formação da consciência histórica, pretendia
402
limitar as ações do aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.
“ O Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes
feitos da nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país”
(DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)
O ensino de História era abordado de forma linear, cronológico e harmônico,
ressaltando os feitos heróicos cabendo aos alunos a memorização e repetição das informações
como verdades absolutas. Por muito tempo a prática em sala de aula distanciou-se da
produção historiográfica acadêmica. Ocorreu a aproximação apenas com o fim da Ditadura
Militar e o início do processo de redemocratização brasileira. Neste contexto também foi
discutido e contestado o ensino de Estudos Sociais.
No estado do Paraná, em 1990, baseado na Pedagogia Histórico-crítica,
foi
disponibilizado aos professores da rede estadual, o Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná.
As reformas educacionais contaram também com um documento divulgado pelo
Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN- 1997/1999 ), no qual a
disciplina de História é parte integrante das Ciências Humanas e suas tecnologias, e assume a
responsabilidade de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno, nesta perspectiva a
História assume um caráter presentista não contextualizando os fatos históricos estudados.
No ano de 2003, no Estado do Paraná, envolvendo todos os professores da rede, teve
início uma discussão com a finalidade de elaborar Novas diretrizes curriculares para o ensino
de História. Numa perspectiva de inclusão social, valorização da diversidade cultural
paranaense, cumprimento da lei 13.381/01, que torna obrigatório, no ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná, cumprimento da lei
10.639/03 a obrigatoriedade da História e cultura Afro-Brasileira e cumprimento da lei
11.645/08 que torna obrigatório o ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A concepção de História deve tratar o conhecimento histórico como resultado do
processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar
diferentes sujeitos históricos e suas relações, desta forma abre-se inúmeras possibilidades de
reflexão e superação de uma visão histórica linear, eurocêntrica e dogmática dos fatos.
“Fundamental para essa superação é o conceito de experiência. Idéia que se
contrapões ao pensamento dicotômico base/estrutura... Defendem ainda, que a consciência
de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os
comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas. Outro conceito fundamental é o de
403
poder, onde a Nova esquerda Inglesa busca superar a visão mecânica e reducionista de uma
corrente tradicional marxista que prescrevia uma História linear em direção a uma
revolução, e ainda uma História tradicional calcada em fatos históricos determinados e
aliados à figuras de heróis. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar
a concepção de poder, o que ficou conhecida como a “história vista de baixo”.
(DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)
Com base nas Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental / 2008,
a qual baseia-se nas teorias das correntes historiográficas Nova Esquerda Inglesa e da Nova
História Cultural, “a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos
deram às mesmas... as relações condicionam os limites e as possibilidades de ações dos
sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas
sócio-históricas.”
A abordagem e interpretação dos fatos históricos visam sua problematização ao
confrontar ou comparar documentos entre si, possibilitando a formação da consciência
histórica do aluno .
A disciplina de História objetiva oferecer embasamento aos alunos, para a formação
da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançando, a abordagem dos conteúdos,
nessa perspectiva, possibilita a exploração de novos métodos de produção do conhecimento
histórico para que o aluno, de modo consciente, perceba as diferenças/semelhanças,
transformações/permanências dos processos históricos abordados.
Portanto enfocará o conhecimento histórico como resultado do processo de
investigação e sistematização de análises sobre o passado, valorizando os diferentes sujeitos
históricos e suas contribuições às permanências e as transformações sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias.
404
•A experiência humana no tempo;
•Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
•As culturas locais e cultura comum;
A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em
diferentes tempos e espaços.
•As relações de poder;
•A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
•As relações entre o campo e a cidade;
•Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade;
O mundo do trabalho e os movimentos de resistência.
•História das relações da humanidade com o trabalho;
•O trabalho e a vida em sociedade;
•O trabalho e as contradições da modernidade;
•Os trabalhadores e as conquistas de direito;
Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das Instituições Sociais.
• A constituição das instituições sociais;
• A formação do Estado;
• Sujeitos, guerras e revoluções;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO:
•
Relações de Trabalho;
•
Relações de Poder;
•
Relações Culturais;
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO:
• Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;
• Urbanização e industrialização;
• O Estado e as relações de poder;
• Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
• Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e revoluções;
• Cultura e religiosidade;
405
A seleção dos conteúdos específicos do ensino fundamental e médio – EJA será de
responsabilidade do Professor da disciplina e devem estar articulados com os conteúdos
estruturantes e básicos desta Proposta Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas
Diretrizes Curriculares da disciplina de História do Estado do Paraná.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho pedagógico com os conteúdos de História será embasado em diversos
autores comparando e refletindo sobre suas diferentes interpretações, numa perspectiva de
mostrar ao aluno que não existe uma verdade histórica única, que o conhecimento histórico é
resultado de um processo de investigação pautado em evidências, fontes históricas diversas, e
para analisar e compreender o fato histórico é necessário uma contextualização social, política
e cultural.
O processo de construção do conhecimento histórico será abordado considerando as
fontes históricas que foram utilizadas pelo pesquisador, bem como as relações humanas e suas
ações que fazem parte deste processo.
Para entender
melhor os diferentes contextos históricos será proporcionado
diferentes interpretações de um mesmo acontecimento, enfatizando a necessidade de ampliar
o número de pesquisas para perceber que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o
passado que pode ser complementada com outras informações. Nesse sentido, algumas
questões serão realizadas, tais como: Como o historiador chegou a essa interpretação? Que
documentos/ fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse
respeito? Que dimensões contemplou em sua análise? Existem aspectos que ainda podem ser
pesquisados? Quais?
O livro didático será utilizado como suporte pedagógico, porém não como fonte
única limitando-se às suas informações. Seus conteúdos serão problematizados incentivando
os alunos a buscar novas informações em outros referenciais teóricos, que possam
complementar o conteúdo abordado em sala de aula.
Para que
ampliar o conteúdo apresentado pelos livro didático será solicitado
pesquisas, as quais serão realizadas de modo que os alunos possam adquirir autonomia na
busca do conhecimento; enfatizando que a pesquisa não consiste na cópia de informações.
Para enriquecer as aulas deverá ser utilizado os recursos disponibilizados pela escola,
como laboratório de informática, aparelhos de DVD, TV pendrive, acervo de textos fílmicos,
406
internet, considerando que o desenvolvimento tecnológico contribui na prática pedagógica,
O uso de diferentes materiais didáticos amplia as possibilidades de reflexão. Para a
formação da consciência histórica e aquisição do conhecimento histórico serão utilizados
recursos variados tais como: textos explicativos e informativos, atividades reflexivas, imagens
(charges, fotografias...), mapas, jornais, revistas, textos, fílmicos, entre outros. O trabalho com
textos historiográficos, artigos de jornais e revistas serão abordados como novas
possibilidades de interpretações para a formação de uma consciência histórica.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
A avaliação do aprendizado não pode ser feita em um momento único e de forma
definitiva. Segundo José Carlos Libâneo a avaliação deve ser vista não como julgamento
definitivo e dogmático do professor, mas como comprovação para o aluno de seu progresso
em direção a noções mais sistematizadas, bem como análise da prática pedagógica.
Várias atividades serão propostas com esse objetivo, tais como: compreensão dos
textos explicativos, pesquisas, debates, entrevistas, análise de documentos e obras de arte...
Assim será possível fazer um diagnóstico da aprendizagem, estimulando o aluno refletir sobre
o seu desenvolvimento. O cotidiano na sala de aula é parte integrante do processo da
avaliação, pois será observado o interesse e o envolvimento dos alunos nas tarefas propostas.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa na diminuição das
desigualdades sociais e na luta por uma sociedade justa e mais humana. As
práticas
avaliativas serão vinculadas ao processo de aprendizagem, segundo Luckesi para que a
avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de
classificatória para diagnosticar, nesta avaliação tanto professor quanto os alunos poderão
revisar suas práticas e possam superar as dificuldades constatadas.
407
Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos comum fenômeno
compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma
análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomados reorganizadas pelo
professor e pelos alunos.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em
sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, serão
realizados alguns apontamentos que permitirão analisar se:
* os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;
* o conceito de Tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes dimensões e
contextos históricos propostos para este nível de ensino;
* os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos históricos;
* compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos históricos do
seu tempo;
* analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-social,
política e cultural;
* compreendem que o conhecimento é produzido com base em um método, da
problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a
narrativa histórica;
* explicativa a respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a partir do
conhecimento dos processos históricos que os constituíram;
* compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou
complementar a produção historiográfica já existente.
E caso de alunos com necessidades educacionais especiais, tanto os conteúdos quanto
o material didático, metodologia e instrumentos avaliativos serão adaptados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: concepções e usos: bolando aulas de História. São
Paulo: Companhia das Letras: 1998.
___________________. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005.
408
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Paraná, 2008.
LIBÂNEO, Jose Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. ANDE, n. 6, s.d., p. 18.
LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Pátio, n. 12,
fev/abr. 2000, p. 6-11.
RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide. A aula operatória e a construção do
conhecimento. 7. ed. Edesp São Paulo: 1996.
SEED. Caderno Temático: História e cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba: 2005.
409
PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário de Línguas no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes
mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As
propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e
demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos
historicamente produzidos às novas gerações. Além do aspecto dinâmico do currículo e dos
métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se justifiquem pela atualização
dos debates e produções teórico-metodológicas para a disciplina de Língua Estrangeira
Moderna.
Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas advindas
da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o decreto de 22 de junho
para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí, o ensino de línguas modernas começou
a ser valorizado.
Em grande parte do território brasileiro foram criadas as colônias de imigrantes. No
sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as de imigrantes italianos,
alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Numa tentativa de preservar suas culturas,
muitos colonos se organizaram para construir e manter escolas para seus filhos, uma vez que a
escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus países de origem e o Estado
brasileiro não ofertava atendimento escolar a todas as crianças.
A partir de meados da década de 1910 até a década seguinte, o ideal do nacionalismo
passava a ter uma ampla abrangência envolvendo pessoas e instituições de natureza e posições
ideológicas diversas.
Em 1917 o governo federal decidiu fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes
que funcionavam, sobretudo, no sul do Brasil, e criou, a partir de 1918, as escolas primárias
subvencionadas com recursos federais sob a responsabilidade dos Estados.
Em 1920, a reforma educacional de São Paulo foi exemplo dessa preocupação
nacionalista. A legislação daquele estado admitia oferta do ensino primário por escolas
particulares desde que fossem respeitados as orientações de caráter nacionalista, dentre as
quais se destacaram: o respeito aos feriados nacionais; o ensino em Língua Portuguesa
ministrados por professores brasileiros nato; a proibição do ensino de Língua Estrangeira
410
para crianças menores de 10 anos que ainda não dominasse corretamente o português.
Em 1930 quando assumiu o governo brasileiro Getúlio Vargas criou o Ministério de
Educação e saúde e as Secretarias de Educação nos Estados. Naquele contexto, intelectuais
imbuídos por um ideal de modernidade e de construção de uma identidade nacional, iniciaram
estudos com vistas à reforma do sistema de ensino.
A reforma de 1931, intitulada Francisco Campos, em homenagem ao Ministro da
Educação, atribuía à escola secundária a responsabilidade pela formação geral e pela
preparação para o Ensino Superior dos estudantes. A reforma constitui também um marco de
centralização das decisões educacionais ao governo federal, atingindo todas as escolas do
país. Esta primeira iniciativa se acentuou após o golpe de 1937, já que a educação
representava um meio pelo qual o Brasil poderia atingir a modernidade tendo como modelos
de desenvolvimento e de industrialização os Estados Unidos da América e os países europeus.
O diferencial advindo da reforma Francisco Campos foi que, pela primeira vez,
estabeleceu-se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto em
contraposição ao Tradicional, de modo a atender aos novos anseios sociais impulsionados
pela necessidade do ensino das habilidade orais, visando à comunicação na língua alvo.
O Método Direto se baseava na teoria associacionista da psicologia da aprendizagem
que tem n a associação o princípio básico da atividade mental. Nesse método a língua materna
perde seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e tem como princípio
fundamental a aprendizagem em constante contato com a língua em estudo, sem intervenção
da tradução, dessa forma raciocina-se na língua estrangeira. A transmissão dos significados
acontece por meio de gestos, gravuras, fotos, simulação, enfim, de tudo que possa facilitar a
compreensão. A gramática é aprendida de forma indutiva, os alunos praticam perguntas e
resposta e exercitam a pronúncia com o objetivo de atingir uma competência semelhante a do
nativo. Por isso, dava-se preferência ao professor nato, em oposição ao método anterior-o
Tradicional-, que não exigia do professor dominar a oralmente língua ensinada.
A partir do Estado Novo, essa estrutura de ensino intensificou a ênfase no discurso
nacionalista de fortalecimento da identidade nacional, como um dos resultados da instauração
do governo de Vargas.
Naquela conjuntura, o prestígio das línguas estrangeiras foi mantido no ginásio. O
Francês se apresentava ainda como uma ligeira vantagem sobre o Inglês, e o Espanhol foi
introduzido como matéria obrigatória alternativa ao ensino do Alemão. Além disso Latim
permaneceu como Língua Clássica.
411
Desde a década de 1950 o sistema educacional brasileiro se viu responsável pela
formação de seus alunos para o mundo do trabalho. Essa mudança nos rumos da educação
gerou uma crise que se intensificou nas décadas seguintes, exigindo a ampliação da rede
escolar. Diante das exigências do mercado, o ensino das humanidades foi substituídos,
paulatinamente, por um currículo cada vez mais técnico, o que fez diminuir a carga horária
das línguas estrangeiras.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) 4024, promulgada em 1961 criou os
Conselhos Estaduais de Educação. Cabia-lhes decidir acerca da inclusão ou não da Língua
Estrangeira nos currículos. Essa mesma lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino
de Língua Estrangeira no colegial e institui o ensino profissionalizante, compulsório, em
substituição aos cursos Clássico e Científico. Ainda assim, identificou-se a valorização da
Língua Inglesa devido às demandas de mercado de trabalho que, então, se expandiam no
passado.
Com a Lei n. 5692/71 e sob égide de um suposto nacionalismo o governo militar
desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus, sob
o argumento de que a escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de
impregnação cultural estrangeira. Assim, evitar-se-ia o aumento da dominação ideológica de
outras sociedades e do do colonialismo cultural do país.
Predominantemente, na década de 1970, o pensamento nacionalista do regime militar
tornava o ensino de Línguas Estrangeiras um instrumento a mais das classe favorecidas para
manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos da escola pública não tinha acesso a
esse conhecimento.
Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a disciplina
se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau. Entretanto, não perdeu o caráter
de recomendação para o primeiro grau, desde que a escola tivesse condições de oferecê-la. De
acordo com o parecer n. 581/76 do Conselho Federal, a Língua Estrangeira seria ensinada por
acréscimo, conforme as condições de cada estabelecimento. Isso fez muitas escolas
suprimirem a Língua Estrangeira no segundo grau ou reduzirem seu ensino para uma hora
semanal, por apenas um ano, com um único idioma.
No Estado do Paraná a partir da década de 1970, tais questões geraram movimentos
de professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esses movimentos ecoaram no Colégio
Estadual do Paraná fundado em 1846, o qual contava com professores de Latim, Grego,
Francês, Inglês e Espanhol. Uma das formas então, para manter a oferta de Línguas
412
Estrangeiras nas escolas públicas após o parecer n.581/76, bem como a tentativa de superar a
hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro de Línguas
Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná em 1982, que passou a oferecer aulas de Inglês,
Espanhol, Francês e Alemão aos alunos no contra turno.
O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também ocorreu na
Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no
vestibular as Línguas Espanholas, Italiana e Alemã. Esse fato estimulou a demanda de
professores dessas línguas.
Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício para que os
professores, organizados em associações, liderassem um amplo movimento pelo retorno da
pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais
mobilizações, a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de 1986, como forma de valorizar o
plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense, tal oferta tem sido
preservada pela SEED há mais de vinte anos.
Sob a pretensão de tornar o aluno mais competente em sua comunicação, a
concepção de aprendizagem em voga pauta-se no cognitivismo para desenvolver a
competência comunicativa.
Assim, embora a abordagem comunicativa tenha se apresentado como reação à visão
estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos semânticos e não no código linguístico,
ela começões a ser criticada por alguns intelectuais. Esses passaram a questionar as intenções
subjacentes ao ensino comunicativo de proporcionar o uso da língua estrangeira, por meio de
estratégias conversacionais, para se inserir na outra cultura.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394 determinou a oferta
obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir
da quinta série, se a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas
possibilidades de atendimento (At.26,§5.º).Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse
incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela
comunidade escolar, e em uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição (Art.36,Inciso III).
Em 1998, com o desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN)pautados
numa concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem comunicativa.
413
Em 1999, o MEC publicou também os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Estrangeira para o Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita,
para atendes as demandas na formação pessoal, acadêmica e profissional.
Linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos teóricos que atendam às
demandas da sociedade brasileira e muitos desses trabalhos analisam a função da Língua
Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais de poder
que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o
ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro.
Paralelamente ao âmbito Federal, o MEC tem feito parcerias e promovido discussões
sobre o ensino de Espanhol nas escolas Brasileiras, além de distribuir material de suporte para
professores da disciplina.
Ao contextualizar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizaras
questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles
políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa data estão apresentados
os fundamentos teóricos-metodológicos que orientam o Ensino de Língua Estrangeira na Rede
Pública Estadual.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de
Língua Estrangeira são considerados basilares para a compreensão do objeto de estudo dessa
disciplina. Esses saberes são concebidos como Conteúdos Estruturantes, a partir dos quais se
abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico. Os Conteúdos Estruturantes se
constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e
processuais.
O Conteúdos Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao
tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um
conteúdos que atendesse a essas perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo
Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o “DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL”.
A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são
as práticas que efetivam o DISCURSO.
Conteúdos Estruturantes – Discurso como prática social
414
Para os trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade a análise linguísticas,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais
de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o PPP, com a PPC, com o PTD, ou seja, em conformidade com as características
da escola e com o nível de complexidade adequada cada uma das séries.
Leitura
Tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; aceitabilidade do texto;
informatividade; situacionalidade; intertextualidade; temporalidade; discurso direto e indireto;
elementos composicionais do gênero, emprego do sentido conotativo e denotativo do texto;
palavras e /ou expressões que denotam ironia e humor no texto; polissemia; marcas
linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos
gráficos(como aspas, travessão, negrito); figuras de linguagem; léxico.
Escrita
Tema do texto; papel do locutor e interlocutor; finalidade do texto; discurso direto e
indireto; informatividade; elementos composicionais do gênero; marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito); figuras de linguagem; ortografia; concordância verbal e nominal.
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes
sociais
presentes
no
texto;
elementos
composicionais do gênero; semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado
das palavras; figuras de linguagem; sentido conotativo e denotativo:expressões que denotam
ironia e humor no texto; elem composicionais do gênero, relação de causa e consequência
entre as partes e elementos dos texto;
polissemia; processo de formação de palavras,
acentuação gráfica, coerência verbal/nominal.
Oralidade
Tema
do texto;
finalidade;
papel
do
locutor
e
interlocutor;
elementos
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; adequação do discurso ao gênero; turmas de fala;
conteúdo temático; finalidade; aceitabilidade do texto; informatividade; expressões
facial,corporal e gestual, pausas; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; variações
linguísticas marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; elementos semânticos;
diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito.
415
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Seguindo as Diretrizes Curriculares nas Escolas Publicas do estado do Paraná, o
trabalho com a Língua estrangeira parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades
como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as Línguas Estrangeiras são
possibilidades de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados.
A partir do Conteúdo Estruturante Discursivo, como prática social, serão trabalhadas
questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso
da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira
Moderna será o texto verbal e não-verbal.
Propõe-se que o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades
diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a
coerência e, somente depois Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o
bastante. E necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar
o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um papel tão
importante para o trabalho na escola.
A reflexão crítica a cerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira
Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. A
produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos, que servirão de
apoio e ampliarão as possibilidades de expressões dos alunos.
A Aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades
significativas, as quais se explorem diferentes recursos e fontes, afim de que o aluno vincule o
que é estudado com o que o cerca.
As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos
dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas
servirão como subsídios para a produção textual em Língua Estrangeira.
O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua
solução deverá despertar o interesse dos alunos para desenvolverem uma prática analítica e
crítica, ampliem seus conhecimentos linguísticos-culturais e percebam as implicações sociais,
históricas e ideológicas presentes num discurso no qual se revele o respeito às diferenças
culturais, crenças e valores. Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos
416
percebam a heterogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto apresenta
várias possibilidades de leitura.
Espera-se que o trabalho com a leitura vá além daquela superficial, linear. Uma
questão é linear quando busca respostas já as visualizado no próprio texto.
Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da
realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos.
Poderão rejeita-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribui
coerência pela construção de significados.
Assim os alunos devem entender que ao interagir com/na língua, interagem com
pessoas específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente
quem disse, o que, para quem, onde, quando e por que.
A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do
conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que
podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato com os
textos.
Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada palavra ou a estrutura do
texto para que lhe produza sentidos. O papel do estudo gramatical relaciona-se ao
entendimento, quando necessário, de procedimentos para construção de significados usados
na Língua Estrangeira. Portanto o trabalho com a análise lingüística torna-se importante na
medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões
lingüísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, afim que se
expressem ou construam sentidos ao texto.
Destaca-se que nenhuma língua é neutra e as línguas podem representar diversas
culturas e maneiras de viver, inclusive podem passar a ser um espaço de comunicação
intercultural, por serem usadas em diversas comunidades, muitas vezes até por falantes que
não as têm como língua materna. Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o
conhecimento dos valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram
participar. Ao mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que
favoreçam um olhar crítico sobre essas mesmas comunidades.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas
que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um
sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que
417
está inserido. Da mesma forma,. O aluno deve ser instigado a buscar respostas e soluções aos
seus questionamentos, necessidades e anseios relativos a aprendizagem.
As estratégias específicas da oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursivas a
oralidade é muito mais do que o usos funcional da língua, é aprender e expressar ideias em
Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há
uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como
ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com
os sons específicos da língua que esta aprendendo.
Com relação a escrita não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as
atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da
produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que no contexto escolar
esse alguém seja definido como um sujeito sóciohistórico-ideológico, com quem o aluno vai
produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção dos seu texto e de sua
coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro. A finalidade e o
gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção,
assim como necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes,
seleção da variedade lingüística adequada formal ou informal.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna é
que ele será, necessariamente articulado com as demais disciplinas
do currículo para
relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter de desenvolver projetos com
inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que
alguns conteúdos de disciplinas
distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. As atividades serão abordadas a
partir de textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos mencionados, de
modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora
com relação aos discursos apresentados. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou
não verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:
a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidade. Cada
atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
b)Aspecto Cultural/Interdiscursivo: influência de outras culturas percebidas no texto,
o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser
418
feitas a partir do texto apresentado;
c)Variedade linguística: formal ou informal;
d)Análise linguística: será utilizada de acordo com a série. Vale ressaltar a diferença
entre o ensino da gramática e a prática da análise linguística;
e)Atividades:
-Pesquisa: será proposta para o aluno acerca do assunto abordado; Lembrando que aqui que
pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso significa que
poderá ser realizada não nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais
experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão consideras pesquisas.
-Discussão: conversa na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas
pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade poderá ser feita em
Língua Materna.
-Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos
recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor. Os conteúdos poderão ser
retomados em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta
o conhecimento do aluno.
Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático em
função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso a textos,
figuras, etc. Suas vantagens são percebidas em relação aos alunos que podem dispor de
material para estudo, consultas, exercícios, enfim acompanhar melhor as atividade. Além de
descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize
outros matérias disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos,
vídeo, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, rádio, etc. Os desafios educacionais
contemporâneos serão abordados nos momentos que se fizerem necessários, utilizando-se
desses temas.
A elaboração de materiais pedagógicos pautados na Diretriz permite flexibilidade
para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como contemplar a diversidade
regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará ao
aluno, pertencente a uma determinada cultura o contato e a interação em outras línguas e
culturas. Desse encontro espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no
mundo, extrapolando o domínio linguístico.
Leitura
É importante que o professor:
419
-Propicie práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
-Considere o conhecimentos prévios dos alunos;
-Formule questionamentos que possibilitem inferência sobre o texto;
-Encaminhe discussões e reflexões sobre o tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e edeologia;
-Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
-Relacione o tema com o contexto atual;
-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
- Utilize textos não verbais diversos que dialoguem com não verbais, como: gráficos,
fotos, imagens mapas e outros;
-Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes
gêneros.
-Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência
entre as partes e elementos do texto.
Escrita
É importante que o professor:
-Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade, da intertextualidade, da aceitabilidade, da informatividade, da
situacionalidade, da temporalidade e ideologia;
-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
-Acompanhe a produção do texto;
-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõe o gênero;
-Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
-Analise se a produção textual está coerente e coesa, se a continuidade temática, se
atende a finalidade, se a linguagem está adequada ao texto.
-Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
-Instigue o uso de palavras e / ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor;
Oralidade
É importante que o professor:
-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
420
-Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal;
-Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
-Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração
a: aceitabilidade ,informatividade,situacionalidade e finalidade do texto;
-Estimule contação de histórias de diferentes gêneros,utilizando-se dos recursos
extralinguísticos,como:entonação ,expressões facial,corporal e gestual,pausas e outros;
-Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,como:cenas de
desenhos,programas infanto-juvenis,entrevistas,reportagem,entre outros.
-Selecione discursos de outros para analise dos recursos da oralidade como: cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros, etc;
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna será articulada aos
fundamentos teóricos explicitados nas diretrizes e na LDB nº 9394/96. Ao propor reflexões
sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem,
ou seja nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão
do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
É importante nesse processo que o professor organize o ambiente pedagógico,
observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo em sala de aula
se faz pela interação verbal a partir da escolha de textos consistentes, e de diferentes formas:
entre os alunos e o professor, entre os alunos na turma; na interação com o material didático;
nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira no próprio uso da língua, que
funciona como recurso congnitivo ao promover o desenvolvimento de idéias. Com o
propósito de encarar esse desafio, busca-se em Língua Estrangeira Moderna, superar a
421
concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos.
Espera-se que subsidie discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de
suas produções. Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem quando
todo o trabalho desenvolvido com os alunos são retomados em discussões e analisados tanto
pelo educador, pelo educando.
A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação
do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo açãoreflexão-ação que se passa na
sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e compreensão.
Assim, tanto o professor quantos os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até
então, e identificar dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem
superá-las. O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto Curricular, a
programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão envolvidos nesse processo.
A Avaliação deve ser articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das
concepções e encaminhamentos metodológicos das Diretrizes.
Os alunos que apresentam dificuldades especiais terão atendimento diferenciado de
acordo com sua necessidade seja na escrita ou oralidade.
Leitura
É Importante que o professor:
-Identifique o tema;
-Realize leitura compreensiva do texto;
-Localize informações explícitas e implícitas no texto;
-Amplie seu horizonte de expectativa;
-Amplie seu léxico;
-Identifique a ideia principal do texto.
-Perceba o ambiente que circula o gênero;
-Deduza o sentido das palavras e / ou expressões a partir do contexto.
-Posicione-se argumentativamente ;
-Analise as intenções do autor;
-Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
-Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
-Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
-Realização de leitura compreensiva do texto;
422
-Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
-Dedução dos sentidos de palavras e / ou expressões a partir do contexto;
Escrita
Espera-se que o aluno:
-Expresse suas ideias com clareza;
-Elabore / reelabore textos atendendo: as situações de produção proposta (gênero,
interlocutor, finalidade...); a continuidade temática.
-Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
-Utilize de recursos textuais como:coesão e coerência,informatividade,etc;
-Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,uso e função do artigo,
pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.
-Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo bem como de
expressões que indicam ironia e humor,em conformidade com o gênero proposto.
Oralidade
Espera-se que o aluno:
-Utilize do discurso de acordo com a situação de produção(Formal/informal);
-Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna;
-Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;
-Respeite os turnos de fala.
-Compreenda os argumentos no discurso do outro;
-Organize a sequência de sua fala;
-Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e
/ ou nos gêneros orais trabalhados;
-Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões quando necessários em língua
materna.
-Explore a oralidade em adequação ao gênero proposto;
-Utilize conscientemente expressões facial,corporal e gestual, pausa e entonação nas
exposições orais,entre outros elementos extralinguísticos;
-Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
-Utilização do discurso de acordo com a situação de produção(Formal/informal);
-Exposição objetiva de argumentos;
-Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
423
filmes, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Secretaria de Estado de Educação do Paraná,
2008; Língua Estrangeira Moderna.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento
de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.
424
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente, o processo de ensino de língua Portuguesa iniciou-se com a
educação jesuítica.
Em 1759, a Reforma Pombalina impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do
ensino. Mas, somente nas últimas décadas do século XIX, passou a integrar os currículos
escolares brasileiros. Seguindo os moldes do ensino de Latim fragmentava-se no ensino de
Gramática, Retórica e Poética.
A escola se abria a camada cada vez maiores da população, o ensino de português
tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada “boa língua”. O
conteúdo gramatical ganho a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no
Brasil, o cargo de Professor de Português.
A literatura veiculada na variedade brasileira foi retomada pelos modernistas em
1922, pois defendiam a necessidade de privilegiar o falar brasileiro.
No Contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não
poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades
trazidas por esses alunos. Uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado
em exercícios de memorização. Decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na
disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de
comunicação. A disciplina passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau,
Comunicação e Expressão, na s séries iniciais e Comunicação em Língua Portuguesa, nas
séries finais.
Na década de 70, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Com o fim
do regime militar, ganham forças as discussões sobre o currículo escolar e o papel da
educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A pedagogia
histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. Essa pedagogia se revelou
nos estudos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As
novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram no final da década de 1970 e
início de 1980. O livro de João Wanderley Geraldi marcou as discussões no Paraná.
O currículo orientava os professores a um trabalho focado na leitura e na produção;
um ensino voltado para o domínio efetivo de falar, ter e escrever.
425
Fundamentou-se a
disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista.
Considerando o percurso histórico da disciplina, as Diretrizes Curriculares Estaduais
requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, uma proposta que dá
ênfase à língua viva, dialógica, em contraste movimentação, reflexiva e produtiva.
O domínio da linguagem e o ensino da língua são imprescindíveis para a participação
efetiva no meio social em que se vive. Aprender a falar e a escrever não é suficiente para que
o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade em que vive. Ele deve saber
argumentar, defender seu ponto de vista, trocar, emitir e receber opiniões, exercendo assim a
cidadania. A principal função das escolas de Ensino Fundamental deve ser a de formar
cidadãos com senso crítico e aguçado e não apenas expectadores.
A nova realidade social desencadeou a ampliação da utilização da escrita, dos meios
de comunicação eletrônicos e as incertezas de alunos pela escola regular colocou novas
demandas e necessidades, tornando ultrapassados os métodos e conteúdos tradicionais.
Apesar de ainda imperar uma atitude preconceituosa em relação às formas não
absorvidas da expressão linguística que devem consolidar-se em práticas de ensino em que
tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada seja o uso da linguagem.
Portanto, hoje as práticas discursivas: oralidade, leitura e produção escrita devem
partir do uso possível aos alunos para permitir a conquista de novas habilidades linguísticas,
particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita, sempre considerando que:
• A razão de ser das propostas de leitura e escrita de textos é a compreensão ativa;
• A razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a interlocução efetiva;
• As situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensar sobre a
linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la apropriadamente às situações e aos
propósitos definidos;
• Há a necessidade de se respeitar que cada indivíduo se diferencia pelas suas
características socais e é através da linguagem que expressa suas idéias, pensamentos e
intenções de forma que assim estabelece relações inter pessoais;
A linguagem e o pensamento mantêm vínculo estreito entre si. É por meio da
linguagem que se constroem referenciais em relação às crenças e ao conhecimento geral do
mundo, levando a interpretação da realidade enquanto que o pensamento resultante da
linguagem dá capacidade de ser alterado, reorganizado ou substituído por outro.
Os conteúdos serão trabalhados em atividades interdisciplinares, uma vez que
426
interdisciplinaridade questiona a segmentação entre diferentes campos do conhecimento,
visão compartilhada da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente
se constitui, uma vez que procura situar a pedagogia numa visão unitária.
Na prática pedagógica, a interdisciplinaridade expõe as inter-relações entre os objetos
de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho fragmentado sendo que a
mesma promove a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção.
Por essa mesma via, abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares,
possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos alunos. A
interdisciplinaridade, portanto, dá sentido social a procedimentos e conceitos próprios das
áreas convencionais, superando assim o aprender apenas pela necessidade escolar de passar de
ano.
Nessa dimensão o aluno é sujeito do aprender, é aquele que age com e sobre o objeto
do conhecimento que são os discursos textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais
de linguagem. Nessa perspectiva o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto do
conhecimento.
Para isso, ele contempla os seguintes objetivos:
• Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos
escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder as diferentes
condições de produção do discurso;
• Utiliza a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando sobre as
representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder para ter
acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo
pelo qual se organizam em sistemas coerentes;
• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio desenvolvendo a
capacidade de avaliação de textos contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes
opiniões, inferindo as possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os
processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor;
• Conhecer e valorizar as diferentes variedades, de português, procurando combater o
preconceito linguístico;
• Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e
eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com
pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades;
427
• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir
sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise crítica;
• Despertar o gosto pelUtilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e
produção de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder as
diferentes condições de produção do discurso;
• Utiliza a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando sobre as
representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder para ter
acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo
pelo qual se organizam em sistemas coerentes;
• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio desenvolvendo a
capacidade de avaliação de textos contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes
opiniões, inferindo as possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os
processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor;
• Conhecer e valorizar as diferentes variedades, de português, procurando combater o
preconceito linguístico;
• Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e
eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com
pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades;
• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir
sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise crítica;
• Despertar o gosto pela leitura;
• Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura brasileira.
• Considerar a língua por como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais como
representação simbólica de experiências humanas manifestadas nas formas de sentir, pensar e
agir na vida social.
• Analisar os recursos repressivos da linguagem verbal, relacionando textos, contextos,
mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção,
recepção (intenção, época, local e interlocutores participantes na criação e propagação de
idéias e escolhas);
• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre diferentes manifestações da linguagem verbal,
aplicando as tecnologias de comunicação e de informação na escola, no trabalho e em outros
contextos relevantes da sua vida.
428
• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e
integradora da organização do mundo e da própria identidade.
• Propiciar através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a
expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
• Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura brasileira.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL
• Discurso como prática social
GÊNEROS TRABALHADOS
LITERÁRIOS
Cordel,
causos
e LITERÁRIOS
Conto;
similares;
Novela;
Texto dramático;
Romance;
Canção;
Crônica;
Poema;
Texto dramático;
DE IMPRENSA
Comentário
DE IMPRENSA
Notícia;
radiofônico;
Editorial;
Entrevista;
Artigo;
Debate;
Reportagem;
Depoimento;
Carta do leitor;
Entrevista;
Charge e tira
DE DIVULGAÇÃO Exposição;
DE DIVULGAÇÃO Verbete
CIENTIFICA
CIENTIFICA
Seminário;
enciclopédico
Debate;
(nota/artigo);
Palestra;
Relatório de
experiências;
Didáticos (textos,
enunciados de
questões);
PUBLICIDADE
Artigo;
Propaganda;
PUBLICIDADE
429
Propaganda;
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
• Entrosamento inicial
• Leitura e textos verbais e não verbais.
• Tipologia Textual – Narrativo, Descritivo, Poético, Informativo.
• Gêneros discursivos
• Produção de texto: bilhete, convite, carta, diálogo, poesia, anúncio publicitário,
texto narrativo, histórias e quadrinhos, texto informativo e poesia concreta.
• Frase
• Dicionário
• Aula de leitura semanal
• A língua em foco
• Língua
• A língua e o contexto
• Intencionalidade lingüística
• A linguagem e adequação social
• Língua oral e língua escrita
• A gíria
• O substantivo e suas classificações
• Ortografia
• Verbos
• Vídeos educativos
• Concordância verbal/nominal
• Discurso direto e indireto
• Divisão silábica
• Acentuação gráfica
• Adjetivo
• Artigo
• Pronome
• Colocação Pronominal
• Reflexões sobre a língua
430
• Divisão de textos em parágrafos
• Reestruturação de textos
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão), figuras de linguagem.
• O Som das Palavras a gente ouve e...vê?
• Para escrever certo com expressividade
• Leitura de textos Verbais e não Verbais
• Tipologia Textual: Narrativo, informativo, Poético
• Gêneros discursivos – Entrevista, jornalístico, crônica, carta, fábulas, textos,
publicitários.
• Interpretação de Textos
• Coerência – uso de mau/mal, há/a
• Tema do texto
• Finalidade do texto
• Poema: rimas / ritmo / imagem
• Oralidade
• Papel do locutor/interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc.
• Semântica.
• Gênero textual: Crônica, Romance, Fábula, texto informativo, texto humorístico,
texto teatral, relatório.
• Produção de Textos Narrativos, Dissertativos e Descritivos.
• Pensando e criando a partir dos textos.
• Tipologia textual: Contos, texto poético, texto jornalístico
• Produção de texto: Notícia, poesia, narração, texto visual.
• Acróstico
• A linguagem do texto
• Gênero Textual: informativo: entrevista e cartazes.
• Produção de textos Coletivos
• Situação comunicativa / Enunciativa
431
• Qualidades e defeitos de um texto escrito.
• Refacção textual.
• Produção de textos: Mensagem, comunicação via Internet.
• Variações linguísticas.
• Estudo e comparação de textos
• Gênero textual: Texto jornalístico, anotações, texto informativo, narrativo, poema,
romance, crônica, texto argumentativo / dissertativo.
• Reflexões sobre a língua: estudo e uso
• Pensando e criando a partir dos textos.
• Produção de texto: Anotações, narração, dissertação / argumentação; síntese de
depoimento; poemas.
• Construindo e reconstruindo os sentidos do texto.
• Vozes sociais presentes no texto.
• Elementos composicionais do gênero.
• Operadores argumentativos.
• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto.
• Expressões que denotam ironia e humor no texto.
• Reflexão sobre a língua
• Entrevista com profissionais da comunidade
• Reflexões sobre a língua: concordância verbal e nominal.
Discurso:
• Compreensão dos gêneros do oral previsto para os ciclos, articulando elementos
lingüísticos a outros de natureza não-verbal;
• Identificação de marcas discursivas para o reconhecimento de intenções, valores,
preconceitos veiculados no discurso;
• Emprego de estratégias de registro e documentação escrita na compreensão de
textos orais, quando necessário;
• Identificação das formas particulares dos gêneros literários do oral que se
distinguem do falar cotidiano.
Leitura
• Explicação de expectativas quanto à forma e ao conteúdo do texto em função das
432
características do gênero, do suporte, do autor etc.;
• Seleção de procedimentos de leitura em função dos diferentes objetivos e
interesses do sujeito (estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de tarefa) e das
características do gênero e suporte:
• Leitura integral: fazer a leitura seqüenciada e extensiva de um texto;
• Leitura inspecional: utilizar expedientes de escolha de textos para leitura posterior;
• Leitura tópica: identificar informações pontuais no texto, localizar verbetes em um
dicionário ou enciclopédia;
• Leitura de revisão: identificar e corrigir, num dado texto, determinadas
inadequações em relação a um padrão estabelecido;
• Leitura item a item: realizar uma tarefa seguindo comandos que pressupõem uma
ordenação necessária;
Emprego de estratégias não-lineares durante o processamento de leitura:
• Formular hipóteses a respeito do conteúdo do texto, antes ou durante a leitura;
• Validar ou reformular as hipóteses levantadas a partir das novas informações
obtidas durante o processo de leitura:
• Avançar ou retroceder durante a leitura em busca de informações esclarecedoras;
• Construir sínteses parciais de partes do texto para poder prosseguir na leitura;
• Inferir o sentido de palavras a partir do contexto;
• Consultar outras fontes em busca de informações complementares (dicionários,
enciclopédias, outro leitor);
• Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que
dependem de pressuposições e inferências (semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto,
para dar conta de ambigüidades, ironias e expressões s, opiniões e valores implícitos, bem
como das intenções do autor;
• Estabelecimento de relações entre os diversos segmentos do próprio texto, entre o
texto e outros textos, diretamente implicados pelo primeiro, a partir de informações adicionais
oferecidas pelo professor ou conseqüentes da história de leitura do sujeito;
• Articulação dos enunciados estabelecendo a progressão temática, em função das
características das seqüências predominantes (narrativa, descritiva, expositora, argumentativa
e conversacional) e de suas especificidades no interior do gênero;
• Estabelecimento da progressão temática em função das marcas de segmentação
433
textual, tais como: mudanças de capítulo ou de parágrafo, títulos e subtítulos, para textos em
prosa; colocação em estrofes e versos, para textos em versos;
• Estabelecimento das relações necessárias entre o texto e outros textos e recursos de
natureza suplementar que o acompanham (gráficos, tabelas, desenhos, fotos, boxes) no
processo de compreensão e interpretação do texto;
• Levantamento e análise de indicadores lingüísticos e extralingüísticos presentes no
texto para identificar as várias vozes do discurso e o ponto de visita que determina o
tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de:
• Confrontá-lo com o de outros textos;
• Confrontá-lo com outras opiniões;
• Posicionar-se criticamente diante dele;
• Reconhecimento dos diferentes recursos expressivos utilizados na produção de um
texto e seu papel no estabelecimento do estilo do próprio texto ou de seu autor.
Prática de produção de textos orais e escritos
Antes dos conteúdos referentes á prática de produção de textos orais e escritos, será
apresentada a tabela que organiza os gêneros sugeridos para o trabalho, conforme critérios
apresentados anteriormente.
GÊNEROS PARA A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOS
LINGUAGEM ORAL
LINGUAGEM ESCRITA
LITERÁRIOS
Canção;
LITERÁRIOS
Crônica;
Textos dramáticos;
Conto;
Poema;
Notícia;
Entrevista;
DE IMPRENSA
Debate;
Notícia;
DE IMPRENSA
Artigo;
Depoimento;
Carta do leitor;
Exposição;
Relatório de
DE DIVULGAÇÃO Seminário;
DE
CIENTIFICA
CIENTIFICA
Debate;
DIVULGAÇÃO experiências;
Esquema resumo
de artigos ou
verbetes de
enciclopédia;
434
Produção de textos orais:
• Planejamento prévio de fala em função da intencionalidade do locutor, das
características do receptor, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos;
• Seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, semânticos e gramaticais
prosódicos e gestuais;
• Emprego de recursos escritos (gráficos, esquemas, tabelas) como apoio para a
manutenção da continuidade da exposição;
• Ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar em conta o
ponto de vista do outro para acatá-lo, refutá-lo ou negociá-lo.
Produção de textos escritos:
• Redação de textos considerando suas condições de produção:
▪ Finalidade;
▪ Especificidade do gênero;
▪ Lugares preferenciais de circulação;
▪ Interlocutor eleito;
◦ Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto:
▪ Estabelecimento de tema;
▪ Levantamento de ideias e dados;
▪ Planejamento;
▪ Rascunho;
▪ Revisão (com intervenção do professor);
▪ Versão final;
◦ Utilização de mecanismos discursivos e lingüísticos de coerência e coesão
textuais, conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo diferentes critérios:
▪ De manutenção da continuidade do tema e ordenação de suas partes;
▪ De seleção apropriada do léxico em função do eixo temático;
▪ De manutenção do paralelismo sintático e/ou semântico;
▪ De suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informações em relação ao
tema e o ponto de vista assumido;
▪ De avaliação da orientação e força dos argumentos;
▪ De propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas,
435
conectivos) na expressão da relação entre constituintes do texto;
◦ Utilização de marcas de segmentação em função do projeto textual:
▪ Título e subtítulo;
▪ Paragrafação;
▪ Periodização;
▪ Pontuação (ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto de exclamação,
ponto de interrogação, reticências);
▪ Outros sinais gráficos (aspas, travessão, parênteses);
◦ Utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação do interlocutor,
possíveis aos instrumentos empregados no registro de texto (lápis, caneta, máquina de
escrever, computador):
▪ Fonte (tipo de letra, estilo negrito, itálico, tamanho da letra, sublinhado, caixa alta,
cor);
▪ Divisão em colunas;
▪ Caixa de texto;
▪ Marcadores de enumeração;
▪ Utilização dos padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de
produção.
Análise Linguística e as Práticas Discursivas
• Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao
conteúdo temático, construção composicional e ao estilo;
• Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gêneros de
texto se inserem, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os
procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que
privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não);
• Levantamento das restrições que diferentes suportes e espaços de circulação
impõem à estruturação de textos;
• Análise
das
sequencias
discursivas
predominantes
(narrativa,
descritiva,
expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recursos expressivos recorrentes no interior
de cada gênero;
• Reconhecimento das marcas linguísticas específicas (seleção de processos
436
anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos e argumentativos, esquema dos tempos
verbais, dêiticos, etc.).
• Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao
processo linguístico, no que diz respeito:
◦ Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais),
históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe
social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia);
◦ As diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem
escrita;
◦ A seleção de registros em função da situação interlocutora (formal, informal);
◦ Aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se
manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na
morfologia (variantes e reduções do sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação
das sentenças e concordância).
• Comparação dos fenômenos lingüísticos observados na fala e na escrita nas
diferentes variedades, privilegiando os seguintes domínios:
◦ Sistema pronominal (diferentes quadros pronominais em função do gênero):
preenchimento da posição de sujeito, extensão do emprego dos pronomes tônicos na posição
de objetivo, desaparecimento dos clíticos, emprego dos reflexivos, etc;
◦ Sistema dos tempos verbais (redução do paradigma no vernáculo) e emprego dos
tempos verbais (predominância das formas compostas no futuro e no mais que perfeito,
emprego do imperfeito pelo “condicional”, predominância do modo indicativo etc.);
◦ Predominância de verbos de significação mais abrangente (ser, ter, estar, ficar,
pôr, dar) em vez de verbos com significação mais específica;
◦ Casos mais gerais de concordância nominal e verbal para recuperação da
referência e manutenção da coesão;
• Expansão dos sintagmas para expressar sinteticamente elementos dispersos no
texto que predicam um mesmo núcleo ou o modificam;
• Integração à sentença mediante nominalizações da expressão de eventos,
resultados de eventos, qualificações e relações;
• Reordenação dos constituintes da sentença e do texto para expressar diferentes
pontos de vista discursivos, como a topicalidade, a informação nova, a ênfase;
437
• Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura
da sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como, por exemplo, uma
diferente topicalidade ou o ocultamento do agente (construções passivas, utilização do clítico
“se” ou verbo na terceira pessoa do plural), o efeito do emprego ou não de operadores
argumentativos e de modalizadores;
• Redução de texto (omissões, apagamentos, elipses) seja como marca de estilo, seja
para diminuir redundâncias ou para evitar recorrências que não tenham caráter funcional ou
não produzam desejados efeitos de sentido.
• Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de
modo a permitir:
◦ Escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais apropriadas ao que se
quer dizer ou em relação de sinonímia no contexto em que se inserem ou mais genéricas /
mais específicas (hiperônimos e hipônimos);
◦ Escolha mais adequada em relação à modalidade falada ou escrita ou no nível de
formalidade e finalidade social do texto;
◦ Organização das palavras em conjuntos estruturados em relação a um
determinado tema, acontecimento, processo, fenômeno ou mesmo objeto, como possíveis
elementos de um texto;
◦ Capacidade de projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), a
estrutura complexa associada a seu sentido, bem como os traços de sentido que atribuem aos
elementos (sujeito, complementos) que preencham essa estrutura;
◦ Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais
(regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria);
◦ Elaboração de glossários, identificação de palavras-chave, consulta ao dicionário.
• Descrição de fenômenos lingüísticos com os quais os alunos tenham operado, por
meio de agrupamento, aplicação de modelos, comparações e análise das formas lingüísticas,
de modo a inventariar elementos de uma mesma classe de fenômenos e construir paradigmas
contrastantes em diferentes modalidades de fala e escrita, com base:
◦ Em propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais
de prefixação e de sufixação);
◦ No papel funcional assumido pelos elementos na estrutura de sentença ou nos
sintagmas
constituintes
(sujeito,
predicado,
438
complemento,
adjunto,
determinante,
quantificador);
◦ No significado protótipo dessas classes.
• Utilização da intuição sobre unidades lingüísticas (períodos, sentenças, sintagmas)
como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação.
• Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte
das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica.
Valores e atitudes subjacentes às práticas de linguagem
•Valorização das variedades lingüísticas que caracterizam a comunidade dos falantes
da Língua Portuguesa nas diferentes regiões do país.
•Valorização das diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos — orais ou
escritos — como possibilidades diferenciadas de compreensão do mundo.
•Posicionamento crítico diante de textos, de modo a reconhecer a pertinência dos
argumentos
utilizados,
posições
ideológicas
subjacentes
e
possíveis
conteúdos
discriminatórios neles veiculados.
•Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos adequados à condição atual
do aluno.
•Atitude receptiva diante de leituras desafiadoras e disponibilidade para a ampliação
do repertório a partir de experiências com material diversificado e recomendações de
terceiros.
•Interesse pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e
arte.
•Interesse pela literatura, considerando-a forma de expressão da cultura de um povo.
•Interesse por trocar impressões e informações com outros leitores, posicionando-se
a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações de leitura e considerando os novos dados
recebidos.
•Interesse por freqüentar os espaços mediadores de leitura — bibliotecas, livrarias,
distribuidoras, editoras, bancas de revistas, lançamentos, exposições, palestras, debates,
depoimentos de autores — sabendo orientar-se dentro da especificidade desses espaços e
sendo capaz de localizar um texto desejado.
•Reconhecimento da necessidade de dominar os saberes envolvidos nas práticas
sociais, mediadas pela linguagem como ferramenta para a continuidade de aprendizagem fora
da escola.
439
•Reconhecimento de que o domínio dos usos sociais da linguagem oral e escrita pode
possibilitar a participação política e cidadã do sujeito, bem como transformar as condições
dessa participação, conferindo-lhe melhor qualidade.
•Reconhecimento de que o domínio da linguagem oral e escrita pode oferecer ao
sujeito melhores possibilidades de acesso ao trabalho.
•Reconhecimento da necessidade e importância da língua escrita no processo de
planejamento prévio de textos orais.
•Preocupação com a qualidade das produções escritas próprias, tanto no que se refere
aos aspectos formais — discursivos, textuais, gramaticais, convencionais — quanto à
apresentação estética.
•Valorização
da
linguagem
escrita
como
instrumento
que
possibilita
o
distanciamento do sujeito em relação a idéias e conhecimentos expressos, permitindo formas
de reflexão mais aprofundadas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
GENEROS DISCURSIVOS:
• Histórias que a vida conta
• Crônicas
• Histórias de nossa imaginação
• Narração
• Texto informativo
• Contos
• O texto poético
• Lendas
• Memórias
• Pesquisas
• Estudo do texto
▪ O jornal e a publicidade
▪ A construção do enredo (narração)
440
▪ Entrevistas
▪ Experiências de aprofundamento da descrição
▪ O mundo dissertativo
▪ Poesia: Análise e interpretação
▪ A correspondência: carta familiar, comercial, solicitação de emprego, e-mail
• Enredo linear e enredo não-linear
• As linguagens da publicidade
• Texto de opinião
• A estrutura do texto dissertativo
• A correspondência: abaixo-assinado, ofício, curriculum vitae, ata, correio
eletrônico, declaração, e-mail
PRODUÇÃO DE TEXTO: narrativo, descritivo, dissertativo.
LITERATURA
• Literatura: A Arte da Palavra
• O Texto Literário
• O Trovadorismo
• O Humanismo
• O Renascimento
• O Quinhentismo Brasileiro
• O arcadismo
• O Barroco: Português e Brasileiro
• O Neoclassicismo em Portugal
• O Romantismo em Portugal
• A poesia romântica brasileira e portuguesa
• A prosa romântica brasileira e portuguesa
• O Realismo e o Naturalismo: Portugal e Brasil
• Contos: Machado de Assis e Eça de Queirós
• O Simbolismo no Brasil
• Compositores românticos do século XIX
• O Simbolismo
441
• O Pré-modernismo no Brasil
• Semana de Arte Moderna
• A primeira geração modernista brasileira
• A poesia de Fernando Pessoa
• A segunda geração modernista brasileira: poesia e prosa
• A terceira geração modernista brasileira:
• Tendências contemporâneas
• O desenvolvimento da produção literária africana
• Crônicas de Rubem Braga
• Revisão de obras estudadas
ESCRITA
• Conteúdo
temático
• Interlocutor
• Finalidade
do texto
• Intencionalidade
• Intertextualidade
• Vozes
sociais presentes no texto
• Elementos
composicionais do gênero
• Semânticas
• Figuras
• Vícios
•A
Operadores argumentativos
de linguagem
de linguagens
origem da Linguagem
• Estrangeirismos
• Fenologia
• Variações
Lingüísticas
• Ortografia
• Pontuação
• Acentuação
• Estrutura
Gráfica
da formação das palavras
• Crase
• Criação de novas palavras
• As classes de palavras
442
• Estudo do período simples
• Estudo do período composto
• Concordância verbal / nominal
• Regência verbal / nominal
• Conteúdo temático
• Finalidade do texto
• Operadores argumentativos
• Figuras de linguagem
• Uso de pronomes pessoais e possessivos
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão)
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
LEITURA
•
Interlocutor
•
Finalidade do texto
•
Vozes sociais presentes no texto
•
Aula de Leitura Semanal
•
Aceitabilidade do texto
•
Informatividade
•
Papel do locutor / interlocutores Adequação do discurso ao gênero
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
•
Contexto de produção da obra literária
•
Vozes sociais presentes no texto
•
Elementos composicionais do gênero
•
Semântica
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA
Atividades de linguagem:
• Produção de texto:
• Debate;
• Entrevista;
• Exposição dissertativa;
443
• Resumo
• Paráfrase, paródia;
• Correspondência familiar e oficial;
• Narrativa de ficção e oficial;
• Propaganda;
• Poema;
• Leitura de obras literárias;
• Dramatizações e leitura dramática;
Atividades de reflexão e operação sobre o texto
• Observar, comparar e compreender:
• Função de texto;
• Adequação da forma a situação de uso a aos propósitos do texto;
• Procedimentos de coesão e coerência do texto;
• Diferentes elementos que estruturam;
• O texto narrativo-descritivo:
• Episódios e modos de relacioná-los e organizá-los;
• Personagens e modo de apresentá-las caracterização das personagens e de
ambiente;
• Narrador, seu ponto de vista em relação aos acontecimentos;
• Tempo de narração e tempos de história;
• Valor composicional das operações na relação e organização dos elementos;
• Relação com a realidade sócio-cultural;
• O texto dissertativo:
•Objetivos do autor na narração;
•Argumentos que fundamentam ou contrariam a tese do autor e peso relativo desses
argumentos;
•Conclusões;
•Procedimentos argumentativos;
• O texto poético:
 Idéia ou elemento central da construção;
444
 Recursos sonoros, rítmicos, visuais;
 Recursos verbais de construção ao semântico;
 Relação com a realidade sócio-cultural;
 O texto administrativo/legal:
• A função do texto e situações de uso;
• Sistemas de noções peculiares à área de atuação em questão;
• Elementos da linguagem técnica;
• Modos de redação ou aspectos formais;
• O texto publicitário e jornalístico:
• Informações veiculadas;
• Procedimentos de informação e persuasão;
Atividades relativas ao estudo da literatura:
• Relação sincrônica e diacrônica dos textos literários entre si;
• Relação da literatura com a realidade e sócio-cultural.
Atividades relacionadas ao estudo dos fatos da língua:
• No que se refere ao texto:
• Funções dos textos e formas linguísticas a elas associadas;
• Variações linguísticas, diferentes registros e variações estilísticas: adequação a
forma à situação de uso aos propósitos do texto;
• Estruturação do texto: os procedimentos de coesão e coerência;
• Tipos de modalidade de texto;
•
No que se refere à Análise Linguística:
▪ Aspectos descritivos:
▪ Unidades linguísticas (morfemas, palavras, sintagmas, orações);
▪ Categorias gramaticais (gênero, número, grau, pessoa, tempo, modo, orações
reduzidas, etc.);
▪ Relações entre as unidades linguísticas: subordinação e coordenação:
▪ Classificação morfossintática das unidades gramaticais;
▪ Funções determinadas aos elementos dessas relações (sintáticos,: sujeito,
predicado, objetos, semânticas, agente, paciente, instrumento, modo, causa, etc.
▪ Formas-padrão de expressar o tratamento;
445
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO ENSINO FUNDAMENTAL
Organizar situações de aprendizado, planejando situações de interação nas quais o
conhecimento seja construído ou tematizado, organizando atividades que recriem situações
enunciativas de outros espaços, planejando e dirigindo atividades didáticas apoiando e
orientando o esforço de ação e reflexão do aluno procurando garantir aprendizagem efetiva.
As atividades de ensino devem contemplar o trabalho de diversidade de textos e
gêneros.
O ensino desta disciplina deve considerar a condição afetiva, cognitiva e social do
adolescente, deste modo implica colocar um fazer reflexivo com o qual se busca construir um
saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as opiniões valores e saberes são
veiculados nos discursos orais e escritos.
Deve-se possibilitar o acesso a textos escritos mais complexos, com padrões
linguísticos mais distanciados daqueles da oralidade e com sistema de referência mais
distantes do senso comum e das atividades da vida diária, impondo a necessidade de
percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos valores constituídos em torno das
formas de reflexão.
A mediação do professor deve ser de organizar ações que possibilitem aos alunos o
contato crítico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos das práticas de
linguagem, inclusive aspectos não percebidos inicialmente pelo grupo.
Em língua portuguesa, levando em conta que o texto, unidade de trabalho, coloca o
aluno sempre em frente a tarefas globais e complexas, para garantir a apropriação efetiva dos
múltiplos aspectos envolvidos e introduzindo-os nas práticas de oralidade, leitura e produção.
Apresentando diferentes textos de diferentes gêneros, para que os alunos construam os
diversos conceitos.
O trabalho com a língua oral deve desenvolver a capacidade de falar que será
adquirida por meio de exposições, relatórios de experiências, entrevistas, debates, teatros,
palestras, leituras dramáticas e saraus literários, organizados pela escola, que envolvam
aspectos temáticos de projetos interdisciplinares. Dentre dessa temática de trabalho, o
professor deve organizar momentos de leitura livre em que ele próprio leia, criando um
circuito de leitura em que se fala o que se leu, trocam-se sugestões, aprendem com
experiências do outro. Para formar bons leitores exercitar-se-á diversos tipos de leitura: leitura
autônoma, colaborativa, em voz alta pelo professor, programada, livre.
446
Ao produzir um texto, o aluno precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer a
quem dizer e como dizer. O texto será analisado pelo professor, o qual promoverá eventuais
ajustes na redação, localizando e corrigindo possíveis deslizes no uso da norma culta.
Os procedimentos de refacção começam de maneira externa, pela mediação do
professor que elabora os instrumentos e organiza as atividades que permitem aos alunos sair
do complexo (o texto) ir ao simples (as questões linguísticas e discursivas que estão sendo
estudadas) e retomar ao complexo (o texto). Graças à mediação do professor, os alunos
aprendem não só um conjunto de instrumentos linguísticos discursivos, como também
técnicas de revisão (rasurar, substituir, desprezar). Por meio dessas práticas mediadas, os
alunos se apropriam progressivamente, das habilidades necessárias à auto-correção.
Além da oralidade, leitura e produção de texto, faz-se necessário atividades
epilinguísticas, que envolvam manifestações de um trabalho sobre a língua e suas
propriedades, como de atividades metalinguísticas que envolvam o trabalho de observação,
descrição e categorização, por meio do qual se constroem explicações para os fenômenos
linguísticos característicos das práticas discursivas.
Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a
aprendizagem dos conteúdos selecionados, fazem-se necessários alguns procedimentos
metodológicos:
- Isolamento entre os diversos componentes da expressão oral ou escrita, do fato linguístico a
ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos alunos; o
ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da
linguagem;
- Construção de um corpus que leve em conta a relevância, a simplicidade, bem como a
quantidade dos dados, para que o aluno possa perceber o que é regular;
- Análise do corpus, promovendo o agrupamento dos dados a partir dos critérios construídos
para apontar as regularidades observadas;
- Organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado.
Os aspectos polêmicos inerentes aos temas sociais, por exemplo, abrem
possibilidades para o trabalho com a argumentação — capacidade relevante para o exercício
da cidadania, por meio da análise das formas de convencimento empregadas nos textos, da
percepção da orientação argumentativa que sugerem, da identificação dos preconceitos que
possam veicular no tratamento de questões sociais, etc.
Procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos
447
e de assumir a palavra, produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe
ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e
transformadora. O exercício do diálogo na explicitação, contraposição e argumentação de
idéias são fundamentais na aprendizagem da cooperação e no desenvolvimento de atitudes de
confiança, de capacidade para interagir e de respeito ao outro. A aprendizagem desses
aspectos precisa, necessariamente, estar inserida em situações reais de intervenção,
começando no âmbito da própria escola.
Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos
textos produzidos pelos alunos. Tomando como ponto de partida o texto produzido pelo
aluno, o professor pode trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estruturais
dos diversos tipos textuais como também os aspectos gramaticais que possa instrumentalizar o
aluno no domínio da modalidade escrita da língua.
• Seleção de um dos textos produzidos pelos alunos, que seja representativo das
dificuldades coletivas e apresente possibilidades para discussão dos aspectos priorizados e
encaminhamento de soluções.
• Apresentação do texto para leitura transcrevendo na lousa, reproduzindo-o, usando
papel, transparência ou a tela do computador.
• Análise e discussão de problemas selecionados. Em função da complexidade da
tarefa, não é possível explorar todos os aspectos a cada vez. Para que o aluno possa aprender
com a experiência é importante selecionar alguns, propondo questões que orientem o trabalho.
• Registro das respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e discussão
das diferentes possibilidades em função de critérios de legitimidade e de eficácia
comunicativa.
• Re-elaboração do texto, incorporando as alterações propostas.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
448
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ENSINO MÉDIO
Os conteúdos serão trabalhados através da oralidade, onde se procura clareza na
exposição de ideias, sequencia lógica na exposição, consistência argumentativa, expansão das
ideias, reconhecimento das intenções na fala do outro, vocabulário adequado do seu
interlocutor (objetivo e assunto), utilização da norma padrão (concordâncias) e percepção a
flexibilidade da língua, privilegiando conversas, relatos, comentários, debates, entrevistas,
hora da novidade.
A prática dessa atividade proporcionará condições para o aluno reconhecer as
intenções na fala de outro, bem como observar as reações de seus interlocutores e adequar sua
fala a eles, utilizando a norma padrão ou a linguagem coloquial de acordo com as
necessidades a situação, percebendo a flexibilidade da língua.
Na leitura, a necessidade de propiciar ao aluno diversidade de texto, nos quais seja
capaz de perceber a prática da leitura não como mera decodificação e sim distinguir os
diferentes tipos, apropriando-se de seu sentido mais profundo, reconhecendo a intenção e
especificidade nos diferentes tipos de discursos, como o texto de instrução, narrativos e
opinativos.
Desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos e de
assumir a palavra produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao
ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e
transformadora.
Na escrita, “o domínio implica conhecer e saber utilizar as diferentes organizações
textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto produzido
cumpra sua função”.
Para isso é preciso criar situações, nas quais escrever seja uma necessidade,
observando a função real da escrita na sociedade. Partindo da hipótese de quem será seu
interlocutor, o aluno escolherá o gênero discursivo e linguagem adequada às circunstancias.
Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a
aprendizagem dos conteúdos faz-se necessário o isolamento entre os diversos componentes da
expressão oral e escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as
capacidades já dominadas pelos alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar
o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem e produção. Promover o agrupamento de
dados, organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado.
449
Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos
textos produzidos pelos alunos e re-elaboração do texto, incorporando as alterações propostas.
Na literatura, “As atividades promoverão o conhecimento teórico e prático dos
fenômenos literários particulares e gerais, que envolvam problemas sociais, econômicos,
artísticos, culturais e psicológicos”.
Procurarão despertar o hábito e o gosto pela leitura, fazendo da mesma prazer e lazer,
descobrindo a história de um povo, de uma época, usos e costumes, idéias essenciais e
secundárias, relações com a realidade atual, espaços, ambientes, manejo de tempo,
personagens e suas características, tipos de linguagem.
Os alunos com necessidades especiais terão atendimento individualizado; na
oralidade: auxílio de colegas através de linguagem de sinais, desenhos, gestos; na escrita:
textos fotocopiados, digitados, escritos no quadro de giz; na leitura: através de interpretação
ou sinais. As avaliações serão feitas de maneira diferenciada.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL
A avaliação deve ser compreendida, como conjunto de ações organizadas, com a
finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu. Ela é um instrumento que
possibilita ao professor analisar criticamente sua prática educativa e também possibilita ao
aluno saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades, a qual deve ocorrer durante
todo o processo de ensino e aprendizagem. Deve ser compreendido como constitutiva da
prática educativa, dado que é análise das informações obtidas ao longo do processo de
aprendizagem, possibilitando ao professor a organização de sua ação de maneira adequada e
com melhor qualidade.
A avaliação atua como um elemento balizador das pautas intencionais e das
intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no
450
processo aprendizagem.
Esta precisa acontecer num contexto que seja possibilitado ao aluno reflexão sobre os
conhecimentos construídos, precisando ser compreendida como reflexiva e autonomista.
Ao se avaliar, deve-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de
conhecimento que o aluno construiu. Para isso, o professor precisa construir formas de
registros obtendo assim informações relevantes à organização da ação pedagógica. Assim, as
anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer
indicações claras para que este possa efetivamente melhorar.
Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de
construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de consciência
sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreça maior
controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.
O aluno será avaliado nos seguintes critérios:
• Demonstre compreensão de textos orais, nos gêneros previstos para a série, por
meio da retomada dos tópicos do texto.
• Atribua sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles.
• Leia, de maneira independente, textos com os quais tenha construído familiaridade.
• Compreenda textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos
segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele.
• Selecione procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses
(estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de tarefa) e a características de gênero e
suporte.
• Posicione-se argumentativamente.
• Coordene estratégias de leitura não-lineares utilizando procedimentos adequados
para resolver dúvidas na compreensão e articular informações textuais com conhecimentos
prévios.
• Produza textos orais, nos gêneros previstos para a série, considerando as
especificidades das condições de produção.
• Produza textos na modalidade escrita em gêneros, considerando as especificidades
das condições de produção.
• Escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo gênero.
• Produza textos utilizando alguns recursos próprios do padrão escrito relativos à
451
paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual.
• Escreva textos sabendo utilizar os padrões de escrita, observando regularidades
linguísticas e ortográficas.
• Revise os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los.
• Utilize os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise linguística.
LEITURA
Espera-se que o aluno;
• identifique o tema;
• realize leitura compreensiva do texto;
• posicione-se argumentativamente;
• amplie seu horizonte de expectativas;
• amplie seu léxico;
• identifique a ideia principal do texto.
• analise as intenções do autor;
• localize informações explícitas e implícitas no texto;
• perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
• reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
• compreenda as diferentes decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes
e elementos do texto.
• realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;
• reconheço palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• expresse as ideias com clareza;
•
elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
452
• às situações de produções propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
• à continuidade temática;
• diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,
etc;
• utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
• perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
• reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• utilize discursos de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• compreenda argumentos no discurso do outro;
• explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonações, pausas, gestos,
etc;
• respeite os turnos de fala.
• exponha objetivamente seus argumentos;
• organize a sequência de sua fala;
• analise os argumentos dos colegas de classe em sua apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
• participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
• obtenha fluências na exposição oral,em adequação ao gênero proposto;
•
utilize conscientemente expressões faciais corporais
e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
453
• analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas, infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos nas
produções e reestruturação de texto, avaliações de leitura e escrita, apresentações orais e nas
atividades desenvolvidas diariamente, oferecendo aos educandos momentos de recuperação
imediata de estudos, visto que não haverá recuperação final. Desta forma, a avaliação passa a
ser compreendida como um processo interativo entre professor e aluno assegurando o sucesso
de ambos.
AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO
É um processo de ensino-aprendizagem pelo qual se percebe a apropriação do
conhecimento por meio do progresso e de conquistas numa observação contínua e cumulativa.
O professor registrará todas as observações realizadas durante todo o processo, para ter
condições de ir redirecionando seu trabalho, no sentido de ajudar os alunos a construírem
novos conhecimentos. Além das observações serão organizadas outras atividades avaliativas,
tais como: auto-avaliação do aluno, trabalhos coletivos e individuais, entrevistas, contação de
histórias e produções de texto.
Espera-se que o aluno efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos
verbais e não-verbais, localize informações explícitas e implícitas, produza inferências,
posicione-se argumentativamente, amplie seu léscico, identifique a ideia principal e o tema do
texto. Referente à obra literária: amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes
estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual.
Na escrita espera-se que o aluno expresse ideias com clareza, elabore textos
atendendo: às situações de produção propostas; diferencie o contexto de uso da linguagem
formal e informal, utilize adequadamente recursos linguísticos, empregue palavras ou
expressões no sentido conotativo, use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos e entenda o estilo próprio de cada gênero.
Na oralidade espera-se que o aluno utilize seu discurso de acordo com a situação,
apresente ideias com clareza, tenha fluência na exposição oral, compreenda os argumentos do
discurso do outro, defenda claramente suas ideias, respeite os turnos de fala, contra-arguente
ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões,
etc. Utilize elementos extralinguísticos nas associações orais.
454
Durante o bimestre o professor acompanhará o desempenho dos alunos, oferecendo
momentos de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o
aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período. Visto que não haverá
recuperação final.
O Projeto Político Pedagógico contempla a avaliação contínua da aprendizagem dos
alunos. Avaliar o grau de domínio das noções ensinadas apenas tem sentido se servir de
parâmetros para revisão do próprio saber escolar e da condição pedagógica do professor. A
avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo qual o professor e o
aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento,
assegurando o sucesso. As atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesmas, mas tem
de ser vistas como uma oportunidade de reflexão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – ENSINO FUNDAMENTAL
CEREJA, Robert Willian – Português, Linguagens.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais; Paraná,. Julho,
2006.
KRAMER, Sônia. Escrita, experiência e formação: múltiplas possibilidades de criação escrita,
In. A experiência da escrita
LUFT, Celso Pedro – Mini Luft – Editora Ática.
SOARES, Magda - Uma proposta para letramento – Editora Moderna.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENSINO MÉDIO
AMARAL, Emilia (et. Al). Português: Novas Palavras: Literatura, Gramática e Redação.
São Paulo, FTD, 2000.
455
CAMPEDELLI, Samira Youssel e SOUZA, Jesus Barbosa. Literatura Brasileira e Portuguesa.
1ª Edição. São Paulo. Saraiva, 2000.
CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens. Vol único. São Paulo. Atual, 2003.
FARACO, Carlos Alberto. Oficina de Texto. Cristóvão Tezza. Curitiba: Livro do Eleotório;
1999.
FARACO, Carlos Alberto; Português: Língua e Cultura Ensino Médio, Curitiba, Base
Editora, 2005.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais, Paraná, Julho,
2006.
LUFT, Celso Pedro. Mini dicionário Luft. São Paulo, 17ª ed., 1999.
TERRA, Ernani. Gramática, Literatura e Produção de texto para o Ensino Médio – curso
completo.
TREVISAN, Zizi. O Leitor e o Diálogo dos Signos. São Paulo. Cliper Editora, 2000.
TUFANO, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. 5ª Edição, Revisado e Ampliado. São
Paulo, Moderna, 1995.
456
PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Em cada período histórico, a disciplina de Ensino Religioso assumiu diferentes
características pedagógicas e legais dentro dos currículos escolares no Brasil.
Embora no contexto do Brasil Colônia não seja possível falar em políticas públicas
para a educação e também numa disciplina denominada de Ensino Religioso, a primeira
forma de inclusão dos temas religiosos na educação Brasileira ocorreu várias atividades de
evangelização promovidas pelas instituições religiosas de confissão católica, com meta de
apresentar o conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.
Com o advento da República e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja,
surgiu, entre os defensores da República, o impulso de dissolver o modelo de educação
baseado na catequese religiosa.
Em 1934, o Estado Novo implantou a disciplina de Ensino Religioso nos currículos
da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Era, portanto,
garantida a existência da disciplina na educação pública e, por outro lado, era de caráter
facultativo para os estudantes não católicos.
Essa orientação formal do Ensino Religioso se manteve nas legislações até meados
da década de 60. A Constituição de 1934 procurava manter um caráter facultativo da
disciplina, mas procurava-se ainda implantar a abertura de um espaço público também para as
religiões minoritárias no quadro da educação, pois a concepção de religião desse período,
abordava unicamente a doutrina cristã.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, afirmava em
seu XVIII artigo o seguinte:
Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este
direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa
religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou
coletivamente, em público ou em particular.
No Brasil, na década de 60, o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido
do inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967: "o ensino religioso, de matrícula
facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e
médio".
457
O Ensino Religioso aconfessional e público se concretizou legalmente na redação da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997,
pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte
caracterização:
Art. 33 — O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de
Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer
formas de proselitismo.
§1 — Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos
conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de
professores.
§2 — Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Foi proposto um modelo laico e pluralista, a perda do aspecto confessional rompeu
com o modelo de ensino dos assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de
consideração da religião na educação, brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela
disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se
apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc.
Surgiram, desde então, oriundas dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas
pedagógicas que pretendem, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o
Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas nas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica.
Religião e conhecimento religioso estão inter-relacionados aos aspectos culturais,
sociais, econômicos e políticos. Portanto, a disciplina de Ensino Religioso na escola
fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e
organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do
conhecimento. Deve-se efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do
preconceito Religioso e voltada ao respeito da diversidade cultural e religiosa.
Assim, a disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os estudantes
entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o
Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por
elas produzidos, em suas marcas de religiosidade.
Em termos metodológicos propõe-se nessa proposta com base nas diretrizes, um
458
processo de ensino e de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo
debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida — real e metódica —, do
confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de
conteúdos formalizados.
Serão abordados conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações culturais
e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais,
políticas e econômicas de que são impregnadas as formas diversas de religiosidade.
A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e
análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos
significados.
O objeto de estudo será o Sagrado, termo que se origina do termo latino sacrátus e do
ato de sagrar, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o
Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. O espaço e o sentido do Sagrado,
constitui-se, no contexto da educação laica e republicana, as interpretações e experiências do
Sagrado compreendidas racionalmente como resultado de representações construídas
historicamente no âmbito das diversas culturas e tradições religiosas e filosóficas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Organizações Religiosas
- Organizações Monoteístas
- Organizações Politeístas
• Lugares Sagrados:
- Lugares Sagrados Materiais (templos, igrejas, capelas, cemitérios, etc.)
- Lugares Sagrados Naturais (rios, lagos, montanhas, grutas, caminhos etc.)
• Textos Sagrados orais ou escritos
459
• Universo Simbólico Religioso
- Tipos de Símbolos Religiosos
- Máscaras religiosas
- Vestimentas religiosas
• Temporalidade Sagrada
• Festas Religiosas
• Vida e Morte
• Respeito à diversidade religiosa
- Religiões Tribais
- Religiões Afro-descendentes
- Religiões Cristãs
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à
liberdade religiosa;
- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;
- Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado;
• Rituais Religiosos
- Tipos de Rituais Sagrados
- Ritos de passagem
Serão trabalhados no decorrer do ano, na medida em que surgirem oportunidades:
educação ambiental, sexualidade, enfrentamento a violência na escola, prevenção ao uso
indevido de drogas, educação fiscal, história e cultura afro-brasileira e africana.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propõem-se aulas de forma dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de
seus conhecimentos. O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto
ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, exercendo o papel de mediador
entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.
Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga
com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento
em sua prática social cotidiana. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido
460
em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos. Em seguida, propõe-se a
problematização do conteúdo, levando o aluno para a construção do conhecimento.
Será estabelecida uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações
religiosas, tomando-o como construção histórico- social e patrimônio cultural da humanidade.
Será respeitado o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando.
No desenvolvimento dos referidos conteúdos utilizar-se-a de textos, desenhos,
documentários, entre outros recursos para leitura, interpretação e e resolução de atividades
individuais em duplas e em grupos. Poder-se –a também fazer apresentações (teatro, jogral,
exposições de cartazes, músicas, etc).Serão utilizados os recursos tecnológicos (Tv pen drive,
laboratório de informática) e livros da biblioteca bem como textos, materiais recebidos em
cursos e o caderno pedagógico (O Sagrado no Ensino Religioso).
Durante o ano letivo também serão trabalhados, se necessário, os desafios
educacionais contemporâneos através de debates, pesquisas, leituras e discussões, que possam
contribuir para a construção do conhecimento do aluno.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá
registro de notas ou de conceitos na documetação escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo de matrícula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos
integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor
a implementação de práticas evaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação
de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os
seus objetivos.
461
Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o
auxiliem o registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos
conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que se busca com o processo
avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a
compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos e para melhorar a vivência dos
alunos enquanto cidadãos conscientes.
Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada
conforme LDB 9394/96 capítulo V – artigo 58.
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, será feita avaliações
escritas individuais ou em grupo, resumos, redações, cartazes, debates, jogos e outros que
possam identificar se existe a necessidade de recuperação de conteúdos ou estudos, que
poderá ser feita através de outras formas de avaliação, como vídeos, debates, seminários e
registros escritos.
Espera-se que o aluno:
- estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
- desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;
– reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada
grupo social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CADERNO PEDAGÓGICO. O Sagrado no Ensino Religioso. Secretaria do Estado da
Educação, 2008.
BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997.
BUENO, Regina Maria da Rocha Louros. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Círculo
de Cooperação da URI, Curitiba, 2005.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso par o Ensino Fundamental, Secretaria de Estado
de Educação. Superintendência da Educação.
ASSINTEC. Sugestão de proposta pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba, 2002.
462
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos
matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi
refletindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o
"um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do cotidiano, como a contagem e a medida de
comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os
"Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que
apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e a matemática
começou por ser "a ciência que tem por objeto a medida e as propriedades das grandezas"
(dicionário), mas atualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva.
Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao
tratamento das noções abstratas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado.
foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima
Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de
definições e o rigor no cálculo das posições dos astros.
A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das
sociedades. Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos
de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas.
Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam
despender tempo no estudo da matemática. De há quatrocentos anos para cá, a monarquia e o
clero deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser
desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário
do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer
contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos
envolvidos. E sabendo isso, atualmente poucos são os países em que não se cria matemática
nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de
matemática.
A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem
utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada
463
pelos egípcios nas construção de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de
astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos.
Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo,
arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que
olhamos existe a matemática.
A matemática que se estuda na escola aplica-se facilmente às necessidades
quotidianas. Isto é obvio até ao 9º ano mas no ensino secundário parece que ela não tem tanta
utilidade. Mas não é por acaso que se estuda matemática nas escolas.
Antes de mais, ela é útil para promover o pensamento estruturado e o raciocínio
rigoroso. Por outro lado, a sociedade evoluiu exigindo cada vez mais conhecimentos
matemáticos a todos os cidadão. Um arquitecto dirá que a Matemática é útil para auxiliar a
percepção e a criação da beleza; um engenheiro dirá que é útil para reforçar e aprovar
experiências; um físico dirá que é útil por ser a linguagem da ciência; um político dirá que a
Matemática orienta-o na administração e na implementação de leis; um psicólogo afirmará
que auxilia-o no tratamento estatístico de inquéritos; um matemático mostrará que um corpo
matemático é útil quando for aplicável a outro corpo. A matemática é um saber necessário a
todas as disciplinas e ciências, devido ao seu rigor. Deste modo se mostra que as outras
ciências não se desenvolveriam se a matemática não existisse e não fosse estudada.
De certa forma todos somos matemáticos e fazemos matemática com regularidade:
fazer as contas das compras; escolher itinerários; relacionar conjuntos de bens; inferir e
concluir a partir de premissas; etc. E confiamos sempre na exatidão dos nossos raciocínios até
prova em contrário.
Podemos considerar que a aprendizagem da matemática nas escolas é paralela ao
desenvolvimento da humanidade. O Homem há 10 mil anos mal sabia contar e agora calcula a
trajetória de um satélite. De modo semelhante, uma criança aprende a contar com 6 anos e ao
longo da sua adolescência vai aprendendo em pouco tempo aquilo que levou anos e anos a ser
inventado. A matemática conhecida por um aluno do 9º ano impressionaria o rei D. Afonso V
e certamente o convidaria para trabalhar na corte.
Para saber matemática é indispensável conhecer as suas definições e saber utilizá-las
adequadamente. Ao longo do estudo, cada vez são necessárias mais definições que utilizam as
já conhecidas. Por isso, não saber a tabuada dificulta ou impossibilita o cálculo das operações
com números relativos e depois prejudicará a resolução de equações e mais tarde o estudo de
funções, . . . A matemática é como um grande arranha-céus: se esqueces as bases podes perder
464
o prédio todo. As definições da matemática são elementares mas relacionadas. Enquanto se
estuda matemática vai-se conhecendo as definições, alguns exemplos, observações e
finalmente resolve-se exercícios.
Para saber matemática é necessário estudar, estudar, estudar. É este o segredo do
sucesso.
A matemática deve ser entendida no contexto da prática escolar como componente
necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes
compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.
As matemáticas, surgidas na Antiguidade por necessidades da vida cotidiana, tem se
transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais
ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e servem de potente instrumento para o
conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de abstração que caracteriza as
matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam inacessíveis aos que não são
especialistas. Esta qualidade abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade a noções
idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.(ALEKSANDROV
et al.
1985, p.11).
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na
criação de situações-problemas, na busca de referência para compreender melhor os conceitos
matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados
fatos, raciocínios e procedimentos.
Segundo Miguel & Miorin, 2004, “para promover uma aprendizagem significativa é
importante que o conhecimento matemático seja construído historicamente a partir de
situações concretas e necessidades reais.
No entanto, a Matemática é um saber vivo, o qual vem sendo construído ao longo da
história passando por várias tendências com diferentes concepções.
O desenvolvimento tecnológico no mundo globalizado exige pessoas criativas,
versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e
iniciativa, para resolver problemas em equipe, interpretar informações e adaptar-se a novos
métodos, comunicar-se fazendo uso de diferentes formas de representação e para utilizar
diferentes tecnologias e linguagens que vão além da comunicação oral e escrita.
Cabe a escola desafiar os alunos para que eles possam desenvolver atitudes de
responsabilidade frente as exigências da sociedade, portanto a matemática considerada como
ciência básica no desenvolvimento científico e tecnológico deve ser fundamentada na ação
465
reflexiva envolvendo aspectos pedagógicos, cognitivos e sociais.
As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania indicam
com objetivos do ensino fundamental levar o aluno a identificar os conhecimentos
matemáticos com meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o
carácter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o
interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para
resolver problema; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
realidade, estabelecendo interrelações entre eles, utilizando o conhecimento matemático
(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);
selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las
criticamente; resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínios e processos, como intuição, indução, dedução, analogia,
estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos
tecnológicos disponíveis, comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e
apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas;
estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e
conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de
construir conhecimentos matemáticos desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca
de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na
discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Conteúdos estruturantes
Conteúdos Básicos
Sistemas de numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
466
- Números fracionários; decimais; inteiros;
- Números Racionais e Irracionais;
- Equação e Inequação do 1º Grau;
- Razão e proporção;
Números e Álgebra
- Regra de três simples.
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
- Números Rais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
- Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais; Biquadradas;
- Regra de Três Composta.
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
Grandezas e medidas
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema monetário.
- Medidas de temperatura;
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
- Geometria Plana;
Geométricas
- Geometria Espacial.
- Geometrias não-euclidianas.
- Geometria Analítica;
- Dados, tabelas e gráficos;
- Percentagem
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética;
467
- Moda e mediana;
- Juros simples.
Tratamento da informação
- Gráfico e Informação;
- População e amostra.
- Noções de Análise Combinatória;
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Juros compostos.
Funções
- Noção intuitiva de Função Afim.
- Noção intuitiva de Função Quadrática.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
Conteúdos estruturantes
Conteúdos Básicos
- Números Reais;
- Números Complexos;
Números e Álgebra
- Sistemas lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios- Equações
e Inequações Exponenciais,
Logarítmicas e Modulares.
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume;
Grandezas e medidas
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
- Função Afim;
- função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
Funções
- Função Logarítmica;
468
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
- Geometria Plana;
Geometrias
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
Tratamento da informação
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos básicos do ensino fundamental deverão ser abordados de forma
articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos
pertinentes à disciplina de matemática. A abordagem dos conteúdos nesse nível de ensino de
ser numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em
séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das
vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados ampliando-os e
generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos
como instrumentos de aprendizagem.
Os conteúdos básicos de matemática no ensino médio deverão ser abordados
articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também
através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. Para as abordagens dos conteúdos
ministrados neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir
do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das
propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões
através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de
recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam
469
garantir ao aluno o avanço a estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos
matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas da ciências e da própria ciência
matemática.
Em relação as abordagens destacasse a analise e interpretação crítica para realização
de problemas não somente pertinentes para a ciência matemática para como as demais
ciências que em determinado momento fazem uso da matemática.
Os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos deverão ser articulados
com relações de interdependência, permitindo abordagens não fragmentadas e com vínculos
dos conteúdos de ensino.
As tendências metodológicas da Educação matemática que fundamentam a prática
docente são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas,
etnomatemática, história da matemática, investigações matemáticas.
Na resolução de problemas os estudantes deverão ter oportunidade de aplicar
conhecimentos adquiridos em novas situações, para resolver questões propostas, sendo assim,
o professor deverá explorar a exposição oral e resolução de exercícios variados, pois esta
prática possibilita a compreensão dos argumentos matemáticos e ajuda os alunos a perceber o
conhecimento passível de ser aprendido, estimula a discussão, o pensamento, a elaboração de
estratégia, hipóteses, registros, desenhos, ou outros recursos favorecerão a formação do
pensamento matemático livre de regras, para se chegar a uma solução aceitável os alunos
devem: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema,
elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova
estratégia.
A etnomatemática são as matemáticas produzidas pelas diferentes cultura, seu papel
é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento
matemático, portanto deve-se valorizar a história dos estudantes, suas raízes culturais nos
aspectos: memoria cultural, códigos, símbolos mitos e maneiras de relacionar e inferir, o
trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e
suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho.
A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social, assim, a
problematização de situações do cotidiano devem ser exploradas valorizando fenômenos
físicos, biológicos e sociais, possibilitando ao aluno a intervenção nos problemas reais, do
meio social e cultural em que vive, este deverá ser compatível com o conhecimento do aluno,
e oportunizando novas aprendizagens, a modelagem é assim, uma arte, ao formular, resolver e
470
elaborar expressões que sirva de suporte para aplicações e teorias.
Para dinamizar os conteúdos curriculares e potencializar o processo pedagógico o
uso dos recursos tecnológicos da Internet entre outros aplicativos devem ser estimulados.
Construções gráficas devem ser realizadas com o uso dos computadores. Abordar
atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizando a experimentação e levando
a argumentação e conjecturas sobre as atividades experimentadas.
A história da matemática no contexto escolar é importante para que os alunos
compreendam sua natureza e sua relevância na vida da humanidade. Vincular as descobertas
matemáticas aos fatos sociais e políticos. Ajuda a elaborar atividades e ao aluno, ajuda
entender e aceitar determinados conceitos matemáticos. Ajuda ao aluno entender o
conhecimento matemático a partir de situações concretas e necessidades reais.
A Investigação Matemática é recomendada pelos estudiosos e não significa que os
alunos tenham que lidar com problemas muito sofisticados, mas sim interessantes. Podem ser
desencadeados a partir da resolução de simples exercícios. O que distingue a resolução de
problemas de um exercícios é que na resolução de problemas o aluno tem que estabelecer uma
estratégia de ação, e no exercício ele pode apenas aplicar um método já conhecido. Na
investigação o problema é aberto e o professor não explicita o objetivo mas indica o método,
assim uma mesma situação problema poderá ter resultados diferentes. As investigações
matemáticas envolvem conceitos, procedimentos e representações matemáticas e carateriza-se
pelo estilo demonstração. A investigação matemática propõe conhecer o que não se sabe.
Podemos ainda articular as diferentes tendências metodológicas para uma maior
eficácia do processo de ensinar e aprender. Pode-se utilizar da interdisciplinaridade para
facilitar a compreensão ou propiciar a compreensão de um modelo matemático. As mídias,
como softwares com planilhas eletrônicas, facilitando e agilizando a resolução de atividades.
Pretende-se que ao partir de situações vivenciadas do estudante e transcenda para o
conhecimento valido cientificamente, podendo se encontrado na etnomatematica, podendo
transitar por todas as tendências.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
471
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
No processo da avaliação a sondagem diagnóstica antes de um novo conteúdo é de
suma importância, pois servirá de base para o replanejamento de nossas ações.
A avaliação é um processo contínuo, é estimular o avanço do conhecimento através
da autoavaliação, permitindo a análise dos avanços em relação aos conteúdos trabalhados
pelos próprios alunos, e permitindo ao professor o questionamento e a reorganização destes.
A avaliação deve deixar claro: os objetivos e critérios de avaliação e deve ser fonte
de auxílio aos alunos para superar as dificuldades apresentadas. O professor deve analisar se a
avaliação está coerente com os objetivos, conteúdos e habilidades trabalhados em sala de aula,
levar o aluno a sentir-se responsável no processo de aprendizagem e encarar a avaliação como
um instrumento de medida de sua evolução no processo de conhecimento.
A recuperação deve reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar
a recuperar apenas notas e conceitos, permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a
descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o
aluno a aprender. Os resultados apresentados na forma de nota de 0 à 10, deverão ser no
mínimo duas ou no máximo a critério do professor.
• Conheça os diferentes sistemas de numeração;
• Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos;
• Realize operações com números naturais;
• Expresse matematicamente, situações-problema que envolvam (as) operações com números
naturais;
• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e
número misto;
• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
• Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação.
• Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e
geométricos.
• Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
472
• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
• Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;
• Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
• Realize transformações de unidades de medida de tempo;
• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);
• Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais;
• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada;
• Reconheça e represente ponto, reta , plano, semirreta e segmento de reta;
• Conceitue e classifique polígonos;
• Identifique corpos redondos;
• Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e
perímetro de diferentes figuras planas;
• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
• Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e sues elementos.
• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e complicações de dados, sendo
capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;
• Resolva porcentagem, números na forma decimal e fracionária.
• Reconheça números inteiros e diferentes contextos;
• Realize operações com números inteiros;
• Reconheça números racionais em diferentes contextos;
• Realize operações com números racionais;
• Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
• Compreenda o conceito de incógnita;
• Interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;
• Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada
e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
• Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
• Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
473
• Compreenda o conceito de ângulo;
• Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
• Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira,
vizinhança conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
• Leia, interprete, construa e analise gráficos;
• Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
• Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
• Reconheça números irracionais em diferentes contextos;
• Realize operações com números irracionais;
• Compreenda, identifique e reconheça o número pi como um número irracional especial;
• Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
• Opere com sistema de equações do 1º Grau;
• Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
• Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas.
• Calcule o comprimento da circunferência;
• Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;
• Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal;
• Realize cálculo de área e volume de poliedros.
• Reconheça triângulos semelhantes;
• Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;
• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano;
• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares
ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos;
• Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas
propriedades.
• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
474
• Opere com expoentes fracionários;
• Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades
para a sua simplificação;
• Extraia uma raiz usando fatoração;
• identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta;
• Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;
• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
• Identifique e resolva equações irracionais;
• Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau;
• Utilize a regra de três composta em situações-problema.
• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo
retângulo;
• Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.
• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em
relação ao sinal da função;
• Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da
parábola em relação ao sinal da função;
• Analise graficamente as funções afins;
• Analise graficamente as funções quadráticas;
• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;
• Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situaçõesproblemas;
• Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
• Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;
• Noções básicas de geometria projetiva;
• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problemas que envolvam
contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
• Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
475
• Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
• Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.
Ensino Médio
• Aplique os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos;
• Compreenda os números complexos e suas operações;
• Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
• Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de
determinante;
• Identifique e realize operações com polinômios;
• Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as
exponenciais, logarítmicas e modulares.
• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes
grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades;
• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos
desconhecidos,
• Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;
• Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problemas;
• Realize análise gráfica de diferentes funções;
• Reconheça, nas sequencias numéricas, particularidades que remetam ao conceito das
progressões aritméticas e geométricas;
• Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.
• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
• Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geométrica Analítica;
• Perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a compreensão de conceitos
geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;
• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias
científicas;
• Articule ideais geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
• Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.
• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica
dos mesmos;
476
• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
• Compreenda a ideia de probabilidade;
• Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;
• Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana;
• Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra
para a representação gráfica vice-versa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NETTO, Di Pierrô; SOARES, Elizabeth. Matemática em Atividades. São Paulo; Editora:
Scipione, 2002.
JR, Giovani & Giovani. Matemática: Pensar e descobrir. São Paulo; Editora FTD, 2002.
477
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, não foi o ser predominante,
e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui
passaram.
Por outro lado, ao longo desse processo de humanização, que durou
aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala,
diferenciando-se de todas as demais formas de vida.
Isso possibilitou ao homem a
socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o
início das atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade.
Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua lógica
produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos tornaram-se
consumidores reais ou imaginários, fragmentados em diferentes classes sociais, alienados
dentro de sua própria existência. Por outro lado, não percebem quantas necessidades são
criadas pela sedução das inovações tecnológicas e o quanto estão submetidos aos apelos do
mercado de consumo. As organizações sociais, sob o égide do capitalismo, estão permeadas,
cada vez mais, pelo espírito do individualismo e do lucro financeiro.
Sob tais aspectos relevantes, a escola pública, nas últimas décadas, passou a atender
um número cada vez maior de estudantes oriundos de diversas classes populares. Ao assumir
essa função, que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a
necessidade de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade
que se quer para o país.
O avanço no processo de informação transformou o paradigma da educação, que já
NÃO pode mais ser simplesmente o de informar os valores acumulados pela humanidade ao
longo de sua origem e existência. Precisa-se trabalhar os educados de maneira a ensinar-lhes
como selecionar as informações recebidas e como transformá-las em conhecimentos.
Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido,
mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e
como dele é possível se integrar e participar ativamente. Esse processo é ao mesmo tempo
critica e avaliação do passado. O passado se concentra no presente e cria a natureza humana,
capaz de julgar objetivamente quanto subjetivamente, tanto as relações materiais e as forças
objetivas, quanto a faculdade de “ver” o mundo e de explica-los por meio de vários modos de
478
subjetividade – cientificante, artisticamente, filosoficamente, poeticamente, etc.
A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida
social rompe com o paradigma segundo o qual a educação seria um instrumento de
“conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho, disciplina, obediência, respeito
restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a inclusão social, via
profissionalização, perdem relevância em face das novas exigências colocadas pelo
desenvolvimento tecnológico e social.
A nova sociedade, decorrente da revolução
tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta
características que possibilitam assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada.
Isso ocorre na medida em que o desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se
espera na esfera do conhecimento, que no momento é questão fundamental de sobrevivência.
Os objetivos da disciplina são:
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: Pretende-se, a partir do pensamento biológico
descritivo para conhecer, compreender, e analisar a diversidade biológica existente, sem, no
entanto, desconsiderar a influencia dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se os
estudos das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção de
algumas espécies ao longo da espécie.
MECANISMOS BIOLÓGICOS: Pretende-se, partindo da visão mecanicista do pensamento
biológico, baseada na visão microscópica, descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a
discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas
orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres – do celular ao sistêmico;
considerando a visão evolutiva a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade,
bem como, as influencias dos demais conteúdos estruturantes.
BIODIVERSIDADE: Pretende-se, discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem
modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas,
garantindo a diversidade dos seres vivos; destacando-se assim a construção do pensamento
biológico evolutivo.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Pretende-se, abordar os avanços da biologia molecular; as
biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnologicos que envolvem a
manipulação genética, permitindo compreender a interferencia do ser humano na diversidade
biológica e modifica o contexto de vida; e como requer a participação crítica de cidadãos
responsáveis.
479
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica
tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas
implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais, Estão relacionados à sua
historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e
o caráter transitório do conhecimento elaborado e consequentemente, que a ciência não
apresenta verdades absolutas, uma vez que esta resulta da atividade humana de acordo com o
contexto social, político e econômico. Deve-se considerar que tal contexto corresponde ao que
não aluno pertence e para o qual poderá intervir após a ampliação de seus conhecimentos e
compreensão dos fenômenos que o cercam. Nessa concepção, a disciplina de Biologia, ao
longo do Ensino Médio deve ser capaz de trabalhar de forma integrada,por meio da
interdisciplinaridade e da contextualização, relacionando diversos conhecimentos específicos
entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizando o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos, e propiciando reflexão constante sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
Conteúdos Estruturantes
Organização dos seres vivos
Mecanismos biológicos
Biodiversidade
Manipulação genética
Conteúdos Básicos
Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
Mecanismos de desenvolvimento embriológicos.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependências
com o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
480
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O grande foco para o século em que estamos é o aprender a aprender. Esse lema não
deve ser desenvolvido apenas com os alunos; ele serve também para nós professores. Para
dar conta das transformações ocorridas no mundo e em especial das que ocorreram com os
jovens, precisa-se buscar caminhos diferenciados para a nossa atuação. Precisa-se aprender a
trabalhar com as novas gerações que chegam nas salas de aula, pois os interesses dos jovens
variam de uma geração para a outra. Assim, cabe ao professor a busca de alternativas para a
construção de competências e valores.
Não se pode parar no tempo, nem ficar à margem desse desenvolvimento que institui
tantas mudanças nos jovens.
O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que
dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de
tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar
em conta à dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, em fim, o modo como a natureza se
comporta e à vida se processa, sendo capaz de:
Descrever processos e características do ambiente onde seres vivos;
Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia:
• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo.
• Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológicos aprendido, através de
textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;
• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura
de texto e imagem, vídeo, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológicos em
estudo;
• Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos,
utilizando-se de:
- Livros didáticos;
- Livros de pesquisa;
- Revistas, jornais, folders;
- Caderno individual;
- Tv, vídeo, DVD;
- Tv pendrive;
481
- Biblioteca do professor;
- Vídeos informativos;
- Estereoscópico;
- Retroprojetor;
- Materiais de laboratório;
- Internet;
- Oficinas em parceria com as universidades;
- Projetos interdisciplinares;
•
Outros.
No entanto, mais do que informações, é fundamental que o ensino de Biologia se
volte para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as
informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender
o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia
e da tecnologia. Nessa perspectiva, as relações estabelecidas entre professor-aluno e alunoaluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para que as aulas
sejam dinâmicas, interessantes e produtivas.
É relevante ressaltar, que para a concretização do “pensar, fazer e aprender”; deve-se
valorizar, não só conhecimento biológico da vida, mas a sua essencia, as diferentes formas de
expressa-la. E os Desafios Educacionais Comtemporâneos que são: Educação ambiental,
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História
e Cultura Afro-brasileira e Africana e Sexualidade, que a mesma apresenta.
Enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações
entre os seres humanos, entre leis e o meio, entre o ser humano e o conhecimento nos
diferentes ambientes e em diferentes situações, contribuindo para uma educação que formará
indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do
mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar
decisões.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
482
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
Toda relação de saber se dá a partir da interação do sujeito com os objetivos de
conhecimento, da relação com os outros e da relação consigo próprio. Significa que cada
aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas
aprende o mundo de forma amis rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da
cooperação dos adultos que medeiam o seu saber.
É função da avaliação a promoção
permanente de espaços interativos sem, entretanto, deixar de privilegiar a evolução individual
onde promover ações mediadora que tenham sentido coletivo.
Para que o processo avaliativo tenha sentido, as propostas educativas precisam estar
articuladas em termos de gradação e complexidade. O objetivo é fazer desafios superáveis
aos alunos, de modo que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras
perguntas sobre elas, em outras dimensões, sobre outros assuntos, sob diferentes formas e
provocativas também em termos de estratégias de pensamentos.
Nesse sentido, a
heterogeneidade, ou seja, os diferentes saberes dos alunos, que cooperam entre si e debatem
os assuntos, é fator fortemente faz oferecedor da melhora das aprendizagens.
Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem
crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o
processo cognitivo,contínuo, inacabado, portanto, em construção.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino-aprendizagem,
abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do
processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes
elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o
conhecimento e o aluno.
A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá
observação e investigação visando à melhoria da qualidade de ensino.
Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é
obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela
intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de
decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e
organize-se para as mudanças necessárias.
483
Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do processo de
ensino-aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas penas das e
realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professor e aluno tornam-se observadores dos
avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.
A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer
pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre
todos os elementos da ação educativa.
Espera-se que o aluno:
•
Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
•
estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos
vegetais e animais, e dos vírus;
•
Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular),
tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia
(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
•
Reconheça e compreenda a classificação filogenética dos seres vivos;
Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
•
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
•
Identifique a estrutura e funcionamento das organelas citoplasmáticas;
•
Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos
que ocorrem no interior das células;
Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
•
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
Compare e estabeleça diferentes morfológicas entre os tipos celulares mais
•
frequentes nos sistemas biológicos ( histologia);
•
Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
•
Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos
seres vivos;
•
Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias;
•
Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
•
Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do
484
equilíbrio dos ecossistemas;
•
Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o
meio em que vivem;
•
Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
•
Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócioambientais;
•
Relacione os conhecimento biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade biológica;
•
Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioético da
pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
É necessário dinamizar os métodos avaliativos uma vez que segundo a LDB, lei nº
9394/96 considera a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os qualitativos”. A partir dessa concepção, deve ser utilizado
vários recursos como diferentes atividades: escritas, expositivas, reflexivas; com debate,
seminários, pesquisas, apresentações, tanto no ambito da sala de aula como em atividades
extraclasse; permitindo que o aluno tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e
organize-se para as mudanças necessárias, se necessário, com recuperação de conteúdos e em
contrapartida a ação docente esteja sujeita, também a uma avaliação, exigindo observação,
investigação e retomada de práticas que visem a melhoria na qualidade do ensino.
Quando fala-se em qualidade do ensino, falamos em qualidade para todos, sejam
alunos ditos “normais” ou alunos com necessidades educacionais especiais. Para estes,
“especiais” deve haver uma adaptação aos conteúdos curriculares, seja qual dor sua
necessidade Para que isso transcorra é necessário que o professor adote uma postura
diferenciada adequando os conteúdos a uma prática flexível que venha a atender e suprir as
necessidades deste aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez / 2002, p.19.
CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002.
485
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO. Resolução
CNE/CEB 03/08.
HOFFMANN, Jussara. O Jogo do Contrário em Avaliação. São Paulo: Mediação, 2005;
LAURENCE, J. Biologia, São Paulo: Nova Geração, 2009.
MACHADO, Sídio. Biologia: De Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione, 2005.
MEC/SEB – Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília, 2004.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2006.
HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br – Departamento de Políticas Públicas Educacionais,
CADEP/CGE.
486
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia, que tem a sua
origem na Grécia, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o
pensamento de Platão e as teorias sofistas.
Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o
papel da retórica no ensino.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é
garantir que os métodos de ensino não lhe disturbem o conteúdo.
O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza.
Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela
vida fora sempre
agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais de seu
tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o
consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finita,
definido, óbvio; para ele, os objetos habituais não regem problemas, e as possibilidades
familiares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário,
imediatamente caímos na conta de que até os objetos mais ordinários conduzem o espirito a
certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz
de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela
própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos,
descativando-nos da tirania do hábito.
O trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que
e constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e
sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial
sentido e significado político, social e educacional.
As Diretrizes fazem a opção pelos seguintes pelos seguintes conteúdos estruturantes:
Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e
Estética.
A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares
excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas partilham
a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco
487
de tornar-se superficial.
A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem,
assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões
realizadas pelo professor e pelos estudantes em sal de aula.
Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser
desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as
diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em
consideração.
A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente
no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata
pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.
A partir do final do século XIX, a filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o
que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados
nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,
anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e
perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.
Não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos
estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se
de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da
disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa
com o presente.
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino
jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum.
Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram
entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja
Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local.
Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos
oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória.
A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n.
5,692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do Segundo
Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.
A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de
redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da filosofia ao Ensino
488
Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreu em vário estados do Brasil. Na
Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que
contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço
da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n. 5692/71.
A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial par a
criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse movimento intelectual
defendeu a presença da Filosofia nos currículos escolares brasileiros e, por isso, constituiu um
importante marco na afirmação dessa disciplina na formação do estudante do nível médio.
Somente em 1994, por indicativa do Departamento de Ensino Médio, (denominado à
época Departamento de ensino de Segundo Grau), e dos professores da rede pública,
iniciaram-se discussões e estudos voltados para elaborar uma proposta curricular para a
disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia
para o Ensino de Segundo Grau.
Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o
Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada na escolas do Estado
do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a re-estruturação
do sistema público de ensino.
A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a ser
discutido.
É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o
pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o
espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre
as diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É importante aqui ressaltar a
dimensão político do filosofar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava que, ao
final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de
Sociologia necessários ao exercício da cidadania”!
Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a
Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da
Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.
No Estado do Paraná, foi aprovado a lei n. 15.228, em junho de 2006, tornando a
filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.
Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de
489
Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da
sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em
junho de 2008 pela lei 11.684.
A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem
compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição
insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve as
potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica: qualidades de
sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de
dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para
repensar,
imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do
pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação.
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluri dimensional e democrática,
capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações.
Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao
estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e
criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão
vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
- Saber mítico – passagens do pensamento mítico
para o pensamento racional.
- Saber filosófico.
- Mito e Filosofia
- Relação mito e filosofia.
- Atualidade do mito.
- O que é a filosofia? Contexto histórico e político.
Surgimento da filosofia.
Teoria e conhecimento
- Possibilidade do conhecimento.
- As formas de conhecimento.
- O problema da verdade.
490
- A questão do método.
- Conhecimento e lógica.
- Ética e moral.
- Pluralidade ética.
- Ética e violência.
Ética
- Razão, desejo, vontade.
- Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das
normas.
- Relação entre comunidade e poder.
- Liberdade e igualdade.
Filosofia Política
- Política e ideologia.
- Esfera pública e privada.
- cidadania formal e ou participativa.
- Concepções de ciências.
Filosofia da ciência
- A questão do método científico.
- Contribuições e limites da ciência.
- Ciência e Ideologia.
- Ciência e ética.
- Natureza da arte.
- Filosofia e arte.
- Categorias estéticas – feio, belo, sublimetrágico,cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética
- Estética e sociedade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A atividade filosófica centrada, sobre tudo no trabalho com o texto propiciará
entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a
precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do
caráter fragmentário do conhecimento.
O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiencia daquilo que é
específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá
491
manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras e
análise de textos, organiza debates e sugere pesquisas e sistematizações.
As aulas serão expositivas e dialogadas. Haverá exercícios escritos e oralmente
apresentados e discutidos, apresentação de trabalho em equipe debate de temas relevantes,
fundamentadas em leituras. Serão realizadas atividades individuais e coletivas como: análise
crítica de propagandas de TV, textos clássicos, temas jornalísticos, músicas, filmes, produção
de texto, colagens, interpretação de charges, leituras que propiciem a reflexão inclusive os
assuntos que envolvem os desafios contemporâneos.
O trabalho com os conteúdos de filosofia dar-se-á em quatro momentos:
• a mobilização para o conhecimento;
• a problematização;
• a investigação;
• a criação de conceitos.
O ensino da filosofia pode começar, pela exibição de um filme ou de uma imagem,
da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as
possibilidades de atividades a serem conduzidas pelo professor para instigar e motivar
possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.
A isso se denomina mobilização para o conhecimento.
A partir do conhecimento em discussão, a problematização ocorre quando o
professor e alunos levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo.
E imprescindível recorrer a história da filosofia e aos textos clássicos dos filósofos
pois neles o aluno se defronta com o pensamento filosófico.
Pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes
maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais
orientam e dão qualidade à discussão.
O ensino de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso
é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com a
análise da atualidade, com uma abordagem que remeta ao aluno a sua própria realidade.
Dessa forma, o aluno, poderá formular conceitos e construir seu discurso filosófico, e
estará apto a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideais e
conceitos de caráter criativo e de socializá-los. O texto filosófico que ajudou os pensadores a
entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o
492
objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os
problemas de nossa sociedade.
Após este exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não
está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,
de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios
lógicos, num pensar coerente e crítico.
É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeada por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientam o seu trabalho.
Ao articular vário elementos, o ensino de Filosofia pressupões um planejamento que
inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégia, a fim de que a investigação
seja fundamento do processo de criação de conceitos.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n.9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua
função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem.
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e
especializações, espera-se que o aluno possa compreender, pensar, pensar e problematizar os
conteúdos básicos. Com isso o aluno irá desenvolver a atividade filosófica e poderá formular
suas respostas quando tomar posições de forma escrita, oral, argumentar e criar conceitos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
493
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio
da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com
isso, torna-se possível a avaliação como um processo.
Com isso o aluno terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e
criativo.
Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar
e identificar os limites dessas posições.
Avaliação é um processo contínuo. Sendo assim, o aluno não será avaliado em um
único momento. No decorrer do bimestre serão realizados no mínimo duas avaliações com
peso dez. Essas avaliações poderão ser através de provas escritas, trabalhos realizados extra
classe e apresentados oralmente e produções textuais. Se necessário no decorrer do bimestre
será oportunizado aos alunos a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi
assimilado. Cada aluno é um ser particular, portanto, será consideradas suas limitações no
desenvolvimento das atividades avaliativas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAUÍ, Marilene. Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2005.
OLIVEIRA, Pérsia Santos de. Introdução a Filosofia, São Paulo.Editora Ática 2005.
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. Editora Moderna; São Paulo.
SISTEMA NOBEL, Apostila de Filosofia. Editora Liceu. 2005.
REVISTA, Mundo Jovem.
FILOSOFIA, Consenso e Conflitos. Editora UEPG.
PORTAL DA EDUCAÇÃO, Governo, Pr.
REVISTA, Discutindo a Filosofia. Editora Escala. (mensal);
TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e Adolescentes: Editora Vozes.
REVISTA, Filosofia. Ciência e Vida. Editora Escala, Ano 2007, número 06.
LIVRO DIDÁTICAO, Filosofia, Governo, PR.
494
PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por
isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza. Ressalte-se que os
conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da
natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e
entender essa natureza.
A Física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz
considerando a dimensão crítica do conhecimento científico cobre o Universo de fenômenos e
a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e
envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa
a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência.
Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com interesse dos gregos
em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à
astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.
Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico
favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas a vapor à
indústria trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para grandes
transformações sociais e tecnológicas e também para o desenvolvimento da termodinâmica.
O escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861, previu que os campos
eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado por Heinrich
Hertz. A velocidade destas ondas coincidem com a da luz, levando à formulação da teoria
eletromagnética da luz, completando assim, a unificação que Faraday iniciara. Ao lado da
teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do eletromagnetismo,
sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os campos de força até então
conhecidos, ao mesmo tempo em que lançou as bases tanto para a produção e uso da energia
elétrica quanto para as modernas telecomunicações.
Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX.
Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que as equações de
495
Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir
pela preservação da teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma
nova visão do espaço e do tempo, sem o éter.
O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, propostos
nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da
Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático como ditador do
trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à memorização de modelos,
conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades absolutas,
como coisas reais.
Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação
matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção
humana com significado histórico e social.
Assim, serão objetos de análise no trabalho docente: os sujeitos (docente e
estudante), os processos de seleção e socialização dos conteúdos escolares, o processo de
avaliação, a realidade escolar, bem como a sociedade em que vivemos.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a sociedade e o
contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer considerar as ideias de um
cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar histórias ou lendas.
Ao preparar sua aula o professor deve ter em vista que a produção científica não é
uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção
racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim:
 O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento
trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais.
Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que
influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;
 A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que
contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor
interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no
ambiente escolar;
 Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa
disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física.
É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos
496
conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.
A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor do
conhecimento físico. Nas novas Diretrizes Curriculares, recoloca-se o professor no centro do
trabalho pedagógico como sujeito indispensável nesse processo.
Ao propor um currículo de física para o ensino Médio é preciso considerar que a
educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma
atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o cerca. Dessa
perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos
tecnológicos.
Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os
fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em
construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender,
também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade,
destacando-se a não-neutralidade da produção científica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje
compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar.
Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo
que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.
O embasamento histórico da física, mostra a necessidade de por objetivo buscar um
quadro conceitual de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o
Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem.
Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo
da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX:
• A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae
naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica);
• A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,
Kelvin, Helmholtz e outros;
• O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de
homens como Ampére e Faraday.
497
Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,
princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes
derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas.
Escolheu-se esses campos porque, embora tenham evoluídos separadamente, elas são
teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a estática, a dinâmica e
a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos sobre gases, pressão,
temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o magnetismo, a
eletricidade e a óptica.
Movimento
• Momentum e inércia
• Conservação de quantidade de movimento (momentum)
• Variação da quantidade de movimento = Impulso
• 2ª Lei de Newton
• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
• Energia e o Princípio da conservação da energia
• Gravitação
Termodinâmica
• Leis da Termodinâmica
• Lei zero da Termodinâmica
• 1ª Lei da Termodinâmica
• 2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnética
• Força eletromagnética
• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
• A natureza da luz e suas propriedades.
Ao abordar o conhecimento científico em seus aspectos qualitativos e conceituas,
filosóficos e históricos, econômicos e sociais, e ensino de física contribuirá para a formação
de estudantes críticos.
498
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia escolhida, é
importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a respeito do tema para
que ocorra uma aprendizagem significativa.
O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor
como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de
outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do
professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O
professor é quem sabe quando e como utilizar o livro didático.
Na escola, o conhecimento científico pode ser tratado por meio dos modelos, mas é
preciso lembrar que modelos físico escolares não são os modelos produzidos pela ciência.
Tanto o conhecimento científico quanto os modelos, ao serem traduzidos para o ensino
escolar, sofrem uma adequação em termos de especificidade conceitual e de linguagem.
Ao partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos em suas
possibilidade e limitações, de modo a explorar o senso comum e rejeitar o argumento de que
aprender Física o pré-requisito é saber Matemática.
O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas
entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além
das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter
um valor numérico de grandeza.
Isso pode ocorrer através da resolução literal em contrapondo à resolução
matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a relação entre todas as grandezas
físicas envolvidas – uma expressão matemática literal para depois realizar o cálculo e chegar a
um valor.
O uso da história no ensino de Física deve, também, mostrar a não neutralidade da
produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos,
enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência.
O que se propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas aulas, a História
da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo.
As considerações expostas a respeito da História da Ciência, ao serem incorporadas
ao plano de trabalho docente, podem ajudar o estudante a compreender que a busca do
conhecimento físico não foi e não é um caminho de direção única, tampouco linear, mas
499
repleto de dúvidas, contradições, erros e acertos, motivado por interesses diversos.
No ensino de Física, é deve-se considerar a importância das atividades experimentais
para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos.
Assim, é fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na
ciência, no processo de construção do conhecimento científico. Essa compreensão determina a
necessidade (ou não) das atividades experimentais nas aulas de física.
A utilização de textos, empregando a leitura científica no ensino de Física, é
defendida por pesquisadores, porém, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados,
sobretudo quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será
o interlocutor nessa proposta de leitura.
O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso devem-se evitar
perguntas com respostas diretas que não permitam uma reflexão em torno dos saberes
divulgados no texto. É importante que as questões propostas despertem o interesse do
estudante. Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos
mais simples aos mais sofisticados, em nossa casa e no ambiente escolar: retroprojetores,
televisões, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros. Portanto, não se
trata mais de ser a favor ou contra, usar ou não usar, mas de planejar o uso do recurso
tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral dos sujeitos, de
modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.
A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem
como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive,
abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física.
Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de acordo com
o plano de trabalho docente feito pelo professor. O computador, o livro, TV, o filme, são
meramente instrumentos e recursos para o ensino e não substituem o professor.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
500
AVALIAÇÃO
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que
o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares,
quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.
Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma
nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem
dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.
A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de
vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se pelo
estabelecimento no regimento escolar.
Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento
pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato
educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria condições reais para a
condução do trabalho pedagógico.
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de
intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.
Espera-se que o estudante:
•
formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e
compreenda a visão de mundo dela decorrente;
•
compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de
partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da
incerteza);
•
perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o
conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da
mecânica clássica: trajetória;
•
compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção científica
ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à
variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma
medida dessa resistência (translação);
•
compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade
apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição
dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição do momento de inércia
501
implica num aumento de velocidade de giro e vice-versa;
•
associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um
sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à
concepção de massa e inércia;
•
entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)
como dependentes do referencial e de natureza vetorial;
•
perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à
conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de
movimento translacional ou linear;
•
compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os
movimentos rotacionais;
•
perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os
translacionais como os rotacionais;
•
perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a
aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;
•
aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificando na 1ª lei de
Newton e as noções de equilíbrio estável e instável;
•
reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais deferentes situações.
Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma
construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos
princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia,
aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos externos à Física.
Assim, ao se avaliar o estudo espera-se que ele:
•
conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas
formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial
gravitacional;
•
perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação
de energia;
•
compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou
seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia,
indicada pela grandeza física potência.
Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma
construção científica importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos celestes e
502
terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde os
primeiros estudos sobre a natureza até Newton.
Assim, ao se avaliar o estudo, espera-se que ele:
• associe a gravitação com as leis de Kepler;
• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de
vista clássico;
• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria
da Relatividade Geral.
Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da
termodinâmica, composto por ideais expressas nas sua leis e em seus conceitos fundamentais:
temperatura, calor e entropia.
Assim, ao se avaliar os estudantes, espera-se que ele:
•
compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para
o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para
o desenvolvimento das ideias na termodinâmica;
•
formule o conceito de pressão de um fluído, seja ele líquido ou um gás, e extrapole
o conceito a outras aplicações físicas;
•
entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de
um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;
•
diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das
formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da
termodinâmica;
•
compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de
Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a
Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;
•
associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor;
•
compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como
propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma
forma, o conceito de calor latente;
•
identifique dos processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm
acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio
físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere
503
um estudo da entropia;
•
compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e
artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;
Espera-se que o estudante:
•
compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a
fundamentam;
•
compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois
todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga;
•
compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de campo deve
ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda
essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico
para a teoria e mediador da interação entre cargas;
•
compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para
a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;
•
entenda o campo como uma entidade física dotada de energia;
•
aprenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a
corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
•
associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
•
conheça as propriedade elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e
a condutividade;
•
conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
•
entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao
•
reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos,
campo;
pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e
propriedades dos gases;
•
compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético
sobre a corrente elétrica;
•
entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes;
•
conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação
de energia, como a nuclear e a eólica.
504
•
compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
•
perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à
elétrico;
transformação/variação de energia elétrica.
A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de
Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos
realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da
natureza corpuscular da luz (os quanta).
Isso contribui para a apresentação da Física como uma ciência construída e em
construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
• entenda a propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
•
conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as
radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de
partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;
• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a
mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de
reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa,
dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de fenômenos
cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se
sobressai;
• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação
do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos
estudados;
• compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria,
apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito
fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminoso), ou seja, entenda a luz
a partir do comportamento dual;
•
extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por
exemplo ao elétron.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
505
SAMPAIO, José Luiz. Física: volume único/ José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2.
ed. – São Paulo: Atual, 2005. – (Coleção ensino médio Atual)
Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Física, 2008.
a
506
PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A química está relacionada às necessidades dos seres humanos e todos devem
compreender isso. É necessário dessa forma, ter um conhecimento básico da química, para
ver que a química instrumentaliza o cidadão e assim o mesmo ter uma visão mais crítica
quanto aos problemas causados pelo próprio homem, sendo a poluição, o uso de inseticidas, a
fabricação de explosivos entre outros. Sendo assim deve-se haver um estabelecimento da
relação entre aprender química e exercer cidadania. O conhecimento científico, na medida em
que permite uma interpretação mais clara de fenômenos cotidianos, possibilita ao cidadão a
correta tomada de decisões e, por consequência, uma melhor qualidade de vida.
Para o homem, saber como se desenvolve o conhecimento da Química, processará
nele um pensamento crítico mais elaborado. Através do estudo da química levará a
compreensão das formulações de hipóteses, controle de variáveis de um processo,
generalização de fatos por uma lei, elaboração de uma teoria e construção de modelos
científicos.
Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses
produtos e o homem como articulador deve estar consciente de seus atos.
Percebe-se em tudo isso a importância do estudo da Química. A concepção
espontânea sobre os conceitos que se adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos
objetos no seu espaço de convivência, faz-se presente no início do processo de ensinoaprendizagem. Por sua vez a concepção científica envolve um saber socialmente construído e
sistematizado, que requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar.
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente
produzidos.
No Brasil as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química,
surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política
e econômica que ocorriam na Europa. Segundo Chassot (1995) a construção dos currículos
nessa época tiveram por base três documentos históricos que foram produzidos em Portugal,
na França e no Brasil.
As recomendações de Coimbra definiram o que seria o ensino em Portugal e
marcaram fortemente todo o período imperial Brasileiro. As diretrizes para cadeira de
507
química, elaborados pelo Conde da Barca influenciadas por uma carta do Rei de Portugal,
reconheciam a importância da química para o progresso do estudo da medicina, cirurgia e
agricultura, e além disso, indicavam o ensino dos princípios práticos da química e seus
diferentes ramos aplicados às artes e à farmácia para o perfeito conhecimento dos muitos e
preciosos produtos naturais do Brasil.
O 1º Congresso Brasileiro de Química realizou-se em 1922, no Rio de Janeiro, tendo
como resultados a fundação da Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade
Brasileira de Educação e o movimento de modernização para o Ensino Brasileiro. Entre os
anos de 1929 a 1990 ocorreram várias crises econômicas, sociais e políticas favorecendo os
inúmeros movimentos de transformação do ensino de Química.
Nos anos 90, as mudanças neoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram a
educação em pauta, novamente afetando as discussões a respeito do currículo.
Encontros e conferências foram realizadas em âmbito mundial, priorizavam a
educação como alvo das reformas necessárias para a formação do trabalhador, ocorrendo
assim a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB 9394/96), bem como a construção dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).
Nessas Diretrizes a preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de Química,
deixando de lado o modo simplista como era tratada nos PCNs. A abordagem no ensino de
Química, será norteada, pela construção/reconstrução de significados dos conteúdos
científicos vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos sociais e culturais.
Nas diretrizes, propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química: as substancias e
os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa
relação dialógica, em que os conceitos químicos constitua apropriação de parte do
conhecimento cientifico, o qual segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de
sujeitos que compreendam e questionam a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade,
uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via
experimentação.
A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua
função pedagógica de auxiliar o aluo na explicitação, problematização, discussão, enfim, na
significação dos conceitos químicos.
O Estudo da Química em seu caráter geral tem vários objetivos gerais, dentre eles os
de:
508
• Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das
questões sociais relativas à ciência e a tecnologia
• Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à
natureza da ciência
• Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais
• Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar;
• Desenvolver habilidades de raciocínio lógico
• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa,
utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas
modificações ao longo do tempo;
• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o
conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc)
• Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macróspica (lógica
- empírica)
• Compreender os fatos químicos dentro de uma a visão macroscópica (lógicoformal)Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões
sociais relativas à ciência e a tecnologia
• Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à
natureza da ciência
• Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais
• Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar;
• Desenvolver habilidades de raciocínio lógico
• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa,
utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas
modificações ao longo do tempo;
• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o
conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc)
509
• Compreender dados quantitativos, (estimativa e medida), compreender relações
proporcionais presentes na química.
• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de outros
dados.
• Saber identificar e traduzir dados, informações, relatos relevantes.
• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química,
selecionando procedimentos experimentais pertinentes.
• Quanto à seleção dos conteúdos, é comum ser enfatizado o trabalho com temas
como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, poluição, drogas, química da
produção, etc. e portanto propõem-se que o ponto de partida para a organização dos conteúdos
curriculares, sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de
análise, tais como:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA
- Constituição da matéria;
- Estados de agregação;
- Natureza elétrica da matéria;
- Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).
- Estudo dos metais;
- Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
- Substância: simples e composta;
- Misturas;
- Métodos de separação;
- Solubilidade;
- Concentração;
510
- Forças intermoleculares;
- Temperatura e pressão;
- Densidade;
- Dispersão e suspensão;
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
- Reações químicas;
- Lei das reações químicas;
- Representação das reações químicas;
- Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos
reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão);
- Fatores que interferem na velocidade das reações 8superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);
- Lei da velocidade das reações químicas;
EQUILÍBRIO QUÍMICO
- Reações químicas reversíveis;
- Concentração;
- Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);
- Deslocamento e equilíbrio (principio de Le Chatelier): concentração, pressão,
temperatura e efeito dos catalizadores;
- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks);
LIGAÇÃO QUÍMICA
- Tabela periódica;
- Propriedade dos materiais;
- Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
- Solubilidade e as ligações químicas;
- Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
- Ligações de Hidrogênio;
- Ligação metálica (elétrons semi-livres)
- Ligações sigma e pi;
- Ligações polares e apolares;
- Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
- Reações de Oxi-redução;
511
- Reações exotérmicas e endotérmicas;
- Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;
- Variação de entalpia;
- Calorias;
- Equações termoquímicas;
- Princípios da termodinâmica;
- Lei de Hess;
- Entropia e energia livre;
- Calorimetria;
RADIOATIVIDADE
- Modelos Atômicos (Rutherford);
- Elementos químicos (radioativos);
- Tabela Periódica;
- Reações químicas;
- Velocidades das reações;
- Emissões radioativas;
- Leis da radioatividade;
- Cinética das reações químicas;
- Fenômenos radiativos *fusão e fissão nuclear);
GASES
- Estados físicos da matéria;
- Tabela periódica;
- Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão
x volume e temperatura x volume);
- Misturas gasosas;
- Diferença entre gás e vapor;
- Leis dos gases.
FUNÇÕES QUÍMICAS
- Funções Orgânicas
- Funções Inorgânicas;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
512
O estudo da Química será iniciado pelo histórico da Química para possibilitar ao
aluno a compreensão do processo de elaboração desse conhecimento. Ter noções básicas de
Química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação
do conhecimento químico para toda a sociedade.
Haverá uma abordagem histórica para cada um dos conteúdos estruturantes, havendo
também abordagem social, ambiental, representacional, experimental e cultural.
Será contextualizado o conteúdo de química na bioquímica com a atmosfera,
hidrosfera e litosfera. Na química sintética será relacionado o conteúdo com a transformação
de materiais e produção de materiais artificiais. Quanto ao conteúdo estruturante da matéria
será explorado por meio de modelos e representações sempre contextualizando e
demonstrando a natureza em níveis macroscópicos e também microscópicos.
O estudo da química estará presente no cotidiano dos alunos evitando que esta seja
apenas algo descritivo, com repetição de fórmulas, mas sim de maneira clara e
contextualizada mostrando sempre exemplos para o entendimento do aluno.
O ensino da química deve permitir a construção de uma visão de mundo,
contribuindo para que o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante
transformação. Os conteúdos serão abordados de maneira que permita a contextualização do
conhecimento, sendo trabalhados com a participação efetiva do e4ducando, promovendo um
diálogo mediador da construção do conhecimento. Os elementos químicos e às substâncias
químicas serão estudados de maneira que o aluno possa conhecer os métodos de obtenção e
características procurando compreender melhor os seus efeitos e a sua utilização nos diversos
setores da vida humana.
A leitura e a interpretação de textos científicos, a construção de tabelas e gráficos,
análise de embalagens para conhecer a composição química de produtos industrializados.
Ter noções básicas de química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber
exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
513
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem e abarca não
somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do professor e a estrutura de
funcionamento da escola e do sistema de ensino. No que diz respeito à avaliação do aluno é
imprescindível que seja contínua com o acompanhamento de suas atividades no dia-a-dia,
fornecendo o retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno.
Seguindo as diretrizes, avaliação deve ser concebida de forma processual e
formativa, sob os condicionantes do diagnostico e da continuidade. Esse processo ocorre em
interações reciprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo
pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação
processual e formativa leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo
de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (Maldaner, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere
os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos
químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Os temas contemporâneos (Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na
Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana e Sexualidade) serão abordados durante o ano letivo, considerando-se que são temas
muitas vezes presentes em nossa sociedade, o que os torna relevantes para compreensão e
entendimento às transformações que ocorrem em nossa sociedade.
A avaliação deve ser ainda funcional porque verifica se os objetivos previstos estão
sendo atingidos, orientados e permitindo ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quento antes
e integral.
A avaliação será feita através de trabalhos de pesquisa, trabalho individual ou
coletivo, prova oral, auto-avaliação e provas escritas de tipos variados que quando necessário
haja a recuperação paralela.
Espera-se que o aluno:
514
• Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da
Química;
• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;
• Problematize a construção dos conceitos químicos;
• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
produção do conhecimento químico.
• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre
modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;
• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo
básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração,
forças intermoleculares, etc.;
• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,
representações condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;
• Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos:
concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,
concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio
aquoso;
• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo
de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;
• Entenda as reações químicas como transformações da matéria e a nível
microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;
• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na
natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;
• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos
gases, modelo de partículas e as leis dos gases;
• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra
espécie com a qual estabelece interação.
Aos alunos com necessidades especiais, os critérios avaliativos levarão em
consideração as especificidades dos mesmos dentro de suas limitações, considerando-se os
temas propostos.
515
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COVRE, Geraldo José. Química Total, São Paulo: FTD, 2001.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, Química, 2006.
SARDELLA, Antônio. Química, São Paulo: Ática, 2001.
PERUZZO, Francisco Miragaia, São Paulo: Moderna, 2003.
516
PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais, que
trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da
ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a
absorvê-las nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na
Europa, uma ciência, disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da
juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos
sem muito tempo para digeri-los.
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcada pelas
consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma
social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo,
com sua fé na razão e no progresso da civilização.
No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe
social, e dos operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, a revelação como
explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua
em um pensamento social questionador da mudança na sociedade. A Sociologia, termo
empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência
conclusiva e síntese de todo o caminha científico da humanidade, considerada capaz de
estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências.
Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo , o
período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção
do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição
dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade
passou por mudanças, com a destruição
da servidão e da organização camponesa, a
consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa
da atividade artesanal em manufatureira.
Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho
mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na
sociedade.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia faz
517
emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução
pelos primeiros pensadores sociais, - Comte, Durkheim, Weber e Marx.
A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade
industrial e toda a contradição deste processo.
Os anos de 1930 foram de plena efervescência para a Sociologia que se
institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no
campo da pesquisa e da editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobres
as peculiaridades da cultura e sociedade brasileiras.
O período de 1945 a 1974 foi de grandes mudanças econômicas, sociais e
institucionais, no Brasil, e as pesquisas trataram de temas da política e da cultura de forma
simultânea, atualizando-os sob a luz de métodos de investigação científica que se firmavam
na Sociologia. O período da ditadura militar marcou uma inflexão na Sociologia, que se
desenvolvia e teorizava acerca das tendências da revolução brasileira, abortada nos anos
sessenta. Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americanos floresceu,
sobretudo entre os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina,
em decorrência do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional n. 5, em 1968.
Florestan Fernandes foi professor da cátedra de Sociologia na USP e é considerado o
fundador da Sociologia Crítica no Brasil. Fernandes participou do projeto da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, concebendo a ciências como racionalizadora da vida social
por meio da democratização educacional, a instauração de um sistema educativo moderno,
laico, público, com pedagogia voltada às necessidades das classes populares.
A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas, a
partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a educação
e a Sociologia mostra que as escolas normais. O vínculo ente a educação e a Sociologia
mostra que as escolas normais foram
redutos importantes para a disseminação do
conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A formação de professores para o
ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de consolidação da Sociologia como disciplina
curricular.
Quando em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação
publicaram os novos currículos para o Ensino Médio, a sociologia não foi incluída entre as
disciplinas obrigatórias, complementares e optativas, de acordo com Santos (2004).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para
a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art. 36,§ 1º, inciso lll,
518
expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários
ao exercício da cidadania”.
O Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei 9.394/96, a inclusão da
Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio, e , a partir de 2007 os conselhos estaduais de
Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas. No dia 02 de junho de 2008, é
aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para incluir a Filosofia e a Sociologia
como disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio.
A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo
Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de
Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em que a disciplina será
ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de
equidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para
todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas.
A Sociologia deve ser vista como construtora histórica e social, desempenhando o
papel de focalizar os problemas que moldura a realidade, questionando e buscando respostas
múltiplas para construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva.
A partir da construção e concepção de sociedade é passível ao aluno compreender a
emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais.
Portanto, professores e alunos precisam questionar os problemas sociais, da
atualidade. A escola deve sair da rotina e buscar uma integração à nova realidade, fazendo
com que disciplinas se tornem atraentes. Em sociologia devemos deixar claro para o aluno o
direito da cidadania, devendo ter em mente a construção de um amplo campo de debates e
pensamentos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
-
Formação
e
consolidação
da
sociedade
capitalista e o desenvolvimento do pensamento
1- O Surgimento da Sociologia e social.
- Teorias
Teorias Sociológicas
sociológicas
clássicas:
Comte,
Durkheim, Engels, e Marx Weber.
-O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
519
- Processo de socialização.
- Instituições Sociais; Familiares; Escolares;
2 – O Processo de Socialização e as Religiosas.
Instituições Sociais.
- Instituição de Reinserção (prisões, manicômios,
educandários, asilos, etc.).
- Desenvolvimento antropológico do conceito de
cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades;
- Diversidade Cultural;
- Identidade;
- Indústria cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de consumo;
3-
Cultura
e
Indústria
Cultural
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de gênero;
- Cultura afro brasileira e africana;
- Cultura indígena;
- O conceito de trabalho e o trabalho nas
diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais; estamentos, castas,
classes sociais;
- Organização do trabalho nas sociedades
capitalistas e suas contradições;
- Globalização e Neoliberalismo.
4-
Trabalho,
Produção
e
- Relações de trabalho;
Classes Sociais
- Trabalho no Brasil.
- Formação e desenvolvimento do Estado
Moderno;
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
5- Poder, Política e Ideologia
- Estado no Brasil;
- Conceitos de Poder;
- Conceitos de Ideologia;
520
- Conceitos de dominação e legitimidade;
- As expressões da violência nas sociedades
contemporâneas;
- Diretos: civis, políticos e sociais;
- Direitos humanos;
6- Direito, Cidadania e movimentos - Conceito de cidadania;
Sociais.
- Movimentos sociais;
- Movimentos sociais no Brasil;
-
A
questão
ambiental
aos
movimentos
ambientalistas;
- A questão das ONG's.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Em
Sociologia,
devemos
atentar
especialmente
para
a
proposição
de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem
ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos
didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão
de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passiveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os
alunos relacionem a teoria com sua prática social.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessário a
articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e
contextualização propostas.
A atuação do docente deverá ser a de levar o educando a pesquisar a contribuição da
sociologia nas suas relações sociais.
Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os conteúdos
Estruturantes e os conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada.
Considera-se relevante no exercício pedagógico da sociologia manter no horizonte de
análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos
tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de
Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte
521
temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em
cada teoria trabalhada.
Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de
pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje.
Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou
reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e
política das teorias seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensinoaprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e
práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em
suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.
Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de
maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações
históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis
mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da
contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando
fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais,
podendo alterar qualitativamente sua prática social.
O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além
do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo
que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com as
transformações socieconômicas, culturais e políticas contemporâneas.
A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no
seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos
programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História
etc.. O professor pode
despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade que lhe cerca, desenvolvendo
certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis
soluções para problemas diagnosticados.
Estudar Sociologia pelo caminha da reflexão crítica, contrastante dos fenômenos e de
suas interpretações, desenvolve-se uma percepção social
apoiada em posicionamento
cognitivo e maior sensibilidade em face da realidade social desigual.
As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos de
identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de
522
comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:
• aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus,
quando possível;
• exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
• leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos,
literários, jornalísticos;
• debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa:
pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
• análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise
crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
Destacam-se aqui alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de
Sociologia, os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do
pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise
crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos.
De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais
devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção
ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF
nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF
nº9795/99 Dec. Nº4201/02.
AVALIAÇÃO
As avaliações da disciplina de Sociologia requer extrair do aluno não respostas
lógicas, mas reflexivas do que somos, de onde viemos e para onde iremos, enquanto
sociedade. Fazer com que o aluno e também nós como seres integrantes da instituição escolar
tragamos para a sala de aula o verdadeiro e mais prático material didático, oriundo da
observação atenta do meio em que vivemos.
Organizar debates que demonstrem uma
capacidade de articulação entre a teoria e a prática.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
523
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentam
dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.
Os instrumentos de avaliação em sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos
ou filmes, produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e
prática, dentre outras possibilidades.
No decorrer do bimestre serão realizadas no mínimo duas avaliações com peso 10,0.
Se necessário, será oportunizada a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi
assimilado pelo aluno. Cada aluno é um ser particular, portanto, serão consideradas suas
limitações no desenvolvimento das atividades avaliativas.
Provas (escritas e orais), prevalecerá a opinião crítica, desde que considerado o
conteúdo elaborado no respectivo período. Quanto aos trabalhos e apresentações em grupo
será avaliado a força e capacidade de união e/ou articulações de ideias, aos moldes dos
fundamentos de sociedade.
A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da
disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor.
Pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise desnaturalizar conceitos
tomados historicamente irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista
de uma maior participação na sociedade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Sociologia, 2008.
a
524
PROPOSTA CURRICULAR DA LINGUA ESTRANGEIRA - ESPANHOL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao propormos o ensino de qualquer língua, neste caso específico da Língua
Espanhola, precisamos refletir sobre a linguagem, articulando as relações que estabelecemos
com o mundo e a visão que construímos sobre ele, porque tudo o que nós fizermos em sala de
aula deve ter um objetivo próprio, e devemos fazer o melhor de nós professores para que este
objetivo seja alcançado, uma vez que aprender uma nova língua na escola é uma experiência
educacional que se realiza para e pelo aluno como reflexo de valores específicos do grupo
social ou étnico que mantém essa escola.
Considerando que a Língua Espanhola é uma das mais faladas no mundo, e, que a
procura por esse idioma adquiriu um âmbito muito maior, tornou-se fundamental que essa
língua fosse inserida no currículo escolar, para possibilitar a toda comunidade seu acesso. O
ensino da língua espanhola é recente, iniciou-se a partir dos anos 90, impulsionadas por um
ideal de redemocratização do país (devido à abertura política) e pela criação do MERCOSUL,
as escolas voltaram a ofertar o ensino da língua espanhola em seus currículos, porém sem
suplantá-la.
A LDB prevê uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) como disciplina obrigatória e
uma segunda, como optativa (Art. 36, inc. III). Assim, o objetivo do ensino da Língua
Estrangeira (LE) é permitir ao educando conhecê-la e usá-la como instrumento de acesso a
informações e a outras culturas e grupos sociais.
Precisa-se pensar o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas em
termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de
comunicação de um povo por excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse
povo transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos.
A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,
conseqüentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas formas de
encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino de um idioma
estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes elementos que a
compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem.
Se entendermos que nossos alunos têm a necessidade de se introduzir na sociedade,
então o professor é que deve oferecer isso a eles, deverá ser aquele que possibilite essa
525
integração. Diante disso, a metodologia a ser aplicada deve ser aquela que satisfaça as
necessidades dos educandos, trabalhando neste contexto a realidade apresentada pelos
mesmos, valorizando as relações estabelecidas entre eles e acreditando que cada um deles têm
condições de aprender.
Propõe-se que a aula de LE constitua um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e
perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Esperase que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
Uma vez que os alunos deste estabelecimento irão ao mercado de trabalho se faz
necessário o aprendizado do espanhol. Também porque temos como países vizinhos o
Paraguai, Argentina, Uruguai e várias empresas instaladas na cidade e cidades vizinhas cujos
proprietários são argentinos e espanhóis, motivo pelo qual é de suma importância o
conhecimento desta língua para esses alunos, bem como parte da comunidade escolar.
CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o Discurso
como prática social. Eles se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por
isso, são provisórios e processuais. Eles estão relacionados com o momento histórico-social.
Quando o discurso toma a língua como interação verbal, como espaço de produção de
sentidos, ele é chamado de discurso como prática social, isto é, nele a língua é tratada de
forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam
o discurso.
Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática
tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). O uso
da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso só existe na forma de
enunciados.
Com isso, nas aulas de espanhol será oportunizado ao aluno a percepção da
interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que
permeiam as relações sociais e de poder. Os níveis de organização linguística – fonéticofonológico, léxico-semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na
526
produção verbal e não verbal.
Conteúdos Básicos
Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade,
leitura e escrita e análise lingüística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um
gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa,
política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.
Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que
deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros
trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo
professor.
Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio
complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses
tópicos.
A abordagem teórico-metodológica e a avaliação estão inseridas na sequência para
compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
527
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
528
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Os alunos poderão pesquisar seus trabalhos em livros, revistas, jornais e outros meios
que possam encontrar para que possam realizar suas pesquisas.
Esses temas serão trabalhados basicamente de uma só forma, ou seja, a
conscientização, esta começando a ser levada primeiramente à sala de aula para ser trabalhada
com os alunos, através de textos e outras formas de exposição do tema, e com isso se espera
que seja transmitida adiante, através dos alunos para sua família, amigos, comunidade e assim
por diante.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O ato de ensinar não se dá através de situações prontas, fechadas, definitivas, mas
sim como processo de reflexão contínua sobre as inúmeras possibilidades de aprender. Os
conteúdos serão desenvolvidos sempre de forma contextualizada, tendo como referencial para
a ação pedagógica a realidade social do aluno, e a intencionalidade do trabalho está em
sintonia com as exigências que o mundo do trabalho faz àqueles que nele desejam ingressar.
Os alunos trabalharão os conteúdos dados de forma individual e em grupo na resolução de
problemas.
O ensino da língua estrangeira se iniciará com um vocabulário básico, que faça parte
do seu eu e do mundo a sua volta. É preciso criar intimidade com a língua para depois chegar
529
a objetivos mais específicos como a gramática por exemplo.
As aulas de língua espanhola constituirão um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e
perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Esperase que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
Trabalhar com textos de diversos tipos, como música, propagandas, rótulos, poemas
e informes diversos, é parte importantíssima no processo de ensino-aprendizagem da língua
estrangeira. Através de textos pode-se estudar, de uma maneira integrada, estruturas
gramáticas, vocabulário, compreensão, leitura e produção de texto. Por isso, se trabalhará em
sala de aula uma variação de textos, desde os mais simples, ou seja, aqueles que o aluno tem
um conhecimento prévio do assunto, até aqueles mais complexos.
No que se refere a texto e baseados nas Diretrizes Curriculares, a ênfase do ensino
recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente pelo discurso, sendo capazes
de comunicar-se de diferentes formas, materializadas em diferentes tipos de texto,
considerando a imensa quantidade de informações que circulam na sociedade. Isso significa
participar dos processos sociais de construção de linguagem e de seus sentidos legitimados, e
desenvolver uma criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
O discurso entendido como prática social, que se realiza total ou parcialmente por
intermédio de textos. O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e
corporificada em um determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma
instância discursiva, é o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos. Nessa visão,
o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as condições de
produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.
Em sala de aula será trabalhado os mais variados textos de diferentes gêneros, que
levará ao aluno o interesse à pesquisa e à discussão. Será oportunizado ao aluno a escolha das
temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é possibilitar formas de participação que
permitam o estabelecimento de relações entre ações individuais e coletivas. Por meio dessa
experiência, os alunos poderão compreender a vinculação entre auto interesse e interesses do
grupo. Além disso, esta iniciativa poderá levar a escolhas de conteúdos mais significativos,
porque resultam da participação de todos, e é este o principal objetivo do ensinoaprendizagem de línguas.
530
Com isso, nas aulas de língua espanhola será abordado vários tipos de textos, em
atividades diversificadas, tais como:
• comparação das unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de um texto com outros
textos;
• interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;
• leitura e análise de textos de países que falam o mesmo idioma estudado na escola e dos
aspectos culturais que ambos veiculam;
• leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo tema e
das abordagens de tais publicações;
• comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da
LE estudada com a da LM.
O texto como unidade de linguagem em uso, ou seja, de comunicação verbal escrita, oral ou visual - será o ponto de partida da aula de LE. Esse texto trará uma
problematização em relação a um tema. A busca por sua solução deverá despertar o interesse
dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos
linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num
discurso.
Paralelo ao estudo das habilidades acima citadas deverá ser feito um trabalho de
conversação em sala de aula, para que os alunos possam conhecer a modalidade oral através
da simulação de situações reais e proporcionar-lhes uma total integração com a nova língua e
mostrar seu uso no dia-a-dia, fato que os estimulará no processo de assimilação da nova
língua, levando-se em conta as limitações de cada aluno e, explorando ao máximo seu
potencial.
Segundo as DCEs, a escola deve desenvolver um trabalho com os Desafios
Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a
assuntos serão desenvolvidos concomitantes aos conteúdos da disciplina, assim como em
ações interdisciplinares, de forma organizada e sistematizada, embasadas no conhecimento
científico acumulado historicamente.
No decorrer do ano letivo serão trabalhados os temas contemporâneos contemplando
assim a Lei 11645/08. A História e Cultura Afro-brasileira, e Africana e Indígena. Esses
531
temas serão abordados através de textos trazidos aos alunos, pesquisas que eles irão efetuar e
discussão e sala de aula.
AVALIAÇÃO
A avaliação em língua estrangeira tem como objetivo verificar o crescimento do
educando e deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual, o professor
interpreta os resultados do ensino/aprendizagem, ou seja, de seu próprio trabalho. Sua
finalidade é acompanhar, diagnosticar, reavaliar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem
dos alunos, seus resultados, atribuindo-lhes valor.
O diagnóstico permeará o trabalho fazendo com que haja reflexão e crítica sobre o
processo de ensino/aprendizagem não só no desenvolvimento dos educandos, mas,
principalmente para verificar o desenvolvimento global da ação pedagógica.
Faz-se necessário termos uma ou mais avaliação por bimestre não somente para
vermos o desempenho do aluno, mas principalmente para poder perceber em qual assunto os
alunos tiveram mais dificuldade para que o professor possa retomar o conteúdo de outra
forma para que possa sanar as dúvidas que os alunos possam ter, uma vez que a avaliação é
parte integrante do processo de aprendizagem e contribui para a construção de saberes.
De acordo com a Proposta Pedagógica Curricular, as avaliações serão diagnósticas,
somativa, onde o aluno deverá obter a média 6,0, freqüência mínima de 75% no coletivo e
100% de freqüência no individual. Nas avaliações se preponderá os aspectos qualitativos da
aprendizagem sobre os quantitativos, uma vez que se dará maior importância crítica, a
capacidade de síntese e a elaboração pessoal e social, sobre a memorização, isto quer dizer
que a avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será contínua,
cumulativa e permanente.
Aos alunos portadores de necessidades educativas especiais, será feita avaliação
diferenciada como, por exemplo: menor número de exercícios na avaliação, uso de letra maior
aos alunos com dificuldade visual, e outras de acordo com a necessidade que o aluno possa
apresentar.
Como instrumentos, técnicas e metodologias de avaliação serão utilizados
instrumentos variados, ou seja, será trabalhado com os alunos testes ou provas de
aproveitamento, questionamentos orais e escritos,elaboração de relatórios, exposição oral,
532
trabalhos de criação, observação que poderão ser espontâneos ou dirigidos, experimentação
prática entre outros.
Porém, às vezes, não é possível ter um diagnóstico real de quanto o aluno aprendeu
somente nas avaliações. O desempenho do aluno durante o processo de aprendizagem também
deve ser levado em conta. Portanto serão criadas outras situações avaliativas, como:
atividades de pesquisa; trabalhos individuais ou em grupo; produção, síntese e análise de
textos, jornais e revistas; exercícios e outras formas mais que se fizerem presentes e
necessárias.
A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser
assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação será respeitada, bem como a sua
participação nas atividades realizadas em sala de aula.
A recuperação será paralela durante o processo de ensino-aprendizagem e entendida
como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo no qual o aluno, com
aproveitamento insuficiente, ou que não tenha assimilado algum conteúdo e que disponha de
condições próprias que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos necessários. A
recuperação paralela se constituirá de um conjunto integrado ao processo de ensino além de se
adequar às dificuldades do aluno. Essa recuperação poderá ser feita através de trabalhos,
pesquisas, textos e outras formas para que o aluno possa rever o conteúdo (ou conteúdos) que
não aprendeu e assim recuperá-los, bem como revisá-lo de uma maneira diferenciada.
A recuperação de estudos será paralela aos conteúdos no período da carga horária da
disciplina, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino/aprendizagem. Nela
se desenvolverão estudos paralelos de recuperação propondo aos alunos desafios e atividades
diferenciadas complementares, articuladas aos conteúdos trabalhados anteriormente. Será
feita com atividades ajustadas às necessidades dos alunos.
Aos alunos com necessidades educacionais especiais a escola deve proporcionar uma
adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e
avançar nos estudos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA
EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Curitiba, 2006.
533
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR/
ASSESSORIA DA SUPERINTENDÊNCIA
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO
Parecer Nº 39/2010
Estabelecimento de Ensino:
Colégio Estadual João Negrão Júnior- Ensino
Fundamental e Médio
Município: Teixeira Soares
Assunto: Implantação da Língua Espanhola
O Núcleo Regional da Educação de Irati no uso das atribuições que lhe
são conferidas, emite o presente PARECER, resultado da análise da Proposta
Pedagógica Curricular da EJA do Estabelecimento de Ensino.
A
alteração
da Proposta Pedagógica Curricular,
em relação a
implantação do ensino da Língua Espanhola, no curso do Ensino Médio da EJA, a
partir do ano letivo de 2010 está de acordo com o Parecer 638/10.
Irati, 27 de outubro de 2010.
______________________________
______________________________
Equipe Pedagógica e Disciplinar
NRE de Irati
Coordenação da EJA
NRE Irati
534
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR/
ASSESSORIA DA SUPERINTENDÊNCIA
NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO
Parecer Nº 15/2011
Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual João Negrão Jr. - Ensino Fundamental
e Médio
Município: Teixeira Soares
Assunto: Alteração da carga horária do curso d