projeto político pedagógico - Colégio Estadual João Negrão Júnior
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projeto político pedagógico - Colégio Estadual João Negrão Júnior
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E EJA Rua XV de Novembro, 413, Centro – Teixeira Soares Fone: (42) 34601358 CEP.: 84530-000 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO TEIXEIRA SOARES / PR 2011 1 SUMÁRIO Apresentação.............................................................................................................................12 Introdução..................................................................................................................................12 Aspectos Históricos Importantes...............................................................................................12 Organização do Espaço Físico..................................................................................................14 Oferta de Cursos / Modalidades................................................................................................14 Objetivos Gerais........................................................................................................................16 Marco Situacional.....................................................................................................................17 Diagnóstico da Comunidade.....................................................................................................17 Marco Conceitual.....................................................................................................................20 Fundamentação Teórica...........................................................................................................20 Metodologia a Ser Usada no Processo de Ensino Aprendizagem............................................21 Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem.........................................................................24 Os Princípios Norteadores do Ensino Fundamental, Médio e EJA..........................................27 Identidade.................................................................................................................................27 A Diversidade...........................................................................................................................28 A Autonomia............................................................................................................................28 A Sociedade que Queremos.....................................................................................................30 O Homem que Queremos.........................................................................................................30 A Escola que Queremos...........................................................................................................30 Professores e Funcionários que Queremos...............................................................................30 O Aluno que Queremos............................................................................................................31 Marco Operacional...................................................................................................................31 Funções da Comunidade Escolar.............................................................................................31 Funções da Direção..................................................................................................................31 Funções da Direção Auxiliar....................................................................................................33 Funções do Professor Pedagogo...............................................................................................34 Funções Docentes.....................................................................................................................36 Funções do Conselho de Classe...............................................................................................38 Funções do Secretário..............................................................................................................39 Funções do Técnico Administrativo.........................................................................................39 2 Funções do Técnico Administrativo que Atua na Biblioteca...................................................40 Funções do Técnico Administrativo que Atua no Laboratório de Informática........................40 Funções do Assistente de Execução do Laboratório de Física, Química e Biologia................41 Funções da Equipe Auxiliar Operacional que Atua na Limpeza.............................................42 Funções do Auxiliar Operacional que Atua na Cozinha..........................................................42 Função do Auxiliar Operacional que Atua na Área de Vigilância e da movimentação dos alunos.......................................................................................................................................43 Plano da Direção......................................................................................................................43 Planejamento da Equipe Pedagógica.......................................................................................45 Equipe Administrativa.............................................................................................................50 Serviços Gerais........................................................................................................................51 Plano de ação do estabelecimento...........................................................................................52 Critérios de Organização.........................................................................................................58 Instâncias Colegiadas..............................................................................................................62 Funções da APMF...................................................................................................................62 Funções do Aluno Representante de Turma............................................................................64 Função do Professor Representante de Turma........................................................................65 Funções do Grêmio Estudantil................................................................................................66 Funções do Conselho Escolar..................................................................................................66 Formação Continuada...............................................................................................................67 Educação de Campo.................................................................................................................68 Programa de Prontidão Escolar Preventiva – PEP...................................................................68 Projetos....................................................................................................................................69 Materiais e Equipamentos........................................................................................................69 Calendário Escolar...................................................................................................................72 Matriz Curricular ….................................................................................................................74 Avaliação do Projeto Político Pedagógico...............................................................................81 Avaliação Institucional.............................................................................................................82 Referências Bibliográficas.......................................................................................................83 Anexos......................................................................................................................................85 Regulamento Interno................................................................................................................86 Regulamento da Biblioteca......................................................................................................92 Regulamento do laboratório de informática - PROINFO........................................................94 3 Proposta Curricular Regular....................................................................................................96 Proposta Curricular de Arte.....................................................................................................97 Apresentação da Disciplina......................................................................................................97 Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental ..................................................................101 Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área da Música..............................................103 Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área das Artes Visuais...................................105 Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área da Dança................................................108 Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área do Teatro...............................................111 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Música................................114 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Artes Visuais......................114 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Teatro.................................115 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Dança.................................116 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................116 Avaliação.................................................................................................................................121 Referências Bibliográficas......................................................................................................122 Proposta Curricular de Ciências..............................................................................................123 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................123 Conteúdos Estruturantes..........................................................................................................126 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................128 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................129 Avaliação.................................................................................................................................130 Referências Bibliográficas......................................................................................................134 Proposta Curricular de Educação Física..................................................................................136 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................136 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................140 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................142 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................142 Avaliação.................................................................................................................................143 Referências Bibliográficas......................................................................................................145 Proposta Curricular de Ensino Religioso................................................................................146 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................146 Conteúdos Estruturantes e Básicos ….....................................................................................148 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................149 4 Avaliação.................................................................................................................................150 Referências Bibliográficas......................................................................................................151 Proposta Curricular de Geografia............................................................................................155 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................155 Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos e abordagem teórica metodológico do Ensino Fundamental............................................................................................................................158 Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos e abordagem teórica metodológico do Ensino Médio......................................................................................................................................164 Avaliação.................................................................................................................................168 Referências Bibliográficas......................................................................................................170 Proposta Curricular de História..............................................................................................171 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................171 Conteúdos Estruturantes contemplados em todas as séries do Ensino Fundamental..............173 Conteúdos Estruturantes contemplados em todas as séries do Ensino Médio........................175 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................175 Avaliação.................................................................................................................................177 Referências Bibliográficas......................................................................................................178 Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Espanhol..........................................................179 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................181 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................184 Avaliação.................................................................................................................................186 Referências Bibliográficas......................................................................................................187 Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Inglês...............................................................188 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................188 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................189 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................191 Avaliação.................................................................................................................................194 Referências Bibliográficas......................................................................................................196 Proposta Curricular de Língua Portuguesa..............................................................................197 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................197 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................201 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................213 Encaminhamento Metodológico do Ensino Fundamental.......................................................221 5 Encaminhamento Metodológico do Ensino Médio.................................................................224 Avaliação do Ensino Fundamental..........................................................................................226 Avaliação do Ensino Médio....................................................................................................231 Referências Bibliográficas do Ensino Fundamental...............................................................233 Referências Bibliográficas do Ensino Médio..........................................................................233 Proposta Curricular de Matemática.........................................................................................235 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................235 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................238 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................241 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................242 Avaliação.................................................................................................................................244 Referências Bibliográficas......................................................................................................248 Proposta Curricular de Biologia..............................................................................................249 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................249 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................250 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................251 Avaliação.................................................................................................................................253 Referências Bibliográficas......................................................................................................255 Proposta Curricular de Filosofia..............................................................................................256 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................256 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................259 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................260 Avaliação.................................................................................................................................262 Referências Bibliográficas......................................................................................................263 Proposta Curricular de Física..................................................................................................264 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................264 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................266 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................268 Avaliação.................................................................................................................................270 Referências Bibliográficas......................................................................................................274 Proposta Curricular de Química..............................................................................................275 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................275 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................277 6 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................280 Avaliação.................................................................................................................................281 Referências Bibliográficas......................................................................................................283 Proposta Curricular de Sociologia...........................................................................................284 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................284 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................287 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................288 Avaliação.................................................................................................................................291 Referências Bibliográficas......................................................................................................292 Proposta Curricular da Sala de Recursos................................................................................293 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................293 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................301 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................303 Avaliação.................................................................................................................................304 Referências Bibliográficas......................................................................................................305 Proposta Curricular de Língua Estrangeira – CELEM ….......................................................306 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................306 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................308 Encaminhamento Metodológico .............................................................................................310 Avaliação.................................................................................................................................311 Referências Bibliográficas......................................................................................................312 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)...................................................................314 Objetivo da oferta da Educação de Jovens e Adultos.............................................................315 Perfil do educando..................................................................................................................315 Caracterização do curso..........................................................................................................315 Nível de Ensino.......................................................................................................................317 Educação Especial...................................................................................................................317 Ações pedagógicas descentralizadas.......................................................................................318 Frequência...............................................................................................................................318 Exame Supletivo......................................................................................................................319 Conselho Escolar.....................................................................................................................319 Materiais de apoio didático.....................................................................................................320 Biblioteca Escolar...................................................................................................................320 7 Laboratório............................................................................................................................. 320 Recursos Tecnológicos............................................................................................................321 Filosofia e Princípios didáticos Pedagógicos..........................................................................321 Indicação da fase de estudo.....................................................................................................324 Matriz Curricular do Ensino Fundamental..............................................................................324 Matriz Curricular do Ensino Médio …...................................................................................325 Concepção, conteúdos e seus respectivos encaminhamentos metodológicos.........................325 Processos de avaliação, classificação e promoção ….............................................................326 Regime Escolar …...................................................................................................................327 Organização.............................................................................................................................330 Formas de atendimento …......................................................................................................330 Matrícula.................................................................................................................................330 Material didático ….................................................................................................................332 Avaliação …...........................................................................................................................332 Recuperação de estudo............................................................................................................333 Aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação...................................................333 Área de atuação.......................................................................................................................334 Estágio não Obrigatório..........................................................................................................334 Recursos Humanos................................................................................................................. 334 Plano de avaliação institucional do curso............................................................................... 350 Plano de Capacitação Continuada do Corpo Docente.............................................................351 Considerações Finais...............................................................................................................352 Bibliografia ….........................................................................................................................352 Proposta Curricular de Arte.....................................................................................................354 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................354 Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Música.................................................................358 Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Artes Visuais.......................................................359 Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Teatro .................................................................360 Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Dança..................................................................361 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................361 Avaliação.................................................................................................................................366 Referências Bibliográficas......................................................................................................367 Proposta Curricular de Ciências..............................................................................................368 8 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................368 Conteúdos Estruturantes..........................................................................................................371 Conteúdos Básicos..................................................................................................................373 Encaminhamento Metodológico.............................................................................................373 Avaliação.................................................................................................................................375 Referências Bibliográficas......................................................................................................378 Proposta Curricular de Educação Física ….............................................................................380 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................380 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental..................................................384 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................384 Avaliação.................................................................................................................................386 Referências Bibliográficas......................................................................................................387 Proposta Curricular de Geografia............................................................................................389 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................389 Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos do Ensino Fundamental................................392 Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos do Ensino Médio..........................................398 Abordagem Teórico Metodológica.........................................................................................401 Avaliação.................................................................................................................................402 Referências Bibliográficas......................................................................................................403 Proposta Curricular de História …..........................................................................................404 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................404 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental ….............................................406 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................407 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................408 Avaliação.................................................................................................................................409 Referências Bibliográficas......................................................................................................410 Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Inglês …..........................................................412 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................412 Conteúdos Estruturantes e básicos ….....................................................................................416 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................418 Avaliação.................................................................................................................................423 Referências Bibliográficas......................................................................................................426 Proposta Curricular de Língua Portuguesa ….........................................................................427 9 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................427 Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental..................................................................431 Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental...........................................................................432 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio............................................................442 Encaminhamento Metodológico – Ensino Fundamental .......................................................448 Encaminhamento Metodológico –Ensino Médio ...................................................................451 Avaliação Ensino Fundamental...............................................................................................452 Avaliação Ensino Médio.........................................................................................................456 Referências Bibliográficas Ensino Fundamental....................................................................457 Referências Bibliográficas Ensino Médio...............................................................................457 Proposta Curricular de Ensino Religioso................................................................................459 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................459 Conteúdos Estruturantes e Básicos ….....................................................................................461 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................462 Avaliação.................................................................................................................................463 Referências Bibliográficas......................................................................................................464 Proposta Curricular de Matemática …....................................................................................465 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................465 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................468 Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................470 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................471 Avaliação.................................................................................................................................474 Referências Bibliográficas......................................................................................................479 Proposta Curricular de Biologia ….........................................................................................480 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................480 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................482 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................483 Avaliação.................................................................................................................................485 Referências Bibliográficas......................................................................................................487 Proposta Curricular de Filosofia ….........................................................................................489 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................489 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................492 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................493 10 Avaliação.................................................................................................................................495 Referências Bibliográficas......................................................................................................496 Proposta Curricular de Física ….............................................................................................497 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................497 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................499 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................501 Avaliação.................................................................................................................................503 Referências Bibliográficas......................................................................................................507 Proposta Curricular de Química ….........................................................................................509 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................509 Conteúdos Estruturantes e Básicos.........................................................................................512 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................514 Avaliação.................................................................................................................................516 Referências Bibliográficas......................................................................................................518 Proposta Curricular de Sociologia …......................................................................................519 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................519 Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................521 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................523 Avaliação.................................................................................................................................525 Referências Bibliográficas......................................................................................................526 Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Espanhol ….....................................................527 Apresentação da Disciplina.....................................................................................................527 Conteúdos Estruturantes e básicos......................................................................................... 528 Encaminhamento Metodológico..............................................................................................531 Avaliação.................................................................................................................................534 Referências Bibliográficas......................................................................................................535 11 I – APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico visa a organização da Escola como um todo e responde a um desejo de todos os segmentos da comunidade escolar, o qual foi construído no coletivo. Ele dá voz à escola e é a concretização de sua identidade, de suas racionalidades internas e externas e, consequentemente de sua autonomia. O Projeto Político Pedagógico é a direção política e a organizacional do trabalho pedagógico do Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Ele será vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo. Tem uma ação intencional, com um compromisso definido coletivamente. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão e na dimensão pedagógica reside a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico, criativo e consciente de suas ações. II – INTRODUÇÃO O Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino Fundamental e Médio está situado na Rua XV de Novembro, número 413, Centro, no Município de Teixeira Soares – PR. O Colégio tem como Ensino Fundamental (5ª à 8ª Séries) criado e autorizado a funcionar pela Resolução 1358/81, publicada no Diário Oficial do Estado de 21 de julho de 1981, e o reconhecimento do Estabelecimento pela Resolução 257/85, publicada no Diário Oficial do Estado de 30 de janeiro de 1985 e na modalidade de Ensino Médio autorizado a funcionar pela resolução nº 3492/98 e o reconhecimento pela Resolução 3867/02 e publicado no Diário Oficial do Estado de 11 de novembro de 2002. Oferece-se a modalidade de EJA Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio aguardando outorização. O atual Regimento Escolar foi aprovado pelo Núcleo Regional de Educação de Irati considerando a Resolução nº 2122/2000-SEED e pela Deliberação nº 16/99 CEE de acordo com o ato administrativo nº 528/2007 do Núcleo Regional de Educação de Irati o qual resolve homologar o Parecer nº 329/2007 do setor de Estrutura e Funcionamento em 31 de dezembro de 2007. O Colégio está situado a 25 quilômetros do Núcleo Regional de Educação de Irati. ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES 12 Nossa Escola foi criada em 15 de fevereiro de 1926 com o nome de Grupo Escolar de Teixeira Soares. Esta funcionava na Rua Travessa Heróis de Monte Castelo, nº 105, fundos da Igreja Matriz. Funcionou neste lugar até 1940. Seu primeiro diretor foi o Sr. Francisco Ogg no período de 1926 a 1937. Em 19 de abril de 1941, foi inaugurado o novo prédio situado à Rua XV de Novembro, nº 413, com o nome de Grupo Escolar Ministro Gustavo Capanema em homenagem ao Ministro da Educação da época. Pelo decreto nº 2916/56 de 06 de junho de 1956 foi criado o Ginásio Estadual de Teixeira Soares, instalado em 01 de março de 1957. A partir daí ambas as escolas passaram a funcionar no mesmo prédio. Pelo decreto nº 2927/66 de 07 de novembro de 1966 o Ginásio Estadual de Teixeira Soares passou a denominar-se Ginásio Estadual João Negrão Júnior, nome dado em homenagem ao primeiro prefeito do nosso município, Sr. João Negrão Júnior. Seu primeiro diretor foi o padre Ladislau Maibuk, o qual respondeu pela direção no período de 1957 a 1962. Pela Resolução nº 1358/81 de 08 de julho de 1981, publicada no Diário Oficial nº 10/81 de 21 de julho de 1986, o Grupo Escolar Ministro Gustavo Capanema e o Ginásio passaram a constituir um único Estabelecimento com o nome Escola João Negrão Júnior – Ensino de Primeiro Grau. Em 1983 começou a funcionar o 2º Grau com o Curso Básico em Comércio. Pela Resolução 901/85 de 1º de março de 1985, publicado no Diário Oficial nº 1985 do dia 12 de março de 1985, fica reconhecido o curso de 2º Grau Regular com habilitação Básico em Comércio. Pela Resolução 164/85 de 09 de janeiro de 1986, fica autorizado o funcionamento da habilitação plena em Técnico em Contabilidade. A autorização ora concedida foi pelo prazo de dois anos, a partir do início de 1986. Com a criação do Ensino do 2º Grau em 1983 a referida Escola passa denominar-se Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino de Primeiro e Segundo Graus, sob a direção da Srª. Alteny Maria de Lourdes Gubert Marquardt. A partir de 23 de outubro de 1991, houve a municipalização do ensino de 1ª a 4ª série. Em março de 1992 a professora Luci de Fátima Wiecheteck assumiu a direção de 1ª a 4ª série e o Professor Aroldo Basso continua com a direção de 5ª a 8ª Séries e 2º grau. Pelo protocolo 1477.096-8 a direção do Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino de 1º e 2º Graus, solicita autorização para habilitação de Magistério. Pela Resolução nº 2136/89 de 31 de julho de 1989 fica autorizado o funcionamento da habilitação magistério pelo prazo de dois 13 anos, com série única de ingresso nessa habilitação nos anos de 1989 e 1990 e cessação gradativa a partir do início do ano de 1991. Pelo Parecer nº 289/91 de 11 de dezembro de 1991 foi concedido o reconhecimento da habilitação Magistério ofertada neste Colégio. Com a Resolução nº 3867/94 de 27 de julho de 1994 ficou autorizado o funcionamento da Habilitação Magistério com a implantação gradativa do curso neste estabelecimento. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO O espaço físico é composto por 11 salas de aula, sendo duas destas pequenas; 01 sala para direção, uma para equipe pedagógica, e mais 03 salas de aula que são ocupadas como: uma para biblioteca, uma para secretaria e uma para funcionar a sala de informática; uma sala de professores, uma sala pequena destinada para atender alunos da turma de recursos; dois sanitários para uso dos professores e funcionários e dois banheiros para os alunos sendo estes um masculino com três sanitários, um chuveiro e 3 mictórios; outro feminino com 4 sanitários e um chuveiro; um almoxarifado, uma cantina (cozinha) e uma quadra de esportes coberta. Temos uma área coberta que é utilizada para a formação dos alunos, apresentação, palestras, e outros eventos. OFERTA DE CURSOS / MODALIDADES O Colégio oferta o Ensino Fundamental regular nos três períodos, matutino, vespertino e noturno; sendo que para matrícula no 6º ano é necessária a seguinte documentação: carta matrícula encaminhada pela Secretaria de Educação, comprovante de conclusão de 4ª série (Ensino Fundamental de 8 anos) / 5º ano (Ensino Fundamental de 9 anos), cópia da certidão de nascimento, cópia da fatura de energia elétrica; e para as demais séries as matrículas são automáticas. O Ensino Médio regular é ofertado no período da manhã e noite, sendo necessária a mesma documentação do fundamental para a matrícula, sendo o certificado de conclusão do 9º ano. A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio é ofertada somente no período da noite, a matrícula para o EJA exige: • a idade para ingresso respeitará a legislação vigente; • será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora; 14 • educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente; • no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula facultativa para o educando; • no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para o educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas concomitante; • poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, ano(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão do ano(s) do ensino regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar; • para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar; • será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial; • educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial, podendo participar do processo de reclassificação; • educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de 02 (dois) meses consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e os registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina. No ato da matrícula na EJA, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos (individual ou coletivo), o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das disciplinas. O educando de EJA será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações 15 metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos: • a organização dos cursos; • o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar; • a dinâmica de atendimento ao educando; • a duração e a carga horária das disciplinas; • os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos; • o material de apoio didático; • as sugestões bibliográficas para consulta; • a avaliação; • ensino obrigatório de música (Lei nº11.769/08) • ensino da história e cultura afrobrasileira e africana e relações étnicos raciais (Lei nº 10.369/03; • estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena; • ensino de 9 anos (Resolução de 07/12/2010); • sexualidade (Lei nº11.733/97 e 11.734/97); • questão de discriminação (Parecer 01/09); • outras informações necessárias. III – OBJETIVOS GERAIS • Desenvolver uma ação político-pedagógica que sustente os elementos básicos para atingir a democratização da educação escolar, como um meio de desenvolvimento do educando. • Dar oportunidade a todos os educandos na busca do conhecimento cientificamente elaborado, numa visão crítica, capacitando-os para uma participação ativa na vida sócioeconômica, política e cultural do país. • Viabilizar uma prática pedagógica avaliativa que assegure o sucesso e permanência do educando na escola. • Mostrar a importância do estudo como forma de crescimento pessoal, intelectual e social, possibilitando assim uma melhor qualidade de vida. 16 • Propiciar uma maior integração das famílias com a escola para criação de um ambiente de corresponsabilidade educativa. • Garantir aos professores e funcionários o direito de participar de cursos, especialização em atualização profissional, ofertada pela SEED, cumprindo instruções da mesma. • Cumprir a legislação vigente, proporcionando uma educação de qualidade a todos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 53, como também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96. • A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da Educação Básica, direito de todos, ressaltamos a importância de se oferecer esta modalidade de ensino a educandos que por diversos motivos não puderam fazer parte da escola na idade apropriada, ou seja, dos 7 aos 14 anos. • Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, é necessário oferecer a todos uma educação de qualidade resgatando-se o tempo perdido e o direito a educação que foi negado por muito tempo. Portanto a essa população de Jovens e Adultos deve ser dada a oportunidade de estar novamente em contato com a educação que lhe é de direito, principalmente com uma pedagogia e uma metodologia apropriada a essa modalidade. IV – MARCO SITUACIONAL DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE. O município de Teixeira Soares possui aproximadamente 10.283 habitantes numa área de 920 Km2. A comunidade é fixa e suas principais atividades econômicas são: agropecuária, o extrativismo vegetal, sendo que sua grande maioria é assalariada. A cultura está diretamente ligada aos princípios morais e religiosos. A renda per capita do município faz com que a comunidade possua baixo poder aquisitivo, o que desencadeia vários problemas sociais: falta de saneamento básico, moradias deficientes, alto consumo de álcool e tabagismo, alto índice de gravidez na adolescência, falta de perspectiva e objetivos por parte da grande maioria da população, mas isso não faz com que deixem de ser solidárias. A comunidade dispõe de uma escola profissionalizante Obra Missionária Mensagem da Paz, com diversos cursos. O Colégio Estadual João Negrão Júnior atende os alunos provenientes de várias 17 comunidades do município. O alunado é heterogêneo proveniente de diferentes segmentos da sociedade, tais como: bairros, centro e zona rural. O nível sócio econômico e cultural é médio e baixo. O Colégio oferece o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e EJA. No período da manhã atende alunos de Ensino Fundamental e Médio, sala de apoio, sala de recursos e CELEM Espanhol, no período da tarde o Ensino Fundamental e sala de recursos, e a noite Ensino Médio, Ensino Fundamental, CELEM Inglês, e Curso Profissionalizante a distância E-Tec Brasil (Administração, Técnico em Segurança do Trabalho e Técnico em Meio Ambiente). Contando atualmente com 448 (quatrocentos e quarenta e oito) alunos do Ensino Fundamental, 272 (duzentos e setenta e dois) do Ensino Médio, distribuídos num total de 27 (vinte e sete) turmas, 46 alunos do CELEM, 46 alunos na EJA Ensino Fundamental, 32 alunos na EJA Ensino Médio, totalizando 867 alunos Os dados levantados no ano de 2010 revelam 11% de alunos reprovados e 6% de alunos evadidos. Contribuem para essa problemática a falta de estrutura familiar, acarretando o desenvolvimento psicológico. Famílias com poucas condições no atendimento as necessidades básicas de seus filhos contribuem para o baixo rendimento escolar dos mesmos. Estes muitas vezes sem limites, isto é, sem noção de convívio social, sem ética, sem comprometimento nos estudos, prejudicando o bom andamento dos trabalhos escolares. Todas as turmas contam com um representante chamado líder e um professor regente, e estes são eleitos pelos colegas. Os pais participam da escola através do Conselho Escolar e da APMF. Esta instituição de ensino conta atualmente com 26 computadores, sendo 2 antigos e 6 “Ilhas Four Head” ( CPU’s para quatro monitores integrados), estas recebidas da Secretaria de Estado da Educação através do Programa Paraná Digital, em 2006. Estes computadores estão assim distribuídos: sala de informática: cinco Ilhas Your Head (cinco CPU’s, vinte Monitores, vinte teclados e vinte mouses) e uma impressora a laser; secretaria: uma Ilha Four Head (uma CPU, quatro monitores, quatro teclados e quatro mouses), 2 computadores Pentiun e quatro impressoras sendo , duas a laser e duas jato de tinta. O Colégio recebeu do Programa PROINFO (MEC), 18 computadores, dos quais serão instalados 16 na biblioteca escolar e 02 na sala dos professores, também recebeu uma impressora. O Colégio João Negrão Júnior possui uma TV 29”, uma 21” e 10 DVDs, dois retro projetores, dois telões, dois mimeógrafos a álcool, uma filmadora, uma mesa de som com 18 duas caixas de som, três microfones sem fio e um com cabo, e uma câmera digital. Cada sala de aula tem uma televisão de 29” com entrada para pendrive e também um ventilador. A biblioteca possui um acervo de 7900 (sete mil e novecentos) livros e um acervo de 177 (cento e setenta e sete) fitas de vídeo. O Colégio não tem espaço físico próprio para instalação do laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, apesar de contar com equipamentos específicos recebidos da FUNDEPAR/SEED e adquiridos via Fundo Rotativo. Estes equipamentos encontram-se em espaço adaptados na sala dos professores, aguardando espaço físico próprio para instalação dos mesmos. O corpo docente é composto atualmente por 46 (trinta e oito professores), na sua maioria com pós-graduação, a equipe administrativa conta com a direção e direção auxiliar, a equipe pedagógica conta com quatro professores pedagogos, um secretário e seis técnicos administrativos e dez assistentes de serviços gerais. O Colégio Estadual João Negrão Júnior apresenta uma rede física insuficiente, pois falta ainda espaço físico para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia. O número de banheiros para alunos continua insuficiente, sendo os mesmos da época da construção do prédio em 1941. O Projeto Político Pedagógico justifica-se pela necessidade de mudanças, de transformações da sociedade, porque vivemos num mundo de internacionalização da cultura, da globalização dos mercados e o mercado de trabalho num impacto de desenvolvimento tecnológico acelerado, mudanças sociais e políticas que requerem uma força de trabalho e uma geração nova com perfil e preparo diferente, com avanço de escolaridade. A escola deve estar comprometida com a construção de uma nova ordem social. Qualidade de ensino voltada para os contextos do trabalho e da cidadania, isto é, perceber o aluno em sua singularidade, ou seja, como um sujeito social, levando-o a apropriar-se dos conhecimentos humanos e técnicos historicamente produzidos e acumulados na perspectiva desse saber melhor instrumentalizado, contribuindo para sua inserção crítica no contexto das relações sociais. Desenvolvendo práticas que contribuam para que o aluno consolide e aprofunde conhecimentos anteriormente adquiridos, visando uma maior compreensão do significado das ciências, das artes e das outras manifestações culturais em suas várias linguagens. O Projeto Político Pedagógico contempla a preocupação com exclusão social, baseando-se na legislação vigente através do cumprimento dos conteúdos básicos e contemplando os temas contemporâneos. O currículo deve contemplar as diferenças individuais e sociais do corpo discente, 19 porém ainda há muito a ser feito para que os educadores consigam realizar as suas práticas pedagógicas levando em conta essas diferenças. Nem todos os professores participam integralmente da semana pedagógica, bem como nos dias de Planejamento e Replanjamento porque alguns são professores da rede municipal, e as atividades pedagógicas coincidem. Outros são contratados pelo regime PSS após a semana pedagógica, e há falta de comprometimento nos dias de Planejamento e Replanejamento e Conselho de Classe. Enfrentamos também problemas quando da falta de professores, que muitas vezes faltam sem comunicação prévia e na maioria das vezes não deixam atividades para os alunos. Em relação à formação continuada, a maioria dos professores participam de grupos de estudo, cursos, seminários, mostrando interesse em atualizarem-se para oferecer um ensino de qualidade. Pensando no crescimento de nossos jovens e oferecimento de novas oportunidades também está disponibilizado a todos o CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) – nas disciplinas de Espanhol e Inglês. O Curso é ofertado no contra-turno das aulas normais e pode ser ofertado 20% das vagas para a comunidade, caso não seja preenchido pelos alunos do Colégio. Também oferece Cursos Técnicos a Distância de Administração, Técnico em Segurança do Trabalho e Técnico em Meio Ambiente através do E-Tec Brasil, o qual é transmitido via satélite, com a presença de um tutor em sala de aula, a frequência dos alunos é semi-presencial. Esse curso é uma parceria entre SEED, MEC e IFET. Muitos de nossos alunos do Ensino Médio, participam através dos CIEE e SINE, de estágios não obrigatórios remunerados segundo a Lei 11.778/08, em diversas empresas do município. Com isso cria-se uma postura de responsabilidade, no adolescente e é um meio de ajuda financeira às famílias. Também recebemos acadêmicos para realizarem estágios de observação-participação, com projetos da Universidade sem Fronteiras. V – MARCO CONCEITUAL FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A sociedade contemporânea, através de suas inúmeras conquistas tecnológicas, criou sistemas cada vez mais integrados em nível mundial, ao mesmo tempo mais complexos e diversificados. Frente a essa realidade vêm-se tentado buscar diretrizes para repensar o papel da Escola numa sociedade que sofre em seu dia-a-dia rápidas e profundas transformações. 20 Almeja-se um ensino de qualidade, para o qual é necessário que a escola exerça sua função de desenvolver o conhecimento de forma eficiente, instrumentalizando os educandos dentro de um novo paradigma curricular instituído pela LDB 9.394/96 e pelas Diretrizes Curriculares Nacional e Estadual para o Ensino Fundamental Regular, Ensino Médio Regular, Educação de Jovens e Adultos EJA Fundamental Fase II e Médio com o máximo do conhecimento do saber historicamente acumulado. Considerando a sala de aula como um local disciplinar, abrindo oportunidades de interações co-responsáveis: professor / aluno, conteúdo / metodologia, ensino / aprendizagem e forma de avaliar. De acordo com a LDB e em conformidade com as Diretrizes Curriculares, propõe-se conduzir o processo pedagógico de construção do conhecimento, de forma condizente com os interesses dos educandos, para compreensão da realidade e da prática social, formando cidadãos críticos, participativos, criativos, responsáveis, compromissados, capazes de dirigir e governar com o conhecimento produzido, contribuindo para a transformação social na qual está inserido. Este Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de oferecer um ensino de qualidade a todas as camadas populares com a pedagogia na concepção dialética da educação, tendo em vista, os parâmetros de qualidade que implicam no crescimento do educando, enquanto um ser que se humaniza cada vez mais, a partir de suas relações com o mundo do trabalho e da cidadania. Para que a escola busque a melhor adequação de ensino às necessidades dos alunos e do meio social, é necessário desenvolver mecanismos de participação da comunidade e alternativas de organização institucional possibilitando identidade própria, o uso de várias possibilidades pedagógicas, organização e articulações entre instituições públicas e privadas, contemplando a preparação geral para o exercício da cidadania. Para tanto devemos aproveitar sempre as relações entre conteúdos e contextos para dar significado ao aprendido, estimulando o aluno a ter autonomia intelectual. METODOLOGIA A SER USADA NO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM A sociedade atual está em constante transformação, as inovações e descobertas científicas tecnológicas ocorrem de forma acelerada e que o papel do professor nos dias de hoje já não é de apenas um transmissor de conhecimentos, e sim mediador, orientador, um provocador no processo ensino aprendizagem. Cabe ao docente fazer uma análise do conteúdo 21 curricular do que é essencial, fazendo uma relação com o contexto atual, com que o aluno percebe o significado e a importância do mesmo no seu cotidiano. Portanto, usando de uma metodologia que ofereça condições para que o aluno desenvolva suas potencialidades, fazendo dele um ser pensante, critico e criativo, levando-o a aprender a aprender. Nessa sistemática o professor é um pesquisador e inovador do processo. Ele também é um ser inacabado que busca aprender sempre. A assimilação dos conteúdos sócio-culturais deve se dar pelo processo de uma aprendizagem intencional pelo qual professor e aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento. Para isso, a sondagem diagnóstica é de suma importância, pois, servirá de base para o replanejamento das ações pedagógicas, garantindo ao aluno a efetivação da aprendizagem. Os conteúdos devem ser articulados entre as áreas do conhecimento e abordados na sua integridade, proporcionando ao aluno a apropriação gradativa do objeto de conhecimento, adaptados de acordo com a realidade social, histórica, cultural e política. Dentro de uma concepção progressista e numa pedagogia histórico crítica e abordados de uma forma interdisciplinar e laica. Assuntos que exigem pré-requisitos devem ser considerados e apresentados gradativamente, devendo os conceitos articulados serem abordados simultaneamente e nunca fragmentados. Deve-se respeitar a especificidade dos educandos, levando-se em conta sua realidade e suas diferenças fazendo as adaptações curriculares de acordo com a necessidade dos educandos, respeitando e compreendendo que cada aluno tem um potencial diferente, seu tempo e ritmo de aprendizagem, sem empobrecer o currículo, apenas adaptando-o com a realidade da turma. Cada disciplina tem a sua importância no processo ensino-aprendizagem, portanto cada uma contribui para a formação integral do aluno. Para tal, é necessário que o professor saiba trabalhar sua disciplina voltada para o significado que esta representa para a formação integral do aluno. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados pelos professores dentro de suas disciplinas específicas conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a 22 Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. Deverão ser abordados em todas as disciplinas e estarem interligados aos conteúdos básicos e poderão ser trabalhados por meio de debates, palestras, teatros... com o objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância de se pensar nos desafios sociais. A tecnologia está presente no nosso dia-a-dia e através dela muitas informações podem ser obtidas tanto pelo professor como pelo aluno. O professor tem um papel importante no sentido de direcionar os alunos a usarem informações obtidas através de tecnologias de forma responsável e educativa. A metodologia de trabalho descrito anteriormente deverá ser desenvolvido tanto no Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos, porém a EJA se diferencia pelas organizações: Organização Coletiva Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma préestabelecido. Organização Individual A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados. A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a frequência mínima na organização 23 coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula. AVALIAÇÃO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM Avaliação contínua da aprendizagem dos alunos e a organização do saber escolar são dimensões indissociáveis no processo de construção do conhecimento. Avaliar o grau de domínio das noções ensinadas, apenas tem sentido se servir de parâmetros para revisão do próprio saber escolar e da condução pedagógica do professor. A inter-relação entre professor / aluno representa um caminho a ser buscado continuamente, onde as atividades entre ambos tomam um caráter dialógico, momento de troca de ideias entre educador e educando na busca de um conhecimento gradativamente aprofundado. A assimilação ativa dos conteúdos sócio-culturais dentro da escola, se dá pelo processo de uma aprendizagem intencional que depende de um ensino intencionalmente estabelecido. Onde a avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo qual o professor e o aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento, assegurando o sucesso. Neste processo de busca desta compreensão, provoca ao professor um repensar de sua ação metodológica e consciente da prática avaliativa, de caracterizar a avaliação em seu significado básico, de diagnosticar, de investigar e dinamizar o processo de conhecimento. A avaliação da aprendizagem existe propriamente para garantir a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Ela tem a função de possibilitar uma qualificação da aprendizagem do educando. É preciso detectar através de avaliações constantes no processo, problemas de aprendizagem dos educandos e, em seguida, efetuar o apoio pedagógico necessário, tendo em vista evitar as perdas e as repetições desnecessárias que apenas comprometem o esforço educativo no qual a escola deve e precisa empreender: • Acompanhar e avaliar passo a passo à construção do conhecimento; • Detectar na origem, problemas de aprendizagem; • Utilizar práticas pedagógicas diversificadas, e inovadoras de apoio. Portanto, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a 24 finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. Os critérios de avaliação do Estabelecimento de Ensino obedecerão a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Deliberação nº 007/99. A educação Básica do Colégio Estadual João Negrão Júnior – EFM, está organizada por anos e por notas bimestrais. Durante o bimestre serão desenvolvidas atividades de pesquisas, debates, atividades interdisciplinares, teatros, dramatizações, trabalhos extraclasse, saída de campo, seminários, provas, testes, atividades em grupo, exposições orais e escritas, concursos internos, produções de textos, vídeos e documentários adequados aos conteúdos através da utilização das tecnologias (TV Pendrive e Laboratório de Informática). Todas estas atividades serão avaliadas pelo professor. Será proporcionada recuperação de estudos, de forma paralela, ao longo do ano ou período letivo a todos os alunos e principalmente os que não atingiram a aprendizagem esperada conforme prevê a Deliberação 007/99, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. A recuperação paralela poderá assumir várias formas: atividades complementares orientadas, pesquisas e provas, além de aulas de reforço e estudo em grupo com aluno monitor. A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem. Dar-se-á maior relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização. Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem sobre dados quantitativos e entre os resultados obtidos durante o período letivo e os da recuperação, prevalecerão os melhores resultados. A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e do seu desempenho escolar será contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e os resultados expressos em notas 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e a comunicação dos resultados aos alunos e pais será feita através de boletins informativos e contatos diretos. Os alunos do Ensino Fundamental e Médio, serão submetidos no mínimo a duas avaliações bimestrais, ficando, portanto a critério do professor, o número de avaliações a serem aplicadas além do mínimo exigido. Para fins de promoção ou certificação serão registradas notas por disciplinas, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino aprendizagem, conforme descrito no regimento escolar. 25 A média final de cada disciplina, corresponderá a média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) Os alunos do Colégio Estadual João Negrão participam da avaliação da SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), através da prova Brasil, e ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que tem como objetivo situar o nível de aprendizagem de nossos educandos e avaliar a qualidade da escola pública. Para a Educação de Jovens e Adultos serão utilizados os seguintes procedimentos e critérios para atribuição de notas: • as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; • para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota para fins de promoção e certificação. • a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual; • o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos; • para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); • os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade 26 da vida escolar do educando; • o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver; • na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de cálculo da média final; • no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção. A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensinoaprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. Será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. A frequência e as notas das avaliações são registradas em Livro Registro e no Sistema SEJA. OS PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO e EJA. Os princípios norteadores do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e adultos são: a Identidade, a Diversidade e a Autonomia. A Identidade A função principal do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos é o trabalho com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para que adquiram o aprendizado para compreensão do meio em que vivem e do seu tempo. O conhecimento adquirido deverá contribuir para a compreensão e transformação social do meio 27 que o aluno vive. As ações pedagógicas devem corresponder às necessidades de aprendizagem dos alunos. Deve ser levado em consideração o perfil dos alunos, a faixa etária, os anos em que encontram maiores dificuldades de apropriação dos conteúdos, além das condições sociais econômicas, culturais e religiosas. A capacidade técnica e pedagógica individual dos professores precisa estar a serviço do coletivo da escola e zelar pela aprendizagem de todos os alunos. A comunidade escolar garante a inclusão de todos os indivíduos e trabalho no sentido de assegurar o acesso, a permanência e a aprendizagem a todos os alunos e valorizar as diferentes culturas da comunidade. A Diversidade A diversidade na vida e na escola, em seu sentido amplo da palavra, diz respeito a variedade e convivência de ideias ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, ambiente ou situação. A atual política pública tem como principal preocupação a promoção de uma educação que inclua crianças, jovens e adultos num sistema educacional, garantindo uma educação de qualidade, o trabalho e a convivência social. A diversidade na escola visa minimizar as desigualdades nos pontos de partida e assegurar patamares comuns nos pontos de chegada. Nesse sentido considera-se o professor como agente essencial, sendo orientador do processo ensino aprendizagem, responsável pelo repasse do conhecimento historicamente produzido com o objetivo de fazer com que o educando adquira esse conhecimento promovendo assim a aprendizagem. A Autonomia A expressão de liberdade e iniciativa onde todos protagonizam a formação e implementação da proposta pedagógica da escola, gerando a responsabilidade dos envolvidos. A gestão administrativa e pedagógica deve ser democrática, transparente, com envolvimento de toda a comunidade escolar nas decisões a serem tomadas nos diversos segmentos. Oportunizar aos pais o direito de participar diretamente na escola, através do acompanhamento do rendimento escolar do seu filho, dando opiniões e sugestões visando com isso à melhoria do processo ensino/aprendizagem. 28 Para que o Projeto Político Pedagógico alcance seus objetivos propostos demanda um diálogo constante entre os educadores, funcionários e comunidade. Para tal faz-se necessário reuniões pedagógicas, planejamentos, avaliações constantes das ações desenvolvidas pela comunidade escolar. A gestão dos recursos financeiros é transparente e democrática. Os recursos recebidos pela escola são gastos atendendo as necessidades de cada setor, secretaria, alunos, manutenção e limpeza e sempre com a participação da comunidade escolar, como também das Instâncias Colegiadas (APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar). Não há desperdício ou mau uso dos recursos de qualquer tipo. Ao final de cada semestre é disponibilizada a comunidade escolar a prestação de contas através de edital. Esta instituição também conta com parcerias: Rotary Club de Teixeira Soares, Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde, Emater e Secretaria Municipal de Esportes. Com este propósito pretendemos desenvolver no educando formação global e integradora, indispensável para o exercício da cidadania proporcionando-lhe: • Escolarização formal e política; completa e eficaz na construção do conhecimento com qualidade que oportunize o desenvolvimento da capacidade de pensamento autônomo e criativo. • Uma educação sistemática que capacite o educando a adquirir, construir e reconstruir o conhecimento que lhe dê condições para viver com a multiculturalidade, o pluralismo de ideias, o respeito ao meio ambiente, a participação ativa e crítica da sociedade; • A busca do conhecimento cientificamente elaborado, numa visão crítica, capacitando para uma participação ativa, socioeconômica, política, cultural e tecnológica do país; • Uma prática pedagógica avaliativa que assegure o sucesso e a permanência na escola; • Igualdade de condições para acesso e permanência do aluno na escola; • Valorização e promoção da vida mediante respeito a ela, a busca e vivência de seus sentidos e a formação da consciência, da cidadania no mundo de hoje projetada para o futuro. • A convivência partilhada e compartilhada, mediante compreensão e atendimento aos seus direitos igualitários, a organização da comunidade escolar. • A compreensão crítica da realidade, mediante análise, avaliação, acompanhamento e planejamento permanente da educação no contexto local, regional e nacional. 29 A SOCIEDADE QUE QUEREMOS • Uma sociedade fundamentada na dignidade da pessoa humana, justa, crítica, que compreenda a transformação social; • Que o trabalho seja fonte de crescimento de realização e transformação social; • Que todos tenham liberdade de se organizar, de serem ouvidos e respeitados, com direito a uma vida democrática; • Que todos tenham assegurado as necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde, educação, trabalho, transporte e lazer; • Que todas as formas culturais sejam respeitadas e valorizadas através da democratização da educação e da apropriação do saber elaborado. O HOMEM QUE QUEREMOS Queremos um homem que: • Seja crítico, questionador, ousado e criativo; • Lute por um espaço na sociedade respeitando o direito do outro; • Tome atitudes e seja responsável por elas; • Respeite e promova a dignidade de cada pessoa a partir da comunidade escolar; • Seja sujeito da transformação social. A ESCOLA QUE QUEREMOS Uma Escola que acompanhe o desenvolvimento tecnológico, que seja passível de mudanças. Uma Escola de qualidade que prepare o indivíduo para o exercício de sua cidadania com formação cultural e dentro de princípios éticos e morais. Uma escola integrada com a família e com os diversos segmentos da comunidade. Buscando parcerias com empresas, universidades, sociedade em geral para tornar a Escola atrativa. PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS QUE QUEREMOS Queremos professor e funcionário que seja: • Acolhedor, amigo, humano, dedicado, sensato, sensível às características individuais das nossas crianças e adolescentes; • Convicto na vivência e na proposta de valores com capacidade de contribuir 30 coletivamente para a transformação da sociedade; • Mediador entre aluno e conhecimento; • Sujeito organizador, direcionador e condutor da prática pedagógica ensinoaprendizagem, numa perspectiva de apropriação e de re-elaboração histórica do saber; • Aberto ao novo, sempre em busca de atualização, abrindo e indicando caminhos através da formação continuada; • Consciente de sua dignidade enquanto pessoa, profissional e cidadão; • Um cidadão que saiba lutar por melhores condições no trabalho e de realização profissional. • Formador de seres pensantes, que amplie os horizontes de seus alunos, que fazem do saber instrumentos para formação de verdadeiros cidadãos, cumpridores de seus direitos e deveres. • Responsáveis pelo seu trabalho e persistente para atingir o principal objetivo que é fazer do aluno um ser verdadeiramente transformador de sua realidade social. O ALUNO QUE QUEREMOS Queremos alunos preparados para enfrentar a vida, isto é, alunos críticos para entender a sua realidade; conscientes de seu valor como cidadãos, capazes de atuarem na sociedade como agentes transformadores, participantes. Alunos, que não só se apropriem dos conhecimentos científicos e tecnológicos historicamente acumulados pela humanidade, mas que saibam utilizá-los para o bem de todos. Alunos capazes de trabalhar com inteligência suas emoções diante das dificuldades e obstáculos da vida, munidos de valores éticos e sociais. MARCO OPERACIONAL FUNÇÕES DA COMUNIDADE ESCOLAR FUNÇÕES DA DIREÇÃO: • Submeter o Plano Anual de Trabalho à aprovação do Conselho Escolar • Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar • Elaborar planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar 31 • Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Educação do Estado; • Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, às propostas de modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar; • Submeter o Calendário Escolar à aprovação do Conselho Escolar; • Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor alternativas de solução para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações emergenciais; • Propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola extinguindo ou abrindo curso, ampliando ou reduzindo os números de turnos e turmas e a composição de classes; • Propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação pelo Conselho Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão administrativa; • Coordenar a implementação das diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de Educação; • Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela Secretaria de Estado da Educação; • Analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao Conselho Escolar para aprovação; • Manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento de Ensino e os órgãos da Administração Estadual de Ensino; • Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e outros eventos; • Identificar interesses, necessidades e recursos do Alunado Escolar; • Manter o entrosamento entre Alunos, Pais, Professores e Funcionários do estabelecimento, procurando estabelecer o respeito mútuo, e assim como bom ambiente de trabalho; • Levantar no diagnóstico da realidade necessidades e condições de trabalho do professor, comunidade e recursos disponíveis; • Participar com a comunidade escolar na construção da proposta pedagógica; • Favorecer o processo de democratização na escola: através da participação efetiva do conselho escolar, associação de pais e mestres e funcionários e grêmio estudantil; 32 • Participar da capacitação docente, viabilizando oportunidades de aperfeiçoamento profissional, visando à proposta pedagógica; • Garantir o cumprimento do regimento escolar e do regulamento interno; • Ter presença atuante no planejamento curricular, garantir espaços para discussões, recursos de estâncias superiores e comunidade; • Acompanhar a execução do currículo, visando a democratização e garantia de qualidade de ensino, melhor uso de recursos didático-pedagógicos e permanente reposição; • Avaliação permanente da instituição escolar, do currículo e da aprendizagem; • Coordenar o conselho de classe; • Influir para que todos os funcionários da escola se comprometam com a proposta pedagógica; • Garantir a conservação e melhoria do acervo bibliográfico; • Garantir o acesso à matricula das camadas populares e condições para permanência; • Organizar e distribuir os recursos físicos, materiais e humanos; • Discutir com a comunidade escolar a qualidade, quantidade, preparo e aceitação da merenda; • Organização de documentos: plano curricular, livros ata...; • Coletar, atualizar e socializar dados da legislação de ensino e administração pessoal; FUNÇÕES DA DIREÇÃO AUXILIAR: • Substituir o diretor quando do seu afastamento, sob qualquer título; • Assessorar o Diretor no cumprimento de suas funções especificas; • Comunicar ao Diretor tudo aquilo que venha colaborar para manutenção do bom clima administrativo e pedagógico do Colégio; • Estabelecer elo de comunicação entre direção e Equipe Pedagógica; • Coordenar a implementação, gerenciando e acompanhando a execução dos programas pedagógicos do estabelecimento; • Acompanhar a execução do regulamento da biblioteca, deixando o Diretor a par de situações atípicas; • Acompanhar o Projeto Político Pedagógico, sugerindo realimentações, sempre que necessário; 33 • Programar junto com o Diretor as atividades extraclasse, ajudando na elaboração e execução das mesmas; FUNÇÕES DO PROFESSOR PEDAGOGO: • A equipe pedagógica é o órgão responsável pela ‘coordenação, implantação e implementação, no Estabelecimento de Ensino das Diretrizes Pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação; • Subsidiar a Direção com critérios para definição do Calendário Escolar, organização de classes, do horário semanal e distribuição de aulas; • Elaborar com o corpo docente, o Currículo Pleno do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação; • Promover a participação de professores e funcionários da escola na elaboração da Proposta Pedagógica; • Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos pedagógicos no Estabelecimento de Ensino; • Elaborar o regulamento da biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável; • Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço pedagógico; • Acompanhar o processo de ensino, analisando os resultados de aprendizagem com vistos a sua melhoria; • Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações, relativas aos serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar; • Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino; • Elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados; • Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente; • Propor a direção à implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados; • Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, a serem adotados pelo Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela Secretaria de 34 Estado da Educação; • Participar, sempre que convocado de cursos, seminários, reuniões, encontros, grupos de estudo e outros eventos; • Proporcionar condições para participação efetiva do Corpo Docente, estabelecendo uma unidade de esforços, a fim de que a educação se processe da melhor maneira possível; • Atuar no desenvolvimento do Currículo, assegurando o relacionamento e a ordenação sequencial dos conteúdos; • Participar da elaboração do Plano Anual de Atividades do Estabelecimento; • Supervisionar a execução do Currículo Pleno do estabelecimento a fim de que se processe a integração do Corpo Docente em relação a objetivos, conteúdos programáticos, métodos e técnicas de direção de aprendizagem, sistema de controle de aproveitamento e normas de conduta; • Coordenar e convocar com anuência da Direção, as reuniões do Corpo Docente e do Conselho de Classe e planejar; • Controlar o rendimento escolar dos alunos, pesquisando sobre as causas de aproveitamento insuficiente; • Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento de estudos de recuperação; • Participar da elaboração do Regimento Escolar e do Regulamento Interno; • Assessorar os professores no Plano de Ensino; • Na execução do currículo – assessorar o professor em métodos e técnicas para um ensino eficiente entre a teoria-prática; • Avaliação permanente do currículo e da aprendizagem • Promover e incentivar a elaboração e execução de projetos; • Orientar os professores novos na dinâmica e funcionamento da escola; • Promover pesquisas quanto às causas do fracasso escolar; • Constatar falhas no processo de ensino-aprendizagem e orientar para a superação das mesmas; • Promover um bom relacionamento com a comunidade escolar; • Acompanhar o processo ensino-aprendizagem mediante visitas nas salas de aula; • Verificar os livros de registros dos professores ao término de cada bimestre ou quando 35 for necessário; • Elaborar relatórios; • Atuar junto às famílias no sentido de que haja unidade de pensamento e de ação entre os pais e professores, na orientação do processo ensino-aprendizagem; • Garantir a reflexão do significado social dos conteúdos, valores, a fim de que se concretize a concepção de sociedade que queremos, conseqüências sociais dos processos de rotulação, discriminação; • Na execução do currículo assessorar o professor nas relações – professor x aluno, aluno x professor, aluno x aluno, escola x família – e participar na articulação do trabalho pedagógico; • Contribuir para que a avaliação se desloque do aluno para o processo pedagógico como um todo e que seja compatível com a concepção de homem, de mundo e de sociedade definidos na Proposta Pedagógica da Escola; • Articular a família e a comunidade, criando processos de interação da comunidade com a escola; • Assessorar o professor no trabalho pedagógico na sala de aula; FUNÇÕES DOCENTES: • Participar da elaboração da proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino; • Elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; • Zelar pela aprendizagem dos alunos; • Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; • Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional; • Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade; • Elaborar com a equipe pedagógica, o currículo pleno de Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria Estadual de Educação; • Escolher juntamente com a Equipe pedagógica, livros e materiais didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria Estadual de Educação; • Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do conhecimento pelo aluno; 36 • Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica do conhecimento filosófico-científico pelo aluno; • Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, seminários e outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional; • Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra o tratamento discriminante de cor, raça, sexo, religião e classe social; • Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito ao aluno; • Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com colegas, alunos, pais e os diversos segmentos da comunidade; • Participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos, que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo do desejado; • Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com vistas ao melhor rendimento do processo-ensino aprendizagem; • Zelar pela defesa dos profissionais e pela dignidade da classe; • Zelar pela disciplina geral do estabelecimento; • Ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição; • Exigir tratamento e respeito compatíveis com a sua profissão; • Conhecer e cumprir as normas estabelecidas no Regimento Escolar e Regulamento Interno; • Apresentar os projetos de inovações para a Direção, e diferentes metodologias com atividades para os alunos; • Guardar sigilo sobre assuntos da escola; • Manter atualizados os registros escolares (livros de chamada) com anotações referentes à frequência dos alunos, conteúdos desenvolvidos, resultados de avaliação e outros, encerrando-os convenientemente para entregá-los a equipe pedagógica do Colégio dentro do prazo fixado; • Cooperar com o desenvolvimento de atividades que visam à melhoria do processo educativo e a integração da escola – família – comunidade; • Elaborar o planejamento de acordo com as diretrizes curriculares e legislação vigente dentro das modalidades de Ensino Fundamental e Médio; 37 • Não entrar com atraso em sala de aula ou dela sair antes do término da aula ou utilizar o tempo de aula para correção de provas e cadernos; • Não abandonar sua turma sob qualquer hipótese, durante a aula; • Não fumar nas dependências do Colégio Estadual João Negrão Júnior Ensino Fundamental e Médio; • Não aplicar penalidades ao educando, exceto as de advertência verbal e retirada de sala de aula, com encaminhamento para a Equipe Pedagógica; • Não usar notas, faltas ou avaliação como fator punitivo; • Não considerar a matéria dada, cancelar aula ou deixar de proceder a correção da tarefa, sob alegação de indisciplina dos alunos; • Não usar termos inadequados, gírias, linguagem agressiva ao chamar atenção do aluno, contar piadas, histórias com fundo ofensivo à moral e aos bons costumes, como também permitir váias e apelidos em sala de aula; FUNÇÕES DO CONSELHO DE CLASSE • Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação como o trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, propostos no plano curricular; • Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos; • Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico; • Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela equipe pedagógica; • Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e processo de avaliação que retêm o rendimento escolar; • Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe; • Estabelecer planos viáveis de recuperação do processo ensino aprendizagem dos alunos, em consonância com o plano curricular do Estabelecimento de ensino; • Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação e alunos transferidos, quando se fizer necessário; • Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que, após a apuração dos resultados finais não atinja a média mínima solicitado pelo estabelecimento, conforme prevê a 38 Deliberação 007/99 levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno até então. FUNÇÕES DO SECRETÁRIO • Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos; • Distribuir as tarefas decorrentes dos cargos da secretaria aos seus auxiliares; • Redigir a correspondência que lhe for confiada; • Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos; • Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor; • Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes; • Apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser assinados; • Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação: da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno; da autenticidade dos documentos escolares; • Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matricula, transferência, adaptação e conclusão do curso; • Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria; • Comunicar a direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria; • Estar atento na rotina da documentação escolar no geral; FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO • Elaborar, redigir, revisar, encaminhar e digitar cartas, ofícios, circulares, instruções, normas, memorandos, e outros; • Coletar dados diversos, consultando pessoas, documentos, publicações oficiais, circulares, instruções, normas, memorandos e outros; • Efetuar registros, preenchendo fichas, formulários e outros, a fim de atender às necessidades do setor; • Atender as pessoas, pais de alunos e chamados telefônicos, anotando ou enviando recados para obter ou fornecer informações; • Efetuar cálculos simples e conferências numéricas; 39 • Organizar e/ou atualizar arquivos, fichários e outros classificando documentos por matéria, ordem alfabética ou outro sistema, para possibilitar o controle dos mesmos; FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO QUE ATUA NA BIBLIOTECA • cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando organização e funcionamento; • atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio; • auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino; • auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, vídeos, DVDs, entre outros; • encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos usuários; • zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo; • registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário; • receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca; • manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua manutenção; • participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; • auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático; • participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; • manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; • exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO QUE ATUA NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA • cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática, assessorando na sua organização e funcionamento; 40 • auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e equipamentos de informática; • preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório; • assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório; • zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos; • participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; • receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório de Informática; • participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; • zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; • manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; • exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. FUNÇÕES DO ASSISTENTE DE EXECUÇÃO QUE ATUA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA • cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e Biologia; • aplicar, em regime de cooperação e de corresponsabilidade com o corpo docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos; • preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de atividades práticas de ensino; • receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório; • utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do laboratório; • assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório; • zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos 41 e equipamentos de uso do laboratório; • participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; • comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente ocorridos no laboratório; • manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de consumo; • participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; • zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; • manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; • participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função. FUNÇÕES DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA LIMPEZA • Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o material e produtos necessários; • Efetuar tarefas correlatas a sua função; • Executar os serviços de limpeza interna e externa e arrumação das dependências que lhe forem atribuídos; • Zelar pela conservação do prédio de suas dependências internas e externas e do mobiliário em geral; • Executar os serviços rotineiros, verificar a segurança dos portões e janelas, dando conta de qualquer irregularidade; • Em caso de falta de material de limpeza comunicar a direção para fazer reposição; FUNÇÕES DO AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA COZINHA • Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e qualitativamente; • Informar o diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição de 42 estoque; • Conservar o local da preparação da merenda escolar em boas condições de trabalho, procedendo a limpeza e arrumação referente a do turno de trabalho; • Efetuar tarefas correlatas a sua função. FUNÇÕES DO AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA ÁREA DA VIGILANCIA E DA MOVIMENTAÇÃO DOS ALUNOS • Coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos períodos de atividades escolares; • Zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de ensino; • Comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança dos alunos; • Percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando o comportamento dos alunos e comunicar a direção em casos de irregularidade. PLANO DA DIREÇÃO OBJETIVOS: • Estabelecer as metas a serem cumpridas no decorrer de 2009/2010/2011. • Buscar a melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem, através do envolvimento coletivo; • Motivar a comunidade escolar – professores, funcionários, pais e alunos – a um maior comprometimento com a educação; • Fortalecer as parcerias para uma maior expansão das atividades tanto em sala de aula como extra-classe. Gestão democrática: Partindo da gestão participativa e democrática, o primeiro passo para um plano de ação surtir bons resultados, com certeza é a abertura que deve ser dada a todos os membros da Comunidade Escolar, para a exposição de suas opiniões, sugestões e críticas. Uma Instituição Escolar conta com instâncias colegiadas que devem ter uma participação direta e significativa, em busca da qualidade de ensino. O Conselho Escolar e a APMF, devem se fazer presentes sempre que necessário para auxiliar a direção e a equipe 43 pedagógica na tomada de decisões, que venham a contribuir para o bom andamento das atividades escolares. O Conselho de Classe constitui-se como momento de reflexão sobre as ações desenvolvidas no interior da sala de aula, analisando comportamento, relacionamento, aluno/ aluno, aluno/professor, rendimento escolar, estratégias utilizadas, mudanças de metodologias, formas de avaliação, deve visar sempre o crescimento do aluno. Os alunos representantes de turma serão escolhidos democraticamente por seus colegas após o primeiro mês de aula. Este aluno será responsável por intermediar ações entre a turma, o professor regente, a equipe pedagógica e direção. O Grêmio Estudantil, formado por alunos das diferentes séries e modalidades de ensino, terá a incumbência de articular ações para melhorar as condições pedagógicas, envolver os alunos em diferentes atividades, fazê-la mais participativa. Todas as instâncias articuladas terão por objetivo final a melhoria da qualidade de ensino. PROPOSTA PEDAGÓGICA Na proposta pedagógica deste Estabelecimento de Ensino está explicitada toda a reflexão sobre a prática docente. A escola tem por objetivo formar cidadãos críticos, sabedores de seus deveres e direitos. A escola tem por função contribuir para o desenvolvimento, ético, moral, cívico de cada um de seus educandos. Sabe-se que a educação informal está presente em todos os momentos da vida do aluno, mas para muitos é na escola pública o local onde irão receber uma educação formal. Sendo assim, devemos ter a certeza de nosso papel enquanto educadores, pois temos em nossas mãos a possibilidade de contribuirmos para a formação de pessoas capazes de melhorar sensivelmente as relações sociais. Para atingirmos um ensino de qualidade, é necessário um engajamento de toda a comunidade escolar e um único objetivo: a formação integral do homem. As reuniões pedagógicas devem servir para troca de experiências entre professores, equipe pedagógica, funcionários e direção, tendo como objetivo a melhoria na qualidade de ensino. Durante a hora-atividade, é o momento para o professor, preparar suas aulas, provas, realizar a correção de trabalhos, atividades e atendimento aos pais. Este horário também deve ser destinado para grupos de estudos, sondagem sobre o rendimento escolar dos alunos, por isso é importante, tomar cuidado na elaboração do horário visando sempre que possível a reunião dos professores das mesmas disciplinas ou professores de disciplinas afins, para que possam trocar ideias e para que a Direção e Equipe Pedagógica aproveitem este momento 44 para estudo de texto e reflexões sobre o dia-a-dia escolar. Direção, professores, equipe pedagógica, devem criar condições para que os alunos tenham acesso à atividades de recuperação de estudos, caso haja necessidade. A família deve caminhar lado a lado com a escola, participando de reuniões, comparecendo à escola sempre que for solicitado e deve principalmente sentir-se a vontade para vir até o colégio e sabendo que a escola está de portas abertas para recebê-la. Somente com o apoio da família, a escola poderá realmente exercer o seu papel. Cronograma: 2011 MesesAtividades Semana Pedagógica fev mar abr ago X X X set out nov dez X X Reunião APMF e Conselho Datas Comemorativas Atividades Culturais jul X Conselho de Classe (Hora-Atividade) Passeios Culturais Atividades referentes a jun X Reunião de Pais Escolar Jogos Escolares Estudos de Textos mai X X X X X X X X X X X X X X X X X X A critério dos professores A critério dos professores Encerramento Ano Letivo O plano de ação será avaliado semestralmente, ouvindo-se a Comunidade Escolar. X PLANEJAMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA O pedagogo é um profissional que atua com os demais profissionais da escola, no sentido de fornecer as condições mais adequadas para que esta cumpra sua função de articular a prática cotidiana da escola. Ele tem um conjunto de tarefas necessárias frente a questões dos conteúdos, da avaliação e das metodologias, partindo das condições reais existentes para o redirecioná-las na perspectiva da democratização da escola. O pedagogo atua no currículo da escola, insere-se na prática pedagógica e deve contribuir no processo ensino aprendizagem, para tanto deve conhecer a realidade do aluno, 45 da comunidade, tendo o educando como ponto de partida neste processo. Isto requer uma série de responsabilidades e cuidados por parte do profissional. O seu trabalho é de assessoria ao ensino aprendizagem, desenvolvido na relação professor/aluno. Como a prática cotidiana da escola é uma prática humana, para atingir a qualidade na educação, a escola precisa de profissionais compromissados com uma prática coletiva. Portanto, os pedagogos são profissionais necessários na escola: não somente nas tarefas administrativas, mas também na assessoria ao professor no ato de ensinar, na articulação entre os diversos conteúdos e na busca de um projeto político-pedagógico coerente. O trabalho do pedagogo está voltado tanto para o comportamento como para os problemas de ensinoaprendizagem dos alunos. Ele precisa lutar também para que a escola não perca a dimensão orientada pela reflexão permanente do seu fazer, buscando identificar os sinais que apontam para a necessidade de mudança. É necessário que o pedagogo seja capaz de discutir com a equipe e na equipe o currículo e o processo de ensino aprendizagem frente à realidade sócio-econômica do alunado, analisando as contradições da escola e as diferentes relações que exerçam influência na aprendizagem, contribuindo efetivamente para a melhoria do ensino e as condições de aprendizagem do processo educativo, estruturando o seu trabalho a partir da análise e da crítica da realidade social, política e econômica do país, fundamentando cientificamente sua ação e buscando novas teorias a partir de sua prática. QUADRO - PLANEJAMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA Atribuições Atividade Estratégias 1) Coordenar, junto a A distribuição de aulas deve obedecer direção, o processo de as diretrizes da SEED, do NRE de Irati distribuição de aulas a partir de critérios legais Distribuição de aulas estabelecidos pela SEED acompanhar a sua efetivação Estadual João Negrão Júnior Ensino Fundamental e Médio. Diretrizes da SEED Projeto Político Pedagógico Transparências 2) Coordenar a elaboração e re-elaboração do PPP e e da proposta pedagógica do Colégio Material P.P.P. Leitura, discussões e apresentações de dos assuntos a sugestões para re-elaboração do P.P.P. serem discutidos do P.P.P. 46 Calendário 3) Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do P.P.P. escolar, horário letivo, na formação de turmas, na alunos, semanal, definição e distribuição do horário calendário formação das semanal das aulas e disciplinas, da escolar, mapa da turmas, horário hora atividade e de outras atividades distribuição das da hora que interfiram diretamente na aulas dos atividade. realização do trabalho pedagógico; professores. Os professores serão agrupados por Diretrizes disciplina e farão o planejamento do Curriculares ensino de acordo com as diretrizes da SEED e curriculares e a Proposta Pedagógica Orientações 4) Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao coletivo de Intervindo na elaboração do calendário Matrícula dos Planejamento de Ensino professores do Colégio com a orientação da equipe pedagógica. da SEED. Fazer a análise dos projetos elaborados 5) Avaliar os projetos de natureza pedagógica a serem Projetos implantados no Colégio. pelos professores para a implantação dos mesmos. De acordo com cada projeto e com recursos disponíveis da Escola P.P.P. e Proposta 6) Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar Participação e intervenção no trabalho pedagógico No decorrer do ano letivo sempre que se fizer necessário, sugerindo, participando em todas as atividades Pedagógica Regimento Escolar e Regulamento Interno 7) Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos Reuniões pedagógicas e grupos de estudo Para reflexão e aprofundamento de temas relativos – ao trabalho pedagógico e para elaboração de proposta de intervenção na realidade da escola. 47 Políticas educacionais da SEED. Diretrizes Curriculares Texto de apoio 8) Responsabilizar-se pelo Acompanhando o trabalho do professor trabalho pedagógico didático através do planejamento, nas horas desenvolvido na escola pelo atividades assessorando e refletindo coletivo dos profissionais Apresentar propostas alternativas, sugestões e críticas Trabalho Pedagógico sobre os procedimentos metodológicos. Planejamentos No decorrer das atividades no âmbito dos professores escolar e em todas os momentos, Projetos que promovam o desenvolvi- reuniões, grupos de estudo, mento e o aprimoramento do hora-atividade. trabalho pedagógico escolar. De acordo com o P.P.P. e conforme as necessidades da instituição escolar e de 9) Coordenar e elaborar critérios para a aquisição, empréstimo de materiais, equipamentos e livros de uso didático-pedagógico. Aquisição de materiais ou equipamentos e livros. acordo com os planejamentos de ensino. O uso do vídeo deve estar previsto no planejamento do professor e com o devido agendamento. Os vídeos, livros e materiais para adquirir ou emprestar, Através de recursos do fundo rotativo,a APMF e o Governo Federal. desde que esteja previsto no plano de trabalho e com alguma finalidade. Conversando com os bibliotecários, 11) Participar da organização da biblioteca assim como do processo de aquisição de livros e periódicos Regulamento da direção, professores, quanto a aquisição biblioteca Biblioteca de livros a serem ser adquiridos de Recursos do acordo com o planejamento dos SEED e verbas docentes e proposta curricular. do PDDE Preferencialmente se possível a organização da hora-atividade dos professores por disciplina para que possa ser um 12) Organizar a momento de reflexão-ação sobre o pro- hora-atividade do coletivo de Hora-atividade cesso pedagógico a ser desenvolvido professores da escola em sala de aula, preparação das aulas, leituras, recuperação de alunos, correção de provas e trabalhos e atendimento de alunos e pais. 48 Mapa de distribuição de aulas 13) Atuar junto aos Assessoria nas atividades de professores na elaboração de atividades de recuperação de Recuperação de estudos a partir das estudos necessidades de propostas de intervenções professor pedagogo a partir das Mapa de notas Livros, enfim o material que for necessário. O Conselho de Classe deve ser Ficha do pré- organizado de forma a garantir um conselho de Conselho de processo coletivo de reflexão-ação classe. Mapa de Classe sobre o trabalho pedagógico notas. Livro de 14) organizar a realização coordenar a elaboração de atividade do professor, com apoio do dificuldades detectadas. aprendizagem identificados. dos Conselhos de Classe e recuperação deve ocorrer na hora desenvolvido pela escola e em sala de registro dos decorrentes do processo. aula O aproveitamento escolar do ano 15) Durante a Semana anterior será apresentado a comunidade Pedagógica do início do ano letivo apresentar a Dados comunidade escolar os estatísticos resultados do aproveitamento escolar a partir de dados estatísticos no inicio de cada ano letivo de forma que promova o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a das turmas do ano anterior. professores. Computador Transparências Retroprojetor Telão aprendizagem dos alunos. Participando de debates, de articulação entre os vários setores da escola, tendo 16) Participar do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões. Reuniões do Conselho Escolar em vista o atendimento de necessidades comuns e os encaminhamentos necessários a solução de problemas administrativos pedagógicos que possam intervir no funcionamento da mesma. 17)propiciar o desenvolvimento de representatividade dos alunos e sua participação nos Líder de classe diversos momentos e órgãos colegiados da escola. Será trabalhada liderança em todas as turmas e cada classe terá um Textos que falam representante de turma,eleito pelos sobre liderança mesmos. 49 EQUIPE ADMINISTRATIVA I – OBJETIVOS GERAIS • Estabelecer metas a serem cumpridas no decorrer de 2010 e anos sucessivos. • Buscar a melhoria da qualidade do atendimento a comunidade escolar através do envolvimento coletivo. • Motivar os funcionários a terem um maior comprometimento com a educação. II – AÇÕES: Por estarmos envolvidos com a gestão democrática e participativa temos abertura para expor opiniões, sugestões e críticas assim como recebê-las de volta. A equipe administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais funções. A secretaria é o setor que tem ao seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento, os seus serviços são coordenados e supervisionados pela direção ficando a ela subordinados. Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos. Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes. Apresentar ao diretor em tempo hábil, todos os documentos que devam ser assinados. Organizar e manter em dia o arquivo escolar e o registro de assentamento dos alunos de forma a permitir, em qualquer época, a verificação: • da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno; • da autenticidade dos documentos escolares; • coordenar e supervisionar as atividade administrativas referentes a matrícula, transferência, adaptação e conclusão do curso. • zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos na secretaria. • comunicar a direção toda a irregularidade que venha ocorrer na secretaria. • recolher dentro dos prazos previstos, os canhotos de registros de notas e freqüência e atualizar o sistema SERE até quinze dias após cada bimestre; 50 • proceder o recolhimento dos livros registro de classe no término do período letivo, providenciando o seu arquivamento pelo prazo exigido pela legislação. SERVIÇOS GERAIS I – OBJETIVOS GERAIS • Manter a limpeza da escola de forma a garantir a saúde de toda a comunidade escolar e conscientizar os alunos no sentido de preservar o patrimônio público; • conscientizar os alunos que todos os funcionários são educadores; • incentivar os alunos para os hábitos de higiene, respeito e amizade. II- AÇÕES Prestar serviços de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado. Conforme o estabelecido no regimento escolar do Colégio, citamos alguns itens de competência dos funcionários dos serviços gerais: Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o material e produtos necessários; executar os serviços de limpeza interna e externa e arrumação das dependências que lhe forem atribuídos; zelar pela conservação do prédio, de suas dependências internas e externas e do mobiliário em geral; verificar a segurança dos portões, portas e janelas, dando conta de qualquer irregularidade; auxiliar na execução de reparos e reformas de pequena monta no prédio, nas salas de aula, nos equipamentos didáticos, seguindo sua habilidade pessoal; executar as demais tarefas correlatas à sua função, a critério da direção. reparar e servir a merenda escolar controlando-a quantitativa e qualitativamente; informar o diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do estoque; conservar o local de preparação da merenda escolar em boas condições de trabalho, procedendo a limpeza e arrumação; efetuar rondas periódicas de inspeção, com vistas a zelar pela segurança do estabelecimento de ensino; impedir a entrada, no prédio ou áreas adjacentes, de pessoas estranhas e sem autorização, fora do horário de trabalho, como medida de segurança; encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que apresentam problemas, para receberem a devida orientação ou atendimento; comunicar ao diretor os casos de conduta irregular de alunos; 51 PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO - 2011 52 Tópico discutido Problemas levantados Projeto Político Pedagógico Regimento Escolar Falta de conhecimento Ações da escola em 2010 Reunião com os professores por parte dos professores PSS e QPM que não contratados pelo regime participaram da Formação especial PSS e QPM que Continuada e retomada não participam da constante com toda a Semana Pedagógica. Comunidade Escolar Período Responsável No decorrer do ano letivo Direção e Equipe Pedagógica Atribuir a liderança do Grêmio Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil / APMF / Estudantil aos alunos nos com Pouco envolvimento, maior tempo de escolaridade, falta de iniciativa para Incentivar a APMF e o No tomada de decisões e Conselho Escolar para uma decorrer Bóris / sugestões. participação mais efetiva por do ano Sônia V. meio de reuniões constantes letivo Conselho Escolar para conscientização de sua real importância. Pouco diálogo e Estabelecer parcerias. Decorrer Direção e Realização de reuniões e do ano Equipe palestras. letivo Pedagógica Falta de envolvimento Dialogo direto com o profis- No Planejamento consciente de alguns sional para conscientizálo decorrer Participativo profissionais. sobre a sua responsabilidade, do ano com registro em Ata. letivo Entidades envolvimento destas Externas Entidades 53 Direção Troca de aulas entre os professores diante da necessidade de faltar. Cumprimento do Falta dos professores, Calendário demora na substituição Elaboração de Projeto em Escolar em dias contra turno para de professores em complementação da carga letivos e licença, transporte horária, reposição de aula nos horas-aula escolar. horários vagos do professor. No Direção e decorrer Equipe do ano Pedagógica letivo Agilização por parte do NRE na contratação de professores substitutos. Conscientização da importância da família e Relação Escola Comunidade Falta de participação comunidade no rendimento constante escolar, por meio de reuniões, palestras, solicitação da presença dos pais sempre que No decorrer do ano Equipe Pedagógica letivo necessário. Proposta Pedagógica Curricular / Plano de trabalho docente Falta de participação conjunta na construção Agilização na contratação dos da Proposta e do Plano professores PSS, para que os devido a demora na mesmo participem na Semana contratação dos Pedagógica escolar ano Equipe Pedagógica professores PSS. Falta de alguns alunos Avaliação Início do nos dias de avaliação e Conscientização destes sobre desinteresse destes em a importância da avaliação realizá-las No decorrer do ano letivo posteriormente 54 Equipe Pedagógica e professores Conselho de Classe Falta de alguns Obrigatoriedade na professores em dias de participação de todos os Conselho, falta de professores, encaminhamento Em todos comprometimento, falta da falta no RMF, observar e os bimes- de detectar e discutir os detectar os problemas de tres problemas de ensino- ensino-aprendizagem em sala aprendizagem, e o de aula, discutir e apresentar confronto dos mesmos. possíveis soluções pelo Direção e Equipe Pedagógica colegiado Através da Res. 175/08 os professores terão Hora Hora-Atividade Dificuldade de colocar Atividade de acordo com a sua todos os professores da disciplina nos dias mesma disciplina no estabelecidos pela mesma ou mesmo horário. conforme a adequação a carga horária do professor, pois No decorrer Direção e do ano equipe letivo pedagógica muitos trabalham em duas ou mais escolas. Número elevado de alunos por sala Recuperação de estudos Os alunos das 5ª séries serão dificultando o avanço do encaminhados para a Sala de Equipe plano de ação docente, Apoio, e nas demais séries Pedagógica não permitindo o além da recuperação paralela No atendimento individual será contado com a decorrer dos alunos com colaboração de alunos do ano dificuldades de monitores. letivo aprendizagem. 55 Demora de Sala de Apoio / Sala de Recursos encaminhamento dos Agilização da entrega do alunos por parte dos encaminhamento dos alunos professores à Sala de indicados para Sala de Apoio e Maior Apoio e Recursos, Recursos, Conscientização da ênfase no problema de transporte família quanto a importância início e Isabel e para o contra turno, da frequência assídua nos no Marilene espaço físico inadequado programas oferecidos, decorrer para atender o número de Parcerias com entidades do ano alunos, falta de apoio da externas (Conselho Tutelar, letivo família, difícil contato Promotoria Pública, Prefeitura) entre professores de e Conselho Escolar apoio e professor regente. Troca de experiências entre Registro e acompanhamento de alunos incluídos Falta de preparo na graduação para trabalhar com estes alunos professores e participação de cursos dentro de cada disciplina para aperfeiçoamento do professor, quando convocado pelo NRE Maior Isabel e ênfase no Marilene início e no decorrer do ano letivo Agilização na contratação dos Reuniões Quadro incompleto de professores PSS, para que os Pedagógicas / professores mesmo participem na Semana ano letivo Equipe Semanas Pedagógica. Reunião imediata Pedagógicas após a contratação dos Início do Direção e Pedagógica respectivos professores. Falta de incentivo e Enfrentamento à evasão compromisso dos pais com a escolaridade. Falta de objetivo de alguns No Todos os Retomada do Plano de Ação. decorrer profissionais FICA. do ano do estabele- letivo cimento de alunos do Ensino Médio. ensino 56 Dificuldade na aplicação Uso da hora atividade dos No Jornadas prática da proposta professores para repasse das decorrer Equipe Pedagógicas apresentada informações. do ano Pedagógica letivo Datas não flexíveis, exigência de 100% de Grupos de frequência, poucos Estudo envolvidos, impossibi- ( capacitação lidade de terminar o oferecida pelo curso devido a SEED) desistência de Realização do Grupo de No Estudos nas Horas Atividades decorrer e em datas já estipuladas pela do ano SEED letivo professores dos Participar dos encontros Durante o Direção municípios promovidos pelo NRE e SEED ano letivo Osíris participantes, mínimo proposto Número insuficiente de encontros reunindo NRE Itinerante jurisdicionados ao NRE Seminários Pouca oferta, vagas Encontros limitadas por Escola. Cursos Maior oferta no número de vagas e eventos nas disciplinas Durante do ano Direção letivo Falta de participação da maioria dos professores nos GTRs. Falta de PDE / GTR conhecimento em infor- Revisão por parte da SEED No Osíris, mática que impossibilita dos critérios estabelecidos. decorrer Arlete, maior participação dos Oferta de curso de informática do ano Arlene, professores. Elevação aos docentes. Arieus mais rápida nas classes do nível 3, incentivando professores em fim de carreira. 57 letivo Produção de material (folhas / OAC) Projetos específicos do Colégio Falta de Tempo,coragem, informação,atitude, Motivação dos professores e Esportiva Institucionais da SEED: Com Ciência / JEP's / CELEM decorrer Arlene do ano em informática. letivo Dificuldade em estabele- Buscar parcerias, incentivar a No Joanita cer parcerias, envolvi- participação de um número decorrer Jandira mento de maior número maior de docentes. do ano Osíris letivo Arlete de professores. envolvimento dos professores nas atividades desenvolvidas visando o EstabeleEnvolver os professores nas cida em atividades. calendá- Todos rio incentivo aos alunos. Programas Arieus e motivação, conhecimento Falta de participação e Semana Cultural No Com Ciência: falta de Realização dos jogos no Durante a envolvimento de profes- segundo semestre, maior realiza- Todos os sores de outras discipli- envolvimento dos professores ção dos profissionais nas. JEP's: jogos no de outras disciplinas. eventos. de educação início do ano, falta de aula treinamento. Desafios contemporâneos: educação ambiental, sexualidade, Dificuldade de inserir e Maior interação dos No Inez, enfrentamento à trabalhar com as professores em busca de decorrer Jandira, violência nas temáticas em todas as informações pedagógicas para do ano Joanita, escolas, preven- disciplinas o trabalho destas temáticas em letivo Marilene C., sala de aula. Andreia, ção ao uso indevido de drogas, Divane educação fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e Africana 58 Materiais e ambientes didático- Solicitação junto ao Governo pedagógicos: Falta de laboratório de do Estado para a construção do Laboratório de Ciências. Livros Laboratório de Ciências. Ciências e de didáticos insuficientes Contato com as outras escolas do ano Arlene, Informática/TV para atender a demanda para efetuar o remanejamento Jandira e Paulo Freire, TV de alunos do Colégio. de livros didáticos. Solicitação Pendrive, acervo de envio de número suficiente da biblioteca, de livros. No início letivo Lauren Livro Didático Público Recursos financeiros: Fundo Rotativo / Pouca autonomia na Solicitar junto a SUDE maior aplicação. autonomia na sua aplicação. No início Sandra, do ano Lauro, letivo André PDDE Pouca informação sobre E-TEC Brasil como proceder com a parte burocrática do Primeira Divulgação para comunidade. Semana de fev. curso. SetemEJA Implantação da EJA bro / Mirian 2010 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO Visando um trabalho que viabilize a transmissão e a apropriação crítica do conhecimento elaborado, temos como critérios de organização: • Organização curricular por ano, disciplina e bimestral; • No início de cada ano letivo far-se-á o planejamento por disciplina; • A organização sequencial dos conteúdos de cada disciplina será por ano; • A organização do ensino e da sala de aula fica a critério de cada professor, no entanto devem desenvolver os objetivos contidos no plano curricular e em conformidade 59 com a LDB e as Diretrizes Curriculares. • Os professores dispõem de laboratório de informática, TV Paulo Freire, TV pendrive, data show, televisão, vídeo, DVD e rádio como auxílio no desenvolvimento dos conteúdos. O uso dos mesmos deve estar de acordo com o planejamento de ensino e programado com antecedência. • É indispensável para o bom rendimento escolar de nossos alunos que haja disciplina em sala de aula, bom relacionamento entre professor/aluno e aluno/aluno, jamais permitindo agressões verbais e físicas. É de responsabilidade do professor manter a sala de aula num ambiente agradável e propício para os estudos. As ocorrências indisciplinares deverão ser registradas no livro registro e bem como as medidas tomadas pelo professor. Após três ocorrências o aluno deve ser encaminhado para o professor pedagogo com os devidos registros para que se possa tomar posteriores medidas. • As atividades curriculares serão desenvolvidas no ambiente escolar ou em atividades extraclasse, conforme os objetivos previstos em planejamentos de ensino e projetos. • Além dos conselhos de classes bimestrais, deverão ser realizados pré-conselhos de classes com objetivo de obter subsídios para conselho de classe. Essas informações poderão ser obtidas pelo pedagogo junto aos professores durante as horas atividades dos mesmos ou pelo professor regente de cada turma que colha dados da classe, os quais serão analisados e discutidos no dia do conselho de classe, bem como as decisões a serem tomadas. • Os conselhos de classe deverão acontecer no final de cada bimestre, conforme o Calendário Escolar ou quando se fizerem necessários. Os resultados bimestrais serão comunicados através de boletim escolar ou informativos, podendo ser entregue aos alunos, ou em reuniões de pais. • A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e cumulativa, através de diversos instrumentos durante o processo de aprendizagem, oportunizando ao educando a recuperação paralela dos conteúdos a fim de garantir a qualidade do ensino e da aprendizagem; • O horário das aulas será organizado pela direção, direção auxiliar e equipe pedagógica, possibilitando na medida do possível aulas geminadas para desenvolver os conteúdos conforme necessidade das disciplinas; 60 • As turmas serão organizadas pela secretaria com o acompanhamento da equipe pedagógica e corpo docente seguindo instruções da resolução nº 864/2001; • O lanche será servido no pátio interno da escola pela merendeira e serventes; • Cada turma contará com um aluno líder e vice-líder e um professor regente escolhidos pela turma sob orientação e coordenação do professor pedagogo; • A hora cívica será uma vez por semana, na qual toda a comunidade escolar participa do Hino Nacional ou outros hinos pátrios; as turmas serão acompanhadas pelos professores; • A escola conta com a colaboração dos alunos através do grêmio estudantil em diversas atividades promovidas pela instituição; • A escola conta com o apoio da APMF e do Conselho Escolar; • O funcionamento da Biblioteca deve obedecer rigorosamente aos horários previstos: Manhã: 7h 15min às 11h 40min, tarde das 13h às 17h 20min e noite das 18h 45min às 22h 45min. A hora atividade será organizada conforme a instrução nº 02/2004 ou conforme a adequação da carga horária do professor. A hora atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de docência para estudos, avaliação e planejamento; A organização da hora atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos professores, priorizando-se: o coletivo de professores que atuam na mesma disciplina/ ano; correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visam a melhoria da qualidade de ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica, e/ou Núcleo/Secretaria de Educação, bem como o atendimento de alunos, pais e (outros assuntos de interesse) da comunidade escolar; a organização da hora atividade deverá garantir, também carga horária, que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes ao exercício da docência. Cabe a equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as atividades individuais a serem desenvolvidas durante a hora atividade. Os professores que se ausentarem das aulas para participarem de capacitação deverão em seu retorno, fazer o repasse aos colegas dos assuntos abordados no curso ou reunião. 61 Os professores que necessitarem faltar por motivos pessoais devem fazer trocas de aulas com outros professores do mesmo ano para que se garanta ao aluno às efetivas 800 horas, ou duzentos dias letivos com a organização e o assessoramento da equipe pedagógica. Os professores que forem convocados pelo Núcleo Regional de Educação ou SEED deverão deixar atividades para seus alunos para garantir as 800 horas ao aluno. Quanto à evasão escolar procura-se saber o porquê desta e tenta-se inserir novamente o aluno evadido da comunidade escolar. Quando isto não é possível aciona-se o Conselho Tutelar através do FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente), que no insucesso aciona o Ministério Público. Os alunos que não atingiram a aprendizagem esperada são encaminhados para a equipe pedagógica para análise da situação para posteriores encaminhamentos. Especificamente os alunos do 6º e 9º ano, nesta situação, nas disciplinas de Português e Matemática são encaminhados para a sala de apoio com atividades no contra-turno. Já os educandos de 6º a 9º ano que apresentam um grau de dificuldade maior na aprendizagem, são encaminhados para a sala de recursos após avaliação psicológica, onde serão atendidos com professora especializada em educação especial, a qual realizará atividades diversificadas para procurar sanar as dificuldades. Os alunos do Ensino Fundamental e Médio que apresentam dificuldade de aprendizagem terão atendimento diferenciado, serão avaliados de acordo com suas potencialidades e dificuldades. O professor fará uma adaptação curricular em seu plano de ação, para atender a turma na sua heterogeneidade. Os projetos abordados no PPP deverão ser desenvolvidos durante o ano letivo e trabalhados nos períodos manhã, tarde e noite. Os desafios educacionais contemporâneos (Educação Ambiental, Sexualidade, Enfrentando a Violência, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal e História e Cultura Afro-brasileira e Africana) devem estar inseridos no plano de ação de cada professor. O que é definido a cada início de ano com a comunidade escolar, para que se efetive é necessário que cada profissional execute a sua tarefa com responsabilidade e compromisso, pensando no mesmo objetivo que é o sucesso no processo de ensinoaprendizagem. Para tanto faz-se necessário que todos falem a mesma linguagem, defendam 62 as mesmas regras e cumpram o que foi estabelecido de comum acordo. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) segue os critérios estabelecidos na proposta pedagógica aprovada pelo Conselho Estadual de Educação. INSTÂNCIAS COLEGIADAS Esta Instituição de Ensino conta com as instâncias colegiadas da APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil que são órgãos que auxiliam no processo da gestão democrática favorecendo e fortalecendo a participação de toda a comunidade escolar no processo educativo. FUNÇÕES DA APMF: • Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino; • Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do estabelecimento de ensino; • Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar; • Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais, professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da SEED; • Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as necessidades dos alunos comprovadamente carentes; • Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembleia Geral Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente definida na convocação; 63 • Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se para prestação de contas desses recursos, com registro em ata; • Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de editais e em Assembleia Geral; • Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do Conselho Escolar; • Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata próprio e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF); • Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do estabelecimento de ensino; • Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Direção do Estabelecimento de Ensino; • Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo, preenchido em 02 vias; • Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços temporários na forma prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação; • Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades; • Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, torná-la pública; • Apresentar, para aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino; • Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, o(s) representante(s) para compor o Conselho Escolar; 64 • Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos Estabelecimentos de Ensino da rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados; • Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal n°8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, dos recursos utilizados com o acompanhamento do Conselho Escolar; • Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação; • Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação referente a APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas; • Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de Ensino. FUNÇÕES DE ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA • Participar de reuniões entre representantes de classe, a Equipe Pedagógica, professor representante de turma e Direção, para o bom rendimento da turma; • Encaminhar sugestões necessárias ao conselho de classe; • Manter sempre presente o objetivo da classe que é crescer junto no sentido horizontal e vertical; • Não impor regras, mas solicitá-las ao grupo e zelar pelo seu cumprimento; • Criar a “Consciência de Turma”. Se esta não existir, não haverá liderança e evitar assim que destruam a união do grupo; • Não contribuir para o aparecimento de “grupinhos”, procurando manter um ambiente sadio na sala de aula; • Trazer a sua colaboração aos diversos trabalhos e valorizar colegas. Ajuda-los com perguntas e esclarecimento e quando discordar fazê-lo com elegância e bom humor; • Evitar que os colegas usem de “apelidos” ou palavras constrangedoras para alguns membros da turma; 65 • Evitar decisões, mas convidar a classe a fazê-lo por votação; • Recorrer, quando necessário à orientação do professor pedagogo, Direção, debatendo o problema da turma; • Zelar pela conservação do material, da ordem na sala de aula; • Quando da falta de algum professor, avisar o professor pedagogo ou Direção, voltar assumir a liderança; • Comunicar a equipe pedagógica se um colega faltar por três dias consecutivos; • Traçar o perfil da turma mediante observação direta, contando com os demais professores e acompanhamento dos registros feitos pela equipe pedagógica; • Ser um elo de ligação entre direção, equipe pedagógica, secretaria e turma; • Poderá participar do conselho de classe, trazendo informações e reivindicações da turma. Após o Conselho de Classe retornam aos alunos todas as comunicações e encaminhamentos determinadas para o Professor representante; • Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pelo Colégio, orientando, envolvendo e acompanhando sua turma; • Acompanhar o rendimento escolar da turma, alertando e orientando os alunos que não atingiram a aprendizagem esperada; • Motivar e incentivar os alunos para as atividades propostas pelo Estabelecimento de Ensino. • Colaborar e orientar os alunos, para as tarefas solicitadas; concursos, gincanas, semana cultural, esportes, datas comemorativas. • Abrir a sala de aula ao término da oração, assim como fechar e abrir no recreio. FUNÇÕES DO PROFESSOR REPRESENTANTE DE TURMA • Traçar o perfil da turma mediante observação direta, contando com os demais professores e acompanhamento dos registros feito pela equipe pedagógica. • Ser um elo entre direção, equipe pedagógica, secretaria e turma. • Participar do Conselho de Classe, trazendo informações e reivindicações da turma. Após o Conselho de Classe retornam aos alunos todas as comunicações e encaminhamentos determinadas para o Professor Representante. • Observar os alunos e proceder a distribuições de lugares, remanejando os de 66 lugares quando necessário. • Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pelo Colégio, orientando, envolvendo e acompanhando sua turma. • Acompanhar o rendimento escolar da turma, alertando e orientando os alunos que não atingiram a aprendizagem esperada. • Motivar e incentivar os alunos para as atividades propostas pelo Estabelecimento de Ensino. • Colaborar e orientar os alunos, para as tarefas solicitadas; concursos, gincanas, semana cultural, esportes, datas comemorativas. FUNÇÕES DO GRÊMIO ESTUDANTIL • Congregar e representar os estudantes da escola; • Defender seus direitos e interesses; • Cooperar para melhorar a escola e a qualidade de ensino; • Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais; • Realizar o intercâmbio e a colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições; FUNÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR • Estabelecer e acompanhar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino; • Analisar e aprovar o plano anual do Colégio Estadual João Negrão Júnior Ensino Fundamental e Médio, com base na Proposta Pedagógica do mesmo; • Acompanhar e avaliar o desempenho do estabelecimento face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas no Plano Anual, redirecionando as ações quando necessário; • Definir critérios para a cessão do prédio escolar para outras atividades que não são as de ensino, observando os dispostos legais emanados da Secretaria Estadual de Educação, garantindo um fluxo de comunicação permanente, de modo que as informações sejam divulgadas a todos em tempo hábil; • Analisar projetos elaborados com ou em execução por quaisquer dos segmentos 67 que compõe a comunidade escolar, no sentido de avaliar a importância dos mesmos processos ensino-aprendizagem; • Propor alternativas de solução dos problemas de natureza administrativa e/ou pedagógica, tanto daqueles detectados pelo próprio órgão, como das que forem a ele encaminhados por escrito pelos diferentes participantes da comunidade escolar; • Articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem; • Elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se fizer necessário; • Discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento Escolar, encaminhadas pela equipe pedagógico-administrativa ou membros do Conselho; • Promover, sempre que possível, círculos de estudos envolvendo os Conselheiros a partir de necessidades detectadas, visando proporcionar um melhor desenvolvimento do seu trabalho; • Tomar ciência do calendário escolar observada à legislação vigente, e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de Educação; • Discutir sobre a proposta curricular da escola, visando o aperfeiçoamento e enriquecimento desta, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação; • Assessorar, apoiar e colaborar como diretor em matéria de sua competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para: O cumprimento das disposições legais; A preservação do prédio e dos equipamentos escolares; A aplicação de penalidades previstas no regimento escolar quando encaminhada pelo diretor; Adoção e comunicação aos órgãos competentes das medidas de emergência em casos de irregularidades graves na escola; Deliberar sobre a aplicação de verbas existentes na escola. FORMAÇÃO CONTINUADA A escola que queremos depende de profissionais comprometidos com ela e 68 somente o estudo constante, a formação continuada através de cursos, seminários, simpósios, farão com que nos envolvamos mais com o processo educativo. Uma gestão democrática deve favorecer a todos seus segmentos (professores, pais, funcionários e alunos) a oportunidade de aperfeiçoamento. Estudo constante sobre as ações educacionais, temas sobre avaliação, evasão, repetência, indisciplina, alunos com necessidades especiais entre outros, devem ser focos de estudos no decorrer do ano letivo. Alunos e professores devem participar ativamente de projetos, tanto locais proporcionados pela própria escola (gincanas, atividades esportivas / culturais, passeios educativos) como eventos regionais, e estaduais: Seminários/Conferência do Meio Ambiente, Educação Com Ciência, FERA e outros, com total apoio da direção e equipe pedagógica. EDUCAÇÃO DO CAMPO A educação do Campo é uma das políticas públicas do Estado do Paraná que tem por objetivo o resgate histórico, social, econômico e cultural da população residente no campo, frente a obrigatoriedade da oferta da educação para toda a população. Com o objetivo de aumentar o acesso à escola, em se tratando, nesse caso dos alunos do campo, os mesmos são trazidos via transporte escolar para frequentar as aulas na zona urbana. Fica claro, porém, a necessidade de ser considerado, por parte dos docentes, os valores, crenças e conhecimentos, trazidos por esses alunos, respeitando uma cultura própria do meio em quem vivem. Uma educação entendida não como um fim em si mesma, mas como instrumento de construção da hegemonia de um projeto de sociedade Includente, Democrática e Plural. Uma educação que contribui para a construção entre campo e cidade. PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA – PEP Com base na Instrução n º 02110-DAE será implantada nas escolas públicas estaduais o Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP, cujo objetivo será preparar os profissionais que trabalham na escola e o corpo discente a executar ações de prevenções de incêndios e desastres naturais e situações de risco nas escolas. 69 PROJETOS Durante o ano letivo são desenvolvidos alguns projetos interdisciplinares que visam incrementar os conteúdos das disciplinas desenvolvidas em sala de aula, contextualizando-os com atividades extra classe visando um olhar mais crítico e uma formação integral do educando. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA 20 Computadores 01 impressora 01 TV 21” Sintonizada ao Canal “Paulo Freire” LABORATÓRIO PROINFO 18 computadores 01 impressora LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA 04 Suportes Universais com Haste 04 Garras para Bureta 04 Garras para Balão 04 Anéis para Funil 04 Balões de Vidro de Fundo Chato 04 Balões Volumétricos de vidro 06 Bastões de vidro 08 Copos de Becker de vidro 06 Erlenmeyers de Vidro 05 Funis de vidro 05 Funis de separação 05 Pipetas de vidro 01 Manta Aquecedora 01 Agitador Magnético 70 02 Balanças Digitais 01 Phmetro Portátil 01 Microscópio Esterioscópio 01 Torso Humano Conjunto Mov. Cinemática e dinâmica Conjunto de termologia Conjunto de ótica e Ondas Leis de ohm Kit de vidrarias (Química) Reagentes Químicos Lâminas para Microscópio Cronometro Digital Termômetro Trena O Colégio não possui espaço próprio para o Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, realizando suas atividades em espaços improvisados. Equipamentos Tecnológicos 11 Tvs com Entrada para Pendrive; 11 Aparelhos de DVD; 02 Retroprojetor 02 Vídeo Cassete 01 Datashow 01 caixa de som amplificada 02 caixas de som 03 microfones sem fio 01 microfone com fio 01 filmadora 01 câmera fotográfica digital 02 telões de projeção 71 03 rádios com CD 02 mesas de som Os equipamentos acima citados encontram-se em pleno funcionamento. – instalações físicas: a colocação de grades nas janelas da biblioteca, a qual vai abrigar o laboratório PROINFO, colocação de grades na entrada da escola com o objetivo de garantir maior segurança com relação ao acesso de pessoas ao estabelecimento de ensino, toldos interligando blocos, grade externa para instalação da central de gás, pinturas nas salas de aulas e pátio interno, reforma de portas, revisão nas redes elétrica e hidráulica, canaletas para água da chuva, instalação de luzes de emergência, placa com o nome do estabelecimento, instalação de bebedouros; – qualificação do corpo docente: formação continuada, grupo de estudos, equipe multidisciplinar, reuniões pedagógicas, professores com PDE, oficinas disciplinares ofertadas pela Secretaria de Estado da Educação e organizadas pelo Núcleo Regional de Educação; – recursos pedagógicos: os recursos pedagógicos como blocos lógicos, jogos de xadrez, jogos de trilha, tangram, filmes educativos, livros para os professores e demais recursos que são adquiridos durante todo o ano letivo e que enriquecem a biblioteca do professor, a qual disponibiliza o material para os professores utilizarem em sala de aula, tornando as aulas mais atraentes, proporcionando mais qualidade no ensino. - os equipamentos tecnológicos: entre os equipamentos tecnológicos que os professores utilizam com os alunos podemos citar: rádio, TV pendrive, DVD, laboratório de informática, data show. Estes equipamentos encontram-se em bom estado de conservação e são suficientes para os desenvolvimentos das atividades. 72 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 - DIURNO Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia); Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE D S Janeiro T Q Q S 2 3 4 5 6 7 9 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28 30 31 S 1 8 15 22 29 D 6 13 20 27 Fevereiro T Q Q S S 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 18 14 15 16 17 18 19 dias 21 22 23 24 25 26 28 S 1 Dia Mundial da Paz D S T Abril Q Q 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 D S 6 7 13 14 20 21 27 28 Março T Q Q S S 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 20 15 16 17 18 19 dias 22 23 24 25 26 29 30 31 7 e 8 Carnaval S 1 8 15 22 29 S 2 9 18 16 dias 23 30 21 Tiradentes D S Maio T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 22 8 9 10 11 12 13 14 dias 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 Dia do Trabalho S 5 6 12 13 19 20 26 27 Junho T Q Q S S 1 2 3 4 7 8 9 10 11 20 14 15 16 17 18 dias 21 22 23 24 25 28 29 30 23 Corpus Christi 22 Paixão D S Julho T Q Q 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 31 S 1 8 15 22 29 S 2 3 9 dias 16 23 8 30 dias D 7 14 21 28 Agosto S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 23 15 16 17 18 19 20 dias 22 23 24 25 26 27 29 30 31 D S 4 5 11 12 18 19 25 26 Setembro T Q Q S S 1 2 3 6 7 8 9 10 21 13 14 15 16 17 dias 20 21 22 23 24 27 28 29 30 7 Independência D 2 9 16 23 30 S Outubro T Q Q S 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 31 S 1 8 19 15 dias 22 29 D S 6 7 13 14 20 21 27 28 Novembro T Q Q S S 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 19 15 16 17 18 19 dias 22 23 24 25 26 29 30 D S 4 5 11 12 18 19 25 26 Dezembro T Q Q S S 1 2 3 6 7 8 9 10 11 13 14 15 16 17 dias 20 21 22 23 24 27 28 29 30 31 12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR 15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal 20 Dia Nacional da Consciência Negra 8 Feriado Municipal Férias Discentes janeiro 31 fevereiro 7 julho 18 dezembro 13 Total 69 Férias/Recesso/Docentes 30 janeiro/férias jan/julho/recesso 14 13 dez/recesso 3 outros recessos Total 60 Feriado Municipal Conselho de Classe Dias letivos 1 dia 4 dias 202 Início/Término Planejamento e Replanejamento Férias Recesso Formação Continuada Conselho de Classe Reunião Pedagógica Teixeira Soares, 09 de Novembro de 2010. 73 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 - NOTURNO Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Delib. 02/02-CEE D S Janeiro T Q Q S 2 3 4 5 6 7 9 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28 30 31 S 1 8 15 22 29 D 6 13 20 27 Fevereiro T Q Q S S 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 18 14 15 16 17 18 19 dias 21 22 23 24 25 26 28 S 1 Dia M undial da Paz D S T Abril Q Q 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 D S 6 7 13 14 20 21 27 28 Março T Q Q S S 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 20 15 16 17 18 19 dias 22 23 24 25 26 29 30 31 7 e 8 Carnaval S 1 8 15 22 29 S 2 9 19 16 dias 23 30 D S Maio T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 22 8 9 10 11 12 13 14 dias 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 Dia do Trabalho 21 Tirade nte s D S 5 6 12 13 19 20 26 27 Junho T Q Q S S 1 2 3 4 7 8 9 10 11 20 14 15 16 17 18 dias 21 22 23 24 25 28 29 30 23 Corpus Chris ti 22 Paixão D S Julho T Q Q 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 31 S 1 8 15 22 29 S 2 4 9 dias 16 23 8 30 dias D 7 14 21 28 Agosto S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 23 15 16 17 18 19 20 dias 22 23 24 25 26 27 29 30 31 D S 4 5 11 12 18 19 25 26 Setembro T Q Q S S 1 2 3 6 7 8 9 10 21 13 14 15 16 17 dias 20 21 22 23 24 27 28 29 30 7 Inde pendência D 2 9 16 23 30 S Outubro T Q Q S 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 31 S 1 8 20 15 dias 22 29 D S 6 7 13 14 20 21 27 28 Novembro T Q Q S S 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 20 15 16 17 18 19 dias 22 23 24 25 26 29 30 D S 4 5 11 12 18 19 25 26 Dezembro T Q Q S S 1 2 3 6 7 8 9 10 11 13 14 15 16 17 dias 20 21 22 23 24 27 28 29 30 31 12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Em ancipação Política do PR 15 Dia do Profe s sor 15 Proclam ação da Re pública 25 Natal 20 Dia Nacional da Cons ciê ncia Ne gra 8 Fe riado M unicipal Férias Discentes janeiro 31 fevereiro 7 julho 18 dezembro 13 Total 69 Férias/Recesso/Docentes 30 janeiro/férias 14 jan/julho/recesso 13 dez/recesso 3 outros recessos Total 60 Feriado Municipal Conselho de Classe Dias letivos 1 dia 4 dias 206 Início/Término Planejamento Férias Recesso Formação Continuada Conselho de Classe Dia Letivo CELEM Teixeira Soares, 09 de Novembro de 2010. 74 Matriz Curricular do Ensino Fundamental Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES NRE:15 - IRATI Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER Turno: MANHÃ Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA Módulo:40 SEMANAS DISCIPLINAS BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA 5ª série 6ª série 7ª série 9 Arte 2 2 2 2 Ciências 3 3 3 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso* 1 1 0 0 Geografia 3 3 3 3 História 3 3 4 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 SUB-TOTAL 22 22 23 23 L.E.M. – Inglês ** 2 2 2 2 SUBTOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25 Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. ** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino. Data de emissão: 16 de novembro de 2010. 75 Matriz Curricular do Ensino Fundamental Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES NRE:15 - IRATI Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER Turno: TARDE Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA Módulo:40 SEMANAS DISCIPLINAS 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série Arte 2 2 2 2 Ciências 3 3 3 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso* 1 1 0 0 Geografia 3 3 3 3 História 3 3 4 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 SUB-TOTAL 22 22 23 23 L.E.M. – Inglês ** 2 2 2 2 SUBTOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25 BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. ** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino. 76 Matriz Curricular do Ensino Fundamental Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES NRE:15 - IRATI Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER Turno: NOITE Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA Módulo:40 SEMANAS 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série Arte 2 2 2 2 Ciências 3 4 3 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso* 1 1 0 0 Geografia 4 3 3 3 História 3 3 4 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 SUB-TOTAL 23 23 23 23 L.E.M. – Inglês ** 2 2 2 2 SUBTOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 25 DISCIPLINAS BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. ** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino. Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos. Data de emissão: 16 de novembro de 2010. 77 Matriz Curricular do Ensino Médio ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2720 - TEIXEIRA SOARES ESTABELECIMENTO: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA XV DE NOVEMBRO, 413 – CENTRO FONE: 42 3460-1358 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA 1ª série 2ª série 3ª série Arte 2 2 2 Biologia 2 2 2 Educação Física 2 2 2 Filosofia 2 2 2 Física 2 2 2 Geografia 2 2 2 História 2 2 2 Língua Portuguesa 2 3 3 Matemática 3 2 2 Química 2 2 2 Sociologia 2 2 2 SUB-TOTAL 23 23 23 L.E.M. - Espanhol 2 2 2 L.E.M. – Inglês * 4 4 4 SUB-TOTAL 6 6 6 TOTAL GERAL 29 29 29 DISCIPLINAS BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. Data de emissão: 16 de novembro de 2010. 78 Matriz Curricular do Ensino Médio ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2720 - TEIXEIRA SOARES ESTABELECIMENTO: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA XV DE NOVEMBRO, 413 – CENTRO FONE: 42 3460-1358 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA DISCIPLINAS BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA 1ª série 2ª série 3ª série Arte 2 2 2 Biologia 2 2 2 Educação Física 2 2 2 Filosofia 2 2 2 Física 2 2 2 Geografia 2 2 2 História 2 2 2 Língua Portuguesa 2 3 3 Matemática 3 2 2 Química 2 2 2 Sociologia 2 2 2 SUB-TOTAL 23 23 23 L.E.M. - Espanhol 2 2 2 L.E.M. - Inglês * 4 4 4 SUB-TOTAL 6 6 6 TOTAL GERAL 29 29 29 Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. Obs.: Serão Ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos. Data de emissão: 16 de novembro de 2010. 79 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIO ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATI ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS DISCIPLINAS LÍNGUA PORTUGUESA Total de Horas Total de horas/aula 174 208 106 128 ARTE 54 64 FILOSOFIA 54 64 SOCIOLOGIA 54 64 EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 MATEMÁTICA 174 208 QUÍMICA 106 128 FÍSICA 106 128 BIOLOGIA 106 128 HISTÓRIA 106 128 GEOGRAFIA 106 128 LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128 E LITERATURA LEM – INGLÊS TOTAL 1200/1306 1440/1568 * LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 80 4 - MATRIZ CURRICULAR 4.1 Ensino Fundamental – Fase II MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATI ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS DISCIPLINAS Total de Total de Horas horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA 226 272 ARTE 54 64 LEM - INGLÊS 160 192 EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 MATEMÁTICA 226 272 CIÊNCIAS NATURAIS 160 192 HISTÓRIA 160 192 GEOGRAFIA 160 192 ENSINO RELIGIOSO* 10 12 Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a *DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 81 EJA Ensino Médio MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATI ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA E 174 208 LITERATURA LEM – INGLÊS 106 128 ARTE 54 64 FILOSOFIA 54 64 SOCIOLOGIA 54 64 EDUCAÇÃO FÍSICA MATEMÁTICA QUÍMICA FÍSICA BIOLOGIA 54 174 106 106 106 64 208 128 128 128 HISTÓRIA 106 128 GEOGRAFIA 106 128 LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128 TOTAL 1200/1306 1440/1568 * LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: Este Projeto Político Pedagógico terá êxito se houver união entre todos os professores, equipe pedagógica e administrativa e funcionários nas ações colegiadas. Se todos 82 proporcionarem a construção de novas formas de relação de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva, que favoreçam o diálogo, a comunicação entre os diferentes segmentos envolvidos com o processo educativo e a descentralização do poder. A importância de se avaliar o projeto reside no fato de poder verificar se atingimos o objetivo proposto, indicar formas de melhorar sua eficácia e promover a valorização das pessoas empenhadas no desenvolvimento do processo educacional, além de poder mostrar os resultados obtidos. Avaliar é levar permanentemente em consideração, discutir e construir coletivamente. Para isto, é preciso converter os dados coletados em aplicações práticas, para mudanças favoráveis, estabelecendo uma relação de abertura para dialogar sobre suas angústias e ansiedades e trabalhar sob um “clima” favorável para o processo de construção do conhecimento. Esta Avaliação do Projeto Político Pedagógico será feita sempre que se julgar necessário. Os objetivos contidos na Proposta Curricular e no Projeto Político Pedagógico só serão alcançados com a participação de toda comunidade escolar. Isto é, cada um em seu setor de trabalho, na sua função, exercendo com qualidade e responsabilidade suas atribuições, procurando fazer um trabalho em equipe. Sendo indispensável o entrosamento entre os segmentos do Estabelecimento de Ensino (direção, equipe pedagógica, professores, agentes de execução e agentes de apoio). AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL O Programa de Avaliação Institucional da Educação Básica do Paraná ocorrerá anualmente, em todas as escolas públicas, podendo acontecer em um ou vários momentos. O principal objetivo da Avaliação Institucional será a interferência na realidade educacional, através da participação efetiva de todos os integrantes desta comunidade escolar. Estes momentos de reflexão servirão para a realização de uma sondagem sobre o andamento das atividades educativas, levantamento das necessidades, das falhas, corrigindo pontos negativos e reforçando pontos positivos. É importante ressaltar a necessidade de participação de todos os profissionais da escola, assim como os pais, alunos e comunidade na Avaliação Institucional para que o Projeto Político Pedagógico se concretize. 83 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição. BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. SP : Cortez, 1997. CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998. CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17 (5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA). Conselho Estadual de Educação – PR - Deliberação 011/99 – CEE. - Deliberação 014/99 – CEE. - Deliberação 09/01 –CEE. - Deliberação 06/05 – CEE. - Indicação 004/96 – CEE. - Deliberação 06/06 – CEE - Deliberação 01/06 – CEE - Deliberação 06/09 – CEE. - Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios). - Conselho Nacional de Educação - Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA. - Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. - Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. - Resolução 03/98 – CEB Constituição Brasileira – Artigo 205. DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. SP : Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 1998. DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997. DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. Mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. Mimeog. 84 Decreto 2494/98 da Presidência da República. Decreto 2494/98 da Presidência da República. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. LDBEN nº 9394/96. KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40. OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004. Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos. SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN. SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN. SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição. DCEs, Educação de Jovens e Adultos, SEED, Curitiba, 2006 ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069 de 13 de julho de 1990. 85 ANEXOS 86 REGULAMENTO INTERNO DAS NORMAS GERAIS Os horários de aulas serão os seguintes: MANHÃ: das 7h 15min às 11h 40min, sendo assim distribuído: 1ª aula das 7h 15min às 8h 05min 2ª aula das 8h 05min às 8h 55min; 3ª aula das 8h 55min às 9h 45min; 4ª aula das 10h 00min às 10h 50min; 5ª aula das 10h 50min às 11h 40min. TARDE: das 12h 55min às 17h 20min, sendo assim distribuído: 1ª aula das 12h 55min às 13h 45min; 2ª aula das 13h 45min às 14h 35min; 3ª aula das 14h 35min às 15h 25min; 4ª aula das 15h 40min às 16h 30min; 5ª aula das 16h 30min às 17h 20min. NOITE: DAS 18h 45min às 22h 55min 1ª aula das 18h 45min às 19h 35min; 2ª aula das 19h 35min às 20h 25min; 3ª aula das 20h 25min às 21h 15min; 4ª aula das 21h 25min às 22h 10min; 5ª aula das 22h 10min às 22h 55min; 1. O início das aulas de cada turno se dará com a forma dos alunos por turma, acompanhados pelo professor da 1ª aula e com a reflexão. Na segunda-feira será cantado o Hino Nacional Brasileiro. 2. O aluno líder de cada turma fica encarregado de abrir a sala de aula ao término da reflexão, assim como fechar e abrir no horário do recreio. 3. Os alunos se dirigem para sala de aula acompanhados pelo professor. 4. Os alunos que eventualmente chegarem atrasados deverão justificar-se perante a Direção, ou à Equipe Pedagógica ou à Secretaria. 5. O aluno não poderá entrar na sala de aula após o professor. Obs.: O aluno que chegar 87 atrasado, será encaminhado à Equipe Pedagógica. 6. Os recreios terão duração de 15 minutos, no período da manhã e tarde e 10 minutos no período da noite, sendo nos seguintes horários: MANHÃ: DAS 09h 45min às 10h 00min; TARDE: DAS 15h 25min ÀS 15h 40min; NOITE: DAS 21h 15min ÀS 21h 25min; 7. A merenda será servida no pátio interno. 8. O aluno que gazear aula, a mala ficará no Colégio até a vinda dos pais ou responsáveis. 9. Não é permitido assistir aula usando mp3, Celular, Boné e mascando chicletes. O celular só será permitido aos funcionários e professores em hora-atividade ao entrar em sala de aula o mesmo deverá ser desligado. 10. O Conselho de Classe será realizado no final de cada bimestre ou quando necessário. 11. As faltas por motivo de doença ou não, deverão ser justificadas pelos pais ou responsáveis quando menor de idade. Os atestados médicos serão aceitos, mas as faltas não serão abonadas, salvo em casos especiais (doenças infecto-contagiosas, traumatismo, licença de gestação); em caso de falta por motivo de trabalho, apresentar declaração da empresa o mais rápido possível. 12. Os alunos só poderão ausentar-se das dependências do Colégio durante o horário de aula com autorização dos pais, através de bilhete ou pessoalmente, neste caso fazendo seu registro e assinatura. Quando maior de idade apresentando justificativa perante a Direção ou equipe pedagógica. 13. O aluno que não comparecer no dia de avaliação de aprendizagem deverá estar preparado para realizá-la na aula seguinte, mediante atestado médico apresentado ao professor ou por meio de justificativa/requerimento (com motivo justo e significativo) feita na secretaria da Escola. A Direção poderá indeferir a justificativa; quando considerar que o motivo não seja justo. 14. O aluno quando faltar às aulas deverá copiar os conteúdos, colocando a matéria em dia. 15. O aluno que faltar cinco dias consecutivos ou sete dias alternados, sem justificativa será preenchida a ficha do FICA e encaminhado ao Conselho Tutelar. 16. Os trabalhos extraclasse com datas pré-fixadas não serão aceitos após o prazo determinado, ou a critério do professor, conforme conste em seu PTD. 17. Os objetos alheios às atividades escolares não deverão ser trazidos para a escola, pois esta não se responsabilizará em caso de extravio ou dano. Revistas ou bebidas de qualquer 88 natureza, não serão devolvidas. Celulares recolhidos em sala de aula, só serão entregues aos pais ou responsáveis. 18. Danos causados ao patrimônio da Escola pelo aluno, deverão, por ele serem reparados ou pagos. 19. Os alunos não poderão permanecer nos corredores durante os intervalos de aula e aulas vagas. 20. O aluno somente poderá ser dispensado das aulas de Educação Física mediante atestado médico, ou em conformidade com a lei 7.692; 88 de 20 de dezembro de 1988. 21. Cada turma contará com um professor responsável para dar-lhes atendimento especial sendo denominado “Professor Regente”. 22. Cada turma contará com líder e vice-líder eleito pelos alunos. 23. O líder que não cumprir com as suas funções relacionadas no PPP terá o mandato tirado e o novo líder será indicado pela Direção e Equipe Pedagógica. 24. Alunos com dificuldades na aprendizagem podem ser ajudados por alunos que estejam disponíveis em horário contrário. 25. Os alunos somente poderão usar o telefone da Escola em situação de comprovada necessidade e com autorização da Equipe pedagógica ou Secretaria. 26. O aluno que não apresentar toda a documentação exigida por lei até 30 (trinta) dias letivos após a matrícula poderá ter a mesma indeferida. 27. É proibida a entrada de alunos, professores e funcionários na cantina (cozinha). 28. Os professores pedagogos atenderão os pais ou responsáveis nos horários: MANHÃ: DAS 8h 00min ÀS 11h 00min TARDE: DAS 13h 30min ÀS 16h 30min NOITE: DAS 19h 30min ÀS 22h 00min 29. Os pais ou responsáveis para entrar no Estabelecimento deverão identificar-se e receber autorização da Equipe Administrativa ou pedagógica. 30. A biblioteca ficará aberta nos seguintes horários: MANHÃ: das 07h 15min às 11h 40min. TARDE: das 13h 00min às 17h 20min. NOITE: das 18h 45min às 22h 45mim. 31. A Escola contará com a APMF– Associação de Pais e Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil como instituições auxiliares. 32. O aluno deverá fazer uso do uniforme escolar (calça e camiseta) nos três turnos conforme 89 decidido em ata de APMF e Conselho Escolar, embasado na Lei 14361 de 19/04/2004. Considerando que o mesmo contribui para identificação de aluno e, consequentemente a sua segurança. Ao educando que comparecer sem uniforme será fornecido um pela Equipe Pedagógica, caso contrário, não assistirá as aulas e será encaminhado para a biblioteca com atividades. 33. As notas bimestrais deverão ser entregues pelos professores na secretaria na data marcada. 34. É vedado ao professor dispensar alunos antes de tocar o sinal. 35. Documentos referentes à transferência para outra escola somente serão expedidos com a solicitação do pai ou responsável nos casos em que o aluno for de menor e ainda mediante a entrega dos livros didáticos. 36. O (a) aluno (a) que não cumprir o regulamento interno e tendo sido advertido várias vezes no decorrer do ano letivo, será proibido de participar do JEP's, passeios e viagens culturais e de lazer. AVALIAÇÃO 37. A avaliação do aproveitamento escolar será realizada individualmente ou em grupo, através de testes, provas, produção de textos, trabalhos orais e escritos, pesquisas, relatórios, debates, discussões, experimentos, práticas educativas, auto-avaliação, observação direta e contínua. Serão aplicadas no mínimo duas avaliações por bimestre ou a critério do professor, de acordo com a Deliberação nº 007/99. 38. Os resultados de avaliação serão traduzidos bimestralmente na forma de notas. Seguindo a escala de 0 (Zero) a 10 (Dez). A média bimestral e final deverá ser igual ou superior a 6,0 (Seis). 39. Durante o bimestre o professor acompanhará o desempenho dos alunos oferecendo momento de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período. Visto que não haverá recuperação ao final do ano letivo. 40. Conforme a nova LDB, (Leis de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 ) o artigo 24, inciso I a avaliação será contínua, cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. 41. O aluno que tiver média 6,0 na média anual será promovido para o ano seguinte. A média anual será calculada da seguinte maneira: 1º bim. + 2º bim. + 3º bim. + 4º bim. / 4. 42. As notas serão comunicadas aos pais ou responsáveis por meio de Boletim Escolar ou Edital. 90 43. O aluno que estiver com todas as notas acima da média poderá levar o boletim para casa. Se tiver alguma nota abaixo da média levará um comunicado (oral ou escrito) para os pais ou responsáveis se dirigirem à Escola ou a critério do pedagogo. DIREITO DOS ALUNOS 44. Solicitar orientação dos diversos setores do Estabelecimento de Ensino, especialmente da Equipe Pedagógica e Professores. 45. Participar de agremiações estudantis. 46. Utilizar os serviços e dependências escolares respeitando as normas estabelecidas no Regulamento Interno, mediante autorização de quem é de direito. 47. Tomar conhecimento de seu rendimento escolar e de sua frequência. 48. Solicitar revisão de notas, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas a partir da divulgação das mesmas. 49. Receber ensino de qualidade com conteúdos adequados à série, ministrados de forma clara e compreensível. 50. Conhecer os principais objetivos a serem trabalhados durante o ano letivo. 51. Ser ouvido e respeitado como pessoa. 52. Participar de todas as atividades programadas e desenvolvidas pela escola. DEVERES 53. Manter e promover relações cooperativas com professores, colegas e comunidade. 54. Atender as determinações dos diversos setores do estabelecimento de Ensino nos respectivos âmbitos de competência, tratando a todos com igualdade e respeito. Obs: Desacato ao funcionário público (professor e funcionários) Art. 331 – Desacatar funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela, Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos ou multa. 55. Ser assíduo e pontual com os horários e trabalhos escolares. 56. Assistir e participar das aulas, mesmo que seja horário de outro professor. 57. Tratar com respeito e educação os colegas, funcionários e professores, bem como todas as pessoas. 58. Uso obrigatório do uniforme escolar (calça e camiseta) nos três turnos. 59. Providenciar e dispor do material básico necessário às aulas (das diversas disciplinas). 60. Fazer todas as atividades escolares solicitadas pelos professores, com interesse e atenção. 61. Cuidar da higiene pessoal, cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares. 91 62. Devolver as canecas, pratos e talheres após o uso na cozinha. 63. Cuidar e zelar dos materiais e livros didáticos, encapá-los. 64. Cumprir as determinações deste regulamento ao que lhe convir e colaborar com a disciplina e responsabilidade necessária para o ambiente propício a aprendizagem. NÃO É PERMITIDO 65. Entrar ou sair da sala de aula depois do início da mesma ou nos intervalos sem autorização do professor. 66. Ausentar-se de forma individual ou coletiva em horário de aula do Colégio sem autorização da Direção, Equipe Pedagógica, ou Secretaria e mediante solicitação dos pais. 67. Ocupar-se durante as aulas com trabalho não referente às mesmas. 68. Trazer para o colégio material de qualquer natureza estranho ao estudo e que ofereçam perigo, bem como dinheiro e objetos de valor, bonés, celular, pelos quais o estabelecimento não se responsabiliza pelo desaparecimento. Da mesma forma fica proibido o uso do corretivo em sala de aula. 69. Não é permitido tomar bebidas alcoólicas, fumar nas dependências do Colégio (conforme a Resolução 2555/08 de 23/06/2008) , bem como lanchar na sala de aula, mascar chicletes durante as aulas e andar de bicicleta no pátio escolar. 70. Praticar atos de vandalismo de qualquer natureza. 71. Promover jogos, excursões, festinhas, coletas, listas de pedidos, ou vender produtos de qualquer natureza sem autorização da Direção. 72. Promover desordens nas dependências e mediações do Colégio, bem como fazer se acompanhar de pessoas estranhas que podem atrapalhar o bom andamento das atividades escolares. 73. Estar nas dependências da escola, fora do horário de aula, sem atividade escolar. 74. Namorar ou “ficar” nas dependências do colégio. 75. Deixar de assistir aulas estando no Colégio. 76. Impedir a entrada de colegas ou incitá-los à ausência coletiva. 77. Usar de meios fraudulentos em provas e trabalhos escolares. 78. Ofender ou agredir colegas, pais ou responsáveis de colegas, professores e funcionários da Escola. 79. Gravar nas paredes, carteiras ou qualquer parte do prédio nomes, desenhos ou outros sinais, caracteriza dano ao patrimônio público, sendo assim o(s) aluno(s) serão obrigados a reparar o dano. 92 80. Divulgar, por meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, de professores ou funcionários sem autorização da Direção, professores ou funcionários. 81. Rasurar provas, comunicados ou outros documentos. 82. Falsificar assinatura de pai/mãe ou responsável em documentos ou comunicados. 83. Participar de jogos de azar nas dependências da Escola. 84. Retirar e/ou utilizar qualquer objeto ou material da Escola sem a devida autorização. 85. Atentar contra os bons costumes. 86. Causar danos de qualquer tipo ao patrimônio e/ou material da Escola, caso isto ocorra, o aluno deverá reparar o dano causado. MEDIDAS DISCIPLINARES 87. Visando uma convivência harmoniosa e a formação de atitudes responsáveis, honesta e justa, serão promovidas palestras de caráter preventivo envolvendo todos os alunos. 88. As medidas disciplinares abaixo serão aplicadas em situações provocadas pelos alunos que transgredirem as normas desse regulamento: I. Advertência oral. II. Retratação: Revisão de atitude nos atos. III. Advertência escrita. IV. Comunicação aos pais solicitando a presença dos mesmos ao Colégio V. Assinatura do Termo de Compromisso, quando de maior. VI. Advertência escrita em documento próprio com a devida ciência dos pais. VII. Obrigação de reparar o dano causado. VIII. Encaminhamento ao Conselho Escolar; IX. Encaminhamento ao Conselho Tutelar e ou Promotor. REGULAMENTO DA BIBLIOTECA Parágrafo Único – Cabe a todos os usuários a aceitação do presente regulamento. Artigo 1º - Para que o leitor possa usufruir do empréstimo é imprescindível que se registre na Biblioteca. Artigo 2º - O funcionamento da biblioteca será nos seguinte horários: Manhã – 07h:15min às 11h:40min Tarde – 13h:00min às 17h:20min Noite – 18h:45min às 22h:45min 93 Artigo 3º - terão direito ao empréstimo somente alunos, professores e funcionários do Colégio Estadual João Negrão Júnior Ensino Fundamental, Médio e EJA. Artigo 4º - cada aluno tem direito a emprestar apenas dois livros didáticos ou de leitura; Parágrafo Único – Aos integrantes da comunidade, somente será permitido o acesso à biblioteca para consulta de obras no local. Artigo 5º - O prazo de empréstimo será de uma semana mais uma renovação. Artigo 6º - Será feita a renovação somente com a apresentação do livro. Coleções e enciclopédias não serão emprestados, as pesquisas deverão ser feitas no local. Artigo 7º - No atraso da entrega de livros o (a) aluno (a) deverá pagar uma multa conforme a quantidade de dias que o livro está atrasado, não podendo fazer novos empréstimos enquanto não saldar a dívida. O dinheiro arrecadado com as multa será revertido para aquisição de novos livros. Artigo 8º - toda a perda ou estrago do livro, implicará na substituição do mesmo por parte do usuário dentro do prazo de quinze dias. Findo o prazo previsto, o usuário deverá efetuar o pagamento do valor do livro, dentro de quinze dias. Artigo 9º - Fica vedado o empréstimo de livros aos alunos e professores quinze dias antes do término do período letivo. Artigo 10º - Deve-se fazer silêncio durante a permanência na biblioteca. Artigo 11º - É vedada a entrada e permanência de alunos na biblioteca com lanches. Artigo 12º - É vedado o empréstimo de livros em nome de terceiros. Artigo 13º - É vedada a entrada de alunos com pastas escolares no interior da biblioteca. Artigo 14º - são será permitido a permanência de alunos na biblioteca durante o horário de aula sem a autorização do professor. Artigo 15º - não será permitido sair da biblioteca portando material bibliográfico sem que seja registrada a sua saída. Artigo 16º - não é permitido danificar com lápis, caneta ou mesmo arrancar folhas de obras pertencentes ao acervo da biblioteca. Artigo 17º - Os casos omissos serão resolvidos em conjunto com a direção. Parágrafo Único – A biblioteca não se responsabiliza pelo furto de objetos pessoais em suas dependências, por descuido do usuário. Artigo 18º - A biblioteca contempla também o empréstimo de fitas de vídeo e DVDs, para professores e funcionários. Artigo 19º - A biblioteca do professor contempla livros e DVDs, para empréstimos a 94 professores e funcionários. A responsabilidade quanto o mesmo, está a cargo da Equipe Pedagógica. REGULAMENTO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA – PROINFO Este laboratório está instalado na biblioteca. Artigo 1º - O aluno poderá usar o laboratório no período de contra turno; em horário de aula, o laboratório poderá ser usado, com autorização do professor; Artigo 2º - Quando se tratar de trabalhos em grupos é necessário o agendamento prévio; Artigo 3º - O uso do uniforme é obrigatório, tanto no horário de aula como no contra turno; Artigo 4º - Lavar as mãos antes de usar o laboratório; Artigo 5º - O aluno poderá usar o laboratório durante 1 hora por dia; Artigo 6º - A responsabilidade pelo uso do computador é do aluno, que deve acessar com sua senha particular; Artigo 7º - O aluno que tiver que ficar na biblioteca porque foi advertido por algum motivo, deverá fazer atividades escolares da aula; Para manter os laboratórios em bom funcionamento, as seguintes orientações devem ser respeitadas, sendo terminantemente PROIBIDO: •Usar o equipamento de forma inadequada como: colar adesivos ou qualquer tipo de material; •Modificar a localização de periféricos e componentes dos computadores de onde estão instalados, tais como monitor, teclado e mouse; •Fazer download e instalação de qualquer tipo de arquivo sem permissão; •Imprimir arquivos sem permissão; •Imprimir textos e/ou figuras que não estejam diretamente relacionados com as atividades da Escola; a cota de impressão será de 5 folhas diárias e o aluno deverá trazer suas folhas; •Abrir arquivos que podem conter VÍRUS; •Armazenar trabalhos na memória dos computadores (deve-se usar pen drive), pois ao final do dia tudo que estiver na memória será deletado; •Usar PEN-DRIVE ou CD-ROM sem passar o Antivírus; •Consumir ou portar alimentos e bebidas nas dependências do laboratório; •Alterar as configurações dos computadores e programas; •Trocar os papéis de parede; •Colocar os dedos na tela ou objetos como por exemplo: caneta, lápis...; 95 •Acessar chats, páginas de relacionamentos ou de conteúdos impróprios ou outras não relacionados às atividades escolares; • Acessar programas de comunicação, sítios de relacionamentos e similares; •Acessar serviços de jogos on-line que não sejam de caráter educativo. •Usar o celular no laboratório; •O aluno não poderá permanecer no laboratório sem a presença de um funcionário; •Caso o aluno descumpra com as normas, ele terá o seu direito de uso suspenso por tempo determinado pela direção e/ou equipe pedagógica. 96 PROPOSTAS CURRICULARES 97 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A dimensão histórica, destaca alguns marcos do desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. As concepções de alguns artistas e teóricos que se preocupam com o conhecimento em Arte e instituições criadas para atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história, permitirá aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país e Paraná. Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio de retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações artísticas locais. Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações. No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil - século XVI ao XVIII - a Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o Renascimento e culminaram com o iluminismo. Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência. Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da Colônia. A chamada Reforma Pombalina fundamentava-se nos padrões da Universidade de Coimbra, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar dessa reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. Nos espaços dos colégios jesuítas passaram a funcionar colégios-seminários dirigidos por outras congregações religiosas, onde 98 padres-mestres eram responsáveis pelo ensino. Entre esses colégios-seminários, destacaramse o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro. Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de obras foram iniciadas e entre essas ações , destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos e esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com fim dos colégiosseminários e sua transformação em estabelecimentos públicos. No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio Pedro II e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para formação em magistério. Em 1886 foi criada por Antônio Mariano de Lima, a Escola de Belas Artes e Industrias que desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes plásticas e da música na cidade; dessa escola foi criada em 1917, a Escola Profissional Feminina, que oferecia, além do desenho e pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados que faziam parte da formação da mulher; em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivas e liberais. Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção capitalista e secundarizou o ensino de Arte que passou a abordar, tão somente as técnicas e artes manuais. Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos mais diversos espaços sociais são influenciados também por movimentos políticos e sociais. O ensino de Arte passou a ter então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essas concepções foram gradativamente incorporadas para o ensino de outras faixas etárias. Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo da teoria musical e, novamente, a execução de hinos ou outras canções cívicas. O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a classe social a qual se destinava, no Paraná houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e entre eles artistas vieram novas ideias e experiências culturais diversas como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da 99 sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar uma disciplina escolar. Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão. No currículo escolar a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A Parti de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Nesse processo os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor novos fundamentos políticos para a educação. Após esses anos de trabalho de implementação das propostas, o processo foi interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras bases teóricas, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de 1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino e os PCN em arte tiveram como principal fundamentação a proposta de Ana Mãe Barbosa, denominada de metodologia triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE (Discipline Based Art Education) norte-americana que teve origem no final dos anos de 1960 nos Estados Unidos. Em 2003 iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e instituições Superior (IES), pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Um exemplo dessas políticas e a Instrução Secretarial nº015/2006 que estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as disciplinas do Ensino Médio. Outro exemplo é a retomada dos concursos públicos para professores principalmente para a Arte. Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma transformação no ensino de arte. Assim o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para 100 se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a ideia da arte como representação, em muitos casos assimilada como referência formativa no ensino de arte. A partir dessa concepção cabe a educação tão somente promover o ajustamento do sujeito que deve achar seu lugar na sociedade e resignar-se. Com os filósofos e os artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de Arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel ou idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expressão concretizada em formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e de emoções. O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os conhecimentos e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade. Para isso o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico a partir dos campos conceituais que historicamente tem produzido estudos sobre ela, quais sejam: -o conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo; -o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo de criação. Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas. Nas aulas de Arte os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdade e injustiças. O sentido de cognição implica não apenas o aspecto inteligível e racional, mas também o emocional e o valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade. 101 O homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se capaz de abstrair, simbolizar e criar arte. Assim, em todas as culturas, constata-se a presença de maneiras diferentes daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto nos ritualísticos, muitos dos quais vieram a ser considerados objetos artísticos. A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos às coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS ESTRUTURANTES COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração MÚSICA Timbre Intensidade Densidade Ponto Linha ARTES Superfície VISUAIS Textura Ritmo Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Melodia Arte Africana, Arte Medieval, harmonia Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, tonal Classicismo, Romantismo, Modal Vanguardas Artísticas, Arte contemporâneas Escalas Engajada, Música Serial, Música Sonoplastia Eletrônica, Música Minimalista, Estrutura Gêneros: erudita, Música Popular Brasileira, Arte folclórica... Popular, Arte Indígena, Arte Técnicas: instrumental, vocal, Brasileira, Arte Paranaense, Indústria mista, improvisação... Cultural, Arte Latino-Americana... Figurativa Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Abstrata Egito, Arte Greco-Romana, Arte Pré- Figura-fundo Colombiana, Arte Oriental, Arte Bidimensional Africana, Arte Medieval, Arte Tridimensional Bizantina, Arte Românica, Arte Semelhanças Gótica, Renascimento, Barroco, Contrastes Neoclassicismo, romantismo, 102 Volume Luz Ritmo Visual Realismo, Impressionismo, Gêneros: Paisagem, retrato, Expressionismo, Fauvismo, natureza-morta... Cubismo, Abstracionismo, Técnicas: Pintura, gravura, Dadaísmo, Construtivismo, escultura, arquitetura, fotografia, Surrealismo, Op-Art, Pop-art, Arte Cor vídeo... Naif, Vanguardas artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino-Americana, Personagem Representação, Muralismo... Arte Greco-Romana, Arte Oriental, (expressões Texto Dramático, Arte Africana, Arte Medieval, corporais, vocais, Dramaturgia, Roteiro,Espaço Renascimento, Barroco, gestuais e Cênico Neoclassicismo, Romantismo, faciais) Sonoplastia, iluminação, Realismo, Expressionismo, cenografia, figurino, adereços, Vanguardas Artísticas, Teatro máscara, caracterização Dialético, Teatro do Oprimido, Gêneros: tragédia, Comédia, Teatro Pobre, Teatro essencial, Drama, Épico, Rua, etc. Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Técnicas: jogos teatro indireto Arte Popular, Arte Indígena, (manipulação, bonecos, Arte Brasileira, Arte Paranaense, sombras...), improvisação, Indústria Cultural, monólogo, jogos dramáticos, Arte Latino-Americana. TEATRO Ação Espaço direção, produção... Eixo Arte Pré-Histórica, Arte Movimento Dinâmica Greco-Romana, Arte Oriental, Corporal Aceleração Arte Africana, Arte Medieval, Ponto de apoio Renascimento, Barroco, Salto e queda neoclassicismo, Romantismo, Rotação Expressionismo, Vanguardas Formação Artísticas, Arte Popular, Deslocamento Arte Indígena, Arte Brasileira, Sonoplastia Arte Paranaense, Dança Circular, DANÇA Temporal Espaço 103 Coreografia Indústria Cultural, Dança Clássica, Gêneros: folclóricas, de solão, Dança Moderna, Dança étnica... Contempo-rânea, Hip Hop, Técnicas: improvisação, Arte Latino-Americana... coregrafia... CONTEÚDO BÁSICO DA DISCIPLINA DE ARTE 6º ANO – ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM ATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Altura Ritmo Greco-Romana o trabalho é direcionado Compreensão dos para a estrutura e orga- elementos que Duração Timbre Melodia Escalas: Oriental nização da arte em suas estruturam e organizam Ocidental origens e em outros a música e sua relação períodos. com o movimento diatônica Intensidade Densidade pentatônica artístico no qual se Africana originaram. Desenvol- cromática vimento da formação Improvisação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos. 7º ANO – ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS 104 ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM Altura Ritmo Duração Melodia Timbre Música popular Nesta série é e étnica importante relacionar o diferentes formas (ocidental e conhecimento com musicais populares, oriental) formas artísticas suas origens e práticas Escalas Compreensão das populares e o cotidiano contemporâneas. do aluno. Intensidade Densidade Gêneros: Percepção dos modos Apropriação prática e folclórico, de fazer música, através teórica de técnicas e indígena, de diferentes formas modos de composição popular e étnico musicais. musical. Teorias da música. Técnicas: vocal, Produção de trabalhos instrumental e musicais com carac- mista terísticas populares e Improvisação composição de sons da paisagem sonora. 8º ANO – ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS Altura Duração E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS Ritmo Densidade PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM Nesta série, o trabalho Compreensão das Cultural poderá enfocar o diferentes formas significado da arte na musicais no Cinema e sociedade contempo- nas mídias, sua função rânea e em outras social e ideológica de épocas, abordando a veiculação e consumo. mídia e os recursos Apropriação prática e Melodia Harmonia Minimalista Intensidade EXPECTATIVAS DE Indústria Eletrônica Timbre ABORDAGEM Tonal, modal e a fusão de Rap, Rock, tecnológicos na arte. teórica das tecnologias ambos. Tecno Percepção dos modos e modos de composição de fazer música, através musical nas mídias; 105 Técnicas: vocal, de diferentes mídias. relacionadas à instrumental e (Cinema, Vídeo, TV e produção, divulgação e mista Computador) consumo. Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. 9º ANO – ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Altura Duração Timbre Ritmo Música a ênfase é na arte como Compreensão da Melodia Engajada ideologia e fator de música como fator de Harmonia transformação social. transformação social. Técnicas: Música Popular Percepção dos modos vocal, Brasileira. instrumental e Intensidade Densidade de fazer música e sua Produção de trabalhos função social. musicais, visando Teorias da Músicas atuação do sujeito em mista Música Gêneros: Contemporânea Produção de trabalhos sua realidade singular e popular, com os modos de orga- social. folclórico e nização e composição étnico. musical, com enfoque na Música Engajada. 6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS 106 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto Bidimensional Arte Greco- Nesta série o trabalho é Compreensão dos Linha Figurativa Romana direcionado para a Textura Geométrica, Arte Africana estrutura e organização estruturam e organizam Forma simetria Arte Oriental da arte em suas origens as artes visuais e sua Superfície Técnicas: Arte Pré- e outros períodos relação com o movi- Volume Pintura, Histórica históricos; nas séries mento artístico no qual Cor escultura, seguintes, prossegue o se originaram.Apro- Luz arquitetura... aprofundamento dos priação prática e teórica Gêneros: cenas conteúdos. de técnicas e modos de da mitologia... elementos que composição visual. 7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM Ponto CONTEÚDOS BÁSICOS Proporção Arte Indígena Relacionar o conhe- Compreensão das Linha Tridimensional cimento com formas diferentes formas Forma Figura e fundo Textura Abstrata Superfície Perspectiva Volume Técnicas: Cor Pintura, escul- Luz tura, modela- Arte Popular artísticas populares e o artísticas populares, cotidiano do aluno. suas origens e práticas Brasileira e Percepção dos modos contemporâneas. Paranaense de estruturar e compor Apropriação prática e as artes visuais na teórica de técnicas e cultura destes povos. modos de composição gem, gravura... Teoria das Artes visual. Gêneros: Paisa- Barroco Visuais. Produção de gem, retrato, na- trabalhos de artes vi- tureza morta... suais. Renascimento 107 8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Linha Forma Semelhanças Indústria significado da arte na Compreensão das artes Cultural sociedade contem- visuais em diversos no porânea e em outras Cinema e nas mídias, Contrastes Arte no Séc. XX épocas, abordando a Textura Superfície Ritmo Visual Estilização sua função social e mídia e os recursos ideológica de Arte tecnológicos na arte. veiculação e consumo. Contemporânea Percepção dos modos de fazer trabalhos com Apropriação prática e Volume Cor Luz Deformação artes visuais nas dife- teórica das tecnologias rentes mídias. Teoria e modos de composição Técnicas: das artes visuais e das artes visuais nas desenho, mídias. Produção de mídias, relacionadas à fotografia, trabalhos de artes produção, divulgação e audio-visual e visuais utilizando consumo. mista... equipamentos e recursos tecnológicos. 9º ANO – AREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS 108 ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM Linha Forma Bidimensional Tridimensional Realismo A arte como ideologia Compreensão da Vanguardas e fator de dimensão das Artes transformação social. Visuais enquanto fator Percepção do modo de transformação Textura Figura-fundo Muralismo e Arte de fazer trabalhos com social. Superfície Ritmo Visual Hip Hop Volume Cor artes visuais e sua função social. Produção de trabalhos, Técnica: Teoria das Artes visando atuação do Pintura, grafite, Visuais. sujeito em sua perfomance... Produção de trabalhos realidade singular e com os modos de Luz Gêneros: organização e Paisagem composição como urbana, cenas do fator de transformação cotidiano... social. social. 6º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS EXPECTATIVAS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGE Movimento Kinesfera Pré-história M Nesta série o trabalho Compreensão dos corporal Eixo Grego-Romana é direcionado para a elementos que estrutura e organiza- estruturam e ção da arte em suas organizam a origens e outros perí- dança e sua odos históricos; nas relação com o Ponto de apoio Movimentos Tempo articulares Espaço Fluxo (livre e Renascimento Dança Clássica interrompido) séries seguintes, pros- movimento Rápido e lento segue o aprofunda- Formação mento dos conteúdos. originaram. Níveis (alto, Estudos do movimen- médio e baixo) to corporal, tempo, Apropriação Deslocamento espaço e sua articula- prática e teórica de 109 artístico no qual se (direito e ção com os elementos técnicas e modos indireto) de composição e de composição da Dimensões movimentos e perío- dança. (pequeno e dos da dança. grande) Teorias da dança. Técnica: Produção de trabalhos Improvisação como dança utilizando Gênero: Circular diferentes modos de composição. 7º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Ponto de Apoio Dança Popular Nesta série é Compreensão das Corporal Rotação importante relacionar diferentes formas de o conhecimento com dança popular, suas formas artísticas origens e práticas populares e o contemporâneas. Coreografia Tempo Salto e queda Peso (leve e Espaço Brasileira Paranaense pesado) Fluxo (livre, cotidiano do aluno. Africana interrompido e conduzido) Apropriação prática e Percepção dos modos teórica de técnicas e Indígena de fazer dança, através modos de composição Lento, rápido e de diferentes espaços moderado onde é elaborada e Níveis (alto, executada. médio e baixo) Formação Teorias da dança. Direção Produção de trabalhos Gênero: com dança utilizando Folclórica, diferentes modos de popular e étnica composição. 110 da dança. 8º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Giro Corporal Rolamento Saltos Hip Hop Musicais Aceleração e Tempo desaceleração Expressionismo Direções Espaço O significado da arte Compreensão das na sociedade contem- diferentes formas de porânea e em outras dança no Cinema, épocas, abordando a Musicais e nas mídias, mídia e os recursos sua função social e tecnológicos na arte. ideológica de veiculação e consumo. (frente, atrás, Indústria Percepção dos modos direita e Cultural de fazer dança, através esquerda) Improvisação de diferentes mídias. Dança Moderna Teorias da dança de Apropriação prática e teórica das tecnologias Coreografia palco e em diferentes e modos de Sonoplastia mídias.Produção de composição da dança Gênero: trabalhos de dança nas mídias; Indústria utilizando equipamen- relacionadas à Cultural e tos e recursos produção, divulgação e espetáculo tecnológicos. consumo. 9º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Kinesfera Corporal Ponto de Apoio Peso Vanguardas Compreensão da vista o caráter criativo dimensão da dança Dança Moderna da arte, a ênfase á na Fluxo Quedas Nesta série, tendo em arte como ideologia e Dança fator de transformação 111 enquanto fator de transformação social. Tempo Saltos Espaço Contemporânea social . Percepção dos Produção de trabalhos Giros modos de fazer dança e com dança, visando Rolamentos sua função social. atuação do sujeito em Extensão Teorias da dança.Pro- sua ralidade singular e Coreografia dução de trabalhos social. Deslocamento com os modos de orga- Gênero: nização e composição Performance e da dança como fator de moderna transformação social. 6º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Enredo, roteiro. Greco-romana estrutura e organização Compreensão dos Expressões Espaço Cênico, da arte em suas origens elementos que corporais, adereços vocais, Técnicas: jogos gestuais e teatrais, teatro faciais indireto e direto, improvisação, Ação Teatro Oriental e outros períodos his- estruturam e organizam tóricos; nas séries o teatro e sua relação Teatro Medieval seguintes, prossegue o com os movimentos aprofundamento dos Renascimento artísticos nos quais se conteúdos. Estudo das originaram. manipulação, estruturas teatrais: per- máscara... sonagem, ação dramá- Apropriação prática e Espaço tica e espaço cênico e teórica de técnicas e Gênero: sua articulação com modos de composições Tragédia, formas de composição teatrais. Comédia e Circo em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro. 112 7º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Representação, Comédia Nesta série é expressões Leitura dell'arte importante relacionar diferentes formas de corporais, dramática, vocais, Cenografia. o conhecimento com representação presentes formas artísticas no cotidiano, suas populares e o origens e práticas Técnicas: jogos Brasileiro e cotidiano do aluno. contemporâneas. teatrais, mímica, Paranaense Percepção dos modos improvisação, de fazer teatro, através Apropriação prática e Teatro Popular gestuais e faciais Ação formas Espaço Compreensão das Teatro Africano de diferentes espaços animadas... teórica de técnicas e disponíveis. modos de composições Teorias do teatro. teatrais, presentes no Gêneros: Produção de trabalhos cotidiano. Rua e arena, com teatro de arena, Caracterização de rua e indireto. 8º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Representação Indústria Nesta série o trabalho Compreensão das expressões no Cinema e Cultural poderá enfocar o diferentes formas de corporais, Mídias significado da arte na representação no sociedade Cinema e nas mídias, contemporânea e em sua função social e vocais, gestuais e Realismo Texto dramático faciais Expressionismo outras épocas, Maquiagem abordando a mídia e 113 ideológica de veiculação e consumo. Ação Espaço Sonoplastia Cinema Novo Roteiro os recursos Apropriação prática e tecnológicos na arte. teórica das tecnologias Percepção dos modos e modos de de fazer teatro, através composição da Técnicas: jogos de diferentes mídias. representação nas teatrais, sombra, Teorias da mídias; relacionadas à adaptação representação no produção, divulgação e cênica... teatro e mídias. consumo. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. 9º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Técnicas: expressões Monólogo, corporais, jogos teatrais, vocais, Teatro Engajado A ênfase é na arte Compreensão da como ideologia e fator dimensão ideológica Teatro do de transformação presente no teatro e o direção, ensaio, Oprimido social. Percepção dos teatro enquanto fator de gestuais e Teatro-Fórum... modos de fazer teatro transformação social. faciais Dramaturgia Teatro Pobre Cenografia Ação Espaço e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos Sonoplastia Teatro do Criação de trabalhos teatrais, visando Iluminação Absurdo com os modos de atuação do sujeito em organização e sua realidade singular e composição teatral social. Figurino Vanguardas como fator de transformação social. 114 ENSINO MÉDIO - AREA MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Ritmos Música Popular Brasileira Melodias Paranaense Harmonia Popular Escalas Indústria Cultural Modal, Tonal e fusão de ambos. Engajada Gêneros: erudito, clássicos, Intensidade Densidade Vanguarda popular, étnico, folclórico, pop.. Ocidental Técnicas: vocal, instrumental, Oriental eletrônica, informática e mista Africana Improvisação Latino-Americana ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MOVIMENTOS E COMPOSIÇÃO PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto Bidimensional Arte Ocidental Linha Tridimensional Arte Oriental Forma Figura e fundo Arte Africana Textura Figurativo Arte Brasileira Superfície Abstrato Arte Paranaense Volume Perspectiva Arte Popular Cor Semelhanças Arte de vanguarda Luz Contrastes Indústria Cultural Ritmo Visual Arte Simetria Contemporânea Deformação Arte Latino-Americana Estilização 115 Técnica: Pintura, desenho , modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia... ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO ELEMENTOS FORMAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Técnicas: jogos teatrais, teatro Teatro Greco-Romana expressões corporais, direto e indireto, mímica, Teatro Medieval vocais, gestuais e faciais. ensaio, Teatro-Fórum. Teatro Brasileiro Roteiro Teatro Paranaense Encenação e leitura dramática. Teatro Popular Gêneros: Tragédia, Comédia, Indústria Cultural Drama e Épico. Teatro Engajado Dramaturgia Teatro Dialético Representação nas mídias Teatro Essencial Caracterização Cenografia, Teatro do Oprimido sonoplastia, figurino e Teatro Pobre iluminação Teatro de Vanguarda Direção Teatro Renascentista Produção Teatro Latino-Americano Ação Espaço Teatro Realista Teatro Simbolista 116 ENSINO MÉDIO – ÁREA DANÇA ELEMENTOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES COMPOSIÇÃO FORMAIS MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento corporal Tempo Espaço Kinesfera Pré-história Fluxo Grego-Romana Peso Medieval Eixo Renascimento Salto e Queda Dança Clássica Giro Dança Popular Rolamento Brasileira Movimentos Paranaense articulares Africana Lento, rápido e moderado Indígena Aceleração e desaceleração Hip Hop Níveis Indústria Cultural Deslocamento Dança Moderna Direções Vanguardas Planos Dança Improvisação Contemporânea Coreografia Gêneros: Espetáculo, indústria cultural. Étnico, folclórica, populares e salão ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do espectador. Além disso é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico, orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a função artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da 117 Educação Básica. Dessa forma devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte três momentos da organização pedagógica. -Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos; -Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte; -Trabalho artístico: é a prática criativa o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. O Trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. O conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes elementos formais, composição, movimento e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados. É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originado pela comunidade e considerando que existem alunos com necessidades especiais, terão atendimento individual de acordo com a dificuldade apresentada. Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores cultuais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção. Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a parte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de sujeito, histórica e socialmente datados. No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver-se a apreciação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparência e aprender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social. 118 Sugere-se para a prática pedagógica que o professor aborde, além de produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas. Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno. Trabalhar com as Artes Visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade humano social, e as possibilidades de transformação dessa realidade e o processo pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os conhecimentos do aluno e a imagem proposta, explorando a obra em análises e questionamentos dos conteúdos das Artes Visuais. Para o ensino de Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem, que são: -Movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo e espaço; -Espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial de espaço; -Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração). Para se efetivar o trabalho com a dança na escola há que se considerar algumas questões: com a de gênero, as de necessidades especiais motoras e as de religião, como o caso de algumas religiões que proíbem a dança, ou por outro lado, do cuidado necessário com as danças religiosas que podem impor o caráter litúrgico implícito nas mesmas. Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por isso ao trabalhar uma determinada música, é importante contextualiza-la, apresentar suas características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas composições musicais. Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza. A música é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou indireta 119 interfere na vida da humanidade. Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação, destacam-se: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor o momento para que o aluno se exercite. Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento, aquecimento e com os elementos formais de teatro: personagem – expressão vocal, gestual, corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para o texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos, os desafios educacionais contemporâneos: sexualidade, grupos afro, etc. O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo o professor não exclui abordagem da teorização em arte como, por exemplo discutir os movimentos e períodos artísticos importantes da história do teatro. Durante as aulas, torna-se interessante solicitar aos alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia (sentir e perceber). Para o trabalho de sentir e perceber e essencial que os alunos assistam a peças teatrais de modo analisá-las a partir de questões como: • descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da representação; • análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões usadas com mais enfase pelos personagens e outros conteúdos trabalhados em aula; • análise da peça sob ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade em relação à peça assistida. Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja, mantendo as suas relações: • Elementos formais: personagem, ação e espaço cênico; • Composição: representação, cenografia; • Movimentos e períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço presentes no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música. O trabalho pedagógico com as encenações deve considerar que elas estão presentes desde os primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, nos 120 gêneros (da tragédia, da comédia, do drama, entre outros) nas correntes estéticas teatrais, nos festejos populares, nos rituais do nosso cotidianos, na fantasia e nas brincadeiras infantis, sendo as mesmas, manifestações que pertencem ao universo do conhecimento simbólico do ser humano. O Teatro na escola possui características diferenciadas ao oferecer oportunidades que prezem o direito do aluno ao conhecimento a partir dos conteúdos específicos e metodologias de aprendizagem e avaliação. No Ensino Médio será uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo da experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias. Produção de trabalho de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas. Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços. Percepção de trabalhos de fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Nas aulas de arte será dada ênfase as Demanda Sócio Educacionais, abordando a cultura afro e indígena através do teatro, da música, das artes visuais, da dança, embasado nas leis 11.645/08 e 10.639/03, reforçando uma sociedade igualitária e democrática. 121 AVALIAÇÃO A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas). O método da avaliação proposta inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo o aluno também deve elaborar seu registro de forma sistematizada para que possa também ofertar uma recuperação de conteúdos quando necessários à sua aprendizagem. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar e refletir e discutir sua produção e a dos colegas. Portanto o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo constituí-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas tal como Desafios Educacionais Contemporâneos quando se fizerem necessários. Afim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como: • Trabalhos artísticos individuais e em grupo em forma de apreciação; • Pesquisas bibliográficas e de campo usando os recursos multimídias; • Debates em formas de seminários e simpósios criando hipóteses, argumentação; • Provas teóricas e práticas para demonstração de conhecimentos assimilados. • Registros em formas de relatório, gráfico portfólio, áudio-visual e outros. Na recuperação paralela serão revisadas as práticas pedagógicas e será valorizando os conteúdos mais pertinentes à disciplina. Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de aprendizagem: • A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; 122 • A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social; • A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. De acordo com a LDB (n.9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.” Os alunos portadores de Necessidades educacionais especiais terão avaliações diferenciadas conforme sua necessidade (motora, visual, auditiva). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares de Arte para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, Paraná, 2008. Portal Dia-a-dia Educação www.artes.seed.pr.gov.br/ Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba. 1990 123 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimentos, força, campo, energia e vida. Segundo Habermas: “O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passo assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder pelítico em expansão que absorve todas as esferas da cultura”. Diante disso, tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas. Acerca disso, podemos notar que conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história de construção do conhecimento científico. A ciência é uma atividade humana complexo, histórica e coletivamente construída, que influência, sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas. A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Foreraz (1995), os modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõe a Natureza muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias. Porém, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam. Gaston Bachelard (1884 – 1962) contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico. 124 Para esse autor existem três grandes períodos do desenvolvimento do conhecimento científico. • O primeiro período: representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas. • O segundo período: representa o estado científico, em preparação no fim do século XVIII, até o início do século XX. • O terceiro período: a era do novo espírito científico, momento em que a relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre. O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Este estado representa a busca da superação das explicações místicas, com base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Segundo Ronan: “A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo natural e do seu relacionamento com o homem. Há alguma conexão entre o homem e o mundo que o cerca, algum entendimento primitivo de que, conhecido o procedimento correto, o homem pode controlar as forças da natureza e colocá-las a seu serviço. A magia exprimiu o que, de um modo geral, era uma visão anímica da natureza. Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material, porções imutáveis e indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se combinar no espaço vazio e assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas. Aristóteles (sec. III a.c.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno, composto por esferas se dispunham em círculos concêntricos, em relação à Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos, formulou as bases para o modelo geocêntrico. Mais tarde contemporâneos de Aristóteles propunham o modelo de Sol como centro do Universo, modelo heliocêntrico. Outras tradições depois das dos modelos helio e geocêntricos surgiram como: • Modelo organicista: descrição das partes anatômicas e funções dos órgãos e a organização dos seres vivos. • Modelo fixista: seres vivos vistos como imutáveis integrantes de uma natureza estática. 125 • Modelo evolutivo: seres vivos mutáveis integrantes de uma natureza dinâmica. • Modelo mecanicista: conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a ser utilizados como analogia do funcionamento dos sistemas do organismo. O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza. O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias. No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível. Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram questionados, pois no estado científico o mundo passa a ser entendido como mutável e o universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de mudanças na crosta terrestre a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e a conservação de energia. Dois outros trabalhos se destacaram durante o século XIX e modificaram a compreensão do funcionamento dos sistemas de organismo: a teoria da célula e os estudos sobre a geração espontânea da vida. A evolução tecnológica de microscópios com maior capacidade de resolução possibilitou observações mais detalhadas dos tecidos animais e vegetais, o que permitiu a proposição da teoria celular, pela qual todos os seres vivos são formados por células. Com relação à geração espontânea, estudos levaram ao entendimento de que novos seres vivos não surgiam da matéria em decomposição, mas sim por geração a partir de ovos, como os resultados das investigações sobre insetos. Estudos, associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu modelos de transformação de energia na Natureza. O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período fortemente marcado pela aceleração da produção científica. Segundo Sevonko (2001), mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos 100 anos, destes mais de dois terços depois da segunda Gerra Mundial. 126 Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade científica e tecnológica o processo de produção do conhecimento científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar. O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (Marandina, 2005, p. 162). No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de campos de referência como a Biologia, a física, a Química, a Geologia, Astronomia, entre outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os campos do saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (Macedo e Lopes, 2002, p. 84), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação na Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, com vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino aprendizagem. No ensino de ciências, próprio do currículo do Ensino Fundamental, quanto nas disciplinas que abordam conceitos científicos no Ensino Médio. As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da vida, da astronomia, d a matéria, dos sistemas biológicos, da energia e da biodiversidade, fornecendo subsídios para a compreensão crítica e histórica do mundo atual, do mundo construído e da prática social. Nesse sentido foram elencados os conteúdos estruturantes, astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia, biodiversidade. 127 Astronomia: tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Este conteúdo possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo. Matéria: no conteúdo matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quais quer que se apresentam à nossa percepção. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências. Sistemas biológicos: o conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas e funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos sere vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências. Energia: o estudo da energia é indispensável pois trata de conhecimentos físicos, químicos e biológicos e possibilita a compreensão científica desse conceito. Este conteúdo propõe o trabalho e a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história das ciências desde a Antiguidade. No estudo desse conteúdo é importante considerar as interações, as transformações, as propriedades, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em determinadas situações, as relações com o ambiente. Biodiversidade: é o conjunto de diferenças existentes entre os seres vivos, não somente considerando as distintas espécies de plantas, animais, fungos e micro-organismos, mas também as referentes a sua constituição genica e a interação de3sses seres entre si e com o ambiente que o cerca, ou seja, os ecossistemas que os englobam e os processos ecológicos que os retem. 128 Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos 6º ano Astronomia - Universo - Sistema Solar - Movimentos terrestres - Movimentos celestes - Astros Matérias - Constituição da matéria Sistemas biológicos - Níveis de organização celular Energia - Formas de energia - Conversão de energia - Transmissão de energia Biodiversidade - Organização dos seres vivos - Ecossistemas - Evolução dos seres vivos 7º ano Astronomia - Astros - Movimentos terrestres - Movimentos celestes Matéria - Constituição da matéria Sistemas biológicos - Célula - Morfologia e fisiologia dos seres vivos Energia - Formas de energia - Transmissão de energia Biodiversidade - Origem da vida - Organização dos seres vivos - Sistemática 8º ano Astronomia - Origem e evolução do universo Matéria - Constituição da matéria Sistemas biológicos - Célula - Morfologia e fisiologia dos seres vivos. Energia - Formas de energia 129 Biodiversidade - Evolução dos seres vivos 9º ano Astronomia - Astros - Gravitação universal Matéria - Propriedades da matéria Sistemas biológicos - Morfologia e fisiologia dos seres vivos - Mecanismos de herança genética Energia - formas de energia - conservação de energia Biodiversidade - interações ecológicas ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Faz-se necessário que os educados do processo de ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de Ciências como construção humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade. Assim, pretende-se fazer com que o aluno crie curiosidade sobre o que acontece a nossa volta, indo buscar informações na imprensa escrita e falada, trazendo assim à tona suas ideias e duvidas que sejam amplamente discutidas. O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a um único método. Algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, visitas a indústrias, museus, projetos individuais e em grupos, palestras, convidados debates, seminários, conversação dirigida, painéis, murais, exposições e feiras. É importante que os conteúdos não sejam simplificados ou tratados de forma reducionista. Nesse sentido o tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o mundo natural (ciência), o mundo constituído pelo ser humano (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade). O aluno compreenderá a ciência como resultado histórico, social e político, que influencia todo nosso comportamento social, assim a responsabilidade maior ao ensinar está intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica, como um conjunto de conhecimento que facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em que 130 vivem, como também o entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no âmbito das ciências. Ao considerar a concepção e os princípios de ciências proposto, julga-se necessário a implementação de atividade que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento. É importante que os alunos, por meio das atividades práticas, compreendam a interrelação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação de fenômenos naturais, bem como sobre o processo de extração e industrialização da matériaprima, os impactos ambientais decorrentes dos processos de extração, os materiais utilizados, os procedimentos dessas atividades e do ensino dos resíduos, caracterizando uma abordagem ampla e articulada dos fenômenos estudados. As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendias como qualquer atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como por exemplo: na utilização do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, tabelas, esquemas, elaboração de modelos, estudo de caso, abordando problemas reais da sociedade, pesquisas bibliográficas e entrevistas. As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de ciência. Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade, visando à construção dos aços e conceitos. Essa perspectiva, evita a dicotomia entre teoria e prática, iluminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de roteiros e procedimentos que induzem as respostas ou comprovação de uma lei, teórica ou um fenômeno. Os conteúdos serão trabalhados de forma articulada, em sala de aula ou com visitações práticas, utilizando a TV Pendrive, vídeo, palestras, laboratório de informática e experiências que estejam envolvam os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11 SUED / SEED devendo ser trabalhados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina de Ciências, propostas nas DCEs. AVALIAÇÃO É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de 131 critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e o conteúdo específico, as relações e interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano, considerando os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem. Avaliar a análise e a interpretação de fatos e ideias, coletar e organizar informações estabelecendo relações, formulações de perguntas e respostas, respeito e solidariedade com o grupo e a sociedade, argumentar a contribuição da ciência com a saúde, meio ambiente, preservação da saúde e da vida, e também auxiliar a utilização de informações e conceitos em situações diversas, aumentando a confiabilidade do aluno, para que este apresente o conhecimento científico contínuo e qualificado na formação global e interdisciplinar. Dessa forma, tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos e atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser tratado não como incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de seu conhecimento. Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, refletir, analisar, justificar, se posicionar e argumentar defendendo o seu próprio ponto de vista. A nota bimestral será obtida através de provas, trabalhos e tarefas, como consta no PPP da escola. O processo avaliativo para a recuperação será elaborada uma nova prova teórica ou prática, e até mesmo um trabalho de pesquisa sobre o conteúdo ensinado. A recuperação ocorrerá a cada instrumento avaliativo aplicado, retomando os conteúdos e estratégias de avaliação utilizadas. Os alunos com necessidades especiais, de acordo com a sua deficiência, serão elaboradas provas teóricas ou práticas, trabalhos artísticos individuais ou em grupos, pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma de seminários e simpósios, registros em forma de relatórios gráficos portfólio, áudio-visual e outros para serem avaliados. Levando em consideração o desempenho e a participação do aluno nas atividades realizadas. Critérios de avaliação por ano: 6º ano 132 O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza. • O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas, satélites naturais cometas, asteroides, meteoros e meteoritos. • O conhecimento da história das ciências e respeito das teorias geocêntricas e Heliocêntrico; • A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar. • O entendimento da constituição e propriedade da matéria. • A compreensão da constituição do planeta Terra. • O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água. • O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado. • O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. • A reflexão sobre a origem e a discussão da teoria celular . • O conhecimento dos níveis de organização celular • O conhecimento dos níveis de organização celular. • A interpretação do conceito de energia. • O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia. • A interpretação do conceito de transmissão de energia. • O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear. • A destruição entre ecossistema. • O conhecimento a respeito da extinção de espécie. • A formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea. • A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos. 7º ano O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • A compreensão dos movimentos celestes, dos movimentos aparentes do céu, noites dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra. 133 • O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes. • O entendimento da composição física química do sol, da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida. • A compreensão da constituição da atmosfera terrestre, primitiva. • O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos de celulas. • A compreensão de fenômenos da fotossíntese. • As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais. • O entendimento da relação entre energia luminosa, solar e a identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravioleta. • O entendimento do conceito de calor com energia térmica, conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos. • O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos. • O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeias, alimentos, seres autótrofos e heterótrofos. • O conhecimento a respeito das eras geológicas. 8º ano O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo. • As relações entre as teorias e sua evolução histórica. • A diferenciação das teorias e sua evolução histórica. • O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica, e também conceito de matéria e sua constituição. • O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas e reações químicas. • O conhecimento das leis da conservação da massa, dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos. • Os mecanismos celulares e suas estruturas, funcionamentos dos tecidos. • O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, escritos e urinário. 134 • Os fundamentos da energia química e suas fontes. • A relação dos fundamentos da energia química com a célula. • O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, da energia nuclear e suas fontes e da teoria evolutiva. 9º ano O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas, das leis de Newton no tocante a gravitação universal. • A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés. • A compreensão compressibilidade, das propriedades elasticidade, da divisibilidade, matéria, massa, indestrutibilidade, volume, densidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, bucho, sabor e fundamentos. • Teóricos que descrevem os sistemas nervoso sensorial, reprodutor e endócrino. • O entendimento dos mecanismos de herança genica, os cromossomos, genes, os processos de mitose meiose. • A compreensão dos sistemas conversores de energias as fontes de energia e sua relação com a lei da conservação da energia. • As relações entre sistemas conservativos. • O entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o magnetismo, também conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência. • O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, I. A. Currículo de Ciências das tendências clássicas aos movimentos atuais de renovação in BARRETO, Elba Siqueira de As. Os Currículos do Ensino Fundamental para as Escolas brasileiras. Coleção Formação de Professores. Associados, 1998. 135 São Paulo Editora Autores COSTA, Magali Terezinha dos Santos. Vivendo Ciências Nova Edição. FTD: São Paulo, 2002. GEWANDSZNAYDER, Fernando. Ciências Matéria e Energia. Editora Ática: São Paulo, 2005. GOWDA K, Demétrio, Ciências Novo Pensar, FTD: São Paulo, 2002; PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, 3ª Ed. Curitiba, PR, SEED, 1997. PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental (versão preliminar). SEED, julho 2006. SAMPAIO, Maria das Mercês F. Problemas da elaboração e Realização do Currículo. 3ª Ed. FDE, São Paulo, 1998; SANCHES et ali. Ciências – entendendo a natureza. São Paulo: Saraiva, 2001. CRUZ, Ciências & Educação Ambiental. São Paulo: Atica, 1997. PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Brasília; 1997. VALLE, Cecília. Vida e ambiente. 1ª Ed. Curitiba: positivo, 2004. GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências novo pensar. São Paulo: FTD, 2002. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Ciências: Paraná, 2008. 136 PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Sendo a Educação Física uma prática pedagógica, podemos afirmar que ela surge de necessidades sociais concretas que, identificadas em diferentes momentos históricos, dão origem a diferentes entendimentos do que dela conhecemos. No âmbito da escola, os exercícios físicos na forma cultural de jogos, ginástica, dança, equitação, surgem na Europa no final do século XVIII e início do século XIX. Esse é o tempo e o espaço da formação dos sistemas nacionais de ensino característicos da sociedade burguesa daquele período. Esse tempo e espaço constitui-se em palco da construção e consolidação de uma nova sociedade – a sociedade capitalista – onde os exercícios físicos terão um papel destacado. Para essa nova sociedade, tornava-se necessário construir um novo homem: mais forte, mais ágil, mais empreendedor. Os exercícios físicos, então, passaram a ser entendidos como “receita” e “remédio”. Julgava-se que, através deles, e sem mudar as condições materiais de vida a que estava sujeito o trabalhador daquela época, seria possível adquirir o corpo saudável, ágil e disciplinado exigido pela nova sociedade capitalista. A preocupação com a inclusão dos exercícios físicos nos currículos escolares remonta ao século XVIII com Guths Muths (1712 – 1838), J. B. Basedow (1723 – 1790), J. J. Rousseau (1712 – 1778) e Pestalozzi (1746 – 1827). Contribui para essa inclusão o surgimento, na Alemanha, das Escolas Ginásticas já no século XIX. Na forma de associações livres, essas Escolas de Ginásticas alemãs difundiram-se para outros países da Europa e da América e pressionam a inclusão da ginástica, consideradas como educação física, no ensino formal de todos os países que já dispunham daquela forma de difusão do saber, ou seja, sistemas nacionais de ensino e escolas. Desenvolver e fortalecer física e moralmente os indivíduos eram, portanto, uma das funções a serem desempenhadas pela Educação Física no sistema educacional, e uma das razões para sua existência. As aulas de Educação Física nas escolas eram ministradas por instrutores físicos do exercício, que traziam para essas instituições os rígidos métodos militares da disciplina e da hierarquia. Após a Segunda Guerra Mundial, surgem outras tendências disputando a supremacia no interior da instituição escolar. Destaca-se o Método Natural Austríaco desenvolvido por 137 Gaulhofer e Streicher e o Método da Educação Física Desportiva Generalizada, divulgado no Brasil por Auguste Listello. Predomina nesse último a influência do esporte que no período do pós-guerra, apresenta um grande desenvolvimento, afirmando-se em todos os países sob a influência da cultura européia como elemento predominante da cultura corporal. Essa influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos, então, não o esporte da escola mas sim o esporte na escola. Isso indica a subordinação da educação física aos códigos / sentido da instituição esportiva, caracterizando-se o esporte na escola como um prolongamento da instituição esportiva: esporte olímpico, sistema desportivo nacional e internacional. O esporte determina, dessa forma, o conteúdo de ensino da Educação Física, estabelecendo também novas relações entre professor e aluno, que passam da relação professor-instrutor e aluno-recruta para a de professor-treinador e aluno-atleta. Outras determinações do esporte podem ser observadas nos princípios da racionalidade, eficiência e produtividade, os quais serviram para o reordenamento da Educação Física escolar. Esses princípios são advogados também no âmbito da pedagogia tecnicista muito difundida no Brasil na década de 70. Os pressupostos dessa pedagogia advém da concepção de neutralidade científica e reforçam os princípios mencionados no âmbito mais geral do processo de trabalho escolar, fazendo-o objetivo e racional. Exemplo disso na Educação Física escolar é a divisão das turmas por sexo, respaldada inclusive pela legislação específica, o Decreto nº 69.450/71. É assim que, por possuírem idênticos pressupostos como, por exemplo, a racionalização de meios em busca de eficiência e eficácia, a identidade esportiva da Educação Física escolar é fortalecida pela pedagogia tecnicista. Nas décadas de 70 e 80 surgem movimentos “renovadores” na Educação Física. Entre eles destacam-se a “Psicomotricidade”, que se apresenta como constelação à Educação Física por considerá-la ligada a uma concepção dualista de homem. Percebe-se nessa concepção a instrumentalização do “movimento humano” como meio de formação e a secundarização da transmissão de conhecimentos, que é uma das tarefas primordiais do processo educativo em geral e da escola em particular. Relacionando-se aos princípios humanistas, surge uma outra tendência ligada ao movimento chamado Esporte Para Todos que se caracteriza como movimento alternativo ao esporte de rendimento. Essa concepção de EPT se impregna de uma antropologia, que coloca a autonomia do ser humano no centro. Não é o esporte que faz o homem, mas o homem que faz o esporte, ele determina o que, como, onde, quando, por quanto tempo, com quem, sob 138 que regras, com que objetivos, sob que condições de prática. Na década de 90 surgiu o Currículo Básico, esse documento caracterizou-se por ser uma proposta avançada em que o mero exercício físico deveria dar lugar a uma formação humana do aluno em ambas dimensões. A proposta foi fundamentada na concepção históricocrítica de educação para resgatar o compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Essa proposta representou um marco para a disciplina, destacou a dimensão social da Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo. A proposta valorizou a produção histórica e cultural dos povos, relativa a ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que correspondem às características regionais. Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação na década de 90 o Ministério da Educação apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a disciplina de Educação Física o que acarretou, sobretudo, num esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina. Os PCN abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em aspectos técnicos e fisiológicos, e destacam outras questões relacionadas às dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseados em concepções teóricas relativas ao corpo e ao movimento. Pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 9394/96 -, a obrigatoriedade do ensino da Educação Física na escola refere-se à Educação Básica, sendo facultativa para o ensino noturno. Concretamente, nestes primeiros anos de vigência da nova lei, a Educação Física passa por dificuldades para manter-se na grade curricular das escolas. No ensino noturno ratifica-se uma situação já presente em larga escala: sua quase total ausência. No entanto, dada a generalidade e flexibilidade da LDB, e enquanto os Conselhos Estaduais e Municipais de Educação não a interpretarem, oferecendo orientações normativas no que se refere a sua inserção nos respectivos sistemas de ensino, a Educação Física também pode ver diminuída sua presença no Ensino Fundamental. Os PCN não apresentaram uma coerência interna de proposta curricular. Ou seja, continham elementos da pedagogia construtivista piagetiana, psicomotora, da abordagem tecnicista, sob a ideia de eficiência e eficácia no esporte e, também, defendia o conceito de saúde e qualidade de vida do aluno pautado na perspectiva da aptidão física. Nessa tentativa 139 de absorver o maior número possível de concepções teóricas, o documento acabava tratando tais teorizações de forma aligeirada, deixando, inclusive, de destacar os autores responsáveis pelas diferentes abordagens. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino Fundamental abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em aspectos técnicos e fisiológicos, e destacaram outras questões relacionadas às dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseadas em concepções teóricas relativas ao corpo e ao movimento. Apesar de sua redação aparentemente progressista, pode-se dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio constituíram uma proposta teórica incoerente. As diversas concepções pedagógicas ali apresentadas valorizaram o individualismo e a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir e oportunizar o acesso a conhecimentos que possibilitem aos educandos a formação crítica. Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram historicamente as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, desde as mais reacionárias até as mais críticas, opta-se, nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a hegemonia que entende esta disciplina tão-somente como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer corporal. Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural. A disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar e diversificar a prática pedagógica, buscando ampliar o trabalho que incorpora as divisões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos. Portanto, a Educação Física deve ser caracterizada de forma abrangente, incluindo todas as dimensões do ser humano envolvidas em cada prática corporal. Também devem ser consideradas as dimensões: cultural, social, política e afetiva presentes no corpo vivo, isto é, corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e cidadãos. 140 A Educação Física deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. 6º ano CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO - Esporte - Coletivos - Individuais - Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares - Brincadeiras e cantigas de roda - Jogos de tabuleiro - Jogos cooperativos - Dança - Danças folclóricas - Dança de rua - Danças criativas - Ginástica - Ginástica rítmica - Ginástica circense - Ginástica geral - Lutas - Lutas de aproximação - Capoeira 7º ano CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO - Esporte - Coletivos - Individuais - Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares - Brincadeiras e cantigas de roda - Jogos de tabuleiro - Jogos cooperativos - Dança - Danças folclóricas - Dança de rua - Danças criativas - Danças circulares - Ginástica - Ginástica rítmica 141 - Ginástica circense - Ginástica geral - Lutas - Lutas de aproximação - Capoeira 8º ano CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO - Esporte - Coletivos - Radicais - Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares - Jogos de tabuleiro - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos - Dança - Danças criativas - Danças circulares - Ginástica - Ginástica rítmica - Ginástica circense - Ginástica geral - Lutas - Lutas com instrumento mediador - Capoeira 9º ano CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO - Esporte - Coletivos - Individuais - Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares - Jogos de tabuleiro - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos - Dança - Danças criativas - Danças circulares - Ginástica - Ginástica rítmica - Ginástica circense 142 - Ginástica geral - Lutas - Lutas com instrumento mediador - Capoeira ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS - Coletivos Esportes - Individuais - Radicais - Jogos de tabuleiros Jogos e brincadeiras - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos - Danças Folclóricas Danças - Danças de salão - Danças de rua - Ginástica artística/olímpica Ginástica - Ginástica de academia - Ginástica geral - Lutas com aproximações Lutas - Lutas que mantêm à distância - Lutas com instrumento mediador - Capoeira METODOLOGIA DA DISCIPLINA Os conteúdos serão trabalhados a partir de uma abordagem histórico crítica, com aulas expositivas teóricas e práticas, exercícios, trabalhos e pesquisas realizadas em grupos e individuais, dança, teatro, canto e através de apresentações, exercícios e problemas ligados ao cotidiano e de aplicações interdisciplinares, buscando desse modo um aprendizado mais amplo e significativo;desenvolvimento físico e cognitivo, socialização. Para o desenvolvimento dessas atividades serão utilizados recursos didáticos como: jogos de xadrez, trilha, memória, materiais como cordas, bambolês, elásticos, será feito uso dos equipamentos tecnológicos disponíveis na escola como a TV pendrive e DVDs para 143 trabalho com conteúdos teóricos. O laboratório de informática também será utilizado durante o decorrer do ano letivo para a desenvolvimento de atividades. A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, está articulada ao projeto político pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprio, e trata de conhecimentos relevantes da escola. Busca-se superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a superação é entendida como ir além, não como negação de que precedeu, mas considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e transformação daquelas formas. Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-se às práticas corporais ao contexto histórico, político, econômico e social. Isso representa uma mudança na forma de pensar o tratamento teórico-metodológico dado às aulas de Educação Física. Significa, ainda, repensar a noção de corpo e de movimento historicamente dicotomizado pelas ciências positivistas, isto é, ir além da ideia de que o movimento é predominantemente um comportamento motor, visto que também é histórico e social. Sendo assim, tais consequências na prática pedagógica vão para além da preocupação com a aptidão física, a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc. A cultura corporal é objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizada pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem. Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica são abordadas em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser considerados no processo de ensino-aprendizagem. AVALIAÇÃO A avaliação é um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organiza e reorganiza o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a 144 ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta. A avaliação está relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que conheçam os acertos e ainda superem as dificuldades encontradas. A avaliação vale-se de um apanhado de indicadores que evidenciam, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os pré-conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações problemas e a compreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor. Instrumentos avaliativos utilizados: dinâmicas em grupo, seminários, debates, pesquisa em grupo. As provas e os trabalhos escritos serão utilizados para avaliação das aulas mas não como maneira de classificar os alunos em melhores ou piores, aprovados e reprovados, mas para que sirva também, como referência para redimensionar a ação pedagógica. A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino-aprendizado da escola, deve, sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias didáticometodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo. Avaliação deve se considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos e a partir de suas deficiências procurar ampliar uma visão, os seu saber sobre o conteúdo em estudo. Todos os conteúdos apontam para a formação de cidadão e também para a formação do aluno que está frequentando as aulas, independente da idade ou grau de ensino. Os fundamentos da disciplina serão pautados nos princípios de igualdade, autonomia e liberdade, oportunizando momentos de reflexão sobre as formas de dominação e que contribuam para a formação do cidadão, valorizando e enfatizando os valores morais e a ética, o respeito à individualidade e aos limites de cada um. O ensino da Educação Física possibilita ao aluno a compreensão do movimento, valorizando, assim todas as manifestações corporais, durante esse acompanhamento, diversificando estratégias de abordagens dos conteúdos. A avaliação deve considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas 145 de solucionar os problemas que lhe são propostos e a partir de suas deficiências procurar ampliar sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo. Portanto, a avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa que se propõe será expressa em notas, e serão realizadas em: • atividades em sala de aula • trabalhos em grupo • trabalhos individuais • testes escritos • o conteúdo que aborda o tema dança será avaliado através de apresentações artísticas Aos alunos que não se apropriarem integralmente dos conteúdos trabalhados, será oferecida a recuperação paralela dos conteúdos a cada instrumento avaliativo aplicado, retomando os conteúdos e estratégias de avaliação utilizadas. Os alunos com necessidades educacionais especiais terão suas avaliações diferenciadas, respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com suas limitações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Educação Física 2008. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. Universidade Estadual de Ponta Grossa – Apostila de Processo de Seleção Simplificado. FARIA JUNIOR, Alfredo Gomes. Fundamentos pedagógicos: Avaliação em Educação Física. Rio de Janeiro, ao livro técnico, 1985. FREIRE, João Batista. Educação do corpo inteiro: Teoria e Prática da Educação Física. 3ª Ed. São Paulo. Scipione, 1992. 146 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Em cada período histórico, a disciplina de Ensino Religioso assumiu diferentes características pedagógicas e legais dentro dos currículos escolares no Brasil. Embora no contexto do Brasil Colônia não seja possível falar em políticas públicas para a educação e também numa disciplina denominada de Ensino Religioso, a primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação Brasileira ocorreu várias atividades de evangelização promovidas pelas instituições religiosas de confissão católica, com meta de apresentar o conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana. Com o advento da República e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja, surgiu, entre os defensores da República, o impulso de dissolver o modelo de educação baseado na catequese religiosa. Em 1934, o Estado Novo implantou a disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Era, portanto, garantida a existência da disciplina na educação pública e, por outro lado, era de caráter facultativo para os estudantes não católicos. Essa orientação formal do Ensino Religioso se manteve nas legislações até meados da década de 60. A Constituição de 1934 procurava manter um caráter facultativo da disciplina, mas procurava-se ainda implantar a abertura de um espaço público também para as religiões minoritárias no quadro da educação, pois a concepção de religião desse período, abordava unicamente a doutrina cristã. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, afirmava em seu XVIII artigo o seguinte: Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular. No Brasil, na década de 60, o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido do inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967: "o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e 147 médio". O Ensino Religioso aconfessional e público se concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização: Art. 33 — O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. §1 — Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de professores. §2 — Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. Foi proposto um modelo laico e pluralista, a perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de consideração da religião na educação, brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc. Surgiram, desde então, oriundas dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas pedagógicas que pretendem, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Religião e conhecimento religioso estão inter-relacionados aos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Portanto, a disciplina de Ensino Religioso na escola fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do conhecimento. Deve-se efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito Religioso e voltada ao respeito da diversidade cultural e religiosa. Assim, a disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade. 148 Em termos metodológicos propõe-se nessa proposta com base nas diretrizes, um processo de ensino e de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida — real e metódica —, do confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de conteúdos formalizados. Serão abordados conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações culturais e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as formas diversas de religiosidade. A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. O objeto de estudo será o Sagrado, termo que se origina do termo latino sacrátus e do ato de sagrar, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. O espaço e o sentido do Sagrado, constitui-se, no contexto da educação laica e republicana, as interpretações e experiências do Sagrado compreendidas racionalmente como resultado de representações construídas historicamente no âmbito das diversas culturas e tradições religiosas e filosóficas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa Universo Simbólico Religioso Textos Sagrados CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ano • Organizações Religiosas - Organizações Monoteístas - Organizações Politeístas • Lugares Sagrados: - Lugares Sagrados Materiais (templos, igrejas, capelas, cemitérios, etc.) 149 - Lugares Sagrados Naturais (rios, lagos, montanhas, grutas, caminhos etc.) • Textos Sagrados orais ou escritos • Universo Simbólico Religioso - Tipos de Símbolos Religiosos - Máscaras religiosas - Vestimentas religiosas 7º ano • Temporalidade Sagrada • Festas Religiosas • Vida e Morte • Respeito à diversidade religiosa - Religiões Tribais - Religiões Afro-descendentes - Religiões Cristãs - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa; - Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão; - Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas; - Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado; • Rituais Religiosos - Tipos de Rituais Sagrados - Ritos de passagem Serão trabalhados no decorrer do ano, na medida em que surgirem oportunidades: educação ambiental, sexualidade, enfrentamento a violência na escola, prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, história e cultura afro-brasileira e africana. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Propõem-se aulas de forma dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos. O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, exercendo o papel de mediador 150 entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento em sua prática social cotidiana. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos. Em seguida, propõe-se a problematização do conteúdo, levando o aluno para a construção do conhecimento. Será estabelecida uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-o como construção histórico- social e patrimônio cultural da humanidade. Será respeitado o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando. No desenvolvimento dos referidos conteúdos utilizar-se-a de textos, desenhos, documentários, entre outros recursos para leitura, interpretação e e resolução de atividades individuais em duplas e em grupos. Poder-se –a também fazer apresentações (teatro, jogral, exposições de cartazes, músicas, etc).Serão utilizados os recursos tecnológicos (Tv pen drive, laboratório de informática) e livros da biblioteca bem como textos, materiais recebidos em cursos e o caderno pedagógico (O Sagrado no Ensino Religioso). Durante o ano letivo também serão trabalhados os conteúdos obrigatórios e comuns a todas as disciplinas conforme a Instrução 009/2011 SUED / SEED, através de debates, pesquisas, leituras e discussões, que possam contribuir para a construção do conhecimento do aluno. AVALIAÇÃO O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou de conceitos na documetação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo de matrícula na disciplina. Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implementação de práticas evaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos. Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o auxiliem o registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que se busca com o processo 151 avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos e para melhorar a vivência dos alunos enquanto cidadãos conscientes. Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada conforme LDB 9394/96 capítulo V – artigo 58. A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, será feita avaliações escritas individuais ou em grupo, resumos, redações, cartazes, debates, jogos e outros que possam identificar se existe a necessidade de recuperação de conteúdos ou estudos, que poderá ser feita através de outras formas de avaliação, como vídeos, debates, seminários e registros escritos. Espera-se que o aluno: - estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica; - desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural; - reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CADERNO PEDAGÓGICO. O Sagrado no Ensino Religioso. Secretaria do Estado da Educação, 2008. BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997. BUENO, Regina Maria da Rocha Louros. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Círculo de Cooperação da URI, Curitiba, 2005. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso par o Ensino Fundamental, Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. ASSINTEC. Sugestão de proposta pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba, 2002. 152 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia estabelecendo relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e organizar-se. O homem assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas, adaptando-a às suas necessidades. Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de ciência. São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter, mas é com Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada. Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens, servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as estratégias político-militares, que marcaram este período. Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca, as monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida. Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã, apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas duas visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional. O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache. No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de 1930, tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística pelo então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do Brasil a fim de descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do Estado, na perspectiva de um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas desenvolvimentistas do Estado: a exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da indústria de base e o povoamento das áreas de fronteira (DCE, 2009). 153 Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os procedimentos didáticos da Geografia adotados, promoviam principalmente a descrição e a memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do lugar, era a chamada geografia tradicional ou descritiva. Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou-se consciência de que as diferenças culturais tinham raízes históricas, Portanto, tornou-se importante que o aluno compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem-se para produzir bens, ou seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos históricos. Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta, realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca dos fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem como, das relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por uma reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista. A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel enquanto sujeito social, reconhecendo-se como agente, capaz de intervir no meio o qual está inserido, de emancipar-se. Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que ocupávamos. A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca antes experimentada. Pode-se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde “a rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes conferem ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado definitivamente a dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18). Nesse sentido Cavalvanti (1998, p. 24) coloca que: “O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista de sua espacialidade. Isso porque se tem convicção que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século, requer uma consciência espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos, com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar 154 criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar constantemente estudos do meio [...] e deve levar o educando a interpretar textos, mapas, paisagens.” Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é urgente a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem utilizados pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos conteúdos e temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o ensino de Geografia. Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em uma sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão. Ainda segundo a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental, subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam contribuir para uma visão de mundo mais ampla e profunda. A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade, ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de apropriação do espaço, bem como das conseqüências desencadeadas no meio por esse processo. A Geografia Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em um perspectiva crítica da realidade. Deve assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à realidade do aluno, auxiliando na junção do saber empírico e do saber formal. A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos conhecimentos adquiridos. Para tanto, organizaram-se os conteúdos da Geografia nos seguintes conteúdos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico. Assim sendo, os conteúdos básicos serão trabalhados dentro dessas perspectivas, enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo trabalhado. Deverão, portanto, serem abordados os conceitos básicos da disciplina: lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade; considerando-se o espaço geográfico como objeto de estudo da Geografia.(DCE, p.51) Nesta visão a Geografia no Ensino Fundamental deverá propiciar ao aluno a 155 ampliação das noções espaciais, o desenvolvimento da capacidade de análise dos fenômenos geográficos e de relacioná-los, a partir de reflexões promovidas em torno da aplicação dos conceitos construídos. Deverá ainda compreender as especificidades naturais e sociais do espaço e as relações de poder político e econômico que definem as regiões e territórios. Porém, no Ensino Médio, a Geografia deverá priorizar a compreensão dos conceitos e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma que o aluno seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações espaço/temporais a partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-relação existente entre o local e o global. Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas do conhecimento. Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar como sujeito na sociedade atual. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 6º ANO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço geográfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • formação e transformação das paisagens naturais e culturais • a formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais • dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção • a distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico • a transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos 156 • a mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural • as diversas regionalizações do espaço geográfico • conceitos geográficos: paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade; elementos naturais e culturais do espaço geográfico. • linguagem cartográfica: noções básicas de cartografia: a legenda, os símbolos, as cores e as escalas cartográficas; orientação e localização no espaço geográfico; a representação da Terra; leitura e interpretação de mapas; • geografia da natureza: estrutura interna da Terra; agentes internos e externos; formas do relevo terrestre e marítimo; hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos); os climas da Terra; • trabalho e as transformações no espaço geográfico: trabalho humano ( as técnicas de apropriação e a intensa transformação do espaço); atividades econômicas ( os setores da economia); • trabalho, as atividades econômicas e suas relações: divisão social e territorial do trabalho; atividades agropecuárias; atividades urbanas e industriais; integração campo-cidade. • indicadores demográficos: população relativa e absoluta;as diferenças entre povoado e populoso; densidade demográfica; indicadores sociais e pirâmide etária; população urbana e rural. • movimentos migratórios: evolução e a distribuição espacial da população; fatores de repulsão e atração; manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais. • regionalizações: diferentes formas de regionalização do espaço geográfico. 7º ANO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço geográfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração do território brasileiro • a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da 157 população • as manifestações socioespaciais da diversidade cultural • distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico • formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e urbanização • o espaço rural e a modernização da agricultura • as diversas regionalizações do espaço brasileiro • dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção • movimentos migratórios e suas motivações • a circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações • ocupação e povoamento do território Brasileiro: formação do Território Brasileiro; ciclos econômicos. • Brasil: localização do território Brasileiro; extensão territorial do Brasil e sua influência nas paisagens; limites e fronteiras do Brasil; regionalização do território. complexos regionais e movimentos migratórios e fatores de repulsão e de atração. • quantos somos e onde vivemos: distribuição da população brasileira; indicadores sociais e pirâmide etária. • população e o trabalho no Brasil: população economicamente ativa (PEA); setores da economia; mapa do trabalho infantil no Brasil. • pluralidade cultural do povo brasileiro: herança cultural dos povos indígenas e dos povos africanos; demais etnias (europeus, japoneses e árabes); • rural e o urbano as duas faces do espaço brasileiro: as diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil. • industrialização e urbanização no Brasil: evolução da atividade industrial no Brasil; crescimento urbano em função da indústria; rede transportes e meios de comunicação; hierarquia urbana. • modernização da agropecuária e a integração Campo-cidade: setores da agropecuária; concentração de terras e a Questão Fundiária; • características gerais das regiões geográficas brasileiras: aspectos físicos e Humanos. 8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL 158 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço geográfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração do território brasileiro • formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano • a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado • as implicações socioespaciais do processo de mundialização • o comércio em suas implicações socioespaciais • a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população • as manifestações socioespaciais da diversidade cultural • distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico • regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos, econômicos e demográficos • a distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista • formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais • movimentos migratórios e suas motivações • a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. • região e regionalização: conceito de região e as diferentes formas de regionalização do espaço; regionalização pelo nível de desenvolvimento. • nova regionalização do espaço geográfico: países do Norte e países do Sul; regionalização de acordo com o IDH • processos de globalização da economia, das informações e da cultura: economia mundial atual; transnacionais; órgãos financiadores internacionais e o seu papel na nova ordem 159 mundial; (FMI, BANCO MUNDIAL e OMC). • globalização, meio ambiente e desigualdades socioespaciais: poluição do Ar e da Água; resíduos sólidos; sustentabilidade; desigualdade, marginalidade. • blocos econômicos e relações comerciais: principais blocos econômicos. • Continente Americano: localização, dados gerais e sua regionalização; formação histórica do continente americano; geografia física do continente americano (relevo, clima, hidrografia e vegetação); • população economia da América: características demográficas; setor primário, secundário e terciário na América; • América no Norte: características territoriais e populacionais; potência norte americana; Canadá e suas principais características político-econômicas; México e as implicações de sua localização entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos; • América Central, Andina e Guianas: aspectos territoriais, políticos e econômicos; América Platina: características gerais; Paraguai, Uruguai e Argentina – aspectos territoriais, políticos e econômicos; Brasil no processo de globalização. 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço geográfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios • a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado • a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. • As diversas regionalizações do espaço geográfico • a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população • a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego e tecnologia • a revolução técnico – científico – informacional e os novos arranjos no espaço de 160 produção • as implicações socioespaciais do processo de mundialização • o comércio mundial e as implicações socioespaciais • as manifestações socioespaciais da diversidade cultural • movimentos migratórios mundiais e suas motivações • a distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico • o espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial • conflitos mundiais e as múltiplas faces do Território: nacionalismo, separatismo e minorias Étnicas; terrorismo, religião e soberania; Oriente Médio, Território e Territorialidade; outros conflitos mundiais (recursos naturais); grandes guerras mundiais; razões dos conflitos atuais: terrorismo, movimentos separatistas, etc. • Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: evolução da atividade Industrial no Mundo; Mundo Bipolar: A Guerra Fria; novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, Banco Mundial); Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral. • espaço da globalização: conceitos de globalização e de regionalização; redes e o seu papel no Processo de Globalização; fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional; conglomerados transnacionais e as Cidades Mundiais; organizações políticas internacionais e regionais. • Blocos Econômicos: Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; União Europeia e a CEI; Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; América Latina e o Mercosul. • novas regionalizações do Globo e das Américas: regionalização dos continentes (Europa, Ásia, África e Oceania). • População, e Demografia e Cultura: civilizações asiáticas e sua religião; distribuição demográfica do continente europeu; crescimento demográfico e a desigualdade social; desigualdade, marginalidade e violência urbana. • impactos ambientais rurais e urbanos e segregação socioespacial: problemas ambientais na Europa; aspectos socioespaciais das regiões polares; poluição do Ar e da Água; resíduos sólidos; sustentabilidade. ABORDAGEM METODOLÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL 161 Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos. Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como: aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas abordando temas da atualidade. Para isso serão utilizados: -lousa e giz; -recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides); -leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica; -utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a aprendizagem. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço gráfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico 162 CONTEÚDOS BÁSICOS • a formação e transformação das paisagens • a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego das tecnologias de exploração e produção • a formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente • a formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais • linguagem da Geografia: paisagem, lugar e território; as paisagens naturais e as transformações das paisagens pelas técnicas e tecnologias. • linguagem Cartográfica: noções básicas de cartografia; coordenadas geográficas; a representação da Terra. • Geografia da natureza: estrutura interna da Terra; agentes internos e externos; formas do relevo terrestre e marítimo; hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos); climas e domínios morfoclimáticos; biomas terrestres; atmosfera, poluição e mudanças climáticas (aquecimento global); • tecnologias e recursos naturais: agropecuária, natureza e tecnologia; os sistemas agrícolas; agropecuária e meio ambiente. • recursos minerais: localização e exploração dos recursos minerais; • estratégias energéticas: fontes de energia; alternativas energéticas. 2º ANO DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço gráfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • a formação e transformação das paisagens • a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população • a formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização 163 recente • o espaço rural e a modernização da agricultura • localização do Brasil no Globo: Coordenadas Geográficas; domínios morfoclimáticos; Zonas Térmicas; elementos e fatores do clima; classificação climática; estrutura geológica; relevo do Brasil; bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná; • ocupação e povoamento do Território Brasileiro: formação do Território Brasileiro; características da população brasileira; crescimento demográfico; movimentos migratórios. • Urbanização e Redes Urbanas: urbanização no Brasil; hierarquia das cidades brasileiras; Metropolização no Brasil; problemas ambientais urbanos; industrialização Brasileira; complexos Regionais Brasileiros (Indústria); • complexos Agroindustriais Brasileiros: espaço Agropecuário Brasileiro; agricultura e Fome; Agronegócio no Brasil; Estrutura Fundiária no Brasil; 3º ANO DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço gráfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • a espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial • a circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações • a nova ordem mundial, os territórios supracionais e o papel do Estado • as diversas regionalizações do espaço geográfico • formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios • as implicações socioespaciais do processo de mundialização • espaço da globalização: conceitos de Globalização e de Regionalização; redes e o seu papel no processo de Globalização; fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional; conglomerados transnacionais e as cidades mundiais. • Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: Evolução da Atividade Industrial no Mundo; Mundo Bipolar: A Guerra Fria; novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, 164 Banco Mundial); Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral. • blocos Econômicos: Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; União Européia e a CEI; Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; América Latina e o Mercosul. • conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território: Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas; Terrorismo, Religião e Soberania; Oriente Médio, Território e Territorialidade; outros Conflitos Mundiais ( recursos naturais). • impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial: Poluição do Ar e da Água; Resíduos Sólidos; Sustentabilidade; Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana. ABORDAGEM METODOLÓGICA DO ENSINO MÉDIO Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos. Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como: aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas abordando temas da atualidade. Para isso serão utilizados: - lousa e giz; - recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides); - leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica; - utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a aprendizagem. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF 165 nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação baseado nas seguintes modalidades: diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os objetivos propostos sejam atingidos. formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando se os alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e encontrem estímulos para os estudos. contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V, a verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. elaborar avaliações especificas - Para alunos com necessidades especiais, elaborando com o nível de dificuldade relacionando as pesquisas e questionários feitas por profissionais capacitados. No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas. Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: • interpretação e produção de textos de Geografia; • interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; • pesquisas bibliográficas; • relatórios de aulas de campo; • apresentação e discussão de temas em seminários; 166 • construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros. A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico. No cotidiano das aulas é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm a intenção de ensinar. Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede,os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo , com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva, a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros, uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-aprendizagem,a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples, conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas avaliações bimestrais. Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58. A recuperação de estudos é de caráter obrigatório, após a verificação de rendimento escolar, proporciona-se-á novas situações de aprendizagem, retomando o conteúdo, esse 167 processo educativo é direito de todos os alunos que não atingiram na totalidade do processo de ensino aprendizagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____. Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28. DCE . Diretrizes Curriculares da Educação Básica Estadual – Geografia – Ensino Médio. MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005. PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo – SP, 1994. ____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N. 39. Campinas: Papirus, 1995. SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001. TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009. 168 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A História como disciplina surgiu com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, neste mesmo ano foi criado o Instituto histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que contemplou a História como disciplina acadêmica. Neste contexto o material didático produzido era influenciado pela História metódica e pelo positivismo, ou seja, apresentava uma racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais, como fontes e verdades históricas, valorizando e idolatrando personagens históricos como heróis, sem perceber a contribuição dos outros sujeitos que também fizeram parte do processo histórico. “ A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na sínteses das raças branca, indígena e negra, com predomínio da ideologia do branqueamento... o currículo oficial de História conduzido por líderes que excluía a possibilidade de pessoas comuns serem aceitas como sujeitos históricos.” DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008) Em 1901, o currículo foi alterado pelos docentes, os quais incluíram a História do Brasil, a qual dificilmente era trabalhada pelos professores devido à sua extensão de fatos. A efetivação do ensino da História do Brasil deu-se apenas no Estado Novo, no governo de Getúlio Vargas, relacionada à uma política nacionalista. Em 1971, pela lei 5.692 foi instituído a disciplina de Estudos Sociais no ensino de Primeiro Grau, embasada na corrente educacional Escola Nova ( sistematizava as pedagogias não diretas, as quais se caracterizavam pela valorização de práticas e que o aluno controlaria por si o seu processo de aprendizagem, dava ênfase no desenvolvimento do intelecto, na capacidade de julgamento do aluno, em detrimento da memorização dos conteúdos. Anísio Teixeira, foi um dos grandes divulgadores dos pressupostos do movimento da Escola Nova no Brasil). No contexto da Ditadura Militar, o ensino de História assumiu um caráter político e ideológico do regime, embasado em fontes históricas disponibilizadas pelo Estado e narrada 169 do ponto de vista da classe dominadora ( os militares ). Neste período o ensino não tinha espaço para análise crítica nem objetivava a formação da consciência histórica, pretendia limitar as ações do aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos. “ O Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país” (DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008) O ensino de História era abordado de forma linear, cronológico e harmônico, ressaltando os feitos heróicos cabendo aos alunos a memorização e repetição das informações como verdades absolutas. Por muito tempo a prática em sala de aula distanciou-se da produção historiográfica acadêmica. Ocorreu a aproximação apenas com o fim da Ditadura Militar e o início do processo de redemocratização brasileira. Neste contexto também foi discutido e contestado o ensino de Estudos Sociais. No estado do Paraná, em 1990, baseado na Pedagogia Histórico-crítica, foi disponibilizado aos professores da rede estadual, o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. As reformas educacionais contaram também com um documento divulgado pelo Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN- 1997/1999 ), no qual a disciplina de História é parte integrante das Ciências Humanas e suas tecnologias, e assume a responsabilidade de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno, nesta perspectiva, a História assume um caráter presencista não contextualizando os fatos históricos estudados. No ano de 2003, no Estado do Paraná, envolvendo todos os professores da rede, teve início uma discussão com a finalidade de elaborar Novas diretrizes curriculares para o ensino de História. Numa perspectiva de inclusão social, valorização da diversidade cultural paranaense, cumprimento da lei 13.381/01, que torna obrigatório, no ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná, cumprimento da lei 10.639/03 a obrigatoriedade da História e cultura Afro-Brasileira e cumprimento da lei 11.645/08 que torna obrigatório o ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil. A concepção de História deve tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar diferentes sujeitos históricos e suas relações, desta forma abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e superação de uma visão histórica linear, eurocêntrica e dogmática dos fatos. “Fundamental para essa superação é o conceito de experiência. Ideia que se contrapões ao pensamento dicotômico base/estrutura... Defendem ainda, que a consciência 170 de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas. Outro conceito fundamental é o de poder, onde a Nova esquerda Inglesa busca superar a visão mecânica e reducionista de uma corrente tradicional marxista que prescrevia uma História linear em direção a uma revolução, e ainda uma História tradicional calcada em fatos históricos determinados e aliados à figuras de heróis. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar a concepção de poder, o que ficou conhecida como a “história vista de baixo”. (DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008) Com base nas Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental / 2008, a qual baseia-se nas teorias das correntes historiográficas Nova Esquerda Inglesa e da Nova História Cultural, “a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas... as relações condicionam os limites e as possibilidades de ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas sócio-históricas.” A abordagem e interpretação dos fatos históricos visam sua problematização ao confrontar ou comparar documentos entre si, possibilitando a formação da consciência histórica do aluno . A disciplina de História objetiva oferecer embasamento aos alunos, para a formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançando, a abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva, possibilita a exploração de novos métodos de produção do conhecimento histórico para que o aluno, de modo consciente, perceba as diferenças/semelhanças, transformações/permanências dos processos históricos abordados. Portanto enfocará o conhecimento histórico como resultado do processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, valorizando os diferentes sujeitos históricos e suas contribuições às permanências e as transformações sociais. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: • Relações de Trabalho; • Relações de Poder; • Relações Culturais; 171 6º ano Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias. CONTEÚDOS BÁSICOS: • A experiência humana no tempo; • Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; • As culturas locais e cultura comum; 7º ano A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em diferentes tempos e espaços. CONTEÚDOS BÁSICOS As relações de poder; A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; As relações entre o campo e a cidade; Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade; 8º ano O mundo do trabalho e os movimentos de resistência. CONTEÚDOS BÁSICOS • História das relações da humanidade com o trabalho; • O trabalho e a vida em sociedade; • O trabalho e as contradições da modernidade; • Os trabalhadores e as conquistas de direito; 9º ano Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das Instituições Sociais. CONTEÚDOS BÁSICOS •A constituição das instituições sociais; •A formação do Estado; •Sujeitos, guerras e revoluções; 172 A seleção dos conteúdos específicos será de responsabilidade do Professor da disciplina e devem estar articulados com os conteúdos estruturantes e básicos desta Proposta Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas Diretrizes Curriculares da disciplina de História do Estado do Paraná. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO: • Relações de Trabalho; • Relações de Poder; • Relações Culturais; CONTEÚDOS BÁSICOS: • Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre; • Urbanização e industrialização; • O Estado e as relações de poder; • Os sujeitos, as revoltas e as guerras; • Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e revoluções; • Cultura e religiosidade; A seleção dos conteúdos específicos será de responsabilidade do Professor da disciplina e devem estar articulados com os conteúdos estruturantes e básicos desta Proposta Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas Diretrizes Curriculares da disciplina de História do Estado do Paraná. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA O trabalho pedagógico com os conteúdos de História será embasado em diversos autores comparando e refletindo sobre suas diferentes interpretações, numa perspectiva de mostrar ao aluno que não existe uma verdade histórica única, que o conhecimento histórico é resultado de um processo de investigação pautado em evidências, fontes históricas diversas, e para analisar e compreender o fato histórico é necessário uma contextualização social, política e cultural. O processo de construção do conhecimento histórico será abordado considerando as 173 fontes históricas que foram utilizadas pelo pesquisador, bem como as relações humanas e suas ações que fazem parte deste processo. Para entender melhor os diferentes contextos históricos será proporcionado diferentes interpretações de um mesmo acontecimento, enfatizando a necessidade de ampliar o número de pesquisas para perceber que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser complementada com outras informações. Nesse sentido, algumas questões serão realizadas, tais como: Como o historiador chegou a essa interpretação? Que documentos/ fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões contemplou em sua análise? Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais? O livro didático será utilizado como suporte pedagógico, porém não como fonte única limitando-se às suas informações. Seus conteúdos serão problematizados incentivando os alunos a buscar novas informações em outros referenciais teóricos, que possam complementar o conteúdo abordado em sala de aula. Para ampliar o conteúdo apresentado pelo livro didático será solicitado pesquisas, as quais serão realizadas de modo que os alunos possam adquirir autonomia na busca do conhecimento; enfatizando que a pesquisa não consiste na cópia de informações. Para enriquecer as aulas deverá ser utilizado os recursos disponibilizados pela escola, como laboratório de informática, aparelhos de DVD, TV pendrive, acervo de textos fílmicos, internet, considerando que o desenvolvimento tecnológico contribui na prática pedagógica, O uso de diferentes materiais didáticos amplia as possibilidades de reflexão. Para a formação da consciência histórica e aquisição do conhecimento histórico serão utilizados recursos variados tais como: textos explicativos e informativos, atividades reflexivas, imagens (charges, fotografias...), mapas, jornais, revistas, textos, fílmicos, entre outros. O trabalho com textos historiográficos, artigos de jornais e revistas serão abordados como novas possibilidades de interpretações para a formação de uma consciência histórica. De acordo com a Instrução 009/2011 SUED / SEED, os conteúdos obrigatórios abaixo serão abordados durante o ano letivo no momento em que se fizer necessário bem como quando surgirem oportunidades ou de acordo com o conteúdo trabalhado na disciplina: Educação Ambiental, Educação Tributária, Enfrentamento da Violência contra Criança e Adolescente, Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação do Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e História do Paraná, Música, Direito da Criança e do Adolescente. 174 AVALIAÇÃO A avaliação do aprendizado não pode ser feita em um momento único e de forma definitiva. Segundo José Carlos Libâneo, a avaliação deve ser vista não como julgamento definitivo e dogmático do professor, mas como comprovação para o aluno de seu progresso em direção a noções mais sistematizadas, bem como análise da prática pedagógica. Várias atividades serão propostas com esse objetivo, tais como: compreensão dos textos explicativos, análises comparativas de noções de tempo, espaço, lugar, pesquisas, seminários, debates, análise de documentos e obras, mapas, entrevistas, produção de texto, trabalhos, provas diversificadas (alternativas, orais ou escritas). Assim será possível fazer um diagnóstico da aprendizagem, estimulando o aluno refletir sobre o seu desenvolvimento. O cotidiano na sala de aula é parte integrante do processo da avaliação, pois será observado o interesse e o envolvimento dos alunos nas tarefas propostas. Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa na diminuição das desigualdades sociais e na luta por uma sociedade justa e mais humana. As práticas avaliativas serão vinculadas ao processo de aprendizagem, segundo Luckesi para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de classificatória para diagnosticar, nesta avaliação tanto professor quanto os alunos poderão revisar suas práticas e possam superar as dificuldades constatadas. Assim, o aprendizado e a avaliação, poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas, reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, serão realizados alguns apontamentos que permitirão analisar se: * os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos; * o conceito de Tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino; * os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos históricos; 175 * compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos históricos do seu tempo; * analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômicosocial, política e cultural; * compreendem que o conhecimento é produzido com base em um método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a narrativa histórica; * explicativa a respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram; * compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente. Tais indicativos poderão ser enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas. Caso haja necessidade de recuperar conteúdos, serão proporcionadas atividades variadas que possam revisar a matéria, como pesquisas, seminários, debates, trabalhos, discussões e outros. Após a recuperação de estudos será feito avaliações diversificadas como provas orais, descritivas ou com alternativas, trabalhos, produção de textos individuais ou coletivos para a verificação da aprendizagem do aluno. E caso de alunos com necessidades educacionais especiais, tanto os conteúdos quanto o material didático, metodologia e instrumentos avaliativos serão adaptados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: concepções e usos: bolando aulas de História. São Paulo: Companhia das Letras: 1998. ___________________. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Paraná, 2008. LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. ANDE, n.6, s.d., p. 18. LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Pátio, n. 12, fev/abr. 2000, p. 6-11. RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide. A aula operatória e a construção do conhecimento. 7. ed. Edesp São Paulo: 1996. 176 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático:História e cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba:SEED-PR,2005. PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL A aprendizagem de uma língua estrangeira hoje é considerada de vital importância em um mundo globalizado, em que pessoas de diferentes nacionalidades estão em frequente contato pelos mais diversos motivos, precisando compartilhar a língua como meio de comunicação e expressão. A Língua Espanhola vem ganhando espaço nesse contexto tornando-se um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos( Mercosul), no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos encontros de líderes políticos mundiais, na tecnologia, nas redes sociais, na arte, etc. Oferecer o ensino de espanhol vai além de somente seguir uma tendência internacional de valorização de um idioma. Oportunizar o aprendizado de espanhol é disseminar a língua espanhola dentro de um país rodeado de hispanohablantes, com fronteiriças estrangeiras que mesclam com nossa língua materna. O aprendizado de uma língua estrangeira, ajuda também, na construção de conceitos importantes para os mais variados campos do saber, fundamentais para que o indivíduo construa conhecimento significativo para a compreensão dos fenômenos naturais e dos processos históricos e sociais de formação para compreensão de mundo e de si mesmo. Sabe-se, ainda, que a língua e a cultura são o meio de comunicação entre as pessoas, o ensino de língua espanhola vai priorizar os diferentes costumes, cultura, hábitos e tradições dos povos hispano-americanos e do povo espanhol. Por isso é imprescindível, que desde o início da aprendizagem de um novo idioma que se desenvolva no aluno a autoconfiança, para que os mesmos acreditem na capacidade de aprender , se expressar, ler e interpretar diversidade de textos verbais e não verbais presentes no cotidiano de nossos educandos. O histórico de língua estrangeira moderna, em nosso país, passou por vários momentos desde a assinatura do decreto em 22 de junho de 1809, onde D. João VI criou as cadeiras de Inglês e Francês. A partir de então o ensino de língua estrangeira começou a ser valorizado. O Espanhol só ganharia força mais tarde, com o advento do Estado Novo, no governo de Vargas. Intensificou-se, então, a ênfase por um discurso mais nacionalista e um modelo de patriotismo com ideais de conhecimentos mais voltados à tradição e a cultura dos grandes descobridores. Como podemos observar nas ( DCEs, p. 42): 177 “[...] o espanhol que até então não havia figurado como componente curricular, é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária,[...] O espanhol naquele momento, era indicada como língua de autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope da Veja. Ao mesmo tempo que era a língua de um povo que[...] ( mesmo) com importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo.” Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, a busca pelo aprendizado da língua inglesa era muito grande, uma vez era atribuído a ela o espaço no campo do trabalho e da cultura. A escola secundária, passou então a preparar o indivíduo para um currículo cada vez mais técnico e profissionalizante. Em 1961 foi promulgada a lei 4024, (LDB) Leis das Diretrizes e Bases da Educação que determinou que a língua estrangeira não era mais obrigatória nos cursos profissionalizantes que substituíram os cursos clássicos e científicos. Mas, mesmo assim, devido a demanda de mercado, a língua inglesa permanece, devido ao desenvolvimento do mercado de trabalho. Em 1971 com a lei 5692, a língua estrangeira passa a ser vista como: “...porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural estrangeira,. Assim, evitar-se-ia o aumento da dominação ideológica de outras sociedades e do colonialismo cultural do país. “( DCEs, p.45) “Porém, o reconhecimento da importância do aprendizado de uma língua estrangeira só veio com a insatisfação dos professores que ministravam essas línguas” Latim , Grego, Francês, Inglês e Espanhol”. Depois do parecer 581/76, e ainda, a necessidade do ensino de mais de uma língua, foi criado no Colégio Estadual do Paraná, no ano de 1982 o Centro de Línguas Estrangeiras, que passou a oferecer aulas de Inglês, Espanhol, francês e Alemão, aos alunos no contraturno. Nesse mesmo ano, foi incluído no vestibular da Universidade Federal do Paraná as Línguas Espanhola, Italiana, Inglesa e Alemã. Fato esse que estimulou e abriu novos campos para professores destes idiomas. Em 1996, A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determinou que a escola deveria ofertar uma língua estrangeira moderna obrigatória no Ensino Fundamental. A 178 escolha dessa língua ficaria a encargo da escola e da comunidade, de acordo com suas possibilidades e da disponibilidade de professores nessa área. No ensino Médio, a lei determinou a obrigatoriedade de uma língua estrangeira moderna no currículo. A língua escolhida seria de acordo com a escola e a comunidade escolar. E ainda, a oferta de uma segunda língua estrangeira moderna, facultativo ao aluno, dentro da disponibilidade de professores. Em 15 de agosto de 1986, em decorrência da redemocratização do país, e amplo movimento pela pluralidade de ofertas de língua estrangeira moderna nas escolas públicas, o estado da educação do Paraná, criou o CELEM ( Centro de Línguas Estrangeira Modernas ), estes centros têm saído preservados pela SEED até hoje, com um número cada vez maior de alunos e de línguas ofertadas. Em virtude da necessidade de aproximar os países hispanohablantes com o Brasil, e assim, melhorar as relações comerciais com os vizinhos de fala espanhola, e ainda para destacar o Brasil no Mercosul. O Presidente, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a lei 11.161 em 05 de agosto de 2005, que tornou obrigatória a oferta da Língua Espanhola nos estabelecimentos de ensino médio. Ela poderá ser ofertada na matriz curricular ou pelo CELEM ( com matrícula facultativa para o aluno). A partir de então a SEED abriu concurso público em 2004 e 2007, para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professor de espanhol. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O Discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica por meio da escrita, da oralidade e da leitura que são as práticas que efetivam o discurso. CONTEÚDOS BÁSICOS Gêneros discursivos e seus elementos composicionais das esferas sociais de circulação: cotidiana, literário-atística, científica, escolar, imprensa, publicitário, política, jurídica, produção / consumo e midiáticas: 179 LEITURA ESCRITA ORALIDADE * Identificação do tema; * Tema do texto; *Elementos extralinguísticos: * Intertextualidade; * Interlocutor; entonação, * Intencionalidade; * Finalidade do texto; etc...; pausas, gestos, *Vozes sociais presentes no * Intertextualidade; * Adequação do discurso ao texto; * Intencionalidade do texto; gênero; * léxico; * Condições de produção; * Turnos da fala; * coesão e coerência; *Informatividade-informações * Vozes sociais presentes no * Marcação de discurso; necessárias para a coerência do texto; * Marcadores do discurso; texto; * Funções das * Variações linguísticas; classes * Vozes sociais presentes no * Marcas linguísticas: coesão gramáticas no texto; texto; coerência, gírias, repetição; * Elementos semânticos; * Vozes verbais; * Diferenças e semelhanças * Discurso direto e indireto; *Discurso direto e indireto; entre o discurso oral e o * Emprego do sentido * denotativo e conotativo; *Recursos do sentido escrito; denotativo e conotativo no * estilísticos texto; ( figuras de linguagem) * Emprego Marcas contexto; *Léxico; * Pronúncia. linguísticas * Coesão e coerência; particularidades da língua, * Funções das classes pontuação, recursos gráficos gramaticais no texto; ( como aspas, adequação travessão, * Elementos semânticos; negrito ); *Recursos estilísticos – figuras * Variedade linguística; de linguagem; * Acentuação gráfica; * * Ortografia particularidades Marcas linguísticas: da língua, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito); * Variedade linguística; * Ortografia; * Acentuação gráfica. 180 da fala ao As diferentes Esferas Sociais de Circulação a serem trabalhadas de acordo com o nível de compreensão e interpretação de cada turma do ensino médio: ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO COTIDIANA EXEMPLOS DE GÊNEROS Adivinhas; Álbum de família; Anedotas; Bilhetes; Carta; Cartão; Causos; Comunicado; Convites; Curriculum vitae; Diário; Músicas; Parlendas; Piadas; Provérbios;. Quadrinhas; Receitas; Relatos pessoais; Trava- línguas. LITERÁRIA / ARTÍSTICA Autobiografia; Biografias; Contos diversos; Crônicas diversas; Fábulas; Lendas; Histórias em quadrinhos; Paródias; Letras de música; Poemas; Romances; Textos diversos Narrativas de diversos gêneros; Leitura e releitura de pinturas; CIENTÍFICA Debates; Palestras; Pesquisas; Relatos; Relatório; Resumo; Verbetes; 181 ESCOLAR Cartazes; Exposição oral; Diálogo; Palestra; Pesquisas; Relatos; Resenha; Resumo; Texto argumentativo e de opinião; IMPRENSA Cartum; Charge; Classificados; Crônica jornalística; Horóscopo; Noticia; Reportagens; Resenha crítica; Sinopse de filme; Tiras; Entrevista( oral e escrita ) PUBLICITÁRIA MIDIÁTICA Anúncios; Caricaturas; Cartazes; Comercial de TV; E-mail; Folder; Slogan; Músicas; Paródias; Placas; Publicidades; Textos políticos. Blog; Chat; Desenho animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Fotoblog; Home Page; Talk show; Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Conferência ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Os conteúdos serão explanados de forma contextualizada e interdisciplinar, através de atividades individuais e coletivas, abordando as diversas formas discursivas: oralidade, leitura, escrita e interpretação de diversos tipos de textos verbais e não verbais. E dessa forma, desenvolver as habilidades orais e escritas, possibilitando assim a capacidade de analisar, 182 refletir e perceber a LE não só como disciplina, mas como conhecimento de nova cultura. Para isso, utilizar-se-á aparelhos audiovisuais, DVDs, CDs, Pen drive, TV, músicas, dicionários, propagandas, jogos e guias de apoio como livro didático. Os aspectos gramaticais serão abordados dentro do contexto, bem como, de acordo com a necessidade de entendimento do texto ou música ora em estudo. As traduções não serão realizadas de forma literal, ao contrário, serão feitas de acordo com o nível de conhecimento e entendimento da turma. Os materiais utilizados deverão contemplar os interesses do educando, tendo em vista que os mesmos podem e devem permitir a flexibilidade para incorporação de especificidades educacionais. A construção da linguagem se fará na compreensão dos diversos gêneros textuais na fluência da leitura, na apresentação oral de textos, nas dramatizações, relatos, histórias e feitos produzidos pelos alunos. Escrita – A produção escrita de diversos tipos de textos, oportunizar o educando a expressar suas idéias através de trabalhos individuais e em grupos, diversificados de acordo com os conteúdos trabalhados. Oralidade – O manifestar de um pensar crítico dos temas propostos em textos variados, oriundos de diversas fontes, de acordo com o conteúdo estudado. E, desta forma analisar e refletir os fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas do sujeito. Em todos os momentos da fala, propiciar ao educando expressar-se na oralidade de forma lúdica e prazerosa, perdendo assim a inibição. Será oportunizada a socialização de idéias dos alunos em debates e seminários realizados durante o processo educacional. Leitura – A utilização de diversos tipos de textos verbais e não verbais, de diferentes gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional. A leitura se dará de forma interpretativa e dinâmica. Na produção escrita será realizada a produção e reestruturação de textos diversos produzidos pelos alunos. A análise linguística e a estruturação dos textos se fará ao longo do processo de produção. Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados ao longo do processo educacional, e levarão em conta a clareza e intencionalidade do trabalho em contemplar valores para auxiliar o educando em seu contexto de vida e cidadania. É na escola que se faz a construção da identidade e de valores do indivíduo. A Lei 10.639/03, cita a 183 obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. Essa lei foi substituída em 2008 pela Lei 11.645, que torna obrigatório, também, o ensino de História e Cultura Indígena. Essas leis modificam a LDB, uma vez que elas têm o objetivo de conscientizar professores e alunos da importância da cultura e da diversidade que formou o povo brasileiro. AVALIAÇÃO A avaliação é a parte integrante no processo educacional. A função da avaliação não é apenas constatar um certo nível de aprendizado do aluno. E, sim, deve ser um processo integrado e contínuo de aprendizagem respeitando as diferenças individuais. A avaliação deve contemplar todo o aprendizado em todas as atividades desenvolvidas durantes as aulas. A avaliação terá como objetivo maior averiguar, através da oralidade e de textos lidos, interpretados e escritos, o nível de compreensão e expressão das atividades propostas. Todo esse processo levará em conta a improvisação, a criatividade, o interesse e a participação do aluno nos trabalhos e avaliações individuais ou em grupos. Os trabalhos serão desenvolvidos em sala de aula ou não, podendo ser de forma individual, em duplas, ou grupos, podendo ser texto, relatório, cartazes, maquete, teatro, jogral, etc. A avaliação contemplará três momentos da aprendizagem na: Leitura – Espera-se que o aluno realize uma leitura compreensiva e a partir dela, possa identificar a ideia principal do texto, perceber as informações explícitas e implícitas, posicionar-se e argumentar diante do contexto da escrita. Na leitura, o educando deverá também, ampliar o léxico, aprimorar a pronúncia e ampliar o horizonte de expectativas diante de uma língua estrangeira. Escrita – espera-se que o aluno possa expressar suas idéias com clareza, elabore textos coesos, saiba trabalhar a linguagem formal e a informal, empregue palavras com expressão de sentido conotativo e denotativo de acordo com o gênero proposto. Bem como, saiba utilizar adequadamente os recursos linguísticos como: pontuação, acentuação, artigos, pronomes, etc. Oralidade – espera-se que o aluno apresente ideias com clareza, saiba posicionar-se diante dos vários momentos da fala, saiba interagir com seu interlocutor e utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, de pausa e entonação nas exposições 184 orais. As avaliações escritas contarão com questões elaboradas de forma diversificada (ordenar, classificar, explicar, responder, dissertar, enumerar, assinalar, completar, ...), contendo o valor de cada questão. Nas avaliações orais será observado: a fluência na leitura, clareza na exposição de idéias, exposição objetiva de argumentos, organização na seqüência da fala, interação ativa nos diálogos e postura diante dos colegas de classe. A recuperação paralela fará a retomada dos conteúdos ainda não assimilados, seguido de nova avaliação, considerando para fins de promoção a nota maior, ou seja, o trabalho em que o educando demonstrou maior apropriação do conhecimento. Em casos de alunos com necessidades especiais, a recuperação se fará de acordo com a sua apropriação de conhecimento, levando em consideração suas limitações. Os alunos serão avaliados em todos os momentos do aprendizado, através de provas, trabalhos, seminários, relatórios, cadernos e tarefas. Salienta-se que sempre que possível as avaliações deverão privilegiar atividades de leitura, interpretação e produção escrita, pois a escola tem o objetivo de formar homens informados e críticos. A nota bimestral será obtida pela média das avaliações realizadas no período com valor de 10 (dez) pontos cada uma, e depois dividida pelo número de avaliações do período. O aluno contará com várias oportunidades diversificadas de aferição em cada bimestre. REFERÊNCIAS DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Curitiba Paraná, 2008. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores – Curitiba SEED-PR, 2006. CADERNOS TEMÁTICOS 185 PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O cenário de Línguas no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. Além do aspecto dinâmico do currículo e dos métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se justifiquem pela atualização dos debates e produções teórico-metodológicas para a disciplina de Língua Estrangeira Moderna.(Paraná, 2008, p.38) Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da quinta série, se a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento (Art.26,§5.º).Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e em uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição (Art.36,Inciso III). Linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos teóricos que atendam às demandas da sociedade brasileira e muitos desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro. Ao contextualizar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa data estão apresentados 186 os fundamentos teóricos-metodológicos que orientam o Ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual, no que se refere a sua prática e objetivos atribuídos a disciplina, identificouse que a abordagem comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula. Esta opção favorece o uso da língua pelos alunos, mas os professores explicitaram também o reconhecimento dos limites de tal abordagem ao pretenderem ampliar o papel deste componente curricular na formação integral dos alunos, a mesma apresenta aspectos positivos na medida que incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação, expressão e negociação de sentidos no contexto imediato da situação de fala, colocando-se a serviço dos objetivos de comunicação. Propõe-se que aula de LEM constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive, espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido. Na Língua Inglesa, espera-se que o aluno: • use a língua em situações de comunicação oral e escrita; • vivencie, na aula de Língua Inglesa, formas de participações que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; • compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformações; • tenha maior consciência sobre o papel das Línguas na sociedade; • reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural e seus benefícios. Ao estudar uma Língua Estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. CONTEÚDO ESTRUTURANTE Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de 187 Língua Estrangeira são considerados basilares para a compreensão do objeto de estudo dessa disciplina. Esses saberes são concebidos como Conteúdo Estruturante, a partir dos quais se abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico. O Conteúdo Estruturante se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e processuais. O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essas perspectivas. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o “DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL”. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o DISCURSO. CONTEÚDOS BÁSICOS Gêneros Discursivos Para os trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade a análise liguisticas, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor elencar todos os gêneros que devem ser escolhidos previamente pelo coletivo da escola, nas diferentes esferas, de acordo com o PPP, com a PPC, com o PTD, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequada cada uma das séries. Leitura Identificação do tema; intertextualidade; intencionalidade; vozes sociais presentes no texto; léxico, coesão e coerência; marcadores do discurso; funções das classes gramaticais do texto; elementos semânticos; discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo; recursos estilísticos (figuras de linguagem); marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) variedades linguísticas; acentuação gráfica; ortografia. Escrita Tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade; intertextualidade; condição de produção; informatividade; vozes sociais presentes no texto; vozes verbais; discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo; léxico; coesão e coerência, funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos; 188 recursos estilísticos (figura de linguagem); marcas linguísticas: particularidades de língua, pontuação; recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); variedades linguísticas, ortografia, acentuação gráfica. Oralidade Elementos extraliguisticos: entonação, pausa, gesto, etc; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala, vozes sociais presentes no texto, variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição: diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação da fala ao contexto; pronúncia. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Leitura É importante que o professor: • Propicie práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; • Considere o conhecimento prévio dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferência sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre o tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia. • Propicie análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas, etc; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas de palavras e /ou expressões no sentido denotativo e conotativo, bem como de expressões que denotem ironia e humor; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros. Escrita É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade e ideologia; 189 • Propicie o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência • Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos textual; elementos que compõe o gênero; • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido denotativo e conotativo, bem como de expressões que denotem ironia e humor; • Estimule produções em diferentes gêneros; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Oralidade É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração; aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, e finalidade do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contações de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausa e outros; • Selecione discursos de outros para analise dos recursos da oralidade como: cenas de desenhos, programas infantos juvenis, entrevistas, reportagens e outros. Seguindo as Diretrizes Curriculares nas Escolas Publicas do estado do Paraná, o trabalho com a Língua estrangeira parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as Línguas Estrangeiras são possibilidades de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto verbal e nãoverbal sendo abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações o grau de informação e considerando o contexto de uso e os seus interlocutores. As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos 190 dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídios para a produção textual em Língua Estrangeira. Os alunos devem entender que ao interagir com/na língua, interagem com pessoas específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente: quem disse, o que, para quem, onde, quando e por que. A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato com os textos. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido. A oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva, a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender e expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações e que há uma diversidade de gêneros e que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que esta aprendendo. O ensino de Língua Estrangeira Moderna será articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos. As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, o professor poderá trabalhar: a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades, pois cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero; b)Aspecto Cultural / Inter discursivo: influência de outras culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado; c)Variedade linguística: formal ou informal; d)Análise linguística: será utilizada de acordo com a série. Ressaltando a diferença 191 entre o ensino da gramática e a prática da análise linguística; e)Atividades: -Pesquisa: como uma forma de saber mais sobre o assunto, nos livros ou na internet. Conversa com pessoas mais experientes, entrevista, etc. -Discussão: conversa sobre o assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações em Língua Materna. -Produção de texto: com a ajuda dos recursos disponíveis e a orientação do professor. Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático em função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens são percebidas em relação aos alunos que podem dispor de material para estudo, consultas, exercícios, enfim acompanhar melhor as atividade. Além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize outros recursos disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeo, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, rádio, etc. A elaboração de materiais pedagógicos pautados na Diretriz permite flexibilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como contemplar a diversidade regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura o contato e a interação em outras línguas e culturas. De acordo com a Instrução 009/2011 SUED / SEED, os conteúdos obrigatórios abaixo serão abordados durante o ano letivo no momento em que se fizer necessário bem como quando surgirem oportunidades ou de acordo com o conteúdo trabalhado na disciplina: Educação Ambiental, Educação Tributária, Enfrentamento da Violência contra Criança e Adolescente, Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação do Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e História do Paraná, Música, Direito da Criança e do Adolescente. AVALIAÇÃO Leitura Espera-se do aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; 192 • Ampliação do horizonte de expectativa; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Analise das intenções do autor; • Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo. Escrita Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: as situações de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...); a continuidade temática. • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc; • Emprego de palavras e ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; Oralidade Espera-se do aluno: • Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso de outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequencia da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em Língua Materna; 193 • Análise de recurso da oralidade em cenas de desenho, programas infantos juvenis, filmes, etc. A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna será articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas diretrizes e na LDB nº 9394/96, conforme previsto no Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar que contempla no mínimo duas avaliações bimestrais e no máximo a critério do professor, cada qual com valor 10,0, sendo que a média para a aprovação é valor 6,0. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, norteando o trabalho do professor, e propiciar ao aluno sua dimensão no percurso pedagógico. É importante que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo pela interação verbal de diferentes formas: entre os alunos e o professor, entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo promovendo o desenvolvimento de ideias. Com o propósito de encarar esse desafio, busca-se em Língua Estrangeira Moderna, superar a concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos. A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo ação reflexão-ação que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e compreensão. Na avaliação, serão usados textos escritos, orais, pendrive, partes de filmes, dicionários, diálogos, bilhetes, pequenas cartas, músicas, todos esses instrumentos com objetivo de formar não apenas um leitor, mas um estudante capaz de produzir sentidos de leitura, levantar hipóteses, perceber a intencionalidade, compartilhando o processo ensino aprendizagem formando cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidário e autônomos. A recuperação ocorrerá sempre após a retomada de conteúdos e ofertada a todos, independente da nota alcançada pelo aluno. Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, terão atendimentos e avaliações diferenciados de acordo com sua necessidade, seja na escrita, na oralidade, visual, e outras de acordo com as especificidades de cada indivíduo. Referências Bibliográficas 194 Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Secretaria de Estado de Educação do Paraná, 2008; Língua Estrangeira Moderna. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990. PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Historicamente, o processo de ensino de língua Portuguesa iniciou-se com a educação jesuítica. Em 1759, a Reforma Pombalina impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do ensino. Mas, somente nas últimas décadas do século XIX, passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Seguindo os moldes do ensino de Latim fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. A escola se abria a camadas cada vez maiores da população, o ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada “boa língua”. O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no Brasil, o cargo de Professor de Português. A literatura veiculada na variedade brasileira foi retomada pelos modernistas em 1922, pois defendiam a necessidade de privilegiar o falar brasileiro. No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos. Uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização. Decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação. A disciplina passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau, Comunicação e Expressão, nos anos iniciais, e Comunicação em Língua Portuguesa, nos anos finais. Na década de 70, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Com o fim do regime militar, ganham forças as discussões sobre o currículo escolar e o papel da educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A pedagogia 195 histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. Essa pedagogia se revelou nos estudos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram no final da década de 1970 e início de 1980. O livro de João Wanderley Geraldi marcou as discussões no Paraná. O currículo orientava os professores a um trabalho focado na leitura e na produção; um ensino voltado para o domínio efetivo de falar, ter e escrever. Fundamentou-se a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista. Considerando o percurso histórico da disciplina, evidencia-se novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, uma proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em contraste com a movimentação, reflexiva e produtiva. O domínio da linguagem e o ensino da língua são imprescindíveis para a participação efetiva no meio social em que se vive. Aprender a falar e a escrever não é suficiente para que o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade em que vive. Ele deve saber argumentar, defender seu ponto de vista, trocar, emitir e receber opiniões, exercendo assim a cidadania. A principal função das escolas deve ser a de formar cidadãos com senso crítico e aguçado e não apenas expectadores. A nova realidade social desencadeou a ampliação da utilização da escrita, dos meios de comunicação eletrônicos e as incertezas de alunos pela escola regular colocou novas demandas e necessidades, tornando ultrapassados os métodos e conteúdos tradicionais. Apesar de ainda imperar uma atitude preconceituosa em relação às formas não absorvidas da expressão linguística, que devem consolidar-se em práticas de ensino em que tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada seja o uso da linguagem. O ensino da Língua Portuguesa, conforme o documento oficial – as DCEs pauta-se numa concepção de linguagem enquanto interação que prima, em seu processo de aquisição e aprimoramento da língua, o sujeito, a história e o contexto, (PARANÁ, 2008, p. 48). Ensinar a língua materna requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus significados são sociais e historicamente construídos. O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como um espaço em que diversas vozes se defrontam, manifestando diferentes opiniões. 196 Portanto, hoje as práticas discursivas: oralidade, leitura e produção escrita devem partir do uso possível aos alunos, para permitir ampliar a competência linguístico-discursiva, particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita, sempre considerando que: •A razão de ser das propostas de leitura e escrita de textos é a compreensão ativa; •A razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a interlocução efetiva; •As situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensar sobre a linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la apropriadamente às situações e aos propósitos definidos; •Há a necessidade de se respeitar que cada indivíduo se diferencia pelas suas características socais e é através da linguagem que expressa suas ideias, pensamentos e intenções de forma que assim estabelece relações interpessoais; A linguagem e o pensamento mantêm vínculo estreito entre si. É por meio da linguagem que se constroem referenciais em relação às crenças e ao conhecimento geral do mundo, levando à interpretação da realidade, enquanto que o pensamento resultante da linguagem dá capacidade de ser alterado, reorganizado ou substituído por outro. Os conteúdos serão trabalhados em atividades interdisciplinares, uma vez que interdisciplinaridade questiona a segmentação entre diferentes campos do conhecimento, visão compartilhada da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida historicamente, se constitui, uma vez que procura situar a pedagogia numa visão unitária. Na prática pedagógica, a interdisciplinaridade expõe as interrelações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho fragmentado, sendo que a mesma promove a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção. Por essa mesma via, abre espaço para a inclusão de saberes extraescolares, possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos alunos. A interdisciplinaridade, portanto, dá sentido social a procedimentos e conceitos próprios das áreas convencionais, superando, assim, o aprender apenas pela necessidade escolar de passar de ano. Nessa dimensão, o aluno é sujeito do aprender, é aquele que age com e sobre o objeto do conhecimento que são os discursos textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais de linguagem. Nessa perspectiva, o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Para isso, ele contempla os seguintes objetivos: 197 • Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder às diferentes condições de produção do discurso; • Empregar a língua oral em situações de uso, adequando-a ao contexto, interlocutor, intenção, propiciando a possibilidade de posicionamento; • Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando sobre as representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes; • Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a capacidade de avaliação de textos, contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes opiniões, inferindo às possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor; • Conhecer e valorizar as diferentes variedades de português, procurando combater o preconceito linguístico; • Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades; • Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise crítica; • Despertar o gosto pela leitura; • Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura brasileira; • Considerar a língua como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais, como representação simbólica de experiências humanas manifestadas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social. • Analisar os recursos repressivos da linguagem verbal, relacionando textos, contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção, recepção (intenção, época, local e interlocutores participantes na criação e propagação de ideias e escolhas); 198 • Confrontar opiniões e pontos de vista sobre diferentes manifestações da linguagem verbal, aplicando as tecnologias de comunicação e de informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes da sua vida. • Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. • Propiciar, através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita bem como de aprofundar o pensamento crítico e a sensibilidade estética. • Aprimorar os conhecimentos linguístico-dicursivos de forma a propiciar condições de adequar a linguagem a diferentes contextos sociais. CONTEÚDO ESTRUTURANTE No processo ensino-aprendizagem é importante saber que quanto maior o contato com a linguagem, mais possibilidades se tem de entender o texto, portanto, há necessidade de apresentar um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais. A escola precisa considerar o discurso enquanto prática social que se manifesta a partir da oralidade, a escrita e a leitura como ações que possibilitem o aluno a ampliar seus propósitos comunicativos, posicionando-se e interagindo com as práticas de linguagem da sociedade e reconheça as vozes sociais e ideologias presentes no texto, no intuito de favorecer o desenvolvimento da compreensão leitora, assim como a diversidade de procedimentos de planejamento do texto e obter melhor resultado possível no trabalho com os alunos. Na disciplina de Língua Portuguesa o conteúdo estruturante contempla o discurso enquanto prática social e se desdobra nas práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita. CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO Gêneros discursivos: • Cotidiano: anedotas, carta pessoal, convites, bilhetes, exposição oral, quadrinhas, lendas, trava-línguas • Literário: contos, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, lenda, literatura de cordel, narrativas fantásticas e de terror 199 • Escolar: cartazes, resumos, exposição oral • Imprensa: cartum, charge, entrevista, fotos, tiras. • Publicitária: músicas paródias, folder, fotos • Científica: pesquisa • Produção e consumo: bulas, placas • Tema do texto • interlocutor • Finalidade do texto • Argumentos de texto • Discurso direto e indireto • elementos composicionais do gênero • Léxico • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, Leitura: pontuação, recursos gráficos Escrita: • Contexto de produção • Interlocutor • Finalidade do texto • Informatividade • Argumentatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Divisão do texto em parágrafos • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito), figuras de linguagem • Processo de formação de palavras • Acentuação gráfica • Ortografia • Concordância Verbal / Nominal Oralidade: • Tema do texto • Finalidade 200 • Argumentos • Papel do locutor e interlocutor • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, reticências • Adequação do discurso ao gênero • Turnos de fala • Variações linguísticas • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos 7º ANO Gêneros discursivos: • Cotidiano: cartão postal, piadas, paralendas, músicas • Literário: crônicas, histórias em quadrinhos, lenda, narrativas fantásticas, causos, narrativas de terror, diários, narrativas de aventuras, poemas • Imprensa: entrevista, texto de opinião • Escolar: resumos, exposição oral • Publicitária: anúncio, e-mail • Científica: pesquisa • Tema do texto • interlocutor • Finalidade do texto • Argumentos de texto • Contexto de produção • Intertetualidade • Informações implícitas e explícitas • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Repetição proposital de palavras • Léxico • Anbiguidade • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, Leitura: pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem Escrita: 201 • Contexto de produção • Interlocutor • Finalidade do texto • Informatividade • Discurso direto e indireto • Elementos composicionais do gênero • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito), figuras de linguagem • Processo de formação de palavras • Acentuação gráfica • Ortografia • Concordância Verbal / Nominal • Tema do texto • Finalidade • Papel do locutor e interlocutor • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... • Adequação do discurso ao gênero • Turnos de fala • Variações linguísticas • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, • Semântica Oralidade: 8º ANO Gênero discursivos: • Cotidiano: cartão postal, piadas, paralendas, músicas, receitas • Literário: crônicas, romances, fábulas, lendas, acróstico, memórias • Imprensa: entrevistas, classificados • Escolar: resumos, exposição oral, cartazes, mensagens, relatório • Publicitária: cartazes, paródia • Científica: debates Leitura: • interlocutor 202 • Intencionalidade do texto • Argumentos de texto • Contexto de produção • Intertextualidade • Vozes sociais presentes no texto • Discurso direto e indireto • elementos composicionais do gênero • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) • Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto Escrita: • Conteúdo temático • Interlocutor • Intencionalidade do texto • Informatividade • Contexto de produção • Intertextualidade • Vozes sociais presentes no texto • Elementos composicionais do gênero • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito) • Concordância Verbal / Nominal • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto • Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras, sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto Oralidade: • Conteúdo temático 203 • Finalidade • Argumentos • Papel do locutor e interlocutor • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas, ... • Adequação do discurso ao gênero • Turnos de fala • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras) • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição • Elementos semânticos • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc) • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito 9º ANO Gêneros discursivos: • Cotidiano: carta pessoal, comunicados, curriculum vitae, convites, exposição oral • Literário: romance, fábulas contemporâneas, contos e crônicas • Imprensa: sinopse de filmes e livros, entrevista • Escolar: exposição oral, resenha, seminário, pesquisas, texto argumentativo, resumo • Publicitária: cartazes, e-mail • Política: carta ao leitor, carta de reclamação, artigo de opinião • Jurídica: leis e regimentos Leitura: • Conteúdo temático • Interlocutor • Intencionalidade do texto • Argumentos de texto • Contexto de produção • Intertextualidade • Discurso ideológico presente no texto • Vozes sociais presentes no texto 204 • elementos composicionais do gênero • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto • Partículas conectivas do texto • Progressão referencial no texto • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) • Semântica: operadores argumentativos, polissemia, expressões que denotam ironia e humor no texto Escrita: • Conteúdo temático • Interlocutor • Intencionalidade do texto • Informatividade • Contexto de produção • Intertextualidade • Vozes sociais presentes no texto • Elementos composicionais do gênero • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto • Partículas conectivas do texto • Progressão referencial no texto • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito) • Sintaxe da concordância • Sintaxe de regência • Processo de formação de palavras • Vícios de linguagem • Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia Oralidade: • Conteúdo temático • Finalidade • Argumentos 205 • Papel do locutor e interlocutor • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas, ... • Adequação do discurso ao gênero • Turnos de fala • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras) • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição • Semântica • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc) • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito Prática de produção de textos orais e escritos Antes dos conteúdos referentes a prática de produção de textos orais e escritos, será apresentada a tabela que organiza os gêneros sugeridos para o trabalho, conforme critérios apresentados anteriormente. GÊNEROS SUGERIDOS PARA A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOS Canção; LITERÁRIOS Textos dramáticos Crônica; LITERÁRIOS Conto; Poema; Notícia; DE IMPRENSA Entrevista; DE IMPRENSA Notícia; Debate; Artigo; Depoimento; Carta do leitor; Exposição; Relatório de DE DIVULGAÇÃO Seminário; DE DIVULGAÇÃO experiências; CIENTIFICA CIENTÍFICA Debate; Esquema resumo de artigos ou verbetes de enciclopédia; 206 Produção de textos orais: • Planejamento prévio de fala em função da intencionalidade do locutor, das características do receptor, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos; • Seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, semânticos e gramaticais prosódicos e gestuais; • Emprego de recursos escritos (gráficos, esquemas, tabelas) como apoio para a manutenção da continuidade da exposição; • Ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar em conta o ponto de vista do outro para acatá-lo, refutá-lo ou negociá-lo. Produção de textos escritos: • Produção de textos considerando suas condições de produção/situação comunicativo: ▪ Finalidade; ▪ Especificidade do gênero; ▪ Lugares preferenciais de circulação; ▪ Interlocutor eleito; ◦ Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto: ▪ Levantamento de ideias e dados; ▪ Planejamento; ▪ Rascunho; ▪ Revisão (com intervenção do professor); ▪ Versão final; ◦ Utilização de mecanismos discursivos e linguísticos de coerência e coesão textual, conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo diferentes critérios: ▪ Manutenção da continuidade do tema e ordenação de suas partes; ▪ Seleção apropriada do léxico em função do eixo temático; ▪ Manutenção do paralelismo sintático e/ou semântico; ▪ Suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informações em relação ao tema e o ponto de vista assumido; ▪ Avaliação da orientação e força dos argumentos; 207 ▪ Propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas, conectivos) na expressão da relação entre constituintes do texto; ◦ Utilização de marcas de segmentação em função do projeto textual: ▪ Pontuação (ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências); ▪ Outros sinais gráficos (aspas, travessão, parênteses); ◦ Utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação do interlocutor, possíveis aos instrumentos empregados no registro de texto (lápis, caneta, máquina de escrever, computador): ▪ Divisão em colunas; ▪ Caixa de texto; ▪ Marcadores de enumeração; ▪ Utilização dos padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção. Práticas Discursivas • Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao conteúdo temático, construção composicional e ao estilo; • Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gêneros de texto se inserem, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não); • Levantamento das restrições que diferentes suportes e espaços de circulação impõem à estruturação de textos; • Análise das sequencias discursivas predominantes (narrativa, descritiva, expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recursos expressivos recorrentes no interior de cada gênero; • Reconhecimento das marcas linguísticas específicas (seleção de processos anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos e argumentativos, esquema dos tempos verbais, dêiticos, etc.). • Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao processo linguístico, no que diz respeito: ◦ Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais), 208 históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia); ◦ As diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem escrita; ◦ A seleção de registros em função da situação interlocutora (formal, informal); ◦ Aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variantes e reduções do sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação das sentenças e concordância). • Comparação dos fenômenos linguísticos observados na fala e na escrita nas diferentes variedades, privilegiando os seguintes domínios: Sistema pronominal (diferentes quadros pronominais em função do gênero): preenchimento da posição de sujeito, extensão do emprego dos pronomes tônicos na posição de objetivo, desaparecimento dos clíticos, emprego dos reflexivos, etc; Sistema dos tempos verbais (redução do paradigma no vernáculo) e emprego dos tempos verbais (predominância das formas compostas no futuro e no mais que perfeito, emprego do imperfeito pelo “condicional”, predominância do modo indicativo etc.); Predominância de verbos de significação mais abrangente (ser, ter, estar, ficar, pôr, dar) em vez de verbos com significação mais específica; Emprego de elementos dêiticos e de elementos anafóricos sem relação explícita com situações ou expressões que permitam identificar a referência; Casos mais gerais de concordância nominal e verbal para recuperação da referência e manutenção da coesão; • Realização de operações sintáticas que permitam analisar as implicações discursivas decorrentes de possíveis relações estabelecidas entre forma e sentido, de modo a ampliar os recursos expressivos; • Expansão dos sintagmas para expressar sinteticamente elementos dispersos no texto que predicam um mesmo núcleo ou o modifica; • Integração à sentença mediante nominalizações da expressão de eventos, resultados de eventos, qualificações e relações; • Reordenação dos constituintes da sentença e do texto para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como a topicalidade, a informação nova, a ênfase; 209 • Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura da sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como, por exemplo, uma diferente topicalidade ou o ocultamento do agente (construções passivas, utilização do clítico “se” ou verbo na terceira pessoa do plural), o efeito do emprego ou não de operadores argumentativos e de modalizadores; • Redução de texto (omissões, apagamentos, elipses) seja como marca de estilo, seja para diminuir redundâncias ou para evitar recorrências que não tenham caráter funcional ou não produzam desejados efeitos de sentido. • Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de modo a permitir: Escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais apropriadas ao que se quer dizer ou em relação de sinonímia no contexto em que se inserem ou mais genéricas / mais específicas (hiperônimos e hipônimos); Escolha mais adequada em relação à modalidade falada ou escrita ou no nível de formalidade e finalidade social do texto; Organização das palavras em conjuntos estruturados em relação a um determinado tema, acontecimento, processo, fenômeno ou mesmo objeto, como possíveis elementos de um texto; Capacidade de projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), a estrutura complexa associada a seu sentido, bem como os traços de sentido que atribuem aos elementos (sujeito, complementos) que preencham essa estrutura; Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais (regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria); Elaboração de glossários, identificação de palavras-chave, consulta ao dicionário. • Descrição de fenômenos linguísticos com os quais os alunos tenham operado, por meio de agrupamento, aplicação de modelos, comparações e análise das formas linguísticas, de modo a inventariar elementos de uma mesma classe de fenômenos e construir paradigmas contrastantes em diferentes modalidades de fala e escrita, com base: Em propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais de prefixação e de sufixação); • Utilização da intuição sobre unidades linguísticas (períodos, sentenças, sintagmas) como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação. 210 • Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica. • Valorização das variedades lingüísticas que caracterizam a comunidade dos falantes da Língua Portuguesa nas diferentes regiões do país. • Valorização das diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos — orais ou escritos — como possibilidades diferenciadas de compreensão do mundo. • Posicionamento crítico diante de textos, de modo a reconhecer a pertinência dos argumentos utilizados, posições ideológicas subjacentes e possíveis conteúdos discriminatórios neles veiculados. • Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos adequados à condição atual do aluno. • Atitude receptiva diante de leituras desafiadoras e disponibilidade para a ampliação do repertório a partir de experiências com material diversificado e recomendações de terceiros. • Frequentar os espaços mediadores de leitura — bibliotecas, livrarias, distribuidoras, editoras, bancas de revistas, lançamentos, exposições, palestras, debates, depoimentos de autores — sabendo orientar-se dentro da especificidade desses espaços e sendo capaz de localizar um texto desejado. • Reconhecimento da necessidade de dominar os saberes envolvidos nas práticas sociais, mediadas pela linguagem como ferramenta para a continuidade de aprendizagem fora da escola. • Reconhecimento de que o domínio dos usos sociais da linguagem oral e escrita pode possibilitar a participação política e cidadã do sujeito, bem como transformar as condições dessa participação, conferindo-lhe melhor qualidade. • Reconhecimento de que o domínio da linguagem oral e escrita pode oferecer ao sujeito melhores possibilidades de acesso ao trabalho. • Reconhecimento da necessidade e importância da língua escrita no processo de planejamento prévio de textos orais. • Preocupação com a qualidade das produções escritas próprias, tanto no que se refere aos aspectos formais — discursivos, textuais, gramaticais, convencionais — quanto à apresentação estética. • Valorização da linguagem escrita como instrumento que possibilita o 211 distanciamento do sujeito em relação a idéias e conhecimentos expressos, permitindo formas de reflexão mais aprofundadas. CONTEÚDO BÁSICOS – ENSINO MÉDIO 1ª SÉRIE GENEROS DISCURSIVOS: • Histórias que a vida conta • Crônicas • Histórias de nossa imaginação • Narração • Texto informativo • Contos • Haicai • Poema • Lendas • Memorias • Pesquisas • Artigo de opinião • Carta de emprego • Carta de solicitação • Carta Pessoal • Convites • Músicas • Crônicas de Ficção • Entrevista (oral e escrita) • Anúncio • Diálogo / Discussão Argumentativa • Filmes LITERATURA • Literatura: A Arte da Palavra (relação dialógica com outros textos) 212 • O Texto Literário (leitura coerente do texto) • O Trovadorismo • O Humanismo • O Renascimento • O Quinhentismo Brasileiro ESCRITA • Conteúdo temático • Interlocutor • Finalidade do texto • Intencionalidade • Intertextualidade • Vozes sociais presentes no texto • Elementos composicionais do gênero • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto • Contexto de produção • Partículas conectivas do texto • Progressão referencial no texto • Marcas Linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, etc • Sintaxe de concordância e regência LEITURA • Interlocutor • Finalidade do texto • Vozes sociais presentes no texto • Contexto de produção • Argumentos do texto • Marcas Linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos • Semântica: figuras de linguagem 213 ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos da fala; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito; 2ª SÉRIE GÊNEROS DISCURSIVOS ▪ Curriculum Vitae ▪ Exposição Oral ▪ Entrevistas ▪ Biografias ▪ Poemas ▪ A correspondência: carta familiar, carta de emprego, e-mail ▪ Letras de músicas ▪ Romances ▪ Júri Simulado ▪ Resumo LITERATURA • O arcadismo • O Barroco: Português e Brasileiro • O Neoclassicismo em Portugal 214 • Leitura coerente de textos literários • A poesia romântica brasileira e portuguesa • A prosa romântica brasileira e portuguesa • O Realismo e o Naturalismo: Portugal e Brasil • Contos: Machado de Assis e Eça de Queirós • O Simbolismo no Brasil ESCRITA • Conteúdo Temático • Finalidade do texto • Vozes sociais presentes no texto • Elementos composicionais do gênero • Semântica: operadores argumentativos, figuras de linguagem, modalizadores • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos • Vícios de linguagem • Sintaxe de concordância e regência LEITURA • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Papel do locutor / interlocutores Adequação do discurso ao gênero • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito • Contexto de produção da obra literária • Elementos composicionais do gênero • Contexto de produção da obra literária • Relação • Aula de leitura semanal ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; 215 • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos da fala; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito; 3ª SÉRIE GÊNEROS DISCURSIVOS • Enredo linear e enredo não-linear das narrativas de ficção • As linguagens da publicidade: anúncio, e-mail, slogan • Resenha crítica • A correspondência: abaixo-assinado, ofício, curriculum vitae, ata, carta de emprego, requerimento; • Relatórios • Discurso Político “de Palanque” • Poemas • Crônicas de Ficção LITERATURA • Compositores românticos do século XIX • O Simbolismo • O Pré-modernismo no Brasil • Semana de Arte Moderna • A primeira geração modernista brasileira • A poesia • A segunda geração modernista brasileira: poesia e prosa • A terceira geração modernista brasileira: • Tendências contemporâneas 216 • O desenvolvimento da produção literária africana • Revisão de obras estudadas LEITURA • Vozes sociais presentes no texto • Elementos composicionais do gênero • Contexto de produção da obra literária • Semântica: operadores argumentativos, mobilizadores e figuras de linguagem PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA Atividades de linguagem: • Debate; • Entrevista; • Exposição dissertativa; • Resumo • Paráfrase, paródia; • Correspondência familiar e oficial; • Propaganda; • Narrativa de ficção; • Crônicas de ficção; • Romances; • Poema; • Contos; • Texto argumentativo; • Resenha crítica; • Texto político; • Discurso político; • Ofício; • Requerimento; • Curriculum vitae; 217 Atividades de reflexão e operação sobre o texto • Observar, comparar e compreender; • Função de texto; • Adequação da forma a situação de uso a aos propósitos do texto; • Procedimentos de coesão e coerência do texto; • Diferentes elementos que estruturam; O texto • Episódios e modos de relacioná-los e organizá-los; • Personagens e modo de apresentá-las caracterização das personagens e de ambiente; • Narrador, seu ponto de vista em relação aos acontecimentos; • Tempo de narração e tempos de história; • Valor composicional das operações na relação e organização dos elementos; • Relação com a realidade sócio-cultural; O texto dissertativo: • Objetivos do autor • Argumentos que fundamentam ou contrariam a tese do autor e peso relativo desses argumentos; • Conclusões; • Procedimentos argumentativos; O texto poético: • Ideia ou elemento central da construção; • Recursos sonoros, rítmicos, visuais; • Recursos verbais de construção ao semântico; • Relação com a realidade sociocultural; O texto administrativo/legal: • A função do texto e situações de uso; • Sistemas de noções peculiares à área de atuação em questão; • Elementos da linguagem técnica; • Modos de redação ou aspectos formais; O texto publicitário e jornalístico: 218 Informações veiculadas; Procedimentos de informação e persuasão; Atividades relativas ao estudo da literatura: Relação sincrônica e diacrônica dos textos literários entre si; Relação da literatura com a realidade e sociocultural. Atividades relacionadas ao estudo dos fatos da língua: • No que se refere ao texto: Funções dos textos e formas linguísticas a elas associadas; Variações linguísticas, diferentes registros e variações estilísticas: adequação da forma à situação de uso e aos propósitos do texto; Estruturação do texto: os procedimentos de coesão e coerência; Tipos de modalidade de texto; ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS - ENSINO FUNDAMENTAL Organizar situações de aprendizado, planejando situações de interação nas quais o conhecimento seja construído ou tematizado, organizando atividades que recriem situações enunciativas de outros espaços, planejando e dirigindo atividades didáticas apoiando e orientando o esforço de ação e reflexão do aluno procurando garantir aprendizagem efetiva. As atividades de ensino devem contemplar o trabalho de diversidade de textos e gêneros. O ensino desta disciplina deve considerar a condição afetiva, cognitiva e social do adolescente, deste modo, implica colocar um fazer reflexivo com o qual se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as opiniões valores e saberes são veiculados nos discursos orais e escritos. Deve-se possibilitar o acesso a textos escritos mais complexos, com padrões linguísticos mais distanciados daqueles da oralidade e com sistema de referência mais distantes do senso comum e das atividades da vida diária, impondo a necessidade de percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos valores constituídos em torno das formas de reflexão. A mediação do professor deve ser de organizar ações que possibilitem aos alunos o contato crítico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos das práticas de 219 linguagem, inclusive, aspectos não percebidos inicialmente pelo grupo. Em língua portuguesa, levando em conta que o texto, unidade de trabalho, coloca o aluno sempre em frente a tarefas globais e complexas, para garantir a apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos e introduzindo-os nas práticas de oralidade, leitura e produção. Apresentando diferentes textos de diferentes gêneros, para que os alunos construam os diversos conceitos. O trabalho com a língua oral deve desenvolver a capacidade de falar que será adquirida por meio de exposições, relatórios de experiências, entrevistas, debates, teatros, palestras, leituras dramáticas e saraus literários. Dentro dessa temática de trabalho, o professor deve organizar momentos de leitura livre em que ele próprio leia, criando um circuito de leitura em que se fala o que se leu, trocam-se sugestões, aprendem com experiências do outro. Para formar bons leitores exercitar-se-á diversos tipos de leitura: leitura autônoma, colaborativa, em voz alta pelo professor, programada e livre. Ao produzir um texto, o aluno precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer, a quem dizer, e como dizer. O texto será analisado pelo professor, o qual promoverá eventuais ajustes na redação, localizando e corrigindo possíveis deslizes no uso da norma culta. Os procedimentos de refracção começam de maneira externa, pela mediação do professor que elabora os instrumentos e organiza as atividades que permitem aos alunos sair do complexo (o texto) ir ao simples (as questões linguísticas e discursivas que estão sendo estudadas) e retomar ao complexo (o texto). Graças à mediação do professor, os alunos aprendem não só um conjunto de instrumentos linguísticos discursivos, como também técnicas de revisão (rasurar, substituir, desprezar). Por meio dessas práticas mediadas, os alunos se apropriam progressivamente, das habilidades necessárias à auto-correção. Além da oralidade, leitura e produção de texto, faz-se necessário atividades epilinguísticas, que envolvam manifestações de um trabalho sobre a língua e suas propriedades, como de atividades que envolvam o trabalho de observação, descrição e categorização, por meio do qual se constroem explicações para os fenômenos linguísticos característicos das práticas discursivas. Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a aprendizagem dos conteúdos selecionados, fazem-se necessários alguns procedimentos metodológicos: • Isolamento entre os diversos componentes da expressão oral ou escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos 220 alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem; • Construção de um corpus que leve em conta a relevância, a simplicidade, bem como a quantidade dos dados, para que o aluno possa perceber o que é regular; • Análise do corpus, promovendo o agrupamento dos dados a partir dos critérios construídos para apontar as regularidades observadas; • Organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado. Os aspectos polêmicos inerentes aos temas sociais, por exemplo, abrem possibilidades para o trabalho com a argumentação — capacidade relevante para o exercício da cidadania, por meio da análise das formas de convencimento empregadas nos textos, da percepção da orientação argumentativa que sugerem, da identificação dos preconceitos que possam veicular no tratamento de questões sociais, etc. Procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos e de assumir a palavra, produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e transformadora. O exercício do diálogo na explicitação, contraposição e argumentação de idéias são fundamentais na aprendizagem da cooperação e no desenvolvimento de atitudes de confiança, de capacidade para interagir e de respeito ao outro. A aprendizagem desses aspectos precisa, necessariamente, estar inserida em situações reais de intervenção, começando no âmbito da própria escola. Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos textos produzidos pelos alunos. Tomando como ponto de partida o texto produzido pelo aluno, o professor pode trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estruturais dos diversos tipos textuais como também os aspectos gramaticais que possa instrumentalizar o aluno no domínio da modalidade escrita da língua. • Seleção de um dos textos produzidos pelos alunos, que seja representativo das dificuldades coletivas e apresente possibilidades para discussão dos aspectos priorizados e encaminhamento de soluções. • Apresentação do texto para leitura transcrevendo na lousa, reproduzindo-o, usando papel, transparência ou a tela do computador. • Análise e discussão de problemas selecionados. Em função da complexidade da tarefa, não é possível explorar todos os aspectos a cada vez. Para que o aluno possa aprender 221 com a experiência é importante selecionar alguns, propondo questões que orientem o trabalho. • Registro das respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e discussão das diferentes possibilidades em função de critérios de legitimidade e de eficácia comunicativa. • Reelaboração do texto, incorporando as alterações propostas. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância de se pensar nos desafios sociais. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ENSINO MÉDIO Os conteúdos serão trabalhados através da oralidade, onde se procura clareza na exposição de ideias, sequência lógica na exposição, consistência argumentativa, expansão das ideias, reconhecimento das intenções na fala do outro, vocabulário adequado do seu interlocutor (objetivo e assunto), utilização da norma padrão (concordâncias) e percepção a flexibilidade da língua, privilegiando conversas, relatos, comentários, debates, entrevistas, hora da novidade. A prática dessa atividade proporcionará condições para o aluno reconhecer as intenções na fala de outro, bem como observar as reações de seus interlocutores e adequar sua fala a eles, utilizando a norma padrão ou a linguagem coloquial de acordo com as necessidades a situação, percebendo a flexibilidade da língua. Na leitura, a necessidade de propiciar ao aluno diversidade de texto, nos quais seja capaz de perceber a prática da leitura não como mera decodificação e sim distinguir os diferentes tipos, apropriando-se de seu sentido mais profundo, reconhecendo a intenção e especificidade nos diferentes tipos de discursos, como o texto de instrução, narrativos e 222 opinativos. Desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos e de assumir a palavra produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e transformadora. Na escrita, “o domínio implica conhecer e saber utilizar as diferentes organizações textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto produzido cumpra sua função”. Para isso é preciso criar situações, nas quais escrever seja uma necessidade, observando a função real da escrita na sociedade. Partindo da hipótese de quem será seu interlocutor, a intenção proposta, o aluno escolherá o gênero discursivo e linguagem adequada às circunstancias. Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a aprendizagem dos conteúdos faz-se necessário o isolamento entre os diversos componentes da expressão oral ou escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem e produção. Promover o agrupamento de dados, organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado. Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos textos produzidos pelos alunos e reelaboração do texto, incorporando as alterações propostas. Na literatura, “As atividades promoverão o conhecimento teórico e prático dos fenômenos literários particulares e gerais, que envolvam problemas sociais, econômicos, artísticos, culturais e psicológicos”. Procurarão despertar a prática pela leitura, fazendo da mesma, prazer e lazer, descobrindo a história de um povo, de uma época, usos e costumes, ideias essenciais e secundárias, relações com a realidade atual, espaços, ambientes, manejo de tempo, personagens e suas características, tipos de linguagem. Os alunos com necessidades especiais terão atendimento individualizado; na oralidade: auxílio de colegas através de linguagem de sinais, desenhos, gestos; na escrita: textos fotocopiados, digitados, escritos no quadro de giz; na leitura: através de interpretação ou sinais,adequando-se às especificidades de cada um Quanto as temáticas referentes à diversidade, relações técnico-raciais, desafios 223 educacionais serão abordadas, sempre que se fizer necessário. À medida que os assuntos forem aparecendo, os professores desenvolverão atividades por meio de pesquisas, vídeos educativos, produções de texto e apresentações orais e escritas de forma concomitante aos conteúdos da língua. Os recursos didáticos e tecnológicos como TV pendrive, laboratório de informática, biblioteca, serão utilizados visando à efetivação da aprendizagem. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância de se pensar nos desafios sociais. AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL A avaliação deve ser compreendida, como conjunto de ações organizadas, com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu. Ela é um instrumento que possibilita ao professor analisar criticamente sua prática educativa e também possibilita ao aluno saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades, a qual deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Deve ser compreendido como constitutiva da prática educativa, dado que é análise das informações obtidas ao longo do processo de aprendizagem, possibilitando ao professor a organização de sua ação de maneira adequada e com melhor qualidade. A avaliação atua como um elemento balizador das pautas intencionais e das intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no processo aprendizagem. Esta precisa acontecer num contexto que seja possibilitado ao aluno reflexão sobre os conhecimentos construídos, precisando ser compreendida como reflexiva e autonomista. Ao se avaliar, deve-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de 224 conhecimento que o aluno construiu. Para isso, o professor precisa construir formas de registros obtendo assim informações relevantes à organização da ação pedagógica. Assim, as anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer indicações claras para que este possa efetivamente melhorar. Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de consciência sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreça maior controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho. O aluno será avaliado nos seguintes critérios: demonstre compreensão de textos orais; atribua sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles; leia, de maneira independente; compreenda textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele; posicione-se argumentativamente; coordene estratégias de leitura não-lineares utilizando procedimentos adequados para resolver dúvidas na compreensão e articular informações textuais com conhecimentos prévios; produza textos, considerando as especificidades das condições de produção; escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo gênero, paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual, observando regularidades linguísticas e ortográficas; revise os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los, utilize os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise linguística. 6º ANO LEITURA Espera-se que o aluno: identifique o tema; realize leitura compreensiva do texto; localize informações explícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu horizonte de expectativas; amplie seu léxico; identifique a ideia principal do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: expresse as ideias com clareza; elabore / reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo às situações de produções propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática, diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal, use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade; utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo. ORALIDADE 225 Espera-se que o aluno: utilize discursos de acordo com a situação de produção (formal/informal); apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; compreenda argumentos no discurso do outro; explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonações, pausas, gestos, etc; respeite os turnos de fala. 7º ANO LEITURA Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto; localize informações explícitas e implícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu horizonte de expectativas; amplie seu léxico; perceba o ambiente no qual circula o gênero; identifique a ideia principal do texto; analise as intenções do autor; identifique o tema; deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA Espera-se que o aluno: expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), a continuidade temática, diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal, use recursos textuais como cesão e coerência, informatividade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal); apresente suas ideias com clareza; expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; compreenda os argumentos no discurso do outro; exponha objetivamente seus argumentos; organize a sequência de sua fala; respeite os turnos de fala; analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc. 8º ANO LEITURA Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto; localize de informações explícitas e implícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu horizonte de expectativas; amplie seu léxico; perceba o ambiente no qual circula o gênero; identifique a ideia principal do texto; analise as intenções do autor; identifique o tema; reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; compreenda as 226 diferentes decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática; diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informar; utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; perceba a pertinência e use os elementos discursivos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ORALIDADE Espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); apresenta ideias com clareza; obtenha fluências na exposição oral,em adequação ao gênero proposto; compreenda os argumentos no discurso do outro; exponha objetivamente seus argumentos; organize a sequência da fala; respeite os turnos de fala; respeite os turnos de fala; analise os argumentos dos colegas em suas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc; Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas, infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. 9º ANO LEITURA Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; localize informações explícitas e implícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu horizonte de expectativas; amplie seu léxico; perceba o ambiente no qual circula o gênero; identifique a ideia principal do texto; analise as intenções do autor; identifique o tema; deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido 227 conotativo e denotativo; conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; reconheço palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno: expresse ideias com clareza; elabore textos atendendo às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática; diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; emprego palavras e/ou expressões no sentido conotativo; perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE • utilize o discurso de acordo com situação de produção (formal/informal); apresente a ideia com clareza; obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; compreenda argumentos no discurso do outro; exponha objetivamente argumentos; organize a sequência da fala; respeite os turnos de fala; analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenil, entrevistas, reportagem entre outros. Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos nas produções e reestruturação de texto, avaliações de leitura e escrita, apresentações orais e nas atividades desenvolvidas diariamente, oferecendo aos educandos momentos de recuperação imediata de estudos, visto que não haverá recuperação final. A recuperação deve reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar apenas a recuperar as notas e conceitos, permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o aluno a aprender. Desta forma, a avaliação passa a ser compreendida como um processo interativo entre professor e aluno assegurando o sucesso de ambos. A oralidade será avaliada por meio de apresentações orais ao grande grupo, relatos, 228 debates, dramatizações e declamações. A leitura será avaliada através da compreensão do texto lido, de discussões, debates e análises, apresentação da história, crônica, novela ao grande grupo. A escrita será avaliada por meio das produções de texto verificando a adequação à proposta e ao gênero solicitado, linguagem de acordo com o contexto exigido, elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual da organização de parágrafos, provas objetivas, provas dissertativas, trabalhos individuais e coletivos. A análise linguística será avaliada dentro do texto oral e escrito: o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos sentidos causados pelo uso dos recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores. As avaliações serão realizadas através de atividades individuais e em grupo, orais, escritas e objetivas, provas e trabalhos, sendo no mínimo duas por bimestre e no máximo a critério do professor. O valor atribuído a cada avaliação será 10,0, conforme previsto no Regimento Escolar e PPP. Os alunos com necessidades especiais, as atividades serão elaboradas respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com seus limites. AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO É um processo de ensino-aprendizagem pelo qual se percebe a apropriação do conhecimento por meio do progresso e de conquistas numa observação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a chamada avaliação formativa. O professor registrará todas as observações realizadas durante todo o processo, para ter condições de ir redirecionando seu trabalho, no sentido de ajudar os alunos a construírem novos conhecimentos. Além das observações serão organizadas outras atividades avaliativas, tais como: auto-avaliação do aluno, trabalhos coletivos e individuais, entrevistas, contação de histórias e produções de texto. Espera-se que o aluno efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais, localize informações explícitas e implícitas, produza inferências, posicione-se argumentativamente, amplie seu léscico, identifique a ideia principal e o tema do texto. Referente à obra literária: amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual. Na escrita espera-se que o aluno expresse ideias com clareza, elabore textos 229 atendendo: às situações de produção propostas; diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal, utilize adequadamente recursos linguísticos, empregue palavras ou expressões no sentido conotativo, use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos e entenda o estilo próprio de cada gênero. Na oralidade, espera-se que o aluno utilize seu discurso de acordo com a situação, apresente ideias com clareza, tenha fluência na exposição oral, compreenda os argumentos do discurso do outro, defenda claramente suas ideias, respeite os turnos de fala, contra-arguente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc. Utilize elementos extralinguísticos nas associações orais. Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos, oferecendo momentos de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período por meio de retomadas de conteúdos, trabalhos individuais ou em grupos. O Projeto Político Pedagógico contempla a avaliação contínua da aprendizagem dos alunos. Avaliar o grau de domínio das noções ensinadas apenas tem sentido se servir de parâmetros para revisão do próprio saber escolar e da condição pedagógica do professor. A avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo qual o professor e o aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento, assegurando o sucesso. As atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesmas, mas tem de ser vistas como uma oportunidade de reflexão. Os resultados serão apresentados na forma de nota de 0,0 (zero) à 10,0 (dez), deverão ser no mínimo duas. A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso aos diferentes interlocutores e situações. O professor verificará a participação dos alunos nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala e a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. A escrita será avaliada nos seus aspectos discursivo-textuais, sendo que o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. Na análise linguística, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite compreender esses elementos no interior do texto. Desse modo, os alunos devem ser avaliados continuamente para que possam obter aperfeiçoamento linguístico constante. A oralidade será avaliada por meio de apresentações orais ao grande grupo, relatos, 230 debates, dramatizações e declamações. A leitura será avaliada através da compreensão do texto lido, de discussões, debates e análises, apresentação da história, crônica, novela ao grande grupo. A escrita será avaliada por meio das produções de texto verificando a adequação à proposta e ao gênero solicitado, linguagem de acordo com o contexto exigido, elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual da organização de parágrafos, provas objetivas, provas dissertativas, trabalhos individuais e coletivos. A análise linguística será avaliada dentro do texto oral e escrito: o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos sentidos causados pelo uso dos recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores. Os alunos com necessidades educacionais especiais será oferecida avaliação diferenciada de acordo com suas especificidades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – ENSINO FUNDAMENTAL CEREJA, Robert Willian – Português, Linguagens. Volume único. São Paulo; Atual, 2003. PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica – Língua Portuguesa; Curitiba: Julho, 2008. KLEIMAN, Angela. Oficina da Leitura: teoria e prática – 5ª edição, Campinas – SP: Pontes, 1997. LUFT, Celso Pedro – minidicionário Luft – 17ª edição. São Paulo: Ática, 1999. GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de aula. 5ª edição Cascavel: Assoeste, 1990. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENSINO MÉDIO AMARAL, Emilia (et. Al). Português: Novas Palavras: Literatura, Gramática e Redação. São Paulo, FTD, 2000. 231 CAMPEDELLI, Samira Youssel e SOUZA, Jesus Barbosa. Literatura Brasileira e Portuguesa. 1ª Edição. São Paulo. Saraiva, 2000. CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens. Vol único. São Paulo. Atual, 2003. FARACO, Carlos Alberto. Oficina de Texto. Cristóvão Tezza. Curitiba: Livro do Eleotório; 1999. FARACO, Carlos Alberto; Português: Língua e Cultura Ensino Médio, Curitiba, Base Editora, 2005. PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, Língua Portuguesa, Curitiba: 2008. LUFT, Celso Pedro. Mini dicionário Luft. São Paulo, 17ª ed., 1999. TERRA, Ernani. Gramática, Literatura e Produção de texto para o Ensino Médio – curso completo. TREVISAN, Zizi. O Leitor e o Diálogo dos Signos. São Paulo. Cliper Editora, 2000. TUFANO, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. 5ª Edição, Revisado e Ampliado. São Paulo, Moderna, 1995. 232 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi refletindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o "um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do cotidiano, como a contagem e a medida de comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os "Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e a matemática começou por ser "a ciência que tem por objeto a medida e as propriedades das grandezas" (dicionário), mas atualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva. Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao tratamento das noções abstratas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado. foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de definições e o rigor no cálculo das posições dos astros. A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das sociedades. Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas. Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam despender tempo no estudo da matemática. De quatrocentos anos para cá, a monarquia e o clero, deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos envolvidos. E sabendo isso, atualmente poucos são os países em que não se cria matemática nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de 233 matemática. A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada pelos egípcios nas construções de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos. Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo, arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que olhamos existe a matemática. A matemática que se estuda na escola aplica-se facilmente às necessidades quotidianas. Isto é obvio até ao 9º ano mas no ensino secundário parece que ela não tem tanta utilidade. Mas não é por acaso que se estuda matemática nas escolas. Antes de mais, ela é útil para promover o pensamento estruturado e o raciocínio rigoroso. Por outro lado, a sociedade evoluiu exigindo cada vez mais conhecimentos matemáticos a todos os cidadãos. Um arquitecto dirá que a Matemática é útil para auxiliar a percepção e a criação da beleza; um engenheiro dirá que é útil para reforçar e aprovar experiências; um físico dirá que é útil por ser a linguagem da ciência; um político dirá que a Matemática orienta-o na administração e na implementação de leis; um psicólogo afirmará que auxilia-o no tratamento estatístico de inquéritos; um matemático mostrará que um corpo matemático é útil quando for aplicável a outro corpo. A matemática é um saber necessário a todas as disciplinas e ciências, devido ao seu rigor. Deste modo, se mostra que as outras ciências não se desenvolveriam se a matemática não existisse e não fosse estudada. De certa forma todos somos matemáticos e fazemos matemática com regularidade: fazer as contas das compras; escolher itinerários; relacionar conjuntos de bens; inferir e concluir a partir de premissas; etc. E confiamos sempre na exatidão dos nossos raciocínios até prova em contrário. Podemos considerar que a aprendizagem da matemática nas escolas é paralela ao desenvolvimento da humanidade. O Homem há 10 mil anos mal sabia contar e agora calcula a trajetória de um satélite. De modo semelhante, uma criança aprende a contar com 6 anos e ao longo da sua adolescência vai aprendendo em pouco tempo aquilo que levou anos e anos a ser inventado. A matemática conhecida por um aluno do 9º ano impressionaria o rei D. Afonso V e certamente o convidaria para trabalhar na corte. Para saber matemática é indispensável conhecer as suas definições e saber utilizá-las adequadamente. Ao longo do estudo, cada vez são necessárias mais definições que utilizam as 234 já conhecidas. Por isso, não saber a tabuada dificulta ou impossibilita o cálculo das operações com números relativos e depois prejudicará a resolução de equações e mais tarde o estudo de funções, . . . A matemática é como um grande arranha-céus: se esquece as bases pode perder o prédio todo. As definições da matemática são elementares mas relacionadas. Enquanto se estuda matemática vai-se conhecendo as definições, alguns exemplos, observações e finalmente resolve-se exercícios. Para saber matemática é necessário estudar, estudar, estudar. É este o segredo do sucesso, deve ser entendida no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. As matemáticas, surgidas na Antiguidade por necessidades da vida cotidiana, tem se transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e servem de potente instrumento para o conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de abstração que caracteriza as matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam inacessíveis aos que não são especialistas. Esta qualidade abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade a noções idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.(ALEKSANDROV et al. 1985, p.11). A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação de situações-problemas, na busca de referência para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. Segundo Miguel & Miorin, 2004, “para promover uma aprendizagem significativa é importante que o conhecimento matemático seja construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais. No entanto, a Matemática é um saber vivo, o qual vem sendo construído ao longo da história passando por várias tendências com diferentes concepções. O desenvolvimento tecnológico no mundo globalizado exige pessoas criativas, versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e iniciativa, para resolver problemas em equipe, interpretar informações e adaptar-se a novos métodos, comunicar-se fazendo uso de diferentes formas de representação e para utilizar diferentes tecnologias e linguagens que vão além da comunicação oral e escrita. Cabe a escola desafiar os alunos para que eles possam desenvolver atitudes de 235 responsabilidade frente as exigências da sociedade, portanto a matemática considerada como ciência básica no desenvolvimento científico e tecnológico deve ser fundamentada na ação reflexiva envolvendo aspectos pedagógicos, cognitivos e sociais. As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania indicam com objetivos do ensino fundamental levar o aluno a identificar os conhecimentos matemáticos com meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o carácter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problema; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo interrelações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico); selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente; resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínios e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis, comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO Conteúdos estruturantes Números e Álgebra Conteúdos Básicos - Sistemas de numeração; - Números Naturais; - Múltiplos e divisores; 236 - Potenciação e radiciação; - Números fracionários; - Números decimais. Grandezas e medidas - Medidas de comprimento; - Medidas de massa; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de tempo; - Medidas de ângulos; - Sistema monetário. Geometria - Geometria Plana; - Geometria Espacial. Tratamento da informação - Dados, tabelas e gráficos; - Percentagem 7º ANO Conteúdos estruturantes Números e Álgebra Conteúdos Básicos - Números Inteiros; - Números Racionais; - Equação e Inequação do 1º Grau; - Razão e proporção; - Regra de três simples. Grandezas e medidas - Medidas de temperatura; - Medidas de ângulos. Geometria - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometrias não-euclidianas. Tratamento da informação - Pesquisa Estatística; - Média Aritmética, moda e mediana; - Juros simples. 8º ANO 237 Conteúdos estruturantes Números e Álgebra Conteúdos Básicos - Números Racionais e Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º grau; - Potências; - Monômios e Polinômios; - Produtos Notáveis. Grandezas e medidas - Medidas de comprimento; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de ângulos. Geometria - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometria não-euclidianas. Tratamento da informação - Gráfico e Informação; - População e amostra. 9º ANO Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos - Números Rais; - Propriedades dos radicais; - Equação do 2º grau; Números e Álgebra - Teorema de Pitágoras; - Equações Irracionais; - Equações Biquadradas; - Regra de Três Composta. Grandezas e medidas Funções Geometria - Relações Métricas no Triângulo Retângulo; - Trigonometria no Triângulo Retângulo. - Noção intuitiva de Função Afim. - Noção intuitiva de Função Quadrática. - Geometria Plana; - Geometria Espacial; 238 - Geometria Analítica; - Geometria não-euclidianas. - Noções de Análise Combinatória; Tratamento da informação - Noções de Probabilidade; - Estatística; - Juros compostos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos - Números Reais; - Números Complexos; - Sistemas lineares; Números e Álgebra - Matrizes e Determinantes; - Polinômios- Equações e Inequações Exponenciais, - Logarítmicas e Modulares. - Medidas de Área; - Medidas de Volume; Grandezas e medidas - Medidas de Grandezas Vetoriais; - Medidas de Informática; - Medidas de Energia; - Trigonometria. - Função Afim; - função Quadrática; - Função Polinomial; - Função Exponencial; Funções - Função Logarítmica; - Função Trigonométrica; - Função Modular; - Progressão Aritmética; - Progressão Geométrica. 239 - Geometria Plana; - Geometria Espacial; Geometria - Geometria Analítica; - Geometrias não-euclidianas. - Análise Combinatória; - Binômio de Newton; Tratamento da informação - Estudo das Probabilidades; - Estatística; - Matemática Financeira. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Os conteúdos básicos do ensino fundamental deverão ser abordados de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de matemática. A abordagem dos conteúdos nesse nível de ensino de ser numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em anos anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os conteúdos básicos de matemática no ensino médio deverão ser abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. Para as abordagens dos conteúdos ministrados neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o avanço a estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas da ciências e da própria ciência matemática. Em relação as abordagens, destacas-se a analise e interpretação crítica para realização 240 de problemas não somente pertinentes para a ciência matemática para como as demais ciências que em determinado momento fazem uso da matemática. Os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos deverão ser articulados com relações de interdependência, permitindo abordagens não fragmentadas e com vínculos dos conteúdos de ensino. As tendências metodológicas da Educação matemática que fundamentam a prática docente são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática, investigações matemáticas. Na resolução de problemas os estudantes deverão ter oportunidade de aplicar conhecimentos adquiridos em novas situações, para resolver questões propostas, sendo assim, o professor deverá explorar a exposição oral e resolução de exercícios variados, pois esta prática possibilita a compreensão dos argumentos matemáticos e ajuda os alunos a perceber o conhecimento passível de ser aprendido, estimula a discussão, o pensamento, a elaboração de estratégia, hipóteses, registros, desenhos, ou outros recursos favorecerão a formação do pensamento matemático livre de regras, para se chegar a uma solução aceitável os alunos devem: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema, elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova estratégia. A etnomatemática são as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas, seu papel é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático, portanto deve-se valorizar a história dos estudantes, suas raízes culturais nos aspectos: memoria cultural, códigos, símbolos mitos e maneiras de relacionar e inferir, o trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho. A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social, assim, a problematização de situações do cotidiano devem ser exploradas valorizando fenômenos físicos, biológicos e sociais, possibilitando ao aluno a intervenção nos problemas reais, do meio social e cultural em que vive, este deverá ser compatível com o conhecimento do aluno, e oportunizando novas aprendizagens, a modelagem é assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que sirva de suporte para aplicações e teorias. Para dinamizar os conteúdos curriculares e potencializar o processo pedagógico o uso dos recursos tecnológicos da Internet entre outros aplicativos devem ser estimulados. Construções gráficas devem ser realizadas com o uso dos computadores. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizando a experimentação e levando 241 a argumentação e conjecturas sobre as atividades experimentadas. A história da matemática no contexto escolar é importante para que os alunos compreendam sua natureza e sua relevância na vida da humanidade. Vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos. Ajuda a elaborar atividades e ao aluno, ajuda entender e aceitar determinados conceitos matemáticos. Ajuda ao aluno entender o conhecimento matemático a partir de situações concretas e necessidades reais. A Investigação Matemática é recomendada pelos estudiosos e não significa que os alunos tenham que lidar com problemas muito sofisticados, mas sim interessantes. Podem ser desencadeados a partir da resolução de simples exercícios. O que distingue a resolução de problemas de um exercício é que na resolução de problemas, o aluno tem que estabelecer uma estratégia de ação, e no exercício ele pode apenas aplicar um método já conhecido. Na investigação, o problema é aberto e o professor não explicita o objetivo mas indica o método, assim uma mesma situação problema poderá ter resultados diferentes. As investigações matemáticas envolvem conceitos, procedimentos e representações matemáticas e carateriza-se pelo estilo conjectura – teste - demonstração. A investigação matemática propõe conhecer o que não se sabe. Podemos ainda articular as diferentes tendências metodológicas para uma maior eficácia do processo de ensinar e aprender. Pode-se utilizar da interdisciplinaridade para facilitar a compreensão ou propiciar a compreensão de um modelo matemático. As mídias, como softwares com planilhas eletrônicas, facilitando e agilizando a resolução de atividades. Pretende-se que ao partir de situações vivenciadas do estudante e transcenda para o conhecimento valido cientificamente, podendo se encontrado na etnomatemática, podendo transitar por todas as tendências. A lei nº 10.639/03 tem como objetivo principal divulgar e produzir conhecimentos bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto a pluralidade étnicoracial. Tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam o respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, visando fazer um resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil, trabalhando o conhecimento da história e cultura da Africa a partir do processo de escravidão, amenizando os preconceitos em sala desmistificando a inferioridade racial brasileira. Os conteúdos obrigatórios da Instrução 09/2011 SUED / SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplinas propostos nas DCEs. 242 AVALIAÇÃO No processo da avaliação a sondagem diagnóstica antes de um novo conteúdo é de suma importância, pois servirá de base para o replanejamento de nossas ações. A avaliação é um processo contínuo, é estimular o avanço do conhecimento através da auto-avaliação, permitindo a análise dos avanços em relação aos conteúdos trabalhados pelos próprios alunos, e permitindo ao professor o questionamento e a reorganização destes. A avaliação deve deixar claro: os objetivos e critérios de avaliação e deve ser fonte de auxílio aos alunos para superar as dificuldades apresentadas. O professor deve analisar se a avaliação está coerente com os objetivos, conteúdos e habilidades trabalhados em sala de aula, levar o aluno a sentir-se responsável no processo de aprendizagem e encarar a avaliação como um instrumento de medida de sua evolução no processo de conhecimento. A recuperação deve reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar apenas notas e conceitos, permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o aluno a aprender. Os resultados apresentados na forma de nota de 1 à 10, deverão ser no mínimo duas ou no máximo a critério do professor. As avaliações serão realizadas através de atividades individuais e em grupo, orais, escritas e objetivas, provas e trabalhos. Aos alunos com necessidades especiais as atividades serão elaboradas respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com seus limites. Espera-se do aluno: 6º ANO Conheça os diferentes sistemas de numeração; identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; realize operações com números naturais; expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais, as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos; identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; opere com múltiplos 243 e submúltiplos do quilograma; calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada; reconheça e represente ponto, reta , plano, semirreta e segmento de reta; conceitue e classifique polígonos; identifique corpos redondos, os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas, círculo e circunferência, identificando seus elementos, sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos; interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e complicações de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; resolva situações-problemas que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária. 7º ANO Reconheça e realize operações com números inteiros e racionais; compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; compreenda o conceito de incógnita; utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; Resolva situações-problema aplicando regra de três simples; compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; conceito de ângulo; classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los; compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados; analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; leia, interprete, construa e analise gráficos; calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples. 8º ANO Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; reconheça e realize operações números irracionais; compreenda, identifique e reconheça o número pi como um número irracional especial; Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; opere com sistema de equações do 1º Grau; identifique monômios e polinômios e efetue suas 244 operações; utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas; calcule o comprimento da circunferência; calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal; realize cálculo de área e volume de poliedros; reconheça triângulos semelhantes; identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades; interprete e represente dados em diferentes gráficos; utilize o conceito de amostra para levantamento de dados. 9º ANO Identifique e opere a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; extraia uma raiz usando fatoração; identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; identifique e resolva equações irracionais; resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau; utilize a regra de três composta em situaçõesproblema; conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo; realize cálculo da superfície e volume de poliedros; expresse a dependência de uma variável em relação à outra; relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; analise graficamente as funções afins; analise graficamente as funções quadráticas; verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas; aplique o Teorema de Tales em situaçõesproblemas; noções básicas de geometria projetiva; desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problemas que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos. 245 Ensino Médio Aplique os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos; compreenda os números complexos e suas operações; conceitue e interprete matrizes e suas operações; conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; identifique e realize operações com polinômios; identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares; perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas unidades; aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos; identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problemas; realize análise gráfica de diferentes funções; reconheça, nas sequencias numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica; amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial; determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geométrica Analítica; perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos; compreenda a necessidade das geometrias nãoeuclidianas para o avanço das teorias científicas; articule ideais geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa; conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal; recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos; realize cálculos utilizando Binômio de Newton; compreenda a ideia de probabilidade; realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana; perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica vice-versa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NETTO, Di Pierrô; SOARES, Elizabeth. Matemática em Atividades. São Paulo; Editora: Scipione, 2002. 246 JR, Giovani & Giovani. Matemática: Pensar e descobrir. São Paulo; Editora FTD, 2002. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Matemática, 2008. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo desse processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade. Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua lógica produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos tornaram-se consumidores reais ou imaginários, fragmentados em diferentes classes sociais, alienados dentro de sua própria existência. Por outro lado, não percebem quantas necessidades são criadas pela sedução das inovações tecnológicas e o quanto estão submetidos aos apelos do mercado de consumo. As organizações sociais, sob o égide do capitalismo, estão permeadas, cada vez mais, pelo espírito do individualismo e do lucro financeiro. Sob tais aspectos relevantes, a escola pública, nas últimas décadas, passou a atender um número cada vez maior de estudantes oriundos de diversas classes populares. Ao assumir essa função, que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para o país. O avanço no processo de informação transformou o paradigma da educação, que já NÃO pode mais ser simplesmente o de informar os valores acumulados pela humanidade ao longo de sua origem e existência. Precisa-se trabalhar os educandos de maneira a ensinar-lhes como selecionar as informações recebidas e como transformá-las em conhecimentos. Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e 247 como dele é possível se integrar e participar ativamente. Esse processo é ao mesmo tempo critica e avaliação do passado. O passado se concentra no presente e cria a natureza humana, capaz de julgar objetivamente quanto subjetivamente, tanto as relações materiais e as forças objetivas, quanto a faculdade de “ver” o mundo e de explicá-los por meio de vários modos de subjetividade – cientificante, artisticamente, filosoficamente, poeticamente, etc. A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida social rompe com o paradigma segundo, o qual a educação seria um instrumento de “conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho, disciplina, obediência, respeito restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a inclusão social, via profissionalização, perdem relevância em face das novas exigências colocadas pelo desenvolvimento tecnológico e social. A nova sociedade, decorrente da revolução tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta características que possibilitam assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada. Isso ocorre na medida em que o desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se espera na esfera do conhecimento, que no momento é questão fundamental de sobrevivência. Os objetivos da disciplina são: A partir do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender, e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influencia dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se os estudos das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da espécie. Partir da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão microscópica, descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres – do celular ao sistêmico; considerando a visão evolutiva a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como, as influencias dos demais conteúdos estruturantes. Discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade dos seres vivos; destacando-se assim a construção do pensamento biológico evolutivo. Abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica e modifica o contexto de vida; e como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis. 248 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais, Estão relacionados à sua historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e o caráter transitório do conhecimento elaborado e consequentemente, que a ciência não apresenta verdades absolutas, uma vez que esta resulta da atividade humana de acordo com o contexto social, político e econômico. Deve-se considerar que tal contexto corresponde ao que não aluno pertence e para o qual poderá intervir após a ampliação de seus conhecimentos e compreensão dos fenômenos que o cercam. Nessa concepção, a disciplina de Biologia, ao longo do Ensino Médio deve ser capaz de trabalhar de forma integrada,por meio da interdisciplinaridade e da contextualização, relacionando diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizando o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciando reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes. Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Classificação dos seres vivos; critérios taxonô- ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS micos e filogenéticos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. MECANISMOS BIOLÓGICOS Mecanismos de desenvolvimento embriológicos. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. BIODIVERSIDADE Transmissão das características hereditárias. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependências com o ambiente. MANIPULAÇÃO GENÉTICA Organismos geneticamente modificados. 249 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO O grande foco para o século em que estamos é o aprender a aprender. Esse lema não deve ser desenvolvido apenas com os alunos; ele serve também para nós professores. Para dar conta das transformações ocorridas no mundo e em especial das que ocorreram com os jovens, precisa-se buscar caminhos diferenciados para a nossa atuação. Precisa-se aprender a trabalhar com as novas gerações que chegam nas salas de aula, pois os interesses dos jovens variam de uma geração para a outra. Assim, cabe ao professor a busca de alternativas para a construção de competências e valores. Não se pode parar no tempo, nem ficar à margem desse desenvolvimento que institui tantas mudanças nos jovens. O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta à dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, em fim, o modo como a natureza se comporta e à vida se processa, sendo capaz de: Descrever processos e características do ambiente onde seres vivos; Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia: • Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo. • Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológicos aprendido, através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc; • Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem, vídeo, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológicos em estudo; • Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos, utilizando-se de: livros didáticos; livros de pesquisa; revistas, jornais, folders; caderno individual; Tv, vídeo, DVD; Tv pendrive; biblioteca do professor; vídeos informativos; estereoscópico; retroprojetor; materiais de laboratório; internet; oficinas em parceria com as universidades; projetos interdisciplinares; outros. No entanto, mais do que informações, é fundamental que o ensino de Biologia se volte para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender 250 o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da tecnologia. Nessa perspectiva, as relações estabelecidas entre professor-aluno e alunoaluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para que as aulas sejam dinâmicas, interessantes e produtivas. É relevante ressaltar, que para a concretização do “pensar, fazer e aprender”; deve-se valorizar, não só conhecimento biológico da vida, mas a sua essência, as diferentes formas de expressá-la. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. Enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre leis e o meio, entre o ser humano e o conhecimento nos diferentes ambientes e em diferentes situações, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões. AVALIAÇÃO Toda relação de saber se dá a partir da interação do sujeito com os objetivos de conhecimento, da relação com os outros e da relação consigo próprio. Significa que cada aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas aprende o mundo de forma amis rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da cooperação dos adultos que medeiam o seu saber. É função da avaliação a promoção permanente de espaços interativos sem, entretanto, deixar de privilegiar a evolução individual onde promover ações mediadoras que tenham sentido coletivo. Para que o processo avaliativo tenha sentido, as propostas educativas precisam estar articuladas em termos de gradação e complexidade. O objetivo é fazer desafios superáveis 251 aos alunos, de modo que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras perguntas sobre elas, em outras dimensões, sobre outros assuntos, sob diferentes formas e provocativas também em termos de estratégias de pensamentos. Nesse sentido, a heterogeneidade, ou seja, os diferentes saberes dos alunos, que cooperam entre si e debatem os assuntos, é fator fortemente faz oferecedor da melhora das aprendizagens. Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo,contínuo, inacabado, portanto, em construção. Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino-aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade de ensino. Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias. Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do processo de ensino-aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas penas das e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professor e aluno tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes. A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre todos os elementos da ação educativa. É necessário dinamizar os métodos avaliativos uma vez que segundo a LDB, lei nº 9394/96 considera a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os qualitativos”. A partir dessa concepção, deve ser utilizado vários recursos como diferentes atividades: escritas, expositivas, reflexivas; com debate, seminários, pesquisas, apresentações, tanto no âmbito da sala de aula como em atividades extraclasse; permitindo que o aluno tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias, se necessário, com recuperação de conteúdos e em 252 contrapartida a ação docente esteja sujeita, também a uma avaliação, exigindo observação, investigação e retomada de práticas que visem a melhoria na qualidade do ensino. Quando fala-se em qualidade do ensino, falamos em qualidade para todos, sejam alunos ditos “normais” ou alunos com necessidades educacionais especiais. Para estes, “especiais” deve haver uma adaptação aos conteúdos curriculares, seja qual dor sua necessidade Para que isso transcorra é necessário que o professor adote uma postura diferenciada adequando os conteúdos a uma prática flexível que venha a atender e suprir as necessidades deste aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMABIS & MARTHO. Biologia. São Paulo: Moderna, 2004. BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez / 2002, p.19. CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002. CADERNOS TEMÁTICOS: A Educação do Campo: SEED/PR – Curitiba/2005. CADERNOS TEMÁTICOS: História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Lei nº 10.639/09 de janeiro de 2003. Curitiba: SEED/PR – 2005. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de Estado da Educação. Paraná, 2008. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO. Resolução CNE/CEB 03/08. HISTÓRIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA. Lei nº 11.645 de 10/03/2008. HOFFMANN, Jussara. O Jogo do Contrário em Avaliação. São Paulo: Mediação, 2005; LAURENCE, J. Biologia, São Paulo: Nova Geração, 2009. LINHARES & GEWANDSZNAJDER. Biologia. São Paulo: Ática, 2008. MACHADO, Sídio. Biologia: De Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione, 2005. MEC/SEB – Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília, 2004. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002. PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2006. HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br – Departamento de Políticas Públicas Educacionais, CADEP/CGE. 253 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na Grécia, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as teorias sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe disturbem o conteúdo. O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais de seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finita, definido, óbvio; para ele, os objetos habituais não regem problemas, e as possibilidades familiares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário, imediatamente caímos na conta de que até os objetos mais ordinários conduzem o espirito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. O trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que e constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educacional. As Diretrizes fazem a opção pelos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. 254 A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas partilham a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco de tornar-se superficial. A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem, assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em sal de aula. Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração. A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período. A partir do final do século XIX, a filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia. Não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente. No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum. Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local. Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n. 5,692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do Segundo 255 Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período. A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da filosofia ao Ensino Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreu em vários estados do Brasil. Na Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n. 5692/71. A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial para a criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse movimento intelectual defendeu a presença da Filosofia nos currículos escolares brasileiros e, por isso, constituiu um importante marco na afirmação dessa disciplina na formação do estudante do nível médio. Somente em 1994, por indicativa do Departamento de Ensino Médio, (denominado à época Departamento de ensino de Segundo Grau), e dos professores da rede pública, iniciaram-se discussões e estudos voltados para elaborar uma proposta curricular para a disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau. Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada na escolas do Estado do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a re-estruturação do sistema público de ensino. A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a ser discutido. É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre as diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É importante aqui ressaltar a dimensão político do filosofar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava que, ao final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”! Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006. 256 No Estado do Paraná, foi aprovado a lei n. 15.228, em junho de 2006, tornando a filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio. Quanto ao processo inclusivo fundamenta-se, portanto, em uma filosofia que possibilita a construção de igualdade de condições a todos no que se refere ao atendimento educacional, objetivando, oportunizar o acesso e a permanência de alunos com necessidades educativas especiais no sistema educacional da instituição. Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em junho de 2008 pela lei 11.684. A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica: qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar, imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação. Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluri dimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Conteúdos Estruturantes Mito e Filosofia Conteúdos Básicos Saber mítico – passagens do pensamento mítico para o pensamento racional. Saber filosófico. 257 Relação mito e filosofia. Atualidade do mito. O que é a filosofia? Contexto histórico e político. Surgimento da filosofia. Possibilidade do conhecimento. As formas de conhecimento. Teoria e conhecimento O problema da verdade. A questão do método. Conhecimento e lógica. Ética e moral. Pluralidade ética. Ética Ética e violência. Razão, desejo, vontade. Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das normas. Relação entre comunidade e poder. Liberdade e igualdade. Filosofia Política Política e ideologia. Esfera pública e privada. cidadania formal e ou participativa. Concepções de ciências. A questão do método científico. Filosofia da ciência Contribuições e limites da ciência. Ciência e Ideologia. Ciência e ética. Natureza da arte. Filosofia e arte. Estética Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, etc. Estética e sociedade. METOLDOLOGIA DA DISCIPLINA A atividade filosófica centrada, sobre tudo no trabalho com o texto propiciará entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a 258 precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do caráter fragmentário do conhecimento. O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiencia daquilo que é específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras e análise de textos, organiza debates e sugere pesquisas e sistematizações. As aulas serão expositivas e dialogadas. Haverá exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos, apresentação de trabalho em equipe debate de temas relevantes, fundamentadas em leituras. Serão realizadas atividades individuais e coletivas como: análise crítica de propagandas de TV, textos clássicos, temas jornalísticos, músicas, filmes, produção de texto, colagens, interpretação de charges, leituras que propiciem a reflexão inclusive os assuntos que envolvem os desafios contemporâneos. O trabalho com os conteúdos de filosofia dar-se-á em quatro momentos: • a mobilização para o conhecimento; • a problematização; • a investigação; • a criação de conceitos. O ensino da filosofia pode começar, pela exibição de um filme ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as possibilidades de atividades a serem conduzidas pelo professor para instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. Isso se denomina mobilização para o conhecimento. A partir do conhecimento em discussão, a problematização ocorre quando o professor e alunos levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É imprescindível recorrer a história da filosofia e aos textos clássicos dos filósofos pois neles o aluno se defronta com o pensamento filosófico. Pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão. O ensino de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com a análise da atualidade, com uma abordagem que remeta ao aluno a sua própria realidade. Dessa forma, o aluno, poderá formular conceitos e construir seu discurso filosófico, e estará apto a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideais e 259 conceitos de caráter criativo e de socializá-los. O texto filosófico que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade. Após este exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico, de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico. É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeada por atividades investigativas individuais e coletivas que organizem e orientam o seu trabalho. Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupões um planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos. AVALIAÇÃO Conforme a LDB n.9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o aluno possa compreender, pensar, pensar e problematizar os conteúdos básicos. Com isso o aluno irá desenvolver a atividade filosófica e poderá formular suas respostas quando tomar posições de forma escrita, oral, argumentar e criar conceitos. Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos: qual discurso tinha antes; qual conceito trabalhou; qual discurso tem após; qual conceito trabalhou. A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível a avaliação como um processo. Com isso o aluno terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo. Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e identificar os limites dessas posições. 260 Avaliação é um processo contínuo. Sendo assim, o aluno não será avaliado em um único momento. No decorrer do bimestre serão realizados no mínimo duas avaliações com peso dez. Essas avaliações poderão ser através de provas escritas, trabalhos realizados extra classe e apresentados oralmente e produções textuais. Se necessário no decorrer do bimestre será oportunizado aos alunos a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi assimilado. Cada aluno é um ser particular, portanto, será consideradas suas limitações no desenvolvimento das atividades avaliativas. Os alunos com necessidades educacionais especiais, serão avaliados de acordo com suas especificidades, conforme lei nº 9394/96 da LDBEM, capítulo V, artigo 58. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAUÍ, Marilene. Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2005. OLIVEIRA, Pérsia Santos de. Introdução a Filosofia, São Paulo. Editora Ática 2005. ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. Editora Moderna; São Paulo. SISTEMA NOBEL, Apostila de Filosofia. Editora Liceu. 2005. REVISTA, Mundo Jovem. FILOSOFIA, Consenso e Conflitos. Editora UEPG. PORTAL DA EDUCAÇÃO, Governo, Pr. REVISTA, Discutindo a Filosofia. Editora Escala. (mensal); TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e Adolescentes: Editora Vozes. LIVRO DIDÁTICAO, Filosofia, Governo, PR. GUBERT, Mirian Célia Castellain. Inclusão: uma realidade em discussão. 2ª edição – 261 Curitiba: Ibpex, 2007. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUC. BÁSICA. Sec. de Estado do Paraná, 2009. PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza. Ressalte-se que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza. A Física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos. Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas à indústria, trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para grandes transformações sociais e tecnológicas e também para o desenvolvimento da termodinâmica. “O escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861, previu que os campos eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado por Heinrich Hertz. A velocidade destas ondas coincidem com a da luz, levando à formulação da teoria eletromagnética da luz, completando assim, a unificação que Faraday iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do eletromagnetismo, sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os campos de força até então conhecidos, ao mesmo 262 tempo em que lançou as bases tanto para a produção e uso da energia elétrica quanto para as modernas telecomunicações.”(pág. 44, DCE) Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX. Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que as equações de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir pela preservação da teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma nova visão do espaço e do tempo, sem o éter. A história da ciência faz parte de um quadro amplo que é a história da humanidade. Em física, a evolução das ideias e conceitos, nas diversas áreas do conhecimento, traçou um caminho pouco linear, repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um objeto essencialmente humano, que é a produção científica. Essa história, deve, também, mostrar a não neutralidade da produção científica, suas relações externas, sua interdependência com sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dessa ciência. O que se propõem é que o professor agregue ao planejamento de suas aulas, a História da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo. Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para a cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o universo de fenômenos e a não neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos e culturais. O ponto de partida da prática pedagógica está relacionado aos conteúdos estruturantes, propostos nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades absolutas, como coisas reais. Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social. Assim, serão objetos de análise no trabalho docente: os sujeitos (docente e estudante), os processos de seleção e socialização dos conteúdos escolares, o processo de avaliação, a realidade escolar, bem como a sociedade em que vivemos. Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a sociedade e o 263 contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer considerar as ideias de um cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar histórias ou lendas. Ao preparar a sua aula, o professor deve ter em vista que a produção científica não é uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim: •O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico; •A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar; •Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física. É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático. A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor do conhecimento físico. Nas novas Diretrizes Curriculares, recoloca-se o professor no centro do trabalho pedagógico como sujeito indispensável nesse processo. Ao propor um currículo de física para o ensino Médio é preciso considerar que a educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o cerca. Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos. Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender, também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção científica. C ONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 264 Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. O embasamento histórico da física, mostra a necessidade de por objetivo buscar um quadro conceitual de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem. Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX: • Movimento e gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica); • A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros; • O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de homens como Ampére e Faraday. Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas. Escolheu-se esses campos porque, embora tenham evoluídos separadamente, elas são teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a estática, a dinâmica e a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o magnetismo, a eletricidade e a óptica. Os conteúdos estruturantes: movimento, termodinâmica e eletromagnetismo. Conteúdos Básicos: Movimento - Momentum e inércia - Conservação de quantidade de movimento (momentum) - Variação da quantidade de movimento = Impulso - 2ª Lei de Newton - 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio 265 - Energia e o Princípio da conservação da energia - Gravitação Termodinâmica - Leis da Termodinâmica - Lei zero da Termodinâmica - 1ª Lei da Termodinâmica - 2ª Lei da Termodinâmica Eletromagnetismo - Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnética - Força eletromagnética - Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday) - A natureza da luz e suas propriedades. Ao abordar o conhecimento científico em seus aspectos qualitativos e conceituas, filosóficos e históricos, econômicos e sociais, e ensino de física contribuirá para a formação de estudantes críticos. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO No trabalho com os conteúdos de ensino da Física é importante que o professor considere o que os estudantes já conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O professor é quem sabe quando e como utilizar o livro didático. Na escola, o conhecimento científico pode ser tratado por meio dos modelos, mas é preciso lembrar que modelos físico escolares não são os modelos produzidos pela ciência. Tanto o conhecimento científico quanto os modelos, ao serem traduzidos para o ensino escolar, sofrem uma adequação em termos de especificidade conceitual e de linguagem. Ao partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos em suas possibilidades e limitações, de modo a explorar o senso comum e rejeitar o argumento de que 266 aprender Física o pré-requisito é saber Matemática. O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter um valor numérico de grandeza. Isso pode ocorrer através da resolução literal em contrapondo à resolução matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a relação entre todas as grandezas físicas envolvidas – uma expressão matemática literal para depois realizar o cálculo e chegar a um valor. O uso da história no ensino de Física deve, também, mostrar a não neutralidade da produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência. O que se propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas aulas, a História da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo. As considerações expostas a respeito da História da Ciência, ao serem incorporadas ao plano de trabalho docente, podem ajudar o estudante a compreender que a busca do conhecimento físico não foi e não é um caminho de direção única, tampouco linear, mas repleto de dúvidas, contradições, erros e acertos, motivado por interesses diversos. No ensino de Física, deve-se considerar a importância das atividades experimentais para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos. Assim, é fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no processo de construção do conhecimento científico. Essa compreensão determina a necessidade (ou não) das atividades experimentais nas aulas de física. A utilização de textos, empregando a leitura científica no ensino de Física, é defendida por pesquisadores, porém, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados, sobretudo quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será o interlocutor nessa proposta de leitura. O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso deve-se evitar perguntas com respostas diretas que não permitam uma reflexão em torno dos saberes divulgados no texto. É importante que as questões propostas despertem o interesse do estudante. Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos mais simples aos mais sofisticados, em nossas casas e no ambiente escolar: retroprojetores, 267 televisões, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros. Portanto, não se trata mais de ser a favor ou contra, usar ou não usar, mas de planejar o uso do recurso tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral dos sujeitos, de modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos. A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive, abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física. Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de acordo com o plano de trabalho docente feito pelo professor. O computador, o livro, TV, o filme, são meramente instrumentos e recursos para o ensino e não substituem o professor. Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados durante o ano letivo no momento em que se fizer necessário bem como quando surgirem oportunidades ou de acordo co datas comemorativas ou campanhas sobre esses assuntos: Educação Ambiental, Enfrentamento da Violência na Escola, Sexualidade, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação do Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Os Desafios Educacionais Contemporâneos – Educação ambiental, Sexualidade, Enfrentamento à Violência na escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afrobrasileira e africana, serão abordados ao decorrer do ano de acordo com as circunstâncias, sempre que se fizer necessário. AVALIAÇÃO Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo. Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma nota para sua aprovação, a avaliação é um instrumento que compõe o processo de ensinoaprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação. A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se pelo estabelecimento no regimento escolar, o qual diz que serão feitas, no mínimo, duas avaliações que terão valor de 0,0 (zero) à 10,0 (dez) por bimestre, podendo este ser na forma de prova, trabalho, apresentação de seminário, debates e outros. 268 Quanto aos critérios de avaliação em física deve-se verificar: compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada; a compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos; a capacidade de elaborar relatórios tendo como referencia os conceitos as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer evento que envolva os conhecimentos da física. Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico. Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade. Após a avaliação espera-se que o aluno: • formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX; • compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios; • conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória; • compreenda o conceito de massa, como uma construção científica ligada à concepção de força, entendendo-a como uma resistência à variação do movimento; • compreenda o conceito de momento de inércia, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação; • associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema (impulso), aceleração ou desaceleração; • entenda as medidas das grandezas como dependentes do referencial e de natureza vetorial; • compreenda, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais; que os movimentos acontecem uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais; • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificando na 1ª lei de 269 Newton e as noções de equilíbrio estável e instável; • reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais deferentes situações. • conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas: mecânica, cinética, potencial elástica e potencial gravitacional; • compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. • associe a gravitação com as leis de Kepler; • identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial; • compreenda a Teoria da Relatividade Geral. • compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o desenvolvimento das ideias na termodinâmica; • formule o conceito de pressão de um fluído, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas; • entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema; • diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica; • compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia; • associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor; • compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente; • identifique dos processos físicos: os reversíveis e os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. • compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade; • compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam; • compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga; 270 • compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos; • entenda o campo como uma entidade física dotada de energia; • aprenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais; • conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a condutividade; • conheça as propriedades magnéticas dos materiais; • entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo; • reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases; • compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica; • entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica. • perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia elétrica. • entenda a propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo; • conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula; • entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio; • entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorção da luz; • associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados; • compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta 271 alguns comportamentos que são típicos de partículas e outros de ondas; • extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron. De acordo com o PPP a recuperação de conteúdos será realizada a cada avaliação, após a retomada dos conteúdos, sendo aplicada a todos os alunos que não tenham atingido a aprendizagem integral. Em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais é necessário que o professor adote uma postura diferenciada até quando os conteúdos a uma prática flexível que venha atender e a suprir as necessidades desse aluno. Deve haver uma adaptação aos conteúdos curriculares seja qual for a sua necessidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SAMPAIO, José Luiz. Física: volume único/ José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2. ed. – São Paulo: Atual, 2005. – (Coleção ensino médio Atual) SEED - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008. FÍSICA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba: SEED – PR, 2006. MENEZES, Luis Carlos de. Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico, 2005. TAKIMOTO, Elika. História da Física na sala de aula, 2009. PIRES, Antonio S. T. Evolução das Ideias da Física, 2008. 272 PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A química está relacionada às necessidades dos seres humanos e todos devem compreender isso. É necessário dessa forma, ter um conhecimento básico da química, para ver que a química instrumentaliza o cidadão e assim o mesmo ter uma visão mais crítica quanto aos problemas causados pelo próprio homem, sendo a poluição, o uso de inseticidas, a fabricação de explosivos entre outros. Sendo assim deve-se haver um estabelecimento da relação entre aprender química e exercer cidadania. O conhecimento científico, na medida em que permite uma interpretação mais clara de fenômenos cotidianos, possibilita ao cidadão a correta tomada de decisões e, por consequência, uma melhor qualidade de vida. Para o homem, saber como se desenvolve o conhecimento da Química, processará nele um pensamento crítico mais elaborado. Através do estudo da química levará a compreensão das formulações de hipóteses, controle de variáveis de um processo, generalização de fatos por uma lei, elaboração de uma teoria e construção de modelos científicos. Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses produtos e o homem como articulador deve estar consciente de seus atos. Percebe-se em tudo isso a importância do estudo da Química. A concepção espontânea sobre os conceitos que se adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, faz-se presente no início do processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzidos. No Brasil as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química, surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política e econômica que ocorriam na Europa. As recomendações de Coimbra definiram o que seria o ensino em Portugal e marcaram fortemente todo o período imperial Brasileiro. As diretrizes para cadeira de química, elaborados pelo Conde da Barca influenciadas por uma carta do Rei 273 de Portugal, reconheciam a importância da química para o progresso do estudo da medicina, cirurgia e agricultura, e além disso, indicavam o ensino dos princípios práticos da química e seus diferentes ramos aplicados às artes e à farmácia para o perfeito conhecimento dos muitos e preciosos produtos naturais do Brasil. O 1º Congresso Brasileiro de Química realizou-se em 1922, no Rio de Janeiro, tendo como resultados a fundação da Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade Brasileira de Educação e o movimento de modernização para o Ensino Brasileiro. Entre os anos de 1929 a 1990 ocorreram várias crises econômicas, sociais e políticas favorecendo os inúmeros movimentos de transformação do ensino de Química. Nos anos 90, as mudanças neoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram a educação em pauta, novamente afetando as discussões a respeito do currículo. Encontros e conferências foram realizadas em âmbito mundial, priorizavam a educação como alvo das reformas necessárias para a formação do trabalhador, ocorrendo assim a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como a construção dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). Nessas Diretrizes a preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de Química, deixando de lado o modo simplista como era tratada nos PCNs. A abordagem no ensino de Química, será norteada, pela construção/reconstrução de significados dos conteúdos científicos vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos sociais e culturais. Nas diretrizes, propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química: as substancias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que os conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento cientifico, deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionam a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação. A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos. O Estudo da Química em seu caráter geral tem vários objetivos, dentre eles os de: • Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões sociais relativas à ciência e a tecnologia; 274 • Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à natureza da ciência; • Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais; • Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar; • Desenvolver habilidades de raciocínio lógico; • Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas; • Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual; • Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa, utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo; • Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc); • Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógica – empírica); • Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico- formal); • Compreender dados quantitativos, (estimativa e medida), compreender relações proporcionais presentes na química; • Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de outros dados; • Saber identificar e traduzir dados, informações, relatos relevantes; • Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes; • Quanto à seleção dos conteúdos, é comum ser enfatizado o trabalho com temas como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, poluição, drogas, química da produção, etc. Propõem-se que o ponto de partida para a organização dos conteúdos curriculares, sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de análise, tais como: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos 275 MATÉRIA - Constituição da matéria; - Estados de agregação; - Natureza elétrica da matéria; - Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). - Estudo dos metais; - Tabela Periódica. SOLUÇÃO - Substância: simples e composta; - Misturas; - Métodos de separação; MATÉRIA E NATUREZA SUA - Solubilidade; - Concentração; - Forças intermoleculares; - Temperatura e pressão; - Densidade; - Dispersão e suspensão; - Tabela Periódica. VELOCIDADE DAS REAÇÕES - Reações químicas; BIOGEOQUÍMICA - Lei das reações químicas; - Representação das reações químicas; - Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão); - Fatores que interferem na velocidade das reações superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); - Lei da velocidade das reações químicas; - Tabela Periódica. EQUILÍBRIO QUÍMICO - Reações químicas reversíveis; 276 - Concentração; QUÍMICA SINTÉTICA - Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); - Deslocamento e equilíbrio (principio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; - Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks); - Tabela Periódica. LIGAÇÃO QUÍMICA - Tabela periódica; - Propriedade dos materiais; MATÉRIA NATUREZA E SUA - Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos materiais; - Solubilidade e as ligações químicas; - Interações intermoleculares e as propriedades substâncias moleculares; - Ligações de Hidrogênio; - Ligação metálica (elétrons semi-livres) - Ligações sigma e pi; - Ligações polares e apolares; - Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS - Reações de Oxi-redução; - Reações exotérmicas e endotérmicas; - Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; - Variação de entalpia; - Calorias; Equações termoquímicas; - Princípios da termodinâmica; - Lei de Hess; - Entropia e energia livre; - Calorimetria; 277 das - Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE - Modelos Atômicos (Rutherford); - Elementos químicos (radioativos); - Tabela Periódica; - Reações químicas; - Velocidades das reações; BIOGEOQUÍMICA - Emissões radioativas; - Leis da radioatividade; - Cinética das reações químicas; - Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); GASES - Estados físicos da matéria; - Tabela periódica; - Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); - Misturas gasosas; QUÍMICA - Diferença entre gás e vapor; SINTÉTICA - Leis dos gases. FUNÇÕES QUÍMICAS - Funções Orgânicas - Funções Inorgânicas; - Tabela Periódica. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO O estudo da Química será iniciado pelo histórico da Química para possibilitar ao aluno a compreensão do processo de elaboração desse conhecimento. Ter noções básicas de Química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade. Haverá uma abordagem histórica para cada um dos conteúdos estruturantes, havendo também abordagem social, ambiental, representacional, experimental e cultural. Será contextualizado o conteúdo de química na bioquímica com a atmosfera, 278 hidrosfera e litosfera. Na química sintética será relacionado o conteúdo com a transformação de materiais e produção de materiais artificiais. Quanto ao conteúdo estruturante da matéria será explorado por meio de modelos e representações sempre contextualizando e demonstrando a natureza em níveis macroscópicos e também microscópicos. O estudo da química estará presente no cotidiano dos alunos evitando que esta seja apenas algo descritivo, com repetição de fórmulas, mas sim de maneira clara e contextualizada mostrando sempre exemplos para o entendimento do aluno. O ensino da química deve permitir a construção de uma visão de mundo, contribuindo para que o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante transformação. Os conteúdos serão abordados de maneira que permita a contextualização do conhecimento, sendo trabalhados com a participação efetiva do educando, promovendo um diálogo mediador da construção do conhecimento. Os elementos químicos e às substâncias químicas serão estudados de maneira que o aluno possa conhecer os métodos de obtenção e características procurando compreender melhor os seus efeitos e a sua utilização nos diversos setores da vida humana. A leitura e a interpretação de textos científicos, a construção de tabelas e gráficos, análise de embalagens para conhecer a composição química de produtos industrializados. Ter noções básicas de química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade. Para o ensino da Química serão utilizados materiais audio-visuais, televisão, pendrive, computador, etc., materiais de laboratório que possam ser utilizados em sala de aula, biblioteca, quadro de giz. AVALIAÇÃO A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem e abarca não somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do professor e a estrutura de funcionamento da escola e do sistema de ensino. No que diz respeito à avaliação do aluno é imprescindível que seja contínua com o acompanhamento de suas atividades no dia-a-dia, fornecendo o retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno. Seguindo as diretrizes, avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os condicionantes do diagnostico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações reciprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo 279 pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação processual e formativa leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos” (Maldaner, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens históricas, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos. Os temas contemporâneos (Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Sexualidade) serão abordados durante o ano letivo, considerando-se que são temas muitas vezes presentes em nossa sociedade, o que os torna relevantes para compreensão e entendimento às transformações que ocorrem em nossa sociedade. A avaliação deve ser ainda funcional porque verifica se os objetivos previstos estão sendo atingidos, orientados e permitindo ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes e integral. A avaliação será feita através de trabalhos de pesquisa, trabalho individual ou coletivo, prova oral, auto-avaliação e provas escritas de tipos variados. A recuperação será paralela às avaliações, procurando recuperar o aprendizado aos alunos que necessitaram. Também será proporcionada aos demais alunos poderem também recuperar apenas alguns conteúdos que sintam necessidade. Da mesma forma que a avaliação, a recuperação será através de provas escritas e objetivas, trabalhos individuais ou em grupo. Espera-se que o aluno: • Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química; • Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; • Problematize a construção dos conceitos químicos; • Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico • Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria; • Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.; 280 • Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; • Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura, equilíbrio químico em meio aquoso; • Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico; • Entenda as reações químicas como transformações da matéria e a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico; • Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico; • Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases; • Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com a qual estabelece interação. Aos alunos com necessidades educacionais especiais, terão atendimento e avaliações diferenciadas de acordo com as especificidades dos mesmos dentro de suas limitações, considerando-se os temas propostos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA COVRE, Geraldo José. Química Total, São Paulo: FTD, 2001. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, Química, 2006. SARDELLA, Antônio. Química, São Paulo: Ática, 2001. PERUZZO, Francisco Miragaia, São Paulo: Moderna, 2003. 281 PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais, que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência, disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcada pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe social, e dos operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, a revelação como explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua em um pensamento social questionador da mudança na sociedade. A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminhar científico da humanidade e vida social, considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências, como cita MORAES (2004, p. 266): “Como ciência, a sociologia é constituída por um conjunto de pressupostos que sedimentam, formam e informam o seu arcabouço teórico. Como ciência da sociedade, esses pressupostos precisam estar em constante sintonia com o próprio movimento da vida social, mantendo o rigor da análise sem, contudo, perder a capacidade para perceber as variações da contemporaneidade.” Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo , o período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção 282 do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa da atividade artesanal em manufatureira. Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na sociedade. Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia faz emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução pelos primeiros pensadores sociais, - Comte, Durkheim, Weber e Marx. A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição deste processo e procura explicar o homem envolvido nesse sistema como cita FERREIRA (1993 p. 17): “É importante observar que a sociologia é apenas uma das ciências sociais. Em princípio as ciências sociais são todas aquelas que procuram explicar os vários aspectos da vida do homem em sociedade.” Os anos de 1930 foram de plena efervescência para a Sociologia que se institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no campo da pesquisa e da editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobres as peculiaridades da cultura e sociedade brasileira. O período de 1945 a 1974 foi de grandes mudanças econômicas, sociais e institucionais, no Brasil, e as pesquisas trataram de temas da política e da cultura de forma simultânea, atualizando-os sob a luz de métodos de investigação científica que se firmavam na Sociologia. O período da ditadura militar marcou uma inflexão na Sociologia, que se desenvolvia e teorizava acerca das tendências da revolução brasileira, abortada nos anos sessenta. Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americanos floresceu, sobretudo entre os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina, em decorrência do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional n. 5, em 1968. Florestan Fernandes foi professor da cátedra de Sociologia na USP e é considerado o fundador da Sociologia Crítica no Brasil. Fernandes participou do projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, concebendo a ciências como racionalizadora da vida social 283 por meio da democratização educacional, a instauração de um sistema educativo moderno, laico, público, com pedagogia voltada às necessidades das classes populares. A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas, a partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a educação e a Sociologia mostra que as escolas normais. O vínculo ente a educação e a Sociologia mostra que as escolas normais foram redutos importantes para a disseminação do conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A formação de professores para o ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de consolidação da Sociologia como disciplina curricular. Quando em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação publicaram os novos currículos para o Ensino Médio, a sociologia não foi incluída entre as disciplinas obrigatórias, complementares e optativas, de acordo com Santos (2004). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art. 36,§ 1º, inciso lll, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. O Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Sociologia no Ensino Médio, e , a partir de 2007 os conselhos estaduais de Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas. No dia 02 de junho de 2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio. A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em que a disciplina será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de equidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas. A Sociologia deve ser vista como construtora histórica e social, desempenhando o papel de focalizar os problemas que moldura a realidade, questionando profundamente e buscando respostas múltiplas para construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva, como cita FORACCHI (2008 p. 02): “O objetivo, ao contrário, é situar o conhecimento, ir a sua raiz, definir os seus compromissos sociais e históricos, localizar a perspectiva que o construiu, descobrir a maneira de pensar e interpretar a vida social (…).” 284 A partir da construção e concepção de sociedade é possível ao aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais. Portanto, professores e alunos precisam questionar os problemas sociais, da atualidade. A escola deve sair da rotina e buscar uma integração à nova realidade, fazendo com que disciplinas se tornem atraentes. Em sociologia devemos deixar claro para o aluno o direito da cidadania, devendo ter em mente a construção de um amplo campo de debates e pensamentos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento 1- O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas social. - Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels, e Marx Weber. - O desenvolvimento da sociologia no Brasil. - Processo de socialização. 2 – O Processo de Socialização e as Instituições Sociais. - Instituições Sociais; Familiares; Escolares; Religiosas. - Instituição de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.). - Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; - Diversidade Cultural; 3- Cultura e Indústria Cultural - Identidade; - Indústria cultural; - Meios de comunicação de massa; - Sociedade de consumo; - Indústria cultural no Brasil; - Questões de gênero; 285 - Cultura afro brasileira e africana; - Cultura indígena; - O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; - Desigualdades sociais; estamentos, castas, classes sociais; - Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; - Globalização e Neoliberalismo. 4- Trabalho, Produção e Classes - Relações de trabalho; - Trabalho no Brasil. Sociais - Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; - Democracia, autoritarismo, totalitarismo; - Estado no Brasil; 5- Poder, Política e Ideologia - Conceitos de Poder; - Conceitos de Ideologia; - Conceitos de dominação e legitimidade; - As expressões da violência nas sociedades contemporâneas; - Diretos: civis, políticos e sociais; - Direitos humanos; - Conceito de cidadania; 6- Direito, Cidadania e movimentos - Movimentos sociais; Sociais. - Movimentos sociais no Brasil; - A questão ambiental aos movimentos ambientalistas; - A questão das ONG's. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Em Sociologia, devemos atentar 286 especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passiveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges, constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessário a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualização propostas. A atuação do docente deverá ser a de levar o educando a pesquisar a contribuição da sociologia nas suas relações sociais. Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os conteúdos Estruturantes e os conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada. Considera-se relevante no exercício pedagógico da sociologia manter no horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em cada teoria trabalhada. Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias seguindo o rigor metodológico que a ciência requer. A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensinoaprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da 287 contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social. O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com as transformações socieconômicas, culturais e políticas contemporâneas. A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História etc.. O professor pode despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade que lhe cerca, desenvolvendo certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis soluções para problemas diagnosticados. Estudar Sociologia pelo caminho da reflexão crítica, contrastante dos fenômenos e de suas interpretações, desenvolve-se uma percepção social apoiada em posicionamento cognitivo e maior sensibilidade em face da realidade social desigual. As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos de identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos: • aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível; • exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; • leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; • debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; • análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros. Destacam-se aqui alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de Sociologia, os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos. 288 De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância de se pensar nos desafios sociais. AVALIAÇÃO As avaliações da disciplina de Sociologia requer extrair do aluno não respostas lógicas, mas reflexivas do que somos, de onde viemos e para onde iremos, enquanto sociedade. Fazer com que o aluno e também nós como seres integrantes da instituição escolar tragamos para a sala de aula o verdadeiro e mais prático material didático, oriundo da observação atenta do meio em que vivemos. Organizar debates que demonstrem uma capacidade de articulação entre a teoria e a prática. De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentam dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Os instrumentos de avaliação em sociologia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes, produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. No decorrer do bimestre serão realizadas no mínimo duas avaliações com peso 10,0. Será oportunizada a recuperação de conteúdos referente ao que não foi assimilado pelo aluno. Cada aluno é um ser particular, portanto, serão consideradas suas limitações no desenvolvimento das atividades avaliativas. Provas (escritas e orais), prevalecerá a opinião crítica, desde que considerado o conteúdo elaborado no respectivo período. Quanto aos trabalhos e apresentações em grupo 289 será avaliado a força e capacidade de união e/ou articulações de ideias, aos moldes dos fundamentos de sociedade. A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor. Pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise desnaturalizar conceitos tomados historicamente irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. Os alunos com necessidades educacionais especiais terão suas avaliações diferenciadas, respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com suas limitações. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Sociologia, 2008. FERREIRA, Roberto Martins, Sociologia da Educação. São Paulo: 1993. MORAES, Amaury César, Sociologia e Ensino em Debate: Experiências e discussão Sociologia no Ensino Médio. Ijuí: 2004. FORACCHI, Marialice M. E MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: 2008. 290 PROPOSTA CURRICULAR DA SALA DE RECURSOS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A trajetória das pessoas com necessidades especiais foi influenciada por muitos eventos, circunstâncias e fatos históricos. O conceito de deficiência avançou através dos tempos. Muitos mitos e estereótipos foram construídos ao longo da história da humanidade, desde a antiguidade onde a sociedade escondia ou sacrificava os portadores de deficientes, os quais eram considerados diferentes, incapazes e inferiores. Já na idade Média alguns acreditavam que os deficientes eram possuídos pelo demônio ou representantes do mal por isso eram sacrificados, perseguidos e evitados. Contudo, a sociedade evoluiu em relação ao pensamento sobre as pessoas com deficiências que passaram a ser mais aceitas e a convivência com as diferenças se tornaram realidade. As décadas de 70 e 80 foram marcadas por profundas transformações. Surgiu a compreensão da diversidade, igualdade de direitos e oportunidades. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 deixa explícita o desejo integrador do aluno com necessidades especiais na rede comum de ensino, estabelecendo diretrizes para tratar a educação especial como modalidade de educação escolar obrigatória e gratuita. Todas as ações e textos legais estavam pautados em documentos internacionais como a Proposta de Educação para Todos (Jomtien-Tailândia) e a Declaração de Salamanca ( Espanha).Tais documentos abriram espaços para a ampla discussão sobre as necessidades de os governos contemplarem em suas políticas públicas o reconhecimento da diversidade e o compromisso em atender às suas necessidades nos contextos escolares comuns. O Plano Nacional de Educação para Todos (1990), a Política de Educação Especial (1994) e , especificamente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) , que destina o Capítulo V (artigos 58, 59 e 60) à Educação Especial, são emblemáticos em apontar novos caminhos para essa modalidade de ensino. Além disso reafirmam a perspectiva progressiva de seu caráter pedagógico ligado à educação escolar e ao ensino público. Verifica -se uma nova concepção de atendimento especializado que se estende à diversidade, uma rede de apoio dos recursos humanos, técnicos, tecnológicos e materiais oferecidos, de modo a apoiar e complementar as práticas do ensino comum. O termo utilizado " necessidades especiais " não se referem às limitações 291 apresentadas pela pessoa, mas às exigências de ampla acessibilidade que oportunize condições necessárias à independência e autonomia dos sujeitos. Evidencia- se a responsabilidade social de prever e prover meios de satisfazer essas necessidades, ao invés de destacar o sujeito que a apresenta. Em 2001, cinco anos após a promulgação da nova LDB, o Ministério da Educação instituiu as bases para a elaboração de normas para a Educação Especial, a fim de reorganizar a proposta de educação escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais, no contexto da educação inclusiva. De acordo com a LDB nº 9394/96 , a Educação Especial é conceituada e praticada como modalidade educacional, cujo fim é oferecer recursos e serviços educacionais especializados aos alunos que apresentam necessidades em todo o fluxo educacional. Percebese que há muitos alunos que apresentam problemas ou dificuldades de aprendizagem, por razões inerentes à sua condição física, sensorial ou déficits intelectuais. Há também um grande número de alunos que não atingiram as expectativas de aprendizagem e avaliação da escola, em decorrência das condições econômicas e culturais desfavoráveis que vivenciam ou ainda do despreparo dos profissionais da educação no trato das questões pedagógicas. Assim, o insucesso na escola revela que não são apenas os alunos com deficiência os que apresentam necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados que promoverão a sua inclusão. A educação escolar ocupa um lugar de destaque na formação do cidadão. As escolas inclusivas são escolas para todos, que reconheçam e atendam às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. A Educação Especial, no âmbito da escola regular, oferece recursos e serviços de apoio pedagógico especializados que complementem e/ou suplementem a escolarização formal dos alunos com necessidades educacionais especiais. Os serviços e apoio especializados se destinam ao atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes : * das deficiências: intelectual, visual, física neuromotora e surdez; * das condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos, psicológicos graves e psiquiátricos; * das altas habilidades/ superdotação. Destacam- se alguns serviços de apoio pedagógico especializados ofertados no contexto 292 regular de ensino: • Profissional intérprete de libras/ língua portuguesa para surdos. • Instrutor surdo de libras. • Professor de apoio permanente para alunos com deficiência física neuromotora, com graves comprometimentos na comunicação e locomoção. • Sala de Recursos para alunos com deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos, matriculados no Ensino Fundamental. • Centro de Atendimento Especializado nas áreas da surdez(CAES) e deficiência visual e Centro de Atendimento Educacional Especializado na área visual (CAEDV). • Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual (CAP). • Classes de Educação bilíngue para surdos, matriculados nas séries iniciais, denominadas Programa de Escolaridade Regular com Atendimento Especializado (PERAE) • Classe Especial para alunos com deficiência mental e condutas típicas. • Escolas Especiais. • Classes Hospitalares. • Atendimento domiciliar. Conforme a INSTRUÇÃO Nº 013/2008 - SUED/SEED que estabelece critérios para o funcionamento da SALA DE RECURSOS para o Ensino Fundamental - séries iniciais, na área da Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos, considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial como: - a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N º 9394/96; - as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE Nº17/01; - a Resolução CNE N ° 02/01; e - a Deliberação N ° 02/03 – CEE – PR; instrui o funcionamento da Sala de Recursos da seguinte forma: 1. Definição: Sala de Recursos é um Serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental. 2. Alunado: Alunos regularmente matriculados no ensino fundamental nas séries iniciais que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos. 3 .Do Ingresso: O aluno deve ser: 293 I. egresso de Escola Especial ou de Classe Especial, com avaliação no Contexto Escolar,realizada por equipe multiprofissional; II. da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da Deficiência Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional; III. da classe comum, com Transtornos Funcionais Específicos, com Avaliação no Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional. 4. Da Avaliação de Ingresso na Sala de Recursos: 4.1 A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto do ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa – (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento de parcerias, entre outros) da equipe da Secretaria Municipal de Educação e do Núcleo Regional de Educação, devidamente orientada pela SEED/DEEIN. 4.2 O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e/ou pela equipe de Educação Especial do Núcleo Regional de Educação. 4.3 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Deficiência Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais, acrescida do parecer psicológico. 4.4 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos ( Distúrbios de Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescida de parecer psicológico e complementada com parecer fonoaudiológico e/ou de especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem necessários. 4.5 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescido de parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico. 294 4.6 Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão ser registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participaram do processo. 4.7 Todo o trabalho realizado durante a avaliação no contexto escolar, descrito no Relatório, deverá ser sintetizado em ficha “Síntese - Avaliação Pedagógica no Contexto Escolar e Complementar”, devidamente datada e assinada por todos os profissionais que participaram do processo . 4.8 Quando o aluno da Sala de Recursos frequentar a classe comum em outro estabelecimento, deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional. 4.9 O aluno egresso de escola de Educação Especial ou Classe Especial deverá apresentar o último Relatório Semestral da Avaliação, indicando a continuidade do atendimento de Apoio Especializado e cópia do Relatório de Avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional. 5. Aspectos Pedagógicos : 5.1 O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos. 5.2 O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral. 5.3 O planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário reorganizado, de acordo com: a) os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno; b) as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem. 5.4 A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, na Sala de Recursos, dar-se-á através de: a) orientação aos professores da classe comum, juntamente com a equipe pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que serão utilizadas no ensino regular, em atendimento aos alunos com Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais 295 Específicos; b) apoio individual ao aluno com Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos, na sala de aula comum, com ênfase à complementação do trabalho do professor da classe comum; c) participação na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos. 5.5 O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum. 5.6 O professor deve registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme planejamento pedagógico individual. 5.7 O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum. 6. Da Organização : 6.1. O horário de atendimento na Sala de Recursos deverá ser em período contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum. 6.2 O aluno da Sala de Recursos deverá ser trabalhado de forma individualizada ou em grupos e, o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo do trabalho individual. 6.3 Os atendimentos realizados em grupos deverão ser organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas. 6.4 Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma. 6.5 O cronograma para o atendimento do aluno deverá ser elaborado pelo professor da Sala de Recursos juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer necessário, com o professor da classe comum. 6.6 O cronograma de atendimento deverá ser organizado quanto ao: a) número de atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias; b) contato periódico com os professores da classe comum, para acompanhar o desenvolvimento do aluno, conforme disposto no item 5.4, alínea “a”; c) trabalho pedagógico na classe comum, conforme disposto no item 5.4, alínea b; d) processo de avaliação no contexto escolar, conforme disposto no item 5.4, alínea c. 6.7 O cronograma de atendimento é flexivel, devendo ser reorganizado, sempre que 296 necessário, de acordo com o desenvolvimento e necessidades dos alunos, com anuência da equipe pedagógica da escola. 6.8 O cronograma de atendimento deverá considerar a hora atividade do professor, de acordo com a legislação vigente. 6.9 O horário de funcionamento da Sala de Recursos deverá ser o mesmo da escola. 6.10 O professor da Sala de Recursos deverá participar das atividades previstas no Calendário Escolar, especialmente Conselho de Classe. 6.11 O professor da Sala de Recursos deverá organizar o controle de freqüência dos alunos em Livro de Registro de Classe próprio. 6.12 Cabe à escola, que mantém a Sala de Recursos, a responsabilidade de manter a documentação do aluno atualizada. 6.13 Na Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum, deverá conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e ficha “Síntese – Avaliação Pedagógica no Contexto escolar e Complementar”e Relatório de Acompanhamento Semestral, em formulário próprio. 6.14 Quando o aluno freqüentar a Sala de Recursos em escola diferente ao da classe comum, esta também deverá manter na Pasta Individual a documentação citada no item anterior, vistada pela equipe pedagógica de ambas as escolas. 6.15 No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno freqüentou Sala de Recursos. 7. Matrícula: A matrícula do aluno no SERE deve ser efetuada de acordo com os códigos específicos e diferenciados para a Deficiência Mental/Intelectual (código 07) e para Transtornos Funcionais Específicos (código 13). 8 . Recursos Humanos : 8.1 Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. nº 02/03 – CEE, art. nº 33 e 34, deverá ter: a) especialização em cursos de Pós-Graduação em Educação ou; b) licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou; c) habilitação específica em nível Médio, na extinta modalidade de Estudos Adicionais e atualmente na modalidade Normal. 8.2 Equipe pedagógica habilitada ou especializada (Deliberação 02/03 – CEE, art. 11, inciso II) e/ou em Formação Profissional Continuada por meio da oferta de cursos que 297 contemplem conteúdos referentes à área de Educação Especial. 9. Recursos Materiais : 9.1 O Espaço Físico deverá ter tamanho adequado, localização, salubridade, iluminação e ventilação de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT 9050/1994). 9.2 A escola, por intermédio de sua mantenedora, preverá e proverá para a Sala de Recursos materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos, para permitir-lhes o acesso ao currículo. 10. Relatório de Acompanhamento Pedagógico - Semestral : 10.1 Os avanços e necessidades do aluno devem ser registrados no Relatório de Acompanhamento Pedagógico (ANEXO 2) elaborado semestralmente, pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a equipe pedagógica, com o apoio dos professores da classe comum. 10.2 No Relatório de Acompanhamento Pedagógico (formulário próprio expedido pela SEED) devem ser registrados qualitativamente, os avanços e necessidades acadêmicas, aspectos relativos à promoção , bem como a necessidade de continuidade do apoio ao aluno em Sala de Recursos. 10.3 Cópia do Relatório de Acompanhamento Pedagógico Semestral deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno. 11. Avaliação dos Resultados - Anual: Anualmente, será realizada avaliação dos resultados do trabalho realizado na Sala de Recursos, através de dados estatísticos, preenchidos em formulário próprio (ANEXO 3). 12. Desligamento : O desligamento do aluno da Sala de Recursos deverá ser formalizado por meio de Relatório Pedagógico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe pedagógica e, sempre que necessário, com o apoio dos professores da classe comum, cujo Relatório deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno. 13. Transferência : Na documentação de transferência do aluno, além dos documentos da classe comum, deverão ser acrescentadas cópias do Relatório da Avaliação no Contexto Escolar e do último Relatório de Acompanhamento Pedagógico - Semestral. 14. Autorização/ Renovação e Cessação da Autorização ; 14.1 A Sala de Recursos poderá funcionar em estabelecimentos de Ensino da Rede 298 Pública ou Particular que ofertem as séries/anos iniciais do ensino fundamental. 14.2 A Sala de Recursos só poderá funcionar após estar devidamente autorizada por Ato próprio da SEED. 14.3 Para legalização de funcionamento da Sala de Recursos (autorização/renovação e cessação da autorização) o estabelecimento de ensino deverá seguir as orientações do Manual de Estrutura e Funcionamento na Modalidade de Educação Especial - DEEIN. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA Os conteúdos a serem desenvolvidos na Sala de Recursos deverão enfocar as defasagens de cada aluno em particular, tornando-o individual. De um modo geral, os conteúdos trabalhados englobam as áreas de desenvolvimento (cognitiva, sócio-afetiva ou emocional e psicomotora) e conteúdos das séries iniciais conforme a dificuldade do aluno. ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO ÁREA COGNITIVA: -Percepção visual; -Percepção auditiva; -Percepção olfativa; -Percepção temporal; -Percepção gustativa; -Atenção; -Memória; -Raciocínio; -Organização do pensamento. ÁREA PSICOMOTORA: -Coordenação Dinâmica Global; -Coordenação Dinâmica Manual; -Esquema corporal; -Lateralidade; -Organização e Estruturação Espacial e Ritmo; -Oraganização e Estruturação Temporal; -Equilíbrio, Postura e Tônus. 299 ÁREA SÓCIO- EMOCIONAL: Reações frente (a frustração, a figura de autoridade, integração com colegas, respeito aos limites); -Ansiedade; -Auto- estima; -Relações intra e interpessoais; -Adaptação e Socialização; ÁREA ACADÊMICA MATEMÁTICA: -Numerais; -situação - problema; -Tabuada; -Múltiplos; divisores;números primos, fracionários e decimais; -Tabuada; -As quatro operações; -sistema de numeração decimal; -Conceitos matemáticos; -Classificação, ordenação; seriação; reversibilidade e equivalência. PORTUGUÊS: -Verbalização ( articulação, fluência , ritmo e decodificação ); -Textos ( leitura, interpretação e produção ); -Vocabulário; -Ortografia; -Criatividade; -Pontuação; -Classe de palavras; -Concordância; -Linguagem oral, verbal e escrita. Objetivos: -Oferecer recursos pedagógicos diferenciados contribuindo para sanar a dificuldade de 300 aprendizagem e diminuir a repetência e a evasão escolar. -Desenvolver a percepção de detalhes, formas, tamanho, sons, texturas e temperaturas; -Estimular e desenvolver a memória, atenção,raciocínio lógico e organização do pensamento; -Desenvolver a noção do conhecimento e consciência do corpo no espaço e no tempo consigo mesmo, com objetos e com o mundo; -Oportunizar atividades de relaxamento, equilíbrio, postura e tônus; -Trabalhar a lateralidade em si e no outro; -Orientar- se no tempo e no espaço; -Trabalhar a coordenação motora ampla e fina; -Expressar sentimentos, pensamentos e desejos; -Trabalhar a ansiedade; -Identificar e trabalhar reações positivas e negativas -Motivar a participação e socialização; -Trabalhar e desenvolver a auto -estima; -Relembrar noções já estudadas relativas a número e numeral; -Resolver situações- problemas que envolvam situações do cotidiano; -Compreender o mecanismo e fixar a tabuada partindo do concreto para o abstrato; -Resolver problemas que envolvam as quatro operações; -Desenvolver o raciocínio lógico matemático, de concretização, identificação, abstração e amplificação; -Ler, compreender e interpretar e produzir textos; -Usar a linguagem oral observando: pontuação, fluência, ritmo, articulação; -Usar adequadamente a linguagem escrita quanto à pontuação, ortografia, classe de palavras e concordância verbal; -Ampliar seu vocabulário; -Exercitar a escrita, tornando- a rápida e legível; -Trabalhar a leitura e escrita das dificuldades específicas do aluno. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A metodologia organizada e realizada deve levar em consideração o nível de compreensão e a motivação de cada aluno. Sendo assim, algumas adaptações metodológicas deverão ser consideradas: 301 • Situar ou agrupar os alunos utilizando critérios específicos ( idade, série, dificuldade, relacionamento...) • Adotar métodos e técnicas específicas para cada aluno respeitando sua individualidade; • Propiciar apoio físico, visual, verbal, e outros ao aluno impedido em suas capacidades de modo que permita o desenvolvimento das atividades; • Desenvolver atividades de percepção de detalhes, figura- fundo, análise e síntese para desenhos familiares e/ ou abstratos; • Verbalização,leitura de regras de jogos, adaptações e criação de novas regras; • Atividades e exercícios que exercitem a criatividade, a imaginação, a expressão, a emoção e o pensamento criativo; • Leitura, interpretação e produção de qualquer tipo de texto, atividade. Diálago constante, direta e indiretamente ; • Jogos e brincadeiras lúdicas direcionadas as dificuldades do aluno; • Atendimento pedagógico específico, individual ou em grupos pequenos com dificuldades semelhantes. • As atividades variam conforme a área de dificuldade do aluno, com programação individual, específica, métodos e estratégias diferenciadas, respeitando as diferenças de cada um. AVALIAÇÃO O processo de avaliação é de suma importância para nortear as decisões pedagógicas e re-estruturar suas ações. Há necessidades de enfocar alguns aspectos: * As áreas de desenvolvimento (biológico, intelectual, motor, emocional, social, comunicação e linguagem); * O nível de competência curricular (capacidade do aluno em relação aos conteúdos curriculares anteriores a serem desenvolvidos); * O nível de aprendizagem de cada aluno considerando as diferenças individuais dos alunos. A avaliação deverá ser de forma contínua, diagnóstica e cooperativa. Será possível observar o progresso do aluno durante as atividades, em relação a área acadêmica e as áreas 302 de Desenvolvimento. Em contato direto com os professores da Sala Comum que poderão relatar como o aluno está em sua aula e o que necessita ser trabalhado com maior ênfase. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos InclusosSEED- Curitiba.2006 Textos: Direcional Educador, junho/2008. -O DIREITO À IGUALDADE E A DIFERENÇA NA ESCOLA: DESAFIOS DA INCLUSÃO. Maria Teresa Eglér Mantoan -OS CAMINHOS PARA A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR E A IMPORTÂNCIA DE CONVIVER COM A DIVERSIDADE. Rosa Maria Gasparini Nazar. a 303 PROPOSTA CURRICULAR DA LINGUA ESTRANGEIRA - CELEM APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A aprendizagem de uma língua estrangeira contribui para o processo educacional como um todo, indo muito além da simples aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Ela leva a uma nova percepção da natureza de linguagem, aumenta a compreensão de como a língua funciona e desenvolve mais a consciência do funcionamento da própria língua materna. O conhecimento em língua estrangeira, em especial o “ Espanhol “ é hoje considerado um direito, não apenas para os alunos em fase escolar, mas para a grande massa da população. O acesso à língua estrangeira está intrinsecamente ligada ao tema da diversidade cultural que vem adquirindo crescente importância na atualidade, na dinâmica diferenciada das diversas culturas dos povos da América do Sul. Os conflitos mundiais têm recuperado o tema da diversidade cultural como uma prática prioritária inclusive em nível de práticas globais. Neste sentido, o ensino de língua estrangeira deve apontar para uma perspectiva plurilíngue, que considere as especificidades dos grupos com os quais atua. Conhecer melhor outro idioma é passaporte para o ingresso na sociedade da informação. A língua estrangeira no Ensino Médio, deve ser vista como uma intermediação entre o indivíduo e o mundo, ou seja, ela deve ser um elemento de ligação entre os dois, é ela que vai construir a identidade cultural do aluno, pois é no conhecimento da cultura do outro que o educando conhece sua própria identidade como ser crítico e transformador. Hoje cerca de vinte e dois países da América do Sul, Central, e claro, Espanha, na Europa, têm como língua oficial o Espanhol, ela se tornou mais que uma necessidade, se tornou sinônimo de sobrevivência e integração das Américas com o mundo. Sabemos que na Antiguidade, o latim predominou soberano em razão da vastidão do Império Romano. Mas no século XX, o espanhol foi tomando cada vez mais espaço nas escolas, em virtude de fatores muito diversos, como, por exemplo,o “ Mercosul”,ou, para atender interesses políticoeconômicos e, ainda, para melhorar as relações entre Brasil e seus vizinhos de fronteira hispanohablantes. A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa para o aluno. No entanto, a lei 11.161 de 05 de agosto de 2005, assinada pelo então Presidente da República Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, prevê que as escolas deverão implementar a dita lei até 05 de agosto de 2010. 304 O ensino das línguas estrangeiras Modernas começou a ser valorizado somente depois da chegada da família real ao Brasil, em 1809. O amplo domínio inglês acabou por gerar manifestações nacionalistas por parte dos brasileiros e, de modo a abafá-las, as companhias inglesas passaram a anunciar ofertas de emprego para “engenheiros, funcionários e técnicos brasileiros em geral”, bastando que os interessados falassem a língua inglesa para que pudessem entender as instruções e receber treinamento. O ensino formal da língua inglesa no Brasil teve início com o decreto de 22 de junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar uma escola de língua francesa e outra de língua inglesa. Até então, o grego e o latim eram as línguas estrangeiras ensinadas na escola. Desde aquela época, o Estado Brasileiro vem mantendo a sua determinação de incluir o ensino de línguas estrangeiras no currículo da educação pública. Porém, no início, não foi fácil para as línguas modernas, ou seja, o francês e o inglês, alcançarem o mesmo status que as línguas clássicas tinham. A fundação do Colégio D. Pedro II em 1837 teve um papel muito importante neste processo, que foi bastante lento. Em 1889 promovidas pelo ministro Benjamin Constant as Reformas no âmbito educacional tinham por objetivo modificar todo o sistema educacional do país, em todos os graus de ensino. Elas também afetaram o ensino de línguas estrangeiras no Colégio Pedro II, então chamado Ginásio Nacional, na medida em que o inglês, o alemão e o italiano foram excluídos do currículo obrigatório, assim como o estudo de literaturas estrangeiras. O ensino de inglês no Brasil teve um grande impulso na década de 1930, graças às tensões políticas mundiais que acabaram por culminar na Segunda Guerra Mundial. Neste contexto, a “difusão da língua inglesa no Brasil passou a ser vista como uma necessidade estratégica para contrabalançar o prestígio internacional da Alemanha Em 1930 foi criado o Ministério de Educação e Saúde Pública e em 1931 houve a reforma de Francisco de Campos, que introduziu mudanças não somente no conteúdo, mas principalmente quanto à metodologia do ensino de línguas estrangeiras. Quanto ao conteúdo, esta reforma aumentou de modo indireto, a ênfase dada às línguas modernas em função da diminuição da carga horária do latim. No que diz respeito ao método, as mudanças foram mais profundas, na medida em que essa reforma introduzia oficialmente o ensino das línguas estrangeiras através das próprias línguas. Esse método, que recebeu o nome de ‘método direto’, já havia sido introduzido na França 30 anos antes. O Colégio Pedro II foi um dos primeiros a adotarem este novo método no Brasil e ainda em 1931 (ano da reforma) 305 começou a introduzi-lo em suas salas de aula. Um ano depois, foi fundada a Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa de São Paulo, em função de um acordo de cooperação entre a Escola Paulista de Letras Inglesas e o Consulado Britânico. Em 1942, houve a reforma Capanema, que teve o mérito de equiparar todas as modalidades de ensino médio (secundário, normal, militar etc), que priorizava as Ciências. Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelece que o ensino de uma língua estrangeira moderna é o único do núcleo comum a ter obrigatoriedade. Dez anos depois da primeira LDB, foi publicada a LDB de 1971, a Lei 5692 que reduz drasticamente a carga horária de LE, “agravada ainda por um parecer posterior do Conselho Federal de que a língua estrangeira seria ‘dada por acréscimo’ dentro das condições de cada estabelecimento. Em 15 de agosto de 1986, em decorrência da redemocratização do país, e amplo movimento para pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas , o estado da educação criou os CELEM ( Centros de Línguas Estrangeiras Modernas ), estes centros têm side preservado pela SEED até hoje. A LDB de 1996 substitui o 1º e 2º graus por ensino fundamental e médio e deixa bem clara a necessidade de uma LE no ensino fundamental, cuja escolha ficaria a cargo da comunidade escolar. Quanto ao ensino médio, a lei estabelece a obrigatoriedade de uma LE moderna, havendo a possibilidade de uma segunda língua optativa, de acordo com as disponibilidades da instituição. Em 1999. O MEC publicou o PCN de Língua Estrangeira para o Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita da língua estrangeira. Em virtude da necessidade de aproximar os países hispanohablantes com o Brasil, e assim, melhorar as relações comerciais com os vizinhos de fala espanhola, e ainda para destacar o Brasil no Mercosul. O Presidente em exercício Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a lei 11.161 em 05 de agosto de 2005, que tornou obrigatória a oferta da Língua Espanhola nos estabelecimentos de ensino médio. A partir de então a SEED abriu concurso público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professor de espanhol. CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICOS O Discurso como prática social, articulando as diversas formas discursivas na escrita, na 306 oralidade, na interpretação e na leitura. Escrita –A produção escrita de diversos tipos de textos, é a oportunidade do aluno expressar suas ideias através de trabalhos individuais e em grupos, diversificados de acordo com os conteúdos. Oralidade- Possibilitar a oportunidade de expressar e manifestar um pensar crítico dos temas propostos em textos variados, oriundos de diversas fontes, de acordo com o conteúdo estudado. E, desta forma analisar e refletir os fenômenos linguísticos e culturais como realizações discursivas do sujeito. Na música e nas canções folclóricas ou não, cantar e expressar a oralidade de forma lúdica e prazerosa, perdendo assim a inibição. Interpretação – Todos os temas propostos serão interpretados de forma oral e de forma escrita, uma vez que as traduções serão de forma livre, dando abertura a várias interpretações. Leituras – A utilização de diversos tipos de textos verbais e não verbais, de diferentes gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional. A leitura se dará de forma interpretativa e dinâmica. É a partir dos conteúdos estruturantes que advém os conteúdos básicos: os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os conteúdos básicos que pertencem às préticas da oralidade, leitura e escrita conforme é apontado nas diretrizes. O trabalho com a língua estrangeira fundamenta-se na diversidade de gêneros discursivos e busca expandir a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção de significados possíveis. CONTEÚDOS BÁSICOS Gêneros Discursivos e seus elementos composicionais dentro das esferas sociais de circulação: cotidiana, publicitária, produção, jornalística, artística, escolar, literária e midiática: 307 Leitura: Escrita: Oralidade *Elementos composicionais * Tema do texto; *Tema do texto; do gênero; * Finalidade do texto; *Aceitabilidade do texto; * Propriedades estilísticas do * Intencionalidade do texto; * Informatividade do gênero; * Informatividade do texto; texto; * Aceitabilidade do texto; * Elementos composicionais *Intencionalidade do * Finalidade do texto; do texto; texto; *Informatividade do texto; * Propriedades estatísticas de *Situacionalidade do *Intencionalidade do texto; gênero; texto; * Situacionalidade do texto; * Conteúdo temático do texto; • Papel do locutor e * Papel do locutor e *Aceitabilidade do texto; interlocutor do texto. interlocutor; * Situacionalidade do texto; • Conhecimento do * Conhecimento de mundo; * Papel do locutor e mundo * Temporalidade; interlocutor do texto. • Elementos * Referência Textual *Conhecimento do mundo; extralinguísticos: * Temporalidade; entonação, pausa, gestos; * Referência Textual; • Adequação do discurso ao gênero; turnos de fala • Variações linguísticas ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Os conteúdos serão explanados de forma contextualizada e interdisciplinar, através de atividades individuais e coletivas, abordando as diversas formas discursivas: oralidade, leitura, escrita e interpretação de diversos tipos de textos verbais e não verbais. E dessa forma, desenvolver as habilidades orais e escritas, possibilitando assim a capacidade de analisar, refletir e perceber a LEM não só como disciplina, mas como conhecimento de nova cultura. Para isso, utilizar-se-á aparelhos audiovisuais, DVDs, CDs, Pen drive, TV, músicas, dicionários, propagandas, jogos e guias de apoio como livro didático. Os conteúdos gramaticais, sob forma de análise linguística serão abordadas sempre a partir do gênero, sendo o discurso como prática social, o conteúdo que estrutura a LEM e que se manifesta sob a forma de gênero discursivo, o trabalho da LEM deve partir do texto / 308 gênero discursivo, portanto há necessidade de elencar os gêneros escolhidos pelo coletivo da escola a serem trabalhados considerando os conteúdos básicos dispostos nas diretrizes Os materiais utilizados deverão contemplar os interesses do educando, tendo em vista que os mesmos podem e devem permitir a flexibilidade para incorporação de especificidades educacionais. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO A avaliação é a parte integrante no processo educacional. A função da avaliação não é apenas constatar um certo nível de aprendizado do aluno. E, sim, deve ser um processo integrado e contínuo de aprendizagem respeitando as diferenças individuais. A avaliação deve contemplar todo o aprendizado em todas as atividades desenvolvidas durantes as aulas. A avaliação terá como objetivo maior averiguar, através da oralidade e de textos lidos, interpretados e escritos, o nível de compreensão e expressão das atividades propostas. Todo esse processo levará em conta a improvisação, a criatividade, o interesse e a participação do aluno nos trabalhos e avaliações individuais ou em grupos. Os trabalhos serão desenvolvidos em sala de aula ou não, podendo ser de forma individual, em duplas, ou grupos, podendo ser texto, relatório, maquete, teatro, jogral, cartazes, entre outros. As provas descritivas contarão com questões elaboradas de forma diversificada (ordenar, classificar, explicar, responder, enumerar, assinalar, completar...), contendo o valor de cada questão. Os alunos serão avaliados através de provas, trabalhos e tarefas. Salienta-se que sempre deverão ser atividades de leitura, interpretação e produção escrita, pois a escola tem o 309 objetivo de formar homens informados e críticos. Os alunos serão avaliados em todas as atividades desenvolvidas em sala de aula, tendo como objetivo maior averiguar através da oralidade, textos escritos e leitura o nível de compreensão dos alunos. Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas avaliações bimestrais e o máximo fica a critério do professor, devendo o aluno obter a média 6,0 para aprovação. A recuperação de estudos ocorrerá sempre após a retomada de conteúdos e ofertada para todos os alunos que não atingirem na totalidade o processo de ensino aprendizagem. Quanto as provas seguidas de recuperação de estudos, considerar-se-á a maior nota, a avaliação deve compreender todo o aprendizado. Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, terão atendimento e avaliações diferenciadas de acordo com a especificidade de cada indivíduo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALADRÉN, Márcia Del Carmen. Español actual: textos, gramática, ejercicios. Tercera edición- Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1995. 240 p. ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. (Linguagem - Ensino). Pontes, Campinas, São Paulo: 1998. CASTRO, F. MARÍN, F. MORALES, R. ROSA, S. Curso de Español para Extranjeros- Ven 1. Edelsa Grupo Didascalia., S.A., Madrid:1990 DÍAZ, Rafael Fernández. Jugando y aprendiendo español. Novos Livros: São Paulo, 1994. DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Curitiba, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. 310 Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990. GARGALLO, Isabel. Lingüística Aplicada a la enseñanza-aprendizaje del español como lengua extranjera. Arcolibros: Madrid, 1999. HERMOSO, A. González & CUENOT, J.R. & ALFARO, M. Sánchez.Gramática de español lengua extranjera (Curso Práctico).Ed.EDELSA Grupo Didascalia, S.A., 2000. LAROUSSE. Diccionario de la Lengua española: Esencial. México, 1994. MARTIN, Ivan Rodrigues. Espanhol série Brasil. Editora Ática. São Paulo SP: 2004. PALOMINO, María Ángeles. Dual pretextos para hablar. Madrid, 1998. PARO, Vitor Enrique. Reprovação Escolar: renúncia à educação. São Paulo, 2001. PERRENAUD, PHILIPPE. Dez novas competências para ensinar. trad. Patrícia Chitanú Ramos, Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Vários autores. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006. 311 EJA 312 1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Partindo-se da concepção de que a Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da Educação Básica e que a Educação é um direito de todos, ressaltamos a importância de se oferecer esta modalidade de ensino a educandos que por diversos motivos não puderam fazer parte da escola na idade apropriada, ou seja, dos 7 aos 14 anos. Sabe-se que adquirimos uma bagagem de conhecimentos no decorrer de nossas vidas, pois participamos de inúmeras instâncias sociais, mas sabe-se também que é a escola, a única via de acesso ao conhecimento formal, científico, sendo assim a LDBEN 9394/96 garante a todos independente da idade o acesso a escolarização convencional. Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais e partindo das inúmeras transformações sociais, entende-se que é necessário oferecer a todos uma educação de qualidade resgatando-se o tempo perdido e o direito a educação que foi negado por muito tempo. Portanto a essa população de Jovens e Adultos deve ser dada a oportunidade de estar novamente em contato com a educação que lhe é de direito, principalmente com uma pedagogia e uma metodologia apropriada a essa modalidade. 1.1 PERFIL DO EDUCANDO Os alunos da modalidade de EJA (Educação de Jovens e Adultos) são na sua maioria trabalhadores assalariados, que não tiveram oportunidade de frequentar a escola na idade convencional. Hoje percebem que por exigência do mercado de trabalho ou até mesmo por satisfação pessoal, necessitam voltar a escola. O aluno que chega a EJA, traz um vasto conhecimento informal adquirido ao longo de sua vida o qual deverá ser levado em consideração e que servirá como base para o conhecimento científico que vai sendo adquirido ao longo das aulas, no contato com colegas e professores. A própria modalidade na sua definição, Educação de Jovens e Adultos, já amplia essa demanda para educandos das mais diferentes idades, do jovem de 18 anos ao idoso com mais de 60. Cada um chega com um objetivo particular, mas ao final do processo todos devem sair dotados dos conhecimentos e da cultura historicamente acumulada pela sociedade. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO 313 Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didáticopedagógicas coletivas e/ou individuais. Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo. Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como: •pesquisa e problematização na produção do conhecimento; •desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; •registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos; •vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural. Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade. Organização Coletiva Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido. Organização Individual A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm 314 possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados. 1.3 NÍVEL DE ENSINO 1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem. Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio. 1.3.2 Ensino Médio O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. 1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos. Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, 315 fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de: • deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva; • condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; • superdotação/altas habilidades. É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos. Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar. Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. AÇÕES PEDAGÓGICAS DECENTRALIZADAS Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria. 1.6 FREQUENCIA A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula. 316 1.7 Exames Supletivos Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos. 1.8 CONSELHO ESCOLAR O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliadora e fiscalizadora sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição a LDB o ECA, o PPP e o Regimento Escolar do estabelecimento de ensino para o cumprimento da função social e específica da escola. O Conselho Escolar é constituído por representantes de todos os segmentos da Comunidade Escolar, tendo como membro nato o Diretor do estabelecimento e este constituindo-se como presidente do Conselho. O Conselho Escolar do Colégio Estadual João Negrão Júnior, de acordo com o princípio de representatividade e proporcionalidade é constituído da seguinte forma: a) Diretor; b) Representante da Equipe Pedagógica; C) Representante do corpo Docente; d) Representante dos Funcionários Administrativos; e) Representante dos Funcionários de Serviços Gerais; f) Representante do Corpo Discente; g) Representante dos pais de alunos; h) Representante do Grêmio Estudantil; i) Representante de Movimentos Sociais, Organizados da Comunidade (APMF, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde, Conselho Tutelar). 317 1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como material de apoio. Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos didáticos. 1.10 BLBLIOTECA ESCOLAR A Biblioteca Escolar deve ser um espaço que proporcionará aos alunos momentos de leitura e complementação de estudos. Neste espaço pedagógico todos o acervo escolar, que conta com aproximadamente 7.300 livros, estará a disposição dos alunos da EJA. Nos períodos da manhã, tarde e noite a biblioteca conta com um profissional para dar suporte aos usuários. 1.11 LABORATÓRIO Ciência e Tecnologia, teoria e prática, elementos de um mesmo processo e indispensáveis para que o conhecimento passe do Senso comum ao científico. A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes tempos e espaços do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente interação, do corpo humano e da integridade, da saúde como dimensão pessoal e social, do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser humano são os resultados esperados na área de ciências do ensino fundamental e médio. Com relação ao laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia não dispomos de espaço adequado as atividades práticas, relacionadas a essas disciplinas, sendo assim as atividades possíveis são realizadas em espaços improvisados, seguindo-se o entendimento do Conselho Estadual de Educação, Expresso no parecer nº “095/99”... indubitavelmente, um conceito novo para o espaço denominado também o pátio da escola, a beira do mar, o bosque ou a praça pública... explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e materiais pré-determinados, para a concretização de experimentos nos estabelecimentos de ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer implementar nesta Educação de Jovens e Adultos. 318 1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS O mundo globalizado faz parte do dia a dia de cada cidadão, sendo assim faz-se necessário o domínio das inúmeras tecnologias existentes. È preciso ensinar o aluno trabalhar a informação, utilizando-á para colaborar na solução dos problemas da realidade, dessa forma, o uso da tecnologia (informática, TV, pendrive e DVD) possibilita ensinar de forma diferentes, transformando a aula em investigação. O Colégio Est. João Negrão Júnior conta com um Laboratório de Informática com 20 computadores conectados a internet o qual será disponibilizado aos alunos e professores da EJA desde que cumpridas as normas de uso. 2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004) A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos1. Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica 1 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40. 319 verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensinoaprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural; o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça; os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo; Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história. A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana. É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas características. E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná: •A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos formais; •O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o conhecimento; 320 •Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros; •A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social; •O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento. Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber: • Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem; • Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos; • O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sóciohistóricos; • Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos interesses do educando, necessários ao exercício da cidadania e do trabalho; • Fornecer subsídios para se tornem ativos, criativos, críticos e democráticos; Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos. 321 3 - INDICAÇÃO DA FASE DE ESTUDOS Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos. 4 - MATRIZ CURRICULAR 4.1 Ensino Fundamental – Fase II MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATI ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS Total de Total de DISCIPLINAS Horas horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA 226 272 ARTE 54 64 LEM - INGLÊS 160 192 EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 MATEMÁTICA 226 272 CIÊNCIAS NATURAIS 160 192 HISTÓRIA 160 192 GEOGRAFIA 160 192 ENSINO RELIGIOSO* 10 12 Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a *DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 322 4.2 Ensino Médio MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATI ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA E 174 208 LITERATURA LEM – INGLÊS 106 128 ARTE 54 64 FILOSOFIA 54 64 SOCIOLOGIA 54 64 EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 MATEMÁTICA 174 208 QUÍMICA 106 128 FÍSICA 106 128 BIOLOGIA 106 128 HISTÓRIA 106 128 GEOGRAFIA 106 128 LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128 TOTAL 1200/1306 1440/1568 * LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sóciocultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino. 323 Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades. Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes. No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica. 6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO 6.1 Concepção de Avaliação A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios: 89. investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; 90. contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; 324 91. sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; 92. abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando; 93. permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola. Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 05 (cinco) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem. Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização. A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos. É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica. 6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas • as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; • para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota 325 para fins de promoção e certificação. • a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual; • o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos; • para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); • os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando; • o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver; • na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de cálculo da média final; • no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção. 6.3 Recuperação de Estudos A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensinoaprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. 326 A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. 6.4 Aproveitamento de Estudos O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos. 6.5 Classificação e Reclassificação Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar. 7 - REGIME ESCOLAR O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação. As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz curricular. Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais 327 temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros. 7.1 ORGANIZAÇÃO Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino Fundamental – Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação. 7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as seguintes ofertas : •organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para matrícula na organização coletiva; •a disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na organização coletiva. 7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de 100% da carga horária total estabelecida. 7.3 MATRÍCULA Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos: • a idade para ingresso respeitará a legislação vigente; • será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora; • educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente; • no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula facultativa para o educando; • no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para o 328 educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas concomitante; • poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar; • para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar; • será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial; • educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial, podendo participar do processo de reclassificação; • educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de 02 (dois) meses consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e os registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina. No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das disciplinas. O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos: • a organização dos cursos; • o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar; • a dinâmica de atendimento ao educando; • a duração e a carga horária das disciplinas; 329 • os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos; • o material de apoio didático; • as sugestões bibliográficas para consulta; • a avaliação; • outras informações necessárias. 7.4 MATERIAL DIDÁTICO O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos. 7.5 AVALIAÇÃO • avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente; • as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; • para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento escolar; • a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez); • para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual; • o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos; • a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis); 330 • os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando; • o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver; • para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina; • no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escola, por não ser objeto de retenção. • para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino Religioso, na documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina. 7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensinoaprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. 7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação estão 331 regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na legislação vigente. 7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora. 7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED, oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. 8 - RECURSOS HUMANOS 8.1 Atribuições dos Recursos Humanos De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos. 8.1.1 Direção Compete ao diretor(a): I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse; III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar; IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação; V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à 332 aprovação do Conselho Escolar; VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público; IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público; X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação; XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual; XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar; XIII. deferir os requerimentos de matrícula; XIV. elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação; XV. acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos discentes; XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos; XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar; XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos; XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação; XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional; XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar 333 operacional; XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade; XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED; XXV. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso; XXVI. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar; XXVII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica; XXVIII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM; XXIX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial; XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; XXXI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XXXII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XXXIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. 8.1.2 Professor Pedagogo A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto PolíticoPedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Compete à equipe pedagógica: I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico 334 e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino; II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática; III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar; IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino; VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes; VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos; VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino; X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenções decorrentes das decisões do Conselho de Classe; XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas; XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico; XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos; XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando 335 teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura; XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática; XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola; XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma; XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED; XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político- Pedagógico do estabelecimento de ensino; XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino; XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares; XXV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social; XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos; XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor; XXX. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de dias, 336 horas e conteúdos aos discentes; XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe; XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno; XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino; XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais; XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral; XXXVII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário; XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos; XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola; XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular; XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna; XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; XLIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar; XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; 337 XLV. elaborar seu Plano de Ação; XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no administrativo, tais como: • Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina; • Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões). • Acompanhar o estágio não-obrigatório. 8.1.3 Coordenações As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora. Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas: Coordenador Geral • Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas. • Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE. • Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação. • Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do Estabelecimento. • Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento. • Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema. • Organizar a documentação dos educandos para a matrícula. • Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos. • Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas. • Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas. • Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o atendimento aos educandos de todas as turmas. • Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante 338 as horas-atividade dos professores. • Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem. • Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades que necessitam de escolarização. • Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes. • Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente. • Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação; Coordenador Itinerante • Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas. • Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos. • Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas. • Observar e registrar a presença dos professores. • Atender à comunidade nas solicitações de matrícula. • Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico. • Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos. • Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação. • Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral qualquer problema neste procedimento. • Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula. • Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade. • Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os professores; Coordenador de Exames Supletivos •Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos •Tomar conhecimento do edital de exames. 339 •Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital. •Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser executados. •Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos. •Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão de Relatório de Inscritos. •Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para execução dos exames. •Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso. •Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais. •Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames. •Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs. •Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta. •Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames. •Divulgar as atas de resultado. •Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line. 8.1.4 Docentes Compete aos docentes: I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar; II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político- Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; 340 IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente; V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno; VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno; VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo; IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem; XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção; XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras; XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem; XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística; XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, sendo as do pré-conselho registradas em fichas e as do Conselho de Classe registradas em ata; XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania; XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe 341 pedagógica; XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED; XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino; XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade; XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento do processo educativo; XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa; XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado; XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED; XXIX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. Aos docentes cabe também: • Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento Escolar. • Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos. • Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de 342 aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento; O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais. 8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de ensino. O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da SEED. Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção. Compete ao Secretário Escolar: I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino; III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos administrativos; IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada; V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos; VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência e conclusão de curso; VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às autoridades competentes; VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados; IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares; X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade; XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado; 343 XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento; XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar; XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria; XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos; XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar; XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor competente a sua freqüência, em formulário próprio; XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas; XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos; XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria da escola; XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular (CELEM, Atividades Complementares no Contraturno – CAICs), quando desta oferta no estabelecimento de ensino; XXIII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos; XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando solicitado; XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XXVIII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função. 344 Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a): I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar; II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações; III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida; IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os mesmos a quem de direito; VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor; VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade; VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola; IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a movimentação de expedientes; X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado; XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e atualizando o sistema informatizado; XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação; XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do estabelecimento de ensino: I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando organização e funcionamento; 345 II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio; III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino; IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros; V. encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos usuários; VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo; VII. registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário; VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca; IX. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua manutenção; X. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; XI. auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático; XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no laboratório de Informática do estabelecimento de ensino: I. cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática, assessorando na sua organização e funcionamento; II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e equipamentos de informática; III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório; IV. assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório; V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos; VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; 346 VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório de Informática; VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino: I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e Biologia; II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos; III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de atividades práticas de ensino; IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório; V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do laboratório; VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório; VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos e equipamentos de uso do laboratório; VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente ocorridos no laboratório; X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de consumo; XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função 347 XV. Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a organização da EJA prevista nesta proposta. 9 - PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11) Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade. Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias. Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização. A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s. A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com 348 as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica. Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas. Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o cárater de composição da nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED. Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”, “cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17) Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos. 10 - PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE O corpo docente da EJA participará de Grupos de Estudos, Semana Pedagógica, e de todos os eventos ofertados pela SEED e pelo Núcleo Regional de Educação. 349 CONSIDERAÇÕES FINAIS O ambiente escolar deve ser um espaço agradável de trabalho e estudo, e, são os funcionários dos serviços gerais que colaboram para a conservação deste espaço limpo e organizado, portanto, devem ser valorizados e respeitados nas suas opiniões e críticas, bem como na ajuda para a educação das crianças e jovens que são recebidos por este estabelecimento de ensino. A distribuição dos profissionais da equipe administrativa segue a demanda estabelecida pela SEED. É importante em todos os turnos, dentro do horário de funcionamento, haja profissionais responsáveis pelo setor da secretaria e biblioteca. A escala de trabalho dos funcionários deverá ser estabelecida de forma que o expediente da secretaria conte sempre com a presença de um responsável, independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do estabelecimento. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição. BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. SP : Cortez, 1997. CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998. CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17 (5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA). Conselho Estadual de Educação – PR - Deliberação 011/99 – CEE. - Deliberação 014/99 – CEE. - Deliberação 09/01 –CEE. - Deliberação 06/05 – CEE. - Indicação 004/96 – CEE. - Deliberação 06/06 – CEE - Deliberação 01/06 – CEE - Deliberação 06/09 – CEE. - Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios). 350 - Conselho Nacional de Educação - Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA. - Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. - Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. - Resolução 03/98 – CEB Constituição Brasileira – Artigo 205. DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. SP : Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 1998. DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997. DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. Mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. Mimeog. Decreto 2494/98 da Presidência da República. Decreto 2494/98 da Presidência da República. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. LDBEN nº 9394/96. KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40. OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004. Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos. SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN. SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN. SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição. 351 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A dimensão histórica, destaca alguns marcos do desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. As concepções de alguns artistas e teóricos que se preocupam com o conhecimento em Arte e instituições criadas para atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história, permitirá aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país e Paraná. Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio de retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações artísticas locais. Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações. No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil - século XVI ao XVIII - a Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o Renascimento e culminaram com o iluminismo. Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência. Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da Colônia. A chamada Reforma Pombalina fundamentava-se nos padrões da Universidade de Coimbra, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar dessa reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. Nos espaços dos colégios jesuítas passaram a funcionar colégios-seminários dirigidos por outras 352 congregações religiosas, onde padres-mestres eram responsáveis pelo ensino. Entre esses colégios-seminários, destacaram-se o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro. Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de obras foram iniciadas e entre essas ações , destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos e esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com fim dos colégiosseminários e sua transformação em estabelecimentos públicos. No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio Pedro II e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para formação em magistério. Em 1886 foi criada por Antonio Mariano de Lima, a Escola de Belas Artes e Industrias que desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes plásticas e da música na cidade; dessa escola foi criada em 1917, a Escola Profissional Feminina, que oferecia, além do desenho e pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados que faziam parte da formação da mulher; em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivas e liberais. Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção capitalista e secundarizou o ensino de Arte que passou a abordar, tão somente as técnicas e artes manuais. Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos mais diversos espaços sociais são influenciados também por movimentos políticos e sociais. O ensino de Arte passou a ter então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essas concepções foram gradativamente incorporadas para o ensino de outras faixas etárias. Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo da teoria musical e, novamente, a execução de hinos ou outras canções cívicas. O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a classe social a qual se destinava, no Paraná houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e entre eles artistas vieram novas ideias e experiências culturais diversas como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da 353 sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar uma disciplina escolar. Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão. No currículo escolar a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A Parti de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Após esses anos de trabalho de implementação das propostas, o processo foi interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras bases teóricas, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de 1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino e os PCN em arte tiveram como principal fundamentação a proposta de Ana Mãe Barbosa, denominada de metodologia triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE (Discipline Based Art Education) norte-americana que teve origem no final dos anos de 1960 nos Estados Unidos. Em 2003 iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e instituições Superior (IES), pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Um exemplo dessas políticas e a Instrução Secretarial nº015/2006 que estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as disciplinas do Ensino Médio. Outro exemplo é a retomada dos concursos públicos para professores principalmente para a Arte. Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma transformação no ensino de arte. Assim o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a idéia da arte como representação, em muitos casos assimilada como referência formativa no ensino de arte. 354 A partir dessa concepção cabe a educação tão somente promover o ajustamento do sujeito que deve achar seu lugar na sociedade e resignar-se. Com os filósofos e os artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de Arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel ou idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expressão concretizada em formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e de emoções. O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os conhecimentos e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade. Para isso o ensino de Arte deve basearse num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico a partir dos campos conceituais que historicamente tem produzido estudos sobre ela, quais sejam: -o conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo; -o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo de criação. Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas. Nas aulas de Arte os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdade e injustiças. O sentido de cognição implica não apenas o aspecto inteligível e racional, mas também o emocional e o valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade. O homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se capaz de abstrair, simbolizar e criar arte. Assim, em todas as culturas, constata-se a presença de maneiras diferentes daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto nos ritualísticos, muitos dos quais vieram a ser considerados objetos artísticos. A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da 355 sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos às coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica. ÁREA DE MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS FORMAIS CONTEÚDOS BÁSICOS MÚSICA Altura Ritmo Arte Greco-Romana, Duração Melodia Arte Oriental, Timbre harmonia Arte Africana, Intensidade tonal Arte Medieval, Densidade Modal Renascimento, contemporâneas Escalas Rap, Tecno, Sonoplastia Barroco, Estrutura Gêneros: Classicismo, erudita,folclórica... Romantismo, Técnicas: instrumental, Vangardas Artísticas, vocal, mista, Arte Engajada, improvisação... Música Serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular Brasi- leira, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Word Music, Arte Latino Americana... 356 ÁREA DE ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS FORMAIS CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto Linha ARTES Superfície VISUAIS Textura Volume Luz Cor Figurativa Arte Pré-histórica, Abstrata Arte no Antigo Egito, Figura-fundo Arte Greco-Romana, Bidimensional Arte Pré-Colombiana, Tridimensional Arte Oriental, Arte Africana, Semelhanças Arte Medieval, Contrastes Arte Bizantina, Ritmo Visual Arte Românica, Gêneros: Paisagem, retrato, Arte Gótica, natureza-morta... Renascimento, Técnicas: Pintura, gravura, Barroco, escultura, arquitetura, Neoclassicismo, romantismo, fotografia, vídeo... Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Construtivismo, Surrealismo, Op-Art, Pop-art, Arte Naif, Vanguardas artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino-Americana, Muralismo... 357 ÁREA DE TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO FORMAIS MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem Representação (expressões Texto Dramático Arte Greco-Romana, corporais, Dramaturgia, Roteiro Arte Oriental, vocais, Espaço Cênico Arte Africana, gestuais e Sonoplastia, iluminação, cenografia, Arte Medieval, faciais) figurino, adereços, máscara, Renascimento, caracterização e maquiagem Barroco, Gêneros: tragédia, Comédia, Drama, Neoclassicismo, TEATRO Ação Épico, Rua, etc. Romantismo, Técnicas: jogos teatro indireto Realismo, (manipulação, bonecos, sombras...), Expressionismo, improvisação, monólogo, jogos Vanguardas Artísticas, dramáticos, direção, produção... Teatro Dialético, Espaço Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino-Americana. 358 ÁREA DA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO FORMAIS MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS DANÇA Eixo Arte Pré-Histórica, Arte Movimento Dinâmica Greco-Romana, Arte Corporal Aceleração Oriental, Arte Africana, Ponto de apoio Arte Medieval, Salto e queda Renascimento, Barroco, Rotação neoclassicismo, Formação Romantismo, Deslocamento Expressionismo, Sonoplastia Vanguardas Artísticas, Arte Coreografia Popular, Arte Indígena, Gêneros: folclóricas, de solão, Arte Brasileira, Arte étnica... Paranaense, Dança Circular, Técnicas: improvisação, Indústria Cultural, Dança coregrafia... Clássica, Dança Moderna, Temporal Espaço Dança Contemporânea, Hip Hop, Arte LatinoAmericana... ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do espectador. Além disso é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico, orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a função artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Dessa forma devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte três momentos da organização pedagógica. -Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, 359 bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos; -Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte; -Trabalho artístico: é a prática criativa o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. O Trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. O conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes elementos formais, composição, movimento e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados. É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originado pela comunidade e considerando que existem alunos com necessidades especiais, terão atendimento individual de acordo com a dificuldade apresentada. Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores cultuais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção. Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a parte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de sujeito, histórica e socialmente datados. No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver-se a apreciação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparência e aprender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social. Sugere-se para a prática pedagógica que o professor aborde, além de produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de 360 diferentes aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas. Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno. Trabalhar com as Artes Visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade humano social, e as possibilidades de transformação dessa realidade e o processo pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os conhecimentos do aluno e a imagem proposta, explorando a obra em análises e questionamentos dos conteúdos das Artes Visuais. Para o ensino de Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamentos das aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem, que são: -Movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo e espaço; -Espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial de espaço; -Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração). Para se efetivar o trabalho com a dança na escola há que se considerar algumas questões: com a de gênero, as de necessidades especiais motoras e as de religião, como o caso de algumas religiões que proíbem a dança, ou por outro lado, do cuidado necessário com as danças religiosas que podem impor o caráter litúrgico implícito nas mesmas. Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por isso ao trabalhar uma determinada música, é importante contextualiza-la, apresentar suas características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas composições musicais. Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir o sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza. A música é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou indireta interfere na vida da humanidade. Dentre as possibilidade de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação, 361 destacam-se: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor o momento para que o aluno se exercite. Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento, aquecimento e com os elementos formais de teatro: personagem – expressão vocal, gestual, corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para o texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos. O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo o professor não exclui abordagem da teorização em arte como, por exemplo discutir os movimentos e períodos artísticos importantes da história do teatro. Durante as aulas, torna-se interessante solicitar aos alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia (sentir e perceber). Para o trabalho de sentir e perceber e essencial que os alunos assistam a peças teatrais de modo analisá-las a partir de questões como: • descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da representação; • análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões usadas com mais enfase pelos personagens e outros conteúdos trabalhados em aula; • análise da peça sob ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade em relação a peça assistida. Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja mantendo as suas relações: • Elementos formais: personagem, ação e espaço cênico; • Composição: representação, cenografia; • Movimentos e períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço presentes no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música. O trabalho pedagógico com as encenações deve considerar que elas estão presentes desde os primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, no gêneros (da tragédia, da comédia, do drama, entre outros) nas correntes estéticas teatrais, nos festejos populares, nos rituais do nosso cotidianos, na fantasia e nas brincadeiras infantis, sendo as mesmas, manifestações que pertencem ao universo do conhecimento simbólico do 362 ser humano. O Teatro na escola possui características diferenciadas ao oferecer oportunidades que prezem o direito do aluno ao conhecimento a partir dos conteúdos específicos e metodologias de aprendizagem e avaliação. No Ensino Médio será uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo da experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias. Produção de trabalho de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas. Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços. Percepção de trabalhos de fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. 363 AVALIAÇÃO A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas). O método da avaliação proposto inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo o aluno também deve elaborar seu registro de forma sistematizada para que possa também ofertar uma recuperação de conteúdos quando necessários à sua aprendizagem. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar e refletir e discutir sua produção e a dos colegas. Portanto o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo constituí-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas tal como Desafios Educacionais Contemporâneos quando se fizerem necessários. Afim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos individuais e em grupo; pesquisas bibliográficas e de campo; debates em formas de seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em formas de relatório, gráfico portfólio, áudio-visual e outros. Por meio desses instrumentos o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de aprendizagem: compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social; apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. De acordo com a LDB (n.9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja 364 “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.” REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E PARA O ENSINO MÉDIO, PARANÁ, 2008. a 365 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimentos, força, campo, energia e vida. Segundo Habermas: “O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passo assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder pelítico em expansão que absorve todas as esferas da cultura”. Diante disso, tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas. Acerca disso, podemos notar que conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história de construção do conhecimento científico. A ciência é uma atividade humana complexo, histórica e coletivamente construída, que influência, sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas. A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Foreraz (1995), os modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõe a Natureza muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias. Porém, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam. Gaston Bachelard (1884 – 1962) contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico. 366 Para esse autor existem três grandes períodos do desenvolvimento do conhecimento científico. O primeiro período: representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas. O segundo período: representa o estado científico, em preparação no fim do século XVIII, até o início do século XX. O terceiro período: a era do novo espírito científico, momento em que a relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre. O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Este estado representa a busca da superação das explicações místicas, com base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Segundo Ronan: “A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo natural e do seu relacionamento com o homem. Há alguma conexão entre o homem e o mundo que o cerca, algum entendimento primitivo de que, conhecido o procedimento correto, o homem pode controlar as forças da natureza e colocá-las a seu serviço. A magia exprimiu o que, de um modo geral, era uma visão anímica da natureza. Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções imutáveis e indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se combinar no espaço vazio e assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas. Aristóteles (sec. III a.c.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno, composto por esferas se dispunham em círculos concêntricos, em relação à Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos, formulou as bases para o modelo geocêntrico. Mais tarde contemporâneos de Aristóteles propunham o modelo de Sol como centro do Universo, modelo heliocêntrico. Outras tradições depois das dos modelos helio e geocêntricos surgiram como: 94. Modelo organicista: descrição das partes anatômicas e funções dos órgãos e a organização dos seres vivos. 95. Modelo fixista: seres vivos vistos como imutáveis integrantes de uma natureza estática. 367 96. Modelo evolutivo: seres vivos mutáveis integrantes de uma natureza dinâmica. 97. Modelo mecanicista: conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a ser utilizados como analogia do funcionamento dos sistemas do organismo. O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza. O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias. No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível. Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram questionados, pois no estado científico o mundo passa a ser entendido como mutável e o universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de mudanças na crosta terrestre a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e a conservação de energia. Dois outros trabalhos se destacaram durante o século XIX e modificaram a compreensão do funcionamento dos sistemas de organismo: a teoria da célula e os estudos sobre a geração espontânea da vida. A evolução tecnológica de microscópios com maior capacidade de resolução possibilitou observações mais detalhadas dos tecidos animais e vegetais, o que permitiu a proposição da teoria ce3lular, pela qual todos os seres vivos são formados por células. Com relação à geração espontânea, estudos levaram ao entendimento de que novos seres vivos não surgiam da matéria em decomposição, mas sim por geração a partir de ovos, como o resultados das investigações sobre insetos. Estudos, associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu modelos de transformação de energia na Natureza. O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período fortemente marcado pela aceleração da produção científica. Segundo Sevonko (2001), mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos 100 368 anos, destes mais de dois terços depois da segunda Gerra Mundial. Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade científica e tecnológica o processo de produção do conhecimento científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar. O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (Marandina, 2005, p. 162). No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de campos de referência como a Biologia, a física, a Química, a Geologia, Astronomia, entre outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os campos do saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (Macedo e Lopes, 2002, p. 84), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação na Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, com vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino aprendizagem. No ensino de ciências, próprio do currículo do Ensino Fundamental, quanto nas disciplinas que abordam conceitos científicos no Ensino Médio. As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da vida, da astronomia, d a matéria, dos sistemas biológicos, da energia e da biodiversidade, fornecendo subsídios para a compreensão crítica e histórica do mundo atual, do mundo construído e da prática social. Astronomia Tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de 369 referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Este conteúdo possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo. Matéria No conteúdo matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quais quer que se apresentam à nossa percepção. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências. Sistemas biológicos O conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas e funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básico que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos sere vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências. Energia O estudo da energia é indispensável pois trata de conhecimento físicos, químicos e biológicos e possibilita a compreensão científica desse conceito. Este conteúdo propõe o trabalho e a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. No estudo desse conteúdo é importante considerar as interações, as transformações, as propriedades, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em determinadas situações, as relações com o ambiente. Biodiversidade É o conjunto de diferenças existentes entre os seres vivos, não somente considerando as distintas espécies de plantas, animais, fungos e micro-organismos, mas também as referentes a sua constituição genica e a interação de3sses seres entre si e com o ambiente que 370 o cerca, ou seja, os ecossistemas que os englobam e os processos ecológicos que os retem. CONTEÚDOS BÁSICOS - Universo - Sistema Solar - Movimentos terrestres - Movimentos celestes - Astros - Constituição da matéria - Níveis de organização celular - Formas de energia - Conversão de energia - Transmissão de energia - Organização dos seres vivos - Ecossistemas - Evolução dos seres vivos - Célula - Morfologia e fisiologia dos seres vivos - Formas de energia - Origem da vida - Organização dos seres vivos - Sistemática - Origem e evolução do universo - Gravitação universal - Mecanismos de herança genética - interações ecológicas ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Faz-se necessário que os educados do processo de ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de Ciências como construção humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade. Assim, pretende-se fazer com que o aluno crie curiosidade sobre o que acontece a nossa volta, indo buscar informações na imprensa escrita e falada, trazendo assim à tona suas 371 ideias e duvidas que sejam amplamente discutidas. O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a um único método. Algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, visitas a indústrias, museus, projetos individuais e em grupos, palestras, convidados debates, seminários, conversação dirigida, painéis, murais, exposições e feiras. É importante que os conteúdos não sejam simplificados ou tratados de forma reducionista. Nesse sentido o tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o mundo natural (ciência), o mundo constituído pelo ser humano (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade). O aluno compreenderá a ciência como resultado histórico, social e político, que influencia todo nosso comportamento social, assim a responsabilidade maior ao ensinar está intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica, como um conjunto de conhecimento que facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em que vivem, como também o entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no âmbito das ciências. Ao considerar a concepção e os princípios de ciências proposto, julga-se necessário a implementação de atividade que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento. É importante que os alunos, por meio das atividades práticas, compreendam a interrelação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação de fenômenos naturais, bem como sobre o processo de extração e industrialização da matériaprima, os impactos ambientais decorrentes dos processos de extração, os materiais utilizados, os procedimentos dessas atividades e do ensino dos resíduos, caracterizando uma abordagem ampla e articulada dos fenômenos estudados. As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendias como qualquer atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como por exemplo: na utilização do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, tabelas, esquemas, elaboração de modelos, estudo de caso, abordando problemas reais da sociedade, pesquisas bibliográficas e entrevistas. As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de 372 ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de ciência. Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade, visando à construção das aços e conceitos. Essa perspectiva, e vida a dicotomia entre teoria e prática, iluminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de roteiros e procedimentos que induzem a respostas ou comprovação de uma lei, teórica ou um fenômeno. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e o conteúdo específico, as relações e interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano, considerando os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem. Avaliar a análise e a interpretação de fatos e ideias, coletar e organizar informações estabelecendo relações, formulações de perguntas e respostas, respeito e solidariedade com o grupo e a sociedade, argumentar a contribuição da ciência com a saúde, meio ambiente, preservação da saúde e da vida, e também auxiliar a utilização de informações e conceitos em situações diversas, aumentando a confiabilidade do aluno, para que este apresente o conhecimento científico contínuo e qualificado na formação global e interdisciplinar. Dessa forma, tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos e atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser tratado não como incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno, 373 servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de seu conhecimento. Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, refletir, analisar, justificar, se posicionar e argumentar defendendo o seu próprio ponto de vista. A nota bimestral será obtida através de provas, trabalhos e tarefas, como consta no PPP da escola. O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: - O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza. - O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas, satélites naturais cometas, asteroides, meteoros e meteoritos. - O conhecimento da história da ciência e respeito das teorias geocêntricas e Heliocêntrico; - A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar. - O entendimento da constituição e propriedade da matéria. - A compreensão da constituição do planeta Terra. - O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água. - O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado. - O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. - A reflexão sobre a origem e a discussão da teoria celular . - O conhecimento dos níveis de organização celular - A interpretação do conceito de energia. - O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia. - A interpretação do conceito de transmissão de energia. - O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear. - A destruição entre ecossistema. - O conhecimento a respeito da extinção de espécie. - A formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea. - A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos. - A compreensão dos movimentos celestes, dos movimentos aparentes do céu, noites dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra. 374 - O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes. - O entendimento da composição física química do sol, da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida. - A compreensão da constituição da atmosfera terrestre, primitiva. - O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos de celulas. - A compreensão de fenômenos da fotossíntese. - As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais. - O entendimento da relação entre energia luminosa, solar e a identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravioleta. - O entendimento do conceito de calor com energia térmica, conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos. - O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos. - O entendimento das interações e sucessões ecológicas cadeia alimentos, seres autótrofos e heterótrofos. - O conhecimento a respeito das eras geológicas. - A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo. - As relações e diferenciação entre as teorias e sua evolução histórica. - O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica, e também conceito de matéria e sua constituição. - O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas e reações químicas. - O conhecimento das leis da conservação da massa, dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos. - Os mecanismos celulares e suas estruturas, funcionamentos dos tecidos. - O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, escritos e urinário. - Os fundamentos da energia química e suas fontes. - A relação dos fundamentos da energia química com a célula. - O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, da energia nuclear e suas fontes e da teoria evolutiva. - O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas, das leis de Newton no 375 tocante a gravitação universal. - A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés. - A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, bucho, sabor e fundamentos. - Teóricos que descrevem os sistemas nervoso sensorial, reprodutor e endócrino. - O entendimento dos mecanismos de herança genica, os cromossomos, genes, os processos de mitose meiose. - A compreensão dos sistemas conversores de energias as fontes de energia e sua relação com a lei da conservação da energia. - As relações entre sistemas conservativos. - O entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o magnetismo, também conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência. - O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas. 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Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases nº 5692/71, a Educação Física passa a ser entendida como atividade, conforme pode ser evidenciado no decreto-lei 69450 de 11 de novembro de 1971, que apresenta a seguinte concepção de Educação Física: “A atividade que por seus meios, processos e técnicas desperta, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, psíquicas e sociais do educando, constitui um dos fatores básicos para a conquista das finalidades da educação nacional”. Passando a Educação Física então, a ter uma legislação específica, instituindo a integração dessa disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no currículo dos cursos em todos os níveis e sistemas de ensino. Apesar de ser revogada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, o decreto-lei nº 69450/71 ainda representa a referencia para a Educação Física nos dias de hoje, pois o mesmo dispõe sobre objetivos, padrões de referência, planejamento, critérios de avaliação, fundamentos básicos para a compreensão dos significados da Educação Física contidos em instrumentos legais, sendo que a lei em vigor não estabelece esses referenciais. Através dos diferentes contextos históricos definiu-se a Educação Física Escolar, ou seja, o que deveria ser ensinado aos alunos. Até o final do século XIX, quase toda produção ligada à Educação Física era de caráter médico-higienista, dando grande importância à ginástica, com o objetivo de conservar e restabelecer a saúde por meio do exercício. Esta prática se orientava pela dimensão biológica que essa disciplina ainda não superou completamente. 378 Porém no início do século XX, o panorama de Educação Física escolar, no Brasil, incorporou um novo determinante para seu ensino, o esporte. Esta tendência pode ser explicada pelo desenvolvimento do sistema capitalista de produção que incorpora os princípios de rendimento, competição, da racionalização técnica, na busca constante de sua superação e vitória. Esta prática, no campo da Educação Física Escolar, persiste até a década de 70, quando perde sua especificidade. O discurso e prática da psicomotricidade vieram a substituir o conteúdo até então de natureza esportiva. As propostas de ensino, mais diretamente voltadas a psicomotricidade, preocupavamse com o desenvolvimento da criança nos processos cognitivos, afetivos e psicomotor. A Educação Física era apenas um meio. Um meio para aprender e também, era um meio de socialização. Neste contexto, a Educação física perde sua especificidade, uma vez que não tem mais conteúdo próprio e este, talvez, passa a ser o momento mais contraditório da sua história. Em pleno século XXI, o ensino da Educação Física na escola, constitui-se em muitos momentos na instrumentalização do corpo com movimentos mecânicos e gestos estereotipados, sem reflexão crítica, geralmente, com a fixação nas práticas esportivas que, normalmente, desconsideram o ser humano no sentido de sua totalidade. As práticas corporais se restringem ao âmbito da motricidade. Com a Educação Física e o Desporto, contava-se que o aluno poderia compreender de maneira prática, como a atividade física melhoraria a qualidade de vida em todos os sentidos: físicos, intelectual e psicológico. Reconhecendo o desempenho individual, sem discriminação por características pessoais, físicas sexuais ou sociais. O movimento é uma característica fundamental à sobrevivência do ser humano, o que o leva a aproximar-se da Educação Física e dos esportes integrando-o a sociedade como ser participativo, crítico e criativo. Segundo Platão: “Todo ser vivo tem necessidade de saltar e brincar e é portador de um ritmo que produz a dança e o canto". As relações que estabelecemos com os nossos pares em nossas atividades diárias ocorrem por meio da expressão oral e corporal que nos foram, e nos são, transmitidas culturalmente e socialmente. Essas relações são construídas dependendo da preocupação e objetivo de cada momento histórico, no qual a sociedade está inserida. É importante a escola e o professor, por meio da sua disciplina, proporcionar ao educando a percepção das relações que se estabelecem no seu dia-a-dia ligadas a vivência corporal, podendo transformá-la e entendo como esses entrelaces acontecem. 379 A Educação Física, integrada a Proposta Pedagógica da Escola, é componente curricular do Ensino Fundamental e Médio, ajustando-se a faixas etárias e realidade da comunidade escolar. Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005, p.10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a humanização das relações sociais, considerando a noção de corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos professores de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz de uma aula, sem no entanto, negar o movimento como possibilidade de manifestação humana e, desse modo contemplar o maior número possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já trazidos pelos educandos e a sua potencialidade formativa. Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é conceituada como: (...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: o jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Esses conteúdos expressam um sentido/significado nos quais se interpenetram. A partir desse entendimento a proposta para a disciplina de Educação Física deve favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura corporal de movimentos, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir das atividades proposta em beneficio da sua inserção social, levando-o a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas, contemplando assim todas as manifestações corporais e culturais, partindo da realidade local para as diferentes culturas. Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de ensino-aprendizagem deflagrado nas aulas de Educação Física quanto à construção de um ambiente que proporcione ao aluno a aprendizagem dos conteúdos significativos para o seu processo de conhecimento e desenvolvimento, incrementando sua capacidade para tomar decisões relacionadas à atividade física, isto é, movimento corporal humano. OBJETIVOS DA DISCIPLINA • Desenvolver o aspecto reflexivo e participativo. • Demonstrar capacidade para discutir e modificar regras, reunindo elementos de várias 380 manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal. • Adquirir consciência da sua importância das atividades físicas • Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos a que se propôs. • Reconhecer na convivência maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate. • Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física, enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social de mercado de trabalho promissor • Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como melhoria de suas aptidões físicas. • Desenvolver as noções conceituadas de esforço, intensidade e freqüência, aplicando-as em suas práticas corporais. • Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde. • Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão. • Estabelecer de forma sadia momentos de lazer. • Reconhecer as habilidades desportivas coletivas e individuais. • Adquirir gosto pela atividade física. • Proporcionar ao aluno a formação necessária para a vida em sociedade, integrando-o em novos grupos sociais de uma forma consciente, através da atividade física. • Promover o desenvolvimento dos jogos intelectuais como: dama, xadrez e dominó. • Consolidar a Educação Física como disciplina escolar com objetivos pedagógicos que transcendam os objetivos do esporte com um fim na sua prática. • Proporcionar a compreensão da prática corporal como parte cultural e social do meio em que vive, possibilitando a prática social, valorizando a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a 381 corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPORTE: Coletivos, individuais e radicais. JOGOS: Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos. DANÇA: Danças folclóricas, danças de salão e danças de rua. GINÁSTICA: Ginástica artística/olímpica, ginástica de condicionamento físico e ginástica geral LUTAS: Lutas de aproximação, lutas que mantêm à distância, lutas com instrumento mediador e capoeira. ELEMENTOS ARTICULADORES O corpo: As transformações do corpo, ideal de beleza no decorrer dos tempos. A saúde: Qualidade de vida, alimentação, postura, higiene, primeiros socorros (noções), aspectos do funcionamento do corpo humano. A desportivização: Entender a institucionalização das manifestações corporais e sua evolução. A tática e a técnica: Seu uso dentro dos esportes, das lutas e das ginásticas. O lazer: Possibilitar ao educando a percepção das diversas formas em que o lazer pode estar presente na vida do indivíduo. A diversidade étnico-racial, de gênero e de pessoas com necessidades educacionais especiais: Apresentar as inúmeras diferenças que fazem parte da sociedade e discuti-las a partir da cultura corporal. A mídia: Função da mídia na sociedade e sua influência na vida do indivíduo. Os elementos articuladores serão trabalhados em conjunto com os conteúdos estruturantes durante as aulas. METODOLOGIA DE ENSINO Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades corporais e à explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de forma a garantir aprendizagens 382 novas e significativas, despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é uma cultura corporal, uma vez que o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003 p. 34). Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que contemplem: • A relação entre o conhecimento social e escolar do educando; • A identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na proposição das praticas educativas; • Ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento; • As diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas na formação do educando; • As múltiplas interações entre os diferentes saberes; • Articulação entre teoria, prática e realidade social; • Atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo. Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: esportes, jogos, ginástica, dança e elementos articulares (saúde e lazer). Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como investimento individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o individual com o cultural, social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se adquire, além de, pelas atividades físicas e corporais, por intermédio de: alimentação, saneamento básico, moradia, educação, informação e preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às condições mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde como uma construção que requer uma dimensão histórica-política e social. O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua 383 re-significação, e sua adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um meio e não fim em si mesmo. Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais. O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do educando com as experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo, melhora da aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os educandos de seus possíveis benefícios, bem como os danos causados pela sua prática inadequada ou incorreta. A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como manifestação de vida, por meio de um processo continuo de integração e relacionamento social. O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria, socialização, conscientização clareza das necessidades e benefícios que serão adquiridos e que contribuam para o seu bem estar físico, mental e social. Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática ou teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade. Os conteúdos esporte, jogos, dança, lazer e ginástica são comuns ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, o tema saúde mantêm a especificidade de cada ensino. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO 384 A avaliação esta vinculada ao Projeto Político Pedagógico, sendo contínua, permanente e cumulativa. A partir da avaliação o professor reorganizará o seu trabalho atendendo as reais necessidades dos alunos. A avaliação é compreendida como uma prática reflexiva e diagnóstica que orienta a intervenção pedagógica, bem como dá indicativos para acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos. A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando técnicas e instrumentos diversificados como: - Dinâmicas de grupos em sala; - Discussão dos temas e exemplos contextualizando o tema com o grupo de alunos - Entrega de atividades realizadas; com as finalidades educativas, expressas na Proposta Pedagógica. É vedada à avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. A verificação do rendimento escolar dar-se-á por meio de Avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, por meio de variados instrumentos elaborados pelo professor da disciplina. Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02(duas) notas, de acordo com as Propostas Pedagógicas, que corresponderão às provas individuais escritas e / ou outros instrumentos avaliativos adotados a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor. Na recuperação paralela de estudos será considerada a aprendizagem do aluno no decorrer do processo, para aferição do bimestre, prevalecerá à média entre a avaliação e a recuperação, caso a nota da recuperação seja inferior a nota bimestral, prevalecerá à nota bimestral. Aos alunos com necessidades educacionais especiais a escola deve proporcionar uma adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e avançar nos estudos. REFERÊNCIAS BETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de diretrizes pedagógicas . Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos I(I): 73-81.2002 385 COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. 2ª.ed. São Paulo: Ática, 1997. COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. CORBIN, C.B. The field of Physical Education: common goals, not common roles. JOPERD, Reston, p.79-87, 1993. FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003. LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. NEIRA, M.G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte, 2004. NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Versão Preliminar. 2005. SANTO, D. L. Tendências e expectativas da educação física escolar. In: I Semana de Educação Física, 1993, São Paulo. Anais... São Paulo: Universidade São Judas Tadeu Departamento de Educação Física, 1993. v. 1. SAVIANI, D. Escola e democracia. 35.ed. Campinas: Autores Associados, 2002. SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba. 2006 SOARES, C.L.; et all . Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. SOUZA, E.S. VAGO. T. M. Trilhas e Partilhas: Educação Física na Cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte: Ed. dos Autores 1997. ZABALA, A. Aprendizaje significativo: el professor como movilizador de lãs competências de sus alunos. In: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE, 6., 1997, São Paulo. Anais... São Paulo: Grupo Associação de Escolas Particulares, 1997. p.1-39. 386 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia estabelecendo relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e organizar-se. O homem assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas, adaptando-a às suas necessidades. Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de ciência. São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter, mas é com Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada. Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens, servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as estratégias político-militares, que marcaram este período. Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca, as monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida. Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã, apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas duas visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional. O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache. No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de 1930, tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística pelo então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do Brasil a fim de descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do Estado, na perspectiva de um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas desenvolvimentistas do Estado: a exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da indústria de base e o povoamento das áreas de fronteira (DCE, 2009). Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os 387 procedimentos didáticos da Geografia adotados, promoviam principalmente a descrição e a memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do lugar, era a chamada geografia tradicional ou descritiva. Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou-se consciência de que as diferenças culturais tinham raízes históricas, Portanto, tornou-se importante que o aluno compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem-se para produzir bens, ou seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos históricos. Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta, realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca dos fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem como, das relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por uma reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista. A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel enquanto sujeito social, reconhecendo-se como agente, capaz de intervir no meio o qual está inserido, de emancipar-se. Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que ocupávamos. A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca antes experimentada. Pode-se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde “a rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes conferem ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado definitivamente a dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18). Nesse sentido Cavalvanti (1998, p. 24) coloca que: “O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista de sua espacialidade. Isso porque se tem convicção que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século, requer uma consciência espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos, com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar constantemente estudos do meio [...] e deve levar o educando a interpretar textos, mapas, 388 paisagens.” Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é urgente a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem utilizados pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos conteúdos e temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o ensino de Geografia. Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em uma sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão. Ainda segunda a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental, subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam contribuir para uma visão de mundo mais ampla e profunda. A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade, ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de apropriação do espaço, bem como das consequências desencadeadas no meio por esse processo. A Geografia Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em um perspectiva crítica da realidade. Deve assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à realidade do aluno, auxiliando na junção do saber empírico e do saber formal. A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos conhecimentos adquiridos. Para tanto, organizaram-se os conteúdos da Geografia nos seguintes eixos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico. Assim sendo, os conteúdos básicos específicos serão trabalhados dentro dessas perspectivas, enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo trabalhado. Deverão, portanto, serem abordados temas como: a paisagem e os elementos naturais e artificiais que a compõe e, as transformações ocorridas a partir da apropriação desta pelo homem, enfatizando os aspectos econômicos, políticos, culturais, demográficos e ambientais. Nesta visão a Geografia no Ensino Fundamental deverá propiciar ao aluno a ampliação das noções espaciais, o desenvolvimento da capacidade de análise dos fenômenos geográficos e de relacioná-los, a partir de reflexões promovidas em torno da aplicação dos conceitos construídos. Deverá ainda compreender as especificidades naturais e sociais do 389 espaço e as relações de poder político e econômico que definem as regiões e territórios. Porém, no Ensino Médio, a Geografia deverá priorizar a compreensão dos conceitos e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma que o aluno seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações espaço/temporais a partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-relação existente entre o local e o global. Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas do conhecimento. Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar como sujeito na sociedade atual. ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço geográfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • Formação e Transformação das Paisagens Naturais e Culturais. • A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. • Dinâmica da Natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. • A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico. • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. • A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. • A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. • As diversas regionalizações do espaço geográfico. • Formação do Território Brasileiro. 390 • A Formação das Fronteiras e a Reconfiguração do território Brasileiro. • As diversas regionalizações do espaço brasileiro. • As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. • A Formação o Crescimento das Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e urbanização. • O espaço rural e a modernização da agricultura. • A Transformação das paisagens Brasileiras. • As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico. • Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração dos Territórios do continente Sulamericano. • A Nova Ordem Mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. • As Implicações Socioespaciais do Processo de Mundialização. • O comércio em suas implicações socioespaciais. • Regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos, econômicos e demográficos. • A Nova Ordem Mundial, os Territórios Supranacionais e o Papel do Estado. • A Circulação da Mão - de- Obra do Capital, das Mercadorias e das Informações. • A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego e tecnologia. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS * Os Conceitos Geográficos: -Paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade; -Os elementos naturais e culturais do espaço geográfico. * A Linguagem Cartográfica: -noções básicas de cartografia: a legenda, os símbolos, as cores e as escalas cartográficas; -orientação e localização no espaço geográfico; -a representação da Terra; -leitura e interpretação de mapas; *A Geografia da Natureza: - a estrutura interna da Terra; 391 - agentes internos e externos; - formas do relevo terrestre e marítimo; - hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos); -os climas da Terra; * O Trabalho e as Transformações no Espaço Geográfico: - o trabalho humano ( as técnicas de apropriação e a intensa transformação do espaço); - as atividades econômicas ( os setores da economia); * O Trabalho, as Atividades Econômicas e suas Relações: -a divisão social e territorial do trabalho. -as atividades agropecuárias; -as atividades urbanas e industriais; -a integração campo-cidade. * Indicadores Demográficos: - população relativa e absoluta; - as diferenças entre povoado e populoso; -densidade demográfica; - Indicadores sociais e pirâmide etária; -população urbana e rural. * Movimentos Migratórios: -a evolução e a distribuição espacial da população; -fatores de repulsão e atração; -as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais. * Regionalizações: -as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico. * Ocupação e Povoamento do Território Brasileiro: -Formação do Território Brasileiro; -Ciclos econômicos. *Brasil: Dados Gerais: -Localização do território Brasileiro; -Extensão territorial do Brasil e sua influência nas paisagens; 392 - Limites e fronteiras do Brasil; - Regionalização do território. -Complexos regionais e movimentos migratórios e fatores de repulsão e de atração. *Quantos somos e onde vivemos: - Distribuição da população brasileira. - Indicadores sociais e pirâmide etária. * A população e o trabalho no Brasil: - População economicamente ativa (PEA); - Setores da economia; - Mapa do trabalho infantil no Brasil. *Pluralidade Cultural do Povo Brasileiro: - A Herança cultural dos povos indígenas e dos povos africanos; - Demais etnias (europeus, japoneses e árabes). *O Rural e o Urbano as duas Faces do espaço Brasileiro: -As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil. *Industrialização e urbanização no Brasil: - A evolução da atividade industrial no Brasil; - Crescimento urbano em função da indústria; -Rede transportes e meios de comunicação; - Hierarquia urbana. *Modernização da agropecuária e a Integração Campo-cidade: -setores da agropecuária; - A Concentração de Terras e a Questão Fundiária; *Características Gerais das Regiões geográficas brasileiras: - Aspectos físicos e Humanos. *Região e Regionalização: - conceito de região e as diferentes formas de regionalização do espaço; - Regionalização pelo nível de desenvolvimento. *A Nova regionalização do espaço geográfico: - Países do Norte e países do Sul; - Regionalização de acordo com o IDH *Os processos de Globalização da economia, das informações e da cultura: - A economia mundial atual; 393 - As Transnacionais; Os órgãos financiadores internacionais e o seu papel na nova ordem mundial; (FMI, BANCO MUNDIAL e OMC). *Globalização, meio ambiente e desigualdades socioespaciais: -Poluição do Ar e da Água; -Resíduos Sólidos; -Sustentabilidade; -Desigualdade, Marginalidade. *Blocos econômicos e relações comerciais: - os principais blocos econômicos. *O Continente Americano: - Localização, dados gerais e sua regionalização; -formação histórica do continente americano; -Geografia física do continente americano (relevo, clima, hidrografia e vegetação); *População economia da América: -características demográfica; - o setor primário, secundário e terciário na América; * América no Norte: - Características territoriais e populacionais; - A potência norte americana; - O Canadá e suas principais características político-econômicas; - O México e as implicações de sua localização entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos; *América Central, Andina e Guianas: - Aspectos territoriais, políticos e econômicos. *América Platina: - Características gerais; - O Paraguai, Uruguai e Argentina – Aspectos territoriais, políticos e econômicos. -O Brasil no processo de globalização. * Os Conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território: -Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas; 394 - Terrorismo, Religião e Soberania; -Oriente Médio, Território e Territorialidade; -Outros Conflitos Mundiais (recursos naturais). - Grandes guerras mundiais - As razões dos conflitos atuais: terrorismo, movimentos separatistas, etc. * Do Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: -A Evolução da Atividade Industrial no Mundo; -O Mundo Bipolar: A Guerra Fria; -Os Novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, Banco Mundial); -A Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral. * O Espaço da Globalização: -Os Conceitos de Globalização e de Regionalização; -As Redes e o seu papel no Processo de Globalização; -Os Fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional; -Os Conglomerados Transnacionais e as Cidades Mundiais. - Organizações políticas internacionais e regionais. * Blocos Econômicos: -Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; -A União Européia e a CEI; -A Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; -a América Latina e o Mercosul. * As novas Regionalizações do Globo e das Américas: - Regionalização dos continentes (Europa, Ásia, África e Oceania). *População, e Demografia e Cultura: -As civilizações asiáticas e suas religião. -Distribuição demográfica do continente europeu. -O crescimento demográfico e a desigualdade social. -Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana. *Impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial: 395 - Problemas ambientais na Europa. -Aspectos socioespaciais das regiões polares. -Poluição do Ar e da Água; -Resíduos Sólidos; -Sustentabilidade; ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • dimensão econômica do espaço geográfico • dimensão política do espaço geográfico • dimensão socioambiental do espaço geográfico • dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS • A Formação e Transformação das Paisagens. • A Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo Emprego das Tecnologias de Exploração e Produção • A Formação, o Crescimento das Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e a Urbanização Recente. • A Formação, Localização, Exploração e Utilização dos Recursos Naturais. • A Evolução Demográfica, a Distribuição Espacial da População e os Indicadores Estatísticos. • O Espaço Rural e a Modernização da Agricultura • O Espaço em Rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. • A Circulação da Mão-de- Obra do Capital, das Mercadorias e das Informações. • A Nova Ordem Mundial, os Territórios Supranacionais e o Papel do Estado. • As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico. • Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração dos Territórios. • As Implicações Socioespaciais do Processo de Mundialização. 396 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS *A Linguagem da Geografia: - paisagem, lugar e território; - as paisagens naturais e as transformações das paisagens pelas técnicas e tecnologias. *A Linguagem Cartográfica: - noções básicas de cartografia; - coordenadas geográficas; - a representação da Terra. *A Geografia da Natureza: - a estrutura interna da Terra; - agentes internos e externos; - as formas do relevo terrestre e marítimo; - hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos); - climas e domínios morfoclimáticos; - biomas terrestres; - atmosfera, poluição e mudanças climáticas (aquecimento global); * Tecnologias e recursos Naturais: -agropecuária, natureza e tecnologia; -os sistemas agrícolas; -agropecuária e meio ambiente. * Recursos Minerais: - localização e exploração dos recursos minerais; *Estratégias Energéticas: - fontes de energia; - alternativas energéticas. *Localização do Brasil no Globo: -Coordenadas Geográficas; -Domínios morfoclimáticos; -Zonas Térmicas; -Elementos e Fatores do Clima; -Classificação Climática; 397 -Estrutura Geológica; -Relevo do Brasil; -Bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná; * Ocupação e Povoamento do Território Brasileiro: -Formação do Território Brasileiro; -Características da População Brasileira; -Crescimento Demográfico; -Movimentos Migratórios. *Urbanização e Redes Urbanas: -Urbanização no Brasil; -Hierarquia das Cidades Brasileiras; -Metropolização no Brasil; -Problemas Ambientais Urbanos; -Industrialização Brasileira; -Complexos Regionais Brasileiros (Indústria); * Os Complexos Agroindustriais Brasileiros: -O Espaço Agropecuário Brasileiro; -Agricultura e Fome; -Agronegócio no Brasil; -A Estrutura Fundiária no Brasil; * O Espaço da Globalização: -Os Conceitos de Globalização e de Regionalização; -As Redes e o seu papel no Processo de Globalização; -Os Fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional; -Os Conglomerados Transnacionais e as Cidades Mundiais. * Do Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: -A Evolução da Atividade Industrial no Mundo; -O Mundo Bipolar: A Guerra Fria; -Os Novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, Banco Mundial); -A Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral. * Blocos Econômicos: 398 -Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; -A União Européia e a CEI; -A Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; -a América Latina e o Mercosul. * Os Conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território: -Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas; - Terrorismo, Religião e Soberania; -Oriente Médio, Território e Territorialidade; -Outros Conflitos Mundiais ( recursos naturais). *Impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial: -Poluição do Ar e da Água; -Resíduos Sólidos; -Sustentabilidade; -Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana. ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os principais conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes, os conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos. Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como: aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas abordando temas da atualidade. Para isso serão utilizados: -lousa e giz; -recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides); -leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica; -utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a aprendizagem. 399 De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação baseado nas seguintes modalidades: -diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os objetivos propostos sejam atingidos. -formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando se os alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e encontrem estímulos para os estudos. -contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V, a verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. -Elaborar avaliações especificas- Para alunos com necessidades especiais ,elaborando com o nível de dificuldade relacionando as pesquisas e questionários feitas por profissionais capacitados. Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: • provas orais e escritas, • relatórios; • trabalhos de criação individual ou coletiva; • maquetes; • pesquisas; 400 • apresentações artísticas; e • experimentações práticas. Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas avaliações bimestrais. Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58. A Recuperação Paralela A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a aprendizagem do aluno no decorrer do bimestre. Apões a verificação de rendimento escolar, estará se proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente ao processo educativo para os alunos de baixo rendimento, considerando sempre a maior nota obtida pelo aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____. Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28. DCE . Diretrizes Curriculares Estaduais – Geografia – Ensino Médio. MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005. PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo – SP, 1994. ____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N. 39. Campinas: Papirus, 1995. SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001. TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009. 401 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A História como disciplina surgiu com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, neste mesmo ano foi criado o Instituto histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que contemplou a História como disciplina acadêmica. Neste contexto o material didático produzido era influenciado pela História metódica e pelo positivismo, ou seja, apresentava uma racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais, como fontes e verdades históricas, valorizando e idolatrando personagens históricos como heróis, sem perceber a contribuição dos outros sujeitos que também fizeram parte do processo histórico. “ A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na sínteses das raças branca, indígena e negra, com predomínio da ideologia do branqueamento... o currículo oficial de História conduzido por líderes que excluía a possibilidade de pessoas comuns serem aceitas como sujeitos históricos.” DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008) Em 1901, o currículo foi alterado pelos docentes, os quais incluíram a História do Brasil, a qual dificilmente era trabalhada pelos professores devido à sua extensão de fatos. A efetivação do ensino da História do Brasil deu-se apenas no Estado Novo, no governo de Getúlio Vargas, relacionada à uma política nacionalista. Em 1971, pela lei 5.692 foi instituído a disciplina de Estudos Sociais no ensino de Primeiro Grau, embasada na corrente educacional Escola Nova ( sistematizava as pedagogias não diretas, as quais se caracterizavam pela valorização de práticas e que o aluno controlaria por si o seu processo de aprendizagem, dava ênfase no desenvolvimento do intelecto, na capacidade de julgamento do aluno, em detrimento da memorização dos conteúdos. Anísio Teixeira, foi um dos grandes divulgadores dos pressupostos do movimento da Escola Nova no Brasil). No contexto da Ditadura Militar, o ensino de História assumiu um caráter político e ideológico do regime, embasado em fontes históricas disponibilizadas pelo Estado e narrada do ponto de vista da classe dominadora ( os militares ). Neste período o ensino não tinha espaço para análise crítica nem objetivava a formação da consciência histórica, pretendia 402 limitar as ações do aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos. “ O Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país” (DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008) O ensino de História era abordado de forma linear, cronológico e harmônico, ressaltando os feitos heróicos cabendo aos alunos a memorização e repetição das informações como verdades absolutas. Por muito tempo a prática em sala de aula distanciou-se da produção historiográfica acadêmica. Ocorreu a aproximação apenas com o fim da Ditadura Militar e o início do processo de redemocratização brasileira. Neste contexto também foi discutido e contestado o ensino de Estudos Sociais. No estado do Paraná, em 1990, baseado na Pedagogia Histórico-crítica, foi disponibilizado aos professores da rede estadual, o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. As reformas educacionais contaram também com um documento divulgado pelo Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN- 1997/1999 ), no qual a disciplina de História é parte integrante das Ciências Humanas e suas tecnologias, e assume a responsabilidade de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno, nesta perspectiva a História assume um caráter presentista não contextualizando os fatos históricos estudados. No ano de 2003, no Estado do Paraná, envolvendo todos os professores da rede, teve início uma discussão com a finalidade de elaborar Novas diretrizes curriculares para o ensino de História. Numa perspectiva de inclusão social, valorização da diversidade cultural paranaense, cumprimento da lei 13.381/01, que torna obrigatório, no ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná, cumprimento da lei 10.639/03 a obrigatoriedade da História e cultura Afro-Brasileira e cumprimento da lei 11.645/08 que torna obrigatório o ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil. A concepção de História deve tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar diferentes sujeitos históricos e suas relações, desta forma abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e superação de uma visão histórica linear, eurocêntrica e dogmática dos fatos. “Fundamental para essa superação é o conceito de experiência. Idéia que se contrapões ao pensamento dicotômico base/estrutura... Defendem ainda, que a consciência de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas. Outro conceito fundamental é o de 403 poder, onde a Nova esquerda Inglesa busca superar a visão mecânica e reducionista de uma corrente tradicional marxista que prescrevia uma História linear em direção a uma revolução, e ainda uma História tradicional calcada em fatos históricos determinados e aliados à figuras de heróis. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar a concepção de poder, o que ficou conhecida como a “história vista de baixo”. (DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008) Com base nas Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental / 2008, a qual baseia-se nas teorias das correntes historiográficas Nova Esquerda Inglesa e da Nova História Cultural, “a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas... as relações condicionam os limites e as possibilidades de ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas sócio-históricas.” A abordagem e interpretação dos fatos históricos visam sua problematização ao confrontar ou comparar documentos entre si, possibilitando a formação da consciência histórica do aluno . A disciplina de História objetiva oferecer embasamento aos alunos, para a formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançando, a abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva, possibilita a exploração de novos métodos de produção do conhecimento histórico para que o aluno, de modo consciente, perceba as diferenças/semelhanças, transformações/permanências dos processos históricos abordados. Portanto enfocará o conhecimento histórico como resultado do processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, valorizando os diferentes sujeitos históricos e suas contribuições às permanências e as transformações sociais. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: • Relações de Trabalho; • Relações de Poder; • Relações Culturais; Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias. 404 •A experiência humana no tempo; •Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; •As culturas locais e cultura comum; A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em diferentes tempos e espaços. •As relações de poder; •A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; •As relações entre o campo e a cidade; •Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade; O mundo do trabalho e os movimentos de resistência. •História das relações da humanidade com o trabalho; •O trabalho e a vida em sociedade; •O trabalho e as contradições da modernidade; •Os trabalhadores e as conquistas de direito; Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das Instituições Sociais. • A constituição das instituições sociais; • A formação do Estado; • Sujeitos, guerras e revoluções; CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO: • Relações de Trabalho; • Relações de Poder; • Relações Culturais; CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO: • Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre; • Urbanização e industrialização; • O Estado e as relações de poder; • Os sujeitos, as revoltas e as guerras; • Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e revoluções; • Cultura e religiosidade; 405 A seleção dos conteúdos específicos do ensino fundamental e médio – EJA será de responsabilidade do Professor da disciplina e devem estar articulados com os conteúdos estruturantes e básicos desta Proposta Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas Diretrizes Curriculares da disciplina de História do Estado do Paraná. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO O trabalho pedagógico com os conteúdos de História será embasado em diversos autores comparando e refletindo sobre suas diferentes interpretações, numa perspectiva de mostrar ao aluno que não existe uma verdade histórica única, que o conhecimento histórico é resultado de um processo de investigação pautado em evidências, fontes históricas diversas, e para analisar e compreender o fato histórico é necessário uma contextualização social, política e cultural. O processo de construção do conhecimento histórico será abordado considerando as fontes históricas que foram utilizadas pelo pesquisador, bem como as relações humanas e suas ações que fazem parte deste processo. Para entender melhor os diferentes contextos históricos será proporcionado diferentes interpretações de um mesmo acontecimento, enfatizando a necessidade de ampliar o número de pesquisas para perceber que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser complementada com outras informações. Nesse sentido, algumas questões serão realizadas, tais como: Como o historiador chegou a essa interpretação? Que documentos/ fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões contemplou em sua análise? Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais? O livro didático será utilizado como suporte pedagógico, porém não como fonte única limitando-se às suas informações. Seus conteúdos serão problematizados incentivando os alunos a buscar novas informações em outros referenciais teóricos, que possam complementar o conteúdo abordado em sala de aula. Para que ampliar o conteúdo apresentado pelos livro didático será solicitado pesquisas, as quais serão realizadas de modo que os alunos possam adquirir autonomia na busca do conhecimento; enfatizando que a pesquisa não consiste na cópia de informações. Para enriquecer as aulas deverá ser utilizado os recursos disponibilizados pela escola, como laboratório de informática, aparelhos de DVD, TV pendrive, acervo de textos fílmicos, 406 internet, considerando que o desenvolvimento tecnológico contribui na prática pedagógica, O uso de diferentes materiais didáticos amplia as possibilidades de reflexão. Para a formação da consciência histórica e aquisição do conhecimento histórico serão utilizados recursos variados tais como: textos explicativos e informativos, atividades reflexivas, imagens (charges, fotografias...), mapas, jornais, revistas, textos, fílmicos, entre outros. O trabalho com textos historiográficos, artigos de jornais e revistas serão abordados como novas possibilidades de interpretações para a formação de uma consciência histórica. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO A avaliação do aprendizado não pode ser feita em um momento único e de forma definitiva. Segundo José Carlos Libâneo a avaliação deve ser vista não como julgamento definitivo e dogmático do professor, mas como comprovação para o aluno de seu progresso em direção a noções mais sistematizadas, bem como análise da prática pedagógica. Várias atividades serão propostas com esse objetivo, tais como: compreensão dos textos explicativos, pesquisas, debates, entrevistas, análise de documentos e obras de arte... Assim será possível fazer um diagnóstico da aprendizagem, estimulando o aluno refletir sobre o seu desenvolvimento. O cotidiano na sala de aula é parte integrante do processo da avaliação, pois será observado o interesse e o envolvimento dos alunos nas tarefas propostas. Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa na diminuição das desigualdades sociais e na luta por uma sociedade justa e mais humana. As práticas avaliativas serão vinculadas ao processo de aprendizagem, segundo Luckesi para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de classificatória para diagnosticar, nesta avaliação tanto professor quanto os alunos poderão revisar suas práticas e possam superar as dificuldades constatadas. 407 Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos comum fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomados reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, serão realizados alguns apontamentos que permitirão analisar se: * os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos; * o conceito de Tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino; * os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos históricos; * compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos históricos do seu tempo; * analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-social, política e cultural; * compreendem que o conhecimento é produzido com base em um método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a narrativa histórica; * explicativa a respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram; * compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente. E caso de alunos com necessidades educacionais especiais, tanto os conteúdos quanto o material didático, metodologia e instrumentos avaliativos serão adaptados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: concepções e usos: bolando aulas de História. São Paulo: Companhia das Letras: 1998. ___________________. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005. 408 SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Paraná, 2008. LIBÂNEO, Jose Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. ANDE, n. 6, s.d., p. 18. LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Pátio, n. 12, fev/abr. 2000, p. 6-11. RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide. A aula operatória e a construção do conhecimento. 7. ed. Edesp São Paulo: 1996. SEED. Caderno Temático: História e cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba: 2005. 409 PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O cenário de Línguas no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. Além do aspecto dinâmico do currículo e dos métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se justifiquem pela atualização dos debates e produções teórico-metodológicas para a disciplina de Língua Estrangeira Moderna. Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí, o ensino de línguas modernas começou a ser valorizado. Em grande parte do território brasileiro foram criadas as colônias de imigrantes. No sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as de imigrantes italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Numa tentativa de preservar suas culturas, muitos colonos se organizaram para construir e manter escolas para seus filhos, uma vez que a escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus países de origem e o Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar a todas as crianças. A partir de meados da década de 1910 até a década seguinte, o ideal do nacionalismo passava a ter uma ampla abrangência envolvendo pessoas e instituições de natureza e posições ideológicas diversas. Em 1917 o governo federal decidiu fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes que funcionavam, sobretudo, no sul do Brasil, e criou, a partir de 1918, as escolas primárias subvencionadas com recursos federais sob a responsabilidade dos Estados. Em 1920, a reforma educacional de São Paulo foi exemplo dessa preocupação nacionalista. A legislação daquele estado admitia oferta do ensino primário por escolas particulares desde que fossem respeitados as orientações de caráter nacionalista, dentre as quais se destacaram: o respeito aos feriados nacionais; o ensino em Língua Portuguesa ministrados por professores brasileiros nato; a proibição do ensino de Língua Estrangeira 410 para crianças menores de 10 anos que ainda não dominasse corretamente o português. Em 1930 quando assumiu o governo brasileiro Getúlio Vargas criou o Ministério de Educação e saúde e as Secretarias de Educação nos Estados. Naquele contexto, intelectuais imbuídos por um ideal de modernidade e de construção de uma identidade nacional, iniciaram estudos com vistas à reforma do sistema de ensino. A reforma de 1931, intitulada Francisco Campos, em homenagem ao Ministro da Educação, atribuía à escola secundária a responsabilidade pela formação geral e pela preparação para o Ensino Superior dos estudantes. A reforma constitui também um marco de centralização das decisões educacionais ao governo federal, atingindo todas as escolas do país. Esta primeira iniciativa se acentuou após o golpe de 1937, já que a educação representava um meio pelo qual o Brasil poderia atingir a modernidade tendo como modelos de desenvolvimento e de industrialização os Estados Unidos da América e os países europeus. O diferencial advindo da reforma Francisco Campos foi que, pela primeira vez, estabeleceu-se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto em contraposição ao Tradicional, de modo a atender aos novos anseios sociais impulsionados pela necessidade do ensino das habilidade orais, visando à comunicação na língua alvo. O Método Direto se baseava na teoria associacionista da psicologia da aprendizagem que tem n a associação o princípio básico da atividade mental. Nesse método a língua materna perde seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante contato com a língua em estudo, sem intervenção da tradução, dessa forma raciocina-se na língua estrangeira. A transmissão dos significados acontece por meio de gestos, gravuras, fotos, simulação, enfim, de tudo que possa facilitar a compreensão. A gramática é aprendida de forma indutiva, os alunos praticam perguntas e resposta e exercitam a pronúncia com o objetivo de atingir uma competência semelhante a do nativo. Por isso, dava-se preferência ao professor nato, em oposição ao método anterior-o Tradicional-, que não exigia do professor dominar a oralmente língua ensinada. A partir do Estado Novo, essa estrutura de ensino intensificou a ênfase no discurso nacionalista de fortalecimento da identidade nacional, como um dos resultados da instauração do governo de Vargas. Naquela conjuntura, o prestígio das línguas estrangeiras foi mantido no ginásio. O Francês se apresentava ainda como uma ligeira vantagem sobre o Inglês, e o Espanhol foi introduzido como matéria obrigatória alternativa ao ensino do Alemão. Além disso Latim permaneceu como Língua Clássica. 411 Desde a década de 1950 o sistema educacional brasileiro se viu responsável pela formação de seus alunos para o mundo do trabalho. Essa mudança nos rumos da educação gerou uma crise que se intensificou nas décadas seguintes, exigindo a ampliação da rede escolar. Diante das exigências do mercado, o ensino das humanidades foi substituídos, paulatinamente, por um currículo cada vez mais técnico, o que fez diminuir a carga horária das línguas estrangeiras. A Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) 4024, promulgada em 1961 criou os Conselhos Estaduais de Educação. Cabia-lhes decidir acerca da inclusão ou não da Língua Estrangeira nos currículos. Essa mesma lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino de Língua Estrangeira no colegial e institui o ensino profissionalizante, compulsório, em substituição aos cursos Clássico e Científico. Ainda assim, identificou-se a valorização da Língua Inglesa devido às demandas de mercado de trabalho que, então, se expandiam no passado. Com a Lei n. 5692/71 e sob égide de um suposto nacionalismo o governo militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus, sob o argumento de que a escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural estrangeira. Assim, evitar-se-ia o aumento da dominação ideológica de outras sociedades e do do colonialismo cultural do país. Predominantemente, na década de 1970, o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de Línguas Estrangeiras um instrumento a mais das classe favorecidas para manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos da escola pública não tinha acesso a esse conhecimento. Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau. Entretanto, não perdeu o caráter de recomendação para o primeiro grau, desde que a escola tivesse condições de oferecê-la. De acordo com o parecer n. 581/76 do Conselho Federal, a Língua Estrangeira seria ensinada por acréscimo, conforme as condições de cada estabelecimento. Isso fez muitas escolas suprimirem a Língua Estrangeira no segundo grau ou reduzirem seu ensino para uma hora semanal, por apenas um ano, com um único idioma. No Estado do Paraná a partir da década de 1970, tais questões geraram movimentos de professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esses movimentos ecoaram no Colégio Estadual do Paraná fundado em 1846, o qual contava com professores de Latim, Grego, Francês, Inglês e Espanhol. Uma das formas então, para manter a oferta de Línguas 412 Estrangeiras nas escolas públicas após o parecer n.581/76, bem como a tentativa de superar a hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná em 1982, que passou a oferecer aulas de Inglês, Espanhol, Francês e Alemão aos alunos no contra turno. O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também ocorreu na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no vestibular as Línguas Espanholas, Italiana e Alemã. Esse fato estimulou a demanda de professores dessas línguas. Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício para que os professores, organizados em associações, liderassem um amplo movimento pelo retorno da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais mobilizações, a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de 1986, como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense, tal oferta tem sido preservada pela SEED há mais de vinte anos. Sob a pretensão de tornar o aluno mais competente em sua comunicação, a concepção de aprendizagem em voga pauta-se no cognitivismo para desenvolver a competência comunicativa. Assim, embora a abordagem comunicativa tenha se apresentado como reação à visão estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos semânticos e não no código linguístico, ela começões a ser criticada por alguns intelectuais. Esses passaram a questionar as intenções subjacentes ao ensino comunicativo de proporcionar o uso da língua estrangeira, por meio de estratégias conversacionais, para se inserir na outra cultura. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da quinta série, se a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento (At.26,§5.º).Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e em uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição (Art.36,Inciso III). Em 1998, com o desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN)pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem comunicativa. 413 Em 1999, o MEC publicou também os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira para o Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita, para atendes as demandas na formação pessoal, acadêmica e profissional. Linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos teóricos que atendam às demandas da sociedade brasileira e muitos desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro. Paralelamente ao âmbito Federal, o MEC tem feito parcerias e promovido discussões sobre o ensino de Espanhol nas escolas Brasileiras, além de distribuir material de suporte para professores da disciplina. Ao contextualizar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizaras questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa data estão apresentados os fundamentos teóricos-metodológicos que orientam o Ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de Língua Estrangeira são considerados basilares para a compreensão do objeto de estudo dessa disciplina. Esses saberes são concebidos como Conteúdos Estruturantes, a partir dos quais se abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico. Os Conteúdos Estruturantes se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e processuais. O Conteúdos Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdos que atendesse a essas perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o “DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL”. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o DISCURSO. Conteúdos Estruturantes – Discurso como prática social 414 Para os trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade a análise linguísticas, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o PPP, com a PPC, com o PTD, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequada cada uma das séries. Leitura Tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; aceitabilidade do texto; informatividade; situacionalidade; intertextualidade; temporalidade; discurso direto e indireto; elementos composicionais do gênero, emprego do sentido conotativo e denotativo do texto; palavras e /ou expressões que denotam ironia e humor no texto; polissemia; marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito); figuras de linguagem; léxico. Escrita Tema do texto; papel do locutor e interlocutor; finalidade do texto; discurso direto e indireto; informatividade; elementos composicionais do gênero; marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); figuras de linguagem; ortografia; concordância verbal e nominal. Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; elementos composicionais do gênero; semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; figuras de linguagem; sentido conotativo e denotativo:expressões que denotam ironia e humor no texto; elem composicionais do gênero, relação de causa e consequência entre as partes e elementos dos texto; polissemia; processo de formação de palavras, acentuação gráfica, coerência verbal/nominal. Oralidade Tema do texto; finalidade; papel do locutor e interlocutor; elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; adequação do discurso ao gênero; turmas de fala; conteúdo temático; finalidade; aceitabilidade do texto; informatividade; expressões facial,corporal e gestual, pausas; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; variações linguísticas marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; elementos semânticos; diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito. 415 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Seguindo as Diretrizes Curriculares nas Escolas Publicas do estado do Paraná, o trabalho com a Língua estrangeira parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as Línguas Estrangeiras são possibilidades de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. A partir do Conteúdo Estruturante Discursivo, como prática social, serão trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto verbal e não-verbal. Propõe-se que o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. E necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um papel tão importante para o trabalho na escola. A reflexão crítica a cerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. A produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressões dos alunos. A Aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades significativas, as quais se explorem diferentes recursos e fontes, afim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídios para a produção textual em Língua Estrangeira. O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para desenvolverem uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguísticos-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valores. Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos 416 percebam a heterogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto apresenta várias possibilidades de leitura. Espera-se que o trabalho com a leitura vá além daquela superficial, linear. Uma questão é linear quando busca respostas já as visualizado no próprio texto. Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos. Poderão rejeita-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção de significados. Assim os alunos devem entender que ao interagir com/na língua, interagem com pessoas específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente quem disse, o que, para quem, onde, quando e por que. A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada palavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentidos. O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua Estrangeira. Portanto o trabalho com a análise lingüística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões lingüísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, afim que se expressem ou construam sentidos ao texto. Destaca-se que nenhuma língua é neutra e as línguas podem representar diversas culturas e maneiras de viver, inclusive podem passar a ser um espaço de comunicação intercultural, por serem usadas em diversas comunidades, muitas vezes até por falantes que não as têm como língua materna. Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o conhecimento dos valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram participar. Ao mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que favoreçam um olhar crítico sobre essas mesmas comunidades. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que 417 está inserido. Da mesma forma,. O aluno deve ser instigado a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e anseios relativos a aprendizagem. As estratégias específicas da oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursivas a oralidade é muito mais do que o usos funcional da língua, é aprender e expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que esta aprendendo. Com relação a escrita não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja definido como um sujeito sóciohistórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção dos seu texto e de sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro. A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção, assim como necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada formal ou informal. Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna é que ele será, necessariamente articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter de desenvolver projetos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos: a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidade. Cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero; b)Aspecto Cultural/Interdiscursivo: influência de outras culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser 418 feitas a partir do texto apresentado; c)Variedade linguística: formal ou informal; d)Análise linguística: será utilizada de acordo com a série. Vale ressaltar a diferença entre o ensino da gramática e a prática da análise linguística; e)Atividades: -Pesquisa: será proposta para o aluno acerca do assunto abordado; Lembrando que aqui que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão consideras pesquisas. -Discussão: conversa na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade poderá ser feita em Língua Materna. -Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor. Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático em função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens são percebidas em relação aos alunos que podem dispor de material para estudo, consultas, exercícios, enfim acompanhar melhor as atividade. Além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize outros matérias disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeo, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, rádio, etc. Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados nos momentos que se fizerem necessários, utilizando-se desses temas. A elaboração de materiais pedagógicos pautados na Diretriz permite flexibilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como contemplar a diversidade regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura o contato e a interação em outras línguas e culturas. Desse encontro espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio linguístico. Leitura É importante que o professor: 419 -Propicie práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; -Considere o conhecimentos prévios dos alunos; -Formule questionamentos que possibilitem inferência sobre o texto; -Encaminhe discussões e reflexões sobre o tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e edeologia; -Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; -Relacione o tema com o contexto atual; -Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. - Utilize textos não verbais diversos que dialoguem com não verbais, como: gráficos, fotos, imagens mapas e outros; -Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros. -Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. Escrita É importante que o professor: -Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade, da intertextualidade, da aceitabilidade, da informatividade, da situacionalidade, da temporalidade e ideologia; -Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; -Acompanhe a produção do texto; -Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero; -Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. -Analise se a produção textual está coerente e coesa, se a continuidade temática, se atende a finalidade, se a linguagem está adequada ao texto. -Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; -Instigue o uso de palavras e / ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; Oralidade É importante que o professor: -Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; 420 -Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; -Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; -Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade ,informatividade,situacionalidade e finalidade do texto; -Estimule contação de histórias de diferentes gêneros,utilizando-se dos recursos extralinguísticos,como:entonação ,expressões facial,corporal e gestual,pausas e outros; -Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,como:cenas de desenhos,programas infanto-juvenis,entrevistas,reportagem,entre outros. -Selecione discursos de outros para analise dos recursos da oralidade como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros, etc; De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna será articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas diretrizes e na LDB nº 9394/96. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico. É importante nesse processo que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo em sala de aula se faz pela interação verbal a partir da escolha de textos consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor, entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira no próprio uso da língua, que funciona como recurso congnitivo ao promover o desenvolvimento de idéias. Com o propósito de encarar esse desafio, busca-se em Língua Estrangeira Moderna, superar a 421 concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem quando todo o trabalho desenvolvido com os alunos são retomados em discussões e analisados tanto pelo educador, pelo educando. A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo açãoreflexão-ação que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e compreensão. Assim, tanto o professor quantos os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las. O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto Curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão envolvidos nesse processo. A Avaliação deve ser articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos das Diretrizes. Os alunos que apresentam dificuldades especiais terão atendimento diferenciado de acordo com sua necessidade seja na escrita ou oralidade. Leitura É Importante que o professor: -Identifique o tema; -Realize leitura compreensiva do texto; -Localize informações explícitas e implícitas no texto; -Amplie seu horizonte de expectativa; -Amplie seu léxico; -Identifique a ideia principal do texto. -Perceba o ambiente que circula o gênero; -Deduza o sentido das palavras e / ou expressões a partir do contexto. -Posicione-se argumentativamente ; -Analise as intenções do autor; -Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; -Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; -Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto. -Realização de leitura compreensiva do texto; 422 -Localização de informações explícitas e implícitas no texto; -Dedução dos sentidos de palavras e / ou expressões a partir do contexto; Escrita Espera-se que o aluno: -Expresse suas ideias com clareza; -Elabore / reelabore textos atendendo: as situações de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...); a continuidade temática. -Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; -Utilize de recursos textuais como:coesão e coerência,informatividade,etc; -Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc. -Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo bem como de expressões que indicam ironia e humor,em conformidade com o gênero proposto. Oralidade Espera-se que o aluno: -Utilize do discurso de acordo com a situação de produção(Formal/informal); -Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna; -Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; -Respeite os turnos de fala. -Compreenda os argumentos no discurso do outro; -Organize a sequência de sua fala; -Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e / ou nos gêneros orais trabalhados; -Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões quando necessários em língua materna. -Explore a oralidade em adequação ao gênero proposto; -Utilize conscientemente expressões facial,corporal e gestual, pausa e entonação nas exposições orais,entre outros elementos extralinguísticos; -Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. -Utilização do discurso de acordo com a situação de produção(Formal/informal); -Exposição objetiva de argumentos; -Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, 423 filmes, etc. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Secretaria de Estado de Educação do Paraná, 2008; Língua Estrangeira Moderna. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990. 424 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Historicamente, o processo de ensino de língua Portuguesa iniciou-se com a educação jesuítica. Em 1759, a Reforma Pombalina impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do ensino. Mas, somente nas últimas décadas do século XIX, passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Seguindo os moldes do ensino de Latim fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. A escola se abria a camada cada vez maiores da população, o ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada “boa língua”. O conteúdo gramatical ganho a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no Brasil, o cargo de Professor de Português. A literatura veiculada na variedade brasileira foi retomada pelos modernistas em 1922, pois defendiam a necessidade de privilegiar o falar brasileiro. No Contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos. Uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização. Decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação. A disciplina passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau, Comunicação e Expressão, na s séries iniciais e Comunicação em Língua Portuguesa, nas séries finais. Na década de 70, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Com o fim do regime militar, ganham forças as discussões sobre o currículo escolar e o papel da educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A pedagogia histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. Essa pedagogia se revelou nos estudos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram no final da década de 1970 e início de 1980. O livro de João Wanderley Geraldi marcou as discussões no Paraná. O currículo orientava os professores a um trabalho focado na leitura e na produção; um ensino voltado para o domínio efetivo de falar, ter e escrever. 425 Fundamentou-se a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista. Considerando o percurso histórico da disciplina, as Diretrizes Curriculares Estaduais requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, uma proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em contraste movimentação, reflexiva e produtiva. O domínio da linguagem e o ensino da língua são imprescindíveis para a participação efetiva no meio social em que se vive. Aprender a falar e a escrever não é suficiente para que o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade em que vive. Ele deve saber argumentar, defender seu ponto de vista, trocar, emitir e receber opiniões, exercendo assim a cidadania. A principal função das escolas de Ensino Fundamental deve ser a de formar cidadãos com senso crítico e aguçado e não apenas expectadores. A nova realidade social desencadeou a ampliação da utilização da escrita, dos meios de comunicação eletrônicos e as incertezas de alunos pela escola regular colocou novas demandas e necessidades, tornando ultrapassados os métodos e conteúdos tradicionais. Apesar de ainda imperar uma atitude preconceituosa em relação às formas não absorvidas da expressão linguística que devem consolidar-se em práticas de ensino em que tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada seja o uso da linguagem. Portanto, hoje as práticas discursivas: oralidade, leitura e produção escrita devem partir do uso possível aos alunos para permitir a conquista de novas habilidades linguísticas, particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita, sempre considerando que: • A razão de ser das propostas de leitura e escrita de textos é a compreensão ativa; • A razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a interlocução efetiva; • As situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensar sobre a linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la apropriadamente às situações e aos propósitos definidos; • Há a necessidade de se respeitar que cada indivíduo se diferencia pelas suas características socais e é através da linguagem que expressa suas idéias, pensamentos e intenções de forma que assim estabelece relações inter pessoais; A linguagem e o pensamento mantêm vínculo estreito entre si. É por meio da linguagem que se constroem referenciais em relação às crenças e ao conhecimento geral do mundo, levando a interpretação da realidade enquanto que o pensamento resultante da linguagem dá capacidade de ser alterado, reorganizado ou substituído por outro. Os conteúdos serão trabalhados em atividades interdisciplinares, uma vez que 426 interdisciplinaridade questiona a segmentação entre diferentes campos do conhecimento, visão compartilhada da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se constitui, uma vez que procura situar a pedagogia numa visão unitária. Na prática pedagógica, a interdisciplinaridade expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho fragmentado sendo que a mesma promove a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção. Por essa mesma via, abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares, possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos alunos. A interdisciplinaridade, portanto, dá sentido social a procedimentos e conceitos próprios das áreas convencionais, superando assim o aprender apenas pela necessidade escolar de passar de ano. Nessa dimensão o aluno é sujeito do aprender, é aquele que age com e sobre o objeto do conhecimento que são os discursos textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais de linguagem. Nessa perspectiva o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Para isso, ele contempla os seguintes objetivos: • Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder as diferentes condições de produção do discurso; • Utiliza a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando sobre as representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes; • Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio desenvolvendo a capacidade de avaliação de textos contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes opiniões, inferindo as possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor; • Conhecer e valorizar as diferentes variedades, de português, procurando combater o preconceito linguístico; • Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades; 427 • Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise crítica; • Despertar o gosto pelUtilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder as diferentes condições de produção do discurso; • Utiliza a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando sobre as representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes; • Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio desenvolvendo a capacidade de avaliação de textos contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes opiniões, inferindo as possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor; • Conhecer e valorizar as diferentes variedades, de português, procurando combater o preconceito linguístico; • Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades; • Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise crítica; • Despertar o gosto pela leitura; • Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura brasileira. • Considerar a língua por como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais como representação simbólica de experiências humanas manifestadas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social. • Analisar os recursos repressivos da linguagem verbal, relacionando textos, contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção, recepção (intenção, época, local e interlocutores participantes na criação e propagação de idéias e escolhas); • Confrontar opiniões e pontos de vista sobre diferentes manifestações da linguagem verbal, aplicando as tecnologias de comunicação e de informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes da sua vida. 428 • Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. • Propiciar através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita. • Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura brasileira. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL • Discurso como prática social GÊNEROS TRABALHADOS LITERÁRIOS Cordel, causos e LITERÁRIOS Conto; similares; Novela; Texto dramático; Romance; Canção; Crônica; Poema; Texto dramático; DE IMPRENSA Comentário DE IMPRENSA Notícia; radiofônico; Editorial; Entrevista; Artigo; Debate; Reportagem; Depoimento; Carta do leitor; Entrevista; Charge e tira DE DIVULGAÇÃO Exposição; DE DIVULGAÇÃO Verbete CIENTIFICA CIENTIFICA Seminário; enciclopédico Debate; (nota/artigo); Palestra; Relatório de experiências; Didáticos (textos, enunciados de questões); PUBLICIDADE Artigo; Propaganda; PUBLICIDADE 429 Propaganda; CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL • Entrosamento inicial • Leitura e textos verbais e não verbais. • Tipologia Textual – Narrativo, Descritivo, Poético, Informativo. • Gêneros discursivos • Produção de texto: bilhete, convite, carta, diálogo, poesia, anúncio publicitário, texto narrativo, histórias e quadrinhos, texto informativo e poesia concreta. • Frase • Dicionário • Aula de leitura semanal • A língua em foco • Língua • A língua e o contexto • Intencionalidade lingüística • A linguagem e adequação social • Língua oral e língua escrita • A gíria • O substantivo e suas classificações • Ortografia • Verbos • Vídeos educativos • Concordância verbal/nominal • Discurso direto e indireto • Divisão silábica • Acentuação gráfica • Adjetivo • Artigo • Pronome • Colocação Pronominal • Reflexões sobre a língua 430 • Divisão de textos em parágrafos • Reestruturação de textos • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão), figuras de linguagem. • O Som das Palavras a gente ouve e...vê? • Para escrever certo com expressividade • Leitura de textos Verbais e não Verbais • Tipologia Textual: Narrativo, informativo, Poético • Gêneros discursivos – Entrevista, jornalístico, crônica, carta, fábulas, textos, publicitários. • Interpretação de Textos • Coerência – uso de mau/mal, há/a • Tema do texto • Finalidade do texto • Poema: rimas / ritmo / imagem • Oralidade • Papel do locutor/interlocutor • Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc. • Semântica. • Gênero textual: Crônica, Romance, Fábula, texto informativo, texto humorístico, texto teatral, relatório. • Produção de Textos Narrativos, Dissertativos e Descritivos. • Pensando e criando a partir dos textos. • Tipologia textual: Contos, texto poético, texto jornalístico • Produção de texto: Notícia, poesia, narração, texto visual. • Acróstico • A linguagem do texto • Gênero Textual: informativo: entrevista e cartazes. • Produção de textos Coletivos • Situação comunicativa / Enunciativa 431 • Qualidades e defeitos de um texto escrito. • Refacção textual. • Produção de textos: Mensagem, comunicação via Internet. • Variações linguísticas. • Estudo e comparação de textos • Gênero textual: Texto jornalístico, anotações, texto informativo, narrativo, poema, romance, crônica, texto argumentativo / dissertativo. • Reflexões sobre a língua: estudo e uso • Pensando e criando a partir dos textos. • Produção de texto: Anotações, narração, dissertação / argumentação; síntese de depoimento; poemas. • Construindo e reconstruindo os sentidos do texto. • Vozes sociais presentes no texto. • Elementos composicionais do gênero. • Operadores argumentativos. • Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto. • Expressões que denotam ironia e humor no texto. • Reflexão sobre a língua • Entrevista com profissionais da comunidade • Reflexões sobre a língua: concordância verbal e nominal. Discurso: • Compreensão dos gêneros do oral previsto para os ciclos, articulando elementos lingüísticos a outros de natureza não-verbal; • Identificação de marcas discursivas para o reconhecimento de intenções, valores, preconceitos veiculados no discurso; • Emprego de estratégias de registro e documentação escrita na compreensão de textos orais, quando necessário; • Identificação das formas particulares dos gêneros literários do oral que se distinguem do falar cotidiano. Leitura • Explicação de expectativas quanto à forma e ao conteúdo do texto em função das 432 características do gênero, do suporte, do autor etc.; • Seleção de procedimentos de leitura em função dos diferentes objetivos e interesses do sujeito (estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de tarefa) e das características do gênero e suporte: • Leitura integral: fazer a leitura seqüenciada e extensiva de um texto; • Leitura inspecional: utilizar expedientes de escolha de textos para leitura posterior; • Leitura tópica: identificar informações pontuais no texto, localizar verbetes em um dicionário ou enciclopédia; • Leitura de revisão: identificar e corrigir, num dado texto, determinadas inadequações em relação a um padrão estabelecido; • Leitura item a item: realizar uma tarefa seguindo comandos que pressupõem uma ordenação necessária; Emprego de estratégias não-lineares durante o processamento de leitura: • Formular hipóteses a respeito do conteúdo do texto, antes ou durante a leitura; • Validar ou reformular as hipóteses levantadas a partir das novas informações obtidas durante o processo de leitura: • Avançar ou retroceder durante a leitura em busca de informações esclarecedoras; • Construir sínteses parciais de partes do texto para poder prosseguir na leitura; • Inferir o sentido de palavras a partir do contexto; • Consultar outras fontes em busca de informações complementares (dicionários, enciclopédias, outro leitor); • Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferências (semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambigüidades, ironias e expressões s, opiniões e valores implícitos, bem como das intenções do autor; • Estabelecimento de relações entre os diversos segmentos do próprio texto, entre o texto e outros textos, diretamente implicados pelo primeiro, a partir de informações adicionais oferecidas pelo professor ou conseqüentes da história de leitura do sujeito; • Articulação dos enunciados estabelecendo a progressão temática, em função das características das seqüências predominantes (narrativa, descritiva, expositora, argumentativa e conversacional) e de suas especificidades no interior do gênero; • Estabelecimento da progressão temática em função das marcas de segmentação 433 textual, tais como: mudanças de capítulo ou de parágrafo, títulos e subtítulos, para textos em prosa; colocação em estrofes e versos, para textos em versos; • Estabelecimento das relações necessárias entre o texto e outros textos e recursos de natureza suplementar que o acompanham (gráficos, tabelas, desenhos, fotos, boxes) no processo de compreensão e interpretação do texto; • Levantamento e análise de indicadores lingüísticos e extralingüísticos presentes no texto para identificar as várias vozes do discurso e o ponto de visita que determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de: • Confrontá-lo com o de outros textos; • Confrontá-lo com outras opiniões; • Posicionar-se criticamente diante dele; • Reconhecimento dos diferentes recursos expressivos utilizados na produção de um texto e seu papel no estabelecimento do estilo do próprio texto ou de seu autor. Prática de produção de textos orais e escritos Antes dos conteúdos referentes á prática de produção de textos orais e escritos, será apresentada a tabela que organiza os gêneros sugeridos para o trabalho, conforme critérios apresentados anteriormente. GÊNEROS PARA A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOS LINGUAGEM ORAL LINGUAGEM ESCRITA LITERÁRIOS Canção; LITERÁRIOS Crônica; Textos dramáticos; Conto; Poema; Notícia; Entrevista; DE IMPRENSA Debate; Notícia; DE IMPRENSA Artigo; Depoimento; Carta do leitor; Exposição; Relatório de DE DIVULGAÇÃO Seminário; DE CIENTIFICA CIENTIFICA Debate; DIVULGAÇÃO experiências; Esquema resumo de artigos ou verbetes de enciclopédia; 434 Produção de textos orais: • Planejamento prévio de fala em função da intencionalidade do locutor, das características do receptor, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos; • Seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, semânticos e gramaticais prosódicos e gestuais; • Emprego de recursos escritos (gráficos, esquemas, tabelas) como apoio para a manutenção da continuidade da exposição; • Ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar em conta o ponto de vista do outro para acatá-lo, refutá-lo ou negociá-lo. Produção de textos escritos: • Redação de textos considerando suas condições de produção: ▪ Finalidade; ▪ Especificidade do gênero; ▪ Lugares preferenciais de circulação; ▪ Interlocutor eleito; ◦ Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto: ▪ Estabelecimento de tema; ▪ Levantamento de ideias e dados; ▪ Planejamento; ▪ Rascunho; ▪ Revisão (com intervenção do professor); ▪ Versão final; ◦ Utilização de mecanismos discursivos e lingüísticos de coerência e coesão textuais, conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo diferentes critérios: ▪ De manutenção da continuidade do tema e ordenação de suas partes; ▪ De seleção apropriada do léxico em função do eixo temático; ▪ De manutenção do paralelismo sintático e/ou semântico; ▪ De suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informações em relação ao tema e o ponto de vista assumido; ▪ De avaliação da orientação e força dos argumentos; ▪ De propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas, 435 conectivos) na expressão da relação entre constituintes do texto; ◦ Utilização de marcas de segmentação em função do projeto textual: ▪ Título e subtítulo; ▪ Paragrafação; ▪ Periodização; ▪ Pontuação (ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências); ▪ Outros sinais gráficos (aspas, travessão, parênteses); ◦ Utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação do interlocutor, possíveis aos instrumentos empregados no registro de texto (lápis, caneta, máquina de escrever, computador): ▪ Fonte (tipo de letra, estilo negrito, itálico, tamanho da letra, sublinhado, caixa alta, cor); ▪ Divisão em colunas; ▪ Caixa de texto; ▪ Marcadores de enumeração; ▪ Utilização dos padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção. Análise Linguística e as Práticas Discursivas • Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao conteúdo temático, construção composicional e ao estilo; • Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gêneros de texto se inserem, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não); • Levantamento das restrições que diferentes suportes e espaços de circulação impõem à estruturação de textos; • Análise das sequencias discursivas predominantes (narrativa, descritiva, expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recursos expressivos recorrentes no interior de cada gênero; • Reconhecimento das marcas linguísticas específicas (seleção de processos 436 anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos e argumentativos, esquema dos tempos verbais, dêiticos, etc.). • Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao processo linguístico, no que diz respeito: ◦ Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais), históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia); ◦ As diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem escrita; ◦ A seleção de registros em função da situação interlocutora (formal, informal); ◦ Aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variantes e reduções do sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação das sentenças e concordância). • Comparação dos fenômenos lingüísticos observados na fala e na escrita nas diferentes variedades, privilegiando os seguintes domínios: ◦ Sistema pronominal (diferentes quadros pronominais em função do gênero): preenchimento da posição de sujeito, extensão do emprego dos pronomes tônicos na posição de objetivo, desaparecimento dos clíticos, emprego dos reflexivos, etc; ◦ Sistema dos tempos verbais (redução do paradigma no vernáculo) e emprego dos tempos verbais (predominância das formas compostas no futuro e no mais que perfeito, emprego do imperfeito pelo “condicional”, predominância do modo indicativo etc.); ◦ Predominância de verbos de significação mais abrangente (ser, ter, estar, ficar, pôr, dar) em vez de verbos com significação mais específica; ◦ Casos mais gerais de concordância nominal e verbal para recuperação da referência e manutenção da coesão; • Expansão dos sintagmas para expressar sinteticamente elementos dispersos no texto que predicam um mesmo núcleo ou o modificam; • Integração à sentença mediante nominalizações da expressão de eventos, resultados de eventos, qualificações e relações; • Reordenação dos constituintes da sentença e do texto para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como a topicalidade, a informação nova, a ênfase; 437 • Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura da sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como, por exemplo, uma diferente topicalidade ou o ocultamento do agente (construções passivas, utilização do clítico “se” ou verbo na terceira pessoa do plural), o efeito do emprego ou não de operadores argumentativos e de modalizadores; • Redução de texto (omissões, apagamentos, elipses) seja como marca de estilo, seja para diminuir redundâncias ou para evitar recorrências que não tenham caráter funcional ou não produzam desejados efeitos de sentido. • Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de modo a permitir: ◦ Escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais apropriadas ao que se quer dizer ou em relação de sinonímia no contexto em que se inserem ou mais genéricas / mais específicas (hiperônimos e hipônimos); ◦ Escolha mais adequada em relação à modalidade falada ou escrita ou no nível de formalidade e finalidade social do texto; ◦ Organização das palavras em conjuntos estruturados em relação a um determinado tema, acontecimento, processo, fenômeno ou mesmo objeto, como possíveis elementos de um texto; ◦ Capacidade de projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), a estrutura complexa associada a seu sentido, bem como os traços de sentido que atribuem aos elementos (sujeito, complementos) que preencham essa estrutura; ◦ Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais (regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria); ◦ Elaboração de glossários, identificação de palavras-chave, consulta ao dicionário. • Descrição de fenômenos lingüísticos com os quais os alunos tenham operado, por meio de agrupamento, aplicação de modelos, comparações e análise das formas lingüísticas, de modo a inventariar elementos de uma mesma classe de fenômenos e construir paradigmas contrastantes em diferentes modalidades de fala e escrita, com base: ◦ Em propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais de prefixação e de sufixação); ◦ No papel funcional assumido pelos elementos na estrutura de sentença ou nos sintagmas constituintes (sujeito, predicado, 438 complemento, adjunto, determinante, quantificador); ◦ No significado protótipo dessas classes. • Utilização da intuição sobre unidades lingüísticas (períodos, sentenças, sintagmas) como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação. • Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica. Valores e atitudes subjacentes às práticas de linguagem •Valorização das variedades lingüísticas que caracterizam a comunidade dos falantes da Língua Portuguesa nas diferentes regiões do país. •Valorização das diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos — orais ou escritos — como possibilidades diferenciadas de compreensão do mundo. •Posicionamento crítico diante de textos, de modo a reconhecer a pertinência dos argumentos utilizados, posições ideológicas subjacentes e possíveis conteúdos discriminatórios neles veiculados. •Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos adequados à condição atual do aluno. •Atitude receptiva diante de leituras desafiadoras e disponibilidade para a ampliação do repertório a partir de experiências com material diversificado e recomendações de terceiros. •Interesse pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte. •Interesse pela literatura, considerando-a forma de expressão da cultura de um povo. •Interesse por trocar impressões e informações com outros leitores, posicionando-se a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações de leitura e considerando os novos dados recebidos. •Interesse por freqüentar os espaços mediadores de leitura — bibliotecas, livrarias, distribuidoras, editoras, bancas de revistas, lançamentos, exposições, palestras, debates, depoimentos de autores — sabendo orientar-se dentro da especificidade desses espaços e sendo capaz de localizar um texto desejado. •Reconhecimento da necessidade de dominar os saberes envolvidos nas práticas sociais, mediadas pela linguagem como ferramenta para a continuidade de aprendizagem fora da escola. 439 •Reconhecimento de que o domínio dos usos sociais da linguagem oral e escrita pode possibilitar a participação política e cidadã do sujeito, bem como transformar as condições dessa participação, conferindo-lhe melhor qualidade. •Reconhecimento de que o domínio da linguagem oral e escrita pode oferecer ao sujeito melhores possibilidades de acesso ao trabalho. •Reconhecimento da necessidade e importância da língua escrita no processo de planejamento prévio de textos orais. •Preocupação com a qualidade das produções escritas próprias, tanto no que se refere aos aspectos formais — discursivos, textuais, gramaticais, convencionais — quanto à apresentação estética. •Valorização da linguagem escrita como instrumento que possibilita o distanciamento do sujeito em relação a idéias e conhecimentos expressos, permitindo formas de reflexão mais aprofundadas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ENSINO MÉDIO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL GENEROS DISCURSIVOS: • Histórias que a vida conta • Crônicas • Histórias de nossa imaginação • Narração • Texto informativo • Contos • O texto poético • Lendas • Memórias • Pesquisas • Estudo do texto ▪ O jornal e a publicidade ▪ A construção do enredo (narração) 440 ▪ Entrevistas ▪ Experiências de aprofundamento da descrição ▪ O mundo dissertativo ▪ Poesia: Análise e interpretação ▪ A correspondência: carta familiar, comercial, solicitação de emprego, e-mail • Enredo linear e enredo não-linear • As linguagens da publicidade • Texto de opinião • A estrutura do texto dissertativo • A correspondência: abaixo-assinado, ofício, curriculum vitae, ata, correio eletrônico, declaração, e-mail PRODUÇÃO DE TEXTO: narrativo, descritivo, dissertativo. LITERATURA • Literatura: A Arte da Palavra • O Texto Literário • O Trovadorismo • O Humanismo • O Renascimento • O Quinhentismo Brasileiro • O arcadismo • O Barroco: Português e Brasileiro • O Neoclassicismo em Portugal • O Romantismo em Portugal • A poesia romântica brasileira e portuguesa • A prosa romântica brasileira e portuguesa • O Realismo e o Naturalismo: Portugal e Brasil • Contos: Machado de Assis e Eça de Queirós • O Simbolismo no Brasil • Compositores românticos do século XIX • O Simbolismo 441 • O Pré-modernismo no Brasil • Semana de Arte Moderna • A primeira geração modernista brasileira • A poesia de Fernando Pessoa • A segunda geração modernista brasileira: poesia e prosa • A terceira geração modernista brasileira: • Tendências contemporâneas • O desenvolvimento da produção literária africana • Crônicas de Rubem Braga • Revisão de obras estudadas ESCRITA • Conteúdo temático • Interlocutor • Finalidade do texto • Intencionalidade • Intertextualidade • Vozes sociais presentes no texto • Elementos composicionais do gênero • Semânticas • Figuras • Vícios •A Operadores argumentativos de linguagem de linguagens origem da Linguagem • Estrangeirismos • Fenologia • Variações Lingüísticas • Ortografia • Pontuação • Acentuação • Estrutura Gráfica da formação das palavras • Crase • Criação de novas palavras • As classes de palavras 442 • Estudo do período simples • Estudo do período composto • Concordância verbal / nominal • Regência verbal / nominal • Conteúdo temático • Finalidade do texto • Operadores argumentativos • Figuras de linguagem • Uso de pronomes pessoais e possessivos • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto, conectores, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão) • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto LEITURA • Interlocutor • Finalidade do texto • Vozes sociais presentes no texto • Aula de Leitura Semanal • Aceitabilidade do texto • Informatividade • Papel do locutor / interlocutores Adequação do discurso ao gênero • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito • Contexto de produção da obra literária • Vozes sociais presentes no texto • Elementos composicionais do gênero • Semântica PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA Atividades de linguagem: • Produção de texto: • Debate; • Entrevista; • Exposição dissertativa; 443 • Resumo • Paráfrase, paródia; • Correspondência familiar e oficial; • Narrativa de ficção e oficial; • Propaganda; • Poema; • Leitura de obras literárias; • Dramatizações e leitura dramática; Atividades de reflexão e operação sobre o texto • Observar, comparar e compreender: • Função de texto; • Adequação da forma a situação de uso a aos propósitos do texto; • Procedimentos de coesão e coerência do texto; • Diferentes elementos que estruturam; • O texto narrativo-descritivo: • Episódios e modos de relacioná-los e organizá-los; • Personagens e modo de apresentá-las caracterização das personagens e de ambiente; • Narrador, seu ponto de vista em relação aos acontecimentos; • Tempo de narração e tempos de história; • Valor composicional das operações na relação e organização dos elementos; • Relação com a realidade sócio-cultural; • O texto dissertativo: •Objetivos do autor na narração; •Argumentos que fundamentam ou contrariam a tese do autor e peso relativo desses argumentos; •Conclusões; •Procedimentos argumentativos; • O texto poético: Idéia ou elemento central da construção; 444 Recursos sonoros, rítmicos, visuais; Recursos verbais de construção ao semântico; Relação com a realidade sócio-cultural; O texto administrativo/legal: • A função do texto e situações de uso; • Sistemas de noções peculiares à área de atuação em questão; • Elementos da linguagem técnica; • Modos de redação ou aspectos formais; • O texto publicitário e jornalístico: • Informações veiculadas; • Procedimentos de informação e persuasão; Atividades relativas ao estudo da literatura: • Relação sincrônica e diacrônica dos textos literários entre si; • Relação da literatura com a realidade e sócio-cultural. Atividades relacionadas ao estudo dos fatos da língua: • No que se refere ao texto: • Funções dos textos e formas linguísticas a elas associadas; • Variações linguísticas, diferentes registros e variações estilísticas: adequação a forma à situação de uso aos propósitos do texto; • Estruturação do texto: os procedimentos de coesão e coerência; • Tipos de modalidade de texto; • No que se refere à Análise Linguística: ▪ Aspectos descritivos: ▪ Unidades linguísticas (morfemas, palavras, sintagmas, orações); ▪ Categorias gramaticais (gênero, número, grau, pessoa, tempo, modo, orações reduzidas, etc.); ▪ Relações entre as unidades linguísticas: subordinação e coordenação: ▪ Classificação morfossintática das unidades gramaticais; ▪ Funções determinadas aos elementos dessas relações (sintáticos,: sujeito, predicado, objetos, semânticas, agente, paciente, instrumento, modo, causa, etc. ▪ Formas-padrão de expressar o tratamento; 445 ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO ENSINO FUNDAMENTAL Organizar situações de aprendizado, planejando situações de interação nas quais o conhecimento seja construído ou tematizado, organizando atividades que recriem situações enunciativas de outros espaços, planejando e dirigindo atividades didáticas apoiando e orientando o esforço de ação e reflexão do aluno procurando garantir aprendizagem efetiva. As atividades de ensino devem contemplar o trabalho de diversidade de textos e gêneros. O ensino desta disciplina deve considerar a condição afetiva, cognitiva e social do adolescente, deste modo implica colocar um fazer reflexivo com o qual se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as opiniões valores e saberes são veiculados nos discursos orais e escritos. Deve-se possibilitar o acesso a textos escritos mais complexos, com padrões linguísticos mais distanciados daqueles da oralidade e com sistema de referência mais distantes do senso comum e das atividades da vida diária, impondo a necessidade de percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos valores constituídos em torno das formas de reflexão. A mediação do professor deve ser de organizar ações que possibilitem aos alunos o contato crítico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos das práticas de linguagem, inclusive aspectos não percebidos inicialmente pelo grupo. Em língua portuguesa, levando em conta que o texto, unidade de trabalho, coloca o aluno sempre em frente a tarefas globais e complexas, para garantir a apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos e introduzindo-os nas práticas de oralidade, leitura e produção. Apresentando diferentes textos de diferentes gêneros, para que os alunos construam os diversos conceitos. O trabalho com a língua oral deve desenvolver a capacidade de falar que será adquirida por meio de exposições, relatórios de experiências, entrevistas, debates, teatros, palestras, leituras dramáticas e saraus literários, organizados pela escola, que envolvam aspectos temáticos de projetos interdisciplinares. Dentre dessa temática de trabalho, o professor deve organizar momentos de leitura livre em que ele próprio leia, criando um circuito de leitura em que se fala o que se leu, trocam-se sugestões, aprendem com experiências do outro. Para formar bons leitores exercitar-se-á diversos tipos de leitura: leitura autônoma, colaborativa, em voz alta pelo professor, programada, livre. 446 Ao produzir um texto, o aluno precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer a quem dizer e como dizer. O texto será analisado pelo professor, o qual promoverá eventuais ajustes na redação, localizando e corrigindo possíveis deslizes no uso da norma culta. Os procedimentos de refacção começam de maneira externa, pela mediação do professor que elabora os instrumentos e organiza as atividades que permitem aos alunos sair do complexo (o texto) ir ao simples (as questões linguísticas e discursivas que estão sendo estudadas) e retomar ao complexo (o texto). Graças à mediação do professor, os alunos aprendem não só um conjunto de instrumentos linguísticos discursivos, como também técnicas de revisão (rasurar, substituir, desprezar). Por meio dessas práticas mediadas, os alunos se apropriam progressivamente, das habilidades necessárias à auto-correção. Além da oralidade, leitura e produção de texto, faz-se necessário atividades epilinguísticas, que envolvam manifestações de um trabalho sobre a língua e suas propriedades, como de atividades metalinguísticas que envolvam o trabalho de observação, descrição e categorização, por meio do qual se constroem explicações para os fenômenos linguísticos característicos das práticas discursivas. Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a aprendizagem dos conteúdos selecionados, fazem-se necessários alguns procedimentos metodológicos: - Isolamento entre os diversos componentes da expressão oral ou escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem; - Construção de um corpus que leve em conta a relevância, a simplicidade, bem como a quantidade dos dados, para que o aluno possa perceber o que é regular; - Análise do corpus, promovendo o agrupamento dos dados a partir dos critérios construídos para apontar as regularidades observadas; - Organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado. Os aspectos polêmicos inerentes aos temas sociais, por exemplo, abrem possibilidades para o trabalho com a argumentação — capacidade relevante para o exercício da cidadania, por meio da análise das formas de convencimento empregadas nos textos, da percepção da orientação argumentativa que sugerem, da identificação dos preconceitos que possam veicular no tratamento de questões sociais, etc. Procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos 447 e de assumir a palavra, produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e transformadora. O exercício do diálogo na explicitação, contraposição e argumentação de idéias são fundamentais na aprendizagem da cooperação e no desenvolvimento de atitudes de confiança, de capacidade para interagir e de respeito ao outro. A aprendizagem desses aspectos precisa, necessariamente, estar inserida em situações reais de intervenção, começando no âmbito da própria escola. Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos textos produzidos pelos alunos. Tomando como ponto de partida o texto produzido pelo aluno, o professor pode trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estruturais dos diversos tipos textuais como também os aspectos gramaticais que possa instrumentalizar o aluno no domínio da modalidade escrita da língua. • Seleção de um dos textos produzidos pelos alunos, que seja representativo das dificuldades coletivas e apresente possibilidades para discussão dos aspectos priorizados e encaminhamento de soluções. • Apresentação do texto para leitura transcrevendo na lousa, reproduzindo-o, usando papel, transparência ou a tela do computador. • Análise e discussão de problemas selecionados. Em função da complexidade da tarefa, não é possível explorar todos os aspectos a cada vez. Para que o aluno possa aprender com a experiência é importante selecionar alguns, propondo questões que orientem o trabalho. • Registro das respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e discussão das diferentes possibilidades em função de critérios de legitimidade e de eficácia comunicativa. • Re-elaboração do texto, incorporando as alterações propostas. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. 448 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ENSINO MÉDIO Os conteúdos serão trabalhados através da oralidade, onde se procura clareza na exposição de ideias, sequencia lógica na exposição, consistência argumentativa, expansão das ideias, reconhecimento das intenções na fala do outro, vocabulário adequado do seu interlocutor (objetivo e assunto), utilização da norma padrão (concordâncias) e percepção a flexibilidade da língua, privilegiando conversas, relatos, comentários, debates, entrevistas, hora da novidade. A prática dessa atividade proporcionará condições para o aluno reconhecer as intenções na fala de outro, bem como observar as reações de seus interlocutores e adequar sua fala a eles, utilizando a norma padrão ou a linguagem coloquial de acordo com as necessidades a situação, percebendo a flexibilidade da língua. Na leitura, a necessidade de propiciar ao aluno diversidade de texto, nos quais seja capaz de perceber a prática da leitura não como mera decodificação e sim distinguir os diferentes tipos, apropriando-se de seu sentido mais profundo, reconhecendo a intenção e especificidade nos diferentes tipos de discursos, como o texto de instrução, narrativos e opinativos. Desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos e de assumir a palavra produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e transformadora. Na escrita, “o domínio implica conhecer e saber utilizar as diferentes organizações textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto produzido cumpra sua função”. Para isso é preciso criar situações, nas quais escrever seja uma necessidade, observando a função real da escrita na sociedade. Partindo da hipótese de quem será seu interlocutor, o aluno escolherá o gênero discursivo e linguagem adequada às circunstancias. Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a aprendizagem dos conteúdos faz-se necessário o isolamento entre os diversos componentes da expressão oral e escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem e produção. Promover o agrupamento de dados, organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado. 449 Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos textos produzidos pelos alunos e re-elaboração do texto, incorporando as alterações propostas. Na literatura, “As atividades promoverão o conhecimento teórico e prático dos fenômenos literários particulares e gerais, que envolvam problemas sociais, econômicos, artísticos, culturais e psicológicos”. Procurarão despertar o hábito e o gosto pela leitura, fazendo da mesma prazer e lazer, descobrindo a história de um povo, de uma época, usos e costumes, idéias essenciais e secundárias, relações com a realidade atual, espaços, ambientes, manejo de tempo, personagens e suas características, tipos de linguagem. Os alunos com necessidades especiais terão atendimento individualizado; na oralidade: auxílio de colegas através de linguagem de sinais, desenhos, gestos; na escrita: textos fotocopiados, digitados, escritos no quadro de giz; na leitura: através de interpretação ou sinais. As avaliações serão feitas de maneira diferenciada. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL A avaliação deve ser compreendida, como conjunto de ações organizadas, com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu. Ela é um instrumento que possibilita ao professor analisar criticamente sua prática educativa e também possibilita ao aluno saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades, a qual deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Deve ser compreendido como constitutiva da prática educativa, dado que é análise das informações obtidas ao longo do processo de aprendizagem, possibilitando ao professor a organização de sua ação de maneira adequada e com melhor qualidade. A avaliação atua como um elemento balizador das pautas intencionais e das intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no 450 processo aprendizagem. Esta precisa acontecer num contexto que seja possibilitado ao aluno reflexão sobre os conhecimentos construídos, precisando ser compreendida como reflexiva e autonomista. Ao se avaliar, deve-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de conhecimento que o aluno construiu. Para isso, o professor precisa construir formas de registros obtendo assim informações relevantes à organização da ação pedagógica. Assim, as anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer indicações claras para que este possa efetivamente melhorar. Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de consciência sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreça maior controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho. O aluno será avaliado nos seguintes critérios: • Demonstre compreensão de textos orais, nos gêneros previstos para a série, por meio da retomada dos tópicos do texto. • Atribua sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles. • Leia, de maneira independente, textos com os quais tenha construído familiaridade. • Compreenda textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele. • Selecione procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses (estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de tarefa) e a características de gênero e suporte. • Posicione-se argumentativamente. • Coordene estratégias de leitura não-lineares utilizando procedimentos adequados para resolver dúvidas na compreensão e articular informações textuais com conhecimentos prévios. • Produza textos orais, nos gêneros previstos para a série, considerando as especificidades das condições de produção. • Produza textos na modalidade escrita em gêneros, considerando as especificidades das condições de produção. • Escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo gênero. • Produza textos utilizando alguns recursos próprios do padrão escrito relativos à 451 paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual. • Escreva textos sabendo utilizar os padrões de escrita, observando regularidades linguísticas e ortográficas. • Revise os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los. • Utilize os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise linguística. LEITURA Espera-se que o aluno; • identifique o tema; • realize leitura compreensiva do texto; • posicione-se argumentativamente; • amplie seu horizonte de expectativas; • amplie seu léxico; • identifique a ideia principal do texto. • analise as intenções do autor; • localize informações explícitas e implícitas no texto; • perceba o ambiente no qual circula o gênero; • deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. • reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • compreenda as diferentes decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. • realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • reconheço palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno: • expresse as ideias com clareza; • elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: 452 • às situações de produções propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); • à continuidade temática; • diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • utilize discursos de acordo com a situação de produção (formal/informal); • apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • compreenda argumentos no discurso do outro; • explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonações, pausas, gestos, etc; • respeite os turnos de fala. • exponha objetivamente seus argumentos; • organize a sequência de sua fala; • analise os argumentos dos colegas de classe em sua apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc. • obtenha fluências na exposição oral,em adequação ao gênero proposto; • utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. 453 • analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas, infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos nas produções e reestruturação de texto, avaliações de leitura e escrita, apresentações orais e nas atividades desenvolvidas diariamente, oferecendo aos educandos momentos de recuperação imediata de estudos, visto que não haverá recuperação final. Desta forma, a avaliação passa a ser compreendida como um processo interativo entre professor e aluno assegurando o sucesso de ambos. AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO É um processo de ensino-aprendizagem pelo qual se percebe a apropriação do conhecimento por meio do progresso e de conquistas numa observação contínua e cumulativa. O professor registrará todas as observações realizadas durante todo o processo, para ter condições de ir redirecionando seu trabalho, no sentido de ajudar os alunos a construírem novos conhecimentos. Além das observações serão organizadas outras atividades avaliativas, tais como: auto-avaliação do aluno, trabalhos coletivos e individuais, entrevistas, contação de histórias e produções de texto. Espera-se que o aluno efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais, localize informações explícitas e implícitas, produza inferências, posicione-se argumentativamente, amplie seu léscico, identifique a ideia principal e o tema do texto. Referente à obra literária: amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual. Na escrita espera-se que o aluno expresse ideias com clareza, elabore textos atendendo: às situações de produção propostas; diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal, utilize adequadamente recursos linguísticos, empregue palavras ou expressões no sentido conotativo, use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos e entenda o estilo próprio de cada gênero. Na oralidade espera-se que o aluno utilize seu discurso de acordo com a situação, apresente ideias com clareza, tenha fluência na exposição oral, compreenda os argumentos do discurso do outro, defenda claramente suas ideias, respeite os turnos de fala, contra-arguente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc. Utilize elementos extralinguísticos nas associações orais. 454 Durante o bimestre o professor acompanhará o desempenho dos alunos, oferecendo momentos de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período. Visto que não haverá recuperação final. O Projeto Político Pedagógico contempla a avaliação contínua da aprendizagem dos alunos. Avaliar o grau de domínio das noções ensinadas apenas tem sentido se servir de parâmetros para revisão do próprio saber escolar e da condição pedagógica do professor. A avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo qual o professor e o aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento, assegurando o sucesso. As atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesmas, mas tem de ser vistas como uma oportunidade de reflexão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – ENSINO FUNDAMENTAL CEREJA, Robert Willian – Português, Linguagens. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais; Paraná,. Julho, 2006. KRAMER, Sônia. Escrita, experiência e formação: múltiplas possibilidades de criação escrita, In. A experiência da escrita LUFT, Celso Pedro – Mini Luft – Editora Ática. SOARES, Magda - Uma proposta para letramento – Editora Moderna. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENSINO MÉDIO AMARAL, Emilia (et. Al). Português: Novas Palavras: Literatura, Gramática e Redação. São Paulo, FTD, 2000. 455 CAMPEDELLI, Samira Youssel e SOUZA, Jesus Barbosa. Literatura Brasileira e Portuguesa. 1ª Edição. São Paulo. Saraiva, 2000. CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens. Vol único. São Paulo. Atual, 2003. FARACO, Carlos Alberto. Oficina de Texto. Cristóvão Tezza. Curitiba: Livro do Eleotório; 1999. FARACO, Carlos Alberto; Português: Língua e Cultura Ensino Médio, Curitiba, Base Editora, 2005. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais, Paraná, Julho, 2006. LUFT, Celso Pedro. Mini dicionário Luft. São Paulo, 17ª ed., 1999. TERRA, Ernani. Gramática, Literatura e Produção de texto para o Ensino Médio – curso completo. TREVISAN, Zizi. O Leitor e o Diálogo dos Signos. São Paulo. Cliper Editora, 2000. TUFANO, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. 5ª Edição, Revisado e Ampliado. São Paulo, Moderna, 1995. 456 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Em cada período histórico, a disciplina de Ensino Religioso assumiu diferentes características pedagógicas e legais dentro dos currículos escolares no Brasil. Embora no contexto do Brasil Colônia não seja possível falar em políticas públicas para a educação e também numa disciplina denominada de Ensino Religioso, a primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação Brasileira ocorreu várias atividades de evangelização promovidas pelas instituições religiosas de confissão católica, com meta de apresentar o conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana. Com o advento da República e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja, surgiu, entre os defensores da República, o impulso de dissolver o modelo de educação baseado na catequese religiosa. Em 1934, o Estado Novo implantou a disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Era, portanto, garantida a existência da disciplina na educação pública e, por outro lado, era de caráter facultativo para os estudantes não católicos. Essa orientação formal do Ensino Religioso se manteve nas legislações até meados da década de 60. A Constituição de 1934 procurava manter um caráter facultativo da disciplina, mas procurava-se ainda implantar a abertura de um espaço público também para as religiões minoritárias no quadro da educação, pois a concepção de religião desse período, abordava unicamente a doutrina cristã. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, afirmava em seu XVIII artigo o seguinte: Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular. No Brasil, na década de 60, o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido do inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967: "o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio". 457 O Ensino Religioso aconfessional e público se concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização: Art. 33 — O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. §1 — Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de professores. §2 — Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. Foi proposto um modelo laico e pluralista, a perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de consideração da religião na educação, brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc. Surgiram, desde então, oriundas dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas pedagógicas que pretendem, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Religião e conhecimento religioso estão inter-relacionados aos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Portanto, a disciplina de Ensino Religioso na escola fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do conhecimento. Deve-se efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito Religioso e voltada ao respeito da diversidade cultural e religiosa. Assim, a disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade. Em termos metodológicos propõe-se nessa proposta com base nas diretrizes, um 458 processo de ensino e de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida — real e metódica —, do confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de conteúdos formalizados. Serão abordados conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações culturais e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as formas diversas de religiosidade. A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. O objeto de estudo será o Sagrado, termo que se origina do termo latino sacrátus e do ato de sagrar, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. O espaço e o sentido do Sagrado, constitui-se, no contexto da educação laica e republicana, as interpretações e experiências do Sagrado compreendidas racionalmente como resultado de representações construídas historicamente no âmbito das diversas culturas e tradições religiosas e filosóficas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa Universo Simbólico Religioso Textos Sagrados CONTEÚDOS BÁSICOS • Organizações Religiosas - Organizações Monoteístas - Organizações Politeístas • Lugares Sagrados: - Lugares Sagrados Materiais (templos, igrejas, capelas, cemitérios, etc.) - Lugares Sagrados Naturais (rios, lagos, montanhas, grutas, caminhos etc.) • Textos Sagrados orais ou escritos 459 • Universo Simbólico Religioso - Tipos de Símbolos Religiosos - Máscaras religiosas - Vestimentas religiosas • Temporalidade Sagrada • Festas Religiosas • Vida e Morte • Respeito à diversidade religiosa - Religiões Tribais - Religiões Afro-descendentes - Religiões Cristãs - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa; - Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão; - Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas; - Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado; • Rituais Religiosos - Tipos de Rituais Sagrados - Ritos de passagem Serão trabalhados no decorrer do ano, na medida em que surgirem oportunidades: educação ambiental, sexualidade, enfrentamento a violência na escola, prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, história e cultura afro-brasileira e africana. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Propõem-se aulas de forma dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos. O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, exercendo o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento em sua prática social cotidiana. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido 460 em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos. Em seguida, propõe-se a problematização do conteúdo, levando o aluno para a construção do conhecimento. Será estabelecida uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-o como construção histórico- social e patrimônio cultural da humanidade. Será respeitado o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando. No desenvolvimento dos referidos conteúdos utilizar-se-a de textos, desenhos, documentários, entre outros recursos para leitura, interpretação e e resolução de atividades individuais em duplas e em grupos. Poder-se –a também fazer apresentações (teatro, jogral, exposições de cartazes, músicas, etc).Serão utilizados os recursos tecnológicos (Tv pen drive, laboratório de informática) e livros da biblioteca bem como textos, materiais recebidos em cursos e o caderno pedagógico (O Sagrado no Ensino Religioso). Durante o ano letivo também serão trabalhados, se necessário, os desafios educacionais contemporâneos através de debates, pesquisas, leituras e discussões, que possam contribuir para a construção do conhecimento do aluno. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou de conceitos na documetação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo de matrícula na disciplina. Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implementação de práticas evaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos. 461 Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o auxiliem o registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos e para melhorar a vivência dos alunos enquanto cidadãos conscientes. Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada conforme LDB 9394/96 capítulo V – artigo 58. A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, será feita avaliações escritas individuais ou em grupo, resumos, redações, cartazes, debates, jogos e outros que possam identificar se existe a necessidade de recuperação de conteúdos ou estudos, que poderá ser feita através de outras formas de avaliação, como vídeos, debates, seminários e registros escritos. Espera-se que o aluno: - estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica; - desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural; – reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CADERNO PEDAGÓGICO. O Sagrado no Ensino Religioso. Secretaria do Estado da Educação, 2008. BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997. BUENO, Regina Maria da Rocha Louros. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Círculo de Cooperação da URI, Curitiba, 2005. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso par o Ensino Fundamental, Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. ASSINTEC. Sugestão de proposta pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba, 2002. 462 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi refletindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o "um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do cotidiano, como a contagem e a medida de comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os "Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e a matemática começou por ser "a ciência que tem por objeto a medida e as propriedades das grandezas" (dicionário), mas atualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva. Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao tratamento das noções abstratas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado. foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de definições e o rigor no cálculo das posições dos astros. A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das sociedades. Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas. Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam despender tempo no estudo da matemática. De há quatrocentos anos para cá, a monarquia e o clero deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos envolvidos. E sabendo isso, atualmente poucos são os países em que não se cria matemática nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de matemática. A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada 463 pelos egípcios nas construção de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos. Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo, arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que olhamos existe a matemática. A matemática que se estuda na escola aplica-se facilmente às necessidades quotidianas. Isto é obvio até ao 9º ano mas no ensino secundário parece que ela não tem tanta utilidade. Mas não é por acaso que se estuda matemática nas escolas. Antes de mais, ela é útil para promover o pensamento estruturado e o raciocínio rigoroso. Por outro lado, a sociedade evoluiu exigindo cada vez mais conhecimentos matemáticos a todos os cidadão. Um arquitecto dirá que a Matemática é útil para auxiliar a percepção e a criação da beleza; um engenheiro dirá que é útil para reforçar e aprovar experiências; um físico dirá que é útil por ser a linguagem da ciência; um político dirá que a Matemática orienta-o na administração e na implementação de leis; um psicólogo afirmará que auxilia-o no tratamento estatístico de inquéritos; um matemático mostrará que um corpo matemático é útil quando for aplicável a outro corpo. A matemática é um saber necessário a todas as disciplinas e ciências, devido ao seu rigor. Deste modo se mostra que as outras ciências não se desenvolveriam se a matemática não existisse e não fosse estudada. De certa forma todos somos matemáticos e fazemos matemática com regularidade: fazer as contas das compras; escolher itinerários; relacionar conjuntos de bens; inferir e concluir a partir de premissas; etc. E confiamos sempre na exatidão dos nossos raciocínios até prova em contrário. Podemos considerar que a aprendizagem da matemática nas escolas é paralela ao desenvolvimento da humanidade. O Homem há 10 mil anos mal sabia contar e agora calcula a trajetória de um satélite. De modo semelhante, uma criança aprende a contar com 6 anos e ao longo da sua adolescência vai aprendendo em pouco tempo aquilo que levou anos e anos a ser inventado. A matemática conhecida por um aluno do 9º ano impressionaria o rei D. Afonso V e certamente o convidaria para trabalhar na corte. Para saber matemática é indispensável conhecer as suas definições e saber utilizá-las adequadamente. Ao longo do estudo, cada vez são necessárias mais definições que utilizam as já conhecidas. Por isso, não saber a tabuada dificulta ou impossibilita o cálculo das operações com números relativos e depois prejudicará a resolução de equações e mais tarde o estudo de funções, . . . A matemática é como um grande arranha-céus: se esqueces as bases podes perder 464 o prédio todo. As definições da matemática são elementares mas relacionadas. Enquanto se estuda matemática vai-se conhecendo as definições, alguns exemplos, observações e finalmente resolve-se exercícios. Para saber matemática é necessário estudar, estudar, estudar. É este o segredo do sucesso. A matemática deve ser entendida no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. As matemáticas, surgidas na Antiguidade por necessidades da vida cotidiana, tem se transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e servem de potente instrumento para o conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de abstração que caracteriza as matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam inacessíveis aos que não são especialistas. Esta qualidade abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade a noções idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.(ALEKSANDROV et al. 1985, p.11). A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação de situações-problemas, na busca de referência para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. Segundo Miguel & Miorin, 2004, “para promover uma aprendizagem significativa é importante que o conhecimento matemático seja construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais. No entanto, a Matemática é um saber vivo, o qual vem sendo construído ao longo da história passando por várias tendências com diferentes concepções. O desenvolvimento tecnológico no mundo globalizado exige pessoas criativas, versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e iniciativa, para resolver problemas em equipe, interpretar informações e adaptar-se a novos métodos, comunicar-se fazendo uso de diferentes formas de representação e para utilizar diferentes tecnologias e linguagens que vão além da comunicação oral e escrita. Cabe a escola desafiar os alunos para que eles possam desenvolver atitudes de responsabilidade frente as exigências da sociedade, portanto a matemática considerada como ciência básica no desenvolvimento científico e tecnológico deve ser fundamentada na ação 465 reflexiva envolvendo aspectos pedagógicos, cognitivos e sociais. As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania indicam com objetivos do ensino fundamental levar o aluno a identificar os conhecimentos matemáticos com meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o carácter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problema; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo interrelações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico); selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente; resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínios e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis, comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos Sistemas de numeração; - Números Naturais; - Múltiplos e divisores; - Potenciação e radiciação; 466 - Números fracionários; decimais; inteiros; - Números Racionais e Irracionais; - Equação e Inequação do 1º Grau; - Razão e proporção; Números e Álgebra - Regra de três simples. - Potências; - Monômios e Polinômios; - Produtos Notáveis. - Números Rais; - Propriedades dos radicais; - Equação do 2º grau; - Teorema de Pitágoras; - Equações Irracionais; Biquadradas; - Regra de Três Composta. - Medidas de comprimento; - Medidas de massa; - Medidas de área; - Medidas de volume; Grandezas e medidas - Medidas de tempo; - Medidas de ângulos; - Sistema monetário. - Medidas de temperatura; - Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria no Triângulo Retângulo. - Geometria Plana; Geométricas - Geometria Espacial. - Geometrias não-euclidianas. - Geometria Analítica; - Dados, tabelas e gráficos; - Percentagem - Pesquisa Estatística; - Média Aritmética; 467 - Moda e mediana; - Juros simples. Tratamento da informação - Gráfico e Informação; - População e amostra. - Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade; - Estatística; - Juros compostos. Funções - Noção intuitiva de Função Afim. - Noção intuitiva de Função Quadrática. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos - Números Reais; - Números Complexos; Números e Álgebra - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares. - Medidas de Área; - Medidas de Volume; Grandezas e medidas - Medidas de Grandezas Vetoriais; - Medidas de Informática; - Medidas de Energia; - Trigonometria. - Função Afim; - função Quadrática; - Função Polinomial; - Função Exponencial; Funções - Função Logarítmica; 468 - Função Trigonométrica; - Função Modular; - Progressão Aritmética; - Progressão Geométrica. - Geometria Plana; Geometrias - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-euclidianas. - Análise Combinatória; - Binômio de Newton; Tratamento da informação - Estudo das Probabilidades; - Estatística; - Matemática Financeira. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Os conteúdos básicos do ensino fundamental deverão ser abordados de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de matemática. A abordagem dos conteúdos nesse nível de ensino de ser numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os conteúdos básicos de matemática no ensino médio deverão ser abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. Para as abordagens dos conteúdos ministrados neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam 469 garantir ao aluno o avanço a estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas da ciências e da própria ciência matemática. Em relação as abordagens destacasse a analise e interpretação crítica para realização de problemas não somente pertinentes para a ciência matemática para como as demais ciências que em determinado momento fazem uso da matemática. Os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos deverão ser articulados com relações de interdependência, permitindo abordagens não fragmentadas e com vínculos dos conteúdos de ensino. As tendências metodológicas da Educação matemática que fundamentam a prática docente são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática, investigações matemáticas. Na resolução de problemas os estudantes deverão ter oportunidade de aplicar conhecimentos adquiridos em novas situações, para resolver questões propostas, sendo assim, o professor deverá explorar a exposição oral e resolução de exercícios variados, pois esta prática possibilita a compreensão dos argumentos matemáticos e ajuda os alunos a perceber o conhecimento passível de ser aprendido, estimula a discussão, o pensamento, a elaboração de estratégia, hipóteses, registros, desenhos, ou outros recursos favorecerão a formação do pensamento matemático livre de regras, para se chegar a uma solução aceitável os alunos devem: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema, elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova estratégia. A etnomatemática são as matemáticas produzidas pelas diferentes cultura, seu papel é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático, portanto deve-se valorizar a história dos estudantes, suas raízes culturais nos aspectos: memoria cultural, códigos, símbolos mitos e maneiras de relacionar e inferir, o trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho. A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social, assim, a problematização de situações do cotidiano devem ser exploradas valorizando fenômenos físicos, biológicos e sociais, possibilitando ao aluno a intervenção nos problemas reais, do meio social e cultural em que vive, este deverá ser compatível com o conhecimento do aluno, e oportunizando novas aprendizagens, a modelagem é assim, uma arte, ao formular, resolver e 470 elaborar expressões que sirva de suporte para aplicações e teorias. Para dinamizar os conteúdos curriculares e potencializar o processo pedagógico o uso dos recursos tecnológicos da Internet entre outros aplicativos devem ser estimulados. Construções gráficas devem ser realizadas com o uso dos computadores. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizando a experimentação e levando a argumentação e conjecturas sobre as atividades experimentadas. A história da matemática no contexto escolar é importante para que os alunos compreendam sua natureza e sua relevância na vida da humanidade. Vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos. Ajuda a elaborar atividades e ao aluno, ajuda entender e aceitar determinados conceitos matemáticos. Ajuda ao aluno entender o conhecimento matemático a partir de situações concretas e necessidades reais. A Investigação Matemática é recomendada pelos estudiosos e não significa que os alunos tenham que lidar com problemas muito sofisticados, mas sim interessantes. Podem ser desencadeados a partir da resolução de simples exercícios. O que distingue a resolução de problemas de um exercícios é que na resolução de problemas o aluno tem que estabelecer uma estratégia de ação, e no exercício ele pode apenas aplicar um método já conhecido. Na investigação o problema é aberto e o professor não explicita o objetivo mas indica o método, assim uma mesma situação problema poderá ter resultados diferentes. As investigações matemáticas envolvem conceitos, procedimentos e representações matemáticas e carateriza-se pelo estilo demonstração. A investigação matemática propõe conhecer o que não se sabe. Podemos ainda articular as diferentes tendências metodológicas para uma maior eficácia do processo de ensinar e aprender. Pode-se utilizar da interdisciplinaridade para facilitar a compreensão ou propiciar a compreensão de um modelo matemático. As mídias, como softwares com planilhas eletrônicas, facilitando e agilizando a resolução de atividades. Pretende-se que ao partir de situações vivenciadas do estudante e transcenda para o conhecimento valido cientificamente, podendo se encontrado na etnomatematica, podendo transitar por todas as tendências. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF 471 nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO No processo da avaliação a sondagem diagnóstica antes de um novo conteúdo é de suma importância, pois servirá de base para o replanejamento de nossas ações. A avaliação é um processo contínuo, é estimular o avanço do conhecimento através da autoavaliação, permitindo a análise dos avanços em relação aos conteúdos trabalhados pelos próprios alunos, e permitindo ao professor o questionamento e a reorganização destes. A avaliação deve deixar claro: os objetivos e critérios de avaliação e deve ser fonte de auxílio aos alunos para superar as dificuldades apresentadas. O professor deve analisar se a avaliação está coerente com os objetivos, conteúdos e habilidades trabalhados em sala de aula, levar o aluno a sentir-se responsável no processo de aprendizagem e encarar a avaliação como um instrumento de medida de sua evolução no processo de conhecimento. A recuperação deve reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar apenas notas e conceitos, permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o aluno a aprender. Os resultados apresentados na forma de nota de 0 à 10, deverão ser no mínimo duas ou no máximo a critério do professor. • Conheça os diferentes sistemas de numeração; • Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; • Realize operações com números naturais; • Expresse matematicamente, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; • Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; • Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; • Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação. • Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos. • Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; 472 • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; • Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; • Realize transformações de unidades de medida de tempo; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; • Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada; • Reconheça e represente ponto, reta , plano, semirreta e segmento de reta; • Conceitue e classifique polígonos; • Identifique corpos redondos; • Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; • Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; • Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e sues elementos. • Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e complicações de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; • Resolva porcentagem, números na forma decimal e fracionária. • Reconheça números inteiros e diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros; • Reconheça números racionais em diferentes contextos; • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; • Compreenda o conceito de incógnita; • Interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples. • Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; 473 • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los; • Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. • Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples. • Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Reconheça números irracionais em diferentes contextos; • Realize operações com números irracionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número pi como um número irracional especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Opere com sistema de equações do 1º Grau; • Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas. • Calcule o comprimento da circunferência; • Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; • Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal; • Realize cálculo de área e volume de poliedros. • Reconheça triângulos semelhantes; • Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; • Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; • Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades. • Interprete e represente dados em diferentes gráficos; • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados. 474 • Opere com expoentes fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Extraia uma raiz usando fatoração; • identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta; • Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; • Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; • Identifique e resolva equações irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau; • Utilize a regra de três composta em situações-problema. • Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; • Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo; • Realize cálculo da superfície e volume de poliedros. • Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; • Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; • Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; • Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; • Analise graficamente as funções afins; • Analise graficamente as funções quadráticas; • Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situaçõesproblemas; • Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; • Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas; • Noções básicas de geometria projetiva; • Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problemas que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; • Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; 475 • Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; • Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos. Ensino Médio • Aplique os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos; • Compreenda os números complexos e suas operações; • Conceitue e interprete matrizes e suas operações; • Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; • Identifique e realize operações com polinômios; • Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares. • Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades; • Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos, • Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; • Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problemas; • Realize análise gráfica de diferentes funções; • Reconheça, nas sequencias numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; • Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica. • Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial; • Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geométrica Analítica; • Perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides; • Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias científicas; • Articule ideais geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa; • Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal. • Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos; 476 • Realize cálculos utilizando Binômio de Newton; • Compreenda a ideia de probabilidade; • Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; • Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana; • Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica vice-versa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NETTO, Di Pierrô; SOARES, Elizabeth. Matemática em Atividades. São Paulo; Editora: Scipione, 2002. JR, Giovani & Giovani. Matemática: Pensar e descobrir. São Paulo; Editora FTD, 2002. 477 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo desse processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade. Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua lógica produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos tornaram-se consumidores reais ou imaginários, fragmentados em diferentes classes sociais, alienados dentro de sua própria existência. Por outro lado, não percebem quantas necessidades são criadas pela sedução das inovações tecnológicas e o quanto estão submetidos aos apelos do mercado de consumo. As organizações sociais, sob o égide do capitalismo, estão permeadas, cada vez mais, pelo espírito do individualismo e do lucro financeiro. Sob tais aspectos relevantes, a escola pública, nas últimas décadas, passou a atender um número cada vez maior de estudantes oriundos de diversas classes populares. Ao assumir essa função, que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para o país. O avanço no processo de informação transformou o paradigma da educação, que já NÃO pode mais ser simplesmente o de informar os valores acumulados pela humanidade ao longo de sua origem e existência. Precisa-se trabalhar os educados de maneira a ensinar-lhes como selecionar as informações recebidas e como transformá-las em conhecimentos. Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele é possível se integrar e participar ativamente. Esse processo é ao mesmo tempo critica e avaliação do passado. O passado se concentra no presente e cria a natureza humana, capaz de julgar objetivamente quanto subjetivamente, tanto as relações materiais e as forças objetivas, quanto a faculdade de “ver” o mundo e de explica-los por meio de vários modos de 478 subjetividade – cientificante, artisticamente, filosoficamente, poeticamente, etc. A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida social rompe com o paradigma segundo o qual a educação seria um instrumento de “conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho, disciplina, obediência, respeito restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a inclusão social, via profissionalização, perdem relevância em face das novas exigências colocadas pelo desenvolvimento tecnológico e social. A nova sociedade, decorrente da revolução tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta características que possibilitam assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada. Isso ocorre na medida em que o desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se espera na esfera do conhecimento, que no momento é questão fundamental de sobrevivência. Os objetivos da disciplina são: ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: Pretende-se, a partir do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender, e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influencia dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se os estudos das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da espécie. MECANISMOS BIOLÓGICOS: Pretende-se, partindo da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão microscópica, descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres – do celular ao sistêmico; considerando a visão evolutiva a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como, as influencias dos demais conteúdos estruturantes. BIODIVERSIDADE: Pretende-se, discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade dos seres vivos; destacando-se assim a construção do pensamento biológico evolutivo. MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Pretende-se, abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnologicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferencia do ser humano na diversidade biológica e modifica o contexto de vida; e como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis. 479 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais, Estão relacionados à sua historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e o caráter transitório do conhecimento elaborado e consequentemente, que a ciência não apresenta verdades absolutas, uma vez que esta resulta da atividade humana de acordo com o contexto social, político e econômico. Deve-se considerar que tal contexto corresponde ao que não aluno pertence e para o qual poderá intervir após a ampliação de seus conhecimentos e compreensão dos fenômenos que o cercam. Nessa concepção, a disciplina de Biologia, ao longo do Ensino Médio deve ser capaz de trabalhar de forma integrada,por meio da interdisciplinaridade e da contextualização, relacionando diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizando o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciando reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes. Conteúdos Estruturantes Organização dos seres vivos Mecanismos biológicos Biodiversidade Manipulação genética Conteúdos Básicos Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia Mecanismos de desenvolvimento embriológicos. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependências com o ambiente. Organismos geneticamente modificados. 480 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO O grande foco para o século em que estamos é o aprender a aprender. Esse lema não deve ser desenvolvido apenas com os alunos; ele serve também para nós professores. Para dar conta das transformações ocorridas no mundo e em especial das que ocorreram com os jovens, precisa-se buscar caminhos diferenciados para a nossa atuação. Precisa-se aprender a trabalhar com as novas gerações que chegam nas salas de aula, pois os interesses dos jovens variam de uma geração para a outra. Assim, cabe ao professor a busca de alternativas para a construção de competências e valores. Não se pode parar no tempo, nem ficar à margem desse desenvolvimento que institui tantas mudanças nos jovens. O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta à dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, em fim, o modo como a natureza se comporta e à vida se processa, sendo capaz de: Descrever processos e características do ambiente onde seres vivos; Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia: • Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo. • Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológicos aprendido, através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc; • Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem, vídeo, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológicos em estudo; • Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos, utilizando-se de: - Livros didáticos; - Livros de pesquisa; - Revistas, jornais, folders; - Caderno individual; - Tv, vídeo, DVD; - Tv pendrive; 481 - Biblioteca do professor; - Vídeos informativos; - Estereoscópico; - Retroprojetor; - Materiais de laboratório; - Internet; - Oficinas em parceria com as universidades; - Projetos interdisciplinares; • Outros. No entanto, mais do que informações, é fundamental que o ensino de Biologia se volte para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da tecnologia. Nessa perspectiva, as relações estabelecidas entre professor-aluno e alunoaluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para que as aulas sejam dinâmicas, interessantes e produtivas. É relevante ressaltar, que para a concretização do “pensar, fazer e aprender”; deve-se valorizar, não só conhecimento biológico da vida, mas a sua essencia, as diferentes formas de expressa-la. E os Desafios Educacionais Comtemporâneos que são: Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Sexualidade, que a mesma apresenta. Enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre leis e o meio, entre o ser humano e o conhecimento nos diferentes ambientes e em diferentes situações, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF 482 nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO Toda relação de saber se dá a partir da interação do sujeito com os objetivos de conhecimento, da relação com os outros e da relação consigo próprio. Significa que cada aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas aprende o mundo de forma amis rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da cooperação dos adultos que medeiam o seu saber. É função da avaliação a promoção permanente de espaços interativos sem, entretanto, deixar de privilegiar a evolução individual onde promover ações mediadora que tenham sentido coletivo. Para que o processo avaliativo tenha sentido, as propostas educativas precisam estar articuladas em termos de gradação e complexidade. O objetivo é fazer desafios superáveis aos alunos, de modo que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras perguntas sobre elas, em outras dimensões, sobre outros assuntos, sob diferentes formas e provocativas também em termos de estratégias de pensamentos. Nesse sentido, a heterogeneidade, ou seja, os diferentes saberes dos alunos, que cooperam entre si e debatem os assuntos, é fator fortemente faz oferecedor da melhora das aprendizagens. Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo,contínuo, inacabado, portanto, em construção. Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino-aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade de ensino. Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias. 483 Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do processo de ensino-aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas penas das e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professor e aluno tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes. A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre todos os elementos da ação educativa. Espera-se que o aluno: • Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos; • estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; • Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); • Reconheça e compreenda a classificação filogenética dos seres vivos; Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas • biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); • Identifique a estrutura e funcionamento das organelas citoplasmáticas; • Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, • reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; Compare e estabeleça diferentes morfológicas entre os tipos celulares mais • frequentes nos sistemas biológicos ( histologia); • Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; • Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; • Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias; • Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; • Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do 484 equilíbrio dos ecossistemas; • Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem; • Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; • Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócioambientais; • Relacione os conhecimento biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; • Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioético da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética. É necessário dinamizar os métodos avaliativos uma vez que segundo a LDB, lei nº 9394/96 considera a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os qualitativos”. A partir dessa concepção, deve ser utilizado vários recursos como diferentes atividades: escritas, expositivas, reflexivas; com debate, seminários, pesquisas, apresentações, tanto no ambito da sala de aula como em atividades extraclasse; permitindo que o aluno tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias, se necessário, com recuperação de conteúdos e em contrapartida a ação docente esteja sujeita, também a uma avaliação, exigindo observação, investigação e retomada de práticas que visem a melhoria na qualidade do ensino. Quando fala-se em qualidade do ensino, falamos em qualidade para todos, sejam alunos ditos “normais” ou alunos com necessidades educacionais especiais. Para estes, “especiais” deve haver uma adaptação aos conteúdos curriculares, seja qual dor sua necessidade Para que isso transcorra é necessário que o professor adote uma postura diferenciada adequando os conteúdos a uma prática flexível que venha a atender e suprir as necessidades deste aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez / 2002, p.19. CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002. 485 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO. Resolução CNE/CEB 03/08. HOFFMANN, Jussara. O Jogo do Contrário em Avaliação. São Paulo: Mediação, 2005; LAURENCE, J. Biologia, São Paulo: Nova Geração, 2009. MACHADO, Sídio. Biologia: De Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione, 2005. MEC/SEB – Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília, 2004. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002. PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2006. HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br – Departamento de Políticas Públicas Educacionais, CADEP/CGE. 486 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na Grécia, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as teorias sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe disturbem o conteúdo. O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais de seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finita, definido, óbvio; para ele, os objetos habituais não regem problemas, e as possibilidades familiares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário, imediatamente caímos na conta de que até os objetos mais ordinários conduzem o espirito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. O trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que e constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educacional. As Diretrizes fazem a opção pelos seguintes pelos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas partilham a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco 487 de tornar-se superficial. A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem, assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em sal de aula. Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração. A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período. A partir do final do século XIX, a filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia. Não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente. No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum. Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local. Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n. 5,692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do Segundo Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período. A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da filosofia ao Ensino 488 Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreu em vário estados do Brasil. Na Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n. 5692/71. A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial par a criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse movimento intelectual defendeu a presença da Filosofia nos currículos escolares brasileiros e, por isso, constituiu um importante marco na afirmação dessa disciplina na formação do estudante do nível médio. Somente em 1994, por indicativa do Departamento de Ensino Médio, (denominado à época Departamento de ensino de Segundo Grau), e dos professores da rede pública, iniciaram-se discussões e estudos voltados para elaborar uma proposta curricular para a disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau. Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada na escolas do Estado do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a re-estruturação do sistema público de ensino. A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a ser discutido. É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre as diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É importante aqui ressaltar a dimensão político do filosofar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava que, ao final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”! Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006. No Estado do Paraná, foi aprovado a lei n. 15.228, em junho de 2006, tornando a filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio. Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de 489 Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em junho de 2008 pela lei 11.684. A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica: qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar, imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação. Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluri dimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - Saber mítico – passagens do pensamento mítico para o pensamento racional. - Saber filosófico. - Mito e Filosofia - Relação mito e filosofia. - Atualidade do mito. - O que é a filosofia? Contexto histórico e político. Surgimento da filosofia. Teoria e conhecimento - Possibilidade do conhecimento. - As formas de conhecimento. - O problema da verdade. 490 - A questão do método. - Conhecimento e lógica. - Ética e moral. - Pluralidade ética. - Ética e violência. Ética - Razão, desejo, vontade. - Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das normas. - Relação entre comunidade e poder. - Liberdade e igualdade. Filosofia Política - Política e ideologia. - Esfera pública e privada. - cidadania formal e ou participativa. - Concepções de ciências. Filosofia da ciência - A questão do método científico. - Contribuições e limites da ciência. - Ciência e Ideologia. - Ciência e ética. - Natureza da arte. - Filosofia e arte. - Categorias estéticas – feio, belo, sublimetrágico,cômico, grotesco, gosto, etc. Estética - Estética e sociedade. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A atividade filosófica centrada, sobre tudo no trabalho com o texto propiciará entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do caráter fragmentário do conhecimento. O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiencia daquilo que é específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá 491 manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras e análise de textos, organiza debates e sugere pesquisas e sistematizações. As aulas serão expositivas e dialogadas. Haverá exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos, apresentação de trabalho em equipe debate de temas relevantes, fundamentadas em leituras. Serão realizadas atividades individuais e coletivas como: análise crítica de propagandas de TV, textos clássicos, temas jornalísticos, músicas, filmes, produção de texto, colagens, interpretação de charges, leituras que propiciem a reflexão inclusive os assuntos que envolvem os desafios contemporâneos. O trabalho com os conteúdos de filosofia dar-se-á em quatro momentos: • a mobilização para o conhecimento; • a problematização; • a investigação; • a criação de conceitos. O ensino da filosofia pode começar, pela exibição de um filme ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as possibilidades de atividades a serem conduzidas pelo professor para instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se denomina mobilização para o conhecimento. A partir do conhecimento em discussão, a problematização ocorre quando o professor e alunos levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. E imprescindível recorrer a história da filosofia e aos textos clássicos dos filósofos pois neles o aluno se defronta com o pensamento filosófico. Pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão. O ensino de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com a análise da atualidade, com uma abordagem que remeta ao aluno a sua própria realidade. Dessa forma, o aluno, poderá formular conceitos e construir seu discurso filosófico, e estará apto a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideais e conceitos de caráter criativo e de socializá-los. O texto filosófico que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o 492 objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade. Após este exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico, de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico. É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeada por atividades investigativas individuais e coletivas que organizem e orientam o seu trabalho. Ao articular vário elementos, o ensino de Filosofia pressupões um planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégia, a fim de que a investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO Conforme a LDB n.9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o aluno possa compreender, pensar, pensar e problematizar os conteúdos básicos. Com isso o aluno irá desenvolver a atividade filosófica e poderá formular suas respostas quando tomar posições de forma escrita, oral, argumentar e criar conceitos. Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos: • qual discurso tinha antes; 493 • qual conceito trabalhou; • qual discurso tem após; • qual conceito trabalhou. A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível a avaliação como um processo. Com isso o aluno terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo. Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e identificar os limites dessas posições. Avaliação é um processo contínuo. Sendo assim, o aluno não será avaliado em um único momento. No decorrer do bimestre serão realizados no mínimo duas avaliações com peso dez. Essas avaliações poderão ser através de provas escritas, trabalhos realizados extra classe e apresentados oralmente e produções textuais. Se necessário no decorrer do bimestre será oportunizado aos alunos a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi assimilado. Cada aluno é um ser particular, portanto, será consideradas suas limitações no desenvolvimento das atividades avaliativas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAUÍ, Marilene. Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2005. OLIVEIRA, Pérsia Santos de. Introdução a Filosofia, São Paulo.Editora Ática 2005. ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. Editora Moderna; São Paulo. SISTEMA NOBEL, Apostila de Filosofia. Editora Liceu. 2005. REVISTA, Mundo Jovem. FILOSOFIA, Consenso e Conflitos. Editora UEPG. PORTAL DA EDUCAÇÃO, Governo, Pr. REVISTA, Discutindo a Filosofia. Editora Escala. (mensal); TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e Adolescentes: Editora Vozes. REVISTA, Filosofia. Ciência e Vida. Editora Escala, Ano 2007, número 06. LIVRO DIDÁTICAO, Filosofia, Governo, PR. 494 PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza. Ressalte-se que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza. A Física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico cobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos. Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas a vapor à indústria trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para grandes transformações sociais e tecnológicas e também para o desenvolvimento da termodinâmica. O escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861, previu que os campos eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado por Heinrich Hertz. A velocidade destas ondas coincidem com a da luz, levando à formulação da teoria eletromagnética da luz, completando assim, a unificação que Faraday iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do eletromagnetismo, sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os campos de força até então conhecidos, ao mesmo tempo em que lançou as bases tanto para a produção e uso da energia elétrica quanto para as modernas telecomunicações. Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX. Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que as equações de 495 Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir pela preservação da teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma nova visão do espaço e do tempo, sem o éter. O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, propostos nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades absolutas, como coisas reais. Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social. Assim, serão objetos de análise no trabalho docente: os sujeitos (docente e estudante), os processos de seleção e socialização dos conteúdos escolares, o processo de avaliação, a realidade escolar, bem como a sociedade em que vivemos. Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a sociedade e o contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer considerar as ideias de um cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar histórias ou lendas. Ao preparar sua aula o professor deve ter em vista que a produção científica não é uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim: O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico; A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar; Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física. É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos 496 conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático. A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor do conhecimento físico. Nas novas Diretrizes Curriculares, recoloca-se o professor no centro do trabalho pedagógico como sujeito indispensável nesse processo. Ao propor um currículo de física para o ensino Médio é preciso considerar que a educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o cerca. Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos. Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender, também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção científica. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. O embasamento histórico da física, mostra a necessidade de por objetivo buscar um quadro conceitual de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem. Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX: • A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica); • A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros; • O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de homens como Ampére e Faraday. 497 Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas. Escolheu-se esses campos porque, embora tenham evoluídos separadamente, elas são teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a estática, a dinâmica e a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o magnetismo, a eletricidade e a óptica. Movimento • Momentum e inércia • Conservação de quantidade de movimento (momentum) • Variação da quantidade de movimento = Impulso • 2ª Lei de Newton • 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio • Energia e o Princípio da conservação da energia • Gravitação Termodinâmica • Leis da Termodinâmica • Lei zero da Termodinâmica • 1ª Lei da Termodinâmica • 2ª Lei da Termodinâmica Eletromagnetismo • Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnética • Força eletromagnética • Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday) • A natureza da luz e suas propriedades. Ao abordar o conhecimento científico em seus aspectos qualitativos e conceituas, filosóficos e históricos, econômicos e sociais, e ensino de física contribuirá para a formação de estudantes críticos. 498 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia escolhida, é importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O professor é quem sabe quando e como utilizar o livro didático. Na escola, o conhecimento científico pode ser tratado por meio dos modelos, mas é preciso lembrar que modelos físico escolares não são os modelos produzidos pela ciência. Tanto o conhecimento científico quanto os modelos, ao serem traduzidos para o ensino escolar, sofrem uma adequação em termos de especificidade conceitual e de linguagem. Ao partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos em suas possibilidade e limitações, de modo a explorar o senso comum e rejeitar o argumento de que aprender Física o pré-requisito é saber Matemática. O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter um valor numérico de grandeza. Isso pode ocorrer através da resolução literal em contrapondo à resolução matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a relação entre todas as grandezas físicas envolvidas – uma expressão matemática literal para depois realizar o cálculo e chegar a um valor. O uso da história no ensino de Física deve, também, mostrar a não neutralidade da produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência. O que se propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas aulas, a História da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo. As considerações expostas a respeito da História da Ciência, ao serem incorporadas ao plano de trabalho docente, podem ajudar o estudante a compreender que a busca do conhecimento físico não foi e não é um caminho de direção única, tampouco linear, mas 499 repleto de dúvidas, contradições, erros e acertos, motivado por interesses diversos. No ensino de Física, é deve-se considerar a importância das atividades experimentais para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos. Assim, é fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no processo de construção do conhecimento científico. Essa compreensão determina a necessidade (ou não) das atividades experimentais nas aulas de física. A utilização de textos, empregando a leitura científica no ensino de Física, é defendida por pesquisadores, porém, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados, sobretudo quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será o interlocutor nessa proposta de leitura. O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso devem-se evitar perguntas com respostas diretas que não permitam uma reflexão em torno dos saberes divulgados no texto. É importante que as questões propostas despertem o interesse do estudante. Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos mais simples aos mais sofisticados, em nossa casa e no ambiente escolar: retroprojetores, televisões, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros. Portanto, não se trata mais de ser a favor ou contra, usar ou não usar, mas de planejar o uso do recurso tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral dos sujeitos, de modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos. A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive, abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física. Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de acordo com o plano de trabalho docente feito pelo professor. O computador, o livro, TV, o filme, são meramente instrumentos e recursos para o ensino e não substituem o professor. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. 500 AVALIAÇÃO Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo. Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação. A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se pelo estabelecimento no regimento escolar. Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico. Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade. Espera-se que o estudante: • formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente; • compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da incerteza); • perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória; • compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma medida dessa resistência (translação); • compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição do momento de inércia 501 implica num aumento de velocidade de giro e vice-versa; • associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia; • entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como dependentes do referencial e de natureza vetorial; • perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento translacional ou linear; • compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais; • perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais; • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificando na 1ª lei de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável; • reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais deferentes situações. Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos externos à Física. Assim, ao se avaliar o estudo espera-se que ele: • conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial gravitacional; • perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia; • compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência. Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científica importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos celestes e 502 terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza até Newton. Assim, ao se avaliar o estudo, espera-se que ele: • associe a gravitação com as leis de Kepler; • identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista clássico; • compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral. Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da termodinâmica, composto por ideais expressas nas sua leis e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia. Assim, ao se avaliar os estudantes, espera-se que ele: • compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o desenvolvimento das ideias na termodinâmica; • formule o conceito de pressão de um fluído, seja ele líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas; • entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema; • diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica; • compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia; • associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor; • compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente; • identifique dos processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere 503 um estudo da entropia; • compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade; Espera-se que o estudante: • compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam; • compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga; • compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador da interação entre cargas; • compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos; • entenda o campo como uma entidade física dotada de energia; • aprenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais; • associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; • conheça as propriedade elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a condutividade; • conheça as propriedades magnéticas dos materiais; • entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao • reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, campo; pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases; • compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica; • entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica. 504 • compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema • perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à elétrico; transformação/variação de energia elétrica. A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza corpuscular da luz (os quanta). Isso contribui para a apresentação da Física como uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele: • entenda a propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo; • conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria; • entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio; • entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressai; • associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados; • compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminoso), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual; • extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 505 SAMPAIO, José Luiz. Física: volume único/ José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2. ed. – São Paulo: Atual, 2005. – (Coleção ensino médio Atual) Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008. a 506 PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A química está relacionada às necessidades dos seres humanos e todos devem compreender isso. É necessário dessa forma, ter um conhecimento básico da química, para ver que a química instrumentaliza o cidadão e assim o mesmo ter uma visão mais crítica quanto aos problemas causados pelo próprio homem, sendo a poluição, o uso de inseticidas, a fabricação de explosivos entre outros. Sendo assim deve-se haver um estabelecimento da relação entre aprender química e exercer cidadania. O conhecimento científico, na medida em que permite uma interpretação mais clara de fenômenos cotidianos, possibilita ao cidadão a correta tomada de decisões e, por consequência, uma melhor qualidade de vida. Para o homem, saber como se desenvolve o conhecimento da Química, processará nele um pensamento crítico mais elaborado. Através do estudo da química levará a compreensão das formulações de hipóteses, controle de variáveis de um processo, generalização de fatos por uma lei, elaboração de uma teoria e construção de modelos científicos. Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses produtos e o homem como articulador deve estar consciente de seus atos. Percebe-se em tudo isso a importância do estudo da Química. A concepção espontânea sobre os conceitos que se adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, faz-se presente no início do processo de ensinoaprendizagem. Por sua vez a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzidos. No Brasil as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química, surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política e econômica que ocorriam na Europa. Segundo Chassot (1995) a construção dos currículos nessa época tiveram por base três documentos históricos que foram produzidos em Portugal, na França e no Brasil. As recomendações de Coimbra definiram o que seria o ensino em Portugal e marcaram fortemente todo o período imperial Brasileiro. As diretrizes para cadeira de 507 química, elaborados pelo Conde da Barca influenciadas por uma carta do Rei de Portugal, reconheciam a importância da química para o progresso do estudo da medicina, cirurgia e agricultura, e além disso, indicavam o ensino dos princípios práticos da química e seus diferentes ramos aplicados às artes e à farmácia para o perfeito conhecimento dos muitos e preciosos produtos naturais do Brasil. O 1º Congresso Brasileiro de Química realizou-se em 1922, no Rio de Janeiro, tendo como resultados a fundação da Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade Brasileira de Educação e o movimento de modernização para o Ensino Brasileiro. Entre os anos de 1929 a 1990 ocorreram várias crises econômicas, sociais e políticas favorecendo os inúmeros movimentos de transformação do ensino de Química. Nos anos 90, as mudanças neoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram a educação em pauta, novamente afetando as discussões a respeito do currículo. Encontros e conferências foram realizadas em âmbito mundial, priorizavam a educação como alvo das reformas necessárias para a formação do trabalhador, ocorrendo assim a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como a construção dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). Nessas Diretrizes a preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de Química, deixando de lado o modo simplista como era tratada nos PCNs. A abordagem no ensino de Química, será norteada, pela construção/reconstrução de significados dos conteúdos científicos vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos sociais e culturais. Nas diretrizes, propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química: as substancias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que os conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento cientifico, o qual segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionam a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação. A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua função pedagógica de auxiliar o aluo na explicitação, problematização, discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos. O Estudo da Química em seu caráter geral tem vários objetivos gerais, dentre eles os de: 508 • Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões sociais relativas à ciência e a tecnologia • Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à natureza da ciência • Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais • Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar; • Desenvolver habilidades de raciocínio lógico • Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas; • Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual; • Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa, utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo; • Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc) • Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macróspica (lógica - empírica) • Compreender os fatos químicos dentro de uma a visão macroscópica (lógicoformal)Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões sociais relativas à ciência e a tecnologia • Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à natureza da ciência • Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais • Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar; • Desenvolver habilidades de raciocínio lógico • Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas; • Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual; • Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa, utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo; • Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc) 509 • Compreender dados quantitativos, (estimativa e medida), compreender relações proporcionais presentes na química. • Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de outros dados. • Saber identificar e traduzir dados, informações, relatos relevantes. • Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes. • Quanto à seleção dos conteúdos, é comum ser enfatizado o trabalho com temas como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, poluição, drogas, química da produção, etc. e portanto propõem-se que o ponto de partida para a organização dos conteúdos curriculares, sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de análise, tais como: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MATÉRIA E SUA NATUREZA BIOGEOQUÍMICA QUÍMICA SINTÉTICA CONTEÚDOS BÁSICOS MATÉRIA - Constituição da matéria; - Estados de agregação; - Natureza elétrica da matéria; - Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). - Estudo dos metais; - Tabela Periódica. SOLUÇÃO - Substância: simples e composta; - Misturas; - Métodos de separação; - Solubilidade; - Concentração; 510 - Forças intermoleculares; - Temperatura e pressão; - Densidade; - Dispersão e suspensão; VELOCIDADE DAS REAÇÕES - Reações químicas; - Lei das reações químicas; - Representação das reações químicas; - Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão); - Fatores que interferem na velocidade das reações 8superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); - Lei da velocidade das reações químicas; EQUILÍBRIO QUÍMICO - Reações químicas reversíveis; - Concentração; - Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); - Deslocamento e equilíbrio (principio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; - Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks); LIGAÇÃO QUÍMICA - Tabela periódica; - Propriedade dos materiais; - Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; - Solubilidade e as ligações químicas; - Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; - Ligações de Hidrogênio; - Ligação metálica (elétrons semi-livres) - Ligações sigma e pi; - Ligações polares e apolares; - Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS - Reações de Oxi-redução; 511 - Reações exotérmicas e endotérmicas; - Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; - Variação de entalpia; - Calorias; - Equações termoquímicas; - Princípios da termodinâmica; - Lei de Hess; - Entropia e energia livre; - Calorimetria; RADIOATIVIDADE - Modelos Atômicos (Rutherford); - Elementos químicos (radioativos); - Tabela Periódica; - Reações químicas; - Velocidades das reações; - Emissões radioativas; - Leis da radioatividade; - Cinética das reações químicas; - Fenômenos radiativos *fusão e fissão nuclear); GASES - Estados físicos da matéria; - Tabela periódica; - Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); - Misturas gasosas; - Diferença entre gás e vapor; - Leis dos gases. FUNÇÕES QUÍMICAS - Funções Orgânicas - Funções Inorgânicas; ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 512 O estudo da Química será iniciado pelo histórico da Química para possibilitar ao aluno a compreensão do processo de elaboração desse conhecimento. Ter noções básicas de Química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade. Haverá uma abordagem histórica para cada um dos conteúdos estruturantes, havendo também abordagem social, ambiental, representacional, experimental e cultural. Será contextualizado o conteúdo de química na bioquímica com a atmosfera, hidrosfera e litosfera. Na química sintética será relacionado o conteúdo com a transformação de materiais e produção de materiais artificiais. Quanto ao conteúdo estruturante da matéria será explorado por meio de modelos e representações sempre contextualizando e demonstrando a natureza em níveis macroscópicos e também microscópicos. O estudo da química estará presente no cotidiano dos alunos evitando que esta seja apenas algo descritivo, com repetição de fórmulas, mas sim de maneira clara e contextualizada mostrando sempre exemplos para o entendimento do aluno. O ensino da química deve permitir a construção de uma visão de mundo, contribuindo para que o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante transformação. Os conteúdos serão abordados de maneira que permita a contextualização do conhecimento, sendo trabalhados com a participação efetiva do e4ducando, promovendo um diálogo mediador da construção do conhecimento. Os elementos químicos e às substâncias químicas serão estudados de maneira que o aluno possa conhecer os métodos de obtenção e características procurando compreender melhor os seus efeitos e a sua utilização nos diversos setores da vida humana. A leitura e a interpretação de textos científicos, a construção de tabelas e gráficos, análise de embalagens para conhecer a composição química de produtos industrializados. Ter noções básicas de química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF 513 nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem e abarca não somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do professor e a estrutura de funcionamento da escola e do sistema de ensino. No que diz respeito à avaliação do aluno é imprescindível que seja contínua com o acompanhamento de suas atividades no dia-a-dia, fornecendo o retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno. Seguindo as diretrizes, avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os condicionantes do diagnostico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações reciprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação processual e formativa leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos” (Maldaner, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos. Os temas contemporâneos (Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Sexualidade) serão abordados durante o ano letivo, considerando-se que são temas muitas vezes presentes em nossa sociedade, o que os torna relevantes para compreensão e entendimento às transformações que ocorrem em nossa sociedade. A avaliação deve ser ainda funcional porque verifica se os objetivos previstos estão sendo atingidos, orientados e permitindo ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quento antes e integral. A avaliação será feita através de trabalhos de pesquisa, trabalho individual ou coletivo, prova oral, auto-avaliação e provas escritas de tipos variados que quando necessário haja a recuperação paralela. Espera-se que o aluno: 514 • Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química; • Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; • Problematize a construção dos conceitos químicos; • Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico. • Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria; • Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.; • Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; • Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso; • Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico; • Entenda as reações químicas como transformações da matéria e a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico; • Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico; • Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases; • Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com a qual estabelece interação. Aos alunos com necessidades especiais, os critérios avaliativos levarão em consideração as especificidades dos mesmos dentro de suas limitações, considerando-se os temas propostos. 515 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA COVRE, Geraldo José. Química Total, São Paulo: FTD, 2001. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, Química, 2006. SARDELLA, Antônio. Química, São Paulo: Ática, 2001. PERUZZO, Francisco Miragaia, São Paulo: Moderna, 2003. 516 PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais, que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência, disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcada pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe social, e dos operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, a revelação como explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua em um pensamento social questionador da mudança na sociedade. A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminha científico da humanidade, considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências. Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo , o período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa da atividade artesanal em manufatureira. Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na sociedade. Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia faz 517 emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução pelos primeiros pensadores sociais, - Comte, Durkheim, Weber e Marx. A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição deste processo. Os anos de 1930 foram de plena efervescência para a Sociologia que se institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no campo da pesquisa e da editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobres as peculiaridades da cultura e sociedade brasileiras. O período de 1945 a 1974 foi de grandes mudanças econômicas, sociais e institucionais, no Brasil, e as pesquisas trataram de temas da política e da cultura de forma simultânea, atualizando-os sob a luz de métodos de investigação científica que se firmavam na Sociologia. O período da ditadura militar marcou uma inflexão na Sociologia, que se desenvolvia e teorizava acerca das tendências da revolução brasileira, abortada nos anos sessenta. Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americanos floresceu, sobretudo entre os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina, em decorrência do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional n. 5, em 1968. Florestan Fernandes foi professor da cátedra de Sociologia na USP e é considerado o fundador da Sociologia Crítica no Brasil. Fernandes participou do projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, concebendo a ciências como racionalizadora da vida social por meio da democratização educacional, a instauração de um sistema educativo moderno, laico, público, com pedagogia voltada às necessidades das classes populares. A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas, a partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a educação e a Sociologia mostra que as escolas normais. O vínculo ente a educação e a Sociologia mostra que as escolas normais foram redutos importantes para a disseminação do conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A formação de professores para o ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de consolidação da Sociologia como disciplina curricular. Quando em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação publicaram os novos currículos para o Ensino Médio, a sociologia não foi incluída entre as disciplinas obrigatórias, complementares e optativas, de acordo com Santos (2004). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art. 36,§ 1º, inciso lll, 518 expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. O Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio, e , a partir de 2007 os conselhos estaduais de Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas. No dia 02 de junho de 2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio. A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em que a disciplina será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de equidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas. A Sociologia deve ser vista como construtora histórica e social, desempenhando o papel de focalizar os problemas que moldura a realidade, questionando e buscando respostas múltiplas para construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva. A partir da construção e concepção de sociedade é passível ao aluno compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais. Portanto, professores e alunos precisam questionar os problemas sociais, da atualidade. A escola deve sair da rotina e buscar uma integração à nova realidade, fazendo com que disciplinas se tornem atraentes. Em sociologia devemos deixar claro para o aluno o direito da cidadania, devendo ter em mente a construção de um amplo campo de debates e pensamentos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento 1- O Surgimento da Sociologia e social. - Teorias Teorias Sociológicas sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels, e Marx Weber. -O desenvolvimento da sociologia no Brasil. 519 - Processo de socialização. - Instituições Sociais; Familiares; Escolares; 2 – O Processo de Socialização e as Religiosas. Instituições Sociais. - Instituição de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.). - Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; - Diversidade Cultural; - Identidade; - Indústria cultural; - Meios de comunicação de massa; - Sociedade de consumo; 3- Cultura e Indústria Cultural - Indústria cultural no Brasil; - Questões de gênero; - Cultura afro brasileira e africana; - Cultura indígena; - O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; - Desigualdades sociais; estamentos, castas, classes sociais; - Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; - Globalização e Neoliberalismo. 4- Trabalho, Produção e - Relações de trabalho; Classes Sociais - Trabalho no Brasil. - Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; - Democracia, autoritarismo, totalitarismo; 5- Poder, Política e Ideologia - Estado no Brasil; - Conceitos de Poder; - Conceitos de Ideologia; 520 - Conceitos de dominação e legitimidade; - As expressões da violência nas sociedades contemporâneas; - Diretos: civis, políticos e sociais; - Direitos humanos; 6- Direito, Cidadania e movimentos - Conceito de cidadania; Sociais. - Movimentos sociais; - Movimentos sociais no Brasil; - A questão ambiental aos movimentos ambientalistas; - A questão das ONG's. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passiveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessário a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualização propostas. A atuação do docente deverá ser a de levar o educando a pesquisar a contribuição da sociologia nas suas relações sociais. Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os conteúdos Estruturantes e os conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada. Considera-se relevante no exercício pedagógico da sociologia manter no horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte 521 temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em cada teoria trabalhada. Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias seguindo o rigor metodológico que a ciência requer. A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensinoaprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social. O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com as transformações socieconômicas, culturais e políticas contemporâneas. A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História etc.. O professor pode despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade que lhe cerca, desenvolvendo certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis soluções para problemas diagnosticados. Estudar Sociologia pelo caminha da reflexão crítica, contrastante dos fenômenos e de suas interpretações, desenvolve-se uma percepção social apoiada em posicionamento cognitivo e maior sensibilidade em face da realidade social desigual. As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos de identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de 522 comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos: • aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível; • exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; • leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; • debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; • análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros. Destacam-se aqui alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de Sociologia, os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos. De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec. Nº4201/02. AVALIAÇÃO As avaliações da disciplina de Sociologia requer extrair do aluno não respostas lógicas, mas reflexivas do que somos, de onde viemos e para onde iremos, enquanto sociedade. Fazer com que o aluno e também nós como seres integrantes da instituição escolar tragamos para a sala de aula o verdadeiro e mais prático material didático, oriundo da observação atenta do meio em que vivemos. Organizar debates que demonstrem uma capacidade de articulação entre a teoria e a prática. De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando 523 aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentam dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Os instrumentos de avaliação em sociologia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes, produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. No decorrer do bimestre serão realizadas no mínimo duas avaliações com peso 10,0. Se necessário, será oportunizada a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi assimilado pelo aluno. Cada aluno é um ser particular, portanto, serão consideradas suas limitações no desenvolvimento das atividades avaliativas. Provas (escritas e orais), prevalecerá a opinião crítica, desde que considerado o conteúdo elaborado no respectivo período. Quanto aos trabalhos e apresentações em grupo será avaliado a força e capacidade de união e/ou articulações de ideias, aos moldes dos fundamentos de sociedade. A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor. Pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise desnaturalizar conceitos tomados historicamente irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Sociologia, 2008. a 524 PROPOSTA CURRICULAR DA LINGUA ESTRANGEIRA - ESPANHOL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Ao propormos o ensino de qualquer língua, neste caso específico da Língua Espanhola, precisamos refletir sobre a linguagem, articulando as relações que estabelecemos com o mundo e a visão que construímos sobre ele, porque tudo o que nós fizermos em sala de aula deve ter um objetivo próprio, e devemos fazer o melhor de nós professores para que este objetivo seja alcançado, uma vez que aprender uma nova língua na escola é uma experiência educacional que se realiza para e pelo aluno como reflexo de valores específicos do grupo social ou étnico que mantém essa escola. Considerando que a Língua Espanhola é uma das mais faladas no mundo, e, que a procura por esse idioma adquiriu um âmbito muito maior, tornou-se fundamental que essa língua fosse inserida no currículo escolar, para possibilitar a toda comunidade seu acesso. O ensino da língua espanhola é recente, iniciou-se a partir dos anos 90, impulsionadas por um ideal de redemocratização do país (devido à abertura política) e pela criação do MERCOSUL, as escolas voltaram a ofertar o ensino da língua espanhola em seus currículos, porém sem suplantá-la. A LDB prevê uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) como disciplina obrigatória e uma segunda, como optativa (Art. 36, inc. III). Assim, o objetivo do ensino da Língua Estrangeira (LE) é permitir ao educando conhecê-la e usá-la como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. Precisa-se pensar o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos. A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e, conseqüentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino de um idioma estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes elementos que a compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem. Se entendermos que nossos alunos têm a necessidade de se introduzir na sociedade, então o professor é que deve oferecer isso a eles, deverá ser aquele que possibilite essa 525 integração. Diante disso, a metodologia a ser aplicada deve ser aquela que satisfaça as necessidades dos educandos, trabalhando neste contexto a realidade apresentada pelos mesmos, valorizando as relações estabelecidas entre eles e acreditando que cada um deles têm condições de aprender. Propõe-se que a aula de LE constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Esperase que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Uma vez que os alunos deste estabelecimento irão ao mercado de trabalho se faz necessário o aprendizado do espanhol. Também porque temos como países vizinhos o Paraguai, Argentina, Uruguai e várias empresas instaladas na cidade e cidades vizinhas cujos proprietários são argentinos e espanhóis, motivo pelo qual é de suma importância o conhecimento desta língua para esses alunos, bem como parte da comunidade escolar. CONTEÚDOS Conteúdos Estruturantes Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o Discurso como prática social. Eles se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e processuais. Eles estão relacionados com o momento histórico-social. Quando o discurso toma a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, ele é chamado de discurso como prática social, isto é, nele a língua é tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). O uso da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso só existe na forma de enunciados. Com isso, nas aulas de espanhol será oportunizado ao aluno a percepção da interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais e de poder. Os níveis de organização linguística – fonéticofonológico, léxico-semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na 526 produção verbal e não verbal. Conteúdos Básicos Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita e análise lingüística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica. Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo professor. Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses tópicos. A abordagem teórico-metodológica e a avaliação estão inseridas na sequência para compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna. LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Partículas conectivas do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; 527 • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Léxico. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Partículas conectivas do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Conteúdo temático; 528 • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas... • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações lingüísticas; • Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. Os alunos poderão pesquisar seus trabalhos em livros, revistas, jornais e outros meios que possam encontrar para que possam realizar suas pesquisas. Esses temas serão trabalhados basicamente de uma só forma, ou seja, a conscientização, esta começando a ser levada primeiramente à sala de aula para ser trabalhada com os alunos, através de textos e outras formas de exposição do tema, e com isso se espera que seja transmitida adiante, através dos alunos para sua família, amigos, comunidade e assim por diante. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O ato de ensinar não se dá através de situações prontas, fechadas, definitivas, mas sim como processo de reflexão contínua sobre as inúmeras possibilidades de aprender. Os conteúdos serão desenvolvidos sempre de forma contextualizada, tendo como referencial para a ação pedagógica a realidade social do aluno, e a intencionalidade do trabalho está em sintonia com as exigências que o mundo do trabalho faz àqueles que nele desejam ingressar. Os alunos trabalharão os conteúdos dados de forma individual e em grupo na resolução de problemas. O ensino da língua estrangeira se iniciará com um vocabulário básico, que faça parte do seu eu e do mundo a sua volta. É preciso criar intimidade com a língua para depois chegar 529 a objetivos mais específicos como a gramática por exemplo. As aulas de língua espanhola constituirão um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Esperase que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Trabalhar com textos de diversos tipos, como música, propagandas, rótulos, poemas e informes diversos, é parte importantíssima no processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira. Através de textos pode-se estudar, de uma maneira integrada, estruturas gramáticas, vocabulário, compreensão, leitura e produção de texto. Por isso, se trabalhará em sala de aula uma variação de textos, desde os mais simples, ou seja, aqueles que o aluno tem um conhecimento prévio do assunto, até aqueles mais complexos. No que se refere a texto e baseados nas Diretrizes Curriculares, a ênfase do ensino recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente pelo discurso, sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas, materializadas em diferentes tipos de texto, considerando a imensa quantidade de informações que circulam na sociedade. Isso significa participar dos processos sociais de construção de linguagem e de seus sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos. O discurso entendido como prática social, que se realiza total ou parcialmente por intermédio de textos. O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instância discursiva, é o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos. Nessa visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido. Em sala de aula será trabalhado os mais variados textos de diferentes gêneros, que levará ao aluno o interesse à pesquisa e à discussão. Será oportunizado ao aluno a escolha das temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é possibilitar formas de participação que permitam o estabelecimento de relações entre ações individuais e coletivas. Por meio dessa experiência, os alunos poderão compreender a vinculação entre auto interesse e interesses do grupo. Além disso, esta iniciativa poderá levar a escolhas de conteúdos mais significativos, porque resultam da participação de todos, e é este o principal objetivo do ensinoaprendizagem de línguas. 530 Com isso, nas aulas de língua espanhola será abordado vários tipos de textos, em atividades diversificadas, tais como: • comparação das unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de um texto com outros textos; • interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula; • leitura e análise de textos de países que falam o mesmo idioma estudado na escola e dos aspectos culturais que ambos veiculam; • leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo tema e das abordagens de tais publicações; • comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da LE estudada com a da LM. O texto como unidade de linguagem em uso, ou seja, de comunicação verbal escrita, oral ou visual - será o ponto de partida da aula de LE. Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso. Paralelo ao estudo das habilidades acima citadas deverá ser feito um trabalho de conversação em sala de aula, para que os alunos possam conhecer a modalidade oral através da simulação de situações reais e proporcionar-lhes uma total integração com a nova língua e mostrar seu uso no dia-a-dia, fato que os estimulará no processo de assimilação da nova língua, levando-se em conta as limitações de cada aluno e, explorando ao máximo seu potencial. Segundo as DCEs, a escola deve desenvolver um trabalho com os Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a assuntos serão desenvolvidos concomitantes aos conteúdos da disciplina, assim como em ações interdisciplinares, de forma organizada e sistematizada, embasadas no conhecimento científico acumulado historicamente. No decorrer do ano letivo serão trabalhados os temas contemporâneos contemplando assim a Lei 11645/08. A História e Cultura Afro-brasileira, e Africana e Indígena. Esses 531 temas serão abordados através de textos trazidos aos alunos, pesquisas que eles irão efetuar e discussão e sala de aula. AVALIAÇÃO A avaliação em língua estrangeira tem como objetivo verificar o crescimento do educando e deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual, o professor interpreta os resultados do ensino/aprendizagem, ou seja, de seu próprio trabalho. Sua finalidade é acompanhar, diagnosticar, reavaliar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, seus resultados, atribuindo-lhes valor. O diagnóstico permeará o trabalho fazendo com que haja reflexão e crítica sobre o processo de ensino/aprendizagem não só no desenvolvimento dos educandos, mas, principalmente para verificar o desenvolvimento global da ação pedagógica. Faz-se necessário termos uma ou mais avaliação por bimestre não somente para vermos o desempenho do aluno, mas principalmente para poder perceber em qual assunto os alunos tiveram mais dificuldade para que o professor possa retomar o conteúdo de outra forma para que possa sanar as dúvidas que os alunos possam ter, uma vez que a avaliação é parte integrante do processo de aprendizagem e contribui para a construção de saberes. De acordo com a Proposta Pedagógica Curricular, as avaliações serão diagnósticas, somativa, onde o aluno deverá obter a média 6,0, freqüência mínima de 75% no coletivo e 100% de freqüência no individual. Nas avaliações se preponderá os aspectos qualitativos da aprendizagem sobre os quantitativos, uma vez que se dará maior importância crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal e social, sobre a memorização, isto quer dizer que a avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será contínua, cumulativa e permanente. Aos alunos portadores de necessidades educativas especiais, será feita avaliação diferenciada como, por exemplo: menor número de exercícios na avaliação, uso de letra maior aos alunos com dificuldade visual, e outras de acordo com a necessidade que o aluno possa apresentar. Como instrumentos, técnicas e metodologias de avaliação serão utilizados instrumentos variados, ou seja, será trabalhado com os alunos testes ou provas de aproveitamento, questionamentos orais e escritos,elaboração de relatórios, exposição oral, 532 trabalhos de criação, observação que poderão ser espontâneos ou dirigidos, experimentação prática entre outros. Porém, às vezes, não é possível ter um diagnóstico real de quanto o aluno aprendeu somente nas avaliações. O desempenho do aluno durante o processo de aprendizagem também deve ser levado em conta. Portanto serão criadas outras situações avaliativas, como: atividades de pesquisa; trabalhos individuais ou em grupo; produção, síntese e análise de textos, jornais e revistas; exercícios e outras formas mais que se fizerem presentes e necessárias. A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação será respeitada, bem como a sua participação nas atividades realizadas em sala de aula. A recuperação será paralela durante o processo de ensino-aprendizagem e entendida como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo no qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, ou que não tenha assimilado algum conteúdo e que disponha de condições próprias que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos necessários. A recuperação paralela se constituirá de um conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar às dificuldades do aluno. Essa recuperação poderá ser feita através de trabalhos, pesquisas, textos e outras formas para que o aluno possa rever o conteúdo (ou conteúdos) que não aprendeu e assim recuperá-los, bem como revisá-lo de uma maneira diferenciada. A recuperação de estudos será paralela aos conteúdos no período da carga horária da disciplina, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino/aprendizagem. Nela se desenvolverão estudos paralelos de recuperação propondo aos alunos desafios e atividades diferenciadas complementares, articuladas aos conteúdos trabalhados anteriormente. Será feita com atividades ajustadas às necessidades dos alunos. Aos alunos com necessidades educacionais especiais a escola deve proporcionar uma adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e avançar nos estudos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Curitiba, 2006. 533 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR/ ASSESSORIA DA SUPERINTENDÊNCIA NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO Parecer Nº 39/2010 Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual João Negrão Júnior- Ensino Fundamental e Médio Município: Teixeira Soares Assunto: Implantação da Língua Espanhola O Núcleo Regional da Educação de Irati no uso das atribuições que lhe são conferidas, emite o presente PARECER, resultado da análise da Proposta Pedagógica Curricular da EJA do Estabelecimento de Ensino. A alteração da Proposta Pedagógica Curricular, em relação a implantação do ensino da Língua Espanhola, no curso do Ensino Médio da EJA, a partir do ano letivo de 2010 está de acordo com o Parecer 638/10. Irati, 27 de outubro de 2010. ______________________________ ______________________________ Equipe Pedagógica e Disciplinar NRE de Irati Coordenação da EJA NRE Irati 534 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR/ ASSESSORIA DA SUPERINTENDÊNCIA NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO Parecer Nº 15/2011 Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual João Negrão Jr. - Ensino Fundamental e Médio Município: Teixeira Soares Assunto: Alteração da carga horária do curso d