Corrida à abertura de furos acelera no distrito de Beja
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Corrida à abertura de furos acelera no distrito de Beja
3 de Maio de 2005 - 09h37 Edição Impressa Última Hora Olá Brilha - Página pessoal - Logout 10 Últimas Dossiers Guia do Lazer Corrida à abertura de furos acelera no distrito de Beja Espaço Público Carlos Dias Sociedade Ciências Desporto Cultura Media Local Lisboa Local Porto Local Centro Última Página Índice Geral Edição para Cegos SUPLEMENTOS Computadores Economia Pública Y Fugas Mil Folhas CANAIS Edição Impressa Última Hora Última Hora UL Desporto Consultórios Podium Guia do Lazer Cinecartaz TVzine Emprego Imobiliário Dossiers Ecosfera Banda Desenhada Calvin Bartoon COLECÇÕES História Universal Planeta Verne Tintim em DVD Royalphilharmonic Clássicos Público Corto Maltese 25 de Abril Por todo o distrito de Beja, "os agricultores desesperam cada vez mais com a falta de água". A constatação parte de João Luís, proprietário de uma empresa especializada na captação de água subterrânea. Os pedidos que recebe para abrir novos furos são diários. "Mas se não houver lá em cima (na atmosfera), não há cá em baixo", avisa João Luís, que diz ser "cada vez mais difícil encontrar reservas, apesar de se ir mais fundo". Os agricultores "condicionados com a falta de chuva recorrem aos furos até que estes sequem", afirma. É frequente fazerem-se captações sucessivas sem sair uma gota de água. Recentemente João Luís fez 14 furos numa só herdade no distrito de Beja. "Deram todas pó." E já levou as brocas até aos 300 metros de profundidade, sem resultado. Por aquilo que tem observado no terreno, a zona mais crítica abrange os concelhos da margem esquerda do rio Guadiana (Barrancos, Moura, Serpa e Mértola). Até empresas sediadas na Guarda são chamadas a abrir furos no Alentejo. Mas Jorge Varandas, gerente de uma delas, queixa-se do mesmo. "Há muito pouca água e somos obrigados a ir cada vez mais fundo, na maior parte dos casos sem resultado." E os caudais que venham a ser encontrados dificilmente cobrem as carências de águas dos agricultores. Um produtor de beterraba pediu a uma empresa que lhe abrisse vários furos para suportar a produção. Só conseguiu 15 mil litros/hora, quando necessita de 180 mil. "Fazem-se coisas completamente absurdas", critica Pedro Proença e Cunha, vice-presidente da Associação Portuguesa de Geólogos (APG), e professor na Universidade de Coimbra, preocupado com o modo descontrolado como se abrem furos. "Qualquer captação ou prospecção deve ser acompanhada de um hidrogeólogo, especialista em águas subterrâneas", salienta. Proença e Cunha critica as alterações legislativas feitas pelo anterior Governo, ao afastar os geólogos do processo de abertura de furos sem assegurar a presença de um especialista para supervisionar onde devem ser as perfurações. Boa parte delas são feitas de uma forma indiscriminada que conduz à sobre-exploração das reservas subterrâneas, acentua o especialista, que defende novas captações apenas "à escala humana e para fins considerados adequados". Feitas na presença dum hidrogeólogo. Proença e Cunha defende ainda que as captações sejam feitas por empresas com alvará e que as entidades competentes devem dispor de meios necessários de fiscalização e controlo. É a resposta que deve ser imediatamente tomada para que se faça "o uso criterioso" das águas subterrâneas, sob risco de se alienar um bem precioso que nalguns casos "demora milhares de anos a repor", alerta o vice-presidente da APG. O Fado do Público Enciclopédia Tintim Mil Folhas 3 Série Y IV Colecção XIS PUBLICO PLUS Registo Preços e Condições Público em PDF ........... 15 Agricultores querem assegurar de qualquer forma o acesso à água durante os meses de Verão Geração Público Taschen 14 Faro Director: José Manuel Fernandes Directores-adjuntos: Nuno Pacheco e Manuel Carvalho POL nº 5517 | Terça, 3 de Maio de 2005 Pedida nova legislação Economia 14 ........... PÚBLICO - EDIÇÃO IMPRESSA - LOCAL LISBOA ED. IMPRESSA Mundo ........... 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