Corrida à abertura de furos acelera no distrito de Beja

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Corrida à abertura de furos acelera no distrito de Beja
3 de Maio de 2005 - 09h37
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Por todo o distrito de Beja, "os agricultores desesperam cada vez mais
com a falta de água". A constatação parte de João Luís, proprietário de
uma empresa especializada na captação de água subterrânea. Os pedidos
que recebe para abrir novos furos são diários. "Mas se não houver lá em
cima (na atmosfera), não há cá em baixo", avisa João Luís, que diz ser
"cada vez mais difícil encontrar reservas, apesar de se ir mais fundo".
Os agricultores "condicionados com a falta de chuva recorrem aos furos
até que estes sequem", afirma. É frequente fazerem-se captações
sucessivas sem sair uma gota de água. Recentemente João Luís fez 14
furos numa só herdade no distrito de Beja. "Deram todas pó." E já levou
as brocas até aos 300 metros de profundidade, sem resultado. Por aquilo
que tem observado no terreno, a zona mais crítica abrange os concelhos
da margem esquerda do rio Guadiana (Barrancos, Moura, Serpa e
Mértola).
Até empresas sediadas na Guarda são chamadas a abrir furos no
Alentejo. Mas Jorge Varandas, gerente de uma delas, queixa-se do
mesmo. "Há muito pouca água e somos obrigados a ir cada vez mais
fundo, na maior parte dos casos sem resultado." E os caudais que venham
a ser encontrados dificilmente cobrem as carências de águas dos
agricultores. Um produtor de beterraba pediu a uma empresa que lhe
abrisse vários furos para suportar a produção. Só conseguiu 15 mil
litros/hora, quando necessita de 180 mil.
"Fazem-se coisas completamente absurdas", critica Pedro Proença e
Cunha, vice-presidente da Associação Portuguesa de Geólogos (APG), e
professor na Universidade de Coimbra, preocupado com o modo
descontrolado como se abrem furos. "Qualquer captação ou prospecção
deve ser acompanhada de um hidrogeólogo, especialista em águas
subterrâneas", salienta. Proença e Cunha critica as alterações legislativas
feitas pelo anterior Governo, ao afastar os geólogos do processo de
abertura de furos sem assegurar a presença de um especialista para
supervisionar onde devem ser as perfurações.
Boa parte delas são feitas de uma forma indiscriminada que conduz à
sobre-exploração das reservas subterrâneas, acentua o especialista, que
defende novas captações apenas "à escala humana e para fins
considerados adequados". Feitas na presença dum hidrogeólogo. Proença
e Cunha defende ainda que as captações sejam feitas por empresas com
alvará e que as entidades competentes devem dispor de meios necessários
de fiscalização e controlo.
É a resposta que deve ser imediatamente tomada para que se faça "o uso
criterioso" das águas subterrâneas, sob risco de se alienar um bem
precioso que nalguns casos "demora milhares de anos a repor", alerta o
vice-presidente da APG.
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