O que devem saber os pais sobre a cannabis?

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O que devem saber os pais sobre a cannabis?
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Edita:
Junta de Castilla y León
Consejería de Familia e Igualdad de Oportunidades
Comisionado Regional para la Droga
Realiza e imprime: Gráficas Germinal, S.C.L.
Depósito legal: VA-18/2005
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onhecer as principais características, efeitos e riscos das drogas mais
consumidas pode ajudar os pais a
falar com os filhos sobre o tema, bem como
a contrabalançar mensagens erradas e a
estabelecer normas familiares acerca do
seu consumo. Os dados da investigação
revelam que os adolescentes que tomam
conhecimento dos riscos do consumo de
drogas através dos pais têm menos 50% de
probabilidades de vir a experimentar as
drogas que os adolescentes cujos pais
nunca tenham abordado nada em casa.
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sobre a cannabis?
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1. Descrição
O que é a cannabis?
A cannabis sativa é uma planta, da qual se obtêm a marijuana
e o haxixe, cujo principal produto activo é o THC (tetrahidrocanabinol).
Quais são os seus componentes?
Foram identificados mais de 400 componentes na mencionada planta, dos quais 61 são canabinóides, ou seja, compostos
semelhantes ao THC. O THC é solúvel em gorduras, pelo que tem
tendência a acumular-se nos tecidos adiposos do organismo, de
onde se vai eliminando lentamente. Este facto explica que a sua
presença no corpo seja detectada na urina muitas semanas
depois de se ter consumido, e que quando se deixa de fazer após
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um período de consumo habitual, o quadro de abstinência seja
muito mais leve que o de outras drogas que se eliminam muito
rapidamente.
Formas de consumo
O haxixe obtém-se a partir da resina das flores das plantas fêmeas, que após ter sido prensada forma uma massa compacta e
de cor castanha conhecida pelos seus consumidores como
“liamba”, “maconha”, “boi”, etc.,. Fuma-se misturado com tabaco
em cigarros chamados “charro”, "porro" etc. tendo uma concentração do princípio activo THC de entre 15% a 30%.
A marijuana (“erva”, “liamba”) é uma mistura de flores, folhas,
sementes e caules da planta, secos e triturados, que também
se fuma habitualmente sem misturar com tabaco. No nosso
país o haxixe tem muito mais presença que a marijuana. Tem
uma concentração do princípio activo THC de entre 4% e
20%.
O óleo de haxixe é outra variedade de consumo pouco habitual
no nosso meio, com uma concentração de THC superior a
50%.
Quais são os seus efeitos?
A cannabis é um depressivo do sistema nervoso que, por
vezes, actua como um estimulante, intensificando ou alterando a
maneira de perceber e sentir a realidade. A intensidade e o tipo de
efeitos irá depender da quantidade de THC que chega ao cérebro
e das características e expectativas do sujeito, bem como do
ambiente. Em geral, produz uma sensação de bem-estar, com tendência para ver a parte cómica das coisas, e também alterações na
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percepção: a música, as cores, a passagem do tempo, etc. Depois,
frequentemente, sente-se muita fome e tranquilidade. Outras
vezes, provoca sonolência, passividade e indiferença pelo meio
envolvente. Pode provocar também ansiedade e ideias paranóicas
(por exemplo: “estão a gozar comigo”).
Por outro lado, provoca secura na boca, aumento da frequência cardíaca, suores, olhos vermelhos (com queda das pálpebras),
alterações ligeiras da coordenação, da memória e da capacidade
de concentração.
2. Dados de Interesse
Quantos adolescentes/jovens o consomem?
44% dos estudantes de Castilla y León, segundo o inquérito
escolar, tinha consumido cannabis pelo menos uma vez na vida e
24,3% tinha-o feito no último mês, tendo aumentado nos últimos
anos estas percentagens.
Com que idade se inicia o consumo?
Do ponto de vista da perspectiva da saúde pública, um dado
que preocupa é o consumo precoce na adolescência, já que este
está relacionado com a maior frequência no abuso e o aparecimento de consequências negativas a curto e longo prazo. A média
de idades na iniciação, dentro da população escolar de 14 a 18
anos de Castilla y León, é de 15,1 anos.
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Como evolui o consumo?
O consumo de cannabis cresce de um modo muito importante com a idade. Aos 14 anos, 11,4% dos estudantes já consumiu
cannabis no último mês, ao passo que aos 18 anos esta percentagem eleva-se até 40,6%. É mais frequente o aparecimento de
abuso e dos problemas relacionados com este quando o consumo é feito diariamente. As idades críticas na expansão do consumo de cannabis são os 15 e 16 anos e para o consumo no último
mês os 18 anos.
O consumo de cannabis faz frequentemente parte de um
poli-consumo de outras drogas legais e ilegais, circunstância que
devemos levar em conta, já que pressupõe maior risco de vir a ter
problemas que o consumo isolado.
Existe consciência de risco no consumo?
Outro factor agravante é a baixa percepção do risco que existe entre os adolescentes. Apenas 31,8% dos estudantes considera
bastante ou muito problemático fumar cannabis alguma vez.
Socialmente parece ter-se difundido a ideia de que o consumo de
cannabis não cria problemas significativos.
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3. O que leva os adolescentes
e jovens a experimentar
o haxixe?
Mercado
Na actualidade a expansão do uso de cannabis pode ser analizada do ponto de vista económico. Existem importantes interesses económicos e industriais em expansão que necessitam, como
qualquer outro tipo de negócio, que continue a crescer o número
de consumidores. Assim, o facto de cada vez mais pessoas cultivarem marijuana para uso próprio ou para venda, por um lado, alimenta um crescente negócio de sementes, adubos e ferramentas
que são vendidos em lojas específicas ou via Internet e, por outro
lado, facilita o acesso ao consumo.
Além disso, utilizam-se estratégias de marketing para dar a
conhecer o produto e pô-lo na moda (t-shirts, malas, isqueiros, etc.,
com o desenho da folha de marijuana), aproveitando os motivos
que impulsionam os adolescentes/jovens ao consumo.
Adolescentes
O motivo mais importante dos adolescentes para se iniciarem
no consumo é a descontracção que produz (29%), seguida da
experimentação de novas sensações (22,4%) ou da diversão
(17,5%). Apenas 6,6% atribuem alguma importância como motivo
de consumo ao facto de se tratar de um produto proibido, contrariamente ao que pensam muitos adultos.
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Portanto, o que leva a consumir não são os problemas pessoais, de marginalidade, a proibição, etc., mas um estilo de vida em
que prevalecem a vontade de experimentar coisas novas, a moda
e a diversão.Outros motivos são os seus efeitos tranquilizadores e
a baixa percepção do risco das consequências do seu consumo.
Os pais devem ter critérios claros sobre o que os filhos
podem ou não fazer no que diz respeito ao tabaco, ao álcool
e ao resto das drogas, e tal deve ser-lhes comunicado. Não
se pode esperar que os filhos actuem como os pais querem,
a menos que estes lhes tenham definido e comunicado as
normas sobre o tema.
4. O que são os Movimentos
pro-legalização?
Em diversos países, incluindo o nosso, a cannabis é actualmente motivo de controvérsia entre as autoridades e alguns grupos
que defendem a sua legalização. Actualmente, estão a ser investigados os efeitos terapêuticos dos derivados sintéticos do THC (e
não da marijuana ou do haxixe), como antiemético (diminui os
vómitos) em pacientes com cancro e quimioterapia e como analgésico em casos de esclerose múltipla, mas isto não significa que
a cannabis seja inócua. É preciso ver, por exemplo, que a morfina é
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um derivado sintético do ópio, e nem por isso está a ser defendida a legalização da heroína. Portanto, é conveniente banir a imagem do "charro terapêutico", pois não corresponde à realidade da
investigação. Relativamente ao argumento da sua inocuidade,
veremos quais são as suas consequências no comportamento e
na saúde física e mental dos seus consumidores.
Por outro lado, quando as drogas são legais, o seu consumo
aumenta de um modo muito considerável e, quanto maior o consumo, maior o número de pessoas afectadas pela suas consequências adversas. É um contra-senso que na actualidade estejam
a ser introduzidas restrições à promoção e ao consumo de bebidas alcoólicas e tabaco pelo seus prejuízos para a saúde e que, ao
mesmo tempo, se proponha legalizar a cannabis; quer dizer, acrescentar mais um problema de saúde pública aos que já temos.
5. Quais são os riscos
do consumo?
No Inquérito escolar sobre drogas do ano 2004, 43,6% dos
estudantes que consumiram cannabis declaram que passaram
por problemas por este motivo pelo menos uma vez na vida. Os
problemas que se mencionam com mais frequência são: perdas
de cor (21,7%), dificuldade para estudar ou trabalhar (12,3%), problemas económicos (10,4%) e tristeza, vontade de não fazer nada
ou depressão (9,5%).
Por outro lado, o consumo repetido gera rapidamente tolerância, quer dizer, é preciso consumir mais quantidade para con11
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seguir os mesmos efeitos. Também pode gerar dependência,
embora este risco seja menor com esta substância que com
outras.
Mesmo que não se possa afirmar que consumir cannabis leve
inevitavelmente a tomar outras drogas, é certo que os adolescentes que o utilizam correm mais riscos de consumi-la. Por exemplo,
os consumidores de cannabis no último ano têm quase o dobro
de risco de fumar tabaco ou de consumir bebidas alcoólicas todos
os fins-de-semana, e mais do dobro de risco de consumir drogas
de síntese, cocaína e alucinógenos, que os colegas da mesma
idade. Uma possível explicação para este maior risco, pode ser o
contacto com consumidores de drogas que facilitam o acesso ao
mercado e ao seu consumo.
O consumo regular pode provocar problemas respiratórios,
tanto devido aos derivados da cannabis como ao tabaco com o
qual costuma misturar-se. As pautas de consumo habitual (aspiração profunda, retenção do fumo, fumar o cigarro até ao fim, ausência de filtro) agravam este risco. Além disso, o haxixe costuma estar
muito adulterado – o que implica sempre riscos– e, como a erva,
pode ter fungos ou bactérias e provocar infecções.
Em relação ao risco de acidente por conduzir sob os seus
efeitos, as alterações da coordenação motora e da percepção que
provoca, levam a pensar que o dito risco aumenta apesar da falta
de estudos científicos concludentes a respeito. O problema agrava-se consideravelmente se se combinar o consumo de cannabis
com álcool ou outras drogas, o que é habitual. A mistura de álcool
e cannabis pode provocar uma lipotimia por redução de tensão,
com o risco que comporta de sofrer um acidente.
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Fumar cannabis de maneira regular pode afectar a memória,
processar mais lentamente a informação, diminuir a concentração e dificultar a aprendizagem.
O consumo habitual ou muito intenso também implica risco
de sofrer transtornos psiquiátricos que, em certos casos, podem
tornar-se crónicos. Doses altas de cannabis podem facilitar o aparecimento de esquizofrenia e outros sintomas psicóticos, assim
como piorar a sintomatologia e aumentar as recaídas em pessoas
que já sofrem destas doenças. Também aumenta a possibilidade
de sofrer depressão e ansiedade. Mas além disso está comprovado -e este facto é relevante - que o início mais precoce e o maior
consumo aumentam as possibilidades de sofrer destes problemas. O cérebro e a personalidade estão em plena evolução durante a adolescência!
Outra consequência é o facto de os consumidores habituais
descreverem que têm pouca vontade de fazer coisas, sintoma
conhecido como síndrome amotivacional, afectando o rendimento escolar e profissional.
O consumo de haxixe ou maconha na adolescência pode dificultar os processos de desenvolvimento e amadurecimento
físico, intelectual e afectivo. As alterações que produz na
memória e na aprendizagem podem pressupor o fracasso no
sistema educacional e condicionar as possibilidades de
adaptação·social no futuro.
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6. Qual o seu
enquadramento legal?
O consumo de cannabis é ilegal em Espanha, por isso pode ser
sancionado administrativamente com multas. No entanto, não constitui delito (Lei orgânica 1/1992 de 21 de Fevereiro, sobre protecção
da Segurança Cidadã). Está prevista para o consumidor uma sanção
administrativa por consumo ou posse em lugares públicos, que não
se aplica se a pessoa tiver problemas com a droga e iniciar um tratamento. Não é considerado delito a posse destinada ao auto-consumo do seu possuidor e sem intenção de passar a outras pessoas,
mas pressupõe-se essa intenção de tráfico da substância quando se
trata de 50 gramas de haxixe. As multas por consumo em via pública, assim como a posse ilícita, mesmo que não se destinasse ao tráfico de drogas, consideram-se infracções graves à segurança de
cidadãos e sofrem uma sanção administrativa.
7.
- Que podem fazer os pais
para prevenir o consumo
de drogas dos filhos?
A educação dos filhos é uma tarefa difícil. Por isso, além de
se formar em cursos específicos, também é importante levar
em conta as recomendações e critérios que a seguir se expõem
de forma resumida e que pretendem orientar o trabalho educativo de mães e pais.
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• Ser exemplo de conduta. Os pais são exemplo de conduta para os filhos, modelos a imitar. É importante estar atento às mensagens que se transmitem e ao próprio comportamento relativamente ao uso e/ou abuso de álcool, tabaco e outras substâncias. Não consuma tabaco, bebidas alcoólicas ou outras drogas à frente dos seus filhos, nem mostre atitudes favoráveis às mesmas.
• Manter uma comunicação franca e aberta e uma relação
de intimidade e confiança com os filhos favorecerá a coesão e a relação entre os membros da família. Saber escutar
com atenção e respeito as opiniões dos filhos; mostrar interesse pelas coisas que lhes interessam e lhes preocupam,
sem prejulgar, criticar ou ridicularizar o que nos dizem; e
não considerar superficialmente os seus problemas; são os
primeiros passos para poder falar com eles das coisas que
vos preocupam enquanto pais. É importante procurar
espaços e oportunidades para falar, e se for necessário,
tomar a iniciativa. Um bom costume é conversar sobre as
actividades diárias, interessarem-se pelos problemas deles,
e discutir sobre temas da actualidade que possam ser de
interesse para todos.
• Desenvolver vínculos afectivos com os filhos, avaliando
e reforçando aquilo que gostam e que fazem bem. Mostrelhes o seu afecto, faça com que se sintam queridos e respeitados ao mesmo tempo que os educa a serem responsáveis.
• Fomentar a auto-estima e a confiança em si próprios,
reconhecendo as suas qualidades e esforços através da
atenção, o estímulo e o elogio.
• Estabelecer normas e limites de comportamento. O pai e
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a mãe devem ser coerentes e manter os mesmos critérios
no momento de estabelecer as normas e os limites que
devem reger a conduta dos filhos. Devem estar de acordo
no que toca a comportamentos que esperam deles, o que
é aceitável e o que não é. Além disso, é necessário precisar
os limites de conduta: fazer com que os filhos percebam
até onde se pode chegar, e a partir de que ponto já não é
aceitável determinada conduta.
As normas e limites devem ser claros e coerentes, de acordo com a idade; devem ser estabelecidos de forma racional
e negociada à medida que os filhos vão crescendo. É necessário antever as consequências negativas se as normas fixadas não forem respeitadas. Deste modo, quando se mostram responsáveis e respeitam as normas e os limites estabelecidos, os pais devem reconhecer, premiar, reforçar a
conduta positiva dos filhos.
Lembre-se que as normas e os limites de conduta ajudam a
estruturar a conduta dos seus filhos, e fomentam o seu
auto controlo e amadurecimento pessoal.
• Supervisionar o comportamento geral dos filhos. Do
mesmo modo que estabelecemos normas e limites de conduta, é necessário conhecer e supervisionar o comportamento geral dos filhos de maneira sensata e não como
detectives. Em casa e na escola, é necessário supervisionar
o rendimento escolar, estar atentos às actividades e às relações que têm com os amigos, etc. A supervisão permite um
melhor conhecimento e um maior controlo da conduta
dos filhos, saber onde estão e o que fazem ao longo do dia,
especialmente aos fins-de-semana. Por outro lado, os filhos
ficam também a saber que os pais se interessam por eles.
• Estabelecer uma posição familiar clara sobre o uso do
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tabaco, o álcool e outras drogas. É importante que os pais
tenham alguns critérios claros sobre aquilo que os filhos
podem ou não fazer com o tabaco, o álcool e o resto das
drogas, ao mesmo tempo que devem arranjar formas de
transmitir e falar com os filhos sobre estes assuntos.
• Informar e falar com os filhos acerca do álcool, do tabaco e de outras drogas. Não devemos esperar que os filhos
obtenham informação na rua, através dos meios de comunicação ou dos amigos. É importante que os pais estejam
informados para depois dialogar, reflectir e informar aos
filhos sobre as características e os riscos associados ao consumo de drogas. Falar com eles, pode ajudá-los também a
identificar as situações de risco e a maneira de enfrentar as
pressões favoráveis ao consumo de drogas.
• Ensinar os filhos a usufruir do tempo livre e a partilhá-lo
com eles. Partilhar e usufruir de actividades saudáveis de
lazer é uma forma de reforçar os vínculos familiares, a
comunicação, o intercâmbio de sentimentos positivos, ao
mesmo tempo que se criam laços de afectividade e interesses nos filhos, que vão actuar como um factor de protecção
contra o consumo de drogas. É importante fomentar uma
diversidade de opções saudáveis e ajustadas aos interesses
e motivações dos filhos, que lhes proporcione diversão e
lhes façam sentir bem.
• Fomentar o vínculo da família em geral e dos filhos em
particular, com agentes socializadores e com a rede
comunitária do bairro e especialmente com a escola. É
recomendável que tanto os pais como os filhos colaborem
e/ou participem nas actividades desportivas, culturais,...
organizadas pelas associações do bairro, pela associação
de mães e pais de alunos, etc.
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PARA OS PAIS
8. Onde dirigir-se para
obter informação e
assessoramento sobre
temas relacionados com
a prevenção e o consumo
de drogas?
Em cada província existem planos das autarquias e/ou municipais sobre drogas, que lhe fornecerão informações sobre estes
assuntos. Não hesite em entrar em contacto através de qualquer
um dos números de telefone que aparecem a seguir, segundo o
lugar onde resida:
ÁVILA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE ÁVILA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE ÁVILA
920 25 57 37
920 25 74 74
BURGOS
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE BURGOS
PROGRAMA MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE ARANDA DE DUERO
PROGRAMA MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE MIRANDA DE EBRO
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE BURGOS
947 28 88 23
947 51 26 48
947 34 91 18
947 25 86 23
LEÓN
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE LEÓN
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE PONFERRADA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE S. ANDRÉS DO RABANEDO
PROGRAMA SOBRE DROGAS DA DIPUTACIÓN PROVINCIAL DE LEON
987 22 86 75
987 42 84 62
987 84 87 30
987 29 21 19
PALENCIA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE PALENCIA
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979 71 81 45
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SALAMANCA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE SALAMANCA
PROGRAMA SOBRE DROGAS DA DIPUTACIÓN PROVINCIAL DE SALAMANCA
923 27 91 63
923 27 24 44
SEGOVIA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE SEGOVIA
921 46 05 46
SORIA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE SORIA
975 23 41 00
975 10 10 71
VALLADOLID
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE VALLADOLID
PROGRAMA MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE MEDINA DEL CAMPO
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE VALLADOLID
983 42 61 05
983 81 28 80
983 42 71 00
ZAMORA
PLANO MUNICIPAL SOBRE DROGAS DE ZAMORA
980 53 66 78
980 69 32 09
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cannabis
om esta informação esperamos ter
contribuído para que vocês, pais e
mães de adolescentes e jovens, sejam
mais conscientes, não só dos riscos do consumo de drogas ilegais como a cannabis, mas
também dos riscos que representam para eles
o abuso do álcool ou o hábito de fumar. Dois
comportamentos que podem ter um impacto
muito negativo sobre a saúde e o bem-estar
deles durante o resto da sua vida.
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