um novo ano, novas expectativas

Transcrição

um novo ano, novas expectativas
UMA PUBLICAÇÃO GABRIEL BACELAR - ANO 07 - Nº 15
MODA
A sustentabilidade
chega ao setor
XANGAI 2010
Retrospectiva
do evento
DOCE VIDA
O sabor das
trufas brancas
POESIA
Pelas ruas
do Recife
VIAGEM
Istambul e
seus mistérios
LANÇAMENTOS
Conheça os
empreendimentos da
marca Gabriel Bacelar
UM NOVO ANO,
NOVAS EXPECTATIVAS
4
Editorial
Ano 07 - Nº 15
CONSELHO EDITORIAL
COORDENAÇÃO | bruno bacelar
MARKETING | kithyanne véras
COMERCIAL | bruno figueiredo
Sumário
COMUNICAÇÃO | carla guerra
25 DOCE VIDA
DIRETOR COMERCIAL | durval bacelar
DIRETOR TÉCNICO | bruno bacelar
EDITOR | djalma nascimento jr.
A
Esta edição da Revista Gabriel Bacelar vem
cheia de novidades para você. Uma delas é o
compromisso que o Recife tem com a sua memória. Trazemos para você uma boa dica: o
agradável passeio no circuito da poesia. Afinal,
nunca é demais lembrar nossos grandes poetas,
escritores e compositores, principalmente quando suas presenças se fazem ainda hoje evidentes no cotidiano recifense.
Ainda em se tratando de vida boa, trazemos,
também, informações sobre a temporada das
trufas brancas italianas, a gastronomia de empreendedorismo do restauranteur Julião Konrad,
passando pelas belezas históricas e naturais de
lugares como Istambul, chegando ao requinte
do charme de hoteis na Ilha de Páscoa, Genebra, Puebla e Atenas. As páginas seguintes
trazem ao leitor o que há de melhor.
Em empreendimentos imobiliários, especificamente, revelamos em primeira mão informações exclusivas sobre nosso futuros lançamentos: Green Life Espinheiro, Condomínio Jardins
Apipucos e GB Maria Satye. Além das propostas
inovadoras e ousadas dos renomados escritórios de arquitetura e paisagismo do Recife, os
projetos contarão com um diferencial que vem
há décadas agregando valor ao mercado de
imóveis residenciais da cidade: o padrão GB de
construção.
Com a chegada do calor, que vem mesmo antes
que o verão no nordeste brasileiro, nada mais
oportuno que tratar de turismo em Pernambuco.
Para tanto, conversamos com dois personagens
chaves para entender os desafios e o que vem
sendo feito para suas superações: o secretário
estadual de Turismo, Paulo Câmara, e a diretora
executiva do Recife Convention & Visitors Bureau, Tatiana Menezes.
06
PROJETO GRÁFICO, REDAÇÃO
EDITORAÇÃO, TRATAMENTO DE
IMAGENS E FINALIZAÇÃO
DIREÇÃO DO PROJETO | carla guerra
PLÁSTICAS
30 ARTES PLASTICAS
32 DECOR
34 PAISAGISMO
36 GASTRONOMIA
FOTOGRAFIA | marcelo marona
REDAÇÃO | djalma nascimento jr., carla guerra
e bruno souto maior
43 EMBARQUE
14
COORDENAÇÃO COMERCIAL | gabriel bacelar
DIAGRAMAÇÃO | joão paulo ferreira
REVISÃO | djalma nascimento jr
47 ARTE E CULTURA
50 TENDENCIAS
TENDÊNCIAS
GABRIEL BACELAR | Rua Buenos Aires, 69 - Espinheiro
CEP: 52.020-180
Recife-PE - Brasil | Fone: 81 3366.3000
AÇÃO DO BEM
52 AÇAO
E-mail: [email protected]
54 EVENTO
43
CARLOTA COMUNICAÇÃO | Rua Amélia 373,
Galeria Graças Center
Salas 104 e 105
52020-150, Graças, Recife - PE
56 FASHION
58 FITNESS
A Revista Gabriel Bacelar é propriedade da Construtora
Gabriel Bacelar, editada pela Carlota Comunicação, com
59 TECNOLOGIA
distribuição dirigida. A publicação é aberta a colaboradores
e não se responsabiliza por conceitos emitidos em textos
assinados, em respeito à liberdade de expressão e por
Moda ecológica, Médicos Sem Fronteiras, Cinema da Fundação, artes plásticas, objetos do desejo e ambientação de interiores são alguns dos
outros itens que recheiam a pauta desta edição
da Revista Gabriel Bacelar. Uma boa leitura a
todos.
14 A CIDADE
22 ECONOMIA
PRESIDENTE | gabriel bacelar
chegada de um novo ano é sempre um bom motivo para pensar,
refletir e avaliar novas possibilidades. É comum chegarmos ao final
do ano com a sensação de que não cumprimos
a agenda e tudo que planejamos. O tempo é
hoje a matéria-prima mais cara e mais escassa.
Temos que saber otimizar o tempo com coerência e disciplina! O ano de 2011 vem carregado
de novas expectativas para o Brasil. Pela primeira vez na história uma mulher comandará
o mais importante cargo político: a Presidência
da República. Muitas mudanças virão. Positivas,
de preferência. É este o assunto que trazemos
na nossa matéria de capa. Convidamos algumas
personalidades locais que explanaram suas expectativas para o novo ano.
06 CAPA
20 ENTREVISTA
GABRIEL BACELAR CONSTRUÇÕES
Um Feliz 2011!
5
qualquer conteúdo publicitário e comercial de terceiros.
Para anunciar
81 3091.5068
81 8728.2132
[email protected]
50
Ano 07 - Nº 15
60
60 ENCONTRE
62 MERCADO IMOBILIÁRIO
60 CRONOGRAMA DE OBRAS
6
7
Capa
2011
A chegada de um novo ano traz
consigo anseios e novas expectativas
O ano de 2011 promete ser de grandes mudanças e novos rumos para o País. O Brasil passa ao largo
da crise mundial que assola as nações mais desenvolvidas e que se esforçam para encontrar a fórmula
do crescimento. Ensaia com otimismo um governo de alma feminina, resultado das últimas eleições,
que segue na construção de um novo modelo que dê continuidade aos acertos do anterior, com fôlego
novo e ajustes na gestão. Para Pernambuco, o horizonte se coloca cada vez mais positivo, com novos
e grandes investimentos no setor industrial que proporcionarão desenvolvimento nas próximas décadas
para o Estado. Convidamos algumas lideranças pernambucanas para colocar as suas expectativas
para o novo ano em nossa matéria de capa. São eles: Gabriel Bacelar, presidente da Gabriel Bacelar
Construções; Armando Monteiro, empresário e senador recém eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB); Carlos Trevi, coordenador do Santander Cultural Recife; Sérgio Moura, diretor industrial da
Baterias Moura e Sílvia Rissin, presidente da Fundação Alice Figueira de Apoio ao IMIP.
Minha expectativa para 2011 pode ser dividida em dois cenários. O cenário internacional com
os Estados Unidos, Europa e China e o cenário nacional. No internacional, podemos dizer que os
Estados Unidos já estão em parte recuperados com um crescimento próximo a 3% que nada mais
é do que o normal ao longo dos seus últimos anos. Infelizmente quando do período de crise, a
taxa de desemprego aumentou e fez com que não pudesse haver recuperação nesta área. Em
relação à Europa a situação ainda é preocupante, com taxa de crescimento pouco acima de 1%,
mas, acreditamos que lentamente haverá recuperação. A China por sua vez com uma taxa de
crescimento próximo de 10% nos faz crer que ainda prevalecerá nesses níveis nos próximos anos.
Em relação ao Brasil acreditamos que teremos um 2011 bastante favorável com um crescimento
próximo de 5% e uma estabilidade financeira que nos tem favorecido nos últimos 16 anos.
Gabriel Bacelar – presidente da Gabriel Bacelar Construções
Ano 07 - Nº 15
8
Capa
O próximo ano será um momento de grande oportunidade. O Brasil
poderá promover transformações fundamentais para que tenhamos, nas
décadas seguintes, um crescimento vigoroso, acima de 5% anuais, que
nos permitam dobrar a nossa renda per capita e reduzir consideravelmente
as desigualdades sociais. Em 2011, a agenda legislativa vai ser muito
importante, vai condicionar um pouco o futuro governo. O Brasil poderá
retomar as reformas, que são tão necessárias, e uma série de projetos
de grande relevância no Congresso Nacional. Por exemplo, a nova lei
de licitações, o Cadastro Positivo, que poderá reduzir os juros no Brasil,
a reestruturação do CADE, o novo marco regulatório para licenciamento
ambiental, a redefinição do papel das agências reguladoras. Enfim, nós
temos uma pauta densa e muito importante na próxima legislatura.
Estou bastante motivado com poder trabalhar lá no Senado
para fazer essa agenda avançar.
Armando Monteiro
Eleito o senador mais votado de Pernambuco
Fotos: Divulgação
Os próximos anos, em função da Copa do Mundo de 2014 e dos grandes
investimentos que Pernambuco tem recebido, penso que serão muito ricos,
especialmente na área da cultura. Participo de alguns comitês culturais e
já percebemos a movimentação para reformulação do Porto do Recife, em
frente ao Marco Zero da cidade. Os galpões estão sendo adaptados para
instalação de equipamentos culturais. Existe uma grande movimentação pela
recuperação do Bairro do Recife, um dos mais importantes pontos turísticos
da cidade. Espero que invistam, cada vez mais, nos museus e fundações
culturais públicas. É muito importante esse olhar para o que é permanente,
para programas educativos, para a formação de público. Um show é
uma maravilha, mas dura uma noite, um museu é para sempre. Espero
que os governos invistam efetivamente em seus equipamentos culturais
de memória e preservação, não apenas nos museus, mas monumentos
públicos, teatros, casas de artesanato e espaços abertos de cultura.
Carlos Trevi
Coordenador do Santander Cultural Recife
10
Capa
A Pórtico Faz Mais Por Seu Projeto
As expectativas para 2011 são muito positivas. Há um consenso geral de
que a economia brasileira deverá crescer próxima a 5%, em 2011, o que
é um número bastante positivo, pois será sobre uma base alta de 2010,
para o qual se espera um crescimento superior a 7%. Naturalmente, quando
a economia cresce, todos os setores são beneficiados e as oportunidades
se ampliam. Creio que os novos governos deverão priorizar dois aspectos
básicos: redução dos gastos de custeio em relação ao PIB (estados e União)
e a melhoria da gestão. Ou seja, o melhor aproveitamento do dinheiro
público. No caso específico de Pernambuco, temos notado um grande
esforço no sentido da melhoria da qualidade da gestão com o consequente
benefício para a população. A venda de carros novos deve continuar
aquecida e devemos colher, no mercado de reposição, bons resultados
decorrentes do grande crescimento da frota verificado nos últimos anos.
Fotos: Divulgação
A cada ano que se inicia, minhas expectativas são otimistas em
todos os ângulos que focalizo. Sendo assim, espero que a nova
presidente do Brasil consiga alcançar suas metas propostas
para o 1º ano de governo. Espero ainda ter saúde e disposição
para continuar meu trabalho, oferecendo sempre o melhor para
o IMIP. Enfim, tenho expectativas positivas quanto à redução
da violência para que a nossa sociedade possa viver com mais
paz e harmonia. Como o nosso segmento de atuação busca
na solidariedade humana, recursos financeiros, humanos e
materiais para continuidade das ações desenvolvidas pelo
IMIP, creio que, em 2011, teremos ainda mais adesão e
receptividade aos nossos apelos, campanhas e parcerias.
Dra. Sílvia Rissin
Presidente da Fundação Alice Figueira de Apoio ao IMIP
Foto: Marcelo Marona
Sérgio Moura
Diretor Industrial da Baterias Moura
A PÓRTICO ESQUADRIAS ESTÁ PRESENTE NA
PAISAGEM DA CIDADE NAS MAIS DIVERSAS
OBRAS QUE VOCÊ VÊ. NOSSAS ESQUADRIAS
SÃO FABRICADAS COM TECNOLOGIA DE
PONTA QUE GARANTEM ALÉM DE QUALIDADE E
VERSATILIDADE NA APLICAÇÃO, BELEZA PARA
O SEU EMPREENDIMENTO. A PÓRTICO ATENDE
A ENCOMENDAS DE QUALQUER TAMANHO. O
IMPORTANTE É ATENDÊ-LO COM EFICIÊNCIA.
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da Gabriel Bacelar - Vencedor
do Troféu Ademi-PE 2010
Showroom: Rua Itajubá, 311, Imbiribeira, Recife/PE - (81) 3339.6669
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15
A Cidade
Circuito da Poesia
S
Fotos: Marcelo Marona
14
abe aqueles dias em que você quer
fazer um programa diferente e não
tem nenhuma ideia? Pois é, para
esses momentos, nós que fazemos
a Revista Gabriel Bacelar sugerimos uma dica.
Que tal, bater perna no centro do Recife e conferir de perto o Circuito da Poesia? Garantimos
um agradável passeio. Iniciado em dezembro de
2005, o Circuito da Poesia presta homenagem a
alguns artistas brasileiros, através de esculturas
em tamanho real. João Cabral de Melo Neto,
Carlos Pena Filho e Manuel Bandeira, são alguns
autores, que, em suas obras, retrataram a capital
de Pernambuco, tomando como referência cenas
do cotidiano.
homenageia
O roteiro proporciona ao público o encontro com
escritores e personagens célebres, através de
esculturas espalhadas por diversos pontos do
centro da cidade. A iniciativa tem como objetivo
valorizar a história e a cultura pernambucana e,
ao mesmo tempo, os espaços públicos que abrigam as obras. Uma iluminação especial encontra-se instalada, com lâmpadas que permitem
uma melhor visualização das peças, à noite, sem
distorção da cor original.
A criação das esculturas é do artista plástico Demetrio Albuquerque, que utilizou alguns critérios
para a escolha dos locais onde foram implantadas as obras. Segundo ele, “os monumentos es-
artistas brasileiros
tão situados em locais que fizeram parte da vida
do artista ou em espaços que foram abordados
no trabalho do poeta”, explica.
Na Rua da Aurora, às margens do Rio Capibaribe, estão as estátuas de João Cabral de Melo
Neto, autor de “Morte e vida Severina”, e também de Manuel Bandeira, que escreveu um dos
mais bonitos poemas sobre a cidade, “Evocação
do Recife”. A rua é um dos principais cartões postais da cidade. Ela é famosa pelos coloridos sobrados, bem como pelas belíssimas construções
da Assembléia Legislativa do Estado e da antiga
residência do presidente da província de Pernambuco, construídas em estilo neoclássico.
Ano 07 - Nº 15
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A Cidade
Clarice Lispector, considerada por muitos literatos
a maior escritora brasileira, apesar de nascida na
Ucrânia, passou a infância na capital pernambucana e chegou a escrever: “Pernambuco marca
tanto a gente, que basta dizer a você que nada,
das viagens que fiz por este mundo contribuiu
para o que escrevo. Mas Recife continua firme”.
A poetisa ganhou escultura na praça Maciel
Pinheiro, antigo reduto de imigrantes judaicos,
vindos durante a Segunda Guerra Mundial.
A Praça foi inaugurada em 7 de setembro de
1876, no coração do bairro da Boa Vista, em
comemoração à vitória das tropas brasileiras na
Guerra do Paraguai.
Fotos: Marcelo Marona
Até o maior compositor de frevo do Brasil, Capiba, foi homenageado, na Rua do Sol, também
às margens do Rio Capibaribe. Ele não consta
em quase nenhum livro de literatura como poeta,
mas é autor de mais de 200 canções, incluindo
não apenas frevos, e ainda musicou poemas
de Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de
Morais. Carlos Pena Filho, escritor e parceiro de
Capiba, em algumas canções, também foi contemplado com obra na Praça da Independência.
O lugar já foi mercado público no século 16, e
hoje é a praça de maior movimento da cidade.
Em volta dela está a Matriz de Santo Antônio,
erguida em estilo barroco colonial. A edificação
foi concluída em 1790 e é um dos templos mais
bonitos do Recife.
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Portfólio GB
Condomínio
Jardins
Apipucos
Moradia privilegiada na Zona Norte do Recife
E
m meio à agitação cotidiana
das grandes cidades, é cada
vez maior a procura por locais de moradia que agregam
tranquilidade e a existência de áreas verdes.
Pensando nesse nicho de mercado, a Gabriel
Bacelar Construções lança o Condomínio Jardins Apipucos, bem no coração de Apipucos,
a melhor área verde do Recife. Localizado na
Zona Norte da cidade, o bairro apresenta o
sossego típico da paisagem rural.
Imagens: Divulgação
O empreendimento será composto de duas
torres, sendo um pavimento semi-enterrado
um térreo, sete pavimentos tipo, dois elevadores (social e serviço) em cada torre, duas
vagas de garagem por apartamento. Os
apartamentos contarão com quatro quartos,
Ano 07 - Nº 15
sendo duas suítes, varanda, sala de estar/
jantar, estar íntimo, WC social, copa/cozinha, despensa, área de serviço e dependência completa de serviço, numa área útil total
de 140 m². Alguns itens do Condomínio Jardins Apipucos podem ser destacados, como
a presença de elevadores de última geração,
interfones, antena coletiva TV/FM e esquadrias de alumínio.
Segundo Sylvia Rangel, da Rangel Moreira
Arquitetos, escritório que assina a obra, alguns aspectos foram levados em conta para
a concepção do projeto arquitetônico, como
a localização do terreno e a lei aplicada no
local, que restringe os índices de construção,
estabelecendo um gabarito de 24m de altura e 60% de área verde. “Esta área verde
foi revertida em prol do empreendimento,
transformada em jardins que remetem aos
antigos casarões de Apipucos, Casa Forte e
Monteiro.
Além da implantação, buscando a melhor
orientação, que proporcionassem as melhores vistas do entorno a partir do terreno, a
área comum foi valorizada com amplo salão
de festas, espaço gourmet, fitness, salão de
jogos, brinquedoteca, lan house e terraços
abertos para integração com a área verde”,
informa ela. Outros itens também integram
o mix de equipamentos de lazer do Condomínio Jardins Apipucos: piscina adulto
e infantil com deck, sauna e mini-campo
gramado.
21
20 Entrevista
Paulo Câmara
Foto: Divulgação
Secretário de Turismo de Pernambuco avalia
as políticas que norteiam a cadeia turística do Estado
O turismo de Pernambuco foi durante muitos anos
conhecido por seu potencial de sol e mar. Hoje, qual é a
política de desenvolvimento em outros segmentos?
O binômio sol e praia continua sendo o nosso grande atrativo, em especial,
Porto de Galinhas, o principal destino turístico de Pernambuco. Contudo,
outros segmentos, como o turismo cultural e o turismo rural tem atraído
novos visitantes ao nosso Estado. Recentemente, o programa Benchmarking
2010 – Vivências Brasil, da Associação Brasileira das Agências de Viagens
(Abav), Sebrae e Ministério do Turismo, classificou Recife e Olinda como
referência em turismo cultural, após uma visita de empresários do trade
turístico de vários estados às duas cidades. Eles ficaram impressionados
com a estrutura dos nossos equipamentos e com a diversidade de nossa
gastronomia, que credencia Pernambuco como o principal pólo gastronômico das regiões Norte/Nordeste e o terceiro maior do país. Dentro dessa linha
de benchmarking, em breve receberemos uma visita técnica do Sebrae-ES,
que mostrou-se interessado em conhecer o turismo rural desenvolvido na
Mata Norte. Essas ações são resultados do nosso trabalho de divulgação
das potencialidades turísticas de Pernambuco, dentro e fora do Brasil. Outro
segmento que tem crescido significativamente a cada ano é o turismo de
negócio e eventos em virtude do crescimento econômico do Estado com
índices superiores aos da média nacional. Estamos atentos ao potencial
deste segmento atuando em duas frentes. A primeira, em parceria com o
trade turístico local, tem como objetivo captar novos eventos para o Estado.
Paralelo ao trabalho de captação, a Secretaria de Turismo está investindo na
requalificação do Centro de Convenções de Pernambuco, o principal espaço
para eventos e feiras do Estado.
É projeto deste governo a interiorização do turismo em
Pernambuco. Como andam as ações para este fim?
A Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), subordinada à Secretaria
de Turismo (Setur), coordena todas as atividades de interiorização do turismo
no Estado. Para um melhor direcionamento dessas atividades, Pernambuco
foi dividido em 11 rotas turísticas que compreendem 52 municípios, dos
quais 36 localizam-se no interior do Estado e tem na cultura seu principal
atrativo turístico. O nosso programa de interiorização do turismo é formado
por projetos de capacitação e qualificação profissional, divulgação e promoção dos destinos, estruturação dos produtos turísticos, fortalecimento do
calendário turístico, estímulo à requalificação dos meios de hospedagem,
estudos e pesquisas. Entre eles, podemos destacar o projeto Pernambuco
Conhece Pernambuco que realiza oficinas de sensibilização e capacitação
com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados. Entre os
meses de maio e agosto, foram realizadas 38 oficinas em 21 municípios.
Outra ação que merece destaque é o Perquali (Programa Pernambuco Qualidade no Turismo), voltado para a capacitação e qualificação profissional
e do qual faz parte o projeto Taxista Amigo do Turista, que contempla os
municípios do Recife, Ipojuca e Fernando de Noronha. A partir do próximo
ano, as ações de interiorização do turismo contarão com os recursos aprovados pelo Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur
Nacional). Pela primeira vez, teremos a interiorização do Prodetur Nacional.
Ao longo de cinco anos, os recursos serão aplicados em 22 municípios dos
polos turísticos Costa dos Arrecifes, Agreste e Vale do São Francisco, além
do Arquipélago de Fernando de Noronha, beneficiando 4.124.863 pessoas.
O Prodetur Nacional realizará obras de infraestrutura e saneamento básico, implementará projetos de sinalização
turística, promoverá capacitação profissional,
entre outras atividades, num total de US$ 125
milhões.
fique pronta em janeiro de 2013. A Cidade da Copa estará interligada ao
Terminal Integrado de Passageiros, nossa porta de entrada e saída para o
transporte rodoviário interestadual, e a uma nova estação de metrô que
será construída próxima ao novo estádio. Estão previstas também ações
para melhoria da rede viária, ampliação e modernização da rede hoteleira,
investimento em segurança pública e promoção turística.
Como Pernambuco se coloca e se
divulga para o turismo no exterior?
A divulgação do destino Pernambuco no exterior faz parte do nosso planejamento
estratégico e é feita com base em nossos estudos
e pesquisas que indicam os principais mercados
emissores, bem como mercados em potencial.
A partir desses dados, elaboramos uma agenda
de promoção comercial com participações em
Temos o compromisso
congressos, feiras, capacitações, workshops,
Pernambuco tem poucos
de
trabalhar
muito
rodadas de negócios, entre outros eventos.
equipamentos turísticos e sua rede
Para ter uma ideia do volume de nossas ações
pelo turismo do Estado
hoteleira está no limite de absorção
no exterior, somente no mês de setembro, a Seda demanda. Com a Copa do
até
o
final
do
atual
Mundo de 2014, que planejamento
tur e a Empetur estiveram presentes em ações
mandato. No entanto, o
tem sido realizado como forma de
promocionais na América do Sul, nos Estados
absorver bem esta nova demanda?
Unidos e na França. Em Paris, nos reunimos com
Planejamento Estratégico
A Setur e a Empetur estão finalizando o inas principais operadoras do turismo francês. Na
ventário turístico em 92 municípios, o que
do Turismo e o Modelo
Argentina e no Chile, participamos de rodadas
possibilitará ações estruturais nos destinos
de negócios e de capacitações de operadores e
de Gestão estão
com potencial turístico, mas que não oferecem
agentes de viagem. Nos Estados Unidos, fizemos
infraestrutura adequada. Quanto aos investiconsolidados no âmbito
parte da II Missão Empresarial Internacional de
mentos em equipamentos turísticos e hotelaTurismo de Saúde com a missão de conhecer as
do Poder Executivo,
ria, é importante ressaltar que eles são uma
melhores práticas deste segmento através de
iniciativa de grupos empresariais, cabendo ao
independente de nomes.
visitas a hospitais e reuniões com gestores de
Estado, estudos de viabilidade e intermediahospitais. Esta ação de benchmarking justificação nas negociações em casos especiais. Perse pelo fato do Recife ser o segundo maior polo
nambuco possui 962 meios de hospedagem,
oferecendo 62,7 mil leitos. Desde 2000, o
médico do país.
Estado vem registrando um crescimento do seu fluxo turístico, o que provoca
um aumento na demanda de leitos. Atualmente, estão em andamento cerca Quais as metas de sua administração para uma
de dez empreendimentos hoteleiros em Pernambuco, que quando estiverem provável continuidade no cargo com
prontos oferecerão mais 2.456 leitos. Essa expansão hoteleira está direta- reeleição do governador Eduardo Campos?
mente relacionada com a Copa do Mundo de 2014.
Temos o compromisso de trabalhar muito pelo turismo do Estado até o final do
atual mandato. No entanto, o Planejamento Estratégico do Turismo e o Modelo
Ainda dentro do tema Copa do Mundo, quais
de Gestão estão consolidados no âmbito do Poder Executivo, independente de
os investimentos do Estado na área de turismo,
nomes. O próximo gestor do turismo terá grandes desafios e oportunidades para
para o evento?
Entre os investimentos para a Copa de 2014, podemos destacar o projeto a melhoria de um setor tão estratégico.
Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, município da região metropolitana que fica a 18 quilômetros do Recife. O projeto compreende um
conjunto habitacional com nove mil residências, centro comercial e hoteis.
Também será construída a Arena Pernambuco, um estádio com capacidade
para receber 46.154 espectadores. A previsão é que a Arena Pernambuco
Ano 07 - Nº 15
Até o fechamento desta edição, o secretário estadual de Turismo Paulo
Câmara estava cotado, segundo a imprensa local, para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico na segunda gestão do governador
Eduardo Campos.
23
22 Economia
Foto: Miguel Igreja
que gira através do Turismo
N
ão basta uma cidade ou região
receber milhares de turistas. É
preciso que cada localidade esteja preparada, em termos de
infraestutura, para bem receber os visitantes,
isso engloba desde a cadeia hoteleira, passando
pelos setores de serviços, e, principalmente, de
lazer. Oferecer condições favoráveis aos visitantes
requer preparação e empreendedorismo, pois um
turista satisfeito com sua estadia, manifesta, no
mínimo, o interesse em voltar, além de bem recomendar o local para seus amigos e familiares.
Para estimular a vontade das pessoas em estar
em determinada cidade, é necessário, também,
desenvolver ações que viabilizem a realização de
eventos, como feiras de negócios, shows e atividades culturais e esportivas, o que pode resultar
no incremento do volume de visitantes e na movimentação da economia local.
Foi com esse objetivo que alguns comerciantes e
empresários americanos, em meados do século
XIX, fundaram uma entidade com o objetivo de
destinar forças para atração de novos eventos,
para a cidade de Detroit. Desta forma, surgiu o
The Detroit Convention and Businessmen’s League – posteriormente batizado, em 1907, de
Detroit Convention & Tourists Bureau. No Brasil,
a primeira entidade desta natureza surgiu, em
1984, em São Paulo: o São Paulo Convention
& Visitors Bureau. Até 1997, só existiam nove
entidades semelhantes no país. Hoje, são mais
de 60. O Recife Convention & Visitors Bureau
foi fundado em 2001 e é considerado um dos
mais atuantes no Brasil. A reportagem da Revista Gabriel Bacelar conversou com a diretora
executiva do Recife Convention & Visitors Bureau, Tatiana Menezes, que explanou maiores
detalhes do funcionamento da entidade e sua
importância para a economia do Estado de
Pernambuco.
Em que se constitui o Recife
Convention & Visitors Bureau (RCVB)?
O RCVB é constituído juridicamente como
instituto e é uma entidade privada sem fins
lucrativos que visa promover o turismo de Pernambuco e suas atividades inerentes, atraindo
novas oportunidades de negócios para seus
associados, fortalecendo a imagem do estado,
nacional e internacionalmente. No seu quadro
de associados, encontram-se hoteis, restaurantes, organizadoras de eventos, prestadores de
serviços, companhia aérea, atrativos turísticos
e culturais, entre outros. Hoje, a entidade conta com mais de 200 empresas no seu quadro
associativo.
Como foram iniciadas as atividades do
RCVB e qual a sua proposta de ação?
Iniciamos as nossas atividades, em 2001, com
a finalidade de atrairmos novos eventos para o
estado e, consequentemente, movimentarmos
a cadeia produtiva do turismo local. Refiro-me
a hoteis, restaurantes e todos que atuam na
prestação de serviço para esses visitantes. Com
o tempo, percebemos que apenas apoiar a captação de eventos não era suficiente, pois tinhamos condições de atuar também na promoção
do destino, tarefa que hoje realizamos de mãos
dadas com as secretarias de Turismo do Recife,
de Pernambuco e a Empetur.
Qual a função do RCVB e como são as
suas ações em outros estados e países?
As principais ações desenvolvem-se a partir do
apoio à atração de feiras e congressos para o
estado, da sua captação à promoção do evento, e no fortalecimento de novos produtos e
segmentos turísticos. Os apoios oferecidos aos
eventos são dos mais diversos. Desde a elaboração da proposta de candidatura personalizada do evento ao acompanhamento em viagens
aos eventos que antecedem as edições que se-
Como funciona e como
é a estrutura do RCVB?
A entidade é liderada por um presidente, hoje representada na figura do hoteleiro José Otávio de
Meira Lins, que está à frente de todas as ações que
desenvolvemos. Temos também um vice-presidente,
Gustavo Luck, da empresa Luck Viagens, e um conselho administrativo, composto por cinco personalidades do trade turístico local. A equipe operacional é
composta pela diretoria executiva, quatro gerentes e
assistentes, totalizando 16 pessoas.
Ano 07 - Nº 15
Em quais segmentos para o
turismo o RCVB atua?
Nosso carro-chefe é a captação de eventos.
Além deste, trabalhamos na capacitação da
mão-de-obra local, a exemplo do projeto Taxista Amigo do Turista, realizado em parceria
com a Empetur e Secretaria de Turismo de
Pernambuco, na promoção do turismo de lazer
e incentivo (premiação em viagens oferecidas
pelas empresas aos funcionários e clientes) e
no fortalecimento de novos segmentos, como
o turismo de saúde e o turismo GLS. Ressalto
também projetos realizados com a parceria das
secretarias de Turismo do Recife e de Pernambuco com foco na atualização dos agentes e
operadores de viagens, de como melhor vender
o destino Pernambuco, que são o Vivendo Pernambuco e o Pernambuco Bom pra Você.
Qual a importância dessa atuação
para o incremento do turismo?
Percebemos a força das nossas atividades
quando analisamos o número de visitantes
que desembarcaram no estado motivados pela
participação de feiras e congressos captados
com apoio do RCVB. Em 2009, por exemplo,
apoiamos a captação de 68 eventos. A nossa
expectativa é recebermos mais de
76 mil turistas de eventos e acompanhantes até 2013. Desta forma,
apenas com o trabalho desenvolvido pelo RCVB em 2009, o turismo
de eventos movimentará mais de
192 mil diárias nos equipamentos hoteleiros locais e causará um
impacto na economia de mais de
R$ 127 milhões. Desses números,
considerando que cerca de 47%
desses turistas realizam pré ou pós
evento, esperamos que mais de 29
mil turistas deverão permanecer
no destino, gerando mais 92 mil
diárias e 65 milhões de impacto
econômico.
mar, receberá uma boa parcela dos visitantes
interessados em acompanhar de perto os jogos
do Mundial de Futebol de 2014. Sendo assim, lançaremos um projeto em parceria com
os CVBx de Salvador, Fortaleza e Natal onde
pretendemos vender o Nordeste como um único
destino. É importante citar que devido à alta
exposição do país até a Copa do Mundo, o
país estará no alvo de grandes empresas
mundiais no quesito turismo de incentivo.
Assim como aconteceu na África do Sul, as
empresas terão cada vez mais interesse em
premiar seus funcionários e clientes com
viagens ao país do futebol. Pernambuco
não ficará de fora deste rico mercado. Desde
2007, iniciamos, junto à Secretaria de Turismo do Recife e Pernambuco, um trabalho
voltado ao mercado de turismo de incentivo
onde foi lançado o primeiro guia de turismo de incentivo de Pernambuco (disponível
através do www.recifecvb.com.br) e iremos
potencializar ainda mais as ações de agora
em diante. Enfatizo que, com os investimentos que deverão aportar no estado nos
próximos anos, as empresas interessadas em
construir ou ampliar os seus equipamentos
turísticos, que procurem o apoio do Recife
Foto: Divulgação
Pernambuco e a economia
rão realizadas em Pernambuco com objetivo de
apresentar a infraestrutura física e de serviços
dos municípios que o RCVB atua. O trabalho
que a entidade desenvolve é gratuito no que
tange o apoio àquelas empresas e entidades
que visam atrair eventos. O retorno do investimento do trabalho realizado pela entidade é
tido através da realização dos eventos no estado, gerando oportunidades de negócios aos
seus associados. Nos últimos quatro anos, a
entidade vêm tendo um forte apoio da Secretaria de Turismo do Recife e isto tem ajudado no
crescimento do número de turistas de negócios
que desembarcam no estado. Nos segmentos
de turismo de lazer, incentivo, GLS e Saúde, o
Recife Convention & Visitors Bureau atua desenvolvendo material promocional específico
e participando de feiras e workshops voltados
para os segmentos específicos. Os CVBx (siglas
utilizadas para abreviar mais de uma entidade)
existem em todo o mundo e atuam de forma
isolada com o principal objetivo de divulgar o
destino que representa.
Com a Copa do Mundo
2014, que ações o RCVB
está programando?
Acreditamos que o nordeste brasileiro, um forte destino de sol e
Tatiana Menezes, diretora executiva do
Recife Convention & Visitors Bureau
Doce Vida 25
24 Economia
CVB, pois estamos abertos à orientá-las na
construção de seu espaço para eventos de
forma que não fiquem desatualizadas.
Qual o segmento ou mercado de
turismo que ainda precisa ser
explorado e que traria resultados
positivos para Pernambuco?
O turismo de saúde é um importante segmento
a ser trabalhado. Só em 2009, cerca de 9% dos
visitantes que desembarcaram em Pernambuco
estavam motivados pela realização de tratamentos médicos. Recife é o principal polo médico no Norte-Nordeste e ficamos atrás apenas
de São Paulo considerando o cenário nacional.
Baseados neste panorama, em parceria com a
Amcham-Recife e a Empetur, estamos realizando ações que possam consolidar Pernambuco,
especialmente a cidade do Recife, como destino
para esses turistas. Em 2009, lançamos o Recife Saúde - Guia de Turismo de Saúde, Bem-Estar e Qualidade de Vida, que, em sua primeira
edição, trouxe 30 indicações de empresas de
saúde, segmentadas em clínicas – check-up,
cirurgia plástica, gastroenterologia, medicina
diagnóstica especializada, odontologia, ortopedia e traumatologia, oncologia e reprodução
assistida – e hospitais – multidisciplinares e
especializados (disponível no www.recifecvb.
com.br) – além de sugestões de hoteis e resorts. Em maio deste ano, realizamos ao lado
da Amcham-Recife e da Empetur o primeiro
Workshop de Turismo de Saúde de Pernambuco
e no mês de setembro, estivemos nos Estados
Unidos, com objetivo de realizarmos ação de
benchmarking, com a finalidade de analisarmos as melhores ações praticadas, na promoção deste segmento, para serem implantadas
aqui no Recife.
Qual a importância da atração de
eventos de turismo de negócios para
a economia do Estado?
O turismo de negócios minimiza o efeito ocasionado pela sazonalidade no turismo. Falo dos
períodos de baixa temporada, já que estimula
a vinda de novos visitantes durante todo o ano,
o que movimenta toda a cadeira produtiva do
turismo local e consequentemente a economia
do destino. Segundo pesquisa realizada pela
Embratur, o turista de negócios gasta três vezes
mais do que o turista de lazer, o que aumenta
ainda mais a receita deixada no estado, além
de arrecadar mais impostos, uma vez que o turista de negócios pede nota.
Mundo
gourmet
aguarda temporada das trufas brancas
O
s próximos meses são de festa e
excitação para os paladares dos
mais requintados gourmets em
todo o mundo: entra em cena a
temporada de caça às famosas trufas brancas
de Alba, uma pequena comuna no Norte da
Itália, na região de Piemonte. Consumidas há
mais de três mil anos pelo homem, a iguaria é
chamada pelos franceses de truffe e pelos italianos de tartufo. Trata-se, em todo o caso, de
uma túbera, nome vulgar dado aos membros de
Tuber, gênero de fungos subterrâneos da família
Tuberaceae.
Quais os segmentos econômicos mais
fortalecidos com o trabalho do RCVB?
Trabalhamos para direcionar resultados para
todos os nossos associados que fazem parte da
cadeia produtiva do turismo em Pernambuco.
Que novos segmentos estão
na pauta de trabalho do RCVB?
O turismo de incentivo, que será, sem dúvida,
a bola da vez para todos os destinos do Brasil,
um segmento que envolve a indústria de eventos, já que grande parte dos grupos de incentivo
que são realizados está ligada a algum evento
em paralelo. Outro segmento que trabalharemos com carga total é o turismo de Saúde.
A uma profundidade que varia entre 20 e 40
centímetros, as trufas nascem sob a terra,
próximas às raízes de carvalhos, castanheiras,
azinheiras e outras árvores de médio e grande
porte. São consideradas silvestres e, ao contrário de outros fungos comestíveis, como os nossos
conhecidos champignons, shiitakes e shimejis,
as trufas brancas italianas (Tuber album) ainda não foram cultivadas pelo homem. As trufas negras, por outro lado, encontradas mais
comumente em sua forma silvestre em solos
franceses da região de Périgord (Tuber nigrum),
já são cultivadas com sucesso na própria França, além da Espanha e Itália. Há ainda outras
espécies menos conhecidas e igualmente pouco
apreciadas pelos gastrônomos, como a trufa de
inverno (Tuber brumale) e a trufa de verão ou de
San Juan (Tuber aestivum). Até no continente
americano há espécies comestíveis, a exemplo
das trufas brancas de Oregon (Tuber gibossum)
e (Tuber oregonense), ambas achadas nos estados da Califórnia e Oregon.
Como não existe a possibilidade de sair cavando as terras próximas às raízes para achar uma
dessas maravilhas da culinária, o que invariavelmente resultaria na destruição do fungo, o
homem usa o faro de cães adestrados com essa
única finalidade. No passado, até porcos eram
utilizados, mas a prática caiu em desuso com o
Ano 07 - Nº 15
26
27
Doce Vida
tempo. Depois de localizadas, o tartufaio, especialista na colheita das trufas, é quem revolve
cuidadosamente a terra e as retira do solo, preferencialmente intactas.
Fotos: Divulgação
As trufas brancas de Alba chegam a custar até
6 mil dólares o quilo. As que contam com uma
leve coloração rosada são consideradas as melhores, com aroma mais marcante. Em novembro do ano passado, uma única trufa branca
com 750 gramas foi vendida a um comprador
de Hong Kong por 100 mil euros em um leilão
na Itália, realizado no castelo de Grizane Cavour. Em 2006, uma trufa de um quilo e meio,
recorde até o momento, foi vendida por 125 mil
euros a um gourmet milionário japonês em outro leilão na Toscana. As trufas negras, por sua
vez, têm aroma mais discreto e são mais duras
e resistentes. O preço do quilo varia entre 700
dólares e 1.200 dólares. Há opções mais econômicas em azeites e manteigas trufados. Mas ai
vale um cuidado: verificar se o aroma é artificial
ou natural, informação que normalmente é disponível de forma sincera no rótulo do produto,
No Brasil, um dos restaurantes que servem trufas brancas em épocas específicas é o La Tambouille, em São Paulo. Em outubro de 2009,
por exemplo, o chef Giancarlo Bolla preparou
um cardápio que incluía ovos caipiras na manteiga com trufas brancas (prato de entrada, a R$
320,00) e Risotto ao champagne com tartufo
(prato principal, a R$ 450,00).
Foto: Divulgação
principalmente os de origem europeia. Para degustar a trufa, seja ela negra ou branca, o ideal
é fatiá-las com um instrumento específico em
lâminas ultrafinas. Dizem os entendidos que a
espessura ideal da lâmina de uma trufa branca
é a de uma folha de papel. Quanto mais fina,
mais sabor e aroma são liberados, deixando risotos e massas, entre tantos outros pratos, com
um algo mais que vem encantando gourmets há
milênios. Os experts costumam apreciá-las em
finas lascas sobre um “uovo all’occhio di bue”,
nada mais que nosso velho e bom ovo estrelado
em italiano.
29
28 Portfólio GB
Green Life Espinheiro
Moradia segura numa área de fácil mobilidade urbana
O
arborizado e tranquilo bairro do Espinheiro, na Zona
Norte do Recife, será contemplado com mais um
empreendimento da marca Gabriel Bacelar. O Green
Life Espinheiro estará localizado na Rua Barão de
Itamaracá, próximo à Igreja do Espinheiro. Trata-se de uma localização estratégica, pois permite uma moradia segura numa área de fácil
mobilidade urbana. O futuro morador poderá desfrutar da ótima infraestrutura da região, que apresenta vários restaurantes, academias,
bares, bancos, galerias, supermercados, shopping, padaria, farmácias,
clínicas, laboratórios, entre outros serviços.
O empreendimento é composto de torre única, com 15 pavimentos
(sendo 12 pavimentos tipo), 12 apartamentos por andar, num total de 144 apartamentos, dois elevadores de última geração, central
de gás, local para gerador, guarita de segurança protegida, portões
com comando eletrônico, jardins com paisagismo, zeladoria com WC,
Hall social com WC’s, sala para home office, sala para administração,
vestiário para os funcionários, esquadrias anodizadas e uma vaga de
garagem rotativa com manobrista para cada apartamento. Os apartamentos possuem áreas distintas entre 25,63 a 47,29 m², com um
ou dois quartos, varanda, sala com cozinha americana, WC social e
área de serviço.
Segundo a arquiteta Yara Scherb, que assina o projeto da obra, mesmo com o terreno irregular foi possível projetar um edifício de caráter único e com proporções harmônicas onde os apartamentos estão
distribuídos de forma equilibrada e funcional. “O apartamento tipo
studio, certamente impõe ao edifício uma enorme vitalidade.
O estacionamento com vagas rotativas, uma ampla recepção no térreo
e o lazer diferenciado na cobertura, com vista panorâmica para o verde, atenderão às necessidades de vários tipos de usuários. O edifício
foi implantado de forma a garantir a todos os apartamentos a ventilação nordeste e sudeste durante todo o ano”, destaca ela.
A infraestrutura do Green Life Espinheiro conta com áreas para o
lazer e o convívio social de toda a família no pavimento da cobertura. Piscina adulto e infantil com prainha e deck, terraço descoberto,
espaço relax e salão de festas com WC’s masculino e feminino, integram o mix de opções.
De acordo com Yara, a proposta de um edifício com doze pavimentos
tipo enquadra-se perfeitamente na filosofia da lei de proteção ambiental dos doze bairros e reflete o jeito contemporâneo de morar,
ou seja, apartamentos flexíveis que, mesmo com áreas reduzidas,
podem ser compostos de diversas formas.
Ano 07 - Nº 15
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30 Artes Plásticas
Fotos e texto: Alexandre Henrique
Sofisticação e Modernidade
na arte de Izabel Kiriê
Com linhas curvas, formas livres e ricos detalhes, o trabalho da artista plástica Izabel Kiriê
traz harmonia e sofisticação a qualquer ambiente. Suas telas, esculturas, painéis e diversas outras peças podem ser vistas em mais de
100 empreendimentos de edificação em todo
o Estado de Pernambuco, além de várias obras
para ambientação. A artista ainda exporta sua
arte para outros lugares do mundo como Israel, Espanha e Alemanha.
Para cada ambientação, uma utilização de obras projetadas. Já são
mais de 20 anos espalhando suas obras pelo Brasil e pelo mundo.
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Decor
Fotos - Ambientes: Júlio Carpentieri
Arquiteta: Luís Filipe
Luz natural e aconchego em
projeto de Luana Fonteles
O projeto de ambientação deste apartamento, assinado pela arquiteta Luana
Fonteles, em um edifício recém inaugurado no Bairro de Boa Viagem, Zona Sul
do Recife, foi pensado para um jovem casal com dois filhos pequenos. O desejo
dos clientes foi de um espaço com muita luz natural e poucas peças para que
o apartamento não parecesse “apertado”. Com uma área de apenas 89 m²,
a arquiteta teve de utilizar atributos para maximizar os espaços: espelhos em
ângulos estratégicos, iluminação em pontos específicos, marcenaria de linhas
retas e longitudinais com acabamento claro para refletir a luz, tudo feito sob
medida para o apartamento. “A mistura de muitos materiais e cores não é bem vinda quando precisamos ‘ampliar’ visualmente o espaço, por isso, a base escolhida nesse caso foi neutra e clara para
refletir a luz e deixar livre o raio de visão”, informa Luana Fonteles.
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Paisagismo
Fotos - Ambientes: Marcelo Marona
Arquiteto: Divulgação
Clássico cultivo de espécies
ornamentais em projeto de Luiz Vieira
Desde a aquisição do terreno de 6,39 mil m² em que seria construído o Condomínio
Jardins, no bairro da Jaqueira, a Gabriel Bacelar Construções decidiu que a rica
flora existente na área seria resguardada ao máximo. O verde dos jardins no projeto paisagístico, naturalmente, está por todos os lados. Especificamente para essa
finalidade, a GB contratou os serviços de Luiz Vieira Arquitetura de Paisagem, um
dos escritórios mais renomados do Brasil e com atuação em empreendimentos de
diversos portes. Para o Condomínio Jardins, Vieira aliou características tradicionais
a outras não tão ortodoxas. Assim, há o clássico cultivo de espécies ornamentais, a iluminação externa,
os gramados e o playground. Mas há também as cercas ao invés de muros, as áreas de chão de areia e
o plantio de frutíferas, como a goiabeira e a pitangueira, que se somam às mangueiras e cajazeiras já
existentes no terreno.
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Gastronomia
Julião Konrad é receita
de empreendedorismo na gastronomia
Mas, por que uma churrascaria no Recife, num ramo do qual sairiam
os planos e se concretizariam diversos outros restaurantes de sucesso
do grupo, a exemplo do Famiglia Giuliano, o Skillus, o Gio, o Nikko e
as unidades do Spettus (Derby, Boa Viagem, Fortaleza, Buenos Aires
e Chapecó)? “Eu conhecia o Recife na minha época de caminhoneiro.
Durante 12 anos transportei para a Sadia, e meu trajeto era Chapecó
– Recife. Mas nunca me passou pela cabeça que um dia abriria uma
churrascaria aqui”, diz Konrad.
U
m dia desses, Julião Konrad, o maior empresário da gastronomia pernambucana, dono do Spettus e sócio da mais
importante rede de restaurantes da cidade, recebeu a visita
de um representante da indústria madeireira que então lhe
oferecia eucalipto a ser usado na obra de um novo estabelecimento. Após
ouvir o discurso do vendedor sobre a qualidade da madeira, suas propriedades e suas origens - de que o material vinha de reflorestamento, era
ecologicamente correto, etc, o restauranteur deixou o visitante perplexo com
um comentário inesperado. “Meu amigo, eu já plantei muito eucalipto. Já
cortei muito no machado, porque na época não havia serra elétrica. Plantei
amendoim, plantei fumo e cortávamos o eucalipto para fazer a lenha usada
para secar o fumo. Sabe qual é a maior praga do eucalipto? É a formiga”.
“Então a gente começa a voltar, porque às vezes se esquece dessas histórias”, diz o Julião Konrad, após contar o episódio e depois de fazer uma
breve descrição sobre suas origens humildes, sua trajetória de empreendedor e de como veio se estabelecer no Recife para estruturar uma das
maiores redes de restaurantes do Brasil. Conforme seu relato pessoal,
Konrad veio de uma família de agricultores de Lajeado, no Rio Grande do
Sul. De lá, morou 12 anos em Chapecó, e foi nessa fase de sua vida que
conheceu a capital pernambucana, que o abrigaria meio que por acaso,
muito tempo depois.
Fotos - Externas: Divulgação / Interna: Marcelo Marona
Julião Konrad acredita no destino, em sorte, em estrela pessoal. “Acontecem coisas na vida do sujeito que realmente acho que é o destino.
Não vejo como pode ser diferente, no meu caso especificamente, de
estar aqui em Recife”, comenta. Em 1981, quando já havia abandonado as estradas e trabalhava no ramo de churrascarias em Santa
Catarina, resolveu trazer a família em uma viagem de férias. “E o
roteiro nem era para cá. Íamos para Natal e Fortaleza. Como a gente
chegou muito cedo no aeroporto, e não queríamos esperar demais,
pensamos: ‘vamos pegar logo esse avião aqui, vamos para Recife’”,
lembra o empresário.
Foto: Djalma Nascimento Jr.
36
Ano 07 - Nº 15
A decisão de ficar na cidade e abrir um restaurante, no entanto, não
foi exclusiva de Julião Konrad. Passou principalmente pela vontade de
sua esposa, Marlene Konrad. “Chegando aqui, a coisa já se armou no
aeroporto. Tivemos a felicidade de pegar um chofer de táxi que era um
verdadeiro relações públicas de Pernambuco. Mostrou-nos a praia, a cidade... isso há 26 anos... Então a minha esposa, Marlene, se apaixonou
à primeira vista pelo Recife”.
Assim, entre 1981 e 1982, o casal Konrad decidiu apostar tudo o que tinha numa churrascaria em sistema de rodízio no Recife. Da ideia, surgida
da constatação de que o mercado estava carente de um estabelecimento
do tipo, veio a primeira casa, o Rodeio, em Boa Viagem. “Nós tínhamos
pouco capital. Chegamos aqui e acabou o dinheiro. Abrimos do jeito que
dava para abrir, com piso de cimento, sem forro... Ficava onde hoje é o
edifício Maria Juliana. Foi um negócio muito acanhadinho, muito pobre,
onde a Marlene ficava na cozinha e eu na churrasqueira. O cliente chegava na porta, olhava, e eu me aproximava. Ele dizia ‘ô, meu, churrascaria
aqui no Recife?’. E eu respondia ‘se o senhor não gostar não paga’.
E assim foi... A gente chegou com muita dificuldade”.
39
38 Gastronomia
Um ano depois, quando o Rodeio já começava a dar lucro, o imóvel em que
estava foi vendido a uma construtora. A nova casa, com o mesmo nome, foi
edificada em apenas 28 dias num local bem próximo, onde hoje está o Edifício
Tertúlia. “Na época, tinha gente na vizinhança que estava viajando e não
entendeu: no que antes era um terreno baldio, em um mês estava funcionando
um restaurante. Pois aquele foi o maior fenômeno do ramo no Brasil”.
Segundo Julião, não havia então um restaurante no país com a frequência
que o Rodeio possuiu. “Chegamos a servir 33 mil pessoas por mês, mais
de mil pessoas por dia. Isso foi comentário no Brasil inteiro. Para aquela
época, era uma loucura. O Rodeio tinha espera no almoço e no jantar, de
segunda a segunda”.
Quando começou a importar carne, ramo em que Konrad foi pioneiro no
Brasil, o empresário descobriu que havia outro restaurante em São Paulo
com o mesmo nome Rodeio. “Entramos na justiça, fizemos um acordo e
eu criei a marca Spettus, em 1987. Eu sempre dizia, desde o começo, com
aquela casa toda humilde, acanhadinha, que iria retribuir aos pernambucanos o que eles estavam me proporcionando, e que ia fazer a melhor churrascaria do Brasil aqui em Recife”.
Julião Konrad diz que não vê nenhum grande mistério em seu sucesso,
além da sorte. “Sinceramente, eu acredito muito em sorte. Sorte é
tudo. No meu caso, começou no momento em que anunciaram um
avião para Recife e eu, que estava às 7 horas da manhã no aeroporto
e iria embarcar às 10 horas, ter dito ‘vou nesse voo’. Foi sorte ter
encontrado aquele taxista, que até hoje é meu amigo. É um pouco isso,
você estar no lugar certo e na hora certa. Conhecer a pessoa certa no
momento certo. Isso só pode ser sorte”.
De fato, a Spettus foi uma churrascaria conceito, cujo modelo se multiplicou
e é referência até hoje. Naquela segunda metade da década de 1980, não
havia nada igual em termos de instalações, gastronomia e serviços no Brasil
como no estabelecimento de Julião Konrad.
Fotos - Nikko: Divulgação / Spettus: Marcelo Marona
Foto: Divulgação
De lá para cá, a partir do sucesso do Spettus no Derby, vieram diversos outros restaurantes nas mais variadas praças e segmentos. Apenas
com a marca Spettus, além do Recife houve casas em Brasília, Rio de
Janeiro, Fortaleza, Maceió e Buenos Aires. Com outras marcas, Konrad foi sócio de empreendimentos por diversas capitais, a exemplos do
Casquinho de Siri, em Salvador, do Square e do Gaf, em Brasília. Aos
poucos se desfez de algumas sociedades e se concentrou no que havia
no Nordeste, mas hoje já volta a montar unidades em outros estados.
A visão de mercado de Konrad é incomum. Além de inaugurar a estratégia do rodízio de carnes no Recife na década de 1980, montou
o Skillus na década de 1990, seguindo a tendência do selfservice por
peso. No ano passado, abriu em sociedade o Nikko Japanese Fusion,
em Boa Viagem, e reinaugurou a Família Giuliano, em um clima que
une o moderno e o medieval. Esses dois últimos estabelecimentos, aliás, juntamente com o Spettus de Boa Viagem, têm a assinatura do
escritório de arquitetura de Humberto Zirpoli. Em 2010, abriu o Spettus
Fusion em Chapecó, Santa Catarina, casa com a qual vem recebendo
elogios de todos os lados, reformou a unidade de Fortaleza e montou, em Boa Viagem, uma franquia da Grand Cru, uma das maiores
importadoras e revendedoras de vinho do país. Empresário intrépido,
atualmente está montando outros dois restaurantes em Florianópolis,
o Spettus e o Nikko, e possui novos projetos em curso para a Zonal Sul
da Região Metropolitana do Recife.
Para manter a qualidade de sua cozinha, Julião Konrad diz que procura sempre a melhor procedência e a frequência no fornecimento das
matérias primas. “O segredo é o fornecedor, é a parceria. Para ter um
controle de qualidade, você não pode estar trocando de fornecedor”.
Hoje, Konrad dedica-se com mais intensidade ao Spettus e à prospecção de novos projetos. Os demais estabelecimentos, como o Famiglia
Giuliano, o Skillus, o Gio e o Nikko são conduzidos pelos seus sócios,
a maior parte dos quais as próprias filhas. O grupo é responsável por
cerca de mil empregos diretos.
Ano 07 - Nº 15
O empresário talvez esteja apenas sendo modesto. Julião Konrad, que
em 1997 foi agraciado com o título de Cidadão Pernambucano tem, no
mínimo, visão de mercado e ousadia. E é sabidamente exigente com
a qualidade, desde os detalhes da decoração de um estabelecimento, passando pelo atendimento dos garçons, até os ingredientes que
chegam à mesa. Mas insiste na sorte. “Desde criança, quando era um
garoto pobre do interior do Rio Grande do Sul, quando saí da enxada
para trabalhar como servente de obra, quando fui ajudante de caminhoneiro, quando fui caminhoneiro, enfim..., em todos os momentos,
eu sempre dizia ‘um dia minha estrela vai brilhar’. Eu dizia isso seguidamente. E eu nunca me esqueci de lustrar a minha estrela”.
Para lustrar a estrela, só mesmo o trabalho, e muito trabalho. E nesse
sentido, estar satisfeito com o que faz ajuda um bocado. “Adoro o que
faço. Vou pra casa dormir porque tenho que ir, porque por mim ficaria
no restaurante. As minhas viagens são todas em função de restaurantes, eu adoro cozinhar, adoro comer. Eu gosto muito disso e se você
gosta do trabalho ele passa a te dar prazer”.
Seja um homem de sorte ou um empreendedor modesto escondendo
o jogo, Julião Konrad há quase trinta anos faz história no ramo da
alimentação no Brasil e contribui como poucos conseguem para colocar
o Recife entre as principais capitais gastronômicas do país.
41
Portfólio GB
GB Maria Satye proporciona forte
vínculo de identidade do usuário com o Bairro de Boa Viagem
A
Rua Antônio de Sá Leitão, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife,
está ganhando um empreendimento imobiliário que deixará
a área ainda mais charmosa. O GB Maria Satye, lançamento
da Gabriel Bacelar Construções, procura criar um forte vínculo
de identidade do usuário com o contexto, integrando na rede de serviços do
bairro. A proposta reside em atender às demandas de um público cada vez
mais exigente e diferenciado.
O produto está localizado em um trecho de Boa Viagem, dotado de vários
estabelecimentos comerciais e outras comodidades que podem facilitar o
dia a dia dos futuros moradores. São os colégios Santa Maria e Boa Viagem,
restaurantes Amadeu, La Plage e Manhatan, academias Perfformance e Corpo Livre, bares UK Pub e Audrey, além de padarias, farmácias e bancos.
Imagem: Divulgação
40
O empreendimento será composto por uma única torre com 26 pavimentos
(sendo 23 tipo), um pavimento térreo e dois vazados, dois apartamentos
por andar, num total de 46 apartamentos, dois elevadores (sendo um social
e um de serviço), local para central de gás, local para gerador e medidores,
guarita de segurança protegida, portões com comando eletrônico, jardins
com paisagismo, esquadrias anodizadas e duas vagas de estacionamento
para cada apartamento.
Cada apartamento possui uma área útil de 86,17m², com três quartos, sendo uma suíte, varanda, sala integrada para dois ambientes (estar e jantar),
Ano 07 - Nº 15
WC social, copa-cozinha, área de serviço, despensa, hall social e de serviço,
e dependência completa de serviço. O edifício conta com diversas áreas para
o lazer e convívio social de toda a família, tais como: piscina com deck, local
para fitness center e salão de festa com copa e wc’s masculino e feminino.
Na concepção criativa do empreendimento dois tópicos se destacam: o apartamento compacto com flexibilidade de layout, e o desenho das fachadas
contemporâneas. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Antônio Borsoi, a ideia foi desenvolver uma planta baixa básica e flexível, permitindo variantes, de acordo com as necessidades de diferentes moradores
ou de uma família que se transforma com o passar dos anos. “A planta foi
estudada e os espaços dimensionados e proporcionados, para transformar,
sem interferência dos elementos estruturais, por exemplo, um compacto três
quartos com uma suíte, em um amplo dois quartos com duas suítes, entre
outras opções”, conta.
O projeto também deu uma atenção especial à fachada, destacando a ênfase na geometria, na proporção entre o todo e as partes, e no arremate
do coroamento, para reforçar a identidade visual da sua forma – no jogo
claro/escuro, luz/sombra e no contraste branco/cinza/grafite – e evitar a
uniformidade e a repetitividade. “O edifício GB Maria Satye se apresenta
com um trabalho autoral, desenvolvido para despertar a magia, os arquétipos da mente, constituir um marco na paisagem e registro de sua época”,
conclui Marcos Antônio Borsoi.
Embarque 43
Istambul: oriente e ocidente
J
Fotos: Djalma Nascimento
á conhecida e famosa em todo o
mundo pelos nomes que ostentou no
passado, como Bizâncio e Constantinopla, Istambul, na Turquia, possui
hoje um conjunto de fatores que a faz uma das
mais singulares metrópoles contemporâneas.
Da história propriamente dita, contada por ruínas seculares, museus e monumentos públicos,
passando pela fusão de culturas orientais e
ocidentais que em suas terras se encontraram,
e mesmo no cotidiano da salutar gastronomia
local e do comércio voraz rotineiramente praticado, a cidade deixa lembranças até no mais
inveterado viajante.
Fundada em 667 a.C., embora haja registros
da ocupação humana em um sítio neolítico da
região há mais 6.500 anos a.C, a cidade hoje
conhecida como Istambul era então chamada
Bizâncio, nome dado pelos colonos gregos vindos de Mégara em homenagem ao seu rei, Bi-
Ano 07 - Nº 15
em harmonia
zas. Já no Império Romano, Constantino batizou-a de Nova Roma e proclamou-a capital de
seus domínios em 330. Sua denominação mais
conhecida, contudo, foi mesmo Constantinopla
(Cidade de Constantino), pelo menos durante o
período bizantino (330 – 1453) e, pelos ocidentais, até o começo do século XX.
No decorrer de todos esses tempos, a cidade
teve diversos apelidos, entre os quais “Cidade
das Sete Colinas” (como Roma), Vasilevousa
Polis (Rainha das Cidades, em grego) e Dersaadet (Porta para a Felicidade, em turco). O
nome “Istambul” vem sendo usado comumente
no idioma turco desde a Queda de Constantinopla, em 1453. A designação é originária
do grego medieval e significa algo como “na
cidade” ou “no centro da cidade”. Em 1930,
as autoridades diplomáticas da Turquia solicitaram às nações estrangeiras que usassem
apenas Istambul nas referências ao lugar.
44
45
Embarque
A Basílica de Santa Sofia, ou Hagia Sophia (“Sagrada Sabedoria”, em grego) tem mais interesse
arquitetônico, por sua monumentalidade, que
propriamente histórico. Construída entre 532
e 537 para ser a catedral de Constantinopla,
foi convertida em mesquita em 1453 e transformada em museu em 1935. Maior exemplar
da arquitetura bizantina, foi concebida pelos
arquitetos Isidoro de Mileto e Antemiio de Tralles, professores de Geometria da Universidade de
Constantinopla. Coberta por uma abóbada cen-
Fotos: Djalma Nascimento
O nome, aliás, embora possa despertar algum
interesse histórico, é o que menos importa ali.
Situada na região de Mármara, Istambul se
estende em terras da Europa e da Ásia, divididas apenas pelo Estreito de Bósforo. Ao
norte deste, o Mar Negro; ao sul, o Mar de
Mármara, que se liga ao Mediterrâneo pelo
Estreito de Dardanelos. É a maior cidade da
Turquia e a mais populosa da Europa, com
quase 14 milhões de habitantes em sua região metropolitana. Destes, cerca de 70 mil
são cristãos e 20 mil são judeus. Os demais
são mulçumanos.
Entre os passeios considerados “obrigatórios”
pelos turistas está a visita ao palácio museu
Dolmabahçe, principal centro administrativo
do Império Otomano de 1853 a 1922. O prédio, em estilo europeu, foi construído entre
1842 e 1853, a mando do sultão Abdulmecid
I. As obras teriam custado o equivalente a 35
toneladas de ouro. Há várias salas para diver-
sas finalidades, entre as quais os curiosos espaços dedicados às concubinas e aos eunucos.
O salão central possui o maior lustre já feito
em cristais da Boêmia, com 4,5 toneladas e
750 lâmpadas. O primeiro presidente da República da Turquia, Mustafá Kemal Ataturk,
morreu em um dos aposentos do edifício, hoje
parte integrante do museu.
Outro palácio digno de um passeio é o de Topkapi (que significa “Porta do Canhão”). Foi
construído por ordem de Mehmet II, o con-
quistador, imediatamente após a conquista
de Constantinopla, em 1453. Por três séculos, foi a residência dos sultões. Nos jardins,
destacam-se as tulipas amarelas e vermelhas,
muitos pássaros, gatos e uma velha árvore de
tronco oco, provavelmente secular. Funcionando também como um museu, o Topkapi
exibe em suas diversas alas tesouros dos sultões em objetos de ouro, prata, porcelanas e
pedras preciosas, além de relíquias sagradas
para os mulçumanos, como os pelos da barba
do profeta Maomé.
Ano 07 - Nº 15
tral com 55,6 metros de altura e 31 metros de
diâmetro, possui um interior ricamente decorado
com mosaicos em pedras, esculturas e colunas de
mármore. Diz a lenda que o imperador Justiniano, ao ver a obra concluída, teria dito “Salomão,
eu te superei!”.
Os pontos tidos como obrigatórios numa estada
em Istambul são variáveis de pessoa para pessoa, mas não são poucos. Há também o Museu de Arte Moderna, as Cisternas da Basílica,
46
Arte e Cultura 47
Embarque
Cinema da Fundação
reduto dos cinéfilos recifenses
A
Foto: Djalma Nascimento
proliferação dos shoppings centers,
no Recife, além de provocar uma
mudança no comportamento do
consumidor, que antes preferia fazer compras nas lojas do centro da cidade, também ocasionou, paulatinamente, no fechamento
das tradicionais salas de cinema. A maioria delas
se concentrava no centro da capital pernambucana. Hoje, a população frequenta as salas de exibição localizadas nos shoppings da cidade, que
exibem os filmes do chamado circuito comercial.
o Grande Bazar, o Bazar das Especiarias, a
Mesquita Azul e seus jardins.
Seja ao cruzar a Ponte do Bósforo da Europa
para Ásia, ao passear de barco pelo estuário
do Corno de Ouro, ao andar em um dos velhos
bondes ou dos modernos trens da cidade, ou
mesmo ao se perder a pé por seus mercados e
por suas ruas sinuosas, a sensação é a de que
dois mundos se encontram. Nos restaurantes
e bares, o peixe e o carneiro dividem as mesas, entre legumes e temperos aromáticos. O
Mas, para a felicidade geral não só dos cinéfilos
pernambucanos, como também dos que não se
contentam com os filmes comerciais, o Recife
conta com um endereço específico: o Cinema da
Fundação Joaquim Nabuco, no bairro do Derby,
mais conhecido como Cinema da Fundação, que
existe desde 1988. Por lá, o público pode assistir
a filmes em formato digital e 35mm - do Irã a
Hollywood, filmes brasileiros, pernambucanos
de curta e longa metragem, além de produções
francesas, suecas e coreanas. “Na Fundação,
eu trago os filmes que vi nos festivais, antes de
estrearem no Brasil, e pelos quais me apaixonei. Filmes que nem teriam espaço nas salas
Multiplex do Recife. O Cinema da Fundação
desenvolveu, por isso, um carinho enorme do
público cinéfilo. São filmes europeus, de arquivo
ou cinemateca”, informa o jornalista e cineasta
Kleber Mendonça Filho, que é responsável pela
programação do cinema, junto com o também
jornalista e cineasta Luiz Joaquim.
vinho tinto e o branco, e a água. O tapete e
o mármore. A lâmpada e o cristal. O amor e
a amizade. Em Istambul, ocidente e oriente
se harmonizam em contrastes e cores para
enriquecer a experiência de qualquer pessoa
aberta ao que a vida tem de bom.
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Fotos: Divulgação
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No final de 2004, o Cinema da Fundação fechou
as portas para passar por uma profunda reforma estrutural, sendo reaberto em setembro de
2005, completamente restaurado. A tela de exibição, o projetor e o equipamento de som foram
mantidos, mas recuperados. Poltronas largas e
confortáveis substituíram as antigas cadeiras de
madeiras. “O desnível de uma fileira para outra
foi ampliado dez centímetros e as poltronas realinhadas, impedindo que a visão da tela seja
atrapalhada pelo espectador na poltrona da
Ano 07 - Nº 15
Fotos: Divulgação
48
Arte e Cultura
frente”, revela Luiz Joaquim. Com as mudanças,
a sala perdeu 120 lugares, restando 200 vagas
para os expectadores, incluindo um espaço exclusivo para quatro cadeiras de rodas.
em sala de cinema – reajustado, projetor realinhado e a lâmpada do mesmo ajustada para
melhorar a exibição das películas de 35mm ou
16mm na telona.
Quanto à acessibilidade de pessoas portadoras
de deficiências físicas, foi instalado um elevador
hidráulico na entrada da sala do cinema. Os dois
banheiros também sofreram reformas e foram
projetados de acordo com as normas técnicas de
arquitetura e engenharia. Em cada banheiro há
uma cabine desenhada exclusivamente para os
deficientes, mais larga e com apoio de mão. A
sala também recebeu um tratamento acústico e
ganhou um projetor digital. A tela de exibição foi
lavada, o som Double SR – o primeiro do Recife
Na parte externa do cinema, o público pode se
deliciar com as iguarias servidas pelo Café Castigliani: desde um simples café expresso a outros
elaborados com misturas diversas e inusitadas.
Sob a chancela dos baristas Leonardo Lacca e
Nara Oliveira, o Café Castigliani, é um dos únicos
da cidade a oferecer um café gourmet, 100%
arábica, com blend produzido pela famosa marca paulista Suplicy Cafés Especiais e integrante
da Associação Brasileira de Cafés Especiais. No
quesito lanches, há várias opções de tortas doces
e salgadas, quiches, pão de queijo mineiro, sanduíches e sobremesas.
Serviço:
Cinema da Fundação
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Ingressos: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00
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51
50 Tendências
•Reutilização de materiais mesmo industrializados dispersos que representem ameaça de
degradação à flora e à fauna.
•Contribuição à melhoria de vida e proteção das
comunidades, mediante oportunidades novas de
trabalho e renda.
Material alternativo com
banho de tecnologia
que é possível unir elegância, responsabilidade e
rentabilidade em uma mesma peça.
A onda
A
ecofashion
Fotos: Divulgação
onda ecofashion, como vem sendo
chamada lá fora, está começando
a ocupar papel de destaque no
cenário da moda, principalmente
porque deixou de ser produzida por marcas desconhecidas e ganhou a etiqueta de grifes renomadas. Não é de hoje que a indústria tenta encontrar
um jeito de produzir peças que não explorem os
recursos naturais de forma predatória, mas só
recentemente tornou-se possível fazer roupas
que caíssem no gosto do consumidor e aliassem
palavras tão dissonantes como design, tecnologia
e ecologia. Agora, as três foram parar na mesma
máquina de costura.
Orgânico é outra palavra de destaque nesse
segmento. Primeiro, foram os alimentos e agora
serve também para tratar as fibras que se transformam em tecidos. Para serem classificados
como orgânico, algodão, juta e bambu devem ser
produzidos sem o uso de inseticidas ou pesticidas.
Para ter uma ideia do que isso significa, o cultivo
de algodão pelo sistema convencional consome
um quarto da inseticida produzida no mundo.
Na versão orgânica, alguns agricultores usam
água reciclada nas plantações para diminuir
ainda mais o impacto ambiental. O mais recente
desafio dos ateliês de grandes estilistas é transformar as coleções de verão passageiras em peças
ecologicamente corretas, de preferência recicladas
e que tenham consumido poucos recursos da natureza. No cenário da moda nacional, o estilista
Oskar Metsavaht, da marca Osklen sempre tem a
preocupação de desenvolver coleções que tenham
pesquisa de auto sustentabilidade. Também no
Brasil, as grifes Dzarm e Paula Ferber trabalham
a favor do planeta.
A marca inglesa People Tree destaca-se por trabalhar exclusivamente com ecofashion, trazendo
Emma Watson, atriz principal da saga Harry
Porter como garota propaganda e movimento de
proteção à população de Bangladesh, na Ásia.
Entre os nomes do topo da pirâmide fashion
mundial que têm despontado na nova vertente,
um dos mais influentes é o da estilista inglesa
Stella McCartney. Com suas roupas sofisticadas,
objetos de desejo de mulheres em todo o mundo,
a filha do músico Paul McCartney é a prova de
Entre as suas positivas transformações na moda
mundial, Stella apresentou coleções luxuosas sem
o uso de couro de vaca e peles de animais, criou
uma linha exclusiva para a Adidas, produzida
com tecidos de PET reciclado e algodão orgânico,
e desenvolveu uma linha de lingerie feita somente com a fibra natural.
A indústria têxtil está entre as quatro que mais
consomem recursos naturais, de acordo com a
Environmental Protection Agency, órgão americano que monitora a emissão de poluentes no
mundo. Mas, a recente preocupação dos estilistas
com materiais ecologicamente corretos não veio
naturalmente. A indústria só tem buscado novos
caminhos porque os consumidores começaram a
preferir a moda que não agride o planeta.
Algumas grifes aboliram fibras vegetais cultivadas
com produtos químicos. Outras aos poucos estão
expandindo a moda verde para toda a confecção.
É o caso das americanas Levi’s, Gap e Nike e da
britânica Marks & Spencer. Em Milão, o Instituto
Europeo di Design, uma rede internacional de
escolas de artes, criou saias com peças de aço,
vestidos de fios elétricos e calças com metal de
bicicleta, tudo feito a partir de objetos que seriam
jogados no lixo.
O que é Moda Sustentável
•Adoção de práticas capazes de proteger os sistemas e os mecanismos naturais que produzem
a matéria prima nova a ser utilizada.
Ano 07 - Nº 15
tica termodinâmica, deixa a peça fresca no verão
e mais quente no inverno.
Garrafas PET
O plástico reciclado é transformado em fibras que
produzem um tecido forte, mas macio. Em geral,
elas são combinadas com algodão, que dá um
toque ainda mais confortável.
Algodão orgânico
É cultivado sem o uso de pesticidas, fertilizantes
químicos e reguladores do crescimento. Para ser
100% orgânico, no processo de tingimento devem ser usados pigmentos naturais.
Juta
Com aparência semelhante a do linho, é plantada na região amazônica, sem nenhum impacto
ambiental. É preciso apenas água para o seu cultivo, sem a necessidade do uso de agrotóxicos.
Além disso, é biodegradável.
Fibra de Bambu
Planta de crescimento rápido, o que significa que
é altamente renovável. É reproduzida em abundância, sem o uso de pesticidas e fertilizantes.
Sua fibra é naturalmente antibactericida, biodegradável e extremamente macia. Tem caracterís-
Onde encontrar a Moda Sustentável
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52
53
Ação do Bem
Em casos de emergência, uma intervenção dos
MSF pode chegar entre 48 e 72 horas, em qualquer lugar do planeta. Hoje, a entidade conta
com quatro centros de logística na Europa e no
leste da África, além de estoques de equipamento na América Central e leste da Ásia.
Os MSF nasceram, assim, com o propósito de
associar ao socorro médico, o testemunho público em favor das populações em risco. A entidade
é independente de governos. Sua manutenção
deve-se, em grande parte, a contribuições voluntárias privadas, o que permite agir com celeridade e liberdade onde a ajuda humanitária se
fizer necessária.
Criada em 1971, na França, os MSF foram formados inicialmente por jovens médicos e jornalistas que atuaram como voluntários no final dos
anos 1960 em Biafra, na Nigéria. Ao mesmo
tempo em que socorriam as vítimas da guerra
civil naquele país, o grupo constatou que as
limitações da ajuda humanitária internacional
Além do apoio médico especializado e logístico
em situações que requerem ajuda rápida, os MSF
também procuram estar presentes onde o sistema público de saúde não funciona ou inexiste,
a exemplo de campos de refugiados e áreas de
grande instabilidade ou extremamente isoladas.
Nesse sentido, atuam na assistência primária em
eram difíceis de serem superadas. A dificuldade
de acesso ao local e os entraves burocráticos e
políticos calavam muitas testemunhas dos fatos
presenciados.
centros de saúde e clínicas móveis, alimentação
e nutrição, cuidados materno-infantil, campanhas de vacinação, prevenção de doenças específicas, atendimento a feridos de guerra, saúde
mental, socorro às vítimas da violência sexual,
distribuição de alimentos e itens de abrigo e higiene, construção e manutenção de estruturas de
água e saneamento, recuperação de hospitais e
clínicas, e treinamentos de profissionais em parcerias com outras organizações.
Os projetos específicos dos MSF nascem de
situações de crises que requerem resposta humanitária ou a partir do pedido de governos
ou organizações internacionais. Inicialmente,
uma equipe é enviada ao local para avaliar as
circunstâncias, como o número de pessoas afetadas, as necessidades médicas e nutricionais,
a infraestrutura de transportes, saneamento e
abastecimento de água, o ambiente político e a
capacidade local de solução dos problemas.
Foto: Divulgação
A
proximadamente 28 mil profissionais de diferentes áreas, atuando
em mais de 60 países, vivenciam
cotidianamente situações de desastres naturais, fome, conflitos, epidemias e
doenças negligenciadas. Eles integram a maior
organização médico humanitária internacional
independente, mundialmente conhecida como
Médicos Sem Fronteiras (MSF). Além de levar
ajuda às pessoas que mais precisam, a entidade também tem a missão de tornar públicas as
realidades enfrentadas pelas populações atendidas.
Fotos: Divulgação
Médicos
Sem
Fronteiras:
esperança no rastro da desolação e do sofrimento
A primeira intervenção em catástrofes naturais
veio logo após a fundação da organização, no
terremoto que em 1972 assolou a Nicarágua.
Em 1975, os MSF estiveram no Vietnã. Em
1976, atuaram em um primeiro grande projeto para refugiados, na Tailândia, e realizaram
cirurgias aos feridos da guerra no Líbano. E,
no rastro da desolação e do sofrimento, foram
aliviando a dor em momentos como as guerras
da Chechênia (1995), Bósnia (1993), Kosovo,
Montenegro e Albânia (1999), Libéria (2003),
Afeganistão (2001) e o genocídio em Ruanda
(1994). Estiveram em campanha pela vaci-
Ano 07 - Nº 15
nação contra a meningite na Nigéria (1996),
alertaram o mundo para o flagelo da fome na
Somália (1992), distribuíram medicamentos
contra o HIV na África e cuidaram de crianças
de rua em Madagascar, Filipinas e Brasil. Os
esforços foram tantos que, em 1999, os MSF
receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Especificamente no Brasil, não tem sido poucas
as ações dos MSF. O escritório da entidade no
país foi aberto, em 2006, no Rio de Janeiro,
mas, desde 1991, os profissionais vêm atuando de forma a combater nossa violência social e
nosso sistema de saúde excludente. Hoje, há 42
membros da organização em equipes de campo
em terras brasileiras. Uma Unidade Médica dá
suporte técnico aos grupos e presta consultoria a
instituições ligadas à saúde em diversas nações
da América Latina, principalmente nas áreas de
pediatria, doença de chagas e dengue.
Entre as principais ações dos MSF no Brasil estão a Unidade de Emergência do Complexo do
Alemão (que desde 2007 até agora atendeu a
3.500 pessoas), as Oficinas de Capacitação em
Gestão de Risco (que já treinou mais de 700
médicos, enfermeiros e agentes comunitários de
saúde), o Centro de Atenção Integral à Saúde
de Marcílio Dias (com mais de 25 mil consultas
médicas realizadas nessa comunidade do Rio
de Janeiro), o Projeto Meio Fio (voltado para
moradores de rua no Rio de Janeiro), a ajuda
aos desabrigados das enchentes no Vale do Jequitinhonha (MG) e em Barra Mansa e Resende
(RJ), um posto de saúde na comunidade de
Vigário Geral (RJ) e o combate a epidemias de
cólera e malária na Amazônia. Recentemente,
entraram em ação no Estado de Alagoas para
ajudar os desabrigados das chuvas.
Os projetos dos MSF têm, todos eles, prazo
para terminar. Com as necessidades que levaram à intervenção supridas, as equipes se
retiram gradualmente de cena, encerrando as
atividades ou repassando-as a ONGs locais ou
aos governos.
Para quem quiser conhecer mais, vale visitar o
site da organização. Lá, o interessado poderá
conhecer depoimentos emocionantes, histórias
de vida e imagens das ações dos MSF em todo
o mundo. Por meio da internet, também é possível fazer doações e obter informações sobre
como trabalhar para a equipe.
www.msf.org.br.
54
55
Evento
dupla hélice sobre uma altura de 14 metros.
Na primeira parte da exposição, chamada
“Estrada da Crise”, puderam ser visualizados os complexos processos que resultam na
destruição do planeta, como a falta de água,
poluição, queima de combustíveis fósseis,
bem como suas consequências: aquecimento
global, extinção de espécies, esgotamento de
recursos naturais, etc. Foram cinco as etapas
ou capítulos da “Estrada da Crise”, cada qual
adaptando um conceito chinês dos cinco elementos (água, fogo, metal, madeira e terra)
e colocando-os em relação com a evolução
global.
Expo
Xangai
2010
Retrospectiva
Oportunidade de reflexão sobre forma de viver nas cidades
N
Fotos: Divulgação
ada tão apropriado quanto a
República Popular da China,
com mais de 1,3 bilhão de
habitantes, para sediar a Expo
2010. O evento, que aconteceu em Xangai,
de 1º de maio a 31 de outubro de 2010, é
considerado a exposição cultural, econômica
e tecnológica de maior expressão em todos os
tempos. Participaram dela aproximadamente
246 organizações internacionais e delegações
de diversos países. Cerca de 70 milhões de visitantes conferiram os trabalhos, que giraram
em torno do tema “Melhor cidade. Melhor
vida”.
Com o status de cidade global adquirido por
Xangai nas últimas décadas, a China conseguiu há oito anos, o direito de sediar a Expo
2010. Desde então, chefes de estado, organismos internacionais públicos e privados,
universidades e centros de pesquisa, artistas,
cientistas e personalidades de diversas áreas
se uninaram para superar os desafios e fazer
do evento um marco na discussão sobre a vida
nas grandes cidades.
Para a maior cidade do país mais populoso do
mundo, sediar uma Expo internacional cujo
tema trate de qualidade de vida urbana não
poderia deixar de se constituir numa iniciativa
grandiosa. Não apenas em termos materiais,
no que diz respeito a cifras e infraestrutura
empregadas, mas também em se tratando do
contributo à humanidade que pode ser dado
pelo evento, a expectativa foi ousada ao propor despertar a atenção das pessoas para o
futuro das cidades e da vida da maior parte
das pessoas.
“A Expo Xangai escolheu como tema ‘Melhor
Cidade, Melhor Vida’, o que mostra que, no
futuro, a maioria da população mundial vai
viver nas cidades. Nas próximas décadas, a
população urbana do mundo chegará a 3 bilhões, o que vai nos estimular a melhorar as
condições da vida dos habitantes urbanos dos
países desenvolvidos e em desenvolvimento,
pois eles estão enfrentando problemas como
poluição, pobreza e segurança. Esta edição de
Expo promoveu conhecimentos para construir
cidades mais permanentes, mais justas, mais
Na segunda parte, ou na “Estrada das Soluções”, foram apresentadas quatro abordagens
possíveis para a solução de grandes desafios
globais: “baixo carbono”, “mineração urbana”, “colapso da vida” e “cidade verde”. No
espectro das ações disponíveis no caminho
para uma transformação ecológica da civilização foram relatadas 100 boas práticas já
em curso por empresas, governos e comunidades. Um Sistema de Orientação para uma
seguras e mais harmoniosas”, disse o presidente do Birô Internacional da Exposição, o
diplomata francês Jean-Pierre Lafon.
Para o pavilhão temático central da Expo
Xangai 2010, o comitê de organização chinês
promoveu um concurso internacional do qual
concorreram mais de 150 candidatos, do qual
saiu vencedora a empresa alemã Triad Berlim.
Com o título de “Planeta Urbano”, o espaço
contou com uma área de 12 mil m², no qual
foram abordados os complexos processos que
moldam a urbanização e os desafios globais
que dela decorrem. A cenografia procurou
combinar tradições narrativas ocidentais com
motivos da herança chinesa do Feng Shui.
Estruturada em duas partes, a mostra do pavilhão central expôs o caráter ambivalente da
cidade: por um lado o meio ambiente natural
é destruído; por outro são erigidos no local,
espaços para o bem estar social, a prosperidade e as inovações tecnológicas.
A partir da ideia das duas faces de dinamismo
urbano, o destrutivo e o construtivo, o pavilhão “Planeta Urbano” foi formado por uma
Ano 07 - Nº 15
vida ecológica confrontou o visitante com
suas próprias ações e responsabilidades para
o ambiente, propondo medidas individuais de
agir de forma ambientalmente mais responsável na vida cotidiana. A mensagem final,
ao término do caminho para o coração do Planeta Azul e sua história em 360 graus, veio
de forma emocionante: “Nós só temos um
mundo”. Este é o ponto crucial, a mensagem
que precisamos agir urgentemente como uma
comunidade global e como indivíduos.
Mais modesto, com 2 mil m², o pavilhão do
Brasil na Expo Xangai remeteu ao artesanato, ao verde, ao folclore e à miscigenação da
trama social brasileira. Com o tema “Cidades
Pulsantes”, a ideia foi apresentar a diversidade cultura e humana de nossos centros
urbanos, bem como os principais avanços em
termos de sustentabilidade e inclusão social e
política. O principal, contudo, foi a narrativa
temática, dividida em três eixos. O primeiro,
chamado “Desenvolvimento Sustentável”,
apresentou algumas das tecnologias brasileiras relacionadas à habitação, saneamen-
to, mobilidade urbana e à matriz energética
nacional. O segundo, “Participação Popular e
Inclusão Social” destacou as recentes experiências de um modelo urbano baseado em políticas que promovem a participação popular
nos diversos níveis da administração pública.
O eixo “Diversidade/Cidade Global”, por fim,
celebrou a diversidade étnica e cultural das
cidades brasileiras.
No pavilhão brasileiro um dos destaques foi
o túnel “Cenas Urbanas Cotidianas”, que envolveu o visitante com 192 monitores de LCD,
os quais formaram um mosaico de vídeos que
representam facetas humanas, paisagísticas,
arquitetônicas, gastronômicas, produtivas e
tecnológicas do Brasil.”O espírito de uma sociedade se realiza, se transmite e se percebe
pelos objetos culturais que ela dá a si própria
e pelos quais vive. Procuramos trazer nossas
brasilidades para o pavilhão, de tal forma que
sejam facilmente reconhecidas e identificadas”, sintetiza o arquiteto Fernando Brandão,
autor do projeto do pavilhão.
56
57
Fashion
Lanvin
A sofisticada bolsa de festa de ombro, em couro vermelho metálico, da Lanvin, é uma alternativa elegante para compor um look que requer sofisticação
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Ano 07 - Nº 15
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serve também de cachecol. Vai bem com uma camiseta básica, amarrado
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Tecnologia 59
Fitness
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e vestidinhos leves.
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ela é possível capturar vídeo 1920 x 1080 real como um profissional,
através do sensor CMOS de 2.96 megapixel da câmera, processador
de imagem DIGIC DV II e lente de vídeo 10x HD. Se você tiver vontade
de gravar em definição padrão, a câmera também permite esta flexibilidade. E não há necessidade de carregar uma câmera fotográfica,
pois a Canon Vixia HV40 também captura fotos de 3.1 megapixel em
cartões miniSD.
Fotos: Divulgação
58
Leitor de Livros Sony PRS-300SC/EPL
O Leitor de Livros Sony PRS-300SC/EPL é capaz de fornecer não apenas
o E-Book PRS-300 Reader Pocket Edition, como também um cupom de
download para livros populares da Elizabeth Gilbert: Eat Pray Love e
Committed. Em adição ao Reader e a esses dois livros, o kit inclui uma
capa de leitura com o tema do Eat Pray Love para manter o seu novo
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Ano 07 - Nº 15
Canon PowerShot SD1400 IS
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megapixel e alta resolução, além de uma lente zoom 4x UA (Ultra High
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distância focal equivalente de 28-112mm sem comprometer o perfil
fino pelo qual as Canon Digital EPLHs são conhecidas. E, para compor,
rever e editar as suas fotos, a SD1400 IS possui um LCD PureColor
System de 2,7”.
Xperia X10 Mini Pro da Sony
Compacto e inteligente, o novo Xperia X10 Mini Pro oferece uma experiência de entretenimento magnífica. Com uma plataforma totalmente
personalizável, este aparelho permite que você personalize os quatro
cantos da tela para que os assuntos mais importantes estejam sempre
na ponta dos dedos. Seu teclado Qwerty completo e deslizante garante
uma digitação fácil e rápida. Já com o aplicativo Timescape, você conta
com uma visualização diferenciada das redes sociais, SMS e histórico
de chamadas, tudo organizado em um só lugar em ordem cronológica.
Através do botão infinito, você terá acesso a músicas e informações
sobre os seus astros favoritos. Além disso, o Xperia X10 Mini Pro baseia-se na plataforma Android para que você aproveite a energia e
as possibilidades dos aplicativos Google: Google Search, Google Voice
Search, Google Talk, Gmail, YouTube e Google Maps.
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Encontre
Fotos: Divulgação
Posada de Mike Rapu
Com a destruição da civilização da Ilha de Páscoa, no meio do Oceano Pacífico, a história por pouco não desapareceu. Muitos séculos depois, os descendentes dos Rapa Nui, cerca de 3.700 pessoas, aprenderam a lidar com o meio ambiente e tirar proveito sem destruir
a paisagem. Desse aspecto, as instalações da Posada Mike Rapu,
pertencente à Rede Explora, desde 2005, soam como verdadeiras tribunas de honra. Numa área de 10 hectares, na colina Te Miro Oone,
a arquitetura do conterrâneo José Cruz Ovalle redesenhou o cenário
conectando os elementos e suavizando a topografia acidentada. Nas
proximidades do vulcão Raraku Ranu, os 30 quartos do hotel são um
capítulo à parte que mereceram investimentos de US$ 12 milhões
para figurar como atrativo especial.
www.explora.com/explora-rapa-nui/posada-de-mike-rapu/
La Reserve Geneve
No lago de Genebra, na Suíça, o clima ameno
embala uma experiência inusitada. É ali que o
designer parisiense Jacques Garcia e o arquiteto
Patrice Reynaud conceberam um “safári suíço”.
O hotel, originalmente construído em 1970, foi
tomado por cores e citações a célebres nascidos
na cidade, a exemplo do filósofo Jean-Jacques
Rousseau. O hall desponta aos olhos com suntuosidade e texturas que recriam a paisagem
africana – tecido de leopardo, couro, cortinas
vermelhas, papagaios, pavões e até um elefante
de cobre estão lá. Os 102 quartos são menos
chamativos, decorados com piso de parquet, colchas de veludo, tapetes com desenhos abstratos,
papéis de parede estampados, fotografias de
viagens emolduradas, granito preto, mosaicos de
mármore e acessórios de mogno.
www.lareserve.ch
La Purificadora
No centro histórico de Puebla, pequena vila colonial entre a Cidade do México e Oaxaca,
no México, encontra-se o Hotel La Purificadora. O projeto arquitetônico foi realizado
pelos escritórios Serrano Monjaraz e Legorreta + Legorreta. Coube ao arquiteto mexicano Ricardo Legorreta usar apenas a dobradinha entre o preto e o branco. Para fugir
das equações comuns, ele contou com a ousadia do filho, também arquiteto,Victor,
que sugeriu utilizar tons roxos, pedras naturais, ônix, madeiras antigas, cacos de vidro
e ladrilhos hidráulicos – materiais que compõem boa parte do enredo dos 26 quartos,
além do pátio, biblioteca, restaurante e adega.
www.lapurificadora.com
Fresh Hotel
Aberto em Atenas, na Grécia, em 2004, o
Fresh Hotel, projetado pelos arquitetos gregos Tassos Zeppos e Georgiadi Eleni lembra
uma caixa de doces recheada com um caleidoscópio de cores. Nos nove andares da
construção racional, com 133 acomodações
de aspecto industrial, o destaque fica para
o uso dos elementos naturais, como as madeiras carvalho e nogueira extraídas de áreas de manejo, e da tecnologia inteligente.
Para dar personalidade aos quartos de 22
m², a decoração utiliza as cores rosa, laranja, lilás e bege. Abusa, ainda, dos móveis
e acessórios de grife, como as cadeiras de
policarbonato Eros, da Kartell, e da iluminação Artemide, ambas empresas italianas.
Na sala de banho, os azulejos coloridos têm
jeito despretensioso e moderno, mesma linha que o hotel grego adota desde o lobby,
com recepção cercada de vidros. Do alto do
prédio, os hóspedes podem curtir a paisagem que alcança a Acrópole, saboreando
um dos coquetéis do Air Lounge.
www.freshhotel.gr
Ano 07 - Nº 15
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Mercado Imobiliário
Segurança e maturidade
Por Dalônio Carvalho*
do mercado imobiliário
A
construção civil brasileira, especialmente em Pernambuco, vive
atualmente um grande momento.
Podemos destacar como marcos importantes, os investimentos no Complexo Industrial
Portuário de Suape, a duplicação de rodovias e a
existência de novos conjuntos habitacionais, tanto
populares como luxuosos, os quais impulsionaram
o setor a ter um crescimento de 17,5% no número
de empregos em 2009, maior taxa registrada no
país.
Mediante os fatos, o cenário favorável é incontestável. No entanto, no mesmo sentido é e deverá ser
a segurança para realização e concretização dos
negócios jurídicos advindos desse momento. Podemos afirmar - com toda convicção - que detemos
atualmente total maturidade jurídica empresarial
para vivenciarmos esse bom momento econômico,
em face de períodos anteriores da história nacional,
que nos levaram a adotar procedimentos e modificações normativas que culminaram nessa situação
tão positiva. Também temos a certeza de que a
sociedade saiu vitoriosa quanto às garantias e seguranças jurídicas que lastreiam os procedimentos
atuais que regem os negócios incorporativos.
Em especial, quanto ao mercado imobiliário, fazse necessário atentar aos aspectos fundamentais
do negócio a ser desenvolvido quando se enfrenta
as diversas opções que o mercado oferece, de maneira a dar maior certeza e segurança às partes
envolvidas, respondendo, por exemplo, às seguintes questões: de quem é a propriedade do bem negociado? O que será construído? Por qual regime
jurídico, incorporação imobiliária ou condomínio
fechado? Quais são as especificações da unidade
imobiliária, área comum, privativa e total? Essas
e outras informações são imprescindíveis para a
segurança da relação jurídica a ser formada.
Dessa forma, inicialmente, no que tange aos
mecanismos de segurança e efetivação do
negócio jurídico, é fundamental citar a Lei
4.591/64 que disciplina os condomínios e
incorporações, cumulada com a própria Lei
8.078/90, popularmente conhecida como o
Código de Defesa do Consumidor (CDC). Juntas, formam um microssistema de proteção e
regulação das relações entre os construtores,
incorporadores e os seus clientes.
um moderno mecanismo de segregação dos riscos às atividades de incorporação imobiliária,
atividades com inegável e extraordinário alcance
de modificação social, seja pelo grande número
de mão de obra empregada, seja pelo caráter
econômico, sendo capaz de alavancar economicamente toda uma nação.
A partir da edição do citado CDC, criou-se também o mecanismo de proteção que consolidou
as bases do novo sistema contratual, inclusive
instituindo mecanismos que equalizam as desigualdades que normalmente se verificam na
maioria das relações contratuais de consumo.
Nesse contexto, destacamos o magistério do
ilustre Nelson Nery Júnior, quando afirma que
“por ser norma de sobre direito, a teoria geral
dos contratos, criada pelo Capítulo VI do Título
I do CDC, deve ser aplicada a toda e qualquer
relação jurídica de direito privado, seja civil,
comercial ou de consumo.”
Aliado a esses dispositivos legais, é de igual importância citarmos a Lei 10.931 de 02 de agosto
de 2004, a qual introduziu no direito positivo
brasileiro outro mecanismo de minoração dos
riscos, trazendo para ordenamento jurídico o regime de afetação. O fato veio a preencher uma
lacuna importante da lei de incorporações, pois,
apesar desta conter mecanismos de proteção
contratual, como já abordamos, não contempla
meios de proteção patrimonial, circunstância que
poderia deixar vulneráveis os adquirentes e demais credores do empreendimento, em caso de
sua frustração, inclusive por motivo de falência
do incorporador. Nesse caso específico, com o regime de afetação imposto, os créditos vinculados
à incorporação não estão sujeitos à habilitação
no Juízo de Falência respectivo, devendo ser satisfeitas com as receitas da própria incorporação.
A administração passa a ser de uma comissão
de representantes dos adquirentes, passando o
empreendimento a deter total autonomia no processo falimentar, ratificada pela Lei 11.101/05,
no seu art. 119, inciso IX.
Além disso, a própria Lei 4.591/64 em seu art.
29 define o que seria o incorporador e nela já
descreve suas obrigações e direitos com bastante clareza: “Art. 29. Considera-se incorporador a pessoa física ou jurídica, comerciante ou
não, que embora não efetuando a construção,
compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno objetivando a vinculação de tais
frações a unidades autônomas, em edificações
a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente aceite
propostas para efetivação de tais transações,
coordenando e levando a termo a incorporação
e responsabilizando-se, conforme o caso, pela
entrega, a certo prazo, preço e determinadas
condições, das obras concluídas.”
Sendo assim, analise comigo: a própria Lei
4.591/64, quando editada, buscou sempre
proteger o adquirente de incorporadores inescrupulosos que amealhavam somas vultosas do
mercado, sem as mínimas condições de concluir
o empreendimento anunciado ou prometido, ou
seja, é cristalina a grande preocupação do legislador com a segurança do mercado em questão,
mediante a sua grande importância socioeconômica. Assim, a lei acima citada, em consonância
com a Lei 8.178/90 (CDC), por si só já constitui
Ano 07 - Nº 15
Ou seja, o referido diploma legal que introduziu
o regime de afetação, Lei 10.931/04, garantiu,
através dos artigos 31A a 31F à Lei 4.591/64,
a segregação do patrimônio vinculado a cada
incorporação imobiliária. Para esse fim, faculta
a criação de um regime de vinculação de receitas
visando à completa execução da obra e dá poderes aos adquirentes para, em caso de paralisação
das obras ou mesmo falência, prosseguir a obra
com autonomia, inclusive, independentemente
de intervenção do Judiciário.
Essa estruturação atende perfeitamente às atuais
necessidades do mercado e da sociedade, inclusive quanto ao momento de celebrada euforia
pelo qual passa o mercado imobiliário. De um
lado, acrescenta à atividade de incorporação
novos elementos, que revitalizam a credibilidade
do mercado perante a sua clientela. De outro, em
especial ao ponto de vista jurídico – empresarial
e suas seguranças, ajusta-se à atual tendência
da teoria contratual, lastreando-se nos princípios da boa-fé e da igualdade, impondo maior
clareza ao negócio jurídico, com mecanismos de
controle mais eficazes e elementos de total equilíbrio contratual.
Em suma, a lei de incorporações (Lei 4.591/64),
o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)
e a própria lei que instituiu o regime de afetação
das incorporações imobiliárias (Lei 10.931/04)
constituem garantias de incomparável eficácia
em favor dos credores vinculados especificamente a cada negócio incorporativo, beneficiando em
especial os adquirentes, na medida em que definem os mecanismos de segurança, equiparando-lhes ao consumidor e por fim, assegurando
a preservação das suas aplicações financeiras e
lhes concedendo o direito de assumir a administração do negócio e prosseguir a obra com
autonomia, em eventual impossibilidade da empresa incorporadora concluí-la. A partir de então,
fica fácil comprovar o ótimo momento pelo qual
passa o mercado imobiliário, particularmente o
pernambucano, apresentando-se devidamente
abalizado para assumir o seu papel de um dos
principais responsáveis pelo desenvolvimento.
* Dalônio Carvalho é advogado
Fotos: Divulgação
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64 Cronograma de Obras
P
Fotos: Gabriel Bacelar
ensando na comodidade e no conforto de seus
clientes, a construtora Gabriel Bacelar permite
o acompanhamento do estágio das obras dos
empreendimentos através do site www.gabrielbacelar.com.br. Para os interessados em visitar as obras, é
necessário apenas agendar a visita, que acontece sempre às
quintas-feiras, das 7h30 às 11h30, junto ao Serviço de Atendimento ao Cliente GB, através do fone (81) 3366.3000 ou
e-mail [email protected].
LEGENDA DE SITUAÇÃO
Fundação
Estrutura e Alvenaria
Acabamento
Entrega
The Plaza
Escritórios Automatizados
32 a 418m²
Rua General Joaquim Inácio,
830 – Ilha do Leite
Gran Parc Rosarinho
04 quartos (2 suítes) - 115,08m² ou
03 quartos (1 suíte) - 95,69m²
Rua Amaro Coutinho, 623
(esquina com a Av. Santos Dumont)
GB Living Club Espinheiro
Sky Boa Viagem
Saint Raphael
03 quartos (1 suíte) - 60m²
Rua Gomes Pacheco, 382
(esquina com a Rua Marquês do Paraná)
4 quartos (3 suítes)
163m²
Rua Dr. Pedro de Melo Cahú, 78 – Boa Viagem
03 quartos (1 suíte)
90,49m²
Rua José de Holanda, 425 – Torre
Giardino Beira Rio
Unique
Boulevard Residence
Saint Lucia
Gran Parc Jaqueira
04 quartos (2 suítes)
133,00m²
Av. Beira Rio, 80 – Madalena
03 suítes (02 reversíveis
e 1 master com varanda) - 95,60m²
Rua Carlos Pereira Falcão, 82 – Boa Viagem
02 quartos (1 suíte)
51,88m² a 54,82m²
Rua Professor José Brandão, 410 – Boa Viagem
03 quartos (1 suíte)
104,99m²
Rua Barão de Itamaracá, 430 – Espinheiro
03 quartos (1 suíte)
100,88m²
Rua Dr. José Maria, 900 – Jaqueira
Ano 07 - Nº 15

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